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Após caso José Mayer, funcionárias da Globo usam camiseta contra assédio
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Funcionárias da Globo fizeram reuniões nos últimos para discutir assédio, após o caso envolvendo o ator José Mayer. Uma figurinista o acusou de assediá-la sexualmente na emissora, o que ele nega. Os encontros foram organizados por um grupo que reúne desde camareiras até diretoras e atrizes, que foram recebidas também pelo diretor-geral Carlos Henrique Schroder. PAPO SÉRIO A Globo, em nota, diz que participou das reuniões e que nesta segunda (3) houve uma conversa "franca e aberta" sobre o caso com chefes da área de entretenimento. "Essa acabou sendo mais uma oportunidade para que a Globo reforce crenças de respeito à diversidade, ao ser humano, que existem na emissora há tempos." NO CORPO As mulheres estão se mobilizando para trabalhar usando camisetas com a frase "Mexeu com uma, mexeu com todas". A Globo diz que a iniciativa "será bem recebida", por estar "alinhada com as crenças e os valores da empresa". Sophie Charlotte Drica Moraes Tainá Müller Alice Wegmann Camila Queiroz Cris Vianna Leia a coluna completa aqui.
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Após caso José Mayer, funcionárias da Globo usam camiseta contra assédioFuncionárias da Globo fizeram reuniões nos últimos para discutir assédio, após o caso envolvendo o ator José Mayer. Uma figurinista o acusou de assediá-la sexualmente na emissora, o que ele nega. Os encontros foram organizados por um grupo que reúne desde camareiras até diretoras e atrizes, que foram recebidas também pelo diretor-geral Carlos Henrique Schroder. PAPO SÉRIO A Globo, em nota, diz que participou das reuniões e que nesta segunda (3) houve uma conversa "franca e aberta" sobre o caso com chefes da área de entretenimento. "Essa acabou sendo mais uma oportunidade para que a Globo reforce crenças de respeito à diversidade, ao ser humano, que existem na emissora há tempos." NO CORPO As mulheres estão se mobilizando para trabalhar usando camisetas com a frase "Mexeu com uma, mexeu com todas". A Globo diz que a iniciativa "será bem recebida", por estar "alinhada com as crenças e os valores da empresa". Sophie Charlotte Drica Moraes Tainá Müller Alice Wegmann Camila Queiroz Cris Vianna Leia a coluna completa aqui.
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Ministério Público reagirá a mudança na lei de repatriação de recursos
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O Ministério Público Federal reagirá com a faca nos dentes caso a discussão sobre alteração na lei de repatriação de recursos avance no Congresso. AMPLO APOIO Os estudos para mudanças já tiveram o aval de Michel Temer. E, apesar do recuo na quarta (27) do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sobre o tema (ele sinalizou que apoiava alterações e depois disse defender que nada seja mudado), contam com o apoio de pessoas da confiança do presidente interino e têm respaldo no Congresso. UM POUCO DEMAIS Um integrante da equipe do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que o MP "já não está feliz" com a lei de repatriação hoje em vigor. As regras premiariam quem cometeu irregularidades, escondendo dinheiro no exterior, ao permitir que, pagando impostos devidos e multa, regularizem a situação. Os termos foram aceitos, porém, por causa do "momento da economia". QUASE TUDO A possibilidade de alteração para uma flexibilização ainda maior na repatriação, no entanto, é vista como abusiva. "Aí já está virando oba-oba", diz o integrante do MP. A ideia de investidores, advogados e parlamentares é que a multa e o IR incidam apenas sobre o saldo das contas secretas existente em 31 de dezembro de 2014, e não sobre o valor total já possuído, e gasto, pelos donos do dinheiro. QUE MEDO! A possibilidade de que, depois de confessar ter recursos fora do país, o cidadão ainda possa sofrer um processo patrocinado pelo MP é um dos elementos que assustam os que pretendem repatriar recursos. PENDURADOS O percentual dos consumidores que estão com dívidas em atraso aumentou na comparação entre julho de 2016 e o mesmo mês de 2015: foi de 21,5% para 22,9%. A taxa dos que não terão como pagar as dívidas também teve salto: de 8,1% para 8,7%, segundo pesquisa da CNC. IMAGEM E AÇÃO O empresário Marcus Buaiz inaugurou nesta terça (26) sua agência ACT10N. Passaram pelo escritório no bairro de Pinheiros a apresentadora Ana Furtado, a atriz Paolla Oliveira e a cantora Claudia Leitte. BIBLIOTECA Antônio Campos, irmão do ex-governador Eduardo Campos, de Pernambuco, deve se inscrever nesta quinta-feira (28) para disputar a vaga do jurista Evaristo de Moraes Filho, morto no dia 22, na ABL (Academia Brasileira de Letras). Ele já enviou caixotes aos 38 acadêmicos com os livros que publicou. E uma carta pedindo apoio de cada um dos imortais à sua candidatura. INCLUSÃO MUSICAL O executivo Amos Genish e sua mulher, Heloisa, receberam convidados na terça (26) para a primeira edição do prêmio Vivo Música Que Transforma. Participou da cerimônia, no Teatro Vivo, o músico Carlinhos Brown, embaixador do projeto. Também assistiram à premiação o ator Lázaro Ramos e os músicos Dani Black, Blubell e Filipe Catto. PELÉ CANTOR Imagens de Pelé no estúdio e cenas do Rio e de jogos de futebol fazem parte do clipe de "Esperança", música composta pelo ex-jogador para a Olimpíada. O vídeo será divulgado nos próximos dias. "O clima no país não é favorável. Ele tinha que falar de Olimpíada sem fazer muita festa", diz o maestro Ruriá Duprat, produtor da faixa e amigo do Rei. "Ele [Pelé] fez um paralelo entre a vontade de vencer e a situação que o povo tá passando." PELÉ POETA A letra fala em "uma nova esperança que desponta", "um novo tempo que a gente avista" e em "acreditar no Brasil". E pede a "essa brava gente" que "nunca desista". JUNTO E MISTURADO Mais comuns na periferia de São Paulo, os "pancadões" têm sido registrados também na região central. "O baile funk chegou ao centro", diz Marta Porta, presidente do Conselho Comunitário de Segurança da Consolação, Higienópolis e Pacaembu. Recentemente houve festas na rua Frei Caneca e na Bela Vista. * Outro baile estava marcado para a praça Roosevelt na semana passada. Mas foi impedido pela Polícia Militar e pela Guarda Civil. CURTO-CIRCUITO Ellen Oléria faz shows gratuitos nesta quinta (28) e sexta (29), às 20h, no Itaú Cultural. A americana Deborah Peterson Small, da ONG Break The Chains, fala sobre drogas e racismo, nesta quinta (28), às 19h, no Centro Cultural SP. O mestre de meditação Yongey Mingyur Rinpoche lança nesta quinta (28) o livro "Alegre Sabedoria: Abraçando Mudanças e Encontrando Liberdade", na Livraria da Vila do JK Iguatemi, às 18h30. com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI,THAIS ARBEX e FILLIPE MAURO
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Ministério Público reagirá a mudança na lei de repatriação de recursosO Ministério Público Federal reagirá com a faca nos dentes caso a discussão sobre alteração na lei de repatriação de recursos avance no Congresso. AMPLO APOIO Os estudos para mudanças já tiveram o aval de Michel Temer. E, apesar do recuo na quarta (27) do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sobre o tema (ele sinalizou que apoiava alterações e depois disse defender que nada seja mudado), contam com o apoio de pessoas da confiança do presidente interino e têm respaldo no Congresso. UM POUCO DEMAIS Um integrante da equipe do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que o MP "já não está feliz" com a lei de repatriação hoje em vigor. As regras premiariam quem cometeu irregularidades, escondendo dinheiro no exterior, ao permitir que, pagando impostos devidos e multa, regularizem a situação. Os termos foram aceitos, porém, por causa do "momento da economia". QUASE TUDO A possibilidade de alteração para uma flexibilização ainda maior na repatriação, no entanto, é vista como abusiva. "Aí já está virando oba-oba", diz o integrante do MP. A ideia de investidores, advogados e parlamentares é que a multa e o IR incidam apenas sobre o saldo das contas secretas existente em 31 de dezembro de 2014, e não sobre o valor total já possuído, e gasto, pelos donos do dinheiro. QUE MEDO! A possibilidade de que, depois de confessar ter recursos fora do país, o cidadão ainda possa sofrer um processo patrocinado pelo MP é um dos elementos que assustam os que pretendem repatriar recursos. PENDURADOS O percentual dos consumidores que estão com dívidas em atraso aumentou na comparação entre julho de 2016 e o mesmo mês de 2015: foi de 21,5% para 22,9%. A taxa dos que não terão como pagar as dívidas também teve salto: de 8,1% para 8,7%, segundo pesquisa da CNC. IMAGEM E AÇÃO O empresário Marcus Buaiz inaugurou nesta terça (26) sua agência ACT10N. Passaram pelo escritório no bairro de Pinheiros a apresentadora Ana Furtado, a atriz Paolla Oliveira e a cantora Claudia Leitte. BIBLIOTECA Antônio Campos, irmão do ex-governador Eduardo Campos, de Pernambuco, deve se inscrever nesta quinta-feira (28) para disputar a vaga do jurista Evaristo de Moraes Filho, morto no dia 22, na ABL (Academia Brasileira de Letras). Ele já enviou caixotes aos 38 acadêmicos com os livros que publicou. E uma carta pedindo apoio de cada um dos imortais à sua candidatura. INCLUSÃO MUSICAL O executivo Amos Genish e sua mulher, Heloisa, receberam convidados na terça (26) para a primeira edição do prêmio Vivo Música Que Transforma. Participou da cerimônia, no Teatro Vivo, o músico Carlinhos Brown, embaixador do projeto. Também assistiram à premiação o ator Lázaro Ramos e os músicos Dani Black, Blubell e Filipe Catto. PELÉ CANTOR Imagens de Pelé no estúdio e cenas do Rio e de jogos de futebol fazem parte do clipe de "Esperança", música composta pelo ex-jogador para a Olimpíada. O vídeo será divulgado nos próximos dias. "O clima no país não é favorável. Ele tinha que falar de Olimpíada sem fazer muita festa", diz o maestro Ruriá Duprat, produtor da faixa e amigo do Rei. "Ele [Pelé] fez um paralelo entre a vontade de vencer e a situação que o povo tá passando." PELÉ POETA A letra fala em "uma nova esperança que desponta", "um novo tempo que a gente avista" e em "acreditar no Brasil". E pede a "essa brava gente" que "nunca desista". JUNTO E MISTURADO Mais comuns na periferia de São Paulo, os "pancadões" têm sido registrados também na região central. "O baile funk chegou ao centro", diz Marta Porta, presidente do Conselho Comunitário de Segurança da Consolação, Higienópolis e Pacaembu. Recentemente houve festas na rua Frei Caneca e na Bela Vista. * Outro baile estava marcado para a praça Roosevelt na semana passada. Mas foi impedido pela Polícia Militar e pela Guarda Civil. CURTO-CIRCUITO Ellen Oléria faz shows gratuitos nesta quinta (28) e sexta (29), às 20h, no Itaú Cultural. A americana Deborah Peterson Small, da ONG Break The Chains, fala sobre drogas e racismo, nesta quinta (28), às 19h, no Centro Cultural SP. O mestre de meditação Yongey Mingyur Rinpoche lança nesta quinta (28) o livro "Alegre Sabedoria: Abraçando Mudanças e Encontrando Liberdade", na Livraria da Vila do JK Iguatemi, às 18h30. com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI,THAIS ARBEX e FILLIPE MAURO
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Clubes do interior paulista inativos na FPF criam liga por torneio em 2016
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Depois da Sul-Minas-Rio, uma nova liga de clubes será criada na terça (10). Times tradicionais do interior de São Paulo, como Francana e Corinthians de Presidente Prudente, pretendem realizar um torneio com 40 equipes do Estado que estão inativas em torneios da Federação Paulista por diversos motivos, como a falta de pagamento de taxas. A ata de lançamento será assinada na Secretaria de Esporte do Estado de São Paulo, que pode ajudar financeiramente em 2016 com o pagamento de arbitragem. O evento terá a presença do secretário Jean Madeira, do PRB, mesmo partido do ministro do Esporte, George Hilton. Telinha. A presidente da Liga de Futebol Paulista será a advogada Gislaine Nunes, conhecida por defender atletas em processos trabalhistas. A ideia é vender direitos de transmissão e fazer calendário de maio a dezembro. Dívidas. Clubes que já jogaram a primeira divisão paulista e estão inativos, como União São João de Araras e XV de Jaú, foram convidados. A FPF diz que os clubes têm o direito de se organizar e que, para disputar suas competições, é preciso ter certidão negativa de débito. Calendário. A diretoria do Corinthians definiu que pretende renovar o contrato do meia Renato Augusto até dezembro de 2018. O acordo atual vence no fim de 2016. Made in China. O assédio aos quase campeões brasileiros começou: o volante Elias recebeu uma oferta para jogar no futebol da China, que está pagando salários milionários a jogadores. Não topou nem negociar. Saúde. A primeira saída do ex-presidente da CBF José Maria Marin do apartamento em Nova York onde cumpre prisão domiciliar será para ir a uma clínica realizar exames médicos de rotina. Autorização. Ele precisa de permissão para deixar o apartamento, mas pode ir ao médico, à igreja e a mercados comprar itens de uso pessoal. A ida ao hospital deve acontecer na próxima semana. Sua mulher, Neusa, continua nos EUA, mas deve voltar nos próximos dias ao Brasil para acertar a ida definitiva para Nova York. Travado. O Al Nassr, da Arábia Saudita, não topou num primeiro contato com o Santos parcelar os 4 milhões de euros (R$ 16 mi) para vender Marquinhos Gabriel, emprestado até o fim de 2015. Gol para o banco. O ex-goleiro de Santos e Corinthians Fábio Costa está na Espanha participando de clínicas. Ele quer voltar ao Brasil e se tornar treinador.
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esporte
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Clubes do interior paulista inativos na FPF criam liga por torneio em 2016Depois da Sul-Minas-Rio, uma nova liga de clubes será criada na terça (10). Times tradicionais do interior de São Paulo, como Francana e Corinthians de Presidente Prudente, pretendem realizar um torneio com 40 equipes do Estado que estão inativas em torneios da Federação Paulista por diversos motivos, como a falta de pagamento de taxas. A ata de lançamento será assinada na Secretaria de Esporte do Estado de São Paulo, que pode ajudar financeiramente em 2016 com o pagamento de arbitragem. O evento terá a presença do secretário Jean Madeira, do PRB, mesmo partido do ministro do Esporte, George Hilton. Telinha. A presidente da Liga de Futebol Paulista será a advogada Gislaine Nunes, conhecida por defender atletas em processos trabalhistas. A ideia é vender direitos de transmissão e fazer calendário de maio a dezembro. Dívidas. Clubes que já jogaram a primeira divisão paulista e estão inativos, como União São João de Araras e XV de Jaú, foram convidados. A FPF diz que os clubes têm o direito de se organizar e que, para disputar suas competições, é preciso ter certidão negativa de débito. Calendário. A diretoria do Corinthians definiu que pretende renovar o contrato do meia Renato Augusto até dezembro de 2018. O acordo atual vence no fim de 2016. Made in China. O assédio aos quase campeões brasileiros começou: o volante Elias recebeu uma oferta para jogar no futebol da China, que está pagando salários milionários a jogadores. Não topou nem negociar. Saúde. A primeira saída do ex-presidente da CBF José Maria Marin do apartamento em Nova York onde cumpre prisão domiciliar será para ir a uma clínica realizar exames médicos de rotina. Autorização. Ele precisa de permissão para deixar o apartamento, mas pode ir ao médico, à igreja e a mercados comprar itens de uso pessoal. A ida ao hospital deve acontecer na próxima semana. Sua mulher, Neusa, continua nos EUA, mas deve voltar nos próximos dias ao Brasil para acertar a ida definitiva para Nova York. Travado. O Al Nassr, da Arábia Saudita, não topou num primeiro contato com o Santos parcelar os 4 milhões de euros (R$ 16 mi) para vender Marquinhos Gabriel, emprestado até o fim de 2015. Gol para o banco. O ex-goleiro de Santos e Corinthians Fábio Costa está na Espanha participando de clínicas. Ele quer voltar ao Brasil e se tornar treinador.
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Atriz que representa Ana C. na Flip lança infantil sobre diversidade sexual na Flipinha
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Ana Cristina Cesar tem 32 anos, nasceu em São Paulo e é fã de Manoel de Barros –ao menos a Ana C. dos vídeos produzidos pela Arte 1 para a 14ª Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), exibidos antes das mesas. Nas peças, a atriz Rita Carelli empresta rosto e voz à poeta homenageada, morta em 1983, aos 31 anos. "Mas não me acho parecida com ela", diz. Acredita que foi convidada por Iano Coimbra, gerente artístico do canal, para representar a poeta –"sem a intenção de mimetizá-la ou interpretá-la", lembra– devido a "uma certa melancolia no olhar". Isso, sim, ela acha que tem de Ana C. Antes do convite para a série de curtas "Duas ou Três Coisas que Eu Sei de Ana Cristina Cesar", a atriz conhecia "A Teus Pés", somente. Precisou fazer um mergulho não apenas na obra poética da niteroiense, mas também em entrevistas e fotos. Emergiu com a impressão de que, na voz de Ana C., havia tanto candura quanto aflição. "E foi essa aflição que eu tentei buscar nos vídeos", explica. "Na leitura eu busquei flertar com essa doçura violenta dela." Carelli conta que gravou os vídeos numa diária única, em 13 de junho, em São Paulo. "Fazia 4ºC", lembra, "e enquanto a equipe estava toda encapuzada e agasalhada, eu estava seminua ou deitada numa banheira, morrendo de frio", ri –e, apesar do riso, afirma: "Foi um dia melancólico". PÉ NA LITERATURA A exemplo de Ana C., Carelli também tem um pé na literatura –mas, no seu caso, voltada às crianças. Escreveu e ilustrou alguns títulos da coleção infantil "Um Dia na Aldeia", lançada em 2004 pela Cosac Naify. A série busca levar ao público mirim um pouco da cultura indígena –algo comum para Carelli, que passou a infância em aldeias. "Com um pai cineasta ligado à causa indígena e uma mãe antropóloga, fui criada no meio da natureza", conta. Crescida, foi palhaça na trupe dos Doutores da Alegria, fez curtas que emplacaram prêmios e morou na França. Veio à Flip de 2016 para lançar o infantil "Família de Todo Jeito", sobre diversidade na constituição familiar. Ela assina as ilustrações, enquanto a escritora Ana Claudia Bastos fica com o texto. Em poesia, área da Ana C. verdadeira, Carelli –que se inspira em Manoel de Barros– diz que "tem algumas coisas rabiscadas em cadernos", mas não pretende publicá-las tão cedo. "A poesia exige uma relação de muita maturidade com a linguagem, requer uma precisão muito especial".
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ilustrada
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Atriz que representa Ana C. na Flip lança infantil sobre diversidade sexual na FlipinhaAna Cristina Cesar tem 32 anos, nasceu em São Paulo e é fã de Manoel de Barros –ao menos a Ana C. dos vídeos produzidos pela Arte 1 para a 14ª Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), exibidos antes das mesas. Nas peças, a atriz Rita Carelli empresta rosto e voz à poeta homenageada, morta em 1983, aos 31 anos. "Mas não me acho parecida com ela", diz. Acredita que foi convidada por Iano Coimbra, gerente artístico do canal, para representar a poeta –"sem a intenção de mimetizá-la ou interpretá-la", lembra– devido a "uma certa melancolia no olhar". Isso, sim, ela acha que tem de Ana C. Antes do convite para a série de curtas "Duas ou Três Coisas que Eu Sei de Ana Cristina Cesar", a atriz conhecia "A Teus Pés", somente. Precisou fazer um mergulho não apenas na obra poética da niteroiense, mas também em entrevistas e fotos. Emergiu com a impressão de que, na voz de Ana C., havia tanto candura quanto aflição. "E foi essa aflição que eu tentei buscar nos vídeos", explica. "Na leitura eu busquei flertar com essa doçura violenta dela." Carelli conta que gravou os vídeos numa diária única, em 13 de junho, em São Paulo. "Fazia 4ºC", lembra, "e enquanto a equipe estava toda encapuzada e agasalhada, eu estava seminua ou deitada numa banheira, morrendo de frio", ri –e, apesar do riso, afirma: "Foi um dia melancólico". PÉ NA LITERATURA A exemplo de Ana C., Carelli também tem um pé na literatura –mas, no seu caso, voltada às crianças. Escreveu e ilustrou alguns títulos da coleção infantil "Um Dia na Aldeia", lançada em 2004 pela Cosac Naify. A série busca levar ao público mirim um pouco da cultura indígena –algo comum para Carelli, que passou a infância em aldeias. "Com um pai cineasta ligado à causa indígena e uma mãe antropóloga, fui criada no meio da natureza", conta. Crescida, foi palhaça na trupe dos Doutores da Alegria, fez curtas que emplacaram prêmios e morou na França. Veio à Flip de 2016 para lançar o infantil "Família de Todo Jeito", sobre diversidade na constituição familiar. Ela assina as ilustrações, enquanto a escritora Ana Claudia Bastos fica com o texto. Em poesia, área da Ana C. verdadeira, Carelli –que se inspira em Manoel de Barros– diz que "tem algumas coisas rabiscadas em cadernos", mas não pretende publicá-las tão cedo. "A poesia exige uma relação de muita maturidade com a linguagem, requer uma precisão muito especial".
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Passagem de ônibus em BH tem segundo aumento em sete meses
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A passagem de ônibus em Belo Horizonte subirá pela segunda vez em pouco mais de sete meses. Decreto publicado nesta sexta-feira (31) no "Diário Oficial" da capital mineira aponta um reajuste de quase 10% na passagem do transporte público. A partir da próxima terça (4), as passagens que custavam R$ 3,10 subirão para R$ 3,40. Até 29 de dezembro, esse valor era de R$ 2,85. As linhas circulares (na região central) e complementares, de R$ 2,20, passarão a valer R$ 2,45. E linhas que custavam R$ 2,50 terão agora preço de R$ 2,75. O valor da tarifa em outras linhas e de táxis-lotação também serão reajustados. O aumento ocorreu uma semana depois de a Justiça negar um pedido da Defensoria Pública que tentava barrar novo reajuste nas tarifas. O juiz argumentava que não havia indícios de mudança de preços nas passagens. Em junho, as empresas de trânsito enviaram um estudo à prefeitura em que apontavam necessidade do aumento das passagens. No decreto, o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cezar, e o secretário de Serviços Urbanos, Pier Giorgio Senesi Filho, argumentam que a mudança foi feita para manter "equilíbrio operacional entre os serviços" e que foram considerados os custos operacionais e condições para revisão de contrato. A Defensoria Pública do Estado afirma, por meio da assessoria, que entrará com novo pedido de liminar ainda nesta sexta e, antes da terça, com uma ação civil pública para impedir o aumento. A alta das tarifas já motivou protestos na capital mineira. Em janeiro, um ato reuniu 400 pessoas, que queimaram pneus em frente à sede do sindicato das empresas de transporte coletivo.
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cotidiano
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Passagem de ônibus em BH tem segundo aumento em sete mesesA passagem de ônibus em Belo Horizonte subirá pela segunda vez em pouco mais de sete meses. Decreto publicado nesta sexta-feira (31) no "Diário Oficial" da capital mineira aponta um reajuste de quase 10% na passagem do transporte público. A partir da próxima terça (4), as passagens que custavam R$ 3,10 subirão para R$ 3,40. Até 29 de dezembro, esse valor era de R$ 2,85. As linhas circulares (na região central) e complementares, de R$ 2,20, passarão a valer R$ 2,45. E linhas que custavam R$ 2,50 terão agora preço de R$ 2,75. O valor da tarifa em outras linhas e de táxis-lotação também serão reajustados. O aumento ocorreu uma semana depois de a Justiça negar um pedido da Defensoria Pública que tentava barrar novo reajuste nas tarifas. O juiz argumentava que não havia indícios de mudança de preços nas passagens. Em junho, as empresas de trânsito enviaram um estudo à prefeitura em que apontavam necessidade do aumento das passagens. No decreto, o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cezar, e o secretário de Serviços Urbanos, Pier Giorgio Senesi Filho, argumentam que a mudança foi feita para manter "equilíbrio operacional entre os serviços" e que foram considerados os custos operacionais e condições para revisão de contrato. A Defensoria Pública do Estado afirma, por meio da assessoria, que entrará com novo pedido de liminar ainda nesta sexta e, antes da terça, com uma ação civil pública para impedir o aumento. A alta das tarifas já motivou protestos na capital mineira. Em janeiro, um ato reuniu 400 pessoas, que queimaram pneus em frente à sede do sindicato das empresas de transporte coletivo.
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Erramos: Chamada na Home: TCU rejeita contas e dá 30 dias para Dilma explicar 'pedaladas fiscais'
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A chamada na home da Folha "TCU rejeita contas e dá 30 dias para Dilma explicar 'pedaladas fiscais'" estava errada. O tribunal só decidirá sobre aprovação ou rejeição das contas do governo após o Planalto apresentar explicações para as despesas. O texto foi corrigido.
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Erramos: Chamada na Home: TCU rejeita contas e dá 30 dias para Dilma explicar 'pedaladas fiscais'A chamada na home da Folha "TCU rejeita contas e dá 30 dias para Dilma explicar 'pedaladas fiscais'" estava errada. O tribunal só decidirá sobre aprovação ou rejeição das contas do governo após o Planalto apresentar explicações para as despesas. O texto foi corrigido.
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Promotor de Justiça defende decisão que liberou suposta droga anticâncer
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Como promotor de Justiça da Infância e Juventude de São Carlos, tenho contato com pais de pacientes que buscam a fosfoetanolamina. Após os primeiros testes bem sucedidos, não houve continuidade para testes em humanos e aprovação. Assim, é totalmente possível e legítima a decisão judicial para sanar a omissão que ameaça a vida de crianças, que é o direito maior. Quanto ao custo ao Estado, por que críticas ao fornecimento de um medicamento que custa poucos centavos a dose? Médicos oncologistas indicam o uso da droga experimental. Não se trata de ação de aventureiros. É evidente que a Justiça deve sanar isso. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Promotor de Justiça defende decisão que liberou suposta droga anticâncerComo promotor de Justiça da Infância e Juventude de São Carlos, tenho contato com pais de pacientes que buscam a fosfoetanolamina. Após os primeiros testes bem sucedidos, não houve continuidade para testes em humanos e aprovação. Assim, é totalmente possível e legítima a decisão judicial para sanar a omissão que ameaça a vida de crianças, que é o direito maior. Quanto ao custo ao Estado, por que críticas ao fornecimento de um medicamento que custa poucos centavos a dose? Médicos oncologistas indicam o uso da droga experimental. Não se trata de ação de aventureiros. É evidente que a Justiça deve sanar isso. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Frete para envio de livros pode ficar mais caro
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O envio de certos livros agora fica mais caro. Os Correios resolveram limitar a modalidade de envio "impresso normal", voltada justamente para o despacho mais barato de livros. Nessa modalidade, uma tabela permite variação de preço a cada faixa de peso, até um peso máximo, sem considerar a distância. O limite antes era de 20 kg, e agora passa a ser de somente 2 kg. Em 2016, os Correios já haviam tentado limitar a modalidade de envio -à época, a ideia era diminuir o peso permitido de 20 kg para 500 g, mas a empresa acabou recuando. A medida deve afetar o envio de livros técnicos, como obras de medicina e direito, que costumam ultrapassar o peso agora permitido. Os livreiros menores e sebos em locais longe do eixo Rio-São Paulo também devem sentir mais os efeitos da mudança. Para ter uma ideia, 67% das compras feitas na Estante Virtual são feitas fora do Rio e de São Paulo. "Há livreiros distantes que sobrevivem com as vendas on-line. Agora, com a alteração, fica difícil eles concorrerem com o grande e-commerce", diz Richard Svartman, CEO da Estante Virtual. Bolapé O historiador Luiz Antonio Simas, convidado da Flip, lança pela Mórula em julho "Ode a Mauro Shampoo e Outras Histórias da Várzea", livro de crônicas sobre futebol, como foco em anedotas curiosas e times pequenos (como o Colo-Colo, o Alecrim e os Calouros do Ar). Bolapé 2 O título, aliás, é uma homenagem a Mauro Shampoo, que foi centroavante do Íbis Sport Club por dez anos e só fez um gol. Hoje, o atleta é cabeleireiro no Recife. Números Com inscrições encerradas, o Prêmio São Paulo de Literatura teve 193 obras habilitadas para a disputa, com autores de 22 Estados brasileiros e alguns residentes no exterior. De volta Depois de existir por breves três edições e ser suspenso por dois anos, o Prêmio Paraná de Literatura vai voltar. As inscrições serão abertas dia 21/6, pelo site bpp.pr.gov.br. De volta 2 A volta do troféu coincide com os 160 anos da Biblioteca Pública do Paraná. Podem ser inscritos livros inéditos nos gêneros romance, contos e poesia -e os vencedores de cada categoria receberão R$ 30 mil. De volta 3 Quem ganhar terá seu livro publicado pelo selo da biblioteca, com tiragem de mil exemplares. O ganhador também receberá cem cópias do seu livro. Depois, o autor fica livre para negociar sua obra com editoras.
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Frete para envio de livros pode ficar mais caroO envio de certos livros agora fica mais caro. Os Correios resolveram limitar a modalidade de envio "impresso normal", voltada justamente para o despacho mais barato de livros. Nessa modalidade, uma tabela permite variação de preço a cada faixa de peso, até um peso máximo, sem considerar a distância. O limite antes era de 20 kg, e agora passa a ser de somente 2 kg. Em 2016, os Correios já haviam tentado limitar a modalidade de envio -à época, a ideia era diminuir o peso permitido de 20 kg para 500 g, mas a empresa acabou recuando. A medida deve afetar o envio de livros técnicos, como obras de medicina e direito, que costumam ultrapassar o peso agora permitido. Os livreiros menores e sebos em locais longe do eixo Rio-São Paulo também devem sentir mais os efeitos da mudança. Para ter uma ideia, 67% das compras feitas na Estante Virtual são feitas fora do Rio e de São Paulo. "Há livreiros distantes que sobrevivem com as vendas on-line. Agora, com a alteração, fica difícil eles concorrerem com o grande e-commerce", diz Richard Svartman, CEO da Estante Virtual. Bolapé O historiador Luiz Antonio Simas, convidado da Flip, lança pela Mórula em julho "Ode a Mauro Shampoo e Outras Histórias da Várzea", livro de crônicas sobre futebol, como foco em anedotas curiosas e times pequenos (como o Colo-Colo, o Alecrim e os Calouros do Ar). Bolapé 2 O título, aliás, é uma homenagem a Mauro Shampoo, que foi centroavante do Íbis Sport Club por dez anos e só fez um gol. Hoje, o atleta é cabeleireiro no Recife. Números Com inscrições encerradas, o Prêmio São Paulo de Literatura teve 193 obras habilitadas para a disputa, com autores de 22 Estados brasileiros e alguns residentes no exterior. De volta Depois de existir por breves três edições e ser suspenso por dois anos, o Prêmio Paraná de Literatura vai voltar. As inscrições serão abertas dia 21/6, pelo site bpp.pr.gov.br. De volta 2 A volta do troféu coincide com os 160 anos da Biblioteca Pública do Paraná. Podem ser inscritos livros inéditos nos gêneros romance, contos e poesia -e os vencedores de cada categoria receberão R$ 30 mil. De volta 3 Quem ganhar terá seu livro publicado pelo selo da biblioteca, com tiragem de mil exemplares. O ganhador também receberá cem cópias do seu livro. Depois, o autor fica livre para negociar sua obra com editoras.
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Em vídeo, Doria chama Lula de 'o maior cara de pau do Brasil'
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Cada vez mais apontado como pré-candidato à eleição presidencial de 2018, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), chamou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "o maior cara de pau do Brasil" em vídeo publicado neste domingo (26) no Facebook. Lula é cotado para ser o candidato do PT à presidência da República na eleição do ano que vem. No vídeo de pouco mais de um minuto, Doria afirma que, "como brasileiro, tem o direito de me manifestar, e como brasileiro eu me manifesto contra os mentirosos, contra os falsos e contra os populistas, que agora, depois de terem destruído o Brasil, têm a cara de pau de dizer que vão voltar para resgatar o Brasil." O prefeito prossegue: "Resgatar o quê? O Brasil da corrupção, da miséria, da mentira, de 13 milhões de desempregados? Vai continuar essa mentira no seu terreiro, não aqui, o povo não vai aceitar." Segurando uma enxada, Doria diz ainda que "esse pau-brasil é dedicado a esse mentiroso, Luiz Inácio Lula da Silva, o maior cara de pau do Brasil". As declarações foram feitas durante a participação do prefeito em ação do Programa Calçada Nova - Mutirão Mário Covas, na Lapa, zona oeste da cidade. Doria
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Em vídeo, Doria chama Lula de 'o maior cara de pau do Brasil'Cada vez mais apontado como pré-candidato à eleição presidencial de 2018, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), chamou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "o maior cara de pau do Brasil" em vídeo publicado neste domingo (26) no Facebook. Lula é cotado para ser o candidato do PT à presidência da República na eleição do ano que vem. No vídeo de pouco mais de um minuto, Doria afirma que, "como brasileiro, tem o direito de me manifestar, e como brasileiro eu me manifesto contra os mentirosos, contra os falsos e contra os populistas, que agora, depois de terem destruído o Brasil, têm a cara de pau de dizer que vão voltar para resgatar o Brasil." O prefeito prossegue: "Resgatar o quê? O Brasil da corrupção, da miséria, da mentira, de 13 milhões de desempregados? Vai continuar essa mentira no seu terreiro, não aqui, o povo não vai aceitar." Segurando uma enxada, Doria diz ainda que "esse pau-brasil é dedicado a esse mentiroso, Luiz Inácio Lula da Silva, o maior cara de pau do Brasil". As declarações foram feitas durante a participação do prefeito em ação do Programa Calçada Nova - Mutirão Mário Covas, na Lapa, zona oeste da cidade. Doria
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Ricardo Patah: O Brasil tem pressa
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Entre brindes e festas, os brasileiros aguardaram ansiosos a chegada de 2015. Enormes desafios precisam ser vencidos neste ano. O maior deles é superar a desigualdade, em especial a econômica e social. Desde a estabilização da economia, com o controle da inflação feito com a implantação do Plano Real, esse processo foi iniciado, mas muito precisa ser feito ainda. Especialmente na redução das desigualdades de renda, gênero, raça, trabalho, propriedade, entre outras. Não podemos nos esquecer também das desigualdades regionais, para garantir um padrão de vida de qualidade nacional a todos os brasileiros, independentemente de onde residam ou trabalhem. A atuação dos trabalhadores nesse processo será fundamental. Estamos dispostos a colocar a mão na massa, como sempre fizemos nos momentos em que a sociedade precisou de nós. O Brasil precisa voltar a crescer rapidamente. Com o PIB próximo do zero, o emprego e a renda podem diminuir se não houver crescimento e as políticas de inclusão social correm sérios riscos, pois o Estado não consegue arrecadar impostos paras mantê-las. O que nós, trabalhadores, queremos para este ano de 2015 é progresso, e não recessão, como já se lê e se ouve por aí. O Brasil tem pressa por uma rápida eliminação do deficit social nas áreas de habitação, saneamento, saúde e educação. Nesse aspecto, nosso país precisa, com urgência, universalizar a educação de qualidade, desde a infância, para o desenvolvimento pleno da cidadania. O Brasil tem pressa para que se faça uma reforma tributária porque o peso dos impostos no nosso país recai sobre o consumo, e não sobre a renda, prejudicando os trabalhadores e os menos favorecidos. O Brasil tem pressa para que se faça uma reforma política e eleitoral que amplie a democracia, garanta maior participação popular, fortaleça os partidos e as instituições. Essa reforma deve ser voltada para a valorização do diálogo, favorecendo toda ação pública focada no serviço coletivo e no bem comum. O Brasil tem pressa para que se acabe com a especulação financeira e sejam valorizados os investimentos produtivos, especialmente em novas tecnologias e inovação, pois esse é o único caminho para conseguirmos uma economia sustentável e socialmente justa. O Brasil tem pressa em promover o trabalho decente e o combate à escravidão e a todas as formas de precarização do trabalho. Queremos também que os direitos trabalhistas sejam mantidos, e não retirados, como pregam algumas políticas neoliberais muito em voga atualmente. Deve-se ressaltar que a presidente Dilma Rousseff sempre nos garantiu que isso jamais acontecerá –a retirada de direitos dos trabalhadores. O Brasil tem pressa em fazer uma reforma no mercado do trabalho, para acabar –ou pelo menos diminuir– com a grande rotatividade de profissionais em quase todos os setores econômicos, gerando insegurança para o trabalhador. Amplos setores da economia tiveram suas folhas de pagamento desoneradas pelo governo federal, como incentivo ao desenvolvimento. Tomo a liberdade de sugerir que a contrapartida seja uma maior estabilidade no emprego. O Brasil tem pressa, por fim, para que haja mais transparência na gestão pública, que seja combatida toda forma de corrupção e que os envolvidos em escândalos sejam punidos como mandam as leis. RICARDO PATAH é presidente nacional da UGT - União Geral dos Trabalhadores * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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opiniao
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Ricardo Patah: O Brasil tem pressaEntre brindes e festas, os brasileiros aguardaram ansiosos a chegada de 2015. Enormes desafios precisam ser vencidos neste ano. O maior deles é superar a desigualdade, em especial a econômica e social. Desde a estabilização da economia, com o controle da inflação feito com a implantação do Plano Real, esse processo foi iniciado, mas muito precisa ser feito ainda. Especialmente na redução das desigualdades de renda, gênero, raça, trabalho, propriedade, entre outras. Não podemos nos esquecer também das desigualdades regionais, para garantir um padrão de vida de qualidade nacional a todos os brasileiros, independentemente de onde residam ou trabalhem. A atuação dos trabalhadores nesse processo será fundamental. Estamos dispostos a colocar a mão na massa, como sempre fizemos nos momentos em que a sociedade precisou de nós. O Brasil precisa voltar a crescer rapidamente. Com o PIB próximo do zero, o emprego e a renda podem diminuir se não houver crescimento e as políticas de inclusão social correm sérios riscos, pois o Estado não consegue arrecadar impostos paras mantê-las. O que nós, trabalhadores, queremos para este ano de 2015 é progresso, e não recessão, como já se lê e se ouve por aí. O Brasil tem pressa por uma rápida eliminação do deficit social nas áreas de habitação, saneamento, saúde e educação. Nesse aspecto, nosso país precisa, com urgência, universalizar a educação de qualidade, desde a infância, para o desenvolvimento pleno da cidadania. O Brasil tem pressa para que se faça uma reforma tributária porque o peso dos impostos no nosso país recai sobre o consumo, e não sobre a renda, prejudicando os trabalhadores e os menos favorecidos. O Brasil tem pressa para que se faça uma reforma política e eleitoral que amplie a democracia, garanta maior participação popular, fortaleça os partidos e as instituições. Essa reforma deve ser voltada para a valorização do diálogo, favorecendo toda ação pública focada no serviço coletivo e no bem comum. O Brasil tem pressa para que se acabe com a especulação financeira e sejam valorizados os investimentos produtivos, especialmente em novas tecnologias e inovação, pois esse é o único caminho para conseguirmos uma economia sustentável e socialmente justa. O Brasil tem pressa em promover o trabalho decente e o combate à escravidão e a todas as formas de precarização do trabalho. Queremos também que os direitos trabalhistas sejam mantidos, e não retirados, como pregam algumas políticas neoliberais muito em voga atualmente. Deve-se ressaltar que a presidente Dilma Rousseff sempre nos garantiu que isso jamais acontecerá –a retirada de direitos dos trabalhadores. O Brasil tem pressa em fazer uma reforma no mercado do trabalho, para acabar –ou pelo menos diminuir– com a grande rotatividade de profissionais em quase todos os setores econômicos, gerando insegurança para o trabalhador. Amplos setores da economia tiveram suas folhas de pagamento desoneradas pelo governo federal, como incentivo ao desenvolvimento. Tomo a liberdade de sugerir que a contrapartida seja uma maior estabilidade no emprego. O Brasil tem pressa, por fim, para que haja mais transparência na gestão pública, que seja combatida toda forma de corrupção e que os envolvidos em escândalos sejam punidos como mandam as leis. RICARDO PATAH é presidente nacional da UGT - União Geral dos Trabalhadores * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Obra política do chileno Guillermo Calderón tem 1ª montagem brasileira
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O diretor e dramaturgo chileno Guillermo Calderón, 44, notabilizou-se, na Europa e nos Estados Unidos, como uma das figuras mais proeminentes do teatro latino-americano, com suas encenações secas e seu discurso político. Já trouxe a festivais brasileiros criações suas –no ano passado, encenou "Escola" na MIT - Mostra Internacional de Teatro de São Paulo. Só agora, no entanto, seu trabalho ganha adaptação brasileira, com "Dezembro", montagem do núcleo Isso Não É Um Grupo que acaba de estrear na capital paulista. "A gente está começando um processo de olhar mais para a América Latina", opina Diego Moschkovich, que dirige o espetáculo. TRILOGIA "Dezembro" (2009) é a última parte de uma trilogia que se propõe a dissecar a história e a política do Chile. A primeira, "Neva" (2006), volta à Rússia de 1905, pré-revolução, com seus problemas políticos e sociais, para fazer um paralelo com o regime militar chileno (1973-1990). "Classe" (2008), a segunda, retrata no presente os traumas deixados pela ditadura no país (em especial na geração de Calderón). Já "Dezembro" viaja a um futuro pouco distante, quando Peru e Bolívia estariam em guerra. Na noite de Natal, as gêmeas Paula e Trinidad (Carolina Fabri e Michelle Gonçalves) recebem Jorge (Ernani Sanchez), seu irmão mais novo, recém-chegado do front. Em um ambiente que remete a um bunker, tentam celebrar a data, mas seus conflitos pessoais se mesclam aos problemas sociais e políticos que os rodeiam. "Calderón esconde, no meio das questões pessoais, a camada de ação [a guerra]", diz Moschkovich. Na montagem, manteve-se ainda outro traço do chileno: uma encenação seca, sem grandes elementos cenográficos. PERIGO IMINENTE "Em 'Dezembro', me interessou retratar uma guerra futura porque me pareceu que essa seria a conclusão natural do nacionalismo fascista ainda presente no Chile", afirma o dramaturgo à Folha. "E é um futuro próximo, um perigo iminente." O conflito também faz alusão à recente imigração peruana no Chile. "É um fenômeno muito visível que os chilenos assumem em contradição", explica. "Por um lado, a população gosta que pessoas de outros países se interessem em morar no Chile. Por outro, teme-se que a imigração reduza as oportunidades de trabalho." Segundo Moschkovich, não foi preciso adaptar o texto à realidade brasileira, dada a proximidade social e política entre os países. "Temos traumas parecidos [das ditaduras], que ainda estamos trabalhando para superar." A temática é recorrente na obra de Calderón. "O teatro chileno sempre foi político. As instituições no país não foram capazes de cuidar do profundo trauma da ditadura, e o teatro preencheu esse vazio", afirma o dramaturgo. DEZEMBRO QUANDO seg. a qua., às 20h30; até 2/9 (não haverá sessão em 18/8) ONDE Sesc Consolação, r. Dr. Vila Nova, 245, tel. (11) 3234 3000 QUANTO R$ 6 a R$ 20 CLASSIFICAÇÃO 12 anos
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Obra política do chileno Guillermo Calderón tem 1ª montagem brasileiraO diretor e dramaturgo chileno Guillermo Calderón, 44, notabilizou-se, na Europa e nos Estados Unidos, como uma das figuras mais proeminentes do teatro latino-americano, com suas encenações secas e seu discurso político. Já trouxe a festivais brasileiros criações suas –no ano passado, encenou "Escola" na MIT - Mostra Internacional de Teatro de São Paulo. Só agora, no entanto, seu trabalho ganha adaptação brasileira, com "Dezembro", montagem do núcleo Isso Não É Um Grupo que acaba de estrear na capital paulista. "A gente está começando um processo de olhar mais para a América Latina", opina Diego Moschkovich, que dirige o espetáculo. TRILOGIA "Dezembro" (2009) é a última parte de uma trilogia que se propõe a dissecar a história e a política do Chile. A primeira, "Neva" (2006), volta à Rússia de 1905, pré-revolução, com seus problemas políticos e sociais, para fazer um paralelo com o regime militar chileno (1973-1990). "Classe" (2008), a segunda, retrata no presente os traumas deixados pela ditadura no país (em especial na geração de Calderón). Já "Dezembro" viaja a um futuro pouco distante, quando Peru e Bolívia estariam em guerra. Na noite de Natal, as gêmeas Paula e Trinidad (Carolina Fabri e Michelle Gonçalves) recebem Jorge (Ernani Sanchez), seu irmão mais novo, recém-chegado do front. Em um ambiente que remete a um bunker, tentam celebrar a data, mas seus conflitos pessoais se mesclam aos problemas sociais e políticos que os rodeiam. "Calderón esconde, no meio das questões pessoais, a camada de ação [a guerra]", diz Moschkovich. Na montagem, manteve-se ainda outro traço do chileno: uma encenação seca, sem grandes elementos cenográficos. PERIGO IMINENTE "Em 'Dezembro', me interessou retratar uma guerra futura porque me pareceu que essa seria a conclusão natural do nacionalismo fascista ainda presente no Chile", afirma o dramaturgo à Folha. "E é um futuro próximo, um perigo iminente." O conflito também faz alusão à recente imigração peruana no Chile. "É um fenômeno muito visível que os chilenos assumem em contradição", explica. "Por um lado, a população gosta que pessoas de outros países se interessem em morar no Chile. Por outro, teme-se que a imigração reduza as oportunidades de trabalho." Segundo Moschkovich, não foi preciso adaptar o texto à realidade brasileira, dada a proximidade social e política entre os países. "Temos traumas parecidos [das ditaduras], que ainda estamos trabalhando para superar." A temática é recorrente na obra de Calderón. "O teatro chileno sempre foi político. As instituições no país não foram capazes de cuidar do profundo trauma da ditadura, e o teatro preencheu esse vazio", afirma o dramaturgo. DEZEMBRO QUANDO seg. a qua., às 20h30; até 2/9 (não haverá sessão em 18/8) ONDE Sesc Consolação, r. Dr. Vila Nova, 245, tel. (11) 3234 3000 QUANTO R$ 6 a R$ 20 CLASSIFICAÇÃO 12 anos
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Brasileiros selecionados por Marina Abramovic vão interagir com a artista
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Em janeiro de 2014, o artista baiano Ayrson Heráclito se sentou no colo de Marina Abramovic para tirar uma foto. A sérvia de 68 anos, com 50 dedicados à performance, declarou ali que o acolheria. No encontro, classificado pelo baiano como de "uma magia que transcende a lógica", ela quis saber tudo sobre a Bahia, desde os orixás ao azeite de dendê. Elementos da cultura afro-brasileira são recorrentes no trabalho de Ayrson, que foi selecionado naquele dia para participar em março de uma mostra de performances no Sesc Pompeia. A exposição é parte de Terra Comunal, maior retrospectiva já dedicada à carreira de Marina na América do Sul. Além de Ayrson, a artista escolheu outros brasileiros durante sua passagem por São Paulo: são Maurício Ianês, Marco Paulo Rolla, Rubiane Maia e os integrantes do Grupo EmpreZa. "Minha seleção se baseou nos portfólios, na conversa que tive com eles e também na energia de cada um", explica Marina. Ao grupo, soma-se Paula Garcia –a performer paulistana assina também a curadoria da mostra– e o curitibano Maikon K. A entrada de Maikon no time foi atípica: o artista encontrou Marina na casa de um xamã, em Curitiba, que sugeriu à performer assistir ao solo de dança DNA de DAN, protagonizado pelo paranaense. "Minha decisão de incluí-lo foi imediata. O trabalho é forte e preciso", diz a artista. O espetáculo de 2013, encenado por Maikon dentro de uma bolha de plástico, será apresentado no Sesc com modificações. A iluminação será simplificada e a preparação, na qual reveste o corpo de uma camada de água e gelatina, irá acontecer na presença do público. "Eu trabalho há 15 anos em Curitiba, mas não estou inserido no circuito. Ter apresentado meu trabalho à Marina já foi algo inesperado", conta Maikon. Após o primeiro encontro, a pedido da equipe curatorial, os brasileiros enviaram três projetos de longa duração a fim de escolher qual seria apresentado –Marina considera trabalhos mais demorados como uma maior possibilidade de transformar o artista e o espectador. Detalhes técnicos e conceituais de cada performance foram tema de extensas trocas de e-mail e conversas por Skype. A ausência de hierarquia em "O Vínculo", de Maurício Ianês, foi uma questão explorada. Na performance, o paulista permanecerá em um espaço aberto às proposições dos visitantes, criando um local de convivência. "Tive que tomar cuidado para que a visão da Marina não se sobrepusesse. Geralmente, a presença dela como artista é muito forte nos trabalhos que realiza, o que pode criar uma hierarquia entre ela e o público", diz. Os brasileiros serão submetidos ainda a um workshop de preparação. Numa locação próxima à São Paulo, devem passar cinco dias sem comer nem falar. LIMITES O processo ajudará a atingir o estado de imersão que pedem performances como Corpo Ruindo, em que Paula Garcia passará dias arremessando sucatas –algumas de até 20 kg– em uma parede magnetizada. Para todos os envolvidos, a participação em Terra Comunal é a experiência mais duradoura em performances. "Serão dois meses lidando com os limites", diz Paula. TERRA COMUNAL/MARINA ABRAMOVIC + MAI QUANDO de 11/3 a 10/5 de ter. a sáb., das 10h às 21h; dom., das 10h às 19h ONDE Sesc Pompeia, r. Clélia, 93, tel. (11) 3871-7700 QUANTO grátis CLASSIFICAÇÃO livre
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Brasileiros selecionados por Marina Abramovic vão interagir com a artistaEm janeiro de 2014, o artista baiano Ayrson Heráclito se sentou no colo de Marina Abramovic para tirar uma foto. A sérvia de 68 anos, com 50 dedicados à performance, declarou ali que o acolheria. No encontro, classificado pelo baiano como de "uma magia que transcende a lógica", ela quis saber tudo sobre a Bahia, desde os orixás ao azeite de dendê. Elementos da cultura afro-brasileira são recorrentes no trabalho de Ayrson, que foi selecionado naquele dia para participar em março de uma mostra de performances no Sesc Pompeia. A exposição é parte de Terra Comunal, maior retrospectiva já dedicada à carreira de Marina na América do Sul. Além de Ayrson, a artista escolheu outros brasileiros durante sua passagem por São Paulo: são Maurício Ianês, Marco Paulo Rolla, Rubiane Maia e os integrantes do Grupo EmpreZa. "Minha seleção se baseou nos portfólios, na conversa que tive com eles e também na energia de cada um", explica Marina. Ao grupo, soma-se Paula Garcia –a performer paulistana assina também a curadoria da mostra– e o curitibano Maikon K. A entrada de Maikon no time foi atípica: o artista encontrou Marina na casa de um xamã, em Curitiba, que sugeriu à performer assistir ao solo de dança DNA de DAN, protagonizado pelo paranaense. "Minha decisão de incluí-lo foi imediata. O trabalho é forte e preciso", diz a artista. O espetáculo de 2013, encenado por Maikon dentro de uma bolha de plástico, será apresentado no Sesc com modificações. A iluminação será simplificada e a preparação, na qual reveste o corpo de uma camada de água e gelatina, irá acontecer na presença do público. "Eu trabalho há 15 anos em Curitiba, mas não estou inserido no circuito. Ter apresentado meu trabalho à Marina já foi algo inesperado", conta Maikon. Após o primeiro encontro, a pedido da equipe curatorial, os brasileiros enviaram três projetos de longa duração a fim de escolher qual seria apresentado –Marina considera trabalhos mais demorados como uma maior possibilidade de transformar o artista e o espectador. Detalhes técnicos e conceituais de cada performance foram tema de extensas trocas de e-mail e conversas por Skype. A ausência de hierarquia em "O Vínculo", de Maurício Ianês, foi uma questão explorada. Na performance, o paulista permanecerá em um espaço aberto às proposições dos visitantes, criando um local de convivência. "Tive que tomar cuidado para que a visão da Marina não se sobrepusesse. Geralmente, a presença dela como artista é muito forte nos trabalhos que realiza, o que pode criar uma hierarquia entre ela e o público", diz. Os brasileiros serão submetidos ainda a um workshop de preparação. Numa locação próxima à São Paulo, devem passar cinco dias sem comer nem falar. LIMITES O processo ajudará a atingir o estado de imersão que pedem performances como Corpo Ruindo, em que Paula Garcia passará dias arremessando sucatas –algumas de até 20 kg– em uma parede magnetizada. Para todos os envolvidos, a participação em Terra Comunal é a experiência mais duradoura em performances. "Serão dois meses lidando com os limites", diz Paula. TERRA COMUNAL/MARINA ABRAMOVIC + MAI QUANDO de 11/3 a 10/5 de ter. a sáb., das 10h às 21h; dom., das 10h às 19h ONDE Sesc Pompeia, r. Clélia, 93, tel. (11) 3871-7700 QUANTO grátis CLASSIFICAÇÃO livre
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Para salvar seus monumentos, Roma pede R$ 1,9 bi a empresas e cidadãos
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Amigos, romanos, concidadãos... E pessoas de outros países, empresas e quem mais estiver disponível. A cidade de Roma está em busca de uma ajuda no valor de € 500 milhões (o equivalente a R$ 1,97 bilhão) para financiar a restauração de uma centena de seus monumentos históricos mais emblemáticos –e evitar que eles caiam em ruínas. Com uma dívida na casa dos € 12 bilhões e persistentemente sem fundos para cuidar da maneira ideal de seu legado de dois milênios de arte e história, as autoridades municipais lançaram nesta terça-feira (24) a campanha "100 propostas para patronos". A iniciativa lista projetos de restauro e manutenção que a prefeitura espera que patrocinadores –incluindo cidadãos comuns– estejam dispostos a "adotar" "Ajudem-nos para que Roma continue sendo uma referência de beleza no mundo e fazendo com que se fale dela", pediu, em conversa com a imprensa, Francesco Paolo Tronca, prefeito interino de Roma (eleições estão previstas para junho). O modelo segue, por exemplo, projetos como o da Fendi, que bancou as reformas que devolveram o esplendor a muitas fontes famosas –incluindo a favorita dos turistas, a de Trevi– depois dos estragos da poluição e dos pombos, e da Bulgari, que está patrocinando o restauro da escadaria espanhola, no coração do bairro de compras mais chique da cidade. O governo do Azerbaijão ajudou a restaurar parte do museu Campidoglio, e duas empresas bancaram o sistema de iluminação que fez do bulevar ao lado do fórum imperial um passeio noturno romântico. A prefeitura quer agora que mecenas do século 21 ajudem a manter –com reformas estruturais ou ajustes superficiais– diversos outros pontos. A lista de projetos apresentados, segundo a agência Associated Press, inclui fontes próximas ao Panteão, na praça Navona e no parque Villa Borghese, as termas e o fórum de Trajano, a escadaria do prédio da prefeitura, o Ludus Magnus (que foi a principal escola de gladiadores, próxima ao Coliseu) e a zona sacra do largo di Torre Argentina. Os patrocínios também podem ajudar a reabrir para o turismo monumentos há muito fechados, como o mausoléu de Augusto. Mas a agência AFP noticiou que Tronca reconheceu que o desafio maior é convencer moradores a contribuir financeiramente com reformas depois de a prefeitura estar envolvida em um escândalo que revelou corrupção generalizada na administração da cidade.
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Para salvar seus monumentos, Roma pede R$ 1,9 bi a empresas e cidadãosAmigos, romanos, concidadãos... E pessoas de outros países, empresas e quem mais estiver disponível. A cidade de Roma está em busca de uma ajuda no valor de € 500 milhões (o equivalente a R$ 1,97 bilhão) para financiar a restauração de uma centena de seus monumentos históricos mais emblemáticos –e evitar que eles caiam em ruínas. Com uma dívida na casa dos € 12 bilhões e persistentemente sem fundos para cuidar da maneira ideal de seu legado de dois milênios de arte e história, as autoridades municipais lançaram nesta terça-feira (24) a campanha "100 propostas para patronos". A iniciativa lista projetos de restauro e manutenção que a prefeitura espera que patrocinadores –incluindo cidadãos comuns– estejam dispostos a "adotar" "Ajudem-nos para que Roma continue sendo uma referência de beleza no mundo e fazendo com que se fale dela", pediu, em conversa com a imprensa, Francesco Paolo Tronca, prefeito interino de Roma (eleições estão previstas para junho). O modelo segue, por exemplo, projetos como o da Fendi, que bancou as reformas que devolveram o esplendor a muitas fontes famosas –incluindo a favorita dos turistas, a de Trevi– depois dos estragos da poluição e dos pombos, e da Bulgari, que está patrocinando o restauro da escadaria espanhola, no coração do bairro de compras mais chique da cidade. O governo do Azerbaijão ajudou a restaurar parte do museu Campidoglio, e duas empresas bancaram o sistema de iluminação que fez do bulevar ao lado do fórum imperial um passeio noturno romântico. A prefeitura quer agora que mecenas do século 21 ajudem a manter –com reformas estruturais ou ajustes superficiais– diversos outros pontos. A lista de projetos apresentados, segundo a agência Associated Press, inclui fontes próximas ao Panteão, na praça Navona e no parque Villa Borghese, as termas e o fórum de Trajano, a escadaria do prédio da prefeitura, o Ludus Magnus (que foi a principal escola de gladiadores, próxima ao Coliseu) e a zona sacra do largo di Torre Argentina. Os patrocínios também podem ajudar a reabrir para o turismo monumentos há muito fechados, como o mausoléu de Augusto. Mas a agência AFP noticiou que Tronca reconheceu que o desafio maior é convencer moradores a contribuir financeiramente com reformas depois de a prefeitura estar envolvida em um escândalo que revelou corrupção generalizada na administração da cidade.
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YouTube planeja serviço de TV on-line, diz agência
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O YouTube está trabalhando em um serviço por assinatura chamado Unplugged que vai oferecer aos usuários um pacote de canais de TV paga transmitidos pela Internet, afirmou a agência de notícias Bloomberg. O projeto tem prazo para lançamento em 2017, afirmou a agência, citando fontes com conhecimento do plano. O YouTube, controlado pelo Google, discutiu os planos com vários grupos de mídia, incluindo Comcast, NBCUniversal, Viacom, Twenty-First Century Fox e CBS, mas ainda não obteve direitos de transmissão, segundo a Bloomberg. Representantes do Google, Comcast, NBCUniversal, Twenty-First Century Fox e Viacom não puderam ser contatados de imediato para comentar o assunto. O YouTube já oferece um serviço por assinatura nos Estados Unidos, chamado de YouTube Red, que permite aos usuários assistir a vídeos sem propagandas. O serviço custa US$ 9,99 por mês.
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YouTube planeja serviço de TV on-line, diz agênciaO YouTube está trabalhando em um serviço por assinatura chamado Unplugged que vai oferecer aos usuários um pacote de canais de TV paga transmitidos pela Internet, afirmou a agência de notícias Bloomberg. O projeto tem prazo para lançamento em 2017, afirmou a agência, citando fontes com conhecimento do plano. O YouTube, controlado pelo Google, discutiu os planos com vários grupos de mídia, incluindo Comcast, NBCUniversal, Viacom, Twenty-First Century Fox e CBS, mas ainda não obteve direitos de transmissão, segundo a Bloomberg. Representantes do Google, Comcast, NBCUniversal, Twenty-First Century Fox e Viacom não puderam ser contatados de imediato para comentar o assunto. O YouTube já oferece um serviço por assinatura nos Estados Unidos, chamado de YouTube Red, que permite aos usuários assistir a vídeos sem propagandas. O serviço custa US$ 9,99 por mês.
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Crivella disse que Rio 'deveria ser murado como Jerusalém'
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O prefeito eleito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), disse que a cidade deveria ser cercada por muros para evitar a entrada de armas e drogas. A declaração foi dada na segunda (21) num encontro com líderes judaicos e evangélicos no principal templo Igreja Universal no Rio. "[O Rio] Deveria ser murado como Jerusalém", disse Crivella, que visitou Israel neste mês logo após vencer o pleito no Rio. Na visita ao país, o prefeito eleito, que é bispo licenciado da Igreja Universal, se encontrou com o prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, para tratar de assuntos como segurança, educação e turismo. Crivella conheceu os sistemas de vigilância adotados lá com armas não-letais e treinamento da Guarda. Antes de declarar que o Rio deveria ser murado, o prefeito eleito afirmara que a cidade está vivendo "uma profunda crise moral". Desde o início da semana, a Cidade de Deus está ocupada. No sábado (19), quatro policiais morreram na queda de um helicóptero durante operação na comunidade. No dia seguinte, sete corpos foram encontrados por moradores após tiroteio intenso na madrugada.
