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'Temos que parar de pensar que a água é um recurso infinito', diz especialista
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Não há caminho de volta: a crise hídrica deve continuar sendo uma das maiores preocupações dos próximos governos e gerações, segundo a doutora em ecologia aplicada Micheli Kowalczuk Machado. "A gente tem um pensamento de que a água é um recurso infinito e abundante aqui. Temos que parar com isso", afirma. Autora de estudo apresentado na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP) sobre a governança do sistema Cantareira, Micheli considera "mínimas e paliativas" as ações tomadas pelo governo do Estado de SP e pela Sabesp (empresa de saneamento paulista) para controlar a seca do reservatório. "Não dá para ficarmos rezando todo ano para chover. A gente começou a falar em rodízio de água e consumo consciente apenas quando chegamos a um estado avançado de escassez." * Folha - Quais os principais fatores que levaram o sistema Cantareira a chegar ao quadro atual? Micheli Kowalczuk Machado - É algo que está relacionado a problemas de governança. Já tivemos situações preocupantes no Cantareira em 2003, então essa escassez não é uma coisa nova, é um problema histórico. A responsabilidade da Sabesp e da falta de disposição política para atuar nessa questão é enorme. A questão da governança prevê que haja uma mobilização social para discutir esses problemas. Isso melhorou por causa da crise, mas por que não foi assim desde sempre? E quais foram os erros na gestão do Cantareira? Não existem programas efetivos que foquem na preservação ambiental. Há sete unidades de conservação na área do reservatório que poderiam ter colaborado muito. Era preciso desenvolver uma distribuição mais eficiente, já que o desperdício e o número de furtos que acontecem nesse processo são muito grandes. Também é fundamental que o esgoto seja tratado para que haja mais recursos disponíveis. Se a cidade de São Paulo mantivesse a qualidade dos recursos hídricos do município, talvez não fosse necessário ir buscar água na região do Cantareira. Como você avalia as ações adotadas pela Sabesp e o governo neste momento de crise? Elas são mínimas, paliativas. Foi feita a manutenção da água disponível, o uso do volume morto e algumas campanhas de publicidade. Não vi nenhuma ação de longo prazo pensando nas perspectivas de uma distribuição mais eficiente e na recuperação de áreas degradadas. Não dá para ficarmos rezando todo ano para chover. Essas ações deveriam ter sido implementadas lá atrás. A gente começou a falar em rodízio de água e consumo consciente apenas quando chegamos a um estado avançado de escassez. E até que ponto as condições climáticas contribuíram para o atual quadro? As mudanças climáticas também foram um fator importante, mas não foram o mais importante. Na sua pesquisa, a palavra "diálogo" é muito recorrente. Onde faltou diálogo na gestão do Cantareira? Existem alguns instrumentos que permitem a participação da sociedade civil, como os conselhos das unidades de conservação. É preciso pensar em ações que mobilizem as pessoas, porque a população nem sabe que essas ferramentas existem. Esses organismos reúnem pessoas com conhecimento científico e técnico, mas não envolvem a comunidade, que tem o conhecimento do cotidiano, da vivência. Será que isso não é tão importante quanto o conhecimento de um especialista? Saber só um aspecto do problema não é suficiente para resolver algo tão complexo. A crise hídrica em São Paulo veio para ficar ou ainda poderemos recuperar o quadro de alguns anos atrás? A gente não vai acordar em um dia e estar com a mesma situação de 30 anos atrás, porque o problema não se resume à falta de água. Tem uma série de ecossistemas que foram afetados e isso demora muito para se recuperar. Podemos até conseguir voltar à realidade de dois ou três anos atrás, mas isso também não é uma situação de conforto. Precisamos de uma mudança de visão. Existe alguma situação semelhante à do Cantareira em que as medidas corretas foram adotadas? Com todo esse contexto, eu desconheço. Foi falado no caso do Japão, que teve um problema de gestão hídrica e as autoridades lidaram melhor com essa questão. O enfoque lá foi ampliar a eficiência na distribuição, mas é uma realidade bem diferente do Brasil, com outra realidade histórica e outras pessoas envolvidas. A gente tem um pensamento –que está mudando–, de que a água é um recurso infinito e abundante aqui. Temos que parar com isso. A gente aprende na escola que a água é um recurso natural renovável, mas talvez seja a hora de repensar se é mesmo correto afirmar que seja algo renovável. A escassez atual é uma particularidade nossa ou é algo que deve começar a afetar mais regiões? A falta de água é uma realidade global que a gente tem que aprender a conviver. Essa situação já acontece em lugares do mundo inteiro, com milhares de pessoas precisando se mudar por causa da seca e de outras consequências das mudanças climáticas. As instituições (governos, população e empresas) precisam estar conscientes de que a gente tem uma mudança ambiental interferindo diretamente no nosso modo de vida e pensar em programas de ação que já considerem essa nova realidade. Intervenções como a transposição do rio São Francisco e a construção da usina de Belo Monte podem ter consequências negativas nesse sentido? Acho que sim, porque essas obras não mudam apenas o trajeto de um rio. Mudam toda a dinâmica dele. Uma das consequências disso pode ser o prejuízo a outras regiões. Propostas como a transposição do rio Paraíba do Sul podem trazer grande risco, pois trata-se de uma bacia que já tem seus próprios problemas de abastecimento. A gente resolve em um lugar e pode causar um grande dano em outro.
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cotidiano
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'Temos que parar de pensar que a água é um recurso infinito', diz especialistaNão há caminho de volta: a crise hídrica deve continuar sendo uma das maiores preocupações dos próximos governos e gerações, segundo a doutora em ecologia aplicada Micheli Kowalczuk Machado. "A gente tem um pensamento de que a água é um recurso infinito e abundante aqui. Temos que parar com isso", afirma. Autora de estudo apresentado na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP) sobre a governança do sistema Cantareira, Micheli considera "mínimas e paliativas" as ações tomadas pelo governo do Estado de SP e pela Sabesp (empresa de saneamento paulista) para controlar a seca do reservatório. "Não dá para ficarmos rezando todo ano para chover. A gente começou a falar em rodízio de água e consumo consciente apenas quando chegamos a um estado avançado de escassez." * Folha - Quais os principais fatores que levaram o sistema Cantareira a chegar ao quadro atual? Micheli Kowalczuk Machado - É algo que está relacionado a problemas de governança. Já tivemos situações preocupantes no Cantareira em 2003, então essa escassez não é uma coisa nova, é um problema histórico. A responsabilidade da Sabesp e da falta de disposição política para atuar nessa questão é enorme. A questão da governança prevê que haja uma mobilização social para discutir esses problemas. Isso melhorou por causa da crise, mas por que não foi assim desde sempre? E quais foram os erros na gestão do Cantareira? Não existem programas efetivos que foquem na preservação ambiental. Há sete unidades de conservação na área do reservatório que poderiam ter colaborado muito. Era preciso desenvolver uma distribuição mais eficiente, já que o desperdício e o número de furtos que acontecem nesse processo são muito grandes. Também é fundamental que o esgoto seja tratado para que haja mais recursos disponíveis. Se a cidade de São Paulo mantivesse a qualidade dos recursos hídricos do município, talvez não fosse necessário ir buscar água na região do Cantareira. Como você avalia as ações adotadas pela Sabesp e o governo neste momento de crise? Elas são mínimas, paliativas. Foi feita a manutenção da água disponível, o uso do volume morto e algumas campanhas de publicidade. Não vi nenhuma ação de longo prazo pensando nas perspectivas de uma distribuição mais eficiente e na recuperação de áreas degradadas. Não dá para ficarmos rezando todo ano para chover. Essas ações deveriam ter sido implementadas lá atrás. A gente começou a falar em rodízio de água e consumo consciente apenas quando chegamos a um estado avançado de escassez. E até que ponto as condições climáticas contribuíram para o atual quadro? As mudanças climáticas também foram um fator importante, mas não foram o mais importante. Na sua pesquisa, a palavra "diálogo" é muito recorrente. Onde faltou diálogo na gestão do Cantareira? Existem alguns instrumentos que permitem a participação da sociedade civil, como os conselhos das unidades de conservação. É preciso pensar em ações que mobilizem as pessoas, porque a população nem sabe que essas ferramentas existem. Esses organismos reúnem pessoas com conhecimento científico e técnico, mas não envolvem a comunidade, que tem o conhecimento do cotidiano, da vivência. Será que isso não é tão importante quanto o conhecimento de um especialista? Saber só um aspecto do problema não é suficiente para resolver algo tão complexo. A crise hídrica em São Paulo veio para ficar ou ainda poderemos recuperar o quadro de alguns anos atrás? A gente não vai acordar em um dia e estar com a mesma situação de 30 anos atrás, porque o problema não se resume à falta de água. Tem uma série de ecossistemas que foram afetados e isso demora muito para se recuperar. Podemos até conseguir voltar à realidade de dois ou três anos atrás, mas isso também não é uma situação de conforto. Precisamos de uma mudança de visão. Existe alguma situação semelhante à do Cantareira em que as medidas corretas foram adotadas? Com todo esse contexto, eu desconheço. Foi falado no caso do Japão, que teve um problema de gestão hídrica e as autoridades lidaram melhor com essa questão. O enfoque lá foi ampliar a eficiência na distribuição, mas é uma realidade bem diferente do Brasil, com outra realidade histórica e outras pessoas envolvidas. A gente tem um pensamento –que está mudando–, de que a água é um recurso infinito e abundante aqui. Temos que parar com isso. A gente aprende na escola que a água é um recurso natural renovável, mas talvez seja a hora de repensar se é mesmo correto afirmar que seja algo renovável. A escassez atual é uma particularidade nossa ou é algo que deve começar a afetar mais regiões? A falta de água é uma realidade global que a gente tem que aprender a conviver. Essa situação já acontece em lugares do mundo inteiro, com milhares de pessoas precisando se mudar por causa da seca e de outras consequências das mudanças climáticas. As instituições (governos, população e empresas) precisam estar conscientes de que a gente tem uma mudança ambiental interferindo diretamente no nosso modo de vida e pensar em programas de ação que já considerem essa nova realidade. Intervenções como a transposição do rio São Francisco e a construção da usina de Belo Monte podem ter consequências negativas nesse sentido? Acho que sim, porque essas obras não mudam apenas o trajeto de um rio. Mudam toda a dinâmica dele. Uma das consequências disso pode ser o prejuízo a outras regiões. Propostas como a transposição do rio Paraíba do Sul podem trazer grande risco, pois trata-se de uma bacia que já tem seus próprios problemas de abastecimento. A gente resolve em um lugar e pode causar um grande dano em outro.
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Dúvida sobre INSS dá força a planos de previdência privada
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O brasileiro aumentou as contribuições para a previdência privada em 2015, ano marcado pelas incertezas econômicas, discussões sobre corte nos benefícios sociais do governo e mudanças nas regras do INSS. A arrecadação dos planos deve crescer entre 15% e 18% neste ano, segundo a Fenaprevi (Federação das Empresas de Previdência Privada). Será uma das poucas opções de investimento em expansão neste ano, que terá contração de 3% no PIB. Parte do movimento se deve à entrada de novos participantes, que hoje somam 12,2 milhões no país, mas também há os clientes antigos que elevaram a aplicação mensal para conseguir obter uma renda equivalente à atual ao se aposentar, segundo Lúcio Flávio de Oliveira, vice-presidente da Fenaprevi e presidente da Bradesco Vida e Previdência. Na Brasilprev, os aportes mensais médios cresceram 63,2% nos últimos seis anos -passaram de R$ 223 em 2010 para R$ 364 neste ano até setembro. "Não existe abalo nesse mercado. Os clientes estão pensando mais no futuro, seja para não depender do governo na aposentadoria ou para ter uma vida melhor", diz Soraia Fidalgo, gerente de inteligência e gestão da Brasilprev. O aumento das aplicações tende a acompanhar o crescimento profissional de quem tem esses planos. Conforme a renda aumenta, cresce o percentual mensal investido. Mas a crise também tem sua parcela de contribuição, afirma Gabino Neto, economista da gestora Áquilla. "Quando o país passa por uma situação turbulenta e a confiança fica abalada, a pessoa pensa mais no futuro. Não sabe se vai continuar com seu emprego. Então, aumenta os aportes na previdência, que pode ser descontada do pagamento", diz. Arrecadação em alta INSTABILIDADE Pesquisa da Icatu Seguros com 400 clientes em todo o Brasil reforça essa percepção. Segundo o levantamento, 60,6% pretendem aumentar o investimento em previdência privada. "A instabilidade nas regras da Previdência Social tem aumentado a atratividade dos planos privados", avalia Felipe Bottino, gerente de produtos da Icatu. Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff sancionou a fórmula de previdência conhecida como 85/95, que soma o tempo de contribuição à idade e funcionará como uma alternativa ao fator previdenciário. "Essas mudanças levam as pessoas a pensarem mais na aposentadoria", afirma Fabiano Lima, diretor de previdência da SulAmérica. Na empresa, a média mensal de aportes é de 6% da renda bruta. "Quem ganha acima do teto pago pelo INSS [hoje, R$ 4.663,75] ou não vai conseguir atingir esse valor recorre ao plano de previdência", disse. Para Richard Jackson, presidente do Global Aging Institute, o modelo de previdência pública adotado no Brasil está sujeito a mudanças consideráveis nas regras, especialmente devido ao envelhecimento da população. "Os brasileiros precisam entender que depender da Previdência Social é arriscado em uma sociedade que envelhece. Sistemas como o do Brasil funcionam bem quando a população é jovem e está crescendo. Conforme a população envelhece, o custo aumenta rapidamente", diz. Raio-x DESEMPREGO Apesar do crescimento da arrecadação neste ano, os gestores de previdência privada temem que o aumento do desemprego reduza o ritmo das contribuições e ainda eleve os resgates dos beneficiários. "Temos visto que o resgate costuma ser a última alternativa do segurado para levantar dinheiro. Antes, diminui o valor dos aportes ou a periodicidade das aplicações", diz Felipe Bottino, da Icatu Seguros. Como ocorre nas demais aplicações, o desempenho dos fundos de previdência também têm perdas com as oscilações do mercado. Uma forma de mitigar perdas é diversificar as aplicações em fundos diferentes. Outra é assumir mais risco (e possibilidade de retorno) enquanto for jovem, adotando uma posição mais conservadora nos anos antes da aposentadoria.
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Dúvida sobre INSS dá força a planos de previdência privadaO brasileiro aumentou as contribuições para a previdência privada em 2015, ano marcado pelas incertezas econômicas, discussões sobre corte nos benefícios sociais do governo e mudanças nas regras do INSS. A arrecadação dos planos deve crescer entre 15% e 18% neste ano, segundo a Fenaprevi (Federação das Empresas de Previdência Privada). Será uma das poucas opções de investimento em expansão neste ano, que terá contração de 3% no PIB. Parte do movimento se deve à entrada de novos participantes, que hoje somam 12,2 milhões no país, mas também há os clientes antigos que elevaram a aplicação mensal para conseguir obter uma renda equivalente à atual ao se aposentar, segundo Lúcio Flávio de Oliveira, vice-presidente da Fenaprevi e presidente da Bradesco Vida e Previdência. Na Brasilprev, os aportes mensais médios cresceram 63,2% nos últimos seis anos -passaram de R$ 223 em 2010 para R$ 364 neste ano até setembro. "Não existe abalo nesse mercado. Os clientes estão pensando mais no futuro, seja para não depender do governo na aposentadoria ou para ter uma vida melhor", diz Soraia Fidalgo, gerente de inteligência e gestão da Brasilprev. O aumento das aplicações tende a acompanhar o crescimento profissional de quem tem esses planos. Conforme a renda aumenta, cresce o percentual mensal investido. Mas a crise também tem sua parcela de contribuição, afirma Gabino Neto, economista da gestora Áquilla. "Quando o país passa por uma situação turbulenta e a confiança fica abalada, a pessoa pensa mais no futuro. Não sabe se vai continuar com seu emprego. Então, aumenta os aportes na previdência, que pode ser descontada do pagamento", diz. Arrecadação em alta INSTABILIDADE Pesquisa da Icatu Seguros com 400 clientes em todo o Brasil reforça essa percepção. Segundo o levantamento, 60,6% pretendem aumentar o investimento em previdência privada. "A instabilidade nas regras da Previdência Social tem aumentado a atratividade dos planos privados", avalia Felipe Bottino, gerente de produtos da Icatu. Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff sancionou a fórmula de previdência conhecida como 85/95, que soma o tempo de contribuição à idade e funcionará como uma alternativa ao fator previdenciário. "Essas mudanças levam as pessoas a pensarem mais na aposentadoria", afirma Fabiano Lima, diretor de previdência da SulAmérica. Na empresa, a média mensal de aportes é de 6% da renda bruta. "Quem ganha acima do teto pago pelo INSS [hoje, R$ 4.663,75] ou não vai conseguir atingir esse valor recorre ao plano de previdência", disse. Para Richard Jackson, presidente do Global Aging Institute, o modelo de previdência pública adotado no Brasil está sujeito a mudanças consideráveis nas regras, especialmente devido ao envelhecimento da população. "Os brasileiros precisam entender que depender da Previdência Social é arriscado em uma sociedade que envelhece. Sistemas como o do Brasil funcionam bem quando a população é jovem e está crescendo. Conforme a população envelhece, o custo aumenta rapidamente", diz. Raio-x DESEMPREGO Apesar do crescimento da arrecadação neste ano, os gestores de previdência privada temem que o aumento do desemprego reduza o ritmo das contribuições e ainda eleve os resgates dos beneficiários. "Temos visto que o resgate costuma ser a última alternativa do segurado para levantar dinheiro. Antes, diminui o valor dos aportes ou a periodicidade das aplicações", diz Felipe Bottino, da Icatu Seguros. Como ocorre nas demais aplicações, o desempenho dos fundos de previdência também têm perdas com as oscilações do mercado. Uma forma de mitigar perdas é diversificar as aplicações em fundos diferentes. Outra é assumir mais risco (e possibilidade de retorno) enquanto for jovem, adotando uma posição mais conservadora nos anos antes da aposentadoria.
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Sanofi faz parceria com Fiocruz para produção de vacina contra a zika
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A empresa farmacêutica francesa Sanofi fechou um acordo de colaboração com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para acelerar o desenvolvimento de uma vacina contra a zika, consolidando sua posição na corrida para derrotar o vírus. O acordo com a Fiocruz vem na esteira de uma parceria entre a Sanofi e um instituto de pesquisa do Exército dos Estados Unidos que, acertado em julho, deu à farmacêutica acesso a uma das vacinas em estágio de desenvolvimento mais avançado. A Sanofi informou nesta quinta-feira (27) que agora as três organizações de pesquisa irão trabalhar juntas para "aumentar a probabilidade de desenvolver com sucesso e licenciar o mais rápido possível uma vacina segura e eficaz contra a zika". A companhia francesa saiu na frente das grandes farmacêuticas na pesquisa para uma vacina antizika, reflexo de sua perícia no desenvolvimento de vacinas contra os chamados flavivírus, como febre amarela, dengue e encefalite japonesa. Em fevereiro, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou uma emergência de saúde global por causa da aparente conexão entre o vírus da zika e a microcefalia, uma má-formação craniana, o que galvanizou os esforços para apressar a criação de uma vacina. Se tudo correr bem, alguns especialistas acreditam que, se tudo correr bem, uma vacina poderá chegar ao mercado em até dois anos. "Faz todo o sentido para o bem da saúde pública que combinemos nossa perícia e nossos recursos sobre a zika com a Fiocruz, e é ideal que ela esteja sediada no Brasil, onde se localiza o cerne da atual experiência de Zika", disse John Shiver, vice-presidente sênior de pesquisa da unidade de vacinas da Sanofi. Os cientistas da Fiocruz devem ajudar em áreas como estudos pré-clínicos e clínicos, assim como no desenvolvimento do processo de vacinas e em outras questões técnicas. Ainda que os surtos atuais na América Latina e no Caribe tiverem terminado quando a vacina estiver pronta para uso, as pessoas que moram nestas regiões devem querer se proteger contra novas epidemias de zika. Dezenas de milhões de viajantes dos EUA e de outras nações ricas também poderiam se vacinar antes de visitar áreas de risco. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
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ciencia
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Sanofi faz parceria com Fiocruz para produção de vacina contra a zikaA empresa farmacêutica francesa Sanofi fechou um acordo de colaboração com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para acelerar o desenvolvimento de uma vacina contra a zika, consolidando sua posição na corrida para derrotar o vírus. O acordo com a Fiocruz vem na esteira de uma parceria entre a Sanofi e um instituto de pesquisa do Exército dos Estados Unidos que, acertado em julho, deu à farmacêutica acesso a uma das vacinas em estágio de desenvolvimento mais avançado. A Sanofi informou nesta quinta-feira (27) que agora as três organizações de pesquisa irão trabalhar juntas para "aumentar a probabilidade de desenvolver com sucesso e licenciar o mais rápido possível uma vacina segura e eficaz contra a zika". A companhia francesa saiu na frente das grandes farmacêuticas na pesquisa para uma vacina antizika, reflexo de sua perícia no desenvolvimento de vacinas contra os chamados flavivírus, como febre amarela, dengue e encefalite japonesa. Em fevereiro, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou uma emergência de saúde global por causa da aparente conexão entre o vírus da zika e a microcefalia, uma má-formação craniana, o que galvanizou os esforços para apressar a criação de uma vacina. Se tudo correr bem, alguns especialistas acreditam que, se tudo correr bem, uma vacina poderá chegar ao mercado em até dois anos. "Faz todo o sentido para o bem da saúde pública que combinemos nossa perícia e nossos recursos sobre a zika com a Fiocruz, e é ideal que ela esteja sediada no Brasil, onde se localiza o cerne da atual experiência de Zika", disse John Shiver, vice-presidente sênior de pesquisa da unidade de vacinas da Sanofi. Os cientistas da Fiocruz devem ajudar em áreas como estudos pré-clínicos e clínicos, assim como no desenvolvimento do processo de vacinas e em outras questões técnicas. Ainda que os surtos atuais na América Latina e no Caribe tiverem terminado quando a vacina estiver pronta para uso, as pessoas que moram nestas regiões devem querer se proteger contra novas epidemias de zika. Dezenas de milhões de viajantes dos EUA e de outras nações ricas também poderiam se vacinar antes de visitar áreas de risco. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
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Rosberg quebra hegemonia de Hamilton e é pole na Espanha
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Nico Rosberg, da Mercedes, conquistou neste sábado (9) sua primeira pole position no ano e vai largar na frente no GP da Espanha de F-1. A quinta etapa do Mundial será realizada no domingo, às 9h. Lewis Hamilton completou a dobradinha da Mercedes, que havia dominado os treinos livres, com o segundo lugar. O inglês vinha de uma sequência de quatro poles na temporada e lidera o mundial de pilotos. Sebastian Vettel, da Ferrari, largará em terceiro, seguido por Valtteri Bottas e pelos dois carros da Toro Rosso, Carlos Sainz e Max Verstappen. Kimi Raikkonen é o sétimo. Felipe Massa, da Williams, entrou na etapa final do treino em quarto lugar. Ele optou por fazer apenas uma volta rápida no Q3, mas encontrou a pista em condições piores e conseguiu apenas a nona colocação. O companheiro do brasileiro, Valtteri Bottas largará em quarto. Já Felipe Nasr, da Sauber, foi eliminado no Q2 e largará em 15º. O brasileiro já havia apontado o calor de Barcelona como um dos inimigos dos carros da equipe. O companheiro de Nasr, Marcus Ericson, ficou fora após o Q1 e sairá em 16º. CONFIRA O GRID DE LARGADA PARA O GP DA ESPANHA 1. Nico Rosberg -Mercedes 2. Lewis Hamilton - Mercedes 3. Sebastian Vettel - Ferrari 4. Valtteri Bottas - Williams 5. Carlos Sainz Jr - Toro Rosso 6. Max Verstappen - Toro Rosso 7. Kimi Raikkonen -Ferrari 8. Daniil Kvyat - Red Bull 9. Felipe Massa - Williams 10. Daniel Ricciardo - Red Bull 11. Romain Grosjean - Lotus 12. Pastor Maldonado - Lotu 13. Fernando Alonso - McLaren 14. Jenson Button - McLaren 15. Felipe Nasr - Sauber 16. Marcus Ericsson - Sauber 17.Nico Hulkenberg - Force India 18. Sergio Perez - Force India 19. Will Stevens - Marussia 20. Roberto Merhi - Marussia
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esporte
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Rosberg quebra hegemonia de Hamilton e é pole na EspanhaNico Rosberg, da Mercedes, conquistou neste sábado (9) sua primeira pole position no ano e vai largar na frente no GP da Espanha de F-1. A quinta etapa do Mundial será realizada no domingo, às 9h. Lewis Hamilton completou a dobradinha da Mercedes, que havia dominado os treinos livres, com o segundo lugar. O inglês vinha de uma sequência de quatro poles na temporada e lidera o mundial de pilotos. Sebastian Vettel, da Ferrari, largará em terceiro, seguido por Valtteri Bottas e pelos dois carros da Toro Rosso, Carlos Sainz e Max Verstappen. Kimi Raikkonen é o sétimo. Felipe Massa, da Williams, entrou na etapa final do treino em quarto lugar. Ele optou por fazer apenas uma volta rápida no Q3, mas encontrou a pista em condições piores e conseguiu apenas a nona colocação. O companheiro do brasileiro, Valtteri Bottas largará em quarto. Já Felipe Nasr, da Sauber, foi eliminado no Q2 e largará em 15º. O brasileiro já havia apontado o calor de Barcelona como um dos inimigos dos carros da equipe. O companheiro de Nasr, Marcus Ericson, ficou fora após o Q1 e sairá em 16º. CONFIRA O GRID DE LARGADA PARA O GP DA ESPANHA 1. Nico Rosberg -Mercedes 2. Lewis Hamilton - Mercedes 3. Sebastian Vettel - Ferrari 4. Valtteri Bottas - Williams 5. Carlos Sainz Jr - Toro Rosso 6. Max Verstappen - Toro Rosso 7. Kimi Raikkonen -Ferrari 8. Daniil Kvyat - Red Bull 9. Felipe Massa - Williams 10. Daniel Ricciardo - Red Bull 11. Romain Grosjean - Lotus 12. Pastor Maldonado - Lotu 13. Fernando Alonso - McLaren 14. Jenson Button - McLaren 15. Felipe Nasr - Sauber 16. Marcus Ericsson - Sauber 17.Nico Hulkenberg - Force India 18. Sergio Perez - Force India 19. Will Stevens - Marussia 20. Roberto Merhi - Marussia
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Diretor de fotografia Ricardo Della Rosa morre aos 41 em São Paulo
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O diretor de fotografia Ricardo Della Rosa morreu aos 41 anos na manhã desta quinta-feira (2), em São Paulo. Há dois anos ele lutava contra um câncer e faleceu no hospital Albert Einstein. Della Rosa trabalhava como diretor de publicidade na O2 Filmes. E foi premiado no Brasil e no exterior nos mais importantes festivais de cinema, com os filmes "À Deriva", "Lope", "Olga" e "O Homem do Futuro". Pelo filme "Casa de Areia", de Andrucha Waddington, recebeu o "Bronze Frog", no festival Camerimage, na Polônia, considerado um dos mais importantes festivais de cinematografia do mundo. "Della Rosa era um homem fora do normal, como pessoa e como fotógrafo", disse o diretor Fernando Meirelles.
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ilustrada
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Diretor de fotografia Ricardo Della Rosa morre aos 41 em São PauloO diretor de fotografia Ricardo Della Rosa morreu aos 41 anos na manhã desta quinta-feira (2), em São Paulo. Há dois anos ele lutava contra um câncer e faleceu no hospital Albert Einstein. Della Rosa trabalhava como diretor de publicidade na O2 Filmes. E foi premiado no Brasil e no exterior nos mais importantes festivais de cinema, com os filmes "À Deriva", "Lope", "Olga" e "O Homem do Futuro". Pelo filme "Casa de Areia", de Andrucha Waddington, recebeu o "Bronze Frog", no festival Camerimage, na Polônia, considerado um dos mais importantes festivais de cinematografia do mundo. "Della Rosa era um homem fora do normal, como pessoa e como fotógrafo", disse o diretor Fernando Meirelles.
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É possível adotar medidas econômicas de baixo impacto fiscal, diz secretário
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O desafio do Brasil para voltar a crescer em ritmo compatível com o aumento de renda é duplo. O país precisa melhorar a gestão da economia —cortando, por exemplo, gastos públicos— e avançar em medidas e reformas que aumentem sua eficiência. O problema, dizem especialistas, é que, para retomar a rota do desenvolvimento econômico, o Brasil não pode resolver seus problemas macroeconômicos primeiro para se preocupar com o resto depois. Se não atacar as duas frentes ao mesmo tempo, correrá o risco de ficar de vez para trás na corrida por avanço tecnológico pela qual o mundo passa. Segundo Jorge Arbache, que assume nesta segunda (15) a assessoria econômica do Ministério do Planejamento, o governo precisa promover pequenas mudanças que reduzam gargalos e estimulem a busca do setor privado por maior produtividade. "Há medidas regulatórias, por exemplo, de baixo ou nenhum impacto fiscal que podem ser tomadas e que teriam grande efeito sobre a economia", diz o economista, que tem passagem pelo Banco Mundial e, mais recentemente, pelo BNDES. Arbache diz que sua missão no governo será identificar e sugerir essas medidas. De acordo com ele, os países emergentes que estão "conseguindo um lugar ao sol" são os que tentam caminhar em direção à fronteira tecnológica. É o caso de nações asiáticas como Malásia, China e Índia. A receita, dizem especialistas, passa por estimular a inovação. Mas, além disso, é importante aumentar a integração da economia às cadeias de produção mundial, que facilitam o acesso a novas tecnologias. Segundo Robert Wood, economista da consultoria Economist Intelligence Unit (EIU), países da América Latina, como Colômbia e Chile, que têm economias mais abertas ao comércio mundial, estão mais bem posicionadas do que o Brasil para se beneficiar desse processo. "Esses países foram atingidos pelo fim do superciclo de commodities, mas, quando esse ajuste terminar, podem retomar crescimento econômico de 3% a 4% ao ano", afirma Wood. Nações que têm caminhado em direção a um patamar de renda mais alto também têm se destacado por melhorar a qualidade de seu sistema educacional. Esse é o caso tanto de nações asiáticas, como a Coreia do Sul, como de países do Leste Europeu, como a Polônia.
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mercado
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É possível adotar medidas econômicas de baixo impacto fiscal, diz secretárioO desafio do Brasil para voltar a crescer em ritmo compatível com o aumento de renda é duplo. O país precisa melhorar a gestão da economia —cortando, por exemplo, gastos públicos— e avançar em medidas e reformas que aumentem sua eficiência. O problema, dizem especialistas, é que, para retomar a rota do desenvolvimento econômico, o Brasil não pode resolver seus problemas macroeconômicos primeiro para se preocupar com o resto depois. Se não atacar as duas frentes ao mesmo tempo, correrá o risco de ficar de vez para trás na corrida por avanço tecnológico pela qual o mundo passa. Segundo Jorge Arbache, que assume nesta segunda (15) a assessoria econômica do Ministério do Planejamento, o governo precisa promover pequenas mudanças que reduzam gargalos e estimulem a busca do setor privado por maior produtividade. "Há medidas regulatórias, por exemplo, de baixo ou nenhum impacto fiscal que podem ser tomadas e que teriam grande efeito sobre a economia", diz o economista, que tem passagem pelo Banco Mundial e, mais recentemente, pelo BNDES. Arbache diz que sua missão no governo será identificar e sugerir essas medidas. De acordo com ele, os países emergentes que estão "conseguindo um lugar ao sol" são os que tentam caminhar em direção à fronteira tecnológica. É o caso de nações asiáticas como Malásia, China e Índia. A receita, dizem especialistas, passa por estimular a inovação. Mas, além disso, é importante aumentar a integração da economia às cadeias de produção mundial, que facilitam o acesso a novas tecnologias. Segundo Robert Wood, economista da consultoria Economist Intelligence Unit (EIU), países da América Latina, como Colômbia e Chile, que têm economias mais abertas ao comércio mundial, estão mais bem posicionadas do que o Brasil para se beneficiar desse processo. "Esses países foram atingidos pelo fim do superciclo de commodities, mas, quando esse ajuste terminar, podem retomar crescimento econômico de 3% a 4% ao ano", afirma Wood. Nações que têm caminhado em direção a um patamar de renda mais alto também têm se destacado por melhorar a qualidade de seu sistema educacional. Esse é o caso tanto de nações asiáticas, como a Coreia do Sul, como de países do Leste Europeu, como a Polônia.
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Caçada a lhamas por ruas do Arizona vira drama transmitido ao vivo na TV
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Uma perseguição a duas lhamas bem aceleradas foi transmitida ao vivo pela TV americana. Os dois animais escaparam de um carro veterinário e pareciam se mover com tranquilidade entre os veículos numa movimentada rua na cidade de Phoenix, no Estado americano do Arizona. A caçada começou na hora do almoço e se tornou viral nas redes sociais, gerando mais de 3 mil tuítes por minuto. A busca durou quase uma hora e só terminou quando o par se separou e os animais, finalmente, puderam ser dominados.
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bbc
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Caçada a lhamas por ruas do Arizona vira drama transmitido ao vivo na TVUma perseguição a duas lhamas bem aceleradas foi transmitida ao vivo pela TV americana. Os dois animais escaparam de um carro veterinário e pareciam se mover com tranquilidade entre os veículos numa movimentada rua na cidade de Phoenix, no Estado americano do Arizona. A caçada começou na hora do almoço e se tornou viral nas redes sociais, gerando mais de 3 mil tuítes por minuto. A busca durou quase uma hora e só terminou quando o par se separou e os animais, finalmente, puderam ser dominados.
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Líder de quadrilha de arranjo de resultados faz delação premiada
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Líder de quadrilha de manipulação de resultados de futebol no Brasil, Anderson da Silva Rodrigues fez acordo de delação premiada no âmbito da operação Game Over e, caso o acordo seja homologado por juiz encarregado em prazo ainda não estabelecido, ele deverá se entregar na sequência. A informação foi apresentada pelo jornal "O Estado de S.Paulo" e confirmada pela Folha. Desde o primeiro semestre de 2016, a Polícia Civil de São Paulo investiga manipulação de resultados em campeonatos no Brasil para beneficiar grupo criminoso que atua nas bolsas de apostas na Ásia. Como adiantado pela Folha, dois malaios, Jawahir Saliman, 40, e Zulfika Bin Mohd Sultan, 38, são tidos como os principais articuladores do esquema fora do Brasil. Atualmente, ambos estão na lista de procurados pela Interpol. Em depoimento na segunda (20), Rodrigues confirmou que agia sob orientação de criminosos instalados na China, na Malásia e na Indonésia. Ele também confirmou informações específicas levantadas pela Polícia Civil sobre jogos manipulados, envolvidos e valores recebidos. Nove suspeitos foram presos desde julho do ano passado e hoje respondem aos processos em liberdade. Segundo o acordo de delação premiada costurado por seu advogado, Rodrigues também aguarda em liberdade a homologação. Dessa forma, Thiago Coutinho segue como o único envolvido que está foragido e com o qual a polícia ainda não conseguiu estabelecer qualquer tipo de contato. O acordo de delação premiada de Rodrigues não é o primeiro no âmbito da Game Over. Seu braço direito, o ex-jogador Márcio Souza, 36, também fechou acordo do tipo e forneceu informações que ajudaram no andamento das investigações. À reportagem, participantes do esquema disseram que foram enganados por Rodrigues. Ele os abordava perguntando se conheciam algum clube com problemas financeiros. Aos poucos, ele revelava a intenção de manipular resultados. Na conclusão do negócio, ele tratava diretamente com o contato que fez no clube, cortando o parceiro, que então ficava sem receber. - 16.mar.2013 Em vitória por 4a0 do Botafogo sobre o Quissamã, pelo Campeonato Estadual do Rio, o número de apostas em goleada aumentou subitamente, o que gerou suspeita em empresas de monitoramento de manipulação de resultados ligadas à Fifa 17.ago.2015 O Náutico de Roraima vence o Remo por 3 a 2 na sexta rodada da Série D do Campeonato Brasileiro; polícia apura oferta de R$ 40 mil para que o time de Roraima perdesse por 4a0 27.set.2015 Sorocaba perde por 9 a 0 para o Santo André no Paulista sub-20, em partida que foi o estopim das investigações; empresa de monitoramento entrou em contato com a Fifa, que informou o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). O órgão enviou relatório ao Ministério Público de São Paulo 22.out.2015 O Audax vence o Duquecaxiense por 3 a 0, em partida válida pela Copa Rio, e o fluxo de apostas na partida desperta suspeitas de manipulação Jan.2016 A pedido do Ministério Público de São Paulo, a Polícia Civil inicia investigações da Operação Game Over 11.fev.2016 Rio Preto goleia o Barueri por 4a0pela Série A3 do Paulista e o número de apostas em uma goleada favorável ao Rio Preto chama a atenção 6.jul.2016 Polícia expede 11 mandados de prisão temporária e prende nove suspeitos de participar de manipulação de resultados em quatro diferentes Estados Ago.2016 Todos os suspeitos presos são liberados após prestarem depoimentos; Anderson Rodrigues e Thiago Coutinho são considerados foragidos pela polícia Set.2016 Polícia identifica malaios que mantinham contato com operadores do esquema no Brasil
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esporte
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Líder de quadrilha de arranjo de resultados faz delação premiadaLíder de quadrilha de manipulação de resultados de futebol no Brasil, Anderson da Silva Rodrigues fez acordo de delação premiada no âmbito da operação Game Over e, caso o acordo seja homologado por juiz encarregado em prazo ainda não estabelecido, ele deverá se entregar na sequência. A informação foi apresentada pelo jornal "O Estado de S.Paulo" e confirmada pela Folha. Desde o primeiro semestre de 2016, a Polícia Civil de São Paulo investiga manipulação de resultados em campeonatos no Brasil para beneficiar grupo criminoso que atua nas bolsas de apostas na Ásia. Como adiantado pela Folha, dois malaios, Jawahir Saliman, 40, e Zulfika Bin Mohd Sultan, 38, são tidos como os principais articuladores do esquema fora do Brasil. Atualmente, ambos estão na lista de procurados pela Interpol. Em depoimento na segunda (20), Rodrigues confirmou que agia sob orientação de criminosos instalados na China, na Malásia e na Indonésia. Ele também confirmou informações específicas levantadas pela Polícia Civil sobre jogos manipulados, envolvidos e valores recebidos. Nove suspeitos foram presos desde julho do ano passado e hoje respondem aos processos em liberdade. Segundo o acordo de delação premiada costurado por seu advogado, Rodrigues também aguarda em liberdade a homologação. Dessa forma, Thiago Coutinho segue como o único envolvido que está foragido e com o qual a polícia ainda não conseguiu estabelecer qualquer tipo de contato. O acordo de delação premiada de Rodrigues não é o primeiro no âmbito da Game Over. Seu braço direito, o ex-jogador Márcio Souza, 36, também fechou acordo do tipo e forneceu informações que ajudaram no andamento das investigações. À reportagem, participantes do esquema disseram que foram enganados por Rodrigues. Ele os abordava perguntando se conheciam algum clube com problemas financeiros. Aos poucos, ele revelava a intenção de manipular resultados. Na conclusão do negócio, ele tratava diretamente com o contato que fez no clube, cortando o parceiro, que então ficava sem receber. - 16.mar.2013 Em vitória por 4a0 do Botafogo sobre o Quissamã, pelo Campeonato Estadual do Rio, o número de apostas em goleada aumentou subitamente, o que gerou suspeita em empresas de monitoramento de manipulação de resultados ligadas à Fifa 17.ago.2015 O Náutico de Roraima vence o Remo por 3 a 2 na sexta rodada da Série D do Campeonato Brasileiro; polícia apura oferta de R$ 40 mil para que o time de Roraima perdesse por 4a0 27.set.2015 Sorocaba perde por 9 a 0 para o Santo André no Paulista sub-20, em partida que foi o estopim das investigações; empresa de monitoramento entrou em contato com a Fifa, que informou o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). O órgão enviou relatório ao Ministério Público de São Paulo 22.out.2015 O Audax vence o Duquecaxiense por 3 a 0, em partida válida pela Copa Rio, e o fluxo de apostas na partida desperta suspeitas de manipulação Jan.2016 A pedido do Ministério Público de São Paulo, a Polícia Civil inicia investigações da Operação Game Over 11.fev.2016 Rio Preto goleia o Barueri por 4a0pela Série A3 do Paulista e o número de apostas em uma goleada favorável ao Rio Preto chama a atenção 6.jul.2016 Polícia expede 11 mandados de prisão temporária e prende nove suspeitos de participar de manipulação de resultados em quatro diferentes Estados Ago.2016 Todos os suspeitos presos são liberados após prestarem depoimentos; Anderson Rodrigues e Thiago Coutinho são considerados foragidos pela polícia Set.2016 Polícia identifica malaios que mantinham contato com operadores do esquema no Brasil
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Eletrobras reconhece R$ 302,5 milhões em perdas com corrupção
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A Eletrobras informou nesta terça (11) que entregou à SEC, o "xerife" do mercado de ações dos Estados Unidos, formulários com informações financeiras de 2014 e 2015, cujo atraso levou à suspensão de suas ações na bolsa de Nova York. Nos documentos, a empresa reconhece perdas de R$ 302,5 milhões com o esquema de pagamento de propinas investigado pela Operação Lava Jato. Os valores referem-se ao superfaturamento de obras contratadas com o cartel de empreiteiras descoberto pela operação. A avaliação foi feita por investigação interna conduzida pelo escritório de advocacia Hogan Lovells e supervisionada por uma comissão independente. "Os relatórios da investigação independente reportam determinados superfaturamentos relacionados à propina e práticas de cartel, considerados ilegais no âmbito de alguns contratos dos projetos investigados", diz a empresa, em nota. De acordo com as investigações, as propinas variavam entre 1% e 6% do valor do contrato. Já o impacto identificado da prática de cartel em licitações foi de 10% em um contrato. "A investigação descobriu propinas utilizadas para financiar pagamentos indevidos a partidos políticos, funcionários eleitos ou outros funcionários públicos, ex-funcionários de subsidiárias e SPEs (empresas) não controladas pela companhia e outros indivíduos envolvidos em esquemas de pagamento", prossegue o documento. A maior parte dos valores (R$ 286,6 milhões) foi contabilizada em 2014. Fazem parte da lista de projetos com perdas por corrupção a usina nuclear de de Angra 3 e as hidrelétricas de Simplício e Mauá 3, além de projetos em que a Eletrobras é sócia minoritária, chamados de Sociedades de Propósito Específico e não identificados individualmente. A estatal espera que, com a entrega do documento, consiga retomar a negociação de suas ações em Nova York. Na quinta (13), a companhia terá uma audiência na bolsa para discutir o tema.
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mercado
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Eletrobras reconhece R$ 302,5 milhões em perdas com corrupçãoA Eletrobras informou nesta terça (11) que entregou à SEC, o "xerife" do mercado de ações dos Estados Unidos, formulários com informações financeiras de 2014 e 2015, cujo atraso levou à suspensão de suas ações na bolsa de Nova York. Nos documentos, a empresa reconhece perdas de R$ 302,5 milhões com o esquema de pagamento de propinas investigado pela Operação Lava Jato. Os valores referem-se ao superfaturamento de obras contratadas com o cartel de empreiteiras descoberto pela operação. A avaliação foi feita por investigação interna conduzida pelo escritório de advocacia Hogan Lovells e supervisionada por uma comissão independente. "Os relatórios da investigação independente reportam determinados superfaturamentos relacionados à propina e práticas de cartel, considerados ilegais no âmbito de alguns contratos dos projetos investigados", diz a empresa, em nota. De acordo com as investigações, as propinas variavam entre 1% e 6% do valor do contrato. Já o impacto identificado da prática de cartel em licitações foi de 10% em um contrato. "A investigação descobriu propinas utilizadas para financiar pagamentos indevidos a partidos políticos, funcionários eleitos ou outros funcionários públicos, ex-funcionários de subsidiárias e SPEs (empresas) não controladas pela companhia e outros indivíduos envolvidos em esquemas de pagamento", prossegue o documento. A maior parte dos valores (R$ 286,6 milhões) foi contabilizada em 2014. Fazem parte da lista de projetos com perdas por corrupção a usina nuclear de de Angra 3 e as hidrelétricas de Simplício e Mauá 3, além de projetos em que a Eletrobras é sócia minoritária, chamados de Sociedades de Propósito Específico e não identificados individualmente. A estatal espera que, com a entrega do documento, consiga retomar a negociação de suas ações em Nova York. Na quinta (13), a companhia terá uma audiência na bolsa para discutir o tema.
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Snoopy ganha novo desenho animado na TV; filme também estreia neste ano
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Charlie Brown, Snoopy, Lucy, Lino, o passarinho Woodstock e toda a turma criada na década de 1950 por Charlie M. Schulz vão ganhar um novo desenho animado que estreia neste domingo (9), às 10h, no canal pago Discovery Kids. Os episódios de "Snoopy e Sua Turma", divididos em diversas esquetes, somarão meia hora de aventura (conheça os personagens na galeria abaixo). Assim como nas tirinhas, a história segue de um episódio para outro, mas de forma sutil. Assim, quem perder um programa não terá problemas para acompanhar o desenrolar da trama. No primeiro capítulo, Sally leva Snoopy para uma apresentação sobre animais na escola. Mas o cachorro não consegue agradar os alunos, que não entendem muito bem o seu charme e inteligência. NA TELONA Além do desenho animado, Snoopy também protagonizará um filme em 3D. Anunciado em janeiro, "Snoopy & Charlie Brown - Peanuts, O Filme" deve estrear no Brasil em dezembro. Na história, Snoopy se apaixona por Fifi, uma poodle fofinha, enquanto é atazanado por Barão Vermelho, seu arqui-inimigo. Charlie Brown também se encanta com uma menina ruiva, nova na escola, e entra em uma aventura para mostrar que todo azarado tem seu dia de sorte. A produção do longa é da Twenty Century Fox e do estúdio Blue Sky, o mesmo que fez os dois filmes "Rio". Assista abaixo o trailer oficial do filme: Trailer oficial do filme do Snoopy
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folhinha
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Snoopy ganha novo desenho animado na TV; filme também estreia neste anoCharlie Brown, Snoopy, Lucy, Lino, o passarinho Woodstock e toda a turma criada na década de 1950 por Charlie M. Schulz vão ganhar um novo desenho animado que estreia neste domingo (9), às 10h, no canal pago Discovery Kids. Os episódios de "Snoopy e Sua Turma", divididos em diversas esquetes, somarão meia hora de aventura (conheça os personagens na galeria abaixo). Assim como nas tirinhas, a história segue de um episódio para outro, mas de forma sutil. Assim, quem perder um programa não terá problemas para acompanhar o desenrolar da trama. No primeiro capítulo, Sally leva Snoopy para uma apresentação sobre animais na escola. Mas o cachorro não consegue agradar os alunos, que não entendem muito bem o seu charme e inteligência. NA TELONA Além do desenho animado, Snoopy também protagonizará um filme em 3D. Anunciado em janeiro, "Snoopy & Charlie Brown - Peanuts, O Filme" deve estrear no Brasil em dezembro. Na história, Snoopy se apaixona por Fifi, uma poodle fofinha, enquanto é atazanado por Barão Vermelho, seu arqui-inimigo. Charlie Brown também se encanta com uma menina ruiva, nova na escola, e entra em uma aventura para mostrar que todo azarado tem seu dia de sorte. A produção do longa é da Twenty Century Fox e do estúdio Blue Sky, o mesmo que fez os dois filmes "Rio". Assista abaixo o trailer oficial do filme: Trailer oficial do filme do Snoopy
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Oposição diz que Cunha mantém legitimidade para comandar Câmara
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Os líderes dos dois principais partidos de oposição ao governo disseram nesta quarta-feira (21) considerar que, enquanto estiver no cargo, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) mantém a legitimidade para tocar o dia a dia do Legislativo. As declarações de Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Mendonça Filho (DEM-PE) foram dadas após encontro dos dois com o próprio Cunha, que foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República sob a acusação de envolvimento no petrolão, além de ser suspeito de manter no exterior contas secretas irrigadas pelo esquema. O PSDB e o DEM defendem publicamente que Cunha se afaste da presidência da Câmara, mas nos bastidores continuam lhe dando suporte político com o intuito de estimulá-lo a deflagrar um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. "O correto seria o seu afastamento do cargo pela gravidade dos fatos que foram apresentados, só que existem fatos tão graves ou mais, cuja comprovação já foi feita pelo Tribunal de Contas, das práticas de crime de responsabilidade pela presidente Dilma", afirmou Carlos Sampaio, se referindo à recomendação do TCU de rejeição das contas da petista de 2014 devido a irregularidades fiscais. Esse parecer está em análise no Congresso, que é quem dá a palavra final. "Nem por isso ela deixou de ter legitimidade de indicar ministros, de apresentar MPs a essa Casa. Faz parte da legislação em vigor, enquanto a presidente Dilma não renunciar, enquanto o presidente dessa Casa não renunciar, ele tem a legitimidade e a prerrogativa de tomar as decisões", acrescentou Sampaio. Mendonça Filho afirmou que insistiu em reunião fechada com Cunha que ele delibere rapidamente sobre o impeachment de Dilma. E que espera que ele defira. Sobre as acusações contra o peemedebista, o líder do DEM replicou o discurso de Sampaio. "Temos uma presidente da república condenada pelo TCU e nem por isso está inabilitada para assinar MP, remeter projetos de lei para o Congresso Nacional e cumprir com a sua atribuições constitucionais. O mesmo em relação ao presidente da Casa. Enquanto ele estiver respondendo pelo comando do poder da Câmara, evidentemente que qualquer ato autorizado por ele tem respaldo jurídico e constitucional."
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poder
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Oposição diz que Cunha mantém legitimidade para comandar CâmaraOs líderes dos dois principais partidos de oposição ao governo disseram nesta quarta-feira (21) considerar que, enquanto estiver no cargo, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) mantém a legitimidade para tocar o dia a dia do Legislativo. As declarações de Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Mendonça Filho (DEM-PE) foram dadas após encontro dos dois com o próprio Cunha, que foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República sob a acusação de envolvimento no petrolão, além de ser suspeito de manter no exterior contas secretas irrigadas pelo esquema. O PSDB e o DEM defendem publicamente que Cunha se afaste da presidência da Câmara, mas nos bastidores continuam lhe dando suporte político com o intuito de estimulá-lo a deflagrar um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. "O correto seria o seu afastamento do cargo pela gravidade dos fatos que foram apresentados, só que existem fatos tão graves ou mais, cuja comprovação já foi feita pelo Tribunal de Contas, das práticas de crime de responsabilidade pela presidente Dilma", afirmou Carlos Sampaio, se referindo à recomendação do TCU de rejeição das contas da petista de 2014 devido a irregularidades fiscais. Esse parecer está em análise no Congresso, que é quem dá a palavra final. "Nem por isso ela deixou de ter legitimidade de indicar ministros, de apresentar MPs a essa Casa. Faz parte da legislação em vigor, enquanto a presidente Dilma não renunciar, enquanto o presidente dessa Casa não renunciar, ele tem a legitimidade e a prerrogativa de tomar as decisões", acrescentou Sampaio. Mendonça Filho afirmou que insistiu em reunião fechada com Cunha que ele delibere rapidamente sobre o impeachment de Dilma. E que espera que ele defira. Sobre as acusações contra o peemedebista, o líder do DEM replicou o discurso de Sampaio. "Temos uma presidente da república condenada pelo TCU e nem por isso está inabilitada para assinar MP, remeter projetos de lei para o Congresso Nacional e cumprir com a sua atribuições constitucionais. O mesmo em relação ao presidente da Casa. Enquanto ele estiver respondendo pelo comando do poder da Câmara, evidentemente que qualquer ato autorizado por ele tem respaldo jurídico e constitucional."
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Promotor argentino Nisman foi 'vítima de homicídio', diz ex-mulher
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A ex-mulher de Alberto Nisman, a juíza Sandra Arroyo Salgado, querelante na causa que investiga a morte do promotor que denunciou a presidente argentina, afirmou nesta quinta-feira (5) que seu ex-marido foi "vítima de homicídio, sem sombra de dúvida". "Alberto Nisman não se suicidou. Alberto Nisman foi morto", disse a juíza, em coletiva na qual apresentou as conclusões do relatório elaborado por seus próprios peritos sobre o promotor que foi achado morto em 18 de janeiro com um tiro na cabeça, em circunstâncias ainda não esclarecidas. A magistrada disse que, com base na análise das provas colhidas no apartamento de Nisman, foram descartadas as hipótese de um acidente ou de um suicídio. Para Sandra, que junto às duas filhas que teve com o promotor e à mãe do mesmo integra a denúncia nesse caso, a morte de Nisman constituiu um "fato de magnitude criminosa". Nisman, que investigava o atentado de 1994 contra uma associação judaica, foi encontrado morto quatro dias após denunciar a presidente argentina, Cristina Kirchner, pelo suposto encobrimento dos iranianos acusados pelo ataque. Sandra sustentou que "a morte violenta" de Nisman ocorreu em um "contexto político e judicial" que "marcou totalmente a institucionalidade da república, além de pôr em xeque o papel do Estado nacional frente à comunidade internacional em matéria de terrorismo". Segundo a juíza, Nisman não morreu de forma instantânea, mas agonizou. Seu corpo não apresentava espasmo cadavérico —ao contrário do que afirmou a promotora do caso—, foi movido de sua posição original e não havia presença de álcool em sangue.
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mundo
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Promotor argentino Nisman foi 'vítima de homicídio', diz ex-mulherA ex-mulher de Alberto Nisman, a juíza Sandra Arroyo Salgado, querelante na causa que investiga a morte do promotor que denunciou a presidente argentina, afirmou nesta quinta-feira (5) que seu ex-marido foi "vítima de homicídio, sem sombra de dúvida". "Alberto Nisman não se suicidou. Alberto Nisman foi morto", disse a juíza, em coletiva na qual apresentou as conclusões do relatório elaborado por seus próprios peritos sobre o promotor que foi achado morto em 18 de janeiro com um tiro na cabeça, em circunstâncias ainda não esclarecidas. A magistrada disse que, com base na análise das provas colhidas no apartamento de Nisman, foram descartadas as hipótese de um acidente ou de um suicídio. Para Sandra, que junto às duas filhas que teve com o promotor e à mãe do mesmo integra a denúncia nesse caso, a morte de Nisman constituiu um "fato de magnitude criminosa". Nisman, que investigava o atentado de 1994 contra uma associação judaica, foi encontrado morto quatro dias após denunciar a presidente argentina, Cristina Kirchner, pelo suposto encobrimento dos iranianos acusados pelo ataque. Sandra sustentou que "a morte violenta" de Nisman ocorreu em um "contexto político e judicial" que "marcou totalmente a institucionalidade da república, além de pôr em xeque o papel do Estado nacional frente à comunidade internacional em matéria de terrorismo". Segundo a juíza, Nisman não morreu de forma instantânea, mas agonizou. Seu corpo não apresentava espasmo cadavérico —ao contrário do que afirmou a promotora do caso—, foi movido de sua posição original e não havia presença de álcool em sangue.
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Justiça determina bloqueio de R$ 300 milhões na conta da Samarco
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A Justiça de Minas Gerais determinou o bloqueio de R$ 300 milhões na conta da Samarco, empresa fruto da sociedade entre a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton. A medida é tomada uma semana após o rompimento de duas barragens da mineradora, na quinta-feira (5), que deixou mortos e desaparecidos, soterrou vilarejos, provocou mortandade e suspendeu o abastecimento de água em cidades da região. A decisão liminar, do juiz Frederico Esteves Duarte Gonçalves, decorre de ação civil pública do Ministério Público Estadual, que listou mais de 500 vítimas que estão desabrigadas com o rompimento das barragens. O valor bloqueado deve ser revertido para reparação de danos causados às vítimas. Na liminar, o juiz diz que a Samarco não deve ser "demonizada" diante da "intensa comoção social". Porém aponta que o rompimento das barragens "não lhe imuniza ao poder geral de cautela, que é imanente ao poder jurisdicional". O magistrado relembra trecho de lei de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, que prevê indenização às vítimas independentemente da investigação em curso quanto às responsabilidades. "Por indícios, a responsabilidade civil da requerida [a mineradora] para com a população atingida pelo desastre ambiental mais cedo ou mais tarde virá à tona, tomando-se em consideração a conexão entre o fato e o dano", disse. O valor, de R$ 300 milhões, é compatível, segundo o juiz, "com a extensão do dano" e segue proporção de pouco mais de 10% do faturamento líquido da empresa em 2014, que foi de R$ 2,8 bilhões. O faturamento total no mesmo ano foi de R$ 7,5 bilhões, segundo a sentença. Procurada, a Samarco disse, em nota, que ainda não foi notificada oficialmente da decisão.
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cotidiano
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Justiça determina bloqueio de R$ 300 milhões na conta da SamarcoA Justiça de Minas Gerais determinou o bloqueio de R$ 300 milhões na conta da Samarco, empresa fruto da sociedade entre a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton. A medida é tomada uma semana após o rompimento de duas barragens da mineradora, na quinta-feira (5), que deixou mortos e desaparecidos, soterrou vilarejos, provocou mortandade e suspendeu o abastecimento de água em cidades da região. A decisão liminar, do juiz Frederico Esteves Duarte Gonçalves, decorre de ação civil pública do Ministério Público Estadual, que listou mais de 500 vítimas que estão desabrigadas com o rompimento das barragens. O valor bloqueado deve ser revertido para reparação de danos causados às vítimas. Na liminar, o juiz diz que a Samarco não deve ser "demonizada" diante da "intensa comoção social". Porém aponta que o rompimento das barragens "não lhe imuniza ao poder geral de cautela, que é imanente ao poder jurisdicional". O magistrado relembra trecho de lei de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, que prevê indenização às vítimas independentemente da investigação em curso quanto às responsabilidades. "Por indícios, a responsabilidade civil da requerida [a mineradora] para com a população atingida pelo desastre ambiental mais cedo ou mais tarde virá à tona, tomando-se em consideração a conexão entre o fato e o dano", disse. O valor, de R$ 300 milhões, é compatível, segundo o juiz, "com a extensão do dano" e segue proporção de pouco mais de 10% do faturamento líquido da empresa em 2014, que foi de R$ 2,8 bilhões. O faturamento total no mesmo ano foi de R$ 7,5 bilhões, segundo a sentença. Procurada, a Samarco disse, em nota, que ainda não foi notificada oficialmente da decisão.
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Titular contra o Flu, Lugano pode fazer seu último jogo pelo São Paulo
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Em meio à crise que a equipe atravessa dentro das quatro linhas, o torcedor são-paulino pode assistir a última partida do zagueiro Diego Lugano, 36, com a camisa do clube diante do Fluminense, neste domingo (25), às 16h, no Morumbi, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. Com contrato até o dia 30 de junho, o uruguaio ainda não respondeu para a diretoria tricolor se renovará o seu vínculo até o final de 2017. Ele recebeu uma proposta de renovação na última segunda (19) que não o agradou, principalmente em virtude da demora dos dirigentes para procurá-lo. A oferta tem redução salarial e a opção do jogador de fazer uma festa de despedida. Campeão Mundial de Clubes pelo São Paulo em 2005, Lugano retornou ao time no ano passado para ser o líder da defesa, mas foi pouco aproveitado. Em 18 meses, disputou apenas 33 jogos, sendo oito nesta temporada -sete como titular. A torcida e os próprios jogadores do elenco fizeram campanha para renovação do contrato do uruguaio. Lugano voltou a ser titular na última quarta (21) após a diretoria afastar Lucão e negociar Maicon com o Galatasaray. Neste domingo, ele formará o trio defensivo com Éder Militão e Rodrigo Caio. Ceni, inclusive, deverá escalar a equipe que perdeu para o Atlético-PR. Sem vencer há quatro jogos, o São Paulo pode terminar a rodada na zona da degola.
