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Delatado, desmentido, denunciado
BRASÍLIA - Delatado, desmentido, denunciado. Michel Temer levou 40 dias para completar a cadeia dos três Ds. O ciclo se fechou nesta segunda com um fato histórico. Ele se tornou o primeiro presidente brasileiro a ser formalmente acusado de corrupção durante o exercício do cargo. A delação de Joesley Batista veio à tona em 17 de maio. Além de acusar Temer de pedir propina, o empresário entregou uma fita em que os dois tratavam de assuntos espúrios no porão da residência oficial. Pouco depois da conversa, a polícia flagrou um assessor do presidente recebendo R$ 500 mil em espécie. Ele devolveu o dinheiro e foi preso. Num país mais sério, o chefe do governo não teria se mantido mais um dia no cargo. Como estamos no Brasil, Temer bateu pé e já resistiu outros 39. Ele chamou o patrocinador que frequentava sua casa de "bandido notório", desafiou o procurador-geral da República e disse ter sido vítima de uma "armação". Ao se agarrar à cadeira, o presidente passou ao segundo D. Passou a sofrer desmentidos em série, a cada nota oficial atropelada pelos fatos. Num dos episódios, Temer negou ter viajado com a família no jatinho de Joesley. A Aeronáutica se recusou a endossar a falsa versão, e ele foi forçado a admitir a carona. Na sexta, foi a Polícia Federal quem desmontou o discurso do presidente. Ele repetia que a gravação da JBS era "fraudulenta", e a perícia atestou que o áudio não foi editado. Com a denúncia da Procuradoria, Temer avança outra casa e passa à fase da guerra total pelo mandato. Agora ele fará de tudo para tentar escapar do quarto D, de derrubado. * Depois de confundir reais com cruzeiros, Temer chamou empresários russos de "soviéticos". A URSS acabou em 1991, e o presidente do Brasil lembra cada vez mais a personagem do filme "Adeus, Lenin!" que despertou de um coma sem saber que a Guerra Fria tinha terminado.
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Delatado, desmentido, denunciadoBRASÍLIA - Delatado, desmentido, denunciado. Michel Temer levou 40 dias para completar a cadeia dos três Ds. O ciclo se fechou nesta segunda com um fato histórico. Ele se tornou o primeiro presidente brasileiro a ser formalmente acusado de corrupção durante o exercício do cargo. A delação de Joesley Batista veio à tona em 17 de maio. Além de acusar Temer de pedir propina, o empresário entregou uma fita em que os dois tratavam de assuntos espúrios no porão da residência oficial. Pouco depois da conversa, a polícia flagrou um assessor do presidente recebendo R$ 500 mil em espécie. Ele devolveu o dinheiro e foi preso. Num país mais sério, o chefe do governo não teria se mantido mais um dia no cargo. Como estamos no Brasil, Temer bateu pé e já resistiu outros 39. Ele chamou o patrocinador que frequentava sua casa de "bandido notório", desafiou o procurador-geral da República e disse ter sido vítima de uma "armação". Ao se agarrar à cadeira, o presidente passou ao segundo D. Passou a sofrer desmentidos em série, a cada nota oficial atropelada pelos fatos. Num dos episódios, Temer negou ter viajado com a família no jatinho de Joesley. A Aeronáutica se recusou a endossar a falsa versão, e ele foi forçado a admitir a carona. Na sexta, foi a Polícia Federal quem desmontou o discurso do presidente. Ele repetia que a gravação da JBS era "fraudulenta", e a perícia atestou que o áudio não foi editado. Com a denúncia da Procuradoria, Temer avança outra casa e passa à fase da guerra total pelo mandato. Agora ele fará de tudo para tentar escapar do quarto D, de derrubado. * Depois de confundir reais com cruzeiros, Temer chamou empresários russos de "soviéticos". A URSS acabou em 1991, e o presidente do Brasil lembra cada vez mais a personagem do filme "Adeus, Lenin!" que despertou de um coma sem saber que a Guerra Fria tinha terminado.
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Papa Francisco condena ataque em Paris; 'parem de propagar o ódio'
O papa Francisco considerou "abominável" o ataque desta quarta-feira que matou 12 pessoas na redação em Paris de um jornal conhecido por satirizar o Islã e pediu a todos que parem de propagar o ódio. "O Santo Padre expressa sua mais veemente condenação deste ataque horrível", disse o porta-voz chefe do Vaticano, padre Federico Lombardi, em comunicado. Francisco "apela a todos para se opor a todos os métodos de propagação de ódio" porque isso "prejudica radicalmente o bem fundamental da convivência pacífica dos povos, apesar das diferenças nacionais, religiosas e culturais". "Seja qual for a motivação, a violência homicida é abominável (e) nunca é justificada", disse o porta-voz, refletindo os sentimentos do papa. O líder da Igreja Católica "participa das orações e dos sofrimentos dos lesados e das famílias das vítimas", completou o porta-voz. Mais cedo na quarta-feira (7), o vice porta-voz do Vaticano, padre Ciro Benedettini, considerou o ataque "abominável porque é um ataque às pessoas e à liberdade de imprensa". O jornal satírico "Charlie Hebdo" foi alvo de um ataque a tiros na França, na manhã desta quarta-feira (7). O atentado gerou mobilizações nas redes sociais e nas ruas de diversas cidades da França e de outros países em solidariedade às vítimas.
mundo
Papa Francisco condena ataque em Paris; 'parem de propagar o ódio'O papa Francisco considerou "abominável" o ataque desta quarta-feira que matou 12 pessoas na redação em Paris de um jornal conhecido por satirizar o Islã e pediu a todos que parem de propagar o ódio. "O Santo Padre expressa sua mais veemente condenação deste ataque horrível", disse o porta-voz chefe do Vaticano, padre Federico Lombardi, em comunicado. Francisco "apela a todos para se opor a todos os métodos de propagação de ódio" porque isso "prejudica radicalmente o bem fundamental da convivência pacífica dos povos, apesar das diferenças nacionais, religiosas e culturais". "Seja qual for a motivação, a violência homicida é abominável (e) nunca é justificada", disse o porta-voz, refletindo os sentimentos do papa. O líder da Igreja Católica "participa das orações e dos sofrimentos dos lesados e das famílias das vítimas", completou o porta-voz. Mais cedo na quarta-feira (7), o vice porta-voz do Vaticano, padre Ciro Benedettini, considerou o ataque "abominável porque é um ataque às pessoas e à liberdade de imprensa". O jornal satírico "Charlie Hebdo" foi alvo de um ataque a tiros na França, na manhã desta quarta-feira (7). O atentado gerou mobilizações nas redes sociais e nas ruas de diversas cidades da França e de outros países em solidariedade às vítimas.
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Como saber se um carro já passou por uma enchente?
DE SÃO PAULO - Procure sinais de umidade, como focos de mofo e ferrugem, embaixo do banco, no porta-malas, no carpete e na parte de baixo das portas, junto ao dreno de borracha - No porta-malas, observe equipamentos como estepe, chave de roda e macaco. Se estiverem enferrujados, pode ser um indicativo de que o carro foi inundado - A coloração do óleo no motor pode denunciar se o veículo passou por enchente. Se estiver com coloração esbranquiçada ou "café com leite" é sinal de que houve contato com água - Não deixe de consultar um mecânico para identificar danos na parte eletrônica do carro, difíceis de serem identificados por leigos - Os principais problemas que surgem nos veículos após uma enchente são de natureza elétrica. A fiação, por mais que seque, pode acumular umidade, enferrujar e apodrecer Fonte: Leonardo Vega, engenheiro da oficina automotiva Servcentro
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Como saber se um carro já passou por uma enchente? DE SÃO PAULO - Procure sinais de umidade, como focos de mofo e ferrugem, embaixo do banco, no porta-malas, no carpete e na parte de baixo das portas, junto ao dreno de borracha - No porta-malas, observe equipamentos como estepe, chave de roda e macaco. Se estiverem enferrujados, pode ser um indicativo de que o carro foi inundado - A coloração do óleo no motor pode denunciar se o veículo passou por enchente. Se estiver com coloração esbranquiçada ou "café com leite" é sinal de que houve contato com água - Não deixe de consultar um mecânico para identificar danos na parte eletrônica do carro, difíceis de serem identificados por leigos - Os principais problemas que surgem nos veículos após uma enchente são de natureza elétrica. A fiação, por mais que seque, pode acumular umidade, enferrujar e apodrecer Fonte: Leonardo Vega, engenheiro da oficina automotiva Servcentro
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Egito inaugura o novo canal de Suez e aposta em renascimento
Banners espalhados pelo aeroporto do Cairo, carimbo especial para o visto de entrada e outdoors estrategicamente postos no caminho até o centro da cidade anunciam a quem chega que o Egito entrega nesta quinta (6) seu "presente para o mundo". É assim que a expansão do canal de Suez, que permitirá dobrar até 2023 o fluxo diário de embarcações, tem sido vendida ao público externo pelo presidente Abdel Fattah al-Sisi, alvo de críticas por seu governo autoritário. Para o público interno, a promessa é que o Novo Canal de Suez, como vem sendo chamado, significará o "renascimento do Egito", país que enfrenta instabilidade política desde 2011, após a queda do regime do ditador Hosni Mubarak, e insegurança –além de desemprego de 13% e inflação acima de 11%. A seu favor, Al-Sisi tem o fato de ter concluído uma obra dessa magnitude em um terço do tempo inicialmente estimado –foi feita em apenas um dos três anos previstos– e de os US$ 8,5 bilhões gastos no projeto terem sido arrecadados com a venda de certificados de investimento em apenas oito dias em 2014. O Novo Canal de Suez A obra permitirá, segundo estimativas do governo, um aumento na arrecadação de US$ 5,3 bilhões para US$ 13,2 bilhões até 2023. Para Angus Blair, presidente do Instituto Signet, no Cairo, o discurso de afirmação e de forte carga patriótica pode melhorar a imagem de Al-Sisi dentro e fora do país. "É um projeto nacional, construído em tempo muito curto, do qual os egípcios estão muito orgulhosos e que está fazendo com que os investidores olhem o Egito de forma mais séria –e isso é difícil de colocar em números", afirmou Blair à Folha. O especialista em política e economia do Egito Amr Adly, do programa de Oriente Médio do Centro Carnegie, também acredita que o presidente pode conseguir uma "espécie de legitimidade" com o projeto –mas aposta que os efeitos positivos não devem durar muito. "Pode ajudar a curto prazo, porque o ganho econômico não conseguirá responder às várias questões sobre a inclusão de diferentes forças políticas e sociais e à deterioração da situação dos direitos humanos no país", diz. No poder desde que liderou a deposição do islamita eleito Mohammed Mursi, em julho de 2013, o ex-chefe do Exército Al-Sisi declarou a Irmandade Muçulmana grupo terrorista, marginalizando seus seguidores, e endureceu a resposta a opositores. Para a cerimônia de inauguração, nesta quinta, em Ismailia, na margem ocidental do canal, Al-Sisi conseguiu garantir as presenças do presidente francês, François Hollande, e do premiê russo, Dmitri Medvedev. Participarão ainda o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e o premiê grego, Alexis Tsipras. ESTIMATIVA AMBICIOSA A expansão do canal de Suez envolveu a construção de uma nova "faixa", de 35 km, paralela ao canal já existente, e a dragagem de um trecho de 37 km para torná-lo mais profundo e largo, permitindo a travessia de navios maiores. Segundo o governo, foram retirados 260 milhões de metros cúbicos de areia. Com isso, em mais da metade (115,5 km) dos 193 km do trajeto poderá ocorrer a passagem simultânea de embarcações nos dois sentidos. A estimativa é que, até 2023, o número de embarcações que cruzam o canal por dia passe de 49 para 97. Apesar da euforia do governo, especialistas veem com reticência as projeções de aumento do fluxo. "Mesmo se o comércio marítimo continuar a crescer a 3% ao ano, parece ambicioso prever o dobro de embarcações cruzando o canal", afirma Simon Bennett, da Câmara Internacional de Marinha Mercante. Amr Adly lembra que o aumento do fluxo depende de diversos fatores que vão além da expansão física do canal. "É difícil dizer se as projeções são realistas, pois o aumento estará ligado, por exemplo, ao crescimento do comércio internacional na próxima década e ao preço do petróleo, que representa quase um terço do que passa pelo canal." A repórter ISABEL FLECK viajou a convite da Autoridade do Canal de Suez
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Egito inaugura o novo canal de Suez e aposta em renascimentoBanners espalhados pelo aeroporto do Cairo, carimbo especial para o visto de entrada e outdoors estrategicamente postos no caminho até o centro da cidade anunciam a quem chega que o Egito entrega nesta quinta (6) seu "presente para o mundo". É assim que a expansão do canal de Suez, que permitirá dobrar até 2023 o fluxo diário de embarcações, tem sido vendida ao público externo pelo presidente Abdel Fattah al-Sisi, alvo de críticas por seu governo autoritário. Para o público interno, a promessa é que o Novo Canal de Suez, como vem sendo chamado, significará o "renascimento do Egito", país que enfrenta instabilidade política desde 2011, após a queda do regime do ditador Hosni Mubarak, e insegurança –além de desemprego de 13% e inflação acima de 11%. A seu favor, Al-Sisi tem o fato de ter concluído uma obra dessa magnitude em um terço do tempo inicialmente estimado –foi feita em apenas um dos três anos previstos– e de os US$ 8,5 bilhões gastos no projeto terem sido arrecadados com a venda de certificados de investimento em apenas oito dias em 2014. O Novo Canal de Suez A obra permitirá, segundo estimativas do governo, um aumento na arrecadação de US$ 5,3 bilhões para US$ 13,2 bilhões até 2023. Para Angus Blair, presidente do Instituto Signet, no Cairo, o discurso de afirmação e de forte carga patriótica pode melhorar a imagem de Al-Sisi dentro e fora do país. "É um projeto nacional, construído em tempo muito curto, do qual os egípcios estão muito orgulhosos e que está fazendo com que os investidores olhem o Egito de forma mais séria –e isso é difícil de colocar em números", afirmou Blair à Folha. O especialista em política e economia do Egito Amr Adly, do programa de Oriente Médio do Centro Carnegie, também acredita que o presidente pode conseguir uma "espécie de legitimidade" com o projeto –mas aposta que os efeitos positivos não devem durar muito. "Pode ajudar a curto prazo, porque o ganho econômico não conseguirá responder às várias questões sobre a inclusão de diferentes forças políticas e sociais e à deterioração da situação dos direitos humanos no país", diz. No poder desde que liderou a deposição do islamita eleito Mohammed Mursi, em julho de 2013, o ex-chefe do Exército Al-Sisi declarou a Irmandade Muçulmana grupo terrorista, marginalizando seus seguidores, e endureceu a resposta a opositores. Para a cerimônia de inauguração, nesta quinta, em Ismailia, na margem ocidental do canal, Al-Sisi conseguiu garantir as presenças do presidente francês, François Hollande, e do premiê russo, Dmitri Medvedev. Participarão ainda o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e o premiê grego, Alexis Tsipras. ESTIMATIVA AMBICIOSA A expansão do canal de Suez envolveu a construção de uma nova "faixa", de 35 km, paralela ao canal já existente, e a dragagem de um trecho de 37 km para torná-lo mais profundo e largo, permitindo a travessia de navios maiores. Segundo o governo, foram retirados 260 milhões de metros cúbicos de areia. Com isso, em mais da metade (115,5 km) dos 193 km do trajeto poderá ocorrer a passagem simultânea de embarcações nos dois sentidos. A estimativa é que, até 2023, o número de embarcações que cruzam o canal por dia passe de 49 para 97. Apesar da euforia do governo, especialistas veem com reticência as projeções de aumento do fluxo. "Mesmo se o comércio marítimo continuar a crescer a 3% ao ano, parece ambicioso prever o dobro de embarcações cruzando o canal", afirma Simon Bennett, da Câmara Internacional de Marinha Mercante. Amr Adly lembra que o aumento do fluxo depende de diversos fatores que vão além da expansão física do canal. "É difícil dizer se as projeções são realistas, pois o aumento estará ligado, por exemplo, ao crescimento do comércio internacional na próxima década e ao preço do petróleo, que representa quase um terço do que passa pelo canal." A repórter ISABEL FLECK viajou a convite da Autoridade do Canal de Suez
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Olímpicos: Jogou onde? No colégio e no Mundial do Qatar
O handebol é um jogo cada vez mais veloz, em que a força e a altura dos jogadores são determinantes e os goleiros fundamentais para a vitória de uma equipe.As conclusões acima podem parecer óbvias para quem acompanha a modalidade ... Leia post completo no blog
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Olímpicos: Jogou onde? No colégio e no Mundial do QatarO handebol é um jogo cada vez mais veloz, em que a força e a altura dos jogadores são determinantes e os goleiros fundamentais para a vitória de uma equipe.As conclusões acima podem parecer óbvias para quem acompanha a modalidade ... Leia post completo no blog
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'Ataque cirúrgico' na Coreia do Norte poderia converter-se no pior combate
O impasse em torno do programa nuclear norte-coreano é moldado há anos pela visão de que os Estados Unidos não contam com uma opção militar viável para destruir esse programa. Qualquer tentativa de fazê-lo, dizem muitos, provocaria um contra-ataque brutal contra a Coreia do Sul, algo sangrento e destrutivo demais para que se possa incorrer nesse risco. Essa consideração ainda é um dos principais fatores que limitam a reação da administração Trump, mesmo agora que o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, se aproxima de sua meta de formar um arsenal nuclear capaz de atingir os Estados Unidos. Na terça-feira (4), a Coreia do Norte parece ter ultrapassado um novo limiar, testando uma arma que descreveu como um míssil balístico intercontinental. Segundo analistas, o míssil teria o potencial de atingir o Alasca. Ao longo dos anos, como faz para crises potenciais pelo mundo afora, o Pentágono vem redigindo e retrabalhando vários planos de guerra, entre os quais uma enorme invasão retaliatória e ataques preventivos limitados, além de conduzir exercícios militares conjuntos anuais com as forças sul-coreanas. Os exercícios são baseados nesses planos. Mas as opções militares que existem são mais sinistras que nunca. Assista ao vídeo Mesmo o ataque mais limitado possível encerraria o risco de provocar baixas enormes, porque a Coreia do Norte poderia retaliar com milhares de peças de artilharia que tem posicionadas ao longo de sua fronteira com a Coreia do Sul. Embora esse arsenal norte-coreano tenha alcance limitado e pudesse ser destruído em questão de dias, o secretário de Defesa americano, James Mattis, avisou recentemente que, se a Coreia do Norte lançasse mão dele, "provavelmente seriam os combates mais destrutivos que a maioria das pessoas já viu". Além disso, não existe precedente histórico de um ataque militar tendo como objetivo destruir o arsenal nuclear de um país. A última vez da qual se sabe em que os Estados Unidos cogitaram seriamente atacar a Coreia do Norte foi em 1994, mais de uma década antes do primeiro teste nuclear desse país. O então secretário de Defesa William J. Perry pediu ao Pentágono que traçasse planos para um "ataque cirúrgico" contra um reator nuclear, mas desistiu da ideia depois de concluir que tal ataque desencadearia uma guerra que poderia deixar centenas de milhares de mortos. Os riscos hoje são ainda mais altos. As autoridades americanas acreditam que a Coreia do Norte já tenha construído até uma dúzia de bombas nucleares, possivelmente muitas mais, e tenha a capacidade de montá-las sobre mísseis capazes de alcançar boa parte do Japão e da Coreia do Sul. No início de seu mandato Trump tentou modificar a dinâmica da crise, forçando a Coreia do Norte e sua principal benfeitora econômica, a China, a reconsiderar a disposição de Washington em iniciar uma guerra. Ele falou diretamente sobre a possibilidade de um "conflito grande, grande" na península Coreana, ordenou o traslado de navios de guerra para águas vizinhas e prometeu "resolver" o problema nuclear. Mas Trump recuou consideravelmente nas últimas semanas, optando por enfatizar esforços para pressionar a China a frear Kim Jong-un com sanções. Afinal, um ataque preventivo por parte dos EUA provavelmente não conseguiria eliminar o arsenal norte-coreano, porque algumas das instalações da Coreia do Norte estão em cavernas nas montanhas ou locais subterrâneos, enquanto muitos de seus mísseis estão escondidos em lançadores móveis. A Coreia do Norte já avisou que retaliaria imediatamente, lançando mísseis nucleares. Mas prever como Kim de fato responderia a um ataque limitado é um exercício de teoria de jogos estratégicos. Muitos analistas argumentam que ele não lançaria mão de uma arma nuclear de imediato, nem usaria seu arsenal de armas químicas e biológicas, para evitar provocar uma resposta nuclear dos Estados Unidos. ATAQUES INICIAIS Separadas pela fronteira mais militarizada do mundo, as duas Coreias já tiveram mais de meio século para preparar-se para uma retomada da guerra que foi suspensa em 1953. Embora o arsenal da Coreia do Norte seja menos avançado, a Coreia do Sul tem uma desvantagem geográfica nítida: quase metade de sua população vive a menos de 80 quilômetros da Zona Desmilitarizada, incluindo os 10 milhões de habitantes de sua capital, Seul. "Temos esse aglomerado maciço de tudo que é importante na Coreia do Sul —governo, empresas e a população enorme—, tudo concentrado numa megalópole gigantesca que começa a 50 quilômetros e termina a 110 quilômetros da fronteira", disse Robert E. Kelly, professor de ciência política na Universidade Nacional de Pusan, na Coreia do Sul. "Em termos de segurança nacional, é um pesadelo." A Coreia do Norte posicionou até 8.000 canhões de artilharia e lançadores de foguetes de seu lado da Zona Desmilitarizada, dizem analistas, um arsenal que seria capaz de disparar até 300 mil projéteis contra a Coreia do Sul na primeira hora de um contra-ataque. Ela conseguiria provocar danos tremendos sem precisar recorrer a armas de destruição em massa. Kim poderia ordenar uma reação limitada, atacando, por exemplo, uma base próxima à Zona Desmilitarizada e então fazendo uma pausa antes de continuar. Mas a maioria dos analistas prevê que o Norte escalaria rapidamente se fosse atacado, provocando o máximo possível de danos, para o caso de os EUA e a Coreia do Sul estarem preparando uma invasão. "A Coreia do Norte sabe que seria o conflito final. Ela não se entregaria sem lutar", disse Jeffrey W. Hornung, da Rand Corporation. "Será um ataque fulminante." A Coreia do Norte já ameaçou muitas vezes converter Seul em um "mar de fogo", mas, segundo analistas, a maior parte de sua artilharia tem alcance de entre cinco e dez quilômetros e não poderia atingir a cidade. Mas os norte-coreanos já posicionaram pelo menos três sistemas que são capazes de alcançar a zona metropolitana de Seul: os canhões Koksan de 170 milímetros e lançadores de foguetes múltiplos de 240 milímetros, capazes de atingir os subúrbios do norte de Seul e partes da cidade, além de lançadores de foguetes múltiplos de 300 milímetros, que talvez pudessem atingir alvos mais além de Seul. Um estudo publicado em 2012 pelo Instituto Nautilus de Segurança e Estabilidade concluiu que as primeiras horas de um ataque maciço de artilharia norte-coreana sobre alvos militares resultaria em quase 3.000 mortes, enquanto um ataque contra alvos civis mataria quase 30 mil pessoas. Para intensificar os danos, a Coreia do Norte poderia também disparar mísseis balísticos contra Seul. Mas Joseph Bermudez Jr., especialista na Coreia do Norte junto à consultoria de inteligência de defesa AllSource Analysis, disse que é mais provável que Pyongyang empregasse seus mísseis para atacar instalações militares, incluindo bases americanas no Japão. A DEFESA As forças americanas e sul-coreanas poderiam ser colocadas em alerta e preparar-se para retaliar, antes de qualquer tentativa de destruir o programa nuclear norte-coreano. Mas não há muito que poderiam fazer para proteger Seul contra um ataque maciço de artilharia. A Coreia do Sul é capaz de interceptar alguns mísseis balísticos com o recentemente instalado sistema antimísseis Thaad, além dos sistemas Patriot e Hawk. Mas ela não possui nada como o Domo de Ferro israelense, capaz de destruir foguetes e projéteis de artilharia, que voam em altitudes mais baixas. Em vez disso, tropas sul-coreanas e americanas empregariam táticas tradicionais de "contrabateria", usando radar e outras técnicas para determinar a localização dos canhões do Norte quando fossem tirados de seus bunkers e disparados, para então usar foguetes e ataques aéreos para destruí-los. David Maxwell, diretor adjunto do Centro de Estudos de Segurança da Universidade Georgetown e veterano de cinco períodos de serviço militar prestado na Coreia do Sul com o Exército americano, disse que o Pentágono moderniza constantemente suas capacidades de contrabateria. Porém, acrescentou, "não existe nenhuma solução mágica que possa derrotar as armas norte-coreanas antes de elas causarem danos importantes a Seul e à Coreia do Sul. PREPARAÇÃO DE CIVIS Analistas dizem que, levando todos os fatores em conta, as forças americanas e sul-coreanas poderiam levar de três a quatro dias para derrotar a artilharia da Coreia do Norte. Quanta destruição o Norte provocaria nesse tempo dependeria em parte da capacidade da Coreia do Sul de retirar pessoas rapidamente e levá-las para locais de segurança. À medida que mais canhões do Norte fossem destruídos e mais pessoas se protegessem, o índice de baixas diminuiria a cada hora. O estudo do Projeto Nautilus projeta 60 mil mortos no primeiro dia completo de um ataque surpresa de artilharia sobre alvos militares em volta de Seul, a maioria nas três primeiras horas. As estimativas para o número de mortos em um ataque contra a população civil são muito maiores: alguns estudos projetam mais de 300 mil mortos nos primeiros dias de um ataque. O governo metropolitano de Seul diz que existem quase 3.300 abrigos antibomba na cidade, com espaço suficiente para abrigar todos os seus 10 milhões de habitantes. Na província de Gyeonggi, que cerca a capital, o governo provincial contabiliza 3.700 abrigos. Muitas estações ferroviárias na região também funcionam como abrigos antibomba, e a maioria dos prédios grandes conta com estacionamentos subterrâneos onde pessoas fugindo de ataques de artilharia poderiam se refugiar. Mas críticos dizem que as autoridades locais não estão preparadas para o caos que um ataque de artilharia causaria e que a população tem uma atitude de pouco-caso em relação à perspectiva de uma guerra. Tradução de CLARA ALLAIN
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'Ataque cirúrgico' na Coreia do Norte poderia converter-se no pior combateO impasse em torno do programa nuclear norte-coreano é moldado há anos pela visão de que os Estados Unidos não contam com uma opção militar viável para destruir esse programa. Qualquer tentativa de fazê-lo, dizem muitos, provocaria um contra-ataque brutal contra a Coreia do Sul, algo sangrento e destrutivo demais para que se possa incorrer nesse risco. Essa consideração ainda é um dos principais fatores que limitam a reação da administração Trump, mesmo agora que o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, se aproxima de sua meta de formar um arsenal nuclear capaz de atingir os Estados Unidos. Na terça-feira (4), a Coreia do Norte parece ter ultrapassado um novo limiar, testando uma arma que descreveu como um míssil balístico intercontinental. Segundo analistas, o míssil teria o potencial de atingir o Alasca. Ao longo dos anos, como faz para crises potenciais pelo mundo afora, o Pentágono vem redigindo e retrabalhando vários planos de guerra, entre os quais uma enorme invasão retaliatória e ataques preventivos limitados, além de conduzir exercícios militares conjuntos anuais com as forças sul-coreanas. Os exercícios são baseados nesses planos. Mas as opções militares que existem são mais sinistras que nunca. Assista ao vídeo Mesmo o ataque mais limitado possível encerraria o risco de provocar baixas enormes, porque a Coreia do Norte poderia retaliar com milhares de peças de artilharia que tem posicionadas ao longo de sua fronteira com a Coreia do Sul. Embora esse arsenal norte-coreano tenha alcance limitado e pudesse ser destruído em questão de dias, o secretário de Defesa americano, James Mattis, avisou recentemente que, se a Coreia do Norte lançasse mão dele, "provavelmente seriam os combates mais destrutivos que a maioria das pessoas já viu". Além disso, não existe precedente histórico de um ataque militar tendo como objetivo destruir o arsenal nuclear de um país. A última vez da qual se sabe em que os Estados Unidos cogitaram seriamente atacar a Coreia do Norte foi em 1994, mais de uma década antes do primeiro teste nuclear desse país. O então secretário de Defesa William J. Perry pediu ao Pentágono que traçasse planos para um "ataque cirúrgico" contra um reator nuclear, mas desistiu da ideia depois de concluir que tal ataque desencadearia uma guerra que poderia deixar centenas de milhares de mortos. Os riscos hoje são ainda mais altos. As autoridades americanas acreditam que a Coreia do Norte já tenha construído até uma dúzia de bombas nucleares, possivelmente muitas mais, e tenha a capacidade de montá-las sobre mísseis capazes de alcançar boa parte do Japão e da Coreia do Sul. No início de seu mandato Trump tentou modificar a dinâmica da crise, forçando a Coreia do Norte e sua principal benfeitora econômica, a China, a reconsiderar a disposição de Washington em iniciar uma guerra. Ele falou diretamente sobre a possibilidade de um "conflito grande, grande" na península Coreana, ordenou o traslado de navios de guerra para águas vizinhas e prometeu "resolver" o problema nuclear. Mas Trump recuou consideravelmente nas últimas semanas, optando por enfatizar esforços para pressionar a China a frear Kim Jong-un com sanções. Afinal, um ataque preventivo por parte dos EUA provavelmente não conseguiria eliminar o arsenal norte-coreano, porque algumas das instalações da Coreia do Norte estão em cavernas nas montanhas ou locais subterrâneos, enquanto muitos de seus mísseis estão escondidos em lançadores móveis. A Coreia do Norte já avisou que retaliaria imediatamente, lançando mísseis nucleares. Mas prever como Kim de fato responderia a um ataque limitado é um exercício de teoria de jogos estratégicos. Muitos analistas argumentam que ele não lançaria mão de uma arma nuclear de imediato, nem usaria seu arsenal de armas químicas e biológicas, para evitar provocar uma resposta nuclear dos Estados Unidos. ATAQUES INICIAIS Separadas pela fronteira mais militarizada do mundo, as duas Coreias já tiveram mais de meio século para preparar-se para uma retomada da guerra que foi suspensa em 1953. Embora o arsenal da Coreia do Norte seja menos avançado, a Coreia do Sul tem uma desvantagem geográfica nítida: quase metade de sua população vive a menos de 80 quilômetros da Zona Desmilitarizada, incluindo os 10 milhões de habitantes de sua capital, Seul. "Temos esse aglomerado maciço de tudo que é importante na Coreia do Sul —governo, empresas e a população enorme—, tudo concentrado numa megalópole gigantesca que começa a 50 quilômetros e termina a 110 quilômetros da fronteira", disse Robert E. Kelly, professor de ciência política na Universidade Nacional de Pusan, na Coreia do Sul. "Em termos de segurança nacional, é um pesadelo." A Coreia do Norte posicionou até 8.000 canhões de artilharia e lançadores de foguetes de seu lado da Zona Desmilitarizada, dizem analistas, um arsenal que seria capaz de disparar até 300 mil projéteis contra a Coreia do Sul na primeira hora de um contra-ataque. Ela conseguiria provocar danos tremendos sem precisar recorrer a armas de destruição em massa. Kim poderia ordenar uma reação limitada, atacando, por exemplo, uma base próxima à Zona Desmilitarizada e então fazendo uma pausa antes de continuar. Mas a maioria dos analistas prevê que o Norte escalaria rapidamente se fosse atacado, provocando o máximo possível de danos, para o caso de os EUA e a Coreia do Sul estarem preparando uma invasão. "A Coreia do Norte sabe que seria o conflito final. Ela não se entregaria sem lutar", disse Jeffrey W. Hornung, da Rand Corporation. "Será um ataque fulminante." A Coreia do Norte já ameaçou muitas vezes converter Seul em um "mar de fogo", mas, segundo analistas, a maior parte de sua artilharia tem alcance de entre cinco e dez quilômetros e não poderia atingir a cidade. Mas os norte-coreanos já posicionaram pelo menos três sistemas que são capazes de alcançar a zona metropolitana de Seul: os canhões Koksan de 170 milímetros e lançadores de foguetes múltiplos de 240 milímetros, capazes de atingir os subúrbios do norte de Seul e partes da cidade, além de lançadores de foguetes múltiplos de 300 milímetros, que talvez pudessem atingir alvos mais além de Seul. Um estudo publicado em 2012 pelo Instituto Nautilus de Segurança e Estabilidade concluiu que as primeiras horas de um ataque maciço de artilharia norte-coreana sobre alvos militares resultaria em quase 3.000 mortes, enquanto um ataque contra alvos civis mataria quase 30 mil pessoas. Para intensificar os danos, a Coreia do Norte poderia também disparar mísseis balísticos contra Seul. Mas Joseph Bermudez Jr., especialista na Coreia do Norte junto à consultoria de inteligência de defesa AllSource Analysis, disse que é mais provável que Pyongyang empregasse seus mísseis para atacar instalações militares, incluindo bases americanas no Japão. A DEFESA As forças americanas e sul-coreanas poderiam ser colocadas em alerta e preparar-se para retaliar, antes de qualquer tentativa de destruir o programa nuclear norte-coreano. Mas não há muito que poderiam fazer para proteger Seul contra um ataque maciço de artilharia. A Coreia do Sul é capaz de interceptar alguns mísseis balísticos com o recentemente instalado sistema antimísseis Thaad, além dos sistemas Patriot e Hawk. Mas ela não possui nada como o Domo de Ferro israelense, capaz de destruir foguetes e projéteis de artilharia, que voam em altitudes mais baixas. Em vez disso, tropas sul-coreanas e americanas empregariam táticas tradicionais de "contrabateria", usando radar e outras técnicas para determinar a localização dos canhões do Norte quando fossem tirados de seus bunkers e disparados, para então usar foguetes e ataques aéreos para destruí-los. David Maxwell, diretor adjunto do Centro de Estudos de Segurança da Universidade Georgetown e veterano de cinco períodos de serviço militar prestado na Coreia do Sul com o Exército americano, disse que o Pentágono moderniza constantemente suas capacidades de contrabateria. Porém, acrescentou, "não existe nenhuma solução mágica que possa derrotar as armas norte-coreanas antes de elas causarem danos importantes a Seul e à Coreia do Sul. PREPARAÇÃO DE CIVIS Analistas dizem que, levando todos os fatores em conta, as forças americanas e sul-coreanas poderiam levar de três a quatro dias para derrotar a artilharia da Coreia do Norte. Quanta destruição o Norte provocaria nesse tempo dependeria em parte da capacidade da Coreia do Sul de retirar pessoas rapidamente e levá-las para locais de segurança. À medida que mais canhões do Norte fossem destruídos e mais pessoas se protegessem, o índice de baixas diminuiria a cada hora. O estudo do Projeto Nautilus projeta 60 mil mortos no primeiro dia completo de um ataque surpresa de artilharia sobre alvos militares em volta de Seul, a maioria nas três primeiras horas. As estimativas para o número de mortos em um ataque contra a população civil são muito maiores: alguns estudos projetam mais de 300 mil mortos nos primeiros dias de um ataque. O governo metropolitano de Seul diz que existem quase 3.300 abrigos antibomba na cidade, com espaço suficiente para abrigar todos os seus 10 milhões de habitantes. Na província de Gyeonggi, que cerca a capital, o governo provincial contabiliza 3.700 abrigos. Muitas estações ferroviárias na região também funcionam como abrigos antibomba, e a maioria dos prédios grandes conta com estacionamentos subterrâneos onde pessoas fugindo de ataques de artilharia poderiam se refugiar. Mas críticos dizem que as autoridades locais não estão preparadas para o caos que um ataque de artilharia causaria e que a população tem uma atitude de pouco-caso em relação à perspectiva de uma guerra. Tradução de CLARA ALLAIN
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Morgan Stanley demite funcionário acusado de roubar dados de clientes
O banco Morgan Stanley despediu nesta segunda-feira (5) um funcionário acusado de roubar informações de clientes e divulgá-las na internet. De acordo com o jornal "Wall Street Journal", cerca de 900 clientes tiveram os nomes e os números de suas contas bancárias divulgados na web. Após detectar o vazamento das informações no próprio site, a instituição retirou a página do ar. Apesar do vazamento, o banco detectou que nenhuma perda de fortunas foi registrada e que outros dados, como senhas e números de seguros sociais, não foram divulgados.  O nome do funcionário demitido não foi revelado. Em um comunicado, o Morgan Stanley informou que está melhorando a segurança de seus sistemas bancários e que vai monitorar contas dos possíveis clientes afetados. Além disso, o banco informou que vai instaurar uma "profunda investigação" sobre o ocorrido. OUTROS ATAQUES A segurança se tornou uma preocupação do banco desde o ano passado, quando dados de 76 milhões de clientes foram roubados dos sistemas da empresa. Havia o temor de que os fraudadores usassem essas informações para conseguir mais dados pessoais dos clientes. Este foi um dos maiores ataque já registrados à instituição. Na época do roubo, as ações do Morgan Stanley chegaram a cair 3%.
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Morgan Stanley demite funcionário acusado de roubar dados de clientesO banco Morgan Stanley despediu nesta segunda-feira (5) um funcionário acusado de roubar informações de clientes e divulgá-las na internet. De acordo com o jornal "Wall Street Journal", cerca de 900 clientes tiveram os nomes e os números de suas contas bancárias divulgados na web. Após detectar o vazamento das informações no próprio site, a instituição retirou a página do ar. Apesar do vazamento, o banco detectou que nenhuma perda de fortunas foi registrada e que outros dados, como senhas e números de seguros sociais, não foram divulgados.  O nome do funcionário demitido não foi revelado. Em um comunicado, o Morgan Stanley informou que está melhorando a segurança de seus sistemas bancários e que vai monitorar contas dos possíveis clientes afetados. Além disso, o banco informou que vai instaurar uma "profunda investigação" sobre o ocorrido. OUTROS ATAQUES A segurança se tornou uma preocupação do banco desde o ano passado, quando dados de 76 milhões de clientes foram roubados dos sistemas da empresa. Havia o temor de que os fraudadores usassem essas informações para conseguir mais dados pessoais dos clientes. Este foi um dos maiores ataque já registrados à instituição. Na época do roubo, as ações do Morgan Stanley chegaram a cair 3%.
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Quais cuidados é preciso tomar ao abastecer o veículo?
DE SÃO PAULO Confira três dicas, por Gilberto Pose, coordenador técnico de combustíveis da Raízen e Miguel Lacerda, diretor de lubrificantes da Ipiranga. * Evite dirigir com o tanque na reserva. Quando o nível está baixo há um desgaste maior da bomba, que fica sem lubrificação; além disso, a peça pode entupir ao sugar impurezas do fundo do tanque Combustível aditivado é bom pra saúde do veículo. Sua fórmula ajuda a manter a limpeza das peças, o que aumenta a eficiência do motor. Evite misturar os dois tipos de combustível Não há diferença entre encher o tanque ou abastecer pela metade, mas não encha demais -respeite o sinal da bomba (um clique). Senão, o líquido pode contaminar o sistema que filtra o vapor do combustível
sobretudo
Quais cuidados é preciso tomar ao abastecer o veículo? DE SÃO PAULO Confira três dicas, por Gilberto Pose, coordenador técnico de combustíveis da Raízen e Miguel Lacerda, diretor de lubrificantes da Ipiranga. * Evite dirigir com o tanque na reserva. Quando o nível está baixo há um desgaste maior da bomba, que fica sem lubrificação; além disso, a peça pode entupir ao sugar impurezas do fundo do tanque Combustível aditivado é bom pra saúde do veículo. Sua fórmula ajuda a manter a limpeza das peças, o que aumenta a eficiência do motor. Evite misturar os dois tipos de combustível Não há diferença entre encher o tanque ou abastecer pela metade, mas não encha demais -respeite o sinal da bomba (um clique). Senão, o líquido pode contaminar o sistema que filtra o vapor do combustível
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Corrupção reforça desigualdade no Brasil, diz Transparência Internacional
Esquemas de corrupção como a da Petrobras, investigado pela operação Lava Jato, contribuíram para aumentar as desigualdades no Brasil, avalia a ONG Transparência Internacional. A organização destaca que a corrupção ocorre em vários níveis governamentais, causando impactos desastrosos para o desenvolvimento do país. A relação entre corrupção e desigualdade, com o exemplo da Petrobras, foi um dos destaques do Índice de Percepção da Corrupção Global divulgado nesta quarta (25) pela organização, com sede em Berlim. "O esquema da Petrobras reproduz um padrão que é sistêmico na relação entre setor privado e poder público no Brasil. Através do suborno, são criados ambientes de negócios que privilegiam certos grupos e não são favoráveis ao interesse público e da economia em geral. Isso gera grandes distorções e desigualdades", afirma Bruno Brandão, representante da organização, com sede em Berlim, para o Brasil. Apesar de a percepção de corrupção se manter estabilizada em relação ao ano anterior no Brasil, o país caiu três posições no ranking, ficando no 79º lugar entre as 176 nações avaliadas em 2016. A desigualdade se reflete em vários âmbitos: da distribuição de contratos em licitações, ao eliminar chances da concorrência entre empresas de diferentes portes, à qualidade dos serviços públicos, que acabam negligenciados devido ao desvio de recursos. A concorrência desleal, criada com compra da exclusividade para a realização de uma obra pública, tem ainda efeitos no crescimento e desenvolvimento de um país. De acordo com Brandão, sem a competição para estimular a melhoria da qualidade e a busca pela excelência e eficiência, a tendência é a degradação de infraestruturas. "O desastre da infraestrutura no Brasil é fruto de um ambiente completamente controlado por cartéis e corrupção, o que gera um impacto enorme no desenvolvimento econômico e, por conseguinte, na distribuição das riquezas, por meio dos serviços públicos", ressalta o especialista. No caso específico da Petrobras, o custo da corrupção foi estimado em R$ 6 bilhões, recursos que poderiam ser empregados em investimentos, que gerariam, além de desenvolvimento para o país, uma maior arrecadação de impostos, que posteriormente seriam revertidos para os serviços públicos, exemplifica Brandão. O especialista destaca, porém, que um impacto direto de maiores proporções na desigualdade social pode ser observado no esquema investigado pela operação Zelotes, que revelou uma estrutura de sonegação fiscal, envolvendo quadrilhas que operavam no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. O objetivo do esquema era reverter a cobrança de impostos atrasados e multas, através do pagamento de propina. Estima-se que a fraude gerou um rombo bilionário de arrecadação nos cofres da União. "A Zelotes revelou um esquema de corrupção gravíssimo e que talvez tenha um impacto muito maior sobre a economia do país do que o esquema da Petrobras, pois são bilhões de impostos que deixaram de ser recolhidos e que poderiam ser canalizados para serviços públicos, como a saúde, educação e segurança pública", ressalta Brandão. CORRUPÇÃO E VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS A ONG também vê uma ligação entre os altos níveis de corrupção no poder público e a violação de direitos humanos, e cita com exemplo os recentes massacres em prisões do país. "O caso dos massacres em presídios, que ocorreram no início do ano, é um exemplo chocante de como a corrupção viola os direitos humanos. Uma tragédia como essa só pode ocorrer através da corrupção em vários níveis, a começar pelo descontrole total em relação à entrada de armas dentro de penitenciárias até o envolvimento de governantes com o crime organizado", ressaltou Brandão. O caso de Manaus trouxe à tona várias denúncias expondo esse quadro de corrupção. O diretor-interino da Complexo Prisional Anísio Jobim (COMPAJ) foi afastado depois de a Defensoria do Amazonas relatar que tinha recebido cartas de dois detentos, poucos dias antes do massacre, denunciando que ele tinha recebido propina de facções criminosas, em troca da liberação da entrada de drogas e armas no complexo. Os autores da denúncia estavam sendo ameaçados de morte e foram assassinados na chacina. A polícia federal também disse que houve negociações entre o governador do Amazonas e líderes de facções para evitar transferências. Quando questionada, a gestão do governador José Melo (Pros) diz que desconhece negociações que teriam ocorrido entre o poder público e criminosos. Além do exemplo extremo, Brandão acrescenta que a degradação de serviços públicos, a falta de infraestrutura básica, como redes de saneamento, e a ausência de uma Justiça que responda às demandas da população também são casos de violação de direitos humanos que têm origem na corrupção. "A população mais vulnerável é a que mais sente os impactos da corrupção, porque, é entre ela que as deficiências do Estado e do serviço público geram consequências diretas. Quem tem mais recursos, compra o acesso a serviços privados de qualidade, mas os mais carentes acabam sem alternativa", afirma o especialista. FUTURO DO COMBATE NO BRASIL Apesar de destacar os avanços do Brasil no combate à corrupção, com investigações profundas, como a Lava Jato, a ONG diz que, diante o novo governo, se preocupa com o futuro do progresso conquistado nos últimos anos. "A ausência completa do tema corrupção nos discursos do presidente e nas ações de governo, além da falta da integridade como critério para a composição dos ministérios, nos preocupa muito", diz Brandão. "A Lava Jato está sendo atacada, como vimos no Congresso com a destruição do pacote anticorrupção e a incorporação de medidas de retaliação à Justiça. Há um risco muito real de retrocesso", afirma, acrescentando que cabe à sociedade impulsionar o rumo que o país irá tomar daqui para frente neste sentido. Ele diz que a queda no índice revela que há uma percepção maior de corrupção no país, mas que isso não é necessariamente ruim e pode significar um processo de melhora, se vier acompanhada com o combate da prática, por meio de investigações e punições dos culpados, para diminuir a sensação de impunidade, além do aprimoramento de instituições.
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Corrupção reforça desigualdade no Brasil, diz Transparência InternacionalEsquemas de corrupção como a da Petrobras, investigado pela operação Lava Jato, contribuíram para aumentar as desigualdades no Brasil, avalia a ONG Transparência Internacional. A organização destaca que a corrupção ocorre em vários níveis governamentais, causando impactos desastrosos para o desenvolvimento do país. A relação entre corrupção e desigualdade, com o exemplo da Petrobras, foi um dos destaques do Índice de Percepção da Corrupção Global divulgado nesta quarta (25) pela organização, com sede em Berlim. "O esquema da Petrobras reproduz um padrão que é sistêmico na relação entre setor privado e poder público no Brasil. Através do suborno, são criados ambientes de negócios que privilegiam certos grupos e não são favoráveis ao interesse público e da economia em geral. Isso gera grandes distorções e desigualdades", afirma Bruno Brandão, representante da organização, com sede em Berlim, para o Brasil. Apesar de a percepção de corrupção se manter estabilizada em relação ao ano anterior no Brasil, o país caiu três posições no ranking, ficando no 79º lugar entre as 176 nações avaliadas em 2016. A desigualdade se reflete em vários âmbitos: da distribuição de contratos em licitações, ao eliminar chances da concorrência entre empresas de diferentes portes, à qualidade dos serviços públicos, que acabam negligenciados devido ao desvio de recursos. A concorrência desleal, criada com compra da exclusividade para a realização de uma obra pública, tem ainda efeitos no crescimento e desenvolvimento de um país. De acordo com Brandão, sem a competição para estimular a melhoria da qualidade e a busca pela excelência e eficiência, a tendência é a degradação de infraestruturas. "O desastre da infraestrutura no Brasil é fruto de um ambiente completamente controlado por cartéis e corrupção, o que gera um impacto enorme no desenvolvimento econômico e, por conseguinte, na distribuição das riquezas, por meio dos serviços públicos", ressalta o especialista. No caso específico da Petrobras, o custo da corrupção foi estimado em R$ 6 bilhões, recursos que poderiam ser empregados em investimentos, que gerariam, além de desenvolvimento para o país, uma maior arrecadação de impostos, que posteriormente seriam revertidos para os serviços públicos, exemplifica Brandão. O especialista destaca, porém, que um impacto direto de maiores proporções na desigualdade social pode ser observado no esquema investigado pela operação Zelotes, que revelou uma estrutura de sonegação fiscal, envolvendo quadrilhas que operavam no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. O objetivo do esquema era reverter a cobrança de impostos atrasados e multas, através do pagamento de propina. Estima-se que a fraude gerou um rombo bilionário de arrecadação nos cofres da União. "A Zelotes revelou um esquema de corrupção gravíssimo e que talvez tenha um impacto muito maior sobre a economia do país do que o esquema da Petrobras, pois são bilhões de impostos que deixaram de ser recolhidos e que poderiam ser canalizados para serviços públicos, como a saúde, educação e segurança pública", ressalta Brandão. CORRUPÇÃO E VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS A ONG também vê uma ligação entre os altos níveis de corrupção no poder público e a violação de direitos humanos, e cita com exemplo os recentes massacres em prisões do país. "O caso dos massacres em presídios, que ocorreram no início do ano, é um exemplo chocante de como a corrupção viola os direitos humanos. Uma tragédia como essa só pode ocorrer através da corrupção em vários níveis, a começar pelo descontrole total em relação à entrada de armas dentro de penitenciárias até o envolvimento de governantes com o crime organizado", ressaltou Brandão. O caso de Manaus trouxe à tona várias denúncias expondo esse quadro de corrupção. O diretor-interino da Complexo Prisional Anísio Jobim (COMPAJ) foi afastado depois de a Defensoria do Amazonas relatar que tinha recebido cartas de dois detentos, poucos dias antes do massacre, denunciando que ele tinha recebido propina de facções criminosas, em troca da liberação da entrada de drogas e armas no complexo. Os autores da denúncia estavam sendo ameaçados de morte e foram assassinados na chacina. A polícia federal também disse que houve negociações entre o governador do Amazonas e líderes de facções para evitar transferências. Quando questionada, a gestão do governador José Melo (Pros) diz que desconhece negociações que teriam ocorrido entre o poder público e criminosos. Além do exemplo extremo, Brandão acrescenta que a degradação de serviços públicos, a falta de infraestrutura básica, como redes de saneamento, e a ausência de uma Justiça que responda às demandas da população também são casos de violação de direitos humanos que têm origem na corrupção. "A população mais vulnerável é a que mais sente os impactos da corrupção, porque, é entre ela que as deficiências do Estado e do serviço público geram consequências diretas. Quem tem mais recursos, compra o acesso a serviços privados de qualidade, mas os mais carentes acabam sem alternativa", afirma o especialista. FUTURO DO COMBATE NO BRASIL Apesar de destacar os avanços do Brasil no combate à corrupção, com investigações profundas, como a Lava Jato, a ONG diz que, diante o novo governo, se preocupa com o futuro do progresso conquistado nos últimos anos. "A ausência completa do tema corrupção nos discursos do presidente e nas ações de governo, além da falta da integridade como critério para a composição dos ministérios, nos preocupa muito", diz Brandão. "A Lava Jato está sendo atacada, como vimos no Congresso com a destruição do pacote anticorrupção e a incorporação de medidas de retaliação à Justiça. Há um risco muito real de retrocesso", afirma, acrescentando que cabe à sociedade impulsionar o rumo que o país irá tomar daqui para frente neste sentido. Ele diz que a queda no índice revela que há uma percepção maior de corrupção no país, mas que isso não é necessariamente ruim e pode significar um processo de melhora, se vier acompanhada com o combate da prática, por meio de investigações e punições dos culpados, para diminuir a sensação de impunidade, além do aprimoramento de instituições.
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Time de Orlando anuncia contratação de Marta; Kaká dá boas-vindas à atleta
A atacante brasileira Marta, cinco vezes melhor do mundo pela Fifa, foi anunciada nesta sexta-feira (7) como novo reforço do Orlando Pride. A jogadora estava livre no mercado após encerrar seu vínculo com o Rosengard, da Suécia. Segundo a revista "Sports Illustrated", Marta assinou um contrato de dois anos com a opção de renovar por um terceiro. Ela ainda aguarda documentos, como visto de trabalho e o Certificado Internacional de Transferências. O clube de Orlando explica na nota que, para cumprir regulamento da liga, não pode dar mais detalhes sobre a contratação. Orlando anuncia a contratação de Marta "Estamos incrivelmente orgulhosos de trazer Marta a Orlando e eu estou pessoalmente muito empolgado por ser um fã dela por muitos anos. Nossa equipe técnica trabalhou duro para trazer a melhor, mais premiada jogadora de futebol do mundo para o elenco. Começamos o Pride para vencer, e trazer Marta a Orlando é um testamento em nossa confiança neste time, nossos torcedores e a paixão por futebol na região central da Flórida", declarou Leitão. O técnico da equipe, Tom Sermanni, elogiou o novo reforço. "Apenas trazer Marta ao nosso ambiente de trabalho eleva todas as jogadoras. Da perspectiva do jogo, ela ainda é uma jogadora de elite no mundo, é simples assim. Trazê-la para cá é uma grande mostra de força", analisou. A equipe americana, que é "irmã" do Orlando City de Kaká, já conta com duas brasileiras no elenco: as defensores Monica e Camila. A estrela do clube, no entanto, é a atacante Alex Morgan, campeã olímpica e da Copa do Mundo pela seleção dos Estados Unidos. Pelas redes sociais, Kaká deu boas-vindas à atleta, com foto de ambos em prêmio da Fifa. "Bem-vinda à família do Orlando City", escreveu Kaká no Twitter. Kaká comemora contratação de Marta
esporte
Time de Orlando anuncia contratação de Marta; Kaká dá boas-vindas à atletaA atacante brasileira Marta, cinco vezes melhor do mundo pela Fifa, foi anunciada nesta sexta-feira (7) como novo reforço do Orlando Pride. A jogadora estava livre no mercado após encerrar seu vínculo com o Rosengard, da Suécia. Segundo a revista "Sports Illustrated", Marta assinou um contrato de dois anos com a opção de renovar por um terceiro. Ela ainda aguarda documentos, como visto de trabalho e o Certificado Internacional de Transferências. O clube de Orlando explica na nota que, para cumprir regulamento da liga, não pode dar mais detalhes sobre a contratação. Orlando anuncia a contratação de Marta "Estamos incrivelmente orgulhosos de trazer Marta a Orlando e eu estou pessoalmente muito empolgado por ser um fã dela por muitos anos. Nossa equipe técnica trabalhou duro para trazer a melhor, mais premiada jogadora de futebol do mundo para o elenco. Começamos o Pride para vencer, e trazer Marta a Orlando é um testamento em nossa confiança neste time, nossos torcedores e a paixão por futebol na região central da Flórida", declarou Leitão. O técnico da equipe, Tom Sermanni, elogiou o novo reforço. "Apenas trazer Marta ao nosso ambiente de trabalho eleva todas as jogadoras. Da perspectiva do jogo, ela ainda é uma jogadora de elite no mundo, é simples assim. Trazê-la para cá é uma grande mostra de força", analisou. A equipe americana, que é "irmã" do Orlando City de Kaká, já conta com duas brasileiras no elenco: as defensores Monica e Camila. A estrela do clube, no entanto, é a atacante Alex Morgan, campeã olímpica e da Copa do Mundo pela seleção dos Estados Unidos. Pelas redes sociais, Kaká deu boas-vindas à atleta, com foto de ambos em prêmio da Fifa. "Bem-vinda à família do Orlando City", escreveu Kaká no Twitter. Kaká comemora contratação de Marta
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Por R$ 49 mi, time de Felipão na China contrata Paulinho, ex-Corinthians
Pouco utilizado pelo Tottenham na última temporada, o volante Paulinho, ex-Corinthians, acertou sua transferência para o Guangzhou Evergrande, da China, time dirigido pelo técnico Luiz Felipe Scolari. De acordo com a equipe chinesa, Paulinho foi adquirido por 14 milhões de euros (R$ 49 milhões). O Tottenham pagou R$ 60 milhões pelo volante em 2013. Paulinho será o quinto brasileiro no elenco do Guangzhou Evergrande, que ainda conta com o meia Renê Júnior e os atacantes Elkeson, Alan e Ricardo Goulart. Paulinho foi convocado por Felipão para a Copa das Confederações e para a Copa do Mundo. "Fico feliz pelas negociações terem dado certo e que o desfecho tenha sido o melhor possível. Estou muito animado com este novo desafio. Hoje temos muitos brasileiros no país e o fato de voltar a trabalhar com Felipão me motivou ainda mais a tomar esta decisão. Chegou a hora de dar um passo novo na minha vida profissional e eu trabalharei muito para que meus objetivos sejam alcançados nesta nova fase da minha carreira", disse.
esporte
Por R$ 49 mi, time de Felipão na China contrata Paulinho, ex-CorinthiansPouco utilizado pelo Tottenham na última temporada, o volante Paulinho, ex-Corinthians, acertou sua transferência para o Guangzhou Evergrande, da China, time dirigido pelo técnico Luiz Felipe Scolari. De acordo com a equipe chinesa, Paulinho foi adquirido por 14 milhões de euros (R$ 49 milhões). O Tottenham pagou R$ 60 milhões pelo volante em 2013. Paulinho será o quinto brasileiro no elenco do Guangzhou Evergrande, que ainda conta com o meia Renê Júnior e os atacantes Elkeson, Alan e Ricardo Goulart. Paulinho foi convocado por Felipão para a Copa das Confederações e para a Copa do Mundo. "Fico feliz pelas negociações terem dado certo e que o desfecho tenha sido o melhor possível. Estou muito animado com este novo desafio. Hoje temos muitos brasileiros no país e o fato de voltar a trabalhar com Felipão me motivou ainda mais a tomar esta decisão. Chegou a hora de dar um passo novo na minha vida profissional e eu trabalharei muito para que meus objetivos sejam alcançados nesta nova fase da minha carreira", disse.
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Festival no Arouche irá reunir blocos de rua para comemorar a diversidade
O Carnaval de rua deste ano em São Paulo terá uma novidade: o encontro de blocos de rua em um festival para comemorar a diversidade e a liberdade de gênero. O "Love Fest" vai acontecer no dia 27, segunda-feira de Carnaval, no Largo do Arouche (centro), das 12h às 20h, com a reunião de cinco blocos: Minhoqueens, Viemos do Egyto, BregsNice, Meu Santo é Pop e Domingo ela não vai. Além dos desfiles, marchinhas e folia, o festival terá exibição de curtas, atividades e discussões em torno das questões do público LGBT. Idealizado pela Rua Livre, empresa que realiza ações de valorização dos espaços urbanos, o festival é gratuito. Busca Blocos
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Festival no Arouche irá reunir blocos de rua para comemorar a diversidadeO Carnaval de rua deste ano em São Paulo terá uma novidade: o encontro de blocos de rua em um festival para comemorar a diversidade e a liberdade de gênero. O "Love Fest" vai acontecer no dia 27, segunda-feira de Carnaval, no Largo do Arouche (centro), das 12h às 20h, com a reunião de cinco blocos: Minhoqueens, Viemos do Egyto, BregsNice, Meu Santo é Pop e Domingo ela não vai. Além dos desfiles, marchinhas e folia, o festival terá exibição de curtas, atividades e discussões em torno das questões do público LGBT. Idealizado pela Rua Livre, empresa que realiza ações de valorização dos espaços urbanos, o festival é gratuito. Busca Blocos
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'Não' vence plebiscito na Grécia e país rejeita proposta de credores europeus
Em um resultado surpreendente, o voto pelo "não" venceu o plebiscito na Grécia neste domingo (5), rejeitando a proposta de socorro financeiro dos credores internacionais. Com 100% dos votos apurados, 61,31% optaram pelo "não" e 38,69% pelo "sim". O placar amplo contrariou todas as pesquisas, inclusive as realizadas neste domingo e divulgadas após o fechamento das urnas que previam uma vitória apertada do "não". Com isso, os gregos rejeitaram a proposta de socorro internacional feito pelos credores, no caso, FMI (Fundo Monetário Internacional), BCE (Banco Central Europeu) e o bloco europeu. Logo após os primeiros números serem divulgados, simpatizantes do Syriza, partido de esquerda do primeiro-ministro Alexis Tsipras, começaram a celebrar o resultado na praça Syntagma, no centro de Atenas. Entenda a crise grega A vitória do "não" representa um fortalecimento de Tsipras no seu país, já que ele convocou o plebiscito no último dia 27 depois do fracasso nas negociações em Bruxelas. Neste domingo, ele afirmou que "ninguém pode ignorar a vontade do povo", e voltou a dizer que a consulta era uma vitória contra a "chantagem". Ao mesmo tempo, no entanto, o resultado pode aumentar a pressão para a Grécia deixar a zona do euro, principalmente se não chegar a algum tipo de acordo com o bloco nos próximos dias. Tsipras tem dito que a Grécia não deixará a moeda única e que pretende retomar as negociações nesta segunda-feira (6) em busca de uma solução para o país. O ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, afirmou neste domingo acreditar na possibilidade de um consenso em 24 horas. A questão é como os líderes europeus vão reagir: se pretendem sentar à mesa novamente com a Grécia ou, diante do recado do povo grego, romper definitivamente as relações. A chanceler alemã, Angela Merkel, tem um encontro marcado com o presidente francês, François Hollande, nesta segunda-feira (6) em Paris. O principal drama dos gregos no curto prazo é o risco de colapso bancário a partir de terça-feira (7), quando as agências do país reabririam depois de uma semana de fechamento e controle de capital. O governo precisa de um novo socorro emergencial do BCE (Banco Central Europeu) para sua liquidez bancária, caso contrário, sem moeda no caixa, corre sério risco de ser forçado a emitir nova moeda em breve, conforme alertaram autoridades europeias nos últimos dias. OPOSIÇÃO O resultado do plebiscito fez com que o ex-premiê grego Antonis Samaras anunciasse sua renúncia como líder do partido de oposição Nova Democracia depois da sonora vitória do "não". "Nosso partido precisa de um novo começo. A partir de hoje, estou renunciando da liderança do Nova Democracia", disse Samaras em comunicado transmitido pela televisão.
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'Não' vence plebiscito na Grécia e país rejeita proposta de credores europeusEm um resultado surpreendente, o voto pelo "não" venceu o plebiscito na Grécia neste domingo (5), rejeitando a proposta de socorro financeiro dos credores internacionais. Com 100% dos votos apurados, 61,31% optaram pelo "não" e 38,69% pelo "sim". O placar amplo contrariou todas as pesquisas, inclusive as realizadas neste domingo e divulgadas após o fechamento das urnas que previam uma vitória apertada do "não". Com isso, os gregos rejeitaram a proposta de socorro internacional feito pelos credores, no caso, FMI (Fundo Monetário Internacional), BCE (Banco Central Europeu) e o bloco europeu. Logo após os primeiros números serem divulgados, simpatizantes do Syriza, partido de esquerda do primeiro-ministro Alexis Tsipras, começaram a celebrar o resultado na praça Syntagma, no centro de Atenas. Entenda a crise grega A vitória do "não" representa um fortalecimento de Tsipras no seu país, já que ele convocou o plebiscito no último dia 27 depois do fracasso nas negociações em Bruxelas. Neste domingo, ele afirmou que "ninguém pode ignorar a vontade do povo", e voltou a dizer que a consulta era uma vitória contra a "chantagem". Ao mesmo tempo, no entanto, o resultado pode aumentar a pressão para a Grécia deixar a zona do euro, principalmente se não chegar a algum tipo de acordo com o bloco nos próximos dias. Tsipras tem dito que a Grécia não deixará a moeda única e que pretende retomar as negociações nesta segunda-feira (6) em busca de uma solução para o país. O ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, afirmou neste domingo acreditar na possibilidade de um consenso em 24 horas. A questão é como os líderes europeus vão reagir: se pretendem sentar à mesa novamente com a Grécia ou, diante do recado do povo grego, romper definitivamente as relações. A chanceler alemã, Angela Merkel, tem um encontro marcado com o presidente francês, François Hollande, nesta segunda-feira (6) em Paris. O principal drama dos gregos no curto prazo é o risco de colapso bancário a partir de terça-feira (7), quando as agências do país reabririam depois de uma semana de fechamento e controle de capital. O governo precisa de um novo socorro emergencial do BCE (Banco Central Europeu) para sua liquidez bancária, caso contrário, sem moeda no caixa, corre sério risco de ser forçado a emitir nova moeda em breve, conforme alertaram autoridades europeias nos últimos dias. OPOSIÇÃO O resultado do plebiscito fez com que o ex-premiê grego Antonis Samaras anunciasse sua renúncia como líder do partido de oposição Nova Democracia depois da sonora vitória do "não". "Nosso partido precisa de um novo começo. A partir de hoje, estou renunciando da liderança do Nova Democracia", disse Samaras em comunicado transmitido pela televisão.
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Filho da presidente do Chile depõe em caso de tráfico de influência
O filho da presidente chilena Michelle Bachelet, Sebastián Dávalos, prestou depoimento nesta segunda (13) sobre o caso em que é investigado por suposto tráfico de influência. Ele chegou para depor em Rancagua, a 80 km da capital chilena, Santiago, num carro oficial da Promotoria, segundo informações da CNN Chile, com motorista e dois seguranças que também seriam funcionários do governo. A informação provocou a ira de chilenos, que protestaram nas redes sociais. Dávalos deixou o edifício cerca de quatro horas depois, sob gritos de "sem-vergonha". O filho da presidente é acusado de ter facilitado um empréstimo do Banco do Chile para a empresa de sua mulher, Natália Compagnon, no valor aproximado de R$ 30 milhões. Com esse dinheiro, ela teria comprado imóveis e os revendido em seguida por um preço mais alto. A investigação afirma que Dávalos participou de uma reunião com um alto executivo do Banco do Chile junto com a mulher dois dias antes da eleição de Bachelet, em dezembro de 2013. O empréstimo foi autorizado no dia seguinte à vitória da atual presidente. Ele e a mulher negam que tenham usado a influência familiar para obter o dinheiro. Natalia Compagnon depôs na semana passada e também foi hostilizada na porta da Promotoria. Mas não contou com o mesmo esquema de segurança e foi agredida com bandeiradas por militantes que protestavam no local. Em entrevista que foi ao ar na TV estatal chilena no domingo à noite, Bachelet afirmou que está abalada com o caso. "Tem sido duro como mulher, como mãe e como presidente", disse ela. Bachelet voltou a afirmar que não teve conhecimento do negócio e manifestou insatisfação com uma operação que classificou de especulação imobiliária. "Sou uma pessoa honesta, sou a mesma pessoa de sempre. Nunca me aproveitei do cargo com outras intenções", afirmou.