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Crivella disse que Rio 'deveria ser murado como Jerusalém'O prefeito eleito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), disse que a cidade deveria ser cercada por muros para evitar a entrada de armas e drogas. A declaração foi dada na segunda (21) num encontro com líderes judaicos e evangélicos no principal templo Igreja Universal no Rio. "[O Rio] Deveria ser murado como Jerusalém", disse Crivella, que visitou Israel neste mês logo após vencer o pleito no Rio. Na visita ao país, o prefeito eleito, que é bispo licenciado da Igreja Universal, se encontrou com o prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, para tratar de assuntos como segurança, educação e turismo. Crivella conheceu os sistemas de vigilância adotados lá com armas não-letais e treinamento da Guarda. Antes de declarar que o Rio deveria ser murado, o prefeito eleito afirmara que a cidade está vivendo "uma profunda crise moral". Desde o início da semana, a Cidade de Deus está ocupada. No sábado (19), quatro policiais morreram na queda de um helicóptero durante operação na comunidade. No dia seguinte, sete corpos foram encontrados por moradores após tiroteio intenso na madrugada.
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Ministro da Casa Civil faz reunião com governadores pró-Dilma
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O ministro Jaques Wagner (Casa Civil) recebe nesta terça-feira (8) os nove governadores do Nordeste, que já se posicionaram contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na semana passada, uma carta divulgada pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT), em nome de todos os governadores da região, apontou "propósitos puramente pessoais" do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em aceitar abertura de processo e chamou a iniciativa de "absurda". Em levantamento feito pela Folha, todos os chefes do Executivo nesses Estados também se mostraram contrários ao impeachment. O tema deve nortear o encontro, realizado horas antes de Dilma receber os governadores para tratar de ações de combate ao vírus zika. Para essa agenda, prevista para as 17h, foram chamados todos os chefes de Executivos estaduais. Está prevista, por exemplo, a presença dos governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB) e do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB). REDES SOCIAIS Na manhã de hoje, após divulgação de carta do vice-presidente Michel Temer, em que ele aponta a "absoluta desconfiança" de Dilma sobre ele, o ministro da Casa Civil comentou em rede social: "O intenso convívio com@dilmabr nos últimos dias está me fazendo perceber com mais nitidez sua imensa capacidade de enfrentar dificuldades". Em seu perfil no Facebook, disse que Dilma é uma "mulher forte e aguerrida" que "parece agigantar-se ainda mais quando precisa encarar grandes desafios". "Para evitar esse retrocesso, podem ter certeza de que o coração valente ficará ainda mais valente na defesa dos interesses do povo pobre deste país", afirmou.
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Ministro da Casa Civil faz reunião com governadores pró-DilmaO ministro Jaques Wagner (Casa Civil) recebe nesta terça-feira (8) os nove governadores do Nordeste, que já se posicionaram contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na semana passada, uma carta divulgada pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT), em nome de todos os governadores da região, apontou "propósitos puramente pessoais" do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em aceitar abertura de processo e chamou a iniciativa de "absurda". Em levantamento feito pela Folha, todos os chefes do Executivo nesses Estados também se mostraram contrários ao impeachment. O tema deve nortear o encontro, realizado horas antes de Dilma receber os governadores para tratar de ações de combate ao vírus zika. Para essa agenda, prevista para as 17h, foram chamados todos os chefes de Executivos estaduais. Está prevista, por exemplo, a presença dos governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB) e do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB). REDES SOCIAIS Na manhã de hoje, após divulgação de carta do vice-presidente Michel Temer, em que ele aponta a "absoluta desconfiança" de Dilma sobre ele, o ministro da Casa Civil comentou em rede social: "O intenso convívio com@dilmabr nos últimos dias está me fazendo perceber com mais nitidez sua imensa capacidade de enfrentar dificuldades". Em seu perfil no Facebook, disse que Dilma é uma "mulher forte e aguerrida" que "parece agigantar-se ainda mais quando precisa encarar grandes desafios". "Para evitar esse retrocesso, podem ter certeza de que o coração valente ficará ainda mais valente na defesa dos interesses do povo pobre deste país", afirmou.
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Boas e más ideias na proposta do PMDB
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Com a crise atual, várias ideias têm surgido na área econômica, boas e más. A proposta do PMDB, "Uma Ponte para o Futuro", traz pontos que merecem ser destacados. Alguns são obviamente bem-vindos, como a desindexação e o orçamento impositivo. A sugestão de uma idade mínima para a aposentadoria é corajosa pela óbvia dificuldade política de ser levada adiante. Poucos partidos políticos se arriscariam em tão benéfica iniciativa, pois ela é impopular, já que os eleitores colocam peso muito alto no curto prazo, pensando na sua própria aposentadoria, em vez do bem-estar de seus filhos. Por outro lado, é uma medida da maior importância, pois sabemos que o Brasil é um dos poucos países sem idade mínima para aposentadoria, o que produz reflexos crescentemente negativos na economia. Contudo, essa proposta traz algo de antiquado, talvez mesmo cavalheiresco, quando determina uma idade mínima de 65 anos para os homens e de 60 para as mulheres. Como as mulheres, em média, vivem mais do que os homens, a maioria dos países requer a mesma idade para ambos. O mais justo seria requerimento menor de anos de trabalho para as mulheres que têm filhos, já que muitas vezes elas necessitam deixar o trabalho para cuidar da família. Outra justificativa para esse diferencial seria simplesmente uma compensação para o trabalho de criar os filhos, que obviamente é maior para as mulheres. Um outro ponto que chama a atenção trata da autonomia do Banco Central. Embora não seja explícita a ideia do PMDB de limitar ou extinguir a já limitada independência, nos parece equivocada a iniciativa, inclusive porque em grande parte ela está impulsionada pela ideia de que o BC está perdendo enorme quantia de recursos devido à sua política de swaps. É importante dizer que o Tesouro possui uma substancial quantia de reservas cambiais "efetivas" (reservas menos swaps), da ordem de US$ 270 bilhões. Assim, é ele quem ganha em vez de perder quando da elevação do dólar. Poderíamos discutir se essas políticas públicas, de gerenciamento de reservas e swaps, por envolverem recursos públicos, são adequadas ou não. Portanto, é desejável que o Banco Central, mesmo com o grau de independência superior ao atual, seja sujeito somente a apresentações em comissões parlamentares verdadeiramente especializadas. Outra proposta que merece ser analisada é a eliminação das obrigatoriedades de gastos. Esta nos parece um verdadeiro desastre. O Brasil, ao longo dos séculos, relegou os gastos de saúde e educação. A última Constituinte reconheceu a necessidade de corrigir essa distorção e determinou de forma arbitrária um percentual de gastos nesses quesitos, o que melhorou nosso índice de IDH, que mede a performance social de uma nação. Muitos de nós, de forma justificada, estão insatisfeitos com o desempenho de nossos estudantes e com nosso serviço de saúde. É preciso ter em mente que a alternativa da não exigência de gasto mínimo muito provavelmente nos levaria a uma situação bem mais desastrosa. Uma Constituinte pensa no longo prazo. Foi essa a visão que balizou a introdução de cláusulas de gastos mínimos com educação e saúde. O benefício gerado pela eliminação desses gastos seria muito inferior aos ganhos advindos dessa cláusula. É melhor não tocar nela! ALOISIO ARAUJO, 69, é economista e professor da FGV - Fundação Getulio Vargas e professor visitante das universidades de Chicago e Harvard * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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opiniao
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Boas e más ideias na proposta do PMDBCom a crise atual, várias ideias têm surgido na área econômica, boas e más. A proposta do PMDB, "Uma Ponte para o Futuro", traz pontos que merecem ser destacados. Alguns são obviamente bem-vindos, como a desindexação e o orçamento impositivo. A sugestão de uma idade mínima para a aposentadoria é corajosa pela óbvia dificuldade política de ser levada adiante. Poucos partidos políticos se arriscariam em tão benéfica iniciativa, pois ela é impopular, já que os eleitores colocam peso muito alto no curto prazo, pensando na sua própria aposentadoria, em vez do bem-estar de seus filhos. Por outro lado, é uma medida da maior importância, pois sabemos que o Brasil é um dos poucos países sem idade mínima para aposentadoria, o que produz reflexos crescentemente negativos na economia. Contudo, essa proposta traz algo de antiquado, talvez mesmo cavalheiresco, quando determina uma idade mínima de 65 anos para os homens e de 60 para as mulheres. Como as mulheres, em média, vivem mais do que os homens, a maioria dos países requer a mesma idade para ambos. O mais justo seria requerimento menor de anos de trabalho para as mulheres que têm filhos, já que muitas vezes elas necessitam deixar o trabalho para cuidar da família. Outra justificativa para esse diferencial seria simplesmente uma compensação para o trabalho de criar os filhos, que obviamente é maior para as mulheres. Um outro ponto que chama a atenção trata da autonomia do Banco Central. Embora não seja explícita a ideia do PMDB de limitar ou extinguir a já limitada independência, nos parece equivocada a iniciativa, inclusive porque em grande parte ela está impulsionada pela ideia de que o BC está perdendo enorme quantia de recursos devido à sua política de swaps. É importante dizer que o Tesouro possui uma substancial quantia de reservas cambiais "efetivas" (reservas menos swaps), da ordem de US$ 270 bilhões. Assim, é ele quem ganha em vez de perder quando da elevação do dólar. Poderíamos discutir se essas políticas públicas, de gerenciamento de reservas e swaps, por envolverem recursos públicos, são adequadas ou não. Portanto, é desejável que o Banco Central, mesmo com o grau de independência superior ao atual, seja sujeito somente a apresentações em comissões parlamentares verdadeiramente especializadas. Outra proposta que merece ser analisada é a eliminação das obrigatoriedades de gastos. Esta nos parece um verdadeiro desastre. O Brasil, ao longo dos séculos, relegou os gastos de saúde e educação. A última Constituinte reconheceu a necessidade de corrigir essa distorção e determinou de forma arbitrária um percentual de gastos nesses quesitos, o que melhorou nosso índice de IDH, que mede a performance social de uma nação. Muitos de nós, de forma justificada, estão insatisfeitos com o desempenho de nossos estudantes e com nosso serviço de saúde. É preciso ter em mente que a alternativa da não exigência de gasto mínimo muito provavelmente nos levaria a uma situação bem mais desastrosa. Uma Constituinte pensa no longo prazo. Foi essa a visão que balizou a introdução de cláusulas de gastos mínimos com educação e saúde. O benefício gerado pela eliminação desses gastos seria muito inferior aos ganhos advindos dessa cláusula. É melhor não tocar nela! ALOISIO ARAUJO, 69, é economista e professor da FGV - Fundação Getulio Vargas e professor visitante das universidades de Chicago e Harvard * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Lenda do atletismo, Bubka é suspeito de corrupção para ajudar Rio-2016
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De acordo com reportagem do jornal francês "Le Monde", Sergei Bubka, lenda do atletismo, campeão olímpico e hexacampeão mundial do salto com vara, tem vínculo financeiro com protagonista do escândalo de compra de votos para que o Rio de Janeiro fosse escolhido como sede da Olimpíada de 2016. Com isso, o ex-atleta se torna suspeito de participação no esquema. Bubka também é membro do COI e atual presidente do Comitê Olímpico da Ucrânia. No dia 18 de junho de 2009, data próxima à escolha do Rio de Janeiro –em 2 de outubro do mesmo ano–, Bubka transferiu US$ 45 mil (cerca de R$ 140,7 mil, na cotação atual) para a New Mills Investments, empresa baseada em pequeno paraíso fiscal nas Índias Ocidentais. O beneficiário da transação financeira seria Valentin Balakhnichev, ex-presidente da Federação Russa de Atletismo e tesoureiro da Federação Internacional de Atletismo. Na véspera do depósito, a New Mills havia transferido US$ 45.033,00 (cerca de R$ 140,8 mil), montante semelhante, para a Pamodzi Sports, empresa de Papa Massata Diack, filho de Lamine Diack, ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo e figura central no escândalo de compra de votos. Protagonista da denúncia do "Le Monde", Balakhnichev foi banido da Federação Internacional de Atletismo no ano passado por ser suspeito de ocultar casos de doping em seu país.
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esporte
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Lenda do atletismo, Bubka é suspeito de corrupção para ajudar Rio-2016De acordo com reportagem do jornal francês "Le Monde", Sergei Bubka, lenda do atletismo, campeão olímpico e hexacampeão mundial do salto com vara, tem vínculo financeiro com protagonista do escândalo de compra de votos para que o Rio de Janeiro fosse escolhido como sede da Olimpíada de 2016. Com isso, o ex-atleta se torna suspeito de participação no esquema. Bubka também é membro do COI e atual presidente do Comitê Olímpico da Ucrânia. No dia 18 de junho de 2009, data próxima à escolha do Rio de Janeiro –em 2 de outubro do mesmo ano–, Bubka transferiu US$ 45 mil (cerca de R$ 140,7 mil, na cotação atual) para a New Mills Investments, empresa baseada em pequeno paraíso fiscal nas Índias Ocidentais. O beneficiário da transação financeira seria Valentin Balakhnichev, ex-presidente da Federação Russa de Atletismo e tesoureiro da Federação Internacional de Atletismo. Na véspera do depósito, a New Mills havia transferido US$ 45.033,00 (cerca de R$ 140,8 mil), montante semelhante, para a Pamodzi Sports, empresa de Papa Massata Diack, filho de Lamine Diack, ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo e figura central no escândalo de compra de votos. Protagonista da denúncia do "Le Monde", Balakhnichev foi banido da Federação Internacional de Atletismo no ano passado por ser suspeito de ocultar casos de doping em seu país.
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'Canalizamos o luto para uma coisa boa, a arte', diz autor de 'Velho Chico'
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"Não tivemos tempo de nos despedirmos do Domingos como gostaríamos, mas pelo menos tivemos essa oportunidade com o Santo. A arte nos proporcionou essa despedida", diz Bruno Barbosa Luperi, 27, autor de "Velho Chico", sobre os últimos capítulos da novela das 21h da Globo protagonizada por Domingos Montagner. O ator de 54 anos morreu afogado no rio São Francisco, em Canindé (SE), numa folga das gravações no dia 15. Para homenagear Montagner e preservar a história criada por Benedito Ruy Barbosa, 85, avô de Bruno, o diretor Luiz Fernando Carvalho decidiu usar o recurso da câmera subjetiva, ou seja, a lente funcionou como o olhar de Santo, "contracenando" com os outros atores. "Domingos vivia um momento sublime na trama, seria impossível tirá-lo. Era um herói num país carente de heróis", afirma Luperi. O autor estreante cai no choro ao contar à Folha, por telefone, como foi a conversa com a viúva de Montagner, em que perguntaram o que deveria ser feito com o personagem dele, e ela disse que seguissem a história. A voz dele também embarga ao lembrar do dia da tragédia. Luperi estava em Canindé para as últimas gravações. "Foi muito doloroso ter que mexer no texto. Eu me apoiei na força que recebi das pessoas", fala. Ele conta ter reescrito os diálogos em que Montagner estaria presente com perguntas retóricas. "As respostas ficaram subentendidas e encontraram uma direção luminosa. Foi uma energia conjunta de toda a equipe para canalizar o luto para uma coisa boa, para a arte." Nesta sexta (30), o público se despedirá definitivamente de Santo e de "Velho Chico". O autor promete surpresas, tensão e muita emoção. ELOGIO DO AVÔ O folhetim criado por Benedito é o primeiro escrito por Luperi, que decidiu abandonar o trabalho como diretor de arte de publicidade para seguir o ofício do avô. Benedito supervisionou o texto do neto, indicando rumos e diálogos, entre outras coisas. "Meu avô fez o maior dos elogios. Ele me disse: 'Até parece que fui eu que escrevi isso'", lembra Luperi. O autor diz que termina o trabalho com sensação de dever cumprido. "Discutimos questões políticas, empoderamento feminino, novo código florestal, colocamos o rio em pauta. Exercemos uma função social grande", fala. E, segundo ele, a audiência, acima dos 30 pontos no Ibope em SP nesses meses finais (cada ponto equivale a 197,8 mil espectadores), mostrou que o público gostou. "Não tem assunto chato, tem abordagem chata." Ele rebate as críticas que a novela recebeu no início, pelo ritmo lento e pelas caracterizações de personagens como o coronel Saruê e a peruca de Antonio Fagundes. Para Luperi, Fagundes foi "bode expiatório" e vítima de comentários maldosos de quem não entendeu a conceituação da trama. "Foi algo novo lidar com o imediatismo do público. A impressão que deu foi que a pessoa ouviu a primeira frase da piada e já disse que não entendeu. Acho que as pessoas estavam acostumadas a ver atores atuando, não a acompanhar personagens."
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ilustrada
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'Canalizamos o luto para uma coisa boa, a arte', diz autor de 'Velho Chico'"Não tivemos tempo de nos despedirmos do Domingos como gostaríamos, mas pelo menos tivemos essa oportunidade com o Santo. A arte nos proporcionou essa despedida", diz Bruno Barbosa Luperi, 27, autor de "Velho Chico", sobre os últimos capítulos da novela das 21h da Globo protagonizada por Domingos Montagner. O ator de 54 anos morreu afogado no rio São Francisco, em Canindé (SE), numa folga das gravações no dia 15. Para homenagear Montagner e preservar a história criada por Benedito Ruy Barbosa, 85, avô de Bruno, o diretor Luiz Fernando Carvalho decidiu usar o recurso da câmera subjetiva, ou seja, a lente funcionou como o olhar de Santo, "contracenando" com os outros atores. "Domingos vivia um momento sublime na trama, seria impossível tirá-lo. Era um herói num país carente de heróis", afirma Luperi. O autor estreante cai no choro ao contar à Folha, por telefone, como foi a conversa com a viúva de Montagner, em que perguntaram o que deveria ser feito com o personagem dele, e ela disse que seguissem a história. A voz dele também embarga ao lembrar do dia da tragédia. Luperi estava em Canindé para as últimas gravações. "Foi muito doloroso ter que mexer no texto. Eu me apoiei na força que recebi das pessoas", fala. Ele conta ter reescrito os diálogos em que Montagner estaria presente com perguntas retóricas. "As respostas ficaram subentendidas e encontraram uma direção luminosa. Foi uma energia conjunta de toda a equipe para canalizar o luto para uma coisa boa, para a arte." Nesta sexta (30), o público se despedirá definitivamente de Santo e de "Velho Chico". O autor promete surpresas, tensão e muita emoção. ELOGIO DO AVÔ O folhetim criado por Benedito é o primeiro escrito por Luperi, que decidiu abandonar o trabalho como diretor de arte de publicidade para seguir o ofício do avô. Benedito supervisionou o texto do neto, indicando rumos e diálogos, entre outras coisas. "Meu avô fez o maior dos elogios. Ele me disse: 'Até parece que fui eu que escrevi isso'", lembra Luperi. O autor diz que termina o trabalho com sensação de dever cumprido. "Discutimos questões políticas, empoderamento feminino, novo código florestal, colocamos o rio em pauta. Exercemos uma função social grande", fala. E, segundo ele, a audiência, acima dos 30 pontos no Ibope em SP nesses meses finais (cada ponto equivale a 197,8 mil espectadores), mostrou que o público gostou. "Não tem assunto chato, tem abordagem chata." Ele rebate as críticas que a novela recebeu no início, pelo ritmo lento e pelas caracterizações de personagens como o coronel Saruê e a peruca de Antonio Fagundes. Para Luperi, Fagundes foi "bode expiatório" e vítima de comentários maldosos de quem não entendeu a conceituação da trama. "Foi algo novo lidar com o imediatismo do público. A impressão que deu foi que a pessoa ouviu a primeira frase da piada e já disse que não entendeu. Acho que as pessoas estavam acostumadas a ver atores atuando, não a acompanhar personagens."
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Google Maps passa a mostrar rotas de bicicleta em BH, Curitiba, Rio e SP
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O Google anunciou nesta terça-feira (23) que passará a exibir no aplicativo Maps caminhos recomendados para bicicleta, por vias consideradas menos perigosas e com altimetria, o que serve como uma previsão das subidas e descidas que o ciclista deve encarar. A função será liberada nas cidades de Belo Horizonte, Curitiba, Rio e São Paulo tanto para os usuários do app no iPhone quanto no Android, e será gradualmente introduzida sem a necessidade de atualização. A versão web também ganhou a capacidade. As informações foram coletadas com órgãos oficiais, segundo a assessoria de imprensa da companhia no Brasil. No caso de São Paulo, dados sobre as ciclorrotas, ciclovias e ciclofaixas foram fornecidos pela prefeitura e pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Usuários também poderão usar o app como GPS, já que existe navegação "curva a curva", com instruções por voz, que eles sigam o caminho recomendado. Em setembro do ano passado, a companhia já tinha apresentado a função em alguns países, como nos EUA. Em maio, o aplicativo para ciclistas Strava lançou guias para algumas cidades do mundo com rotas populares para pedalar, incluindo um sobre São Paulo.
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Google Maps passa a mostrar rotas de bicicleta em BH, Curitiba, Rio e SPO Google anunciou nesta terça-feira (23) que passará a exibir no aplicativo Maps caminhos recomendados para bicicleta, por vias consideradas menos perigosas e com altimetria, o que serve como uma previsão das subidas e descidas que o ciclista deve encarar. A função será liberada nas cidades de Belo Horizonte, Curitiba, Rio e São Paulo tanto para os usuários do app no iPhone quanto no Android, e será gradualmente introduzida sem a necessidade de atualização. A versão web também ganhou a capacidade. As informações foram coletadas com órgãos oficiais, segundo a assessoria de imprensa da companhia no Brasil. No caso de São Paulo, dados sobre as ciclorrotas, ciclovias e ciclofaixas foram fornecidos pela prefeitura e pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Usuários também poderão usar o app como GPS, já que existe navegação "curva a curva", com instruções por voz, que eles sigam o caminho recomendado. Em setembro do ano passado, a companhia já tinha apresentado a função em alguns países, como nos EUA. Em maio, o aplicativo para ciclistas Strava lançou guias para algumas cidades do mundo com rotas populares para pedalar, incluindo um sobre São Paulo.
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Após Operação Lava Jato, Petrobras é suspensa de instituto de governança
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O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) suspendeu a Petrobras do seu quadro de associados por 12 meses devido a dúvidas sobre os mecanismos de controle interno da companhia. Elas surgiram após as denúncias de corrupção da Operação Lava Jato, informou nesta segunda-feira a estatal, citando correspondência recebida do instituto. O IBGC é focado na promoção de boas práticas empresariais. A Operação Lava Jato investiga um esquema de lavagem e desvio de dinheiro no qual a Petrobras seria peça central. Ela aponta que políticos recebiam uma quota do valor de contratos superfaturados entre a Petrobras e grandes empreiteiras do país, como OAS, Odebrecht e Camargo Corrêa. "Não se encontra ainda evidências de que a companhia adotou mecanismos robustos e efetivos para monitorar o padrão de conduta ético estabelecido em suas políticas e que mantenha sobre tais mecanismos controles independentes e supervisionados regularmente pelo Conselho de Administração", disse o IBGC no documento enviado à Petrobras.
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Após Operação Lava Jato, Petrobras é suspensa de instituto de governançaO Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) suspendeu a Petrobras do seu quadro de associados por 12 meses devido a dúvidas sobre os mecanismos de controle interno da companhia. Elas surgiram após as denúncias de corrupção da Operação Lava Jato, informou nesta segunda-feira a estatal, citando correspondência recebida do instituto. O IBGC é focado na promoção de boas práticas empresariais. A Operação Lava Jato investiga um esquema de lavagem e desvio de dinheiro no qual a Petrobras seria peça central. Ela aponta que políticos recebiam uma quota do valor de contratos superfaturados entre a Petrobras e grandes empreiteiras do país, como OAS, Odebrecht e Camargo Corrêa. "Não se encontra ainda evidências de que a companhia adotou mecanismos robustos e efetivos para monitorar o padrão de conduta ético estabelecido em suas políticas e que mantenha sobre tais mecanismos controles independentes e supervisionados regularmente pelo Conselho de Administração", disse o IBGC no documento enviado à Petrobras.
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Na falta de estrelas, família de Trump rouba cena em convenção republicana
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Se há alguém que Donald Trump escuta, é outro Trump. No livro "Pense Como um Campeão" (2009), ele explicita a importância da linhagem ao se dizer "membro do sortudo clube do esperma". Na falta de caciques dispostos a defendê-lo, são seus filhos que vêm roubando os holofotes na Convenção Nacional Republicana, que oficializou a candidatura do patriarca à Casa Branca. A prole forma o núcleo duro de sua campanha e tem papel inédito numa corrida presidencial, disse à Folha Geoff Skelly, da Universidade de Virginia. "Nunca vimos isso antes. Uma coisa é usar a família para humanizar o candidato. Os filhos de Trump fazem bem mais do que isso." Da escolha do vice Mike Pence à demissão do estrategista Corey Lewandowski, os Trumps palpitam em cada passo da trajetória paterna. Todos, com exceção do caçula Barron, 10, foram escalados para o horário nobre da convenção, que em geral serve para catapultar estrelas em ascensão dos partidos. O discurso de um senador pouco conhecido, por exemplo, foi um dos ápices do evento democrata de 2004. Em 2008, Barack Obama virou presidente dos EUA. Na era Trump, a festa republicana se converteu em superprodução familiar, em sintonia com o espírito desses tempos, afirmou à Folha Anita McBride, ex-assessora da ex-primeira-dama Laura Bush. "Nenhum [dos Trump] tem experiência com governo, mas nesta eleição as pessoas parecem cansadas da velha guarda política." Os herdeiros são a versão "diet" da marca Trump, escolhendo com cuidado as palavras e servindo de escudeiros para o pai polemista. Contam pontos para o candidato: ele não pode ser tão ruim se criou filhos tão bem-educados, disse uma espectadora de um programa com a família na CNN em abril. TRÊS MÃES Donald Jr., 38, Ivanka, 34, e Eric, 32, são filhos da socialite Ivana; Tiffany, 22, de Marla Maples, a segunda mulher; e o pequeno Barron é filho da atual, a ex-modelo Melania. Ivanka, dita a filha predileta, foi quem apresentou Trump quando ele anunciou sua intenção de ser presidente, em junho de 2015. Um ano depois, a ex-modelo fechará a convenção ao lado do pai. Seu marido, Jared Kushner, 35, por quem ela se converteu ao judaísmo em 2009, entrou no restrito círculo de confidentes de Trump. Ele é filho de outro magnata do setor imobiliário, Charles Kushner, preso em 2005 por sonegar impostos e tentar chantagear o cunhado. O procurador no caso era Chris Christie, hoje governador de Nova Jersey e aliado de primeira hora de Trump. O papel dos demais tampouco é pequeno. Pelo discurso do primogênito na terça (19), sobre a capacidade de Trump em "ver potencial nas pessoas que elas mesmas não veem em si", o site Politico declarou: "Uma estrela política pode ter nascido". Donald Jr., casado com uma modelo, já se disse adepto, como o pai, da teoria do cavalo de corrida: "Gosto de acreditar que estou geneticamente predisposto a ser melhor do que a média". Como o pai e o irmão Eric, é membro da Associação Nacional do Rifle, principal lobby pró-armas dos EUA. Ao contrário do chefe do clã, porém, "cuja maior experiência com a vida selvagem envolve mirar os pássaros na cobertura da Trump Tower", segundo o biógrafo Michael D'Antonio, Jr. tomou gosto pela caça, o que o aproxima da base republicana. Outrora aspirante a cantora pop, a recém-formada Tiffany teve outra performance elogiada na convenção, um dia após o fiasco protagonizado pela madrasta, Melania, cujo discurso teve trechos plagiados do feito pela primeira-dama Michelle Obama em 2008. "Sempre fico ansiosa para apresentar meu pai a meus amigos, sobretudo aqueles com noções pré-concebidas, porque ele é um homem com charme natural", disse. Em novembro saberá se os EUA concordam com ela.
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Na falta de estrelas, família de Trump rouba cena em convenção republicanaSe há alguém que Donald Trump escuta, é outro Trump. No livro "Pense Como um Campeão" (2009), ele explicita a importância da linhagem ao se dizer "membro do sortudo clube do esperma". Na falta de caciques dispostos a defendê-lo, são seus filhos que vêm roubando os holofotes na Convenção Nacional Republicana, que oficializou a candidatura do patriarca à Casa Branca. A prole forma o núcleo duro de sua campanha e tem papel inédito numa corrida presidencial, disse à Folha Geoff Skelly, da Universidade de Virginia. "Nunca vimos isso antes. Uma coisa é usar a família para humanizar o candidato. Os filhos de Trump fazem bem mais do que isso." Da escolha do vice Mike Pence à demissão do estrategista Corey Lewandowski, os Trumps palpitam em cada passo da trajetória paterna. Todos, com exceção do caçula Barron, 10, foram escalados para o horário nobre da convenção, que em geral serve para catapultar estrelas em ascensão dos partidos. O discurso de um senador pouco conhecido, por exemplo, foi um dos ápices do evento democrata de 2004. Em 2008, Barack Obama virou presidente dos EUA. Na era Trump, a festa republicana se converteu em superprodução familiar, em sintonia com o espírito desses tempos, afirmou à Folha Anita McBride, ex-assessora da ex-primeira-dama Laura Bush. "Nenhum [dos Trump] tem experiência com governo, mas nesta eleição as pessoas parecem cansadas da velha guarda política." Os herdeiros são a versão "diet" da marca Trump, escolhendo com cuidado as palavras e servindo de escudeiros para o pai polemista. Contam pontos para o candidato: ele não pode ser tão ruim se criou filhos tão bem-educados, disse uma espectadora de um programa com a família na CNN em abril. TRÊS MÃES Donald Jr., 38, Ivanka, 34, e Eric, 32, são filhos da socialite Ivana; Tiffany, 22, de Marla Maples, a segunda mulher; e o pequeno Barron é filho da atual, a ex-modelo Melania. Ivanka, dita a filha predileta, foi quem apresentou Trump quando ele anunciou sua intenção de ser presidente, em junho de 2015. Um ano depois, a ex-modelo fechará a convenção ao lado do pai. Seu marido, Jared Kushner, 35, por quem ela se converteu ao judaísmo em 2009, entrou no restrito círculo de confidentes de Trump. Ele é filho de outro magnata do setor imobiliário, Charles Kushner, preso em 2005 por sonegar impostos e tentar chantagear o cunhado. O procurador no caso era Chris Christie, hoje governador de Nova Jersey e aliado de primeira hora de Trump. O papel dos demais tampouco é pequeno. Pelo discurso do primogênito na terça (19), sobre a capacidade de Trump em "ver potencial nas pessoas que elas mesmas não veem em si", o site Politico declarou: "Uma estrela política pode ter nascido". Donald Jr., casado com uma modelo, já se disse adepto, como o pai, da teoria do cavalo de corrida: "Gosto de acreditar que estou geneticamente predisposto a ser melhor do que a média". Como o pai e o irmão Eric, é membro da Associação Nacional do Rifle, principal lobby pró-armas dos EUA. Ao contrário do chefe do clã, porém, "cuja maior experiência com a vida selvagem envolve mirar os pássaros na cobertura da Trump Tower", segundo o biógrafo Michael D'Antonio, Jr. tomou gosto pela caça, o que o aproxima da base republicana. Outrora aspirante a cantora pop, a recém-formada Tiffany teve outra performance elogiada na convenção, um dia após o fiasco protagonizado pela madrasta, Melania, cujo discurso teve trechos plagiados do feito pela primeira-dama Michelle Obama em 2008. "Sempre fico ansiosa para apresentar meu pai a meus amigos, sobretudo aqueles com noções pré-concebidas, porque ele é um homem com charme natural", disse. Em novembro saberá se os EUA concordam com ela.
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Fafá de Belém chama Haddad de 'gato' e mostra saudosismo em show na Virada
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"O coração é brega", declamou Fafá de Belém nos minutos finais de seu show na Virada Cultural. Agradeceu ao prefeito Fernando Haddad (PT), a quem chamou de "aquele gato, sem conotação política". Descalça, com "uma certa dose de nervosismo" e um vestido branco que rodopiava a cada giro no palco, Fafá saudou "o grande Tupã" e compartilhou "as lendas do meu povo" com a plateia do Theatro Municipal neste domingo (21). A casa encheu. O vendedor ambulante Carlos Lirinha, 34, ficou de fora e ironizou que os shows da Virada no teatro "não eram para gente diferenciada". Para entrar, só quem tinha convite –distribuídos gratuitamente antes do espetáculo (informação difícil de encontrar na internet) e sujeitos à lotação do espaço. Ainda havia revista com detector de metais e vistoria nas bolsas. Comes e bebes iam para a lata do lixo. A cantora de Belém do Pará cantou na íntegra as 13 faixas de "Tamba Tajá", seu disco de estreia, de 1976. A capa já mostrava a essência Fafá: ela fotografada no meio da mata, feito índia. A sessão de acupuntura no governo de Geraldo Alckmin (PSDB) veio com a alfinetada sobre a água em seu Norte natal. Algo "fresco e cristalino, fora do volume morto". O público vibrou com hits inaugurais como "Haragana" ("Ah morena, moreninha/ Morena má haragana/ Volta comigo, morena/ Deixa essa vida cigana") e "Cá Já", composta para ela por Caetano Veloso e com arranjos de Wagner Tiso. Fafá mostrou saudosismo por uma época em que "faziam muitos acordes para uma estrofe" e cantou a música duas vezes –ficou insatisfeita com a primeira performance. "Quando tinha 19 anos era craque nisso", afirmou sobre o domínio dos arranjos na estreia. "Mas a gente vai ouvindo tanta porcaria que vai desacostumando". "Tô muito nervosa. Algumas canções não canto há 39 anos. Desde que eu nasci", brincou a artista de 58 anos. Seu gol, disse, era "contar a história para quem nunca viu ou pouco sabe dela". Em vez de terminar a apresentação com a melancólica "Fracasso", como no disco seminal, pôs uma saia florida, apertou mãos na primeira fila e emendou "Esse Rio É Minha Rua" e "Foi Assim", do célebre começo "Foi assim/ Como um resto de sol no mar/ Como a brisa da preamar". De pé, o público a acompanhou num karaokê de "laialaialaiala". Sucesso.
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Fafá de Belém chama Haddad de 'gato' e mostra saudosismo em show na Virada"O coração é brega", declamou Fafá de Belém nos minutos finais de seu show na Virada Cultural. Agradeceu ao prefeito Fernando Haddad (PT), a quem chamou de "aquele gato, sem conotação política". Descalça, com "uma certa dose de nervosismo" e um vestido branco que rodopiava a cada giro no palco, Fafá saudou "o grande Tupã" e compartilhou "as lendas do meu povo" com a plateia do Theatro Municipal neste domingo (21). A casa encheu. O vendedor ambulante Carlos Lirinha, 34, ficou de fora e ironizou que os shows da Virada no teatro "não eram para gente diferenciada". Para entrar, só quem tinha convite –distribuídos gratuitamente antes do espetáculo (informação difícil de encontrar na internet) e sujeitos à lotação do espaço. Ainda havia revista com detector de metais e vistoria nas bolsas. Comes e bebes iam para a lata do lixo. A cantora de Belém do Pará cantou na íntegra as 13 faixas de "Tamba Tajá", seu disco de estreia, de 1976. A capa já mostrava a essência Fafá: ela fotografada no meio da mata, feito índia. A sessão de acupuntura no governo de Geraldo Alckmin (PSDB) veio com a alfinetada sobre a água em seu Norte natal. Algo "fresco e cristalino, fora do volume morto". O público vibrou com hits inaugurais como "Haragana" ("Ah morena, moreninha/ Morena má haragana/ Volta comigo, morena/ Deixa essa vida cigana") e "Cá Já", composta para ela por Caetano Veloso e com arranjos de Wagner Tiso. Fafá mostrou saudosismo por uma época em que "faziam muitos acordes para uma estrofe" e cantou a música duas vezes –ficou insatisfeita com a primeira performance. "Quando tinha 19 anos era craque nisso", afirmou sobre o domínio dos arranjos na estreia. "Mas a gente vai ouvindo tanta porcaria que vai desacostumando". "Tô muito nervosa. Algumas canções não canto há 39 anos. Desde que eu nasci", brincou a artista de 58 anos. Seu gol, disse, era "contar a história para quem nunca viu ou pouco sabe dela". Em vez de terminar a apresentação com a melancólica "Fracasso", como no disco seminal, pôs uma saia florida, apertou mãos na primeira fila e emendou "Esse Rio É Minha Rua" e "Foi Assim", do célebre começo "Foi assim/ Como um resto de sol no mar/ Como a brisa da preamar". De pé, o público a acompanhou num karaokê de "laialaialaiala". Sucesso.
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Hackers tiram dinheiro de 20 mil contas em ataque a banco britânico
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A divisão bancária da Tesco, maior varejista da Grã-Bretanha, interrompeu nesta segunda-feira (7) todas as transações pela internet, em um esforço para lidar com um ataque on-line no fim de semana contra 40 mil contas bancárias, das quais 20 mil tiveram recursos retirados. O caso reforça preocupações sobre as vulnerabilidades do setor financeiro britânico a ataques cibernéticos, que vêm se tornando mais frequentes nos últimos dois anos. Esta foi a primeira vez que uma atividade fraudulenta contra um banco britânico resultou na perda de dinheiro dos correntistas. O Tesco Bank, que administra 136 mil contas bancárias, suspendeu todas as transações on-line enquanto trabalhava para normalizar o serviço, mas manteve os cartões ativos para uso em lojas e saques. "Qualquer perda financeira resultante desta atividade fraudulenta será assumida pelo banco", afirmou o presidente executivo do Tesco Bank, Benny Higgins, à rádio BBC. "Os clientes não correm risco financeiro", acrescentou. Segundo ele, quantias relativamente pequenas teriam sido retiradas, mas o banco ainda trabalha para mensurar o impacto da fraude. Por volta das 11h55 (horário de Brasília), as ações da varejista Tesco operavam em baixa de cerca de 1% na Bolsa de Londres.
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mercado
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Hackers tiram dinheiro de 20 mil contas em ataque a banco britânicoA divisão bancária da Tesco, maior varejista da Grã-Bretanha, interrompeu nesta segunda-feira (7) todas as transações pela internet, em um esforço para lidar com um ataque on-line no fim de semana contra 40 mil contas bancárias, das quais 20 mil tiveram recursos retirados. O caso reforça preocupações sobre as vulnerabilidades do setor financeiro britânico a ataques cibernéticos, que vêm se tornando mais frequentes nos últimos dois anos. Esta foi a primeira vez que uma atividade fraudulenta contra um banco britânico resultou na perda de dinheiro dos correntistas. O Tesco Bank, que administra 136 mil contas bancárias, suspendeu todas as transações on-line enquanto trabalhava para normalizar o serviço, mas manteve os cartões ativos para uso em lojas e saques. "Qualquer perda financeira resultante desta atividade fraudulenta será assumida pelo banco", afirmou o presidente executivo do Tesco Bank, Benny Higgins, à rádio BBC. "Os clientes não correm risco financeiro", acrescentou. Segundo ele, quantias relativamente pequenas teriam sido retiradas, mas o banco ainda trabalha para mensurar o impacto da fraude. Por volta das 11h55 (horário de Brasília), as ações da varejista Tesco operavam em baixa de cerca de 1% na Bolsa de Londres.
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Mudar tudo
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Não dá mais para segurar, explode seleção, cantaria Gonzaguinha farto das lambanças da Casa Bandida do Futebol, mais do mesmo desde o vexame da Copa do Mundo, 10 a 1 para alemães e holandeses nas duas partidas finais. Que Marco Polo Del Nero não pode mais ficar à frente da CBF é tão óbvio que até Ronaldo Fenômeno, cúmplice dele, de José Maria Marin e J.Hawilla, já percebeu. Chega de tentar dissimular e disfarçar e esconder, diria o filho do grande Luiz Gonzaga. Nero não tem mais condições morais, nem psicológicas –tanto que sequer acompanha a seleção com medo de tratados de extradição– para seguir à frente da CBF. Seu dedo é tão desastrado que até para apontar um simples chefe de delegação escolhe alguém que nem sequer fica com o time no momento em que a principal estrela da companhia vira réu na Conmebol –esta entidade que permite a algumas seleções saberem de que resultado precisam para se classificar, pois não toma o cuidado mínimo de realizar a última rodada com jogos no mesmo horário. Fácil saber porque tem tanto cartola da Conmebol em maus lençóis com o FBI. A crise moral chegou ao time de Dunga, que imaginava blindá-lo, apesar da presença do empresário de atletas Gilmar Rinaldi em seu comando e de João Agripino Dória Jr. em sua chefia. Chegou via Justiça espanhola em tabelinha com a norte-americana, ao transformar Neymar e o pai dele em réus na nebulosa transação do craque para o Barcelona e que envolve Sandro Rosell, ex-presidente do clube catalão e eterno amigo de Ricardo Teixeira. Aquela bola chutada por Neymar em Armero tinha outro destino, era algo que estava rompendo, rasgando, tomando seu corpo e sua cabeça, fruto da ganância sem limites que emporcalha o mundo do futebol, deste capitalismo selvagem que faz temer, chorar, sofrer. Daí para o falso discurso é um pulo. "Todos querem vencer o Brasil", diz Dunga e repetem os jogadores. Faz tempo que é mentira. Todos sabem que podem vencer o Brasil é a verdade, de Honduras à Venezuela, passando pelo 7 a 1 etc etc etc. A Alemanha é o time a ser batido. A Argentina. O Brasil não, não mais, ao menos. Porque o meio de campo do Brasil tem Fernandinho, Fred, Elias e Willian, entendeu? Tem Fernandinho, Fred, Elias e Willian, precisa repetir? Todos valiosos em seus times, mas coadjuvantes. E quatro coadjuvantes juntos não formam um ator principal. Pior: o ator principal virou réu, ele e seu pai, com a mãe como testemunha. Pense numa conversa entre Neymar, Nero e Agripino Doria. "Estou quase tão complicado como o senhor, presidente", diz o craque ao cartolão. "E você nem pode fazer como eu, ficar no Brasil", responde Nero. "Xi, cansei!", desiste Agripino. O que menos importa é o resultado do jogo de cartas marcadas contra os venezuelanos no começo da noite. A hora do basta já passou faz tempo e mais uma vez o bonde da história está aí. Subamos!
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Mudar tudoNão dá mais para segurar, explode seleção, cantaria Gonzaguinha farto das lambanças da Casa Bandida do Futebol, mais do mesmo desde o vexame da Copa do Mundo, 10 a 1 para alemães e holandeses nas duas partidas finais. Que Marco Polo Del Nero não pode mais ficar à frente da CBF é tão óbvio que até Ronaldo Fenômeno, cúmplice dele, de José Maria Marin e J.Hawilla, já percebeu. Chega de tentar dissimular e disfarçar e esconder, diria o filho do grande Luiz Gonzaga. Nero não tem mais condições morais, nem psicológicas –tanto que sequer acompanha a seleção com medo de tratados de extradição– para seguir à frente da CBF. Seu dedo é tão desastrado que até para apontar um simples chefe de delegação escolhe alguém que nem sequer fica com o time no momento em que a principal estrela da companhia vira réu na Conmebol –esta entidade que permite a algumas seleções saberem de que resultado precisam para se classificar, pois não toma o cuidado mínimo de realizar a última rodada com jogos no mesmo horário. Fácil saber porque tem tanto cartola da Conmebol em maus lençóis com o FBI. A crise moral chegou ao time de Dunga, que imaginava blindá-lo, apesar da presença do empresário de atletas Gilmar Rinaldi em seu comando e de João Agripino Dória Jr. em sua chefia. Chegou via Justiça espanhola em tabelinha com a norte-americana, ao transformar Neymar e o pai dele em réus na nebulosa transação do craque para o Barcelona e que envolve Sandro Rosell, ex-presidente do clube catalão e eterno amigo de Ricardo Teixeira. Aquela bola chutada por Neymar em Armero tinha outro destino, era algo que estava rompendo, rasgando, tomando seu corpo e sua cabeça, fruto da ganância sem limites que emporcalha o mundo do futebol, deste capitalismo selvagem que faz temer, chorar, sofrer. Daí para o falso discurso é um pulo. "Todos querem vencer o Brasil", diz Dunga e repetem os jogadores. Faz tempo que é mentira. Todos sabem que podem vencer o Brasil é a verdade, de Honduras à Venezuela, passando pelo 7 a 1 etc etc etc. A Alemanha é o time a ser batido. A Argentina. O Brasil não, não mais, ao menos. Porque o meio de campo do Brasil tem Fernandinho, Fred, Elias e Willian, entendeu? Tem Fernandinho, Fred, Elias e Willian, precisa repetir? Todos valiosos em seus times, mas coadjuvantes. E quatro coadjuvantes juntos não formam um ator principal. Pior: o ator principal virou réu, ele e seu pai, com a mãe como testemunha. Pense numa conversa entre Neymar, Nero e Agripino Doria. "Estou quase tão complicado como o senhor, presidente", diz o craque ao cartolão. "E você nem pode fazer como eu, ficar no Brasil", responde Nero. "Xi, cansei!", desiste Agripino. O que menos importa é o resultado do jogo de cartas marcadas contra os venezuelanos no começo da noite. A hora do basta já passou faz tempo e mais uma vez o bonde da história está aí. Subamos!
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Código pode melhorar o serviço público
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Em junho de 2018, deverá entrar em vigor o código de proteção aos usuários do serviço público federal na União, Estados, Distrito Federal e municípios com mais de 500 mil habitantes. Até junho de 2019, vigorará em todos os municípios brasileiros. Lamentavelmente, este código não ganhou o destaque merecido, pois à época o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgava a chapa Dilma-Temer. Mas traz avanços como a criação de conselhos de usuários para acompanhar a prestação de serviços, avaliá-la, propor melhorias, participar da mudança de diretrizes e aperfeiçoar o atendimento. Anualmente, será realizada ao menos uma pesquisa de satisfação dos usuários. Tenho defendido, há vários anos, a criação das agências reguladoras do Sistema Único de Saúde (SUS) e da educação (pública e privada), por motivos óbvios. Os planos de saúde privados atendem a menos de 50 milhões de pessoas. O SUS, em tese, está disponível para os quase 208 milhões de brasileiros. Por que não é acompanhado e fiscalizado por uma agência reguladora nos moldes da ANS (da saúde suplementar)? Já que o Estado continua onipresente no Brasil, seus serviços deveriam ser acompanhados, avaliados, fiscalizados e cobrados. No mínimo, para que os eleitores tivessem mais informações na hora de decidir seus votos. Além disso, nossa gigantesca carga tributária e fiscal, que consome quase R$ 40 de cada R$ 100 de riqueza produzida no país, deveria nos proporcionar serviços de alta qualidade. Qualquer pessoa sabe que isso não ocorre, muito antes pelo contrário. O código, portanto, é relevante, mas só existirá na prática se nos envolvermos diretamente com a criação dos conselhos e para que sejam realmente efetivos. Pelo menos teremos condições de apontar a ineficiência no uso dos recursos financeiros públicos. E de cobrar melhorias. Vale ressaltar que há boas leis no país que não pegam. Ou seja, que não têm efeitos práticos. Para que isso não ocorra com o novo código, as comissões de ética e as ouvidorias têm de se empenhar de verdade. E os eventuais delitos devem ser punidos. Não se trata de criminalizar servidores. Muitas vezes, a ineficiência decorre de injunções políticas, como o loteamento de cargos mais bem remunerados de acordo com interesses eleitorais ou das coalizões que governam país, Estados e municípios. Há funcionários públicos bons e ruins, da mesma forma que na iniciativa privada. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é um exemplo de órgão público que justifica sua existência por meio dos avanços que têm propiciado à agricultura e pecuária do país. É fundamental para o que Brasil esteja entre os líderes mundiais do agronegócio. Em áreas como saúde, educação e energia, que movimentam bilhões de reais e atendem a grandes contingentes da população, o controle é muito mais difícil. Os cargos políticos se multiplicam em âmbito regional e nacionalmente. O cuidado, portanto, deve ser redobrado. O consumidor deve se lembrar que paga muito caro pelo serviço público, que está longe de ser gratuito, pois é bancado por impostos, taxas e contribuições. Temos de exigir mais eficiência e qualidade desta prestação de serviços.
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Código pode melhorar o serviço públicoEm junho de 2018, deverá entrar em vigor o código de proteção aos usuários do serviço público federal na União, Estados, Distrito Federal e municípios com mais de 500 mil habitantes. Até junho de 2019, vigorará em todos os municípios brasileiros. Lamentavelmente, este código não ganhou o destaque merecido, pois à época o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgava a chapa Dilma-Temer. Mas traz avanços como a criação de conselhos de usuários para acompanhar a prestação de serviços, avaliá-la, propor melhorias, participar da mudança de diretrizes e aperfeiçoar o atendimento. Anualmente, será realizada ao menos uma pesquisa de satisfação dos usuários. Tenho defendido, há vários anos, a criação das agências reguladoras do Sistema Único de Saúde (SUS) e da educação (pública e privada), por motivos óbvios. Os planos de saúde privados atendem a menos de 50 milhões de pessoas. O SUS, em tese, está disponível para os quase 208 milhões de brasileiros. Por que não é acompanhado e fiscalizado por uma agência reguladora nos moldes da ANS (da saúde suplementar)? Já que o Estado continua onipresente no Brasil, seus serviços deveriam ser acompanhados, avaliados, fiscalizados e cobrados. No mínimo, para que os eleitores tivessem mais informações na hora de decidir seus votos. Além disso, nossa gigantesca carga tributária e fiscal, que consome quase R$ 40 de cada R$ 100 de riqueza produzida no país, deveria nos proporcionar serviços de alta qualidade. Qualquer pessoa sabe que isso não ocorre, muito antes pelo contrário. O código, portanto, é relevante, mas só existirá na prática se nos envolvermos diretamente com a criação dos conselhos e para que sejam realmente efetivos. Pelo menos teremos condições de apontar a ineficiência no uso dos recursos financeiros públicos. E de cobrar melhorias. Vale ressaltar que há boas leis no país que não pegam. Ou seja, que não têm efeitos práticos. Para que isso não ocorra com o novo código, as comissões de ética e as ouvidorias têm de se empenhar de verdade. E os eventuais delitos devem ser punidos. Não se trata de criminalizar servidores. Muitas vezes, a ineficiência decorre de injunções políticas, como o loteamento de cargos mais bem remunerados de acordo com interesses eleitorais ou das coalizões que governam país, Estados e municípios. Há funcionários públicos bons e ruins, da mesma forma que na iniciativa privada. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é um exemplo de órgão público que justifica sua existência por meio dos avanços que têm propiciado à agricultura e pecuária do país. É fundamental para o que Brasil esteja entre os líderes mundiais do agronegócio. Em áreas como saúde, educação e energia, que movimentam bilhões de reais e atendem a grandes contingentes da população, o controle é muito mais difícil. Os cargos políticos se multiplicam em âmbito regional e nacionalmente. O cuidado, portanto, deve ser redobrado. O consumidor deve se lembrar que paga muito caro pelo serviço público, que está longe de ser gratuito, pois é bancado por impostos, taxas e contribuições. Temos de exigir mais eficiência e qualidade desta prestação de serviços.
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Em São Paulo, médicos usam telemedicina para tratar pacientes na Bahia
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Tecnologia permite que centros de referência auxiliem, à distância, o diagnóstico e terapia em hospitais com poucos recursos. Confira o Especial da Folha sobre as terapias médicas de última geração que avançam a passos largos em todas as fases: da prevenção à reabilitação, estimulando discussão sobre a abrangência, a eficácia e o custo de tantas novidades. Leia mais em: http://temas.folha.com.br/tecnologia-em-saude
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Em São Paulo, médicos usam telemedicina para tratar pacientes na BahiaTecnologia permite que centros de referência auxiliem, à distância, o diagnóstico e terapia em hospitais com poucos recursos. Confira o Especial da Folha sobre as terapias médicas de última geração que avançam a passos largos em todas as fases: da prevenção à reabilitação, estimulando discussão sobre a abrangência, a eficácia e o custo de tantas novidades. Leia mais em: http://temas.folha.com.br/tecnologia-em-saude
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Funcionário abre fogo em loja em San Francisco e mata ao menos 3
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Um atirador abriu fogo nesta quarta-feira (14) em uma loja do serviço de entregas UPS em San Francisco, no Estado americano da Califórnia. Segundo a polícia, ele matou três pessoas e se suicidou em seguida. A polícia não identificou o atirador, mas Steve Gaut, chefe de relações com os investidores da UPS, afirmou que ele e as vítimas eram motoristas que trabalhavam para a empresa. Gaut afirmou ainda que os demais funcionários da UPS na loja foram dispensados do trabalho. Os policiais negaram que o incidente esteja relacionado a terrorismo e apreenderam duas armas de fogo no local. Também isolaram o entorno do estabelecimento, que fica a cerca de 4 km do centro de San Francisco. Robert Kim, dono de uma loja de carros nas redondezas, relatou ter fechado seu estabelecimento após ouvir ao menos cinco disparos e ver motoristas da UPS correndo e gritando "atirador, atirador".
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mundo
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Funcionário abre fogo em loja em San Francisco e mata ao menos 3Um atirador abriu fogo nesta quarta-feira (14) em uma loja do serviço de entregas UPS em San Francisco, no Estado americano da Califórnia. Segundo a polícia, ele matou três pessoas e se suicidou em seguida. A polícia não identificou o atirador, mas Steve Gaut, chefe de relações com os investidores da UPS, afirmou que ele e as vítimas eram motoristas que trabalhavam para a empresa. Gaut afirmou ainda que os demais funcionários da UPS na loja foram dispensados do trabalho. Os policiais negaram que o incidente esteja relacionado a terrorismo e apreenderam duas armas de fogo no local. Também isolaram o entorno do estabelecimento, que fica a cerca de 4 km do centro de San Francisco. Robert Kim, dono de uma loja de carros nas redondezas, relatou ter fechado seu estabelecimento após ouvir ao menos cinco disparos e ver motoristas da UPS correndo e gritando "atirador, atirador".
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Commodities derrubam mercados; Bolsa cai 3% e dólar sobe a R$ 3,30
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O Ibovespa cai mais de 3% e o dólar avança frente ao real, para a casa dos R$ 3,30, nesta terça-feira (13). O mercado doméstico é pressionado pelo cenário externo negativo, com a queda dos preços do petróleo e do minério de ferro. Também no exterior, a moeda americana se fortalece por causa da busca de investidores por segurança, e as Bolsas recuam. Os preços do petróleo recuam mais de 2,5% depois que a AIE (Agência Internacional de Energia) divulgou que o excesso de oferta global da commodity vai durar mais do que o estimado inicialmente. Já o minério de ferro caiu quase 3% na China. Segundo analistas, os mercados também refletem a percepção de que os bancos centrais não deverão lançar novas medidas de estímulo para conter uma desaceleração da economia global. Prevalece também no cenário externo a cautela de investidores antes da reunião de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), na semana que vem, apesar de a probabilidade de uma alta dos juros neste mês ser baixa. No campo doméstico, seguem as incertezas após a esperada cassação do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "O cenário político continuará no radar dos investidores, com a repercussão da cassação de Eduardo Cunha por expressiva votação de 450 votos a 10 no plenário da Câmara, e se a reação dele poderá comprometer de alguma forma a tramitação das medidas de ajuste fiscal no Congresso", comenta a equipe de análise da Lerosa Investimentos, em relatório. Para analistas da Guide Investimentos, uma delação premiada de Cunha segue sendo um risco para o governo Temer, "que deve afastar todo e qualquer envolvido". BOLSA O principal índice da Bovespa perdia há pouco 3,18%, aos 56.722,79 pontos. Pressionadas pelo petróleo, as ações da Petrobras perdiam 3,58%, a R$ 13,45 (PN), e 4,30%, a R$ 15,34. As ações da Vale reagiam à queda do minério de ferro na China e caíam 4,84%, a R$ 14,13 (PNA), e 6,46%, a R$ 16,36 (ON). Entre as siderúrgicas, CSN ON recuava 6,82%; Gerdau PN, -6,75%; Metalúrgica Gerdau PN, -3,51%; e Usiminas PNA, -5,65%. No setor financeiro, Itaú Unibanco PN caía 2,21%; Bradesco PN, -4,05%; Bradesco ON, -3,51%; Banco do Brasil ON, -3,45%; Santander unit, -3,10%; e BM&FBovespa ON, -3,00%. CÂMBIO E JUROS O dólar à vista subia há pouco 0,93%, a R$ 3,3064; o dólar comercial ganhava 1,78%, a R$ 3,3070. Pela manhã, como tem ocorrido diariamente, o Banco Central leiloou 10.000 contratos de swap cambial reverso, equivalentes à compra futura de dólares, no montante de US$ 500 milhões. No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 subia de 13,975% para 13,990%; o contrato de DI para janeiro de 2018 avançava de 12,550% para 12,610%; e o contrato de DI para janeiro de 2021 subia de 11,980% para 12,130%, refletindo a apreciação do dólar. O CDS (credit default swap) de cinco anos brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, subia 4,52%, aos 265,197 pontos. EXTERIOR Em Nova York, o índice S&P 500 caía 1,47%; o Dow Jones recuava 1,40%; e o Nasdaq, -1,34%. Na Europa, a Bolsa de Londres recuava 0,34%; Paris, -0,91%; Frankfurt, -0,26%; Madri, -1,31%; e Milão, -1,44%. Na China, apesar de dados econômicos positivos, o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve queda de 0,07%. O índice de Xangai ganhou 0,06%. A produção industrial chinesa cresceu no ritmo mais rápido em cinco meses em agosto. As vendas no varejo também superaram as expectativas. Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 0,34%.
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Commodities derrubam mercados; Bolsa cai 3% e dólar sobe a R$ 3,30O Ibovespa cai mais de 3% e o dólar avança frente ao real, para a casa dos R$ 3,30, nesta terça-feira (13). O mercado doméstico é pressionado pelo cenário externo negativo, com a queda dos preços do petróleo e do minério de ferro. Também no exterior, a moeda americana se fortalece por causa da busca de investidores por segurança, e as Bolsas recuam. Os preços do petróleo recuam mais de 2,5% depois que a AIE (Agência Internacional de Energia) divulgou que o excesso de oferta global da commodity vai durar mais do que o estimado inicialmente. Já o minério de ferro caiu quase 3% na China. Segundo analistas, os mercados também refletem a percepção de que os bancos centrais não deverão lançar novas medidas de estímulo para conter uma desaceleração da economia global. Prevalece também no cenário externo a cautela de investidores antes da reunião de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), na semana que vem, apesar de a probabilidade de uma alta dos juros neste mês ser baixa. No campo doméstico, seguem as incertezas após a esperada cassação do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "O cenário político continuará no radar dos investidores, com a repercussão da cassação de Eduardo Cunha por expressiva votação de 450 votos a 10 no plenário da Câmara, e se a reação dele poderá comprometer de alguma forma a tramitação das medidas de ajuste fiscal no Congresso", comenta a equipe de análise da Lerosa Investimentos, em relatório. Para analistas da Guide Investimentos, uma delação premiada de Cunha segue sendo um risco para o governo Temer, "que deve afastar todo e qualquer envolvido". BOLSA O principal índice da Bovespa perdia há pouco 3,18%, aos 56.722,79 pontos. Pressionadas pelo petróleo, as ações da Petrobras perdiam 3,58%, a R$ 13,45 (PN), e 4,30%, a R$ 15,34. As ações da Vale reagiam à queda do minério de ferro na China e caíam 4,84%, a R$ 14,13 (PNA), e 6,46%, a R$ 16,36 (ON). Entre as siderúrgicas, CSN ON recuava 6,82%; Gerdau PN, -6,75%; Metalúrgica Gerdau PN, -3,51%; e Usiminas PNA, -5,65%. No setor financeiro, Itaú Unibanco PN caía 2,21%; Bradesco PN, -4,05%; Bradesco ON, -3,51%; Banco do Brasil ON, -3,45%; Santander unit, -3,10%; e BM&FBovespa ON, -3,00%. CÂMBIO E JUROS O dólar à vista subia há pouco 0,93%, a R$ 3,3064; o dólar comercial ganhava 1,78%, a R$ 3,3070. Pela manhã, como tem ocorrido diariamente, o Banco Central leiloou 10.000 contratos de swap cambial reverso, equivalentes à compra futura de dólares, no montante de US$ 500 milhões. No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 subia de 13,975% para 13,990%; o contrato de DI para janeiro de 2018 avançava de 12,550% para 12,610%; e o contrato de DI para janeiro de 2021 subia de 11,980% para 12,130%, refletindo a apreciação do dólar. O CDS (credit default swap) de cinco anos brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, subia 4,52%, aos 265,197 pontos. EXTERIOR Em Nova York, o índice S&P 500 caía 1,47%; o Dow Jones recuava 1,40%; e o Nasdaq, -1,34%. Na Europa, a Bolsa de Londres recuava 0,34%; Paris, -0,91%; Frankfurt, -0,26%; Madri, -1,31%; e Milão, -1,44%. Na China, apesar de dados econômicos positivos, o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve queda de 0,07%. O índice de Xangai ganhou 0,06%. A produção industrial chinesa cresceu no ritmo mais rápido em cinco meses em agosto. As vendas no varejo também superaram as expectativas. Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 0,34%.
