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Após pequeno tumulto, audiência com professores de SP é encerrada
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Professores da rede estadual de São Paulo participaram nesta quarta-feira (22) de audiência pública para discutir as reivindicações da categoria, que está em greve há 38 dias. Porém, antes da sessão, que foi iniciada por volta das 18h, houve uma pequena confusão. O problema aconteceu porque a porta que dá acesso à galeria era pequena, o que provocou tumulto durante a entrada de muitos docentes, segundo a assessoria de imprensa da presidência da Casa. Um professor derrubou um totem e foi levado à delegacia para fazer um boletim de ocorrência de dano ao patrimônio público. Um policial também ficou levemente ferido, com um machucado no dedo. Apesar da pequena confusão, o restante da sessão prosseguiu sem novos problemas. Seis representantes da categoria falaram, durante dez minutos cada um, sobre as reivindicações e reclamações dos docentes. Para o deputado Fernando Capez (PSDB), presidente da Assembleia, o papel da Casa é mediar o conflito entre a Apeoesp (sindicado da categoria) e o governo do Estado. "O encontro foi sereno e de alto nível. Acredito que existe mais chance de um desfecho com entendimento entre as partes do que o contrário", afirmou. Nesta quinta (23), uma comissão dos professores deve se reunir com o secretário estadual de Educação Herman Voorwald. Na próxima quarta (29), nova audiência pública será realizada na Assembleia. BRAÇOS CRUZADOS Os professores estaduais estão em greve há 38 dias e reivindicam um reajuste salarial de 75% e melhores condições de trabalho. Segundo a Apeoesp, o reajuste equipararia a remuneração docente com a dos demais profissionais com formação superior. O piso da categoria é de R$ 2.416, para jornada semanal de 40 horas no ensino médio. O governo Geraldo Alckmin (PSDB) afirma ter dado reajuste de 45% em quatro anos e que distribuirá R$ 1 bilhão em bônus ainda em 2015.
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educacao
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Após pequeno tumulto, audiência com professores de SP é encerradaProfessores da rede estadual de São Paulo participaram nesta quarta-feira (22) de audiência pública para discutir as reivindicações da categoria, que está em greve há 38 dias. Porém, antes da sessão, que foi iniciada por volta das 18h, houve uma pequena confusão. O problema aconteceu porque a porta que dá acesso à galeria era pequena, o que provocou tumulto durante a entrada de muitos docentes, segundo a assessoria de imprensa da presidência da Casa. Um professor derrubou um totem e foi levado à delegacia para fazer um boletim de ocorrência de dano ao patrimônio público. Um policial também ficou levemente ferido, com um machucado no dedo. Apesar da pequena confusão, o restante da sessão prosseguiu sem novos problemas. Seis representantes da categoria falaram, durante dez minutos cada um, sobre as reivindicações e reclamações dos docentes. Para o deputado Fernando Capez (PSDB), presidente da Assembleia, o papel da Casa é mediar o conflito entre a Apeoesp (sindicado da categoria) e o governo do Estado. "O encontro foi sereno e de alto nível. Acredito que existe mais chance de um desfecho com entendimento entre as partes do que o contrário", afirmou. Nesta quinta (23), uma comissão dos professores deve se reunir com o secretário estadual de Educação Herman Voorwald. Na próxima quarta (29), nova audiência pública será realizada na Assembleia. BRAÇOS CRUZADOS Os professores estaduais estão em greve há 38 dias e reivindicam um reajuste salarial de 75% e melhores condições de trabalho. Segundo a Apeoesp, o reajuste equipararia a remuneração docente com a dos demais profissionais com formação superior. O piso da categoria é de R$ 2.416, para jornada semanal de 40 horas no ensino médio. O governo Geraldo Alckmin (PSDB) afirma ter dado reajuste de 45% em quatro anos e que distribuirá R$ 1 bilhão em bônus ainda em 2015.
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Torcedores invadem área próxima a vestiário na Arena Corinthians
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Pelo menos três torcedores corintianos invadiram área próxima ao vestiário do time na Arena Corinthians, onde os jogadores costumam falar com a imprensa, após o jogo desta quarta-feira (4), quando a equipe foi eliminada da Libertadores após empate com o Nacional (URU). "Vamos jogar bola, filhos da p...", gritavam. Em seguida, eles foram retirados pela equipe de segurança do clube. O goleiro Cássio afirmou que a manifestação não chegou até os atletas. "Não ouvimos nada. Estávamos tristes no vestiário, não deu para ouvir. Estou sabendo por ti [repórter]", disse. A torcida já demonstrava desânimo e irritação durante a partida. Aos 38 minutos do segundo tempo, com o jogo em 2 a 1 para o rival, André perdeu um pênalti quando muitos torcedores já deixavam o estádio. Nesta noite, a Arena Corinthians registrou seu recorde de público em 2016, com 43.098 pagantes. Invasão Com Lancepress
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esporte
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Torcedores invadem área próxima a vestiário na Arena CorinthiansPelo menos três torcedores corintianos invadiram área próxima ao vestiário do time na Arena Corinthians, onde os jogadores costumam falar com a imprensa, após o jogo desta quarta-feira (4), quando a equipe foi eliminada da Libertadores após empate com o Nacional (URU). "Vamos jogar bola, filhos da p...", gritavam. Em seguida, eles foram retirados pela equipe de segurança do clube. O goleiro Cássio afirmou que a manifestação não chegou até os atletas. "Não ouvimos nada. Estávamos tristes no vestiário, não deu para ouvir. Estou sabendo por ti [repórter]", disse. A torcida já demonstrava desânimo e irritação durante a partida. Aos 38 minutos do segundo tempo, com o jogo em 2 a 1 para o rival, André perdeu um pênalti quando muitos torcedores já deixavam o estádio. Nesta noite, a Arena Corinthians registrou seu recorde de público em 2016, com 43.098 pagantes. Invasão Com Lancepress
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Com freada brusca da economia, país descola de emergentes
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O resultado do PIB brasileiro no ano passado (avanço de 0,1%) foi um dos mais fracos entre as grandes economias globais e fez o país, no primeiro mandato de Dilma (2011-2014), "descolar" dos mercados emergentes –grupo que vem puxando o PIB mundial nos últimos anos. A freada de 2013 –quando houve expansão de 2,7%– para 2014 só não foi mais forte, percentualmente, que a registrada pela economia japonesa, que ficou estagnada no ano passado. Entre 58 países que já divulgaram seu PIB anual, o resultado brasileiro foi apenas o 52º melhor. Uma das consequências dessa desaceleração é que o Brasil, na média sob Dilma 1, teve um resultado mais próximo ao dos países que estiveram no centro da crise global, e não ao dos emergentes. A média de 2,1% do primeiro mandato é igual à dos EUA –a origem da crise e que só agora estuda elevar os juros, praticamente zerados há mais de seis anos– e só é melhor que a de países europeus e à do Japão. O quadro preocupa ainda mais porque o Brasil vem na curva contrária de parte dos países ricos, que, ainda que titubeante, teve um resultado superior ao de 2013. Esse cenário fica claro quando os três primeiros anos de PIB sob Dilma são comparados aos dos demais países. Naquele momento, a média brasileira era 0,8 ponto percentual superior à dos EUA, que eram uma espécie de divisor entre os países que foram submergidos pela crise e os que não foram afetados tão fortemente pelo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de "marolinha". O resultado atual também aponta uma situação diferente da apontada por Dilma em recente discurso na TV, em que atribuía o mau momento da economia brasileira à crise internacional. Os números do PIB divulgados nesta sexta (27), porém, indicam que o cenário global não é tão grave quanto o brasileiro.
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mercado
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Com freada brusca da economia, país descola de emergentesO resultado do PIB brasileiro no ano passado (avanço de 0,1%) foi um dos mais fracos entre as grandes economias globais e fez o país, no primeiro mandato de Dilma (2011-2014), "descolar" dos mercados emergentes –grupo que vem puxando o PIB mundial nos últimos anos. A freada de 2013 –quando houve expansão de 2,7%– para 2014 só não foi mais forte, percentualmente, que a registrada pela economia japonesa, que ficou estagnada no ano passado. Entre 58 países que já divulgaram seu PIB anual, o resultado brasileiro foi apenas o 52º melhor. Uma das consequências dessa desaceleração é que o Brasil, na média sob Dilma 1, teve um resultado mais próximo ao dos países que estiveram no centro da crise global, e não ao dos emergentes. A média de 2,1% do primeiro mandato é igual à dos EUA –a origem da crise e que só agora estuda elevar os juros, praticamente zerados há mais de seis anos– e só é melhor que a de países europeus e à do Japão. O quadro preocupa ainda mais porque o Brasil vem na curva contrária de parte dos países ricos, que, ainda que titubeante, teve um resultado superior ao de 2013. Esse cenário fica claro quando os três primeiros anos de PIB sob Dilma são comparados aos dos demais países. Naquele momento, a média brasileira era 0,8 ponto percentual superior à dos EUA, que eram uma espécie de divisor entre os países que foram submergidos pela crise e os que não foram afetados tão fortemente pelo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de "marolinha". O resultado atual também aponta uma situação diferente da apontada por Dilma em recente discurso na TV, em que atribuía o mau momento da economia brasileira à crise internacional. Os números do PIB divulgados nesta sexta (27), porém, indicam que o cenário global não é tão grave quanto o brasileiro.
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Justiça do Rio aceita denúncia e dá liberdade provisória a Pitanguy
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A Justiça do Rio aceitou na noite desta terça (25) a denúncia do Ministério Público contra o empresário Ivo Nascimento de Campos Pitanguy, 59, filho do cirurgião plástico Ivo Pitanguy, e concedeu a ele liberdade provisória. Pitanguy responderá em liberdade por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Ele está detido em prisão preventiva no Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio. O empresário foi preso em flagrante na noite de quinta-feira (20) após atropelar e matar o operário José Fernandes Ferreira da Silva, de 44, na Gávea, zona sul do Rio. Com 70 multas e mais de 240 pontos na carteira, o empresário perdeu o controle do carro que dirigia, bateu em um poste e atropelou Silva, que terminara seu turno nas obras da linha 4 do metrô. Os dois foram socorridos e levados ao hospital. Silva morreu no hospital. Segundo a juíza Renata Gil de Alcântara Videira, da 40ª Vara Criminal da Capital, que aceitou a denúncia, não cabe prisão cautelar nos casos de delitos culposos. "A opção legislativa adotada pelo Código de Processo Penal em vigor foi de impedimento de estabelecimento de prisão cautelar na hipótese de delitos culposos, independentemente da gravidade e consequências do crime no caso concreto. Desta forma, descabe prisão preventiva no caso em exame, pela ausência do requisito objetivo insculpido no artigo 313, do CPP, por tratar-se de delito culposo", disse a magistrada, em nota. A liberdade provisória depende do cumprimento das seguintes medidas cautelares: pagamento de fiança no valor de R$ 100 mil, monitoramento eletrônico através de tornozeleira, suspensão da carteira de habilitação, comparecimento mensal em juízo para informar suas atividades, proibição de frequentar restaurantes, bares, boates e outros estabelecimentos que o exponham à venda de bebida alcoólica, proibição de ausentar-se da comarca durante a instrução criminal e recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga. DISCÓRDIA A Polícia Civil do Rio havia indiciado Pitanguy por homicídio doloso (quando há a intenção de matar) e embriaguez. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Monique Vidal, da 14ª DP (Leblon), o empresário assumiu o risco de matar o operário ao dirigir embriagado. Para o Ministério Público, no entanto, não há evidências de que Pitanguy assumiu o risco da morte. A Promotoria denunciou, na tarde desta terça (25), o empresário sob acusação de homicídio culposo (quando não há a intenção de matar). "Em síntese, a 'previsibilidade' mencionada no relatório final do presente inquérito não pode ser confundida com aceitação do resultado", diz trecho da denúncia em referência ao inquérito apresentado pela Polícia Civil.
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cotidiano
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Justiça do Rio aceita denúncia e dá liberdade provisória a PitanguyA Justiça do Rio aceitou na noite desta terça (25) a denúncia do Ministério Público contra o empresário Ivo Nascimento de Campos Pitanguy, 59, filho do cirurgião plástico Ivo Pitanguy, e concedeu a ele liberdade provisória. Pitanguy responderá em liberdade por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Ele está detido em prisão preventiva no Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio. O empresário foi preso em flagrante na noite de quinta-feira (20) após atropelar e matar o operário José Fernandes Ferreira da Silva, de 44, na Gávea, zona sul do Rio. Com 70 multas e mais de 240 pontos na carteira, o empresário perdeu o controle do carro que dirigia, bateu em um poste e atropelou Silva, que terminara seu turno nas obras da linha 4 do metrô. Os dois foram socorridos e levados ao hospital. Silva morreu no hospital. Segundo a juíza Renata Gil de Alcântara Videira, da 40ª Vara Criminal da Capital, que aceitou a denúncia, não cabe prisão cautelar nos casos de delitos culposos. "A opção legislativa adotada pelo Código de Processo Penal em vigor foi de impedimento de estabelecimento de prisão cautelar na hipótese de delitos culposos, independentemente da gravidade e consequências do crime no caso concreto. Desta forma, descabe prisão preventiva no caso em exame, pela ausência do requisito objetivo insculpido no artigo 313, do CPP, por tratar-se de delito culposo", disse a magistrada, em nota. A liberdade provisória depende do cumprimento das seguintes medidas cautelares: pagamento de fiança no valor de R$ 100 mil, monitoramento eletrônico através de tornozeleira, suspensão da carteira de habilitação, comparecimento mensal em juízo para informar suas atividades, proibição de frequentar restaurantes, bares, boates e outros estabelecimentos que o exponham à venda de bebida alcoólica, proibição de ausentar-se da comarca durante a instrução criminal e recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga. DISCÓRDIA A Polícia Civil do Rio havia indiciado Pitanguy por homicídio doloso (quando há a intenção de matar) e embriaguez. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Monique Vidal, da 14ª DP (Leblon), o empresário assumiu o risco de matar o operário ao dirigir embriagado. Para o Ministério Público, no entanto, não há evidências de que Pitanguy assumiu o risco da morte. A Promotoria denunciou, na tarde desta terça (25), o empresário sob acusação de homicídio culposo (quando não há a intenção de matar). "Em síntese, a 'previsibilidade' mencionada no relatório final do presente inquérito não pode ser confundida com aceitação do resultado", diz trecho da denúncia em referência ao inquérito apresentado pela Polícia Civil.
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Obra de Basquiat que teria sido roubada foi recuperada por dono
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Supostamente roubado essa semana em Paris em uma residência privada, um quadro do artista norte-americano Jean-Michel Basquiat (1960-1988) foi na verdade recuperado por seu legítimo proprietário. O equívoco foi desvendado pela polícia francesa neste sábado (17). A polícia parisiense, que investigou o caso, não havia constatado sinais de arrombamento e já trabalhava com a possibilidade de que o roubo teria sido cometido por algum conhecido da proprietária, que segundo a emissora "Europe 1" estava em trâmites de divórcio. Informação que foi confirmada pela promotoria. A pintura, que a imprensa local diz valer cerca de dez milhões de dólares, foi dada como desaparecida na sexta (16) por uma mulher cujo nome não foi divulgado. Ela teria se dado conta da ausência da peça após ter se ausentado por três dias de sua residência. A casa, segundo a emissora "i-Télé", fica em uma das áreas mais vigiadas da capital francesa, perto do palácio do Eliseu, sede da presidência e do Ministério do Interior. Rei dos leilões Nascido nos Estados Unidos, filho de pai haitiano e mãe porto-riquenha, Basquiat trabalhou com ícones da cultura norte-americana e referências autobiográficas. Morto por overdose aos 27 anos, o artista abordava temas como a exploração do homem e as raízes afro-americanas. Valorizado após sua morte, o artista faz sucesso em leilões. Em 2013 sua pintura "Dustheads" atingiu um recorde de $ 48,8 milhões em um leilão em Nova York.
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ilustrada
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Obra de Basquiat que teria sido roubada foi recuperada por donoSupostamente roubado essa semana em Paris em uma residência privada, um quadro do artista norte-americano Jean-Michel Basquiat (1960-1988) foi na verdade recuperado por seu legítimo proprietário. O equívoco foi desvendado pela polícia francesa neste sábado (17). A polícia parisiense, que investigou o caso, não havia constatado sinais de arrombamento e já trabalhava com a possibilidade de que o roubo teria sido cometido por algum conhecido da proprietária, que segundo a emissora "Europe 1" estava em trâmites de divórcio. Informação que foi confirmada pela promotoria. A pintura, que a imprensa local diz valer cerca de dez milhões de dólares, foi dada como desaparecida na sexta (16) por uma mulher cujo nome não foi divulgado. Ela teria se dado conta da ausência da peça após ter se ausentado por três dias de sua residência. A casa, segundo a emissora "i-Télé", fica em uma das áreas mais vigiadas da capital francesa, perto do palácio do Eliseu, sede da presidência e do Ministério do Interior. Rei dos leilões Nascido nos Estados Unidos, filho de pai haitiano e mãe porto-riquenha, Basquiat trabalhou com ícones da cultura norte-americana e referências autobiográficas. Morto por overdose aos 27 anos, o artista abordava temas como a exploração do homem e as raízes afro-americanas. Valorizado após sua morte, o artista faz sucesso em leilões. Em 2013 sua pintura "Dustheads" atingiu um recorde de $ 48,8 milhões em um leilão em Nova York.
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EUA apelam para que blogueiro saudita não seja açoitado
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O Departamento de Estado americano pediu que a Arábia Saudita, aliada dos EUA, reveja o caso do blogueiro Raif Badawi, acusado de insultar o islã, e suspenda sua punição. Em maio, Badawi, que era dono do fórum on-line Liberais Sauditas Livres, foi condenado a dez anos de prisão, ao pagamento de uma multa de cerca de US$ 260 mil e a mil chicotadas. O início de seu açoitamento público foi marcado para esta sexta (9), do lado de fora de uma mesquita em Jidda. Segundo a Anistia Internacional (AI), a sentença prevê que o blogueiro receba 50 chicotadas, uma vez por semana, ao longo de 20 semanas. "É horrível pensar que um castigo tão cruel será imposto a alguém que apenas ousou criar um fórum público para a discussão e o exercício pacífico do direito à liberdade de expressão", disse Philip Luther, diretor da AI para o Oriente Médio e o norte da África. Falando sob anonimato à agência Associated Press, uma fonte próxima ao caso disse que a punição a Badawi está sendo usada como exemplo pelo governo saudita. O advogado do blogueiro, Walid Abul-Khair, também foi condenado pela Justiça do país –a 15 anos de prisão e mais 15 impedido de viajar, sob a acusação de tentar solapar o regime, açular a opinião pública e insultar o Judiciário. "O governo dos Estados Unidos insta as autoridades sauditas a que cancelem essa punição brutal e revejam o caso e a sentença de Badawi", disse a porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki, em comunicado.
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mundo
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EUA apelam para que blogueiro saudita não seja açoitadoO Departamento de Estado americano pediu que a Arábia Saudita, aliada dos EUA, reveja o caso do blogueiro Raif Badawi, acusado de insultar o islã, e suspenda sua punição. Em maio, Badawi, que era dono do fórum on-line Liberais Sauditas Livres, foi condenado a dez anos de prisão, ao pagamento de uma multa de cerca de US$ 260 mil e a mil chicotadas. O início de seu açoitamento público foi marcado para esta sexta (9), do lado de fora de uma mesquita em Jidda. Segundo a Anistia Internacional (AI), a sentença prevê que o blogueiro receba 50 chicotadas, uma vez por semana, ao longo de 20 semanas. "É horrível pensar que um castigo tão cruel será imposto a alguém que apenas ousou criar um fórum público para a discussão e o exercício pacífico do direito à liberdade de expressão", disse Philip Luther, diretor da AI para o Oriente Médio e o norte da África. Falando sob anonimato à agência Associated Press, uma fonte próxima ao caso disse que a punição a Badawi está sendo usada como exemplo pelo governo saudita. O advogado do blogueiro, Walid Abul-Khair, também foi condenado pela Justiça do país –a 15 anos de prisão e mais 15 impedido de viajar, sob a acusação de tentar solapar o regime, açular a opinião pública e insultar o Judiciário. "O governo dos Estados Unidos insta as autoridades sauditas a que cancelem essa punição brutal e revejam o caso e a sentença de Badawi", disse a porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki, em comunicado.
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Seis meses após 7 a 1, só minoria dos jogadores foi esquecida na seleção
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A goleada da Alemanha sobre o Brasil, por 7 a 1, na semifinal da Copa do Mundo de 2014, completa exatamente seis meses nesta quinta-feira (8). O resultado poderia significar o fim da linha para muitos jogadores na seleção, dado o tamanho do vexame em pleno Mineirão, em Belo Horizonte. Mas não foi isso que se viu. Depois do fatídico jogo, disputado no dia 8 de julho de 2014, a seleção ainda conta com muitos dos jogadores que estiveram em campo contra os alemães. Dos 14 atletas que atuaram, somente cinco não foram mais chamados por Dunga, que substituiu Luiz Felipe Scolari após o término da Copa: o goleiro Júlio César, o zagueiro Dante, o volante Paulinho, o meia-atacante Bernard e o atacante Fred. Desde que assumiu a seleção novamente, Dunga fez três convocações e terminou 2014 com 100% de aproveitamento no time nacional: foram seis vitórias em seis jogos. Um alento para uma equipe que vinha de uma humilhação tão grande como a do dia 8 de julho. Na ocasião, a Alemanha não tomou conhecimento do Brasil que era então comandado por Felipão e venceu com gols de Müller, Klose, Kroos (2), Khedira e Schürrle (2). Oscar descontou. A derrota está entre as mais dolorosas dos 100 anos de história da seleção brasileira. Até aquela partida, o Brasil nunca havia perdido por uma diferença tão grande de gols em Mundiais. O resultado igualou a maior diferença de gols em uma derrota. Em 1920, a seleção, que completou um século de vida em 2014, perdeu por 6 a 0 para o Uruguai pela Copa América. A surra do Mineirão se juntou ao Maracanazo como as maiores tragédias do futebol nacional. Em 1950, o Brasil jogava pelo empate contra o Uruguai, mas perdeu por 2 a 1 de virada na frente de 173,8 mil pessoas. Como se não bastasse, a seleção ainda foi derrotada pela Holanda, por 3 a 0, na disputa pelo terceiro lugar da competição. VEJA SITUAÇÃO DOS JOGADORES QUE PEGARAM ALEMANHA JÚLIO CÉSAR Depois de passar por times de pequena expressão, como Queens Park Rangers e Toronto FC, Júlio César foi para o Benfica, de Portugal. O goleiro anunciou a aposentadoria da seleção logo após a Copa. MAICON O lateral direito chegou a ter chances com Dunga, mas ganhou destaque negativo quando foi cortado da delegação que disputou dois amistosos nos Estados Unidos, em setembro, por indisciplina. Apesar disso, o treinador não descartou chamar o jogador em futuras convocações. Em outubro, ele renovou contrato com a Roma. DAVID LUIZ O zagueiro do Paris Saint-Germain tinha moral com Felipão. E isso parece inabalável com Dunga. O jogador foi chamado pelo treinador nas três convocações desde que ele assumiu a seleção. DANTE O zagueiro continua a ser uma peça importante no Bayern de Munique. Na seleção, não. Depois da goleada sofrida para a Alemanha, Dante não foi mais lembrado por Dunga. E nem ele acredita nisso. Em entrevista para a revista "Sport Bild", em outubro, ele afirmou que não espera mais ser chamado para o time nacional. MARCELO O lateral esquerdo do Real Madrid era nome certo na Copa do Mundo de 2014 muito antes da convocação final. Mas suas apresentações deixaram muitas dúvidas. Com Dunga, o jogador só foi chamado no fim de agosto por causa de uma lesão de Alex Sandro, do Porto. LUIZ GUSTAVO O volante do Wolfsburg, titular na Copa do Mundo com Felipão, conta também com a confiança de Dunga. O jogador foi convocado nas três convocações que o treinador fez até aqui. FERNANDINHO Assim como Luiz Gustavo, Fernandinho também foi lembrado em todas as convocações de Dunga. É titular no Manchester City. OSCAR Titular também com Dunga, o meia do Chelsea é considerado uma das bases da seleção. Em novembro, o jogador afirmou que tem mais liberdade para jogar com Dunga no comando do time. BERNARD Sempre muito elogiado por Felipão, o meia-atacante do Shakhtar Donetsk perdeu espaço depois da Copa e não foi mais convocado por Dunga. Bernard entrou em polêmica ainda com o treinador do time ucraniano, já que se atrasou para se apresentar ao seu clube, em agosto. Na ocasião, o técnico chamou o atleta de "jogador de Twitter". HULK O atacante do Zenit estava na primeira lista de Dunga, mas acabou cortado por lesão. Depois, não apareceu mais nas convocações do treinador. A CBF chegou a estranhar que o jogador tenha se recuperado rapidamente da lesão que o afastou da seleção. O clube russo e o atacante negaram problemas e disseram ter enviado toda a documentação com os exames mostrando que havia lesão. FRED O atacante do Fluminense, muito criticado pelo baixo desempenho na Copa do Mundo, terminou o Campeonato Brasileiro como artilheiro, com 18 gols. O jogador anunciou a aposentadoria da seleção logo após o término da Copa. PAULINHO O volante continua encostado no Tottenham. Em meio a muitas especulações sobre uma transferência, o jogador ainda não teve uma chance com Dunga. RAMIRES Ramires esteve em duas das três convocações de Dunga. Na penúltima, ele acabou cortado por causa de uma lesão. WILLIAN Um dos destaques do Chelsea, o meia foi chamado por Dunga em suas três convocações até aqui.
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esporte
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Seis meses após 7 a 1, só minoria dos jogadores foi esquecida na seleçãoA goleada da Alemanha sobre o Brasil, por 7 a 1, na semifinal da Copa do Mundo de 2014, completa exatamente seis meses nesta quinta-feira (8). O resultado poderia significar o fim da linha para muitos jogadores na seleção, dado o tamanho do vexame em pleno Mineirão, em Belo Horizonte. Mas não foi isso que se viu. Depois do fatídico jogo, disputado no dia 8 de julho de 2014, a seleção ainda conta com muitos dos jogadores que estiveram em campo contra os alemães. Dos 14 atletas que atuaram, somente cinco não foram mais chamados por Dunga, que substituiu Luiz Felipe Scolari após o término da Copa: o goleiro Júlio César, o zagueiro Dante, o volante Paulinho, o meia-atacante Bernard e o atacante Fred. Desde que assumiu a seleção novamente, Dunga fez três convocações e terminou 2014 com 100% de aproveitamento no time nacional: foram seis vitórias em seis jogos. Um alento para uma equipe que vinha de uma humilhação tão grande como a do dia 8 de julho. Na ocasião, a Alemanha não tomou conhecimento do Brasil que era então comandado por Felipão e venceu com gols de Müller, Klose, Kroos (2), Khedira e Schürrle (2). Oscar descontou. A derrota está entre as mais dolorosas dos 100 anos de história da seleção brasileira. Até aquela partida, o Brasil nunca havia perdido por uma diferença tão grande de gols em Mundiais. O resultado igualou a maior diferença de gols em uma derrota. Em 1920, a seleção, que completou um século de vida em 2014, perdeu por 6 a 0 para o Uruguai pela Copa América. A surra do Mineirão se juntou ao Maracanazo como as maiores tragédias do futebol nacional. Em 1950, o Brasil jogava pelo empate contra o Uruguai, mas perdeu por 2 a 1 de virada na frente de 173,8 mil pessoas. Como se não bastasse, a seleção ainda foi derrotada pela Holanda, por 3 a 0, na disputa pelo terceiro lugar da competição. VEJA SITUAÇÃO DOS JOGADORES QUE PEGARAM ALEMANHA JÚLIO CÉSAR Depois de passar por times de pequena expressão, como Queens Park Rangers e Toronto FC, Júlio César foi para o Benfica, de Portugal. O goleiro anunciou a aposentadoria da seleção logo após a Copa. MAICON O lateral direito chegou a ter chances com Dunga, mas ganhou destaque negativo quando foi cortado da delegação que disputou dois amistosos nos Estados Unidos, em setembro, por indisciplina. Apesar disso, o treinador não descartou chamar o jogador em futuras convocações. Em outubro, ele renovou contrato com a Roma. DAVID LUIZ O zagueiro do Paris Saint-Germain tinha moral com Felipão. E isso parece inabalável com Dunga. O jogador foi chamado pelo treinador nas três convocações desde que ele assumiu a seleção. DANTE O zagueiro continua a ser uma peça importante no Bayern de Munique. Na seleção, não. Depois da goleada sofrida para a Alemanha, Dante não foi mais lembrado por Dunga. E nem ele acredita nisso. Em entrevista para a revista "Sport Bild", em outubro, ele afirmou que não espera mais ser chamado para o time nacional. MARCELO O lateral esquerdo do Real Madrid era nome certo na Copa do Mundo de 2014 muito antes da convocação final. Mas suas apresentações deixaram muitas dúvidas. Com Dunga, o jogador só foi chamado no fim de agosto por causa de uma lesão de Alex Sandro, do Porto. LUIZ GUSTAVO O volante do Wolfsburg, titular na Copa do Mundo com Felipão, conta também com a confiança de Dunga. O jogador foi convocado nas três convocações que o treinador fez até aqui. FERNANDINHO Assim como Luiz Gustavo, Fernandinho também foi lembrado em todas as convocações de Dunga. É titular no Manchester City. OSCAR Titular também com Dunga, o meia do Chelsea é considerado uma das bases da seleção. Em novembro, o jogador afirmou que tem mais liberdade para jogar com Dunga no comando do time. BERNARD Sempre muito elogiado por Felipão, o meia-atacante do Shakhtar Donetsk perdeu espaço depois da Copa e não foi mais convocado por Dunga. Bernard entrou em polêmica ainda com o treinador do time ucraniano, já que se atrasou para se apresentar ao seu clube, em agosto. Na ocasião, o técnico chamou o atleta de "jogador de Twitter". HULK O atacante do Zenit estava na primeira lista de Dunga, mas acabou cortado por lesão. Depois, não apareceu mais nas convocações do treinador. A CBF chegou a estranhar que o jogador tenha se recuperado rapidamente da lesão que o afastou da seleção. O clube russo e o atacante negaram problemas e disseram ter enviado toda a documentação com os exames mostrando que havia lesão. FRED O atacante do Fluminense, muito criticado pelo baixo desempenho na Copa do Mundo, terminou o Campeonato Brasileiro como artilheiro, com 18 gols. O jogador anunciou a aposentadoria da seleção logo após o término da Copa. PAULINHO O volante continua encostado no Tottenham. Em meio a muitas especulações sobre uma transferência, o jogador ainda não teve uma chance com Dunga. RAMIRES Ramires esteve em duas das três convocações de Dunga. Na penúltima, ele acabou cortado por causa de uma lesão. WILLIAN Um dos destaques do Chelsea, o meia foi chamado por Dunga em suas três convocações até aqui.
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Justiça de SP determina suspensão do aplicativo Uber
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A Justiça de São Paulo determinou na noite desta terça-feira (28) que o aplicativo de motoristas profissionais Uber interrompa suas atividades na cidade de São Paulo sob pena de multa de R$ 100 mil por dia, em um processo movido pelo Simtetaxi (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores nas Empresas de Táxi no Estado de São Paulo). A companhia americana terá três dias após a notificação oficial –que aconteceu nesta quarta-feira (29)– para cessar seus serviços, espécie de táxi de luxo pedido exclusivamente pelo celular e oferecido no país em Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Contatada, a Uber confirmou por volta das 21h que recebeu a notificação e disse, em nota, que iria "revisar o processo". "A empresa reafirma seu compromisso com milhares de brasileiros, motoristas parceiros e usuários, que usam a plataforma para se movimentar pelas cidades e sustentar suas famílias. Os serviços da Uber estão em pleno funcionamento no Brasil", escreveu em nota. A Justiça, além de suspender as atividades da companhia na capital paulista, determinou que o aplicativo saia do ar –o que, na prática, provoca um efeito nacional, já que ele é também oferecido em Belo Horizonte, em Brasília e no Rio de Janeiro. A empresa, de capital fechado e considerada por parte da imprensa especializada em tecnologia "a start-up de maior valor do mundo", enfrentou processos semelhantes e chegou a ser banida em países como Alemanha e Espanha. A determinação (leia ), de autoria do juiz Roberto Luiz Corcioli Filho, da 12ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, determina ainda que Google, Apple, Microsoft e Samsung deixem de oferecer o app da empresa aos usuários de seus serviços. Só o Uber está sujeito à multa a princípio, segundo Crivelli. A autuação será limitada ao eventual teto de R$ 5 milhões. Além disso, a liminar solicita que tais empresas apaguem remotamente dos aparelhos de dono brasileiro o aplicativo, caso ele já esteja instalado. No início deste mês, taxistas de algumas cidades do país fizeram manifestações em conjunto contra o app. Em artigo na Folha no último dia 18, citado na decisão judicial, o porta-voz da Uber no Brasil Fabio Sabba defendeu que o negócio da empresa "tem respaldo" nas leis brasileiras. "Por exemplo, a Constituição Federal estabelece como princípios a livre iniciativa e o incentivo ao desenvolvimento tecnológico e à inovação", escreveu. Sabba menciona a Política Nacional de Mobilidade Urbana, que, na sua visão, "formaliza a inserção do transporte individual privado no sistema de mobilidade urbana" e "prevê um modelo de negócios como o da Uber." Em contraposição ao texto, o presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo, Natalício Bezerra, afirmou que o que "incomoda" a categoria "não é a concorrência, mas o desrespeito e a afronta à legislação vigente." "Start-ups se apresentam como empresas de tecnologia que ligam motoristas particulares e clientes, mas na prática qual foi a grande inovação que fizeram? Isso o serviço de táxi já oferece." Sediada em San Francisco, a Uber opera em 281 cidades de 57 países. Recebeu, em dez rodadas de investimento, US$ 5,9 bilhões, o que resulta em valor avaliado de US$ 41 bilhões, superior ao valor de mercado das gigantes tecnológicas (de capital aberto) Sony, Dell, Foxconn, LinkedIn e Twitter, por exemplo.
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cotidiano
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Justiça de SP determina suspensão do aplicativo UberA Justiça de São Paulo determinou na noite desta terça-feira (28) que o aplicativo de motoristas profissionais Uber interrompa suas atividades na cidade de São Paulo sob pena de multa de R$ 100 mil por dia, em um processo movido pelo Simtetaxi (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores nas Empresas de Táxi no Estado de São Paulo). A companhia americana terá três dias após a notificação oficial –que aconteceu nesta quarta-feira (29)– para cessar seus serviços, espécie de táxi de luxo pedido exclusivamente pelo celular e oferecido no país em Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Contatada, a Uber confirmou por volta das 21h que recebeu a notificação e disse, em nota, que iria "revisar o processo". "A empresa reafirma seu compromisso com milhares de brasileiros, motoristas parceiros e usuários, que usam a plataforma para se movimentar pelas cidades e sustentar suas famílias. Os serviços da Uber estão em pleno funcionamento no Brasil", escreveu em nota. A Justiça, além de suspender as atividades da companhia na capital paulista, determinou que o aplicativo saia do ar –o que, na prática, provoca um efeito nacional, já que ele é também oferecido em Belo Horizonte, em Brasília e no Rio de Janeiro. A empresa, de capital fechado e considerada por parte da imprensa especializada em tecnologia "a start-up de maior valor do mundo", enfrentou processos semelhantes e chegou a ser banida em países como Alemanha e Espanha. A determinação (leia ), de autoria do juiz Roberto Luiz Corcioli Filho, da 12ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, determina ainda que Google, Apple, Microsoft e Samsung deixem de oferecer o app da empresa aos usuários de seus serviços. Só o Uber está sujeito à multa a princípio, segundo Crivelli. A autuação será limitada ao eventual teto de R$ 5 milhões. Além disso, a liminar solicita que tais empresas apaguem remotamente dos aparelhos de dono brasileiro o aplicativo, caso ele já esteja instalado. No início deste mês, taxistas de algumas cidades do país fizeram manifestações em conjunto contra o app. Em artigo na Folha no último dia 18, citado na decisão judicial, o porta-voz da Uber no Brasil Fabio Sabba defendeu que o negócio da empresa "tem respaldo" nas leis brasileiras. "Por exemplo, a Constituição Federal estabelece como princípios a livre iniciativa e o incentivo ao desenvolvimento tecnológico e à inovação", escreveu. Sabba menciona a Política Nacional de Mobilidade Urbana, que, na sua visão, "formaliza a inserção do transporte individual privado no sistema de mobilidade urbana" e "prevê um modelo de negócios como o da Uber." Em contraposição ao texto, o presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo, Natalício Bezerra, afirmou que o que "incomoda" a categoria "não é a concorrência, mas o desrespeito e a afronta à legislação vigente." "Start-ups se apresentam como empresas de tecnologia que ligam motoristas particulares e clientes, mas na prática qual foi a grande inovação que fizeram? Isso o serviço de táxi já oferece." Sediada em San Francisco, a Uber opera em 281 cidades de 57 países. Recebeu, em dez rodadas de investimento, US$ 5,9 bilhões, o que resulta em valor avaliado de US$ 41 bilhões, superior ao valor de mercado das gigantes tecnológicas (de capital aberto) Sony, Dell, Foxconn, LinkedIn e Twitter, por exemplo.
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Itaú compra fatia do BTG na Recovery e portfólio de crédito inadimplente por R$ 1,2 bi
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O Itaú Unibanco informou que fechou acordo com o Banco BTG Pactual para a compra da participação de 81,94% do BTG na empresa de recuperação de crédito Recovery do Brasil Consultoria por R$ 640 milhões. Na mesma operação, o Itaú Unibanco também vai adquirir cerca de 70% de um portfólio de R$ 38 bilhões em direitos creditórios relacionados às atividades de recuperação de carteiras de titularidade do BTG. O Itaú pagará R$ 570 milhões em espécie ao BTG pela participação no portfólio, disse em comunicado nesta quinta-feira (31). A estimativa do Itaú é de que a operação não tenha efeitos contábeis relevantes em seus resultados de 2016. O negócio está sujeito à obtenção de autorizações regulatórias e governamentais, além do cumprimento de determinadas condições. "A expertise da Recovery e de sua equipe de gestão na prestação de serviços de recuperação de créditos em atraso otimizará a operação do Itaú Unibanco, o que, em conjunto com a continuidade na prestação de serviços para terceiros, resultará em um maior potencial de crescimento para as atividades da Recovery", disse. Em comunicado separado, o BTG informou que os ativos vendidos ao rival correspondem, em conjunto, a aproximadamente 0,2% de seus ativos. CRISE Desde a prisão de Andre Esteves, ex-controlador e ex-presidente, o BTG Pactual começou a vender negócios para levantar dinheiro. Esteves cumpre prisão domiciliar desde o dia 18 de dezembro, mas o BTG ainda tenta escapar da desconfiança do mercado. Após ter sua nota de crédito rebaixada no início de dezembro por duas agências de classificação de risco, o banco formou um comitê especial para acompanhar e direcionar uma investigação sobre Esteves. SOLUÇÃO No dia 17 de dezembro, o BTG Pactual vendeu cerca de R$ 900 milhões em créditos e títulos de renda fixa para o Itaú BBA. Um dia antes, o Banco Central anunciou que o BTG estaria isento do compulsório sobre os R$ 6 bilhões recebidos do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Sem essa medida, quase um terço do dinheiro ficaria retido obrigatoriamente no BC. No dia 6, a agência internacional de notícias Bloomberg informou que o BTG planeja vender até R$ 22 bilhões em carteiras de crédito (empréstimos feitos pelo banco). Procurado, o BTG não quis se pronunciar sobre o assunto. Outros ativos foram vendidos, como um lote de R$ 1,2 bilhão em empréstimos feitos a grandes empresas para o Bradesco e sua participação na Rede D'Or, maior grupo de hospitais privados do país, por R$ 2,38 bilhões. O BTG também reconheceu que analisa a venda do recém-adquirido banco suíço BSI e de participações na varejista Leader, na rede de academias BodyTech, na empresa de serviços navais Bravante e no UOL, empresa do Grupo Folha. O Pactual tem 5,9% de ações do UOL.
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mercado
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Itaú compra fatia do BTG na Recovery e portfólio de crédito inadimplente por R$ 1,2 biO Itaú Unibanco informou que fechou acordo com o Banco BTG Pactual para a compra da participação de 81,94% do BTG na empresa de recuperação de crédito Recovery do Brasil Consultoria por R$ 640 milhões. Na mesma operação, o Itaú Unibanco também vai adquirir cerca de 70% de um portfólio de R$ 38 bilhões em direitos creditórios relacionados às atividades de recuperação de carteiras de titularidade do BTG. O Itaú pagará R$ 570 milhões em espécie ao BTG pela participação no portfólio, disse em comunicado nesta quinta-feira (31). A estimativa do Itaú é de que a operação não tenha efeitos contábeis relevantes em seus resultados de 2016. O negócio está sujeito à obtenção de autorizações regulatórias e governamentais, além do cumprimento de determinadas condições. "A expertise da Recovery e de sua equipe de gestão na prestação de serviços de recuperação de créditos em atraso otimizará a operação do Itaú Unibanco, o que, em conjunto com a continuidade na prestação de serviços para terceiros, resultará em um maior potencial de crescimento para as atividades da Recovery", disse. Em comunicado separado, o BTG informou que os ativos vendidos ao rival correspondem, em conjunto, a aproximadamente 0,2% de seus ativos. CRISE Desde a prisão de Andre Esteves, ex-controlador e ex-presidente, o BTG Pactual começou a vender negócios para levantar dinheiro. Esteves cumpre prisão domiciliar desde o dia 18 de dezembro, mas o BTG ainda tenta escapar da desconfiança do mercado. Após ter sua nota de crédito rebaixada no início de dezembro por duas agências de classificação de risco, o banco formou um comitê especial para acompanhar e direcionar uma investigação sobre Esteves. SOLUÇÃO No dia 17 de dezembro, o BTG Pactual vendeu cerca de R$ 900 milhões em créditos e títulos de renda fixa para o Itaú BBA. Um dia antes, o Banco Central anunciou que o BTG estaria isento do compulsório sobre os R$ 6 bilhões recebidos do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Sem essa medida, quase um terço do dinheiro ficaria retido obrigatoriamente no BC. No dia 6, a agência internacional de notícias Bloomberg informou que o BTG planeja vender até R$ 22 bilhões em carteiras de crédito (empréstimos feitos pelo banco). Procurado, o BTG não quis se pronunciar sobre o assunto. Outros ativos foram vendidos, como um lote de R$ 1,2 bilhão em empréstimos feitos a grandes empresas para o Bradesco e sua participação na Rede D'Or, maior grupo de hospitais privados do país, por R$ 2,38 bilhões. O BTG também reconheceu que analisa a venda do recém-adquirido banco suíço BSI e de participações na varejista Leader, na rede de academias BodyTech, na empresa de serviços navais Bravante e no UOL, empresa do Grupo Folha. O Pactual tem 5,9% de ações do UOL.
