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Grupo de 75 combatentes treinados pelos EUA entra na Síria
Um grupo de 75 rebeldes treinados pelos Estados Unidos e as forças da coalizão na Turquia para combater os jihadistas entrou na região norte da Síria, informou uma ONG. "Setenta e cinco novos rebeldes treinados em um acampamento perto da capital turca entraram na província de Aleppo na madrugada de sábado", disse Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Rahman afirmou que o grupo entrou no país em um comboio de uma dezena veículos com armas leves e munições, com a cobertura aérea da coalizão liderada pelos Estados Unidos, que executa bombardeios aéreos contra posições do Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria. O programa americano para treinar e equipar rebeldes não obteve bons resultados até o momento. O comandante das forças americanas no Oriente Médio, o general Lloyd J. Austin, admitiu recentemente que apenas "quatro ou cinco" rebeldes sírios treinados e equipados por Washington combatiam efetivamente, dos quase 60 que foram formados para a missão. Os senadores republicanos americanos chamaram o programa de "fracasso total" e "piada".
mundo
Grupo de 75 combatentes treinados pelos EUA entra na SíriaUm grupo de 75 rebeldes treinados pelos Estados Unidos e as forças da coalizão na Turquia para combater os jihadistas entrou na região norte da Síria, informou uma ONG. "Setenta e cinco novos rebeldes treinados em um acampamento perto da capital turca entraram na província de Aleppo na madrugada de sábado", disse Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Rahman afirmou que o grupo entrou no país em um comboio de uma dezena veículos com armas leves e munições, com a cobertura aérea da coalizão liderada pelos Estados Unidos, que executa bombardeios aéreos contra posições do Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria. O programa americano para treinar e equipar rebeldes não obteve bons resultados até o momento. O comandante das forças americanas no Oriente Médio, o general Lloyd J. Austin, admitiu recentemente que apenas "quatro ou cinco" rebeldes sírios treinados e equipados por Washington combatiam efetivamente, dos quase 60 que foram formados para a missão. Os senadores republicanos americanos chamaram o programa de "fracasso total" e "piada".
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Lanterna e Arqueiro Verde trazem a HQs temas como racismo e feminismo
As mudanças de comportamento disparadas pela revolução cultural dos anos 1960 repercutiram nos quadrinhos de heróis no início da década seguinte. E foram muito além de exibir um Superman com o cabelo um pouco mais comprido. Um exemplo de ruptura radical com a HQ tradicional retorna agora ao Brasil. Chegam às livrarias os três volumes de "Lanterna Verde/Arqueiro Verde", que reúnem 15 histórias publicadas na revista "Green Lantern", de abril de 1970 a maio de 1972. O que está nessas páginas são aventuras que tratam de questões sociais que até então nunca tinham merecido espaço nos quadrinhos: racismo, feminismo, drogas, seitas, hippies, enfim, o mundo em ebulição da época. Nesse período, o gibi americano do Lanterna Verde ganhou um logo alternativo a partir do número 76, que passou a exibir os nomes dos dois heróis até a edição 89. O material que a Panini relança agora no Brasil inclui também quatro histórias com a dupla publicadas entre 1972 e 1974 na revista "The Flash". A ideia dos diretores da DC Comics era revitalizar personagens veteranos. Lanterna Verde foi criado em 1940. O Arqueiro surgiu no ano seguinte. Ainda em 1969, o desenhista Neal Adams começou a sinalizar mudanças ao reformar o uniforme do Arqueiro Verde e adicionar um cavanhaque ao herói. O traço realista de Adams tinha acabado de encontrar os roteiros de Dennis O'Neil. A combinação explosiva desses dois talentos era tão evidente que a DC não passou apenas uma, mas sim duas grandes missões para eles. Além de introduzir temáticas sociais aos heróis verdes, na mesma época os artistas trataram de impregnar um clima sombrio, quase de terror, às aventuras de Batman, então muito associado à imagem cômica da série de TV. No caso do Homem-Morcego, as mudanças deram novamente ao personagem o posto de maior vendedor de gibis na editora. "Lanterna Verde/Arqueiro Verde" teve sucesso mediano de vendas, mas a revista influenciaria toda a produção posterior do gênero, e não apenas na DC. DE VOLTA À TERRA A primeira história, "O Mal Sucumbirá Ante Minha Presença", foi um choque para os leitores habituais do Lanterna Verde. Eles estavam acostumados a ver seu herói em jornadas espaciais. De repente, Hal Jordan, um terráqueo que usava o poder extremo do anel que foi dado pelos Guardiões do Universo para salvar planetas inteiros da destruição, se vê envolvido numa trama em que o Arqueiro Verde pede ajuda para evitar que famílias pobres sejam despejadas de cortiços. De batalhas galácticas à especulação imobiliária, o salto não é fácil para o Lanterna Verde. Os dois heróis brigam muito. Oliver Queen, o milionário por trás da máscara do Arqueiro, apresenta ao parceiro uma América de feridas expostas, de injustiças profundas e mais difíceis de combater do que invasores alienígenas com raios mortais. "EASY RIDER" Nos gibis seguintes, a dupla viaja pelos Estados Unidos, no melhor estilo "drop out", aquele ideal hippie de cair na estrada em busca do autoconhecimento. Qualquer semelhança com o filme "Easy Rider" não é coincidência. O repertório de temas teve de exploração inescrupulosa de terras indígenas a jovens aliciados por seitas -isso enquanto a mídia acompanhava o julgamento do assassinato real da atriz Sharon Tate por uma dessas seitas. Outros momentos de grande repercussão dentro da saga foram a introdução de um Lanterna Verde negro e a revolta desesperada do Arqueiro Verde ao descobrir seu pupilo, o jovem herói Ricardito, viciado em heroína. A última história publicado no gibi da dupla foi escolhida para causar impacto. "...E, Através Dele, Salvar o Mundo..." traz Issac, ativista que pode ser visto por alguns como novo messias. Tem até uma reprodução moderna da crucificação de Cristo. Depois disso, os gibis nunca mais foram os mesmos. * LANTERNA VERDE/ARQUEIRO VERDE (VOLUMES 1, 2 e 3) EDITORA Panini Comics QUANTO R$ 23,90 (cada volume)
ilustrada
Lanterna e Arqueiro Verde trazem a HQs temas como racismo e feminismoAs mudanças de comportamento disparadas pela revolução cultural dos anos 1960 repercutiram nos quadrinhos de heróis no início da década seguinte. E foram muito além de exibir um Superman com o cabelo um pouco mais comprido. Um exemplo de ruptura radical com a HQ tradicional retorna agora ao Brasil. Chegam às livrarias os três volumes de "Lanterna Verde/Arqueiro Verde", que reúnem 15 histórias publicadas na revista "Green Lantern", de abril de 1970 a maio de 1972. O que está nessas páginas são aventuras que tratam de questões sociais que até então nunca tinham merecido espaço nos quadrinhos: racismo, feminismo, drogas, seitas, hippies, enfim, o mundo em ebulição da época. Nesse período, o gibi americano do Lanterna Verde ganhou um logo alternativo a partir do número 76, que passou a exibir os nomes dos dois heróis até a edição 89. O material que a Panini relança agora no Brasil inclui também quatro histórias com a dupla publicadas entre 1972 e 1974 na revista "The Flash". A ideia dos diretores da DC Comics era revitalizar personagens veteranos. Lanterna Verde foi criado em 1940. O Arqueiro surgiu no ano seguinte. Ainda em 1969, o desenhista Neal Adams começou a sinalizar mudanças ao reformar o uniforme do Arqueiro Verde e adicionar um cavanhaque ao herói. O traço realista de Adams tinha acabado de encontrar os roteiros de Dennis O'Neil. A combinação explosiva desses dois talentos era tão evidente que a DC não passou apenas uma, mas sim duas grandes missões para eles. Além de introduzir temáticas sociais aos heróis verdes, na mesma época os artistas trataram de impregnar um clima sombrio, quase de terror, às aventuras de Batman, então muito associado à imagem cômica da série de TV. No caso do Homem-Morcego, as mudanças deram novamente ao personagem o posto de maior vendedor de gibis na editora. "Lanterna Verde/Arqueiro Verde" teve sucesso mediano de vendas, mas a revista influenciaria toda a produção posterior do gênero, e não apenas na DC. DE VOLTA À TERRA A primeira história, "O Mal Sucumbirá Ante Minha Presença", foi um choque para os leitores habituais do Lanterna Verde. Eles estavam acostumados a ver seu herói em jornadas espaciais. De repente, Hal Jordan, um terráqueo que usava o poder extremo do anel que foi dado pelos Guardiões do Universo para salvar planetas inteiros da destruição, se vê envolvido numa trama em que o Arqueiro Verde pede ajuda para evitar que famílias pobres sejam despejadas de cortiços. De batalhas galácticas à especulação imobiliária, o salto não é fácil para o Lanterna Verde. Os dois heróis brigam muito. Oliver Queen, o milionário por trás da máscara do Arqueiro, apresenta ao parceiro uma América de feridas expostas, de injustiças profundas e mais difíceis de combater do que invasores alienígenas com raios mortais. "EASY RIDER" Nos gibis seguintes, a dupla viaja pelos Estados Unidos, no melhor estilo "drop out", aquele ideal hippie de cair na estrada em busca do autoconhecimento. Qualquer semelhança com o filme "Easy Rider" não é coincidência. O repertório de temas teve de exploração inescrupulosa de terras indígenas a jovens aliciados por seitas -isso enquanto a mídia acompanhava o julgamento do assassinato real da atriz Sharon Tate por uma dessas seitas. Outros momentos de grande repercussão dentro da saga foram a introdução de um Lanterna Verde negro e a revolta desesperada do Arqueiro Verde ao descobrir seu pupilo, o jovem herói Ricardito, viciado em heroína. A última história publicado no gibi da dupla foi escolhida para causar impacto. "...E, Através Dele, Salvar o Mundo..." traz Issac, ativista que pode ser visto por alguns como novo messias. Tem até uma reprodução moderna da crucificação de Cristo. Depois disso, os gibis nunca mais foram os mesmos. * LANTERNA VERDE/ARQUEIRO VERDE (VOLUMES 1, 2 e 3) EDITORA Panini Comics QUANTO R$ 23,90 (cada volume)
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Processo que bloqueia WhatsApp é o mesmo de prisão de vice do Facebook
O processo que justificou a decisão do juiz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto (SE), de determinar o bloqueio do WhatsApp no Brasil por 72 horas é o mesmo que levou à prisão do principal executivo do Facebook na América Latina, Diego Dzodan, em março –ele foi solto após uma noite na cadeia, em São Paulo. O magistrado afirma, em nota, que tomou a decisão em razão de a companhia não cumprir a determinação judicial de quebrar o sigilo de mensagens trocadas no aplicativo para uma investigação da Polícia Federal sobre tráfico de drogas em Lagarto. Segundo ele, a medida tem parecer favorável do Ministério Público. A investigação da Polícia Federal em Sergipe começou no fim do ano passado, após uma apreensão de drogas em Lagarto –a quadrilha teria atuação também em outros Estados, como São Paulo. Foi pedido, então, que o WhatsApp repassasse dados sobre a localização e a identificação de suspeitos de tráfico, mas a companhia não divulgou as informações. Montalvão afirma que sua decisão se baseia nos artigos 11, 12, 13 e 15 do Marco Civil da Internet, que tratam dos deveres das empresas do setor de guardar sob sigilo informações a respeito dos acessos. O WhatsApp ainda não se pronunciou sobre este caso, mas em geral a companhia justifica que não guarda as informações requeridas pela Justiça. Além disso, em abril a ferramenta terminou o processo de implementação do sistema de criptografia "end-to-end" (no qual apenas as pessoas na conversa podem ler as mensagens –nem mesmo as companhias podem acessar a comunicação) em todos os seus aplicativos e em mensagens e tipos de arquivos. "Já não armazenávamos mensagens nos nossos servidores –criptografada ou não. Não armazenamos nada na nuvem como outros serviços de mensagem porque achamos que essa é a melhor abordagem de segurança e privacidade para os usuários", disse Jan Koum, criador do WhatsApp, à Folha no mês passado.
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Processo que bloqueia WhatsApp é o mesmo de prisão de vice do FacebookO processo que justificou a decisão do juiz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto (SE), de determinar o bloqueio do WhatsApp no Brasil por 72 horas é o mesmo que levou à prisão do principal executivo do Facebook na América Latina, Diego Dzodan, em março –ele foi solto após uma noite na cadeia, em São Paulo. O magistrado afirma, em nota, que tomou a decisão em razão de a companhia não cumprir a determinação judicial de quebrar o sigilo de mensagens trocadas no aplicativo para uma investigação da Polícia Federal sobre tráfico de drogas em Lagarto. Segundo ele, a medida tem parecer favorável do Ministério Público. A investigação da Polícia Federal em Sergipe começou no fim do ano passado, após uma apreensão de drogas em Lagarto –a quadrilha teria atuação também em outros Estados, como São Paulo. Foi pedido, então, que o WhatsApp repassasse dados sobre a localização e a identificação de suspeitos de tráfico, mas a companhia não divulgou as informações. Montalvão afirma que sua decisão se baseia nos artigos 11, 12, 13 e 15 do Marco Civil da Internet, que tratam dos deveres das empresas do setor de guardar sob sigilo informações a respeito dos acessos. O WhatsApp ainda não se pronunciou sobre este caso, mas em geral a companhia justifica que não guarda as informações requeridas pela Justiça. Além disso, em abril a ferramenta terminou o processo de implementação do sistema de criptografia "end-to-end" (no qual apenas as pessoas na conversa podem ler as mensagens –nem mesmo as companhias podem acessar a comunicação) em todos os seus aplicativos e em mensagens e tipos de arquivos. "Já não armazenávamos mensagens nos nossos servidores –criptografada ou não. Não armazenamos nada na nuvem como outros serviços de mensagem porque achamos que essa é a melhor abordagem de segurança e privacidade para os usuários", disse Jan Koum, criador do WhatsApp, à Folha no mês passado.
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Crítica: Linguagem apurada de Cafiero não esconde falta do que dizer
A despeito das novas mídias (e das novas modas), a literatura continua a ser o mais fiel termômetro para avaliar um país. A boa literatura nos mostra o quanto podemos avançar, como indivíduos e nação, se nos levarmos um pouco mais a sério. Já a má literatura descortina os abismos a que iremos descer, caso nos entreguemos a nossa pequenez. Existe também a literatura mediana. Esta não prima pela genialidade, mas tampouco incomoda pela impostura. Apenas retrata o estado da arte, o ponto de repouso em que se acomodou a alma do país. Justamente por isso é tão perigosa. O volume de contos "Dez Centímetros Acima do Chão", de Flavio Cafiero, constitui exemplo perfeito dessa literatura morna. O autor domina a técnica da escrita: possui linguagem apurada e ousadia formal; esmera-se, sobretudo, em narrar com suspense, de modo que leitor somente saiba ao final do relato qual a chave de suas histórias. O problema está na falta do que dizer. Para um autor ser verdadeiramente bom, não basta alinhar palavras com destreza. A literatura é uma arte exigente. Ela requer aberturas ao profundo: narrativas instigantes, personagens densas e um olhar revelador sobre a alma humana. Tais virtudes não aparecem nos contos de "Dez Centímetros Acima do Chão". PLATITUDES A carência, para sermos justos, não é apenas de Flavio Cafiero, mas de toda a sociedade brasileira atual. Vivemos em um país que renunciou ao debate informado e ao pensamento questionador. Dialogamos em platitudes, valendo-nos de fórmulas pueris e artifícios de marketing. Essa mediocridade se reproduz em nossa literatura. Os temas de "Dez Centímetros Acima do Chão" são os mesmos da maioria dos autores atuais: a violência estilizada, a morbidez e a blasfêmia; a impossibilidade do amor, o desconforto com a infância e o fascínio pela decadência. Esse niilismo prêt-à-porter tornou-se um clichê. Ele sufoca a criação e pasteuriza o pensamento. É um academicismo às avessas, que destrói talentos, em lugar de estimulá-los. Ao final, todos os livros se parecem. E nenhum realmente importa. Flavio Cafiero tem talento de sobra. Mas precisa ainda aprender a mirar o mundo com um olhar verdadeiramente novo. DEZ CENTÍMETROS ACIMA DO CHÃO AUTOR Flavio Cafiero EDITORA Cosac Naify QUANTO R$ 32 (160 págs.) AVALIAÇÃO regular
ilustrada
Crítica: Linguagem apurada de Cafiero não esconde falta do que dizerA despeito das novas mídias (e das novas modas), a literatura continua a ser o mais fiel termômetro para avaliar um país. A boa literatura nos mostra o quanto podemos avançar, como indivíduos e nação, se nos levarmos um pouco mais a sério. Já a má literatura descortina os abismos a que iremos descer, caso nos entreguemos a nossa pequenez. Existe também a literatura mediana. Esta não prima pela genialidade, mas tampouco incomoda pela impostura. Apenas retrata o estado da arte, o ponto de repouso em que se acomodou a alma do país. Justamente por isso é tão perigosa. O volume de contos "Dez Centímetros Acima do Chão", de Flavio Cafiero, constitui exemplo perfeito dessa literatura morna. O autor domina a técnica da escrita: possui linguagem apurada e ousadia formal; esmera-se, sobretudo, em narrar com suspense, de modo que leitor somente saiba ao final do relato qual a chave de suas histórias. O problema está na falta do que dizer. Para um autor ser verdadeiramente bom, não basta alinhar palavras com destreza. A literatura é uma arte exigente. Ela requer aberturas ao profundo: narrativas instigantes, personagens densas e um olhar revelador sobre a alma humana. Tais virtudes não aparecem nos contos de "Dez Centímetros Acima do Chão". PLATITUDES A carência, para sermos justos, não é apenas de Flavio Cafiero, mas de toda a sociedade brasileira atual. Vivemos em um país que renunciou ao debate informado e ao pensamento questionador. Dialogamos em platitudes, valendo-nos de fórmulas pueris e artifícios de marketing. Essa mediocridade se reproduz em nossa literatura. Os temas de "Dez Centímetros Acima do Chão" são os mesmos da maioria dos autores atuais: a violência estilizada, a morbidez e a blasfêmia; a impossibilidade do amor, o desconforto com a infância e o fascínio pela decadência. Esse niilismo prêt-à-porter tornou-se um clichê. Ele sufoca a criação e pasteuriza o pensamento. É um academicismo às avessas, que destrói talentos, em lugar de estimulá-los. Ao final, todos os livros se parecem. E nenhum realmente importa. Flavio Cafiero tem talento de sobra. Mas precisa ainda aprender a mirar o mundo com um olhar verdadeiramente novo. DEZ CENTÍMETROS ACIMA DO CHÃO AUTOR Flavio Cafiero EDITORA Cosac Naify QUANTO R$ 32 (160 págs.) AVALIAÇÃO regular
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Minha tentativa de adoção
No dia 26, nasceu minha segunda filha, encerrando uma jornada de seis anos com minha mulher tentando engravidar e adotar. A ideia original era ter pelo menos uma cria de cada jeito. Mas desistimos da adoção. Tal relato é o tema de hoje. Por causa da idade, a tentativa inicial era engravidar naturalmente. Diante da dificuldade, passamos a buscar a habilitação para a adoção. Procuramos um grupo de apoio à adoção perto de casa, o que foi uma experiência animadora. Um psicólogo judicial destacou que a prioridade pública é conseguir famílias para as crianças, e não filhos para os candidatos a pais. O desejo dos adotantes é fundamental para as coisas funcionarem. No entanto, quanto mais restritivo ele for –em termos de idade, ausência de doenças, sexo ou cor–, mais demorado será. Vale refletir: quem sabe uma criança mais velha? Ou um grupo de irmãos? Queríamos um bebê sem doenças graves incuráveis, o que basta para tornar a espera longa, porém isso poderia ser reavaliado durante a habilitação. O diabo foi que até ela ser concluída foram quase dois anos desde a reunião informativa inicial. Na Vara da Infância de onde residimos, antes de dar entrada na documentação para a habilitação, é preciso participar de três encontros de grupos de apoio, cuja periodicidade é mensal. É uma exigência útil. Só que na reunião informativa foi dito que somente seis meses depois seria possível começar a frequentá-los de forma a valer para seu cumprimento. A alegação era falta de vaga. Mesmo com dezenas de grupos na cidade, apenas três contavam oficialmente. E não estavam lotados. Como funcionam independentemente das regras da habilitação, decidimos ir a reuniões de um deles, o que foi possível sem problema. O objetivo era retardar a entrada oficial dos documentos para a habilitação. Assim, as estatísticas de desempenho melhoram, embora não correspondam à realidade. Outro exemplo foi a demora de quatro meses para ser concluído o relatório da visita de 20 minutos do assistente social. Mesmo o juiz extrapolou o tempo que tinha para deferir ou não a habilitação e, quando o fez, colocou a data do primeiro dia de prazo. Claro, o Estado precisa avaliar com cuidado as pessoas para quem serão entregues crianças que já enfrentam uma situação de abandono ou risco. Ainda assim, é quase desnecessário lembrar o quanto essas crianças são prejudicadas por tamanha demora numa etapa preliminar da adoção. O segundo problema foi que no meu Estado a Justiça ainda permitia, embora o sistema de assistência social dificulte, a adoção consensual: pais biológicos que querem dar o filho para a adoção de um determinado casal ou pessoa. Nesse caso, a habilitação pode ser agilizada. Em outros lugares isso é proibido em razão, por exemplo, do risco de comércio. Sou testemunha disso. Por um advogado, conhecemos uma jovem que já tinha dado um bebê à adoção consensual e estava grávida novamente. Em troca, queria uma ligadura de trompas. Dissemos que por lei não poderíamos pagar por isso. Mas era possível orientá-la a procurar no SUS. Ao nascer, o bebê precisou de dez dias de internação com a mãe para amamentá-lo. Apesar de nossas visitas e do acerto dos procedimentos, os pais desistiram na última hora. Como não nos avisaram, fomos até sua casa para ouvir o que não queríamos acreditar. Vendo a criança que já tinha como filho, não posso garantir que, se tivesse ocorrido, teria recusado um pedido de dinheiro. A adoção consensual deveria acabar de vez. Soa como atalho para quem é capaz de acionar uma rede de relações, em particular via advogados da área. Porém, além do risco de comércio, é injusta com os demais adotantes e não traz ganho para a criança. Seu caso mais comum, o de bebês, tem adoção rápida. Se os pais biológicos não querem criar um filho, devem entregá-lo ao Estado, que o destinará à adoção conforme as filas de espera. Havendo agilidade, todos (crianças, pais biológicos e adotivos e a sociedade) são atendidos. Conheci ótimos profissionais. O sistema tem várias coisas boas. Contudo, minha experiência ruim não deve ser tão rara. Foi a fertilização in vitro que acabou nos dando nossas filhas. A elas, a recém-chegada Rosa e Dolores, dedico a coluna. E também ao filho que chegamos a ter, a quem desejo que esteja muito bem com a família que decidiu se esforçar para ficar com ele.
colunas
Minha tentativa de adoçãoNo dia 26, nasceu minha segunda filha, encerrando uma jornada de seis anos com minha mulher tentando engravidar e adotar. A ideia original era ter pelo menos uma cria de cada jeito. Mas desistimos da adoção. Tal relato é o tema de hoje. Por causa da idade, a tentativa inicial era engravidar naturalmente. Diante da dificuldade, passamos a buscar a habilitação para a adoção. Procuramos um grupo de apoio à adoção perto de casa, o que foi uma experiência animadora. Um psicólogo judicial destacou que a prioridade pública é conseguir famílias para as crianças, e não filhos para os candidatos a pais. O desejo dos adotantes é fundamental para as coisas funcionarem. No entanto, quanto mais restritivo ele for –em termos de idade, ausência de doenças, sexo ou cor–, mais demorado será. Vale refletir: quem sabe uma criança mais velha? Ou um grupo de irmãos? Queríamos um bebê sem doenças graves incuráveis, o que basta para tornar a espera longa, porém isso poderia ser reavaliado durante a habilitação. O diabo foi que até ela ser concluída foram quase dois anos desde a reunião informativa inicial. Na Vara da Infância de onde residimos, antes de dar entrada na documentação para a habilitação, é preciso participar de três encontros de grupos de apoio, cuja periodicidade é mensal. É uma exigência útil. Só que na reunião informativa foi dito que somente seis meses depois seria possível começar a frequentá-los de forma a valer para seu cumprimento. A alegação era falta de vaga. Mesmo com dezenas de grupos na cidade, apenas três contavam oficialmente. E não estavam lotados. Como funcionam independentemente das regras da habilitação, decidimos ir a reuniões de um deles, o que foi possível sem problema. O objetivo era retardar a entrada oficial dos documentos para a habilitação. Assim, as estatísticas de desempenho melhoram, embora não correspondam à realidade. Outro exemplo foi a demora de quatro meses para ser concluído o relatório da visita de 20 minutos do assistente social. Mesmo o juiz extrapolou o tempo que tinha para deferir ou não a habilitação e, quando o fez, colocou a data do primeiro dia de prazo. Claro, o Estado precisa avaliar com cuidado as pessoas para quem serão entregues crianças que já enfrentam uma situação de abandono ou risco. Ainda assim, é quase desnecessário lembrar o quanto essas crianças são prejudicadas por tamanha demora numa etapa preliminar da adoção. O segundo problema foi que no meu Estado a Justiça ainda permitia, embora o sistema de assistência social dificulte, a adoção consensual: pais biológicos que querem dar o filho para a adoção de um determinado casal ou pessoa. Nesse caso, a habilitação pode ser agilizada. Em outros lugares isso é proibido em razão, por exemplo, do risco de comércio. Sou testemunha disso. Por um advogado, conhecemos uma jovem que já tinha dado um bebê à adoção consensual e estava grávida novamente. Em troca, queria uma ligadura de trompas. Dissemos que por lei não poderíamos pagar por isso. Mas era possível orientá-la a procurar no SUS. Ao nascer, o bebê precisou de dez dias de internação com a mãe para amamentá-lo. Apesar de nossas visitas e do acerto dos procedimentos, os pais desistiram na última hora. Como não nos avisaram, fomos até sua casa para ouvir o que não queríamos acreditar. Vendo a criança que já tinha como filho, não posso garantir que, se tivesse ocorrido, teria recusado um pedido de dinheiro. A adoção consensual deveria acabar de vez. Soa como atalho para quem é capaz de acionar uma rede de relações, em particular via advogados da área. Porém, além do risco de comércio, é injusta com os demais adotantes e não traz ganho para a criança. Seu caso mais comum, o de bebês, tem adoção rápida. Se os pais biológicos não querem criar um filho, devem entregá-lo ao Estado, que o destinará à adoção conforme as filas de espera. Havendo agilidade, todos (crianças, pais biológicos e adotivos e a sociedade) são atendidos. Conheci ótimos profissionais. O sistema tem várias coisas boas. Contudo, minha experiência ruim não deve ser tão rara. Foi a fertilização in vitro que acabou nos dando nossas filhas. A elas, a recém-chegada Rosa e Dolores, dedico a coluna. E também ao filho que chegamos a ter, a quem desejo que esteja muito bem com a família que decidiu se esforçar para ficar com ele.
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Ator relata em peça os últimos cem dias de sua mãe, que sofreu de câncer
Certo dia, a arquiteta Marpe Facó viu "o chão parar no céu e o céu parar no chão". E, em meio à tontura repentina, "deu de cara no céu." Assim, transpondo para o palco os sentimentos e as escaramuças de uma doença, o ator e dramaturgo Álamo Facó, filho de Marpe, descreve os cem últimos dias em que conviveu com a mãe, após ela ter sido diagnosticada com um tumor cerebral, em 2010. O registro está no monólogo "Mamãe", que ele, codirigido por Cesar Augusto, estreia nesta quinta (7), em São Paulo, após temporada no Rio. Durante a doença de Marpe, Álamo dizia a ela que sua história daria um "personagem de filme com a Meryl Streep". O dia a dia no hospital, as burocracias médicas e o baque da perda iminente foram sendo postos no papel em forma de depoimento. Dois anos depois, Álamo retomou o texto, mas deixou de lado o aspecto documental para escrever uma ficção. Criou a história de Marta, mãe que descobre o câncer –"Havia uma bola aqui, estúpida", diz em cena a personagem, apontando para a têmpora direita. E a relação dela com o filho, o ator Lázaro. Álamo se alterna entre os dois papéis, mas se distancia de uma interpretação realista. Traz características da performance e influências de artistas como Sophie Calle, Lygia Clark e Bruce Nauman. Também transita no terreno da memória e do cérebro que aos poucos se esfacela. Apesar dos desvios da realidade, contudo, há ali muitos fatos verdadeiros. Álamo fala do passado da mãe, de seu relacionamento aberto com o pai, da paixão dela pela arte. Mostra em cena a foto que tirou de Marpe no hospital, preenche o cenário de quadros, alguns deles como os que usou pra colorir o quarto onde a mãe fora internada. Também traz influências de outros casos com os quais o ator conviveu, como a perda da colega Bel Garcia, atriz e diretora morta em novembro passado, aos 48, também de um câncer no cérebro. E faz ainda uma crítica às burocracias do sistema de saúde e à resistência a tratamentos alternativos, como o uso da fosfoetanolamina, a chamada "pílula do câncer". "É um engasgo, uma revolta. Como a gente não consegue mudar isso [o sistema]?, São pessoas especiais [os pacientes]", diz Álamo. Mas a peça é como uma missão, dá um alívio colocar isso para fora." Ainda assim, salpicam na montagem traços de humor –caso do título, "Mamãe", uma brincadeira do ator, que na realidade chamava Marpe pelo prenome. Um pouco do colorido que Álamo quis levar aos últimos dias da mãe. MAMÃE QUANDO qui. a sáb., às 20h30; até 6/8 ONDE Sesc Pinheiros, r. Paes Leme, 195, tel. (11) 3095-9400 QUANTO R$ 7,50 a R$ 25 CLASSIFICAÇÃO 14 anos
ilustrada
Ator relata em peça os últimos cem dias de sua mãe, que sofreu de câncerCerto dia, a arquiteta Marpe Facó viu "o chão parar no céu e o céu parar no chão". E, em meio à tontura repentina, "deu de cara no céu." Assim, transpondo para o palco os sentimentos e as escaramuças de uma doença, o ator e dramaturgo Álamo Facó, filho de Marpe, descreve os cem últimos dias em que conviveu com a mãe, após ela ter sido diagnosticada com um tumor cerebral, em 2010. O registro está no monólogo "Mamãe", que ele, codirigido por Cesar Augusto, estreia nesta quinta (7), em São Paulo, após temporada no Rio. Durante a doença de Marpe, Álamo dizia a ela que sua história daria um "personagem de filme com a Meryl Streep". O dia a dia no hospital, as burocracias médicas e o baque da perda iminente foram sendo postos no papel em forma de depoimento. Dois anos depois, Álamo retomou o texto, mas deixou de lado o aspecto documental para escrever uma ficção. Criou a história de Marta, mãe que descobre o câncer –"Havia uma bola aqui, estúpida", diz em cena a personagem, apontando para a têmpora direita. E a relação dela com o filho, o ator Lázaro. Álamo se alterna entre os dois papéis, mas se distancia de uma interpretação realista. Traz características da performance e influências de artistas como Sophie Calle, Lygia Clark e Bruce Nauman. Também transita no terreno da memória e do cérebro que aos poucos se esfacela. Apesar dos desvios da realidade, contudo, há ali muitos fatos verdadeiros. Álamo fala do passado da mãe, de seu relacionamento aberto com o pai, da paixão dela pela arte. Mostra em cena a foto que tirou de Marpe no hospital, preenche o cenário de quadros, alguns deles como os que usou pra colorir o quarto onde a mãe fora internada. Também traz influências de outros casos com os quais o ator conviveu, como a perda da colega Bel Garcia, atriz e diretora morta em novembro passado, aos 48, também de um câncer no cérebro. E faz ainda uma crítica às burocracias do sistema de saúde e à resistência a tratamentos alternativos, como o uso da fosfoetanolamina, a chamada "pílula do câncer". "É um engasgo, uma revolta. Como a gente não consegue mudar isso [o sistema]?, São pessoas especiais [os pacientes]", diz Álamo. Mas a peça é como uma missão, dá um alívio colocar isso para fora." Ainda assim, salpicam na montagem traços de humor –caso do título, "Mamãe", uma brincadeira do ator, que na realidade chamava Marpe pelo prenome. Um pouco do colorido que Álamo quis levar aos últimos dias da mãe. MAMÃE QUANDO qui. a sáb., às 20h30; até 6/8 ONDE Sesc Pinheiros, r. Paes Leme, 195, tel. (11) 3095-9400 QUANTO R$ 7,50 a R$ 25 CLASSIFICAÇÃO 14 anos
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Aos 79 anos, clássico entre Corinthians e São Paulo estreia na Libertadores
Após decidirem torneios estaduais, regionais, nacionais e sul-americanos, o clássico entre Corinthians e São Paulo, que completa 79 anos em 2015, vai estrear na Copa Libertadores. Os clubes se enfrentam nesta quarta-feira (18), às 22h, no Itaquerão, na abertura da fase de grupos do torneio sul-americano. A chave ainda tem San Lorenzo (ARG) e Danubio (URU). O histórico de Corinthians e São Paulo é curioso ao longo desses 79 anos. Foram seis triunfos do Corinthians quando o clássico debutou em um dos campeonatos tradicionais contra apenas dois do São Paulo (veja relação abaixo). No primeiro jogo entre eles, um amistoso em março de 1936, o time alvinegro levou a melhor. Considerando apenas as finais dos torneios tradicionais, foram dez encontros. Foram seis decisões de Campeonato Paulista (três vitórias para cada lado), uma pelo extinto Torneio Rio-São Paulo, outra pelo Campeonato Brasileiro e também pela Recopa Sul-Americana, além de um torneio amistoso chamado de Copa São Paulo, em 1975. O Corinthians tem o saldo positivo, com os títulos do Regional, do Nacional e do Continental, além da Copa São Paulo e dos três Estaduais. O São Paulo tem apenas os três Paulistas. Se levar em conta outras partidas importantes, Corinthians e São Paulo também já duelaram pela semifinal da Copa do Brasil de 2003 (deu Corinthians) e pela semifinal da extinta Copa Conmebol de 1994 (deu São Paulo, então comandando por Muricy Ramalho). Houve ainda quatro semifinais de Paulista (com três triunfos corintianos) e uma semifinal da Campeonato Brasileiro, em 1999, com classificação novamente alvinegra. Os únicos torneios internacionais disputados foram o da Conmebol e da Recopa Sul-Americana –com um triunfo para cada lado. A ESTREIA DO CLÁSSICO NOS PRINCIPAIS TORNEIOS Primeiro jogo (amistoso) 22.mar.1936 - Corinthians 3x1 São Paulo, no Parque São Jorge Paulista 6.set.1936 - Corinthians 3x0 São Paulo, no Parque São Jorge Copa Bandeirantes 21.jul.1994 - São Paulo 1x4 Corinthians, no Morumbi Torneio Rio-São Paulo 28.12.1949 - Corinthians 4x1 São Paulo, no Pacaembu Copa do Brasil 24.abr.2002 - São Paulo 0x2 Corinthians, no Morumbi Torneio Roberto Gomes Pedrosa 22.abr.1967 - Corinthians 1x0 São Paulo, no Pacaembu Campeonato Brasileiro 17.out.1971 - Corinthians 0x2 São Paulo, no Morumbi Copa Conmebol 2.dez.1994 - Corinthians 3x4 São Paulo, no Pacaembu Recopa Sul-Americana 3.jul.2013 - São Paulo 1x2 Corinthians, no Morumbi ESTÁDIOS No Morumbi 25.jan.1962 - São Paulo 1x2 Corinthians No Itaquerão 21.set.2014 - Corinthians 3x2 São Paulo No Pacaembu 25.ago.1940 - São Paulo 3x2 Corinthians No Parque São Jorge 22.mar.1936 - Corinthians 3x1 São Paulo No Palestra Itália 19.mai.1938 - São Paulo 2x3 Corinthians Na Arena Barueri 27.mar.2011 - São Paulo 2x1 Corinthians *Os dados acima levam em conta a fundação do São Paulo em 16 de dezembro de 1935
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Aos 79 anos, clássico entre Corinthians e São Paulo estreia na LibertadoresApós decidirem torneios estaduais, regionais, nacionais e sul-americanos, o clássico entre Corinthians e São Paulo, que completa 79 anos em 2015, vai estrear na Copa Libertadores. Os clubes se enfrentam nesta quarta-feira (18), às 22h, no Itaquerão, na abertura da fase de grupos do torneio sul-americano. A chave ainda tem San Lorenzo (ARG) e Danubio (URU). O histórico de Corinthians e São Paulo é curioso ao longo desses 79 anos. Foram seis triunfos do Corinthians quando o clássico debutou em um dos campeonatos tradicionais contra apenas dois do São Paulo (veja relação abaixo). No primeiro jogo entre eles, um amistoso em março de 1936, o time alvinegro levou a melhor. Considerando apenas as finais dos torneios tradicionais, foram dez encontros. Foram seis decisões de Campeonato Paulista (três vitórias para cada lado), uma pelo extinto Torneio Rio-São Paulo, outra pelo Campeonato Brasileiro e também pela Recopa Sul-Americana, além de um torneio amistoso chamado de Copa São Paulo, em 1975. O Corinthians tem o saldo positivo, com os títulos do Regional, do Nacional e do Continental, além da Copa São Paulo e dos três Estaduais. O São Paulo tem apenas os três Paulistas. Se levar em conta outras partidas importantes, Corinthians e São Paulo também já duelaram pela semifinal da Copa do Brasil de 2003 (deu Corinthians) e pela semifinal da extinta Copa Conmebol de 1994 (deu São Paulo, então comandando por Muricy Ramalho). Houve ainda quatro semifinais de Paulista (com três triunfos corintianos) e uma semifinal da Campeonato Brasileiro, em 1999, com classificação novamente alvinegra. Os únicos torneios internacionais disputados foram o da Conmebol e da Recopa Sul-Americana –com um triunfo para cada lado. A ESTREIA DO CLÁSSICO NOS PRINCIPAIS TORNEIOS Primeiro jogo (amistoso) 22.mar.1936 - Corinthians 3x1 São Paulo, no Parque São Jorge Paulista 6.set.1936 - Corinthians 3x0 São Paulo, no Parque São Jorge Copa Bandeirantes 21.jul.1994 - São Paulo 1x4 Corinthians, no Morumbi Torneio Rio-São Paulo 28.12.1949 - Corinthians 4x1 São Paulo, no Pacaembu Copa do Brasil 24.abr.2002 - São Paulo 0x2 Corinthians, no Morumbi Torneio Roberto Gomes Pedrosa 22.abr.1967 - Corinthians 1x0 São Paulo, no Pacaembu Campeonato Brasileiro 17.out.1971 - Corinthians 0x2 São Paulo, no Morumbi Copa Conmebol 2.dez.1994 - Corinthians 3x4 São Paulo, no Pacaembu Recopa Sul-Americana 3.jul.2013 - São Paulo 1x2 Corinthians, no Morumbi ESTÁDIOS No Morumbi 25.jan.1962 - São Paulo 1x2 Corinthians No Itaquerão 21.set.2014 - Corinthians 3x2 São Paulo No Pacaembu 25.ago.1940 - São Paulo 3x2 Corinthians No Parque São Jorge 22.mar.1936 - Corinthians 3x1 São Paulo No Palestra Itália 19.mai.1938 - São Paulo 2x3 Corinthians Na Arena Barueri 27.mar.2011 - São Paulo 2x1 Corinthians *Os dados acima levam em conta a fundação do São Paulo em 16 de dezembro de 1935
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Mal-educados ou educados mal?
O prédio em que estou, em Nova York, tem uma piscina coberta no último andar. Quando viro a cabeça para respirar, vejo o céu, os prédios e, às vezes, a neve lá fora. Nesta estação, os moradores preferem esteiras e bicicletas ergométricas. Frequentemente, nado sozinho. Mas, mesmo quando somos dois ou três nadando, há um clima simpaticamente silencioso. Nos EUA, em qualquer piscina pública (e, no verão, nas praias), é obrigatória a presença de um salva-vidas, que fica sentado numa cadeira de madeira branca, parecida com a do juiz numa partida de tênis, bem alta –para enxergar melhor. No meu prédio, a presença e a atenção do salva-vidas parecem excessivas para uma piscina de três raias, 20 metros de comprimento e 180 cm de profundidade do lado mais fundo. Numa tarde da semana passada, éramos dois nadando na piscina. De repente, apesar dos ouvidos tapados pela touca de borracha e da cabeça na água, ouvi um estardalhaço de gritos insensatos. Parecia que a piscina estava sendo invadida pela excursão não monitorada de uma classe de estudantes do primeiro grau. De fato, era só um menino, 7 ou 8 anos, mas que gritava como uma turma inteira. Não dava para entender nada de seus gritos, e não estou certo que ele estivesse querendo se comunicar: gritava, mas sem angústia, pelo prazer de fazer barulho. Ele era acompanhado por três mulheres –suponho que uma fosse a mãe e as duas outras, uma babá e uma empregada. (Babá aos 8 anos? Pois é.) O menino não tinha dificuldade motora alguma, mas as três o preparavam para entrar na água. Duas retiravam a camiseta, enquanto outra, ajoelhada, tirava os chinelos. Ele ficava parado, como o papa quando está sendo vestido e desvestido –só que o papa geralmente não grita. Uma vez retirados os chinelos e a camiseta, tratou-se de colocar no menino os óculos para proteger os olhinhos do nadador. Se ele o fizesse sozinho, seria fácil; mas experimente alguém fazendo isso em você: claro que a borracha vai se prender no cabelo. Mais gritos. Em compensação, o que elas poderiam ter feito, mas não fizeram, era levar o menino para o chuveiro (cartaz: "Proibido entrar na piscina sem passar pelo chuveiro") e impedir que ele pulasse na água (cartaz: "Proibido mergulhar"). Logo chegou outro menino, amigo ou irmão, acompanhado por mais uma babá. Os gritos incompreensíveis não duplicaram porque não havia como eles crescerem além do que já era. Os dois meninos ficaram então pulando na água e subindo pela escada –ótima brincadeira, mas por que sempre gritando? Por que manifestar sua excitação parecia mais importante do que brincar? A resposta são as quatro (aparentemente) adultas, que observavam extasiadas, dando elas mesmas gritos ora de maravilha, ora de espanto diante da performance dos dois. Numa piscina daquele tamanho, com um salva-vidas de plantão, qual era a razão da presença das quatro mulheres? Por que elas não aproveitavam para deixar de cuidar dos marmanjos e começar a cuidar de seus desejos? Isso se elas tiverem desejos fora o de cuidar dos marmanjos... Aposto que, se elas estivessem desejando alhures, a bagunça pararia e os meninos brincariam sem se sentir na obrigação de oferecer o espetáculo de sua extraordinária infantilidade. Os meninos não eram mal-educados. Eles eram educados mal, que é pior. Digo isso porque eles gritavam? Não, claro. Eles eram educados mal porque eram privados da autonomia de tirar chinelos e camiseta. E porque ninguém lhes mostrava que é possível se sentir livre respeitando as regras básicas de uma piscina. Mas, sobretudo, eram educados mal porque nada lhes sugeria que eles pudessem ser apenas uns entre outros. Para os cuidados e os olhares extasiados das quatro mulheres, eles precisavam manter uma cansativa e barulhenta encenação de sua unicidade. Nada demais naquela ocasião (só uns gritos), mas a crença na unicidade privilegiada da gente se transforma, ao longo da vida, na cansativa obrigação de ser sempre "diferente" e extraordinário. Conselho: quando a criança grita "olha mamãe!", o melhor é olhar, sim, mas com a expressão de todo o tédio que a cena merece, de fato. Com o eco do espaço da piscina eu não tinha entendido qual língua falavam as crianças e suas babás e admiradoras. Na saída, perguntei. Alguém adivinha de onde elas vinham? [email protected] @ccalligaris
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Mal-educados ou educados mal?O prédio em que estou, em Nova York, tem uma piscina coberta no último andar. Quando viro a cabeça para respirar, vejo o céu, os prédios e, às vezes, a neve lá fora. Nesta estação, os moradores preferem esteiras e bicicletas ergométricas. Frequentemente, nado sozinho. Mas, mesmo quando somos dois ou três nadando, há um clima simpaticamente silencioso. Nos EUA, em qualquer piscina pública (e, no verão, nas praias), é obrigatória a presença de um salva-vidas, que fica sentado numa cadeira de madeira branca, parecida com a do juiz numa partida de tênis, bem alta –para enxergar melhor. No meu prédio, a presença e a atenção do salva-vidas parecem excessivas para uma piscina de três raias, 20 metros de comprimento e 180 cm de profundidade do lado mais fundo. Numa tarde da semana passada, éramos dois nadando na piscina. De repente, apesar dos ouvidos tapados pela touca de borracha e da cabeça na água, ouvi um estardalhaço de gritos insensatos. Parecia que a piscina estava sendo invadida pela excursão não monitorada de uma classe de estudantes do primeiro grau. De fato, era só um menino, 7 ou 8 anos, mas que gritava como uma turma inteira. Não dava para entender nada de seus gritos, e não estou certo que ele estivesse querendo se comunicar: gritava, mas sem angústia, pelo prazer de fazer barulho. Ele era acompanhado por três mulheres –suponho que uma fosse a mãe e as duas outras, uma babá e uma empregada. (Babá aos 8 anos? Pois é.) O menino não tinha dificuldade motora alguma, mas as três o preparavam para entrar na água. Duas retiravam a camiseta, enquanto outra, ajoelhada, tirava os chinelos. Ele ficava parado, como o papa quando está sendo vestido e desvestido –só que o papa geralmente não grita. Uma vez retirados os chinelos e a camiseta, tratou-se de colocar no menino os óculos para proteger os olhinhos do nadador. Se ele o fizesse sozinho, seria fácil; mas experimente alguém fazendo isso em você: claro que a borracha vai se prender no cabelo. Mais gritos. Em compensação, o que elas poderiam ter feito, mas não fizeram, era levar o menino para o chuveiro (cartaz: "Proibido entrar na piscina sem passar pelo chuveiro") e impedir que ele pulasse na água (cartaz: "Proibido mergulhar"). Logo chegou outro menino, amigo ou irmão, acompanhado por mais uma babá. Os gritos incompreensíveis não duplicaram porque não havia como eles crescerem além do que já era. Os dois meninos ficaram então pulando na água e subindo pela escada –ótima brincadeira, mas por que sempre gritando? Por que manifestar sua excitação parecia mais importante do que brincar? A resposta são as quatro (aparentemente) adultas, que observavam extasiadas, dando elas mesmas gritos ora de maravilha, ora de espanto diante da performance dos dois. Numa piscina daquele tamanho, com um salva-vidas de plantão, qual era a razão da presença das quatro mulheres? Por que elas não aproveitavam para deixar de cuidar dos marmanjos e começar a cuidar de seus desejos? Isso se elas tiverem desejos fora o de cuidar dos marmanjos... Aposto que, se elas estivessem desejando alhures, a bagunça pararia e os meninos brincariam sem se sentir na obrigação de oferecer o espetáculo de sua extraordinária infantilidade. Os meninos não eram mal-educados. Eles eram educados mal, que é pior. Digo isso porque eles gritavam? Não, claro. Eles eram educados mal porque eram privados da autonomia de tirar chinelos e camiseta. E porque ninguém lhes mostrava que é possível se sentir livre respeitando as regras básicas de uma piscina. Mas, sobretudo, eram educados mal porque nada lhes sugeria que eles pudessem ser apenas uns entre outros. Para os cuidados e os olhares extasiados das quatro mulheres, eles precisavam manter uma cansativa e barulhenta encenação de sua unicidade. Nada demais naquela ocasião (só uns gritos), mas a crença na unicidade privilegiada da gente se transforma, ao longo da vida, na cansativa obrigação de ser sempre "diferente" e extraordinário. Conselho: quando a criança grita "olha mamãe!", o melhor é olhar, sim, mas com a expressão de todo o tédio que a cena merece, de fato. Com o eco do espaço da piscina eu não tinha entendido qual língua falavam as crianças e suas babás e admiradoras. Na saída, perguntei. Alguém adivinha de onde elas vinham? [email protected] @ccalligaris
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Conheça Donald Trump em 10 frases polêmicas
Ao longo de toda sua trajetória midiática, o milionário e ex-apresentador de reality show, estreante na carreira política, demonstrou não ter papas na língua. Suas declarações caminham do bizarro ao cômico, do politicamente incorreto ao constrangedor. Nesta quarta (9), contrariando as previsões, Donald Trump, 70, derrotou a democrata Hillary Clinton e se elegeu o 45º presidente dos Estados Unidos. No seu primeiro discurso após a vitória, o republicano adotou uma fala mais polida, elogiou a adversária e pediu união. * "Normalmente, se eu demitir alguém que é ruim, vou dizer-lhes como ele é grandes. Porque eu não quero ferir os sentimentos das pessoas. –No programa "Larry King Live", em 2005 "Desculpe perdedores e aborrecedores, mas meu QI é um dos mais altos –e todos vocês sabem disso! Por favor, não se sintam tão estúpidos ou inseguros, não é culpa de vocês" –No Twitter "Sabe, realmente não importa o que eles escrevem sobre você, desde que você tenha uma bunda nova e bonita ao seu lado" –À revista "Esquire", em 1991, ao falar sobre o que a mídia publica ao seu respeito "Eu disse se Ivanka não fosse minha filha, talvez eu saísse com ela." –No programa "The View", em 2006 "Eu quero cinco filhos, como na minha própria família, porque com cinco, então vou saber que um será garantido que vire como eu" – Para um amigo, de acordo com Vanity Fair, em 1990 "Está congelando e nevando em Nova York –precisamos do aquecimento global!" –No Twitter "Eu prometo não falar sobre suas cirurgias plásticas maciças que não funcionaram" –No Twitter, para Cher "Todas as mulheres em "The Apprentice" flertaram comigo –consciente ou inconscientemente. Isso é de se esperar" –Falando sobre o reality show que apresentou "Meus dedos são longos e bonitos, como, foi bem documentado, são várias outras partes do meu corpo" –Defendendo-se das declarações de Marco Rubio, seu ex-rival na fase preliminar da campanha do partido Republicano, que falou sobre o tamanho dos seus dedos. "Eu serei o melhor presidente que Deus criou" –Em 2015, ao anunciar sua candidatura
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Conheça Donald Trump em 10 frases polêmicasAo longo de toda sua trajetória midiática, o milionário e ex-apresentador de reality show, estreante na carreira política, demonstrou não ter papas na língua. Suas declarações caminham do bizarro ao cômico, do politicamente incorreto ao constrangedor. Nesta quarta (9), contrariando as previsões, Donald Trump, 70, derrotou a democrata Hillary Clinton e se elegeu o 45º presidente dos Estados Unidos. No seu primeiro discurso após a vitória, o republicano adotou uma fala mais polida, elogiou a adversária e pediu união. * "Normalmente, se eu demitir alguém que é ruim, vou dizer-lhes como ele é grandes. Porque eu não quero ferir os sentimentos das pessoas. –No programa "Larry King Live", em 2005 "Desculpe perdedores e aborrecedores, mas meu QI é um dos mais altos –e todos vocês sabem disso! Por favor, não se sintam tão estúpidos ou inseguros, não é culpa de vocês" –No Twitter "Sabe, realmente não importa o que eles escrevem sobre você, desde que você tenha uma bunda nova e bonita ao seu lado" –À revista "Esquire", em 1991, ao falar sobre o que a mídia publica ao seu respeito "Eu disse se Ivanka não fosse minha filha, talvez eu saísse com ela." –No programa "The View", em 2006 "Eu quero cinco filhos, como na minha própria família, porque com cinco, então vou saber que um será garantido que vire como eu" – Para um amigo, de acordo com Vanity Fair, em 1990 "Está congelando e nevando em Nova York –precisamos do aquecimento global!" –No Twitter "Eu prometo não falar sobre suas cirurgias plásticas maciças que não funcionaram" –No Twitter, para Cher "Todas as mulheres em "The Apprentice" flertaram comigo –consciente ou inconscientemente. Isso é de se esperar" –Falando sobre o reality show que apresentou "Meus dedos são longos e bonitos, como, foi bem documentado, são várias outras partes do meu corpo" –Defendendo-se das declarações de Marco Rubio, seu ex-rival na fase preliminar da campanha do partido Republicano, que falou sobre o tamanho dos seus dedos. "Eu serei o melhor presidente que Deus criou" –Em 2015, ao anunciar sua candidatura
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Série converte Harry Potter em Don Draper
Esqueça Harry Potter. Daniel Radcliffe, o então garoto que deu corpo no cinema ao bruxo criado por J. K. Rowling, cresceu e virou um ator de opções ousadas em palcos e telas. "Diário de um Jovem Médico", que nasceu na BBC, passou pela HBO e cai agora na Netflix, é a mais sui generis dessas escolhas. Os quatro episódios de 25 minutos dessa comédia são adaptados de uma série intermitente de contos do dramaturgo russo Mikhail Bulgákov (1891-1940), ele mesmo médico e enviado, recém-formado, a um hospital remoto da Província de Smolensk em 1917, quando a Revolução Russa dizimaria o czarismo. É dessa experiência que ele moldou seu personagem, o médico jovem, e a carga de referências históricas, crítica política, humor sombrio e realismo mágico que depois tornariam sua obra admirada (inclusive pelo ditador Joseph Stálin). Esse contexto, sozinho, já mereceria atenção –há muito sarcasmo e pouca condescendência na forma como o autor descreve a potência russa em mutação, com seus camponeses ignorantes atormentados pela sífilis, suas paragens inóspitas e aquele frio na alma tão peculiar aos artistas do país. Os roteiristas acertaram a mão nos diálogos e composições de cena mais teatrais, o que ajuda a tornar tudo mais esquisito e, após o estranhamento inicial, fascinante. Surte efeito, também, o esforço em amarrar contos dispersos e escritos em diferentes épocas originalmente para o jornal do sindicato dos médicos russos (!). "[Não] havia precedentes para um drama cômico russo de época com temática médica", lembrou um dos roteiristas, Alan Connor, em artigo publicado na época pelo jornal "The Guardian". A saída, explicou, foi destacar o aspecto universal da missão do jovem médico, recém-formado, morrendo de medo diante de seu primeiro trabalho importante. "Todos se lembram da insegurança trazida pelo primeiro emprego." O resultado é uma "meditação sobre a memória", como definiu Radcliffe, o protagonista, e sobre como amadurecer é também empedernir. Fica fácil sentir empatia pelo jovem doutor, em seus constantes diálogos imaginários com seu "eu" mais velho (Jon Hamm, de "Mad Men"). Fã de Bulgákov a ponto de ter ido a Kiev visitar a casa do autor e de ter começado ele mesmo a tentar adaptar os contos, o ator de 25 anos consegue fazer o espectador se esquecer de Harry Potter, pilotando seu médico entre o absurdo e o cinismo. Hamm, porém, leva o ar soturno de Don Draper para o médico velho, culpa da natureza amarga dos dois. A espiral em que o protagonista se mete, aos poucos engolido pelo buraco onde vive e pela crescente dependência de morfina, transforma, sutilmente, a comédia-de-época-russa em um drama moderno, o que garantiu audiência suficiente para uma segunda temporada exibida no fim do ano passado (ainda sem data para entrar no site).
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Série converte Harry Potter em Don DraperEsqueça Harry Potter. Daniel Radcliffe, o então garoto que deu corpo no cinema ao bruxo criado por J. K. Rowling, cresceu e virou um ator de opções ousadas em palcos e telas. "Diário de um Jovem Médico", que nasceu na BBC, passou pela HBO e cai agora na Netflix, é a mais sui generis dessas escolhas. Os quatro episódios de 25 minutos dessa comédia são adaptados de uma série intermitente de contos do dramaturgo russo Mikhail Bulgákov (1891-1940), ele mesmo médico e enviado, recém-formado, a um hospital remoto da Província de Smolensk em 1917, quando a Revolução Russa dizimaria o czarismo. É dessa experiência que ele moldou seu personagem, o médico jovem, e a carga de referências históricas, crítica política, humor sombrio e realismo mágico que depois tornariam sua obra admirada (inclusive pelo ditador Joseph Stálin). Esse contexto, sozinho, já mereceria atenção –há muito sarcasmo e pouca condescendência na forma como o autor descreve a potência russa em mutação, com seus camponeses ignorantes atormentados pela sífilis, suas paragens inóspitas e aquele frio na alma tão peculiar aos artistas do país. Os roteiristas acertaram a mão nos diálogos e composições de cena mais teatrais, o que ajuda a tornar tudo mais esquisito e, após o estranhamento inicial, fascinante. Surte efeito, também, o esforço em amarrar contos dispersos e escritos em diferentes épocas originalmente para o jornal do sindicato dos médicos russos (!). "[Não] havia precedentes para um drama cômico russo de época com temática médica", lembrou um dos roteiristas, Alan Connor, em artigo publicado na época pelo jornal "The Guardian". A saída, explicou, foi destacar o aspecto universal da missão do jovem médico, recém-formado, morrendo de medo diante de seu primeiro trabalho importante. "Todos se lembram da insegurança trazida pelo primeiro emprego." O resultado é uma "meditação sobre a memória", como definiu Radcliffe, o protagonista, e sobre como amadurecer é também empedernir. Fica fácil sentir empatia pelo jovem doutor, em seus constantes diálogos imaginários com seu "eu" mais velho (Jon Hamm, de "Mad Men"). Fã de Bulgákov a ponto de ter ido a Kiev visitar a casa do autor e de ter começado ele mesmo a tentar adaptar os contos, o ator de 25 anos consegue fazer o espectador se esquecer de Harry Potter, pilotando seu médico entre o absurdo e o cinismo. Hamm, porém, leva o ar soturno de Don Draper para o médico velho, culpa da natureza amarga dos dois. A espiral em que o protagonista se mete, aos poucos engolido pelo buraco onde vive e pela crescente dependência de morfina, transforma, sutilmente, a comédia-de-época-russa em um drama moderno, o que garantiu audiência suficiente para uma segunda temporada exibida no fim do ano passado (ainda sem data para entrar no site).
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Conheça as principais tendências e discussões da tecnologia em 2017
Algumas já estão por aqui, e você vai ver mais delas, outras podem surgir no próximo ano e chacoalhar as coisas; conheça as principais tendências e discussões no mundo da tecnologia em 2017. * Privacidade e dados pessoais O Brasil faz parte do pequeno grupo de países que ainda não possui uma lei de proteção aos dados pessoais. Mas isso pode mudar no próximo ano, já que existem três projetos de lei sobre o tema no Congresso Nacional e boas chances de algum deles decolar. * Bloqueios da internet Em 2017, o STF (Supremo Tribunal Federal) irá analisar duas ações judiciais sobre bloqueio de sites e uso de criptografia. A expectativa é que eles sejam, enfim, proibidos no país. Enquanto isso, no Congresso, tramita projeto de lei em sentido contrário, que quer aumentar a possibilidades de se bloquear sites no Brasil. * Vazamentos de Dados Vazamentos de dados tornaram-se uma das ações políticas mais contundentes do mundo contemporâneo. Muitos países passaram a promovê-los para fazer avançar seus interesses geopolíticos e virão mais por aí. * China Além do "made in China" vai haver cada vez mais o "designed in China". O país poderá sofrer com o protecionismo de Trump, o que abre espaço para países como o Brasil criem novos laços com os chineses —oportunidade que provavelmente será perdida. * Internet das coisas No Brasil, o setor público aposta na novidade. Um estudo encomendado pelo BNDES irá explorar caminhos para conectar objetos à internet, aumentando produtividade e inovação no país —esforço do qual este colunista faz parte. * Cidades inteligentes As cidades precisam se modernizar e usar tecnologia e dados na administração pública e na relação com cidadãos. Em 2017, essa tendência vai se aprofundar. Muitos novos prefeitos, que assumem em janeiro, abraçarão essa possibilidade, até para cortar custos. O contraponto é a necessidade de proteger a privacidade de seus cidadãos. * Blockchain 2017 é o ano em que a Blockchain será um assunto popular. Essa tecnologia derivada do Bitcoin poderá trazer mais eficiência e confiabilidade para várias atividades do setor público e privado. * Algoritmos tomando decisões Algoritmos decidem o que você lê na internet, se você pode tomar um empréstimo e até quem será sua próxima paquera. No ano que vem, veremos o debate sobre os efeitos positivos e negativos deles se aprofundar. * Ciberguerra Ataques à internet ficarão mais frequentes e assustadores. Vão alimentar o debate sobre criar novas arquiteturas para a rede, mais seguras. * Polarização Cansou de polarização? Então prepare-se. Essa tendência ainda vai se aprofundar. Robôs, mentiras, perfis falsos e manipulações automatizadas na internet serão as armas da batalha que continua. * Saúde e Tecnologia Em 2016, houve pela primeira vez o uso da técnica de edição do genoma em um ser humano. Terapias genéticas começarão a se tornar realidade. Além disso, debates sobre a adoção do prontuário eletrônico ou o uso de inteligência artificial na área de saúde avançarão em 2017. * Trump e o Vale do Silício O mundo aguarda como Donald Trump irá agir com relação ao Vale do Silício, o berço da tecnologia nos Estados Unidos. A expectativa é que aumente a vigilância, seja contra a criptografia e a neutralidade da rede, temas que afetam diretamente nossa vida digital. * Exploração espacial Com o mundo em chamas, empresários como Elon Musk, da Tesla e SpaceX, querem acelerar a possibilidade de conquistar outros planetas. Esse desejo tem muito de ficção científica. Por muitas décadas (séculos?), teremos de nos contentar com nosso sofrido planeta azul. * Desigualdade e tecnologia Vai continuar caindo a ficha de que a tecnologia não é panaceia para os problemas do planeta. Vai ficar cada vez mais nítido que, se não forem feitas boas escolhas, o avanço tecnológico poderá gerar mais desigualdade e caos social.
cenarios-2017
Conheça as principais tendências e discussões da tecnologia em 2017Algumas já estão por aqui, e você vai ver mais delas, outras podem surgir no próximo ano e chacoalhar as coisas; conheça as principais tendências e discussões no mundo da tecnologia em 2017. * Privacidade e dados pessoais O Brasil faz parte do pequeno grupo de países que ainda não possui uma lei de proteção aos dados pessoais. Mas isso pode mudar no próximo ano, já que existem três projetos de lei sobre o tema no Congresso Nacional e boas chances de algum deles decolar. * Bloqueios da internet Em 2017, o STF (Supremo Tribunal Federal) irá analisar duas ações judiciais sobre bloqueio de sites e uso de criptografia. A expectativa é que eles sejam, enfim, proibidos no país. Enquanto isso, no Congresso, tramita projeto de lei em sentido contrário, que quer aumentar a possibilidades de se bloquear sites no Brasil. * Vazamentos de Dados Vazamentos de dados tornaram-se uma das ações políticas mais contundentes do mundo contemporâneo. Muitos países passaram a promovê-los para fazer avançar seus interesses geopolíticos e virão mais por aí. * China Além do "made in China" vai haver cada vez mais o "designed in China". O país poderá sofrer com o protecionismo de Trump, o que abre espaço para países como o Brasil criem novos laços com os chineses —oportunidade que provavelmente será perdida. * Internet das coisas No Brasil, o setor público aposta na novidade. Um estudo encomendado pelo BNDES irá explorar caminhos para conectar objetos à internet, aumentando produtividade e inovação no país —esforço do qual este colunista faz parte. * Cidades inteligentes As cidades precisam se modernizar e usar tecnologia e dados na administração pública e na relação com cidadãos. Em 2017, essa tendência vai se aprofundar. Muitos novos prefeitos, que assumem em janeiro, abraçarão essa possibilidade, até para cortar custos. O contraponto é a necessidade de proteger a privacidade de seus cidadãos. * Blockchain 2017 é o ano em que a Blockchain será um assunto popular. Essa tecnologia derivada do Bitcoin poderá trazer mais eficiência e confiabilidade para várias atividades do setor público e privado. * Algoritmos tomando decisões Algoritmos decidem o que você lê na internet, se você pode tomar um empréstimo e até quem será sua próxima paquera. No ano que vem, veremos o debate sobre os efeitos positivos e negativos deles se aprofundar. * Ciberguerra Ataques à internet ficarão mais frequentes e assustadores. Vão alimentar o debate sobre criar novas arquiteturas para a rede, mais seguras. * Polarização Cansou de polarização? Então prepare-se. Essa tendência ainda vai se aprofundar. Robôs, mentiras, perfis falsos e manipulações automatizadas na internet serão as armas da batalha que continua. * Saúde e Tecnologia Em 2016, houve pela primeira vez o uso da técnica de edição do genoma em um ser humano. Terapias genéticas começarão a se tornar realidade. Além disso, debates sobre a adoção do prontuário eletrônico ou o uso de inteligência artificial na área de saúde avançarão em 2017. * Trump e o Vale do Silício O mundo aguarda como Donald Trump irá agir com relação ao Vale do Silício, o berço da tecnologia nos Estados Unidos. A expectativa é que aumente a vigilância, seja contra a criptografia e a neutralidade da rede, temas que afetam diretamente nossa vida digital. * Exploração espacial Com o mundo em chamas, empresários como Elon Musk, da Tesla e SpaceX, querem acelerar a possibilidade de conquistar outros planetas. Esse desejo tem muito de ficção científica. Por muitas décadas (séculos?), teremos de nos contentar com nosso sofrido planeta azul. * Desigualdade e tecnologia Vai continuar caindo a ficha de que a tecnologia não é panaceia para os problemas do planeta. Vai ficar cada vez mais nítido que, se não forem feitas boas escolhas, o avanço tecnológico poderá gerar mais desigualdade e caos social.
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Americano queridinho de celebridades faz decoração de Natal em São Paulo
NATÁLIA ALBERTONI DE SÃO PAULO Champanhe e limonada rosa eram servidos para um grupo de mulheres em uma sala do shopping JK Iguatemi no início deste mês enquanto o florista Jeff Leatham, 45, se apresentava. Entre fotos de trabalhos para celebridades, como o casamento da cantora Avril Lavigne, ele destacava uma sequência de imagens com Oprah Winfrey. "Esse sou eu com Jesus Cristo", ironizando a influência da apresentadora americana. Diretor artístico do Four Seasons Hotel George V Paris, há oito anos Leatham vem à capital paulista a convite de marcas de luxo. Neste mês, o ex-modelo desembarcou com a missão de produzir a decoração de Natal dos shoppings JK (pela segunda vez) e Iguatemi (a primeira). De quebra, participou do evento para dar dicas de como montar arranjos. "Faço arte com flores", anuncia antes da orientação. "O meu trabalho é clean, simples e chique. Minha dica é usar três tipos de flores e nunca mais de três cores." Para o projeto natalino, no qual impera o tom vermelho, ele investiu em uma combinação de flores e estruturas de acrílico e ferro no formato de árvores de Natal, estrelas e caixas de presente gigantes. O decorador conta que tentou se manter fiel à cultura local. "Pensei em trazer minhas renas douradas e os meus ursos [usados no hotel], mas vocês não têm ursos andando por aí. Nem renas nas florestas [risos]." Como passa a maior parte das suas visitas trabalhando, a cama do hotel é seu lugar preferido na cidade. No entanto, se diz fã da arquitetura brasileira e conta que aproveita o tempo livre para ir a museus, como o Mube, e fazer tours arquitetônicos. Apesar de nunca ter feito intervenções no espaço público, mostra interesse quando indagado sobre o que criaria ao ar livre para a cidade. "Faria uma grande instalação em paredes de prédios, com muito verde.Trabalhei algumas vezes com floristas locais e acho divertido quando usam folhagens." Acionado para eventos caros —sua ajuda em um concerto de Celine Dion em Viena custou cerca de US$ 80 mil (R$ 320 mil), mas as cifras paulistanas não são divulgadas—, Leatham destaca o que acha importante do seu trabalho em tempos de crise. Somente no George V, é gasto US$ 1,6 milhão em flores a cada ano. "As pessoas ainda precisam ter luxo. Não precisam ir a um hotel e pensar 'ah, existe um problema econômico', então as flores sumiram. Elas querem ir a alguns lugares e sentir que as coisas são um pouco normais." - PRÓ-SANGUE O aplicativo gratuito Hemoliga, que reúne dados sobre os estoques de sangue em seis Estados, atingiu no último dia 9 a marca de 25 mil downloads. Doadores cadastrados acompanham pelo celular a situação de hemocentros. No Hospital das Clínicas, em São Paulo, a quantidade de "O" negativo era considerada crítica na semana passada. - CONVERSA NA LAJE Na última edição do Laje Reserva, no próximo dia 25 deste mês, o designer Marcelo Rosenbaum fala sobre a concepção de produtos e a relação deles com as pessoas. O bate-papo, que é aberto ao público, acontece das 19h às 22h, na cobertura da loja Reserva, na rua Bela Cintra, nos Jardins. Cerveja Cacildis e aperitivos estão no menu. Tudo grátis. - QUALQUER NÚMERO 5.000 reais por mês é a quantia que os organizadores do Cursinho do 11 esperam arrecadar, a partir do ano que vem, para alugar um imóvel e manter as aulas a estudantes de baixa renda que se preparam para o vestibular. Criado em 1995 pelo Centro Acadêmico 11 de Agosto, da faculdade de direito da USP, o curso corre o risco de acabar por falta de recursos.