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Atraso e 'fossas' de armas reduzem apoio a processo de paz na Colômbia
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Na mesma semana em que uma comissão do Conselho de Segurança das Nações Unidas visitou a Colômbia e deixou o país dizendo-se satisfeita com os avanços na implementação do processo de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), uma pesquisa do instituto Gallup mostrou um aumento do número de colombianos que creem que o processo esteja indo por um mau caminho. De 43%, em dezembro, foi para 57% em abril. Os números acompanham, também, um desgaste da popularidade de Juan Manuel Santos, hoje com apenas 26% de aprovação. A imagem do presidente havia desabado até preocupantes 16%, mas sua intensa atuação para socorrer os atingidos pela tragédia de Mocoa -deslizamento de terra que causou mais de 150 mortes- fez com que resgatasse algo em termos de apoio. Ainda assim, o instituto Datexco mostra que 71% dos colombianos desaprovam seu governo. Qual a explicação para que um mandatário com tanto prestígio no exterior e um Prêmio Nobel no bolso esteja com cada vez menor popularidade? E por que o acordo de paz aprovado no fim de 2016 e que de fato pôs fim aos enfrentamentos vem sendo tão mal visto? A resposta está em questões pontuais. Além da queda do desempenho econômico do país (que deve crescer apenas 1,8% em 2017), a maioria está relacionada à implementação do acordo. Em primeiro lugar, estão os prazos não cumpridos. As Farc têm até 1º de junho para entregar todas as armas registradas quando entraram nas 26 zonas de segurança monitoradas pelo Exército e pela ONU. Não só esse cronograma está atrasado como a guerrilha deixou de informar que tem muito mais armamento do que o declarado. O chamado "escândalo das fossas" explodiu há duas semanas, quando foram revelados que há mais de 900 esconderijos de armas, explosivos e dinheiro, principalmente no norte do país. Um dos membros do Secretariado das Farc, Carlos Lozada, declara que não houve má-fé, e que a guerrilha não tem informação centralizada de quantas armas possuía cada uma de suas frentes. "Vamos fazer o possível para entregar tudo até o dia 1º, mas é provável que precisemos de mais tempo", disse. Em entrevista no começo da semana, Santos minimizou o problema. "O prazo da entrega dos fuzis dos que estão nas zonas de segurança vai ser cumprido. Quanto às 900 fossas, não temos previsão. Mas eu pergunto que importância tem a demora em um ou dois meses, depois de termos colocado fim a uma guerra que durou 50 anos? O importante é que não há mais combate nem mortos." O atraso da devolução dos menores de idade é mais um ponto de descontentamento. Segundo o tratado, os integrantes da guerrilha com menos de 18 anos deveriam ser entregues assim que as Farc entrassem nas zonas de segurança. Até agora, porém, com a entrega de três garotos na semana passada, chegou-se ao número de 70. O governo calcula que faltam 170. Muitos deles foram sequestrados de famílias de camponeses. Outro ponto que vem marcando o mau humor dos colombianos com o processo é a aproximação das eleições legislativas -em maio de 2018. Segundo o acordo, as Farc terão direito a dez cadeiras no Congresso, cinco na Câmara dos Deputados e cinco no Senado, mesmo que não obtenham os votos suficientes para isso. Poderão concorrer mesmo os ex-guerrilheiros que ainda estiverem sendo processados pelos tribunais da Justiça especial, que também tardam em entrar em funcionamento. "Eu posso aceitar que eles participem do Congresso, é melhor ter a guerrilha ali do que nas montanhas, causando o terror. Mas acho injusto que não cumpram uma pena mínima antes de virarem deputados ou senadores", diz a comerciante Lídia Ariza, 59. A força política que vem concentrando as reclamações dos que votaram pelo "não" no plebiscito da paz, em outubro passado, é o Centro Democrático, do ex-presidente Álvaro Uribe. Desde então, o partido vem se ausentando das votações do Congresso que definem as mudanças constitucionais necessárias à implementação do acordo. Foi assim no último dia 26 de abril, quando os uribistas se negaram a votar na sessão que definiu as regras para a criação do partido das Farc. "Não estamos de acordo de que pessoas que cometeram crimes atrozes entrem legalmente no Congresso antes de cumprirem penas", disse à Folha o porta-voz do partido, Jaime Amín. Já Santos, na mesma entrevista, minimizou também esse aspecto. O presidente crê que a representatividade das Farc, com dez congressistas, será ínfima, e acusa os uribistas de mentir. "Ninguém que tenha cometido crimes de lesa humanidade será eleito. Estamos tendo atrasos na instalação dos tribunais especiais, por questões burocráticas e de falta de pessoal. Mas são coisas normais", afirmou. Para Santos, "que estejamos discutindo detalhes, aspectos da implementação, é algo positivo, porque significa que estamos avançando". De fato, o presidente não se equivoca, pois, desde que assinado o tratado, não houve mais assassinatos relacionados ao conflito.
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mundo
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Atraso e 'fossas' de armas reduzem apoio a processo de paz na ColômbiaNa mesma semana em que uma comissão do Conselho de Segurança das Nações Unidas visitou a Colômbia e deixou o país dizendo-se satisfeita com os avanços na implementação do processo de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), uma pesquisa do instituto Gallup mostrou um aumento do número de colombianos que creem que o processo esteja indo por um mau caminho. De 43%, em dezembro, foi para 57% em abril. Os números acompanham, também, um desgaste da popularidade de Juan Manuel Santos, hoje com apenas 26% de aprovação. A imagem do presidente havia desabado até preocupantes 16%, mas sua intensa atuação para socorrer os atingidos pela tragédia de Mocoa -deslizamento de terra que causou mais de 150 mortes- fez com que resgatasse algo em termos de apoio. Ainda assim, o instituto Datexco mostra que 71% dos colombianos desaprovam seu governo. Qual a explicação para que um mandatário com tanto prestígio no exterior e um Prêmio Nobel no bolso esteja com cada vez menor popularidade? E por que o acordo de paz aprovado no fim de 2016 e que de fato pôs fim aos enfrentamentos vem sendo tão mal visto? A resposta está em questões pontuais. Além da queda do desempenho econômico do país (que deve crescer apenas 1,8% em 2017), a maioria está relacionada à implementação do acordo. Em primeiro lugar, estão os prazos não cumpridos. As Farc têm até 1º de junho para entregar todas as armas registradas quando entraram nas 26 zonas de segurança monitoradas pelo Exército e pela ONU. Não só esse cronograma está atrasado como a guerrilha deixou de informar que tem muito mais armamento do que o declarado. O chamado "escândalo das fossas" explodiu há duas semanas, quando foram revelados que há mais de 900 esconderijos de armas, explosivos e dinheiro, principalmente no norte do país. Um dos membros do Secretariado das Farc, Carlos Lozada, declara que não houve má-fé, e que a guerrilha não tem informação centralizada de quantas armas possuía cada uma de suas frentes. "Vamos fazer o possível para entregar tudo até o dia 1º, mas é provável que precisemos de mais tempo", disse. Em entrevista no começo da semana, Santos minimizou o problema. "O prazo da entrega dos fuzis dos que estão nas zonas de segurança vai ser cumprido. Quanto às 900 fossas, não temos previsão. Mas eu pergunto que importância tem a demora em um ou dois meses, depois de termos colocado fim a uma guerra que durou 50 anos? O importante é que não há mais combate nem mortos." O atraso da devolução dos menores de idade é mais um ponto de descontentamento. Segundo o tratado, os integrantes da guerrilha com menos de 18 anos deveriam ser entregues assim que as Farc entrassem nas zonas de segurança. Até agora, porém, com a entrega de três garotos na semana passada, chegou-se ao número de 70. O governo calcula que faltam 170. Muitos deles foram sequestrados de famílias de camponeses. Outro ponto que vem marcando o mau humor dos colombianos com o processo é a aproximação das eleições legislativas -em maio de 2018. Segundo o acordo, as Farc terão direito a dez cadeiras no Congresso, cinco na Câmara dos Deputados e cinco no Senado, mesmo que não obtenham os votos suficientes para isso. Poderão concorrer mesmo os ex-guerrilheiros que ainda estiverem sendo processados pelos tribunais da Justiça especial, que também tardam em entrar em funcionamento. "Eu posso aceitar que eles participem do Congresso, é melhor ter a guerrilha ali do que nas montanhas, causando o terror. Mas acho injusto que não cumpram uma pena mínima antes de virarem deputados ou senadores", diz a comerciante Lídia Ariza, 59. A força política que vem concentrando as reclamações dos que votaram pelo "não" no plebiscito da paz, em outubro passado, é o Centro Democrático, do ex-presidente Álvaro Uribe. Desde então, o partido vem se ausentando das votações do Congresso que definem as mudanças constitucionais necessárias à implementação do acordo. Foi assim no último dia 26 de abril, quando os uribistas se negaram a votar na sessão que definiu as regras para a criação do partido das Farc. "Não estamos de acordo de que pessoas que cometeram crimes atrozes entrem legalmente no Congresso antes de cumprirem penas", disse à Folha o porta-voz do partido, Jaime Amín. Já Santos, na mesma entrevista, minimizou também esse aspecto. O presidente crê que a representatividade das Farc, com dez congressistas, será ínfima, e acusa os uribistas de mentir. "Ninguém que tenha cometido crimes de lesa humanidade será eleito. Estamos tendo atrasos na instalação dos tribunais especiais, por questões burocráticas e de falta de pessoal. Mas são coisas normais", afirmou. Para Santos, "que estejamos discutindo detalhes, aspectos da implementação, é algo positivo, porque significa que estamos avançando". De fato, o presidente não se equivoca, pois, desde que assinado o tratado, não houve mais assassinatos relacionados ao conflito.
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Aumenta busca por certificação ambiental de pequenas e médias
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Para aumentar as oportunidades comerciais, pequenos negócios no país têm buscado certificações ambientais. O selos são pré-requisito para fornecer para algumas empresas ou obter financiamentos. "Aumenta o número de empresas de micro a médio porte que buscam certificação, seja porque fornecem para grandes marcas preocupadas com isso, seja para participar de financiamentos ou no mercado externo", diz Lucas Engelbrecht, da consultoria SGS. Os selos ambientais são exigidos em vários processos de licitação e ajudam nos negócios, diz Beatriz Cricci, CEO da BR Goods, fabricante de divisórias hospitalares e cortinas em Indaiatuba (SP). Ter a ISO 14001 foi fundamental para a empresa de 25 funcionários ser fornecedora da Rio-2016. "Clientes perguntam se temos a ISO antes de solicitar orçamento", conta. A certificação ocorreu em 2014, depois de dez meses de adaptação e custo de R$ 30 mil. O descarte correto de resíduos era o principal gargalo, solucionado com escolha de empresas licenciadas para recebê-los, e com o reaproveitamento de insumos. "O passo inicial para a sustentabilidade deve ser a ISO 14001, porque faz uma análise crítica da produção e do ciclo do produto", afirma Renata Menezes, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). O custo varia conforme a área da empresa e seus impactos ambientais. "A certificação traz um salto gerencial para a empresa, que institui procedimentos com alto padrão de qualidade", analisa Suenia Sousa, gerente do Centro Sebrae de Sustentabilidade. E ainda pode gerar economia de até 30% em gastos com energia e de até 20% na compra de insumos, de acordo com ela. Além do ISO, outras certificações comuns no país são o LEED e o Acqua (para edificações), o Procel (eficiência energética), o FSC (áreas e produtos florestais) e o Rótulo Ecológico da ABNT. * PASSO A PASSO DA CERTIFICAÇÃO Mapa dos impactos Na primeira etapa são analisados o consumo de água e de matérias-primas (como combustível), as emissões de gases do efeito estufa, o uso resíduos perigosos e o risco de contaminação Treinar é preciso Em um segundo momento, os funcionários aprendem os novos processos e a importância da lógica sustentável. Também são feitos ajustes necessários para se adequar a legislação ambiental Mudanças definidas Por último, é preciso estabelecer indicadores de desempenho. Eles vão definir os níveis de redução de consumo de água e de energia, a meta de diminuição de emissões de CO2 e o tamanho do aumento do tratamento de resíduos Fontes: Lucas Engelbrecht, da SGS, Renata Menezes, da ABNT, e Suenia Sousa, do Centro de Sustentabilidade do Sebrae
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mercado
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Aumenta busca por certificação ambiental de pequenas e médiasPara aumentar as oportunidades comerciais, pequenos negócios no país têm buscado certificações ambientais. O selos são pré-requisito para fornecer para algumas empresas ou obter financiamentos. "Aumenta o número de empresas de micro a médio porte que buscam certificação, seja porque fornecem para grandes marcas preocupadas com isso, seja para participar de financiamentos ou no mercado externo", diz Lucas Engelbrecht, da consultoria SGS. Os selos ambientais são exigidos em vários processos de licitação e ajudam nos negócios, diz Beatriz Cricci, CEO da BR Goods, fabricante de divisórias hospitalares e cortinas em Indaiatuba (SP). Ter a ISO 14001 foi fundamental para a empresa de 25 funcionários ser fornecedora da Rio-2016. "Clientes perguntam se temos a ISO antes de solicitar orçamento", conta. A certificação ocorreu em 2014, depois de dez meses de adaptação e custo de R$ 30 mil. O descarte correto de resíduos era o principal gargalo, solucionado com escolha de empresas licenciadas para recebê-los, e com o reaproveitamento de insumos. "O passo inicial para a sustentabilidade deve ser a ISO 14001, porque faz uma análise crítica da produção e do ciclo do produto", afirma Renata Menezes, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). O custo varia conforme a área da empresa e seus impactos ambientais. "A certificação traz um salto gerencial para a empresa, que institui procedimentos com alto padrão de qualidade", analisa Suenia Sousa, gerente do Centro Sebrae de Sustentabilidade. E ainda pode gerar economia de até 30% em gastos com energia e de até 20% na compra de insumos, de acordo com ela. Além do ISO, outras certificações comuns no país são o LEED e o Acqua (para edificações), o Procel (eficiência energética), o FSC (áreas e produtos florestais) e o Rótulo Ecológico da ABNT. * PASSO A PASSO DA CERTIFICAÇÃO Mapa dos impactos Na primeira etapa são analisados o consumo de água e de matérias-primas (como combustível), as emissões de gases do efeito estufa, o uso resíduos perigosos e o risco de contaminação Treinar é preciso Em um segundo momento, os funcionários aprendem os novos processos e a importância da lógica sustentável. Também são feitos ajustes necessários para se adequar a legislação ambiental Mudanças definidas Por último, é preciso estabelecer indicadores de desempenho. Eles vão definir os níveis de redução de consumo de água e de energia, a meta de diminuição de emissões de CO2 e o tamanho do aumento do tratamento de resíduos Fontes: Lucas Engelbrecht, da SGS, Renata Menezes, da ABNT, e Suenia Sousa, do Centro de Sustentabilidade do Sebrae
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Mais de 20 cidades terão novas eleições em março e abril
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Enquanto a maioria dos prefeitos de 5.568 cidades brasileiras completa os primeiros meses de gestão, 23 municípios estão em ritmo de campanha eleitoral. Debates na televisão e campanhas nas ruas preparam os eleitores para as votações marcadas para 12 de março ou 2 de abril. Os eleitores dessas cidades, porém, já votaram nas eleições de 2016. O resultado das urnas foi considerado inválido, porque os vencedores tiveram seus registros de candidatura indeferidos após todos os recursos cabíveis. Nesses casos, uma nova votação, a chamada eleição suplementar, é convocada. A nova campanha, no entanto, não conta com a propaganda gratuita em rádio e televisão, para a tristeza ou alegria dos eleitores. A eleição suplementar também pode ocorrer quando a maioria dos votos é nula ou quando o diploma do eleito é cassado. Candidatos podem disputar a corrida eleitoral enquanto recorrem das decisões de indeferimento de registro. Os julgamentos dos recursos vieram após os resultados das eleições. O Rio Grande do Sul é o Estado com maior número de municípios com eleição marcada: seis. Na sequência aparecem Paraná, com quatro cidades, e São Paulo e Minas Gerais, cada um com três. Gaúchos e mineiros escolherão os novos prefeitos em 12 de março. Os paulistas, por sua vez, irão às zonas eleitorais alguns dias depois, em 2 de abril. O desembargador Carlos Cini Marchionatti, do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS), observa que o cenário hoje é mais propício a anulações de pleitos eleitorais. "Em um contexto histórico, se compararmos hoje com o passado, a fiscalização é maior agora do que antes", aponta o desembargador. Marchionatti, que também é corregedor eleitoral, explica que diversos motivos previstos na legislação eleitoral como improbidade administrativa e condenações na esfera criminal podem levar aos indeferimentos. EM FAMÍLIA Em Gravataí, cidade na região metropolitana de Porto Alegre (RS), o candidato vencedor em 2016, Daniel Bordignon (PDT), com 45.374 votos, teve a candidatura deferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Porém, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) o condenou, em novembro, por improbidade administrativa por atos em gestão anterior à frente da prefeitura municipal. Ele foi prefeito da cidade gaúcha em dois mandatos (1997-2004), quando ainda era filiado ao PT. Com a decisão do STJ, seu oponente, o atual prefeito Marco Alba (PMDB), segundo colocado, com 33.420 votos, recorreu ao TSE pedindo o indeferimento da candidatura, o que foi aceito. Agora, a mulher de Bordignon, a vereadora Rosane Bordignon (PDT), é candidata a prefeita de Gravataí na eleição suplementar. A reportagem da Folha procurou Rosane Bordignon por telefone no seu gabinete, mas não teve as ligações atendidas. CIDADES QUE TERÃO NOVAS ELEIÇÕES 12.mar.2017 Alvorada de Minas (MG) Conquista D'Oeste (MT) Ervália (MG) São Bento Abade (MG) Calçoene (AP) Arvorezinha (RS) Butiá (RS) Gravataí (RS) Salto do Jacuí (RS) São Vendelino (RS) São Vicente do Sul (RS) 2.abr.2017 Cafelândia (SP) São José da Bela Vista (SP) Mococa (SP) Foz do Iguaçu (PR) Piraí do Sul (PR) Nova Laranjeiras (PR) Quatiguá (PR) Guajará-Mirim (RO) Carmópolis (SE) Ipojuca (PE) Sangão (SC) Bom Jardim da Serra (SC)
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poder
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Mais de 20 cidades terão novas eleições em março e abrilEnquanto a maioria dos prefeitos de 5.568 cidades brasileiras completa os primeiros meses de gestão, 23 municípios estão em ritmo de campanha eleitoral. Debates na televisão e campanhas nas ruas preparam os eleitores para as votações marcadas para 12 de março ou 2 de abril. Os eleitores dessas cidades, porém, já votaram nas eleições de 2016. O resultado das urnas foi considerado inválido, porque os vencedores tiveram seus registros de candidatura indeferidos após todos os recursos cabíveis. Nesses casos, uma nova votação, a chamada eleição suplementar, é convocada. A nova campanha, no entanto, não conta com a propaganda gratuita em rádio e televisão, para a tristeza ou alegria dos eleitores. A eleição suplementar também pode ocorrer quando a maioria dos votos é nula ou quando o diploma do eleito é cassado. Candidatos podem disputar a corrida eleitoral enquanto recorrem das decisões de indeferimento de registro. Os julgamentos dos recursos vieram após os resultados das eleições. O Rio Grande do Sul é o Estado com maior número de municípios com eleição marcada: seis. Na sequência aparecem Paraná, com quatro cidades, e São Paulo e Minas Gerais, cada um com três. Gaúchos e mineiros escolherão os novos prefeitos em 12 de março. Os paulistas, por sua vez, irão às zonas eleitorais alguns dias depois, em 2 de abril. O desembargador Carlos Cini Marchionatti, do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS), observa que o cenário hoje é mais propício a anulações de pleitos eleitorais. "Em um contexto histórico, se compararmos hoje com o passado, a fiscalização é maior agora do que antes", aponta o desembargador. Marchionatti, que também é corregedor eleitoral, explica que diversos motivos previstos na legislação eleitoral como improbidade administrativa e condenações na esfera criminal podem levar aos indeferimentos. EM FAMÍLIA Em Gravataí, cidade na região metropolitana de Porto Alegre (RS), o candidato vencedor em 2016, Daniel Bordignon (PDT), com 45.374 votos, teve a candidatura deferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Porém, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) o condenou, em novembro, por improbidade administrativa por atos em gestão anterior à frente da prefeitura municipal. Ele foi prefeito da cidade gaúcha em dois mandatos (1997-2004), quando ainda era filiado ao PT. Com a decisão do STJ, seu oponente, o atual prefeito Marco Alba (PMDB), segundo colocado, com 33.420 votos, recorreu ao TSE pedindo o indeferimento da candidatura, o que foi aceito. Agora, a mulher de Bordignon, a vereadora Rosane Bordignon (PDT), é candidata a prefeita de Gravataí na eleição suplementar. A reportagem da Folha procurou Rosane Bordignon por telefone no seu gabinete, mas não teve as ligações atendidas. CIDADES QUE TERÃO NOVAS ELEIÇÕES 12.mar.2017 Alvorada de Minas (MG) Conquista D'Oeste (MT) Ervália (MG) São Bento Abade (MG) Calçoene (AP) Arvorezinha (RS) Butiá (RS) Gravataí (RS) Salto do Jacuí (RS) São Vendelino (RS) São Vicente do Sul (RS) 2.abr.2017 Cafelândia (SP) São José da Bela Vista (SP) Mococa (SP) Foz do Iguaçu (PR) Piraí do Sul (PR) Nova Laranjeiras (PR) Quatiguá (PR) Guajará-Mirim (RO) Carmópolis (SE) Ipojuca (PE) Sangão (SC) Bom Jardim da Serra (SC)
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Fotógrafa registra inverno de Londres em passeios ao ar livre
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A fotógrafa Fernanda Pitaluga visitou Londres no final de 2016, quando o inverno por lá ainda começava. Se as baixas temperaturas impedem muitos turristas de aproveitar os espaços abertos, Pitaluga afirma que o frio londrino só tornou a cidade mais bonita e agradável. "Mesmo com o frio, os passeios ao ar livre são imperdíveis", conta ela. A dica da fotógrafa é alternar os passeios com as pausas pelos cafés londrinos –e aproveitar para aquecer um pouco. Se o turista conta com mais tempo uma boa alternativa para ver mais paisagens é pegar o ônibus, segundo Pitaluga. "O metrô é para quem está com pressa. No ônibus é possível curtir o caminho", diz ela. Astrofotógrafo registra céus pelo mundo Fotógrafo registra paisagem 'alienígena' do Atacama Castelos da França, por Fernando Bianchi Cidade de Uyuni, na Bolívia, por Johnson Barros Viña del Mar, por Alexandre Moreira Parques nacionais do Brasil, por Príamo Melo Animais da África, por Ana Zinger Praias do Ceará, por Marco Ankosqui Zellfie já visitou 69 países Bichos do Brasil, por Cristian Dimitrius
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turismo
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Fotógrafa registra inverno de Londres em passeios ao ar livreA fotógrafa Fernanda Pitaluga visitou Londres no final de 2016, quando o inverno por lá ainda começava. Se as baixas temperaturas impedem muitos turristas de aproveitar os espaços abertos, Pitaluga afirma que o frio londrino só tornou a cidade mais bonita e agradável. "Mesmo com o frio, os passeios ao ar livre são imperdíveis", conta ela. A dica da fotógrafa é alternar os passeios com as pausas pelos cafés londrinos –e aproveitar para aquecer um pouco. Se o turista conta com mais tempo uma boa alternativa para ver mais paisagens é pegar o ônibus, segundo Pitaluga. "O metrô é para quem está com pressa. No ônibus é possível curtir o caminho", diz ela. Astrofotógrafo registra céus pelo mundo Fotógrafo registra paisagem 'alienígena' do Atacama Castelos da França, por Fernando Bianchi Cidade de Uyuni, na Bolívia, por Johnson Barros Viña del Mar, por Alexandre Moreira Parques nacionais do Brasil, por Príamo Melo Animais da África, por Ana Zinger Praias do Ceará, por Marco Ankosqui Zellfie já visitou 69 países Bichos do Brasil, por Cristian Dimitrius
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Autoridades lamentam a morte de filho do governador de São Paulo
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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e a primeira-dama, Ana Estela Haddad, divulgaram nota, na noite desta quinta-feira (2), lamentando a morte de Thomaz Alckmin, filho caçula do governador Geraldo Alckmin, além das outras quatro vítimas da queda do helicóptero em Carapicuíba, na Grande São Paulo. "Sentimos profundamente por este acidente terrível e rezamos para que a família Alckmin encontre forças para atravessar unida este momento tão difícil", disse Haddad. O presidente do PSDB de São Paulo, o secretário de Logística e Transportes do governo do Estado, Duarte Nogueira, também lamentou, por meio de nota, a morte do filho de Alckmin. "Neste momento de grande tristeza, só posso desejar à família e a todos que tiveram o prazer de conviver com Thomaz, força e sabedoria para enfrentar este momento de dor. É, sem dúvida, uma grande perda", diz a nota. "Nossos corações e orações estão com a família Alckmin neste momento. Que a fé que sempre os guiou os ampare e dê forças para enfrentar tão difícil momento", afirma Nogueira. O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), também lamentou o acidente e a morte dos ocupantes do helicóptero. "A morte trágica do jovem Thomaz Alckmin e de seus companheiros de voo na tarde desta quinta-feira entristece a todos nós, mineiros e brasileiros. Neste momento de dor, nos solidarizamos com sua esposa e filhos, com seus pais, o governador Geraldo Alckmin e dona Lu, seus irmãos e sobrinhos. Nosso voto de pesar é extensivo às famílias das demais vítimas." Veja imagens HELICÓPTERO O helicóptero estava registrado em nome da Seripatri Participações, do empresário José Seripieri Junior, também dono da empresa Qualicorp, que administra planos de saúde coletivos. Thomaz estava aprendendo a pilotar helicóptero. Ele tinha duas filhas, de dez anos e um mês. Policiais que foram ao local reconheceram as tatuagens do corpo do jovem. O helicóptero estava em fase de testes e revisão. Ele havia decolado de um heliponto em Carapicuíba e faria um voo experimental, retornando ao ponto de origem. A aeronave é a de modelo EC 155 B1, fabricada pela Eurocopter France, prefixo PPLLS. Uma equipe do 4º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Seripa-4) foi enviada para investigar as causas da queda da aeronave. Até a publicação desta reportagem, o Palácio dos Bandeirantes não havia se manifestado. Em nota, a Seripatri lamentou a morte dos ocupantes do helicóptero. O nome de Thomaz não foi citado por ela, que se limitou a dizer que estavam na aeronave dois funcionários da empresa e outros dois mecânicos da Helipark. O helicóptero, segundo a Seripatri, passou por manutenção preventiva e tinha cerca de quatro anos de uso, com aproximadamente 600 horas de voo. Ela afirma que a aeronave estava com sua documentação e manutenção em dia.
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cotidiano
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Autoridades lamentam a morte de filho do governador de São PauloO prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e a primeira-dama, Ana Estela Haddad, divulgaram nota, na noite desta quinta-feira (2), lamentando a morte de Thomaz Alckmin, filho caçula do governador Geraldo Alckmin, além das outras quatro vítimas da queda do helicóptero em Carapicuíba, na Grande São Paulo. "Sentimos profundamente por este acidente terrível e rezamos para que a família Alckmin encontre forças para atravessar unida este momento tão difícil", disse Haddad. O presidente do PSDB de São Paulo, o secretário de Logística e Transportes do governo do Estado, Duarte Nogueira, também lamentou, por meio de nota, a morte do filho de Alckmin. "Neste momento de grande tristeza, só posso desejar à família e a todos que tiveram o prazer de conviver com Thomaz, força e sabedoria para enfrentar este momento de dor. É, sem dúvida, uma grande perda", diz a nota. "Nossos corações e orações estão com a família Alckmin neste momento. Que a fé que sempre os guiou os ampare e dê forças para enfrentar tão difícil momento", afirma Nogueira. O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), também lamentou o acidente e a morte dos ocupantes do helicóptero. "A morte trágica do jovem Thomaz Alckmin e de seus companheiros de voo na tarde desta quinta-feira entristece a todos nós, mineiros e brasileiros. Neste momento de dor, nos solidarizamos com sua esposa e filhos, com seus pais, o governador Geraldo Alckmin e dona Lu, seus irmãos e sobrinhos. Nosso voto de pesar é extensivo às famílias das demais vítimas." Veja imagens HELICÓPTERO O helicóptero estava registrado em nome da Seripatri Participações, do empresário José Seripieri Junior, também dono da empresa Qualicorp, que administra planos de saúde coletivos. Thomaz estava aprendendo a pilotar helicóptero. Ele tinha duas filhas, de dez anos e um mês. Policiais que foram ao local reconheceram as tatuagens do corpo do jovem. O helicóptero estava em fase de testes e revisão. Ele havia decolado de um heliponto em Carapicuíba e faria um voo experimental, retornando ao ponto de origem. A aeronave é a de modelo EC 155 B1, fabricada pela Eurocopter France, prefixo PPLLS. Uma equipe do 4º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Seripa-4) foi enviada para investigar as causas da queda da aeronave. Até a publicação desta reportagem, o Palácio dos Bandeirantes não havia se manifestado. Em nota, a Seripatri lamentou a morte dos ocupantes do helicóptero. O nome de Thomaz não foi citado por ela, que se limitou a dizer que estavam na aeronave dois funcionários da empresa e outros dois mecânicos da Helipark. O helicóptero, segundo a Seripatri, passou por manutenção preventiva e tinha cerca de quatro anos de uso, com aproximadamente 600 horas de voo. Ela afirma que a aeronave estava com sua documentação e manutenção em dia.
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Cabral recebeu propina em euros, diz ex-executivo da Andrade
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O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), preso na Operação Lava Jato, recebeu propina até em euros, segundo depoimentos prestados nesta terça (7) na Justiça Federal do Paraná. O pagamento na moeda estrangeira foi feito uma única vez, com notas de 500 euros. O dinheiro foi entregue num envelope a Carlos Miranda, homem de confiança de Cabral, segundo o depoimento de Alberto Quintaes, que era diretor-superintendente da Andrade Gutierrez no Rio de Janeiro. "Eram poucas notas e um volume grande de reais", disse o executivo. Ele foi uma das três testemunhas de acusação que depuseram na ação que corre no Paraná contra Cabral, acusado de ter recebido R$ 2,7 milhões em dinheiro pelo contrato de terraplanagem do Comperj, obra da Petrobras. Os três são executivos da Andrade Gutierrez, delatores da Lava Jato -e reafirmaram que foi o próprio governador que pediu a propina, equivalente a 1% do valor total do contrato. Cabral tratou do tema em reuniões no próprio Palácio da Guanabara, segundo Rogério Nora de Sá, que era presidente da construtora à época. Os pagamentos ocorreram em 2008, durante o primeiro mandato de Cabral. A maioria deles era em espécie, e todos eram entregues a Miranda, que também é réu na ação. "Ele vinha buscar e saía daqui com uma mochila", disse Quintaes. O pagamento em euros, especificamente, foi feito em São Paulo, e o dinheiro, retirado na sede da empreiteira. As propinas eram pagas, segundo os executivos, porque já "havia uma prática" no mercado e porque a empresa temia retaliações, em especial a de não receber pelas obras que tinha com o Estado do Rio. De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, os valores foram usados na compra de artigos de alto valor, como roupas de grife, móveis de luxo e blindagem de automóveis. O dinheiro pagou até vestidos de festa da ex-primeira-dama. OUTRO LADO A Folha não conseguiu entrar em contato com o advogado de Sérgio Cabral na noite desta terça (7). Em petição à Justiça, a defesa do peemedebista argumentou que a denúncia não descreve suficientemente quais condutas teriam sido praticadas por Cabral, e questionou a parcialidade dos delatores para deporem como testemunhas. O ex-governador já declarou que as acusações contra si são "uma mentira absurda" feita para "salvar delações", e negou qualquer tipo de envolvimento na cobrança de propina. A defesa de Carlos Miranda nega que seu cliente esteja envolvido em irregularidades.
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Cabral recebeu propina em euros, diz ex-executivo da AndradeO ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), preso na Operação Lava Jato, recebeu propina até em euros, segundo depoimentos prestados nesta terça (7) na Justiça Federal do Paraná. O pagamento na moeda estrangeira foi feito uma única vez, com notas de 500 euros. O dinheiro foi entregue num envelope a Carlos Miranda, homem de confiança de Cabral, segundo o depoimento de Alberto Quintaes, que era diretor-superintendente da Andrade Gutierrez no Rio de Janeiro. "Eram poucas notas e um volume grande de reais", disse o executivo. Ele foi uma das três testemunhas de acusação que depuseram na ação que corre no Paraná contra Cabral, acusado de ter recebido R$ 2,7 milhões em dinheiro pelo contrato de terraplanagem do Comperj, obra da Petrobras. Os três são executivos da Andrade Gutierrez, delatores da Lava Jato -e reafirmaram que foi o próprio governador que pediu a propina, equivalente a 1% do valor total do contrato. Cabral tratou do tema em reuniões no próprio Palácio da Guanabara, segundo Rogério Nora de Sá, que era presidente da construtora à época. Os pagamentos ocorreram em 2008, durante o primeiro mandato de Cabral. A maioria deles era em espécie, e todos eram entregues a Miranda, que também é réu na ação. "Ele vinha buscar e saía daqui com uma mochila", disse Quintaes. O pagamento em euros, especificamente, foi feito em São Paulo, e o dinheiro, retirado na sede da empreiteira. As propinas eram pagas, segundo os executivos, porque já "havia uma prática" no mercado e porque a empresa temia retaliações, em especial a de não receber pelas obras que tinha com o Estado do Rio. De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, os valores foram usados na compra de artigos de alto valor, como roupas de grife, móveis de luxo e blindagem de automóveis. O dinheiro pagou até vestidos de festa da ex-primeira-dama. OUTRO LADO A Folha não conseguiu entrar em contato com o advogado de Sérgio Cabral na noite desta terça (7). Em petição à Justiça, a defesa do peemedebista argumentou que a denúncia não descreve suficientemente quais condutas teriam sido praticadas por Cabral, e questionou a parcialidade dos delatores para deporem como testemunhas. O ex-governador já declarou que as acusações contra si são "uma mentira absurda" feita para "salvar delações", e negou qualquer tipo de envolvimento na cobrança de propina. A defesa de Carlos Miranda nega que seu cliente esteja envolvido em irregularidades.
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Movimentos populares fazem manifesto contra impeachment de Dilma
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O Grupo Brasil, que reúne militantes do PT, PSOL, PC do B e movimentos sociais no esforço de organizar uma frente de esquerda, divulgou na quarta-feira (1) um manifesto que defende a permanência da presidente Dilma Rousseff no poder. Classificado por seus organizadores como "anti-golpista" a "pró-democracia", o documento critica a postura da imprensa, da oposição, do judiciário e da polícia que estariam se aproveitando de "erros cometidos por setores democráticos e populares, entre os quais aqueles cometidos pelo governo federal" para quebrar a "legalidade democrática". Apesar de condenar qualquer medida que dê espaço para o impeachment da presidente, o texto deixa claro que o grupo não apoia a política econômica adotada por Dilma e nem o ajuste fiscal. O manifesto também acusa os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) "de usurpar os poderes presidenciais e impor, ao país, uma pauta conservadora que não foi a vitoriosa nas eleições de 2014", em referência à aprovação da redução da maioridade penal e da reforma política. Outro foco é o Judiciário, que estaria tentando "substituir o papel dos outros poderes" e "assumir papel de Polícia." O trecho faz referência indireta à postura do Ministério Público Federal e ao juiz Sérgio Moro na condução da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras, empreiteiras e políticos. Grande parte das assinaturas que vem sendo coletadas desde 1 de junho é de militantes e movimentos sociais e sindicais ligados ao PT, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra). Segundo Valter Pomar, dirigente da esquerda petista envolvido na elaboração do manifesto, apesar da ideia de fazer o documento ter surgido em uma das reuniões para a formação da frente de esquerda, ele não se trata de "uma plataforma da Frente, nem de nada parecido, até porque a frente enquanto tal ainda é uma intenção, um processo. " FRENTE DE ESQUERDA Desde o início do ano, militantes de diferentes partidos, representantes de movimentos sociais e sindicais e intelectuais se reuniram três vezes para formalizar uma frente de esquerda. O objetivo do grupo, que se encontrou pela última vez em junho, é defender bandeiras ligadas aos direitos humanos e à classe trabalhadora. A programação inclui reuniões estaduais, uma conferência nacional que deve acontecer em setembro, um debate sobre uma política econômica alternativa, além de um ato nacional, ainda sem data definida. Sobre o envolvimento do ex-presidente Lula no processo, Valter Pomar afirma que ele está "informado da iniciativa".
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Movimentos populares fazem manifesto contra impeachment de DilmaO Grupo Brasil, que reúne militantes do PT, PSOL, PC do B e movimentos sociais no esforço de organizar uma frente de esquerda, divulgou na quarta-feira (1) um manifesto que defende a permanência da presidente Dilma Rousseff no poder. Classificado por seus organizadores como "anti-golpista" a "pró-democracia", o documento critica a postura da imprensa, da oposição, do judiciário e da polícia que estariam se aproveitando de "erros cometidos por setores democráticos e populares, entre os quais aqueles cometidos pelo governo federal" para quebrar a "legalidade democrática". Apesar de condenar qualquer medida que dê espaço para o impeachment da presidente, o texto deixa claro que o grupo não apoia a política econômica adotada por Dilma e nem o ajuste fiscal. O manifesto também acusa os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) "de usurpar os poderes presidenciais e impor, ao país, uma pauta conservadora que não foi a vitoriosa nas eleições de 2014", em referência à aprovação da redução da maioridade penal e da reforma política. Outro foco é o Judiciário, que estaria tentando "substituir o papel dos outros poderes" e "assumir papel de Polícia." O trecho faz referência indireta à postura do Ministério Público Federal e ao juiz Sérgio Moro na condução da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras, empreiteiras e políticos. Grande parte das assinaturas que vem sendo coletadas desde 1 de junho é de militantes e movimentos sociais e sindicais ligados ao PT, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra). Segundo Valter Pomar, dirigente da esquerda petista envolvido na elaboração do manifesto, apesar da ideia de fazer o documento ter surgido em uma das reuniões para a formação da frente de esquerda, ele não se trata de "uma plataforma da Frente, nem de nada parecido, até porque a frente enquanto tal ainda é uma intenção, um processo. " FRENTE DE ESQUERDA Desde o início do ano, militantes de diferentes partidos, representantes de movimentos sociais e sindicais e intelectuais se reuniram três vezes para formalizar uma frente de esquerda. O objetivo do grupo, que se encontrou pela última vez em junho, é defender bandeiras ligadas aos direitos humanos e à classe trabalhadora. A programação inclui reuniões estaduais, uma conferência nacional que deve acontecer em setembro, um debate sobre uma política econômica alternativa, além de um ato nacional, ainda sem data definida. Sobre o envolvimento do ex-presidente Lula no processo, Valter Pomar afirma que ele está "informado da iniciativa".
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Crise política é tema de debate promovido por Folha e Cebrap
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A Folha e o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) discutirão a crise política na próxima quarta-feira (9), às 11h30. O encontro, mais um da série Diálogos, terá como tema "Brasil 2016: impasses da crise política" e reunirá Maria Hermínia Tavares de Almeida, pesquisadora sênior do Cebrap e professora titular do departamento de ciência política da USP (Universidade de São Paulo), e Vinicius Mota, secretário de Redação da Folha. A mediação será de Fábio Zanini, editor de "Poder". O evento é gratuito e será realizado no auditório do Cebrap (r. Morgado de Mateus, 615, Vila Mariana, São Paulo). Não é necessário fazer inscrição.
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Crise política é tema de debate promovido por Folha e CebrapA Folha e o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) discutirão a crise política na próxima quarta-feira (9), às 11h30. O encontro, mais um da série Diálogos, terá como tema "Brasil 2016: impasses da crise política" e reunirá Maria Hermínia Tavares de Almeida, pesquisadora sênior do Cebrap e professora titular do departamento de ciência política da USP (Universidade de São Paulo), e Vinicius Mota, secretário de Redação da Folha. A mediação será de Fábio Zanini, editor de "Poder". O evento é gratuito e será realizado no auditório do Cebrap (r. Morgado de Mateus, 615, Vila Mariana, São Paulo). Não é necessário fazer inscrição.
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Palmeiras gasta 20 vezes mais que rival São Bernardo
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Desde o início da temporada, o Palmeiras foi tido por muitos como favorito na disputa pelo título do Paulista. Campeão da Copa do Brasil em 2015, o clube trouxe reforços renomados, como o zagueiro Edu Dracena e o volante e lateral Jean, que se somaram a um elenco sólido, que conta com jogadores como Prass, Arouca, Dudu e Barrios, e ajudaram a fazer com que o time passasse a ser tido em alta conta pelos rivais. Essa ambição alavanca a folha salarial do Palmeiras a R$ 7 milhões mensais, semelhante à do Corinthians e superior às de São Paulo (cerca de R$ 4,6 milhões) e Santos (R$ 3 milhões). Na cidade vizinha de São Bernardo, terra do adversário do Palmeiras nas quartas de final do Paulista nesta segunda (18), o time da cidade foi cercado de pouca expectativa para o torneio. Isso quem diz é o próprio presidente do clube, o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT-SP). "Nossa temporada tem duração de cerca de cinco meses. Francamente, não esperávamos chegar às quartas de final. Conseguimos a vaga na metade do segundo tempo do nosso último jogo", diz Teixeira, irmão de Paulo Teixeira, deputado federal (PT-SP). Para a segunda metade do ano, o clube não contava com a possibilidade de disputar qualquer competição. No momento, caso termine a competição entre os dois melhores times que não têm vagas nas Séries A, B ou C do Brasileiro, garantirá participação na Série D da competição em 2016. O problema está nos contratos curtos para a temporada. O técnico da equipe, Sergio Soares, já foi apresentado no Ceará, e ficará no São Bernardo só até o final do Paulista. "Ele é um treinador de ponta, não tenho como pagar o salário dele para que fique parado na maior parte do ano", explica o presidente. São Bernardo e Ceará negociaram e, além do técnico, jogadores como o meia Cañete, ex-São Paulo, e o zagueiro Luciano Castán, irmão do defensor ex-Corinthians Leandro Castán, devem jogar na equipe nordestina no segundo semestre de 2016. "Estou ganhando coragem, melhorando em tudo. Quando você está legal psicologicamente, isso ajuda bastante", diz à Folha Cañete, principal jogador do São Bernardo. A folha salarial do time está em cerca de R$ 300 mil mensais, ou seja, mais de 20 vezes menor que a do adversário. "Só com o que o Prass ganha eu pagaria o salário de todos os jogadores", diz Ferreira. O equilíbrio do grupo B do Paulista fez com que os destinos do doicosacampeão paulista (22 vezes) e do estreante no mata-mata se cruzassem. E o péssimo início de temporada do Palmeiras faz com que o São Bernardo ambicione com algo mais que a eliminação. Em ascensão com Cuca, que vem em sequência de cinco jogos sem derrotas, o Palmeiras joga para não ficar parado por quase um mês, até 14 de maio, quando estreia no Brasileiro. Nesta segunda (18), terá como reforços o zagueiro Edu Dracena e o lateral Zé Roberto, que têm sido desfalques por desgaste muscular. PALMEIRAS Prass; Jean, V. Hugo, T. Martins e Egídio; Gabriel, Arouca e Robinho, Dudu, G. Jesus e Alecsandro (Barrios). T.: Cuca SÃO BERNARDO Daniel; Eduardo, J. Francisco, L. Castán e Magal; Marino, J. Carlos e Cañete; Alyson, Tatá e Henan. T.: S. Soares Estádio: Allianz Parque/ Árbitro: Vinicius Furlan/TV: pay-per-view
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esporte
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Palmeiras gasta 20 vezes mais que rival São BernardoDesde o início da temporada, o Palmeiras foi tido por muitos como favorito na disputa pelo título do Paulista. Campeão da Copa do Brasil em 2015, o clube trouxe reforços renomados, como o zagueiro Edu Dracena e o volante e lateral Jean, que se somaram a um elenco sólido, que conta com jogadores como Prass, Arouca, Dudu e Barrios, e ajudaram a fazer com que o time passasse a ser tido em alta conta pelos rivais. Essa ambição alavanca a folha salarial do Palmeiras a R$ 7 milhões mensais, semelhante à do Corinthians e superior às de São Paulo (cerca de R$ 4,6 milhões) e Santos (R$ 3 milhões). Na cidade vizinha de São Bernardo, terra do adversário do Palmeiras nas quartas de final do Paulista nesta segunda (18), o time da cidade foi cercado de pouca expectativa para o torneio. Isso quem diz é o próprio presidente do clube, o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT-SP). "Nossa temporada tem duração de cerca de cinco meses. Francamente, não esperávamos chegar às quartas de final. Conseguimos a vaga na metade do segundo tempo do nosso último jogo", diz Teixeira, irmão de Paulo Teixeira, deputado federal (PT-SP). Para a segunda metade do ano, o clube não contava com a possibilidade de disputar qualquer competição. No momento, caso termine a competição entre os dois melhores times que não têm vagas nas Séries A, B ou C do Brasileiro, garantirá participação na Série D da competição em 2016. O problema está nos contratos curtos para a temporada. O técnico da equipe, Sergio Soares, já foi apresentado no Ceará, e ficará no São Bernardo só até o final do Paulista. "Ele é um treinador de ponta, não tenho como pagar o salário dele para que fique parado na maior parte do ano", explica o presidente. São Bernardo e Ceará negociaram e, além do técnico, jogadores como o meia Cañete, ex-São Paulo, e o zagueiro Luciano Castán, irmão do defensor ex-Corinthians Leandro Castán, devem jogar na equipe nordestina no segundo semestre de 2016. "Estou ganhando coragem, melhorando em tudo. Quando você está legal psicologicamente, isso ajuda bastante", diz à Folha Cañete, principal jogador do São Bernardo. A folha salarial do time está em cerca de R$ 300 mil mensais, ou seja, mais de 20 vezes menor que a do adversário. "Só com o que o Prass ganha eu pagaria o salário de todos os jogadores", diz Ferreira. O equilíbrio do grupo B do Paulista fez com que os destinos do doicosacampeão paulista (22 vezes) e do estreante no mata-mata se cruzassem. E o péssimo início de temporada do Palmeiras faz com que o São Bernardo ambicione com algo mais que a eliminação. Em ascensão com Cuca, que vem em sequência de cinco jogos sem derrotas, o Palmeiras joga para não ficar parado por quase um mês, até 14 de maio, quando estreia no Brasileiro. Nesta segunda (18), terá como reforços o zagueiro Edu Dracena e o lateral Zé Roberto, que têm sido desfalques por desgaste muscular. PALMEIRAS Prass; Jean, V. Hugo, T. Martins e Egídio; Gabriel, Arouca e Robinho, Dudu, G. Jesus e Alecsandro (Barrios). T.: Cuca SÃO BERNARDO Daniel; Eduardo, J. Francisco, L. Castán e Magal; Marino, J. Carlos e Cañete; Alyson, Tatá e Henan. T.: S. Soares Estádio: Allianz Parque/ Árbitro: Vinicius Furlan/TV: pay-per-view
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Crise enorme, governo nanico
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Campanha presidencial de 1989: o candidato Luiz Inácio Lula da Silva fica retido em Londrina, porque dependia de voos regulares. Não havia ainda se metido na promiscuidade com empreiteiras, hoje escancaradas, que lhe permitiriam o uso de jatinhos particulares. Já Fernando Collor de Mello rasgava o país de norte a sul, sem trégua e sem sustos. Cansado da espera em Londrina, José Carlos Espinoza, uma espécie de segurança de Lula, sobrenome e alma de filósofo, desabafou: "Quer saber, Lula? Se tudo der certo, se nada sair errado, se tudo for perfeitamente bem, nós estamos é ferrados". (Ferrados não foi bem a palavra que ele usou, mas é a que cabe aqui). É razoável supor que 11 de cada 10 analistas de Brasil, se forem sinceros como Espinoza, diriam o mesmo sobre o país nestes tempos em que desgraça pouca é bobagem. Em um dia, cai um avião que mata a esperança de uma equipe de tão competente gestão que lhe permitiu chegar às portas do paraíso. No seguinte, sai o número do retrocesso da economia que demonstra o quanto gestões incompetentes remeteram o Brasil ao inferno. Com a devida linguagem formal, o Iedi (Instituto de Estudos do Desenvolvimento Industrial) de certa forma repete Espinoza ao tratar do emprego/desemprego, que é o reflexo do abstrato PIB na vida real: "O quadro do emprego terminará 2016 muito provavelmente sem indícios de melhora, a contar pelos dados divulgados pelo IBGE [12 milhões de desempregados]. A redução da taxa de desemprego deve ficar para a segunda metade de 2017, ainda assim com dose de otimismo". Vista de fora, a situação do Brasil cabe na análise de Espinoza: "O governo de Michel Temer no Brasil está condenado a viver contra as cordas e no fio da navalha até que abandone o Planalto em 1º de janeiro de 2019" (Rogelio Núñez, em Infolatam). Do meu ponto de vista, o problema mais grave é que o governo Temer é nanico demais para o tamanho da crise, inédita na República. Basta lembrar que, com mais de 30 anos de vida pública, Temer jamais teve dimensão política suficiente para ser lembrado como candidato nem sequer a prefeito, quanto mais para governador e, menos ainda, presidente da República. Seu limite de competência é o PMDB, partido que não tem candidato à Presidência desde 1994. São 22 anos sem a necessidade de pensar o país mesmo que fosse apenas para elaborar programas de fantasia que os partidos em geral encomendam à meia dúzia de técnicos e acadêmicos e não são nem mesmo lidos, passada a eleição. Ainda por cima, Temer delegou a sorte do governo a Henrique Meirelles, que não é um formulador. No máximo, bom gerente, ao menos para quem gosta do pensamento único que manda equilibrar as contas públicas como pomada maravilha que cura todos os males da pátria. A crise demanda mais do que um gerente, mas não está à vista nenhum estadista, mesmo na improvável hipótese de nova eleição, já ou em 2018. A filosofada de Espinoza continua valendo.
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Crise enorme, governo nanicoCampanha presidencial de 1989: o candidato Luiz Inácio Lula da Silva fica retido em Londrina, porque dependia de voos regulares. Não havia ainda se metido na promiscuidade com empreiteiras, hoje escancaradas, que lhe permitiriam o uso de jatinhos particulares. Já Fernando Collor de Mello rasgava o país de norte a sul, sem trégua e sem sustos. Cansado da espera em Londrina, José Carlos Espinoza, uma espécie de segurança de Lula, sobrenome e alma de filósofo, desabafou: "Quer saber, Lula? Se tudo der certo, se nada sair errado, se tudo for perfeitamente bem, nós estamos é ferrados". (Ferrados não foi bem a palavra que ele usou, mas é a que cabe aqui). É razoável supor que 11 de cada 10 analistas de Brasil, se forem sinceros como Espinoza, diriam o mesmo sobre o país nestes tempos em que desgraça pouca é bobagem. Em um dia, cai um avião que mata a esperança de uma equipe de tão competente gestão que lhe permitiu chegar às portas do paraíso. No seguinte, sai o número do retrocesso da economia que demonstra o quanto gestões incompetentes remeteram o Brasil ao inferno. Com a devida linguagem formal, o Iedi (Instituto de Estudos do Desenvolvimento Industrial) de certa forma repete Espinoza ao tratar do emprego/desemprego, que é o reflexo do abstrato PIB na vida real: "O quadro do emprego terminará 2016 muito provavelmente sem indícios de melhora, a contar pelos dados divulgados pelo IBGE [12 milhões de desempregados]. A redução da taxa de desemprego deve ficar para a segunda metade de 2017, ainda assim com dose de otimismo". Vista de fora, a situação do Brasil cabe na análise de Espinoza: "O governo de Michel Temer no Brasil está condenado a viver contra as cordas e no fio da navalha até que abandone o Planalto em 1º de janeiro de 2019" (Rogelio Núñez, em Infolatam). Do meu ponto de vista, o problema mais grave é que o governo Temer é nanico demais para o tamanho da crise, inédita na República. Basta lembrar que, com mais de 30 anos de vida pública, Temer jamais teve dimensão política suficiente para ser lembrado como candidato nem sequer a prefeito, quanto mais para governador e, menos ainda, presidente da República. Seu limite de competência é o PMDB, partido que não tem candidato à Presidência desde 1994. São 22 anos sem a necessidade de pensar o país mesmo que fosse apenas para elaborar programas de fantasia que os partidos em geral encomendam à meia dúzia de técnicos e acadêmicos e não são nem mesmo lidos, passada a eleição. Ainda por cima, Temer delegou a sorte do governo a Henrique Meirelles, que não é um formulador. No máximo, bom gerente, ao menos para quem gosta do pensamento único que manda equilibrar as contas públicas como pomada maravilha que cura todos os males da pátria. A crise demanda mais do que um gerente, mas não está à vista nenhum estadista, mesmo na improvável hipótese de nova eleição, já ou em 2018. A filosofada de Espinoza continua valendo.
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Distração em forma de otimismo
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Nos últimos anos, a Globo procurou convencer analistas de mídia que não faz sentido comparar a audiência das novelas atuais com as do passado. O discurso oficial propala que os tempos são outros, os hábitos mudaram, a concorrência se diversificou e nunca mais um folhetim vai alcançar um pico de 70 pontos no Ibope, como ocorreu no último capítulo de "América", em 2005. O sucesso de "Êta Mundo Bom!", nova produção das 18h, fez a emissora mudar de opinião e informar que, desde 2010, nenhuma novela do horário alcançou números tão bons em sua primeira semana. Os índices dos primeiros seis capítulos justificam o entusiasmo. Houve um crescimento de 26% em relação à média no horário das quatro semanas anteriores (de 19 para 24 pontos), com reflexos positivos no resto da programação noturna da emissora (cada ponto em São Paulo equivale a 69,4 mil residências). A trama de Walcyr Carrasco é uma adaptação do filme "Candinho" (1953), por sua vez livremente inspirado no "Cândido" (1759) de Voltaire (1694-1778). Foi o terceiro dos longas-metragens que Amácio Mazzaropi (1912-1981) fez nos estúdios da Vera Cruz, com direção de Abílio Pereira de Almeida. A novela também recorre a "O Comprador de Fazendas" (1918), conto de Monteiro Lobato (1882-1948), incluído em "Urupês". Ambientada na década de 1940, "Êta Mundo Bom!" conta a história de Candinho (Sergio Guizé), que troca a vida pacata em uma fazenda em Piracema, onde foi criado, pelas aventuras e dissabores na capital São Paulo. Na cidade grande, o jeca reencontra o professor Pancrácio (Marco Nanini no papel vivido por Adoniran Barbosa no filme de Mazzaropi), uma espécie de mentor, responsável por fazer Candinho acreditar que "tudo que acontece de ruim na vida da gente é para melhorar". Carrasco é especialista em novelas de época que misturam melodrama e comédia em tom infantil, todas bem-sucedidas em matéria de audiência ("O Cravo e a Rosa", "Chocolate com Pimenta", "Alma Gêmea" etc.). Também é hábil, como poucos, em entregar ao público exatamente o que ele deseja ver, da forma mais simples e direta possível, sem maiores ambições estéticas. Suas novelas são repletas de cenas de tortas na cara, casamentos desfeitos no altar e outras confusões que agradam aos fãs de comédia pastelão. Não por acaso, nos nove primeiros capítulos de "Êta Mundo Bom!", já houve três cenas de personagens caindo de cara na lama de um chiqueiro. O casamento de Carrasco com Mazzaropi me parece perfeito. Em janeiro de 1970, o repórter Armando Salem, da "Veja", perguntou: "O que você acredita oferecer para o seu público?". E o criador do Jeca respondeu: "Distração em forma de otimismo". Naquela época, os ídolos de Mazzaropi na televisão eram Silvio Santos e Hebe Camargo: "Eles vieram do nada, como eu. Ganham dinheiro para divertir o público, e divertem. Não adianta nada a crítica chamar a Hebe de burra. Ela nunca disse para ninguém que é professora. Não adianta dizer que ela só fala bobagens –o público gosta do que ela fala. E quem manda é o público." Na sua ingenuidade, o sonhador Candinho é, mais uma vez, o personagem certo na hora certa.
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Distração em forma de otimismoNos últimos anos, a Globo procurou convencer analistas de mídia que não faz sentido comparar a audiência das novelas atuais com as do passado. O discurso oficial propala que os tempos são outros, os hábitos mudaram, a concorrência se diversificou e nunca mais um folhetim vai alcançar um pico de 70 pontos no Ibope, como ocorreu no último capítulo de "América", em 2005. O sucesso de "Êta Mundo Bom!", nova produção das 18h, fez a emissora mudar de opinião e informar que, desde 2010, nenhuma novela do horário alcançou números tão bons em sua primeira semana. Os índices dos primeiros seis capítulos justificam o entusiasmo. Houve um crescimento de 26% em relação à média no horário das quatro semanas anteriores (de 19 para 24 pontos), com reflexos positivos no resto da programação noturna da emissora (cada ponto em São Paulo equivale a 69,4 mil residências). A trama de Walcyr Carrasco é uma adaptação do filme "Candinho" (1953), por sua vez livremente inspirado no "Cândido" (1759) de Voltaire (1694-1778). Foi o terceiro dos longas-metragens que Amácio Mazzaropi (1912-1981) fez nos estúdios da Vera Cruz, com direção de Abílio Pereira de Almeida. A novela também recorre a "O Comprador de Fazendas" (1918), conto de Monteiro Lobato (1882-1948), incluído em "Urupês". Ambientada na década de 1940, "Êta Mundo Bom!" conta a história de Candinho (Sergio Guizé), que troca a vida pacata em uma fazenda em Piracema, onde foi criado, pelas aventuras e dissabores na capital São Paulo. Na cidade grande, o jeca reencontra o professor Pancrácio (Marco Nanini no papel vivido por Adoniran Barbosa no filme de Mazzaropi), uma espécie de mentor, responsável por fazer Candinho acreditar que "tudo que acontece de ruim na vida da gente é para melhorar". Carrasco é especialista em novelas de época que misturam melodrama e comédia em tom infantil, todas bem-sucedidas em matéria de audiência ("O Cravo e a Rosa", "Chocolate com Pimenta", "Alma Gêmea" etc.). Também é hábil, como poucos, em entregar ao público exatamente o que ele deseja ver, da forma mais simples e direta possível, sem maiores ambições estéticas. Suas novelas são repletas de cenas de tortas na cara, casamentos desfeitos no altar e outras confusões que agradam aos fãs de comédia pastelão. Não por acaso, nos nove primeiros capítulos de "Êta Mundo Bom!", já houve três cenas de personagens caindo de cara na lama de um chiqueiro. O casamento de Carrasco com Mazzaropi me parece perfeito. Em janeiro de 1970, o repórter Armando Salem, da "Veja", perguntou: "O que você acredita oferecer para o seu público?". E o criador do Jeca respondeu: "Distração em forma de otimismo". Naquela época, os ídolos de Mazzaropi na televisão eram Silvio Santos e Hebe Camargo: "Eles vieram do nada, como eu. Ganham dinheiro para divertir o público, e divertem. Não adianta nada a crítica chamar a Hebe de burra. Ela nunca disse para ninguém que é professora. Não adianta dizer que ela só fala bobagens –o público gosta do que ela fala. E quem manda é o público." Na sua ingenuidade, o sonhador Candinho é, mais uma vez, o personagem certo na hora certa.
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Acusado de linchar dona de casa em Guarujá é condenado a 30 anos
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Um dos homens acusados de linchar até a morte a dona de casa Fabiane Maria de Jesus foi condenado a 30 anos de prisão. Lucas Rogério Fabrício Lopes foi condenado nesta quarta-feira (5), em Santos, por homicídio triplamente qualificado. Lopes também deverá pagar uma indenização de R$ 550.000 à família de Jesus. Fabiane foi confundida com uma sequestradora e agredida em maio de 2014, em Guarujá. Ela morreu dois dias depois, em consequência dos ferimentos. Na sentença, o juiz Edmundo Lellis Filho diz que as circunstâncias do crime revelam uma "bárbarie atípica". O documento também afirma que o Lopes, ao liderar o linchamento de Jesus, demonstrou uma "afinidade com a monstruosidade". "No seu falar e agir, o acusado não revelou qualquer empatia com os ofendidos por seu ato, nem deixou ver o mais leve verniz de remorso" afirma Lellis na decisão. A Folha não conseguiu entrar em contato com a defesa de Lopes. Veja vídeo Fabiane foi agredida por um grupo de cinco moradores do bairro de Morrinho em maio de 2014, após ser apontada como praticante de magia negra e responsável por sequestros de crianças. Um perfil no Facebook chamado "Guarujá Alerta" havia divulgado um retrato falado da suposta sequestradora na internet. A Polícia Civil esclareceu, posteriormente, que os sequestros das crianças eram apenas rumores, e que o retrato falado postado pela página havia sido feito em 2012 pela polícia do Rio de Janeiro. A agressão durou cerca de duas horas e foi filmada pelos próprios moradores. Um dos vídeos mostra Jesus sendo puxada pelos cabelos e tendo o rosto arremessado contra o chão. Em outro trecho, Lopes passa com um pneu de bicicleta pela cabeça da vítima antes de amarrar suas mãos e arrasta-la por alguns metros. As imagens também mostram ela sendo agredida com um pedaço de madeira. Após o crime, outros moradores chamaram a polícia, e Jesus foi encaminhada ao hospital Santo Amaro, onde ficou na UTI por dois dias antes de morrer.