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Moraes era favorito de Alckmin para ser candidato a prefeito de SP
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Alexandre de Moraes construiu sua carreira mirando dois nortes desde que trocou o Ministério Público paulista pela política em 2002. Sonhava com o Supremo Tribunal Federal, mas considerava que um cargo majoritário no Executivo era uma realidade mais palpável, ao menos no curto e médio prazo. Tudo indicava que era mesmo. Secretário da Segurança Pública em 2015, Moraes era o nome preferido do governador Geraldo Alckmin (PSDB) para a disputa pela Prefeitura de São Paulo. A candidatura de João Doria não era, à época, levada muito a sério no Palácio dos Bandeirantes –com jeito, ao seu estilo, por mais de uma vez, o governador paulista tentou dissuadir o hoje prefeito da capital de participar das prévias do PSDB. Alckmin também conseguiu adiar o prazo de inscrição para a disputa interna do partido a fim de dar mais tempo a Moraes, então filiado ao PMDB de Michel Temer. O novo ministro do Supremo acabou desistindo de concorrer por conta do desgaste que sofreu no segundo semestre de 2015. Primeiro, houve a chacina em que 17 pessoas foram mortas na grande São Paulo –policiais estavam envolvidos. Depois, ocorreu uma série de invasões nas escolas estaduais que acabaram resultando em conflitos de rua nos quais policiais militares reagiram aos estudantes com bombas de efeito moral. Enquanto Moraes apanhava na secretaria, Doria percorria o partido, viabilizando-se para a disputa. Ganhou a confiança de Alckmin e acabou eleito num inédito primeiro turno em São Paulo. Moraes ficou com a promessa de que seu nome seria considerado para a sucessão estadual de 2018 e entrou no PSDB. Mas, de olho no STF, foi trabalhar com Temer quando o presidente o convidou para o Ministério da Justiça, o que ocorreu logo depois de ter mobilizado 33 policiais da delegacia antissequestro para prender um hacker que furtara arquivos do celular de Marcela Temer. O que era um sonho distante virava, naquele momento, uma aposta real. CANETADA Alckmin, que pretendia manter-se estrategicamente distante do novo governo, ficou chateado com a escolha de Moraes, mas a relação entre ambos continuou intacta. O ex-promotor integra um seleto grupo de pessoas próximas ao governador, do qual fazem parte Gabriel Chalita, ex-secretário da Educação, Renato Nalini, ex-presidente do Tribunal de Justiça, Paulo Barbosa, prefeito de Santos, e o assessor especial Orlando de Assis Neto, o Orlandinho. Moraes esteve ao lado de Alckmin nas horas mais difíceis, quando o tucano foi derrotado na disputa para prefeito, em 2008, e, sobretudo, quando seu filho Thomaz morreu em abril de 2015 num acidente de helicóptero. Ele o acompanhou no doloroso momento do reconhecimento do corpo. Alckmin tem muito respeito pelo conhecimento jurídico do ex-promotor e frequentemente lhe pede conselhos, ainda que o agora 168º ministro da história do Supremo Tribunal Federal tenha levado o governo em 2005 a cometer um erro importante. Professor na Faculdade de Direito da USP e no Mackenzie, Moraes era secretário da Justiça quando Alckmin pediu que acumulasse a presidência da Fundação Casa (antiga Febem), onde eram comuns os relatos de violência de funcionários contra os adolescentes. Disposto a acabar com o que chamava de "banda podre" e limpar a fundação dos "torturadores", Moraes promoveu uma demissão em massa, exonerando 1.751 pessoas numa canetada. A decisão acabou anulada no STF, que ordenou a reintegração dos funcionários. O caso deu origem a uma ação trabalhista e a um prejuízo estimado em R$ 50 milhões ao governo do Estado. Sem considerar processos por danos morais, em curso. "Ao não separar o joio do trigo, a empregadora incluiu abusivamente o trabalhador na dispensa em massa sem que contra ele houvesse prova de participação em tortura", escreveu em uma das sentenças a ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho. A despeito das boas intenções do então secretário, seu erro foi elementar, ao sugerir atitude criminosa a um grupo enorme de pessoas sem ter condição de individualizar a conduta de cada um. CARREIRA Moraes, 48 anos, tem uma trajetória digna de nota. Aos 22, passou em primeiro lugar no concurso para o Ministério Público. Em 2002, aos 34, tornou-se o secretário da Justiça mais jovem de São Paulo. É autor de uma série de livros, sendo que um dos seus manuais está na 32ª edição. Seu currículo registra 136 participações em bancas examinadoras. "Como doutrinador, já participei de várias bancas com ele, é um bom arguidor", diz o advogado e professor Ives Gandra da Silva Martins. O coronel Álvaro Camilo, ex-comandante da PM, também faz elogios ao novo ministro do STF. "Quando decide fazer algo, não deixa para depois, é arrojado", diz Camilo, hoje deputado estadual. Antigos subordinados afirmam, no entanto, que Moraes tem uma personalidade muito difícil. É centralizador, daqueles que assumem o Power Point ao menor vacilo de um auxiliar, e frequentemente demonstra arrogância. Quando um assessor de Alckmin o procurou para tratar de algum assunto em nome do governador, respondeu, na lata. "Falo direto com ele, não preciso de intermediários." Rusgas com colegas também não são fatos raros. Anos atrás, chegou a trocar "ombradas" com o secretário Saulo de Abreu Filho, após uma reunião com o governador. Outro "inimigo íntimo" de Moraes é o deputado estadual Fernando Capez, que, segundo aliados, atribui ao antigo colega de Promotoria acusações que sofreu em uma licitação de merenda escolar. O novo magistrado é também uma pessoa de muitos e influentes amigos. Sabatinado em 2005 no Senado, foi o nome indicado pelo baixo clero da Câmara dos Deputados para representá-la no primeiro colegiado do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A escolha havia sido articulada com o então presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), que pretendia impor desgaste ao PT. O candidato de Lula ao CNJ era Sérgio Renault, secretário de Reforma do Judiciário. Moraes foi aprovado na sabatina, mas rejeitado em votação secreta no plenário, uma dupla vingança da base parlamentar do governo Lula, pois atingiria Alckmin e seu secretário de Justiça. Atropelando o regimento do Senado, o presidente Renan Calheiros acolheu requerimento de Romeu Tuma e houve nova votação. Moraes foi aprovado com apoio de Antônio Carlos Magalhães, Sarney, Demóstenes Torres e Arthur Virgílio, entre outros. Sua atuação no CNJ foi elogiada. "Sempre muito preparado, ele se alinhou com o lado mais progressista em teses sobre a administração da Justiça", diz Joaquim Falcão, diretor da FGV Direito Rio. Moraes foi o relator da resolução que proibiu o nepotismo no Judiciário. Defendeu a responsabilização de presidentes de tribunais em ações de improbidade. Contrariou as associações de magistrados ao reconhecer que o CNJ poderia instaurar processos disciplinares a despeito das corregedorias dos tribunais. Condenou o foro privilegiado, tema atual. Criticou a indicação de candidatos à Corte Suprema por preferências políticas, uma contradição entre a teoria e sua prática. Marco Aurélio de Mello foi o primeiro ministro do STF a recomendar o nome de Moraes, que teve o aval da Associação dos Magistrados Brasileiros. Mas juízes gaúchos criticam sua indicação sem o cumprimento da quarentena, e a Associação Juízes para a Democracia condena sua nomeação sem debate público. "Nos sentimos tranquilos em relação à nomeação. É uma boa escolha, um constitucionalista de respeito", diz o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, da Lava Jato. Avaliação semelhante é feita por membros do Ministério Público Federal próximos a Rodrigo Janot, o procurador-geral. Dono de uma respeitada biblioteca com mais de 6.000 livros, Moraes diz que já leu todos, "mesmo os chatos". Anos atrás, ao site "Consultor Jurídico", contou que tem por hábito ler várias versões de um mesmo assunto. Um dos seus personagens preferidos, sobre quem afirma ter lido todas as biografias disponíveis no país, leva o seu nome. É Alexandre, o Grande (356 a.C - 323 a.C), o conquistador macedônico.
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poder
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Moraes era favorito de Alckmin para ser candidato a prefeito de SPAlexandre de Moraes construiu sua carreira mirando dois nortes desde que trocou o Ministério Público paulista pela política em 2002. Sonhava com o Supremo Tribunal Federal, mas considerava que um cargo majoritário no Executivo era uma realidade mais palpável, ao menos no curto e médio prazo. Tudo indicava que era mesmo. Secretário da Segurança Pública em 2015, Moraes era o nome preferido do governador Geraldo Alckmin (PSDB) para a disputa pela Prefeitura de São Paulo. A candidatura de João Doria não era, à época, levada muito a sério no Palácio dos Bandeirantes –com jeito, ao seu estilo, por mais de uma vez, o governador paulista tentou dissuadir o hoje prefeito da capital de participar das prévias do PSDB. Alckmin também conseguiu adiar o prazo de inscrição para a disputa interna do partido a fim de dar mais tempo a Moraes, então filiado ao PMDB de Michel Temer. O novo ministro do Supremo acabou desistindo de concorrer por conta do desgaste que sofreu no segundo semestre de 2015. Primeiro, houve a chacina em que 17 pessoas foram mortas na grande São Paulo –policiais estavam envolvidos. Depois, ocorreu uma série de invasões nas escolas estaduais que acabaram resultando em conflitos de rua nos quais policiais militares reagiram aos estudantes com bombas de efeito moral. Enquanto Moraes apanhava na secretaria, Doria percorria o partido, viabilizando-se para a disputa. Ganhou a confiança de Alckmin e acabou eleito num inédito primeiro turno em São Paulo. Moraes ficou com a promessa de que seu nome seria considerado para a sucessão estadual de 2018 e entrou no PSDB. Mas, de olho no STF, foi trabalhar com Temer quando o presidente o convidou para o Ministério da Justiça, o que ocorreu logo depois de ter mobilizado 33 policiais da delegacia antissequestro para prender um hacker que furtara arquivos do celular de Marcela Temer. O que era um sonho distante virava, naquele momento, uma aposta real. CANETADA Alckmin, que pretendia manter-se estrategicamente distante do novo governo, ficou chateado com a escolha de Moraes, mas a relação entre ambos continuou intacta. O ex-promotor integra um seleto grupo de pessoas próximas ao governador, do qual fazem parte Gabriel Chalita, ex-secretário da Educação, Renato Nalini, ex-presidente do Tribunal de Justiça, Paulo Barbosa, prefeito de Santos, e o assessor especial Orlando de Assis Neto, o Orlandinho. Moraes esteve ao lado de Alckmin nas horas mais difíceis, quando o tucano foi derrotado na disputa para prefeito, em 2008, e, sobretudo, quando seu filho Thomaz morreu em abril de 2015 num acidente de helicóptero. Ele o acompanhou no doloroso momento do reconhecimento do corpo. Alckmin tem muito respeito pelo conhecimento jurídico do ex-promotor e frequentemente lhe pede conselhos, ainda que o agora 168º ministro da história do Supremo Tribunal Federal tenha levado o governo em 2005 a cometer um erro importante. Professor na Faculdade de Direito da USP e no Mackenzie, Moraes era secretário da Justiça quando Alckmin pediu que acumulasse a presidência da Fundação Casa (antiga Febem), onde eram comuns os relatos de violência de funcionários contra os adolescentes. Disposto a acabar com o que chamava de "banda podre" e limpar a fundação dos "torturadores", Moraes promoveu uma demissão em massa, exonerando 1.751 pessoas numa canetada. A decisão acabou anulada no STF, que ordenou a reintegração dos funcionários. O caso deu origem a uma ação trabalhista e a um prejuízo estimado em R$ 50 milhões ao governo do Estado. Sem considerar processos por danos morais, em curso. "Ao não separar o joio do trigo, a empregadora incluiu abusivamente o trabalhador na dispensa em massa sem que contra ele houvesse prova de participação em tortura", escreveu em uma das sentenças a ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho. A despeito das boas intenções do então secretário, seu erro foi elementar, ao sugerir atitude criminosa a um grupo enorme de pessoas sem ter condição de individualizar a conduta de cada um. CARREIRA Moraes, 48 anos, tem uma trajetória digna de nota. Aos 22, passou em primeiro lugar no concurso para o Ministério Público. Em 2002, aos 34, tornou-se o secretário da Justiça mais jovem de São Paulo. É autor de uma série de livros, sendo que um dos seus manuais está na 32ª edição. Seu currículo registra 136 participações em bancas examinadoras. "Como doutrinador, já participei de várias bancas com ele, é um bom arguidor", diz o advogado e professor Ives Gandra da Silva Martins. O coronel Álvaro Camilo, ex-comandante da PM, também faz elogios ao novo ministro do STF. "Quando decide fazer algo, não deixa para depois, é arrojado", diz Camilo, hoje deputado estadual. Antigos subordinados afirmam, no entanto, que Moraes tem uma personalidade muito difícil. É centralizador, daqueles que assumem o Power Point ao menor vacilo de um auxiliar, e frequentemente demonstra arrogância. Quando um assessor de Alckmin o procurou para tratar de algum assunto em nome do governador, respondeu, na lata. "Falo direto com ele, não preciso de intermediários." Rusgas com colegas também não são fatos raros. Anos atrás, chegou a trocar "ombradas" com o secretário Saulo de Abreu Filho, após uma reunião com o governador. Outro "inimigo íntimo" de Moraes é o deputado estadual Fernando Capez, que, segundo aliados, atribui ao antigo colega de Promotoria acusações que sofreu em uma licitação de merenda escolar. O novo magistrado é também uma pessoa de muitos e influentes amigos. Sabatinado em 2005 no Senado, foi o nome indicado pelo baixo clero da Câmara dos Deputados para representá-la no primeiro colegiado do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A escolha havia sido articulada com o então presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), que pretendia impor desgaste ao PT. O candidato de Lula ao CNJ era Sérgio Renault, secretário de Reforma do Judiciário. Moraes foi aprovado na sabatina, mas rejeitado em votação secreta no plenário, uma dupla vingança da base parlamentar do governo Lula, pois atingiria Alckmin e seu secretário de Justiça. Atropelando o regimento do Senado, o presidente Renan Calheiros acolheu requerimento de Romeu Tuma e houve nova votação. Moraes foi aprovado com apoio de Antônio Carlos Magalhães, Sarney, Demóstenes Torres e Arthur Virgílio, entre outros. Sua atuação no CNJ foi elogiada. "Sempre muito preparado, ele se alinhou com o lado mais progressista em teses sobre a administração da Justiça", diz Joaquim Falcão, diretor da FGV Direito Rio. Moraes foi o relator da resolução que proibiu o nepotismo no Judiciário. Defendeu a responsabilização de presidentes de tribunais em ações de improbidade. Contrariou as associações de magistrados ao reconhecer que o CNJ poderia instaurar processos disciplinares a despeito das corregedorias dos tribunais. Condenou o foro privilegiado, tema atual. Criticou a indicação de candidatos à Corte Suprema por preferências políticas, uma contradição entre a teoria e sua prática. Marco Aurélio de Mello foi o primeiro ministro do STF a recomendar o nome de Moraes, que teve o aval da Associação dos Magistrados Brasileiros. Mas juízes gaúchos criticam sua indicação sem o cumprimento da quarentena, e a Associação Juízes para a Democracia condena sua nomeação sem debate público. "Nos sentimos tranquilos em relação à nomeação. É uma boa escolha, um constitucionalista de respeito", diz o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, da Lava Jato. Avaliação semelhante é feita por membros do Ministério Público Federal próximos a Rodrigo Janot, o procurador-geral. Dono de uma respeitada biblioteca com mais de 6.000 livros, Moraes diz que já leu todos, "mesmo os chatos". Anos atrás, ao site "Consultor Jurídico", contou que tem por hábito ler várias versões de um mesmo assunto. Um dos seus personagens preferidos, sobre quem afirma ter lido todas as biografias disponíveis no país, leva o seu nome. É Alexandre, o Grande (356 a.C - 323 a.C), o conquistador macedônico.
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Roberto Porto deixará Controladoria-Geral de São Paulo
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O promotor de Justiça Roberto Porto deixará o cargo de controlador-geral do município de São Paulo. Ele assumiu o comando da CGM-SP (Controladoria-Geral do Município de São Paulo) no dia 16 de janeiro de 2015. Porto teve que tomar a decisão depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgou nesta quarta-feira (9) que é inconstitucional integrantes do Ministério Público ocuparem cargos no Executivo. Roberto Porto voltará ao Ministério Público Estadual. Essa é uma das primeiras baixas depois da decisão do Supremo, que foi tomada quando a corte analisou o caso da nomeação do novo ministro da Justiça Wellington Lima e Silva, que é procurador-geral adjunto da Bahia. Pela decisão do STF, esses ocupantes de cargos terão, a partir de segunda-feira (14), 20 dias para tomar uma decisão: deixar o Executivo ou desligar-se do Ministério Público. A decisão do Supremo provocará desfalque na máquina administrativa de pelo menos oito governos estaduais. Há 17 casos registrados no país, sendo quatro no governo Geraldo Alckmin (PSDB).
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Roberto Porto deixará Controladoria-Geral de São PauloO promotor de Justiça Roberto Porto deixará o cargo de controlador-geral do município de São Paulo. Ele assumiu o comando da CGM-SP (Controladoria-Geral do Município de São Paulo) no dia 16 de janeiro de 2015. Porto teve que tomar a decisão depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgou nesta quarta-feira (9) que é inconstitucional integrantes do Ministério Público ocuparem cargos no Executivo. Roberto Porto voltará ao Ministério Público Estadual. Essa é uma das primeiras baixas depois da decisão do Supremo, que foi tomada quando a corte analisou o caso da nomeação do novo ministro da Justiça Wellington Lima e Silva, que é procurador-geral adjunto da Bahia. Pela decisão do STF, esses ocupantes de cargos terão, a partir de segunda-feira (14), 20 dias para tomar uma decisão: deixar o Executivo ou desligar-se do Ministério Público. A decisão do Supremo provocará desfalque na máquina administrativa de pelo menos oito governos estaduais. Há 17 casos registrados no país, sendo quatro no governo Geraldo Alckmin (PSDB).
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Dilma e Obama defendem governança da internet "transparente e inclusiva"
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Os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e dos EUA, Barack Obama, defenderam nesta terça-feira (30) o entendimento de que a governança da internet deve ser "transparente e inclusiva". A declaração é feita após dois anos de relações estremecidas devido à espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês) a Dilma. A descoberta levou ao cancelamento de uma visita de Estado prevista para 2013. Em comunicado conjunto, Dilma e Obama concordaram que o gerenciamento da rede deverá ter "a participação dos governos, da sociedade civil, do setor privado e das organizações internacionais". Com isso, segundo os presidentes, a internet cumprirá o "potencial como ferramenta poderosa para o desenvolvimento econômico e social". As propostas são similares às apresentadas pela conferência NETMundial. Na reunião realizada em 2014 em São Paulo, o grupo defendeu que a rede deva ser administrada de forma aberta, participativa, transparente, fiscalizável, inclusiva e equilibrada. Porém, não foi incluído no documento final o aspecto da neutralidade. Os membros da iniciativa fazem nesta semana na capital paulista uma reunião do conselho de coordenação para debater as propostas para a internet e outros temas. Os mandatários ainda prometeram cooperar com o Fórum de Governança da Internet, em novembro em João Pessoa, e com a Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação, órgão da ONU que estuda a rede. Os países ainda definiram a criação de um grupo de trabalho sobre internet e tecnologias da informação. A intenção é discutir assuntos como prevenção de crimes cibernéticos e segurança nas redes. ESPIONAGEM A governança da internet passou ser uma das principais bandeiras de Dilma na política externa desde que se descobriu a espionagem em 2013. A informação estava em documentos da NSA revelados por Edward Snowden. Em discurso na Assembleia-Geral da ONU no mesmo ano, a brasileira defendeu a governança para "evitar que o espaço cibernético seja instrumentalizado como arma de guerra, por meio da espionagem, da sabotagem, dos ataques contra sistemas e infraestruturas de outros países". Desde então, o Brasil propôs duas resoluções à ONU contra a espionagem indiscriminada de dados, instando os países a insta os países a "respeitar e proteger o direito à privacidade, incluindo o contexto das comunicações digitais". A primeira versão foi aprovada em dezembro de 2013 e a segunda, em novembro de 2014. Ambas tiveram o apoio da Alemanha, cuja chanceler, Angela Merkel, esteve entre os chefes de governo espionados pelo governo americano.
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mundo
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Dilma e Obama defendem governança da internet "transparente e inclusiva"Os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e dos EUA, Barack Obama, defenderam nesta terça-feira (30) o entendimento de que a governança da internet deve ser "transparente e inclusiva". A declaração é feita após dois anos de relações estremecidas devido à espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês) a Dilma. A descoberta levou ao cancelamento de uma visita de Estado prevista para 2013. Em comunicado conjunto, Dilma e Obama concordaram que o gerenciamento da rede deverá ter "a participação dos governos, da sociedade civil, do setor privado e das organizações internacionais". Com isso, segundo os presidentes, a internet cumprirá o "potencial como ferramenta poderosa para o desenvolvimento econômico e social". As propostas são similares às apresentadas pela conferência NETMundial. Na reunião realizada em 2014 em São Paulo, o grupo defendeu que a rede deva ser administrada de forma aberta, participativa, transparente, fiscalizável, inclusiva e equilibrada. Porém, não foi incluído no documento final o aspecto da neutralidade. Os membros da iniciativa fazem nesta semana na capital paulista uma reunião do conselho de coordenação para debater as propostas para a internet e outros temas. Os mandatários ainda prometeram cooperar com o Fórum de Governança da Internet, em novembro em João Pessoa, e com a Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação, órgão da ONU que estuda a rede. Os países ainda definiram a criação de um grupo de trabalho sobre internet e tecnologias da informação. A intenção é discutir assuntos como prevenção de crimes cibernéticos e segurança nas redes. ESPIONAGEM A governança da internet passou ser uma das principais bandeiras de Dilma na política externa desde que se descobriu a espionagem em 2013. A informação estava em documentos da NSA revelados por Edward Snowden. Em discurso na Assembleia-Geral da ONU no mesmo ano, a brasileira defendeu a governança para "evitar que o espaço cibernético seja instrumentalizado como arma de guerra, por meio da espionagem, da sabotagem, dos ataques contra sistemas e infraestruturas de outros países". Desde então, o Brasil propôs duas resoluções à ONU contra a espionagem indiscriminada de dados, instando os países a insta os países a "respeitar e proteger o direito à privacidade, incluindo o contexto das comunicações digitais". A primeira versão foi aprovada em dezembro de 2013 e a segunda, em novembro de 2014. Ambas tiveram o apoio da Alemanha, cuja chanceler, Angela Merkel, esteve entre os chefes de governo espionados pelo governo americano.
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Congresso aprova texto-base da proposta que prevê deficit de R$ 159 bi
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O plenário do Congresso aprovou na madrugada desta quinta-feira (31) o texto-base da proposta de revisão da meta fiscal para 2017 e 2018. O governo, porém, não conseguiu concluir a votação de cinco destaques. As propostas não alteram a meta. Com isso, o governo ampliou a previsão do rombo deste e do próximo ano para R$ 159 bilhões. A previsão anterior era de um deficit de R$ 139 bilhões em 2017 e R$ 129 bilhões no ano seguinte. A votação da meta ocorreu em meio a dificuldades do governo, que concentrou esforços para aprovação do texto. Para tentar impor uma derrota ao governo, a oposição chegou a pedir mais de uma vez a verificação de presença dos parlamentares. O governo mandou buscar os senadores João Alberto Souza (PMDB-MA) e Rose de Freitas (PMDB-ES) em casa para garantir o número suficiente de presentes para apreciar o texto. A aprovação da meta chegou a ser anunciada pelo presidente do Congresso, Eunício Oliveira (PMDB-CE), minutos antes da 1h. Mas a votação teve de ser refeita após um protesto da oposição, e o texto-base só teve sua apreciação concluída uma hora depois. Antes de analisar a revisão fiscal, foi preciso "limpar" a pauta. A pendência de análise de vetos presidenciais impedia que o Congresso analisasse a meta. Ainda na noite da terça, a meta foi analisada pela CMO (Comissão Mista de Orçamento) e encaminhada para apreciação do plenário do Senado. O governo do presidente Michel Temer tinha como objetivo aprovar a proposta orçamentária até quinta-feira (31). A data é importante para que o Palácio do Planalto consiga usar o valor atualizado no projeto de lei orçamentária de 2018. O texto precisa ser enviado ao Congresso até esta quinta-feira (31). No caso da meta de 2017, a ampliação do deficit é considerada necessária pelo governo para liberar recursos e manter a máquina pública funcionando. "A pressa é para que o Brasil possa ter o mínimo de investimento em infraestrutura e para gerar emprego e renda", disse Eunício. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu a revisão do deficit. "A diferença deste governo para o anterior é que este muda a meta antes de gastar dinheiro, portanto não pedala. A diferença é da inflação, da taxa de juros, do desemprego, é isso que está acontecendo. Independente da revisão da meta, temos o teto do gasto público", disse, rebatendo críticas da oposição. O relator do projeto, deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), afirma que o aumento do deficit previsto "não é uma questão de opinião ou desejo, mas a fotografia da tragédia fiscal brasileira". "Se não aprovarmos até amanhã [quinta] corremos o risco de enviar um Orçamento mentiroso, de ficção", afirmou, e aproveitou para alfinetar a oposição. "O objetivo é darmos transparência ao gasto público. O pessoal da pedalada fiscal e da contabilidade criativa não gosta muito desse papo." A discussão da revisão da meta fez aliados da ex-presidente Dilma Rousseff resgatarem os motivos que levaram a petista ao impeachment. "Dilma foi afastada há um ano, por ter elevado gastos antes de rever a meta e foi chamada de irresponsável. A máscara caiu. Quem é irresponsável agora?", indagou a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM). Segundo o Ministério do Planejamento, a proposta orçamentária para 2018 será entregue ao Congresso ao meio dia desta quinta-feira. ROMBO MAIOR A necessidade de revisão das metas, anunciada em agosto, foi atribuída pelo governo à frustração de receitas e à lenta retomada da economia. Na ocasião, a equipe econômica também comunicou que a previsão de deficit em 2019 passou de R$ 65 bilhões para R$ 139 bilhões. O governo esperava que o resultado fiscal ficasse positivo em 2020, com superavit de R$ 10 bilhões, mas passou a prever um deficit de R$ 65 bilhões. O último ano em que o governo federal arrecadou mais do que gastou foi 2013.
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mercado
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Congresso aprova texto-base da proposta que prevê deficit de R$ 159 biO plenário do Congresso aprovou na madrugada desta quinta-feira (31) o texto-base da proposta de revisão da meta fiscal para 2017 e 2018. O governo, porém, não conseguiu concluir a votação de cinco destaques. As propostas não alteram a meta. Com isso, o governo ampliou a previsão do rombo deste e do próximo ano para R$ 159 bilhões. A previsão anterior era de um deficit de R$ 139 bilhões em 2017 e R$ 129 bilhões no ano seguinte. A votação da meta ocorreu em meio a dificuldades do governo, que concentrou esforços para aprovação do texto. Para tentar impor uma derrota ao governo, a oposição chegou a pedir mais de uma vez a verificação de presença dos parlamentares. O governo mandou buscar os senadores João Alberto Souza (PMDB-MA) e Rose de Freitas (PMDB-ES) em casa para garantir o número suficiente de presentes para apreciar o texto. A aprovação da meta chegou a ser anunciada pelo presidente do Congresso, Eunício Oliveira (PMDB-CE), minutos antes da 1h. Mas a votação teve de ser refeita após um protesto da oposição, e o texto-base só teve sua apreciação concluída uma hora depois. Antes de analisar a revisão fiscal, foi preciso "limpar" a pauta. A pendência de análise de vetos presidenciais impedia que o Congresso analisasse a meta. Ainda na noite da terça, a meta foi analisada pela CMO (Comissão Mista de Orçamento) e encaminhada para apreciação do plenário do Senado. O governo do presidente Michel Temer tinha como objetivo aprovar a proposta orçamentária até quinta-feira (31). A data é importante para que o Palácio do Planalto consiga usar o valor atualizado no projeto de lei orçamentária de 2018. O texto precisa ser enviado ao Congresso até esta quinta-feira (31). No caso da meta de 2017, a ampliação do deficit é considerada necessária pelo governo para liberar recursos e manter a máquina pública funcionando. "A pressa é para que o Brasil possa ter o mínimo de investimento em infraestrutura e para gerar emprego e renda", disse Eunício. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu a revisão do deficit. "A diferença deste governo para o anterior é que este muda a meta antes de gastar dinheiro, portanto não pedala. A diferença é da inflação, da taxa de juros, do desemprego, é isso que está acontecendo. Independente da revisão da meta, temos o teto do gasto público", disse, rebatendo críticas da oposição. O relator do projeto, deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), afirma que o aumento do deficit previsto "não é uma questão de opinião ou desejo, mas a fotografia da tragédia fiscal brasileira". "Se não aprovarmos até amanhã [quinta] corremos o risco de enviar um Orçamento mentiroso, de ficção", afirmou, e aproveitou para alfinetar a oposição. "O objetivo é darmos transparência ao gasto público. O pessoal da pedalada fiscal e da contabilidade criativa não gosta muito desse papo." A discussão da revisão da meta fez aliados da ex-presidente Dilma Rousseff resgatarem os motivos que levaram a petista ao impeachment. "Dilma foi afastada há um ano, por ter elevado gastos antes de rever a meta e foi chamada de irresponsável. A máscara caiu. Quem é irresponsável agora?", indagou a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM). Segundo o Ministério do Planejamento, a proposta orçamentária para 2018 será entregue ao Congresso ao meio dia desta quinta-feira. ROMBO MAIOR A necessidade de revisão das metas, anunciada em agosto, foi atribuída pelo governo à frustração de receitas e à lenta retomada da economia. Na ocasião, a equipe econômica também comunicou que a previsão de deficit em 2019 passou de R$ 65 bilhões para R$ 139 bilhões. O governo esperava que o resultado fiscal ficasse positivo em 2020, com superavit de R$ 10 bilhões, mas passou a prever um deficit de R$ 65 bilhões. O último ano em que o governo federal arrecadou mais do que gastou foi 2013.
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Baixista e guitarrista Walter Becker, da banda Steely Dan, morre aos 67
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Walter Becker, guitarrista, baixista e cofundador da banda setentista Steely Dan, que vendeu mais de 40 milhões de álbuns a produziu hits como "Reelin' In the Years", "Rikki Don't Lose that Number" e "Deacon Blues", morreu aos 67. Seu site oficial anunciou a morte neste domingo (3) sem informações da causa. Donald Fagen disse em anúncio no domingo que seu colega da banda Steely Dan era não só um excelente guitarrista e um grande compositor, mas também muito inteligente, engraçado e cínico sobre a natureza humana, incluindo sua própria. "Enquanto for possível, pretendo continuar viva a música que criamos juntos com a Steely San", escreveu Fagen. Apesar de a Steely Dan ter feito tours neste ano, Becker não participou de apresentações recentes em Los Angeles e New York. Fagen depois disse à "Billboard" que Becker estava se recuperando de uma cirurgia. Ele disse à época que esperava que Becker se recuperasse logo. Nativos do Queens, em Nova York, que começaram tocando saxofone e depois se voltaram à guitarra, Becker e Fagen se conheceram quando eram estudantes no Bard College em 1967 e fundaram a banda em 1972 depois de se mudarem para a Califórnia. De 1972 até aproximadamente 1980 a banda teve sucesso crítico e comercial, lançando sete álbuns de estúdio, incluindo o seminal "Aja". Quando a Steely Dan acabou, Backer se retirou para o Maui e começou a plantar abacates. Becker depois se reuniu com Fagen e, depois de quase 20 anos de hiato, lançaram dois álbuns: "Two Against Nature", vencedor de quatro Grammys, incluindo disco do ano em 2001, e "Everything Must Go".
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Baixista e guitarrista Walter Becker, da banda Steely Dan, morre aos 67Walter Becker, guitarrista, baixista e cofundador da banda setentista Steely Dan, que vendeu mais de 40 milhões de álbuns a produziu hits como "Reelin' In the Years", "Rikki Don't Lose that Number" e "Deacon Blues", morreu aos 67. Seu site oficial anunciou a morte neste domingo (3) sem informações da causa. Donald Fagen disse em anúncio no domingo que seu colega da banda Steely Dan era não só um excelente guitarrista e um grande compositor, mas também muito inteligente, engraçado e cínico sobre a natureza humana, incluindo sua própria. "Enquanto for possível, pretendo continuar viva a música que criamos juntos com a Steely San", escreveu Fagen. Apesar de a Steely Dan ter feito tours neste ano, Becker não participou de apresentações recentes em Los Angeles e New York. Fagen depois disse à "Billboard" que Becker estava se recuperando de uma cirurgia. Ele disse à época que esperava que Becker se recuperasse logo. Nativos do Queens, em Nova York, que começaram tocando saxofone e depois se voltaram à guitarra, Becker e Fagen se conheceram quando eram estudantes no Bard College em 1967 e fundaram a banda em 1972 depois de se mudarem para a Califórnia. De 1972 até aproximadamente 1980 a banda teve sucesso crítico e comercial, lançando sete álbuns de estúdio, incluindo o seminal "Aja". Quando a Steely Dan acabou, Backer se retirou para o Maui e começou a plantar abacates. Becker depois se reuniu com Fagen e, depois de quase 20 anos de hiato, lançaram dois álbuns: "Two Against Nature", vencedor de quatro Grammys, incluindo disco do ano em 2001, e "Everything Must Go".
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De onde virão as boas notícias?
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Finalmente começa a haver uma mudança de expectativa em relação à economia, que ao menos parou de se deteriorar. Mas, para haver uma real reversão, espera-se que o novo governo apresente diretrizes e reformas consistentes. Como sempre, o mercado quer ver reformas de grande impacto na economia, como cortes drásticos nos gastos públicos, reformas nas áreas fiscal e previdenciária ou a tão sonhada reforma política, que é certamente a mãe de todas as reformas. Mas grandes reformas são difíceis de implementar, ainda mais em uma conjuntura de quase falência do Estado, com um governo que terá apenas 2,5 anos pela frente, se o impeachment for confirmado. Sem descartar a possibilidade de reformas mais sonoras e abrangentes, gostaria de sugerir que o governo se concentrasse em pequenas reformas laterais, que podem trazer resultados rápidos e consistentes. Na maioria dos casos, basicamente mudanças em modelos de gestão. Na área do comércio exterior, o novo governo propôs o fortalecimento da Camex (Câmara de Comércio Exterior), agora sob a Presidência da República, para agilizar a coordenação de mais de uma dezena de departamentos em diferentes ministérios e agências que se ocupam do tema. Essa coordenação envolve, também, a retomada da agenda perdida das negociações bilaterais com os nossos principais parceiros. Na promoção de exportações e investimentos, por exemplo, o ministro José Serra propôs uma gestão mais articulada entre o Itamaraty e a Apex, otimizando pessoas e recursos disponíveis. Mas o sucesso da iniciativa depende de formatos mais modernos e consistentes de parceria entre o setor público e as entidades e as empresas do setor privado. São elas que, afinal, fazem acontecer o comércio e os investimentos. Comparado com outros países, a presença do Brasil no exterior é medíocre, seja em termos de representatividade pública ou privada. Grandes resultados podem ser obtidos com pequenos esforços coordenados de gestão e internacionalização. Na área da agricultura, a ex-ministra Kátia Abreu introduziu um sistema eletrônico de informações que reduziu bastante o tempo de tramitação dos processos de habilitação de unidades industriais para exportar. Pequenas mudanças de pessoas e processos acarretam na obtenção de dezenas de milhões de dólares adicionais em exportações. O novo ministro Blairo Maggi vai aprofundar o tema, dando prioridade ainda maior ao aumento das exportações do agro, incluindo parcerias estratégicas com países-chave como China e EUA. No caso da China, essas parceria deveria ir além das atuais demandas unilaterais de acesso a mercados, chegando à construção de cadeias integradas de valor que envolvam a atração de investimentos em infraestrutura, atendimento de demandas de qualidade e rastreabilidade de produtos nos mercados de destino, facilitação de comércio, inovação e adição de valor aos produtos exportados. Na área da energia, já se vê mudança positiva de humor com o anúncio de novos mecanismos de precificação de derivados de petróleo e eletricidade que respeitarão a realidade dos mercados e a competitividade das empresas. Intervenções esdruxulas pelo "Diário Oficial", congelamentos artificiais de preços e controles da taxa de retorno das empresas felizmente parecem ser, agora, páginas viradas da história. O caminho é longo e árduo, mas a direção está correta. Não custa cultivar sonhos impossíveis sobre o mundo ideal todas as noites. Mas de dia a receita resume-se a três palavras: gestão, gestão e gestão.
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colunas
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De onde virão as boas notícias?Finalmente começa a haver uma mudança de expectativa em relação à economia, que ao menos parou de se deteriorar. Mas, para haver uma real reversão, espera-se que o novo governo apresente diretrizes e reformas consistentes. Como sempre, o mercado quer ver reformas de grande impacto na economia, como cortes drásticos nos gastos públicos, reformas nas áreas fiscal e previdenciária ou a tão sonhada reforma política, que é certamente a mãe de todas as reformas. Mas grandes reformas são difíceis de implementar, ainda mais em uma conjuntura de quase falência do Estado, com um governo que terá apenas 2,5 anos pela frente, se o impeachment for confirmado. Sem descartar a possibilidade de reformas mais sonoras e abrangentes, gostaria de sugerir que o governo se concentrasse em pequenas reformas laterais, que podem trazer resultados rápidos e consistentes. Na maioria dos casos, basicamente mudanças em modelos de gestão. Na área do comércio exterior, o novo governo propôs o fortalecimento da Camex (Câmara de Comércio Exterior), agora sob a Presidência da República, para agilizar a coordenação de mais de uma dezena de departamentos em diferentes ministérios e agências que se ocupam do tema. Essa coordenação envolve, também, a retomada da agenda perdida das negociações bilaterais com os nossos principais parceiros. Na promoção de exportações e investimentos, por exemplo, o ministro José Serra propôs uma gestão mais articulada entre o Itamaraty e a Apex, otimizando pessoas e recursos disponíveis. Mas o sucesso da iniciativa depende de formatos mais modernos e consistentes de parceria entre o setor público e as entidades e as empresas do setor privado. São elas que, afinal, fazem acontecer o comércio e os investimentos. Comparado com outros países, a presença do Brasil no exterior é medíocre, seja em termos de representatividade pública ou privada. Grandes resultados podem ser obtidos com pequenos esforços coordenados de gestão e internacionalização. Na área da agricultura, a ex-ministra Kátia Abreu introduziu um sistema eletrônico de informações que reduziu bastante o tempo de tramitação dos processos de habilitação de unidades industriais para exportar. Pequenas mudanças de pessoas e processos acarretam na obtenção de dezenas de milhões de dólares adicionais em exportações. O novo ministro Blairo Maggi vai aprofundar o tema, dando prioridade ainda maior ao aumento das exportações do agro, incluindo parcerias estratégicas com países-chave como China e EUA. No caso da China, essas parceria deveria ir além das atuais demandas unilaterais de acesso a mercados, chegando à construção de cadeias integradas de valor que envolvam a atração de investimentos em infraestrutura, atendimento de demandas de qualidade e rastreabilidade de produtos nos mercados de destino, facilitação de comércio, inovação e adição de valor aos produtos exportados. Na área da energia, já se vê mudança positiva de humor com o anúncio de novos mecanismos de precificação de derivados de petróleo e eletricidade que respeitarão a realidade dos mercados e a competitividade das empresas. Intervenções esdruxulas pelo "Diário Oficial", congelamentos artificiais de preços e controles da taxa de retorno das empresas felizmente parecem ser, agora, páginas viradas da história. O caminho é longo e árduo, mas a direção está correta. Não custa cultivar sonhos impossíveis sobre o mundo ideal todas as noites. Mas de dia a receita resume-se a três palavras: gestão, gestão e gestão.
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Rogério Duarte, criador da estética da Tropicália, morre aos 77 anos
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Autor de algumas das estéticas visuais mais conhecidas da cultura brasileira, o artista gráfico e músico baiano Rogério Duarte morreu na noite desta quarta-feira (13), aos 77 anos. Ele estava internado no hospital Santa Lúcia, em Brasília. A causa da morte não foi divulgada. Associado aos maiores movimentos culturais dos anos 1960, Duarte passou a ser reconhecido como um dos mentores intelectuais da Tropicália no final da década. Criou a estética do movimento, além de compor musicas com Gilberto Gil e Caetano Veloso. O artista desenhou capas de discos para alguns dos mais importantes nomes da música brasileira —além de Gil e Caetano, Gal Costa, João Gilberto e Jorge Ben. Também criou cartazes para filmes do amigo Glauber Rocha. É sua a icônica imagem do cangaceiro de "Deus e o Diabo na Terra do Sol" (1964). Para "A Idade da Terra" (1980), além de criar o cartaz, ajudou na trilha sonora. Nascido em Ubaíra, cidade do centro-sul baiano, Duarte mudou-se nos anos 60 para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como diretor de arte da UNE (União Nacional dos Estudantes) e da editora Vozes. Com o irmão, Ronaldo, foi sequestrado por militares e torturado ao longo de dez dias em 1968, em um caso que mobilizou artistas e a imprensa da época. Em 2003, lançou o livro "Tropicaos", em que fala da prisão e tortura e de sua vivência no movimento tropicalista. Informações sobre o velório e sepultamento ainda não foram divulgadas.
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ilustrada
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Rogério Duarte, criador da estética da Tropicália, morre aos 77 anosAutor de algumas das estéticas visuais mais conhecidas da cultura brasileira, o artista gráfico e músico baiano Rogério Duarte morreu na noite desta quarta-feira (13), aos 77 anos. Ele estava internado no hospital Santa Lúcia, em Brasília. A causa da morte não foi divulgada. Associado aos maiores movimentos culturais dos anos 1960, Duarte passou a ser reconhecido como um dos mentores intelectuais da Tropicália no final da década. Criou a estética do movimento, além de compor musicas com Gilberto Gil e Caetano Veloso. O artista desenhou capas de discos para alguns dos mais importantes nomes da música brasileira —além de Gil e Caetano, Gal Costa, João Gilberto e Jorge Ben. Também criou cartazes para filmes do amigo Glauber Rocha. É sua a icônica imagem do cangaceiro de "Deus e o Diabo na Terra do Sol" (1964). Para "A Idade da Terra" (1980), além de criar o cartaz, ajudou na trilha sonora. Nascido em Ubaíra, cidade do centro-sul baiano, Duarte mudou-se nos anos 60 para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como diretor de arte da UNE (União Nacional dos Estudantes) e da editora Vozes. Com o irmão, Ronaldo, foi sequestrado por militares e torturado ao longo de dez dias em 1968, em um caso que mobilizou artistas e a imprensa da época. Em 2003, lançou o livro "Tropicaos", em que fala da prisão e tortura e de sua vivência no movimento tropicalista. Informações sobre o velório e sepultamento ainda não foram divulgadas.