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Americano queridinho de celebridades faz decoração de Natal em São PauloNATÁLIA ALBERTONI DE SÃO PAULO Champanhe e limonada rosa eram servidos para um grupo de mulheres em uma sala do shopping JK Iguatemi no início deste mês enquanto o florista Jeff Leatham, 45, se apresentava. Entre fotos de trabalhos para celebridades, como o casamento da cantora Avril Lavigne, ele destacava uma sequência de imagens com Oprah Winfrey. "Esse sou eu com Jesus Cristo", ironizando a influência da apresentadora americana. Diretor artístico do Four Seasons Hotel George V Paris, há oito anos Leatham vem à capital paulista a convite de marcas de luxo. Neste mês, o ex-modelo desembarcou com a missão de produzir a decoração de Natal dos shoppings JK (pela segunda vez) e Iguatemi (a primeira). De quebra, participou do evento para dar dicas de como montar arranjos. "Faço arte com flores", anuncia antes da orientação. "O meu trabalho é clean, simples e chique. Minha dica é usar três tipos de flores e nunca mais de três cores." Para o projeto natalino, no qual impera o tom vermelho, ele investiu em uma combinação de flores e estruturas de acrílico e ferro no formato de árvores de Natal, estrelas e caixas de presente gigantes. O decorador conta que tentou se manter fiel à cultura local. "Pensei em trazer minhas renas douradas e os meus ursos [usados no hotel], mas vocês não têm ursos andando por aí. Nem renas nas florestas [risos]." Como passa a maior parte das suas visitas trabalhando, a cama do hotel é seu lugar preferido na cidade. No entanto, se diz fã da arquitetura brasileira e conta que aproveita o tempo livre para ir a museus, como o Mube, e fazer tours arquitetônicos. Apesar de nunca ter feito intervenções no espaço público, mostra interesse quando indagado sobre o que criaria ao ar livre para a cidade. "Faria uma grande instalação em paredes de prédios, com muito verde.Trabalhei algumas vezes com floristas locais e acho divertido quando usam folhagens." Acionado para eventos caros —sua ajuda em um concerto de Celine Dion em Viena custou cerca de US$ 80 mil (R$ 320 mil), mas as cifras paulistanas não são divulgadas—, Leatham destaca o que acha importante do seu trabalho em tempos de crise. Somente no George V, é gasto US$ 1,6 milhão em flores a cada ano. "As pessoas ainda precisam ter luxo. Não precisam ir a um hotel e pensar 'ah, existe um problema econômico', então as flores sumiram. Elas querem ir a alguns lugares e sentir que as coisas são um pouco normais." - PRÓ-SANGUE O aplicativo gratuito Hemoliga, que reúne dados sobre os estoques de sangue em seis Estados, atingiu no último dia 9 a marca de 25 mil downloads. Doadores cadastrados acompanham pelo celular a situação de hemocentros. No Hospital das Clínicas, em São Paulo, a quantidade de "O" negativo era considerada crítica na semana passada. - CONVERSA NA LAJE Na última edição do Laje Reserva, no próximo dia 25 deste mês, o designer Marcelo Rosenbaum fala sobre a concepção de produtos e a relação deles com as pessoas. O bate-papo, que é aberto ao público, acontece das 19h às 22h, na cobertura da loja Reserva, na rua Bela Cintra, nos Jardins. Cerveja Cacildis e aperitivos estão no menu. Tudo grátis. - QUALQUER NÚMERO 5.000 reais por mês é a quantia que os organizadores do Cursinho do 11 esperam arrecadar, a partir do ano que vem, para alugar um imóvel e manter as aulas a estudantes de baixa renda que se preparam para o vestibular. Criado em 1995 pelo Centro Acadêmico 11 de Agosto, da faculdade de direito da USP, o curso corre o risco de acabar por falta de recursos.
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Machado diz que Temer acertou propina para campanha de Chalita
Em seu acordo de delação premiada, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou que o presidente interino Michel Temer negociou com ele o repasse de R$ 1,5 milhão de propina para a campanha de Gabriel Chalita (PDT) à Prefeitura de São Paulo, em 2012, pelo PMDB. Machado afirmou que o acerto do repasse ocorreu em setembro daquele ano e foi pago por meio de doação eleitoral pela empreiteira Queiroz Galvão, contratada da Transpetro. Segundo o delator, Temer pediu ajuda porque a campanha de Chalita estava com dificuldades financeiras. A conversa teria ocorrido numa sala reservada da base aérea de Brasília. "Michel Temer então disse que estava com problema no financiamento da candidatura do Chalita e perguntou se o depoente poderia ajudar; então o depoente disse que faria um repasse através de uma doação oficial", diz o documento de sua delação. "[De acordo com Machado,] o contexto da conversa deixava claro que o que Michel Temer estava ajustando com o depoente era que este solicitasse recursos ilícitos das empresas que tinham contratos com a Transpetro na forma de doação oficial para a campanha de Chalita", continua. Machado disse que alugou um carro e que se identificou ao entrar na base aérea. As falas de Machado citadas na delação são uma explicação do delator sobre um diálogo gravado com o ex-presidente José Sarney, quando tratou do tema (veja transcrição abaixo). Na prestação de contas da campanha de Chalita de 2012, não há registro de doações diretas da Queiroz Galvão. A empreiteira, no entanto, fez naquele ano doações que somaram R$ 11,8 milhões para a direção nacional do PMDB, que foi a principal financiadora da campanha de Chalita. Aos investigadores, Machado afirmou ainda que Temer retomou à Presidência do PMDB depois de um desentendimento sobre doações da JBS para os peemedebistas do Senado. Machado disse que o PT pediu que a JBS fizesse doações no valor de R$ 40 milhões à bancado do Senado do PMDB. Segundo ele, seriam beneficiados nomes como Renan Calheiros, Romero Jucá, Eduardo Braga, Vital do Rego (atual ministro do TCU), Roberto Requião. "Que o depoente ouviu de diversos senadores nas reuniões na casa do Renan que o grupo JBS iria fazer doações ao PMDB, a pedido do PT, na ordem de R$ 40 milhões. Que essa informação foi posteriormente confirmada ao depoente pelo diretor de Relações Institucionais da JBS, ou seja, que este grupo empresarial". "Que essa informação chegou ao conhecimento da bancada do PMDB na Câmara. Que a bancada da Câmara foi se queixou a Michel Temer, que esse fato fez com que Michel Temer reassumisse a presidência do PMDB visando controlar a destinação dos recursos do partido". Machado afirmou ainda que "o depoente não sabe dizer se o grupo JBS obteve algum favorecimento em troca dessa doação". OUTRO LADO O presidente interino, Michel Temer, negou, por meio de nota oficial, ter feito qualquer pedido de "doação ilícita" para a campanha a prefeito de Gabriel Chalita em São Paulo. "Em toda sua vida pública, o presidente em exercício Michel Temer sempre respeitou estritamente os limites legais para buscar recursos para campanhas eleitorais", afirma a nota à imprensa divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência. Procurado pela Folha, Chalita disse que, como manifestado anteriormente, não conhece e não tem nenhum contato com Machado. Ele disse ainda que nunca soube de um eventual pedido que teria sido feito pelo presidente interino. A JBS disse que as doações para campanhas eleitorais foram realizadas de acordo com as regulamentações do TSE e que o seu diretor de Relações Institucionais "não participou de nenhuma reunião". Já a Queiroz Galvão informou que "não comenta investigações em andamento". * MACHADO: Você acha que a gente consegue emplacar o Michel sem uma articulação do jeito que esta... SARNEY: Não. Sem articulação, não. Vou ver o que acontecendo, vou no Michel hoje... Como que para estimular a conversa, Machado revela que contribuiu com Temer, ajudando na campanha do "menino", que para os investigadores é Gabriel Chalita, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PMDB em 2012: MACHADO: O Michel presidente... lhe dizer... eu contribuí pro Michel. SARNEY: Hum. MACHADO: Eu contribuí pro Michel... Não quero nem que o senhor comente com o Renan... Eu contribuí pro Michel para a candidatura do menino [Gabriel Chalita, do PMDB-SP]... Falei com ele até num lugar inapropriado, que foi na base aérea. Sarney aparenta preocupação com a revelação e quer saber se uma ajuda que ele próprio recebeu de Machado é do conhecimento de mais alguém: SARNEY: Mas alguém sabe que você me ajudou? MACHADO: Não, sabe não. Ninguém sabe, presidente.
poder
Machado diz que Temer acertou propina para campanha de ChalitaEm seu acordo de delação premiada, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou que o presidente interino Michel Temer negociou com ele o repasse de R$ 1,5 milhão de propina para a campanha de Gabriel Chalita (PDT) à Prefeitura de São Paulo, em 2012, pelo PMDB. Machado afirmou que o acerto do repasse ocorreu em setembro daquele ano e foi pago por meio de doação eleitoral pela empreiteira Queiroz Galvão, contratada da Transpetro. Segundo o delator, Temer pediu ajuda porque a campanha de Chalita estava com dificuldades financeiras. A conversa teria ocorrido numa sala reservada da base aérea de Brasília. "Michel Temer então disse que estava com problema no financiamento da candidatura do Chalita e perguntou se o depoente poderia ajudar; então o depoente disse que faria um repasse através de uma doação oficial", diz o documento de sua delação. "[De acordo com Machado,] o contexto da conversa deixava claro que o que Michel Temer estava ajustando com o depoente era que este solicitasse recursos ilícitos das empresas que tinham contratos com a Transpetro na forma de doação oficial para a campanha de Chalita", continua. Machado disse que alugou um carro e que se identificou ao entrar na base aérea. As falas de Machado citadas na delação são uma explicação do delator sobre um diálogo gravado com o ex-presidente José Sarney, quando tratou do tema (veja transcrição abaixo). Na prestação de contas da campanha de Chalita de 2012, não há registro de doações diretas da Queiroz Galvão. A empreiteira, no entanto, fez naquele ano doações que somaram R$ 11,8 milhões para a direção nacional do PMDB, que foi a principal financiadora da campanha de Chalita. Aos investigadores, Machado afirmou ainda que Temer retomou à Presidência do PMDB depois de um desentendimento sobre doações da JBS para os peemedebistas do Senado. Machado disse que o PT pediu que a JBS fizesse doações no valor de R$ 40 milhões à bancado do Senado do PMDB. Segundo ele, seriam beneficiados nomes como Renan Calheiros, Romero Jucá, Eduardo Braga, Vital do Rego (atual ministro do TCU), Roberto Requião. "Que o depoente ouviu de diversos senadores nas reuniões na casa do Renan que o grupo JBS iria fazer doações ao PMDB, a pedido do PT, na ordem de R$ 40 milhões. Que essa informação foi posteriormente confirmada ao depoente pelo diretor de Relações Institucionais da JBS, ou seja, que este grupo empresarial". "Que essa informação chegou ao conhecimento da bancada do PMDB na Câmara. Que a bancada da Câmara foi se queixou a Michel Temer, que esse fato fez com que Michel Temer reassumisse a presidência do PMDB visando controlar a destinação dos recursos do partido". Machado afirmou ainda que "o depoente não sabe dizer se o grupo JBS obteve algum favorecimento em troca dessa doação". OUTRO LADO O presidente interino, Michel Temer, negou, por meio de nota oficial, ter feito qualquer pedido de "doação ilícita" para a campanha a prefeito de Gabriel Chalita em São Paulo. "Em toda sua vida pública, o presidente em exercício Michel Temer sempre respeitou estritamente os limites legais para buscar recursos para campanhas eleitorais", afirma a nota à imprensa divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência. Procurado pela Folha, Chalita disse que, como manifestado anteriormente, não conhece e não tem nenhum contato com Machado. Ele disse ainda que nunca soube de um eventual pedido que teria sido feito pelo presidente interino. A JBS disse que as doações para campanhas eleitorais foram realizadas de acordo com as regulamentações do TSE e que o seu diretor de Relações Institucionais "não participou de nenhuma reunião". Já a Queiroz Galvão informou que "não comenta investigações em andamento". * MACHADO: Você acha que a gente consegue emplacar o Michel sem uma articulação do jeito que esta... SARNEY: Não. Sem articulação, não. Vou ver o que acontecendo, vou no Michel hoje... Como que para estimular a conversa, Machado revela que contribuiu com Temer, ajudando na campanha do "menino", que para os investigadores é Gabriel Chalita, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PMDB em 2012: MACHADO: O Michel presidente... lhe dizer... eu contribuí pro Michel. SARNEY: Hum. MACHADO: Eu contribuí pro Michel... Não quero nem que o senhor comente com o Renan... Eu contribuí pro Michel para a candidatura do menino [Gabriel Chalita, do PMDB-SP]... Falei com ele até num lugar inapropriado, que foi na base aérea. Sarney aparenta preocupação com a revelação e quer saber se uma ajuda que ele próprio recebeu de Machado é do conhecimento de mais alguém: SARNEY: Mas alguém sabe que você me ajudou? MACHADO: Não, sabe não. Ninguém sabe, presidente.
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Após 2 meses, operação em Ribeirão Preto soma 134 bens apreendidos
Carros, casas e R$ 15 milhões bloqueados em contas correntes dos envolvidos. Deflagrada há dois meses, a operação Sevandija, que investiga o que é considerado o maior escândalo de corrupção da história de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), já bloqueou ou apreendeu 134 imóveis e veículos, a maioria de luxo. Os dados constam de um relatório de processos e bens apreendidos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público paulista, nos últimos dois anos. A operação, que significa "parasita", foi desencadeada pela PF (Polícia Federal) e pela Promotoria em 1º de setembro e apura fraudes em contratos de licitações da prefeitura que somam R$ 203 milhões. De acordo com o documento, a operação resultou até aqui no bloqueio de 68 imóveis e nas apreensões de 66 veículos —só foram apreendidos veículos com valor de mercado superior a R$ 50 mil. Dezesseis pessoas foram presas na operação, inclusive ex-secretários da prefeita Dárcy Vera (PSD) -foram soltas após decisões do STJ (Superior Tribunal de Justiça)-, e nove vereadores tiveram os mandatos suspensos por suspeita de envolvimento. O volume de dinheiro apreendido ou bloqueado em contas correntes chegou a R$ 15,78 milhões, ou 96% de todo o montante envolvido nas seis operações do Gaeco desde o início de 2015 —R$ 16,41 milhões no total. No cumprimento de 48 mandados de busca e apreensão, a PF apreendeu R$ 320 mil, em três moedas (euros, dólares e reais), além de 12 veículos de luxo. Só em um dos locais, o montante apreendido foi de R$ 160 mil. SUSPEITA Grampos que constam da investigação do Ministério Público e da PF indicam que a prefeita supostamente usou a distribuição de cargos, numa triangulação feita com uma empresa suspeita, para comprar apoio político dos vereadores na Câmara. Nos grampos, autorizados pela Justiça e obtidos pela Folha, Dárcy diz ao ex-secretário de Administração Marco Antônio dos Santos, que foi preso na operação, que vai demitir funcionários terceirizados indicados por vereadores que não votarem conforme seus interesses. Depois, em delação premiada, o ex-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Wagner Rodrigues, que foi candidato à Prefeitura de Ribeirão pelo PC do B, disse que a prefeita recebeu R$ 4 milhões em propina. OUTRO LADO A advogada Maria Cláudia Seixas, defensora de Dárcy, afirmou à Folha que a prefeita nega "com veemência" ter recebido o dinheiro citado por Rodrigues aos promotores. Segundo ela, o procedimento da delação é sigiloso e sua homologação ainda é desconhecida. "É preciso respeitar os trâmites legais. O procedimento é sigiloso, ela está fazendo sua defesa, dentro do processo, em São Paulo [na Procuradoria]", afirmou a advogada. Ainda conforme ela, a delação tem de ser acompanhada de provas. "Não temos ciência de prova alguma." Os vereadores que tiveram os mandatos suspensos negam elo com o suposto esquema e afirmam serem inocentes.
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Após 2 meses, operação em Ribeirão Preto soma 134 bens apreendidosCarros, casas e R$ 15 milhões bloqueados em contas correntes dos envolvidos. Deflagrada há dois meses, a operação Sevandija, que investiga o que é considerado o maior escândalo de corrupção da história de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), já bloqueou ou apreendeu 134 imóveis e veículos, a maioria de luxo. Os dados constam de um relatório de processos e bens apreendidos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público paulista, nos últimos dois anos. A operação, que significa "parasita", foi desencadeada pela PF (Polícia Federal) e pela Promotoria em 1º de setembro e apura fraudes em contratos de licitações da prefeitura que somam R$ 203 milhões. De acordo com o documento, a operação resultou até aqui no bloqueio de 68 imóveis e nas apreensões de 66 veículos —só foram apreendidos veículos com valor de mercado superior a R$ 50 mil. Dezesseis pessoas foram presas na operação, inclusive ex-secretários da prefeita Dárcy Vera (PSD) -foram soltas após decisões do STJ (Superior Tribunal de Justiça)-, e nove vereadores tiveram os mandatos suspensos por suspeita de envolvimento. O volume de dinheiro apreendido ou bloqueado em contas correntes chegou a R$ 15,78 milhões, ou 96% de todo o montante envolvido nas seis operações do Gaeco desde o início de 2015 —R$ 16,41 milhões no total. No cumprimento de 48 mandados de busca e apreensão, a PF apreendeu R$ 320 mil, em três moedas (euros, dólares e reais), além de 12 veículos de luxo. Só em um dos locais, o montante apreendido foi de R$ 160 mil. SUSPEITA Grampos que constam da investigação do Ministério Público e da PF indicam que a prefeita supostamente usou a distribuição de cargos, numa triangulação feita com uma empresa suspeita, para comprar apoio político dos vereadores na Câmara. Nos grampos, autorizados pela Justiça e obtidos pela Folha, Dárcy diz ao ex-secretário de Administração Marco Antônio dos Santos, que foi preso na operação, que vai demitir funcionários terceirizados indicados por vereadores que não votarem conforme seus interesses. Depois, em delação premiada, o ex-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Wagner Rodrigues, que foi candidato à Prefeitura de Ribeirão pelo PC do B, disse que a prefeita recebeu R$ 4 milhões em propina. OUTRO LADO A advogada Maria Cláudia Seixas, defensora de Dárcy, afirmou à Folha que a prefeita nega "com veemência" ter recebido o dinheiro citado por Rodrigues aos promotores. Segundo ela, o procedimento da delação é sigiloso e sua homologação ainda é desconhecida. "É preciso respeitar os trâmites legais. O procedimento é sigiloso, ela está fazendo sua defesa, dentro do processo, em São Paulo [na Procuradoria]", afirmou a advogada. Ainda conforme ela, a delação tem de ser acompanhada de provas. "Não temos ciência de prova alguma." Os vereadores que tiveram os mandatos suspensos negam elo com o suposto esquema e afirmam serem inocentes.
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Hoje na TV: Vasco x Internacional, pelo Brasileiro
9h - Classificação do GP de Mônaco, F-1, SporTV 10h45 - B. Dortmund x W. Bremen, Alemão, ESPN Brasil 11h - Copa do Mundo de ginástica, etapa de Anadia (Portugal), SporTV 12h45 - Granada x Atlético de Madri, Espanhol, ESPN Brasil 13h - Juventus x Napoli, Italiano, Fox Sports 15h30 - Real Madrid x Getafe, Espanhol, ESPN Brasil 15h45 - Genoa x Inter, Italiano, Fox Sports 16h - PSG x Reims, Francês, SporTV 18h30 - Vasco x Internacional, Brasileiro, SporTV (menos RJ) 22h - Houston x Golden State, NBA, ESPN
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Hoje na TV: Vasco x Internacional, pelo Brasileiro9h - Classificação do GP de Mônaco, F-1, SporTV 10h45 - B. Dortmund x W. Bremen, Alemão, ESPN Brasil 11h - Copa do Mundo de ginástica, etapa de Anadia (Portugal), SporTV 12h45 - Granada x Atlético de Madri, Espanhol, ESPN Brasil 13h - Juventus x Napoli, Italiano, Fox Sports 15h30 - Real Madrid x Getafe, Espanhol, ESPN Brasil 15h45 - Genoa x Inter, Italiano, Fox Sports 16h - PSG x Reims, Francês, SporTV 18h30 - Vasco x Internacional, Brasileiro, SporTV (menos RJ) 22h - Houston x Golden State, NBA, ESPN
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Agora é oficial: Maduro cometeu fraude, aliás uma fraude burra
A Smartmatic, empresa responsável pelo sistema eleitoral na Venezuela, confirmou nesta quarta-feira (2) o que o leitor da Folha sabia desde segunda-feira (31): o número de eleitores que participaram da votação que elegeu a Assembleia Constituinte no domingo (30) foi manipulado. O governo inflou a participação em pelo menos um milhão de votantes. Em uma entrevista coletiva em Londres, o diretor-executivo da Smartmatic, Antonio Mugica, afirmou que "sem dúvida, a taxa de participação nas recentes eleições para Assembleia Nacional Constituinte foi manipulada". Reproduzo, a propósito, o essencial da coluna postada há dois dias, na qual dizia que a ditadura venezuelana é tão absurdamente incompetente que nem mesmo uma fraude eleitoral ela é capaz de fazer bem feita. Em vez de inflar os números de forma a demonstrar que a maioria dos eleitores comparecera, como faria qualquer ditadura das antigas, a da Venezuela anunciou que votaram 8 milhões de pessoas, o que dá 41,53% do eleitorado total (pouco menos de 20 milhões). Mesmo que fosse verdade, o governo atestou oficialmente que a maioria dos venezuelanos (os 58,5% restantes) são contra a Assembleia Constituinte. Tão contra que nem se deram ao trabalho de comparecer às urnas, apesar das ameaças e pressões do governo. Com esse resultado, a Constituinte, que já era ilegítima, torna-se também desmoralizada. E reforça-se a legitimidade da Assembleia Nacional, hoje controlada pela oposição, na medida em que, para eleger seus integrantes, mobilizaram-se há dois anos 74,17% dos eleitores, quase o dobro, portanto, do que Maduro anunciou. Que o número oficial era inflado nem precisava de comprovação técnica. Até um fiel chavista, o sociólogo Nicmer Evans, que acaba de deixar o grupo "Marea Socialista" para integrar-se a uma plataforma de defesa da Constituição que Maduro quer mudar, dizia ao "Monde": "Essa Constituinte nasce em um banho de sangue. Nasce ilegítima porque é muito difícil determinar o número de votantes, mas tecnicamente nós podemos verificar que houve numerosas irregularidades". Comprovação técnica à parte, a mais elementar lógica denunciava a fraude: nas eleições legislativas anteriores (2015) votaram no partido do governo 5,599 milhões de eleitores (a oposição teve 7,7 milhões). Como a situação econômica e social só fez piorar dramaticamente de lá para cá, não tem a menor lógica imaginar que o número de eleitores em uma proposta governista subisse de 5,599 milhões para os 8 milhões anunciados pelo governo. Quem é que vota em qualquer projeto do governo quando a inflação deve atingir 1.700% este ano, quando faltam comida e remédios, quando o PIB recuou 20,7% desde 2014, quando a criminalidade é a segunda maior das Américas e quando a violência do governo e seus paramilitares matou mais de cem pessoas só nos últimos cem dias? A ver, agora, com a comprovação técnica de uma fraude, se PT e PSOL que já se haviam se associado à ditadura fracassada, endossam também o trambique.
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Agora é oficial: Maduro cometeu fraude, aliás uma fraude burraA Smartmatic, empresa responsável pelo sistema eleitoral na Venezuela, confirmou nesta quarta-feira (2) o que o leitor da Folha sabia desde segunda-feira (31): o número de eleitores que participaram da votação que elegeu a Assembleia Constituinte no domingo (30) foi manipulado. O governo inflou a participação em pelo menos um milhão de votantes. Em uma entrevista coletiva em Londres, o diretor-executivo da Smartmatic, Antonio Mugica, afirmou que "sem dúvida, a taxa de participação nas recentes eleições para Assembleia Nacional Constituinte foi manipulada". Reproduzo, a propósito, o essencial da coluna postada há dois dias, na qual dizia que a ditadura venezuelana é tão absurdamente incompetente que nem mesmo uma fraude eleitoral ela é capaz de fazer bem feita. Em vez de inflar os números de forma a demonstrar que a maioria dos eleitores comparecera, como faria qualquer ditadura das antigas, a da Venezuela anunciou que votaram 8 milhões de pessoas, o que dá 41,53% do eleitorado total (pouco menos de 20 milhões). Mesmo que fosse verdade, o governo atestou oficialmente que a maioria dos venezuelanos (os 58,5% restantes) são contra a Assembleia Constituinte. Tão contra que nem se deram ao trabalho de comparecer às urnas, apesar das ameaças e pressões do governo. Com esse resultado, a Constituinte, que já era ilegítima, torna-se também desmoralizada. E reforça-se a legitimidade da Assembleia Nacional, hoje controlada pela oposição, na medida em que, para eleger seus integrantes, mobilizaram-se há dois anos 74,17% dos eleitores, quase o dobro, portanto, do que Maduro anunciou. Que o número oficial era inflado nem precisava de comprovação técnica. Até um fiel chavista, o sociólogo Nicmer Evans, que acaba de deixar o grupo "Marea Socialista" para integrar-se a uma plataforma de defesa da Constituição que Maduro quer mudar, dizia ao "Monde": "Essa Constituinte nasce em um banho de sangue. Nasce ilegítima porque é muito difícil determinar o número de votantes, mas tecnicamente nós podemos verificar que houve numerosas irregularidades". Comprovação técnica à parte, a mais elementar lógica denunciava a fraude: nas eleições legislativas anteriores (2015) votaram no partido do governo 5,599 milhões de eleitores (a oposição teve 7,7 milhões). Como a situação econômica e social só fez piorar dramaticamente de lá para cá, não tem a menor lógica imaginar que o número de eleitores em uma proposta governista subisse de 5,599 milhões para os 8 milhões anunciados pelo governo. Quem é que vota em qualquer projeto do governo quando a inflação deve atingir 1.700% este ano, quando faltam comida e remédios, quando o PIB recuou 20,7% desde 2014, quando a criminalidade é a segunda maior das Américas e quando a violência do governo e seus paramilitares matou mais de cem pessoas só nos últimos cem dias? A ver, agora, com a comprovação técnica de uma fraude, se PT e PSOL que já se haviam se associado à ditadura fracassada, endossam também o trambique.
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Brazil Competes Against Five Other Countries for Tenth Place in the Olympics
LUÍS CURRO SPECIAL ENVOY TO RIO BRUNO VILLAS BÔAS FROM RIO Three days before the end of the Olympic Games, Brazil will face a tight dispute with five other countries to meet the goal set by the Brazilian Olympic Committee (COB) to finish the event among the top ten medal winners. The committee wants Brazil to finish the Olympics among the top ten considering the total number of medals, regardless of their type. Up until 8:00 p.m. of Thursday, August 18, Brazil had a total of 14 medals – earlier that day, Martine Grael and her teammate, Kahena Kunze, won the gold medal in the 49er FX sailing competition and Isaquias Queiroz won the bronze medal for rowing in the C1 200 meter category. With the results, Brazil reached 14th place in the ranking of the Olympic Games. Other countries sharing the 14th place also with 14 medals include Hungary and New Zealand. Canada is 11th with 16 medals. The Netherlands and Kazakhstan are in 12th place. All of these countries will try to catch up with and pass South Korea, which is now in 10th place with 17 medals. However, it will be difficult for them to reach Italy, currently in 9th place with a total of 23 medals. A forecast by Folha shows that the countries fighting for the tenth place have chances of reaching between 20 and 22 medals. Brazil has at least two more medals guaranteed. In that scenario Brazil would begin Friday with 15 medals as the team of Alison and Bruno Schmidt will play the beach volleyball final on Thursday night. The other medal guaranteed will come from men's soccer, also playing the final. By Sunday, August 21, Brazilians will place their biggest hopes on the speed rowing competitions (the team is comprised of Isaquias Queiroz and Erlon de Souza), women's soccer playing for the bronze medal, men's volleyball playing the semifinals and Érica Sena competing in the 20-kilometer race walking. Yane Marques, who won the bronze medal in the London 2012 Olympics, also has good chances in modern pentathlon. Before the beginning of the Olympic Games, COB's executive director of sports, Marcus Vinícius Freire, said that Brazil had good enough athletes to "fight for 22 to 29 medals." On Thursday, August 18, he told Folha that the original goal of finishing in the top ten "is still on." "The mathematical chances still exist, as I have been saying since 2009," said Freire. Translated by THOMAS MUELLO Read the article in the original language +Latest news in English *Spectators Make a Joke Out of Protest Ban at Olympics *American Website Exposes Gay Athletes at Olympics and Receives Media Backlash *Highway Patrolman Assigned to Olympics Is Shot in Rio
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Brazil Competes Against Five Other Countries for Tenth Place in the Olympics LUÍS CURRO SPECIAL ENVOY TO RIO BRUNO VILLAS BÔAS FROM RIO Three days before the end of the Olympic Games, Brazil will face a tight dispute with five other countries to meet the goal set by the Brazilian Olympic Committee (COB) to finish the event among the top ten medal winners. The committee wants Brazil to finish the Olympics among the top ten considering the total number of medals, regardless of their type. Up until 8:00 p.m. of Thursday, August 18, Brazil had a total of 14 medals – earlier that day, Martine Grael and her teammate, Kahena Kunze, won the gold medal in the 49er FX sailing competition and Isaquias Queiroz won the bronze medal for rowing in the C1 200 meter category. With the results, Brazil reached 14th place in the ranking of the Olympic Games. Other countries sharing the 14th place also with 14 medals include Hungary and New Zealand. Canada is 11th with 16 medals. The Netherlands and Kazakhstan are in 12th place. All of these countries will try to catch up with and pass South Korea, which is now in 10th place with 17 medals. However, it will be difficult for them to reach Italy, currently in 9th place with a total of 23 medals. A forecast by Folha shows that the countries fighting for the tenth place have chances of reaching between 20 and 22 medals. Brazil has at least two more medals guaranteed. In that scenario Brazil would begin Friday with 15 medals as the team of Alison and Bruno Schmidt will play the beach volleyball final on Thursday night. The other medal guaranteed will come from men's soccer, also playing the final. By Sunday, August 21, Brazilians will place their biggest hopes on the speed rowing competitions (the team is comprised of Isaquias Queiroz and Erlon de Souza), women's soccer playing for the bronze medal, men's volleyball playing the semifinals and Érica Sena competing in the 20-kilometer race walking. Yane Marques, who won the bronze medal in the London 2012 Olympics, also has good chances in modern pentathlon. Before the beginning of the Olympic Games, COB's executive director of sports, Marcus Vinícius Freire, said that Brazil had good enough athletes to "fight for 22 to 29 medals." On Thursday, August 18, he told Folha that the original goal of finishing in the top ten "is still on." "The mathematical chances still exist, as I have been saying since 2009," said Freire. Translated by THOMAS MUELLO Read the article in the original language +Latest news in English *Spectators Make a Joke Out of Protest Ban at Olympics *American Website Exposes Gay Athletes at Olympics and Receives Media Backlash *Highway Patrolman Assigned to Olympics Is Shot in Rio
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Janot critica Renan e diz estar 'estupefato' com votação da Câmara
O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, afirmou à Folha que ficou "estupefato" com a postura da Câmara dos Deputados de alterar o projeto de medidas anticorrupção proposto pelo Ministério Público. "No que refere à votação da Câmara fico estupefato no sentido de que a Câmara não teve sensibilidade com uma proposta que contou com apoio de milhões de brasileiros", afirmou, por telefone, da China, onde está em viagem. Segundo ele, a discussão ocorreu de forma "atropelada" pelos deputados. "A forma atropelada com que tem sido conduzida a discussão levanta no mínimo alguma suspeita. Por que essa pressa toda?", disse o procurador-geral. Sobre a tentativa (fracassada) do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de tentar votar o projeto a toque de caixa ainda nesta noite na Casa, Janot afirmou: "Não quero crer que um julgamento pautado no Brasil para o dia 1º tenha sido a causa de toda a pressa. Me recuso a acreditar nisso", declarou. Janot se refere à votação prevista no STF (Supremo Tribunal Federal) da denúncia contra Renan, feita pela PGR, sobre o episódio em que o senador é acusado de receber ajuda de uma empreiteira para pagar a pensão de um filho que teve com uma jornalista. "Me recuso a acreditar que, por trás deste ato (votação no Senado), esteja a demonstração de Poder de um chefe de Poder. Seria lastimável que um chefe de Poder utilizasse de sua cadeira ou caneta para influir num outro Poder de modo a obter alguma vantagem para si próprio", afirmou.
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Janot critica Renan e diz estar 'estupefato' com votação da CâmaraO Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, afirmou à Folha que ficou "estupefato" com a postura da Câmara dos Deputados de alterar o projeto de medidas anticorrupção proposto pelo Ministério Público. "No que refere à votação da Câmara fico estupefato no sentido de que a Câmara não teve sensibilidade com uma proposta que contou com apoio de milhões de brasileiros", afirmou, por telefone, da China, onde está em viagem. Segundo ele, a discussão ocorreu de forma "atropelada" pelos deputados. "A forma atropelada com que tem sido conduzida a discussão levanta no mínimo alguma suspeita. Por que essa pressa toda?", disse o procurador-geral. Sobre a tentativa (fracassada) do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de tentar votar o projeto a toque de caixa ainda nesta noite na Casa, Janot afirmou: "Não quero crer que um julgamento pautado no Brasil para o dia 1º tenha sido a causa de toda a pressa. Me recuso a acreditar nisso", declarou. Janot se refere à votação prevista no STF (Supremo Tribunal Federal) da denúncia contra Renan, feita pela PGR, sobre o episódio em que o senador é acusado de receber ajuda de uma empreiteira para pagar a pensão de um filho que teve com uma jornalista. "Me recuso a acreditar que, por trás deste ato (votação no Senado), esteja a demonstração de Poder de um chefe de Poder. Seria lastimável que um chefe de Poder utilizasse de sua cadeira ou caneta para influir num outro Poder de modo a obter alguma vantagem para si próprio", afirmou.
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Cientistas dizem ter encontrado caminho para reverter menopausa
Uma equipe de médicos da Grécia afirma ter conseguido fazer com que os ovários de mulheres que já tinham parado de menstruar voltassem a produzir óvulos, levando à reversão da menopausa. Segundo os médicos da clínica Genesis, em Atenas, entre as pacientes tratadas está uma que já não menstruava havia cinco anos. O ginecologista Konstantinos Sfakianoudis e sua equipe se concentraram em mulheres que tiveram menopausa precoce no tratamento, que envolve uma técnica geralmente usada para acelerar a cura de lesões. O médico deu mais detalhes sobre a pesquisa em entrevista à revista especializada "New Scientist". 'ESPERANÇA' Se os resultados da pesquisa grega forem confirmados, a técnica poderá ser usada para aumentar a fertilidade em mulheres mais velhas, ajudar pacientes com menopausa precoce a ficarem grávidas e atuar o combate aos efeitos da menopausa. "Isso oferece uma janela de esperança para mulheres na menopausa, que serão capazes de engravidar usando seu próprio material genético", afirmou Sfakianoudis à New Scientist. A equipe grega usou a terapia PRP (Plasma Rico em Plaquetas), que consiste na retirada e centrifugação de sangue da paciente, em um processo que leva ao isolamento das moléculas que desencadeiam o crescimento de tecidos e vasos sanguíneos. Essa terapia já é muito usada para acelerar a cura de ossos fraturados e músculos lesionados, apesar de ainda não se saber totalmente qual é sua eficácia. Segundo a equipe de Sfakianoudis, a técnica PRP também parece ajudar a rejuvenescer ovários. Uma das pacientes tinha entrado na menopausa precocemente, aos 40 anos. Cinco anos depois, a equipe injetou PRP nos ovários dela, o que teria levado à volta da menstruação após um período de seis meses. A clínica então coletou três óvulos, e dois deles foram fertilizados com sucesso, usando espermatozoides do marido da paciente. Os embriões produzidos foram armazenados enquanto a equipe espera para coletar e fertilizar um terceiro –são necessários pelo menos três para viabilizar o implante no útero da paciente. Os resultados foram apresentados na reunião anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, em Helsinque, na Finlândia. DÚVIDAS Os médicos ainda não têm certeza sobre como a técnica funciona ou como esse plasma desencadeou a menstruação. Sfakianoudis afirma que aplicou a técnica em cerca de 30 mulheres com idades entre 46 e 49 anos e que queriam ter filhos. "Parece funcionar em cerca de dois terços dos casos. Observamos mudanças em padrões bioquímicos, uma restauração da menstruação." A equipe ainda não implantou os embriões nas mulheres, mas espera fazer isso nos próximos meses. Segundo o médico, a terapia PRP já havia ajudado pacientes que sofrem de problemas que impedem a fixação dos embriões, dificultando a gravidez. Mas, após receberem doses de PRP diretamente no útero, três de seis pacientes da clínica que tinham sofrido uma série de abortos e feito tentativas sem sucesso de fertilização in vitro conseguiram ficaram grávidas, relatou ele à New Scientist. QUESTIONAMENTOS A equipe ainda não publicou sua pesquisa em nenhuma revista científica. "Precisamos de estudos maiores antes de sabermos com certeza qual a eficácia do tratamento", afirmou o médico. Mas alguns especialistas já questionam os métodos usados pela Genesis –para eles, o grupo deveia ter testado a técnica primeiro em animais. "Essa experiência não teria sido permitida na aqui Grã-Bretanha. Os pesquisadores precisam trabalhar mais para ter certeza de que os óvulos resultantes (da terapia) são bons", afirmou à New Scientist Roger Sturmey, da Faculdade de Medicina Hull York. Sturmey afirmou, entretanto, que a pesquisa da equipe de Sfakianoudis é "potencialmente muito animadora". "Mas também abre questões éticas a respeito qual deve ser o limite máximo de idade para ser mãe", acrescentou. "Fiquei acordado pensando nisso. Onde o limite deve ser estabelecido?" Ele citou questões como os riscos de desenvolver diabetes e hipertensão durante a gravidez e de abortos, casos que são mais comuns entre mulheres mais velhas. Virginia Bolton, embriologista no Hospital Guy's and St Thomas', em Londres, afirmou também à New Scientist ter dúvidas sobre a eficácia do tratamento. "É perigoso ficarmos animados com algo antes de termos provas suficientes de que funciona."
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Cientistas dizem ter encontrado caminho para reverter menopausaUma equipe de médicos da Grécia afirma ter conseguido fazer com que os ovários de mulheres que já tinham parado de menstruar voltassem a produzir óvulos, levando à reversão da menopausa. Segundo os médicos da clínica Genesis, em Atenas, entre as pacientes tratadas está uma que já não menstruava havia cinco anos. O ginecologista Konstantinos Sfakianoudis e sua equipe se concentraram em mulheres que tiveram menopausa precoce no tratamento, que envolve uma técnica geralmente usada para acelerar a cura de lesões. O médico deu mais detalhes sobre a pesquisa em entrevista à revista especializada "New Scientist". 'ESPERANÇA' Se os resultados da pesquisa grega forem confirmados, a técnica poderá ser usada para aumentar a fertilidade em mulheres mais velhas, ajudar pacientes com menopausa precoce a ficarem grávidas e atuar o combate aos efeitos da menopausa. "Isso oferece uma janela de esperança para mulheres na menopausa, que serão capazes de engravidar usando seu próprio material genético", afirmou Sfakianoudis à New Scientist. A equipe grega usou a terapia PRP (Plasma Rico em Plaquetas), que consiste na retirada e centrifugação de sangue da paciente, em um processo que leva ao isolamento das moléculas que desencadeiam o crescimento de tecidos e vasos sanguíneos. Essa terapia já é muito usada para acelerar a cura de ossos fraturados e músculos lesionados, apesar de ainda não se saber totalmente qual é sua eficácia. Segundo a equipe de Sfakianoudis, a técnica PRP também parece ajudar a rejuvenescer ovários. Uma das pacientes tinha entrado na menopausa precocemente, aos 40 anos. Cinco anos depois, a equipe injetou PRP nos ovários dela, o que teria levado à volta da menstruação após um período de seis meses. A clínica então coletou três óvulos, e dois deles foram fertilizados com sucesso, usando espermatozoides do marido da paciente. Os embriões produzidos foram armazenados enquanto a equipe espera para coletar e fertilizar um terceiro –são necessários pelo menos três para viabilizar o implante no útero da paciente. Os resultados foram apresentados na reunião anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, em Helsinque, na Finlândia. DÚVIDAS Os médicos ainda não têm certeza sobre como a técnica funciona ou como esse plasma desencadeou a menstruação. Sfakianoudis afirma que aplicou a técnica em cerca de 30 mulheres com idades entre 46 e 49 anos e que queriam ter filhos. "Parece funcionar em cerca de dois terços dos casos. Observamos mudanças em padrões bioquímicos, uma restauração da menstruação." A equipe ainda não implantou os embriões nas mulheres, mas espera fazer isso nos próximos meses. Segundo o médico, a terapia PRP já havia ajudado pacientes que sofrem de problemas que impedem a fixação dos embriões, dificultando a gravidez. Mas, após receberem doses de PRP diretamente no útero, três de seis pacientes da clínica que tinham sofrido uma série de abortos e feito tentativas sem sucesso de fertilização in vitro conseguiram ficaram grávidas, relatou ele à New Scientist. QUESTIONAMENTOS A equipe ainda não publicou sua pesquisa em nenhuma revista científica. "Precisamos de estudos maiores antes de sabermos com certeza qual a eficácia do tratamento", afirmou o médico. Mas alguns especialistas já questionam os métodos usados pela Genesis –para eles, o grupo deveia ter testado a técnica primeiro em animais. "Essa experiência não teria sido permitida na aqui Grã-Bretanha. Os pesquisadores precisam trabalhar mais para ter certeza de que os óvulos resultantes (da terapia) são bons", afirmou à New Scientist Roger Sturmey, da Faculdade de Medicina Hull York. Sturmey afirmou, entretanto, que a pesquisa da equipe de Sfakianoudis é "potencialmente muito animadora". "Mas também abre questões éticas a respeito qual deve ser o limite máximo de idade para ser mãe", acrescentou. "Fiquei acordado pensando nisso. Onde o limite deve ser estabelecido?" Ele citou questões como os riscos de desenvolver diabetes e hipertensão durante a gravidez e de abortos, casos que são mais comuns entre mulheres mais velhas. Virginia Bolton, embriologista no Hospital Guy's and St Thomas', em Londres, afirmou também à New Scientist ter dúvidas sobre a eficácia do tratamento. "É perigoso ficarmos animados com algo antes de termos provas suficientes de que funciona."
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Ex-empresa de Eike Batista vive disputa entre os seus acionistas
A companhia de infraestrutura e logística Prumo –única das empresas originárias do grupo EBX, de Eike Batista, que não pediu recuperação judicial– virou alvo de disputa entre o atual controlador, o fundo americano EIG, e acionistas minoritários. Pela terceira vez, em quatro anos, os minoritários combatem a intenção dos controladores de fechar o capital da empresa, desligando-a da BM&FBovespa. O imbróglio atual se assemelha ao de 2012, quando um laudo de avaliação independente, feito pelo banco Merrill Lynch, demonstrou que o valor oferecido pelo controlador para comprar a participação dos acionistas minoritários era inferior ao que a empresa valia de fato. Segundo a avaliação feita na época, a empresa valia até US$ 2,7 bilhões. O controlador, que era ainda Eike Batista, queria pagar menos. A discórdia de hoje está novamente no valor da companhia, após ter sobrevivido à derrocada do império de Eike e passado às mãos do EIG no fim de 2013, abandonando seu antigo nome LLX para rebatizar-se como Prumo. Na semana passada, minoritários levaram à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) a reclamação de que o EIG os teria "enganado" ao convidá-los, em julho, para elevar o capital da empresa. Segundo os minoritários, a operação desencadeou uma mudança no perfil societário, fazendo com que a participação do controlador subisse para pouco mais de 75%. Com isso, a empresa acabou se desenquadrando da regra do Novo Mercado, segmento da BM&FBovespa, em que a parcela de papéis em circulação não pode ficar abaixo de 25%. A solução preferida pelos minoritários seria a venda de parte das ações pelo EIG para voltar ao patamar anterior. Mas a saída apresentada pelo controlador foi na direção inversa: lançar uma oferta pública de aquisição (OPA), comprando toda a parte dos minoritários a R$ 6,69 por ação, um valor que, segundo eles, está muito inferior ao potencial do papel. Com a ação a esse preço, os minoritários lamentam que a empresa valeria cerca de US$ 700 milhões hoje. DETERIORAÇÃO Na reclamação feita à CVM e ao conselho de administração da Prumo, os minoritários dizem que as sucessivas tentativas de fechar o capital da empresa deterioraram o valor das ações. Eles não querem ser obrigados a vender sua parcela agora porque preferem aguardar a valorização. A CVM disse que vai avaliar o caso. Os minoritários acreditam que a Prumo tem potencial de se valorizar no médio prazo porque vive agora um momento mais favorável com o início da operação de novos terminais, a primeira operação de transbordo no terminal de petróleo, a inauguração de uma área para a instalação de lojas no porto do Açu e outras evoluções. "Quando o aumento de capital foi anunciado, entendemos que era para dar um perfil melhor à dívida da empresa e investir. Nos sentimos enganados quando, quatro dias após a homologação desse aumento de capital, veio o anúncio da saída do Novo Mercado", diz o minoritário Roberto Lombardi. Procurado, o EIG não se manifestou. A Prumo afirma que fechar capital é decisão do controlador. - A QUEDA DO IMPÉRIO X Antigas empresas de Eike saem do papel e começam a operar MMX No porto do Sudeste, a MMX, antiga empresa de minério do EBX, passou o controle ao fundo Mubadala, do governo de Abu Dhabi, e a holandesa Trafigura, que assumiram R$ 1,3 bilhão em dívidas e fizeram US$ 400 milhões em novos investimentos. O primeiro embarque de minério de ferro ocorreu em setembro de 2015 MPX Eike imaginava uma área industrial para o funcionamento de usinas térmicas movidas a carvão, que seriam operadas pela companhia que na época foi batizada por ele como MPX, a empresa de energia do grupo, que após a derrocada passou para o controle da alemã E.ON e atualmente é conhecida pelo nome Eneva OGX A OGPar (Óleo e Gás Participações) atua em exploração e produção de óleo e gás natural. Sucessora da OGX, a empresa está em recuperação judicial. No início do ano, ela chegou a anunciar a interrupção das operações do campo de Tubarão Martelo, na bacia de Campos, em razão da queda do preço do petróleo LLX A LLX, a empresa de logística do grupo EBX, tocava as obras do porto do Açu. O controle saiu da mão de Eike no final de 2013 e passou para o fundo americano EIG. Criou-se então a Prumo Logística, que retomou as obras quase paradas. A Prumo foi a única das empresas originárias do grupo que não pediu recuperação judicial O GRUPO A derrocada do antigo grupo EBX, do empresário Eike Batista, manchou a face privada dos projetos de infraestrutura brasileiros e causou prejuízo a milhares de investidores. Cedidos a credores e vendidos a novos gestores, no entanto, alguns desses empreendimentos foram reformulados e conseguiram sair do papel
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Ex-empresa de Eike Batista vive disputa entre os seus acionistasA companhia de infraestrutura e logística Prumo –única das empresas originárias do grupo EBX, de Eike Batista, que não pediu recuperação judicial– virou alvo de disputa entre o atual controlador, o fundo americano EIG, e acionistas minoritários. Pela terceira vez, em quatro anos, os minoritários combatem a intenção dos controladores de fechar o capital da empresa, desligando-a da BM&FBovespa. O imbróglio atual se assemelha ao de 2012, quando um laudo de avaliação independente, feito pelo banco Merrill Lynch, demonstrou que o valor oferecido pelo controlador para comprar a participação dos acionistas minoritários era inferior ao que a empresa valia de fato. Segundo a avaliação feita na época, a empresa valia até US$ 2,7 bilhões. O controlador, que era ainda Eike Batista, queria pagar menos. A discórdia de hoje está novamente no valor da companhia, após ter sobrevivido à derrocada do império de Eike e passado às mãos do EIG no fim de 2013, abandonando seu antigo nome LLX para rebatizar-se como Prumo. Na semana passada, minoritários levaram à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) a reclamação de que o EIG os teria "enganado" ao convidá-los, em julho, para elevar o capital da empresa. Segundo os minoritários, a operação desencadeou uma mudança no perfil societário, fazendo com que a participação do controlador subisse para pouco mais de 75%. Com isso, a empresa acabou se desenquadrando da regra do Novo Mercado, segmento da BM&FBovespa, em que a parcela de papéis em circulação não pode ficar abaixo de 25%. A solução preferida pelos minoritários seria a venda de parte das ações pelo EIG para voltar ao patamar anterior. Mas a saída apresentada pelo controlador foi na direção inversa: lançar uma oferta pública de aquisição (OPA), comprando toda a parte dos minoritários a R$ 6,69 por ação, um valor que, segundo eles, está muito inferior ao potencial do papel. Com a ação a esse preço, os minoritários lamentam que a empresa valeria cerca de US$ 700 milhões hoje. DETERIORAÇÃO Na reclamação feita à CVM e ao conselho de administração da Prumo, os minoritários dizem que as sucessivas tentativas de fechar o capital da empresa deterioraram o valor das ações. Eles não querem ser obrigados a vender sua parcela agora porque preferem aguardar a valorização. A CVM disse que vai avaliar o caso. Os minoritários acreditam que a Prumo tem potencial de se valorizar no médio prazo porque vive agora um momento mais favorável com o início da operação de novos terminais, a primeira operação de transbordo no terminal de petróleo, a inauguração de uma área para a instalação de lojas no porto do Açu e outras evoluções. "Quando o aumento de capital foi anunciado, entendemos que era para dar um perfil melhor à dívida da empresa e investir. Nos sentimos enganados quando, quatro dias após a homologação desse aumento de capital, veio o anúncio da saída do Novo Mercado", diz o minoritário Roberto Lombardi. Procurado, o EIG não se manifestou. A Prumo afirma que fechar capital é decisão do controlador. - A QUEDA DO IMPÉRIO X Antigas empresas de Eike saem do papel e começam a operar MMX No porto do Sudeste, a MMX, antiga empresa de minério do EBX, passou o controle ao fundo Mubadala, do governo de Abu Dhabi, e a holandesa Trafigura, que assumiram R$ 1,3 bilhão em dívidas e fizeram US$ 400 milhões em novos investimentos. O primeiro embarque de minério de ferro ocorreu em setembro de 2015 MPX Eike imaginava uma área industrial para o funcionamento de usinas térmicas movidas a carvão, que seriam operadas pela companhia que na época foi batizada por ele como MPX, a empresa de energia do grupo, que após a derrocada passou para o controle da alemã E.ON e atualmente é conhecida pelo nome Eneva OGX A OGPar (Óleo e Gás Participações) atua em exploração e produção de óleo e gás natural. Sucessora da OGX, a empresa está em recuperação judicial. No início do ano, ela chegou a anunciar a interrupção das operações do campo de Tubarão Martelo, na bacia de Campos, em razão da queda do preço do petróleo LLX A LLX, a empresa de logística do grupo EBX, tocava as obras do porto do Açu. O controle saiu da mão de Eike no final de 2013 e passou para o fundo americano EIG. Criou-se então a Prumo Logística, que retomou as obras quase paradas. A Prumo foi a única das empresas originárias do grupo que não pediu recuperação judicial O GRUPO A derrocada do antigo grupo EBX, do empresário Eike Batista, manchou a face privada dos projetos de infraestrutura brasileiros e causou prejuízo a milhares de investidores. Cedidos a credores e vendidos a novos gestores, no entanto, alguns desses empreendimentos foram reformulados e conseguiram sair do papel
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'Turismo halal' emerge com serviços para os viajantes muçulmanos
Uma imobiliária de Orlando, nos Estados Unidos, está oferecendo "casas de férias halal" com deques para piscinas protegidos por cortinas, salas equipadas com tapetes para oração e exemplares do Corão. O app produzido por uma companhia britânica lista os restaurantes que servem carne halal (ou seja, preparada de acordo com os ditames da lei islâmica, ou sharia), em Londres e Dubai, e um app criado por uma companhia de software de Boston oferece guias de viagem para 90 cidades, com os horários locais de oração e uma bússola que indica a posição de Meca para as orações diárias dos muçulmanos. O mercado do chamado "turismo halal" no passado era visto como um nicho, limitado a peregrinações como as visitas de viajantes muçulmanos a Meca, um segmento que movimenta bilhões de dólares ao ano. Mas agora o setor de turismo está envolvido em um movimento para ampliar o mercado de "turismo halal" e atender a viajantes muçulmanos de todo o mundo, especialmente os originários dos prósperos países do Golfo Pérsico. Viajantes da Arábia Saudita, Kuwait, Qatar, Emirados Árabes Unidos (EAU), Bahrein e Omã gastarão US$ 64 bilhões em turismo este ano, e a expectativa é de que o montante cresça para US$ 216 bilhões em 2030, de acordo com um estudo conduzido em 2014 pela Amadeus, uma companhia de tecnologia para viagens. O estudo constatou que, em média, um viajante desses países gasta US$ 9,99 mil em uma viagem para fora do Golfo Pérsico. Para os cidadãos dos EAU, a média atinge os US$ 10,4 mil. Reem El Shafaki, associada sênior da consultoria Dinar Standard, disse que os hotéis Ritz-Carlton em Dallas e Nova York oferecem um bom exemplo do que hotéis vêm fazendo para atender melhor aos hóspedes muçulmanos. Eles oferecem refeições halal aos hóspedes que as solicitam, tem chefs de cozinha do Oriente Médio em suas equipes, dispõem de acomodações que permitem ambientes separados para os dois sexos e suas equipes de atendimento foram treinadas quanto a outras normas culturais. A Dinar Standards conduziu seminários online para o pessoal dos hotéis Marriott sobre como atender a hóspedes muçulmanos, mas El Shafaki disse que o setor de hospitalidade é capaz de prestar serviços específicos aos muçulmanos sem alienar as pessoas de outras religiões. "O que alguns hotéis e locais de turismo estão fazendo é adotar o rótulo 'ambiente familiar'", ela afirmou em uma conferência realizada esta semana em Abu Dhabi que atraiu pessoas de todo o setor nascente para discutir o assunto. Halal, no islamismo, significa literalmente "aquilo que é permitido". Os muçulmanos rigorosos tipicamente evitam álcool e áreas em que exista nudez excessiva, tais como piscinas e casas noturnas. Para as mulheres que respeitam o código de modéstia na vestimenta característico do islamismo, nadar pode representar um desafio. Isso significa que locais de turismo que ofereçam praias e piscinas separadas segregadas por sexo desfrutam de uma vantagem. Robert Silva, da Florida Reality Investments, diz que a companhia reformou 50 de seus imóveis para locação, realizando algumas mudanças como a instalação de cortinas que isolam os deques de piscina, a fim de torná-los mais confortáveis para os seus muitos clientes do Golfo Pérsico, que muitas vezes realizam viagens a Orlando em grandes grupos familiares para estadias de diversas semanas, e querem acomodações perto do Disney World e outros parques. "Eu adoraria fazer mais... Los Angeles e San Diego, há muita gente indo para lá, e também Nova York", ele declarou em sua palestra durante a Conferência e Exposição Mundial de Turismo Halal realizada em Abu Dhabi. Ao longo da costa sul da Turquia, sete complexos de lazer com serviços completos oferecem praias e piscinas isoladas para as mulheres muçulmanas. Um deles até construiu uma estrutura no mar para impedir que pessoas passando por perto em barcos vislumbrem as banhistas. A Malásia também está buscando agressivamente expandir o número de turistas muçulmanos que recebe, e se promoveu como "Malásia, amiga dos muçulmanos", em brochuras distribuídas durante a conferência em Abu Dhabi. Elnur Seyidli, presidente de um site chamado Halal Booking, diz que sua empresa já atendeu a 43 mil clientes, de 75 países. O site é capaz de filtrar solicitações e encontrar hotéis onde não seja servido álcool, ou hotéis que só sirvam álcool em determinados restaurantes. No caso da carne, que precisa vir de animais abatidos de acordo com as regras islâmicas, o site oferece opções de busca de restaurantes com cardápio totalmente halal, ou casas que servem comida halal a pedido. "O que importa é a permissibilidade... Nada é 100% halal, em minha opinião, e nada é 100% não halal", ele disse à audiência da conferência. "Mesmo para viajantes individuais, os requisitos podem variar em diferentes jornadas". Para as pessoas que não se interessam por um simples shawarma (sanduíche de carne grelhada no pão sírio), o Halal Gems é um app que oferece listas de casas de gastronomia halal em Londres e Dubai. Zohra Khaku, a fundadora da empresa, diz que levantou dinheiro para o projeto cobrando uma taxa anual dos restaurantes que inclui em seu serviço. Em Dubai, porém, o desafio é não tanto encontrar comida halal quanto descobrir as melhores opções para um gastrônomo, no que ela descreve como "jantares halal orientados". Irfan Ahmad é outro criador de apps que está tentando operar no mercado muçulmano. Seu app, chamado Irhal, oferece listras de locais de turismo e de compras, bem como mapas que mostram mesquitas e restaurantes halal. Também oferece uma bússola que ajuda o usuário a encontrar a direção de Meca para suas orações. O app, disponível em inglês e em árabe, já conta com mais de 25 mil downloads, ele diz, e cobre 90 cidades em todo o mundo, de Amsterdã e Atenas a Bancoc e Pequim, bem como cidades dos Estados Unidos - Los Angeles, Chicago, Houston, Nova York e Washington. A ideia veio de suas dificuldades pessoais na procura de comida halal pela Europa, bem como por não saber os horários em que o sol nasce e se põe em diferentes cidades, o que afeta o horário das orações muçulmanas. Ele está em busca de investimentos de cerca de US$ 1 milhão para expandir seus serviços e incluir novas cidades. "Como qualquer outra startup, um dos grandes desafios é encontrar capital", ele disse. "Até agora conseguimos bancar todo o projeto sem ajuda, com recursos próprios". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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'Turismo halal' emerge com serviços para os viajantes muçulmanosUma imobiliária de Orlando, nos Estados Unidos, está oferecendo "casas de férias halal" com deques para piscinas protegidos por cortinas, salas equipadas com tapetes para oração e exemplares do Corão. O app produzido por uma companhia britânica lista os restaurantes que servem carne halal (ou seja, preparada de acordo com os ditames da lei islâmica, ou sharia), em Londres e Dubai, e um app criado por uma companhia de software de Boston oferece guias de viagem para 90 cidades, com os horários locais de oração e uma bússola que indica a posição de Meca para as orações diárias dos muçulmanos. O mercado do chamado "turismo halal" no passado era visto como um nicho, limitado a peregrinações como as visitas de viajantes muçulmanos a Meca, um segmento que movimenta bilhões de dólares ao ano. Mas agora o setor de turismo está envolvido em um movimento para ampliar o mercado de "turismo halal" e atender a viajantes muçulmanos de todo o mundo, especialmente os originários dos prósperos países do Golfo Pérsico. Viajantes da Arábia Saudita, Kuwait, Qatar, Emirados Árabes Unidos (EAU), Bahrein e Omã gastarão US$ 64 bilhões em turismo este ano, e a expectativa é de que o montante cresça para US$ 216 bilhões em 2030, de acordo com um estudo conduzido em 2014 pela Amadeus, uma companhia de tecnologia para viagens. O estudo constatou que, em média, um viajante desses países gasta US$ 9,99 mil em uma viagem para fora do Golfo Pérsico. Para os cidadãos dos EAU, a média atinge os US$ 10,4 mil. Reem El Shafaki, associada sênior da consultoria Dinar Standard, disse que os hotéis Ritz-Carlton em Dallas e Nova York oferecem um bom exemplo do que hotéis vêm fazendo para atender melhor aos hóspedes muçulmanos. Eles oferecem refeições halal aos hóspedes que as solicitam, tem chefs de cozinha do Oriente Médio em suas equipes, dispõem de acomodações que permitem ambientes separados para os dois sexos e suas equipes de atendimento foram treinadas quanto a outras normas culturais. A Dinar Standards conduziu seminários online para o pessoal dos hotéis Marriott sobre como atender a hóspedes muçulmanos, mas El Shafaki disse que o setor de hospitalidade é capaz de prestar serviços específicos aos muçulmanos sem alienar as pessoas de outras religiões. "O que alguns hotéis e locais de turismo estão fazendo é adotar o rótulo 'ambiente familiar'", ela afirmou em uma conferência realizada esta semana em Abu Dhabi que atraiu pessoas de todo o setor nascente para discutir o assunto. Halal, no islamismo, significa literalmente "aquilo que é permitido". Os muçulmanos rigorosos tipicamente evitam álcool e áreas em que exista nudez excessiva, tais como piscinas e casas noturnas. Para as mulheres que respeitam o código de modéstia na vestimenta característico do islamismo, nadar pode representar um desafio. Isso significa que locais de turismo que ofereçam praias e piscinas separadas segregadas por sexo desfrutam de uma vantagem. Robert Silva, da Florida Reality Investments, diz que a companhia reformou 50 de seus imóveis para locação, realizando algumas mudanças como a instalação de cortinas que isolam os deques de piscina, a fim de torná-los mais confortáveis para os seus muitos clientes do Golfo Pérsico, que muitas vezes realizam viagens a Orlando em grandes grupos familiares para estadias de diversas semanas, e querem acomodações perto do Disney World e outros parques. "Eu adoraria fazer mais... Los Angeles e San Diego, há muita gente indo para lá, e também Nova York", ele declarou em sua palestra durante a Conferência e Exposição Mundial de Turismo Halal realizada em Abu Dhabi. Ao longo da costa sul da Turquia, sete complexos de lazer com serviços completos oferecem praias e piscinas isoladas para as mulheres muçulmanas. Um deles até construiu uma estrutura no mar para impedir que pessoas passando por perto em barcos vislumbrem as banhistas. A Malásia também está buscando agressivamente expandir o número de turistas muçulmanos que recebe, e se promoveu como "Malásia, amiga dos muçulmanos", em brochuras distribuídas durante a conferência em Abu Dhabi. Elnur Seyidli, presidente de um site chamado Halal Booking, diz que sua empresa já atendeu a 43 mil clientes, de 75 países. O site é capaz de filtrar solicitações e encontrar hotéis onde não seja servido álcool, ou hotéis que só sirvam álcool em determinados restaurantes. No caso da carne, que precisa vir de animais abatidos de acordo com as regras islâmicas, o site oferece opções de busca de restaurantes com cardápio totalmente halal, ou casas que servem comida halal a pedido. "O que importa é a permissibilidade... Nada é 100% halal, em minha opinião, e nada é 100% não halal", ele disse à audiência da conferência. "Mesmo para viajantes individuais, os requisitos podem variar em diferentes jornadas". Para as pessoas que não se interessam por um simples shawarma (sanduíche de carne grelhada no pão sírio), o Halal Gems é um app que oferece listas de casas de gastronomia halal em Londres e Dubai. Zohra Khaku, a fundadora da empresa, diz que levantou dinheiro para o projeto cobrando uma taxa anual dos restaurantes que inclui em seu serviço. Em Dubai, porém, o desafio é não tanto encontrar comida halal quanto descobrir as melhores opções para um gastrônomo, no que ela descreve como "jantares halal orientados". Irfan Ahmad é outro criador de apps que está tentando operar no mercado muçulmano. Seu app, chamado Irhal, oferece listras de locais de turismo e de compras, bem como mapas que mostram mesquitas e restaurantes halal. Também oferece uma bússola que ajuda o usuário a encontrar a direção de Meca para suas orações. O app, disponível em inglês e em árabe, já conta com mais de 25 mil downloads, ele diz, e cobre 90 cidades em todo o mundo, de Amsterdã e Atenas a Bancoc e Pequim, bem como cidades dos Estados Unidos - Los Angeles, Chicago, Houston, Nova York e Washington. A ideia veio de suas dificuldades pessoais na procura de comida halal pela Europa, bem como por não saber os horários em que o sol nasce e se põe em diferentes cidades, o que afeta o horário das orações muçulmanas. Ele está em busca de investimentos de cerca de US$ 1 milhão para expandir seus serviços e incluir novas cidades. "Como qualquer outra startup, um dos grandes desafios é encontrar capital", ele disse. "Até agora conseguimos bancar todo o projeto sem ajuda, com recursos próprios". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Destaque em Nova Orleans, banda Galactic virá ao Brasil em agosto
A banda Galactic -destaque do 46º Jazz & Heritage Festival, um dos maiores eventos musicais do mundo, que terminou no domingo (3) na cidade norte-americana de Nova Orleans- vai se apresentar pela primeira vez no Brasil. Cultuada há duas décadas nos meios musicais por suas fusões de funk, jazz, rock e hip hop, a Galactic estará entre as atrações da 13ª edição do Bourbon Street Fest, agendada para agosto, em São Paulo e Rio de Janeiro. "Estamos esperando a oportunidade de tocar no Brasil há muito tempo. Tínhamos um show marcado no clube Bourbon Street, em 2009, mas minha mala e meu passaporte foram roubados na Argentina, na véspera. Assim não pudemos tocar em São Paulo", relembra o baterista Stanton Moore, falando à Folha por telefone. Conhecido como um dos músicos mais ativos da cena musical de Nova Orleans (também comanda um ótimo trio de jazz, toca desde 1999 com a banda Garage A Trois e atua como professor de bateria e percussão), Moore comenta que a diversidade de sua música tem tudo a ver com sua cidade natal. "Eu acho que tenho muita sorte por ter nascido e crescido em Nova Orleans, porque adoro a cultura musical daqui. Estar em contato diário com essa cultura tão rica e diversificada é uma grande fonte de inspiração para os diferentes tipos de música que eu faço", explica. A música brasileira também entra nesse cardápio. Em "Carnivale Electricos" (2012), o álbum mais recente da Galactic, faixas como "Magalenha" (de Carlinhos Brown) e "O Cocô da Galinha" (com vocais do sambista Moyseis Marques) estabelecem um diálogo musical com ritmos carnavalescos do Brasil. "A ideia era mesclar coisas do carnaval de Nova Orleans com coisas do carnaval brasileiro. Como ambos tem suas raízes culturais na África, pudemos 'emprestar' ritmos, ou mesmo ideias musicais do Brasil, e cruzá-las com os ritmos de Nova Orleans. Soa bem natural", comenta o baterista. Em sua primeira aparição no Brasil, a Galactic trará como convidada a cantora Erica Falls, já conhecida por aqui, que vem se apresentando com a banda. "Nossa parceria tem funcionado muito bem, musicalmente e pessoalmente. Estamos adorando tocar com Erica. Além de ser uma vocalista incrível, ela tem uma atitude muito legal", elogia Moore.