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Filho da presidente do Chile depõe em caso de tráfico de influênciaO filho da presidente chilena Michelle Bachelet, Sebastián Dávalos, prestou depoimento nesta segunda (13) sobre o caso em que é investigado por suposto tráfico de influência. Ele chegou para depor em Rancagua, a 80 km da capital chilena, Santiago, num carro oficial da Promotoria, segundo informações da CNN Chile, com motorista e dois seguranças que também seriam funcionários do governo. A informação provocou a ira de chilenos, que protestaram nas redes sociais. Dávalos deixou o edifício cerca de quatro horas depois, sob gritos de "sem-vergonha". O filho da presidente é acusado de ter facilitado um empréstimo do Banco do Chile para a empresa de sua mulher, Natália Compagnon, no valor aproximado de R$ 30 milhões. Com esse dinheiro, ela teria comprado imóveis e os revendido em seguida por um preço mais alto. A investigação afirma que Dávalos participou de uma reunião com um alto executivo do Banco do Chile junto com a mulher dois dias antes da eleição de Bachelet, em dezembro de 2013. O empréstimo foi autorizado no dia seguinte à vitória da atual presidente. Ele e a mulher negam que tenham usado a influência familiar para obter o dinheiro. Natalia Compagnon depôs na semana passada e também foi hostilizada na porta da Promotoria. Mas não contou com o mesmo esquema de segurança e foi agredida com bandeiradas por militantes que protestavam no local. Em entrevista que foi ao ar na TV estatal chilena no domingo à noite, Bachelet afirmou que está abalada com o caso. "Tem sido duro como mulher, como mãe e como presidente", disse ela. Bachelet voltou a afirmar que não teve conhecimento do negócio e manifestou insatisfação com uma operação que classificou de especulação imobiliária. "Sou uma pessoa honesta, sou a mesma pessoa de sempre. Nunca me aproveitei do cargo com outras intenções", afirmou.
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Incêndio em dormitório de escola religiosa na Malásia deixa 23 mortos
Um incêndio bloqueou a única saída de um dormitório de estudantes em uma escola islâmica nos arredores da capital Kuala Lumpur, na Malásia, na madrugada desta quinta-feira (14). Dois professores e 21 estudantes de idades entre 13 e 17 anos morreram. O ministro da saúde, S. Subramaniam, disse que os 23 corpos foram encaminhados ao departamento forense para identificação. Ele também afirmou que outros seis estudantes e um residente que tentaram socorrer as vítimas foram hospitalizados, quatro deles em condições críticas. Os bombeiros foram acionados às 5h40 (18h40 em Brasília) e precisaram de uma hora para apagar as chamas do prédio de três andares. Um representante do corpo de bombeiros contou que o incêndio começou próximo à porta do dormitório dos alunos, prendendo as vítimas dentro do cômodo, já que as janelas tinham grades. Autoridades acreditam que a causa teria sido um curto-circuito elétrico, mas informaram que as investigações ainda não foram concluídas. Testemunhas descreveram cenas de horror. O professor islâmico Arif Mawardy contou ter sido acordado pelo barulho do que acreditava ser uma tempestade, para depois descobrir que se tratava dos gritos das vítimas presas dentro do dormitório. Segundo a mídia local, a moradora Nurhayati Abdul Halim disse ter visto "suas pequenas mãos [dos estudantes] para fora das grades das janelas, pedindo ajuda...". "Ouvi gritos e choro mas não pude fazer nada. O fogo era forte demais para que eu tentasse qualquer coisa", afirmou. Segundo Halim, a escola funcionava desde o ano passado. Noh Omar, ministro de bem-estar urbano, moradia e governança local da Malásia, disse que o projeto arquitetônico original do prédio previa que o andar superior fosse livre e desse acesso a duas escadas de emergência. Segundo ele, uma parede foi construída dividindo o andar, deixando o dormitório com apenas uma saída. "Aquela parede não deveria estar lá", disse. Segundo o ministro, a escola havia pedido um alvará de prevenção de incêndio que não havia sido aprovado. A escola, chamada Darul Quran Ittifaqiyah, é um centro islâmico privado, conhecido como uma escola "tahfiz", que se destina a educar principalmente garotos e a ensiná-los o Corão. Na Malásia, a maioria da população segue a religião muçulmana. Mohamad Zahid Mahmod, o diretor da escola, foi citado pelo jornal "Berita Harian" dizendo que os alunos estavam alojados em um prédio temporário por causa de reformas no prédio principal. Ele afirmou que os adolescentes voltariam ao prédio original no início deste mês. O diretor também disse que a escola está aberta há quinze anos e foi registrada junto ao Conselho Religioso Islâmico Estatal. Ele contou que o estabelecimento abrigava 42 estudantes, seis professores e dois supervisores. Porém, um representante do Conselho disse que não há nenhum registro da escola. Segundo o jornal "The Star", há 519 centros educacionais "tahfiz" registrados em todo o país até abril deste ano, mas acredita-se que o número real de escolas funcionando seja muito maior. Várias das escolas "tahfiz" são isentas de inspeções do governo. O jornal relatou que os bombeiros atenderam a 211 incêndios em escolas islâmicas desde 2015. Em agosto deste ano,16 pessoas fugiram de um incêndio em uma escola "tahfiz" no Estado Kedah, no norte da Malásia. Outra escola foi destruída em um incêndio em maio, mas não houve feridos.
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Incêndio em dormitório de escola religiosa na Malásia deixa 23 mortosUm incêndio bloqueou a única saída de um dormitório de estudantes em uma escola islâmica nos arredores da capital Kuala Lumpur, na Malásia, na madrugada desta quinta-feira (14). Dois professores e 21 estudantes de idades entre 13 e 17 anos morreram. O ministro da saúde, S. Subramaniam, disse que os 23 corpos foram encaminhados ao departamento forense para identificação. Ele também afirmou que outros seis estudantes e um residente que tentaram socorrer as vítimas foram hospitalizados, quatro deles em condições críticas. Os bombeiros foram acionados às 5h40 (18h40 em Brasília) e precisaram de uma hora para apagar as chamas do prédio de três andares. Um representante do corpo de bombeiros contou que o incêndio começou próximo à porta do dormitório dos alunos, prendendo as vítimas dentro do cômodo, já que as janelas tinham grades. Autoridades acreditam que a causa teria sido um curto-circuito elétrico, mas informaram que as investigações ainda não foram concluídas. Testemunhas descreveram cenas de horror. O professor islâmico Arif Mawardy contou ter sido acordado pelo barulho do que acreditava ser uma tempestade, para depois descobrir que se tratava dos gritos das vítimas presas dentro do dormitório. Segundo a mídia local, a moradora Nurhayati Abdul Halim disse ter visto "suas pequenas mãos [dos estudantes] para fora das grades das janelas, pedindo ajuda...". "Ouvi gritos e choro mas não pude fazer nada. O fogo era forte demais para que eu tentasse qualquer coisa", afirmou. Segundo Halim, a escola funcionava desde o ano passado. Noh Omar, ministro de bem-estar urbano, moradia e governança local da Malásia, disse que o projeto arquitetônico original do prédio previa que o andar superior fosse livre e desse acesso a duas escadas de emergência. Segundo ele, uma parede foi construída dividindo o andar, deixando o dormitório com apenas uma saída. "Aquela parede não deveria estar lá", disse. Segundo o ministro, a escola havia pedido um alvará de prevenção de incêndio que não havia sido aprovado. A escola, chamada Darul Quran Ittifaqiyah, é um centro islâmico privado, conhecido como uma escola "tahfiz", que se destina a educar principalmente garotos e a ensiná-los o Corão. Na Malásia, a maioria da população segue a religião muçulmana. Mohamad Zahid Mahmod, o diretor da escola, foi citado pelo jornal "Berita Harian" dizendo que os alunos estavam alojados em um prédio temporário por causa de reformas no prédio principal. Ele afirmou que os adolescentes voltariam ao prédio original no início deste mês. O diretor também disse que a escola está aberta há quinze anos e foi registrada junto ao Conselho Religioso Islâmico Estatal. Ele contou que o estabelecimento abrigava 42 estudantes, seis professores e dois supervisores. Porém, um representante do Conselho disse que não há nenhum registro da escola. Segundo o jornal "The Star", há 519 centros educacionais "tahfiz" registrados em todo o país até abril deste ano, mas acredita-se que o número real de escolas funcionando seja muito maior. Várias das escolas "tahfiz" são isentas de inspeções do governo. O jornal relatou que os bombeiros atenderam a 211 incêndios em escolas islâmicas desde 2015. Em agosto deste ano,16 pessoas fugiram de um incêndio em uma escola "tahfiz" no Estado Kedah, no norte da Malásia. Outra escola foi destruída em um incêndio em maio, mas não houve feridos.
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Entrevista com Lula faz audiência do 'SBT Brasil' cair
A entrevista do ex-presidente Lula ao "SBT Brasil" na noite desta quinta-feira (5) não fez a audiência da emissora de Silvio Santos subir, pelo contrário. O telejornal, que exibiu 40 minutos de conversa entre Lula e o jornalista Kennedy Alencar, registrou média de 6 pontos no Ibope na Grande São Paulo (cada ponto equivale a 67 mil domicílios). Nas duas noites anteriores, na quarta (4) e na terça (3), o "SBT Brasil", que vai ao ar a partir das 19h45, registrou 7 pontos de média no Ibope na Grande São Paulo.
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Entrevista com Lula faz audiência do 'SBT Brasil' cairA entrevista do ex-presidente Lula ao "SBT Brasil" na noite desta quinta-feira (5) não fez a audiência da emissora de Silvio Santos subir, pelo contrário. O telejornal, que exibiu 40 minutos de conversa entre Lula e o jornalista Kennedy Alencar, registrou média de 6 pontos no Ibope na Grande São Paulo (cada ponto equivale a 67 mil domicílios). Nas duas noites anteriores, na quarta (4) e na terça (3), o "SBT Brasil", que vai ao ar a partir das 19h45, registrou 7 pontos de média no Ibope na Grande São Paulo.
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Atentado na França é ataque à liberdade de expressão, diz leitor
Lamentável o atentado terrorista em Paris por causa de uma charge do profeta Maomé. Os terroristas islâmicos são fanáticos religiosos, intolerantes e bárbaros, que não têm um pingo de senso de humor e, muito pior, não respeitam a democracia, liberdade, tolerância, pluralidade de ideias e, muito menos, a vida humana. Sua obtusidade e primitivismo são chocantes e grotescos, uma verdadeira aberração. RENATO KHAIR (São Paulo, SP) * O atentado ao jornal francês "Charlie Hebdo" é um ataque letal contra a liberdade de imprensa e mancha de sangue a democracia da liberdade de expressão. PEDRO VALENTIM (Bauru, SP) * Todas as religiões têm sido alvo de piadas e charges sem que ninguém tenha saído matando por causa disso. O problema com os muçulmanos é que eles não aceitam brincadeira com a religião deles. Seus princípios religiosos são levados a ferro e fogo. Por que, então, mexer com eles? LUIZ RAPIO (Rio de Janeiro, RJ) * A França colhe os frutos da leniência com a islamização sem limites do seu país, do seu antissemitismo velado e principalmente da sua parceria comercial de mais de 50 anos com países que fomentam o terrorismo. O mundo precisa se livrar urgentemente da dependência do petróleo árabe e, assim, cortar pela raiz o financiamento de grupos extremistas. FREDERICO D'AVILA (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Atentado na França é ataque à liberdade de expressão, diz leitorLamentável o atentado terrorista em Paris por causa de uma charge do profeta Maomé. Os terroristas islâmicos são fanáticos religiosos, intolerantes e bárbaros, que não têm um pingo de senso de humor e, muito pior, não respeitam a democracia, liberdade, tolerância, pluralidade de ideias e, muito menos, a vida humana. Sua obtusidade e primitivismo são chocantes e grotescos, uma verdadeira aberração. RENATO KHAIR (São Paulo, SP) * O atentado ao jornal francês "Charlie Hebdo" é um ataque letal contra a liberdade de imprensa e mancha de sangue a democracia da liberdade de expressão. PEDRO VALENTIM (Bauru, SP) * Todas as religiões têm sido alvo de piadas e charges sem que ninguém tenha saído matando por causa disso. O problema com os muçulmanos é que eles não aceitam brincadeira com a religião deles. Seus princípios religiosos são levados a ferro e fogo. Por que, então, mexer com eles? LUIZ RAPIO (Rio de Janeiro, RJ) * A França colhe os frutos da leniência com a islamização sem limites do seu país, do seu antissemitismo velado e principalmente da sua parceria comercial de mais de 50 anos com países que fomentam o terrorismo. O mundo precisa se livrar urgentemente da dependência do petróleo árabe e, assim, cortar pela raiz o financiamento de grupos extremistas. FREDERICO D'AVILA (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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60 Minutos, novo escape game da região sul, vai além dos cadeados
LUIZA WOLF DE SÃO PAULO A fachada do 60 Minutos, novo escape game no Campo Belo, na região sul de São Paulo, é tímida: é uma porta pequena, de vidro, que pode passar despercebida à primeira vista. Dentro, porém, o local revela características diferentes de outros jogos do tipo. Inaugurado em abril deste ano, o 60 Minutos tem duas salas: "A Morte do Investigador" e "Assalto a Banco". O plano dos donos é ter sete ambientes no total —uma prova de que as pequenas portas de vidro não fazem jus ao tamanho real do lugar. Na maioria dos escape games—cujo objetivo é conseguir sair de uma sala, repleta de enigmas, em 60 minutos—, os participantes recebem dicas à medida que encontram dificuldades em avançar no jogo. No 60 Minutos, contudo, a regra é outra. Os jogadores recebem um rádio e, por meio dele, podem pedir dicas quando quiserem. Três informações são de graça; mais que isso, contudo, desconta tempo do ranking final. Ou seja, os participantes podem jogar por uma hora, mas, caso saiam da sala com 20 minutos de sobra, por exemplo, o tempo será descontado dessa pontuação final. A sãopaulo jogou as duas salas disponíveis atualmente. Em "A Morte do Investigador", o grupo precisa descobrir a razão do assassinato do detetive Pereira, que estava investigando a máfia japonesa. Os jogadores invadem a casa dele em busca de pistas, mas o local será implodido em 60 minutos. Já em "Assalto a Banco", os jogadores são clientes de uma agência bancária. Eles estavam em um local quando um homem anunciou o assalto. Eles conseguiram prender o bandido dentro de um cofre —mas ele está programado para abrir em uma hora. Em ambas, outra característica diferente do jogo se destaca: os enigmas não se resumem a senhas de cadeados, como já é costumeiro em escape games. Há luzes, caça-palavras, botões coloridos, ferramentas e outros tipos segredos. O 60 Minutos aceita grupos de dois a 12 membros, mas aí vai uma dica: prefira uma turma com, no mínimo, quatro pessoas. Para vencer o jogo, é preciso vasculhar a sala inteira, buscar pistas escondidas e manter uma boa comunicação com os colegas. O melhor plano é ir cada um para um lado para economizar tempo. Para a sãopaulo, funcionou: a reportagem saiu de "Assalto a Banco" com 10 minutos e 41 segundos de sobra. Da "Morte do Investigador", foram 20 minutos e 33 segundos, o recorde da sala até agora. R. Vieira de Morais, 1.438, Campo Belo, região sul, tel. 4114-9470. Seg. a dom.: 10h às 23h30.Ingresso: R$ 79. Saiba mais.
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60 Minutos, novo escape game da região sul, vai além dos cadeadosLUIZA WOLF DE SÃO PAULO A fachada do 60 Minutos, novo escape game no Campo Belo, na região sul de São Paulo, é tímida: é uma porta pequena, de vidro, que pode passar despercebida à primeira vista. Dentro, porém, o local revela características diferentes de outros jogos do tipo. Inaugurado em abril deste ano, o 60 Minutos tem duas salas: "A Morte do Investigador" e "Assalto a Banco". O plano dos donos é ter sete ambientes no total —uma prova de que as pequenas portas de vidro não fazem jus ao tamanho real do lugar. Na maioria dos escape games—cujo objetivo é conseguir sair de uma sala, repleta de enigmas, em 60 minutos—, os participantes recebem dicas à medida que encontram dificuldades em avançar no jogo. No 60 Minutos, contudo, a regra é outra. Os jogadores recebem um rádio e, por meio dele, podem pedir dicas quando quiserem. Três informações são de graça; mais que isso, contudo, desconta tempo do ranking final. Ou seja, os participantes podem jogar por uma hora, mas, caso saiam da sala com 20 minutos de sobra, por exemplo, o tempo será descontado dessa pontuação final. A sãopaulo jogou as duas salas disponíveis atualmente. Em "A Morte do Investigador", o grupo precisa descobrir a razão do assassinato do detetive Pereira, que estava investigando a máfia japonesa. Os jogadores invadem a casa dele em busca de pistas, mas o local será implodido em 60 minutos. Já em "Assalto a Banco", os jogadores são clientes de uma agência bancária. Eles estavam em um local quando um homem anunciou o assalto. Eles conseguiram prender o bandido dentro de um cofre —mas ele está programado para abrir em uma hora. Em ambas, outra característica diferente do jogo se destaca: os enigmas não se resumem a senhas de cadeados, como já é costumeiro em escape games. Há luzes, caça-palavras, botões coloridos, ferramentas e outros tipos segredos. O 60 Minutos aceita grupos de dois a 12 membros, mas aí vai uma dica: prefira uma turma com, no mínimo, quatro pessoas. Para vencer o jogo, é preciso vasculhar a sala inteira, buscar pistas escondidas e manter uma boa comunicação com os colegas. O melhor plano é ir cada um para um lado para economizar tempo. Para a sãopaulo, funcionou: a reportagem saiu de "Assalto a Banco" com 10 minutos e 41 segundos de sobra. Da "Morte do Investigador", foram 20 minutos e 33 segundos, o recorde da sala até agora. R. Vieira de Morais, 1.438, Campo Belo, região sul, tel. 4114-9470. Seg. a dom.: 10h às 23h30.Ingresso: R$ 79. Saiba mais.
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Três pessoas são baleadas durante tentativa de roubo na zona sul do Rio
Três pessoas foram baleadas dentro de um estabelecimento das Lojas Americanas em Laranjeiras, na zona sul do Rio de Janeiro, durante uma tentativa de roubo na noite desta segunda-feira (29). Segundo a polícia, o crime aconteceu por volta das 19h30, quando três suspeitos invadiram o local e anunciaram o roubo. Seguranças perceberam a ação e teve início um tiroteio. Os três suspeitos fugiram pela rua Conde de Baependi em direção ao Flamengo. Entre as vítimas, todos clientes da loja, estão um idoso e dois menores. Daniel Luis Maria, de 63 anos, foi baleado na panturrilha; uma adolescente, de 17 anos, na mão e outro rapaz, também de 17, foi atingido de raspão no braço. Eles foram encaminhados para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro, e não correm risco de morrer. A PM realizou buscas durante toda a noite atrás dos suspeitos, mas ninguém foi preso até a manhã desta terça. As Lojas Americanas informaram que não vão se pronunciar sobre o caso. A loja foi fechada após o tiroteio.
cotidiano
Três pessoas são baleadas durante tentativa de roubo na zona sul do RioTrês pessoas foram baleadas dentro de um estabelecimento das Lojas Americanas em Laranjeiras, na zona sul do Rio de Janeiro, durante uma tentativa de roubo na noite desta segunda-feira (29). Segundo a polícia, o crime aconteceu por volta das 19h30, quando três suspeitos invadiram o local e anunciaram o roubo. Seguranças perceberam a ação e teve início um tiroteio. Os três suspeitos fugiram pela rua Conde de Baependi em direção ao Flamengo. Entre as vítimas, todos clientes da loja, estão um idoso e dois menores. Daniel Luis Maria, de 63 anos, foi baleado na panturrilha; uma adolescente, de 17 anos, na mão e outro rapaz, também de 17, foi atingido de raspão no braço. Eles foram encaminhados para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro, e não correm risco de morrer. A PM realizou buscas durante toda a noite atrás dos suspeitos, mas ninguém foi preso até a manhã desta terça. As Lojas Americanas informaram que não vão se pronunciar sobre o caso. A loja foi fechada após o tiroteio.
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Advogado da Lava Jato diz que Moro prova do próprio veneno
O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, defendeu neste domingo (27) que seja investigada a acusação de que um advogado amigo do juiz Sergio Moro intermediou negociações paralelas com a força-tarefa da Operação Lava Jato. Rodrigo Tacla Duran, ex-advogado da Odebrecht, afirmou que o advogado trabalhista Carlos Zucolotto Junior, amigo e padrinho de casamento do magistrado que coordena a Lava Jato em Curitiba, propôs facilidade a ele em um acordo de delação premiada. "Eles [força-tarefa] abririam uma investigação se fossem acusações relacionadas a qualquer outra pessoa. Precisam ser coerentes", diz Kakay, que defende na operação clientes como os senadores peemedebistas Romero Jucá e Edison Lobão. "Sou um crítico dos excessos da Lava Jato desde o início. Os abusos podem começar a bater também em quem os comete. O veneno pode se voltar contra aqueles que cometem os excessos", afirma o criminalista. "Estão vendo", segue ele, "o que acontece ao longo de três anos de espetacularização do direito penal". Moro disse que a alegação de Duran é falsa. Zucolotto negou ter elo com a Lava Jato. Em nota publicada em uma rede social, Kakay diz que deve se "dar ao Moro e aos procuradores a presunção de inocência, o que este juiz e estes procuradores não fariam". "Como diz o poeta, 'a vida dá, nega e tira'. Um dia os arbitrários provarão do seu próprio veneno", afirma. "O juiz diz que não se deve dar valor à palavra de um 'acusado'. Opa, isso é rigorosamente o que ele faz ao longo de toda a operação!", diz, ao comentar a resposta do magistrado. "O fato de o juiz ter entrado em contato diretamente com o advogado Zucolatto, seu padrinho de casamento, para enviar uma resposta à Folha, ou seja, combinar uma resposta para a jornalista, seria interpretado como obstrução de justiça, com prisão preventiva decretada com certeza", afirma Kakay. Na manhã deste domingo (27), Moro divulgou nota defendendo Zucolotto e chamando o relato de Duran de "absolutamente falso". Anteriormente, o magistrado já tinha afirmado que o amigo é "sério e competente" e dito ser "lamentável que a palavra de um acusado foragido da Justiça brasileira [Duran] seja utilizada para levantar suspeitas infundadas sobre a atuação da Justiça". Segundo Moro, "nenhum dos membros do Ministério Público Federal da força-tarefa em Curitiba confirmou qualquer contato do referido advogado sobre o referido assunto ou sobre qualquer outro porque de fato não ocorreu qualquer contato".
poder
Advogado da Lava Jato diz que Moro prova do próprio venenoO advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, defendeu neste domingo (27) que seja investigada a acusação de que um advogado amigo do juiz Sergio Moro intermediou negociações paralelas com a força-tarefa da Operação Lava Jato. Rodrigo Tacla Duran, ex-advogado da Odebrecht, afirmou que o advogado trabalhista Carlos Zucolotto Junior, amigo e padrinho de casamento do magistrado que coordena a Lava Jato em Curitiba, propôs facilidade a ele em um acordo de delação premiada. "Eles [força-tarefa] abririam uma investigação se fossem acusações relacionadas a qualquer outra pessoa. Precisam ser coerentes", diz Kakay, que defende na operação clientes como os senadores peemedebistas Romero Jucá e Edison Lobão. "Sou um crítico dos excessos da Lava Jato desde o início. Os abusos podem começar a bater também em quem os comete. O veneno pode se voltar contra aqueles que cometem os excessos", afirma o criminalista. "Estão vendo", segue ele, "o que acontece ao longo de três anos de espetacularização do direito penal". Moro disse que a alegação de Duran é falsa. Zucolotto negou ter elo com a Lava Jato. Em nota publicada em uma rede social, Kakay diz que deve se "dar ao Moro e aos procuradores a presunção de inocência, o que este juiz e estes procuradores não fariam". "Como diz o poeta, 'a vida dá, nega e tira'. Um dia os arbitrários provarão do seu próprio veneno", afirma. "O juiz diz que não se deve dar valor à palavra de um 'acusado'. Opa, isso é rigorosamente o que ele faz ao longo de toda a operação!", diz, ao comentar a resposta do magistrado. "O fato de o juiz ter entrado em contato diretamente com o advogado Zucolatto, seu padrinho de casamento, para enviar uma resposta à Folha, ou seja, combinar uma resposta para a jornalista, seria interpretado como obstrução de justiça, com prisão preventiva decretada com certeza", afirma Kakay. Na manhã deste domingo (27), Moro divulgou nota defendendo Zucolotto e chamando o relato de Duran de "absolutamente falso". Anteriormente, o magistrado já tinha afirmado que o amigo é "sério e competente" e dito ser "lamentável que a palavra de um acusado foragido da Justiça brasileira [Duran] seja utilizada para levantar suspeitas infundadas sobre a atuação da Justiça". Segundo Moro, "nenhum dos membros do Ministério Público Federal da força-tarefa em Curitiba confirmou qualquer contato do referido advogado sobre o referido assunto ou sobre qualquer outro porque de fato não ocorreu qualquer contato".
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Mexicanos queimam bonecos de Donald Trump no Sábado de Aleluia
Como parte das celebrações do Sábado de Aleluia e da Páscoa, mexicanos queimaram bonecos do pré-candidato à presidência dos EUA, Donald Trump, na noite deste sábado (26). Trump defendeu posições contra imigrantes latinos durante a campanha eleitoral. Na região pobre de La Merced, na Cidade do México, centenas de moradores gritavam "morte" e vários insultos enquanto assistiam à explosão do boneco de Trump feito com papel machê. A imprensa mexicana mostrou que outros bonecos de Trump foram construídos em várias cidades do país, desde Puebla até a região industrial de Monterrey. A queima dos bonecos é uma tradição no país e faz referência à perseguição de Judas Iscariotes, que traiu Jesus, de acordo com a bíblia. "Desde que ele começou sua campanha e passou a falar sobre imigrantes, México e os mexicanos, eu disse: 'tenho que pegar esse cara'", disse Felipe Linares, o artesão que fez o boneco de Trump. A família Linares produz bonecos assim há mais de 50 anos. Trump, que lidera a corrida pela candidatura republicana à presidência dos EUA, revoltou os mexicanos ao defender a criação de um muro na fronteira entre seu país e o México para conter a imigração ilegal e o tráfico de drogas, e ao dizer que os mexicanos deveriam pagar por ele. O presidente mexicano, Enrique Pena Nieto, disse que seu país não pagará pelo muro e comparou a ideia à ascensão de ditadores como Adolf Hitler e Benito Mussolini. Trump também disse que o México de enviar estupradores e traficantes pelas fronteiras e defendeu o aumento das taxas para a emissão de vistos ao mexicanos como forma de custear a construção da barreira. A prática de queimar ou destruir bonecos de Judas é comum em vários países da América Latina. Antropólogos explicam que a prática serve como uma forma de unir comunidades ao eleger um inimigo comum.
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Mexicanos queimam bonecos de Donald Trump no Sábado de AleluiaComo parte das celebrações do Sábado de Aleluia e da Páscoa, mexicanos queimaram bonecos do pré-candidato à presidência dos EUA, Donald Trump, na noite deste sábado (26). Trump defendeu posições contra imigrantes latinos durante a campanha eleitoral. Na região pobre de La Merced, na Cidade do México, centenas de moradores gritavam "morte" e vários insultos enquanto assistiam à explosão do boneco de Trump feito com papel machê. A imprensa mexicana mostrou que outros bonecos de Trump foram construídos em várias cidades do país, desde Puebla até a região industrial de Monterrey. A queima dos bonecos é uma tradição no país e faz referência à perseguição de Judas Iscariotes, que traiu Jesus, de acordo com a bíblia. "Desde que ele começou sua campanha e passou a falar sobre imigrantes, México e os mexicanos, eu disse: 'tenho que pegar esse cara'", disse Felipe Linares, o artesão que fez o boneco de Trump. A família Linares produz bonecos assim há mais de 50 anos. Trump, que lidera a corrida pela candidatura republicana à presidência dos EUA, revoltou os mexicanos ao defender a criação de um muro na fronteira entre seu país e o México para conter a imigração ilegal e o tráfico de drogas, e ao dizer que os mexicanos deveriam pagar por ele. O presidente mexicano, Enrique Pena Nieto, disse que seu país não pagará pelo muro e comparou a ideia à ascensão de ditadores como Adolf Hitler e Benito Mussolini. Trump também disse que o México de enviar estupradores e traficantes pelas fronteiras e defendeu o aumento das taxas para a emissão de vistos ao mexicanos como forma de custear a construção da barreira. A prática de queimar ou destruir bonecos de Judas é comum em vários países da América Latina. Antropólogos explicam que a prática serve como uma forma de unir comunidades ao eleger um inimigo comum.
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'Capela Sistina' da Idade Média reabre em Roma depois de mil anos soterrada
A Basílica Santa María Antigua, considerada a "Capela Sistina da Idade Média", reabriu no Foro Romano, no coração da capital italiana, após passar mil anos soterrada e ser submetida a um longo processo de restauração de três décadas. Em um testemunho único da arte sacra da Idade Média e centro de afrescos dos séculos 6º ao 8º, a basílica, considerada uma das igrejas romanas mais antigas, foi quase totalmente recuperada –além de soterrada, também foi destruída por um terremoto. Consagrada no princípio do século 6º, a igreja foi erguida sobre parte do palácio de Diocleciano, três séculos depois de o imperador Constantino 1º, o Grande, converter-se ao cristianismo, com o Édito de Milão de 313. Composta por três naves, a Santa María Antigua conserva quatro camadas de pinturas sobrepostas durante quase três séculos, em um total de 250 metros quadrados que ocupavam toda a superfície, incluindo as colunas, com ciclos dedicados a santos e a 40 soldados cristãos romanos condenados por sua fé. Devido a um terremoto ocorrido no ano de 847, a igreja ficou parcialmente destruída e foi enterrada para servir como cimento para a igreja barroca de Santa María Liberadora. Em 1900, o arqueólogo Giacomo Boni descobriu o oratório da igreja e decidiu derrubar a Santa María Liberadora para ter acesso ao local. Considerada a "Capela Sistina" da Idade Média, a igreja conserva tesouros e relíquias, como um quadro da Virgem Maria. Fechada por décadas, a igreja foi reaberta neste mês ao público, em uma ocasião única para os peregrinos do Jubileu da Misericórdia, convocado pelo papa Francisco.
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'Capela Sistina' da Idade Média reabre em Roma depois de mil anos soterradaA Basílica Santa María Antigua, considerada a "Capela Sistina da Idade Média", reabriu no Foro Romano, no coração da capital italiana, após passar mil anos soterrada e ser submetida a um longo processo de restauração de três décadas. Em um testemunho único da arte sacra da Idade Média e centro de afrescos dos séculos 6º ao 8º, a basílica, considerada uma das igrejas romanas mais antigas, foi quase totalmente recuperada –além de soterrada, também foi destruída por um terremoto. Consagrada no princípio do século 6º, a igreja foi erguida sobre parte do palácio de Diocleciano, três séculos depois de o imperador Constantino 1º, o Grande, converter-se ao cristianismo, com o Édito de Milão de 313. Composta por três naves, a Santa María Antigua conserva quatro camadas de pinturas sobrepostas durante quase três séculos, em um total de 250 metros quadrados que ocupavam toda a superfície, incluindo as colunas, com ciclos dedicados a santos e a 40 soldados cristãos romanos condenados por sua fé. Devido a um terremoto ocorrido no ano de 847, a igreja ficou parcialmente destruída e foi enterrada para servir como cimento para a igreja barroca de Santa María Liberadora. Em 1900, o arqueólogo Giacomo Boni descobriu o oratório da igreja e decidiu derrubar a Santa María Liberadora para ter acesso ao local. Considerada a "Capela Sistina" da Idade Média, a igreja conserva tesouros e relíquias, como um quadro da Virgem Maria. Fechada por décadas, a igreja foi reaberta neste mês ao público, em uma ocasião única para os peregrinos do Jubileu da Misericórdia, convocado pelo papa Francisco.
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Em meio a onda de violência, Israel planeja construção de nova barreira
O governo de Israel declarou que pretende construir uma nova barreira de separação no sul da Cisjordânia para impedir a passagem de possíveis agressores. O anúncio vem em meio a uma onda de violência que já dura dois meses, e que se estendeu nesta quinta-feira (26) com a morte de três palestinos na Cisjordânia. O ministro da Defesa de Israel, Moshe Ya'alon disse na noite desta quarta-feira (25) no Parlamento que as autoridades de segurança querem erguer uma moderna cerca para separar a cidade palestina de Hebron, na Cisjordânia, de Kiryat Gat, em Israel. "Pretendemos erguer uma cerca massiva", disse o ministro. "Vai demorar um pouco, mas vai acontecer". Segundo Ya'alon, a nova barreira deve ser semelhante à construída na fronteira entre Israel e Egito para evitar a passagem de migrantes. Além disso, ela deve incluir uma série de equipamentos de vigilância e custaria centenas de milhões de shekels (um shekel corresponde a cerca de um real). O objetivo da obra seria impedir que possíveis agressores invadissem o país por meio das falhas presentes na barreira já existente na Cisjordânia, a qual começou a ser construída por Israel em 2002. As autoridades suspeitam que o homem que feriu a facadas quatro israelenses em Kiryat Gat no sábado (21) tenha invadido o país por meio dessas falhas. Hebron tem sido um dos principais focos da recente onda de violência em Israel e nos territórios palestinos ocupados. Desde os anos 2000, a cidade se encontra dividida entre palestinos e colonos israelenses. Onde ficam Hebron e Kiryat Gat VIOLÊNCIA Nesta quinta-feira, três palestinos foram mortos a tiros por forças de segurança israelenses em eventos separados na Cisjordânia. No primeiro incidente, soldados entraram em confronto com palestinos ao invadir a vila de Qattana, durante a madrugada, em busca de munições e de supostos agressores. Segundo as autoridades de saúde palestinas, os soldados deram um tiro na cabeça de Yehya Taha, 21, que morreu pouco depois em um hospital. Em outro incidente, agentes balearam e mataram um suposto agressor palestino que desceu de um táxi com uma faca próximo a um posto do Exército na cidade de Nablus, informaram as autoridades isralenses. O homem foi identificado pelas autoridades palestinas como Samir Seresi, 51. Um terceiro palestino, de 20 anos, foi baleado pelas forças israelenses durante confrontos no campo de refugiados al-Arooub, perto de Hebron. Segundo o Ministério da Saúde de Israel, ele morreu no hospital. Também nesta quinta, as autoridades israelenses apreenderam oito ônibus em Nablus, segundo motoristas da viação Al-Tamimi. Os veículos supostamente levariam palestinos para protestar perto de postos de controle na região. Estas são os últimos incidentes registrados na atual onda de violência em Israel e nos territórios palestinos ocupados. Desde 1º de outubro, morreram ao menos 19 israelenses e 94 palestinos, a maioria abatida por soldados.
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Em meio a onda de violência, Israel planeja construção de nova barreiraO governo de Israel declarou que pretende construir uma nova barreira de separação no sul da Cisjordânia para impedir a passagem de possíveis agressores. O anúncio vem em meio a uma onda de violência que já dura dois meses, e que se estendeu nesta quinta-feira (26) com a morte de três palestinos na Cisjordânia. O ministro da Defesa de Israel, Moshe Ya'alon disse na noite desta quarta-feira (25) no Parlamento que as autoridades de segurança querem erguer uma moderna cerca para separar a cidade palestina de Hebron, na Cisjordânia, de Kiryat Gat, em Israel. "Pretendemos erguer uma cerca massiva", disse o ministro. "Vai demorar um pouco, mas vai acontecer". Segundo Ya'alon, a nova barreira deve ser semelhante à construída na fronteira entre Israel e Egito para evitar a passagem de migrantes. Além disso, ela deve incluir uma série de equipamentos de vigilância e custaria centenas de milhões de shekels (um shekel corresponde a cerca de um real). O objetivo da obra seria impedir que possíveis agressores invadissem o país por meio das falhas presentes na barreira já existente na Cisjordânia, a qual começou a ser construída por Israel em 2002. As autoridades suspeitam que o homem que feriu a facadas quatro israelenses em Kiryat Gat no sábado (21) tenha invadido o país por meio dessas falhas. Hebron tem sido um dos principais focos da recente onda de violência em Israel e nos territórios palestinos ocupados. Desde os anos 2000, a cidade se encontra dividida entre palestinos e colonos israelenses. Onde ficam Hebron e Kiryat Gat VIOLÊNCIA Nesta quinta-feira, três palestinos foram mortos a tiros por forças de segurança israelenses em eventos separados na Cisjordânia. No primeiro incidente, soldados entraram em confronto com palestinos ao invadir a vila de Qattana, durante a madrugada, em busca de munições e de supostos agressores. Segundo as autoridades de saúde palestinas, os soldados deram um tiro na cabeça de Yehya Taha, 21, que morreu pouco depois em um hospital. Em outro incidente, agentes balearam e mataram um suposto agressor palestino que desceu de um táxi com uma faca próximo a um posto do Exército na cidade de Nablus, informaram as autoridades isralenses. O homem foi identificado pelas autoridades palestinas como Samir Seresi, 51. Um terceiro palestino, de 20 anos, foi baleado pelas forças israelenses durante confrontos no campo de refugiados al-Arooub, perto de Hebron. Segundo o Ministério da Saúde de Israel, ele morreu no hospital. Também nesta quinta, as autoridades israelenses apreenderam oito ônibus em Nablus, segundo motoristas da viação Al-Tamimi. Os veículos supostamente levariam palestinos para protestar perto de postos de controle na região. Estas são os últimos incidentes registrados na atual onda de violência em Israel e nos territórios palestinos ocupados. Desde 1º de outubro, morreram ao menos 19 israelenses e 94 palestinos, a maioria abatida por soldados.
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Quantos amigos seus estão na cracolândia?
Carl Hart é psicólogo, psiquiatra e foi o primeiro negro a alcançar o posto de professor titular de neurociências na Universidade de Columbia, em Nova York. Em 2015, Hart veio ao Brasil divulgar seus estudos sobre drogas e vício. Numa entrevista ao Drauzio Varella, falou sobre sua pesquisa com ratos e macacos, em laboratório. Quando se coloca um animal sozinho numa jaula, capaz de acionar uma alavanca e receber uma dose de cocaína ou meta-anfetamina na veia, o bicho acionará a alavanca até morrer. Quando, porém, há mais estímulos na jaula, além da alavanca, como um outro animal sexualmente ativo, uma rodinha (no caso dos ratos) ou doces, as cobaias sobrevivem. Extrapolando seus insights para humanos, o que Hart prega é que não adianta combater o vício sem apresentar alternativas à droga. A cracolândia, ele insistiu em entrevistas e palestras, por aqui, não pode ser pensada pela perspectiva do vício sem ser pensada antes pela perspectiva da miséria. Imagine que você é um mendigo viciado em crack. Seus pertences são uma calça esfarrapada, uma camiseta imunda, um par de Havaianas, um isqueiro. Você se lembra vagamente de ter tido metade de um pente, num passado não muito distante, mas não sabe onde foi parar. Sua existência se resume a pedir dinheiro no farol e a fumar crack. Nos minutos que duram a viagem, você se esquece de tudo. O resto do tempo é o inferno. Um belo dia você decide parar com o crack. Você luta, faz um esforço sobre-humano e depois de meses está curado. Você deita sob uma marquise na rua Helvétia, apoia a cabeça num paralelepípedo, dá um gole numa poça d'água e pensa: agora eu sou um mendigo saudável! Pensa no futuro. Posso arrumar um trapo para limpar os vidros dos carros, no farol. Quem sabe, vender Suflair? Se me esforçar bastante, consigo um carrinho e um cachorro, virarei catador. Talvez você seja uma pessoa mais solar do que eu, mas devo admitir que, se estivesse naquela situação, escolheria o crack. Ficaria na minha jaula acionando a alavanca até morrer. É verdade que muitas das pessoas que estão na cracolândia chegaram à mendicância por causa da droga, mas não vieram de muito longe. A maioria, segundo censo da prefeitura, não completou o ensino fundamental. São pobres, negros e pardos. Quando aparece alguém de fora desse estrato é um espanto, como foi a suspeita de que o irmão da Suzane Richthofen era viciado. Claro que parte da comoção com a notícia tem a ver com a tragédia daquele garoto. Mas uma parte do susto é: meu Deus, um loiro na cracolândia! Um descendente de alemães! Que estudou em escola particular! Quantas pessoas do seu círculo consomem álcool regularmente? E maconha? Aposto que você conhece pessoas profissionalmente ativas e bem sucedidas que consomem cocaína. E crack? Quantos viciados em crack há na sua família, na sua turma de escola, dormindo no chão, na praça Princesa Isabel? Princesa Isabel, veja só. Em 2015, Carl Hart, negro, com dreads, foi barrado na entrada de um hotel, em São Paulo. Questionado a respeito, disse não entender por que as pessoas estavam tão chocadas por ele ter sido barrado no hotel, mas não se chocavam com o fato de não haver um só negro no público de suas palestras. Infelizmente, entre nós, o choque mais comum diante da desigualdade é a tropa.
colunas
Quantos amigos seus estão na cracolândia?Carl Hart é psicólogo, psiquiatra e foi o primeiro negro a alcançar o posto de professor titular de neurociências na Universidade de Columbia, em Nova York. Em 2015, Hart veio ao Brasil divulgar seus estudos sobre drogas e vício. Numa entrevista ao Drauzio Varella, falou sobre sua pesquisa com ratos e macacos, em laboratório. Quando se coloca um animal sozinho numa jaula, capaz de acionar uma alavanca e receber uma dose de cocaína ou meta-anfetamina na veia, o bicho acionará a alavanca até morrer. Quando, porém, há mais estímulos na jaula, além da alavanca, como um outro animal sexualmente ativo, uma rodinha (no caso dos ratos) ou doces, as cobaias sobrevivem. Extrapolando seus insights para humanos, o que Hart prega é que não adianta combater o vício sem apresentar alternativas à droga. A cracolândia, ele insistiu em entrevistas e palestras, por aqui, não pode ser pensada pela perspectiva do vício sem ser pensada antes pela perspectiva da miséria. Imagine que você é um mendigo viciado em crack. Seus pertences são uma calça esfarrapada, uma camiseta imunda, um par de Havaianas, um isqueiro. Você se lembra vagamente de ter tido metade de um pente, num passado não muito distante, mas não sabe onde foi parar. Sua existência se resume a pedir dinheiro no farol e a fumar crack. Nos minutos que duram a viagem, você se esquece de tudo. O resto do tempo é o inferno. Um belo dia você decide parar com o crack. Você luta, faz um esforço sobre-humano e depois de meses está curado. Você deita sob uma marquise na rua Helvétia, apoia a cabeça num paralelepípedo, dá um gole numa poça d'água e pensa: agora eu sou um mendigo saudável! Pensa no futuro. Posso arrumar um trapo para limpar os vidros dos carros, no farol. Quem sabe, vender Suflair? Se me esforçar bastante, consigo um carrinho e um cachorro, virarei catador. Talvez você seja uma pessoa mais solar do que eu, mas devo admitir que, se estivesse naquela situação, escolheria o crack. Ficaria na minha jaula acionando a alavanca até morrer. É verdade que muitas das pessoas que estão na cracolândia chegaram à mendicância por causa da droga, mas não vieram de muito longe. A maioria, segundo censo da prefeitura, não completou o ensino fundamental. São pobres, negros e pardos. Quando aparece alguém de fora desse estrato é um espanto, como foi a suspeita de que o irmão da Suzane Richthofen era viciado. Claro que parte da comoção com a notícia tem a ver com a tragédia daquele garoto. Mas uma parte do susto é: meu Deus, um loiro na cracolândia! Um descendente de alemães! Que estudou em escola particular! Quantas pessoas do seu círculo consomem álcool regularmente? E maconha? Aposto que você conhece pessoas profissionalmente ativas e bem sucedidas que consomem cocaína. E crack? Quantos viciados em crack há na sua família, na sua turma de escola, dormindo no chão, na praça Princesa Isabel? Princesa Isabel, veja só. Em 2015, Carl Hart, negro, com dreads, foi barrado na entrada de um hotel, em São Paulo. Questionado a respeito, disse não entender por que as pessoas estavam tão chocadas por ele ter sido barrado no hotel, mas não se chocavam com o fato de não haver um só negro no público de suas palestras. Infelizmente, entre nós, o choque mais comum diante da desigualdade é a tropa.
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Jovem morre após ser atropelado por carro de luxo em SP; motorista foge
Um estudante de engenharia de 18 anos morreu após ser atropelado por um Mercedes-Benz no bairro Tamboré, em Santana do Parnaíba (Grande São Paulo), por volta da 0h deste sábado (31). Vinícius do Nascimento Virgílio, de 19 anos, fugiu sem prestar socorro, mas foi preso algumas horas depois. Ele continua detido na delegacia de Barueri, onde o caso foi registrado, e será indiciado por homicídio culposo. Não houve imputação de fiança. Segundo a Polícia Militar, Leonardo Ferreira Camargo, 18, voltava a pé de uma festa, acompanhado de amigos, quando foi atingido pelo veículo de luxo, modelo C180. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o acidente aconteceu na estrada Paiol Velho. Os bombeiros foram chamados pelos amigos do estudante, mas quando chegaram ao local ele já estava morto. O comerciante Marcos Rosa Camargo, 53, tio do estudante, disse que Leonardo foi arremessado longe após ser atingido pelo carro. "A perícia concluiu que ele foi arremessado a cerca de 60 metros", disse o parente. Após o atropelamento, a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal de Santana de Parnaíba localizaram o motorista do carro, com a ajuda de imagens de câmeras de segurança da região. O motorista foi detido no condomínio Residencial 2, em Alphaville, em Barueri (Grande São Paulo). O proprietário do carro assumiu tê-lo emprestado ao jovem, que confessou ter se envolvido no acidente e não reagiu à prisão. Ainda de acordo com a SSP, Vinícius alegou não ter parado para prestar socorro com medo de ser linchado. Segundo o delegado plantonista da delegacia de Barueri, Eliseu Querino Ribeiro, o condutor não apresentava sinais de embriaguez aparente, mas foram pedidos exames para comprovação. Há a possibilidade de ele ter guiado em alta velocidade. "Ele alega que estava a 60 km/h, mas devia estar a muito mais. Olhando o carro, não parece que bateu em uma pessoa, mas sim em outro veículo", disse Ribeiro. A polícia abriu investigação para apurar os motivos que levaram ao acidente. O veículo foi apreendido e será periciado.
cotidiano
Jovem morre após ser atropelado por carro de luxo em SP; motorista fogeUm estudante de engenharia de 18 anos morreu após ser atropelado por um Mercedes-Benz no bairro Tamboré, em Santana do Parnaíba (Grande São Paulo), por volta da 0h deste sábado (31). Vinícius do Nascimento Virgílio, de 19 anos, fugiu sem prestar socorro, mas foi preso algumas horas depois. Ele continua detido na delegacia de Barueri, onde o caso foi registrado, e será indiciado por homicídio culposo. Não houve imputação de fiança. Segundo a Polícia Militar, Leonardo Ferreira Camargo, 18, voltava a pé de uma festa, acompanhado de amigos, quando foi atingido pelo veículo de luxo, modelo C180. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o acidente aconteceu na estrada Paiol Velho. Os bombeiros foram chamados pelos amigos do estudante, mas quando chegaram ao local ele já estava morto. O comerciante Marcos Rosa Camargo, 53, tio do estudante, disse que Leonardo foi arremessado longe após ser atingido pelo carro. "A perícia concluiu que ele foi arremessado a cerca de 60 metros", disse o parente. Após o atropelamento, a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal de Santana de Parnaíba localizaram o motorista do carro, com a ajuda de imagens de câmeras de segurança da região. O motorista foi detido no condomínio Residencial 2, em Alphaville, em Barueri (Grande São Paulo). O proprietário do carro assumiu tê-lo emprestado ao jovem, que confessou ter se envolvido no acidente e não reagiu à prisão. Ainda de acordo com a SSP, Vinícius alegou não ter parado para prestar socorro com medo de ser linchado. Segundo o delegado plantonista da delegacia de Barueri, Eliseu Querino Ribeiro, o condutor não apresentava sinais de embriaguez aparente, mas foram pedidos exames para comprovação. Há a possibilidade de ele ter guiado em alta velocidade. "Ele alega que estava a 60 km/h, mas devia estar a muito mais. Olhando o carro, não parece que bateu em uma pessoa, mas sim em outro veículo", disse Ribeiro. A polícia abriu investigação para apurar os motivos que levaram ao acidente. O veículo foi apreendido e será periciado.
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Empresas doam crédito de carbono para 'limpar' Olimpíada
ITALO NOGUEIRA DO RIO Treze empresas doaram créditos ambientais ao governo do Rio de Janeiro para que as emissões de gases poluentes da Olimpíada pudessem ser totalmente compensadas, segundo a Secretaria de Estado do Ambiente. Os créditos ambientais são iniciativas que ajudam a reduzir emissões ou capturar gases poluentes da atmosfera. Foram criados pelo Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, para estabilizar as mudanças climáticas no planeta. Em geral, eles podem ser vendidos para países que precisam cumprir metas de redução de poluição. Mas, neste caso, foram doados em razão da grave crise financeira do Estado. Os projetos envolvidos compensam a 1,6 milhão de toneladas de gás carbônico emitidos em obras relacionadas aos Jogos, sob responsabilidade do poder público. Os Jogos devem emitir cerca de 3,6 milhões de toneladas de carbono equivalente –terminologia usada para medir o impacto ambiental. Desse total, dois milhões são de responsabilidade do Comitê Organizador da Rio-16, que já havia cumprido sua parte em parceria com a empresa Dow, patrocinadora do COI (Comitê Olímpico Internacional). As emissões vêm principalmente da montagem de tendas temporárias, sistema de transporte de torcedores e família olímpica. A Folha mostrou no início do mês que nenhuma meta de legado da Olimpíada prometida no dossiê de candidatura para o meio ambiente foi cumprida. Entre elas está o plantio de 24 milhões de mudas para recomposição da Mata Atlântica –foram plantadas 5,5 milhões. A gerente de sustentabilidade da Rio-16, Tânia Braga, afirma que decidiu-se adotar outras estratégias para compensar as emissões. Segundo ela, o comitê, em parceria com a Dow, estimulou a adoção de novas tecnologias para produção de embalagens e a intensificação da agropecuária, aumentando o aproveitamento da terra e reduzindo o desmatamento. "Essas iniciativas também deixam um legado, já que são uma prática sustentável que vai continuar depois dos Jogos", disse. Doaram ao Estado a Grafopel Gráfica e Editora Eireli; IMEI Consultoria; Associação de Bancos nos Estados de Goiás, Tocantins e Maranhão; Associação dos Produtores do Teles Pires; Associação dos Produtores do Núcleo Arinos; Agropecuária Nossa Senhora do Carmo S.A; Associação dos Produtores do Madeira Mata Viva; Clube Pasi de Seguro; Eletrosul; Chesf; Engie Brasil; Mitsui; e ESBR Energia Sustentável do Brasil.
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Empresas doam crédito de carbono para 'limpar' Olimpíada ITALO NOGUEIRA DO RIO Treze empresas doaram créditos ambientais ao governo do Rio de Janeiro para que as emissões de gases poluentes da Olimpíada pudessem ser totalmente compensadas, segundo a Secretaria de Estado do Ambiente. Os créditos ambientais são iniciativas que ajudam a reduzir emissões ou capturar gases poluentes da atmosfera. Foram criados pelo Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, para estabilizar as mudanças climáticas no planeta. Em geral, eles podem ser vendidos para países que precisam cumprir metas de redução de poluição. Mas, neste caso, foram doados em razão da grave crise financeira do Estado. Os projetos envolvidos compensam a 1,6 milhão de toneladas de gás carbônico emitidos em obras relacionadas aos Jogos, sob responsabilidade do poder público. Os Jogos devem emitir cerca de 3,6 milhões de toneladas de carbono equivalente –terminologia usada para medir o impacto ambiental. Desse total, dois milhões são de responsabilidade do Comitê Organizador da Rio-16, que já havia cumprido sua parte em parceria com a empresa Dow, patrocinadora do COI (Comitê Olímpico Internacional). As emissões vêm principalmente da montagem de tendas temporárias, sistema de transporte de torcedores e família olímpica. A Folha mostrou no início do mês que nenhuma meta de legado da Olimpíada prometida no dossiê de candidatura para o meio ambiente foi cumprida. Entre elas está o plantio de 24 milhões de mudas para recomposição da Mata Atlântica –foram plantadas 5,5 milhões. A gerente de sustentabilidade da Rio-16, Tânia Braga, afirma que decidiu-se adotar outras estratégias para compensar as emissões. Segundo ela, o comitê, em parceria com a Dow, estimulou a adoção de novas tecnologias para produção de embalagens e a intensificação da agropecuária, aumentando o aproveitamento da terra e reduzindo o desmatamento. "Essas iniciativas também deixam um legado, já que são uma prática sustentável que vai continuar depois dos Jogos", disse. Doaram ao Estado a Grafopel Gráfica e Editora Eireli; IMEI Consultoria; Associação de Bancos nos Estados de Goiás, Tocantins e Maranhão; Associação dos Produtores do Teles Pires; Associação dos Produtores do Núcleo Arinos; Agropecuária Nossa Senhora do Carmo S.A; Associação dos Produtores do Madeira Mata Viva; Clube Pasi de Seguro; Eletrosul; Chesf; Engie Brasil; Mitsui; e ESBR Energia Sustentável do Brasil.
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Preferida para chefiar PF, delegada é elogiada por atuação na Lava Jato
Num governo criticado pela ausência de mulheres em cargos relevantes, policiais federais querem uma mulher como diretora da instituição. Em consulta informal realizada pela ADPF (Associação de Delegados da Polícia Federal), Érika Marena, 41, uma das chefes da Operação Lava Jato, foi a mais votada para o cargo de diretor-geral, com 1.065 votos. A associação defende que o diretor da PF seja escolhido por meio de lista tríplice votada pelos policiais, como ocorre com a Procuradoria –o governo rejeita a ideia, no entanto. A ADPF quer que Temer escolha um nome para substituir o atual diretor da PF, Leandro Daiello. Apesar de ter se destacado em um ambiente dominado por homens, Marena não usou a bandeira feminista na campanha. À Folha ela disse que as mulheres enfrentam mais desafios: "Em um ambiente masculino, como o policial, o homem muitas vezes tem o respeito pelo simples fato de ser homem, enquanto a mulher, na mesma posição, precisa constantemente mostrar que é capaz". O principal ativo de Marena é a Lava Jato, na qual trabalha há quase três anos. É apontada por advogados e policiais como "mãe" da operação ao associar, com o colega Márcio Anselmo, o doleiro Alberto Youssef ao esquema da Petrobras. Seus pontos fracos são a falta de experiência em gestão e um certo pavio curto. Em conjunto com outro delegado, moveu uma ação contra um jornalista crítico da Lava Jato, que teve de retirar textos de seu blog, após decisão judicial. Em carta recente aos delegados, Marena defende que o modelo da Lava Jato seja disseminado: "A integração e o trabalho de equipe observados no grupo Lava Jato me fizeram acreditar que uma PF diferente é possível, assim como a reprodução desse modelo de trabalho em outros Estados". Mesmo criminalistas, que têm interesses distintos dos dela, a elogiam. "Ela é, talvez, a profissional que melhor produz na operação, e continua a mesma: não é arrogante nem grosseira", diz Jacinto de Miranda Coutinho, que defendeu Andrade Gutierrez e OAS. Rodrigo Sánchez Rios, que foi advogado da Odebrecht e Engevix, defendeu a senadores a ideia de uma lista tríplice para a PF. "Disseram que a atitude da PF era corporativista. Defendi que a autonomia dava legitimidade para atuar distante de partidos políticos". CRIMES FINANCEIROS Nascida em Apucarana (PR), filha de uma costureira e de um historiador, a delegada é casada, sem filhos, e entrou na PF há 13 anos. Após ter participado de investigações de grande complexidade, como o caso Banestado e a apuração sobre o banqueiro Daniel Dantas, Marena ganhou a reputação de ser uma especialista em crime financeiro. No Banestado, investigou doleiros que remeteram mais de US$ 20 bilhões por uma agência em Foz de Iguaçu. Foi nessa apuração que aprendeu três técnicas que seriam essenciais para a Lava Jato: descobrir os caminhos tortuosos que o dinheiro sujo segue, manejar uma quantidade gigantesca de informação e atuar em cooperação com outros países. Foi também uma das primeiras experiências com força-tarefa de policiais e procuradores. Agentes da PF que trabalham com ela chamam a atenção para sua dedicação ao trabalho. Sofreu um acidente de carro em março deste ano e dias depois estava trabalhando. Em 2015, foi diagnosticada com câncer no útero, fez uma cirurgia e descobriu que o tumor não era maligno. Marena impressionou aos colegas por ter se afastado por um período curto, "só o tempo de cicatrizar o corte". POLÊMICAS A principal polêmica em que ela se envolveu foi o processo contra o jornalista Marcelo Auler, que criticou policiais da operação e a culpou pelo vazamento de delações. O Juizado Especial Cível de Curitiba determinou que Auler removesse de seu blog os textos com as críticas. Na semana passada, a Associação Brasileira de Imprensa chamou a medida de censura. A advogada dos delegados, Márcia Marena, afirma que em nenhum momento foi determinado pela Justiça a retirada de reportagens sobre a Lava Jato, mas os textos considerados ofensivos. A delegada também foi apontada pelo analista da PF Dalmey Werlang como uma das policiais que recebia gravações que seriam coletadas por meio de uma suposta escuta ilegal instada na cela do doleiro Alberto Youssef. Até hoje, porém, Dalmey não apresentou prova de que as gravações existiram.
poder
Preferida para chefiar PF, delegada é elogiada por atuação na Lava JatoNum governo criticado pela ausência de mulheres em cargos relevantes, policiais federais querem uma mulher como diretora da instituição. Em consulta informal realizada pela ADPF (Associação de Delegados da Polícia Federal), Érika Marena, 41, uma das chefes da Operação Lava Jato, foi a mais votada para o cargo de diretor-geral, com 1.065 votos. A associação defende que o diretor da PF seja escolhido por meio de lista tríplice votada pelos policiais, como ocorre com a Procuradoria –o governo rejeita a ideia, no entanto. A ADPF quer que Temer escolha um nome para substituir o atual diretor da PF, Leandro Daiello. Apesar de ter se destacado em um ambiente dominado por homens, Marena não usou a bandeira feminista na campanha. À Folha ela disse que as mulheres enfrentam mais desafios: "Em um ambiente masculino, como o policial, o homem muitas vezes tem o respeito pelo simples fato de ser homem, enquanto a mulher, na mesma posição, precisa constantemente mostrar que é capaz". O principal ativo de Marena é a Lava Jato, na qual trabalha há quase três anos. É apontada por advogados e policiais como "mãe" da operação ao associar, com o colega Márcio Anselmo, o doleiro Alberto Youssef ao esquema da Petrobras. Seus pontos fracos são a falta de experiência em gestão e um certo pavio curto. Em conjunto com outro delegado, moveu uma ação contra um jornalista crítico da Lava Jato, que teve de retirar textos de seu blog, após decisão judicial. Em carta recente aos delegados, Marena defende que o modelo da Lava Jato seja disseminado: "A integração e o trabalho de equipe observados no grupo Lava Jato me fizeram acreditar que uma PF diferente é possível, assim como a reprodução desse modelo de trabalho em outros Estados". Mesmo criminalistas, que têm interesses distintos dos dela, a elogiam. "Ela é, talvez, a profissional que melhor produz na operação, e continua a mesma: não é arrogante nem grosseira", diz Jacinto de Miranda Coutinho, que defendeu Andrade Gutierrez e OAS. Rodrigo Sánchez Rios, que foi advogado da Odebrecht e Engevix, defendeu a senadores a ideia de uma lista tríplice para a PF. "Disseram que a atitude da PF era corporativista. Defendi que a autonomia dava legitimidade para atuar distante de partidos políticos". CRIMES FINANCEIROS Nascida em Apucarana (PR), filha de uma costureira e de um historiador, a delegada é casada, sem filhos, e entrou na PF há 13 anos. Após ter participado de investigações de grande complexidade, como o caso Banestado e a apuração sobre o banqueiro Daniel Dantas, Marena ganhou a reputação de ser uma especialista em crime financeiro. No Banestado, investigou doleiros que remeteram mais de US$ 20 bilhões por uma agência em Foz de Iguaçu. Foi nessa apuração que aprendeu três técnicas que seriam essenciais para a Lava Jato: descobrir os caminhos tortuosos que o dinheiro sujo segue, manejar uma quantidade gigantesca de informação e atuar em cooperação com outros países. Foi também uma das primeiras experiências com força-tarefa de policiais e procuradores. Agentes da PF que trabalham com ela chamam a atenção para sua dedicação ao trabalho. Sofreu um acidente de carro em março deste ano e dias depois estava trabalhando. Em 2015, foi diagnosticada com câncer no útero, fez uma cirurgia e descobriu que o tumor não era maligno. Marena impressionou aos colegas por ter se afastado por um período curto, "só o tempo de cicatrizar o corte". POLÊMICAS A principal polêmica em que ela se envolveu foi o processo contra o jornalista Marcelo Auler, que criticou policiais da operação e a culpou pelo vazamento de delações. O Juizado Especial Cível de Curitiba determinou que Auler removesse de seu blog os textos com as críticas. Na semana passada, a Associação Brasileira de Imprensa chamou a medida de censura. A advogada dos delegados, Márcia Marena, afirma que em nenhum momento foi determinado pela Justiça a retirada de reportagens sobre a Lava Jato, mas os textos considerados ofensivos. A delegada também foi apontada pelo analista da PF Dalmey Werlang como uma das policiais que recebia gravações que seriam coletadas por meio de uma suposta escuta ilegal instada na cela do doleiro Alberto Youssef. Até hoje, porém, Dalmey não apresentou prova de que as gravações existiram.
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Hora da merenda
BRASÍLIA - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, quer concorrer à Presidência de novo em 2018. Ele se lançou informalmente no sábado (30), quando abandonou o estilo picolé de chuchu e fez um duro ataque ao pré-candidato da situação. "O Lula é o Partido dos Trabalhadores. O Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção, sem compromisso com as questões de natureza ética, sem limites", acusou. O tucano tenta surfar a onda da Lava Jato e se beneficiar das suspeitas que envolvem o possível adversário. É uma estratégia natural, mas vem em hora delicada. Enquanto Lula tenta explicar seus laços com empreiteiros, Alckmin enfrenta um escândalo graúdo em seu governo. Há duas semanas, a Operação Alba Branca começou a desvendar um esquema de desvio de verba da merenda nas escolas paulistas. Um dos principais suspeitos é o tucano Duarte Nogueira, secretário estadual de Transportes, que se diz alvo de acusação "irresponsável e leviana". Outro personagem do caso batia ponto no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Luiz Roberto dos Santos, o Moita, era chefe de gabinete do tucano Edson Aparecido, chefe da Casa Civil de Alckmin. Fiel ao apelido, ele não apareceu para comentar as investigações. O escândalo também envolve o deputado tucano Fernando Capez, presidente da Assembleia Legislativa. No ano passado, ele escreveu que a delação premiada era "um mal necessário" para "combater delitos graves". Agora é acusado por dois delatores de receber propina da máfia da merenda. Capez, que ganhou fama como promotor rápido para acusar, nega ligação com o caso e diz ser vítima de "menção irresponsável". Na última quinta, Alckmin tentou empurrar o escândalo para o colo do governo federal. Com tantos aliados em apuros, ele deveria buscar um discurso mais convincente. É o que se espera de quem chama rivais de corruptos e sonha acordado com a Presidência da República.
colunas
Hora da merendaBRASÍLIA - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, quer concorrer à Presidência de novo em 2018. Ele se lançou informalmente no sábado (30), quando abandonou o estilo picolé de chuchu e fez um duro ataque ao pré-candidato da situação. "O Lula é o Partido dos Trabalhadores. O Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção, sem compromisso com as questões de natureza ética, sem limites", acusou. O tucano tenta surfar a onda da Lava Jato e se beneficiar das suspeitas que envolvem o possível adversário. É uma estratégia natural, mas vem em hora delicada. Enquanto Lula tenta explicar seus laços com empreiteiros, Alckmin enfrenta um escândalo graúdo em seu governo. Há duas semanas, a Operação Alba Branca começou a desvendar um esquema de desvio de verba da merenda nas escolas paulistas. Um dos principais suspeitos é o tucano Duarte Nogueira, secretário estadual de Transportes, que se diz alvo de acusação "irresponsável e leviana". Outro personagem do caso batia ponto no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Luiz Roberto dos Santos, o Moita, era chefe de gabinete do tucano Edson Aparecido, chefe da Casa Civil de Alckmin. Fiel ao apelido, ele não apareceu para comentar as investigações. O escândalo também envolve o deputado tucano Fernando Capez, presidente da Assembleia Legislativa. No ano passado, ele escreveu que a delação premiada era "um mal necessário" para "combater delitos graves". Agora é acusado por dois delatores de receber propina da máfia da merenda. Capez, que ganhou fama como promotor rápido para acusar, nega ligação com o caso e diz ser vítima de "menção irresponsável". Na última quinta, Alckmin tentou empurrar o escândalo para o colo do governo federal. Com tantos aliados em apuros, ele deveria buscar um discurso mais convincente. É o que se espera de quem chama rivais de corruptos e sonha acordado com a Presidência da República.