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Aos trancos, Bonner imita voz de Lula e troca Dilma por Fernando Henrique
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Desta vez nem a Globo esperava. No final do link da Globonews de Curitiba, com o repórter reproduzindo teatral e algo ridiculamente o diálogo entre Lula e a presidente Dilma Rousseff, a apresentadora Leila Neubarth calou, boca aberta. Não pela interpretação, mas pelo conteúdo. Depois de várias entradas, mudança de assunto, talvez instruída para tanto, descreveu a gravação como "estarrecedora". O mesmo aconteceu em seguida com o "Jornal Nacional", de cobertura menos engajada que o canal de notícias, mas também estarrecida. Evitou abertamente jogar ainda mais fogo no que havia sido aceso em Curitiba. Nada de Gilmar Mendes, por exemplo. E a reprodução da entrevista coletiva de Dilma, sobre Lula ministro, foi inusitadamente longa. A escalada de manchetes, antes, havia se concentrado na crise que "atinge o ponto mais alto", expressão repetida diversas vezes, depois. Os grampos tornados públicos "têm indícios fortes de que o objetivo da ida de Lula para o Ministério foi mesmo tirá-lo do alcance do juiz Moro". Chegado finalmente o bloco com os grampos, só havia o áudio de Lula com Dilma. Os demais foram reproduzidos teatral e ainda mais pateticamente pelos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos. Ao que parece, não houve tempo para editar adequadamente. Bonner e Vasconcellos tentando representar Lula deu ares tragicômicos a noticiário tão grave. Em uma das falas interpretadas pela apresentadora, ela reproduziu uma questão do ex-presidente a ser supostamente dirigida ao Ministério Público Federal, questionando as investigações cerradas contra ele: "Vocês estão fazendo o mesmo com a Globo?". No final, depois de entradas ao vivo, com manifestantes gritando longamente coisas como "Lula ladrão/seu lugar é na prisão", o "JN" tentou, mas não conseguiu imagens ao vivo do ato pela legalidade no Tuca, na PUC de São Paulo. Estendeu-se no protesto da Fiesp, com o prédio todo em verde e amarelo. Posteriormente, cuidando para manter algum distanciamento, o telejornal conseguiu afinal imagens do público diante do Tuca. Mais para o final, Bonner procurou justificar por que os dois estavam "passando a você os diálogos" de maneira quase amadora, dizendo ser, afinal, um "16 de março histórico, nervoso, praticamente ao vivo". Bonner voltaria depois com a nota de Dilma, ao que parece ainda mais nervoso, e arremataria confundindo: "Esta foi a noite divulgada pela presidente Fernando Henrique Ca... pela presidente Dilma Rousseff". Veja
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Aos trancos, Bonner imita voz de Lula e troca Dilma por Fernando HenriqueDesta vez nem a Globo esperava. No final do link da Globonews de Curitiba, com o repórter reproduzindo teatral e algo ridiculamente o diálogo entre Lula e a presidente Dilma Rousseff, a apresentadora Leila Neubarth calou, boca aberta. Não pela interpretação, mas pelo conteúdo. Depois de várias entradas, mudança de assunto, talvez instruída para tanto, descreveu a gravação como "estarrecedora". O mesmo aconteceu em seguida com o "Jornal Nacional", de cobertura menos engajada que o canal de notícias, mas também estarrecida. Evitou abertamente jogar ainda mais fogo no que havia sido aceso em Curitiba. Nada de Gilmar Mendes, por exemplo. E a reprodução da entrevista coletiva de Dilma, sobre Lula ministro, foi inusitadamente longa. A escalada de manchetes, antes, havia se concentrado na crise que "atinge o ponto mais alto", expressão repetida diversas vezes, depois. Os grampos tornados públicos "têm indícios fortes de que o objetivo da ida de Lula para o Ministério foi mesmo tirá-lo do alcance do juiz Moro". Chegado finalmente o bloco com os grampos, só havia o áudio de Lula com Dilma. Os demais foram reproduzidos teatral e ainda mais pateticamente pelos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos. Ao que parece, não houve tempo para editar adequadamente. Bonner e Vasconcellos tentando representar Lula deu ares tragicômicos a noticiário tão grave. Em uma das falas interpretadas pela apresentadora, ela reproduziu uma questão do ex-presidente a ser supostamente dirigida ao Ministério Público Federal, questionando as investigações cerradas contra ele: "Vocês estão fazendo o mesmo com a Globo?". No final, depois de entradas ao vivo, com manifestantes gritando longamente coisas como "Lula ladrão/seu lugar é na prisão", o "JN" tentou, mas não conseguiu imagens ao vivo do ato pela legalidade no Tuca, na PUC de São Paulo. Estendeu-se no protesto da Fiesp, com o prédio todo em verde e amarelo. Posteriormente, cuidando para manter algum distanciamento, o telejornal conseguiu afinal imagens do público diante do Tuca. Mais para o final, Bonner procurou justificar por que os dois estavam "passando a você os diálogos" de maneira quase amadora, dizendo ser, afinal, um "16 de março histórico, nervoso, praticamente ao vivo". Bonner voltaria depois com a nota de Dilma, ao que parece ainda mais nervoso, e arremataria confundindo: "Esta foi a noite divulgada pela presidente Fernando Henrique Ca... pela presidente Dilma Rousseff". Veja
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Principal ameaça à Lava Jato é perda de credibilidade de Moro
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SÃO PAULO - O ano que passou foi do juiz Sergio Moro, venerado e detestado com igual paixão ao comandar os lances espetaculares da Operação Lava Jato. Num cenário pesquisado pelo Datafolha em dezembro, cravou 11% para presidente, acima, por exemplo, dos tucanos Aécio Neves (7%) e Geraldo Alckmin (5%). Era saudável ver a figura ponderada e técnica de Moro no comando de uma operação tão sensível, um feliz contraste com o chiliquento ocupante anterior da vaga de primeiro-juiz da nação, Joaquim Barbosa. Mas em 2016, Moro começou a escorregar. Aqui vão apenas alguns exemplos: Em março, quando camisas amarelas tomaram a Paulista, no maior protesto contra Dilma Rousseff, Moro uniu-se ao coro com uma nota em que se dizia "tocado" pelas menções a seu nome e louvava o trabalho "robusto" do Ministério Público Federal —parte nas ações que ele tem de julgar de forma isenta. Em outubro, teve um surto de joaquimbarbosite ao reagir a um artigo do físico Rogério Cezar de Cerqueira Leite na Folha. Não contente em responder ao mérito das acusações, pontificou que a publicação de opiniões panfletárias "deveria ser evitada". Em outros tempos, o nome disso seria censura prévia. O derradeiro deslize veio nos últimos dias de 2016, numa conversa ao pé do ouvido com Aécio —político citado por um delator da Odebrecht—, registrada por uma foto emblemática. Pelo menos dessa vez, Moro admitiu que a imagem era "infeliz". Em 2017, a fervura seguirá alta, com novas revelações da Odebrecht, a possível delação de Eduardo Cunha e prováveis condenações de Lula. Tais condições exigem que Moro volte à discrição pré-estrelato, sem cair na tentação de ser parte do debate político. Sem virar um Gilmar Mendes, em outras palavras. A principal ameaça à Lava Jato, maior até do que um acordão no Congresso, é a perda de credibilidade de seu principal porta-estandarte.
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Principal ameaça à Lava Jato é perda de credibilidade de MoroSÃO PAULO - O ano que passou foi do juiz Sergio Moro, venerado e detestado com igual paixão ao comandar os lances espetaculares da Operação Lava Jato. Num cenário pesquisado pelo Datafolha em dezembro, cravou 11% para presidente, acima, por exemplo, dos tucanos Aécio Neves (7%) e Geraldo Alckmin (5%). Era saudável ver a figura ponderada e técnica de Moro no comando de uma operação tão sensível, um feliz contraste com o chiliquento ocupante anterior da vaga de primeiro-juiz da nação, Joaquim Barbosa. Mas em 2016, Moro começou a escorregar. Aqui vão apenas alguns exemplos: Em março, quando camisas amarelas tomaram a Paulista, no maior protesto contra Dilma Rousseff, Moro uniu-se ao coro com uma nota em que se dizia "tocado" pelas menções a seu nome e louvava o trabalho "robusto" do Ministério Público Federal —parte nas ações que ele tem de julgar de forma isenta. Em outubro, teve um surto de joaquimbarbosite ao reagir a um artigo do físico Rogério Cezar de Cerqueira Leite na Folha. Não contente em responder ao mérito das acusações, pontificou que a publicação de opiniões panfletárias "deveria ser evitada". Em outros tempos, o nome disso seria censura prévia. O derradeiro deslize veio nos últimos dias de 2016, numa conversa ao pé do ouvido com Aécio —político citado por um delator da Odebrecht—, registrada por uma foto emblemática. Pelo menos dessa vez, Moro admitiu que a imagem era "infeliz". Em 2017, a fervura seguirá alta, com novas revelações da Odebrecht, a possível delação de Eduardo Cunha e prováveis condenações de Lula. Tais condições exigem que Moro volte à discrição pré-estrelato, sem cair na tentação de ser parte do debate político. Sem virar um Gilmar Mendes, em outras palavras. A principal ameaça à Lava Jato, maior até do que um acordão no Congresso, é a perda de credibilidade de seu principal porta-estandarte.
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Tercio Sampaio Ferraz Junior: A terceirização e a Constituição
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A terceirização está na ordem do dia. Ela foi inicialmente prevista em leis (nº 6.019/74 e nº 7.102/83), destinadas à sua regulamentação na contratação de serviços temporários e de vigilância. O mercado, porém, começou a criar suas próprias condições, o que tornou complexa a aplicação do mecanismo. Diante disso, a jurisprudência do TST (Tribunal Superior do Trabalho), que adotara um posicionamento restritivo (enunciado 256: salvo trabalho temporário e serviço de vigilância, seria ilegal a terceirização), acabou por rever sua posição mediante o enunciado 331. Em seu item 3º, para além da admissão de contratação de serviços de vigilância e de conservação e limpeza, admitiu também os serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta, estabelecendo a responsabilidade subsidiária do tomador de serviço em caso de inadimplemento de obrigações trabalhistas de parte do empregador terceiro. Foi essa distinção entre atividade-fim e atividade-meio que provocou maiores discussões. O projeto de lei nº 4.330/04, em discussão no Congresso Nacional, lida com o tema. Ele tem, de um lado, um conteúdo social (interesse trabalhista), mas afeta, de outro, um interesse privado (gestão empresarial), relações privadas entre a empresa e suas concorrentes num mercado livre –princípio constitucional da livre iniciativa. Tais relações, em termos de terceirização, são elemento importante do planejamento privado: inserem-se na atividade gerencial e submetem-se a uma racionalidade econômica própria da livre concorrência. Do ângulo da valorização do trabalho humano, a liberação da terceirização para operações essenciais e não essenciais provoca um movimento de mercado na direção de promoção de capital intensivo, mas também de desconcentração, por exemplo, na promoção da empresa de pequeno porte. O que entra em jogo é a função social da micro e pequena empresa (Constituição Federal, inciso IX do artigo 170). O tratamento mais favorecido a empresas de pequeno porte cria condições para estimular e ampliar sua participação nos mercados, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do país. Em sede constitucional, dois fatores mais importantes justificam o tratamento favorecido: (a) o maior potencial delas na geração de empregos em comparação às demais empresas e (b) os benefícios que a maior quantidade de empresas ofertando produtos e serviços proporcionam aos consumidores, no que, obviamente, elas preenchem sua função social em termos de justiça social. Na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o ministro Dias Toffoli o reconhece, ao lembrar que 97,5% das empresas registradas em nosso país são microempresas ou empresas de pequeno porte, sendo que elas geram 57% dos empregos formais e respondem por 26% da massa salarial total do Brasil. Ora, normas como a do artigo 170, inciso IX, não são aplicáveis diretamente, mas são consideradas violadas quando a lei ou uma decisão judicial com base nela estabelece regras que vão de encontro ao comando-valor que explicitam. Daí uma cautela necessária na elaboração da lei. Afinal, uma distinção que envolva limitações em termos de atividade-fim e atividade-meio pode levar ao oposto do exigido pelo princípio constitucional de favorecimento à empresa de pequeno porte. Ao exigir a integração vertical da grande empresa, desfavorece as pequenas empresas, produzindo efeitos inversos à busca de pleno emprego e à diminuição das desigualdades, justamente porque as despreza por suas condições, ao vê-las como não dispondo de capital suficiente para fazer frente, por exemplo, aos encargos sociais. TERCIO SAMPAIO FERRAZ JUNIOR, 73, advogado, é professor titular aposentado da Faculdade de Direito da USP e autor do livro "A Ciência do Direito" (Atlas) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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opiniao
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Tercio Sampaio Ferraz Junior: A terceirização e a ConstituiçãoA terceirização está na ordem do dia. Ela foi inicialmente prevista em leis (nº 6.019/74 e nº 7.102/83), destinadas à sua regulamentação na contratação de serviços temporários e de vigilância. O mercado, porém, começou a criar suas próprias condições, o que tornou complexa a aplicação do mecanismo. Diante disso, a jurisprudência do TST (Tribunal Superior do Trabalho), que adotara um posicionamento restritivo (enunciado 256: salvo trabalho temporário e serviço de vigilância, seria ilegal a terceirização), acabou por rever sua posição mediante o enunciado 331. Em seu item 3º, para além da admissão de contratação de serviços de vigilância e de conservação e limpeza, admitiu também os serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta, estabelecendo a responsabilidade subsidiária do tomador de serviço em caso de inadimplemento de obrigações trabalhistas de parte do empregador terceiro. Foi essa distinção entre atividade-fim e atividade-meio que provocou maiores discussões. O projeto de lei nº 4.330/04, em discussão no Congresso Nacional, lida com o tema. Ele tem, de um lado, um conteúdo social (interesse trabalhista), mas afeta, de outro, um interesse privado (gestão empresarial), relações privadas entre a empresa e suas concorrentes num mercado livre –princípio constitucional da livre iniciativa. Tais relações, em termos de terceirização, são elemento importante do planejamento privado: inserem-se na atividade gerencial e submetem-se a uma racionalidade econômica própria da livre concorrência. Do ângulo da valorização do trabalho humano, a liberação da terceirização para operações essenciais e não essenciais provoca um movimento de mercado na direção de promoção de capital intensivo, mas também de desconcentração, por exemplo, na promoção da empresa de pequeno porte. O que entra em jogo é a função social da micro e pequena empresa (Constituição Federal, inciso IX do artigo 170). O tratamento mais favorecido a empresas de pequeno porte cria condições para estimular e ampliar sua participação nos mercados, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do país. Em sede constitucional, dois fatores mais importantes justificam o tratamento favorecido: (a) o maior potencial delas na geração de empregos em comparação às demais empresas e (b) os benefícios que a maior quantidade de empresas ofertando produtos e serviços proporcionam aos consumidores, no que, obviamente, elas preenchem sua função social em termos de justiça social. Na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o ministro Dias Toffoli o reconhece, ao lembrar que 97,5% das empresas registradas em nosso país são microempresas ou empresas de pequeno porte, sendo que elas geram 57% dos empregos formais e respondem por 26% da massa salarial total do Brasil. Ora, normas como a do artigo 170, inciso IX, não são aplicáveis diretamente, mas são consideradas violadas quando a lei ou uma decisão judicial com base nela estabelece regras que vão de encontro ao comando-valor que explicitam. Daí uma cautela necessária na elaboração da lei. Afinal, uma distinção que envolva limitações em termos de atividade-fim e atividade-meio pode levar ao oposto do exigido pelo princípio constitucional de favorecimento à empresa de pequeno porte. Ao exigir a integração vertical da grande empresa, desfavorece as pequenas empresas, produzindo efeitos inversos à busca de pleno emprego e à diminuição das desigualdades, justamente porque as despreza por suas condições, ao vê-las como não dispondo de capital suficiente para fazer frente, por exemplo, aos encargos sociais. TERCIO SAMPAIO FERRAZ JUNIOR, 73, advogado, é professor titular aposentado da Faculdade de Direito da USP e autor do livro "A Ciência do Direito" (Atlas) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Banda Pequeno Cidadão faz show gratuito em praça de São Paulo
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No próximo sábado (21), a banda Pequeno Cidadão, que mescla rock e ritmos infantis, fará um show gratuito na praça Victor Civita, em São Paulo. O grupo é formado por três músicos –Edgard Scandurra (da banda Ira!), Taciana Barros e Antonio Pinto– e seus filhos e sobrinhos, e ganhou novas integrantes de fora da família há alguns meses. Eles apresentarão, das 16h às 17h, o show "Mamãe, Tamo Chegando". Algumas canções falam sobre a vida na cidade, como "Bici Bike Magrela", que defende as ciclovias (assista abaixo); outras, sobre o convívio com amigos e família. Uma música inédita, composta em parceria com o cantor Arnaldo Antunes, falará sobre o parque Augusta, que fica na região central de São Paulo. Assista ao clipe de 'Bici Bike Magrela' A apresentação faz parte do evento "(Re)Ciclo Musical", que acontece mensalmente na praça desde agosto. No próximo sábado, o projeto terá também oficinas de dobradura e pintura (das 14h às 16h), além de contação de história sobre o nascimento da flor vitória-régia (das 15h às 16h). As atividades serão realizadas em espaço com acessibilidade e terão tradução em libras e "shake" –plataforma vibratória para surdos. PARA CONFERIR (Re)Ciclo Musical ONDE praça Victor Civita - r. Sumidouro, 580, Pinheiros QUANDO 21 de novembro, das 14h às 17h QUANTO grátis Mais informações no site ou pelo tel.: (11) 3031-3689
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folhinha
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Banda Pequeno Cidadão faz show gratuito em praça de São PauloNo próximo sábado (21), a banda Pequeno Cidadão, que mescla rock e ritmos infantis, fará um show gratuito na praça Victor Civita, em São Paulo. O grupo é formado por três músicos –Edgard Scandurra (da banda Ira!), Taciana Barros e Antonio Pinto– e seus filhos e sobrinhos, e ganhou novas integrantes de fora da família há alguns meses. Eles apresentarão, das 16h às 17h, o show "Mamãe, Tamo Chegando". Algumas canções falam sobre a vida na cidade, como "Bici Bike Magrela", que defende as ciclovias (assista abaixo); outras, sobre o convívio com amigos e família. Uma música inédita, composta em parceria com o cantor Arnaldo Antunes, falará sobre o parque Augusta, que fica na região central de São Paulo. Assista ao clipe de 'Bici Bike Magrela' A apresentação faz parte do evento "(Re)Ciclo Musical", que acontece mensalmente na praça desde agosto. No próximo sábado, o projeto terá também oficinas de dobradura e pintura (das 14h às 16h), além de contação de história sobre o nascimento da flor vitória-régia (das 15h às 16h). As atividades serão realizadas em espaço com acessibilidade e terão tradução em libras e "shake" –plataforma vibratória para surdos. PARA CONFERIR (Re)Ciclo Musical ONDE praça Victor Civita - r. Sumidouro, 580, Pinheiros QUANDO 21 de novembro, das 14h às 17h QUANTO grátis Mais informações no site ou pelo tel.: (11) 3031-3689
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Alvos do Supremo, Geddel e aliado de Cunha prestam depoimentos
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Alvos do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o empresário Altair Alves, tido como emissário ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, foram interrogados nas últimas semanas pela Polícia Federal (PF). Na pauta, a suposta compra do silêncio de Cunha e seu operador, Lucio Funaro, pela JBS. Segundo delação do grupo, Cunha e Funaro, presos desde o ano passado, receberam valores com o aval do presidente Michel Temer. O tema deve ser explorado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para apresentar nova denúncia contra o presidente. Não há prazo para a nova acusação. Os delegados perguntaram a Geddel e Alves se a "eventual compra do silêncio de Eduardo Cunha e de Lucio Funaro é do conhecimento e tem aval, direto ou indireto, do presidente Michel Temer". Ambos mantiveram-se calados. À PF, Funaro negou que tenha recebido dinheiro em troca de seu silêncio, mas disse que estranhou movimentações de algumas pessoas tentando sondar se ele acertaria um acordo de delação. Uma delas foi Geddel, segundo o operador. Ao ex-ministro, os investigadores perguntaram se ele monitorava Cunha e Funaro por conta própria ou a mando de alguém. O operador está na Papuda (DF) desde julho do ano passado. "O senhor fez alguma visita a Lucio Funaro na prisão? Sobre o que conversaram? Lucio Funaro mandou algum recado da prisão ao Senhor? Que recado?", perguntaram os delegados. Para Alves, a PF perguntou também sobre visitas na prisão ao ex-deputado, preso em Curitiba. Com o interrogatório, os investigadores buscam mais elementos além da delação da JBS para juntar ao inquérito. A polícia já concluiu que Temer atuou para embaraçar investigações. O presidente da República nega e chama a acusação de fictícia. Os delegados entenderam com base da gravação feita por Joesley Batista no Palácio do Jaburu que a "única interpretação possível" é de que o presidente incentivou a continuação de pagamentos a Cunha para que ele ficasse em silêncio. Cunha também foi interrogado. Respondeu apenas que não teve seu silêncio comprado, mas pediu para ver todos os documentos do processo antes de se pronunciar.
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Alvos do Supremo, Geddel e aliado de Cunha prestam depoimentosAlvos do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o empresário Altair Alves, tido como emissário ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, foram interrogados nas últimas semanas pela Polícia Federal (PF). Na pauta, a suposta compra do silêncio de Cunha e seu operador, Lucio Funaro, pela JBS. Segundo delação do grupo, Cunha e Funaro, presos desde o ano passado, receberam valores com o aval do presidente Michel Temer. O tema deve ser explorado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para apresentar nova denúncia contra o presidente. Não há prazo para a nova acusação. Os delegados perguntaram a Geddel e Alves se a "eventual compra do silêncio de Eduardo Cunha e de Lucio Funaro é do conhecimento e tem aval, direto ou indireto, do presidente Michel Temer". Ambos mantiveram-se calados. À PF, Funaro negou que tenha recebido dinheiro em troca de seu silêncio, mas disse que estranhou movimentações de algumas pessoas tentando sondar se ele acertaria um acordo de delação. Uma delas foi Geddel, segundo o operador. Ao ex-ministro, os investigadores perguntaram se ele monitorava Cunha e Funaro por conta própria ou a mando de alguém. O operador está na Papuda (DF) desde julho do ano passado. "O senhor fez alguma visita a Lucio Funaro na prisão? Sobre o que conversaram? Lucio Funaro mandou algum recado da prisão ao Senhor? Que recado?", perguntaram os delegados. Para Alves, a PF perguntou também sobre visitas na prisão ao ex-deputado, preso em Curitiba. Com o interrogatório, os investigadores buscam mais elementos além da delação da JBS para juntar ao inquérito. A polícia já concluiu que Temer atuou para embaraçar investigações. O presidente da República nega e chama a acusação de fictícia. Os delegados entenderam com base da gravação feita por Joesley Batista no Palácio do Jaburu que a "única interpretação possível" é de que o presidente incentivou a continuação de pagamentos a Cunha para que ele ficasse em silêncio. Cunha também foi interrogado. Respondeu apenas que não teve seu silêncio comprado, mas pediu para ver todos os documentos do processo antes de se pronunciar.
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Integrante de CPI pede convocação e quebra de sigilos de Eduardo Cunha
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A sessão da CPI da Petrobras desta quarta-feira (14) começou com o líder do PSOL, Ivan Valente (SP), pedindo a convocação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a prorrogação dos trabalhos da comissão. Valente apresentou uma gravação em que Cunha, ao comparecer voluntariamente à CPI, em março deste ano, se comprometeu a voltar sempre que necessário. "Voltarei quantas vezes forem necessárias. É só pedir que estou aqui no mesmo momento para esclarecer qualquer fato", disse Cunha no áudio exibido pelo deputado. Relator da comissão, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) argumentou que o local mais adequado para se analisar a conduta de parlamentares é o Conselho de Ética da Câmara, onde o PSOL já representou contra Cunha. Carlos Marun (PMDB-MS) saiu em defesa do seu correligionário e criticou veementemente supostos vazamentos seletivos que atingiriam o presidente da Câmara. O líder do PSOL sustentou ainda que o Eduardo Cunha mentiu ao colegiado quando afirmou, no mesmo depoimento, que não tinha contas no exterior. "O deputado Eduardo Cunha mentiu a essa CPI. Mentir na CPI é crime. Por que não podemos aprovar requerimento de convocação do senhor Eduardo Cunha e os de quebras de sigilos dele?", questionou Ivan Valente. Um dossiê enviado pelo Ministério Público Suíço à Procuradoria-geral da República revelou que recurso de uma conta secreta na Suíça atribuída à jornalista Claudia Cruz, mulher de Cunha (PMDB-RJ), pagou despesas com dois cartões de crédito e até uma famosa academia de tênis na Flórida (EUA). PRORROGAÇÃO O prazo de conclusão dos trabalhos da CPI da Petrobras se encerra no próximo dia 23. Parlamentares, como o próprio Ivan Valente e a deputada Eliziane Gama (Rede-MA), pediram a extensão da data-limite. O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) já apresentou um requerimento solicitando a prorrogação por mais 120 dias. O presidente da Comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB) disse que não opinará sobre a eventual necessidade de ampliação da CPI. "Não temos nenhum de óbice, cabe ao presidente cumprir a decisão do plenário. Estarei aqui até os términos do trabalho", afirmou. BENDINE A CPI está reunida neste momento para colher o depoimento do presidente da Petrobras, Aldemir Bendine. Ele ainda não começou a ser ouvido, já que os deputados estão debatendo a possibilidade de prorrogação da CPI.
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poder
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Integrante de CPI pede convocação e quebra de sigilos de Eduardo CunhaA sessão da CPI da Petrobras desta quarta-feira (14) começou com o líder do PSOL, Ivan Valente (SP), pedindo a convocação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a prorrogação dos trabalhos da comissão. Valente apresentou uma gravação em que Cunha, ao comparecer voluntariamente à CPI, em março deste ano, se comprometeu a voltar sempre que necessário. "Voltarei quantas vezes forem necessárias. É só pedir que estou aqui no mesmo momento para esclarecer qualquer fato", disse Cunha no áudio exibido pelo deputado. Relator da comissão, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) argumentou que o local mais adequado para se analisar a conduta de parlamentares é o Conselho de Ética da Câmara, onde o PSOL já representou contra Cunha. Carlos Marun (PMDB-MS) saiu em defesa do seu correligionário e criticou veementemente supostos vazamentos seletivos que atingiriam o presidente da Câmara. O líder do PSOL sustentou ainda que o Eduardo Cunha mentiu ao colegiado quando afirmou, no mesmo depoimento, que não tinha contas no exterior. "O deputado Eduardo Cunha mentiu a essa CPI. Mentir na CPI é crime. Por que não podemos aprovar requerimento de convocação do senhor Eduardo Cunha e os de quebras de sigilos dele?", questionou Ivan Valente. Um dossiê enviado pelo Ministério Público Suíço à Procuradoria-geral da República revelou que recurso de uma conta secreta na Suíça atribuída à jornalista Claudia Cruz, mulher de Cunha (PMDB-RJ), pagou despesas com dois cartões de crédito e até uma famosa academia de tênis na Flórida (EUA). PRORROGAÇÃO O prazo de conclusão dos trabalhos da CPI da Petrobras se encerra no próximo dia 23. Parlamentares, como o próprio Ivan Valente e a deputada Eliziane Gama (Rede-MA), pediram a extensão da data-limite. O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) já apresentou um requerimento solicitando a prorrogação por mais 120 dias. O presidente da Comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB) disse que não opinará sobre a eventual necessidade de ampliação da CPI. "Não temos nenhum de óbice, cabe ao presidente cumprir a decisão do plenário. Estarei aqui até os términos do trabalho", afirmou. BENDINE A CPI está reunida neste momento para colher o depoimento do presidente da Petrobras, Aldemir Bendine. Ele ainda não começou a ser ouvido, já que os deputados estão debatendo a possibilidade de prorrogação da CPI.
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Queen tocará com o vocalista Adam Lambert no Rock in Rio
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Há 30 anos, em 11 de janeiro de 1985, a primeira edição do Rock in Rio foi aberta com show da banda britânica Queen, para 250 mil pessoas. Agora, para reforçar a comemoração do aniversário de três décadas, uma nova apresentação do grupo –desta vez, porém, sem Freddie Mercury (1946-1991)– foi anunciada nesta quinta (26) pela organização do festival para a sua edição carioca, em setembro. Com o cantor americano Adam Lambert, 33, nos vocais, o grupo será a atração principal do palco Mundo na primeira noite de evento, em 18 de setembro –o festival será realizado também em 19, 20, 24, 25, 26 e 27 de setembro. Conhecido após terminar a oitava temporada do "American Idol", em 2009, como o segundo colocado, Lambert cantou pela primeira vez com o Queen justamente no palco do programa de calouros, na final, apresentando "We Are the Champions". Após esse contato, voltaram a se reunir para shows a partir de 2011. Recentemente, a parceria rendeu uma turnê de 26 shows esgotados em dez países. ATRAÇÕES Nesta semana, na terça (24), o festival também somou à lista de atrações a banda Metallica. O grupo será o "headliner" (a principal atração) do seu dia -ainda não especificado- na Cidade do Rock, no Rio. Entre as atrações também já confirmadas para este Rock in Rio, estão as bandas Faith No More, Hollywood Vampires ("supergrupo" de Alice Cooper, Johnny Depp e Joe Perry), Queens of the Stone Age, A-Ha e System of a Down, a cantora pop Katy Perry e o cantor John Legend. Neste ano, além do Rio, o festival fará sua primeira edição nos Estados Unidos, na cidade de Las Vegas, nos dias 8, 9, 15 e 16 de maio.
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ilustrada
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Queen tocará com o vocalista Adam Lambert no Rock in RioHá 30 anos, em 11 de janeiro de 1985, a primeira edição do Rock in Rio foi aberta com show da banda britânica Queen, para 250 mil pessoas. Agora, para reforçar a comemoração do aniversário de três décadas, uma nova apresentação do grupo –desta vez, porém, sem Freddie Mercury (1946-1991)– foi anunciada nesta quinta (26) pela organização do festival para a sua edição carioca, em setembro. Com o cantor americano Adam Lambert, 33, nos vocais, o grupo será a atração principal do palco Mundo na primeira noite de evento, em 18 de setembro –o festival será realizado também em 19, 20, 24, 25, 26 e 27 de setembro. Conhecido após terminar a oitava temporada do "American Idol", em 2009, como o segundo colocado, Lambert cantou pela primeira vez com o Queen justamente no palco do programa de calouros, na final, apresentando "We Are the Champions". Após esse contato, voltaram a se reunir para shows a partir de 2011. Recentemente, a parceria rendeu uma turnê de 26 shows esgotados em dez países. ATRAÇÕES Nesta semana, na terça (24), o festival também somou à lista de atrações a banda Metallica. O grupo será o "headliner" (a principal atração) do seu dia -ainda não especificado- na Cidade do Rock, no Rio. Entre as atrações também já confirmadas para este Rock in Rio, estão as bandas Faith No More, Hollywood Vampires ("supergrupo" de Alice Cooper, Johnny Depp e Joe Perry), Queens of the Stone Age, A-Ha e System of a Down, a cantora pop Katy Perry e o cantor John Legend. Neste ano, além do Rio, o festival fará sua primeira edição nos Estados Unidos, na cidade de Las Vegas, nos dias 8, 9, 15 e 16 de maio.
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Desafio da vida real
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Ah, as redes sociais virtuais... Elas são capazes de causar grandes estragos na vida das pessoas, não é verdade? E não me refiro aos estragos que dizem respeito à reputação, à moral, à sexualidade, à exposição da intimidade, que também ocorrem, e muito! Estou pensando no tal "desafio da maternidade" que rolou no Facebook. No início, parecia uma brincadeira boba, dessas que as crianças fazem entre si: "Vamos postar nossas fotos com os vestidos mais bonitos e ver quem ganha mais curtidas?", por exemplo. A proposta do "desafio da maternidade" foi a de postar três fotos que deveriam mostrar a felicidade da mulher no papel de mãe. Depois, essa tinha de desafiar outras três e, assim, o desafio multiplicou-se numa grande velocidade. Ah! Que coisa mais romântica! Uma foto com os filhos nunca corresponde à realidade vivida cotidianamente como mãe, nem mesmo um vídeo é capaz disso: mesmo nesta época do "Sorria! Você está sendo filmado", não somos quem somos quando longe das câmeras. Uma foto é um recorte planejado para ser apreciado, para fazer bonito, já que será congelado por muito tempo e visto -e julgado- pelo outro! Quem já teve a oportunidade de observar pessoas fazendo selfie sabe muito bem como elas buscam seu melhor ângulo, seu sorriso mais bonito, seu olhar mais sedutor. Todo mundo quer sair bem na foto! Com os filhos, então, nem se fala! Mas a brincadeira do desafio não terminou bem, como eu já esperava. Afinal, sempre que há competição pode haver alguma confusão. Algumas mulheres desafiadas reagiram à ideia da maternidade romantizada e desabafaram. Quem não sabe que o exercício da maternidade é uma tarefa árdua? Mas a reação não foi bem recebida por muitas mães que estavam gostando da brincadeira, e pronto: confusão armada. Sobrou cartão amarelo para algumas, vermelho para outras, torcidas organizadas brigando, e o escambau. O que podemos aprender com esse evento? Muita coisa, e quero ressaltar algumas delas. Primeiramente: o exercício da maternidade é um desafio pessoal. PESSOAL! A maternidade envolve nossos afetos, nossos anseios, nossas potencialidades, nossas limitações, nossas "neuras", entre tantas outras coisas. E a verdadeira performance de cada mulher como mãe só se dá longe, bem longe do olhar dos outros. Só a própria mãe sabe -e nem sabe tudo!- o que se passa quando ela tem filhos. O segundo ponto é delicado: estamos em busca da imagem de "mãe perfeita", e a internet tem grande colaboração nessa história. Mesmo nos desabafos, há essa busca: "Vejam que sou perfeita, porque assumo minhas imperfeições". Isso é o que podemos ler nas entrelinhas das mensagens e posts. Esse ideal de mãe que procuramos é inatingível, atrapalha a realidade cotidiana de cada mãe, que já tem em seu imaginário essa meta, e provoca essa verdadeira competição exibicionista. O último ponto que quero ressaltar é que ser mãe, hoje, parece ser um esporte olímpico em que só há três lugares no pódio. Às demais só resta a culpa por não ter conseguido chegar lá. O que é isso, minha gente? Mães precisam se apoiar, ser empáticas umas com as outras, generosas, acolhedoras com as diferenças e as limitações -próprias e das outras-, sensatas e solidárias, já que cada uma sabe das suas dores e delícias no exercício da maternidade.
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colunas
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Desafio da vida realAh, as redes sociais virtuais... Elas são capazes de causar grandes estragos na vida das pessoas, não é verdade? E não me refiro aos estragos que dizem respeito à reputação, à moral, à sexualidade, à exposição da intimidade, que também ocorrem, e muito! Estou pensando no tal "desafio da maternidade" que rolou no Facebook. No início, parecia uma brincadeira boba, dessas que as crianças fazem entre si: "Vamos postar nossas fotos com os vestidos mais bonitos e ver quem ganha mais curtidas?", por exemplo. A proposta do "desafio da maternidade" foi a de postar três fotos que deveriam mostrar a felicidade da mulher no papel de mãe. Depois, essa tinha de desafiar outras três e, assim, o desafio multiplicou-se numa grande velocidade. Ah! Que coisa mais romântica! Uma foto com os filhos nunca corresponde à realidade vivida cotidianamente como mãe, nem mesmo um vídeo é capaz disso: mesmo nesta época do "Sorria! Você está sendo filmado", não somos quem somos quando longe das câmeras. Uma foto é um recorte planejado para ser apreciado, para fazer bonito, já que será congelado por muito tempo e visto -e julgado- pelo outro! Quem já teve a oportunidade de observar pessoas fazendo selfie sabe muito bem como elas buscam seu melhor ângulo, seu sorriso mais bonito, seu olhar mais sedutor. Todo mundo quer sair bem na foto! Com os filhos, então, nem se fala! Mas a brincadeira do desafio não terminou bem, como eu já esperava. Afinal, sempre que há competição pode haver alguma confusão. Algumas mulheres desafiadas reagiram à ideia da maternidade romantizada e desabafaram. Quem não sabe que o exercício da maternidade é uma tarefa árdua? Mas a reação não foi bem recebida por muitas mães que estavam gostando da brincadeira, e pronto: confusão armada. Sobrou cartão amarelo para algumas, vermelho para outras, torcidas organizadas brigando, e o escambau. O que podemos aprender com esse evento? Muita coisa, e quero ressaltar algumas delas. Primeiramente: o exercício da maternidade é um desafio pessoal. PESSOAL! A maternidade envolve nossos afetos, nossos anseios, nossas potencialidades, nossas limitações, nossas "neuras", entre tantas outras coisas. E a verdadeira performance de cada mulher como mãe só se dá longe, bem longe do olhar dos outros. Só a própria mãe sabe -e nem sabe tudo!- o que se passa quando ela tem filhos. O segundo ponto é delicado: estamos em busca da imagem de "mãe perfeita", e a internet tem grande colaboração nessa história. Mesmo nos desabafos, há essa busca: "Vejam que sou perfeita, porque assumo minhas imperfeições". Isso é o que podemos ler nas entrelinhas das mensagens e posts. Esse ideal de mãe que procuramos é inatingível, atrapalha a realidade cotidiana de cada mãe, que já tem em seu imaginário essa meta, e provoca essa verdadeira competição exibicionista. O último ponto que quero ressaltar é que ser mãe, hoje, parece ser um esporte olímpico em que só há três lugares no pódio. Às demais só resta a culpa por não ter conseguido chegar lá. O que é isso, minha gente? Mães precisam se apoiar, ser empáticas umas com as outras, generosas, acolhedoras com as diferenças e as limitações -próprias e das outras-, sensatas e solidárias, já que cada uma sabe das suas dores e delícias no exercício da maternidade.
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Regras para agendamento e taxas para festinhas em parques de SP variam
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As secretarias estadual e municipal do meio ambiente, que gerem os parques públicos da cidade, informaram que há regras distintas para uso das áreas públicas para fins recreativos familiares e para eventos maiores -como casamentos e festas infantis com muitas pessoas. Cada parque, porém, possui normas específicas, como materiais proibidos. No parque Buenos Aires, que é da prefeitura, por exemplo, não é permitido o uso e a distribuição de balões, que podem representar perigo aos pássaros, e a instalação de tendas, mesas ou barracas nos gramados. A atuação de bufês, a reserva de espaço e a decoração em festas particulares não são permitidas dentro de parques municipais, de acordo com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, que declarou que irá "reforçar a orientação aos administradores" das áreas. Nas áreas verdes do Estado, como o parque Villa-Lobos, na zona oeste, a Secretaria do Meio Ambiente informou que eventos que demarquem área e necessitem de estrutura específica precisam ser agendados ao menos 30 dias antes. Os interessados devem seguir um trâmite burocrático fornecido pelas administrações dos parques. Dependendo da finalidade, não há cobrança de taxas. AUTORIZAÇÃO Já a Fundação Aron Birmann, responsável pelo parque Burle Marx, na Vila Andrade, zona sul, informou que qualquer evento precisa de autorização prévia. As festas infantis são permitidas, desde que os contratantes se responsabilizem pela limpeza e sigam o regulamento interno. As festas no local têm taxas de R$ 2.000 e R$ 8.000, dependendo do "impacto, data e horário" de cada evento.
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cotidiano
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Regras para agendamento e taxas para festinhas em parques de SP variamAs secretarias estadual e municipal do meio ambiente, que gerem os parques públicos da cidade, informaram que há regras distintas para uso das áreas públicas para fins recreativos familiares e para eventos maiores -como casamentos e festas infantis com muitas pessoas. Cada parque, porém, possui normas específicas, como materiais proibidos. No parque Buenos Aires, que é da prefeitura, por exemplo, não é permitido o uso e a distribuição de balões, que podem representar perigo aos pássaros, e a instalação de tendas, mesas ou barracas nos gramados. A atuação de bufês, a reserva de espaço e a decoração em festas particulares não são permitidas dentro de parques municipais, de acordo com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, que declarou que irá "reforçar a orientação aos administradores" das áreas. Nas áreas verdes do Estado, como o parque Villa-Lobos, na zona oeste, a Secretaria do Meio Ambiente informou que eventos que demarquem área e necessitem de estrutura específica precisam ser agendados ao menos 30 dias antes. Os interessados devem seguir um trâmite burocrático fornecido pelas administrações dos parques. Dependendo da finalidade, não há cobrança de taxas. AUTORIZAÇÃO Já a Fundação Aron Birmann, responsável pelo parque Burle Marx, na Vila Andrade, zona sul, informou que qualquer evento precisa de autorização prévia. As festas infantis são permitidas, desde que os contratantes se responsabilizem pela limpeza e sigam o regulamento interno. As festas no local têm taxas de R$ 2.000 e R$ 8.000, dependendo do "impacto, data e horário" de cada evento.
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Maranhão falta em sessão e paralisa pacote anticorrupção da Lava Jato
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O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), não apareceu, na manhã desta quinta-feira (9), para tratar do pacote de projetos anticorrupção que o Ministério Público Federal entregou à Câmara há mais de dois meses. O pacote recebeu mais de duas milhões de assinaturas de apoio, mas até agora não saiu da estaca zero na Câmara –aguarda um despacho da presidência da Casa para que seja criada uma comissão especial de análise das proposições. Apesar de ter marcado uma audiência às 11h com deputados para receber mais assinaturas de apoio e definir a criação da comissão, Maranhão fez esses deputados esperarem por um hora e, ao final, acabou não aparecendo. A assessoria de imprensa da Câmara informou apenas que ele teve um problema de agenda e que remarcou o encontro para a próxima terça-feira (14). O pacote do Ministério Público, intitulado "dez medidas contra a corrupção", trata, em linhas gerais, de propostas de mudanças na legislação para dar celeridade aos processos judiciais, além de endurecer punições para corrupção. As medidas foram concebidas pela força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba e, posteriormente, encampadas pela Procuradoria-Geral da República. O presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção, Antonio Carlos Mendes Thame (PV-SP), é um dos que subscreveram projeto para englobar as propostas do pacote. Ele disse que o então presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) havia se comprometido a dar seguimento aos projetos em audiência no dia 4 de maio, mas o peemedebista, que é um dos principais alvos da Lava Jato, foi afastado no dia seguinte pelo Supremo Tribunal Federal. Mais tarde, a assessoria da presidência da Câmara afirmou que o prolongamento de um compromisso de Maranhão fora da Câmara o impediu de ir à audiência. "Ressalte-se que o presidente Waldir Maranhão lamenta o ocorrido e tem todo o interesse em fortalecer as medidas de combate à corrupção e de aumento da transparência no setor público."
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Maranhão falta em sessão e paralisa pacote anticorrupção da Lava JatoO presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), não apareceu, na manhã desta quinta-feira (9), para tratar do pacote de projetos anticorrupção que o Ministério Público Federal entregou à Câmara há mais de dois meses. O pacote recebeu mais de duas milhões de assinaturas de apoio, mas até agora não saiu da estaca zero na Câmara –aguarda um despacho da presidência da Casa para que seja criada uma comissão especial de análise das proposições. Apesar de ter marcado uma audiência às 11h com deputados para receber mais assinaturas de apoio e definir a criação da comissão, Maranhão fez esses deputados esperarem por um hora e, ao final, acabou não aparecendo. A assessoria de imprensa da Câmara informou apenas que ele teve um problema de agenda e que remarcou o encontro para a próxima terça-feira (14). O pacote do Ministério Público, intitulado "dez medidas contra a corrupção", trata, em linhas gerais, de propostas de mudanças na legislação para dar celeridade aos processos judiciais, além de endurecer punições para corrupção. As medidas foram concebidas pela força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba e, posteriormente, encampadas pela Procuradoria-Geral da República. O presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção, Antonio Carlos Mendes Thame (PV-SP), é um dos que subscreveram projeto para englobar as propostas do pacote. Ele disse que o então presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) havia se comprometido a dar seguimento aos projetos em audiência no dia 4 de maio, mas o peemedebista, que é um dos principais alvos da Lava Jato, foi afastado no dia seguinte pelo Supremo Tribunal Federal. Mais tarde, a assessoria da presidência da Câmara afirmou que o prolongamento de um compromisso de Maranhão fora da Câmara o impediu de ir à audiência. "Ressalte-se que o presidente Waldir Maranhão lamenta o ocorrido e tem todo o interesse em fortalecer as medidas de combate à corrupção e de aumento da transparência no setor público."