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Destaque em Nova Orleans, banda Galactic virá ao Brasil em agostoA banda Galactic -destaque do 46º Jazz & Heritage Festival, um dos maiores eventos musicais do mundo, que terminou no domingo (3) na cidade norte-americana de Nova Orleans- vai se apresentar pela primeira vez no Brasil. Cultuada há duas décadas nos meios musicais por suas fusões de funk, jazz, rock e hip hop, a Galactic estará entre as atrações da 13ª edição do Bourbon Street Fest, agendada para agosto, em São Paulo e Rio de Janeiro. "Estamos esperando a oportunidade de tocar no Brasil há muito tempo. Tínhamos um show marcado no clube Bourbon Street, em 2009, mas minha mala e meu passaporte foram roubados na Argentina, na véspera. Assim não pudemos tocar em São Paulo", relembra o baterista Stanton Moore, falando à Folha por telefone. Conhecido como um dos músicos mais ativos da cena musical de Nova Orleans (também comanda um ótimo trio de jazz, toca desde 1999 com a banda Garage A Trois e atua como professor de bateria e percussão), Moore comenta que a diversidade de sua música tem tudo a ver com sua cidade natal. "Eu acho que tenho muita sorte por ter nascido e crescido em Nova Orleans, porque adoro a cultura musical daqui. Estar em contato diário com essa cultura tão rica e diversificada é uma grande fonte de inspiração para os diferentes tipos de música que eu faço", explica. A música brasileira também entra nesse cardápio. Em "Carnivale Electricos" (2012), o álbum mais recente da Galactic, faixas como "Magalenha" (de Carlinhos Brown) e "O Cocô da Galinha" (com vocais do sambista Moyseis Marques) estabelecem um diálogo musical com ritmos carnavalescos do Brasil. "A ideia era mesclar coisas do carnaval de Nova Orleans com coisas do carnaval brasileiro. Como ambos tem suas raízes culturais na África, pudemos 'emprestar' ritmos, ou mesmo ideias musicais do Brasil, e cruzá-las com os ritmos de Nova Orleans. Soa bem natural", comenta o baterista. Em sua primeira aparição no Brasil, a Galactic trará como convidada a cantora Erica Falls, já conhecida por aqui, que vem se apresentando com a banda. "Nossa parceria tem funcionado muito bem, musicalmente e pessoalmente. Estamos adorando tocar com Erica. Além de ser uma vocalista incrível, ela tem uma atitude muito legal", elogia Moore.
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'Black blocs' contra Maduro desafiam oposição e ameaçam pegar em armas
Havia silêncio no porão úmido e escuro no noroeste de Caracas, onde dezenas de jovens de ambos os sexos, sentados no chão, preparavam suas armas. Eles despejavam asfalto, gasolina e tinta em latas de cerveja e garrafas de refrigerante, amarrando tiras de tecido para fazer mechas. Os coquetéis molotov são baratos e fáceis de fazer. Se eles estão cumprindo sua meta é o tema de um debate acirrado na Venezuela. Depois de meses de manifestações incansáveis contra o presidente Nicolás Maduro, muitos militantes estão frustrados. O grupo no porão falava sobre isso com vozes abafadas —não queriam que ninguém no bairro de classe média os encontrasse. Estava claro, porém, que muitos tinham chegado ao limite. As forças de segurança contra as quais eles lutam, as tropas com capacetes que atiram latas de gás lacrimogêneo, fortes jatos de água e balas. "Todos merecem morrer", disse um dos que fabricavam bombas, despejando devagar gasolina em um vidro. O chamado às armas vindo de alguém da resistência pode ser o estímulo inicial para um movimento de guerrilha urbana que o país não vê há meio século. É cedo para dizer se eles realmente cumprirão as ameaças, mas o discurso ousado é um sinal perturbador para os líderes de oposição da corrente dominante, que emitiram instruções —recentemente súplicas— pela realização de comícios e marchas pacíficas. Esses pedidos caem cada vez mais em ouvidos moucos. Ativistas mascarados atiram suas bombas caseiras, pedras, vidros cheios de fezes, qualquer coisa que esteja à mão. Eles já invadiram prédios de escritórios, quebraram vitrines de lojas e bloquearam ruas. "Não sabemos exatamente como controlá-los, e temos medo de que eles possam exagerar e prejudicar nossa luta", disse o deputado da Assembleia Nacional Angel Alvarado, um antigo inimigo de Maduro e de seu antecessor e mentor, Hugo Chávez. "Esses meninos radicais são um perigo." Um jovem em uma esquina de Caracas, com o rosto coberto por um lenço branco, desdenhou dessa visão como sendo a da velha guarda. Sua opinião? "Estamos cansados de ser mortos", disse ele, enquanto as multidões cresciam ao seu redor, os agitadores usando capacetes, óculos de natação e máscaras antigás, alguns carregando como proteção escudos feitos de antigos skates. "Estamos dispostos a sair armados, a enfrentá-los de igual para igual", disse ele, recusando-se a dar seu nome e se descrevendo apenas como um combatente anti-Maduro de uma família de classe média. "O protesto tem de evoluir." Mais de cem pessoas morreram desde o início das manifestações diárias, em abril. Centenas de milhares de pessoas às vezes lotam as ruas de Caracas e outras cidades, gritando contra o que consideram um regime autoritário. A decepção com Maduro se infiltrou em todas as classes, unindo ricos e pobres, enquanto o governo de esquerda mergulhava a Venezuela em um colapso econômico sem precedentes. Em um país com as maiores reservas do mundo de petróleo cru, há escassez crítica de alimentos, remédios e dinheiro. O momento da oposição ganhou força desde que Maduro revelou planos de reescrever a Constituição do país, convocando uma eleição especial para uma Assembleia Constituinte em 30 de julho. O presidente disse em um comunicado que os que querem perturbar a votação ou não participar estão "ferindo o direito à paz, porque o que vamos decidir aqui na semana que vem é entre guerra ou paz, violência ou Assembleia Constituinte". Os venezuelanos indignados marcharam na semana passada, levando a capital a uma virtual paralisação. Mais de 7,5 milhões de votos foram dados em um plebiscito não oficial contra o presidente e seu plano de assembleia, denunciado como um complô para se consolidar no poder. Os EUA estão avaliando sanções. Maduro, em uma aparição na televisão no domingo (23), estava inflexível. "A direita imperialista acredita que pode dar ordens à Venezuela", disse ele. "Os únicos que dão ordens aqui são o povo." 'LONGE DEMAIS' A intransigência desafiadora de Maduro diante da oposição generalizada é prova, segundo os radicais, de que eles precisam ir além dos coquetéis molotov, do ocasional incêndio a um veículo do governo ou aos latões de lixo. A visão dos mais conservadores na coalizão anti-Maduro é que eles já foram longe demais. "Existe um elemento de anarquia", disse Ramon Muchacho, prefeito do distrito de Chacao, em Caracas, que é o ponto zero dos protestos na capital. "E há grupos de pessoas que se aproveitam da situação." Os saqueadores que usam máscaras para invadir as lojas são criminosos explorando o caos nas ruas, disse Fernando Fernández, que é dono de uma loja de bebidas em Caracas. Uma dúzia deles a invadiram numa sexta-feira recente e roubaram uma fortuna em bebidas. "Esta foi a primeira vez que algo desse tipo aconteceu", disse ele. "Não eram da resistência, eram ladrões." Esse é um dos muitos perigos citados em discussões contra a intensificação da fúria na campanha contra Maduro: que é difícil conduzir a violência admitida em nome da legítima oposição política. Também pode ser exatamente o que as forças pró-Maduro querem, "para que possam justificar mais ataques e mortes", disse Rafaella Requesens, 25, uma líder do movimento estudantil venezuelano. "Eu peço a todos esses jovens que querem ampliar o protesto e transformá-lo em algo violento que pensem duas vezes. Não podemos fazer o jogo deles." O rapaz de lenço branco em Caracas disse que passou a hora da contenção: as fatalidades estão aumentando, chegando a uma por dia em média desde que os protestos começaram, e Maduro continua presidente. "E se eles atirarem em nós com armas de fogo? Também teremos de atirar neles." Colaborou ANDREW ROSATI, da Bloomberg Tradução de LUIZ ROBERTO MENDES GONÇALVES
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'Black blocs' contra Maduro desafiam oposição e ameaçam pegar em armasHavia silêncio no porão úmido e escuro no noroeste de Caracas, onde dezenas de jovens de ambos os sexos, sentados no chão, preparavam suas armas. Eles despejavam asfalto, gasolina e tinta em latas de cerveja e garrafas de refrigerante, amarrando tiras de tecido para fazer mechas. Os coquetéis molotov são baratos e fáceis de fazer. Se eles estão cumprindo sua meta é o tema de um debate acirrado na Venezuela. Depois de meses de manifestações incansáveis contra o presidente Nicolás Maduro, muitos militantes estão frustrados. O grupo no porão falava sobre isso com vozes abafadas —não queriam que ninguém no bairro de classe média os encontrasse. Estava claro, porém, que muitos tinham chegado ao limite. As forças de segurança contra as quais eles lutam, as tropas com capacetes que atiram latas de gás lacrimogêneo, fortes jatos de água e balas. "Todos merecem morrer", disse um dos que fabricavam bombas, despejando devagar gasolina em um vidro. O chamado às armas vindo de alguém da resistência pode ser o estímulo inicial para um movimento de guerrilha urbana que o país não vê há meio século. É cedo para dizer se eles realmente cumprirão as ameaças, mas o discurso ousado é um sinal perturbador para os líderes de oposição da corrente dominante, que emitiram instruções —recentemente súplicas— pela realização de comícios e marchas pacíficas. Esses pedidos caem cada vez mais em ouvidos moucos. Ativistas mascarados atiram suas bombas caseiras, pedras, vidros cheios de fezes, qualquer coisa que esteja à mão. Eles já invadiram prédios de escritórios, quebraram vitrines de lojas e bloquearam ruas. "Não sabemos exatamente como controlá-los, e temos medo de que eles possam exagerar e prejudicar nossa luta", disse o deputado da Assembleia Nacional Angel Alvarado, um antigo inimigo de Maduro e de seu antecessor e mentor, Hugo Chávez. "Esses meninos radicais são um perigo." Um jovem em uma esquina de Caracas, com o rosto coberto por um lenço branco, desdenhou dessa visão como sendo a da velha guarda. Sua opinião? "Estamos cansados de ser mortos", disse ele, enquanto as multidões cresciam ao seu redor, os agitadores usando capacetes, óculos de natação e máscaras antigás, alguns carregando como proteção escudos feitos de antigos skates. "Estamos dispostos a sair armados, a enfrentá-los de igual para igual", disse ele, recusando-se a dar seu nome e se descrevendo apenas como um combatente anti-Maduro de uma família de classe média. "O protesto tem de evoluir." Mais de cem pessoas morreram desde o início das manifestações diárias, em abril. Centenas de milhares de pessoas às vezes lotam as ruas de Caracas e outras cidades, gritando contra o que consideram um regime autoritário. A decepção com Maduro se infiltrou em todas as classes, unindo ricos e pobres, enquanto o governo de esquerda mergulhava a Venezuela em um colapso econômico sem precedentes. Em um país com as maiores reservas do mundo de petróleo cru, há escassez crítica de alimentos, remédios e dinheiro. O momento da oposição ganhou força desde que Maduro revelou planos de reescrever a Constituição do país, convocando uma eleição especial para uma Assembleia Constituinte em 30 de julho. O presidente disse em um comunicado que os que querem perturbar a votação ou não participar estão "ferindo o direito à paz, porque o que vamos decidir aqui na semana que vem é entre guerra ou paz, violência ou Assembleia Constituinte". Os venezuelanos indignados marcharam na semana passada, levando a capital a uma virtual paralisação. Mais de 7,5 milhões de votos foram dados em um plebiscito não oficial contra o presidente e seu plano de assembleia, denunciado como um complô para se consolidar no poder. Os EUA estão avaliando sanções. Maduro, em uma aparição na televisão no domingo (23), estava inflexível. "A direita imperialista acredita que pode dar ordens à Venezuela", disse ele. "Os únicos que dão ordens aqui são o povo." 'LONGE DEMAIS' A intransigência desafiadora de Maduro diante da oposição generalizada é prova, segundo os radicais, de que eles precisam ir além dos coquetéis molotov, do ocasional incêndio a um veículo do governo ou aos latões de lixo. A visão dos mais conservadores na coalizão anti-Maduro é que eles já foram longe demais. "Existe um elemento de anarquia", disse Ramon Muchacho, prefeito do distrito de Chacao, em Caracas, que é o ponto zero dos protestos na capital. "E há grupos de pessoas que se aproveitam da situação." Os saqueadores que usam máscaras para invadir as lojas são criminosos explorando o caos nas ruas, disse Fernando Fernández, que é dono de uma loja de bebidas em Caracas. Uma dúzia deles a invadiram numa sexta-feira recente e roubaram uma fortuna em bebidas. "Esta foi a primeira vez que algo desse tipo aconteceu", disse ele. "Não eram da resistência, eram ladrões." Esse é um dos muitos perigos citados em discussões contra a intensificação da fúria na campanha contra Maduro: que é difícil conduzir a violência admitida em nome da legítima oposição política. Também pode ser exatamente o que as forças pró-Maduro querem, "para que possam justificar mais ataques e mortes", disse Rafaella Requesens, 25, uma líder do movimento estudantil venezuelano. "Eu peço a todos esses jovens que querem ampliar o protesto e transformá-lo em algo violento que pensem duas vezes. Não podemos fazer o jogo deles." O rapaz de lenço branco em Caracas disse que passou a hora da contenção: as fatalidades estão aumentando, chegando a uma por dia em média desde que os protestos começaram, e Maduro continua presidente. "E se eles atirarem em nós com armas de fogo? Também teremos de atirar neles." Colaborou ANDREW ROSATI, da Bloomberg Tradução de LUIZ ROBERTO MENDES GONÇALVES
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Em ato na Cinelândia, Freixo critica PMDB e diz que vai combater 'máfia dos taxistas'
LUISA BUSTAMANTE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO Cerca de 3 mil pessoas acompanharam o ato do candidato Marcelo Freixo (PSOL) na Cinelândia na noite desta quinta-feira (25), segundo organizadores. Fora do debate da Band, o candidato promoveu uma espécie de debate simultâneo onde ele respondia os temas propostos no durante a réplica e tréplica dos candidatos. Momentos antes de começar a transmitir o debate, Freixo falou coma a imprensa sobre a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que permitiu a participação de partidos pequenos em debates políticos em emissoras de rádio e televisão. "Desde o início eu falei que essa lei [que muda regras no processo eleitoral] é antidemocrática, que sai da cabeça do Eduardo Cunha para prejudicar o processo democrático das eleições. Imaginar que um candidato em segundo lugar pode ser colocado fora do debate a critério dos seus adversários é completamente estapafúrdio", afirmou. No ato, não faltou oportunidade para o deputado lançar farpas ao PMDB. Em réplica a declaração de Pedro Paulo Carvalho (PMDB), candidato do prefeito Eduardo Paes, sobre o pagamento de servidores, Freixo afirmou que a prefeitura não faz mais que sua obrigação. "Pagar servidor em dia é obrigação de qualquer gestor. Podia pagar melhor inclusive. Eles esquecem que quem faliu o estado foi o PMDB, mesmo partido a que eles pertencem. Todos eles tem responsabilidade no que acontece", disse Freixo. O candidato do PSOL aproveitou para falar sobre a propaganda eleitoral na TV, que começa nesta sexta-feira (26). "Nós temos 11 segundos. Vai ser um programa Bolt. E seguindo o espírito jamaicano nós podemos vencer", disse. Freixo não perdeu a oportunidade de fazer críticas ao partido do rival Pedro Paulo e do prefeito Eduardo Paes. "Não tem marketing capaz de fingir que o Pedro Paulo não faz parte do PMDB que quebrou o Rio de Janeiro. Eles sabem que pra derrotar a gente tem que ser no primeiro turno, porque se a gente for para o segundo turno a gente ganha essa eleição", afirmou. Freixo também fez críticas à transformação da área portuária, carro chefe da propaganda do governo de Eduardo Paes. Para o candidato do PSOL, a região não atende a população mais pobre por conta da ausência de moradia popular. "É uma área que tem que ter moradia social já que 70% dos prédios são públicos", disse. O ato foi encerrado logo depois que o candidato Flávio Bolsonaro deixou o debate da Band depois de se sentir mal. A saída do candidato do PSC foi acompanhada com comemoração pelo público que assistia Freixo. O deputado, porém, foi diplomático sobre o episódio. "Discordo profundamente de tudo que ele faz e fala mas sinto muito que tenha passado mal e espero que não seja nada grave", disse. Durante o debate, Freixo defendeu que irá "combater a máfia dos taxistas". "Já combatemos máfias antes e poderemos combater outra agora. A concorrência desleal com os taxistas não está no Uber, mas na máfia que controla as diárias dos permissionários", disse. Freixo atacou também a proposta de armar a Guarda Municipal, defendida por Bolsonaro. "A violência não se combate com mais violência, mas com mais acesso a direitos e ocupação dos espaços públicos. Nossa proposta é desmilitarizar a Guarda Municipal, que hoje é comandada por militares", afirmou.
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Em ato na Cinelândia, Freixo critica PMDB e diz que vai combater 'máfia dos taxistas'LUISA BUSTAMANTE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO Cerca de 3 mil pessoas acompanharam o ato do candidato Marcelo Freixo (PSOL) na Cinelândia na noite desta quinta-feira (25), segundo organizadores. Fora do debate da Band, o candidato promoveu uma espécie de debate simultâneo onde ele respondia os temas propostos no durante a réplica e tréplica dos candidatos. Momentos antes de começar a transmitir o debate, Freixo falou coma a imprensa sobre a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que permitiu a participação de partidos pequenos em debates políticos em emissoras de rádio e televisão. "Desde o início eu falei que essa lei [que muda regras no processo eleitoral] é antidemocrática, que sai da cabeça do Eduardo Cunha para prejudicar o processo democrático das eleições. Imaginar que um candidato em segundo lugar pode ser colocado fora do debate a critério dos seus adversários é completamente estapafúrdio", afirmou. No ato, não faltou oportunidade para o deputado lançar farpas ao PMDB. Em réplica a declaração de Pedro Paulo Carvalho (PMDB), candidato do prefeito Eduardo Paes, sobre o pagamento de servidores, Freixo afirmou que a prefeitura não faz mais que sua obrigação. "Pagar servidor em dia é obrigação de qualquer gestor. Podia pagar melhor inclusive. Eles esquecem que quem faliu o estado foi o PMDB, mesmo partido a que eles pertencem. Todos eles tem responsabilidade no que acontece", disse Freixo. O candidato do PSOL aproveitou para falar sobre a propaganda eleitoral na TV, que começa nesta sexta-feira (26). "Nós temos 11 segundos. Vai ser um programa Bolt. E seguindo o espírito jamaicano nós podemos vencer", disse. Freixo não perdeu a oportunidade de fazer críticas ao partido do rival Pedro Paulo e do prefeito Eduardo Paes. "Não tem marketing capaz de fingir que o Pedro Paulo não faz parte do PMDB que quebrou o Rio de Janeiro. Eles sabem que pra derrotar a gente tem que ser no primeiro turno, porque se a gente for para o segundo turno a gente ganha essa eleição", afirmou. Freixo também fez críticas à transformação da área portuária, carro chefe da propaganda do governo de Eduardo Paes. Para o candidato do PSOL, a região não atende a população mais pobre por conta da ausência de moradia popular. "É uma área que tem que ter moradia social já que 70% dos prédios são públicos", disse. O ato foi encerrado logo depois que o candidato Flávio Bolsonaro deixou o debate da Band depois de se sentir mal. A saída do candidato do PSC foi acompanhada com comemoração pelo público que assistia Freixo. O deputado, porém, foi diplomático sobre o episódio. "Discordo profundamente de tudo que ele faz e fala mas sinto muito que tenha passado mal e espero que não seja nada grave", disse. Durante o debate, Freixo defendeu que irá "combater a máfia dos taxistas". "Já combatemos máfias antes e poderemos combater outra agora. A concorrência desleal com os taxistas não está no Uber, mas na máfia que controla as diárias dos permissionários", disse. Freixo atacou também a proposta de armar a Guarda Municipal, defendida por Bolsonaro. "A violência não se combate com mais violência, mas com mais acesso a direitos e ocupação dos espaços públicos. Nossa proposta é desmilitarizar a Guarda Municipal, que hoje é comandada por militares", afirmou.
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Presidente do São Paulo critica banco e diz que clube 'não vai explodir'
O presidente são-paulino Carlos Miguel Aidar disse nesta sexta (4) que o São Paulo não vai explodir. A frase é uma resposta à avaliação do Itaú BBA, o banco de investimentos do grupo Itaú, que faz anualmente uma análise do balanço dos clubes de futebol. O time tricolor se encontra em um dos piores cenários, segundo o relatório. "Não está para explodir. O que o Itaú fala na conclusão final não condiz, foi infeliz quem escreveu o comentário. Não sei quem é o cidadão e não vou pedir satisfação", disse Aidar. O relatório do banco escreveu que o São Paulo está em "rota de colisão com um muro" e "não resta muito tempo até a explosão". "Se for assim, todo o futebol brasileiro já explodiu", disse o cartola. Aidar reuniu diretores e jornalistas no centro de treinamento do clube, nesta sexta, para mostrar plano de profissionalizar os departamentos do clube. Sobre a dívida, ele disse que se equivocou quando disse, algum tempo atrás, que o São Paulo devia R$ 270 milhões. "Devemos R$ 137 milhões. Mas precisamos de R$ 100 milhões até o fim do ano", disse o dirigente.
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Presidente do São Paulo critica banco e diz que clube 'não vai explodir'O presidente são-paulino Carlos Miguel Aidar disse nesta sexta (4) que o São Paulo não vai explodir. A frase é uma resposta à avaliação do Itaú BBA, o banco de investimentos do grupo Itaú, que faz anualmente uma análise do balanço dos clubes de futebol. O time tricolor se encontra em um dos piores cenários, segundo o relatório. "Não está para explodir. O que o Itaú fala na conclusão final não condiz, foi infeliz quem escreveu o comentário. Não sei quem é o cidadão e não vou pedir satisfação", disse Aidar. O relatório do banco escreveu que o São Paulo está em "rota de colisão com um muro" e "não resta muito tempo até a explosão". "Se for assim, todo o futebol brasileiro já explodiu", disse o cartola. Aidar reuniu diretores e jornalistas no centro de treinamento do clube, nesta sexta, para mostrar plano de profissionalizar os departamentos do clube. Sobre a dívida, ele disse que se equivocou quando disse, algum tempo atrás, que o São Paulo devia R$ 270 milhões. "Devemos R$ 137 milhões. Mas precisamos de R$ 100 milhões até o fim do ano", disse o dirigente.
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Avon ganha na estreia da categoria Maquiagem
HELOÍSA NEGRÃO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Um rap com Karol Conka e MC Carol para vender máscara de cílios. Elke Maravilha e o cantor Liniker para propagandear um novo BB Cream. Com aposta na diversidade como protagonista dos comerciais na internet, Avon foi a marca de maquiagem mais citada no Top of Mind 2016, com 22% de citações. Em segundo ficou a também americana Mary Kay, com 10% —42% dos brasileiros não se lembraram de nenhuma marca. É a estreia do segmento na pesquisa. A categoria especial Higiene foi vencida pela Colgate pelo quinto ano seguido —citada por 11% dos entrevistados pelo Datafolha. Omo e Ypê atingiram 8%, mas foram superados no critério de desempate. A marca levou ainda como Pasta de Dente e Antisséptico Bucal. A estratégia da Avon de usar a diversidade surgiu em 2015, com a campanha com a cantora transexual Candy Mel, da Banda Uó, para falar sobre a prevenção do câncer de mama. A ação #sintanapele (janeiro de 2016) foi 100% digital e teve mais de 87 milhões de vizualizações em um mês e 98% de comentários positivos, segundo a empresa. A marca vende um em cada dois batons comprados no Brasil —as vendas podem ser online ou feitas pelas revendedoras, e os produtos têm preços mais acessíveis. O empoderamento feminino também é outro conceito abraçado pela Avon. A campanha "Beleza que faz sentido" trouxe palestras de mulheres sobre a lei Maria da Penha e quebra de padrões de beleza. "Empoderar mulheres através da beleza, propiciar independência financeira e autoestima fazem parte do DNA da Avon e somos reconhecidos mundialmente por isso", diz a vice-presidente de marketing da marca no Brasil, Marise Barroso. As campanhas mais ousadas foram divulgadas só na internet. A professora de branding da ESPM Miriam Salomão explica que empresas mais tradicionais devem, mesmo sujeitas a críticas, investir em campanhas mais modernas. "O risco existe sempre, tanto o de fazer uma campanha ousada e ser criticado como o de continuar sendo tradicional e passar a impressão de estar sendo antiquado." O mercado brasileiro, de acordo com o Euromonitor [líder mundial em pesquisa de estratégia para mercados consumidores], é o quarto que mais gasta com cosméticos. CAMISINHA Vencedora pela décima vez —a terceira consecutiva—, Jontex acredita que é possível crescer mesmo na crise. A marca de camisinha foi a mais citada por 18% dos entrevistados pelo Datafolha. Em segundo lugar, ficou a Olla, com 14%. Os dois produtos pertenciam à Hypermarcas. No início do ano, foram vendidos para a RB (Reckitt Benckiser). O Cade aprovou a venda em setembro, sob a condição de que a RB vendesse a KY, líder no mercado de lubrificantes. Durante esse período, a Hypermarcas continuou trabalhando na divulgação de Jontex e Olla em ações como as campanhas com a Associação Brasileira de Motéis na semana do Dia dos Namorados. A RB também é dona da camisinha mais vendida no mundo, a Durex, há dois anos no Brasil. A empresa acredita que há espaço para várias marcas no mercado e vê chance de crescimento apesar da crise econômica. "O mercado continua a crescer diante da crise. De acordo com dados Nielsen [empresa que pesquisa dados de consumo], cresceu 8% no primeiro semestre de 2016 em comparação ao mesmo período de 2015", afirma Thiago Icassati, diretor de marketing da RB Brasil. ABSORVENTE FEMININO Se conectar à consumidora da forma mais assertiva possível é uma grande preocupação dos absorventes Sempre Livre, marca mais lembrada (20%) pela terceira vez consecutiva na pesquisa Datafolha. Intimus foi citada por 16%. Sempre Livre é uma das patrocinadoras do festival de música Lollapalooza e oferece conteúdo focado em música em seu site. "Sempre Livre ocupa o território de movimento. Por isso, acreditamos que apostar na plataforma de música é a manifestação que melhor representa esse conceito e conecta a marca com suas consumidoras", afirma Naemi Rodrigues, gerente de marketing das categorias de OTC, Cuidados Femininos, Higiene Oral e Cuidados Pessoais. Na Johnson & Johnson, dona da marca, as plataformas digitais representam até 28% do investimento do marketing mundial. "O digital deixou de ser uma promessa de futuro. O consumidor vem se transformando, e o universo online favorece a entrega da mensagem certa e nos permite entregar a mesma ideia de formas diferentes", afirma Naemi. A executiva diz que a crise não afeta o mercado, que ainda tem muito a crescer. "Os investimentos em comunicação e propaganda permanecerão focados na ampliação dos pontos de contato com os consumidores. Vamos continuar apostando no pilar inovação, seja de produto, seja de comunicação." ESMALTE DE UNHA Marca mais lembrada no Top Feminino, Risqué também aparece em primeiro lugar entre os esmaltes: foi citada por 29% dos entrevistados e venceu pela segunda vez. Colorama apareceu com 11%. A marca se orgulha dos seus números nas redes sociais e aposta nesse canal de comunicação. "A Risqué é a marca de esmaltes com a maior base de fãs no mundo [mais de 7 milhões de seguidores no Facebook]", afirma Regiane Bueno, diretora de marketing da marca. Essa proximidade com as consumidoras também é a estratégia contra a crise. "Ao longo de 2016 e, especialmente após o lançamento da nova campanha ["Hoje estou me sentindo"], a marca passou a utilizar mais intensamente estratégias de comunicação multicanal, fortalecendo o contato diário com suas consumidoras", diz Regiane. Na página da empresa, com a hashtag #RisquédaSemana, além das imagens publicadas nos comentários, mostrando que as leitoras estão usando o esmalte naquela semana, as fotos das mãos delas podem aparecer em posts. FRALDA DESCARTÁVEL Lembrada por 35% dos entrevistados no Top of Mind, Pampers busca estreitar o relacionamento com as mães de primeira viagem. "Quando a mãe descobre que está grávida, a internet é o primeiro lugar onde ela busca informações, por isso cuidamos com muito carinho da nossa página no Facebook, que possui mais de 25 milhões de likes", diz Laura Vicentini, diretora da marca Pampers no Brasil. De acordo com a executiva, o desafio é fazer com que as novas mamães sejam fiéis à marca por três anos, quando as crianças começam a sair das fraldas. Pampers obteve a sétima vitória seguida na categoria Fralda Descartável na pesquisa e foi seguida pela Turma da Mônica, com 14%. A marca campeã é mais cara do que as concorrentes, mas não vê isso como problema. Laura acredita que as mães não economizam em fraldas. "O barato sai caro. Uma fralda mais barata pode vazar à noite, e ela terá que acordar. As mães têm reconhecido a marca por sua tecnologia", afirma a diretora. Por isso, em 2016, diante da piora da crise econômica no país, a empresa apostou no investimento em inovação em vez de recuar. "Está sendo um ano superforte para nós. A gente acabou de relançar a linha Premium Care e a Pampers Confort Sec", diz Laura. Para a executiva, trabalhar com uma marca tão reconhecida pelos consumidores é um desafio. "A responsabilidade é maior porque a consumidora já está acostumada a usar um produto de qualidade superior, então temos que sempre investir em tecnologia e pesquisa para saber o que ela quer". A professora da ESPM Miriam Salomão diz o mesmo sobre a gestão de marcas tradicionais. "Além da publicidade, é necessário construir a percepção de qualidade na cabeça do cliente. Eles têm que entregar um bom produto e reforçar isso na mensagem. E o consumidor tem que comprovar que o produto é bom", afirma. ANTISSÉPTICO BUCAL E PASTA DE DENTE Quando o assunto é higiene oral, Colgate é líder absoluta. Pela 12ª vez consecutiva, é a marca mais lembrada na categoria Pasta de Dente, e, pela quinta vez, vence entre os Antissépticos Bucais. Neste ano, 62% dos entrevistados citaram a pasta de dente Colgate, seu maior percentual de citações na história do Top of Mind. A blogueira brasileira Camila Coelho, com quase 3 milhões de inscritos no seu canal do YouTube, foi o rosto da principal campanha da marca em 2016. "Ela está conectada ao nosso público, que se atualiza com suas dicas de beleza e exige produtos que mostrem resultados eficazes", afirma Damian Pirichinsky, diretor de marketing de Oral Care da Colgate. Nos vídeos, Camila entrevista blogueiras para descobrir seus segredos de beleza. A maioria já teve mais de 1 milhão de visualizações. Na nova etapa de sua ação, a empresa permanece investindo em blogueiras e chamou Mari Saad para dar dicas rápidas de beleza, além de manter contato com as consumidoras pelas redes sociais. Pirichinsky afirma que a marca usa esses canais para se aproximar mais dos consumidores e garantir sua satisfação. "Temos página no Facebook [Colgate Brasil] e Instagram de Colgate Luminous White [@lookluminous], com conteúdo voltado para dicas de moda e beleza." Colaborou MARIANA LAJOLO
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Avon ganha na estreia da categoria MaquiagemHELOÍSA NEGRÃO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Um rap com Karol Conka e MC Carol para vender máscara de cílios. Elke Maravilha e o cantor Liniker para propagandear um novo BB Cream. Com aposta na diversidade como protagonista dos comerciais na internet, Avon foi a marca de maquiagem mais citada no Top of Mind 2016, com 22% de citações. Em segundo ficou a também americana Mary Kay, com 10% —42% dos brasileiros não se lembraram de nenhuma marca. É a estreia do segmento na pesquisa. A categoria especial Higiene foi vencida pela Colgate pelo quinto ano seguido —citada por 11% dos entrevistados pelo Datafolha. Omo e Ypê atingiram 8%, mas foram superados no critério de desempate. A marca levou ainda como Pasta de Dente e Antisséptico Bucal. A estratégia da Avon de usar a diversidade surgiu em 2015, com a campanha com a cantora transexual Candy Mel, da Banda Uó, para falar sobre a prevenção do câncer de mama. A ação #sintanapele (janeiro de 2016) foi 100% digital e teve mais de 87 milhões de vizualizações em um mês e 98% de comentários positivos, segundo a empresa. A marca vende um em cada dois batons comprados no Brasil —as vendas podem ser online ou feitas pelas revendedoras, e os produtos têm preços mais acessíveis. O empoderamento feminino também é outro conceito abraçado pela Avon. A campanha "Beleza que faz sentido" trouxe palestras de mulheres sobre a lei Maria da Penha e quebra de padrões de beleza. "Empoderar mulheres através da beleza, propiciar independência financeira e autoestima fazem parte do DNA da Avon e somos reconhecidos mundialmente por isso", diz a vice-presidente de marketing da marca no Brasil, Marise Barroso. As campanhas mais ousadas foram divulgadas só na internet. A professora de branding da ESPM Miriam Salomão explica que empresas mais tradicionais devem, mesmo sujeitas a críticas, investir em campanhas mais modernas. "O risco existe sempre, tanto o de fazer uma campanha ousada e ser criticado como o de continuar sendo tradicional e passar a impressão de estar sendo antiquado." O mercado brasileiro, de acordo com o Euromonitor [líder mundial em pesquisa de estratégia para mercados consumidores], é o quarto que mais gasta com cosméticos. CAMISINHA Vencedora pela décima vez —a terceira consecutiva—, Jontex acredita que é possível crescer mesmo na crise. A marca de camisinha foi a mais citada por 18% dos entrevistados pelo Datafolha. Em segundo lugar, ficou a Olla, com 14%. Os dois produtos pertenciam à Hypermarcas. No início do ano, foram vendidos para a RB (Reckitt Benckiser). O Cade aprovou a venda em setembro, sob a condição de que a RB vendesse a KY, líder no mercado de lubrificantes. Durante esse período, a Hypermarcas continuou trabalhando na divulgação de Jontex e Olla em ações como as campanhas com a Associação Brasileira de Motéis na semana do Dia dos Namorados. A RB também é dona da camisinha mais vendida no mundo, a Durex, há dois anos no Brasil. A empresa acredita que há espaço para várias marcas no mercado e vê chance de crescimento apesar da crise econômica. "O mercado continua a crescer diante da crise. De acordo com dados Nielsen [empresa que pesquisa dados de consumo], cresceu 8% no primeiro semestre de 2016 em comparação ao mesmo período de 2015", afirma Thiago Icassati, diretor de marketing da RB Brasil. ABSORVENTE FEMININO Se conectar à consumidora da forma mais assertiva possível é uma grande preocupação dos absorventes Sempre Livre, marca mais lembrada (20%) pela terceira vez consecutiva na pesquisa Datafolha. Intimus foi citada por 16%. Sempre Livre é uma das patrocinadoras do festival de música Lollapalooza e oferece conteúdo focado em música em seu site. "Sempre Livre ocupa o território de movimento. Por isso, acreditamos que apostar na plataforma de música é a manifestação que melhor representa esse conceito e conecta a marca com suas consumidoras", afirma Naemi Rodrigues, gerente de marketing das categorias de OTC, Cuidados Femininos, Higiene Oral e Cuidados Pessoais. Na Johnson & Johnson, dona da marca, as plataformas digitais representam até 28% do investimento do marketing mundial. "O digital deixou de ser uma promessa de futuro. O consumidor vem se transformando, e o universo online favorece a entrega da mensagem certa e nos permite entregar a mesma ideia de formas diferentes", afirma Naemi. A executiva diz que a crise não afeta o mercado, que ainda tem muito a crescer. "Os investimentos em comunicação e propaganda permanecerão focados na ampliação dos pontos de contato com os consumidores. Vamos continuar apostando no pilar inovação, seja de produto, seja de comunicação." ESMALTE DE UNHA Marca mais lembrada no Top Feminino, Risqué também aparece em primeiro lugar entre os esmaltes: foi citada por 29% dos entrevistados e venceu pela segunda vez. Colorama apareceu com 11%. A marca se orgulha dos seus números nas redes sociais e aposta nesse canal de comunicação. "A Risqué é a marca de esmaltes com a maior base de fãs no mundo [mais de 7 milhões de seguidores no Facebook]", afirma Regiane Bueno, diretora de marketing da marca. Essa proximidade com as consumidoras também é a estratégia contra a crise. "Ao longo de 2016 e, especialmente após o lançamento da nova campanha ["Hoje estou me sentindo"], a marca passou a utilizar mais intensamente estratégias de comunicação multicanal, fortalecendo o contato diário com suas consumidoras", diz Regiane. Na página da empresa, com a hashtag #RisquédaSemana, além das imagens publicadas nos comentários, mostrando que as leitoras estão usando o esmalte naquela semana, as fotos das mãos delas podem aparecer em posts. FRALDA DESCARTÁVEL Lembrada por 35% dos entrevistados no Top of Mind, Pampers busca estreitar o relacionamento com as mães de primeira viagem. "Quando a mãe descobre que está grávida, a internet é o primeiro lugar onde ela busca informações, por isso cuidamos com muito carinho da nossa página no Facebook, que possui mais de 25 milhões de likes", diz Laura Vicentini, diretora da marca Pampers no Brasil. De acordo com a executiva, o desafio é fazer com que as novas mamães sejam fiéis à marca por três anos, quando as crianças começam a sair das fraldas. Pampers obteve a sétima vitória seguida na categoria Fralda Descartável na pesquisa e foi seguida pela Turma da Mônica, com 14%. A marca campeã é mais cara do que as concorrentes, mas não vê isso como problema. Laura acredita que as mães não economizam em fraldas. "O barato sai caro. Uma fralda mais barata pode vazar à noite, e ela terá que acordar. As mães têm reconhecido a marca por sua tecnologia", afirma a diretora. Por isso, em 2016, diante da piora da crise econômica no país, a empresa apostou no investimento em inovação em vez de recuar. "Está sendo um ano superforte para nós. A gente acabou de relançar a linha Premium Care e a Pampers Confort Sec", diz Laura. Para a executiva, trabalhar com uma marca tão reconhecida pelos consumidores é um desafio. "A responsabilidade é maior porque a consumidora já está acostumada a usar um produto de qualidade superior, então temos que sempre investir em tecnologia e pesquisa para saber o que ela quer". A professora da ESPM Miriam Salomão diz o mesmo sobre a gestão de marcas tradicionais. "Além da publicidade, é necessário construir a percepção de qualidade na cabeça do cliente. Eles têm que entregar um bom produto e reforçar isso na mensagem. E o consumidor tem que comprovar que o produto é bom", afirma. ANTISSÉPTICO BUCAL E PASTA DE DENTE Quando o assunto é higiene oral, Colgate é líder absoluta. Pela 12ª vez consecutiva, é a marca mais lembrada na categoria Pasta de Dente, e, pela quinta vez, vence entre os Antissépticos Bucais. Neste ano, 62% dos entrevistados citaram a pasta de dente Colgate, seu maior percentual de citações na história do Top of Mind. A blogueira brasileira Camila Coelho, com quase 3 milhões de inscritos no seu canal do YouTube, foi o rosto da principal campanha da marca em 2016. "Ela está conectada ao nosso público, que se atualiza com suas dicas de beleza e exige produtos que mostrem resultados eficazes", afirma Damian Pirichinsky, diretor de marketing de Oral Care da Colgate. Nos vídeos, Camila entrevista blogueiras para descobrir seus segredos de beleza. A maioria já teve mais de 1 milhão de visualizações. Na nova etapa de sua ação, a empresa permanece investindo em blogueiras e chamou Mari Saad para dar dicas rápidas de beleza, além de manter contato com as consumidoras pelas redes sociais. Pirichinsky afirma que a marca usa esses canais para se aproximar mais dos consumidores e garantir sua satisfação. "Temos página no Facebook [Colgate Brasil] e Instagram de Colgate Luminous White [@lookluminous], com conteúdo voltado para dicas de moda e beleza." Colaborou MARIANA LAJOLO
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Coronel que ironizou ferida não atuará mais em protestos, diz secretário
Após ironizar a estudante Deborah Fabri, que teve um olho perfurado durante um protesto contra o governo Temer, o tenente-coronel da Polícia Militar Henrique Motta não atuará mais em manifestações, disse nesta quinta-feira (8) o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho. Segundo o secretário, o afastamento do tenente-coronel das manifestações não é uma punição, mas uma forma de "preservar o policial e a ordem pública". "Não concordo com o comentário. [Mas] não é uma infração, foi feito como pessoa física, não em nome da polícia", afirmou. Motta, que comandava a tropa de choque da PM durante os atos, publicou em sua conta do Facebook uma montagem sugerindo que Fabri mereceu ser ferida. A imagem mostra lado a lado um tuíte da jovem de 2015, em que ela afirma ser a favor de "qualquer ato de qualquer destruição em protesto de cunho político que tenha objetivos sólidos", e a mensagem postada pela estudante na quinta-feira (1º), após ter olho esquerdo perfurado. Entre as imagens, os dizeres: "quem planta rabanete colhe rabanete". Segundo o secretário, também deixarão de atuar em manifestações os policiais que dirigiam uma viatura filmada atropelando um manifestante. Em entrevista coletiva, Barbosa Filho reconheceu que a PM pode ter cometido excessos durante os protestos e disse que esses casos serão investigados e punidos. "Nós podemos imaginar algumas situações que já estamos investigando e que fogem de qualquer protocolo, como a notícia de policiais que se voltaram contra frequentadores de estabelecimentos comerciais, e do profissional de imprensa que teve dificuldades de exercer sua profissão. Todas essas situações estão sendo investigadas", afirmou. GRUPO DE TRABALHO O secretário participou nesta quinta de uma reunião convocada pelo Ministério Público Estadual de São Paulo com órgãos da prefeitura, do governo estadual e da sociedade civil para discutir a segurança nos protestos. Segundo o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, foi definida com esses órgãos a criação de um grupo de trabalho que se reunirá periodicamente para definir "protocolos" que visem a garantir a segurança dos manifestantes. Nenhuma medida concreta foi anunciada neste primeiro encontro. Segundo Smanio, as próximas reuniões serão abertas ao público.
poder
Coronel que ironizou ferida não atuará mais em protestos, diz secretárioApós ironizar a estudante Deborah Fabri, que teve um olho perfurado durante um protesto contra o governo Temer, o tenente-coronel da Polícia Militar Henrique Motta não atuará mais em manifestações, disse nesta quinta-feira (8) o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho. Segundo o secretário, o afastamento do tenente-coronel das manifestações não é uma punição, mas uma forma de "preservar o policial e a ordem pública". "Não concordo com o comentário. [Mas] não é uma infração, foi feito como pessoa física, não em nome da polícia", afirmou. Motta, que comandava a tropa de choque da PM durante os atos, publicou em sua conta do Facebook uma montagem sugerindo que Fabri mereceu ser ferida. A imagem mostra lado a lado um tuíte da jovem de 2015, em que ela afirma ser a favor de "qualquer ato de qualquer destruição em protesto de cunho político que tenha objetivos sólidos", e a mensagem postada pela estudante na quinta-feira (1º), após ter olho esquerdo perfurado. Entre as imagens, os dizeres: "quem planta rabanete colhe rabanete". Segundo o secretário, também deixarão de atuar em manifestações os policiais que dirigiam uma viatura filmada atropelando um manifestante. Em entrevista coletiva, Barbosa Filho reconheceu que a PM pode ter cometido excessos durante os protestos e disse que esses casos serão investigados e punidos. "Nós podemos imaginar algumas situações que já estamos investigando e que fogem de qualquer protocolo, como a notícia de policiais que se voltaram contra frequentadores de estabelecimentos comerciais, e do profissional de imprensa que teve dificuldades de exercer sua profissão. Todas essas situações estão sendo investigadas", afirmou. GRUPO DE TRABALHO O secretário participou nesta quinta de uma reunião convocada pelo Ministério Público Estadual de São Paulo com órgãos da prefeitura, do governo estadual e da sociedade civil para discutir a segurança nos protestos. Segundo o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, foi definida com esses órgãos a criação de um grupo de trabalho que se reunirá periodicamente para definir "protocolos" que visem a garantir a segurança dos manifestantes. Nenhuma medida concreta foi anunciada neste primeiro encontro. Segundo Smanio, as próximas reuniões serão abertas ao público.
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Alonso será o primeiro a testar McLaren na Espanha
Fernando Alonso será o responsável por levar à pista pela primeira vez neste ano o MP4-30, modelo da McLaren para 2015. O espanhol, que retorna à equipe após uma passagem frustrada em 2007, pilotará o carro equipado com motores Honda no primeiro dia de testes da pré-temporada da F-1, em 1º de fevereiro, em Jerez de la Frontera, na Espanha. No dia seguinte será a vez de Jenson Button conduzir o carro, que será lançado oficialmente no próximo dia 29. Alonso volta a testar na terça-feira e seu companheiro encerra a primeira de três sessões de treinos da pré-temporada ao volante do MP4-30. A McLaren espera ter melhor sorte nos testes na Espanha, já que em Abu Dhabi, logo após o encerramento da temporada passada, quando a Honda fez sua reestreia oficial como fornecedora de motores do time, a equipe não conseguiu completar mais de cinco voltas em dois dias de treinos –Stoffel Vandoorne, reserva do time, foi o responsável pelos testes. A volta da fabricante de propulsores japonesas é a grande esperança da McLaren, que não vence uma corrida desde o GP Brasil de 2012, quando Button triunfou em Interlagos. Nos últimos dois anos a equipe inglesa sofreu para conquistar pódios e terminou o campeonato de 2014 numa modesta quinta colocação no Mundial de Construtores, vencido pela Mercedes. Os testes em Jerez e depois em Barcelona servem como preparação para a abertura do Mundial deste ano, que acontece no dia 15 de março, em Melbourne, com o GP da Austrália.
esporte
Alonso será o primeiro a testar McLaren na EspanhaFernando Alonso será o responsável por levar à pista pela primeira vez neste ano o MP4-30, modelo da McLaren para 2015. O espanhol, que retorna à equipe após uma passagem frustrada em 2007, pilotará o carro equipado com motores Honda no primeiro dia de testes da pré-temporada da F-1, em 1º de fevereiro, em Jerez de la Frontera, na Espanha. No dia seguinte será a vez de Jenson Button conduzir o carro, que será lançado oficialmente no próximo dia 29. Alonso volta a testar na terça-feira e seu companheiro encerra a primeira de três sessões de treinos da pré-temporada ao volante do MP4-30. A McLaren espera ter melhor sorte nos testes na Espanha, já que em Abu Dhabi, logo após o encerramento da temporada passada, quando a Honda fez sua reestreia oficial como fornecedora de motores do time, a equipe não conseguiu completar mais de cinco voltas em dois dias de treinos –Stoffel Vandoorne, reserva do time, foi o responsável pelos testes. A volta da fabricante de propulsores japonesas é a grande esperança da McLaren, que não vence uma corrida desde o GP Brasil de 2012, quando Button triunfou em Interlagos. Nos últimos dois anos a equipe inglesa sofreu para conquistar pódios e terminou o campeonato de 2014 numa modesta quinta colocação no Mundial de Construtores, vencido pela Mercedes. Os testes em Jerez e depois em Barcelona servem como preparação para a abertura do Mundial deste ano, que acontece no dia 15 de março, em Melbourne, com o GP da Austrália.
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Frederico Vasconcelos: Impeachment, para leigos e iniciantes
Sob o título "Impeachment: utopia ou realidade?", o artigo a seguir é de autoria de Edison Vicentini Barroso, desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Há quem diga ser juridicamente utópica, neste momento, a hipótese de ... Leia post completo no blog
poder
Frederico Vasconcelos: Impeachment, para leigos e iniciantesSob o título "Impeachment: utopia ou realidade?", o artigo a seguir é de autoria de Edison Vicentini Barroso, desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Há quem diga ser juridicamente utópica, neste momento, a hipótese de ... Leia post completo no blog
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Assessores de Donald Trump negam planos para encontro com Putin
A equipe de Donald Trump negou neste domingo (15) que o presidente eleito tenha planos de se reunir dentro de algumas semanas, em Reykjavik, capital da Islândia, com o presidente russo Vladimir Putin. De acordo com o jornal "Sunday Times", que citou fontes britânicas informadas sobre o plano, o magnata americano deseja com o encontro renovar a relação com o Kremlin. Isso é "totalmente falso" disse um dos assessores de Trump ao ser interrogado sobre a existência de planos para o encontro em Reykjavik. Moscou tem uma opinião favorável sobre o encontro entre os presidentes, disse o jornal mencionando fontes anônimas. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, desmentiu qualquer contato. "Ainda não há conversa sobre encontro", informou. Segundo o jornal britânico, o objetivo de Trump seria começar a trabalhar em um acordo para limitar as armas nucleares, como parte de sua estratégia na relação entre Estados Unidos e Rússia. O governo da Islândia disse que não está sabendo dos planos para o encontro, mas sinalizou que estaria disposto a ser anfitrião de um encontro entre Trump e Putin, se o mesmo ajudar nas relações entre Washington e Moscou.
mundo
Assessores de Donald Trump negam planos para encontro com PutinA equipe de Donald Trump negou neste domingo (15) que o presidente eleito tenha planos de se reunir dentro de algumas semanas, em Reykjavik, capital da Islândia, com o presidente russo Vladimir Putin. De acordo com o jornal "Sunday Times", que citou fontes britânicas informadas sobre o plano, o magnata americano deseja com o encontro renovar a relação com o Kremlin. Isso é "totalmente falso" disse um dos assessores de Trump ao ser interrogado sobre a existência de planos para o encontro em Reykjavik. Moscou tem uma opinião favorável sobre o encontro entre os presidentes, disse o jornal mencionando fontes anônimas. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, desmentiu qualquer contato. "Ainda não há conversa sobre encontro", informou. Segundo o jornal britânico, o objetivo de Trump seria começar a trabalhar em um acordo para limitar as armas nucleares, como parte de sua estratégia na relação entre Estados Unidos e Rússia. O governo da Islândia disse que não está sabendo dos planos para o encontro, mas sinalizou que estaria disposto a ser anfitrião de um encontro entre Trump e Putin, se o mesmo ajudar nas relações entre Washington e Moscou.
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Com crise, número de pedidos de asilo de venezuelanos nos EUA cresce 168%
A crise econômica e política na Venezuela levou a um aumento de 168% no número de pedidos de asilo de venezuelanos nos EUA, aponta estudo do Pew Research Center com base em dados do serviço de imigração americano. Entre outubro de 2015 e junho de 2016, foram 10.221 pedidos de asilo, ante 3.810 entre outubro de 2014 e junho de 2015. Para ter a solicitação de asilo nos EUA aprovada, o requerente precisa ter fugido de seu país de origem por meto de perseguição política, religiosa ou racial. No ranking de nações com mais pedidos de asilo nos EUA, a Venezuela está em terceiro, perdendo apenas para China (11.826) e México (10.749). Em junho deste ano, 1.370 venezuelanos solicitaram asilo nos EUA. Há dois anos, em fevereiro de 2014, apenas 92 fizeram o mesmo pedido. Existem cerca de 225 mil imigrantes venezuelanos nos Estados Unidos —59% vivem no país há mais de uma década. Quase metade vive na Flórida. VENEZUELANOS E CUBANOS NOS EUA - Chegada de cidadãos dos dois países tem forte alta desde 2014 UNIÃO EUROPEIA O segundo país mais procurado pelos venezuelanos é a Espanha, lar de cerca de 150 mil imigrantes do país. De janeiro a maio deste ano, 1.040 venezuelanos pediram asilo à União Europeia, a grande maioria na Espanha. Em todo o ano de 2015, de acordo com o escritório de estatísticas da UE, 790 venezuelanos solicitaram asilo em países do bloco.
mundo
Com crise, número de pedidos de asilo de venezuelanos nos EUA cresce 168%A crise econômica e política na Venezuela levou a um aumento de 168% no número de pedidos de asilo de venezuelanos nos EUA, aponta estudo do Pew Research Center com base em dados do serviço de imigração americano. Entre outubro de 2015 e junho de 2016, foram 10.221 pedidos de asilo, ante 3.810 entre outubro de 2014 e junho de 2015. Para ter a solicitação de asilo nos EUA aprovada, o requerente precisa ter fugido de seu país de origem por meto de perseguição política, religiosa ou racial. No ranking de nações com mais pedidos de asilo nos EUA, a Venezuela está em terceiro, perdendo apenas para China (11.826) e México (10.749). Em junho deste ano, 1.370 venezuelanos solicitaram asilo nos EUA. Há dois anos, em fevereiro de 2014, apenas 92 fizeram o mesmo pedido. Existem cerca de 225 mil imigrantes venezuelanos nos Estados Unidos —59% vivem no país há mais de uma década. Quase metade vive na Flórida. VENEZUELANOS E CUBANOS NOS EUA - Chegada de cidadãos dos dois países tem forte alta desde 2014 UNIÃO EUROPEIA O segundo país mais procurado pelos venezuelanos é a Espanha, lar de cerca de 150 mil imigrantes do país. De janeiro a maio deste ano, 1.040 venezuelanos pediram asilo à União Europeia, a grande maioria na Espanha. Em todo o ano de 2015, de acordo com o escritório de estatísticas da UE, 790 venezuelanos solicitaram asilo em países do bloco.
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Globo ofereceu valor conjunto por TVs aberta e fechada, diz Corinthians
Em suas respostas aos questionamentos do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre as negociações pelos direitos de transmissão do Brasileiro a partir de 2019, o Corinthians confirma que assinou contrato com a Globo pelas edições de 2019 e 2020 do torneio, diz que não recebeu proposta do Esporte Interativo e afirma que "o valor proposto [pela Globo] englobava todas as mídias: TV aberta, incluindo publicidade estática; TV fechada; pay-per-view; internet; telefonia móvel; e exploração internacional". As informações estão em ofício enviado ao Cade na terça-feira (8) e ao qual a Folha teve acesso. Esta última colocação presente no documento assinado pelo presidente do clube, Roberto de Andrade, pode trazer complicações à emissora nas negociações caso o Cade entenda que se trata de "venda conjunta", prática proibida pelo órgão. A Folha revelou na semana passada que o órgão vinculado ao Ministério da Justiça tem investigação preliminar sobre a atuação da Globo nas negociações com os clubes. Em 29 de fevereiro, a autarquia encarregada de fiscalizar o mercado em busca de possíveis infrações à livre concorrência enviou ofício aos clubes em que pergunta se a Globo "facultava que a negociação fosse realizada por mídia, de maneira independente", ou "foi proposto uma espécie de pacote". Presidentes dos grandes clubes de São Paulo (Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos), Rio de Janeiro (Vasco, Flamengo, Fluminense e Botafogo) e Rio Grande do Sul (Grêmio e Inter) receberam o questionário. Em sua resposta, o Corinthians diz que "celebrou seis contratos com o Grupo Globo relativos à transmissão dos campeonatos brasileiros de 2019 e 2020. À época não se falou em negociação por mídia, mesmo porque não havia nenhuma proposta concorrente". DISPUTA DAS TVS - Negociações pelo direito de transmissão em TV fechada a partir de 2019 Diante desse cenário, caso avalie que se trata de um caso de "venda conjunta", o Cade deve transformar a investigação que atualmente tem caráter preliminar ("procedimento preparatório") em um inquérito administrativo, etapa em que as análises são aprofundadas. Cabe ao órgão investigar e avaliar se a oferta do pacote foi feita de maneira que o clube não tivesse alternativa a não ser assinar pelo valor global ou se havia a possibilidade de separar as propostas por plataformas. Em 2010, a Globo apresentou um Termo de Cessação de Conduta (TCC) ao Cade, em que se comprometia, entre outras coisas, a fazer propostas separadas por mídias. Caso o Cade encontre indícios que julgue significativos de ação contra a concorrência, um processo é iniciado, que, no limite, pode implicar em sanções como multas e até mesmo intervenções no âmbito das negociações, determinando o cancelamento do contrato já assinado e estabelecendo os termos a serem seguidos nas tratativas. No ofício, o Corinthians ressalta que não sofreu nenhuma ameaça ou retaliação por parte da emissora em caso de possíveis negociações com concorrentes. "Não houve nenhum tipo de ameaça ou retaliação por parte da Rede Globo ao Sport Club Corinthians Paulista", diz o documento. OUTRO LADO Procurada pela Folha, a Globo respondeu via assessoria de imprensa que os valores foram, sim, divididos por mídias. "É importante esclarecer que para o período de 2019/2024 houve uma proposta conjunta, para celebração de contratos futuros, com valores discriminados por mídia. E, sobre questões em andamento no Cade, não nos manifestamos", afirmou.
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Globo ofereceu valor conjunto por TVs aberta e fechada, diz CorinthiansEm suas respostas aos questionamentos do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre as negociações pelos direitos de transmissão do Brasileiro a partir de 2019, o Corinthians confirma que assinou contrato com a Globo pelas edições de 2019 e 2020 do torneio, diz que não recebeu proposta do Esporte Interativo e afirma que "o valor proposto [pela Globo] englobava todas as mídias: TV aberta, incluindo publicidade estática; TV fechada; pay-per-view; internet; telefonia móvel; e exploração internacional". As informações estão em ofício enviado ao Cade na terça-feira (8) e ao qual a Folha teve acesso. Esta última colocação presente no documento assinado pelo presidente do clube, Roberto de Andrade, pode trazer complicações à emissora nas negociações caso o Cade entenda que se trata de "venda conjunta", prática proibida pelo órgão. A Folha revelou na semana passada que o órgão vinculado ao Ministério da Justiça tem investigação preliminar sobre a atuação da Globo nas negociações com os clubes. Em 29 de fevereiro, a autarquia encarregada de fiscalizar o mercado em busca de possíveis infrações à livre concorrência enviou ofício aos clubes em que pergunta se a Globo "facultava que a negociação fosse realizada por mídia, de maneira independente", ou "foi proposto uma espécie de pacote". Presidentes dos grandes clubes de São Paulo (Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos), Rio de Janeiro (Vasco, Flamengo, Fluminense e Botafogo) e Rio Grande do Sul (Grêmio e Inter) receberam o questionário. Em sua resposta, o Corinthians diz que "celebrou seis contratos com o Grupo Globo relativos à transmissão dos campeonatos brasileiros de 2019 e 2020. À época não se falou em negociação por mídia, mesmo porque não havia nenhuma proposta concorrente". DISPUTA DAS TVS - Negociações pelo direito de transmissão em TV fechada a partir de 2019 Diante desse cenário, caso avalie que se trata de um caso de "venda conjunta", o Cade deve transformar a investigação que atualmente tem caráter preliminar ("procedimento preparatório") em um inquérito administrativo, etapa em que as análises são aprofundadas. Cabe ao órgão investigar e avaliar se a oferta do pacote foi feita de maneira que o clube não tivesse alternativa a não ser assinar pelo valor global ou se havia a possibilidade de separar as propostas por plataformas. Em 2010, a Globo apresentou um Termo de Cessação de Conduta (TCC) ao Cade, em que se comprometia, entre outras coisas, a fazer propostas separadas por mídias. Caso o Cade encontre indícios que julgue significativos de ação contra a concorrência, um processo é iniciado, que, no limite, pode implicar em sanções como multas e até mesmo intervenções no âmbito das negociações, determinando o cancelamento do contrato já assinado e estabelecendo os termos a serem seguidos nas tratativas. No ofício, o Corinthians ressalta que não sofreu nenhuma ameaça ou retaliação por parte da emissora em caso de possíveis negociações com concorrentes. "Não houve nenhum tipo de ameaça ou retaliação por parte da Rede Globo ao Sport Club Corinthians Paulista", diz o documento. OUTRO LADO Procurada pela Folha, a Globo respondeu via assessoria de imprensa que os valores foram, sim, divididos por mídias. "É importante esclarecer que para o período de 2019/2024 houve uma proposta conjunta, para celebração de contratos futuros, com valores discriminados por mídia. E, sobre questões em andamento no Cade, não nos manifestamos", afirmou.
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Fatalista
José Bonifácio, patriarca da Independência, defendia a regulamentação das terras indígenas, embora alimentasse desprezo pela sociedade nativa. "Com efeito, o homem no estado selvático, e mormente o índio bravo do Brasil, deve ser preguiçoso; porque tem poucas, ou nenhumas necessidades; porque sendo vagabundo, (...) vivendo todo o dia exposto ao tempo não precisa de casas, (...) não tem ideia de propriedade, nem desejos de distinções sociais, que são as molas poderosas, que põe em atividade o homem civilizado." Jamais cheguei a tanto, mas carreguei, por muito tempo, a convicção fatalista de que algumas culturas absorvem outras, sem que nada se possa fazer a respeito. Era como eu pensava, quando aterrissei no Xingu, para as filmagens de "Kuarup", de Ruy Guerra. No final dos anos 1980, a questão indígena estava em alta. Babenco rodava "Brincando nos Campos do Senhor", no Pará; Dira Paes despontava em "A Floresta das Esmeraldas", de John Boorman, e Raoni, com a ajuda de Sting, impedia a construção da barragem que, décadas depois, se concretizaria com o nome de Belo Monte. A descoberta recente de Claude Lévi-Strauss, Eduardo Viveiros de Castro e Manuela Carneiro da Cunha; a publicação de "A Queda do Céu", do xamã Yanomami Davi Kopenawa; o trabalho de Ernesto Neto e o lançamento do filme "O Abraço da Serpente" me fizeram rever a crença darwinista. Em "O Abraço da Serpente", apesar dos horrores sofridos pelos silvícolas, o papel de vítima pertence à ciência, aos dois pesquisadores que se embrenham na mata, atrás de um sentido para a própria civilização. O espectador mede o branco pelos olhos do xamã, que ao contrário do vadio tosco de José Bonifácio, do bom selvagem dos jesuítas, ou da figura simbólica do índio até então, é um ser dotado de raciocínio complexo, capaz de rebater, condenar e até rir do desatino do colonizador. Algo mudou na antiga percepção do nativo. Antes, eu acreditava que o problema indígena morria lá, neles. Hoje, desconfio que morrerei aqui, com eles. No Google Earth, basta seguir o caminho de Lévi-Strauss pelo Planalto Central para notar que, o que era floresta em 1930, é monocultura e pecuária em 2016. No Mato Grosso, o Parque Nacional do Xingu é o único quadrado de terra livre do Philishave geral. No início do século 19, dom João 6º, recém-chegado ao Brasil, mandou "pacificar" os botocudos da bacia do Rio Doce para a exploração futura da região. "Prometo usar a força apenas contra aqueles que resistirem aos brandos meios de civilização que lhes mando oferecer", disse o rei. O desembargador Jozé da Silva Lisboa preferiu adotar um tom mais direto: "Que se derrubem as matas todas e se distribuam as terras a homens ricos que deem emprego agrícola aos índios". Duzentos anos mais tarde, a Samarco levaria ao pé da letra as ideias do desembargador. Adeus Rio Doce, o Tapajós que me aguarde. E dá-lhe tiro em Caarapó. Devemos à soja, ao minério e à carne o milagre do PIB. Um viva ao pesticida, ao mercúrio e à serra elétrica. A política desenvolvimentista continua firme, apesar do abalo sentido pela fé no progresso. O fatalismo com que eu enxergava o futuro dos índios, agora, me olha no espelho.
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FatalistaJosé Bonifácio, patriarca da Independência, defendia a regulamentação das terras indígenas, embora alimentasse desprezo pela sociedade nativa. "Com efeito, o homem no estado selvático, e mormente o índio bravo do Brasil, deve ser preguiçoso; porque tem poucas, ou nenhumas necessidades; porque sendo vagabundo, (...) vivendo todo o dia exposto ao tempo não precisa de casas, (...) não tem ideia de propriedade, nem desejos de distinções sociais, que são as molas poderosas, que põe em atividade o homem civilizado." Jamais cheguei a tanto, mas carreguei, por muito tempo, a convicção fatalista de que algumas culturas absorvem outras, sem que nada se possa fazer a respeito. Era como eu pensava, quando aterrissei no Xingu, para as filmagens de "Kuarup", de Ruy Guerra. No final dos anos 1980, a questão indígena estava em alta. Babenco rodava "Brincando nos Campos do Senhor", no Pará; Dira Paes despontava em "A Floresta das Esmeraldas", de John Boorman, e Raoni, com a ajuda de Sting, impedia a construção da barragem que, décadas depois, se concretizaria com o nome de Belo Monte. A descoberta recente de Claude Lévi-Strauss, Eduardo Viveiros de Castro e Manuela Carneiro da Cunha; a publicação de "A Queda do Céu", do xamã Yanomami Davi Kopenawa; o trabalho de Ernesto Neto e o lançamento do filme "O Abraço da Serpente" me fizeram rever a crença darwinista. Em "O Abraço da Serpente", apesar dos horrores sofridos pelos silvícolas, o papel de vítima pertence à ciência, aos dois pesquisadores que se embrenham na mata, atrás de um sentido para a própria civilização. O espectador mede o branco pelos olhos do xamã, que ao contrário do vadio tosco de José Bonifácio, do bom selvagem dos jesuítas, ou da figura simbólica do índio até então, é um ser dotado de raciocínio complexo, capaz de rebater, condenar e até rir do desatino do colonizador. Algo mudou na antiga percepção do nativo. Antes, eu acreditava que o problema indígena morria lá, neles. Hoje, desconfio que morrerei aqui, com eles. No Google Earth, basta seguir o caminho de Lévi-Strauss pelo Planalto Central para notar que, o que era floresta em 1930, é monocultura e pecuária em 2016. No Mato Grosso, o Parque Nacional do Xingu é o único quadrado de terra livre do Philishave geral. No início do século 19, dom João 6º, recém-chegado ao Brasil, mandou "pacificar" os botocudos da bacia do Rio Doce para a exploração futura da região. "Prometo usar a força apenas contra aqueles que resistirem aos brandos meios de civilização que lhes mando oferecer", disse o rei. O desembargador Jozé da Silva Lisboa preferiu adotar um tom mais direto: "Que se derrubem as matas todas e se distribuam as terras a homens ricos que deem emprego agrícola aos índios". Duzentos anos mais tarde, a Samarco levaria ao pé da letra as ideias do desembargador. Adeus Rio Doce, o Tapajós que me aguarde. E dá-lhe tiro em Caarapó. Devemos à soja, ao minério e à carne o milagre do PIB. Um viva ao pesticida, ao mercúrio e à serra elétrica. A política desenvolvimentista continua firme, apesar do abalo sentido pela fé no progresso. O fatalismo com que eu enxergava o futuro dos índios, agora, me olha no espelho.