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Fox pede desculpas por cartaz de 'X-Men' considerado machista
A polêmica em torno de um cartaz que mostra o vilão Apocalipse asfixiando a personagem Mística, interpretada por Jennifer Lawrence no novo filme da franquia "X-Men", levou a Fox a pedir desculpas pela "conotação perturbadora" da cena. A imagem foi espalhada em outdoors nos Estados Unidos para promover a superprodução, que estreou no último dia 27 no país e em 19 de maio no Brasil. A imagem, acusada de machismo na internet, acompanhava a legenda "apenas os fortes sobreviverão". "Em nosso entusiasmo para mostrar a maldade do personagem Apocalipse, não percebemos de imediato a conotação perturbadora desta imagem", diz comunicado divulgado nos EUA pelo estúdio responsável pelo filme. "Assim que percebemos o quão indelicada ela era, rapidamente tomamos medidas para remover todo o material. Pedimos desculpas pelas nossas ações e nunca apoiaríamos a violência contra as mulheres." A controvérsia sobre o cartaz se tornou notória após a atriz Rose McGowan ("Jovens Bruxas) criticar a imagem em entrevista ao "The Hollywood Reporter". "Há um problema sério quando os homens e mulheres na Twentieth Century Fox acham que a violência casual contra mulheres é uma forma de vender um filme. Não há contexto no anúncio, apenas uma mulher sendo estrangulada. O fato de ninguém ter percebido isso é ofensivo e, francamente, estúpido", afirmou. "X-Men: Apocalipse" estreou sem brilho nos EUA, com uma bilheteria de US$ 65 milhões, uma queda significativa frente aos US$ 110,5 milhões vendidos no lançamento do filme anterior da franquia, "X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido", na mesma época de 2014. Globalmente, o novo longa já arrecadou US$ 401 milhões.
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Fox pede desculpas por cartaz de 'X-Men' considerado machistaA polêmica em torno de um cartaz que mostra o vilão Apocalipse asfixiando a personagem Mística, interpretada por Jennifer Lawrence no novo filme da franquia "X-Men", levou a Fox a pedir desculpas pela "conotação perturbadora" da cena. A imagem foi espalhada em outdoors nos Estados Unidos para promover a superprodução, que estreou no último dia 27 no país e em 19 de maio no Brasil. A imagem, acusada de machismo na internet, acompanhava a legenda "apenas os fortes sobreviverão". "Em nosso entusiasmo para mostrar a maldade do personagem Apocalipse, não percebemos de imediato a conotação perturbadora desta imagem", diz comunicado divulgado nos EUA pelo estúdio responsável pelo filme. "Assim que percebemos o quão indelicada ela era, rapidamente tomamos medidas para remover todo o material. Pedimos desculpas pelas nossas ações e nunca apoiaríamos a violência contra as mulheres." A controvérsia sobre o cartaz se tornou notória após a atriz Rose McGowan ("Jovens Bruxas) criticar a imagem em entrevista ao "The Hollywood Reporter". "Há um problema sério quando os homens e mulheres na Twentieth Century Fox acham que a violência casual contra mulheres é uma forma de vender um filme. Não há contexto no anúncio, apenas uma mulher sendo estrangulada. O fato de ninguém ter percebido isso é ofensivo e, francamente, estúpido", afirmou. "X-Men: Apocalipse" estreou sem brilho nos EUA, com uma bilheteria de US$ 65 milhões, uma queda significativa frente aos US$ 110,5 milhões vendidos no lançamento do filme anterior da franquia, "X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido", na mesma época de 2014. Globalmente, o novo longa já arrecadou US$ 401 milhões.
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Mortes: Versátil publicitária que unia toda a família
Desde criança, era Sônia quem unia toda a família. Mais velha de sete irmãos e vários primos, fantasiava o grupo nas brincadeiras. Todos a seguiam onde quer que ela fosse. O forte espírito de liderança e esforço em ver todos juntos eram suas marcas. A versatilidade também. Quando pequena, aprendeu a tocar piano e violão, a dançar balé e a escrever de tudo um pouco. Compunha músicas, fazia sonetos para o avô e chegou a escrever um livro nos tempos de escola, quando era chamada de "professora". A literatura era uma de suas paixões –devorava em questão de dias coleções inteiras de ficção. Também adorava acompanhar o avô, o arquiteto Carlos Alberto Gomes Cardim Filho, em seus projetos, como o da recriação do Pateo do Collegio. Descobria assim a história da criação da sua cidade. Seus vários talentos tornaram difícil a escolha de uma profissão para a vida. Cursou letras e direito, mas foi se encontrar na publicidade, que a encantou pela diversidade de projetos. Fazia campanhas de marcas de sorvete com a mesma empolgação que realizava trabalhos maiores. Não sossegava enquanto não alcançasse seus objetivos. Recebia a todos de coração aberto, sempre disponível. Em uma autobiografia escrita por sua mãe, Maria Inês, cada um dos sete filhos foi retratado com uma virtude. A de Sônia era a temperança. "Era espontânea, uma guerreira. Nos ensinou muito sobre o amor fraterno", diz a mãe. Lutando contra um câncer no cérebro desde 2016, morreu no último dia 13. Deixa dois filhos, seis irmãos e cinco sobrinhos. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
cotidiano
Mortes: Versátil publicitária que unia toda a famíliaDesde criança, era Sônia quem unia toda a família. Mais velha de sete irmãos e vários primos, fantasiava o grupo nas brincadeiras. Todos a seguiam onde quer que ela fosse. O forte espírito de liderança e esforço em ver todos juntos eram suas marcas. A versatilidade também. Quando pequena, aprendeu a tocar piano e violão, a dançar balé e a escrever de tudo um pouco. Compunha músicas, fazia sonetos para o avô e chegou a escrever um livro nos tempos de escola, quando era chamada de "professora". A literatura era uma de suas paixões –devorava em questão de dias coleções inteiras de ficção. Também adorava acompanhar o avô, o arquiteto Carlos Alberto Gomes Cardim Filho, em seus projetos, como o da recriação do Pateo do Collegio. Descobria assim a história da criação da sua cidade. Seus vários talentos tornaram difícil a escolha de uma profissão para a vida. Cursou letras e direito, mas foi se encontrar na publicidade, que a encantou pela diversidade de projetos. Fazia campanhas de marcas de sorvete com a mesma empolgação que realizava trabalhos maiores. Não sossegava enquanto não alcançasse seus objetivos. Recebia a todos de coração aberto, sempre disponível. Em uma autobiografia escrita por sua mãe, Maria Inês, cada um dos sete filhos foi retratado com uma virtude. A de Sônia era a temperança. "Era espontânea, uma guerreira. Nos ensinou muito sobre o amor fraterno", diz a mãe. Lutando contra um câncer no cérebro desde 2016, morreu no último dia 13. Deixa dois filhos, seis irmãos e cinco sobrinhos. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
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Veja lavanderias que oferecem atendimento on-line em São Paulo
DE SÃO PAULO Veja, a seguir, lavanderias que realizam atendimento on-line em São Paulo, permitindo que o cliente solicite e compre os serviços pelo celular. * ALAVADEIRA Retira e entrega as roupas em domicílio. Oferece três planos : R$ 17,50/kg, R$ 99/mês (10 peças) ou R$ 195/mês (15 kg). Pagamento realizado no site; alavadeira.com OMO EXPRESS Busca e devolve as roupas duas vezes por semana. Pacotes de R$ 99 (10 peças), R$ 195 (15 kg) e R$ 460 (40 kg) mensais, pagos on-line; omoexpress.com.br ELAVE Retira e entrega a roupa em até dois dias. Planos mensais de R$ 200 e R$ 300 dão desconto de 10% e 15%, respectivamente, em cada peça lavada; elave.com.br LIME LOCKER Faz parceria com condomínios e instala um armário no prédio, onde o morador pode deixar as roupas. Cobra por peça (entre R$ 3,50 e R$ 48); limelocker.com.br * Veja outras edições do Quem Procura Acha: Canais no YouTube para aprender inglês Lojas que consertam móveis antigos em São Paulo Livros para quem quer aprender a poupar ou investir melhor Veja onde comprar terrários prontos ou kits para fazer em casa Livros para quem quer abrir um negócio Conheça empresas que realizam limpeza de vidros residenciais Empresas que fazem reparos em vidros elétricos Livros para manter a casa em ordem Empresas que limpam calhas
sobretudo
Veja lavanderias que oferecem atendimento on-line em São Paulo DE SÃO PAULO Veja, a seguir, lavanderias que realizam atendimento on-line em São Paulo, permitindo que o cliente solicite e compre os serviços pelo celular. * ALAVADEIRA Retira e entrega as roupas em domicílio. Oferece três planos : R$ 17,50/kg, R$ 99/mês (10 peças) ou R$ 195/mês (15 kg). Pagamento realizado no site; alavadeira.com OMO EXPRESS Busca e devolve as roupas duas vezes por semana. Pacotes de R$ 99 (10 peças), R$ 195 (15 kg) e R$ 460 (40 kg) mensais, pagos on-line; omoexpress.com.br ELAVE Retira e entrega a roupa em até dois dias. Planos mensais de R$ 200 e R$ 300 dão desconto de 10% e 15%, respectivamente, em cada peça lavada; elave.com.br LIME LOCKER Faz parceria com condomínios e instala um armário no prédio, onde o morador pode deixar as roupas. Cobra por peça (entre R$ 3,50 e R$ 48); limelocker.com.br * Veja outras edições do Quem Procura Acha: Canais no YouTube para aprender inglês Lojas que consertam móveis antigos em São Paulo Livros para quem quer aprender a poupar ou investir melhor Veja onde comprar terrários prontos ou kits para fazer em casa Livros para quem quer abrir um negócio Conheça empresas que realizam limpeza de vidros residenciais Empresas que fazem reparos em vidros elétricos Livros para manter a casa em ordem Empresas que limpam calhas
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Receita do fettuccine Alfredo, com queijo e manteiga, vira marca
O fettuccine Alfredo, conhecido pela massa fina como papel que leva apenas 30 segundos para cozinhar e temperado com generosas doses de manteiga e queijo parmesão, virou "marca oficial". A receita foi criada nos anos 1920. Ao longo dos anos, foi descaracterizada e ganhou outros ingredientes, sendo servida com molho de carne, creme ou com almôndegas ao molho vermelho. O prato foi criado pelo fundador do restaurante romano Alfredo alla Scrofa, que o teria inventado quando sua esposa estava com os famosos "desejos" culinários durante a gravidez. A lenda diz que ela comia fettuccine no almoço e no jantar, e no fim da gestação deu à luz um menino de seis quilos. Agora a receita foi "blindada" com a marca "Alfredo's Gallery", registrada em diversos países, incluindo Brasil, Rússia e Emirados Árabes. "Queremos levar adiante uma grande tradição, mas de uma forma mais moderna, o que não exclui a abertura de 'bares de fettuccine', street food e restaurantes no exterior", diz a atual proprietária do restaurante que dá nome ao prato, Veronica Salvatori, a quinta geração no comando do estabelecimento. Aqueles que pedirem o fettuccine no "Alfredo alla Scrofa", poderão ver o maître usar os famosos talheres de ouro (um garfo e uma colher) para misturar a massa numa travessa. Os talheres foram doados ao restaurante pelas estrelas do cinema mudo Mary Pickford, uma das "namoradinhas" da América, e seu marido, Douglas Fairbanks, o primeiro Robin Hood. Nas paredes do restaurante há outras homenagens e dedicatórias de diversas estrelas que já estiveram ali, como Aldo Fabrizi, Gregory Peck e Audrey Hepburn.
comida
Receita do fettuccine Alfredo, com queijo e manteiga, vira marcaO fettuccine Alfredo, conhecido pela massa fina como papel que leva apenas 30 segundos para cozinhar e temperado com generosas doses de manteiga e queijo parmesão, virou "marca oficial". A receita foi criada nos anos 1920. Ao longo dos anos, foi descaracterizada e ganhou outros ingredientes, sendo servida com molho de carne, creme ou com almôndegas ao molho vermelho. O prato foi criado pelo fundador do restaurante romano Alfredo alla Scrofa, que o teria inventado quando sua esposa estava com os famosos "desejos" culinários durante a gravidez. A lenda diz que ela comia fettuccine no almoço e no jantar, e no fim da gestação deu à luz um menino de seis quilos. Agora a receita foi "blindada" com a marca "Alfredo's Gallery", registrada em diversos países, incluindo Brasil, Rússia e Emirados Árabes. "Queremos levar adiante uma grande tradição, mas de uma forma mais moderna, o que não exclui a abertura de 'bares de fettuccine', street food e restaurantes no exterior", diz a atual proprietária do restaurante que dá nome ao prato, Veronica Salvatori, a quinta geração no comando do estabelecimento. Aqueles que pedirem o fettuccine no "Alfredo alla Scrofa", poderão ver o maître usar os famosos talheres de ouro (um garfo e uma colher) para misturar a massa numa travessa. Os talheres foram doados ao restaurante pelas estrelas do cinema mudo Mary Pickford, uma das "namoradinhas" da América, e seu marido, Douglas Fairbanks, o primeiro Robin Hood. Nas paredes do restaurante há outras homenagens e dedicatórias de diversas estrelas que já estiveram ali, como Aldo Fabrizi, Gregory Peck e Audrey Hepburn.
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Em novo livro, Joël Dicker deixa de lado o policial, mas não o suspense
Marcus Goldman está de volta. O escritor, personagem principal do best-seller "A Verdade sobre o Caso Harry Quebert", narra agora sua infância e adolescência ao lado dos primos, com quem formava a Gangue dos Goldman. Após receber o prêmio de romance da Academia Francesa, ser traduzido em 42 países e vender cerca de 3 milhões de exemplares pelo mundo, o suíço Joël Dicker, 31, retoma seu protagonista. Se antes Marcus investigava o assassinato de uma adolescente cujo corpo foi encontrado no jardim de seu mentor, em "O Livro dos Baltimore", que acaba de sair no Brasil pela Intrínseca, ele narra o Drama, com letra maiúscula, que assolou sua família. Marcus divide sua família em duas: os Goldman-de-Montclair, seus pais, da classe média de Nova Jersey, e os Goldman-de-Baltimore, seus tios, ele advogado, ela médica, e dois primos, ricos, importantes e carismáticos. "É importante para mim não fazer sempre a mesma coisa, foi um prazer sair do policial para a crônica familiar", diz Dicker em entrevista à Folha, por telefone. "Eu escrevo pelo prazer de me lançar a algo que seja um desafio e de sair da rotina." Com um narrador que também é um jovem escritor, difícil para o leitor não imaginar que Marcus seja uma espécie de alter-ego de Dicker. O suíço, porém, rejeita qualquer comparação com o escritor morador de Nova York que, no romance anterior, ajudava seu professor, Harry Quebert, a provar sua inocência num assassinato. "Há um pouco de mim no Marcus porque eu o criei, mas eu não sou esse personagem, e para mim o que é mais importante quando escrevo não é falar da minha vida mas, ao contrário, fazer algo completamente diferente." Mas, ao longo do livro, como no anterior, Marcus divaga sobre o trabalho da escrita, e ali vê-se Dicker. "O que Marcus é e o que ele narra não tem a ver comigo, mas, quando ele fala da escrita e de sua relação com ela, é mais pessoal e está ligado ao que eu penso de verdade", diz de sua casa em Genebra. A história de "O Livro dos Baltimore" se passa antes da de "A Verdade", quando, em 2012, Marcus deixa Nova York para se refugiar na Flórida e escrever um novo livro. Dicker diz que teve a ideia para esse seu terceiro romance publicado após terminar de escrever o segundo, mas antes de ele ser lançado. "Eu comecei a escrever antes de saber o sucesso que 'A Verdade' teria", diz. "As pessoas acham que eu retomei o personagem porque queria que o sucesso se repetisse, mas o que me convenceu a continuar foi a percepção de que eu estava num registro completamente diferente, de que não seria uma continuação." MISTÉRIO Embora o gênero não seja o policial, em "O Livro dos Baltimore" permanece o mistério. O Drama que, em 2004, destrói os Goldman-de-Baltimore, se revela ao leitor apenas ao fim do romance. Intercalando saltos para o passado -em que narra infância e adolescência com seus primos Hillel e Woody, os três apaixonados por Alexandra (que se torna, posteriormente, uma cantora famosa)- e encontros com seu tio Saul, já arruinado pela tragédia, Dicker consegue manter o suspense, e assim, o interesse do leitor, até o fim. Na Flip de 2014, Dicker disse que o livro levaria que consigo a uma ilha deserta seria "Ratos e Homens", de John Steinbeck (1902-1968). O novo romance do suíço ecoa em diversos momentos a obra do americano -essa é também a peça que seu primo Hillel é impedido de montar na escola. "Em sua obra, Steinbeck narra uma América do interior de forma muito fiel e com um olhar que poucos tiveram", diz Dicker. "Em 'Ratos e Homens' a força dos personagens teve grande ressonância sobre mim." O LIVRO DOS BALTIMORE AUTOR Joël Dicker TRADUÇÃO André Telles EDITORA Intrínseca QUANTO R$ 49,90 (416 págs.)
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Em novo livro, Joël Dicker deixa de lado o policial, mas não o suspenseMarcus Goldman está de volta. O escritor, personagem principal do best-seller "A Verdade sobre o Caso Harry Quebert", narra agora sua infância e adolescência ao lado dos primos, com quem formava a Gangue dos Goldman. Após receber o prêmio de romance da Academia Francesa, ser traduzido em 42 países e vender cerca de 3 milhões de exemplares pelo mundo, o suíço Joël Dicker, 31, retoma seu protagonista. Se antes Marcus investigava o assassinato de uma adolescente cujo corpo foi encontrado no jardim de seu mentor, em "O Livro dos Baltimore", que acaba de sair no Brasil pela Intrínseca, ele narra o Drama, com letra maiúscula, que assolou sua família. Marcus divide sua família em duas: os Goldman-de-Montclair, seus pais, da classe média de Nova Jersey, e os Goldman-de-Baltimore, seus tios, ele advogado, ela médica, e dois primos, ricos, importantes e carismáticos. "É importante para mim não fazer sempre a mesma coisa, foi um prazer sair do policial para a crônica familiar", diz Dicker em entrevista à Folha, por telefone. "Eu escrevo pelo prazer de me lançar a algo que seja um desafio e de sair da rotina." Com um narrador que também é um jovem escritor, difícil para o leitor não imaginar que Marcus seja uma espécie de alter-ego de Dicker. O suíço, porém, rejeita qualquer comparação com o escritor morador de Nova York que, no romance anterior, ajudava seu professor, Harry Quebert, a provar sua inocência num assassinato. "Há um pouco de mim no Marcus porque eu o criei, mas eu não sou esse personagem, e para mim o que é mais importante quando escrevo não é falar da minha vida mas, ao contrário, fazer algo completamente diferente." Mas, ao longo do livro, como no anterior, Marcus divaga sobre o trabalho da escrita, e ali vê-se Dicker. "O que Marcus é e o que ele narra não tem a ver comigo, mas, quando ele fala da escrita e de sua relação com ela, é mais pessoal e está ligado ao que eu penso de verdade", diz de sua casa em Genebra. A história de "O Livro dos Baltimore" se passa antes da de "A Verdade", quando, em 2012, Marcus deixa Nova York para se refugiar na Flórida e escrever um novo livro. Dicker diz que teve a ideia para esse seu terceiro romance publicado após terminar de escrever o segundo, mas antes de ele ser lançado. "Eu comecei a escrever antes de saber o sucesso que 'A Verdade' teria", diz. "As pessoas acham que eu retomei o personagem porque queria que o sucesso se repetisse, mas o que me convenceu a continuar foi a percepção de que eu estava num registro completamente diferente, de que não seria uma continuação." MISTÉRIO Embora o gênero não seja o policial, em "O Livro dos Baltimore" permanece o mistério. O Drama que, em 2004, destrói os Goldman-de-Baltimore, se revela ao leitor apenas ao fim do romance. Intercalando saltos para o passado -em que narra infância e adolescência com seus primos Hillel e Woody, os três apaixonados por Alexandra (que se torna, posteriormente, uma cantora famosa)- e encontros com seu tio Saul, já arruinado pela tragédia, Dicker consegue manter o suspense, e assim, o interesse do leitor, até o fim. Na Flip de 2014, Dicker disse que o livro levaria que consigo a uma ilha deserta seria "Ratos e Homens", de John Steinbeck (1902-1968). O novo romance do suíço ecoa em diversos momentos a obra do americano -essa é também a peça que seu primo Hillel é impedido de montar na escola. "Em sua obra, Steinbeck narra uma América do interior de forma muito fiel e com um olhar que poucos tiveram", diz Dicker. "Em 'Ratos e Homens' a força dos personagens teve grande ressonância sobre mim." O LIVRO DOS BALTIMORE AUTOR Joël Dicker TRADUÇÃO André Telles EDITORA Intrínseca QUANTO R$ 49,90 (416 págs.)
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Com Nenê de titular, Wizards vencem e seguem na briga por vaga nos playoffs
Com o pivô brasileiro Nenê de titular, o Washington Wizards venceu o Los Angeles Lakers por 101 a 88, fora de casa, pela temporada regular da NBA, e continua com chances de classificação para os playoffs. Com o triunfo, a equipe conseguiu a reabilitação após duas derrotas consecutivas para o Atlanta Hawks e Minnesota Timberwolves. O time está na décima colocação na Conferência Leste com 36 vitórias em 73 partidas. O oitavo colocado é o Detroit Pistons, que soma 39 triunfos em 74 jogos. Já os Lakers estão na lanterna da Conferência Oeste. Nenê atuou por aproximadamente 30 minutos e marcou dez pontos. Ele ainda contribuiu com três rebotes e duas assistências. Outro brasileiro em quadra foi Marcelinho Huertas, do Los Angeles Lakers, que anotou nove pontos e deu três assistências. GOLDEN STATE WARRIORS Atual campeão da NBA, o Golden State Warriors fez mais uma vítima na temporada. A equipe venceu o Philadelphia 76 ers por 117 a 105, em casa. Com o resultado, o time conquistou a 66ª vitória e continua na luta para quebrar o recorde do Chicago Bulls na temporada 1995/1996 de vitórias na fase regular. Na oportunidade, os Bulls venceram 72 partidas. O Golden State Warriors tem mais nove jogos para disputar. O próximo será contra os Wizards nesta terça-feira (29).
esporte
Com Nenê de titular, Wizards vencem e seguem na briga por vaga nos playoffsCom o pivô brasileiro Nenê de titular, o Washington Wizards venceu o Los Angeles Lakers por 101 a 88, fora de casa, pela temporada regular da NBA, e continua com chances de classificação para os playoffs. Com o triunfo, a equipe conseguiu a reabilitação após duas derrotas consecutivas para o Atlanta Hawks e Minnesota Timberwolves. O time está na décima colocação na Conferência Leste com 36 vitórias em 73 partidas. O oitavo colocado é o Detroit Pistons, que soma 39 triunfos em 74 jogos. Já os Lakers estão na lanterna da Conferência Oeste. Nenê atuou por aproximadamente 30 minutos e marcou dez pontos. Ele ainda contribuiu com três rebotes e duas assistências. Outro brasileiro em quadra foi Marcelinho Huertas, do Los Angeles Lakers, que anotou nove pontos e deu três assistências. GOLDEN STATE WARRIORS Atual campeão da NBA, o Golden State Warriors fez mais uma vítima na temporada. A equipe venceu o Philadelphia 76 ers por 117 a 105, em casa. Com o resultado, o time conquistou a 66ª vitória e continua na luta para quebrar o recorde do Chicago Bulls na temporada 1995/1996 de vitórias na fase regular. Na oportunidade, os Bulls venceram 72 partidas. O Golden State Warriors tem mais nove jogos para disputar. O próximo será contra os Wizards nesta terça-feira (29).
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Mortes: Vaidosa professora 'dedo verde'
O fato de ter o mesmo nome –ao menos foneticamente– da Geni da música de Chico Buarque era motivo de constantes trotes na casa de Geny de Melo Pinheiro, lembra sua filha, Lenise. Professora, Geny chegava a reconhecer a voz de alguns de seus alunos pelo telefone e chamava-os pelo nome. Dedicou a vida à educação e às plantinhas da horta em sua casa defronte ao parque da Aclimação, em São Paulo. Quando criança, era chamada pelos primos de "dedo verde". Na época, morava no sítio do avô em Guaxupé (no sul de Minas Gerais). Foi na década de 1940 que veio para a capital paulista, onde se formou na antiga Escola Normal. Com o marido, o contador João Maceno Pinheiro, fundou o Externato Vila Mariana, em 1965. Geny conhecera João ainda nos tempos de secretária de um laboratório farmacêutico, na Vila dos Remédios. Foram casados por 58 anos. Conciliou a direção do externato com aulas no colégio Lasar Segall, onde foi professora por mais de dez anos. Na década de 70, formou-se em pedagogia e fechou o externato. "Era rata de concursos públicos", conta Lenise, que às vezes prestava alguns com a mãe. Adorava trabalhar nos censos do IBGE –foi bastante requisitada no início dos anos 80– e dirigir –ainda que seu Renault velhinho a deixasse na mão. Vaidosa, mantinha os cabelos sempre alinhados. Morreu no dia 17, aos 85 anos, após uma colangite (doença hepática). Viúva, deixa a filha. A missa de sétimo dia será rezada no dia 23, às 19h, na igreja Santa Teresinha, em Higienópolis. [email protected] - VEJA AS MORTES E MISSAS DESTE SÁBADO Irani Ramos de Oliveira - Aos 58. Cemitério Municipal de Bebedouro (SP). * SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Hilton Persio Waissmann - Amanhã (22/11), às 11h, na set. R, q. 414, sep. 8. Rosa Benadiba - Amanhã (22/11), às 12h30, set. R, q. 403, sep. 159. * MATZEIVA - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Sergio Pipek - Amanhã (22/11), às 10h, set. R, q. 414, sep. 7. Hinda Pekeza Weinstein - Amanhã (22/11), às 11h, set. R, q. 410, sep. 86. Luna Pesso - Amanhã (22/11), às 11h, set. L, q. 261, sep. 81 Sullamita Gorenzvaig - Amanhã (22/11), às 11h, set. R, q. 414, sep. 106. Edison Schapochnik - Amanhã (22/11), às 11h30, set. R, q. 410, sep. 57. * YURTZAIT - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Daniel Menasce - Amanhã (22/11), às 11h, set. R, q. 402, sep. 156. * SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO EMBU Genny Kritsberg - Amanhã (22/11), às 10h30, set. B, q. 25, sep. 37.
cotidiano
Mortes: Vaidosa professora 'dedo verde'O fato de ter o mesmo nome –ao menos foneticamente– da Geni da música de Chico Buarque era motivo de constantes trotes na casa de Geny de Melo Pinheiro, lembra sua filha, Lenise. Professora, Geny chegava a reconhecer a voz de alguns de seus alunos pelo telefone e chamava-os pelo nome. Dedicou a vida à educação e às plantinhas da horta em sua casa defronte ao parque da Aclimação, em São Paulo. Quando criança, era chamada pelos primos de "dedo verde". Na época, morava no sítio do avô em Guaxupé (no sul de Minas Gerais). Foi na década de 1940 que veio para a capital paulista, onde se formou na antiga Escola Normal. Com o marido, o contador João Maceno Pinheiro, fundou o Externato Vila Mariana, em 1965. Geny conhecera João ainda nos tempos de secretária de um laboratório farmacêutico, na Vila dos Remédios. Foram casados por 58 anos. Conciliou a direção do externato com aulas no colégio Lasar Segall, onde foi professora por mais de dez anos. Na década de 70, formou-se em pedagogia e fechou o externato. "Era rata de concursos públicos", conta Lenise, que às vezes prestava alguns com a mãe. Adorava trabalhar nos censos do IBGE –foi bastante requisitada no início dos anos 80– e dirigir –ainda que seu Renault velhinho a deixasse na mão. Vaidosa, mantinha os cabelos sempre alinhados. Morreu no dia 17, aos 85 anos, após uma colangite (doença hepática). Viúva, deixa a filha. A missa de sétimo dia será rezada no dia 23, às 19h, na igreja Santa Teresinha, em Higienópolis. [email protected] - VEJA AS MORTES E MISSAS DESTE SÁBADO Irani Ramos de Oliveira - Aos 58. Cemitério Municipal de Bebedouro (SP). * SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Hilton Persio Waissmann - Amanhã (22/11), às 11h, na set. R, q. 414, sep. 8. Rosa Benadiba - Amanhã (22/11), às 12h30, set. R, q. 403, sep. 159. * MATZEIVA - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Sergio Pipek - Amanhã (22/11), às 10h, set. R, q. 414, sep. 7. Hinda Pekeza Weinstein - Amanhã (22/11), às 11h, set. R, q. 410, sep. 86. Luna Pesso - Amanhã (22/11), às 11h, set. L, q. 261, sep. 81 Sullamita Gorenzvaig - Amanhã (22/11), às 11h, set. R, q. 414, sep. 106. Edison Schapochnik - Amanhã (22/11), às 11h30, set. R, q. 410, sep. 57. * YURTZAIT - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Daniel Menasce - Amanhã (22/11), às 11h, set. R, q. 402, sep. 156. * SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO EMBU Genny Kritsberg - Amanhã (22/11), às 10h30, set. B, q. 25, sep. 37.
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Polícia prende 14 pessoas em quinto dia de operação na Cidade de Deus
A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (23), 14 pessoas durante uma operação na Cidade de Deus, na zona oeste do Rio de Janeiro, no quinto dia consecutivo de ação policial na região. Os presos suspeitos de homicídio, tráfico de drogas, associação para o tráfico, roubo e porte ilegal de armas. Ainda não está claro se os 14 detidos participaram diretamente dos confrontos ocorridos no último fim de semana na comunidade. Após um dia de intenso tiroteio, na noite de sábado (19), quatro policiais morreram na queda de um helicóptero da Polícia Militar. A polícia, então, ocupou a comunidade e, na manhã seguinte, sete corpos foram achados em uma mata. A operação desta quarta tinha o objetivo de localizar nove suspeitos de participar desses confrontos, entre eles Edvanderson Gonçalves Leite, conhecido como "Deco", responsável por comandar o trafico de drogas na região. Na operação, também foram apreendidas armas, munições, drogas e R$ 2.320 em espécie. Moradores da Cidade de Deus relataram que suas casas foram invadidas pelos policiais durante a operação. A Polícia Civil diz que a atitude é respaldada pela lei. "Isso é legal. Se não encontramos o responsável pela residência, mas temos fundada suspeita de que há alguma coisa ilícita, com o mandado de busca e apreensão, a lei me dá o respaldo de arrombar essa residência", disse o delegado Felipe Curi, responsável pela operação. Ao todo, a operação teve a participação de aproximadamente 400 policiais civis em parceria com a Delegacia de Combate às Drogas, com os departamentos gerais da Polícia Especializada e de Polícia da Capital, além da Coordenadoria de Recursos Especiais.
cotidiano
Polícia prende 14 pessoas em quinto dia de operação na Cidade de DeusA Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (23), 14 pessoas durante uma operação na Cidade de Deus, na zona oeste do Rio de Janeiro, no quinto dia consecutivo de ação policial na região. Os presos suspeitos de homicídio, tráfico de drogas, associação para o tráfico, roubo e porte ilegal de armas. Ainda não está claro se os 14 detidos participaram diretamente dos confrontos ocorridos no último fim de semana na comunidade. Após um dia de intenso tiroteio, na noite de sábado (19), quatro policiais morreram na queda de um helicóptero da Polícia Militar. A polícia, então, ocupou a comunidade e, na manhã seguinte, sete corpos foram achados em uma mata. A operação desta quarta tinha o objetivo de localizar nove suspeitos de participar desses confrontos, entre eles Edvanderson Gonçalves Leite, conhecido como "Deco", responsável por comandar o trafico de drogas na região. Na operação, também foram apreendidas armas, munições, drogas e R$ 2.320 em espécie. Moradores da Cidade de Deus relataram que suas casas foram invadidas pelos policiais durante a operação. A Polícia Civil diz que a atitude é respaldada pela lei. "Isso é legal. Se não encontramos o responsável pela residência, mas temos fundada suspeita de que há alguma coisa ilícita, com o mandado de busca e apreensão, a lei me dá o respaldo de arrombar essa residência", disse o delegado Felipe Curi, responsável pela operação. Ao todo, a operação teve a participação de aproximadamente 400 policiais civis em parceria com a Delegacia de Combate às Drogas, com os departamentos gerais da Polícia Especializada e de Polícia da Capital, além da Coordenadoria de Recursos Especiais.
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Crise pesa, e número de inscrições do Brasil em Cannes cai 10%
A crise econômica e a desvalorização do real frente ao euro fizeram a participação do Brasil no Cannes Lions Festival Internacional de Criatividade cair 10%. A premiação mais tradicional e de maior visibilidade no meio publicitário começa neste sábado (18) e vai até sábado (25) na França. As agências brasileiras foram responsáveis por 2.804 inscrições, 10% menos do que no ano anterior —e a menor participação desde 2011. Mas o festival, que cobra de € 499 a € 1500 por inscrição, vai muito bem: no total, houve aumento de 7% em relação ao ano anterior, totalizando 43 mil. As inscrições representam cerca de 80% das receitas do festival, que no ano passado faturou US$ 61,5 milhões. "A crise repercute em todas as área e atingiu em cheio o nosso mercado", diz o presidente da Publicis Brasil, Hugo Rodrigues, que neste ano é jurado na categoria Impresso (Print & Publishing) e não inscreveu nenhuma peça da sua agência. "Mas não é só Cannes. A baixa participação do Brasil tem sido percebida em todos os grandes festivais e feiras internacionais. Vivemos um problema econômico que impede até o desenvolvimento de nossos profissionais, pois frequentamos menos eventos que nos enriquecem profissionalmente." Para aumentar as chances de conversões em prêmios, as agências costumam inscrever uma mesma peça em diferentes categorias e subcategorias. Há agências que chegam a gastar mais de R$ 600 mil para ampliar as chances de receber uma cobiçada estatueta em forma de leão. Soma-se a isso os custos com o envio de delegados, com inscrição, passagem, alimentação e hospedagem. E também da compra da própria estatueta em caso de vitória. A Ogilvy & Mather Brasil, que em 2013 foi agência do ano em Cannes, reduziu as inscrições em 30% neste ano. "Fazemos a conta do dinheiro investido e a chance de conversão [em prêmio]. Mas não se pode banalizar o festival como evento puro e simples que premia a criatividade. Já não é isso faz tempo. É um lugar onde você recicla, entende o que está acontecendo e encontra a indústria", diz o presidente da Ogilvy Brasil, Luiz Fernando Musa. Para ele, se o Brasil não levar tantas estatuetas neste ano terá menos a ver com crise do que com falta de ambição das agências nacionais. "Precisamos ambicionar campanhas de impacto global. Ser mais crítico e exigente e jogar a régua pra cima." Copresidente da Leo Burnett, Marcelo Reis acredita que a crise não afeta a capacidade de criação e inovação do país. "As agências estão sendo mais conservadoras nos investimentos, não nas ideias. O prêmio é consequência do trabalho, não pode ser o objetivo final. Tecnicamente não precisa de prêmio pra viver." Para Reis, que cortou em 20% as inscrições de sua agência em Cannes, as grandes campanhas hoje não precisam ser necessariamente caras. "Mais do que ser criativo com um filme genial, o que as agências e as marcas estão buscando hoje é engajar o consumidor", diz ele. "Criatividade é dar início a um movimento que engaje as pessoas em torno de uma causa, criando uma conexão do consumidor com a marca." Jurado na categoria Relações Públicas (PR), Edson Giusti, da Giusti Comunicação Integrada, aposta no aumento das inscrições na sua categoria, que envolve ações mais baratas de comunicação do que a propaganda. "O meio digital abriu muitos caminhos para nós. As agências de RP não fazem mais só release, mas conteúdo para mídia digital", diz ele. Para Giusti, mesmo que de forma mais tímida, as agências brasileiras não podem abrir mão de uma presença na Riviera Francesa. "Cannes se tornou um grande congresso de comunicação, um lugar onde você encontra os anunciantes, as grandes marcas." MARCELLO SERPA Apesar da presença reduzida neste ano, o festival presta uma grande homenagem a um publicitário brasileiro pelo "conjunto da obra." Marcello Serpa, ex-sócio da AlmapdBBDO e vencedor de inúmeros prêmios no festival, vai receber o Lion of St Mark 2016. A premiação foi lançada em 2011 e Serpa é o primeiro publicitário brasileiro a ser agraciado. Antes dele, foram homenageados com o St Mark os publicitários Bob Greenberg, Joe Pytka, Lee Clow, Dan Wieden e John Hegarty. 2015 Na última edição, o Brasil, apesar da queda de 9% no número de inscrições, voltou para casa com 108 estatuetas, uma a mais do que em 2014. Foram 18 Leões de Ouro, 34 de Prata e 55 de Bronze, além de um Gran Prix em Filme. YOUTUBE O Youtube divulgou uma lista das campanhas publicitárias de maior audiência na plataforma nos últimos meses..
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Crise pesa, e número de inscrições do Brasil em Cannes cai 10%A crise econômica e a desvalorização do real frente ao euro fizeram a participação do Brasil no Cannes Lions Festival Internacional de Criatividade cair 10%. A premiação mais tradicional e de maior visibilidade no meio publicitário começa neste sábado (18) e vai até sábado (25) na França. As agências brasileiras foram responsáveis por 2.804 inscrições, 10% menos do que no ano anterior —e a menor participação desde 2011. Mas o festival, que cobra de € 499 a € 1500 por inscrição, vai muito bem: no total, houve aumento de 7% em relação ao ano anterior, totalizando 43 mil. As inscrições representam cerca de 80% das receitas do festival, que no ano passado faturou US$ 61,5 milhões. "A crise repercute em todas as área e atingiu em cheio o nosso mercado", diz o presidente da Publicis Brasil, Hugo Rodrigues, que neste ano é jurado na categoria Impresso (Print & Publishing) e não inscreveu nenhuma peça da sua agência. "Mas não é só Cannes. A baixa participação do Brasil tem sido percebida em todos os grandes festivais e feiras internacionais. Vivemos um problema econômico que impede até o desenvolvimento de nossos profissionais, pois frequentamos menos eventos que nos enriquecem profissionalmente." Para aumentar as chances de conversões em prêmios, as agências costumam inscrever uma mesma peça em diferentes categorias e subcategorias. Há agências que chegam a gastar mais de R$ 600 mil para ampliar as chances de receber uma cobiçada estatueta em forma de leão. Soma-se a isso os custos com o envio de delegados, com inscrição, passagem, alimentação e hospedagem. E também da compra da própria estatueta em caso de vitória. A Ogilvy & Mather Brasil, que em 2013 foi agência do ano em Cannes, reduziu as inscrições em 30% neste ano. "Fazemos a conta do dinheiro investido e a chance de conversão [em prêmio]. Mas não se pode banalizar o festival como evento puro e simples que premia a criatividade. Já não é isso faz tempo. É um lugar onde você recicla, entende o que está acontecendo e encontra a indústria", diz o presidente da Ogilvy Brasil, Luiz Fernando Musa. Para ele, se o Brasil não levar tantas estatuetas neste ano terá menos a ver com crise do que com falta de ambição das agências nacionais. "Precisamos ambicionar campanhas de impacto global. Ser mais crítico e exigente e jogar a régua pra cima." Copresidente da Leo Burnett, Marcelo Reis acredita que a crise não afeta a capacidade de criação e inovação do país. "As agências estão sendo mais conservadoras nos investimentos, não nas ideias. O prêmio é consequência do trabalho, não pode ser o objetivo final. Tecnicamente não precisa de prêmio pra viver." Para Reis, que cortou em 20% as inscrições de sua agência em Cannes, as grandes campanhas hoje não precisam ser necessariamente caras. "Mais do que ser criativo com um filme genial, o que as agências e as marcas estão buscando hoje é engajar o consumidor", diz ele. "Criatividade é dar início a um movimento que engaje as pessoas em torno de uma causa, criando uma conexão do consumidor com a marca." Jurado na categoria Relações Públicas (PR), Edson Giusti, da Giusti Comunicação Integrada, aposta no aumento das inscrições na sua categoria, que envolve ações mais baratas de comunicação do que a propaganda. "O meio digital abriu muitos caminhos para nós. As agências de RP não fazem mais só release, mas conteúdo para mídia digital", diz ele. Para Giusti, mesmo que de forma mais tímida, as agências brasileiras não podem abrir mão de uma presença na Riviera Francesa. "Cannes se tornou um grande congresso de comunicação, um lugar onde você encontra os anunciantes, as grandes marcas." MARCELLO SERPA Apesar da presença reduzida neste ano, o festival presta uma grande homenagem a um publicitário brasileiro pelo "conjunto da obra." Marcello Serpa, ex-sócio da AlmapdBBDO e vencedor de inúmeros prêmios no festival, vai receber o Lion of St Mark 2016. A premiação foi lançada em 2011 e Serpa é o primeiro publicitário brasileiro a ser agraciado. Antes dele, foram homenageados com o St Mark os publicitários Bob Greenberg, Joe Pytka, Lee Clow, Dan Wieden e John Hegarty. 2015 Na última edição, o Brasil, apesar da queda de 9% no número de inscrições, voltou para casa com 108 estatuetas, uma a mais do que em 2014. Foram 18 Leões de Ouro, 34 de Prata e 55 de Bronze, além de um Gran Prix em Filme. YOUTUBE O Youtube divulgou uma lista das campanhas publicitárias de maior audiência na plataforma nos últimos meses..
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2º mais rico do mundo pede ajuda no Twitter sobre como doar fortuna
O bilionário fundador da Amazon.com, Jeff Bezos, usou nesta quinta-feira (15) uma fonte pouco convencional para inspiração sobre como doar parte de sua riqueza: o Twitter. "Quero que grande parte da minha atividade filantrópica seja para ajudar pessoas no aqui e agora —curto prazo— na intersecção da necessidade urgente e do impacto duradouro", disse Bezos, em mensagem no Twitter. O presidente da gigante global do comércio on-line é a segunda pessoa mais rica do mundo, com patrimônio de US$ 82,8 bilhões, segundo a agência Bloomberg. Ele só está atrás de Bill Gates, com US$ 89,4 bilhões. "Se você tiver ideias, somente responda a este tuíte com a ideia (e se você achar que esta abordagem é errada, amaria ouvir isto também)." O pedido sinalizou uma mudança para Bezos, que investiu em apostas de longo prazo como exploração espacial e se manteve quieto sobre outros ofertas. O executivo de e-commerce disse que irá vender cerca de US$ 1 bilhão em ações da Amazon anualmente para financiar sua companhia Blue Origin, que busca cortar o custo de viagem espacial e dar início ao empreendedorismo no cosmos. A Amazon é avaliada em US$ 459 bilhões, com base na sua cotação na Bolsa de Valores nesta quinta-feira. Para filantropia, Bezos tem apoiado uma fundação administrada por seus pais que foca em educação. Sua família também deu mais de US$ 40 milhões para o Centro de Pesquisas sobre o Câncer Fred Hutchinson, em Seattle, não muito longe da sede da Amazon. Ainda assim, Bezos ainda precisa tornar a caridade um pilar do seu trabalho, como fizeram Bill Gates, da Microsoft, e Mark Zuckerberg, do Facebook. Bezos não se juntou a eles e outros 167 dos mais ricos do mundo na promessa de dedicar mais da metade de suas fortunas à filantropia. Questionado em uma entrevista com Charlie Rose no ano passado se um dia iria rivalizar com a nobreza de Bill Gates, Bezos brincou: "Então, sim, se houver algo restante após eu terminar a Blue Origin". Sua publicação no Twitter gerou quase 7.000 respostas em seis horas. Recomendações variavam de programas alimentares para crianças, proteção de florestas à ajuda aos sem-teto.
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2º mais rico do mundo pede ajuda no Twitter sobre como doar fortunaO bilionário fundador da Amazon.com, Jeff Bezos, usou nesta quinta-feira (15) uma fonte pouco convencional para inspiração sobre como doar parte de sua riqueza: o Twitter. "Quero que grande parte da minha atividade filantrópica seja para ajudar pessoas no aqui e agora —curto prazo— na intersecção da necessidade urgente e do impacto duradouro", disse Bezos, em mensagem no Twitter. O presidente da gigante global do comércio on-line é a segunda pessoa mais rica do mundo, com patrimônio de US$ 82,8 bilhões, segundo a agência Bloomberg. Ele só está atrás de Bill Gates, com US$ 89,4 bilhões. "Se você tiver ideias, somente responda a este tuíte com a ideia (e se você achar que esta abordagem é errada, amaria ouvir isto também)." O pedido sinalizou uma mudança para Bezos, que investiu em apostas de longo prazo como exploração espacial e se manteve quieto sobre outros ofertas. O executivo de e-commerce disse que irá vender cerca de US$ 1 bilhão em ações da Amazon anualmente para financiar sua companhia Blue Origin, que busca cortar o custo de viagem espacial e dar início ao empreendedorismo no cosmos. A Amazon é avaliada em US$ 459 bilhões, com base na sua cotação na Bolsa de Valores nesta quinta-feira. Para filantropia, Bezos tem apoiado uma fundação administrada por seus pais que foca em educação. Sua família também deu mais de US$ 40 milhões para o Centro de Pesquisas sobre o Câncer Fred Hutchinson, em Seattle, não muito longe da sede da Amazon. Ainda assim, Bezos ainda precisa tornar a caridade um pilar do seu trabalho, como fizeram Bill Gates, da Microsoft, e Mark Zuckerberg, do Facebook. Bezos não se juntou a eles e outros 167 dos mais ricos do mundo na promessa de dedicar mais da metade de suas fortunas à filantropia. Questionado em uma entrevista com Charlie Rose no ano passado se um dia iria rivalizar com a nobreza de Bill Gates, Bezos brincou: "Então, sim, se houver algo restante após eu terminar a Blue Origin". Sua publicação no Twitter gerou quase 7.000 respostas em seis horas. Recomendações variavam de programas alimentares para crianças, proteção de florestas à ajuda aos sem-teto.
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Fábio Carille comemora resgate da entrega: "É o DNA do Corinthians"
Irônico em alguns momentos, humilde em outros, Fabio Carille identifica sem titubear qual o grande mérito do seu trabalho no comando da equipe desde o início do ano: a entrega em campo. "Este é o DNA do Corinthians. Estamos resgatando isso", disse o técnico, que assumiu o cargo em definitivo no início da temporada. O espelho de Carille é o time que foi campeão paulista invicto em 2009, com Ronaldo no ataque. "Aquele time tinha muita entrega", admite. Na época, ele era auxiliar de Mano Menezes. Sem alterar o tom de voz, ele lembrou com ironia o fato de o Corinthians ter sido considerado, no início do ano, a quarta força do estado, atrás de Palmeiras, Corinthians e São Paulo. "O Palmeiras é o campeão brasileiro e tem o melhor time. Mas nem sempre o melhor time vence", disse. Ele pode conquistar o primeiro título como técnico na primeira competição como efetivo. No ano passado, comandou o time de forma interina no Campeonato Brasileiro. Apesar da campanha, Carille vê onde melhorar. Embora ressalte a solidez defensiva do Corinthians na temporada, sabe que o ataque precisa evoluir. Não que isso vá incomodar a provável festa do título no próximo domingo (7), em Itaquera. "Comemorar um título em casa será muito bom. O sistema defensivo teve um entendimento muito rápido, mas eu sei que a parte ofensiva pode ser melhor. E vai ser. Tivemos casos com o Jô, que estava sem jogar há sete meses, o Jadson há três meses... A gente sabia que seria assim. Montamos um time para jogar por poucas bolas. Mas o Corinthians tem de ser uma equipe mais agressiva. Buscamos isso", completa.
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Fábio Carille comemora resgate da entrega: "É o DNA do Corinthians"Irônico em alguns momentos, humilde em outros, Fabio Carille identifica sem titubear qual o grande mérito do seu trabalho no comando da equipe desde o início do ano: a entrega em campo. "Este é o DNA do Corinthians. Estamos resgatando isso", disse o técnico, que assumiu o cargo em definitivo no início da temporada. O espelho de Carille é o time que foi campeão paulista invicto em 2009, com Ronaldo no ataque. "Aquele time tinha muita entrega", admite. Na época, ele era auxiliar de Mano Menezes. Sem alterar o tom de voz, ele lembrou com ironia o fato de o Corinthians ter sido considerado, no início do ano, a quarta força do estado, atrás de Palmeiras, Corinthians e São Paulo. "O Palmeiras é o campeão brasileiro e tem o melhor time. Mas nem sempre o melhor time vence", disse. Ele pode conquistar o primeiro título como técnico na primeira competição como efetivo. No ano passado, comandou o time de forma interina no Campeonato Brasileiro. Apesar da campanha, Carille vê onde melhorar. Embora ressalte a solidez defensiva do Corinthians na temporada, sabe que o ataque precisa evoluir. Não que isso vá incomodar a provável festa do título no próximo domingo (7), em Itaquera. "Comemorar um título em casa será muito bom. O sistema defensivo teve um entendimento muito rápido, mas eu sei que a parte ofensiva pode ser melhor. E vai ser. Tivemos casos com o Jô, que estava sem jogar há sete meses, o Jadson há três meses... A gente sabia que seria assim. Montamos um time para jogar por poucas bolas. Mas o Corinthians tem de ser uma equipe mais agressiva. Buscamos isso", completa.
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Livro da jornalista Jeannette Walls aborda vida em família disfuncional
Aos três anos de idade, Jeannette queimou todo o lado direito do corpo ao cozinhar, de pé sobre uma cadeira à beira do fogão, salsichas para o almoço. Ela seria retirada à força do hospital três semanas depois, nos braços do pai bêbado e carismático, que considerava os cuidados médicos desnecessários. Essa é a memória mais antiga da jornalista americana Jeanette Walls e dá o tom da autobiografia "O Castelo de Vidro", que chega às bancas no próximo domingo (24), pela Coleção Folha Mulheres na Literatura. O livro, originalmente lançado em 2005, revela o passado até então secreto da colunista social, que frequentava as altas rodas de Nova York enquanto sua mãe, sem-teto, revirava o lixo de Manhattan atrás de comida. A narrativa surpreendente vendeu mais de 2,7 milhões de cópias, foi traduzida em 30 idiomas e ganhou adaptação no filme homônimo, com os atores Brie Larson, Naomi Watts e Woody Harrelson nos papéis principais. Criados por um pai alcoólatra que levava a vida de forma quixotesca e uma mãe emocionalmente instável que passava os dias a pintar quadros, Jeanette e os irmãos Lori, Brian e Maureen cresceram na ambivalência do anseio por uma vida mais estável e o desejo pela aventura. Os três eram encorajados a ter grandes sonhos ao mesmo tempo que viviam uma vida nômade pelo interior dos EUA, em condições precárias e sendo alvo de abusos físicos e psicológicos. "O valor da qualidade de uma obra pode estar na sua capacidade expressiva de trabalhar uma linguagem e, em outro momento, ao narrar histórias envolventes calcadas na experiência pessoal", diz o crítico Manuel da Costa Pinto, colunista da Folha e curador da coleção. O best-seller de Walls reconta, de forma sensível, o passado e cria uma história de superação sem cair na armadilha de analisar psicologicamente os pais, demonizá-los ou enaltecê-los. A partir do ponto de vista ingênuo de uma criança, a autora reconstitui os fatos de sua biografia, destacando a resiliência e inteligência dela e dos irmãos para construírem um novo futuro para eles mesmos. Ao mesmo tempo, Walls se reconecta com o passado na tentativa de aceitar quem é.
ilustrada
Livro da jornalista Jeannette Walls aborda vida em família disfuncionalAos três anos de idade, Jeannette queimou todo o lado direito do corpo ao cozinhar, de pé sobre uma cadeira à beira do fogão, salsichas para o almoço. Ela seria retirada à força do hospital três semanas depois, nos braços do pai bêbado e carismático, que considerava os cuidados médicos desnecessários. Essa é a memória mais antiga da jornalista americana Jeanette Walls e dá o tom da autobiografia "O Castelo de Vidro", que chega às bancas no próximo domingo (24), pela Coleção Folha Mulheres na Literatura. O livro, originalmente lançado em 2005, revela o passado até então secreto da colunista social, que frequentava as altas rodas de Nova York enquanto sua mãe, sem-teto, revirava o lixo de Manhattan atrás de comida. A narrativa surpreendente vendeu mais de 2,7 milhões de cópias, foi traduzida em 30 idiomas e ganhou adaptação no filme homônimo, com os atores Brie Larson, Naomi Watts e Woody Harrelson nos papéis principais. Criados por um pai alcoólatra que levava a vida de forma quixotesca e uma mãe emocionalmente instável que passava os dias a pintar quadros, Jeanette e os irmãos Lori, Brian e Maureen cresceram na ambivalência do anseio por uma vida mais estável e o desejo pela aventura. Os três eram encorajados a ter grandes sonhos ao mesmo tempo que viviam uma vida nômade pelo interior dos EUA, em condições precárias e sendo alvo de abusos físicos e psicológicos. "O valor da qualidade de uma obra pode estar na sua capacidade expressiva de trabalhar uma linguagem e, em outro momento, ao narrar histórias envolventes calcadas na experiência pessoal", diz o crítico Manuel da Costa Pinto, colunista da Folha e curador da coleção. O best-seller de Walls reconta, de forma sensível, o passado e cria uma história de superação sem cair na armadilha de analisar psicologicamente os pais, demonizá-los ou enaltecê-los. A partir do ponto de vista ingênuo de uma criança, a autora reconstitui os fatos de sua biografia, destacando a resiliência e inteligência dela e dos irmãos para construírem um novo futuro para eles mesmos. Ao mesmo tempo, Walls se reconecta com o passado na tentativa de aceitar quem é.
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Título histórico dos Cubs no beisebol ofusca até eleição nos Estados Unidos
Na madrugada desta quinta (3), pelo horário brasileiro, o Chicago Cubs conseguiu, em uma longa e dramática partida com o Cleveland Indians, encerrar seu jejum de 108 anos sem títulos da MLB, a liga de beisebol dos Estados Unidos. E, nas horas que se seguiram, o país parece não ter falado em outra coisa. Até mesmo a eleição presidencial americana, marcada para terça-feira (8), foi esquecida, ao menos por um dia. Apesar de ter passado os últimos 108 anos amargando frustrações, o Chicago Cubs é um dos mais importantes times do beisebol americano. Pesquisa feita em 2015 pela empresa Harris Interactive apontou a equipe como a terceira mais popular do país, atrás apenas de New York Yankees e Boston Red Sox. Daí a conquista dos Cubs ter causado tanta comoção nos Estados Unidos. A vitória do time de Chicago tomou conta das primeiras páginas dos jornais e dos sites americanos, além de ter conquistado a atenção de pessoas que, em outras circunstâncias, estariam pensando apenas e tão somente na eleição. O presidente Barack Obama, que tem residência em Chicago e voltará a morar na cidade quando deixar o cargo, escreveu no Twitter uma mensagem de felicitações aos Cubs -embora seja torcedor do outro time da cidade, o Chicago White Sox. Hillary Clinton, candidata à presidência pelo Partido Democrata, o mesmo de Obama, deixou a campanha de lado por alguns momentos por causa dos Cubs. Nascida em Chicago, ela foi fotografada assistindo ao jogo decisivo e vibrando muito com a vitória da equipe -mesmo correndo o risco de perder valiosos votos de eleitores de Cleveland. Hillary Clinton festeja vitória dos Cubs No Twitter, ficou escancarado em números o quanto a façanha dos Cubs, que não jogavam a World Series, final do torneio, desde 1945, superou a eleição como o tema mais debatido nos EUA. Entre o começo da noite de quarta-feira (2), dia do jogo final, e o início da noite desta quinta, foram publicados no país 791.979 tweets que mencionavam os Cubs, contra 346.639 de Donald Trump, o controverso candidato do Partido Republicano, e 168.393 de Hillary. TRIUNFO ÉPICO A vitória dos Cubs não poderia ter sido mais épica. Na série melhor de sete, o time de Chicago chegou a ficar em desvantagem de 3 a 1 para os Indians, que também amargam longo jejum -não são campeões desde 1948. Com um triunfo em casa e outro fora, os Cubs forçaram a sétima partida, também na casa do inimigo. A equipe visitante liderou o jogo inteiro, mas cedeu o empate por 6 a 6 na oitava das nove entradas regulamentares. Para aumentar ainda mais a tensão no estádio de Cleveland, a chuva interrompeu o jogo antes da décima entrada. Quando a ação foi retomada, os Cubs fizeram duas corridas, contra uma dos Indians, e venceram por 8 a 7. Em Chicago, milhares de torcedores reunidos em bares e na frente do estádio dos Cubs atravessaram a madrugada festejando um título que muitos acreditavam que jamais veriam. Nesta sexta (4), haverá o desfile dos campeões em carro aberto pelas ruas da cidade.
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Título histórico dos Cubs no beisebol ofusca até eleição nos Estados UnidosNa madrugada desta quinta (3), pelo horário brasileiro, o Chicago Cubs conseguiu, em uma longa e dramática partida com o Cleveland Indians, encerrar seu jejum de 108 anos sem títulos da MLB, a liga de beisebol dos Estados Unidos. E, nas horas que se seguiram, o país parece não ter falado em outra coisa. Até mesmo a eleição presidencial americana, marcada para terça-feira (8), foi esquecida, ao menos por um dia. Apesar de ter passado os últimos 108 anos amargando frustrações, o Chicago Cubs é um dos mais importantes times do beisebol americano. Pesquisa feita em 2015 pela empresa Harris Interactive apontou a equipe como a terceira mais popular do país, atrás apenas de New York Yankees e Boston Red Sox. Daí a conquista dos Cubs ter causado tanta comoção nos Estados Unidos. A vitória do time de Chicago tomou conta das primeiras páginas dos jornais e dos sites americanos, além de ter conquistado a atenção de pessoas que, em outras circunstâncias, estariam pensando apenas e tão somente na eleição. O presidente Barack Obama, que tem residência em Chicago e voltará a morar na cidade quando deixar o cargo, escreveu no Twitter uma mensagem de felicitações aos Cubs -embora seja torcedor do outro time da cidade, o Chicago White Sox. Hillary Clinton, candidata à presidência pelo Partido Democrata, o mesmo de Obama, deixou a campanha de lado por alguns momentos por causa dos Cubs. Nascida em Chicago, ela foi fotografada assistindo ao jogo decisivo e vibrando muito com a vitória da equipe -mesmo correndo o risco de perder valiosos votos de eleitores de Cleveland. Hillary Clinton festeja vitória dos Cubs No Twitter, ficou escancarado em números o quanto a façanha dos Cubs, que não jogavam a World Series, final do torneio, desde 1945, superou a eleição como o tema mais debatido nos EUA. Entre o começo da noite de quarta-feira (2), dia do jogo final, e o início da noite desta quinta, foram publicados no país 791.979 tweets que mencionavam os Cubs, contra 346.639 de Donald Trump, o controverso candidato do Partido Republicano, e 168.393 de Hillary. TRIUNFO ÉPICO A vitória dos Cubs não poderia ter sido mais épica. Na série melhor de sete, o time de Chicago chegou a ficar em desvantagem de 3 a 1 para os Indians, que também amargam longo jejum -não são campeões desde 1948. Com um triunfo em casa e outro fora, os Cubs forçaram a sétima partida, também na casa do inimigo. A equipe visitante liderou o jogo inteiro, mas cedeu o empate por 6 a 6 na oitava das nove entradas regulamentares. Para aumentar ainda mais a tensão no estádio de Cleveland, a chuva interrompeu o jogo antes da décima entrada. Quando a ação foi retomada, os Cubs fizeram duas corridas, contra uma dos Indians, e venceram por 8 a 7. Em Chicago, milhares de torcedores reunidos em bares e na frente do estádio dos Cubs atravessaram a madrugada festejando um título que muitos acreditavam que jamais veriam. Nesta sexta (4), haverá o desfile dos campeões em carro aberto pelas ruas da cidade.
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TST convoca sindicato de aeronautas e companhias para audiência no dia 17
O TST (Tribunal Superior do Trabalho) convocou para as 9h do dia 17 uma audiência de conciliação entre sindicatos de aeronautas e aeroviários e das companhias aéreas. O objetivo é tentar resolver o impasse envolvendo o reajuste salarial de pilotos e comissários de bordo, além de discutir condições de trabalho. Na quarta-feira (3), a paralisação de pilotos e comissários em 12 aeroportos do país provocou atrasos e cancelamentos de voos, com impactos ao longo do dia. Se a proposta for aprovada, o movimento de greve pode ser cancelado. Em resposta à reunião, o SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) convocou para as 18h desta sexta-feira (5) uma assembleia da categoria para definir próximos passos do movimento. Os aeronautas (pilotos, copilotos e comissários) e os aeroviários (funcionários em terra) reivindicam um reajuste salarial "que contemple a reposição da inflação no período de 1º de dezembro de 2014 a 1º de dezembro de 2015, ou seja, 11% de reajuste retroativo à data-base de 1º de dezembro de 2015". A última proposta das empresas aéreas, negada pela assembleia antes da aprovação da greve na semana passada, oferecia reajustes parcelados (3% em fevereiro de 2016, 2% em junho e 6% em novembro). O sindicato dos aeronautas prometeu que não haverá paralisações durante o Carnaval, mas elas poderão ser retomadas no dia 12 e nos dias seguintes, "até que consigam atingir os objetivos". O SNEA (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), que cuida das negociações trabalhistas entre as quatro maiores companhias aéreas brasileiras (Avianca, Azul, Gol e TAM), afirmou em nota que toma todas as medidas para preservar a viagem dos passageiros. O SNEA também afirmou que, desde o início das negociações, seis propostas foram apresentadas, mas foram recusadas pelos trabalhadores. - RAIO-X DA GREVE Quais aeroportos serão afetados? Congonhas, Guarulhos e Viracopos (SP), Santos Dumont e Galeão (RJ), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Brasília (DF), Salvador (BA), Recife (PE) e Fortaleza (CE) Qual é o horário da grave? Os trabalhadores anunciaram a interrupção de decolagens entre as 6h e as 8h (horário de Brasília) desta quarta-feira (3) O que o passageiro deve fazer? Entrar em contato com a companhia aérea. Segundo a Abear (entidade do setor), passageiros com partidas marcadas para o horário da paralisação podem alterar os planos de viagem para outro horário ou uma nova data. Quem mantiver os planos de viagem deve fazer o check-in antecipadamente e dar preferência aos canais eletrônico, como os sites das companhias, os aplicativos e totens de autoatendimento nos aeroportos Quais são os direitos do passageiro? Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), as empresas devem informar sobre atrasos e cancelamentos, além de oferecer facilidade de comunicação (ligação telefônica, internet e outros) para atrasos superiores a uma hora. Também tem de oferecer alimentação em caso de atrasos superiores a duas horas e acomodação e traslado para atrasos superiores a quatro horas. A Anac também recebe reclamações pela internet ou pelo telefone 163.
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TST convoca sindicato de aeronautas e companhias para audiência no dia 17O TST (Tribunal Superior do Trabalho) convocou para as 9h do dia 17 uma audiência de conciliação entre sindicatos de aeronautas e aeroviários e das companhias aéreas. O objetivo é tentar resolver o impasse envolvendo o reajuste salarial de pilotos e comissários de bordo, além de discutir condições de trabalho. Na quarta-feira (3), a paralisação de pilotos e comissários em 12 aeroportos do país provocou atrasos e cancelamentos de voos, com impactos ao longo do dia. Se a proposta for aprovada, o movimento de greve pode ser cancelado. Em resposta à reunião, o SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) convocou para as 18h desta sexta-feira (5) uma assembleia da categoria para definir próximos passos do movimento. Os aeronautas (pilotos, copilotos e comissários) e os aeroviários (funcionários em terra) reivindicam um reajuste salarial "que contemple a reposição da inflação no período de 1º de dezembro de 2014 a 1º de dezembro de 2015, ou seja, 11% de reajuste retroativo à data-base de 1º de dezembro de 2015". A última proposta das empresas aéreas, negada pela assembleia antes da aprovação da greve na semana passada, oferecia reajustes parcelados (3% em fevereiro de 2016, 2% em junho e 6% em novembro). O sindicato dos aeronautas prometeu que não haverá paralisações durante o Carnaval, mas elas poderão ser retomadas no dia 12 e nos dias seguintes, "até que consigam atingir os objetivos". O SNEA (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), que cuida das negociações trabalhistas entre as quatro maiores companhias aéreas brasileiras (Avianca, Azul, Gol e TAM), afirmou em nota que toma todas as medidas para preservar a viagem dos passageiros. O SNEA também afirmou que, desde o início das negociações, seis propostas foram apresentadas, mas foram recusadas pelos trabalhadores. - RAIO-X DA GREVE Quais aeroportos serão afetados? Congonhas, Guarulhos e Viracopos (SP), Santos Dumont e Galeão (RJ), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Brasília (DF), Salvador (BA), Recife (PE) e Fortaleza (CE) Qual é o horário da grave? Os trabalhadores anunciaram a interrupção de decolagens entre as 6h e as 8h (horário de Brasília) desta quarta-feira (3) O que o passageiro deve fazer? Entrar em contato com a companhia aérea. Segundo a Abear (entidade do setor), passageiros com partidas marcadas para o horário da paralisação podem alterar os planos de viagem para outro horário ou uma nova data. Quem mantiver os planos de viagem deve fazer o check-in antecipadamente e dar preferência aos canais eletrônico, como os sites das companhias, os aplicativos e totens de autoatendimento nos aeroportos Quais são os direitos do passageiro? Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), as empresas devem informar sobre atrasos e cancelamentos, além de oferecer facilidade de comunicação (ligação telefônica, internet e outros) para atrasos superiores a uma hora. Também tem de oferecer alimentação em caso de atrasos superiores a duas horas e acomodação e traslado para atrasos superiores a quatro horas. A Anac também recebe reclamações pela internet ou pelo telefone 163.