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esporte
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Titular contra o Flu, Lugano pode fazer seu último jogo pelo São PauloEm meio à crise que a equipe atravessa dentro das quatro linhas, o torcedor são-paulino pode assistir a última partida do zagueiro Diego Lugano, 36, com a camisa do clube diante do Fluminense, neste domingo (25), às 16h, no Morumbi, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. Com contrato até o dia 30 de junho, o uruguaio ainda não respondeu para a diretoria tricolor se renovará o seu vínculo até o final de 2017. Ele recebeu uma proposta de renovação na última segunda (19) que não o agradou, principalmente em virtude da demora dos dirigentes para procurá-lo. A oferta tem redução salarial e a opção do jogador de fazer uma festa de despedida. Campeão Mundial de Clubes pelo São Paulo em 2005, Lugano retornou ao time no ano passado para ser o líder da defesa, mas foi pouco aproveitado. Em 18 meses, disputou apenas 33 jogos, sendo oito nesta temporada -sete como titular. A torcida e os próprios jogadores do elenco fizeram campanha para renovação do contrato do uruguaio. Lugano voltou a ser titular na última quarta (21) após a diretoria afastar Lucão e negociar Maicon com o Galatasaray. Neste domingo, ele formará o trio defensivo com Éder Militão e Rodrigo Caio. Ceni, inclusive, deverá escalar a equipe que perdeu para o Atlético-PR. Sem vencer há quatro jogos, o São Paulo pode terminar a rodada na zona da degola.
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Em livro, jornalista investiga morte de inglesa por predador sexual
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A imprensa começava a perder interesse no desaparecimento de Lucie Blackman, jovem inglesa que chegara ao Japão em 2000 para trabalhar como hostess num bar, quando o jornalista inglês sediado em Tóquio Richard Lloyd Parry viu na história um livro em potencial. O motivo, depois de meses de investigações infrutíferas, foi a entrada em cena de um novo personagem: Joji Obara, milionário japonês filho de zainichis (imigrantes coreanos), tão discreto em público quanto capaz de atrocidades entre quatro paredes. As peças que Lloyd Parry juntou a partir do crime cometido por Obara em meados de 2000, e de outros que passaram a vir à tona, fazem de "Devoradores de Sombra" um thriller digno das várias listas de melhores do ano (ou da década) que frequentou desde o lançamento, em 2011. Lançada agora pela Três Estrelas, selo editorial do Grupo Folha, a obra amarra a trajetória de Lucie, os riscos vividos pelas mulheres que trabalham na noite de Tóquio, a corrupção policial japonesa, o preconceito sofrido pela comunidade coreana no país e a abjeta vida de Obara, de garoto solitário a empresário que por décadas registrou em vídeo os estupros que cometeu. "As reportagens que fiz na época não davam conta da complexidade da história. O que faz exatamente uma hostess? Por que o julgamento durou tanto? Qual o problema da família de Lucie?", diz Lloyd Parry, por e-mail. Obara "era diferente de qualquer personagem" que o autor tivesse encontrado antes. Nascido em Osaka, em 1952, filho de um casal coreano que migrou para o Japão antes da Segunda Guerra, cresceu numa mansão –seu pai fez enorme fortuna, não se sabe exatamente como. Sem amigos, foi mudando de nome e acumulando propriedades durante a vida até se tornar esse homem do qual várias hostesses guardavam péssimas e poucas lembranças –os encontros com ele sempre terminavam com elas apagadas, drogadas, num apartamento na praia. POLÍCIA Boa parte do livro é dedicada à descrição da investigação promovida pela polícia japonesa, cuja atuação, para Lloyd Parry, demonstra uma "incompetência institucional" –apesar de uma quantidade enorme de pistas, foram sete meses até o corpo da vítima ser localizado. Uma das razões, para o autor, foi um modelo de investigação que prioriza a confissão do acusado. Para a polícia japonesa, segundo ele descreve, não basta saber que um crime foi cometido e como, mas descobrir por quê. "Não foi só que eles demoraram demais a descobrir o que tinha acontecido com Lucie depois que ela desapareceu. Joji Obara deveria ter sido mandado para a cadeia vários anos antes –pelo menos em 1992, quando matou outra jovem mulher, Carita Ridgway", diz o autor. Por anos, várias mulheres que terminaram encontros com Obara desacordadas o denunciaram, mas a polícia nunca fez nada a respeito. "Não sei como é no Brasil, mas, na Inglaterra, há o senso comum de que é injusto culpar a vítima de violência sexual pelo que aconteceu com ela. A morte de uma prostituta –e Lucie estava longe de ser uma– é tão trágica e inaceitável quanto a morte de uma freira." Para o jornalista, a polícia não dava atenção às denúncias por não acreditar que fosse necessário se preocupar com quaisquer violências que as hostesses sofressem nos encontros com seus clientes. Foi preciso Tony Blair, então primeiro-ministro britânico, se manifestar a respeito para o caso ser solucionado, e Obara, condenado.
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ilustrada
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Em livro, jornalista investiga morte de inglesa por predador sexualA imprensa começava a perder interesse no desaparecimento de Lucie Blackman, jovem inglesa que chegara ao Japão em 2000 para trabalhar como hostess num bar, quando o jornalista inglês sediado em Tóquio Richard Lloyd Parry viu na história um livro em potencial. O motivo, depois de meses de investigações infrutíferas, foi a entrada em cena de um novo personagem: Joji Obara, milionário japonês filho de zainichis (imigrantes coreanos), tão discreto em público quanto capaz de atrocidades entre quatro paredes. As peças que Lloyd Parry juntou a partir do crime cometido por Obara em meados de 2000, e de outros que passaram a vir à tona, fazem de "Devoradores de Sombra" um thriller digno das várias listas de melhores do ano (ou da década) que frequentou desde o lançamento, em 2011. Lançada agora pela Três Estrelas, selo editorial do Grupo Folha, a obra amarra a trajetória de Lucie, os riscos vividos pelas mulheres que trabalham na noite de Tóquio, a corrupção policial japonesa, o preconceito sofrido pela comunidade coreana no país e a abjeta vida de Obara, de garoto solitário a empresário que por décadas registrou em vídeo os estupros que cometeu. "As reportagens que fiz na época não davam conta da complexidade da história. O que faz exatamente uma hostess? Por que o julgamento durou tanto? Qual o problema da família de Lucie?", diz Lloyd Parry, por e-mail. Obara "era diferente de qualquer personagem" que o autor tivesse encontrado antes. Nascido em Osaka, em 1952, filho de um casal coreano que migrou para o Japão antes da Segunda Guerra, cresceu numa mansão –seu pai fez enorme fortuna, não se sabe exatamente como. Sem amigos, foi mudando de nome e acumulando propriedades durante a vida até se tornar esse homem do qual várias hostesses guardavam péssimas e poucas lembranças –os encontros com ele sempre terminavam com elas apagadas, drogadas, num apartamento na praia. POLÍCIA Boa parte do livro é dedicada à descrição da investigação promovida pela polícia japonesa, cuja atuação, para Lloyd Parry, demonstra uma "incompetência institucional" –apesar de uma quantidade enorme de pistas, foram sete meses até o corpo da vítima ser localizado. Uma das razões, para o autor, foi um modelo de investigação que prioriza a confissão do acusado. Para a polícia japonesa, segundo ele descreve, não basta saber que um crime foi cometido e como, mas descobrir por quê. "Não foi só que eles demoraram demais a descobrir o que tinha acontecido com Lucie depois que ela desapareceu. Joji Obara deveria ter sido mandado para a cadeia vários anos antes –pelo menos em 1992, quando matou outra jovem mulher, Carita Ridgway", diz o autor. Por anos, várias mulheres que terminaram encontros com Obara desacordadas o denunciaram, mas a polícia nunca fez nada a respeito. "Não sei como é no Brasil, mas, na Inglaterra, há o senso comum de que é injusto culpar a vítima de violência sexual pelo que aconteceu com ela. A morte de uma prostituta –e Lucie estava longe de ser uma– é tão trágica e inaceitável quanto a morte de uma freira." Para o jornalista, a polícia não dava atenção às denúncias por não acreditar que fosse necessário se preocupar com quaisquer violências que as hostesses sofressem nos encontros com seus clientes. Foi preciso Tony Blair, então primeiro-ministro britânico, se manifestar a respeito para o caso ser solucionado, e Obara, condenado.
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Saúde confirma ligação de Dilma, mas não comenta sobre demissão de Chioro
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Após a divulgação na imprensa sobre a demissão do ministro Arthur Chioro, o Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (29), em nota, que o até então titular da pasta "tem conversado" com a presidente Dilma Rousseff sobre "as articulações envolvendo a reforma ministerial". Segundo a pasta, o ministro esteve com Dilma na última quinta-feira (24) para tratar do assunto, e uma nova conversa ocorreu por telefone nesta terça-feira. O ministério, porém, evitou comentar o desfecho do caso. Em nota, disse apenas que "a reforma ministerial, que está sendo tratada pelo Palácio do Planalto, deve ser anunciada nesta quinta-feira (1º)". POR TELEFONE A presidente Dilma Rousseff, no entanto, demitiu Chioro por telefone nesta terça. Em uma conversa fria, ela afirmou ao petista que ele fica no cargo até quinta-feira, data em que deve ser anunciada a nova configuração da Esplanada dos Ministérios. Segundo relatos, a petista ficou irritada com declarações recentes do ministro à imprensa e com a suspeita de que ele estaria trabalhando para se manter no cargo junto a médicos sanitaristas e profissionais do ramo da saúde. Na semana passada, o ministro já havia reunido sua equipe de secretários para falar de sua saída do cargo. O encontro foi realizado no mesmo dia em que o Palácio do Planalto informou ao ministro que seu posto seria oferecido ao PMDB na reforma administrativa. Na época, Chioro chegou a se queixar de que se sentia "rifado" pelo governo federal. O nome mais cotado para assumir a Saúde é do deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI). O parlamentar é formado em medicina e especializado em psiquiatria.
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Saúde confirma ligação de Dilma, mas não comenta sobre demissão de ChioroApós a divulgação na imprensa sobre a demissão do ministro Arthur Chioro, o Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (29), em nota, que o até então titular da pasta "tem conversado" com a presidente Dilma Rousseff sobre "as articulações envolvendo a reforma ministerial". Segundo a pasta, o ministro esteve com Dilma na última quinta-feira (24) para tratar do assunto, e uma nova conversa ocorreu por telefone nesta terça-feira. O ministério, porém, evitou comentar o desfecho do caso. Em nota, disse apenas que "a reforma ministerial, que está sendo tratada pelo Palácio do Planalto, deve ser anunciada nesta quinta-feira (1º)". POR TELEFONE A presidente Dilma Rousseff, no entanto, demitiu Chioro por telefone nesta terça. Em uma conversa fria, ela afirmou ao petista que ele fica no cargo até quinta-feira, data em que deve ser anunciada a nova configuração da Esplanada dos Ministérios. Segundo relatos, a petista ficou irritada com declarações recentes do ministro à imprensa e com a suspeita de que ele estaria trabalhando para se manter no cargo junto a médicos sanitaristas e profissionais do ramo da saúde. Na semana passada, o ministro já havia reunido sua equipe de secretários para falar de sua saída do cargo. O encontro foi realizado no mesmo dia em que o Palácio do Planalto informou ao ministro que seu posto seria oferecido ao PMDB na reforma administrativa. Na época, Chioro chegou a se queixar de que se sentia "rifado" pelo governo federal. O nome mais cotado para assumir a Saúde é do deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI). O parlamentar é formado em medicina e especializado em psiquiatria.
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Robinho descarta folia no Carnaval e pede capricho na finalização
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Após a vitória sobre o São Bernardo por 1 a 0, neste sábado (14), fora de casa, o atacante Robinho descartou pular Carnaval e afirmou que vai utilizar os dias de folga para descansar. "Nunca fui muito de pular Carnaval, vou ficar tratando e me recuperando para os próximos jogos", disse o atacante santista. Os jogadores só voltam a treinar na quarta-feira. Veja vídeo Apesar do triunfo, Robinho afirmou que o time ainda precisa evoluir, principalmente, nas finalizações. "O time está evoluindo a cada jogo, essa foi uma vitória importante, fora de casa, que dá tranquilidade para passar esses dias de folga. Estamos criando bastante, mas tem que finalizar com mais capricho. Foi a mesma coisa contra o São Paulo", lembrou o jogador, citando o empate por 0 a 0. Com a vitória sobre o São Bernardo, o Santos disparou na liderança do Grupo D, com 11 pontos.
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Robinho descarta folia no Carnaval e pede capricho na finalizaçãoApós a vitória sobre o São Bernardo por 1 a 0, neste sábado (14), fora de casa, o atacante Robinho descartou pular Carnaval e afirmou que vai utilizar os dias de folga para descansar. "Nunca fui muito de pular Carnaval, vou ficar tratando e me recuperando para os próximos jogos", disse o atacante santista. Os jogadores só voltam a treinar na quarta-feira. Veja vídeo Apesar do triunfo, Robinho afirmou que o time ainda precisa evoluir, principalmente, nas finalizações. "O time está evoluindo a cada jogo, essa foi uma vitória importante, fora de casa, que dá tranquilidade para passar esses dias de folga. Estamos criando bastante, mas tem que finalizar com mais capricho. Foi a mesma coisa contra o São Paulo", lembrou o jogador, citando o empate por 0 a 0. Com a vitória sobre o São Bernardo, o Santos disparou na liderança do Grupo D, com 11 pontos.
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STF encerra audiências e caso WhatsApp segue para decisão
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Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin e Rosa Weber encerraram a audiência pública sobre suspensão judicial do WhatsApp e a possibilidade de interceptação das conversas pelo aplicativo nesta segunda-feira (5) afirmando que "tomarão uma decisão que seja correta e justa". Ambos passaram dois dias ouvindo especialistas, inclusive o cofundador do WhatsApp, Brian Acton, para relatar dois processos que tramitam sob sua relatoria no STF e que questionam a constitucionalidade da suspensão e a possibilidade de que o aplicativo colabore com a Justiça em investigações abrindo a comunicação entre usuários. Os debates ocorrem no momento em que países como EUA, Reino Unido, França e Alemanha questionam o uso desses aplicativos por terroristas no planejamento dos ataques. Como forma de prevenção, esses países começam a pressionar o WhatsApp para que modifique seu sistema de proteção das conversas (criptografia) de forma a permitir o acesso às conversas em "casos de exceção". Criptografia no Whatsapp No STF, o debate sobre os limites da criptografia teve outra motivação. De acordo com as perguntas feitas pelos ministros aos especialistas, eles querem avaliar a possibilidade de suspensões por ordem judicial ou pedidos de interceptações por autoridades policiais estarem em desacordo com a Constituição. Fachin e Weber também interessaram-se por ferramentas alternativas de interceptação de conversas do WhatsApp por meio da rede das operadoras de telefonia. Conhecido como Protocolo SS7, ele funciona a partir de uma clonagem do chip. Em posse do telefone por alguns minutos, os investigadores instalam o WhatsApp em outro telefone e passam a controlar a conta do usuário a partir do novo terminal. Os especialistas, no entanto, insistiram na possibilidade de modificações no sistema de segurança do WhatsApp. "Até 2016, o aplicativo funcionava sem a codificação [criptografia]", disse o advogado Thiago Rodovalho, representante do IASP (Instituto dos Advogados de São Paulo). "Isso [a possibilidade de colaboração] não é uma jabuticaba. Essa discussão ocorre em vários lugares do mundo, que mudou depois do 11 de setembro", disse. DISTORÇÃO Outra preocupação dos ministros foi o aspecto concorrencial. Embora seja o líder do mercado, com 120 milhões de usuários no Brasil, milhares de usuários migraram do WhatsApp para seus concorrentes, como o Telegram, quando as suspensões judiciais foram decretadas. O aplicativo pode sofrer ainda mais se, na decisão do STF, os ministros decidirem pelas mudanças no sistema de criptografia para permitir acesso de investigadores a dados das conversas - não necessariamente o conteúdo. O cofundador do WhatsApp, Brian Acton, afirmou que isso poderá colocar o aplicativo em risco. Acton disse aos ministros que sua empresa desenvolveu um sistema de criptografia indevassável. Como as chaves de segurança pertencem aos usuários, a empresa não tem como acessá-las, tampouco criar uma "chave mestra" que liberasse o acesso de investigadores às conversas. Ainda segundo Acton, qualquer tentativa nesse sentido colocaria todo o sistema de segurança do aplicativo em risco levando os atuais usuários para aplicativos concorrentes. NO BRASIL: JUSTIÇA X WHATSAPP Desde 2015, a Justiça brasileira e o WhatsApp já travaram algumas disputas e o acesso ao aplicativo já foi bloqueado por quatro vezes. Em dezembro de 2015 e em julho de 2016, a empresa alegou não poder fornecer conteúdo de conversas de investigados de crimes, já que as mensagens são criptografadas. O sigilo do conteúdo tem gerado discussão entre empresas e a Justiça. Abaixo, veja os casos de bloqueio ao app no país: 1ª vez - 25.02.2015 Em fevereiro de 2015, um juiz do Piauí determinou o bloqueio do WhatsApp no Brasil, em razão de a empresa supostamente ter descumprido decisões anteriores relacionadas a investigações realizadas pela Polícia Civil do Estado. O motivo seriam crimes envolvendo crianças e adolescentes. "Até pouco tempo atrás nós fazíamos interceptações telefônicas, mas hoje ninguém usa telefone [para falar], usa o WhatsApp. Para que se possa saber o que criminosos comunicaram, onde estão, é através dos apps", diz o juiz Luiz de Moura Correia, do Piauí. A decisão, contudo, foi suspensa por um desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí após analisar mandado de segurança impetrado pelas teles e o aplicativo não chegou a ser bloqueado. 2ª vez - 17.12.2015 O desembargador Xavier de Souza, da 11ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo pediu o bloqueio do app como represália após a empresa se negar a quebrar o sigilo de dados devido a uma investigação criminal. A medida foi determinada pela 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo. "Nós estamos desapontados com a decisão míope de bloquear o acesso ao WhatsApp, uma ferramenta de comunicação da qual tantos brasileiros vieram a depender, e tristes de ver o Brasil se isolar do mundo", disse à época Jan Koum, cofundador e presidente-executivo do WhatsApp. O pedido inicial, de 48 horas de bloqueio, durou cerca de 12 horas. 3ª vez - 2.5.2016 O juiz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto (SE), pediu o bloqueio do aplicativo por 72 horas. O magistrado queria que a companhia repassasse informações sobre uma quadrilha interestadual de drogas para uma investigação da Polícia Federal, o que a companhia se negava a fazer. O bloqueio, no entanto, durou 25 horas. O desembargador Ricardo Múcio Santana de Abreu Lima, do Tribunal de Justiça de Sergipe, diz que a proibição do app no Brasil gerou "caos social em todo o território" e determinou o desbloqueio. "A suspensão dos serviços do WhatsApp já dura 24 horas e certo é também que gerou caos social em todo o território, com dificuldade de desenvolvimento de atividades laborativas, lazer, família etc.", disse Santana. O processo que culminou na determinação de Montalvão é o mesmo que justificou, em março deste ano, a prisão de Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook, empresa dona do app, para a América Latina. 4ª vez - 19.7.2016 A juíza Daniela Barbosa de Souza, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Duque de Caxias determinou o bloqueio. O motivo, assim como aconteceu em outras oportunidades no Brasil, envolve o fato de o aplicativo não compartilhar informações sobre investigações criminais. A juíza determinou que o WhatsApp desabilitasse a criptografia que garante o sigilo das mensagens e permitisse o monitoramento das conversas de suspeitos de uma organização criminosa em Duque de Caxias em tempo real pelos investigadores. Ela já havia enviado três ofícios ao Facebook, dono do aplicativo, para que a ordem fosse cumprida. Mas a empresa se negou a atender à determinação, e foi por isso que a juíza mandou bloquear o serviço.
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STF encerra audiências e caso WhatsApp segue para decisãoOs ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin e Rosa Weber encerraram a audiência pública sobre suspensão judicial do WhatsApp e a possibilidade de interceptação das conversas pelo aplicativo nesta segunda-feira (5) afirmando que "tomarão uma decisão que seja correta e justa". Ambos passaram dois dias ouvindo especialistas, inclusive o cofundador do WhatsApp, Brian Acton, para relatar dois processos que tramitam sob sua relatoria no STF e que questionam a constitucionalidade da suspensão e a possibilidade de que o aplicativo colabore com a Justiça em investigações abrindo a comunicação entre usuários. Os debates ocorrem no momento em que países como EUA, Reino Unido, França e Alemanha questionam o uso desses aplicativos por terroristas no planejamento dos ataques. Como forma de prevenção, esses países começam a pressionar o WhatsApp para que modifique seu sistema de proteção das conversas (criptografia) de forma a permitir o acesso às conversas em "casos de exceção". Criptografia no Whatsapp No STF, o debate sobre os limites da criptografia teve outra motivação. De acordo com as perguntas feitas pelos ministros aos especialistas, eles querem avaliar a possibilidade de suspensões por ordem judicial ou pedidos de interceptações por autoridades policiais estarem em desacordo com a Constituição. Fachin e Weber também interessaram-se por ferramentas alternativas de interceptação de conversas do WhatsApp por meio da rede das operadoras de telefonia. Conhecido como Protocolo SS7, ele funciona a partir de uma clonagem do chip. Em posse do telefone por alguns minutos, os investigadores instalam o WhatsApp em outro telefone e passam a controlar a conta do usuário a partir do novo terminal. Os especialistas, no entanto, insistiram na possibilidade de modificações no sistema de segurança do WhatsApp. "Até 2016, o aplicativo funcionava sem a codificação [criptografia]", disse o advogado Thiago Rodovalho, representante do IASP (Instituto dos Advogados de São Paulo). "Isso [a possibilidade de colaboração] não é uma jabuticaba. Essa discussão ocorre em vários lugares do mundo, que mudou depois do 11 de setembro", disse. DISTORÇÃO Outra preocupação dos ministros foi o aspecto concorrencial. Embora seja o líder do mercado, com 120 milhões de usuários no Brasil, milhares de usuários migraram do WhatsApp para seus concorrentes, como o Telegram, quando as suspensões judiciais foram decretadas. O aplicativo pode sofrer ainda mais se, na decisão do STF, os ministros decidirem pelas mudanças no sistema de criptografia para permitir acesso de investigadores a dados das conversas - não necessariamente o conteúdo. O cofundador do WhatsApp, Brian Acton, afirmou que isso poderá colocar o aplicativo em risco. Acton disse aos ministros que sua empresa desenvolveu um sistema de criptografia indevassável. Como as chaves de segurança pertencem aos usuários, a empresa não tem como acessá-las, tampouco criar uma "chave mestra" que liberasse o acesso de investigadores às conversas. Ainda segundo Acton, qualquer tentativa nesse sentido colocaria todo o sistema de segurança do aplicativo em risco levando os atuais usuários para aplicativos concorrentes. NO BRASIL: JUSTIÇA X WHATSAPP Desde 2015, a Justiça brasileira e o WhatsApp já travaram algumas disputas e o acesso ao aplicativo já foi bloqueado por quatro vezes. Em dezembro de 2015 e em julho de 2016, a empresa alegou não poder fornecer conteúdo de conversas de investigados de crimes, já que as mensagens são criptografadas. O sigilo do conteúdo tem gerado discussão entre empresas e a Justiça. Abaixo, veja os casos de bloqueio ao app no país: 1ª vez - 25.02.2015 Em fevereiro de 2015, um juiz do Piauí determinou o bloqueio do WhatsApp no Brasil, em razão de a empresa supostamente ter descumprido decisões anteriores relacionadas a investigações realizadas pela Polícia Civil do Estado. O motivo seriam crimes envolvendo crianças e adolescentes. "Até pouco tempo atrás nós fazíamos interceptações telefônicas, mas hoje ninguém usa telefone [para falar], usa o WhatsApp. Para que se possa saber o que criminosos comunicaram, onde estão, é através dos apps", diz o juiz Luiz de Moura Correia, do Piauí. A decisão, contudo, foi suspensa por um desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí após analisar mandado de segurança impetrado pelas teles e o aplicativo não chegou a ser bloqueado. 2ª vez - 17.12.2015 O desembargador Xavier de Souza, da 11ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo pediu o bloqueio do app como represália após a empresa se negar a quebrar o sigilo de dados devido a uma investigação criminal. A medida foi determinada pela 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo. "Nós estamos desapontados com a decisão míope de bloquear o acesso ao WhatsApp, uma ferramenta de comunicação da qual tantos brasileiros vieram a depender, e tristes de ver o Brasil se isolar do mundo", disse à época Jan Koum, cofundador e presidente-executivo do WhatsApp. O pedido inicial, de 48 horas de bloqueio, durou cerca de 12 horas. 3ª vez - 2.5.2016 O juiz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto (SE), pediu o bloqueio do aplicativo por 72 horas. O magistrado queria que a companhia repassasse informações sobre uma quadrilha interestadual de drogas para uma investigação da Polícia Federal, o que a companhia se negava a fazer. O bloqueio, no entanto, durou 25 horas. O desembargador Ricardo Múcio Santana de Abreu Lima, do Tribunal de Justiça de Sergipe, diz que a proibição do app no Brasil gerou "caos social em todo o território" e determinou o desbloqueio. "A suspensão dos serviços do WhatsApp já dura 24 horas e certo é também que gerou caos social em todo o território, com dificuldade de desenvolvimento de atividades laborativas, lazer, família etc.", disse Santana. O processo que culminou na determinação de Montalvão é o mesmo que justificou, em março deste ano, a prisão de Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook, empresa dona do app, para a América Latina. 4ª vez - 19.7.2016 A juíza Daniela Barbosa de Souza, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Duque de Caxias determinou o bloqueio. O motivo, assim como aconteceu em outras oportunidades no Brasil, envolve o fato de o aplicativo não compartilhar informações sobre investigações criminais. A juíza determinou que o WhatsApp desabilitasse a criptografia que garante o sigilo das mensagens e permitisse o monitoramento das conversas de suspeitos de uma organização criminosa em Duque de Caxias em tempo real pelos investigadores. Ela já havia enviado três ofícios ao Facebook, dono do aplicativo, para que a ordem fosse cumprida. Mas a empresa se negou a atender à determinação, e foi por isso que a juíza mandou bloquear o serviço.
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Crise diminui diferença de renda entre homem e mulher
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Com a recessão, pagamentos a homens e mulheres se aproximaram –elas ainda ganham menos, e as rendas de ambos caíram, mas entre os homens, proporcionalmente, foi mais impactante. No meio do ano passado, o salário de admissão delas era 87% daquele oferecido a eles; agora, é 89%. Quanto maior o nível de educação, maior a diferença. Uma mulher com curso superior completo que começou em uma nova vaga neste ano recebeu, em média, 66,85% do que um homem que também concluiu faculdade. As trabalhadoras que largaram o ensino fundamental ganharam 82% que os profissionais homens com o mesmo grau de instrução. A situação tem um paralelo nas empresas, afirma Ana Paula Henriques, da Mercer. As presidentes mulheres são 6% e ganham 16% a menos, relata. Na vice-presidência e diretoria, há uma presença maior (de 17%), e uma diferença menor (9%). Entre gerentes, a remuneração de homens é 3% maior. No nível operacional, a fenda volta a ser significativa. "As maiores desigualdades salariais estão no topo e na base da pirâmide." A FENDA SALARIAL - Diferença de remuneração de admissão<br><br> <b>Quanto % as mulheres ganham dos salários de homens, em 2016</b> Leia a coluna completa aqui.
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Crise diminui diferença de renda entre homem e mulherCom a recessão, pagamentos a homens e mulheres se aproximaram –elas ainda ganham menos, e as rendas de ambos caíram, mas entre os homens, proporcionalmente, foi mais impactante. No meio do ano passado, o salário de admissão delas era 87% daquele oferecido a eles; agora, é 89%. Quanto maior o nível de educação, maior a diferença. Uma mulher com curso superior completo que começou em uma nova vaga neste ano recebeu, em média, 66,85% do que um homem que também concluiu faculdade. As trabalhadoras que largaram o ensino fundamental ganharam 82% que os profissionais homens com o mesmo grau de instrução. A situação tem um paralelo nas empresas, afirma Ana Paula Henriques, da Mercer. As presidentes mulheres são 6% e ganham 16% a menos, relata. Na vice-presidência e diretoria, há uma presença maior (de 17%), e uma diferença menor (9%). Entre gerentes, a remuneração de homens é 3% maior. No nível operacional, a fenda volta a ser significativa. "As maiores desigualdades salariais estão no topo e na base da pirâmide." A FENDA SALARIAL - Diferença de remuneração de admissão<br><br> <b>Quanto % as mulheres ganham dos salários de homens, em 2016</b> Leia a coluna completa aqui.
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Repórter especial da Folha vence Troféu Mulher Imprensa
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A repórter especial da Folha Patrícia Campos Mello foi uma das vencedoras do Troféu Mulher Imprensa, da revista "Imprensa". A lista de campeãs da 11ª edição do prêmio foi divulgada na segunda (21). Patrícia foi eleita, em votação popular, a melhor repórter de jornal. O jornal teve outras três profissionais indicadas à final: a ombudsman, Vera Guimarães Martins (colunista de jornal), a editora de "Mercado", Ana Estela de Sousa Pinto (melhor diretora ou editora de Redação), e a fotógrafa Karime Xavier (categoria fotojornalista). Em outras edições, foram premiadas a colunista Mônica Bergamo, Catia Seabra e Marlene Bergamo.
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Repórter especial da Folha vence Troféu Mulher ImprensaA repórter especial da Folha Patrícia Campos Mello foi uma das vencedoras do Troféu Mulher Imprensa, da revista "Imprensa". A lista de campeãs da 11ª edição do prêmio foi divulgada na segunda (21). Patrícia foi eleita, em votação popular, a melhor repórter de jornal. O jornal teve outras três profissionais indicadas à final: a ombudsman, Vera Guimarães Martins (colunista de jornal), a editora de "Mercado", Ana Estela de Sousa Pinto (melhor diretora ou editora de Redação), e a fotógrafa Karime Xavier (categoria fotojornalista). Em outras edições, foram premiadas a colunista Mônica Bergamo, Catia Seabra e Marlene Bergamo.
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Premiado pela Áustria, Backes já traduziu 14 mil páginas do alemão
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Na manhã desta quarta-feira (16), o escritor e tradutor Marcelo Backes tornou-se o primeiro brasileiro a ganhar o Prêmio Nacional da Áustria de Tradução, dado todo ano pelo governo do país a algum tradutor especializado em verter para outra língua obras de autores locais. Como premiação, Backes vai levar para casa 8.000 euros (R$ 34 mil). É ele o tradutor de nomes como Arthur Schnitzler, Günter Grass, Hermann Broch, entre outros. Além disso, é autor de romances como "Último Minuto" (Companhia das Letras) e "Três Traidores e Uns Outros" (Record). O gaúcho vive, com o prêmio, o ponto alto de sua relação com a língua alemã —iniciada ainda na infância, quando o filho de imigrantes radicados em Campina das Missões (RS) aprendeu o dialeto de seus antepassados. Era um alemão diferente do que a língua padrão falada hoje na Alemanha, porque preservava alguns arcaísmos do idioma. O filho de imigrantes conta que começou a traduzir obras de língua alemã para o português por uma "necessidade iluminista": via que o país de sua família tinha obras cruciais para a literatura universal, mas que não existiam em português. Nesta entrevista à Folha, Backes fala do começo de sua relação com o idioma estrangeiro, além de contar como a experiência de tradução marca seu trabalho de escritor. Confira abaixo: Como começou sua relação com o alemão? Sou descendente de família alemã, mas de uma migração bem prematura na história da migração. Eles [meus antepassados] chegaram ao Brasil em 1850, então são da imigração do século 19, quando vários alemães, sobretudo pobres, vieram. A Alemanha fez sua reforma agrária fazendo os pobres deixarem o país. Quando criança, seu sabia falar um dialeto alemão, que tem alguns arcaísmos, porque preservou algumas marcas do alemão antigo. Apesar de ser muito diferente da língua padrão, eu nunca precisei estudar alemão. Comecei a ler sozinho, com essa dialeto. Então, passei a comprar muitos livros. E como você resolveu virar tradutor? Foi uma necessidade iluminista de preencher uma série de lacunas do cânone da literatura alemã no Brasil. Você traduz tanto clássicos quanto obras contemporâneas. Qual as dificuldades que a distância no tempo de algumas obras impõe? É sempre mais difícil traduzir um autor clássico. Como tradutor, eu parto do pressuposto de que é preciso levar o leitor até a obra. E não trazê-la de mão beijada para o leitor, sacrificando relações, alisando complicações ou deixando palatável na língua de chegada o que não é palatável na língua de partida. Tento manter uma fidelidade. Assim, Ingo Schulze traduzido por Marcelo Backes tem que soar diferente de Arthur Schnitzler traduzido por mim. Você menciona que começou a traduzir por uma necessidade de preencher lacunas. E hoje, como estão essas lacunas? As coisas melhoraram muito nos últimos anos. Eu mesmo participei de vários programas [alemães] para dar conta do preenchimento delas. Faço um diálogo com os institutos Goethe do Rio e de São Paulo, por exemplo. Recentemente, se reuniu um júri de três pessoas, do qual eu fiz parte, para selecionar obras alemãs, dos primórdios aos tempos de hoje, que ainda não foram traduzidas. Apresentamos essa lista para editoras interessadas. Caso elas se mostrassem dispostas a fazer um desses clássicos, receberiam um incentivo especial. De 2009 a 2011 foi um boom, porque houve um programa semelhante, mas com obras da literatura alemã contemporânea. Ingo Schulze foi publicado nessa época. Mas por que ainda há essas lacunas? Ainda há uma crença de que é uma língua complexa? Existe a imagem de que só é possível filosofar em alemão? As pessoas acham que a literatura alemã é hermética, filosófica, mas há autores contemporâneos que sabem contar uma história. É uma impressão errada. Claro que uma impressão alimentada por alguns autores da tradição clássica e por boa parte da filosofia [alemã] dos séculos 18 e 19. Quando surge Meister Eckhart [filósofo e teólogo alemão], que tem necessidade de inventar palavras para expressar o que quer dizer... Talvez ele já esteja dando fundamento para o que filosoficamente acontece depois. Isso acontece na literatura também? O maior autor alemão do século 20, Robert Musil, é um grande filósofo. Eu digo em minhas aulas que a maior obra filosófica do século 20 é um romance, "O Homem Sem Qualidades", que eu traduziria melhor como "O Homem Sem Propriedades". Eu acho um livro superior a "O Ser e O Nada", de Sartre. E é um romance, um romance complexo. Ninguém viu o mundo lá fora com a perfeição do Musil. Estou trabalhando nas traduções dele. Publiquei "O Papel Mata Moscas" e é um dos textos mais brutais que eu já traduzi. Tudo isso dá motivo para as pessoas acreditarem que tudo escrito em alemão é hermético, sério demais, mas é um preconceito que tentamos combater. E há coisas absurdas. Há no Brasil obras completas de Tolstói e Dostoiévski, de quem o país está mais distante geográfica e linguisticamente. Ao mesmo tempo, só 50% da obra de Goethe e 30% da obra de Schiller estão traduzidas aqui. Só um doido se atreveria a dizer que Dostoiévski e Tolstói são superiores a Goethe. Certamente não são. Podem até ser equivalentes, mas não escreveram uma obra tão decisiva para os rumos da humanidade quanto "Fausto". Traduzir é uma forma de conhecer o alemão e o português de forma mais profunda? Serve de ajuda para ser romancista? Com certeza. Quem traduz lê pelo menos cinco vezes. Lida em profundidade com uma obra da qual ele conhece, no meu caso, o entorno e o resto da obra do autor. Acho que traduzi 14 mil páginas até hoje. Foi uma oficina literária fundamental para mim. Sempre tive o objetivo de ser escritor e minha oficina literária foi a tradução. Você exercita o seu estilo a partir do conhecimento de outros estilos. Poucos leitores conhecer o estilo de um autor como o leitor tradutor. Depois de traduzir 14 mil páginas, se você não aprende a escrever é melhor cometer suicídio prendendo a respiração. Qual palavra em alemão você gosta ou acha difícil de traduzir? No alemão há muitas dessas palavras. Como traduzir a palavra "Fernweh", que surge em oposição a "Heimweh". "Heinweh" é a nostalgia ou o que nós brasileiros chamamos de saudade. No Brasil, só temos saudade do que perdemos, do que se foi, do que já era. Já "sernweh" é uma nostalgia da distância, daquilo que não é. A vontade de dar o fora, de sumir. É uma palavra poética, maravilhosa, que eu sempre traduzo por "nostalgia da distância", por não haver palavra equivalente. É uma saudade do futuro.
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Premiado pela Áustria, Backes já traduziu 14 mil páginas do alemãoNa manhã desta quarta-feira (16), o escritor e tradutor Marcelo Backes tornou-se o primeiro brasileiro a ganhar o Prêmio Nacional da Áustria de Tradução, dado todo ano pelo governo do país a algum tradutor especializado em verter para outra língua obras de autores locais. Como premiação, Backes vai levar para casa 8.000 euros (R$ 34 mil). É ele o tradutor de nomes como Arthur Schnitzler, Günter Grass, Hermann Broch, entre outros. Além disso, é autor de romances como "Último Minuto" (Companhia das Letras) e "Três Traidores e Uns Outros" (Record). O gaúcho vive, com o prêmio, o ponto alto de sua relação com a língua alemã —iniciada ainda na infância, quando o filho de imigrantes radicados em Campina das Missões (RS) aprendeu o dialeto de seus antepassados. Era um alemão diferente do que a língua padrão falada hoje na Alemanha, porque preservava alguns arcaísmos do idioma. O filho de imigrantes conta que começou a traduzir obras de língua alemã para o português por uma "necessidade iluminista": via que o país de sua família tinha obras cruciais para a literatura universal, mas que não existiam em português. Nesta entrevista à Folha, Backes fala do começo de sua relação com o idioma estrangeiro, além de contar como a experiência de tradução marca seu trabalho de escritor. Confira abaixo: Como começou sua relação com o alemão? Sou descendente de família alemã, mas de uma migração bem prematura na história da migração. Eles [meus antepassados] chegaram ao Brasil em 1850, então são da imigração do século 19, quando vários alemães, sobretudo pobres, vieram. A Alemanha fez sua reforma agrária fazendo os pobres deixarem o país. Quando criança, seu sabia falar um dialeto alemão, que tem alguns arcaísmos, porque preservou algumas marcas do alemão antigo. Apesar de ser muito diferente da língua padrão, eu nunca precisei estudar alemão. Comecei a ler sozinho, com essa dialeto. Então, passei a comprar muitos livros. E como você resolveu virar tradutor? Foi uma necessidade iluminista de preencher uma série de lacunas do cânone da literatura alemã no Brasil. Você traduz tanto clássicos quanto obras contemporâneas. Qual as dificuldades que a distância no tempo de algumas obras impõe? É sempre mais difícil traduzir um autor clássico. Como tradutor, eu parto do pressuposto de que é preciso levar o leitor até a obra. E não trazê-la de mão beijada para o leitor, sacrificando relações, alisando complicações ou deixando palatável na língua de chegada o que não é palatável na língua de partida. Tento manter uma fidelidade. Assim, Ingo Schulze traduzido por Marcelo Backes tem que soar diferente de Arthur Schnitzler traduzido por mim. Você menciona que começou a traduzir por uma necessidade de preencher lacunas. E hoje, como estão essas lacunas? As coisas melhoraram muito nos últimos anos. Eu mesmo participei de vários programas [alemães] para dar conta do preenchimento delas. Faço um diálogo com os institutos Goethe do Rio e de São Paulo, por exemplo. Recentemente, se reuniu um júri de três pessoas, do qual eu fiz parte, para selecionar obras alemãs, dos primórdios aos tempos de hoje, que ainda não foram traduzidas. Apresentamos essa lista para editoras interessadas. Caso elas se mostrassem dispostas a fazer um desses clássicos, receberiam um incentivo especial. De 2009 a 2011 foi um boom, porque houve um programa semelhante, mas com obras da literatura alemã contemporânea. Ingo Schulze foi publicado nessa época. Mas por que ainda há essas lacunas? Ainda há uma crença de que é uma língua complexa? Existe a imagem de que só é possível filosofar em alemão? As pessoas acham que a literatura alemã é hermética, filosófica, mas há autores contemporâneos que sabem contar uma história. É uma impressão errada. Claro que uma impressão alimentada por alguns autores da tradição clássica e por boa parte da filosofia [alemã] dos séculos 18 e 19. Quando surge Meister Eckhart [filósofo e teólogo alemão], que tem necessidade de inventar palavras para expressar o que quer dizer... Talvez ele já esteja dando fundamento para o que filosoficamente acontece depois. Isso acontece na literatura também? O maior autor alemão do século 20, Robert Musil, é um grande filósofo. Eu digo em minhas aulas que a maior obra filosófica do século 20 é um romance, "O Homem Sem Qualidades", que eu traduziria melhor como "O Homem Sem Propriedades". Eu acho um livro superior a "O Ser e O Nada", de Sartre. E é um romance, um romance complexo. Ninguém viu o mundo lá fora com a perfeição do Musil. Estou trabalhando nas traduções dele. Publiquei "O Papel Mata Moscas" e é um dos textos mais brutais que eu já traduzi. Tudo isso dá motivo para as pessoas acreditarem que tudo escrito em alemão é hermético, sério demais, mas é um preconceito que tentamos combater. E há coisas absurdas. Há no Brasil obras completas de Tolstói e Dostoiévski, de quem o país está mais distante geográfica e linguisticamente. Ao mesmo tempo, só 50% da obra de Goethe e 30% da obra de Schiller estão traduzidas aqui. Só um doido se atreveria a dizer que Dostoiévski e Tolstói são superiores a Goethe. Certamente não são. Podem até ser equivalentes, mas não escreveram uma obra tão decisiva para os rumos da humanidade quanto "Fausto". Traduzir é uma forma de conhecer o alemão e o português de forma mais profunda? Serve de ajuda para ser romancista? Com certeza. Quem traduz lê pelo menos cinco vezes. Lida em profundidade com uma obra da qual ele conhece, no meu caso, o entorno e o resto da obra do autor. Acho que traduzi 14 mil páginas até hoje. Foi uma oficina literária fundamental para mim. Sempre tive o objetivo de ser escritor e minha oficina literária foi a tradução. Você exercita o seu estilo a partir do conhecimento de outros estilos. Poucos leitores conhecer o estilo de um autor como o leitor tradutor. Depois de traduzir 14 mil páginas, se você não aprende a escrever é melhor cometer suicídio prendendo a respiração. Qual palavra em alemão você gosta ou acha difícil de traduzir? No alemão há muitas dessas palavras. Como traduzir a palavra "Fernweh", que surge em oposição a "Heimweh". "Heinweh" é a nostalgia ou o que nós brasileiros chamamos de saudade. No Brasil, só temos saudade do que perdemos, do que se foi, do que já era. Já "sernweh" é uma nostalgia da distância, daquilo que não é. A vontade de dar o fora, de sumir. É uma palavra poética, maravilhosa, que eu sempre traduzo por "nostalgia da distância", por não haver palavra equivalente. É uma saudade do futuro.
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Susto em avião atrasa viagem de Ronaldo e Galvão Bueno a Temuco
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Em viagem à cidade de Temuco, no Chile, onde a seleção brasileira estreia na Copa América neste domingo (14) contra o Peru, o trio formado pelo narrador Galvão Bueno, o comentarista Arnaldo Cezar Coelho e o ex-jogador Ronaldo levou um susto na manhã deste sábado (13). O avião em que os três estavam teve que retornar a Santiago, cidade da onde partiu, devido a um cheiro forte de fumaça no sistema de ar-condicionado. Em sua conta no Instagram, Galvão Bueno publicou uma imagem com os colegas, para relatar o acontecido. "Pane. Cheiro forte de fumaça no sistema de ar condicionado faz avião voltar para Santiago. E o @arnaldocezarcoelho feliz. Ele diz que é de susto né @ronaldolima? #vaientender #copaamerica começando bem! #sqn", escreveu o narrador. Instagram Galvão Bueno Cerca de quatro horas depois, por volta das 15h (horário de Brasília) uma segunda imagem foi publicada na mesma conta, para assegurar o sucesso da viagem. "Saímos de novo e... CHEGAMOS! Obrigado pelas mensagens de carinho, amigos! Agora é #copaamerica!". instagram Galvão Bueno
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Susto em avião atrasa viagem de Ronaldo e Galvão Bueno a TemucoEm viagem à cidade de Temuco, no Chile, onde a seleção brasileira estreia na Copa América neste domingo (14) contra o Peru, o trio formado pelo narrador Galvão Bueno, o comentarista Arnaldo Cezar Coelho e o ex-jogador Ronaldo levou um susto na manhã deste sábado (13). O avião em que os três estavam teve que retornar a Santiago, cidade da onde partiu, devido a um cheiro forte de fumaça no sistema de ar-condicionado. Em sua conta no Instagram, Galvão Bueno publicou uma imagem com os colegas, para relatar o acontecido. "Pane. Cheiro forte de fumaça no sistema de ar condicionado faz avião voltar para Santiago. E o @arnaldocezarcoelho feliz. Ele diz que é de susto né @ronaldolima? #vaientender #copaamerica começando bem! #sqn", escreveu o narrador. Instagram Galvão Bueno Cerca de quatro horas depois, por volta das 15h (horário de Brasília) uma segunda imagem foi publicada na mesma conta, para assegurar o sucesso da viagem. "Saímos de novo e... CHEGAMOS! Obrigado pelas mensagens de carinho, amigos! Agora é #copaamerica!". instagram Galvão Bueno
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'Foi sofrido, um alívio', diz Cleiton Xavier após a vitória palmeirense
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O meia Cleiton Xavier foi titular do Palmeiras, neste retorno ao time, pela primeira vez neste domingo (14). A vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense teve boa participação dele como articulador das jogadas, além, claro, do escanteio que bateu na cabeça de Rafael Marques no gol que empatou o jogo aos 46 minutos do primeiro tempo. "Foi sofrido, mas fizemos por merecer", afirmou o meia. "Foi um alívio", completou. Além do gol nos descontos do primeiro tempo, a virada saiu apenas aos 45 minutos do segundo, em gol de Cristaldo, quando o Fluminense já tinha nove jogadores em campo (devido às expulsões de Magno Alves e Gum). Independentemente do sufoco para conseguir os três pontos, o resultado tira o Palmeiras da zona de rebaixamento e o coloca na 12ª posição na tabela. "Esse era o propósito, entregar para o novo treinador com vitória, para dar um tempo para ele trabalhar mais tranquilo", disse Cleiton Xavier que admitiu ainda precisar de mais ritmo de jogo. O novo treinador, Marcelo Oliveira, chega a São Paulo nesta segunda-feira para se reunir com o clube e assinar contrato. Veja vídeo
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'Foi sofrido, um alívio', diz Cleiton Xavier após a vitória palmeirenseO meia Cleiton Xavier foi titular do Palmeiras, neste retorno ao time, pela primeira vez neste domingo (14). A vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense teve boa participação dele como articulador das jogadas, além, claro, do escanteio que bateu na cabeça de Rafael Marques no gol que empatou o jogo aos 46 minutos do primeiro tempo. "Foi sofrido, mas fizemos por merecer", afirmou o meia. "Foi um alívio", completou. Além do gol nos descontos do primeiro tempo, a virada saiu apenas aos 45 minutos do segundo, em gol de Cristaldo, quando o Fluminense já tinha nove jogadores em campo (devido às expulsões de Magno Alves e Gum). Independentemente do sufoco para conseguir os três pontos, o resultado tira o Palmeiras da zona de rebaixamento e o coloca na 12ª posição na tabela. "Esse era o propósito, entregar para o novo treinador com vitória, para dar um tempo para ele trabalhar mais tranquilo", disse Cleiton Xavier que admitiu ainda precisar de mais ritmo de jogo. O novo treinador, Marcelo Oliveira, chega a São Paulo nesta segunda-feira para se reunir com o clube e assinar contrato. Veja vídeo
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'Onda estrangeira' força adaptação de escolas da rede municipal de SP
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É cada vez mais comum ouvir palavras em espanhol, francês e árabe em meio à agitação nos corredores das escolas públicas de São Paulo. Nos colégios da prefeitura, por exemplo, os estrangeiros dobraram nos últimos cinco anos e já são 4.747. Somando-se aos estudantes de unidades estaduais, eles já ultrapassam 10 mil na cidade. São alunos oriundos de mais de 80 países e que desembarcaram na cidade por questões que vão desde a falta de oportunidades à perseguição política e guerras. Metade dos estrangeiros são bolivianos. Haitianos e angolanos estão entre as nacionalidades que mais crescem. Agora, as escolas em bairros nos quais vivem essa comunidade tentam se adaptar a essas realidades, muitas vezes em iniciativas dos professores e e até dos alunos. Na escola de ensino fundamental Infante Dom Henrique, no Canindé, na zona norte, dois em cada dez estudantes são estrangeiros. O diretor Cláudio Marques Neto, 49, diz ter encontrado uma escola mergulhada em violência e intolerância quando chegou, em 2011. Os brasileiros cobravam até pedágio de colegas de outros países, sob ameaça de agressão. Para mudar essa realidade, o diretor passou a reunir alunos estrangeiros e seus pais para discutir suas experiências. Depois, pediu que as crianças convidassem colegas brasileiros para as discussões. "Aí acabou toda aquela violência", afirma. Hoje, a escola tem cartazes em várias línguas e um mural que representa diversas etnias. Estimulados pela atmosfera cosmopolita, professores e alunos também passaram a propor iniciativas. Entre elas, está o caso de duas alunas com ascendência boliviana que dão aulas de espanhol para os colegas. ISOLAMENTO A professora de história Rosely Marchetti Honório, 56, também da escola do Canindé, incluiu nas aulas temas que afetam imigrantes, como xenofobia e trabalho escravo –o projeto foi escolhido como um dos melhores do país pelo prêmio Educador Nota 10. Ela diz que, no dia a dia, uma das preocupações é evitar que alguns alunos fiquem ilhados, em meio a nacionalidades mais numerosas. Rosely cita o exemplo do angolano Mardoqueu Emanuel, 14, há sete meses no Brasil. "Ele havia se enturmado com outros angolanos, que mudaram da escola. E ele ficou sem os amigos", diz. Mesmo vindo do país lusófono, o tímido adolescente batalha para se adaptar ao jeito brasileiro de falar. "Em Angola, fala-se português como o de Portugal", diz ele, que vive com a família em um abrigo. Há três anos no país, o sírio Mohamed Gazzi, 10, já superou essa fase, mas o caminho não foi fácil. E incluiu a interrupção dos estudos por causa da guerra civil em seu país. "Por medo, minha mãe não deixava mais eu ir às aulas em Damasco", diz. Chegou a São Paulo sem falar uma palavra em português. "Estudei em outra escola, na Mooca [zona leste], e lá ninguém falava comigo nunca. Mas aqui [na Infante Dom Henrique] tenho amigos brasileiros, bolivianos, peruanos", diz, quase sem sotaque. O período de solidão que antecede o aprendizado da língua é experiência comum entre as crianças estrangeiras. Superado o desafio, entretanto, elas parecem não dar muita importância para os abismos culturais. Quando indagadas sobre diferenças na nova escola, por exemplo, algumas deixaram de lado questões sociais e religiosas, elencando apenas aspectos físicos como a aparência da lousa e das mesas. A vida fora do ambiente controlado da escola também é um desafio. A Dom Infante está encravada no meio de uma ativa comunidade boliviana. E do lado de fora dos portões, o convívio entre pais brasileiros e os andinos parece bem mais distante. Alunos de outros países dobram em 5 anos em SP - Na sexta-feira (11), pais brasileiros em uma rodinha criticavam os bolivianos por supostamente urinar na rua. Já os pais bolivianos, muitos deles costureiros, não são de conversa. Chegam sós, com os filhos na garupa da bicicleta. Após anos no Brasil convivendo principalmente com conterrâneos, ainda têm dificuldade com o idioma. FILA NO PORTUGUÊS A alta demanda pelo aprendizado do português fez com que a escola de ensino fundamental Duque de Caxias, no centro de São Paulo, criasse neste ano duas turmas de alfabetização. As salas já têm até uma fila de espera. A unidade fica no Glicério, bairro que serve de porta de entrada para muitos haitianos e africanos. Na escola, a maioria dos estrangeiros faz parte das aulas do EJA (Educação de Jovens e Adultos). "Há muitos alunos já com formação, mas que precisam do português por questões profissionais", afirma a professora de artes Marcia Ayres, 45. Em empregos braçais, eles buscam voltar às profissões que exerciam na terra natal. Marcia conta que um dos estudantes, egresso de Togo por questões políticas, tem PHD em engenharia. Nessa onda, a Secretaria Municipal de Educação começa ainda neste mês um curso de português voltados a imigrantes em dez escolas da rede, com módulos básico, intermediário e avançado. O secretário Alexandre Schneider admite, no entanto, que ainda falta construir uma política voltada a esse novo público. "O que temos são iniciativas que nascem nas escolas, a partir do fato que os imigrantes se localizam em alguns bairros específicos. Essas unidades adotam práticas pedagógicas e até de inserção. Cabe à secretaria aprender com essas iniciativas", afirma. Ele diz que agora as experiências serão sistematizadas e as melhores, incluídas na formação dos professores da rede. "A questão da imigração já é um desafio no sistema educacional dos Estados Unidos e Europa. Agora, em São Paulo também". Nacionalidades dos estudantes estrangeiros -
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'Onda estrangeira' força adaptação de escolas da rede municipal de SPÉ cada vez mais comum ouvir palavras em espanhol, francês e árabe em meio à agitação nos corredores das escolas públicas de São Paulo. Nos colégios da prefeitura, por exemplo, os estrangeiros dobraram nos últimos cinco anos e já são 4.747. Somando-se aos estudantes de unidades estaduais, eles já ultrapassam 10 mil na cidade. São alunos oriundos de mais de 80 países e que desembarcaram na cidade por questões que vão desde a falta de oportunidades à perseguição política e guerras. Metade dos estrangeiros são bolivianos. Haitianos e angolanos estão entre as nacionalidades que mais crescem. Agora, as escolas em bairros nos quais vivem essa comunidade tentam se adaptar a essas realidades, muitas vezes em iniciativas dos professores e e até dos alunos. Na escola de ensino fundamental Infante Dom Henrique, no Canindé, na zona norte, dois em cada dez estudantes são estrangeiros. O diretor Cláudio Marques Neto, 49, diz ter encontrado uma escola mergulhada em violência e intolerância quando chegou, em 2011. Os brasileiros cobravam até pedágio de colegas de outros países, sob ameaça de agressão. Para mudar essa realidade, o diretor passou a reunir alunos estrangeiros e seus pais para discutir suas experiências. Depois, pediu que as crianças convidassem colegas brasileiros para as discussões. "Aí acabou toda aquela violência", afirma. Hoje, a escola tem cartazes em várias línguas e um mural que representa diversas etnias. Estimulados pela atmosfera cosmopolita, professores e alunos também passaram a propor iniciativas. Entre elas, está o caso de duas alunas com ascendência boliviana que dão aulas de espanhol para os colegas. ISOLAMENTO A professora de história Rosely Marchetti Honório, 56, também da escola do Canindé, incluiu nas aulas temas que afetam imigrantes, como xenofobia e trabalho escravo –o projeto foi escolhido como um dos melhores do país pelo prêmio Educador Nota 10. Ela diz que, no dia a dia, uma das preocupações é evitar que alguns alunos fiquem ilhados, em meio a nacionalidades mais numerosas. Rosely cita o exemplo do angolano Mardoqueu Emanuel, 14, há sete meses no Brasil. "Ele havia se enturmado com outros angolanos, que mudaram da escola. E ele ficou sem os amigos", diz. Mesmo vindo do país lusófono, o tímido adolescente batalha para se adaptar ao jeito brasileiro de falar. "Em Angola, fala-se português como o de Portugal", diz ele, que vive com a família em um abrigo. Há três anos no país, o sírio Mohamed Gazzi, 10, já superou essa fase, mas o caminho não foi fácil. E incluiu a interrupção dos estudos por causa da guerra civil em seu país. "Por medo, minha mãe não deixava mais eu ir às aulas em Damasco", diz. Chegou a São Paulo sem falar uma palavra em português. "Estudei em outra escola, na Mooca [zona leste], e lá ninguém falava comigo nunca. Mas aqui [na Infante Dom Henrique] tenho amigos brasileiros, bolivianos, peruanos", diz, quase sem sotaque. O período de solidão que antecede o aprendizado da língua é experiência comum entre as crianças estrangeiras. Superado o desafio, entretanto, elas parecem não dar muita importância para os abismos culturais. Quando indagadas sobre diferenças na nova escola, por exemplo, algumas deixaram de lado questões sociais e religiosas, elencando apenas aspectos físicos como a aparência da lousa e das mesas. A vida fora do ambiente controlado da escola também é um desafio. A Dom Infante está encravada no meio de uma ativa comunidade boliviana. E do lado de fora dos portões, o convívio entre pais brasileiros e os andinos parece bem mais distante. Alunos de outros países dobram em 5 anos em SP - Na sexta-feira (11), pais brasileiros em uma rodinha criticavam os bolivianos por supostamente urinar na rua. Já os pais bolivianos, muitos deles costureiros, não são de conversa. Chegam sós, com os filhos na garupa da bicicleta. Após anos no Brasil convivendo principalmente com conterrâneos, ainda têm dificuldade com o idioma. FILA NO PORTUGUÊS A alta demanda pelo aprendizado do português fez com que a escola de ensino fundamental Duque de Caxias, no centro de São Paulo, criasse neste ano duas turmas de alfabetização. As salas já têm até uma fila de espera. A unidade fica no Glicério, bairro que serve de porta de entrada para muitos haitianos e africanos. Na escola, a maioria dos estrangeiros faz parte das aulas do EJA (Educação de Jovens e Adultos). "Há muitos alunos já com formação, mas que precisam do português por questões profissionais", afirma a professora de artes Marcia Ayres, 45. Em empregos braçais, eles buscam voltar às profissões que exerciam na terra natal. Marcia conta que um dos estudantes, egresso de Togo por questões políticas, tem PHD em engenharia. Nessa onda, a Secretaria Municipal de Educação começa ainda neste mês um curso de português voltados a imigrantes em dez escolas da rede, com módulos básico, intermediário e avançado. O secretário Alexandre Schneider admite, no entanto, que ainda falta construir uma política voltada a esse novo público. "O que temos são iniciativas que nascem nas escolas, a partir do fato que os imigrantes se localizam em alguns bairros específicos. Essas unidades adotam práticas pedagógicas e até de inserção. Cabe à secretaria aprender com essas iniciativas", afirma. Ele diz que agora as experiências serão sistematizadas e as melhores, incluídas na formação dos professores da rede. "A questão da imigração já é um desafio no sistema educacional dos Estados Unidos e Europa. Agora, em São Paulo também". Nacionalidades dos estudantes estrangeiros -
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Hong Kong suspende importação de carne do Brasil após operação da PF
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O Ministério da Agricultura confirmou nesta terça-feira (21) que Hong Kong proibiu importações de carne brasileira, na sequência do escândalo aberto na semana passada pela Operação Carne Fraca. Hong Kong é o maior importador de carne bovina do Brasil e ocupa a segunda posição no ranking de carne de porco —331 mil toneladas e 164 mil toneladas em 2016, respectivamente. China, União Europeia e Chile também anunciaram restrições ao produto brasileiro. A Coreia do Sul havia proibido a importação de frango da BRF, mas reverteu a decisão após ter a confirmação por parte do Ministério da Agricultura brasileiro de que nunca adquiriu produto estragado do país. IMAGEM DO PAÍS Nesta terça (21), com a ameaça de países estrangeiros barrarem produtos nacionais, o presidente Michel Temer afirmou que a descoberta de fraudes em frigoríficos nacionais causou um "embaraço econômico" para o Brasil. Temer falou a empresários e investidores em evento em São Paulo que as irregularidades descobertas pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal causaram um "grande alarde", mas voltou a minimizar o seu alcance no mercado brasileiro. A estratégia de mostrar que o problema é algo pontual tem sido seguida pelo governo para deter o impacto negativo frente ao mercado internacional. De onde vem Para onde vai
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mercado
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Hong Kong suspende importação de carne do Brasil após operação da PFO Ministério da Agricultura confirmou nesta terça-feira (21) que Hong Kong proibiu importações de carne brasileira, na sequência do escândalo aberto na semana passada pela Operação Carne Fraca. Hong Kong é o maior importador de carne bovina do Brasil e ocupa a segunda posição no ranking de carne de porco —331 mil toneladas e 164 mil toneladas em 2016, respectivamente. China, União Europeia e Chile também anunciaram restrições ao produto brasileiro. A Coreia do Sul havia proibido a importação de frango da BRF, mas reverteu a decisão após ter a confirmação por parte do Ministério da Agricultura brasileiro de que nunca adquiriu produto estragado do país. IMAGEM DO PAÍS Nesta terça (21), com a ameaça de países estrangeiros barrarem produtos nacionais, o presidente Michel Temer afirmou que a descoberta de fraudes em frigoríficos nacionais causou um "embaraço econômico" para o Brasil. Temer falou a empresários e investidores em evento em São Paulo que as irregularidades descobertas pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal causaram um "grande alarde", mas voltou a minimizar o seu alcance no mercado brasileiro. A estratégia de mostrar que o problema é algo pontual tem sido seguida pelo governo para deter o impacto negativo frente ao mercado internacional. De onde vem Para onde vai
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Produção de petróleo e gás da Petrobras bate recorde em agosto
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A produção média de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil e no exterior atingiu 2,88 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em agosto, um aumento de 3,1% em relação a julho. É o maior volume produzido na história da companhia, com o crescimento da produção do pré-sal e a retomada de plataformas que estavam em manutenção. O volume representa aumento de 4,5% ante o total produzido no mesmo mês do ano passado. A produção total da estatal em agosto de 2015 superou em 0,8% o recorde anterior de 2,86 milhões boed, alcançado em dezembro de 2014. O plano multibilionário de investimentos da Petrobras nos últimos anos está no foco da operação Lava Jato. Já a produção de petróleo da companhia no Brasil, que responde pela maior parte do total, somou 2,21 milhões de barris/dia, alta de 3% ante o mês anterior e de 5% na comparação com agosto de 2014. "O crescimento reflete a entrada em operação em 31 de julho do FPSO Cidade de Itaguaí, ancorado em Iracema Norte, área localizada na porção noroeste do campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos", disse a estatal, referindo-se à plataforma flutuante com capacidade para 150 mil bpd de petróleo e 8 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural. Além da nova plataforma, a Petrobras contou no mês passado com a retomada da operação de plataformas que estavam com paradas programadas para manutenção. Assim, a produção de gás natural no Brasil, excluído o volume liquefeito, também apresentou novo recorde de 77,2 milhões de metros cúbicos/dia, alta de 3,6% ante o mês anterior. Na área do pré-sal, foram atingidas duas marcas históricas, após pesados investimentos nos últimos anos em meio à euforia política com a descoberta da nova fronteira petrolífera: produção diária operada pela Petrobras, com volume de 896 mil bpd registrado em 19 de agosto; e produção mensal operada pela companhia, que alcançou 859 mil bpd. No exterior, a estatal produziu 192 mil boed, 3,8% acima dos 185 mil boed de julho, devido, principalmente, ao retorno das operações da plataforma do Campo de Saint Malo, no Golfo do México norte-americano.