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Atletas muçulmanas seguem tradição e usam véu para competir na Olimpíada
DE SÃO PAULO A foto da egípcia Doaa Elghobashy subindo à rede no vôlei de praia contra a alemã Kira Walkenhorst foi publicada por sites e jornais do mundo todo. Menos pelo jogo, mais pela imagem. Enquanto a alemã usava um biquíni, traje comum no esporte, a egípcia vestia calça e "hijab" (palavra árabe usada para peças que cobrem o corpo seguindo a lei islâmica, como um véu). A dupla formada por ela e Nada Meawad, 18, perdeu também nesta segunda (9) para as italianas Giombini/Menegatti por dois sets a zero. Elas foram derrotadas na primeira partida contra a Alemanha pelo mesmo placar, e tentarão a vitória inédita contra o Canadá nesta quinta (11). "Visto o 'hijab' há dez anos. Isso não me impede de fazer as coisas que eu amo, e vôlei de praia é uma delas", afirmou Elghobashy, 19, após a partida contra a Alemanha. É com essa atitude que algumas atletas estão competindo nos Jogos Olímpicos do Rio. Elghobashy estará novamente vestindo seu "hijab" ao representar seu país na Olimpíada. Além dela, outras muçulmanas competiram usando o adereço. No remo, a iraniana Mahsa Javar acabou eliminada na categoria single-skiff nesta segunda (8), após terminar sua bateria da repescagem em terceiro. O melhor resultado até hoje da atleta de 22 anos foi medalha de prata no último mundial sub-23, em 2014, na categoria double-skiff. No mesmo dia, Ayesha Al Balushi, dos Emirados Árabes Unidos, encerrou sua participação na Rio-2016 nesta na última posição, e a americana Ibtihaj Muhammad —que fez história ao ser a primeira do país a competir com "hijab"f— perdeu para a francesa Cecilia Berder nas oitavas de final da esgrima, categoria sabre. Pelo menos uma outra muçulmana ainda tentará fazer história na Rio-2016 usando véu: Sarah Attar, na maratona. Em Londres-2012, ela se tornou a segunda mulher da história da Arábia Saudita a competir em uma Olimpíada. A primeira foi a judoca Wojdan Shaherkani, aos 16 anos, que também competiu de véu. Calendário Olímpico
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Atletas muçulmanas seguem tradição e usam véu para competir na Olimpíada DE SÃO PAULO A foto da egípcia Doaa Elghobashy subindo à rede no vôlei de praia contra a alemã Kira Walkenhorst foi publicada por sites e jornais do mundo todo. Menos pelo jogo, mais pela imagem. Enquanto a alemã usava um biquíni, traje comum no esporte, a egípcia vestia calça e "hijab" (palavra árabe usada para peças que cobrem o corpo seguindo a lei islâmica, como um véu). A dupla formada por ela e Nada Meawad, 18, perdeu também nesta segunda (9) para as italianas Giombini/Menegatti por dois sets a zero. Elas foram derrotadas na primeira partida contra a Alemanha pelo mesmo placar, e tentarão a vitória inédita contra o Canadá nesta quinta (11). "Visto o 'hijab' há dez anos. Isso não me impede de fazer as coisas que eu amo, e vôlei de praia é uma delas", afirmou Elghobashy, 19, após a partida contra a Alemanha. É com essa atitude que algumas atletas estão competindo nos Jogos Olímpicos do Rio. Elghobashy estará novamente vestindo seu "hijab" ao representar seu país na Olimpíada. Além dela, outras muçulmanas competiram usando o adereço. No remo, a iraniana Mahsa Javar acabou eliminada na categoria single-skiff nesta segunda (8), após terminar sua bateria da repescagem em terceiro. O melhor resultado até hoje da atleta de 22 anos foi medalha de prata no último mundial sub-23, em 2014, na categoria double-skiff. No mesmo dia, Ayesha Al Balushi, dos Emirados Árabes Unidos, encerrou sua participação na Rio-2016 nesta na última posição, e a americana Ibtihaj Muhammad —que fez história ao ser a primeira do país a competir com "hijab"f— perdeu para a francesa Cecilia Berder nas oitavas de final da esgrima, categoria sabre. Pelo menos uma outra muçulmana ainda tentará fazer história na Rio-2016 usando véu: Sarah Attar, na maratona. Em Londres-2012, ela se tornou a segunda mulher da história da Arábia Saudita a competir em uma Olimpíada. A primeira foi a judoca Wojdan Shaherkani, aos 16 anos, que também competiu de véu. Calendário Olímpico
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Saiba como diminuir o estresse dos cães durante a queima de fogos
HELOÍSA NEGRÃO DE SÃO PAULO Todo mundo conhece alguém que perdeu o bicho durante uma queima de fogos. Ou já viu um cãozinho desesperado, se enfiando embaixo da cama assim que os primeiros rojões são disparados. Irritados e assustados por causa do barulho, cães e gatos podem sair de casa em busca de lugares mais silenciosos e acabam se perdendo. Derrubar objetos e até mesmo pular de janelas estão na lista de acidentes envolvendo os bichos e os fogos. De acordo com a bióloga especializada em comportamento animal da Ethos Animal, Helena Truska, os fogos assustam por ser antinatural. "É um medo legítimo, pois a vida deles pode estar correndo risco na presença de um estímulo violento e desconhecido". Ela explica que muitos bichos temem fogos, mas não trovões, que são sons da natureza. Para a bióloga, nos casos em que o fobia é muito grande, o dono deve permanecer com o animal fechado num cômodo da casa durante a queima de fogos. "O tutor tem o dever de permanecer com ele por segurança e respeito à vida de seu amigo, isso faz parte da guarda responsável de animais". E não vale mimar o pet. "Deve-se transmitir calma e serenidade", explica. O dono é o exemplo para o bicho e deve agir naturalmente como se nada estivesse acontecendo. Os animais que não têm tanto medo podem ficar sozinhos em um cantinho especialmente preparado. "Prenda o cão em um cômodo da casa que ele goste, onde costuma se esconder. Deixe o paninho ou a caminha dele ali, e água fresca", diz Marcio Marcondes, diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira. Cuidado para não abafar o ambiente, ou o calor (combinado à agitação e medo) pode causar hipertermia. Deixar a veneziana aberta ou ligar o ar-condicionado são saídas para evitar o calor excessivo. Helena diz ainda que deixar uma música ambiente no local pode ajudar a abafar o som dos rojões. Abajures, vasos e vidros devem ser retirados do local onde o cachorro ou gato vai ficar preso. Na hora do desespero eles podem derrubar alguma coisa e se machucar. Atenção também aos cães que vivem no quintal, é mais seguro deixá-los em um cômodo dentro de casa durante o foguetório. "Além do barulho ser menor, ele fica protegido dos estilhaços de rojões. Atendemos muitos cães com a boca queimada por causa disso", diz Marcondes. Outra dica é passear bastante com o bicho no dia 31, para ele estar cansado quando a meia-noite chegar. O exercício também libera hormônios que causam bem-estar, o que ajudará a diminuir o medo. Se o bichinho for muito sensível ao barulho, Marcondes indica levá-lo ao veterinário e pedir bolas de algodão parafinado (vendidas em farmácias de manipulação). Elas abafam o barulho e diminuem o estresse. Outra saída é comprar algodão em bolas e usar uma em cada orelha. Os protetores auriculares feitos para humanos não servem, pois são muito pequenos. O animais que convulsionam ou têm problemas cardíacos merecem mais atenção. Segundo o veterinário, durante o Réveillon, o número de casos de convulsão cresce 15% no hospital. Marcondes explica que há ansiolíticos e calmantes naturais que ajudam a evitar crises que devem ser dados em doses certas, e apenas veterinários podem indicá-los. Há também florais, mas esses exigem um tratamento de longo prazo, que não aplacaria o medo na véspera. Levar os cães para ver fogos na praia é uma péssima ideia. "É melhor deixá-lo sozinho com o ouvido protegido e num cômodo preparado. Ficar na casa dele, com os paninhos dele, já é suficiente", diz Marcondes. "Conheci apenas uma meia dúzia de cães capazes de lidar bem com queima de fogos – alguns deles com treinamento militar", diz a bióloga Helena. AMARRAÇÃO CALMANTE Nos últimos dias surgiu nas redes sociais uma amarração que promete acalmar o bicho. A ideia é passar uma faixa de pano por trás do pescoço, cruzar no peito, passar pela pela barriga, amarrando nas costas (veja no vídeo abaixo). Marcondes tem dúvidas sobre o método. "O estresse vem do barulho. Nos EUA, usa-se muito um coletes calmantes, mas isso serve apenas para deixar os animais menos agitados no dia a dia, não serve para os fogos", explica. Helena diz que a amarração ou o colete podem ajudar, sim. Ela as faixas fazem parte de uma técnica chamada Tellington Touch. "É quase um tratamento holístico que envolve pressão na medida certa em pontos específicos do corpo para obter respostas fisiológicas e emocionais determinadas". A bióloga faz um alerta para quem quiser testar as faixas: elas devem ser usadas várias vezes e dias antes do Réveillon, se não poderão causar o efeito contrário e o cão vai associar o barulho dos fogos a amarração. amarração para cachorro SERVIÇO Colete Thundershirt (R$166,80)
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Saiba como diminuir o estresse dos cães durante a queima de fogosHELOÍSA NEGRÃO DE SÃO PAULO Todo mundo conhece alguém que perdeu o bicho durante uma queima de fogos. Ou já viu um cãozinho desesperado, se enfiando embaixo da cama assim que os primeiros rojões são disparados. Irritados e assustados por causa do barulho, cães e gatos podem sair de casa em busca de lugares mais silenciosos e acabam se perdendo. Derrubar objetos e até mesmo pular de janelas estão na lista de acidentes envolvendo os bichos e os fogos. De acordo com a bióloga especializada em comportamento animal da Ethos Animal, Helena Truska, os fogos assustam por ser antinatural. "É um medo legítimo, pois a vida deles pode estar correndo risco na presença de um estímulo violento e desconhecido". Ela explica que muitos bichos temem fogos, mas não trovões, que são sons da natureza. Para a bióloga, nos casos em que o fobia é muito grande, o dono deve permanecer com o animal fechado num cômodo da casa durante a queima de fogos. "O tutor tem o dever de permanecer com ele por segurança e respeito à vida de seu amigo, isso faz parte da guarda responsável de animais". E não vale mimar o pet. "Deve-se transmitir calma e serenidade", explica. O dono é o exemplo para o bicho e deve agir naturalmente como se nada estivesse acontecendo. Os animais que não têm tanto medo podem ficar sozinhos em um cantinho especialmente preparado. "Prenda o cão em um cômodo da casa que ele goste, onde costuma se esconder. Deixe o paninho ou a caminha dele ali, e água fresca", diz Marcio Marcondes, diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira. Cuidado para não abafar o ambiente, ou o calor (combinado à agitação e medo) pode causar hipertermia. Deixar a veneziana aberta ou ligar o ar-condicionado são saídas para evitar o calor excessivo. Helena diz ainda que deixar uma música ambiente no local pode ajudar a abafar o som dos rojões. Abajures, vasos e vidros devem ser retirados do local onde o cachorro ou gato vai ficar preso. Na hora do desespero eles podem derrubar alguma coisa e se machucar. Atenção também aos cães que vivem no quintal, é mais seguro deixá-los em um cômodo dentro de casa durante o foguetório. "Além do barulho ser menor, ele fica protegido dos estilhaços de rojões. Atendemos muitos cães com a boca queimada por causa disso", diz Marcondes. Outra dica é passear bastante com o bicho no dia 31, para ele estar cansado quando a meia-noite chegar. O exercício também libera hormônios que causam bem-estar, o que ajudará a diminuir o medo. Se o bichinho for muito sensível ao barulho, Marcondes indica levá-lo ao veterinário e pedir bolas de algodão parafinado (vendidas em farmácias de manipulação). Elas abafam o barulho e diminuem o estresse. Outra saída é comprar algodão em bolas e usar uma em cada orelha. Os protetores auriculares feitos para humanos não servem, pois são muito pequenos. O animais que convulsionam ou têm problemas cardíacos merecem mais atenção. Segundo o veterinário, durante o Réveillon, o número de casos de convulsão cresce 15% no hospital. Marcondes explica que há ansiolíticos e calmantes naturais que ajudam a evitar crises que devem ser dados em doses certas, e apenas veterinários podem indicá-los. Há também florais, mas esses exigem um tratamento de longo prazo, que não aplacaria o medo na véspera. Levar os cães para ver fogos na praia é uma péssima ideia. "É melhor deixá-lo sozinho com o ouvido protegido e num cômodo preparado. Ficar na casa dele, com os paninhos dele, já é suficiente", diz Marcondes. "Conheci apenas uma meia dúzia de cães capazes de lidar bem com queima de fogos – alguns deles com treinamento militar", diz a bióloga Helena. AMARRAÇÃO CALMANTE Nos últimos dias surgiu nas redes sociais uma amarração que promete acalmar o bicho. A ideia é passar uma faixa de pano por trás do pescoço, cruzar no peito, passar pela pela barriga, amarrando nas costas (veja no vídeo abaixo). Marcondes tem dúvidas sobre o método. "O estresse vem do barulho. Nos EUA, usa-se muito um coletes calmantes, mas isso serve apenas para deixar os animais menos agitados no dia a dia, não serve para os fogos", explica. Helena diz que a amarração ou o colete podem ajudar, sim. Ela as faixas fazem parte de uma técnica chamada Tellington Touch. "É quase um tratamento holístico que envolve pressão na medida certa em pontos específicos do corpo para obter respostas fisiológicas e emocionais determinadas". A bióloga faz um alerta para quem quiser testar as faixas: elas devem ser usadas várias vezes e dias antes do Réveillon, se não poderão causar o efeito contrário e o cão vai associar o barulho dos fogos a amarração. amarração para cachorro SERVIÇO Colete Thundershirt (R$166,80)
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Nova-iorquino é condenado a 15 anos de prisão por apoiar Al Qaeda
Um cidadão americano foi condenado nesta terça-feira (20) a 15 anos de prisão por enviar milhares de dólares e equipamentos tecnológicos à rede terrorista Al Qaeda. Nascido no Brooklyn (Nova York), Wasan El-Hanafi, 39, foi preso em abril de 2010 após ser extraditado dos Emirados Árabes Unidos para os EUA, sob a acusação de conspirar para prover apoio material a uma organização terrorista estrangeira. A pena máxima prevista pelo sistema penal americano para esse tipo de crime é de 20 anos. El-Hanafi foi considerado culpado em junho de 2012 e, desde então, seus advogados buscavam meios para amenizar a sua pena, alegando que ele desenvolveu problemas de saúde como a formação de um coágulo em sua perna. A juíza Kimba Wood levou em conta as alegações dos advogados e determinou que El-Hanafi cumpra uma pena total de 15 anos de reclusão. Um cidadão australiano-americano parceiro de El-Hanafi, Sabirhan Hasanoff, já havia sido sentenciado a 18 anos de prisão pelos mesmos delitos. Segundo autoridades, El-Hanafi viajou ao Iêmen em 2008 e se reuniu com membros da Al Qaeda. Entre 2007 e 2009, ele teria enviado cerca de US$ 67 mil à rede terrorista, além de equipamentos capazes de detonar explosivos remotamente. "Ele [El-Hanafi] estava vivendo o sonho americano e então deu as costas aos EUA e se alinhou ao nosso principal inimigo", disse o promotor-assistente John Cronan na corte. El-Hanafi afirmou que refletiu sobre suas ações durante os cinco anos em que esteve na prisão. "Eu não fiz escolhas erradas, apenas. Eu fiz as piores escolhas. Eu me arrependo das minhas ações e estou envergonhado pelo que fiz", disse o sentenciado.
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Nova-iorquino é condenado a 15 anos de prisão por apoiar Al QaedaUm cidadão americano foi condenado nesta terça-feira (20) a 15 anos de prisão por enviar milhares de dólares e equipamentos tecnológicos à rede terrorista Al Qaeda. Nascido no Brooklyn (Nova York), Wasan El-Hanafi, 39, foi preso em abril de 2010 após ser extraditado dos Emirados Árabes Unidos para os EUA, sob a acusação de conspirar para prover apoio material a uma organização terrorista estrangeira. A pena máxima prevista pelo sistema penal americano para esse tipo de crime é de 20 anos. El-Hanafi foi considerado culpado em junho de 2012 e, desde então, seus advogados buscavam meios para amenizar a sua pena, alegando que ele desenvolveu problemas de saúde como a formação de um coágulo em sua perna. A juíza Kimba Wood levou em conta as alegações dos advogados e determinou que El-Hanafi cumpra uma pena total de 15 anos de reclusão. Um cidadão australiano-americano parceiro de El-Hanafi, Sabirhan Hasanoff, já havia sido sentenciado a 18 anos de prisão pelos mesmos delitos. Segundo autoridades, El-Hanafi viajou ao Iêmen em 2008 e se reuniu com membros da Al Qaeda. Entre 2007 e 2009, ele teria enviado cerca de US$ 67 mil à rede terrorista, além de equipamentos capazes de detonar explosivos remotamente. "Ele [El-Hanafi] estava vivendo o sonho americano e então deu as costas aos EUA e se alinhou ao nosso principal inimigo", disse o promotor-assistente John Cronan na corte. El-Hanafi afirmou que refletiu sobre suas ações durante os cinco anos em que esteve na prisão. "Eu não fiz escolhas erradas, apenas. Eu fiz as piores escolhas. Eu me arrependo das minhas ações e estou envergonhado pelo que fiz", disse o sentenciado.
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Aécio diz que irá se licenciar da presidência do PSDB e indica Tasso
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) anunciou nesta quinta-feira (18) que vai se licenciar da presidência nacional do partido e indicou à Executiva o nome do senador Tasso Jereissati (CE) para assumir de forma interina o comando do PSDB. "A partir de agora, minha única prioridade será preparar minha defesa e provar o absurdo dessas acusações e o equívoco dessas medidas", disse o tucano por meio de nota. O afastamento do senador era previsto e a bancada do partido na Câmara chegou a anunciar, mais cedo, que o deputado Carlos Sampaio (SP) ocupará o cargo interinamente. "Depois de ouvir inúmeros companheiros e seguindo o que determina o nosso Estatuto, estou apresentando à Executiva o nome do senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, para assumir nessa interinidade a presidência do partido", escreveu. Aécio foi alvo, nesta quinta, de mandados de busca e apreensão e de um pedido de prisão, este último negado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O tucano diz estar certo de que as investigações mostrarão "correção" dos atos deles e dos familiares deles. "Me dedicarei diuturnamente a provar a minha inocência e de meus familiares para resgatar a honra e a dignidade que construí ao longo de meus mais de trinta anos de vida dedicada à política", diz a nota. O líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), afirmou que não há um prazo determinado para a licença de Aécio e garantiu que o nome de Tasso Jereissati teve, no fim das contas, apoio da bancada da Câmara. "Os deputados federais fizeram sugestão de nome, os senadores fizeram sugestão do senador Tasso. O senador Tasso reúne todas as condições e teve apoio do Carlos Sampaio e do líder dos deputados do PSDB [Ricardo Tripoli (SP) para ocupar essa posição", disse.
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Aécio diz que irá se licenciar da presidência do PSDB e indica TassoO senador Aécio Neves (PSDB-MG) anunciou nesta quinta-feira (18) que vai se licenciar da presidência nacional do partido e indicou à Executiva o nome do senador Tasso Jereissati (CE) para assumir de forma interina o comando do PSDB. "A partir de agora, minha única prioridade será preparar minha defesa e provar o absurdo dessas acusações e o equívoco dessas medidas", disse o tucano por meio de nota. O afastamento do senador era previsto e a bancada do partido na Câmara chegou a anunciar, mais cedo, que o deputado Carlos Sampaio (SP) ocupará o cargo interinamente. "Depois de ouvir inúmeros companheiros e seguindo o que determina o nosso Estatuto, estou apresentando à Executiva o nome do senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, para assumir nessa interinidade a presidência do partido", escreveu. Aécio foi alvo, nesta quinta, de mandados de busca e apreensão e de um pedido de prisão, este último negado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O tucano diz estar certo de que as investigações mostrarão "correção" dos atos deles e dos familiares deles. "Me dedicarei diuturnamente a provar a minha inocência e de meus familiares para resgatar a honra e a dignidade que construí ao longo de meus mais de trinta anos de vida dedicada à política", diz a nota. O líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), afirmou que não há um prazo determinado para a licença de Aécio e garantiu que o nome de Tasso Jereissati teve, no fim das contas, apoio da bancada da Câmara. "Os deputados federais fizeram sugestão de nome, os senadores fizeram sugestão do senador Tasso. O senador Tasso reúne todas as condições e teve apoio do Carlos Sampaio e do líder dos deputados do PSDB [Ricardo Tripoli (SP) para ocupar essa posição", disse.
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Sorteio do relator da Lava Jato deve acontecer na quinta-feira
O sorteio da relatoria da Operação Lava Jato deve ficar para esta quinta-feira (2). A ministra Cármen Lúcia, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), vai ouvir nesta tarde todos os ministros da corte sobre o pedido de mudança feito pelo ministro Edson Fachin. Fachin oficializou o pedido para fazer a mudança na manhã desta quarta (1°). Ele pediu para passar da Primeira Turma para a Segunda Turma do STF, da qual fazia parte o ministro Teori Zavascki –morto em acidente aéreo em Paraty (RJ) no último dia 19. Se o pedido de Fachin for aceito, ele vai compor a turma que julga os processos da Lava Jato junto com os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski. Cármen Lúcia vai agora consultar os outros ministros da Primeira Turma para saber se algum deles –mais antigos na corte– quer mudar. A prioridade é de quem tem mais tempo de casa. Cabe ao relator da Lava Jato pautar, por exemplo, recebimento de denúncia contra senador ou deputado federal ou decidir sobre pedido de prisão e de busca e apreensão. No oficio enviado à ministra Cármen Lúcia, Fachin afirma que se coloca à disposição do tribunal "tanto pelo sentido de missão e dever" quanto pela "memória de Teori Zavascki. SORTEIO Cármen Lúcia pode decidir fazer o sorteio entre os integrantes da Segunda Turma, entre os quatro atuais magistrados ou incluindo o quinto integrante –em princípio, Edson Fachin. Outra possibilidade é ela designar o sorteio entre todos os integrantes da corte. Neste caso, participariam também os ministros Marco Aurélio Mello, Luiz Fux, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso –mas essa possibilidade é descartada nos bastidores do Supremo. O nome de Edson Fachin já era citado nos bastidores como o mais cotado para migrar para a Segunda Turma, que cuida dos processos da Lava Jato. Se mudar de turma, Fachin não herda os processos da Lava Jato automaticamente, mas participa de sorteio da relatoria –e, assim como os outros, tem 20% de chances de virar o relator. Não há no regimento interno do Supremo um artigo que permita que algum ministro escolha assumir um caso.
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Sorteio do relator da Lava Jato deve acontecer na quinta-feiraO sorteio da relatoria da Operação Lava Jato deve ficar para esta quinta-feira (2). A ministra Cármen Lúcia, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), vai ouvir nesta tarde todos os ministros da corte sobre o pedido de mudança feito pelo ministro Edson Fachin. Fachin oficializou o pedido para fazer a mudança na manhã desta quarta (1°). Ele pediu para passar da Primeira Turma para a Segunda Turma do STF, da qual fazia parte o ministro Teori Zavascki –morto em acidente aéreo em Paraty (RJ) no último dia 19. Se o pedido de Fachin for aceito, ele vai compor a turma que julga os processos da Lava Jato junto com os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski. Cármen Lúcia vai agora consultar os outros ministros da Primeira Turma para saber se algum deles –mais antigos na corte– quer mudar. A prioridade é de quem tem mais tempo de casa. Cabe ao relator da Lava Jato pautar, por exemplo, recebimento de denúncia contra senador ou deputado federal ou decidir sobre pedido de prisão e de busca e apreensão. No oficio enviado à ministra Cármen Lúcia, Fachin afirma que se coloca à disposição do tribunal "tanto pelo sentido de missão e dever" quanto pela "memória de Teori Zavascki. SORTEIO Cármen Lúcia pode decidir fazer o sorteio entre os integrantes da Segunda Turma, entre os quatro atuais magistrados ou incluindo o quinto integrante –em princípio, Edson Fachin. Outra possibilidade é ela designar o sorteio entre todos os integrantes da corte. Neste caso, participariam também os ministros Marco Aurélio Mello, Luiz Fux, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso –mas essa possibilidade é descartada nos bastidores do Supremo. O nome de Edson Fachin já era citado nos bastidores como o mais cotado para migrar para a Segunda Turma, que cuida dos processos da Lava Jato. Se mudar de turma, Fachin não herda os processos da Lava Jato automaticamente, mas participa de sorteio da relatoria –e, assim como os outros, tem 20% de chances de virar o relator. Não há no regimento interno do Supremo um artigo que permita que algum ministro escolha assumir um caso.
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Pra não dizer que não falei das flores
O Banco Central, liderado pelo seu presidente, Alexandre Tombini, tomou uma decisão acertada ao se recusar a aumentar, no fim de janeiro, a taxa básica de juros, que já é bastante elevada no país, 14,25% ao ano. Não havia nenhuma lógica em aumentar a taxa naquele momento. Nem por razões internas nem por causa do cenário global. O mundo todo trabalha com juro zero e até negativo, como é o caso do Japão, e persiste uma tendência claramente deflacionista na economia, com o petróleo e as commodities industriais em níveis de preços assustadoramente baixos. Internamente, a inflação ainda preocupa, mas nem os mais fanáticos monetaristas acreditam que ela seja provocada por excesso de demanda que justifique uma alta dos juros. A economia brasileira está em recessão profunda -o PIB deve ter caído 3,7% no ano passado-, o desemprego aumenta para níveis muito preocupantes, passando de 10% em grandes centros urbanos, a indústria amargou perda de produção de 8,3% no ano passado e até a atividade no setor de serviços está em queda. Apesar desse cenário que torna inadmissível a alta dos juros, Tombini foi massacrado por analistas do mercado financeiro, que tiveram frustrada sua expectativa de uma elevação de 0,25 ponto percentual na Selic. Segundo as críticas, Tombini teria quebrado uma tradição do Banco Central ao divulgar uma nota na véspera da decisão alertando para o fato de que "todas as informações econômicas relevantes até a reunião do Copom seriam consideradas na decisão do colegiado". Para os críticos, Tombini teria cometido um grave erro ao contrariar o mercado, porque colocou em jogo sua credibilidade. Isso não faz sentido. Ele colocaria em jogo sua credibilidade e independência se, num momento como este, cedesse à pressão do mercado e elevasse a taxa de juros, a despeito das informações sobre a continuidade da recessão brasileira e das previsões de agravamento da crise mundial no segundo semestre. Mais do que isso, o Banco Central do Brasil seria motivo de chacota mundial. No início do ano, não custa lembrar, o economista-chefe para a América Latina da Standard & Poor's, Joaquín A. Cottani, sugeriu em artigo que o BC cortasse a taxa Selic pela metade, para 7,5%, medida que, segundo ele, poderia reduzir o deficit fiscal de 9,5% para 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto) durante o curso de dois anos. Tombini ficou incomodado com a reação contrária de analistas do mercado e com a falta de apoio de setores que tradicionalmente defendem a queda dos juros. As críticas foram cruéis ao levantar suspeitas de que ele cedera a pressões da presidente Dilma Rousseff, com quem havia se reunido dias antes. "Ninguém me mandou flores", brincou o presidente do BC. O fato é que os dados da semana passada sobre a economia mundial indicaram que Alexandre Tombini e os diretores do Banco Central acertaram em cheio na decisão de não aumentar os juros em janeiro. Deveriam agora começar a baixá-los. Tomo emprestado, nesta Terça-Feira Gorda, versos nada carnavalescos de Geraldo Vandré: "Quem sabe faz a hora, não espera acontecer". E, pra não dizer que não falei das flores, Tombini e a diretoria do Banco Central deveriam receber um caminhão de rosas vermelhas, com um bilhete: "Que não seja por falta de flores!".
colunas
Pra não dizer que não falei das floresO Banco Central, liderado pelo seu presidente, Alexandre Tombini, tomou uma decisão acertada ao se recusar a aumentar, no fim de janeiro, a taxa básica de juros, que já é bastante elevada no país, 14,25% ao ano. Não havia nenhuma lógica em aumentar a taxa naquele momento. Nem por razões internas nem por causa do cenário global. O mundo todo trabalha com juro zero e até negativo, como é o caso do Japão, e persiste uma tendência claramente deflacionista na economia, com o petróleo e as commodities industriais em níveis de preços assustadoramente baixos. Internamente, a inflação ainda preocupa, mas nem os mais fanáticos monetaristas acreditam que ela seja provocada por excesso de demanda que justifique uma alta dos juros. A economia brasileira está em recessão profunda -o PIB deve ter caído 3,7% no ano passado-, o desemprego aumenta para níveis muito preocupantes, passando de 10% em grandes centros urbanos, a indústria amargou perda de produção de 8,3% no ano passado e até a atividade no setor de serviços está em queda. Apesar desse cenário que torna inadmissível a alta dos juros, Tombini foi massacrado por analistas do mercado financeiro, que tiveram frustrada sua expectativa de uma elevação de 0,25 ponto percentual na Selic. Segundo as críticas, Tombini teria quebrado uma tradição do Banco Central ao divulgar uma nota na véspera da decisão alertando para o fato de que "todas as informações econômicas relevantes até a reunião do Copom seriam consideradas na decisão do colegiado". Para os críticos, Tombini teria cometido um grave erro ao contrariar o mercado, porque colocou em jogo sua credibilidade. Isso não faz sentido. Ele colocaria em jogo sua credibilidade e independência se, num momento como este, cedesse à pressão do mercado e elevasse a taxa de juros, a despeito das informações sobre a continuidade da recessão brasileira e das previsões de agravamento da crise mundial no segundo semestre. Mais do que isso, o Banco Central do Brasil seria motivo de chacota mundial. No início do ano, não custa lembrar, o economista-chefe para a América Latina da Standard & Poor's, Joaquín A. Cottani, sugeriu em artigo que o BC cortasse a taxa Selic pela metade, para 7,5%, medida que, segundo ele, poderia reduzir o deficit fiscal de 9,5% para 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto) durante o curso de dois anos. Tombini ficou incomodado com a reação contrária de analistas do mercado e com a falta de apoio de setores que tradicionalmente defendem a queda dos juros. As críticas foram cruéis ao levantar suspeitas de que ele cedera a pressões da presidente Dilma Rousseff, com quem havia se reunido dias antes. "Ninguém me mandou flores", brincou o presidente do BC. O fato é que os dados da semana passada sobre a economia mundial indicaram que Alexandre Tombini e os diretores do Banco Central acertaram em cheio na decisão de não aumentar os juros em janeiro. Deveriam agora começar a baixá-los. Tomo emprestado, nesta Terça-Feira Gorda, versos nada carnavalescos de Geraldo Vandré: "Quem sabe faz a hora, não espera acontecer". E, pra não dizer que não falei das flores, Tombini e a diretoria do Banco Central deveriam receber um caminhão de rosas vermelhas, com um bilhete: "Que não seja por falta de flores!".
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Fotógrafa capta cores da patagônia chilena; veja imagens
Em abril deste ano, a fotógrafa amadora Nêssa Florêncio, 37, viajou até o sul do Chile para captar em suas lentes as paisagens e as cores do Parque Nacional Torres del Paine. "O nascer do sol é incrível", conta ela, que acordou às três horas da manhã para pegar a trilha que leva até as torres que dão nome ao parque e curtir ali o amanhecer. "A luz da manhã causa esse efeito de cores, o vermelho nas rochas e o azul do lago de gelo derretido", relembra. Mas quem deseja conhecer a patagônia chilena precisa se planejar muito bem e se preparar para as dificuldades que vai encontrar. "É muito frio e o tempo muda rapidamente. Não importa o horário, sempre é preciso estar muito bem preparado", afirma a fotógrafa. Segundo ela, o local conta com estrutura adequada e variada para receber turistas. O parque tem hotéis confortáveis e também espaços para acampamento, para os mais aventureiros.
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Fotógrafa capta cores da patagônia chilena; veja imagensEm abril deste ano, a fotógrafa amadora Nêssa Florêncio, 37, viajou até o sul do Chile para captar em suas lentes as paisagens e as cores do Parque Nacional Torres del Paine. "O nascer do sol é incrível", conta ela, que acordou às três horas da manhã para pegar a trilha que leva até as torres que dão nome ao parque e curtir ali o amanhecer. "A luz da manhã causa esse efeito de cores, o vermelho nas rochas e o azul do lago de gelo derretido", relembra. Mas quem deseja conhecer a patagônia chilena precisa se planejar muito bem e se preparar para as dificuldades que vai encontrar. "É muito frio e o tempo muda rapidamente. Não importa o horário, sempre é preciso estar muito bem preparado", afirma a fotógrafa. Segundo ela, o local conta com estrutura adequada e variada para receber turistas. O parque tem hotéis confortáveis e também espaços para acampamento, para os mais aventureiros.
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Em entrevista, Trump admite erros de comunicação em início do mandato
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu falhas na comunicação da Casa Branca neste turbulento início de mandato. "Minha comunicação não tem sido boa", disse, em entrevista à rede Fox News exibida nesta terça-feira (28), quando ele irá fazer seu primeiro discurso ao Congresso. Trump deu uma nota "C", intermediária, aos esforços de comunicação de seu governo, e disse que seu plano de remover imigrantes ilegais condenados e de construção de um muro na fronteira com o México talvez não tenha sido apresentado de forma satisfatória. "E talvez isso seja minha culpa", completou. Ele, porém, classificou seu primeiro mês à frente da Casa Branca como ótimo, dando um "A+" pelo esforço e um "A" pelas conquistas até o momento. Nos últimos dias, relatos de que o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, teria convocado uma reunião para vasculhar aparelhos eletrônicos de membros da equipe do governo para tentar impedir vazamentos acirraram o clima de tensão na Casa Branca. Questionado sobre os métodos de seu porta-voz, o presidente respondeu: "Sean Spicer é um ótimo ser humano. Ele é uma ótima pessoa. Eu teria feito isso de outra forma. Eu teria feito isso um por um". Mas acrescentou: "Sean lidou com isso da maneira dele e estou OK com isso". Na semana passada, a Casa Branca barrou jornalistas de veículos críticos ao governo Trump das entrevistas coletivas diárias com Spicer. Ainda sobre imigração, Trump afirmou que "estamos pegando os maus, as pessoas más, as gangues, os traficantes, em alguns casos assassinos". "Eu sou muito mais duro em relação aos caras maus", disse, alegando que o ex-presidente Barack Obama "era muito menos preocupado com isso". Trump também culpou Obama pelos protestos contra seu governo em diferentes cidades do país. "Eu acho que o presidente Obama está por trás disso porque o pessoal dele certamente está por trás disso, e alguns dos vazamentos possivelmente vêm desse grupo." Em relação ao Obamacare, que o governo republicano pretende desmontar, Trump afirmou que seu plano —ainda não divulgado— de substituir o programa de subsídios para planos de saúde aos mais pobres é "realmente maravilhoso e inclusivo". Espera-se que o presidente detalhe o plano no discurso aos congressistas na noite desta terça-feira. "Acredito que temos um ótimo plano e acho que estão batendo muito no Congresso, mas não é culpa deles. Estou aqui há apenas, está é o que, minha quinta semana?", lembrou Trump. Um dia após sugerir um aumento histórico de US$ 54 bilhões no orçamento militar dos EUA, Trump afirmou que a maior parte desse dinheiro virá de cortes de verbas ao Departamento de Estado e à Agência de Proteção Ambiental. Na entrevista desta terça, o presidente sugeriu que a ajuda internacional a outros países poderá ser cortada. "Teremos de fazer coisas em relação aos outros países porque estamos sendo tratados de forma muito, muito injusta", disse ele. "Nós estamos cuidando dos militares deles e não estamos sendo reembolsados. Eles são países ricos", disse, sem citar números ou nações. Desde a campanha eleitoral, Trump critica a aliança militar ocidental, a Otan, e a pouca participação dos países europeus no orçamento da entidade —os EUA contribuem com cerca de 70% dos gastos da aliança. O presidente americano afirmou à Fox News que irá usar suas habilidades de empresário para negociar a redução desses custos para os EUA. "Eu vou me envolver nas negociações. Nós temos muitos aviões e embarcações... estamos gastando muito dinheiro individualmente."
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Em entrevista, Trump admite erros de comunicação em início do mandatoO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu falhas na comunicação da Casa Branca neste turbulento início de mandato. "Minha comunicação não tem sido boa", disse, em entrevista à rede Fox News exibida nesta terça-feira (28), quando ele irá fazer seu primeiro discurso ao Congresso. Trump deu uma nota "C", intermediária, aos esforços de comunicação de seu governo, e disse que seu plano de remover imigrantes ilegais condenados e de construção de um muro na fronteira com o México talvez não tenha sido apresentado de forma satisfatória. "E talvez isso seja minha culpa", completou. Ele, porém, classificou seu primeiro mês à frente da Casa Branca como ótimo, dando um "A+" pelo esforço e um "A" pelas conquistas até o momento. Nos últimos dias, relatos de que o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, teria convocado uma reunião para vasculhar aparelhos eletrônicos de membros da equipe do governo para tentar impedir vazamentos acirraram o clima de tensão na Casa Branca. Questionado sobre os métodos de seu porta-voz, o presidente respondeu: "Sean Spicer é um ótimo ser humano. Ele é uma ótima pessoa. Eu teria feito isso de outra forma. Eu teria feito isso um por um". Mas acrescentou: "Sean lidou com isso da maneira dele e estou OK com isso". Na semana passada, a Casa Branca barrou jornalistas de veículos críticos ao governo Trump das entrevistas coletivas diárias com Spicer. Ainda sobre imigração, Trump afirmou que "estamos pegando os maus, as pessoas más, as gangues, os traficantes, em alguns casos assassinos". "Eu sou muito mais duro em relação aos caras maus", disse, alegando que o ex-presidente Barack Obama "era muito menos preocupado com isso". Trump também culpou Obama pelos protestos contra seu governo em diferentes cidades do país. "Eu acho que o presidente Obama está por trás disso porque o pessoal dele certamente está por trás disso, e alguns dos vazamentos possivelmente vêm desse grupo." Em relação ao Obamacare, que o governo republicano pretende desmontar, Trump afirmou que seu plano —ainda não divulgado— de substituir o programa de subsídios para planos de saúde aos mais pobres é "realmente maravilhoso e inclusivo". Espera-se que o presidente detalhe o plano no discurso aos congressistas na noite desta terça-feira. "Acredito que temos um ótimo plano e acho que estão batendo muito no Congresso, mas não é culpa deles. Estou aqui há apenas, está é o que, minha quinta semana?", lembrou Trump. Um dia após sugerir um aumento histórico de US$ 54 bilhões no orçamento militar dos EUA, Trump afirmou que a maior parte desse dinheiro virá de cortes de verbas ao Departamento de Estado e à Agência de Proteção Ambiental. Na entrevista desta terça, o presidente sugeriu que a ajuda internacional a outros países poderá ser cortada. "Teremos de fazer coisas em relação aos outros países porque estamos sendo tratados de forma muito, muito injusta", disse ele. "Nós estamos cuidando dos militares deles e não estamos sendo reembolsados. Eles são países ricos", disse, sem citar números ou nações. Desde a campanha eleitoral, Trump critica a aliança militar ocidental, a Otan, e a pouca participação dos países europeus no orçamento da entidade —os EUA contribuem com cerca de 70% dos gastos da aliança. O presidente americano afirmou à Fox News que irá usar suas habilidades de empresário para negociar a redução desses custos para os EUA. "Eu vou me envolver nas negociações. Nós temos muitos aviões e embarcações... estamos gastando muito dinheiro individualmente."
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'Marco não era herói, era traficante', diz ex-ministra dos Direitos Humanos
A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), ex-ministra dos Direitos Humanos, se manifestou neste domingo (18) sobre Marco Archer Cardoso Moreira, 53, brasileiro condenado à morte por tráfico de drogas. Ele foi executado na Indonésia no sábado (17). Em sua conta no Twitter, a deputada ressalta que ele não era herói, e sim traficante. Depois de morto, Marco foi cremado, e seus familiares devem trazer as cinzas ao Rio de Janeiro. "Fui contra a execução. Sou contra a pena de morte", disse ela no microblog. "Mas que interesse há para onde as cinzas serão levadas no Brasil? O sujeito não era herói, era traficante." Marco foi preso em 2003 tentando entrar na Indonésia com 13,4 kg de cocaína. Ele foi executado pelo governo da Indonésia após ter dois pedidos de clemência negados. A execução foi por volta de 15h30 de sábado (17), horário de Brasília, e a morte foi declarada dez minutos depois, por um médico presente. Além do brasileiro, outras cinco pessoas também foram mortas –todas elas condenadas pelo crime de tráfico de drogas. Após o fuzilamento, a Anistia Internacional manifestou seu repúdio à execução. No seu site oficial, o órgão publicou uma nota na qual classifica a pena de morte como um retrocesso para os direitos humanos na Indonésia. "A nova administração tomou posse prometendo fazer dos direitos humanos uma prioridade, mas a execução de seis pessoas vai na contramão desse compromisso", disse, em nota, Rupert Abbott, diretor de pesquisa sobre a região do Sudeste Asiático e Pacifico da Anistia Internacional. Marco morreu com um único tiro, disparado contra o peito, segundo com Tony Spontana, porta-voz da Procuradoria-Geral do país asiático. O brasileiro foi amarrado a uma estaca, assim como os outros cinco executados. Ele foi o segundo dos seis a morrer. A presidente Dilma disse que ficou "consternada e indignada" após a execução, e convocou o embaixador brasileiro no país para "consultas" -medida que, na linguagem diplomática, é considerada uma repreensão. Um segundo brasileiro, Rodrigo Gularte, também condenado por tráfico, está na mesma situação, mas ainda não teve sua execução marcada.
cotidiano
'Marco não era herói, era traficante', diz ex-ministra dos Direitos HumanosA deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), ex-ministra dos Direitos Humanos, se manifestou neste domingo (18) sobre Marco Archer Cardoso Moreira, 53, brasileiro condenado à morte por tráfico de drogas. Ele foi executado na Indonésia no sábado (17). Em sua conta no Twitter, a deputada ressalta que ele não era herói, e sim traficante. Depois de morto, Marco foi cremado, e seus familiares devem trazer as cinzas ao Rio de Janeiro. "Fui contra a execução. Sou contra a pena de morte", disse ela no microblog. "Mas que interesse há para onde as cinzas serão levadas no Brasil? O sujeito não era herói, era traficante." Marco foi preso em 2003 tentando entrar na Indonésia com 13,4 kg de cocaína. Ele foi executado pelo governo da Indonésia após ter dois pedidos de clemência negados. A execução foi por volta de 15h30 de sábado (17), horário de Brasília, e a morte foi declarada dez minutos depois, por um médico presente. Além do brasileiro, outras cinco pessoas também foram mortas –todas elas condenadas pelo crime de tráfico de drogas. Após o fuzilamento, a Anistia Internacional manifestou seu repúdio à execução. No seu site oficial, o órgão publicou uma nota na qual classifica a pena de morte como um retrocesso para os direitos humanos na Indonésia. "A nova administração tomou posse prometendo fazer dos direitos humanos uma prioridade, mas a execução de seis pessoas vai na contramão desse compromisso", disse, em nota, Rupert Abbott, diretor de pesquisa sobre a região do Sudeste Asiático e Pacifico da Anistia Internacional. Marco morreu com um único tiro, disparado contra o peito, segundo com Tony Spontana, porta-voz da Procuradoria-Geral do país asiático. O brasileiro foi amarrado a uma estaca, assim como os outros cinco executados. Ele foi o segundo dos seis a morrer. A presidente Dilma disse que ficou "consternada e indignada" após a execução, e convocou o embaixador brasileiro no país para "consultas" -medida que, na linguagem diplomática, é considerada uma repreensão. Um segundo brasileiro, Rodrigo Gularte, também condenado por tráfico, está na mesma situação, mas ainda não teve sua execução marcada.
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Justiça autoriza goleiro Bruno a dar aulas de futebol para crianças em MG
O goleiro Bruno Fernandes de Souza, 32, condenado pela morte de Eliza Samúdio, recebeu autorização da Justiça para dar aulas de futebol para crianças e adolescentes, em Varginha (312 km de Belo Horizonte). Os dias trabalhados serão usados na remição de pena. Bruno vai dar aulas de segunda a sexta-feira no Nucap (Núcleo de Capacitação para a Paz), que atende cerca de 60 crianças e adolescentes filhos de detentos e ex-detentos. O núcleo tem com principal objetivo a inclusão e ressocialização de presos, como o de permitir que mães condenadas possam conviver com os filhos longe do ambiente prisional. O goleiro não poderá ter acesso à área externa ou pessoas estranhas à organização, exceto familiares. Um representante da instituição irá buscá-lo dentro do pátio da unidade prisional para dar as aulas de futebol. O Nucap terá que enviar periodicamente à Justiça o controle de frequência, a lista de atividades desenvolvidas por Bruno e qualquer irregularidade. Antes da autorização para dar aula para crianças e adolescentes, o goleiro deixou a prisão este ano para jogar profissionalmente no Boa Esporte. A passagem de Bruno pelo time de Varginha durou menos de dois meses, pois a Justiça determinou que ele retornasse à prisão. CASO BRUNO Ex-goleiro de Atlético-MG e Flamengo, Bruno está preso desde 2010, acusado de envolvimento no assassinato de Eliza Samudio. Ele foi condenado em 2013 a 22 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver contra a ex-amante, além de sequestro e cárcere privado do filho que ele teve com Eliza.
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Justiça autoriza goleiro Bruno a dar aulas de futebol para crianças em MGO goleiro Bruno Fernandes de Souza, 32, condenado pela morte de Eliza Samúdio, recebeu autorização da Justiça para dar aulas de futebol para crianças e adolescentes, em Varginha (312 km de Belo Horizonte). Os dias trabalhados serão usados na remição de pena. Bruno vai dar aulas de segunda a sexta-feira no Nucap (Núcleo de Capacitação para a Paz), que atende cerca de 60 crianças e adolescentes filhos de detentos e ex-detentos. O núcleo tem com principal objetivo a inclusão e ressocialização de presos, como o de permitir que mães condenadas possam conviver com os filhos longe do ambiente prisional. O goleiro não poderá ter acesso à área externa ou pessoas estranhas à organização, exceto familiares. Um representante da instituição irá buscá-lo dentro do pátio da unidade prisional para dar as aulas de futebol. O Nucap terá que enviar periodicamente à Justiça o controle de frequência, a lista de atividades desenvolvidas por Bruno e qualquer irregularidade. Antes da autorização para dar aula para crianças e adolescentes, o goleiro deixou a prisão este ano para jogar profissionalmente no Boa Esporte. A passagem de Bruno pelo time de Varginha durou menos de dois meses, pois a Justiça determinou que ele retornasse à prisão. CASO BRUNO Ex-goleiro de Atlético-MG e Flamengo, Bruno está preso desde 2010, acusado de envolvimento no assassinato de Eliza Samudio. Ele foi condenado em 2013 a 22 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver contra a ex-amante, além de sequestro e cárcere privado do filho que ele teve com Eliza.
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Ator italiano está em coma após ser enforcado por acidente durante peça
Um ator italiano de 27 anos está em coma, depois de ter sido acidentalmente estrangulado durante a encenação de uma peça em Pisa, na Toscana, no último fim de semana, informou a BBC. Raphael Schumacher foi levado às pressas para um hospital por um membro da plateia, que percebeu algo errado e correu até o palco para ajudá-lo. O acidente aconteceu durante a performance experimental "Mirages", no Teatro Lux. A polícia ainda investiga as causas. Segundo o jornal italiano "Il Giorno", um outro integrante do elenco disse que houve falhas no procedimento de segurança do espetáculo. O nó da corda usada em cena deveria ser falso e o ator tinha que estar com cinto de segurança, ele afirmou. Schumacher tinha um saco sobre o rosto no momento do acidente. O espectador que o levou ao hospital —que acredita-se ser um médico recém-formado— percebeu que sua reação não era encenação ao vê-lo tremer. Ainda de acordo com a publicação italiana, a polícia não descarta a hipótese de suicídio. A mãe do ator, porém, disse que o filho estava tranquilo e feliz com seu trabalho.
ilustrada
Ator italiano está em coma após ser enforcado por acidente durante peçaUm ator italiano de 27 anos está em coma, depois de ter sido acidentalmente estrangulado durante a encenação de uma peça em Pisa, na Toscana, no último fim de semana, informou a BBC. Raphael Schumacher foi levado às pressas para um hospital por um membro da plateia, que percebeu algo errado e correu até o palco para ajudá-lo. O acidente aconteceu durante a performance experimental "Mirages", no Teatro Lux. A polícia ainda investiga as causas. Segundo o jornal italiano "Il Giorno", um outro integrante do elenco disse que houve falhas no procedimento de segurança do espetáculo. O nó da corda usada em cena deveria ser falso e o ator tinha que estar com cinto de segurança, ele afirmou. Schumacher tinha um saco sobre o rosto no momento do acidente. O espectador que o levou ao hospital —que acredita-se ser um médico recém-formado— percebeu que sua reação não era encenação ao vê-lo tremer. Ainda de acordo com a publicação italiana, a polícia não descarta a hipótese de suicídio. A mãe do ator, porém, disse que o filho estava tranquilo e feliz com seu trabalho.
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Heroína negra substituirá Tony Stark em nova série do Homem de Ferro
A armadura do Homem de Ferro será em breve usada por uma mulher, informa nesta quarta (6) a revista "Time". Tony Stark —o empresário bilionário que usa alta tecnologia para combater o crime— será substituído pela heroína negra Riri Williams em uma nova série do personagem nos quadrinhos, segundo a publicação. A história, que ainda não ganhou nome, começará a ser publicada após a conclusão de "Guerra Civil II", que acaba de sair nos Estados Unidos. A moça é descrita pela Marvel como um "gênio da ciência que entrou no MIT [Instituto de Tecnologia de Massachusetts] aos 15 anos". Ela chama a atenção de Stark quando constrói sozinha em seu dormitório sua própria armadura do Homem de Ferro. À "Time", o roteirista Brian Michael Bendis, idealizador da personagem que esteve envolvido também na criação de Jessica Jones e Miles Morales (uma versão hispânica do Homem-Aranha), disse que Riri foi inspirada no mundo ao seu redor, "que não é suficientemente representado na cultura popular". A nova personagem faz parte de uma tentativa da Marvel de diversificar seu elenco, formado principalmente por homens brancos. Segundo Bendis, a iniciativa ainda enfrenta resistência por parte dos fãs. "Há fãs que dizem 'mostrem coisas novas' e há fãs que dizem 'não faça nada diferente do que tinha quando eu era criança'. Então, quando você introduz novos personagens, sempre vai ter gente ficando paranoica pelo fato de você estar arruinando a infância delas", brincou.
ilustrada
Heroína negra substituirá Tony Stark em nova série do Homem de FerroA armadura do Homem de Ferro será em breve usada por uma mulher, informa nesta quarta (6) a revista "Time". Tony Stark —o empresário bilionário que usa alta tecnologia para combater o crime— será substituído pela heroína negra Riri Williams em uma nova série do personagem nos quadrinhos, segundo a publicação. A história, que ainda não ganhou nome, começará a ser publicada após a conclusão de "Guerra Civil II", que acaba de sair nos Estados Unidos. A moça é descrita pela Marvel como um "gênio da ciência que entrou no MIT [Instituto de Tecnologia de Massachusetts] aos 15 anos". Ela chama a atenção de Stark quando constrói sozinha em seu dormitório sua própria armadura do Homem de Ferro. À "Time", o roteirista Brian Michael Bendis, idealizador da personagem que esteve envolvido também na criação de Jessica Jones e Miles Morales (uma versão hispânica do Homem-Aranha), disse que Riri foi inspirada no mundo ao seu redor, "que não é suficientemente representado na cultura popular". A nova personagem faz parte de uma tentativa da Marvel de diversificar seu elenco, formado principalmente por homens brancos. Segundo Bendis, a iniciativa ainda enfrenta resistência por parte dos fãs. "Há fãs que dizem 'mostrem coisas novas' e há fãs que dizem 'não faça nada diferente do que tinha quando eu era criança'. Então, quando você introduz novos personagens, sempre vai ter gente ficando paranoica pelo fato de você estar arruinando a infância delas", brincou.
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Projeto espalha mapas com pontos de interesse nos bairros paulistanos
Quando estudava design na USP, Lucas Neumann, 24, fez uma viagem para Londres. De lá, voltou inspirado. Na capital britânica, notou que o pedestre tem à disposição totens de informação bastante úteis, destacando onde ele está e pontos de interesse em um raio de cinco ou 15 minutos de caminhada. Em São Paulo, no entanto, não havia nada similar em termos de sinalização pública. Foi assim que surgiu o seu Mapa Daqui, projeto que desenvolveu como trabalho de conclusão de curso na universidade no ano passado, com a proposta de tornar a cidade mais caminhável, saudável, segura, e interessante. Atualmente, o Mapa Daqui já ganhou vida própria. Basta passar em frente à estação de metrô Fradique Coutinho para comprovar. Lá está instalada, em um poste, uma placa de PVC com um mapa da região criado por Neumann. Com uma diferença significativa em relação ao projeto britânico: o mapa daqui funciona de modo completamente colaborativo. São os próprios transeuntes que decidem o que vão colocar como pontos de interesse em uma lista ao lado do mapa local. Assim, podem indicar restaurantes, cafés, cinemas e outros programas disponíveis na região. O Mapa Daqui é colaborativo também em fase anterior à de incluir sugestões locais. Qualquer interessado pode entrar no site do projeto, indicar seu endereço e gerar um mapa local, que pode ser impresso em casa ou confeccionado em formatos mais resistentes, como em PVC –ao custo de R$ 25, em média, tem sido o mais bem-sucedido, segundo Neumann. "Ele fica bem resistente, e dá uma cara mais oficial para o item de sinalização. É um serviço que as prefeituras deveriam fazer e não fizeram até agora", afirma à Folha o criador do projeto. Em São Paulo, a SPTuris chegou a investir em um projeto de placas informando o sentido de pontos turísticos da cidade. "Mas isso tem um preço caríssimo e não é voltado para o planejamento urbano", pondera Neumann. A situação dos pôsteres é "nebulosa" na cidade. Projetos artísticos são permitidos em postes, mas propaganda é proibida e precisa ser retirada. O Mapa Daqui não se encaixa em nenhuma dessas categorias. "Até aqui, não tive problemas com a prefeitura, mas muitas vezes os mapas são retirados pelas empresas de limpeza." No começo, o próprio designer fazia missões para instalar as placas e lambe-lambes pela cidade. Agora, o projeto já está na casa de 1.000 downloads, e tem parcerias firmadas com estabelecimentos comerciais, que disponibilizam o Mapa Daqui em suas fachadas em troca de créditos no site oficial. Se antes estava restrito à cidade de São Paulo, o projeto agora já foi exportado para 15 Estados, conta Neumann. "Só falta agora atingir a região Norte do país."
cotidiano
Projeto espalha mapas com pontos de interesse nos bairros paulistanosQuando estudava design na USP, Lucas Neumann, 24, fez uma viagem para Londres. De lá, voltou inspirado. Na capital britânica, notou que o pedestre tem à disposição totens de informação bastante úteis, destacando onde ele está e pontos de interesse em um raio de cinco ou 15 minutos de caminhada. Em São Paulo, no entanto, não havia nada similar em termos de sinalização pública. Foi assim que surgiu o seu Mapa Daqui, projeto que desenvolveu como trabalho de conclusão de curso na universidade no ano passado, com a proposta de tornar a cidade mais caminhável, saudável, segura, e interessante. Atualmente, o Mapa Daqui já ganhou vida própria. Basta passar em frente à estação de metrô Fradique Coutinho para comprovar. Lá está instalada, em um poste, uma placa de PVC com um mapa da região criado por Neumann. Com uma diferença significativa em relação ao projeto britânico: o mapa daqui funciona de modo completamente colaborativo. São os próprios transeuntes que decidem o que vão colocar como pontos de interesse em uma lista ao lado do mapa local. Assim, podem indicar restaurantes, cafés, cinemas e outros programas disponíveis na região. O Mapa Daqui é colaborativo também em fase anterior à de incluir sugestões locais. Qualquer interessado pode entrar no site do projeto, indicar seu endereço e gerar um mapa local, que pode ser impresso em casa ou confeccionado em formatos mais resistentes, como em PVC –ao custo de R$ 25, em média, tem sido o mais bem-sucedido, segundo Neumann. "Ele fica bem resistente, e dá uma cara mais oficial para o item de sinalização. É um serviço que as prefeituras deveriam fazer e não fizeram até agora", afirma à Folha o criador do projeto. Em São Paulo, a SPTuris chegou a investir em um projeto de placas informando o sentido de pontos turísticos da cidade. "Mas isso tem um preço caríssimo e não é voltado para o planejamento urbano", pondera Neumann. A situação dos pôsteres é "nebulosa" na cidade. Projetos artísticos são permitidos em postes, mas propaganda é proibida e precisa ser retirada. O Mapa Daqui não se encaixa em nenhuma dessas categorias. "Até aqui, não tive problemas com a prefeitura, mas muitas vezes os mapas são retirados pelas empresas de limpeza." No começo, o próprio designer fazia missões para instalar as placas e lambe-lambes pela cidade. Agora, o projeto já está na casa de 1.000 downloads, e tem parcerias firmadas com estabelecimentos comerciais, que disponibilizam o Mapa Daqui em suas fachadas em troca de créditos no site oficial. Se antes estava restrito à cidade de São Paulo, o projeto agora já foi exportado para 15 Estados, conta Neumann. "Só falta agora atingir a região Norte do país."
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Levy impõe economia mínima em projeto contra desoneração da folha
Em reunião do governo com líderes da base aliada nesta quinta-feira (18), o ministro Joaquim Levy (Fazenda) aceitou que o projeto que reduz a desoneração da folha de salários preveja regras mais favoráveis para alguns setores. A sua condição é que a economia prevista pelo governo com as mudanças não caia abaixo de um patamar específico. O ministro tem feito oposição a acordo costurado por líderes da base aliada que livraria alguns setores de parte do corte da desoneração. "Ele estabeleceu um limite e disse que dentro desse limite não há impedimento, pode-se fazer uma composição, e é isso que os líderes estão discutindo", afirmou o vice-presidente Michel Temer ao final da reunião, sem detalhar números. Temer disse esperar que a votação do projeto, prevista para 14h, possa de fato ocorrer ainda nesta quinta. O relator do projeto, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) apresentou na noite de quarta-feira (17) uma versão do seu relatório estabelecendo um aumento de taxação menor para alguns setores —transportes, comunicação, call center, massas, pães, suínos, aves e pescados. Segundo Picciani, as exceções abertas reduziriam de R$ 12,5 bilhões para cerca de R$ 10 bilhões o aumento da arrecadação para o governo com o aumento da tributação dos 56 setores beneficiados com a desoneração da folha. Partidos da base, como PP e PR, passaram a pressionar pela inclusão de outros setores, como construção civil, à lista de exceções. "Eu a princípio mantenho meu parecer", afirmou Picciani ao final da reunião com Temer nesta quinta. "Evidentemente, se for desejo da casa fazer um acordo para que se retire algum setor, inclua algum setor, essa é uma decisão coletiva que tem que ser discutida. Se for isso que viabiliza a aprovação do projeto, pode ser discutido." Em uma rápida declaração ao final da reunião, Levy disse não estar "familiarizado" com o acordo com a base e defendeu a aprovação do projeto. "É indispensável que seja votado o mais rápido possível", afirmou. BEBIDAS Picciani disse que introduziu em seu texto uma mudança na taxação de refrigerantes produzidos na Zona Franca de Manaus que deverá compensar as perdas com o abrandamento proposto por ele na taxação de outros setores. Seu relatório prevê que os créditos tributários obtidos pelas produtoras de bebidas frias, como refrigerantes e chás, instaladas na Zona Franca não poderão ser usados para abater impostos incidentes sobre outros produtos. "Diz-se que o uso indevido desses créditos gera um prejuízo de até R$ 2 bilhões R$ 2,5 bilhões por ano para a arrecadação", afirmou Picciani.
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Levy impõe economia mínima em projeto contra desoneração da folhaEm reunião do governo com líderes da base aliada nesta quinta-feira (18), o ministro Joaquim Levy (Fazenda) aceitou que o projeto que reduz a desoneração da folha de salários preveja regras mais favoráveis para alguns setores. A sua condição é que a economia prevista pelo governo com as mudanças não caia abaixo de um patamar específico. O ministro tem feito oposição a acordo costurado por líderes da base aliada que livraria alguns setores de parte do corte da desoneração. "Ele estabeleceu um limite e disse que dentro desse limite não há impedimento, pode-se fazer uma composição, e é isso que os líderes estão discutindo", afirmou o vice-presidente Michel Temer ao final da reunião, sem detalhar números. Temer disse esperar que a votação do projeto, prevista para 14h, possa de fato ocorrer ainda nesta quinta. O relator do projeto, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) apresentou na noite de quarta-feira (17) uma versão do seu relatório estabelecendo um aumento de taxação menor para alguns setores —transportes, comunicação, call center, massas, pães, suínos, aves e pescados. Segundo Picciani, as exceções abertas reduziriam de R$ 12,5 bilhões para cerca de R$ 10 bilhões o aumento da arrecadação para o governo com o aumento da tributação dos 56 setores beneficiados com a desoneração da folha. Partidos da base, como PP e PR, passaram a pressionar pela inclusão de outros setores, como construção civil, à lista de exceções. "Eu a princípio mantenho meu parecer", afirmou Picciani ao final da reunião com Temer nesta quinta. "Evidentemente, se for desejo da casa fazer um acordo para que se retire algum setor, inclua algum setor, essa é uma decisão coletiva que tem que ser discutida. Se for isso que viabiliza a aprovação do projeto, pode ser discutido." Em uma rápida declaração ao final da reunião, Levy disse não estar "familiarizado" com o acordo com a base e defendeu a aprovação do projeto. "É indispensável que seja votado o mais rápido possível", afirmou. BEBIDAS Picciani disse que introduziu em seu texto uma mudança na taxação de refrigerantes produzidos na Zona Franca de Manaus que deverá compensar as perdas com o abrandamento proposto por ele na taxação de outros setores. Seu relatório prevê que os créditos tributários obtidos pelas produtoras de bebidas frias, como refrigerantes e chás, instaladas na Zona Franca não poderão ser usados para abater impostos incidentes sobre outros produtos. "Diz-se que o uso indevido desses créditos gera um prejuízo de até R$ 2 bilhões R$ 2,5 bilhões por ano para a arrecadação", afirmou Picciani.
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Secretário de Defesa dos EUA usou e-mail pessoal para assuntos oficiais
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, utilizou seu e-mail pessoal para trabalhar em assuntos oficiais no início de sua gestão, revelou a imprensa local. As práticas de Carter, que assumiu o cargo em fevereiro, foram reveladas pelo jornal "The New York Times". Foi o chefe de gabinete da Casa Branca, Denis McDonough, que, em maio, ao dar-se conta de que Carter usava seu e-mail pessoal, perguntou ao Pentágono quais eram os motivos para essa prática. Foi aí que Carter parou de usar o correio pessoal. Desde 2012 o Departamento de Defesa proíbe que seus funcionários utilizem seus e-mails pessoais para tratar de assuntos do ministério. Em entrevista ao canal CBS em Irbil, no Iraque, Carter reconheceu que o uso do e-mail pessoal em temas oficiais foi um erro, mas disse que não o utilizou para transmitir informações sigilosas. "O que fiz foi utilizar o meu iPhone para enviar mensagens administrativas ao meu pessoal mais direto, e não para transmitir informação sob sigilo", afirmou. O porta-voz do Pentágono, Peter Cook, informou em comunicado que Carter sempre colocou nas mensagens pessoais o seu endereço oficial de e-mail, para que ficasse o registro de que a comunicação era oficial. O porta-voz de Carter, Peter Cook, indicou em um comunicado que o uso do e-mail pessoal foi um erro, corrigido posteriormente. "Depois de revisar suas práticas de e-mail no início do ano, o secretário acredita que este prévio e uso ocasional do e-mail pessoal para temas de trabalho, inclusive para assuntos administrativos de rotina (...), foi um erro", indicou Cook. "Como resultado, ele deteve o uso de seu e-mail pessoal e também se limitou a usar completamente seu e-mail oficial", acrescentou. HILLARY A revelação ocorre após o escândalo provocado por informações de que a candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, utilizou seu e-mail pessoal quando atuou como secretária de Estado do presidente Barack Obama. Segundo o "The New York Times", Carter usou a conta pessoal até maio, dois meses após a polêmica sobre o uso de e-mail pessoal pela ex-secretária de Estado Hillary Clinton. Embora quase todos os funcionários de alto escalão do governo ocasionalmente usem seu e-mail pessoal para falar de trabalho, fontes oficiais indicaram ao "NYT" que Carter havia trocado informação sobre discursos, reuniões, entrevistas a meios de comunicação e outros assuntos.
mundo
Secretário de Defesa dos EUA usou e-mail pessoal para assuntos oficiaisO secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, utilizou seu e-mail pessoal para trabalhar em assuntos oficiais no início de sua gestão, revelou a imprensa local. As práticas de Carter, que assumiu o cargo em fevereiro, foram reveladas pelo jornal "The New York Times". Foi o chefe de gabinete da Casa Branca, Denis McDonough, que, em maio, ao dar-se conta de que Carter usava seu e-mail pessoal, perguntou ao Pentágono quais eram os motivos para essa prática. Foi aí que Carter parou de usar o correio pessoal. Desde 2012 o Departamento de Defesa proíbe que seus funcionários utilizem seus e-mails pessoais para tratar de assuntos do ministério. Em entrevista ao canal CBS em Irbil, no Iraque, Carter reconheceu que o uso do e-mail pessoal em temas oficiais foi um erro, mas disse que não o utilizou para transmitir informações sigilosas. "O que fiz foi utilizar o meu iPhone para enviar mensagens administrativas ao meu pessoal mais direto, e não para transmitir informação sob sigilo", afirmou. O porta-voz do Pentágono, Peter Cook, informou em comunicado que Carter sempre colocou nas mensagens pessoais o seu endereço oficial de e-mail, para que ficasse o registro de que a comunicação era oficial. O porta-voz de Carter, Peter Cook, indicou em um comunicado que o uso do e-mail pessoal foi um erro, corrigido posteriormente. "Depois de revisar suas práticas de e-mail no início do ano, o secretário acredita que este prévio e uso ocasional do e-mail pessoal para temas de trabalho, inclusive para assuntos administrativos de rotina (...), foi um erro", indicou Cook. "Como resultado, ele deteve o uso de seu e-mail pessoal e também se limitou a usar completamente seu e-mail oficial", acrescentou. HILLARY A revelação ocorre após o escândalo provocado por informações de que a candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, utilizou seu e-mail pessoal quando atuou como secretária de Estado do presidente Barack Obama. Segundo o "The New York Times", Carter usou a conta pessoal até maio, dois meses após a polêmica sobre o uso de e-mail pessoal pela ex-secretária de Estado Hillary Clinton. Embora quase todos os funcionários de alto escalão do governo ocasionalmente usem seu e-mail pessoal para falar de trabalho, fontes oficiais indicaram ao "NYT" que Carter havia trocado informação sobre discursos, reuniões, entrevistas a meios de comunicação e outros assuntos.
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Dólar já é vendido a R$ 3,77 em casas de câmbio de São Paulo
A disparada do dólar registrada nesta terça-feira (28), após a decisão da agência de classificação de risco Stand & Poor's de colocar a nota de crédito do Brasil em perspectiva negativa, reflete diretamente em quem pensa em comprar a moeda estrangeira para viajar para o exterior. Nas casas de câmbio de São Paulo, o dólar vendido a turistas já é cotado a R$ 3,77. O valor sempre é maior para turistas do que o divulgado no câmbio comercial. Entre a 16h30 e 17h desta terça (28), a Folha fez um levantamento de preços em algumas das principais casas de câmbio de São Paulo. As cotações foram de R$ 3,55 (em espécie) a R$ 3,77 (no cartão pré-pago), ambos com o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) já inclusos. O percentual de tributação é de 0,38% quando em espécie e de 6,38% no cartão. Cotações VALORIZAÇÃO Nesta terça-feira (28), a moeda americana chegou a bater R$ 3,435, mas logo perdeu força e voltou ao nível que vinha oscilando desde a manhã. Assim, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou o dia com valorização de 1,56%, para R$ 3,415 na venda. É o maior valor desde 21 de março de 2003, quando estava em R$ 3,416. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 0,17%, para R$ 3,370. É o maior valor desde 28 de março de 2003, quando estava em R$ 3,372. DICAS PARA TURISTAS Os especialistas recomendam que as pessoas que planejam viajar fracionem a compra de moeda estrangeira. Assim, ao final da aquisição, o valor pago em média pelo dólar neutraliza uma eventual valorização forte em algum período. Além disso, como no caso de qualquer outro produto, os preços da moeda estrangeira variam em diferentes casas de câmbio. Por isso, vale a pena telefonar para o máximo de casas de câmbio possível para comparar as diferentes taxas e cotações.
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Dólar já é vendido a R$ 3,77 em casas de câmbio de São PauloA disparada do dólar registrada nesta terça-feira (28), após a decisão da agência de classificação de risco Stand & Poor's de colocar a nota de crédito do Brasil em perspectiva negativa, reflete diretamente em quem pensa em comprar a moeda estrangeira para viajar para o exterior. Nas casas de câmbio de São Paulo, o dólar vendido a turistas já é cotado a R$ 3,77. O valor sempre é maior para turistas do que o divulgado no câmbio comercial. Entre a 16h30 e 17h desta terça (28), a Folha fez um levantamento de preços em algumas das principais casas de câmbio de São Paulo. As cotações foram de R$ 3,55 (em espécie) a R$ 3,77 (no cartão pré-pago), ambos com o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) já inclusos. O percentual de tributação é de 0,38% quando em espécie e de 6,38% no cartão. Cotações VALORIZAÇÃO Nesta terça-feira (28), a moeda americana chegou a bater R$ 3,435, mas logo perdeu força e voltou ao nível que vinha oscilando desde a manhã. Assim, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou o dia com valorização de 1,56%, para R$ 3,415 na venda. É o maior valor desde 21 de março de 2003, quando estava em R$ 3,416. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 0,17%, para R$ 3,370. É o maior valor desde 28 de março de 2003, quando estava em R$ 3,372. DICAS PARA TURISTAS Os especialistas recomendam que as pessoas que planejam viajar fracionem a compra de moeda estrangeira. Assim, ao final da aquisição, o valor pago em média pelo dólar neutraliza uma eventual valorização forte em algum período. Além disso, como no caso de qualquer outro produto, os preços da moeda estrangeira variam em diferentes casas de câmbio. Por isso, vale a pena telefonar para o máximo de casas de câmbio possível para comparar as diferentes taxas e cotações.