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Quarta menos quente tem exposição com trabalhos de Millôr e apresentação única de violonista chinesa
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BRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO São Paulo, 14 de setembro de 2016. Quarta-feira. Bom dia para você que está aberto a novas propostas! Veja o que você precisa saber para tocar e aproveitar o seu dia: * PARA CURTIR A CIDADE Rabiscos humorados | A Escola da Cidade explora o universo do cartunista Millôr Fernandes (1923-2012) na mostra Millôr 100 + 100: Desenhos e Frases. A exposição reúne desenhos e textos do escritor. Nesta quarta, por ocasião da abertura, haverá ações como oficina de desenho ministrada por Bennet e Cássio Loredano a partir das 14h. Saiba mais aqui. Da China | A violonista chinesa Liying Zhu se apresenta pela primeira vez no país. Em um recital solo, ela mostra peças de nomes importantes do violão, como Agustín Barrios e John Downland. O espetáculo ocorre no Espaço promon, na av. Presidente Juscelino Kubitschek. Ingressos custam R$ 70. Saiba mais aqui. Genealogia da arte cinética | O Itaú Cultural abriga até 23/10 a mostra "Calder e a Arte Brasileira". São 60 peças de Alexander Calder, entre móbiles, desenhos, pinturas e criações audiovisuais, e 14 produções de brasileiros em conexão com a criatividade do norte-americano. Veja mais aqui. Música | O violonista e compositor Thomas Panza lança seu primeiro disco, "O Curva", nome que também é o seu apelido. O novo trabalho costura samba, bolero e valsa em sua sonoridade e tem participação de nomes Como Dori Caymmi, Tatiana Parra e a cantora portuguesa Susana Travassos. Veja mais aqui. * PARA TER ASSUNTO Lava Jato | Em novo depoimento à Justiça nesta terça (13), depois de permanecer em silêncio, o ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, admitiu que pagou cerca de R$ 3,8 milhões para abafar as investigações da CPI Petrobras, em 2014. Os pagamentos, segundo o empreiteiro, foram feitos aos ex-senadores Vital do Rêgo (PMDB), atual ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), e Gim Argello (ex-PTB), preso pela Lava Jato, além do deputado Marco Maia (PT-RS). Caso Cunha | Apesar de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ter sido cassado pelo voto de 450 de seus 512 colegas, a cúpula da Câmara dos Deputados deve discutir nos próximos dias se mantém ou não alguns dos benefícios oferecidos pela Casa, entre eles acesso aos serviços do departamento médico e o plano de saúde dos parlamentares. Vazamento | A três dias da estreia nos EUA do filme "Snowden", do diretor Oliver Stone, o próprio Edward Snowden, ex-colaborador da NSA (Agência de Segurança Nacional), que revelou, em 2013, o amplo esquema de espionagem do governo americano, pediu ao presidente Barack Obama que lhe conceda o perdão. * A POLÍTICA DO DIA A DIA Cidade | A Câmara promove, a partir das 10h, reunião da CPI que investiga os contratos firmados com o Theatro Municipal. Confira a agenda completa aqui. Estado | A Assembleia Legislativa de SP recebe reunião da CPI que investiga o fornecimento de merendas em escolas públicas estaduais de SP. O encontro tem início às 9h. Veja a programação aqui. * É MELHOR SE PREVENIR... Tempo | O calor diminui devido à chegada de uma frente fria ao sul do Estado de São Paulo. A temperatura máxima prevista pelo Inmet deve ficar em 27ºC. A mínima deve ficar em 16ºC. Pode haver pancadas de chuvas isoladas à tarde e à noite. Centro | A rua Elisa Witacker, no Brás, fica interditada entre as ruas Monsenhor Andrade e Rodrigues dos Santos até 23/9 para manutenção de adutora d'água. A rua Sergipe, em Higienópolis, está interditada para o trânsito de veículos na altura da rua Ceará. O bloqueio se dá em razão de obras da futura estação Angélica/Mackenzie da linha 6-laranja do metrô e deve durar aproximadamente três anos. Zona oeste | O Palmeiras recebe o Flamengo no Allianz Parque em partida pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time paulistano é o primeiro colocado da competição. O rubro-negro carioca é o segundo na tabela. O trânsito deve ficar mais intenso no local. A partida tem início previsto para as 21h45. Zona sul | A rua Pedro de Toledo também fica interditada entre as ruas Domingos de Morais e Tenente Gomes Ribeiro para a continuação de obras da linha 5-lilás do metrô. O bloqueio segue até fevereiro de 2018. A rua José Guerra fica fechada entre as ruas da Paz e Alexandre Dumas até 30 de outubro para obras de extensão na av. Dr. Chucri Zaidan. SEUS AMIGOS VÃO FALAR DISSO A notícia pegou todo mundo de surpresa nesta terça-feira (13). O McDonald´s tirou do Bob´s a exclusividade do uso da marca Ovomaltine. O chocolate poderá, ainda, ser usado, mas sem expor a marca. Ou seja, o milkshake de Ovomaltine do Bob´s será apenas um "milkshake crocante", enquanto o McDonald´s poderá ostentar que vende "milkshake de Ovomaltine". Veja aqui.
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saopaulo
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Quarta menos quente tem exposição com trabalhos de Millôr e apresentação única de violonista chinesaBRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO São Paulo, 14 de setembro de 2016. Quarta-feira. Bom dia para você que está aberto a novas propostas! Veja o que você precisa saber para tocar e aproveitar o seu dia: * PARA CURTIR A CIDADE Rabiscos humorados | A Escola da Cidade explora o universo do cartunista Millôr Fernandes (1923-2012) na mostra Millôr 100 + 100: Desenhos e Frases. A exposição reúne desenhos e textos do escritor. Nesta quarta, por ocasião da abertura, haverá ações como oficina de desenho ministrada por Bennet e Cássio Loredano a partir das 14h. Saiba mais aqui. Da China | A violonista chinesa Liying Zhu se apresenta pela primeira vez no país. Em um recital solo, ela mostra peças de nomes importantes do violão, como Agustín Barrios e John Downland. O espetáculo ocorre no Espaço promon, na av. Presidente Juscelino Kubitschek. Ingressos custam R$ 70. Saiba mais aqui. Genealogia da arte cinética | O Itaú Cultural abriga até 23/10 a mostra "Calder e a Arte Brasileira". São 60 peças de Alexander Calder, entre móbiles, desenhos, pinturas e criações audiovisuais, e 14 produções de brasileiros em conexão com a criatividade do norte-americano. Veja mais aqui. Música | O violonista e compositor Thomas Panza lança seu primeiro disco, "O Curva", nome que também é o seu apelido. O novo trabalho costura samba, bolero e valsa em sua sonoridade e tem participação de nomes Como Dori Caymmi, Tatiana Parra e a cantora portuguesa Susana Travassos. Veja mais aqui. * PARA TER ASSUNTO Lava Jato | Em novo depoimento à Justiça nesta terça (13), depois de permanecer em silêncio, o ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, admitiu que pagou cerca de R$ 3,8 milhões para abafar as investigações da CPI Petrobras, em 2014. Os pagamentos, segundo o empreiteiro, foram feitos aos ex-senadores Vital do Rêgo (PMDB), atual ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), e Gim Argello (ex-PTB), preso pela Lava Jato, além do deputado Marco Maia (PT-RS). Caso Cunha | Apesar de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ter sido cassado pelo voto de 450 de seus 512 colegas, a cúpula da Câmara dos Deputados deve discutir nos próximos dias se mantém ou não alguns dos benefícios oferecidos pela Casa, entre eles acesso aos serviços do departamento médico e o plano de saúde dos parlamentares. Vazamento | A três dias da estreia nos EUA do filme "Snowden", do diretor Oliver Stone, o próprio Edward Snowden, ex-colaborador da NSA (Agência de Segurança Nacional), que revelou, em 2013, o amplo esquema de espionagem do governo americano, pediu ao presidente Barack Obama que lhe conceda o perdão. * A POLÍTICA DO DIA A DIA Cidade | A Câmara promove, a partir das 10h, reunião da CPI que investiga os contratos firmados com o Theatro Municipal. Confira a agenda completa aqui. Estado | A Assembleia Legislativa de SP recebe reunião da CPI que investiga o fornecimento de merendas em escolas públicas estaduais de SP. O encontro tem início às 9h. Veja a programação aqui. * É MELHOR SE PREVENIR... Tempo | O calor diminui devido à chegada de uma frente fria ao sul do Estado de São Paulo. A temperatura máxima prevista pelo Inmet deve ficar em 27ºC. A mínima deve ficar em 16ºC. Pode haver pancadas de chuvas isoladas à tarde e à noite. Centro | A rua Elisa Witacker, no Brás, fica interditada entre as ruas Monsenhor Andrade e Rodrigues dos Santos até 23/9 para manutenção de adutora d'água. A rua Sergipe, em Higienópolis, está interditada para o trânsito de veículos na altura da rua Ceará. O bloqueio se dá em razão de obras da futura estação Angélica/Mackenzie da linha 6-laranja do metrô e deve durar aproximadamente três anos. Zona oeste | O Palmeiras recebe o Flamengo no Allianz Parque em partida pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time paulistano é o primeiro colocado da competição. O rubro-negro carioca é o segundo na tabela. O trânsito deve ficar mais intenso no local. A partida tem início previsto para as 21h45. Zona sul | A rua Pedro de Toledo também fica interditada entre as ruas Domingos de Morais e Tenente Gomes Ribeiro para a continuação de obras da linha 5-lilás do metrô. O bloqueio segue até fevereiro de 2018. A rua José Guerra fica fechada entre as ruas da Paz e Alexandre Dumas até 30 de outubro para obras de extensão na av. Dr. Chucri Zaidan. SEUS AMIGOS VÃO FALAR DISSO A notícia pegou todo mundo de surpresa nesta terça-feira (13). O McDonald´s tirou do Bob´s a exclusividade do uso da marca Ovomaltine. O chocolate poderá, ainda, ser usado, mas sem expor a marca. Ou seja, o milkshake de Ovomaltine do Bob´s será apenas um "milkshake crocante", enquanto o McDonald´s poderá ostentar que vende "milkshake de Ovomaltine". Veja aqui.
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Ações recuam em NY por turbulência na China e preço do petróleo em baixa
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As ações negociadas nos Estados Unidos operavam em baixa pelo segundo dia seguido nesta quinta-feira (7), com a volatilidade do mercado chinês e a queda implacável dos preços do petróleo desencorajando os investidores. Às 13h40 (horário de Brasília), o indicador Dow Jones caía 0,79%, a 16.773 pontos, enquanto o S&P 500 recuava 0,93%,, a 1.971 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq operava em baixa de 1,33%, a 4.771 pontos. A China permitiu a maior queda do yuan em cinco meses, e as operações na bolsa de Xangai foram suspensas pelo segundo dia nesta semana após outra venda generalizada brutal. Com Pequim acelerando a depreciação do yuan para tornar suas exportações mais competitivas, os investidores temem que a economia chinesa esteja ainda mais fraca do que se imaginava. Somando-se à pressão, o petróleo caiu abaixo dos US$ 33 o barril, para perto das mínimas de 12 anos devido às preocupações com a demanda mais fraca da China e ao excesso de oferta no mercado. O investidor bilionário George Soros, falando em um fórum econômico no Sri Lanka, citou similaridades entre o ambiente atual e o da crise financeira de 2008. Ele disse que os mercados globais estão encarando uma crise e que os investidores precisam ser cautelosos, segundo noticiou a Bloomberg.
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Ações recuam em NY por turbulência na China e preço do petróleo em baixaAs ações negociadas nos Estados Unidos operavam em baixa pelo segundo dia seguido nesta quinta-feira (7), com a volatilidade do mercado chinês e a queda implacável dos preços do petróleo desencorajando os investidores. Às 13h40 (horário de Brasília), o indicador Dow Jones caía 0,79%, a 16.773 pontos, enquanto o S&P 500 recuava 0,93%,, a 1.971 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq operava em baixa de 1,33%, a 4.771 pontos. A China permitiu a maior queda do yuan em cinco meses, e as operações na bolsa de Xangai foram suspensas pelo segundo dia nesta semana após outra venda generalizada brutal. Com Pequim acelerando a depreciação do yuan para tornar suas exportações mais competitivas, os investidores temem que a economia chinesa esteja ainda mais fraca do que se imaginava. Somando-se à pressão, o petróleo caiu abaixo dos US$ 33 o barril, para perto das mínimas de 12 anos devido às preocupações com a demanda mais fraca da China e ao excesso de oferta no mercado. O investidor bilionário George Soros, falando em um fórum econômico no Sri Lanka, citou similaridades entre o ambiente atual e o da crise financeira de 2008. Ele disse que os mercados globais estão encarando uma crise e que os investidores precisam ser cautelosos, segundo noticiou a Bloomberg.
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Hoje na TV: Chelsea x Liverpool, Copa da Liga Inglesa
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Destaques da programação desta terça-feira (27) 6h - Aberto da Austrália, tênis, ESPN 7h - Austrália x Emirados Árabes, Copa da Ásia, SporTV 14h - Belgorod x Paris, Europeu masc. de vôlei, Bandsports 15h30 - África do Sul x Gana, Copa Africana de Nações, SporTV 17h - Friedrichshafen x Zenit Kazan, Europeu masc. de vôlei, Bandsports 17h45 - Chelsea x Liverpool, Copa da Liga Inglesa, ESPN Brasil 17h45 - Milan x Lazio, Copa da Itália, ESPN 19h15 - Rio do Sul x Rio de Janeiro, Superliga fem. de vôlei, SporTV 19h30 - Uberlândia x Brasília, NBB, SporTV 2 21h30 - Juiz de Fora x Montes Claros, Superliga masc. de vôlei, SporTV 22h - Aberto da Austrália, tênis, ESPN 22h - Pittsburgh Penguins x Winnipeg Jets, hóquei no gelo, ESPN + 24h - De Paul x Providence, basquete universitário, Bandsports
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Hoje na TV: Chelsea x Liverpool, Copa da Liga InglesaDestaques da programação desta terça-feira (27) 6h - Aberto da Austrália, tênis, ESPN 7h - Austrália x Emirados Árabes, Copa da Ásia, SporTV 14h - Belgorod x Paris, Europeu masc. de vôlei, Bandsports 15h30 - África do Sul x Gana, Copa Africana de Nações, SporTV 17h - Friedrichshafen x Zenit Kazan, Europeu masc. de vôlei, Bandsports 17h45 - Chelsea x Liverpool, Copa da Liga Inglesa, ESPN Brasil 17h45 - Milan x Lazio, Copa da Itália, ESPN 19h15 - Rio do Sul x Rio de Janeiro, Superliga fem. de vôlei, SporTV 19h30 - Uberlândia x Brasília, NBB, SporTV 2 21h30 - Juiz de Fora x Montes Claros, Superliga masc. de vôlei, SporTV 22h - Aberto da Austrália, tênis, ESPN 22h - Pittsburgh Penguins x Winnipeg Jets, hóquei no gelo, ESPN + 24h - De Paul x Providence, basquete universitário, Bandsports
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Eleita a mais bonita do Brasil, praia no Pará está com coliformes fecais
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Eleita a praia mais bonita do Brasil pelo jornal britânico "The Guardian", Alter do Chão, no Pará, está contaminada com coliformes fecais. O distrito de Santarém pode ter sua principal praia de água doce, na ilha do Amor, interditada. Desde janeiro, oito casos de hepatite A foram comprovados e 11 estão em análise. A água contaminada também pode provocar diarreia e doenças de pele. A vila, que fica a cerca de 25 quilômetros de Santarém, tem cerca de 3.000 habitantes. Em setembro, quando acontece um festival local, chega a receber 80 mil turistas. Antes do Carnaval, o Ministério Público pediu a interdição de quatro locais. A Justiça, no entanto, deu prazo até esta segunda-feira (23) para que a prefeitura apresente um plano para resolver o problema. "É algo muito preocupante, porque muitas das amostras coletadas são de água utilizada diretamente para o consumo, sem passar por nenhum tipo de tratamento", afirma a pesquisadora Graciane Fernandes, da Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará). A análise, feita pela universidade a pedido do Ministério Público, apontou a presença de coliformes em quatro pontos de Alter: praia do Amor (em frente à vila), Cabeceira do Macaco (igarapé) e praia do Centro de Atendimento ao Turista, além dos bebedouros da principal escola da vila. "Se a água não pode ser consumida, também não pode ser usada para banho, porque há risco de ingestão", diz a pesquisadora. O autônomo César Ferreira, 35, pai de Sula Melissa, 7, acredita que a menina tenha contraído hepatite no bebedouro da escola. "Começou com vômito, diarreia e muita fraqueza. Trocaram os filtros de lá, mas a gente fica preocupado ainda, porque não sabe como está a situação aqui na vila", diz ele. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO Para o promotor Tulio Novaes, a raiz do problema é a falta de saneamento. "Para que não despejem mais matéria fecal no lago, é necessário que seja construída uma estação de tratamento de esgoto na vila", afirma. Hoje, barcos de turismo jogam dejetos diretamente na água do rio Tapajós, e as casas da vila não possuem coleta de esgoto. A pesquisadora afirma que as praias já deveriam estar sinalizadas para alertar os banhistas sobre os riscos. "Pior que a interdição da praia é a omissão de informações. Com as bandeiras, o banhista decide se entra ou não na água." Graciane Fernandes reclama também da falta de apoio do poder público e da comunidade, que entendem, segundo ela, que o laudo divulgado pela universidade é uma tentativa de manchar a imagem do local. "Eu, particularmente, não gostaria de continuar [com as análises] sem que haja um comprometimento do poder público", afirma. A Prefeitura de Santarém foi procurada, mas não atendeu a reportagem.
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cotidiano
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Eleita a mais bonita do Brasil, praia no Pará está com coliformes fecaisEleita a praia mais bonita do Brasil pelo jornal britânico "The Guardian", Alter do Chão, no Pará, está contaminada com coliformes fecais. O distrito de Santarém pode ter sua principal praia de água doce, na ilha do Amor, interditada. Desde janeiro, oito casos de hepatite A foram comprovados e 11 estão em análise. A água contaminada também pode provocar diarreia e doenças de pele. A vila, que fica a cerca de 25 quilômetros de Santarém, tem cerca de 3.000 habitantes. Em setembro, quando acontece um festival local, chega a receber 80 mil turistas. Antes do Carnaval, o Ministério Público pediu a interdição de quatro locais. A Justiça, no entanto, deu prazo até esta segunda-feira (23) para que a prefeitura apresente um plano para resolver o problema. "É algo muito preocupante, porque muitas das amostras coletadas são de água utilizada diretamente para o consumo, sem passar por nenhum tipo de tratamento", afirma a pesquisadora Graciane Fernandes, da Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará). A análise, feita pela universidade a pedido do Ministério Público, apontou a presença de coliformes em quatro pontos de Alter: praia do Amor (em frente à vila), Cabeceira do Macaco (igarapé) e praia do Centro de Atendimento ao Turista, além dos bebedouros da principal escola da vila. "Se a água não pode ser consumida, também não pode ser usada para banho, porque há risco de ingestão", diz a pesquisadora. O autônomo César Ferreira, 35, pai de Sula Melissa, 7, acredita que a menina tenha contraído hepatite no bebedouro da escola. "Começou com vômito, diarreia e muita fraqueza. Trocaram os filtros de lá, mas a gente fica preocupado ainda, porque não sabe como está a situação aqui na vila", diz ele. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO Para o promotor Tulio Novaes, a raiz do problema é a falta de saneamento. "Para que não despejem mais matéria fecal no lago, é necessário que seja construída uma estação de tratamento de esgoto na vila", afirma. Hoje, barcos de turismo jogam dejetos diretamente na água do rio Tapajós, e as casas da vila não possuem coleta de esgoto. A pesquisadora afirma que as praias já deveriam estar sinalizadas para alertar os banhistas sobre os riscos. "Pior que a interdição da praia é a omissão de informações. Com as bandeiras, o banhista decide se entra ou não na água." Graciane Fernandes reclama também da falta de apoio do poder público e da comunidade, que entendem, segundo ela, que o laudo divulgado pela universidade é uma tentativa de manchar a imagem do local. "Eu, particularmente, não gostaria de continuar [com as análises] sem que haja um comprometimento do poder público", afirma. A Prefeitura de Santarém foi procurada, mas não atendeu a reportagem.
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Dezesseis ônibus são incendiados na região metropolitana de Fortaleza
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Dezesseis ônibus foram incendiados na região metropolitana de Fortaleza (CE), na tarde desta quarta-feira (19), de acordo com o balanço divulgado pela SSPDS ( Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Estado). Seis suspeitos foram presos. Os ataques aos ônibus ocorreram em doze bairros de Fortaleza e nas cidades de Maracanaú, Horizonte, Eusébio e Pacajus. O motorista de um dos veículos teve queimaduras e foi levadao ao IJF ( Instituto Dr. José Frota) e não corre risco de morte. Também foram registradas outras seis tentativas de incêndio a coletivos. Além dos ônibus, os criminosos também incendiaram dois veículos da Cagece (Companhia de Água e Esgoto do Ceará), um da Enel Distribuição Ceará e um carro do Demutran (Departamento Municipal de Trânsito). A Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas) Civil investiga o que teria motivado os ataques e várias diligência estão sendo realizadas por equipes das polícias civil e militar. A suspeita é a de que uma rivalidade entre facções em presídios do Estado tenha motivado os ataques. Em um dos ônibus, foi encontrado um bilhete assinado pela facção Guardiões do Estado, com a ameaça de explodir a Assembleia Legislativa e a Secretaria de Segurança Pública. "Iremos atacar os órgãos públicos e parar o Estado. Aqueles funcionários do governo que não saiam de suas casas, pois poderão sofrer nessa guerra", dizia a mensagem. A carta alertava ainda as autoridades a "não mexer" nas unidades prisionais, que têm passado por transferências de presos nos últimos dias. As empresas de ônibus recolheram os veículos que circulavam na cidade. Em nota, o Sindiônibus (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará) disse que "repudia veementemente a prática criminosa que provocou o incêndio a 12 ônibus e causou queimaduras em um motorista, nesta quarta-feira". A entidade informou ainda que, desde 2014 até abril de 2017, foram incendiados 55 veículos. Universidades públicas e particulares suspenderam as aulas na noite desta quarta. "O IFCE (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará) suspendeu as aulas do período noturno em função dos crimes que aconteceram pela cidade. Desejo que todos cheguem em casa em segurança", escreveu o professor da instituição, Márcio de Melo Gomes. Alguns usuários do transporte coletivo recorrem aos serviços de vans, que continua em operação. Outros buscam aplicativos como Uber e 99, que suspenderam seus descontos promocionais diários. Pontos de comércio de rua no centro também fecharam mais cedo. A Secretaria de Segurança Pública informou que iria convocar coletiva de imprensa sobre o tema. "Eu dei carona para quatro pessoas comigo. O terminal está super lotado. Está o caos", disse a professora Bárbara Diniz.
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cotidiano
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Dezesseis ônibus são incendiados na região metropolitana de FortalezaDezesseis ônibus foram incendiados na região metropolitana de Fortaleza (CE), na tarde desta quarta-feira (19), de acordo com o balanço divulgado pela SSPDS ( Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Estado). Seis suspeitos foram presos. Os ataques aos ônibus ocorreram em doze bairros de Fortaleza e nas cidades de Maracanaú, Horizonte, Eusébio e Pacajus. O motorista de um dos veículos teve queimaduras e foi levadao ao IJF ( Instituto Dr. José Frota) e não corre risco de morte. Também foram registradas outras seis tentativas de incêndio a coletivos. Além dos ônibus, os criminosos também incendiaram dois veículos da Cagece (Companhia de Água e Esgoto do Ceará), um da Enel Distribuição Ceará e um carro do Demutran (Departamento Municipal de Trânsito). A Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas) Civil investiga o que teria motivado os ataques e várias diligência estão sendo realizadas por equipes das polícias civil e militar. A suspeita é a de que uma rivalidade entre facções em presídios do Estado tenha motivado os ataques. Em um dos ônibus, foi encontrado um bilhete assinado pela facção Guardiões do Estado, com a ameaça de explodir a Assembleia Legislativa e a Secretaria de Segurança Pública. "Iremos atacar os órgãos públicos e parar o Estado. Aqueles funcionários do governo que não saiam de suas casas, pois poderão sofrer nessa guerra", dizia a mensagem. A carta alertava ainda as autoridades a "não mexer" nas unidades prisionais, que têm passado por transferências de presos nos últimos dias. As empresas de ônibus recolheram os veículos que circulavam na cidade. Em nota, o Sindiônibus (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará) disse que "repudia veementemente a prática criminosa que provocou o incêndio a 12 ônibus e causou queimaduras em um motorista, nesta quarta-feira". A entidade informou ainda que, desde 2014 até abril de 2017, foram incendiados 55 veículos. Universidades públicas e particulares suspenderam as aulas na noite desta quarta. "O IFCE (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará) suspendeu as aulas do período noturno em função dos crimes que aconteceram pela cidade. Desejo que todos cheguem em casa em segurança", escreveu o professor da instituição, Márcio de Melo Gomes. Alguns usuários do transporte coletivo recorrem aos serviços de vans, que continua em operação. Outros buscam aplicativos como Uber e 99, que suspenderam seus descontos promocionais diários. Pontos de comércio de rua no centro também fecharam mais cedo. A Secretaria de Segurança Pública informou que iria convocar coletiva de imprensa sobre o tema. "Eu dei carona para quatro pessoas comigo. O terminal está super lotado. Está o caos", disse a professora Bárbara Diniz.
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Propriedades de mais de mil hectares ocupam 45% da área rural do Brasil
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Apesar das declarações da nova ministra da Agricultura, Kátia Abreu, de que "não existe mais latifúndio no Brasil" , as grandes propriedades –as com mais de mil hectares (tamanho equivalente a pouco mais que seis parques do Ibirapuera)– ocupam 45% da área voltada a estabelecimentos rurais no país. O Censo Agropecuário de 2006, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divulgado em 2009, é a última pesquisa sobre o tema. Os dados podem ser consultados on-line. A previsão é que o próximo censo agropecuário vá a campo em 2016 e tenha 2015 como ano de referência. Segundo as informações coletadas pelo instituto –o levantamento foi feito de maneira declaratória, ou seja, a partir do que informavam os proprietários rurais nas entrevistas–, as pequenas propriedades (com menos de dez hectares) respondiam por apenas 2,3% do território brasileiro classificado como estabelecimento rural. Apesar disso, 48% do número total de estabelecimentos rurais estavam nessa faixa. Ou seja, quase metade das propriedades rurais do país dividiam somente 2,3% da terra voltada à agropecuária no Brasil. Por outro lado, 0,92% das propriedades detinham 45% da terra(confira tabela abaixo). Segundo um comentário presente no próprio relatório do IBGE: "Ao se analisar o Índice de Gini, utilizado para medir os contrastes na distribuição do uso da terra, percebe-se que, no período intercensitário 1995-1996 a 2006, o Brasil ainda apresenta alto grau de concentração [fundiária], expresso por 0,856, em 1995, e por 0,872, em 2006". No Gini, quanto mais próximo de 1, maior é a desigualdade. Entre os Estados mais desiguais na distribuição da terra, estão Alagoas, Maranhão, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O relatório observou que, tanto na região Nordeste quanto Centro-Oeste do país, a desigualdade acompanhou "o processo de modernização produtiva" e a inserção do Brasil no "mercado mundial de commodities agrícolas". O censo também mostrou que, dos 16,6 milhões de trabalhadores rurais, 12,3 milhões trabalhavam na agricultura familiar. Ainda assim, a terra voltada a esse tipo de atividade era bem menor (80 milhões de hectares) do que a de empreendimentos não familiares (253,6 milhões de hectares). CONCENTRAÇÃO DE TERRAS Fonte: IBGE 1 1 ha = 10.000 m2, ou um quarteirão. O parque do Ibirapuera possui 158,4 ha
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Propriedades de mais de mil hectares ocupam 45% da área rural do BrasilApesar das declarações da nova ministra da Agricultura, Kátia Abreu, de que "não existe mais latifúndio no Brasil" , as grandes propriedades –as com mais de mil hectares (tamanho equivalente a pouco mais que seis parques do Ibirapuera)– ocupam 45% da área voltada a estabelecimentos rurais no país. O Censo Agropecuário de 2006, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divulgado em 2009, é a última pesquisa sobre o tema. Os dados podem ser consultados on-line. A previsão é que o próximo censo agropecuário vá a campo em 2016 e tenha 2015 como ano de referência. Segundo as informações coletadas pelo instituto –o levantamento foi feito de maneira declaratória, ou seja, a partir do que informavam os proprietários rurais nas entrevistas–, as pequenas propriedades (com menos de dez hectares) respondiam por apenas 2,3% do território brasileiro classificado como estabelecimento rural. Apesar disso, 48% do número total de estabelecimentos rurais estavam nessa faixa. Ou seja, quase metade das propriedades rurais do país dividiam somente 2,3% da terra voltada à agropecuária no Brasil. Por outro lado, 0,92% das propriedades detinham 45% da terra(confira tabela abaixo). Segundo um comentário presente no próprio relatório do IBGE: "Ao se analisar o Índice de Gini, utilizado para medir os contrastes na distribuição do uso da terra, percebe-se que, no período intercensitário 1995-1996 a 2006, o Brasil ainda apresenta alto grau de concentração [fundiária], expresso por 0,856, em 1995, e por 0,872, em 2006". No Gini, quanto mais próximo de 1, maior é a desigualdade. Entre os Estados mais desiguais na distribuição da terra, estão Alagoas, Maranhão, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O relatório observou que, tanto na região Nordeste quanto Centro-Oeste do país, a desigualdade acompanhou "o processo de modernização produtiva" e a inserção do Brasil no "mercado mundial de commodities agrícolas". O censo também mostrou que, dos 16,6 milhões de trabalhadores rurais, 12,3 milhões trabalhavam na agricultura familiar. Ainda assim, a terra voltada a esse tipo de atividade era bem menor (80 milhões de hectares) do que a de empreendimentos não familiares (253,6 milhões de hectares). CONCENTRAÇÃO DE TERRAS Fonte: IBGE 1 1 ha = 10.000 m2, ou um quarteirão. O parque do Ibirapuera possui 158,4 ha
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Sem avanço em direitos humanos, Brasil é constrangido na ONU
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Desde a última vez em que foi alvo de uma Revisão Periódica Universal (RPU) no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em 2012, o Brasil avançou muito pouco no enfrentamento das muitas violações desses direitos. Na última sexta (5), o país foi submetido a mais uma RPU e teve de prestar contas sobre a situação do Brasil desde as recomendações de revisões anteriores. O sistema não envolve sanções, mas a estratégia chamada "naming and shaming": envergonhar o país, jogando luz em suas persistentes violações, para obter uma reação mais efetiva dos Estados, preocupados com sua reputação internacional (e a consequência, para os negócios, dessas mazelas expostas). Salvo a criação do instituto das audiências de custódia (de uso ainda muito localizado), do Estatuto das Pessoas com Deficiência e do Sistema Nacional de Combate e Prevenção da Tortura, não há muito o que comemorar. Desde 2012, aumentaram os homicídios, dos quais o país é recordista mundial com quase 60 mil casos em 2015. A violência policial seguiu em escalada, com um incremento de 42% das mortes provocadas por policiais civis e militares entre 2012 e 2015 e a exposição internacional de brutalidade na repressão de protestos de rua. Os presídios foram mais abarrotados, e somam mais de 654 mil detentos, segundo o Conselho Nacional de Justiça, o que fomenta violações. O domínio de facções do crime organizado e a carnificina que as disputas entre elas provocaram em presídios do país nos últimos anos são a consequência mais sombria da massa carcerária abandonada à própria sorte. Na sessão da ONU, a ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois, anunciou que o Brasil vai reduzir em 10% a população carcerária até 2019. Trata-se de um compromisso tímido, anunciado sem maiores explicações. Nos últimos anos, também emergiu com força a pauta do racismo institucional brasileiro, que expôs a maior vulnerabilidade dos negros a homicídios, tortura, violência policial e penas mais severas que as de seus pares brancos. O tópico em que o país mais foi questionado foi o das políticas públicas voltadas para povos indígenas. Não é para menos. Na mesma semana em que um ataque a índios Gamela, no Maranhão, deixou dez feridos, teve início uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Funai-Incra, criada e dominada por deputados ruralistas, que se opõem à demarcação de terras indígenas, já em franca desaceleração desde o governo Dilma Rousseff (PT). O país é signatário de boa parte dos tratados e convenções internacionais de direitos humanos. A exemplo do que ocorre internamente, com leis e estatutos elaborados à luz das mesmas premissas, boa parte dessas cartilhas nunca se cumpre. A revisão da ONU é o momento em que a distância entre o "de jure" e o "de facto" é colocada à prova.
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Sem avanço em direitos humanos, Brasil é constrangido na ONUDesde a última vez em que foi alvo de uma Revisão Periódica Universal (RPU) no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em 2012, o Brasil avançou muito pouco no enfrentamento das muitas violações desses direitos. Na última sexta (5), o país foi submetido a mais uma RPU e teve de prestar contas sobre a situação do Brasil desde as recomendações de revisões anteriores. O sistema não envolve sanções, mas a estratégia chamada "naming and shaming": envergonhar o país, jogando luz em suas persistentes violações, para obter uma reação mais efetiva dos Estados, preocupados com sua reputação internacional (e a consequência, para os negócios, dessas mazelas expostas). Salvo a criação do instituto das audiências de custódia (de uso ainda muito localizado), do Estatuto das Pessoas com Deficiência e do Sistema Nacional de Combate e Prevenção da Tortura, não há muito o que comemorar. Desde 2012, aumentaram os homicídios, dos quais o país é recordista mundial com quase 60 mil casos em 2015. A violência policial seguiu em escalada, com um incremento de 42% das mortes provocadas por policiais civis e militares entre 2012 e 2015 e a exposição internacional de brutalidade na repressão de protestos de rua. Os presídios foram mais abarrotados, e somam mais de 654 mil detentos, segundo o Conselho Nacional de Justiça, o que fomenta violações. O domínio de facções do crime organizado e a carnificina que as disputas entre elas provocaram em presídios do país nos últimos anos são a consequência mais sombria da massa carcerária abandonada à própria sorte. Na sessão da ONU, a ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois, anunciou que o Brasil vai reduzir em 10% a população carcerária até 2019. Trata-se de um compromisso tímido, anunciado sem maiores explicações. Nos últimos anos, também emergiu com força a pauta do racismo institucional brasileiro, que expôs a maior vulnerabilidade dos negros a homicídios, tortura, violência policial e penas mais severas que as de seus pares brancos. O tópico em que o país mais foi questionado foi o das políticas públicas voltadas para povos indígenas. Não é para menos. Na mesma semana em que um ataque a índios Gamela, no Maranhão, deixou dez feridos, teve início uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Funai-Incra, criada e dominada por deputados ruralistas, que se opõem à demarcação de terras indígenas, já em franca desaceleração desde o governo Dilma Rousseff (PT). O país é signatário de boa parte dos tratados e convenções internacionais de direitos humanos. A exemplo do que ocorre internamente, com leis e estatutos elaborados à luz das mesmas premissas, boa parte dessas cartilhas nunca se cumpre. A revisão da ONU é o momento em que a distância entre o "de jure" e o "de facto" é colocada à prova.
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Maria Rita comemora 15 anos de carreira e assume de vez o samba
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Era para ser um show retrospectivo, para comemorar 15 anos de carreira. Ainda é isso, mas também vai além. Maria Rita credita tal mudança a uma inquietude que a acompanha desde sempre. E, a partir de agora, ela se assume de vez como sambista. "Fazer o difícil é o lance, se é muito fácil eu desconfio", diz a cantora à Folha. "Um show com sucessos desses 15 anos seria fácil. Mas tinha de ser desafiador para mim. Se não me dá frio na barriga, sei que estou fazendo uma coisa errada. Sem algo inédito, não seria eu completa." E o show que vai apresentar nesta sexta (7), no paulistano Citibank Hall, está carregado de inéditas. Ela ainda vem fazendo alterações no roteiro, mas deve contemplar quase 15 músicas novas, entre totalmente inéditas e uma ou outra conhecida com outros cantores, mas que ela nunca gravou. "Eu liguei para o Marcelo Camelo, e ele mandou uma canção que fez para mim. Eu peguei uma canção 'lado B' do meu sogro, Moraes Moreira. Meu marido, Davi Moraes, criou uma parceria com Carlinhos Brown, pensando em mim, e fez outras com minha gangue do samba, amigos como Marcelinho Moreira e o Fred Camacho." O show, no qual Maria Rita promete surpresas, está dividido em blocos. Após a abertura, ela enfileira uma seção que chama de "Saudade, Ato Um", de antigas, depois uma espécie de "Bloco Duro", que traz canções com uma mensagem social mais forte. "Porque estou sentindo que as pessoas estão precisando de um canal para extravasar todas as frustrações e humilhações que a gente vem sofrendo no dia a dia." Depois de um "Saudade, Ato Dois", ela emenda "Coração e Reza", com suas músicas "positivas, pra cima", antes de fechar com canções para festejar, bem dançantes. A direção do show está com o amigo Paulo Borges, criador da São Paulo Fashion Week. Como resultado, ela vai trocar de figurino várias vezes, "mais do que fiz em toda a carreira". A direção musical ficou com Pretinho da Serrinha. O trabalho de Maria Rita com eles no palco será registrado em DVD, que deve sair em outubro. No repertório, 100% de samba. Ao fim da turnê do álbum "Samba Meu", ela chorou durante todo o último mês de shows, de tanto que tinha gostado. "Não queria que acabasse!" No Rock in Rio de 2013, quando cantou sambas de Gonzaguinha, a identificação com o gênero aumentou. E veio em seguida o último disco de estúdio, "Coração a Batucar" (2014), só com samba. "É a minha manifestação plena, é como me sinto mais intérprete, mais relevante, mais completa mesmo." * MARIA RITA QUANDO: sex. (7), às 22h ONDE: Citibank Hall (av. das Nações Unidas, 17.955, tel. 11-4003-5588) QUANTO: de R$ 80 a R$ 300
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Maria Rita comemora 15 anos de carreira e assume de vez o sambaEra para ser um show retrospectivo, para comemorar 15 anos de carreira. Ainda é isso, mas também vai além. Maria Rita credita tal mudança a uma inquietude que a acompanha desde sempre. E, a partir de agora, ela se assume de vez como sambista. "Fazer o difícil é o lance, se é muito fácil eu desconfio", diz a cantora à Folha. "Um show com sucessos desses 15 anos seria fácil. Mas tinha de ser desafiador para mim. Se não me dá frio na barriga, sei que estou fazendo uma coisa errada. Sem algo inédito, não seria eu completa." E o show que vai apresentar nesta sexta (7), no paulistano Citibank Hall, está carregado de inéditas. Ela ainda vem fazendo alterações no roteiro, mas deve contemplar quase 15 músicas novas, entre totalmente inéditas e uma ou outra conhecida com outros cantores, mas que ela nunca gravou. "Eu liguei para o Marcelo Camelo, e ele mandou uma canção que fez para mim. Eu peguei uma canção 'lado B' do meu sogro, Moraes Moreira. Meu marido, Davi Moraes, criou uma parceria com Carlinhos Brown, pensando em mim, e fez outras com minha gangue do samba, amigos como Marcelinho Moreira e o Fred Camacho." O show, no qual Maria Rita promete surpresas, está dividido em blocos. Após a abertura, ela enfileira uma seção que chama de "Saudade, Ato Um", de antigas, depois uma espécie de "Bloco Duro", que traz canções com uma mensagem social mais forte. "Porque estou sentindo que as pessoas estão precisando de um canal para extravasar todas as frustrações e humilhações que a gente vem sofrendo no dia a dia." Depois de um "Saudade, Ato Dois", ela emenda "Coração e Reza", com suas músicas "positivas, pra cima", antes de fechar com canções para festejar, bem dançantes. A direção do show está com o amigo Paulo Borges, criador da São Paulo Fashion Week. Como resultado, ela vai trocar de figurino várias vezes, "mais do que fiz em toda a carreira". A direção musical ficou com Pretinho da Serrinha. O trabalho de Maria Rita com eles no palco será registrado em DVD, que deve sair em outubro. No repertório, 100% de samba. Ao fim da turnê do álbum "Samba Meu", ela chorou durante todo o último mês de shows, de tanto que tinha gostado. "Não queria que acabasse!" No Rock in Rio de 2013, quando cantou sambas de Gonzaguinha, a identificação com o gênero aumentou. E veio em seguida o último disco de estúdio, "Coração a Batucar" (2014), só com samba. "É a minha manifestação plena, é como me sinto mais intérprete, mais relevante, mais completa mesmo." * MARIA RITA QUANDO: sex. (7), às 22h ONDE: Citibank Hall (av. das Nações Unidas, 17.955, tel. 11-4003-5588) QUANTO: de R$ 80 a R$ 300
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Derrotada, brasileira diz que não desistirá do Parlamento britânico
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Após perder a eleição britânica, a brasileira Paula Dolphin, 45, diz que vai tentar novamente uma vaga no Parlamento e avalia que a derrota "devastadora" do seu partido no Reino Unido contribuiu para o revés. Terceira colocada pelo Partido Liberal-Democrata no distrito de Torridge e Devon, na Cornualha, ela diz que não vai desistir do objetivo de um dia ocupar uma cadeira em Westminter. "Apesar de não ter conseguido o resultado desejado, sou brasileira e estou acostumada a lutar pelos meus sonhos. Não estou desanimada, continuarei batalhando até conquistar a vitória", disse à Folha. "Com meu jeitinho brasileiro, conquistarei os corações dos meus eleitores para que em 2020 eu consiga a vitória desejada", ressaltou. Filha de pai inglês e mãe brasileira, ela nasceu em São Paulo em 1970 e mudou-se em 1995 para a Inglaterra. Nesta eleição, Paula obteve 7.483 votos, ficando atrás do candidato do Ukip (extrema-direita), Derek Sargent, 10.371 votos, e do vencedor da disputa na região, o conservador Geoffrey Cox, reeleito com 28.774 votos. O Liberal-Democrata, partido de Paula, protagonizou o maior vexame da eleições: saiu de 57 cadeiras obtidas em 2010, para apenas oito na votação realizada nesta quinta-feira (7). O partido integrava a coalizão do primeiro governo do conservador David Cameron, agora reeleito para o cargo de primeiro-ministro após seu partido obter 331 cadeiras. A gestão foi marcada pela política de rígida austeridade fiscal. "Em relação ao meu partido, os resultados foram devastadores. Para mim e meus colegas, foi uma surpresa. Qual a razão disso? Talvez porque entramos em coligação com a direita, e fomos culpados pelos cortes devidos à austeridade", afirmou a brasileira.
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Derrotada, brasileira diz que não desistirá do Parlamento britânicoApós perder a eleição britânica, a brasileira Paula Dolphin, 45, diz que vai tentar novamente uma vaga no Parlamento e avalia que a derrota "devastadora" do seu partido no Reino Unido contribuiu para o revés. Terceira colocada pelo Partido Liberal-Democrata no distrito de Torridge e Devon, na Cornualha, ela diz que não vai desistir do objetivo de um dia ocupar uma cadeira em Westminter. "Apesar de não ter conseguido o resultado desejado, sou brasileira e estou acostumada a lutar pelos meus sonhos. Não estou desanimada, continuarei batalhando até conquistar a vitória", disse à Folha. "Com meu jeitinho brasileiro, conquistarei os corações dos meus eleitores para que em 2020 eu consiga a vitória desejada", ressaltou. Filha de pai inglês e mãe brasileira, ela nasceu em São Paulo em 1970 e mudou-se em 1995 para a Inglaterra. Nesta eleição, Paula obteve 7.483 votos, ficando atrás do candidato do Ukip (extrema-direita), Derek Sargent, 10.371 votos, e do vencedor da disputa na região, o conservador Geoffrey Cox, reeleito com 28.774 votos. O Liberal-Democrata, partido de Paula, protagonizou o maior vexame da eleições: saiu de 57 cadeiras obtidas em 2010, para apenas oito na votação realizada nesta quinta-feira (7). O partido integrava a coalizão do primeiro governo do conservador David Cameron, agora reeleito para o cargo de primeiro-ministro após seu partido obter 331 cadeiras. A gestão foi marcada pela política de rígida austeridade fiscal. "Em relação ao meu partido, os resultados foram devastadores. Para mim e meus colegas, foi uma surpresa. Qual a razão disso? Talvez porque entramos em coligação com a direita, e fomos culpados pelos cortes devidos à austeridade", afirmou a brasileira.