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Produção de petróleo e gás da Petrobras bate recorde em agostoA produção média de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil e no exterior atingiu 2,88 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em agosto, um aumento de 3,1% em relação a julho. É o maior volume produzido na história da companhia, com o crescimento da produção do pré-sal e a retomada de plataformas que estavam em manutenção. O volume representa aumento de 4,5% ante o total produzido no mesmo mês do ano passado. A produção total da estatal em agosto de 2015 superou em 0,8% o recorde anterior de 2,86 milhões boed, alcançado em dezembro de 2014. O plano multibilionário de investimentos da Petrobras nos últimos anos está no foco da operação Lava Jato. Já a produção de petróleo da companhia no Brasil, que responde pela maior parte do total, somou 2,21 milhões de barris/dia, alta de 3% ante o mês anterior e de 5% na comparação com agosto de 2014. "O crescimento reflete a entrada em operação em 31 de julho do FPSO Cidade de Itaguaí, ancorado em Iracema Norte, área localizada na porção noroeste do campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos", disse a estatal, referindo-se à plataforma flutuante com capacidade para 150 mil bpd de petróleo e 8 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural. Além da nova plataforma, a Petrobras contou no mês passado com a retomada da operação de plataformas que estavam com paradas programadas para manutenção. Assim, a produção de gás natural no Brasil, excluído o volume liquefeito, também apresentou novo recorde de 77,2 milhões de metros cúbicos/dia, alta de 3,6% ante o mês anterior. Na área do pré-sal, foram atingidas duas marcas históricas, após pesados investimentos nos últimos anos em meio à euforia política com a descoberta da nova fronteira petrolífera: produção diária operada pela Petrobras, com volume de 896 mil bpd registrado em 19 de agosto; e produção mensal operada pela companhia, que alcançou 859 mil bpd. No exterior, a estatal produziu 192 mil boed, 3,8% acima dos 185 mil boed de julho, devido, principalmente, ao retorno das operações da plataforma do Campo de Saint Malo, no Golfo do México norte-americano.
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Ataque a Lula, Dilma e até Cunha
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Há semanas de guerra fria e de guerra quente nestes dois anos em que o país vem se desmilinguindo. A guerra quente recomeçou na semana passada; a que virá será também de tiro, pancada e bomba. Há um rumor persistente, lá de Curitiba, a respeito de uma ofensiva policial maior contra Lula e família. Além do mais, o ex-presidente foi intimado a depor sobre sítio e tríplex no Ministério Público de São Paulo, na quinta-feira (3). O governo terá de lidar com um PT que acaba de condenar o plano econômico de Dilma Rousseff (reforma da Previdência e contenção legal de gastos do governo). Sem o apoio do PT, vão-se alguns dos últimos fiapos de esperança de dar rumo ao governo da economia. A tentativa de Dilma 2 de assoviar e chupar cana, de satisfazer PT e o dito "mercado", não tem dado certo. Os tiros contra o programa Dilma 2 tiveram o aval de Lula. As relações do ex-presidente com sua afilhada são descritas como "frias" no entorno luliano. Lula, de resto, voltou a dizer que quer ver pelas costas o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, "mole com a Polícia Federal". O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, foi triturado nas conversas da direção petista, reunida na sexta-feira (26) no Rio. O partido pregou o aprofundamento da política econômica dos anos Lula: o oposto do vago programa de Dilma 2. Haverá o começo do estrebuchamento de Eduardo Cunha. Na quarta-feira (2), o Supremo Tribunal Federal deve transformar o presidente da Câmara em réu, acusado de receber propina do petrolão na Suíça. Quando se debate na lama em que atolou, Cunha espalha estilhaços. Uma decisão crucial do Supremo na prática deve favorecer delações premiadas e um pique acelerado nesse jogo de denúncias. Condenados em segunda instância começam a cumprir pena na prisão, se for o caso, decidiu o STF faz dez dias. Por acaso, nesses dias foi preso João Santana. A defesa do publicitário tem apertado o garrote de Marcelo Odebrecht: Santana troca suas penas por acusações à empreiteira. A perspectiva de cadeia pode revelar muito das relações da empresa com a campanha da reeleição de Dilma Rousseff. Por falar em campanha, o TSE acaba de demandar investigações sobre empresas prestadoras de serviço para Dilma 2014, no mínimo outra fonte potencial de vazamentos sensacionais e convulsão político-policial. Há rumores de mais escândalo em fundos de pensão e de mais batidas contra empresas acusadas de pagar propina para sonegar (Zelotes). Na quinta, o IBGE divulga o crescimento do PIB em 2015. O anúncio não terá coisas boas nem coisas novas, uma recessão entre 3,5% e 4%, mas vai fazer manchetes ruins. Apesar de a numeralha econômica do início do ano confirmar as previsões sombrias para 2016, há tímida melhoria de ânimo do consumidor. Não se entende bem o motivo, pois a inflação ainda está alta; emprego e renda baixam agora mais rápido. De qualquer modo, será difícil ver recuperação do prestígio da presidente, pelo menos enquanto durar essa temporada de guerra quente. A Lava Jato faz dois anos no dia 17 de março, na mesma semana em que o PMDB pode tirar mais um pedaço do pé da canoa de Dilma Rousseff, ainda que alguns dos chefes do partido estejam quase afogados. [email protected]
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Ataque a Lula, Dilma e até CunhaHá semanas de guerra fria e de guerra quente nestes dois anos em que o país vem se desmilinguindo. A guerra quente recomeçou na semana passada; a que virá será também de tiro, pancada e bomba. Há um rumor persistente, lá de Curitiba, a respeito de uma ofensiva policial maior contra Lula e família. Além do mais, o ex-presidente foi intimado a depor sobre sítio e tríplex no Ministério Público de São Paulo, na quinta-feira (3). O governo terá de lidar com um PT que acaba de condenar o plano econômico de Dilma Rousseff (reforma da Previdência e contenção legal de gastos do governo). Sem o apoio do PT, vão-se alguns dos últimos fiapos de esperança de dar rumo ao governo da economia. A tentativa de Dilma 2 de assoviar e chupar cana, de satisfazer PT e o dito "mercado", não tem dado certo. Os tiros contra o programa Dilma 2 tiveram o aval de Lula. As relações do ex-presidente com sua afilhada são descritas como "frias" no entorno luliano. Lula, de resto, voltou a dizer que quer ver pelas costas o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, "mole com a Polícia Federal". O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, foi triturado nas conversas da direção petista, reunida na sexta-feira (26) no Rio. O partido pregou o aprofundamento da política econômica dos anos Lula: o oposto do vago programa de Dilma 2. Haverá o começo do estrebuchamento de Eduardo Cunha. Na quarta-feira (2), o Supremo Tribunal Federal deve transformar o presidente da Câmara em réu, acusado de receber propina do petrolão na Suíça. Quando se debate na lama em que atolou, Cunha espalha estilhaços. Uma decisão crucial do Supremo na prática deve favorecer delações premiadas e um pique acelerado nesse jogo de denúncias. Condenados em segunda instância começam a cumprir pena na prisão, se for o caso, decidiu o STF faz dez dias. Por acaso, nesses dias foi preso João Santana. A defesa do publicitário tem apertado o garrote de Marcelo Odebrecht: Santana troca suas penas por acusações à empreiteira. A perspectiva de cadeia pode revelar muito das relações da empresa com a campanha da reeleição de Dilma Rousseff. Por falar em campanha, o TSE acaba de demandar investigações sobre empresas prestadoras de serviço para Dilma 2014, no mínimo outra fonte potencial de vazamentos sensacionais e convulsão político-policial. Há rumores de mais escândalo em fundos de pensão e de mais batidas contra empresas acusadas de pagar propina para sonegar (Zelotes). Na quinta, o IBGE divulga o crescimento do PIB em 2015. O anúncio não terá coisas boas nem coisas novas, uma recessão entre 3,5% e 4%, mas vai fazer manchetes ruins. Apesar de a numeralha econômica do início do ano confirmar as previsões sombrias para 2016, há tímida melhoria de ânimo do consumidor. Não se entende bem o motivo, pois a inflação ainda está alta; emprego e renda baixam agora mais rápido. De qualquer modo, será difícil ver recuperação do prestígio da presidente, pelo menos enquanto durar essa temporada de guerra quente. A Lava Jato faz dois anos no dia 17 de março, na mesma semana em que o PMDB pode tirar mais um pedaço do pé da canoa de Dilma Rousseff, ainda que alguns dos chefes do partido estejam quase afogados. [email protected]
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Bolsa de Xangai sobe 4,26% com sinais de mais apoio do governo
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As ações chinesas saltaram nesta sexta-feira (28), encorajadas por ganhos em Wall Street e por sinais de mais apoio de Pequim após cinco dias de queda, que deixaram os mercados globais em pânico. Os fundos de pensão locais da China vão começar a investir 2 trilhões de yuans (US$ 313,05 bilhões) assim que possível em ações e outros ativos, disseram autoridades de alto escalão do governo. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Shenzhen e Xangai, subiu 4,26%, para 3.342 pontos. O principal índice da bolsa em Xangai subiu 4,9% para 3.234 pontos. Na semana, porém, o índice de Xangai acumulou perdas de 7,9% e o CSI300 caiu 6,9% A melhora no mercado acionário chinês, somada a dados positivos sobre o crescimento econômico dos Estados Unidos fizeram com que às 7h18 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, avançasse 0,77%. "A sessão asiática encarou com bons olhos as notícias sobre os mercados de ações nos EUA e commodities, embora o ritmo dos ganhos pareça ter desacelerado no fim do pregão", disse o analista de mercados Angus Nicholson, da IG, em nota a clientes. "Ruídos positivos na economia norte-americana provavelmente vão ajudar os mercados no começo da semana que vem". Wall Street teve forte alta na sessão anterior graças aos dados revisados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) nos EUA, que mostraram que a economia cresceu mais rapidamente do que se pensava antes no segundo trimestre —um sinal tranquilizador em meio a preocupações acerca dos problemas econômicos cada vez mais profundos na China. Perfil do investidor
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Bolsa de Xangai sobe 4,26% com sinais de mais apoio do governoAs ações chinesas saltaram nesta sexta-feira (28), encorajadas por ganhos em Wall Street e por sinais de mais apoio de Pequim após cinco dias de queda, que deixaram os mercados globais em pânico. Os fundos de pensão locais da China vão começar a investir 2 trilhões de yuans (US$ 313,05 bilhões) assim que possível em ações e outros ativos, disseram autoridades de alto escalão do governo. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Shenzhen e Xangai, subiu 4,26%, para 3.342 pontos. O principal índice da bolsa em Xangai subiu 4,9% para 3.234 pontos. Na semana, porém, o índice de Xangai acumulou perdas de 7,9% e o CSI300 caiu 6,9% A melhora no mercado acionário chinês, somada a dados positivos sobre o crescimento econômico dos Estados Unidos fizeram com que às 7h18 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, avançasse 0,77%. "A sessão asiática encarou com bons olhos as notícias sobre os mercados de ações nos EUA e commodities, embora o ritmo dos ganhos pareça ter desacelerado no fim do pregão", disse o analista de mercados Angus Nicholson, da IG, em nota a clientes. "Ruídos positivos na economia norte-americana provavelmente vão ajudar os mercados no começo da semana que vem". Wall Street teve forte alta na sessão anterior graças aos dados revisados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) nos EUA, que mostraram que a economia cresceu mais rapidamente do que se pensava antes no segundo trimestre —um sinal tranquilizador em meio a preocupações acerca dos problemas econômicos cada vez mais profundos na China. Perfil do investidor
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Irmãos Murray deixam Reino Unido a uma vitória do título da Copa Davis
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O Reino Unido virou o confronto contra a Bélgica válido pela final da Copa Davis. Neste sábado (28), os irmãos Andy e Jamie Murray venceram a dupla David Goffin e Steve Darcis por 3 sets a 1, com parciais de 6/4, 4/6, 6/3 e 6/2. Com a vitória, britânicos lideram a decisão por 2 a 1. Com isso, precisam de mais uma vitória para faturar o título do torneio O Reino Unido, dono de nove títulos da Davis, não conquista o campeonato desde 1936. Neste domingo (29), os britânicos precisam de apenas uma vitória nos jogos entre Andy Murray x David Goffin e Kyle Edmund x Ruben Bemelmans para ficar com o título. A Bélgica ainda pode fazer história caso ganhe as duas partidas restantes. Com isso, conquistariam o título inédito. O país não disputava uma final de Copa Davis havia 111 anos. Devido às ameaças de ataque na capital Bruxelas, que está em alerta máximo de segurança, a segurança do evento, que acontece em Ghent, a 56 km da capital, foi reforçada.
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Irmãos Murray deixam Reino Unido a uma vitória do título da Copa DavisO Reino Unido virou o confronto contra a Bélgica válido pela final da Copa Davis. Neste sábado (28), os irmãos Andy e Jamie Murray venceram a dupla David Goffin e Steve Darcis por 3 sets a 1, com parciais de 6/4, 4/6, 6/3 e 6/2. Com a vitória, britânicos lideram a decisão por 2 a 1. Com isso, precisam de mais uma vitória para faturar o título do torneio O Reino Unido, dono de nove títulos da Davis, não conquista o campeonato desde 1936. Neste domingo (29), os britânicos precisam de apenas uma vitória nos jogos entre Andy Murray x David Goffin e Kyle Edmund x Ruben Bemelmans para ficar com o título. A Bélgica ainda pode fazer história caso ganhe as duas partidas restantes. Com isso, conquistariam o título inédito. O país não disputava uma final de Copa Davis havia 111 anos. Devido às ameaças de ataque na capital Bruxelas, que está em alerta máximo de segurança, a segurança do evento, que acontece em Ghent, a 56 km da capital, foi reforçada.
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Putin encontra no Oriente Médio maior triunfo diplomático
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O presidente russo, Vladimir Putin, em cerca de três anos, oscilou da maior derrota ao principal triunfo diplomático, em sua longeva permanência no poder, iniciada em 2000. Putin testemunhou, em 2014, a vizinha Ucrânia trocar a esfera de influência de Moscou pela aproximação com EUA e Alemanha, em perda geopolítica e econômica colossal para um líder autoproclamado como restaurador do poder do Kremlin, após anos de caos e instabilidade dos antecessores Boris Yeltsin e Mikhail Gorbatchev. Derrotado na Ucrânia, embora tenha reagido com anexação da península da Crimeia e apoio a separatistas pró-Rússia em solo ucraniano, Putin encontrou na guerra da Síria a oportunidade para reafirmar o poder de Moscou. E, nos últimos meses, remodelou o cenário do Oriente Médio, ao reintroduzir o peso do Kremlin na região, rarefeito desde o ocaso da Guerra Fria. Moscou interveio no conflito sírio dois anos atrás. À época, Bashar Al Assad acumulava derrotas. Atualmente, o ditador planeja, graças ao apoio russo e iraniano, declarar vitória na guerra iniciada em 2011. Putin redesenha os caminhos do Oriente Médio a partir da intervenção na Síria. Beneficiou-se também da diminuição do envolvimento norte-americano na região, iniciado na era Obama. O presidente democrata defendia a tese do "pivô para a Ásia", ou seja, a ideia de Washington diminuir presença em regiões levantinas para reforçar participação nas cercanias da China. Donald Trump não compra a estratégia. Incluiu o Oriente Médio em sua primeira visita internacional, sinalização da importância dada à região. Mas uma Casa Branca contaminada pela turbulência trumpista exala liderança esmaecida. Na semana passada, pela primeira vez na história, um monarca saudita visitou Moscou. A recepção ao rei Salman, aliado tradicional de Washington, foi utilizada pela máquina de propaganda do Kremlin para alardear o crescimento do peso diplomático do Kremlin. Dias antes da visita saudita, Putin viajou a Ancara, para jantar com o presidente turco, Recep Erdogan. Há dois anos, Rússia e Turquia, integrante da Otan, estiveram à beira de uma guerra. Hoje, no entanto, optaram por abandonar a rivalidade histórica para cooperar em áreas como a crise síria e trocas comerciais. Putin também paira entre os rivais Irã e Israel. Em Teerã, Moscou encontra um de seus principais aliados econômicos e militares. O Kremlin, porém, também cultiva diálogo com o governo israelense, na busca de um difícil equilíbrio entre arqui-inimigos. Iniciativas russas incluem ainda envolvimento em tentativas para solucionar a disputa por poder na Líbia, aproximação com o Egito e participação na mediação de diálogo entre grupos rivais palestinos. Há décadas, Moscou não contava com agenda tão intensa no Oriente Médio. O peso da ofensiva russa contrasta, por exemplo, com a periférica participação de Moscou na Guerra do Golfo, em 1991. Depois de anos de magra presença na região, o Kremlin recupera protagonismo no Oriente Médio, apresentando-o como principal êxito diplomático.
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Putin encontra no Oriente Médio maior triunfo diplomáticoO presidente russo, Vladimir Putin, em cerca de três anos, oscilou da maior derrota ao principal triunfo diplomático, em sua longeva permanência no poder, iniciada em 2000. Putin testemunhou, em 2014, a vizinha Ucrânia trocar a esfera de influência de Moscou pela aproximação com EUA e Alemanha, em perda geopolítica e econômica colossal para um líder autoproclamado como restaurador do poder do Kremlin, após anos de caos e instabilidade dos antecessores Boris Yeltsin e Mikhail Gorbatchev. Derrotado na Ucrânia, embora tenha reagido com anexação da península da Crimeia e apoio a separatistas pró-Rússia em solo ucraniano, Putin encontrou na guerra da Síria a oportunidade para reafirmar o poder de Moscou. E, nos últimos meses, remodelou o cenário do Oriente Médio, ao reintroduzir o peso do Kremlin na região, rarefeito desde o ocaso da Guerra Fria. Moscou interveio no conflito sírio dois anos atrás. À época, Bashar Al Assad acumulava derrotas. Atualmente, o ditador planeja, graças ao apoio russo e iraniano, declarar vitória na guerra iniciada em 2011. Putin redesenha os caminhos do Oriente Médio a partir da intervenção na Síria. Beneficiou-se também da diminuição do envolvimento norte-americano na região, iniciado na era Obama. O presidente democrata defendia a tese do "pivô para a Ásia", ou seja, a ideia de Washington diminuir presença em regiões levantinas para reforçar participação nas cercanias da China. Donald Trump não compra a estratégia. Incluiu o Oriente Médio em sua primeira visita internacional, sinalização da importância dada à região. Mas uma Casa Branca contaminada pela turbulência trumpista exala liderança esmaecida. Na semana passada, pela primeira vez na história, um monarca saudita visitou Moscou. A recepção ao rei Salman, aliado tradicional de Washington, foi utilizada pela máquina de propaganda do Kremlin para alardear o crescimento do peso diplomático do Kremlin. Dias antes da visita saudita, Putin viajou a Ancara, para jantar com o presidente turco, Recep Erdogan. Há dois anos, Rússia e Turquia, integrante da Otan, estiveram à beira de uma guerra. Hoje, no entanto, optaram por abandonar a rivalidade histórica para cooperar em áreas como a crise síria e trocas comerciais. Putin também paira entre os rivais Irã e Israel. Em Teerã, Moscou encontra um de seus principais aliados econômicos e militares. O Kremlin, porém, também cultiva diálogo com o governo israelense, na busca de um difícil equilíbrio entre arqui-inimigos. Iniciativas russas incluem ainda envolvimento em tentativas para solucionar a disputa por poder na Líbia, aproximação com o Egito e participação na mediação de diálogo entre grupos rivais palestinos. Há décadas, Moscou não contava com agenda tão intensa no Oriente Médio. O peso da ofensiva russa contrasta, por exemplo, com a periférica participação de Moscou na Guerra do Golfo, em 1991. Depois de anos de magra presença na região, o Kremlin recupera protagonismo no Oriente Médio, apresentando-o como principal êxito diplomático.
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Acessível ao pequeno investidor, busca por minicontrato triplica em 2014
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A procura por minicontratos, que protegem o pequeno investidor da variação futura do câmbio ou do preço de ações, disparou em 2014 em razão da incerteza eleitoral. Os minicontratos são acordos de compra e venda de ativos em uma data futura. O volume de minicontratos de dólar saltou 191,8%, de 2,4 milhões para cerca de 7 milhões. Já o número de minicontratos do índice Ibovespa subiu 42,2%, de 49,2 milhões para perto de 70 milhões. "O período eleitoral trouxe uma volatilidade que havia muito não se via no mercado à vista, o que aumentou a procura pelo mercado futuro", afirma Raphael Figueredo, da Clear Corretora. Figueredo acredita que a tendência continuará neste ano, já que o mercado permanece instável. O minicontrato é considerado acessível ao pequeno investidor por representar uma fração de um contrato normal. O tamanho do minicontrato de dólar, por exemplo, é US$ 10.000, em comparação com US$ 50.000 do padrão. Uma pessoa física que vá ao exterior pode comprar um minicontrato de dólar para se proteger da variação cambial. Com a operação, o investidor consegue fixar a cotação da moeda norte-americana que ele acredita que será alcançada na data futura. As operações com minicontratos também são mais baratas do que transações no mercado à vista, afirma Frederico Meinberg, sócio da corretora Rico. Segundo ele, em uma operação de R$ 100 mil de minicontratos de Ibovespa, o investidor paga cerca de R$ 2 em taxas operacionais da Bolsa. Se fosse comprar a mesma quantidade em ações da Petrobras, pagaria R$ 40. CUIDADO O investidor pessoa física, porém, deve tomar cuidado com a tributação. Quem fica mais de um dia com os minicontratos paga 15% de Imposto de Renda em caso de ganho de capital. Quando a compra e a venda ocorrem em um único dia, o ganho tem tributação de 20%. Para comprar ou vender um minicontrato, é preciso depositar uma margem de garantia que gira em torno de 15% do valor do ativo. Esse valor é atualizado diariamente no site da Bolsa. Para operações em um único dia, a exigência de margem diminui, pois a probabilidade de variação expressiva na pontuação do Ibovespa ou na cotação das moedas é menor. COMO FUNCIONA Apesar de a dinâmica ser a mesma, a diferença entre o minicontrato de dólar e o do Ibovespa é que, no segundo, o investidor deve considerar ganhos e perdas em pontos. Nesse caso, um ponto equivale a R$ 0,20. Suponha que um o investidor tenha comprado dez minicontratos de Ibovespa a 50.000 pontos e o preço de ajuste foi de 50.250 pontos. Nesse dia, ele terá saldo positivo de 250 pontos por contrato na sua conta, na forma de devolução de margem de garantia. É preciso, então, fazer a conta da diferença entre o preço de ajuste e o de compra multiplicada pela quantidade de contratos. O resultado é multiplicado pelo R$ 0,20 que representa cada ponto do índice: (50.250 - 50.000) x 10 x 0,20. Ou seja, o ganho seria de R$ 500.
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Acessível ao pequeno investidor, busca por minicontrato triplica em 2014A procura por minicontratos, que protegem o pequeno investidor da variação futura do câmbio ou do preço de ações, disparou em 2014 em razão da incerteza eleitoral. Os minicontratos são acordos de compra e venda de ativos em uma data futura. O volume de minicontratos de dólar saltou 191,8%, de 2,4 milhões para cerca de 7 milhões. Já o número de minicontratos do índice Ibovespa subiu 42,2%, de 49,2 milhões para perto de 70 milhões. "O período eleitoral trouxe uma volatilidade que havia muito não se via no mercado à vista, o que aumentou a procura pelo mercado futuro", afirma Raphael Figueredo, da Clear Corretora. Figueredo acredita que a tendência continuará neste ano, já que o mercado permanece instável. O minicontrato é considerado acessível ao pequeno investidor por representar uma fração de um contrato normal. O tamanho do minicontrato de dólar, por exemplo, é US$ 10.000, em comparação com US$ 50.000 do padrão. Uma pessoa física que vá ao exterior pode comprar um minicontrato de dólar para se proteger da variação cambial. Com a operação, o investidor consegue fixar a cotação da moeda norte-americana que ele acredita que será alcançada na data futura. As operações com minicontratos também são mais baratas do que transações no mercado à vista, afirma Frederico Meinberg, sócio da corretora Rico. Segundo ele, em uma operação de R$ 100 mil de minicontratos de Ibovespa, o investidor paga cerca de R$ 2 em taxas operacionais da Bolsa. Se fosse comprar a mesma quantidade em ações da Petrobras, pagaria R$ 40. CUIDADO O investidor pessoa física, porém, deve tomar cuidado com a tributação. Quem fica mais de um dia com os minicontratos paga 15% de Imposto de Renda em caso de ganho de capital. Quando a compra e a venda ocorrem em um único dia, o ganho tem tributação de 20%. Para comprar ou vender um minicontrato, é preciso depositar uma margem de garantia que gira em torno de 15% do valor do ativo. Esse valor é atualizado diariamente no site da Bolsa. Para operações em um único dia, a exigência de margem diminui, pois a probabilidade de variação expressiva na pontuação do Ibovespa ou na cotação das moedas é menor. COMO FUNCIONA Apesar de a dinâmica ser a mesma, a diferença entre o minicontrato de dólar e o do Ibovespa é que, no segundo, o investidor deve considerar ganhos e perdas em pontos. Nesse caso, um ponto equivale a R$ 0,20. Suponha que um o investidor tenha comprado dez minicontratos de Ibovespa a 50.000 pontos e o preço de ajuste foi de 50.250 pontos. Nesse dia, ele terá saldo positivo de 250 pontos por contrato na sua conta, na forma de devolução de margem de garantia. É preciso, então, fazer a conta da diferença entre o preço de ajuste e o de compra multiplicada pela quantidade de contratos. O resultado é multiplicado pelo R$ 0,20 que representa cada ponto do índice: (50.250 - 50.000) x 10 x 0,20. Ou seja, o ganho seria de R$ 500.
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Meirelles assume Fazenda e diz estar preparado para enfrentar problemas
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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, veio ao seu novo gabinete de trabalho logo após a cerimônia de posse do presidente interino Michel Temer e de sua equipe ministerial. Ao desembarcar na sede do Ministério da Fazenda nesta quinta-feira (12), afirmou a jornalistas estar preparado para enfrentar os problemas que estão aí, após ser questionado se estaria animado com a nova função. O novo titular da equipe econômica deve conceder entrevista à imprensa às 11h30 desta sexta-feira (13) para anunciar sua equipe de secretários. Nesta quinta-feira, quem está à frente do ministério é o secretário-executivo da Pasta, Dyogo Henrique de Oliveira. Dyogo deve continuar no governo, como secretário-executivo do Ministério do Planejamento, na equipe de Romero Jucá.
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Meirelles assume Fazenda e diz estar preparado para enfrentar problemasO ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, veio ao seu novo gabinete de trabalho logo após a cerimônia de posse do presidente interino Michel Temer e de sua equipe ministerial. Ao desembarcar na sede do Ministério da Fazenda nesta quinta-feira (12), afirmou a jornalistas estar preparado para enfrentar os problemas que estão aí, após ser questionado se estaria animado com a nova função. O novo titular da equipe econômica deve conceder entrevista à imprensa às 11h30 desta sexta-feira (13) para anunciar sua equipe de secretários. Nesta quinta-feira, quem está à frente do ministério é o secretário-executivo da Pasta, Dyogo Henrique de Oliveira. Dyogo deve continuar no governo, como secretário-executivo do Ministério do Planejamento, na equipe de Romero Jucá.
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Palmeiras e São Paulo seguem luta por vaga na Libertadores
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Respectivamente 4º e 5º do Brasileiro, com o mesmo número de pontos (34), Palmeiras e São Paulo entram em campo nesta quarta-feira (2) para mais um capítulo de suas disputas por uma vaga no G-4. Protagonistas de elencos qualificados e campanhas irregulares, os rivais, tidos como candidatos ao título no início campeonato, brigam rodada a rodada por uma vaga no grupo dos times que vão à Libertadores-2016. Nesta quarta, outro ponto em comum: ambos enfrentam times na zona de rebaixamento. O Palmeiras pega o Goiás no Serra Dourada, ao passo que o São Paulo tem o Joinville em Santa Catarina. Também em comum o fato de ambos não terem seus veteranos. No Palmeiras, o técnico Marcelo Oliveira decidiu poupar Zé Roberto, 41, titular nas últimas cinco partidas. No São Paulo, Rogério Ceni, 42, está fora por lesão. O treinador Juan Carlos Osorio terá ainda os desfalques por lesão de Luis Fabiano e Breno. Já o lateral Bruno e o meia-atacante Centurión voltam a ser relacionados. GOIÁS X PALMEIRAS GOIÁS: Renan; Gimenez, A. Alves, Fred, D. Barbosa; Rodrigo, Patrick, David; B. Henrique, Zé Eduardo e Erik. Técnico: J. Camargo PALMEIRAS: Prass, Lucas, V. Hugo, V. Ramos, Egídio; Amaral, T. Santos e Robinho; Dudu, Gabriel Jesus e Barrios. Técnico: M. Oliveira Estádio: Serra Dourada, em Goiânia Árbitro: Leandro Vuaden (RS) TV: 22h, Band e Globo (para SP) * JOINVILLE X SÃO PAULO JOINVILLE: Agenor; M. Sérgio, Bruno Aguiar, Guti e Diego; Naldo, Fabrício e Kadu; E. Ratinho (Silvinho), Marcelinho Paraíba e E. Junio. Técnico: PC Gusmão SÃO PAULO: R. Ribeiro; Bruno, Lyanco, E. Silva, Reinaldo; T. Mendes, Wesley, M. Bastos, Ganso e Wilder; A. Pato. Técnico: Osorio Estádio: Arena Joinville Árbitro: Rodolpho Marques (PR) TV: 19h30, pay-per-view
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Palmeiras e São Paulo seguem luta por vaga na LibertadoresRespectivamente 4º e 5º do Brasileiro, com o mesmo número de pontos (34), Palmeiras e São Paulo entram em campo nesta quarta-feira (2) para mais um capítulo de suas disputas por uma vaga no G-4. Protagonistas de elencos qualificados e campanhas irregulares, os rivais, tidos como candidatos ao título no início campeonato, brigam rodada a rodada por uma vaga no grupo dos times que vão à Libertadores-2016. Nesta quarta, outro ponto em comum: ambos enfrentam times na zona de rebaixamento. O Palmeiras pega o Goiás no Serra Dourada, ao passo que o São Paulo tem o Joinville em Santa Catarina. Também em comum o fato de ambos não terem seus veteranos. No Palmeiras, o técnico Marcelo Oliveira decidiu poupar Zé Roberto, 41, titular nas últimas cinco partidas. No São Paulo, Rogério Ceni, 42, está fora por lesão. O treinador Juan Carlos Osorio terá ainda os desfalques por lesão de Luis Fabiano e Breno. Já o lateral Bruno e o meia-atacante Centurión voltam a ser relacionados. GOIÁS X PALMEIRAS GOIÁS: Renan; Gimenez, A. Alves, Fred, D. Barbosa; Rodrigo, Patrick, David; B. Henrique, Zé Eduardo e Erik. Técnico: J. Camargo PALMEIRAS: Prass, Lucas, V. Hugo, V. Ramos, Egídio; Amaral, T. Santos e Robinho; Dudu, Gabriel Jesus e Barrios. Técnico: M. Oliveira Estádio: Serra Dourada, em Goiânia Árbitro: Leandro Vuaden (RS) TV: 22h, Band e Globo (para SP) * JOINVILLE X SÃO PAULO JOINVILLE: Agenor; M. Sérgio, Bruno Aguiar, Guti e Diego; Naldo, Fabrício e Kadu; E. Ratinho (Silvinho), Marcelinho Paraíba e E. Junio. Técnico: PC Gusmão SÃO PAULO: R. Ribeiro; Bruno, Lyanco, E. Silva, Reinaldo; T. Mendes, Wesley, M. Bastos, Ganso e Wilder; A. Pato. Técnico: Osorio Estádio: Arena Joinville Árbitro: Rodolpho Marques (PR) TV: 19h30, pay-per-view
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Quarta tem jogo do São Paulo e temporada de Chico César no Oficina
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A partida entre São Paulo e Botafogo (RP) marcado para às 21h45 desta quarta (23), no estádio do Pacaembu, mudará linhas que atendem a região. * TEMPO A previsão é de céu nublado e encoberto com pancadas de chuva e trovoadas. A máxima é de 25ºC e a mínima, 19ºC, segundo o Inmet. * VOCÊ DEVERIA SABER Ataques reivindicados pelo Estado Islâmico no aeroporto e no sistema de metrô de Bruxelas deixaram ao menos 30 mortos e mais de 200 feridos nesta terça-feira (22) na Bélgica, causando o fechamento temporário da capital belga e o aumento do alerta de segurança em toda a Europa. Segundo as análises, a chamada "pílula do câncer, desenvolvida por pesquisadores da USP de São Carlos, tem baixo grau de pureza e pouco ou nenhum efeito sobre células tumorais. Ela teria desempenho muito inferior ao de drogas anticâncer já disponíveis há décadas. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou resolução que autoriza a prescrição e importação de medicamentos que contenham derivados da maconha, incluindo o THC (tetrahidrocanabinol). AGENDA CULTURAL Shows | Para arrecadar fundos para a Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona, Chico César fixou uma temporada na sede do grupo às quartas —durante todo o mês de março. O dinheiro arrecadado nas apresentações será destinado a atividades desenvolvidas pela companhia e para a manutenção do próprio teatro. Teat(r)o Oficina - r. Jaceguai, 520 - Bela Vista - Centro. Tel: 3106-2818. Qua: 21h. Ingresso: R$ 40 (estudantes: R$ 20). Com mais de 30 milhões de discos vendidos, o quarteto vocal Il Divo apresenta repertório de 12 anos de estrada no Espaço das Américas. Espaço das Américas - r. Tagipuru, 795 - Barra Funda - Oeste. Tel.: 3864-5566. Qua.: 22h. Ingr.: R$ 200 a R$ 800 (estudantes: R$ 100 a R$ 400). Passeios | A Caixa Cultural São Paulo oferece um minicurso para cadeirantes aprenderem como executar movimentos lineares, giros e frenagem sobre rodas em Iniciação em Dança para Cadeirantes. Caixa Cultural São Paulo - pça. da Sé, 111, Sé - Centro. Tel.: 3321-4400. Qua: 9h30 às 12h30. É necessário se inscrever pelo telefone.
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saopaulo
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Quarta tem jogo do São Paulo e temporada de Chico César no OficinaA partida entre São Paulo e Botafogo (RP) marcado para às 21h45 desta quarta (23), no estádio do Pacaembu, mudará linhas que atendem a região. * TEMPO A previsão é de céu nublado e encoberto com pancadas de chuva e trovoadas. A máxima é de 25ºC e a mínima, 19ºC, segundo o Inmet. * VOCÊ DEVERIA SABER Ataques reivindicados pelo Estado Islâmico no aeroporto e no sistema de metrô de Bruxelas deixaram ao menos 30 mortos e mais de 200 feridos nesta terça-feira (22) na Bélgica, causando o fechamento temporário da capital belga e o aumento do alerta de segurança em toda a Europa. Segundo as análises, a chamada "pílula do câncer, desenvolvida por pesquisadores da USP de São Carlos, tem baixo grau de pureza e pouco ou nenhum efeito sobre células tumorais. Ela teria desempenho muito inferior ao de drogas anticâncer já disponíveis há décadas. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou resolução que autoriza a prescrição e importação de medicamentos que contenham derivados da maconha, incluindo o THC (tetrahidrocanabinol). AGENDA CULTURAL Shows | Para arrecadar fundos para a Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona, Chico César fixou uma temporada na sede do grupo às quartas —durante todo o mês de março. O dinheiro arrecadado nas apresentações será destinado a atividades desenvolvidas pela companhia e para a manutenção do próprio teatro. Teat(r)o Oficina - r. Jaceguai, 520 - Bela Vista - Centro. Tel: 3106-2818. Qua: 21h. Ingresso: R$ 40 (estudantes: R$ 20). Com mais de 30 milhões de discos vendidos, o quarteto vocal Il Divo apresenta repertório de 12 anos de estrada no Espaço das Américas. Espaço das Américas - r. Tagipuru, 795 - Barra Funda - Oeste. Tel.: 3864-5566. Qua.: 22h. Ingr.: R$ 200 a R$ 800 (estudantes: R$ 100 a R$ 400). Passeios | A Caixa Cultural São Paulo oferece um minicurso para cadeirantes aprenderem como executar movimentos lineares, giros e frenagem sobre rodas em Iniciação em Dança para Cadeirantes. Caixa Cultural São Paulo - pça. da Sé, 111, Sé - Centro. Tel.: 3321-4400. Qua: 9h30 às 12h30. É necessário se inscrever pelo telefone.
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Negociação para vender Liquigás à Ultrapar está avançada, diz Petrobras
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A Petrobras disse que está em negociações avançadas com a Ultrapar Participações para a venda da Liquigás Distribuidora, segundo fato relevante divulgado pela estatal nesta sexta-feira (14). A petroleira limitou-se a dizer que a transação depende ainda da finalização das negociações e da aprovação pelas instâncias internas de ambas as companhias e que fatos julgados relevantes serão divulgados quando for apropriado. Segundo a Reuters, a proposta da Ultrapar avalia a Liquigás em cerca de R$ 3 bilhões. A oferta superou rivais como a Supergasbras, controlada pela holandesa Dutch SHV, e duas outras empresas brasileiras. Na quinta-feira (13), as Lojas Americanas manifestaram interesse em participar do processo de aquisição de fatia da BR Distribuidora, empresa de postos de gasolina e distribuição de combustíveis da Petrobras. Em fato relevante, a Americanas afirmou que tem interesse, mas ainda não fechou um valor a ser oferecido. No início deste mês, a Petrobras anunciou que pretende vender 51% do capital votante da BR, que hoje é 100% da estatal. "Nesse sentido, a Companhia manifestou interesse em participar do processo de aquisição e avaliar esta oportunidade de negócio, inexistindo, no momento, definição quanto à futura apresentação de proposta para aquisição de participação na BR Distribuidora", afirma, em nota. Ambas as vendas fazem parte do programa de desinvestimento da Petrobras. Atolada em uma dívida de quase meio trilhão de reais (R$ 397,7 bilhões, segundo o balanço financeiro mais recente), a empresa precisa fazer caixa. Além da venda de ativos, a empresa promove um grande arrocho em seus custos. Até agora, a estatal anunciou operações de vendas de ativos no valor de US$ 9,8 bilhões, o equivalente a 65% da meta estipulada para o biênio 2015-2016. O novo plano de negócios da companhia trouxe uma meta adicional, de US$ 19,5 bilhões para o período entre 2017 e 2018. -
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mercado
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Negociação para vender Liquigás à Ultrapar está avançada, diz PetrobrasA Petrobras disse que está em negociações avançadas com a Ultrapar Participações para a venda da Liquigás Distribuidora, segundo fato relevante divulgado pela estatal nesta sexta-feira (14). A petroleira limitou-se a dizer que a transação depende ainda da finalização das negociações e da aprovação pelas instâncias internas de ambas as companhias e que fatos julgados relevantes serão divulgados quando for apropriado. Segundo a Reuters, a proposta da Ultrapar avalia a Liquigás em cerca de R$ 3 bilhões. A oferta superou rivais como a Supergasbras, controlada pela holandesa Dutch SHV, e duas outras empresas brasileiras. Na quinta-feira (13), as Lojas Americanas manifestaram interesse em participar do processo de aquisição de fatia da BR Distribuidora, empresa de postos de gasolina e distribuição de combustíveis da Petrobras. Em fato relevante, a Americanas afirmou que tem interesse, mas ainda não fechou um valor a ser oferecido. No início deste mês, a Petrobras anunciou que pretende vender 51% do capital votante da BR, que hoje é 100% da estatal. "Nesse sentido, a Companhia manifestou interesse em participar do processo de aquisição e avaliar esta oportunidade de negócio, inexistindo, no momento, definição quanto à futura apresentação de proposta para aquisição de participação na BR Distribuidora", afirma, em nota. Ambas as vendas fazem parte do programa de desinvestimento da Petrobras. Atolada em uma dívida de quase meio trilhão de reais (R$ 397,7 bilhões, segundo o balanço financeiro mais recente), a empresa precisa fazer caixa. Além da venda de ativos, a empresa promove um grande arrocho em seus custos. Até agora, a estatal anunciou operações de vendas de ativos no valor de US$ 9,8 bilhões, o equivalente a 65% da meta estipulada para o biênio 2015-2016. O novo plano de negócios da companhia trouxe uma meta adicional, de US$ 19,5 bilhões para o período entre 2017 e 2018. -
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Rompimento de galeria bloqueia parte da rua Frei Caneca, no centro de SP
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O rompimento de uma galeria de água pluvial provocou a interdição de parte da rua Frei Caneca, na região da Bela Vista, no centro de São Paulo. Segundo a Subprefeitura da Sé, equipes já trabalham no local e os reparos devem ser concluídos nesta sexta-feira (16). Moradores da região dizem que a cratera apareceu há dois dias, na altura do número 425, próximo ao cruzamento com a rua Paim. A subprefeitura, no entanto, afirmou ter sido informada apenas nesta quinta-feira (15). O local foi sinalizado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) para evitar a passagem de carros. O buraco tem cerca de 2 metros de profundidade e bloqueia ao menos uma faixa da via. Segundo moradores da região, um forte cheiro de esgoto exala do local.
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cotidiano
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Rompimento de galeria bloqueia parte da rua Frei Caneca, no centro de SPO rompimento de uma galeria de água pluvial provocou a interdição de parte da rua Frei Caneca, na região da Bela Vista, no centro de São Paulo. Segundo a Subprefeitura da Sé, equipes já trabalham no local e os reparos devem ser concluídos nesta sexta-feira (16). Moradores da região dizem que a cratera apareceu há dois dias, na altura do número 425, próximo ao cruzamento com a rua Paim. A subprefeitura, no entanto, afirmou ter sido informada apenas nesta quinta-feira (15). O local foi sinalizado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) para evitar a passagem de carros. O buraco tem cerca de 2 metros de profundidade e bloqueia ao menos uma faixa da via. Segundo moradores da região, um forte cheiro de esgoto exala do local.
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Evento debate economia de baixo carbono no Brasil
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A Folha, em parceria com o Insper e o Instituto Escolhas, realiza um debate na terça-feira (24) sobre economia de baixo carbono. O encontro será no campus do Insper, entre 10h30 e 13h. Na ocasião, será lançado o estudo Impactos Econômicos e Sociais da Tributação de Carbono no Brasil, do economista Bernard Appy e um grupo de pesquisadores. Também vão participar do debate o presidente do Insper, Marcos Lisboa, a presidente do Instituto Escolhas, Ana Toni, e o advogado e diretor de relacionamento com a sociedade do Instituto Escolhas, Sergio Leitão. PROGRAMAÇÃO DEBATE ECONOMIA DE BAIXO CARBONO ONDE: Rua Quatá, 300, Vila Olímpia, São Paulo (sala Amador Aguiar, 1 andar, campus Insper) QUANDO: 24 de novembro, das 10h30 às 13h INSCRIÇÕES: (011) 3231-3132 ou pelo e-mail [email protected]
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seminariosfolha
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Evento debate economia de baixo carbono no BrasilA Folha, em parceria com o Insper e o Instituto Escolhas, realiza um debate na terça-feira (24) sobre economia de baixo carbono. O encontro será no campus do Insper, entre 10h30 e 13h. Na ocasião, será lançado o estudo Impactos Econômicos e Sociais da Tributação de Carbono no Brasil, do economista Bernard Appy e um grupo de pesquisadores. Também vão participar do debate o presidente do Insper, Marcos Lisboa, a presidente do Instituto Escolhas, Ana Toni, e o advogado e diretor de relacionamento com a sociedade do Instituto Escolhas, Sergio Leitão. PROGRAMAÇÃO DEBATE ECONOMIA DE BAIXO CARBONO ONDE: Rua Quatá, 300, Vila Olímpia, São Paulo (sala Amador Aguiar, 1 andar, campus Insper) QUANDO: 24 de novembro, das 10h30 às 13h INSCRIÇÕES: (011) 3231-3132 ou pelo e-mail [email protected]
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Unesp muda gabarito e aceita duas respostas em questão de biologia; veja
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A Vunesp, fundação responsável pelo vestibular da Unesp, alterou nesta segunda-feira (16) o gabarito oficial da primeira fase da prova. Agora, a questão 61, de biologia, passa a ter como respostas corretas as alternativas "A" e "D" –versão 1 do exame. A mudança foi solicitada após cursinhos apontarem que ambas as respostas poderiam ser corretas. No domingo (15), a resposta apontava apenas a alternativa "D" como certa. Veja o gabarito atualizado da Unesp 2015 Os candidatos que marcaram as outras opções –"B", "C" e "E"– não pontuaram nessa pergunta. Na versão 2, as alternativas corretas são "C" e "B", na versão 3 ("C" e "E") e na versão 4 ("A" e "E"). Os estudantes tiveram quatro horas e meia para responder a 90 questões de múltipla escolha. A lista de convocados para a segunda fase do vestibular será divulgada no dia 2 de dezembro. PROVA TRABALHOSA A prova de primeira fase do vestibular para Unesp, realizada neste domingo (15), foi trabalhosa e exigiu conhecimentos atuais, segundo professores. Questões com textos longos também ajudaram a elevar o nível do exame. Segundo Célio Tasinafo, professor de história e diretor pedagógico do colégio Oficina do Estudante, a prova foi similar às edições anteriores do exame. "A maior diferença foram nas provas de português, com questões mais tradicionais em literatura, cobrando conhecimento específico de obras e autores, e mais perguntas de gramática", opina. "A parte de literatura exigia muita memorização, tinha que ter decorado o conteúdo", critica Paulo Moraes, diretor de ensino do Anglo Vestibulares. Os enunciados de física também foram de nível mais elevado do que em edições anteriores, exigindo o domínio de conceitos, segundo os professores. As provas de inglês e química foram inteiras temáticas, sobre alimentos transgênicos e o Ano Internacional da Luz, respectivamente. As perguntas sobre a língua estrangeira porém, destacaram-se por trazer um vocabulário difícil para a maioria dos estudantes. Textos longos e densos também dificultaram a vida dos candidatos, que têm em média 3 minutos para responder a cada pergunta. Esse foi o caso nas provas de filosofia, português –que exigiu bastante interpretação de texto– e geografia –também criticada por pedir a leitura de apenas um mapa. "Isoladamente as questões não são difíceis, mas a prova é extensa, e para os candidatos isso não é fácil", comenta Tasinafo, que considerou o vestibular com nível mediano de dificuldade. Em geral, as provas de história e matemática foram bem estruturadas, com questões simples que abordaram todo o conteúdo cobrado dos vestibulandos. Entretanto, as provas de biologia, geografia e filosofia se destacaram por relacionar conteúdos do ensino médio com temas atuais, como comportamento do jovem, a essência de Deus, corrupção política e até mesmo divergências da sociedade islâmica. O ataque ao jornal satírico francês "Charlie Hebdo", em janeiro deste ano, foi citado em duas perguntas diferentes. Para Moraes, "o cara que não estiver antenado, que não lê jornal, que está por fora das notícias, fica atrás dos outros candidatos". "Não basta saber o conteúdo, tem que saber aplicar ele no dia a dia." "A prova de biologia foi bem criativa e com enfoque atual, relacionada a doenças do dia a dia, como dengue e chikungunya. As questões foram bem boladas e mais interessantes para os alunos", comenta Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora do Curso e Colégio Objetivo. "O aluno que fez um ensino médio bom passou, com certeza, por todos os assuntos que foram cobrados na prova durante as aulas na escola", comenta Tasinafo. "Antigamente a Unesp tinha questões mais simples, mas isso mudou. Hoje em dia as perguntas exigem um conhecimento maior, para selecionar o estudante que está bem preparado", afirma Vera Lúcia. Confira as questões que caíram na prova da Unesp 2015 SEGUNDA FASE A segunda fase acontece nos dias 13 e 14 de dezembro. No primeiro dia, os estudantes responderão a 24 questões, sendo 12 de ciências humanas (história, geografia e filosofia) e 12 de ciências da natureza e matemática (biologia, química, física e matemática). No segundo dia, os vestibulandos farão uma redação e responderão a 12 questões de linguagens e códigos (língua portuguesa e literatura, língua inglesa, educação física e arte) e Redação. Ambas as provas têm quatro horas e meia de duração. A lista de classificação geral será divulgada em 5 de fevereiro de 2016. Os estudantes deverão confirmar o interesse pela vaga nos dias 13 e 14 de fevereiro, apenas pelo site da Vunesp. A primeira lista de convocados será divulgada no dia 16 de fevereiro. A Unesp oferece vagas em Araçatuba (170 vagas), Araraquara (855), Assis (405), Bauru (1.045), Botucatu (600), Dracena (80), Franca (400), Guaratinguetá (310), Ilha Solteira (310), Itapeva (80), Jaboticabal (280), Marília (475), Ourinhos (90), Presidente Prudente (640), Registro (40), Rio Claro (490), Rosana (80), São João da Boa Vista (40), São José do Rio Preto (460), São José dos Campos (120), São Paulo (185), São Vicente (80) e Tupã (120). No vestibular 2016, o Sistema de Reserva de Vagas para a Educação Básica Pública garante um mínimo de 35% das vagas de cada curso para alunos que tenham feito todo o ensino médio em escola pública, proporção essa que deve chegar a 50% até o Vestibular 2018. Segundo a Unesp, vários cursos da Unesp já tem 50% ou mais de seus alunos vindos da escola pública.
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educacao
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Unesp muda gabarito e aceita duas respostas em questão de biologia; vejaA Vunesp, fundação responsável pelo vestibular da Unesp, alterou nesta segunda-feira (16) o gabarito oficial da primeira fase da prova. Agora, a questão 61, de biologia, passa a ter como respostas corretas as alternativas "A" e "D" –versão 1 do exame. A mudança foi solicitada após cursinhos apontarem que ambas as respostas poderiam ser corretas. No domingo (15), a resposta apontava apenas a alternativa "D" como certa. Veja o gabarito atualizado da Unesp 2015 Os candidatos que marcaram as outras opções –"B", "C" e "E"– não pontuaram nessa pergunta. Na versão 2, as alternativas corretas são "C" e "B", na versão 3 ("C" e "E") e na versão 4 ("A" e "E"). Os estudantes tiveram quatro horas e meia para responder a 90 questões de múltipla escolha. A lista de convocados para a segunda fase do vestibular será divulgada no dia 2 de dezembro. PROVA TRABALHOSA A prova de primeira fase do vestibular para Unesp, realizada neste domingo (15), foi trabalhosa e exigiu conhecimentos atuais, segundo professores. Questões com textos longos também ajudaram a elevar o nível do exame. Segundo Célio Tasinafo, professor de história e diretor pedagógico do colégio Oficina do Estudante, a prova foi similar às edições anteriores do exame. "A maior diferença foram nas provas de português, com questões mais tradicionais em literatura, cobrando conhecimento específico de obras e autores, e mais perguntas de gramática", opina. "A parte de literatura exigia muita memorização, tinha que ter decorado o conteúdo", critica Paulo Moraes, diretor de ensino do Anglo Vestibulares. Os enunciados de física também foram de nível mais elevado do que em edições anteriores, exigindo o domínio de conceitos, segundo os professores. As provas de inglês e química foram inteiras temáticas, sobre alimentos transgênicos e o Ano Internacional da Luz, respectivamente. As perguntas sobre a língua estrangeira porém, destacaram-se por trazer um vocabulário difícil para a maioria dos estudantes. Textos longos e densos também dificultaram a vida dos candidatos, que têm em média 3 minutos para responder a cada pergunta. Esse foi o caso nas provas de filosofia, português –que exigiu bastante interpretação de texto– e geografia –também criticada por pedir a leitura de apenas um mapa. "Isoladamente as questões não são difíceis, mas a prova é extensa, e para os candidatos isso não é fácil", comenta Tasinafo, que considerou o vestibular com nível mediano de dificuldade. Em geral, as provas de história e matemática foram bem estruturadas, com questões simples que abordaram todo o conteúdo cobrado dos vestibulandos. Entretanto, as provas de biologia, geografia e filosofia se destacaram por relacionar conteúdos do ensino médio com temas atuais, como comportamento do jovem, a essência de Deus, corrupção política e até mesmo divergências da sociedade islâmica. O ataque ao jornal satírico francês "Charlie Hebdo", em janeiro deste ano, foi citado em duas perguntas diferentes. Para Moraes, "o cara que não estiver antenado, que não lê jornal, que está por fora das notícias, fica atrás dos outros candidatos". "Não basta saber o conteúdo, tem que saber aplicar ele no dia a dia." "A prova de biologia foi bem criativa e com enfoque atual, relacionada a doenças do dia a dia, como dengue e chikungunya. As questões foram bem boladas e mais interessantes para os alunos", comenta Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora do Curso e Colégio Objetivo. "O aluno que fez um ensino médio bom passou, com certeza, por todos os assuntos que foram cobrados na prova durante as aulas na escola", comenta Tasinafo. "Antigamente a Unesp tinha questões mais simples, mas isso mudou. Hoje em dia as perguntas exigem um conhecimento maior, para selecionar o estudante que está bem preparado", afirma Vera Lúcia. Confira as questões que caíram na prova da Unesp 2015 SEGUNDA FASE A segunda fase acontece nos dias 13 e 14 de dezembro. No primeiro dia, os estudantes responderão a 24 questões, sendo 12 de ciências humanas (história, geografia e filosofia) e 12 de ciências da natureza e matemática (biologia, química, física e matemática). No segundo dia, os vestibulandos farão uma redação e responderão a 12 questões de linguagens e códigos (língua portuguesa e literatura, língua inglesa, educação física e arte) e Redação. Ambas as provas têm quatro horas e meia de duração. A lista de classificação geral será divulgada em 5 de fevereiro de 2016. Os estudantes deverão confirmar o interesse pela vaga nos dias 13 e 14 de fevereiro, apenas pelo site da Vunesp. A primeira lista de convocados será divulgada no dia 16 de fevereiro. A Unesp oferece vagas em Araçatuba (170 vagas), Araraquara (855), Assis (405), Bauru (1.045), Botucatu (600), Dracena (80), Franca (400), Guaratinguetá (310), Ilha Solteira (310), Itapeva (80), Jaboticabal (280), Marília (475), Ourinhos (90), Presidente Prudente (640), Registro (40), Rio Claro (490), Rosana (80), São João da Boa Vista (40), São José do Rio Preto (460), São José dos Campos (120), São Paulo (185), São Vicente (80) e Tupã (120). No vestibular 2016, o Sistema de Reserva de Vagas para a Educação Básica Pública garante um mínimo de 35% das vagas de cada curso para alunos que tenham feito todo o ensino médio em escola pública, proporção essa que deve chegar a 50% até o Vestibular 2018. Segundo a Unesp, vários cursos da Unesp já tem 50% ou mais de seus alunos vindos da escola pública.