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UE multa Facebook em 110 milhões de euros por acordo com WhatsApp
Órgãos reguladores antitruste da União Europeia multaram o Facebook em 110 milhões de euros nesta quinta-feira (18) por fornecer falsas informações durante análise de seu acordo de aquisição do Whatsapp em 2014. Chamando a multa de "proporcional e dissuasiva", a Comissão Europeia, que atua como fiscal da competitividade da UE, contou que o Facebook disse que não poderia combinar as contas de usuários em sua plataforma e no Whatsapp, mas dois anos depois lançou um serviço que faz exatamente isso. "A Comissão descobriu que, ao contrário das declarações do Facebook em 2014 no processo de análise da fusão, as possibilidades técnicas para combinar automaticamente as contas de usuários no Facebook e no Whatsapp já existiam em 2014, e que a equipe do Facebook estava ciente de tal possibilidade", disse a Comissão. O Facebook declarou que os erros cometidos em 2014 não foram intencionais, que a multa não revogaria a decisão da Comissão de aprovar a aquisição do Whatsapp e não tem relação com investigações separadas sobre questões de proteção de dados. O Facebook também recebeu uma multa do regulador de dados francês de 150 mil euros na terça-feira por não impedir que dados de seus usuários fossem acessados por anunciantes. Na semana passada, autoridades antitruste da Itália multaram o Whatsapp em 3 milhões de euros por obrigar usuários a concordar em compartilhar seus dados pessoais com o Facebook.
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UE multa Facebook em 110 milhões de euros por acordo com WhatsAppÓrgãos reguladores antitruste da União Europeia multaram o Facebook em 110 milhões de euros nesta quinta-feira (18) por fornecer falsas informações durante análise de seu acordo de aquisição do Whatsapp em 2014. Chamando a multa de "proporcional e dissuasiva", a Comissão Europeia, que atua como fiscal da competitividade da UE, contou que o Facebook disse que não poderia combinar as contas de usuários em sua plataforma e no Whatsapp, mas dois anos depois lançou um serviço que faz exatamente isso. "A Comissão descobriu que, ao contrário das declarações do Facebook em 2014 no processo de análise da fusão, as possibilidades técnicas para combinar automaticamente as contas de usuários no Facebook e no Whatsapp já existiam em 2014, e que a equipe do Facebook estava ciente de tal possibilidade", disse a Comissão. O Facebook declarou que os erros cometidos em 2014 não foram intencionais, que a multa não revogaria a decisão da Comissão de aprovar a aquisição do Whatsapp e não tem relação com investigações separadas sobre questões de proteção de dados. O Facebook também recebeu uma multa do regulador de dados francês de 150 mil euros na terça-feira por não impedir que dados de seus usuários fossem acessados por anunciantes. Na semana passada, autoridades antitruste da Itália multaram o Whatsapp em 3 milhões de euros por obrigar usuários a concordar em compartilhar seus dados pessoais com o Facebook.
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É preciso refletir sobre 'cancerofobia', diz coordenador do Sírio-Libanês
O aumento do acesso à informação genética permite que hoje os testes capazes de detectar um câncer precocemente sejam feitos com maior precisão e velocidade. No entanto, o uso indiscriminado desses exames, sem acompanhamento médico adequado e sem levar à prevenção, só levará a preocupação e angústia. Essa foi a conclusão dos especialistas que participaram da primeira mesa de debates do Fórum A Jornada do Paciente com Câncer, evento que discute como os pacientes enfrentam o tratamento da doença no país. O seminário ocorre nesta segunda (24) e terça (25), no teatro Unibes, em São Paulo. O evento é realizado pela Folha com o patrocínio do laboratório Bristol-Myers Squibb. O efeito Angelina Jolie –a atriz americana retirou as mamas em 2013 após passar por um exame que detectou risco de câncer– fez crescer o interesse da população pelo tema, mas, segundo Dirce Carraro, cientista e coordenadora do Laboratório de Genômica e Biologia Molecular e do Laboratório de Diagnóstico Genômico do A.C.Camargo Cancer Center, aumentou também a importância de discutir a qualidade desses testes. "Uma informação erroneamente interpretada pode levar a uma decisão clínica não adequada para o paciente", afirmou. "Se dissermos para uma pessoa que ela tem 80% de chances de ter um câncer fatal, que ainda não existe, como ela vai viver?", questionou Bernardo Garicochea, coordenador de ensino e pesquisa do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês. Para ele, o sistema de saúde, sobrecarregado, precisa repensar o gasto em testes, com resultados negativos, que não são revertidos em prevenção. "Os exames devem ser destinados preferencialmente àqueles que tenham histórico familiar da doença, com diferentes casos de um tipo de câncer em parentes de primeiro grau", acrescentou Oswaldo Keith Okamoto, professor associado do departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da USP e pesquisador do Centro de Pesquisas sobre o Genoma Humano e Células-tronco da USP. POLÍTICAS PÚBLICAS A prevenção, disse Garicochea, depende muito de políticas públicas para preparar os profissionais de saúde a orientar sobre exposição a fatores de risco. "Indicar o uso de protetor solar para pessoas com pele muito clara é uma medida muito simples e que pode ajudar a diminuir a incidência da doença", afirmou. Garicochea também criticou os exageros na prevenção, que incluem alimentos e chás milagrosos que não passam por validação científica. "Temos que refletir se não estamos criando uma cultura de 'cancerofobia', que quase enlouquece as pessoas dentro de uma doutrinação anti-câncer", afirmou. ABERTURA Veja vídeo Durante a abertura do evento, Sílvia Brandalise, médica e presidente do Centro Infantil Boldrini, de Campinas, lembrou que, embora a taxa de cura do câncer em crianças tenha aumentado em pelo menos 30% nos últimos 40 anos, o país precisa ainda avançar em pesquisa. Atualmente, segundo ela, menos de 1% dos casos da doença em crianças são registrados em estudos clínicos. "Os estudos clínicos devem ser melhor regulados pelas políticas públicas e ter as barreiras reduzidas", afirmou Brandalise. "É preciso juntar universidades e centros de pesquisa com a rede de saúde para melhorar o diagnóstico e o tratamento", concluiu.
seminariosfolha
É preciso refletir sobre 'cancerofobia', diz coordenador do Sírio-LibanêsO aumento do acesso à informação genética permite que hoje os testes capazes de detectar um câncer precocemente sejam feitos com maior precisão e velocidade. No entanto, o uso indiscriminado desses exames, sem acompanhamento médico adequado e sem levar à prevenção, só levará a preocupação e angústia. Essa foi a conclusão dos especialistas que participaram da primeira mesa de debates do Fórum A Jornada do Paciente com Câncer, evento que discute como os pacientes enfrentam o tratamento da doença no país. O seminário ocorre nesta segunda (24) e terça (25), no teatro Unibes, em São Paulo. O evento é realizado pela Folha com o patrocínio do laboratório Bristol-Myers Squibb. O efeito Angelina Jolie –a atriz americana retirou as mamas em 2013 após passar por um exame que detectou risco de câncer– fez crescer o interesse da população pelo tema, mas, segundo Dirce Carraro, cientista e coordenadora do Laboratório de Genômica e Biologia Molecular e do Laboratório de Diagnóstico Genômico do A.C.Camargo Cancer Center, aumentou também a importância de discutir a qualidade desses testes. "Uma informação erroneamente interpretada pode levar a uma decisão clínica não adequada para o paciente", afirmou. "Se dissermos para uma pessoa que ela tem 80% de chances de ter um câncer fatal, que ainda não existe, como ela vai viver?", questionou Bernardo Garicochea, coordenador de ensino e pesquisa do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês. Para ele, o sistema de saúde, sobrecarregado, precisa repensar o gasto em testes, com resultados negativos, que não são revertidos em prevenção. "Os exames devem ser destinados preferencialmente àqueles que tenham histórico familiar da doença, com diferentes casos de um tipo de câncer em parentes de primeiro grau", acrescentou Oswaldo Keith Okamoto, professor associado do departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da USP e pesquisador do Centro de Pesquisas sobre o Genoma Humano e Células-tronco da USP. POLÍTICAS PÚBLICAS A prevenção, disse Garicochea, depende muito de políticas públicas para preparar os profissionais de saúde a orientar sobre exposição a fatores de risco. "Indicar o uso de protetor solar para pessoas com pele muito clara é uma medida muito simples e que pode ajudar a diminuir a incidência da doença", afirmou. Garicochea também criticou os exageros na prevenção, que incluem alimentos e chás milagrosos que não passam por validação científica. "Temos que refletir se não estamos criando uma cultura de 'cancerofobia', que quase enlouquece as pessoas dentro de uma doutrinação anti-câncer", afirmou. ABERTURA Veja vídeo Durante a abertura do evento, Sílvia Brandalise, médica e presidente do Centro Infantil Boldrini, de Campinas, lembrou que, embora a taxa de cura do câncer em crianças tenha aumentado em pelo menos 30% nos últimos 40 anos, o país precisa ainda avançar em pesquisa. Atualmente, segundo ela, menos de 1% dos casos da doença em crianças são registrados em estudos clínicos. "Os estudos clínicos devem ser melhor regulados pelas políticas públicas e ter as barreiras reduzidas", afirmou Brandalise. "É preciso juntar universidades e centros de pesquisa com a rede de saúde para melhorar o diagnóstico e o tratamento", concluiu.
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Governo federal e Estados cortam recursos contra epidemias
No ano em que o país atingiu recorde de casos de dengue e entrou em alerta devido ao avanço do vírus da zika, os gastos do governo federal e da maioria dos Estados com vigilância epidemiológica (atividade de prevenção e controle de doenças) caíram. Levantamento da Folha aponta que, além da própria União, houve queda nos investimentos de pelo menos 17 Estados e no Distrito Federal. Com a recessão derrubando as receitas, os desembolsos federais para combater epidemias diminuíram 9,2% –em valores corrigidos e efetivamente pagos pelo Ministério da Saúde, somaram R$ 4,6 bilhões em 2015, ante R$ 5,1 bilhões no ano anterior. A área de vigilância epidemiológica compreende repasses a Estados e municípios, campanhas de prevenção de doenças e combate a potenciais vetores (caso do Aedes aegypti, por exemplo, que transmite dengue e zika) e oferta de insumos e testes de diagnóstico, por exemplo. Investimento por Estado** - Em R$ milhões* Entram nesse grupo ações para controle de doenças como dengue, malária, tuberculose, hepatite e Aids –não há dados separados para cada. A queda é maior do que a nos gastos gerais em saúde, que foi de 2%, e ocorreu no ano em que o Brasil teve 1,6 milhão de casos notificados de dengue, com 863 mortes. Foi em 2015 também que o país identificou a presença da zika, hoje apontado como a principal hipótese para o aumento de ocorrências de recém-nascidos com microcefalia –que, no último balanço, tinha 462 casos confirmados. 'FUMACÊ' Nos Estados, houve cortes de até 85% nas verbas destinadas à vigilância epidemiológica entre 2014 e 2015, conforme dados dos relatórios de execução orçamentária. Esses recursos são voltados à investigação de surtos de epidemias, pesquisas e manutenção de laboratórios. A verba também pode ser usada em ações de combate direto à doença, como contratação de carros de pulverização de inseticida, o "fumacê". A redução atingiu até Estados nordestinos que são epicentro de zika e dengue. Pernambuco, que lidera os casos de microcefalia, reduziu de R$ 33,7 milhões para R$ 24,1 milhões os recursos da vigilância. Na Bahia, o corte foi de 30%, de R$ 45,3 milhões para R$ 32 milhões. Além da queda de verbas, os Estados nordestinos ainda enfrentaram greve de agentes de controle de vetores, corte nas equipes e falta de larvicida contra o aedes. O Distrito Federal foi o que mais cortou em 2015, enquanto o Piauí foi o que menos investiu: os relatórios apontam que apenas R$ 10 foram liquidado em vigilância epidemiológica em 2015. No ano anterior, foi ainda pior: zero. casos de dengue em 2015 REDE DE VIGILÂNCIA Municípios também dizem ter sentido os efeitos da falta de recursos, afirma Nilo Bretas, coordenador da assessoria técnica do Conasems (Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde). Entre os impactos estão problemas na contratação de agentes que atuam no controle contra o Aedes. "Não temos prova de que a queda dos recursos causou esse cenário. Mas com certeza o subfinanciamento está ligado a isso." O infectologista Kleber Luz, diretor da Sociedade de Dengue e Arboviroses, é taxativo: a redução na vigilância tem impacto direto na saúde. "Se tem inflação e o recurso diminui, a consequência pode ser isso que estamos vendo, com três epidemias [de dengue, zika e chikungunya]." A falta de uma rede estruturada de vigilância nos Estados é apontada como uma das principais deficiências no controle de doenças transmissíveis. "Sem isso, vamos ficar apenas apagando incêndios", afirmou Gúbio Soares, professor da UFBA (Universidade Federal da Bahia). Gastos federais em vigilância epidemiológica - Em R$ bilhões* OUTRO LADO Estados que reduziram os gastos com vigilância epidemiológica alegam que contenções orçamentárias, redução dos repasses federais e melhorias na infraestrutura em 2014 resultaram na diminuição dos investimentos da rubrica no ano passado. Pernambuco informou que em 2014 foram necessários investimentos estruturais, como a compra de carros e equipamentos, que não precisaram ser repetidos no ano seguinte, o que explica a redução do valor investido. Segundo o governo, a diferença nos valores não afetou ações de combate às doenças no Estado e a média anual de gastos nas ações de controle do Aedes aegypti se manteve em R$ 5 milhões. O argumento é o mesmo utilizado pela Bahia. Já em São Paulo, o governo alegou que a queda nos valores é resultado da redução de recursos do Ministério da Saúde para ações de vigilância epidemiológica no Estado -R$ 50,6 milhões em 2015, ou 17,3% a menos que os R$ 61,2 milhões destinados no ano anterior. Apesar disso, segundo o governo, não houve redução dos valores gastos no combate à dengue e foram destinados R$ 62 milhões a esse fim, 24% mais que em 2014. O governo do Espírito Santo, por sua vez, informou que o valor investido caiu porque, em janeiro do ano passado, o governador Paulo Hartung (PMDB) publicou decreto que estabeleceu diretrizes para contenção de gastos. Segundo o governo, foram mantidos os investimentos em serviços essenciais à saúde. No Distrito Federal, o diretor-executivo do Fundo de Saúde, Ricardo Cardoso dos Santos, afirmou que a Secretaria da Saúde teve como foco em 2015 reabastecer a rede com remédios, o que explica a redução. Segundo ele, também não houve tempo para que todas as ações planejadas para 2015 fossem desenvolvidas, o que ocorrerá neste ano. "O impacto da dengue ocorreu no segundo semestre de 2015, o foco não estava tão em evidência como agora. Então priorizamos inicialmente o abastecimento da rede." Em Alagoas, o governo alega que houve novo direcionamento dos investimentos da vigilância em 2015, reduzindo custos em iniciativas como reformas em imóveis e pagamento de plantões para equipes atuarem em fins de semana em atividades de responsabilidade de prefeituras. Para o governo do Tocantins, a redução nos gastos não teve impacto em ações de prevenção e controle. O Pará informou que investiu mais em 2014 para reduzir números da malária no Estado e que, no ano passado, a verba foi só para manutenção, sem necessidade de grandes investimentos. Santa Catarina e Mato Grosso questionaram os dados enviados pela reportagem e disseram que investiram mais em 2015. A Folha, então, enviou planilhas com as informações do Tesouro Nacional. SC não respondeu, e MT alegou que os dados do Estado podem não ter sido atualizados no Tesouro. Já o governo do Rio Grande do Sul disse que só poderia se manifestar nesta terça-feira (16). Procurados, Piauí e Rondônia não responderam. A reportagem não conseguiu contato com o Maranhão e o Amapá.
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Governo federal e Estados cortam recursos contra epidemiasNo ano em que o país atingiu recorde de casos de dengue e entrou em alerta devido ao avanço do vírus da zika, os gastos do governo federal e da maioria dos Estados com vigilância epidemiológica (atividade de prevenção e controle de doenças) caíram. Levantamento da Folha aponta que, além da própria União, houve queda nos investimentos de pelo menos 17 Estados e no Distrito Federal. Com a recessão derrubando as receitas, os desembolsos federais para combater epidemias diminuíram 9,2% –em valores corrigidos e efetivamente pagos pelo Ministério da Saúde, somaram R$ 4,6 bilhões em 2015, ante R$ 5,1 bilhões no ano anterior. A área de vigilância epidemiológica compreende repasses a Estados e municípios, campanhas de prevenção de doenças e combate a potenciais vetores (caso do Aedes aegypti, por exemplo, que transmite dengue e zika) e oferta de insumos e testes de diagnóstico, por exemplo. Investimento por Estado** - Em R$ milhões* Entram nesse grupo ações para controle de doenças como dengue, malária, tuberculose, hepatite e Aids –não há dados separados para cada. A queda é maior do que a nos gastos gerais em saúde, que foi de 2%, e ocorreu no ano em que o Brasil teve 1,6 milhão de casos notificados de dengue, com 863 mortes. Foi em 2015 também que o país identificou a presença da zika, hoje apontado como a principal hipótese para o aumento de ocorrências de recém-nascidos com microcefalia –que, no último balanço, tinha 462 casos confirmados. 'FUMACÊ' Nos Estados, houve cortes de até 85% nas verbas destinadas à vigilância epidemiológica entre 2014 e 2015, conforme dados dos relatórios de execução orçamentária. Esses recursos são voltados à investigação de surtos de epidemias, pesquisas e manutenção de laboratórios. A verba também pode ser usada em ações de combate direto à doença, como contratação de carros de pulverização de inseticida, o "fumacê". A redução atingiu até Estados nordestinos que são epicentro de zika e dengue. Pernambuco, que lidera os casos de microcefalia, reduziu de R$ 33,7 milhões para R$ 24,1 milhões os recursos da vigilância. Na Bahia, o corte foi de 30%, de R$ 45,3 milhões para R$ 32 milhões. Além da queda de verbas, os Estados nordestinos ainda enfrentaram greve de agentes de controle de vetores, corte nas equipes e falta de larvicida contra o aedes. O Distrito Federal foi o que mais cortou em 2015, enquanto o Piauí foi o que menos investiu: os relatórios apontam que apenas R$ 10 foram liquidado em vigilância epidemiológica em 2015. No ano anterior, foi ainda pior: zero. casos de dengue em 2015 REDE DE VIGILÂNCIA Municípios também dizem ter sentido os efeitos da falta de recursos, afirma Nilo Bretas, coordenador da assessoria técnica do Conasems (Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde). Entre os impactos estão problemas na contratação de agentes que atuam no controle contra o Aedes. "Não temos prova de que a queda dos recursos causou esse cenário. Mas com certeza o subfinanciamento está ligado a isso." O infectologista Kleber Luz, diretor da Sociedade de Dengue e Arboviroses, é taxativo: a redução na vigilância tem impacto direto na saúde. "Se tem inflação e o recurso diminui, a consequência pode ser isso que estamos vendo, com três epidemias [de dengue, zika e chikungunya]." A falta de uma rede estruturada de vigilância nos Estados é apontada como uma das principais deficiências no controle de doenças transmissíveis. "Sem isso, vamos ficar apenas apagando incêndios", afirmou Gúbio Soares, professor da UFBA (Universidade Federal da Bahia). Gastos federais em vigilância epidemiológica - Em R$ bilhões* OUTRO LADO Estados que reduziram os gastos com vigilância epidemiológica alegam que contenções orçamentárias, redução dos repasses federais e melhorias na infraestrutura em 2014 resultaram na diminuição dos investimentos da rubrica no ano passado. Pernambuco informou que em 2014 foram necessários investimentos estruturais, como a compra de carros e equipamentos, que não precisaram ser repetidos no ano seguinte, o que explica a redução do valor investido. Segundo o governo, a diferença nos valores não afetou ações de combate às doenças no Estado e a média anual de gastos nas ações de controle do Aedes aegypti se manteve em R$ 5 milhões. O argumento é o mesmo utilizado pela Bahia. Já em São Paulo, o governo alegou que a queda nos valores é resultado da redução de recursos do Ministério da Saúde para ações de vigilância epidemiológica no Estado -R$ 50,6 milhões em 2015, ou 17,3% a menos que os R$ 61,2 milhões destinados no ano anterior. Apesar disso, segundo o governo, não houve redução dos valores gastos no combate à dengue e foram destinados R$ 62 milhões a esse fim, 24% mais que em 2014. O governo do Espírito Santo, por sua vez, informou que o valor investido caiu porque, em janeiro do ano passado, o governador Paulo Hartung (PMDB) publicou decreto que estabeleceu diretrizes para contenção de gastos. Segundo o governo, foram mantidos os investimentos em serviços essenciais à saúde. No Distrito Federal, o diretor-executivo do Fundo de Saúde, Ricardo Cardoso dos Santos, afirmou que a Secretaria da Saúde teve como foco em 2015 reabastecer a rede com remédios, o que explica a redução. Segundo ele, também não houve tempo para que todas as ações planejadas para 2015 fossem desenvolvidas, o que ocorrerá neste ano. "O impacto da dengue ocorreu no segundo semestre de 2015, o foco não estava tão em evidência como agora. Então priorizamos inicialmente o abastecimento da rede." Em Alagoas, o governo alega que houve novo direcionamento dos investimentos da vigilância em 2015, reduzindo custos em iniciativas como reformas em imóveis e pagamento de plantões para equipes atuarem em fins de semana em atividades de responsabilidade de prefeituras. Para o governo do Tocantins, a redução nos gastos não teve impacto em ações de prevenção e controle. O Pará informou que investiu mais em 2014 para reduzir números da malária no Estado e que, no ano passado, a verba foi só para manutenção, sem necessidade de grandes investimentos. Santa Catarina e Mato Grosso questionaram os dados enviados pela reportagem e disseram que investiram mais em 2015. A Folha, então, enviou planilhas com as informações do Tesouro Nacional. SC não respondeu, e MT alegou que os dados do Estado podem não ter sido atualizados no Tesouro. Já o governo do Rio Grande do Sul disse que só poderia se manifestar nesta terça-feira (16). Procurados, Piauí e Rondônia não responderam. A reportagem não conseguiu contato com o Maranhão e o Amapá.
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Fulanizaram o desajuste fiscal
Os jornais ao longo da semana divulgaram inúmeras vezes que o ministro Levy estaria por um fio. Argumenta-se (e essa parece ser a interpretação do ex-presidente Lula) que o ministro Levy é samba de uma nota só. Só fala de ajuste. O ministro Levy não olha para a frente nem dá esperança. Assim seria necessário trocá-lo por Henrique Meirelles, por exemplo, que parece ser o nome preferido do ex-presidente Lula. Meirelles conseguiria colocar a economia para rodar. O crédito iria movimentar a economia e relançar o crescimento. Seria o futuro. Muito difícil entender o movimento. Se é que houve de fato movimento. O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles é colunista desta Folha. Colega, escreve à pág. A2 aos domingos. Qualquer leitor de suas colunas sabe que Meirelles não advoga que haja excesso de capacidade ociosa generalizada e que, portanto, a inflação está prestes a despencar. Não é por falta de crédito que a economia recuará neste ano 3,3%. Por outro lado, não é verdade que o ajuste da economia engasgou porque o ministro Levy canta o samba de uma nota só. Muito pelo contrário. O ajuste ia muito bem, obrigado, até junho aproximadamente. O deficit externo tem recuado fortemente e as expectativas de inflação até aquela data caíam e sinalizavam IPCA abaixo de 5,5% em 2016 e na meta em 2017. A convergência da inflação à meta é o final do ajuste cíclico. Sua materialização cria as condições para a redução da taxa de juros e, com ela, a retomada do crescimento em bases sustentáveis. O ajuste cíclico de Levy desandou porque ele não conseguiu construir caminho para termos superavit primário da ordem de 2,5% do PIB em dois ou no máximo três anos. A percepção de que a dívida pública cresce como bola de neve e de que não há capacidade política para alterar essa dinâmica impede a retomada do investimento, eleva o risco-país e com ele o câmbio, o que contamina as expectativas de inflação. O ajuste cíclico desanda. Levy não conseguiu construir primário que estabilize a dinâmica da dívida, pois essa construção depende de todo o governo e de um acordo político que envolva boa parte do Congresso Nacional. É necessário aprovar reformas que estabilizem o gasto primário do governo como proporção do PIB, com vistas a tornar a política fiscal sustentável e estancar a trajetória, hoje explosiva, da dívida pública. A profundidade do estelionato eleitoral e o entendimento por parte dos políticos não petistas, que pode ou não ser correto, de o petismo representar projeto hegemônico bolivariano impedem que haja entendimento no Congresso em torno de agenda fiscal mínima. Por mais preparado que o ex-presidente do Banco Central seja, ele, como também Levy, não é um deus. Economistas e executivos extremamente bem preparados não são mágicos. Não têm poder de transformar um deficit primário de 1% a 2% do PIB em superavit de 2,5%. Quem consegue tais mágicas pedala e varre problemas para baixo do tapete. Não tem dado bons resultados. Dado que injustamente o desacerto fiscal foi fulanizado na figura do ministro Levy, alguns imaginam que um novo regime requeira a troca de guarda na Fazenda. Antes, no entanto, seria preciso construir a coalizão partidária que dará suporte ao novo ministro.
colunas
Fulanizaram o desajuste fiscalOs jornais ao longo da semana divulgaram inúmeras vezes que o ministro Levy estaria por um fio. Argumenta-se (e essa parece ser a interpretação do ex-presidente Lula) que o ministro Levy é samba de uma nota só. Só fala de ajuste. O ministro Levy não olha para a frente nem dá esperança. Assim seria necessário trocá-lo por Henrique Meirelles, por exemplo, que parece ser o nome preferido do ex-presidente Lula. Meirelles conseguiria colocar a economia para rodar. O crédito iria movimentar a economia e relançar o crescimento. Seria o futuro. Muito difícil entender o movimento. Se é que houve de fato movimento. O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles é colunista desta Folha. Colega, escreve à pág. A2 aos domingos. Qualquer leitor de suas colunas sabe que Meirelles não advoga que haja excesso de capacidade ociosa generalizada e que, portanto, a inflação está prestes a despencar. Não é por falta de crédito que a economia recuará neste ano 3,3%. Por outro lado, não é verdade que o ajuste da economia engasgou porque o ministro Levy canta o samba de uma nota só. Muito pelo contrário. O ajuste ia muito bem, obrigado, até junho aproximadamente. O deficit externo tem recuado fortemente e as expectativas de inflação até aquela data caíam e sinalizavam IPCA abaixo de 5,5% em 2016 e na meta em 2017. A convergência da inflação à meta é o final do ajuste cíclico. Sua materialização cria as condições para a redução da taxa de juros e, com ela, a retomada do crescimento em bases sustentáveis. O ajuste cíclico de Levy desandou porque ele não conseguiu construir caminho para termos superavit primário da ordem de 2,5% do PIB em dois ou no máximo três anos. A percepção de que a dívida pública cresce como bola de neve e de que não há capacidade política para alterar essa dinâmica impede a retomada do investimento, eleva o risco-país e com ele o câmbio, o que contamina as expectativas de inflação. O ajuste cíclico desanda. Levy não conseguiu construir primário que estabilize a dinâmica da dívida, pois essa construção depende de todo o governo e de um acordo político que envolva boa parte do Congresso Nacional. É necessário aprovar reformas que estabilizem o gasto primário do governo como proporção do PIB, com vistas a tornar a política fiscal sustentável e estancar a trajetória, hoje explosiva, da dívida pública. A profundidade do estelionato eleitoral e o entendimento por parte dos políticos não petistas, que pode ou não ser correto, de o petismo representar projeto hegemônico bolivariano impedem que haja entendimento no Congresso em torno de agenda fiscal mínima. Por mais preparado que o ex-presidente do Banco Central seja, ele, como também Levy, não é um deus. Economistas e executivos extremamente bem preparados não são mágicos. Não têm poder de transformar um deficit primário de 1% a 2% do PIB em superavit de 2,5%. Quem consegue tais mágicas pedala e varre problemas para baixo do tapete. Não tem dado bons resultados. Dado que injustamente o desacerto fiscal foi fulanizado na figura do ministro Levy, alguns imaginam que um novo regime requeira a troca de guarda na Fazenda. Antes, no entanto, seria preciso construir a coalizão partidária que dará suporte ao novo ministro.
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Quanto custa não tomar uma decisão
Na hora de comprar um notebook hoje ou qualquer outro produto eletrônico, somos forçados a lidar com uma série de decisões complexas: preciso de mais ou menos memória RAM? Qual é o melhor chip? O tamanho da tela ideal? Para poder fazer a melhor escolha, o consumidor deve tirar um tempo para comparar as opções existentes e definir aquela com a melhor relação entre custo e benefício para ele, certo? No entanto, essa postura, que parece a mais racional, pode ter um custo mental enorme. Para entender, veja o paradoxo do "burro de Buridan". A história vem do filósofo francês Jean Buridan: um burro faminto depara-se com dois montes de feno idênticos. Ele não consegue decidir qual é aquele que deseja e acaba morrendo de fome, no meio do caminho entre um monte de feno e outro. Parece exagerado? Então pare para refletir sobre as consequências de não tomar uma decisão. No caso do comprador do notebook, enquanto ele pesquisa a melhor opção, gasta energia e perde tempo para, no final das contas, escolher entre alternativas que são muito parecidas entre si. Enquanto o processo de tomada de decisão se arrasta, ele perde diversas oportunidades de uso da máquina. Além disso, tempo tem valor, a pessoa pode trabalhar ou fazer algo que lhe dê prazer. O que está por trás desta questão é a dificuldade de escolher entre duas opções parecidas entre si. Quando vamos a um restaurante e olhamos o menu, eliminamos logo os tipos de prato que não desejamos no momento: carnes e peixe, por exemplo, para focar em massas. Escolher entre um espaguete ou um linguine com molhos similares é muito mais difícil do que entre um espaguete e um robalo. Não é à toa que pessoas indecisas lidam melhor com cardápios com menos opções. Para ajudar nesse processo, temos alguns casos de sucesso de restaurantes que possuem duas ou três opções por dia e outros que se especializaram em um único prato. Isso acontece pelo nosso desejo de manter as portas abertas. Ao tomarmos uma decisão, fechamos a porta para todas as alternativas que haviam anteriormente e fica apenas o sentimento de perda. "Será que escolhi o certo?". Esse sentimento chega até a ser vivido como uma dor - e tendemos a fugir disso, mantendo portas abertas e evitando certas decisões, a um custo elevado. Em última análise, o custo de não decidir é maior do que o de optar por uma alternativa que pode não ser a melhor. O tempo, a energia e as oportunidades perdidas são consequências importantes e que não podem ser ignoradas. Post em parceria com Carolina Ruhman Sandler, jornalista, fundadora do site Finanças Femininas e coautora do livro "Finanças femininas - Como organizar suas contas, aprender a investir e realizar seus sonhos" (Saraiva)
colunas
Quanto custa não tomar uma decisãoNa hora de comprar um notebook hoje ou qualquer outro produto eletrônico, somos forçados a lidar com uma série de decisões complexas: preciso de mais ou menos memória RAM? Qual é o melhor chip? O tamanho da tela ideal? Para poder fazer a melhor escolha, o consumidor deve tirar um tempo para comparar as opções existentes e definir aquela com a melhor relação entre custo e benefício para ele, certo? No entanto, essa postura, que parece a mais racional, pode ter um custo mental enorme. Para entender, veja o paradoxo do "burro de Buridan". A história vem do filósofo francês Jean Buridan: um burro faminto depara-se com dois montes de feno idênticos. Ele não consegue decidir qual é aquele que deseja e acaba morrendo de fome, no meio do caminho entre um monte de feno e outro. Parece exagerado? Então pare para refletir sobre as consequências de não tomar uma decisão. No caso do comprador do notebook, enquanto ele pesquisa a melhor opção, gasta energia e perde tempo para, no final das contas, escolher entre alternativas que são muito parecidas entre si. Enquanto o processo de tomada de decisão se arrasta, ele perde diversas oportunidades de uso da máquina. Além disso, tempo tem valor, a pessoa pode trabalhar ou fazer algo que lhe dê prazer. O que está por trás desta questão é a dificuldade de escolher entre duas opções parecidas entre si. Quando vamos a um restaurante e olhamos o menu, eliminamos logo os tipos de prato que não desejamos no momento: carnes e peixe, por exemplo, para focar em massas. Escolher entre um espaguete ou um linguine com molhos similares é muito mais difícil do que entre um espaguete e um robalo. Não é à toa que pessoas indecisas lidam melhor com cardápios com menos opções. Para ajudar nesse processo, temos alguns casos de sucesso de restaurantes que possuem duas ou três opções por dia e outros que se especializaram em um único prato. Isso acontece pelo nosso desejo de manter as portas abertas. Ao tomarmos uma decisão, fechamos a porta para todas as alternativas que haviam anteriormente e fica apenas o sentimento de perda. "Será que escolhi o certo?". Esse sentimento chega até a ser vivido como uma dor - e tendemos a fugir disso, mantendo portas abertas e evitando certas decisões, a um custo elevado. Em última análise, o custo de não decidir é maior do que o de optar por uma alternativa que pode não ser a melhor. O tempo, a energia e as oportunidades perdidas são consequências importantes e que não podem ser ignoradas. Post em parceria com Carolina Ruhman Sandler, jornalista, fundadora do site Finanças Femininas e coautora do livro "Finanças femininas - Como organizar suas contas, aprender a investir e realizar seus sonhos" (Saraiva)
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Janot pede arquivamento de inquérito contra Lindbergh Farias
O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, pediu o arquivamento do inquérito que envolve o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) na Operação Lava Jato. Para Janot, as provas colhidas não apresentam indícios de crimes cometidos pelo parlamentar. Em novembro de 2016 a Polícia Federal pediu o arquivamento da investigação. A manifestação de Janot foi incluída no inquérito na noite desta terça (24). Caberá ao próximo relator da Lava Jato decidir sobre o pedido. Ainda não está definido quem vai relatar o processo após a morte do ministro Teori Zavascki na quinta (19). O inquérito foi aberto em março de 2015 para apurar se o senador cometeu crimes de corrupção passiva qualificada e de lavagem de dinheiro. Em delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que, em 2010, Lindbergh teria lhe pedido R$ 2 milhões para sua campanha ao Senado. Segundo Costa, o pedido foi atendido e o dinheiro foi repassado ao doleiro Alberto Youssef. Os valores seriam debitados da cota percentual direcionada ao PP no esquema de desvios da Petrobras. "Os resultados das diligências realizadas (...) não foram capazes de reforçá-las, persistindo até mesmo dúvidas em relação a circunstâncias essenciais dos fatos aqui versados, tais como o local da primeira reunião entre o investigado e o ex-diretor da petrolífera e a suposta pessoa que teria repassado os R$ 2 milhões", diz Janot na manifestação. RELATORIA DA LAVA JATO Na tarde de terça (24), Janot apresentou um pedido de urgência à ministra Cármen Lúcia para apressar a homologação da delação da Odebrecht na Lava Jato. Na segunda (23), Janot e Cármen Lúcia se reuniram para conversar sobre o futuro das investigações. Pessoas próximas a Cármen Lúcia dizem que a ministra ainda não decidiu como resolverá a questão sobre a relatoria da Lava Jato. É possível que a relatoria seja sorteada entre os nove integrantes do Supremo (excluindo a presidente) ou apenas entre os quatro ministros que compõem a Segunda Turma do STF, da qual Teori fazia parte. Estão na Segunda Turma os ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. Como agora uma cadeira ficou vaga, há a possibilidade de que um dos ministros da Primeira Turma migrar para a Segunda e participar da definição. Fazem parte da Primeira Turma: Marco Aurélio Mello, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Edson Fachin. Nas conversas que tem tido, Cármen Lúcia discute a hipótese de um dos ministros da Corte pedir para assumir a relatoria da Operação Lava Jato. Nos bastidores do Supremo se trata ainda da possibilidade de o ministro Edson Fachin – o mais novo na Corte – pedir para mudar da Primeira para a Segunda Turma, caso os ministros mais antigos não queiram mudar. O nome de Fachin está sendo citado em conversas reservadas por outros ministros do Supremo. Neste caso, ele herdaria apenas a relatoria da Lava Jato. O novo ministro a ser indicado pelo presidente Michel Temer deve assumir parte ou todo o acervo de quase 7,5 mil processos que estão no gabinete de Teori. " O Ministro de uma Turma tem o direito de transferir-se para outra onde haja vaga; havendo mais de um pedido, terá preferência o do mais antigo", diz o artigo 19 do regimento interno do Supremo.
poder
Janot pede arquivamento de inquérito contra Lindbergh FariasO Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, pediu o arquivamento do inquérito que envolve o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) na Operação Lava Jato. Para Janot, as provas colhidas não apresentam indícios de crimes cometidos pelo parlamentar. Em novembro de 2016 a Polícia Federal pediu o arquivamento da investigação. A manifestação de Janot foi incluída no inquérito na noite desta terça (24). Caberá ao próximo relator da Lava Jato decidir sobre o pedido. Ainda não está definido quem vai relatar o processo após a morte do ministro Teori Zavascki na quinta (19). O inquérito foi aberto em março de 2015 para apurar se o senador cometeu crimes de corrupção passiva qualificada e de lavagem de dinheiro. Em delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que, em 2010, Lindbergh teria lhe pedido R$ 2 milhões para sua campanha ao Senado. Segundo Costa, o pedido foi atendido e o dinheiro foi repassado ao doleiro Alberto Youssef. Os valores seriam debitados da cota percentual direcionada ao PP no esquema de desvios da Petrobras. "Os resultados das diligências realizadas (...) não foram capazes de reforçá-las, persistindo até mesmo dúvidas em relação a circunstâncias essenciais dos fatos aqui versados, tais como o local da primeira reunião entre o investigado e o ex-diretor da petrolífera e a suposta pessoa que teria repassado os R$ 2 milhões", diz Janot na manifestação. RELATORIA DA LAVA JATO Na tarde de terça (24), Janot apresentou um pedido de urgência à ministra Cármen Lúcia para apressar a homologação da delação da Odebrecht na Lava Jato. Na segunda (23), Janot e Cármen Lúcia se reuniram para conversar sobre o futuro das investigações. Pessoas próximas a Cármen Lúcia dizem que a ministra ainda não decidiu como resolverá a questão sobre a relatoria da Lava Jato. É possível que a relatoria seja sorteada entre os nove integrantes do Supremo (excluindo a presidente) ou apenas entre os quatro ministros que compõem a Segunda Turma do STF, da qual Teori fazia parte. Estão na Segunda Turma os ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. Como agora uma cadeira ficou vaga, há a possibilidade de que um dos ministros da Primeira Turma migrar para a Segunda e participar da definição. Fazem parte da Primeira Turma: Marco Aurélio Mello, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Edson Fachin. Nas conversas que tem tido, Cármen Lúcia discute a hipótese de um dos ministros da Corte pedir para assumir a relatoria da Operação Lava Jato. Nos bastidores do Supremo se trata ainda da possibilidade de o ministro Edson Fachin – o mais novo na Corte – pedir para mudar da Primeira para a Segunda Turma, caso os ministros mais antigos não queiram mudar. O nome de Fachin está sendo citado em conversas reservadas por outros ministros do Supremo. Neste caso, ele herdaria apenas a relatoria da Lava Jato. O novo ministro a ser indicado pelo presidente Michel Temer deve assumir parte ou todo o acervo de quase 7,5 mil processos que estão no gabinete de Teori. " O Ministro de uma Turma tem o direito de transferir-se para outra onde haja vaga; havendo mais de um pedido, terá preferência o do mais antigo", diz o artigo 19 do regimento interno do Supremo.
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Start-up 99 recebe investimento de US$ 100 milhões da SoftBank
A empresa de corridas por aplicativos 99 anunciou nesta quarta-feira (24) ter recebido investimento de US$ 100 milhões (cerca de R$ 325 milhões) da companhia japonesa de serviços telecomunicações e internet SoftBank. Em janeiro, a start-up havia levantado outros US$ 100 milhões, em injeção de capital com recursos principalmente da empresa Didi Chuxing, do mesmo setor e que adquiriu as operações do Uber no país asiático. Em nota à imprensa, a 99 disse que o investimento será usado para fortalecer ainda mais o rápido crescimento do serviço de carros particulares 99, tendo em vista levar a marca a consolidar a liderança neste segmento no Brasil. A start-up também afirma planejar uma expansão pela América Latina. Além de enfrentar a americana Uber no mercado brasileiro, a 99 disputa com a brasileira Easy (investida pelo fundo alemão Rocket Internet) e a espanhola Cabify, que anunciou que investiria U$S 200 milhões no Brasil. Usuários dos serviços já percebem o impacto da capitalização das empresas. Promoções com corridas subsidiadas têm sido frequentes nos serviços. Motoristas que se mantém fiéis a um dos serviços também vêm recebendo bonificações de acordo com o número de corridas realizadas. A 99 foi criada em 2012, inicialmente como serviço para chamadas de táxi –categoria que segue disponível no app–, posteriormente ampliado para corridas com motoristas privados, o 99 POP, nos moldes do Uber. A empresa afirma conectar mais de 200 mil motoristas e mais de 14 milhões de usuários registrados. Esta transação passará por avaliação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e demais autoridades relevantes. A SoftBank investe em outros aplicativos de mobilidade, incluindo a DiDi, Ola e Grab, da China, Índia e Sudeste Asiático, respectivamente. Outros investidores da 99 são Monashees, Qualcomm Ventures, Riverwood, e Tiger Global.
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Start-up 99 recebe investimento de US$ 100 milhões da SoftBankA empresa de corridas por aplicativos 99 anunciou nesta quarta-feira (24) ter recebido investimento de US$ 100 milhões (cerca de R$ 325 milhões) da companhia japonesa de serviços telecomunicações e internet SoftBank. Em janeiro, a start-up havia levantado outros US$ 100 milhões, em injeção de capital com recursos principalmente da empresa Didi Chuxing, do mesmo setor e que adquiriu as operações do Uber no país asiático. Em nota à imprensa, a 99 disse que o investimento será usado para fortalecer ainda mais o rápido crescimento do serviço de carros particulares 99, tendo em vista levar a marca a consolidar a liderança neste segmento no Brasil. A start-up também afirma planejar uma expansão pela América Latina. Além de enfrentar a americana Uber no mercado brasileiro, a 99 disputa com a brasileira Easy (investida pelo fundo alemão Rocket Internet) e a espanhola Cabify, que anunciou que investiria U$S 200 milhões no Brasil. Usuários dos serviços já percebem o impacto da capitalização das empresas. Promoções com corridas subsidiadas têm sido frequentes nos serviços. Motoristas que se mantém fiéis a um dos serviços também vêm recebendo bonificações de acordo com o número de corridas realizadas. A 99 foi criada em 2012, inicialmente como serviço para chamadas de táxi –categoria que segue disponível no app–, posteriormente ampliado para corridas com motoristas privados, o 99 POP, nos moldes do Uber. A empresa afirma conectar mais de 200 mil motoristas e mais de 14 milhões de usuários registrados. Esta transação passará por avaliação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e demais autoridades relevantes. A SoftBank investe em outros aplicativos de mobilidade, incluindo a DiDi, Ola e Grab, da China, Índia e Sudeste Asiático, respectivamente. Outros investidores da 99 são Monashees, Qualcomm Ventures, Riverwood, e Tiger Global.
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Crise econômica aflige equatorianos antes de eleição presidencial
O vencedor das eleições presidenciais do Equador, cujo primeiro turno será no próximo domingo (19), herdará um país cuja economia vem encolhendo desde 2015. Vão longe os anos de "boom das commodities", do crescimento do PIB na marca dos 7,9%, nos quais Rafael Correa gozava de picos de popularidade ao ter a possibilidade de aumentar o gasto social em programas de assistência. Tal bonança, porém, chegou ao fim com a queda do preço do petróleo e a redução geral das exportações em mais de 10%, em 2016. Para piorar o quadro, um terremoto, em abril do ano passado, custou aos cofres públicos US$ 3 bilhões. Segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional), o Equador deve ser o único país da América Latina, ao lado da Venezuela, que em 2017 apresentará um crescimento negativo, por volta dos -2,7% —contando com certa recuperação de Brasil e Argentina. Outros indicadores também não são animadores. O desemprego aumentou, de 2015 para o ano passado, de 4,8% a 6,6%, e a informalidade hoje corresponde a 39% do mercado de trabalho. A palavra "ajuste", tão impopular, não se ouve da boca dos candidatos, mas sua necessidade é mencionada de modo generalizado quando se pergunta aos especialistas. "Retomar o caminho do crescimento levará tempo e os próximos anos serão difíceis porque demoramos muito para colocar em prática as ações corretivas que eram necessárias para a economia", diz o economista Juan Falconi Morales. Com tal cenário, não é difícil entender porque, então, as pesquisas colocam as preocupações com a economia como as principais dos equatorianos diante do próximo pleito. Segundo o Instituto Cedatos, 28% se dizem preocupados com os rumos econômicos do país e com a inflação, e 26% com o desemprego. A corrupção (19%) e a segurança (10%) ficam bem para trás. "Eu estou cansado de trabalhar na rua", diz o engraxate José Diáz, 63, que trabalha numa praça do centro de Guayaquil, cidade mais populosa do país. "Passei a vida assim. Vendi jornais, doces, e nos últimos anos aguentei e tive esperança porque Correa deu à minha família a possibilidade de que minha filha fosse à universidade. Agora até isso está em risco, porque se diz que as ajudas às famílias humildes vão acabar", resume. De fato, o governo Correa tem o mérito de ter conseguido reduzir a pobreza de 37%, em 2007, quando assumiu, para 23%, no ano passado, além de ter aumentado gastos com saúde e educação para os setores menos favorecidos. Essas conquistas, porém, estarão em risco caso a perspectiva de recessão se confirme. As dificuldades causadas pelo terremoto fizeram com que Correa aprovasse impostos extras à população, logrando aumentar a arrecadação geral, em 2016, em US$ 1 bilhão. As novas taxas —chamadas de "contribuições solidárias", ainda que obrigatórias— e o aumento, que era para ser temporário, do IVA, de 12% a 14%, são hoje muito impopulares e vêm contribuindo para o desgaste de sua imagem. Correa tem hoje 42% de aprovação popular —índice alto para a América Latina, mas não para seus padrões, que já chegaram aos 70%, em meados de seu período na Presidência. Para ajudar a cobrir os gastos, Correa também aumentou o endividamento do Estado, chegando a 38% do PIB, quase atingindo o topo do que permite a Constituição, de 40%. Isso, também, terá seu custo a médio prazo. Seu candidato, Lenín Moreno, não apresenta propostas consistentes de mudanças de rumo na política econômica. Mais à esquerda que Correa, nega que gastos sociais serão prejudicados, e aposta na manutenção das taxas e no endividamento, com a esperança de uma lenta recuperação do preço do petróleo. Seu principal adversário, Guillermo Lasso, é mais ousado nas propostas. Crê que é preciso "despetrolizar" a economia, oferecendo incentivos para diversificar a produção e o valor agregado das exportações. Também crê que os anos Correa foram de isolamento, e buscará tratados de livre-comércio e maior integração aos blocos comerciais da região.
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Crise econômica aflige equatorianos antes de eleição presidencialO vencedor das eleições presidenciais do Equador, cujo primeiro turno será no próximo domingo (19), herdará um país cuja economia vem encolhendo desde 2015. Vão longe os anos de "boom das commodities", do crescimento do PIB na marca dos 7,9%, nos quais Rafael Correa gozava de picos de popularidade ao ter a possibilidade de aumentar o gasto social em programas de assistência. Tal bonança, porém, chegou ao fim com a queda do preço do petróleo e a redução geral das exportações em mais de 10%, em 2016. Para piorar o quadro, um terremoto, em abril do ano passado, custou aos cofres públicos US$ 3 bilhões. Segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional), o Equador deve ser o único país da América Latina, ao lado da Venezuela, que em 2017 apresentará um crescimento negativo, por volta dos -2,7% —contando com certa recuperação de Brasil e Argentina. Outros indicadores também não são animadores. O desemprego aumentou, de 2015 para o ano passado, de 4,8% a 6,6%, e a informalidade hoje corresponde a 39% do mercado de trabalho. A palavra "ajuste", tão impopular, não se ouve da boca dos candidatos, mas sua necessidade é mencionada de modo generalizado quando se pergunta aos especialistas. "Retomar o caminho do crescimento levará tempo e os próximos anos serão difíceis porque demoramos muito para colocar em prática as ações corretivas que eram necessárias para a economia", diz o economista Juan Falconi Morales. Com tal cenário, não é difícil entender porque, então, as pesquisas colocam as preocupações com a economia como as principais dos equatorianos diante do próximo pleito. Segundo o Instituto Cedatos, 28% se dizem preocupados com os rumos econômicos do país e com a inflação, e 26% com o desemprego. A corrupção (19%) e a segurança (10%) ficam bem para trás. "Eu estou cansado de trabalhar na rua", diz o engraxate José Diáz, 63, que trabalha numa praça do centro de Guayaquil, cidade mais populosa do país. "Passei a vida assim. Vendi jornais, doces, e nos últimos anos aguentei e tive esperança porque Correa deu à minha família a possibilidade de que minha filha fosse à universidade. Agora até isso está em risco, porque se diz que as ajudas às famílias humildes vão acabar", resume. De fato, o governo Correa tem o mérito de ter conseguido reduzir a pobreza de 37%, em 2007, quando assumiu, para 23%, no ano passado, além de ter aumentado gastos com saúde e educação para os setores menos favorecidos. Essas conquistas, porém, estarão em risco caso a perspectiva de recessão se confirme. As dificuldades causadas pelo terremoto fizeram com que Correa aprovasse impostos extras à população, logrando aumentar a arrecadação geral, em 2016, em US$ 1 bilhão. As novas taxas —chamadas de "contribuições solidárias", ainda que obrigatórias— e o aumento, que era para ser temporário, do IVA, de 12% a 14%, são hoje muito impopulares e vêm contribuindo para o desgaste de sua imagem. Correa tem hoje 42% de aprovação popular —índice alto para a América Latina, mas não para seus padrões, que já chegaram aos 70%, em meados de seu período na Presidência. Para ajudar a cobrir os gastos, Correa também aumentou o endividamento do Estado, chegando a 38% do PIB, quase atingindo o topo do que permite a Constituição, de 40%. Isso, também, terá seu custo a médio prazo. Seu candidato, Lenín Moreno, não apresenta propostas consistentes de mudanças de rumo na política econômica. Mais à esquerda que Correa, nega que gastos sociais serão prejudicados, e aposta na manutenção das taxas e no endividamento, com a esperança de uma lenta recuperação do preço do petróleo. Seu principal adversário, Guillermo Lasso, é mais ousado nas propostas. Crê que é preciso "despetrolizar" a economia, oferecendo incentivos para diversificar a produção e o valor agregado das exportações. Também crê que os anos Correa foram de isolamento, e buscará tratados de livre-comércio e maior integração aos blocos comerciais da região.
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Estilista francesa Sonia Rykiel, a 'rainha do tricô', morre aos 86 anos
A francesa Sonia Rykiel morreu na madrugada desta quinta-feira (25) em Paris. Conhecida como a rainha do tricô, a estilista sofria do mal de Parkinson. A morte foi confirmada pela família da estilista. "Minha mãe faleceu esta noite, em casa, às 5h da manhã, vítima do mal de Parkinson", declarou sua filha, Nathalie Rykiel. Estilista emblemática dos anos 1970, o ruiva com ares de feiticeira ficou famosa por seu trabalho com o tricô e suas criações em malhas listradas. Ela também marcou a história da moda por seu engajamento pela liberação das mulheres, sempre apresentando modelos que desfilavam sorridentes e saltitantes, enquanto a regra ditava posturas mais contidas nas passarelas. Filha de um francês e uma romena, a estilista começou sua carreira como vitrinista em 1948, antes de fundar sua marca, 20 anos depois. Personagem emblemática da chamada Rive Gauche parisiense, Sonia sempre frenquentou os meios intelectuais da capital e chegou a publicar vários livros. Ela também foi um dos personagens do filme "Prêt à porter", de Robert Altman, que mostrou os bastidores da moda em 1994.  Nos últimos anos a estilista se afastou aos poucos da marca, que durante muito tempo foi uma das únicas a resistirem à força dos grandes grupos e mantinha um controle familiar. A empresa chegou a ser presidida por sua filha, antes de ser comprada pelo grupo First Heritage Brands, de Hong Kong. Atualmente a direção artística está nas mãos da estilista Julie de Libran.  Sonia Rykiel revelou que sofria do mal de Parkinson em 2012. Mas apenas em 2015, quando sua filha lançou um livro sobre o assunto, a doença da estilista ficou conhecida do grande público.
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Estilista francesa Sonia Rykiel, a 'rainha do tricô', morre aos 86 anosA francesa Sonia Rykiel morreu na madrugada desta quinta-feira (25) em Paris. Conhecida como a rainha do tricô, a estilista sofria do mal de Parkinson. A morte foi confirmada pela família da estilista. "Minha mãe faleceu esta noite, em casa, às 5h da manhã, vítima do mal de Parkinson", declarou sua filha, Nathalie Rykiel. Estilista emblemática dos anos 1970, o ruiva com ares de feiticeira ficou famosa por seu trabalho com o tricô e suas criações em malhas listradas. Ela também marcou a história da moda por seu engajamento pela liberação das mulheres, sempre apresentando modelos que desfilavam sorridentes e saltitantes, enquanto a regra ditava posturas mais contidas nas passarelas. Filha de um francês e uma romena, a estilista começou sua carreira como vitrinista em 1948, antes de fundar sua marca, 20 anos depois. Personagem emblemática da chamada Rive Gauche parisiense, Sonia sempre frenquentou os meios intelectuais da capital e chegou a publicar vários livros. Ela também foi um dos personagens do filme "Prêt à porter", de Robert Altman, que mostrou os bastidores da moda em 1994.  Nos últimos anos a estilista se afastou aos poucos da marca, que durante muito tempo foi uma das únicas a resistirem à força dos grandes grupos e mantinha um controle familiar. A empresa chegou a ser presidida por sua filha, antes de ser comprada pelo grupo First Heritage Brands, de Hong Kong. Atualmente a direção artística está nas mãos da estilista Julie de Libran.  Sonia Rykiel revelou que sofria do mal de Parkinson em 2012. Mas apenas em 2015, quando sua filha lançou um livro sobre o assunto, a doença da estilista ficou conhecida do grande público.
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Ombudsman reafirma informações publicadas
Sobre as recentes declarações do procurador-geral da República reafirmo as informações publicadas na coluna da ombudsman da Folha de S.Paulo em 19/03, confirmadas por mais de três fontes independentes, como requer a boa prática jornalística. Em razão da função que exerço, tenho compromisso com a independência e a transparência do processo jornalístico, tendo sido essa minha única e exclusiva motivação.
colunas
Ombudsman reafirma informações publicadasSobre as recentes declarações do procurador-geral da República reafirmo as informações publicadas na coluna da ombudsman da Folha de S.Paulo em 19/03, confirmadas por mais de três fontes independentes, como requer a boa prática jornalística. Em razão da função que exerço, tenho compromisso com a independência e a transparência do processo jornalístico, tendo sido essa minha única e exclusiva motivação.
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Libéria está livre da epidemia de ebola, diz OMS
Após 13 meses e quase 4.700 mortes, a Libéria parece estar livre da epidemia de ebola, segundo a Organização Mundial de Saúde anunciou neste sábado (9). O país passou 42 dias sem registrar novos casos da doença, o dobro do período máximo de incubação do vírus. A ONU prevê que até agosto a epidemia já esteja encerrada nos outros dois países que sofrem com ela, Serra Leoa e Guiné. A presidente liberiana, Ellen Johnson Sirleaf, visitou neste sábado centros de saúde em Monróvia, abraçando e tirando fotos com médicos e enfermeiros, ao lado da embaixadora dos EUA, Deborah Malac. Elas trocaram o "aperto de mão do ebola", batendo o antebraço sem tocar as palmas das mãos - uma das principais fontes de contágio, quando alguém que tocou secreções de pessoas infectadas não cuidou bem da higiene. Comunidades de mulheres cristãs, chamadas "guerreiras da oração" comemoraram a erradicação dançando pelas ruas de Monróvia. Durante a epidemia, 10.322 pessoas foram infectadas pelo vírus no país, das quais 4.608 morreram. A última foi uma mulher que exibiu sintomas em 20 de março e morreu uma semana depois. As 322 pessoas que estiveram em contato com ela naquela semana foram acompanhadas durante 21 dias, sem apresentar sintomas. "Fazemos um tributo ao governo e ao povo da Libéria, que com sua determinação venceram o ebola. Os médicos e enfermeiras nunca deixaram de tratar dos pacientes, mesmo nas ocasiões em que o material de proteção não era o adequado", diz o comunicado da OMS. Durante o combate à doença, 375 trabalhadores da saúde foram infectados e 189 morreram. As autoridades e os sobreviventes dizem que evitam comemorar o fim do ebola na Libéria, porém, já que ela pode voltar a atacar no país se apenas um doente cruzar a fronteira, vindo de países vizinhos afetados pelo surto. "Não devemos ser complacentes: nosso esforço coletivo deve se manter até que o surto tenha terminado na Serra Leoa e na Guiné", disse Christos Stylianides, comissário europeu de auxílio humanitário e coordenador da União Europeia para o Ebola. Tanto na Serra Leoa quanto na Guiné, continuaram a surgir novos casos. Houve nove novos relatos de pacientes doentes em cada país na semana que encerrou em 3 de maio, segundo a OMS. Mesmo tendo estancado com sucesso o surgimento de novos casos, a Libéria ainda precisa se recuperar do efeito da epidemia em sua economia. "Precisamos ajudar [os países afetados] a reconstruir e fortalecer seus sistemas de saúde. E precisamos nos assegurar de que os países de todo o mundo estarão melhor preparados na próxima vez em que aparecer uma epidemia como a do ebola", afirmou Stylianides. "Estamos orgulhosos do que conseguimos fazer em conjunto, mas precisamos manter a vigilância", disse Peter Jan Graaff, líder da Missão das Nações Unidas para Resposta de Emergência ao Ebola (UNMEER, na sigla em inglês). "O vírus ainda não foi erradicado da região, e enquanto ele estiver presente todos continuamos potencialmente sob risco." A epidemia atual surgiu em dezembro de 2013 numa região florestal de Guiné, na fronteira com a Libéria e a Serra Leoa, e rapidamente se expandiu pelos três países. Até agora, foram afetadas mais de 26 mil pessoas, das quais 11 mil morreram - ou mais de quatro mortes a cada dez doentes.
mundo
Libéria está livre da epidemia de ebola, diz OMSApós 13 meses e quase 4.700 mortes, a Libéria parece estar livre da epidemia de ebola, segundo a Organização Mundial de Saúde anunciou neste sábado (9). O país passou 42 dias sem registrar novos casos da doença, o dobro do período máximo de incubação do vírus. A ONU prevê que até agosto a epidemia já esteja encerrada nos outros dois países que sofrem com ela, Serra Leoa e Guiné. A presidente liberiana, Ellen Johnson Sirleaf, visitou neste sábado centros de saúde em Monróvia, abraçando e tirando fotos com médicos e enfermeiros, ao lado da embaixadora dos EUA, Deborah Malac. Elas trocaram o "aperto de mão do ebola", batendo o antebraço sem tocar as palmas das mãos - uma das principais fontes de contágio, quando alguém que tocou secreções de pessoas infectadas não cuidou bem da higiene. Comunidades de mulheres cristãs, chamadas "guerreiras da oração" comemoraram a erradicação dançando pelas ruas de Monróvia. Durante a epidemia, 10.322 pessoas foram infectadas pelo vírus no país, das quais 4.608 morreram. A última foi uma mulher que exibiu sintomas em 20 de março e morreu uma semana depois. As 322 pessoas que estiveram em contato com ela naquela semana foram acompanhadas durante 21 dias, sem apresentar sintomas. "Fazemos um tributo ao governo e ao povo da Libéria, que com sua determinação venceram o ebola. Os médicos e enfermeiras nunca deixaram de tratar dos pacientes, mesmo nas ocasiões em que o material de proteção não era o adequado", diz o comunicado da OMS. Durante o combate à doença, 375 trabalhadores da saúde foram infectados e 189 morreram. As autoridades e os sobreviventes dizem que evitam comemorar o fim do ebola na Libéria, porém, já que ela pode voltar a atacar no país se apenas um doente cruzar a fronteira, vindo de países vizinhos afetados pelo surto. "Não devemos ser complacentes: nosso esforço coletivo deve se manter até que o surto tenha terminado na Serra Leoa e na Guiné", disse Christos Stylianides, comissário europeu de auxílio humanitário e coordenador da União Europeia para o Ebola. Tanto na Serra Leoa quanto na Guiné, continuaram a surgir novos casos. Houve nove novos relatos de pacientes doentes em cada país na semana que encerrou em 3 de maio, segundo a OMS. Mesmo tendo estancado com sucesso o surgimento de novos casos, a Libéria ainda precisa se recuperar do efeito da epidemia em sua economia. "Precisamos ajudar [os países afetados] a reconstruir e fortalecer seus sistemas de saúde. E precisamos nos assegurar de que os países de todo o mundo estarão melhor preparados na próxima vez em que aparecer uma epidemia como a do ebola", afirmou Stylianides. "Estamos orgulhosos do que conseguimos fazer em conjunto, mas precisamos manter a vigilância", disse Peter Jan Graaff, líder da Missão das Nações Unidas para Resposta de Emergência ao Ebola (UNMEER, na sigla em inglês). "O vírus ainda não foi erradicado da região, e enquanto ele estiver presente todos continuamos potencialmente sob risco." A epidemia atual surgiu em dezembro de 2013 numa região florestal de Guiné, na fronteira com a Libéria e a Serra Leoa, e rapidamente se expandiu pelos três países. Até agora, foram afetadas mais de 26 mil pessoas, das quais 11 mil morreram - ou mais de quatro mortes a cada dez doentes.
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Sete são denunciados por lavagem de dinheiro da máfia do ISS
O Ministério Público denunciou nesta quinta (16) por lavagem de dinheiro sete pessoas suspeitas de participarem da máfia do ISS, que deixou um rombo de R$ 500 milhões nos cofres municipais. Entre os denunciados está o empresário Marco Aurélio Garcia, irmão do secretário estadual de Habitação, Rodrigo Garcia (DEM). De acordo com a investigação, o grupo realizou "uma série de manobras" para ocultar dinheiro e bens obtidos ilegalmente. O esquema da quadrilha consistia na cobrança de propina por parte de fiscais da prefeitura para emitir o certificado de quitação do ISS das obras. Também foram denunciados os ex-auditores fiscais Ronilson Bezerra Rodrigues e Eduardo Horle Barcellos; a mulher de Ronilson, Cassiana Manhães Alves; o contador Rodrigo Camargo Remesso e o servidor Fábio Camargo Remesso, que são irmãos. No ano passado, o Ministério Público denunciou 11 pessoas suspeitas de fazer parte da quadrilha chefiada por Ronilson Rodrigues. Os promotores afirmam que os crimes de lavagem de dinheiro foram cometidos entre 2010 e 2013. Marco Aurélio Garcia repassou três imóveis a Ronilson Rodrigues e Fábio Remesso utilizando contratos de gaveta. Era quem alugava duas salas comerciais no Largo da Misericórdia, no centro da capital, onde os fiscais se reuniam. No local, também estavam registradas empresas supostamente usadas no esquema, como a Pedra Branca Assessoria e Consultoria Ltda., da qual Ronilson Rodrigues e Cassiana Manhães eram sócios, e LZG Consulting Consultoria e Gestão Empresarial Ltda., que tinha Marco Aurélio Garcia como sócio. De acordo com a investigação, Rodrigues transferiu valores para Garcia, que teria, por sua vez, feito transferências de créditos para a conta da empresa Pedra Branca. Manuscrito que faz parte do inquérito revela movimentação de R$ 1 milhão entre Rodrigues e Garcia. A denúncia afirma que o casal Rodrigues e Cássia, com o contador Remesso, fizeram 36 operações de lavagem de dinheiro usando a empresa Pedra Branca. Dessa maneira, R$ 3 milhões teriam sido lavados. A empresa era usada para a elaboração de notas fiscais de serviços nunca prestados, dizem os promotores. Os valores recebidos eram depois transferidos para as contas dos acusados, na forma de distribuição de lucros. Segundo a denúncia, Garcia atuou em oito episódios de lavagem de dinheiro, camuflando a origem ilegal de R$ 675 mil. Rodrigo Remesso, contador de Ronilson Rodrigues, fez um acordo de delação premiada com o Ministério Público. Ele confirmou que Rodrigues abriu a empresa Pedra Branca para lavar dinheiro. Agora, o contador terá de devolver R$ 50 mil aos cofres municipais. O promotor Roberto Bodini, um dos responsáveis pelo caso, pediu alienação antecipada dos três apartamentos que apareceram nas investigações, além de uma Mercedes Benz. Ronilson Rodrigues, Rodrigo Remesso, Eduardo Barcellos e Cassiana já estão sendo processados sob suspeita de participação na máfia do ISS. A primeira denúncia diz respeito a crimes crimes de formação de quadrilha, associação criminosa e concussão. OUTRO LADO Gustavo Bardaró, advogado de Eduardo Barcellos, afirma que ainda não teve acesso à denúncia, mas informa que seu cliente nunca comprou nada em nome de terceiros nem com dinheiro ilícito. Barcellos fechou um acordo de delação premiada com o Ministério Público. Márcio Sayeg, advogado de Ronílson e de sua esposa Cassiana, disse que ainda não teve acesso à denúncia. Em nota, Marco Aurélio Garcia afirma não ter nenhum envolvimento com o caso e que, "coincidentemente", negociou imóveis com alguns dos envolvidos. Os advogados dos irmãos Remesso não foram localizados.
cotidiano
Sete são denunciados por lavagem de dinheiro da máfia do ISSO Ministério Público denunciou nesta quinta (16) por lavagem de dinheiro sete pessoas suspeitas de participarem da máfia do ISS, que deixou um rombo de R$ 500 milhões nos cofres municipais. Entre os denunciados está o empresário Marco Aurélio Garcia, irmão do secretário estadual de Habitação, Rodrigo Garcia (DEM). De acordo com a investigação, o grupo realizou "uma série de manobras" para ocultar dinheiro e bens obtidos ilegalmente. O esquema da quadrilha consistia na cobrança de propina por parte de fiscais da prefeitura para emitir o certificado de quitação do ISS das obras. Também foram denunciados os ex-auditores fiscais Ronilson Bezerra Rodrigues e Eduardo Horle Barcellos; a mulher de Ronilson, Cassiana Manhães Alves; o contador Rodrigo Camargo Remesso e o servidor Fábio Camargo Remesso, que são irmãos. No ano passado, o Ministério Público denunciou 11 pessoas suspeitas de fazer parte da quadrilha chefiada por Ronilson Rodrigues. Os promotores afirmam que os crimes de lavagem de dinheiro foram cometidos entre 2010 e 2013. Marco Aurélio Garcia repassou três imóveis a Ronilson Rodrigues e Fábio Remesso utilizando contratos de gaveta. Era quem alugava duas salas comerciais no Largo da Misericórdia, no centro da capital, onde os fiscais se reuniam. No local, também estavam registradas empresas supostamente usadas no esquema, como a Pedra Branca Assessoria e Consultoria Ltda., da qual Ronilson Rodrigues e Cassiana Manhães eram sócios, e LZG Consulting Consultoria e Gestão Empresarial Ltda., que tinha Marco Aurélio Garcia como sócio. De acordo com a investigação, Rodrigues transferiu valores para Garcia, que teria, por sua vez, feito transferências de créditos para a conta da empresa Pedra Branca. Manuscrito que faz parte do inquérito revela movimentação de R$ 1 milhão entre Rodrigues e Garcia. A denúncia afirma que o casal Rodrigues e Cássia, com o contador Remesso, fizeram 36 operações de lavagem de dinheiro usando a empresa Pedra Branca. Dessa maneira, R$ 3 milhões teriam sido lavados. A empresa era usada para a elaboração de notas fiscais de serviços nunca prestados, dizem os promotores. Os valores recebidos eram depois transferidos para as contas dos acusados, na forma de distribuição de lucros. Segundo a denúncia, Garcia atuou em oito episódios de lavagem de dinheiro, camuflando a origem ilegal de R$ 675 mil. Rodrigo Remesso, contador de Ronilson Rodrigues, fez um acordo de delação premiada com o Ministério Público. Ele confirmou que Rodrigues abriu a empresa Pedra Branca para lavar dinheiro. Agora, o contador terá de devolver R$ 50 mil aos cofres municipais. O promotor Roberto Bodini, um dos responsáveis pelo caso, pediu alienação antecipada dos três apartamentos que apareceram nas investigações, além de uma Mercedes Benz. Ronilson Rodrigues, Rodrigo Remesso, Eduardo Barcellos e Cassiana já estão sendo processados sob suspeita de participação na máfia do ISS. A primeira denúncia diz respeito a crimes crimes de formação de quadrilha, associação criminosa e concussão. OUTRO LADO Gustavo Bardaró, advogado de Eduardo Barcellos, afirma que ainda não teve acesso à denúncia, mas informa que seu cliente nunca comprou nada em nome de terceiros nem com dinheiro ilícito. Barcellos fechou um acordo de delação premiada com o Ministério Público. Márcio Sayeg, advogado de Ronílson e de sua esposa Cassiana, disse que ainda não teve acesso à denúncia. Em nota, Marco Aurélio Garcia afirma não ter nenhum envolvimento com o caso e que, "coincidentemente", negociou imóveis com alguns dos envolvidos. Os advogados dos irmãos Remesso não foram localizados.