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cotidiano
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Acusado de linchar dona de casa em Guarujá é condenado a 30 anosUm dos homens acusados de linchar até a morte a dona de casa Fabiane Maria de Jesus foi condenado a 30 anos de prisão. Lucas Rogério Fabrício Lopes foi condenado nesta quarta-feira (5), em Santos, por homicídio triplamente qualificado. Lopes também deverá pagar uma indenização de R$ 550.000 à família de Jesus. Fabiane foi confundida com uma sequestradora e agredida em maio de 2014, em Guarujá. Ela morreu dois dias depois, em consequência dos ferimentos. Na sentença, o juiz Edmundo Lellis Filho diz que as circunstâncias do crime revelam uma "bárbarie atípica". O documento também afirma que o Lopes, ao liderar o linchamento de Jesus, demonstrou uma "afinidade com a monstruosidade". "No seu falar e agir, o acusado não revelou qualquer empatia com os ofendidos por seu ato, nem deixou ver o mais leve verniz de remorso" afirma Lellis na decisão. A Folha não conseguiu entrar em contato com a defesa de Lopes. Veja vídeo Fabiane foi agredida por um grupo de cinco moradores do bairro de Morrinho em maio de 2014, após ser apontada como praticante de magia negra e responsável por sequestros de crianças. Um perfil no Facebook chamado "Guarujá Alerta" havia divulgado um retrato falado da suposta sequestradora na internet. A Polícia Civil esclareceu, posteriormente, que os sequestros das crianças eram apenas rumores, e que o retrato falado postado pela página havia sido feito em 2012 pela polícia do Rio de Janeiro. A agressão durou cerca de duas horas e foi filmada pelos próprios moradores. Um dos vídeos mostra Jesus sendo puxada pelos cabelos e tendo o rosto arremessado contra o chão. Em outro trecho, Lopes passa com um pneu de bicicleta pela cabeça da vítima antes de amarrar suas mãos e arrasta-la por alguns metros. As imagens também mostram ela sendo agredida com um pedaço de madeira. Após o crime, outros moradores chamaram a polícia, e Jesus foi encaminhada ao hospital Santo Amaro, onde ficou na UTI por dois dias antes de morrer.
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Invicto há quase cinco anos na Vila no Paulista, Santos recebe o Corinthians
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O Corinthians tem números recentes dos quais pode se gabar. O atual campeão brasileiro está invicto em competições oficiais no ano (cinco vitórias e dois empates no Paulista e duas vitórias na Libertadores ) e ultrapassou a marca de seis meses sem sofrer derrota dentro de seu estádio, em Itaquera. O Santos, rival deste domingo (6), às 16h, na Vila Belmiro, pelo Paulista, se apoia justamente no seu próprio palco, mas em estatísticas ainda mais avassaladoras, para ascender na temporada. A equipe não perde pelo Estadual dentro da Vila há quase cinco anos –desde 3 de abril de 2011, quando foi batida por 1 a 0 por outro rival, o Palmeiras. Desde então, são 37 jogos de invencibilidade, com 83,7% de aproveitamento dos pontos. No período, também pela competição estadual, recebeu o Corinthians quatro vezes e venceu três –uma delas a histórica goleada por 5 a 1, em 2014. Ano, por sinal, em que somou 100% de aproveitamento nos dez jogos em que fez no estádio pelo Paulista. "O que ajuda muito é que temos sempre muitos jogadores formados aqui, que entendem a história do estádio e da cidade. Eles sabem o que a Vila representa para o Santos", afirma Edu, ex-ponta do Santos e da seleção brasileira nas décadas de 1960 e 70. A tese se comprova já na atual equipe titular. Dos 11 que devem iniciar o clássico, mais da metade é formada na Vila: os zagueiros Gustavo Henrique e Lucas Veríssimo, o lateral esquerdo Zeca, o volante Thiago Maia, o meia Serginho e o atacante Gabriel. "A Vila é minha casa, a minha cozinha, a minha sala e o meu quarto. Conhecemos os atalhos", afirma Maia. RESPEITO O atacante Pepe, segundo maior artilheiro da história do clube, acredita que se trata de uma questão de respeito criada após a conquista pelo time do Estadual de 1955. "Antes, sofríamos. Em 1948 fomos vice-campeões aqui, mas tudo mudou depois de 1955 e da nossa era vitoriosa", conta o atacante, um dos parceiros de Pelé no vitorioso Santos dos anos 1950 e 60. A vitória de 1955 se trata da segunda grande conquista da história do clube –um Paulista vencido diante do Taubaté, mas o primeiro título em casa e que antecedeu a série dos que viriam na era Pelé. "Quem descia a serra já vinha com medo e nós sabíamos que aconteceriam coisas boas, também. A Vila já era conhecida como o alçapão e criou-se uma questão mística", conta Pepe. A equipe atual, que sequer apresentou aperitivos do futebol que empolgou no fim do último ano com o mesmo técnico Dorival Júnior, ainda tem credenciais para acreditar. Desde a volta do treinador ao time, não há derrotas no estádio: foram 18 vitórias e dois empates na Vila. Além disso, há uma pressão também para o lado de Tite, técnico mais valorizado do país hoje. Em toda a sua carreira, o comandante do Corinthians enfrentou o Santos 17 vezes na Vila e só venceu uma, na semifinal da Taça Libertadores de 2012, com o próprio Corinthians. Tite já levou para casa cusparadas, um 5 a 1 quando treinava o Palmeiras, em 2006, e até o encaminhamento para outras eliminações, como a da Copa do Brasil do último ano, à frente do Corinthians. "Com mil ou 10 mil pessoas, gostaria de não sair da Vila nunca. Sei o quanto os jogadores se sentem confortáveis e apoiados aqui dentro. Temos aqui uma mística muito grande", diz Dorival. CRISE X TRANQUILIDADE O Santos recorre ao seu estádio para mudar o rumo de uma temporada de início titubeante em campo e com turbulência nos bastidores. Nesta semana, o problema foram os novos atrasos salariais, principalmente de direitos de imagem. Em nota, a diretoria santista assegurou já ter quitado as pendências financeiras com os jogadores. Outro problema são os reflexos ainda sentidos pela negociação frustrada do centroavante Ricardo Oliveira com o futebol chinês. O artilheiro do Brasileiro e do Paulista na temporada passada voltou a treinar, após afastamento por dores no joelho, mas não esconde a tristeza por não ter se transferido. O Corinthians, por sua vez, está embalado pela vitória por 1 a 0 conquistada com dificuldades sobre o Santa Fe (COL) pela Libertadores da América, no meio da semana passada, em Itaquera, e vai poupar jogadores para resistir à maratona de 16 jogos em apenas 53 dias –a série, iniciada em 11 de fevereiro, só terminará em 3 abril. DORIVAL DIZ QUE NÃO SE ILUDE COM TIME MISTO RIVAL O técnico do Santos, Dorival Júnior, disse que não se ilude com o fato de Tite escalar um time misto no clássico. Durante os treinos, palestras e exibição de vídeos do Corinthians aos jogadores, o treinador enfatizou a goleada por 6 a 1 que os reservas do rival aplicaram no São Paulo na reta final do Brasileiro de 2015. Dorival usou o vexame são-paulino de exemplo para evitar acomodação de sua equipe. "O Corinthians jogou uma partida com uma equipe modificada contra o São Paulo e vocês sabem bem o que aconteceu. As equipes são iguais", afirmou. O Santos terá o mesmo time que iniciou os últimos três jogos –contra Palmeiras, Mogi Mirim e Red Bull, pelo Paulista. POR LIBERTADORES, TITE ESCALA TIME MISTO O técnico Tite anunciou a escalação do Corinthians sem seis jogadores considerados titulares. O objetivo é preservá-los para o duelo de quarta-feira (9) pela Libertadores da América, no Paraguai, contra o Cerro Porteño. Os setores mais afetados foram o meio e o ataque, que não terão Rodriguinho, Guilherme, Giovanni Augusto e André, todos titulares na vitória em casa sobre o Santa Fe (1 a 0) no meio da semana passada, pela Libertadores. Em seus lugares, entram Willians, Danilo, Romero e Luciano. Na defesa, foram poupados o zagueiro Felipe (deu lugar ao paraguaio Balbuena) e Uendel (substituído por Guilherme Arana). * SANTOS Vanderlei; Victor Ferraz, Gustavo Henrique, Lucas Veríssimo e Zeca; Thiago Maia, Renato, Lucas Lima e Serginho; Gabriel e Ricardo Oliveira. Técnico: Dorival Júnior CORINTHIANS Cássio; Fagner, Felipe, Balbuena e Guilherme Arana; Bruno Henrique, Willians, Danilo, Romero e Lucca; Luciano. Técnico: Tite Estádio: Vila Belmiro Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza TV: 16h, Globo e Band (para SP)
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esporte
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Invicto há quase cinco anos na Vila no Paulista, Santos recebe o CorinthiansO Corinthians tem números recentes dos quais pode se gabar. O atual campeão brasileiro está invicto em competições oficiais no ano (cinco vitórias e dois empates no Paulista e duas vitórias na Libertadores ) e ultrapassou a marca de seis meses sem sofrer derrota dentro de seu estádio, em Itaquera. O Santos, rival deste domingo (6), às 16h, na Vila Belmiro, pelo Paulista, se apoia justamente no seu próprio palco, mas em estatísticas ainda mais avassaladoras, para ascender na temporada. A equipe não perde pelo Estadual dentro da Vila há quase cinco anos –desde 3 de abril de 2011, quando foi batida por 1 a 0 por outro rival, o Palmeiras. Desde então, são 37 jogos de invencibilidade, com 83,7% de aproveitamento dos pontos. No período, também pela competição estadual, recebeu o Corinthians quatro vezes e venceu três –uma delas a histórica goleada por 5 a 1, em 2014. Ano, por sinal, em que somou 100% de aproveitamento nos dez jogos em que fez no estádio pelo Paulista. "O que ajuda muito é que temos sempre muitos jogadores formados aqui, que entendem a história do estádio e da cidade. Eles sabem o que a Vila representa para o Santos", afirma Edu, ex-ponta do Santos e da seleção brasileira nas décadas de 1960 e 70. A tese se comprova já na atual equipe titular. Dos 11 que devem iniciar o clássico, mais da metade é formada na Vila: os zagueiros Gustavo Henrique e Lucas Veríssimo, o lateral esquerdo Zeca, o volante Thiago Maia, o meia Serginho e o atacante Gabriel. "A Vila é minha casa, a minha cozinha, a minha sala e o meu quarto. Conhecemos os atalhos", afirma Maia. RESPEITO O atacante Pepe, segundo maior artilheiro da história do clube, acredita que se trata de uma questão de respeito criada após a conquista pelo time do Estadual de 1955. "Antes, sofríamos. Em 1948 fomos vice-campeões aqui, mas tudo mudou depois de 1955 e da nossa era vitoriosa", conta o atacante, um dos parceiros de Pelé no vitorioso Santos dos anos 1950 e 60. A vitória de 1955 se trata da segunda grande conquista da história do clube –um Paulista vencido diante do Taubaté, mas o primeiro título em casa e que antecedeu a série dos que viriam na era Pelé. "Quem descia a serra já vinha com medo e nós sabíamos que aconteceriam coisas boas, também. A Vila já era conhecida como o alçapão e criou-se uma questão mística", conta Pepe. A equipe atual, que sequer apresentou aperitivos do futebol que empolgou no fim do último ano com o mesmo técnico Dorival Júnior, ainda tem credenciais para acreditar. Desde a volta do treinador ao time, não há derrotas no estádio: foram 18 vitórias e dois empates na Vila. Além disso, há uma pressão também para o lado de Tite, técnico mais valorizado do país hoje. Em toda a sua carreira, o comandante do Corinthians enfrentou o Santos 17 vezes na Vila e só venceu uma, na semifinal da Taça Libertadores de 2012, com o próprio Corinthians. Tite já levou para casa cusparadas, um 5 a 1 quando treinava o Palmeiras, em 2006, e até o encaminhamento para outras eliminações, como a da Copa do Brasil do último ano, à frente do Corinthians. "Com mil ou 10 mil pessoas, gostaria de não sair da Vila nunca. Sei o quanto os jogadores se sentem confortáveis e apoiados aqui dentro. Temos aqui uma mística muito grande", diz Dorival. CRISE X TRANQUILIDADE O Santos recorre ao seu estádio para mudar o rumo de uma temporada de início titubeante em campo e com turbulência nos bastidores. Nesta semana, o problema foram os novos atrasos salariais, principalmente de direitos de imagem. Em nota, a diretoria santista assegurou já ter quitado as pendências financeiras com os jogadores. Outro problema são os reflexos ainda sentidos pela negociação frustrada do centroavante Ricardo Oliveira com o futebol chinês. O artilheiro do Brasileiro e do Paulista na temporada passada voltou a treinar, após afastamento por dores no joelho, mas não esconde a tristeza por não ter se transferido. O Corinthians, por sua vez, está embalado pela vitória por 1 a 0 conquistada com dificuldades sobre o Santa Fe (COL) pela Libertadores da América, no meio da semana passada, em Itaquera, e vai poupar jogadores para resistir à maratona de 16 jogos em apenas 53 dias –a série, iniciada em 11 de fevereiro, só terminará em 3 abril. DORIVAL DIZ QUE NÃO SE ILUDE COM TIME MISTO RIVAL O técnico do Santos, Dorival Júnior, disse que não se ilude com o fato de Tite escalar um time misto no clássico. Durante os treinos, palestras e exibição de vídeos do Corinthians aos jogadores, o treinador enfatizou a goleada por 6 a 1 que os reservas do rival aplicaram no São Paulo na reta final do Brasileiro de 2015. Dorival usou o vexame são-paulino de exemplo para evitar acomodação de sua equipe. "O Corinthians jogou uma partida com uma equipe modificada contra o São Paulo e vocês sabem bem o que aconteceu. As equipes são iguais", afirmou. O Santos terá o mesmo time que iniciou os últimos três jogos –contra Palmeiras, Mogi Mirim e Red Bull, pelo Paulista. POR LIBERTADORES, TITE ESCALA TIME MISTO O técnico Tite anunciou a escalação do Corinthians sem seis jogadores considerados titulares. O objetivo é preservá-los para o duelo de quarta-feira (9) pela Libertadores da América, no Paraguai, contra o Cerro Porteño. Os setores mais afetados foram o meio e o ataque, que não terão Rodriguinho, Guilherme, Giovanni Augusto e André, todos titulares na vitória em casa sobre o Santa Fe (1 a 0) no meio da semana passada, pela Libertadores. Em seus lugares, entram Willians, Danilo, Romero e Luciano. Na defesa, foram poupados o zagueiro Felipe (deu lugar ao paraguaio Balbuena) e Uendel (substituído por Guilherme Arana). * SANTOS Vanderlei; Victor Ferraz, Gustavo Henrique, Lucas Veríssimo e Zeca; Thiago Maia, Renato, Lucas Lima e Serginho; Gabriel e Ricardo Oliveira. Técnico: Dorival Júnior CORINTHIANS Cássio; Fagner, Felipe, Balbuena e Guilherme Arana; Bruno Henrique, Willians, Danilo, Romero e Lucca; Luciano. Técnico: Tite Estádio: Vila Belmiro Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza TV: 16h, Globo e Band (para SP)
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Incêndio atinge shopping no Brás, em São Paulo; não há registro de feridos
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Um incêndio de grandes proporções atinge o Shopping Brás, na rua da Juta (centro de São Paulo), desde as 4h35 da madrugada deste domingo (27). Até as 8h40 não havia informações sobre vítimas. Um total de 18 carros do Corpo de Bombeiros permanecem no local, mas segundo a instituição o fogo já pode ser considerado controlado. No auge do incêndio eram 21 carros. Até o início da manhã não havia informações sobre as causas do incêndio e o que ele danificou no shopping. O local é um tradicional centro de comércio popular em São Paulo.
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cotidiano
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Incêndio atinge shopping no Brás, em São Paulo; não há registro de feridosUm incêndio de grandes proporções atinge o Shopping Brás, na rua da Juta (centro de São Paulo), desde as 4h35 da madrugada deste domingo (27). Até as 8h40 não havia informações sobre vítimas. Um total de 18 carros do Corpo de Bombeiros permanecem no local, mas segundo a instituição o fogo já pode ser considerado controlado. No auge do incêndio eram 21 carros. Até o início da manhã não havia informações sobre as causas do incêndio e o que ele danificou no shopping. O local é um tradicional centro de comércio popular em São Paulo.
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Como surgiu a aula de história? Colunista de 11 anos explica
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Há muito tempo, muito tempo mesmo, não existia aula de história. As pessoas não se interessavam pelo passado: olhavam apenas para o futuro e não pensavam em como as histórias de antes eram importantes. Porém, numa pequena aldeia, havia um sábio que dizia que estudar o passado era muito importante. Leia a coluna completa de Gustavo Gomes, 11, aqui.
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folhinha
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Como surgiu a aula de história? Colunista de 11 anos explicaHá muito tempo, muito tempo mesmo, não existia aula de história. As pessoas não se interessavam pelo passado: olhavam apenas para o futuro e não pensavam em como as histórias de antes eram importantes. Porém, numa pequena aldeia, havia um sábio que dizia que estudar o passado era muito importante. Leia a coluna completa de Gustavo Gomes, 11, aqui.
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Intel reconhece que errou com chips para smartphones e agora tenta correr atrás
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Assim como aconteceu no segmento de computadores, a Apple, quando perceber que seus processadores para smartphone e tablet estão defasados, passará a usar os chips da Intel –ao menos é nisso que aposta a presidente desta empresa, Renee James. "Não sei quando, gostaria de poder prever", disse em conversa com jornalistas no evento MWC de Barcelona, quando questionada pela Folha sobre o tema. Antes de adotar os processadores Core, da Intel, há cerca de dez anos, a Apple desenvolvia seus próprios chips –o que é exatamente o cenário hoje com o iPad e o iPhone, ainda que os componentes deles sejam terceirizados, inclusive para a rival Samsung. Nesta semana, a empresa americana apresentou três novos chips para dispositivos móveis, chamados Atom x3, Atom x5 e Atom x7, com novidade na integração do componente que processa o sinal de celular e com foco na melhora de processamento gráfico. Ao longo das suas apresentações, a Intel não parou de falar do mais barato dos lançamentos, o x3 (codinome Sophia), pensado para dispositivos de preço baixo, populares especialmente na China e na Índia. Foi apostando nesse filão e fazendo parceria com empresas de notoriedade minúscula e volume de vendas maiúsculo, justamente nos citados mercados asiáticos, que a Intel se tornou no ano passado a maior fornecedora de microchips para tablets no mundo. "A faixa de preço mais baixa é, na verdade, mais competitiva que as superiores", disse James. Ainda assim, não se vê processador da Intel em smartphones do quilate de Samsung, Sony ou LG, por exemplo, companhias que apostam na tecnologia da britânica ARM, tida como econômica no quesito bateria. "Nós inventamos o processador de baixo consumo, por isso fico louca quando falam que não somos capazes de fazer um chip que não demanda muito da bateria [como os da Qualcomm, que usa ARM]", disse a executiva. ERROS "A Intel não se deu conta de que o nosso negócio era a computação [o que incluía smartphones e tablets], e não computadores", disse James. "Foi um erro, e agora temos que correr atrás." Agora, a empresa bate o martelo no que acredita que sejam os futuro setores mais rentáveis na tecnologia: internet das coisas e vestíveis –estes últimos, que incluem óculos e relógios inteligentes, James disse que são "um segmento que a Intel quer definir". Durante a mesa, que tinha cerca de dez jornalistas latino-americanos, James disse que os países da região, especialmente o Brasil, não permitem que o "vigor" de um segmento seja suficiente para manter uma empresa estável, já que há muita flutuação no câmbio. "É muito cíclico. Parece a Rússia." De qualquer maneira, a empresa aumentou o investimento na região, com contratações nas equipes de desenvolvimento arg entina e brasileira. "Não funciona se criarmos tudo nos EUA e exportarmos para lá, é [um mercado] diferente." O jornalista YURI GONZAGA viajou a convite da Intel
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tec
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Intel reconhece que errou com chips para smartphones e agora tenta correr atrásAssim como aconteceu no segmento de computadores, a Apple, quando perceber que seus processadores para smartphone e tablet estão defasados, passará a usar os chips da Intel –ao menos é nisso que aposta a presidente desta empresa, Renee James. "Não sei quando, gostaria de poder prever", disse em conversa com jornalistas no evento MWC de Barcelona, quando questionada pela Folha sobre o tema. Antes de adotar os processadores Core, da Intel, há cerca de dez anos, a Apple desenvolvia seus próprios chips –o que é exatamente o cenário hoje com o iPad e o iPhone, ainda que os componentes deles sejam terceirizados, inclusive para a rival Samsung. Nesta semana, a empresa americana apresentou três novos chips para dispositivos móveis, chamados Atom x3, Atom x5 e Atom x7, com novidade na integração do componente que processa o sinal de celular e com foco na melhora de processamento gráfico. Ao longo das suas apresentações, a Intel não parou de falar do mais barato dos lançamentos, o x3 (codinome Sophia), pensado para dispositivos de preço baixo, populares especialmente na China e na Índia. Foi apostando nesse filão e fazendo parceria com empresas de notoriedade minúscula e volume de vendas maiúsculo, justamente nos citados mercados asiáticos, que a Intel se tornou no ano passado a maior fornecedora de microchips para tablets no mundo. "A faixa de preço mais baixa é, na verdade, mais competitiva que as superiores", disse James. Ainda assim, não se vê processador da Intel em smartphones do quilate de Samsung, Sony ou LG, por exemplo, companhias que apostam na tecnologia da britânica ARM, tida como econômica no quesito bateria. "Nós inventamos o processador de baixo consumo, por isso fico louca quando falam que não somos capazes de fazer um chip que não demanda muito da bateria [como os da Qualcomm, que usa ARM]", disse a executiva. ERROS "A Intel não se deu conta de que o nosso negócio era a computação [o que incluía smartphones e tablets], e não computadores", disse James. "Foi um erro, e agora temos que correr atrás." Agora, a empresa bate o martelo no que acredita que sejam os futuro setores mais rentáveis na tecnologia: internet das coisas e vestíveis –estes últimos, que incluem óculos e relógios inteligentes, James disse que são "um segmento que a Intel quer definir". Durante a mesa, que tinha cerca de dez jornalistas latino-americanos, James disse que os países da região, especialmente o Brasil, não permitem que o "vigor" de um segmento seja suficiente para manter uma empresa estável, já que há muita flutuação no câmbio. "É muito cíclico. Parece a Rússia." De qualquer maneira, a empresa aumentou o investimento na região, com contratações nas equipes de desenvolvimento arg entina e brasileira. "Não funciona se criarmos tudo nos EUA e exportarmos para lá, é [um mercado] diferente." O jornalista YURI GONZAGA viajou a convite da Intel
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Lula encontra senadores do PMDB em 'missão de paz' e destaca aliança
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Após reunião com parlamentares petistas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na manhã desta terça-feira (30) com senadores do PT e do PMDB na residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que classificou o encontro como uma "missão de paz". Lula chegou por volta de 9h20 na companhia de Paulo Okamotto, convocado no início do mês por integrantes da CPI da Petrobras. "Ele veio pra enfatizar isso, a importância do PMDB, dessa aliança", disse o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), após o encontro. O petista afirmou que a legenda tem "papel preponderante" na coordenação política. "[O PMDB] é parceiro de primeira ordem." O ex-presidente, no entanto, ouviu uma série de reclamações e ataques da cúpula peemedebista ao governo Dilma, segundo a Folha apurou. Os senadores do partido alegaram que o governo está paralisado e que pouco adianta anunciar pacotes para alavancar a economia —a exemplo do plano de concessões em obras de infraestrutura— se não há recursos em caixa. Lula defendeu no encontro maior diálogo da petista com os demais Poderes, especialmente o Legislativo. Os peemedebistas reclamam que não há diálogo permanente com o Palácio do Planalto, sem a troca de informações sobre temas que estão em tramitação no Congresso –muitas vezes sendo pegos de surpresa no momento da votação de propostas de interesse do Executivo. "Ele [Lula] acha que a presidente deveria reunir os poderes, conversar permanentemente na busca de saídas para o Brasil. Foi uma conversa boa, ele definitivamente veio em missão de paz, defendeu pontos de vista com relação à reforma política, uma conversa produtiva", afirmou Renan. Neste início do ano, o governo da presidente Dilma Rousseff enfrentou uma série de rusgas com Renan e com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para a aprovação de medidas do ajuste fiscal. A Operação Lava Jato e as denúncias de corrupção na Petrobras agravaram o cenário de crise no Planalto. Delcídio negou, no entanto, que a operação da PF e seus desdobramentos tenham sido tratados na reunião de hoje. "Não fizemos nenhuma avaliação sobre outros temas, a não ser esses que relatei", afirmou, em referência ao debate da reforma política na Casa e a aprovação de medidas de ajuste fiscal pelo Congresso. Segundo o líder do governo no Senado, a intenção é buscar ainda a opinião do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso sobre o tema da reforma política. "Sabemos da dificuldade que é encontrar um entendimento na reforma política. [...] Não vamos fazer confrontação das teses do Senado e da Câmara", disse o senador Jorge Viana (PT-AC). Estavam presentes na reunião os senadores Edison Lobão (PMDB-MA), Romero Jucá (PMDB-RR), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Jorge Viana (PT-AC), além do ex-presidente e ex-senador José Sarney, do PMDB. "POSIÇÃO DELICADA" Delcídio reconheceu que o PT se encontra hoje uma "posição delicada". "Mas o partido é maior do que as crises que tem enfrentado. E a posição do presidente Lula foi de proatividade, de incentivo, de articulação, pra que a gente atue consistentemente no Congresso", afirmou a respeito do encontro com os parlamentares da legenda, na véspera. Questionado por jornalistas, negou que a convocação de Okamotto foi tratada no encontro. "Ele anda com o presidente direto. Ele está sempre junto com o presidente Lula, seja agenda de sindicato, aqui em Brasília, em qualquer lugar. O Paulo Okamotto é o braço direito do presidente." O líder do governo reforçou ainda o discurso de unidade entre a gestão da presidente Dilma e o próprio PT. "O posicionamento do presidente Lula ontem foi dizendo o seguinte: se o governo for mal, isso é ruim para o PT. Nós estamos juntos. É o nosso governo que temos que defender. Para o nosso projeto é fundamental que o governo caminhe bem."
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poder
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Lula encontra senadores do PMDB em 'missão de paz' e destaca aliançaApós reunião com parlamentares petistas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na manhã desta terça-feira (30) com senadores do PT e do PMDB na residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que classificou o encontro como uma "missão de paz". Lula chegou por volta de 9h20 na companhia de Paulo Okamotto, convocado no início do mês por integrantes da CPI da Petrobras. "Ele veio pra enfatizar isso, a importância do PMDB, dessa aliança", disse o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), após o encontro. O petista afirmou que a legenda tem "papel preponderante" na coordenação política. "[O PMDB] é parceiro de primeira ordem." O ex-presidente, no entanto, ouviu uma série de reclamações e ataques da cúpula peemedebista ao governo Dilma, segundo a Folha apurou. Os senadores do partido alegaram que o governo está paralisado e que pouco adianta anunciar pacotes para alavancar a economia —a exemplo do plano de concessões em obras de infraestrutura— se não há recursos em caixa. Lula defendeu no encontro maior diálogo da petista com os demais Poderes, especialmente o Legislativo. Os peemedebistas reclamam que não há diálogo permanente com o Palácio do Planalto, sem a troca de informações sobre temas que estão em tramitação no Congresso –muitas vezes sendo pegos de surpresa no momento da votação de propostas de interesse do Executivo. "Ele [Lula] acha que a presidente deveria reunir os poderes, conversar permanentemente na busca de saídas para o Brasil. Foi uma conversa boa, ele definitivamente veio em missão de paz, defendeu pontos de vista com relação à reforma política, uma conversa produtiva", afirmou Renan. Neste início do ano, o governo da presidente Dilma Rousseff enfrentou uma série de rusgas com Renan e com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para a aprovação de medidas do ajuste fiscal. A Operação Lava Jato e as denúncias de corrupção na Petrobras agravaram o cenário de crise no Planalto. Delcídio negou, no entanto, que a operação da PF e seus desdobramentos tenham sido tratados na reunião de hoje. "Não fizemos nenhuma avaliação sobre outros temas, a não ser esses que relatei", afirmou, em referência ao debate da reforma política na Casa e a aprovação de medidas de ajuste fiscal pelo Congresso. Segundo o líder do governo no Senado, a intenção é buscar ainda a opinião do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso sobre o tema da reforma política. "Sabemos da dificuldade que é encontrar um entendimento na reforma política. [...] Não vamos fazer confrontação das teses do Senado e da Câmara", disse o senador Jorge Viana (PT-AC). Estavam presentes na reunião os senadores Edison Lobão (PMDB-MA), Romero Jucá (PMDB-RR), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Jorge Viana (PT-AC), além do ex-presidente e ex-senador José Sarney, do PMDB. "POSIÇÃO DELICADA" Delcídio reconheceu que o PT se encontra hoje uma "posição delicada". "Mas o partido é maior do que as crises que tem enfrentado. E a posição do presidente Lula foi de proatividade, de incentivo, de articulação, pra que a gente atue consistentemente no Congresso", afirmou a respeito do encontro com os parlamentares da legenda, na véspera. Questionado por jornalistas, negou que a convocação de Okamotto foi tratada no encontro. "Ele anda com o presidente direto. Ele está sempre junto com o presidente Lula, seja agenda de sindicato, aqui em Brasília, em qualquer lugar. O Paulo Okamotto é o braço direito do presidente." O líder do governo reforçou ainda o discurso de unidade entre a gestão da presidente Dilma e o próprio PT. "O posicionamento do presidente Lula ontem foi dizendo o seguinte: se o governo for mal, isso é ruim para o PT. Nós estamos juntos. É o nosso governo que temos que defender. Para o nosso projeto é fundamental que o governo caminhe bem."
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O menino, o lobo e o sapo na água fervendo
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Reza a metáfora que, se você joga o sapo na água fervendo, ele pula fora, mas se você joga na água fria e vai esquentando a água aos poucos, ele não percebe e morre cozido. Pura lenda urbana (na verdade, rural -dificilmente você encontrará sapos pra ferver na cidade). Recentemente, biólogos fizeram o teste e descobriram que o sapo, ao perceber que está virando caldo, pula fora da panela, estragando ao mesmo tempo a sopa e a metáfora. Malditos biólogos. Que obsessão em estragar metáforas. A parábola servia muito bem para explicar um fenômeno tão comum quanto difícil de entender: por que as pessoas demoram tanto a pular fora de casamentos falidos, empregos deprimentes e governos autoritários. O ser humano demora pra perceber que a água está fervendo -e inventou a metáfora do sapo, coitado, logo ele que é tão melhor que a gente na sensibilidade à fervura. Seria mais justo se os sapos usassem, entre eles, a metáfora do humano. "Tadinhos, os seres humanos não percebem o momento em que a democracia vira uma ditadura, daí vários são brutalmente assassinados." "Mas eles merecem", dirá outro sapo. "Sempre espalham inverdades sobre nossa espécie, como aquela da água fervendo, ou aquela outra sobre o fato de não lavarmos o pé." Existe uma fábula que os biólogos ainda não estragaram, e que toda criança mentirosa já ouviu -ou seja, toda criança. Um menino todo dia grita "lobo!", mas nunca tem lobo nenhum: tudo o que ele queria era um pouco de atenção, e talvez uns "likes". Resultado: no dia em que finalmente tinha lobo, ninguém acreditou, e o menino morreu devorado. Na nossa adolescência, a gente gritou "fascista!" pro chefe careta, pra professora exigente, pro tio rabugento. A palavra passou a significar "aquele de quem a gente discorda", tanto pra direita quanto pra esquerda. Talvez seja o caso de resgatá-la, ou quem sabe inventar alguma palavra nova pro que está acontecendo. Jovens usam camiseta com estampa "Ustra vive" em homenagem a torturador. Santander Cultural cede a pressão e cancela exposição de "arte degenerada". Juiz proíbe peça de teatro que "desrespeita a religião". Cantor sertanejo defende que nunca houve ditadura no Brasil, apenas "militarismo vigiado". Candidato que quer cancelar tratados de direitos humanos é o que mais cresce nas pesquisas. A água está esquentando, pessoal. E tem sapo achando que é jacuzzi.
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colunas
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O menino, o lobo e o sapo na água fervendoReza a metáfora que, se você joga o sapo na água fervendo, ele pula fora, mas se você joga na água fria e vai esquentando a água aos poucos, ele não percebe e morre cozido. Pura lenda urbana (na verdade, rural -dificilmente você encontrará sapos pra ferver na cidade). Recentemente, biólogos fizeram o teste e descobriram que o sapo, ao perceber que está virando caldo, pula fora da panela, estragando ao mesmo tempo a sopa e a metáfora. Malditos biólogos. Que obsessão em estragar metáforas. A parábola servia muito bem para explicar um fenômeno tão comum quanto difícil de entender: por que as pessoas demoram tanto a pular fora de casamentos falidos, empregos deprimentes e governos autoritários. O ser humano demora pra perceber que a água está fervendo -e inventou a metáfora do sapo, coitado, logo ele que é tão melhor que a gente na sensibilidade à fervura. Seria mais justo se os sapos usassem, entre eles, a metáfora do humano. "Tadinhos, os seres humanos não percebem o momento em que a democracia vira uma ditadura, daí vários são brutalmente assassinados." "Mas eles merecem", dirá outro sapo. "Sempre espalham inverdades sobre nossa espécie, como aquela da água fervendo, ou aquela outra sobre o fato de não lavarmos o pé." Existe uma fábula que os biólogos ainda não estragaram, e que toda criança mentirosa já ouviu -ou seja, toda criança. Um menino todo dia grita "lobo!", mas nunca tem lobo nenhum: tudo o que ele queria era um pouco de atenção, e talvez uns "likes". Resultado: no dia em que finalmente tinha lobo, ninguém acreditou, e o menino morreu devorado. Na nossa adolescência, a gente gritou "fascista!" pro chefe careta, pra professora exigente, pro tio rabugento. A palavra passou a significar "aquele de quem a gente discorda", tanto pra direita quanto pra esquerda. Talvez seja o caso de resgatá-la, ou quem sabe inventar alguma palavra nova pro que está acontecendo. Jovens usam camiseta com estampa "Ustra vive" em homenagem a torturador. Santander Cultural cede a pressão e cancela exposição de "arte degenerada". Juiz proíbe peça de teatro que "desrespeita a religião". Cantor sertanejo defende que nunca houve ditadura no Brasil, apenas "militarismo vigiado". Candidato que quer cancelar tratados de direitos humanos é o que mais cresce nas pesquisas. A água está esquentando, pessoal. E tem sapo achando que é jacuzzi.
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China investirá US$ 250 bi na América Latina em 10 anos, diz presidente
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O presidente chinês, Xi Jinping, disse nesta quinta-feira (8) que o país investirá US$ 250 bilhões na América Latina nos próximos dez anos, como parte de um movimento para impulsionar a influência da China em uma região longamente dominada pelos Estados Unidos. Líderes da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), um bloco de 33 países na região que exclui os Estados Unidos e o Canadá, se reuniram nesta quinta-feira em Pequim pela primeira vez para um fórum de dois dias. Xi disse que a expectativa é de que o comércio bilateral entre China e América Latina suba para 500 bilhões de dólares em dez anos. "Esse encontro... dará ao mundo um sinal positivo sobre o aprofundamento da cooperação entre China e América Latina e terá um impacto importante e de amplo alcance sobre a promoção da cooperação do sul com o sul e prosperidade para o mundo", disse Xi. SETORES China e América Latina estão cooperando nos setores de energia, construção de infraestrutura, agricultura, indústria e inovação tecnológica, disse Xi. Deng Yuwen, um analista político baseado em Pequim, disse que a China está interessada nos recursos e mercados da região. "Obviamente a China tem intenção de competir com os Estados Unidos por uma maior esfera de influência na região", disse Deng. "Mas se essa estratégia enfraquecerá a influência dos EUA agora é difícil de avaliar." Segunda maior economia do mundo, a China compra petróleo da Venezuela, cobre do Peru e Chile, e soja da Argentina e do Brasil.
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China investirá US$ 250 bi na América Latina em 10 anos, diz presidenteO presidente chinês, Xi Jinping, disse nesta quinta-feira (8) que o país investirá US$ 250 bilhões na América Latina nos próximos dez anos, como parte de um movimento para impulsionar a influência da China em uma região longamente dominada pelos Estados Unidos. Líderes da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), um bloco de 33 países na região que exclui os Estados Unidos e o Canadá, se reuniram nesta quinta-feira em Pequim pela primeira vez para um fórum de dois dias. Xi disse que a expectativa é de que o comércio bilateral entre China e América Latina suba para 500 bilhões de dólares em dez anos. "Esse encontro... dará ao mundo um sinal positivo sobre o aprofundamento da cooperação entre China e América Latina e terá um impacto importante e de amplo alcance sobre a promoção da cooperação do sul com o sul e prosperidade para o mundo", disse Xi. SETORES China e América Latina estão cooperando nos setores de energia, construção de infraestrutura, agricultura, indústria e inovação tecnológica, disse Xi. Deng Yuwen, um analista político baseado em Pequim, disse que a China está interessada nos recursos e mercados da região. "Obviamente a China tem intenção de competir com os Estados Unidos por uma maior esfera de influência na região", disse Deng. "Mas se essa estratégia enfraquecerá a influência dos EUA agora é difícil de avaliar." Segunda maior economia do mundo, a China compra petróleo da Venezuela, cobre do Peru e Chile, e soja da Argentina e do Brasil.
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O tabu dos aposentados
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Toda vez que o governo se mete a alterar qualquer regra da Previdência Social é uma gritaria na sociedade brasileira. As pessoas só pensam que estão tentando tirar o remédio das mãos dos velhinhos e já dizem que são contra. Mas a reforma aprovada nesta semana no Congresso nas regras de pensão por morte está longe de ser um atentado aos aposentados brasileiros. Na verdade, apenas corrige distorções brutais que são pagas com o dinheiro de todos os contribuintes. Vejamos algumas dessas distorções: - Você acha justo que uma pessoa de 20 e poucos anos de idade passe a receber pensão vitalícia do cônjuge idoso depois de sua morte? - Você acha justo que quem contribuiu menos de 1 ano e meio com a Previdência tenha o direito de passar para o seu companheiro uma pensão para toda a vida? - Você acha justo que um união estável de menos de dois anos gere uma pensão vitalícia para o parceiro? Pois é isso que a reforma mudou. A partir de agora, para ter direito a pensão vitalícia, o cônjuge terá que ter mais de 44 anos, com uma união estável de pelo menos dois anos com o parceiro, e uma contribuição para a previdência de pelo menos 18 meses. Na prática, a falta de regras do sistema anterior estimulava todo tipo de picaretagem, como jovens fazendo acerto para se casar com velhinhos só para ficar com a pensão. Detalhe: as regras da pensão por morte são apenas alguns dos absurdos da Previdência Social brasileira. Se você tiver paciência para pesquisar, a lista é longa. As pessoas podem até reclamar que a presidente Dilma cometeu um estelionato eleitoral, porque disse na campanha que não mexeria nos direitos dos trabalhadores nem que a "vaca tussa". No entanto, é preciso deixar os dogmas de lado e encarar a realidade. Tanto é assim que as mudanças foram aprovadas em um Congresso conflagrado contra o governo. Os deputados, no entanto, cobravam uma fatura cara, porque passaram uma emenda que acaba com o fator previdenciário. Para quem não lembra, o fator previdenciário é um complicado mecanismo implantado pelo presidente Fernando Henrique para desestimular que as pessoas se aposentassem com menos de 50 anos. Na prática, um remendo para tentar atenuar o problema. Na época, FHC foi muito criticado porque disse que adotou o fator previdenciário para que os brasileiros "não sejam vagabundos em um país de pobres e miseráveis". Não há dúvida que ele exagerou, porque não se pode chamar de vagabundo alguém que vai receber, no máximo, o teto do INSS, que é de pouco mais de R$ 4,6 mil. Mas o fato é que a Previdência brasileira se tornou uma bomba relógio. Os gastos com aposentadoria e outros benefícios hoje consomem 7,1% do PIB. Em 2040, serão 10,2% do PIB com as regras atuais. Se acabar o fator previdenciário, chegará a 11% de tudo que o país produz. O Brasil está envelhecendo sem ficar rico. Em 30 anos, vamos ter a mesma quantidade de velhos que o Japão hoje. Ou seja, em pouco mais de uma geração, a conta previdenciária, que já é salgadíssima, se tornará impagável. A questão dos aposentados é delicada, mas precisa deixar de ser tabu.
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O tabu dos aposentadosToda vez que o governo se mete a alterar qualquer regra da Previdência Social é uma gritaria na sociedade brasileira. As pessoas só pensam que estão tentando tirar o remédio das mãos dos velhinhos e já dizem que são contra. Mas a reforma aprovada nesta semana no Congresso nas regras de pensão por morte está longe de ser um atentado aos aposentados brasileiros. Na verdade, apenas corrige distorções brutais que são pagas com o dinheiro de todos os contribuintes. Vejamos algumas dessas distorções: - Você acha justo que uma pessoa de 20 e poucos anos de idade passe a receber pensão vitalícia do cônjuge idoso depois de sua morte? - Você acha justo que quem contribuiu menos de 1 ano e meio com a Previdência tenha o direito de passar para o seu companheiro uma pensão para toda a vida? - Você acha justo que um união estável de menos de dois anos gere uma pensão vitalícia para o parceiro? Pois é isso que a reforma mudou. A partir de agora, para ter direito a pensão vitalícia, o cônjuge terá que ter mais de 44 anos, com uma união estável de pelo menos dois anos com o parceiro, e uma contribuição para a previdência de pelo menos 18 meses. Na prática, a falta de regras do sistema anterior estimulava todo tipo de picaretagem, como jovens fazendo acerto para se casar com velhinhos só para ficar com a pensão. Detalhe: as regras da pensão por morte são apenas alguns dos absurdos da Previdência Social brasileira. Se você tiver paciência para pesquisar, a lista é longa. As pessoas podem até reclamar que a presidente Dilma cometeu um estelionato eleitoral, porque disse na campanha que não mexeria nos direitos dos trabalhadores nem que a "vaca tussa". No entanto, é preciso deixar os dogmas de lado e encarar a realidade. Tanto é assim que as mudanças foram aprovadas em um Congresso conflagrado contra o governo. Os deputados, no entanto, cobravam uma fatura cara, porque passaram uma emenda que acaba com o fator previdenciário. Para quem não lembra, o fator previdenciário é um complicado mecanismo implantado pelo presidente Fernando Henrique para desestimular que as pessoas se aposentassem com menos de 50 anos. Na prática, um remendo para tentar atenuar o problema. Na época, FHC foi muito criticado porque disse que adotou o fator previdenciário para que os brasileiros "não sejam vagabundos em um país de pobres e miseráveis". Não há dúvida que ele exagerou, porque não se pode chamar de vagabundo alguém que vai receber, no máximo, o teto do INSS, que é de pouco mais de R$ 4,6 mil. Mas o fato é que a Previdência brasileira se tornou uma bomba relógio. Os gastos com aposentadoria e outros benefícios hoje consomem 7,1% do PIB. Em 2040, serão 10,2% do PIB com as regras atuais. Se acabar o fator previdenciário, chegará a 11% de tudo que o país produz. O Brasil está envelhecendo sem ficar rico. Em 30 anos, vamos ter a mesma quantidade de velhos que o Japão hoje. Ou seja, em pouco mais de uma geração, a conta previdenciária, que já é salgadíssima, se tornará impagável. A questão dos aposentados é delicada, mas precisa deixar de ser tabu.
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Presidente da Argentina assina decreto restringindo imigração
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O presidente da Argentina, Mauricio Macri, assinou nesta segunda-feira (30) um decreto que altera a Lei de Migração do país, colocando mais restrições à entrada de estrangeiros. Voltado especialmente a imigrantes com antecedentes penais ou que venham de países com forte presença do narcotráfico (Peru, Paraguai, Bolívia e México), o pacote foi apresentado por Macri usando expressões parecidas às usadas por seu colega norte-americano, Donald Trump. "Nossa prioridade é cuidar dos argentinos", "não podemos permitir que o crime siga escolhendo a Argentina como um lugar para vir e delinquir" e "precisamos saber quem é quem entre os que cruzam nossa fronteira", foram algumas das frases com as quais o presidente argentino justificou a necessidade do pacote. O governo federal, porém, não está sozinho nessa decisão, que recebeu apoio de figuras de relevo do peronismo. O líder dos kirchneristas no Senado, Miguel Pichetto, afirmou que o ajuste era necessário porque "a Argentina sempre funcionou como ajuste dos problemas sociais da Bolívia e nas questões de delitos do Peru". Já o peronista anti-kirchnerista e anti-macrista, Sergio Massa, também defende o aumento do controle à entrada de estrangeiros com registros penais. O decreto define um aumento de investimento na infraestrutura das fronteiras. Será reforçado o policiamento e a logística dos locais de entrada ao país, e renovada a tecnologia por meio da qual se possa acessar uma base de dados sobre os imigrantes. "Se um narcotraficante já cumpriu pena em seu país e não tem pedido de captura por parte da Interpol (polícia internacional), hoje não temos como ter acesso a seu prontuário e ele entra normalmente no país", diz o diretor de Migrações, Horacio Garcia. Também haverá mudanças nos questionários a serem respondidos, que devem ser mais exigentes e requerer mais documentação. Uma das principais mudanças, porém, é tornar mais ágil a deportação de imigrantes ilegais. Uma vez dentro do país, segundo o governo, a média de tempo para um processo de expulsão se completar é de 6 a 7 anos. Macri reforçou que esse tempo precisa ser encurtado. Além dessas medidas, se prevê a construção de locais para abrigar imigrantes enquanto sua situação de irregularidade no país é verificada. A Argentina é um dos países da América do Sul com mais ampla tradição migratória. Segundo o último censo nacional, a Argentina possui 4,5% de população estrangeira. Entre os grupos mais representativos estão 30,5% de paraguaios, 19,1% de bolivianos e 8,7% de peruanos. O governo afirma que 21,35% da população carcerária argentina é estrangeira, ainda que nem todos tenham recebido condenação. A Argentina também é recordista com relação à população estrangeira em suas favelas –nas de Buenos Aires, a média de habitantes de países da região é de 60%. São nessas "villas miseria" que funcionam as sedes dos principais cartéis de produção e distribuição de cocaína do país. O comando desses cartéis é em geral exercido por paraguaios, segundo dados oficiais. OPOSIÇÃO Organismos de direitos humanos e algumas vozes independentes da oposição se posicionaram contra o decreto. Para o Cels (Centro de Estudios Legales y Sociales), o texto supõe uma "regressão para os direitos dos imigrantes" ao associar a imigração ao delito e facilitar a propagação de discursos xenófobos. "Estamos nos aproximando das eleições (legislativas, no segundo semestre) e é preciso culpar alguém dos problemas. O imigrante é um bode expiatório fácil por conta de sua vulnerabilidade", diz a peruana Lourdes Rivadeneyra, da Rede Nacional de Migrantes e Refugiados de Argentina, radicada na Argentina há mais de 20 anos. A deputada Margarita Stolbizer (GEN), ex-candidata nas últimas eleições presidenciais, disse que "restrições para pessoas com antecedentes penais pode ser razoável, mas temos de ter cuidado em levantar barreiras discriminatórias num país cuja Constituição garante a abertura à imigração." Já Ricardo Alfonsín, da UCR (União Cívica Radical), considerou "perigoso apelar a esses sentimentos em que se consideram os estrangeiros como um perigo para os locais".
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Presidente da Argentina assina decreto restringindo imigraçãoO presidente da Argentina, Mauricio Macri, assinou nesta segunda-feira (30) um decreto que altera a Lei de Migração do país, colocando mais restrições à entrada de estrangeiros. Voltado especialmente a imigrantes com antecedentes penais ou que venham de países com forte presença do narcotráfico (Peru, Paraguai, Bolívia e México), o pacote foi apresentado por Macri usando expressões parecidas às usadas por seu colega norte-americano, Donald Trump. "Nossa prioridade é cuidar dos argentinos", "não podemos permitir que o crime siga escolhendo a Argentina como um lugar para vir e delinquir" e "precisamos saber quem é quem entre os que cruzam nossa fronteira", foram algumas das frases com as quais o presidente argentino justificou a necessidade do pacote. O governo federal, porém, não está sozinho nessa decisão, que recebeu apoio de figuras de relevo do peronismo. O líder dos kirchneristas no Senado, Miguel Pichetto, afirmou que o ajuste era necessário porque "a Argentina sempre funcionou como ajuste dos problemas sociais da Bolívia e nas questões de delitos do Peru". Já o peronista anti-kirchnerista e anti-macrista, Sergio Massa, também defende o aumento do controle à entrada de estrangeiros com registros penais. O decreto define um aumento de investimento na infraestrutura das fronteiras. Será reforçado o policiamento e a logística dos locais de entrada ao país, e renovada a tecnologia por meio da qual se possa acessar uma base de dados sobre os imigrantes. "Se um narcotraficante já cumpriu pena em seu país e não tem pedido de captura por parte da Interpol (polícia internacional), hoje não temos como ter acesso a seu prontuário e ele entra normalmente no país", diz o diretor de Migrações, Horacio Garcia. Também haverá mudanças nos questionários a serem respondidos, que devem ser mais exigentes e requerer mais documentação. Uma das principais mudanças, porém, é tornar mais ágil a deportação de imigrantes ilegais. Uma vez dentro do país, segundo o governo, a média de tempo para um processo de expulsão se completar é de 6 a 7 anos. Macri reforçou que esse tempo precisa ser encurtado. Além dessas medidas, se prevê a construção de locais para abrigar imigrantes enquanto sua situação de irregularidade no país é verificada. A Argentina é um dos países da América do Sul com mais ampla tradição migratória. Segundo o último censo nacional, a Argentina possui 4,5% de população estrangeira. Entre os grupos mais representativos estão 30,5% de paraguaios, 19,1% de bolivianos e 8,7% de peruanos. O governo afirma que 21,35% da população carcerária argentina é estrangeira, ainda que nem todos tenham recebido condenação. A Argentina também é recordista com relação à população estrangeira em suas favelas –nas de Buenos Aires, a média de habitantes de países da região é de 60%. São nessas "villas miseria" que funcionam as sedes dos principais cartéis de produção e distribuição de cocaína do país. O comando desses cartéis é em geral exercido por paraguaios, segundo dados oficiais. OPOSIÇÃO Organismos de direitos humanos e algumas vozes independentes da oposição se posicionaram contra o decreto. Para o Cels (Centro de Estudios Legales y Sociales), o texto supõe uma "regressão para os direitos dos imigrantes" ao associar a imigração ao delito e facilitar a propagação de discursos xenófobos. "Estamos nos aproximando das eleições (legislativas, no segundo semestre) e é preciso culpar alguém dos problemas. O imigrante é um bode expiatório fácil por conta de sua vulnerabilidade", diz a peruana Lourdes Rivadeneyra, da Rede Nacional de Migrantes e Refugiados de Argentina, radicada na Argentina há mais de 20 anos. A deputada Margarita Stolbizer (GEN), ex-candidata nas últimas eleições presidenciais, disse que "restrições para pessoas com antecedentes penais pode ser razoável, mas temos de ter cuidado em levantar barreiras discriminatórias num país cuja Constituição garante a abertura à imigração." Já Ricardo Alfonsín, da UCR (União Cívica Radical), considerou "perigoso apelar a esses sentimentos em que se consideram os estrangeiros como um perigo para os locais".
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Como falar da maconha?
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SÃO PAULO - Num mundo ideal, as drogas seriam todas legalizadas, e ninguém as usaria. Meu argumento pró-legalização é essencialmente filosófico. Não cabe ao Estado determinar o que cada indivíduo pode ou não ingerir e muito menos definir o tipo de vida que cada um deve levar. Se o cidadão deseja mergulhar num entorpecimento semipermanente e não se importa em destruir sua saúde nesse processo, é um direito seu fazê-lo. Subsidiariamente, também me parece interessante privar o crime organizado de uma de suas principais fontes de lucro. Vender drogas, afinal, é um delito muito fácil. O tráfico é um dos raros tipos de transgressão penal em que a suposta vítima chega a fazer fila para "sofrer" a injúria. Existem também argumentos contra a legalização. Eles são de ordem sanitária. Se mais gente consumir drogas, teremos de lidar com um número maior de complicações médicas decorrentes do abuso. Nesse contexto, preocupa-me a glamourização da maconha. Ela aparece de forma simpática em filmes de Hollywood, reportagens na mídia etc.. Dá para afirmar com segurança que o álcool causa mais danos à sociedade do que a maconha, mas, ainda assim, a Cannabis continua sendo uma droga. Ela traz riscos à saúde e, para uma pequena minoria da população, tem impacto devastador. São inquietantes, por exemplo, as metanálises que ligam o consumo de maconha ao desenvolvimento de psicose crônica e esquizofrenia. Embora seja difícil prová-lo estatisticamente, muitos pesquisadores já apostam que essa seja uma relação causal e não de mero gatilho. Para conciliar liberdade com sanidade, precisamos deixar de tratar drogas como caso de polícia sem, entretanto, sancionar socialmente seu uso pintando-as como charmosas. Precisamos transmitir a mensagem de que são um mal a ser tolerado, não símbolo de status. É o que fizemos com o tabaco e vem dando certo.
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Como falar da maconha?SÃO PAULO - Num mundo ideal, as drogas seriam todas legalizadas, e ninguém as usaria. Meu argumento pró-legalização é essencialmente filosófico. Não cabe ao Estado determinar o que cada indivíduo pode ou não ingerir e muito menos definir o tipo de vida que cada um deve levar. Se o cidadão deseja mergulhar num entorpecimento semipermanente e não se importa em destruir sua saúde nesse processo, é um direito seu fazê-lo. Subsidiariamente, também me parece interessante privar o crime organizado de uma de suas principais fontes de lucro. Vender drogas, afinal, é um delito muito fácil. O tráfico é um dos raros tipos de transgressão penal em que a suposta vítima chega a fazer fila para "sofrer" a injúria. Existem também argumentos contra a legalização. Eles são de ordem sanitária. Se mais gente consumir drogas, teremos de lidar com um número maior de complicações médicas decorrentes do abuso. Nesse contexto, preocupa-me a glamourização da maconha. Ela aparece de forma simpática em filmes de Hollywood, reportagens na mídia etc.. Dá para afirmar com segurança que o álcool causa mais danos à sociedade do que a maconha, mas, ainda assim, a Cannabis continua sendo uma droga. Ela traz riscos à saúde e, para uma pequena minoria da população, tem impacto devastador. São inquietantes, por exemplo, as metanálises que ligam o consumo de maconha ao desenvolvimento de psicose crônica e esquizofrenia. Embora seja difícil prová-lo estatisticamente, muitos pesquisadores já apostam que essa seja uma relação causal e não de mero gatilho. Para conciliar liberdade com sanidade, precisamos deixar de tratar drogas como caso de polícia sem, entretanto, sancionar socialmente seu uso pintando-as como charmosas. Precisamos transmitir a mensagem de que são um mal a ser tolerado, não símbolo de status. É o que fizemos com o tabaco e vem dando certo.
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Democrata Sanders defende 'revolução política' em sabatina nos EUA
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Segundo colocado em ascensão nas pesquisas, o pré-candidato democrata Bernie Sanders disse que a experiência de sua oponente Hillary Clinton, ex-secretária de Estado, não suplanta más decisões que, na sua opinião, ela tomou ao longo da carreira. "Experiência é importante, mas discernimento também é importante", relativizou o senador por Vermont, em sabatina sediada pela CNN, nesta segunda-feira (25). "Ela votou pela guerra no Iraque." Sanders defendeu o próprio histórico ao, por exemplo, combater a falta de regulação de Wall Street. Hillary falou depois de Sanders e manteve o tom do adversário, mais ameno que o enfrentamento no último debate antes das prévias, que começarão em uma semana, em Iowa. Os pré-candidatos foram interrogados pelo apresentador Chris Cuomo e por eleitores, a maioria dos quais indecisos. A crítica do oponente, contudo, surtiu efeito, e a ex-primeira-dama se sentiu compelida a responder. "Eu tenho uma história muito mais longa que um voto, que eu sei que foi um erro", afirmou Hillary sobre o Iraque. A ex-secretária de Estado procurou usar a experiência a seu favor, como atestado de sua eficiência, em contraste com um pré-candidato que se define como "socialista democrata", cujas bandeiras ao eleitorado cético parecem utópicas. "Você precisa ter alguém que seja um lutador comprovadamente", afirmou Hillary. Ela tentou obter créditos com o acordo do governo Barack Obama com o Irã. "Eu comecei as negociações, testando se os iranianos viriam e negociariam de fato", disse. "Você não pode imaginar o quão tenso era." Sanders defendeu uma resposta mais enérgica à "crise que o país enfrenta hoje, a desigualdade, a pobreza, um sistema de financiamento de campanha obsceno e injusto". "Eu gosto de Hillary Clinton. Eu respeito Hillary Clinton", repetiu o senador. "Mas esses problemas são tão sérios que a gente precisa ir além do 'establishment' na política e na economia. Precisamos de uma revolução política em que milhões de pessoas possam dizer 'quer saber? Esse nosso grande governo pertence a todos nós, não só a alguns."
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Democrata Sanders defende 'revolução política' em sabatina nos EUASegundo colocado em ascensão nas pesquisas, o pré-candidato democrata Bernie Sanders disse que a experiência de sua oponente Hillary Clinton, ex-secretária de Estado, não suplanta más decisões que, na sua opinião, ela tomou ao longo da carreira. "Experiência é importante, mas discernimento também é importante", relativizou o senador por Vermont, em sabatina sediada pela CNN, nesta segunda-feira (25). "Ela votou pela guerra no Iraque." Sanders defendeu o próprio histórico ao, por exemplo, combater a falta de regulação de Wall Street. Hillary falou depois de Sanders e manteve o tom do adversário, mais ameno que o enfrentamento no último debate antes das prévias, que começarão em uma semana, em Iowa. Os pré-candidatos foram interrogados pelo apresentador Chris Cuomo e por eleitores, a maioria dos quais indecisos. A crítica do oponente, contudo, surtiu efeito, e a ex-primeira-dama se sentiu compelida a responder. "Eu tenho uma história muito mais longa que um voto, que eu sei que foi um erro", afirmou Hillary sobre o Iraque. A ex-secretária de Estado procurou usar a experiência a seu favor, como atestado de sua eficiência, em contraste com um pré-candidato que se define como "socialista democrata", cujas bandeiras ao eleitorado cético parecem utópicas. "Você precisa ter alguém que seja um lutador comprovadamente", afirmou Hillary. Ela tentou obter créditos com o acordo do governo Barack Obama com o Irã. "Eu comecei as negociações, testando se os iranianos viriam e negociariam de fato", disse. "Você não pode imaginar o quão tenso era." Sanders defendeu uma resposta mais enérgica à "crise que o país enfrenta hoje, a desigualdade, a pobreza, um sistema de financiamento de campanha obsceno e injusto". "Eu gosto de Hillary Clinton. Eu respeito Hillary Clinton", repetiu o senador. "Mas esses problemas são tão sérios que a gente precisa ir além do 'establishment' na política e na economia. Precisamos de uma revolução política em que milhões de pessoas possam dizer 'quer saber? Esse nosso grande governo pertence a todos nós, não só a alguns."