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'Os Incríveis 2', 'Toy Story 4' e filmes da Marvel ganham datas de estreia
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A Disney divulgou nesta quinta-feira (8) as datas de lançamento nos EUA de 19 filmes. A agenda completa segue até 2020 e conta com os antecipados "Toy Stoy 4" (adiado por um ano, para 15 de junho de 2018) e "Os Incríveis 2" (21 de junho de 2019). Completando o pacote Pixar e também apostando na temporada pipoca (junho é o mês de férias escolares nos EUA) vem "Carros 3", em 16 de junho de 2017. A fase 3 do universo cinematográfico da Marvel também ganhou datas, todas em 2018: "Capitã Marvel" foi adiantado para 8 de março e "Homem-Formiga e a Vespa" chega aos cinemas em 6 de julho. "Pantera Negra" também será lançado mais cedo, em 16 de fevereiro –o herói título aparecerá pela primeira vez em "Capitão América: Guerra Civil", vivido por Chadwick Boseman. "Coco", animação inspirada pelo Dia dos Mortos mexicano, estreia em 22 de novembro de 2017. Já a adaptação da história infantil "João e o Pé de Feijão", "Gigantic", chega em 9 de março de 2018. Os demais longas anunciados (quatro contos de fada live action, duas animações Disney e outras duas da Pixar) não tiveram seus títulos revelados. A estúdio também declarou ter quebrado um recorde pessoal, batendo a marca de US$ 4 bilhões nas bilheterias com seis semanas de vantagem -até 7 de outubro, foram US$ 1,4 bilhão nos Estados Unidos e no Canadá e US$ 2,6 bilhões no resto do mundo, informou a "Variety".
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'Os Incríveis 2', 'Toy Story 4' e filmes da Marvel ganham datas de estreiaA Disney divulgou nesta quinta-feira (8) as datas de lançamento nos EUA de 19 filmes. A agenda completa segue até 2020 e conta com os antecipados "Toy Stoy 4" (adiado por um ano, para 15 de junho de 2018) e "Os Incríveis 2" (21 de junho de 2019). Completando o pacote Pixar e também apostando na temporada pipoca (junho é o mês de férias escolares nos EUA) vem "Carros 3", em 16 de junho de 2017. A fase 3 do universo cinematográfico da Marvel também ganhou datas, todas em 2018: "Capitã Marvel" foi adiantado para 8 de março e "Homem-Formiga e a Vespa" chega aos cinemas em 6 de julho. "Pantera Negra" também será lançado mais cedo, em 16 de fevereiro –o herói título aparecerá pela primeira vez em "Capitão América: Guerra Civil", vivido por Chadwick Boseman. "Coco", animação inspirada pelo Dia dos Mortos mexicano, estreia em 22 de novembro de 2017. Já a adaptação da história infantil "João e o Pé de Feijão", "Gigantic", chega em 9 de março de 2018. Os demais longas anunciados (quatro contos de fada live action, duas animações Disney e outras duas da Pixar) não tiveram seus títulos revelados. A estúdio também declarou ter quebrado um recorde pessoal, batendo a marca de US$ 4 bilhões nas bilheterias com seis semanas de vantagem -até 7 de outubro, foram US$ 1,4 bilhão nos Estados Unidos e no Canadá e US$ 2,6 bilhões no resto do mundo, informou a "Variety".
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Manifestantes do MST e CUT ocupam sede do governo do Espírito Santo
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Manifestantes ocupam, desde o início da tarde desta terça-feira (8), a sede do governo do Espírito Santo, o Palácio Anchieta, no centro de Vitória. O grupo é formado por representantes de movimentos sociais, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores). Eles denunciam fechamento de escolas públicas na zona rural e em cidades do interior e acusam o governador do Estado, Paulo Hartung (PMDB), de se negar a receber movimentos sociais. O governo não estima o número de manifestantes. Representantes das alas feministas desses movimentos saíram em marcha ao longo da manhã por Vitória, em ato previsto para o Dia Internacional da Mulher. Os protestos pediam o fim da violência contra a mulher e igualdade de gênero, além de questões ligadas à agricultura, como o fim do agronegócio. Segundo a CUT, havia 5.000 pessoas nas ruas pela manhã. O MST estima 2.000 manifestantes. Também nesta terça, representantes de movimentos sociais invadiram o prédio da afiliada da Rede Globo em Goiânia (GO). Os manifestantes, alguns com o rosto coberto, ocuparam a área da recepção e impediram a entrada e saída de pessoas do edifício por cerca de meia hora. Eles foram embora com a chegada da Polícia Militar. Não houve confronto. Segundo Gilmar Mauro, da coordenação nacional do MST, os atos em Goiás e Espírito Santo foram deliberados pelas mulheres do movimento, como parte da jornada nacional do Dia das Mulheres. "Os atos foram contra o agronegócio, o uso de veneno na agricultura, em defesa da reforma agrária e contra a possibilidade de golpe", disse. A Folha não localizou a direção nacional da CUT.
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Manifestantes do MST e CUT ocupam sede do governo do Espírito SantoManifestantes ocupam, desde o início da tarde desta terça-feira (8), a sede do governo do Espírito Santo, o Palácio Anchieta, no centro de Vitória. O grupo é formado por representantes de movimentos sociais, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores). Eles denunciam fechamento de escolas públicas na zona rural e em cidades do interior e acusam o governador do Estado, Paulo Hartung (PMDB), de se negar a receber movimentos sociais. O governo não estima o número de manifestantes. Representantes das alas feministas desses movimentos saíram em marcha ao longo da manhã por Vitória, em ato previsto para o Dia Internacional da Mulher. Os protestos pediam o fim da violência contra a mulher e igualdade de gênero, além de questões ligadas à agricultura, como o fim do agronegócio. Segundo a CUT, havia 5.000 pessoas nas ruas pela manhã. O MST estima 2.000 manifestantes. Também nesta terça, representantes de movimentos sociais invadiram o prédio da afiliada da Rede Globo em Goiânia (GO). Os manifestantes, alguns com o rosto coberto, ocuparam a área da recepção e impediram a entrada e saída de pessoas do edifício por cerca de meia hora. Eles foram embora com a chegada da Polícia Militar. Não houve confronto. Segundo Gilmar Mauro, da coordenação nacional do MST, os atos em Goiás e Espírito Santo foram deliberados pelas mulheres do movimento, como parte da jornada nacional do Dia das Mulheres. "Os atos foram contra o agronegócio, o uso de veneno na agricultura, em defesa da reforma agrária e contra a possibilidade de golpe", disse. A Folha não localizou a direção nacional da CUT.
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Com Neymar discreto, Barcelona vence e continua 4 pontos na frente do Real
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Mesmo sem jogar bem, o Barcelona deu um passo importante neste domingo (5) para conquistar o título espanhol. O clube catalão derrotou o Celta, em Vigo, por 1 a 0 e permaneceu quatro pontos a frente do Real Madrid, segundo colocado e que, mais cedo, goleou o Granada por 9 a 1. O único gol da partida foi marcado pelo zagueiro francês Jérémy Mathieu, já na etapa final. Com Messi escalado desde o início, o Barcelona teve dificuldades para se impor diante do time galego. Pelo contrário, o Celta é quem foi superior no primeiro tempo. Depois do intervalo, a equipe catalã cresceu. Entretanto, o brasileiro Neymar teve uma atuação apenas discreta. O resultado deixou o Barcelona com 71 pontos, a nove rodadas para o término do Campeonato Espanhol. O Celta é o 11º, com 36. CAMPEONATO ESPANHOL - 29ª RODADA Sexta-feira (3) Eibar 1 x 2 Rayo Vallecano Sábado (4) Sevilla 2 x 0 Athletic Bilbao Córdoba 0 x 2 Atlético de Madri Almeria 1 x 4 Levante Málaga 1 x 1 Real Sociedad Domingo (5) Real Madrid 9 x 1 Granada Valencia 0 x 0 Villarreal Getafe 2 x 1 Deportivo La Coruña Celta 0 x 1 Barcelona Segunda-feira (6) Espanyol x Elche
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esporte
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Com Neymar discreto, Barcelona vence e continua 4 pontos na frente do RealMesmo sem jogar bem, o Barcelona deu um passo importante neste domingo (5) para conquistar o título espanhol. O clube catalão derrotou o Celta, em Vigo, por 1 a 0 e permaneceu quatro pontos a frente do Real Madrid, segundo colocado e que, mais cedo, goleou o Granada por 9 a 1. O único gol da partida foi marcado pelo zagueiro francês Jérémy Mathieu, já na etapa final. Com Messi escalado desde o início, o Barcelona teve dificuldades para se impor diante do time galego. Pelo contrário, o Celta é quem foi superior no primeiro tempo. Depois do intervalo, a equipe catalã cresceu. Entretanto, o brasileiro Neymar teve uma atuação apenas discreta. O resultado deixou o Barcelona com 71 pontos, a nove rodadas para o término do Campeonato Espanhol. O Celta é o 11º, com 36. CAMPEONATO ESPANHOL - 29ª RODADA Sexta-feira (3) Eibar 1 x 2 Rayo Vallecano Sábado (4) Sevilla 2 x 0 Athletic Bilbao Córdoba 0 x 2 Atlético de Madri Almeria 1 x 4 Levante Málaga 1 x 1 Real Sociedad Domingo (5) Real Madrid 9 x 1 Granada Valencia 0 x 0 Villarreal Getafe 2 x 1 Deportivo La Coruña Celta 0 x 1 Barcelona Segunda-feira (6) Espanyol x Elche
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Pátria
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Uma pátria, assim como uma família, é construída diariamente, tendo por base bons exemplos. Dos atos mais simples às políticas mais complexas, tudo o que pessoas, líderes e instituições fazem ou deixam de fazer se torna, de alguma forma, referência de valores para os que formam uma nação, muito especialmente os mais jovens. No campo dos que têm a responsabilidade pública e que, portanto, deveriam ser os primeiros a dar o exemplo, o Brasil vive uma página triste de sua história. Os que nos governam não têm sido boas referências. Pelo contrário: as mentiras e outras práticas condenáveis estão espalhadas por toda parte. E isto talvez tenha um custo ainda maior que os prejuízos práticos causados pelo aparelhamento do Estado, a proposital confusão entre o que é público e o que é privado; a incompetência, a leniência, a corrupção endêmica. Este é um 7 de Setembro que encontra o Brasil e os brasileiros frustrados com suas escolhas, atônitos com os escândalos diários e céticos em relação ao seu futuro. Mesmo assim, há conquistas importantes a celebrar: a principal é o inconformismo com os desmandos e as ruas transbordando em protestos e cobranças, resultado da formação de uma nova consciência nacional. Poucas vezes, desde a retomada da democracia, os brasileiros estiveram tão indignados e, ao mesmo tempo, tão dedicados a mudar os rumos do país. O desgoverno instalado e o desalento da hora, por pior que sejam, não foram suficientes para abalar a fé daqueles que, no seu espaço e com sua consciência, todos os dias dão crucial contribuição à coletividade e tornam melhor a vida do próximo. Lembro aqui do caso do aposentado mineiro Sebastião Gonçalves, de 61 anos. Após ter perdido um filho cadeirante, passou a reformar cadeiras de rodas e muletas abandonadas em ferros-velhos, para depois doar a pessoas carentes. Neste ano, ganhou em BH importante reconhecimento e um prêmio de cidadania. Histórias como a do serralheiro Tião devem ser sempre contadas para que nunca nos esqueçamos quem somos. Por este país continental são milhares os exemplos diários de ética, patriotismo e cidadania da nossa gente, que acontecem sob o anonimato dos protagonistas e apesar dos governos. Somos um país de gente séria, honesta, trabalhadora e solidária. Em sua enorme maioria, cidadãos que, a despeito dos tempos ruins que estamos vivendo, continuam produzindo, gerando riquezas e dando sua contribuição. Sem crescimento e bons exemplos, o Brasil recua para um lugar incerto. Se o andar de cima insiste em desapontar a nação, é preciso reafirmar, neste 7 de Setembro, nossa crença nos brasileiros. Eles, sim, fazem toda a diferença.
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colunas
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PátriaUma pátria, assim como uma família, é construída diariamente, tendo por base bons exemplos. Dos atos mais simples às políticas mais complexas, tudo o que pessoas, líderes e instituições fazem ou deixam de fazer se torna, de alguma forma, referência de valores para os que formam uma nação, muito especialmente os mais jovens. No campo dos que têm a responsabilidade pública e que, portanto, deveriam ser os primeiros a dar o exemplo, o Brasil vive uma página triste de sua história. Os que nos governam não têm sido boas referências. Pelo contrário: as mentiras e outras práticas condenáveis estão espalhadas por toda parte. E isto talvez tenha um custo ainda maior que os prejuízos práticos causados pelo aparelhamento do Estado, a proposital confusão entre o que é público e o que é privado; a incompetência, a leniência, a corrupção endêmica. Este é um 7 de Setembro que encontra o Brasil e os brasileiros frustrados com suas escolhas, atônitos com os escândalos diários e céticos em relação ao seu futuro. Mesmo assim, há conquistas importantes a celebrar: a principal é o inconformismo com os desmandos e as ruas transbordando em protestos e cobranças, resultado da formação de uma nova consciência nacional. Poucas vezes, desde a retomada da democracia, os brasileiros estiveram tão indignados e, ao mesmo tempo, tão dedicados a mudar os rumos do país. O desgoverno instalado e o desalento da hora, por pior que sejam, não foram suficientes para abalar a fé daqueles que, no seu espaço e com sua consciência, todos os dias dão crucial contribuição à coletividade e tornam melhor a vida do próximo. Lembro aqui do caso do aposentado mineiro Sebastião Gonçalves, de 61 anos. Após ter perdido um filho cadeirante, passou a reformar cadeiras de rodas e muletas abandonadas em ferros-velhos, para depois doar a pessoas carentes. Neste ano, ganhou em BH importante reconhecimento e um prêmio de cidadania. Histórias como a do serralheiro Tião devem ser sempre contadas para que nunca nos esqueçamos quem somos. Por este país continental são milhares os exemplos diários de ética, patriotismo e cidadania da nossa gente, que acontecem sob o anonimato dos protagonistas e apesar dos governos. Somos um país de gente séria, honesta, trabalhadora e solidária. Em sua enorme maioria, cidadãos que, a despeito dos tempos ruins que estamos vivendo, continuam produzindo, gerando riquezas e dando sua contribuição. Sem crescimento e bons exemplos, o Brasil recua para um lugar incerto. Se o andar de cima insiste em desapontar a nação, é preciso reafirmar, neste 7 de Setembro, nossa crença nos brasileiros. Eles, sim, fazem toda a diferença.
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Após Lugano e Mena, Bauza quer mais três reforços no São Paulo
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O técnico do São Paulo, Edgardo Bauza, ainda espera por mais três reforços no elenco para a temporada de 2016, um para cada setor do elenco: zagueiro, meio-campista e atacante. À frente, inclusive, a expectativa é pela chegada do também argentino Jonathan Callieri, que está prestes a assinar com o Deportivo Maldonado, time administrado pelo empresário Juan Figer, por mais de U$ 10 milhões (cerca de R$ 40 milhões) para depois ser repassado à Internazionale (ITA). O acerto com o São Paulo é difícil, mas anima o técnico. "É jovem, com grande projeção, que foi adquirido por um grupo de empresários. Se existe a possibilidade, tomara que venha, vai ser um sustento a mais. Eu gosto de gerar uma competição interna para que depois eu possa escolher o que melhor está. Não importa nome, não importa nada. Se der, tomara que venha", afirmou Bauza. Callieri ainda estaria disputando as atenções da diretoria tricolor com mais dois atacantes. Para cada linha de seu time, Bauza afirmou estar estudando entre dois e três nomes e ajudando a escolher mais reforços. O São Paulo já acertou com o lateral esquerdo Mena, com o zagueiro Diego Lugano e aguarda apenas detalhes burocráticos para anunciar o centroavante Kieza. "Estamos buscando um jogador por linha, um zagueiro, um meio-campo e um atacante. Independente dos que chegaram, não posso dizer nomes, mas estamos há uns dez dias buscando isso. Um para cada linha", completou o argentino. SUB-20 Bauza também comentou a possibilidade de trazer atletas da equipe de base para integrar o time principal. "Em todas as equipes que trabalhei, trabalhei com juvenis e também vamos fazer isso aqui. Já assisti a três partidas da sub-20, vou continuar assistindo e, quando pudermos, vamos trazer jogadores para trabalhar com o restante da equipe. Vamos subir de quatro a cinco jogadores para ver quais poderão ser incorporados", disse.
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esporte
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Após Lugano e Mena, Bauza quer mais três reforços no São PauloO técnico do São Paulo, Edgardo Bauza, ainda espera por mais três reforços no elenco para a temporada de 2016, um para cada setor do elenco: zagueiro, meio-campista e atacante. À frente, inclusive, a expectativa é pela chegada do também argentino Jonathan Callieri, que está prestes a assinar com o Deportivo Maldonado, time administrado pelo empresário Juan Figer, por mais de U$ 10 milhões (cerca de R$ 40 milhões) para depois ser repassado à Internazionale (ITA). O acerto com o São Paulo é difícil, mas anima o técnico. "É jovem, com grande projeção, que foi adquirido por um grupo de empresários. Se existe a possibilidade, tomara que venha, vai ser um sustento a mais. Eu gosto de gerar uma competição interna para que depois eu possa escolher o que melhor está. Não importa nome, não importa nada. Se der, tomara que venha", afirmou Bauza. Callieri ainda estaria disputando as atenções da diretoria tricolor com mais dois atacantes. Para cada linha de seu time, Bauza afirmou estar estudando entre dois e três nomes e ajudando a escolher mais reforços. O São Paulo já acertou com o lateral esquerdo Mena, com o zagueiro Diego Lugano e aguarda apenas detalhes burocráticos para anunciar o centroavante Kieza. "Estamos buscando um jogador por linha, um zagueiro, um meio-campo e um atacante. Independente dos que chegaram, não posso dizer nomes, mas estamos há uns dez dias buscando isso. Um para cada linha", completou o argentino. SUB-20 Bauza também comentou a possibilidade de trazer atletas da equipe de base para integrar o time principal. "Em todas as equipes que trabalhei, trabalhei com juvenis e também vamos fazer isso aqui. Já assisti a três partidas da sub-20, vou continuar assistindo e, quando pudermos, vamos trazer jogadores para trabalhar com o restante da equipe. Vamos subir de quatro a cinco jogadores para ver quais poderão ser incorporados", disse.
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Deputados viajam ao exterior, e Câmara antecipa feriadão
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Após Eduardo Cunha (PMDB-RJ) embarcar na véspera com uma comitiva de deputados para um giro de sete dias por Israel, Palestina e Rússia, a Câmara não votou nada nesta terça-feira (2) e acabou antecipando o feriadão de Corpus Christi. O plenário da Casa havia trabalhado na noite de segunda (1º), com a presença de Cunha, mas apenas com votação de acordos internacionais, projetos que normalmente são aprovados sem grandes debates e sem a necessidade de quórum alto. Cunha embarcou para para a missão oficial no exterior na noite de segunda, logo depois de participar da sessão. Até a noite desta terça a Câmara não havia informado a lista dos deputados que o acompanharam, os custos de passagens e diárias, nem se os deputados levaram cônjuges ou parentes. Segundo a assessoria, parte dos deputados participaria apenas dos compromissos em Israel e na Palestina. Outra parte, apenas do evento em Moscou. Alguns foram convidados, entre eles Eduardo Cunha, o que reduziria os custos para a Casa. A Câmara disse ainda que caso parentes tenham acompanhado a comitiva o custo extra corre por conta de cada parlamentar. Na viagem oficial que fez a Portugal no mês passado –onde fez uma palestra–, Cunha levou a sua mulher, Claudia Cruz, mas, segundo a Câmara, as despesas relativas a ela foram pagas pelo peemedebista. BRICS A Folha apurou que na atual viagem embarcaram mais de dez deputados, entre eles Leonardo Picciani (RJ), líder da bancada do PMDB, além de assessores. Segundo comunicado divulgado pela Câmara no final da tarde desta terça, Cunha visitará os parlamentos dos três países e terá, entre outros compromissos, audiência como o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, nesta quarta (3), e com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, na quinta (4). O presidente da Câmara viaja para Moscou no sábado (6). Na segunda (8) ele participa na capital russa do fórum parlamentar dos BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Não há agenda prevista para a sexta (5) e a maior parte de sábado (6). No domingo (7), há encontro com integrantes do parlamento russo. A volta está prevista para a terça-feira (9). A Câmara agendou para a semana que vem a votação do projeto de lei que revê a política de desoneração da folha de pagamento de setores da economia, um dos principais pontos do pacote de ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também vai ao fórum parlamentar dos BRICs. Ele ficará fora do Brasil de 4 a 10 de junho. Integram a comitiva os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Ciro Nogueira (PP-PI), Vanessa Grazziottin (PC do B-AM) e Magno Malta (PR-ES). Não foram divulgados custos.
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poder
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Deputados viajam ao exterior, e Câmara antecipa feriadãoApós Eduardo Cunha (PMDB-RJ) embarcar na véspera com uma comitiva de deputados para um giro de sete dias por Israel, Palestina e Rússia, a Câmara não votou nada nesta terça-feira (2) e acabou antecipando o feriadão de Corpus Christi. O plenário da Casa havia trabalhado na noite de segunda (1º), com a presença de Cunha, mas apenas com votação de acordos internacionais, projetos que normalmente são aprovados sem grandes debates e sem a necessidade de quórum alto. Cunha embarcou para para a missão oficial no exterior na noite de segunda, logo depois de participar da sessão. Até a noite desta terça a Câmara não havia informado a lista dos deputados que o acompanharam, os custos de passagens e diárias, nem se os deputados levaram cônjuges ou parentes. Segundo a assessoria, parte dos deputados participaria apenas dos compromissos em Israel e na Palestina. Outra parte, apenas do evento em Moscou. Alguns foram convidados, entre eles Eduardo Cunha, o que reduziria os custos para a Casa. A Câmara disse ainda que caso parentes tenham acompanhado a comitiva o custo extra corre por conta de cada parlamentar. Na viagem oficial que fez a Portugal no mês passado –onde fez uma palestra–, Cunha levou a sua mulher, Claudia Cruz, mas, segundo a Câmara, as despesas relativas a ela foram pagas pelo peemedebista. BRICS A Folha apurou que na atual viagem embarcaram mais de dez deputados, entre eles Leonardo Picciani (RJ), líder da bancada do PMDB, além de assessores. Segundo comunicado divulgado pela Câmara no final da tarde desta terça, Cunha visitará os parlamentos dos três países e terá, entre outros compromissos, audiência como o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, nesta quarta (3), e com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, na quinta (4). O presidente da Câmara viaja para Moscou no sábado (6). Na segunda (8) ele participa na capital russa do fórum parlamentar dos BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Não há agenda prevista para a sexta (5) e a maior parte de sábado (6). No domingo (7), há encontro com integrantes do parlamento russo. A volta está prevista para a terça-feira (9). A Câmara agendou para a semana que vem a votação do projeto de lei que revê a política de desoneração da folha de pagamento de setores da economia, um dos principais pontos do pacote de ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também vai ao fórum parlamentar dos BRICs. Ele ficará fora do Brasil de 4 a 10 de junho. Integram a comitiva os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Ciro Nogueira (PP-PI), Vanessa Grazziottin (PC do B-AM) e Magno Malta (PR-ES). Não foram divulgados custos.
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Brasil con Ñ: La "argentinización" de Brasil
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POR FEDERICO CORNALI, DE SÃO PAULO Para bien o para mal, el imaginario brasileño ha catalogado a los argentinos como inconformistas crónicos y seres sumamente politizados, entre muchas otras características. "En tu país, le preguntás a cualquiera de política y ... Leia post completo no blog
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mundo
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Brasil con Ñ: La "argentinización" de BrasilPOR FEDERICO CORNALI, DE SÃO PAULO Para bien o para mal, el imaginario brasileño ha catalogado a los argentinos como inconformistas crónicos y seres sumamente politizados, entre muchas otras características. "En tu país, le preguntás a cualquiera de política y ... Leia post completo no blog
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Astrologia
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ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) O organismo continua sensível. Cuide da saúde e da alimentação, regule-se, busque tratamento. Se estiver com boa disposição hoje, seja feliz nas atividades físicas, monte uma agenda pragmática para o dia. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Salvo uma possível autocrítica exigente, o astral é potencialmente fértil para a elaboração dos projetos, então mande ver até ter alcançado a meta. Você também já deve deixar algo alinhavado para a próxima fase. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Casa arrumada, feita a devida economia? É melhor se precaver. O próximo mês virá com demandas que mexerão com o orçamento familiar. Resolva de uma vez as pendências no trabalho para liberar-se mais cedo amanhã. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Este dia tem toda a cara de fechamento de ciclo, pelo menos assim costuma ser quando um significado é compreendido. Pronto para a próxima fase? Não deixe pontas soltas. Assuma o compromisso e prossiga. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Tudo que for de ordem prática você deve assumir com empenho. Se é líder, seja uma orientação segura para quem o acompanha. Você já tem respostas e recursos, ou pelo menos já sabe como poderá produzi-los. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) A algum resultado você chegou. Mesmo que ainda não esteja satisfeito, no próximo mês você terá oportunidades para crescer em qualidade. O importante agora é assegurar-se das suas conquistas. Reconheça seu mérito. LIBRA (23 set. a 22 out.) Amanhã a Lua será nova em Libra. Por enquanto, ainda é um dia preparatório em vários sentidos. Você vai sentindo destravar um monte de bloqueios, mas deixe os maiores movimentos para a partir de amanhã. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) É a sua relação com os outros, tema de boa parte dos assuntos deste mês, o que está em foco para resolver problemas e firmar propostas com metas determinadas. Antes de se retirar de cena, feche bonito este ciclo. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Sobre o que você estava precisando definir no trabalho para poder seguir adiante, a hora é essa. Você já tem discernimento dos erros e acertos. E o próximo ciclo poderá trazer o suporte que ainda lhe falta. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Tudo já tem outra configuração, e você pode fazer planos para estudos, viagens, trabalho. É preciso saber para onde vai. Enfim parece que dará para se empoderar de Marte para fazer algo importante acontecer. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Para as questões econômicas, pagamentos e contabilidade. Para relacionamentos, acordos possíveis. Para sua vida, é o limite para desapegar de um sentimento ou situação que lhe aprisiona, nem que seja na sua mente. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Momento de pôr pingos nos is em algumas discussões. Você tem uma visão mais definida de seu desenvolvimento até aqui. Você ainda terá que se aprofundar nas suas motivações, mas procure concluir bem esta etapa.
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ilustrada
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AstrologiaÁRIES (21 mar. a 20 abr.) O organismo continua sensível. Cuide da saúde e da alimentação, regule-se, busque tratamento. Se estiver com boa disposição hoje, seja feliz nas atividades físicas, monte uma agenda pragmática para o dia. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Salvo uma possível autocrítica exigente, o astral é potencialmente fértil para a elaboração dos projetos, então mande ver até ter alcançado a meta. Você também já deve deixar algo alinhavado para a próxima fase. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Casa arrumada, feita a devida economia? É melhor se precaver. O próximo mês virá com demandas que mexerão com o orçamento familiar. Resolva de uma vez as pendências no trabalho para liberar-se mais cedo amanhã. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Este dia tem toda a cara de fechamento de ciclo, pelo menos assim costuma ser quando um significado é compreendido. Pronto para a próxima fase? Não deixe pontas soltas. Assuma o compromisso e prossiga. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Tudo que for de ordem prática você deve assumir com empenho. Se é líder, seja uma orientação segura para quem o acompanha. Você já tem respostas e recursos, ou pelo menos já sabe como poderá produzi-los. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) A algum resultado você chegou. Mesmo que ainda não esteja satisfeito, no próximo mês você terá oportunidades para crescer em qualidade. O importante agora é assegurar-se das suas conquistas. Reconheça seu mérito. LIBRA (23 set. a 22 out.) Amanhã a Lua será nova em Libra. Por enquanto, ainda é um dia preparatório em vários sentidos. Você vai sentindo destravar um monte de bloqueios, mas deixe os maiores movimentos para a partir de amanhã. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) É a sua relação com os outros, tema de boa parte dos assuntos deste mês, o que está em foco para resolver problemas e firmar propostas com metas determinadas. Antes de se retirar de cena, feche bonito este ciclo. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Sobre o que você estava precisando definir no trabalho para poder seguir adiante, a hora é essa. Você já tem discernimento dos erros e acertos. E o próximo ciclo poderá trazer o suporte que ainda lhe falta. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Tudo já tem outra configuração, e você pode fazer planos para estudos, viagens, trabalho. É preciso saber para onde vai. Enfim parece que dará para se empoderar de Marte para fazer algo importante acontecer. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Para as questões econômicas, pagamentos e contabilidade. Para relacionamentos, acordos possíveis. Para sua vida, é o limite para desapegar de um sentimento ou situação que lhe aprisiona, nem que seja na sua mente. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Momento de pôr pingos nos is em algumas discussões. Você tem uma visão mais definida de seu desenvolvimento até aqui. Você ainda terá que se aprofundar nas suas motivações, mas procure concluir bem esta etapa.
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Governo na economia pode levar à corrupção, diz controlador da Cosan
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Presidente do conselho de administração da Cosan, o empresário Rubens Ometto defendeu a proximidade do setor produtivo com a política, mas afirmou que a participação do governo na economia é "ineficiente" e pode levar à corrupção. Ometto foi homenageado na noite desta quinta-feira (20) na cerimônia do prêmio Lide Empresarial, concedido pelo grupo que era, até 2016, comandado pelo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), e hoje é liderado pelo ex-ministro Luiz Fernando Furlan. No momento em que as relações entre grandes empresas e políticos estão sob investigação, em especial após revelações feitas por delatores da Odebrecht na Lava Jato, o controlador da Cosan afirmou que dificuldades criadas pelo sistema tributário e por outras regras "levam as pessoas a achar convidativo tentar um caminho mais fácil, que pode levar até a corrupção". "O governo tem de deixar de querer participar da economia, deixar de querer ser empresário. Ele é ineficiente. Quanto mais o governo está perto do setor privado, mais possibilidade de corrupção existe", declarou. O empresário disse ainda que o "grande desastre do último governo foi a tentativa de interagir artificialmente na economia". Ometto foi premiado pelo Grupo Doria, controlado pela família do prefeito de São Paulo, que marcou sua campanha eleitoral no ano passado e seus primeiros meses de gestão por uma relação próxima com o setor produtivo. O presidente do conselho da Cosan defendeu o envolvimento do empresariado na política. "Nós, empresários, temos de participar da política. Não a política partidária, de ganhar eleições. Mas de estar perto do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Poder Executivo, para fazer uma série de mudanças", declarou. REFORMAS O controlador da Cosan fez uma defesa enfática do presidente Michel Temer e disse vislumbrar sinais de recuperação da economia. "O Brasil passou, nesse ano passado, por uma série de turbulências como impeachment, deficit, inflação, Lava Jato, mas felizmente hoje a gente começa a ver uma luz no fim do túnel", afirmou. Para Ometto, não há "ninguém no Brasil com as características e as qualidades de Michel Temer para enfrentar e aprovar" as reformas como a trabalhista e a previdenciária. "O Brasil tem sorte porque temos hoje um presidente como é Michel Temer. Mais difícil do que saber o que tem de ser feito é ter a coragem de enfrentar. Ter a capacidade de convencer nosso Congresso e nossos cidadãos a aceitar essas reformas, que são tão necessárias."
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mercado
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Governo na economia pode levar à corrupção, diz controlador da CosanPresidente do conselho de administração da Cosan, o empresário Rubens Ometto defendeu a proximidade do setor produtivo com a política, mas afirmou que a participação do governo na economia é "ineficiente" e pode levar à corrupção. Ometto foi homenageado na noite desta quinta-feira (20) na cerimônia do prêmio Lide Empresarial, concedido pelo grupo que era, até 2016, comandado pelo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), e hoje é liderado pelo ex-ministro Luiz Fernando Furlan. No momento em que as relações entre grandes empresas e políticos estão sob investigação, em especial após revelações feitas por delatores da Odebrecht na Lava Jato, o controlador da Cosan afirmou que dificuldades criadas pelo sistema tributário e por outras regras "levam as pessoas a achar convidativo tentar um caminho mais fácil, que pode levar até a corrupção". "O governo tem de deixar de querer participar da economia, deixar de querer ser empresário. Ele é ineficiente. Quanto mais o governo está perto do setor privado, mais possibilidade de corrupção existe", declarou. O empresário disse ainda que o "grande desastre do último governo foi a tentativa de interagir artificialmente na economia". Ometto foi premiado pelo Grupo Doria, controlado pela família do prefeito de São Paulo, que marcou sua campanha eleitoral no ano passado e seus primeiros meses de gestão por uma relação próxima com o setor produtivo. O presidente do conselho da Cosan defendeu o envolvimento do empresariado na política. "Nós, empresários, temos de participar da política. Não a política partidária, de ganhar eleições. Mas de estar perto do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Poder Executivo, para fazer uma série de mudanças", declarou. REFORMAS O controlador da Cosan fez uma defesa enfática do presidente Michel Temer e disse vislumbrar sinais de recuperação da economia. "O Brasil passou, nesse ano passado, por uma série de turbulências como impeachment, deficit, inflação, Lava Jato, mas felizmente hoje a gente começa a ver uma luz no fim do túnel", afirmou. Para Ometto, não há "ninguém no Brasil com as características e as qualidades de Michel Temer para enfrentar e aprovar" as reformas como a trabalhista e a previdenciária. "O Brasil tem sorte porque temos hoje um presidente como é Michel Temer. Mais difícil do que saber o que tem de ser feito é ter a coragem de enfrentar. Ter a capacidade de convencer nosso Congresso e nossos cidadãos a aceitar essas reformas, que são tão necessárias."
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Uau! Delação Premiada de Sogra!
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Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Festival de piadas prontas: "Vereador de Campinas quer instituir o Dia do Gol da Alemanha". Terrorista! Sádico! Moro, prende ele! Rarará! Então tem que ser sete dias. Uma semana. Uma semana de feriado. Rarará. E merece perder oito eleições seguidas. E quando vai ser o Dia do Vereador Idiota? Rarará! E essa: "Americano atira em tatu, bala ricocheteia e acerta seu rosto". Bem-feito! Esse é o nosso Fuleco! Agora só vou sair na rua com capa de tatu! E americano atira em tudo. Até em tatu! Tatu, leão, árabe, mexicano, escola, presidente! Viva o Tatu! Rarará! E a Lava Jato! E o FBI de Curitiba? Já saiu a primeira condenação do Zé Dirceu. Breaking News! Manchete do "Piauí Herald": "Zé Dirceu condenado a permanecer 20 anos no PT". Pior que cadeira elétrica. Tortura é proibida pela Convenção de Genebra! Rarará! E o tuiteiro Rubens Santos: "Essa Lava Jato tá parecendo 'Prison Break', é muita temporada". E um leitor: "Esse povo devolvendo milhões de dólares, e eu só tenho a minha sogra pra devolver". O Moro tá aceitando sogras. Ops, até sogras! Já imaginou delação premiada de sogra? Já imagino a sogra do Cerveró: "Ele mijava fora da privada". E a sogra do Dirceu: "Ele soltava pum na mesa e fazia xixi na piscina do clube". Ia ter podre pra mais de metro! Rarará! E essa: "Justiça interrompe investigação do primo do Beto Richa". Claro, é o que sempre digo: tucano só vai preso depois de morto. E olhe lá! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Os Predestinados! Mais dois para a minha série Os Predestinados! E adorei o nome desse advogado trabalhista: Adriano GREVE. "Doutor, como eu resolvo essa pendenga com o patrão?". GREVE! "Doutor, o que a gente vai fazer na fábrica?". GREVE! E o Tribunal de Justiça de São Paulo fica na rua Conselheiro Furtado. Rarará. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje, só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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colunas
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Uau! Delação Premiada de Sogra!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Festival de piadas prontas: "Vereador de Campinas quer instituir o Dia do Gol da Alemanha". Terrorista! Sádico! Moro, prende ele! Rarará! Então tem que ser sete dias. Uma semana. Uma semana de feriado. Rarará. E merece perder oito eleições seguidas. E quando vai ser o Dia do Vereador Idiota? Rarará! E essa: "Americano atira em tatu, bala ricocheteia e acerta seu rosto". Bem-feito! Esse é o nosso Fuleco! Agora só vou sair na rua com capa de tatu! E americano atira em tudo. Até em tatu! Tatu, leão, árabe, mexicano, escola, presidente! Viva o Tatu! Rarará! E a Lava Jato! E o FBI de Curitiba? Já saiu a primeira condenação do Zé Dirceu. Breaking News! Manchete do "Piauí Herald": "Zé Dirceu condenado a permanecer 20 anos no PT". Pior que cadeira elétrica. Tortura é proibida pela Convenção de Genebra! Rarará! E o tuiteiro Rubens Santos: "Essa Lava Jato tá parecendo 'Prison Break', é muita temporada". E um leitor: "Esse povo devolvendo milhões de dólares, e eu só tenho a minha sogra pra devolver". O Moro tá aceitando sogras. Ops, até sogras! Já imaginou delação premiada de sogra? Já imagino a sogra do Cerveró: "Ele mijava fora da privada". E a sogra do Dirceu: "Ele soltava pum na mesa e fazia xixi na piscina do clube". Ia ter podre pra mais de metro! Rarará! E essa: "Justiça interrompe investigação do primo do Beto Richa". Claro, é o que sempre digo: tucano só vai preso depois de morto. E olhe lá! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Os Predestinados! Mais dois para a minha série Os Predestinados! E adorei o nome desse advogado trabalhista: Adriano GREVE. "Doutor, como eu resolvo essa pendenga com o patrão?". GREVE! "Doutor, o que a gente vai fazer na fábrica?". GREVE! E o Tribunal de Justiça de São Paulo fica na rua Conselheiro Furtado. Rarará. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje, só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Tortura voluntária
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SÃO PAULO - Em uma de suas sempre informativas colunas, Ronaldo Lemos destacou recentemente o que chamou de "lado negro" da internet das coisas. São inovações como o Safeguard Alarm, que dispara uma buzina quando o sujeito sai do toalete sem lavar as mãos, e o Pavlok, o bracelete com o qual o usuário dá choques em si mesmo sempre que viola resoluções de Ano Novo, como fumar ou comer doces. De fato, basta um pouco de imaginação para perceber como esses instrumentos nos levariam às piores distopias se instalados à nossa revelia. Causa-me especial arrepio a perspectiva de que se criem "corretores automáticos", que suprimiriam da internet todos os discursos de ódio. Seria, por óbvio, a morte da liberdade. A situação muda de figura, entretanto, quando o uso desses, vá lá, superegos portáteis é voluntário e não imposto por terceiros. O problema de base é nossa arquitetura cerebral, que comporta várias ordens de desejo. O viciado talvez seja o melhor exemplo. Muitas vezes ele quer ao mesmo tempo livrar-se da dependência e fazer uso de seu entorpecente favorito. Qual dos dois desejos vai prevalecer é algo que depende de uma série de fatores situacionais e disposicionais que psicólogos e psiquiatras se esforçam para mapear. É justamente aí que apetrechos no estilo do Pavlok podem ser úteis. A rigor, nem constituem novidade. Um tratamento para alcoolismo usado desde os anos 50 é o dissulfiram, droga que faz com que o paciente sofra fortes e desagradáveis reações físicas se beber enquanto a estiver tomando. Na mesma linha vão as dietas nos quais o sujeito se compromete publicamente a perder tantos quilos no prazo tal. O medo da censura social, mesmo que apenas imaginada, já facilita a adesão ao regime. Gostemos ou não, nossas mentes já operam num cacofônico sistema em que diferentes módulos cerebrais reprimem uns aos outros para decidir qual de nossos lados triunfará.
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colunas
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Tortura voluntáriaSÃO PAULO - Em uma de suas sempre informativas colunas, Ronaldo Lemos destacou recentemente o que chamou de "lado negro" da internet das coisas. São inovações como o Safeguard Alarm, que dispara uma buzina quando o sujeito sai do toalete sem lavar as mãos, e o Pavlok, o bracelete com o qual o usuário dá choques em si mesmo sempre que viola resoluções de Ano Novo, como fumar ou comer doces. De fato, basta um pouco de imaginação para perceber como esses instrumentos nos levariam às piores distopias se instalados à nossa revelia. Causa-me especial arrepio a perspectiva de que se criem "corretores automáticos", que suprimiriam da internet todos os discursos de ódio. Seria, por óbvio, a morte da liberdade. A situação muda de figura, entretanto, quando o uso desses, vá lá, superegos portáteis é voluntário e não imposto por terceiros. O problema de base é nossa arquitetura cerebral, que comporta várias ordens de desejo. O viciado talvez seja o melhor exemplo. Muitas vezes ele quer ao mesmo tempo livrar-se da dependência e fazer uso de seu entorpecente favorito. Qual dos dois desejos vai prevalecer é algo que depende de uma série de fatores situacionais e disposicionais que psicólogos e psiquiatras se esforçam para mapear. É justamente aí que apetrechos no estilo do Pavlok podem ser úteis. A rigor, nem constituem novidade. Um tratamento para alcoolismo usado desde os anos 50 é o dissulfiram, droga que faz com que o paciente sofra fortes e desagradáveis reações físicas se beber enquanto a estiver tomando. Na mesma linha vão as dietas nos quais o sujeito se compromete publicamente a perder tantos quilos no prazo tal. O medo da censura social, mesmo que apenas imaginada, já facilita a adesão ao regime. Gostemos ou não, nossas mentes já operam num cacofônico sistema em que diferentes módulos cerebrais reprimem uns aos outros para decidir qual de nossos lados triunfará.