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No Bandeirantes, pastores saúdam Alckmin como candidato em 2018
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Com 2018 no radar, o governador Geraldo Alckmin abriu o Palácio dos Bandeirantes para cerca de 70 pastores na noite de terça-feira (6). Reunidos por mais de três horas na residência oficial do governador, os visitantes saudaram o anfitrião como melhor nome para a disputa presidencial do ano que vem. Isso na frente dele. Nos bastidores, muitos desses líderes acreditam que tanto Alckmin quanto o prefeito João Doria, seu afilhado político e colega no PSDB, são bons quadros. O encontro foi articulado por Geraldo Malta, militante de longa data do partido, e Luciano Luna, pastor da Poderoso Deus. Os dois também prestam assessoria religiosa informal para o prefeito de São Paulo. Em seis meses de mandato, Doria acumula eventos com evangélicos, formalizados ou não em sua agenda oficial. Não incluiu nela, por exemplo, passagem pelo aniversário do bispo Samuel Ferreira (Assembleia de Deus Madureira), que coincidiu com a Virada Cultural (foi ao primeiro, não ao segundo). Lá, ouviu do aniversariante: "O Brasil está precisando de alguém para reunir o país". As loas foram tomadas pelos presentes como endosso a ume candidatura em 2018, ideia que o prefeito nunca abraçou abertamente –diz que seu predileto é o padrinho Alckmin. O grupo nos Bandeirantes representava conselhos de pastores e algumas das maiores igrejas evangélicas do Brasil, como a Renascer, a Batista e várias das Assembleias de Deus, inclusive o maior de seus ministérios, Belém (com sede em São Paulo). Entre rodadas de água e café, Alckmin disse que a vida pública era um chamado de Deus e prometeu reforçar a parceria do Estado com entidades religiosas para combater a epidemia de crack, segundo relato de convidados. Alguém brincou: em 2018, com ele no Palácio do Planalto, a parceria continuaria? O pastor Cesar Augusto, da Igreja Apostólica Fonte da Vida, conta à Folha que instigou o governador assim: se for uma convocação de Deus, político não tem escolha. E Deus o convocaria a concorrer ao Planalto. "Ele só sorriu. Eu disse que precisamos de um gestor experiente, a situação está delicada." Augusto se refere à crise política que vem drenando o país nos últimos anos. O fato de Alckmin ser um dos governadores no alvo no Superior Tribunal de Justiça, por implicações na Lava Jato, "não é um impeditivo", diz. "Ser investigado não é sinônimo de condenação. O quadro hoje é: quem não está sendo?" Nas coxias tucanas, muitos citam Doria. "A gente defende Alckmin, mas, tendo algum tipo de impedimento, [o prefeito] é um bom nome. Só há de concordar comigo que não podemos ter um aventureiro, um salvador da pátria", afirma o pastor. O importante, continua, é "amadurecer" para não repetir o erro do passado. "A população jogou tanta esperança num partido de esquerda e ficou desiludida", diz o pastor, que esteve com Dilma Rousseff (PT) meses antes do impeachment que a desalojou da Presidência.
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No Bandeirantes, pastores saúdam Alckmin como candidato em 2018Com 2018 no radar, o governador Geraldo Alckmin abriu o Palácio dos Bandeirantes para cerca de 70 pastores na noite de terça-feira (6). Reunidos por mais de três horas na residência oficial do governador, os visitantes saudaram o anfitrião como melhor nome para a disputa presidencial do ano que vem. Isso na frente dele. Nos bastidores, muitos desses líderes acreditam que tanto Alckmin quanto o prefeito João Doria, seu afilhado político e colega no PSDB, são bons quadros. O encontro foi articulado por Geraldo Malta, militante de longa data do partido, e Luciano Luna, pastor da Poderoso Deus. Os dois também prestam assessoria religiosa informal para o prefeito de São Paulo. Em seis meses de mandato, Doria acumula eventos com evangélicos, formalizados ou não em sua agenda oficial. Não incluiu nela, por exemplo, passagem pelo aniversário do bispo Samuel Ferreira (Assembleia de Deus Madureira), que coincidiu com a Virada Cultural (foi ao primeiro, não ao segundo). Lá, ouviu do aniversariante: "O Brasil está precisando de alguém para reunir o país". As loas foram tomadas pelos presentes como endosso a ume candidatura em 2018, ideia que o prefeito nunca abraçou abertamente –diz que seu predileto é o padrinho Alckmin. O grupo nos Bandeirantes representava conselhos de pastores e algumas das maiores igrejas evangélicas do Brasil, como a Renascer, a Batista e várias das Assembleias de Deus, inclusive o maior de seus ministérios, Belém (com sede em São Paulo). Entre rodadas de água e café, Alckmin disse que a vida pública era um chamado de Deus e prometeu reforçar a parceria do Estado com entidades religiosas para combater a epidemia de crack, segundo relato de convidados. Alguém brincou: em 2018, com ele no Palácio do Planalto, a parceria continuaria? O pastor Cesar Augusto, da Igreja Apostólica Fonte da Vida, conta à Folha que instigou o governador assim: se for uma convocação de Deus, político não tem escolha. E Deus o convocaria a concorrer ao Planalto. "Ele só sorriu. Eu disse que precisamos de um gestor experiente, a situação está delicada." Augusto se refere à crise política que vem drenando o país nos últimos anos. O fato de Alckmin ser um dos governadores no alvo no Superior Tribunal de Justiça, por implicações na Lava Jato, "não é um impeditivo", diz. "Ser investigado não é sinônimo de condenação. O quadro hoje é: quem não está sendo?" Nas coxias tucanas, muitos citam Doria. "A gente defende Alckmin, mas, tendo algum tipo de impedimento, [o prefeito] é um bom nome. Só há de concordar comigo que não podemos ter um aventureiro, um salvador da pátria", afirma o pastor. O importante, continua, é "amadurecer" para não repetir o erro do passado. "A população jogou tanta esperança num partido de esquerda e ficou desiludida", diz o pastor, que esteve com Dilma Rousseff (PT) meses antes do impeachment que a desalojou da Presidência.
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Wagner Moura, vamos falar de Previdência?
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Está em discussão, no Congresso Nacional, uma proposta de emenda constitucional que busca reformar a Previdência Social no Brasil. Trata-se de um tema da maior importância. Afetará a vida de diversas pessoas em nosso país. Também impactará a solvência do Estado brasileiro e a sua capacidade de prover serviços públicos, até os mais essenciais. É importante que a sociedade se engaje nesse debate que, infelizmente, está fortemente envenenado pela desinformação. Um vídeo narrado por Wagner Moura tornou-se viral nos últimos dias nas redes sociais, levantando problemas com a proposta enviada pelo governo ao Congresso. Apesar de utilizar informações verídicas, o vídeo faz correlações erradas sobre os impactos da reforma. Argumenta-se no vídeo, por exemplo, que a idade mínima para aposentadoria de 65 anos é injusta, pois muitos brasileiros nem chegam a viver tantos anos. Para embasar esse argumento, a gravação recorre a estatísticas de expectativa de vida ao nascer. Hoje, a expectativa de vida ao nascer é de cerca de 75 anos no Brasil, com grande variação entre regiões. Alguns estados do Norte e do Nordeste realmente apresentam números bem mais baixos e próximos à marca de 65. Mas isso não significa que uma pessoa, em média, trabalhará a vida toda para receber só alguns anos de benefício. Você viu o vídeo do Wagner Moura? Na verdade, olhar apenas para a expectativa de vida ao nascer não é informativo. Por quê? Porque esse número é afetado pela mortalidade infantil e pela elevada violência que, em nosso país, tende a atingir mais fortemente homens jovens. O correto, nesse caso, é olhar para a expectativa de vida condicional ao chegar à idade de aposentadoria. Nesse caso, a pergunta é: quantos anos em média uma pessoa que chegou aos 65 viverá? Para todos os estados brasileiros esse valor supera os 80 anos e a diferença entre estados não é muito grande. Não, não trabalharemos até morrer. Note, ainda, que grande parte dos brasileiros (especialmente os mais pobres) já se aposenta por idade. Essa mudança afetará preferencialmente, assim, pessoas que recebem aposentadorias mais elevadas e que, portanto, tendem a se aposentar por tempo de contribuição. Um segundo ponto do vídeo é que precisaríamos de 49 anos de contribuição se quiséssemos receber aposentadoria integral. De fato, a situação da nossa Previdência Social é complicada, é preciso fazer um ajuste para reduzir a taxa de crescimento dos gastos. Mas essa parte da proposta coloca o peso do ajuste sobre as pessoas que ganham aposentadorias mais elevadas. Por quê? Porque a Previdência tem um piso que é dado pelo salário mínimo. Nas novas regras propostas pelo governo, se uma pessoa se aposentar antes dos 49 anos de contribuição, seu benefício sofrerá um desconto. Só que, mesmo depois do desconto, o benefício não pode ser inferior a 1 salário mínimo —o tal "piso". Ou seja, o desconto pouco importará para as pessoas mais pobres, que já têm aposentadorias próximas ao piso. E a maior parte dos beneficiários, mais de 60% deles, ganha exatamente 1 salário mínimo hoje. Na verdade, essa regra punirá quem ganha aposentadorias maiores. Por fim, o vídeo de Wagner Moura critica a unificação da idade mínima de aposentadoria para homens e mulheres, aos 65 anos - hoje mulheres podem se aposentar mais cedo. A justificativa está na dupla (ou tripla) jornada, já que mulheres contribuem para o sustento da casa (participando do mercado de trabalho) e, ao mesmo tempo, são responsáveis pela criação dos filhos e pelas tarefas domésticas. No Brasil, cuja sociedade é bastante machista, os homens pouco ajudariam com a casa e com os filhos. Ao se aposentar mais cedo, a mulher seria compensada por esse trabalho adicional. Aqui o assunto é mais controverso e, sim, aberto a um debate mais qualificado. Concordamos: o Brasil é um país machista. Isso precisa mudar. Mas temos de atacar esse problema, em vez de usar a Previdência como paliativo, o que apenas reforça a divisão injusta. Políticas que garantam mais acesso a creches e à educação em tempo integral podem ajudar. Na ausência de uma reforma ampla, porém, os gastos com a Previdência crescerão de maneira acelerada e ficará cada vez mais difícil para o Estado prover esses serviços. A opinião do Porque.com.br é que precisamos caminhar para uma sociedade de direitos iguais —e isso inclui a idade mínima de aposentadoria. E uma mudança de cultura precisa acontecer com o homem dividindo com a mulher as tarefas da casa e a criação dos filhos. Manter idades diferenciadas de aposentadoria não vai ajudar em nada nesse aspecto. Há mais um detalhe importante: a mulher tem uma expectativa de vida maior, o que significa que ela irá receber a aposentadoria por mais tempo, mesmo com a equiparação da idade mínima. A reforma enviada pelo governo ao Congresso é perfeita? Obviamente não. Há espaço ainda para debates e ajustes, que poderão ser realizados na tramitação da proposta. Fábio Giambiagi, em entrevista à Folha, faz uma série de sugestões de mudanças que poderiam aprimorar o texto. A atual configuração da Previdência é insustentável. Hoje, gastamos muito dinheiro para mantê-la - o equivalente a 13% do PIB, número similar aos de países europeus que têm proporção de idosos muito maior em sua população. Esse valor crescerá nas próximas décadas, com o processo de envelhecimento da população. Para que seja levada a sério, qualquer proposta alternativa precisa levar essa questão em conta. Manter o status quo não é uma opção.
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Wagner Moura, vamos falar de Previdência?Está em discussão, no Congresso Nacional, uma proposta de emenda constitucional que busca reformar a Previdência Social no Brasil. Trata-se de um tema da maior importância. Afetará a vida de diversas pessoas em nosso país. Também impactará a solvência do Estado brasileiro e a sua capacidade de prover serviços públicos, até os mais essenciais. É importante que a sociedade se engaje nesse debate que, infelizmente, está fortemente envenenado pela desinformação. Um vídeo narrado por Wagner Moura tornou-se viral nos últimos dias nas redes sociais, levantando problemas com a proposta enviada pelo governo ao Congresso. Apesar de utilizar informações verídicas, o vídeo faz correlações erradas sobre os impactos da reforma. Argumenta-se no vídeo, por exemplo, que a idade mínima para aposentadoria de 65 anos é injusta, pois muitos brasileiros nem chegam a viver tantos anos. Para embasar esse argumento, a gravação recorre a estatísticas de expectativa de vida ao nascer. Hoje, a expectativa de vida ao nascer é de cerca de 75 anos no Brasil, com grande variação entre regiões. Alguns estados do Norte e do Nordeste realmente apresentam números bem mais baixos e próximos à marca de 65. Mas isso não significa que uma pessoa, em média, trabalhará a vida toda para receber só alguns anos de benefício. Você viu o vídeo do Wagner Moura? Na verdade, olhar apenas para a expectativa de vida ao nascer não é informativo. Por quê? Porque esse número é afetado pela mortalidade infantil e pela elevada violência que, em nosso país, tende a atingir mais fortemente homens jovens. O correto, nesse caso, é olhar para a expectativa de vida condicional ao chegar à idade de aposentadoria. Nesse caso, a pergunta é: quantos anos em média uma pessoa que chegou aos 65 viverá? Para todos os estados brasileiros esse valor supera os 80 anos e a diferença entre estados não é muito grande. Não, não trabalharemos até morrer. Note, ainda, que grande parte dos brasileiros (especialmente os mais pobres) já se aposenta por idade. Essa mudança afetará preferencialmente, assim, pessoas que recebem aposentadorias mais elevadas e que, portanto, tendem a se aposentar por tempo de contribuição. Um segundo ponto do vídeo é que precisaríamos de 49 anos de contribuição se quiséssemos receber aposentadoria integral. De fato, a situação da nossa Previdência Social é complicada, é preciso fazer um ajuste para reduzir a taxa de crescimento dos gastos. Mas essa parte da proposta coloca o peso do ajuste sobre as pessoas que ganham aposentadorias mais elevadas. Por quê? Porque a Previdência tem um piso que é dado pelo salário mínimo. Nas novas regras propostas pelo governo, se uma pessoa se aposentar antes dos 49 anos de contribuição, seu benefício sofrerá um desconto. Só que, mesmo depois do desconto, o benefício não pode ser inferior a 1 salário mínimo —o tal "piso". Ou seja, o desconto pouco importará para as pessoas mais pobres, que já têm aposentadorias próximas ao piso. E a maior parte dos beneficiários, mais de 60% deles, ganha exatamente 1 salário mínimo hoje. Na verdade, essa regra punirá quem ganha aposentadorias maiores. Por fim, o vídeo de Wagner Moura critica a unificação da idade mínima de aposentadoria para homens e mulheres, aos 65 anos - hoje mulheres podem se aposentar mais cedo. A justificativa está na dupla (ou tripla) jornada, já que mulheres contribuem para o sustento da casa (participando do mercado de trabalho) e, ao mesmo tempo, são responsáveis pela criação dos filhos e pelas tarefas domésticas. No Brasil, cuja sociedade é bastante machista, os homens pouco ajudariam com a casa e com os filhos. Ao se aposentar mais cedo, a mulher seria compensada por esse trabalho adicional. Aqui o assunto é mais controverso e, sim, aberto a um debate mais qualificado. Concordamos: o Brasil é um país machista. Isso precisa mudar. Mas temos de atacar esse problema, em vez de usar a Previdência como paliativo, o que apenas reforça a divisão injusta. Políticas que garantam mais acesso a creches e à educação em tempo integral podem ajudar. Na ausência de uma reforma ampla, porém, os gastos com a Previdência crescerão de maneira acelerada e ficará cada vez mais difícil para o Estado prover esses serviços. A opinião do Porque.com.br é que precisamos caminhar para uma sociedade de direitos iguais —e isso inclui a idade mínima de aposentadoria. E uma mudança de cultura precisa acontecer com o homem dividindo com a mulher as tarefas da casa e a criação dos filhos. Manter idades diferenciadas de aposentadoria não vai ajudar em nada nesse aspecto. Há mais um detalhe importante: a mulher tem uma expectativa de vida maior, o que significa que ela irá receber a aposentadoria por mais tempo, mesmo com a equiparação da idade mínima. A reforma enviada pelo governo ao Congresso é perfeita? Obviamente não. Há espaço ainda para debates e ajustes, que poderão ser realizados na tramitação da proposta. Fábio Giambiagi, em entrevista à Folha, faz uma série de sugestões de mudanças que poderiam aprimorar o texto. A atual configuração da Previdência é insustentável. Hoje, gastamos muito dinheiro para mantê-la - o equivalente a 13% do PIB, número similar aos de países europeus que têm proporção de idosos muito maior em sua população. Esse valor crescerá nas próximas décadas, com o processo de envelhecimento da população. Para que seja levada a sério, qualquer proposta alternativa precisa levar essa questão em conta. Manter o status quo não é uma opção.
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Aprenda a fazer um minhocário para transformar lixo orgânico em adubo
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DE SÃO PAULO Um minhocário pode funcionar como estação doméstica para tratamento de resíduos e diminuir em até 70% a quantidade de lixo orgânico que é descartada, segundo o ecólogo Alex Iabrude, da Minhocário Caseiro (minhocario.eco.br). Cascas de frutas, restos de legumes e até saquinhos de chá podem ser colocados nas caixas com terra e minhocas. "Em cerca de um mês os alimentos se transformam numa terra preta, com grânulos chamados de húmus, um adubo orgânico", diz Iabrude. Para fazer um minhocário é recomendado comprar um conjunto com três recipientes plásticos encaixáveis, com tampa. Um kit para duas pessoas custa R$ 190 na Minhocário Caseiro. Veja ao lado como montar e manter um minhocário.
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sobretudo
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Aprenda a fazer um minhocário para transformar lixo orgânico em adubo
DE SÃO PAULO Um minhocário pode funcionar como estação doméstica para tratamento de resíduos e diminuir em até 70% a quantidade de lixo orgânico que é descartada, segundo o ecólogo Alex Iabrude, da Minhocário Caseiro (minhocario.eco.br). Cascas de frutas, restos de legumes e até saquinhos de chá podem ser colocados nas caixas com terra e minhocas. "Em cerca de um mês os alimentos se transformam numa terra preta, com grânulos chamados de húmus, um adubo orgânico", diz Iabrude. Para fazer um minhocário é recomendado comprar um conjunto com três recipientes plásticos encaixáveis, com tampa. Um kit para duas pessoas custa R$ 190 na Minhocário Caseiro. Veja ao lado como montar e manter um minhocário.
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Universidade estadual e teto salarial único
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A grande imprensa de São Paulo –notadamente esta Folha, ecoando pressões de controle do Tribunal de Contas– tem publicado reportagens sobre o corte de salários de professores das universidades estaduais paulistas que recebem acima do teto salarial do Estado. Enunciada de modo simplista, a questão pode originar muitos mal-entendidos. É justo que haja um teto salarial para o funcionalismo público. Mas o teto deve ser único. As reportagens não salientam nem procuram explicar por que o professor de uma universidade estadual paulista deve ter como teto o subsídio recebido pelo governador. Tampouco buscam mostrar a razão pela qual um procurador do Estado que trabalha nessa mesma universidade pode ganhar cerca de 50% a mais, assim como um professor de universidade federal ou funcionário do Poder Judiciário, cujo teto toma como base o limite de 90,25% dos ganhos dos ministros do Supremo Tribunal Federal. É injusto, e de perversas consequências acadêmicas, que professores e pesquisadores das universidades estaduais paulistas, responsáveis por cerca da metade da produção científica nacional, sejam discriminados por desníveis no teto entre os funcionários de outros Poderes, de outros Estados e das instâncias federais. O salário do governador remunera um cargo eletivo, de ocupação efêmera. Não pode, por isso, servir de referência para enquadrar o salário de uma carreira que é estabelecida por lei, que exige décadas de formação e de trabalho e cuja remuneração é a única fonte de renda da maioria dos professores, que trabalha em regime de dedicação integral à docência e à pesquisa. É preciso informar à opinião pública que, diferentemente do governador, esses professores não recebem auxílio-moradia, transporte, alimentação etc. Cerca de 800 professores titulares e livre-docentes das três universidades estaduais paulistas já assinaram um documento endereçado ao Conselho de Reitores e aos integrantes da Assembleia Legislativa de São Paulo, pedindo que impeçam o corte de salários dos professores que se encontram, após décadas de trabalho dedicado à universidade, no topo da carreira. Esses docentes são justamente os que têm maior experiência e que assumem, em grande parte, as tarefas acadêmicas e administrativas mais complexas da universidade. Se quisermos preservar a qualidade tão duramente conquistada de nosso ensino superior paulista, é urgente que se aprove uma emenda constitucional colocando o funcionalismo público de São Paulo em situação similar à do funcionalismo público de 19 Estados brasileiros. Nestes, as Assembleias Legislativas já estabeleceram um subteto único para o funcionalismo estadual, tomando como referência o referido limite do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Se a proposta é discutir as imensas desigualdades de remuneração na sociedade brasileira, que isso seja feito seriamente. É injusto tomar como bodes expiatórios os professores das universidades estaduais paulistas, que constituem o exemplo de maior sucesso na educação e produção científica brasileira. Sem esquecer a alta porcentagem de professores aposentados ou que já poderiam se aposentar que continuam em plena atividade, sem nenhuma remuneração extra. Em quantas profissões ocorre fenômeno semelhante? OSWALDO BAFFA FILHO é representante dos professores titulares no Conselho Universitário da USP MARCELO RIDENTI é professor titular de sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp MARCOS DEL ROIO é professor titular de ciências políticas da Faculdade de Filosofia e Ciência da Unesp - Marília * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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opiniao
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Universidade estadual e teto salarial únicoA grande imprensa de São Paulo –notadamente esta Folha, ecoando pressões de controle do Tribunal de Contas– tem publicado reportagens sobre o corte de salários de professores das universidades estaduais paulistas que recebem acima do teto salarial do Estado. Enunciada de modo simplista, a questão pode originar muitos mal-entendidos. É justo que haja um teto salarial para o funcionalismo público. Mas o teto deve ser único. As reportagens não salientam nem procuram explicar por que o professor de uma universidade estadual paulista deve ter como teto o subsídio recebido pelo governador. Tampouco buscam mostrar a razão pela qual um procurador do Estado que trabalha nessa mesma universidade pode ganhar cerca de 50% a mais, assim como um professor de universidade federal ou funcionário do Poder Judiciário, cujo teto toma como base o limite de 90,25% dos ganhos dos ministros do Supremo Tribunal Federal. É injusto, e de perversas consequências acadêmicas, que professores e pesquisadores das universidades estaduais paulistas, responsáveis por cerca da metade da produção científica nacional, sejam discriminados por desníveis no teto entre os funcionários de outros Poderes, de outros Estados e das instâncias federais. O salário do governador remunera um cargo eletivo, de ocupação efêmera. Não pode, por isso, servir de referência para enquadrar o salário de uma carreira que é estabelecida por lei, que exige décadas de formação e de trabalho e cuja remuneração é a única fonte de renda da maioria dos professores, que trabalha em regime de dedicação integral à docência e à pesquisa. É preciso informar à opinião pública que, diferentemente do governador, esses professores não recebem auxílio-moradia, transporte, alimentação etc. Cerca de 800 professores titulares e livre-docentes das três universidades estaduais paulistas já assinaram um documento endereçado ao Conselho de Reitores e aos integrantes da Assembleia Legislativa de São Paulo, pedindo que impeçam o corte de salários dos professores que se encontram, após décadas de trabalho dedicado à universidade, no topo da carreira. Esses docentes são justamente os que têm maior experiência e que assumem, em grande parte, as tarefas acadêmicas e administrativas mais complexas da universidade. Se quisermos preservar a qualidade tão duramente conquistada de nosso ensino superior paulista, é urgente que se aprove uma emenda constitucional colocando o funcionalismo público de São Paulo em situação similar à do funcionalismo público de 19 Estados brasileiros. Nestes, as Assembleias Legislativas já estabeleceram um subteto único para o funcionalismo estadual, tomando como referência o referido limite do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Se a proposta é discutir as imensas desigualdades de remuneração na sociedade brasileira, que isso seja feito seriamente. É injusto tomar como bodes expiatórios os professores das universidades estaduais paulistas, que constituem o exemplo de maior sucesso na educação e produção científica brasileira. Sem esquecer a alta porcentagem de professores aposentados ou que já poderiam se aposentar que continuam em plena atividade, sem nenhuma remuneração extra. Em quantas profissões ocorre fenômeno semelhante? OSWALDO BAFFA FILHO é representante dos professores titulares no Conselho Universitário da USP MARCELO RIDENTI é professor titular de sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp MARCOS DEL ROIO é professor titular de ciências políticas da Faculdade de Filosofia e Ciência da Unesp - Marília * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Em jogo pré-clássico, São Paulo triunfa e põe Vitória na lanterna do Brasileiro
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Com gols de Thomaz e Lucas Pratto, ambos no segundo tempo, após uma etapa inicial pouco inspirada, o São Paulo venceu o Vitória por 2 a 0, na noite desta quinta-feira (8), no Morumbi, e subiu três posições no Brasileiro. Passadas cinco rodadas, a equipe de Rogério Ceni soma nove pontos e ocupa a sétima colocação. No domingo (11), o desafio será diante do rival Corinthians, líder do torneio, em Itaquera. Já o Vitória, que estreou o técnico Alexandre Gallo, assumiu a lanterna do Brasileiro com a derrota. Tem apenas um ponto na tabela. Com o estreante Maicosuel entre os titulares, o São Paulo teve variações de intensidade no primeiro tempo. Começou mais ligado, mas a primeira chance de gol surgiu quando o Vitória era melhor. Aos 26 minutos, Júnior Tavares cruzou na cabeça de Maicosuel, que exigiu elasticidade de Fernando Miguel. Pratto tentou mais duas vezes, mas parou no goleiro visitante. Sem o meia Cueva, defendendo a seleção peruana em amistoso, o time de Rogério Ceni careceu de criatividade. Em alguns momentos, os zagueiros tentavam lançamentos diretos ao ataque. Em busca de melhor organização ofensiva, o São Paulo voltou do intervalo com Thomaz no lugar de Maicosuel. Neste aspecto, ele não mudou muito o cenário. A ligação direta entre defesa e ataque, especialmente quando o alvo era Marcinho pela direita, surtia mais efeito. Mas Thomaz fez a diferença quando, aos 18 minutos, chutou cruzado para abrir o placar no Morumbi. Ele aproveitou passe de Pratto, que ganhou a bola após falha bisonha de Willian Farias. O Vitória, que até então gastava o tempo, lançou-se ao ataque e quase empatou aos 29, mas parou na boa fase de Renan Ribeiro. O goleiro espalmou a tentativa de David e rebateu o chute à queima roupa de Paulinho. Na sequência, o atacante do time baiano tentou de novo, mas Militão afastou antes de a bola entrar. A equipe de Salvador ainda teve um gol anulado, aos 35 minutos. após Kieza tocar a mão na bola dentro da área. Ao São Paulo restou defender-se. E ainda deu tempo de ampliar, aos 47, com um golaço de Pratto, que acertou o ângulo esquerdo superior de Fernando Miguel.
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esporte
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Em jogo pré-clássico, São Paulo triunfa e põe Vitória na lanterna do BrasileiroCom gols de Thomaz e Lucas Pratto, ambos no segundo tempo, após uma etapa inicial pouco inspirada, o São Paulo venceu o Vitória por 2 a 0, na noite desta quinta-feira (8), no Morumbi, e subiu três posições no Brasileiro. Passadas cinco rodadas, a equipe de Rogério Ceni soma nove pontos e ocupa a sétima colocação. No domingo (11), o desafio será diante do rival Corinthians, líder do torneio, em Itaquera. Já o Vitória, que estreou o técnico Alexandre Gallo, assumiu a lanterna do Brasileiro com a derrota. Tem apenas um ponto na tabela. Com o estreante Maicosuel entre os titulares, o São Paulo teve variações de intensidade no primeiro tempo. Começou mais ligado, mas a primeira chance de gol surgiu quando o Vitória era melhor. Aos 26 minutos, Júnior Tavares cruzou na cabeça de Maicosuel, que exigiu elasticidade de Fernando Miguel. Pratto tentou mais duas vezes, mas parou no goleiro visitante. Sem o meia Cueva, defendendo a seleção peruana em amistoso, o time de Rogério Ceni careceu de criatividade. Em alguns momentos, os zagueiros tentavam lançamentos diretos ao ataque. Em busca de melhor organização ofensiva, o São Paulo voltou do intervalo com Thomaz no lugar de Maicosuel. Neste aspecto, ele não mudou muito o cenário. A ligação direta entre defesa e ataque, especialmente quando o alvo era Marcinho pela direita, surtia mais efeito. Mas Thomaz fez a diferença quando, aos 18 minutos, chutou cruzado para abrir o placar no Morumbi. Ele aproveitou passe de Pratto, que ganhou a bola após falha bisonha de Willian Farias. O Vitória, que até então gastava o tempo, lançou-se ao ataque e quase empatou aos 29, mas parou na boa fase de Renan Ribeiro. O goleiro espalmou a tentativa de David e rebateu o chute à queima roupa de Paulinho. Na sequência, o atacante do time baiano tentou de novo, mas Militão afastou antes de a bola entrar. A equipe de Salvador ainda teve um gol anulado, aos 35 minutos. após Kieza tocar a mão na bola dentro da área. Ao São Paulo restou defender-se. E ainda deu tempo de ampliar, aos 47, com um golaço de Pratto, que acertou o ângulo esquerdo superior de Fernando Miguel.
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Ministra do STF Rosa Weber relatará pedido de Lula para evitar Moro
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A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber foi escolhida como nova relatora de pedido feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por juristas ligados ao PT, que visam evitar que o caso do petista permaneça aos cuidados do juiz Sergio Moro. O pedido que será avaliado por Rosa pretende anular a decisão do ministro Gilmar Mendes, que, ao suspender a posse do ex-presidente como ministro da Casa Civil, determinou que as investigações do petista ficassem a cargo da Justiça no Paraná. A ministra Rosa Weber foi citada em uma das gravações feitas pela Operação Lava Jato de telefonemas do ex-presidente com o ministro Jaques Wagner (chefe de gabinete da Presidência). Depois de conversar com a presidente Dilma Rousseff sobre seu testemunho à PF, Lula passou a falar com Wagner e afirmou: "Eu queria que você visse agora, falar com ela [Dilma] já que ela está aí, falar com ela o negócio da Rosa Weber. Está na mão dela para decidir. Se homem não tem saco, quem sabe uma mulher corajosa possa fazer o que os homens não fizeram". Inicialmente, o caso de Lula foi enviado ao ministro Luiz Edson Fachin, que o devolveu para a presidência do tribunal, se declarando suspeito de analisar o caso. O ministro justificou com trecho do Código de Processo Penal que diz que o juiz pode se considerar suspeito se é "amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados". Segundo interlocutores, ele é padrinho da filha de um dos juristas ligados ao PT que assinaram a ação. O texto teve aval dos juristas Celso Antônio Bandeira de Mello, Weida Zancaner, Fabio Konder Comparato, Pedro Serrano, Rafael Valim e Juarez Cirino dos Santos, junto com os advogados Cristiano Zanin Martins, Valeska Teixeira Zanin Martins e Roberto Teixeira, defensores de Lula. Fachin também negou outro habeas corpus pedindo um salvo conduto para Lula não ser preso, mas que foi apresentado por um advogado que não é ligado a defesa do ex-presidente. O ministro alegou que o STF determinou, em julgamento em fevereiro, que habeas corpus não pode ser usado para questionar decisão monocrática de um membro da corte. BATALHA JURÍDICA Ao todo, o STF tem 16 ações que discutem a posse do ex-presidente como ministro-chefe da Casa Civil. Com receio de que o juiz Sergio Moro possa deflagrar uma nova ação contra Lula, a defesa tenta anular a decisão do ministro Gilmar Mendes. Nos bastidores, integrantes do governo e líderes do PT admitem que há receio de que Moro possa determinar a prisão de Lula. A defesa argumentou ao STF que cabe ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, avaliar a competência para analisar as ações contra o ex-presidente. Os defensores ainda alegam que Mendes se antecipou e tratou do mérito do caso antes de proferir decisão, abordando a questão fora dos autos. Ao longo do fim de semana, a AGU (Advocacia-Geral da União) e o PT debateram medidas para tentar garantir o foro privilegiado a Lula. A AGU pediu pressa do Supremo para suspender todas as ações e decisões envolvendo a posse do petista no governo Dilma. Segundo fontes da AGU, o governo discute até se vai pedir a suspeição de Mendes para atuar no caso já que em uma das ações em que despachou proibindo Lula de assumir o ministério foi assinada por uma advogada que integra a coordenação do Instituto Brasiliense de Direito Público. Gilmar é coordenador acadêmico do IDP. O governo quer agilizar uma posição de Teori porque o STF não tem sessão marcada para a próxima semana por causa do feriado da semana santa. A próxima reunião do plenário do Supremo está marcada para o próximo dia 30. Mas a data do julgamento depende do relator do caso liberar a ação para análise dos 11 ministros –ainda não há previsão. Porém, não é comum que um ministro suspenda decisão liminar de outro. Em sua decisão, Gilmar afirmou que a posse de Lula pode configurar "uma fraude à Constituição", sendo que houve desvio de finalidade por parte da presidente Dilma. Isso porque, segundo o ministro, há indícios de que Dilma indicou o ex-presidente para o governo com o objetivo de que as investigações contra ele fossem examinadas pelo Supremo e não mais por Moro.
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poder
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Ministra do STF Rosa Weber relatará pedido de Lula para evitar MoroA ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber foi escolhida como nova relatora de pedido feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por juristas ligados ao PT, que visam evitar que o caso do petista permaneça aos cuidados do juiz Sergio Moro. O pedido que será avaliado por Rosa pretende anular a decisão do ministro Gilmar Mendes, que, ao suspender a posse do ex-presidente como ministro da Casa Civil, determinou que as investigações do petista ficassem a cargo da Justiça no Paraná. A ministra Rosa Weber foi citada em uma das gravações feitas pela Operação Lava Jato de telefonemas do ex-presidente com o ministro Jaques Wagner (chefe de gabinete da Presidência). Depois de conversar com a presidente Dilma Rousseff sobre seu testemunho à PF, Lula passou a falar com Wagner e afirmou: "Eu queria que você visse agora, falar com ela [Dilma] já que ela está aí, falar com ela o negócio da Rosa Weber. Está na mão dela para decidir. Se homem não tem saco, quem sabe uma mulher corajosa possa fazer o que os homens não fizeram". Inicialmente, o caso de Lula foi enviado ao ministro Luiz Edson Fachin, que o devolveu para a presidência do tribunal, se declarando suspeito de analisar o caso. O ministro justificou com trecho do Código de Processo Penal que diz que o juiz pode se considerar suspeito se é "amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados". Segundo interlocutores, ele é padrinho da filha de um dos juristas ligados ao PT que assinaram a ação. O texto teve aval dos juristas Celso Antônio Bandeira de Mello, Weida Zancaner, Fabio Konder Comparato, Pedro Serrano, Rafael Valim e Juarez Cirino dos Santos, junto com os advogados Cristiano Zanin Martins, Valeska Teixeira Zanin Martins e Roberto Teixeira, defensores de Lula. Fachin também negou outro habeas corpus pedindo um salvo conduto para Lula não ser preso, mas que foi apresentado por um advogado que não é ligado a defesa do ex-presidente. O ministro alegou que o STF determinou, em julgamento em fevereiro, que habeas corpus não pode ser usado para questionar decisão monocrática de um membro da corte. BATALHA JURÍDICA Ao todo, o STF tem 16 ações que discutem a posse do ex-presidente como ministro-chefe da Casa Civil. Com receio de que o juiz Sergio Moro possa deflagrar uma nova ação contra Lula, a defesa tenta anular a decisão do ministro Gilmar Mendes. Nos bastidores, integrantes do governo e líderes do PT admitem que há receio de que Moro possa determinar a prisão de Lula. A defesa argumentou ao STF que cabe ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, avaliar a competência para analisar as ações contra o ex-presidente. Os defensores ainda alegam que Mendes se antecipou e tratou do mérito do caso antes de proferir decisão, abordando a questão fora dos autos. Ao longo do fim de semana, a AGU (Advocacia-Geral da União) e o PT debateram medidas para tentar garantir o foro privilegiado a Lula. A AGU pediu pressa do Supremo para suspender todas as ações e decisões envolvendo a posse do petista no governo Dilma. Segundo fontes da AGU, o governo discute até se vai pedir a suspeição de Mendes para atuar no caso já que em uma das ações em que despachou proibindo Lula de assumir o ministério foi assinada por uma advogada que integra a coordenação do Instituto Brasiliense de Direito Público. Gilmar é coordenador acadêmico do IDP. O governo quer agilizar uma posição de Teori porque o STF não tem sessão marcada para a próxima semana por causa do feriado da semana santa. A próxima reunião do plenário do Supremo está marcada para o próximo dia 30. Mas a data do julgamento depende do relator do caso liberar a ação para análise dos 11 ministros –ainda não há previsão. Porém, não é comum que um ministro suspenda decisão liminar de outro. Em sua decisão, Gilmar afirmou que a posse de Lula pode configurar "uma fraude à Constituição", sendo que houve desvio de finalidade por parte da presidente Dilma. Isso porque, segundo o ministro, há indícios de que Dilma indicou o ex-presidente para o governo com o objetivo de que as investigações contra ele fossem examinadas pelo Supremo e não mais por Moro.
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Estádio da Copa perde 70% do patrocínio de 'naming rights'
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Menos de dois anos após sediar jogos da Copa do Mundo, a Arena Fonte Nova, em Salvador, renegociou o contrato de patrocínio Grupo Petrópolis, cervejaria responsável por marcas como a Itaipava, reduzindo o valor em 70%. O acordo, feito de comum acordo entre as duas partes, foi revelado nesta semana pela revista "Época" e confirmado em nota nesta quarta-feira (18) pela FNP (Fonte Nova Negócios Participações) —consórcio que gere o estádio formado pelas empreiteiras OAS e Odebrecht. Em vigor desde 2013, o contrato batizou o estádio de Itaipava Arena Fonte Nova e previa repasses anuais de R$ 10 milhões por ano em patrocínio até 2023. Com a remodelação do contrato, o Grupo Petrópolis passará a pagar apenas R$ 3 milhões por ano. A perda total para o consórcio será de R$ 57 milhões em relação ao originalmente acertado. Pelos novos termos, além do naming rights (direito de uso do nome) do estádio, o Grupo Petrópolis passa a ter exclusividade de venda apenas de cervejas e energéticos no estádio. A empresa também terá a possibilidade de novas ações de marca, com cotas de patrocínio variáveis, a serem acordadas com a concessionária. Em nota, Fonte Nova Negócios e Participações informou que o novo contrato possibilita que a Arena negocie patrocínios com outros interessados, inclusive o naming rights de determinados setores do estádio. E cita como exemplo a parceria feita com a Coca Cola, que passou a batizar o setor Lounge Premium do estádio, com venda e publicidade exclusiva de refrigerantes, sucos, chás, isotônicos e água mineral da marca no local. "A FNP agradece ao Grupo Petrópolis pela confiança e pela permanência ao lado da arena, em um novo modelo mais flexível e mais adequado às necessidades de ambos", informou, em nota. Segundo a concessionária, já existem novos interessados em contratos de patrocínio para o estádio. O nome das empresas, contudo não foi divulgado. Procurado, o Grupo Petrópolis informou que a negociação para redução do valor do contrato da Fonte Nova foi acertada em comum acordo no ano passado e não há novidade sobre o assunto.
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Estádio da Copa perde 70% do patrocínio de 'naming rights'Menos de dois anos após sediar jogos da Copa do Mundo, a Arena Fonte Nova, em Salvador, renegociou o contrato de patrocínio Grupo Petrópolis, cervejaria responsável por marcas como a Itaipava, reduzindo o valor em 70%. O acordo, feito de comum acordo entre as duas partes, foi revelado nesta semana pela revista "Época" e confirmado em nota nesta quarta-feira (18) pela FNP (Fonte Nova Negócios Participações) —consórcio que gere o estádio formado pelas empreiteiras OAS e Odebrecht. Em vigor desde 2013, o contrato batizou o estádio de Itaipava Arena Fonte Nova e previa repasses anuais de R$ 10 milhões por ano em patrocínio até 2023. Com a remodelação do contrato, o Grupo Petrópolis passará a pagar apenas R$ 3 milhões por ano. A perda total para o consórcio será de R$ 57 milhões em relação ao originalmente acertado. Pelos novos termos, além do naming rights (direito de uso do nome) do estádio, o Grupo Petrópolis passa a ter exclusividade de venda apenas de cervejas e energéticos no estádio. A empresa também terá a possibilidade de novas ações de marca, com cotas de patrocínio variáveis, a serem acordadas com a concessionária. Em nota, Fonte Nova Negócios e Participações informou que o novo contrato possibilita que a Arena negocie patrocínios com outros interessados, inclusive o naming rights de determinados setores do estádio. E cita como exemplo a parceria feita com a Coca Cola, que passou a batizar o setor Lounge Premium do estádio, com venda e publicidade exclusiva de refrigerantes, sucos, chás, isotônicos e água mineral da marca no local. "A FNP agradece ao Grupo Petrópolis pela confiança e pela permanência ao lado da arena, em um novo modelo mais flexível e mais adequado às necessidades de ambos", informou, em nota. Segundo a concessionária, já existem novos interessados em contratos de patrocínio para o estádio. O nome das empresas, contudo não foi divulgado. Procurado, o Grupo Petrópolis informou que a negociação para redução do valor do contrato da Fonte Nova foi acertada em comum acordo no ano passado e não há novidade sobre o assunto.
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youPIX CON reúne líderes e criadores para discutir rumos do mercado digital
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O youPIX CON, evento que reúne especialistas, criadores e representantes de empresas para discutir os rumos do mercado de conteúdo digital, será realizado na quarta-feira (28) em São Paulo. Aberta apenas a convidados, a conferência será transmitida em tempo real pela internet. O ingresso custa R$ 390, e pode ser adquirido pelo site até o dia do evento. Leitores da Folha tem desconto de 25% na compra usando o cupom FSP25. Cada tíquete virtual dá acesso a um dispositivo para acompanhar as palestras ao vivo e permite assistir a todo o conteúdo gravado por seis meses. Durante as 12 horas de evento serão realizadas mais de 30 atividades, workshops e palestras divididas em quatro eixos: Conteúdo, Plataformas, Monetização e Tendências. Também serão apresentados os resultados da Pesquisa youPIX de Influencers Market 2016, primeiro estudo brasileiro sobre o mercado de influenciadores. A programação está disponível no site do evento. O youPIX CON terá representantes de empresas como Facebook, Google, YouTube, Globo e Folha, além de criadores digitais como Lucas Rangel, Cauê Moura, Lorelay Fox, Adriane Galisteu e Rafinha Bastos. O encontro deste ano será a segunda edição do evento em seu novo formato, presencial apenas para convidados e focado em negócios e produção de conteúdo. O youPIX é uma plataforma que surgiu em 2006 e ganhou relevância por discutir a cultura da internet e a forma como o jovem consome conteúdos digitais.
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youPIX CON reúne líderes e criadores para discutir rumos do mercado digitalO youPIX CON, evento que reúne especialistas, criadores e representantes de empresas para discutir os rumos do mercado de conteúdo digital, será realizado na quarta-feira (28) em São Paulo. Aberta apenas a convidados, a conferência será transmitida em tempo real pela internet. O ingresso custa R$ 390, e pode ser adquirido pelo site até o dia do evento. Leitores da Folha tem desconto de 25% na compra usando o cupom FSP25. Cada tíquete virtual dá acesso a um dispositivo para acompanhar as palestras ao vivo e permite assistir a todo o conteúdo gravado por seis meses. Durante as 12 horas de evento serão realizadas mais de 30 atividades, workshops e palestras divididas em quatro eixos: Conteúdo, Plataformas, Monetização e Tendências. Também serão apresentados os resultados da Pesquisa youPIX de Influencers Market 2016, primeiro estudo brasileiro sobre o mercado de influenciadores. A programação está disponível no site do evento. O youPIX CON terá representantes de empresas como Facebook, Google, YouTube, Globo e Folha, além de criadores digitais como Lucas Rangel, Cauê Moura, Lorelay Fox, Adriane Galisteu e Rafinha Bastos. O encontro deste ano será a segunda edição do evento em seu novo formato, presencial apenas para convidados e focado em negócios e produção de conteúdo. O youPIX é uma plataforma que surgiu em 2006 e ganhou relevância por discutir a cultura da internet e a forma como o jovem consome conteúdos digitais.
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Polícia encontra casa onde esteve adolescente que foi estuprada no Rio
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A Polícia Civil do Rio encontrou, nesta quinta (9), a casa onde a adolescente de 16 anos que foi vítima de um estupro coletivo esteve antes de o crime acontecer. De acordo com as investigações, a vítima foi a essa casa para fazer sexo com Rai de Souza, 22. De lá, foi levada por traficantes para outra casa, onde foi estuprada e onde foram feitos vídeos que a mostram nua e tentando resistir. A polícia fez uma perícia no local e percorreu o caminho entre as duas casas. Elas ficam a uma distância de 90 metros uma da outra. A polícia não sabe dizer a quem as duas casas pertencem, mas suspeita que elas sejam usadas pelos traficantes da região. De acordo com as investigações, a adolescente foi a um baile funk no morro da Barão acompanhada de uma amiga; lá, já no fim da noite, encontrou com Souza e Lucas Perdomo, 20. Os casais foram para uma casa abandonada e fizeram sexo consentido —a vítima, com Souza, a amiga, com Perdomo. Foi esta a casa encontrada nesta quinta. Por volta das 10h, Perdomo, Souza e a amiga da vítima deixaram a casa; segundo depoimentos dos três, a vítima resolveu ficar. Sozinha, foi encontrada por traficantes e levada por um deles, Moisés Camilo de Lucena, o Canário, para a casa conhecida como "abatedouro", onde foi estuprada. A casa onde aconteceu o estupro foi localizada no último dia 27. Ainda segundo a investigação, após passar mais de 24 horas no "abatedouro", como o grupo se referia à casa, a vítima foi encontrada na noite de domingo, 22 de maio, por Souza, que estava acompanhado de Raphael Belo, 41, e do traficante Jeferson, conhecido como Jefinho; os três e mais um quarto homem, não identificado, gravaram dois vídeos em que abusam da jovem. Ela foi ajudada por um conhecido, apelidado Fubá, e voltou para casa. Souza e Belo estão presos temporariamente por suspeita de estupro. Outros cinco suspeitos estão foragidos. Perdomo chegou a ser preso, mas foi solto em seguida por falta de provas. A polícia aguarda o resultado de perícia que está sendo realizada no celular onde o crime foi gravado. Via-crúcis depois do estupro - CRONOLOGIA DO CASO 21.mai.2016 1h - A adolescente de 16 anos vai a um baile funk no morro da Barão, na zona oeste do Rio, acompanhada de uma amiga; lá, já no fim da noite, encontra Rai de Souza, 22, e Lucas Perdomo, 20 7h - Os dois casais vão para uma casa abandonada e fazem sexo consentido –a vítima com Rai, a amiga com Lucas 10h - Lucas sai para levar sua acompanhante em casa e Rai também deixa o local; segundo depoimentos dos três, a vítima resolveu ficar. Sozinha, foi encontrada por traficantes e levada por um deles, Moisés Camilo de Lucena, o Canário, para a casa conhecida como "abatedouro", onde foi estuprada 22.mai.2016 - Após passar mais de 24 horas no "abatedouro", a vítima é encontrada na noite de domingo por Rai, que estava acompanhado de Raphael Belo, 41, e do traficante Jeferson, conhecido como Jefinho; os três e mais um quarto homem, não identificado, gravam dois vídeos em que abusam da jovem; ela é ajudada por um conhecido, apelidado Fubá, e liberada para voltar para casa 24.mai.2016 - A vítima fica sabendo que um dos vídeos, que mostram seu estupro, circula na internet e volta ao morro para falar com o chefe do tráfico, Sergio Luiz da Silva Junior, conhecido como Da Russa, e tentar reaver seu celular, que havia sido roubado 25.mai.2016 - A família da menina é avisada por um vizinho sobre a gravação. No vídeo, de 38 segundos, um grupo de quatro homens debocha da vítima e ao menos um deles toca nas partes íntimas da garota e diz que ela foi violentada por "mais de 30". Em 2009, a lei 12.015 foi alterada e passou a considerar como estupro, além da conjunção carnal, atos libidinoso, como o que é mostrado no vídeo 26.mai.2016 - A jovem presta o primeiro depoimento à polícia, é medicada em um hospital e faz exames no IML (Instituto Médico Legal), que não detectam material biológico ou marcas de lesão; policiais atribuem isso ao longo tempo decorrido entre o crime e o exame 27.mai.2016 - Ela presta mais dois depoimentos à polícia,assim como Rai de Souza, Lucas Perdomo e a jovem que os acompanhou na noite de sábado; a polícia localiza a casa em que o estupro aconteceu 28.mai.2016 - A então advogada da vítima, Eloísa Samy, pede à Promotoria do Rio o afastamento do delegado Alessandro Thiers. Segundo Samy, Thiers estava tratando o caso com "machismo e a misoginia" 29.mai.2016 - Pressionada, a Polícia Civil do Rio passa o comando das investigações à delegada Cristiana Bento, da DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima); a pedido da família, a Defensoria Pública passa a defender a menina 30.mai.2016 - Polícia Civil realiza operação para prender seis suspeitos de participar do crime; Rai de Souza, 22, e Lucas Perdomo, 20, são detidos; o jogador seria liberado quatro dias depois, por falta de provas que sustentassem sua prisão 31.mai.2016 -A vítima e sua família entram no programa federal de proteção à testemunha, o que significa que a menina pode ganhar uma nova identidade e deixar o Rio; a polícia volta ao "abatedouro" e apreende dois colchões com manchas de sangue 1º.jun.2016 - Um terceiro suspeito se apresenta à polícia. Raphael Duarte Belo, 41, aparece no vídeo fazendo uma selfie ao lado do corpo da jovem 2.jun.2016 - Polícia Civil do Rio pede a prisão de mais dois homens: Moisés de Lucena, o Canário, e Jeferson, o Jefinho; ambos teriam estado com a vítima durante a gravação dos vídeos em que ela é estuprada. Com isso, passam a ser oito os suspeitos de envolvimento no crime 3.jun.2016 - O jogador de futebol Lucas Perdomo, 20, é liberado do presídio Bangu 10, no Rio, para onde havia sido encaminhado no dia anterior, após passar quatro dias em detenção na Cidade da Polícia. Segundo a delegada responsável pelo caso, não havia provas suficientes para que ele continuasse preso 5.jun.2016 - Depois de encontrar o celular de Rai na casa de um amigo dele, em Madureira (zona norte do Rio), a polícia examina o aparelho e descobre um segundo vídeo do estupro, além de fotos e gravações que incriminam o jovem de ligações com o tráfico 6.jun.2016 - A amiga da vítima, que esteve com ela e com os dois jovens no baile funk e na primeira casa, depõe novamente à polícia e reafirma sua versão de que houve sexo consensual entre a adolescente de 16 anos e Rai, e que a vítima ficou sozinha na casa depois disso 7.jun.2016 - Perícia conclui que há quatro vozes no primeiro vídeo sobre o estupro
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cotidiano
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Polícia encontra casa onde esteve adolescente que foi estuprada no RioA Polícia Civil do Rio encontrou, nesta quinta (9), a casa onde a adolescente de 16 anos que foi vítima de um estupro coletivo esteve antes de o crime acontecer. De acordo com as investigações, a vítima foi a essa casa para fazer sexo com Rai de Souza, 22. De lá, foi levada por traficantes para outra casa, onde foi estuprada e onde foram feitos vídeos que a mostram nua e tentando resistir. A polícia fez uma perícia no local e percorreu o caminho entre as duas casas. Elas ficam a uma distância de 90 metros uma da outra. A polícia não sabe dizer a quem as duas casas pertencem, mas suspeita que elas sejam usadas pelos traficantes da região. De acordo com as investigações, a adolescente foi a um baile funk no morro da Barão acompanhada de uma amiga; lá, já no fim da noite, encontrou com Souza e Lucas Perdomo, 20. Os casais foram para uma casa abandonada e fizeram sexo consentido —a vítima, com Souza, a amiga, com Perdomo. Foi esta a casa encontrada nesta quinta. Por volta das 10h, Perdomo, Souza e a amiga da vítima deixaram a casa; segundo depoimentos dos três, a vítima resolveu ficar. Sozinha, foi encontrada por traficantes e levada por um deles, Moisés Camilo de Lucena, o Canário, para a casa conhecida como "abatedouro", onde foi estuprada. A casa onde aconteceu o estupro foi localizada no último dia 27. Ainda segundo a investigação, após passar mais de 24 horas no "abatedouro", como o grupo se referia à casa, a vítima foi encontrada na noite de domingo, 22 de maio, por Souza, que estava acompanhado de Raphael Belo, 41, e do traficante Jeferson, conhecido como Jefinho; os três e mais um quarto homem, não identificado, gravaram dois vídeos em que abusam da jovem. Ela foi ajudada por um conhecido, apelidado Fubá, e voltou para casa. Souza e Belo estão presos temporariamente por suspeita de estupro. Outros cinco suspeitos estão foragidos. Perdomo chegou a ser preso, mas foi solto em seguida por falta de provas. A polícia aguarda o resultado de perícia que está sendo realizada no celular onde o crime foi gravado. Via-crúcis depois do estupro - CRONOLOGIA DO CASO 21.mai.2016 1h - A adolescente de 16 anos vai a um baile funk no morro da Barão, na zona oeste do Rio, acompanhada de uma amiga; lá, já no fim da noite, encontra Rai de Souza, 22, e Lucas Perdomo, 20 7h - Os dois casais vão para uma casa abandonada e fazem sexo consentido –a vítima com Rai, a amiga com Lucas 10h - Lucas sai para levar sua acompanhante em casa e Rai também deixa o local; segundo depoimentos dos três, a vítima resolveu ficar. Sozinha, foi encontrada por traficantes e levada por um deles, Moisés Camilo de Lucena, o Canário, para a casa conhecida como "abatedouro", onde foi estuprada 22.mai.2016 - Após passar mais de 24 horas no "abatedouro", a vítima é encontrada na noite de domingo por Rai, que estava acompanhado de Raphael Belo, 41, e do traficante Jeferson, conhecido como Jefinho; os três e mais um quarto homem, não identificado, gravam dois vídeos em que abusam da jovem; ela é ajudada por um conhecido, apelidado Fubá, e liberada para voltar para casa 24.mai.2016 - A vítima fica sabendo que um dos vídeos, que mostram seu estupro, circula na internet e volta ao morro para falar com o chefe do tráfico, Sergio Luiz da Silva Junior, conhecido como Da Russa, e tentar reaver seu celular, que havia sido roubado 25.mai.2016 - A família da menina é avisada por um vizinho sobre a gravação. No vídeo, de 38 segundos, um grupo de quatro homens debocha da vítima e ao menos um deles toca nas partes íntimas da garota e diz que ela foi violentada por "mais de 30". Em 2009, a lei 12.015 foi alterada e passou a considerar como estupro, além da conjunção carnal, atos libidinoso, como o que é mostrado no vídeo 26.mai.2016 - A jovem presta o primeiro depoimento à polícia, é medicada em um hospital e faz exames no IML (Instituto Médico Legal), que não detectam material biológico ou marcas de lesão; policiais atribuem isso ao longo tempo decorrido entre o crime e o exame 27.mai.2016 - Ela presta mais dois depoimentos à polícia,assim como Rai de Souza, Lucas Perdomo e a jovem que os acompanhou na noite de sábado; a polícia localiza a casa em que o estupro aconteceu 28.mai.2016 - A então advogada da vítima, Eloísa Samy, pede à Promotoria do Rio o afastamento do delegado Alessandro Thiers. Segundo Samy, Thiers estava tratando o caso com "machismo e a misoginia" 29.mai.2016 - Pressionada, a Polícia Civil do Rio passa o comando das investigações à delegada Cristiana Bento, da DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima); a pedido da família, a Defensoria Pública passa a defender a menina 30.mai.2016 - Polícia Civil realiza operação para prender seis suspeitos de participar do crime; Rai de Souza, 22, e Lucas Perdomo, 20, são detidos; o jogador seria liberado quatro dias depois, por falta de provas que sustentassem sua prisão 31.mai.2016 -A vítima e sua família entram no programa federal de proteção à testemunha, o que significa que a menina pode ganhar uma nova identidade e deixar o Rio; a polícia volta ao "abatedouro" e apreende dois colchões com manchas de sangue 1º.jun.2016 - Um terceiro suspeito se apresenta à polícia. Raphael Duarte Belo, 41, aparece no vídeo fazendo uma selfie ao lado do corpo da jovem 2.jun.2016 - Polícia Civil do Rio pede a prisão de mais dois homens: Moisés de Lucena, o Canário, e Jeferson, o Jefinho; ambos teriam estado com a vítima durante a gravação dos vídeos em que ela é estuprada. Com isso, passam a ser oito os suspeitos de envolvimento no crime 3.jun.2016 - O jogador de futebol Lucas Perdomo, 20, é liberado do presídio Bangu 10, no Rio, para onde havia sido encaminhado no dia anterior, após passar quatro dias em detenção na Cidade da Polícia. Segundo a delegada responsável pelo caso, não havia provas suficientes para que ele continuasse preso 5.jun.2016 - Depois de encontrar o celular de Rai na casa de um amigo dele, em Madureira (zona norte do Rio), a polícia examina o aparelho e descobre um segundo vídeo do estupro, além de fotos e gravações que incriminam o jovem de ligações com o tráfico 6.jun.2016 - A amiga da vítima, que esteve com ela e com os dois jovens no baile funk e na primeira casa, depõe novamente à polícia e reafirma sua versão de que houve sexo consensual entre a adolescente de 16 anos e Rai, e que a vítima ficou sozinha na casa depois disso 7.jun.2016 - Perícia conclui que há quatro vozes no primeiro vídeo sobre o estupro
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Indicados ao Oscar 2016 foram feitos para serem vistos no cinema
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A Academia mandou um recado com o anúncio dos indicados ao Oscar 2016 : vão ao cinema. "O Regresso" e "Mad Max: Estrada da Fúria", os dois filmes com o maior número de indicações, não foram feitos para serem vistos em uma televisão ou iPad, mas são obras que exigiram trabalho duro dos seus diretores e entregaram resultados grandiosos, melhor aproveitados na maior tela possível. "O Regresso", de Alejandro González Iñárritu, lidera a manada com 12 indicações. O diretor mexicano é o atual detentor da estatueta de melhor filme e direção por "Birdman". E sai na frente para tentar o bicampeonato, principalmente por ter encantado o mundo com suas histórias de filmagens em temperaturas negativas no Canadá, uso de luz natural e as conhecidas peripécias técnicas. Como principal adversário, Iñárritu terá o veterano George Miller, que também tem histórias parecidas para contar do seu "Mad Max: Estrada da Fúria", indicado a 10 categorias. O quarto longa da série pós-apocalíptica levou mais de 10 anos para ganhar vida, enfrentou mudanças climáticas na Austrália, tempestades no deserto da Namíbia e a decisão do cineasta australiano de construir um épico sobre rodas com poucos efeitos especiais. O anúncio serviu, pelo menos, para gerar uma disputa entre dois títulos, já que a temporada de premiações é uma das mais diluídas de todos os tempos. Tanto que apenas oito longas entraram na lista de melhor filme: "A Grande Aposta", "Ponte dos Espiões", "Brooklyn", "Mad Max: Estrada da Fúria", "O Regresso", "O Quarto de Jack", "Spotlight" e "Perdido em Marte". O último, talvez, tenha sido a maior surpresa. Não por ter entrado na lista dos melhores do ano, mas pela ausência de Ridley Scott como melhor diretor: Adam McKay, de "A Grande Aposta", tomou seu lugar e se juntou à Iñárritu, Miller, Lenny Abrahasom ("O Quarto de Jack") e Tom McCarthy ("Spotlight"), sempre na lista dos prováveis indicados. Ninguém pode reclamar neste ano da falta de surpresas. Mesmo que, para alguns, seja de forma negativa. "Carol", por exemplo, um dos principais filmes na votação dos críticos norte-americanos, foi esquecido em diversas categorias principais, como melhor filme e direção, apesar de ter o roteiro adaptado e as atrizes (Cate Blanchett e Rooney Mara) lembradas pela Academia. Para o Brasil, a surpresa foi feliz. O desenho animado "O Menino e o Mundo", de Alê Abreu, ocupou uma vaga inédita para o país na categoria de melhor animação. O brasileiro já havia conquistado o Festival de Annecy, considerado o mais importante do gênero, e agora vai disputar a estatueta do Oscar contra "Anomalisa", "Shaun: O Carneiro", "Quando estou com Marnie" e, claro, "Divertida Mente", disparado o grande favorito na corrida. Sylvester Stallone volta à disputa do Oscar, quase 40 anos depois de "Rocky". Ironicamente, pelo mesmo papel do boxeador. O astro tentará uma vitória como ator coadjuvante por "Creed: Nascido Para Lutar", de Ryan Coogler. A Academia mais uma vez mostrou pouca diversidade nas suas escolhas. Nenhum ator negro foi indicado novamente e "Straight Outta Compton", a biografia do grupo de rap NWA, que muitos acreditavam ter chances entre os melhores filmes, só foi lembrada em melhor roteiro original. Já Steven Spielberg mostra a força da tradição entre os membros da Academia. Levou seis indicações –inclusive filme, roteiro original (de Matt Charman e os irmãos Coen) e ator coadjuvante (Mark Rylance)– por "Ponte dos Espiões", estrelado por Tom Hanks.