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Dirigentes petistas não comemoram prisão de Cunha
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Dirigentes petistas não comemoraram a prisão de um dos principais responsáveis pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em Belo Horizonte, nesta quinta (21), o presidente do PT, Rui Falcão, condenou o que chama de excesso de prisões e defendeu que as pessoas tenham direito à presunção da inocência. Falcão negou que esteja preocupado com a hipótese de que a prisão de Cunha venha a chancelar uma eventual detenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Excesso de prisões só consolida a ideia de que estamos ingressando num estado de exceção. As pessoas devem ter direito à presunção de inocência e ao devido processo legal. E o excesso de prisões, sobretudo as prisões cautelares, com objetivo de obter delações, não preocupam o PT. Devem preocupar todo povo brasileiro. Hoje é o Eduardo Cunha. amanhã, poder ser qualquer um de nós", afirmou Falcão. Na entrevista à Rádio CBN, Falcão disse não haver razão para que Lula seja preso. Sua preocupação é, repetiu, com a "violação do Estado de Direito". "Ele [Lula] sofre processos injustos e manipulados. Não há razão de preocupação", reafirmou ele, acrescentando que sua preocupação é também com a crise econômica, e "o presidente [Michel Temer] viajando e formando uma maioria na base toma lá dá cá". Outros dirigentes do PT afirmaram que não se alegram com o que chamam de um endosso à violação dos direitos no país. Um desses petistas disse não se alegrar com a "desgraça alheia" e que a prisão de Cunha acentua o erro de avaliação cometido por ele e pelo hoje presidente Michel Temer ao apostar no afastamento de Dilma como instrumento de interdição da Operação Lava Jato. Altos e baixos de Cunha
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Dirigentes petistas não comemoram prisão de CunhaDirigentes petistas não comemoraram a prisão de um dos principais responsáveis pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em Belo Horizonte, nesta quinta (21), o presidente do PT, Rui Falcão, condenou o que chama de excesso de prisões e defendeu que as pessoas tenham direito à presunção da inocência. Falcão negou que esteja preocupado com a hipótese de que a prisão de Cunha venha a chancelar uma eventual detenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Excesso de prisões só consolida a ideia de que estamos ingressando num estado de exceção. As pessoas devem ter direito à presunção de inocência e ao devido processo legal. E o excesso de prisões, sobretudo as prisões cautelares, com objetivo de obter delações, não preocupam o PT. Devem preocupar todo povo brasileiro. Hoje é o Eduardo Cunha. amanhã, poder ser qualquer um de nós", afirmou Falcão. Na entrevista à Rádio CBN, Falcão disse não haver razão para que Lula seja preso. Sua preocupação é, repetiu, com a "violação do Estado de Direito". "Ele [Lula] sofre processos injustos e manipulados. Não há razão de preocupação", reafirmou ele, acrescentando que sua preocupação é também com a crise econômica, e "o presidente [Michel Temer] viajando e formando uma maioria na base toma lá dá cá". Outros dirigentes do PT afirmaram que não se alegram com o que chamam de um endosso à violação dos direitos no país. Um desses petistas disse não se alegrar com a "desgraça alheia" e que a prisão de Cunha acentua o erro de avaliação cometido por ele e pelo hoje presidente Michel Temer ao apostar no afastamento de Dilma como instrumento de interdição da Operação Lava Jato. Altos e baixos de Cunha
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Investidor 'lota' emergentes, inclusive Brasil, que abre pré-sal ao 'Big Oil'
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Segundo "Wall Street Journal" e "Financial Times", 2017 "tem sido um ano quente para o investimento em emergentes", com "ganhos de arregalar os olhos" para os investidores. China, Brasil e Coreia do Sul "lideram as entradas", seguidos por Índia, Taiwan e Rússia e até "tomadores mais raros e de risco como Bielorrússia, Iraque e Tajiquistão". O "FT" tenta ajudar os aplicadores a identificar os que não estão "tão lotados". O "WSJ" afirma que o esperado aumento nos juros americanos terá como efeito, se tanto, "uma pausa" na corrida aos emergentes. Por outro lado, o mesmo "WSJ" publicou reportagem criticando a abertura do petróleo brasileiro ao "Big Oil" nesta semana, com atraso de anos, porque o interesse agora seria pequeno. O jornal anota, contraditoriamente, que o leilão "atraiu o interesse de 32 companhias, incluindo muitas das maiores: Rosneft, da Rússia, CNOOC, da China, bem como ocidentais como BP, Total e Repsol".
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Investidor 'lota' emergentes, inclusive Brasil, que abre pré-sal ao 'Big Oil'Segundo "Wall Street Journal" e "Financial Times", 2017 "tem sido um ano quente para o investimento em emergentes", com "ganhos de arregalar os olhos" para os investidores. China, Brasil e Coreia do Sul "lideram as entradas", seguidos por Índia, Taiwan e Rússia e até "tomadores mais raros e de risco como Bielorrússia, Iraque e Tajiquistão". O "FT" tenta ajudar os aplicadores a identificar os que não estão "tão lotados". O "WSJ" afirma que o esperado aumento nos juros americanos terá como efeito, se tanto, "uma pausa" na corrida aos emergentes. Por outro lado, o mesmo "WSJ" publicou reportagem criticando a abertura do petróleo brasileiro ao "Big Oil" nesta semana, com atraso de anos, porque o interesse agora seria pequeno. O jornal anota, contraditoriamente, que o leilão "atraiu o interesse de 32 companhias, incluindo muitas das maiores: Rosneft, da Rússia, CNOOC, da China, bem como ocidentais como BP, Total e Repsol".
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Waze lança recurso que ajuda a evitar multas por excesso de velocidade
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O Waze, aplicativo de navegação, lançou nesta terça-feira (29), recurso que pretende evitar multas por excesso de velocidade. Ele mostra para o usuário velocidade do veículo em tempo real e envia alertas caso o condutor dirija acima do limite. O "Velocímetro" está disponível para dispositivos Android e iOS. A comunidade, por meio de crowdsourcing, faz com que esse recurso seja possível, verificando os limites de velocidade locais e atualizando o caminho conforme mudanças ocorrem. O aplicativo diz que mostrará sempre os limites de velocidade atuais. "Dirigir sem saber o limite de velocidade pode ser uma experiência difícil. Graças a dezenas de editores de mapa do Waze, agora podemos informar os limites de velocidade de estradas conhecidas ou não pelo motorista. Essa nova função é resultado do compromisso e da paixão desses voluntários que ajudam o Waze a ser o serviço de condução mais preciso e atualizado que existe hoje no mundo", afirma Adrian Singer, gerente da comunidade de editores de mapa do Waze, em comunicado. O Waze tem mais de 360 mil voluntários pelo mundo. Recentemente, anunciou outro recurso, que avisa o horário ideal para o motorista sair de casa. Veja dicas para manter as mãos no volante e os olhos na estrada:
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Waze lança recurso que ajuda a evitar multas por excesso de velocidadeO Waze, aplicativo de navegação, lançou nesta terça-feira (29), recurso que pretende evitar multas por excesso de velocidade. Ele mostra para o usuário velocidade do veículo em tempo real e envia alertas caso o condutor dirija acima do limite. O "Velocímetro" está disponível para dispositivos Android e iOS. A comunidade, por meio de crowdsourcing, faz com que esse recurso seja possível, verificando os limites de velocidade locais e atualizando o caminho conforme mudanças ocorrem. O aplicativo diz que mostrará sempre os limites de velocidade atuais. "Dirigir sem saber o limite de velocidade pode ser uma experiência difícil. Graças a dezenas de editores de mapa do Waze, agora podemos informar os limites de velocidade de estradas conhecidas ou não pelo motorista. Essa nova função é resultado do compromisso e da paixão desses voluntários que ajudam o Waze a ser o serviço de condução mais preciso e atualizado que existe hoje no mundo", afirma Adrian Singer, gerente da comunidade de editores de mapa do Waze, em comunicado. O Waze tem mais de 360 mil voluntários pelo mundo. Recentemente, anunciou outro recurso, que avisa o horário ideal para o motorista sair de casa. Veja dicas para manter as mãos no volante e os olhos na estrada:
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Cetesb diz que vazamento de petróleo na Baixada está controlado
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O vazamento de petróleo do Terminal Terrestre da Transpetro, que atingiu o rio Cubatão, na noite de terça (22), não causou maiores danos ambientais, segundo a Cetesb. O problema chegou à margem do rio, atingindo parcialmente a vegetação, mas não adentrou o manguezal. A limpeza segue sendo feita por 150 técnicos só da empresa. As seis barreiras de contenção e de absorção, colocadas no começo dos trabalhos, evitaram que o produto se alastrasse. A Cetesb calcula uma área afetada de aproximadamente 5 quilômetros. "Nas margens do rio sempre há alguns resquícios. Temos um trabalho de limpeza em execução, se trata de um brilho, com o aspecto de sabão, que precisa ser limpo da vegetação com a movimentação da maré. No restante, vai se agregando nos aparelhos de absorção colocados", disse Pedro Paulo Chagas Marinho, engenheiro da Cetesb. De acordo com Marinho, o problema seguirá monitorado 24 horas por equipes. Desde quarta (23), funcionários municipais, além de uma comissão da Defesa Civil, também trabalham no caso. Já o Ibama disse que ainda é cedo para conclusões. "Houve derramamento de óleo e, pelo que verificamos, não chegou no mangue e não foi visto nenhum animal morto, mas preferimos aguardar...Mas qualquer derramamento de um produto desses tem um impacto, mesmo que não seja significativo. O relatório final só sairá quando finalizados os trabalhos", afirmou Fernanda Pirillo, coordenadora-geral de emergências ambientais do Ibama. A Cetesb segue realizando vistorias de barco nas proximidades do local até a foz do rio e não constatou mortandade de peixes. Ainda nesta quinta (24), novas coletas serão feitas para análise da qualidade da água. Durante a manhã, a Transpetro afirmou que os trabalhos estão em fase final, restando a retirada dos resíduos, e que também não houve mortandade de peixes. De acordo com a empresa, 970 litros do produto foram derramados. A Sabesp, estatal responsável pelo fornecimento de água no Estado, diz que a estação de tratamento na Baixada Santista opera normalmente depois da redução temporária, que afetou o abastecimento e causou a redução de pressão nas torneiras. A Cetesb diz que ainda avaliará penalidades cabíveis à empresa por conta do acidente, mas que isso só ocorrerá após a conclusão dos trabalhos emergenciais.
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cotidiano
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Cetesb diz que vazamento de petróleo na Baixada está controladoO vazamento de petróleo do Terminal Terrestre da Transpetro, que atingiu o rio Cubatão, na noite de terça (22), não causou maiores danos ambientais, segundo a Cetesb. O problema chegou à margem do rio, atingindo parcialmente a vegetação, mas não adentrou o manguezal. A limpeza segue sendo feita por 150 técnicos só da empresa. As seis barreiras de contenção e de absorção, colocadas no começo dos trabalhos, evitaram que o produto se alastrasse. A Cetesb calcula uma área afetada de aproximadamente 5 quilômetros. "Nas margens do rio sempre há alguns resquícios. Temos um trabalho de limpeza em execução, se trata de um brilho, com o aspecto de sabão, que precisa ser limpo da vegetação com a movimentação da maré. No restante, vai se agregando nos aparelhos de absorção colocados", disse Pedro Paulo Chagas Marinho, engenheiro da Cetesb. De acordo com Marinho, o problema seguirá monitorado 24 horas por equipes. Desde quarta (23), funcionários municipais, além de uma comissão da Defesa Civil, também trabalham no caso. Já o Ibama disse que ainda é cedo para conclusões. "Houve derramamento de óleo e, pelo que verificamos, não chegou no mangue e não foi visto nenhum animal morto, mas preferimos aguardar...Mas qualquer derramamento de um produto desses tem um impacto, mesmo que não seja significativo. O relatório final só sairá quando finalizados os trabalhos", afirmou Fernanda Pirillo, coordenadora-geral de emergências ambientais do Ibama. A Cetesb segue realizando vistorias de barco nas proximidades do local até a foz do rio e não constatou mortandade de peixes. Ainda nesta quinta (24), novas coletas serão feitas para análise da qualidade da água. Durante a manhã, a Transpetro afirmou que os trabalhos estão em fase final, restando a retirada dos resíduos, e que também não houve mortandade de peixes. De acordo com a empresa, 970 litros do produto foram derramados. A Sabesp, estatal responsável pelo fornecimento de água no Estado, diz que a estação de tratamento na Baixada Santista opera normalmente depois da redução temporária, que afetou o abastecimento e causou a redução de pressão nas torneiras. A Cetesb diz que ainda avaliará penalidades cabíveis à empresa por conta do acidente, mas que isso só ocorrerá após a conclusão dos trabalhos emergenciais.
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Para Sebastião Salgado, impeachment de Dilma é 'golpe imoral'
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Em uma rara manifestação pública de opinião, o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado se posicionou contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). o que chamou de "um golpe muito imoral". Maior nome da fotografia no Brasil —e também o mais reconhecido fora do país—, Salgado mora na França desde 1969. Ele falou sobre a crise política ao jornal "Libération", de Paris. "Essa classe, que perdeu o poder, está tentando a todo custo voltar. Há uma imprensa de direita —toda a imprensa, sem exceção—, aliada a um grande movimento contrário ao governo do PT", avaliou. "Eu não sou um membro do PT, mas não concordo que passem por cima da democracia no Brasil, como está acontecendo." Consequência da queda de popularidade da presidente em razão da crise econômica e das investigações da Lava Jato, a abertura do processo de impeachment foi autorizada pela Câmara dos Deputados neste domingo (17). A votação durou seis horas e terminou com 367 votos a favor —eram necessários 342— e 137 contra. Para que ela seja afastada do cargo, a decisão dos deputados ainda tem de ser referendada pelo Senado por maioria simples. A nova votação deve ocorrer no início de maio.
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ilustrada
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Para Sebastião Salgado, impeachment de Dilma é 'golpe imoral'Em uma rara manifestação pública de opinião, o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado se posicionou contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). o que chamou de "um golpe muito imoral". Maior nome da fotografia no Brasil —e também o mais reconhecido fora do país—, Salgado mora na França desde 1969. Ele falou sobre a crise política ao jornal "Libération", de Paris. "Essa classe, que perdeu o poder, está tentando a todo custo voltar. Há uma imprensa de direita —toda a imprensa, sem exceção—, aliada a um grande movimento contrário ao governo do PT", avaliou. "Eu não sou um membro do PT, mas não concordo que passem por cima da democracia no Brasil, como está acontecendo." Consequência da queda de popularidade da presidente em razão da crise econômica e das investigações da Lava Jato, a abertura do processo de impeachment foi autorizada pela Câmara dos Deputados neste domingo (17). A votação durou seis horas e terminou com 367 votos a favor —eram necessários 342— e 137 contra. Para que ela seja afastada do cargo, a decisão dos deputados ainda tem de ser referendada pelo Senado por maioria simples. A nova votação deve ocorrer no início de maio.
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Água na fervura, por favor
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SÃO PAULO - O momento é obviamente ruim, mas pode ficar muito pior. Se não bastasse a deterioração da economia, a roubalheira do petrolão, a crise política no Congresso, os problemas no abastecimento de água e o risco de apagão elétrico, o país sofre com a falta de bom senso do governo e da oposição. Alguém precisa colocar um pouco de água na fervura, sob o risco de enfrentarmos cenas piores do que as de junho de 2013. A despeito de todo o romantismo que se criou em torno daquele período, é recomendável não nos esquecermos da massa descontrolada que tentou invadir prédios públicos, dos empreendimentos privados vandalizados e saqueados, das pessoas feridas etc. Junho de 2013 ocorreu num contexto em que a economia crescia pouco (2,3%), mas crescia, e o país gerava empregos (730,7 mil vagas formais de trabalho naquele ano). O cenário atual é bem diferente, com o governo promovendo um ajuste duríssimo, expectativa de retração do PIB, aumento da inflação e do desemprego. O que pode acontecer agora se a panela de pressão for destampada novamente? Em meio à crescente insatisfação, o PT tem reagido muito mal às críticas. Lula, que, como ex-presidente de um governo bem-sucedido, poderia contribuir para acalmar as coisas, tem feito exatamente o contrário. Recentemente, disse querer "paz e democracia", mas ameaçou colocar "o exército do Stédile na rua". Diante do panelaço de domingo, dirigentes do PT também optaram pelo discurso raivoso, circunscrevendo-o à "burguesia golpista", como se as pesquisas não indicassem queda da popularidade de Dilma em todas as faixas de renda e regiões do país. Ponderação também não tem sido o forte da oposição. FHC comparou a situação atual com a das vésperas do golpe de 1964. Aloysio Nunes, preocupado com a eleição de 2018, mas nem tanto com o país, declarou querer ver Dilma "sangrar lentamente". Não se faz política com o fígado.
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colunas
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Água na fervura, por favorSÃO PAULO - O momento é obviamente ruim, mas pode ficar muito pior. Se não bastasse a deterioração da economia, a roubalheira do petrolão, a crise política no Congresso, os problemas no abastecimento de água e o risco de apagão elétrico, o país sofre com a falta de bom senso do governo e da oposição. Alguém precisa colocar um pouco de água na fervura, sob o risco de enfrentarmos cenas piores do que as de junho de 2013. A despeito de todo o romantismo que se criou em torno daquele período, é recomendável não nos esquecermos da massa descontrolada que tentou invadir prédios públicos, dos empreendimentos privados vandalizados e saqueados, das pessoas feridas etc. Junho de 2013 ocorreu num contexto em que a economia crescia pouco (2,3%), mas crescia, e o país gerava empregos (730,7 mil vagas formais de trabalho naquele ano). O cenário atual é bem diferente, com o governo promovendo um ajuste duríssimo, expectativa de retração do PIB, aumento da inflação e do desemprego. O que pode acontecer agora se a panela de pressão for destampada novamente? Em meio à crescente insatisfação, o PT tem reagido muito mal às críticas. Lula, que, como ex-presidente de um governo bem-sucedido, poderia contribuir para acalmar as coisas, tem feito exatamente o contrário. Recentemente, disse querer "paz e democracia", mas ameaçou colocar "o exército do Stédile na rua". Diante do panelaço de domingo, dirigentes do PT também optaram pelo discurso raivoso, circunscrevendo-o à "burguesia golpista", como se as pesquisas não indicassem queda da popularidade de Dilma em todas as faixas de renda e regiões do país. Ponderação também não tem sido o forte da oposição. FHC comparou a situação atual com a das vésperas do golpe de 1964. Aloysio Nunes, preocupado com a eleição de 2018, mas nem tanto com o país, declarou querer ver Dilma "sangrar lentamente". Não se faz política com o fígado.
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Curva de aprendizagem
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SÃO PAULO - O eleitor é um bicho que aprende com a experiência. Talvez não o suficiente para aposentar de vez todos os demagogos que tentam ludibriá-lo nem para driblar as peças mais sutis pregadas pelo acaso, mas ele sai um pouquinho mais esperto a cada pleito que passa. Eu não chegaria a dizer que essa curva de aprendizagem contém a salvação da democracia. Ela, porém, parece ser robusta o bastante para nos livrar de erros muito grosseiros e de populismos que já fracassaram. Excluídas situações muito excepcionais, democracias rejeitam os candidatos mais extremistas. E isso pode ser visto como algo positivo, já que os radicais tendem a tentar fazer com que o mundo se adapte às suas teorias e não o contrário. Raramente uma teoria é tão boa que consiga dar conta de toda a realidade. Outra propriedade notável da aprendizagem democrática é que fica difícil enganar o eleitor duas vezes com o mesmo truque. Seria improvável, hoje, alguém vencer uma disputa propondo um congelamento de preços, por exemplo. As pessoas aprenderam que isso não funciona, o que força o demagogo a pelo menos buscar novas mandracarias. Não resolve o problema do populismo, mas torna a vida menos monótona. Algo que ficou claro neste pleito municipal, que já se insinuava em eleições anteriores, é que o cidadão está descobrindo que, se quiser, pode deixar de votar, apesar do dispositivo legal que o força a fazê-lo. Basta que se justifique ou que pague uma multa, que raramente ultrapassa o valor irrisório de R$ 3,51. Com isso, o voto obrigatório vai cada vez mais se convertendo em justificativa obrigatória. É um sinal claro de que já passa da hora de o Congresso eliminar a anacrônica necessidade de o cidadão dar satisfações à Justiça, sob pena de transformar a eleição —momento culminante da democracia— em mais um dos inúmeros incômodos burocráticos a que o Estado submete o cidadão.
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colunas
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Curva de aprendizagemSÃO PAULO - O eleitor é um bicho que aprende com a experiência. Talvez não o suficiente para aposentar de vez todos os demagogos que tentam ludibriá-lo nem para driblar as peças mais sutis pregadas pelo acaso, mas ele sai um pouquinho mais esperto a cada pleito que passa. Eu não chegaria a dizer que essa curva de aprendizagem contém a salvação da democracia. Ela, porém, parece ser robusta o bastante para nos livrar de erros muito grosseiros e de populismos que já fracassaram. Excluídas situações muito excepcionais, democracias rejeitam os candidatos mais extremistas. E isso pode ser visto como algo positivo, já que os radicais tendem a tentar fazer com que o mundo se adapte às suas teorias e não o contrário. Raramente uma teoria é tão boa que consiga dar conta de toda a realidade. Outra propriedade notável da aprendizagem democrática é que fica difícil enganar o eleitor duas vezes com o mesmo truque. Seria improvável, hoje, alguém vencer uma disputa propondo um congelamento de preços, por exemplo. As pessoas aprenderam que isso não funciona, o que força o demagogo a pelo menos buscar novas mandracarias. Não resolve o problema do populismo, mas torna a vida menos monótona. Algo que ficou claro neste pleito municipal, que já se insinuava em eleições anteriores, é que o cidadão está descobrindo que, se quiser, pode deixar de votar, apesar do dispositivo legal que o força a fazê-lo. Basta que se justifique ou que pague uma multa, que raramente ultrapassa o valor irrisório de R$ 3,51. Com isso, o voto obrigatório vai cada vez mais se convertendo em justificativa obrigatória. É um sinal claro de que já passa da hora de o Congresso eliminar a anacrônica necessidade de o cidadão dar satisfações à Justiça, sob pena de transformar a eleição —momento culminante da democracia— em mais um dos inúmeros incômodos burocráticos a que o Estado submete o cidadão.
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Estados avaliam cobrar impostos sobre bens e recursos repatriados
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Não é só o governo federal que está de olho na Lei de Repatriação para melhorar seu caixa. Estados também estão estudando tributar esses recursos para aumentar sua arrecadação —especialmente em meio à crise fiscal que muitos enfrentam. Segundo a lei, brasileiros com dinheiro ou bens não declarados no exterior podem regularizá-los se pagarem 15% de Imposto de Renda e 15% de multa sobre o valor mantido fora do país, desde que sua origem seja lícita. Até agora, R$ 7 bilhões foram declarados dessa forma. A regra não vale, porém, para impostos estaduais e municipais. De acordo com a Receita Federal, "a lei federal alcança somente os tributos federais", e portanto "tributos estaduais e municipais podem incidir sobre operações relacionadas aos bens objeto de regularização". Dentre os impostos que podem ser cobrados, o principal é o ITCMD (Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação), recolhido pelos Estados, afirmam advogados. O tributo incide sobre heranças e doações e cada Estado define suas alíquotas. Em São Paulo, esse valor é de 4% e, no Rio, de 4,5% a 5%. Um montante significativo dos recursos repatriados deve se encaixar nessa situação, diz Fábio Nieves, sócio do WFaria Advogados. "Transferência de quotas de empresas, por exemplo, é uma operação muito comum e é fato gerador de ITCMD", afirma. Questionadas pela Folha, as secretarias da Fazenda de São Paulo e Bahia afirmaram que os Estados podem cobrar ITCMD sobre os recursos repatriados. O Rio está "estudando o tema" e o Paraná está "acompanhando", de acordo com as suas secretarias. "Eu não tenho dúvida que, por causa da situação fiscal dos Estados, eles vão tentar buscar essa potencial receita", afirma Ana Utumi, sócia do TozziniFreire Advogados. O primeiro problema para isso ser feito, segundo advogados, é como os Estados conseguirão descobrir que o valor repatriado é fruto de herança ou doação. Pela lei, a Receita Federal não pode compartilhar a declaração de regularização com os fiscos estaduais, diz Luiz Bichara, sócio do Bichara Advogados. Por outro lado, o contribuinte que regularizar sua situação vai ter que retificar sua declaração de Imposto de Renda de 2014 —informação à qual os Estados têm acesso. Há uma discussão entre advogados se será necessário revelar a origem do valor repatriado na declaração. Caso não seja, os Estados terão que fiscalizar por outras vias. Confirmada a origem, podem cobrar não só o ITCMD como também multa e juros. A autuação do contribuinte, porém, deve acontecer até cinco anos após a transmissão da herança ou a doação. Passado esse período, o Estado não pode tributá-lo. Um terceiro problema é a legalidade da prática. Desde 2014, tramita no Supremo Tribunal Federal um recurso extraordinário sobre a constitucionalidade de São Paulo cobrar ITCMD sobre um bem herdado na Itália por uma residente no Estado. Com a repatriação de recursos, a pressão para que o STF decida sobre o tema deve crescer, dizem advogados.
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mercado
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Estados avaliam cobrar impostos sobre bens e recursos repatriadosNão é só o governo federal que está de olho na Lei de Repatriação para melhorar seu caixa. Estados também estão estudando tributar esses recursos para aumentar sua arrecadação —especialmente em meio à crise fiscal que muitos enfrentam. Segundo a lei, brasileiros com dinheiro ou bens não declarados no exterior podem regularizá-los se pagarem 15% de Imposto de Renda e 15% de multa sobre o valor mantido fora do país, desde que sua origem seja lícita. Até agora, R$ 7 bilhões foram declarados dessa forma. A regra não vale, porém, para impostos estaduais e municipais. De acordo com a Receita Federal, "a lei federal alcança somente os tributos federais", e portanto "tributos estaduais e municipais podem incidir sobre operações relacionadas aos bens objeto de regularização". Dentre os impostos que podem ser cobrados, o principal é o ITCMD (Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação), recolhido pelos Estados, afirmam advogados. O tributo incide sobre heranças e doações e cada Estado define suas alíquotas. Em São Paulo, esse valor é de 4% e, no Rio, de 4,5% a 5%. Um montante significativo dos recursos repatriados deve se encaixar nessa situação, diz Fábio Nieves, sócio do WFaria Advogados. "Transferência de quotas de empresas, por exemplo, é uma operação muito comum e é fato gerador de ITCMD", afirma. Questionadas pela Folha, as secretarias da Fazenda de São Paulo e Bahia afirmaram que os Estados podem cobrar ITCMD sobre os recursos repatriados. O Rio está "estudando o tema" e o Paraná está "acompanhando", de acordo com as suas secretarias. "Eu não tenho dúvida que, por causa da situação fiscal dos Estados, eles vão tentar buscar essa potencial receita", afirma Ana Utumi, sócia do TozziniFreire Advogados. O primeiro problema para isso ser feito, segundo advogados, é como os Estados conseguirão descobrir que o valor repatriado é fruto de herança ou doação. Pela lei, a Receita Federal não pode compartilhar a declaração de regularização com os fiscos estaduais, diz Luiz Bichara, sócio do Bichara Advogados. Por outro lado, o contribuinte que regularizar sua situação vai ter que retificar sua declaração de Imposto de Renda de 2014 —informação à qual os Estados têm acesso. Há uma discussão entre advogados se será necessário revelar a origem do valor repatriado na declaração. Caso não seja, os Estados terão que fiscalizar por outras vias. Confirmada a origem, podem cobrar não só o ITCMD como também multa e juros. A autuação do contribuinte, porém, deve acontecer até cinco anos após a transmissão da herança ou a doação. Passado esse período, o Estado não pode tributá-lo. Um terceiro problema é a legalidade da prática. Desde 2014, tramita no Supremo Tribunal Federal um recurso extraordinário sobre a constitucionalidade de São Paulo cobrar ITCMD sobre um bem herdado na Itália por uma residente no Estado. Com a repatriação de recursos, a pressão para que o STF decida sobre o tema deve crescer, dizem advogados.
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Mendes minimiza crise de Temer e diz que efeito da Lava Jato não é surpresa
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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes minimizou a crise envolvendo o governo do presidente interino Michel Temer, que já derrubou dois ministros em uma semana. Segundo Mendes, a formação do primeiro escalão do governo foi feita numa situação de emergência, e os desdobramentos da Lava Jato têm impacto no mundo político. "É um governo provisório, que faz experimento e que teve que compor numa situação de emergência. Então não é surpresa que haja esse tipo de situação. Depois também, essa questão aí da Lava Jato tem tido uma repercussão enorme e ampla irradiação no sistema político. Então, a mim parece que isso é pouco inevitável", disse o ministro. Para o ministro, esse desgaste "não necessariamente" terá impacto na discussão do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado. "Não vejo essa repercussão. Agora, isso como mostra quão difícil é governar, é ter estabilidade, especialmente num quadro dessa dificuldade. Quer dizer, um governo provisório, depende ainda do impeachment, tem que compor um governo com essa perspectiva, tem que fazer reforma, precisa de ter apoio na Câmara e no Senado", afirmou. "Em suma, tem que ter, em geral, operar na lógica da segunda melhor opção. Nunca a melhor opção: 'Ah, quero fazer um governo de notáveis ou coisa do tipo', tem que conversar com os russos né", completou. Em 19 dias de governo, Temer perdeu dois ministros após a divulgação de conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, delator da Lava Jato. Chefe da pasta de Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira pediu demissão nesta segunda (30) após ser gravado em conversa com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), seu padrinho político. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) deixou o Ministério do Planejamento depois que foram divulgadas conversas dele propondo um pacto que seria para barrar a Lava Jato. Mendes se encontrou na noite de sábado (28) com Temer no Palácio do Jaburu, residência oficial do peemedebista. Presidente do TSE, o ministro negou que tenha discutido a crise com o presidente interino. Na conversa, além das questões sobre a recomposição orçamentária do TSE, Mendes disse que fez um alerta de que um conselho que será criado pela Justiça Eleitoral vai defender uma reforma política. Segundo ele, é possível até que o debate envolva uma proposta de mudança no sistema eleitoral a ser apresentada ao Congresso.
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poder
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Mendes minimiza crise de Temer e diz que efeito da Lava Jato não é surpresaO ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes minimizou a crise envolvendo o governo do presidente interino Michel Temer, que já derrubou dois ministros em uma semana. Segundo Mendes, a formação do primeiro escalão do governo foi feita numa situação de emergência, e os desdobramentos da Lava Jato têm impacto no mundo político. "É um governo provisório, que faz experimento e que teve que compor numa situação de emergência. Então não é surpresa que haja esse tipo de situação. Depois também, essa questão aí da Lava Jato tem tido uma repercussão enorme e ampla irradiação no sistema político. Então, a mim parece que isso é pouco inevitável", disse o ministro. Para o ministro, esse desgaste "não necessariamente" terá impacto na discussão do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado. "Não vejo essa repercussão. Agora, isso como mostra quão difícil é governar, é ter estabilidade, especialmente num quadro dessa dificuldade. Quer dizer, um governo provisório, depende ainda do impeachment, tem que compor um governo com essa perspectiva, tem que fazer reforma, precisa de ter apoio na Câmara e no Senado", afirmou. "Em suma, tem que ter, em geral, operar na lógica da segunda melhor opção. Nunca a melhor opção: 'Ah, quero fazer um governo de notáveis ou coisa do tipo', tem que conversar com os russos né", completou. Em 19 dias de governo, Temer perdeu dois ministros após a divulgação de conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, delator da Lava Jato. Chefe da pasta de Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira pediu demissão nesta segunda (30) após ser gravado em conversa com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), seu padrinho político. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) deixou o Ministério do Planejamento depois que foram divulgadas conversas dele propondo um pacto que seria para barrar a Lava Jato. Mendes se encontrou na noite de sábado (28) com Temer no Palácio do Jaburu, residência oficial do peemedebista. Presidente do TSE, o ministro negou que tenha discutido a crise com o presidente interino. Na conversa, além das questões sobre a recomposição orçamentária do TSE, Mendes disse que fez um alerta de que um conselho que será criado pela Justiça Eleitoral vai defender uma reforma política. Segundo ele, é possível até que o debate envolva uma proposta de mudança no sistema eleitoral a ser apresentada ao Congresso.
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Alalaô: Indústria do axé 'só se preocupou em ganhar dinheiro', diz Claudia leitte
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JOÃO PEDRO PITOMBO DE SALVADOR Claudia Leitte diz que não há crise no axé ou no modelo de blocos com trios elétricos do Carnaval de Salvador. Mas vai, pela primeira vez, desfilar no Rio de Janeiro, onde será rainha de ... Leia post completo no blog
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cotidiano
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Alalaô: Indústria do axé 'só se preocupou em ganhar dinheiro', diz Claudia leitteJOÃO PEDRO PITOMBO DE SALVADOR Claudia Leitte diz que não há crise no axé ou no modelo de blocos com trios elétricos do Carnaval de Salvador. Mas vai, pela primeira vez, desfilar no Rio de Janeiro, onde será rainha de ... Leia post completo no blog
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O Galaxy Note 7 e outros fiascos famosos do mundo da tecnologia
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Um dos mandamentos no Vale do Silício, a meca da tecnologia mundial, é saber aceitar os fracassos e aprender com eles. O lema "fracasse rápido, fracasse muito" diz tudo sobre a mentalidade dos desenvolvedores radicados no deserto americano. Para a sul-coreana Samsung, não houve outra alternativa senão invocar o mantra e aposentar o recém-lançado smartphone Galaxy Note 7. A produção e venda do aparelho foram interrompidas depois da série de explosões e incêndios causados por superaquecimento na bateria. Mas a história da tecnologia está recheada de fracassos e decepções. Veja a seguir alguns dos casos emblemáticos e entenda a razão deles não terem funcionado. 1. Zune, da Microsoft Alguns especialistas dizem que o media player portátil de Bill Gates, lançado em 2006, era um fracasso anunciado. "A experiência de utilização é tão agradável quanto ter um airbag explodindo na sua cara. 'Evitar' é a minha recomendação básica. É um produto tão absurdo e incapaz de fazer sucesso que chega até a despertar uma certa compaixão." Essas foram as palavras que o jornal americano "Chicago Sun-Times" dedicou ao Zune pouco depois de seu lançamento nos EUA, único país que chegou a ter o reprodutor comercializado. Robbie Bach, executivo da Microsoft responsável pelo departamento que desenvolveu o aparelho, definiu o lançamento como "um erro", causado por uma estratégia de marketing ruim aliada ao domínio da Apple na indústria musical. O player de Bill Gates, que pretendia concorrer com o iPod, foi um desastre de vendas. Em 2011, o Zune foi completamente enterrado pela companhia. 2. Google Wave Outro exemplo de desastre tecnológico é o Google Wave, que, de acordo com a própria empresa, "não teve a receptividade esperada por parte dos usuários." A ferramenta de colaboração que o Google lançou em 2009 com a ideia de "revolucionar a forma como nos comunicamos" levou apenas um ano para desaparecer. Provavelmente, a forma como o gigante da tecnologia comercializou seu serviço não foi a mais adequada, já que muita gente entendeu que o serviço era dedicado a especialistas. Há quem diga que o conceito era demasiadamente complicado: o compartilhamento entre usuários por meio de mensagens instantâneas, documentos, imagens, calendários ou listas de tarefas, criando diferentes 'ondas' de interação. A verdade é que as redes sociais atuais são muito mais fáceis de utilizar... Ou talvez já tenhamos nos adaptado a elas. 3. Mac Cube Apesar de seu histórico de êxitos em vendas, a Apple também não está imune aos fracassos. Uma das maiores decepções da empresa criada por Steve Jobs foi o Power Mac G4 Cube (2000-2001), que não foi bem recebido por seu público-alvo: profissionais da internet e do design. O desktop teve apenas um ano de vida e, embora tenha rendido diversos prêmios (e popularidade) a seu criador, Jonathan Ive, por causa de seu design impressionante, acabou se convertendo em um fiasco de vendas. Seu lugar ficou reservado ao MoMa (Museu de Arte Moderna de Nova York). O preço de lançamento, acima dos US$ 1.500 (cerca de R$ 2.700 no câmbio da época) pode ter sido um dos motivos do fracasso. 4. Virtual Boy, da Nintendo O Virtual Boy foi "o console maldito da Nintendo", como escreveu o blog de tecnologia espanhol Xataka. "Esse lançamento demonstrou que as grandes (empresas tecnológicas) também cometem equívocos." É possível dizer que o Virtual Boy foi um fracasso completo da fabricante japonesa. A revista americana Time chegou a classificar o aparelho como "uma das piores invenções da história." Duas décadas depois do lançamento, hoje o aparelho é cobiçado por colecionadores. No entanto, é preciso reconhecer que a fabricante de consoles se adiantou no tempo e idealizou uma espécie de dispositivo de realidade virtual para um mercado que ainda não estava preparado para usá-lo. A tecnologia foi considerada estranha e o design incômodo causava, literalmente, dores de cabeça. Hoje, outras gigantes voltaram a investir na realidade virtual, como o Google. Novo fracasso ou redenção da tecnologia? 5. Os discos Zip Mais um grande fiasco foram as unidades Zip, dispositivos de armazenamento que chegaram ao mercado na década de 1990 para substituir os disquetes. Mas custavam caro, apresentavam muitos erros —como o chamado "clique da morte", quando o drive destruía os dados dos discos— e acabaram ficando obsoletos antes de desaparecer completamente. Muitos usuários reclamaram, mas a fabricante do dispositivo (Iomega) afirmava que o problema era causado por mau uso. No final, os pen drives - menores, mais práticos e, principalmente, mais baratos - foram a pá de cal nos discos Zip. 6. O MiniDisc da Sony Um daqueles produtos inovadores que nunca saem completamente de circulação. Entrou para a história como uma tentativa da Sony de migrar das fitas cassete para o formato digital e competir com o CD. O MiniDisc da Sony não alcançou o sucesso esperado, ainda que permitisse gravar e regravar até 80 minutos de música. Apenas o Japão registrou bons números de vendas. Entre os problemas estava a dificuldade de encontrar aparelhos compatíveis e a baixa adesão do mercado fonográfico. 7. Sega Dreamcast A lista de fracassos tecnológicos termina com o incompreendido Sega Dreamcast, um bom console com jogos bem desenvolvidos, mas que teve poucas vendas e acabou aposentado rapidamente. O Dreamcast foi um dos videogames mais avançados da história, um marco no segmento quando foi lançado no final dos anos 1990. Mas logo no início já enfrentou um duro golpe ao não ter nenhum jogo da desenvolvedora EA Sports, fabricante de jogos como a franquia Fifa, por causa de divergências comerciais. Na sequência, o console perdeu força quando os concorrentes fabricados por Nintendo, Microsoft e Sony ganharam espaço no mercado. O segmento acabou dominado por Xbox e Playstation, que aniquilaram o Dreamcast em pouco mais de um ano e meio.
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mercado
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O Galaxy Note 7 e outros fiascos famosos do mundo da tecnologiaUm dos mandamentos no Vale do Silício, a meca da tecnologia mundial, é saber aceitar os fracassos e aprender com eles. O lema "fracasse rápido, fracasse muito" diz tudo sobre a mentalidade dos desenvolvedores radicados no deserto americano. Para a sul-coreana Samsung, não houve outra alternativa senão invocar o mantra e aposentar o recém-lançado smartphone Galaxy Note 7. A produção e venda do aparelho foram interrompidas depois da série de explosões e incêndios causados por superaquecimento na bateria. Mas a história da tecnologia está recheada de fracassos e decepções. Veja a seguir alguns dos casos emblemáticos e entenda a razão deles não terem funcionado. 1. Zune, da Microsoft Alguns especialistas dizem que o media player portátil de Bill Gates, lançado em 2006, era um fracasso anunciado. "A experiência de utilização é tão agradável quanto ter um airbag explodindo na sua cara. 'Evitar' é a minha recomendação básica. É um produto tão absurdo e incapaz de fazer sucesso que chega até a despertar uma certa compaixão." Essas foram as palavras que o jornal americano "Chicago Sun-Times" dedicou ao Zune pouco depois de seu lançamento nos EUA, único país que chegou a ter o reprodutor comercializado. Robbie Bach, executivo da Microsoft responsável pelo departamento que desenvolveu o aparelho, definiu o lançamento como "um erro", causado por uma estratégia de marketing ruim aliada ao domínio da Apple na indústria musical. O player de Bill Gates, que pretendia concorrer com o iPod, foi um desastre de vendas. Em 2011, o Zune foi completamente enterrado pela companhia. 2. Google Wave Outro exemplo de desastre tecnológico é o Google Wave, que, de acordo com a própria empresa, "não teve a receptividade esperada por parte dos usuários." A ferramenta de colaboração que o Google lançou em 2009 com a ideia de "revolucionar a forma como nos comunicamos" levou apenas um ano para desaparecer. Provavelmente, a forma como o gigante da tecnologia comercializou seu serviço não foi a mais adequada, já que muita gente entendeu que o serviço era dedicado a especialistas. Há quem diga que o conceito era demasiadamente complicado: o compartilhamento entre usuários por meio de mensagens instantâneas, documentos, imagens, calendários ou listas de tarefas, criando diferentes 'ondas' de interação. A verdade é que as redes sociais atuais são muito mais fáceis de utilizar... Ou talvez já tenhamos nos adaptado a elas. 3. Mac Cube Apesar de seu histórico de êxitos em vendas, a Apple também não está imune aos fracassos. Uma das maiores decepções da empresa criada por Steve Jobs foi o Power Mac G4 Cube (2000-2001), que não foi bem recebido por seu público-alvo: profissionais da internet e do design. O desktop teve apenas um ano de vida e, embora tenha rendido diversos prêmios (e popularidade) a seu criador, Jonathan Ive, por causa de seu design impressionante, acabou se convertendo em um fiasco de vendas. Seu lugar ficou reservado ao MoMa (Museu de Arte Moderna de Nova York). O preço de lançamento, acima dos US$ 1.500 (cerca de R$ 2.700 no câmbio da época) pode ter sido um dos motivos do fracasso. 4. Virtual Boy, da Nintendo O Virtual Boy foi "o console maldito da Nintendo", como escreveu o blog de tecnologia espanhol Xataka. "Esse lançamento demonstrou que as grandes (empresas tecnológicas) também cometem equívocos." É possível dizer que o Virtual Boy foi um fracasso completo da fabricante japonesa. A revista americana Time chegou a classificar o aparelho como "uma das piores invenções da história." Duas décadas depois do lançamento, hoje o aparelho é cobiçado por colecionadores. No entanto, é preciso reconhecer que a fabricante de consoles se adiantou no tempo e idealizou uma espécie de dispositivo de realidade virtual para um mercado que ainda não estava preparado para usá-lo. A tecnologia foi considerada estranha e o design incômodo causava, literalmente, dores de cabeça. Hoje, outras gigantes voltaram a investir na realidade virtual, como o Google. Novo fracasso ou redenção da tecnologia? 5. Os discos Zip Mais um grande fiasco foram as unidades Zip, dispositivos de armazenamento que chegaram ao mercado na década de 1990 para substituir os disquetes. Mas custavam caro, apresentavam muitos erros —como o chamado "clique da morte", quando o drive destruía os dados dos discos— e acabaram ficando obsoletos antes de desaparecer completamente. Muitos usuários reclamaram, mas a fabricante do dispositivo (Iomega) afirmava que o problema era causado por mau uso. No final, os pen drives - menores, mais práticos e, principalmente, mais baratos - foram a pá de cal nos discos Zip. 6. O MiniDisc da Sony Um daqueles produtos inovadores que nunca saem completamente de circulação. Entrou para a história como uma tentativa da Sony de migrar das fitas cassete para o formato digital e competir com o CD. O MiniDisc da Sony não alcançou o sucesso esperado, ainda que permitisse gravar e regravar até 80 minutos de música. Apenas o Japão registrou bons números de vendas. Entre os problemas estava a dificuldade de encontrar aparelhos compatíveis e a baixa adesão do mercado fonográfico. 7. Sega Dreamcast A lista de fracassos tecnológicos termina com o incompreendido Sega Dreamcast, um bom console com jogos bem desenvolvidos, mas que teve poucas vendas e acabou aposentado rapidamente. O Dreamcast foi um dos videogames mais avançados da história, um marco no segmento quando foi lançado no final dos anos 1990. Mas logo no início já enfrentou um duro golpe ao não ter nenhum jogo da desenvolvedora EA Sports, fabricante de jogos como a franquia Fifa, por causa de divergências comerciais. Na sequência, o console perdeu força quando os concorrentes fabricados por Nintendo, Microsoft e Sony ganharam espaço no mercado. O segmento acabou dominado por Xbox e Playstation, que aniquilaram o Dreamcast em pouco mais de um ano e meio.
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Motorista da Uber é morto a facadas na zona sul de São Paulo
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Um motorista do aplicativo de transporte Uber foi morto a facadas na região de Indianópolis, zona sul de São Paulo, na noite desta terça-feira (1º). O crime ocorreu na esquina da avenida Indianópolis com alameda das Tacaúnas, por volta das 22h. Testemunhas disseram à Polícia Militar que Felipe Araújo Lopes, 30, teria se envolvido em uma briga com travestis após eles jogarem pedras no carro. Araújo desceu do Fiat Uno, começou a discutir com os travestis e foi esfaqueado. Ele tentou fugir, mas caiu alguns metros a frente do carro. Após o crime, os assassinos fugiram. Um vigilante da rua acionou os bombeiros. A vítima foi levada ao pronto-socorro do Hospital São Paulo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Policiais militares fizeram buscas pela região, mas nenhum suspeito foi preso. A PM não soube informar se os criminosos roubaram o motorista nem se eles fizeram uma corrida com o aplicativo de transporte. Além de atuar como motorista do Uber, Araújo também trabalhava como barman e cursava educação física na Universidade Ítalo Brasileira. O caso será investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa). OUTRO CASO Outro motorista da Uber foi encontrado morto com um tiro na cabeça dentro de seu próprio veículo, no Capão Redondo, zona sul de São Paulo, em maio deste ano. O corpo do engenheiro Evandro Santos de Oliveira, 34, estava dentro de um Hyundai HB20 na rua Gonçalo Barros, segundo a polícia. Oliveira foi morto com um tiro na cabeça. Pessoas que passavam pelo local e viram o corpo acionaram a polícia. Segundo a polícia, tanto o celular de Oliveira quanto sua carteira, com documentos, continuavam no local. Apesar disso, é cogitada a hipótese de tentativa de assalto. A vítima, inclusive, teria sido morta com a chave do carro em uma das mãos.
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Motorista da Uber é morto a facadas na zona sul de São PauloUm motorista do aplicativo de transporte Uber foi morto a facadas na região de Indianópolis, zona sul de São Paulo, na noite desta terça-feira (1º). O crime ocorreu na esquina da avenida Indianópolis com alameda das Tacaúnas, por volta das 22h. Testemunhas disseram à Polícia Militar que Felipe Araújo Lopes, 30, teria se envolvido em uma briga com travestis após eles jogarem pedras no carro. Araújo desceu do Fiat Uno, começou a discutir com os travestis e foi esfaqueado. Ele tentou fugir, mas caiu alguns metros a frente do carro. Após o crime, os assassinos fugiram. Um vigilante da rua acionou os bombeiros. A vítima foi levada ao pronto-socorro do Hospital São Paulo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Policiais militares fizeram buscas pela região, mas nenhum suspeito foi preso. A PM não soube informar se os criminosos roubaram o motorista nem se eles fizeram uma corrida com o aplicativo de transporte. Além de atuar como motorista do Uber, Araújo também trabalhava como barman e cursava educação física na Universidade Ítalo Brasileira. O caso será investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa). OUTRO CASO Outro motorista da Uber foi encontrado morto com um tiro na cabeça dentro de seu próprio veículo, no Capão Redondo, zona sul de São Paulo, em maio deste ano. O corpo do engenheiro Evandro Santos de Oliveira, 34, estava dentro de um Hyundai HB20 na rua Gonçalo Barros, segundo a polícia. Oliveira foi morto com um tiro na cabeça. Pessoas que passavam pelo local e viram o corpo acionaram a polícia. Segundo a polícia, tanto o celular de Oliveira quanto sua carteira, com documentos, continuavam no local. Apesar disso, é cogitada a hipótese de tentativa de assalto. A vítima, inclusive, teria sido morta com a chave do carro em uma das mãos.
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Teori nega prisão de Renan, Jucá e Sarney, pedida por Janot
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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki negou nesta terça-feira (14) os pedidos de prisão feitos pela Procuradoria-Geral da República contra integrantes da cúpula do PMDB por tentativa de obstrução da Lava Jato. Os alvos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, eram o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente José Sarney. Para o ministro, os elementos apresentados por Janot, embora reprováveis, não são graves o suficiente para justificar a prisão dos peemedebistas. Também foram negados pedidos de busca e apreensão envolvendo o trio e pessoas próximas. O pedido levava em consideração as gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado com os peemedebistas e que foram repassadas ao STF após seu acordo de colaboração premiada com a PGR. Nos diálogos, os políticos discutiam medidas como alterar a lei e combinavam estratégia para evitar serem alcançados na Lava Jato. Na avaliação do ministro, as conversas são reprováveis, mas não são suficientes para embasar uma prisão. "É fato que as gravações realizadas pelo colaborador revelam diálogos que aparentemente não se mostram à altura de agentes públicos titulares dos mais elevados mandatos de representação popular", escreveu Teori. "Mas não se pode deixar de relativizar a seriedade de algumas afirmações, captadas sem a ciência do interlocutor, em estrito ambiente privado. De qualquer modo, o Supremo Tribunal Federal, em reiterados pronunciamentos, tem afirmado que, por mais graves e reprováveis que sejam as condutas supostamente perpetradas, isso não justifica, por si só, a decretação da prisão cautelar", completou. Pela Constituição, congressistas só podem ser presos em flagrante. "Ao contrário do que sustenta o procurador-Geral da República, nem se verifica –ao menos pelos elementos apresentados– situação de flagrante de crimes inafiançáveis cometidos pelos aludidos parlamentares, nem há suficiência probatória apta, mesmo neste momento processual preliminar, a levar à conclusão de possível prática de crimes tidos como permanentes." Ao STF, Janot afirmou que as gravações de Machado "revela a existência de um plano, em plena execução, para embaraçar a Operação Lava Jato" e impedir a delação do ex-presidente da Transpetro, que apontou propina de R$ 71,7 milhões para o trio. De acordo com a Procuradoria, as conversas gravadas expõem a "trama clara e articulada" dos peemedebistas para impedir o avanço dos desdobramentos do esquema de corrupção da Petrobras. O plano envolvia "mutilar as delações e acordos de leniência", mudar a prisão a partir da segunda instância, além de impedir que Machado fechasse delação premiada e fosse investigado pelo juiz Sérgio Moro. Janot cita inclusive que as articulações envolviam meios para chegar a Teori. As ações seriam desenvolvidas no Legislativo e também no Judiciário. "As duas vertentes, como veremos, têm como motivação estancar e impedir o quanto antes os avanços da Operação Lava Jato em relação a políticos, especialmente do PMDB, do PSDB e do próprio PT, por meio de um acordo com o Supremo Tribunal Federal e da aprovação de mudanças legislativas", argumentou Janot. "A vertente estratégica se traduz na modificação da ordem jurídica, tanto pela via legislativa quanto por um acordo político com o próprio Supremo, com o escopo de subtrair do sistema de justiça criminal instrumentos de atuação que têm sido cruciais e decisivos para o êxito da Operação Lava Jato", completou. Segundo a PGR, em um prazo mais longo, eles queriam subtrair atribuições do Ministério Público e do próprio Judiciário. A Procuradoria afirmou que os três peemedebistas estariam envolvidos "em esquemas espúrios, integrando grupo que se vale de métodos criminosos para, entre outros fatos, neutralizar a atuação dos órgãos de persecução e do próprio poder judiciário". BUSCAS Teori negou ainda autorização para cumprimento de buscas e apreensões de materiais diversos nas casas do presidente do Senado, de Jucá e Sarney. O pedido feito por Janot foi indeferido por Teori sob o argumento de que "as evidências apresentadas" para o pedido ao STF "não são suficientemente precisas para legitimar a medida excepcional". Para o ministro, faltou a Procuradoria especificar e detalhar os alvos. Segundo Teori, o procurador-geral "não apontou a realização de diligências complementares" para demonstrar "elementos mínimos de autoria e materialidade" e fundamentou o pedido "exclusivamente no conteúdo das conversas gravadas pelo colaborador [Sérgio Machado] e em seu próprio depoimento". CUNHA Teori ainda não decidiu o pedido de prisão feito pela procuradoria contra o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sob a justificativa de que ele continua atrapalhando o andamento de seu processo de cassação contra ele no Conselho de Ética da Câmara. Outro argumento é que não surtiu efeito o afastamento do mandato e da presidência da Câmara determinado pelo Supremo em maio. Diante do vazamento do pedido, Teori decidiu dar cinco dias para que Cunha se manifeste sobre o requerimento de Janot. OUTRO LADO Procurado pela Folha na noite desta terça-feira (14), Renan Calheiros informou, por meio da assessoria de imprensa, que as acusações de obstrução de Justiça "já estão respondidas" na própria decisão do ministro relator do caso no STF, que rejeitou o pedido de prisão do presidente do Senado. A respeito das suspeitas de recebimento de propina, a assessoria reiterou que Renan "nunca recebeu vantagens de quem quer que seja e continua à disposição para quaisquer novos esclarecimentos". Advogado que representa o senador Romero Jucá, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que a prisão preventiva "virou moda no Paraná", onde tramitam os casos da Lava Jato em primeira instância. "Pensou-se que iria virar moda no Brasil todo, mas, felizmente, o ministro Teori negou o pleito da PGR", afirmou o advogado. A assessoria de comunicação de Sarney disse que o ex-presidente não tomou conhecimento da íntegra da decisão de Teori por isso só vai se pronunciar nesta quarta-feira (15) por nota oficial.
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Teori nega prisão de Renan, Jucá e Sarney, pedida por JanotO ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki negou nesta terça-feira (14) os pedidos de prisão feitos pela Procuradoria-Geral da República contra integrantes da cúpula do PMDB por tentativa de obstrução da Lava Jato. Os alvos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, eram o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente José Sarney. Para o ministro, os elementos apresentados por Janot, embora reprováveis, não são graves o suficiente para justificar a prisão dos peemedebistas. Também foram negados pedidos de busca e apreensão envolvendo o trio e pessoas próximas. O pedido levava em consideração as gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado com os peemedebistas e que foram repassadas ao STF após seu acordo de colaboração premiada com a PGR. Nos diálogos, os políticos discutiam medidas como alterar a lei e combinavam estratégia para evitar serem alcançados na Lava Jato. Na avaliação do ministro, as conversas são reprováveis, mas não são suficientes para embasar uma prisão. "É fato que as gravações realizadas pelo colaborador revelam diálogos que aparentemente não se mostram à altura de agentes públicos titulares dos mais elevados mandatos de representação popular", escreveu Teori. "Mas não se pode deixar de relativizar a seriedade de algumas afirmações, captadas sem a ciência do interlocutor, em estrito ambiente privado. De qualquer modo, o Supremo Tribunal Federal, em reiterados pronunciamentos, tem afirmado que, por mais graves e reprováveis que sejam as condutas supostamente perpetradas, isso não justifica, por si só, a decretação da prisão cautelar", completou. Pela Constituição, congressistas só podem ser presos em flagrante. "Ao contrário do que sustenta o procurador-Geral da República, nem se verifica –ao menos pelos elementos apresentados– situação de flagrante de crimes inafiançáveis cometidos pelos aludidos parlamentares, nem há suficiência probatória apta, mesmo neste momento processual preliminar, a levar à conclusão de possível prática de crimes tidos como permanentes." Ao STF, Janot afirmou que as gravações de Machado "revela a existência de um plano, em plena execução, para embaraçar a Operação Lava Jato" e impedir a delação do ex-presidente da Transpetro, que apontou propina de R$ 71,7 milhões para o trio. De acordo com a Procuradoria, as conversas gravadas expõem a "trama clara e articulada" dos peemedebistas para impedir o avanço dos desdobramentos do esquema de corrupção da Petrobras. O plano envolvia "mutilar as delações e acordos de leniência", mudar a prisão a partir da segunda instância, além de impedir que Machado fechasse delação premiada e fosse investigado pelo juiz Sérgio Moro. Janot cita inclusive que as articulações envolviam meios para chegar a Teori. As ações seriam desenvolvidas no Legislativo e também no Judiciário. "As duas vertentes, como veremos, têm como motivação estancar e impedir o quanto antes os avanços da Operação Lava Jato em relação a políticos, especialmente do PMDB, do PSDB e do próprio PT, por meio de um acordo com o Supremo Tribunal Federal e da aprovação de mudanças legislativas", argumentou Janot. "A vertente estratégica se traduz na modificação da ordem jurídica, tanto pela via legislativa quanto por um acordo político com o próprio Supremo, com o escopo de subtrair do sistema de justiça criminal instrumentos de atuação que têm sido cruciais e decisivos para o êxito da Operação Lava Jato", completou. Segundo a PGR, em um prazo mais longo, eles queriam subtrair atribuições do Ministério Público e do próprio Judiciário. A Procuradoria afirmou que os três peemedebistas estariam envolvidos "em esquemas espúrios, integrando grupo que se vale de métodos criminosos para, entre outros fatos, neutralizar a atuação dos órgãos de persecução e do próprio poder judiciário". BUSCAS Teori negou ainda autorização para cumprimento de buscas e apreensões de materiais diversos nas casas do presidente do Senado, de Jucá e Sarney. O pedido feito por Janot foi indeferido por Teori sob o argumento de que "as evidências apresentadas" para o pedido ao STF "não são suficientemente precisas para legitimar a medida excepcional". Para o ministro, faltou a Procuradoria especificar e detalhar os alvos. Segundo Teori, o procurador-geral "não apontou a realização de diligências complementares" para demonstrar "elementos mínimos de autoria e materialidade" e fundamentou o pedido "exclusivamente no conteúdo das conversas gravadas pelo colaborador [Sérgio Machado] e em seu próprio depoimento". CUNHA Teori ainda não decidiu o pedido de prisão feito pela procuradoria contra o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sob a justificativa de que ele continua atrapalhando o andamento de seu processo de cassação contra ele no Conselho de Ética da Câmara. Outro argumento é que não surtiu efeito o afastamento do mandato e da presidência da Câmara determinado pelo Supremo em maio. Diante do vazamento do pedido, Teori decidiu dar cinco dias para que Cunha se manifeste sobre o requerimento de Janot. OUTRO LADO Procurado pela Folha na noite desta terça-feira (14), Renan Calheiros informou, por meio da assessoria de imprensa, que as acusações de obstrução de Justiça "já estão respondidas" na própria decisão do ministro relator do caso no STF, que rejeitou o pedido de prisão do presidente do Senado. A respeito das suspeitas de recebimento de propina, a assessoria reiterou que Renan "nunca recebeu vantagens de quem quer que seja e continua à disposição para quaisquer novos esclarecimentos". Advogado que representa o senador Romero Jucá, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que a prisão preventiva "virou moda no Paraná", onde tramitam os casos da Lava Jato em primeira instância. "Pensou-se que iria virar moda no Brasil todo, mas, felizmente, o ministro Teori negou o pleito da PGR", afirmou o advogado. A assessoria de comunicação de Sarney disse que o ex-presidente não tomou conhecimento da íntegra da decisão de Teori por isso só vai se pronunciar nesta quarta-feira (15) por nota oficial.
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Netflix diz que imposto não vai aumentar preço do pacote no Brasil
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O presidente da Netflix, Reed Hastings, afirmou que a empresa não aumentará o custo do pacote mensal no Brasil apesar da cobrança de 2% de ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza), sancionado pelo presidente Michel Temer em dezembro. Uma lei complementar de 2016 incluiu serviços de transmissão on-line de áudio e vídeo, como Netflix e Spotify, entre aqueles que podem ser taxados com ISS. Durante evento na sede da Netflix, em Los Gatos, na Califórnia, Hastings disse que a taxa não será repassada ao consumidor, que paga a partir de R$ 19,90 pelo pacote. O fundador da empresa ironizou o sistema tributário brasileiro. "Qual das taxas? Existem muitas taxas no Brasil (risos)", afirmou ao ouvir a pergunta sobre a cobrança de ISS para serviços de streaming. "Nós vamos pagar [o ISS], não será repassado aos nosso clientes. Estamos no Brasil há cinco anos e pagamos os tributos. Faremos o mesmo. Não haverá aumento na mensalidade", completou. Sancionada no final de 2016, a lei 157/16 diz que serão sujeitos à cobrança do imposto serviços de "processamento, armazenamento ou hospedagem de dados, textos, imagens, vídeos, páginas eletrônicas, aplicativos e sistemas de informação, entre outros formatos, e congêneres". A elaboração de programas de computadores, "inclusive de jogos eletrônicos, também passa a ser taxada, assim como a disponibilização, sem cessão definitiva, de conteúdos de áudio, vídeo, imagem e texto por meio da Internet", diz o texto da lei. Livros, jornais e periódicos seguem isentos do tributo. A alíquota mínima do imposto foi estipulada em 2%. A cobrança segue a regra de considerar que o imposto é devido ao município onde está a sede do prestador de serviço. NETFLIX NO BRASIL A Netflix informou em janeiro ter 93 milhões de assinantes. A empresa não divulga dados sobre número de clientes por países. Funcionários da empresa confirmam que o Brasil é o terceiro mercado do grupo, atrás apenas dos EUA e do Reino Unido. "O Brasil é um case de sucesso para a gente. Estamos utilizando o exemplo da nossa atuação no país para evoluir em outros mercados como a Índia", afirmou Hastings. O jornalista viajou a convite da Netflix.