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Franquia se encerra com poesia em meio à rudeza hollywoodiana
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Francis Lawrence assumiu a franquia "Jogos Vorazes" no segundo longa, "Em Chamas", levando-a para um novo patamar. As qualidades do enredo, que no primeiro filme são prejudicadas pela direção irregular de Gary Ross, passam a ser sublimadas pela melhor capacidade visual de Lawrence, fazendo com que "Em Chamas" seja o melhor de toda a série. Claro que, se tratando de um blockbuster, as concessões atrapalham. Mas, por uma conjunção de fatores, tudo funcionou bem, tanto no segundo longa como no seguinte. Estamos agora no quarto filme. Ou segunda parte do terceiro longa? "Jogos Vorazes: A Esperança - O Final" é o esperado desfecho para a saga literária criada por Suzanne Collins e adaptada por Hollywood. Retomando: Snow (Donald Sutherland, sublime) comanda a fictícia nação de Panem com punhos de ferro. Para manter a população sob controle, ordena que pessoas de cada distrito disputem jogos anuais em que só uma sobreviverá. Esses distritos começam a se rebelar contra Snow, encontrando em Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) uma espécie de símbolo da esperança. Assim, a partir de "A Esperança - Parte 1", não temos jogos, mas estratégias de combate. Muito dos eventos da segunda parte se podia antever na primeira. Por exemplo, aquela célula rebelde parecia coisa do partido nazista. É aí que as coisas se confundem: quem é mais vilão, afinal? A busca pelo poder transforma pessoas em monstros. Katniss não quer o poder. Seu sonho é ter uma vida anônima, familiar, eis o que a torna tão carismática. Philip Seymour Hoffman (1967-2014), compreensivelmente, tem menos espaço aqui. Em compensação, brilha Julianne Moore como a presidente dos rebeldes. Há pelo menos um momento de graça: preocupada com os rumos do conflito e a mudança de Peeta (Josh Hutcherson), Katniss aceita espairecer dançando com sua irmã. Tudo ao redor desaparece e as duas estão sozinhas no mundo. São momentos assim, de poesia inusitada no cinema brucutu de Hollywood, que justificam os elogios ao trabalho de Francis Lawrence. JOGOS VORAZES: A ESPERANÇA – O FINAL (The Hunger Games: Mockingjay – Part 2) DIREÇÃO Francis Lawrence ELENCO Jennifer Lawrence, Donald Sutherland, Julianne Moore PRODUÇÃO EUA, 2015, 14 anos QUANDO em cartaz
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ilustrada
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Franquia se encerra com poesia em meio à rudeza hollywoodianaFrancis Lawrence assumiu a franquia "Jogos Vorazes" no segundo longa, "Em Chamas", levando-a para um novo patamar. As qualidades do enredo, que no primeiro filme são prejudicadas pela direção irregular de Gary Ross, passam a ser sublimadas pela melhor capacidade visual de Lawrence, fazendo com que "Em Chamas" seja o melhor de toda a série. Claro que, se tratando de um blockbuster, as concessões atrapalham. Mas, por uma conjunção de fatores, tudo funcionou bem, tanto no segundo longa como no seguinte. Estamos agora no quarto filme. Ou segunda parte do terceiro longa? "Jogos Vorazes: A Esperança - O Final" é o esperado desfecho para a saga literária criada por Suzanne Collins e adaptada por Hollywood. Retomando: Snow (Donald Sutherland, sublime) comanda a fictícia nação de Panem com punhos de ferro. Para manter a população sob controle, ordena que pessoas de cada distrito disputem jogos anuais em que só uma sobreviverá. Esses distritos começam a se rebelar contra Snow, encontrando em Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) uma espécie de símbolo da esperança. Assim, a partir de "A Esperança - Parte 1", não temos jogos, mas estratégias de combate. Muito dos eventos da segunda parte se podia antever na primeira. Por exemplo, aquela célula rebelde parecia coisa do partido nazista. É aí que as coisas se confundem: quem é mais vilão, afinal? A busca pelo poder transforma pessoas em monstros. Katniss não quer o poder. Seu sonho é ter uma vida anônima, familiar, eis o que a torna tão carismática. Philip Seymour Hoffman (1967-2014), compreensivelmente, tem menos espaço aqui. Em compensação, brilha Julianne Moore como a presidente dos rebeldes. Há pelo menos um momento de graça: preocupada com os rumos do conflito e a mudança de Peeta (Josh Hutcherson), Katniss aceita espairecer dançando com sua irmã. Tudo ao redor desaparece e as duas estão sozinhas no mundo. São momentos assim, de poesia inusitada no cinema brucutu de Hollywood, que justificam os elogios ao trabalho de Francis Lawrence. JOGOS VORAZES: A ESPERANÇA – O FINAL (The Hunger Games: Mockingjay – Part 2) DIREÇÃO Francis Lawrence ELENCO Jennifer Lawrence, Donald Sutherland, Julianne Moore PRODUÇÃO EUA, 2015, 14 anos QUANDO em cartaz
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Em jogo marcado por confusão de hino, México vence o Uruguai
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A partida entre México e Uruguai, pelo grupo C da Copa América do Centenário, começou com uma gafe: antes da bola rolar, o hino chileno tocou no lugar do uruguaio, deixando os jogadores e torcedores da 'Celeste' inconformados. No estádio da Universidade de Phoenix, em Glendale, no Arizona, o hino mexicano tocou normalmente, e foi cantado em coro pela numerosa torcida do país vizinho. Na hora do Uruguai, porém, tocou o hino errado e os jogadores reclamaram do equívoco, sob as vaias dos poucos torcedores uruguaios que foram ao moderníssimo estádio do Arizona Cardinals. Uma saia justa e tanto para a celebração do centenário da Copa América, cuja primeira edição, em 1916, foi justamente vencida pela 'Celeste', maior campeã do torneio, com 15 títulos. O JOGO Com a bola rolando, a seleção mexicana impressionou e venceu o Uruguai por 3 a 1. Com o resultado, o México lidera a chave com três pontos —mesma pontuação da Venezuela, que venceu a Jamaica por 1 a 0, na abertura da rodada neste domingo. O México abriu o placar com um gol contra do lateral Alvaro Pereira, ex-São Paulo, logo aos quatro minutos. Aos 28, Godín deixou tudo igual. Os mexicanos conseguiram chegar ao triunfo no final do segundo tempo. Aos 39, Rafa Márquez fez o segundo. Sete minutos depois, Herrera definiu o marcador. As duas seleções terminaram a partida com um jogador expulso. O uruguaio Matías Vecino recebeu o cartão vermelho aos 44 minutos do primeiro tempo, enquanto Andrés Guardado foi expulso aos 25 minutos da segunda etapa. O Uruguai jogou sem o atacante Luis Suárez, lesionado. O México volta a campo no dia 9, quando enfrenta a Jamaica. No mesmo dia, o Uruguai pega a Venezuela.
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esporte
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Em jogo marcado por confusão de hino, México vence o UruguaiA partida entre México e Uruguai, pelo grupo C da Copa América do Centenário, começou com uma gafe: antes da bola rolar, o hino chileno tocou no lugar do uruguaio, deixando os jogadores e torcedores da 'Celeste' inconformados. No estádio da Universidade de Phoenix, em Glendale, no Arizona, o hino mexicano tocou normalmente, e foi cantado em coro pela numerosa torcida do país vizinho. Na hora do Uruguai, porém, tocou o hino errado e os jogadores reclamaram do equívoco, sob as vaias dos poucos torcedores uruguaios que foram ao moderníssimo estádio do Arizona Cardinals. Uma saia justa e tanto para a celebração do centenário da Copa América, cuja primeira edição, em 1916, foi justamente vencida pela 'Celeste', maior campeã do torneio, com 15 títulos. O JOGO Com a bola rolando, a seleção mexicana impressionou e venceu o Uruguai por 3 a 1. Com o resultado, o México lidera a chave com três pontos —mesma pontuação da Venezuela, que venceu a Jamaica por 1 a 0, na abertura da rodada neste domingo. O México abriu o placar com um gol contra do lateral Alvaro Pereira, ex-São Paulo, logo aos quatro minutos. Aos 28, Godín deixou tudo igual. Os mexicanos conseguiram chegar ao triunfo no final do segundo tempo. Aos 39, Rafa Márquez fez o segundo. Sete minutos depois, Herrera definiu o marcador. As duas seleções terminaram a partida com um jogador expulso. O uruguaio Matías Vecino recebeu o cartão vermelho aos 44 minutos do primeiro tempo, enquanto Andrés Guardado foi expulso aos 25 minutos da segunda etapa. O Uruguai jogou sem o atacante Luis Suárez, lesionado. O México volta a campo no dia 9, quando enfrenta a Jamaica. No mesmo dia, o Uruguai pega a Venezuela.
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Polícia ouve três suspeitos e diz não saber se houve estupro de menina
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A Polícia Civil no Rio ainda não chegou à conclusão de que houve o estupro de uma garota de 16 anos mesmo após a vítima e outros três envolvidos no caso prestarem depoimento nesta sexta-feira, na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI). "A gente está investigando se houve consentimento dela, se ela estava dopada e se realmente os fatos aconteceram. A polícia não pode ser leviana de comprar a ideia de estupro coletivo quando na verdade a gente não sabe ainda", disse Alessandro Thiers, delegado titular da DRCI. Foram ouvidos, nesta sexta (27), Raí Souza, 18, que segundo o delegado seria o dono do celular no qual foi feita a gravação da vítima nua, o jogador Lucas Perdomo, 20, apontado como namorado da vítima, e uma jovem que estaria com os três na noite do fato. Outras três pessoas, que seriam peças-chave do ocorrido, foram identificadas e serão chamadas para depor na próxima semana. Raí admitiu ter tido relações sexuais com a menina, mas negou o estupro. Ele afirmou também que estava no local no momento da gravação, que teria sido feita por um traficante da área, conforme explicou o delegado. NECESSIDADE Apontado como namorado da vítima, Lucas Perdomo disse que estava com outra menina, na mesma casa, na noite em que os fatos ocorreram e também negou que tenha acontecido um estupro. "A polícia só vai pedir algum tipo de prisão se for comprovada a existência do crime e se houver necessidade", afirmou o delegado. Embora considere que ainda não é possível provar que houve estupro, o delegado afirma que ocorreu o crime de exposição de cena pornográfica da adolescente, cuja a pena vai de 3 a 6 anos de prisão, previsto no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). "O fato de a pessoa ter divulgado configura [o artigo] 241 do ECA [publicar ou divulgar cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo crianças ou adolescentes], já está comprovado." Ele, porém, afirma que não é possível saber quem foi o autor da distribuição do vídeo. Raí Souza, que seria o dono do celular, afirmou em depoimento que não foi ele quem gravou e publicou o vídeo nas redes sociais. Segundo o delegado, os depoentes classificaram o local como um "abatedouro". "Estivemos na casa. O local é conhecido como abatedouro. Seria um local para onde levariam meninas para ter relações sexuais."
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cotidiano
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Polícia ouve três suspeitos e diz não saber se houve estupro de meninaA Polícia Civil no Rio ainda não chegou à conclusão de que houve o estupro de uma garota de 16 anos mesmo após a vítima e outros três envolvidos no caso prestarem depoimento nesta sexta-feira, na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI). "A gente está investigando se houve consentimento dela, se ela estava dopada e se realmente os fatos aconteceram. A polícia não pode ser leviana de comprar a ideia de estupro coletivo quando na verdade a gente não sabe ainda", disse Alessandro Thiers, delegado titular da DRCI. Foram ouvidos, nesta sexta (27), Raí Souza, 18, que segundo o delegado seria o dono do celular no qual foi feita a gravação da vítima nua, o jogador Lucas Perdomo, 20, apontado como namorado da vítima, e uma jovem que estaria com os três na noite do fato. Outras três pessoas, que seriam peças-chave do ocorrido, foram identificadas e serão chamadas para depor na próxima semana. Raí admitiu ter tido relações sexuais com a menina, mas negou o estupro. Ele afirmou também que estava no local no momento da gravação, que teria sido feita por um traficante da área, conforme explicou o delegado. NECESSIDADE Apontado como namorado da vítima, Lucas Perdomo disse que estava com outra menina, na mesma casa, na noite em que os fatos ocorreram e também negou que tenha acontecido um estupro. "A polícia só vai pedir algum tipo de prisão se for comprovada a existência do crime e se houver necessidade", afirmou o delegado. Embora considere que ainda não é possível provar que houve estupro, o delegado afirma que ocorreu o crime de exposição de cena pornográfica da adolescente, cuja a pena vai de 3 a 6 anos de prisão, previsto no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). "O fato de a pessoa ter divulgado configura [o artigo] 241 do ECA [publicar ou divulgar cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo crianças ou adolescentes], já está comprovado." Ele, porém, afirma que não é possível saber quem foi o autor da distribuição do vídeo. Raí Souza, que seria o dono do celular, afirmou em depoimento que não foi ele quem gravou e publicou o vídeo nas redes sociais. Segundo o delegado, os depoentes classificaram o local como um "abatedouro". "Estivemos na casa. O local é conhecido como abatedouro. Seria um local para onde levariam meninas para ter relações sexuais."
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Petrobras e Repsol Sinopec devolvem concessão de campo na Bacia de Santos
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A Petrobras e Repsol Sinopec do Brasil devolveram a concessão de exploração e produção de petróleo e gás natural referente ao campo de Piracucá, conforme publicação da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) no Diário Oficial da União desta segunda-feira (2). O campo, localizado em águas rasas da Bacia de Santos, foi adquirido pelas empresas na segunda rodada de licitações da ANP, em 2000, e teve o contrato de concessão assinado no mesmo ano. Ao declarar a comercialidade do campo em 2009, a Petrobras chegou a anunciar reservas de 550 milhões de barris de petróleo equivalente no local. Questionada pela Folha, a Petrobras respondeu que "estudos comprovaram não haver viabilidade técnico-econômica para o desenvolvimento da produção do Campo de Piracucá".
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mercado
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Petrobras e Repsol Sinopec devolvem concessão de campo na Bacia de SantosA Petrobras e Repsol Sinopec do Brasil devolveram a concessão de exploração e produção de petróleo e gás natural referente ao campo de Piracucá, conforme publicação da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) no Diário Oficial da União desta segunda-feira (2). O campo, localizado em águas rasas da Bacia de Santos, foi adquirido pelas empresas na segunda rodada de licitações da ANP, em 2000, e teve o contrato de concessão assinado no mesmo ano. Ao declarar a comercialidade do campo em 2009, a Petrobras chegou a anunciar reservas de 550 milhões de barris de petróleo equivalente no local. Questionada pela Folha, a Petrobras respondeu que "estudos comprovaram não haver viabilidade técnico-econômica para o desenvolvimento da produção do Campo de Piracucá".
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Confira nove vinhos de Bordeaux saborosos e que custam até R$ 200
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Qual o mistério de Bordeaux? Por que os preços assustadores? A resposta é fácil: além da qualidade (que vale para muitos vinhos, mas há muita porcaria por lá também, pode acreditar), a fama. Uma pessoa que não entenda nada de vinho e nem mesmo beba saberá falar com respeito de duas coisas que vê como chiques e exclusivas: champanhe e a bebida de Bordeaux. A celebridade virou negócio. Todo ano ocorre uma coisa chamada "en primeur". Voam para a cidade especialistas, jornalistas, importadores e compradores. Os "châteaux" abrem suas portas e deixam que se provem os vinhos feitos recentemente. O evento vai de fevereiro a abril, mais ou menos, e os vinhos experimentados, ainda nas barricas, são da safra imediatamente anterior, líquidos com pouco mais de quatro meses de vida. Parece um sonho, mas nada ali lembra vinho: líquidos agressivos, que só ficarão prontos em uma década. É uma tarefa inglória experimentá-los. Os grandes especialistas, como a inglesa Jancis Robinson e o notório crítico americano Robert Parker, soltam listas do que vale a pena naquela safra. Há correria, compram-se papéis, garrafas que só existirão dois anos depois e que comumente nem chegam aos compradores —vão direto para locais especiais de estocagem. Os documentos de compra e venda passam de mão em mão, com o preço subindo sem parar. Ficou claro o problema? Nós, os que queremos beber, nem podemos pagar por essas garrafas nem conseguiremos encontrá-las. Uma tristeza. Vinhos, que são objetos de especulação e não de prazer, raramente são abertos e bebidos. Mas há esperança. Há muito Bordeaux para consumo e a tarefa é encontrá-lo. O paradoxo é que sobram vinhos. Se o "château" não é conhecido por grandes compradores, passará dificuldades —"château" não é aquele castelo medieval da Rapunzel, mas uma propriedade, que pode ser grande e imponente ou uma casa rústica, pequena. A maioria é uma mansão confortável. Os desconhecidos vão parar em Paris. Qualquer bistrô vende um como "vinho da casa", por taça. Um dos melhores que bebi ano passado foi um pichet (200 ml) de Bordeaux tinto no Bistrot Paul Bert. Era delicioso, equilibrado e perfeito. Nunca saberei seu nome e me custou € 8. De tempos em tempos, gosto de conferir no mercado, provar os vinhos de preço bom e ver o que vale a pena, sem ter que fazer empréstimo bancário. O "Volta&Mesa" desta semana ocupa-se disso: mais mesa cheia de garrafas que volta. Sentei com 45 garrafas disponíveis no Brasil, todas abaixo de R$ 200 e escolhi as nove mais saborosas. A lista está aqui. Não entro em detalhes, mas dá para notar a presença de nomes importantes como Thunevin, Denis Dubourdieu, Lafite-Rothschild e a família do Le Puy. O que acontece é que, grandes artesãos, eles produzem vinhos em todas as faixas de preço. O Thunevin, por exemplo, vai do seu Valandraud de muitos dígitos a vinhos para agora, sem perda de qualidade. O nome Lafite na lista merece explicação: esse ramo dos Rothschild, proprietários de um dos grandes vinhos na minha opinião, faz aulas engarrafadas, vinhos que tentam explicar as sub-regiões de Bordeaux. Escolhi o Médoc, que achei saboroso e ilustrativo. Nenhum desses vinhos deve esperar 20 anos, como os famosos. São para agora. * OS ELEITOS ATÉ R$ 200 1. Virginie Thunevin 2012 R$ 132 (Casa do Porto; casadoportovinhos.com.br ) 2. Château Fayau 2011 R$ 127 (Mistral; mistral.com.br ) 3. Château Rocher-Calon 2012 R$ 179 (Ravin; ravin.com.br ) 4. Duc des Nauves 2013 R$ 159 (World Wine; worldwine.com.br ) 5. La Roque de By 2010 R$ 198 (Decanter; decanter.com.br ) 6. Château Champ des Treilles 2014 R$ 129 (Delacroix; delacroixvinhos.com.br ) 7. Réserve Spéciale Médoc 2012 - Rothschild Lafite R$ 145 (PNR Import; magnumclub.com.br) 8. Château Viaud-Lalande 2012 R$ 195 (Premium; premiumwines.com.br ) 9. Château Le Clos de Reynon 2011 R$ 75 (Casa Flora; casaflora.com.br ) * E BEBER COM QUÊ? Eu gosto de Bordeaux com comida. Tanto faz. É meu vinho de pedir por taça em bistrôs, para bebericar (os brancos também são boa escolha). Se tiver que optar por algo específico, fico com uma carne assada, um filé com fritas, um grelhado. Sem complicar.
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Confira nove vinhos de Bordeaux saborosos e que custam até R$ 200Qual o mistério de Bordeaux? Por que os preços assustadores? A resposta é fácil: além da qualidade (que vale para muitos vinhos, mas há muita porcaria por lá também, pode acreditar), a fama. Uma pessoa que não entenda nada de vinho e nem mesmo beba saberá falar com respeito de duas coisas que vê como chiques e exclusivas: champanhe e a bebida de Bordeaux. A celebridade virou negócio. Todo ano ocorre uma coisa chamada "en primeur". Voam para a cidade especialistas, jornalistas, importadores e compradores. Os "châteaux" abrem suas portas e deixam que se provem os vinhos feitos recentemente. O evento vai de fevereiro a abril, mais ou menos, e os vinhos experimentados, ainda nas barricas, são da safra imediatamente anterior, líquidos com pouco mais de quatro meses de vida. Parece um sonho, mas nada ali lembra vinho: líquidos agressivos, que só ficarão prontos em uma década. É uma tarefa inglória experimentá-los. Os grandes especialistas, como a inglesa Jancis Robinson e o notório crítico americano Robert Parker, soltam listas do que vale a pena naquela safra. Há correria, compram-se papéis, garrafas que só existirão dois anos depois e que comumente nem chegam aos compradores —vão direto para locais especiais de estocagem. Os documentos de compra e venda passam de mão em mão, com o preço subindo sem parar. Ficou claro o problema? Nós, os que queremos beber, nem podemos pagar por essas garrafas nem conseguiremos encontrá-las. Uma tristeza. Vinhos, que são objetos de especulação e não de prazer, raramente são abertos e bebidos. Mas há esperança. Há muito Bordeaux para consumo e a tarefa é encontrá-lo. O paradoxo é que sobram vinhos. Se o "château" não é conhecido por grandes compradores, passará dificuldades —"château" não é aquele castelo medieval da Rapunzel, mas uma propriedade, que pode ser grande e imponente ou uma casa rústica, pequena. A maioria é uma mansão confortável. Os desconhecidos vão parar em Paris. Qualquer bistrô vende um como "vinho da casa", por taça. Um dos melhores que bebi ano passado foi um pichet (200 ml) de Bordeaux tinto no Bistrot Paul Bert. Era delicioso, equilibrado e perfeito. Nunca saberei seu nome e me custou € 8. De tempos em tempos, gosto de conferir no mercado, provar os vinhos de preço bom e ver o que vale a pena, sem ter que fazer empréstimo bancário. O "Volta&Mesa" desta semana ocupa-se disso: mais mesa cheia de garrafas que volta. Sentei com 45 garrafas disponíveis no Brasil, todas abaixo de R$ 200 e escolhi as nove mais saborosas. A lista está aqui. Não entro em detalhes, mas dá para notar a presença de nomes importantes como Thunevin, Denis Dubourdieu, Lafite-Rothschild e a família do Le Puy. O que acontece é que, grandes artesãos, eles produzem vinhos em todas as faixas de preço. O Thunevin, por exemplo, vai do seu Valandraud de muitos dígitos a vinhos para agora, sem perda de qualidade. O nome Lafite na lista merece explicação: esse ramo dos Rothschild, proprietários de um dos grandes vinhos na minha opinião, faz aulas engarrafadas, vinhos que tentam explicar as sub-regiões de Bordeaux. Escolhi o Médoc, que achei saboroso e ilustrativo. Nenhum desses vinhos deve esperar 20 anos, como os famosos. São para agora. * OS ELEITOS ATÉ R$ 200 1. Virginie Thunevin 2012 R$ 132 (Casa do Porto; casadoportovinhos.com.br ) 2. Château Fayau 2011 R$ 127 (Mistral; mistral.com.br ) 3. Château Rocher-Calon 2012 R$ 179 (Ravin; ravin.com.br ) 4. Duc des Nauves 2013 R$ 159 (World Wine; worldwine.com.br ) 5. La Roque de By 2010 R$ 198 (Decanter; decanter.com.br ) 6. Château Champ des Treilles 2014 R$ 129 (Delacroix; delacroixvinhos.com.br ) 7. Réserve Spéciale Médoc 2012 - Rothschild Lafite R$ 145 (PNR Import; magnumclub.com.br) 8. Château Viaud-Lalande 2012 R$ 195 (Premium; premiumwines.com.br ) 9. Château Le Clos de Reynon 2011 R$ 75 (Casa Flora; casaflora.com.br ) * E BEBER COM QUÊ? Eu gosto de Bordeaux com comida. Tanto faz. É meu vinho de pedir por taça em bistrôs, para bebericar (os brancos também são boa escolha). Se tiver que optar por algo específico, fico com uma carne assada, um filé com fritas, um grelhado. Sem complicar.
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Que quebrem
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SÃO PAULO - A presidente Dilma Rousseff vetou um dispositivo que permitiria aos clubes de futebol refinanciar suas dívidas com a União em condições para lá de vantajosas, que incluíam o parcelamento em até 240 vezes e descontos de até 70% em multas. O governo estima que as dívidas das agremiações com a União cheguem a R$ 3,7 bilhões. Se a notícia acabasse aqui, eu estaria aplaudindo Dilma. Há, porém, informações de que ela vai apresentar uma nova medida provisória que assegura facilidades no refinanciamento, atrelando-as a contrapartidas, pelas quais os clubes se obrigariam a adotar boas práticas de governança. Se há um setor que já deu repetidas e rematadas provas de sua incapacidade gerencial, é o dos times de futebol. É improvável que a jura de fidelidade a meia dúzia de regras de bom senso administrativo altere a natureza do negócio. Acho que já é hora de tentar algo mais radical, que seria executar as dívidas e provocar a falência de quem for inviável. É verdade que, no plano imediato, haveria alguma confusão no meio de campo. O torcedor dos grandes clubes, porém, não corre muito risco de ver seu time do coração desaparecer. Estamos, afinal, falando de marcas com elevado valor de mercado, do que dá prova o volume financeiro movimentado com os direitos de transmissão dos principais campeonatos. No cenário mais verossímil, elas seriam vendidas para saldar as dívidas e, presume-se, passariam a ser administradas de forma mais profissional e lucrativa, como já ocorre em alguns lugares do mundo. Estamos diante de uma oportunidade de aplicar o que o economista Joseph Schumpeter chamava de destruição criadora. Inovações, sejam tecnológicas ou administrativas, podem acabar com empresas, modelos de negócios e empregos, mas é do que brota dos escombros que, em última instância, a sociedade extrai sua prosperidade. Se alguém precisa disso, é o futebol brasileiro.
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colunas
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Que quebremSÃO PAULO - A presidente Dilma Rousseff vetou um dispositivo que permitiria aos clubes de futebol refinanciar suas dívidas com a União em condições para lá de vantajosas, que incluíam o parcelamento em até 240 vezes e descontos de até 70% em multas. O governo estima que as dívidas das agremiações com a União cheguem a R$ 3,7 bilhões. Se a notícia acabasse aqui, eu estaria aplaudindo Dilma. Há, porém, informações de que ela vai apresentar uma nova medida provisória que assegura facilidades no refinanciamento, atrelando-as a contrapartidas, pelas quais os clubes se obrigariam a adotar boas práticas de governança. Se há um setor que já deu repetidas e rematadas provas de sua incapacidade gerencial, é o dos times de futebol. É improvável que a jura de fidelidade a meia dúzia de regras de bom senso administrativo altere a natureza do negócio. Acho que já é hora de tentar algo mais radical, que seria executar as dívidas e provocar a falência de quem for inviável. É verdade que, no plano imediato, haveria alguma confusão no meio de campo. O torcedor dos grandes clubes, porém, não corre muito risco de ver seu time do coração desaparecer. Estamos, afinal, falando de marcas com elevado valor de mercado, do que dá prova o volume financeiro movimentado com os direitos de transmissão dos principais campeonatos. No cenário mais verossímil, elas seriam vendidas para saldar as dívidas e, presume-se, passariam a ser administradas de forma mais profissional e lucrativa, como já ocorre em alguns lugares do mundo. Estamos diante de uma oportunidade de aplicar o que o economista Joseph Schumpeter chamava de destruição criadora. Inovações, sejam tecnológicas ou administrativas, podem acabar com empresas, modelos de negócios e empregos, mas é do que brota dos escombros que, em última instância, a sociedade extrai sua prosperidade. Se alguém precisa disso, é o futebol brasileiro.
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Cheio de efeitos, 'Tarzan' é sinal da crise criativa de Hollywood
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Um dos sinais mais evidentes da crise criativa de Hollywood é que quase toda produção de grande orçamento deve ser filme de ação. É o que acontece com "A Lenda de Tarzan", longa dirigido por David Yates que retoma o personagem em um momento em que ele já está habituado a uma vida, digamos, civilizada, em Londres no final do século 19. Uma missão leva Tarzan –aliás, John Clayton (Alexander Skarsgård)– de volta ao Congo, onde ele vai enfrentar um antigo inimigo de uma tribo, e a ganância de colonizadores belgas e do atravessador inescrupuloso Leon Rom (Christoph Waltz). Sua mulher, Jane (Margot Robbie), o acompanha, além do americano George Washington Williams (Samuel L. Jackson, mais uma vez dominando o filme), uma espécie de instância mediadora. Quando Edgar Rice Burroughs criou o personagem no início do século 20, não imaginava que um dia sua cria se transformaria em um super-herói capaz de fazer coisas que só podem ser mostradas com uso de efeitos especiais. No cerne da história, o mesmo confronto entre o selvagem e o civilizado. Aqui, o selvagem na verdade é muito mais civilizado do que aquele que se apresenta como tal. Essa operação é realizada de maneira óbvia. Sabemos de antemão o que vai acontecer, não apenas pelo que conhecemos do personagem, mas pelo próprio desenvolvimento narrativo. David Yates foi alçado ao primeiro escalão hollywoodiano com "Harry Potter e a Ordem da Fênix" (2007), dirigindo depois mais três longas da franquia. Em "A Lenda de Tarzan", ele continua dependente dos efeitos especiais, embora seja possível notar, em algumas cenas mais dramáticas, que pode fazer melhor fora do blockbuster. A LENDA DE TARZAN (The Legend of Tarzan) DIREÇÃO David Yates ELENCO Alexander Skarsgård, Christoph Waltz, Samuel L. Jackson PRODUÇÃO EUA, 2016, 12 anos QUANDO Em cartaz AVALIAÇÃO Regular
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ilustrada
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Cheio de efeitos, 'Tarzan' é sinal da crise criativa de HollywoodUm dos sinais mais evidentes da crise criativa de Hollywood é que quase toda produção de grande orçamento deve ser filme de ação. É o que acontece com "A Lenda de Tarzan", longa dirigido por David Yates que retoma o personagem em um momento em que ele já está habituado a uma vida, digamos, civilizada, em Londres no final do século 19. Uma missão leva Tarzan –aliás, John Clayton (Alexander Skarsgård)– de volta ao Congo, onde ele vai enfrentar um antigo inimigo de uma tribo, e a ganância de colonizadores belgas e do atravessador inescrupuloso Leon Rom (Christoph Waltz). Sua mulher, Jane (Margot Robbie), o acompanha, além do americano George Washington Williams (Samuel L. Jackson, mais uma vez dominando o filme), uma espécie de instância mediadora. Quando Edgar Rice Burroughs criou o personagem no início do século 20, não imaginava que um dia sua cria se transformaria em um super-herói capaz de fazer coisas que só podem ser mostradas com uso de efeitos especiais. No cerne da história, o mesmo confronto entre o selvagem e o civilizado. Aqui, o selvagem na verdade é muito mais civilizado do que aquele que se apresenta como tal. Essa operação é realizada de maneira óbvia. Sabemos de antemão o que vai acontecer, não apenas pelo que conhecemos do personagem, mas pelo próprio desenvolvimento narrativo. David Yates foi alçado ao primeiro escalão hollywoodiano com "Harry Potter e a Ordem da Fênix" (2007), dirigindo depois mais três longas da franquia. Em "A Lenda de Tarzan", ele continua dependente dos efeitos especiais, embora seja possível notar, em algumas cenas mais dramáticas, que pode fazer melhor fora do blockbuster. A LENDA DE TARZAN (The Legend of Tarzan) DIREÇÃO David Yates ELENCO Alexander Skarsgård, Christoph Waltz, Samuel L. Jackson PRODUÇÃO EUA, 2016, 12 anos QUANDO Em cartaz AVALIAÇÃO Regular
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Filho de Pitanguy presta depoimento e é transferido para penitenciária em Bangu
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O empresário Ivo Nascimento de Campos Pitanguy, 59, filho do cirurgião plástico Ivo Pitanguy, foi levado no início da tarde deste domingo (23) para o Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio, após prestar depoimento na 14º Delegacia de Polícia (Leblon). Pitanguy deixou a delegacia algemado, num camburão, e não falou com a imprensa. O empresário foi preso em flagrante na noite de quinta-feira (20) após atropelar e matar o operário José Fernandes Ferreira da Silva, de 44, na Gávea, zona sul do Rio. Ele foi indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e embriaguez ao volante. Com 70 multas e mais de 240 pontos na carteira, o empresário perdeu o controle do carro que dirigia, bateu em um poste e atropelou Silva. Os dois foram socorridos e levados ao hospital. Silva morreu no hospital. Pitanguy sofreu traumatismo craniano e fico internado no hospital Miguel Couto, na zona sul do Rio, até a manhã deste domingo, quando teve alta e foi levado para prestar o depoimento na 14ª DP. No sábado, a defesa do empresário entrou com um pedido de liberdade provisória no Tribunal de Justiça do Rio, mas o pedido foi negada pelo juiz de plantão. Outro pedido deve ser feito nesta segunda-feira (24). A delegada responsável pelo caso, Monique Vital, da 14ª DP, afirmou na sexta-feira passada que um PM e dois bombeiros que socorreram o motorista disseram que Pitanguy estava visivelmente alterado e com hálito alcoólico. O advogado da família Pitanguy disse que o acidente foi uma fatalidade, já que estava chovendo muito. Ele disse ainda que o carro não ficou danificado demais, o que seria uma sinal de que seu cliente não estava em alta velocidade. "Nossa preocupação agora é com o estado psicológico dele, de saúde. A família está preocupada", disse Rafael de Piro, advogado da família, que estuda formas de pedir a liberdade do cliente à Justiça.
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cotidiano
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Filho de Pitanguy presta depoimento e é transferido para penitenciária em BanguO empresário Ivo Nascimento de Campos Pitanguy, 59, filho do cirurgião plástico Ivo Pitanguy, foi levado no início da tarde deste domingo (23) para o Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio, após prestar depoimento na 14º Delegacia de Polícia (Leblon). Pitanguy deixou a delegacia algemado, num camburão, e não falou com a imprensa. O empresário foi preso em flagrante na noite de quinta-feira (20) após atropelar e matar o operário José Fernandes Ferreira da Silva, de 44, na Gávea, zona sul do Rio. Ele foi indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e embriaguez ao volante. Com 70 multas e mais de 240 pontos na carteira, o empresário perdeu o controle do carro que dirigia, bateu em um poste e atropelou Silva. Os dois foram socorridos e levados ao hospital. Silva morreu no hospital. Pitanguy sofreu traumatismo craniano e fico internado no hospital Miguel Couto, na zona sul do Rio, até a manhã deste domingo, quando teve alta e foi levado para prestar o depoimento na 14ª DP. No sábado, a defesa do empresário entrou com um pedido de liberdade provisória no Tribunal de Justiça do Rio, mas o pedido foi negada pelo juiz de plantão. Outro pedido deve ser feito nesta segunda-feira (24). A delegada responsável pelo caso, Monique Vital, da 14ª DP, afirmou na sexta-feira passada que um PM e dois bombeiros que socorreram o motorista disseram que Pitanguy estava visivelmente alterado e com hálito alcoólico. O advogado da família Pitanguy disse que o acidente foi uma fatalidade, já que estava chovendo muito. Ele disse ainda que o carro não ficou danificado demais, o que seria uma sinal de que seu cliente não estava em alta velocidade. "Nossa preocupação agora é com o estado psicológico dele, de saúde. A família está preocupada", disse Rafael de Piro, advogado da família, que estuda formas de pedir a liberdade do cliente à Justiça.
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Ponte e Travessia
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FAZ alguns meses, o PMDB anunciou que publicaria um documento sobre políticas sociais, "A Travessia Social". A ideia era complementar o manifesto de 2015 "Uma Ponte para o Futuro", que marcou a conversão do PMDB ao liberalismo econômico. A revista "Veja" divulgou o que parece ser a versão de trabalho do texto. Travessia não é um documento forte como Ponte. O manifesto de 2015 foi a forma de Temer dizer à elite econômica que, em caso de impeachment, seu governo seria amigável ao mercado. Travessia não é um gesto equivalente para os pobres. É uma promessa bem menos ambiciosa. Ponte propunha desvinculação das verbas de saúde e educação. Digamos que todos os ganhos de eficiência propostos em Travessia sejam plenamente realizados. O quanto o ganho de eficiência compensará o corte de verbas? Não há como responder isso com certeza o suficiente para que Travessia desperte em Itaquera o entusiasmo que Ponte despertou nos Jardins. Se o PMDB tivesse essa expectativa, teria publicado Travessia antes da votação do impeachment. Mas isso não quer dizer que seja um documento ruim, de jeito nenhum. É, sim, vago demais em detalhes fundamentais sobre implementação e escala de cada proposta. O primeiro alívio que se sente lendo Travessia é que é evidentemente escrito por um adulto, o primeiro no Brasil em meses. O texto do PMDB reconhece, por exemplo, os méritos dos programas sociais do PT, inclusive dos que pretende reformar. As propostas de aperfeiçoamento dos programas petistas, aliás, parecem razoáveis, da focalização do Minha Casa, Minha Vida à ideia de um cartão-qualificação distribuído como parte do Pronatec. O programa também dá ênfase à necessidade de medir resultados das políticas públicas e remunerar segundo desempenho. É difícil discordar disso em princípio, mas esse é um assunto em que detalhes são tudo. Remunerar por desempenho parece ótimo, mas como vai ser medido o desempenho? "Fazer bons diagnósticos médicos" é algo mais difícil de medir do que parece. Há sempre o risco de se ater ao que é fácil de medir mas não quer dizer muita coisa, como o louco da piada procurando as chaves de casa perto do poste de luz porque o lugar onde as perdeu é muito escuro. Julguemos a proposta quando ela for melhor detalhada. Travessia também propõe parcerias público-privadas na área social. Em princípio, nada contra –o ProUni do PT é um exemplo de parceria bem-sucedida. Não há dúvida de que o ProUni dá uma educação universitária melhor do que seus beneficiários teriam sem ele (isto é, nenhuma). Mas não conheço estudos que tenham encontrado vantagens (ou desvantagens) muito grandes, por exemplo, para esquemas de vouchers escolares, quando já existe uma rede pública universal. Nada contra tentar em pequena escala e ver se funciona. Para mais que isso, quero mais detalhes. Enfim, é provável que Travessia seja o melhor que poderíamos esperar. Aumentar a eficiência do gasto público sempre é importante. É ainda mais importante quando o dinheiro acaba. Travessia é pouco, mas é a melhor coisa que o PMDB produziu até agora. Comparado aos nomes cogitados para o ministério de Temer, Travessia é a Magna Carta. E esperar que algo fosse financiado com imposto sobre os patos teria sido esperar demais.
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Ponte e TravessiaFAZ alguns meses, o PMDB anunciou que publicaria um documento sobre políticas sociais, "A Travessia Social". A ideia era complementar o manifesto de 2015 "Uma Ponte para o Futuro", que marcou a conversão do PMDB ao liberalismo econômico. A revista "Veja" divulgou o que parece ser a versão de trabalho do texto. Travessia não é um documento forte como Ponte. O manifesto de 2015 foi a forma de Temer dizer à elite econômica que, em caso de impeachment, seu governo seria amigável ao mercado. Travessia não é um gesto equivalente para os pobres. É uma promessa bem menos ambiciosa. Ponte propunha desvinculação das verbas de saúde e educação. Digamos que todos os ganhos de eficiência propostos em Travessia sejam plenamente realizados. O quanto o ganho de eficiência compensará o corte de verbas? Não há como responder isso com certeza o suficiente para que Travessia desperte em Itaquera o entusiasmo que Ponte despertou nos Jardins. Se o PMDB tivesse essa expectativa, teria publicado Travessia antes da votação do impeachment. Mas isso não quer dizer que seja um documento ruim, de jeito nenhum. É, sim, vago demais em detalhes fundamentais sobre implementação e escala de cada proposta. O primeiro alívio que se sente lendo Travessia é que é evidentemente escrito por um adulto, o primeiro no Brasil em meses. O texto do PMDB reconhece, por exemplo, os méritos dos programas sociais do PT, inclusive dos que pretende reformar. As propostas de aperfeiçoamento dos programas petistas, aliás, parecem razoáveis, da focalização do Minha Casa, Minha Vida à ideia de um cartão-qualificação distribuído como parte do Pronatec. O programa também dá ênfase à necessidade de medir resultados das políticas públicas e remunerar segundo desempenho. É difícil discordar disso em princípio, mas esse é um assunto em que detalhes são tudo. Remunerar por desempenho parece ótimo, mas como vai ser medido o desempenho? "Fazer bons diagnósticos médicos" é algo mais difícil de medir do que parece. Há sempre o risco de se ater ao que é fácil de medir mas não quer dizer muita coisa, como o louco da piada procurando as chaves de casa perto do poste de luz porque o lugar onde as perdeu é muito escuro. Julguemos a proposta quando ela for melhor detalhada. Travessia também propõe parcerias público-privadas na área social. Em princípio, nada contra –o ProUni do PT é um exemplo de parceria bem-sucedida. Não há dúvida de que o ProUni dá uma educação universitária melhor do que seus beneficiários teriam sem ele (isto é, nenhuma). Mas não conheço estudos que tenham encontrado vantagens (ou desvantagens) muito grandes, por exemplo, para esquemas de vouchers escolares, quando já existe uma rede pública universal. Nada contra tentar em pequena escala e ver se funciona. Para mais que isso, quero mais detalhes. Enfim, é provável que Travessia seja o melhor que poderíamos esperar. Aumentar a eficiência do gasto público sempre é importante. É ainda mais importante quando o dinheiro acaba. Travessia é pouco, mas é a melhor coisa que o PMDB produziu até agora. Comparado aos nomes cogitados para o ministério de Temer, Travessia é a Magna Carta. E esperar que algo fosse financiado com imposto sobre os patos teria sido esperar demais.
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Rede de lar para idosos chega a SP com atividades para autoestima
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RAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO Branco por fora e com móveis coloridos por dentro, um prédio aberto na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, é a primeira etapa de um projeto ambicioso: a criação de uma rede de moradias para idosos que promete oferecer qualidade a um preço abaixo da média. E, ainda, que consiga remover a aura triste que pode permear lugares do tipo. O espaço, chamado Cora Residencial Senior, tem 15 moradores, mas há vagas para até 115 idosos. O plano é abrir outras 29 casas no Brasil, sendo seis na capital paulista, em bairros como Ipiranga e Campo Belo. O negócio pertence à BSL (Brasil Senior Living), empresa criada pelo fundo Pátria Investimentos, com aplicação de US$ 150 milhões (mais de R$ 580 milhões). Enquanto espaços de ponta cobram até R$ 18 mil por mês, a mensalidade no Cora parte de R$ 4.880. "Ao comprar produtos para equipar 30 unidades, consigo baixar o preço com fornecedores", diz Ricardo Soares, 42, presidente da BSL. Apesar da redução, o valor está distante do bolso da maioria dos paulistanos. "Embora seja um custo próximo do gasto com cuidadores em casa, um professor da USP não tem condição de pagar isso sozinho", compara Rosa Chubaci, coordenadora do curso de gerontologia da Universidade de São Paulo. A grande parte dos residenciais para idosos na cidade tem até 50 vagas, mas há outras instituições de maior porte, como a associação Bezerra de Meneses, gratuita. "Em instituições que mesclam pessoas com alta fragilidade e outras com autonomia, acaba prevalecendo um cuidado centrado na doença e não no sujeito", avalia Beltrina Corte, coordenadora de gerontologia da PUC-SP. Rosa defende que o governo crie mais instituições públicas para idosos, de modo a atender pessoas de classe C e D. "No Brasil, há a cultura de cuidar do idoso em casa, mas isso fica difícil à medida que as pessoas vivem mais e têm menos filhos. No caso de pessoas debilitadas, a ILPI é mais indicada, pois oferece melhor assistência." Numa tentativa de tirar o estigma dos asilos, os espaços são chamados de ILPIs (Instituição de Longa Permanência para Idosos). Para apostar nesse mercado em expansão, a BSL contratou diretores vindos de empresas como o hospital Beneficência Portuguesa e a construtora Cyrela. Ao longo de dois anos, Soares e sua equipe visitaram espaços para idosos em várias cidades e entrevistaram 200 famílias. Entre as sugestões incluídas no Cora, estão móveis coloridos e funcionais e espaço arejado, com luz natural. "Não é só trazer e a gente cuida de tudo. A família tem que dar suporte emocional", afirma o empresário. Para facilitar as visitas, as unidades ficarão em bairros bem localizados. "Por que não passar aqui depois do trabalho e assistir ao telejornal junto?", sugere Soares. Há também salão de beleza, horta, terapia ocupacional e atividades de culinária, como fazer pão. As tarefas são pensadas para fortalecer a autoestima dos moradores, ponto sensível na velhice. Nos andares superiores, os corredores lembram um pouco um hospital, mas dentro das habitações, a sensação é de estar em um hotel. Das janelas, é possível ver o parque Villa-Lobos, que fica próximo. Cada suíte pode receber até duas pessoas e ser personalizado com fotos, quadros e móveis próprios. "Queremos respeitar as biografias, o que cada um fez antes de chegar aqui", diz Soares.