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ilustrada
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Indicados ao Oscar 2016 foram feitos para serem vistos no cinemaA Academia mandou um recado com o anúncio dos indicados ao Oscar 2016 : vão ao cinema. "O Regresso" e "Mad Max: Estrada da Fúria", os dois filmes com o maior número de indicações, não foram feitos para serem vistos em uma televisão ou iPad, mas são obras que exigiram trabalho duro dos seus diretores e entregaram resultados grandiosos, melhor aproveitados na maior tela possível. "O Regresso", de Alejandro González Iñárritu, lidera a manada com 12 indicações. O diretor mexicano é o atual detentor da estatueta de melhor filme e direção por "Birdman". E sai na frente para tentar o bicampeonato, principalmente por ter encantado o mundo com suas histórias de filmagens em temperaturas negativas no Canadá, uso de luz natural e as conhecidas peripécias técnicas. Como principal adversário, Iñárritu terá o veterano George Miller, que também tem histórias parecidas para contar do seu "Mad Max: Estrada da Fúria", indicado a 10 categorias. O quarto longa da série pós-apocalíptica levou mais de 10 anos para ganhar vida, enfrentou mudanças climáticas na Austrália, tempestades no deserto da Namíbia e a decisão do cineasta australiano de construir um épico sobre rodas com poucos efeitos especiais. O anúncio serviu, pelo menos, para gerar uma disputa entre dois títulos, já que a temporada de premiações é uma das mais diluídas de todos os tempos. Tanto que apenas oito longas entraram na lista de melhor filme: "A Grande Aposta", "Ponte dos Espiões", "Brooklyn", "Mad Max: Estrada da Fúria", "O Regresso", "O Quarto de Jack", "Spotlight" e "Perdido em Marte". O último, talvez, tenha sido a maior surpresa. Não por ter entrado na lista dos melhores do ano, mas pela ausência de Ridley Scott como melhor diretor: Adam McKay, de "A Grande Aposta", tomou seu lugar e se juntou à Iñárritu, Miller, Lenny Abrahasom ("O Quarto de Jack") e Tom McCarthy ("Spotlight"), sempre na lista dos prováveis indicados. Ninguém pode reclamar neste ano da falta de surpresas. Mesmo que, para alguns, seja de forma negativa. "Carol", por exemplo, um dos principais filmes na votação dos críticos norte-americanos, foi esquecido em diversas categorias principais, como melhor filme e direção, apesar de ter o roteiro adaptado e as atrizes (Cate Blanchett e Rooney Mara) lembradas pela Academia. Para o Brasil, a surpresa foi feliz. O desenho animado "O Menino e o Mundo", de Alê Abreu, ocupou uma vaga inédita para o país na categoria de melhor animação. O brasileiro já havia conquistado o Festival de Annecy, considerado o mais importante do gênero, e agora vai disputar a estatueta do Oscar contra "Anomalisa", "Shaun: O Carneiro", "Quando estou com Marnie" e, claro, "Divertida Mente", disparado o grande favorito na corrida. Sylvester Stallone volta à disputa do Oscar, quase 40 anos depois de "Rocky". Ironicamente, pelo mesmo papel do boxeador. O astro tentará uma vitória como ator coadjuvante por "Creed: Nascido Para Lutar", de Ryan Coogler. A Academia mais uma vez mostrou pouca diversidade nas suas escolhas. Nenhum ator negro foi indicado novamente e "Straight Outta Compton", a biografia do grupo de rap NWA, que muitos acreditavam ter chances entre os melhores filmes, só foi lembrada em melhor roteiro original. Já Steven Spielberg mostra a força da tradição entre os membros da Academia. Levou seis indicações –inclusive filme, roteiro original (de Matt Charman e os irmãos Coen) e ator coadjuvante (Mark Rylance)– por "Ponte dos Espiões", estrelado por Tom Hanks.
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Veja cinco casas em SP onde as crianças soltam a criatividade
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LUIZA WOLF DE SÃO PAULO Selecionamos cinco casas na cidade em que as crianças podem aprender com oficinas de arte e brincadeiras. CADÊ BEBÊ Inaugurado no fim de janeiro no Itaim Bibi, o local é uma opção para que os pequenos aprendam brincando. Dedicada a crianças de até seis anos, a casa oferece atrações como oficinas, atividades artísticas e contações de histórias. É possível pagar por atração individual ou fechar um pacote de atividades. Informe-se sobre o local * MAMUSCA Aberto em maio, o espaço de brincadeiras procura integrar pais e filhos, que podem brincar juntos em um quintal com uma jabuticabeira ou no espaço interno, com ares de casa da avó. No sábado (7), uma das atrações é a oficina de desenhos com areia, que ocorre às 10h e às 14h (indicada para crianças de três a seis anos). Informe-se sobre o local * OFICINA TOKA Localizado na Vila Madalena, o local oferece brincadeiras e oficinas. Na sexta (6), os pequenos podem curtir o "Super Toka Noturno", a partir das 19h. A ideia é que os pais saim para jantar enquanto os filhos brincam. Entre as atividades estão batata quente, cabra-cega e jogos de pião e de taco. O preço do ingresso também dá direito ao lanche. Informe-se sobre o local * CASA DO BRINCAR As crianças de até seis anos podem participar de atividades como culinária, música, jardinagem, pintura e capoeira. Não é preciso agendar as aulas: os pais podem pagar antecipadamente por um pacote de horas e levar as crianças lá quando quiserem. O lugar recomenda que as oficinas de musicalização sejam feitas por bebês maiores de seis meses. Já as aulas de artes são indicadas para maiores de dez meses. Além dessas e de outras aulas, há contações de histórias, leituras e brincadeiras de faz de conta. Informe-se sobre o local * CASA DAS IDEIAS O espaço oferece oficinas que seguem uma pedagogia um tanto diferente: sem temas definidos, permitem a cada aluno soltar a imaginação e construir o que quiser. Focada em tecnologia, a Casa das Ideias estimula os pequenos a construírem robôs e carrinhos com materiais como madeira, plástico e pilhas. Cada professor atende, no máximo, três crianças de cada vez. Se os alunos quiserem, as invenções podem ser guardadas nas caixas que decoram as paredes da casa. Informe-se sobre o local - OS ELEITOS MÔNICA RODRIGUES DA COSTA, editora de livros da Publifolhinha, indica a peça 'Simbad - O Navegante' Os palhaços, atores e acrobatas Rodrigo Matheus e Ronaldo Aguiar se equilibram em cordas e varas de bambu e contam até de ponta-cabeça a saga do sortudo marinheiro que caçava aventuras e, por ser destemido, tornou-se admirado e rico. A peça da cia. Circo Mínimo é dirigida por Carla Candiotto. Informe-se sobre a peça * GABRIELA ROMEU, jornalista especializada em crianças, recomenda o espetáculo 'Os Pés Murchos x Os Cabeças de Bagre' Palco vira campo, ator faz as vezes de jogador e plateia se transforma em torcida na animada disputa futebolística da cia. Arthur Arnaldo. No quesito participação infantil, marca vários gols e ainda revê as histórias do futebol e das Copas do Mundo. Informe-se sobre a peça * GIOVANNA BALOGH, do blog 'Maternar', sugere o livro 'O Grúfalo' Para fugir dos predadores da floresta, o ratinho usa a lábia e inventa um mostro assustador chamado Grúfalo. Com presas afiadas e unhas gigantes, ele usa seu imaginário para espantar quem pretendia devorá-lo. A surpresa, porém, é quando ele encontra a figura que havia inventado. A divertida fábula atiça a curiosidade com lindas ilustrações. Autora: Julia Donaldson. Ilustrador: Axel Scheffler. Tradutora: Gilda de Aquino. Editora: Brinque Book (1999, 21ª reimpressão, 32 págs., R$ 36,30)
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saopaulo
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Veja cinco casas em SP onde as crianças soltam a criatividadeLUIZA WOLF DE SÃO PAULO Selecionamos cinco casas na cidade em que as crianças podem aprender com oficinas de arte e brincadeiras. CADÊ BEBÊ Inaugurado no fim de janeiro no Itaim Bibi, o local é uma opção para que os pequenos aprendam brincando. Dedicada a crianças de até seis anos, a casa oferece atrações como oficinas, atividades artísticas e contações de histórias. É possível pagar por atração individual ou fechar um pacote de atividades. Informe-se sobre o local * MAMUSCA Aberto em maio, o espaço de brincadeiras procura integrar pais e filhos, que podem brincar juntos em um quintal com uma jabuticabeira ou no espaço interno, com ares de casa da avó. No sábado (7), uma das atrações é a oficina de desenhos com areia, que ocorre às 10h e às 14h (indicada para crianças de três a seis anos). Informe-se sobre o local * OFICINA TOKA Localizado na Vila Madalena, o local oferece brincadeiras e oficinas. Na sexta (6), os pequenos podem curtir o "Super Toka Noturno", a partir das 19h. A ideia é que os pais saim para jantar enquanto os filhos brincam. Entre as atividades estão batata quente, cabra-cega e jogos de pião e de taco. O preço do ingresso também dá direito ao lanche. Informe-se sobre o local * CASA DO BRINCAR As crianças de até seis anos podem participar de atividades como culinária, música, jardinagem, pintura e capoeira. Não é preciso agendar as aulas: os pais podem pagar antecipadamente por um pacote de horas e levar as crianças lá quando quiserem. O lugar recomenda que as oficinas de musicalização sejam feitas por bebês maiores de seis meses. Já as aulas de artes são indicadas para maiores de dez meses. Além dessas e de outras aulas, há contações de histórias, leituras e brincadeiras de faz de conta. Informe-se sobre o local * CASA DAS IDEIAS O espaço oferece oficinas que seguem uma pedagogia um tanto diferente: sem temas definidos, permitem a cada aluno soltar a imaginação e construir o que quiser. Focada em tecnologia, a Casa das Ideias estimula os pequenos a construírem robôs e carrinhos com materiais como madeira, plástico e pilhas. Cada professor atende, no máximo, três crianças de cada vez. Se os alunos quiserem, as invenções podem ser guardadas nas caixas que decoram as paredes da casa. Informe-se sobre o local - OS ELEITOS MÔNICA RODRIGUES DA COSTA, editora de livros da Publifolhinha, indica a peça 'Simbad - O Navegante' Os palhaços, atores e acrobatas Rodrigo Matheus e Ronaldo Aguiar se equilibram em cordas e varas de bambu e contam até de ponta-cabeça a saga do sortudo marinheiro que caçava aventuras e, por ser destemido, tornou-se admirado e rico. A peça da cia. Circo Mínimo é dirigida por Carla Candiotto. Informe-se sobre a peça * GABRIELA ROMEU, jornalista especializada em crianças, recomenda o espetáculo 'Os Pés Murchos x Os Cabeças de Bagre' Palco vira campo, ator faz as vezes de jogador e plateia se transforma em torcida na animada disputa futebolística da cia. Arthur Arnaldo. No quesito participação infantil, marca vários gols e ainda revê as histórias do futebol e das Copas do Mundo. Informe-se sobre a peça * GIOVANNA BALOGH, do blog 'Maternar', sugere o livro 'O Grúfalo' Para fugir dos predadores da floresta, o ratinho usa a lábia e inventa um mostro assustador chamado Grúfalo. Com presas afiadas e unhas gigantes, ele usa seu imaginário para espantar quem pretendia devorá-lo. A surpresa, porém, é quando ele encontra a figura que havia inventado. A divertida fábula atiça a curiosidade com lindas ilustrações. Autora: Julia Donaldson. Ilustrador: Axel Scheffler. Tradutora: Gilda de Aquino. Editora: Brinque Book (1999, 21ª reimpressão, 32 págs., R$ 36,30)
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Chapecoense explora tragédia, e vítimas entram em desespero
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Desagradável ter de informar, mas obrigatório: enquanto a solidariedade mundial continua a se manifestar em torno da tragédia que matou 71 pessoas no voo da Chapecoense para Medellín, as vítimas que perderam seus filhos, maridos, pais e irmãos não encontram o mesmo respaldo nem do clube, nem da CBF, nem da Conmebol. A maior revista esportiva do mundo, a americana "Sports Illustrated", acaba de publicar tocante reportagem sobre o pesadelo vivido na madrugada de 29 de novembro passado, o Barcelona receberá a equipe catarinense na próxima segunda-feira (7), o Papa vai abençoar o time que jogará com a Roma no dia 1º de setembro, mas quem ficou, as maiores vítimas, estão a cada dia mais desamparadas. A ponto de terem criado uma Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo da Chapecoense (AFAV-C) e constituído advogados cíveis e trabalhistas para lutar pelos seus direitos mal atendidos até aqui. Não se trata de vitimismo, diferentemente do marketing feito pelos cartolas do clube. No desespero do desamparo, algumas famílias dos jogadores que perderam a vida aceitaram receber por dois anos o salário dos que morreram, mas apenas o registrado em carteira, em regra muito inferior ao verdadeiro, praxe no futebol que remunera o direito de imagem, por ironia macabra, exatamente o explorado incessantemente como homenagem aos que se foram. Numa investigação que envolve os governos da Colômbia, onde o avião caiu, e da Bolívia, país-sede da criminosa LaMia, a companhia aérea irresponsavelmente fretada, só se tem poucas ou desagradáveis notícias como a de que o seguro do avião estava vencido, além da pane seca que permitiria à companhia seguradora se eximir de qualquer pagamento. Passa-se por cima da responsabilidade objetiva de quem contratou o fretamento do jato, dividida entre a Chapecoense e a Conmebol, que recomendava a famigerada LaMia. Rememora-se aos poucos que outras viagens da Chape foram verdadeiras aventuras, com a delegação sendo submetida a traslados em vans com pisos avariados por estradas perigosas, como a feita para Barranquilla, também na Colômbia, em outubro de 2016, que durou quase dois dias e resultou, devido ao cansaço extremo, na derrota do time catarinense para o Júnior Barranquilla, em jogo pela Copa Sul-Americana. A verdade é que, com exceção das corretamente atendidas famílias de funcionários da Globo mortos no acidente, quase todas estão abrindo luta na Justiça pelos seus direitos e clamam para não serem esquecidas como é tão comum num país que gosta de se fazer sem memória, porque também caminho perfeito para a impunidade. Por mais antipático que seja em vez de apenas chorar os mortos e dar força ao reerguimento daquele que virou o segundo time de todos nós, urge que providências sejam tomadas e que os responsáveis deixem de se esconder com a desculpa da fatalidade. Porque não há fatalidade quando se contrata um voo comandado por gente de ficha suja como hoje se sabe e que para economizar no combustível faz o que fez. Que nós não soubéssemos, vá lá. Quem o contratou, não!
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Chapecoense explora tragédia, e vítimas entram em desesperoDesagradável ter de informar, mas obrigatório: enquanto a solidariedade mundial continua a se manifestar em torno da tragédia que matou 71 pessoas no voo da Chapecoense para Medellín, as vítimas que perderam seus filhos, maridos, pais e irmãos não encontram o mesmo respaldo nem do clube, nem da CBF, nem da Conmebol. A maior revista esportiva do mundo, a americana "Sports Illustrated", acaba de publicar tocante reportagem sobre o pesadelo vivido na madrugada de 29 de novembro passado, o Barcelona receberá a equipe catarinense na próxima segunda-feira (7), o Papa vai abençoar o time que jogará com a Roma no dia 1º de setembro, mas quem ficou, as maiores vítimas, estão a cada dia mais desamparadas. A ponto de terem criado uma Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo da Chapecoense (AFAV-C) e constituído advogados cíveis e trabalhistas para lutar pelos seus direitos mal atendidos até aqui. Não se trata de vitimismo, diferentemente do marketing feito pelos cartolas do clube. No desespero do desamparo, algumas famílias dos jogadores que perderam a vida aceitaram receber por dois anos o salário dos que morreram, mas apenas o registrado em carteira, em regra muito inferior ao verdadeiro, praxe no futebol que remunera o direito de imagem, por ironia macabra, exatamente o explorado incessantemente como homenagem aos que se foram. Numa investigação que envolve os governos da Colômbia, onde o avião caiu, e da Bolívia, país-sede da criminosa LaMia, a companhia aérea irresponsavelmente fretada, só se tem poucas ou desagradáveis notícias como a de que o seguro do avião estava vencido, além da pane seca que permitiria à companhia seguradora se eximir de qualquer pagamento. Passa-se por cima da responsabilidade objetiva de quem contratou o fretamento do jato, dividida entre a Chapecoense e a Conmebol, que recomendava a famigerada LaMia. Rememora-se aos poucos que outras viagens da Chape foram verdadeiras aventuras, com a delegação sendo submetida a traslados em vans com pisos avariados por estradas perigosas, como a feita para Barranquilla, também na Colômbia, em outubro de 2016, que durou quase dois dias e resultou, devido ao cansaço extremo, na derrota do time catarinense para o Júnior Barranquilla, em jogo pela Copa Sul-Americana. A verdade é que, com exceção das corretamente atendidas famílias de funcionários da Globo mortos no acidente, quase todas estão abrindo luta na Justiça pelos seus direitos e clamam para não serem esquecidas como é tão comum num país que gosta de se fazer sem memória, porque também caminho perfeito para a impunidade. Por mais antipático que seja em vez de apenas chorar os mortos e dar força ao reerguimento daquele que virou o segundo time de todos nós, urge que providências sejam tomadas e que os responsáveis deixem de se esconder com a desculpa da fatalidade. Porque não há fatalidade quando se contrata um voo comandado por gente de ficha suja como hoje se sabe e que para economizar no combustível faz o que fez. Que nós não soubéssemos, vá lá. Quem o contratou, não!
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Pesquisa da USP associa vírus da zika a inflamação nos olhos em adultos
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Pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto acabam de publicar a primeira descrição de uma inflamação intraocular em adultos causada pelo vírus da zika. Até então, acreditava-se que o vírus adquirido causasse apenas conjuntivite, que é uma inflamação da parte mais superficial do olho, e que somente a zika congênita (aquela que acomete bebês infectados na barriga da mãe) pudesse gerar lesões oculares mais graves. Essa também é a primeira vez que o material genético do vírus foi isolado a partir de amostras de líquido de dentro do olho, o chamado humor aquoso, que fica na câmara anterior do órgão. A descoberta saiu nesta quarta-feira (22) no periódico "The New England Journal of Medicine". "Isso prova que o vírus pode ultrapassar as barreiras que protegem o olho contra infecções", diz João Marcello Furtado, professor do Departamento de Oftalmologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e um dos autores do estudo. O caso relatado no periódico é de um homem de cerca de 40 anos que teve sintomas de zika e de conjuntivite ao mesmo tempo. Ele fez uma avaliação oftalmológica onde foi evidenciada uma inflamação intraocular chamada uveíte, que pode ser causadas por agentes infecciosos como vírus, bactérias, protozoários ou por doenças autoimunes. Como os médicos suspeitavam de que a zika estivesse causando a inflamação, coletaram uma amostra do líquido intraocular do paciente e fizeram um teste de zika tanto no sangue quanto no líquido do olho. "Para nossa surpresa, ambos deram positivos", conta Furtado. O paciente foi tratado com colírio a base de corticoide, tratamento padrão para os casos de uveítes. "Como não existe tratamento específico para inflamação ocular causada por zika, nosso plano foi tentar controlar a inflamação, o que conseguimos com uma semana de tratamento". Após o tratamento, o paciente recuperou sua visão normal, mas Furtado chama atenção para as possíveis consequências caso a infecção não tivesse sido tratada a tempo. "É possível que ele desenvolvesse uma catarata, ou que a pressão do olho aumentasse, o que poderia gerar um glaucoma", diz. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
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Pesquisa da USP associa vírus da zika a inflamação nos olhos em adultosPesquisadores da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto acabam de publicar a primeira descrição de uma inflamação intraocular em adultos causada pelo vírus da zika. Até então, acreditava-se que o vírus adquirido causasse apenas conjuntivite, que é uma inflamação da parte mais superficial do olho, e que somente a zika congênita (aquela que acomete bebês infectados na barriga da mãe) pudesse gerar lesões oculares mais graves. Essa também é a primeira vez que o material genético do vírus foi isolado a partir de amostras de líquido de dentro do olho, o chamado humor aquoso, que fica na câmara anterior do órgão. A descoberta saiu nesta quarta-feira (22) no periódico "The New England Journal of Medicine". "Isso prova que o vírus pode ultrapassar as barreiras que protegem o olho contra infecções", diz João Marcello Furtado, professor do Departamento de Oftalmologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e um dos autores do estudo. O caso relatado no periódico é de um homem de cerca de 40 anos que teve sintomas de zika e de conjuntivite ao mesmo tempo. Ele fez uma avaliação oftalmológica onde foi evidenciada uma inflamação intraocular chamada uveíte, que pode ser causadas por agentes infecciosos como vírus, bactérias, protozoários ou por doenças autoimunes. Como os médicos suspeitavam de que a zika estivesse causando a inflamação, coletaram uma amostra do líquido intraocular do paciente e fizeram um teste de zika tanto no sangue quanto no líquido do olho. "Para nossa surpresa, ambos deram positivos", conta Furtado. O paciente foi tratado com colírio a base de corticoide, tratamento padrão para os casos de uveítes. "Como não existe tratamento específico para inflamação ocular causada por zika, nosso plano foi tentar controlar a inflamação, o que conseguimos com uma semana de tratamento". Após o tratamento, o paciente recuperou sua visão normal, mas Furtado chama atenção para as possíveis consequências caso a infecção não tivesse sido tratada a tempo. "É possível que ele desenvolvesse uma catarata, ou que a pressão do olho aumentasse, o que poderia gerar um glaucoma", diz. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
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Bolsa sobe 0,9% com expectativa sobre Temer; dólar avança com exterior e BC
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Passada a aprovação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado, os investidores voltam as atenções para as primeiras medidas econômicas do governo Michel Temer. Segundo analistas, a perspectiva de atração de investimentos para o país, capitaneada pelo novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, animou o mercado. Após a divulgação do ministério de Temer, o Ibovespa, que operava em queda, seguindo o exterior, inverteu o sinal e fechou em alta. Os juros futuros e o CDS (credit default swap), outro indicador da percepção de risco do país, recuaram, mudando a direção vista mais cedo. O dólar, no entanto, fechou em alta, influenciado pelo movimento da moeda americana no exterior e por mais uma ação do Banco Central no mercado de câmbio. O principal índice da Bolsa paulista encerrou a sessão com ganho de 0,9%, aos 53.241,31 pontos. O giro financeiro somou R$ 8,8 bilhões. O Ibovespa foi impulsionado pelos papéis do setor financeiro. Itaú Unibanco PN subiu 0,99%; Bradesco PN, +2,15%; BM&FBovespa ON, +2,84%; e Santander unit, +0,52%. A exceção foi Banco do Brasil ON, que caiu 2,83%. O banco público registrou queda de 60% no lucro do primeiro trimestre sobre um ano antes. "As expectativas positivas em relação ao novo governo, com a possibilidade de atração de investimentos, é que sustentaram a alta do índice", avalia Ari Santos, gerente de renda variável da corretora H.Commcor. "Especula-se que Meirelles frisará nos EUA e Europa o interesse de atrair investimentos ao país –corroborando a expectativa de melhora na área de infraestrutura, com avanço das concessões, por exemplo", escreve a equipe de análise da Guide Investimentos. As ações PN da Petrobras recuaram 4,48%, para R$ 9,79, e as ON caíram 1,54%, a R$ 12,71. A estatal petrolífera divulga na noite desta quinta-feira seu balanço do primeiro trimestre. Também colaborou para a queda dos papéis a volatilidade do petróleo no mercado internacional. Vale PNA caiu 1,99%, a R$ 12,76, e Vale ON, -3,13%, a R$ 15,44, com o recuo do minério de ferro na China. O destaque de alta foi JBS ON, que avançou 21,01%, a R$ 10,54. A empresa de alimentos anunciou nesta quarta (11) a criação de uma nova empresa, a JBS Foods International que vai assumir toda operação internacional do grupo e a marca Seara. CÂMBIO E JUROS O dólar à vista fechou em alta de 0,27%, para R$ 3,4716, enquanto o dólar comercial ganhou 0,75%, para R$ 3,4730. Além do avanço da moeda americana frente às principais moedas globais, colaborou para a depreciação do real a atuação do Banco Central no mercado de câmbio, com o leilão de 20.000 contratos de swap cambial reverso, no montante de US$ 1 bilhão. O swap cambial reverso equivale à compra futura de dólar pela autoridade monetária. No mercado de juros futuros, o movimento foi de queda. O contrato de DI para janeiro de 2017 caiu de 13,600% para 13,565%, enquanto o DI para janeiro de 2021 recuou de 12,260% para 12,130%, menor patamar desde 4 de fevereiro de 2015 (12,120%). O CDS, espécie de seguro contra calote e indicador da percepção de risco do país, caía 0,17%, para 326,598 pontos. EXTERIOR Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 recuou 0,02%; o Dow Jones, +0,05% e o Nasdaq, -0,49%. Na Europa, a Bolsa de Londres perdeu 0,95%; Paris, -0,54%; Frankfurt, -1,13%; Madri, -0,01%; e Milão, -0,26%. Na Ásia, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio subiu 0,41% e o índice CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 0,24%.
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mercado
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Bolsa sobe 0,9% com expectativa sobre Temer; dólar avança com exterior e BCPassada a aprovação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado, os investidores voltam as atenções para as primeiras medidas econômicas do governo Michel Temer. Segundo analistas, a perspectiva de atração de investimentos para o país, capitaneada pelo novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, animou o mercado. Após a divulgação do ministério de Temer, o Ibovespa, que operava em queda, seguindo o exterior, inverteu o sinal e fechou em alta. Os juros futuros e o CDS (credit default swap), outro indicador da percepção de risco do país, recuaram, mudando a direção vista mais cedo. O dólar, no entanto, fechou em alta, influenciado pelo movimento da moeda americana no exterior e por mais uma ação do Banco Central no mercado de câmbio. O principal índice da Bolsa paulista encerrou a sessão com ganho de 0,9%, aos 53.241,31 pontos. O giro financeiro somou R$ 8,8 bilhões. O Ibovespa foi impulsionado pelos papéis do setor financeiro. Itaú Unibanco PN subiu 0,99%; Bradesco PN, +2,15%; BM&FBovespa ON, +2,84%; e Santander unit, +0,52%. A exceção foi Banco do Brasil ON, que caiu 2,83%. O banco público registrou queda de 60% no lucro do primeiro trimestre sobre um ano antes. "As expectativas positivas em relação ao novo governo, com a possibilidade de atração de investimentos, é que sustentaram a alta do índice", avalia Ari Santos, gerente de renda variável da corretora H.Commcor. "Especula-se que Meirelles frisará nos EUA e Europa o interesse de atrair investimentos ao país –corroborando a expectativa de melhora na área de infraestrutura, com avanço das concessões, por exemplo", escreve a equipe de análise da Guide Investimentos. As ações PN da Petrobras recuaram 4,48%, para R$ 9,79, e as ON caíram 1,54%, a R$ 12,71. A estatal petrolífera divulga na noite desta quinta-feira seu balanço do primeiro trimestre. Também colaborou para a queda dos papéis a volatilidade do petróleo no mercado internacional. Vale PNA caiu 1,99%, a R$ 12,76, e Vale ON, -3,13%, a R$ 15,44, com o recuo do minério de ferro na China. O destaque de alta foi JBS ON, que avançou 21,01%, a R$ 10,54. A empresa de alimentos anunciou nesta quarta (11) a criação de uma nova empresa, a JBS Foods International que vai assumir toda operação internacional do grupo e a marca Seara. CÂMBIO E JUROS O dólar à vista fechou em alta de 0,27%, para R$ 3,4716, enquanto o dólar comercial ganhou 0,75%, para R$ 3,4730. Além do avanço da moeda americana frente às principais moedas globais, colaborou para a depreciação do real a atuação do Banco Central no mercado de câmbio, com o leilão de 20.000 contratos de swap cambial reverso, no montante de US$ 1 bilhão. O swap cambial reverso equivale à compra futura de dólar pela autoridade monetária. No mercado de juros futuros, o movimento foi de queda. O contrato de DI para janeiro de 2017 caiu de 13,600% para 13,565%, enquanto o DI para janeiro de 2021 recuou de 12,260% para 12,130%, menor patamar desde 4 de fevereiro de 2015 (12,120%). O CDS, espécie de seguro contra calote e indicador da percepção de risco do país, caía 0,17%, para 326,598 pontos. EXTERIOR Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 recuou 0,02%; o Dow Jones, +0,05% e o Nasdaq, -0,49%. Na Europa, a Bolsa de Londres perdeu 0,95%; Paris, -0,54%; Frankfurt, -1,13%; Madri, -0,01%; e Milão, -0,26%. Na Ásia, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio subiu 0,41% e o índice CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 0,24%.
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Bibliotecas usam tablets para aproximar crianças pequenas da leitura
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RAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO As bibliotecas São Paulo e Villa-Lobos, no parque homônimo, incluíram no começo deste mês o uso de tablets em atividades de iniciação à leitura, para crianças de seis meses a quatro anos. Os aparelhos se juntam aos livros de papel, bonecos e outros itens usados nas sessões, gratuitas, chamadas de Lê no Ninho. Nelas, os educadores apresentam as histórias de livros com apoio de fantoches, de canções e da interação com tablets, que podem ser usados para emitir sons de animais, por exemplo, ou apresentar a história em versão e-book. "A criança vai interagir com a tela, mas junto com seu cuidador. Não convém largar um instrumento desse com uma criança pequena", afirma Pierre Ruprecht, diretor da SP Leituras, entidade que administra as duas bibliotecas. A presença de um familiar é importante para criar um momento acolhedor. "A formação de leitores se dá na pré-infância, por meio do envolvimento afetivo positivo durante a contação de histórias", diz Ruprecht. Os participantes ainda podem levar por empréstimo, de 15 dias, um kit com os livros e os brinquedos usados nas sessões, para repetir as atividades com os pequenos em casa. Lê no Ninho Biblioteca São Paulo. Av. Cruzeiro do Sul, 2.630, Carandiru. Sáb. 11h e 15h. Dom.: 11h30. Grátis. Biblioteca Villa-Lobos. Av. Queirós Filho, 1.205, Alto de Pinheiros. Sáb. e dom.: 10h30. Grátis. * + ATIVIDADES Bebê a Céu Aberto Livros são distribuídos para serem lidos em uma piscina de bolinhas. Sesc Interlagos. Av. Manoel Alves Santos, 1.100. Dom. (19): 13h. Grátis. Encontro de Erês O ator João Acaiabe conta lendas do folclore brasileiro. Sesc Belenzinho. R. Padre Adelino, 1.000. Dom. (19): 16h. Grátis O Que É ou Não É Contação de histórias sobre amor e medo, entremeadas por canções. Sesc Pompeia. R. Clélia, 93. Dom. (19): 11h. Grátis.
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saopaulo
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Bibliotecas usam tablets para aproximar crianças pequenas da leituraRAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO As bibliotecas São Paulo e Villa-Lobos, no parque homônimo, incluíram no começo deste mês o uso de tablets em atividades de iniciação à leitura, para crianças de seis meses a quatro anos. Os aparelhos se juntam aos livros de papel, bonecos e outros itens usados nas sessões, gratuitas, chamadas de Lê no Ninho. Nelas, os educadores apresentam as histórias de livros com apoio de fantoches, de canções e da interação com tablets, que podem ser usados para emitir sons de animais, por exemplo, ou apresentar a história em versão e-book. "A criança vai interagir com a tela, mas junto com seu cuidador. Não convém largar um instrumento desse com uma criança pequena", afirma Pierre Ruprecht, diretor da SP Leituras, entidade que administra as duas bibliotecas. A presença de um familiar é importante para criar um momento acolhedor. "A formação de leitores se dá na pré-infância, por meio do envolvimento afetivo positivo durante a contação de histórias", diz Ruprecht. Os participantes ainda podem levar por empréstimo, de 15 dias, um kit com os livros e os brinquedos usados nas sessões, para repetir as atividades com os pequenos em casa. Lê no Ninho Biblioteca São Paulo. Av. Cruzeiro do Sul, 2.630, Carandiru. Sáb. 11h e 15h. Dom.: 11h30. Grátis. Biblioteca Villa-Lobos. Av. Queirós Filho, 1.205, Alto de Pinheiros. Sáb. e dom.: 10h30. Grátis. * + ATIVIDADES Bebê a Céu Aberto Livros são distribuídos para serem lidos em uma piscina de bolinhas. Sesc Interlagos. Av. Manoel Alves Santos, 1.100. Dom. (19): 13h. Grátis. Encontro de Erês O ator João Acaiabe conta lendas do folclore brasileiro. Sesc Belenzinho. R. Padre Adelino, 1.000. Dom. (19): 16h. Grátis O Que É ou Não É Contação de histórias sobre amor e medo, entremeadas por canções. Sesc Pompeia. R. Clélia, 93. Dom. (19): 11h. Grátis.
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Brasileiros ganham medalhas de prata e bronze no Mundial de judô
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David Moura chegou muito perto. Fez uma luta empatada contra o astro Teddy Riner por quase seis minutos, sendo dois de golden score, mas não conseguiu encerrar a invencibilidade de mais de nove anos do francês. Em um combate equilibrado neste sábado (2), na final da categoria peso pesado (acima de 100 kg) do judô, Riner conquistou o ouro e deixou a prata com o brasileiro. Rafael Silva, outro representante do Brasil, também parou no francês, nas quartas de final, e se recuperou para ganhar o bronze. Assim, o Brasil encerra sua participação no modelo tradicional do Mundial do Judô com quatro medalhas. A primeira brasileira a subir ao pódio, na terça (29), foi Érika Miranda, com a medalha de bronze na categoria até 52kg. Na sexta (1º), Mayra Aguiar se tornou a segunda judoca do país a ser bicampeã mundial, repetindo o feito do seu ídolo, João Derly. A competição continua no domingo, com a prova mista por equipes, que agora faz parte do programa olímpico. Neste sábado, David Moura chegou mais facilmente à final do que Riner. No bloco da manhã, o brasileiro passou por Zarko Culum (Sérvia), Aliaksandr Vakhaviak (Bielorrússia) e Tuvshinbayar Naidan (Mongólia), chegando até a semifinal. Ali, já à tarde, não se impressionou pela torcida húngara e ganhou do local Barna Bor com um ippon. Enquanto isso, Riner penava contra o georgiano Gurum Tushishvili. A luta terminou zerada após os 4 minutos regulamentares e foi para o golden score, quando Tushishvili conseguiu derrubar o francês. O georgiano chegou a comemorar a vitória, mas o árbitro não marcou wazari - de fato, Riner conseguiu virar no ar e não cair com o lado do corpo no chão. Logo em seguida, o astro francês encaixou aí sim um wazari incontestável e acabou com a luta. A final foi equilibradíssima. Riner foi ligeiramente melhor, mas o brasileiro se defendeu bem sempre que atacado - da mesma forma que o francês. Sem nenhum ponto ou punição, o confronto foi até o golden score. Depois de mais 1min49s, enfim Riner conseguiu o golpe perfeito. Jogou David de costas no chão e comemorou mais uma conquista. O título é o oitavo da carreira de Riner, sempre no peso pesado (2007, 2009, 2010, 2011, 2013, 2014, 2015 e 2017). Anunciado como atleta do PSG na sexta, está invicto desde a final da categoria absoluta (que depois nunca mais foi disputada) do Mundial de 2010, no Japão, quando foi derrotado por um dono da casa em uma decisão muito polêmica dos árbitros. Excluindo esse resultado, ele não perde desde as quartas de final da Olimpíada de 2008, quando acabou com bronze. Já David Moura conquista, aos 30 anos (mesma idade de Rafael Silva), sua primeira medalha em Mundiais. Ele demorou a aparecer em nível internacional, com seus primeiros bons resultados em grandes competições acontecendo em 2012 e 2013. Nos Mundiais de 2014 e 2015, ficou sem pódio, eliminado nas duas vezes pelo japonês Shichinohe. Agora líder do ranking mundial, ele só foi parar em Riner, que deve recuperar o posto. Diferente do Mundial, quando o Brasil pode ter dois representantes em pelo menos duas categorias masculinas, a Olimpíada só aceita um judoca por país. Na busca pela convocação para a Rio-2016, David até ficou à frente de Rafael no ranking, mas a CBJ optou por convocar o Baby, que acabou ganhando bronze em casa. MAIS UM BRONZE Derrotado justamente por Riner nas quartas de final em Budapeste, numa luta em que o francês foi muito superior, Baby deu a volta por cima num combate truncado de pesos pesadíssimos contra Daniel Allerstorfer, da Áustria. Nenhum dos dois mostrou nada em seis minutos de duelo e a vitória ficou com Rafael porque o rival recebeu três punições por falta de combatividade. A decisão do bronze foi exatamente contra o húngaro Bor, muito mais leve e ágil que ele. Novamente a luta foi amarrada, com poucos golpes, e foi empatada para o golden score. Desta vez, foram 6min18s de confronto até que Bor recebeu o shidô e Baby pôde comemorar sua terceira medalha em Mundiais. Considerando também os Jogos Olímpios, são cinco medalhas em seis anos - ele não disputou o Mundial de 2015. Graças a esses resultados, o Brasil conseguiu igualar a campanha do Mundial de 2014, quando também ganhou um ouro, uma prata e dois bronzes, também com Mayra, Rafael e Érika. A diferença foi que a prata desta vez foi para David Moura e não para Maria Suelen Altheman, que também lutou neste sábado. Dona de duas medalhas de prata em Mundiais, Suelen foi eliminada na segunda luta, pela chinesa Song Yu, campeã em 2015 e que, depois, chegaria à medalha de ouro em Budapeste. Aliás, essa foi a sina das brasileiras em Budapeste: o azar no sorteio. Das sete algozes (Mayra obviamente não perdeu de ninguém), três foram campeãs e outras duas prata. Stephanie Arissa (48kg) foi eliminada por Funa Tonaki, sua colega de treinos em uma universidade do Japão e agora campeã mundial. Sarah Menezes (52kg) parou na japonesa Ai Shishime, que também foi campeã da categoria, enquanto Érika Miranda saiu do caminho do ouro ao ser derrotada por Natsumi Tsunoda, prata nesta mesma categoria até 52kg. O mesmo com Samanta Soares (até 78kg), derrotada por Mami Umeki, que depois perderia a final da categoria para Mayra Aguiar. Rafaela Silva perdeu na estreia para a portuguesa Telma Monteira, bronze na Rio-2016 e única das algozes das brasileiras que não foi ao pódio (terminou em quinto), enquanto Ketleyn foi derrotada por uma polonesa e, depois, por uma mongol, ambas medalhista de bronze no Mundial. No masculino, exceto David e Rafael, nenhum outro brasileiro terminou entre os oito primeiros. Neste sábado, Luciano Corrêa também lutou e perdeu logo na estreia, para o britânico Benjamin Fletcher. Diferente das mulheres, eles nem podem reclamar de azar. Nenhum de seus algozes ganhou medalha.
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esporte
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Brasileiros ganham medalhas de prata e bronze no Mundial de judôDavid Moura chegou muito perto. Fez uma luta empatada contra o astro Teddy Riner por quase seis minutos, sendo dois de golden score, mas não conseguiu encerrar a invencibilidade de mais de nove anos do francês. Em um combate equilibrado neste sábado (2), na final da categoria peso pesado (acima de 100 kg) do judô, Riner conquistou o ouro e deixou a prata com o brasileiro. Rafael Silva, outro representante do Brasil, também parou no francês, nas quartas de final, e se recuperou para ganhar o bronze. Assim, o Brasil encerra sua participação no modelo tradicional do Mundial do Judô com quatro medalhas. A primeira brasileira a subir ao pódio, na terça (29), foi Érika Miranda, com a medalha de bronze na categoria até 52kg. Na sexta (1º), Mayra Aguiar se tornou a segunda judoca do país a ser bicampeã mundial, repetindo o feito do seu ídolo, João Derly. A competição continua no domingo, com a prova mista por equipes, que agora faz parte do programa olímpico. Neste sábado, David Moura chegou mais facilmente à final do que Riner. No bloco da manhã, o brasileiro passou por Zarko Culum (Sérvia), Aliaksandr Vakhaviak (Bielorrússia) e Tuvshinbayar Naidan (Mongólia), chegando até a semifinal. Ali, já à tarde, não se impressionou pela torcida húngara e ganhou do local Barna Bor com um ippon. Enquanto isso, Riner penava contra o georgiano Gurum Tushishvili. A luta terminou zerada após os 4 minutos regulamentares e foi para o golden score, quando Tushishvili conseguiu derrubar o francês. O georgiano chegou a comemorar a vitória, mas o árbitro não marcou wazari - de fato, Riner conseguiu virar no ar e não cair com o lado do corpo no chão. Logo em seguida, o astro francês encaixou aí sim um wazari incontestável e acabou com a luta. A final foi equilibradíssima. Riner foi ligeiramente melhor, mas o brasileiro se defendeu bem sempre que atacado - da mesma forma que o francês. Sem nenhum ponto ou punição, o confronto foi até o golden score. Depois de mais 1min49s, enfim Riner conseguiu o golpe perfeito. Jogou David de costas no chão e comemorou mais uma conquista. O título é o oitavo da carreira de Riner, sempre no peso pesado (2007, 2009, 2010, 2011, 2013, 2014, 2015 e 2017). Anunciado como atleta do PSG na sexta, está invicto desde a final da categoria absoluta (que depois nunca mais foi disputada) do Mundial de 2010, no Japão, quando foi derrotado por um dono da casa em uma decisão muito polêmica dos árbitros. Excluindo esse resultado, ele não perde desde as quartas de final da Olimpíada de 2008, quando acabou com bronze. Já David Moura conquista, aos 30 anos (mesma idade de Rafael Silva), sua primeira medalha em Mundiais. Ele demorou a aparecer em nível internacional, com seus primeiros bons resultados em grandes competições acontecendo em 2012 e 2013. Nos Mundiais de 2014 e 2015, ficou sem pódio, eliminado nas duas vezes pelo japonês Shichinohe. Agora líder do ranking mundial, ele só foi parar em Riner, que deve recuperar o posto. Diferente do Mundial, quando o Brasil pode ter dois representantes em pelo menos duas categorias masculinas, a Olimpíada só aceita um judoca por país. Na busca pela convocação para a Rio-2016, David até ficou à frente de Rafael no ranking, mas a CBJ optou por convocar o Baby, que acabou ganhando bronze em casa. MAIS UM BRONZE Derrotado justamente por Riner nas quartas de final em Budapeste, numa luta em que o francês foi muito superior, Baby deu a volta por cima num combate truncado de pesos pesadíssimos contra Daniel Allerstorfer, da Áustria. Nenhum dos dois mostrou nada em seis minutos de duelo e a vitória ficou com Rafael porque o rival recebeu três punições por falta de combatividade. A decisão do bronze foi exatamente contra o húngaro Bor, muito mais leve e ágil que ele. Novamente a luta foi amarrada, com poucos golpes, e foi empatada para o golden score. Desta vez, foram 6min18s de confronto até que Bor recebeu o shidô e Baby pôde comemorar sua terceira medalha em Mundiais. Considerando também os Jogos Olímpios, são cinco medalhas em seis anos - ele não disputou o Mundial de 2015. Graças a esses resultados, o Brasil conseguiu igualar a campanha do Mundial de 2014, quando também ganhou um ouro, uma prata e dois bronzes, também com Mayra, Rafael e Érika. A diferença foi que a prata desta vez foi para David Moura e não para Maria Suelen Altheman, que também lutou neste sábado. Dona de duas medalhas de prata em Mundiais, Suelen foi eliminada na segunda luta, pela chinesa Song Yu, campeã em 2015 e que, depois, chegaria à medalha de ouro em Budapeste. Aliás, essa foi a sina das brasileiras em Budapeste: o azar no sorteio. Das sete algozes (Mayra obviamente não perdeu de ninguém), três foram campeãs e outras duas prata. Stephanie Arissa (48kg) foi eliminada por Funa Tonaki, sua colega de treinos em uma universidade do Japão e agora campeã mundial. Sarah Menezes (52kg) parou na japonesa Ai Shishime, que também foi campeã da categoria, enquanto Érika Miranda saiu do caminho do ouro ao ser derrotada por Natsumi Tsunoda, prata nesta mesma categoria até 52kg. O mesmo com Samanta Soares (até 78kg), derrotada por Mami Umeki, que depois perderia a final da categoria para Mayra Aguiar. Rafaela Silva perdeu na estreia para a portuguesa Telma Monteira, bronze na Rio-2016 e única das algozes das brasileiras que não foi ao pódio (terminou em quinto), enquanto Ketleyn foi derrotada por uma polonesa e, depois, por uma mongol, ambas medalhista de bronze no Mundial. No masculino, exceto David e Rafael, nenhum outro brasileiro terminou entre os oito primeiros. Neste sábado, Luciano Corrêa também lutou e perdeu logo na estreia, para o britânico Benjamin Fletcher. Diferente das mulheres, eles nem podem reclamar de azar. Nenhum de seus algozes ganhou medalha.
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Empresário de ônibus solto por Gilmar Mendes deixa cadeia no Rio
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O empresário de ônibus Jacob Barata Filho e o ex-presidente da Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes do Estado do Rio) Lélis Teixeira deixaram a cadeia na manhã deste sábado (17). Os dois foram beneficiados por habeas corpus concedido na sexta (18) pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, após uma disputa com o juiz federal Marcelo Bretas, que concentra os casos da Operação Lava Jato no Rio. Barata e Teixeira foram presos no início de julho pela Operação Ponto Final, desdobramento da Lava Jato que investiga um esquema de corrupção no transporte público do Rio. Gilmar concedeu um primeiro habeas corpus na quinta (16), mas Bretas emitiu em seguida novo pedido de prisão preventiva. Na sexta, o ministro do Supremo mandou soltar novamente. A decisão motivou o Ministério Público Federal do Rio a pedir o impedimento de Gilmar em casos relacionados a Barata, alegando que há relações pessoais e comerciais entre os dois. O ministro do STF foi padrinho de casamento da filha de Barata, em 2013, e sua esposa, Guiomar Mendes, trabalha em escritório de advocacia que atua para a Fetranspor e para outros negócios do empresário. No pedido, a Procuradoria anexou diálogos, fotos e um diagrama para mostrar as relações entre as famílias. "A aplicação de um processo penal em que se entende não ser cabível a prisão preventiva para um acusado de pagar quase R$ 150 milhões de propina a um ex-governador e que tentou fugir do país com um documento sigiloso fundamental da investigação, definitivamente não é a aplicação de uma lei que se espera seja igual para todos", disse, em nota, a Procuradoria.
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Empresário de ônibus solto por Gilmar Mendes deixa cadeia no RioO empresário de ônibus Jacob Barata Filho e o ex-presidente da Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes do Estado do Rio) Lélis Teixeira deixaram a cadeia na manhã deste sábado (17). Os dois foram beneficiados por habeas corpus concedido na sexta (18) pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, após uma disputa com o juiz federal Marcelo Bretas, que concentra os casos da Operação Lava Jato no Rio. Barata e Teixeira foram presos no início de julho pela Operação Ponto Final, desdobramento da Lava Jato que investiga um esquema de corrupção no transporte público do Rio. Gilmar concedeu um primeiro habeas corpus na quinta (16), mas Bretas emitiu em seguida novo pedido de prisão preventiva. Na sexta, o ministro do Supremo mandou soltar novamente. A decisão motivou o Ministério Público Federal do Rio a pedir o impedimento de Gilmar em casos relacionados a Barata, alegando que há relações pessoais e comerciais entre os dois. O ministro do STF foi padrinho de casamento da filha de Barata, em 2013, e sua esposa, Guiomar Mendes, trabalha em escritório de advocacia que atua para a Fetranspor e para outros negócios do empresário. No pedido, a Procuradoria anexou diálogos, fotos e um diagrama para mostrar as relações entre as famílias. "A aplicação de um processo penal em que se entende não ser cabível a prisão preventiva para um acusado de pagar quase R$ 150 milhões de propina a um ex-governador e que tentou fugir do país com um documento sigiloso fundamental da investigação, definitivamente não é a aplicação de uma lei que se espera seja igual para todos", disse, em nota, a Procuradoria.
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Unidades em prédio da Cyrella cujo estande desabou custam até R$ 10 mi
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A palavra luxo talvez até seja acanhada para definir o padrão do empreendimento imobiliário residencial cujo estande de venda foi cenário do acidente desta sexta-feira (22), na Vila Olímpia, na zona oeste de São Paulo. O preço de cada um dos apartamentos do One Sixty, projetado pela incorporadora Cyrela, varia entre R$ 7 milhões a R$ 10 milhões. "Neste projeto, a única regra foi quebrar todas as regras", afirma o site da incorporadora, referindo-se ao grau de requinte do prédio, que ainda não tinha começado a ser construído. Com pé-direito duplo, a dimensão dos apartamentos varia entre 275 m² a 592 m². Dependendo da necessidade dos eventuais clientes, é possível ter disponível de quatro a seis vagas na garagem do edifício. Entre os diferenciais do prédio, estão entrada social com fechaduras biométricas e entrada de serviço para os moradores e empregados com porta blindada. INÍCIO DAS OBRAS Operários disseram que as obras do empreendimento começariam na próxima semana. O prazo de entrega é abril de 2019. O prédio fica em uma das áreas mais valorizadas da cidade. De acordo com o site Agente Imóvel, o valor dos imóveis segue aumentando, apesar da crise. O preço médio do metro quadrado na região da Vila Olímpia está em R$ 12.595. Uma variação de 0,17% maior do que no mês anterior. Nas últimas décadas, com o deslocamento do eixo de desenvolvimento da cidade da avenida Paulista para a margem do rio Pinheiros, áreas como a Vila Olímpia têm recebido vários empreendimentos de alto padrão, principalmente comerciais. Nos últimos anos, torres residenciais também começaram a se multiplicar. Apresentação do prédio
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cotidiano
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Unidades em prédio da Cyrella cujo estande desabou custam até R$ 10 miA palavra luxo talvez até seja acanhada para definir o padrão do empreendimento imobiliário residencial cujo estande de venda foi cenário do acidente desta sexta-feira (22), na Vila Olímpia, na zona oeste de São Paulo. O preço de cada um dos apartamentos do One Sixty, projetado pela incorporadora Cyrela, varia entre R$ 7 milhões a R$ 10 milhões. "Neste projeto, a única regra foi quebrar todas as regras", afirma o site da incorporadora, referindo-se ao grau de requinte do prédio, que ainda não tinha começado a ser construído. Com pé-direito duplo, a dimensão dos apartamentos varia entre 275 m² a 592 m². Dependendo da necessidade dos eventuais clientes, é possível ter disponível de quatro a seis vagas na garagem do edifício. Entre os diferenciais do prédio, estão entrada social com fechaduras biométricas e entrada de serviço para os moradores e empregados com porta blindada. INÍCIO DAS OBRAS Operários disseram que as obras do empreendimento começariam na próxima semana. O prazo de entrega é abril de 2019. O prédio fica em uma das áreas mais valorizadas da cidade. De acordo com o site Agente Imóvel, o valor dos imóveis segue aumentando, apesar da crise. O preço médio do metro quadrado na região da Vila Olímpia está em R$ 12.595. Uma variação de 0,17% maior do que no mês anterior. Nas últimas décadas, com o deslocamento do eixo de desenvolvimento da cidade da avenida Paulista para a margem do rio Pinheiros, áreas como a Vila Olímpia têm recebido vários empreendimentos de alto padrão, principalmente comerciais. Nos últimos anos, torres residenciais também começaram a se multiplicar. Apresentação do prédio
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Bode expiatório
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RIO DE JANEIRO - Sempre fui aclamado como um notável espírito de porco, em todos os sentidos. Em criança sempre torcia pelo bandido, quando vejo esses surfistas que aparecem na televisão, torço freneticamente pelas ondas. Sei que não agrado a ninguém, mas agrado a mim mesmo pelas canoas furadas que tomei e continuo tomando. Tudo isso para confessar que não considero o Eduardo Cunha o vilão número 1 do nosso tempo. Qualquer catástrofe no catastrófico momento que estamos vivendo é atribuído a ele, até mesmo o desabamento da ciclovia de São Conrado, que matou pouca gente porque Eduardo Cunha não estava em seus melhores dias. Desde os tempos bíblicos, as sociedades não podem passar sem um bode expiatório e não adianta jogá-lo ao mar como jogaram o profeta Jonas, um sujeito esperto que conseguiu se abrigar no ventre de uma baleia. Não estou insinuando que o Eduardo Cunha faça o mesmo, e pelo que sei não há baleias disponíveis em Brasília. No passado tivemos um mega bode expiatório que era o Paulo Maluf. Nos tempos romanos tivemos Catilina, que abusou da paciência nossa - segundo Cícero e as gramáticas latinas. Aliás, é uma das primeiras manifestações do espírito de porco que me acompanha até hoje, tive um gato que batizei com o nome de Catilina. Ele realmente abusava da minha paciência. No caso de Cunha não chego a tanto. Não o chamarei de Jonas nem de Catilina, não quero dizer que ele seja inocente, porque, na verdade ninguém é inocente, sobretudo dona Dilma. Cabe a ele e a ela provarem que não têm dinheiro na Suíça e nunca deram pedaladas fiscais. Quando Pilatos colocou em leilão Barrabás e Jesus, a plebe rude escolheu Barrabás. Não quer dizer que prefira Cunha a Dilma. Mas ele não é responsável pelo dinheiro que o Brasil mandou para Angola e outros países.
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colunas
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Bode expiatórioRIO DE JANEIRO - Sempre fui aclamado como um notável espírito de porco, em todos os sentidos. Em criança sempre torcia pelo bandido, quando vejo esses surfistas que aparecem na televisão, torço freneticamente pelas ondas. Sei que não agrado a ninguém, mas agrado a mim mesmo pelas canoas furadas que tomei e continuo tomando. Tudo isso para confessar que não considero o Eduardo Cunha o vilão número 1 do nosso tempo. Qualquer catástrofe no catastrófico momento que estamos vivendo é atribuído a ele, até mesmo o desabamento da ciclovia de São Conrado, que matou pouca gente porque Eduardo Cunha não estava em seus melhores dias. Desde os tempos bíblicos, as sociedades não podem passar sem um bode expiatório e não adianta jogá-lo ao mar como jogaram o profeta Jonas, um sujeito esperto que conseguiu se abrigar no ventre de uma baleia. Não estou insinuando que o Eduardo Cunha faça o mesmo, e pelo que sei não há baleias disponíveis em Brasília. No passado tivemos um mega bode expiatório que era o Paulo Maluf. Nos tempos romanos tivemos Catilina, que abusou da paciência nossa - segundo Cícero e as gramáticas latinas. Aliás, é uma das primeiras manifestações do espírito de porco que me acompanha até hoje, tive um gato que batizei com o nome de Catilina. Ele realmente abusava da minha paciência. No caso de Cunha não chego a tanto. Não o chamarei de Jonas nem de Catilina, não quero dizer que ele seja inocente, porque, na verdade ninguém é inocente, sobretudo dona Dilma. Cabe a ele e a ela provarem que não têm dinheiro na Suíça e nunca deram pedaladas fiscais. Quando Pilatos colocou em leilão Barrabás e Jesus, a plebe rude escolheu Barrabás. Não quer dizer que prefira Cunha a Dilma. Mas ele não é responsável pelo dinheiro que o Brasil mandou para Angola e outros países.
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Parlamento Europeu define suas condições para negociar o 'brexit'
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O Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira (5) uma resolução com suas exigências às negociações do "brexit", o processo de saída britânica da União Europeia. A votação foi considerada uma demonstração de unidade dos legisladores. Houve 516 votos a favor e 133 contra, com 50 abstenções. O texto repete as prioridades já estabelecidas pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, na semana anterior, quando o Reino Unido formalizou com uma carta o pedido de separação. O Conselho Europeu, que decide a política do bloco, e os 27 países restantes devem votar em sua estratégia em uma cúpula em 29 de abril. Legisladores não terão protagonismo nesse momento. Mas o Parlamento Europeu precisará aprovar o acordo final entre a União Europeia e o Reino Unido depois dos dois anos previstos às negociações. A necessidade desse aval dá peso às exigências feitas nesta semana. PARALELO Os legisladores insistiram, na resolução, que o bloco europeu só irá discutir acordos futuros com o governo britânico após as negociações terem mostrado progresso em assuntos como a fronteira irlandesa e o direito dos 3 milhões de europeus residindo no Reino Unido. A primeira-ministra britânica, Theresa May, pede no entanto que essas conversas sejam feitas em paralelo. Ela está interessada, em especial, em um acordo de livre comércio com a União Europeia, sem o qual sofrerá bastante pressão em seu país. Robin Walker, vice-secretário britânico para o "brexit", afirmou que a resolução do Parlamento Europeu é um "passo positivo", mas reiterou a posição de seu governo, afirmando preferir começar as negociações comerciais assim que possível. A União Europeia já sinalizou que tratados só poderão ser assinados após a ruptura completa, prevista para meados de 2019, e um acordo comercial tardaria anos para ser implementado. REVERSÍVEL A resolução aprovada pelos legisladores europeus, apesar de bastante próxima das linhas gerais traçadas pelo Conselho Europeu, diverge em um ponto: o texto permite que o Reino Unido reverta o "brexit", caso tenha o apoio de todos os 27 Estados-membros restantes. "A porta está aberta caso o Reino Unido mude de ideia", afirmou Gianni Pittella, que lidera o grupo parlamentar de centro-esquerda, o segundo maior na Casa. Conservadores criticaram o trecho, mas aprovaram o texto. O "brexit" foi aprovado por 52% da população britânica em um plebiscito em 23 de junho. Com a pequena margem e a mobilização dos 48% restantes, que têm organizado protestos, a previsão é de que os próximos dois anos sejam bastante controversos nesse país. O formato da saída britânica tampouco é consensual entre quem votou pelo "brexit". O governo deve optar pelo que é conhecido como "brexit duro", em que o Reino Unido deixaria o mercado único europeu e encerraria a livre circulação de pessoas. Essa previsão tem causado a mobilização de grupos da sociedade civil, que querem empurrar o governo a uma solução menos drástica.
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mundo
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Parlamento Europeu define suas condições para negociar o 'brexit'O Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira (5) uma resolução com suas exigências às negociações do "brexit", o processo de saída britânica da União Europeia. A votação foi considerada uma demonstração de unidade dos legisladores. Houve 516 votos a favor e 133 contra, com 50 abstenções. O texto repete as prioridades já estabelecidas pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, na semana anterior, quando o Reino Unido formalizou com uma carta o pedido de separação. O Conselho Europeu, que decide a política do bloco, e os 27 países restantes devem votar em sua estratégia em uma cúpula em 29 de abril. Legisladores não terão protagonismo nesse momento. Mas o Parlamento Europeu precisará aprovar o acordo final entre a União Europeia e o Reino Unido depois dos dois anos previstos às negociações. A necessidade desse aval dá peso às exigências feitas nesta semana. PARALELO Os legisladores insistiram, na resolução, que o bloco europeu só irá discutir acordos futuros com o governo britânico após as negociações terem mostrado progresso em assuntos como a fronteira irlandesa e o direito dos 3 milhões de europeus residindo no Reino Unido. A primeira-ministra britânica, Theresa May, pede no entanto que essas conversas sejam feitas em paralelo. Ela está interessada, em especial, em um acordo de livre comércio com a União Europeia, sem o qual sofrerá bastante pressão em seu país. Robin Walker, vice-secretário britânico para o "brexit", afirmou que a resolução do Parlamento Europeu é um "passo positivo", mas reiterou a posição de seu governo, afirmando preferir começar as negociações comerciais assim que possível. A União Europeia já sinalizou que tratados só poderão ser assinados após a ruptura completa, prevista para meados de 2019, e um acordo comercial tardaria anos para ser implementado. REVERSÍVEL A resolução aprovada pelos legisladores europeus, apesar de bastante próxima das linhas gerais traçadas pelo Conselho Europeu, diverge em um ponto: o texto permite que o Reino Unido reverta o "brexit", caso tenha o apoio de todos os 27 Estados-membros restantes. "A porta está aberta caso o Reino Unido mude de ideia", afirmou Gianni Pittella, que lidera o grupo parlamentar de centro-esquerda, o segundo maior na Casa. Conservadores criticaram o trecho, mas aprovaram o texto. O "brexit" foi aprovado por 52% da população britânica em um plebiscito em 23 de junho. Com a pequena margem e a mobilização dos 48% restantes, que têm organizado protestos, a previsão é de que os próximos dois anos sejam bastante controversos nesse país. O formato da saída britânica tampouco é consensual entre quem votou pelo "brexit". O governo deve optar pelo que é conhecido como "brexit duro", em que o Reino Unido deixaria o mercado único europeu e encerraria a livre circulação de pessoas. Essa previsão tem causado a mobilização de grupos da sociedade civil, que querem empurrar o governo a uma solução menos drástica.