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City goleia e segue na briga pela ponta; Chelsea sofre e empata nos acréscimos
Com um jogo agressivo, o Manchester City derrotou o Crystal Palace neste sábado (16) por 4 a 0, pela 22ª rodada do Campeonato Inglês. O resultado coloca a equipe na vice-liderança provisória da competição com 43 pontos, ao lado do Arsenal. O Leicester lidera. O City começou a partida se lançando ao ataque, com boas jogadas de David Silva e finalizações de fora da área. O Crystal Palace chegou a ameaçar com bons contra-ataques e aproveitando as falhas na defesa adversária, mas não conseguiu concretizar as chances. Os dois primeiros gols saíram de chutes de longa distância. Fabian Delph marcou aos 22 min e Aguero aos 41 min do primeiro tempo. O argentino, artilheiro do City no Inglês, nunca tinha marcado contra o Crystal Palace. Na segunda etapa, o Crystal Palace não conseguiu mais chegar perto da meta de Joe Hart. Aos 24 min, após bela troca de passes que atravessou a entrada da área do Crystal Palace, Aguero finalizou para marcar o terceiro da equipe. Nos instantes finais, o argentino ainda colocou David Silva livre dentro da área para fechar o placar. CHELSEA Na parte de baixo da tabela, o Chelsea empatou em 3 a 3 com o Everton em um jogo de reviravoltas. Logo no começo do jogo, Baines cruzou forte, John Terry tentou afastar, mas desviou para o próprio gol. Aos dez minutos do segundo tempo, Mirallas ampliou. A reação do Chelsea saiu dos pés de Diego Costa, após driblar o goleiro e entrar sozinho no gol. Dois minutos depois, o brasileiro naturalizado espanhol finalizou e a bola desviou em Fábregas antes de entrar para garantir o empate. Aos 45 min, Funes Mori colocou o Everton novamente em vantagem, porém, nos acréscimos, Terry se redimiu com um gol de letra aos 55 min e evitou a derrota. O Chelsea é o 14º, com 25 pontos. O Everton aparece em 11º, com quatro pontos a mais. TOTTENHAM Com dois gols de Eriksen, o Tottenham venceu o Sunderland por 4 a 1, resultado que mantém a equipe em quarto lugar, 39 pontos. O Sunderland segue na zona do rebaixamento, com 22 pontos. Jogando em casa, o Tottenham precisou levar o primeiro gol do Sunderland para reagir na partida. A equipe visitante abriu o placar nos instantes finais da primeira etapa com Patrick van Aanholt. Menos de um minuto depois, o Tottenham empatou com Eriksen. Na etapa final, o Tottenham não deu chances ao adversário e construiu a vitória com gols de Dembele, Eriksen e Harry Kane, que fechou o placar de pênalti. No domingo, acontece o clássico do Norte entre Liverpool e Manchester United. O líder Arsenal também joga amanhã, quando visita o Stoke. 22ª RODADA DO CAMPEONATO INGLÊS Sábado (16) Tottenham 4x1 Sunderland Bournemouth 3 x 0 Norwich Chelsea 3 x 3 Everton Manchester City 4 x 0 Crystal Palace Newcastle 2 x 1 West Ham Southampton 3 x 0 West Bromwich Aston Villa x Leicester Domingo (17) Liverpool x Manchester United Stoke x Arsenal Segunda-feira (18) Swansea x Watford
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City goleia e segue na briga pela ponta; Chelsea sofre e empata nos acréscimosCom um jogo agressivo, o Manchester City derrotou o Crystal Palace neste sábado (16) por 4 a 0, pela 22ª rodada do Campeonato Inglês. O resultado coloca a equipe na vice-liderança provisória da competição com 43 pontos, ao lado do Arsenal. O Leicester lidera. O City começou a partida se lançando ao ataque, com boas jogadas de David Silva e finalizações de fora da área. O Crystal Palace chegou a ameaçar com bons contra-ataques e aproveitando as falhas na defesa adversária, mas não conseguiu concretizar as chances. Os dois primeiros gols saíram de chutes de longa distância. Fabian Delph marcou aos 22 min e Aguero aos 41 min do primeiro tempo. O argentino, artilheiro do City no Inglês, nunca tinha marcado contra o Crystal Palace. Na segunda etapa, o Crystal Palace não conseguiu mais chegar perto da meta de Joe Hart. Aos 24 min, após bela troca de passes que atravessou a entrada da área do Crystal Palace, Aguero finalizou para marcar o terceiro da equipe. Nos instantes finais, o argentino ainda colocou David Silva livre dentro da área para fechar o placar. CHELSEA Na parte de baixo da tabela, o Chelsea empatou em 3 a 3 com o Everton em um jogo de reviravoltas. Logo no começo do jogo, Baines cruzou forte, John Terry tentou afastar, mas desviou para o próprio gol. Aos dez minutos do segundo tempo, Mirallas ampliou. A reação do Chelsea saiu dos pés de Diego Costa, após driblar o goleiro e entrar sozinho no gol. Dois minutos depois, o brasileiro naturalizado espanhol finalizou e a bola desviou em Fábregas antes de entrar para garantir o empate. Aos 45 min, Funes Mori colocou o Everton novamente em vantagem, porém, nos acréscimos, Terry se redimiu com um gol de letra aos 55 min e evitou a derrota. O Chelsea é o 14º, com 25 pontos. O Everton aparece em 11º, com quatro pontos a mais. TOTTENHAM Com dois gols de Eriksen, o Tottenham venceu o Sunderland por 4 a 1, resultado que mantém a equipe em quarto lugar, 39 pontos. O Sunderland segue na zona do rebaixamento, com 22 pontos. Jogando em casa, o Tottenham precisou levar o primeiro gol do Sunderland para reagir na partida. A equipe visitante abriu o placar nos instantes finais da primeira etapa com Patrick van Aanholt. Menos de um minuto depois, o Tottenham empatou com Eriksen. Na etapa final, o Tottenham não deu chances ao adversário e construiu a vitória com gols de Dembele, Eriksen e Harry Kane, que fechou o placar de pênalti. No domingo, acontece o clássico do Norte entre Liverpool e Manchester United. O líder Arsenal também joga amanhã, quando visita o Stoke. 22ª RODADA DO CAMPEONATO INGLÊS Sábado (16) Tottenham 4x1 Sunderland Bournemouth 3 x 0 Norwich Chelsea 3 x 3 Everton Manchester City 4 x 0 Crystal Palace Newcastle 2 x 1 West Ham Southampton 3 x 0 West Bromwich Aston Villa x Leicester Domingo (17) Liverpool x Manchester United Stoke x Arsenal Segunda-feira (18) Swansea x Watford
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Situação vai continuar ruim em 2016, afirma secretário da Fazenda de RS
O secretário da Fazenda do Rio Grande do Sul, Giovani Feltes, afirma que a situação do Estado –o mais endividado do país – era "autofágica" e dá um aviso aos servidores: a situação vai continuar ruim em 2016. "O Estado se consome por si só. Essa estrutura não cabe mais no bolso do contribuinte", afirmou à Folha. Escolhido pelo governador José Ivo Sartori (PMDB) para sanear as contas estaduais, Feltes promoveu seis fases de ajuste fiscal desde que assumiu o cargo, em janeiro. Desde então vem sendo bastante criticado –sobretudo pelos funcionários públicos. O Estado renegociou dívidas, aumentou impostos, deu calote na dívida com a União e, no fim de 2015, teve que pedir aos servidores que contraíssem um empréstimo para receberem o 13º salário. Ainda assim, o "buraco" para 2016 será pior que o do ano passado, segundo Feltes. No final de 2015, a Assembleia aprovou, a pedido de Sartori, a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual, que proíbe o Estado de aumentar as despesas com funcionalismo por dois anos caso atinja o limite máximo de gastos previsto em lei. "É um freio a mais para que não ultrapassemos o limite", comenta Feltes. O gasto com o funcionalismo é um dos calcanhares de Aquiles da administração gaúcha. Hoje, consome cerca de 75% da receita. As aposentadorias representam mais da metade dos gastos. O Estado tem cerca de 370 mil servidores, sendo 173 mil ativos. Na prática, a nova lei dificulta reajustes e contratações. Uma vez atingido o limite, os gastos com pessoal só poderão crescer caso haja aumento de receita –e, ainda assim, só 25% disso pode ser aplicado no funcionalismo. Para sindicatos, isso pode encolher o Estado e prejudicar os serviços públicos. O secretário defende a medida e diz que, mesmo com os cortes deste ano, os serviços vêm sendo prestados sem interrupção. "É um quadro de agudez. O governador não olha o Estado com a régua da eleição ou do voto", afirma Feltes. "Vamos perseguir o equilíbrio fiscal, porque o Estado é para 11,2 milhões de gaúchos. É nosso mantra." A partir de 2016, a lei começa a valer, e o Estado já poderá ser submetido às novas regras –já que, atualmente, extrapola o limite legal de gastos com pessoal. Para superar a crise, Feltes diz ser necessário o apoio do governo federal para criar mecanismos que aliviem as contas dos Estados. "Não vejo como a União possa satisfazer suas necessidades de equilíbrio e desenvolvimento sem ter uma mão dupla, para que os Estados também ultrapassem seus percalços."
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Situação vai continuar ruim em 2016, afirma secretário da Fazenda de RSO secretário da Fazenda do Rio Grande do Sul, Giovani Feltes, afirma que a situação do Estado –o mais endividado do país – era "autofágica" e dá um aviso aos servidores: a situação vai continuar ruim em 2016. "O Estado se consome por si só. Essa estrutura não cabe mais no bolso do contribuinte", afirmou à Folha. Escolhido pelo governador José Ivo Sartori (PMDB) para sanear as contas estaduais, Feltes promoveu seis fases de ajuste fiscal desde que assumiu o cargo, em janeiro. Desde então vem sendo bastante criticado –sobretudo pelos funcionários públicos. O Estado renegociou dívidas, aumentou impostos, deu calote na dívida com a União e, no fim de 2015, teve que pedir aos servidores que contraíssem um empréstimo para receberem o 13º salário. Ainda assim, o "buraco" para 2016 será pior que o do ano passado, segundo Feltes. No final de 2015, a Assembleia aprovou, a pedido de Sartori, a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual, que proíbe o Estado de aumentar as despesas com funcionalismo por dois anos caso atinja o limite máximo de gastos previsto em lei. "É um freio a mais para que não ultrapassemos o limite", comenta Feltes. O gasto com o funcionalismo é um dos calcanhares de Aquiles da administração gaúcha. Hoje, consome cerca de 75% da receita. As aposentadorias representam mais da metade dos gastos. O Estado tem cerca de 370 mil servidores, sendo 173 mil ativos. Na prática, a nova lei dificulta reajustes e contratações. Uma vez atingido o limite, os gastos com pessoal só poderão crescer caso haja aumento de receita –e, ainda assim, só 25% disso pode ser aplicado no funcionalismo. Para sindicatos, isso pode encolher o Estado e prejudicar os serviços públicos. O secretário defende a medida e diz que, mesmo com os cortes deste ano, os serviços vêm sendo prestados sem interrupção. "É um quadro de agudez. O governador não olha o Estado com a régua da eleição ou do voto", afirma Feltes. "Vamos perseguir o equilíbrio fiscal, porque o Estado é para 11,2 milhões de gaúchos. É nosso mantra." A partir de 2016, a lei começa a valer, e o Estado já poderá ser submetido às novas regras –já que, atualmente, extrapola o limite legal de gastos com pessoal. Para superar a crise, Feltes diz ser necessário o apoio do governo federal para criar mecanismos que aliviem as contas dos Estados. "Não vejo como a União possa satisfazer suas necessidades de equilíbrio e desenvolvimento sem ter uma mão dupla, para que os Estados também ultrapassem seus percalços."
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Itaú compra varejo do Citibank no Brasil por R$ 710 milhões
O Itaú pagou R$ 710 milhões pela operação de varejo do Citibank no Brasil. A aquisição foi anunciada na manhã deste sábado (8), após quase dez meses desde que o Citi informou o plano de se desfazer de suas operações neste segmento no país. O banco americano atende essencialmente clientes de alta renda e tem 315 mil correntistas no país, informou o Itaú. Na aquisição, o banco brasileiro adquiriu carteira de crédito, cartões de crédito, depósitos, gestão de recursos e corretagem de seguros e as 71 agências que o Citi tem hoje nas principais regiões do país. São R$ 35 bilhões entre depósitos e ativos sob gestão, 1,1 milhão de cartões de crédito emitidos e carteira de crédito no valor de R$ 6 bilhões de reais. Após a aquisição, o Itaú Unibanco passará a ter R$ 1,404 trilhão em ativos. Segundo Marcelo Kopel, diretor de Relações com Investidores do Itaú Unibanco, a transação reforça a atuação do Itaú no mercado de alta renda, já que a base de clientes do Citibank no país é majoritariamente composta por clientes desse segmento. O Citi continuará no país atendendo aos clientes de Corporate and Investment Banking, Commercial Bank e Private Bank. "O Brasil é um mercado estratégico para o Citi e parte essencial da nossa presença e rede globais", disse Jane Fraser, CEO do Citi na América Latina, em nota. "Estamos no Brasil há mais de 100 anos e continuaremos a crescer a nossa franquia líder de mercado, servindo nossos clientes institucionais e de private banking, alavancando nossa presença global e gerando melhores retornos sobre nossos ativos e capital para os nossos acionistas." A compra ainda precisará receber o aval do Banco Central e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Itaú e Citi A DISPUTA PELA ALTA RENDA Os bancos têm acelerado a disputa pelos clientes de alta renda (geralmente com renda acima de R$ 10 mil), que oferecem mais chances de vendas de produtos e serviços. Há alguns meses o Itaú informou que tinha cerca de 900 mil clientes enquadrados no Personnalité, atrás do Banco do Brasil, que afirma ter mais de 1 milhão de correntistas atendidos no segmento Estilo. O Santander entrou na disputa pela operação de varejo do Citi no Brasil. O banco planejava se posicionar como o único estrangeiro no país, após a venda do HSBC e do Citi, e tem em torno de 150 mil clientes no segmento Select. CONSOLIDAÇÃO Neste sábado, o Bradesco faz a migração dos clientes do HSBC para sua operação, após ter pago R$ 16 bilhões pela operação brasileira do banco inglês. O Cade impôs restrições a novas aquisições pelo Bradesco por 30 meses ao aprovar a operação, em uma tentativa de inibir a concentração bancária no país. Em Washington, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a aquisição não é um sinal negativo sobre o sistema financeiro do país. "O presidente mundial do Citibank esteve comigo ontem (sexta, 7) e me assegurou que o Brasil é prioridade, e que nas áreas em que o Citibank é forte globalmente, inclusive no Brasil, continuará investindo cada vez mais, como na área de relacionamento, empréstimos, aplicações com empresas, médias, pequenas, grandes." No final de setembro, o Itaú já havia comprado 40% do Itaú BMG Consignado que estava na mão do BMG por R$ 1,3 bi. Segundo João Augusto Salles, da consultoria Lopes Filho, o banco está com excesso de dinheiro em caixa, o que explicaria o apetite por aquisições. Com a inadimplência em alta, os bancos têm preferido deixar dinheiro em caixa a emprestar para os correntistas.
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Itaú compra varejo do Citibank no Brasil por R$ 710 milhõesO Itaú pagou R$ 710 milhões pela operação de varejo do Citibank no Brasil. A aquisição foi anunciada na manhã deste sábado (8), após quase dez meses desde que o Citi informou o plano de se desfazer de suas operações neste segmento no país. O banco americano atende essencialmente clientes de alta renda e tem 315 mil correntistas no país, informou o Itaú. Na aquisição, o banco brasileiro adquiriu carteira de crédito, cartões de crédito, depósitos, gestão de recursos e corretagem de seguros e as 71 agências que o Citi tem hoje nas principais regiões do país. São R$ 35 bilhões entre depósitos e ativos sob gestão, 1,1 milhão de cartões de crédito emitidos e carteira de crédito no valor de R$ 6 bilhões de reais. Após a aquisição, o Itaú Unibanco passará a ter R$ 1,404 trilhão em ativos. Segundo Marcelo Kopel, diretor de Relações com Investidores do Itaú Unibanco, a transação reforça a atuação do Itaú no mercado de alta renda, já que a base de clientes do Citibank no país é majoritariamente composta por clientes desse segmento. O Citi continuará no país atendendo aos clientes de Corporate and Investment Banking, Commercial Bank e Private Bank. "O Brasil é um mercado estratégico para o Citi e parte essencial da nossa presença e rede globais", disse Jane Fraser, CEO do Citi na América Latina, em nota. "Estamos no Brasil há mais de 100 anos e continuaremos a crescer a nossa franquia líder de mercado, servindo nossos clientes institucionais e de private banking, alavancando nossa presença global e gerando melhores retornos sobre nossos ativos e capital para os nossos acionistas." A compra ainda precisará receber o aval do Banco Central e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Itaú e Citi A DISPUTA PELA ALTA RENDA Os bancos têm acelerado a disputa pelos clientes de alta renda (geralmente com renda acima de R$ 10 mil), que oferecem mais chances de vendas de produtos e serviços. Há alguns meses o Itaú informou que tinha cerca de 900 mil clientes enquadrados no Personnalité, atrás do Banco do Brasil, que afirma ter mais de 1 milhão de correntistas atendidos no segmento Estilo. O Santander entrou na disputa pela operação de varejo do Citi no Brasil. O banco planejava se posicionar como o único estrangeiro no país, após a venda do HSBC e do Citi, e tem em torno de 150 mil clientes no segmento Select. CONSOLIDAÇÃO Neste sábado, o Bradesco faz a migração dos clientes do HSBC para sua operação, após ter pago R$ 16 bilhões pela operação brasileira do banco inglês. O Cade impôs restrições a novas aquisições pelo Bradesco por 30 meses ao aprovar a operação, em uma tentativa de inibir a concentração bancária no país. Em Washington, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a aquisição não é um sinal negativo sobre o sistema financeiro do país. "O presidente mundial do Citibank esteve comigo ontem (sexta, 7) e me assegurou que o Brasil é prioridade, e que nas áreas em que o Citibank é forte globalmente, inclusive no Brasil, continuará investindo cada vez mais, como na área de relacionamento, empréstimos, aplicações com empresas, médias, pequenas, grandes." No final de setembro, o Itaú já havia comprado 40% do Itaú BMG Consignado que estava na mão do BMG por R$ 1,3 bi. Segundo João Augusto Salles, da consultoria Lopes Filho, o banco está com excesso de dinheiro em caixa, o que explicaria o apetite por aquisições. Com a inadimplência em alta, os bancos têm preferido deixar dinheiro em caixa a emprestar para os correntistas.
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Sindicatos precisam se reinventar para sobreviver, dizem pesquisadores
O fim do financiamento obrigatório (que entidades tentam reverter) é só um dos efeitos da reforma trabalhista sobre os sindicatos —e, se bem usado, pode fortalecê-los, defendem cinco economistas que pesquisaram a atividade no país. "A reforma abre opções de escolhas estratégicas", diz Hélio Zylberstajn, professor da USP e coordenador do Projeto Salariômetro da Fipe. "Se as escolhas forem tacanhas, nada muda. Mas, se os agentes entenderem que estamos num momento de mudança de paradigma, tudo pode melhorar." Promulgada em julho deste ano, a lei nº 13.467 passa a valer em novembro com pelo menos quatro efeitos diretos no mundo sindical: MENOS VERBAS O fim do desconto de um dia de trabalho de todo empregado afeta as finanças das entidades de trabalhadores. O recurso, conhecido como imposto sindical, chegou a R$ 2,6 bilhões em 2016 (60% do descontado), e é fonte fundamental de manutenção de entidades com poucos associados. Estima-se que cerca da metade dos 7.000 sindicatos de trabalhadores urbanos do setor privado tenha sido criada apenas para receber o imposto, sem atuar pelos interesses de seus representados. A reforma trabalhista determinou que o desconto seja feito apenas dos trabalhadores que o autorizarem. Com a perspectiva de perder essa verba, entidades sindicais negociam com o Ministério do Trabalho outra contribuição obrigatória. Ela seria decidida pela categoria na assembleia que aprova a convenção coletiva. Se 10% da categoria participar da votação e o desconto for aprovado por metade deles mais um, todos os trabalhadores terão o valor descontado. Na prática, a nova fonte de renda pode ser até maior que o imposto sindical, se o valor aprovado em assembleia exceder o de um dia de trabalho. "Se forem atrás dessa migalha, não vamos avançar nada", diz Zylberstajn. Ele defende que trabalhadores de cada empresa decidam, por maioria, se querem contribuir. Para Sergio Firpo, professor do Insper, não contar com receita obrigatória levaria os sindicatos a defender melhor os trabalhadores. "Uma coisa é viver de mesada, outra é ter que trabalhar para se sustentar." CARONA Uma das dificuldades para os sindicatos, porém, é que suas conquistas valem para todos, e não só para os sindicalizados. Isso cria o que os economistas chamam de "free riders", "caroneiros" que não veem incentivo para se associar. Uma forma de atrair membros, diz Firpo, pode ser mostrar que as condições podem piorar se os sindicatos se enfraquecerem: "As conquistas valem para todos, mas só haverá conquistas se os sindicatos conseguirem se manter". "É como em um jogo: se cada um achar que o outro vai contribuir, ninguém contribui, e todos perdem", diz Naercio Menezes Filho, também do Insper. Ele acredita que trabalhadores podem aderir espontaneamente se perceberem que isso traz vantagens. Menezes Filho lembra que sindicatos como o dos bancários paulistanos, considerado um dos mais fortes do país, defendem o fim do imposto sindical e devolvem a seus membros o que foi descontado do holerite. "Eles entendem que a adesão voluntária fortalece a entidade. Não lutariam por algo que os prejudica." João Guilherme Vargas Netto, consultor de entidades de trabalhadores, discorda: "Ninguém defende a sério o fim do imposto". "DEFORMA TRABALHISTA" Vargas Netto, que chama a nova lei de "deforma trabalhista", diz que cortar as fontes de financiamento não é a melhor forma de combater sindicatos "de fachada". "É como jogar o bebê junto com a água. A solução correta seria apertar a fiscalização." Mantidas as regras da nova lei, grande parte dos sindicatos deve perecer e dar lugar a entidades mais verticais e mais representativas, dizem os cinco economistas entrevistados. Mas esse desaparecimento de vários sindicatos não deve provocar grande impacto na representação dos trabalhadores, segundo José Márcio Camargo, professor da PUC-Rio, porque eles já não funcionam na prática. "Os que hoje são fortes e mobilizam trabalhadores já se constituíram assim. Os outros, que sofrerão com as mudanças na lei, não cumprem nenhuma função", diz Camargo. Na avaliação do professor da UnB Jorge Arbache, secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, o atual sistema sindical brasileiro não faz bem nem para os sindicatos nem para as relações de trabalho. No Brasil, cada categoria é representada por apenas um sindicato por município —a chamada unicidade sindical. A falta de competição, o financiamento garantido e a possibilidade de o trabalhador pegar carona desestimulam a associação. Em 2015, eram 18,4 milhões os trabalhadores com 16 anos ou mais sindicalizados, 19,5% de um total de 94,4 milhões de empregados, segundo o IBGE. Como comparação, as taxas variam de 50% a 80% nos países escandinavos e ficam perto de 30% na Itália, no Canadá e no Reino Unido. NEGOCIAÇÃO INDIVIDUAL A segunda mudança da lei trabalhista que afeta os sindicatos é a que permite acordos individuais de aspectos como duração diária do trabalho, horas extras, banco de horas, compensação de jornada (para trabalhadores mais qualificados). A lei também cria comissões de trabalhadores em empresas com mais de 200 funcionários, com poder para negociar com a empresa diretamente. Esses pontos são considerados graves por Vargas Netto, porque ferem a capacidade de representação dos sindicatos. Segundo ele, entidades de metalúrgicos de várias tendências já estão discutindo uma estratégia comum para as negociações do segundo semestre. "As próprias entidades vão descobrir condições de resistência." VALE O ACORDO Os acordos sem o sindicato são fortalecidos por outra mudança na lei, que dá ao que for negociado prevalência sobre o que está na legislação, impedindo que as combinações sejam desfeitas na Justiça do Trabalho. A prevalência dos acordos também favorece os sindicatos que conseguirem boas negociações coletivas. "Antes, todo o esforço de negociação ia por água abaixo, porque a Justiça do Trabalho depois determinava que as concessões contrariavam a legislação. A nova regra vai legitimar a ação dos sindicatos", diz Firpo. Para Arbache, essa mudança vai exigir um grau de aprendizagem de todos os lados, mas pode levar as relações de trabalho a um outro patamar. "É preciso criar um sistema que favoreça o compartilhamento de interesses. A economia global exige respostas mais sofisticadas, é preciso olhar para fora da porta da fábrica." Zylberstajn afirma que não só trabalhadores, mas empresários precisam encarar as novas opões trazidas pela reforma com um olhar diferente, que traga crescimento para os dois lados. ROBÔS RIVAIS Arbache considera fundamental que os sindicatos passem a se preocupar com interesses de médio e longo prazo, e não só os de curto prazo. "Robôs muito baratos, softwares gratuitos, inteligência artificial e muitas outras inovações tecnológicas vão transformar ainda mais a forma como se produzem bens e serviços." Segundo Arbache, se não se preparar para esse futuro, o país perderá competitividade e demandas trabalhistas ficarão inviáveis tanto para empresas quanto para governos (que não conseguirão manter benefícios como seguro desemprego ). O professor da UnB diz que a saída é sindicatos e empresas agirem juntos para levar seus setores à liderança, com a criação de tecnologias e novas formas de emprego. "A mudança pode doer agora, mas os sindicatos podem voltar com uma agenda muito mais forte que a atual." Hélio Zylberstajn, da USP, concorda que o país precisa se preparar para as mudanças na forma de produção, mas considera que o impacto ainda é remoto no Brasil. "Há muito a ser construído, muito espaço até exaurir o mercado de trabalho." Mudanças grandes no mercado de trabalho, como terceirização, pejotização e trabalho compartilhado também devem levar a novas revisões do sistema. Sindicatos - Distribuição de sindicatos por número de filiados
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Sindicatos precisam se reinventar para sobreviver, dizem pesquisadoresO fim do financiamento obrigatório (que entidades tentam reverter) é só um dos efeitos da reforma trabalhista sobre os sindicatos —e, se bem usado, pode fortalecê-los, defendem cinco economistas que pesquisaram a atividade no país. "A reforma abre opções de escolhas estratégicas", diz Hélio Zylberstajn, professor da USP e coordenador do Projeto Salariômetro da Fipe. "Se as escolhas forem tacanhas, nada muda. Mas, se os agentes entenderem que estamos num momento de mudança de paradigma, tudo pode melhorar." Promulgada em julho deste ano, a lei nº 13.467 passa a valer em novembro com pelo menos quatro efeitos diretos no mundo sindical: MENOS VERBAS O fim do desconto de um dia de trabalho de todo empregado afeta as finanças das entidades de trabalhadores. O recurso, conhecido como imposto sindical, chegou a R$ 2,6 bilhões em 2016 (60% do descontado), e é fonte fundamental de manutenção de entidades com poucos associados. Estima-se que cerca da metade dos 7.000 sindicatos de trabalhadores urbanos do setor privado tenha sido criada apenas para receber o imposto, sem atuar pelos interesses de seus representados. A reforma trabalhista determinou que o desconto seja feito apenas dos trabalhadores que o autorizarem. Com a perspectiva de perder essa verba, entidades sindicais negociam com o Ministério do Trabalho outra contribuição obrigatória. Ela seria decidida pela categoria na assembleia que aprova a convenção coletiva. Se 10% da categoria participar da votação e o desconto for aprovado por metade deles mais um, todos os trabalhadores terão o valor descontado. Na prática, a nova fonte de renda pode ser até maior que o imposto sindical, se o valor aprovado em assembleia exceder o de um dia de trabalho. "Se forem atrás dessa migalha, não vamos avançar nada", diz Zylberstajn. Ele defende que trabalhadores de cada empresa decidam, por maioria, se querem contribuir. Para Sergio Firpo, professor do Insper, não contar com receita obrigatória levaria os sindicatos a defender melhor os trabalhadores. "Uma coisa é viver de mesada, outra é ter que trabalhar para se sustentar." CARONA Uma das dificuldades para os sindicatos, porém, é que suas conquistas valem para todos, e não só para os sindicalizados. Isso cria o que os economistas chamam de "free riders", "caroneiros" que não veem incentivo para se associar. Uma forma de atrair membros, diz Firpo, pode ser mostrar que as condições podem piorar se os sindicatos se enfraquecerem: "As conquistas valem para todos, mas só haverá conquistas se os sindicatos conseguirem se manter". "É como em um jogo: se cada um achar que o outro vai contribuir, ninguém contribui, e todos perdem", diz Naercio Menezes Filho, também do Insper. Ele acredita que trabalhadores podem aderir espontaneamente se perceberem que isso traz vantagens. Menezes Filho lembra que sindicatos como o dos bancários paulistanos, considerado um dos mais fortes do país, defendem o fim do imposto sindical e devolvem a seus membros o que foi descontado do holerite. "Eles entendem que a adesão voluntária fortalece a entidade. Não lutariam por algo que os prejudica." João Guilherme Vargas Netto, consultor de entidades de trabalhadores, discorda: "Ninguém defende a sério o fim do imposto". "DEFORMA TRABALHISTA" Vargas Netto, que chama a nova lei de "deforma trabalhista", diz que cortar as fontes de financiamento não é a melhor forma de combater sindicatos "de fachada". "É como jogar o bebê junto com a água. A solução correta seria apertar a fiscalização." Mantidas as regras da nova lei, grande parte dos sindicatos deve perecer e dar lugar a entidades mais verticais e mais representativas, dizem os cinco economistas entrevistados. Mas esse desaparecimento de vários sindicatos não deve provocar grande impacto na representação dos trabalhadores, segundo José Márcio Camargo, professor da PUC-Rio, porque eles já não funcionam na prática. "Os que hoje são fortes e mobilizam trabalhadores já se constituíram assim. Os outros, que sofrerão com as mudanças na lei, não cumprem nenhuma função", diz Camargo. Na avaliação do professor da UnB Jorge Arbache, secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, o atual sistema sindical brasileiro não faz bem nem para os sindicatos nem para as relações de trabalho. No Brasil, cada categoria é representada por apenas um sindicato por município —a chamada unicidade sindical. A falta de competição, o financiamento garantido e a possibilidade de o trabalhador pegar carona desestimulam a associação. Em 2015, eram 18,4 milhões os trabalhadores com 16 anos ou mais sindicalizados, 19,5% de um total de 94,4 milhões de empregados, segundo o IBGE. Como comparação, as taxas variam de 50% a 80% nos países escandinavos e ficam perto de 30% na Itália, no Canadá e no Reino Unido. NEGOCIAÇÃO INDIVIDUAL A segunda mudança da lei trabalhista que afeta os sindicatos é a que permite acordos individuais de aspectos como duração diária do trabalho, horas extras, banco de horas, compensação de jornada (para trabalhadores mais qualificados). A lei também cria comissões de trabalhadores em empresas com mais de 200 funcionários, com poder para negociar com a empresa diretamente. Esses pontos são considerados graves por Vargas Netto, porque ferem a capacidade de representação dos sindicatos. Segundo ele, entidades de metalúrgicos de várias tendências já estão discutindo uma estratégia comum para as negociações do segundo semestre. "As próprias entidades vão descobrir condições de resistência." VALE O ACORDO Os acordos sem o sindicato são fortalecidos por outra mudança na lei, que dá ao que for negociado prevalência sobre o que está na legislação, impedindo que as combinações sejam desfeitas na Justiça do Trabalho. A prevalência dos acordos também favorece os sindicatos que conseguirem boas negociações coletivas. "Antes, todo o esforço de negociação ia por água abaixo, porque a Justiça do Trabalho depois determinava que as concessões contrariavam a legislação. A nova regra vai legitimar a ação dos sindicatos", diz Firpo. Para Arbache, essa mudança vai exigir um grau de aprendizagem de todos os lados, mas pode levar as relações de trabalho a um outro patamar. "É preciso criar um sistema que favoreça o compartilhamento de interesses. A economia global exige respostas mais sofisticadas, é preciso olhar para fora da porta da fábrica." Zylberstajn afirma que não só trabalhadores, mas empresários precisam encarar as novas opões trazidas pela reforma com um olhar diferente, que traga crescimento para os dois lados. ROBÔS RIVAIS Arbache considera fundamental que os sindicatos passem a se preocupar com interesses de médio e longo prazo, e não só os de curto prazo. "Robôs muito baratos, softwares gratuitos, inteligência artificial e muitas outras inovações tecnológicas vão transformar ainda mais a forma como se produzem bens e serviços." Segundo Arbache, se não se preparar para esse futuro, o país perderá competitividade e demandas trabalhistas ficarão inviáveis tanto para empresas quanto para governos (que não conseguirão manter benefícios como seguro desemprego ). O professor da UnB diz que a saída é sindicatos e empresas agirem juntos para levar seus setores à liderança, com a criação de tecnologias e novas formas de emprego. "A mudança pode doer agora, mas os sindicatos podem voltar com uma agenda muito mais forte que a atual." Hélio Zylberstajn, da USP, concorda que o país precisa se preparar para as mudanças na forma de produção, mas considera que o impacto ainda é remoto no Brasil. "Há muito a ser construído, muito espaço até exaurir o mercado de trabalho." Mudanças grandes no mercado de trabalho, como terceirização, pejotização e trabalho compartilhado também devem levar a novas revisões do sistema. Sindicatos - Distribuição de sindicatos por número de filiados
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Brasil já perdeu US$ 12 bi com queda no preço de commodities, diz ministro
O ministro Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) afirmou nesta terça-feira (25) que o país já perdeu US$ 12 bilhões neste ano em receitas de exportação com a queda dos preços das commodities e que os prejuízos tendem a se acentuar se as turbulências na China se agravarem. Os preços das commodities passaram a cair nos últimos três anos, após um longo ciclo de alta, como resultado, principalmente, da desaceleração do crescimento da China. "O mundo inteiro nessa hora tem os olhos voltados para a China, está acompanhando o desenrolar dessa crise e desse momento de instabilidade", disse o ministro, após participar de um seminário sobre política industrial. "O Brasil já sente os efeitos dessa desaceleração. Se houver um agravamento da situação, é evidente que teremos um efeito maior." As exportações brasileiras somaram US$ 113 bilhões de janeiro a julho, queda de 15,5% em relação ao mesmo período de 2014. Nas últimas semanas, as Bolsas chinesas sofreram fortes quedas, que se acentuaram na última segunda-feira (24), gerando turbulência nos mercados mundiais. Apesar de dizer que o momento gera preocupação, Monteiro ponderou que o fato de a economia brasileira ser relativamente fechada minimiza o impacto da queda das exportações sobre o PIB (Produto Interno Bruto). Ele também disse esperar que a instabilidade leve o banco central americano a postergar uma elevação na taxa de juros, o que pode contribuir para uma estabilização do cenário. O secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que ainda é cedo para avaliar o impacto da crise na China sobre a economia global e brasileira, mas frisou as notícias são graves e que "estamos suscetíveis a uma grande mudança no cenário econômico mundial". Depois de apresentar em seminário projeções do governo apontando para uma recuperação da atividade no Brasil a partir do último trimestre de 2015, ele reconheceu que as estimativas poderão ter de ser revistas a depender de o que ocorrer na China. Oliveira afirmou, ainda, que no ano que vem o país tem de estar preparado para fazer um "esforço adicional" em sua política fiscal. "Toda essa perspectiva de retomada de crescimento depende de que a gente tenha uma estabilidade fiscal e de o governo demonstre uma capacidade de recuperação", afirmou. Segunda-feira negra - Fechamento das bolsas pelo mundo, em % CRISE NA CHINA A perda de valor das ações segue sinais de desaceleração da economia chinesa, cujo PIB aumentou 7% no segundo trimestre de 2015 —o crescimento de 7,4% em 2014 já havia sido o menor desde 1989. A desconfiança sobre o país aumentou após o Banco Central chinês ter flexibilizado a cotação da moeda no dia 11 de agosto de forma que o yuan se tornasse mais suscetível às variações de mercado. Desde então, a instabilidade gerada fez com que os mercados de ações globais perdessem mais de US$ 5 trilhões em valor. Naquele dia, a taxa de referência para a variação do preço da moeda foi desvalorizada em 2%, o que significou uma desvalorização de fato de 1,81% do yuan. Foi a maior depreciação da moeda desde o fim do câmbio fixo, em 2005. Ela foi seguida por mais dois dias de quedas. Apesar de o governo chinês classificar a desvalorização como pontual, o mercado levantou a suspeita de que ela duraria mais tempo, e indicava uma forte preocupação com a desaceleração da economia do país -um yuan mais fraco tende a tornar os produtos do país mais baratos para o resto do mundo e, consequentemente, a aumentar as exportações. Infográfico PIB Chinês
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Brasil já perdeu US$ 12 bi com queda no preço de commodities, diz ministroO ministro Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) afirmou nesta terça-feira (25) que o país já perdeu US$ 12 bilhões neste ano em receitas de exportação com a queda dos preços das commodities e que os prejuízos tendem a se acentuar se as turbulências na China se agravarem. Os preços das commodities passaram a cair nos últimos três anos, após um longo ciclo de alta, como resultado, principalmente, da desaceleração do crescimento da China. "O mundo inteiro nessa hora tem os olhos voltados para a China, está acompanhando o desenrolar dessa crise e desse momento de instabilidade", disse o ministro, após participar de um seminário sobre política industrial. "O Brasil já sente os efeitos dessa desaceleração. Se houver um agravamento da situação, é evidente que teremos um efeito maior." As exportações brasileiras somaram US$ 113 bilhões de janeiro a julho, queda de 15,5% em relação ao mesmo período de 2014. Nas últimas semanas, as Bolsas chinesas sofreram fortes quedas, que se acentuaram na última segunda-feira (24), gerando turbulência nos mercados mundiais. Apesar de dizer que o momento gera preocupação, Monteiro ponderou que o fato de a economia brasileira ser relativamente fechada minimiza o impacto da queda das exportações sobre o PIB (Produto Interno Bruto). Ele também disse esperar que a instabilidade leve o banco central americano a postergar uma elevação na taxa de juros, o que pode contribuir para uma estabilização do cenário. O secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que ainda é cedo para avaliar o impacto da crise na China sobre a economia global e brasileira, mas frisou as notícias são graves e que "estamos suscetíveis a uma grande mudança no cenário econômico mundial". Depois de apresentar em seminário projeções do governo apontando para uma recuperação da atividade no Brasil a partir do último trimestre de 2015, ele reconheceu que as estimativas poderão ter de ser revistas a depender de o que ocorrer na China. Oliveira afirmou, ainda, que no ano que vem o país tem de estar preparado para fazer um "esforço adicional" em sua política fiscal. "Toda essa perspectiva de retomada de crescimento depende de que a gente tenha uma estabilidade fiscal e de o governo demonstre uma capacidade de recuperação", afirmou. Segunda-feira negra - Fechamento das bolsas pelo mundo, em % CRISE NA CHINA A perda de valor das ações segue sinais de desaceleração da economia chinesa, cujo PIB aumentou 7% no segundo trimestre de 2015 —o crescimento de 7,4% em 2014 já havia sido o menor desde 1989. A desconfiança sobre o país aumentou após o Banco Central chinês ter flexibilizado a cotação da moeda no dia 11 de agosto de forma que o yuan se tornasse mais suscetível às variações de mercado. Desde então, a instabilidade gerada fez com que os mercados de ações globais perdessem mais de US$ 5 trilhões em valor. Naquele dia, a taxa de referência para a variação do preço da moeda foi desvalorizada em 2%, o que significou uma desvalorização de fato de 1,81% do yuan. Foi a maior depreciação da moeda desde o fim do câmbio fixo, em 2005. Ela foi seguida por mais dois dias de quedas. Apesar de o governo chinês classificar a desvalorização como pontual, o mercado levantou a suspeita de que ela duraria mais tempo, e indicava uma forte preocupação com a desaceleração da economia do país -um yuan mais fraco tende a tornar os produtos do país mais baratos para o resto do mundo e, consequentemente, a aumentar as exportações. Infográfico PIB Chinês
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Empresas dizem que crédito do BNDES propiciou mais investimento
Mesmo sem mostrar números comprovando o peso que o PSI (Programa de Sustentação do Investimento) teve em sua política de investimentos, as empresas defenderam o programa que o governo encerrou no final de 2015. Para muitas delas, o subsídio permitiu antecipar investimentos e, em alguns casos, o peso do programa chegou a 20% dos investimentos. Foi o caso da Klabin, empresa do setor de papel. A companhia informou que apresentou seis projetos de ampliação e manutenção de suas plantas industriais, informando que o PSI, que representou 20% dos seus investimentos, "certamente" contribuiu para a viabilidade econômica dos projetos. "A ausência do PSI levaria a uma revisão [da viabilidade dos investimentos]". O peso do programa também foi relevante na Embraer. A empresa informou que o PSI colaborou com 18% dos investimentos totais. A Raizen, empresa do Grupo Cosan no setor energia, afirmou que usou os recursos para aumentar sua capacidade produtiva. A Rumo, outra empresa do grupo, disse que usou os recursos na aquisição de 93 novas locomotivas e mais de 1.600 vagões. A MRS Logística, que recebeu R$ 680 milhões em desembolsos efetivos do PSI, e disse que, por isso, aumentou os investimentos em relação às receitas da empresa. A JSL informou que no período do PSI a empresa cresceu, tornando-se a maior em logística do país. A empresa adquiriu 22 mil equipamentos pelo programa, mas que fez mais investimentos com outros recursos do que pela linha subsidiada. Tipos de empréstimo - Em %* A WEG, produtora de máquinas e motores, informou que 93% dos recursos que recebeu foram para financiamento às exportações que se expandiram "significativamente" no período e hoje respondem por 30% da receita da companhia. A CBC, que fabrica equipamentos de grande porte, informou que os "empréstimos foram primordiais para competir em igualdade com fornecedores estrangeiros que utilizam o apoio de bancos de fomento de seus países". A Thyssenkrupp informou que o crédito foi para a produção de componentes automotivos e para sua nova siderúrgica no Rio de Janeiro. Empréstimos subsidiados do BNDES - Em R$ bilhões A telefônica Oi informou que cumpriu as regras para o crédito e que a redução do fluxo do PSI não afetou seu acesso ao dinheiro. Sua concorrente TIM informou que investiu no país R$ 25,5 bilhões no período, o que corresponde a 25% das suas receitas. A companhia levantou cerca de R$ 1 bilhão via PSI e ressalta que os investimentos tiveram "alto grau de conteúdo nacional". A NET informou que acessou R$ 1,1 bilhão das linhas para ampliar sua rede. A Vallourec, produtora de equipamentos para o setor de petróleo, informou que conta com financiamentos de diversas fontes. A Mercedez-Benz informou que fez investimentos com recursos do PSI em fábricas e desenvolvimento de produtos no país. Os cinco grupos que mais receberam empréstimos - Em R$ bilhões A Randon, produtora de equipamentos para o setor automotivo, afirmou que o PSI "foi um dos fatores responsáveis por impulsionar as vendas e promover expansão de capacidade" e para sua internacionalização. João Emílio Rochetto, presidente do grupo agroindustrial Rocheto, informou que o PSI foi essencial para o crescimento do agronegócio no país e que a aquisição de máquinas com esses recursos "guardam estreita relação com as melhorias tecnológicas requeridas nos processos de nossas atividades". A Azul, a Amsted Maxion, a Romi SA, a Tupy SA, a John Deere e o agroindustrial Eloi Marchett informaram que não comentariam. As outras empresas e pessoas citadas não responderam.
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Empresas dizem que crédito do BNDES propiciou mais investimentoMesmo sem mostrar números comprovando o peso que o PSI (Programa de Sustentação do Investimento) teve em sua política de investimentos, as empresas defenderam o programa que o governo encerrou no final de 2015. Para muitas delas, o subsídio permitiu antecipar investimentos e, em alguns casos, o peso do programa chegou a 20% dos investimentos. Foi o caso da Klabin, empresa do setor de papel. A companhia informou que apresentou seis projetos de ampliação e manutenção de suas plantas industriais, informando que o PSI, que representou 20% dos seus investimentos, "certamente" contribuiu para a viabilidade econômica dos projetos. "A ausência do PSI levaria a uma revisão [da viabilidade dos investimentos]". O peso do programa também foi relevante na Embraer. A empresa informou que o PSI colaborou com 18% dos investimentos totais. A Raizen, empresa do Grupo Cosan no setor energia, afirmou que usou os recursos para aumentar sua capacidade produtiva. A Rumo, outra empresa do grupo, disse que usou os recursos na aquisição de 93 novas locomotivas e mais de 1.600 vagões. A MRS Logística, que recebeu R$ 680 milhões em desembolsos efetivos do PSI, e disse que, por isso, aumentou os investimentos em relação às receitas da empresa. A JSL informou que no período do PSI a empresa cresceu, tornando-se a maior em logística do país. A empresa adquiriu 22 mil equipamentos pelo programa, mas que fez mais investimentos com outros recursos do que pela linha subsidiada. Tipos de empréstimo - Em %* A WEG, produtora de máquinas e motores, informou que 93% dos recursos que recebeu foram para financiamento às exportações que se expandiram "significativamente" no período e hoje respondem por 30% da receita da companhia. A CBC, que fabrica equipamentos de grande porte, informou que os "empréstimos foram primordiais para competir em igualdade com fornecedores estrangeiros que utilizam o apoio de bancos de fomento de seus países". A Thyssenkrupp informou que o crédito foi para a produção de componentes automotivos e para sua nova siderúrgica no Rio de Janeiro. Empréstimos subsidiados do BNDES - Em R$ bilhões A telefônica Oi informou que cumpriu as regras para o crédito e que a redução do fluxo do PSI não afetou seu acesso ao dinheiro. Sua concorrente TIM informou que investiu no país R$ 25,5 bilhões no período, o que corresponde a 25% das suas receitas. A companhia levantou cerca de R$ 1 bilhão via PSI e ressalta que os investimentos tiveram "alto grau de conteúdo nacional". A NET informou que acessou R$ 1,1 bilhão das linhas para ampliar sua rede. A Vallourec, produtora de equipamentos para o setor de petróleo, informou que conta com financiamentos de diversas fontes. A Mercedez-Benz informou que fez investimentos com recursos do PSI em fábricas e desenvolvimento de produtos no país. Os cinco grupos que mais receberam empréstimos - Em R$ bilhões A Randon, produtora de equipamentos para o setor automotivo, afirmou que o PSI "foi um dos fatores responsáveis por impulsionar as vendas e promover expansão de capacidade" e para sua internacionalização. João Emílio Rochetto, presidente do grupo agroindustrial Rocheto, informou que o PSI foi essencial para o crescimento do agronegócio no país e que a aquisição de máquinas com esses recursos "guardam estreita relação com as melhorias tecnológicas requeridas nos processos de nossas atividades". A Azul, a Amsted Maxion, a Romi SA, a Tupy SA, a John Deere e o agroindustrial Eloi Marchett informaram que não comentariam. As outras empresas e pessoas citadas não responderam.
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Em São Paulo, 8 dos 9 deputados da CPI da Merenda são governistas
Oito dos 9 deputados indicados para compor a CPI da Merenda na Assembleia Legislativa de São Paulo são de partidos da base do governador, Geraldo Alckmin (PSDB), e aliados do presidente da Casa, Fernando Capez (PSDB) –um dos investigados por um suposto esquema de fraudes e pagamentos de propina em licitações da merenda. A lista de deputados foi publicada nesta quinta-feira (16) no "Diário Oficial" do Estado. A oposição conseguiu apenas uma cadeira na CPI (veja a lista completa abaixo). "A bancada do PT já esperava por um rolo compressor da base governista, que na verdade não parece muito interessada em investigar a fundo os contratos envolvendo a Secretaria da Educação e outros órgãos estaduais citados na operação Alba Branca", disse o deputado José Zico Prado, líder do PT na Assembleia. A Alba Branca foi deflagrada em janeiro com foco na Coaf, cooperativa de agricultura familiar que vendia itens para a merenda escolar para o Estado e para municípios paulistas. O deputado Capez foi apontado por um delator, o lobista Marcel Ferreira Julio, como um dos destinatários da propina, junto com dois ex-assessores e um servidor que continua atuando em seu gabinete na Assembleia. "Fernando Capez trabalhou para que a CPI fosse instalada o quanto antes, pois afirma ser o maior interessado para que tudo seja rapidamente esclarecido, porque não tem nada a temer", informou a assessoria do tucano. Na próxima quarta (22), os membros da CPI vão eleger o presidente e o vice-presidente da comissão –cargos importantes na condução dos trabalhos de apuração. HISTÓRICO Desde que a operação Alba Branca veio à tona, o PT tentava criar uma CPI para apurar desvios na merenda, mas encontrava resistência dos deputados da base. Em maio, alunos da rede estadual ocuparam o plenário da Assembleia Legislativa por três dias, cobrando investigação do caso. Eles saíram do espaço por ordem judicial. Na esteira da repercussão da ocupação, parlamentares governistas apresentaram uma nova proposta de CPI –expandindo a apuração para os municípios, tirando-a exclusivamente dos contratos da Coaf com o governo Alckmin, que somaram cerca de R$ 12 milhões para fornecimento de suco de laranja. A proposta governista foi a que prosperou –em apenas uma tarde, os deputados da base recolheram mais de 70 assinaturas e criaram a CPI. * Veja quem são os membros da CPI da Merenda:
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Em São Paulo, 8 dos 9 deputados da CPI da Merenda são governistasOito dos 9 deputados indicados para compor a CPI da Merenda na Assembleia Legislativa de São Paulo são de partidos da base do governador, Geraldo Alckmin (PSDB), e aliados do presidente da Casa, Fernando Capez (PSDB) –um dos investigados por um suposto esquema de fraudes e pagamentos de propina em licitações da merenda. A lista de deputados foi publicada nesta quinta-feira (16) no "Diário Oficial" do Estado. A oposição conseguiu apenas uma cadeira na CPI (veja a lista completa abaixo). "A bancada do PT já esperava por um rolo compressor da base governista, que na verdade não parece muito interessada em investigar a fundo os contratos envolvendo a Secretaria da Educação e outros órgãos estaduais citados na operação Alba Branca", disse o deputado José Zico Prado, líder do PT na Assembleia. A Alba Branca foi deflagrada em janeiro com foco na Coaf, cooperativa de agricultura familiar que vendia itens para a merenda escolar para o Estado e para municípios paulistas. O deputado Capez foi apontado por um delator, o lobista Marcel Ferreira Julio, como um dos destinatários da propina, junto com dois ex-assessores e um servidor que continua atuando em seu gabinete na Assembleia. "Fernando Capez trabalhou para que a CPI fosse instalada o quanto antes, pois afirma ser o maior interessado para que tudo seja rapidamente esclarecido, porque não tem nada a temer", informou a assessoria do tucano. Na próxima quarta (22), os membros da CPI vão eleger o presidente e o vice-presidente da comissão –cargos importantes na condução dos trabalhos de apuração. HISTÓRICO Desde que a operação Alba Branca veio à tona, o PT tentava criar uma CPI para apurar desvios na merenda, mas encontrava resistência dos deputados da base. Em maio, alunos da rede estadual ocuparam o plenário da Assembleia Legislativa por três dias, cobrando investigação do caso. Eles saíram do espaço por ordem judicial. Na esteira da repercussão da ocupação, parlamentares governistas apresentaram uma nova proposta de CPI –expandindo a apuração para os municípios, tirando-a exclusivamente dos contratos da Coaf com o governo Alckmin, que somaram cerca de R$ 12 milhões para fornecimento de suco de laranja. A proposta governista foi a que prosperou –em apenas uma tarde, os deputados da base recolheram mais de 70 assinaturas e criaram a CPI. * Veja quem são os membros da CPI da Merenda:
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Celebração da fundação do peronismo vira dia de campanha na Argentina
A uma semana da eleição presidencial na Argentina, os peronistas festejam neste sábado (17) os 70 anos do Dia da Lealdade, que marca a fundação do peronismo, em ritmo de campanha. Atos em vários pontos do país tentarão dar gás à candidatura de Daniel Scioli, preferido da presidente Cristina Kirchner, que precisa de apenas dois pontos percentuais a mais do que vem obtendo nas pesquisas para vencer o pleito sem segundo turno. Scioli tem tido dificuldades para crescer e por isso preferiu ser discreto nessa reta final. Além de se ausentar do debate televisionado, há duas semanas, optou por não participar de um ato neste sábado na Praça de Maio, organizado por movimentos sociais kirchneristas. Em vez disso, o candidato governista visitará a região metropolitana de Buenos Aires, onde está 37% do eleitorado argentino. O encerramento da jornada será em La Matanza, conhecida como "capital do peronismo". Segundo assessores, Scioli vai concentrar os últimos dias de campanha na província. Embora seja o atual governador, ele não teve ali o desempenho esperado. "São 70 anos especiais, porque estamos em plena campanha", disse Cristina Alvarez Rodriguez, sobrinha-neta de Eva Perón e que deve assumir um ministério em um eventual governo de Scioli. "Haverá festas em praças e em nossas unidades partidárias. Onde há um peronista, haverá comemoração." Scioli dividirá atenções nos arredores de Buenos Aires com o principal candidato de oposição, Mauricio Macri, da coligação Mudemos, que deve participar de um comício em San Martín. Sergio Massa, da UNA (Unidos por Uma Nova Argentina), deverá fazer campanha em Jujuy (norte). O 17 de Outubro entrou para a história da Argentina quando, em 1945, uma multidão foi às ruas pedir a liberação do general Juan Domingo Perón (1895-1974), que vinha sendo mantido cativo pelos militares então no poder. Após ser libertado, Perón fez um discurso no balcão da Casa Rosada [sede do governo argentino] para centenas de milhares de pessoas. O 17 de Outubro virou o segundo feriado mais importante do país (após o de Independência) e foi celebrado mesmo quando Perón estava exilado (1955-73), e seus partidários, banidos da política.
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Celebração da fundação do peronismo vira dia de campanha na ArgentinaA uma semana da eleição presidencial na Argentina, os peronistas festejam neste sábado (17) os 70 anos do Dia da Lealdade, que marca a fundação do peronismo, em ritmo de campanha. Atos em vários pontos do país tentarão dar gás à candidatura de Daniel Scioli, preferido da presidente Cristina Kirchner, que precisa de apenas dois pontos percentuais a mais do que vem obtendo nas pesquisas para vencer o pleito sem segundo turno. Scioli tem tido dificuldades para crescer e por isso preferiu ser discreto nessa reta final. Além de se ausentar do debate televisionado, há duas semanas, optou por não participar de um ato neste sábado na Praça de Maio, organizado por movimentos sociais kirchneristas. Em vez disso, o candidato governista visitará a região metropolitana de Buenos Aires, onde está 37% do eleitorado argentino. O encerramento da jornada será em La Matanza, conhecida como "capital do peronismo". Segundo assessores, Scioli vai concentrar os últimos dias de campanha na província. Embora seja o atual governador, ele não teve ali o desempenho esperado. "São 70 anos especiais, porque estamos em plena campanha", disse Cristina Alvarez Rodriguez, sobrinha-neta de Eva Perón e que deve assumir um ministério em um eventual governo de Scioli. "Haverá festas em praças e em nossas unidades partidárias. Onde há um peronista, haverá comemoração." Scioli dividirá atenções nos arredores de Buenos Aires com o principal candidato de oposição, Mauricio Macri, da coligação Mudemos, que deve participar de um comício em San Martín. Sergio Massa, da UNA (Unidos por Uma Nova Argentina), deverá fazer campanha em Jujuy (norte). O 17 de Outubro entrou para a história da Argentina quando, em 1945, uma multidão foi às ruas pedir a liberação do general Juan Domingo Perón (1895-1974), que vinha sendo mantido cativo pelos militares então no poder. Após ser libertado, Perón fez um discurso no balcão da Casa Rosada [sede do governo argentino] para centenas de milhares de pessoas. O 17 de Outubro virou o segundo feriado mais importante do país (após o de Independência) e foi celebrado mesmo quando Perón estava exilado (1955-73), e seus partidários, banidos da política.
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Hoje na TV: Real Sociedad x Barcelona, Espanhol, ESPN Brasil
Destaques da programação deste sábado (4): 9h15 - Copa do Mundo de Cross Country, etapa de Obertsdorf, SporTV 11h - Dover Athletic x Crystal Palace, Copa da Inglaterra, ESPN 11h - Atlético-MG x Sete de Setembro, Copa São Paulo, Rede Vida 11h15 - Bordeaux x Toulouse, Copa da França, SporTV 12h - Leicester Tigers x Bath, rúgbi, ESPN + 13h - Manchester City x Sheffield Wednesday, Copa da Inglaterra, ESPN 13h30 - Yeovil Town x Manchester United, Copa da Inglaterra, ESPN Brasil 14h - Grêmio x Rio Preto, Copa São Paulo, SporTV 15h - Bilbao x Barcelona, Espanhol de basquete, Bandsports 15h30 - Arsenal x Hull City, Copa da Inglaterra, ESPN Brasil 16h - Vasco x Araxá, Copa São Paulo, SporTV 16h - Indianapolis Colts x Cincinnati Bengals, futebol americano, ESPN 17h15 - Penafiel x Benfica, Português, SporTV 2 18h - Real Sociedad x Barcelona, Espanhol, ESPN Brasil 19h - Botafogo x XV de Piracicaba, Copa São Paulo, SporTV 19h30 - Dallas Cowboys x Detroit Lions, futebol americano, ESPN 19h30 - UTSA x North Texas, basquete universitário, Bandsports 21h - Corinthians x Guaicurus, Copa São Paulo, ESPN Brasil, Rede Vida e SporTV
esporte
Hoje na TV: Real Sociedad x Barcelona, Espanhol, ESPN BrasilDestaques da programação deste sábado (4): 9h15 - Copa do Mundo de Cross Country, etapa de Obertsdorf, SporTV 11h - Dover Athletic x Crystal Palace, Copa da Inglaterra, ESPN 11h - Atlético-MG x Sete de Setembro, Copa São Paulo, Rede Vida 11h15 - Bordeaux x Toulouse, Copa da França, SporTV 12h - Leicester Tigers x Bath, rúgbi, ESPN + 13h - Manchester City x Sheffield Wednesday, Copa da Inglaterra, ESPN 13h30 - Yeovil Town x Manchester United, Copa da Inglaterra, ESPN Brasil 14h - Grêmio x Rio Preto, Copa São Paulo, SporTV 15h - Bilbao x Barcelona, Espanhol de basquete, Bandsports 15h30 - Arsenal x Hull City, Copa da Inglaterra, ESPN Brasil 16h - Vasco x Araxá, Copa São Paulo, SporTV 16h - Indianapolis Colts x Cincinnati Bengals, futebol americano, ESPN 17h15 - Penafiel x Benfica, Português, SporTV 2 18h - Real Sociedad x Barcelona, Espanhol, ESPN Brasil 19h - Botafogo x XV de Piracicaba, Copa São Paulo, SporTV 19h30 - Dallas Cowboys x Detroit Lions, futebol americano, ESPN 19h30 - UTSA x North Texas, basquete universitário, Bandsports 21h - Corinthians x Guaicurus, Copa São Paulo, ESPN Brasil, Rede Vida e SporTV
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Ministro do TCU diz que Dilma pode ser responsabilizada por manobras fiscais
O ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes afirmou neste sábado (18) que a presidente Dilma Rousseff pode ser responsabilizada pelas manobras fiscais feitas pelo governo para arrumar suas contas no ano passado, conhecidas como "pedaladas" fiscais. "Poderá, sim, ser responsabilizada a presidente, se ficar comprovado. Vai depender do relator e dos depoimentos dos 17 ministros e autoridades envolvidos", declarou o ministro, que participa do 14º Fórum de Comandatuba, na Bahia. Nardes, que é relator das contas de Dilma em 2014, disse que os recursos apresentados pelo governo contra a decisão do TCU que considerou as "pedaladas" irregulares são "manobras para tentar adiar a decisão" do tribunal. Segundo o ministro, não haverá prorrogação do prazo para ouvir as explicações de 17 autoridades envolvidas no caso. "[Os embargos] fazem parte do jogo democrático e portanto nós vamos analisar os recursos. Mas vamos fazer todo o possível e, por isso, demos 30 dias de prazo improrrogáveis", disse Nardes. O ministro afirmou que, apesar dos recursos, mantém para 17 de junho a previsão de apresentação de seu relatório sobre as contas de 2014 de Dilma. Ele pretende usar nesta análise os dados sobre o processo das "pedaladas" fiscais. Com essas manobras, o Tesouro segurou repasses de R$ 40 bilhões devidos a bancos oficiais que executam programas como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida e pagam benefícios sociais como o seguro-desemprego. Nardes classificou como "um absurdo" a decisão do governo de não contabilizar determinadas despesas e acrescentou que as manobras podem obrigar a União a fazer cortes na máquina pública no curto prazo. "Se nós não crescermos acima de 4% ou 5%, se o país continuar crescendo 0,1% ou 0,2%, talvez em cinco anos possamos ter cortes de salários de boa parte da estrutura do Estado brasileiro, como aconteceu com Espanha, Grécia e Portugal", declarou. *O repórter viajou a convite do 14º Fórum de Comandatuba.
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Ministro do TCU diz que Dilma pode ser responsabilizada por manobras fiscaisO ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes afirmou neste sábado (18) que a presidente Dilma Rousseff pode ser responsabilizada pelas manobras fiscais feitas pelo governo para arrumar suas contas no ano passado, conhecidas como "pedaladas" fiscais. "Poderá, sim, ser responsabilizada a presidente, se ficar comprovado. Vai depender do relator e dos depoimentos dos 17 ministros e autoridades envolvidos", declarou o ministro, que participa do 14º Fórum de Comandatuba, na Bahia. Nardes, que é relator das contas de Dilma em 2014, disse que os recursos apresentados pelo governo contra a decisão do TCU que considerou as "pedaladas" irregulares são "manobras para tentar adiar a decisão" do tribunal. Segundo o ministro, não haverá prorrogação do prazo para ouvir as explicações de 17 autoridades envolvidas no caso. "[Os embargos] fazem parte do jogo democrático e portanto nós vamos analisar os recursos. Mas vamos fazer todo o possível e, por isso, demos 30 dias de prazo improrrogáveis", disse Nardes. O ministro afirmou que, apesar dos recursos, mantém para 17 de junho a previsão de apresentação de seu relatório sobre as contas de 2014 de Dilma. Ele pretende usar nesta análise os dados sobre o processo das "pedaladas" fiscais. Com essas manobras, o Tesouro segurou repasses de R$ 40 bilhões devidos a bancos oficiais que executam programas como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida e pagam benefícios sociais como o seguro-desemprego. Nardes classificou como "um absurdo" a decisão do governo de não contabilizar determinadas despesas e acrescentou que as manobras podem obrigar a União a fazer cortes na máquina pública no curto prazo. "Se nós não crescermos acima de 4% ou 5%, se o país continuar crescendo 0,1% ou 0,2%, talvez em cinco anos possamos ter cortes de salários de boa parte da estrutura do Estado brasileiro, como aconteceu com Espanha, Grécia e Portugal", declarou. *O repórter viajou a convite do 14º Fórum de Comandatuba.
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A quem interessa a terceirização oficializada?, questiona leitor
O mesmo governo que reduziu impostos de automóveis e eletrodomésticos para aumentar o mercado interno e aquecer a economia agora se empenha para aprovar a terceirização dos empregos. A quem interessa a terceirização oficializada? Os países só crescem com o aumento do mercado interno. Há uma contradição ambulante no Alvorada. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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A quem interessa a terceirização oficializada?, questiona leitorO mesmo governo que reduziu impostos de automóveis e eletrodomésticos para aumentar o mercado interno e aquecer a economia agora se empenha para aprovar a terceirização dos empregos. A quem interessa a terceirização oficializada? Os países só crescem com o aumento do mercado interno. Há uma contradição ambulante no Alvorada. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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São Paulo empata com Fluminense e chega ao quinto jogo sem vencer
No que pode ter sido a última partida do zagueiro Lugano, 36, com a camisa do tricolor paulista, o São Paulo empatou em 1 a 1 com o Fluminense neste domingo (25), no Morumbi, em jogo válido pela décima rodada do Campeonato Brasileiro, e chegou ao quinto jogo sem vencer. O último resultado positivo foi contra o Vitória, em casa, pela quinta rodada, placar de 2 a 0. Um dos mais ovacionados pela torcida, junto ao técnico e também ídolo Rogério Ceni, Lugano, titular desde a última quarta-feira na derrota para o Atlético-PR na Arena da baixada, fez dupla de zaga ao lado de Rodrigo Caio. Com contrato até dia 30 de junho, o uruguaio ainda não respondeu para a diretoria se estenderá o vínculo até o final do ano. A proposta foi feita no último dia 19. Já o treinador são-paulino, pressionado pela sequência negativa no campeonato –três derrotas e um empate–, deixou de lado o 3-4-3 ao escalar Araruna na lateral direita e Júnior Tavares na esquerda. O meio campo teve a dupla de volantes formada por Jucilei e Thiago Mendes e, na armação das jogadas, Cueva. O trio de ataque foi formado por Lucas Pratto, centralizado, com Marcinho e Denilson jogando abertos. O São Paulo começou a partida mostrando força na bola parada, principalmente nas faltas. Em uma delas, aos 6 minutos, Cueva cruzou na área, Lugano subiu mas não alcançou, e a bola sobrou para Denilson, que deu passe para Jucilei empurrar para o fundo da rede. O time paulista parecia que iria manter o ritmo, mas diminuiu seu ímpeto e viu a equipe carioca crescer no jogo. Aos 27 min do primeiro tempo, o Fluminense quase empatou em grande jogada de Richarlison pela esquerda, que cruzou para o artilheiro do Brasileiro, Henrique Dourado –com nove gols–, cabecear sozinho para a defesa salvadora de Renan Ribeiro. Aliás, o goleiro foi o grande responsável pelo time ir para o intervalo vencendo. Aos 38 min fez uma sequência de três defesas à queima roupa, em chutes de Henrique Dourado e Marcos Calazans (duas vezes). Era o momento de maior pressão do Fluminense, que teve 56% de posse de bola na primeira etapa. Em entrevista ao "SporTV", na ida ao vestiário, Renan Ribeiro não quis explicar as defesas, mas disse que seu desempenho era fruto de "trabalho, muito trabalho". O São Paulo parecia mais ligado na volta para o segundo tempo, mas aos 6 min, em jogada de falta, o volante Wendel, do Fluminense, acertou uma bomba à meia altura do gol de Renan Ribeiro. Tudo igual no placar, 1 a 1. O gol desestabilizou o time são-paulino, que passou a ser pressionado em sua saída de bola pela equipe do Rio. Aos 13 min, em chute da entrada da área, Gustavo Scarpa quase virou a partida. Rogério Ceni tentou melhorar o rendimento de sua equipe ao sacar Cueva, aparentemente cansado e sem destaque no jogo, e colocar o jovem Lucas Fernandes. Com isso, o time paulista ganhou mobilidade e passou a manter a bola mais tempo no campo de ataque. Porém, com dificuldade para entrar na defesa do adversário, arriscou muitos chutes de fora da área. De nada adiantou. O São Paulo segue sem vencer e Ceni pode ver a pressão sobre si aumentar. Com o resultado, o São Paulo chegou a 11 pontos, na 16ª colocação, um a mais que o Bahia, o primeiro da zona de rebaixamento. A próxima partida da equipe do Morumbi pelo Campeonato Brasileiro será no próximo domingo (2), no Rio, contra o Flamengo. Já o Fluminense, agora com 15 pontos, em oitavo na classificação, enfrenta a Chapecoense em casa, na segunda-feira (3).