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saopaulo
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Rede de lar para idosos chega a SP com atividades para autoestimaRAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO Branco por fora e com móveis coloridos por dentro, um prédio aberto na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, é a primeira etapa de um projeto ambicioso: a criação de uma rede de moradias para idosos que promete oferecer qualidade a um preço abaixo da média. E, ainda, que consiga remover a aura triste que pode permear lugares do tipo. O espaço, chamado Cora Residencial Senior, tem 15 moradores, mas há vagas para até 115 idosos. O plano é abrir outras 29 casas no Brasil, sendo seis na capital paulista, em bairros como Ipiranga e Campo Belo. O negócio pertence à BSL (Brasil Senior Living), empresa criada pelo fundo Pátria Investimentos, com aplicação de US$ 150 milhões (mais de R$ 580 milhões). Enquanto espaços de ponta cobram até R$ 18 mil por mês, a mensalidade no Cora parte de R$ 4.880. "Ao comprar produtos para equipar 30 unidades, consigo baixar o preço com fornecedores", diz Ricardo Soares, 42, presidente da BSL. Apesar da redução, o valor está distante do bolso da maioria dos paulistanos. "Embora seja um custo próximo do gasto com cuidadores em casa, um professor da USP não tem condição de pagar isso sozinho", compara Rosa Chubaci, coordenadora do curso de gerontologia da Universidade de São Paulo. A grande parte dos residenciais para idosos na cidade tem até 50 vagas, mas há outras instituições de maior porte, como a associação Bezerra de Meneses, gratuita. "Em instituições que mesclam pessoas com alta fragilidade e outras com autonomia, acaba prevalecendo um cuidado centrado na doença e não no sujeito", avalia Beltrina Corte, coordenadora de gerontologia da PUC-SP. Rosa defende que o governo crie mais instituições públicas para idosos, de modo a atender pessoas de classe C e D. "No Brasil, há a cultura de cuidar do idoso em casa, mas isso fica difícil à medida que as pessoas vivem mais e têm menos filhos. No caso de pessoas debilitadas, a ILPI é mais indicada, pois oferece melhor assistência." Numa tentativa de tirar o estigma dos asilos, os espaços são chamados de ILPIs (Instituição de Longa Permanência para Idosos). Para apostar nesse mercado em expansão, a BSL contratou diretores vindos de empresas como o hospital Beneficência Portuguesa e a construtora Cyrela. Ao longo de dois anos, Soares e sua equipe visitaram espaços para idosos em várias cidades e entrevistaram 200 famílias. Entre as sugestões incluídas no Cora, estão móveis coloridos e funcionais e espaço arejado, com luz natural. "Não é só trazer e a gente cuida de tudo. A família tem que dar suporte emocional", afirma o empresário. Para facilitar as visitas, as unidades ficarão em bairros bem localizados. "Por que não passar aqui depois do trabalho e assistir ao telejornal junto?", sugere Soares. Há também salão de beleza, horta, terapia ocupacional e atividades de culinária, como fazer pão. As tarefas são pensadas para fortalecer a autoestima dos moradores, ponto sensível na velhice. Nos andares superiores, os corredores lembram um pouco um hospital, mas dentro das habitações, a sensação é de estar em um hotel. Das janelas, é possível ver o parque Villa-Lobos, que fica próximo. Cada suíte pode receber até duas pessoas e ser personalizado com fotos, quadros e móveis próprios. "Queremos respeitar as biografias, o que cada um fez antes de chegar aqui", diz Soares.
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A vida é muito curta para ser bege
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Bom mesmo é gente que toma partido, escolhe lado, compra briga. Gente passional a mosca morta. Você nunca sabe o que a mosca morta pensa, sente, planeja, imagina, porque sempre dá meio sorriso, meio abraço, usa meias palavras. Chega quietinha, senta de fininho, fala de mansinho. Ninguém percebe. Melhor quem vem fazendo vento, batendo porta, falando alto. Que anda decidida, aperta a mão com firmeza, olha dentro dos olhos. Que gosta ou não. Quer ou não. Fica ou vai. E se fica, mete o pé. Não é à toa que essa gente café com leite é bege. Bege de alma. Invejo gente bege, dá menos trabalho. Nunca chama atenção, veste preto e branco, sorri apertado, anda miúdo, fala em si menor –a tonalidade do sofrimento passivo. Não sua, não se descabela, não é desagradável, não interrompe os outros, não derruba a faca no chão, não repete o prato, não senta na janela do avião. Você nunca sabe se está satisfeito ou só com vontade de fazer pum. A expressão é sempre a mesma, com algumas variáveis. Contida. Sonsa. Paisagem. Gente assim é promovida, namora, casa, tem uns amigos, é promovida de novo. Sem emoção. Não sei se é porque não incomodam ou porque são esquecidos. Pelos chefes, pelos amores, pelos amigos. Muitas vezes uns mosca morta também. Ou que prefere não se incomodar. Já perdi amores, empregos, amigos. Por falar demais, palpitar demais, me aborrecer muito, suar demais e porque sempre quero sentar na janelinha mesmo tendo a bexiga pequena. Sou espaçosa, me disse um amigo. Não foi um elogio. Sou mais. Desastrada, superlativa, exagerada. Mas não tem surpresa ruim. Nunca vou abandonar um amigo, deixar um chefe na mão, trair um amor. Faço barulho, não é por mal. Se não for pra causar, nem vou. Muita gente não entende. Prefere o mosca morta, o sonso, o contido, o cara de paisagem, o bege. A vida é muito curta para ser bege. Gente bege não deixa lembrança, não deixa saudade. Gente bege não faz diferença, só faz número.
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A vida é muito curta para ser begeBom mesmo é gente que toma partido, escolhe lado, compra briga. Gente passional a mosca morta. Você nunca sabe o que a mosca morta pensa, sente, planeja, imagina, porque sempre dá meio sorriso, meio abraço, usa meias palavras. Chega quietinha, senta de fininho, fala de mansinho. Ninguém percebe. Melhor quem vem fazendo vento, batendo porta, falando alto. Que anda decidida, aperta a mão com firmeza, olha dentro dos olhos. Que gosta ou não. Quer ou não. Fica ou vai. E se fica, mete o pé. Não é à toa que essa gente café com leite é bege. Bege de alma. Invejo gente bege, dá menos trabalho. Nunca chama atenção, veste preto e branco, sorri apertado, anda miúdo, fala em si menor –a tonalidade do sofrimento passivo. Não sua, não se descabela, não é desagradável, não interrompe os outros, não derruba a faca no chão, não repete o prato, não senta na janela do avião. Você nunca sabe se está satisfeito ou só com vontade de fazer pum. A expressão é sempre a mesma, com algumas variáveis. Contida. Sonsa. Paisagem. Gente assim é promovida, namora, casa, tem uns amigos, é promovida de novo. Sem emoção. Não sei se é porque não incomodam ou porque são esquecidos. Pelos chefes, pelos amores, pelos amigos. Muitas vezes uns mosca morta também. Ou que prefere não se incomodar. Já perdi amores, empregos, amigos. Por falar demais, palpitar demais, me aborrecer muito, suar demais e porque sempre quero sentar na janelinha mesmo tendo a bexiga pequena. Sou espaçosa, me disse um amigo. Não foi um elogio. Sou mais. Desastrada, superlativa, exagerada. Mas não tem surpresa ruim. Nunca vou abandonar um amigo, deixar um chefe na mão, trair um amor. Faço barulho, não é por mal. Se não for pra causar, nem vou. Muita gente não entende. Prefere o mosca morta, o sonso, o contido, o cara de paisagem, o bege. A vida é muito curta para ser bege. Gente bege não deixa lembrança, não deixa saudade. Gente bege não faz diferença, só faz número.
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Governo mobiliza aliados para aprovar nome de Fachin no Senado
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O Palácio do Planalto espera aprovar o nome de Luiz Edson Fachin para o STF (Supremo Tribunal Federal) com uma margem pequena de votos, mas suficiente para garantir a ida do advogado para a Corte. O governo mobilizou aliados em todos os partidos governistas para estarem presentes no Senado nesta terça (19), quando o plenário deve analisar a indicação de Fachin para o STF. Nos cálculos do governo, o advogado deve receber cerca de 21 votos contrários ao Senado, garantindo entre 58 e 60 ao seu favor. Fachin precisa de pelo menos 41 votos favoráveis para ser aprovado, como previsto pelas regras do Senado para a análise de indicações de autoridades ao Executivo e Judiciário. A mobilização governista é resultado do temor de que, com o plenário mais esvaziado, Fachin não alcance o número mínimo de votos. Cabe ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), incluir a análise da indicação do advogado na pauta de votações da Casa. "A gente está trabalhando para aprovar o nome do Fachin amanhã. Estamos contando os votos, garantindo presença forte dos senadores. Alguns estavam viajando, nós estamos os trazendo de volta, porque a presença deles é muito importante", disse o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS). Líderes governistas estão monitorando senadores individualmente, fazendo ligações e cobrando a presença no plenário. Nos bastidores, fazem cálculos atualizados do placar da votação de acordo com as conversas com cada parlamentar, mas não trabalham com o adiamento da análise da indicação. "É evidente que não pode brincar, o cenário exige muito cuidado e atenção", completou Delcídio. Renan trabalha nos bastidores contra a aprovação de Fachin, o que poderia ser motivo para aproveitar o baixo quorum para realizar a votação. O peemedebista está em rota de colisão com o Palácio do Planalto desde que seu nome foi incluído entre os investigados pelo STF na Operação Lava Jato. Oficialmente, o senador afirma que age com "neutralidade e isenção" em relação à indicação de Fachin. Aliados do peemedebista, porém, admitem que Renan vem trabalhado contra o nome do advogado para demonstrar seu poder de força política no Senado. A votação é secreta, o que abre caminho para traições inclusive dentro da base governista. "Há um número grande de senadores da base governista e estamos mobilizando aliados. Se o presidente Renan colocar em votação, teremos número para aprovar a indicação", disse o líder do PT, Humberto Costa (PE). A indicação de Fachin para o STF foi tema de reunião do vice-presidente Michel Temer, na tarde desta segunda, com líderes de partidos aliados no Senado. Também participaram do encontro os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Aloizio Mercadante (Casa Civil) e o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Diogo Oliveira. OPOSIÇÃO Senadores da oposição prometem votar unidos contra Fachin, com exceção de Álvaro Dias (PSDB-PR), relator da indicação no Senado. Dias foi governador do Paraná em parte do período em que o advogado foi procurador do Estado. O tucano se transformou em um dos principais cabos eleitorais do indicado no Senado e defende o nome de Fachin dentro do PSDB –apesar da cúpula da sigla ser contrária à escolha do advogado pela presidente Dilma Rousseff. "Acho que ele vai ser aprovado de forma tranquila. O quórum não vai estar baixo, não há hipótese de adiamento. Ele esclareceu tudo o que foi necessário durante sua sabatina no Senado", afirmou Dias.
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Governo mobiliza aliados para aprovar nome de Fachin no SenadoO Palácio do Planalto espera aprovar o nome de Luiz Edson Fachin para o STF (Supremo Tribunal Federal) com uma margem pequena de votos, mas suficiente para garantir a ida do advogado para a Corte. O governo mobilizou aliados em todos os partidos governistas para estarem presentes no Senado nesta terça (19), quando o plenário deve analisar a indicação de Fachin para o STF. Nos cálculos do governo, o advogado deve receber cerca de 21 votos contrários ao Senado, garantindo entre 58 e 60 ao seu favor. Fachin precisa de pelo menos 41 votos favoráveis para ser aprovado, como previsto pelas regras do Senado para a análise de indicações de autoridades ao Executivo e Judiciário. A mobilização governista é resultado do temor de que, com o plenário mais esvaziado, Fachin não alcance o número mínimo de votos. Cabe ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), incluir a análise da indicação do advogado na pauta de votações da Casa. "A gente está trabalhando para aprovar o nome do Fachin amanhã. Estamos contando os votos, garantindo presença forte dos senadores. Alguns estavam viajando, nós estamos os trazendo de volta, porque a presença deles é muito importante", disse o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS). Líderes governistas estão monitorando senadores individualmente, fazendo ligações e cobrando a presença no plenário. Nos bastidores, fazem cálculos atualizados do placar da votação de acordo com as conversas com cada parlamentar, mas não trabalham com o adiamento da análise da indicação. "É evidente que não pode brincar, o cenário exige muito cuidado e atenção", completou Delcídio. Renan trabalha nos bastidores contra a aprovação de Fachin, o que poderia ser motivo para aproveitar o baixo quorum para realizar a votação. O peemedebista está em rota de colisão com o Palácio do Planalto desde que seu nome foi incluído entre os investigados pelo STF na Operação Lava Jato. Oficialmente, o senador afirma que age com "neutralidade e isenção" em relação à indicação de Fachin. Aliados do peemedebista, porém, admitem que Renan vem trabalhado contra o nome do advogado para demonstrar seu poder de força política no Senado. A votação é secreta, o que abre caminho para traições inclusive dentro da base governista. "Há um número grande de senadores da base governista e estamos mobilizando aliados. Se o presidente Renan colocar em votação, teremos número para aprovar a indicação", disse o líder do PT, Humberto Costa (PE). A indicação de Fachin para o STF foi tema de reunião do vice-presidente Michel Temer, na tarde desta segunda, com líderes de partidos aliados no Senado. Também participaram do encontro os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Aloizio Mercadante (Casa Civil) e o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Diogo Oliveira. OPOSIÇÃO Senadores da oposição prometem votar unidos contra Fachin, com exceção de Álvaro Dias (PSDB-PR), relator da indicação no Senado. Dias foi governador do Paraná em parte do período em que o advogado foi procurador do Estado. O tucano se transformou em um dos principais cabos eleitorais do indicado no Senado e defende o nome de Fachin dentro do PSDB –apesar da cúpula da sigla ser contrária à escolha do advogado pela presidente Dilma Rousseff. "Acho que ele vai ser aprovado de forma tranquila. O quórum não vai estar baixo, não há hipótese de adiamento. Ele esclareceu tudo o que foi necessário durante sua sabatina no Senado", afirmou Dias.
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Bayern leva o gol mais rápido do Alemão, mas vira e mantém 100%
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Apesar de levar o gol mais rápido da história do Campeonato Alemão, o Bayern de Munique venceu o Hoffenheim por 2 a 1, fora de casa, neste sábado (22), e permanece 100% na competição nacional. O gol do time mandante saiu logo aos 9 segundos de jogo. Volland aproveitou um erro da zaga bávara e abriu o placar. O empate do time comandado por Pep Guardiola veio ainda no primeiro tempo. O brasileiro Douglas Costa chutou com força e o goleiro rebateu nos pés de Muller, que aproveitou a meta aberta para deixar tudo igual. Na etapa final, o Hoffenheim teve a chance de vencer a partida. Aos 26 min, Boateng fez falta na entrada da área e levou amarelo. Na cobrança, o mesmo Boateng colocou a mão na bola dentro da área e o juiz anotou o pênalti e expulsou o zagueiro. Na cobrança, Polanski desperdiçou. Com a inferioridade numérica, o Bayern foi pra cima dos donos da casa e virou o duelo aos 45 min. Douglas Costa, agora pela direita, driblou o marcador e cruzou rasteiro na área. Lewandowski chutou de primeira e deu números finais à partida. O resultado deixa os bávaros na liderança, com seis pontos, ao lado do Bayer Leverkusen. Já o Hoffenheim ainda não pontuou na competição e é o primeiro time na zona de rebaixamento, na 16ª colocação. Na próxima rodada, o Bayern de Munique encara o Bayer Leverkusen, no sábado (29), pela disputa do topo da tabela. No mesmo dia, a equipe de Hoffenheim visita o Darmstadt. SEGUNDA RODADA DO CAMPEONATO ALEMÃO SEXTA (21) Herta Berlim 1x1 Werder Bremen SÁBADO (22) Schalke 04 1x1 Darmstadt Eintracht Frankfurt 1x1 Augsburg Colonia 1x1 Wolfsburg Hanover 0x1 Bayer Leverkusen Hoffenheim 1x2 Bayern de Munique Hamburgo 3x2 Stuttgart DOMINGO (23) Ingolstadt x Borussia Dortmund Borussia Mönchengladbach 1x2 mainz
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esporte
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Bayern leva o gol mais rápido do Alemão, mas vira e mantém 100%Apesar de levar o gol mais rápido da história do Campeonato Alemão, o Bayern de Munique venceu o Hoffenheim por 2 a 1, fora de casa, neste sábado (22), e permanece 100% na competição nacional. O gol do time mandante saiu logo aos 9 segundos de jogo. Volland aproveitou um erro da zaga bávara e abriu o placar. O empate do time comandado por Pep Guardiola veio ainda no primeiro tempo. O brasileiro Douglas Costa chutou com força e o goleiro rebateu nos pés de Muller, que aproveitou a meta aberta para deixar tudo igual. Na etapa final, o Hoffenheim teve a chance de vencer a partida. Aos 26 min, Boateng fez falta na entrada da área e levou amarelo. Na cobrança, o mesmo Boateng colocou a mão na bola dentro da área e o juiz anotou o pênalti e expulsou o zagueiro. Na cobrança, Polanski desperdiçou. Com a inferioridade numérica, o Bayern foi pra cima dos donos da casa e virou o duelo aos 45 min. Douglas Costa, agora pela direita, driblou o marcador e cruzou rasteiro na área. Lewandowski chutou de primeira e deu números finais à partida. O resultado deixa os bávaros na liderança, com seis pontos, ao lado do Bayer Leverkusen. Já o Hoffenheim ainda não pontuou na competição e é o primeiro time na zona de rebaixamento, na 16ª colocação. Na próxima rodada, o Bayern de Munique encara o Bayer Leverkusen, no sábado (29), pela disputa do topo da tabela. No mesmo dia, a equipe de Hoffenheim visita o Darmstadt. SEGUNDA RODADA DO CAMPEONATO ALEMÃO SEXTA (21) Herta Berlim 1x1 Werder Bremen SÁBADO (22) Schalke 04 1x1 Darmstadt Eintracht Frankfurt 1x1 Augsburg Colonia 1x1 Wolfsburg Hanover 0x1 Bayer Leverkusen Hoffenheim 1x2 Bayern de Munique Hamburgo 3x2 Stuttgart DOMINGO (23) Ingolstadt x Borussia Dortmund Borussia Mönchengladbach 1x2 mainz
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Corinthians e Palmeiras estreiam em casa no Brasileiro; São Paulo joga fora
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A CBF divulgou nesta quinta (10) a tabela da primeira rodada do Campeonato Brasileiro de 2016. A competição começa em 14 de maio. O Corinthians, atual campeão, recebe o Grêmio na estreia. Ainda não foram definidas as datas exatas das partidas, que serão realizadas sábado (14) e domingo (15). O Palmeiras também atua como como mandante, contra o Atlético-PR. Já o São Paulo joga fora contra o Botafogo, e o Santos será visitante diante do Atlético-MG, em jogo que marcará o reencontro de Robinho com os santistas. A tabela completa será oficializada pela entidade nesta sexta (11). 1ª RODADA (14 e 15 maio) Botafogo x São Paulo Flamengo x Sport Corinthians x Grêmio Palmeiras x Atlético-PR Internacional x Chapecoense Coritiba x Cruzeiro Figueirense x Ponte Preta América-MG x Fluminense Atlético-MG x Santos Santa Cruz x Vitória
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Corinthians e Palmeiras estreiam em casa no Brasileiro; São Paulo joga foraA CBF divulgou nesta quinta (10) a tabela da primeira rodada do Campeonato Brasileiro de 2016. A competição começa em 14 de maio. O Corinthians, atual campeão, recebe o Grêmio na estreia. Ainda não foram definidas as datas exatas das partidas, que serão realizadas sábado (14) e domingo (15). O Palmeiras também atua como como mandante, contra o Atlético-PR. Já o São Paulo joga fora contra o Botafogo, e o Santos será visitante diante do Atlético-MG, em jogo que marcará o reencontro de Robinho com os santistas. A tabela completa será oficializada pela entidade nesta sexta (11). 1ª RODADA (14 e 15 maio) Botafogo x São Paulo Flamengo x Sport Corinthians x Grêmio Palmeiras x Atlético-PR Internacional x Chapecoense Coritiba x Cruzeiro Figueirense x Ponte Preta América-MG x Fluminense Atlético-MG x Santos Santa Cruz x Vitória
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PM mata suspeito mascarado na zona sul de SP
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Um policial militar matou um suspeito que usava máscara em uma tentativa de roubo, na região de Cidade Dutra, zona sul de São Paulo, na noite de segunda-feira (23). Ao menos outros dois suspeitos estão foragidos. Por volta das 23h, o policial estava estacionando o carro na rua Júlio Kazakevicius quando foi abordado por um suspeito que usava uma máscara. O PM reagiu e atirou contra o suspeito, que morreu antes da chegada do resgate. Com ele, foi apreendida uma arma de brinquedo. O caso foi registrado no 101º DP (Jardim das Embuias). A polícia informou que foram registrados outros boletins de ocorrência de roubos na região com criminosos usando máscaras.
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PM mata suspeito mascarado na zona sul de SPUm policial militar matou um suspeito que usava máscara em uma tentativa de roubo, na região de Cidade Dutra, zona sul de São Paulo, na noite de segunda-feira (23). Ao menos outros dois suspeitos estão foragidos. Por volta das 23h, o policial estava estacionando o carro na rua Júlio Kazakevicius quando foi abordado por um suspeito que usava uma máscara. O PM reagiu e atirou contra o suspeito, que morreu antes da chegada do resgate. Com ele, foi apreendida uma arma de brinquedo. O caso foi registrado no 101º DP (Jardim das Embuias). A polícia informou que foram registrados outros boletins de ocorrência de roubos na região com criminosos usando máscaras.
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Governo quer vender pelo menos três áreas do pré-sal por ano até 2019
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O secretário de petróleo e gás do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Felix, disse nesta sexta (17) que o governo quer definir em abril um calendário de leilões de áreas novas do pré-sal entre 2017 e 2019. A ideia, segundo ele, é oferecer três ou quatro áreas por leilão. A proposta será levada ao CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) em abril, informou o secretário em entrevista durante evento promovido pelo IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo), que representa as petroleiras. Até setembro, o governo deve realizar a segunda rodada de licitações do pré-sal, com a oferta de quatro pedaços de reservas já descobertas que se estendem para áreas da União - as chamadas áreas unitizáveis. A proposta que será feita ao CNPE compreende a terceira, a quarta e a quinta rodadas de licitação do pré-sal. A primeira deve ser realizada ainda em novembro e as outras duas, nos dois anos seguintes. Marcio Felix não quis adiantar quais serão as áreas novas, limitando-se a dizer que a ideia é ofertar entre três ou quatro por ano. Em maio, um grupo de trabalho formado no governo para definir a política de exploração de petróleo do país deve concluir seus trabalhos e apresentar proposta para um calendário de leilões mais longo, compreendendo os próximos dez anos.
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Governo quer vender pelo menos três áreas do pré-sal por ano até 2019O secretário de petróleo e gás do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Felix, disse nesta sexta (17) que o governo quer definir em abril um calendário de leilões de áreas novas do pré-sal entre 2017 e 2019. A ideia, segundo ele, é oferecer três ou quatro áreas por leilão. A proposta será levada ao CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) em abril, informou o secretário em entrevista durante evento promovido pelo IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo), que representa as petroleiras. Até setembro, o governo deve realizar a segunda rodada de licitações do pré-sal, com a oferta de quatro pedaços de reservas já descobertas que se estendem para áreas da União - as chamadas áreas unitizáveis. A proposta que será feita ao CNPE compreende a terceira, a quarta e a quinta rodadas de licitação do pré-sal. A primeira deve ser realizada ainda em novembro e as outras duas, nos dois anos seguintes. Marcio Felix não quis adiantar quais serão as áreas novas, limitando-se a dizer que a ideia é ofertar entre três ou quatro por ano. Em maio, um grupo de trabalho formado no governo para definir a política de exploração de petróleo do país deve concluir seus trabalhos e apresentar proposta para um calendário de leilões mais longo, compreendendo os próximos dez anos.
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Participante se mantém na liderança de simulador da Bolsa pela 12ª semana
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O participante Laercio Marinzek viu o ganho de sua carteira ceder de 306,5% para 296,4%, mas manteve pela 12ª semana seguida a liderança no ranking do simulador Folhainvest, parceria da Folha com a BM&FBovespa. Marinzek ampliou a vantagem sobre o segundo colocado, Odair Machado, que tem 288,3% de ganho. Em seguida, Henry Horaguchi tem 189,9% e Santiago Carreiro, 189,5%. Em quinto, Salvador Couñago sobe 189,2% no ano. Os interessados podem se cadastrar no site do simulador (www.folhainvest.com.br). A premiação inclui cursos sobre investimentos, acesso a banco de dados de cotações e iPads, mas pode haver substituição por produtos equivalentes ou com valor financeiro similar. Confira o ranking de 2015: Atualizado em 26/6
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Participante se mantém na liderança de simulador da Bolsa pela 12ª semanaO participante Laercio Marinzek viu o ganho de sua carteira ceder de 306,5% para 296,4%, mas manteve pela 12ª semana seguida a liderança no ranking do simulador Folhainvest, parceria da Folha com a BM&FBovespa. Marinzek ampliou a vantagem sobre o segundo colocado, Odair Machado, que tem 288,3% de ganho. Em seguida, Henry Horaguchi tem 189,9% e Santiago Carreiro, 189,5%. Em quinto, Salvador Couñago sobe 189,2% no ano. Os interessados podem se cadastrar no site do simulador (www.folhainvest.com.br). A premiação inclui cursos sobre investimentos, acesso a banco de dados de cotações e iPads, mas pode haver substituição por produtos equivalentes ou com valor financeiro similar. Confira o ranking de 2015: Atualizado em 26/6
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Google terá de pagar R$ 250 mil a Cicarelli por vídeo íntimo na praia
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O desfecho da batalha jurídica que Daniela Cicarelli travou contra o Google por conta da publicação de um vídeo íntimo não foi aquele que a modelo e apresentadora esperava. Cicarelli pedia, em recurso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), quase R$ 94 milhões em razão de a empresa, segundo ela, não ter retirado do ar as cenas em que ela e o ex-namorado aparecem em cenas quentes em uma praia da Espanha. O valor corresponderia à soma da multa diária estabelecida, em 2008, pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), caso o Google descumprisse a ordem de retirar o vídeo e impedir que ele fosse recolado nos servidores do YouTube. A 4ª turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu, na tarde desta terça-feira (13), que cada um dos reclamantes deveria receber o valor de uma multa –R$250 mil para Cicarelli e o mesmo montante para seu namorado de então, o empresário Tato Malzoni, que aparece com ela no vídeo. A informação é da assessoria do tribunal. Os valores a serem pagos terão correção monetária a partir da data deste julgamento. Para o Google, a decisão é "muito importante pela drástica redução no valor da multa". Procurados, os advogados da apresentadora e do empresário não responderam aos pedidos da Folha para comentar o assunto. FORA DO AR Em 18 de setembro de 2006, um vídeo mostrou cenas íntimas entre Cicarelli e o namorado em uma praia. As imagens foram feitas por um paparazzo e colocadas inicialmente no site de compartilhamento de vídeos do Google. Por causa de um ação judicial, o material foi retirado do ar, mas internautas insistiram em postar o vídeo disfarçado. Em janeiro de 2007, uma decisão judicial provocou uma suspensão temporária do serviço do site, devido à exibição do vídeo de Cicarelli, irritando usuários, que protestaram contra a modelo, que chegou a negar ser autora do processo judicial, mas depois pediu desculpas aos internautas.
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Google terá de pagar R$ 250 mil a Cicarelli por vídeo íntimo na praiaO desfecho da batalha jurídica que Daniela Cicarelli travou contra o Google por conta da publicação de um vídeo íntimo não foi aquele que a modelo e apresentadora esperava. Cicarelli pedia, em recurso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), quase R$ 94 milhões em razão de a empresa, segundo ela, não ter retirado do ar as cenas em que ela e o ex-namorado aparecem em cenas quentes em uma praia da Espanha. O valor corresponderia à soma da multa diária estabelecida, em 2008, pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), caso o Google descumprisse a ordem de retirar o vídeo e impedir que ele fosse recolado nos servidores do YouTube. A 4ª turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu, na tarde desta terça-feira (13), que cada um dos reclamantes deveria receber o valor de uma multa –R$250 mil para Cicarelli e o mesmo montante para seu namorado de então, o empresário Tato Malzoni, que aparece com ela no vídeo. A informação é da assessoria do tribunal. Os valores a serem pagos terão correção monetária a partir da data deste julgamento. Para o Google, a decisão é "muito importante pela drástica redução no valor da multa". Procurados, os advogados da apresentadora e do empresário não responderam aos pedidos da Folha para comentar o assunto. FORA DO AR Em 18 de setembro de 2006, um vídeo mostrou cenas íntimas entre Cicarelli e o namorado em uma praia. As imagens foram feitas por um paparazzo e colocadas inicialmente no site de compartilhamento de vídeos do Google. Por causa de um ação judicial, o material foi retirado do ar, mas internautas insistiram em postar o vídeo disfarçado. Em janeiro de 2007, uma decisão judicial provocou uma suspensão temporária do serviço do site, devido à exibição do vídeo de Cicarelli, irritando usuários, que protestaram contra a modelo, que chegou a negar ser autora do processo judicial, mas depois pediu desculpas aos internautas.
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Brasil cumpriu Constituição ao depor Dilma, diz vice-presidente dos EUA
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O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta (7) que a transição de poder no Brasil seguiu as normas da Constituição e que o governo americano espera trabalhar "de forma próxima" com o presidente Michel Temer. O discurso de Biden ocorreu na abertura da conferência anual do CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina), em Washington, no qual o vice americano reiterou que o impeachment de Dilma Rousseff não irá alterar as relações bilaterais. "No Brasil, o povo seguiu sua Constituição para navegar num momento econômico e político difícil, cumprindo os procedimentos estabelecidos para a transição de poder", disse. "Os Estados Unidos vão continuar a trabalhar de modo próximo com presidente Temer, enquanto o governo do Brasil enfrenta desafios urgentes". O Brasil foi o primeiro país citado quando Biden falou dos desafios na América Latina, destacando a importância do país para os EUA. "O Brasil é e continuará sendo um dos parceiros mais próximos dos Estados Unidos na região. Entre democracias, as parcerias não são baseadas em relações entre dois líderes, mas em relações duradouras entre dois povos." Biden foi pivô de um episódio citado pelo então vice-presidente Temer na carta que enviou a Dilma no fim do ano passado, queixando-se de que havia sido desprezado por ela no governo. O ressentimento foi causado por um encontro de duas horas com Biden que Dilma teve em sua posse, e para o qual Temer não foi convidado. "Tudo isso tem significado de absoluta falta de confiança", desabafou o atual presidente na época. Um dos participantes da conferência foi Nelson Jobim, ex-ministro do Supremo e que foi ministro da Justiça no governo de Dilma. Ele considera o processo de impeachment legítimo, mas prevê que a narrativa do golpe adotada pela presidente afastada deve manter uma sombra sobre o governo de Temer por algum tempo. "A opção pelo discurso do golpe foi a última saída. Ele vai continuar porque é o único discurso que sobrou", afirmou Jobim. "O governo vai ter que ter muita habilidade para administrar isso. Por enquanto esse discurso [do golpe] está dando certo, mas se o Brasil começar a dar certo e a recessão passar, isso entra para a história". DEFESA NA OEA Também nesta quarta, o embaixador do Brasil na OEA (Organização dos Estados Americanos), José Luiz Machado e Costa, rebateu as críticas de países vizinhos ao impeachment de Dilma Rousseff, afirmando que ele transcorreu "sem rupturas ou sobressaltos" e seguiu o processo legal previsto na Constituição. "Todas as correntes de opinião, inclusive autoridades estrangeiras, têm se referido ao Brasil sem qualquer obstáculo ou constrangimento", disse o diplomata no plenário da OEA. "O Brasil, contudo, lamenta manifestações de alguns países vizinhos e amigos que atribuímos a um profundo desconhecimento do funcionamento de nossas instituições e da vitalidade de nosso sistema democrático." Após a votação no Senado que afastou Dilma definitivamente da Presidência, Venezuela, Bolívia e Equador chamaram de volta seus embaixadores no Brasil, em protesto contra o impeachment. Na sessão desta quarta do Conselho Permanente da OEA, os três países, mais a Nicarágua, pediram a palavra para reiterar que consideram que Dilma foi vítima de um golpe. De outro lado, se manifestaram em defesa da legitimidade do processo os representantes de EUA, Argentina, Colômbia, Chile, Paraguai, México, Granada e Jamaica. "O voto é muito importante numa democracia eleita, isso é fato. Mas o sistema constitucional é maior que isso", disse o representante dos EUA, Kevin Sullivan. Acrescentou que há outras ações constitucionais, como o impeachment, que tem o mesmo valor quando ocorrem "nos termos da lei".
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Brasil cumpriu Constituição ao depor Dilma, diz vice-presidente dos EUAO vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta (7) que a transição de poder no Brasil seguiu as normas da Constituição e que o governo americano espera trabalhar "de forma próxima" com o presidente Michel Temer. O discurso de Biden ocorreu na abertura da conferência anual do CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina), em Washington, no qual o vice americano reiterou que o impeachment de Dilma Rousseff não irá alterar as relações bilaterais. "No Brasil, o povo seguiu sua Constituição para navegar num momento econômico e político difícil, cumprindo os procedimentos estabelecidos para a transição de poder", disse. "Os Estados Unidos vão continuar a trabalhar de modo próximo com presidente Temer, enquanto o governo do Brasil enfrenta desafios urgentes". O Brasil foi o primeiro país citado quando Biden falou dos desafios na América Latina, destacando a importância do país para os EUA. "O Brasil é e continuará sendo um dos parceiros mais próximos dos Estados Unidos na região. Entre democracias, as parcerias não são baseadas em relações entre dois líderes, mas em relações duradouras entre dois povos." Biden foi pivô de um episódio citado pelo então vice-presidente Temer na carta que enviou a Dilma no fim do ano passado, queixando-se de que havia sido desprezado por ela no governo. O ressentimento foi causado por um encontro de duas horas com Biden que Dilma teve em sua posse, e para o qual Temer não foi convidado. "Tudo isso tem significado de absoluta falta de confiança", desabafou o atual presidente na época. Um dos participantes da conferência foi Nelson Jobim, ex-ministro do Supremo e que foi ministro da Justiça no governo de Dilma. Ele considera o processo de impeachment legítimo, mas prevê que a narrativa do golpe adotada pela presidente afastada deve manter uma sombra sobre o governo de Temer por algum tempo. "A opção pelo discurso do golpe foi a última saída. Ele vai continuar porque é o único discurso que sobrou", afirmou Jobim. "O governo vai ter que ter muita habilidade para administrar isso. Por enquanto esse discurso [do golpe] está dando certo, mas se o Brasil começar a dar certo e a recessão passar, isso entra para a história". DEFESA NA OEA Também nesta quarta, o embaixador do Brasil na OEA (Organização dos Estados Americanos), José Luiz Machado e Costa, rebateu as críticas de países vizinhos ao impeachment de Dilma Rousseff, afirmando que ele transcorreu "sem rupturas ou sobressaltos" e seguiu o processo legal previsto na Constituição. "Todas as correntes de opinião, inclusive autoridades estrangeiras, têm se referido ao Brasil sem qualquer obstáculo ou constrangimento", disse o diplomata no plenário da OEA. "O Brasil, contudo, lamenta manifestações de alguns países vizinhos e amigos que atribuímos a um profundo desconhecimento do funcionamento de nossas instituições e da vitalidade de nosso sistema democrático." Após a votação no Senado que afastou Dilma definitivamente da Presidência, Venezuela, Bolívia e Equador chamaram de volta seus embaixadores no Brasil, em protesto contra o impeachment. Na sessão desta quarta do Conselho Permanente da OEA, os três países, mais a Nicarágua, pediram a palavra para reiterar que consideram que Dilma foi vítima de um golpe. De outro lado, se manifestaram em defesa da legitimidade do processo os representantes de EUA, Argentina, Colômbia, Chile, Paraguai, México, Granada e Jamaica. "O voto é muito importante numa democracia eleita, isso é fato. Mas o sistema constitucional é maior que isso", disse o representante dos EUA, Kevin Sullivan. Acrescentou que há outras ações constitucionais, como o impeachment, que tem o mesmo valor quando ocorrem "nos termos da lei".
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EUA aliviam restrições a viagens e negócios de americanos com Cuba
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A Casa Branca anunciou nesta sexta-feira a remoção de uma série de restrições legais ao comércio bilateral com Cuba, às viagens de americanos para o país e a operação de empresas americanas, assim como a eliminação de limites para determinados tipos de remessas de dinheiro. As mudanças devem passar a valer a partir da próxima segunda-feira (21). Esta é a mais ampla operação de remoção de entraves comerciais, de viagens e de operações financeiras desde que os dois países iniciaram um histórico processo de aproximação em dezembro passado, depois de 50 anos de ruptura. Os dois países já haviam restabelecido formalmente suas relações diplomáticas em 20 de julho. Na quinta-feira (17), José Ramón Cabañas, apresentou ao presidente Barack Obama suas credenciais na Casa Branca, tornando-se oficialmente o primeiro embaixador de Cuba no país em cinco décadas. As medidas adotadas pelos departamentos do Tesouro e Comércio americanos, no entanto, não afetam a maior parte do embargo econômico e financeiro adotado pelos Estados Unidos desde 1961, o qual, sendo lei, pode ser eliminado apenas pelo Congresso. De acordo com as novas medidas, que entram em vigor na próxima segunda-feira, os limites dos montantes das transferências autorizadas de imigrantes para familiares em Cuba serão eliminadas e cidadãos americanos estarão autorizados a abrir lojas e contas bancárias em território cubano. O limite de US$ 2.000 de envio de dinheiro para Cuba por trimestre será eliminado, assim como o máximo de efetivo que poderia ser levado à ilha (US$ 3.000 para cubanos e US$ 10 mil para pessoas sujeitas à lei americana). As novas normas, no entanto, mantêm o veto às remessas a funcionários do governo e do Partido Comunista de Cuba. "As remessas de Cuba ou por cidadãos cubanos em outros países para os Estados Unidos serão autorizadas mediante uma licença geral, e as instituições financeiras poderão proporcionar os serviços", informou o departamento do Tesouro. O alívio às restrições foi um dos temas de uma conversa na tarde desta sexta entre Obama e o ditador cubano, Raúl Castro. No telefonema, eles falaram ainda sobre a visita do papa Francisco aos dois países, que começa neste sábado (19) por Havana. TRANSPORTE Da mesma forma, o novo pacote de medidas autoriza mediante licença geral o transporte por barco de viajantes autorizados. Estes poderão abrir e manter contas bancárias em Cuba para ter acesso a fundos para transações, enquanto se encontrarem no país, de acordo com a nova normativa. Dessa forma, os cidadãos americanos passam a ser autorizados a ter "presença comercial" em Cuba, incluindo o estabelecimento de empresas de capital misto, para proporcionar serviços de telecomunicações, por exemplo. Agências de notícias, exportadores de produtos autorizados e empresas de serviços educacionais poderão iniciar atividades comerciais em Cuba, com contas bancárias e permissão para empregar tanto cubanos como americanos para suas operações. O secretário americano do Tesouro, Jacob Lew, assinalou em uma nota oficial que "uma relação mais forte e mais aberta entre Estados Unidos e Cuba tem potencial de criar oportunidades econômicas para americanos e cubanos". Por sua parte, a secretária de Comércio, Penny Pritzker, destacou que as decisões anunciadas poderão "estimular as necessárias reformas econômicas" na ilha.
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EUA aliviam restrições a viagens e negócios de americanos com CubaA Casa Branca anunciou nesta sexta-feira a remoção de uma série de restrições legais ao comércio bilateral com Cuba, às viagens de americanos para o país e a operação de empresas americanas, assim como a eliminação de limites para determinados tipos de remessas de dinheiro. As mudanças devem passar a valer a partir da próxima segunda-feira (21). Esta é a mais ampla operação de remoção de entraves comerciais, de viagens e de operações financeiras desde que os dois países iniciaram um histórico processo de aproximação em dezembro passado, depois de 50 anos de ruptura. Os dois países já haviam restabelecido formalmente suas relações diplomáticas em 20 de julho. Na quinta-feira (17), José Ramón Cabañas, apresentou ao presidente Barack Obama suas credenciais na Casa Branca, tornando-se oficialmente o primeiro embaixador de Cuba no país em cinco décadas. As medidas adotadas pelos departamentos do Tesouro e Comércio americanos, no entanto, não afetam a maior parte do embargo econômico e financeiro adotado pelos Estados Unidos desde 1961, o qual, sendo lei, pode ser eliminado apenas pelo Congresso. De acordo com as novas medidas, que entram em vigor na próxima segunda-feira, os limites dos montantes das transferências autorizadas de imigrantes para familiares em Cuba serão eliminadas e cidadãos americanos estarão autorizados a abrir lojas e contas bancárias em território cubano. O limite de US$ 2.000 de envio de dinheiro para Cuba por trimestre será eliminado, assim como o máximo de efetivo que poderia ser levado à ilha (US$ 3.000 para cubanos e US$ 10 mil para pessoas sujeitas à lei americana). As novas normas, no entanto, mantêm o veto às remessas a funcionários do governo e do Partido Comunista de Cuba. "As remessas de Cuba ou por cidadãos cubanos em outros países para os Estados Unidos serão autorizadas mediante uma licença geral, e as instituições financeiras poderão proporcionar os serviços", informou o departamento do Tesouro. O alívio às restrições foi um dos temas de uma conversa na tarde desta sexta entre Obama e o ditador cubano, Raúl Castro. No telefonema, eles falaram ainda sobre a visita do papa Francisco aos dois países, que começa neste sábado (19) por Havana. TRANSPORTE Da mesma forma, o novo pacote de medidas autoriza mediante licença geral o transporte por barco de viajantes autorizados. Estes poderão abrir e manter contas bancárias em Cuba para ter acesso a fundos para transações, enquanto se encontrarem no país, de acordo com a nova normativa. Dessa forma, os cidadãos americanos passam a ser autorizados a ter "presença comercial" em Cuba, incluindo o estabelecimento de empresas de capital misto, para proporcionar serviços de telecomunicações, por exemplo. Agências de notícias, exportadores de produtos autorizados e empresas de serviços educacionais poderão iniciar atividades comerciais em Cuba, com contas bancárias e permissão para empregar tanto cubanos como americanos para suas operações. O secretário americano do Tesouro, Jacob Lew, assinalou em uma nota oficial que "uma relação mais forte e mais aberta entre Estados Unidos e Cuba tem potencial de criar oportunidades econômicas para americanos e cubanos". Por sua parte, a secretária de Comércio, Penny Pritzker, destacou que as decisões anunciadas poderão "estimular as necessárias reformas econômicas" na ilha.
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Feliz 2020?