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Netflix diz que imposto não vai aumentar preço do pacote no BrasilO presidente da Netflix, Reed Hastings, afirmou que a empresa não aumentará o custo do pacote mensal no Brasil apesar da cobrança de 2% de ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza), sancionado pelo presidente Michel Temer em dezembro. Uma lei complementar de 2016 incluiu serviços de transmissão on-line de áudio e vídeo, como Netflix e Spotify, entre aqueles que podem ser taxados com ISS. Durante evento na sede da Netflix, em Los Gatos, na Califórnia, Hastings disse que a taxa não será repassada ao consumidor, que paga a partir de R$ 19,90 pelo pacote. O fundador da empresa ironizou o sistema tributário brasileiro. "Qual das taxas? Existem muitas taxas no Brasil (risos)", afirmou ao ouvir a pergunta sobre a cobrança de ISS para serviços de streaming. "Nós vamos pagar [o ISS], não será repassado aos nosso clientes. Estamos no Brasil há cinco anos e pagamos os tributos. Faremos o mesmo. Não haverá aumento na mensalidade", completou. Sancionada no final de 2016, a lei 157/16 diz que serão sujeitos à cobrança do imposto serviços de "processamento, armazenamento ou hospedagem de dados, textos, imagens, vídeos, páginas eletrônicas, aplicativos e sistemas de informação, entre outros formatos, e congêneres". A elaboração de programas de computadores, "inclusive de jogos eletrônicos, também passa a ser taxada, assim como a disponibilização, sem cessão definitiva, de conteúdos de áudio, vídeo, imagem e texto por meio da Internet", diz o texto da lei. Livros, jornais e periódicos seguem isentos do tributo. A alíquota mínima do imposto foi estipulada em 2%. A cobrança segue a regra de considerar que o imposto é devido ao município onde está a sede do prestador de serviço. NETFLIX NO BRASIL A Netflix informou em janeiro ter 93 milhões de assinantes. A empresa não divulga dados sobre número de clientes por países. Funcionários da empresa confirmam que o Brasil é o terceiro mercado do grupo, atrás apenas dos EUA e do Reino Unido. "O Brasil é um case de sucesso para a gente. Estamos utilizando o exemplo da nossa atuação no país para evoluir em outros mercados como a Índia", afirmou Hastings. O jornalista viajou a convite da Netflix.
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Bolívia, logística e calendário fazem preferível ser 2º em grupo do Brasil
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É preferível enfrentar os campeões mundiais Argentina e Uruguai ou a fraca Bolívia em uma segunda fase da Copa América? O regulamento faz com que, se o Brasil quiser, possa até escolher rival nas quartas de final, já que o grupo C será o último a definir os classificados, no domingo (21). O chaveamento do torneio sul-americano, como de praxe, privilegia a equipe da casa. Foi assim nas quatro últimas edições, quando o anfitrião poderia se livrar dos bichos-papões caso se classificasse em primeiro do seu grupo, normalmente o A. Em 2015, no Chile, os donos da casa querem escapar de Brasil, Argentina e Uruguai, se a lógica prevalecer –na sexta (19), definem com a Bolívia o primeiro lugar do A. Na chave C, o Brasil estreou com vitória sobre o Peru, resultado previsível. Nesta quarta (17), em Santiago, o time de Dunga enfrenta a Colômbia, que inesperadamente perdeu da Venezuela na primeira rodada, por 1 a 0. Se vencer, a seleção brasileira se aproxima da liderança do grupo, o que normalmente é o melhor, mas neste caso pode não ser. Nesta Copa América, sair como segundo colocado da chave C, teoricamente, é melhor –e membros da comissão técnica da seleção já comentaram, informalmente, o fato. Por quê? Primeiro, ainda que teoricamente, o adversário a se enfrentar é mais fraco. Como primeiro do grupo C, o Brasil pegaria nas quartas de final o segundo do B, que hoje seria a Argentina ou o Paraguai –e pode ser, ainda, o Uruguai. Como segundo do C, o cruzamento colocaria os brasileiros frente ao segundo do A, o do Chile. Se levando em conta que os donos da casa serão os líderes, a Bolívia, após bater nesta segunda (15) o Equador, aparece como provável rival. Os bolivianos, apesar do triunfo, ainda são considerados os mais fracos da América do Sul na atualidade. Ser o número 2 do grupo C pode fazer, é verdade, com que se cruze com o Chile na semifinal, mas livra a equipe de Dunga, antes de uma final, do primeiro colocado do B, ou seja, novamente uruguaios, argentinos ou paraguaios, partidas que a rivalidade faz com que sejam normalmente mais duras. "Temos que avaliar o próximo adversário, sempre", disse Dunga, sem projetar rivais mais adiante. A questão logística também faz ser o segundo posto mais interessante do que o primeiro. Como líder da chave, o Brasil teria que viajar a Concepción, sede 500 km ao sul de Santiago, e que por causa de atrasos nas obras do estádio só terá jogos a partir das quartas de final. A seleção atuaria, deste modo, em uma arena, o Ester Roa, que é uma incógnita, quanto à estrutura e gramado. Como segundo, voltaria a Temuco (670 km ao sul da capital), onde bateu o Peru no domingo (14). Um estádio e hotel já conhecidos. Há também o período de descanso. O primeiro do Grupo C joga a sua quartas de final em 27 de junho –o Brasil fecha a primeira fase contra a Venezuela, dia 21. Da primeira fase para as quartas são seis dias, mas se avançar, uma diferença de apenas três para a semifinal, que será disputada de novo em Concepción, dia 30. Não haverá tempo hábil de recuperação ou até para treinamento. Como segundo do C, o jogo em Temuco acontece dia 25 de junho, quatro dias depois do fim da primeira fase, e a semifinal dia 29, com mais quatro de intervalo. Um calendário mais balanceado, segundo análise de membro da comissão técnica da seleção. Infográfico Seleções na Copa América
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esporte
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Bolívia, logística e calendário fazem preferível ser 2º em grupo do BrasilÉ preferível enfrentar os campeões mundiais Argentina e Uruguai ou a fraca Bolívia em uma segunda fase da Copa América? O regulamento faz com que, se o Brasil quiser, possa até escolher rival nas quartas de final, já que o grupo C será o último a definir os classificados, no domingo (21). O chaveamento do torneio sul-americano, como de praxe, privilegia a equipe da casa. Foi assim nas quatro últimas edições, quando o anfitrião poderia se livrar dos bichos-papões caso se classificasse em primeiro do seu grupo, normalmente o A. Em 2015, no Chile, os donos da casa querem escapar de Brasil, Argentina e Uruguai, se a lógica prevalecer –na sexta (19), definem com a Bolívia o primeiro lugar do A. Na chave C, o Brasil estreou com vitória sobre o Peru, resultado previsível. Nesta quarta (17), em Santiago, o time de Dunga enfrenta a Colômbia, que inesperadamente perdeu da Venezuela na primeira rodada, por 1 a 0. Se vencer, a seleção brasileira se aproxima da liderança do grupo, o que normalmente é o melhor, mas neste caso pode não ser. Nesta Copa América, sair como segundo colocado da chave C, teoricamente, é melhor –e membros da comissão técnica da seleção já comentaram, informalmente, o fato. Por quê? Primeiro, ainda que teoricamente, o adversário a se enfrentar é mais fraco. Como primeiro do grupo C, o Brasil pegaria nas quartas de final o segundo do B, que hoje seria a Argentina ou o Paraguai –e pode ser, ainda, o Uruguai. Como segundo do C, o cruzamento colocaria os brasileiros frente ao segundo do A, o do Chile. Se levando em conta que os donos da casa serão os líderes, a Bolívia, após bater nesta segunda (15) o Equador, aparece como provável rival. Os bolivianos, apesar do triunfo, ainda são considerados os mais fracos da América do Sul na atualidade. Ser o número 2 do grupo C pode fazer, é verdade, com que se cruze com o Chile na semifinal, mas livra a equipe de Dunga, antes de uma final, do primeiro colocado do B, ou seja, novamente uruguaios, argentinos ou paraguaios, partidas que a rivalidade faz com que sejam normalmente mais duras. "Temos que avaliar o próximo adversário, sempre", disse Dunga, sem projetar rivais mais adiante. A questão logística também faz ser o segundo posto mais interessante do que o primeiro. Como líder da chave, o Brasil teria que viajar a Concepción, sede 500 km ao sul de Santiago, e que por causa de atrasos nas obras do estádio só terá jogos a partir das quartas de final. A seleção atuaria, deste modo, em uma arena, o Ester Roa, que é uma incógnita, quanto à estrutura e gramado. Como segundo, voltaria a Temuco (670 km ao sul da capital), onde bateu o Peru no domingo (14). Um estádio e hotel já conhecidos. Há também o período de descanso. O primeiro do Grupo C joga a sua quartas de final em 27 de junho –o Brasil fecha a primeira fase contra a Venezuela, dia 21. Da primeira fase para as quartas são seis dias, mas se avançar, uma diferença de apenas três para a semifinal, que será disputada de novo em Concepción, dia 30. Não haverá tempo hábil de recuperação ou até para treinamento. Como segundo do C, o jogo em Temuco acontece dia 25 de junho, quatro dias depois do fim da primeira fase, e a semifinal dia 29, com mais quatro de intervalo. Um calendário mais balanceado, segundo análise de membro da comissão técnica da seleção. Infográfico Seleções na Copa América
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Fernanda Yamamoto desconstrói alfaiataria e brinca com volumes
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Em uma sala de exposições da Estação Pinacoteca, Fernanda Yamamoto apresentou seu inverno no segundo dia de São Paulo Fashion Week. Não por acaso essa é a única temporada do ano que a estilista desfila, já que suas roupas vão na contramão do "see now, buy now": são super complicadas e valorizam o feito à mão, com novas técnicas e experimentações. No backstage, a estilista conta que quis explorar o limite dos tecidos. Para essa estação, Yamamoto desconstrói alfaiataria em peças com volumes arquitetônicos na cintura (com pepluns), nas golas e em casacos alongados. Em conjuntinhos de blazer e calça, brinca com as noções da risca de giz com fios brancos soltos. A melhor parte do desfile todo em preto e tons escuros são as transparências rígidas de gorgurão de seda e as amarrações na cintura em calças largas. A escolha da Estação Pinacoteca não foi em vão –depois de conhecer Paulo Vicelli, diretor institucional do museu, decidiram que o espaço merecia ganhar uma intervenção de moda. Nesta temporada, a estilista ainda desejava sair um pouco do formato tradicional de desfile. Vicelli é conhecido por modernizar o espaço, repensar estratégias e aproximar o museu de novos públicos. O desfile de Yamamoto, que teve ainda apresentação ao vivo de um sanfoneiro, uma flautista e um violinista, veio a calhar.
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ilustrada
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Fernanda Yamamoto desconstrói alfaiataria e brinca com volumesEm uma sala de exposições da Estação Pinacoteca, Fernanda Yamamoto apresentou seu inverno no segundo dia de São Paulo Fashion Week. Não por acaso essa é a única temporada do ano que a estilista desfila, já que suas roupas vão na contramão do "see now, buy now": são super complicadas e valorizam o feito à mão, com novas técnicas e experimentações. No backstage, a estilista conta que quis explorar o limite dos tecidos. Para essa estação, Yamamoto desconstrói alfaiataria em peças com volumes arquitetônicos na cintura (com pepluns), nas golas e em casacos alongados. Em conjuntinhos de blazer e calça, brinca com as noções da risca de giz com fios brancos soltos. A melhor parte do desfile todo em preto e tons escuros são as transparências rígidas de gorgurão de seda e as amarrações na cintura em calças largas. A escolha da Estação Pinacoteca não foi em vão –depois de conhecer Paulo Vicelli, diretor institucional do museu, decidiram que o espaço merecia ganhar uma intervenção de moda. Nesta temporada, a estilista ainda desejava sair um pouco do formato tradicional de desfile. Vicelli é conhecido por modernizar o espaço, repensar estratégias e aproximar o museu de novos públicos. O desfile de Yamamoto, que teve ainda apresentação ao vivo de um sanfoneiro, uma flautista e um violinista, veio a calhar.
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Nublada e chuvosa, terça tem liberação de faixa da avenida Sapopemba
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A partir das 10h desta terça (17), uma faixa da avenida Sapopemba –antes interditada pelas obras da linha 15 do monotrilho– será liberada, sentido bairro, após a avenida Claudio Augusto Fernandes. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) está implantando uma nova sinalização nas linhas de bordo das faixas exclusivas para ônibus. A sinalização, feita com um material em alto relevo, causa uma vibração no interior do veículo, quando a roda passa por cima da linha –a ideia é alertar o motorista que ele está invadindo a faixa exclusiva. Avenidas como Giovanni Gronchi, 23 de Maio, Brigadeiro Luis Antônio e Lins de Vasconcelos já receberam a sinalização. * TEMPO Com períodos de nublado, dia pode ter chuva a qualquer hora, segundo o Climatempo. Máxima será de 22ºC e mínima, de 16ºC. * VOCÊ DEVERIA SABER Estudantes deixaram 12 escolas técnicas desde a última quinta-feira (12), e agora resta apenas uma unidade ocupada no Estado –a de Paraisópolis, na zona oeste de São Paulo. No último domingo (15), alunos da Etec Artes, que fica no Parque da Juventude, na zona norte da capital, fizeram uma faxina geral no prédio antes de deixá-lo. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) confirmou nesta segunda (16) o nome do procurador de Justiça, Mágino Alves Barbosa Filho, como o novo secretário da Segurança Pública de São Paulo. Barbosa Filho era secretário-adjunto de Alexandre de Moraes, que deixou o cargo e assumiu o Ministério da Justiça do governo Michel Temer (PMDB). * AGENDA CULTURAL Concerto | Nesta terça (17), o conjunto de cordas francês Quarteto Ebène se apresenta na Sala São Paulo, em sua primeira passagem pelo Brasil após 17 anos na estrada. O grupo também toca na quarta (18). Sala São Paulo - pça. Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos, tel. 3223-3966. 1.484 lugares. Quarteto Ebène, ter. e qua.: 21h. 80 min. Livre. Ingr.: R$ 50 a R$ 235. Estac. (R$ 25, na r. Mauá, 51 - convênio). Ingr. p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br. - Dança | O espetáculo "Claro Escuro" é realizado sobre um tablado de placas de vidro. No início, ele é coberto por uma camada de pó preto que, à medida em que a a coreógrafa e intérprete do espetáculo, Juliana Moraes dança, forma desenhos. Fique esperto, esta é a última semana em cartaz. Oficina Cultural Oswald de Andrade - área de convivência - r. Três Rios, 363, Bom Retiro, tel. 3221-5558. 70 pessoas. Seg. a qui.: 21h. 50 min. 14 anos. Até 19/5. Grátis.
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saopaulo
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Nublada e chuvosa, terça tem liberação de faixa da avenida SapopembaA partir das 10h desta terça (17), uma faixa da avenida Sapopemba –antes interditada pelas obras da linha 15 do monotrilho– será liberada, sentido bairro, após a avenida Claudio Augusto Fernandes. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) está implantando uma nova sinalização nas linhas de bordo das faixas exclusivas para ônibus. A sinalização, feita com um material em alto relevo, causa uma vibração no interior do veículo, quando a roda passa por cima da linha –a ideia é alertar o motorista que ele está invadindo a faixa exclusiva. Avenidas como Giovanni Gronchi, 23 de Maio, Brigadeiro Luis Antônio e Lins de Vasconcelos já receberam a sinalização. * TEMPO Com períodos de nublado, dia pode ter chuva a qualquer hora, segundo o Climatempo. Máxima será de 22ºC e mínima, de 16ºC. * VOCÊ DEVERIA SABER Estudantes deixaram 12 escolas técnicas desde a última quinta-feira (12), e agora resta apenas uma unidade ocupada no Estado –a de Paraisópolis, na zona oeste de São Paulo. No último domingo (15), alunos da Etec Artes, que fica no Parque da Juventude, na zona norte da capital, fizeram uma faxina geral no prédio antes de deixá-lo. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) confirmou nesta segunda (16) o nome do procurador de Justiça, Mágino Alves Barbosa Filho, como o novo secretário da Segurança Pública de São Paulo. Barbosa Filho era secretário-adjunto de Alexandre de Moraes, que deixou o cargo e assumiu o Ministério da Justiça do governo Michel Temer (PMDB). * AGENDA CULTURAL Concerto | Nesta terça (17), o conjunto de cordas francês Quarteto Ebène se apresenta na Sala São Paulo, em sua primeira passagem pelo Brasil após 17 anos na estrada. O grupo também toca na quarta (18). Sala São Paulo - pça. Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos, tel. 3223-3966. 1.484 lugares. Quarteto Ebène, ter. e qua.: 21h. 80 min. Livre. Ingr.: R$ 50 a R$ 235. Estac. (R$ 25, na r. Mauá, 51 - convênio). Ingr. p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br. - Dança | O espetáculo "Claro Escuro" é realizado sobre um tablado de placas de vidro. No início, ele é coberto por uma camada de pó preto que, à medida em que a a coreógrafa e intérprete do espetáculo, Juliana Moraes dança, forma desenhos. Fique esperto, esta é a última semana em cartaz. Oficina Cultural Oswald de Andrade - área de convivência - r. Três Rios, 363, Bom Retiro, tel. 3221-5558. 70 pessoas. Seg. a qui.: 21h. 50 min. 14 anos. Até 19/5. Grátis.
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Pesto genovês pode virar Patrimônio da Humanidade da Unesco
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Os italianos apresentarão a candidatura do pesto genovês ao título de Patrimônio Cultural "Imaterial" da Humanidade da Unesco. O anúncio da candidatura foi realizado no Palazzo della Borsa, na cidade de Gênova, pelos advogados da associação italiana Palatifini que, todos os anos, organiza o Campeonato Mundial do Pesto ao Pilão. Segundo representantes da entidade, "o objetivo é transformar em Patrimônio da Unesco a técnica de trabalho no pilão, uma tradição que está se perdendo". A região de Gênova é conhecida pela receita mais antiga e tradicional de um dos molhos mais famosos da Itália. Nela, o manjericão, o azeite extra-virgem, o pinoli, o queijo parmesão e o sal grosso são misturados manualmente com ajuda de um pilão de madeira ou de pedra.
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comida
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Pesto genovês pode virar Patrimônio da Humanidade da UnescoOs italianos apresentarão a candidatura do pesto genovês ao título de Patrimônio Cultural "Imaterial" da Humanidade da Unesco. O anúncio da candidatura foi realizado no Palazzo della Borsa, na cidade de Gênova, pelos advogados da associação italiana Palatifini que, todos os anos, organiza o Campeonato Mundial do Pesto ao Pilão. Segundo representantes da entidade, "o objetivo é transformar em Patrimônio da Unesco a técnica de trabalho no pilão, uma tradição que está se perdendo". A região de Gênova é conhecida pela receita mais antiga e tradicional de um dos molhos mais famosos da Itália. Nela, o manjericão, o azeite extra-virgem, o pinoli, o queijo parmesão e o sal grosso são misturados manualmente com ajuda de um pilão de madeira ou de pedra.
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Pedidos de refúgio de venezuelanos no Brasil saltam em quatro meses
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O número de pedidos de asilo de venezuelanos no Brasil até abril já se aproxima do total registrado em todo o ano de 2016, mostra levantamento do Comitê Nacional de Refugiados feito pela Polícia Federal (PF) a pedido da Folha. As estatísticas, recebidas nesta segunda-feira (29), mostram que 3.181 cidadãos caribenhos fizeram o pedido nos quatro primeiros meses do ano, contra 3.375 de janeiro a dezembro de 2016. São computados nesse total todas as solicitações, sem especificar o status. O processo de refúgio completo costuma durar mais de um ano, e ao longo dele o candidato pode permanecer no Brasil. No ano passado, a Venezuela foi o país de origem de 30% dos solicitantes de refúgio no país —entre 2010 e 2013 a liderança era ocupada por países africanos, e em 2014 e 2015, pela Síria. Outro exemplo do fluxo intenso rumo ao Brasil é a quantidade de entradas de venezuelanos, incluindo turistas e moradores da fronteira. Segundo a PF, foram 575 mil registros de ingresso no território nacional até o fim de abril, contra 947 mil em 2016. A crise, porém, ainda não influenciou a emissão da carteira de identidade de estrangeiro. Houve 87.545 requerimentos no ano passado e 21.015 nos quatro meses. As estatísticas também não mostram os efeitos resolução do Conselho Nacional de Imigração que libera a residência automática de dois anos aos venezuelanos e aos cidadãos de Guiana e Suriname, anunciada em março pelo governo de Michel Temer. CRISE HUMANITÁRIA O crescimento é uma das consequências do agravamento da crise humanitária no país governado pelo presidente Nicolás Maduro. Relatório da ONG Human Rights Watch divulgado em abril revelou que a maioria dos imigrantes deixa sua terra natal em busca de atendimento médico e comida. O intenso fluxo dos cidadãos do país vizinho levou ao colapso dos sistemas de saúde e de assistência social em Roraima e já começa a afetar o vizinho Amazonas. Os números da PF também não mostram os efeitos na imigração dos dois meses da onda de protestos da oposição contra Maduro, que já deixaram 61 mortos. Rivais e aliados do chavista voltaram às ruas nesta segunda-feira. Em discurso no fim da tarde, o presidente disse que a Assembleia Constituinte que deseja fazer é "Hugo Chávez vivo, doa a quem doer". Ele responde às críticas de ex-aliados, como a procuradora-geral, Luisa Ortega Díaz e dois juízes do Tribunal Supremo de Justiça, que consideram a troca da lei máxima uma violação do legado chavista.
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mundo
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Pedidos de refúgio de venezuelanos no Brasil saltam em quatro mesesO número de pedidos de asilo de venezuelanos no Brasil até abril já se aproxima do total registrado em todo o ano de 2016, mostra levantamento do Comitê Nacional de Refugiados feito pela Polícia Federal (PF) a pedido da Folha. As estatísticas, recebidas nesta segunda-feira (29), mostram que 3.181 cidadãos caribenhos fizeram o pedido nos quatro primeiros meses do ano, contra 3.375 de janeiro a dezembro de 2016. São computados nesse total todas as solicitações, sem especificar o status. O processo de refúgio completo costuma durar mais de um ano, e ao longo dele o candidato pode permanecer no Brasil. No ano passado, a Venezuela foi o país de origem de 30% dos solicitantes de refúgio no país —entre 2010 e 2013 a liderança era ocupada por países africanos, e em 2014 e 2015, pela Síria. Outro exemplo do fluxo intenso rumo ao Brasil é a quantidade de entradas de venezuelanos, incluindo turistas e moradores da fronteira. Segundo a PF, foram 575 mil registros de ingresso no território nacional até o fim de abril, contra 947 mil em 2016. A crise, porém, ainda não influenciou a emissão da carteira de identidade de estrangeiro. Houve 87.545 requerimentos no ano passado e 21.015 nos quatro meses. As estatísticas também não mostram os efeitos resolução do Conselho Nacional de Imigração que libera a residência automática de dois anos aos venezuelanos e aos cidadãos de Guiana e Suriname, anunciada em março pelo governo de Michel Temer. CRISE HUMANITÁRIA O crescimento é uma das consequências do agravamento da crise humanitária no país governado pelo presidente Nicolás Maduro. Relatório da ONG Human Rights Watch divulgado em abril revelou que a maioria dos imigrantes deixa sua terra natal em busca de atendimento médico e comida. O intenso fluxo dos cidadãos do país vizinho levou ao colapso dos sistemas de saúde e de assistência social em Roraima e já começa a afetar o vizinho Amazonas. Os números da PF também não mostram os efeitos na imigração dos dois meses da onda de protestos da oposição contra Maduro, que já deixaram 61 mortos. Rivais e aliados do chavista voltaram às ruas nesta segunda-feira. Em discurso no fim da tarde, o presidente disse que a Assembleia Constituinte que deseja fazer é "Hugo Chávez vivo, doa a quem doer". Ele responde às críticas de ex-aliados, como a procuradora-geral, Luisa Ortega Díaz e dois juízes do Tribunal Supremo de Justiça, que consideram a troca da lei máxima uma violação do legado chavista.
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Religiosamente: Dá pra tolerar?
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Até que ponto meu direito religioso termina quando começa o do outro? Se um pastor se vestir de branco e, "disfarçado", pregar o evangelho numa praia -lugar público- durante um culto a Iemanjá, ele estará nadando contra a maré da ... Leia post completo no blog
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poder
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Religiosamente: Dá pra tolerar?Até que ponto meu direito religioso termina quando começa o do outro? Se um pastor se vestir de branco e, "disfarçado", pregar o evangelho numa praia -lugar público- durante um culto a Iemanjá, ele estará nadando contra a maré da ... Leia post completo no blog
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Banda Charlie e os Marretas excede o 'funk de enciclopédia' em novo álbum
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Se em sua aurora o Charlie e os Marretas se graduou na ciência do funk, no novo "Morro do Chapéu", a ser lançado ao vivo no sábado (8), no Auditório Ibirapuera, o grupo paulistano parece ter pulado etapas rumo a uma arrojada tese de pós-doutorado. "O primeiro disco era bem chegado na música dançante mais 'tradiça' dos anos 1970", diz o baixista Guilherme Giraldi. "Agora", diz, "deixamos a releitura atualizada e brincamos com atmosferas". Faz sentido: o groove não é um galho, mas uma árvore vistosa na qual se penduram frutos literais, como James Brown, e outros menos óbvios, como a psicodelia do Funkadelic, o esmero de Marcos Valle ou até a provocação do melody. E, ainda que o pop dançante siga como pressuposto, o segundo disco cita outras paisagens, mesmo que pontuais, da lambada ao reggae. Também evolui o canto, tanto nas letras, narrativas e sensoriais, quanto na variação de vozes. No canto, abundam distorção e até afinação digital enquanto opção estética. Como Caetano e Gal em "Autotune Autoerótico", tradução meio Leblon do funk do morro. "Agora estamos quebrando a cabeça pra fazer ao vivo", diverte-se o baixista. Antecipado pela Folha (ouça abaixo), o álbum sai em "discobjeto", caixa de madeira em edição artesanal e limitada. A ideia é explorar outras funções que download e streaming relegaram à mídia musical. Ouça no soundcloud CHARLIE QUER DANÇAR Com a missão de fazer dançar ainda que "na marreta", o grupo nasceu em 2009 em torno do baterista e cantor Charles Tixier, o Charlie. Ele produziu "Morro do Chapéu" com Gui Jesus Toledo, do estúdio Canoa, bunker do selo Risco, com nomes como O Terno e Luiza Lian. Fecham o time marreta Filipe Nader (saxofones), Amilcar Rodrigues (trompete), Tomás de Souza (teclado e voz), Biel Basile (percussão e voz) e André Vac (guitarra e voz). O primeiro disco, que leva o nome do grupo, de 2014, chamou a atenção pela precisão do golpe em faixas como "Baile da Pesada", divulgadas em palcos de música autoral em São Paulo. Em 2012, aproximados por Bruno Borges, o DJ Niggas, os Marretas viraram banda de apoio de Di Melo. Mito do soul, O Imorrível andava esquecido após décadas do álbum de 1975 com temas clássicos, como "Kilariô". "Ele marcou um monte de shows, desvirginou a banda", diz Giraldi. Simbiótica, a relação devolveu o veterano à cena e, agora, vira bagagem. CHARLIE E OS MARRETAS QUANDO sábado (8), às 21h ONDE Auditório Ibirapuera QUANTO R$ 10 a R$ 20, pelo site ingressorapido.com.br
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ilustrada
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Banda Charlie e os Marretas excede o 'funk de enciclopédia' em novo álbumSe em sua aurora o Charlie e os Marretas se graduou na ciência do funk, no novo "Morro do Chapéu", a ser lançado ao vivo no sábado (8), no Auditório Ibirapuera, o grupo paulistano parece ter pulado etapas rumo a uma arrojada tese de pós-doutorado. "O primeiro disco era bem chegado na música dançante mais 'tradiça' dos anos 1970", diz o baixista Guilherme Giraldi. "Agora", diz, "deixamos a releitura atualizada e brincamos com atmosferas". Faz sentido: o groove não é um galho, mas uma árvore vistosa na qual se penduram frutos literais, como James Brown, e outros menos óbvios, como a psicodelia do Funkadelic, o esmero de Marcos Valle ou até a provocação do melody. E, ainda que o pop dançante siga como pressuposto, o segundo disco cita outras paisagens, mesmo que pontuais, da lambada ao reggae. Também evolui o canto, tanto nas letras, narrativas e sensoriais, quanto na variação de vozes. No canto, abundam distorção e até afinação digital enquanto opção estética. Como Caetano e Gal em "Autotune Autoerótico", tradução meio Leblon do funk do morro. "Agora estamos quebrando a cabeça pra fazer ao vivo", diverte-se o baixista. Antecipado pela Folha (ouça abaixo), o álbum sai em "discobjeto", caixa de madeira em edição artesanal e limitada. A ideia é explorar outras funções que download e streaming relegaram à mídia musical. Ouça no soundcloud CHARLIE QUER DANÇAR Com a missão de fazer dançar ainda que "na marreta", o grupo nasceu em 2009 em torno do baterista e cantor Charles Tixier, o Charlie. Ele produziu "Morro do Chapéu" com Gui Jesus Toledo, do estúdio Canoa, bunker do selo Risco, com nomes como O Terno e Luiza Lian. Fecham o time marreta Filipe Nader (saxofones), Amilcar Rodrigues (trompete), Tomás de Souza (teclado e voz), Biel Basile (percussão e voz) e André Vac (guitarra e voz). O primeiro disco, que leva o nome do grupo, de 2014, chamou a atenção pela precisão do golpe em faixas como "Baile da Pesada", divulgadas em palcos de música autoral em São Paulo. Em 2012, aproximados por Bruno Borges, o DJ Niggas, os Marretas viraram banda de apoio de Di Melo. Mito do soul, O Imorrível andava esquecido após décadas do álbum de 1975 com temas clássicos, como "Kilariô". "Ele marcou um monte de shows, desvirginou a banda", diz Giraldi. Simbiótica, a relação devolveu o veterano à cena e, agora, vira bagagem. CHARLIE E OS MARRETAS QUANDO sábado (8), às 21h ONDE Auditório Ibirapuera QUANTO R$ 10 a R$ 20, pelo site ingressorapido.com.br
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Cachorrão chamado Garfield na vida real é destaque de 'Belle e Sebastian'
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A maior atração de "Annie" é a menina que faz o papel principal, mas o grande trunfo de "Belle e Sebastian" –em cartaz nos cinemas, só em cópias legendadas– não é o menino órfão da história. Quem mais se destaca no filme é um cachorro enorme. Curiosamente, na vida real ele tem nome de gato: Garfield. É da raça patou, cão pastor dos Pireneus, região montanhosa da Europa. Ele tinha três anos e pesava 75 quilos quando foi escolhido para fazer no cinema um dos papeis de animais mais famosos da literatura francesa. No filme, ela interpreta Belle, uma cadela que faz amizade com o menino Sebastian (Félix Bossuet) durante a 2ª Guerra Mundial, no período em que a França foi ocupada por tropas alemãs. No início da história, os moradores da região querem matar Belle porque pensam que ela é selvagem e ataca os seus animais durante a noite. Na verdade, os responsáveis pelos ataques são outros. Sebastian é o único que acredita na inocência da cadela. E, claro, os dois se tornam amigos. A região onde eles vivem, nos Alpes, é usada para a fuga de franceses do país. Por isso, os soldados alemães vigiam o lugar. Todos os moradores têm medo deles. O que a Belle tem a ver com essa história de fuga e perseguição no meio da neve? Muita coisa. Vilã no início, ela vai se transformar em heroína no final. POP Os personagens do menino órfão e da sua cadela foram criados pela atriz e escritora francesa Cécile Aubry (1928-2010) em uma série de livros infantojuvenis que virou seriado de TV em 1965. No Japão, as histórias deram origem a anime (desenho animado), em 1980. A popularidade desses personagens é tão grande que uma banda escocesa de música resolveu adotar, em 1996, o nome de Belle and Sebastian.
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folhinha
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Cachorrão chamado Garfield na vida real é destaque de 'Belle e Sebastian'A maior atração de "Annie" é a menina que faz o papel principal, mas o grande trunfo de "Belle e Sebastian" –em cartaz nos cinemas, só em cópias legendadas– não é o menino órfão da história. Quem mais se destaca no filme é um cachorro enorme. Curiosamente, na vida real ele tem nome de gato: Garfield. É da raça patou, cão pastor dos Pireneus, região montanhosa da Europa. Ele tinha três anos e pesava 75 quilos quando foi escolhido para fazer no cinema um dos papeis de animais mais famosos da literatura francesa. No filme, ela interpreta Belle, uma cadela que faz amizade com o menino Sebastian (Félix Bossuet) durante a 2ª Guerra Mundial, no período em que a França foi ocupada por tropas alemãs. No início da história, os moradores da região querem matar Belle porque pensam que ela é selvagem e ataca os seus animais durante a noite. Na verdade, os responsáveis pelos ataques são outros. Sebastian é o único que acredita na inocência da cadela. E, claro, os dois se tornam amigos. A região onde eles vivem, nos Alpes, é usada para a fuga de franceses do país. Por isso, os soldados alemães vigiam o lugar. Todos os moradores têm medo deles. O que a Belle tem a ver com essa história de fuga e perseguição no meio da neve? Muita coisa. Vilã no início, ela vai se transformar em heroína no final. POP Os personagens do menino órfão e da sua cadela foram criados pela atriz e escritora francesa Cécile Aubry (1928-2010) em uma série de livros infantojuvenis que virou seriado de TV em 1965. No Japão, as histórias deram origem a anime (desenho animado), em 1980. A popularidade desses personagens é tão grande que uma banda escocesa de música resolveu adotar, em 1996, o nome de Belle and Sebastian.
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Beyoncé lidera Grammy com nove indicações; Caetano e Gil têm uma
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Beyoncé se tornou a artista mulher mais indicada na história do Grammy nesta terça (6) ao ficar na liderança com nove indicações neste ano, sendo seguida por Drake, Rihanna e Kanye West, que tiveram oito cada um. As nove indicações recebidas por Beyoncé incluem Álbum do Ano, Gravação do Ano e Canção do Ano, as três principais distinções do Grammy, pelo hit "Formation" e pelo álbum visual "Lemonade", com canções sobre o movimento negro, feminismo e empoderamento. A cantora de R&B foi indicada 62 vezes na história do Grammy e venceu 20 vezes na premiação ao longo de sua carreira. O rapper Kanye West, que recebeu oito indicações neste ano pelo álbum "The Life of Pablo", arrematou 68 indicações ao Grammy e venceu 21 delas. Os brasileiros Caetano Veloso e Gilberto Gil concorrem na categoria Melhor Álbum de Música do Mundo com "Dois Amigos, Um Século De Música: Multishow Live". A cantora britânica Adele também está no páreo para os três principais prêmios com a balada "Hello" e o álbum "25" e recebeu o total de cinco indicações. Anteriormente, a cantora levou as três principais categorias com o álbum "21", de 2012. Os álbuns "Purpose", do canadense Justin Bieber, "Views", da estrela do hip hip Drake, e "A Sailor's Guide to Earth", do cantor e compositor country Sturgill Simpson completam a seleção que disputa a categoria Álbum do Ano. O Grammy é a principal premiação musical norte-americana e a cada ano integrantes da indústria musical escolhem indicados e vencedores em mais de 80 categorias. Os vencedores deste ano serão anunciados em uma cerimônia em Los Angeles no dia 12 de fevereiro de 2017. Outros competidores na disputa da categoria Gravação do Ano são "7 Years", de Lukas Graham, "Work", de Rihanna, e "Stressed Out", de Twenty One Pilots. "7 Anos", de Graham, foi também indicada à Canção do Ano ao lado de "I Took a Pill in Ibiza", de Mike Posner, e "Love Yourself", de Bieber. Drake e Rihanna compartilham três das oito indicações individuais que receberam, duas pelo dueto em "Work" e uma pela participação da cantora em "Views", de Drake. Chance The Rapper obteve sete indicações, incluindo à categoria de Artista Revelação, na qual o artista de 23 anos disputa com o duo pop The Chainsmokers, o rapper californiano Anderson Paak e as cantoras country Kelsea Ballerini e Maren Morris. David Bowie, morto em janeiro dois dias após o lançamento de seu último álbum, "Blackstar", recebeu quatro indicações, incluindo à categoria Disco de Música Alternativa. Prince, que morreu em abril, também figura com uma indicação por seu álbum "Hit n Run Phase Two" na categoria Melhor Engenharia de Som de Álbum Não-clássico, ao lado de "Blackstar", de Bowie.
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Beyoncé lidera Grammy com nove indicações; Caetano e Gil têm umaBeyoncé se tornou a artista mulher mais indicada na história do Grammy nesta terça (6) ao ficar na liderança com nove indicações neste ano, sendo seguida por Drake, Rihanna e Kanye West, que tiveram oito cada um. As nove indicações recebidas por Beyoncé incluem Álbum do Ano, Gravação do Ano e Canção do Ano, as três principais distinções do Grammy, pelo hit "Formation" e pelo álbum visual "Lemonade", com canções sobre o movimento negro, feminismo e empoderamento. A cantora de R&B foi indicada 62 vezes na história do Grammy e venceu 20 vezes na premiação ao longo de sua carreira. O rapper Kanye West, que recebeu oito indicações neste ano pelo álbum "The Life of Pablo", arrematou 68 indicações ao Grammy e venceu 21 delas. Os brasileiros Caetano Veloso e Gilberto Gil concorrem na categoria Melhor Álbum de Música do Mundo com "Dois Amigos, Um Século De Música: Multishow Live". A cantora britânica Adele também está no páreo para os três principais prêmios com a balada "Hello" e o álbum "25" e recebeu o total de cinco indicações. Anteriormente, a cantora levou as três principais categorias com o álbum "21", de 2012. Os álbuns "Purpose", do canadense Justin Bieber, "Views", da estrela do hip hip Drake, e "A Sailor's Guide to Earth", do cantor e compositor country Sturgill Simpson completam a seleção que disputa a categoria Álbum do Ano. O Grammy é a principal premiação musical norte-americana e a cada ano integrantes da indústria musical escolhem indicados e vencedores em mais de 80 categorias. Os vencedores deste ano serão anunciados em uma cerimônia em Los Angeles no dia 12 de fevereiro de 2017. Outros competidores na disputa da categoria Gravação do Ano são "7 Years", de Lukas Graham, "Work", de Rihanna, e "Stressed Out", de Twenty One Pilots. "7 Anos", de Graham, foi também indicada à Canção do Ano ao lado de "I Took a Pill in Ibiza", de Mike Posner, e "Love Yourself", de Bieber. Drake e Rihanna compartilham três das oito indicações individuais que receberam, duas pelo dueto em "Work" e uma pela participação da cantora em "Views", de Drake. Chance The Rapper obteve sete indicações, incluindo à categoria de Artista Revelação, na qual o artista de 23 anos disputa com o duo pop The Chainsmokers, o rapper californiano Anderson Paak e as cantoras country Kelsea Ballerini e Maren Morris. David Bowie, morto em janeiro dois dias após o lançamento de seu último álbum, "Blackstar", recebeu quatro indicações, incluindo à categoria Disco de Música Alternativa. Prince, que morreu em abril, também figura com uma indicação por seu álbum "Hit n Run Phase Two" na categoria Melhor Engenharia de Som de Álbum Não-clássico, ao lado de "Blackstar", de Bowie.
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O golpe do golpe
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A velha cantilena usada de forma estridente pelo governo petista sempre que se sente acuado já não surte efeito. Mais uma vez, o grito de guerra de um hipotético complô contra o partido está em curso. A estratégia tem uso recorrente. Em momentos distintos, já foi usada para atacar a mídia, as elites intelectuais, os protestos de rua e por aí afora. Nesse raciocínio, tudo o que contraria os interesses do PT é golpe. No atual contexto, a imprensa divulga os escândalos do petrolão? Trata-se da imprensa golpista. O TCU analisa as contas do governo Dilma? Para o PT é golpe. O TSE investiga se houve recursos de propina na campanha da presidente? Golpe de inconformados, dizem os petistas. A Polícia Federal e o Ministério Público cumprem com independência suas funções? Golpe, dizem eles. Milhões de pessoas ocupam as ruas com críticas ao governo? Trata-se de golpistas de direita, analisa o partido. Ninguém escapa, somos todos golpistas –menos os iluminados do PT. Para eles, os outros são sempre os culpados de todos os males. Os outros tramam dia e noite para tirar o PT do poder. Não cola mais. Os brasileiros não aceitam mais o engodo. A quem serve o factoide do golpe criado na semana passada? Claramente uma estratégia do marketing petista, a ideia de propagar com insistência uma mesma mentira, repetidamente, em coro orquestrado, serve para tentar dar unidade e amplitude ao discurso do seu fragilizado campo político. É uma velha receita seguida de novo por todos os níveis do PT, do mais alto escalão ao militante pago para insuflar as redes sociais. Entre lidar com a verdade ou se esconder na mentira, o partido escolheu, de novo, evitar a realidade. Sabemos todos –inclusive o PT– que, felizmente, não existe espaço para nenhum retrocesso no sistema democrático brasileiro. O que o partido teme, na verdade, é o funcionamento dos instrumentos da nossa sociedade democrática. Existe, sim, um grande golpe em curso –mas ele vem do andar de cima. Um golpe contra os brasileiros que deram ao governo um voto de confiança e que, em troca, receberam um bilhete de entrada para um país em queda livre, com desemprego nas alturas, redução de benefícios trabalhistas, inflação beirando a casa de dois dígitos em algumas capitais, tarifas públicas em aumento crescente. O mais grave neste cenário é a incapacidade do governo de governar de fato. No lugar do trabalho sério, a bravata. O governo e o PT fariam um enorme bem aos brasileiros se imprimissem à gestão do país o mesmo vigor que despendem ao incorporar roteiros mirabolantes ditados, mais uma vez, pelo marketing da mentira e da conveniência.
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O golpe do golpeA velha cantilena usada de forma estridente pelo governo petista sempre que se sente acuado já não surte efeito. Mais uma vez, o grito de guerra de um hipotético complô contra o partido está em curso. A estratégia tem uso recorrente. Em momentos distintos, já foi usada para atacar a mídia, as elites intelectuais, os protestos de rua e por aí afora. Nesse raciocínio, tudo o que contraria os interesses do PT é golpe. No atual contexto, a imprensa divulga os escândalos do petrolão? Trata-se da imprensa golpista. O TCU analisa as contas do governo Dilma? Para o PT é golpe. O TSE investiga se houve recursos de propina na campanha da presidente? Golpe de inconformados, dizem os petistas. A Polícia Federal e o Ministério Público cumprem com independência suas funções? Golpe, dizem eles. Milhões de pessoas ocupam as ruas com críticas ao governo? Trata-se de golpistas de direita, analisa o partido. Ninguém escapa, somos todos golpistas –menos os iluminados do PT. Para eles, os outros são sempre os culpados de todos os males. Os outros tramam dia e noite para tirar o PT do poder. Não cola mais. Os brasileiros não aceitam mais o engodo. A quem serve o factoide do golpe criado na semana passada? Claramente uma estratégia do marketing petista, a ideia de propagar com insistência uma mesma mentira, repetidamente, em coro orquestrado, serve para tentar dar unidade e amplitude ao discurso do seu fragilizado campo político. É uma velha receita seguida de novo por todos os níveis do PT, do mais alto escalão ao militante pago para insuflar as redes sociais. Entre lidar com a verdade ou se esconder na mentira, o partido escolheu, de novo, evitar a realidade. Sabemos todos –inclusive o PT– que, felizmente, não existe espaço para nenhum retrocesso no sistema democrático brasileiro. O que o partido teme, na verdade, é o funcionamento dos instrumentos da nossa sociedade democrática. Existe, sim, um grande golpe em curso –mas ele vem do andar de cima. Um golpe contra os brasileiros que deram ao governo um voto de confiança e que, em troca, receberam um bilhete de entrada para um país em queda livre, com desemprego nas alturas, redução de benefícios trabalhistas, inflação beirando a casa de dois dígitos em algumas capitais, tarifas públicas em aumento crescente. O mais grave neste cenário é a incapacidade do governo de governar de fato. No lugar do trabalho sério, a bravata. O governo e o PT fariam um enorme bem aos brasileiros se imprimissem à gestão do país o mesmo vigor que despendem ao incorporar roteiros mirabolantes ditados, mais uma vez, pelo marketing da mentira e da conveniência.
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Após delação de Ricardo Pessoa, UTC busca CGU por acordo de leniência
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Após o dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, ter firmado acordo de colaboração premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República) e feito duras denúncias contra a campanha da presidente Dilma Rousseff, sua empresa buscou a CGU (Controladoria-Geral da União), órgão do governo, para firmar um acordo de leniência e se livrar de punições na esfera administrativa. A Folha apurou que o órgão do governo federal aguarda um aval do TCU (Tribunal de Contas da União) para prosseguir com as negociações. Caso seja firmada a leniência, a empreiteira se livra de ficar proibida de contratar com o poder público, punição que pode ser imposta pela Controladoria, que atualmente move processos de responsabilização contra 30 empresas por corrupção na Petrobras. Na CPI da Petrobras nesta quinta-feira (16), o ministro da CGU, Valdir Simão, revelou que uma nova empresa procurou o órgão com um memorando de intenções para acordo de leniência, mas não disse o nome da empresa. A Folha apurou com uma fonte do Tribunal de Contas que se trata da UTC. Em sua delação, Pessoa citou políticos beneficiados pelo esquema de corrupção na Petrobras e acusou a campanha da presidente Dilma Rousseff de tê-lo coagido a fazer doações. Ele disse que doou R$ 7,5 milhões para a eleição da petista por medo de perder contratos na estatal. Outras cinco empresas investigadas por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras já negociam acordos de leniência com a CGU e tiveram um aval inicial do TCU: Galvão Engenharia, Engevix, OAS, Setal e SBM. Nenhum acordo foi firmado até o momento. Para assinar o acordo, uma empresa tem que admitir ter cometido infrações, colaborar com as investigações, comprometer-se a ressarcir o dano ao erário e implantar um programa de boas práticas que terá o acompanhamento do governo federal. O mecanismo é criticado pelo Ministério Público, que considera que a CGU não tem capacidade de avaliar se as empresas apresentaram provas relevantes para negociar a leniência. FALÊNCIA Nesta quinta, Valdir Simão e o ministro da AGU, Luís Inácio Adams, defenderam à CPI da Petrobras os acordos. Adams voltou a dizer que a inidoneidade levaria as empresas à falência. "Uma empresa impedida de contratar não pode mais se financiar com o Estado. Esse financiamento é absolutamente essencial. Na medida que ela sofre essa penalidade, começa também a sofrer restrições no mercado privado", afirmou o chefe da AGU. Ele ainda defendeu que o controlador da empresa que cometeu os ilícitos tem que se afastar para firmar o acordo de leniência. Questionado sobre o caso da UTC, Adams disse que teria que ser vendida a participação de Pessoa na empresa. Simão disse que, além das 30 empresas alvo de processos da CGU, também há 19 processos disciplinares contra 58 funcionários e ex-funcionários da Petrobras.
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poder
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Após delação de Ricardo Pessoa, UTC busca CGU por acordo de leniênciaApós o dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, ter firmado acordo de colaboração premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República) e feito duras denúncias contra a campanha da presidente Dilma Rousseff, sua empresa buscou a CGU (Controladoria-Geral da União), órgão do governo, para firmar um acordo de leniência e se livrar de punições na esfera administrativa. A Folha apurou que o órgão do governo federal aguarda um aval do TCU (Tribunal de Contas da União) para prosseguir com as negociações. Caso seja firmada a leniência, a empreiteira se livra de ficar proibida de contratar com o poder público, punição que pode ser imposta pela Controladoria, que atualmente move processos de responsabilização contra 30 empresas por corrupção na Petrobras. Na CPI da Petrobras nesta quinta-feira (16), o ministro da CGU, Valdir Simão, revelou que uma nova empresa procurou o órgão com um memorando de intenções para acordo de leniência, mas não disse o nome da empresa. A Folha apurou com uma fonte do Tribunal de Contas que se trata da UTC. Em sua delação, Pessoa citou políticos beneficiados pelo esquema de corrupção na Petrobras e acusou a campanha da presidente Dilma Rousseff de tê-lo coagido a fazer doações. Ele disse que doou R$ 7,5 milhões para a eleição da petista por medo de perder contratos na estatal. Outras cinco empresas investigadas por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras já negociam acordos de leniência com a CGU e tiveram um aval inicial do TCU: Galvão Engenharia, Engevix, OAS, Setal e SBM. Nenhum acordo foi firmado até o momento. Para assinar o acordo, uma empresa tem que admitir ter cometido infrações, colaborar com as investigações, comprometer-se a ressarcir o dano ao erário e implantar um programa de boas práticas que terá o acompanhamento do governo federal. O mecanismo é criticado pelo Ministério Público, que considera que a CGU não tem capacidade de avaliar se as empresas apresentaram provas relevantes para negociar a leniência. FALÊNCIA Nesta quinta, Valdir Simão e o ministro da AGU, Luís Inácio Adams, defenderam à CPI da Petrobras os acordos. Adams voltou a dizer que a inidoneidade levaria as empresas à falência. "Uma empresa impedida de contratar não pode mais se financiar com o Estado. Esse financiamento é absolutamente essencial. Na medida que ela sofre essa penalidade, começa também a sofrer restrições no mercado privado", afirmou o chefe da AGU. Ele ainda defendeu que o controlador da empresa que cometeu os ilícitos tem que se afastar para firmar o acordo de leniência. Questionado sobre o caso da UTC, Adams disse que teria que ser vendida a participação de Pessoa na empresa. Simão disse que, além das 30 empresas alvo de processos da CGU, também há 19 processos disciplinares contra 58 funcionários e ex-funcionários da Petrobras.
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No aniversário, Lava Jato expõe a desfaçatez da corrupção
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SÃO PAULO - "Só tem um jeito de a pessoa não se envolver com a Polícia Federal: se a PF não souber [da ilegalidade] e se a pessoa não se envolver nas denúncias." Era Lula, em 2008, defendendo as investigações. Os que reclamavam da polícia são os que agora veem abusos na Lava Jato. Fora isso tudo é diferente, a começar por Lula, desta vez ele próprio alvo de investigação. O que mais mudou nos últimos anos foi o peso que a suspeita descarrega nos envolvidos. Juridicamente, os pedidos de inquérito do procurador-geral são apenas o início do jogo. Cada um deles, se acatado, dará início a uma investigação, que eventualmente se transformará em denúncia, que terá de ser aceita pela Justiça, para só depois, quem sabe, resultar em condenação. Politicamente, os pedidos produzem o efeito de uma sentença. A força da acusação é tamanha que o PGR "ganhou" o poder de afastar ministros. Quem for denunciado, diz o Planalto, será retirado do cargo temporariamente. Se virar réu, adeus. Essa mudança de peso se deve à Lava Jato, que nesta sexta (17) completa seu terceiro aniversário. Depoimento após depoimento, a operação liderada por Sergio Moro foi tirando a corrupção da sombra, a despeito de freios como o foro especial. Chegou-se ao ponto de a ilegalidade ser debatida na linha do "certeza que não comentei isso antes?". Emílio Odebrecht disse que caixa dois era o "modelo reinante", que "sempre existiu". A desfaçatez ignora fronteiras e títulos: a Lava Jato fez o colombiano Juan Manuel Santos, Nobel da Paz, admitir desvio eleitoral. Sem ter a margem de antes para atacar a investigação, os políticos movem a artilharia para outro polo. "Abriremos espaço para um salvador da pátria?", questionou o senador Aécio Neves. "Não, é preciso salvar a política." Só que "salvar a política", nesse discurso, significa perdoar crimes —noves fora o fato de que foram justamente esses políticos que nos trouxeram até aqui.
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No aniversário, Lava Jato expõe a desfaçatez da corrupçãoSÃO PAULO - "Só tem um jeito de a pessoa não se envolver com a Polícia Federal: se a PF não souber [da ilegalidade] e se a pessoa não se envolver nas denúncias." Era Lula, em 2008, defendendo as investigações. Os que reclamavam da polícia são os que agora veem abusos na Lava Jato. Fora isso tudo é diferente, a começar por Lula, desta vez ele próprio alvo de investigação. O que mais mudou nos últimos anos foi o peso que a suspeita descarrega nos envolvidos. Juridicamente, os pedidos de inquérito do procurador-geral são apenas o início do jogo. Cada um deles, se acatado, dará início a uma investigação, que eventualmente se transformará em denúncia, que terá de ser aceita pela Justiça, para só depois, quem sabe, resultar em condenação. Politicamente, os pedidos produzem o efeito de uma sentença. A força da acusação é tamanha que o PGR "ganhou" o poder de afastar ministros. Quem for denunciado, diz o Planalto, será retirado do cargo temporariamente. Se virar réu, adeus. Essa mudança de peso se deve à Lava Jato, que nesta sexta (17) completa seu terceiro aniversário. Depoimento após depoimento, a operação liderada por Sergio Moro foi tirando a corrupção da sombra, a despeito de freios como o foro especial. Chegou-se ao ponto de a ilegalidade ser debatida na linha do "certeza que não comentei isso antes?". Emílio Odebrecht disse que caixa dois era o "modelo reinante", que "sempre existiu". A desfaçatez ignora fronteiras e títulos: a Lava Jato fez o colombiano Juan Manuel Santos, Nobel da Paz, admitir desvio eleitoral. Sem ter a margem de antes para atacar a investigação, os políticos movem a artilharia para outro polo. "Abriremos espaço para um salvador da pátria?", questionou o senador Aécio Neves. "Não, é preciso salvar a política." Só que "salvar a política", nesse discurso, significa perdoar crimes —noves fora o fato de que foram justamente esses políticos que nos trouxeram até aqui.
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União Europeia irá liberar 10 milhões de euros para pesquisas sobre zika
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O embaixador da União Europeia no Brasil, João Gomes Cravinho, anunciou nesta terça-feira (16) a liberação de 10 milhões de euros para pesquisas sobre o vírus da zika. O anúncio ocorreu após reunião de embaixadores de países como Alemanha, Inglaterra, Espanha e Portugal com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, em Brasília. Segundo Cravinho, será lançado um edital no dia 15 de março para seleção de projetos e institutos de pesquisa que devem receber os recursos. Após a inscrição, a expectativa é que a escolha dos projetos ocorra em até um mês. "A comunidade internacional ainda tem muitas incertezas sobre a zika", afirma. "Temos o dever de apoiar o Brasil nesta luta", disse. No encontro, o ministro da Saúde apresentou dados sobre o avanço de casos de microcefalia e ações recentes de combate ao mosquito Aedes aegypti e das doenças transmitidas por ele. Entre as medidas, está a realização de uma pesquisa, em parceria com o governo da Paraíba e 17 técnicos do CDC (Centro de Controle de Doenças), dos Estados Unidos, para avaliar a relação entre os casos recentes de microcefalia e infecções pelo vírus da zika. A pesquisa deve analisar cerca de 800 mães e bebês da Paraíba, com ou sem microcefalia. Serão feitas entrevistas e coletadas amostras de sangue para exames de diagnóstico de infecções pelo vírus da zika e outras doenças, como citomegalovírus e toxoplasmose. O estudo visa avaliar a prevalência de casos e possíveis fatores que podem estar associados ao problema. Para cada caso com microcefalia avaliado, serão analisados outros três sem o problema, o que permitirá a comparação dos dados entre grupos onde houve e onde não houve a ocorrência de microcefalia. Até a última semana, 462 casos de recém-nascidos com microcefalia e outras más-formações do sistema nervoso já haviam sido confirmados no país. Destes, 41 tiveram resultado positivo para o vírus da zika em exames. Os demais ainda estão em análise ou não tiveram os dados divulgados. OLIMPÍADAS No encontro, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, também voltou a minimizar possíveis impactos do vírus da zika na realização da Olimpíada neste ano no Rio de Janeiro. "A Olimpíada não terá nenhuma dificuldade para ser realizada", disse. Para Castro, o mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya, deve ter infestação reduzida em agosto, período da realização dos jogos. "Ele [Aedes aegypti] tem comportamento sazonal. Ele tem um pico de grande população no começo do verão. Em abril atinge a população máxima. Em junho, o nível é basal, em agosto reduz muito a população de Aedes aegypti, o que diminui enormemente a possibilidade da pessoa ser acometida por uma dessas viroses", diz.
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cotidiano
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União Europeia irá liberar 10 milhões de euros para pesquisas sobre zikaO embaixador da União Europeia no Brasil, João Gomes Cravinho, anunciou nesta terça-feira (16) a liberação de 10 milhões de euros para pesquisas sobre o vírus da zika. O anúncio ocorreu após reunião de embaixadores de países como Alemanha, Inglaterra, Espanha e Portugal com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, em Brasília. Segundo Cravinho, será lançado um edital no dia 15 de março para seleção de projetos e institutos de pesquisa que devem receber os recursos. Após a inscrição, a expectativa é que a escolha dos projetos ocorra em até um mês. "A comunidade internacional ainda tem muitas incertezas sobre a zika", afirma. "Temos o dever de apoiar o Brasil nesta luta", disse. No encontro, o ministro da Saúde apresentou dados sobre o avanço de casos de microcefalia e ações recentes de combate ao mosquito Aedes aegypti e das doenças transmitidas por ele. Entre as medidas, está a realização de uma pesquisa, em parceria com o governo da Paraíba e 17 técnicos do CDC (Centro de Controle de Doenças), dos Estados Unidos, para avaliar a relação entre os casos recentes de microcefalia e infecções pelo vírus da zika. A pesquisa deve analisar cerca de 800 mães e bebês da Paraíba, com ou sem microcefalia. Serão feitas entrevistas e coletadas amostras de sangue para exames de diagnóstico de infecções pelo vírus da zika e outras doenças, como citomegalovírus e toxoplasmose. O estudo visa avaliar a prevalência de casos e possíveis fatores que podem estar associados ao problema. Para cada caso com microcefalia avaliado, serão analisados outros três sem o problema, o que permitirá a comparação dos dados entre grupos onde houve e onde não houve a ocorrência de microcefalia. Até a última semana, 462 casos de recém-nascidos com microcefalia e outras más-formações do sistema nervoso já haviam sido confirmados no país. Destes, 41 tiveram resultado positivo para o vírus da zika em exames. Os demais ainda estão em análise ou não tiveram os dados divulgados. OLIMPÍADAS No encontro, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, também voltou a minimizar possíveis impactos do vírus da zika na realização da Olimpíada neste ano no Rio de Janeiro. "A Olimpíada não terá nenhuma dificuldade para ser realizada", disse. Para Castro, o mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya, deve ter infestação reduzida em agosto, período da realização dos jogos. "Ele [Aedes aegypti] tem comportamento sazonal. Ele tem um pico de grande população no começo do verão. Em abril atinge a população máxima. Em junho, o nível é basal, em agosto reduz muito a população de Aedes aegypti, o que diminui enormemente a possibilidade da pessoa ser acometida por uma dessas viroses", diz.
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Serafina produz ensaio com acessórios masculinos de inspiração roqueira
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Keith Richards já passou dos 70, mas está longe de se vestir como um vovozinho; na onda do 'rolling stone' mais estiloso, Serafina prepara um ensaio inspirado nos acessórios do guitarrista.
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serafina
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Serafina produz ensaio com acessórios masculinos de inspiração roqueiraKeith Richards já passou dos 70, mas está longe de se vestir como um vovozinho; na onda do 'rolling stone' mais estiloso, Serafina prepara um ensaio inspirado nos acessórios do guitarrista.