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Jogos pelo Brasil são marcados por seleção brasileira em São Paulo, 1ª vitória do Fla e homenagem a Fernandão
Após disputar a Copa do Mundo, a seleção brasileira de futebol ainda não tinha voltado ao Brasil. E, neste domingo (7), disputou um amistoso na cidade de São Paulo. O palco da partida foi o estádio do Palmeiras, na zona oeste da capital paulista. Contra o México, o Brasil não teve muitas dificuldades para vencer o jogo por 2 a 0 e garantir assim a nona vitória do técnico Dunga em nove jogos no comando da seleção. Os gols da partida foram marcados por Philippe Coutinho e Diego Tardeli. - O goleiro Rogério Ceni alcançou mais uma marca neste final de semana. No sábado (6), Ceni anotou o segundo gol da vitória do São Paulo sobre o Grêmio por 2 a 0 e se tornou o 10º maior artilheiro da história do clube, ultrapassando o ex-jogador Raí. Foi o 129º gol do camisa 1 com a camisa tricolor, dias depois do capitão são-paulino estender o seu vínculo com o clube até o fim do ano. - "F9 eterno capitão". Essa foi a frase que os torcedores do Inter escolheram para o primeiro mosaico erguido em casa, no Beira Rio. Em partida contra o Coritiba, válida pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, realizada neste domingo (7), os presentes lembraram de Fernadão, ex-jogador e ídolo da equipe, morto há exatamente um ano em um acidente de helicóptero. Além das cartolinas brancas e vermelhas erguidas por seis mil torcedores na arquibancada inferior do Beira Rio, outros milhares de torcedores lembraram de Fernandão do lado de fora. Antes da partida, uma missa foi realizada no pátio do estádio, onde está localizada uma estátua do ídolo. Os donos da casa derrotaram o Coritiba por 2 a 0. - Enfim o Flamengo venceu no Campeonato Brasileiro. Os torcedores do time carioca tiveram que esperar seis rodadas para ver o seu time conquistar os três primeiros pontos na competição. Diante da Chapecoense, no Maracanã, neste sábado (6), o Flamengo fez o placar mínimo de 1 a 0 e chegou aos quatro pontos no Campeonato. - Antes do técnico Vanderlei Luxemburgo chegar ao Cruzeiro, o time mineiro ainda não havia vencido no Campeonato Brasileiro. Porém, assim que o comandante chegou a história mudou, e o Cruzeiro chegou a sua segunda vitória na competição em dois jogos de Luxemburgo. Jogando fora de casa, o Cruzeiro bateu o Atlético-MG, por 3 a 1, neste sábado (6) em jogo válido pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.
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Jogos pelo Brasil são marcados por seleção brasileira em São Paulo, 1ª vitória do Fla e homenagem a FernandãoApós disputar a Copa do Mundo, a seleção brasileira de futebol ainda não tinha voltado ao Brasil. E, neste domingo (7), disputou um amistoso na cidade de São Paulo. O palco da partida foi o estádio do Palmeiras, na zona oeste da capital paulista. Contra o México, o Brasil não teve muitas dificuldades para vencer o jogo por 2 a 0 e garantir assim a nona vitória do técnico Dunga em nove jogos no comando da seleção. Os gols da partida foram marcados por Philippe Coutinho e Diego Tardeli. - O goleiro Rogério Ceni alcançou mais uma marca neste final de semana. No sábado (6), Ceni anotou o segundo gol da vitória do São Paulo sobre o Grêmio por 2 a 0 e se tornou o 10º maior artilheiro da história do clube, ultrapassando o ex-jogador Raí. Foi o 129º gol do camisa 1 com a camisa tricolor, dias depois do capitão são-paulino estender o seu vínculo com o clube até o fim do ano. - "F9 eterno capitão". Essa foi a frase que os torcedores do Inter escolheram para o primeiro mosaico erguido em casa, no Beira Rio. Em partida contra o Coritiba, válida pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, realizada neste domingo (7), os presentes lembraram de Fernadão, ex-jogador e ídolo da equipe, morto há exatamente um ano em um acidente de helicóptero. Além das cartolinas brancas e vermelhas erguidas por seis mil torcedores na arquibancada inferior do Beira Rio, outros milhares de torcedores lembraram de Fernandão do lado de fora. Antes da partida, uma missa foi realizada no pátio do estádio, onde está localizada uma estátua do ídolo. Os donos da casa derrotaram o Coritiba por 2 a 0. - Enfim o Flamengo venceu no Campeonato Brasileiro. Os torcedores do time carioca tiveram que esperar seis rodadas para ver o seu time conquistar os três primeiros pontos na competição. Diante da Chapecoense, no Maracanã, neste sábado (6), o Flamengo fez o placar mínimo de 1 a 0 e chegou aos quatro pontos no Campeonato. - Antes do técnico Vanderlei Luxemburgo chegar ao Cruzeiro, o time mineiro ainda não havia vencido no Campeonato Brasileiro. Porém, assim que o comandante chegou a história mudou, e o Cruzeiro chegou a sua segunda vitória na competição em dois jogos de Luxemburgo. Jogando fora de casa, o Cruzeiro bateu o Atlético-MG, por 3 a 1, neste sábado (6) em jogo válido pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.
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Na contramão do país, Goiás melhora no ensino médio
Na escola Genserico Jaime, em Anápolis (48 km de Goiânia), os alunos do ensino médio têm quase nove horas de aula por dia, fazem prova todas as semanas, usam uniforme, aprendem inglês e espanhol e ainda podem optar por atividades eletivas como música, jornal, teatro ou horta. "Cobro muito os alunos e os professores. Colocamos os alunos com as melhores médias em um quadro e só seleciono para trabalhar comigo professores diferenciados", diz Patrícia de Almeida Assunção, diretora do colégio. Parece até escola particular, mas ela faz parte da rede pública de Goiás, que vem se destacando por conseguir uma melhora, mesmo que tímida, nas avaliações da qualidade do ensino médio. No último Ideb, que mede o desenvolvimento da educação no país, a rede estadual goiana subiu ao topo pela primeira vez ao aumentar sua nota enquanto a maior parte dos Estados piorou. Os Estados são os principais responsáveis pelo ensino médio, com 85% das matrículas. O resultado foi comemorado pelo governo Marconi Perillo (PSDB), que fixou placa com a nota 3,8 e um troféu em todas as escolas do Estado. Mas o desempenho dos alunos não melhorou e o índice só cresceu devido ao aumento da taxa de aprovação, um dos componentes do Ideb. Segundo a ONG Todos pela Educação, menos de 10% dos alunos atingiram a pontuação mínima considerada adequada na prova de matemática, por exemplo. A atual secretária de educação, Raquel Teixeira, 68, reconhece que a situação está longe do ideal. Mas ela diz que alguns fatores ajudaram Goiás, ao menos, a manter seu desempenho. Um deles foi garantir a presença do professor na escola, pagando um bônus no salário para quem falta menos. "Mas sem isso há faltas demais, a legislação permite, e a gente observa que só de ter aula já faz a diferença para o aluno. E não estou nem entrando no mérito da qualidade", afirma Teixeira. Questionada em outros Estados, inclusive em SP, a política de bônus será ampliada para incluir no cálculo um indicador de desempenho. Outra estratégia adotada foi um maior controle na presença dos alunos: um call center liga para os pais quando um aluno falta duas vezes. CURRÍCULO Garantida a aula, diz a secretária, o Estado teve também que lidar com a qualidade do ensino. Foi definido um currículo unificado e o Estado decidiu produzir o próprio material didático. Wisley Pereira, 35, superintendente de ensino médio da secretaria, diz ainda que um "choque na gestão" das escolas foi iniciado há alguns anos. Foram selecionados profissionais qualificados, chamados de tutores, que ficam responsáveis por grupos de até cinco escolas: cobram metas e ajudam na formação de diretores e docentes. A rede pública, porém, não é uniforme. As duas escolas estaduais com melhor desempenho no último Enem, por exemplo, são geridas pela Polícia Militar –que neste ano expandiu o número de colégios no Estado para 26. Outro grupo "de elite" é formado por escolas de tempo integral. Elas são 10% da rede e apenas 21, das 623 que oferecem ensino médio, adotam programa pedagógico mais completo e com metas mais rigorosas a serem cumpridas –caso da escola de Anápolis, a melhor da rede estadual regular no Enem. Mesmo com nota melhor que a de escolas privadas, sua estrutura já viu dias melhores. Uma reforma interrompida no meio deixou as paredes sem pintura. "Eu mesma peguei a brocha e passei cal. O refeitório fizemos com dinheiro de um bingo. O que falta em estrutura, compensamos no reforço pedagógico", conta a diretora Patrícia. - População: 6.610.681 Nota no Ideb (2013): > Rede pública estadual: 5,4 (4ª série/5º ano), 4,0 (8ª série/9° ano), 3,8 (ensino médio) Orçamento do Estado (2015): R$ 25,4 bilhões > para educação: R$ 4,3 bilhões, ou 17% do total* Atividade econômica: Agropecuária *Estado segue regra constitucional de aplicar 25% das receitas de impostos no ensino
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Na contramão do país, Goiás melhora no ensino médioNa escola Genserico Jaime, em Anápolis (48 km de Goiânia), os alunos do ensino médio têm quase nove horas de aula por dia, fazem prova todas as semanas, usam uniforme, aprendem inglês e espanhol e ainda podem optar por atividades eletivas como música, jornal, teatro ou horta. "Cobro muito os alunos e os professores. Colocamos os alunos com as melhores médias em um quadro e só seleciono para trabalhar comigo professores diferenciados", diz Patrícia de Almeida Assunção, diretora do colégio. Parece até escola particular, mas ela faz parte da rede pública de Goiás, que vem se destacando por conseguir uma melhora, mesmo que tímida, nas avaliações da qualidade do ensino médio. No último Ideb, que mede o desenvolvimento da educação no país, a rede estadual goiana subiu ao topo pela primeira vez ao aumentar sua nota enquanto a maior parte dos Estados piorou. Os Estados são os principais responsáveis pelo ensino médio, com 85% das matrículas. O resultado foi comemorado pelo governo Marconi Perillo (PSDB), que fixou placa com a nota 3,8 e um troféu em todas as escolas do Estado. Mas o desempenho dos alunos não melhorou e o índice só cresceu devido ao aumento da taxa de aprovação, um dos componentes do Ideb. Segundo a ONG Todos pela Educação, menos de 10% dos alunos atingiram a pontuação mínima considerada adequada na prova de matemática, por exemplo. A atual secretária de educação, Raquel Teixeira, 68, reconhece que a situação está longe do ideal. Mas ela diz que alguns fatores ajudaram Goiás, ao menos, a manter seu desempenho. Um deles foi garantir a presença do professor na escola, pagando um bônus no salário para quem falta menos. "Mas sem isso há faltas demais, a legislação permite, e a gente observa que só de ter aula já faz a diferença para o aluno. E não estou nem entrando no mérito da qualidade", afirma Teixeira. Questionada em outros Estados, inclusive em SP, a política de bônus será ampliada para incluir no cálculo um indicador de desempenho. Outra estratégia adotada foi um maior controle na presença dos alunos: um call center liga para os pais quando um aluno falta duas vezes. CURRÍCULO Garantida a aula, diz a secretária, o Estado teve também que lidar com a qualidade do ensino. Foi definido um currículo unificado e o Estado decidiu produzir o próprio material didático. Wisley Pereira, 35, superintendente de ensino médio da secretaria, diz ainda que um "choque na gestão" das escolas foi iniciado há alguns anos. Foram selecionados profissionais qualificados, chamados de tutores, que ficam responsáveis por grupos de até cinco escolas: cobram metas e ajudam na formação de diretores e docentes. A rede pública, porém, não é uniforme. As duas escolas estaduais com melhor desempenho no último Enem, por exemplo, são geridas pela Polícia Militar –que neste ano expandiu o número de colégios no Estado para 26. Outro grupo "de elite" é formado por escolas de tempo integral. Elas são 10% da rede e apenas 21, das 623 que oferecem ensino médio, adotam programa pedagógico mais completo e com metas mais rigorosas a serem cumpridas –caso da escola de Anápolis, a melhor da rede estadual regular no Enem. Mesmo com nota melhor que a de escolas privadas, sua estrutura já viu dias melhores. Uma reforma interrompida no meio deixou as paredes sem pintura. "Eu mesma peguei a brocha e passei cal. O refeitório fizemos com dinheiro de um bingo. O que falta em estrutura, compensamos no reforço pedagógico", conta a diretora Patrícia. - População: 6.610.681 Nota no Ideb (2013): > Rede pública estadual: 5,4 (4ª série/5º ano), 4,0 (8ª série/9° ano), 3,8 (ensino médio) Orçamento do Estado (2015): R$ 25,4 bilhões > para educação: R$ 4,3 bilhões, ou 17% do total* Atividade econômica: Agropecuária *Estado segue regra constitucional de aplicar 25% das receitas de impostos no ensino
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Autora inglesa observa pássaros e se surpreende com urubus em Paraty
Helen Macdonald, autora de "F de Falcão" (Editora Intrínseca), não tinha andado sequer um quilômetro pela trilha próxima à cidade de Paraty, Rio de Janeiro, quando um espécime de Ramphocelus bresilius, também conhecido no Brasil como tiê-sangue, milagrosamente apareceu em um galho a menos de dez metros de nós. Era o pássaro que ela tinha colocado como prioridade na nossa jornada de observação, sua primeira pelos trópicos graças à Flip de 2016, onde é uma das principais convidadas. "Meu deus! Ele é tão vermelho! É mesmo um brazilian tanager, mal posso acreditar", disse a naturalista britânica de 45 anos, referindo-se à ave com seu nome em inglês, sem esconder por momento algum sua excitação ou aparentar que acordou naquele dia às 5h30. "Eu amo como o vermelho dele brilha entre as folhas escuras. Parece sangue. Mas estou falando de sangue bom, sangue arterial, e não aquele sangue venoso estranho. O ideal platônico de vermelho", disse com humor, ajeitando os binóculos profissionais, com mais de 30 anos de uso, na altura de seus olhos azuis grandes e saltados. No vocabulário dos observadores de pássaros, são chamadas "lifers" ou "life birds" as aves vistas pessoalmente pela primeira vez. Logo, não era para menos a sua alegria incontida. Macdonald nunca tinha avistado em campo, e em tão pouco tempo, tantas espécies novas para ela. Com o livro "Birds of Brazil" —um guia da Wildlife Conservation Society— a tiracolo e a companhia da ornitóloga e escritora Martha Argel, o passeio foi prato cheio para qualquer "birder" ou "birdwatcher" do hemisfério norte. I-SAW-YOU-WELL Entre os "lifers" do dia estavam saíras-sete-cores (Tangara seledon), sanhaços-cinzentos (Tangara sayaca), sabiás-laranjeiras (Turdus rufiventris), lavadeiras-mascaradas (Fluvicola nengeta), acrobatas (Acrobatornis fonsecais) e um pica-pau-anão-barrado (Picumnus cirratus), transmitindo por uma espécie de código morse a sua localização. "Uma das coisas que mais gosto na observação de pássaros é a sensação que se tem de possibilidades abertas. Normalmente, eu teria que viajar 500 km para ver tantas espécies assim", afirmou. "Mas olha esse maluquinho aqui! Parece que quer lutar com a gente", diz rindo, apontando um agitado sanhaço-coqueiro (Thraupis palmarum) para Argel. Durante a caminhada, ornitóloga ajuda a explicar os nomes típicos das aves, como o do bem-te-vi. Macdonald ri com a tradução para o inglês do nome do pássaro tropical: "'I-saw-you-well'? Que lindo isso!" "É uma sorte estarmos aqui no inverno. Nesta época, é mais fácil avistar pássaros em bandos mistos porque eles são menos territorialistas e usam uns aos outros para achar e dividir comida. É como o comunismo das aves. Na primavera, elas voltam a ser indivíduos intolerantes", afirma a autora. Tentando imitar os sons dos pássaros que ouve pela floresta, atitude que chama de seu "problema crônico de empatia" com as aves, Macdonald tira dúvidas com a ornitóloga, que, por sua vez, faz um som ainda mais alto e peculiar, como um "psiu" diferenciado, para atrair os pássaros. "Depois sai no jornal uma reportagem sobre essa gente louca que faz sons estranhos na floresta", diz Argel em tom de brincadeira. "Tem observadores que fazem muito pior, tocando no telefone ou gravador o canto de um pássaro para atraí-lo. Isso é trapaça", afirma ela. MUSEU X CAMPO De acordo com Macdonald –também autora de "Falcon" (Reaktion Books, 2006), um dos mais importantes guias sobre falcões–, a popularização da ornitologia ajuda na proliferação de outros embustes condenados pelos observadores de pássaro autênticos (ou de raiz). "Há uma disputa antiga entre os ornitólogos de museu e os de campo. Os observadores de campo sempre querem ver o máximo possível de espécies novas, então qualquer pequena diferenciação já é suficiente para virar uma classificação taxinômica, o que gera muita confusão. É o que gosto de chamar de 'especiação por guia de campo'", disse. Não há pássaro que passe despercebido pela convidada da Flip, inclusive os urubus de Paraty, refestelando-se no lixo da praia, são alvos de comentários, fotos e minutos de observação. "Dá uma dor no pescoço, claro. Mas é essa atitude monástica, quase religiosa, que me encanta na observação de pássaros. Se você quer ver um determinado pássaro ou fazer um filme sobre isso, precisa passar por privações, inclusive físicas", afirma ela, que no momento está trabalhando em documentários sobre açores para a BBC. No fim do passeio, enquanto Macdonald discorre sobre como observar pássaros pode ser de fato um exercício de paciência, Argel aponta para um esquilo em uma árvore próxima. Macdonald levanta os binóculos rapidamente e sarcasticamente diz: "Não, não Não tenho interesse algum em mamíferos. Meu negócio são pássaros. Eu apenas amo muito pássaros".
ilustrada
Autora inglesa observa pássaros e se surpreende com urubus em ParatyHelen Macdonald, autora de "F de Falcão" (Editora Intrínseca), não tinha andado sequer um quilômetro pela trilha próxima à cidade de Paraty, Rio de Janeiro, quando um espécime de Ramphocelus bresilius, também conhecido no Brasil como tiê-sangue, milagrosamente apareceu em um galho a menos de dez metros de nós. Era o pássaro que ela tinha colocado como prioridade na nossa jornada de observação, sua primeira pelos trópicos graças à Flip de 2016, onde é uma das principais convidadas. "Meu deus! Ele é tão vermelho! É mesmo um brazilian tanager, mal posso acreditar", disse a naturalista britânica de 45 anos, referindo-se à ave com seu nome em inglês, sem esconder por momento algum sua excitação ou aparentar que acordou naquele dia às 5h30. "Eu amo como o vermelho dele brilha entre as folhas escuras. Parece sangue. Mas estou falando de sangue bom, sangue arterial, e não aquele sangue venoso estranho. O ideal platônico de vermelho", disse com humor, ajeitando os binóculos profissionais, com mais de 30 anos de uso, na altura de seus olhos azuis grandes e saltados. No vocabulário dos observadores de pássaros, são chamadas "lifers" ou "life birds" as aves vistas pessoalmente pela primeira vez. Logo, não era para menos a sua alegria incontida. Macdonald nunca tinha avistado em campo, e em tão pouco tempo, tantas espécies novas para ela. Com o livro "Birds of Brazil" —um guia da Wildlife Conservation Society— a tiracolo e a companhia da ornitóloga e escritora Martha Argel, o passeio foi prato cheio para qualquer "birder" ou "birdwatcher" do hemisfério norte. I-SAW-YOU-WELL Entre os "lifers" do dia estavam saíras-sete-cores (Tangara seledon), sanhaços-cinzentos (Tangara sayaca), sabiás-laranjeiras (Turdus rufiventris), lavadeiras-mascaradas (Fluvicola nengeta), acrobatas (Acrobatornis fonsecais) e um pica-pau-anão-barrado (Picumnus cirratus), transmitindo por uma espécie de código morse a sua localização. "Uma das coisas que mais gosto na observação de pássaros é a sensação que se tem de possibilidades abertas. Normalmente, eu teria que viajar 500 km para ver tantas espécies assim", afirmou. "Mas olha esse maluquinho aqui! Parece que quer lutar com a gente", diz rindo, apontando um agitado sanhaço-coqueiro (Thraupis palmarum) para Argel. Durante a caminhada, ornitóloga ajuda a explicar os nomes típicos das aves, como o do bem-te-vi. Macdonald ri com a tradução para o inglês do nome do pássaro tropical: "'I-saw-you-well'? Que lindo isso!" "É uma sorte estarmos aqui no inverno. Nesta época, é mais fácil avistar pássaros em bandos mistos porque eles são menos territorialistas e usam uns aos outros para achar e dividir comida. É como o comunismo das aves. Na primavera, elas voltam a ser indivíduos intolerantes", afirma a autora. Tentando imitar os sons dos pássaros que ouve pela floresta, atitude que chama de seu "problema crônico de empatia" com as aves, Macdonald tira dúvidas com a ornitóloga, que, por sua vez, faz um som ainda mais alto e peculiar, como um "psiu" diferenciado, para atrair os pássaros. "Depois sai no jornal uma reportagem sobre essa gente louca que faz sons estranhos na floresta", diz Argel em tom de brincadeira. "Tem observadores que fazem muito pior, tocando no telefone ou gravador o canto de um pássaro para atraí-lo. Isso é trapaça", afirma ela. MUSEU X CAMPO De acordo com Macdonald –também autora de "Falcon" (Reaktion Books, 2006), um dos mais importantes guias sobre falcões–, a popularização da ornitologia ajuda na proliferação de outros embustes condenados pelos observadores de pássaro autênticos (ou de raiz). "Há uma disputa antiga entre os ornitólogos de museu e os de campo. Os observadores de campo sempre querem ver o máximo possível de espécies novas, então qualquer pequena diferenciação já é suficiente para virar uma classificação taxinômica, o que gera muita confusão. É o que gosto de chamar de 'especiação por guia de campo'", disse. Não há pássaro que passe despercebido pela convidada da Flip, inclusive os urubus de Paraty, refestelando-se no lixo da praia, são alvos de comentários, fotos e minutos de observação. "Dá uma dor no pescoço, claro. Mas é essa atitude monástica, quase religiosa, que me encanta na observação de pássaros. Se você quer ver um determinado pássaro ou fazer um filme sobre isso, precisa passar por privações, inclusive físicas", afirma ela, que no momento está trabalhando em documentários sobre açores para a BBC. No fim do passeio, enquanto Macdonald discorre sobre como observar pássaros pode ser de fato um exercício de paciência, Argel aponta para um esquilo em uma árvore próxima. Macdonald levanta os binóculos rapidamente e sarcasticamente diz: "Não, não Não tenho interesse algum em mamíferos. Meu negócio são pássaros. Eu apenas amo muito pássaros".
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Para acabar com bloqueio de estradas, governo receberá caminhoneiros
Para tentar dar um fim ao bloqueio de estradas por caminhoneiros, o governo federal coordenará uma reunião entre representantes de caminhoneiros e do setor empresarial, anunciou nesta terça (24) o ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência). Na reunião, que deve ocorrer em Brasília nesta quarta (25), o governo apresentará propostas sobre outros dois temas: a prorrogação relativa ao programa de crédito do BNDES chamado ProCaminhoneiro –que já está sob análise– e a regulamentação da Lei dos Caminhoneiros, já aprovada pelo Congresso. A diminuição do preço do diesel, uma das reivindicações centrais dos motoristas, contudo, não está em discussão neste momento, afirmou o ministro. "Estamos instalando amanhã e coordenando uma mesa de negociações, de diálogo entre empresários e lideranças dos caminhoneiros, às 14h, para que possamos, num ambiente de negociação direta, avançarmos na solução do preço do frete do nosso país", afirmou Rossetto. Questionado durante entrevista coletiva, ele não especificou a quais lideranças se referia. "Outro tema importante é a recente Lei dos Caminhoneiros, aprovada no Congresso, que traz um conjunto de temas importantes para responder a pauta dos caminhoneiros que estão em mobilização. Há um outro tema também, levantado pelas lideranças dos caminhoneiros, em relação à prorrogação de financiamento do programa ProCaminhoneiro, do governo federal. O BNDES já está analisando essa reivindicação de prorrogação de financiamento para os caminhões." Ele disse que o governo ainda está debatendo qual será a posição dele em relação a esses dois tópicos. Sobre a questão do diesel, afirmou: "Não faz parte da pauta do governo a redução do preço do diesel neste momento. Estamos confiantes que com a agenda que estamos propondo. [Vamos criar] uma relação muito positiva, de diálogo, de solução de atendimento de reivindicações e um ambiente que permita a retomada da normalidade do nosso país." Rossetto afirmou que o "governo tem um enorme respeito pelos caminhoneiros do nosso país", que "prestam um serviço importantíssimo ao nosso país".
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Para acabar com bloqueio de estradas, governo receberá caminhoneirosPara tentar dar um fim ao bloqueio de estradas por caminhoneiros, o governo federal coordenará uma reunião entre representantes de caminhoneiros e do setor empresarial, anunciou nesta terça (24) o ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência). Na reunião, que deve ocorrer em Brasília nesta quarta (25), o governo apresentará propostas sobre outros dois temas: a prorrogação relativa ao programa de crédito do BNDES chamado ProCaminhoneiro –que já está sob análise– e a regulamentação da Lei dos Caminhoneiros, já aprovada pelo Congresso. A diminuição do preço do diesel, uma das reivindicações centrais dos motoristas, contudo, não está em discussão neste momento, afirmou o ministro. "Estamos instalando amanhã e coordenando uma mesa de negociações, de diálogo entre empresários e lideranças dos caminhoneiros, às 14h, para que possamos, num ambiente de negociação direta, avançarmos na solução do preço do frete do nosso país", afirmou Rossetto. Questionado durante entrevista coletiva, ele não especificou a quais lideranças se referia. "Outro tema importante é a recente Lei dos Caminhoneiros, aprovada no Congresso, que traz um conjunto de temas importantes para responder a pauta dos caminhoneiros que estão em mobilização. Há um outro tema também, levantado pelas lideranças dos caminhoneiros, em relação à prorrogação de financiamento do programa ProCaminhoneiro, do governo federal. O BNDES já está analisando essa reivindicação de prorrogação de financiamento para os caminhões." Ele disse que o governo ainda está debatendo qual será a posição dele em relação a esses dois tópicos. Sobre a questão do diesel, afirmou: "Não faz parte da pauta do governo a redução do preço do diesel neste momento. Estamos confiantes que com a agenda que estamos propondo. [Vamos criar] uma relação muito positiva, de diálogo, de solução de atendimento de reivindicações e um ambiente que permita a retomada da normalidade do nosso país." Rossetto afirmou que o "governo tem um enorme respeito pelos caminhoneiros do nosso país", que "prestam um serviço importantíssimo ao nosso país".
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Ovos na UE estão contaminados por dois inseticidas diferentes
As autoridades francesas se queixaram de que a Comissão Europeia não as informou sobre a eventual presença de outro insecticida, amitraz, em produtos derivados de ovos provenientes dos Países Baixos e da Bélgica. "Os serviços oficiais franceses não receberam nenhum aviso do Serviço de Alertas em Alimentação e Nutrição da UE a respeito do envio de produtos com amitraz para outros Estados membros", disse um porta-voz do ministério de Agricultura francesa à AFP. Há duas semanas, foi revelada a presença do inseticida fipronil em ovos em ao menos 15 países. O fipronil está presente nos produtos veterinários utilizados em animais de estimação contra pulgas e carrapatos, mas seu uso é proibido em animais destinados ao consumo e à indústria alimentícia na União Europeia (UE). Em doses altas, pode provocar problemas neurológicos e vômitos, mas não representa grave ameaça à saúde. O governo holandês revelou nesta quarta-feira (23) que a empresa Chickfriend, envolvida no caso do fipronil, usou um segundo inseticida "moderadamente tóxico". É o amitraz, um pesticida para uso agrícola para matar moscas, de acordo com uma carta que dois ministros enviaram ao parlamento holandês. O Ministério da Agricultura francês diz que recebeu ordens da União Europeia em 8 de agosto para investigar os locais de criação de galinhas para verificar se um dos produtos antiparasitários encontrados na Bélgica e na Holanda, contendo fipronil, foi usado. "Das 2.900 fazendas francesas controladas, 2.200 disseram que não usaram esses produtos, o que foi confirmado por 350 inspeções", disse o ministério. A Europa está mergulhada em uma crise de ovos contaminados com inseticidas fipronil, que em princípio não representa um risco significativo para a saúde.
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Ovos na UE estão contaminados por dois inseticidas diferentesAs autoridades francesas se queixaram de que a Comissão Europeia não as informou sobre a eventual presença de outro insecticida, amitraz, em produtos derivados de ovos provenientes dos Países Baixos e da Bélgica. "Os serviços oficiais franceses não receberam nenhum aviso do Serviço de Alertas em Alimentação e Nutrição da UE a respeito do envio de produtos com amitraz para outros Estados membros", disse um porta-voz do ministério de Agricultura francesa à AFP. Há duas semanas, foi revelada a presença do inseticida fipronil em ovos em ao menos 15 países. O fipronil está presente nos produtos veterinários utilizados em animais de estimação contra pulgas e carrapatos, mas seu uso é proibido em animais destinados ao consumo e à indústria alimentícia na União Europeia (UE). Em doses altas, pode provocar problemas neurológicos e vômitos, mas não representa grave ameaça à saúde. O governo holandês revelou nesta quarta-feira (23) que a empresa Chickfriend, envolvida no caso do fipronil, usou um segundo inseticida "moderadamente tóxico". É o amitraz, um pesticida para uso agrícola para matar moscas, de acordo com uma carta que dois ministros enviaram ao parlamento holandês. O Ministério da Agricultura francês diz que recebeu ordens da União Europeia em 8 de agosto para investigar os locais de criação de galinhas para verificar se um dos produtos antiparasitários encontrados na Bélgica e na Holanda, contendo fipronil, foi usado. "Das 2.900 fazendas francesas controladas, 2.200 disseram que não usaram esses produtos, o que foi confirmado por 350 inspeções", disse o ministério. A Europa está mergulhada em uma crise de ovos contaminados com inseticidas fipronil, que em princípio não representa um risco significativo para a saúde.
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Na crise, barganhe juros do financiamento e preço do imóvel
A atual desaceleração econômica pode trazer incertezas a quem deseja comprar um imóvel. Se por um lado construtoras oferecem descontos, por outro as taxas de juros dos financiamentos estão em perspectiva de alta. De acordo com economistas, o momento é propício para negociar. "Vá a pelo menos três bancos. Quanto mais propostas tiver, maior será o seu poder de barganha", diz o economista Samy Dana, professor da FGV e colunista da Folha. No primeiro trimestre, houve queda de 4,6% do volume de empréstimos para a aquisição de imóveis no país, a primeira desde 2002, segundo a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). "Com o crédito imobiliário, mesmo que o banco não ganhe tanto [já que os juros são menores que em outras modalidades], ele fideliza o cliente por um longo tempo, que utiliza cheque especial, cartão, movimenta a conta", diz o economista e professor José Dutra Vieira Sobrinho. "Por isso, neste momento, há uma disputa entre as instituições financeiras por bons clientes", acrescenta. Para ele, o comprador deve buscar pagar o máximo possível de entrada. "Nenhuma aplicação financeira de baixo risco vai ter rendimento líquido [já descontados impostos] maior que os juros que você deixa de pagar no financiamento imobiliário com uma entrada maior." Na Caixa, não há outra saída no caso de imóveis usados. O banco reduz a partir desta segunda-feira (4) o percentual máximo do valor permitido para financiamento com recursos da poupança -de 80% para 50%, para bens de até R$ 750 mil. Para imóveis novos, a fatia máxima permanece em 80%. O banco é responsável por cerca de 70% do crédito imobiliário do país. Na negociação com os bancos, deve ser considerado o Custo Efetivo Total (CET), que, além dos juros, engloba outros custos, como com seguro (veja simulação acima). "Os juros estão ligados à avaliação do perfil de cada cliente feita pelo banco", diz Marcelo Prata, presidente do Canal do Crédito, site comparador de empréstimos. Com o financiamento pré-aprovado, é hora de tentar reduzir o preço do imóvel com o vendedor. "A barganha vai se apoiar no fato de que o dinheiro já está disponível. Isso traz segurança ao negócio e o comprador pode tirar vantagem", diz Vieira Sobrinho.
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Na crise, barganhe juros do financiamento e preço do imóvelA atual desaceleração econômica pode trazer incertezas a quem deseja comprar um imóvel. Se por um lado construtoras oferecem descontos, por outro as taxas de juros dos financiamentos estão em perspectiva de alta. De acordo com economistas, o momento é propício para negociar. "Vá a pelo menos três bancos. Quanto mais propostas tiver, maior será o seu poder de barganha", diz o economista Samy Dana, professor da FGV e colunista da Folha. No primeiro trimestre, houve queda de 4,6% do volume de empréstimos para a aquisição de imóveis no país, a primeira desde 2002, segundo a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). "Com o crédito imobiliário, mesmo que o banco não ganhe tanto [já que os juros são menores que em outras modalidades], ele fideliza o cliente por um longo tempo, que utiliza cheque especial, cartão, movimenta a conta", diz o economista e professor José Dutra Vieira Sobrinho. "Por isso, neste momento, há uma disputa entre as instituições financeiras por bons clientes", acrescenta. Para ele, o comprador deve buscar pagar o máximo possível de entrada. "Nenhuma aplicação financeira de baixo risco vai ter rendimento líquido [já descontados impostos] maior que os juros que você deixa de pagar no financiamento imobiliário com uma entrada maior." Na Caixa, não há outra saída no caso de imóveis usados. O banco reduz a partir desta segunda-feira (4) o percentual máximo do valor permitido para financiamento com recursos da poupança -de 80% para 50%, para bens de até R$ 750 mil. Para imóveis novos, a fatia máxima permanece em 80%. O banco é responsável por cerca de 70% do crédito imobiliário do país. Na negociação com os bancos, deve ser considerado o Custo Efetivo Total (CET), que, além dos juros, engloba outros custos, como com seguro (veja simulação acima). "Os juros estão ligados à avaliação do perfil de cada cliente feita pelo banco", diz Marcelo Prata, presidente do Canal do Crédito, site comparador de empréstimos. Com o financiamento pré-aprovado, é hora de tentar reduzir o preço do imóvel com o vendedor. "A barganha vai se apoiar no fato de que o dinheiro já está disponível. Isso traz segurança ao negócio e o comprador pode tirar vantagem", diz Vieira Sobrinho.
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Corrida de São Silvestre deve ter clima mais quente desde 2007
Com início às 8h20 deste sábado (31), a 92ª edição da São Silvestre deve ocorrer no último dia de dezembro mais quente em São Paulo desde 2007, de acordo com dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A temperatura máxima prevista para este sábado é de 32ºC. No dia 31/12/07, o órgão registrou pico de 34,8ºC. Em 2015, o Inmet apontou topo de 29ºC na capital paulista. Segundo a organização da prova, a expectativa é sempre de muito calor no evento. Para a hidratação dos participantes há uma estimativa de 20 copos d'água para cada atleta. Desde 2014, o número de corredores é limitado a 30 mil pessoas. A edição de 2016 chegou a esse teto, incluindo 118 atletas de elite. A prova deste ano teve o mesmo número de postos de distribuição de água que no ano passado: um a cada dois quilômetros. Chamada -São Silvestre VENCEDORES A prova feminina de 2016 foi vencida pela queniana Jemima Sumgong. Após conquistar o ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, a maratonista de 32 anos foi a campeã da 92ª São Silvestre ao terminar o trajeto de 15 km em 48min35s, marcando novo recorde feminino. Entre mulheres, o melhor tempo anterior pertencia à também queniana Priscah Jeptoo, (48min48s, em 2011) Na categoria masculina, o primeiro lugar ficou com o etíope Leul Aleme, que finalizou o percurso com 44min53s. O melhor tempo feito por homens na história da prova ainda pertence ao queniano Paul Tergat (43min12s, em 1995). Entre brasileiros, as melhores posições ficaram com Tatiele de Carvalho (7ª colocada) e Giovani dos Santos (4º). TRAJETO Como é de costume, a edição 2016 terá largadas separadas por grupos formados por cadeirantes (8h20), por corredoras da elite feminina (8h40) e por atletas da elite masculina, amadores e com deficiência (9h). O percurso de 15 km, porém, sofreu alterações em relação à prova de 2015. Ruas da Barra Funda —como Olga, Margarida e outras das proximidades do Memorial da América Latina— foram retiradas do trajeto. Em compensação, houve inclusão de mais vias do centro histórico de São Paulo, em especial na região da praça da República, passando pela Biblioteca Mário de Andrade (rua Coronel Xavier de Toledo) e pela Câmara Municipal (viaduto Jacareí). A largada e a chegada se dão na av. Paulista. A primeira, em frente ao Masp. A segunda, na altura do prédio da Gazeta (número 900). Todo o percurso terá vias bloqueadas para carros a partir das 6h30 até as 13h. A alteração do trajeto fez com que fosse diminuído o número de curvas. Isso deve tornar a prova mais rápida. O recorde masculino pertence ao queniano Paul Tergat (43min12s, em 1995). O feminino foi batido por Priscah Jeptoo, do mesmo país afriacano (48min48s, em 2011).
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Corrida de São Silvestre deve ter clima mais quente desde 2007Com início às 8h20 deste sábado (31), a 92ª edição da São Silvestre deve ocorrer no último dia de dezembro mais quente em São Paulo desde 2007, de acordo com dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A temperatura máxima prevista para este sábado é de 32ºC. No dia 31/12/07, o órgão registrou pico de 34,8ºC. Em 2015, o Inmet apontou topo de 29ºC na capital paulista. Segundo a organização da prova, a expectativa é sempre de muito calor no evento. Para a hidratação dos participantes há uma estimativa de 20 copos d'água para cada atleta. Desde 2014, o número de corredores é limitado a 30 mil pessoas. A edição de 2016 chegou a esse teto, incluindo 118 atletas de elite. A prova deste ano teve o mesmo número de postos de distribuição de água que no ano passado: um a cada dois quilômetros. Chamada -São Silvestre VENCEDORES A prova feminina de 2016 foi vencida pela queniana Jemima Sumgong. Após conquistar o ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, a maratonista de 32 anos foi a campeã da 92ª São Silvestre ao terminar o trajeto de 15 km em 48min35s, marcando novo recorde feminino. Entre mulheres, o melhor tempo anterior pertencia à também queniana Priscah Jeptoo, (48min48s, em 2011) Na categoria masculina, o primeiro lugar ficou com o etíope Leul Aleme, que finalizou o percurso com 44min53s. O melhor tempo feito por homens na história da prova ainda pertence ao queniano Paul Tergat (43min12s, em 1995). Entre brasileiros, as melhores posições ficaram com Tatiele de Carvalho (7ª colocada) e Giovani dos Santos (4º). TRAJETO Como é de costume, a edição 2016 terá largadas separadas por grupos formados por cadeirantes (8h20), por corredoras da elite feminina (8h40) e por atletas da elite masculina, amadores e com deficiência (9h). O percurso de 15 km, porém, sofreu alterações em relação à prova de 2015. Ruas da Barra Funda —como Olga, Margarida e outras das proximidades do Memorial da América Latina— foram retiradas do trajeto. Em compensação, houve inclusão de mais vias do centro histórico de São Paulo, em especial na região da praça da República, passando pela Biblioteca Mário de Andrade (rua Coronel Xavier de Toledo) e pela Câmara Municipal (viaduto Jacareí). A largada e a chegada se dão na av. Paulista. A primeira, em frente ao Masp. A segunda, na altura do prédio da Gazeta (número 900). Todo o percurso terá vias bloqueadas para carros a partir das 6h30 até as 13h. A alteração do trajeto fez com que fosse diminuído o número de curvas. Isso deve tornar a prova mais rápida. O recorde masculino pertence ao queniano Paul Tergat (43min12s, em 1995). O feminino foi batido por Priscah Jeptoo, do mesmo país afriacano (48min48s, em 2011).
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O Rio duplamente rebaixado
RIO DE JANEIRO - É curioso notar como o declínio do futebol carioca acompanhou o do Estado e o da cidade. Em 2009, quando o Rio vivia grande momento e era escolhido sede dos Jogos de 2016, o Flamengo tornava-se campeão brasileiro. No ano seguinte, o Fluminense seria o campeão nacional, feito que repetiria dois anos depois. Em 2011, Vasco, Flu e Fla ocupariam a segunda, terceira e quarta posições no Brasileirão, classificando-se para a Libertadores –o Vasco ainda venceria a Copa do Brasil, torneio que o Flamengo levaria em 2013. Foram anos em que os times cariocas pareciam tão embalados quanto o município e o Estado no caminho para atingir todo seu potencial econômico e social. Mas a inépcia da administração pública, assim como a da Federação de Futebol do Rio e a dos clubes, fez com que a fase de bonança econômica não gerasse uma base sólida para atravessar a ressaca que viria. Reformas necessárias há décadas perderam o timing ideal e o atraso continuou dando as cartas na política como no futebol. Ainda em 2013, o Rio viu o Vasco ser rebaixado no campeonato nacional. No ano seguinte, o rebaixamento viria para o Botafogo e, agora, novamente para o clube da cruz de malta. O recém-encerrado Brasileiro registrou o pior desempenho dos cariocas desde que o torneio passou a ser disputado em pontos corridos, em 2003 –nenhum time ficou entre os dez primeiros. Isso no mesmo ano em que a economia do Estado voltou a uma depressão que lembra a de décadas passadas, inclusive em seus reflexos na segurança, saúde e educação. As perspectivas para 2016 não são melhores, nem para o governo –que continuará enfrentando os efeitos da crise do petróleo–, nem para os clubes, que, já de saída, terão um primeiro semestre sem Maracanã e Engenhão. Haja torcida.
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O Rio duplamente rebaixadoRIO DE JANEIRO - É curioso notar como o declínio do futebol carioca acompanhou o do Estado e o da cidade. Em 2009, quando o Rio vivia grande momento e era escolhido sede dos Jogos de 2016, o Flamengo tornava-se campeão brasileiro. No ano seguinte, o Fluminense seria o campeão nacional, feito que repetiria dois anos depois. Em 2011, Vasco, Flu e Fla ocupariam a segunda, terceira e quarta posições no Brasileirão, classificando-se para a Libertadores –o Vasco ainda venceria a Copa do Brasil, torneio que o Flamengo levaria em 2013. Foram anos em que os times cariocas pareciam tão embalados quanto o município e o Estado no caminho para atingir todo seu potencial econômico e social. Mas a inépcia da administração pública, assim como a da Federação de Futebol do Rio e a dos clubes, fez com que a fase de bonança econômica não gerasse uma base sólida para atravessar a ressaca que viria. Reformas necessárias há décadas perderam o timing ideal e o atraso continuou dando as cartas na política como no futebol. Ainda em 2013, o Rio viu o Vasco ser rebaixado no campeonato nacional. No ano seguinte, o rebaixamento viria para o Botafogo e, agora, novamente para o clube da cruz de malta. O recém-encerrado Brasileiro registrou o pior desempenho dos cariocas desde que o torneio passou a ser disputado em pontos corridos, em 2003 –nenhum time ficou entre os dez primeiros. Isso no mesmo ano em que a economia do Estado voltou a uma depressão que lembra a de décadas passadas, inclusive em seus reflexos na segurança, saúde e educação. As perspectivas para 2016 não são melhores, nem para o governo –que continuará enfrentando os efeitos da crise do petróleo–, nem para os clubes, que, já de saída, terão um primeiro semestre sem Maracanã e Engenhão. Haja torcida.
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Zona sul e zona norte ganham novos trechos de ciclovia; SP tem 248 km
Os moradores da zona norte de São Paulo contam agora com um novo trecho de ciclovia na avenida Engenheiro Caetano Álvares, na zona norte de SP. De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a ciclovia ganhou mais 3,3 km de extensão entre as avenidas Imirim e Daniel Maletini, região do Mandaqui. Agora, a ciclovia passa ater 6,3 km de extensão entre a rua Domingos Torres e a Avenida Daniel Maletini. Ao todo a cidade conta agora com 248,5 km de ciclovias. Do total de ciclovias existentes na cidade, a atual gestão inaugurou 185,5 km desde junho de 2014. A meta da prefeitura é viabilizar uma malha de 400 km até o fim de 2015. JARDIM PAULISTA Na quinta-feira (26) também foi entregue um novo trecho de ciclovia na zona sul de SP. A ciclovia tem 1,6 km de extensão e fica no Jardim Paulista. A faixa exclusiva para bikes fica no corredor formado pelas ruas Honduras, Paulino Camasmie e avenida Sargento Mario Kozel Filho, e faz a ligação entre a praça das Guianas e o parque do Ibirapuera, e futuramente fará conexão com a ciclovia da avenida Paulista. CICLOFAIXAS DE LAZER A CET informa que vai suspender neste domingo (1º) a Ciclofaixa de Lazer no trecho entre a rua da Consolação, praça da República e largo do Arouche, na região central de SP. A suspensão acontece apenas entre às 7h e 10h por conta de uma maratona que acontecerá na região. Ainda na Ciclofaixa de Lazer Centro-Luz, o trecho do parque da Luz (rua Mauá, viaduto General Couto de Magalhães, parque da Luz e avenida Tiradentes) ficará suspenso das 7h às 16h, para realização de exposição de veículos antigos. Devido à esta suspensão, os ciclistas deverão retornar na avenida Cásper Libero, junto à rua Mauá. As demais Ciclofaixas de Lazer terão funcionamento normal, das 7h às 16h.
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Zona sul e zona norte ganham novos trechos de ciclovia; SP tem 248 kmOs moradores da zona norte de São Paulo contam agora com um novo trecho de ciclovia na avenida Engenheiro Caetano Álvares, na zona norte de SP. De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a ciclovia ganhou mais 3,3 km de extensão entre as avenidas Imirim e Daniel Maletini, região do Mandaqui. Agora, a ciclovia passa ater 6,3 km de extensão entre a rua Domingos Torres e a Avenida Daniel Maletini. Ao todo a cidade conta agora com 248,5 km de ciclovias. Do total de ciclovias existentes na cidade, a atual gestão inaugurou 185,5 km desde junho de 2014. A meta da prefeitura é viabilizar uma malha de 400 km até o fim de 2015. JARDIM PAULISTA Na quinta-feira (26) também foi entregue um novo trecho de ciclovia na zona sul de SP. A ciclovia tem 1,6 km de extensão e fica no Jardim Paulista. A faixa exclusiva para bikes fica no corredor formado pelas ruas Honduras, Paulino Camasmie e avenida Sargento Mario Kozel Filho, e faz a ligação entre a praça das Guianas e o parque do Ibirapuera, e futuramente fará conexão com a ciclovia da avenida Paulista. CICLOFAIXAS DE LAZER A CET informa que vai suspender neste domingo (1º) a Ciclofaixa de Lazer no trecho entre a rua da Consolação, praça da República e largo do Arouche, na região central de SP. A suspensão acontece apenas entre às 7h e 10h por conta de uma maratona que acontecerá na região. Ainda na Ciclofaixa de Lazer Centro-Luz, o trecho do parque da Luz (rua Mauá, viaduto General Couto de Magalhães, parque da Luz e avenida Tiradentes) ficará suspenso das 7h às 16h, para realização de exposição de veículos antigos. Devido à esta suspensão, os ciclistas deverão retornar na avenida Cásper Libero, junto à rua Mauá. As demais Ciclofaixas de Lazer terão funcionamento normal, das 7h às 16h.
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Procuradoria quer afastar juiz que apura corrupção em conselho
O Ministério Público Federal quer o afastamento do juiz Ricardo Augusto Soares Leite da 10ª Vara Federal de Brasília. Leite é o juiz da Operação Zelotes, que apura esquema de corrupção no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão responsável por julgar os autos de infração da Receita. Segundo a polícia, multas contra empresas somando R$ 19 bilhões tiveram o julgamento alterado pela ação de uma quadrilha que atuava junto ao órgão. O Ministério Público, no entanto, disse que não conseguirá anular a maioria dos casos, porque várias decisões judiciais dificultaram a obtenção de provas. O juiz Ricardo Leite negou todos os pedidos de prisão dos investigados, suspendeu escuta telefônica e não autorizou buscas e apreensões. A Procuradoria já representou contra Leite na Corregedoria do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, em abril. Segundo a Folha apurou, se nenhuma medida for adotada pela corregedoria do Tribunal, a Procuradoria da República no Distrito Federal vai recorrer ao Conselho Nacional de Justiça. Juiz substituto, o magistrado está há aproximadamente dez anos no comando da 10ª Vara, especializada em julgamentos de crimes de lavagem de dinheiro. VAMPIROS Nesse período, passaram pelas mãos de Leite casos como o da máfia dos Vampiros, o de Maurício Marinho (Correios), Waldomiro Diniz (Casa Civil) e o da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo (veja quadro ao lado). Na representação à corregedoria do TRF, à qual a Folha teve acesso, os procuradores relatam o que classificam como "a existência de um crônico e grave quadro de ineficiência" na atuação do juiz Ricardo Leite. Procurado por uma semana na Justiça Federal no DF, ele não quis dar declarações (leia texto ao lado). De acordo com o documento, o magistrado prejudicou o andamento dos processos por demorar para tomar decisões simples e por empregar expedientes jurídicos vetados pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Os procuradores dão exemplos de como "a extrema morosidade" no trâmite dos processos na 10ª Vara gera "substanciais prejuízos" ao país. Na Operação Vampiro, deflagrada em 2004, o STJ negou um recurso impetrado pelos réus e autorizou, em 2010, o andamento regular do processo. A ação penal só foi retomada pela 10ª Vara, porém, em fevereiro de 2012. A Justiça suíça bloqueou recursos nos nomes de alguns dos réus. O dinheiro não foi repatriado para o Brasil porque até hoje não há uma decisão definitiva sobre o caso. Na representação ao TRF, o MPF pede que a corregedoria instaure procedimento avulso contra o juiz e uma correição extraordinária na 10ª Vara Federal. Entre as punições previstas que podem ser aplicadas ao juiz, estão advertência, remoção para outra vara e até mesmo aposentadoria compulsória. Na correição extraordinária, seria feito diagnóstico completo da Vara para acelerar o andamento dos processos. Nos próximos dias, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) vai na mesma direção: solicitará ao CNJ a instauração de sindicância e processo administrativo disciplinar contra o juiz. Segundo Pimenta, relator da subcomissão da Câmara criada para acompanhar a Zelotes, a atitude do juiz Ricardo Leite tem "prejudicado sobremaneira a apuração dos fatos". OUTRO LADO A Folha fez diversos contatos com a assessoria de imprensa da Justiça Federal em Brasília, por mais de uma semana, pedindo uma entrevista com o juiz Ricardo Augusto Soares Leite para que ele comentasse as reclamações da Procuradoria. Ele não ligou de volta. A reportagem também mandou e-mails para a assessoria, mas as mensagens não foram respondidas. Em audiências realizadas na Câmara pelo relator da subcomissão para acompanhar a Operação Zelotes, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), delegados da Polícia Federal e procuradores da República encarregados do caso reclamaram publicamente do comportamento do juiz Soares Leite. Frederico Paiva, procurador que coordena as investigações de fraude em julgamentos do Carf, disse que os pedidos de prisão negados por Leite eram importantes para impedir que os investigados combinassem os depoimentos. "Ele [o juiz] tem um histórico de acúmulo de processos, um comportamento que chama atenção e deveria ser examinado de perto", disse Paiva numa das audiências públicas.
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Procuradoria quer afastar juiz que apura corrupção em conselhoO Ministério Público Federal quer o afastamento do juiz Ricardo Augusto Soares Leite da 10ª Vara Federal de Brasília. Leite é o juiz da Operação Zelotes, que apura esquema de corrupção no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão responsável por julgar os autos de infração da Receita. Segundo a polícia, multas contra empresas somando R$ 19 bilhões tiveram o julgamento alterado pela ação de uma quadrilha que atuava junto ao órgão. O Ministério Público, no entanto, disse que não conseguirá anular a maioria dos casos, porque várias decisões judiciais dificultaram a obtenção de provas. O juiz Ricardo Leite negou todos os pedidos de prisão dos investigados, suspendeu escuta telefônica e não autorizou buscas e apreensões. A Procuradoria já representou contra Leite na Corregedoria do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, em abril. Segundo a Folha apurou, se nenhuma medida for adotada pela corregedoria do Tribunal, a Procuradoria da República no Distrito Federal vai recorrer ao Conselho Nacional de Justiça. Juiz substituto, o magistrado está há aproximadamente dez anos no comando da 10ª Vara, especializada em julgamentos de crimes de lavagem de dinheiro. VAMPIROS Nesse período, passaram pelas mãos de Leite casos como o da máfia dos Vampiros, o de Maurício Marinho (Correios), Waldomiro Diniz (Casa Civil) e o da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo (veja quadro ao lado). Na representação à corregedoria do TRF, à qual a Folha teve acesso, os procuradores relatam o que classificam como "a existência de um crônico e grave quadro de ineficiência" na atuação do juiz Ricardo Leite. Procurado por uma semana na Justiça Federal no DF, ele não quis dar declarações (leia texto ao lado). De acordo com o documento, o magistrado prejudicou o andamento dos processos por demorar para tomar decisões simples e por empregar expedientes jurídicos vetados pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Os procuradores dão exemplos de como "a extrema morosidade" no trâmite dos processos na 10ª Vara gera "substanciais prejuízos" ao país. Na Operação Vampiro, deflagrada em 2004, o STJ negou um recurso impetrado pelos réus e autorizou, em 2010, o andamento regular do processo. A ação penal só foi retomada pela 10ª Vara, porém, em fevereiro de 2012. A Justiça suíça bloqueou recursos nos nomes de alguns dos réus. O dinheiro não foi repatriado para o Brasil porque até hoje não há uma decisão definitiva sobre o caso. Na representação ao TRF, o MPF pede que a corregedoria instaure procedimento avulso contra o juiz e uma correição extraordinária na 10ª Vara Federal. Entre as punições previstas que podem ser aplicadas ao juiz, estão advertência, remoção para outra vara e até mesmo aposentadoria compulsória. Na correição extraordinária, seria feito diagnóstico completo da Vara para acelerar o andamento dos processos. Nos próximos dias, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) vai na mesma direção: solicitará ao CNJ a instauração de sindicância e processo administrativo disciplinar contra o juiz. Segundo Pimenta, relator da subcomissão da Câmara criada para acompanhar a Zelotes, a atitude do juiz Ricardo Leite tem "prejudicado sobremaneira a apuração dos fatos". OUTRO LADO A Folha fez diversos contatos com a assessoria de imprensa da Justiça Federal em Brasília, por mais de uma semana, pedindo uma entrevista com o juiz Ricardo Augusto Soares Leite para que ele comentasse as reclamações da Procuradoria. Ele não ligou de volta. A reportagem também mandou e-mails para a assessoria, mas as mensagens não foram respondidas. Em audiências realizadas na Câmara pelo relator da subcomissão para acompanhar a Operação Zelotes, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), delegados da Polícia Federal e procuradores da República encarregados do caso reclamaram publicamente do comportamento do juiz Soares Leite. Frederico Paiva, procurador que coordena as investigações de fraude em julgamentos do Carf, disse que os pedidos de prisão negados por Leite eram importantes para impedir que os investigados combinassem os depoimentos. "Ele [o juiz] tem um histórico de acúmulo de processos, um comportamento que chama atenção e deveria ser examinado de perto", disse Paiva numa das audiências públicas.
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Casas antigas dão lugar a imóveis contemporâneos no Jardim Paulistano
LEANDRO NOMURA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Na rua Sampaio Vidal, no Jardim Paulistano, uma casa branca sem grade ou portão ostenta na fachada o ano de sua construção, 1923, e uma placa de "vende". Do outro lado da rua, muros altos bloqueiam a vista dos pedestres para um grande sobrado recém-construído. Esse é o retrato atual do Jardim Paulistano, na zona oeste de São Paulo, que passa por transformações de público e de paisagem. "O bairro está mudando de cara. Os moradores antigos, já velhinhos, estão vendendo as suas casas. Quem compra são jovens ricos", diz a consultora de moda e estilo Helena Montanarini, moradora da via há 12 anos. Para Alexandre Villas, diretor-presidente da Lopes Imóvel A, imobiliária especializada em luxo com várias casas a venda na região, o local virou objeto de desejo de um tipo específico de comprador: entre 35 e 45 anos, no começo da vida de casado ou com filhos pequenos e carreira em ascensão. "São pessoas com uma Land Rover na garagem, que se encontram na pracinha com seu golden retriever e duas crianças", diz. Do outro lado do processo, segundo Villas, estão moradores mais velhos, para quem a casa ficou grande depois que os filhos se mudaram ou herdeiros que precisam se desfazer dos imóveis para a partilha de bens. Com o novo perfil de morador, a arquitetura do bairro também se transforma. A consultora Montanarini, por exemplo, demoliu uma casa do anos 1970 para levantar no terreno um projeto contemporâneo assinado pelo arquiteto Marcio Kogan. "Meu desejo era reformar e manter a arquitetura original. No entanto, uma vistoria constatou que não era possível, já que a casa estava tomada por cupins", diz ela. A demolição permite ainda a esses novos moradores aproveitar melhor o terreno, segundo Villas. "Eles fazem uma garagem no subsolo e uma cobertura para sala de ginástica ou home theater." A mudança é vista com bons olhos por especialistas e moradores, desde que algumas regras arquitetônicas e de boa vizinhança sejam respeitadas. "A cidade é dinâmica. Não dá para preservar tudo. É preciso observar se o imóvel possui algum valor arquitetônico ou se é uma mera cópia", diz Abilio Guerra, arquiteto e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Para a professora de inglês Ester Loewenstein, moradora da região há 32 anos, o importante é que as novas casas não privem os vizinhos do sol, com construções muito altas, e mantenham as áreas verdes do terreno. "Aqui existe um forte sentimento de pertencimento ao local. Isso é o mais importante de ser mantido", diz Loewenstein. Assim como Montanarini, ela faz parte de um grupo no WhatsApp com 68 vizinhos, no qual trocam informações sobre o bairro. "Todo mundo se conhece. Os novos vizinhos são bem acolhidos", diz.
sobretudo
Casas antigas dão lugar a imóveis contemporâneos no Jardim Paulistano LEANDRO NOMURA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Na rua Sampaio Vidal, no Jardim Paulistano, uma casa branca sem grade ou portão ostenta na fachada o ano de sua construção, 1923, e uma placa de "vende". Do outro lado da rua, muros altos bloqueiam a vista dos pedestres para um grande sobrado recém-construído. Esse é o retrato atual do Jardim Paulistano, na zona oeste de São Paulo, que passa por transformações de público e de paisagem. "O bairro está mudando de cara. Os moradores antigos, já velhinhos, estão vendendo as suas casas. Quem compra são jovens ricos", diz a consultora de moda e estilo Helena Montanarini, moradora da via há 12 anos. Para Alexandre Villas, diretor-presidente da Lopes Imóvel A, imobiliária especializada em luxo com várias casas a venda na região, o local virou objeto de desejo de um tipo específico de comprador: entre 35 e 45 anos, no começo da vida de casado ou com filhos pequenos e carreira em ascensão. "São pessoas com uma Land Rover na garagem, que se encontram na pracinha com seu golden retriever e duas crianças", diz. Do outro lado do processo, segundo Villas, estão moradores mais velhos, para quem a casa ficou grande depois que os filhos se mudaram ou herdeiros que precisam se desfazer dos imóveis para a partilha de bens. Com o novo perfil de morador, a arquitetura do bairro também se transforma. A consultora Montanarini, por exemplo, demoliu uma casa do anos 1970 para levantar no terreno um projeto contemporâneo assinado pelo arquiteto Marcio Kogan. "Meu desejo era reformar e manter a arquitetura original. No entanto, uma vistoria constatou que não era possível, já que a casa estava tomada por cupins", diz ela. A demolição permite ainda a esses novos moradores aproveitar melhor o terreno, segundo Villas. "Eles fazem uma garagem no subsolo e uma cobertura para sala de ginástica ou home theater." A mudança é vista com bons olhos por especialistas e moradores, desde que algumas regras arquitetônicas e de boa vizinhança sejam respeitadas. "A cidade é dinâmica. Não dá para preservar tudo. É preciso observar se o imóvel possui algum valor arquitetônico ou se é uma mera cópia", diz Abilio Guerra, arquiteto e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Para a professora de inglês Ester Loewenstein, moradora da região há 32 anos, o importante é que as novas casas não privem os vizinhos do sol, com construções muito altas, e mantenham as áreas verdes do terreno. "Aqui existe um forte sentimento de pertencimento ao local. Isso é o mais importante de ser mantido", diz Loewenstein. Assim como Montanarini, ela faz parte de um grupo no WhatsApp com 68 vizinhos, no qual trocam informações sobre o bairro. "Todo mundo se conhece. Os novos vizinhos são bem acolhidos", diz.
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Chuva fecha terminal de ônibus, afeta aeroporto e prejudica os trens em SP
A chuva voltou a provocar estragos na capital paulista na noite desta quinta-feira (8). Por volta das 19h50, a cidade ainda registrava diversos pontos de alagamento, o terminal de ônibus Bandeira estava fechado e a linha 10-turquesa da CPTM apresentava restrição. Parte do teto de um hangar do aeroporto de Congonhas (zona sul) também caiu com o temporal. Segundo a assessoria da Infraero, o hangar seria da empresa Target. Ninguém ficou ferido, mas algumas aeronaves tiveram danos. Apesar disso, o aeroporto funcionava normalmente por volta das 19h50. Mais cedo, no entanto, ele chegou a fechar, entre as 18h33 e às 18h55, por conta do temporal. O aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP), não teve registro de problemas e operava normalmente por volta das 19h10. O temporal começou por volta das 18h, colocando em atenção as zonas norte e leste, além da marginal Tietê. Minutos depois, porém, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura, estendeu o decreto para o resto da cidade, sendo encerrado às 19h50. Alagado, o terminal Bandeira, na região central da cidade, fechou por volta das 18h40. Segundo a SPTrans, os ônibus ainda não conseguiam entrar no local às 19h10 e, por isso, estavam usando como ponto final a rua Santo Antonio, que fica ao lado. Segundo a CET, por volta das 20h30 havia 31 semáforos apagados por falta de energia elétrica e 28 ocorrências de árvores caídas na cidade. Já na linha 10-turquesa da CPTM, um raio caiu na rede aérea de energia, interrompendo as operações em uma das vias entre as estações Brás e Tamanduateí. Com isso, os trens tinham que alternar a passagem pelo local por volta das 19h10, o que fazia com que toda a linha operasse com velocidade reduzida e maior tempo de parada. Na quarta (7), parte de uma passarela de pedestres caiu sobre os trilhos da linha 12-safira durante um outro temporal, o que interrompeu as operações até a madrugada desta quinta. Passageiros chegaram a depredar catracas e incendiar uma cabine de operações em duas estações. O prejuízo chegou a R$ 650 mil, segundo a CPTM. Os temporais desta quinta aconteceram após mais uma tarde de calor e temperaturas elevadas. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), as temperaturas chegaram a 32,3°C no mirante de Santana (zona norte). Apesar dos dados oficiais serem do instituto, o CGE, da prefeitura, chegou a registrar 35,9°C no Tremembé (zona norte), 34,8°C no Butantã (zona oeste) e Itaquera (33,7°). Houve registro de granizo nas regiões do Morumbi e da Consolação, e os ventos chegaram a atingir 85 km/h no aeroporto de Congonhas. A sexta (9) e o sábado (10) serão ensolarados e com temperaturas bastante elevadas. No final das tardes e no início das noites, o forte aquecimento combinado ao aumento da umidade do ar devido à entrada do vento marítimo, facilita a formação de nuvens carregadas que causam chuva na forma de pancadas. Temperaturas podem chegar aos 35ºC. Veja onde estão os pontos de alagamento Transitáveis - avenida Cruzeiro do Sul, altura do número 2.010, sentido Santana; - av. Magalhães de Castro, altura da praça, Dep. Afranio de Oliveira, sentido único; - av. dos Bandeirantes, altura da praça Carananduba, sentido Imigrantes; - túnel Pres. Janio Quadros, altura do número 1.721, sentido bairro; - av. Brigadeiro Faria Lima, altura da r. Leopoldo Couto Magalhães Jr., sentido Itaim/Pinheiros. Intransitáveis - avenida Cruzeiro do Sul, altura do número 400, sentido Santana; - avenida Nove de Julho, altura da praça da Bandeira, sentido bairro; - av. dos Tajuras, altura do número 125, sentido centro; - marginal Pinheiros, altura da ponte Eusébio Matoso, pista expressa, sentido Castello; - marginal Pinheiros, altura da ponte Eusébio Matoso, pista expressa, sentido Castello; - av. Celso Garcia, altura da r. Dr. Ricardo Gonçalves, ambos os sentidos.
cotidiano
Chuva fecha terminal de ônibus, afeta aeroporto e prejudica os trens em SPA chuva voltou a provocar estragos na capital paulista na noite desta quinta-feira (8). Por volta das 19h50, a cidade ainda registrava diversos pontos de alagamento, o terminal de ônibus Bandeira estava fechado e a linha 10-turquesa da CPTM apresentava restrição. Parte do teto de um hangar do aeroporto de Congonhas (zona sul) também caiu com o temporal. Segundo a assessoria da Infraero, o hangar seria da empresa Target. Ninguém ficou ferido, mas algumas aeronaves tiveram danos. Apesar disso, o aeroporto funcionava normalmente por volta das 19h50. Mais cedo, no entanto, ele chegou a fechar, entre as 18h33 e às 18h55, por conta do temporal. O aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP), não teve registro de problemas e operava normalmente por volta das 19h10. O temporal começou por volta das 18h, colocando em atenção as zonas norte e leste, além da marginal Tietê. Minutos depois, porém, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura, estendeu o decreto para o resto da cidade, sendo encerrado às 19h50. Alagado, o terminal Bandeira, na região central da cidade, fechou por volta das 18h40. Segundo a SPTrans, os ônibus ainda não conseguiam entrar no local às 19h10 e, por isso, estavam usando como ponto final a rua Santo Antonio, que fica ao lado. Segundo a CET, por volta das 20h30 havia 31 semáforos apagados por falta de energia elétrica e 28 ocorrências de árvores caídas na cidade. Já na linha 10-turquesa da CPTM, um raio caiu na rede aérea de energia, interrompendo as operações em uma das vias entre as estações Brás e Tamanduateí. Com isso, os trens tinham que alternar a passagem pelo local por volta das 19h10, o que fazia com que toda a linha operasse com velocidade reduzida e maior tempo de parada. Na quarta (7), parte de uma passarela de pedestres caiu sobre os trilhos da linha 12-safira durante um outro temporal, o que interrompeu as operações até a madrugada desta quinta. Passageiros chegaram a depredar catracas e incendiar uma cabine de operações em duas estações. O prejuízo chegou a R$ 650 mil, segundo a CPTM. Os temporais desta quinta aconteceram após mais uma tarde de calor e temperaturas elevadas. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), as temperaturas chegaram a 32,3°C no mirante de Santana (zona norte). Apesar dos dados oficiais serem do instituto, o CGE, da prefeitura, chegou a registrar 35,9°C no Tremembé (zona norte), 34,8°C no Butantã (zona oeste) e Itaquera (33,7°). Houve registro de granizo nas regiões do Morumbi e da Consolação, e os ventos chegaram a atingir 85 km/h no aeroporto de Congonhas. A sexta (9) e o sábado (10) serão ensolarados e com temperaturas bastante elevadas. No final das tardes e no início das noites, o forte aquecimento combinado ao aumento da umidade do ar devido à entrada do vento marítimo, facilita a formação de nuvens carregadas que causam chuva na forma de pancadas. Temperaturas podem chegar aos 35ºC. Veja onde estão os pontos de alagamento Transitáveis - avenida Cruzeiro do Sul, altura do número 2.010, sentido Santana; - av. Magalhães de Castro, altura da praça, Dep. Afranio de Oliveira, sentido único; - av. dos Bandeirantes, altura da praça Carananduba, sentido Imigrantes; - túnel Pres. Janio Quadros, altura do número 1.721, sentido bairro; - av. Brigadeiro Faria Lima, altura da r. Leopoldo Couto Magalhães Jr., sentido Itaim/Pinheiros. Intransitáveis - avenida Cruzeiro do Sul, altura do número 400, sentido Santana; - avenida Nove de Julho, altura da praça da Bandeira, sentido bairro; - av. dos Tajuras, altura do número 125, sentido centro; - marginal Pinheiros, altura da ponte Eusébio Matoso, pista expressa, sentido Castello; - marginal Pinheiros, altura da ponte Eusébio Matoso, pista expressa, sentido Castello; - av. Celso Garcia, altura da r. Dr. Ricardo Gonçalves, ambos os sentidos.