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Candidato, Freixo defende aumento de IPTU sobre imóveis vazios no Rio
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O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), oficializado candidato à Prefeitura do Rio nesta quarta-feira (20), defendeu o aumento da cobrança de IPTU sobre os imóveis vazios na cidade. Segundo o candidato, essa seria uma forma de estimular a oferta de unidades no mercado e permitir assim uma queda dos valores cobrados de aluguel. "O Rio é uma cidade cara e desigual. É uma cidade de muitos imóveis vazios. Quanto mais oferta, mais barato fica o aluguel. A Prefeitura pode desestimular imóveis vazios. Várias cidades tem essa legislação", disse. Freixo, que é colunista da Folha, já havia lançado sua pré-candidatura ao cargo há duas semanas, em evento num clube na Tijuca, zona norte do Rio. Ele terá como vice a professora da UFRJ Luciana Boiteux (PSOL). É a segunda vez que o deputado concorre ao cargo. Em 2012, recebeu 28,15% dos votos (914 mil), mas foi derrotado no primeiro turno pelo prefeito Eduardo Paes, que teve 64,6% dos votos (2,09 milhões). Nesta quarta-feira, o candidato se mostrou confiante numa vitória se alcançar o segundo turno. Ele citou a experiência obtida com a eleição municipal de 2012 e a perspectiva de uma "campanha mais sólida". "Temos um programa que estamos há mais de um ano fazendo, que é o 'Se essa cidade fosse nossa', em que população opina sobre saúde, mobilidade, moradia. É mais democracia na cidade", disse o deputado. Nascido em Niterói, Freixo, 49, se formou professor. Ele presidiu a CPI das Milícias na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) em 2008. Três anos depois, presidiu na mesma casa a CPI das Armas, Munições e Explosivos. O deputado também defendeu melhorias na mobilidade urbana da cidade, que estaria excluindo uma "parcela significativa de moradores", um dos problemas que as obras da Olimpíada do Rio não resolveu.
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Candidato, Freixo defende aumento de IPTU sobre imóveis vazios no RioO deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), oficializado candidato à Prefeitura do Rio nesta quarta-feira (20), defendeu o aumento da cobrança de IPTU sobre os imóveis vazios na cidade. Segundo o candidato, essa seria uma forma de estimular a oferta de unidades no mercado e permitir assim uma queda dos valores cobrados de aluguel. "O Rio é uma cidade cara e desigual. É uma cidade de muitos imóveis vazios. Quanto mais oferta, mais barato fica o aluguel. A Prefeitura pode desestimular imóveis vazios. Várias cidades tem essa legislação", disse. Freixo, que é colunista da Folha, já havia lançado sua pré-candidatura ao cargo há duas semanas, em evento num clube na Tijuca, zona norte do Rio. Ele terá como vice a professora da UFRJ Luciana Boiteux (PSOL). É a segunda vez que o deputado concorre ao cargo. Em 2012, recebeu 28,15% dos votos (914 mil), mas foi derrotado no primeiro turno pelo prefeito Eduardo Paes, que teve 64,6% dos votos (2,09 milhões). Nesta quarta-feira, o candidato se mostrou confiante numa vitória se alcançar o segundo turno. Ele citou a experiência obtida com a eleição municipal de 2012 e a perspectiva de uma "campanha mais sólida". "Temos um programa que estamos há mais de um ano fazendo, que é o 'Se essa cidade fosse nossa', em que população opina sobre saúde, mobilidade, moradia. É mais democracia na cidade", disse o deputado. Nascido em Niterói, Freixo, 49, se formou professor. Ele presidiu a CPI das Milícias na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) em 2008. Três anos depois, presidiu na mesma casa a CPI das Armas, Munições e Explosivos. O deputado também defendeu melhorias na mobilidade urbana da cidade, que estaria excluindo uma "parcela significativa de moradores", um dos problemas que as obras da Olimpíada do Rio não resolveu.
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Fiat exalta otimismo com 1ª picape média da montadora no Brasil
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"Acho muito estranho o fato de, apesar de todos os problemas, não acreditarem no Brasil", disse Stefan Ketter, presidente do grupo FCA (Fiat Chrysler Automobile) na América Latina, durante a apresentação da picape Toro. O executivo tentava explicar o porquê de lançar um novo automóvel no momento atual, quando a indústria automotiva vê as vendas regredirem ao nível de 2003. E não se trata de um carro qualquer. Com preços a partir de R$ 76,5 mil (versão Freedom 1.8 Flex automática), a picape Toro é a maior aposta da Fiat em seus 40 anos de produção nacional. A empresa pretende conquistar um novo público, de maior poder aquisitivo. É uma forma de melhorar a rentabilidade e fortalecer a imagem da empresa. O otimismo de Ketter é expressado nas previsões. A montadora calcula emplacar 60 mil unidades no primeiro ano e exportar outras 10 mil. Com base nas vendas de janeiro, esses números são suficientes para colocar a Toro entre os dez veículos mais comercializados do país. Resultados assim ajudarão a marca a se recuperar das dificuldades de 2015. Enquanto o mercado de carros de passeio e comerciais leves encolheu 25,6% no ano passado em relação a 2014, a Fiat teve queda de 37,1% nos emplacamentos no mesmo período. Com a Toro, a montadora deseja atuar em um nicho intermediário. A proposta, fruto de um investimento superior a R$ 1 bilhão, é posicionar-se entre os modelos compactos e médios, assim como fez a Renault com a Duster Oroch (a partir de R$ 64 mil). Para se diferenciar, a picape Fiat oferece também versões a diesel, que custam entre R$ 93,9 mil e R$ 116,5 mil. O carro chega às lojas nesta semana, mas a fabricante afirma que já há fila de espera.
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mercado
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Fiat exalta otimismo com 1ª picape média da montadora no Brasil"Acho muito estranho o fato de, apesar de todos os problemas, não acreditarem no Brasil", disse Stefan Ketter, presidente do grupo FCA (Fiat Chrysler Automobile) na América Latina, durante a apresentação da picape Toro. O executivo tentava explicar o porquê de lançar um novo automóvel no momento atual, quando a indústria automotiva vê as vendas regredirem ao nível de 2003. E não se trata de um carro qualquer. Com preços a partir de R$ 76,5 mil (versão Freedom 1.8 Flex automática), a picape Toro é a maior aposta da Fiat em seus 40 anos de produção nacional. A empresa pretende conquistar um novo público, de maior poder aquisitivo. É uma forma de melhorar a rentabilidade e fortalecer a imagem da empresa. O otimismo de Ketter é expressado nas previsões. A montadora calcula emplacar 60 mil unidades no primeiro ano e exportar outras 10 mil. Com base nas vendas de janeiro, esses números são suficientes para colocar a Toro entre os dez veículos mais comercializados do país. Resultados assim ajudarão a marca a se recuperar das dificuldades de 2015. Enquanto o mercado de carros de passeio e comerciais leves encolheu 25,6% no ano passado em relação a 2014, a Fiat teve queda de 37,1% nos emplacamentos no mesmo período. Com a Toro, a montadora deseja atuar em um nicho intermediário. A proposta, fruto de um investimento superior a R$ 1 bilhão, é posicionar-se entre os modelos compactos e médios, assim como fez a Renault com a Duster Oroch (a partir de R$ 64 mil). Para se diferenciar, a picape Fiat oferece também versões a diesel, que custam entre R$ 93,9 mil e R$ 116,5 mil. O carro chega às lojas nesta semana, mas a fabricante afirma que já há fila de espera.
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De carteira de habilitação a chinelo, Pelé leiloa relíquias pessoais
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Quem um dia sonhou em ter a carteira de habilitação ou até mesmo um chinelo de Pelé poderá adquiri-los em um leilão que será realizado em Londres com objetos do Rei do futebol. As relíquias, que serão leiloadas pela casa Julien's Auctions, fazem parte de um acervo com mais de duas mil peças do ex-jogador. O evento acontecerá nos dias 7, 8 e 9 de junho. Além de objetos inusitados como um passaporte de 1978, um certificado de voo e um violão da década de 70, a réplica da taça Jules Rimet também será colocada à venda. O violão vai ter o preço inicial de R$ 2,2 mil. Já o passaporte tem a expectativa de atingir até R$ 5 mil. Uma das coisas mais curiosas entre as tantas é um par de chinelos japoneses apresentados ao Pelé por uma empresa de produtos de saúde e beleza no Brasil. Os chinelos apresentam uma sola de couro, calçados de fibra, e apoio tecido. Ele saíra por R$ 1,1 mil. Outro objeto curioso é uma carteira de habilitação do Rei que venceu em 2010, que poderá ser adquirida a partir de R$ 2,2 mil. A mais cara relíquia do evento será uma réplica da taça Jules Rimet. Porém, quem quiser o raro troféu conquistado por Pelé em 1958, 1962 e 1970 terá que desembolsar no mínimo U$ 400 mil (R$1,4 milhões). Outros itens históricos presentes serão as três medalhas que o camisa 10 conquistou nos mundiais e a bola do milésimo gol. As medalhas do Mundial devem alcançar lances em torno de US$ 200 mil (R$ 730 mil) e a bola do gol mil é cotada entre US$ 40 mil e US$ 60 mil (R$ 145 mil a R$ 220 mil). Em abril, em entrevista exclusiva à Folha, Pelé revelou porque decidiu leiloar seus objetos. "Várias vezes apareceram pessoas querendo fazer isso [leiloar]. Muita gente termina a carreira e não sabe para onde foi o troféu. Eu achei que dessa maneira, além de eu fazer um benefício para os meus futuros filhos, eu teria uma forma de garantir que as peças não seriam perdidas. Por isso, eu aceitei essa proposta", disse. Segundo o Rei, não existe dificuldade financeira e boa parte do dinheiro arrecadado será doado para o hospital pediátrico Pequeno Príncipe.
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esporte
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De carteira de habilitação a chinelo, Pelé leiloa relíquias pessoaisQuem um dia sonhou em ter a carteira de habilitação ou até mesmo um chinelo de Pelé poderá adquiri-los em um leilão que será realizado em Londres com objetos do Rei do futebol. As relíquias, que serão leiloadas pela casa Julien's Auctions, fazem parte de um acervo com mais de duas mil peças do ex-jogador. O evento acontecerá nos dias 7, 8 e 9 de junho. Além de objetos inusitados como um passaporte de 1978, um certificado de voo e um violão da década de 70, a réplica da taça Jules Rimet também será colocada à venda. O violão vai ter o preço inicial de R$ 2,2 mil. Já o passaporte tem a expectativa de atingir até R$ 5 mil. Uma das coisas mais curiosas entre as tantas é um par de chinelos japoneses apresentados ao Pelé por uma empresa de produtos de saúde e beleza no Brasil. Os chinelos apresentam uma sola de couro, calçados de fibra, e apoio tecido. Ele saíra por R$ 1,1 mil. Outro objeto curioso é uma carteira de habilitação do Rei que venceu em 2010, que poderá ser adquirida a partir de R$ 2,2 mil. A mais cara relíquia do evento será uma réplica da taça Jules Rimet. Porém, quem quiser o raro troféu conquistado por Pelé em 1958, 1962 e 1970 terá que desembolsar no mínimo U$ 400 mil (R$1,4 milhões). Outros itens históricos presentes serão as três medalhas que o camisa 10 conquistou nos mundiais e a bola do milésimo gol. As medalhas do Mundial devem alcançar lances em torno de US$ 200 mil (R$ 730 mil) e a bola do gol mil é cotada entre US$ 40 mil e US$ 60 mil (R$ 145 mil a R$ 220 mil). Em abril, em entrevista exclusiva à Folha, Pelé revelou porque decidiu leiloar seus objetos. "Várias vezes apareceram pessoas querendo fazer isso [leiloar]. Muita gente termina a carreira e não sabe para onde foi o troféu. Eu achei que dessa maneira, além de eu fazer um benefício para os meus futuros filhos, eu teria uma forma de garantir que as peças não seriam perdidas. Por isso, eu aceitei essa proposta", disse. Segundo o Rei, não existe dificuldade financeira e boa parte do dinheiro arrecadado será doado para o hospital pediátrico Pequeno Príncipe.
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Crescimento de favela na cracolândia faz prefeitura adiar entrega de praça
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Em meio ao tráfico de drogas constante, uma praça está quase pronta bem ao lado do fluxo de viciados na cracolândia, na Luz (centro de São Paulo). A gestão Fernando Haddad (PT), porém, está adiando a entrega da obra, ainda cercada por tapumes, por causa do crescimento da chamada favelinha do crack. Em entrevista à Folha, a secretária municipal de Assistência Social, Luciana Temer, disse que a administração está "segurando" a entrega do equipamento, que tem bancos de concreto e espaço para plantas, por causa do avanço do fluxo. Como informou a Folha nesta sexta-feira (26), a secretária usou o termo "descontrole" para se referir ao cenário –o tráfico ocorre sob as barracas de lona montadas por dependentes e traficantes para "esconder" uma feira de drogas que ocorre ali. A secretaria, porém, não informou qual seria o prazo de entrega previsto. Ela diz que, embora o programa Braços Abertos –que dá moradia e R$ 15 por dia de trabalho aos viciados– tenha "se fortalecido", o fluxo cresceu em decorrência do aumento do tráfico, que, segundo ela, não vem sendo combatido pela polícia. "Redução de danos no meio do caos fica difícil", disse Temer. A PM rebate a declaração da secretária e diz que o combate é frequente. Nesta quarta-feira, a polícia fez uma apreensão de heroína na área. Por causa da obra da praça, o ônibus da Guarda Civil Metropolitana equipado com câmeras que ficava ali foi transferido para a praça Julio Prestes, a poucos metros da futura praça. "Quem você acha que vai usar essa praça? Os viciados", disse um morador de um prédio que fica ao lado do fluxo. De acordo com a secretária, a construção da praça é uma medida para tentar uma retomada pacífica e ordenada da praça. "A ideia é fazer uma ocupação boa, para socializar, dar dignidade, com colocação de bancos para as pessoas se sentarem e de sombras", disse. A Secretaria da Segurança Pública disse que a região "é uma das mais bem policiadas do Estado" -e que, em 2014, 378 pessoas foram presas na área. Afirmou que "o consumo de crack é um problema de saúde pública" e que "a PM dá suporte aos agentes sociais e de saúde".
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cotidiano
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Crescimento de favela na cracolândia faz prefeitura adiar entrega de praçaEm meio ao tráfico de drogas constante, uma praça está quase pronta bem ao lado do fluxo de viciados na cracolândia, na Luz (centro de São Paulo). A gestão Fernando Haddad (PT), porém, está adiando a entrega da obra, ainda cercada por tapumes, por causa do crescimento da chamada favelinha do crack. Em entrevista à Folha, a secretária municipal de Assistência Social, Luciana Temer, disse que a administração está "segurando" a entrega do equipamento, que tem bancos de concreto e espaço para plantas, por causa do avanço do fluxo. Como informou a Folha nesta sexta-feira (26), a secretária usou o termo "descontrole" para se referir ao cenário –o tráfico ocorre sob as barracas de lona montadas por dependentes e traficantes para "esconder" uma feira de drogas que ocorre ali. A secretaria, porém, não informou qual seria o prazo de entrega previsto. Ela diz que, embora o programa Braços Abertos –que dá moradia e R$ 15 por dia de trabalho aos viciados– tenha "se fortalecido", o fluxo cresceu em decorrência do aumento do tráfico, que, segundo ela, não vem sendo combatido pela polícia. "Redução de danos no meio do caos fica difícil", disse Temer. A PM rebate a declaração da secretária e diz que o combate é frequente. Nesta quarta-feira, a polícia fez uma apreensão de heroína na área. Por causa da obra da praça, o ônibus da Guarda Civil Metropolitana equipado com câmeras que ficava ali foi transferido para a praça Julio Prestes, a poucos metros da futura praça. "Quem você acha que vai usar essa praça? Os viciados", disse um morador de um prédio que fica ao lado do fluxo. De acordo com a secretária, a construção da praça é uma medida para tentar uma retomada pacífica e ordenada da praça. "A ideia é fazer uma ocupação boa, para socializar, dar dignidade, com colocação de bancos para as pessoas se sentarem e de sombras", disse. A Secretaria da Segurança Pública disse que a região "é uma das mais bem policiadas do Estado" -e que, em 2014, 378 pessoas foram presas na área. Afirmou que "o consumo de crack é um problema de saúde pública" e que "a PM dá suporte aos agentes sociais e de saúde".
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Fifa pune Bolívia, e Chile tira Argentina do G5 nas Eliminatórias
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A Fifa anunciou nesta terça-feira (1º) punição à Bolívia pela escalação irregular do volante paraguaio Nelson Cabrera por não atender aos requisitos da entidade para naturalização. Assim, os resultados dos jogos do país nas Eliminatórias Sul-americana contra Peru e Chile foram alterados. A medida beneficiou as duas seleções. Nas partidas em questão, a Bolívia havia vencido o Peru por 2 a 0 no dia 1º de setembro e, cinco dias depois, empatado por 0 a 0 com o Chile. Com a punição, a Fifa declarou os dois jogos com o placar de 3 a 0 a favor dos adversários dos bolivianos. A alteração de resultados fez o Chile saltar de 14 para os mesmos 16 pontos da Argentina. Porém, os chilenos levam a melhor nos critérios de desempate, com maior número de gols marcados (18 a 11) e assumiram a quinta posição. Os argentinos enfrentarão o Brasil no dia 10 de novembro ainda mais pressionados, já que o sexto colocado fica fora inclusive da repescagem. O Peru, por sua vez, saltou para 11 pontos, mas permanece na oitava colocação. Com a perda dos pontos, a Bolívia fica com quatro pontos, à frente apenas da Venezuela, que tem dois. Nascido no Paraguai. Nelson Cabrera defendeu o time boliviano nas duas partidas, o que rendeu uma denúncia das federações do Chile e do Peru. Na reclamação feita à Fifa, os denunciantes disseram que Cabrera não vive há cinco anos na Bolívia, período mínimo exigido pela entidade para aceitar a naturalização de um atleta. No comunicado, a Fifa ainda informa que aplicou uma multa de 12 mil francos suíços (R$ 39,5 mil) à Bolívia por violação ao parágrafo 1º do artigo 55 do Código Disciplinar da FIFA (FDC) e do artigo 8º do Regulamento da Copa do Mundo da Rússia-2018. Os dois tratam de violação das regras de elegibilidade para jogar nas equipes nacionais.
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esporte
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Fifa pune Bolívia, e Chile tira Argentina do G5 nas EliminatóriasA Fifa anunciou nesta terça-feira (1º) punição à Bolívia pela escalação irregular do volante paraguaio Nelson Cabrera por não atender aos requisitos da entidade para naturalização. Assim, os resultados dos jogos do país nas Eliminatórias Sul-americana contra Peru e Chile foram alterados. A medida beneficiou as duas seleções. Nas partidas em questão, a Bolívia havia vencido o Peru por 2 a 0 no dia 1º de setembro e, cinco dias depois, empatado por 0 a 0 com o Chile. Com a punição, a Fifa declarou os dois jogos com o placar de 3 a 0 a favor dos adversários dos bolivianos. A alteração de resultados fez o Chile saltar de 14 para os mesmos 16 pontos da Argentina. Porém, os chilenos levam a melhor nos critérios de desempate, com maior número de gols marcados (18 a 11) e assumiram a quinta posição. Os argentinos enfrentarão o Brasil no dia 10 de novembro ainda mais pressionados, já que o sexto colocado fica fora inclusive da repescagem. O Peru, por sua vez, saltou para 11 pontos, mas permanece na oitava colocação. Com a perda dos pontos, a Bolívia fica com quatro pontos, à frente apenas da Venezuela, que tem dois. Nascido no Paraguai. Nelson Cabrera defendeu o time boliviano nas duas partidas, o que rendeu uma denúncia das federações do Chile e do Peru. Na reclamação feita à Fifa, os denunciantes disseram que Cabrera não vive há cinco anos na Bolívia, período mínimo exigido pela entidade para aceitar a naturalização de um atleta. No comunicado, a Fifa ainda informa que aplicou uma multa de 12 mil francos suíços (R$ 39,5 mil) à Bolívia por violação ao parágrafo 1º do artigo 55 do Código Disciplinar da FIFA (FDC) e do artigo 8º do Regulamento da Copa do Mundo da Rússia-2018. Os dois tratam de violação das regras de elegibilidade para jogar nas equipes nacionais.
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Presídio de matança no AM foi usado em plano federal de política carcerária
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Palco da maior matança em prisões do país desde o massacre do Carandiru, o Complexo Penitenciário Anísio Jobim, de Manaus (AM), foi usado para a elaboração do Plano Nacional de Política Criminal e Penitenciária do governo de Dilma Rousseff (PT), em 2015. Os presos foram ouvidos em audiência pública para falar de seu cotidiano e dos problemas do sistema penitenciário. PEDRA DURA Os diagnósticos do plano foram os de sempre: superlotação do sistema, ausência praticamente total de políticas de ressocialização, altas taxas de mortes intencionais dentro das detenções, alto custo da vaga construída. MATANÇA CONTÍNUA Um dos estudos relatados no plano de 2015 mostrava que a taxa de mortes intencionais no sistema prisional, no primeiro semestre de 2014, tinha sido de 8,4 para cada dez mil pessoas presas. "Esse valor é mais que seis vezes maior do que a taxa de crimes letais intencionais verificada no Brasil", dizia o documento. Leia a coluna completa aqui.
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colunas
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Presídio de matança no AM foi usado em plano federal de política carceráriaPalco da maior matança em prisões do país desde o massacre do Carandiru, o Complexo Penitenciário Anísio Jobim, de Manaus (AM), foi usado para a elaboração do Plano Nacional de Política Criminal e Penitenciária do governo de Dilma Rousseff (PT), em 2015. Os presos foram ouvidos em audiência pública para falar de seu cotidiano e dos problemas do sistema penitenciário. PEDRA DURA Os diagnósticos do plano foram os de sempre: superlotação do sistema, ausência praticamente total de políticas de ressocialização, altas taxas de mortes intencionais dentro das detenções, alto custo da vaga construída. MATANÇA CONTÍNUA Um dos estudos relatados no plano de 2015 mostrava que a taxa de mortes intencionais no sistema prisional, no primeiro semestre de 2014, tinha sido de 8,4 para cada dez mil pessoas presas. "Esse valor é mais que seis vezes maior do que a taxa de crimes letais intencionais verificada no Brasil", dizia o documento. Leia a coluna completa aqui.
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Como podemos sair desse atoleiro? É revoltante, afirma leitor
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O levantamento dos comissionados nomeados para o serviço público federal nos traz números inconcebíveis. O total mencionado de 22.872 funcionários em 2015. Chega ao absurdo tais números. Onde estão e por que tantos funcionários? Enquanto isso, pessoas esperam meses por uma consulta em hospitais públicos e crianças em algumas partes do país andam horas a pé para irem à escola. Como podemos sair desse atoleiro? É revoltante. PAULO ROBERTO LEME (São Paulo, SP) * A história de classe no Brasil mostra um fato interessante. Os diferentes conflitos sempre ocorreram entre a própria elite: republicanos, latifundiários, empresários, militares, classe média abastada, barões da mídia etc. Em nenhum o povo foi protagonista. Nesse momento, a crise política que atinge Dilma é vertical (vem de toda elite). E, até o presente, o povo ocupa um papel secundário nesse processo. Até quando? ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio, RJ) * Na Argentina o candidato governista fez promessas audaciosas para ganhar a eleição. No Brasil comemoramos um ano da reeleição da presidenta Dilma, que também fez promessas mirabolantes e duvidosas, que levaram o país ao estágio atual de ingovernabilidade. Uma derrocada total e insustentável. Só nos resta uma nova eleição. GILSON BELÉZIA (Santo Amaro, SP) * A reportagem "Palestras de Lula mínguam após o início da Lava Jato" é mais um forte indício que reforça a suposição de dinheiro de origem ilícita em palestras que chegam a render absurdos R$ 13 mil por minuto para um indivíduo cujo discurso prima por dividir os brasileiros. Esse mesmo indivíduo qualifica de elite aqueles que fazem manifestações aos domingos porque, durante a semana, precisam trabalhar para pagar impostos indispensáveis para os benefícios que são a base de sua propaganda pessoal. ANTONIO CARLOS GOMES DA SILVA (São Paulo, SP) * Estamos vivendo uma crise que se agrava pela inoperância. Essa situação implica aumento da fatura a ser paga pelo governo. A dívida, já imensa, se tornará maior. O povo já paga pelos erros de gestão admitidos, com perda de trabalho e aumento da inflação. O governo clama por mais impostos. Neste contexto, a resposta só pode ser não. SERGIO HOLL LARA (Indaiatuba, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Como podemos sair desse atoleiro? É revoltante, afirma leitorO levantamento dos comissionados nomeados para o serviço público federal nos traz números inconcebíveis. O total mencionado de 22.872 funcionários em 2015. Chega ao absurdo tais números. Onde estão e por que tantos funcionários? Enquanto isso, pessoas esperam meses por uma consulta em hospitais públicos e crianças em algumas partes do país andam horas a pé para irem à escola. Como podemos sair desse atoleiro? É revoltante. PAULO ROBERTO LEME (São Paulo, SP) * A história de classe no Brasil mostra um fato interessante. Os diferentes conflitos sempre ocorreram entre a própria elite: republicanos, latifundiários, empresários, militares, classe média abastada, barões da mídia etc. Em nenhum o povo foi protagonista. Nesse momento, a crise política que atinge Dilma é vertical (vem de toda elite). E, até o presente, o povo ocupa um papel secundário nesse processo. Até quando? ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio, RJ) * Na Argentina o candidato governista fez promessas audaciosas para ganhar a eleição. No Brasil comemoramos um ano da reeleição da presidenta Dilma, que também fez promessas mirabolantes e duvidosas, que levaram o país ao estágio atual de ingovernabilidade. Uma derrocada total e insustentável. Só nos resta uma nova eleição. GILSON BELÉZIA (Santo Amaro, SP) * A reportagem "Palestras de Lula mínguam após o início da Lava Jato" é mais um forte indício que reforça a suposição de dinheiro de origem ilícita em palestras que chegam a render absurdos R$ 13 mil por minuto para um indivíduo cujo discurso prima por dividir os brasileiros. Esse mesmo indivíduo qualifica de elite aqueles que fazem manifestações aos domingos porque, durante a semana, precisam trabalhar para pagar impostos indispensáveis para os benefícios que são a base de sua propaganda pessoal. ANTONIO CARLOS GOMES DA SILVA (São Paulo, SP) * Estamos vivendo uma crise que se agrava pela inoperância. Essa situação implica aumento da fatura a ser paga pelo governo. A dívida, já imensa, se tornará maior. O povo já paga pelos erros de gestão admitidos, com perda de trabalho e aumento da inflação. O governo clama por mais impostos. Neste contexto, a resposta só pode ser não. SERGIO HOLL LARA (Indaiatuba, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Após atentado em escola do Paquistão, professoras aprendem a atirar
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Fatima Bibi disparou três tiros, acertando o alvo a cada vez. Então abaixou a pistola, voltou-se às suas colegas e sorriu. O instrutor também estava sorrindo. "Estas senhoras atiram melhor que alguns de nossos homens", falou Abdul Latif, instrutor de tiro da polícia. "Aprenderam a manejar um revólver em apenas dois dias." Desde que o Taleban massacrou 150 pessoas num colégio de Peshawar, em dezembro, a polícia no noroeste do Paquistão está oferecendo instrução no uso de armas de fogo a professores. Fatima Bibi foi uma das oito professoras do Frontier College for Women que participaram de um curso de dois dias de manejo de armas de fogo. O curso foi dado no estande de tiro da polícia provincial. As professoras aprenderam a carregar, fazer mira e disparar armas de fogo e discutiram como defender seus alunos se o Taleban invadir suas salas de aula. "A tragédia de 16 de dezembro nos mostrou que temos que aprender a cuidar de nós mesmas e de nossos alunos", disse Naheed Hussain, que fez o curso ainda trajando suas vestes negras de professora. A iniciativa das aulas de tiro foi do governo provincial e da polícia da província de Khyber-Pakhtunkhwa, como parte de uma campanha para aumentar a segurança nas escolas. Ao longo dos anos, a província sofreu o maior número de ataques do Taleban paquistanês. A posse de armas é comum no noroeste do país, mas a ideia de ver professores armados preocupa muitos pais. Especialmente a ideia de ver professoras mulheres armadas vem sendo recebida com consternação. "Como podemos ensinar com uma arma em uma mão e um livro na outra?", perguntou Malik Khalid Khan, presidente da Associação de Professores de Escolas Primárias. Especialistas em segurança expressaram ceticismo quando à capacidade das professoras de enfrentar militantes do Taleban. "Como uma mulher com uma pistola de 9 mm vai poder enfrentar um grupo de terroristas?", perguntou Mahmood Shah, brigadeiro aposentado do Exército que foi encarregado de segurança do cinturão tribal após 2001. Shah disse que é contra o uso de armas de fogo por professores, sejam eles homens ou mulheres. "Dois dias de treinamento e dez tiros disparados não convertem ninguém em especialista em armas de fogo", comentou. Mas Mushtaq Ghani, o ministro provincial de Educação, disse que os 65 mil policiais da província não são suficientes para garantir a segurança de suas 45 mil escolas, faculdades e universidades. Os próprios professores se dizem ambíguos em relação ao programa voluntário -incomodados com a perspectiva de portar uma arma, mas assombrados pelas memórias do atentado à Escola Pública do Exército. "Quando agarrei o revólver e abri fogo, comecei a transpirar, pensando que eu deveria ter uma caneta na mão, não uma arma", comentou a professora Akhtar Nagina, do Frontier College for Women. "Mas então me lembrei do que os terroristas fizeram. Preciso pelo menos ter uma arma na bolsa, para minha própria proteção."
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mundo
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Após atentado em escola do Paquistão, professoras aprendem a atirarFatima Bibi disparou três tiros, acertando o alvo a cada vez. Então abaixou a pistola, voltou-se às suas colegas e sorriu. O instrutor também estava sorrindo. "Estas senhoras atiram melhor que alguns de nossos homens", falou Abdul Latif, instrutor de tiro da polícia. "Aprenderam a manejar um revólver em apenas dois dias." Desde que o Taleban massacrou 150 pessoas num colégio de Peshawar, em dezembro, a polícia no noroeste do Paquistão está oferecendo instrução no uso de armas de fogo a professores. Fatima Bibi foi uma das oito professoras do Frontier College for Women que participaram de um curso de dois dias de manejo de armas de fogo. O curso foi dado no estande de tiro da polícia provincial. As professoras aprenderam a carregar, fazer mira e disparar armas de fogo e discutiram como defender seus alunos se o Taleban invadir suas salas de aula. "A tragédia de 16 de dezembro nos mostrou que temos que aprender a cuidar de nós mesmas e de nossos alunos", disse Naheed Hussain, que fez o curso ainda trajando suas vestes negras de professora. A iniciativa das aulas de tiro foi do governo provincial e da polícia da província de Khyber-Pakhtunkhwa, como parte de uma campanha para aumentar a segurança nas escolas. Ao longo dos anos, a província sofreu o maior número de ataques do Taleban paquistanês. A posse de armas é comum no noroeste do país, mas a ideia de ver professores armados preocupa muitos pais. Especialmente a ideia de ver professoras mulheres armadas vem sendo recebida com consternação. "Como podemos ensinar com uma arma em uma mão e um livro na outra?", perguntou Malik Khalid Khan, presidente da Associação de Professores de Escolas Primárias. Especialistas em segurança expressaram ceticismo quando à capacidade das professoras de enfrentar militantes do Taleban. "Como uma mulher com uma pistola de 9 mm vai poder enfrentar um grupo de terroristas?", perguntou Mahmood Shah, brigadeiro aposentado do Exército que foi encarregado de segurança do cinturão tribal após 2001. Shah disse que é contra o uso de armas de fogo por professores, sejam eles homens ou mulheres. "Dois dias de treinamento e dez tiros disparados não convertem ninguém em especialista em armas de fogo", comentou. Mas Mushtaq Ghani, o ministro provincial de Educação, disse que os 65 mil policiais da província não são suficientes para garantir a segurança de suas 45 mil escolas, faculdades e universidades. Os próprios professores se dizem ambíguos em relação ao programa voluntário -incomodados com a perspectiva de portar uma arma, mas assombrados pelas memórias do atentado à Escola Pública do Exército. "Quando agarrei o revólver e abri fogo, comecei a transpirar, pensando que eu deveria ter uma caneta na mão, não uma arma", comentou a professora Akhtar Nagina, do Frontier College for Women. "Mas então me lembrei do que os terroristas fizeram. Preciso pelo menos ter uma arma na bolsa, para minha própria proteção."
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Só 1 em cada 10 menores infratores pode sair para estudar ou trabalhar
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Embora os jovens que cometeram crimes graves, como latrocínio e estupro, sejam minoria, apenas 10% dos 23 mil adolescentes infratores do país cumprem punição em semiliberdade. Entre os adultos condenados, a porcentagem é bem maior: 35%. A semiliberdade permite que o jovem saia para estudar e trabalhar de dia e volte para dormir na unidade. É uma medida socioeducativa menos severa que a simples internação –que, pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), deve ser adotada quando o jovem pratica o ato "mediante grave ameaça ou violência à pessoa", como homicídio, latrocínio e estupro, reincidência e descumprimento de medida anterior. Já a semiliberdade cabe, por exemplo, em casos de tráfico flagrado pela primeira vez e com pouca quantidade. Mas há Estados sem nenhum jovem em semiliberdade, caso de Mato Grosso, ou com menos de 3% deles, como Paraíba e Maranhão. Entre os motivos estão a falta de estrutura e o rigor de juízes. Em São Paulo, os envolvidos em atos hediondos são 2,6% dos internos. Mas só 7% do total têm semiliberdade. "O juiz acaba pesando mais a mão diante de uma sociedade que exige do Judiciário uma postura mais dura", avalia o desembargador Antônio Carlos Malheiros, da Coordenadoria da Infância do Tribunal de Justiça paulista. O professor da USP Eduardo Tomasevicius Filho avalia que, para muitos crimes (exceto os mais graves), o ECA pode ser mais rígido que o Código Penal para adultos. Ele diz que um adulto só vai para o regime fechado quando condenado a mais de oito anos. Já entre adolescentes, o juiz pode decidir diretamente a internação, de até três anos. O número reduzido de unidades de semiliberdade em alguns Estados também pode influenciar os juízes a "pular essa etapa" e partir para a internação, segundo o promotor Renato Varalda, da ABMP, entidade nacional de juízes, promotores e defensores da Infância e Juventude. Mato Grosso era o único Estado sem semiliberdade –a primeira casa foi criada no último dia 13, mas ainda não recebeu adolescentes. No Piauí e no Amapá, há apenas uma. Em SP, quatro unidades de semiliberdade foram fechadas no interior nos últimos anos. A Fundação Casa alega que poucos eram encaminhados pela Justiça para os locais. "Em regra, os juízes do interior são mais rigorosos na internação do que os da capital. Eles acabam aplicando para tráfico, crime que, em tese, não deve gerar internação", diz Berenice Giannella, presidente da entidade.
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cotidiano
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Só 1 em cada 10 menores infratores pode sair para estudar ou trabalharEmbora os jovens que cometeram crimes graves, como latrocínio e estupro, sejam minoria, apenas 10% dos 23 mil adolescentes infratores do país cumprem punição em semiliberdade. Entre os adultos condenados, a porcentagem é bem maior: 35%. A semiliberdade permite que o jovem saia para estudar e trabalhar de dia e volte para dormir na unidade. É uma medida socioeducativa menos severa que a simples internação –que, pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), deve ser adotada quando o jovem pratica o ato "mediante grave ameaça ou violência à pessoa", como homicídio, latrocínio e estupro, reincidência e descumprimento de medida anterior. Já a semiliberdade cabe, por exemplo, em casos de tráfico flagrado pela primeira vez e com pouca quantidade. Mas há Estados sem nenhum jovem em semiliberdade, caso de Mato Grosso, ou com menos de 3% deles, como Paraíba e Maranhão. Entre os motivos estão a falta de estrutura e o rigor de juízes. Em São Paulo, os envolvidos em atos hediondos são 2,6% dos internos. Mas só 7% do total têm semiliberdade. "O juiz acaba pesando mais a mão diante de uma sociedade que exige do Judiciário uma postura mais dura", avalia o desembargador Antônio Carlos Malheiros, da Coordenadoria da Infância do Tribunal de Justiça paulista. O professor da USP Eduardo Tomasevicius Filho avalia que, para muitos crimes (exceto os mais graves), o ECA pode ser mais rígido que o Código Penal para adultos. Ele diz que um adulto só vai para o regime fechado quando condenado a mais de oito anos. Já entre adolescentes, o juiz pode decidir diretamente a internação, de até três anos. O número reduzido de unidades de semiliberdade em alguns Estados também pode influenciar os juízes a "pular essa etapa" e partir para a internação, segundo o promotor Renato Varalda, da ABMP, entidade nacional de juízes, promotores e defensores da Infância e Juventude. Mato Grosso era o único Estado sem semiliberdade –a primeira casa foi criada no último dia 13, mas ainda não recebeu adolescentes. No Piauí e no Amapá, há apenas uma. Em SP, quatro unidades de semiliberdade foram fechadas no interior nos últimos anos. A Fundação Casa alega que poucos eram encaminhados pela Justiça para os locais. "Em regra, os juízes do interior são mais rigorosos na internação do que os da capital. Eles acabam aplicando para tráfico, crime que, em tese, não deve gerar internação", diz Berenice Giannella, presidente da entidade.
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SP tem em 2014 recorde de roubos e menor taxa de homicídios em 14 anos
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O Estado de São Paulo registrou em 2014 a maior quantidade de roubos dos últimos 14 anos –desde que a série histórica do governo paulista adota os mesmos critérios. Por outro lado, também teve a menor taxa de homicídios dolosos por 100 mil habitantes nesse período. Os assaltos, segundo dados divulgados nesta sexta (23), cresceram 20,6% em relação a 2013 –maior aumento anual já registrado. Passaram de 257.067 para 309.948. O percentual de crescimento na capital foi ainda maior: 26,5%. Em ambos os casos, foi a 19ª alta consecutiva desse tipo de crime e um dos motivos apontados para a recente troca de comando na Secretaria da Segurança do governo Geraldo Alckmin (PSDB), no final do ano passado. Os roubos são aqueles crimes cometidos com violência ou grave ameaça e que criam uma sensação de insegurança na população. Editoria de arte/ Folhapress O novo titular da pasta, Alexandre de Moraes, disse que os resultados podem ser explicados em parte pela explosão de celulares (150%) e de documentos (186%) roubados. "O que mostra que isso é que puxou esse índice para cima", disse. Ainda de acordo com Moraes, 70% dos roubos envolveram celulares e/ou documentos, dos quais 53% das vítimas eram pedestres. "É quando a pessoa está passando. É esse roubo que aumenta a sensação de insegurança. Porque é aquele [caso em que] cada um de nós pode ser roubado. Isso acaba assustado", afirmou Moraes. Outro fator que explica parte desse crescimento foi a possibilidade de registrar roubos pela internet. O governo não apresentou, porém, quanto dessa ferramenta pode ter levado ao aumento de registros. A quantidade de roubos no Estado em 2014 foi 41% maior do que em 2001, no começo da atual série histórica. Em relação ao roubo de celulares, Moraes disse que pedirá ao governo federal para que a Anatel (agência de telecomunicações) faça bloqueio permanente da identificação dos aparelhos quando eles forem roubados ou furtados. Isso evitaria que ladrões comprem um novo chip para ser reutilizado no aparelho. ASSASSINATOS Os dados divulgados pelo governo também mostram que em 2014 os homicídios dolosos, praticados com intenção de matar, caíram 3,4% na comparação com 2013. Caíram de 4.444 para 4.294 de um ano para o outro. Essa queda fez com que a taxa de assassinatos por um grupo de 100 mil habitantes caísse para 10,06. Trata-se do melhor resultado desde 2001, quando havia no Estado um índice de 33,3 por 100 mil. Para organismos internacionais, taxas acima de 10 homicídios a cada 100 mil habitantes são consideradas epidêmicas –quando os crimes estão fora de controle. Os dados divulgados pelo governo do Estado consideram a quantidade de casos registrados, e não a de vítimas. Um mesmo registro pode ter mais de uma vítima. Considerando a quantidade de vítimas, São Paulo teria uma taxa um pouco maior: de 10,61 a cada 100 mil. Em 2014, foram registrados 4.294 casos de homicídios, com 4.527 vítimas. Na capital, os índices foram ainda melhores: 9,83 assassinatos por 100 mil, com 1.132 casos. Em 2011, porém, a cidade tinha tido um resultado melhor: taxa de 9,01. TRAFICANTES Para especialistas em segurança, além de um trabalho eficaz da polícia na investigação dos homicídios, que tem índices de solução considerados satisfatórios, a quase inexistência de guerra de traficantes (como ocorre em outros Estados) contribuiu com essa queda ao longo dos anos. O governo minimiza a influência do crime organizado nessa redução.
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cotidiano
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SP tem em 2014 recorde de roubos e menor taxa de homicídios em 14 anosO Estado de São Paulo registrou em 2014 a maior quantidade de roubos dos últimos 14 anos –desde que a série histórica do governo paulista adota os mesmos critérios. Por outro lado, também teve a menor taxa de homicídios dolosos por 100 mil habitantes nesse período. Os assaltos, segundo dados divulgados nesta sexta (23), cresceram 20,6% em relação a 2013 –maior aumento anual já registrado. Passaram de 257.067 para 309.948. O percentual de crescimento na capital foi ainda maior: 26,5%. Em ambos os casos, foi a 19ª alta consecutiva desse tipo de crime e um dos motivos apontados para a recente troca de comando na Secretaria da Segurança do governo Geraldo Alckmin (PSDB), no final do ano passado. Os roubos são aqueles crimes cometidos com violência ou grave ameaça e que criam uma sensação de insegurança na população. Editoria de arte/ Folhapress O novo titular da pasta, Alexandre de Moraes, disse que os resultados podem ser explicados em parte pela explosão de celulares (150%) e de documentos (186%) roubados. "O que mostra que isso é que puxou esse índice para cima", disse. Ainda de acordo com Moraes, 70% dos roubos envolveram celulares e/ou documentos, dos quais 53% das vítimas eram pedestres. "É quando a pessoa está passando. É esse roubo que aumenta a sensação de insegurança. Porque é aquele [caso em que] cada um de nós pode ser roubado. Isso acaba assustado", afirmou Moraes. Outro fator que explica parte desse crescimento foi a possibilidade de registrar roubos pela internet. O governo não apresentou, porém, quanto dessa ferramenta pode ter levado ao aumento de registros. A quantidade de roubos no Estado em 2014 foi 41% maior do que em 2001, no começo da atual série histórica. Em relação ao roubo de celulares, Moraes disse que pedirá ao governo federal para que a Anatel (agência de telecomunicações) faça bloqueio permanente da identificação dos aparelhos quando eles forem roubados ou furtados. Isso evitaria que ladrões comprem um novo chip para ser reutilizado no aparelho. ASSASSINATOS Os dados divulgados pelo governo também mostram que em 2014 os homicídios dolosos, praticados com intenção de matar, caíram 3,4% na comparação com 2013. Caíram de 4.444 para 4.294 de um ano para o outro. Essa queda fez com que a taxa de assassinatos por um grupo de 100 mil habitantes caísse para 10,06. Trata-se do melhor resultado desde 2001, quando havia no Estado um índice de 33,3 por 100 mil. Para organismos internacionais, taxas acima de 10 homicídios a cada 100 mil habitantes são consideradas epidêmicas –quando os crimes estão fora de controle. Os dados divulgados pelo governo do Estado consideram a quantidade de casos registrados, e não a de vítimas. Um mesmo registro pode ter mais de uma vítima. Considerando a quantidade de vítimas, São Paulo teria uma taxa um pouco maior: de 10,61 a cada 100 mil. Em 2014, foram registrados 4.294 casos de homicídios, com 4.527 vítimas. Na capital, os índices foram ainda melhores: 9,83 assassinatos por 100 mil, com 1.132 casos. Em 2011, porém, a cidade tinha tido um resultado melhor: taxa de 9,01. TRAFICANTES Para especialistas em segurança, além de um trabalho eficaz da polícia na investigação dos homicídios, que tem índices de solução considerados satisfatórios, a quase inexistência de guerra de traficantes (como ocorre em outros Estados) contribuiu com essa queda ao longo dos anos. O governo minimiza a influência do crime organizado nessa redução.
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Museu italiano expõe tela de autoria controversa atribuída a Caravaggio
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A decisão de um grande museu italiano de expor um quadro atribuído a Caravaggio, encontrado há dois anos no celeiro de uma casa no sul da França, reaviva o debate que divide os especialistas sobre a autenticidade desta obra. "Nossa vontade não é tomar partido neste debate, mas permitir uma comparação entre obras contemporâneas de Caravaggio", explicou à AFP um porta-voz da Pinacoteca di Brera, em Milão. A partir desta quinta-feira (10) e até 5 de fevereiro, o museu mostrará "Judite e Holofernes", uma tela descoberta por acaso em 2014 em um celeiro de uma casa na região do Toulouse, no sudoeste da França. Diversos especialistas a atribuem a Caravaggio (1571-1610), mas outros colocam em dúvida sua autenticidade. Na Pinacoteca di Brera, a placa junto ao quadro o atribui ao mestre italiano, mas um asterisco indica que há uma explicação mais ampla no catálogo da exposição. Esta atribuição "era a condição do empréstimo, mas não reflete necessariamente a posição oficial do museu", acrescenta a nota. A precisão não foi, contudo, suficiente para tranquilizar os especialistas que criticam a decisão do museu de associar uma tela autêntica de Caravaggio a uma obra cujo autor não é reconhecido de forma unânime. Como consequência desta polêmica, um membro do conselho consultivo do museu, o historiador de arte Giovanni Agosti, apresentou sua demissão. "Judite e Holofernes", uma tela a óleo de grande tamanho realizado entre 1600 e 1610, foi apresentado de forma oficial em abril em Paris. Atualmente, vários especialistas internacionais estão analisando a obra, com o apoio do museu do Louvre.
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ilustrada
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Museu italiano expõe tela de autoria controversa atribuída a CaravaggioA decisão de um grande museu italiano de expor um quadro atribuído a Caravaggio, encontrado há dois anos no celeiro de uma casa no sul da França, reaviva o debate que divide os especialistas sobre a autenticidade desta obra. "Nossa vontade não é tomar partido neste debate, mas permitir uma comparação entre obras contemporâneas de Caravaggio", explicou à AFP um porta-voz da Pinacoteca di Brera, em Milão. A partir desta quinta-feira (10) e até 5 de fevereiro, o museu mostrará "Judite e Holofernes", uma tela descoberta por acaso em 2014 em um celeiro de uma casa na região do Toulouse, no sudoeste da França. Diversos especialistas a atribuem a Caravaggio (1571-1610), mas outros colocam em dúvida sua autenticidade. Na Pinacoteca di Brera, a placa junto ao quadro o atribui ao mestre italiano, mas um asterisco indica que há uma explicação mais ampla no catálogo da exposição. Esta atribuição "era a condição do empréstimo, mas não reflete necessariamente a posição oficial do museu", acrescenta a nota. A precisão não foi, contudo, suficiente para tranquilizar os especialistas que criticam a decisão do museu de associar uma tela autêntica de Caravaggio a uma obra cujo autor não é reconhecido de forma unânime. Como consequência desta polêmica, um membro do conselho consultivo do museu, o historiador de arte Giovanni Agosti, apresentou sua demissão. "Judite e Holofernes", uma tela a óleo de grande tamanho realizado entre 1600 e 1610, foi apresentado de forma oficial em abril em Paris. Atualmente, vários especialistas internacionais estão analisando a obra, com o apoio do museu do Louvre.
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André troca hambúrguer por salada e volta a marcar gols
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Após brilhar ao lado do amigo Neymar no Santos em 2010, André acumulou quase cinco anos de temporadas ruins e sem destaque. O inverno parece ter chegado ao fim em 2015. Emprestado pelo Atlético-MG ao Sport, ele marcou 13 gols no Brasileiro e o clube pernambucano ficou na sexta colocação. A melhora em campo, segundo o próprio atacante, veio após uma mudança de hábitos alimentares. André diz que abriu mão do cheeseburger, da pizza e da batata frita para virar o adepto das saladas e dos suplementos alimentares. "Esse tempo que eu fiquei sem jogar, eu procurei treinar mais, melhorei muito a minha alimentação e tenho ido mais na academia", afirmou o atleta, em entrevista para a Folha. "Eu odiava salada. Agora, como todo dia. É o meu jantar, junto com suplemento alimentar, o Whey Protein. Eu amo pizza e McDonald's, era meio viciado. Hoje eu como no máximo uma vez por mês. Antes, era quatro vezes na semana, pelo menos", completa. A salada preferida de André é a "Caesar", com alface, frango e molho de queijo. "O pessoal do restaurante já até me conhece. Eu ligo e já sabem qual é o meu pedido", conta. Refrigerante e cerveja foram cortados do cardápio "Eu era muito viciado em refrigerante. Agora, eu tomo e até me sinto meio mal. Cerveja também não faz parte da dieta, engorda [risos]", diz. Além de ter aumentado a carga dos treinos, indo mais à academia, André afirma ter ficado mais reservado depois do episódio que provocou o seu afastamento durante um período, ainda no Atlético-MG. "Fiquei mais reservado, sim. Até sinto falta de ter mais liberdade. Mas decidi me cuidar mais, ficar mais na minha. O torcedor tem dificuldade de entender que o jogador é um trabalhador comum. Eu vou para as minhas férias agora, se sou visto em uma praia, em uma festa, [o torcedor] se sente no direito de tirar foto e questionar, como se eu tivesse fazendo algo de errado", termina. NA MIRA DO CORINTHIANS Com a dieta em dia, André ainda não sabe como será sua próxima temporada. Talvez tenha que achar um novo restaurante para pedir sua salada preferida. "Não sei ainda. Surge muita coisa, mas não tem nada certo", afirma. O empréstimo com o Sport não foi renovado e André tem contrato com o Atlético-MG até o meio de 2016. O Corinthians se interessa pelo atacante. De acordo com a diretoria alvinegra, houve conversa, mas as negociações não avançaram. "Seria um prazer jogar no campeão brasileiro", diz André.
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esporte
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André troca hambúrguer por salada e volta a marcar golsApós brilhar ao lado do amigo Neymar no Santos em 2010, André acumulou quase cinco anos de temporadas ruins e sem destaque. O inverno parece ter chegado ao fim em 2015. Emprestado pelo Atlético-MG ao Sport, ele marcou 13 gols no Brasileiro e o clube pernambucano ficou na sexta colocação. A melhora em campo, segundo o próprio atacante, veio após uma mudança de hábitos alimentares. André diz que abriu mão do cheeseburger, da pizza e da batata frita para virar o adepto das saladas e dos suplementos alimentares. "Esse tempo que eu fiquei sem jogar, eu procurei treinar mais, melhorei muito a minha alimentação e tenho ido mais na academia", afirmou o atleta, em entrevista para a Folha. "Eu odiava salada. Agora, como todo dia. É o meu jantar, junto com suplemento alimentar, o Whey Protein. Eu amo pizza e McDonald's, era meio viciado. Hoje eu como no máximo uma vez por mês. Antes, era quatro vezes na semana, pelo menos", completa. A salada preferida de André é a "Caesar", com alface, frango e molho de queijo. "O pessoal do restaurante já até me conhece. Eu ligo e já sabem qual é o meu pedido", conta. Refrigerante e cerveja foram cortados do cardápio "Eu era muito viciado em refrigerante. Agora, eu tomo e até me sinto meio mal. Cerveja também não faz parte da dieta, engorda [risos]", diz. Além de ter aumentado a carga dos treinos, indo mais à academia, André afirma ter ficado mais reservado depois do episódio que provocou o seu afastamento durante um período, ainda no Atlético-MG. "Fiquei mais reservado, sim. Até sinto falta de ter mais liberdade. Mas decidi me cuidar mais, ficar mais na minha. O torcedor tem dificuldade de entender que o jogador é um trabalhador comum. Eu vou para as minhas férias agora, se sou visto em uma praia, em uma festa, [o torcedor] se sente no direito de tirar foto e questionar, como se eu tivesse fazendo algo de errado", termina. NA MIRA DO CORINTHIANS Com a dieta em dia, André ainda não sabe como será sua próxima temporada. Talvez tenha que achar um novo restaurante para pedir sua salada preferida. "Não sei ainda. Surge muita coisa, mas não tem nada certo", afirma. O empréstimo com o Sport não foi renovado e André tem contrato com o Atlético-MG até o meio de 2016. O Corinthians se interessa pelo atacante. De acordo com a diretoria alvinegra, houve conversa, mas as negociações não avançaram. "Seria um prazer jogar no campeão brasileiro", diz André.