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Crivella quer ver a caixa do IPTU
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O prefeito Marcelo Crivella assumiu a Prefeitura do Rio com o pé direito, o que é alguma coisa, mas pode ser pouco, até nada. Governando a cidade do Carnaval, não se fantasiou de gari, como o doutor João Doria, de São Paulo. Para felicidade dos povos, anunciou a revisão da política de corso imposta ao Erário da cidade pelas isenções tributárias concedidas por mais de uma década. O Rio de Janeiro tem 2 milhões de imóveis cadastrados. Seis em cada dez não pagam o Imposto Predial e Territorial Urbano, o IPTU. (Nada a ver com residências de favelas, comunidades ou coisas do gênero.) Essa estatística resulta da montagem de uma girafa com corcova de camelo e cabeça de tartaruga. Na base esteve a ideia de isentar de IPTU os aposentados que tivessem mais de sessenta anos, apenas um imóvel com menos de 80 metros quadrados e renda inferior a dois salários mínimos. Vá lá. Depois entraram os teatros, escolas, clubes esportivos, sindicatos, associações de moradores, edificações de empresas agrícolas e editoras. O que uma próspera editora tem a ver com um aposentado sexagenário que vive num pequeno apartamento de subúrbio, não se sabe. Mesmo com essa distorção genérica, é impossível chegar-se a 1,4 milhão de residências isentas de IPTU. Há gatos nessa tuba, dos gordos. (A decisão de Crivella, se for adiante, nada tem a ver com aumento de IPTU, será simplesmente a expressão de uma vontade de cobrar a quem deveria pagar, num Estado falido.) Noutra gaveta estão as isenções de pagamento do Imposto sobre Serviços, o ISS, cobrado às empresas de ônibus. A prefeitura cobrava 2% sobre as receitas brutas e baixou o tributo para 0,01%. Foi um presente para a capitania do doutor Jacob Barata e sua corte da Fetranspor. Ao conceder o mimo, a prefeitura argumentou que com essa ajuda as empresas poderiam moderar seus aumentos tarifários. Infelizmente, os donatários dos ônibus do Rio não conseguem oferecer os serviços que prometem. Metade da frota ainda circula sem ar refrigerado e 20% dela roda com vistorias vencidas. O mimo custa ao tesouro da cidade R$ 72,7 milhões anuais. No seu primeiro dia de serviço, Crivella mostrou-se disposto a cobrar R$ 500 milhões de ISS às operadoras de planos de saúde. Esse é um caso diferente, pois enquanto os ônibus ganharam um mimo com o abatimento de um imposto devido, as operadoras sustentam nos tribunais que a cobrança é indevida. O prefeito Crivella abriu o caminho para um escambo tributário: "Se eles não podem pagar tudo, que nos ajudem com consultas, especialistas, exames e cirurgias de baixa complexidade". O Rio de Janeiro está onde está porque pedalou na bicicleta da criatividade tributária. Ajudou empresas perdoando impostos, derrubou a arrecadação e arruinou a rede de serviços públicos. Se os planos de saúde devem o ISS, têm que pagar. Quem "não pode pagar" é a turma que está na fila dos ambulatórios públicos e o Brasil é o país com maior numero de bilionários produzidos pela rede privada de saúde. Se as operadoras não devem à prefeitura, Crivella precisa buscar recursos em outro lugar, deixando-as em paz. Empresas ajudando o Estado e o Estado alterando normas para ajudar empresas é coisa que só acontece depois de boas conversas que, mais tarde, acabam em encrenca.
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Crivella quer ver a caixa do IPTUO prefeito Marcelo Crivella assumiu a Prefeitura do Rio com o pé direito, o que é alguma coisa, mas pode ser pouco, até nada. Governando a cidade do Carnaval, não se fantasiou de gari, como o doutor João Doria, de São Paulo. Para felicidade dos povos, anunciou a revisão da política de corso imposta ao Erário da cidade pelas isenções tributárias concedidas por mais de uma década. O Rio de Janeiro tem 2 milhões de imóveis cadastrados. Seis em cada dez não pagam o Imposto Predial e Territorial Urbano, o IPTU. (Nada a ver com residências de favelas, comunidades ou coisas do gênero.) Essa estatística resulta da montagem de uma girafa com corcova de camelo e cabeça de tartaruga. Na base esteve a ideia de isentar de IPTU os aposentados que tivessem mais de sessenta anos, apenas um imóvel com menos de 80 metros quadrados e renda inferior a dois salários mínimos. Vá lá. Depois entraram os teatros, escolas, clubes esportivos, sindicatos, associações de moradores, edificações de empresas agrícolas e editoras. O que uma próspera editora tem a ver com um aposentado sexagenário que vive num pequeno apartamento de subúrbio, não se sabe. Mesmo com essa distorção genérica, é impossível chegar-se a 1,4 milhão de residências isentas de IPTU. Há gatos nessa tuba, dos gordos. (A decisão de Crivella, se for adiante, nada tem a ver com aumento de IPTU, será simplesmente a expressão de uma vontade de cobrar a quem deveria pagar, num Estado falido.) Noutra gaveta estão as isenções de pagamento do Imposto sobre Serviços, o ISS, cobrado às empresas de ônibus. A prefeitura cobrava 2% sobre as receitas brutas e baixou o tributo para 0,01%. Foi um presente para a capitania do doutor Jacob Barata e sua corte da Fetranspor. Ao conceder o mimo, a prefeitura argumentou que com essa ajuda as empresas poderiam moderar seus aumentos tarifários. Infelizmente, os donatários dos ônibus do Rio não conseguem oferecer os serviços que prometem. Metade da frota ainda circula sem ar refrigerado e 20% dela roda com vistorias vencidas. O mimo custa ao tesouro da cidade R$ 72,7 milhões anuais. No seu primeiro dia de serviço, Crivella mostrou-se disposto a cobrar R$ 500 milhões de ISS às operadoras de planos de saúde. Esse é um caso diferente, pois enquanto os ônibus ganharam um mimo com o abatimento de um imposto devido, as operadoras sustentam nos tribunais que a cobrança é indevida. O prefeito Crivella abriu o caminho para um escambo tributário: "Se eles não podem pagar tudo, que nos ajudem com consultas, especialistas, exames e cirurgias de baixa complexidade". O Rio de Janeiro está onde está porque pedalou na bicicleta da criatividade tributária. Ajudou empresas perdoando impostos, derrubou a arrecadação e arruinou a rede de serviços públicos. Se os planos de saúde devem o ISS, têm que pagar. Quem "não pode pagar" é a turma que está na fila dos ambulatórios públicos e o Brasil é o país com maior numero de bilionários produzidos pela rede privada de saúde. Se as operadoras não devem à prefeitura, Crivella precisa buscar recursos em outro lugar, deixando-as em paz. Empresas ajudando o Estado e o Estado alterando normas para ajudar empresas é coisa que só acontece depois de boas conversas que, mais tarde, acabam em encrenca.
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Livro da Coleção Folha mostra faceta ensaística da escritora Virginia Woolf
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Precursora da técnica do fluxo de consciência e grande nome do início da literatura moderna ao lado do irlandês James Joyce, a escritora inglesa Virginia Woolf (1882-1941) chega às bancas no próximo domingo (10), como parte da Coleção Folha Mulheres na Literatura, com o livro "Cenas Londrinas". O quinto volume da seleção, que traz 30 grandes obras escritas por autoras, mostra o lado ensaístico da escritora que é mais conhecida por seus romances. Escritos nos anos 1931 e 1932, os ensaios trazem a clareza do estilo, a precisão de vocabulário e o apreço por aspectos materiais, sobre a fluidez e a sutileza da Virginia Woolf que já conhecemos como ficcionista em obras como a novela "Mrs. Dalloway", publicada em 1925. Com uma percepção aguçada, a escritora apresenta aspectos inexplorados de Londres, cidade pela qual é apaixonada, revisitando espaços com um olhar espirituoso sobre não apenas os lugares como também sobre os habitantes londrinos. A autora passa pelas casas do poeta John Keats (1795-1821), em Hampstead, e do ensaísta Thomas Carlyle (1795-1881) e sua mulher Jane, em Chelsea. E também por lugares movimentados, mas com informações que apenas uma moradora local poderia nos apresentar, como as docas na margem do rio Tâmisa e a comercial Oxford Street. Ler "Cenas Londrinas" é se deixar ser levado para conhecer a moderna cidade por uma mulher inteligente e sensível que influenciou muitas gerações de escritores. Como ressalta Manuel da Costa Pinto, crítico da Folha e curador da Coleção Folha Mulheres na Literatura, "toda literatura elege um ponto de vista. Uma mulher brasileira vai olhar o mundo do ponto de vista de uma mulher e como brasileira. O interessante é de que forma, a partir dessa perspectiva, há a criação de novas modalidades que passam a influenciar mais pessoas".
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ilustrada
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Livro da Coleção Folha mostra faceta ensaística da escritora Virginia WoolfPrecursora da técnica do fluxo de consciência e grande nome do início da literatura moderna ao lado do irlandês James Joyce, a escritora inglesa Virginia Woolf (1882-1941) chega às bancas no próximo domingo (10), como parte da Coleção Folha Mulheres na Literatura, com o livro "Cenas Londrinas". O quinto volume da seleção, que traz 30 grandes obras escritas por autoras, mostra o lado ensaístico da escritora que é mais conhecida por seus romances. Escritos nos anos 1931 e 1932, os ensaios trazem a clareza do estilo, a precisão de vocabulário e o apreço por aspectos materiais, sobre a fluidez e a sutileza da Virginia Woolf que já conhecemos como ficcionista em obras como a novela "Mrs. Dalloway", publicada em 1925. Com uma percepção aguçada, a escritora apresenta aspectos inexplorados de Londres, cidade pela qual é apaixonada, revisitando espaços com um olhar espirituoso sobre não apenas os lugares como também sobre os habitantes londrinos. A autora passa pelas casas do poeta John Keats (1795-1821), em Hampstead, e do ensaísta Thomas Carlyle (1795-1881) e sua mulher Jane, em Chelsea. E também por lugares movimentados, mas com informações que apenas uma moradora local poderia nos apresentar, como as docas na margem do rio Tâmisa e a comercial Oxford Street. Ler "Cenas Londrinas" é se deixar ser levado para conhecer a moderna cidade por uma mulher inteligente e sensível que influenciou muitas gerações de escritores. Como ressalta Manuel da Costa Pinto, crítico da Folha e curador da Coleção Folha Mulheres na Literatura, "toda literatura elege um ponto de vista. Uma mulher brasileira vai olhar o mundo do ponto de vista de uma mulher e como brasileira. O interessante é de que forma, a partir dessa perspectiva, há a criação de novas modalidades que passam a influenciar mais pessoas".
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Com gol no fim, São Paulo vence e está na fase de grupos da Libertadores
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Mesmo com um pênalti desperdiçado por Michel Bastos logo no começo do segundo tempo, o São Paulo conseguiu a classificação à fase de grupos da Libertadores ao vencer o César Vallejo, do Peru, por 1 a 0, na noite desta quarta-feira (10), no Pacaembu, pelo jogo de volta da primeira fase da competição. Como havia empatado por 1 a 1 na partida de ida, o time do Morumbi conseguiu avançar no torneio com a vitória conquistada já aos 42min da etapa final. O atacante Rogério, que havia entrado em campo momentos antes, marcou. Agora, os são-paulinos vão integrar o Grupo 1, que tem o atual campeão River Plate (ARG), The Strongest (BOL) e Trujillanos (VEN). A estreia do time tricolor será diante os bolivianos, na próxima quarta (17), novamente no Pacaembu. No jogo, só deu a equipe brasileira. Assim como no primeiro confronto, o São Paulo dominou totalmente o adversário e desperdiçou inúmeras chances antes de abrir o placar. Além do pênalti e do gol anotado, o ataque são-paulino ainda acertou duas bolas na trave peruana, com Calleri e Hudson. O JOGO Com Alan Kardec cortado do jogo momentos antes, Calleri ganhou novamente uma chance entre os titulares do São Paulo. A bola, porém, pouco chegou ao atacante argentino no primeiro tempo. Isso porque o time são-paulino demonstrou ansiedade em querer resolver logo o confronto e errou muitos passes e cruzamentos no campo de ataque. De quebra, ainda cometeu faltas que permitiram ao fraco adversário jogar a bola na sua grande área. Mesmo assim, a equipe do Morumbi dominou totalmente a partida, com mais posse de bola e presença ofensiva. Com Ganso e Michel Bastos muito marcados, coube a Centurión as melhores jogadas individuais antes do intervalo. Thiago Mendes desperdiçou a melhor oportunidade de abrir o placar na etapa inicial, quando chutou a bola por cima do travessão peruano aos 39min. A pressão são-paulina continuou por todo o segundo tempo. Logo aos 4min, Michel Bastos perdeu pênalti ao chutar a bola na trave e jogou fora outra excelente chance de vazar o goleiro do César Vallejo. O time brasileiro não se abalou e permaneceu pressionando os visitantes. Antes do gol, Calleri e Hudson acertaram a trave peruana em outros grandes momentos de superioridade dos mandantes. Já aos 42min, o gol finalmente aconteceu. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para Rogério, que havia acabado de entrar na partida, chutar de virada e selar o 1 a 0.
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esporte
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Com gol no fim, São Paulo vence e está na fase de grupos da LibertadoresMesmo com um pênalti desperdiçado por Michel Bastos logo no começo do segundo tempo, o São Paulo conseguiu a classificação à fase de grupos da Libertadores ao vencer o César Vallejo, do Peru, por 1 a 0, na noite desta quarta-feira (10), no Pacaembu, pelo jogo de volta da primeira fase da competição. Como havia empatado por 1 a 1 na partida de ida, o time do Morumbi conseguiu avançar no torneio com a vitória conquistada já aos 42min da etapa final. O atacante Rogério, que havia entrado em campo momentos antes, marcou. Agora, os são-paulinos vão integrar o Grupo 1, que tem o atual campeão River Plate (ARG), The Strongest (BOL) e Trujillanos (VEN). A estreia do time tricolor será diante os bolivianos, na próxima quarta (17), novamente no Pacaembu. No jogo, só deu a equipe brasileira. Assim como no primeiro confronto, o São Paulo dominou totalmente o adversário e desperdiçou inúmeras chances antes de abrir o placar. Além do pênalti e do gol anotado, o ataque são-paulino ainda acertou duas bolas na trave peruana, com Calleri e Hudson. O JOGO Com Alan Kardec cortado do jogo momentos antes, Calleri ganhou novamente uma chance entre os titulares do São Paulo. A bola, porém, pouco chegou ao atacante argentino no primeiro tempo. Isso porque o time são-paulino demonstrou ansiedade em querer resolver logo o confronto e errou muitos passes e cruzamentos no campo de ataque. De quebra, ainda cometeu faltas que permitiram ao fraco adversário jogar a bola na sua grande área. Mesmo assim, a equipe do Morumbi dominou totalmente a partida, com mais posse de bola e presença ofensiva. Com Ganso e Michel Bastos muito marcados, coube a Centurión as melhores jogadas individuais antes do intervalo. Thiago Mendes desperdiçou a melhor oportunidade de abrir o placar na etapa inicial, quando chutou a bola por cima do travessão peruano aos 39min. A pressão são-paulina continuou por todo o segundo tempo. Logo aos 4min, Michel Bastos perdeu pênalti ao chutar a bola na trave e jogou fora outra excelente chance de vazar o goleiro do César Vallejo. O time brasileiro não se abalou e permaneceu pressionando os visitantes. Antes do gol, Calleri e Hudson acertaram a trave peruana em outros grandes momentos de superioridade dos mandantes. Já aos 42min, o gol finalmente aconteceu. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para Rogério, que havia acabado de entrar na partida, chutar de virada e selar o 1 a 0.
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Ponto Crítico - Exposições - Abstração simulada
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Nos filmes de Sarah Morris, o tráfego de automóveis, pessoas e imagens é intenso. Tudo se contamina. Os seus motivos são sugeridos pelas grandes cidades. Nas exposições da artista em São Paulo, ela se apropria de elementos da arquitetura, situações urbanas e padrões decorativos das maiores metrópoles brasileiras. Sarah Morris nasceu na Inglaterra em 1967 e foi identificada com o grupo de artistas britânicos que fez sucesso nos anos 90. Apesar disso, ela se formou nos Estados Unidos e o seu trabalho é profundamente americano. Lida com uma imagem artificiosa, um colorido sintético, feito com esmalte. Tem algo de abstração e algo de simulação. O filme "Rio" (2012), exibido na galeria Fortes Vilaça, era o carro-chefe das mostras. As pinturas de "Galeria do Rock", na galeria White Cube até 28/3, têm parentesco com outra série mostrada em Londres em 2013. Na Inglaterra, ela trabalhou a partir de formas cariocas, aqui mostra pinturas paulistas. "Rio" não é um documentário, tampouco ficção. É uma colagem de imagens fragmentadas do Rio de Janeiro. A ordem dessas imagens repete, mais ou menos, a ordem de dois dias. O filme se inclui na longa tradição das notas de viagem de estrangeiros no Brasil. Ele começa em uma lanchonete, descrevendo a primeira refeição dos trabalhadores, e termina tarde da noite, em um desfile de escola de samba. A música corre tensa, repetitiva, monótona. São loops de sintetizador que se repetem e se alternam. É marcada, tem destino e ritmo certo, muito diferente da deriva de imagens que passa de um lugar a outro sem sobressaltos. A artista repete no filme as sobreposições que faz em algumas pinturas. O seu ponto de vista é assumidamente incompleto, de quem não sabe direito o que acontece, mas olha com curiosidade. Por isso, os planos lembram as perspectivas oblíquas de Edgar Degas (1834-1917). Sobretudo nas telas em que cenas de balé misturam o palco, a plateia e a coxia, criando outro sentido para a peça. O modo como Sarah Morris decupa as cenas também muda o sentido do que é filmado. Uma sequência do filme é particularmente reveladora. Depois de passar pela praia, pelo gabinete do prefeito, por um baile funk, a câmera se encontra em um estúdio da rede Globo, onde a atriz Camila Pitanga é maquiada. A cena é amena, descreve um dia corriqueiro. Logo depois, a atriz reaparece, mas dessa vez na tela da TV, contracenando com Paolla Oliveira em uma novela. Em seguida, as duas são capturadas novamente pela câmera, com o mesmo figurino, sentadas em uma mesa, conversando. Não sabemos quem está lá. Podem ser as atrizes ou as personagens. Mas talvez não importe, a imagem de Sarah Morris é especular, e através do espelho ninguém é o que era antes, os papéis são trocados. O resultado é muito interessante. Isso se repete no tratamento das formas geométricas nas pinturas da White Cube. Não por acaso, o título da exposição é um trocadilho: "Galeria do Rock". De saída o sentido das telas já é inexato. Embora feitas de formas geométricas simples, elas não são exatamente abstratas. Sugerem aspectos de algum lugar ou situação conhecidos, que dá nome às telas. Os trabalhos são rigorosamente estruturados. Muitas vezes, são divididos em um gradeado regular, de onde ela posiciona ou desloca formas com contorno forte e colorido vibrante. Morris muda as formas de lugar, as secciona e atribui uma cor contrastante a cada uma das partes. Ela as embaralha, sugere novas relações que impedem que reconstruamos qualquer aspecto mais regular. O colorido reforça a fragmentação. A artista parece interessada na maneira como se dão as contaminações. Nas transformações que ideias e projetos regulares sofrem ao serem usados. Isso a aproxima da crítica à ideia de forma pura, neutra, associada a um certo tipo de modernismo. Infelizmente, quando olhamos cada pintura individualmente, sem nos preocupar com as ideias e o acervo histórico e social que ela mobiliza, não sobra muito. Para não ser injusto, diria que a artista acerta nos trabalhos em papel e nos cartazes. Desconfio que ela sinta vontade de aproximar as vanguardas da decoração das estações de metrô de São Paulo, dos ordinários padrões gráficos da lateral de ônibus. O esforço é produtivo. No entanto, essa simulação de abstração, que manteria uma distância irônica do trabalho, revela-se como a abstração geométrica mais convencional e decorativa. TIAGO MESQUITA, 36, é crítico de arte.
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ilustrissima
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Ponto Crítico - Exposições - Abstração simuladaNos filmes de Sarah Morris, o tráfego de automóveis, pessoas e imagens é intenso. Tudo se contamina. Os seus motivos são sugeridos pelas grandes cidades. Nas exposições da artista em São Paulo, ela se apropria de elementos da arquitetura, situações urbanas e padrões decorativos das maiores metrópoles brasileiras. Sarah Morris nasceu na Inglaterra em 1967 e foi identificada com o grupo de artistas britânicos que fez sucesso nos anos 90. Apesar disso, ela se formou nos Estados Unidos e o seu trabalho é profundamente americano. Lida com uma imagem artificiosa, um colorido sintético, feito com esmalte. Tem algo de abstração e algo de simulação. O filme "Rio" (2012), exibido na galeria Fortes Vilaça, era o carro-chefe das mostras. As pinturas de "Galeria do Rock", na galeria White Cube até 28/3, têm parentesco com outra série mostrada em Londres em 2013. Na Inglaterra, ela trabalhou a partir de formas cariocas, aqui mostra pinturas paulistas. "Rio" não é um documentário, tampouco ficção. É uma colagem de imagens fragmentadas do Rio de Janeiro. A ordem dessas imagens repete, mais ou menos, a ordem de dois dias. O filme se inclui na longa tradição das notas de viagem de estrangeiros no Brasil. Ele começa em uma lanchonete, descrevendo a primeira refeição dos trabalhadores, e termina tarde da noite, em um desfile de escola de samba. A música corre tensa, repetitiva, monótona. São loops de sintetizador que se repetem e se alternam. É marcada, tem destino e ritmo certo, muito diferente da deriva de imagens que passa de um lugar a outro sem sobressaltos. A artista repete no filme as sobreposições que faz em algumas pinturas. O seu ponto de vista é assumidamente incompleto, de quem não sabe direito o que acontece, mas olha com curiosidade. Por isso, os planos lembram as perspectivas oblíquas de Edgar Degas (1834-1917). Sobretudo nas telas em que cenas de balé misturam o palco, a plateia e a coxia, criando outro sentido para a peça. O modo como Sarah Morris decupa as cenas também muda o sentido do que é filmado. Uma sequência do filme é particularmente reveladora. Depois de passar pela praia, pelo gabinete do prefeito, por um baile funk, a câmera se encontra em um estúdio da rede Globo, onde a atriz Camila Pitanga é maquiada. A cena é amena, descreve um dia corriqueiro. Logo depois, a atriz reaparece, mas dessa vez na tela da TV, contracenando com Paolla Oliveira em uma novela. Em seguida, as duas são capturadas novamente pela câmera, com o mesmo figurino, sentadas em uma mesa, conversando. Não sabemos quem está lá. Podem ser as atrizes ou as personagens. Mas talvez não importe, a imagem de Sarah Morris é especular, e através do espelho ninguém é o que era antes, os papéis são trocados. O resultado é muito interessante. Isso se repete no tratamento das formas geométricas nas pinturas da White Cube. Não por acaso, o título da exposição é um trocadilho: "Galeria do Rock". De saída o sentido das telas já é inexato. Embora feitas de formas geométricas simples, elas não são exatamente abstratas. Sugerem aspectos de algum lugar ou situação conhecidos, que dá nome às telas. Os trabalhos são rigorosamente estruturados. Muitas vezes, são divididos em um gradeado regular, de onde ela posiciona ou desloca formas com contorno forte e colorido vibrante. Morris muda as formas de lugar, as secciona e atribui uma cor contrastante a cada uma das partes. Ela as embaralha, sugere novas relações que impedem que reconstruamos qualquer aspecto mais regular. O colorido reforça a fragmentação. A artista parece interessada na maneira como se dão as contaminações. Nas transformações que ideias e projetos regulares sofrem ao serem usados. Isso a aproxima da crítica à ideia de forma pura, neutra, associada a um certo tipo de modernismo. Infelizmente, quando olhamos cada pintura individualmente, sem nos preocupar com as ideias e o acervo histórico e social que ela mobiliza, não sobra muito. Para não ser injusto, diria que a artista acerta nos trabalhos em papel e nos cartazes. Desconfio que ela sinta vontade de aproximar as vanguardas da decoração das estações de metrô de São Paulo, dos ordinários padrões gráficos da lateral de ônibus. O esforço é produtivo. No entanto, essa simulação de abstração, que manteria uma distância irônica do trabalho, revela-se como a abstração geométrica mais convencional e decorativa. TIAGO MESQUITA, 36, é crítico de arte.
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Em Copacabana, saem os ciclistas da Rio 2016 e chegam os manifestantes
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Saíram os ciclistas e chegaram os manifestantes. Neste domingo (16), a orla praia de Copacabana virou cenário de celebração dos Jogos Olímpicos de 2016 para depois viver o clima de protesto contra o PT e a presidente Dilma Rousseff. Às 8h30, a pista da avenida Atlântica, de frente para o mar de Copacabana, foi ocupada pelas bicicletas dos atletas que participam do Desafio Internacional de Ciclismo de Estrada, evento-teste do comitê Rio 2016. Depois da partida, a mobilização esportiva deu espaço aos manifestantes que começaram a ocupar o trecho próximo ao Posto 5, em Copacabana. A Polícia Militar do Rio informou que não irá divulgar o número estimado de pessoas presentes em Copacabana nesta manhã. Os organizadores da mobilização ainda não divulgaram suas estimativas de público. Cinco carros de som foram posicionados para conduzir o protesto. Cada um deles ligado a grupos contrários ao governo como UCC (União Contra a Corrupção), Revoltados Online, MBL (Movimento Brasil Livre) e Vem Pra Rua. Havia entre os participantes alguns frequentadores assíduos da série de manifestações de rua iniciada em junho de 2013. Um deles é o protético Eron Morais Melo, que ficou conhecido por sempre usar uma fantasia do Batman nestas ocasiões. "Aqui não é direita nem esquerda. É para frente. Viva Sérgio Moro", discursou Batman, citando o juiz responsável pelos processos da operação Lava Jato. O protsto resulta também em lucros para os ambulantes, que aproveitam para oferecer cachecóis e faixas com as cores do Brasil. "Muita coisa aqui eu comprei para a Copa, mas sobrou. Aí eu resolvi aproveitar a polêmica do 'Fora Dilma'", disse o vendedor Claudio Henrique Silva (42), morador de Bonsucesso que vende a R$ 10,00 o cachecol verde e amarelo, encalhado desde o fiasco da seleção contra a Alemanha. Mapa dos protestos do dia 16 de Agosto
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poder
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Em Copacabana, saem os ciclistas da Rio 2016 e chegam os manifestantesSaíram os ciclistas e chegaram os manifestantes. Neste domingo (16), a orla praia de Copacabana virou cenário de celebração dos Jogos Olímpicos de 2016 para depois viver o clima de protesto contra o PT e a presidente Dilma Rousseff. Às 8h30, a pista da avenida Atlântica, de frente para o mar de Copacabana, foi ocupada pelas bicicletas dos atletas que participam do Desafio Internacional de Ciclismo de Estrada, evento-teste do comitê Rio 2016. Depois da partida, a mobilização esportiva deu espaço aos manifestantes que começaram a ocupar o trecho próximo ao Posto 5, em Copacabana. A Polícia Militar do Rio informou que não irá divulgar o número estimado de pessoas presentes em Copacabana nesta manhã. Os organizadores da mobilização ainda não divulgaram suas estimativas de público. Cinco carros de som foram posicionados para conduzir o protesto. Cada um deles ligado a grupos contrários ao governo como UCC (União Contra a Corrupção), Revoltados Online, MBL (Movimento Brasil Livre) e Vem Pra Rua. Havia entre os participantes alguns frequentadores assíduos da série de manifestações de rua iniciada em junho de 2013. Um deles é o protético Eron Morais Melo, que ficou conhecido por sempre usar uma fantasia do Batman nestas ocasiões. "Aqui não é direita nem esquerda. É para frente. Viva Sérgio Moro", discursou Batman, citando o juiz responsável pelos processos da operação Lava Jato. O protsto resulta também em lucros para os ambulantes, que aproveitam para oferecer cachecóis e faixas com as cores do Brasil. "Muita coisa aqui eu comprei para a Copa, mas sobrou. Aí eu resolvi aproveitar a polêmica do 'Fora Dilma'", disse o vendedor Claudio Henrique Silva (42), morador de Bonsucesso que vende a R$ 10,00 o cachecol verde e amarelo, encalhado desde o fiasco da seleção contra a Alemanha. Mapa dos protestos do dia 16 de Agosto
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Merkel elogia Brasil por aceitar meta "audaciosa" de uso de energia limpa
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A presidente Dilma Rousseff conseguiu arrancar elogios da chanceler alemã, Angela Merkel, ao anunciar que o Brasil aceitou a meta de descarbonizar a sua economia —tornando-a baseada em energia limpa— até 2100. O compromisso inicial foi feito pelo G7 num encontro em junho. Para Merkel, a agenda do Brasil é "ambiciosa" e deve encorajar outros países a serem "mais audaciosos". "Se quisermos evitar, de fato, que a temperatura [global] aumente dois graus, o nosso compromisso com a descarbonização no horizonte de 2100 é algo muito importante para todo o planeta", disse Dilma, em declaração à imprensa, ao lado de Merkel, no Planalto. A agenda sobre mudanças climáticas era uma das prioridades para a líder europeia, que quer intensificar a campanha entre os emergentes para evitar um fracasso na COP-21 (Conferência do Clima da ONU), que vai acontecer em Paris, em dezembro. "É um fato muito importante que cada um faça aquilo que é possível fazer para limitar o aquecimento global em dois graus [até 2100]", disse Merkel, acrescentando que o Brasil "deu um enorme passo". "Esses compromissos do Brasil devem servir para encorajar outros países para serem mais audaciosos", completou. Apesar do compromisso a ser cumprido até o fim do século, o governo brasileiro não incluiu na declaração conjunta sobre mudança do clima as metas que o país deve levar para a COP-21. De acordo com Dilma, elas serão anunciadas em setembro, durante a Assembleia Geral da ONU, quando serão definidos os objetivos de desenvolvimento sustentável, que substituirão os objetivos de desenvolvimento do milênio. Mais cedo, o chanceler Mauro Vieira havia declarado que o Brasil não tem obrigação de divulgar suas metas agora. "Há um momento, uma data estabelecida pela ONU, não tem por que apresentarmos antes." À Folha, a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) disse que a meta de descarbonização não figura entre o chamado INDC (sigla para contribuições nacionalmente determinadas pretendidas) a ser levado pelo Brasil para Paris. "É um compromisso dos países, de assegurar os dois graus —esse sim um compromisso já acordado na convenção [das Nações Unidas sobre mudanças do clima]. E o Brasil com isso informa que ele não topará nenhuma mudança de meta de aumento de temperatura." IMPRESSIONADA Segundo a ministra, Dilma teria conversado na reunião bilateral no Planalto sobre as possíveis metas brasileiras para a COP-21, o que deixou Merkel "impressionada". Ao lado de Merkel, Dilma disse que "anteciparia" alguns dos compromissos, mas apenas repetiu metas já anunciadas em junho, como a restauração e recuperação florestal de 12 milhões de hectares e o fim do desmatamento ilegal -desta vez sob o detalhamento que seria apenas na Amazônia, e com prazo até 2030. Sem detalhar, Dilma anunciou a neutralização das emissões de gás carbônico associadas também ao desmatamento legal na Amazônia. Na declaração conjunta, Brasil e Alemanha disseram apoiar fortemente a adoção de um acordo "ambicioso, duradouro, abrangente e juridicamente vinculante", que reflita "as responsabilidades comuns porém diferenciadas". Este último ponto é sempre defendido pelos países em desenvolvimento, por levar em consideração a situação de cada país nas exigências de metas.
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mundo
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Merkel elogia Brasil por aceitar meta "audaciosa" de uso de energia limpaA presidente Dilma Rousseff conseguiu arrancar elogios da chanceler alemã, Angela Merkel, ao anunciar que o Brasil aceitou a meta de descarbonizar a sua economia —tornando-a baseada em energia limpa— até 2100. O compromisso inicial foi feito pelo G7 num encontro em junho. Para Merkel, a agenda do Brasil é "ambiciosa" e deve encorajar outros países a serem "mais audaciosos". "Se quisermos evitar, de fato, que a temperatura [global] aumente dois graus, o nosso compromisso com a descarbonização no horizonte de 2100 é algo muito importante para todo o planeta", disse Dilma, em declaração à imprensa, ao lado de Merkel, no Planalto. A agenda sobre mudanças climáticas era uma das prioridades para a líder europeia, que quer intensificar a campanha entre os emergentes para evitar um fracasso na COP-21 (Conferência do Clima da ONU), que vai acontecer em Paris, em dezembro. "É um fato muito importante que cada um faça aquilo que é possível fazer para limitar o aquecimento global em dois graus [até 2100]", disse Merkel, acrescentando que o Brasil "deu um enorme passo". "Esses compromissos do Brasil devem servir para encorajar outros países para serem mais audaciosos", completou. Apesar do compromisso a ser cumprido até o fim do século, o governo brasileiro não incluiu na declaração conjunta sobre mudança do clima as metas que o país deve levar para a COP-21. De acordo com Dilma, elas serão anunciadas em setembro, durante a Assembleia Geral da ONU, quando serão definidos os objetivos de desenvolvimento sustentável, que substituirão os objetivos de desenvolvimento do milênio. Mais cedo, o chanceler Mauro Vieira havia declarado que o Brasil não tem obrigação de divulgar suas metas agora. "Há um momento, uma data estabelecida pela ONU, não tem por que apresentarmos antes." À Folha, a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) disse que a meta de descarbonização não figura entre o chamado INDC (sigla para contribuições nacionalmente determinadas pretendidas) a ser levado pelo Brasil para Paris. "É um compromisso dos países, de assegurar os dois graus —esse sim um compromisso já acordado na convenção [das Nações Unidas sobre mudanças do clima]. E o Brasil com isso informa que ele não topará nenhuma mudança de meta de aumento de temperatura." IMPRESSIONADA Segundo a ministra, Dilma teria conversado na reunião bilateral no Planalto sobre as possíveis metas brasileiras para a COP-21, o que deixou Merkel "impressionada". Ao lado de Merkel, Dilma disse que "anteciparia" alguns dos compromissos, mas apenas repetiu metas já anunciadas em junho, como a restauração e recuperação florestal de 12 milhões de hectares e o fim do desmatamento ilegal -desta vez sob o detalhamento que seria apenas na Amazônia, e com prazo até 2030. Sem detalhar, Dilma anunciou a neutralização das emissões de gás carbônico associadas também ao desmatamento legal na Amazônia. Na declaração conjunta, Brasil e Alemanha disseram apoiar fortemente a adoção de um acordo "ambicioso, duradouro, abrangente e juridicamente vinculante", que reflita "as responsabilidades comuns porém diferenciadas". Este último ponto é sempre defendido pelos países em desenvolvimento, por levar em consideração a situação de cada país nas exigências de metas.
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Sexta tem concurso de comidas de boteco e interdição no centro
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Começa nesta sexta (15) a 17ª edição do concurso Comida di Buteco, que elege os melhores botecos e petiscos do país. Em São Paulo, o evento terá a participação de 49 bares, das cinco regiões da cidade –destes, 15 são novatos na disputa, saiba um pouco mais sobre eles. Este ano, o tema é livre. Todos os estabelecimentos vão oferecer, até 15 de maio, novos petiscos por no máximo R$ 25,90. Na região central, a rua General Jardim ficará interditada das 16h às 22h, entre as ruas Araújo e Bento Freitas, para a realização do Seminário Internacional Espaço Livre na Cidade. * TEMPO Máxima de 32ºC e mínima de 19ºC nesta sexta. Possibilidade de pancadas de chuva à tarde. À noite o tempo fica aberto, segundo o Climatempo. * VOCÊ DEVERIA SABER A presidente Dilma Rousseff sancionou, nesta quinta-feira (14), a lei que libera o uso da fosfoetanolamina, conhecida como "pílula do câncer". O produto ainda não tem estudos clínicos concluídos que atestem sua eficácia e segurança. O Ministério da Saúde informou que irá sugerir critérios específicos para a produção, distribuição e o uso da substância –pacientes deverão assinar um termo de responsabilidade, por exemplo. Paulistanos têm tido dificuldade de encontrar a vacina contra a gripe H1N1 em clínicas privadas. Uma opção é optar pela rede pública –a dose está disponível desde o início da semana em UBS (Unidade Básica de Saúde), mas é preciso ter paciência para enfrentar as filas. * AGENDA CULTURAL Exposição | Estreia a "Desenhos de Cena #1", no Sesc Pinheiros, que rompe fronteiras entre as artes visuais e o teatro com artistas brasileiros e estrangeiros. Sesc Pinheiros - r. Paes Leme, 195, Pinheiros, região oeste, tel. 3095-9400. Ter. a sex.: 10h30 às 21h30. Sáb.: 10h30 às 21h. Dom. e dia 21: 10h30 às 18h30. Abertura: 15/4. Até 10/7. Livre. Estac. (R$ 7,50 e R$ 10 p/ 3 h). GRÁTIS Shows | Com mais de 30 anos de carreira, o música Nasi lança seu trabalho solo mais recente, o DVD "Egbé", no Sesc Belenzinho Sesc Belenzinho - comedoria - r. Pe. Adelino, 1.000, Quarta Parada, tel. 2076-9700. 500 pessoas. 21h30. 90 min. 18 anos. Ingr.: R$ 9 a R$ 30. Estac. (R$ 4,50 e R$ 10 a 1ª h; shows e espetáculos: R$ 5,50 e R$ 11).
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saopaulo
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Sexta tem concurso de comidas de boteco e interdição no centroComeça nesta sexta (15) a 17ª edição do concurso Comida di Buteco, que elege os melhores botecos e petiscos do país. Em São Paulo, o evento terá a participação de 49 bares, das cinco regiões da cidade –destes, 15 são novatos na disputa, saiba um pouco mais sobre eles. Este ano, o tema é livre. Todos os estabelecimentos vão oferecer, até 15 de maio, novos petiscos por no máximo R$ 25,90. Na região central, a rua General Jardim ficará interditada das 16h às 22h, entre as ruas Araújo e Bento Freitas, para a realização do Seminário Internacional Espaço Livre na Cidade. * TEMPO Máxima de 32ºC e mínima de 19ºC nesta sexta. Possibilidade de pancadas de chuva à tarde. À noite o tempo fica aberto, segundo o Climatempo. * VOCÊ DEVERIA SABER A presidente Dilma Rousseff sancionou, nesta quinta-feira (14), a lei que libera o uso da fosfoetanolamina, conhecida como "pílula do câncer". O produto ainda não tem estudos clínicos concluídos que atestem sua eficácia e segurança. O Ministério da Saúde informou que irá sugerir critérios específicos para a produção, distribuição e o uso da substância –pacientes deverão assinar um termo de responsabilidade, por exemplo. Paulistanos têm tido dificuldade de encontrar a vacina contra a gripe H1N1 em clínicas privadas. Uma opção é optar pela rede pública –a dose está disponível desde o início da semana em UBS (Unidade Básica de Saúde), mas é preciso ter paciência para enfrentar as filas. * AGENDA CULTURAL Exposição | Estreia a "Desenhos de Cena #1", no Sesc Pinheiros, que rompe fronteiras entre as artes visuais e o teatro com artistas brasileiros e estrangeiros. Sesc Pinheiros - r. Paes Leme, 195, Pinheiros, região oeste, tel. 3095-9400. Ter. a sex.: 10h30 às 21h30. Sáb.: 10h30 às 21h. Dom. e dia 21: 10h30 às 18h30. Abertura: 15/4. Até 10/7. Livre. Estac. (R$ 7,50 e R$ 10 p/ 3 h). GRÁTIS Shows | Com mais de 30 anos de carreira, o música Nasi lança seu trabalho solo mais recente, o DVD "Egbé", no Sesc Belenzinho Sesc Belenzinho - comedoria - r. Pe. Adelino, 1.000, Quarta Parada, tel. 2076-9700. 500 pessoas. 21h30. 90 min. 18 anos. Ingr.: R$ 9 a R$ 30. Estac. (R$ 4,50 e R$ 10 a 1ª h; shows e espetáculos: R$ 5,50 e R$ 11).
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Tréplicas encerram polêmica entre economistas sobre dívida pública
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Os artigos publicados neste sábado encerram debate de ideias travado pelos economistas Alexandre Schwartsman, Luiz Gonzaga Belluzzo e Gabriel Galípolo. O procedimento é previsto no "Manual da Redação" da Folha, para evitar que a discussão se alongue. O manual destaca que a Folha "estimula polêmicas em suas páginas", seja em artigos, reportagens ou entrevistas, e recomenda que a maneira de encerrá-las seja dar às partes oportunidade final de se manifestar.
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mercado
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Tréplicas encerram polêmica entre economistas sobre dívida públicaOs artigos publicados neste sábado encerram debate de ideias travado pelos economistas Alexandre Schwartsman, Luiz Gonzaga Belluzzo e Gabriel Galípolo. O procedimento é previsto no "Manual da Redação" da Folha, para evitar que a discussão se alongue. O manual destaca que a Folha "estimula polêmicas em suas páginas", seja em artigos, reportagens ou entrevistas, e recomenda que a maneira de encerrá-las seja dar às partes oportunidade final de se manifestar.
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Agressores de universitário gay são multados em R$ 21 mil cada um
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Um empresário e um personal trainer que agrediram um universitário gay em 2012 em SP vão ter que pagar, cada um, multa de R$ 21.250. A punição foi aplicada pela Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania. André Cardoso Gomes Baliera foi xingado ao sair de uma farmácia em Pinheiros e revidou os insultos. Os autores desceram do carro e deram socos e chutes no estudante de direito. AQUI SE PAGA A defesa deles tentou caracterizar o caso como briga de trânsito, tese rejeitada pelo secretário Aloísio de Toledo César. Com base na fala de testemunhas, ele concluiu que o motivo das agressões foi discriminação em razão de orientação sexual. A vítima sofreu um corte na cabeça e ficou com hematomas abaixo do olho esquerdo. ESSE ROSTO NO ESPELHO Aos 72 anos, a dramaturga Leilah Assumpção diz que conseguiu exorcizar seus demônios ao ver os ensaios de sua peça "Dias de Felicidade". "Finalmente senti paz e tranquilidade", afirma ela, que fala no texto sobre a infecção que modificou traços do seu rosto. A estreia é neste sábado (27), dez anos depois do problema. * "O pior foi o primeiro ano, que conto na peça. Se olhar no espelho e se acostumar com o rosto novo não é fácil", diz. "Ainda parece mais uma prima minha do que eu." No tempo em que ficou reclusa, Leilah também escreveu um livro sobre os nomes do teatro com quem conviveu. "A maioria já morreu. Quem sobreviveu eu convidei para a estreia do espetáculo", brinca ela. PELA TOLERÂNCIA Kaylane Campos, a menina de 11 anos apedrejada ao sair de uma festa de candomblé no Rio, vai participar na segunda (29) de um ato contra a intolerância religiosa na Assembleia Legislativa de SP. O babalorixá Ivanir dos Santos também vai comparecer. Ele cobrou repúdio de líderes evangélicos ao crime e recebeu críticas de Silas Malafaia. VOTO Marcelo Odebrecht revelou a vários interlocutores, depois das eleições presidenciais, que votou em Aécio Neves (PSDB) para presidente da República, a quem definia como amigo. A empreiteira, no entanto, contribuiu para o PSDB e também para o PT. OLHAR CRÍTICO Odebrecht era um crítico da política econômica e do ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff, que acreditava ser um desastre que só beneficiava os bancos. CASA IMPRÓPRIA A maior preocupação dele era com o setor imobiliário –o governo subiu os juros para diversos segmentos na compra da casa própria, o que poderia, na opinião do empreiteiro, causar uma enxurrada de distratos, ou anulação de contratos de compras de imóveis que as pessoas já não teriam mais condições de financiar. EM FAMÍLIA Pai de três filhas, o empreiteiro recebeu na prisão, nesta semana, apenas a visita da mulher, Isabela, e da irmã, Mônica Odebrecht, que é advogada da empreiteira. TODOS OS APLAUSOS Os atores Edwin Luisi e Laura Cardoso foram homenageados pelo conjunto da obra no 3º Prêmio Aplauso Brasil de Teatro, na quarta (24). Marisa Orth, vencedora como melhor atriz, e Caco Ciocler, vencedor na categoria ator coadjuvante, também estiveram no Theatro São Pedro. Os atores Tadeu di Pietro e Felipe de Carolis participaram da cerimônia. BONECOS TCHECOS Ronaldo Fenômeno virou nome de boneca. "Ronalda", uma marionete que o grupo de teatro Lokvar, da República Tcheca, traz ao Brasil em julho no CCBB-SP, foi batizada em homenagem ao ex-jogador. A personagem do espetáculo infantil "João, o Indeciso" tem dentes grandes e separados e é meio gordinha. FORA DO EIXO A prefeitura vai abrir licitação, em julho, para equipar 15 salas na periferia que funcionarão como cinemas. De acordo com o secretário de Cultura, Nabil Bonduki, os equipamentos serão de "última geração". "A programação vai privilegiar filmes nacionais e autorais, com pouca possibilidade de distribuição", diz. O ingresso será gratuito ou a preços populares. LEGADO O acervo do ator e diretor Antônio Abujamra, morto em abril, foi doado por sua família para a SP Escola de Teatro. Os cerca de 4.000 livros, a maior parte sobre dramaturgia, vão ficar à disposição do público na biblioteca do centro de formação. ARTIGO DEFINIDO O Itaú Cultural abriu na terça (23) a "Ocupação Vilanova Artigas", exposição sobre o arquiteto que completaria 100 anos em 2015. Laura Artigas, diretora de um filme sobre o avô, e Rosa Artigas, filha do arquiteto e uma das curadoras da mostra, participaram do evento. Eduardo Saron, diretor do instituto, recebeu convidados como o fotógrafo Cristiano Mascaro, o ator Leonardo Medeiros e o arquiteto Ricardo Ohtake. * O ministro Marco Aurélio Mello participa de almoço do Instituto Palavra Aberta, nesta sexta (26), no Brooklin Paulista. A Avon anuncia nesta sexta (26) novo posicionamento de marca, com presença de lideranças femininas, na Vila Olímpia. Takashi Morita, sobrevivente de Hiroshima, recebe nesta sexta (26) o título de cidadão paulistano, na Câmara. Manoel Rangel, da Ancine, foi reeleito presidente da Caci (Conferência de Autoridades Cinematográficas da Ibero-América). O British Council promove seminário nesta sexta (26) no Rio sobre museus, com a presença de especialistas britânicos. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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Agressores de universitário gay são multados em R$ 21 mil cada umUm empresário e um personal trainer que agrediram um universitário gay em 2012 em SP vão ter que pagar, cada um, multa de R$ 21.250. A punição foi aplicada pela Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania. André Cardoso Gomes Baliera foi xingado ao sair de uma farmácia em Pinheiros e revidou os insultos. Os autores desceram do carro e deram socos e chutes no estudante de direito. AQUI SE PAGA A defesa deles tentou caracterizar o caso como briga de trânsito, tese rejeitada pelo secretário Aloísio de Toledo César. Com base na fala de testemunhas, ele concluiu que o motivo das agressões foi discriminação em razão de orientação sexual. A vítima sofreu um corte na cabeça e ficou com hematomas abaixo do olho esquerdo. ESSE ROSTO NO ESPELHO Aos 72 anos, a dramaturga Leilah Assumpção diz que conseguiu exorcizar seus demônios ao ver os ensaios de sua peça "Dias de Felicidade". "Finalmente senti paz e tranquilidade", afirma ela, que fala no texto sobre a infecção que modificou traços do seu rosto. A estreia é neste sábado (27), dez anos depois do problema. * "O pior foi o primeiro ano, que conto na peça. Se olhar no espelho e se acostumar com o rosto novo não é fácil", diz. "Ainda parece mais uma prima minha do que eu." No tempo em que ficou reclusa, Leilah também escreveu um livro sobre os nomes do teatro com quem conviveu. "A maioria já morreu. Quem sobreviveu eu convidei para a estreia do espetáculo", brinca ela. PELA TOLERÂNCIA Kaylane Campos, a menina de 11 anos apedrejada ao sair de uma festa de candomblé no Rio, vai participar na segunda (29) de um ato contra a intolerância religiosa na Assembleia Legislativa de SP. O babalorixá Ivanir dos Santos também vai comparecer. Ele cobrou repúdio de líderes evangélicos ao crime e recebeu críticas de Silas Malafaia. VOTO Marcelo Odebrecht revelou a vários interlocutores, depois das eleições presidenciais, que votou em Aécio Neves (PSDB) para presidente da República, a quem definia como amigo. A empreiteira, no entanto, contribuiu para o PSDB e também para o PT. OLHAR CRÍTICO Odebrecht era um crítico da política econômica e do ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff, que acreditava ser um desastre que só beneficiava os bancos. CASA IMPRÓPRIA A maior preocupação dele era com o setor imobiliário –o governo subiu os juros para diversos segmentos na compra da casa própria, o que poderia, na opinião do empreiteiro, causar uma enxurrada de distratos, ou anulação de contratos de compras de imóveis que as pessoas já não teriam mais condições de financiar. EM FAMÍLIA Pai de três filhas, o empreiteiro recebeu na prisão, nesta semana, apenas a visita da mulher, Isabela, e da irmã, Mônica Odebrecht, que é advogada da empreiteira. TODOS OS APLAUSOS Os atores Edwin Luisi e Laura Cardoso foram homenageados pelo conjunto da obra no 3º Prêmio Aplauso Brasil de Teatro, na quarta (24). Marisa Orth, vencedora como melhor atriz, e Caco Ciocler, vencedor na categoria ator coadjuvante, também estiveram no Theatro São Pedro. Os atores Tadeu di Pietro e Felipe de Carolis participaram da cerimônia. BONECOS TCHECOS Ronaldo Fenômeno virou nome de boneca. "Ronalda", uma marionete que o grupo de teatro Lokvar, da República Tcheca, traz ao Brasil em julho no CCBB-SP, foi batizada em homenagem ao ex-jogador. A personagem do espetáculo infantil "João, o Indeciso" tem dentes grandes e separados e é meio gordinha. FORA DO EIXO A prefeitura vai abrir licitação, em julho, para equipar 15 salas na periferia que funcionarão como cinemas. De acordo com o secretário de Cultura, Nabil Bonduki, os equipamentos serão de "última geração". "A programação vai privilegiar filmes nacionais e autorais, com pouca possibilidade de distribuição", diz. O ingresso será gratuito ou a preços populares. LEGADO O acervo do ator e diretor Antônio Abujamra, morto em abril, foi doado por sua família para a SP Escola de Teatro. Os cerca de 4.000 livros, a maior parte sobre dramaturgia, vão ficar à disposição do público na biblioteca do centro de formação. ARTIGO DEFINIDO O Itaú Cultural abriu na terça (23) a "Ocupação Vilanova Artigas", exposição sobre o arquiteto que completaria 100 anos em 2015. Laura Artigas, diretora de um filme sobre o avô, e Rosa Artigas, filha do arquiteto e uma das curadoras da mostra, participaram do evento. Eduardo Saron, diretor do instituto, recebeu convidados como o fotógrafo Cristiano Mascaro, o ator Leonardo Medeiros e o arquiteto Ricardo Ohtake. * O ministro Marco Aurélio Mello participa de almoço do Instituto Palavra Aberta, nesta sexta (26), no Brooklin Paulista. A Avon anuncia nesta sexta (26) novo posicionamento de marca, com presença de lideranças femininas, na Vila Olímpia. Takashi Morita, sobrevivente de Hiroshima, recebe nesta sexta (26) o título de cidadão paulistano, na Câmara. Manoel Rangel, da Ancine, foi reeleito presidente da Caci (Conferência de Autoridades Cinematográficas da Ibero-América). O British Council promove seminário nesta sexta (26) no Rio sobre museus, com a presença de especialistas britânicos. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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Supositório de maconha promete acabar com dor de cólica menstrual
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Todos os meses, sinto como se meu corpo passasse dias armando uma bomba-relógio. No dia em que ela explode na forma de um tecido vascularizado que se despedaça e transborda pelo corpo, preciso correr para cama com meu arsenal de proteção que inclui remédio para cólicas, para dor de cabeça, bolsa de água quente. Dói tudo, o ventre, a lombar, a cabeça, revira o estômago. É uma sensação triplicada de ressaca. Quem vive a mesma tortura sabe que a dor pode atingir níveis insuportáveis, como se o útero vivesse momentos de rebelião e objetos pontiagudos fossem lançados aleatoriamente, acertando o baixo ventre com a precisão de um míssil Tomahawk. Eu tomaria veneno, se dissessem que a dor passaria. Supositório de maconha me pareceu bem mais divertido. Desde que os efeitos terapêuticos da Cannabis foram comprovados no tratamento de doenças como câncer, Aids, esclerose múltipla e glaucoma, a indústria passou também a focar a pesquisa dos efeitos do THC e do CBD, princípios ativos da Cannabis, em outros problemas de saúde, em cosméticos e em produtos com foco no bem-estar, como banhos de imersão, aromatizadores –esses últimos com o propósito óbvio de deixar o usuário "numa relax, numa tranquila, numa boa". No que diz respeito à saúde da mulher, já há alguns produtos desenvolvidos com o uso da Cannabis para aliviar o desconforto causado no ciclo menstrual. Há desde manteiga de cacau comestível e cremes esfoliantes a sais de banho, tudo com maconha na formulação. ALÍVIO Na semana passada, ganhei uma caixinha de supositórios vaginais da marca Foria Relief, que prometiam acabar com as cólicas. Li um relato de que o produto demorava para fazer efeito, mas outro que dizia ter sido eficaz em 20 minutos. O Foria Relief é vendido apenas nos Estados da Califórnia e do Colorado e foi comprado na capital do último, Denver, diretamente de uma prateleira, sem a necessidade de qualquer autorização ou indicação médica. Custa U$ 44 (cerca de R$ 140) a caixinha com quatro supositórios. Segui as instruções de deitar na cama, com o quadril elevado por um travesseiro, apliquei o supositório na vagina e fiquei olhando para o teto. Pensei em ler um livro, mexer no celular, quem sabe publicar um stories no Instagram #pepekalouca #pepekahigh #pepekaviajandona. Antes que eu pudesse terminar de pensar na melhor hashtag, a dor começou a diminuir. Olhei no relógio e apenas cinco minutos haviam se passado. Chequei o site novamente, na seção de perguntas e respostas. O produto é feito com manteiga de cacau, que deixa o produto meio escorregadio e faz lembrar que o pompoarismo tem realmente mil e uma utilidades. Segundo os pesquisadores, o THC e o CBD presentes na fórmula relaxam a musculatura da região pélvica, que tem o maior número de receptores canabinoides, depois do cérebro, e aliviam a dor. Devo estar doidona e já não sinto mais nada. Nem 10 minutos e adeus cólicas, dores na lombar, mal-estar. Será que o mundo vai girar quando me levantar, terei um acesso de riso, estou xaropona? Nada. Exatamente como diziam os depoimentos. Em comum, todo mundo satisfeito com o resultado, mas decepcionado porque o supositório vaginal é só medicinal e não dá barato na pepeka. Funcionou para mim também, mas ainda não tem previsão de venda no Brasil. SEM CRIVO DA FDA Mais da metade dos Estados americanos legalizou o uso medicinal da maconha. Apenas em sete ela pode ser usada de forma recreativa, e cada um tem suas próprias leis. Na Califórnia, é preciso de receita médica, mas, ao andar por Los Angeles, é possível ver placas com anúncios de consultas por U$ 40, o que pode garantir acesso a manipulados ou à erva. No Colorado, onde o uso recreativo também foi liberado, há uma enorme indústria de produtos à base da cannabis crescendo. O Brasil é um dos países em que o uso medicinal só é autorizado mediante pedidos na Justiça. Em novembro, porém, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou critérios para permitir o registro, a venda e o uso de medicamentos à base de maconha. O supositório de maconha para aliviar cólicas menstruais, lançado nos EUA, ainda não passou pelo crivo do FDA (agência que regula remédios nos EUA) pela falta de pesquisas que comprovem a sua eficácia e segurança. Sem esse carimbo, muito médicos americanos são bastante cautelosos em indicar o produto. Os relatos das usuárias, contudo, são em sua maioria positivos. A empresa afirma ainda que não foram observados efeitos colaterais significativos porque os compostos do supositório agem localmente, diferente do que acontece quando a maconha é inalada ou ingerida. "O supositório usa o componente da maconha que tem efeito analgésico e cuja eficácia foi comprovada contra a dor em casos de câncer. Ginecologicamente, seria uma alternativa aos analgésicos tradicionais, que podem ter efeitos colaterais, desde que a segurança seja estabelecida em estudos clínicos", diz Carlos Alberto Petta, presidente da Sociedade Brasileira de Endometriose. A indicação da dosagem é variável e, segundo o site da empresa, depende da intensidade da dor. Fumar maconha teria o mesmo efeito? Não. "A concentração dos ativos na fórmula é para efeito analgésico. Além disso, ele é absorvido diretamente na mucosa vaginal e funciona localmente", diz Petta. - Nov.2013 Após ver informações na internet sobre testes com canabidiol, um dos derivados da maconha, a família da brasileira Anny Fischer, que sofre de uma síndrome rara, decide importar dos Estados Unidos um óleo rico na substância para a criança Mar.2014 Uma das tentativas de importação falha e o canabidiol é barrado na alfândega. A família conta sua história a um jornalista, que lança o documentário "Ilegal" sobre o caso Abr.2014 A família de Anny consegue laudo médico da USP de Ribeirão Preto e entra na Justiça para conseguir importar o produto. O pedido é aprovado. Após o caso, Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) passa receber mais pedidos de autorização para importação de produtos à base de canabidiol 10.out.2014 Conselho Regional de Medicina de São Paulo autoriza a prescrição de canabidiol no Estado 11. dez.2014 Conselho Federal de Medicina autoriza médicos a prescreverem o canabidiol, mas somente para crianças com epilepsia e que não tenham tido sucesso em outros tratamentos 15.jan.2015 Anvisa libera uso medicinal de produtos à base de canabidiol, um dos derivados da maconha, retirando-o de uma lista de substâncias proibidas e colocando-o em uma lista de substâncias controladas Mar.2015 Cresce volume de decisões judiciais que obrigam a União a fornecer o canabidiol a pacientes com diferentes tipos de crises convulsivas, não apenas as epiléticas 23. abr.2015 Anvisa simplifica regras para importação de produtos à base de canabidiol e cria lista de produtos que podem ter facilitado processo de autorização para importar Ago. e set.2015 STF começa a discutir se é crime portar drogas para uso próprio. Julgamento, no entanto, foi suspenso após pedido de vistas do ministro Teori Zavascki 21.mar.2016 Após determinação judicial, Anvisa publica resolução que autoriza prescrição e importação de medicamentos com THC, um dos princípios ativos da maconha. Antes, essa substância fazia parte da lista daquelas que não poderiam ser objeto de prescrição médica e manipulação de medicamentos no país 22.nov.2016 Anvisa aprova critérios para uso de medicamento à base de maconha e abre espaço para que remédios à base da planta possam obter registro para venda no país Nov. e dez. 2016 Três famílias, duas do RJ e uma de SP, conseguem habeas corpus que as permitem plantar e extrair óleo de maconha para uso medicinal e próprio
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equilibrioesaude
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Supositório de maconha promete acabar com dor de cólica menstrualTodos os meses, sinto como se meu corpo passasse dias armando uma bomba-relógio. No dia em que ela explode na forma de um tecido vascularizado que se despedaça e transborda pelo corpo, preciso correr para cama com meu arsenal de proteção que inclui remédio para cólicas, para dor de cabeça, bolsa de água quente. Dói tudo, o ventre, a lombar, a cabeça, revira o estômago. É uma sensação triplicada de ressaca. Quem vive a mesma tortura sabe que a dor pode atingir níveis insuportáveis, como se o útero vivesse momentos de rebelião e objetos pontiagudos fossem lançados aleatoriamente, acertando o baixo ventre com a precisão de um míssil Tomahawk. Eu tomaria veneno, se dissessem que a dor passaria. Supositório de maconha me pareceu bem mais divertido. Desde que os efeitos terapêuticos da Cannabis foram comprovados no tratamento de doenças como câncer, Aids, esclerose múltipla e glaucoma, a indústria passou também a focar a pesquisa dos efeitos do THC e do CBD, princípios ativos da Cannabis, em outros problemas de saúde, em cosméticos e em produtos com foco no bem-estar, como banhos de imersão, aromatizadores –esses últimos com o propósito óbvio de deixar o usuário "numa relax, numa tranquila, numa boa". No que diz respeito à saúde da mulher, já há alguns produtos desenvolvidos com o uso da Cannabis para aliviar o desconforto causado no ciclo menstrual. Há desde manteiga de cacau comestível e cremes esfoliantes a sais de banho, tudo com maconha na formulação. ALÍVIO Na semana passada, ganhei uma caixinha de supositórios vaginais da marca Foria Relief, que prometiam acabar com as cólicas. Li um relato de que o produto demorava para fazer efeito, mas outro que dizia ter sido eficaz em 20 minutos. O Foria Relief é vendido apenas nos Estados da Califórnia e do Colorado e foi comprado na capital do último, Denver, diretamente de uma prateleira, sem a necessidade de qualquer autorização ou indicação médica. Custa U$ 44 (cerca de R$ 140) a caixinha com quatro supositórios. Segui as instruções de deitar na cama, com o quadril elevado por um travesseiro, apliquei o supositório na vagina e fiquei olhando para o teto. Pensei em ler um livro, mexer no celular, quem sabe publicar um stories no Instagram #pepekalouca #pepekahigh #pepekaviajandona. Antes que eu pudesse terminar de pensar na melhor hashtag, a dor começou a diminuir. Olhei no relógio e apenas cinco minutos haviam se passado. Chequei o site novamente, na seção de perguntas e respostas. O produto é feito com manteiga de cacau, que deixa o produto meio escorregadio e faz lembrar que o pompoarismo tem realmente mil e uma utilidades. Segundo os pesquisadores, o THC e o CBD presentes na fórmula relaxam a musculatura da região pélvica, que tem o maior número de receptores canabinoides, depois do cérebro, e aliviam a dor. Devo estar doidona e já não sinto mais nada. Nem 10 minutos e adeus cólicas, dores na lombar, mal-estar. Será que o mundo vai girar quando me levantar, terei um acesso de riso, estou xaropona? Nada. Exatamente como diziam os depoimentos. Em comum, todo mundo satisfeito com o resultado, mas decepcionado porque o supositório vaginal é só medicinal e não dá barato na pepeka. Funcionou para mim também, mas ainda não tem previsão de venda no Brasil. SEM CRIVO DA FDA Mais da metade dos Estados americanos legalizou o uso medicinal da maconha. Apenas em sete ela pode ser usada de forma recreativa, e cada um tem suas próprias leis. Na Califórnia, é preciso de receita médica, mas, ao andar por Los Angeles, é possível ver placas com anúncios de consultas por U$ 40, o que pode garantir acesso a manipulados ou à erva. No Colorado, onde o uso recreativo também foi liberado, há uma enorme indústria de produtos à base da cannabis crescendo. O Brasil é um dos países em que o uso medicinal só é autorizado mediante pedidos na Justiça. Em novembro, porém, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou critérios para permitir o registro, a venda e o uso de medicamentos à base de maconha. O supositório de maconha para aliviar cólicas menstruais, lançado nos EUA, ainda não passou pelo crivo do FDA (agência que regula remédios nos EUA) pela falta de pesquisas que comprovem a sua eficácia e segurança. Sem esse carimbo, muito médicos americanos são bastante cautelosos em indicar o produto. Os relatos das usuárias, contudo, são em sua maioria positivos. A empresa afirma ainda que não foram observados efeitos colaterais significativos porque os compostos do supositório agem localmente, diferente do que acontece quando a maconha é inalada ou ingerida. "O supositório usa o componente da maconha que tem efeito analgésico e cuja eficácia foi comprovada contra a dor em casos de câncer. Ginecologicamente, seria uma alternativa aos analgésicos tradicionais, que podem ter efeitos colaterais, desde que a segurança seja estabelecida em estudos clínicos", diz Carlos Alberto Petta, presidente da Sociedade Brasileira de Endometriose. A indicação da dosagem é variável e, segundo o site da empresa, depende da intensidade da dor. Fumar maconha teria o mesmo efeito? Não. "A concentração dos ativos na fórmula é para efeito analgésico. Além disso, ele é absorvido diretamente na mucosa vaginal e funciona localmente", diz Petta. - Nov.2013 Após ver informações na internet sobre testes com canabidiol, um dos derivados da maconha, a família da brasileira Anny Fischer, que sofre de uma síndrome rara, decide importar dos Estados Unidos um óleo rico na substância para a criança Mar.2014 Uma das tentativas de importação falha e o canabidiol é barrado na alfândega. A família conta sua história a um jornalista, que lança o documentário "Ilegal" sobre o caso Abr.2014 A família de Anny consegue laudo médico da USP de Ribeirão Preto e entra na Justiça para conseguir importar o produto. O pedido é aprovado. Após o caso, Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) passa receber mais pedidos de autorização para importação de produtos à base de canabidiol 10.out.2014 Conselho Regional de Medicina de São Paulo autoriza a prescrição de canabidiol no Estado 11. dez.2014 Conselho Federal de Medicina autoriza médicos a prescreverem o canabidiol, mas somente para crianças com epilepsia e que não tenham tido sucesso em outros tratamentos 15.jan.2015 Anvisa libera uso medicinal de produtos à base de canabidiol, um dos derivados da maconha, retirando-o de uma lista de substâncias proibidas e colocando-o em uma lista de substâncias controladas Mar.2015 Cresce volume de decisões judiciais que obrigam a União a fornecer o canabidiol a pacientes com diferentes tipos de crises convulsivas, não apenas as epiléticas 23. abr.2015 Anvisa simplifica regras para importação de produtos à base de canabidiol e cria lista de produtos que podem ter facilitado processo de autorização para importar Ago. e set.2015 STF começa a discutir se é crime portar drogas para uso próprio. Julgamento, no entanto, foi suspenso após pedido de vistas do ministro Teori Zavascki 21.mar.2016 Após determinação judicial, Anvisa publica resolução que autoriza prescrição e importação de medicamentos com THC, um dos princípios ativos da maconha. Antes, essa substância fazia parte da lista daquelas que não poderiam ser objeto de prescrição médica e manipulação de medicamentos no país 22.nov.2016 Anvisa aprova critérios para uso de medicamento à base de maconha e abre espaço para que remédios à base da planta possam obter registro para venda no país Nov. e dez. 2016 Três famílias, duas do RJ e uma de SP, conseguem habeas corpus que as permitem plantar e extrair óleo de maconha para uso medicinal e próprio
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Trump critica 'vazamentos ilegais' no governo após renúncia de assessor
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Na sua primeira manifestação pública após a renúncia do conselheiro de Segurança Nacional, Michael Flynn, por um escândalo envolvendo a Rússia, o presidente americano, Donald Trump, disse que sua real preocupação é com a quantidade de "vazamentos ilegais" de informações sobre seu governo. "A verdadeira história aqui é por que há tanto vazamento ilegal saindo de Washington? Esses vazamentos vão acontecer enquanto eu estiver negociando sobre Coreia do Norte etc?", escreveu Trump em seu perfil no Twitter. O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, afirmou nesta terça-feira (14) que Trump pediu a demissão de Flynn após a "deterioração de sua confiança" no conselheiro de Segurança. Kellyanne Conway, uma das principais assessoras de Trump, porém, deu outra versão do ocorrido em entrevistas na manhã desta terça. Segundo ela, foi Flynn quem pediu para sair, "ao perceber que havia se tornado um para-raios." Conway afirma ainda que foi o próprio Trump quem lhe pediu para dizer isso. ESCÂNDALO O escândalo envolvendo Flynn ficou insustentável depois de jornais americanos terem revelado, na última sexta (10), a descoberta, pelos serviços de inteligência, de que o general havia pedido em dezembro ao embaixador russo, Sergei Kislyak, para não reagir de forma desproporcional aos EUA porque Trump poderia rever as sanções a Moscou quando chegasse à Casa Branca. Outro vazamento que teria irritado o presidente foi sobre um telefonema, no fim de janeiro, com o líder russo Vladimir Putin. Na última semana, a imprensa americana divulgou que, na conversa, Trump teria criticado o tratado para o controle de armas nucleares assinado pelos dois países em 2011. Depois disso, o porta-voz da Casa Branca disse que a equipe estava avaliando os vazamentos e que era "muito preocupante" a ideia "de que não se pode ter uma conversa sem que a informação saia dali". "Estamos tentando conduzir as coisas de forma séria para o bem do país." A declaração de Trump nesta terça pode ser um sinal de que o presidente pretende, de fato, apertar o cerco sobre sua equipe para pegar responsáveis por vazamentos. Segundo o jornal "The New York Times", alguns funcionários da Casa Branca já começaram a conversar com os próprios colegas apenas por mensagens criptografadas, após rumores de que poderia ser criado um programa de monitoramento de celulares e e-mails dos integrantes da equipe. COREIA DO NORTE O fato de Trump ter usado como exemplo a Coreia do Norte, em sua mensagem nesta terça-feira, também parece proposital. Trump tem sido criticado por opositores e até por parlamentares republicanos por ter aparentemente discutido em um local público sobre a resposta ao teste de míssil da Coreia do Norte no último sábado (11). O presidente jantava com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em um restaurante no resort Mar-a-Lago, na Flórida, quando foi informado sobre o teste e ficou conversando com assessores, que acessavam seus computadores, ali mesmo na mesa do restaurante, em frente a outros clientes do estabelecimento. "Geralmente esse não é um lugar onde se faz esse tipo de coisa", disse o senador republicano pela Flórida Marco Rubio, um dos vários nomes do partido que disputou contra Trump a candidatura presidencial. A deputada Nancy Pelosi, da Califórnia, líder democrata na Câmara, disse, por sua vez, não haver desculpa "para deixar uma crise internacional se desenrolar na frente de um bando de sócios do clube de campo, como um teatro-jantar".