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São Paulo empata com Fluminense e chega ao quinto jogo sem vencerNo que pode ter sido a última partida do zagueiro Lugano, 36, com a camisa do tricolor paulista, o São Paulo empatou em 1 a 1 com o Fluminense neste domingo (25), no Morumbi, em jogo válido pela décima rodada do Campeonato Brasileiro, e chegou ao quinto jogo sem vencer. O último resultado positivo foi contra o Vitória, em casa, pela quinta rodada, placar de 2 a 0. Um dos mais ovacionados pela torcida, junto ao técnico e também ídolo Rogério Ceni, Lugano, titular desde a última quarta-feira na derrota para o Atlético-PR na Arena da baixada, fez dupla de zaga ao lado de Rodrigo Caio. Com contrato até dia 30 de junho, o uruguaio ainda não respondeu para a diretoria se estenderá o vínculo até o final do ano. A proposta foi feita no último dia 19. Já o treinador são-paulino, pressionado pela sequência negativa no campeonato –três derrotas e um empate–, deixou de lado o 3-4-3 ao escalar Araruna na lateral direita e Júnior Tavares na esquerda. O meio campo teve a dupla de volantes formada por Jucilei e Thiago Mendes e, na armação das jogadas, Cueva. O trio de ataque foi formado por Lucas Pratto, centralizado, com Marcinho e Denilson jogando abertos. O São Paulo começou a partida mostrando força na bola parada, principalmente nas faltas. Em uma delas, aos 6 minutos, Cueva cruzou na área, Lugano subiu mas não alcançou, e a bola sobrou para Denilson, que deu passe para Jucilei empurrar para o fundo da rede. O time paulista parecia que iria manter o ritmo, mas diminuiu seu ímpeto e viu a equipe carioca crescer no jogo. Aos 27 min do primeiro tempo, o Fluminense quase empatou em grande jogada de Richarlison pela esquerda, que cruzou para o artilheiro do Brasileiro, Henrique Dourado –com nove gols–, cabecear sozinho para a defesa salvadora de Renan Ribeiro. Aliás, o goleiro foi o grande responsável pelo time ir para o intervalo vencendo. Aos 38 min fez uma sequência de três defesas à queima roupa, em chutes de Henrique Dourado e Marcos Calazans (duas vezes). Era o momento de maior pressão do Fluminense, que teve 56% de posse de bola na primeira etapa. Em entrevista ao "SporTV", na ida ao vestiário, Renan Ribeiro não quis explicar as defesas, mas disse que seu desempenho era fruto de "trabalho, muito trabalho". O São Paulo parecia mais ligado na volta para o segundo tempo, mas aos 6 min, em jogada de falta, o volante Wendel, do Fluminense, acertou uma bomba à meia altura do gol de Renan Ribeiro. Tudo igual no placar, 1 a 1. O gol desestabilizou o time são-paulino, que passou a ser pressionado em sua saída de bola pela equipe do Rio. Aos 13 min, em chute da entrada da área, Gustavo Scarpa quase virou a partida. Rogério Ceni tentou melhorar o rendimento de sua equipe ao sacar Cueva, aparentemente cansado e sem destaque no jogo, e colocar o jovem Lucas Fernandes. Com isso, o time paulista ganhou mobilidade e passou a manter a bola mais tempo no campo de ataque. Porém, com dificuldade para entrar na defesa do adversário, arriscou muitos chutes de fora da área. De nada adiantou. O São Paulo segue sem vencer e Ceni pode ver a pressão sobre si aumentar. Com o resultado, o São Paulo chegou a 11 pontos, na 16ª colocação, um a mais que o Bahia, o primeiro da zona de rebaixamento. A próxima partida da equipe do Morumbi pelo Campeonato Brasileiro será no próximo domingo (2), no Rio, contra o Flamengo. Já o Fluminense, agora com 15 pontos, em oitavo na classificação, enfrenta a Chapecoense em casa, na segunda-feira (3).
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Marilson dos Santos, 5º em Londres-2012, corre maratona em 'percurso fácil'
maratona masculina MARCEL RIZZO ENVIADO ESPECIAL AO RIO O brasiliense Marilson dos Santos, 38, é a esperança no asfalto, e desta vez não estamos falando das ruas de São Paulo. Na prova de maratona, que fecha o atletismo na Rio-2016 e terá largada às 9h30 deste domingo (21) no Sambódromo (onde ocorre também a chegada), o fundista é o brasileiro com melhores chances. Participam também Solonei Rocha da Silva e Paulo Roberto de Almeida. Marilson tem seu nome ligado à prova de rua mais famosa do Brasil, a São Silvestre, com trajeto de 15 km, que ocorre anualmente no dia 31 de dezembro em São Paulo. Ele venceu três vezes (2003, 2005 e 2010), sendo que a de 2010 foi a última que teve um brasileiro no lugar mais alto do pódio. Ele acumula bons resultados em provas de fundo também em pistas. Ele foi, por exemplo, ouro no Pan de Guadalajara, em 2011, nos 10.000 m. Mas são os seus resultados significativos na maratona (com trajeto de 42,195 km) que empolgam para a manhã deste domingo. Ele venceu em 2006 e 2008 a maratona de Nova York, uma das mais tradicionais do planeta. Em Londres-2012 foi quinto na prova olímpica, a melhor colocação do atletismo brasileiro quatro anos atrás, com o tempo de 2h11min10s. O percurso da maratona na Rio-2016 agrada ao brasileiro, que participou do evento-teste, em abril. "Na sua totalidade o percurso é fácil, plano", afirmou Marilson. A prova foi seu retorno à maratona depois de quase um ano se recuperando de lesão na panturrilha. A maratona é prova ícone da Olimpíada desde 1896, na primeira edição da Era Moderna, em Atenas. Foi pensada para retratar a história e relembrar a Batalha de Marathon, cidade na Grécia. A lenda conta que um mensageiro do exército de Atenas teria corrido cerca de 40 km entre o campo de batalha até a capital, para anunciar a vitória dos exércitos atenienses contra os persas, e morrido de exaustão após cumprir a missão. Desde então a prova é uma das mais aguardadas de qualquer Olimpíada, mas nunca teve um brasileiro vitorioso —a melhor colocação foi o bronze de Vanderlei Cordeiro de Lima, em Atenas-2004. Responsável por acender a pira olímpica da Rio-2016, no Maracanã, Vanderlei foi atrapalhado pelo ex-padre irlandês Cornelius Horan, que o empurrou na parte final da prova. O maratonista ainda conseguiu ficar com o terceiro lugar e é o único brasileiro a ter recebido a medalha Pierre de Coubertin, dada pelo COI (Comitê Olimpico Internacional) a esportistas que destaquem o espírito olímpico. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
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Marilson dos Santos, 5º em Londres-2012, corre maratona em 'percurso fácil' maratona masculina MARCEL RIZZO ENVIADO ESPECIAL AO RIO O brasiliense Marilson dos Santos, 38, é a esperança no asfalto, e desta vez não estamos falando das ruas de São Paulo. Na prova de maratona, que fecha o atletismo na Rio-2016 e terá largada às 9h30 deste domingo (21) no Sambódromo (onde ocorre também a chegada), o fundista é o brasileiro com melhores chances. Participam também Solonei Rocha da Silva e Paulo Roberto de Almeida. Marilson tem seu nome ligado à prova de rua mais famosa do Brasil, a São Silvestre, com trajeto de 15 km, que ocorre anualmente no dia 31 de dezembro em São Paulo. Ele venceu três vezes (2003, 2005 e 2010), sendo que a de 2010 foi a última que teve um brasileiro no lugar mais alto do pódio. Ele acumula bons resultados em provas de fundo também em pistas. Ele foi, por exemplo, ouro no Pan de Guadalajara, em 2011, nos 10.000 m. Mas são os seus resultados significativos na maratona (com trajeto de 42,195 km) que empolgam para a manhã deste domingo. Ele venceu em 2006 e 2008 a maratona de Nova York, uma das mais tradicionais do planeta. Em Londres-2012 foi quinto na prova olímpica, a melhor colocação do atletismo brasileiro quatro anos atrás, com o tempo de 2h11min10s. O percurso da maratona na Rio-2016 agrada ao brasileiro, que participou do evento-teste, em abril. "Na sua totalidade o percurso é fácil, plano", afirmou Marilson. A prova foi seu retorno à maratona depois de quase um ano se recuperando de lesão na panturrilha. A maratona é prova ícone da Olimpíada desde 1896, na primeira edição da Era Moderna, em Atenas. Foi pensada para retratar a história e relembrar a Batalha de Marathon, cidade na Grécia. A lenda conta que um mensageiro do exército de Atenas teria corrido cerca de 40 km entre o campo de batalha até a capital, para anunciar a vitória dos exércitos atenienses contra os persas, e morrido de exaustão após cumprir a missão. Desde então a prova é uma das mais aguardadas de qualquer Olimpíada, mas nunca teve um brasileiro vitorioso —a melhor colocação foi o bronze de Vanderlei Cordeiro de Lima, em Atenas-2004. Responsável por acender a pira olímpica da Rio-2016, no Maracanã, Vanderlei foi atrapalhado pelo ex-padre irlandês Cornelius Horan, que o empurrou na parte final da prova. O maratonista ainda conseguiu ficar com o terceiro lugar e é o único brasileiro a ter recebido a medalha Pierre de Coubertin, dada pelo COI (Comitê Olimpico Internacional) a esportistas que destaquem o espírito olímpico. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
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Netflix define data de estreia e divulga teaser de filme 'Death Note'; assista
A Netflix divulgou nesta quarta-feira (22) o primeiro teaser de "Death Note", filme produzido pelo serviço de streaming, baseado no popular mangá de Tsugumi Ohba e Takeshi Obata e cujo lançamento está marcado para 25 de agosto. Com caráter didático, principalmente para quem nunca acompanhou os quadrinhos japoneses, e visual bastante sombrio, o vídeo mostra quando Light Turner (Nat Wolff) recebe o "death note", caderno sobrenatural no qual quem tiver seu nome escrito morrerá. O responsável pelas mortes é Ryuk, um monstro (shinigami) que no filme será dublado por Willem Dafoe. Nesse primeiro vídeo, no entanto, a criatura não aparece. Apenas no final dá a entender que ela está conversando com Turner sobre seus planos. Na história do mangá, o protagonista, um aluno do ensino médio, usa seu novo poder para acabar com criminosos e tentar tornar o mundo um lugar sem o mal. Consequentemente, se torna um assassino em série —ganhando o apelido de Kira— e passa a ser perseguido por L, um detetive que estranha tantas mortes de bandidos. O filme é dirigido por Adam Wingard, de "A Bruxa de Blair" e "O Hóspede".
ilustrada
Netflix define data de estreia e divulga teaser de filme 'Death Note'; assistaA Netflix divulgou nesta quarta-feira (22) o primeiro teaser de "Death Note", filme produzido pelo serviço de streaming, baseado no popular mangá de Tsugumi Ohba e Takeshi Obata e cujo lançamento está marcado para 25 de agosto. Com caráter didático, principalmente para quem nunca acompanhou os quadrinhos japoneses, e visual bastante sombrio, o vídeo mostra quando Light Turner (Nat Wolff) recebe o "death note", caderno sobrenatural no qual quem tiver seu nome escrito morrerá. O responsável pelas mortes é Ryuk, um monstro (shinigami) que no filme será dublado por Willem Dafoe. Nesse primeiro vídeo, no entanto, a criatura não aparece. Apenas no final dá a entender que ela está conversando com Turner sobre seus planos. Na história do mangá, o protagonista, um aluno do ensino médio, usa seu novo poder para acabar com criminosos e tentar tornar o mundo um lugar sem o mal. Consequentemente, se torna um assassino em série —ganhando o apelido de Kira— e passa a ser perseguido por L, um detetive que estranha tantas mortes de bandidos. O filme é dirigido por Adam Wingard, de "A Bruxa de Blair" e "O Hóspede".
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Instituto especializado em musculação para idosos parte para licenciamento
Uma das mais antigas empresas especializadas em musculação para a terceira idade na capital paulista, o Instituto Biodelta não trabalha com o sistema de franquias, mas com selo de certificação. Com esse selo, fornece sua metodologia e os equipamentos para academias. Neste ano, decidiu migrar o sistema de certificação para o modelo de licenciamento, pelo qual passa a assessorar mais de perto os licenciados. Com uma unidade própria no bairro do Sumaré, na zona oeste de São Paulo, o Biodelta tem 13 academias certificadas no país, que farão a transição. Entre elas, está a Vincere, em Moema, na zona sul de São Paulo. "Essas academias certificadas passarão por uma avaliação antes de se tornarem licenciadas. Isso significa que vamos acompanhar mais de perto a aplicação da metodologia por essas unidades, que antes tinham mais autonomia", afirma Sandra Nunes de Jesus, coordenadora-técnica do Instituto Biodelta. Sandra afirma que a Biodelta já tem academias interessadas no novo modelo, e que a empresa tem capacidade de fazer até 12 novos licenciamentos por ano. Com a licença, que inclui curso, metodologia e equipamentos, o interessado paga uma taxa de adesão de R$ 15 mil e adere a um contrato de três anos, pelo valor de R$ 2 mil mensais. Fundado pelo médico José Maria Santarem, o Instituto Biodelta fundou há 25 anos pesquisas na área de musculação adaptada para pessoas com problemas de saúde e terceira idade. Há 20 anos, o instituto promove cursos de especialização para profissionais em parceria com a USP (Universidade de São Paulo). Os alunos são educadores físicos, fisioterapeutas e médicos. Há 15 anos, o Biodelta passou a atender o público em sua sede no bairro do Sumaré. As mensalidades variam de R$ 370 a R$ 560. Cerca de 70% dos 800 clientes têm mais de 60 anos.
mercado
Instituto especializado em musculação para idosos parte para licenciamentoUma das mais antigas empresas especializadas em musculação para a terceira idade na capital paulista, o Instituto Biodelta não trabalha com o sistema de franquias, mas com selo de certificação. Com esse selo, fornece sua metodologia e os equipamentos para academias. Neste ano, decidiu migrar o sistema de certificação para o modelo de licenciamento, pelo qual passa a assessorar mais de perto os licenciados. Com uma unidade própria no bairro do Sumaré, na zona oeste de São Paulo, o Biodelta tem 13 academias certificadas no país, que farão a transição. Entre elas, está a Vincere, em Moema, na zona sul de São Paulo. "Essas academias certificadas passarão por uma avaliação antes de se tornarem licenciadas. Isso significa que vamos acompanhar mais de perto a aplicação da metodologia por essas unidades, que antes tinham mais autonomia", afirma Sandra Nunes de Jesus, coordenadora-técnica do Instituto Biodelta. Sandra afirma que a Biodelta já tem academias interessadas no novo modelo, e que a empresa tem capacidade de fazer até 12 novos licenciamentos por ano. Com a licença, que inclui curso, metodologia e equipamentos, o interessado paga uma taxa de adesão de R$ 15 mil e adere a um contrato de três anos, pelo valor de R$ 2 mil mensais. Fundado pelo médico José Maria Santarem, o Instituto Biodelta fundou há 25 anos pesquisas na área de musculação adaptada para pessoas com problemas de saúde e terceira idade. Há 20 anos, o instituto promove cursos de especialização para profissionais em parceria com a USP (Universidade de São Paulo). Os alunos são educadores físicos, fisioterapeutas e médicos. Há 15 anos, o Biodelta passou a atender o público em sua sede no bairro do Sumaré. As mensalidades variam de R$ 370 a R$ 560. Cerca de 70% dos 800 clientes têm mais de 60 anos.
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Em discurso em Atenas, Obama reconhece 'desafios da democracia'
Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, discursou nesta quarta-feira (16) em Atenas, na Grécia, sobre os desafios da democracia. No mesmo ano em que o Reino Unido decidiu deixar a União Europeia e os EUA elegeram o republicano Donald Trump para a Presidência, Obama afirmou que "a história nos dá esperanças". Sua viagem a Atenas e, na mesma tarde, a Berlim faz parte de seu último giro internacional. Uma de suas tarefas será convencer os aliados europeus a de fato ter esperanças em sua relação com os EUA, em meio aos temores trazidos pela inesperada eleição de Trump. Obama reconheceu que há desafios na democracia, exarcebados pela globalização e pela distância entre os governos e os cidadãos. "Democracia é simples quando todo o mundo se parece. É mais difícil quando há pessoas vindas de uma variedade de contextos tentando viver juntos", disse, referindo-se à recente crise dos refugiados na Europa. "Em nosso mundo globalizado, com a migração de pessoas, a mistura de forças em muitas vezes causa tensões e acentua diferenças." Obama afirmou, ainda, que a democracia carece de uma correção de trajetória, para garantir que os benefícios de uma economia global sejam distribuídos de maneira mais igual a mais pessoas. ÚLTIMA TURNÊ Obama se reúne na quinta-feira (17), em Berlim, com a chanceler alemã Angela Merkel, o presidente francês François Hollande, o premiê italiano Matteo Renzi e a premiê britânica Theresa May. Merkel é a principal aliada de Obama. Ambos publicaram um artigo em conjunto na revista alemã "WirtschaftsWoche" defendendo um acordo de livre comércio entre EUA e UE, em contraste com as declarações recentes do republicano Trump. O presidente americano tentará tranquilizar os parceiros europeus em relação a a Trump. A transição americana é hoje vista com apreensão pela União Europeia. "O próximo presidente americano e eu não poderíamos ser mais diferentes", Obama afirmou em Atenas. "Nós temos pontos de vista bastante distintos, mas a democracia americana é maior do que qualquer pessoa." Trump criticou, no passado, a participação americana na Otan (aliança militar ocidental), exigindo maior contribuição europeia ao orçamento e questionando a obrigação de defender os aliados no caso de haver um ataque da Rússia um dos fundamentos desse tratado. A própria aproximação entre Trump e Vladimir Putin, presidente russo, causa ansiedade. A Rússia é, afinal, a principal rival da Otan. Na terça-feira (15), também em Atenas, Obama havia afirmado a repórteres que o mundo precisa proteger-se contra o crescimento dos movimentos nacionalistas, no que foi entendido como uma crítica indireta a Trump. O presidente americano citou a Europa como exemplo. Ele disse que continente viu, no século 20, um "banho de sangue", referindo-se às duas guerras mundiais. A onda conservadora personificada nos EUA por Trump tem equivalentes também na Europa. O nacionalismo tem crescido na França e na Alemanha. A Áustria pode ser, em dezembro, o primeiro país da União Europeia a eleger um chefe de Estado de extrema-direita. Outra preocupação europeia em relação à Presidência de Trump, além da Otan, é o comércio. Está em negociação um acordo entre EUA e a União Europeia, já criticado por Trump. O bloco econômico exportou aos EUA o equivalente a 371 bilhões de euros em 2015 e importou 248 bilhões de euros.
mundo
Em discurso em Atenas, Obama reconhece 'desafios da democracia'Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, discursou nesta quarta-feira (16) em Atenas, na Grécia, sobre os desafios da democracia. No mesmo ano em que o Reino Unido decidiu deixar a União Europeia e os EUA elegeram o republicano Donald Trump para a Presidência, Obama afirmou que "a história nos dá esperanças". Sua viagem a Atenas e, na mesma tarde, a Berlim faz parte de seu último giro internacional. Uma de suas tarefas será convencer os aliados europeus a de fato ter esperanças em sua relação com os EUA, em meio aos temores trazidos pela inesperada eleição de Trump. Obama reconheceu que há desafios na democracia, exarcebados pela globalização e pela distância entre os governos e os cidadãos. "Democracia é simples quando todo o mundo se parece. É mais difícil quando há pessoas vindas de uma variedade de contextos tentando viver juntos", disse, referindo-se à recente crise dos refugiados na Europa. "Em nosso mundo globalizado, com a migração de pessoas, a mistura de forças em muitas vezes causa tensões e acentua diferenças." Obama afirmou, ainda, que a democracia carece de uma correção de trajetória, para garantir que os benefícios de uma economia global sejam distribuídos de maneira mais igual a mais pessoas. ÚLTIMA TURNÊ Obama se reúne na quinta-feira (17), em Berlim, com a chanceler alemã Angela Merkel, o presidente francês François Hollande, o premiê italiano Matteo Renzi e a premiê britânica Theresa May. Merkel é a principal aliada de Obama. Ambos publicaram um artigo em conjunto na revista alemã "WirtschaftsWoche" defendendo um acordo de livre comércio entre EUA e UE, em contraste com as declarações recentes do republicano Trump. O presidente americano tentará tranquilizar os parceiros europeus em relação a a Trump. A transição americana é hoje vista com apreensão pela União Europeia. "O próximo presidente americano e eu não poderíamos ser mais diferentes", Obama afirmou em Atenas. "Nós temos pontos de vista bastante distintos, mas a democracia americana é maior do que qualquer pessoa." Trump criticou, no passado, a participação americana na Otan (aliança militar ocidental), exigindo maior contribuição europeia ao orçamento e questionando a obrigação de defender os aliados no caso de haver um ataque da Rússia um dos fundamentos desse tratado. A própria aproximação entre Trump e Vladimir Putin, presidente russo, causa ansiedade. A Rússia é, afinal, a principal rival da Otan. Na terça-feira (15), também em Atenas, Obama havia afirmado a repórteres que o mundo precisa proteger-se contra o crescimento dos movimentos nacionalistas, no que foi entendido como uma crítica indireta a Trump. O presidente americano citou a Europa como exemplo. Ele disse que continente viu, no século 20, um "banho de sangue", referindo-se às duas guerras mundiais. A onda conservadora personificada nos EUA por Trump tem equivalentes também na Europa. O nacionalismo tem crescido na França e na Alemanha. A Áustria pode ser, em dezembro, o primeiro país da União Europeia a eleger um chefe de Estado de extrema-direita. Outra preocupação europeia em relação à Presidência de Trump, além da Otan, é o comércio. Está em negociação um acordo entre EUA e a União Europeia, já criticado por Trump. O bloco econômico exportou aos EUA o equivalente a 371 bilhões de euros em 2015 e importou 248 bilhões de euros.
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Em Paraisópolis, Erundina atribui queda no Ibope a 'invisibilidade' e diz que priorizará moradia
ANGELA BOLDRINI DE SÃO PAULO A candidata do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Luiza Erundina, afirmou nesta quinta-feira (15) que sua queda na pesquisa do Ibope —de 9% para 5%— se deve à "invisibilidade" de sua candidatura, que tem apenas dez segundos de tempo de TV no bloco da propaganda eleitoral. "Isso veio a partir da enxurrada de propaganda dos outros candidatos na televisão", afirmou a candidata, que participou de evento de campanha na favela de Paraisópolis, na zona sul. "Nós temos dez segundos, não dá nem para dizer 'oi, estamos aqui', é a invisibilidade absoluta." Erundina criticou a lei eleitoral, e afirmou que a disparidade de tempos de TV —Doria, o candidato do PSDB, é o com maior espaço, cerca de três minutos no bloco— "distorce a vontade do povo". "Nós estávamos com 10%, isso não é adequado, não é democrático." Ela, no entanto, afirmou que usará sua participação nos debates para tentar reverter a situação. "E olha, sai de baixo! Eu vou usar como nunca usei", disse. "Não vou fazer de conta que estamos brigando um com o outro, vou apresentar o programa, o melhor programa é o do PSOL." Em Paraisópolis, a deputada federal e seu vice, o também deputado Ivan Valente, deram uma entrevista à rádio local e visitaram o ateliê do Berbela, artista da comunidade que faz esculturas de sucata —algumas delas figuraram na abertura da novela da Globo "I Love Paraisópolis". Aos presentes, Erundina afirmou que priorizará a questão da moradia e que pretende "completar o processo de urbanização" da favela. Uma das presentes afirmou que a primeira rua asfaltada em Paraisópolis foi feita durante a gestão da então petista à frente da Prefeitura, de 1989 a 1992. "O orçamento tem que inverter prioridades", afirmou. "Não dá para chegar para as pessoas que moram em situação de risco e dizer apenas que há uma situação de risco. Se elas moram ali, é porque não tem outro lugar para ir", disse a candidata.
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Em Paraisópolis, Erundina atribui queda no Ibope a 'invisibilidade' e diz que priorizará moradiaANGELA BOLDRINI DE SÃO PAULO A candidata do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Luiza Erundina, afirmou nesta quinta-feira (15) que sua queda na pesquisa do Ibope —de 9% para 5%— se deve à "invisibilidade" de sua candidatura, que tem apenas dez segundos de tempo de TV no bloco da propaganda eleitoral. "Isso veio a partir da enxurrada de propaganda dos outros candidatos na televisão", afirmou a candidata, que participou de evento de campanha na favela de Paraisópolis, na zona sul. "Nós temos dez segundos, não dá nem para dizer 'oi, estamos aqui', é a invisibilidade absoluta." Erundina criticou a lei eleitoral, e afirmou que a disparidade de tempos de TV —Doria, o candidato do PSDB, é o com maior espaço, cerca de três minutos no bloco— "distorce a vontade do povo". "Nós estávamos com 10%, isso não é adequado, não é democrático." Ela, no entanto, afirmou que usará sua participação nos debates para tentar reverter a situação. "E olha, sai de baixo! Eu vou usar como nunca usei", disse. "Não vou fazer de conta que estamos brigando um com o outro, vou apresentar o programa, o melhor programa é o do PSOL." Em Paraisópolis, a deputada federal e seu vice, o também deputado Ivan Valente, deram uma entrevista à rádio local e visitaram o ateliê do Berbela, artista da comunidade que faz esculturas de sucata —algumas delas figuraram na abertura da novela da Globo "I Love Paraisópolis". Aos presentes, Erundina afirmou que priorizará a questão da moradia e que pretende "completar o processo de urbanização" da favela. Uma das presentes afirmou que a primeira rua asfaltada em Paraisópolis foi feita durante a gestão da então petista à frente da Prefeitura, de 1989 a 1992. "O orçamento tem que inverter prioridades", afirmou. "Não dá para chegar para as pessoas que moram em situação de risco e dizer apenas que há uma situação de risco. Se elas moram ali, é porque não tem outro lugar para ir", disse a candidata.
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Traficante 'El Chapo' é transferido para prisão perto da fronteira dos EUA
O narcotraficante Joaquin "El Chapo" Guzmán, que já fugiu da prisão duas vezes e tenta evitar a extradição para os Estados Unidos, foi transferido neste sábado (7) a uma cadeia perto da fronteira com o Texas. Autoridades disseram que a movimentação não indica uma possível extradição. Os advogados de "El Chapo", recapturado em janeiro, apresentaram diversos recursos para evitar que ele seja mandado aos EUA, e autoridades mexicanas reconhecem que o processo pode ainda durar um ano. Chefe do cartel de Sinaloa, "El Chapo" estava detido na prisão de segurança máxima Altiplano, próximo à Cidade do México, e foi transferido para Ciudad Juárez. Segundo a polícia, a transferência foi feita para reforçar a segurança em Altiplano. A Comissão de Segurança Nacional do México explicou, em comunicado, que tem movimentado mais de 7.400 detentos no país, segundo a estratégia de segurança que foi traçada em setembro. Michael Vigil, ex-chefe de operações internacionais na Administração Antidrogas dos EUA, confirmou que Guzmán foi transferido devido a preocupações com a segurança. Não especificou, contudo, se as autoridades mexicanas suspeitaram de uma nova tentativa de fuga. José Refugio Rodriguez, advogado do narcotraficante, confirmou que "El Chapo" foi transferido para a cadeia Cefereso No. 9. Ele disse que a equipe não foi avisada da movimentação e que um dos advogados viajou a Ciudad Juárez para encontrar o cliente. "Não sei que estratégia é essa", afirmou à agência Associated Press. "Não posso adivinhar em que o governo está pensando". O advogado também afirmou que a equipe continua tentando evitar a extradição. "El Chapo" enfrenta acusações de sete escritórios de advocacia norte-americanos, de cidades como Nova York, Miami, Chicago e San Diego. O mexicano fugiu da prisão pela primeira vez em 2001 e foi recapturado apenas em 2014. Ele fugiu novamente em 2015, por um túnel de 1,5 km de comprimento. As fugas de "El Chapo" inspiraram uma série de TV, "Cartel", que será comandada por Chris Brancato, cocriador de "Narcos".
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Traficante 'El Chapo' é transferido para prisão perto da fronteira dos EUAO narcotraficante Joaquin "El Chapo" Guzmán, que já fugiu da prisão duas vezes e tenta evitar a extradição para os Estados Unidos, foi transferido neste sábado (7) a uma cadeia perto da fronteira com o Texas. Autoridades disseram que a movimentação não indica uma possível extradição. Os advogados de "El Chapo", recapturado em janeiro, apresentaram diversos recursos para evitar que ele seja mandado aos EUA, e autoridades mexicanas reconhecem que o processo pode ainda durar um ano. Chefe do cartel de Sinaloa, "El Chapo" estava detido na prisão de segurança máxima Altiplano, próximo à Cidade do México, e foi transferido para Ciudad Juárez. Segundo a polícia, a transferência foi feita para reforçar a segurança em Altiplano. A Comissão de Segurança Nacional do México explicou, em comunicado, que tem movimentado mais de 7.400 detentos no país, segundo a estratégia de segurança que foi traçada em setembro. Michael Vigil, ex-chefe de operações internacionais na Administração Antidrogas dos EUA, confirmou que Guzmán foi transferido devido a preocupações com a segurança. Não especificou, contudo, se as autoridades mexicanas suspeitaram de uma nova tentativa de fuga. José Refugio Rodriguez, advogado do narcotraficante, confirmou que "El Chapo" foi transferido para a cadeia Cefereso No. 9. Ele disse que a equipe não foi avisada da movimentação e que um dos advogados viajou a Ciudad Juárez para encontrar o cliente. "Não sei que estratégia é essa", afirmou à agência Associated Press. "Não posso adivinhar em que o governo está pensando". O advogado também afirmou que a equipe continua tentando evitar a extradição. "El Chapo" enfrenta acusações de sete escritórios de advocacia norte-americanos, de cidades como Nova York, Miami, Chicago e San Diego. O mexicano fugiu da prisão pela primeira vez em 2001 e foi recapturado apenas em 2014. Ele fugiu novamente em 2015, por um túnel de 1,5 km de comprimento. As fugas de "El Chapo" inspiraram uma série de TV, "Cartel", que será comandada por Chris Brancato, cocriador de "Narcos".
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USP faz representação criminal contra criador da 'pílula do câncer'
A Procuradoria Geral da USP decidiu fazer uma representação criminal contra Gilberto Chierice, professor aposentado do IQSC (Instituto de Química de São Carlos, órgão da universidade) e coordenador dos estudos sobre a fosfoetanolamina, a suposta "pílula do câncer". Segundo a USP, Chierice teria praticado dois crimes previstos no Código Penal ao distribuir a substância a pessoas com câncer durante mais de duas décadas. A investigação ocorre desde fevereiro. Chierice disse à Folha que não pretendia fazer comentários sobre o inquérito. De acordo com Geraldo Souza Filho, delegado assistente da Delegacia Seccional de Polícia de São Carlos, o professor argumentou, em seu depoimento, que não praticou curandeirismo, porque só fornecia as pílulas a pacientes que chegavam até ele munidos de receita médica, além de não se beneficiar economicamente com a prática. A reportagem também tentou entrar em contato com a Procuradoria Geral da USP por meio da assessoria de imprensa da universidade, mas não recebeu resposta até a conclusão desta edição. Para a procuradoria da universidade, Chierice deveria ser responsabilizado por curandeirismo (artigo 284 do Código Penal) e por expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente (artigo 132). As penas previstas para os delitos são detenção de seis meses a dois anos e detenção de três meses a um ano, respectivamente. No caso da pena por curandeirismo, pode ainda haver multa caso o condenado tenha lucrado com a prática. Souza Filho diz que já ouviu, além de Chierice, o atual diretor do IQSC, Germano Tremiliosi Filho, e o técnico Salvador Claro Neto, que foi orientando de doutorado de Chierice e ainda é responsável pela produção da "fosfo". "Também devo ouvir ex-pacientes e pessoas que estão passando pelo tratamento hoje", afirma Souza Filho, "Quem vai avaliar se ele está correto é a Justiça, não me cabe opinar", diz o delegado. "Certamente é apenas o início de um processo muito longo." Souza Filho estima que o inquérito esteja concluído dentro de 45 dias. APÓS DUAS DÉCADAS Apesar da representação criminal feita neste ano, a USP passou cerca de duas décadas (de meados dos anos 1990 até 2014) sem interferir na fabricação e distribuição das pílulas da "fosfo". Um pesquisador do Instituto de Química que ainda está na ativa e prefere não se identificar diz que a prática era de conhecimento geral no instituto, mas que nunca houve um movimento para coibi-la por parte dos professores ou da direção do órgão. A proibição só veio com uma portaria de junho de 2014, após a aposentadoria de Chierice. Pacientes passaram a usar decisões judiciais em seu favor para exigir que a produção e distribuição da molécula continuasse. Hoje, a quantidade de processos sobre o tema que chegam à USP é tamanha que triplicou o volume de trabalho da procuradoria da instituição. Apesar de relatos favoráveis de pacientes, não há evidências científicas de que a "fosfo" seja eficaz contra tumores em seres humanos. Os primeiros testes independentes da molécula, conduzidos a pedido do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), cujos resultados foram divulgados neste mês, não tiveram êxito –a ação antitumoral da molécula parece ser nula ou muito fraca.
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USP faz representação criminal contra criador da 'pílula do câncer'A Procuradoria Geral da USP decidiu fazer uma representação criminal contra Gilberto Chierice, professor aposentado do IQSC (Instituto de Química de São Carlos, órgão da universidade) e coordenador dos estudos sobre a fosfoetanolamina, a suposta "pílula do câncer". Segundo a USP, Chierice teria praticado dois crimes previstos no Código Penal ao distribuir a substância a pessoas com câncer durante mais de duas décadas. A investigação ocorre desde fevereiro. Chierice disse à Folha que não pretendia fazer comentários sobre o inquérito. De acordo com Geraldo Souza Filho, delegado assistente da Delegacia Seccional de Polícia de São Carlos, o professor argumentou, em seu depoimento, que não praticou curandeirismo, porque só fornecia as pílulas a pacientes que chegavam até ele munidos de receita médica, além de não se beneficiar economicamente com a prática. A reportagem também tentou entrar em contato com a Procuradoria Geral da USP por meio da assessoria de imprensa da universidade, mas não recebeu resposta até a conclusão desta edição. Para a procuradoria da universidade, Chierice deveria ser responsabilizado por curandeirismo (artigo 284 do Código Penal) e por expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente (artigo 132). As penas previstas para os delitos são detenção de seis meses a dois anos e detenção de três meses a um ano, respectivamente. No caso da pena por curandeirismo, pode ainda haver multa caso o condenado tenha lucrado com a prática. Souza Filho diz que já ouviu, além de Chierice, o atual diretor do IQSC, Germano Tremiliosi Filho, e o técnico Salvador Claro Neto, que foi orientando de doutorado de Chierice e ainda é responsável pela produção da "fosfo". "Também devo ouvir ex-pacientes e pessoas que estão passando pelo tratamento hoje", afirma Souza Filho, "Quem vai avaliar se ele está correto é a Justiça, não me cabe opinar", diz o delegado. "Certamente é apenas o início de um processo muito longo." Souza Filho estima que o inquérito esteja concluído dentro de 45 dias. APÓS DUAS DÉCADAS Apesar da representação criminal feita neste ano, a USP passou cerca de duas décadas (de meados dos anos 1990 até 2014) sem interferir na fabricação e distribuição das pílulas da "fosfo". Um pesquisador do Instituto de Química que ainda está na ativa e prefere não se identificar diz que a prática era de conhecimento geral no instituto, mas que nunca houve um movimento para coibi-la por parte dos professores ou da direção do órgão. A proibição só veio com uma portaria de junho de 2014, após a aposentadoria de Chierice. Pacientes passaram a usar decisões judiciais em seu favor para exigir que a produção e distribuição da molécula continuasse. Hoje, a quantidade de processos sobre o tema que chegam à USP é tamanha que triplicou o volume de trabalho da procuradoria da instituição. Apesar de relatos favoráveis de pacientes, não há evidências científicas de que a "fosfo" seja eficaz contra tumores em seres humanos. Os primeiros testes independentes da molécula, conduzidos a pedido do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), cujos resultados foram divulgados neste mês, não tiveram êxito –a ação antitumoral da molécula parece ser nula ou muito fraca.
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Guia de posições sexuais promete ajudar pacientes com artrite e dor
Brasileiros com doenças reumáticas, que causam dores nas articulações, vão ganhar um guia com dicas práticas e várias posições que facilitam as relações sexuais. É uma espécie de "Kama Sutra" (texto indiano milenar sobre o comportamento sexual humano) voltado para pacientes com artrite, mas que também pode ser útil a outras doenças que afetam as articulações, como artroses, lúpus, psoríase e fibromialgia. Pesquisas indicam que muitos desses pacientes têm uma vida sexual bem limitada (às vezes, nem têm) por conta das dores, fadiga e rigidez muscular. Nos consultórios, a falta de vontade de fazer sexo é uma das líderes no no ranking de queixas. Inspirado em uma publicação da fundação britânica Arthritis Research UK, o guia já foi apresentado aos reumatologistas brasileiros e, agora, a linguagem está sendo adaptada ao público leigo. Kama sutra para doentes reumáticos Segundo Lícia Maria da Mota, professora da Universidade de Brasília (UnB), uma das autoras do guia, um rascunho da publicação será apresentado aos pacientes ainda neste mês para testar o nível de compreensão e esclarecer dúvidas. "O tema é um tabu entre médicos e os pacientes. O médico não é treinado para isso. Ele pergunta sobre dor, sono, dieta, mas nada sobre a vida sexual. O paciente, por não encontrar espaço, também não fala sobre isso." Um estudo coordenado pela médica mostra que 80% de 68 mulheres entrevistadas relataram algum tipo de disfunção sexual. Outras pesquisas internacionais apontam índices semelhantes. "Há pacientes que choram ao relatar que não têm mais vida sexual." O terapeuta ocupacional Pedro de Almeida, também da UnB e autor do guia, diz que a vergonha é compartilhada entre pacientes e profissionais. "A ideia é que a cartilha seja um 'gancho' para puxar a conversa sobre o assunto." Segundo ele, as posições propostas são baseadas na proteção das articulações e na conservação de energia, evitando lesões e cansaço. Há também dicas para as preliminares, como banho a dois e massagem. A psiquiatra e sexóloga Carmita Abdo afirma que a dor crônica e a limitação de movimentos podem levar à irritabilidade e, muitas vezes, a quadros de ansiedade e depressão. "É um conjunto de situações que desfavorece a relação sexual –um dos pilares da qualidade de vida é ter uma vida sexual satisfatória." Dependendo do estágio e das manifestações físicas da doença (como deformações), a autoestima das mulheres piora e isso prejudica a busca por um relacionamento, diz. As pacientes também sofrem com efeitos colaterais de medicamentos, como secura vaginal e retenção de líquido, o que também interfere no desejo sexual. Segundo Lícia, existem medicamentos alternativos e é possível alterar o esquema de doses para evitar transtornos. Para Carmita, é fundamental que as informações sobre a doença e os seus efeitos sejam divididas com o parceiro ou a parceira. "Às vezes, ele não entende as limitações ou as inseguranças do outro. É importante deixar claro que o interesse permanece", diz. A professora de ensino médio Juliana, 43, sofre de artrite há dez anos e diz que, no início, foi difícil aceitar uma vida mais limitada. "Comecei a derrubar as coisas, não conseguia escrever. Além da dor, você se sente um lixo, acha que não vai agradar mais ninguém", diz ela, casada há seis anos. Um namoro, na época do diagnóstico, não deu certo: "Eu sentia dor e ele achava que era frescura minha." Para ela, o guia de sexo é interessante, mas as questões emocionais vêm em primeiro lugar: "Sem melhorar a autoestima, por exemplo, não há guia que dê jeito."
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Guia de posições sexuais promete ajudar pacientes com artrite e dorBrasileiros com doenças reumáticas, que causam dores nas articulações, vão ganhar um guia com dicas práticas e várias posições que facilitam as relações sexuais. É uma espécie de "Kama Sutra" (texto indiano milenar sobre o comportamento sexual humano) voltado para pacientes com artrite, mas que também pode ser útil a outras doenças que afetam as articulações, como artroses, lúpus, psoríase e fibromialgia. Pesquisas indicam que muitos desses pacientes têm uma vida sexual bem limitada (às vezes, nem têm) por conta das dores, fadiga e rigidez muscular. Nos consultórios, a falta de vontade de fazer sexo é uma das líderes no no ranking de queixas. Inspirado em uma publicação da fundação britânica Arthritis Research UK, o guia já foi apresentado aos reumatologistas brasileiros e, agora, a linguagem está sendo adaptada ao público leigo. Kama sutra para doentes reumáticos Segundo Lícia Maria da Mota, professora da Universidade de Brasília (UnB), uma das autoras do guia, um rascunho da publicação será apresentado aos pacientes ainda neste mês para testar o nível de compreensão e esclarecer dúvidas. "O tema é um tabu entre médicos e os pacientes. O médico não é treinado para isso. Ele pergunta sobre dor, sono, dieta, mas nada sobre a vida sexual. O paciente, por não encontrar espaço, também não fala sobre isso." Um estudo coordenado pela médica mostra que 80% de 68 mulheres entrevistadas relataram algum tipo de disfunção sexual. Outras pesquisas internacionais apontam índices semelhantes. "Há pacientes que choram ao relatar que não têm mais vida sexual." O terapeuta ocupacional Pedro de Almeida, também da UnB e autor do guia, diz que a vergonha é compartilhada entre pacientes e profissionais. "A ideia é que a cartilha seja um 'gancho' para puxar a conversa sobre o assunto." Segundo ele, as posições propostas são baseadas na proteção das articulações e na conservação de energia, evitando lesões e cansaço. Há também dicas para as preliminares, como banho a dois e massagem. A psiquiatra e sexóloga Carmita Abdo afirma que a dor crônica e a limitação de movimentos podem levar à irritabilidade e, muitas vezes, a quadros de ansiedade e depressão. "É um conjunto de situações que desfavorece a relação sexual –um dos pilares da qualidade de vida é ter uma vida sexual satisfatória." Dependendo do estágio e das manifestações físicas da doença (como deformações), a autoestima das mulheres piora e isso prejudica a busca por um relacionamento, diz. As pacientes também sofrem com efeitos colaterais de medicamentos, como secura vaginal e retenção de líquido, o que também interfere no desejo sexual. Segundo Lícia, existem medicamentos alternativos e é possível alterar o esquema de doses para evitar transtornos. Para Carmita, é fundamental que as informações sobre a doença e os seus efeitos sejam divididas com o parceiro ou a parceira. "Às vezes, ele não entende as limitações ou as inseguranças do outro. É importante deixar claro que o interesse permanece", diz. A professora de ensino médio Juliana, 43, sofre de artrite há dez anos e diz que, no início, foi difícil aceitar uma vida mais limitada. "Comecei a derrubar as coisas, não conseguia escrever. Além da dor, você se sente um lixo, acha que não vai agradar mais ninguém", diz ela, casada há seis anos. Um namoro, na época do diagnóstico, não deu certo: "Eu sentia dor e ele achava que era frescura minha." Para ela, o guia de sexo é interessante, mas as questões emocionais vêm em primeiro lugar: "Sem melhorar a autoestima, por exemplo, não há guia que dê jeito."
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Deputados usaram mais de R$ 100 mil de sua cota para passagens de terceiros
Alguns ex-deputados federais denunciados à Justiça na última sexta (28) pelo escândalo conhecido como "farra das passagens aéreas" gastaram mais de R$ 100 mil com a emissão irregular de bilhetes para terceiros entre 2007 e 2009, segundo o Ministério Público Federal. Ao todo, a Procuradoria Regional da República denunciou ao TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) 443 ex-deputados –entre eles, o hoje secretário do governo federal Moreira Franco (PMDB), o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Não foi informado quanto cada ex-deputado gastou com passagens para terceiros, em geral amigos ou familiares. A investigação começou em 2006, voltada para gabinetes de deputados que estariam vendendo passagens de sua cota parlamentar a empresas de turismo. A apuração expandiu-se e, em 2009, veio a público em reportagem do site "Congresso em Foco". Segundo o procurador Elton Ghersel, responsável pela denúncia, a apuração inicialmente foi difícil porque a Câmara não tinha os registros das passagens emitidas. As companhias aéreas Gol e TAM forneceram, então, a relação completa de bilhetes emitidos para terceiros por solicitação de deputados –cerca de 112 mil registros, que foram a base da denúncia ao TRF-1. "O crime é o de peculato: desviar em proveito de terceiros valor de que tem posse em razão do cargo", explicou Ghersel. A pena para peculato é de 2 a 12 anos de prisão. Neste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) arquivou, a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), um inquérito sobre 12 deputados, ainda com mandato e prerrogativa de foro, cujos gabinetes teriam vendido passagens da cota –situação que originou o escândalo e é diferente da denunciada ao TRF-1. "Na relação que obtivemos da TAM e da Gol, há muitos nomes que continuam com foro privilegiado [que emitiram passagens para terceiros]. Com relação a esses, estou requerendo a devolução do processo ao STF para que a PGR analise a conduta dessas pessoas", disse Ghersel. Moreira Franco, Ciro Gomes e ACM Neto negaram ter cometido irregularidades. Veja abaixo os nomes dos 443 ex-deputados denunciados: *
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Deputados usaram mais de R$ 100 mil de sua cota para passagens de terceirosAlguns ex-deputados federais denunciados à Justiça na última sexta (28) pelo escândalo conhecido como "farra das passagens aéreas" gastaram mais de R$ 100 mil com a emissão irregular de bilhetes para terceiros entre 2007 e 2009, segundo o Ministério Público Federal. Ao todo, a Procuradoria Regional da República denunciou ao TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) 443 ex-deputados –entre eles, o hoje secretário do governo federal Moreira Franco (PMDB), o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Não foi informado quanto cada ex-deputado gastou com passagens para terceiros, em geral amigos ou familiares. A investigação começou em 2006, voltada para gabinetes de deputados que estariam vendendo passagens de sua cota parlamentar a empresas de turismo. A apuração expandiu-se e, em 2009, veio a público em reportagem do site "Congresso em Foco". Segundo o procurador Elton Ghersel, responsável pela denúncia, a apuração inicialmente foi difícil porque a Câmara não tinha os registros das passagens emitidas. As companhias aéreas Gol e TAM forneceram, então, a relação completa de bilhetes emitidos para terceiros por solicitação de deputados –cerca de 112 mil registros, que foram a base da denúncia ao TRF-1. "O crime é o de peculato: desviar em proveito de terceiros valor de que tem posse em razão do cargo", explicou Ghersel. A pena para peculato é de 2 a 12 anos de prisão. Neste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) arquivou, a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), um inquérito sobre 12 deputados, ainda com mandato e prerrogativa de foro, cujos gabinetes teriam vendido passagens da cota –situação que originou o escândalo e é diferente da denunciada ao TRF-1. "Na relação que obtivemos da TAM e da Gol, há muitos nomes que continuam com foro privilegiado [que emitiram passagens para terceiros]. Com relação a esses, estou requerendo a devolução do processo ao STF para que a PGR analise a conduta dessas pessoas", disse Ghersel. Moreira Franco, Ciro Gomes e ACM Neto negaram ter cometido irregularidades. Veja abaixo os nomes dos 443 ex-deputados denunciados: *
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Sem Lula, Pimentel vai homenagear Mandela em evento da Inconfidência
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), vai homenagear o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela (1918-2013) com o Grande Colar, grau máximo da Medalha da Inconfidência, no dia 21 de abril, em Ouro Preto. O orador da cerimônia será o próprio governador. Havia a expectativa de que o ex-presidente Lula fizesse o discurso do evento, mas o petista desistiu de comparecer. De acordo com o Instituto Lula, a desistência não tem ligação com as delações da Odebrecht tornadas públicas na semana passada e foi decidida antes disso. Uma das razões seria o fato de o ex-presidente já ter recebido o Grande Colar, em 2003, durante o governo de Aécio Neves (PSDB). Mandela, que já recebeu o prêmio Nobel da paz, lutou contra o regime de segregação racial na África do Sul. O embaixador do país no Brasil, Joseph Mashimbye, irá receber a homenagem representando Mandela. Em 2016, o ex-presidente do Uruguai José "Pepe" Mujica foi o principal nome da cerimônia. Criada em 1952 por Juscelino Kubitschek, a Medalha da Inconfidência tem quatro graus de designações –Grande Colar, Grande Medalha, Medalha de Honra e Medalha da Inconfidência. A maior honraria concedida pelo Estado de Minas Gerais costuma homenagear políticos, juristas, advogados, militares e outras autoridades. Pimentel aumentou, por meio de um decreto publicado nesta quarta (19), o número máximo de medalhas que podem ser concedidas a cada ano. No total, serão 170: 40 Grandes Medalhas, 58 Medalhas de Honra e 72 Medalhas da Inconfidência. A lista de homenageados ainda não foi divulgada pelo governo mineiro. Os nomes são escolhidos pelo Conselho da Medalha, formado por representantes dos três Poderes e por entidades civis.
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Sem Lula, Pimentel vai homenagear Mandela em evento da InconfidênciaO governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), vai homenagear o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela (1918-2013) com o Grande Colar, grau máximo da Medalha da Inconfidência, no dia 21 de abril, em Ouro Preto. O orador da cerimônia será o próprio governador. Havia a expectativa de que o ex-presidente Lula fizesse o discurso do evento, mas o petista desistiu de comparecer. De acordo com o Instituto Lula, a desistência não tem ligação com as delações da Odebrecht tornadas públicas na semana passada e foi decidida antes disso. Uma das razões seria o fato de o ex-presidente já ter recebido o Grande Colar, em 2003, durante o governo de Aécio Neves (PSDB). Mandela, que já recebeu o prêmio Nobel da paz, lutou contra o regime de segregação racial na África do Sul. O embaixador do país no Brasil, Joseph Mashimbye, irá receber a homenagem representando Mandela. Em 2016, o ex-presidente do Uruguai José "Pepe" Mujica foi o principal nome da cerimônia. Criada em 1952 por Juscelino Kubitschek, a Medalha da Inconfidência tem quatro graus de designações –Grande Colar, Grande Medalha, Medalha de Honra e Medalha da Inconfidência. A maior honraria concedida pelo Estado de Minas Gerais costuma homenagear políticos, juristas, advogados, militares e outras autoridades. Pimentel aumentou, por meio de um decreto publicado nesta quarta (19), o número máximo de medalhas que podem ser concedidas a cada ano. No total, serão 170: 40 Grandes Medalhas, 58 Medalhas de Honra e 72 Medalhas da Inconfidência. A lista de homenageados ainda não foi divulgada pelo governo mineiro. Os nomes são escolhidos pelo Conselho da Medalha, formado por representantes dos três Poderes e por entidades civis.
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'Até o príncipe está sujeito à lei', diz juiz Sergio Moro em palestra
Em palestra a auditores fiscais da Receita Federal, na noite desta quinta-feira (17), em Curitiba, o juiz Sergio Moro disse que ninguém está acima da lei e pregou moderação a manifestantes de rua, favoráveis e contrários à Operação Lava Jato. "Na lógica do direito, temos de cumprir a lei. Uma das conquistas do estado de direito é que até o príncipe está sujeito à lei. Então cumpra-se a lei", disse Moro, ao responder a uma pergunta da plateia sobre mandados de busca e apreensão em casas de "pessoas com certa reputação pública". Antes de defender medidas de busca com "razões legais fundadas", Moro fez a ressalva que estava falando em termos genéricos. No último dia 4, ele autorizou buscas na casa do ex-presidente Lula e, na quarta-feira (16), levantou o sigilo das conversas telefônicas do ex-presidente, aumentando a temperatura política da crise do governo Dilma Rousseff. Aparentando tranquilidade, Moro falou timidamente sobre a repercussão política da Operação Lava Jato nos últimos dias, pedindo aos manifestantes que não se enfrentem nas ruas. "Existe já barulho demais nos últimos dias. A única coisa que me permito dizer, neste caso, é que as pessoas mantenham a calma. Quer aqueles que protestem a favor da Lava Jato, quer aqueles que protestem contra, que mantenham a calma", declarou. E saiu pela tangente quando perguntaram-lhe à queima-roupa se "o Brasil vai mudar": "Se o Brasil vai mudar ou não, é pensar que o juiz tem poderes precognitivos". "É preciso uma dose de esperança temperada com uma dose de ceticismo. Não estamos fadados à corrupção sistêmica, isso não é uma doença tropical", afirmou. O juiz da Lava Jato citou uma frase célebre de Winston Churchill, quando o Reino Unido estava isolado no combate à Alemanha nazista. O então primeiro-ministro havia afirmado que, se o Império Britânico sobrevivesse àquela guerra, as futuras gerações olhariam para aquele período não como o momento mais escuro da história, mas como o melhor momento do povo britânico —"the finest hour". "Talvez daqui a 20 ou 30 anos possamos olhar para trás e ver que esse pode ser o melhor momento", disse. PROVAS DA LAVA JATO Na palestra, Moro falou por 50 minutos, concentrando-se basicamente em temas como a formação de provas na Lava Jato —como a colaboração premiada e a análise de documentos contábeis que levaram ao encontro do caminho do dinheiro da propina. Ele minimizou o papel das interceptações telefônicas na Lava Jato sem mencionar os recentes grampos em conversas do ex-presidente Lula. "Muitas vezes se superestima o papel da interceptação nestes casos, mas a prova de interceptação seja telemática ou telefônica não foi assim a rainha das provas neste caso, mas pontualmente teve um papel mais relevante". Ele defendeu o uso das delações premiadas: "Não adianta ter um criminoso que revele todos os pecados do mundo, que revele quem matou John Kennedy se não houver prova de corroboração". Ele também elogiou a recente decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que determinou o cumprimento da pena a partir da confirmação da condenação criminal por um tribunal de segunda instância. "Foi um avanço muito importante. Sejamos francos, veio do Judiciário, quando estas inovações deveriam vir do Legislativo", afirmou. Moro defendeu que o legado da Operação Lava Jato deveria provocar consequências institucionais, como leis anticorrupção. "Investigação da Lava Jato não é propriedade do Ministério Público ou minha, os desafios gerados por ela precisam encontrar uma resposta não só no Judiciário, mas também em outras esferas de poder, como o Congresso". Ele citou o exemplo do deputado Paulo Maluf (PP-SP), recentemente condenado na França, sem citar o nome. "Não vou citar o nome. Existe um parlamentar que tem dois mandados de prisão recentes. Como fica? Não tem nenhuma importância isso?", afirmou. O juiz chegou ao Hotel Bourbon, no centro de Curitiba, pela garagem. Ao sair do elevador, dezenas de pessoas que estavam no saguão o aplaudiram. Pouco antes da palestra, os auditores se aproximaram, em grupos, para tirar selfies com o juiz. Foi aplaudido duas vezes de pé: quando seu nome foi anunciado e quando terminou a palestra. Ele saiu sem responder perguntas dos jornalistas. - Juiz mudou tom ao longo da Lava Jato SOLUÇO 10.ago.2015 | Em palestra a juízes e advogados no TRF em Porto Alegre, Moro criticou a 'excessiva morosidade' da Justiça brasileira: 'Não podemos ter a Operação Lava Jato como um soluço que não gere frutos para o futuro' INDIGNAÇÃO SELETIVA 25.ago.2015 | Em fala em um congresso de direito, o juiz citou 'o fundamentalismo político e jurídico', que gerava 'indignação seletiva' PREGAÇÃO NO DESERTO 23.nov.2015 | No fórum da Aner, o juiz disse que a Lava Jato parecia 'uma voz pregando no deserto': 'Não tivemos respostas institucionais mais relevantes' JANELA DA IMPUNIDADE 18.fev.2016 | Após o STF autorizar prisões a partir da condenação em segunda instância, Moro emitiu nota elogiando a medida: 'A decisão fechou uma das janelas da impunidade no processo penal brasileiro' ESCLARECER A VERDADE 5.mar.2016 | Um dia após a condução coercitiva de Lula para depoimento na Operação Aletheia, o juiz justificou a ação, dizendo que ela visava 'apenas o esclarecimento da verdade. Cuidados foram tomados para preservar a imagem do ex-presidente' A VOZ DAS RUAS 13.mar.2016 | Após ter sido saudado nas manifestações pró-impeachment, Moro se disse 'tocado'. 'Importante que as autoridades eleitas e os partidos ouçam a voz das ruas. Não há futuro com a corrupção sistêmica que destrói nossa democracia' PELAS SOMBRAS 16.mar.2016 | No despacho que tornou públicas conversas interceptadas de Lula, o magistrado afirmou que o fim do sigilo se deu por 'interesse público': 'A democracia exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras' PRIVILÉGIO ABSOLUTO 17.mar.2016 | Em despacho defendendo os grampos, Moro afirmou não ver 'maior relevância' no fato de a conversa de Lula e Dilma ter sido captada após a ordem de interrupção. Evocando a renúncia de Richard Nixon nos EUA, Moro afirmou que 'nem o supremo mandatário da República tem privilégio absoluto no resguardo de suas comunicações'
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'Até o príncipe está sujeito à lei', diz juiz Sergio Moro em palestraEm palestra a auditores fiscais da Receita Federal, na noite desta quinta-feira (17), em Curitiba, o juiz Sergio Moro disse que ninguém está acima da lei e pregou moderação a manifestantes de rua, favoráveis e contrários à Operação Lava Jato. "Na lógica do direito, temos de cumprir a lei. Uma das conquistas do estado de direito é que até o príncipe está sujeito à lei. Então cumpra-se a lei", disse Moro, ao responder a uma pergunta da plateia sobre mandados de busca e apreensão em casas de "pessoas com certa reputação pública". Antes de defender medidas de busca com "razões legais fundadas", Moro fez a ressalva que estava falando em termos genéricos. No último dia 4, ele autorizou buscas na casa do ex-presidente Lula e, na quarta-feira (16), levantou o sigilo das conversas telefônicas do ex-presidente, aumentando a temperatura política da crise do governo Dilma Rousseff. Aparentando tranquilidade, Moro falou timidamente sobre a repercussão política da Operação Lava Jato nos últimos dias, pedindo aos manifestantes que não se enfrentem nas ruas. "Existe já barulho demais nos últimos dias. A única coisa que me permito dizer, neste caso, é que as pessoas mantenham a calma. Quer aqueles que protestem a favor da Lava Jato, quer aqueles que protestem contra, que mantenham a calma", declarou. E saiu pela tangente quando perguntaram-lhe à queima-roupa se "o Brasil vai mudar": "Se o Brasil vai mudar ou não, é pensar que o juiz tem poderes precognitivos". "É preciso uma dose de esperança temperada com uma dose de ceticismo. Não estamos fadados à corrupção sistêmica, isso não é uma doença tropical", afirmou. O juiz da Lava Jato citou uma frase célebre de Winston Churchill, quando o Reino Unido estava isolado no combate à Alemanha nazista. O então primeiro-ministro havia afirmado que, se o Império Britânico sobrevivesse àquela guerra, as futuras gerações olhariam para aquele período não como o momento mais escuro da história, mas como o melhor momento do povo britânico —"the finest hour". "Talvez daqui a 20 ou 30 anos possamos olhar para trás e ver que esse pode ser o melhor momento", disse. PROVAS DA LAVA JATO Na palestra, Moro falou por 50 minutos, concentrando-se basicamente em temas como a formação de provas na Lava Jato —como a colaboração premiada e a análise de documentos contábeis que levaram ao encontro do caminho do dinheiro da propina. Ele minimizou o papel das interceptações telefônicas na Lava Jato sem mencionar os recentes grampos em conversas do ex-presidente Lula. "Muitas vezes se superestima o papel da interceptação nestes casos, mas a prova de interceptação seja telemática ou telefônica não foi assim a rainha das provas neste caso, mas pontualmente teve um papel mais relevante". Ele defendeu o uso das delações premiadas: "Não adianta ter um criminoso que revele todos os pecados do mundo, que revele quem matou John Kennedy se não houver prova de corroboração". Ele também elogiou a recente decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que determinou o cumprimento da pena a partir da confirmação da condenação criminal por um tribunal de segunda instância. "Foi um avanço muito importante. Sejamos francos, veio do Judiciário, quando estas inovações deveriam vir do Legislativo", afirmou. Moro defendeu que o legado da Operação Lava Jato deveria provocar consequências institucionais, como leis anticorrupção. "Investigação da Lava Jato não é propriedade do Ministério Público ou minha, os desafios gerados por ela precisam encontrar uma resposta não só no Judiciário, mas também em outras esferas de poder, como o Congresso". Ele citou o exemplo do deputado Paulo Maluf (PP-SP), recentemente condenado na França, sem citar o nome. "Não vou citar o nome. Existe um parlamentar que tem dois mandados de prisão recentes. Como fica? Não tem nenhuma importância isso?", afirmou. O juiz chegou ao Hotel Bourbon, no centro de Curitiba, pela garagem. Ao sair do elevador, dezenas de pessoas que estavam no saguão o aplaudiram. Pouco antes da palestra, os auditores se aproximaram, em grupos, para tirar selfies com o juiz. Foi aplaudido duas vezes de pé: quando seu nome foi anunciado e quando terminou a palestra. Ele saiu sem responder perguntas dos jornalistas. - Juiz mudou tom ao longo da Lava Jato SOLUÇO 10.ago.2015 | Em palestra a juízes e advogados no TRF em Porto Alegre, Moro criticou a 'excessiva morosidade' da Justiça brasileira: 'Não podemos ter a Operação Lava Jato como um soluço que não gere frutos para o futuro' INDIGNAÇÃO SELETIVA 25.ago.2015 | Em fala em um congresso de direito, o juiz citou 'o fundamentalismo político e jurídico', que gerava 'indignação seletiva' PREGAÇÃO NO DESERTO 23.nov.2015 | No fórum da Aner, o juiz disse que a Lava Jato parecia 'uma voz pregando no deserto': 'Não tivemos respostas institucionais mais relevantes' JANELA DA IMPUNIDADE 18.fev.2016 | Após o STF autorizar prisões a partir da condenação em segunda instância, Moro emitiu nota elogiando a medida: 'A decisão fechou uma das janelas da impunidade no processo penal brasileiro' ESCLARECER A VERDADE 5.mar.2016 | Um dia após a condução coercitiva de Lula para depoimento na Operação Aletheia, o juiz justificou a ação, dizendo que ela visava 'apenas o esclarecimento da verdade. Cuidados foram tomados para preservar a imagem do ex-presidente' A VOZ DAS RUAS 13.mar.2016 | Após ter sido saudado nas manifestações pró-impeachment, Moro se disse 'tocado'. 'Importante que as autoridades eleitas e os partidos ouçam a voz das ruas. Não há futuro com a corrupção sistêmica que destrói nossa democracia' PELAS SOMBRAS 16.mar.2016 | No despacho que tornou públicas conversas interceptadas de Lula, o magistrado afirmou que o fim do sigilo se deu por 'interesse público': 'A democracia exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras' PRIVILÉGIO ABSOLUTO 17.mar.2016 | Em despacho defendendo os grampos, Moro afirmou não ver 'maior relevância' no fato de a conversa de Lula e Dilma ter sido captada após a ordem de interrupção. Evocando a renúncia de Richard Nixon nos EUA, Moro afirmou que 'nem o supremo mandatário da República tem privilégio absoluto no resguardo de suas comunicações'
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Novas tecnologias, como wi-fi a bordo, desafiam segurança em aviões
Você se sentiria confortável voando em um avião de passageiros sem piloto? Esta é uma questão à qual a maioria das pessoas provavelmente responderia com um sonoro "não". No entanto, muitos especialistas dizem que esta perspectiva pode se tornar realidade algum dia. Especialmente, considerando-se o avanço no uso das tecnologias de pilotagem de veículos não tripulados, os drones. Mas, à medida que a conectividade nos aviões se torna mais sofisticada, a proliferação de dados traz seus próprios desafios. Na indústria de aviação há quem diga que a ideia de que os computadores de bordo de um avião possam ser "hackeados" não é absurda. AUTOMAÇÃO No ano que vem, quando o terminal 4 do aeroporto de Cingapura abrir, a Ásia terá o primeiro serviço de despacho e check-in totalmente automatizado, com o uso de reconhecimento facial eletrônico. Será possível fazer coisas que já fazemos hoje, como o check-in via celular, mas também o despacho de bagagem e a passagem pelo controle de fronteira sem que tenhamos que falar com uma pessoa. Em nome do corte de custos, o primeiro contato cara a cara será na entrada do avião. Mas isso não é tudo. Dentro do avião, cada vez mais seremos convidados a continuar usando celular e outros equipamentos móveis. Diz-se que esses aparelhos podem interferir na navegação dos aviões, mas a verdade parece ser outra: "Segurança é a preocupação número um... Os órgãos reguladores sabem que é seguro operar esses aparelhos em todos os estágios do voo, mas eles gostam de fazer as coisas cuidadosamente", diz à BBC o presidente de comunicação global da Panasonic Avionics, David Bruner, durante o Singapore Airshow, no aeroporto de Chengi. Novos aviões, como o Airbus A350 XW, terão "conectividade total", algo que a fabricante vem alardeando aos quatro ventos como forma de vender o gigante a jato. A empresa de engenharia aeroespacial Honeywell já trabalha na próxima geração de wi-fi de bordo. A ideia é que a velocidade de conexão a 30 mil pés seja semelhante a que temos em casa ou em cafés. "Será uma experiência completamente diferente", diz Brian Davis, vice-presidente da Honeywell para a Ásia, a respeito da possibilidade de passageiros jamais deixarem de estar conectados durante o voo. RISCOS No entanto, desde que o voo 370 da Malaysia Airlines sumiu do mapa há quase dois anos, teorias conspiratórias vem circulando sobre a possibilidade de o Boeing 777 ter sido sequestrado remotamente por hackers. O primeiro ministro da Malásia, Mahathir Mohamed, chegou a mencionar tal possibilidade em um texto que publicou. O pesquisador de segurança aérea Chris Roberts injetou gasolina no incêndio ao afirmar que teria conseguido entrar no sistema de computadores de um avião a partir de seu assento, o que imediatamente engatilhou uma investigação do FBI. Representantes da indústria desmentem esta possibilidade. "A imaginação de algumas pessoas é fértil", diz David Bruner, da Panasonic Avionics. "Não cremos que isso seja possível atualmente. Mas, ao ficarmos mais sofisticados, teremos que ter mais cuidados também para garantir que isso nunca aconteça". COMPLEXO Então a sofisticação traz maiores riscos no futuro? Um sinal do quão aviões ficaram mais complexos é o número de componentes. Um antigo Boeing 737 tinha cerca de 40 mil peças. Um moderno Aibus A380 tem 4 milhões. "Trabalhamos há anos em um 'super firewall' que separa os controles de voo de todo o resto (dos equipamentos no avião), para garantirmos que ninguém será capaz de acessá-lo do solo", diz Bruner. Consideradas as transformações tecnológicas por que passa a aviação, tudo indica que esta indústria depende de que seus avanços estejam sempre à frente dos que tentam burlar digitalmente esquemas de segurança. A credibilidade do setor depende cada vez mais de seu pioneirismo.