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Justiça decreta bloqueio de bens de PP e deputados
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A Justiça Federal do Paraná decretou, nesta sexta (7), o bloqueio de R$ 9,8 milhões em bens do PP, após um pedido da força-tarefa da Operação Lava Jato, pelo desvio de recursos da Petrobras. O Ministério Público Federal entrou com uma ação de improbidade contra o partido na semana passada, acusando-o de ter se beneficiado do petrolão. Além do partido, outros onze deputados, ex-deputados e assessores do PP também foram acionados e terão outros R$ 467 milhões em bens bloqueados. São eles os deputados federais Nelson Meurer (PP-PR), Mário Negromonte Júnior (PP-BA), Arthur Lira (PP-AL), José Otávio Germano (PP-RS), Luiz Fernando Faria (PP-MG) e Roberto Britto (PP-BA); os ex-deputados Pedro Corrêa (PP-PE), Pedro Henry (PP-MT), João Pizzolatti (PP-SC) e Mário Negromonte (PP-BA); além de João Genu, que foi assessor parlamentar do deputado José Janene. O bloqueio, preventivo, é determinado no início de uma ação, para garantir, em caso de condenação, o pagamento de multa e ressarcimento à vítima -nesse caso, a Petrobras. Com a medida, os deputados e o PP não poderão vender nem transferir os bens afetados. A ordem foi dada pelo juiz Friedmann Wendpap, da 1ª Vara Federal de Curitiba. Apesar de atender ao pedido de bloqueio, o magistrado extinguiu o pedido do Ministério Público para cassar a aposentadoria especial dos ex-parlamentares, além do pagamento de danos morais coletivos, por entender que não era a via adequada para a decisão sobre o tema. Esta é a primeira decisão da ação de improbidade. Agora, os acusados terão 15 dias para se manifestar. FORTES INDÍCIOS Wendpap entendeu que havia "fortes indícios de responsabilidade por ato ímprobo", o que justificava o bloqueio dos bens. Entre as provas listadas pelo juiz, estão, além dos depoimentos de delatores, depósitos não identificados feitos nas contas dos parlamentares, doações eleitorais por empreiteiras envolvidas na Lava Jato, crescimento de patrimônio incompatível com a renda declarada e condenações anteriores na Justiça. Um dos maiores valores de bloqueio foi determinado contra o ex-ministro Mário Negromonte, atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia: foram R$ 166,9 milhões em bloqueio. Logo depois, vem o ex-deputado João Pizzolatti (PP-SC), com R$ 124 milhões. Wendpap considerou que, contra ambos, havia "indícios consideráveis de que os acusados recebiam propina por meio do pagamento –no mínimo, mensal– de dinheiro em espécie, cujo valor chegava a alcançar o patamar de R$ 300 mil". A decisão lista pagamentos como a compra e blindagem de um carro para a filha de Negromonte, e o crescimento incompatível de patrimônio de Pizzolatti. Tanto o ex-ministro quanto o ex-deputado foram denunciados no ano passado pela PGR (Procuradoria-Geral da República), sob acusação de corrupção e ocultação de bens. OUTRO LADO O PP informou que não iria se manifestar sobre o assunto. O deputado Arthur Lira (PP-AL) afirmou, em nota, que as acusações são "inverídicas e carecem de provas". Ele argumenta que nem sequer havia ingressado na Câmara quando os fatos ocorreram, e que "aguarda o inevitável arquivamento de mais uma denúncia infundada". O deputado Nelson Meurer (PP-PR) disse que ainda não foi notificado da decisão, e que irá apresentar sua defesa em juízo. Os advogados de João Pizzolatti (PP-SC) e do deputado Roberto Brito (PP-BA) disseram que só irão se manifestar nos autos. A defesa de João Cláudio Genu informou que o ex-assessor é "parte ilegítima" do processo, e que vai apresentar pedido à Justiça para que ele seja excluído da ação. A Folha não conseguiu contato com a defesa dos demais acusados. VALORES BLOQUEADOS Mário Negromonte (PP-BA) - R$ 166,9 milhões João Alberto Pizzolatti Júnior (PP-SC) - R$ 124 milhões Nelson Meurer (PP-PR) - R$ 78,8 milhões Pedro Corrêa (PP-PE) - R$ 46,8 milhões João Genu (ex-assessor de José Janene) - R$ 12,8 milhões José Otávio Germano (PP-RS) - R$ 10,4 milhões Roberto Britto (PP-BA) - R$ 8,16 milhões Luiz Fernando Faria (PP-MG) - R$ 8,16 milhões Arthur Lira (PP-AL) - R$ 7,7 milhões Mário Negromonte Junior (PP-BA) - R$ 2,73 milhões Pedro Henry (PP-MT) - R$ 800 mil PP - R$ 9,88 milhões Total: R$ 477 milhões
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poder
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Justiça decreta bloqueio de bens de PP e deputadosA Justiça Federal do Paraná decretou, nesta sexta (7), o bloqueio de R$ 9,8 milhões em bens do PP, após um pedido da força-tarefa da Operação Lava Jato, pelo desvio de recursos da Petrobras. O Ministério Público Federal entrou com uma ação de improbidade contra o partido na semana passada, acusando-o de ter se beneficiado do petrolão. Além do partido, outros onze deputados, ex-deputados e assessores do PP também foram acionados e terão outros R$ 467 milhões em bens bloqueados. São eles os deputados federais Nelson Meurer (PP-PR), Mário Negromonte Júnior (PP-BA), Arthur Lira (PP-AL), José Otávio Germano (PP-RS), Luiz Fernando Faria (PP-MG) e Roberto Britto (PP-BA); os ex-deputados Pedro Corrêa (PP-PE), Pedro Henry (PP-MT), João Pizzolatti (PP-SC) e Mário Negromonte (PP-BA); além de João Genu, que foi assessor parlamentar do deputado José Janene. O bloqueio, preventivo, é determinado no início de uma ação, para garantir, em caso de condenação, o pagamento de multa e ressarcimento à vítima -nesse caso, a Petrobras. Com a medida, os deputados e o PP não poderão vender nem transferir os bens afetados. A ordem foi dada pelo juiz Friedmann Wendpap, da 1ª Vara Federal de Curitiba. Apesar de atender ao pedido de bloqueio, o magistrado extinguiu o pedido do Ministério Público para cassar a aposentadoria especial dos ex-parlamentares, além do pagamento de danos morais coletivos, por entender que não era a via adequada para a decisão sobre o tema. Esta é a primeira decisão da ação de improbidade. Agora, os acusados terão 15 dias para se manifestar. FORTES INDÍCIOS Wendpap entendeu que havia "fortes indícios de responsabilidade por ato ímprobo", o que justificava o bloqueio dos bens. Entre as provas listadas pelo juiz, estão, além dos depoimentos de delatores, depósitos não identificados feitos nas contas dos parlamentares, doações eleitorais por empreiteiras envolvidas na Lava Jato, crescimento de patrimônio incompatível com a renda declarada e condenações anteriores na Justiça. Um dos maiores valores de bloqueio foi determinado contra o ex-ministro Mário Negromonte, atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia: foram R$ 166,9 milhões em bloqueio. Logo depois, vem o ex-deputado João Pizzolatti (PP-SC), com R$ 124 milhões. Wendpap considerou que, contra ambos, havia "indícios consideráveis de que os acusados recebiam propina por meio do pagamento –no mínimo, mensal– de dinheiro em espécie, cujo valor chegava a alcançar o patamar de R$ 300 mil". A decisão lista pagamentos como a compra e blindagem de um carro para a filha de Negromonte, e o crescimento incompatível de patrimônio de Pizzolatti. Tanto o ex-ministro quanto o ex-deputado foram denunciados no ano passado pela PGR (Procuradoria-Geral da República), sob acusação de corrupção e ocultação de bens. OUTRO LADO O PP informou que não iria se manifestar sobre o assunto. O deputado Arthur Lira (PP-AL) afirmou, em nota, que as acusações são "inverídicas e carecem de provas". Ele argumenta que nem sequer havia ingressado na Câmara quando os fatos ocorreram, e que "aguarda o inevitável arquivamento de mais uma denúncia infundada". O deputado Nelson Meurer (PP-PR) disse que ainda não foi notificado da decisão, e que irá apresentar sua defesa em juízo. Os advogados de João Pizzolatti (PP-SC) e do deputado Roberto Brito (PP-BA) disseram que só irão se manifestar nos autos. A defesa de João Cláudio Genu informou que o ex-assessor é "parte ilegítima" do processo, e que vai apresentar pedido à Justiça para que ele seja excluído da ação. A Folha não conseguiu contato com a defesa dos demais acusados. VALORES BLOQUEADOS Mário Negromonte (PP-BA) - R$ 166,9 milhões João Alberto Pizzolatti Júnior (PP-SC) - R$ 124 milhões Nelson Meurer (PP-PR) - R$ 78,8 milhões Pedro Corrêa (PP-PE) - R$ 46,8 milhões João Genu (ex-assessor de José Janene) - R$ 12,8 milhões José Otávio Germano (PP-RS) - R$ 10,4 milhões Roberto Britto (PP-BA) - R$ 8,16 milhões Luiz Fernando Faria (PP-MG) - R$ 8,16 milhões Arthur Lira (PP-AL) - R$ 7,7 milhões Mário Negromonte Junior (PP-BA) - R$ 2,73 milhões Pedro Henry (PP-MT) - R$ 800 mil PP - R$ 9,88 milhões Total: R$ 477 milhões
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Avião com goleiro da Chapecoense chega a São Paulo
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O avião-ambulância com o goleiro da Chapecoense Jackson Follmann pousou à 0h20 desta terça-feira (13) no aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo. Follmann é o primeiro dos sobreviventes brasileiros da tragédia da Chapecoense a retornar ao país. O jogador foi levado de ambulância ao hospital Israelita Albert Einstein, no Morumbi, onde fará uma cirurgia. Nesta segunda-feira (12), o jogador embarcou no aeroporto de Medellín, localizado na cidade de Rionegro, na Colômbia, rumo ao Brasil. O voo fez uma escala em Manaus para abastecimento e regularização antes de seguir direto a São Paulo. Acidente em voo da Chapecoense
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esporte
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Avião com goleiro da Chapecoense chega a São PauloO avião-ambulância com o goleiro da Chapecoense Jackson Follmann pousou à 0h20 desta terça-feira (13) no aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo. Follmann é o primeiro dos sobreviventes brasileiros da tragédia da Chapecoense a retornar ao país. O jogador foi levado de ambulância ao hospital Israelita Albert Einstein, no Morumbi, onde fará uma cirurgia. Nesta segunda-feira (12), o jogador embarcou no aeroporto de Medellín, localizado na cidade de Rionegro, na Colômbia, rumo ao Brasil. O voo fez uma escala em Manaus para abastecimento e regularização antes de seguir direto a São Paulo. Acidente em voo da Chapecoense
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Paulistas têm absoluta supremacia no futebol nacional em 2015, diz leitor
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Após três anos em baixa, o futebol paulista voltou com tudo em 2015, com supremacia absoluta no cenário nacional. Palmeiras e Santos farão a grande final paulista da Copa do Brasil, repetindo a decisão do Paulista. E, no Campeonato Brasileiro, o Corinthians já é o virtual campeão. RENATO KHAIR (São Paulo, SP) * * Lamento o tom grosseiro, rancoroso e torpe do colunista Juca Kfoury (Viagem desclassificada ), relatando a extradição para os Estados Unidos, do ex-presidente da CBF José Maria Marin. Bom que se diga que Marin está preso, mas ainda não foi julgado e muito menos condenado. Kfoury afirma que "não dá para sentir pena" de Marin. Creio que o sentimento que Marin tem por Kfoury é recíproco. Contudo, a meu ver, Kfoury não é decente, quando tripudia e acusa quem esteja impossibilitado de se defender. VICENTE LIMONGI NETTO (Brasília, DF) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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paineldoleitor
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Paulistas têm absoluta supremacia no futebol nacional em 2015, diz leitorApós três anos em baixa, o futebol paulista voltou com tudo em 2015, com supremacia absoluta no cenário nacional. Palmeiras e Santos farão a grande final paulista da Copa do Brasil, repetindo a decisão do Paulista. E, no Campeonato Brasileiro, o Corinthians já é o virtual campeão. RENATO KHAIR (São Paulo, SP) * * Lamento o tom grosseiro, rancoroso e torpe do colunista Juca Kfoury (Viagem desclassificada ), relatando a extradição para os Estados Unidos, do ex-presidente da CBF José Maria Marin. Bom que se diga que Marin está preso, mas ainda não foi julgado e muito menos condenado. Kfoury afirma que "não dá para sentir pena" de Marin. Creio que o sentimento que Marin tem por Kfoury é recíproco. Contudo, a meu ver, Kfoury não é decente, quando tripudia e acusa quem esteja impossibilitado de se defender. VICENTE LIMONGI NETTO (Brasília, DF) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Associações de educação protestam contra Viviane Senna
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Viviane Senna causou indignação no meio educacional brasileiro, ao afirmar, em entrevista, que a educação trabalha com "achismos" (Educação é baseada em achismos, afirma Viviane Senna ). A entrevistada aponta a consciência superior da iniciativa privada a respeito da importância da "ciência do aprendizado" e nada diz sobre a correlação entre dedicação e foco e origem social, aparentemente não estudada. Questionamos uma entrevista sem nenhuma informação científica que tenta desqualificar toda uma área que vem produzindo e divulgando conhecimentos no país há décadas e que tem inúmeras contribuições oferecidas à sociedade e à educação. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Associações de educação protestam contra Viviane SennaViviane Senna causou indignação no meio educacional brasileiro, ao afirmar, em entrevista, que a educação trabalha com "achismos" (Educação é baseada em achismos, afirma Viviane Senna ). A entrevistada aponta a consciência superior da iniciativa privada a respeito da importância da "ciência do aprendizado" e nada diz sobre a correlação entre dedicação e foco e origem social, aparentemente não estudada. Questionamos uma entrevista sem nenhuma informação científica que tenta desqualificar toda uma área que vem produzindo e divulgando conhecimentos no país há décadas e que tem inúmeras contribuições oferecidas à sociedade e à educação. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Prepare-se: sexta-feira com Ed Motta, Foo Fighters e temperaturas amenas
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DE SÃO PAULO PERSONAGEM DO DIA "O mundo é de todos. Cada um faz a sua parte. Mas com certeza vive melhor quem faz o bem. Chegamos num ponto onde uma boa ação nos assusta e não deve ser assim. Falta raciocínio para como usamos a natureza e como nos tratamos. Não reconhecemos que os grandes valores são sem duvida zelar por esses bens. São eles que podem nos manter fortes, vivos e humanos. " Tamiris de Freitas, 26, visual merchandasing, Morumbi * TEMPO A sexta-feira (23) será nublada com chuvas repentinas, principalmente no período da tarde. A temperatura baixou: a mínima será de 19ºC e, a máxima, de 26ºC * O QUE AFETA SUA VIDA * CULTURA E ENTRETENIMENTO AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Wesley Klimpel Edição: Fabiana Seragusa Reportagem: Carolina Dantas (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
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saopaulo
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Prepare-se: sexta-feira com Ed Motta, Foo Fighters e temperaturas amenasDE SÃO PAULO PERSONAGEM DO DIA "O mundo é de todos. Cada um faz a sua parte. Mas com certeza vive melhor quem faz o bem. Chegamos num ponto onde uma boa ação nos assusta e não deve ser assim. Falta raciocínio para como usamos a natureza e como nos tratamos. Não reconhecemos que os grandes valores são sem duvida zelar por esses bens. São eles que podem nos manter fortes, vivos e humanos. " Tamiris de Freitas, 26, visual merchandasing, Morumbi * TEMPO A sexta-feira (23) será nublada com chuvas repentinas, principalmente no período da tarde. A temperatura baixou: a mínima será de 19ºC e, a máxima, de 26ºC * O QUE AFETA SUA VIDA * CULTURA E ENTRETENIMENTO AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Wesley Klimpel Edição: Fabiana Seragusa Reportagem: Carolina Dantas (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
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Ibirapuera irá abrigar encontro de adeptos do 'pau de selfie'
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Quase desconhecido há pouco tempo, o "pau de selfie" se tornou o acessório da moda em praias, clubes, shows e festas. Mas há quem seja contra a drástica revolução na maneira de tirar fotos com o inusitado apetrecho. Para essas pessoas, um aviso: evitem visitar o parque Ibirapuera (zona sul de São Paulo) neste domingo (18). O local foi marcado no Facebook -rede social em que é publicada a maior parte das fotos feitas com a ajuda do acessório- como ponto de encontro do 1° Grande Encontro Nacional do "Pau de Selfie". Até a manhã deste domingo, mais de 6.200 pessoas já tinham confirmado presença no evento, marcado para 16h, na praça do Porquinho. Os mais empolgados planejavam manobras. "Estou louco para fazer malabares com paus de self [sic]." O designer Matheus Ramos Dias, 19, é o responsável por convocar essa aglomeração de aficionados pelos autorretratos com algo a mais. "Eu já tentei fazer outros eventos desse tipo, com outras coisas sazonais, mas geralmente outras pessoas já tinham criado, e os meus eram ignorados. Desta vez, a repercussão foi muito maior do que eu esperava", afirmou. Para delírio dos fãs, a página do evento ainda promete apresentar o maior "pau de selfie" do país. Matheus disse que o instrumento será construído a partir da conexão de diversos "paus de selfie" que possam ser rosqueados. O designer mora em Santos, no litoral paulista, mas disse que irá ao evento de carona. Mas outro problema torna quase inviável a ida dele ao encontro no parque. "Não sei se eu deveria te contar isso, mas eu não tenho um 'pau de selfie'. Mas eu tenho esperança de que serei patrocinado por algum camelô até domingo", afirmou. Veja imagens VARIAÇÃO DE PREÇOS O grande sucesso do acessório também se deve à popularização de sua venda. O apetrecho pode ser achado por menos de R$ 50 na 25 de Março (rua de comércio popular em São Paulo). Os modelos mais sofisticados apresentam um botão acoplado na base do bastão. A comodidade eleva o custo a até R$ 250.
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cotidiano
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Ibirapuera irá abrigar encontro de adeptos do 'pau de selfie'Quase desconhecido há pouco tempo, o "pau de selfie" se tornou o acessório da moda em praias, clubes, shows e festas. Mas há quem seja contra a drástica revolução na maneira de tirar fotos com o inusitado apetrecho. Para essas pessoas, um aviso: evitem visitar o parque Ibirapuera (zona sul de São Paulo) neste domingo (18). O local foi marcado no Facebook -rede social em que é publicada a maior parte das fotos feitas com a ajuda do acessório- como ponto de encontro do 1° Grande Encontro Nacional do "Pau de Selfie". Até a manhã deste domingo, mais de 6.200 pessoas já tinham confirmado presença no evento, marcado para 16h, na praça do Porquinho. Os mais empolgados planejavam manobras. "Estou louco para fazer malabares com paus de self [sic]." O designer Matheus Ramos Dias, 19, é o responsável por convocar essa aglomeração de aficionados pelos autorretratos com algo a mais. "Eu já tentei fazer outros eventos desse tipo, com outras coisas sazonais, mas geralmente outras pessoas já tinham criado, e os meus eram ignorados. Desta vez, a repercussão foi muito maior do que eu esperava", afirmou. Para delírio dos fãs, a página do evento ainda promete apresentar o maior "pau de selfie" do país. Matheus disse que o instrumento será construído a partir da conexão de diversos "paus de selfie" que possam ser rosqueados. O designer mora em Santos, no litoral paulista, mas disse que irá ao evento de carona. Mas outro problema torna quase inviável a ida dele ao encontro no parque. "Não sei se eu deveria te contar isso, mas eu não tenho um 'pau de selfie'. Mas eu tenho esperança de que serei patrocinado por algum camelô até domingo", afirmou. Veja imagens VARIAÇÃO DE PREÇOS O grande sucesso do acessório também se deve à popularização de sua venda. O apetrecho pode ser achado por menos de R$ 50 na 25 de Março (rua de comércio popular em São Paulo). Os modelos mais sofisticados apresentam um botão acoplado na base do bastão. A comodidade eleva o custo a até R$ 250.
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Temer manda acelerar demissões de petistas do segundo e do terceiro escalão
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O presidente interino, Michel Temer, ordenou acelerar as demissões de servidores ligados ao PT que ainda ocupam cargos no segundo e terceiro escalão do governo. Segundo a Folha apurou, a equipe do presidente interino pediu um levantamento do número de postos que ainda abrigam indicações consideradas políticas e orientou que os quadros petistas sejam substituídos o mais rápido possível. Nas palavras de um auxiliar de Temer, os funcionários ligados ao partido da presidente afastada Dilma Rousseff que ainda permanecem em secretarias e diretorias "estão atrapalhando o andamento da gestão". "O clima é de guerra", sentenciou o assessor. O discurso oficial é que as indicações políticas serão trocadas, preferencialmente, por nomes de perfil técnico, mas sabe-se que os cargos de segundo e terceiro escalão são um flanco muito cobiçado por partidos aliados, que desejam ocupar os postos para garantir mais espaço no governo. GABINETE DE DILMA Além de apressar a saída dos petistas que ainda estão em cargos-chave de sua gestão, Temer pretende revisar e cortar o número de postos que Dilma levou para trabalhar com ela no Palácio da Alvorada. Antes de ser afastada do cargo, em 12 de maio, a petista deu sinais de que pretendia manter uma equipe de 12 a 15 assessores para auxiliá-la. Segundo levantamento da equipe de Temer, porém, Dilma acabou recrutando 36 cargos, sendo 31 do gabinete da Presidência e cinco ajudantes de ordem. Surgiu então um problema. Temer acabou sem espaço para nomear seus assessores. Pior: Dilma levou os maiores salários e os melhores postos. Dos 31 cargos da Presidência, 16 estão no topo da remuneração. Irritado, o presidente interino determinou que a Casa Civil fizesse um "estudo jurídico" para verificar se Dilma realmente precisava de todos esses auxiliares e, de acordo com a assessoria da petista, só na semana passada duas pessoas foram exoneradas e a expectativa é que novos nomes sejam cortados em breve. Segundo auxiliares de Dilma, porém, a Presidência da República dispõe de 120 cargos e, portanto, Temer teria ainda 89 postos livres para nomeação. Além disso, dizem os petistas, o presidente interino pode fazer uso dos 40 cargos da vice-presidência que ainda estão à sua disposição. A equipe de Dilma reclama das restrições do governo Temer e diz que o Planalto se recusa a pagar despesas de assessores que acompanham a presidente afastada em viagens pelo país. Da última vez que Dilma esteve em Porto Alegre, por exemplo, auxiliares precisaram pagar a hospedagem do próprio bolso. O ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) acionou o Ministério do Planejamento para tentar encontrar uma saída para o problema. Na semana passada, a Casa Civil divulgou parecer em que permite Dilma utilizar aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) somente quando viajar de Brasília a Porto Alegre, onde vivem seus familiares. O advogado da petista, José Eduardo Cardozo, reagiu e protocolou nesta terça (7) ofícios no Planalto, no Senado e no STF (Supremo Tribunal Federal) para dizer que os cortes "constrangem" a defesa de Dilma. Segundo o documento, Dilma passaria a viajar de avião comercial ou via terrestre e sua segurança, nestes casos, seria de total responsabilidade de Temer. Para cumprir agenda em Campinas (SP) nesta quinta-feira (9), porém, Dilma recuou e decidiu alugar um jato para fazer o deslocamento. Os custos serão pagos pelo PT e a justificava oficial foi exatamente a "questão de segurança".
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Temer manda acelerar demissões de petistas do segundo e do terceiro escalãoO presidente interino, Michel Temer, ordenou acelerar as demissões de servidores ligados ao PT que ainda ocupam cargos no segundo e terceiro escalão do governo. Segundo a Folha apurou, a equipe do presidente interino pediu um levantamento do número de postos que ainda abrigam indicações consideradas políticas e orientou que os quadros petistas sejam substituídos o mais rápido possível. Nas palavras de um auxiliar de Temer, os funcionários ligados ao partido da presidente afastada Dilma Rousseff que ainda permanecem em secretarias e diretorias "estão atrapalhando o andamento da gestão". "O clima é de guerra", sentenciou o assessor. O discurso oficial é que as indicações políticas serão trocadas, preferencialmente, por nomes de perfil técnico, mas sabe-se que os cargos de segundo e terceiro escalão são um flanco muito cobiçado por partidos aliados, que desejam ocupar os postos para garantir mais espaço no governo. GABINETE DE DILMA Além de apressar a saída dos petistas que ainda estão em cargos-chave de sua gestão, Temer pretende revisar e cortar o número de postos que Dilma levou para trabalhar com ela no Palácio da Alvorada. Antes de ser afastada do cargo, em 12 de maio, a petista deu sinais de que pretendia manter uma equipe de 12 a 15 assessores para auxiliá-la. Segundo levantamento da equipe de Temer, porém, Dilma acabou recrutando 36 cargos, sendo 31 do gabinete da Presidência e cinco ajudantes de ordem. Surgiu então um problema. Temer acabou sem espaço para nomear seus assessores. Pior: Dilma levou os maiores salários e os melhores postos. Dos 31 cargos da Presidência, 16 estão no topo da remuneração. Irritado, o presidente interino determinou que a Casa Civil fizesse um "estudo jurídico" para verificar se Dilma realmente precisava de todos esses auxiliares e, de acordo com a assessoria da petista, só na semana passada duas pessoas foram exoneradas e a expectativa é que novos nomes sejam cortados em breve. Segundo auxiliares de Dilma, porém, a Presidência da República dispõe de 120 cargos e, portanto, Temer teria ainda 89 postos livres para nomeação. Além disso, dizem os petistas, o presidente interino pode fazer uso dos 40 cargos da vice-presidência que ainda estão à sua disposição. A equipe de Dilma reclama das restrições do governo Temer e diz que o Planalto se recusa a pagar despesas de assessores que acompanham a presidente afastada em viagens pelo país. Da última vez que Dilma esteve em Porto Alegre, por exemplo, auxiliares precisaram pagar a hospedagem do próprio bolso. O ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) acionou o Ministério do Planejamento para tentar encontrar uma saída para o problema. Na semana passada, a Casa Civil divulgou parecer em que permite Dilma utilizar aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) somente quando viajar de Brasília a Porto Alegre, onde vivem seus familiares. O advogado da petista, José Eduardo Cardozo, reagiu e protocolou nesta terça (7) ofícios no Planalto, no Senado e no STF (Supremo Tribunal Federal) para dizer que os cortes "constrangem" a defesa de Dilma. Segundo o documento, Dilma passaria a viajar de avião comercial ou via terrestre e sua segurança, nestes casos, seria de total responsabilidade de Temer. Para cumprir agenda em Campinas (SP) nesta quinta-feira (9), porém, Dilma recuou e decidiu alugar um jato para fazer o deslocamento. Os custos serão pagos pelo PT e a justificava oficial foi exatamente a "questão de segurança".
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Indicado pelo PR para Transportes foi condenado por desvio em merenda
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Indicado pelo PR para chefiar o Ministério dos Transportes em um eventual governo Michel Temer (PMDB), o deputado Maurício Quintella (PR-AL) foi condenado em agosto de 2014 por participação em um esquema que desviou dinheiro destinado ao pagamento de merenda escolar em Alagoas, entre 2003 e 2005. Na época, Quintella era secretário de Educação do Estado. Procurado, o deputado confirmou à Folha que seu nome está envolvido nas negociações entre o PR e aliados de Temer que atuam na montagem de um novo ministério. Ele se defendeu das acusações e disse que recorre da condenação expedida em primeira instância, por improbidade administrativa, ao lado de outras nove pessoas. Nessa ação, a Justiça determinou que todos, somados, devolvessem um total de R$ 133,6 milhões à União por desvios nos programas de merenda e transporte escolar. Quintella, especificamente, foi multado em R$ 4,2 milhões. Por conta das investigações, o MPF (Ministério Público Federal) conseguiu, em 2008, que a Justiça autorizasse o bloqueio dos bens do deputado. A ação contra Quintella foi instaurada após a Polícia Federal deflagrar uma operação, a Gabiru, em 2005, para desbaratar a rede de desvios de merenda. O deputado se viu especialmente envolvido em um caso, que cita o superfaturamento da compra de ovos. Uma licitação homologada por ele, à época secretário, autorizou o pagamento de quase R$ 280 mil para a compra de 90 mil dúzias de ovos. Segundo a Justiça, só metade da compra foi efetivamente entregue. "A denúncia criminal sequer foi aceita pela Justiça", afirmou Quintella. "E estou recorrendo da decisão de primeira instância da ação civil que determinou o pagamento de multa", disse. O parlamentar alega que as acusações são improcedentes. "Não é o secretário quem faz cotação de preços, é o setor de licitações. A única coisa que diz foi homologar a licitação", afirmou. Questionado sobre a indicação para o Ministério dos Transportes após possível posse de Temer, o deputado se limitou a dizer que o nome definido pelo partido ainda "está em discussão". Cotados para os ministérios
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Indicado pelo PR para Transportes foi condenado por desvio em merendaIndicado pelo PR para chefiar o Ministério dos Transportes em um eventual governo Michel Temer (PMDB), o deputado Maurício Quintella (PR-AL) foi condenado em agosto de 2014 por participação em um esquema que desviou dinheiro destinado ao pagamento de merenda escolar em Alagoas, entre 2003 e 2005. Na época, Quintella era secretário de Educação do Estado. Procurado, o deputado confirmou à Folha que seu nome está envolvido nas negociações entre o PR e aliados de Temer que atuam na montagem de um novo ministério. Ele se defendeu das acusações e disse que recorre da condenação expedida em primeira instância, por improbidade administrativa, ao lado de outras nove pessoas. Nessa ação, a Justiça determinou que todos, somados, devolvessem um total de R$ 133,6 milhões à União por desvios nos programas de merenda e transporte escolar. Quintella, especificamente, foi multado em R$ 4,2 milhões. Por conta das investigações, o MPF (Ministério Público Federal) conseguiu, em 2008, que a Justiça autorizasse o bloqueio dos bens do deputado. A ação contra Quintella foi instaurada após a Polícia Federal deflagrar uma operação, a Gabiru, em 2005, para desbaratar a rede de desvios de merenda. O deputado se viu especialmente envolvido em um caso, que cita o superfaturamento da compra de ovos. Uma licitação homologada por ele, à época secretário, autorizou o pagamento de quase R$ 280 mil para a compra de 90 mil dúzias de ovos. Segundo a Justiça, só metade da compra foi efetivamente entregue. "A denúncia criminal sequer foi aceita pela Justiça", afirmou Quintella. "E estou recorrendo da decisão de primeira instância da ação civil que determinou o pagamento de multa", disse. O parlamentar alega que as acusações são improcedentes. "Não é o secretário quem faz cotação de preços, é o setor de licitações. A única coisa que diz foi homologar a licitação", afirmou. Questionado sobre a indicação para o Ministério dos Transportes após possível posse de Temer, o deputado se limitou a dizer que o nome definido pelo partido ainda "está em discussão". Cotados para os ministérios
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MAM paulista reduz ótimos trabalhos a exposição piegas
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Uma reunião de ótimas obras não significa uma boa mostra. "Natureza Franciscana", em cartaz no MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo, reflete como o trabalho curatorial pode simplificar a arte a ponto de torná-la mera ilustração de uma ideia. Com curadoria do diretor da instituição, Felipe Chaimovich, a mostra reúne um time considerável de artistas, como os estrangeiros Yves Klein, On Kawara e Wolfgang Tillmans, e os brasileiros Nazareth Pacheco, Brígida Baltar e Thiago Rocha Pitta, mas suas obras são instrumentalizadas como mera ilustração do "Cântico das Criaturas", de são Francisco de Assis. Escrito pelo santo católico no início do século 13, o texto é defendido por Chaimovich como precursor das questões ecológicas; e seu autor, como "fundador da ecologia". A exposição, contudo, está longe de tocar nas catástrofes contemporâneas do meio ambiente, e a instituição e seu diretor, mesmo falando de ecologia, preferem ignorar os casos da crise hídrica no país ou da lama de Mariana (MG), em uma total falta de sensibilidade entre arte e seu contexto. Ecologia no MAM é basicamente o elogio da natureza, usando as obras de arte em uma relação direta e explícita com os temas abordados por são Francisco. O pior é que a curadoria ignora até mesmo a radicalidade do santo católico, que abdicou da riqueza por uma vivência baseada na absoluta pobreza. Assim, em "Natureza Franciscana", basta que cada artista ilustre um verso do cântico. "Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água, que é muito útil e humilde e preciosa e casta", por exemplo, é o verso usado na sala de Brígida Baltar, com sua obra "A Coleta da Neblina". "Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã lua e pelas estrelas" está na sala de Tillmans, que apresenta imagens feitas por um potente telescópio no Chile, de estrelas a fungos. "Louvado sejas, meu Senhor, por nossa irmã, a morte corporal" é ilustrado pelo que o curador apresenta como a última obra de Leonilson, morto em 1993, aos 36, em decorrência da Aids. Dessa forma, cada trabalho reduz-se de tal forma que leva "Natureza Franciscana" a estar mais adequada para uma folhinha piegas de editora religiosa do que para uma mostra em um museu de arte. NATUREZA FRANCISCANA QUANDO ter. a dom., das 10h às 18h; até 5/6 ONDE MAM, parque Ibirapuera, av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 3, tel. (11) 5085-1300 QUANTO R$ 6
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ilustrada
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MAM paulista reduz ótimos trabalhos a exposição piegasUma reunião de ótimas obras não significa uma boa mostra. "Natureza Franciscana", em cartaz no MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo, reflete como o trabalho curatorial pode simplificar a arte a ponto de torná-la mera ilustração de uma ideia. Com curadoria do diretor da instituição, Felipe Chaimovich, a mostra reúne um time considerável de artistas, como os estrangeiros Yves Klein, On Kawara e Wolfgang Tillmans, e os brasileiros Nazareth Pacheco, Brígida Baltar e Thiago Rocha Pitta, mas suas obras são instrumentalizadas como mera ilustração do "Cântico das Criaturas", de são Francisco de Assis. Escrito pelo santo católico no início do século 13, o texto é defendido por Chaimovich como precursor das questões ecológicas; e seu autor, como "fundador da ecologia". A exposição, contudo, está longe de tocar nas catástrofes contemporâneas do meio ambiente, e a instituição e seu diretor, mesmo falando de ecologia, preferem ignorar os casos da crise hídrica no país ou da lama de Mariana (MG), em uma total falta de sensibilidade entre arte e seu contexto. Ecologia no MAM é basicamente o elogio da natureza, usando as obras de arte em uma relação direta e explícita com os temas abordados por são Francisco. O pior é que a curadoria ignora até mesmo a radicalidade do santo católico, que abdicou da riqueza por uma vivência baseada na absoluta pobreza. Assim, em "Natureza Franciscana", basta que cada artista ilustre um verso do cântico. "Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água, que é muito útil e humilde e preciosa e casta", por exemplo, é o verso usado na sala de Brígida Baltar, com sua obra "A Coleta da Neblina". "Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã lua e pelas estrelas" está na sala de Tillmans, que apresenta imagens feitas por um potente telescópio no Chile, de estrelas a fungos. "Louvado sejas, meu Senhor, por nossa irmã, a morte corporal" é ilustrado pelo que o curador apresenta como a última obra de Leonilson, morto em 1993, aos 36, em decorrência da Aids. Dessa forma, cada trabalho reduz-se de tal forma que leva "Natureza Franciscana" a estar mais adequada para uma folhinha piegas de editora religiosa do que para uma mostra em um museu de arte. NATUREZA FRANCISCANA QUANDO ter. a dom., das 10h às 18h; até 5/6 ONDE MAM, parque Ibirapuera, av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 3, tel. (11) 5085-1300 QUANTO R$ 6
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Literatura portuguesa naufraga no Brasil
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A proposta beira o absurdo. O Ministério da Educação, por meio do documento intitulado Base Nacional Comum Curricular, elimina a obrigatoriedade do estudo da literatura portuguesa, como se, até hoje, ela tivesse sido desnecessária à educação dos jovens que conseguiram terminar o ensino médio. Desde a primeira proposta da reforma ortográfica agora vigente, o governo brasileiro argumentava a favor da padronização linguística, dadas as afinidades culturais e a unidade em torno da língua dos países de fala e escrita portuguesa. A lusofonia, afinal. Falamos o mesmo idioma? Então somos irmãos. Linguistas, literatos, gramáticos, historiadores, intelectuais em geral não foram convidados ao debate. E hoje ocorre o mesmo com a discussão da base curricular. Quem elaborou as atuais propostas? Ninguém sabe, ninguém viu. O projeto do MEC para o ensino da literatura nesse segmento apresenta inovações, já adotadas por alguns colégios menos formalistas, como a inversão temporal da sequência da história literária: os alunos do primeiro ano leriam autores contemporâneos e, nas séries seguintes, mais maduros e preparados, teriam contato com obras de períodos anteriores. Também louvável é a ênfase ao estudo da contribuição dos países africanos de língua portuguesa e à cultura dos povos indígenas. Como, porém, apagar Europa e Portugal de nossas origens? Tirando do mapa? Surgiram artigos, nem todos contundentes, sobre a base curricular, mais focados, porém, na área de história –e um tantinho na linguagem, na norma dita padrão e na gramática. O resto é silêncio. É difícil imaginar uma justificativa para a discriminação da cultura europeia e da literatura portuguesa. Será que, mais uma vez, a seleção de conteúdos foi contaminada por um viés político e ideológico anacrônico? Já que Portugal teria sido uma metrópole colonialista europeia que explorou as riquezas de suas colônias e escravizou populações negras e indígenas na América e na África, agora seria o momento de dar voz à cultura dos oprimidos, em detrimento da Europa elitista e opressora. Escritores lúcidos e críticos ao processo político colonizador lusitano, como os portugueses José Saramago e António Lobo Antunes, não poderiam ser estudados por não serem africanos, tal qual o moçambicano Mia Couto. A Base Nacional Comum Curricular cobre apenas um rol mínimo de informações e conceitos obrigatórios, a serem complementados com outros tantos conteúdos de cunho eletivo ou facultativo. Mas deveria o estudo da literatura portuguesa ser opcional? Camões e Fernando Pessoa, sem falar do Padre Antônio Vieira e de Eça de Queiroz, dependem agora do gosto e/ou da escolha de colégios ou professores? Como compreender a cultura popular nordestina, suas canções, seus repentes, seus cantos de aboiar, sua literatura de cordel, sem reconhecer a presença da literatura medieval da Península Ibérica, em particular as cantigas trovadorescas e as novelas de cavalaria? E "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Melo Neto, e "Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna, nada devem ao teatro humanista português de um Gil Vicente? Fugir ao diálogo Brasil/Portugal é negar origens e contextos produtivos. A quem interessa mudar tanto o programa de literatura? Em que buraco negro estão as milhares de sugestões feitas por quem tem conhecimento da base curricular? O que fazer com as toneladas de livros didáticos já oferecidas anteriormente pelo próprio MEC às escolas públicas e/ou compradas pelas famílias de alunos de escolas particulares? Como atualizar os professores que aprenderam literatura portuguesa, por vezes a duras custas? Passaremos a ter melhores classificações nas avaliações internacionais sem a cultura europeia e a literatura portuguesa? Seremos mais finlandeses, talvez. FLORA BENDER GARCIA é doutora em teoria literária e literatura comparada pela USP JOSÉ RUY LOZANO é autor de livros didáticos e professor de produção textual do Instituto Sidarta * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Literatura portuguesa naufraga no BrasilA proposta beira o absurdo. O Ministério da Educação, por meio do documento intitulado Base Nacional Comum Curricular, elimina a obrigatoriedade do estudo da literatura portuguesa, como se, até hoje, ela tivesse sido desnecessária à educação dos jovens que conseguiram terminar o ensino médio. Desde a primeira proposta da reforma ortográfica agora vigente, o governo brasileiro argumentava a favor da padronização linguística, dadas as afinidades culturais e a unidade em torno da língua dos países de fala e escrita portuguesa. A lusofonia, afinal. Falamos o mesmo idioma? Então somos irmãos. Linguistas, literatos, gramáticos, historiadores, intelectuais em geral não foram convidados ao debate. E hoje ocorre o mesmo com a discussão da base curricular. Quem elaborou as atuais propostas? Ninguém sabe, ninguém viu. O projeto do MEC para o ensino da literatura nesse segmento apresenta inovações, já adotadas por alguns colégios menos formalistas, como a inversão temporal da sequência da história literária: os alunos do primeiro ano leriam autores contemporâneos e, nas séries seguintes, mais maduros e preparados, teriam contato com obras de períodos anteriores. Também louvável é a ênfase ao estudo da contribuição dos países africanos de língua portuguesa e à cultura dos povos indígenas. Como, porém, apagar Europa e Portugal de nossas origens? Tirando do mapa? Surgiram artigos, nem todos contundentes, sobre a base curricular, mais focados, porém, na área de história –e um tantinho na linguagem, na norma dita padrão e na gramática. O resto é silêncio. É difícil imaginar uma justificativa para a discriminação da cultura europeia e da literatura portuguesa. Será que, mais uma vez, a seleção de conteúdos foi contaminada por um viés político e ideológico anacrônico? Já que Portugal teria sido uma metrópole colonialista europeia que explorou as riquezas de suas colônias e escravizou populações negras e indígenas na América e na África, agora seria o momento de dar voz à cultura dos oprimidos, em detrimento da Europa elitista e opressora. Escritores lúcidos e críticos ao processo político colonizador lusitano, como os portugueses José Saramago e António Lobo Antunes, não poderiam ser estudados por não serem africanos, tal qual o moçambicano Mia Couto. A Base Nacional Comum Curricular cobre apenas um rol mínimo de informações e conceitos obrigatórios, a serem complementados com outros tantos conteúdos de cunho eletivo ou facultativo. Mas deveria o estudo da literatura portuguesa ser opcional? Camões e Fernando Pessoa, sem falar do Padre Antônio Vieira e de Eça de Queiroz, dependem agora do gosto e/ou da escolha de colégios ou professores? Como compreender a cultura popular nordestina, suas canções, seus repentes, seus cantos de aboiar, sua literatura de cordel, sem reconhecer a presença da literatura medieval da Península Ibérica, em particular as cantigas trovadorescas e as novelas de cavalaria? E "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Melo Neto, e "Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna, nada devem ao teatro humanista português de um Gil Vicente? Fugir ao diálogo Brasil/Portugal é negar origens e contextos produtivos. A quem interessa mudar tanto o programa de literatura? Em que buraco negro estão as milhares de sugestões feitas por quem tem conhecimento da base curricular? O que fazer com as toneladas de livros didáticos já oferecidas anteriormente pelo próprio MEC às escolas públicas e/ou compradas pelas famílias de alunos de escolas particulares? Como atualizar os professores que aprenderam literatura portuguesa, por vezes a duras custas? Passaremos a ter melhores classificações nas avaliações internacionais sem a cultura europeia e a literatura portuguesa? Seremos mais finlandeses, talvez. FLORA BENDER GARCIA é doutora em teoria literária e literatura comparada pela USP JOSÉ RUY LOZANO é autor de livros didáticos e professor de produção textual do Instituto Sidarta * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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É muito acima de religião, diz Falabella sobre comédia em que interpreta Deus
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Miguel Falabella, 60, diz que precisava se "aquecer" antes de chegar a SP com a peça "God", na qual interpreta Deus. "É basicamente um monólogo, um 'stand up divino'. Queria estar mais seguro e no tom certo." Após passar por cidades como Niterói, Curitiba, Campinas e Brasília, o espetáculo estreia no Teatro Procópio Ferreira nesta sexta (18). Falabella também adaptou o texto da Broadway, que mostra o criador "repaginando" os mandamentos. A comédia "não tem nada de polêmico, não trata de religião. É muito acima disso. É Deus falando, contando da criação, das obras dele", explica o ator, que também grava na Globo a série "Brasil a Bordo", que estreia em 2017. Leia a coluna completa aqui.
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É muito acima de religião, diz Falabella sobre comédia em que interpreta DeusMiguel Falabella, 60, diz que precisava se "aquecer" antes de chegar a SP com a peça "God", na qual interpreta Deus. "É basicamente um monólogo, um 'stand up divino'. Queria estar mais seguro e no tom certo." Após passar por cidades como Niterói, Curitiba, Campinas e Brasília, o espetáculo estreia no Teatro Procópio Ferreira nesta sexta (18). Falabella também adaptou o texto da Broadway, que mostra o criador "repaginando" os mandamentos. A comédia "não tem nada de polêmico, não trata de religião. É muito acima disso. É Deus falando, contando da criação, das obras dele", explica o ator, que também grava na Globo a série "Brasil a Bordo", que estreia em 2017. Leia a coluna completa aqui.
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Estrondo do artista Chris Burden ainda ecoa na arte contemporânea
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Morto neste domingo (10), aos 69, o artista americano Chris Burden foi um dos nomes mais influentes na história da performance e uma das vozes mais potentes de sua geração. Em 1971, em plena Guerra do Vietnã, Burden realizou sua ação mais célebre. Numa galeria de arte, pediu que um amigo o alvejasse no braço com um rifle. A bala passou de raspão, mas Burden conta que caiu em depressão profunda depois do episódio e repensou suas estratégias. Essa ação documentada em vídeo –coisa de segundos–, também mudou o curso da performance no mundo. Chris Burden Junto de Marina Abramovic e Vito Acconci, Burden foi um dos pilares da fase heroica desse gênero artístico ancorado no espetáculo da dor como questionamento de uma obra de arte como mercadoria. Seu tiro no braço não podia ser vendido, mas o estrondo do disparo ecoa até hoje como influência entre artistas que trabalham com performance. Burden dizia que aquela ação radical era uma resposta à violência do conflito armado que se arrastava no Vietnã e vitimou milhões. De certa forma, ele também se colocou como vítima de seu trabalho, que em muitos casos pode ser entendido como um espelho de uma América pujante na superfície, mas corroída por uma falsa moral em suas entranhas. Burden, aliás, nunca se distanciou do vocabulário viril que marcou a arte americana da segunda metade do século passado, com materiais brutos, cargas pesadas e violência às vezes sugerida e às vezes explícita, como quando se crucificou na carroceria de um Fusca ou teve uma farpa metálica martelada em seu peito. Mas, ao contrário de outros nomes de sua geração, Burden soube parar quando a dor física deixou de ser eficaz na denúncia de uma sociedade corrompida. Do passado, ele extraiu só a crueza do metal e outros objetos de peso para construir obras monumentais como "Beam Drop", em que lançou vigas metálicas numa piscina de concreto molhado. Esse trabalho, realizado primeiro em Nova York nos anos 1980 e há seis anos no Instituto Inhotim, em Minas Gerais, sintetiza sua fase mais recente, em que joga com noções de movimento e inércia para atacar falsas utopias de uma arquitetura planejada. Outra de suas obras no Inhotim também se configura como um ultraje à arquitetura e ao mercado. Uma catraca colocada na entrada pressiona as paredes da galeria em direções opostas cada vez que um visitante passa por ela, contando os passos para que a estrutura toda venha abaixo. Há dois anos, o New Museum, em Nova York, fez uma ampla retrospectiva do artista, contrapondo suas performances viscerais a esculturas peso-pesado. Sua última obra, no entanto, uma peça ainda inédita, é um dirigível capaz de voar –uma homenagem a Santos Dumont e sinal de que no fim da vida Burden talvez estivesse pronto para encarar a leveza.
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Estrondo do artista Chris Burden ainda ecoa na arte contemporâneaMorto neste domingo (10), aos 69, o artista americano Chris Burden foi um dos nomes mais influentes na história da performance e uma das vozes mais potentes de sua geração. Em 1971, em plena Guerra do Vietnã, Burden realizou sua ação mais célebre. Numa galeria de arte, pediu que um amigo o alvejasse no braço com um rifle. A bala passou de raspão, mas Burden conta que caiu em depressão profunda depois do episódio e repensou suas estratégias. Essa ação documentada em vídeo –coisa de segundos–, também mudou o curso da performance no mundo. Chris Burden Junto de Marina Abramovic e Vito Acconci, Burden foi um dos pilares da fase heroica desse gênero artístico ancorado no espetáculo da dor como questionamento de uma obra de arte como mercadoria. Seu tiro no braço não podia ser vendido, mas o estrondo do disparo ecoa até hoje como influência entre artistas que trabalham com performance. Burden dizia que aquela ação radical era uma resposta à violência do conflito armado que se arrastava no Vietnã e vitimou milhões. De certa forma, ele também se colocou como vítima de seu trabalho, que em muitos casos pode ser entendido como um espelho de uma América pujante na superfície, mas corroída por uma falsa moral em suas entranhas. Burden, aliás, nunca se distanciou do vocabulário viril que marcou a arte americana da segunda metade do século passado, com materiais brutos, cargas pesadas e violência às vezes sugerida e às vezes explícita, como quando se crucificou na carroceria de um Fusca ou teve uma farpa metálica martelada em seu peito. Mas, ao contrário de outros nomes de sua geração, Burden soube parar quando a dor física deixou de ser eficaz na denúncia de uma sociedade corrompida. Do passado, ele extraiu só a crueza do metal e outros objetos de peso para construir obras monumentais como "Beam Drop", em que lançou vigas metálicas numa piscina de concreto molhado. Esse trabalho, realizado primeiro em Nova York nos anos 1980 e há seis anos no Instituto Inhotim, em Minas Gerais, sintetiza sua fase mais recente, em que joga com noções de movimento e inércia para atacar falsas utopias de uma arquitetura planejada. Outra de suas obras no Inhotim também se configura como um ultraje à arquitetura e ao mercado. Uma catraca colocada na entrada pressiona as paredes da galeria em direções opostas cada vez que um visitante passa por ela, contando os passos para que a estrutura toda venha abaixo. Há dois anos, o New Museum, em Nova York, fez uma ampla retrospectiva do artista, contrapondo suas performances viscerais a esculturas peso-pesado. Sua última obra, no entanto, uma peça ainda inédita, é um dirigível capaz de voar –uma homenagem a Santos Dumont e sinal de que no fim da vida Burden talvez estivesse pronto para encarar a leveza.
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Ex-deputado ligado a Quércia assume vaga de Aloysio Nunes no Senado
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Com a escolha do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) para chefiar o Ministério das Relações Exteriores, seu primeiro suplente, Airton Sandoval (PMDB), assumirá uma das vagas paulistas no Senado. Aliado histórico do ex-governador Orestes Quércia (PMDB), Sandoval, 73, chegou à Casa na chapa de Nunes após o peemedebista desistir de disputar as eleições de 2010 para tratar de um câncer que acabou matando-o em dezembro daquele ano. Com a decisão, o PMDB decidiu não lançar candidato próprio, e o tucano recebeu um aumento de tempo de televisão. À época, Sandoval era secretário-geral do partido do presidente Michel Temer. O novo senador foi deputado pelos extintos MDB (eleito em 1974), Arena (eleito em 1978) e pelo PMDB —do qual faz parte desde 1979— até 1994. No Congresso, participou da Constituinte de 1988. Vive em Franca (SP), onde trabalhava no gabinete do prefeito Alexandre Ferreira (PSDB), cujo mandato terminou em 2016.
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poder
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Ex-deputado ligado a Quércia assume vaga de Aloysio Nunes no SenadoCom a escolha do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) para chefiar o Ministério das Relações Exteriores, seu primeiro suplente, Airton Sandoval (PMDB), assumirá uma das vagas paulistas no Senado. Aliado histórico do ex-governador Orestes Quércia (PMDB), Sandoval, 73, chegou à Casa na chapa de Nunes após o peemedebista desistir de disputar as eleições de 2010 para tratar de um câncer que acabou matando-o em dezembro daquele ano. Com a decisão, o PMDB decidiu não lançar candidato próprio, e o tucano recebeu um aumento de tempo de televisão. À época, Sandoval era secretário-geral do partido do presidente Michel Temer. O novo senador foi deputado pelos extintos MDB (eleito em 1974), Arena (eleito em 1978) e pelo PMDB —do qual faz parte desde 1979— até 1994. No Congresso, participou da Constituinte de 1988. Vive em Franca (SP), onde trabalhava no gabinete do prefeito Alexandre Ferreira (PSDB), cujo mandato terminou em 2016.
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Série 'The Tick', da Amazon, busca fazer rir por meio do absurdo
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"The Tick", nova série da Amazon, cujo personagem-título é um carrapato gigante nascido nas páginas das HQs, não tem a pretensão de tratar o heroísmo com seriedade. "Precisamos de uma pausa [nessa tendência rígida]. O propósito é levar alegria às pessoas. As cenas mais engraçadas vêm do absurdo", afirma a atriz norte-americana Valorie Curry, 31. Na trama, ela interpreta Dot, irmã do contador Arthur Everest (Griffin Newman), um sujeito desajeitado que descobre que a cidade onde mora –habitada há décadas por super-heróis– está sendo controlada pelo vilão Terror (Jackie Earle Haley), supostamente morto há anos. A obsessão de Arthur por rastrear o vilão o leva ao encontrar de um homem musculoso, vestido como um inseto azul gigante e dotado de superpoderes. Ele é Tick (Peter Serafinowicz). O herói presenteia o novo amigo com um uniforme de mariposa com asas retráteis e insiste que ele se vista como um parceiro para que, juntos, combatam o crime. Começa assim a saga da dupla, que tenta proteger a cidade com a ajuda de Dot. A irmã surge como uma figura materna após um trágico evento na infância deixar danos psicológicos. "Seus pais morreram e seu irmão ficou doente. Por isso, ela colocou sua vida em segundo plano. Agora, Arthur quer viver perigosamente, e ela precisa achar uma maneira de apoiá-lo", conta Valorie à Folha. O cartunista Ben Edlund criou os quadrinhos de Tick em 1988. Desde então, o herói foi representado em diferentes versões. Entre 1994 e 1996, teve um desenho animado transmitido por três temporadas. Em 2001, o insetão ressurgiu em uma sitcom de nove episódios. Desta vez, o herói retorna com a promessa de ser a interpretação mais fiel ao original, trazendo Edlund como produtor-executivo. "Eu acho que os fãs dos quadrinhos vão ficar satisfeitos com o resultado", afirma Curry. Segundo ela, "The Tick" vai além da sátira, apresentando personalidades reais e vulneráveis. "Os personagens vão descobrir seus destinos. A série consegue explorar relações humanas e, ao mesmo tempo, também ser histericamente engraçada." * THE TICK QUANDO a partir de 25/8 ONDE no Amazon Prime Video The Tick Trailer
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Série 'The Tick', da Amazon, busca fazer rir por meio do absurdo"The Tick", nova série da Amazon, cujo personagem-título é um carrapato gigante nascido nas páginas das HQs, não tem a pretensão de tratar o heroísmo com seriedade. "Precisamos de uma pausa [nessa tendência rígida]. O propósito é levar alegria às pessoas. As cenas mais engraçadas vêm do absurdo", afirma a atriz norte-americana Valorie Curry, 31. Na trama, ela interpreta Dot, irmã do contador Arthur Everest (Griffin Newman), um sujeito desajeitado que descobre que a cidade onde mora –habitada há décadas por super-heróis– está sendo controlada pelo vilão Terror (Jackie Earle Haley), supostamente morto há anos. A obsessão de Arthur por rastrear o vilão o leva ao encontrar de um homem musculoso, vestido como um inseto azul gigante e dotado de superpoderes. Ele é Tick (Peter Serafinowicz). O herói presenteia o novo amigo com um uniforme de mariposa com asas retráteis e insiste que ele se vista como um parceiro para que, juntos, combatam o crime. Começa assim a saga da dupla, que tenta proteger a cidade com a ajuda de Dot. A irmã surge como uma figura materna após um trágico evento na infância deixar danos psicológicos. "Seus pais morreram e seu irmão ficou doente. Por isso, ela colocou sua vida em segundo plano. Agora, Arthur quer viver perigosamente, e ela precisa achar uma maneira de apoiá-lo", conta Valorie à Folha. O cartunista Ben Edlund criou os quadrinhos de Tick em 1988. Desde então, o herói foi representado em diferentes versões. Entre 1994 e 1996, teve um desenho animado transmitido por três temporadas. Em 2001, o insetão ressurgiu em uma sitcom de nove episódios. Desta vez, o herói retorna com a promessa de ser a interpretação mais fiel ao original, trazendo Edlund como produtor-executivo. "Eu acho que os fãs dos quadrinhos vão ficar satisfeitos com o resultado", afirma Curry. Segundo ela, "The Tick" vai além da sátira, apresentando personalidades reais e vulneráveis. "Os personagens vão descobrir seus destinos. A série consegue explorar relações humanas e, ao mesmo tempo, também ser histericamente engraçada." * THE TICK QUANDO a partir de 25/8 ONDE no Amazon Prime Video The Tick Trailer
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Dilma sanciona aumento do fundo partidário para R$ 868 milhões
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A presidente Dilma Rousseff sancionou o Orçamento Geral da União de 2015 sem vetar a proposta que triplicou os recursos destinados ao fundo partidário, uma das principais fontes de receita dos partidos políticos, hoje com dificuldades de financiamento por causa da Operação Lava Jato. Em seu projeto original, o governo destinava R$ 289,5 milhões para o fundo, mas o valor foi elevado para R$ 867,5 milhões pelo relator do Orçamento no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Em um momento de ajuste fiscal para reequilibrar as contas públicas, o caminho natural seria o veto da proposta. Mas politicamente a recomendação foi de manter o novo valor para não desagradar a base aliada da presidente no Congresso. Além disso, tecnicamente só era possível vetar toda verba destinada ao fundo, e não apenas o montante extra. Segundo um assessor, isso iria gerar uma "guerra" com a base aliada e comprometeria a votação do ajuste fiscal. Os presidentes dos partidos governistas chegaram a enviar uma carta a Dilma solicitando a sanção da verba. Todos trabalham com a redução de doações de empresas privadas após a Operação Lava Jato. Empreiteiras já informaram a dirigentes partidários que não devem doar recursos na eleição municipal do próximo ano. Autor da emenda, Jucá justifica a medida como uma "necessidade dos partidos" e "início da discussão do financiamento público das campanhas". Se o financiamento eleitoral for exclusivamente público, como defende o PT (sem apoio do PMDB), seriam necessários de R$ 5 bilhões a R$ 7 bilhões para bancar as campanhas, diz Jucá. O fundo partidário é usado para custear gastos dos partidos. Cada sigla define como utilizará o dinheiro. Muitas aplicam em campanhas, somado a doações privadas. CORTE PROVISÓRIO Agora, após a sanção do Orçamento Geral da União, que será enviada ao Congresso nesta quarta (22), Dilma vai definir com sua equipe econômica o tamanho do bloqueio de verbas para garantir o cumprimento da meta de superávit primário de 2015. Provisoriamente, o governo editará um decreto mantendo o corte temporário de 33% das verbas de cada ministério, que ficará em vigor até a definição final, que deve ocorrer em maio. Um assessor da presidente diz que o corte será "forte" e "expressivo" para reequilibrar as contas públicas e ajudar o Banco Central no combate à inflação, permitindo, inclusive, que os juros comecem a cair ainda neste ano. A equipe do ministro Joaquim Levy (Fazenda) defende um corte na casa de R$ 80 bilhões para atingir a economia de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) para pagamento de juros da dívida pública neste ano. Outra ala do governo defende um valor menor, na casa de R$ 70 bilhões. Ministros políticos querem um bloqueio ainda menor, de R$ 60 bilhões, sob o argumento de que um contingenciamento de R$ 80 bilhões levaria a uma paralisia do governo.
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Dilma sanciona aumento do fundo partidário para R$ 868 milhõesA presidente Dilma Rousseff sancionou o Orçamento Geral da União de 2015 sem vetar a proposta que triplicou os recursos destinados ao fundo partidário, uma das principais fontes de receita dos partidos políticos, hoje com dificuldades de financiamento por causa da Operação Lava Jato. Em seu projeto original, o governo destinava R$ 289,5 milhões para o fundo, mas o valor foi elevado para R$ 867,5 milhões pelo relator do Orçamento no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Em um momento de ajuste fiscal para reequilibrar as contas públicas, o caminho natural seria o veto da proposta. Mas politicamente a recomendação foi de manter o novo valor para não desagradar a base aliada da presidente no Congresso. Além disso, tecnicamente só era possível vetar toda verba destinada ao fundo, e não apenas o montante extra. Segundo um assessor, isso iria gerar uma "guerra" com a base aliada e comprometeria a votação do ajuste fiscal. Os presidentes dos partidos governistas chegaram a enviar uma carta a Dilma solicitando a sanção da verba. Todos trabalham com a redução de doações de empresas privadas após a Operação Lava Jato. Empreiteiras já informaram a dirigentes partidários que não devem doar recursos na eleição municipal do próximo ano. Autor da emenda, Jucá justifica a medida como uma "necessidade dos partidos" e "início da discussão do financiamento público das campanhas". Se o financiamento eleitoral for exclusivamente público, como defende o PT (sem apoio do PMDB), seriam necessários de R$ 5 bilhões a R$ 7 bilhões para bancar as campanhas, diz Jucá. O fundo partidário é usado para custear gastos dos partidos. Cada sigla define como utilizará o dinheiro. Muitas aplicam em campanhas, somado a doações privadas. CORTE PROVISÓRIO Agora, após a sanção do Orçamento Geral da União, que será enviada ao Congresso nesta quarta (22), Dilma vai definir com sua equipe econômica o tamanho do bloqueio de verbas para garantir o cumprimento da meta de superávit primário de 2015. Provisoriamente, o governo editará um decreto mantendo o corte temporário de 33% das verbas de cada ministério, que ficará em vigor até a definição final, que deve ocorrer em maio. Um assessor da presidente diz que o corte será "forte" e "expressivo" para reequilibrar as contas públicas e ajudar o Banco Central no combate à inflação, permitindo, inclusive, que os juros comecem a cair ainda neste ano. A equipe do ministro Joaquim Levy (Fazenda) defende um corte na casa de R$ 80 bilhões para atingir a economia de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) para pagamento de juros da dívida pública neste ano. Outra ala do governo defende um valor menor, na casa de R$ 70 bilhões. Ministros políticos querem um bloqueio ainda menor, de R$ 60 bilhões, sob o argumento de que um contingenciamento de R$ 80 bilhões levaria a uma paralisia do governo.
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Desenho perdido de Leonardo da Vinci é encontrado na França
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Um desenho perdido do mestre da Renascença Leonardo da Vinci foi encontrado entre os papéis de uma família francesa, informou na terça-feira (13) a casa de leilões Tajan. O esboço do mártir São Sebastião foi avaliado em 15 milhões de euros (aproximadamente R$ 53 milhões), de acordo com a Tajan. A obra foi considerada autêntica pelo especialista francês Patrick de Bayser e por Carmen C. Bambach, curadora do Museu Metropolitano de Arte de Nova York e especialista na obra de Da Vinci. Até agora eram conhecidos dois esboços de São Sebastião de Leonardo da Vinci, um conservado no Museu Bonnat em Bayonne e o outro em Kunsthalle, em Hamburgo. De acordo com uma lista do próprio artista, seriam oito no total. Patrick de Bayser disse à AFP que encontrou o desenho entre várias obras levadas por clientes à casa de leilões Tajan para uma avaliação. A princípio, ele pensou que era um desenho de um artista florentino do século 15, até que virou o papel. Na parte posterior observou dois esboços científicos e duas anotações em escrita especular (que pode ser lida no espelho), uma técnica utilizada com frequência por Da Vinci. Ele também reparou que as sombras do desenho de São Sebastião, que mostra o mártir cravado no tronco de uma árvore, foram pintadas da direita para esquerda. "Isto significa que foi realizado por um artista canhoto", como Da Vinci. "Estava imediatamente convencido de que era um Leonardo", disse. Carmen C. Bambach acredita que o esboço data do período entre 1478 e 1483. O dono da obra de 19.3 x 13 cm pediu para permanecer no anonimato.
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Desenho perdido de Leonardo da Vinci é encontrado na FrançaUm desenho perdido do mestre da Renascença Leonardo da Vinci foi encontrado entre os papéis de uma família francesa, informou na terça-feira (13) a casa de leilões Tajan. O esboço do mártir São Sebastião foi avaliado em 15 milhões de euros (aproximadamente R$ 53 milhões), de acordo com a Tajan. A obra foi considerada autêntica pelo especialista francês Patrick de Bayser e por Carmen C. Bambach, curadora do Museu Metropolitano de Arte de Nova York e especialista na obra de Da Vinci. Até agora eram conhecidos dois esboços de São Sebastião de Leonardo da Vinci, um conservado no Museu Bonnat em Bayonne e o outro em Kunsthalle, em Hamburgo. De acordo com uma lista do próprio artista, seriam oito no total. Patrick de Bayser disse à AFP que encontrou o desenho entre várias obras levadas por clientes à casa de leilões Tajan para uma avaliação. A princípio, ele pensou que era um desenho de um artista florentino do século 15, até que virou o papel. Na parte posterior observou dois esboços científicos e duas anotações em escrita especular (que pode ser lida no espelho), uma técnica utilizada com frequência por Da Vinci. Ele também reparou que as sombras do desenho de São Sebastião, que mostra o mártir cravado no tronco de uma árvore, foram pintadas da direita para esquerda. "Isto significa que foi realizado por um artista canhoto", como Da Vinci. "Estava imediatamente convencido de que era um Leonardo", disse. Carmen C. Bambach acredita que o esboço data do período entre 1478 e 1483. O dono da obra de 19.3 x 13 cm pediu para permanecer no anonimato.