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Carregado pela defesa, Denver Broncos vence o Super Bowl pela terceira vez
Antes do Super Bowl 50, todas as estatísticas apontavam para uma vitória do Carolina Panthers, muito provavelmente, com o quarterback Cam Newton, 26, deixando o campo do Levi's Stadium, em Santa Clara, nos Estados Unidos, como o melhor da partida. Quem apostava no Denver Broncos, imaginava que caberia a Peyton Manning, 39, o papel de herói. Mas, na noite que ficará marcada pela terceira conquista de Super Bowl do Denver Broncos (1998, 1999 e 2016), as defesas brilharam. E o linebacker (defensor) Von Miller foi o melhor da final, vencida pela equipe de Colorado por 24 a 10. Já Newton, o melhor jogador da liga nesta temporada, deixou o campo como grande vilão do jogo, pois teve dois fumbles (perda de posse de bola), um a quatro minutos do fim, forçado por Miller. A verdade é que nem o veterano Manning, tampouco o jovem craque Newton conseguiram mostrar seus jogos. A vantagem dos Broncos é que eles dependiam menos do seu criador de jogadas do que os Panthers. Com Newton pressionado, cometendo erros raros, no jogo mais importante de sua curta carreira, o time da Carolina do Norte ficou travado. E se brilhava pouco, Manning ao menos errava mais discretamente e com menor impacto para o resultado de seu time. A vantagem de nove pontos (16 a 7) conquistada pelos Broncos no primeiro tempo se arrastou até o último quarto de jogo, no ritmo quase modorrento do jogo ditado por Manning. O veterano ainda perderia a bola no início do tempo final de jogo. Mas foi seu último erro –talvez da carreira. Manning ainda não anunciou sua decisão, mas a tendência é que ele se aposente com um Super Bowl, seu segundo na carreira. O estádio já estava quase silencioso quando Anderson marcou o touchdown que assegurou a vitória dos Broncos, a quatro minutos do fim de jogo. A festa dos torcedores do time de Denver foi discreta. Talvez em respeito aos torcedores dos Panthers, franquia de 21 anos de idade apenas, que pareciam conformados e cientes de que seu time ainda pode lhes dar muitas alegrias. Especialmente se Newton, com mais experiência, souber ser não apenas um gênio, mas também um líder para sua equipe no futuro. SHOW A chegada dos torcedores ao Levi's Stadium para o Super Bowl 50 foi tranquila. O clima pré-jogo era completamente amistoso. Torcedores dos finalistas andavam lado a lado sem qualquer tipo de provocação. Camisas de todas as outras 30 franquias, em especial as dos donos da casa, o San Francisco 49ers, também apareciam em abundância. Para o público do Brasil, onde mesmo dentro dos estádios tapumes de ferro são colocados para que os torcedores nem mesmo se olhem, a situação é surreal. A estrutura do estádio privilegia os esportes favoritos do público ianque: futebol americano, comer e gastar dinheiro, não necessariamente nesta ordem. Lojas e quiosques de comidas de todos os tipos estão à disposição a cada dez metros, dentro e fora. Inclusive de bebidas alcoólicas. O Super Bowl, acima de tudo, é festa para toda a família. Há brincadeiras para crianças, com brindes e lojas na saída. Há até espaço demarcado para os torcedores fazerem churrasco antes do jogo. O show do intervalo, com Beyoncé, Coldplay e Bruno Mars, desse modo, parecia estar em seu habitat natural. O Super Bowl é um evento fadado, mesmo que não houvesse um espetáculo musical, a ser um espetáculo de entretenimento. O jornalista viajou a convite da ESPN
esporte
Carregado pela defesa, Denver Broncos vence o Super Bowl pela terceira vezAntes do Super Bowl 50, todas as estatísticas apontavam para uma vitória do Carolina Panthers, muito provavelmente, com o quarterback Cam Newton, 26, deixando o campo do Levi's Stadium, em Santa Clara, nos Estados Unidos, como o melhor da partida. Quem apostava no Denver Broncos, imaginava que caberia a Peyton Manning, 39, o papel de herói. Mas, na noite que ficará marcada pela terceira conquista de Super Bowl do Denver Broncos (1998, 1999 e 2016), as defesas brilharam. E o linebacker (defensor) Von Miller foi o melhor da final, vencida pela equipe de Colorado por 24 a 10. Já Newton, o melhor jogador da liga nesta temporada, deixou o campo como grande vilão do jogo, pois teve dois fumbles (perda de posse de bola), um a quatro minutos do fim, forçado por Miller. A verdade é que nem o veterano Manning, tampouco o jovem craque Newton conseguiram mostrar seus jogos. A vantagem dos Broncos é que eles dependiam menos do seu criador de jogadas do que os Panthers. Com Newton pressionado, cometendo erros raros, no jogo mais importante de sua curta carreira, o time da Carolina do Norte ficou travado. E se brilhava pouco, Manning ao menos errava mais discretamente e com menor impacto para o resultado de seu time. A vantagem de nove pontos (16 a 7) conquistada pelos Broncos no primeiro tempo se arrastou até o último quarto de jogo, no ritmo quase modorrento do jogo ditado por Manning. O veterano ainda perderia a bola no início do tempo final de jogo. Mas foi seu último erro –talvez da carreira. Manning ainda não anunciou sua decisão, mas a tendência é que ele se aposente com um Super Bowl, seu segundo na carreira. O estádio já estava quase silencioso quando Anderson marcou o touchdown que assegurou a vitória dos Broncos, a quatro minutos do fim de jogo. A festa dos torcedores do time de Denver foi discreta. Talvez em respeito aos torcedores dos Panthers, franquia de 21 anos de idade apenas, que pareciam conformados e cientes de que seu time ainda pode lhes dar muitas alegrias. Especialmente se Newton, com mais experiência, souber ser não apenas um gênio, mas também um líder para sua equipe no futuro. SHOW A chegada dos torcedores ao Levi's Stadium para o Super Bowl 50 foi tranquila. O clima pré-jogo era completamente amistoso. Torcedores dos finalistas andavam lado a lado sem qualquer tipo de provocação. Camisas de todas as outras 30 franquias, em especial as dos donos da casa, o San Francisco 49ers, também apareciam em abundância. Para o público do Brasil, onde mesmo dentro dos estádios tapumes de ferro são colocados para que os torcedores nem mesmo se olhem, a situação é surreal. A estrutura do estádio privilegia os esportes favoritos do público ianque: futebol americano, comer e gastar dinheiro, não necessariamente nesta ordem. Lojas e quiosques de comidas de todos os tipos estão à disposição a cada dez metros, dentro e fora. Inclusive de bebidas alcoólicas. O Super Bowl, acima de tudo, é festa para toda a família. Há brincadeiras para crianças, com brindes e lojas na saída. Há até espaço demarcado para os torcedores fazerem churrasco antes do jogo. O show do intervalo, com Beyoncé, Coldplay e Bruno Mars, desse modo, parecia estar em seu habitat natural. O Super Bowl é um evento fadado, mesmo que não houvesse um espetáculo musical, a ser um espetáculo de entretenimento. O jornalista viajou a convite da ESPN
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Warriors vencem Bulls e ficam a uma vitória de igualar recorde da NBA
O Golden State Warriors venceu o Chicago Bulls na madrugada deste sábado (21) e alcançou a 14ª vitória consecutiva em 14 jogos na temporada. Jogando em casa, os Warriors venceram por 106 a 94 e agora estão a apenas uma vitória de igualar o recorde de 15 triunfos consecutivos na liga americana de basquete, que pertence a Houston Rockets (1993/1994) e Washington Capitols (1948/1949). No domingo (22), os Warriors podem atingir o recorde em jogo contra o Denver Nuggets, na casa do adversário. O melhor jogador da última temporada, o armador Stephen Curry foi o cestinha da equipe com 27 pontos no jogo. O brasileiro Leandrinho, que ficou fora da última partida por causa de uma virose, entrou durante o jogo, porém com atuação discreta. O ala atuou por oito minutos e acertou apenas um tiro de três pontos.
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Warriors vencem Bulls e ficam a uma vitória de igualar recorde da NBAO Golden State Warriors venceu o Chicago Bulls na madrugada deste sábado (21) e alcançou a 14ª vitória consecutiva em 14 jogos na temporada. Jogando em casa, os Warriors venceram por 106 a 94 e agora estão a apenas uma vitória de igualar o recorde de 15 triunfos consecutivos na liga americana de basquete, que pertence a Houston Rockets (1993/1994) e Washington Capitols (1948/1949). No domingo (22), os Warriors podem atingir o recorde em jogo contra o Denver Nuggets, na casa do adversário. O melhor jogador da última temporada, o armador Stephen Curry foi o cestinha da equipe com 27 pontos no jogo. O brasileiro Leandrinho, que ficou fora da última partida por causa de uma virose, entrou durante o jogo, porém com atuação discreta. O ala atuou por oito minutos e acertou apenas um tiro de três pontos.
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Sob incertezas, França lembra os ataques ao 'Charlie Hebdo' um ano depois
Um ano depois do atentado que deixou 11 mortos na Redação do jornal satírico "Charlie Hebdo", a sobriedade dá o tom das homenagens às vítimas. Por outro lado, elevam-se as vozes de oposição ao pacote antiterrorismo anunciado pelo presidente François Hollande após os ataques de novembro. Ao longo desta semana, placas memoriais serão inauguradas na fachada do prédio em que funcionava o semanário, no 11º distrito de Paris, e a um quarteirão dali, onde foi morto um policial que perseguia os irmãos Chérif e Saïd Kouachi, autores do atentado ao "Charlie". O mesmo ocorre no mercado kosher em que quatro pessoas morreram, em 9 de janeiro de 2015, na tomada de reféns pelo terrorista Amedy Coulibaly; e em Montrouge (periferia sul), onde, na véspera, ele matou uma policial. No domingo (10), uma cerimônia na praça da República deve reunir familiares das vítimas e sobreviventes dos atentados de janeiro e novembro. Na ocasião, uma placa será inaugurada aos pés de um carvalho de dez metros ("árvore da lembrança"). O público terá acesso após a passagem de autoridades. POLÍTICA No front político, o clima é menos moderado. Desde que anunciou a possibilidade de retirar a cidadania francesa de condenados por terrorismo portadores de duas nacionalidades, o socialista Hollande enfrenta a resistência de seus correligionários. Eles acham que a medida criaria duas categorias de franceses (os "puramente" locais e os binacionais), atentando contra o princípio de igualdade perante a lei. O projeto de alteração da Constituição precisa do aval de 3/5 dos parlamentares. O ex-presidente Nicolas Sarkozy, líder do opositor Republicanos (centro-direita), declarou apoio, mas exigiu contrapartidas do governo, como o monitoramento por pulseiras eletrônicas dos indivíduos tidos como ameaça pelos serviços de inteligência. 'CHARLIE' Objeto de um movimento internacional de solidariedade em janeiro passado, quando a hashtag #jesuischarlie inundou a internet e a comoção fez a tiragem do primeiro número pós-atentado chegar aos oito milhões de exemplares, o "Charlie Hebdo" retomou sua verve de "outsider" sardônico e insolente. Em setembro, um desenho representando o corpo inerte do garoto sírio Alan Kurdi, à beira-mar, aos pés de um anúncio do McDonald's e da inscrição "tão perto do objetivo...", foi alvo de fortes críticas. Um mês depois, o Kremlin repudiou um cartum que mostrava destroços do avião russo abatido pelo Estado Islâmico no Egito, sob a legenda: "Daesh: A aviação russa intensifica seus bombardeios". Na edição desta semana, uma caricatura de Deus com as mãos ensanguentadas e um fuzil amarrado às costas é o destaque da capa. "O assassino ainda está solto", diz a legenda do desenho assinado pelo diretor da publicação, Laurent Sourisseau, o Riss. Ironicamente, a tragédia pôs fim à penúria financeira do "Charlie", que perigava fechar as portas. Mais de € 4 milhões (R$ 17 milhões) em doações, vendas em bancas de 80 mil exemplares (contra 30 mil antes do ataque) e 180 mil assinantes (a maioria novos) revigoraram o caixa do jornal. A bonança trouxe o seu quinhão de discórdia, com empregados demandando participação acionária e gestão menos centralizada. Nomes importantes, como o desenhista Luz, deixaram a publicação ao longo do ano, alegando bloqueio criativo ou desânimo. No fim de setembro, a equipe, que se transferira para o prédio do diário "Libération", instalou-se na nova Redação, em endereço secreto no 13º distrito de Paris (sul). O local tem janelas blindadas, uma sala "caixa-forte" e conta com proteção policial permanente.
mundo
Sob incertezas, França lembra os ataques ao 'Charlie Hebdo' um ano depoisUm ano depois do atentado que deixou 11 mortos na Redação do jornal satírico "Charlie Hebdo", a sobriedade dá o tom das homenagens às vítimas. Por outro lado, elevam-se as vozes de oposição ao pacote antiterrorismo anunciado pelo presidente François Hollande após os ataques de novembro. Ao longo desta semana, placas memoriais serão inauguradas na fachada do prédio em que funcionava o semanário, no 11º distrito de Paris, e a um quarteirão dali, onde foi morto um policial que perseguia os irmãos Chérif e Saïd Kouachi, autores do atentado ao "Charlie". O mesmo ocorre no mercado kosher em que quatro pessoas morreram, em 9 de janeiro de 2015, na tomada de reféns pelo terrorista Amedy Coulibaly; e em Montrouge (periferia sul), onde, na véspera, ele matou uma policial. No domingo (10), uma cerimônia na praça da República deve reunir familiares das vítimas e sobreviventes dos atentados de janeiro e novembro. Na ocasião, uma placa será inaugurada aos pés de um carvalho de dez metros ("árvore da lembrança"). O público terá acesso após a passagem de autoridades. POLÍTICA No front político, o clima é menos moderado. Desde que anunciou a possibilidade de retirar a cidadania francesa de condenados por terrorismo portadores de duas nacionalidades, o socialista Hollande enfrenta a resistência de seus correligionários. Eles acham que a medida criaria duas categorias de franceses (os "puramente" locais e os binacionais), atentando contra o princípio de igualdade perante a lei. O projeto de alteração da Constituição precisa do aval de 3/5 dos parlamentares. O ex-presidente Nicolas Sarkozy, líder do opositor Republicanos (centro-direita), declarou apoio, mas exigiu contrapartidas do governo, como o monitoramento por pulseiras eletrônicas dos indivíduos tidos como ameaça pelos serviços de inteligência. 'CHARLIE' Objeto de um movimento internacional de solidariedade em janeiro passado, quando a hashtag #jesuischarlie inundou a internet e a comoção fez a tiragem do primeiro número pós-atentado chegar aos oito milhões de exemplares, o "Charlie Hebdo" retomou sua verve de "outsider" sardônico e insolente. Em setembro, um desenho representando o corpo inerte do garoto sírio Alan Kurdi, à beira-mar, aos pés de um anúncio do McDonald's e da inscrição "tão perto do objetivo...", foi alvo de fortes críticas. Um mês depois, o Kremlin repudiou um cartum que mostrava destroços do avião russo abatido pelo Estado Islâmico no Egito, sob a legenda: "Daesh: A aviação russa intensifica seus bombardeios". Na edição desta semana, uma caricatura de Deus com as mãos ensanguentadas e um fuzil amarrado às costas é o destaque da capa. "O assassino ainda está solto", diz a legenda do desenho assinado pelo diretor da publicação, Laurent Sourisseau, o Riss. Ironicamente, a tragédia pôs fim à penúria financeira do "Charlie", que perigava fechar as portas. Mais de € 4 milhões (R$ 17 milhões) em doações, vendas em bancas de 80 mil exemplares (contra 30 mil antes do ataque) e 180 mil assinantes (a maioria novos) revigoraram o caixa do jornal. A bonança trouxe o seu quinhão de discórdia, com empregados demandando participação acionária e gestão menos centralizada. Nomes importantes, como o desenhista Luz, deixaram a publicação ao longo do ano, alegando bloqueio criativo ou desânimo. No fim de setembro, a equipe, que se transferira para o prédio do diário "Libération", instalou-se na nova Redação, em endereço secreto no 13º distrito de Paris (sul). O local tem janelas blindadas, uma sala "caixa-forte" e conta com proteção policial permanente.
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Tema da redação do Enem é violência contra a mulher
O Ministério da Educação (MEC) divulgou no início da tarde o tema da redação do Enem deste ano: "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira". "É um tema previsível", afirmou a professora de redação Maria Aparecida Custódio, do Colégio Objetivo. "Todo ano trabalhamos com esse tema. E neste ano, no primeiro semestre, a presidente Dilma sancionou a Lei do Feminicídio, que gerou um debate sobre a importância de se criar mecanismos para inibir a violência contra a mulher." Para a professora, os estudantes não devem ter dificuldade para escrever sobre o tema, pois trata-se de uma questão social abordada com frequência na mídia. O candidato deverá, em até 30 linhas, discorrer sobre o assunto tendo como base alguns textos de apoio. São 5h30 de prova, que começam a contar a partir de 13h30 deste domingo (horário de Brasília). Além da redação, há 90 questões sobre linguagens, códigos e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias. PREOCUPADOS O tema da redação era a principal preocupação dos estudantes antes da abertura dos portões. Não à toa, já que fugir do tema ou da estrutura do texto dissertativo-argumentativo pode anular a redação. Também ganham nota zero os estudantes que escreverem sete linhas ou menos ou que defendam ideias que desrespeitem os direitos humanos. Por fim, também é eliminado da redação quem propositadamente incluir no texto trechos desconectados do assunto da questão -em 2012, cerca de 300 provas foram desclassificadas por isso. Uma delas trazia uma receita de miojo, outra, o hino de um time de futebol. No sábado, mais de 25% dos inscritos não compareceram para as provas de ciências humanas e ciências da natureza. Na opinião dos professores, a prova foi bem elaborada e mais difícil que as de edições anteriores. A nota da avaliação é usada total ou parcialmente por 128 instituições públicas nos seus processos de seleção e é um dos critérios para a obtenção de financiamento em faculdades privadas pelo Fies (programa federal). NOTA Quem quiser saber a nota obtida logo após o exame pode utilizar o aplicativo Quero a Minha Nota, lançado pela Folha em parceria com a empresa de tecnologia educacional TunEduc. Baixe o aplicativo Quero a minha Nota! para Android Raio-X do Enem p(division). -
educacao
Tema da redação do Enem é violência contra a mulherO Ministério da Educação (MEC) divulgou no início da tarde o tema da redação do Enem deste ano: "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira". "É um tema previsível", afirmou a professora de redação Maria Aparecida Custódio, do Colégio Objetivo. "Todo ano trabalhamos com esse tema. E neste ano, no primeiro semestre, a presidente Dilma sancionou a Lei do Feminicídio, que gerou um debate sobre a importância de se criar mecanismos para inibir a violência contra a mulher." Para a professora, os estudantes não devem ter dificuldade para escrever sobre o tema, pois trata-se de uma questão social abordada com frequência na mídia. O candidato deverá, em até 30 linhas, discorrer sobre o assunto tendo como base alguns textos de apoio. São 5h30 de prova, que começam a contar a partir de 13h30 deste domingo (horário de Brasília). Além da redação, há 90 questões sobre linguagens, códigos e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias. PREOCUPADOS O tema da redação era a principal preocupação dos estudantes antes da abertura dos portões. Não à toa, já que fugir do tema ou da estrutura do texto dissertativo-argumentativo pode anular a redação. Também ganham nota zero os estudantes que escreverem sete linhas ou menos ou que defendam ideias que desrespeitem os direitos humanos. Por fim, também é eliminado da redação quem propositadamente incluir no texto trechos desconectados do assunto da questão -em 2012, cerca de 300 provas foram desclassificadas por isso. Uma delas trazia uma receita de miojo, outra, o hino de um time de futebol. No sábado, mais de 25% dos inscritos não compareceram para as provas de ciências humanas e ciências da natureza. Na opinião dos professores, a prova foi bem elaborada e mais difícil que as de edições anteriores. A nota da avaliação é usada total ou parcialmente por 128 instituições públicas nos seus processos de seleção e é um dos critérios para a obtenção de financiamento em faculdades privadas pelo Fies (programa federal). NOTA Quem quiser saber a nota obtida logo após o exame pode utilizar o aplicativo Quero a Minha Nota, lançado pela Folha em parceria com a empresa de tecnologia educacional TunEduc. Baixe o aplicativo Quero a minha Nota! para Android Raio-X do Enem p(division). -
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Antigos usuários do Orkut poderão resgatar 'scraps' e fotos até setembro
Os saudosos da época em que as redes sociais davam seus primeiros passos na internet ainda terão algum tempo para recuperar suas "memórias". Até 30 de setembro, ex-usuários do Orkut, que foi encerrado em 2014, poderão resgatar "scraps", depoimentos, fotos e informações do perfil utilizando a ferramenta Google Takeout. Para baixar os arquivos, primeiro é preciso acessar a conta do Google associada a seu perfil do Orkut e, depois, a ferramenta Takeout. Selecione o ícone do Orkut na lista de "produtos" que aparece. Na página seguinte, indique o formato em que deseja salvar os documentos, clique em "criar arquivo" e faça o download. Desde 2005, o Orkut passou a exigir que seus usuários tivessem uma conta no Google para permitir o acesso. A maior dificuldade talvez seja lembrar login e senha usados. Também é possível excluir postagens do arquivo de comunidades do Orkut neste canal de ajuda. O Google diz que vai preservar o arquivo público, que segundo a companhia, armazena 51 milhões de comunidades, 120 milhões de tópicos e mais de 1 bilhão de interações. "Essas conversas não representam apenas a história do Orkut, mas servirão como uma importante cápsula do tempo do início das redes sociais", escreveu a companhia no dia em que encerrou as atividades da rede social.
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Antigos usuários do Orkut poderão resgatar 'scraps' e fotos até setembroOs saudosos da época em que as redes sociais davam seus primeiros passos na internet ainda terão algum tempo para recuperar suas "memórias". Até 30 de setembro, ex-usuários do Orkut, que foi encerrado em 2014, poderão resgatar "scraps", depoimentos, fotos e informações do perfil utilizando a ferramenta Google Takeout. Para baixar os arquivos, primeiro é preciso acessar a conta do Google associada a seu perfil do Orkut e, depois, a ferramenta Takeout. Selecione o ícone do Orkut na lista de "produtos" que aparece. Na página seguinte, indique o formato em que deseja salvar os documentos, clique em "criar arquivo" e faça o download. Desde 2005, o Orkut passou a exigir que seus usuários tivessem uma conta no Google para permitir o acesso. A maior dificuldade talvez seja lembrar login e senha usados. Também é possível excluir postagens do arquivo de comunidades do Orkut neste canal de ajuda. O Google diz que vai preservar o arquivo público, que segundo a companhia, armazena 51 milhões de comunidades, 120 milhões de tópicos e mais de 1 bilhão de interações. "Essas conversas não representam apenas a história do Orkut, mas servirão como uma importante cápsula do tempo do início das redes sociais", escreveu a companhia no dia em que encerrou as atividades da rede social.
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Mortes: Zelosa cuidadora de toda a família
Chabaa Edery desembarcou em São Paulo no início da década de 1960 sem conhecer ninguém ou entender o português. Grávida de sete meses, decidiu que não ia procurar emprego, mas se dedicar à família -já tinha cinco filhos mais velhos, nascidos em Marrocos. Sempre muito calma e otimista, cuidou, educou e ajudou os filhos a se encaixarem no novo país. Sem deixar de apoiar também o marido, Baruj, com quem chegou ao Brasil e continuou por 63 anos. "Era como uma galinha com seus pintinhos. Mesmo quando os filhos começaram a crescer, a gente voltava do trabalho e se reunia para contar pra ela como tinha sido o o dia", conta a filha Sara. No cuidado com a casa, gostava de dizer que era "economista", já que conseguia fazer muito com pouco. O destaque era na cozinha, onde, com poucos ingredientes, criava receitas novas que quase sempre ficavam deliciosas. Os pratos típicos não eram esquecidos, especialmente nas festas judaicas, que eram momentos importantes para Chabaa. Com o tempo, as receitas começaram a ganhar um toque brasileiro, como o cuscuz marroquino. A feijoada também ganhou versão especial. Até nas horas de lazer, gostava de ler livros de culinária, mas seu grande prazer eram as novelas de época que acompanhava tomando chá. A família realiza neste domingo (18) o Yurtzait, para lembrar um ano de sua morte. A cerimônia acontecerá no Cemitério Israelita do Butantã, a partir do meio-dia. Deixou marido, seis filhos, três genros e um neto. [email protected] - VEJA AS MORTES E MISSAS DESTA SEXTA-FEIRA Anesia Fingerman Kauffman - Aos 79. Deixa os filhos Ricardo e Sandra, e netos. Cerimônia hoje (16/10), às 10h, no Cemitério Israelita do Butantã. Colette Eugénie Leterrier - Aos 85, viúva de Henry Leterrier. Deixa as filhas Catherine, Sophie e Valérie, e os netos Thomas, Jonathan, Dimitri, Marjolène, Louana e Caroline. Em Périgueux, na França. Roberto Cavinato - Aos 72, viúvo de Maria Lucia Garcia Cavinato. Deixa os filhos Flavio e Brenno, noras e netos. Crematório da Vila Alpina. * 7º DIA Affonso Grandmasson Ferreira Chaves - Hoje (16/10), às 19h, na igreja São Bento do Morumbi, r. Santo Américo, 357, Morumbi. Alda Manetti Gravina - Hoje (16/10), às 18h30, na igreja Santa Rosa Lima, r. Apiacás, 250, Perdizes. Lily Vicentina de Moura - Amanhã (17/10), ao meio-dia, na igreja Perpétuo Socorro, r. Honório Líbero, 100, Jd. Paulistano. Maria Augusta Azevedo Medeiros - Hoje (16/10), às 11h, na igreja São José, r. Dinamarca, 32, Jd. Europa. Marina Mesquita Pereira - Hoje (16/10), ao meio-dia, na igreja São José, r. Dinamarca, 32, Jd. Europa. * 11º ANO Delfim da Silva Moço - Hoje (16/10), às 18h, na igreja Santuário das Almas, r. Guaporé, 429, Armênia. * 1º MÊS Elza Raphaelli Menezes - Amanhã (17/10), às 14h30, na igreja Nossa Senhora Aparecida, largo de Moema, Moema.
cotidiano
Mortes: Zelosa cuidadora de toda a famíliaChabaa Edery desembarcou em São Paulo no início da década de 1960 sem conhecer ninguém ou entender o português. Grávida de sete meses, decidiu que não ia procurar emprego, mas se dedicar à família -já tinha cinco filhos mais velhos, nascidos em Marrocos. Sempre muito calma e otimista, cuidou, educou e ajudou os filhos a se encaixarem no novo país. Sem deixar de apoiar também o marido, Baruj, com quem chegou ao Brasil e continuou por 63 anos. "Era como uma galinha com seus pintinhos. Mesmo quando os filhos começaram a crescer, a gente voltava do trabalho e se reunia para contar pra ela como tinha sido o o dia", conta a filha Sara. No cuidado com a casa, gostava de dizer que era "economista", já que conseguia fazer muito com pouco. O destaque era na cozinha, onde, com poucos ingredientes, criava receitas novas que quase sempre ficavam deliciosas. Os pratos típicos não eram esquecidos, especialmente nas festas judaicas, que eram momentos importantes para Chabaa. Com o tempo, as receitas começaram a ganhar um toque brasileiro, como o cuscuz marroquino. A feijoada também ganhou versão especial. Até nas horas de lazer, gostava de ler livros de culinária, mas seu grande prazer eram as novelas de época que acompanhava tomando chá. A família realiza neste domingo (18) o Yurtzait, para lembrar um ano de sua morte. A cerimônia acontecerá no Cemitério Israelita do Butantã, a partir do meio-dia. Deixou marido, seis filhos, três genros e um neto. [email protected] - VEJA AS MORTES E MISSAS DESTA SEXTA-FEIRA Anesia Fingerman Kauffman - Aos 79. Deixa os filhos Ricardo e Sandra, e netos. Cerimônia hoje (16/10), às 10h, no Cemitério Israelita do Butantã. Colette Eugénie Leterrier - Aos 85, viúva de Henry Leterrier. Deixa as filhas Catherine, Sophie e Valérie, e os netos Thomas, Jonathan, Dimitri, Marjolène, Louana e Caroline. Em Périgueux, na França. Roberto Cavinato - Aos 72, viúvo de Maria Lucia Garcia Cavinato. Deixa os filhos Flavio e Brenno, noras e netos. Crematório da Vila Alpina. * 7º DIA Affonso Grandmasson Ferreira Chaves - Hoje (16/10), às 19h, na igreja São Bento do Morumbi, r. Santo Américo, 357, Morumbi. Alda Manetti Gravina - Hoje (16/10), às 18h30, na igreja Santa Rosa Lima, r. Apiacás, 250, Perdizes. Lily Vicentina de Moura - Amanhã (17/10), ao meio-dia, na igreja Perpétuo Socorro, r. Honório Líbero, 100, Jd. Paulistano. Maria Augusta Azevedo Medeiros - Hoje (16/10), às 11h, na igreja São José, r. Dinamarca, 32, Jd. Europa. Marina Mesquita Pereira - Hoje (16/10), ao meio-dia, na igreja São José, r. Dinamarca, 32, Jd. Europa. * 11º ANO Delfim da Silva Moço - Hoje (16/10), às 18h, na igreja Santuário das Almas, r. Guaporé, 429, Armênia. * 1º MÊS Elza Raphaelli Menezes - Amanhã (17/10), às 14h30, na igreja Nossa Senhora Aparecida, largo de Moema, Moema.
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Brasil bate Holanda e fica mais perto de vaga na fase final do Grand Prix
A seleção brasileira de vôlei encaminhou uma vaga na fase final do Grand Prix de vôlei feminino. Em duelo contra a Holanda no ginásio Aecim Tocantins, em Cuiabá, o Brasil derrotou a Holanda por 3 sets a 1 (25/17, 25/14, 18/25 e 25/17) em uma partida tranquila, com susto apenas na terceira parcial. As brasileiras chegaram ao duelo ocupando apenas a sexta colocação do Grupo 1 do torneio, três pontos atrás das holandesas, terceiras colocadas na chave. Com o resultado, no entanto, a seleção chegou a 14 pontos, um a menos do que as holandesas, subindo para o quarto lugar –ainda que tivesse empatado com a Holanda em pontos, o Brasil levaria a pior no saldo de sets. Os cinco primeiros vão à fase final do torneio. O primeiro set foi tranquilo para a equipe de José Roberto Guimarães. A Holanda fez frente à seleção até a casa dos dez pontos, mas o Brasil abriu vantagem e fechou a parcial em 25/17 com um ataque certeiro de Carol. O roteiro se repetiu no segundo set. A equipe da casa desgarrou no placar, fechado em 25/4, com um erro no ataque das holandesas. O Brasil parecia que ia encaminhar a vitória com tranquilidade. No terceiro set, chegou a abrir boa vantagem inicial, porém cedeu a virada às europeias, que ganharam a parcial por 25/18. As holandesas seguiram com o jogo duro no quarto set. A seleção brasileira chegou a abrir com uma vantagem inicial, mas a Holanda virou o marcador. No entanto, o time nacional recuperou o controle, abriu sete pontos de frente e controlou o saldo positivo até encerrar o jogo com um 25/17. O próximo compromisso da seleção é contra os Estados Unidos, às 10h10 (de Brasília) do próximo domingo (23). As norte-americanas têm 16 pontos e ocupam a segunda colocação.
esporte
Brasil bate Holanda e fica mais perto de vaga na fase final do Grand PrixA seleção brasileira de vôlei encaminhou uma vaga na fase final do Grand Prix de vôlei feminino. Em duelo contra a Holanda no ginásio Aecim Tocantins, em Cuiabá, o Brasil derrotou a Holanda por 3 sets a 1 (25/17, 25/14, 18/25 e 25/17) em uma partida tranquila, com susto apenas na terceira parcial. As brasileiras chegaram ao duelo ocupando apenas a sexta colocação do Grupo 1 do torneio, três pontos atrás das holandesas, terceiras colocadas na chave. Com o resultado, no entanto, a seleção chegou a 14 pontos, um a menos do que as holandesas, subindo para o quarto lugar –ainda que tivesse empatado com a Holanda em pontos, o Brasil levaria a pior no saldo de sets. Os cinco primeiros vão à fase final do torneio. O primeiro set foi tranquilo para a equipe de José Roberto Guimarães. A Holanda fez frente à seleção até a casa dos dez pontos, mas o Brasil abriu vantagem e fechou a parcial em 25/17 com um ataque certeiro de Carol. O roteiro se repetiu no segundo set. A equipe da casa desgarrou no placar, fechado em 25/4, com um erro no ataque das holandesas. O Brasil parecia que ia encaminhar a vitória com tranquilidade. No terceiro set, chegou a abrir boa vantagem inicial, porém cedeu a virada às europeias, que ganharam a parcial por 25/18. As holandesas seguiram com o jogo duro no quarto set. A seleção brasileira chegou a abrir com uma vantagem inicial, mas a Holanda virou o marcador. No entanto, o time nacional recuperou o controle, abriu sete pontos de frente e controlou o saldo positivo até encerrar o jogo com um 25/17. O próximo compromisso da seleção é contra os Estados Unidos, às 10h10 (de Brasília) do próximo domingo (23). As norte-americanas têm 16 pontos e ocupam a segunda colocação.
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Artista plástico de NY recria impressão digital com comida e objetos
Fotógrafo e artista plástico novaiorquino, Kevin Van Aelst criou um projeto no qual recriou a sua impressão digital usando diferentes meios. Uma das imagens é a impressão refeita com salgadinhos tipo Cheetos. Outras ainda levam açúcar ou mostarda. O projeto "Fingerprint" inclui ainda outros materiais, como lã. O artista já teve fotos publicadas em diferentes revistas norte-americanas, incluindo a "New York Magazine". Fotos de outros projetos seus podem ser vistas em seu site
comida
Artista plástico de NY recria impressão digital com comida e objetosFotógrafo e artista plástico novaiorquino, Kevin Van Aelst criou um projeto no qual recriou a sua impressão digital usando diferentes meios. Uma das imagens é a impressão refeita com salgadinhos tipo Cheetos. Outras ainda levam açúcar ou mostarda. O projeto "Fingerprint" inclui ainda outros materiais, como lã. O artista já teve fotos publicadas em diferentes revistas norte-americanas, incluindo a "New York Magazine". Fotos de outros projetos seus podem ser vistas em seu site
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Publicidade pode melhorar paisagem paulistana, diz economista espanhol
Uma cidade cinza, sem brilho e afundada em profunda melancolia. É assim que Ferran Ferrer Viana, um espanhol especialista em urbanismo, define a paisagem da cidade de Barcelona no meio da década de 80, antes de passar por uma profunda reforma que a transformou em uma referência mundial em urbanismo. Ex-gerente do instituto municipal de Paisagem Urbana e Qualidade de Vida de Barcelona, Viana, esteve na última semana em São Paulo para o primeiro Congresso Internacional de Paisagem Urbana da cidade. Viana defende a construção de uma "unidade visual" na paisagem de São Paulo. Para Viana, o cenário paulistano é repleto de estímulos visuais diversificados e caóticos, que assim em como Barcelona pode ser transformado em um ambiente melhor para seus moradores. Um dos passos seria, depois da lei Cidade Limpa (que regulou a publicidade em vias públicas em São Paulo), voltar a aproveitar a publicidade para o embelezamento da paisagem. "Após a remoção da publicidade anárquica e ilegal, está se abrindo a porta a uma publicidade que possa ser ordenada e regulada para garantir que seus benefícios acumulados financiem ações de melhoria direta da paisagem", disse Viana. "Tem-se que perder o temor pela publicidade para que ele possa ser um elemento positivo na recuperação da paisagem urbana". EXPERIÊNCIA CATALÃ A experiência em Barcelona ocorreu também depois que uma forte campanha foi feita com o lema: Barcelona, mostre-se bela. Segundo Viana, a campanha foi amplamente conhecida e aceita pelos moradores, pelo governo e pela iniciativa privada, que passou a se interessar em participar de um projeto amplo cujo objetivo era o de melhorar a qualidade de vida da cidade. No caso da iniciativa privada, empresas passaram a ganhar isenção fiscal para patrocinar reformas que pudessem embelezar a cidade. Entre as ações feitas estão desde a reforma de prédios de grande valor arquitetônico a construção de espaços para recreação infantil em parques municipais. Viana contabiliza em cerca de 30 anos de campanha, foram transformados 52 mil ações de melhora de locais em 40% da área habitada de Barcelona. "Essas ações foram responsáveis para que o patrimônio arquitetônico tenha se convertido no principal ativo da cidade para turistas", comenta. PAULISTA FECHADA Uma das últimas intervenções em São Paulo, o fechamento da Paulista para carros aos domingos também foi comentada por Viana. Para ele, medidas como essa estão em moda no mundo que, sem dúvida, geram simpatia popular. Mas para ele, o fato de que o fechamento da avenida não possa se manter por toda a semana, "faz da medida uma anedota". "O mais importante é seguir recuperando espaços públicos para seu uso cotidiano de encontro e civilidade", disse.
cotidiano
Publicidade pode melhorar paisagem paulistana, diz economista espanholUma cidade cinza, sem brilho e afundada em profunda melancolia. É assim que Ferran Ferrer Viana, um espanhol especialista em urbanismo, define a paisagem da cidade de Barcelona no meio da década de 80, antes de passar por uma profunda reforma que a transformou em uma referência mundial em urbanismo. Ex-gerente do instituto municipal de Paisagem Urbana e Qualidade de Vida de Barcelona, Viana, esteve na última semana em São Paulo para o primeiro Congresso Internacional de Paisagem Urbana da cidade. Viana defende a construção de uma "unidade visual" na paisagem de São Paulo. Para Viana, o cenário paulistano é repleto de estímulos visuais diversificados e caóticos, que assim em como Barcelona pode ser transformado em um ambiente melhor para seus moradores. Um dos passos seria, depois da lei Cidade Limpa (que regulou a publicidade em vias públicas em São Paulo), voltar a aproveitar a publicidade para o embelezamento da paisagem. "Após a remoção da publicidade anárquica e ilegal, está se abrindo a porta a uma publicidade que possa ser ordenada e regulada para garantir que seus benefícios acumulados financiem ações de melhoria direta da paisagem", disse Viana. "Tem-se que perder o temor pela publicidade para que ele possa ser um elemento positivo na recuperação da paisagem urbana". EXPERIÊNCIA CATALÃ A experiência em Barcelona ocorreu também depois que uma forte campanha foi feita com o lema: Barcelona, mostre-se bela. Segundo Viana, a campanha foi amplamente conhecida e aceita pelos moradores, pelo governo e pela iniciativa privada, que passou a se interessar em participar de um projeto amplo cujo objetivo era o de melhorar a qualidade de vida da cidade. No caso da iniciativa privada, empresas passaram a ganhar isenção fiscal para patrocinar reformas que pudessem embelezar a cidade. Entre as ações feitas estão desde a reforma de prédios de grande valor arquitetônico a construção de espaços para recreação infantil em parques municipais. Viana contabiliza em cerca de 30 anos de campanha, foram transformados 52 mil ações de melhora de locais em 40% da área habitada de Barcelona. "Essas ações foram responsáveis para que o patrimônio arquitetônico tenha se convertido no principal ativo da cidade para turistas", comenta. PAULISTA FECHADA Uma das últimas intervenções em São Paulo, o fechamento da Paulista para carros aos domingos também foi comentada por Viana. Para ele, medidas como essa estão em moda no mundo que, sem dúvida, geram simpatia popular. Mas para ele, o fato de que o fechamento da avenida não possa se manter por toda a semana, "faz da medida uma anedota". "O mais importante é seguir recuperando espaços públicos para seu uso cotidiano de encontro e civilidade", disse.
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Documentário sobre a vida, 'Unity' é toque de despertar para humanidade
No dia 12 de agosto, o documentário "Unity" (unidade) estreou em mais de 1000 cinemas pelo mundo -no Brasil, ainda não há data de estreia. Dirigido e escrito por Shaun Monson -cujo filme anterior, "Earthlings", aborda o tratamento violento dado a animais, especialmente na indústria agropecuária-, "Unity" é um toque de despertar para a humanidade, um manifesto para um futuro no qual o homem finalmente compreende seu papel como protetor do mundo natural. O filme mostra a interdependência de todas as formas de vida, sua interligação. A comunidade global é estendida ao planeta por inteiro, da formiga à árvore à atmosfera. "Unity" é narrado por 100 celebridades, incluindo Joaquin Phoenix, Helen Mirren, Geoffrey Rush, Jennifer Aniston e Ben Kingsley. O coro de vozes famosas funciona como uma sinfonia, que busca por uma ressonância com o público. No pôster da produção, vemos uma equação: "Humano + Animal + Árvore = Unidade", e a frase "Não os mesmos, mas iguais". O que, então, nos impede de progredir nessa direção? Se, por um lado, somos capazes de enviar sondas até Plutão, moralmente continuamos nas cavernas. Minha resposta, que o filme aborda, é a tendência tribal do ser humano, que insiste que inclusão implica em exclusão: os que não pertencem ao meu grupo são necessariamente inferiores, seja esse grupo uma religião, um time de futebol, ou um partido político. A unidade da vida é algo que a ciência demonstrou há tempo, tanto das formas de vida aqui na Terra, que dividem um ancestral comum, como da matéria da qual somos feitos, que veio das estrelas. A desunião é criação dos humanos. Conversei com Shaun Monson sobre o filme, e resumo aqui algumas partes da conversa: Folha - Por que o título "Unity"? Shaun Monson - Escolhi uma palavra que inclui todos, como fiz com "Earthlings" [seres terrestres]. Com isso, tendo eliminar a tendência que seres humanos têm de separar e distinguir. Por que o uso das celebridades? A história é longa, mas de um narrador o número foi aumentando, até que resolvi que queria mesmo uma sinfonia de vozes, capaz de emocionar e impactar as pessoas. Você conversou com algum cientista na produção do filme? Apenas com a Ann Druyan [produtora da série "Cosmos"], viúva do Carl Sagan [astrônomo morto em 1996]. Sempre gostei muito do trabalho do Sagan, de como ele humaniza a ciência; e Ann foi muito inspiradora, oferecendo material para eu utilizar. Alguns críticos dizem que não adianta chamar os humanos de criminosos, que precisamos de soluções. Sem dúvida, e tem muita gente trabalhando em ONGs para melhor a qualidade de vida das pessoas e animais pelo mundo afora. Fiz o que sei, um filme, na esperança de iluminar alguns, conscientizando as pessoas da importância de mudar de atitude. Você está otimista com relação ao futuro? Com certeza! Mudanças estão ocorrendo e cada vez mais rapidamente. O arco histórico da humanidade é longo, mas se curva na direção da justiça. Talvez lentamente demais; mas está indo na direção certa. MARCELO GLEISER é professor titular de física, astronomia e filosofia natural no Dartmouth College, EUA. Seu livro mais recente é "A Ilha do Conhecimento".
ilustrada
Documentário sobre a vida, 'Unity' é toque de despertar para humanidadeNo dia 12 de agosto, o documentário "Unity" (unidade) estreou em mais de 1000 cinemas pelo mundo -no Brasil, ainda não há data de estreia. Dirigido e escrito por Shaun Monson -cujo filme anterior, "Earthlings", aborda o tratamento violento dado a animais, especialmente na indústria agropecuária-, "Unity" é um toque de despertar para a humanidade, um manifesto para um futuro no qual o homem finalmente compreende seu papel como protetor do mundo natural. O filme mostra a interdependência de todas as formas de vida, sua interligação. A comunidade global é estendida ao planeta por inteiro, da formiga à árvore à atmosfera. "Unity" é narrado por 100 celebridades, incluindo Joaquin Phoenix, Helen Mirren, Geoffrey Rush, Jennifer Aniston e Ben Kingsley. O coro de vozes famosas funciona como uma sinfonia, que busca por uma ressonância com o público. No pôster da produção, vemos uma equação: "Humano + Animal + Árvore = Unidade", e a frase "Não os mesmos, mas iguais". O que, então, nos impede de progredir nessa direção? Se, por um lado, somos capazes de enviar sondas até Plutão, moralmente continuamos nas cavernas. Minha resposta, que o filme aborda, é a tendência tribal do ser humano, que insiste que inclusão implica em exclusão: os que não pertencem ao meu grupo são necessariamente inferiores, seja esse grupo uma religião, um time de futebol, ou um partido político. A unidade da vida é algo que a ciência demonstrou há tempo, tanto das formas de vida aqui na Terra, que dividem um ancestral comum, como da matéria da qual somos feitos, que veio das estrelas. A desunião é criação dos humanos. Conversei com Shaun Monson sobre o filme, e resumo aqui algumas partes da conversa: Folha - Por que o título "Unity"? Shaun Monson - Escolhi uma palavra que inclui todos, como fiz com "Earthlings" [seres terrestres]. Com isso, tendo eliminar a tendência que seres humanos têm de separar e distinguir. Por que o uso das celebridades? A história é longa, mas de um narrador o número foi aumentando, até que resolvi que queria mesmo uma sinfonia de vozes, capaz de emocionar e impactar as pessoas. Você conversou com algum cientista na produção do filme? Apenas com a Ann Druyan [produtora da série "Cosmos"], viúva do Carl Sagan [astrônomo morto em 1996]. Sempre gostei muito do trabalho do Sagan, de como ele humaniza a ciência; e Ann foi muito inspiradora, oferecendo material para eu utilizar. Alguns críticos dizem que não adianta chamar os humanos de criminosos, que precisamos de soluções. Sem dúvida, e tem muita gente trabalhando em ONGs para melhor a qualidade de vida das pessoas e animais pelo mundo afora. Fiz o que sei, um filme, na esperança de iluminar alguns, conscientizando as pessoas da importância de mudar de atitude. Você está otimista com relação ao futuro? Com certeza! Mudanças estão ocorrendo e cada vez mais rapidamente. O arco histórico da humanidade é longo, mas se curva na direção da justiça. Talvez lentamente demais; mas está indo na direção certa. MARCELO GLEISER é professor titular de física, astronomia e filosofia natural no Dartmouth College, EUA. Seu livro mais recente é "A Ilha do Conhecimento".
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Música em Letras: O cozinheiro que virou luthier
Guitarras semiacústicas e contrabaixos, entre outros instrumentos de cordas, feitos pelo luthier Reinaldo de Campos, 53, são parte dos sonhos de vários músicos. Alunos destes instrumentos, na maior parte estudantes no Conservatório Dramático e Musical Doutor Carlos de Campos, de ... Leia post completo no blog
ilustrada
Música em Letras: O cozinheiro que virou luthierGuitarras semiacústicas e contrabaixos, entre outros instrumentos de cordas, feitos pelo luthier Reinaldo de Campos, 53, são parte dos sonhos de vários músicos. Alunos destes instrumentos, na maior parte estudantes no Conservatório Dramático e Musical Doutor Carlos de Campos, de ... Leia post completo no blog
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Segunda fase da Unicamp começa no próximo domingo
Os 15 mil candidatos aprovados na primeira fase da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) começam no próximo domingo (11) a segunda etapa do vestibular. Serão três dias de prova. Ao todo, 15.444 candidatos participam da segunda etapa, que acontece entre os dias 11 e 13 de janeiro, das 13h às 17h. A Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp) recomenda que os candidatos deve chegar com pelo menos uma hora de antecedência. Eles concorrem a 3.320 vagas em 70 cursos de graduação da instituição. Confira a lista de aprovados | Locais de prova da 2ª fase Veja a nota de corte e a relação candidato/vaga As provas serão aplicadas em Bauru, Brasília, Campinas, Guarulhos, Jundiaí, Limeira, Mogi das Cruzes, Mogi Guaçu, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santo André, Santos, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo e Sorocaba. A Comvest ressalta ainda que os candidatos devem ficar atentos aos locais das provas, já que eles não serão necessariamente os mesmos onde o candidato realizou a primeira fase. A comissão informa ainda que, em alguns casos, os estudantes também terão alteração na cidade em que fizeram a prova da primeira fase: quem fez em Sumaré fará em Campinas; quem fez em São Bernardo do Campo fará em Santo André, na Grande São Paulo; e quem fez em São João da Boa Vista fará em Mogi Guaçu. Confira aqui os locais de prova. Todos os candidatos aprovados devem fazer todas as provas da segunda fase, independentemente do curso escolhido. No primeiro dia de prova, o candidato deverá levar uma foto 3x4 tirada em 2014, com nome e número de inscrição anotados no verso. Cada uma das provas é composta por seis questões discursivas e terá duração de quatro horas. A saída do local de prova será permitida apenas após 2h30 do início. Além disso, os candidatos deverão escrever uma redação. No primeiro dia, os candidatos terão de fazer a redação, formada por duas propostas de textos, além do prova de língua portuguesa e de literatura. No segundo dia, os estudantes farão as provas de matemática, história e geografia, enquanto que o último dia é reservado para as provas de física, química e biologia. As provas de habilidades específicas para os cursos de arquitetura e urbanismo, artes cênicas, artes visuais e dança, serão realizadas entre 19 e 22 de janeiro de 2015, em Campinas (a 93 km de São Paulo). A primeira chamada será divulgada dia 2 de fevereiro. Os convocados deverão efetivar a matrícula não presencial nos dia 3 ou 4 de fevereiro, exclusivamente no site da Comvest, em formulário específico. DESEMPENHO No dia 6 de janeiro, a Unicamp, divulgou as notas da primeira fase do vestibular. Para saber o desempenho, os candidatos precisam acessar o site da Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp) e digitar seu número de inscrição e senha. Este ano, 70.947 candidatos fizeram a prova da primeira fase, realizada no dia 23 de novembro passado. PRIMEIRA FASE No dia 23 de novembro, os candidatos realizaram a primeira fase do vestibular, que registrou abstenção de 8% – maior índice nos últimos três anos. Dos 77.128 candidatos esperados, 6.199 não fizeram a prova que foi realizada em 20 cidades do Estado, além de Brasília. Os três maiores índices de abstenção ocorreram em Brasília (27,7%), Presidente Prudente (13,01%) e Santos (9,25%). A prova da primeira fase foi composta por 90 questões de múltipla escolha, distribuídas da seguinte maneira: 14 questões de língua portuguesa e literaturas, 14 de matemática, 9 de história, 9 de geografia, 1 de filosofia, 1 de sociologia, 10 de física, 10 de química, 10 de biologia, 8 de inglês, além de 4 questões interdisciplinares. Para professores de cursos preparatórios ouvidos pela Folha, a primeira fase foi mais ampla, conceitual e antenada aos temas da atualidade. A crise hídrica que afeta o Sudeste, as implicações da transposição do rio São Francisco, os grupos separatistas na Bélgica e até uma citação do "rolezinho" –fenômeno social dado aos encontros de jovens combinados pela internet -foram cobrados na prova. "A Unicamp conseguiu produzir uma prova que cobra a maior diversidade possível de conteúdo e seleciona o melhor tipo de aluno", analisa Célio Tasinafo, diretor-pedagógico do Oficina do Estudante. Confira aqui a correção da prova.
educacao
Segunda fase da Unicamp começa no próximo domingoOs 15 mil candidatos aprovados na primeira fase da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) começam no próximo domingo (11) a segunda etapa do vestibular. Serão três dias de prova. Ao todo, 15.444 candidatos participam da segunda etapa, que acontece entre os dias 11 e 13 de janeiro, das 13h às 17h. A Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp) recomenda que os candidatos deve chegar com pelo menos uma hora de antecedência. Eles concorrem a 3.320 vagas em 70 cursos de graduação da instituição. Confira a lista de aprovados | Locais de prova da 2ª fase Veja a nota de corte e a relação candidato/vaga As provas serão aplicadas em Bauru, Brasília, Campinas, Guarulhos, Jundiaí, Limeira, Mogi das Cruzes, Mogi Guaçu, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santo André, Santos, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo e Sorocaba. A Comvest ressalta ainda que os candidatos devem ficar atentos aos locais das provas, já que eles não serão necessariamente os mesmos onde o candidato realizou a primeira fase. A comissão informa ainda que, em alguns casos, os estudantes também terão alteração na cidade em que fizeram a prova da primeira fase: quem fez em Sumaré fará em Campinas; quem fez em São Bernardo do Campo fará em Santo André, na Grande São Paulo; e quem fez em São João da Boa Vista fará em Mogi Guaçu. Confira aqui os locais de prova. Todos os candidatos aprovados devem fazer todas as provas da segunda fase, independentemente do curso escolhido. No primeiro dia de prova, o candidato deverá levar uma foto 3x4 tirada em 2014, com nome e número de inscrição anotados no verso. Cada uma das provas é composta por seis questões discursivas e terá duração de quatro horas. A saída do local de prova será permitida apenas após 2h30 do início. Além disso, os candidatos deverão escrever uma redação. No primeiro dia, os candidatos terão de fazer a redação, formada por duas propostas de textos, além do prova de língua portuguesa e de literatura. No segundo dia, os estudantes farão as provas de matemática, história e geografia, enquanto que o último dia é reservado para as provas de física, química e biologia. As provas de habilidades específicas para os cursos de arquitetura e urbanismo, artes cênicas, artes visuais e dança, serão realizadas entre 19 e 22 de janeiro de 2015, em Campinas (a 93 km de São Paulo). A primeira chamada será divulgada dia 2 de fevereiro. Os convocados deverão efetivar a matrícula não presencial nos dia 3 ou 4 de fevereiro, exclusivamente no site da Comvest, em formulário específico. DESEMPENHO No dia 6 de janeiro, a Unicamp, divulgou as notas da primeira fase do vestibular. Para saber o desempenho, os candidatos precisam acessar o site da Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp) e digitar seu número de inscrição e senha. Este ano, 70.947 candidatos fizeram a prova da primeira fase, realizada no dia 23 de novembro passado. PRIMEIRA FASE No dia 23 de novembro, os candidatos realizaram a primeira fase do vestibular, que registrou abstenção de 8% – maior índice nos últimos três anos. Dos 77.128 candidatos esperados, 6.199 não fizeram a prova que foi realizada em 20 cidades do Estado, além de Brasília. Os três maiores índices de abstenção ocorreram em Brasília (27,7%), Presidente Prudente (13,01%) e Santos (9,25%). A prova da primeira fase foi composta por 90 questões de múltipla escolha, distribuídas da seguinte maneira: 14 questões de língua portuguesa e literaturas, 14 de matemática, 9 de história, 9 de geografia, 1 de filosofia, 1 de sociologia, 10 de física, 10 de química, 10 de biologia, 8 de inglês, além de 4 questões interdisciplinares. Para professores de cursos preparatórios ouvidos pela Folha, a primeira fase foi mais ampla, conceitual e antenada aos temas da atualidade. A crise hídrica que afeta o Sudeste, as implicações da transposição do rio São Francisco, os grupos separatistas na Bélgica e até uma citação do "rolezinho" –fenômeno social dado aos encontros de jovens combinados pela internet -foram cobrados na prova. "A Unicamp conseguiu produzir uma prova que cobra a maior diversidade possível de conteúdo e seleciona o melhor tipo de aluno", analisa Célio Tasinafo, diretor-pedagógico do Oficina do Estudante. Confira aqui a correção da prova.
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Currículo de colégio integral tem de incluir tempo fora de sala e de ócio
A falta de tempo é uma das razões pela quais pais optam pelo ensino integral para os filhos. Mas, como consequência, as crianças passam a ter muito tempo disponível na escola e é preciso saber o que fazer com ele. Educadores recomendam que o currículo de um curso integral não seja uma repetição das aulas tradicionais. A ideia é que ele promova atividades artísticas, esportivas e brincadeiras que possam ter relação com as disciplinas. "Ampliar o tempo de aprendizagem é trazer outros saberes para dentro da escola, aqueles que não são acadêmicos", diz Guillermina Garcia, do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação e Ação Comunitária (Cenpec). Segundo ela, é importante que a escola consiga correlacionar o que é estudado em sala de aula nas demais atividades. Em uma aula de capoeira, pode-se trabalhar aspectos históricos e geográficos, diz ela. "Período integral não pode ser depósito de criança nem se transformar em um castigo", afirma Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieesp). Segundo ele, escolas que têm um programa definido para cada série estão conseguindo mais sucesso. "Seguir um currículo definido, em vez de só escolher o que se quer fazer, ajuda a melhorar o aproveitamento escolar." Silva aconselha os pais a verificarem se o currículo do integral prevê momentos livres, nos quais as crianças possam usufruir do espaço escolar como desejarem -lendo na biblioteca ou usando a internet, por exemplo. CULINÁRIA Com programa de ensino integral desde o infantil até o 5º ano do fundamental, o Colégio Mary Ward tem a proposta de utilizar todos os espaços da escola nesse módulo de ensino. Além de aulas na biblioteca, no laboratório de informática e na horta, as crianças desenvolvem projetos em grupo e realizam as tarefas de casa. Também há atividades esportivas, artísticas e de culinária. "Um risco que se corre com o período integral é a criança chegar e só fazer as atividades de casa", diz Alexandra Grassini, coordenadora do ensino integral do colégio. Com a preocupação de não exagerar nas atividades, o Colégio Visconde de Porto Seguro, que oferece período integral desde o ano passado, faz quatro avaliações por ano sobre o curso. O método reúne comentários dos alunos e um relatório para os pais sobre a participação dos filhos. "A proposta é de ampliar a formação geral do aluno", afirma Tânia Ruivo, coordenadora do período integral do colégio. "Não criamos um ambiente de reforço escolar, mas de união de atividades que os pais costumavam buscar fora da escola."
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Currículo de colégio integral tem de incluir tempo fora de sala e de ócioA falta de tempo é uma das razões pela quais pais optam pelo ensino integral para os filhos. Mas, como consequência, as crianças passam a ter muito tempo disponível na escola e é preciso saber o que fazer com ele. Educadores recomendam que o currículo de um curso integral não seja uma repetição das aulas tradicionais. A ideia é que ele promova atividades artísticas, esportivas e brincadeiras que possam ter relação com as disciplinas. "Ampliar o tempo de aprendizagem é trazer outros saberes para dentro da escola, aqueles que não são acadêmicos", diz Guillermina Garcia, do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação e Ação Comunitária (Cenpec). Segundo ela, é importante que a escola consiga correlacionar o que é estudado em sala de aula nas demais atividades. Em uma aula de capoeira, pode-se trabalhar aspectos históricos e geográficos, diz ela. "Período integral não pode ser depósito de criança nem se transformar em um castigo", afirma Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieesp). Segundo ele, escolas que têm um programa definido para cada série estão conseguindo mais sucesso. "Seguir um currículo definido, em vez de só escolher o que se quer fazer, ajuda a melhorar o aproveitamento escolar." Silva aconselha os pais a verificarem se o currículo do integral prevê momentos livres, nos quais as crianças possam usufruir do espaço escolar como desejarem -lendo na biblioteca ou usando a internet, por exemplo. CULINÁRIA Com programa de ensino integral desde o infantil até o 5º ano do fundamental, o Colégio Mary Ward tem a proposta de utilizar todos os espaços da escola nesse módulo de ensino. Além de aulas na biblioteca, no laboratório de informática e na horta, as crianças desenvolvem projetos em grupo e realizam as tarefas de casa. Também há atividades esportivas, artísticas e de culinária. "Um risco que se corre com o período integral é a criança chegar e só fazer as atividades de casa", diz Alexandra Grassini, coordenadora do ensino integral do colégio. Com a preocupação de não exagerar nas atividades, o Colégio Visconde de Porto Seguro, que oferece período integral desde o ano passado, faz quatro avaliações por ano sobre o curso. O método reúne comentários dos alunos e um relatório para os pais sobre a participação dos filhos. "A proposta é de ampliar a formação geral do aluno", afirma Tânia Ruivo, coordenadora do período integral do colégio. "Não criamos um ambiente de reforço escolar, mas de união de atividades que os pais costumavam buscar fora da escola."