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Novas tecnologias, como wi-fi a bordo, desafiam segurança em aviõesVocê se sentiria confortável voando em um avião de passageiros sem piloto? Esta é uma questão à qual a maioria das pessoas provavelmente responderia com um sonoro "não". No entanto, muitos especialistas dizem que esta perspectiva pode se tornar realidade algum dia. Especialmente, considerando-se o avanço no uso das tecnologias de pilotagem de veículos não tripulados, os drones. Mas, à medida que a conectividade nos aviões se torna mais sofisticada, a proliferação de dados traz seus próprios desafios. Na indústria de aviação há quem diga que a ideia de que os computadores de bordo de um avião possam ser "hackeados" não é absurda. AUTOMAÇÃO No ano que vem, quando o terminal 4 do aeroporto de Cingapura abrir, a Ásia terá o primeiro serviço de despacho e check-in totalmente automatizado, com o uso de reconhecimento facial eletrônico. Será possível fazer coisas que já fazemos hoje, como o check-in via celular, mas também o despacho de bagagem e a passagem pelo controle de fronteira sem que tenhamos que falar com uma pessoa. Em nome do corte de custos, o primeiro contato cara a cara será na entrada do avião. Mas isso não é tudo. Dentro do avião, cada vez mais seremos convidados a continuar usando celular e outros equipamentos móveis. Diz-se que esses aparelhos podem interferir na navegação dos aviões, mas a verdade parece ser outra: "Segurança é a preocupação número um... Os órgãos reguladores sabem que é seguro operar esses aparelhos em todos os estágios do voo, mas eles gostam de fazer as coisas cuidadosamente", diz à BBC o presidente de comunicação global da Panasonic Avionics, David Bruner, durante o Singapore Airshow, no aeroporto de Chengi. Novos aviões, como o Airbus A350 XW, terão "conectividade total", algo que a fabricante vem alardeando aos quatro ventos como forma de vender o gigante a jato. A empresa de engenharia aeroespacial Honeywell já trabalha na próxima geração de wi-fi de bordo. A ideia é que a velocidade de conexão a 30 mil pés seja semelhante a que temos em casa ou em cafés. "Será uma experiência completamente diferente", diz Brian Davis, vice-presidente da Honeywell para a Ásia, a respeito da possibilidade de passageiros jamais deixarem de estar conectados durante o voo. RISCOS No entanto, desde que o voo 370 da Malaysia Airlines sumiu do mapa há quase dois anos, teorias conspiratórias vem circulando sobre a possibilidade de o Boeing 777 ter sido sequestrado remotamente por hackers. O primeiro ministro da Malásia, Mahathir Mohamed, chegou a mencionar tal possibilidade em um texto que publicou. O pesquisador de segurança aérea Chris Roberts injetou gasolina no incêndio ao afirmar que teria conseguido entrar no sistema de computadores de um avião a partir de seu assento, o que imediatamente engatilhou uma investigação do FBI. Representantes da indústria desmentem esta possibilidade. "A imaginação de algumas pessoas é fértil", diz David Bruner, da Panasonic Avionics. "Não cremos que isso seja possível atualmente. Mas, ao ficarmos mais sofisticados, teremos que ter mais cuidados também para garantir que isso nunca aconteça". COMPLEXO Então a sofisticação traz maiores riscos no futuro? Um sinal do quão aviões ficaram mais complexos é o número de componentes. Um antigo Boeing 737 tinha cerca de 40 mil peças. Um moderno Aibus A380 tem 4 milhões. "Trabalhamos há anos em um 'super firewall' que separa os controles de voo de todo o resto (dos equipamentos no avião), para garantirmos que ninguém será capaz de acessá-lo do solo", diz Bruner. Consideradas as transformações tecnológicas por que passa a aviação, tudo indica que esta indústria depende de que seus avanços estejam sempre à frente dos que tentam burlar digitalmente esquemas de segurança. A credibilidade do setor depende cada vez mais de seu pioneirismo.
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Economia do Uruguai patina com recessão no Brasil
Apesar de estar numa situação mais amena que seus companheiros, o Uruguai entrou para o clube dos países da América do Sul que sofrerão neste ano a temida combinação de inflação e falta de crescimento. Estimativas indicam que a economia não avançará em 2016. O governo de Tabaré Vázquez prevê alta de 0,5% no PIB, mas economistas não acreditam na projeção. O Itaú, que estimava expansão de 0,6%, agora fala em zero. A inflação deverá fechar o ano próxima dos 11%, enquanto a meta do banco central era de 3% a 7%. Do lado do PIB, a situação brasileira é um dos fatores que prejudicaram o desempenho uruguaio. Importando anualmente entre 15% e 18% dos bens produzidos pelo Uruguai (sobretudo cereais, lácteos e automóveis), o Brasil é o segundo principal sócio comercial do país. No primeiro semestre deste ano, no entanto, as compras brasileiras do vizinho caíram 16%. O impacto também decorre da formação de expectativas. "Quando o Brasil está em crise, os investidores de fora já imaginam que o Uruguai será o próximo", afirma a professora de economia Gabriela Mordecki, da Universidad de la República. A desvalorização do peso, de 20% no ano passado, também influenciou. A economia do Uruguai é bastante dolorizada —imóveis e carros são comercializados na moeda estrangeira. Com o peso valendo menos, ficaram mais caros. "Cerca de 70% das poupanças dos uruguaios são em dólares", diz Mordecki. Em relação ao investimento, tudo indica que um ciclo de injeção de recursos no setor produtivo acabou. A construção da fábrica de celulose Montes del Plata, joint venture entre a chilena Arauco e a sueco-finlandesa Stora Enso, demandou US$ 2,3 bilhões (R$ 7,5 bilhões) nos últimos anos e foi suficiente para movimentar a economia. "O aporte foi concluído, mas não gerou fontes autônomas de investimento", afirma o argentino Juan Barboza, economista do Itaú. Além da pressão da valorização do dólar sobre os preços, a inflação também avançou por causa de uma quebra na produção de alimentos, de um reajuste de cerca de 10% nos serviços públicos (como luz e água) e do aumento do deficit fiscal. O Itaú projeta que o deficit ficará em 4% neste ano, após 3,5% em 2015. Assim como o Brasil e a Argentina, o Uruguai expandiu seus gastos sociais na primeira década dos anos 2000 e acabou perdendo seu equilíbrio fiscal. O governo anunciou que o país passará por um ajuste em 2017, o que deverá levar a população a uma situação financeira difícil. Com políticas fiscais restritivas, o Uruguai também não crescerá em 2017, segundo o economista Santiago Rego, da consultoria uruguaia CPA Ferrere. "Não vejo uma recessão, como é o caso do Brasil e da Argentina, mas estamos transitando pela etapa de baixa do ciclo econômico", diz. Para ele, entretanto, Brasil e Argentina começarão a se recuperar no próximo ano e deverão impulsionar o Uruguai em 2018.
mercado
Economia do Uruguai patina com recessão no BrasilApesar de estar numa situação mais amena que seus companheiros, o Uruguai entrou para o clube dos países da América do Sul que sofrerão neste ano a temida combinação de inflação e falta de crescimento. Estimativas indicam que a economia não avançará em 2016. O governo de Tabaré Vázquez prevê alta de 0,5% no PIB, mas economistas não acreditam na projeção. O Itaú, que estimava expansão de 0,6%, agora fala em zero. A inflação deverá fechar o ano próxima dos 11%, enquanto a meta do banco central era de 3% a 7%. Do lado do PIB, a situação brasileira é um dos fatores que prejudicaram o desempenho uruguaio. Importando anualmente entre 15% e 18% dos bens produzidos pelo Uruguai (sobretudo cereais, lácteos e automóveis), o Brasil é o segundo principal sócio comercial do país. No primeiro semestre deste ano, no entanto, as compras brasileiras do vizinho caíram 16%. O impacto também decorre da formação de expectativas. "Quando o Brasil está em crise, os investidores de fora já imaginam que o Uruguai será o próximo", afirma a professora de economia Gabriela Mordecki, da Universidad de la República. A desvalorização do peso, de 20% no ano passado, também influenciou. A economia do Uruguai é bastante dolorizada —imóveis e carros são comercializados na moeda estrangeira. Com o peso valendo menos, ficaram mais caros. "Cerca de 70% das poupanças dos uruguaios são em dólares", diz Mordecki. Em relação ao investimento, tudo indica que um ciclo de injeção de recursos no setor produtivo acabou. A construção da fábrica de celulose Montes del Plata, joint venture entre a chilena Arauco e a sueco-finlandesa Stora Enso, demandou US$ 2,3 bilhões (R$ 7,5 bilhões) nos últimos anos e foi suficiente para movimentar a economia. "O aporte foi concluído, mas não gerou fontes autônomas de investimento", afirma o argentino Juan Barboza, economista do Itaú. Além da pressão da valorização do dólar sobre os preços, a inflação também avançou por causa de uma quebra na produção de alimentos, de um reajuste de cerca de 10% nos serviços públicos (como luz e água) e do aumento do deficit fiscal. O Itaú projeta que o deficit ficará em 4% neste ano, após 3,5% em 2015. Assim como o Brasil e a Argentina, o Uruguai expandiu seus gastos sociais na primeira década dos anos 2000 e acabou perdendo seu equilíbrio fiscal. O governo anunciou que o país passará por um ajuste em 2017, o que deverá levar a população a uma situação financeira difícil. Com políticas fiscais restritivas, o Uruguai também não crescerá em 2017, segundo o economista Santiago Rego, da consultoria uruguaia CPA Ferrere. "Não vejo uma recessão, como é o caso do Brasil e da Argentina, mas estamos transitando pela etapa de baixa do ciclo econômico", diz. Para ele, entretanto, Brasil e Argentina começarão a se recuperar no próximo ano e deverão impulsionar o Uruguai em 2018.
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Hospital atende até 20 suspeitas de microcefalia por dia no Recife
Elas chegam desconfiadas, sem saber direito o que esperar. Mas, se entraram naquele prédio acanhado, é porque existe a suspeita de que seus bebês têm uma má-formação que, se confirmada, os acompanhará para o resto da vida. E elas são muitas, vindas de todas as partes do Estado. Algumas, poucas, saem aliviadas. As outras vão permanecer por ali. Em um único dia passam pelo serviço de infectologia infantil do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no Recife, mais casos suspeitos de microcefalia do que todos os registrados em Pernambuco no último ano. Desde o início do surto da má-formação, até 20 mulheres chegam diariamente ao serviço de referência. Em 2014, foram 12 casos no Estado, de acordo com o Ministério da Saúde. Pernambuco lidera o ranking de microcefalia –relacionada, segundo a pasta, à infecção das gestantes pelo vírus zika. São 646 dos 1.248 casos suspeitos no país. Com algumas variações, essas mães têm o mesmo número na ponta da língua: 32 cm –o tamanho da circunferência da cabeça de seus bebês quando nasceram. Até esta quarta (2), quando o número foi reduzido em 1 cm pela Secretaria da Saúde, todos os bebês não prematuros com circunferência igual ou menor do que 33 cm eram considerados suspeitos. Na sala de espera do ambulatório, nem se nota o problema em algumas crianças. Só a tomografia deixará claro se há ou não comprometimento do cérebro. Em outras, no entanto, isso é mais evidente. A cada mãe que chega com um bebê no colo, os olhares se cruzam e, após um breve silêncio tenso, surge a pergunta: "Nasceu com 32, foi?" Cinthia da Silva, 28, diz que não. Foi menos do que isso. E acrescenta: "Ainda tive febre, coceira, dor no corpo, na cabeça e essas manchas vermelhas, que o povo tá falando." Ela chega com o filho, Fabrício Lucas da Silva, 15 dias de vida, ao ambulatório. "Disseram que ele tem. Chorei tanto que precisaram me colocar no soro", afirma. Desempregada, Cinthia vive com os cerca de R$ 200 que o marido, também desempregado, arruma em "biscates". Os R$ 250 do aluguel é a sogra que dá. "Só de leite especial é R$ 50 a lata", diz. Ela chegou pouco depois da dona de casa Ednalda de Oliveira, 34, e do eletricista, Kristhofferson Ribeiro de Lima, 24, seu marido, irem embora. Ainda assustado, o casal se dizia confiante. Segundo o pai, Davi, de 11 dias, não tem a doença, apesar de Ednalda ter apresentado os sintomas na gravidez. Davi foi embora, Fabrício vai continuar. Infográfico: Entenda a microcefalia
cotidiano
Hospital atende até 20 suspeitas de microcefalia por dia no RecifeElas chegam desconfiadas, sem saber direito o que esperar. Mas, se entraram naquele prédio acanhado, é porque existe a suspeita de que seus bebês têm uma má-formação que, se confirmada, os acompanhará para o resto da vida. E elas são muitas, vindas de todas as partes do Estado. Algumas, poucas, saem aliviadas. As outras vão permanecer por ali. Em um único dia passam pelo serviço de infectologia infantil do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no Recife, mais casos suspeitos de microcefalia do que todos os registrados em Pernambuco no último ano. Desde o início do surto da má-formação, até 20 mulheres chegam diariamente ao serviço de referência. Em 2014, foram 12 casos no Estado, de acordo com o Ministério da Saúde. Pernambuco lidera o ranking de microcefalia –relacionada, segundo a pasta, à infecção das gestantes pelo vírus zika. São 646 dos 1.248 casos suspeitos no país. Com algumas variações, essas mães têm o mesmo número na ponta da língua: 32 cm –o tamanho da circunferência da cabeça de seus bebês quando nasceram. Até esta quarta (2), quando o número foi reduzido em 1 cm pela Secretaria da Saúde, todos os bebês não prematuros com circunferência igual ou menor do que 33 cm eram considerados suspeitos. Na sala de espera do ambulatório, nem se nota o problema em algumas crianças. Só a tomografia deixará claro se há ou não comprometimento do cérebro. Em outras, no entanto, isso é mais evidente. A cada mãe que chega com um bebê no colo, os olhares se cruzam e, após um breve silêncio tenso, surge a pergunta: "Nasceu com 32, foi?" Cinthia da Silva, 28, diz que não. Foi menos do que isso. E acrescenta: "Ainda tive febre, coceira, dor no corpo, na cabeça e essas manchas vermelhas, que o povo tá falando." Ela chega com o filho, Fabrício Lucas da Silva, 15 dias de vida, ao ambulatório. "Disseram que ele tem. Chorei tanto que precisaram me colocar no soro", afirma. Desempregada, Cinthia vive com os cerca de R$ 200 que o marido, também desempregado, arruma em "biscates". Os R$ 250 do aluguel é a sogra que dá. "Só de leite especial é R$ 50 a lata", diz. Ela chegou pouco depois da dona de casa Ednalda de Oliveira, 34, e do eletricista, Kristhofferson Ribeiro de Lima, 24, seu marido, irem embora. Ainda assustado, o casal se dizia confiante. Segundo o pai, Davi, de 11 dias, não tem a doença, apesar de Ednalda ter apresentado os sintomas na gravidez. Davi foi embora, Fabrício vai continuar. Infográfico: Entenda a microcefalia
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Grupo trafega com fluidez por mosaico de coreografias curtas
Ao fazer um balanço de duas décadas de existência, a Companhia de Danças de Diadema resolveu convidar nove coreógrafos que já passaram pelo grupo para compor o espetáculo inédito "por+vir" e, de quebra, mostrar a diversidade de linguagens que acompanha a trajetória do grupo. É interessante notar que esses criadores não abandonaram suas essências e tampouco a difícil profissão ao longo dos anos. Ao contrário, tornaram-se nomes reconhecidos no cenário da dança brasileira. São eles: Ana Bottosso, Cláudia Palma, Fernando Machado, Henrique Rodovalho, Luís Arrieta, Mário Nascimento, Pedro Costa, Sandro Borelli e Sérgio Rocha. Por se tratar de uma coletânea de pequenas coreografias, de estilos diferentes, havia grande chance de "por+vir" se assemelhar a um festival de danças, quase um "divertissement" (coreografias separadas do enredo principal de um espetáculo) de academia. Mas a boa costura e as transições bem encadeadas pela também diretora Ana Bottosso deixam o resultado fluido e gostoso de ver. A obra começa com "Nós de Nós", de Cláudia Palma, do lado de fora do teatro, para aquecer e colocar a plateia no clima. Na sequência, Bakú, de Bottosso, apresenta melhor cada integrante da companhia, formada predominantemente por jovens bailarinos. Vale dizer que o elenco é irregular, mas que exala talento e vontade. "Caminhos Traçados", criação coletiva de Pedro Costa em parceria com os bailarinos, tem força, trabalha bem os conjuntos e mostra justamente que criar em grupo pode render frutos interessantes à companhia. Fernando Machado aposta em um casal de mulheres em "pas de deux" bem coordenado e limpo: "Entre Pontos". Já "Gárgulas", de Sandro Borelli, mostra duos de curta duração em trilha sonora oriental que atravessam o palco, primeiro na boca de cena e depois ao fundo, voltando ao primeiro plano. As passagens, cheias de clima, acabam servindo como transições. "Esse Samba É Meu", de Sérgio Rocha, anima a plateia, mas sobretudo faz um casamento feliz dos passos de samba com os contemporâneos. Também vale destacar "Entremeios", de Mário Nascimento, que mostra coreografia empenhada, com boa luz e trilha sombria repleta de sons de latidos, trovões e gritos. O "traço" de Mário está todo ali. Em "1+Um", Henrique Rodovalho apresenta um "pas de deux" leve e bem executado. E "Novena", do mestre argentino Luís Arrieta, traz todo o elenco em uma procissão que se desenrola em três tapetes. Com forte atmosfera religiosa, é boa escolha para encerrar o espetáculo como um mosaico de estilos da dança brasileira. COMPANHIA DAS DANÇAS DE DIADEMA QUANDO: SEX. (12), ÀS 20H, E SÁB. (13), ÀS 21H, NO SESC SANTO AMARO; 20/2, ÀS 20H, NO SESC SANTO ANDRÉ ONDE: SESC SANTO AMARO, R. AMADOR BUENO, 505, TEL. (11) 5541-4000; SESC SANTO ANDRÉ, R. TAMARUTACA, 302, QUANTO: DE R$ 6 A R$ 20
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Grupo trafega com fluidez por mosaico de coreografias curtasAo fazer um balanço de duas décadas de existência, a Companhia de Danças de Diadema resolveu convidar nove coreógrafos que já passaram pelo grupo para compor o espetáculo inédito "por+vir" e, de quebra, mostrar a diversidade de linguagens que acompanha a trajetória do grupo. É interessante notar que esses criadores não abandonaram suas essências e tampouco a difícil profissão ao longo dos anos. Ao contrário, tornaram-se nomes reconhecidos no cenário da dança brasileira. São eles: Ana Bottosso, Cláudia Palma, Fernando Machado, Henrique Rodovalho, Luís Arrieta, Mário Nascimento, Pedro Costa, Sandro Borelli e Sérgio Rocha. Por se tratar de uma coletânea de pequenas coreografias, de estilos diferentes, havia grande chance de "por+vir" se assemelhar a um festival de danças, quase um "divertissement" (coreografias separadas do enredo principal de um espetáculo) de academia. Mas a boa costura e as transições bem encadeadas pela também diretora Ana Bottosso deixam o resultado fluido e gostoso de ver. A obra começa com "Nós de Nós", de Cláudia Palma, do lado de fora do teatro, para aquecer e colocar a plateia no clima. Na sequência, Bakú, de Bottosso, apresenta melhor cada integrante da companhia, formada predominantemente por jovens bailarinos. Vale dizer que o elenco é irregular, mas que exala talento e vontade. "Caminhos Traçados", criação coletiva de Pedro Costa em parceria com os bailarinos, tem força, trabalha bem os conjuntos e mostra justamente que criar em grupo pode render frutos interessantes à companhia. Fernando Machado aposta em um casal de mulheres em "pas de deux" bem coordenado e limpo: "Entre Pontos". Já "Gárgulas", de Sandro Borelli, mostra duos de curta duração em trilha sonora oriental que atravessam o palco, primeiro na boca de cena e depois ao fundo, voltando ao primeiro plano. As passagens, cheias de clima, acabam servindo como transições. "Esse Samba É Meu", de Sérgio Rocha, anima a plateia, mas sobretudo faz um casamento feliz dos passos de samba com os contemporâneos. Também vale destacar "Entremeios", de Mário Nascimento, que mostra coreografia empenhada, com boa luz e trilha sombria repleta de sons de latidos, trovões e gritos. O "traço" de Mário está todo ali. Em "1+Um", Henrique Rodovalho apresenta um "pas de deux" leve e bem executado. E "Novena", do mestre argentino Luís Arrieta, traz todo o elenco em uma procissão que se desenrola em três tapetes. Com forte atmosfera religiosa, é boa escolha para encerrar o espetáculo como um mosaico de estilos da dança brasileira. COMPANHIA DAS DANÇAS DE DIADEMA QUANDO: SEX. (12), ÀS 20H, E SÁB. (13), ÀS 21H, NO SESC SANTO AMARO; 20/2, ÀS 20H, NO SESC SANTO ANDRÉ ONDE: SESC SANTO AMARO, R. AMADOR BUENO, 505, TEL. (11) 5541-4000; SESC SANTO ANDRÉ, R. TAMARUTACA, 302, QUANTO: DE R$ 6 A R$ 20
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Turista já paga R$ 3,18 pelo dólar em casas de câmbio de SP
O preço do dólar em sete casas de câmbio consultadas pela Folha nesta quarta-feira (4) varia de R$ 3,12 a R$ 3,18 para quem vai comprar moeda em espécie. Os valores já consideram imposto. Os locais pesquisados não cobram taxa de serviço na venda na modalidade (em espécie). Isso significa que, para comprar US$ 1.000 em dinheiro, vai ser preciso desembolsar até R$ 3.180, considerando a taxa de câmbio (cotação do dólar turismo, que costuma ser mais alta que a do comercial –usado no comércio exterior– e a do à dólar vista –referência nas negociações no mercado financeiro) e o IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras), de 0,38% sobre a quantia total. Nas lojas consultadas, só há taxa extra (de entrega) se o cliente quiser receber o dinheiro em casa –R$ 30. Para quem vai comprar US$ 1.000 no cartão pré-pago, o valor aumenta e pode chegar a R$ 3.340, já que o IOF nesse caso é de 6,38%. Algumas casas podem cobrar, ainda, um valor para emitir o cartão, que, em geral, fica em torno de R$ 12. Confira os valores praticados por algumas corretoras da capital por volta das 15h desta quarta, já considerando o IOF: (COLABOROU NICOLAS ANDRADE)
mercado
Turista já paga R$ 3,18 pelo dólar em casas de câmbio de SPO preço do dólar em sete casas de câmbio consultadas pela Folha nesta quarta-feira (4) varia de R$ 3,12 a R$ 3,18 para quem vai comprar moeda em espécie. Os valores já consideram imposto. Os locais pesquisados não cobram taxa de serviço na venda na modalidade (em espécie). Isso significa que, para comprar US$ 1.000 em dinheiro, vai ser preciso desembolsar até R$ 3.180, considerando a taxa de câmbio (cotação do dólar turismo, que costuma ser mais alta que a do comercial –usado no comércio exterior– e a do à dólar vista –referência nas negociações no mercado financeiro) e o IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras), de 0,38% sobre a quantia total. Nas lojas consultadas, só há taxa extra (de entrega) se o cliente quiser receber o dinheiro em casa –R$ 30. Para quem vai comprar US$ 1.000 no cartão pré-pago, o valor aumenta e pode chegar a R$ 3.340, já que o IOF nesse caso é de 6,38%. Algumas casas podem cobrar, ainda, um valor para emitir o cartão, que, em geral, fica em torno de R$ 12. Confira os valores praticados por algumas corretoras da capital por volta das 15h desta quarta, já considerando o IOF: (COLABOROU NICOLAS ANDRADE)
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'Multitela': Filme acompanha garoto da infância à maioridade
A ideia pode até parecer loucura: fazer um filme que acompanha um menino da infância à maioridade, além da rotina de sua família, cujos pais são separados, ao longo de 12 anos. Mas foi o que o diretor Richard Linklater fez. O resultado foi "Boyhood", longa sucesso de crítica que recebeu seis indicações ao Oscar de 2015, incluindo o de melhor filme, embora só tenha levado a estatueta de melhor atriz coadjuvante, para Patricia Arquette. Telecine Cult, 22h, 14 anos VEJA TAMBÉM A Lagoa Azul Dá para dizer que a história de Emmeline e Richard, dois jovens que sobrevivem a um naufrágio, é para a Globo o que "A Usurpadora", repetida à exaustão, é para o SBT. Entra ano, sai ano, ela está nas tardes da emissora. Globo, 15h, 16 anos
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'Multitela': Filme acompanha garoto da infância à maioridadeA ideia pode até parecer loucura: fazer um filme que acompanha um menino da infância à maioridade, além da rotina de sua família, cujos pais são separados, ao longo de 12 anos. Mas foi o que o diretor Richard Linklater fez. O resultado foi "Boyhood", longa sucesso de crítica que recebeu seis indicações ao Oscar de 2015, incluindo o de melhor filme, embora só tenha levado a estatueta de melhor atriz coadjuvante, para Patricia Arquette. Telecine Cult, 22h, 14 anos VEJA TAMBÉM A Lagoa Azul Dá para dizer que a história de Emmeline e Richard, dois jovens que sobrevivem a um naufrágio, é para a Globo o que "A Usurpadora", repetida à exaustão, é para o SBT. Entra ano, sai ano, ela está nas tardes da emissora. Globo, 15h, 16 anos
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Grifes apostam na beleza de mulheres mais velhas em peças publicitárias
Os padrões de beleza no mundo da moda mudam de tempos em tempos, mas sempre apoiados na idealização da juventude, uma estética baseada na batalha inglória pela pele e o corpo perfeitos. Não nesta temporada. Em fevereiro, durante a semana de moda de Nova York, as bancas exibiam a palavra "fashion" em letras garrafais e a imagem da cantora Joni Mitchell, 71, estampada na capa da revista "New York". Estrela da campanha do projeto musical da Saint Laurent Paris, a canadense é uma lenda da música folk rock, famosa por hits como "Both Sides Now" e "Big Yellow Taxi". veja mais fotos "Quero fixar meu legado. Tem sido massacrante", disse à revista, sobre a dificuldade de preservar sua imagem numa cultura musical efêmera. Phoebe Philo, estilista da grife francesa Céline, foi uma das que apostaram na beleza um tanto à moda antiga. Ela escolheu a escritora e ensaísta americana Joan Didion, 80, para aparecer de óculos escuros e em pose glamorosa na atual campanha da marca. A decoradora americana Iris Apfel, 92, referência de estilo desde 2011, quando o Metropolitan Museum, em Nova York, organizou uma mostra de seu guarda-roupa, aparece na nova peça publicitária da grife Kate Spade New York. Beirando os 70, a artista performática sérvia Marina Abramovic é uma das modelos da atual campanha da marca francesa Givenchy. "É apenas uma beleza diferente. Existe a beleza dos 30, dos 40. Por que não haveria a dos 70, porra?", dispara Elke Maravilha, que aos 70 anos estrela a única campanha nacional com um modelo velho, a do estilista mineiro Lucas Magalhães, uma das grandes promessas da moda. Como top dos anos 1960 e 70, Elke desfilou para estilistas como Zuzu Angel (1921-1976), de quem era amiga. "Estou velha, sim, e acho horrível quem procura a juventude a todo custo, essa história de 'sou velha mas tenho espírito jovem'. A beleza de envelhecer é provar tudo o que a vida pode oferecer em diferentes momentos. Talvez seja essa a mensagem que os estilistas querem passar", afirma. A coleção de cores vivas, inspirada no Nordeste, diz o estilista Lucas Magalhães, tinha tudo a ver com Elke. "Minha geração cresceu vendo Elke na TV [como jurada do "Show de Calouros", do SBT] e trabalhar com ela é resgatar memórias. Afinal, nós estilistas sempre estamos olhando o passado para ressignificar o presente", diz. Para Zé Macedo, dono da agência One2One e responsável por gerir a carreira de tops como Alessandra Ambrósio, Carol Trentini e Lea T., esse movimento na moda é reflexo do crescimento da expectativa de vida das pessoas. "Antes dizia-se que a vida acabava nos 50 anos. Na moda, era ainda pior. Uma modelo terminava a carreira com 30, no máximo", diz Macedo. "Modelos, atrizes e músicos estão buscando outros meios para tornar sua carreira perene", afirma. "Nosso trabalho, hoje, é descobrir habilidades que mantenham essas pessoas no imaginário da cultura pop."
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Grifes apostam na beleza de mulheres mais velhas em peças publicitáriasOs padrões de beleza no mundo da moda mudam de tempos em tempos, mas sempre apoiados na idealização da juventude, uma estética baseada na batalha inglória pela pele e o corpo perfeitos. Não nesta temporada. Em fevereiro, durante a semana de moda de Nova York, as bancas exibiam a palavra "fashion" em letras garrafais e a imagem da cantora Joni Mitchell, 71, estampada na capa da revista "New York". Estrela da campanha do projeto musical da Saint Laurent Paris, a canadense é uma lenda da música folk rock, famosa por hits como "Both Sides Now" e "Big Yellow Taxi". veja mais fotos "Quero fixar meu legado. Tem sido massacrante", disse à revista, sobre a dificuldade de preservar sua imagem numa cultura musical efêmera. Phoebe Philo, estilista da grife francesa Céline, foi uma das que apostaram na beleza um tanto à moda antiga. Ela escolheu a escritora e ensaísta americana Joan Didion, 80, para aparecer de óculos escuros e em pose glamorosa na atual campanha da marca. A decoradora americana Iris Apfel, 92, referência de estilo desde 2011, quando o Metropolitan Museum, em Nova York, organizou uma mostra de seu guarda-roupa, aparece na nova peça publicitária da grife Kate Spade New York. Beirando os 70, a artista performática sérvia Marina Abramovic é uma das modelos da atual campanha da marca francesa Givenchy. "É apenas uma beleza diferente. Existe a beleza dos 30, dos 40. Por que não haveria a dos 70, porra?", dispara Elke Maravilha, que aos 70 anos estrela a única campanha nacional com um modelo velho, a do estilista mineiro Lucas Magalhães, uma das grandes promessas da moda. Como top dos anos 1960 e 70, Elke desfilou para estilistas como Zuzu Angel (1921-1976), de quem era amiga. "Estou velha, sim, e acho horrível quem procura a juventude a todo custo, essa história de 'sou velha mas tenho espírito jovem'. A beleza de envelhecer é provar tudo o que a vida pode oferecer em diferentes momentos. Talvez seja essa a mensagem que os estilistas querem passar", afirma. A coleção de cores vivas, inspirada no Nordeste, diz o estilista Lucas Magalhães, tinha tudo a ver com Elke. "Minha geração cresceu vendo Elke na TV [como jurada do "Show de Calouros", do SBT] e trabalhar com ela é resgatar memórias. Afinal, nós estilistas sempre estamos olhando o passado para ressignificar o presente", diz. Para Zé Macedo, dono da agência One2One e responsável por gerir a carreira de tops como Alessandra Ambrósio, Carol Trentini e Lea T., esse movimento na moda é reflexo do crescimento da expectativa de vida das pessoas. "Antes dizia-se que a vida acabava nos 50 anos. Na moda, era ainda pior. Uma modelo terminava a carreira com 30, no máximo", diz Macedo. "Modelos, atrizes e músicos estão buscando outros meios para tornar sua carreira perene", afirma. "Nosso trabalho, hoje, é descobrir habilidades que mantenham essas pessoas no imaginário da cultura pop."
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Filme revive mito de que palavras finais de Disney foram 'Kurt Russell'
A participação de Kurt Russell em "Guardiões da Galáxia - Vol. 2", em cartaz, traz à tona uma das grandes lendas de Hollywood: a de que as últimas palavras em vida de Walt Disney teriam sido o nome do ator. Nos anos 1960, quando adolescente, Russell protagonizou uma série de filmes dos estúdios Disney e costumava manter conversas com o poderoso produtor. E "Guardiões" marca o retorno do ator aos filmes do estúdio. Ao morrer, em 1966, Disney havia deixado um bilhete em sua mesa com a seguinte anotação: "Kirt Russell" (com a grafia errada). Por volta dessa época, o então ator-mirim era figura fácil nas produções infanto-juvenis dos estúdios, como "Nunca É tarde para Amar" (1966) e "A Sorte Tem Quatro Patas" (1968). Russell e Disney chegavam a conversar muitas vezes, com o último querendo entender a mente dos jovens por meio do ator. James Gunn disse ao "Post" que fez um tour pelo escritório de Disney, recriado como era na época, e que ouviu a famosa lenda. Segundo ele, chegaram a mostrar o tal bilhete a Russell pouco depois da morte de Disney. Talvez, indaga o jornal, Disney tivesse escrito o nome do ator semanas antes, enquanto planejava um próximo filme com ele. "Conversei com Kurt a respeito, ele ama a história", diz Gunn. "Eu acreditei, acho que Kurt acredita nela e que Kevin Feige [o chefão da Marvel] também.
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Filme revive mito de que palavras finais de Disney foram 'Kurt Russell'A participação de Kurt Russell em "Guardiões da Galáxia - Vol. 2", em cartaz, traz à tona uma das grandes lendas de Hollywood: a de que as últimas palavras em vida de Walt Disney teriam sido o nome do ator. Nos anos 1960, quando adolescente, Russell protagonizou uma série de filmes dos estúdios Disney e costumava manter conversas com o poderoso produtor. E "Guardiões" marca o retorno do ator aos filmes do estúdio. Ao morrer, em 1966, Disney havia deixado um bilhete em sua mesa com a seguinte anotação: "Kirt Russell" (com a grafia errada). Por volta dessa época, o então ator-mirim era figura fácil nas produções infanto-juvenis dos estúdios, como "Nunca É tarde para Amar" (1966) e "A Sorte Tem Quatro Patas" (1968). Russell e Disney chegavam a conversar muitas vezes, com o último querendo entender a mente dos jovens por meio do ator. James Gunn disse ao "Post" que fez um tour pelo escritório de Disney, recriado como era na época, e que ouviu a famosa lenda. Segundo ele, chegaram a mostrar o tal bilhete a Russell pouco depois da morte de Disney. Talvez, indaga o jornal, Disney tivesse escrito o nome do ator semanas antes, enquanto planejava um próximo filme com ele. "Conversei com Kurt a respeito, ele ama a história", diz Gunn. "Eu acreditei, acho que Kurt acredita nela e que Kevin Feige [o chefão da Marvel] também.
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Na Tailândia, tradição e modernidade caminham lado a lado
Visitar a Tailândia não é apenas conhecer suas principais atrações turísticas e passar por algumas de suas belas praias. O país asiático é um lugar cheio de cultura e história, onde a tradição caminha junto à modernidade e a natureza exuberante disputa espaço com construções magníficas. Por esses e vários outros motivos, a nação foi considerada como um destino imperdível para 2015 pelo site TripAdvisor. A região turística de Ao Nang, por exemplo, está em quarto lugar no TripAdvisor's Travellers' Choice Awards, que lista os 10 melhores locais do mundo para se conhecer. Já a acomodação The Place Luxury Boutique Villas, na minúscula ilha de Ko Tao, no Golfo da Tailândia, conquistou a primeira posição na categoria de Hotel mais Romântico do Mundo da lista Travelers' Choice Hotel Awards 2015. O local faz parte do maior parque marinho do país, o Mu Koh Ang Thong National Park. Além disso, a Tailândia é responsável por diversos projetos culturais bem inovadores, como a Ferry Gallery de Bangcoc, na qual exposições fotográficas, performáticas e musicais são exibidas em barcos que atravessam, todos os dias, o rio Chao Phraya. A iniciativa atrai em sua maioria turistas, mas também moradores locais que usam o meio de transporte para se locomover pela cidade.
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Na Tailândia, tradição e modernidade caminham lado a ladoVisitar a Tailândia não é apenas conhecer suas principais atrações turísticas e passar por algumas de suas belas praias. O país asiático é um lugar cheio de cultura e história, onde a tradição caminha junto à modernidade e a natureza exuberante disputa espaço com construções magníficas. Por esses e vários outros motivos, a nação foi considerada como um destino imperdível para 2015 pelo site TripAdvisor. A região turística de Ao Nang, por exemplo, está em quarto lugar no TripAdvisor's Travellers' Choice Awards, que lista os 10 melhores locais do mundo para se conhecer. Já a acomodação The Place Luxury Boutique Villas, na minúscula ilha de Ko Tao, no Golfo da Tailândia, conquistou a primeira posição na categoria de Hotel mais Romântico do Mundo da lista Travelers' Choice Hotel Awards 2015. O local faz parte do maior parque marinho do país, o Mu Koh Ang Thong National Park. Além disso, a Tailândia é responsável por diversos projetos culturais bem inovadores, como a Ferry Gallery de Bangcoc, na qual exposições fotográficas, performáticas e musicais são exibidas em barcos que atravessam, todos os dias, o rio Chao Phraya. A iniciativa atrai em sua maioria turistas, mas também moradores locais que usam o meio de transporte para se locomover pela cidade.
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'Folha 10' destaca queda de avião da Germanwings causada por copiloto
"A Folha 10" desta semana traz a queda do avião da Germanwings que caiu nos Alpes franceses na última terça-feira (24) e deixou 150 mortos. Segundo a investigação, a tragédia foi provocada por Andreas Lubitz, copiloto do Airbus A320. Leia também nesta edição a entrevista com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que afirma que Dilma Rousseff se tornou refém do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A "Folha 10" é uma revista criada exclusivamente para tablets. Nela estão as melhores notícias da semana que foram publicadas no jornal impresso e no site da Folha. A revista sai uma vez por semana, com as edições de sábado, domingo e feriados. Ela pode ser baixada pelo próprio aplicativo da Folha, disponível na App Store (da Apple) e na Google Play (para aparelhos com Android). A publicação também pode ser lida no webapp da Folha. Se você é assinante e está acessando este texto via tablet, toque sobre o link a seguir e tenha acesso direto a todo o conteúdo. Leia na "Folha 10" desta semana: 1- Ação deliberada Copiloto derrubou avião e estaria escondendo doença, aponta investigação 2- Portas fechadas Manter cabine trancada é medida adotada após o 11 de Setembro 3- Caos no Iêmen Diogo Bercito: País árabe assiste ao colapso de seu projeto de futuro 4- Audácia do PMDB Editorial: Líderes do partido não seguem o que recomendam ao governo 5- O que querem Cunha e Renan? Vera Magalhães: Chefes da Câmara e do Senado tomaram a República 6- Presidente sob Regência Vinicius Torres Freire: Congresso e PMDB dão mais ultimatos à Dilma 7- 'Dilma se tornou refém de Levy' Entrevista: Fernando Henrique Cardoso diz que presidente vive 'armadilha' 8- Em busca das onças Cientistas penam para achar espécie do Pantanal que come de jacaré a gente 9- O amor segundo a ciência Paixão mexe com o cérebro como a cocaína, dizem cientistas 10- Melhores da semana Confira as fotos que se destacaram no noticiário nos últimos dias
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'Folha 10' destaca queda de avião da Germanwings causada por copiloto"A Folha 10" desta semana traz a queda do avião da Germanwings que caiu nos Alpes franceses na última terça-feira (24) e deixou 150 mortos. Segundo a investigação, a tragédia foi provocada por Andreas Lubitz, copiloto do Airbus A320. Leia também nesta edição a entrevista com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que afirma que Dilma Rousseff se tornou refém do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A "Folha 10" é uma revista criada exclusivamente para tablets. Nela estão as melhores notícias da semana que foram publicadas no jornal impresso e no site da Folha. A revista sai uma vez por semana, com as edições de sábado, domingo e feriados. Ela pode ser baixada pelo próprio aplicativo da Folha, disponível na App Store (da Apple) e na Google Play (para aparelhos com Android). A publicação também pode ser lida no webapp da Folha. Se você é assinante e está acessando este texto via tablet, toque sobre o link a seguir e tenha acesso direto a todo o conteúdo. Leia na "Folha 10" desta semana: 1- Ação deliberada Copiloto derrubou avião e estaria escondendo doença, aponta investigação 2- Portas fechadas Manter cabine trancada é medida adotada após o 11 de Setembro 3- Caos no Iêmen Diogo Bercito: País árabe assiste ao colapso de seu projeto de futuro 4- Audácia do PMDB Editorial: Líderes do partido não seguem o que recomendam ao governo 5- O que querem Cunha e Renan? Vera Magalhães: Chefes da Câmara e do Senado tomaram a República 6- Presidente sob Regência Vinicius Torres Freire: Congresso e PMDB dão mais ultimatos à Dilma 7- 'Dilma se tornou refém de Levy' Entrevista: Fernando Henrique Cardoso diz que presidente vive 'armadilha' 8- Em busca das onças Cientistas penam para achar espécie do Pantanal que come de jacaré a gente 9- O amor segundo a ciência Paixão mexe com o cérebro como a cocaína, dizem cientistas 10- Melhores da semana Confira as fotos que se destacaram no noticiário nos últimos dias
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Inácio Araujo: Um ataque de sinusite
Sim, um ataque de sinusite me inutilizou por alguns dias. E me impediu de assistir à pilha de filmes bons e/ou interessantes que estão entrando, pois o Oscar de 2015 está bem forte. Também não falei de certos filmes que ... Leia post completo no blog
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Inácio Araujo: Um ataque de sinusiteSim, um ataque de sinusite me inutilizou por alguns dias. E me impediu de assistir à pilha de filmes bons e/ou interessantes que estão entrando, pois o Oscar de 2015 está bem forte. Também não falei de certos filmes que ... Leia post completo no blog
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Cientistas identificam novo continente no Hemisfério Sul: a Zelândia
Um novo continente, quase completamente submerso, foi identificado por cientistas no sudoeste do oceano Pacífico e batizado como Zelândia. As montanhas mais altas dessa nova região, no entanto, já eram nossas conhecidas e despontam na Nova Zelândia, segundo os geólogos. Agora, os cientistas estão empenhados em uma campanha para que o continente seja reconhecido. Um artigo publicado a publicação científica "Geological Society of America's Journal" afirma que a Zelândia tem 5 milhões de quilômetros quadrados –quase dois terços do tamanho da vizinha Austrália, que tem 7,6 milhões de quilômetros quadrados. CRITÉRIOS Cerca de 94% desta área está submersa –há apenas poucas ilhas e três grandes massas de terra visíveis na sua superfície: as ilhas do Norte e do Sul da Nova Zelândia e a Nova Caledônia. É comum pensar que é preciso que uma região esteja na superfície para ser considerada um continente. Mas os especialistas levaram em conta outros quatro critérios: elevação maior em relação ao entorno, geologia distinta, área bem definida e crosta mais espessa do que a do fundo do oceano. Mas sendo assim, quantos continentes temos atualmente, afinal? A resposta é que, como vários critérios podem ser adotados, falta consenso entre os especialistas sobre esse número. OITAVO CONTINENTE Embora ainda seja ensinada na escola, a divisão em cinco continentes –América, África, Europa, Ásia e Oceania– é considerada deficiente entre os estudiosos porque não leva em conta critérios geológicos. Uma outra divisão mescla critérios geológicos e socioculturais, separando, por exemplo, as Américas do Norte (que inclui a Central) e do Sul. Europa e Ásia –que às vezes aparecem como um único continente, a Eurásia– tornam-se dois blocos distintos, respeitando as diferenças culturais entre seus povos. Somando África, Oceania e Antártida, teríamos assim sete continentes –a Zelândia viria a ser o oitavo. O principal autor do artigo, o geólogo neozelandês Nick Mortimer, disse que os cientistas vêm se debruçando sobre as informações há mais de duas décadas para provar que a Zelândia é um novo continente. "O valor científico de classificar a Zelândia como um continente vai muito além de apenas ter mais um nome em uma lista", explicaram os pesquisadores. "O fato de um continente poder estar tão submerso e ainda não fragmentado" é interessante para a "exploração da coesão e do rompimento da crosta continental". Mas como a Zelândia vai entrar na lista de continentes? Os autores de livros didáticos devem ficar tensos novamente? Em 2005, Plutão foi rebaixado à categoria de planeta anão pelos astrônomos e saiu da lista de planetas, alterando o que as escolas ensinaram durante 80 anos. No entanto, não existe uma organização científica que reconheça formalmente os continentes. Então, a mudança só vai ocorrer com o tempo –se as futuras pesquisas realmente adotarem a Zelândia como o oitavo deles.
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Cientistas identificam novo continente no Hemisfério Sul: a ZelândiaUm novo continente, quase completamente submerso, foi identificado por cientistas no sudoeste do oceano Pacífico e batizado como Zelândia. As montanhas mais altas dessa nova região, no entanto, já eram nossas conhecidas e despontam na Nova Zelândia, segundo os geólogos. Agora, os cientistas estão empenhados em uma campanha para que o continente seja reconhecido. Um artigo publicado a publicação científica "Geological Society of America's Journal" afirma que a Zelândia tem 5 milhões de quilômetros quadrados –quase dois terços do tamanho da vizinha Austrália, que tem 7,6 milhões de quilômetros quadrados. CRITÉRIOS Cerca de 94% desta área está submersa –há apenas poucas ilhas e três grandes massas de terra visíveis na sua superfície: as ilhas do Norte e do Sul da Nova Zelândia e a Nova Caledônia. É comum pensar que é preciso que uma região esteja na superfície para ser considerada um continente. Mas os especialistas levaram em conta outros quatro critérios: elevação maior em relação ao entorno, geologia distinta, área bem definida e crosta mais espessa do que a do fundo do oceano. Mas sendo assim, quantos continentes temos atualmente, afinal? A resposta é que, como vários critérios podem ser adotados, falta consenso entre os especialistas sobre esse número. OITAVO CONTINENTE Embora ainda seja ensinada na escola, a divisão em cinco continentes –América, África, Europa, Ásia e Oceania– é considerada deficiente entre os estudiosos porque não leva em conta critérios geológicos. Uma outra divisão mescla critérios geológicos e socioculturais, separando, por exemplo, as Américas do Norte (que inclui a Central) e do Sul. Europa e Ásia –que às vezes aparecem como um único continente, a Eurásia– tornam-se dois blocos distintos, respeitando as diferenças culturais entre seus povos. Somando África, Oceania e Antártida, teríamos assim sete continentes –a Zelândia viria a ser o oitavo. O principal autor do artigo, o geólogo neozelandês Nick Mortimer, disse que os cientistas vêm se debruçando sobre as informações há mais de duas décadas para provar que a Zelândia é um novo continente. "O valor científico de classificar a Zelândia como um continente vai muito além de apenas ter mais um nome em uma lista", explicaram os pesquisadores. "O fato de um continente poder estar tão submerso e ainda não fragmentado" é interessante para a "exploração da coesão e do rompimento da crosta continental". Mas como a Zelândia vai entrar na lista de continentes? Os autores de livros didáticos devem ficar tensos novamente? Em 2005, Plutão foi rebaixado à categoria de planeta anão pelos astrônomos e saiu da lista de planetas, alterando o que as escolas ensinaram durante 80 anos. No entanto, não existe uma organização científica que reconheça formalmente os continentes. Então, a mudança só vai ocorrer com o tempo –se as futuras pesquisas realmente adotarem a Zelândia como o oitavo deles.
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Editorial: A máscara não serve
Poucos congressistas se dispõem a diminuir benefícios sociais já consagrados na legislação, por mais irrealistas e contraproducentes que possam ser. Foi portanto necessária muita pressão do Executivo, ademais de alguma consciência da absoluta necessidade de um ajuste nas contas públicas, para que o Senado viesse finalmente a aprovar, nesta semana, as medidas preconizadas pelo Ministério da Fazenda. O pacote era certamente impopular, ainda que seu teor tivesse conhecido alguma diluição em relação à proposta original. Dentro de um contexto em que se impunha recuperar com urgência a saúde da economia nacional, não se pode classificar como draconianas ou indiscriminadas as restrições agora efetuadas. Tome-se, por exemplo, o benefício da pensão em caso de morte. Até o momento, era concedido em sua integralidade ao cônjuge, sem que se calculasse o tempo mínimo de casamento ou de contribuição. Ajustaram-se minimamente os mecanismos legais. Fica estipulado o prazo de 18 meses de contribuição, e de dois anos de união, para que o cônjuge enlutado receba o benefício. Haverá também de ser proporcional à sua idade, sendo recebido vitaliciamente apenas por quem tiver 44 anos ou mais ao perder o companheiro. Modificações desse tipo não representam violências gritantes contra o trabalhador –muito menos dada a economia proporcionada aos cofres públicos–, ainda que envolvam um quinhão de sacrifícios com que antes não se contava. Por legítimas que sejam as críticas quanto à irresponsabilidade do primeiro governo Dilma Rousseff (PT) no manejo das contas públicas, e por mais diversas que se afigurem as alternativas hipotéticas aos cortes e ajustes, era necessário que o Legislativo os aprovasse –e a maioria terminou cedendo a esse imperativo. Não foi o que aconteceu, porém, com o PSDB. O partido de Aécio Neves –que sem dúvida teria encaminhado propostas de austeridade semelhantes caso eleito para a Presidência– negou seus votos para o ajuste. Reeditou, com isso, a atitude que tanto criticava no PT de outros tempos: a tática do "quanto pior, melhor". Não parece ser vocação dos tucanos ou de parte significativa de seu eleitorado deixar-se seduzir pelo populismo sindical e pela ignorância das leis da aritmética. Em recente propaganda política veiculada em rádio e TV, o PSDB anunciava um lema: "Ser oposição não é dizer não a tudo. É ser a favor do país". Diante do ajuste econômico, contudo, eis que o partido se desacredita de modo notável. A máscara não lhe pertence; não terá nem mesmo ganho mais votos ao usá-la nesse baile.
opiniao
Editorial: A máscara não servePoucos congressistas se dispõem a diminuir benefícios sociais já consagrados na legislação, por mais irrealistas e contraproducentes que possam ser. Foi portanto necessária muita pressão do Executivo, ademais de alguma consciência da absoluta necessidade de um ajuste nas contas públicas, para que o Senado viesse finalmente a aprovar, nesta semana, as medidas preconizadas pelo Ministério da Fazenda. O pacote era certamente impopular, ainda que seu teor tivesse conhecido alguma diluição em relação à proposta original. Dentro de um contexto em que se impunha recuperar com urgência a saúde da economia nacional, não se pode classificar como draconianas ou indiscriminadas as restrições agora efetuadas. Tome-se, por exemplo, o benefício da pensão em caso de morte. Até o momento, era concedido em sua integralidade ao cônjuge, sem que se calculasse o tempo mínimo de casamento ou de contribuição. Ajustaram-se minimamente os mecanismos legais. Fica estipulado o prazo de 18 meses de contribuição, e de dois anos de união, para que o cônjuge enlutado receba o benefício. Haverá também de ser proporcional à sua idade, sendo recebido vitaliciamente apenas por quem tiver 44 anos ou mais ao perder o companheiro. Modificações desse tipo não representam violências gritantes contra o trabalhador –muito menos dada a economia proporcionada aos cofres públicos–, ainda que envolvam um quinhão de sacrifícios com que antes não se contava. Por legítimas que sejam as críticas quanto à irresponsabilidade do primeiro governo Dilma Rousseff (PT) no manejo das contas públicas, e por mais diversas que se afigurem as alternativas hipotéticas aos cortes e ajustes, era necessário que o Legislativo os aprovasse –e a maioria terminou cedendo a esse imperativo. Não foi o que aconteceu, porém, com o PSDB. O partido de Aécio Neves –que sem dúvida teria encaminhado propostas de austeridade semelhantes caso eleito para a Presidência– negou seus votos para o ajuste. Reeditou, com isso, a atitude que tanto criticava no PT de outros tempos: a tática do "quanto pior, melhor". Não parece ser vocação dos tucanos ou de parte significativa de seu eleitorado deixar-se seduzir pelo populismo sindical e pela ignorância das leis da aritmética. Em recente propaganda política veiculada em rádio e TV, o PSDB anunciava um lema: "Ser oposição não é dizer não a tudo. É ser a favor do país". Diante do ajuste econômico, contudo, eis que o partido se desacredita de modo notável. A máscara não lhe pertence; não terá nem mesmo ganho mais votos ao usá-la nesse baile.
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Voto decisivo para impeachment pode ser dado em intervalo de 36 deputados
Se a votação sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara ocorresse na tarde deste sábado, o 342º voto decisivo para aprovar o pedido seria dado, no cenário mais rápido, pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Isso ocorreria se todos os parlamentares que se dizem indecisos, não declaram seus votos ou não responderam ao levantamento da Folha votassem a favor da abertura de processo. Se todos esses deputados que ainda não assumiram a posição votassem contra o impeachment ou faltassem, o voto que definiria a aprovação do processo seria do deputado Arthur Lira (PP-AL). Em qualquer dos cenários, com base nas posições informadas pelos próprios congressistas à Folha, a decisão será feita com o voto de um deputado da região Nordeste. Até as 17h30 deste sábado (16), 347 deputados haviam declarado ao jornal que votarão a favor do impeachment de Dilma neste domingo (17), o que configura cinco votos a mais do que o mínimo necessário para a aprovação. PLACAR DO IMPEACHMENT NA CÂMARA Outros 17 se disseram indecisos, 15 não quiseram antecipar os votos e 5 não responderam ou não foram localizados. Veja aqui o placar completo. ENTENDA COMO É FEITA A ESTIMATIVA Considerando que todos os deputados compareçam à votação, se todos os que já declararam voto a favor do impeachment mantiverem sua posição e nenhum dos outros votar a favor, o voto de número 342 seria o do deputado Arthur Lira. Lira é o 504º na lista de votação neste domingo. Antes que ele assuma o microfone, porém, outros 36 parlamentares que ainda não informaram seu voto já terão sido chamados. Se, por exemplo, um desses 36 deputados votar a favor, o 347º voto virá de Valadares Filho (PSB-SE), que vota antes de Lira. Se 2 dos não decididos votarem a favor, a decisão acontece no voto de Laercio Oliveira (SD-SE), que antecede Valadares Filho. E assim sucessivamente, até a hipótese de que os 37 deputados que ainda não declararam o voto aprovem o impeachment. Nesse caso, a decisão viria mais cedo, com o deputado Aguinaldo Ribeiro, 459º na lista de votação. A estimativa leva em conta que os deputados que já se declararam contra o impeachment não mudem de posição. Por causa da ordem de votação escolhida pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), todos os deputados que podem dar o voto decisivo ao impeachment são da região Nordeste: Este, no entanto, é o panorama para as 17h30 deste sábado. A cada mudança de posição dos deputados, a posição do 342º voto a favor se altera. ENTENDA O PLACAR DE VOTOS A Folha vem contatando todos os 513 deputados e os 81 senadores desde segunda-feira (11), por telefone e pessoalmente. A posição dos parlamentares é atualizada diariamente, para registrar mudanças de votos e de votantes –mais de 15 suplentes que haviam sido consultados no início da pesquisa foram depois substituídos por titulares, que a equipe da Folha também procurou. A deputada Clarissa Garotinho não consta do levantamento porque, embora tivesse declarado voto favorável ao impeachment, entrou em licença maternidade e não participará da votação, Participam do levantamento os 15 integrantes do 60º Programa de Treinamento da Folha : Ana Luiza Albuquerque, Antonio Dominguez, Carolina Muniz, Everton Lopes, Gabriel Rizzo, Guilherme Caetano, Guilherme Zocchio, Igor Utsumi, Júlia Zaremba, Luisa Leite, Luiza Olmedo, Mariana Freire, Phillippe Watanabe, Rodrigo Menegat e Vanessa Henriques.
poder
Voto decisivo para impeachment pode ser dado em intervalo de 36 deputadosSe a votação sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara ocorresse na tarde deste sábado, o 342º voto decisivo para aprovar o pedido seria dado, no cenário mais rápido, pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Isso ocorreria se todos os parlamentares que se dizem indecisos, não declaram seus votos ou não responderam ao levantamento da Folha votassem a favor da abertura de processo. Se todos esses deputados que ainda não assumiram a posição votassem contra o impeachment ou faltassem, o voto que definiria a aprovação do processo seria do deputado Arthur Lira (PP-AL). Em qualquer dos cenários, com base nas posições informadas pelos próprios congressistas à Folha, a decisão será feita com o voto de um deputado da região Nordeste. Até as 17h30 deste sábado (16), 347 deputados haviam declarado ao jornal que votarão a favor do impeachment de Dilma neste domingo (17), o que configura cinco votos a mais do que o mínimo necessário para a aprovação. PLACAR DO IMPEACHMENT NA CÂMARA Outros 17 se disseram indecisos, 15 não quiseram antecipar os votos e 5 não responderam ou não foram localizados. Veja aqui o placar completo. ENTENDA COMO É FEITA A ESTIMATIVA Considerando que todos os deputados compareçam à votação, se todos os que já declararam voto a favor do impeachment mantiverem sua posição e nenhum dos outros votar a favor, o voto de número 342 seria o do deputado Arthur Lira. Lira é o 504º na lista de votação neste domingo. Antes que ele assuma o microfone, porém, outros 36 parlamentares que ainda não informaram seu voto já terão sido chamados. Se, por exemplo, um desses 36 deputados votar a favor, o 347º voto virá de Valadares Filho (PSB-SE), que vota antes de Lira. Se 2 dos não decididos votarem a favor, a decisão acontece no voto de Laercio Oliveira (SD-SE), que antecede Valadares Filho. E assim sucessivamente, até a hipótese de que os 37 deputados que ainda não declararam o voto aprovem o impeachment. Nesse caso, a decisão viria mais cedo, com o deputado Aguinaldo Ribeiro, 459º na lista de votação. A estimativa leva em conta que os deputados que já se declararam contra o impeachment não mudem de posição. Por causa da ordem de votação escolhida pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), todos os deputados que podem dar o voto decisivo ao impeachment são da região Nordeste: Este, no entanto, é o panorama para as 17h30 deste sábado. A cada mudança de posição dos deputados, a posição do 342º voto a favor se altera. ENTENDA O PLACAR DE VOTOS A Folha vem contatando todos os 513 deputados e os 81 senadores desde segunda-feira (11), por telefone e pessoalmente. A posição dos parlamentares é atualizada diariamente, para registrar mudanças de votos e de votantes –mais de 15 suplentes que haviam sido consultados no início da pesquisa foram depois substituídos por titulares, que a equipe da Folha também procurou. A deputada Clarissa Garotinho não consta do levantamento porque, embora tivesse declarado voto favorável ao impeachment, entrou em licença maternidade e não participará da votação, Participam do levantamento os 15 integrantes do 60º Programa de Treinamento da Folha : Ana Luiza Albuquerque, Antonio Dominguez, Carolina Muniz, Everton Lopes, Gabriel Rizzo, Guilherme Caetano, Guilherme Zocchio, Igor Utsumi, Júlia Zaremba, Luisa Leite, Luiza Olmedo, Mariana Freire, Phillippe Watanabe, Rodrigo Menegat e Vanessa Henriques.
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Polícia descarta terrorismo em atropelamento por van em Marselha
Uma van bateu nesta segunda-feira (21) em dois pontos de ônibus em diferentes locais da cidade de Marselha, na França, deixando ao menos uma pessoa morta e outra ferida. "A motivação terrorista foi completamente descartada" informou uma autoridade policial à agência "Associated Press". O motorista de 35 anos foi detido na região do Porto Velho após uma testemunha informar à polícia a placa da van que ele dirigia. A polícia investiga as causas do incidente e pediu aos moradores que permaneçam afastados da área dos atropelamentos, que estão isoladas. "No momento nós não temos nenhuma informação sobre os motivos desse indivíduo", afirmou a polícia local. O motorista de uma van Renault Master bateu primeiro em um ponto de ônibus por volta de 8h15 (hora local, 3h15 de Brasília) na parte norte e mais pobre da cidade, antes de atingir um segundo ponto de ônibus, meia hora depois, diversos quilômetros ao sul. A vítima fatal é uma mulher com aproximadamente 40 anos que estava sozinha no ponto de ônibus. De acordo com o jornal francês "La Provence", o suspeito tinha antecedentes penais por delitos menores. O incidente aconteceu enquanto a polícia espanhola ainda fazia buscas pelo marroquino Younes Abouyaaqoub, 22, principal suspeito de atropelar uma multidão com uma van e matar 13 pessoas no atentado de Barcelona na quinta-feira (17); ele morreu em uma ação policial no município de Subirats, a 45 km de Barcelona, cerca de cinco horas após o incidente em Marselha. O uso de veículos como arma de terror tem se tornado recorrente na Europa e foi método atribuído ao grupo extremista Estado Islâmico em ataques em Nice, Berlim e Londres. A França, um dos países europeus mais afetados pelo terrorismo, se encontra em estado de emergência desde os atentados de 2015.
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Polícia descarta terrorismo em atropelamento por van em MarselhaUma van bateu nesta segunda-feira (21) em dois pontos de ônibus em diferentes locais da cidade de Marselha, na França, deixando ao menos uma pessoa morta e outra ferida. "A motivação terrorista foi completamente descartada" informou uma autoridade policial à agência "Associated Press". O motorista de 35 anos foi detido na região do Porto Velho após uma testemunha informar à polícia a placa da van que ele dirigia. A polícia investiga as causas do incidente e pediu aos moradores que permaneçam afastados da área dos atropelamentos, que estão isoladas. "No momento nós não temos nenhuma informação sobre os motivos desse indivíduo", afirmou a polícia local. O motorista de uma van Renault Master bateu primeiro em um ponto de ônibus por volta de 8h15 (hora local, 3h15 de Brasília) na parte norte e mais pobre da cidade, antes de atingir um segundo ponto de ônibus, meia hora depois, diversos quilômetros ao sul. A vítima fatal é uma mulher com aproximadamente 40 anos que estava sozinha no ponto de ônibus. De acordo com o jornal francês "La Provence", o suspeito tinha antecedentes penais por delitos menores. O incidente aconteceu enquanto a polícia espanhola ainda fazia buscas pelo marroquino Younes Abouyaaqoub, 22, principal suspeito de atropelar uma multidão com uma van e matar 13 pessoas no atentado de Barcelona na quinta-feira (17); ele morreu em uma ação policial no município de Subirats, a 45 km de Barcelona, cerca de cinco horas após o incidente em Marselha. O uso de veículos como arma de terror tem se tornado recorrente na Europa e foi método atribuído ao grupo extremista Estado Islâmico em ataques em Nice, Berlim e Londres. A França, um dos países europeus mais afetados pelo terrorismo, se encontra em estado de emergência desde os atentados de 2015.