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Corridas do Uber devem alcançar US$ 10,8 bi em 2015, segundo apresentação
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As corridas pedidas pelos usuários globais da Uber Technologies devem crescer quase quatro vezes neste ano, para US$ 10,84 bilhões, e vão avançar a USS$ 26,12 bilhões em 2016, de acordo com uma recente apresentação para potenciais investidores da companhia obtida pela Reuters. O serviço de transporte, que opera em mais de 50 países, cobra dos motoristas cadastrados 20% do valor das corridas, segundo apresentação confidencial preparada por banqueiros chineses com dados informados pela Uber. A apresentação foi preparada para uma rodada de injeção de recursos na empresa. Com base nestes números, a receita de 2015 da companhia deve ser de aproximadamente de 2 bilhões de dólares, de acordo com cálculo da Reuters. Uma porta-voz na sede da Uber em San Francisco, nos EUA, disse que a empresa não comenta "rumores e especulações" ao ser questionada sobre a apresentação. Os slides mostram dados até junho e oferecem um vislumbre do crescimento explosivo da companhia de apenas seis anos de idade e avaliada mais recentemente por investidores como valendo US$ 50 bilhões, maior montante para uma empresa de tecnologia de capital fechado em todo o mundo. No ano passado, o presidente-executivo da Uber, Travis Kalanick, afirmou que a receita da empresa estava dobrando a cada seis meses. Mas os serviços da companhia estão enfrentando obstáculos em várias cidades do mundo, incluindo no Brasil. Segundo a apresentação, as corridas registradas nos aplicativos da companhia em 2014 somaram 2,91 bilhões de dólares depois de 687,8 milhões em 2013. A apresentação não traz dados sobre as despesas ou se a companhia é lucrativa.
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Corridas do Uber devem alcançar US$ 10,8 bi em 2015, segundo apresentaçãoAs corridas pedidas pelos usuários globais da Uber Technologies devem crescer quase quatro vezes neste ano, para US$ 10,84 bilhões, e vão avançar a USS$ 26,12 bilhões em 2016, de acordo com uma recente apresentação para potenciais investidores da companhia obtida pela Reuters. O serviço de transporte, que opera em mais de 50 países, cobra dos motoristas cadastrados 20% do valor das corridas, segundo apresentação confidencial preparada por banqueiros chineses com dados informados pela Uber. A apresentação foi preparada para uma rodada de injeção de recursos na empresa. Com base nestes números, a receita de 2015 da companhia deve ser de aproximadamente de 2 bilhões de dólares, de acordo com cálculo da Reuters. Uma porta-voz na sede da Uber em San Francisco, nos EUA, disse que a empresa não comenta "rumores e especulações" ao ser questionada sobre a apresentação. Os slides mostram dados até junho e oferecem um vislumbre do crescimento explosivo da companhia de apenas seis anos de idade e avaliada mais recentemente por investidores como valendo US$ 50 bilhões, maior montante para uma empresa de tecnologia de capital fechado em todo o mundo. No ano passado, o presidente-executivo da Uber, Travis Kalanick, afirmou que a receita da empresa estava dobrando a cada seis meses. Mas os serviços da companhia estão enfrentando obstáculos em várias cidades do mundo, incluindo no Brasil. Segundo a apresentação, as corridas registradas nos aplicativos da companhia em 2014 somaram 2,91 bilhões de dólares depois de 687,8 milhões em 2013. A apresentação não traz dados sobre as despesas ou se a companhia é lucrativa.
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Erramos: 'Estou com pena do Brasil', diz Bethânia, aos 50 anos de carreira
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Diferentemente do informado no texto "'Estou com pena do Brasil', diz Bethânia, aos 50 anos de carreira" (Ilustrada - 13/02/2015 - 02h00), o Sermão de Santo Antônio, do padre Antônio Vieira, é de 1654, não de 1564. O nome do índio guarani citado pela cantora é Sepé Tiaraju, não Araju Sepeti. O texto foi corrigido.
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Erramos: 'Estou com pena do Brasil', diz Bethânia, aos 50 anos de carreiraDiferentemente do informado no texto "'Estou com pena do Brasil', diz Bethânia, aos 50 anos de carreira" (Ilustrada - 13/02/2015 - 02h00), o Sermão de Santo Antônio, do padre Antônio Vieira, é de 1654, não de 1564. O nome do índio guarani citado pela cantora é Sepé Tiaraju, não Araju Sepeti. O texto foi corrigido.
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'Puxadinho' do aeroporto de Viracopos deve permanecer até março
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No saguão inacabado do novo terminal do aeroporto internacional de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo, Maria de Lourdes Pereira, 53, reclamava da falta de água no banheiro. O problema é apenas um dos encontrados no empreendimento em razão do atraso nas obras, que já chega a 19 meses. A previsão inicial era a de que a ampliação do aeroporto estaria concluída em maio de 2014, antes da Copa do Mundo no Brasil. Agora, a previsão é que o novo terminal só entre totalmente em operação a partir de março deste ano, às vésperas da Olimpíada do Rio. A concessionária Aeroportos Brasil, responsável por administrar o local, atribuiu os atrasos à alteração que foi necessário fazer no projeto para atender as demandas previstas no contrato de concessão, de 25 milhões de usuários por ano. Além disso, as obras foram afetadas pela falta de recursos. A concessionária, que tem entre os sócios a empresa UTC, envolvida na Lava Jato, afirma que teve dificuldade em obter empréstimos e financiamentos. As obras foram orçadas em R$ 3 bilhões e boa parte desses recursos foi obtida por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que havia se comprometido em financiar as concessões do governo federal. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) ainda avalia o valor da multa que será aplicada contra a concessionária por causa dos atrasos. O valor pode chegar a R$ 170 milhões, mais R$ 1,7 milhão por dia de atraso na obra. PROBLEMAS Ao chegar pelo edifício-garagem, o passageiro encontra sujeira e pó das obras, além de parte da fiação e da tubulação de ar-condicionado expostas. Em alguns pontos, o piso dá espaço a ripas de madeira. No saguão principal do terminal, apenas uma das três entradas está liberada. As outras duas ainda estão em obras. Tapumes de madeira e paredes de gesso dividem a área de circulação daquelas não liberadas. Há goteiras no teto e, ao olhar para cima, o passageiro enxerga a cobertura do prédio, ainda sem acabamento, e os tubos expostos de ar-condicionado. Faltam cadeiras e só três lanchonetes estão funcionando. Em função dos atrasos, o antigo terminal permanece atendendo ao maior fluxo dos passageiros. Desde 2011, funciona com um "puxadinho" -área provisória para check-in- para aumentar a capacidade de atendimento. A estimativa é que Viracopos tenha encerrado 2015 com 10,3 milhões de passageiros transportados, um aumento de 5% ante o ano anterior. Desse total, cerca de 600 mil passageiros usaram o novo terminal. -
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'Puxadinho' do aeroporto de Viracopos deve permanecer até marçoNo saguão inacabado do novo terminal do aeroporto internacional de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo, Maria de Lourdes Pereira, 53, reclamava da falta de água no banheiro. O problema é apenas um dos encontrados no empreendimento em razão do atraso nas obras, que já chega a 19 meses. A previsão inicial era a de que a ampliação do aeroporto estaria concluída em maio de 2014, antes da Copa do Mundo no Brasil. Agora, a previsão é que o novo terminal só entre totalmente em operação a partir de março deste ano, às vésperas da Olimpíada do Rio. A concessionária Aeroportos Brasil, responsável por administrar o local, atribuiu os atrasos à alteração que foi necessário fazer no projeto para atender as demandas previstas no contrato de concessão, de 25 milhões de usuários por ano. Além disso, as obras foram afetadas pela falta de recursos. A concessionária, que tem entre os sócios a empresa UTC, envolvida na Lava Jato, afirma que teve dificuldade em obter empréstimos e financiamentos. As obras foram orçadas em R$ 3 bilhões e boa parte desses recursos foi obtida por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que havia se comprometido em financiar as concessões do governo federal. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) ainda avalia o valor da multa que será aplicada contra a concessionária por causa dos atrasos. O valor pode chegar a R$ 170 milhões, mais R$ 1,7 milhão por dia de atraso na obra. PROBLEMAS Ao chegar pelo edifício-garagem, o passageiro encontra sujeira e pó das obras, além de parte da fiação e da tubulação de ar-condicionado expostas. Em alguns pontos, o piso dá espaço a ripas de madeira. No saguão principal do terminal, apenas uma das três entradas está liberada. As outras duas ainda estão em obras. Tapumes de madeira e paredes de gesso dividem a área de circulação daquelas não liberadas. Há goteiras no teto e, ao olhar para cima, o passageiro enxerga a cobertura do prédio, ainda sem acabamento, e os tubos expostos de ar-condicionado. Faltam cadeiras e só três lanchonetes estão funcionando. Em função dos atrasos, o antigo terminal permanece atendendo ao maior fluxo dos passageiros. Desde 2011, funciona com um "puxadinho" -área provisória para check-in- para aumentar a capacidade de atendimento. A estimativa é que Viracopos tenha encerrado 2015 com 10,3 milhões de passageiros transportados, um aumento de 5% ante o ano anterior. Desse total, cerca de 600 mil passageiros usaram o novo terminal. -
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Não há democracia sem falhas, diz Defensor do Povo venezuelano
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O Defensor do Povo da Venezuela, Tarek William Saab —espécie de ombudsman do país— defendeu a "ampla legislação" de seu país em defesa dos direitos humanos e questionou o argumento de que a Venezuela vive hoje um regime de ditadura. "Penso que a Venezuela é uma democracia que cada vez se consolida mais, independentemente das debilidades que podem ter toda democracia. Nenhuma democracia no planeta deixa de ter falhas, incluindo a do Brasil, obviamente a [da] Venezuela [também]", afirmou nesta quinta-feira (7), em audiência na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal. O relato de Saab ocorre no mesmo dia em que mulheres de opositores do governo Nicolás Maduro foram à Casa e pediram uma posição do governo brasileiro diante da situação no país vizinho. A reunião foi solicitada por dois senadores do PT. Segundo Lilian Tintori, mulher do oposicionista Leopoldo López, a Venezuela atualmente "tem todas as características de uma ditadura". Saab destacou que entre os mortos em manifestações na Venezuela também há policiais e servidores do governo e ressaltou que os presos no país recebem tratamento adequado. Ele citou como exemplo o caso do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, em prisão domiciliar após passar por cirurgia. Para o venezuelano, há uma "batalha midiática" que impede a divulgação do que de fato acontece no país. "Uma meia verdade acaba sendo uma mentira. Se distorce, se manipula e obviamente se mente." Ele ainda questionou o objetivo de senadores da oposição em apoiar a vinda das mulheres de López e Ledezma ao Brasil. "A esses tipos de senadores não importam o nosso povo, não querem debater democraticamente. Talvez possam ter outro tipo de interesse —posso calcular que talvez são interesses empresariais", disse diante do baixo quórum da audiência. Não houve presença de senadores da oposição. Além da presidente da comissão, participaram o deputado Donizete Nogueira (PT-TO), que sugeriu a ida de Saab ao Senado, e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). "Fica claro pela ausência que os parlamentares que aqui estiveram pela manhã não têm interesse em debater a real situação da Venezuela. Tem um único interesso: fortalecer, reforçar uma versão que é a versão deles e, ao que tudo indica, não representa a realidade que aquele país vive", disse a senadora.
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Não há democracia sem falhas, diz Defensor do Povo venezuelanoO Defensor do Povo da Venezuela, Tarek William Saab —espécie de ombudsman do país— defendeu a "ampla legislação" de seu país em defesa dos direitos humanos e questionou o argumento de que a Venezuela vive hoje um regime de ditadura. "Penso que a Venezuela é uma democracia que cada vez se consolida mais, independentemente das debilidades que podem ter toda democracia. Nenhuma democracia no planeta deixa de ter falhas, incluindo a do Brasil, obviamente a [da] Venezuela [também]", afirmou nesta quinta-feira (7), em audiência na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal. O relato de Saab ocorre no mesmo dia em que mulheres de opositores do governo Nicolás Maduro foram à Casa e pediram uma posição do governo brasileiro diante da situação no país vizinho. A reunião foi solicitada por dois senadores do PT. Segundo Lilian Tintori, mulher do oposicionista Leopoldo López, a Venezuela atualmente "tem todas as características de uma ditadura". Saab destacou que entre os mortos em manifestações na Venezuela também há policiais e servidores do governo e ressaltou que os presos no país recebem tratamento adequado. Ele citou como exemplo o caso do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, em prisão domiciliar após passar por cirurgia. Para o venezuelano, há uma "batalha midiática" que impede a divulgação do que de fato acontece no país. "Uma meia verdade acaba sendo uma mentira. Se distorce, se manipula e obviamente se mente." Ele ainda questionou o objetivo de senadores da oposição em apoiar a vinda das mulheres de López e Ledezma ao Brasil. "A esses tipos de senadores não importam o nosso povo, não querem debater democraticamente. Talvez possam ter outro tipo de interesse —posso calcular que talvez são interesses empresariais", disse diante do baixo quórum da audiência. Não houve presença de senadores da oposição. Além da presidente da comissão, participaram o deputado Donizete Nogueira (PT-TO), que sugeriu a ida de Saab ao Senado, e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). "Fica claro pela ausência que os parlamentares que aqui estiveram pela manhã não têm interesse em debater a real situação da Venezuela. Tem um único interesso: fortalecer, reforçar uma versão que é a versão deles e, ao que tudo indica, não representa a realidade que aquele país vive", disse a senadora.
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Governo de Portugal aceita extraditar preso da Lava Jato para o Brasil
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O governo de Portugal aceitou pedido de extradição feito pelo Brasil de Raul Schmidt Felippe Junior, que teve a prisão decretada pelo juiz Sergio Moro na Operação Lava Jato. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (3) pelo jornal português "Público". De acordo com o jornal, o Ministério da Justiça de Portugal considerou que, embora Schmidt também tenha passaporte português, os fatos que motivaram o pedido de extradição são anteriores à obtenção da cidadania na Europa. Na Lava Jato, Schmidt é suspeito de operar o pagamento de propina para ex-diretores da Petrobras. Agora, a Justiça portuguesa ainda terá que autorizar dele a extradição para o Brasil. Schmidt foi detido em Lisboa no dia 21 de março na 25ª fase da operação, em uma ação de cooperação com autoridades portuguesas. Ele ficou foragido desde julho de 2015 e chegou a ter o nome incluído na lista de procurados da Interpol.
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Governo de Portugal aceita extraditar preso da Lava Jato para o BrasilO governo de Portugal aceitou pedido de extradição feito pelo Brasil de Raul Schmidt Felippe Junior, que teve a prisão decretada pelo juiz Sergio Moro na Operação Lava Jato. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (3) pelo jornal português "Público". De acordo com o jornal, o Ministério da Justiça de Portugal considerou que, embora Schmidt também tenha passaporte português, os fatos que motivaram o pedido de extradição são anteriores à obtenção da cidadania na Europa. Na Lava Jato, Schmidt é suspeito de operar o pagamento de propina para ex-diretores da Petrobras. Agora, a Justiça portuguesa ainda terá que autorizar dele a extradição para o Brasil. Schmidt foi detido em Lisboa no dia 21 de março na 25ª fase da operação, em uma ação de cooperação com autoridades portuguesas. Ele ficou foragido desde julho de 2015 e chegou a ter o nome incluído na lista de procurados da Interpol.
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Fundos imobiliários se recuperam e sinalizam a retomada do setor
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Após o fraco desempenho entre 2013 e 2015 devido à crise econômica, os fundos de investimento que aplicam recursos no setor imobiliário esboçaram recuperação em 2016 e podem oferecer ganhos mais expressivos aos investidores neste ano. Com cotas negociadas em Bolsa, esse tipo de aplicação rendeu em média 32,3% no ano passado, conforme o índice Ifix, que reflete o desempenho dos fundos imobiliários mais negociados. Em 2017, acumulam retorno de 10,5% até a sexta-feira passada (12). A volta dos rendimentos atraentes nesse segmento está diretamente relacionada a sinais recentes de possível retomada da economia, como o ciclo de redução da taxa básica de juros (Selic) iniciado em outubro de 2016. Na prática, a queda dos juros afetou a rentabilidade das aplicações de renda fixa, levando os poupadores a buscar opções de investimentos mais rentáveis. Os fundos também reagem à expectativa de uma melhora no mercado imobiliário. Entre os especialistas, o consenso é que o pior momento já passou, mas há desafios a serem enfrentados. Valorização dos índices a partir de jan.15, em % - "Após um período de forte queda, a previsão é de estabilização no preço dos imóveis. Mas isso deve acontecer se a crise política não influenciar a recuperação econômica", afirma o economista Luiz Calado, autor do livro "Imóveis" (Editora Saraiva). ALTERNATIVA Com aplicação de recursos em escritórios, shopping centers, agências bancárias, hospitais e hotéis, entre outros empreendimentos, os fundos imobiliários são uma alternativa mais barata para quem deseja investir em imóveis - em alguns casos, a aplicação mínima é de apenas R$ 100. O investidor pode lucrar com a valorização das cotas na Bolsa, processo igual ao de compra e venda de ações. Entretanto, assim como ocorre com as ações, os preços também podem cair. Outra vantagem é que muitos fundos oferecem rendimento mensal, isento de Imposto de Renda para pessoa física. "É uma opção de geração de renda com foco na aposentadoria", diz Mauro Calil, especialista em investimentos do banco Ourinvest. Para reduzir riscos, especialistas recomendam optar por carteiras diversificadas, compostas por imóveis de diferentes setores e regiões. Com a crise, muitas empresas reduziram o quadro de funcionários e optaram por espaços menores, levando a um aumento no número de imóveis vagos. "No Rio de Janeiro, por exemplo, construíram muitos prédios, mas como a economia não teve o 'boom' esperado com o pré-sal e a Olimpíada, os imóveis ficaram sem inquilino e, consequentemente, os preços caíram", afirma André Lassance, da XP Investimentos. Como os imóveis ficaram relativamente mais baratos, o investidor voltou a prestar atenção nesse investimento, com perspectiva de ganhos no longo prazo, à espera da ecuperação da economia. VACÂNCIA O cenário otimista esperado para fundos imobiliários não vale para todas as aplicações. A regra básica é pesquisar a qualidade e a localização do imóvel antes de investir neste tipo de produto. "Ainda há fundos com alta vacância", diz Anita Scal, sócia da área de investimentos imobiliários da Rio Bravo. No caso dos fundos que investem em shoppings, a valorização depende do movimento varejista. Contratos de aluguel têm uma parcela fixa e uma variável, atrelada ao faturamento dos lojistas. Mas o varejo não tem exibido sinais positivos. Em março, as vendas caíram pela 24ª vez na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo o IBGE. E, endividados, 25% dos paulistanos não iriam presentear mães neste domingo (15), segundo a FecomercioSP. Produtos que investem em agências bancárias também merecem atenção redobrada. Com a tendência de fechamento de agências, o retorno dos fundos imobiliários no segmento pode deixar a desejar, aponta Raul Grego, analista da Eleven Financial. "O potencial de valorização e pagamento de dividendos no longo prazo é maior para fundos que investem em shoppings e edifícios comerciais", afirma o analista. Grego também vê boas oportunidades em prédios comerciais: "Há ativos excessivamente desvalorizados". Enquanto o setor vivia seu auge, em 2012, houve excesso de oferta de imóveis, lembra Demetrios Freitas de Araujo, analista da Rio Bravo Investimentos.
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Fundos imobiliários se recuperam e sinalizam a retomada do setorApós o fraco desempenho entre 2013 e 2015 devido à crise econômica, os fundos de investimento que aplicam recursos no setor imobiliário esboçaram recuperação em 2016 e podem oferecer ganhos mais expressivos aos investidores neste ano. Com cotas negociadas em Bolsa, esse tipo de aplicação rendeu em média 32,3% no ano passado, conforme o índice Ifix, que reflete o desempenho dos fundos imobiliários mais negociados. Em 2017, acumulam retorno de 10,5% até a sexta-feira passada (12). A volta dos rendimentos atraentes nesse segmento está diretamente relacionada a sinais recentes de possível retomada da economia, como o ciclo de redução da taxa básica de juros (Selic) iniciado em outubro de 2016. Na prática, a queda dos juros afetou a rentabilidade das aplicações de renda fixa, levando os poupadores a buscar opções de investimentos mais rentáveis. Os fundos também reagem à expectativa de uma melhora no mercado imobiliário. Entre os especialistas, o consenso é que o pior momento já passou, mas há desafios a serem enfrentados. Valorização dos índices a partir de jan.15, em % - "Após um período de forte queda, a previsão é de estabilização no preço dos imóveis. Mas isso deve acontecer se a crise política não influenciar a recuperação econômica", afirma o economista Luiz Calado, autor do livro "Imóveis" (Editora Saraiva). ALTERNATIVA Com aplicação de recursos em escritórios, shopping centers, agências bancárias, hospitais e hotéis, entre outros empreendimentos, os fundos imobiliários são uma alternativa mais barata para quem deseja investir em imóveis - em alguns casos, a aplicação mínima é de apenas R$ 100. O investidor pode lucrar com a valorização das cotas na Bolsa, processo igual ao de compra e venda de ações. Entretanto, assim como ocorre com as ações, os preços também podem cair. Outra vantagem é que muitos fundos oferecem rendimento mensal, isento de Imposto de Renda para pessoa física. "É uma opção de geração de renda com foco na aposentadoria", diz Mauro Calil, especialista em investimentos do banco Ourinvest. Para reduzir riscos, especialistas recomendam optar por carteiras diversificadas, compostas por imóveis de diferentes setores e regiões. Com a crise, muitas empresas reduziram o quadro de funcionários e optaram por espaços menores, levando a um aumento no número de imóveis vagos. "No Rio de Janeiro, por exemplo, construíram muitos prédios, mas como a economia não teve o 'boom' esperado com o pré-sal e a Olimpíada, os imóveis ficaram sem inquilino e, consequentemente, os preços caíram", afirma André Lassance, da XP Investimentos. Como os imóveis ficaram relativamente mais baratos, o investidor voltou a prestar atenção nesse investimento, com perspectiva de ganhos no longo prazo, à espera da ecuperação da economia. VACÂNCIA O cenário otimista esperado para fundos imobiliários não vale para todas as aplicações. A regra básica é pesquisar a qualidade e a localização do imóvel antes de investir neste tipo de produto. "Ainda há fundos com alta vacância", diz Anita Scal, sócia da área de investimentos imobiliários da Rio Bravo. No caso dos fundos que investem em shoppings, a valorização depende do movimento varejista. Contratos de aluguel têm uma parcela fixa e uma variável, atrelada ao faturamento dos lojistas. Mas o varejo não tem exibido sinais positivos. Em março, as vendas caíram pela 24ª vez na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo o IBGE. E, endividados, 25% dos paulistanos não iriam presentear mães neste domingo (15), segundo a FecomercioSP. Produtos que investem em agências bancárias também merecem atenção redobrada. Com a tendência de fechamento de agências, o retorno dos fundos imobiliários no segmento pode deixar a desejar, aponta Raul Grego, analista da Eleven Financial. "O potencial de valorização e pagamento de dividendos no longo prazo é maior para fundos que investem em shoppings e edifícios comerciais", afirma o analista. Grego também vê boas oportunidades em prédios comerciais: "Há ativos excessivamente desvalorizados". Enquanto o setor vivia seu auge, em 2012, houve excesso de oferta de imóveis, lembra Demetrios Freitas de Araujo, analista da Rio Bravo Investimentos.
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No último dia útil na prefeitura, gestão Haddad exonerou 465 funcionários
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A gestão do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) exonerou 465 funcionários somente no último dia útil de governo (30 de dezembro), deixando a área livre para que a equipe de João Doria (PSDB) ocupe os cargos com seu pessoal. DESPEDIDA O próprio Haddad assinou 155 exonerações, entre elas as de todos os seus secretários municipais. DESPEDIDA 2 As outras 310 exonerações foram assinadas por Chico Macena, então secretário de Governo da gestão petista. COTA Só da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, por exemplo, foram exoneradas 164 pessoas. Na de Cultura, 43 deixaram seus cargos. Na pasta da Pessoa com Deficiência, outras 18. AO VIVO Palco da maior matança em prisões do país desde o massacre do Carandiru, o Complexo Penitenciário Anísio Jobim, de Manaus (AM), foi usado para a elaboração do Plano Nacional de Política Criminal e Penitenciária do governo de Dilma Rousseff (PT), em 2015. Os presos foram ouvidos em audiência pública para falar de seu cotidiano e dos problemas do sistema penitenciário. PEDRA DURA Os diagnósticos do plano foram os de sempre: superlotação do sistema, ausência praticamente total de políticas de ressocialização, altas taxas de mortes intencionais dentro das detenções, alto custo da vaga construída. MATANÇA CONTÍNUA Um dos estudos relatados no plano de 2015 mostrava que a taxa de mortes intencionais no sistema prisional, no primeiro semestre de 2014, tinha sido de 8,4 para cada dez mil pessoas presas. "Esse valor é mais que seis vezes maior do que a taxa de crimes letais intencionais verificada no Brasil", dizia o documento. NOVOS VOOS A ex-CEO de Gestão de Ativos do Santander Brasil Luciane Ribeiro foi nomeada membro do Comitê de Investimentos de Fundos de Pensão da ONU. Ela é a única integrante nova do conselho, que tem oito economistas. FREIO A crise levou à desaceleração da terceirização de condomínios em São Paulo. Segundo pesquisa da Lello, principal administradora da capital, feita em 2.000 prédios, houve alta de 2,35% em 2016, contra 9,3% no ano retrasado. LOOK PODEROSO O traje típico que a miss Brasil Be Emotion 2016, Raissa Santana, vai usar no Miss Universo, neste mês, tem custo estimado em R$ 20 mil. Assinada pela Ellus, a peça demorou 30 dias para ficar pronta e exalta as riquezas naturais do país. Tem camadas de metal que remetem à madrepérola e penas em tons que imitam a da arara-azul. - COISAS DE MULHER A cantora e compositora Juliana Kehl sempre gostou de falar da condição da mulher, tema que vem com tudo em seu novo álbum, "Lua Full". "Surgiram novas nuances depois do nascimento das minhas filhas gêmeas. Procurei explorar a reflexão sobre o amor e o sexo na contemporaneidade, além da emancipação emocional da mulher." Irmã da psicanalista Maria Rita Kehl, com quem divide composições no novo trabalho e em anteriores, a cantora diz que as duas têm uma parceria "muito natural". "As poesias dela são rítmicas. Leio e 'enxergo' a melodia. Me interesso especialmente pelo erotismo na poesia da Rita." - PRÉ-CORRIDA A Fundação Cásper Libero promoveu no sábado (31) um café da manhã antes da Corrida de São Silvestre em sua sede, na avenida Paulista. José João da Silva, campeão da prova em 1980 e 1985, e o secretário estadual de Educação, José Renato Nalini, foram alguns dos convidados. - TRINTA EM TRANCOSO A fotógrafa Bel Niemeyer comemorou seu aniversário de 30 anos na segunda (2) em festa promovida pela mãe, a estilista Lenny Niemeyer, no Café Ao Quadrado, em Trancoso (BA). A cantora Bebel Gilberto, a apresentadora Daniella Cicarelli e a modelo Lais Ribeiro estiveram por lá. - CURTO-CIRCUITO O Theatro Net SP é um dos pontos de venda dos ingressos para o show que o cantor Sting fará no dia 6 de maio, no Allianz Parque. Marcos Veras estreia temporada da peça "Acorda pra Cuspir" no próximo dia 20 no Teatro Nair Bello, no shopping Frei Caneca. Em cartaz até 19/3. Com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI e BRUNO FÁVERO
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colunas
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No último dia útil na prefeitura, gestão Haddad exonerou 465 funcionáriosA gestão do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) exonerou 465 funcionários somente no último dia útil de governo (30 de dezembro), deixando a área livre para que a equipe de João Doria (PSDB) ocupe os cargos com seu pessoal. DESPEDIDA O próprio Haddad assinou 155 exonerações, entre elas as de todos os seus secretários municipais. DESPEDIDA 2 As outras 310 exonerações foram assinadas por Chico Macena, então secretário de Governo da gestão petista. COTA Só da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, por exemplo, foram exoneradas 164 pessoas. Na de Cultura, 43 deixaram seus cargos. Na pasta da Pessoa com Deficiência, outras 18. AO VIVO Palco da maior matança em prisões do país desde o massacre do Carandiru, o Complexo Penitenciário Anísio Jobim, de Manaus (AM), foi usado para a elaboração do Plano Nacional de Política Criminal e Penitenciária do governo de Dilma Rousseff (PT), em 2015. Os presos foram ouvidos em audiência pública para falar de seu cotidiano e dos problemas do sistema penitenciário. PEDRA DURA Os diagnósticos do plano foram os de sempre: superlotação do sistema, ausência praticamente total de políticas de ressocialização, altas taxas de mortes intencionais dentro das detenções, alto custo da vaga construída. MATANÇA CONTÍNUA Um dos estudos relatados no plano de 2015 mostrava que a taxa de mortes intencionais no sistema prisional, no primeiro semestre de 2014, tinha sido de 8,4 para cada dez mil pessoas presas. "Esse valor é mais que seis vezes maior do que a taxa de crimes letais intencionais verificada no Brasil", dizia o documento. NOVOS VOOS A ex-CEO de Gestão de Ativos do Santander Brasil Luciane Ribeiro foi nomeada membro do Comitê de Investimentos de Fundos de Pensão da ONU. Ela é a única integrante nova do conselho, que tem oito economistas. FREIO A crise levou à desaceleração da terceirização de condomínios em São Paulo. Segundo pesquisa da Lello, principal administradora da capital, feita em 2.000 prédios, houve alta de 2,35% em 2016, contra 9,3% no ano retrasado. LOOK PODEROSO O traje típico que a miss Brasil Be Emotion 2016, Raissa Santana, vai usar no Miss Universo, neste mês, tem custo estimado em R$ 20 mil. Assinada pela Ellus, a peça demorou 30 dias para ficar pronta e exalta as riquezas naturais do país. Tem camadas de metal que remetem à madrepérola e penas em tons que imitam a da arara-azul. - COISAS DE MULHER A cantora e compositora Juliana Kehl sempre gostou de falar da condição da mulher, tema que vem com tudo em seu novo álbum, "Lua Full". "Surgiram novas nuances depois do nascimento das minhas filhas gêmeas. Procurei explorar a reflexão sobre o amor e o sexo na contemporaneidade, além da emancipação emocional da mulher." Irmã da psicanalista Maria Rita Kehl, com quem divide composições no novo trabalho e em anteriores, a cantora diz que as duas têm uma parceria "muito natural". "As poesias dela são rítmicas. Leio e 'enxergo' a melodia. Me interesso especialmente pelo erotismo na poesia da Rita." - PRÉ-CORRIDA A Fundação Cásper Libero promoveu no sábado (31) um café da manhã antes da Corrida de São Silvestre em sua sede, na avenida Paulista. José João da Silva, campeão da prova em 1980 e 1985, e o secretário estadual de Educação, José Renato Nalini, foram alguns dos convidados. - TRINTA EM TRANCOSO A fotógrafa Bel Niemeyer comemorou seu aniversário de 30 anos na segunda (2) em festa promovida pela mãe, a estilista Lenny Niemeyer, no Café Ao Quadrado, em Trancoso (BA). A cantora Bebel Gilberto, a apresentadora Daniella Cicarelli e a modelo Lais Ribeiro estiveram por lá. - CURTO-CIRCUITO O Theatro Net SP é um dos pontos de venda dos ingressos para o show que o cantor Sting fará no dia 6 de maio, no Allianz Parque. Marcos Veras estreia temporada da peça "Acorda pra Cuspir" no próximo dia 20 no Teatro Nair Bello, no shopping Frei Caneca. Em cartaz até 19/3. Com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI e BRUNO FÁVERO
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'Rua parecia um rio, só tinha cabeça pra fora', diz rapaz após chuva em SP
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"Ouvi um estrondo, corri pra ver e parecia cena de filme. A rua parecia um rio, e só tinha cabeça pra fora." O relato do gerente de produção Rodrigo Severino, 36, é de um dos momentos dramáticos da enxurrada que derrubou um muro e deixou 41 feridos em uma festa universitária de estudantes de medicina, na tarde desta quarta-feira (1º), na zona leste de São Paulo. No forte temporal que atingiu a região, um córrego transbordou. A água chegou com força à chácara onde havia uma celebração para calouros da Faculdade Santa Marcelina. Um muro cedeu, levando alunos e carros a serem arrastados -assim como mochilas, documentos e até instrumentos musicais. Severino, morador da rua atingida, ajudou no socorro. "A água que estava represada começou a levar tudo. Ficamos com água na cintura. Conseguimos subir numa mureta e no palco que havia no local. Em seguida, uma parte do salão cedeu e várias pessoas foram arrastadas", diz Alexandre Campos Pereira Maia, 21, do 3º ano de medicina. "A gente viu o muro cedendo e gente sumindo. Só depois da recontagem e vimos que todos estavam salvos", conta. "Começamos a sentir choques, não muito fortes, mas pensamos que todos poderiam morrer eletrocutados. Daí corremos com a correnteza", relata Gustavo Alem Melo Ferreira, 21, estudante que sofreu um corte na perna. A festa começou ao meio-dia e terminaria às 22h. O evento ocorre tudo ano como forma de receber os calouros. "Por volta das 16h30, um portão e o muro estouraram e foram arrastando tudo, ficamos com água até o meio da cintura. Subi numa mureta e no palco que havia no local. Em seguida, uma parte do salão cedeu e várias pessoas foram arrastadas", disse Alexandre Campos Pereira Maia, 21, que cursa o terceiro ano de medicina. "Quem tinha celular à mão começou a ligar, acionamos polícia, Samu e ligamos para um professor nosso que atua no Samu. Aí veio o socorro ", prosseguiu. Segundo ele, a chuva era muito forte no momento em que o córrego transbordou e arrastou o muro e as pessoas. "A gente viu o muro cedendo e pessoas sumindo. Só depois que fizemos uma recontagem notamos que todos estavam a salvo", afirmou. "A hora mais preocupante foi quando vimos que poderia haver desaparecidos", complementou Carolina Bruno Valente, 22, também estudante do terceiro ano.
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cotidiano
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'Rua parecia um rio, só tinha cabeça pra fora', diz rapaz após chuva em SP"Ouvi um estrondo, corri pra ver e parecia cena de filme. A rua parecia um rio, e só tinha cabeça pra fora." O relato do gerente de produção Rodrigo Severino, 36, é de um dos momentos dramáticos da enxurrada que derrubou um muro e deixou 41 feridos em uma festa universitária de estudantes de medicina, na tarde desta quarta-feira (1º), na zona leste de São Paulo. No forte temporal que atingiu a região, um córrego transbordou. A água chegou com força à chácara onde havia uma celebração para calouros da Faculdade Santa Marcelina. Um muro cedeu, levando alunos e carros a serem arrastados -assim como mochilas, documentos e até instrumentos musicais. Severino, morador da rua atingida, ajudou no socorro. "A água que estava represada começou a levar tudo. Ficamos com água na cintura. Conseguimos subir numa mureta e no palco que havia no local. Em seguida, uma parte do salão cedeu e várias pessoas foram arrastadas", diz Alexandre Campos Pereira Maia, 21, do 3º ano de medicina. "A gente viu o muro cedendo e gente sumindo. Só depois da recontagem e vimos que todos estavam salvos", conta. "Começamos a sentir choques, não muito fortes, mas pensamos que todos poderiam morrer eletrocutados. Daí corremos com a correnteza", relata Gustavo Alem Melo Ferreira, 21, estudante que sofreu um corte na perna. A festa começou ao meio-dia e terminaria às 22h. O evento ocorre tudo ano como forma de receber os calouros. "Por volta das 16h30, um portão e o muro estouraram e foram arrastando tudo, ficamos com água até o meio da cintura. Subi numa mureta e no palco que havia no local. Em seguida, uma parte do salão cedeu e várias pessoas foram arrastadas", disse Alexandre Campos Pereira Maia, 21, que cursa o terceiro ano de medicina. "Quem tinha celular à mão começou a ligar, acionamos polícia, Samu e ligamos para um professor nosso que atua no Samu. Aí veio o socorro ", prosseguiu. Segundo ele, a chuva era muito forte no momento em que o córrego transbordou e arrastou o muro e as pessoas. "A gente viu o muro cedendo e pessoas sumindo. Só depois que fizemos uma recontagem notamos que todos estavam a salvo", afirmou. "A hora mais preocupante foi quando vimos que poderia haver desaparecidos", complementou Carolina Bruno Valente, 22, também estudante do terceiro ano.
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Nova droga contra o mal de Alzheimer vai bem em teste
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Um grupo de cientistas que buscam um tratamento para atrasar o avanço do mal de Alzheimer receberam com esperança os resultados promissores de um pequeno ensaio clínico. O fármaco experimental LMTM foi concebido para reduzir a acumulação anormal das proteínas tau no cérebro. Esse acúmulo provoca degenerações no cérebro, como a doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência. Um grupo de cerca de cem pacientes que estavam tomando apenas o fármaco experimental mostrou um ritmo de atrofia cerebral muito lento. Os resultados foram apresentados na quarta (27), na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer (AAIC), em Toronto, no Canadá. "O pequeno número de participantes que receberam a droga levanta questões importantes. São necessárias pesquisas para que mais e melhores terapias para o Alzheimer possam ser criadas e efetivamente testadas", disse Maria Carrillo, diretora científica da AAIC.
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equilibrioesaude
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Nova droga contra o mal de Alzheimer vai bem em testeUm grupo de cientistas que buscam um tratamento para atrasar o avanço do mal de Alzheimer receberam com esperança os resultados promissores de um pequeno ensaio clínico. O fármaco experimental LMTM foi concebido para reduzir a acumulação anormal das proteínas tau no cérebro. Esse acúmulo provoca degenerações no cérebro, como a doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência. Um grupo de cerca de cem pacientes que estavam tomando apenas o fármaco experimental mostrou um ritmo de atrofia cerebral muito lento. Os resultados foram apresentados na quarta (27), na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer (AAIC), em Toronto, no Canadá. "O pequeno número de participantes que receberam a droga levanta questões importantes. São necessárias pesquisas para que mais e melhores terapias para o Alzheimer possam ser criadas e efetivamente testadas", disse Maria Carrillo, diretora científica da AAIC.
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Ronaldinho não tem intenção de sair do Querétaro, diz dirigente
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Ronaldinho Gaúcho ainda tem um ano de contrato com o Querétaro e "não tem a intenção sair", afirmou nesta terça-feira (28) Joaquín Beltrán, diretor esportivo do clube mexicano, para tentar encerrar a onda de rumores sobre uma possível volta do jogador ao futebol brasileiro. "Sempre vai haver rumores em torno de alguém como Ronaldinho Gaúcho, mas ele nos disse que está feliz e que quer contribuir para que a equipe tenha grandes conquistas", disse em entrevista coletiva. O dirigente lembrou que, no dia 17 de abril, o brasileiro também negou um rumor sobre sua aposentadoria e que já estaria organizando uma partida de despedida. "A imprensa o perguntou sobre a aposentadoria e ele comentou que não faria isso, que está contente no Querétaro e que queria ter grandes conquistas. Está feliz, tranquilo e quer terminar bem este torneio e está pensando na classificação para buscar o título", acrescentou. Com 20 pontos, o Querétaro ocupa a 12ª posição do Torneio Clausura do Campeonato Mexicano e está a dois do oitavo colocado, o último classificado para jogar a fase final. Beltrán revelou que o clube está disposto a dar todas as condições para que Ronaldinho esteja focado no clube. "Estivemos com ele, trabalhando para que tudo esteja em ordem para que ele esteja 100% comprometido com a equipe", disse. O dirigente do Querétaro informou que o jogador "chegou um pouco tarde ao treino" desta terça-feira devido a um engarrafamento gerado após um acidente de trânsito. "Foi um acidente de trânsito, havia muito engarrafamento e por isso se atrasou. Ronaldinho não se acidentou. Houve um acidente e se atrasou por isso. Ele está perfeito", explicou.
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esporte
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Ronaldinho não tem intenção de sair do Querétaro, diz dirigenteRonaldinho Gaúcho ainda tem um ano de contrato com o Querétaro e "não tem a intenção sair", afirmou nesta terça-feira (28) Joaquín Beltrán, diretor esportivo do clube mexicano, para tentar encerrar a onda de rumores sobre uma possível volta do jogador ao futebol brasileiro. "Sempre vai haver rumores em torno de alguém como Ronaldinho Gaúcho, mas ele nos disse que está feliz e que quer contribuir para que a equipe tenha grandes conquistas", disse em entrevista coletiva. O dirigente lembrou que, no dia 17 de abril, o brasileiro também negou um rumor sobre sua aposentadoria e que já estaria organizando uma partida de despedida. "A imprensa o perguntou sobre a aposentadoria e ele comentou que não faria isso, que está contente no Querétaro e que queria ter grandes conquistas. Está feliz, tranquilo e quer terminar bem este torneio e está pensando na classificação para buscar o título", acrescentou. Com 20 pontos, o Querétaro ocupa a 12ª posição do Torneio Clausura do Campeonato Mexicano e está a dois do oitavo colocado, o último classificado para jogar a fase final. Beltrán revelou que o clube está disposto a dar todas as condições para que Ronaldinho esteja focado no clube. "Estivemos com ele, trabalhando para que tudo esteja em ordem para que ele esteja 100% comprometido com a equipe", disse. O dirigente do Querétaro informou que o jogador "chegou um pouco tarde ao treino" desta terça-feira devido a um engarrafamento gerado após um acidente de trânsito. "Foi um acidente de trânsito, havia muito engarrafamento e por isso se atrasou. Ronaldinho não se acidentou. Houve um acidente e se atrasou por isso. Ele está perfeito", explicou.
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Uber é investigada nos EUA por uso de software para evitar reguladores
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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos iniciou uma investigação criminal sobre a Uber Technologies sobre o uso de um software que ajudou seus motoristas a evitar reguladores de transporte locais, disseram duas fontes familiarizadas com a situação. A Uber reconheceu que o software, conhecido como "Greyball", ajudou a identificar e contornar os funcionários do governo que estavam tentando reprimir o serviço de transporte urbano por aplicativo em áreas onde o mesmo ainda não havia sido aprovado, como Portland, no Oregon. A empresa proibiu o uso do Greyball para este fim logo após o jornal "The New York Times" revelar sua existência em março, dizendo que o programa foi criado para verificar pedidos de corridas a fim de evitar fraude e proteger os motoristas. A reportagem do NYT desencadeou uma enxurrada de publicidade negativa para a empresa. A investigação criminal pode se tornar um problema significativo para a empresa, que enfrenta uma série de questões comerciais e jurídicas recentes. Um porta-voz da Uber e o Departamento de Justiça se recusaram a comentar. Em cartas às autoridades de Portland divulgadas em um relatório na semana passada, advogados da Uber disseram que a tecnologia Greyball foi usada excessivamente naquela cidade, antes de o serviço ser aprovado lá, em 2015. A natureza de qualquer possível violação criminal federal e a probabilidade de alguém ser acusado não é clara. A investigação ainda está em seus estágios iniciais, disseram as fontes. A agência Bloomberg informou da existência de uma investigação federal na semana passada, mas não a identificou como criminosa.
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Uber é investigada nos EUA por uso de software para evitar reguladoresO Departamento de Justiça dos Estados Unidos iniciou uma investigação criminal sobre a Uber Technologies sobre o uso de um software que ajudou seus motoristas a evitar reguladores de transporte locais, disseram duas fontes familiarizadas com a situação. A Uber reconheceu que o software, conhecido como "Greyball", ajudou a identificar e contornar os funcionários do governo que estavam tentando reprimir o serviço de transporte urbano por aplicativo em áreas onde o mesmo ainda não havia sido aprovado, como Portland, no Oregon. A empresa proibiu o uso do Greyball para este fim logo após o jornal "The New York Times" revelar sua existência em março, dizendo que o programa foi criado para verificar pedidos de corridas a fim de evitar fraude e proteger os motoristas. A reportagem do NYT desencadeou uma enxurrada de publicidade negativa para a empresa. A investigação criminal pode se tornar um problema significativo para a empresa, que enfrenta uma série de questões comerciais e jurídicas recentes. Um porta-voz da Uber e o Departamento de Justiça se recusaram a comentar. Em cartas às autoridades de Portland divulgadas em um relatório na semana passada, advogados da Uber disseram que a tecnologia Greyball foi usada excessivamente naquela cidade, antes de o serviço ser aprovado lá, em 2015. A natureza de qualquer possível violação criminal federal e a probabilidade de alguém ser acusado não é clara. A investigação ainda está em seus estágios iniciais, disseram as fontes. A agência Bloomberg informou da existência de uma investigação federal na semana passada, mas não a identificou como criminosa.
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Sport vence Avaí com facilidade e mantém esperanças de chegar ao G4
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O Sport venceu o Avaí por 3 a 0 nesta quarta-feira (14), pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. Jogando na Ilha do Retiro, a equipe pernambucana chegou aos gols no segundo tempo. Primeiro com o meia Régis, aos 15min. Dois minutos depois, o atacante André fez o segundo. Ele também foi o responsável pelo terceiro, aos 39min. Com a vitória, o Sport foi a 43 pontos, em 10º, e segue sonhando com a última vaga do G4 (grupo que se classifica para a Libertadores). O time de Santa Catarina, que ficou com 33 pontos, foi ultrapassado pelo rival Figueirense, mas não entrou na zona de rebaixamento porque o Coritiba perdeu para o Joinville. Na 31ª rodada, o Avaí recebe o Palmeiras na Ressacada, sábado (17), às 18h30. No domingo (18), o Sport também joga em casa, na Ilha do Retiro, contra o Atlético-MG, às 18h30.
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Sport vence Avaí com facilidade e mantém esperanças de chegar ao G4O Sport venceu o Avaí por 3 a 0 nesta quarta-feira (14), pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. Jogando na Ilha do Retiro, a equipe pernambucana chegou aos gols no segundo tempo. Primeiro com o meia Régis, aos 15min. Dois minutos depois, o atacante André fez o segundo. Ele também foi o responsável pelo terceiro, aos 39min. Com a vitória, o Sport foi a 43 pontos, em 10º, e segue sonhando com a última vaga do G4 (grupo que se classifica para a Libertadores). O time de Santa Catarina, que ficou com 33 pontos, foi ultrapassado pelo rival Figueirense, mas não entrou na zona de rebaixamento porque o Coritiba perdeu para o Joinville. Na 31ª rodada, o Avaí recebe o Palmeiras na Ressacada, sábado (17), às 18h30. No domingo (18), o Sport também joga em casa, na Ilha do Retiro, contra o Atlético-MG, às 18h30.
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Sargento brasileiro que serve no Haiti encarna palhaço 'Tampico'
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RESUMO O sargento gaúcho Ubirajara dos Santos, 49, chegou ao Haiti em 2007, numa fase de violência crítica, para trabalhar na engenharia do batalhão brasileiro da missão da ONU. Além de realizar serviços militares, transformou-se no palhaço Tampico e passou a visitar crianças do país, o mais pobre das Américas. Hoje, está na sua terceira e última missão no Haiti, que foi devastado por um terremoto em 2010. * Era para eu ser marinheiro. Fui me alistar na Marinha, em Porto Alegre (RS), mas perdi o prazo. Então, me alistei no Exército, em 1984. Fiquei como recruta, fui soldado, fiz um curso e saí cabo em 1984. Passou o tempo, fui permanecendo no Exército e me tornei sargento. Em 2007, me inscrevi como voluntário para ir à Minustah [nome da missão da ONU] e fui classificado. Era a época do término da tomada da região de Cité Soleil [área perigosa na capital, Porto Príncipe], o Haiti estava meio rebelde, tinha muito protesto. Sempre fui o palhaço da família, que ficava fazendo diversão em casa. Em Santa Maria [RS], no preparo para ir ao Haiti, conheci dois militares que também eram meio palhaços. Então, nos juntamos para fazer alguma coisa diferente para o pessoal na base não ficar tenso. Montamos um grupo de teatro. Dessa brincadeira, nasceu a ideia de atuar para as crianças haitianas. Era o chefe do pelotão de obras da engenharia. Havia 38 haitianos para trabalhar comigo como pedreiro, soldador, marceneiro, encanador e carpinteiro. Recebíamos missões da ONU para trabalhar em reconstrução de creches, manutenção de casas e distribuição de água e comida e fazíamos ações cívico-sociais. A primeira vez em que levamos o teatro às ruas foi em Cité Soleil, considerada pela ONU um dos lugares mais violentos do mundo. Não tive medo. Era estranho porque estávamos indo para um lugar perigoso. Mas, claro, estávamos com uma equipe de apoio e segurança. Chegando lá, a transformação começou na rua mesmo: vestimos a roupa e um pintou o outro. Fui pintado de palhaço Tampico. Esse apelido pegou. Subimos no palco e havia mais ou menos 90 pessoas na plateia. Começaram a vir mais, meio desconfiadas. Fomos com colete à prova de balas, mas notamos nos semblantes dos haitianos que estavam nos estranhando. E nós não estávamos à vontade. Chamamos o pessoal da segurança, tiramos o colete e fomos para o meio deles. Então, as crianças começaram a nos rodear, abraçar. Cantávamos em creole [língua local, derivada do francês] e dançávamos música típica haitiana com os adultos e crianças. Quando a gente viu, tinha quase 800 pessoas. Eu parecia um artista. Me sentia bem e sentia que estávamos fazendo o bem para eles também. Via uma alegria diferente neles. Apesar de ser um país cheio de problemas, não dá para fugir da realidade. É um povo sofrido, mas com sorriso no rosto. Levamos mais de 1.500 "quentinhas" e água para eles. As crianças receberam cadernos, lápis, bolas e brinquedos. Eu ganhei meu dia. A vida muda. Começamos a ir todos os sábados a uma creche vestidos de palhaço. As crianças já me reconheciam. TRAGÉDIA Voltei para casa [no fim da missão] e ficava pensando: nunca vivi nada comparável, mesmo na pacificação da Maré [favela no Rio de Janeiro]. Retornei em 2010, quando o país estava no chão por causa do terremoto [220 mil morreram]. Integrei o batalhão de emergência brasileiro. Voltei preparado para levar um tiro, tirar corpos, doentes, ver gente mutilada. Mas também vim para trazer sorrisos e distribuir comida. Também fiz reconstrução de creches e casas, retirei entulho. Não havia mais corpos, mas o cheiro ainda era forte. Foram sete meses nesse ritmo. Tampico teve que trabalhar bastante. Havia muitas crianças órfãs. Para o batalhão brasileiro, é muito importante ter essa relação com os haitianos, saber do dia a dia, o que está acontecendo. É uma estratégia. O povo se abrindo conosco e nós com eles. Eles são muito carentes de carinho, de conversar. Saí daqui com um país arrasado. Quis voltar para rever meus amigos haitianos, não sei se um dia vou encontrá-los novamente. Não sei se é boa ou não a redução das ações humanitárias [com a redução da missão, a ONU ordenou que a ajuda humanitária seja reduzida em 75%]. O que temo é a volta da criminalidade. Tampico e meus amigos palhaços vão se reunir no Brasil para visitar as comunidades pobres. Agora no final de junho eu me aposento [do Exército], encerrando com chave de ouro. Aprendi no Haiti que não é preciso ter muita coisa para ter tudo. Aqui, a nossa vida muda. A repórter OLÍVIA FREITAS e o fotojornalista JOEL SILVA viajaram a convite do Ministério da Defesa
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mundo
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Sargento brasileiro que serve no Haiti encarna palhaço 'Tampico'RESUMO O sargento gaúcho Ubirajara dos Santos, 49, chegou ao Haiti em 2007, numa fase de violência crítica, para trabalhar na engenharia do batalhão brasileiro da missão da ONU. Além de realizar serviços militares, transformou-se no palhaço Tampico e passou a visitar crianças do país, o mais pobre das Américas. Hoje, está na sua terceira e última missão no Haiti, que foi devastado por um terremoto em 2010. * Era para eu ser marinheiro. Fui me alistar na Marinha, em Porto Alegre (RS), mas perdi o prazo. Então, me alistei no Exército, em 1984. Fiquei como recruta, fui soldado, fiz um curso e saí cabo em 1984. Passou o tempo, fui permanecendo no Exército e me tornei sargento. Em 2007, me inscrevi como voluntário para ir à Minustah [nome da missão da ONU] e fui classificado. Era a época do término da tomada da região de Cité Soleil [área perigosa na capital, Porto Príncipe], o Haiti estava meio rebelde, tinha muito protesto. Sempre fui o palhaço da família, que ficava fazendo diversão em casa. Em Santa Maria [RS], no preparo para ir ao Haiti, conheci dois militares que também eram meio palhaços. Então, nos juntamos para fazer alguma coisa diferente para o pessoal na base não ficar tenso. Montamos um grupo de teatro. Dessa brincadeira, nasceu a ideia de atuar para as crianças haitianas. Era o chefe do pelotão de obras da engenharia. Havia 38 haitianos para trabalhar comigo como pedreiro, soldador, marceneiro, encanador e carpinteiro. Recebíamos missões da ONU para trabalhar em reconstrução de creches, manutenção de casas e distribuição de água e comida e fazíamos ações cívico-sociais. A primeira vez em que levamos o teatro às ruas foi em Cité Soleil, considerada pela ONU um dos lugares mais violentos do mundo. Não tive medo. Era estranho porque estávamos indo para um lugar perigoso. Mas, claro, estávamos com uma equipe de apoio e segurança. Chegando lá, a transformação começou na rua mesmo: vestimos a roupa e um pintou o outro. Fui pintado de palhaço Tampico. Esse apelido pegou. Subimos no palco e havia mais ou menos 90 pessoas na plateia. Começaram a vir mais, meio desconfiadas. Fomos com colete à prova de balas, mas notamos nos semblantes dos haitianos que estavam nos estranhando. E nós não estávamos à vontade. Chamamos o pessoal da segurança, tiramos o colete e fomos para o meio deles. Então, as crianças começaram a nos rodear, abraçar. Cantávamos em creole [língua local, derivada do francês] e dançávamos música típica haitiana com os adultos e crianças. Quando a gente viu, tinha quase 800 pessoas. Eu parecia um artista. Me sentia bem e sentia que estávamos fazendo o bem para eles também. Via uma alegria diferente neles. Apesar de ser um país cheio de problemas, não dá para fugir da realidade. É um povo sofrido, mas com sorriso no rosto. Levamos mais de 1.500 "quentinhas" e água para eles. As crianças receberam cadernos, lápis, bolas e brinquedos. Eu ganhei meu dia. A vida muda. Começamos a ir todos os sábados a uma creche vestidos de palhaço. As crianças já me reconheciam. TRAGÉDIA Voltei para casa [no fim da missão] e ficava pensando: nunca vivi nada comparável, mesmo na pacificação da Maré [favela no Rio de Janeiro]. Retornei em 2010, quando o país estava no chão por causa do terremoto [220 mil morreram]. Integrei o batalhão de emergência brasileiro. Voltei preparado para levar um tiro, tirar corpos, doentes, ver gente mutilada. Mas também vim para trazer sorrisos e distribuir comida. Também fiz reconstrução de creches e casas, retirei entulho. Não havia mais corpos, mas o cheiro ainda era forte. Foram sete meses nesse ritmo. Tampico teve que trabalhar bastante. Havia muitas crianças órfãs. Para o batalhão brasileiro, é muito importante ter essa relação com os haitianos, saber do dia a dia, o que está acontecendo. É uma estratégia. O povo se abrindo conosco e nós com eles. Eles são muito carentes de carinho, de conversar. Saí daqui com um país arrasado. Quis voltar para rever meus amigos haitianos, não sei se um dia vou encontrá-los novamente. Não sei se é boa ou não a redução das ações humanitárias [com a redução da missão, a ONU ordenou que a ajuda humanitária seja reduzida em 75%]. O que temo é a volta da criminalidade. Tampico e meus amigos palhaços vão se reunir no Brasil para visitar as comunidades pobres. Agora no final de junho eu me aposento [do Exército], encerrando com chave de ouro. Aprendi no Haiti que não é preciso ter muita coisa para ter tudo. Aqui, a nossa vida muda. A repórter OLÍVIA FREITAS e o fotojornalista JOEL SILVA viajaram a convite do Ministério da Defesa
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Papa recebeu tabeliã que rejeitou casamento gay durante visita aos EUA
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O papa Francisco se encontrou secretamente com uma tabeliã do Estado norte-americano do Kentucky que havia sido presa por se recusar a emitir licenças matrimoniais para casais gays, e a encorajou a manter sua posição, afirmou o advogado da mulher. Mat Staver, advogado e fundador do Conselho da Liberdade, disse à CBS News na noite de terça-feira (29) que o papa encontrou a tabeliã Kim Davis, do condado de Rowan, e seu marido na embaixada do Vaticano em Washington na quinta-feira anterior (24), durante sua visita aos Estados Unidos. O porta-voz chefe do Vaticano, Federico Lombardi, disse que "não nega" que o encontro tenha ocorrido, "mas não tenho nenhum comentário a fazer". Numa primeira declaração Lombardi havia afirmado que não iria confirmar nem negar a reunião. O encontro aconteceu durante uma viagem na qual Francisco evitou amplamente falar sobre casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Não faltou oportunidade ao pontífice para mencionar o assunto: Francisco se encontrou com o presidente dos EUA, Barack Obama, discursou para o Congresso, se encontrou com moradores de rua e pediu para o país receber imigrantes. O papa, falando a repórteres durante voo de volta para casa após sua viagem de 10 dias por EUA e Cuba, disse que autoridades do governo têm o "direito humano" para recusar um trabalho caso sintam que isso viole sua consciência. Staver, cuja cliente foi presa por cinco dias em setembro por se recusar a acatar uma ordem judicial para emitir licenças para casamentos de pessoas do mesmo sexo, em acordo com a ordem da Suprema Corte, disse à CBS que sua equipe não quis revelar o encontro até o momento para evitar interferências com a mensagem do papa durante sua visita. "Não queríamos que a visita do papa fosse ofuscada por Kim Davis", disse Staver durante uma entrevista à emissora. Durante o encontro, o papa disse a David para "ser forte", acrescentou Staver.
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Papa recebeu tabeliã que rejeitou casamento gay durante visita aos EUAO papa Francisco se encontrou secretamente com uma tabeliã do Estado norte-americano do Kentucky que havia sido presa por se recusar a emitir licenças matrimoniais para casais gays, e a encorajou a manter sua posição, afirmou o advogado da mulher. Mat Staver, advogado e fundador do Conselho da Liberdade, disse à CBS News na noite de terça-feira (29) que o papa encontrou a tabeliã Kim Davis, do condado de Rowan, e seu marido na embaixada do Vaticano em Washington na quinta-feira anterior (24), durante sua visita aos Estados Unidos. O porta-voz chefe do Vaticano, Federico Lombardi, disse que "não nega" que o encontro tenha ocorrido, "mas não tenho nenhum comentário a fazer". Numa primeira declaração Lombardi havia afirmado que não iria confirmar nem negar a reunião. O encontro aconteceu durante uma viagem na qual Francisco evitou amplamente falar sobre casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Não faltou oportunidade ao pontífice para mencionar o assunto: Francisco se encontrou com o presidente dos EUA, Barack Obama, discursou para o Congresso, se encontrou com moradores de rua e pediu para o país receber imigrantes. O papa, falando a repórteres durante voo de volta para casa após sua viagem de 10 dias por EUA e Cuba, disse que autoridades do governo têm o "direito humano" para recusar um trabalho caso sintam que isso viole sua consciência. Staver, cuja cliente foi presa por cinco dias em setembro por se recusar a acatar uma ordem judicial para emitir licenças para casamentos de pessoas do mesmo sexo, em acordo com a ordem da Suprema Corte, disse à CBS que sua equipe não quis revelar o encontro até o momento para evitar interferências com a mensagem do papa durante sua visita. "Não queríamos que a visita do papa fosse ofuscada por Kim Davis", disse Staver durante uma entrevista à emissora. Durante o encontro, o papa disse a David para "ser forte", acrescentou Staver.
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