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Brasil conquista recorde de pódios nos Jogos Paraolímpicos
JAIRO MARQUES ENVIADO ESPECIAL AO RIO A delegação brasileira bateu mais uma marca histórica nos Jogos Paraolímpicos do Rio : o país ultrapassou o recorde anterior de medalhas conquistadas em um única edição da competição. Com 48, superou as 47 obtidas nos Jogos de Pequim-2008. A natação foi responsável pela quebra da marca. Na noite desta quarta (14), o revezamento 4 x 100 m livre masculino 34 pontos (somadas as categorias de cada um), com Daniel Dias, Andre Brasil, Ruiter Silva e Phelipe Rodrigues levou a prata com o tempo de 3min48s98. A primeira posição ficou com a Ucrânia. O triunfo rendeu a Dias sua 21ª medalha paraolímpica –e a sexta no Rio. Ele é o mais premiado para-atleta da história do país. Um outro momento de explosão da torcida brasileira no Estádio Aquático foi quando o nadador Carlos Farrenberg, 36, da classe S13, para pessoas com deficiência visual, conquistou uma prata. Com dez ouros até agora, o recorde de medalhas de ouros permanece imbatível, construído em Londres-2012 (21). Já as medalhas de prata também têm patamar recorde, 24 no total. Nesta quarta, o país também foi ao pódio duas vezes no atletismo –modalidade que mais tem obtido conquistas para o time nacional. Verônica Hipólito ficou com o bronze nos 400 m classe T38, para atletas com paralisia. O revezamento 4 x 100 m rasos feminino foi prata. Ele contou com Thalita Simpício, Alice de Oliveira, Lorena Salvatini e Terezinha Guilhermina –cuja medalha foi a primeira nestes Jogos. No ciclismo, Lauro César Chaman, classe C5, ganhou uma prata e fez história. Foi a primeira premiação do país nesta modalidade. Colaborou LUÍS CURRO, enviado especial ao Rio
esporte
Brasil conquista recorde de pódios nos Jogos Paraolímpicos JAIRO MARQUES ENVIADO ESPECIAL AO RIO A delegação brasileira bateu mais uma marca histórica nos Jogos Paraolímpicos do Rio : o país ultrapassou o recorde anterior de medalhas conquistadas em um única edição da competição. Com 48, superou as 47 obtidas nos Jogos de Pequim-2008. A natação foi responsável pela quebra da marca. Na noite desta quarta (14), o revezamento 4 x 100 m livre masculino 34 pontos (somadas as categorias de cada um), com Daniel Dias, Andre Brasil, Ruiter Silva e Phelipe Rodrigues levou a prata com o tempo de 3min48s98. A primeira posição ficou com a Ucrânia. O triunfo rendeu a Dias sua 21ª medalha paraolímpica –e a sexta no Rio. Ele é o mais premiado para-atleta da história do país. Um outro momento de explosão da torcida brasileira no Estádio Aquático foi quando o nadador Carlos Farrenberg, 36, da classe S13, para pessoas com deficiência visual, conquistou uma prata. Com dez ouros até agora, o recorde de medalhas de ouros permanece imbatível, construído em Londres-2012 (21). Já as medalhas de prata também têm patamar recorde, 24 no total. Nesta quarta, o país também foi ao pódio duas vezes no atletismo –modalidade que mais tem obtido conquistas para o time nacional. Verônica Hipólito ficou com o bronze nos 400 m classe T38, para atletas com paralisia. O revezamento 4 x 100 m rasos feminino foi prata. Ele contou com Thalita Simpício, Alice de Oliveira, Lorena Salvatini e Terezinha Guilhermina –cuja medalha foi a primeira nestes Jogos. No ciclismo, Lauro César Chaman, classe C5, ganhou uma prata e fez história. Foi a primeira premiação do país nesta modalidade. Colaborou LUÍS CURRO, enviado especial ao Rio
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Subprefeitos de Buenos Aires e Paris têm pouca autonomia
Pelo menos uma vez por mês, a farmacêutica Claudia Lugea, 53, tem reunião na Comuna 2, que cobre o bairro da Recoleta, em Buenos Aires. Ela integra o conselho consultivo da comuna, uma espécie de subprefeitura da capital da Argentina. Claudia participa das discussões sobre a manutenção das áreas verdes, poda de árvores e assuntos sanitários, como a limpeza das ruas. Não recebe nada por isso. Nas comunas, também são discutidos temas como segurança, iluminação, manutenção do patrimônio e das vias secundárias dos bairros. Nesses espaços ainda funcionam uma defensoria do consumidor, um posto para pequenos registros civis, como certidões de nascimento, e um núcleo para mediação de conflitos entre vizinhos. O projeto portenho é citado pelo prefeito de SP, Fernando Haddad (PT). Agora, ele deseja dar autonomia às subprefeituras paulistanas. Nesta semana, enviou à Câmara Municipal proposta que prevê eleições diretas para futuros subprefeitos em São Paulo, com mandato de quatro anos e filiação partidária obrigatória. As comunas de Buenos Aires recebem um orçamento de acordo com os projetos que apresentam à prefeitura. Em 2016, a gestão municipal deverá repassar aos distritos cerca de 1,7 bilhão de pesos (cerca de R$ 500 milhões). A comunera Daniela Mesplede, 50, que trabalha na Comuna 10, queixa-se, porém, de que as subprefeituras não têm autonomia "real" para administrar seu orçamento. "A contratação das empresas é feita pelo Executivo. Isso trava nosso trabalho", diz. Mesplede é uma das sete comuneras que administram sua região. Os funcionários são eleitos pelo voto popular e recebem um salário mensal entre R$ 10 mil e R$ 11,2 mil. Há 15 subprefeituras em Buenos Aires. Todas são e foram presididas por lideranças do PRO, partido do chefe de governo, Horácio Rodriguez Larreta, e de seu antecessor. Por isso, desde a implantação do programa, em 2011, não apareceram divergências entre a administração central e as subprefeituras. CAPITAL FRANCESA Como em Buenos Aires, o modelo administrativo de Paris restringe fortemente as atribuições dos gestores locais. Os subprefeitos dos 20 distritos da capital francesa desempenham papel quase que só gerencial. Eles não têm a prerrogativa de recolher impostos ou de determinar orçamentos. Não são dotados de fato de poder executivo. Recebem dotações da prefeitura para administrar equipamentos esportivos, culturais e educativos em seus perímetros respectivos. E deliberam sobre 50% das vagas em moradias populares. Além disso, as subprefeituras se ocupam da emissão de documentos de identidade, do registro civil de casamentos e do recenseamento de jovens em idade de prestar o serviço militar. Mas o posto é sobretudo consultivo. Os gestores distritais são ouvidos pela prefeitura sobre a aquisição e a venda de imóveis públicos e sobre a concessão de permissões para construção. Também opinam sobre projetos de zeladoria e intervenção urbanística concebidos pela administração central. Não há, no entanto, nenhuma disposição jurídica que determine que os palpites deles sejam seguidos. Na prática, os subprefeitos atuam como lobistas dos interesses dos eleitores de seus currais, pleiteando melhorias e obras como a construção de estações de metrô. Em Paris, as subprefeituras (ou "prefeituras de distrito", na tradução direta do francês) foram instituídas a partir das eleições municipais de 1983. A ideia era reforçar a "democracia de proximidade", levar o poder público para mais perto das demandas do cidadão comum. Subprefeitos e prefeito(a) são escolhidos no mesmo processo eleitoral –a partir de votos de conselheiros municipais– e ambos têm mandatos de seis anos. - COMO É HOJE > Ao assumir a prefeitura, Fernando Haddad (PT) prometeu aceitar apenas indicações técnicas. Depois, passou a aceitar sugestões de vereadores NOVO MODELO PREVISTO > Eleição direta, com voto facultativo, em cada subprefeitura > Mandato de quatro anos PRINCIPAIS CONDIÇÕES PARA CONCORRER AO CARGO > Idade mínima de 18 anos > Filiação partidária > Morar nos limites da subprefeitura > Não ocupar cargo na esfera municipal ATRIBUIÇÕES DO SUBPREFEITO > Solucionar pedidos e reclamações da população > Manutenção do sistema viário, rede de drenagem, limpeza urbana, vigilância sanitária e epidemiológica MAIORES ORÇAMENTOS: Sé São Mateus Campo Limpo Penha São Miguel MAIORES POPULAÇÕES: Campo Limpo Capela do Socorro M'Boi Mirim Itaquera Penha Colaboraram GIBA BERGAMIM JR. e LUCAS FERRAZ
cotidiano
Subprefeitos de Buenos Aires e Paris têm pouca autonomiaPelo menos uma vez por mês, a farmacêutica Claudia Lugea, 53, tem reunião na Comuna 2, que cobre o bairro da Recoleta, em Buenos Aires. Ela integra o conselho consultivo da comuna, uma espécie de subprefeitura da capital da Argentina. Claudia participa das discussões sobre a manutenção das áreas verdes, poda de árvores e assuntos sanitários, como a limpeza das ruas. Não recebe nada por isso. Nas comunas, também são discutidos temas como segurança, iluminação, manutenção do patrimônio e das vias secundárias dos bairros. Nesses espaços ainda funcionam uma defensoria do consumidor, um posto para pequenos registros civis, como certidões de nascimento, e um núcleo para mediação de conflitos entre vizinhos. O projeto portenho é citado pelo prefeito de SP, Fernando Haddad (PT). Agora, ele deseja dar autonomia às subprefeituras paulistanas. Nesta semana, enviou à Câmara Municipal proposta que prevê eleições diretas para futuros subprefeitos em São Paulo, com mandato de quatro anos e filiação partidária obrigatória. As comunas de Buenos Aires recebem um orçamento de acordo com os projetos que apresentam à prefeitura. Em 2016, a gestão municipal deverá repassar aos distritos cerca de 1,7 bilhão de pesos (cerca de R$ 500 milhões). A comunera Daniela Mesplede, 50, que trabalha na Comuna 10, queixa-se, porém, de que as subprefeituras não têm autonomia "real" para administrar seu orçamento. "A contratação das empresas é feita pelo Executivo. Isso trava nosso trabalho", diz. Mesplede é uma das sete comuneras que administram sua região. Os funcionários são eleitos pelo voto popular e recebem um salário mensal entre R$ 10 mil e R$ 11,2 mil. Há 15 subprefeituras em Buenos Aires. Todas são e foram presididas por lideranças do PRO, partido do chefe de governo, Horácio Rodriguez Larreta, e de seu antecessor. Por isso, desde a implantação do programa, em 2011, não apareceram divergências entre a administração central e as subprefeituras. CAPITAL FRANCESA Como em Buenos Aires, o modelo administrativo de Paris restringe fortemente as atribuições dos gestores locais. Os subprefeitos dos 20 distritos da capital francesa desempenham papel quase que só gerencial. Eles não têm a prerrogativa de recolher impostos ou de determinar orçamentos. Não são dotados de fato de poder executivo. Recebem dotações da prefeitura para administrar equipamentos esportivos, culturais e educativos em seus perímetros respectivos. E deliberam sobre 50% das vagas em moradias populares. Além disso, as subprefeituras se ocupam da emissão de documentos de identidade, do registro civil de casamentos e do recenseamento de jovens em idade de prestar o serviço militar. Mas o posto é sobretudo consultivo. Os gestores distritais são ouvidos pela prefeitura sobre a aquisição e a venda de imóveis públicos e sobre a concessão de permissões para construção. Também opinam sobre projetos de zeladoria e intervenção urbanística concebidos pela administração central. Não há, no entanto, nenhuma disposição jurídica que determine que os palpites deles sejam seguidos. Na prática, os subprefeitos atuam como lobistas dos interesses dos eleitores de seus currais, pleiteando melhorias e obras como a construção de estações de metrô. Em Paris, as subprefeituras (ou "prefeituras de distrito", na tradução direta do francês) foram instituídas a partir das eleições municipais de 1983. A ideia era reforçar a "democracia de proximidade", levar o poder público para mais perto das demandas do cidadão comum. Subprefeitos e prefeito(a) são escolhidos no mesmo processo eleitoral –a partir de votos de conselheiros municipais– e ambos têm mandatos de seis anos. - COMO É HOJE > Ao assumir a prefeitura, Fernando Haddad (PT) prometeu aceitar apenas indicações técnicas. Depois, passou a aceitar sugestões de vereadores NOVO MODELO PREVISTO > Eleição direta, com voto facultativo, em cada subprefeitura > Mandato de quatro anos PRINCIPAIS CONDIÇÕES PARA CONCORRER AO CARGO > Idade mínima de 18 anos > Filiação partidária > Morar nos limites da subprefeitura > Não ocupar cargo na esfera municipal ATRIBUIÇÕES DO SUBPREFEITO > Solucionar pedidos e reclamações da população > Manutenção do sistema viário, rede de drenagem, limpeza urbana, vigilância sanitária e epidemiológica MAIORES ORÇAMENTOS: Sé São Mateus Campo Limpo Penha São Miguel MAIORES POPULAÇÕES: Campo Limpo Capela do Socorro M'Boi Mirim Itaquera Penha Colaboraram GIBA BERGAMIM JR. e LUCAS FERRAZ
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Por vitais que sejam as reformas, o campo ético vem em primeiro lugar
Os desenvolvimentos políticos recentes podem descarrilar a retomada que parecia ter se iniciado no primeiro trimestre. Como tenho insistido, a natureza da atual crise é eminentemente fiscal: a recessão começou ainda no segundo trimestre de 2014, mas se agravou quando ficou clara a incapacidade do governo reeleito de endereçar o problema das contas públicas. Esse entendimento levou à disparada do risco-país, que saltou de 1,5%-2,0% ao ano, observado de meados de 2013 ao fim de 2014, para algo em torno de 2,5% ao ano na primeira metade de 2015 e, prosseguindo em sua escalada, culminou a praticamente 5% ao ano em janeiro do ano passado. Somado ao descontrole inflacionário, isso levou à elevação da taxa de juros, agravando o colapso do investimento. As coisas começaram a mudar com a perspectiva de alteração da política econômica, que se cristalizou na criação do teto para as despesas federais e progrediu com o andamento da reforma previdenciária no Congresso, em particular sua aprovação pela comissão especial da Câmara no começo deste mês (embora pareça ter ocorrido há décadas). Não por outro motivo, o mesmo risco-país em meados de maio havia caído ligeiramente abaixo de 2% ao ano pela primeira vez desde o fim de 2014, valor ainda elevado, mas sugerindo que os temores quanto à capacidade do governo de manter seu endividamento sob controle cediam persistentemente. Da mesma forma, a estratégia de ajuste fiscal de longo prazo, baseada na combinação do teto para as despesas e reforma previdenciária, afastou o risco da "dominância fiscal", permitindo o recuo mais vigoroso da inflação a partir do terceiro trimestre do ano passado e, com ela, a recuperação (modesta) dos salários reais e a queda expressiva da taxa de juros. Assim, a retomada saiu do terreno especulativo para a realidade. No entanto, esses ganhos devem se perder com a atual crise política. A reforma previdenciária, cuja probabilidade de aprovação era tida como alta, tornou-se bem mais complicada à medida que a base política da atual administração começa a se dissolver. Caso não seja levada adiante, ou seja, ainda mais desfigurada, a sustentabilidade do teto para os gastos fica ameaçada, solapando a estratégia de ajuste. Em razão disso, taxas reais de juros voltaram a subir: a taxa para dois anos, que caíra a 4,5% ao ano logo antes da divulgação das gravações do inefável Joesley, já superou 5% na esteira da piora das perspectivas para a inflação. Num horizonte mais curto, a quase certeza da redução de 1,25 ponto percentual da taxa Selic em maio foi revista para um corte mais modesto, de um ponto, enquanto a magnitude do ciclo de afrouxamento vai sendo gradualmente revista. Tais desenvolvimentos jogam contra a retomada. Isso dito, é bom deixar claro que a adoção de uma política econômica correta não é, nem deveria ser, salvo-conduto para qualquer governante. Há regras e estas foram, pelo que foi visto até agora, gravemente violadas. Ecoando o que escrevi sobre o impacto da corrupção no crescimento, por vitais que sejam as reformas, a governança do país vem em primeiro lugar, não só no plano econômico mas, principalmente, no campo ético. Se não resolvermos isso, não haverá reforma que baste para nos colocar na rota do crescimento sustentado.
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Por vitais que sejam as reformas, o campo ético vem em primeiro lugarOs desenvolvimentos políticos recentes podem descarrilar a retomada que parecia ter se iniciado no primeiro trimestre. Como tenho insistido, a natureza da atual crise é eminentemente fiscal: a recessão começou ainda no segundo trimestre de 2014, mas se agravou quando ficou clara a incapacidade do governo reeleito de endereçar o problema das contas públicas. Esse entendimento levou à disparada do risco-país, que saltou de 1,5%-2,0% ao ano, observado de meados de 2013 ao fim de 2014, para algo em torno de 2,5% ao ano na primeira metade de 2015 e, prosseguindo em sua escalada, culminou a praticamente 5% ao ano em janeiro do ano passado. Somado ao descontrole inflacionário, isso levou à elevação da taxa de juros, agravando o colapso do investimento. As coisas começaram a mudar com a perspectiva de alteração da política econômica, que se cristalizou na criação do teto para as despesas federais e progrediu com o andamento da reforma previdenciária no Congresso, em particular sua aprovação pela comissão especial da Câmara no começo deste mês (embora pareça ter ocorrido há décadas). Não por outro motivo, o mesmo risco-país em meados de maio havia caído ligeiramente abaixo de 2% ao ano pela primeira vez desde o fim de 2014, valor ainda elevado, mas sugerindo que os temores quanto à capacidade do governo de manter seu endividamento sob controle cediam persistentemente. Da mesma forma, a estratégia de ajuste fiscal de longo prazo, baseada na combinação do teto para as despesas e reforma previdenciária, afastou o risco da "dominância fiscal", permitindo o recuo mais vigoroso da inflação a partir do terceiro trimestre do ano passado e, com ela, a recuperação (modesta) dos salários reais e a queda expressiva da taxa de juros. Assim, a retomada saiu do terreno especulativo para a realidade. No entanto, esses ganhos devem se perder com a atual crise política. A reforma previdenciária, cuja probabilidade de aprovação era tida como alta, tornou-se bem mais complicada à medida que a base política da atual administração começa a se dissolver. Caso não seja levada adiante, ou seja, ainda mais desfigurada, a sustentabilidade do teto para os gastos fica ameaçada, solapando a estratégia de ajuste. Em razão disso, taxas reais de juros voltaram a subir: a taxa para dois anos, que caíra a 4,5% ao ano logo antes da divulgação das gravações do inefável Joesley, já superou 5% na esteira da piora das perspectivas para a inflação. Num horizonte mais curto, a quase certeza da redução de 1,25 ponto percentual da taxa Selic em maio foi revista para um corte mais modesto, de um ponto, enquanto a magnitude do ciclo de afrouxamento vai sendo gradualmente revista. Tais desenvolvimentos jogam contra a retomada. Isso dito, é bom deixar claro que a adoção de uma política econômica correta não é, nem deveria ser, salvo-conduto para qualquer governante. Há regras e estas foram, pelo que foi visto até agora, gravemente violadas. Ecoando o que escrevi sobre o impacto da corrupção no crescimento, por vitais que sejam as reformas, a governança do país vem em primeiro lugar, não só no plano econômico mas, principalmente, no campo ético. Se não resolvermos isso, não haverá reforma que baste para nos colocar na rota do crescimento sustentado.
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Inscrições para o programa Mais Médicos terminam nesta quinta
Os médicos com CRM brasileiro têm até esta quinta-feira (29) para se inscreverem no programa Mais Médicos. O governo ainda não divulgou o número de vagas ofertadas, já que depende da adesão dos municípios, que terminou nesta quarta-feira (28). A remuneração dos profissionais é pouco mais de R$ 10 mil. Os candidatos deverão escolher, na hora da inscrição, entre receber a pontuação adicional de 10% nas provas de residência, atuando na unidade básica por 12 meses, ou permanecer no município por três anos e obter benefícios como auxílios moradia e alimentação, além de ajuda de custo para instalação. Quem escolher a primeira opção, ao final dos 12 meses de trabalho poderá optar por permanecer no programa por mais dois anos, passando a ter direito aos benefícios da segunda opção. Nos dias 4 e 5 de fevereiro, os profissionais deverão indicar até quatro cidades onde preferem trabalhar. Quem não conseguir alocação, terá acesso à vagas remanescentes em fevereiro e março. Entre os critérios considerados para a classificação estão ter título de especialista em medicina de família e comunidade, experiência comprovada na Estratégia Saúde da Família, ter participado do Programa de Educação pelo Trabalho e integrar os programa ProUni (Universidade para Todos) ou de Fies (Financiamento Estudantil). Como critérios de desempate serão considerados a maior proximidade entre o município desejado e o de nascimento e ter maior idade. Os médicos brasileiros formados no exterior poderão fazer as inscrições entre os dias 10 e 20 de abril. Entre os dias 5 e 15 de maio, estarão abertas as inscrições para estrangeiros formados no exterior. Os profissionais que não têm CRM brasileiro passarão por uma ambientação e começarão a trabalhar no dia 7 de julho.
cotidiano
Inscrições para o programa Mais Médicos terminam nesta quintaOs médicos com CRM brasileiro têm até esta quinta-feira (29) para se inscreverem no programa Mais Médicos. O governo ainda não divulgou o número de vagas ofertadas, já que depende da adesão dos municípios, que terminou nesta quarta-feira (28). A remuneração dos profissionais é pouco mais de R$ 10 mil. Os candidatos deverão escolher, na hora da inscrição, entre receber a pontuação adicional de 10% nas provas de residência, atuando na unidade básica por 12 meses, ou permanecer no município por três anos e obter benefícios como auxílios moradia e alimentação, além de ajuda de custo para instalação. Quem escolher a primeira opção, ao final dos 12 meses de trabalho poderá optar por permanecer no programa por mais dois anos, passando a ter direito aos benefícios da segunda opção. Nos dias 4 e 5 de fevereiro, os profissionais deverão indicar até quatro cidades onde preferem trabalhar. Quem não conseguir alocação, terá acesso à vagas remanescentes em fevereiro e março. Entre os critérios considerados para a classificação estão ter título de especialista em medicina de família e comunidade, experiência comprovada na Estratégia Saúde da Família, ter participado do Programa de Educação pelo Trabalho e integrar os programa ProUni (Universidade para Todos) ou de Fies (Financiamento Estudantil). Como critérios de desempate serão considerados a maior proximidade entre o município desejado e o de nascimento e ter maior idade. Os médicos brasileiros formados no exterior poderão fazer as inscrições entre os dias 10 e 20 de abril. Entre os dias 5 e 15 de maio, estarão abertas as inscrições para estrangeiros formados no exterior. Os profissionais que não têm CRM brasileiro passarão por uma ambientação e começarão a trabalhar no dia 7 de julho.
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Marin! Fiança Padrão Fifa!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Piada pronta da Lava Jato: "Empresário diz que depósito de R$ 400 mil a mulher de Vaccari foi por amizade". Como é o nome do empresário? Cláudio MENTE! Quem mente, o Vaccari ou o Cláudio Mente? Ambos mentem! Ambos todos. Todos mentem! E isso que é amigo, viu. Reparou que todo corrupto tem um amigo generoso? Como faço pra enviar solicitação de amizade? Rarará! E o Marin? Vocês viram a foto do Marin chegando nos Estados Unidos? Parece uma múmia que tiraram as faixas. Múmia amanhecida! E diz que ele foi extraditado pros Estados Unidos pra fazer cosplay do Freddy Krueger em "A Hora do Pesadelo". Rarará! Chegou nos Estados Unidos e humilhou a gente: pagou fiança de R$ 57 milhões e foi pra casa: na Trump Tower, em Nova York. Vai ser vizinho do Cristiano Ronaldo! Rarará! Fiança padrão Fifa! E vai usar tornozeleira eletrônica. Da Nike? Marin usa tornozeleira da Nike! Ficha do Marin: tenho 83 anos, já bafei uma medalha, uso Koleston acaju, vou usar tornozeleiras da Nike e morar na Trump Tower em Nova York! Prisão domiciliar padrão Fifa. Também quero. Eu quero uma aposentadoria dessas: com 83 anos e apartamento na Trump Tower. Vai fazer o que na rua? Fica em casa vendo Netflix e comendo Doritos de bacon! Rarará! Por isso que esses cartolas não viajam mais. O Del Nero se chama Marco Polo, mas não pode viajar. Rarará! E como diz um amigo meu: "Nós no trampo e o Marin no Trump". Rarará! É mole, mas sobe! O brasileiro é cordial! Olha essa pichação num poste em Porto Alegre: "Se você não tem onde colocar seu lixo, enfia na bunda". Gente! Medo! Pânico! E o povo ainda tem medo do Kim Jong-Un só porque ele manda fuzilar a parentada e vai pra Disney. Rarará. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje, só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Marin! Fiança Padrão Fifa!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Piada pronta da Lava Jato: "Empresário diz que depósito de R$ 400 mil a mulher de Vaccari foi por amizade". Como é o nome do empresário? Cláudio MENTE! Quem mente, o Vaccari ou o Cláudio Mente? Ambos mentem! Ambos todos. Todos mentem! E isso que é amigo, viu. Reparou que todo corrupto tem um amigo generoso? Como faço pra enviar solicitação de amizade? Rarará! E o Marin? Vocês viram a foto do Marin chegando nos Estados Unidos? Parece uma múmia que tiraram as faixas. Múmia amanhecida! E diz que ele foi extraditado pros Estados Unidos pra fazer cosplay do Freddy Krueger em "A Hora do Pesadelo". Rarará! Chegou nos Estados Unidos e humilhou a gente: pagou fiança de R$ 57 milhões e foi pra casa: na Trump Tower, em Nova York. Vai ser vizinho do Cristiano Ronaldo! Rarará! Fiança padrão Fifa! E vai usar tornozeleira eletrônica. Da Nike? Marin usa tornozeleira da Nike! Ficha do Marin: tenho 83 anos, já bafei uma medalha, uso Koleston acaju, vou usar tornozeleiras da Nike e morar na Trump Tower em Nova York! Prisão domiciliar padrão Fifa. Também quero. Eu quero uma aposentadoria dessas: com 83 anos e apartamento na Trump Tower. Vai fazer o que na rua? Fica em casa vendo Netflix e comendo Doritos de bacon! Rarará! Por isso que esses cartolas não viajam mais. O Del Nero se chama Marco Polo, mas não pode viajar. Rarará! E como diz um amigo meu: "Nós no trampo e o Marin no Trump". Rarará! É mole, mas sobe! O brasileiro é cordial! Olha essa pichação num poste em Porto Alegre: "Se você não tem onde colocar seu lixo, enfia na bunda". Gente! Medo! Pânico! E o povo ainda tem medo do Kim Jong-Un só porque ele manda fuzilar a parentada e vai pra Disney. Rarará. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje, só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Papa elogia governo de Evo Morales e cita acesso da Bolívia ao mar
Em breve visita a La Paz, o papa Francisco defendeu o diálogo "franco" entre Bolívia e Chile em torno do acesso ao mar e elogiou o governo de Evo Morales. Durante um discurso na catedral da capital boliviana, Francisco defendeu "a construção de pontes no lugar de muros" e, sem mencionar o Chile, afirmou: "Estou pensando no mar. Diálogo, diálogo é indispensável". A Bolívia perdeu o acesso ao mar para o Chile durante a Guerra do Pacífico (1879-1883). Recentemente, Evo acionou o Tribunal de Haia para tentar reaver o "acesso soberano" à costa. Antes, em discurso no aeroporto, Francisco elogiou o governo Evo: "A Bolívia está dando passos importantes para incluir amplos setores na vida econômica, social e política do país". Já o líder boliviano citou na recepção sua principal bandeira de política externa: "Bem-vindo a uma parte da pátria grande que foi mutilada no seu direito de acesso ao mar devido a uma invasão". Evo recebeu Francisco com um abraço na pista do aeroporto Em rápido pronunciamento, o presidente disse que, "em tempos de mudança, quem trai os pobres trai o papa". Pouco mais tarde, tiveram um encontro privado. Por causa da altitude, a visita de Francisco, 78, a La Paz durou cerca de quatro horas. Por volta das 21h locais, o papa embarcou para Santa Cruz de la Sierra, onde permanece até esta sexta-feira (10). A troca de afagos entre Evo Morales e Francisco deixou em segundo plano as divergências entre ambos. Semanas após lançar uma encíclica que prega energias menos poluentes e a preservação ambiental, o papa encontrou um presidente que tem acelerado a exploração de recursos naturais, principalmente gás e petróleo. Na terça (7), ainda no Equador, primeira parada da viagem, Francisco falou da obrigação dos governos de preservar a natureza em projetos de exploração econômica. EVO X IGREJA Outra missão difícil de Francisco na Bolívia será melhorar as relações entre a igreja e Evo. Em seu discurso de boas-vindas ao pontífice, o presidente afirmou que a Igreja Católica no passado estava ao lado dos opressores dos bolivianos, mas que agora "as coisas são diferentes" com Francisco. Logo depois, o papa disse que o catolicismo tem contribuído para o desenvolvimento da Bolívia. Em 2009, Evo disse que a "Igreja Católica é um símbolo do colonialismo europeu e, portanto, deve desaparecer da Bolívia". Um ano depois, porém, em visita a Bento 16, o presidente afirmou que se considerava católico, mas criticou a cúpula da igreja na Bolívia, principalmente o cardeal Julio Terrazas, visto como aliado da oposição, mas tido como próximo de Francisco. Com agências de notícias
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Papa elogia governo de Evo Morales e cita acesso da Bolívia ao marEm breve visita a La Paz, o papa Francisco defendeu o diálogo "franco" entre Bolívia e Chile em torno do acesso ao mar e elogiou o governo de Evo Morales. Durante um discurso na catedral da capital boliviana, Francisco defendeu "a construção de pontes no lugar de muros" e, sem mencionar o Chile, afirmou: "Estou pensando no mar. Diálogo, diálogo é indispensável". A Bolívia perdeu o acesso ao mar para o Chile durante a Guerra do Pacífico (1879-1883). Recentemente, Evo acionou o Tribunal de Haia para tentar reaver o "acesso soberano" à costa. Antes, em discurso no aeroporto, Francisco elogiou o governo Evo: "A Bolívia está dando passos importantes para incluir amplos setores na vida econômica, social e política do país". Já o líder boliviano citou na recepção sua principal bandeira de política externa: "Bem-vindo a uma parte da pátria grande que foi mutilada no seu direito de acesso ao mar devido a uma invasão". Evo recebeu Francisco com um abraço na pista do aeroporto Em rápido pronunciamento, o presidente disse que, "em tempos de mudança, quem trai os pobres trai o papa". Pouco mais tarde, tiveram um encontro privado. Por causa da altitude, a visita de Francisco, 78, a La Paz durou cerca de quatro horas. Por volta das 21h locais, o papa embarcou para Santa Cruz de la Sierra, onde permanece até esta sexta-feira (10). A troca de afagos entre Evo Morales e Francisco deixou em segundo plano as divergências entre ambos. Semanas após lançar uma encíclica que prega energias menos poluentes e a preservação ambiental, o papa encontrou um presidente que tem acelerado a exploração de recursos naturais, principalmente gás e petróleo. Na terça (7), ainda no Equador, primeira parada da viagem, Francisco falou da obrigação dos governos de preservar a natureza em projetos de exploração econômica. EVO X IGREJA Outra missão difícil de Francisco na Bolívia será melhorar as relações entre a igreja e Evo. Em seu discurso de boas-vindas ao pontífice, o presidente afirmou que a Igreja Católica no passado estava ao lado dos opressores dos bolivianos, mas que agora "as coisas são diferentes" com Francisco. Logo depois, o papa disse que o catolicismo tem contribuído para o desenvolvimento da Bolívia. Em 2009, Evo disse que a "Igreja Católica é um símbolo do colonialismo europeu e, portanto, deve desaparecer da Bolívia". Um ano depois, porém, em visita a Bento 16, o presidente afirmou que se considerava católico, mas criticou a cúpula da igreja na Bolívia, principalmente o cardeal Julio Terrazas, visto como aliado da oposição, mas tido como próximo de Francisco. Com agências de notícias
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Uber pode ter taxas de licença mais altas em Londres com novas propostas
O serviço de transporte urbano por aplicativo Uber poderá enfrentar um aumento nas taxas de licença para operadores em Londres sob as mudanças propostas pela autoridade de transporte da cidade, na mais recente de uma série de medidas tomadas por reguladores para controlar a empresa que abalou a indústria de táxi tradicional. A Transport for London lançou nesta quinta-feira (20) uma consulta sobre planos para alterar a estrutura de tarifas para os operadores de locação privada, de modo que as empresas paguem taxas que reflitam os custos crescentes de regulamentação do setor. Com sede em São Francisco, a Uber disse que apoiava o princípio de operadores maiores pagarem taxas mais elevadas e que analisaria os detalhes depois de receber os documentos da consulta. Mais de 30 mil motoristas licenciados em Londres usam o aplicativo Uber, tornando-o o maior operador de veículos de aluguel privado na cidade. A TfL disse que a indústria de aluguel privado em Londres tinha crescido dramaticamente: de 65 mil motoristas licenciados em 2013/14 para mais de 117 mil agora. A autoridade de transporte disse que isso significava que o custo de regulamentar a indústria estava crescendo, com as despesas de execução devendo atingir ‎£ 30 milhões nos próximos cinco anos, ante uma estimativa anterior de ‎£ 4 milhões. "É justo que as taxas de licença para os operadores de locação privada reflitam com precisão os custos de execução e regulação do comércio", disse Helen Chapman, gerente geral de táxi e aluguel privado da TfL.
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Uber pode ter taxas de licença mais altas em Londres com novas propostasO serviço de transporte urbano por aplicativo Uber poderá enfrentar um aumento nas taxas de licença para operadores em Londres sob as mudanças propostas pela autoridade de transporte da cidade, na mais recente de uma série de medidas tomadas por reguladores para controlar a empresa que abalou a indústria de táxi tradicional. A Transport for London lançou nesta quinta-feira (20) uma consulta sobre planos para alterar a estrutura de tarifas para os operadores de locação privada, de modo que as empresas paguem taxas que reflitam os custos crescentes de regulamentação do setor. Com sede em São Francisco, a Uber disse que apoiava o princípio de operadores maiores pagarem taxas mais elevadas e que analisaria os detalhes depois de receber os documentos da consulta. Mais de 30 mil motoristas licenciados em Londres usam o aplicativo Uber, tornando-o o maior operador de veículos de aluguel privado na cidade. A TfL disse que a indústria de aluguel privado em Londres tinha crescido dramaticamente: de 65 mil motoristas licenciados em 2013/14 para mais de 117 mil agora. A autoridade de transporte disse que isso significava que o custo de regulamentar a indústria estava crescendo, com as despesas de execução devendo atingir ‎£ 30 milhões nos próximos cinco anos, ante uma estimativa anterior de ‎£ 4 milhões. "É justo que as taxas de licença para os operadores de locação privada reflitam com precisão os custos de execução e regulação do comércio", disse Helen Chapman, gerente geral de táxi e aluguel privado da TfL.
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Governador do Rio prorroga licença para tratamento de câncer
O governo do Rio anunciou nesta terça-feira (26) que o governador Luiz Fernando Pezão decidiu prorrogar por mais 30 dias a licença para o tratamento de um câncer linfático. A decisão foi tomada por orientação do cardiologista Claudio Domenico e pelo oncologista Daniel Tabak, médicos da equipe que assiste o governador. A doença foi diagnosticada no dia 24 de março e, desde então, Pezão está afastado do cargo. O vice Francisco Dornelles assumiu interinamente no dia 28 de março. Pezão já passou por dois dos três ciclos de quimioterapia previstos no tratamento. De acordo com nota divulgada pelo governo do Estado, o governador terá nova avaliação médica ao final da licença, antes de decidir pela volta ao trabalho.
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Governador do Rio prorroga licença para tratamento de câncerO governo do Rio anunciou nesta terça-feira (26) que o governador Luiz Fernando Pezão decidiu prorrogar por mais 30 dias a licença para o tratamento de um câncer linfático. A decisão foi tomada por orientação do cardiologista Claudio Domenico e pelo oncologista Daniel Tabak, médicos da equipe que assiste o governador. A doença foi diagnosticada no dia 24 de março e, desde então, Pezão está afastado do cargo. O vice Francisco Dornelles assumiu interinamente no dia 28 de março. Pezão já passou por dois dos três ciclos de quimioterapia previstos no tratamento. De acordo com nota divulgada pelo governo do Estado, o governador terá nova avaliação médica ao final da licença, antes de decidir pela volta ao trabalho.
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Mostra de design faz passeio pela cultura gastronômica espanhola
"Quando tudo vai mal, a comida é um refúgio". Na contramão da crise econômica que castiga o país, a gastronomia espanhola vive nos anos 2000 um período de reconhecimento que impulsiona o design. Frutos desse boom foram selecionados pelo arquiteto e designer catalão Juli Capella e podem ser vistos na exposição 'Tapas: design espanhol para gastronomia", em cartaz no Museu da Casa Brasileira. Até pouco tempo, as escolas de design espanholas só ofereciam temas gastronômicos como parte integrada de um programa geral. Mas, em 2015, a Escola Elisava, de Barcelona, iniciou um programa de Design for Food. Também o Instituto Europeo de Design (IED) de Madri tem um curso de desenho na gastronomia. Grande parte da inovação em objetos para a mesa segue as demandas de marketing e de consumo. Para se diferenciar, os restaurantes passaram e investir na criação de recipientes próprios e utensílios especiais, para proporcionar uma experiência mais completa para seus clientes. "Tapa é uma forma de comer tipicamente espanhola, de pequenas porções, mesclando sabores diferentes. A mostra faz homenagem à origem da palavra 'tapa' sobre a qual há muitas teorias, umas das quais explica que quando se pedia um vinho, tapava-se o copo com uma fatia de pão ou de um embutido para evitar a entrada de poeira ou insetos", diz Capella. O curador reuniu cerca de 250 objetos recentes, concebidos ou fabricados na Espanha nas últimas décadas, e também ícones no modo de fazer comida espanhola, como o presunto ibérico, a paella e o gazpacho. O conteúdo é separado em três partes: cozinha, o preparo e seus utensílios; mesa, os objetos para a degustação das refeições; e comida, o desenho dos alimentos. Tradicionais, minimalistas, conceituais, orgânicas, irônicas, engenhosas ou úteis, as peças presentes na mostra contam histórias. A mostra tem peças dos designers Santos Bregaña, Benedito, Tusquets, Mariscal, Hayón, Martín Azua e Andreu Carulla, que colabora com o Celler de Can Roca. Há best-sellers de vendas, como o bico pão duro para garrafas de azeite, ou o primeiro mixer inventado na Espanha nos anos 1960, e também peças únicas e protótipos, como uma colher-garfo que leva as partes sólida e líquida dos alimentos de forma separada para que se misturem na boca. "Mas também há objetos poéticos, como uma tábua de madeira de cortar pão que recolhe migalhas para que se possa alimentar os pássaros", diz Capella. Ele também destaca o descanso de pratos criado pela carioca Tati Guimarães, usando rolhas de vinho usadas. Em outubro, acontece a "Tapas Week", de 22 de outubro, "Dia Mundial da Tapa", a 2 de novembro, em diversos restaurantes de São Paulo. Tapas: design espanhol para gastronomia Quando até 8 de novembro, de terça a domingo, das 10h às 18h Quanto ingressos a R$ 6 e R$ 3 Onde Museu da Casa Brasileira (av. Brig. Faria Lima, 2.705; tel. 11/3032.3727)
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Mostra de design faz passeio pela cultura gastronômica espanhola"Quando tudo vai mal, a comida é um refúgio". Na contramão da crise econômica que castiga o país, a gastronomia espanhola vive nos anos 2000 um período de reconhecimento que impulsiona o design. Frutos desse boom foram selecionados pelo arquiteto e designer catalão Juli Capella e podem ser vistos na exposição 'Tapas: design espanhol para gastronomia", em cartaz no Museu da Casa Brasileira. Até pouco tempo, as escolas de design espanholas só ofereciam temas gastronômicos como parte integrada de um programa geral. Mas, em 2015, a Escola Elisava, de Barcelona, iniciou um programa de Design for Food. Também o Instituto Europeo de Design (IED) de Madri tem um curso de desenho na gastronomia. Grande parte da inovação em objetos para a mesa segue as demandas de marketing e de consumo. Para se diferenciar, os restaurantes passaram e investir na criação de recipientes próprios e utensílios especiais, para proporcionar uma experiência mais completa para seus clientes. "Tapa é uma forma de comer tipicamente espanhola, de pequenas porções, mesclando sabores diferentes. A mostra faz homenagem à origem da palavra 'tapa' sobre a qual há muitas teorias, umas das quais explica que quando se pedia um vinho, tapava-se o copo com uma fatia de pão ou de um embutido para evitar a entrada de poeira ou insetos", diz Capella. O curador reuniu cerca de 250 objetos recentes, concebidos ou fabricados na Espanha nas últimas décadas, e também ícones no modo de fazer comida espanhola, como o presunto ibérico, a paella e o gazpacho. O conteúdo é separado em três partes: cozinha, o preparo e seus utensílios; mesa, os objetos para a degustação das refeições; e comida, o desenho dos alimentos. Tradicionais, minimalistas, conceituais, orgânicas, irônicas, engenhosas ou úteis, as peças presentes na mostra contam histórias. A mostra tem peças dos designers Santos Bregaña, Benedito, Tusquets, Mariscal, Hayón, Martín Azua e Andreu Carulla, que colabora com o Celler de Can Roca. Há best-sellers de vendas, como o bico pão duro para garrafas de azeite, ou o primeiro mixer inventado na Espanha nos anos 1960, e também peças únicas e protótipos, como uma colher-garfo que leva as partes sólida e líquida dos alimentos de forma separada para que se misturem na boca. "Mas também há objetos poéticos, como uma tábua de madeira de cortar pão que recolhe migalhas para que se possa alimentar os pássaros", diz Capella. Ele também destaca o descanso de pratos criado pela carioca Tati Guimarães, usando rolhas de vinho usadas. Em outubro, acontece a "Tapas Week", de 22 de outubro, "Dia Mundial da Tapa", a 2 de novembro, em diversos restaurantes de São Paulo. Tapas: design espanhol para gastronomia Quando até 8 de novembro, de terça a domingo, das 10h às 18h Quanto ingressos a R$ 6 e R$ 3 Onde Museu da Casa Brasileira (av. Brig. Faria Lima, 2.705; tel. 11/3032.3727)
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Prefeitura de SP diz que pouco lixo reciclado é resultado da baixa adesão
A gestão Fernando Haddad (PT) afirma que a quantidade de lixo reciclado abaixo da esperada se deve à baixa adesão por parte da população e aos furtos do material reciclado. "Não tem tido uma adesão grande, os caminhões estão rodando, centrais funcionando e o volume coletado tem sido mais baixo que o esperado", diz o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro (PT). Ele afirma também que grandes volumes de materiais têm sido coletados por grupos clandestinos. "No mês passado apreendemos quatro peruas, eles passam meia hora antes do nosso caminhão e coletam os recicláveis", diz Pedro. Veja infográfico Apesar dos problemas, o secretário argumenta já ter havido melhoria, com o percentual subindo de 1% para 2,5% na gestão Haddad. E que o recolhimento era universalizado em apenas 13 dos 96 distritos e chegou a 46. Também foram inauguradas as duas centrais mecanizadas, que triplicaram a capacidade de processamento da capital paulista. Com isso, a média mensal de resíduos coletados neste ano aumentou 20% em relação a 2013. De acordo com ele, a prefeitura está fazendo testes no Jardim Iguatemi (zona leste) que servirão de base para a universalização do serviço em todos os distritos até 2016. ECOPONTOS A prefeitura também pretende espalhar mais ecopontos pela cidade, além de manter a fiscalização sobre as concessionárias que fazem a coleta seletiva. Além disso, haverá um programa para implantação da coleta solidária em equipamentos públicos como hospitais, mercados, subprefeituras, entre outros. Recentemente, para ajudar a população a reconhecer o caminhão da coleta, os veículos passaram a tocar uma música específica. Com financiamento de R$ 41 milhões do BNDES, a prefeitura planeja ainda construir dois galpões novos, em Santo Amaro (zona sul) e no Butantã (zona oeste), implantar centrais de triagem, capacitar catadores, entre outra ações para aumentar a coleta na cidade de São Paulo. Simão Pedro critica a iniciativa privada por não fazer a sua parte na questão da coleta seletiva. "O setor privado tem que recolher os resíduos que ele gera. E 70% dos resíduos secos recicláveis são embalagens", afirma. A prefeitura pretende lançar nesta semana uma nova etapa do programa de coleta, com as estratégias para ampliação do material reciclado.
cotidiano
Prefeitura de SP diz que pouco lixo reciclado é resultado da baixa adesãoA gestão Fernando Haddad (PT) afirma que a quantidade de lixo reciclado abaixo da esperada se deve à baixa adesão por parte da população e aos furtos do material reciclado. "Não tem tido uma adesão grande, os caminhões estão rodando, centrais funcionando e o volume coletado tem sido mais baixo que o esperado", diz o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro (PT). Ele afirma também que grandes volumes de materiais têm sido coletados por grupos clandestinos. "No mês passado apreendemos quatro peruas, eles passam meia hora antes do nosso caminhão e coletam os recicláveis", diz Pedro. Veja infográfico Apesar dos problemas, o secretário argumenta já ter havido melhoria, com o percentual subindo de 1% para 2,5% na gestão Haddad. E que o recolhimento era universalizado em apenas 13 dos 96 distritos e chegou a 46. Também foram inauguradas as duas centrais mecanizadas, que triplicaram a capacidade de processamento da capital paulista. Com isso, a média mensal de resíduos coletados neste ano aumentou 20% em relação a 2013. De acordo com ele, a prefeitura está fazendo testes no Jardim Iguatemi (zona leste) que servirão de base para a universalização do serviço em todos os distritos até 2016. ECOPONTOS A prefeitura também pretende espalhar mais ecopontos pela cidade, além de manter a fiscalização sobre as concessionárias que fazem a coleta seletiva. Além disso, haverá um programa para implantação da coleta solidária em equipamentos públicos como hospitais, mercados, subprefeituras, entre outros. Recentemente, para ajudar a população a reconhecer o caminhão da coleta, os veículos passaram a tocar uma música específica. Com financiamento de R$ 41 milhões do BNDES, a prefeitura planeja ainda construir dois galpões novos, em Santo Amaro (zona sul) e no Butantã (zona oeste), implantar centrais de triagem, capacitar catadores, entre outra ações para aumentar a coleta na cidade de São Paulo. Simão Pedro critica a iniciativa privada por não fazer a sua parte na questão da coleta seletiva. "O setor privado tem que recolher os resíduos que ele gera. E 70% dos resíduos secos recicláveis são embalagens", afirma. A prefeitura pretende lançar nesta semana uma nova etapa do programa de coleta, com as estratégias para ampliação do material reciclado.
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Atacante no Bangu, Somália vira volante e agora vai marcar Neymar
Quando Neymar foi anunciado como reforço do Paris Saint-Germain (FRA), no mês passado, o telefone de Somália, 28, começou a tocar. "Todo mundo que conheço pedia que eu trocasse camisas com ele", afirma. A primeira chance será neste domingo (20), às 16 horas (de Brasília), quando o Toulouse enfrenta o PSG, no estádio Parque dos Príncipes, pelo Campeonato Francês. Não que o volante brasileiro, o primeiro compatriota a enfrentar Neymar desde a transferência dele do Barcelona para o PSG, queira pedir alguma coisa. Só de falar no jogador mais caro do futebol mundial, Somália muda a voz para um tom de reverência. "Eu nem acredito que vou estar no mesmo campo que ele. Vai ser uma coisa incrível. Como faz para marcá-lo? Não faz... Não tem como. A gente vai fazer o melhor possível. Mas é difícil", admite, em entrevista por telefone à Folha na semana passada. Em algum momento dos 90 minutos, os caminhos dos dois vão cruzar. O técnico Pascal Dupraz o avisou que ele terá de vigiar o camisa 10 rival de perto. As diferenças entre clubes e jogadores são consideráveis. O Paris Saint-Germain, com a força do dinheiro do Qatar, se transformou em um dos clubes mais ricos do mundo. Campeão em cinco dos últimos seis campeonatos nacionais, sonha em vencer a Liga dos Campeões. O único título de expressão da história do Toulouse é a Copa da França de 1957. Ao assinar contrato com o PSG, Neymar passou a ser o dono do maior salário do futebol: 30 milhões de euros R$ 111 milhões) anuais, livres de impostos. Sem contar seus contratos de patrocínio. "Ele ganha mais com os patrocinadores do que com o futebol", disse o presidente do PSG, Nasser Al-Khelaifi. Somália não diz quanto recebe. Não é preciso esforço para perceber que não faz cócegas no contrato de Neymar com o clube de Paris. "Sou mais modesto, mas estou feliz. Estou conseguindo fazer meu pé-de-meia e é uma alegria grande poder ajudar a minha mãe", afirma. Neymar teve de provar ao fisco brasileiro - e conseguiu - que o barco comprado pela empresa dos pais não era para seu uso pessoal. A preocupação de Somália é os investimentos para a aposentadoria: apartamentos no Rio de Janeiro para "ter uma renda quando parar de jogar." DO BANGU Somália foi profissionalizado pelo Bangu, no Rio. Ponta veloz e de jogadas de linha de fundo, passou por Resende, Madureira e Paraná Clube, sem se destacar. Em 2011 foi emprestado para o Ferencváros, da Hungria. Após o primeiro treino, o treinador alemão Thomas Doll o chamou. "A partir de hoje, você não é mais atacante. No meu time, vai ser volante", disse. Criado em comunidade pobre de Duque de Caxias e acostumado a fazer gols, o brasileiro protestou. Nem sabia como marcar. "Eu ensino. É mais fácil fazer o habilidoso aprender a marcar do que o marcador aprender a ser habilidoso", respondeu o técnico. Estava aberto o caminho que o faria ser rival de Neymar no Campeonato Francês. Somália se destacou na função, mas quebrava o galho em outras. Em quatro anos na Hungria, jogou em todas as posições, menos a de goleiro. Se tivesse ficado mais uma temporada no país, poderia se naturalizar e jogar pela seleção, mas a oportunidade de ir para o Toulouse em 2015 foi boa demais para desperdiçar. "Quando contei para os meus amigos de Duque de Caxias [na Baixada Fluminense] que atuava de volante, disseram que eu estava louco. Quando me viram jogando, disseram: por que você não fez isso antes?", se diverte. O que ele jamais havia feito e terá a chance neste domingo é enfrentar Neymar. Talvez pedir a camisa do astro. Não para dar de presente. Para ele mesmo. "Só dá ele aqui na França. Só se fala em Neymar. Está todo dia no noticiário da TV", conclui o volante. NA TV PSG x Toulouse 16h ESPN e SporTV
esporte
Atacante no Bangu, Somália vira volante e agora vai marcar NeymarQuando Neymar foi anunciado como reforço do Paris Saint-Germain (FRA), no mês passado, o telefone de Somália, 28, começou a tocar. "Todo mundo que conheço pedia que eu trocasse camisas com ele", afirma. A primeira chance será neste domingo (20), às 16 horas (de Brasília), quando o Toulouse enfrenta o PSG, no estádio Parque dos Príncipes, pelo Campeonato Francês. Não que o volante brasileiro, o primeiro compatriota a enfrentar Neymar desde a transferência dele do Barcelona para o PSG, queira pedir alguma coisa. Só de falar no jogador mais caro do futebol mundial, Somália muda a voz para um tom de reverência. "Eu nem acredito que vou estar no mesmo campo que ele. Vai ser uma coisa incrível. Como faz para marcá-lo? Não faz... Não tem como. A gente vai fazer o melhor possível. Mas é difícil", admite, em entrevista por telefone à Folha na semana passada. Em algum momento dos 90 minutos, os caminhos dos dois vão cruzar. O técnico Pascal Dupraz o avisou que ele terá de vigiar o camisa 10 rival de perto. As diferenças entre clubes e jogadores são consideráveis. O Paris Saint-Germain, com a força do dinheiro do Qatar, se transformou em um dos clubes mais ricos do mundo. Campeão em cinco dos últimos seis campeonatos nacionais, sonha em vencer a Liga dos Campeões. O único título de expressão da história do Toulouse é a Copa da França de 1957. Ao assinar contrato com o PSG, Neymar passou a ser o dono do maior salário do futebol: 30 milhões de euros R$ 111 milhões) anuais, livres de impostos. Sem contar seus contratos de patrocínio. "Ele ganha mais com os patrocinadores do que com o futebol", disse o presidente do PSG, Nasser Al-Khelaifi. Somália não diz quanto recebe. Não é preciso esforço para perceber que não faz cócegas no contrato de Neymar com o clube de Paris. "Sou mais modesto, mas estou feliz. Estou conseguindo fazer meu pé-de-meia e é uma alegria grande poder ajudar a minha mãe", afirma. Neymar teve de provar ao fisco brasileiro - e conseguiu - que o barco comprado pela empresa dos pais não era para seu uso pessoal. A preocupação de Somália é os investimentos para a aposentadoria: apartamentos no Rio de Janeiro para "ter uma renda quando parar de jogar." DO BANGU Somália foi profissionalizado pelo Bangu, no Rio. Ponta veloz e de jogadas de linha de fundo, passou por Resende, Madureira e Paraná Clube, sem se destacar. Em 2011 foi emprestado para o Ferencváros, da Hungria. Após o primeiro treino, o treinador alemão Thomas Doll o chamou. "A partir de hoje, você não é mais atacante. No meu time, vai ser volante", disse. Criado em comunidade pobre de Duque de Caxias e acostumado a fazer gols, o brasileiro protestou. Nem sabia como marcar. "Eu ensino. É mais fácil fazer o habilidoso aprender a marcar do que o marcador aprender a ser habilidoso", respondeu o técnico. Estava aberto o caminho que o faria ser rival de Neymar no Campeonato Francês. Somália se destacou na função, mas quebrava o galho em outras. Em quatro anos na Hungria, jogou em todas as posições, menos a de goleiro. Se tivesse ficado mais uma temporada no país, poderia se naturalizar e jogar pela seleção, mas a oportunidade de ir para o Toulouse em 2015 foi boa demais para desperdiçar. "Quando contei para os meus amigos de Duque de Caxias [na Baixada Fluminense] que atuava de volante, disseram que eu estava louco. Quando me viram jogando, disseram: por que você não fez isso antes?", se diverte. O que ele jamais havia feito e terá a chance neste domingo é enfrentar Neymar. Talvez pedir a camisa do astro. Não para dar de presente. Para ele mesmo. "Só dá ele aqui na França. Só se fala em Neymar. Está todo dia no noticiário da TV", conclui o volante. NA TV PSG x Toulouse 16h ESPN e SporTV
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Defesa faz números de Carille serem melhores do que indicados da Fifa
O técnico Fabio Carille foi questionado nesta sexta (18) sobre a relação dos 12 finalistas para o prêmio da Fifa de melhor técnico do mundo. "Eu não estou na lista?", perguntou, de forma jocosa. Apenas um treinador que não trabalha no futebol europeu foi escolhido pela entidade: Tite, que comanda a seleção brasileira. Pelos números, a brincadeira de Carille não é tão brincadeira assim. O Corinthians de 2017 tem desempenho mais positivos do que vários dos demais finalistas. No quesito número de derrotas e gols sofridos, é melhor do que todos. Ele pode confirmar isso neste sábado (19), quando a equipe enfrenta o Vitória, às 16h, no Itaquerão, pelo Campeonato Brasileiro. Além de Tite, há outro treinador de seleção na lista: Joachim Löw, da Alemanha. Os outros dez são de clubes: Antonio Conte (Chelsea-ING), Carlo Ancelotti (Bayern de Munique-ALE), Diego Simeone (Atlético de Madri-ESP), Pep Guardiola (Manchester City-ING), José Mourinho (Manchester United-ING), Leonardo Jardim (Monaco-FRA), Massimiliano Allegri (Juventus-ITA), Luis Enrique (Barcelona-ESP), Mauricio Pochettino (Tottenham Hotspur-ING) e Zinedine Zidane (Real Madrid-ESP). Carille diz que se pudesse votaria em Tite, de quem foi auxiliar-técnico no Corinthians por cinco anos. "Votaria no brasileiro pela dificuldade que é ser treinador no Brasil. Quantos times o Tite teve de fazer no Corinthians? Na Inglaterra você recebe time forte e ainda tem milhões para investir", disse. A queixa da falta de reconhecimento é comum a outros técnicos do país. Pelos números de Carille, efetivado pelo Corinthians no final de 2016, é possível compará-lo com os selecionados pela Fifa. Em 2017, o time paulista fez 47 partidas e foi derrotado em apenas duas. Jogou mais e perdeu menos do que qualquer um dos dez técnicos de clubes finalistas do prêmio. No número de derrotas, os que mais chegam perto são Ancelotti, Pochettino e Guardiola, com quatro resultados negativos cada. Carille, com o Corinthians em 2017, tem maior aproveitamento de pontos (73%) do que Guardiola (71%), Simeone (67,6%) e Mourinho (65%). Empata com Ancelotti. Os 24 gols sofridos no ano, com média de 0,51 por jogo, é estatística não igualada pelos técnicos de times escolhidos pela Fifa como melhores do planeta na temporada. Supera o desempenho de Mourinho com o Manchester United, que sofreu 21 gols em 31 partidas (média de 0,56). Líder invicto do Campeonato Brasileiro, o Corinthians não teve sua posição ameaçada nem com a folga na última rodada da competição. Por causa da viagem da Chapecoense para a Copa Suruga, no Japão, o Corinthians vai enfrentar a equipe catarinense no próximo dia 23. Com um jogo a menos, a distância para o Grêmio, segundo colocado, é de oito pontos. Recuperado de fratura de duas costelas e lesão pulmonar, Jadson voltou a ser relacionado após um mês, mas vai começar na reserva. A armação será dividida pelos meias Clayson e Rodriguiho.
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Defesa faz números de Carille serem melhores do que indicados da FifaO técnico Fabio Carille foi questionado nesta sexta (18) sobre a relação dos 12 finalistas para o prêmio da Fifa de melhor técnico do mundo. "Eu não estou na lista?", perguntou, de forma jocosa. Apenas um treinador que não trabalha no futebol europeu foi escolhido pela entidade: Tite, que comanda a seleção brasileira. Pelos números, a brincadeira de Carille não é tão brincadeira assim. O Corinthians de 2017 tem desempenho mais positivos do que vários dos demais finalistas. No quesito número de derrotas e gols sofridos, é melhor do que todos. Ele pode confirmar isso neste sábado (19), quando a equipe enfrenta o Vitória, às 16h, no Itaquerão, pelo Campeonato Brasileiro. Além de Tite, há outro treinador de seleção na lista: Joachim Löw, da Alemanha. Os outros dez são de clubes: Antonio Conte (Chelsea-ING), Carlo Ancelotti (Bayern de Munique-ALE), Diego Simeone (Atlético de Madri-ESP), Pep Guardiola (Manchester City-ING), José Mourinho (Manchester United-ING), Leonardo Jardim (Monaco-FRA), Massimiliano Allegri (Juventus-ITA), Luis Enrique (Barcelona-ESP), Mauricio Pochettino (Tottenham Hotspur-ING) e Zinedine Zidane (Real Madrid-ESP). Carille diz que se pudesse votaria em Tite, de quem foi auxiliar-técnico no Corinthians por cinco anos. "Votaria no brasileiro pela dificuldade que é ser treinador no Brasil. Quantos times o Tite teve de fazer no Corinthians? Na Inglaterra você recebe time forte e ainda tem milhões para investir", disse. A queixa da falta de reconhecimento é comum a outros técnicos do país. Pelos números de Carille, efetivado pelo Corinthians no final de 2016, é possível compará-lo com os selecionados pela Fifa. Em 2017, o time paulista fez 47 partidas e foi derrotado em apenas duas. Jogou mais e perdeu menos do que qualquer um dos dez técnicos de clubes finalistas do prêmio. No número de derrotas, os que mais chegam perto são Ancelotti, Pochettino e Guardiola, com quatro resultados negativos cada. Carille, com o Corinthians em 2017, tem maior aproveitamento de pontos (73%) do que Guardiola (71%), Simeone (67,6%) e Mourinho (65%). Empata com Ancelotti. Os 24 gols sofridos no ano, com média de 0,51 por jogo, é estatística não igualada pelos técnicos de times escolhidos pela Fifa como melhores do planeta na temporada. Supera o desempenho de Mourinho com o Manchester United, que sofreu 21 gols em 31 partidas (média de 0,56). Líder invicto do Campeonato Brasileiro, o Corinthians não teve sua posição ameaçada nem com a folga na última rodada da competição. Por causa da viagem da Chapecoense para a Copa Suruga, no Japão, o Corinthians vai enfrentar a equipe catarinense no próximo dia 23. Com um jogo a menos, a distância para o Grêmio, segundo colocado, é de oito pontos. Recuperado de fratura de duas costelas e lesão pulmonar, Jadson voltou a ser relacionado após um mês, mas vai começar na reserva. A armação será dividida pelos meias Clayson e Rodriguiho.
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Maduro critica Mercosul por ignorar Paraguai e só pressionar Venezuela
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou neste domingo (2) os países do Mercosul por não fazerem menção aos protestos violentos no Paraguai na sessão em que o bloco aplicou a cláusula democrática sobre o país caribenho. "Não deram um pio [sobre o Paraguai] os chanceleres da Tríplice Aliança", disse o mandatário, em seu programa "Contato com Maduro", em referência aos governos de Mauricio Macri (Argentina), Michel Temer (Brasil) e Horacio Cartes (Paraguai). Para ele, a revolta paraguaia contra a reeleição e os protestos contra as reformas trabalhistas e da previdência são um exemplo da falência dos governos de direita. "Está se levantando uma nova onda popular na América Latina." Sobre a decisão do Tribunal Supremo de Justiça de derrogar o poder de legislar do Judiciário e o fim da imunidade parlamentar, Maduro brincou que a reunião do Conselho de Defesa "terminou com fumaça branca". "Solucionamos o problema de forma constitucional, seguindo o princípio de autodeterminação dos povos, sem uma intervenção externa. Que ninguém tente intervir neste país. Vai recolher o pó que deixará este povo." "HIENAS FAMINTAS" O presidente ainda chamou de "hienas famintas" os manifestantes da oposição que foram às ruas no sábado (1º). "Reuniram 400 pessoas em busca de violência, para queimar e destruir nas ruas para mostrar para a TV espanhola e americana", disse. "Depois dizem que são presos políticos, que lutam contra um ideal. Que ideal têm vocês? Queimar? Destruir? Intervir? São todos crimes, e crimes contra a pátria." Além das críticas, ele apresentou exemplos de crescimento da produção agrícola, da construção civil e da indústria de beneficiamento apoiados pelo Estado. "Acabou o modelo rentista do petróleo, este modelo econômico parasita, e entramos na era pós-petroleira", disse, embora seu governo tenha seguido este modelo até 2015. BRIGA ENTRE PODERES O Congresso da Venezuela, controlado pela oposição, vai começar na terça-feira (4) um processo para remover juízes que assumiram funções legislativas com uma decisão controversa, afirmou neste domingo (2) o parlamentar da oposição Juan Miguel Matheus, embora seja improvável que ele tenha sucesso. A Suprema Corte da Venezuela determinou na quarta-feira (29) que assumiria um papel legislativo, ao considerar que o Parlamento estava em desrespeito por não expulsar três membros acusados de compra de votos. No entanto, após protestos, acusações contra governo Nicolás Maduro de ser uma "ditadura" e uma forte pressão internacional para o respeito da independência dos poderes, o tribunal voltou atrás no sábado. "O necessário processo de remoção desses juízes será iniciado na sessão da Assembleia Nacional de terça-feira", disse Matheus, no edifício do Parlamento, rodeado por juristas que explicaram as inconsistências das decisões da corte. ORDEM CONSTITUCIONAL Deputados do Parlamento venezuelano, de maioria opositora, afirmaram neste domingo (2) que a luta pelas eleições para "restituir a ordem constitucional" está apenas começando, depois que o máximo tribunal se adjudicou brevemente das funções legislativas. "Acabaram de destruir a independência de poderes quando o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) tentou despojar a Assembleia de suas competências", denunciou Freddy Guevara, vice-presidente da Câmara, durante um ato com acadêmicos, ONGs, juristas e estudantes. Após a forte rejeição internacional desta atitude do TSJ, a procuradora-geral Luisa Ortega Diáz –próxima ao chavismo– também condenou os ditames apresentados. Ortega afirmou que as decisões judiciais consistiam em uma "ruptura da ordem constitucional". "A intenção do governo [ao eliminar as sentenças] é desmobilizar o povo em sua justa reclamação e parar a pressão da comunidade internacional", advertiu Guevara. O deputado afirmou que a crise do país irá se manter enquanto o governo se negar a respeitar a Assembleia, liberar os opositores presos, aceitar ajuda humanitária internacional e realizar eleições. "Isso apenas começou. Todos estamos ativos porque a luta pela liberdade não vai parar até que seja restituída a ordem constitucional [...] Lutaremos pelas eleições que temos direito, as de governadores, as de prefeitos, e as presidenciais para solucionar a crise", acrescentou o legislador. "Reafirmamos o chamado para organizar e mobilizar o país para conseguir a destituição dos magistrados que cometeram este golpe de Estado", declarou Guevara. O deputado pediu às Forças Armadas, aos defensores e todas as instituições que imitem a atitude da procuradora. A Venezuela atravessa uma aguda crise econômica, com a escassez de alimentos e remédios, e uma inflação que este ano pode chegar a 1.660%, segundo o FMI.
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Maduro critica Mercosul por ignorar Paraguai e só pressionar VenezuelaO presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou neste domingo (2) os países do Mercosul por não fazerem menção aos protestos violentos no Paraguai na sessão em que o bloco aplicou a cláusula democrática sobre o país caribenho. "Não deram um pio [sobre o Paraguai] os chanceleres da Tríplice Aliança", disse o mandatário, em seu programa "Contato com Maduro", em referência aos governos de Mauricio Macri (Argentina), Michel Temer (Brasil) e Horacio Cartes (Paraguai). Para ele, a revolta paraguaia contra a reeleição e os protestos contra as reformas trabalhistas e da previdência são um exemplo da falência dos governos de direita. "Está se levantando uma nova onda popular na América Latina." Sobre a decisão do Tribunal Supremo de Justiça de derrogar o poder de legislar do Judiciário e o fim da imunidade parlamentar, Maduro brincou que a reunião do Conselho de Defesa "terminou com fumaça branca". "Solucionamos o problema de forma constitucional, seguindo o princípio de autodeterminação dos povos, sem uma intervenção externa. Que ninguém tente intervir neste país. Vai recolher o pó que deixará este povo." "HIENAS FAMINTAS" O presidente ainda chamou de "hienas famintas" os manifestantes da oposição que foram às ruas no sábado (1º). "Reuniram 400 pessoas em busca de violência, para queimar e destruir nas ruas para mostrar para a TV espanhola e americana", disse. "Depois dizem que são presos políticos, que lutam contra um ideal. Que ideal têm vocês? Queimar? Destruir? Intervir? São todos crimes, e crimes contra a pátria." Além das críticas, ele apresentou exemplos de crescimento da produção agrícola, da construção civil e da indústria de beneficiamento apoiados pelo Estado. "Acabou o modelo rentista do petróleo, este modelo econômico parasita, e entramos na era pós-petroleira", disse, embora seu governo tenha seguido este modelo até 2015. BRIGA ENTRE PODERES O Congresso da Venezuela, controlado pela oposição, vai começar na terça-feira (4) um processo para remover juízes que assumiram funções legislativas com uma decisão controversa, afirmou neste domingo (2) o parlamentar da oposição Juan Miguel Matheus, embora seja improvável que ele tenha sucesso. A Suprema Corte da Venezuela determinou na quarta-feira (29) que assumiria um papel legislativo, ao considerar que o Parlamento estava em desrespeito por não expulsar três membros acusados de compra de votos. No entanto, após protestos, acusações contra governo Nicolás Maduro de ser uma "ditadura" e uma forte pressão internacional para o respeito da independência dos poderes, o tribunal voltou atrás no sábado. "O necessário processo de remoção desses juízes será iniciado na sessão da Assembleia Nacional de terça-feira", disse Matheus, no edifício do Parlamento, rodeado por juristas que explicaram as inconsistências das decisões da corte. ORDEM CONSTITUCIONAL Deputados do Parlamento venezuelano, de maioria opositora, afirmaram neste domingo (2) que a luta pelas eleições para "restituir a ordem constitucional" está apenas começando, depois que o máximo tribunal se adjudicou brevemente das funções legislativas. "Acabaram de destruir a independência de poderes quando o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) tentou despojar a Assembleia de suas competências", denunciou Freddy Guevara, vice-presidente da Câmara, durante um ato com acadêmicos, ONGs, juristas e estudantes. Após a forte rejeição internacional desta atitude do TSJ, a procuradora-geral Luisa Ortega Diáz –próxima ao chavismo– também condenou os ditames apresentados. Ortega afirmou que as decisões judiciais consistiam em uma "ruptura da ordem constitucional". "A intenção do governo [ao eliminar as sentenças] é desmobilizar o povo em sua justa reclamação e parar a pressão da comunidade internacional", advertiu Guevara. O deputado afirmou que a crise do país irá se manter enquanto o governo se negar a respeitar a Assembleia, liberar os opositores presos, aceitar ajuda humanitária internacional e realizar eleições. "Isso apenas começou. Todos estamos ativos porque a luta pela liberdade não vai parar até que seja restituída a ordem constitucional [...] Lutaremos pelas eleições que temos direito, as de governadores, as de prefeitos, e as presidenciais para solucionar a crise", acrescentou o legislador. "Reafirmamos o chamado para organizar e mobilizar o país para conseguir a destituição dos magistrados que cometeram este golpe de Estado", declarou Guevara. O deputado pediu às Forças Armadas, aos defensores e todas as instituições que imitem a atitude da procuradora. A Venezuela atravessa uma aguda crise econômica, com a escassez de alimentos e remédios, e uma inflação que este ano pode chegar a 1.660%, segundo o FMI.
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PMDB elege como líder do partido na Câmara deputado que apoiou Aécio
Sofrendo derrotas em série na Câmara dos Deputados, a presidente Dilma Rousseff viu o PMDB, seu principal aliado no Congresso, eleger nesta quarta-feira (11) o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) como líder da bancada. O parlamentar é considerado da ala rebelde do partido e fez campanha para o senador Aécio Neves (PSDB-MG) na disputa pela Presidência no ano passado, que acabou derrotado pela petista. Questionado sobre qual a relação do partido com o Planalto, o peemedebista afirmou que "a medida exata" da postura de atuação ainda será discutida pela bancada. O novo líder, no entanto, afirmou que o PMDB "sempre garantiu a governabilidade e tem consciência dessa responsabilidade". Picciani afirmou que não há restrições para negociações com Planalto e que a interlocução será feita com os ministros responsáveis pela articulação política. Diante de um cenário que promete turbulências econômicas, Picciani afirmou que o partido terá responsabilidade com as contas públicas. "Todos os projetos serão estudados e debatidos. Teremos uma postura de responsabilidade, de não apoiar medidas que causem impacto financeira." De acordo com Picciani, o partido não impedirá as investigações na Operação Lava Jato, mesmo que chegue a nomes de parlamentares da legenda envolvidos no escândalo da Petrobras. Em meio à expectativa de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, possa denunciar ainda neste mês os políticos envolvidos no esquema, o líder afirmou que o PMDB defenderá investigações cortando na própria carne. "Se houver nomes do PMDB, cada um responda por suas atitudes. O PMDB não tem atuação partidária na Lava Jato. Se houver indivíduos envolvidos, eles que respondam", disse. O deputado fluminense foi eleito por apenas um voto de diferença, vencendo o deputado deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) por 34 votos a 33, o que explicitou um racha na bancada. Ele contou com o apoio do governador Luiz Fernando Pezão (Rio) e do prefeito Eduardo Paes. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), comandou a votação.
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PMDB elege como líder do partido na Câmara deputado que apoiou AécioSofrendo derrotas em série na Câmara dos Deputados, a presidente Dilma Rousseff viu o PMDB, seu principal aliado no Congresso, eleger nesta quarta-feira (11) o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) como líder da bancada. O parlamentar é considerado da ala rebelde do partido e fez campanha para o senador Aécio Neves (PSDB-MG) na disputa pela Presidência no ano passado, que acabou derrotado pela petista. Questionado sobre qual a relação do partido com o Planalto, o peemedebista afirmou que "a medida exata" da postura de atuação ainda será discutida pela bancada. O novo líder, no entanto, afirmou que o PMDB "sempre garantiu a governabilidade e tem consciência dessa responsabilidade". Picciani afirmou que não há restrições para negociações com Planalto e que a interlocução será feita com os ministros responsáveis pela articulação política. Diante de um cenário que promete turbulências econômicas, Picciani afirmou que o partido terá responsabilidade com as contas públicas. "Todos os projetos serão estudados e debatidos. Teremos uma postura de responsabilidade, de não apoiar medidas que causem impacto financeira." De acordo com Picciani, o partido não impedirá as investigações na Operação Lava Jato, mesmo que chegue a nomes de parlamentares da legenda envolvidos no escândalo da Petrobras. Em meio à expectativa de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, possa denunciar ainda neste mês os políticos envolvidos no esquema, o líder afirmou que o PMDB defenderá investigações cortando na própria carne. "Se houver nomes do PMDB, cada um responda por suas atitudes. O PMDB não tem atuação partidária na Lava Jato. Se houver indivíduos envolvidos, eles que respondam", disse. O deputado fluminense foi eleito por apenas um voto de diferença, vencendo o deputado deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) por 34 votos a 33, o que explicitou um racha na bancada. Ele contou com o apoio do governador Luiz Fernando Pezão (Rio) e do prefeito Eduardo Paes. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), comandou a votação.
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