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Quem grampeia presidente em outros países vai preso, afirma Dilma
Em sua primeira viagem após o acirramento da crise política nesta semana, a presidente Dilma Rousseff criticou ter tido sua conversa com Lula divulgada e afirmou que, em outros países, quem faz isso vai preso. A gravação é parte de uma série de interceptações telefônicas do ex-presidente Lula, incluídas no inquérito da Operação Lava Jato. Na quarta (16), a Justiça Federal do Paraná tornou públicos os áudios e as transcrições. No áudio, a presidente diz que encaminharia a Lula o "termo de posse" de ministro, o qual só seria usado "em caso de necessidade". "Essa conversa [de Dilma com Lula] apareceu gravada, grampeada, e ai é um fato grave. Grampo na Presidência da República ou para qualquer um de vocês não é algo licito. É algo ilícito. E é previsto como crime na legislação. O grampo à minha pessoa não é por ser eu, Dilma, é por eu ser presidenta", afirmou a presidente, que participa de cerimônia de entrega de unidades habitacionais em Feira de Santana (BA) pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo ela, o cargo de presidente não é passível de grampo e a medida fere a Lei de Segurança Nacional. "Em muitos lugares do mundo, quem grampear um presidente vai preso. Se não tiver autorização judicial da Suprema Corte. Vou dar um exemplo para vocês: grampeia o presidente da República nos Estados Unidos e veja o que acontece com quem grampear. É por isso que eu vou tomar todas as providencias cabíveis nesse caso." "Outro dia, deram como exemplo de obrigações presidenciais o caso do presidente dos EUA, presidente Nixon. Que que o presidente Nixon fazia? Ele grampeava todo mundo que entrava na sala dele, e todos os telefonemas que eram feitos para ele. Todos telefonemas que recebia ia lá e grampeava. Todo mundo que entrava na sala ele ia lá e grampeava. E aí? E aí não ficou assim não. O que aconteceu? A Suprema Corte dos EUA mandou ele entregar todos os grampos e proibiu ele de grampear. Veja bem, era o presidente grampeando. Ele não pode grampear, porque deu na cabeça dele que ia grampear sem autorização. Então, o exemplo é o seguinte: nem presidente da República pode grampear sem autorização. O que dizer de outras hierarquias? Esse é o exemplo do presidente Nixon. Não é válido o grampo, o grampo é uma forma incorreta, a não ser que a Justiça autorize. No meu caso, eu não sou passível de grampo, a não ser que o Supremo Tribunal Federal da nossa República autorizar. Se não, fere frontalmente a Lei de Segurança Nacional, que protege o presidente." A petista disse que vai agir para evitar que as pessoas percam os direitos de cidadania no país. Por isso, disse ela, "é importante a gente não voltar atrás na história". "Não sei se vocês sabem, mas nos anos 20 do século passado, como é que funcionava a polícia. Aqui no Estado da Bahia e em todo o Brasil. A polícia prendia não porque aquele ou aquela estavam cometendo delito, mas prendiam para seguir interesses dos coronéis. Como funcionavam os juízes? Também prendiam para satisfazer os interesses dos grandes proprietários e das grandes fortunas desse país. "Nós, que lutamos pela democracia, e quero dizer para vocês, que lutei pela democracia. Sou presidente da República hoje, mas nos anos 1970 fiquei três anos na cadeia, porque naquela época ninguém podia ser contra, se manifestar contra, dizer o que pensa. Hoje nós podemos." Segundo ela, é uma "volta atrás na roda da história a politização" da Justiça e da polícia. Ela ainda defendeu a ida de Lula ao governo, a quem qualificou de "amigo". "Quando vocês estão enfrentando alguma dificuldade, vocês não chamam um parente, um amigo para te ajudar? Chamam. Pois eu chamei um grande amigo meu, e de vocês, para me ajudar. Eu chamei para me ajudar o presidente Lula." Em Feira de Santana, Dilma participou de entrega simultânea de imóveis também em Itabuna (BA), Suzano (SP), Itapeva (SP) e Teresina (PI). Ao chegar ao conjunto residencial, Dilma foi saudada por presentes ao evento com os gritos "Não vai ter golpe", "Olê, olê, olê, olá, Dilma, Dilma" e "Lula, guerreiro do povo brasileiro". NAZISMO Em discurso antes de Dilma, o governador Rui Costa (PT) disse prestar solidariedade em nome do povo nordestino pelas dificuldades enfrentadas. "O Nordeste mudou depois que um nordestino chegou à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva." Ele afirmou ainda que parte da elite, alguns veículos de comunicação e o Judiciário tentam um golpe de Estado no país. O discurso foi interrompido por partidários, muitos vestindo roupas na cor vermelha, novamente com o grito "Lula, guerreiro do povo brasileiro". Costa criticou os movimentos pró-impeachment, e os comparou ao nazismo. "Na Alemanha, quando o nazismo começou também havia uma amplo apoio popular, [Adolf] Hitler chegou até a estampar capas de revistas como o homem do ano. Hoje, o povo alemão tem vergonha. O mesmo acontece com a Itália atualmente", afirmou. Nesta quinta-feira (17), a crise política no país foi acentuada, um dia após a divulgação de um grampo telefônico que sugere uma ação da presidente Dilma Rousseff para evitar eventual prisão do ex-presidente Lula. O dia começou com vigília pelo impeachment ou renúncia da petista na avenida Paulista, em São Paulo, que foi dispersada nesta sexta-feira (18). Os manifestantes, então, fecharam duas pistas da avenida Nove de Julho. Os atos, contra e a favor do governo, se espalharam pelo país, com buzinaços, panelaços e episódios de violência. Houve confronto entre manifestantes e policiais em frente ao Palácio do Planalto e ao Congresso Nacional. Bloqueios em ao menos oito rodovias federais tiveram veículos queimados. No discurso de posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil, Dilma criticou a atuação do juiz Sergio Moro ao divulgar o grampo telefônico, afirmando que a ação dele abre caminho para golpe. "Convulsionar a sociedade brasileira em cima de inverdades, métodos escusos e práticas criticáveis viola princípios e garantias constitucionais e os direitos dos cidadãos. E abrem precedentes gravíssimos. Os golpes começam assim." Já Moro defendeu a legalidade do grampo e comparou Dilma ao ex-presidente norte-americano Richard Nixon. Menos de duas horas depois da posse de Lula como ministro, porém, uma decisão da Justiça Federal de Brasília determinou a suspensão da nomeação do ex-presidente como ministro. IMPEACHMENT Também nesta sexta-feira (18), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abriu pessoalmente uma sessão no plenário da Casa, o que significa que o prazo de Dilma para apresentar sua defesa à comissão especial que vai analisar seu processo de impeachment já começa a correr -é de dez sessões plenárias. PRESERVAR SOCIAL No último dia 7, também em evento de entrega de casas do programa habitacional, Dilma afirmou que os ajustes feitos na economia têm como meta preservar programas como o Minha Casa, Minha Vida. Naquele dia, em discurso, a petista já tinha defendido o ex-presidente Lula, que três dias antes tinha sido levado coercitivamente para depor, e disse que a oposição "fica dividindo o país".
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Quem grampeia presidente em outros países vai preso, afirma DilmaEm sua primeira viagem após o acirramento da crise política nesta semana, a presidente Dilma Rousseff criticou ter tido sua conversa com Lula divulgada e afirmou que, em outros países, quem faz isso vai preso. A gravação é parte de uma série de interceptações telefônicas do ex-presidente Lula, incluídas no inquérito da Operação Lava Jato. Na quarta (16), a Justiça Federal do Paraná tornou públicos os áudios e as transcrições. No áudio, a presidente diz que encaminharia a Lula o "termo de posse" de ministro, o qual só seria usado "em caso de necessidade". "Essa conversa [de Dilma com Lula] apareceu gravada, grampeada, e ai é um fato grave. Grampo na Presidência da República ou para qualquer um de vocês não é algo licito. É algo ilícito. E é previsto como crime na legislação. O grampo à minha pessoa não é por ser eu, Dilma, é por eu ser presidenta", afirmou a presidente, que participa de cerimônia de entrega de unidades habitacionais em Feira de Santana (BA) pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo ela, o cargo de presidente não é passível de grampo e a medida fere a Lei de Segurança Nacional. "Em muitos lugares do mundo, quem grampear um presidente vai preso. Se não tiver autorização judicial da Suprema Corte. Vou dar um exemplo para vocês: grampeia o presidente da República nos Estados Unidos e veja o que acontece com quem grampear. É por isso que eu vou tomar todas as providencias cabíveis nesse caso." "Outro dia, deram como exemplo de obrigações presidenciais o caso do presidente dos EUA, presidente Nixon. Que que o presidente Nixon fazia? Ele grampeava todo mundo que entrava na sala dele, e todos os telefonemas que eram feitos para ele. Todos telefonemas que recebia ia lá e grampeava. Todo mundo que entrava na sala ele ia lá e grampeava. E aí? E aí não ficou assim não. O que aconteceu? A Suprema Corte dos EUA mandou ele entregar todos os grampos e proibiu ele de grampear. Veja bem, era o presidente grampeando. Ele não pode grampear, porque deu na cabeça dele que ia grampear sem autorização. Então, o exemplo é o seguinte: nem presidente da República pode grampear sem autorização. O que dizer de outras hierarquias? Esse é o exemplo do presidente Nixon. Não é válido o grampo, o grampo é uma forma incorreta, a não ser que a Justiça autorize. No meu caso, eu não sou passível de grampo, a não ser que o Supremo Tribunal Federal da nossa República autorizar. Se não, fere frontalmente a Lei de Segurança Nacional, que protege o presidente." A petista disse que vai agir para evitar que as pessoas percam os direitos de cidadania no país. Por isso, disse ela, "é importante a gente não voltar atrás na história". "Não sei se vocês sabem, mas nos anos 20 do século passado, como é que funcionava a polícia. Aqui no Estado da Bahia e em todo o Brasil. A polícia prendia não porque aquele ou aquela estavam cometendo delito, mas prendiam para seguir interesses dos coronéis. Como funcionavam os juízes? Também prendiam para satisfazer os interesses dos grandes proprietários e das grandes fortunas desse país. "Nós, que lutamos pela democracia, e quero dizer para vocês, que lutei pela democracia. Sou presidente da República hoje, mas nos anos 1970 fiquei três anos na cadeia, porque naquela época ninguém podia ser contra, se manifestar contra, dizer o que pensa. Hoje nós podemos." Segundo ela, é uma "volta atrás na roda da história a politização" da Justiça e da polícia. Ela ainda defendeu a ida de Lula ao governo, a quem qualificou de "amigo". "Quando vocês estão enfrentando alguma dificuldade, vocês não chamam um parente, um amigo para te ajudar? Chamam. Pois eu chamei um grande amigo meu, e de vocês, para me ajudar. Eu chamei para me ajudar o presidente Lula." Em Feira de Santana, Dilma participou de entrega simultânea de imóveis também em Itabuna (BA), Suzano (SP), Itapeva (SP) e Teresina (PI). Ao chegar ao conjunto residencial, Dilma foi saudada por presentes ao evento com os gritos "Não vai ter golpe", "Olê, olê, olê, olá, Dilma, Dilma" e "Lula, guerreiro do povo brasileiro". NAZISMO Em discurso antes de Dilma, o governador Rui Costa (PT) disse prestar solidariedade em nome do povo nordestino pelas dificuldades enfrentadas. "O Nordeste mudou depois que um nordestino chegou à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva." Ele afirmou ainda que parte da elite, alguns veículos de comunicação e o Judiciário tentam um golpe de Estado no país. O discurso foi interrompido por partidários, muitos vestindo roupas na cor vermelha, novamente com o grito "Lula, guerreiro do povo brasileiro". Costa criticou os movimentos pró-impeachment, e os comparou ao nazismo. "Na Alemanha, quando o nazismo começou também havia uma amplo apoio popular, [Adolf] Hitler chegou até a estampar capas de revistas como o homem do ano. Hoje, o povo alemão tem vergonha. O mesmo acontece com a Itália atualmente", afirmou. Nesta quinta-feira (17), a crise política no país foi acentuada, um dia após a divulgação de um grampo telefônico que sugere uma ação da presidente Dilma Rousseff para evitar eventual prisão do ex-presidente Lula. O dia começou com vigília pelo impeachment ou renúncia da petista na avenida Paulista, em São Paulo, que foi dispersada nesta sexta-feira (18). Os manifestantes, então, fecharam duas pistas da avenida Nove de Julho. Os atos, contra e a favor do governo, se espalharam pelo país, com buzinaços, panelaços e episódios de violência. Houve confronto entre manifestantes e policiais em frente ao Palácio do Planalto e ao Congresso Nacional. Bloqueios em ao menos oito rodovias federais tiveram veículos queimados. No discurso de posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil, Dilma criticou a atuação do juiz Sergio Moro ao divulgar o grampo telefônico, afirmando que a ação dele abre caminho para golpe. "Convulsionar a sociedade brasileira em cima de inverdades, métodos escusos e práticas criticáveis viola princípios e garantias constitucionais e os direitos dos cidadãos. E abrem precedentes gravíssimos. Os golpes começam assim." Já Moro defendeu a legalidade do grampo e comparou Dilma ao ex-presidente norte-americano Richard Nixon. Menos de duas horas depois da posse de Lula como ministro, porém, uma decisão da Justiça Federal de Brasília determinou a suspensão da nomeação do ex-presidente como ministro. IMPEACHMENT Também nesta sexta-feira (18), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abriu pessoalmente uma sessão no plenário da Casa, o que significa que o prazo de Dilma para apresentar sua defesa à comissão especial que vai analisar seu processo de impeachment já começa a correr -é de dez sessões plenárias. PRESERVAR SOCIAL No último dia 7, também em evento de entrega de casas do programa habitacional, Dilma afirmou que os ajustes feitos na economia têm como meta preservar programas como o Minha Casa, Minha Vida. Naquele dia, em discurso, a petista já tinha defendido o ex-presidente Lula, que três dias antes tinha sido levado coercitivamente para depor, e disse que a oposição "fica dividindo o país".
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Com ou sem Temer, PPI de saneamento básico avançará, diz setor
Os projetos de concessões na área de saneamento, que fazem parte do PPI (Programa de Parceria de Investimentos), deverão avançar com ou sem o presidente Temer, segundo companhias públicas e privadas do setor. A criação de um núcleo específico para o tema dentro do BNDES, em 2016, deverá garantir a continuidade. "É o grande benefício de haver um grupo técnico independente", afirma Hamilton Amadeo, presidente da Aegea, uma das maiores concessionárias privadas do país. Aderiram ao programa 17 Estados —em 12 deles, foram abertos pregões para contratar os estudos de viabilidade, que serão a base de futuros editais. A previsão de entrega é o início de 2018. "Estamos em fase de modelagem, é um momento em que a instabilidade é aceitável", diz Roberto Tavares, presidente da Aesbe, que reúne concessionárias públicas. Um possível impacto da crise seria a não resolução de problemas regulatórios, diz. O BNDES e a Casa Civil estudam mudar a legislação do setor para dar mais segurança ao mercado —o banco, porém, avalia que o atual arcabouço normativo é suficiente para viabilizar o programa. Um dos maiores riscos de projetos não avançarem não é a crise política, mas, sim, a falta de atratividade em algumas regiões em estudo, afirma Carlos Henrique Lima, diretor da concessionária privada Águas do Brasil. Ainda assim, a operação de apenas uma das concessões em análise já teria potencial para mais do que dobrar a atuação das empresas, que hoje firmam contratos com municípios individualmente. * Empresas poderão pagar aprendiz para outras instituições A Lei do Aprendiz foi alterada para que empresas que não contratam aprendizes cumpram a cota de 5% mediante pagamento a jovens para exercer funções em ONGs ou órgãos governamentais. A medida atinge 12 segmentos de uso intenso de trabalhadores que enfrentam dificuldade com a lei. O de construção civil, por exemplo, envolve insalubridade. No de viações, onde o grosso da mão de obra é de motoristas, a aplicação da cota, segundo Marcos Bicalho, diretor institucional da NTU (associação do setor), é inviável. "A nova alternativa não é interessante porque o empresário paga ao aprendiz e quem usufrui da mão de obra é uma outra instituição", diz ele. O objetivo da lei, no entanto, é inserir os jovens no mercado de trabalho, segundo Valesca Monte, do MPT. "Empresas têm obrigação de cumprir a cota. O propósito é permitir aos jovens os benefícios da inserção." * Rede encanada A meta de ter, no Brasil, uma rede de esgoto com 613 mil quilômetros de extensão até 2033 não é factível, mesmo que empresas aumentem os investimentos, segundo a Abcon, que representa as concessionárias privadas. O objetivo consta no plano nacional do setor, que prevê o acesso a 93% dos brasileiros e foi apresentado pelo Ministério das Cidades em 2013. "Seriam necessários mais de 300 mil quilômetros novos, cerca de 20 mil anuais, um aporte que não foi feito nem no melhor ano até aqui", diz o presidente Alexandre Lopes. O plano deverá ser revisado pelo ministério ainda em 2017, afirma. "É preciso ter metas reais. O ritmo das PPPs municipais está muito devagar." ÁGUA E ESGOTO - Distribuição das empresas privadas pelo tamanho da população dos municípios, em % * Segue... A CNI se reunirá, nesta sexta (26), com o cônsul dos Estados Unidos em São Paulo e o Cebeu (Conselho Empresarial Brasil-EUA). ...o jogo As entidades definirão quais as prioridades na agenda comercial entre os dois países e o que pode ser feito, apesar da crise política. * Hora do Café com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI
colunas
Com ou sem Temer, PPI de saneamento básico avançará, diz setorOs projetos de concessões na área de saneamento, que fazem parte do PPI (Programa de Parceria de Investimentos), deverão avançar com ou sem o presidente Temer, segundo companhias públicas e privadas do setor. A criação de um núcleo específico para o tema dentro do BNDES, em 2016, deverá garantir a continuidade. "É o grande benefício de haver um grupo técnico independente", afirma Hamilton Amadeo, presidente da Aegea, uma das maiores concessionárias privadas do país. Aderiram ao programa 17 Estados —em 12 deles, foram abertos pregões para contratar os estudos de viabilidade, que serão a base de futuros editais. A previsão de entrega é o início de 2018. "Estamos em fase de modelagem, é um momento em que a instabilidade é aceitável", diz Roberto Tavares, presidente da Aesbe, que reúne concessionárias públicas. Um possível impacto da crise seria a não resolução de problemas regulatórios, diz. O BNDES e a Casa Civil estudam mudar a legislação do setor para dar mais segurança ao mercado —o banco, porém, avalia que o atual arcabouço normativo é suficiente para viabilizar o programa. Um dos maiores riscos de projetos não avançarem não é a crise política, mas, sim, a falta de atratividade em algumas regiões em estudo, afirma Carlos Henrique Lima, diretor da concessionária privada Águas do Brasil. Ainda assim, a operação de apenas uma das concessões em análise já teria potencial para mais do que dobrar a atuação das empresas, que hoje firmam contratos com municípios individualmente. * Empresas poderão pagar aprendiz para outras instituições A Lei do Aprendiz foi alterada para que empresas que não contratam aprendizes cumpram a cota de 5% mediante pagamento a jovens para exercer funções em ONGs ou órgãos governamentais. A medida atinge 12 segmentos de uso intenso de trabalhadores que enfrentam dificuldade com a lei. O de construção civil, por exemplo, envolve insalubridade. No de viações, onde o grosso da mão de obra é de motoristas, a aplicação da cota, segundo Marcos Bicalho, diretor institucional da NTU (associação do setor), é inviável. "A nova alternativa não é interessante porque o empresário paga ao aprendiz e quem usufrui da mão de obra é uma outra instituição", diz ele. O objetivo da lei, no entanto, é inserir os jovens no mercado de trabalho, segundo Valesca Monte, do MPT. "Empresas têm obrigação de cumprir a cota. O propósito é permitir aos jovens os benefícios da inserção." * Rede encanada A meta de ter, no Brasil, uma rede de esgoto com 613 mil quilômetros de extensão até 2033 não é factível, mesmo que empresas aumentem os investimentos, segundo a Abcon, que representa as concessionárias privadas. O objetivo consta no plano nacional do setor, que prevê o acesso a 93% dos brasileiros e foi apresentado pelo Ministério das Cidades em 2013. "Seriam necessários mais de 300 mil quilômetros novos, cerca de 20 mil anuais, um aporte que não foi feito nem no melhor ano até aqui", diz o presidente Alexandre Lopes. O plano deverá ser revisado pelo ministério ainda em 2017, afirma. "É preciso ter metas reais. O ritmo das PPPs municipais está muito devagar." ÁGUA E ESGOTO - Distribuição das empresas privadas pelo tamanho da população dos municípios, em % * Segue... A CNI se reunirá, nesta sexta (26), com o cônsul dos Estados Unidos em São Paulo e o Cebeu (Conselho Empresarial Brasil-EUA). ...o jogo As entidades definirão quais as prioridades na agenda comercial entre os dois países e o que pode ser feito, apesar da crise política. * Hora do Café com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI
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A homossexualidade na vida e na obra de Carlos Drummond de Andrade
RESUMO Após a morte do amigo Pedro Nava, em 1984, Drummond deu declarações polêmicas em entrevistas considerando atitudes homossexuais como algo repugnante, e foi alvo de críticas. Porém, em poema publicado em livro de 1951, inspirado por mito grego de rapto de jovem por Zeus, o mineiro demonstrava visão tolerante. * Num domingo, dia 13 de maio de 1984, o médico e escritor mineiro Pedro Nava (1903-84) recebeu uma ligação telefônica por volta das dez horas da noite. Quem atendeu foi sua mulher, Antonieta, que identificou uma voz masculina e passou o aparelho ao escritor. Nava tinha 80 anos e, quando desligou, estava transtornado. Disse que nunca ouvira "nada tão aviltante". Retirou às escondidas uma pistola da gaveta e saiu pela porta dos fundos do apartamento. Duas horas depois, se matou com um tiro na cabeça, sentado num banco em frente à sua casa, no bairro da Glória, no Rio de Janeiro. Na época, os jornais foram informados de que Nava cometera suicídio após ter sido chantageado por um garoto de programa que ameaçava revelar sua bissexualidade. O suposto chantagista foi localizado, mas toda a imprensa silenciou sobre a origem da tragédia, só revelada anos depois. O que estava em jogo era a honra de um homem que deu cabo da própria vida para não ficar associado a um comportamento que feria os padrões morais do seu grupo. Um ato que mostra o lugar que a homossexualidade ocupava naquele ambiente. A morte do escritor foi um golpe duro para o amigo Carlos Drummond de Andrade (1902-87), que em sua homenagem escreveu o poema "A Um Ausente". "Sim, acuso-te porque fizeste/ o não previsto nas leis da amizade e da natureza/ nem nos deixaste sequer o direito de indagar/ porque o fizeste, porque te foste." MUDANÇAS O suicídio também ocorreu num momento crítico de tensão entre gays e a sociedade brasileira. Na primeira metade dos anos 1980, houve uma série de conquistas da comunidade homossexual, como o estabelecimento de um Dia do Orgulho Gay e a decisão do Conselho Federal de Medicina de retirar a homossexualidade da classificação de doenças. Esta conjuntura pode ter sido o estopim para que Drummond exibisse, pela primeira vez, e de maneira direta e virulenta, seus sentimentos em relação ao tema. Exatamente um mês depois da morte do amigo, deu uma entrevista à doutoranda em comunicação Maria Lúcia do Pazo, que fazia uma tese sobre a obra erótica do poeta. Entre outros assuntos, falou sobre gays: "Devo dizer que o homossexualismo sempre me causou certa repugnância, que se traduz pelo mal-estar. Nunca me senti à vontade diante de um homossexual. Com o tempo, havendo agora uma abertura imensa com relação ao desvio da homossexualidade, o homossexual não só ficou sendo uma pessoa com autorização para ir e vir como tal, mas chega a ponto de isto ser exaltado como riqueza de experiência, como acrescentamento da experiência masculina". No ano seguinte, Drummond voltou ao assunto, desta vez na revista "IstoÉ". Em conversa com Humberto Werneck, reagiu à provocação do entrevistador: "É desvio, é um problema de ordem médica, que pode ser tratado ou não, pode ser remediado ou não, conforme condições peculiares do indivíduo. Não é aquilo que antigamente se chamava pecado. (...) Por mais que se façam essas experiências, a relação homem-mulher é ideal, é a mais perfeita do mundo, não tem substitutivo, não". Por esta declaração, o Grupo Gay da Bahia lhe enviou um abaixo-assinado, redigido pelo antropólogo Luiz Mott e manifestando repúdio ao discurso do poeta. "Lastimamos profundamente as declarações do nosso Poeta Maior", dizia a missiva. "Não há perfeição em ser branco nem em ser preto. Essas coisas, tipo raça, religião, preferência sexual, são privativas de cada ser humano, nem aos poetas autorizando-se decretar onde está a perfeição." A carta nunca mereceu resposta, mas Drummond a preservou em seu acervo pessoal. NA POESIA A revelação do ponto de vista do poeta tem especial significação à luz do que ele escreveu sobre o assunto. Em toda sua obra, Drummond tratou uma única vez da homossexualidade. O poema "Rapto", publicado no livro "Claro Enigma" (leia abaixo), de 1951, apesar de exemplo isolado, é instigante na medida em que demonstra uma fratura entre as crenças morais do autor, reveladas nestas duas entrevistas, e a obra que ele produziu. Neste processo, o escritor sai engrandecido. Drummond poderia ter fugido do tema que o incomodava ou, debruçando-se sobre ele, despejar seu sentimento de repulsa. O poema "Rapto", no entanto, se não é absolutamente infenso à visão crítica de Drummond, não traz o tom acusatório que vaza de suas entrevistas. Na mesma conversa com do Pazo, Drummond diz que fez em "Rapto" uma "operação puramente literária". O tema da homossexualidade é resgatado no poema através de um mito grego: o episódio do sequestro de Ganimedes por Zeus. Segundo a mitologia, Zeus se apaixonou por um belo adolescente chamado Ganimedes. Em algumas versões, o jovem aparece como um príncipe troiano, em outras, como um pastor de ovelhas. Atordoado com sua beleza, Zeus se transformou em águia, desceu do Olimpo, e raptou Ganimedes, possuindo-o em pleno voo. Em seguida, carregou o jovem ao céu e o converteu em seu amante e serviçal. A imagem do mito é bastante simpática à causa, pois explica o mistério da homossexualidade como um chamado divino que acomete o adolescente desavisado. Ao longo da história da arte, esta cena foi utilizada repetidas vezes, na pintura ou na poesia, com uma tonalidade que varia de acordo com os padrões morais de cada autor. Por volta de 1530, Michelangelo fez um desenho sobre o tema. O original se perdeu, mas existem pinturas de outros autores feitas a partir desse desenho. Na cena, o jovem Ganimedes aparece nu, com corpo robusto e uma capa nos ombros. A águia gigante agarra com firmeza suas duas pernas. Mas os braços do jovem enlaçam o pescoço e uma das asas da ave, e seu rosto a contempla com uma expressão de ternura. Nesta imagem, o rapaz elevado parece naturalmente corresponder ao desejo do deus. Outra leitura do mesmo episódio, muito mais dura e crítica, foi feita por Rembrandt em 1635, num óleo que pertence ao acervo da Pinacoteca dos Mestres Antigos, de Dresden, na Alemanha. Na cena, Ganimedes não é representado por um jovem, mas por uma criança pequena. A águia aparece com um olhar ameaçador, segurando seu braço pelo bico, sob um céu de cor chumbo. A criança leva nas mãos um ramo de cerejas, que evidencia inocência, tem cara de choro e se urina de medo no ar. Este último detalhe dá ao quadro uma sensação absolutamente chocante pela violência perpetrada contra a criatura infantil, que será convertida em amante. Na poderosa leitura de Rembrandt, o sequestro de Ganimedes é um estupro. Em sua versão na forma de poema, Drummond descreve a passagem mitológica, para em seguida transportá-la aos dias atuais, observando que este tipo de sequestro acontece agora na porta das boates. O que o diferencia das leituras anteriores é a indicação de uma postura a se adotar diante do rapto. Em sua parte final, o poema traz uma mensagem de aceitação e tolerância à diversidade. Se este tipo de sequestro ocorre desde os tempos mitológicos, pressupõe Drummond, e se ele se repete nos dias de hoje, agora em casas noturnas, o que resta à sociedade é baixar os olhos diante de um desígnio da natureza. Drummond sugere um passo atrás e um inclinar de cabeça em face da alteridade, como um consentimento tácito. O poema ainda contém certo ranço conservador, já que é matizado com as mesmas cores dramáticas de Rembrandt. Os versos falam de uma águia que desce dos céus e carrega a criatura pura que, subindo, degrada-se e assim recusa o pasto natural aberto aos homens. Segundo o texto, tais raptos "terríveis" se repetem agora na vida noturna das cidades, onde o beijo estéril de dois homens carrega um soluço dissimulado. A cena é descrita sob um céu em brasas, como se o próprio firmamento estivesse atormentado diante do dilema que a mitologia grega explicou como mistério e o pensamento cristão define como pecado. A solução final, no entanto, é pacificadora. "Baixemos nossos olhos". A revelação do ponto de vista de Drummond sobre os gays, por ocasião da morte de Pedro Nava, permitiu verificar uma interessante dessincronia entre a posição íntima do autor e sua obra de arte. Inspirado por uma cena da mitologia, o poeta criou uma peça que, ao contrário de ser uma exteriorização pura de seus valores particulares, tende para o universal. * RAPTO Se uma águia fende os ares e arrebata esse que é forma pura e que é suspiro de terrenas delícias combinadas; e se essa forma pura, degradando-se, mais perfeita se eleva, pois atinge a tortura do embate, no arremate de uma exaustão suavíssima, tributo com que se paga o vôo mais cortante; se, por amor de uma ave, ei-la recusa o pasto natural aberto aos homens, e pela via hermética e defesa vai demandando o cândido alimento que a alma faminta implora até o extremo; se esses raptos terríveis se repetem já nos campos e já pelas noturnas portas de pérola dúbia das boates; e se há no beijo estéril um soluço esquivo e refolhado, cinza em núpcias, e tudo é triste sob o céu flamante (que o pecado cristão, ora jungido ao mistério pagão, mais o alanceia), baixemos nossos olhos ao desígnio da natureza ambígua e reticente: ela tece, dobrando-lhe o amargor, outra forma de amar no acerbo amor. Carlos Drummond de Andrade, em "Claro Enigma" (Companhia das Letras) MARCELO BORTOLOTI, 40, é jornalista, mestre em artes e doutorando em literatura brasileira na UFRJ.
ilustrissima
A homossexualidade na vida e na obra de Carlos Drummond de AndradeRESUMO Após a morte do amigo Pedro Nava, em 1984, Drummond deu declarações polêmicas em entrevistas considerando atitudes homossexuais como algo repugnante, e foi alvo de críticas. Porém, em poema publicado em livro de 1951, inspirado por mito grego de rapto de jovem por Zeus, o mineiro demonstrava visão tolerante. * Num domingo, dia 13 de maio de 1984, o médico e escritor mineiro Pedro Nava (1903-84) recebeu uma ligação telefônica por volta das dez horas da noite. Quem atendeu foi sua mulher, Antonieta, que identificou uma voz masculina e passou o aparelho ao escritor. Nava tinha 80 anos e, quando desligou, estava transtornado. Disse que nunca ouvira "nada tão aviltante". Retirou às escondidas uma pistola da gaveta e saiu pela porta dos fundos do apartamento. Duas horas depois, se matou com um tiro na cabeça, sentado num banco em frente à sua casa, no bairro da Glória, no Rio de Janeiro. Na época, os jornais foram informados de que Nava cometera suicídio após ter sido chantageado por um garoto de programa que ameaçava revelar sua bissexualidade. O suposto chantagista foi localizado, mas toda a imprensa silenciou sobre a origem da tragédia, só revelada anos depois. O que estava em jogo era a honra de um homem que deu cabo da própria vida para não ficar associado a um comportamento que feria os padrões morais do seu grupo. Um ato que mostra o lugar que a homossexualidade ocupava naquele ambiente. A morte do escritor foi um golpe duro para o amigo Carlos Drummond de Andrade (1902-87), que em sua homenagem escreveu o poema "A Um Ausente". "Sim, acuso-te porque fizeste/ o não previsto nas leis da amizade e da natureza/ nem nos deixaste sequer o direito de indagar/ porque o fizeste, porque te foste." MUDANÇAS O suicídio também ocorreu num momento crítico de tensão entre gays e a sociedade brasileira. Na primeira metade dos anos 1980, houve uma série de conquistas da comunidade homossexual, como o estabelecimento de um Dia do Orgulho Gay e a decisão do Conselho Federal de Medicina de retirar a homossexualidade da classificação de doenças. Esta conjuntura pode ter sido o estopim para que Drummond exibisse, pela primeira vez, e de maneira direta e virulenta, seus sentimentos em relação ao tema. Exatamente um mês depois da morte do amigo, deu uma entrevista à doutoranda em comunicação Maria Lúcia do Pazo, que fazia uma tese sobre a obra erótica do poeta. Entre outros assuntos, falou sobre gays: "Devo dizer que o homossexualismo sempre me causou certa repugnância, que se traduz pelo mal-estar. Nunca me senti à vontade diante de um homossexual. Com o tempo, havendo agora uma abertura imensa com relação ao desvio da homossexualidade, o homossexual não só ficou sendo uma pessoa com autorização para ir e vir como tal, mas chega a ponto de isto ser exaltado como riqueza de experiência, como acrescentamento da experiência masculina". No ano seguinte, Drummond voltou ao assunto, desta vez na revista "IstoÉ". Em conversa com Humberto Werneck, reagiu à provocação do entrevistador: "É desvio, é um problema de ordem médica, que pode ser tratado ou não, pode ser remediado ou não, conforme condições peculiares do indivíduo. Não é aquilo que antigamente se chamava pecado. (...) Por mais que se façam essas experiências, a relação homem-mulher é ideal, é a mais perfeita do mundo, não tem substitutivo, não". Por esta declaração, o Grupo Gay da Bahia lhe enviou um abaixo-assinado, redigido pelo antropólogo Luiz Mott e manifestando repúdio ao discurso do poeta. "Lastimamos profundamente as declarações do nosso Poeta Maior", dizia a missiva. "Não há perfeição em ser branco nem em ser preto. Essas coisas, tipo raça, religião, preferência sexual, são privativas de cada ser humano, nem aos poetas autorizando-se decretar onde está a perfeição." A carta nunca mereceu resposta, mas Drummond a preservou em seu acervo pessoal. NA POESIA A revelação do ponto de vista do poeta tem especial significação à luz do que ele escreveu sobre o assunto. Em toda sua obra, Drummond tratou uma única vez da homossexualidade. O poema "Rapto", publicado no livro "Claro Enigma" (leia abaixo), de 1951, apesar de exemplo isolado, é instigante na medida em que demonstra uma fratura entre as crenças morais do autor, reveladas nestas duas entrevistas, e a obra que ele produziu. Neste processo, o escritor sai engrandecido. Drummond poderia ter fugido do tema que o incomodava ou, debruçando-se sobre ele, despejar seu sentimento de repulsa. O poema "Rapto", no entanto, se não é absolutamente infenso à visão crítica de Drummond, não traz o tom acusatório que vaza de suas entrevistas. Na mesma conversa com do Pazo, Drummond diz que fez em "Rapto" uma "operação puramente literária". O tema da homossexualidade é resgatado no poema através de um mito grego: o episódio do sequestro de Ganimedes por Zeus. Segundo a mitologia, Zeus se apaixonou por um belo adolescente chamado Ganimedes. Em algumas versões, o jovem aparece como um príncipe troiano, em outras, como um pastor de ovelhas. Atordoado com sua beleza, Zeus se transformou em águia, desceu do Olimpo, e raptou Ganimedes, possuindo-o em pleno voo. Em seguida, carregou o jovem ao céu e o converteu em seu amante e serviçal. A imagem do mito é bastante simpática à causa, pois explica o mistério da homossexualidade como um chamado divino que acomete o adolescente desavisado. Ao longo da história da arte, esta cena foi utilizada repetidas vezes, na pintura ou na poesia, com uma tonalidade que varia de acordo com os padrões morais de cada autor. Por volta de 1530, Michelangelo fez um desenho sobre o tema. O original se perdeu, mas existem pinturas de outros autores feitas a partir desse desenho. Na cena, o jovem Ganimedes aparece nu, com corpo robusto e uma capa nos ombros. A águia gigante agarra com firmeza suas duas pernas. Mas os braços do jovem enlaçam o pescoço e uma das asas da ave, e seu rosto a contempla com uma expressão de ternura. Nesta imagem, o rapaz elevado parece naturalmente corresponder ao desejo do deus. Outra leitura do mesmo episódio, muito mais dura e crítica, foi feita por Rembrandt em 1635, num óleo que pertence ao acervo da Pinacoteca dos Mestres Antigos, de Dresden, na Alemanha. Na cena, Ganimedes não é representado por um jovem, mas por uma criança pequena. A águia aparece com um olhar ameaçador, segurando seu braço pelo bico, sob um céu de cor chumbo. A criança leva nas mãos um ramo de cerejas, que evidencia inocência, tem cara de choro e se urina de medo no ar. Este último detalhe dá ao quadro uma sensação absolutamente chocante pela violência perpetrada contra a criatura infantil, que será convertida em amante. Na poderosa leitura de Rembrandt, o sequestro de Ganimedes é um estupro. Em sua versão na forma de poema, Drummond descreve a passagem mitológica, para em seguida transportá-la aos dias atuais, observando que este tipo de sequestro acontece agora na porta das boates. O que o diferencia das leituras anteriores é a indicação de uma postura a se adotar diante do rapto. Em sua parte final, o poema traz uma mensagem de aceitação e tolerância à diversidade. Se este tipo de sequestro ocorre desde os tempos mitológicos, pressupõe Drummond, e se ele se repete nos dias de hoje, agora em casas noturnas, o que resta à sociedade é baixar os olhos diante de um desígnio da natureza. Drummond sugere um passo atrás e um inclinar de cabeça em face da alteridade, como um consentimento tácito. O poema ainda contém certo ranço conservador, já que é matizado com as mesmas cores dramáticas de Rembrandt. Os versos falam de uma águia que desce dos céus e carrega a criatura pura que, subindo, degrada-se e assim recusa o pasto natural aberto aos homens. Segundo o texto, tais raptos "terríveis" se repetem agora na vida noturna das cidades, onde o beijo estéril de dois homens carrega um soluço dissimulado. A cena é descrita sob um céu em brasas, como se o próprio firmamento estivesse atormentado diante do dilema que a mitologia grega explicou como mistério e o pensamento cristão define como pecado. A solução final, no entanto, é pacificadora. "Baixemos nossos olhos". A revelação do ponto de vista de Drummond sobre os gays, por ocasião da morte de Pedro Nava, permitiu verificar uma interessante dessincronia entre a posição íntima do autor e sua obra de arte. Inspirado por uma cena da mitologia, o poeta criou uma peça que, ao contrário de ser uma exteriorização pura de seus valores particulares, tende para o universal. * RAPTO Se uma águia fende os ares e arrebata esse que é forma pura e que é suspiro de terrenas delícias combinadas; e se essa forma pura, degradando-se, mais perfeita se eleva, pois atinge a tortura do embate, no arremate de uma exaustão suavíssima, tributo com que se paga o vôo mais cortante; se, por amor de uma ave, ei-la recusa o pasto natural aberto aos homens, e pela via hermética e defesa vai demandando o cândido alimento que a alma faminta implora até o extremo; se esses raptos terríveis se repetem já nos campos e já pelas noturnas portas de pérola dúbia das boates; e se há no beijo estéril um soluço esquivo e refolhado, cinza em núpcias, e tudo é triste sob o céu flamante (que o pecado cristão, ora jungido ao mistério pagão, mais o alanceia), baixemos nossos olhos ao desígnio da natureza ambígua e reticente: ela tece, dobrando-lhe o amargor, outra forma de amar no acerbo amor. Carlos Drummond de Andrade, em "Claro Enigma" (Companhia das Letras) MARCELO BORTOLOTI, 40, é jornalista, mestre em artes e doutorando em literatura brasileira na UFRJ.
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Desinteresse pelos partidos em SP é recorde, mostra Datafolha
Pesquisa Datafolha realizada em São Paulo detectou o recorde histórico de desinteresse dos eleitores paulistanos pelos partidos políticos. A um ano das eleições municipais, 71% dos eleitores da cidade afirmam não ter preferência por nenhuma das 35 siglas existentes –paradoxalmente, o recorde de oferta partidária no país desde a redemocratização. Até então, a taxa mais alta registrada na série do instituto, que acompanha o tema desde 1985, era a da pesquisa do dia 21 de junho de 2013. No auge dos grandes protestos das chamadas jornadas de junho, como ficou conhecido aquele período, 70% dos paulistanos diziam não ter partido preferido. A alta taxa de desinteresse parece ter relação direta com a crise de imagem do PT. A mesma pesquisa mostra que a simpatia dos paulistanos pelo PT é a mais baixa desde 1989, ano em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disputou a Presidência pela primeira vez e o partido ultrapassou o PMDB como o líder da preferência entre os eleitores da capital. No levantamento feito nos dias 28 e 29 de outubro, 11% dos eleitores da cidade apontam o PT como o partido preferido. Em fevereiro, eram 17%. Em dezembro do ano passado, 22%. A taxa recorde de popularidade da sigla na cidade foi 35%, alcançada em duas ocasiões: em novembro de 2010, logo após a primeira eleição da presidente Dilma Rousseff, e abril de 2013, pouco antes dos protestos de junho daquele ano. Apesar do desgaste petista, a preferência pelo PSDB, seu principal rival, não parece apresentar crescimento equivalente. Variou de 8% para 10% desde a pesquisa anterior. Mas em vários períodos já esteve acima disso, chegando ao pico de 13% em três ocasiões: abril de 2006, setembro de 2011 e junho de 2014. PT e PSDB, de qualquer forma, nunca estiveram tão próximos nesse quesito. A situação hoje é de empate técnico, com a ligeira vantagem de um ponto para os petistas. Com 1.092 entrevistas, a margem de erro da pesquisa é de três pontos para mais ou para menos. Preferência partidária em São Paulo
poder
Desinteresse pelos partidos em SP é recorde, mostra DatafolhaPesquisa Datafolha realizada em São Paulo detectou o recorde histórico de desinteresse dos eleitores paulistanos pelos partidos políticos. A um ano das eleições municipais, 71% dos eleitores da cidade afirmam não ter preferência por nenhuma das 35 siglas existentes –paradoxalmente, o recorde de oferta partidária no país desde a redemocratização. Até então, a taxa mais alta registrada na série do instituto, que acompanha o tema desde 1985, era a da pesquisa do dia 21 de junho de 2013. No auge dos grandes protestos das chamadas jornadas de junho, como ficou conhecido aquele período, 70% dos paulistanos diziam não ter partido preferido. A alta taxa de desinteresse parece ter relação direta com a crise de imagem do PT. A mesma pesquisa mostra que a simpatia dos paulistanos pelo PT é a mais baixa desde 1989, ano em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disputou a Presidência pela primeira vez e o partido ultrapassou o PMDB como o líder da preferência entre os eleitores da capital. No levantamento feito nos dias 28 e 29 de outubro, 11% dos eleitores da cidade apontam o PT como o partido preferido. Em fevereiro, eram 17%. Em dezembro do ano passado, 22%. A taxa recorde de popularidade da sigla na cidade foi 35%, alcançada em duas ocasiões: em novembro de 2010, logo após a primeira eleição da presidente Dilma Rousseff, e abril de 2013, pouco antes dos protestos de junho daquele ano. Apesar do desgaste petista, a preferência pelo PSDB, seu principal rival, não parece apresentar crescimento equivalente. Variou de 8% para 10% desde a pesquisa anterior. Mas em vários períodos já esteve acima disso, chegando ao pico de 13% em três ocasiões: abril de 2006, setembro de 2011 e junho de 2014. PT e PSDB, de qualquer forma, nunca estiveram tão próximos nesse quesito. A situação hoje é de empate técnico, com a ligeira vantagem de um ponto para os petistas. Com 1.092 entrevistas, a margem de erro da pesquisa é de três pontos para mais ou para menos. Preferência partidária em São Paulo
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Protesto contra reeleição de Cameron deixa quatro feridos em Londres
Pelo menos quatro membros das forças de segurança de Londres ficaram feridos neste sábado em um protesto contra a reeleição do primeiro-ministro David Cameron, líder do Partido Conservador, que ficará no cargo por mais cinco anos. Centenas de pessoas se reuniram em Downing Street, onde estão o escritório e a residência oficial de Cameron, um dia depois da divulgação do resultado das eleições gerais da última quinta-feira, que deram uma maioria absoluta aos conservadores no parlamento britânico. Após enfrentarem as forças de segurança, 17 pessoas foram presas acusadas de perturbar a ordem pública e agredir agentes, informou a Polícia de Londres. Além disso, os manifestantes danificaram um monumento em homenagem às mulheres que participaram da Segunda Guerra Mundial. Neste sábado, comemora-se o 70º aniversário do fim do conflito. "Pichar com spray o memorial é uma mostra desprezível da falta de respeito por aqueles que lutaram e morreram pelo nosso país, particularmente no dia no qual a nação lembra o 70º aniversário do dia da vitória", comentou um porta-voz do governo. Os manifestantes levavam cartazes contra o governo conservador e as medidas de austeridade defendidas por Cameron. Nas mensagens, o grupo dizia que resistirá e tentará conter os cortes propostos pelo primeiro-ministro. Segundo a Scotland Yard, dois dos agentes feridos estão sendo tratados em um hospital local.
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Protesto contra reeleição de Cameron deixa quatro feridos em LondresPelo menos quatro membros das forças de segurança de Londres ficaram feridos neste sábado em um protesto contra a reeleição do primeiro-ministro David Cameron, líder do Partido Conservador, que ficará no cargo por mais cinco anos. Centenas de pessoas se reuniram em Downing Street, onde estão o escritório e a residência oficial de Cameron, um dia depois da divulgação do resultado das eleições gerais da última quinta-feira, que deram uma maioria absoluta aos conservadores no parlamento britânico. Após enfrentarem as forças de segurança, 17 pessoas foram presas acusadas de perturbar a ordem pública e agredir agentes, informou a Polícia de Londres. Além disso, os manifestantes danificaram um monumento em homenagem às mulheres que participaram da Segunda Guerra Mundial. Neste sábado, comemora-se o 70º aniversário do fim do conflito. "Pichar com spray o memorial é uma mostra desprezível da falta de respeito por aqueles que lutaram e morreram pelo nosso país, particularmente no dia no qual a nação lembra o 70º aniversário do dia da vitória", comentou um porta-voz do governo. Os manifestantes levavam cartazes contra o governo conservador e as medidas de austeridade defendidas por Cameron. Nas mensagens, o grupo dizia que resistirá e tentará conter os cortes propostos pelo primeiro-ministro. Segundo a Scotland Yard, dois dos agentes feridos estão sendo tratados em um hospital local.
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Aquém da meta, COB celebra resultado nos Jogos Pan-Americanos de Toronto
Com 121 medalhas conquistadas a três dias do fim do Pan, o Brasil ainda está aquém da meta estabelecida antes das disputas em Toronto. Contudo, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) afirmou nesta sexta-feira (24) que está satisfeito. Antes dos Jogos, o COB anunciou dois objetivos para serem cumpridos no Canadá: ficar entre os três primeiros no quadro de medalhas (pelo total) e superar o desempenho de Guadalajara-2011 (141 medalhas, sendo 48 de ouro, 35 de prata e 58 de bronze). Questionado sobre a meta, o gerente executivo de esportes do COB, Marcus Vinícius Freire, ponderou que a equipe brasileira é muito jovem (70% está em seu primeiro Pan) e não precisava lutar pela classificação olímpica, com exceção do hóquei sobre a grama. "Eu adoro essa pergunta porque meta tem que ser difícil e factível. Assim funciona em banco, seguradora, jornal, tem que ter meta e ela não pode ser simples", disse Freire em entrevista coletiva em Toronto. "Isso pode acontecer no ano que vem [na Rio-2016]. Fizemos o melhor trabalho possível, que é dar a melhor condição possível aos atletas. O que acontece na piscina ou na quadra é um detalhe. Assim que a gente olha. É difícil a meta, mas factível. Vamos esperar o fim do Pan, domingo [26]. Nós estamos muito felizes com o que tem acontecido aqui", concluiu o dirigente. Das 121 medalhas do Brasil até o momento, 34 são de ouro, 34 de prata e 53 de bronze. O resultado coloca o país na terceira colocação no quadro de medalhas tanto por ouro quanto pelo total, atrás de Estados Unidos e Canadá. CONFIRA AS MEDALHAS DO BRASIL NO PAN-2015 Crédito: Editoria de Arte/Folhapress "É uma renovação enorme na delegação. Aumentaram as modalidades em que conquistamos medalhas, e isso é muito importante", diz o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman. O Brasil ganhou medalhas em 27 esportes no Pan de Toronto até o momento. Em Guadalajara foram 35. "Sei que vão perguntar sobre alguns resultados que não foram os esperados. É um ponto de atenção para toda nossa área técnica, dirigida pelo Marcus Vinicius. Ele estará conversando com as confederações para buscar um caminho para solucionar", afirmou Nuzman. Segundo o presidente do COB, mais de 40% dos 590 atletas da delegação brasileira ganharam medalhas em Toronto. No entanto, outros países estão ganhando mais medalhas também. "Um maior número de países têm conquistado medalhas, o que mostra evolução do esporte nas Américas", justificou.
esporte
Aquém da meta, COB celebra resultado nos Jogos Pan-Americanos de TorontoCom 121 medalhas conquistadas a três dias do fim do Pan, o Brasil ainda está aquém da meta estabelecida antes das disputas em Toronto. Contudo, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) afirmou nesta sexta-feira (24) que está satisfeito. Antes dos Jogos, o COB anunciou dois objetivos para serem cumpridos no Canadá: ficar entre os três primeiros no quadro de medalhas (pelo total) e superar o desempenho de Guadalajara-2011 (141 medalhas, sendo 48 de ouro, 35 de prata e 58 de bronze). Questionado sobre a meta, o gerente executivo de esportes do COB, Marcus Vinícius Freire, ponderou que a equipe brasileira é muito jovem (70% está em seu primeiro Pan) e não precisava lutar pela classificação olímpica, com exceção do hóquei sobre a grama. "Eu adoro essa pergunta porque meta tem que ser difícil e factível. Assim funciona em banco, seguradora, jornal, tem que ter meta e ela não pode ser simples", disse Freire em entrevista coletiva em Toronto. "Isso pode acontecer no ano que vem [na Rio-2016]. Fizemos o melhor trabalho possível, que é dar a melhor condição possível aos atletas. O que acontece na piscina ou na quadra é um detalhe. Assim que a gente olha. É difícil a meta, mas factível. Vamos esperar o fim do Pan, domingo [26]. Nós estamos muito felizes com o que tem acontecido aqui", concluiu o dirigente. Das 121 medalhas do Brasil até o momento, 34 são de ouro, 34 de prata e 53 de bronze. O resultado coloca o país na terceira colocação no quadro de medalhas tanto por ouro quanto pelo total, atrás de Estados Unidos e Canadá. CONFIRA AS MEDALHAS DO BRASIL NO PAN-2015 Crédito: Editoria de Arte/Folhapress "É uma renovação enorme na delegação. Aumentaram as modalidades em que conquistamos medalhas, e isso é muito importante", diz o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman. O Brasil ganhou medalhas em 27 esportes no Pan de Toronto até o momento. Em Guadalajara foram 35. "Sei que vão perguntar sobre alguns resultados que não foram os esperados. É um ponto de atenção para toda nossa área técnica, dirigida pelo Marcus Vinicius. Ele estará conversando com as confederações para buscar um caminho para solucionar", afirmou Nuzman. Segundo o presidente do COB, mais de 40% dos 590 atletas da delegação brasileira ganharam medalhas em Toronto. No entanto, outros países estão ganhando mais medalhas também. "Um maior número de países têm conquistado medalhas, o que mostra evolução do esporte nas Américas", justificou.
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Praia Clube vence o Minas e adia definição da vaga na semi da Superliga
O Praia Clube venceu o Minas por 3 sets a 2, com parciais de 16/25, 25/17, 27/25, 17/25 e 15/8, em Belo Horizonte, e levou a decisão da vaga na semifinal da Superliga feminina de vôlei para o último jogo da série melhor de três. A primeira partida havia sido vencida pelo Minas por 3 sets a 2. A equipe que vencer a partida da próxima sexta-feira (27), às 21h30, em Uberlândia, enfrentará o Rio de Janeiro por uma vaga na decisão do torneio. A equipe carioca garantiu sua vaga ao vencer os dois primeiros jogos da série contra o São Caetano. Tandara, oposto do Praia Clube e da seleção brasileira, teve participação discreta na partida. A atleta, que está grávida de 15 semanas, jogou o primeiro e o quarto sets e marcou apenas um ponto. Jogando em casa, o Minas começou melhor e saiu na frente ao vencer o primeiro set. No entanto, o Praia Clube, que precisava do resultado para forçar a realização do terceiro jogo, manteve a calma e conseguiu igualar o placar na segunda etapa. "O segundo set mudou o rumo do jogo. Elas passaram a jogar mais com o meio e tivemos dificuldade de passar pelo bloqueio delas", disse a ponteira Jaqueline, melhor pontuadora da partida com 24 acertos. No terceiro set, a ponteira Jú Costa fez a diferença para o Praia Clube. Responsável por 8 dos 27 pontos da equipe nessa etapa, ela ajudou o time a tomar a liderança da partida. O Minas conseguiu empatar novamente vencendo o quarto set. Mas, no tie-break, o Praia Clube foi melhor e conseguiu a vitória. "Agora, temos que manter os pés nos chão e seguir trabalhando para ganharmos o próximo jogo dentro da nossa casa", afirmou Jú Costa. OSASCO CLASSIFICADO No outro jogo do dia, o Osasco bateu o Pinheiros, em São Paulo, por 3 sets a 2, com parciais de 21/25, 25/18, 20/25, 25/20 e 15/12, e garantiu sua vaga nas semifinais do torneio. A equipe já havia vencido o primeiro confronto da série melhor de três, em Osasco, por 3 sets a 0. A equipe pega na próxima fase o vencedor do confronto entre Brasília e Sesi-SP. O time paulista venceu a primeira partida, em casa, por 3 sets a 0. O segundo jogo será nesta quarta (25), às 21h30, em Brasília.
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Praia Clube vence o Minas e adia definição da vaga na semi da SuperligaO Praia Clube venceu o Minas por 3 sets a 2, com parciais de 16/25, 25/17, 27/25, 17/25 e 15/8, em Belo Horizonte, e levou a decisão da vaga na semifinal da Superliga feminina de vôlei para o último jogo da série melhor de três. A primeira partida havia sido vencida pelo Minas por 3 sets a 2. A equipe que vencer a partida da próxima sexta-feira (27), às 21h30, em Uberlândia, enfrentará o Rio de Janeiro por uma vaga na decisão do torneio. A equipe carioca garantiu sua vaga ao vencer os dois primeiros jogos da série contra o São Caetano. Tandara, oposto do Praia Clube e da seleção brasileira, teve participação discreta na partida. A atleta, que está grávida de 15 semanas, jogou o primeiro e o quarto sets e marcou apenas um ponto. Jogando em casa, o Minas começou melhor e saiu na frente ao vencer o primeiro set. No entanto, o Praia Clube, que precisava do resultado para forçar a realização do terceiro jogo, manteve a calma e conseguiu igualar o placar na segunda etapa. "O segundo set mudou o rumo do jogo. Elas passaram a jogar mais com o meio e tivemos dificuldade de passar pelo bloqueio delas", disse a ponteira Jaqueline, melhor pontuadora da partida com 24 acertos. No terceiro set, a ponteira Jú Costa fez a diferença para o Praia Clube. Responsável por 8 dos 27 pontos da equipe nessa etapa, ela ajudou o time a tomar a liderança da partida. O Minas conseguiu empatar novamente vencendo o quarto set. Mas, no tie-break, o Praia Clube foi melhor e conseguiu a vitória. "Agora, temos que manter os pés nos chão e seguir trabalhando para ganharmos o próximo jogo dentro da nossa casa", afirmou Jú Costa. OSASCO CLASSIFICADO No outro jogo do dia, o Osasco bateu o Pinheiros, em São Paulo, por 3 sets a 2, com parciais de 21/25, 25/18, 20/25, 25/20 e 15/12, e garantiu sua vaga nas semifinais do torneio. A equipe já havia vencido o primeiro confronto da série melhor de três, em Osasco, por 3 sets a 0. A equipe pega na próxima fase o vencedor do confronto entre Brasília e Sesi-SP. O time paulista venceu a primeira partida, em casa, por 3 sets a 0. O segundo jogo será nesta quarta (25), às 21h30, em Brasília.
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"Vox" compra empresa de notícias e eventos de negócios em tecnologia
O site de notícias ReCode, especializado em negócios de tecnologia, está sendo comprado pela Vox Media, num lance que espelha o turbilhão que afeta as organizações digitais especializadas nesse setor. Os detalhes financeiros do acordo não foram divulgados, mas ele deve permitir ao ReCode atingir uma ampla audiência, algo em que o site vinha tendo dificuldades desde que se separou do jornal "The Wall Street Journal", há cerca de um ano e meio. Depois de ter se desligado da Dow Jones, companhia dona do "Journal", o ReCode foi ao ar com o nome de AllThingsD, que ganhou popularidade entre executivos de tecnologia. Parte significativa do sucesso veio do segmento de conferências, que reuniam nomes importantes como Steve Jobs, da Apple, e Mark Zuckerberg, do Facebook. Essa parte do negócio foi um dos pontos que mais atraíram a Vox na compra. O setor de start-ups de mídia digital tem registrado vários negócios nos últimos meses. Em março, a Gigaom, um dos primeiros sites a cobrir o Vale do Silício, fechou depois de nove anos de problemas financeiros. Nesta semana, anunciou que deve voltar ao ar em agosto, depois de ter sido comprado pela start-up Knowingly Corp. Circa, uma start-up que agrega notícias, está negociando sua venda após fracassar na tentativa de levantar mais investimentos.
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"Vox" compra empresa de notícias e eventos de negócios em tecnologiaO site de notícias ReCode, especializado em negócios de tecnologia, está sendo comprado pela Vox Media, num lance que espelha o turbilhão que afeta as organizações digitais especializadas nesse setor. Os detalhes financeiros do acordo não foram divulgados, mas ele deve permitir ao ReCode atingir uma ampla audiência, algo em que o site vinha tendo dificuldades desde que se separou do jornal "The Wall Street Journal", há cerca de um ano e meio. Depois de ter se desligado da Dow Jones, companhia dona do "Journal", o ReCode foi ao ar com o nome de AllThingsD, que ganhou popularidade entre executivos de tecnologia. Parte significativa do sucesso veio do segmento de conferências, que reuniam nomes importantes como Steve Jobs, da Apple, e Mark Zuckerberg, do Facebook. Essa parte do negócio foi um dos pontos que mais atraíram a Vox na compra. O setor de start-ups de mídia digital tem registrado vários negócios nos últimos meses. Em março, a Gigaom, um dos primeiros sites a cobrir o Vale do Silício, fechou depois de nove anos de problemas financeiros. Nesta semana, anunciou que deve voltar ao ar em agosto, depois de ter sido comprado pela start-up Knowingly Corp. Circa, uma start-up que agrega notícias, está negociando sua venda após fracassar na tentativa de levantar mais investimentos.
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Empresa de aviação de Michael Klein quer comprar Global Aviation
A CB Air, empresa de aviação executiva criada pelo empresário Michael Klein em 2013, anunciou nesta segunda-feira (22) que está em processo de compra da Global Aviation, um das maiores empresas do setor, responsável pela hangaragem de mais de 80 aeronaves. A transação, que só será fechada após a aprovação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), envolve R$ 38 milhões, além da negociação de passivos da Global. "[Para mensurar o tamanho do negócio], ainda temos que apurar quantos ativos virão para a nova empresa e quais serão os passivos. Mas já temos uma estimativa de que o mínimo são os R$ 38 milhões e o máximo R$ 70 milhões", disse Klein. A compra da Global Aviation inclui as empresas Global Táxi Aéreo, Pássaro Azul, Reali Táxi Aéreo e SSR Assessoria e Prestação de Serviços. Após a conclusão do processo de aquisição, a CB Air, que tem hoje seis helicópteros e seis aviões, passará a ter uma frota de 32 aeronaves. O número de hangares passa de dois para dez, em pontos como Campo de Marte, Congonhas, Sorocaba, Santos Dumont e Brasília, além de helipontos no Estado de São Paulo. A previsão é que o faturamento da empresa combinada alcance R$ 200 milhões em 2017. Klein justifica que o desenvolvimento da Global na prestação de serviços como o gerenciamento de aeronaves tem um forte potencial para complementar as operações da CB Air. O objetivo é crescer no mercado de táxi aéreo para atender clientes corporativos e usuários finais. Não há intenção de focar no fornecimento de helicópteros para plataformas de petróleo. Ele afirma que também não tem planos futuros de entrar no mercado de aviação comercial. O grupo CB, presidido por Michael Klein, administra empresas da família Klein, os fundadores e ex-proprietários das Casas Bahia. O grupo tem foco nas áreas de imóveis, aviação executiva e participação em outras empresas.
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Empresa de aviação de Michael Klein quer comprar Global AviationA CB Air, empresa de aviação executiva criada pelo empresário Michael Klein em 2013, anunciou nesta segunda-feira (22) que está em processo de compra da Global Aviation, um das maiores empresas do setor, responsável pela hangaragem de mais de 80 aeronaves. A transação, que só será fechada após a aprovação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), envolve R$ 38 milhões, além da negociação de passivos da Global. "[Para mensurar o tamanho do negócio], ainda temos que apurar quantos ativos virão para a nova empresa e quais serão os passivos. Mas já temos uma estimativa de que o mínimo são os R$ 38 milhões e o máximo R$ 70 milhões", disse Klein. A compra da Global Aviation inclui as empresas Global Táxi Aéreo, Pássaro Azul, Reali Táxi Aéreo e SSR Assessoria e Prestação de Serviços. Após a conclusão do processo de aquisição, a CB Air, que tem hoje seis helicópteros e seis aviões, passará a ter uma frota de 32 aeronaves. O número de hangares passa de dois para dez, em pontos como Campo de Marte, Congonhas, Sorocaba, Santos Dumont e Brasília, além de helipontos no Estado de São Paulo. A previsão é que o faturamento da empresa combinada alcance R$ 200 milhões em 2017. Klein justifica que o desenvolvimento da Global na prestação de serviços como o gerenciamento de aeronaves tem um forte potencial para complementar as operações da CB Air. O objetivo é crescer no mercado de táxi aéreo para atender clientes corporativos e usuários finais. Não há intenção de focar no fornecimento de helicópteros para plataformas de petróleo. Ele afirma que também não tem planos futuros de entrar no mercado de aviação comercial. O grupo CB, presidido por Michael Klein, administra empresas da família Klein, os fundadores e ex-proprietários das Casas Bahia. O grupo tem foco nas áreas de imóveis, aviação executiva e participação em outras empresas.