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mundo
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Trump critica 'vazamentos ilegais' no governo após renúncia de assessorNa sua primeira manifestação pública após a renúncia do conselheiro de Segurança Nacional, Michael Flynn, por um escândalo envolvendo a Rússia, o presidente americano, Donald Trump, disse que sua real preocupação é com a quantidade de "vazamentos ilegais" de informações sobre seu governo. "A verdadeira história aqui é por que há tanto vazamento ilegal saindo de Washington? Esses vazamentos vão acontecer enquanto eu estiver negociando sobre Coreia do Norte etc?", escreveu Trump em seu perfil no Twitter. O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, afirmou nesta terça-feira (14) que Trump pediu a demissão de Flynn após a "deterioração de sua confiança" no conselheiro de Segurança. Kellyanne Conway, uma das principais assessoras de Trump, porém, deu outra versão do ocorrido em entrevistas na manhã desta terça. Segundo ela, foi Flynn quem pediu para sair, "ao perceber que havia se tornado um para-raios." Conway afirma ainda que foi o próprio Trump quem lhe pediu para dizer isso. ESCÂNDALO O escândalo envolvendo Flynn ficou insustentável depois de jornais americanos terem revelado, na última sexta (10), a descoberta, pelos serviços de inteligência, de que o general havia pedido em dezembro ao embaixador russo, Sergei Kislyak, para não reagir de forma desproporcional aos EUA porque Trump poderia rever as sanções a Moscou quando chegasse à Casa Branca. Outro vazamento que teria irritado o presidente foi sobre um telefonema, no fim de janeiro, com o líder russo Vladimir Putin. Na última semana, a imprensa americana divulgou que, na conversa, Trump teria criticado o tratado para o controle de armas nucleares assinado pelos dois países em 2011. Depois disso, o porta-voz da Casa Branca disse que a equipe estava avaliando os vazamentos e que era "muito preocupante" a ideia "de que não se pode ter uma conversa sem que a informação saia dali". "Estamos tentando conduzir as coisas de forma séria para o bem do país." A declaração de Trump nesta terça pode ser um sinal de que o presidente pretende, de fato, apertar o cerco sobre sua equipe para pegar responsáveis por vazamentos. Segundo o jornal "The New York Times", alguns funcionários da Casa Branca já começaram a conversar com os próprios colegas apenas por mensagens criptografadas, após rumores de que poderia ser criado um programa de monitoramento de celulares e e-mails dos integrantes da equipe. COREIA DO NORTE O fato de Trump ter usado como exemplo a Coreia do Norte, em sua mensagem nesta terça-feira, também parece proposital. Trump tem sido criticado por opositores e até por parlamentares republicanos por ter aparentemente discutido em um local público sobre a resposta ao teste de míssil da Coreia do Norte no último sábado (11). O presidente jantava com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em um restaurante no resort Mar-a-Lago, na Flórida, quando foi informado sobre o teste e ficou conversando com assessores, que acessavam seus computadores, ali mesmo na mesa do restaurante, em frente a outros clientes do estabelecimento. "Geralmente esse não é um lugar onde se faz esse tipo de coisa", disse o senador republicano pela Flórida Marco Rubio, um dos vários nomes do partido que disputou contra Trump a candidatura presidencial. A deputada Nancy Pelosi, da Califórnia, líder democrata na Câmara, disse, por sua vez, não haver desculpa "para deixar uma crise internacional se desenrolar na frente de um bando de sócios do clube de campo, como um teatro-jantar".
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Cunha começa a instaurar processo de impeachment de Temer
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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vai cumprir a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, e começou a tomar medidas para instaurar uma comissão de impeachment contra o vice-presidente Michel Temer. Cunha enviou ofícios aos líderes partidários nesta quarta (6) pedindo que eles indiquem os deputados que vão integrar a comissão. Na terça (5), o presidente a Câmara chamou de "absurda" a decisão do ministro do STF, que determinou a instauração de processo conta Temer. O deputado indicou a aliados que não pretendia cumprir a ordem judicial. O ministro respondeu que o peemedebista tem o direito de "espernear", mas incorreria em crime de responsabilidade caso se recusasse a acatar a decisão do STF. Cunha já é réu no Supremo, sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no petrolão. Em dezembro, a Procuradoria-Geral da República pediu ao tribunal que o afastasse do cargo. O caso não foi julgado até hoje. Temer no alvo
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Cunha começa a instaurar processo de impeachment de TemerO presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vai cumprir a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, e começou a tomar medidas para instaurar uma comissão de impeachment contra o vice-presidente Michel Temer. Cunha enviou ofícios aos líderes partidários nesta quarta (6) pedindo que eles indiquem os deputados que vão integrar a comissão. Na terça (5), o presidente a Câmara chamou de "absurda" a decisão do ministro do STF, que determinou a instauração de processo conta Temer. O deputado indicou a aliados que não pretendia cumprir a ordem judicial. O ministro respondeu que o peemedebista tem o direito de "espernear", mas incorreria em crime de responsabilidade caso se recusasse a acatar a decisão do STF. Cunha já é réu no Supremo, sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no petrolão. Em dezembro, a Procuradoria-Geral da República pediu ao tribunal que o afastasse do cargo. O caso não foi julgado até hoje. Temer no alvo
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Temer deve esperar sabatina de Moraes para indicar nome para Justiça
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O presidente Michel Temer pretende indicar um novo ocupante para o Ministério da Justiça depois de aprovada no Senado a indicação de Alexandre de Moraes para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal). O peemedebista acredita que o nome do tucano seja chancelado com facilidade, devido ao seu trânsito político com a base aliada, mas a intenção é evitar passar a mensagem de que o Poder Executivo está atropelando uma decisão do Poder Judiciário. Nas palavras de um assessor presidencial, a indicação de um nome para o Ministério da Justiça antes da aprovação de Moraes poderia ser encarada como uma "comemoração antes da hora" do Palácio do Planalto. Nesta terça-feira (7), o ministro pediu uma licença de 30 dias para se preparar para a sabatina no Senado, o que lhe garante foro privilegiado até sua efetivação como ministro da Suprema Corte. Mais tarde, ele afirmou em um prazo de cerca de quinze dias, quando deve ser realizada a sabatina. O presidente disse também que o novo ministro fará parte de sua "cota pessoal". "Será uma escolha pessoal. Vamos escolher no plano pessoal", disse. Segundo ele, apesar das críticas dos partidos de oposição de que foi feito uso político na indicação de Moraes, "só houve elogios" à escolha do tucano para a Suprema Corte. O presidente trabalhou para que a sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) fosse realizada na penúltima semana de fevereiro, mas a expectativa é de que ela fique apenas para março. O regimento do Senado Federal estabelece prazo de quinze dias entre a indicação e a sabatina, tempo que costuma ser utilizado pelo escolhido para fazer campanha entre os integrantes da comissão parlamentar. Nesta terça-feira (7), perguntado quando indicará um nome para o Ministério da Justiça, o peemedebista respondeu: "Em alguns dias, muitos dias." O PMDB e o PSDB começaram desde a segunda-feira (6) uma disputa pelo cargo. Com a queixa de que o partido ocupa um espaço subdimensionado na Esplanada dos Ministério, o PMDB cobra do presidente o controle da pasta como uma contrapartida por ter entregue ao PSDB a Secretaria de Governo. Para contemplar o partido, o presidente avalia convidar o ex-ministro Nelson Jobim, que é filiado ao PMDB e ocupou o mesmo cargo no governo de Fernando Henrique Cardoso. Em uma disputa com o PMDB, o PSDB tem defendido manter o controle da pasta e sugeriu ao presidente a indicação do senador tucano Antonio Anastasia (MG). Sob pressão dos dois partidos, o presidente tem sido aconselhado, no entanto, por assessores e auxiliares a não indicar um nome com vinculação política, evitando a crítica de que a escolha tem como objetivo interferir no trabalho da Polícia Federal. Com esse objetivo, o peemedebista também considera os nomes dos ex-ministros do Supremo Carlos Ayres Brito e Ellen Gracie. Os dois são considerados conselheiros informais do presidente em questões jurídicas e foram sondados para cargos na Esplanada em maio, mas não aceitaram.
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Temer deve esperar sabatina de Moraes para indicar nome para JustiçaO presidente Michel Temer pretende indicar um novo ocupante para o Ministério da Justiça depois de aprovada no Senado a indicação de Alexandre de Moraes para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal). O peemedebista acredita que o nome do tucano seja chancelado com facilidade, devido ao seu trânsito político com a base aliada, mas a intenção é evitar passar a mensagem de que o Poder Executivo está atropelando uma decisão do Poder Judiciário. Nas palavras de um assessor presidencial, a indicação de um nome para o Ministério da Justiça antes da aprovação de Moraes poderia ser encarada como uma "comemoração antes da hora" do Palácio do Planalto. Nesta terça-feira (7), o ministro pediu uma licença de 30 dias para se preparar para a sabatina no Senado, o que lhe garante foro privilegiado até sua efetivação como ministro da Suprema Corte. Mais tarde, ele afirmou em um prazo de cerca de quinze dias, quando deve ser realizada a sabatina. O presidente disse também que o novo ministro fará parte de sua "cota pessoal". "Será uma escolha pessoal. Vamos escolher no plano pessoal", disse. Segundo ele, apesar das críticas dos partidos de oposição de que foi feito uso político na indicação de Moraes, "só houve elogios" à escolha do tucano para a Suprema Corte. O presidente trabalhou para que a sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) fosse realizada na penúltima semana de fevereiro, mas a expectativa é de que ela fique apenas para março. O regimento do Senado Federal estabelece prazo de quinze dias entre a indicação e a sabatina, tempo que costuma ser utilizado pelo escolhido para fazer campanha entre os integrantes da comissão parlamentar. Nesta terça-feira (7), perguntado quando indicará um nome para o Ministério da Justiça, o peemedebista respondeu: "Em alguns dias, muitos dias." O PMDB e o PSDB começaram desde a segunda-feira (6) uma disputa pelo cargo. Com a queixa de que o partido ocupa um espaço subdimensionado na Esplanada dos Ministério, o PMDB cobra do presidente o controle da pasta como uma contrapartida por ter entregue ao PSDB a Secretaria de Governo. Para contemplar o partido, o presidente avalia convidar o ex-ministro Nelson Jobim, que é filiado ao PMDB e ocupou o mesmo cargo no governo de Fernando Henrique Cardoso. Em uma disputa com o PMDB, o PSDB tem defendido manter o controle da pasta e sugeriu ao presidente a indicação do senador tucano Antonio Anastasia (MG). Sob pressão dos dois partidos, o presidente tem sido aconselhado, no entanto, por assessores e auxiliares a não indicar um nome com vinculação política, evitando a crítica de que a escolha tem como objetivo interferir no trabalho da Polícia Federal. Com esse objetivo, o peemedebista também considera os nomes dos ex-ministros do Supremo Carlos Ayres Brito e Ellen Gracie. Os dois são considerados conselheiros informais do presidente em questões jurídicas e foram sondados para cargos na Esplanada em maio, mas não aceitaram.
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Sob impasse, Espanha deve ter terceira eleição geral em menos de um ano
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Se nesta semana os líderes políticos espanhóis falharem na aprovação de seu próximo governo, como é previsto, eleitores podem ter que voltar às urnas em dezembro. O país terá passado um ano sem governo definitivo. Mariano Rajoy (Partido Popular, conservador) atua como premiê em exercício. Seu governo tem diversas limitações. Mas, apesar da paralisia, a Espanha prospera. Após anos de retração, a economia espanhola está entre as que mais crescem na zona do euro. A previsão do governo em exercício é de que o PIB (Produto Interno Bruto) suba 2,9% em 2016. Especialistas se perguntam, no entanto, se a Espanha não poderia crescer mais caso vivesse uma situação política mais estável. O governo em exercício não pode apresentar projetos de lei, e tem atrasado investimentos na infraestrutura e a nomeação de cargos. O cenário pode complicar-se caso não haja um novo governo a tempo de aprovar o orçamento de 2017. Nesse caso, o orçamento deste ano passaria a valer automaticamente também no próximo. Esse é um ponto problemático, pois o país vive sob pressão da União Europeia para reduzir os seus gastos. A dívida pública espanhola corresponde hoje a 100,9% do PIB, maior valor desde 1909. ECONOMIA O crescimento espanhol se deve, segundo a análise do economista Emilio Ontiveros, à sua integração à União Europeia. Sem o apoio do bloco europeu, afirma à Folha, o país estaria em uma situação bastante mais complicada. "Se fizéssemos uma análise do que teria acontecido na economia espanhola sem a rede de segurança europeia, seria muito desastroso", diz. A Espanha se beneficia de uma série de outros fatores, como o baixo preço das matérias primas e do petróleo. Além disso, há as vantagens do câmbio do euro em relação ao dólar, o que favorece a competição espanhola. "A economia está se beneficiando do impulso que esses fatores externos tiveram", afirma. É uma situação que não deve perdurar sem limite. Setores que dependem de investimento público, como construção, seguem devagar. POLÍTICA O impasse espanhol é uma novidade. Até as últimas eleições, o país se dividia entre duas grandes siglas, o Partido Popular (PP, conservador) e o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, esquerda). Era mais fácil ter maioria no Congresso e aprovar um governo. Mas o pleito de 2015 registrou o surgimento de novas forças, o Podemos (esquerda) e o Cidadãos (centro-direita), complicando a conta. Tanto nas eleições de dezembro de 2015 quanto nas de junho de 2016, nenhuma aliança entre os partidos conseguiu chegar ao número necessário de 176 deputados. A espera dos últimos meses causa estafa em todo o espectro político. Se não se resolver o impasse, é possível que a Espanha volte às urnas em dezembro. A princípio o voto seria no dia 25, Natal, mas há movimentação para antecipá-lo para o dia 18. Para o cientista político Pablo Simon, do think tank espanhol Politikon, há crescente rechaço aos políticos. "Isso contrasta com o efeito em geral produzido após as eleições, quando a insatisfação popular cai e há uma lua de mel temporária, durante a expectativa em relação ao novo governo", diz. PARALELO O exemplo histórico para o impasse espanhol é a recordista Bélgica, paralisada entre junho de 2010 e dezembro de 2011 e sem governo por 589 dias. O recorde anterior era do Camboja, de 353 dias. A Bélgica cresceu acima da média da zona do euro, o desemprego caiu e as previsões ruins não se concretizaram. O que não quer dizer que a Bélgica tenha vivido dias tranquilos. O governo formado no fim de 2011 resultou, em parte, de pressão interna e externa. A agência de classificação de risco S&P havia rebaixado a avaliação do país até a formação da coalizão.
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mundo
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Sob impasse, Espanha deve ter terceira eleição geral em menos de um anoSe nesta semana os líderes políticos espanhóis falharem na aprovação de seu próximo governo, como é previsto, eleitores podem ter que voltar às urnas em dezembro. O país terá passado um ano sem governo definitivo. Mariano Rajoy (Partido Popular, conservador) atua como premiê em exercício. Seu governo tem diversas limitações. Mas, apesar da paralisia, a Espanha prospera. Após anos de retração, a economia espanhola está entre as que mais crescem na zona do euro. A previsão do governo em exercício é de que o PIB (Produto Interno Bruto) suba 2,9% em 2016. Especialistas se perguntam, no entanto, se a Espanha não poderia crescer mais caso vivesse uma situação política mais estável. O governo em exercício não pode apresentar projetos de lei, e tem atrasado investimentos na infraestrutura e a nomeação de cargos. O cenário pode complicar-se caso não haja um novo governo a tempo de aprovar o orçamento de 2017. Nesse caso, o orçamento deste ano passaria a valer automaticamente também no próximo. Esse é um ponto problemático, pois o país vive sob pressão da União Europeia para reduzir os seus gastos. A dívida pública espanhola corresponde hoje a 100,9% do PIB, maior valor desde 1909. ECONOMIA O crescimento espanhol se deve, segundo a análise do economista Emilio Ontiveros, à sua integração à União Europeia. Sem o apoio do bloco europeu, afirma à Folha, o país estaria em uma situação bastante mais complicada. "Se fizéssemos uma análise do que teria acontecido na economia espanhola sem a rede de segurança europeia, seria muito desastroso", diz. A Espanha se beneficia de uma série de outros fatores, como o baixo preço das matérias primas e do petróleo. Além disso, há as vantagens do câmbio do euro em relação ao dólar, o que favorece a competição espanhola. "A economia está se beneficiando do impulso que esses fatores externos tiveram", afirma. É uma situação que não deve perdurar sem limite. Setores que dependem de investimento público, como construção, seguem devagar. POLÍTICA O impasse espanhol é uma novidade. Até as últimas eleições, o país se dividia entre duas grandes siglas, o Partido Popular (PP, conservador) e o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, esquerda). Era mais fácil ter maioria no Congresso e aprovar um governo. Mas o pleito de 2015 registrou o surgimento de novas forças, o Podemos (esquerda) e o Cidadãos (centro-direita), complicando a conta. Tanto nas eleições de dezembro de 2015 quanto nas de junho de 2016, nenhuma aliança entre os partidos conseguiu chegar ao número necessário de 176 deputados. A espera dos últimos meses causa estafa em todo o espectro político. Se não se resolver o impasse, é possível que a Espanha volte às urnas em dezembro. A princípio o voto seria no dia 25, Natal, mas há movimentação para antecipá-lo para o dia 18. Para o cientista político Pablo Simon, do think tank espanhol Politikon, há crescente rechaço aos políticos. "Isso contrasta com o efeito em geral produzido após as eleições, quando a insatisfação popular cai e há uma lua de mel temporária, durante a expectativa em relação ao novo governo", diz. PARALELO O exemplo histórico para o impasse espanhol é a recordista Bélgica, paralisada entre junho de 2010 e dezembro de 2011 e sem governo por 589 dias. O recorde anterior era do Camboja, de 353 dias. A Bélgica cresceu acima da média da zona do euro, o desemprego caiu e as previsões ruins não se concretizaram. O que não quer dizer que a Bélgica tenha vivido dias tranquilos. O governo formado no fim de 2011 resultou, em parte, de pressão interna e externa. A agência de classificação de risco S&P havia rebaixado a avaliação do país até a formação da coalizão.
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Receitas são disfarces para se conhecer o outro
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"Com avencas na Caatinga Alecrins no canavial Licores na moringa Um vinho tropical E a linda mulata Com rendas do Alentejo De quem numa bravata Arrebato um beijo Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal Ainda vai tornar-se um imenso Portugal" (Chico Buarque) Há quase sempre um pequeno Portugal dentro de um brasileiro. Que sejam rápidas memórias de turismo, uma ladeira na Alfama, uns miúdos brigando no quintal, a cidade e as serras, uma tabacaria, um fado, amêijoas na cataplana, uma bolsinha de prata rendada. Nunca me conformei com tanto mar nos separando. Um dia perguntei no Facebook onde poderia achar endereços de facefriends portugueses, afinal falamos a mesma língua, já era sem tempo de conversarmos e nos conhecermos melhor. Uma pergunta burra, com certeza, não existem endereços, é todo Portugal a seu dispor, você pede a amizade de um português, como se faz aqui e lá está ele seu amigo. Qualquer nome? Não, também não. Mas um dia, sem que nem me apercebesse muito bem, baixou uma portuguesa bonita no Rio de Janeiro, professora da escola do Bispo, em Lagos, fez uma exposição de um projeto seu, cativou um auditório e se fez amiga de um amigo meu, bem brasileiro, o Pablo Jorge, já conhecido por suas fotos e comidas maravilhosas. Encantado com ela, ele a visitou, aproveitou cada momento daquela súbita convivência portuguesa, comeu de todos os frutos do mar, cozinhou todos os bichos que lhe apareceram pela frente, gravou em imagens um Portugal que pouco conhecemos. (Se vocês quiserem ver, ponho nas conversas do Face, certo?) Receitas são disfarces para se conhecer bem o outro e sua terra e sua intimidade. A Lina Nascimento começou assim, disse que tinha lá na sua casa alguém que a ajudava e que viera da Moldávia. Onde seria a Moldávia, intriguei-me, com meus poucos conhecimentos geográficos. Mas a Lina foi me informando aos poucos do que lhe acontecia lá tão longe e me mandou uma receita de charutinho de repolho com um bilhete esclarecedor. "A Elena, minha empregada, veio para Portugal há cerca de dez anos, na altura do boom da imigração dos países de leste para cá. Veio casada à busca de uma vida melhor na cidade. Ela vivia no campo e não se identificava com aquela vida de tratar a terra e os animais. Adora Portugal, tem uma filha já nascida cá. Já se divorciou porque o marido tinha a intenção de ganhar aqui muito dinheiro poupando o máximo e regressar para a casa que lá têm. Ele já regressou mas ela ficou e já refez a sua vida sentimental, vive com um rapaz taxista e com a filha. Trabalha cá em casa há 6-7 anos. Trabalha também na casa da minha irmã e de uma prima minha. Espero que goste da receita dela. Beijinho" Coloquei a receita lá em baixo, parece ótima. Enquanto isso chegavam de vez em quando uns recados: "Acabaram de me vir trazer um cabrito inteiro. Socorro! Como vou desmanchá-lo? Socorro. Não como cabrito. Quando era pequena tinha um de estimação no campo da minha avó. Até que o mataram para comermos. Desde aí que não como essa carne. Vou dá-lo à minha família logo de manhã. Cá é tradição comer cabrito no domingo de Páscoa... E eu, ervilhas com ovos. Mãe!" "Amanhã vou fazer o cabrito para o almoço porque a Inês aceitou o convite para vir comer à minha casa com toda a família. Vc dá-me uma ideia de como cozinhá-lo?? As pernas são assadas para domingo. Para amanhã seriam as outras partes." "Feito o cabrito. Você queria fotos mas não as tenho. As pernas, fez a minha mãe assadas. Eu fiz as outras partes. Inventei, inventei. Temperei de véspera com uma pasta que fiz no almofariz com sal, alho, tomilho, pimenta-preta, sumo de laranja, malagueta e cúrcuma. Num tacho com azeite, pus cebolas em rodelas, o cabrito e este preparado e cozeu em lume brando três horas. Na última hora juntei dois courgettes. O pessoal adorou. Coisa inventada sempre sai bem." "Ervilhas com ovos, foi o que comi. Faço um refogado de azeite e cebola muito picadinha depois junto as ervilhas. Se forem congeladas, não junto água. Adiciono uma colher de chá de açúcar mascavado e sal. Cozem em lume brando. No final ponho um pé de hortelã e os ovos crus. Tapo o tacho e deixo cozer ou escalfar os ovos. Eu prefiro escalfados. Fácil e delicioso. Ainda tenho o que te contar. Começou a época da caracolada. Adoro. As ovas de lula é outro petisco delicioso. Este foi o jantar de ontem." * Aqui estão os charutinhos: sarmale. Receita Serve 4 pessoas 1/2 kg de carne moída crua (porco e/ou vaca) 2 chávenas de arroz cru e lavado 1 couve repolho ou folhas de parreira 5 dentes de alho picados 2 cebolas picadas 1 cenoura ralada 2 tomates maduros e picados ½ pimento pequeno 1 colher (café) rasa de pimenta 1 colher de banha Toucinho picado sal Faz-se um refogado com a cebola e o alho na banha, até ficarem transparentes. Junta-se a cenoura, o tomate e o pimento e mexe-se um pouco. Depois mistura-se a carne e o arroz e tempera-se com sal, pimenta, e um pouco de toucinho. Misture bem. Reserve e deixe arrefecer. Coloque uma panela de água para ferver. Solte folhas do repolho (inteiras) uma a uma e coloque na água fervendo até elas amolecerem e ficarem maleáveis. Nalgumas zonas do país usam-se também folhas de parreira. Forra-se o fundo da panela com algumas folhas do repolho —as partes que se danificaram e as mais grossas. Constroem-se os embrulhinhos: abre-se a folha do repolho, coloca-se uma porção do preparado e enrola-se bem apertadinho, fechando as pontas quando possível. Deve-se fazê-los não muito grandes porque os mais pequenos são mais saborosos! De seguida colocam-se os embrulhinhos na panela, formando camadas. Quando terminar, junta-se um pouco de água a cozinha-se em fogo baixo. Pode-se servir com papas de milho rijas e regar com um pouco de natas. Curiosidade: Esta é uma receita de Inverno típica da Moldávia onde as temperaturas são negativas, não sendo viável o cultivo das couves. Quando a conservação dos alimentos era feita recorrendo ao sal, colocavam-se as couves inteiras em reservatórios de madeira com tampa, cobertas de sal. Na altura da utilização das folhas das couves, estas eram cuidadosamente retiradas pois, pelo efeito da salmoura, tinham a maleabilidade e o tempero adequados à confecção desta receita. * Pois, é, Lina do Nascimento, obrigada, assim de receita em receita vou formando um Portugal dentro de mim, e até um tanto da Moldávia. Essa internet não é de brincadeiras, não. Apresenta as pessoas, os países, já me sinto um tanto portuguesa e espero fazer-te brasileira num piscar de olhos.
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Receitas são disfarces para se conhecer o outro"Com avencas na Caatinga Alecrins no canavial Licores na moringa Um vinho tropical E a linda mulata Com rendas do Alentejo De quem numa bravata Arrebato um beijo Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal Ainda vai tornar-se um imenso Portugal" (Chico Buarque) Há quase sempre um pequeno Portugal dentro de um brasileiro. Que sejam rápidas memórias de turismo, uma ladeira na Alfama, uns miúdos brigando no quintal, a cidade e as serras, uma tabacaria, um fado, amêijoas na cataplana, uma bolsinha de prata rendada. Nunca me conformei com tanto mar nos separando. Um dia perguntei no Facebook onde poderia achar endereços de facefriends portugueses, afinal falamos a mesma língua, já era sem tempo de conversarmos e nos conhecermos melhor. Uma pergunta burra, com certeza, não existem endereços, é todo Portugal a seu dispor, você pede a amizade de um português, como se faz aqui e lá está ele seu amigo. Qualquer nome? Não, também não. Mas um dia, sem que nem me apercebesse muito bem, baixou uma portuguesa bonita no Rio de Janeiro, professora da escola do Bispo, em Lagos, fez uma exposição de um projeto seu, cativou um auditório e se fez amiga de um amigo meu, bem brasileiro, o Pablo Jorge, já conhecido por suas fotos e comidas maravilhosas. Encantado com ela, ele a visitou, aproveitou cada momento daquela súbita convivência portuguesa, comeu de todos os frutos do mar, cozinhou todos os bichos que lhe apareceram pela frente, gravou em imagens um Portugal que pouco conhecemos. (Se vocês quiserem ver, ponho nas conversas do Face, certo?) Receitas são disfarces para se conhecer bem o outro e sua terra e sua intimidade. A Lina Nascimento começou assim, disse que tinha lá na sua casa alguém que a ajudava e que viera da Moldávia. Onde seria a Moldávia, intriguei-me, com meus poucos conhecimentos geográficos. Mas a Lina foi me informando aos poucos do que lhe acontecia lá tão longe e me mandou uma receita de charutinho de repolho com um bilhete esclarecedor. "A Elena, minha empregada, veio para Portugal há cerca de dez anos, na altura do boom da imigração dos países de leste para cá. Veio casada à busca de uma vida melhor na cidade. Ela vivia no campo e não se identificava com aquela vida de tratar a terra e os animais. Adora Portugal, tem uma filha já nascida cá. Já se divorciou porque o marido tinha a intenção de ganhar aqui muito dinheiro poupando o máximo e regressar para a casa que lá têm. Ele já regressou mas ela ficou e já refez a sua vida sentimental, vive com um rapaz taxista e com a filha. Trabalha cá em casa há 6-7 anos. Trabalha também na casa da minha irmã e de uma prima minha. Espero que goste da receita dela. Beijinho" Coloquei a receita lá em baixo, parece ótima. Enquanto isso chegavam de vez em quando uns recados: "Acabaram de me vir trazer um cabrito inteiro. Socorro! Como vou desmanchá-lo? Socorro. Não como cabrito. Quando era pequena tinha um de estimação no campo da minha avó. Até que o mataram para comermos. Desde aí que não como essa carne. Vou dá-lo à minha família logo de manhã. Cá é tradição comer cabrito no domingo de Páscoa... E eu, ervilhas com ovos. Mãe!" "Amanhã vou fazer o cabrito para o almoço porque a Inês aceitou o convite para vir comer à minha casa com toda a família. Vc dá-me uma ideia de como cozinhá-lo?? As pernas são assadas para domingo. Para amanhã seriam as outras partes." "Feito o cabrito. Você queria fotos mas não as tenho. As pernas, fez a minha mãe assadas. Eu fiz as outras partes. Inventei, inventei. Temperei de véspera com uma pasta que fiz no almofariz com sal, alho, tomilho, pimenta-preta, sumo de laranja, malagueta e cúrcuma. Num tacho com azeite, pus cebolas em rodelas, o cabrito e este preparado e cozeu em lume brando três horas. Na última hora juntei dois courgettes. O pessoal adorou. Coisa inventada sempre sai bem." "Ervilhas com ovos, foi o que comi. Faço um refogado de azeite e cebola muito picadinha depois junto as ervilhas. Se forem congeladas, não junto água. Adiciono uma colher de chá de açúcar mascavado e sal. Cozem em lume brando. No final ponho um pé de hortelã e os ovos crus. Tapo o tacho e deixo cozer ou escalfar os ovos. Eu prefiro escalfados. Fácil e delicioso. Ainda tenho o que te contar. Começou a época da caracolada. Adoro. As ovas de lula é outro petisco delicioso. Este foi o jantar de ontem." * Aqui estão os charutinhos: sarmale. Receita Serve 4 pessoas 1/2 kg de carne moída crua (porco e/ou vaca) 2 chávenas de arroz cru e lavado 1 couve repolho ou folhas de parreira 5 dentes de alho picados 2 cebolas picadas 1 cenoura ralada 2 tomates maduros e picados ½ pimento pequeno 1 colher (café) rasa de pimenta 1 colher de banha Toucinho picado sal Faz-se um refogado com a cebola e o alho na banha, até ficarem transparentes. Junta-se a cenoura, o tomate e o pimento e mexe-se um pouco. Depois mistura-se a carne e o arroz e tempera-se com sal, pimenta, e um pouco de toucinho. Misture bem. Reserve e deixe arrefecer. Coloque uma panela de água para ferver. Solte folhas do repolho (inteiras) uma a uma e coloque na água fervendo até elas amolecerem e ficarem maleáveis. Nalgumas zonas do país usam-se também folhas de parreira. Forra-se o fundo da panela com algumas folhas do repolho —as partes que se danificaram e as mais grossas. Constroem-se os embrulhinhos: abre-se a folha do repolho, coloca-se uma porção do preparado e enrola-se bem apertadinho, fechando as pontas quando possível. Deve-se fazê-los não muito grandes porque os mais pequenos são mais saborosos! De seguida colocam-se os embrulhinhos na panela, formando camadas. Quando terminar, junta-se um pouco de água a cozinha-se em fogo baixo. Pode-se servir com papas de milho rijas e regar com um pouco de natas. Curiosidade: Esta é uma receita de Inverno típica da Moldávia onde as temperaturas são negativas, não sendo viável o cultivo das couves. Quando a conservação dos alimentos era feita recorrendo ao sal, colocavam-se as couves inteiras em reservatórios de madeira com tampa, cobertas de sal. Na altura da utilização das folhas das couves, estas eram cuidadosamente retiradas pois, pelo efeito da salmoura, tinham a maleabilidade e o tempero adequados à confecção desta receita. * Pois, é, Lina do Nascimento, obrigada, assim de receita em receita vou formando um Portugal dentro de mim, e até um tanto da Moldávia. Essa internet não é de brincadeiras, não. Apresenta as pessoas, os países, já me sinto um tanto portuguesa e espero fazer-te brasileira num piscar de olhos.
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Gaúchos Kleiton e Kledir fazem show na Palestina e evitam política; assista
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Os músicos gaúchos Kleiton e Kledir fizeram nesta quinta-feira (11) um show em Ramallah, na Palestina, para um público basicamente formado por imigrantes brasileiros de ascendência palestina oriundos do Sul do país. Apesar de contar com algo em torno de 5.000 brasileiros, a Cisjordânia raramente recebe artistas do Brasil. A apresentação foi num hotel de luxo de Ramallah, a capital política e cultural palestina. "Esse show é uma maneira de dizer: 'Amamos a Palestina, amamos o Brasil!'", disse em discurso o embaixador Paulo Roberto França, do Escritório de Representação do Brasil em Ramallah, que fez o convite à dupla. Kleiton e Kledir, no entanto, disseram que o objetivo da visita de cinco dias à Palestina é apenas cultural, sem viés político. O objetivo seria "abrir as portas um intercâmbio cultural mais intenso entre Brasil e Palestina". "Somos dois gaúchos cristãos que querem a paz e vieram cantar para amigos. Não é um ato político. Sabemos que a situação é muito complexa, mas não levantamos nenhuma bandeira, não defendemos boicote a nada", disse Kledir à Folha, se referindo ao chamado Movimento BDS (boicote, desinvestimento e sanções), que pressiona artistas a não se apresentarem em Israel. Gilberto Gil e Caetano Veloso tocarão em Israel em julho, causando reações de ativistas que defendem boicote cultural a Israel -o ex-Pink Floyd Roger Waters escreveu a Gil e Caetano pedindo que desistissem do show. Chegou a ser marcado um workshop de Kleiton e Kledir também em Tel Aviv, Israel, no domingo (14), mas o evento foi desmarcado. Fontes ouvidas pela Folha negaram que houve motivação política. O Escritório de Representação do Brasil em Ramallah (espécie de embaixada na Palestina) tem um orçamento para eventos culturais separado da embaixada do Brasil em Tel Aviv, à qual é subordinado, mas informou que o patrocínio da viagem foi de empresas palestinas locais. O show foi o auge da série de compromissos, que incluiu também oficinas de música. "Descobrimos que a música é mesmo uma língua universal. Foi muito lindo esse momento", contou Kledir.
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ilustrada
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Gaúchos Kleiton e Kledir fazem show na Palestina e evitam política; assistaOs músicos gaúchos Kleiton e Kledir fizeram nesta quinta-feira (11) um show em Ramallah, na Palestina, para um público basicamente formado por imigrantes brasileiros de ascendência palestina oriundos do Sul do país. Apesar de contar com algo em torno de 5.000 brasileiros, a Cisjordânia raramente recebe artistas do Brasil. A apresentação foi num hotel de luxo de Ramallah, a capital política e cultural palestina. "Esse show é uma maneira de dizer: 'Amamos a Palestina, amamos o Brasil!'", disse em discurso o embaixador Paulo Roberto França, do Escritório de Representação do Brasil em Ramallah, que fez o convite à dupla. Kleiton e Kledir, no entanto, disseram que o objetivo da visita de cinco dias à Palestina é apenas cultural, sem viés político. O objetivo seria "abrir as portas um intercâmbio cultural mais intenso entre Brasil e Palestina". "Somos dois gaúchos cristãos que querem a paz e vieram cantar para amigos. Não é um ato político. Sabemos que a situação é muito complexa, mas não levantamos nenhuma bandeira, não defendemos boicote a nada", disse Kledir à Folha, se referindo ao chamado Movimento BDS (boicote, desinvestimento e sanções), que pressiona artistas a não se apresentarem em Israel. Gilberto Gil e Caetano Veloso tocarão em Israel em julho, causando reações de ativistas que defendem boicote cultural a Israel -o ex-Pink Floyd Roger Waters escreveu a Gil e Caetano pedindo que desistissem do show. Chegou a ser marcado um workshop de Kleiton e Kledir também em Tel Aviv, Israel, no domingo (14), mas o evento foi desmarcado. Fontes ouvidas pela Folha negaram que houve motivação política. O Escritório de Representação do Brasil em Ramallah (espécie de embaixada na Palestina) tem um orçamento para eventos culturais separado da embaixada do Brasil em Tel Aviv, à qual é subordinado, mas informou que o patrocínio da viagem foi de empresas palestinas locais. O show foi o auge da série de compromissos, que incluiu também oficinas de música. "Descobrimos que a música é mesmo uma língua universal. Foi muito lindo esse momento", contou Kledir.
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Morre aos 70 a ex-deputada federal petista Maria Lúcia Prandi
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Morreu na manhã desta quarta-feira (7), aos 70 anos, a ex-deputada federal Maria Lúcia Prandi (PT-SP). Ela estava internada desde o dia 23 de setembro no Instituto do Câncer, em São Paulo. Há um ano, ela foi diagnosticada com um câncer no pulmão. Líder política da região da Baixada Santista, Maria Lúcia foi a primeira –e única– mulher a presidir a Câmara de Municipal de Santos, em 1992. Foi secretária municipal da Educação de Santos durante a gestão Telma de Souza (1989-1992) e deputada estadual paulista por quatro mandatos, entre 1995 e 2010. Em abril de 2014, assumiu o mandato de deputada federal que era de Ricardo Berzoini (PT), na época indicado pela presidente Dilma Rousseff para ser ministro das Comunicações. Nascida em Potirendaba (a 432 km de São Paulo), era formada em história pela Universidade Católica de Santos (UniSantos) e mestre em ciências sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC). Aos 12 anos, mudou-se com a família para Santos, onde fez carreira como professora e política. Era tia do sociólogo Reginaldo Prandi. Em nota, o PT de Santos lamentou a morte de Maria Lúcia. "O PT sente a dor de uma das principais referências da política regional, estadual e federal, sinônimo de dignidade, e um ser humano irreparável. Solidariedade à família."
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Morre aos 70 a ex-deputada federal petista Maria Lúcia PrandiMorreu na manhã desta quarta-feira (7), aos 70 anos, a ex-deputada federal Maria Lúcia Prandi (PT-SP). Ela estava internada desde o dia 23 de setembro no Instituto do Câncer, em São Paulo. Há um ano, ela foi diagnosticada com um câncer no pulmão. Líder política da região da Baixada Santista, Maria Lúcia foi a primeira –e única– mulher a presidir a Câmara de Municipal de Santos, em 1992. Foi secretária municipal da Educação de Santos durante a gestão Telma de Souza (1989-1992) e deputada estadual paulista por quatro mandatos, entre 1995 e 2010. Em abril de 2014, assumiu o mandato de deputada federal que era de Ricardo Berzoini (PT), na época indicado pela presidente Dilma Rousseff para ser ministro das Comunicações. Nascida em Potirendaba (a 432 km de São Paulo), era formada em história pela Universidade Católica de Santos (UniSantos) e mestre em ciências sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC). Aos 12 anos, mudou-se com a família para Santos, onde fez carreira como professora e política. Era tia do sociólogo Reginaldo Prandi. Em nota, o PT de Santos lamentou a morte de Maria Lúcia. "O PT sente a dor de uma das principais referências da política regional, estadual e federal, sinônimo de dignidade, e um ser humano irreparável. Solidariedade à família."
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Amadores no palco, Mauro Restiffe e mais quatro indicações culturais
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TEATRO | AMADORES A Cia. Hiato, cujo repertório sempre busca misturar ficção e a história de vida de seus integrantes, colocou anúncios em jornais buscando não atores para participarem de uma peça e serem remunerados pelo trabalho. A partir de então, profissionais e amadores, como um garoto angolano refugiado, uma dona de casa ex-manequim, uma advogada cantora, tecem um espetáculo cujo fio é o filme "Rocky: Um Lutador", de 1976. Teatro Anchieta - Sesc Consolação | tel. (11) 3234-3000 | de qui. a sáb., às 21h; dom., às 18h | R$ 40 | até 29/5 * EXPOSIÇÃO | MAURO RESTIFFE Em "Rússia", o fotógrafo paulista (São José do Rio Pardo, 1970) apresenta imagens feitas em Moscou e em São Petersburgo nos anos 1990 e em 2015. No galpão da mesma galeria está em cartaz "Paleotoca", do carioca Barrão, com esculturas monocromáticas em resina. galeria Fortes Vilaça | tel. (11) 3032-7066 | abertura ter. (17) | ter. a sex., 10h às 19h; sáb., das 10h às 18h | grátis | até 18/6 DANÇA | CLARO ESCURO A bailarina e coreógrafa Juliana Moraes se apresenta sobre instalação feita pela artista baiana Geórgia Kyriakakis com lâmpadas e vidro. O público assiste ao espetáculo, de início, próximo ao palco imaginado, para depois ser realocado no andar acima e poder ver a dançarina do alto. Oficina Cultural Oswald de Andrade | tel. (11) 3221-5558 | de seg. a qui., às 21h | grátis (ingressos uma hora antes) | até 19/5 * MÚSICA | RISCO #01 O show comemora o lançamento do álbum no qual as oito bandas que integram o selo musical RISCO gravaram releituras de músicas umas das outras. O encontro reúne O Terno, Charlie & Os Marretas, Luiza Lian, Grand Bazaar, Memórias de um Caramujo, Caio Falcão e o Bando, Os Mojo Workers e Noite Torta. Centro Cultural São Paulo | tel. (11) 3397-4002 | qui. (19), às 20h30 | grátis (ingressos duas horas antes) * LIVRO | PROTESTO O sociólogo norte-americano James M. Jasper, que se dedica ao estudo de movimentos sociais desde 1987, escreve sobre a dimensão cultural e os aspectos práticos de organização de protestos a partir de casos recentes, como o Occupy Wall Street e a Primavera Árabe. trad. Carlos Alberto Medeiros | Zahar | R$ 39,90 (248 págs.) * EXPOSIÇÃO | IVENS MACHADO A individual reúne 16 obras do artista catarinense (1942-2015) entre esculturas, instalações, desenhos e um vídeo. Ocupa o Salão Monumental do museu a instalação "Cerimônia em Três Tempos" (1973), montada como na versão original, que venceu o 5º Salão de Verão do MAM Rio. MAM Rio | tel. (21) 3883-5600 | de ter. a sex., das 12h às 18h; sáb. e dom., das 11h às 18h | R$ 14 (grátis às qua. a partir das 15h) | até 26/6
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ilustrissima
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Amadores no palco, Mauro Restiffe e mais quatro indicações culturaisTEATRO | AMADORES A Cia. Hiato, cujo repertório sempre busca misturar ficção e a história de vida de seus integrantes, colocou anúncios em jornais buscando não atores para participarem de uma peça e serem remunerados pelo trabalho. A partir de então, profissionais e amadores, como um garoto angolano refugiado, uma dona de casa ex-manequim, uma advogada cantora, tecem um espetáculo cujo fio é o filme "Rocky: Um Lutador", de 1976. Teatro Anchieta - Sesc Consolação | tel. (11) 3234-3000 | de qui. a sáb., às 21h; dom., às 18h | R$ 40 | até 29/5 * EXPOSIÇÃO | MAURO RESTIFFE Em "Rússia", o fotógrafo paulista (São José do Rio Pardo, 1970) apresenta imagens feitas em Moscou e em São Petersburgo nos anos 1990 e em 2015. No galpão da mesma galeria está em cartaz "Paleotoca", do carioca Barrão, com esculturas monocromáticas em resina. galeria Fortes Vilaça | tel. (11) 3032-7066 | abertura ter. (17) | ter. a sex., 10h às 19h; sáb., das 10h às 18h | grátis | até 18/6 DANÇA | CLARO ESCURO A bailarina e coreógrafa Juliana Moraes se apresenta sobre instalação feita pela artista baiana Geórgia Kyriakakis com lâmpadas e vidro. O público assiste ao espetáculo, de início, próximo ao palco imaginado, para depois ser realocado no andar acima e poder ver a dançarina do alto. Oficina Cultural Oswald de Andrade | tel. (11) 3221-5558 | de seg. a qui., às 21h | grátis (ingressos uma hora antes) | até 19/5 * MÚSICA | RISCO #01 O show comemora o lançamento do álbum no qual as oito bandas que integram o selo musical RISCO gravaram releituras de músicas umas das outras. O encontro reúne O Terno, Charlie & Os Marretas, Luiza Lian, Grand Bazaar, Memórias de um Caramujo, Caio Falcão e o Bando, Os Mojo Workers e Noite Torta. Centro Cultural São Paulo | tel. (11) 3397-4002 | qui. (19), às 20h30 | grátis (ingressos duas horas antes) * LIVRO | PROTESTO O sociólogo norte-americano James M. Jasper, que se dedica ao estudo de movimentos sociais desde 1987, escreve sobre a dimensão cultural e os aspectos práticos de organização de protestos a partir de casos recentes, como o Occupy Wall Street e a Primavera Árabe. trad. Carlos Alberto Medeiros | Zahar | R$ 39,90 (248 págs.) * EXPOSIÇÃO | IVENS MACHADO A individual reúne 16 obras do artista catarinense (1942-2015) entre esculturas, instalações, desenhos e um vídeo. Ocupa o Salão Monumental do museu a instalação "Cerimônia em Três Tempos" (1973), montada como na versão original, que venceu o 5º Salão de Verão do MAM Rio. MAM Rio | tel. (21) 3883-5600 | de ter. a sex., das 12h às 18h; sáb. e dom., das 11h às 18h | R$ 14 (grátis às qua. a partir das 15h) | até 26/6
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Proibição da CBF faz com que STJD não possa julgar casos da Primeira Liga
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A decisão da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) de não autorizar a realização do torneio da Primeira Liga em 2016 fará com que o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) se coloque incompetente para julgar os casos que aconteçam na competição organizada pela liga Sul-Minas-Rio. A Primeira Liga pretendia, num primeiro momento, criar uma comissão especial dentro do STJD para julgar expulsões e problemas disciplinares de seu torneio. Mas, na semana passada, o diretor jurídico da liga, Eduardo Carlezzo, entrou em contato com o presidente do STJD, Caio César Rocha, dizendo que usaria a estrutura normal do tribunal (comissões de primeira instância e o pleno). "O artigo 23 do CBJD [Código Brasileiro de Justiça Desportiva] coloca o tribunal em uma situação que não pode julgar os casos relacionados à liga, a partir do momento em que a CBF não reconheceu o campeonato", disse à Folha Ronaldo Botelho Piacenti, vice-presidente do STJD. O artigo 23 diz que "compete às Comissões Disciplinares do STJD processar e julgar as ocorrências em competições interestaduais e nacionais promovidas, organizadas ou autorizadas por entidade nacional de administração do desporto, e em partidas ou competições internacionais amistosas disputadas por entidades de prática desportiva". Editoria de arte A direção do STJD entende que o fato de a liga não ser organizada por uma entidade nacional de administração do desporto a coloca incompetente para ser o tribunal da competição. A solução seria a liga criar sua própria comissão disciplinar. Segundo Eduardo Carlezzo, houve uma troca de ofícios entre a liga e o STJD, na qual a liga solicitou ao tribunal que exercesse sua competência disciplinar sobre a competição, bem como solicitou a criação de uma comissão disciplinar específica, dentro da estrutura do STJD, para o julgamento dos casos em primeira instância, sujeita às demais regras do órgão. "Posteriormente, informamos ao STJD que não iríamos criar esta comissão específica, e que estávamos plenamente satisfeitos com a atuação integral do tribunal nos assuntos disciplinares da competição", disse Carlezzo. Segundo ele, a liga ainda não foi informada oficialmente de nenhuma mudança com relação à jurisdição do STJD. A primeira rodada da Primeira Liga terá início nesta quarta (27), com quatro partidas. O torneio reúne 12 clubes dos três estados da Região Sul, de Minas Gerais e do Rio.
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esporte
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Proibição da CBF faz com que STJD não possa julgar casos da Primeira LigaA decisão da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) de não autorizar a realização do torneio da Primeira Liga em 2016 fará com que o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) se coloque incompetente para julgar os casos que aconteçam na competição organizada pela liga Sul-Minas-Rio. A Primeira Liga pretendia, num primeiro momento, criar uma comissão especial dentro do STJD para julgar expulsões e problemas disciplinares de seu torneio. Mas, na semana passada, o diretor jurídico da liga, Eduardo Carlezzo, entrou em contato com o presidente do STJD, Caio César Rocha, dizendo que usaria a estrutura normal do tribunal (comissões de primeira instância e o pleno). "O artigo 23 do CBJD [Código Brasileiro de Justiça Desportiva] coloca o tribunal em uma situação que não pode julgar os casos relacionados à liga, a partir do momento em que a CBF não reconheceu o campeonato", disse à Folha Ronaldo Botelho Piacenti, vice-presidente do STJD. O artigo 23 diz que "compete às Comissões Disciplinares do STJD processar e julgar as ocorrências em competições interestaduais e nacionais promovidas, organizadas ou autorizadas por entidade nacional de administração do desporto, e em partidas ou competições internacionais amistosas disputadas por entidades de prática desportiva". Editoria de arte A direção do STJD entende que o fato de a liga não ser organizada por uma entidade nacional de administração do desporto a coloca incompetente para ser o tribunal da competição. A solução seria a liga criar sua própria comissão disciplinar. Segundo Eduardo Carlezzo, houve uma troca de ofícios entre a liga e o STJD, na qual a liga solicitou ao tribunal que exercesse sua competência disciplinar sobre a competição, bem como solicitou a criação de uma comissão disciplinar específica, dentro da estrutura do STJD, para o julgamento dos casos em primeira instância, sujeita às demais regras do órgão. "Posteriormente, informamos ao STJD que não iríamos criar esta comissão específica, e que estávamos plenamente satisfeitos com a atuação integral do tribunal nos assuntos disciplinares da competição", disse Carlezzo. Segundo ele, a liga ainda não foi informada oficialmente de nenhuma mudança com relação à jurisdição do STJD. A primeira rodada da Primeira Liga terá início nesta quarta (27), com quatro partidas. O torneio reúne 12 clubes dos três estados da Região Sul, de Minas Gerais e do Rio.
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Agência de notícias diz que fez 4 coletas em 6 pontos das águas do Rio
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A agência de notícias AP (Associated Press) divulgou a metodologia usada no estudo encomendado à Universidade Feevale que mostra níveis perigosos de vírus e bactérias nas águas onde vão ocorrer as competição aquáticas na Rio-2016. O governo carioca vinha questionando a legitimidade do estudo feito pela faculdade gaúcha e argumentando que a legislação não prevê o controle do índice viral da água. De acordo com o estudo, quatro coletas (nos dias 27/03, 28/04, 23/06 e 08/07) foram feitas em seis locais: Marina da Glória (pontos 1 e 2), Lagoa Rodrigo de Freita (pontos 3 e 4), praia de Copacabana e praia de Ipanema. Cada ponto, diz o documento, teve a localização marcada por GPS. Em cada local, os pesquisadores retiraram 500 ml de água e 100 gramas de sedimentos, colocado em recipientes esterilizados. Outros 100 ml de água para testes de coliformes fecais foram coletados. Uma amostra adicionais de 50 ml colocado em tubos cônicos também foram levadas. O estudo diz que o material foi levado ao laboratório refrigerado e processado em menos de 24 horas depois de feita a coleta. Todos os procedimentos "foram feitos sob estritas medidas para evitar a contaminação", diz o relatório. O controle positivo, sistema para checar a segurança e confirmar os resultados do experimento, foi usado. ENTENDA O CASO No início do mês, a agência de notícias AP afirmou, com base em uma pesquisa encomendada a uma universidade gaúcha, que os atletas que vão competir em categorias aquáticas nos Jogos Olímpicos de 2016 vão se arriscar a contrair alguma doença e não poder concluir as provas. A análise da qualidade da água encontrou níveis perigosamente altos de vírus e bactérias de esgoto humano em locais de competições olímpicas e paralímpicas. Esses resultados alarmaram especialistas internacionais e preocuparam os competidores que treinam no Rio, alguns dos quais já apresentaram febres, vômitos e diarreia.
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esporte
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Agência de notícias diz que fez 4 coletas em 6 pontos das águas do RioA agência de notícias AP (Associated Press) divulgou a metodologia usada no estudo encomendado à Universidade Feevale que mostra níveis perigosos de vírus e bactérias nas águas onde vão ocorrer as competição aquáticas na Rio-2016. O governo carioca vinha questionando a legitimidade do estudo feito pela faculdade gaúcha e argumentando que a legislação não prevê o controle do índice viral da água. De acordo com o estudo, quatro coletas (nos dias 27/03, 28/04, 23/06 e 08/07) foram feitas em seis locais: Marina da Glória (pontos 1 e 2), Lagoa Rodrigo de Freita (pontos 3 e 4), praia de Copacabana e praia de Ipanema. Cada ponto, diz o documento, teve a localização marcada por GPS. Em cada local, os pesquisadores retiraram 500 ml de água e 100 gramas de sedimentos, colocado em recipientes esterilizados. Outros 100 ml de água para testes de coliformes fecais foram coletados. Uma amostra adicionais de 50 ml colocado em tubos cônicos também foram levadas. O estudo diz que o material foi levado ao laboratório refrigerado e processado em menos de 24 horas depois de feita a coleta. Todos os procedimentos "foram feitos sob estritas medidas para evitar a contaminação", diz o relatório. O controle positivo, sistema para checar a segurança e confirmar os resultados do experimento, foi usado. ENTENDA O CASO No início do mês, a agência de notícias AP afirmou, com base em uma pesquisa encomendada a uma universidade gaúcha, que os atletas que vão competir em categorias aquáticas nos Jogos Olímpicos de 2016 vão se arriscar a contrair alguma doença e não poder concluir as provas. A análise da qualidade da água encontrou níveis perigosamente altos de vírus e bactérias de esgoto humano em locais de competições olímpicas e paralímpicas. Esses resultados alarmaram especialistas internacionais e preocuparam os competidores que treinam no Rio, alguns dos quais já apresentaram febres, vômitos e diarreia.
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