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Fla-Flu no Pacaembu tem a segunda maior bilheteria do Estadual do Rio
O Maracanã deve ter ficado enciumado, mas o Pacaembu estava morrendo de saudades do Fla-Flu.Setenta e quatro anos depois de ter recebido pela primeira vez o clássico cuja alcunha virou definição de qualquer refrega intensa, a cidade viu suas linhas de metrô serem tingidas de rubro-negro e tricolor (grená, verde e branco), apinhadas de torcedores a caminho de seu mais tradicional estádio para assistir ao clássico carioca, neste domingo (20).Nas redondezas do Pacaembu, ouvia-se com mais frequência o chiamento do sotaque carioca: "coisa mais linda do mundo", era a exclamação daqueles que olhavam para a praça Charles Miller lotada de rubro-negros que entoavam "uma vez Flamengo, Flamengo até morrer."Leia a reportagem
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Fla-Flu no Pacaembu tem a segunda maior bilheteria do Estadual do RioO Maracanã deve ter ficado enciumado, mas o Pacaembu estava morrendo de saudades do Fla-Flu.Setenta e quatro anos depois de ter recebido pela primeira vez o clássico cuja alcunha virou definição de qualquer refrega intensa, a cidade viu suas linhas de metrô serem tingidas de rubro-negro e tricolor (grená, verde e branco), apinhadas de torcedores a caminho de seu mais tradicional estádio para assistir ao clássico carioca, neste domingo (20).Nas redondezas do Pacaembu, ouvia-se com mais frequência o chiamento do sotaque carioca: "coisa mais linda do mundo", era a exclamação daqueles que olhavam para a praça Charles Miller lotada de rubro-negros que entoavam "uma vez Flamengo, Flamengo até morrer."Leia a reportagem
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Eduardo Cunha diz que não teria 'estômago' para fazer delação
Eduardo Cunha disse a advogados que estiveram com ele em Curitiba na semana passada que não teria "estômago" para fazer delação premiada. Outros integrantes da defesa do deputado, no entanto, acreditam que ele não tem mais alternativa para sair da prisão, depois da delação da JBS, a não ser colaborar com a Justiça. ZÍPER RASGADO As apostas entre os próprios defensores de Cunha divergem. Alguns advogados acreditam que ele insistirá na mesma toada. Outros, que ele tentará fazer delação. SACO VAZIO Há também interlocutores de Cunha que acreditam que, diante de tantas delações que comprometem o próprio presidente Michel Temer, o ex-parlamentar não teria mais uma bala de prata para disparar e conseguir benefícios da Justiça. Ele hoje é alvo de quatro processos e 20 inquéritos. SANGUE QUENTE Antes da divulgação do audio da conversa de Joesley Batista e Michel Temer, políticos do entorno de Geraldo Alckmin chegaram a pensar em lançá-lo candidato a presidente nas eleições indiretas que podem ser realizadas em caso de renúncia ou impedimento do presidente. SANGUE FRIO O governador de SP não apenas conteve os mais entusiasmados como se recusou a fazer qualquer pronunciamento –ao contrário de tucanos como João Doria e Fernando Henrique Cardoso. Alckmin insistia que antes de tudo era necessário ouvir o audio da conversa de Temer com o empresário Joesley Batista. VAMOS AGUARDAR Depois que conheceu o áudio, Alckmin persistiu em uma conduta cautelosa. VELHAS PARTIDAS O jornalista Juca Kfouri vai publicar um livro de memórias em que contará suas histórias com futebol, jornalismo e política. "Confesso que Perdi" sai no segundo semestre pela Companhia das Letras. ELENCO REÚNIDO Os atores de "Pega Pega", da Globo, se reuniram na quinta (20) para o lançamento da novela. Camila Queiroz, Nanda Costa e Vanessa Giácomo estiveram na festa, no hotel Carioca Palace, no Rio. Danton Mello, Nicette Bruno e Irene Ravache também passaram por lá. - MUITO AMOR E PACIÊNCIA Veterana da Virada Cultural, a cantora Daniela Mercury vai fazer uma apresentação diferente neste ano –voltada para crianças. Ela promete duas horas de suas músicas mais dançantes e alegres –com alguns momentos de questionamento político. Porta-voz da causa LGBT desde que anunciou o casamento com a mulher, Malu, em 2013, ela também quer passar uma mensagem contra o racismo, o machismo e todo tipo de preconceito. A baiana se apresenta neste sábado (20), alguns dias depois de pedir eleições diretas e dar "Adeus Temer" em uma rede social. "Não dá pra ficar triste esperando que alguém resolva", diz. * O que achou retirada das principais atrações do centro? De dentro é difícil dizer, a gente só consegue sentir o próprio show. Vocês que veem o todo é que vão saber dizer se foi bom ou ruim. Gostei muito da Virada ir para o interior, assim mais gente pode ver. Como será o show deste ano? Será às 18h, então terei a chance de fazer uma matinê para as crianças, já que é mais difícil levá-las no Carnaval. Minhas canções tem mensagens muito cidadãs: de empoderamento negro, feminino, de respeito LGBT. Quanto mais as crianças convivem com as diferenças, mais elas aprendem que podem ser felizes não importa quem sejam. Você é embaixadora da Unicef [braço da ONU para a infância] há 20 anos. O que mudou nesse tempo? Finalmente a sociedade quer escutar o que estou falando há 20 anos: que as crianças têm que ser protegidas, que nenhum tipo de violência pode ser naturalizado. Agora precisamos dizer que elas também têm que ser respeitadas em suas diferenças, em sua identidade de gênero. O que aprendeu nesses 5 anos falando sobre causas LGBT? Que falar de si mesmo é sempre mais difícil. Quando a gente se expõe, isso tem um peso no cotidiano. É cansativo emocionalmente. Estou sempre confrontando meus próprios fantasmas, me revisando. Estava acostumada a me expressar pela arte, no plano das metáforas, não no plano da realidade –onde você encontra visões de mundo distintas, preconceito. Como lidar com isso? Educar a sociedade é a mesma coisa que educar um filho. É bem trabalhoso, cansativo, mas compensa. E tem que ser feito com muito amor, muita paciência. Tem que impor limites, mas sem violência. Não adianta só apontar o dedo para quem tá errado, tem que conversar, educar. Como se sente diante da crise política? Não dá pra ficar triste esperando que alguém resolva. Isso necessita de luta. A gente saiu da ditadura reclamando, lutando em pequenos grupos. Não podemos arrefecer diante da dificuldade. CURTO-CIRCUITO A Got Wine faz evento de degustação de vinhos nesta sexta (20), das 14h30 às 22h, no terraço do shopping Iguatemi. A TUCCA faz feira beneficente de pães artesanais nesta sexta (20) e sábado (21) no Shopping JK Iguatemi. Das 12h às 20h. A artista Sonia Guggisber lança seu livro "Redes de Imagens, Memórias e Testemunhos" nesta sexta (20), às 11h, no Senac Lapa Scipião. p(tagline) com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI e BRUNO FÁVERO
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Eduardo Cunha diz que não teria 'estômago' para fazer delaçãoEduardo Cunha disse a advogados que estiveram com ele em Curitiba na semana passada que não teria "estômago" para fazer delação premiada. Outros integrantes da defesa do deputado, no entanto, acreditam que ele não tem mais alternativa para sair da prisão, depois da delação da JBS, a não ser colaborar com a Justiça. ZÍPER RASGADO As apostas entre os próprios defensores de Cunha divergem. Alguns advogados acreditam que ele insistirá na mesma toada. Outros, que ele tentará fazer delação. SACO VAZIO Há também interlocutores de Cunha que acreditam que, diante de tantas delações que comprometem o próprio presidente Michel Temer, o ex-parlamentar não teria mais uma bala de prata para disparar e conseguir benefícios da Justiça. Ele hoje é alvo de quatro processos e 20 inquéritos. SANGUE QUENTE Antes da divulgação do audio da conversa de Joesley Batista e Michel Temer, políticos do entorno de Geraldo Alckmin chegaram a pensar em lançá-lo candidato a presidente nas eleições indiretas que podem ser realizadas em caso de renúncia ou impedimento do presidente. SANGUE FRIO O governador de SP não apenas conteve os mais entusiasmados como se recusou a fazer qualquer pronunciamento –ao contrário de tucanos como João Doria e Fernando Henrique Cardoso. Alckmin insistia que antes de tudo era necessário ouvir o audio da conversa de Temer com o empresário Joesley Batista. VAMOS AGUARDAR Depois que conheceu o áudio, Alckmin persistiu em uma conduta cautelosa. VELHAS PARTIDAS O jornalista Juca Kfouri vai publicar um livro de memórias em que contará suas histórias com futebol, jornalismo e política. "Confesso que Perdi" sai no segundo semestre pela Companhia das Letras. ELENCO REÚNIDO Os atores de "Pega Pega", da Globo, se reuniram na quinta (20) para o lançamento da novela. Camila Queiroz, Nanda Costa e Vanessa Giácomo estiveram na festa, no hotel Carioca Palace, no Rio. Danton Mello, Nicette Bruno e Irene Ravache também passaram por lá. - MUITO AMOR E PACIÊNCIA Veterana da Virada Cultural, a cantora Daniela Mercury vai fazer uma apresentação diferente neste ano –voltada para crianças. Ela promete duas horas de suas músicas mais dançantes e alegres –com alguns momentos de questionamento político. Porta-voz da causa LGBT desde que anunciou o casamento com a mulher, Malu, em 2013, ela também quer passar uma mensagem contra o racismo, o machismo e todo tipo de preconceito. A baiana se apresenta neste sábado (20), alguns dias depois de pedir eleições diretas e dar "Adeus Temer" em uma rede social. "Não dá pra ficar triste esperando que alguém resolva", diz. * O que achou retirada das principais atrações do centro? De dentro é difícil dizer, a gente só consegue sentir o próprio show. Vocês que veem o todo é que vão saber dizer se foi bom ou ruim. Gostei muito da Virada ir para o interior, assim mais gente pode ver. Como será o show deste ano? Será às 18h, então terei a chance de fazer uma matinê para as crianças, já que é mais difícil levá-las no Carnaval. Minhas canções tem mensagens muito cidadãs: de empoderamento negro, feminino, de respeito LGBT. Quanto mais as crianças convivem com as diferenças, mais elas aprendem que podem ser felizes não importa quem sejam. Você é embaixadora da Unicef [braço da ONU para a infância] há 20 anos. O que mudou nesse tempo? Finalmente a sociedade quer escutar o que estou falando há 20 anos: que as crianças têm que ser protegidas, que nenhum tipo de violência pode ser naturalizado. Agora precisamos dizer que elas também têm que ser respeitadas em suas diferenças, em sua identidade de gênero. O que aprendeu nesses 5 anos falando sobre causas LGBT? Que falar de si mesmo é sempre mais difícil. Quando a gente se expõe, isso tem um peso no cotidiano. É cansativo emocionalmente. Estou sempre confrontando meus próprios fantasmas, me revisando. Estava acostumada a me expressar pela arte, no plano das metáforas, não no plano da realidade –onde você encontra visões de mundo distintas, preconceito. Como lidar com isso? Educar a sociedade é a mesma coisa que educar um filho. É bem trabalhoso, cansativo, mas compensa. E tem que ser feito com muito amor, muita paciência. Tem que impor limites, mas sem violência. Não adianta só apontar o dedo para quem tá errado, tem que conversar, educar. Como se sente diante da crise política? Não dá pra ficar triste esperando que alguém resolva. Isso necessita de luta. A gente saiu da ditadura reclamando, lutando em pequenos grupos. Não podemos arrefecer diante da dificuldade. CURTO-CIRCUITO A Got Wine faz evento de degustação de vinhos nesta sexta (20), das 14h30 às 22h, no terraço do shopping Iguatemi. A TUCCA faz feira beneficente de pães artesanais nesta sexta (20) e sábado (21) no Shopping JK Iguatemi. Das 12h às 20h. A artista Sonia Guggisber lança seu livro "Redes de Imagens, Memórias e Testemunhos" nesta sexta (20), às 11h, no Senac Lapa Scipião. p(tagline) com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI e BRUNO FÁVERO
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'Batalha da água' acirra segundo turno da campanha em Ribeirão Preto
MARCELO TOLEDO DE RIBEIRÃO PRETO A batalha sobre as formas de abastecimento de água em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) acirrou a disputa no segundo turno da eleição na cidade. Até então atrás na disputa, o vereador Ricardo Silva (PDT) passou a criticar de forma contínua na propaganda eleitoral no segundo turno proposta de seu adversário, Duarte Nogueira (PSDB), de captar água do rio Pardo, que passa no município, para complementar o abastecimento no município, feito hoje exclusivamente a partir de captação do aquífero Guarani. Após Ricardo sair na frente na disputa, ser superado no primeiro turno e aparecer 14 pontos percentuais atrás na primeira pesquisa do segundo turno, membros de sua campanha afirmam ver o tema como um dos responsáveis pela recuperação do candidato. Pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira (24) mostra empate técnico entre os adversários. O pedetista aparece com 48% dos votos válidos, ante 52% de Nogueira. No levantamento anterior, divulgado no último dia 17, Ricardo tinha 43%, ante 57% do candidato tucano -ambos tiveram variação fora da margem de erro, de quatro pontos percentuais. No primeiro turno, Nogueira teve 39,86% dos votos válidos, ante 27,86% de Ricardo. "Não dá para entender é que em Ribeirão Preto tenha proposta de captação de água do rio, sendo que temos o nosso aquífero, com água boa, limpa, para todos", disse Ricardo num dos debates entre os dois no segundo turno. Em seus programas no horário eleitoral, Ricardo tem usado imagens de eleitores dizendo que a água do rio é "podre", "fedida" e que Nogueira "quer dar para os pobres beberem". "Não vamos permitir, como estão querendo, que a água do rio Pardo, que recebe esgoto de dezenas de cidades antes de passar por Ribeirão, seja usada para abastecer os bairros mais simples", disse o pedetista no horário eleitoral. Já Nogueira tem afirmado que a possibilidade de usar a água do rio Pardo é um "plano B" e é um pensamento sobre o futuro do abastecimento para o município. O plano inicial, de acordo com ele, é seguir com o uso da água do aquífero, que a cada ano que passa vê seu nível se reduzindo na cidade. "Nós podemos, a médio e longo prazo, ter um colapso no abastecimento de água [se nada for feito]", disse o tucano em uma sabatina. Segundo ele, qualquer cidade ou região metropolitana capta água de lagos ou rios e a trata para que possa ser utilizada. Ainda conforme Nogueira, os estudos que são feitos pelo Daerp (departamento de água) sobre o uso de água do rio Pardo terão continuidade. O rio Pardo nasce no centro-sul de Minas Gerais, corta municípios como São José do Rio Pardo, Mococa, Ribeirão Preto e Barretos e desemboca no rio Grande, na divisa entre São Paulo e Minas, num curso de 573 quilômetros. A possibilidade de captar água do Pardo não é nova na cidade. Em 2014, a prefeitura já tinha obtido autorização da ANA (Agência Nacional de Águas) para a captação. Segundo o projeto, poderia ser possível até dobrar o volume de água disponível, numa cidade que sofre com a falta d'água devido a problemas históricos nos poços e ao desperdício na rede -que equivale a quase metade da captação. Segundo o Daee (Departamento de Água e Energia Elétrica de São Paulo) em Ribeirão Preto, o abastecimento por poços atingiu nos últimos anos o limite da sustentabilidade e o nível do aquífero já baixou 70 metros devido ao uso para abastecimento. Mas o próprio rio Pardo enfrenta seus problemas. Na última seca recorde no interior paulista, em 2014, o rio atingiu o menor nível desde 1970. INDECISOS A pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira mostrou também a redução no total de eleitores de Ribeirão Preto que pretendem votar em branco ou anular e indecisos. No total, 14% dos eleitores entrevistados afirmaram que votarão em branco ou anularão, enquanto 4% não souberam ou não responderam. Uma semana atrás, os índices eram de 20% e 6%, respectivamente. Foram ouvidos 700 eleitores entre os dias 21 e 23. Em relação aos votos totais -incluindo brancos, nulos e indecisos-, Nogueira oscilou positivamente um ponto e tem, agora, 43%. Ricardo, que tinha 32% no levantamento anterior, atingiu 39%.
poder
'Batalha da água' acirra segundo turno da campanha em Ribeirão PretoMARCELO TOLEDO DE RIBEIRÃO PRETO A batalha sobre as formas de abastecimento de água em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) acirrou a disputa no segundo turno da eleição na cidade. Até então atrás na disputa, o vereador Ricardo Silva (PDT) passou a criticar de forma contínua na propaganda eleitoral no segundo turno proposta de seu adversário, Duarte Nogueira (PSDB), de captar água do rio Pardo, que passa no município, para complementar o abastecimento no município, feito hoje exclusivamente a partir de captação do aquífero Guarani. Após Ricardo sair na frente na disputa, ser superado no primeiro turno e aparecer 14 pontos percentuais atrás na primeira pesquisa do segundo turno, membros de sua campanha afirmam ver o tema como um dos responsáveis pela recuperação do candidato. Pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira (24) mostra empate técnico entre os adversários. O pedetista aparece com 48% dos votos válidos, ante 52% de Nogueira. No levantamento anterior, divulgado no último dia 17, Ricardo tinha 43%, ante 57% do candidato tucano -ambos tiveram variação fora da margem de erro, de quatro pontos percentuais. No primeiro turno, Nogueira teve 39,86% dos votos válidos, ante 27,86% de Ricardo. "Não dá para entender é que em Ribeirão Preto tenha proposta de captação de água do rio, sendo que temos o nosso aquífero, com água boa, limpa, para todos", disse Ricardo num dos debates entre os dois no segundo turno. Em seus programas no horário eleitoral, Ricardo tem usado imagens de eleitores dizendo que a água do rio é "podre", "fedida" e que Nogueira "quer dar para os pobres beberem". "Não vamos permitir, como estão querendo, que a água do rio Pardo, que recebe esgoto de dezenas de cidades antes de passar por Ribeirão, seja usada para abastecer os bairros mais simples", disse o pedetista no horário eleitoral. Já Nogueira tem afirmado que a possibilidade de usar a água do rio Pardo é um "plano B" e é um pensamento sobre o futuro do abastecimento para o município. O plano inicial, de acordo com ele, é seguir com o uso da água do aquífero, que a cada ano que passa vê seu nível se reduzindo na cidade. "Nós podemos, a médio e longo prazo, ter um colapso no abastecimento de água [se nada for feito]", disse o tucano em uma sabatina. Segundo ele, qualquer cidade ou região metropolitana capta água de lagos ou rios e a trata para que possa ser utilizada. Ainda conforme Nogueira, os estudos que são feitos pelo Daerp (departamento de água) sobre o uso de água do rio Pardo terão continuidade. O rio Pardo nasce no centro-sul de Minas Gerais, corta municípios como São José do Rio Pardo, Mococa, Ribeirão Preto e Barretos e desemboca no rio Grande, na divisa entre São Paulo e Minas, num curso de 573 quilômetros. A possibilidade de captar água do Pardo não é nova na cidade. Em 2014, a prefeitura já tinha obtido autorização da ANA (Agência Nacional de Águas) para a captação. Segundo o projeto, poderia ser possível até dobrar o volume de água disponível, numa cidade que sofre com a falta d'água devido a problemas históricos nos poços e ao desperdício na rede -que equivale a quase metade da captação. Segundo o Daee (Departamento de Água e Energia Elétrica de São Paulo) em Ribeirão Preto, o abastecimento por poços atingiu nos últimos anos o limite da sustentabilidade e o nível do aquífero já baixou 70 metros devido ao uso para abastecimento. Mas o próprio rio Pardo enfrenta seus problemas. Na última seca recorde no interior paulista, em 2014, o rio atingiu o menor nível desde 1970. INDECISOS A pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira mostrou também a redução no total de eleitores de Ribeirão Preto que pretendem votar em branco ou anular e indecisos. No total, 14% dos eleitores entrevistados afirmaram que votarão em branco ou anularão, enquanto 4% não souberam ou não responderam. Uma semana atrás, os índices eram de 20% e 6%, respectivamente. Foram ouvidos 700 eleitores entre os dias 21 e 23. Em relação aos votos totais -incluindo brancos, nulos e indecisos-, Nogueira oscilou positivamente um ponto e tem, agora, 43%. Ricardo, que tinha 32% no levantamento anterior, atingiu 39%.
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Difícil acreditar que na Petrobras não haverá indicação política, diz leitor
O editorial "Reorientação" peca por tecer loas a uma suposta ausência de viés político na escolha de Pedro Parente, pois, se os dirigentes da estatal não forem concursados, serão sempre nomeações políticas. É também de se questionar se a Petrobras e o BNDES foram usados para alavancar o desenvolvimento social, não apenas o econômico –o que é um fator favorável. Só nos resta temer o que vem dessa interinidade mórbida. ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Campinas, SP) * Finalmente uma faísca de bom senso surgiu nas altas esferas do governo: ao aceitar o convite para dirigir a Petrobras, Pedro Parente declarou taxativamente: "Não haverá indicações políticas". Se essa medida tivesse sido adotada pelos presidentes da República deste século, a atual crise não teria existido. LUIS FONTANA RABAL (São Paulo, SP) * A leitora Suely Rezende Penha (Painel do Leitor, 21/6) se mostrou assustada com a posse de Pedro Parente por dois motivos: porque ele é tucano e porque, segundo ela, a Petrobras foi arruinada no governo Fernando Henrique. Ao que parece, essa senhora não tem lido jornais e visto os noticiários televisivos nos últimos 13 anos para saber quem, de fato, destruiu a Petrobras. FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Difícil acreditar que na Petrobras não haverá indicação política, diz leitorO editorial "Reorientação" peca por tecer loas a uma suposta ausência de viés político na escolha de Pedro Parente, pois, se os dirigentes da estatal não forem concursados, serão sempre nomeações políticas. É também de se questionar se a Petrobras e o BNDES foram usados para alavancar o desenvolvimento social, não apenas o econômico –o que é um fator favorável. Só nos resta temer o que vem dessa interinidade mórbida. ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Campinas, SP) * Finalmente uma faísca de bom senso surgiu nas altas esferas do governo: ao aceitar o convite para dirigir a Petrobras, Pedro Parente declarou taxativamente: "Não haverá indicações políticas". Se essa medida tivesse sido adotada pelos presidentes da República deste século, a atual crise não teria existido. LUIS FONTANA RABAL (São Paulo, SP) * A leitora Suely Rezende Penha (Painel do Leitor, 21/6) se mostrou assustada com a posse de Pedro Parente por dois motivos: porque ele é tucano e porque, segundo ela, a Petrobras foi arruinada no governo Fernando Henrique. Ao que parece, essa senhora não tem lido jornais e visto os noticiários televisivos nos últimos 13 anos para saber quem, de fato, destruiu a Petrobras. FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Brasileiros têm estreias difíceis no Aberto da Austrália
Os três brasileiros garantidos na chave principal do Aberto da Austrália vivem momentos distintos na carreira. Thomaz Bellucci, 29, 62º do ranking, busca dias melhores e quem sabe retornar ao grupo dos 30 mais bem colocados, que ocupou com regularidade em 2010. Na primeira rodada, ele terá pela frente o australiano Bernard Tomic (27º). A partida será a segunda de uma série que começa às 22h deste domingo (15). Thiago Monteiro, 22, iniciou 2016 no 463º lugar. A virada começou no Aberto do Rio, em fevereiro, quando ele surpreendeu ao derrotar o francês Jo-Wilfried Tsonga, atual 12º da lista. Ele ocupa atualmente a 83ª posição. Na estreia, enfrenta justamente Tsonga, na quarta partida de série que incia também às 22h. Rogério Dutra Silva, o Rogerinho, 32, tenta se manter entre os cem primeiros –é o 96º. Seu primeiro jogo será contra o promissor americano Jared Donaldson, 20, 101º colocado. A data não havia sido divulgada até a publicação desta reportagem.
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Brasileiros têm estreias difíceis no Aberto da AustráliaOs três brasileiros garantidos na chave principal do Aberto da Austrália vivem momentos distintos na carreira. Thomaz Bellucci, 29, 62º do ranking, busca dias melhores e quem sabe retornar ao grupo dos 30 mais bem colocados, que ocupou com regularidade em 2010. Na primeira rodada, ele terá pela frente o australiano Bernard Tomic (27º). A partida será a segunda de uma série que começa às 22h deste domingo (15). Thiago Monteiro, 22, iniciou 2016 no 463º lugar. A virada começou no Aberto do Rio, em fevereiro, quando ele surpreendeu ao derrotar o francês Jo-Wilfried Tsonga, atual 12º da lista. Ele ocupa atualmente a 83ª posição. Na estreia, enfrenta justamente Tsonga, na quarta partida de série que incia também às 22h. Rogério Dutra Silva, o Rogerinho, 32, tenta se manter entre os cem primeiros –é o 96º. Seu primeiro jogo será contra o promissor americano Jared Donaldson, 20, 101º colocado. A data não havia sido divulgada até a publicação desta reportagem.
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Dólar cai para R$ 3,96 e Bolsa tem 2ª alta com ajuste e poucos negócios
O fraco volume de negócios antes do feriado de Natal ajudou os mercados de câmbio e de ações a manter nesta quarta-feira (23) o ajuste iniciado na véspera, com o dólar caindo para menos de R$ 3,96 enquanto o principal índice da Bolsa brasileira subiu. A recuperação dos preços do petróleo no exterior, após terem atingido nesta semana mínimas em onze anos, também colaborou para o comportamento positivo do mercado financeiro na sessão. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou o dia com desvalorização de 0,92%, para R$ 3,961 na venda. Já o dólar comercial, utilizado no comércio exterior, cedeu 0,82%, a R$ 3,954. A divisa americana caiu sobre 12 das 24 principais moedas emergentes do mundo. O dólar no Brasil subiu mais do que no exterior desde o início da semana passada (cerca de 2%), o que abriu brecha para um ajuste técnico, intensificado pela baixa quantidade de negócios. O Banco Central deu continuidade nesta sessão aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou US$ 547,4 milhões. Apesar do recuo do dólar nas últimas duas sessões, analistas ainda enxergam pressão no câmbio, pautada na deterioração do cenário político brasileiro. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, recebeu Eduardo Cunha e outros deputados para conversar sobre o processo de impeachment da presidente. Cunha teria pedido celeridade na publicação do acórdão da decisão na semana passada, que suspendeu o rito do impeachment e anulou a eleição de comissão especial. Lewandowski disse que os ministros têm até 19 de fevereiro para disponibilizarem seus votos e o tribunal tem até 60 dias após o julgamento, sem contar o prazo de recesso, para publicar o acórdão. No mercado de juros futuros, os contratos fecharam majoritariamente em baixa na BM&FBovespa. O DI para fevereiro de 2016 subiu de 14,281% a 14,294%, enquanto o DI para julho de 2016 cedeu de 15,210% a 15,190% e o DI para janeiro de 2019 recuou de 16,780% para 16,650%. Já o DI para janeiro de 2021 apontou taxa de 16,480%, ante 16,570% na sessão anterior. BOLSA EM ALTA O principal índice da Bolsa brasileira acompanhou o avanço dos mercados acionários na Europa e nos Estados Unidos, e fechou no azul pelo segundo dia. O bom desempenho foi puxado por ações de grandes produtores de matérias-primas, na esteira do avanço do petróleo na sessão. O Ibovespa subiu 1,25%, para 44.014 pontos. O volume financeiro foi de R$ 4 bilhões —bem longe da média diária do ano, de R$ 7 bilhões, segundo dados da BM&FBovespa. A Bolsa brasileira ficará fechada na quinta (24) e sexta-feira (25) devido ao feriado de Natal. As ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas e sem direito a voto, subiram 2,06%, para R$ 6,93 cada uma. Já as ordinárias, com direito a voto, ganharam 3,98%, para R$ 8,88. O barril de petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, subiu 4,02%, para US$ 37,56. Já o barril de petróleo WTI, negociado nos EUA, avançou 4,32%, para US$ 37,70. A Petrobras anunciou na véspera que testes realizados no poço 3-SPS-105, na área do PAD (Plano de Avaliação de Descoberta) de Carcará "comprovaram alta produtividade" dos reservatórios. Segundo a estatal, estima-se que o potencial de produção do poço seja equivalente aos resultados alcançados pelos melhores poços produtores do pré-sal da Bacia de Santos. AÇÕES EM DESTAQUE Também no azul, a Vale viu sua ação preferencial subir 4,67%, para R$ 10,52. O papel ordinário da mineradora teve valorização de 5,33%, para R$ 13,22. O setor bancário, segmento com a maior participação dentro do Ibovespa, amenizou o ganho do índice na sessão. Subiram o Bradesco (+0,77%) e o Santander (+2,58%). Já o Banco do Brasil e o Itaú perderam 1% e 0,37%, respectivamente. Quem liderou a ponta positiva do Ibovespa foram as ações da CSN (+7,71%) e da Sabesp (+7,04%). A siderúrgica refletiu notícias de que uma eventual paralisação de alto-forno da empresa em Volta Redonda (RJ) pode gerar a demissão de três mil trabalhadores diretos e indiretos da usina. Já a Sabesp anunciou novas regras que tornam mais difícil aos consumidores que economizam água a obtenção de descontos em suas contas. Ao mesmo tempo, a empresa manteve inalteradas as regras de aplicação de sobretaxa aqueles que aumentam o consumo. Fora do Ibovespa, as ações da Minerva subiram 3,93%, após a companhia ter aprovado aumento de capital de até R$ 1,55 bilhão, parte de acordo de investimento com a britânica Salic UK, controlada do grupo saudita de mesmo nome. Com agências de notícias
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Dólar cai para R$ 3,96 e Bolsa tem 2ª alta com ajuste e poucos negóciosO fraco volume de negócios antes do feriado de Natal ajudou os mercados de câmbio e de ações a manter nesta quarta-feira (23) o ajuste iniciado na véspera, com o dólar caindo para menos de R$ 3,96 enquanto o principal índice da Bolsa brasileira subiu. A recuperação dos preços do petróleo no exterior, após terem atingido nesta semana mínimas em onze anos, também colaborou para o comportamento positivo do mercado financeiro na sessão. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou o dia com desvalorização de 0,92%, para R$ 3,961 na venda. Já o dólar comercial, utilizado no comércio exterior, cedeu 0,82%, a R$ 3,954. A divisa americana caiu sobre 12 das 24 principais moedas emergentes do mundo. O dólar no Brasil subiu mais do que no exterior desde o início da semana passada (cerca de 2%), o que abriu brecha para um ajuste técnico, intensificado pela baixa quantidade de negócios. O Banco Central deu continuidade nesta sessão aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou US$ 547,4 milhões. Apesar do recuo do dólar nas últimas duas sessões, analistas ainda enxergam pressão no câmbio, pautada na deterioração do cenário político brasileiro. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, recebeu Eduardo Cunha e outros deputados para conversar sobre o processo de impeachment da presidente. Cunha teria pedido celeridade na publicação do acórdão da decisão na semana passada, que suspendeu o rito do impeachment e anulou a eleição de comissão especial. Lewandowski disse que os ministros têm até 19 de fevereiro para disponibilizarem seus votos e o tribunal tem até 60 dias após o julgamento, sem contar o prazo de recesso, para publicar o acórdão. No mercado de juros futuros, os contratos fecharam majoritariamente em baixa na BM&FBovespa. O DI para fevereiro de 2016 subiu de 14,281% a 14,294%, enquanto o DI para julho de 2016 cedeu de 15,210% a 15,190% e o DI para janeiro de 2019 recuou de 16,780% para 16,650%. Já o DI para janeiro de 2021 apontou taxa de 16,480%, ante 16,570% na sessão anterior. BOLSA EM ALTA O principal índice da Bolsa brasileira acompanhou o avanço dos mercados acionários na Europa e nos Estados Unidos, e fechou no azul pelo segundo dia. O bom desempenho foi puxado por ações de grandes produtores de matérias-primas, na esteira do avanço do petróleo na sessão. O Ibovespa subiu 1,25%, para 44.014 pontos. O volume financeiro foi de R$ 4 bilhões —bem longe da média diária do ano, de R$ 7 bilhões, segundo dados da BM&FBovespa. A Bolsa brasileira ficará fechada na quinta (24) e sexta-feira (25) devido ao feriado de Natal. As ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas e sem direito a voto, subiram 2,06%, para R$ 6,93 cada uma. Já as ordinárias, com direito a voto, ganharam 3,98%, para R$ 8,88. O barril de petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, subiu 4,02%, para US$ 37,56. Já o barril de petróleo WTI, negociado nos EUA, avançou 4,32%, para US$ 37,70. A Petrobras anunciou na véspera que testes realizados no poço 3-SPS-105, na área do PAD (Plano de Avaliação de Descoberta) de Carcará "comprovaram alta produtividade" dos reservatórios. Segundo a estatal, estima-se que o potencial de produção do poço seja equivalente aos resultados alcançados pelos melhores poços produtores do pré-sal da Bacia de Santos. AÇÕES EM DESTAQUE Também no azul, a Vale viu sua ação preferencial subir 4,67%, para R$ 10,52. O papel ordinário da mineradora teve valorização de 5,33%, para R$ 13,22. O setor bancário, segmento com a maior participação dentro do Ibovespa, amenizou o ganho do índice na sessão. Subiram o Bradesco (+0,77%) e o Santander (+2,58%). Já o Banco do Brasil e o Itaú perderam 1% e 0,37%, respectivamente. Quem liderou a ponta positiva do Ibovespa foram as ações da CSN (+7,71%) e da Sabesp (+7,04%). A siderúrgica refletiu notícias de que uma eventual paralisação de alto-forno da empresa em Volta Redonda (RJ) pode gerar a demissão de três mil trabalhadores diretos e indiretos da usina. Já a Sabesp anunciou novas regras que tornam mais difícil aos consumidores que economizam água a obtenção de descontos em suas contas. Ao mesmo tempo, a empresa manteve inalteradas as regras de aplicação de sobretaxa aqueles que aumentam o consumo. Fora do Ibovespa, as ações da Minerva subiram 3,93%, após a companhia ter aprovado aumento de capital de até R$ 1,55 bilhão, parte de acordo de investimento com a britânica Salic UK, controlada do grupo saudita de mesmo nome. Com agências de notícias
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São Paulo tem uma contribuição à COP21
Está se aproximando a 21ª Conferência das Partes da Convenção - Quadro das Nações Unidas sobre Mudança de Clima. A COP de Paris traz grandes expectativas sobre como será o acordo entre os países para reverter o rumo insustentável das emissões de gases de efeito estufa (GEE) que causam o aquecimento global. Recentemente, o Brasil anunciou oficialmente compromissos de reduzir as emissões de GEE em 37% até 2025 e 43% até 2030, incluindo o desmatamento ilegal zero na Amazônia. Para atingir essas metas, o Governo Federal precisará trabalhar fortemente com os Estados e Municípios, inclusive revendo posições com relação ao papel dos governos subnacionais nas esferas ambiental e de desenvolvimento sustentável. Espera-se que as novas metas levem a uma convergência de interesses e uma justa repartição de direitos e deveres. A exemplo de países desenvolvidos, Estados brasileiros deveriam ampliar sua representatividade internacional e seu alcance jurisdicional para regular temas como meio ambiente, produção e consumo, energia e até tributação. Enquanto isso não ocorre, há consideráveis espaços para políticas integradas, particularmente nesse momento de crise econômica relacionadas à competitividade e inovação. Diversas tecnologias e práticas podem e devem ser melhor exploradas. Contribuir para esse processo é o objetivo do Protocolo Climático do Estado de São Paulo (http://goo.gl/uVHaxF), iniciativa baseada num sistema progressivo de pontos, atribuídos a informações prestadas por pessoas jurídicas. Totalmente voluntário, o Protocolo oferece alternativas aos aderentes, que passo a passo podem informar suas emissões, metodologia e escopo de inventários adotados, a existência ou não de verificação e validação de dados, indicadores de desempenho, eventuais metas de redução de emissões, indicadores de vulnerabilidade e medidas de adaptação. A somatória de pontos obtidos permite classificar os aderentes sob um critério objetivo de proatividade em termos de responsabilidade com o clima. Os aderentes poderão, ainda, pleitear recursos na FAPESP para pesquisa e desenvolvimento tecnológico aplicados à mitigação de emissões de gases de efeito estufa. Respeita-se a confidencialidade das informações, que somente serão divulgadas de forma agregada. Independente das regras de licenciamento ambiental de empreendimentos, o Protocolo reforça de maneira pedagógica a métrica climática e a cultura de registro público de emissões, que certamente serão desdobramentos do Acordo de Paris a serem incorporados pelo Brasil a partir de 2020. A identificação das melhores práticas setoriais, aliada ao melhor conhecimento das emissões, permitirá melhores calibrações de políticas públicas nacionais. O Protocolo Paulista não estabelece metas obrigatórias de redução, uma vez que isso deverá partir da Política Nacional alinhada às decisões de Paris. A iniciativa paulista busca identificar melhores práticas e ajudar a persegui-las, considerando capacidades e necessidades setoriais. Instrumento indutor de estratégias ambientais e de competitividade, o Protocolo Climático do Estado de São Paulo representa ao mesmo tempo uma alternativa à paralisia da crise brasileira e uma proposta construtiva de governos subnacionais para a Conferência de Paris. PATRICIA IGLECIAS, 48 anos, Secretária de Estado de Meio Ambiente e Professora da Faculdade de Direito da Universidade São Paulo - USP OSWALDO LUCON, 52 anos, Assessor de Mudanças Climáticas da Secretaria de Meio Ambiente * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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São Paulo tem uma contribuição à COP21Está se aproximando a 21ª Conferência das Partes da Convenção - Quadro das Nações Unidas sobre Mudança de Clima. A COP de Paris traz grandes expectativas sobre como será o acordo entre os países para reverter o rumo insustentável das emissões de gases de efeito estufa (GEE) que causam o aquecimento global. Recentemente, o Brasil anunciou oficialmente compromissos de reduzir as emissões de GEE em 37% até 2025 e 43% até 2030, incluindo o desmatamento ilegal zero na Amazônia. Para atingir essas metas, o Governo Federal precisará trabalhar fortemente com os Estados e Municípios, inclusive revendo posições com relação ao papel dos governos subnacionais nas esferas ambiental e de desenvolvimento sustentável. Espera-se que as novas metas levem a uma convergência de interesses e uma justa repartição de direitos e deveres. A exemplo de países desenvolvidos, Estados brasileiros deveriam ampliar sua representatividade internacional e seu alcance jurisdicional para regular temas como meio ambiente, produção e consumo, energia e até tributação. Enquanto isso não ocorre, há consideráveis espaços para políticas integradas, particularmente nesse momento de crise econômica relacionadas à competitividade e inovação. Diversas tecnologias e práticas podem e devem ser melhor exploradas. Contribuir para esse processo é o objetivo do Protocolo Climático do Estado de São Paulo (http://goo.gl/uVHaxF), iniciativa baseada num sistema progressivo de pontos, atribuídos a informações prestadas por pessoas jurídicas. Totalmente voluntário, o Protocolo oferece alternativas aos aderentes, que passo a passo podem informar suas emissões, metodologia e escopo de inventários adotados, a existência ou não de verificação e validação de dados, indicadores de desempenho, eventuais metas de redução de emissões, indicadores de vulnerabilidade e medidas de adaptação. A somatória de pontos obtidos permite classificar os aderentes sob um critério objetivo de proatividade em termos de responsabilidade com o clima. Os aderentes poderão, ainda, pleitear recursos na FAPESP para pesquisa e desenvolvimento tecnológico aplicados à mitigação de emissões de gases de efeito estufa. Respeita-se a confidencialidade das informações, que somente serão divulgadas de forma agregada. Independente das regras de licenciamento ambiental de empreendimentos, o Protocolo reforça de maneira pedagógica a métrica climática e a cultura de registro público de emissões, que certamente serão desdobramentos do Acordo de Paris a serem incorporados pelo Brasil a partir de 2020. A identificação das melhores práticas setoriais, aliada ao melhor conhecimento das emissões, permitirá melhores calibrações de políticas públicas nacionais. O Protocolo Paulista não estabelece metas obrigatórias de redução, uma vez que isso deverá partir da Política Nacional alinhada às decisões de Paris. A iniciativa paulista busca identificar melhores práticas e ajudar a persegui-las, considerando capacidades e necessidades setoriais. Instrumento indutor de estratégias ambientais e de competitividade, o Protocolo Climático do Estado de São Paulo representa ao mesmo tempo uma alternativa à paralisia da crise brasileira e uma proposta construtiva de governos subnacionais para a Conferência de Paris. PATRICIA IGLECIAS, 48 anos, Secretária de Estado de Meio Ambiente e Professora da Faculdade de Direito da Universidade São Paulo - USP OSWALDO LUCON, 52 anos, Assessor de Mudanças Climáticas da Secretaria de Meio Ambiente * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Pizzaria Bráz organiza festival com receitas de celebrada casa de NY
A partir desta terça-feira (29) a pizzaria Bráz vai oferecer cinco receitas da Roberta's, uma das melhores pizzarias de Nova York, no festival Bráz Fora de Série - Do Brás ao Brooklyn. A ideia é reproduzir fielmente as receitas do chef Carlo Mirarchi e do mestre pizzaiolo Anthony Falco, desde a preparação da massa de fermentação natural até o desenvolvimento dos ingredientes. Aqui as pizzas mais pedidas no Roberta's receberão novos nomes, que homenageiam a imigração italiana em São Paulo, como a "Hospedaria dos imigrantes" –com calabresa em flocos, mozarela, sopressata picante fatiada e fio de mel– ou a "Mercadão" –com cogumelos, mozarela fresca, speck (um tipo de presunto cru) e cebola roxa. Outras receitas que serão servidas são a "Regoli, Crespi & Co.", com calabresa em flocos, massa de calabresa com páprica, alho fatiado, parmesão, cebola roxa e manjericão; a "Nossa Senhora Achiropita", de três queijos (mozarela, parmesão grana padano e caciocavallo) com toque de pimenta calabresa; e a Roberta's, feita com mozarela, parmesão grana padano, cebola roxa, alho fatiado e pimenta dedo-de-moça. Todas as pizzas custarão R$ 79. O evento, que engloba todas as unidades da Bráz, termina no dia 31 de outubro. No ano passado, a edição do Bráz Fora de Série elaborou pizzas com ingredientes exclusivos, selecionados pela pizzaria e reproduzidos por imigrantes italianos radicados no Brasil. Bráz Fora de Série - do Brás ao Brooklyn Quando de 29 de setembro a 31 de outubro Onde unidades da Bráz; brazpizzaria.com.br Quanto R$ 79 (cada pizza)
comida
Pizzaria Bráz organiza festival com receitas de celebrada casa de NYA partir desta terça-feira (29) a pizzaria Bráz vai oferecer cinco receitas da Roberta's, uma das melhores pizzarias de Nova York, no festival Bráz Fora de Série - Do Brás ao Brooklyn. A ideia é reproduzir fielmente as receitas do chef Carlo Mirarchi e do mestre pizzaiolo Anthony Falco, desde a preparação da massa de fermentação natural até o desenvolvimento dos ingredientes. Aqui as pizzas mais pedidas no Roberta's receberão novos nomes, que homenageiam a imigração italiana em São Paulo, como a "Hospedaria dos imigrantes" –com calabresa em flocos, mozarela, sopressata picante fatiada e fio de mel– ou a "Mercadão" –com cogumelos, mozarela fresca, speck (um tipo de presunto cru) e cebola roxa. Outras receitas que serão servidas são a "Regoli, Crespi & Co.", com calabresa em flocos, massa de calabresa com páprica, alho fatiado, parmesão, cebola roxa e manjericão; a "Nossa Senhora Achiropita", de três queijos (mozarela, parmesão grana padano e caciocavallo) com toque de pimenta calabresa; e a Roberta's, feita com mozarela, parmesão grana padano, cebola roxa, alho fatiado e pimenta dedo-de-moça. Todas as pizzas custarão R$ 79. O evento, que engloba todas as unidades da Bráz, termina no dia 31 de outubro. No ano passado, a edição do Bráz Fora de Série elaborou pizzas com ingredientes exclusivos, selecionados pela pizzaria e reproduzidos por imigrantes italianos radicados no Brasil. Bráz Fora de Série - do Brás ao Brooklyn Quando de 29 de setembro a 31 de outubro Onde unidades da Bráz; brazpizzaria.com.br Quanto R$ 79 (cada pizza)
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Dilma vai ser esquecida em dois dias, diz Geddel Vieira Lima
Em resposta às críticas e ataques da ex-presidente Dilma Rousseff ao governo Temer, o ministro Geddel Vieira Lima –Secretaria de Governo– disse que a petista vai "ser esquecida em dois dias" e que ela "é página virada" da política brasileira. Geddel foi escalado para responder diretamente a ex-presidente, que, em entrevista no Palácio da Alvorada, logo depois da decisão do Senado de cassar seu mandato, afirmou que "haverá contra eles [Temer e seus aliados] a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode sofrer". Antes, durante fala na abertura de rápida reunião ministerial, o próprio presidente Michel Temer criticou quem considera seu governo "golpista" e disse que, a partir de agora, nenhuma "ofensa ficará sem resposta". Seguindo a orientação presidencial, Geddel afirmou que "Dilma não entendeu o gesto de piedade que os senadores tiveram com ela". Acrescentou que a ex-presidente "precisa parar de chamar nosso governo de golpista, porque, ofensa pior, é ser chamado de petista".
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Dilma vai ser esquecida em dois dias, diz Geddel Vieira LimaEm resposta às críticas e ataques da ex-presidente Dilma Rousseff ao governo Temer, o ministro Geddel Vieira Lima –Secretaria de Governo– disse que a petista vai "ser esquecida em dois dias" e que ela "é página virada" da política brasileira. Geddel foi escalado para responder diretamente a ex-presidente, que, em entrevista no Palácio da Alvorada, logo depois da decisão do Senado de cassar seu mandato, afirmou que "haverá contra eles [Temer e seus aliados] a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode sofrer". Antes, durante fala na abertura de rápida reunião ministerial, o próprio presidente Michel Temer criticou quem considera seu governo "golpista" e disse que, a partir de agora, nenhuma "ofensa ficará sem resposta". Seguindo a orientação presidencial, Geddel afirmou que "Dilma não entendeu o gesto de piedade que os senadores tiveram com ela". Acrescentou que a ex-presidente "precisa parar de chamar nosso governo de golpista, porque, ofensa pior, é ser chamado de petista".
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Franco-brasileiro Hércules Florence tem criações resgatadas por Mônaco
Num de seus manuscritos, Hércules Florence fala das mil frustrações que enfrentou ao tentar fixar as imagens que via tomar forma na câmara escura que construiu. É o relato exasperante de alguém que sente estar muito perto de um milagre tecnológico, mas vê aquilo escorregar pelo ralo. Essa lembrança de outubro de 1833 tinha como título, em francês, "descoberta da fotografia ou impressão com a luz" —não se sabe se na hora ou tempos depois, Florence rasurou o texto, riscando da página a palavra "descoberta". Nascido em Nice, em 1804, e morto em Campinas, no interior paulista, em 1879, Florence foi o primeiro a usar o termo fotografia. Mas Louis Daguerre, francês morto aos 63, em 1851, entrou para a história como inventor da técnica, mesmo tendo patenteado o processo seis anos depois. Essa visão de Florence como um inventor no exílio, uma espécie de gênio incompreendido nos trópicos, orienta a maior mostra já dedicada ao artista marcada para o ano que vem no Novo Museu Nacional de Mônaco. Há dois anos, pesquisadores bancados pelo governo do principado europeu transcrevem todos os manuscritos de Florence em poder de uma das herdeiras, a tataraneta brasileira Leila Florence, e digitalizam um arquivo de mais de mil obras, entre provas fotográficas, desenhos e esboços de máquinas e invenções frustradas. É uma tentativa de repatriar Florence como um ilustre –e ainda desconhecido– herói nacional. Mesmo nascido na França, ele era de origem monegasca e tinha um passaporte do pequeno país. "É isso que nos dá o dinheiro para a pesquisa", conta o italiano Cristiano Raimondi, que lidera os estudos orçados em cerca de R$ 1,6 milhão. No fundo, eles querem fazer o caminho inverso do artista que se radicou no Brasil e criou em solo nacional um projeto intelectual obsessivo, com estudos que vão da topografia à zoofonia, passando pela arquitetura, a meteorologia e as técnicas fotográficas que tentou aperfeiçoar. Logo depois de desembarcar no porto do Rio, em 1824, Florence se ofereceu para ser um dos desenhistas da célebre expedição Langsdorff, que viajou do rio Tietê ao Amazonas pelo interior do país. No trajeto, teve um filho com uma índia e fez os primeiros registros de tribos ainda desconhecidas dos brancos, como os bororo. Também viu enlouquecer o líder da expedição e perdeu o colega Adrien Taunay, que morreu afogado. VISÃO MODERNÍSSIMA Na opinião de Boris Kossoy, autor do maior estudo já feito sobre Florence, o fracasso da expedição explica em parte a dificuldade de o artista se firmar no panteão intelectual de sua época, além do isolamento em que vivia depois de se casar com a filha de um político graúdo em Campinas. "Uma das grandes frustrações dele era viver num meio caboclo", diz Kossoy. "Mas o seu interesse maior nem eram as imagens da câmara escura. Ele falava que o espetacular era que a natureza pudesse se desenhar com o rigor da geometria. Ele tentou produzir imagens em série dentro de uma visão moderníssima." Mas o fato de não ser reconhecido como inventor da fotografia também responde pela multiplicação de seus interesses e sua obsessão em se firmar como o gênio que acreditava ser, copiando e recopiando seus manuscritos à exaustão e enviando os textos a universidades da Europa. "Ele ficou chocado que na França chegaram a capacidades técnicas muito superiores do que as dele", diz Linda Fregni, artista italiana que também organiza a mostra. "Isso causou uma dor que ele nunca foi capaz de superar." ROMÂNTICO ILUMINADO Resignado, Florence também arquitetou o que a autora argentina Pola Oloixarac, que escreveu uma ópera e agora escreve um romance sobre o artista, resume como "cosmovisão de sua sensibilidade". Ou seja, tentou redefinir parâmetros para a arquitetura, que no Brasil, segundo ele, deveria ser inspirada no crescimento das palmeiras, adaptou a notação musical para encaixar o canto dos pássaros da Amazônia e dividiu a natureza entre os mundos orgânico –tudo o que se mexe– e o inorgânico –plantas e pedras. "Ele dizia que seria lindo poder reproduzir de forma mecânica tudo que fosse inorgânico, para que os artistas pudessem se concentrar no orgânico", conta Fregni. "Nesse sentido, ele estava entre o romantismo e o iluminismo, entre a arte e a ciência, que era a atitude do momento." No caso, a atitude na Europa daquele momento. Em Campinas, onde desenvolveu suas pesquisas, Florence se sentia num vácuo intelectual. "Era um homem de cultura, iluminado, mas parecia estar falando árabe. Estava rodeado de gente que não entendia nada", diz Raimondi. "Essa é uma história muito brasileira."
ilustrada
Franco-brasileiro Hércules Florence tem criações resgatadas por MônacoNum de seus manuscritos, Hércules Florence fala das mil frustrações que enfrentou ao tentar fixar as imagens que via tomar forma na câmara escura que construiu. É o relato exasperante de alguém que sente estar muito perto de um milagre tecnológico, mas vê aquilo escorregar pelo ralo. Essa lembrança de outubro de 1833 tinha como título, em francês, "descoberta da fotografia ou impressão com a luz" —não se sabe se na hora ou tempos depois, Florence rasurou o texto, riscando da página a palavra "descoberta". Nascido em Nice, em 1804, e morto em Campinas, no interior paulista, em 1879, Florence foi o primeiro a usar o termo fotografia. Mas Louis Daguerre, francês morto aos 63, em 1851, entrou para a história como inventor da técnica, mesmo tendo patenteado o processo seis anos depois. Essa visão de Florence como um inventor no exílio, uma espécie de gênio incompreendido nos trópicos, orienta a maior mostra já dedicada ao artista marcada para o ano que vem no Novo Museu Nacional de Mônaco. Há dois anos, pesquisadores bancados pelo governo do principado europeu transcrevem todos os manuscritos de Florence em poder de uma das herdeiras, a tataraneta brasileira Leila Florence, e digitalizam um arquivo de mais de mil obras, entre provas fotográficas, desenhos e esboços de máquinas e invenções frustradas. É uma tentativa de repatriar Florence como um ilustre –e ainda desconhecido– herói nacional. Mesmo nascido na França, ele era de origem monegasca e tinha um passaporte do pequeno país. "É isso que nos dá o dinheiro para a pesquisa", conta o italiano Cristiano Raimondi, que lidera os estudos orçados em cerca de R$ 1,6 milhão. No fundo, eles querem fazer o caminho inverso do artista que se radicou no Brasil e criou em solo nacional um projeto intelectual obsessivo, com estudos que vão da topografia à zoofonia, passando pela arquitetura, a meteorologia e as técnicas fotográficas que tentou aperfeiçoar. Logo depois de desembarcar no porto do Rio, em 1824, Florence se ofereceu para ser um dos desenhistas da célebre expedição Langsdorff, que viajou do rio Tietê ao Amazonas pelo interior do país. No trajeto, teve um filho com uma índia e fez os primeiros registros de tribos ainda desconhecidas dos brancos, como os bororo. Também viu enlouquecer o líder da expedição e perdeu o colega Adrien Taunay, que morreu afogado. VISÃO MODERNÍSSIMA Na opinião de Boris Kossoy, autor do maior estudo já feito sobre Florence, o fracasso da expedição explica em parte a dificuldade de o artista se firmar no panteão intelectual de sua época, além do isolamento em que vivia depois de se casar com a filha de um político graúdo em Campinas. "Uma das grandes frustrações dele era viver num meio caboclo", diz Kossoy. "Mas o seu interesse maior nem eram as imagens da câmara escura. Ele falava que o espetacular era que a natureza pudesse se desenhar com o rigor da geometria. Ele tentou produzir imagens em série dentro de uma visão moderníssima." Mas o fato de não ser reconhecido como inventor da fotografia também responde pela multiplicação de seus interesses e sua obsessão em se firmar como o gênio que acreditava ser, copiando e recopiando seus manuscritos à exaustão e enviando os textos a universidades da Europa. "Ele ficou chocado que na França chegaram a capacidades técnicas muito superiores do que as dele", diz Linda Fregni, artista italiana que também organiza a mostra. "Isso causou uma dor que ele nunca foi capaz de superar." ROMÂNTICO ILUMINADO Resignado, Florence também arquitetou o que a autora argentina Pola Oloixarac, que escreveu uma ópera e agora escreve um romance sobre o artista, resume como "cosmovisão de sua sensibilidade". Ou seja, tentou redefinir parâmetros para a arquitetura, que no Brasil, segundo ele, deveria ser inspirada no crescimento das palmeiras, adaptou a notação musical para encaixar o canto dos pássaros da Amazônia e dividiu a natureza entre os mundos orgânico –tudo o que se mexe– e o inorgânico –plantas e pedras. "Ele dizia que seria lindo poder reproduzir de forma mecânica tudo que fosse inorgânico, para que os artistas pudessem se concentrar no orgânico", conta Fregni. "Nesse sentido, ele estava entre o romantismo e o iluminismo, entre a arte e a ciência, que era a atitude do momento." No caso, a atitude na Europa daquele momento. Em Campinas, onde desenvolveu suas pesquisas, Florence se sentia num vácuo intelectual. "Era um homem de cultura, iluminado, mas parecia estar falando árabe. Estava rodeado de gente que não entendia nada", diz Raimondi. "Essa é uma história muito brasileira."
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Trump prepara plano B e retórica de roubo em caso de convenção disputada
Donald Trump tem um plano B caso enfrente uma convenção disputada, e ele envolve o tipo de organização externa que ele mesmo já definiu como "corrupta". Embora o pré-candidato ainda possa garantir a indicação republicana nas cinco semanas que restam de primárias, Trump e seus aliados estão simultaneamente promovendo um esforço paralelo, caso isso se prove insuficiente. Grupos externos, entre os quais um liderado por Roger Stone, veterano aliado político de Trump, e uma frouxa coleção de partidários extravagantes, como os "Bikers for Trump" [motoqueiros por Trump], estão se organizando para a convenção que acontecerá em julho em Cleveland. Eles estão buscando doações para bancar transporte e alojamento e já estão tentando influenciar o clima da convenção com uma campanha de mídia social segundo a qual qualquer outro resultado que não a indicação de Trump seria um "roubo". "Nosso principal foco agora é Cleveland", disse Stone sobre seu grupo, chamado Stop the Steal [impeça o roubo]. "Queremos levar o maior contingente possível para demonstrar a amplitude do apelo de Trump, para que o partido possa ver explicitamente o que perderão caso roubem a indicação que deveria ser dele". O Stop the Steal e outros grupos vêm ganhando força ainda que Trump tenha insistido que não deseja ajuda de doadores à sua campanha, e que não tem compromissos com nenhum grupo. Os comitês de ação política "são um desastre, na verdade", disse Trump em um debate republicano em março. "Muito corruptos". O Stop the Steal tecnicamente não é um comitê de ação política, mas opera sob regras semelhantes. Na última semana, os advogados de Trump enviaram à Comissão Eleitoral Federal uma carta reiterando a reprovação da campanha a grupos que usam seu "nome, imagem, efígie ou slogans a fim de solicitar doações". Todas as organizações que estão planejando atividades em Cleveland usam repetidamente o nome de Trump em seu material. Trump preparou o terreno para aquilo que as organizações externas estão fazendo ao proferir comentários provocadores sobre a forma complexa do processo republicano de seleção de candidato —ele o definiu como "viciado". Os eleitores se manifestam, mas cada Estado tem regras próprias sobre que delegados vão à convenção e como eles devem votar em um indicado a presidência quando chegarem a ela. O Stop the Steal e outros grupos pró-Trump difundem a mesma mensagem na mídia social e em sites. "O grande roubo está em curso", afirma uma carta on-line, definindo os delegados desfavoráveis a Trump como "paus mandados". A coalizão liderada por Stone que pretende operar em Cleveland inclui organizações como a We Will Walk, Bikers for Trump, Citizens for Trump e Women for Trump. Stone disse que o objetivo era levar milhares de pessoas às ruas para manifestações pacíficas. "Estamos preparados para derrubar o Partido Republicano se eles mexerem com Trump e tentarem lhe tirar a candidatura por meio de truques sujos", disse Paul Nagy, republicano de New Hampshire. Ele comanda o We Will Walk, grupo que recolheu mais de 41 mil assinaturas on-line de pessoas que afirmam que Trump merece a indicação. CONTRAPARTIDA ESTRATÉGICA A ofensiva de relações públicas é uma contrapartida à estratégia cuidadosamente definida por Ted Cruz, principal rival de Trump à indicação republicana, que recorre a trabalho corpo a corpo para recrutar delegados favoráveis, na esperança de que possa conquistar a indicação caso Trump não a obtenha na primeira rodada de votação. Neste final de semana, no Arizona, Cruz conquistou mais uma vitória estratégica sobre Trump, conquistando numerosos delegados amistosos, selecionados para ir a Cleveland, enquanto os partidários de Trump parecem ter sido virtualmente barrados. Os delegados têm a obrigação de votar em Trump na primeira rodada da votação na convenção, porque ele venceu no Estado, mas depois podem mudar seu voto e optar por Cruz. Embora Cruz esteja jogando de acordo com as regras do partido, a afirmação de Trump, de que aquilo que seu adversário está fazendo equivale a "roubar", ecoa junto ao eleitorado. Na metade de abril, depois que Cruz conquistou todos os delegados do Colorado, a dona de casa Erin Behrens disse que se sentiu enojada com o que estava acontecendo com o seu candidato. Por isso, a Stop the Steal a ajudou a organizar protestos no Estado. Stone e um aliado, Greg Lewis, voaram ao Colorado para ajudar Behrens a responder e-mails e organizar um comício. No evento, realizado em 15 de abril em Denver, cerca de 200 manifestantes carregaram faixas e cartazes com dizeres como "Banana Republicans!" e "Impeçam o Roubo". Behrens declarou em entrevista na semana passada que vai continuar a organizar os partidários de Trump no Colorado. "Se houver trapaça e eles deixarem claro que Trump não será indicado, o Stop the Steal Cleveland será uma coisa", ela disse. "Mas teremos eventos, protestos, em todo o país. Pode contar com isso". ARRECADAÇÃO DE FUNDOS Boa parte do que essas organizações externas vêm fazendo agora envolve arrecadação de fundos. "A realidade é que precisamos de US$ 262 mil nas duas próximas semanas", afirma o site da Stop the Steal. "Se você não pode ir a Cleveland, por que não ajuda quem pode? Você poderia nos doar US$ 500, US$ 200, até mesmo US$ 100, para esse esforço crucial?" Outra organização pró-Trump, o Great America PAC, também está arrecadando dinheiro para um esforço em Cleveland. O presidente da organização é William Doddridge, presidente-executivo da Jewelry Exchange. Seus comerciais alertam que "as elites do partido" tentarão tirar a indicação de Trump na convenção e sugerem que as pessoas impeçam que isso aconteça ligando para um número de chamada gratuita e doando dinheiro. A organização realmente precisa de ajuda. Seu mais recente relatório de arrecadação de fundos, que cobre o período encerrado em março, mostrou que ela tinha US$ 600 mil em dívidas. O comitê de ação política pode receber doações ilimitadas de empresas, pessoas e sindicatos. Os advogados de Trump solicitaram especificamente que a organização interrompa suas operações. O Stop the Steal não é um comitê de ação política, a forma de organização externa que mais atrai a ira de Trump, disse Stone. Mas a distinção é irrelevante. O grupo foi constituído como organização política sem fins lucrativos, "tipo 527", e precisa apresentar relatórios periódicos sobre seus doadores e gastos à Receita Federal norte-americana e não à comissão eleitoral. Da mesma forma que um comitê de ação política fiscalizado pela Comissão Eleitoral Federal, um grupo 527 por arrecadar quantias ilimitadas de dinheiro junto a pessoas, empresas e sindicatos. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Trump prepara plano B e retórica de roubo em caso de convenção disputadaDonald Trump tem um plano B caso enfrente uma convenção disputada, e ele envolve o tipo de organização externa que ele mesmo já definiu como "corrupta". Embora o pré-candidato ainda possa garantir a indicação republicana nas cinco semanas que restam de primárias, Trump e seus aliados estão simultaneamente promovendo um esforço paralelo, caso isso se prove insuficiente. Grupos externos, entre os quais um liderado por Roger Stone, veterano aliado político de Trump, e uma frouxa coleção de partidários extravagantes, como os "Bikers for Trump" [motoqueiros por Trump], estão se organizando para a convenção que acontecerá em julho em Cleveland. Eles estão buscando doações para bancar transporte e alojamento e já estão tentando influenciar o clima da convenção com uma campanha de mídia social segundo a qual qualquer outro resultado que não a indicação de Trump seria um "roubo". "Nosso principal foco agora é Cleveland", disse Stone sobre seu grupo, chamado Stop the Steal [impeça o roubo]. "Queremos levar o maior contingente possível para demonstrar a amplitude do apelo de Trump, para que o partido possa ver explicitamente o que perderão caso roubem a indicação que deveria ser dele". O Stop the Steal e outros grupos vêm ganhando força ainda que Trump tenha insistido que não deseja ajuda de doadores à sua campanha, e que não tem compromissos com nenhum grupo. Os comitês de ação política "são um desastre, na verdade", disse Trump em um debate republicano em março. "Muito corruptos". O Stop the Steal tecnicamente não é um comitê de ação política, mas opera sob regras semelhantes. Na última semana, os advogados de Trump enviaram à Comissão Eleitoral Federal uma carta reiterando a reprovação da campanha a grupos que usam seu "nome, imagem, efígie ou slogans a fim de solicitar doações". Todas as organizações que estão planejando atividades em Cleveland usam repetidamente o nome de Trump em seu material. Trump preparou o terreno para aquilo que as organizações externas estão fazendo ao proferir comentários provocadores sobre a forma complexa do processo republicano de seleção de candidato —ele o definiu como "viciado". Os eleitores se manifestam, mas cada Estado tem regras próprias sobre que delegados vão à convenção e como eles devem votar em um indicado a presidência quando chegarem a ela. O Stop the Steal e outros grupos pró-Trump difundem a mesma mensagem na mídia social e em sites. "O grande roubo está em curso", afirma uma carta on-line, definindo os delegados desfavoráveis a Trump como "paus mandados". A coalizão liderada por Stone que pretende operar em Cleveland inclui organizações como a We Will Walk, Bikers for Trump, Citizens for Trump e Women for Trump. Stone disse que o objetivo era levar milhares de pessoas às ruas para manifestações pacíficas. "Estamos preparados para derrubar o Partido Republicano se eles mexerem com Trump e tentarem lhe tirar a candidatura por meio de truques sujos", disse Paul Nagy, republicano de New Hampshire. Ele comanda o We Will Walk, grupo que recolheu mais de 41 mil assinaturas on-line de pessoas que afirmam que Trump merece a indicação. CONTRAPARTIDA ESTRATÉGICA A ofensiva de relações públicas é uma contrapartida à estratégia cuidadosamente definida por Ted Cruz, principal rival de Trump à indicação republicana, que recorre a trabalho corpo a corpo para recrutar delegados favoráveis, na esperança de que possa conquistar a indicação caso Trump não a obtenha na primeira rodada de votação. Neste final de semana, no Arizona, Cruz conquistou mais uma vitória estratégica sobre Trump, conquistando numerosos delegados amistosos, selecionados para ir a Cleveland, enquanto os partidários de Trump parecem ter sido virtualmente barrados. Os delegados têm a obrigação de votar em Trump na primeira rodada da votação na convenção, porque ele venceu no Estado, mas depois podem mudar seu voto e optar por Cruz. Embora Cruz esteja jogando de acordo com as regras do partido, a afirmação de Trump, de que aquilo que seu adversário está fazendo equivale a "roubar", ecoa junto ao eleitorado. Na metade de abril, depois que Cruz conquistou todos os delegados do Colorado, a dona de casa Erin Behrens disse que se sentiu enojada com o que estava acontecendo com o seu candidato. Por isso, a Stop the Steal a ajudou a organizar protestos no Estado. Stone e um aliado, Greg Lewis, voaram ao Colorado para ajudar Behrens a responder e-mails e organizar um comício. No evento, realizado em 15 de abril em Denver, cerca de 200 manifestantes carregaram faixas e cartazes com dizeres como "Banana Republicans!" e "Impeçam o Roubo". Behrens declarou em entrevista na semana passada que vai continuar a organizar os partidários de Trump no Colorado. "Se houver trapaça e eles deixarem claro que Trump não será indicado, o Stop the Steal Cleveland será uma coisa", ela disse. "Mas teremos eventos, protestos, em todo o país. Pode contar com isso". ARRECADAÇÃO DE FUNDOS Boa parte do que essas organizações externas vêm fazendo agora envolve arrecadação de fundos. "A realidade é que precisamos de US$ 262 mil nas duas próximas semanas", afirma o site da Stop the Steal. "Se você não pode ir a Cleveland, por que não ajuda quem pode? Você poderia nos doar US$ 500, US$ 200, até mesmo US$ 100, para esse esforço crucial?" Outra organização pró-Trump, o Great America PAC, também está arrecadando dinheiro para um esforço em Cleveland. O presidente da organização é William Doddridge, presidente-executivo da Jewelry Exchange. Seus comerciais alertam que "as elites do partido" tentarão tirar a indicação de Trump na convenção e sugerem que as pessoas impeçam que isso aconteça ligando para um número de chamada gratuita e doando dinheiro. A organização realmente precisa de ajuda. Seu mais recente relatório de arrecadação de fundos, que cobre o período encerrado em março, mostrou que ela tinha US$ 600 mil em dívidas. O comitê de ação política pode receber doações ilimitadas de empresas, pessoas e sindicatos. Os advogados de Trump solicitaram especificamente que a organização interrompa suas operações. O Stop the Steal não é um comitê de ação política, a forma de organização externa que mais atrai a ira de Trump, disse Stone. Mas a distinção é irrelevante. O grupo foi constituído como organização política sem fins lucrativos, "tipo 527", e precisa apresentar relatórios periódicos sobre seus doadores e gastos à Receita Federal norte-americana e não à comissão eleitoral. Da mesma forma que um comitê de ação política fiscalizado pela Comissão Eleitoral Federal, um grupo 527 por arrecadar quantias ilimitadas de dinheiro junto a pessoas, empresas e sindicatos. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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