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Por mais que se procure, está difícil vislumbrar um horizonte benigno para a economia brasileira. O PIB diminui, o desemprego sobe, a dívida pública cresce e a incerteza faz com que os agentes fiquem inertes. Que 2015 foi ruim e 2016 também será pouca gente duvida. A questão agora é: quando a economia voltará a crescer? Em 2017? Talvez, mas alguns fatores podem atrapalhar. Depois da contração, 2017 poderia ser o ano da recuperação sustentada. Voltar ao ritmo de crescimento de 2% ao ano não deveria ser tarefa hercúlea, mas, por nossa incapacidade em aumentar a produção, há muita desconfiança. Crescer depois da recessão não é lá grande coisa. Crescer sistematicamente, sim. Há risco de que isso só ocorra depois de 2017? No âmbito fiscal, há várias décadas o Brasil vem gestando problemas cujas soluções são postergadas sempre que há o mínimo de crescimento. A Constituição de 1988 faz com que o governo tenha pouca margem de manobra sem passar pelo Congresso, onde hoje a hostilidade dos parlamentares ao Executivo bloqueia o chamado "ajuste fiscal". Não conseguimos nem pagar a conta operacional do Estado brasileiro, que dirá os juros da dívida. O voto de confiança, o "grau de investimento" por agências internacionais, já perdemos. A consequência é clara -os investidores tiram o capital do país e cobram juros maiores para emprestar ao governo, movimento rápido e contracionista. Com a economia frágil, o solavanco pode ser grande. No resto do mundo temos a expectativa de normalização da política monetária norte-americana, aumentando as taxas de juros e atraindo o capital de curto prazo. Regiões como a Zona do Euro e o Japão precisam estimular mais a atividade doméstica. O primeiro movimento pode provocar turbulência nos mercados brasileiros; o segundo pode revelar fragilidades globais que tragam incerteza e volatilidade ao país. O mundo se recupera, mas o Brasil não consegue acompanhar. Temos também a China, em meio a uma mudança no modelo de crescimento, voltando-se mais ao consumo e crescendo menos. Se a China cair, leva o Brasil junto. Em 2018 teremos eleições. Se o governo eleito fizer as reformas necessárias, a política será contracionista em 2019. Dessa forma, o crescimento sustentado pode vir apenas em 2020. O que vai acontecer? Não sei. Está difícil ser otimista sem que as reformas aconteçam. Mas será que aguentaremos esperar até 2020, com tanta turbulência no Brasil? JOÃO RICARDO COSTA FILHO é professor da Faculdade de Economia da FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado e associado da Pezco Microanalysis * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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opiniao
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Feliz 2020?Por mais que se procure, está difícil vislumbrar um horizonte benigno para a economia brasileira. O PIB diminui, o desemprego sobe, a dívida pública cresce e a incerteza faz com que os agentes fiquem inertes. Que 2015 foi ruim e 2016 também será pouca gente duvida. A questão agora é: quando a economia voltará a crescer? Em 2017? Talvez, mas alguns fatores podem atrapalhar. Depois da contração, 2017 poderia ser o ano da recuperação sustentada. Voltar ao ritmo de crescimento de 2% ao ano não deveria ser tarefa hercúlea, mas, por nossa incapacidade em aumentar a produção, há muita desconfiança. Crescer depois da recessão não é lá grande coisa. Crescer sistematicamente, sim. Há risco de que isso só ocorra depois de 2017? No âmbito fiscal, há várias décadas o Brasil vem gestando problemas cujas soluções são postergadas sempre que há o mínimo de crescimento. A Constituição de 1988 faz com que o governo tenha pouca margem de manobra sem passar pelo Congresso, onde hoje a hostilidade dos parlamentares ao Executivo bloqueia o chamado "ajuste fiscal". Não conseguimos nem pagar a conta operacional do Estado brasileiro, que dirá os juros da dívida. O voto de confiança, o "grau de investimento" por agências internacionais, já perdemos. A consequência é clara -os investidores tiram o capital do país e cobram juros maiores para emprestar ao governo, movimento rápido e contracionista. Com a economia frágil, o solavanco pode ser grande. No resto do mundo temos a expectativa de normalização da política monetária norte-americana, aumentando as taxas de juros e atraindo o capital de curto prazo. Regiões como a Zona do Euro e o Japão precisam estimular mais a atividade doméstica. O primeiro movimento pode provocar turbulência nos mercados brasileiros; o segundo pode revelar fragilidades globais que tragam incerteza e volatilidade ao país. O mundo se recupera, mas o Brasil não consegue acompanhar. Temos também a China, em meio a uma mudança no modelo de crescimento, voltando-se mais ao consumo e crescendo menos. Se a China cair, leva o Brasil junto. Em 2018 teremos eleições. Se o governo eleito fizer as reformas necessárias, a política será contracionista em 2019. Dessa forma, o crescimento sustentado pode vir apenas em 2020. O que vai acontecer? Não sei. Está difícil ser otimista sem que as reformas aconteçam. Mas será que aguentaremos esperar até 2020, com tanta turbulência no Brasil? JOÃO RICARDO COSTA FILHO é professor da Faculdade de Economia da FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado e associado da Pezco Microanalysis * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Site de alunos da USP transforma crianças em tratamento em heróis
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"Quem nunca quis ser herói na vida de alguém"? Essa foi uma das perguntas que motivaram Igor Marinelli, 19, estudante, a desenvolver um projeto de ação social na web. Graduando em engenharia de computação pela USP de São Carlos, no interior de SP, é um dos responsáveis pela fundação da plataforma Somos Todos Heróis, site de financiamento coletivo que arrecada doações para crianças em tratamento médico. A plataforma, lançada há quase um ano, utiliza super-heróis para atrair o público. O usuário colabora ao escolher uma "missão", representada pela criança que precisa de ajuda. As doações, dependendo do valor, correspondem a itens que o usuário compra para "equipar" a criança e "transformá-la" em heroína. "Em vez de doar R$ 5, R$ 10, você doa um escudo, uma capa, um superpoder. Tornamos o processo de doação algo divertido. Promovemos ações na plataforma para que a pessoa, de fato, sinta que o valor doado faz diferença na vida da criança. É esse o sentimento de ser herói na vida de alguém", disse. Marinelli conta que a ideia do projeto nasceu com a ajuda do amigo de infância Matheus Marchiori, também estudante da USP. "Mesmo em campi diferentes, começamos a atuar em projetos sociais na universidade, mas percebemos que faltavam ações para crianças. Também notamos que muitas mães criavam páginas para os filhos nas redes sociais, mas nem sempre as ações chegavam ao resultado esperado. Foi aí que pensamos na plataforma." A faculdade voltada para a área de tecnologia foi um incentivo a mais para a criação do site. Colegas de Marinelli, os estudantes Fuad Chaim Schiavon, 24, e Marco Adriano Schaefer, 20, juntaram-se à equipe e ajudaram a desenvolver a programação e o design da plataforma. Além do site, eles mantêm uma página no Facebook onde divulgam as "missões" e prestam conta das doações. Até agora, foram sete ações concluídas e outras quatro em andamento, com um total arrecadado de R$ 17,2 mil. A escolha das crianças é feita por meio de contato pelo site –pais e familiares enviam informações como histórico de saúde e o que a criança precisa. "Fazemos uma triagem e criamos até lista de espera, porque ainda não temos suporte para ajudar todos ao mesmo tempo. Assim, elencamos as missões de acordo com a urgência", disse Schaefer, responsável pela programação do site. A metáfora do herói, segundo Marinelli, também foi uma tentativa de aproximar vários públicos ao projeto. "O herói mexe com a imaginação das crianças e com as memórias dos adultos. Pensamos em criar um ambiente que tivesse uma linguagem universal." O objetivo, de acordo com a equipe, é fazer da plataforma um ambiente que mescle diversão e solidariedade. "Além do perfil de herói que o usuário já pode criar no site, acrescentamos conquistas a partir das doações que cada um faz e estabelecemos um ranking. Pretendemos 'gamificar' a plataforma, de modo que os itens que usuário doa para uma criança sirvam para equipar o herói criado", disse Schiavon, que cuida do design da plataforma. Sem fins lucrativos ou ajuda de custo com o projeto –apenas uma empresa mantém a hospedagem do site–, o grupo busca agora parcerias. Por enquanto, a plataforma está disponível nas versões desktop e mobile. TRANSFORMAÇÃO A ajuda faz diferença na vida de pequenos guerreiros como Enrique Alves, 5. O dinheiro arrecadado na plataforma foi imprescindível para dar continuidade ao tratamento com neurologistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Diagnosticado com paralisia cerebral, o menino teve o desenvolvimento neuromuscular comprometido e faz uso diário de anticonvulsivantes. "Buscamos todas as formas de dar uma vida melhor ao Enrique. Muitos medicamentos não são bancados pelo sistema público e a ajuda do site foi muito importante", disse Rosaldo Alves, pai do menino. E não são só as crianças as beneficiadas. Para os membros do projeto, ajudar o próximo é mais que satisfatório. "É transformador. É gratificante saber que a ajuda, às vezes ínfima para nós, pode dar outras oportunidades para essas crianças", diz Schiavon.
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cotidiano
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Site de alunos da USP transforma crianças em tratamento em heróis"Quem nunca quis ser herói na vida de alguém"? Essa foi uma das perguntas que motivaram Igor Marinelli, 19, estudante, a desenvolver um projeto de ação social na web. Graduando em engenharia de computação pela USP de São Carlos, no interior de SP, é um dos responsáveis pela fundação da plataforma Somos Todos Heróis, site de financiamento coletivo que arrecada doações para crianças em tratamento médico. A plataforma, lançada há quase um ano, utiliza super-heróis para atrair o público. O usuário colabora ao escolher uma "missão", representada pela criança que precisa de ajuda. As doações, dependendo do valor, correspondem a itens que o usuário compra para "equipar" a criança e "transformá-la" em heroína. "Em vez de doar R$ 5, R$ 10, você doa um escudo, uma capa, um superpoder. Tornamos o processo de doação algo divertido. Promovemos ações na plataforma para que a pessoa, de fato, sinta que o valor doado faz diferença na vida da criança. É esse o sentimento de ser herói na vida de alguém", disse. Marinelli conta que a ideia do projeto nasceu com a ajuda do amigo de infância Matheus Marchiori, também estudante da USP. "Mesmo em campi diferentes, começamos a atuar em projetos sociais na universidade, mas percebemos que faltavam ações para crianças. Também notamos que muitas mães criavam páginas para os filhos nas redes sociais, mas nem sempre as ações chegavam ao resultado esperado. Foi aí que pensamos na plataforma." A faculdade voltada para a área de tecnologia foi um incentivo a mais para a criação do site. Colegas de Marinelli, os estudantes Fuad Chaim Schiavon, 24, e Marco Adriano Schaefer, 20, juntaram-se à equipe e ajudaram a desenvolver a programação e o design da plataforma. Além do site, eles mantêm uma página no Facebook onde divulgam as "missões" e prestam conta das doações. Até agora, foram sete ações concluídas e outras quatro em andamento, com um total arrecadado de R$ 17,2 mil. A escolha das crianças é feita por meio de contato pelo site –pais e familiares enviam informações como histórico de saúde e o que a criança precisa. "Fazemos uma triagem e criamos até lista de espera, porque ainda não temos suporte para ajudar todos ao mesmo tempo. Assim, elencamos as missões de acordo com a urgência", disse Schaefer, responsável pela programação do site. A metáfora do herói, segundo Marinelli, também foi uma tentativa de aproximar vários públicos ao projeto. "O herói mexe com a imaginação das crianças e com as memórias dos adultos. Pensamos em criar um ambiente que tivesse uma linguagem universal." O objetivo, de acordo com a equipe, é fazer da plataforma um ambiente que mescle diversão e solidariedade. "Além do perfil de herói que o usuário já pode criar no site, acrescentamos conquistas a partir das doações que cada um faz e estabelecemos um ranking. Pretendemos 'gamificar' a plataforma, de modo que os itens que usuário doa para uma criança sirvam para equipar o herói criado", disse Schiavon, que cuida do design da plataforma. Sem fins lucrativos ou ajuda de custo com o projeto –apenas uma empresa mantém a hospedagem do site–, o grupo busca agora parcerias. Por enquanto, a plataforma está disponível nas versões desktop e mobile. TRANSFORMAÇÃO A ajuda faz diferença na vida de pequenos guerreiros como Enrique Alves, 5. O dinheiro arrecadado na plataforma foi imprescindível para dar continuidade ao tratamento com neurologistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Diagnosticado com paralisia cerebral, o menino teve o desenvolvimento neuromuscular comprometido e faz uso diário de anticonvulsivantes. "Buscamos todas as formas de dar uma vida melhor ao Enrique. Muitos medicamentos não são bancados pelo sistema público e a ajuda do site foi muito importante", disse Rosaldo Alves, pai do menino. E não são só as crianças as beneficiadas. Para os membros do projeto, ajudar o próximo é mais que satisfatório. "É transformador. É gratificante saber que a ajuda, às vezes ínfima para nós, pode dar outras oportunidades para essas crianças", diz Schiavon.
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Trabalhadores da GM em São José dos Campos paralisam atividades
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Os 5.000 funcionários da fábrica da GM em São José dos Campos (SP) paralisaram as atividades nesta segunda-feira (18), parando a produção do local, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. Cerca de 3.500 trabalhadores do turno da manhã já tinham decidido, em assembleia, paralisar as atividades, decisão que foi mantida pelos funcionários da tarde. Os metalúrgicos estão em reunião com a empresa nesta tarde e uma nova assembleia foi marcada para a manhã de terça-feira (19), para decidir se continuarão parados, de acordo com o sindicato. Na fábrica, é produzida a picape S-10 e kits para exportação. TRABALHADORES DISCORDAM DE VALOR DE BENEFÍCIO Os trabalhadores querem renegociar com a empresa o valor da segunda parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). A primeira parcela paga foi de R$ 8.500 por funcionário. A GM ofereceu mais R$ 4.250 como segunda parcela. O sindicato afirma, porém, que nesse valor estariam incluídos R$ 3.250 de abono da campanha salarial. Segundo o sindicato, a empresa estaria oferecendo, então, apenas R$ 1.000 na segunda parcela –com isso, o benefício por funcionário seria de R$ 9.500. Os trabalhadores afirmam que esse total está abaixo do que foi pago nos últimos anos. Em 2014, teria sido de R$ 13 mil. Procurada pelo UOL, a GM disse que não vai comentar o assunto.
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mercado
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Trabalhadores da GM em São José dos Campos paralisam atividadesOs 5.000 funcionários da fábrica da GM em São José dos Campos (SP) paralisaram as atividades nesta segunda-feira (18), parando a produção do local, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. Cerca de 3.500 trabalhadores do turno da manhã já tinham decidido, em assembleia, paralisar as atividades, decisão que foi mantida pelos funcionários da tarde. Os metalúrgicos estão em reunião com a empresa nesta tarde e uma nova assembleia foi marcada para a manhã de terça-feira (19), para decidir se continuarão parados, de acordo com o sindicato. Na fábrica, é produzida a picape S-10 e kits para exportação. TRABALHADORES DISCORDAM DE VALOR DE BENEFÍCIO Os trabalhadores querem renegociar com a empresa o valor da segunda parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). A primeira parcela paga foi de R$ 8.500 por funcionário. A GM ofereceu mais R$ 4.250 como segunda parcela. O sindicato afirma, porém, que nesse valor estariam incluídos R$ 3.250 de abono da campanha salarial. Segundo o sindicato, a empresa estaria oferecendo, então, apenas R$ 1.000 na segunda parcela –com isso, o benefício por funcionário seria de R$ 9.500. Os trabalhadores afirmam que esse total está abaixo do que foi pago nos últimos anos. Em 2014, teria sido de R$ 13 mil. Procurada pelo UOL, a GM disse que não vai comentar o assunto.
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Vereadora do PT apanha em congresso e presta queixa contra delegada
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A vereadora Janaina Ballaris (PT-SP) afirma ter apanhado de um manifestante anti-PT na quinta (11), durante o congresso do partido em Salvador. Ela também prestou queixa na Corregedoria da Polícia Civil da Bahia contra a delegada que fez o boletim de ocorrência da agressão. "A delegada 'justificou' a agressão que sofri colocando a mão na testa e dizendo que todo mundo já está 'por aqui com o PT''", diz a vereadora de Praia Grande, na Baixada Santista. Janaina diz que foi xingada e agredida fisicamente dentro do hotel onde estavam os integrantes do partido. "Eram três homens, vestidos com algum uniforme e camisetas pedindo impeachment [da presidente Dilma Rousseff]. Um deles apertou meu braço e meu pescoço e me empurrou até o elevador." A agressão teria dado início a uma briga entre outros integrantes do partido e os três homens. "Ficamos a madrugada inteira na delegacia. Eu fui pré-julgada pela delegada. Quis que ela colocasse a declaração dela no B.O., mas ela se negou. Aí fui até a corregedoria", diz. A delegada que supostamente teria feito as afirmações não foi encontrada pela Folha para se manifestar. Segundo a Delegacia de Flagrantes de Salvador, "ela trabalha em regime de plantão e só volta ao posto daqui a três dias". A delegacia afirmou também que só ela poderia se pronunciar sobre o caso.
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colunas
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Vereadora do PT apanha em congresso e presta queixa contra delegadaA vereadora Janaina Ballaris (PT-SP) afirma ter apanhado de um manifestante anti-PT na quinta (11), durante o congresso do partido em Salvador. Ela também prestou queixa na Corregedoria da Polícia Civil da Bahia contra a delegada que fez o boletim de ocorrência da agressão. "A delegada 'justificou' a agressão que sofri colocando a mão na testa e dizendo que todo mundo já está 'por aqui com o PT''", diz a vereadora de Praia Grande, na Baixada Santista. Janaina diz que foi xingada e agredida fisicamente dentro do hotel onde estavam os integrantes do partido. "Eram três homens, vestidos com algum uniforme e camisetas pedindo impeachment [da presidente Dilma Rousseff]. Um deles apertou meu braço e meu pescoço e me empurrou até o elevador." A agressão teria dado início a uma briga entre outros integrantes do partido e os três homens. "Ficamos a madrugada inteira na delegacia. Eu fui pré-julgada pela delegada. Quis que ela colocasse a declaração dela no B.O., mas ela se negou. Aí fui até a corregedoria", diz. A delegada que supostamente teria feito as afirmações não foi encontrada pela Folha para se manifestar. Segundo a Delegacia de Flagrantes de Salvador, "ela trabalha em regime de plantão e só volta ao posto daqui a três dias". A delegacia afirmou também que só ela poderia se pronunciar sobre o caso.
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Temer é Tite e Dilma é Dunga na seleção, compara Jucá
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Líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) comparou Michel Temer ao técnico Tite, que reergueu a seleção brasileira, e Dilma Rousseff ao antecessor dele, Dunga, que foi demitido da equipe com ela fora da zona de classificação nas eliminatórias para a Copa de 2018. "Para fazer uma analogia com o futebol, estávamos lá embaixo nas eliminatórias, mudou o técnico, mudou a forma de atuar, e o Brasil hoje com Tite está em primeiro lugar no ranking do futebol", disse nesta sexta-feira (21) a uma plateia de empresários. Analogia semelhante, mas no sentido inverso, havia sido feita por Renan Calheiros, líder do PMDB no Senado, que comparou a gestão de Temer à "seleção do Dunga". "Queremos a seleção do Tite para dar orientação." Jucá fez a comparação, que arrancou risos e aplausos dos executivos do Fórum Empresarial em Foz do Iguaçu depois de elencar uma série de medidas adotadas pelo governo Temer. Disse considerar que, depois de o peemedebista ter sido efetivado no Planalto, o governo já conseguiu reduzir índices de inflação, amenizar a taxa de juros além de ter dado início a medidas microeconômicas, como liberação de recursos do FGTS. Investigado pela Lava Jato, o senador voltou a dizer que defende a operação e pediu "responsabilidade" nas acusações. "Hoje todos estão sendo caluniados —ou não. O que vai definir é a investigação. Quem tem seriedade quer investigação. Estamos vivendo tempo de generalização, de facilidade de acusação. É preciso trazer tempo de responsabilidade." Presidente do PMDB, ele diz que os partidos enfrentam uma dificuldade muito grande e precisam "decifrar" o que está acontecendo para não serem "devorados" na eleição do ano que vem. "Ou partidos evoluem ou vamos ter situação de extrema dificuldade em 2018." Ele voltou a dizer que vai "rezar" para que, com essa crise, o país não eleja um "bravateiro ou um justiceiro, alguém que vai matar traficante ou fazer bravatas no lugar de ter uma política equilibrada".
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Temer é Tite e Dilma é Dunga na seleção, compara JucáLíder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) comparou Michel Temer ao técnico Tite, que reergueu a seleção brasileira, e Dilma Rousseff ao antecessor dele, Dunga, que foi demitido da equipe com ela fora da zona de classificação nas eliminatórias para a Copa de 2018. "Para fazer uma analogia com o futebol, estávamos lá embaixo nas eliminatórias, mudou o técnico, mudou a forma de atuar, e o Brasil hoje com Tite está em primeiro lugar no ranking do futebol", disse nesta sexta-feira (21) a uma plateia de empresários. Analogia semelhante, mas no sentido inverso, havia sido feita por Renan Calheiros, líder do PMDB no Senado, que comparou a gestão de Temer à "seleção do Dunga". "Queremos a seleção do Tite para dar orientação." Jucá fez a comparação, que arrancou risos e aplausos dos executivos do Fórum Empresarial em Foz do Iguaçu depois de elencar uma série de medidas adotadas pelo governo Temer. Disse considerar que, depois de o peemedebista ter sido efetivado no Planalto, o governo já conseguiu reduzir índices de inflação, amenizar a taxa de juros além de ter dado início a medidas microeconômicas, como liberação de recursos do FGTS. Investigado pela Lava Jato, o senador voltou a dizer que defende a operação e pediu "responsabilidade" nas acusações. "Hoje todos estão sendo caluniados —ou não. O que vai definir é a investigação. Quem tem seriedade quer investigação. Estamos vivendo tempo de generalização, de facilidade de acusação. É preciso trazer tempo de responsabilidade." Presidente do PMDB, ele diz que os partidos enfrentam uma dificuldade muito grande e precisam "decifrar" o que está acontecendo para não serem "devorados" na eleição do ano que vem. "Ou partidos evoluem ou vamos ter situação de extrema dificuldade em 2018." Ele voltou a dizer que vai "rezar" para que, com essa crise, o país não eleja um "bravateiro ou um justiceiro, alguém que vai matar traficante ou fazer bravatas no lugar de ter uma política equilibrada".
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Irmãos Batista fecham venda da Vigor para mexicanos por R$ 5,7 bilhões
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O grupo mexicano Lala anunciou nesta quinta-feira (3) que acertou a compra da Vigor, que pertence à holding J&F (dona da JBS), em um negócio avaliado em R$ 5,7 bilhões. O negócio é parte do programa de venda de ativos do grupo dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da maior parte das ações da Vigor. Segundo Scot Rank, presidente-executivo do Grupo Lala, a Vigor será uma plataforma de crescimento para a empresa no Brasil. "A Vigor tem a escala, inovação e talento necessários para construir um negócio rentável de laticínios de valor agregado." O negócio depende agora da aprovação da assembleia de acionistas da companhia mexicana. O objetivo dos Batista é levantar pelo menos R$ 15 bilhões nos próximos meses, para abater parte dos R$ 70 bilhões em dívidas de suas empresas. Sozinha, a Vigor tem cerca de R$ 900 milhões em dívidas. Além de reduzir o endividamento, a empresa busca dinheiro para arcar com as parcelas da multa de R$ 10,3 bilhões prevista no acordo de leniência fechado com as autoridades Antes da Vigor, a Alpargatas foi vendida à Itaúsa, que administra as fortunas das famílias Setubal e Villela, controladoras do Itaú Unibanco, e a Cambuhy, veículo de investimentos da bilionária família Moreira Salles, também acionista dos banco. A companhia fabrica as sandálias Havaianas. A Eldorado Celulose, outra empresa da J&F, também está à venda, assim como as operações da Moy Park e da Five Rivers, empresas de confinamento e alimentação de gado, e linhas de transmissão de energia do grupo dos Batista. Na segunda (31), a JBS anunciou que fechou a venda de suas operações de processamento de proteína animal na Argentina, no Paraguai e no Uruguai para a concorrente brasileira Minerva, pelo valor de US$ 300 milhões (R$ 1 bilhão).
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Irmãos Batista fecham venda da Vigor para mexicanos por R$ 5,7 bilhõesO grupo mexicano Lala anunciou nesta quinta-feira (3) que acertou a compra da Vigor, que pertence à holding J&F (dona da JBS), em um negócio avaliado em R$ 5,7 bilhões. O negócio é parte do programa de venda de ativos do grupo dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da maior parte das ações da Vigor. Segundo Scot Rank, presidente-executivo do Grupo Lala, a Vigor será uma plataforma de crescimento para a empresa no Brasil. "A Vigor tem a escala, inovação e talento necessários para construir um negócio rentável de laticínios de valor agregado." O negócio depende agora da aprovação da assembleia de acionistas da companhia mexicana. O objetivo dos Batista é levantar pelo menos R$ 15 bilhões nos próximos meses, para abater parte dos R$ 70 bilhões em dívidas de suas empresas. Sozinha, a Vigor tem cerca de R$ 900 milhões em dívidas. Além de reduzir o endividamento, a empresa busca dinheiro para arcar com as parcelas da multa de R$ 10,3 bilhões prevista no acordo de leniência fechado com as autoridades Antes da Vigor, a Alpargatas foi vendida à Itaúsa, que administra as fortunas das famílias Setubal e Villela, controladoras do Itaú Unibanco, e a Cambuhy, veículo de investimentos da bilionária família Moreira Salles, também acionista dos banco. A companhia fabrica as sandálias Havaianas. A Eldorado Celulose, outra empresa da J&F, também está à venda, assim como as operações da Moy Park e da Five Rivers, empresas de confinamento e alimentação de gado, e linhas de transmissão de energia do grupo dos Batista. Na segunda (31), a JBS anunciou que fechou a venda de suas operações de processamento de proteína animal na Argentina, no Paraguai e no Uruguai para a concorrente brasileira Minerva, pelo valor de US$ 300 milhões (R$ 1 bilhão).
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Suárez tem lesão confirmada, mas viaja para a Copa América
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O atacante uruguaio Luis Suárez passou por um exame nesta segunda-feira (23) e teve a lesão na coxa direita confirmada. Mesmo com a contusão, o jogador viajará para os EUA para a disputa da Copa América Centenária, que começará em junho. De acordo com o Barcelona, o atacante sofreu uma lesão no músculo da perna direita, mas não divulgou o tempo de recuperação. "Os exames realizados nesta manhã confirmaram que Luis Suárez tem uma lesão no músculo da perna direita", explicou o clube catalão. "O jogador iniciará sua recuperação em Barcelona. No dia 1º de junho, ele se apresentará à seleção uruguaia nos Estados Unidos para a segunda parte da recuperação decorrente dessa lesão muscular", completou. De acordo com o jornal catalão Mundo Deportivo, a ecografia e a ressonância magnética apontaram que o jogador sofreu uma "pequena ruptura muscular", que pode deixá-lo de "três a quatro semanas" fora dos gramados. O Uruguai estreia na Copa América no dia 5 de junho, quando enfrenta o México, pela primeira rodada do Grupo C. Quatro dias depois, pega a Venezuela. No dia 13, os uruguaios disputam a última partida na primeira fase contra a Jamaica. Suárez sofreu a lesão durante o início do segundo tempo da vitória do Barcelona sobre o Sevilla por 2 a 0, pela final da Copa do Rei. Ele se machucou ao tentar dominar uma bola pelo alto, ficou caído no chão por um bom tempo e deixou o gramado mancando, aos prantos.
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esporte
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Suárez tem lesão confirmada, mas viaja para a Copa AméricaO atacante uruguaio Luis Suárez passou por um exame nesta segunda-feira (23) e teve a lesão na coxa direita confirmada. Mesmo com a contusão, o jogador viajará para os EUA para a disputa da Copa América Centenária, que começará em junho. De acordo com o Barcelona, o atacante sofreu uma lesão no músculo da perna direita, mas não divulgou o tempo de recuperação. "Os exames realizados nesta manhã confirmaram que Luis Suárez tem uma lesão no músculo da perna direita", explicou o clube catalão. "O jogador iniciará sua recuperação em Barcelona. No dia 1º de junho, ele se apresentará à seleção uruguaia nos Estados Unidos para a segunda parte da recuperação decorrente dessa lesão muscular", completou. De acordo com o jornal catalão Mundo Deportivo, a ecografia e a ressonância magnética apontaram que o jogador sofreu uma "pequena ruptura muscular", que pode deixá-lo de "três a quatro semanas" fora dos gramados. O Uruguai estreia na Copa América no dia 5 de junho, quando enfrenta o México, pela primeira rodada do Grupo C. Quatro dias depois, pega a Venezuela. No dia 13, os uruguaios disputam a última partida na primeira fase contra a Jamaica. Suárez sofreu a lesão durante o início do segundo tempo da vitória do Barcelona sobre o Sevilla por 2 a 0, pela final da Copa do Rei. Ele se machucou ao tentar dominar uma bola pelo alto, ficou caído no chão por um bom tempo e deixou o gramado mancando, aos prantos.
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Proposta para sociologia tem metas objetivas e pouco jargão
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Os trechos dedicados à sociologia no projeto da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), divulgado pelo governo federal em maio, exibem de saída duas virtudes: objetividade na definição das metas para a disciplina no ensino médio brasileiro e uso restrito do "academês", o jargão tão presente em capítulos do documento como os dedicados ao ensino de arte. Desde a sanção da lei 11.684, de 2008, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases de 1996, sociologia e filosofia são disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino médio no país. Talvez seja o caso de perguntar por que o mesmo tratamento não é dispensado, por exemplo, à economia -tão capaz de, passe o clichê, "estimular o pensamento crítico" quanto as outras. Seja como for, já que a sociologia faz parte do currículo, é bom que o documento do governo diga claramente do que trata a matéria e o que se espera que os alunos da 1ª à 3ª série do antigo segundo grau aprendam -em uma linguagem que os professores de todo o país possam compreender. Base Nacional Curricular O projeto da BNCC se desincumbe bem dessa tarefa desde os parágrafos iniciais (embora, aqui e ali, não escape de termos à beira do lugar-comum, como "problematizar"). "A presença da sociologia no ensino médio corresponde ao ensino compartilhado das tradições que compõem as ciências sociais, isto é, antropologia, ciência política e sociologia", diz o texto do projeto da BNCC, na página 164. A disciplina, prossegue o documento, "responde a duas ordens distintas de missão no ensino médio: de um lado, a de compartilhar teorias e conceitos consagrados pelas comunidades científicas dessas três tradições e, de outro, a de contribuir para estimular os estudantes a desenvolverem valores e atitudes compatíveis com a democracia, ao ensiná-los a estranhar e a desnaturalizar o senso comum". Mais adiante, o texto insiste na valorização do potencial da sociologia para "funcionar como ponte entre a vida escolar e a vida fora da escola e a sua condição de ciência voltada para a reflexão da vida em coletividade" (pág. 165). Pede que se considerem os conhecimentos que os estudantes trazem do ensino fundamental, em matérias como história e geografia, e define sete tipos de competência que eles devem dominar ao final do curso -entre elas, "localizar indivíduos e grupos na estrutura social" e "formular perguntas sociológicas capazes de orientar a realização de pesquisas sobre aspectos da realidade brasileira e mundial" (pág. 634). Por fim, os objetivos do curso estão organizados em três unidades curriculares, para permitir, segundo a BNCC, "uma progressão dos conhecimentos em sociologia que vá do mais simples ao mais complexo, do concreto ao abstrato" -o que parece não só correto como natural (além de contrastar com a "ordem cronológica inversa" que o documento propõe no ensino de literatura, com autores contemporâneos no começo do ensino médio e seiscentistas no final). À semelhança do que ocorre com outras matérias, a BNCC não obriga à leitura de nenhum autor específico -nem mesmo "pais" da sociologia como disciplina acadêmica independente, como o francês Émile Durkheim (1858-1917). O documento vê os autores clássicos como "possível recurso didático", mas afirma que a principal tarefa da sociologia é abrir espaço para que os alunos "formulem novas perguntas à realidade em que vivem". Há, claro, o risco de que na sala de aula isso se converta em três anos de debates, com vago cheiro de sociologia, sobre "temas polêmicos" –mas, a rigor, nenhuma base curricular teria o poder de evitar aulas ruins. Uma característica discutível do projeto é apresentar como fechadas ideias que estão, muitas vezes, sujeitas a intenso debate -por exemplo, "identificar a concepção de gênero como construção social", que aparece na primeira das três unidades curriculares. Esperamos que na prática as aulas sejam tão abertas a discussões quanto possível –e confiamos na capacidade dos alunos, que afinal não são uma "tabula rasa", de "problematizar" o que for necessário. Alunos na educação básica - Por etapa, em milhões* - 26.jun.2014 - Plano Nacional de Educação é sancionado; lei prevê que o governo crie proposta de base curricular em até dois anos 16.set.2015 - MEC apresenta a 1ª versão do documento e abre consulta pública; as áreas de história e gramática geraram polêmica 15.dez.2015 - Ministério inicia análise das contribuições recebidas na consulta pública 3.mai.2016 - MEC divulga 2ª versão da base e a envia ao Conselho Nacional de Educação e a representantes de Estados e municípios jun. a ago.2016 - Texto está sendo debatido nos Estados e deve ser devolvido ao MEC até agosto ago a nov.2016 - Um comitê gestor vai revisar a base (ensinos infantil e fundamental) e debater o ensino médio nov.2016 - O objetivo é ter a versão final até essa data (para infantil e fundamental), mas não há previsão de quando ela começa a valer 1ºsem.2017 - MEC deve definir a base curricular do ensino médio, após aprovação de projeto de lei no Congresso que prevê um novo formato para a etapa
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educacao
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Proposta para sociologia tem metas objetivas e pouco jargãoOs trechos dedicados à sociologia no projeto da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), divulgado pelo governo federal em maio, exibem de saída duas virtudes: objetividade na definição das metas para a disciplina no ensino médio brasileiro e uso restrito do "academês", o jargão tão presente em capítulos do documento como os dedicados ao ensino de arte. Desde a sanção da lei 11.684, de 2008, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases de 1996, sociologia e filosofia são disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino médio no país. Talvez seja o caso de perguntar por que o mesmo tratamento não é dispensado, por exemplo, à economia -tão capaz de, passe o clichê, "estimular o pensamento crítico" quanto as outras. Seja como for, já que a sociologia faz parte do currículo, é bom que o documento do governo diga claramente do que trata a matéria e o que se espera que os alunos da 1ª à 3ª série do antigo segundo grau aprendam -em uma linguagem que os professores de todo o país possam compreender. Base Nacional Curricular O projeto da BNCC se desincumbe bem dessa tarefa desde os parágrafos iniciais (embora, aqui e ali, não escape de termos à beira do lugar-comum, como "problematizar"). "A presença da sociologia no ensino médio corresponde ao ensino compartilhado das tradições que compõem as ciências sociais, isto é, antropologia, ciência política e sociologia", diz o texto do projeto da BNCC, na página 164. A disciplina, prossegue o documento, "responde a duas ordens distintas de missão no ensino médio: de um lado, a de compartilhar teorias e conceitos consagrados pelas comunidades científicas dessas três tradições e, de outro, a de contribuir para estimular os estudantes a desenvolverem valores e atitudes compatíveis com a democracia, ao ensiná-los a estranhar e a desnaturalizar o senso comum". Mais adiante, o texto insiste na valorização do potencial da sociologia para "funcionar como ponte entre a vida escolar e a vida fora da escola e a sua condição de ciência voltada para a reflexão da vida em coletividade" (pág. 165). Pede que se considerem os conhecimentos que os estudantes trazem do ensino fundamental, em matérias como história e geografia, e define sete tipos de competência que eles devem dominar ao final do curso -entre elas, "localizar indivíduos e grupos na estrutura social" e "formular perguntas sociológicas capazes de orientar a realização de pesquisas sobre aspectos da realidade brasileira e mundial" (pág. 634). Por fim, os objetivos do curso estão organizados em três unidades curriculares, para permitir, segundo a BNCC, "uma progressão dos conhecimentos em sociologia que vá do mais simples ao mais complexo, do concreto ao abstrato" -o que parece não só correto como natural (além de contrastar com a "ordem cronológica inversa" que o documento propõe no ensino de literatura, com autores contemporâneos no começo do ensino médio e seiscentistas no final). À semelhança do que ocorre com outras matérias, a BNCC não obriga à leitura de nenhum autor específico -nem mesmo "pais" da sociologia como disciplina acadêmica independente, como o francês Émile Durkheim (1858-1917). O documento vê os autores clássicos como "possível recurso didático", mas afirma que a principal tarefa da sociologia é abrir espaço para que os alunos "formulem novas perguntas à realidade em que vivem". Há, claro, o risco de que na sala de aula isso se converta em três anos de debates, com vago cheiro de sociologia, sobre "temas polêmicos" –mas, a rigor, nenhuma base curricular teria o poder de evitar aulas ruins. Uma característica discutível do projeto é apresentar como fechadas ideias que estão, muitas vezes, sujeitas a intenso debate -por exemplo, "identificar a concepção de gênero como construção social", que aparece na primeira das três unidades curriculares. Esperamos que na prática as aulas sejam tão abertas a discussões quanto possível –e confiamos na capacidade dos alunos, que afinal não são uma "tabula rasa", de "problematizar" o que for necessário. Alunos na educação básica - Por etapa, em milhões* - 26.jun.2014 - Plano Nacional de Educação é sancionado; lei prevê que o governo crie proposta de base curricular em até dois anos 16.set.2015 - MEC apresenta a 1ª versão do documento e abre consulta pública; as áreas de história e gramática geraram polêmica 15.dez.2015 - Ministério inicia análise das contribuições recebidas na consulta pública 3.mai.2016 - MEC divulga 2ª versão da base e a envia ao Conselho Nacional de Educação e a representantes de Estados e municípios jun. a ago.2016 - Texto está sendo debatido nos Estados e deve ser devolvido ao MEC até agosto ago a nov.2016 - Um comitê gestor vai revisar a base (ensinos infantil e fundamental) e debater o ensino médio nov.2016 - O objetivo é ter a versão final até essa data (para infantil e fundamental), mas não há previsão de quando ela começa a valer 1ºsem.2017 - MEC deve definir a base curricular do ensino médio, após aprovação de projeto de lei no Congresso que prevê um novo formato para a etapa
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Lucro do Santander Brasil tem alta de 2% e vai a R$ 1,3 bilhão no 3º trimestre
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O Santander Brasil, maior banco estrangeiro no país, informou nesta quinta-feira (29) que teve lucro líquido R$ 1,266 bilhão no período, queda de 67,4% sobre o trimestre imediatamente anterior, quando houve pagamento de dividendo extraordinário. O lucro recorrente somou R$ 1,708 bilhão no terceiro trimestre, alta de 2% ante o segundo trimestre. O número veio acima da previsão média de analistas ouvidos pela agência de notícias Reuters, de R$ 1,415 bilhão. O banco fechou setembro com carteira de crédito de R$ 261,98 bilhões, alta de 11,7% em 12 meses. No conceito ampliado, o estoque de financiamentos do banco atingiu R$ 332,34 bilhões, avanço de 13,4% ano a ano. O índice de inadimplência acima de 90 dias do Santander Brasil ficou em 3,2%, estável em relação ao trimestre imediatamente anterior. As despesas da companhia com provisões para perdas com inadimplência, descontando receitas com recuperação de crédito, somaram R$ 2,448 bilhões no trimestre, aumento de 4,7% em relação ao período de abril a junho. Lucro líquido - Em R$ bilhões As receitas do banco com tarifas e serviços somaram R$ 2,919 bilhões no terceiro trimestre, avanço de 0,3% na comparação sequencial. Já as despesas administrativas do grupo somaram R$ 2,234 bilhões entre julho e setembro, queda de 4,4% sobre o trimestre anterior. CARTEIRA DE CRÉDITO - Em R$ bilhões
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Lucro do Santander Brasil tem alta de 2% e vai a R$ 1,3 bilhão no 3º trimestreO Santander Brasil, maior banco estrangeiro no país, informou nesta quinta-feira (29) que teve lucro líquido R$ 1,266 bilhão no período, queda de 67,4% sobre o trimestre imediatamente anterior, quando houve pagamento de dividendo extraordinário. O lucro recorrente somou R$ 1,708 bilhão no terceiro trimestre, alta de 2% ante o segundo trimestre. O número veio acima da previsão média de analistas ouvidos pela agência de notícias Reuters, de R$ 1,415 bilhão. O banco fechou setembro com carteira de crédito de R$ 261,98 bilhões, alta de 11,7% em 12 meses. No conceito ampliado, o estoque de financiamentos do banco atingiu R$ 332,34 bilhões, avanço de 13,4% ano a ano. O índice de inadimplência acima de 90 dias do Santander Brasil ficou em 3,2%, estável em relação ao trimestre imediatamente anterior. As despesas da companhia com provisões para perdas com inadimplência, descontando receitas com recuperação de crédito, somaram R$ 2,448 bilhões no trimestre, aumento de 4,7% em relação ao período de abril a junho. Lucro líquido - Em R$ bilhões As receitas do banco com tarifas e serviços somaram R$ 2,919 bilhões no terceiro trimestre, avanço de 0,3% na comparação sequencial. Já as despesas administrativas do grupo somaram R$ 2,234 bilhões entre julho e setembro, queda de 4,4% sobre o trimestre anterior. CARTEIRA DE CRÉDITO - Em R$ bilhões
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Unicamp começa a receber pedidos de isenção de taxa do vestibular 2018
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A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) recebe a partir desta quinta-feira (20) os pedidos de isenção da taxa de inscrição do vestibular 2018. A Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp), responsável pelo exame, afirmou que o valor da taxa só deve ser divulgado em julho, quando o edital será publicado. No ano passado, a taxa foi de R$ 160. Os candidatos interessados em obter a isenção devem efetuar o pedido até o dia 23 de maio, somente pelo site da Comvest. O candidato ainda deve enviar a documentação necessária pelo correio até o dia 24. A falta de qualquer documento ou o envio após o prazo excluem o candidato do processo. A Unicamp oferece isenção a famílias com renda de até R$1.300 per capita, a funcionários da Unicamp/Funcamp e para aqueles que se candidatarem aos cursos de licenciatura em período noturno (ciências biológicas, física, letras, licenciatura integrada química/física, matemática e pedagogia). São oferecidas 6.660 isenções para baixa renda; cem para funcionários e um número ilimitado aos candidatos de licenciatura noturna. Os pré-requisitos são: ter cursado o ensino médio integralmente em instituições da rede pública, ser morador do Estado de São Paulo e já ter concluído ou concluir em 2017 o ensino médio. A lista dos candidatos isentos será divulgada no dia 28 de julho, mas cada um também será informado do resultado por e-mail. A Comvest lembra que a isenção não garante automaticamente a inscrição no vestibular, que deve ser feita no período correspondente usando um formulário específico. No ano passado, dos 8.488 pedidos, 7.301 candidatos ficaram isentos de pagar a taxa de inscrição. A Comvest diz que as datas do exame devem ser divulgadas até a próxima semana em parceira com as demais públicas paulistas para evitar conflito de datas. Para o vestibular 2018, a Unicamp oferece 3.330 vagas, distribuídas em 70 cursos, sendo 1.150 oferecidas para o período noturno. As inscrições para o exame começam no dia 31 de julho. LIVROS OBRIGATÓRIOS Na última segunda (17), a Unicamp divulgou a nova lista de livros obrigatórios para o vestibular 2019. A seleção apresenta três obras novas em relação à anterior. Segundo a Comvest, a cada ano, a universidade renova parcialmente as obras que compõem a lista, para permitir o planejamento do professor e, ao mesmo tempo, acompanhar a dinâmica do sistema de ensino. O vestibular 2018, que aconteceu no final deste ano, ainda exigirá obras da lista anterior, que podem ser consultadas aqui
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Unicamp começa a receber pedidos de isenção de taxa do vestibular 2018A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) recebe a partir desta quinta-feira (20) os pedidos de isenção da taxa de inscrição do vestibular 2018. A Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp), responsável pelo exame, afirmou que o valor da taxa só deve ser divulgado em julho, quando o edital será publicado. No ano passado, a taxa foi de R$ 160. Os candidatos interessados em obter a isenção devem efetuar o pedido até o dia 23 de maio, somente pelo site da Comvest. O candidato ainda deve enviar a documentação necessária pelo correio até o dia 24. A falta de qualquer documento ou o envio após o prazo excluem o candidato do processo. A Unicamp oferece isenção a famílias com renda de até R$1.300 per capita, a funcionários da Unicamp/Funcamp e para aqueles que se candidatarem aos cursos de licenciatura em período noturno (ciências biológicas, física, letras, licenciatura integrada química/física, matemática e pedagogia). São oferecidas 6.660 isenções para baixa renda; cem para funcionários e um número ilimitado aos candidatos de licenciatura noturna. Os pré-requisitos são: ter cursado o ensino médio integralmente em instituições da rede pública, ser morador do Estado de São Paulo e já ter concluído ou concluir em 2017 o ensino médio. A lista dos candidatos isentos será divulgada no dia 28 de julho, mas cada um também será informado do resultado por e-mail. A Comvest lembra que a isenção não garante automaticamente a inscrição no vestibular, que deve ser feita no período correspondente usando um formulário específico. No ano passado, dos 8.488 pedidos, 7.301 candidatos ficaram isentos de pagar a taxa de inscrição. A Comvest diz que as datas do exame devem ser divulgadas até a próxima semana em parceira com as demais públicas paulistas para evitar conflito de datas. Para o vestibular 2018, a Unicamp oferece 3.330 vagas, distribuídas em 70 cursos, sendo 1.150 oferecidas para o período noturno. As inscrições para o exame começam no dia 31 de julho. LIVROS OBRIGATÓRIOS Na última segunda (17), a Unicamp divulgou a nova lista de livros obrigatórios para o vestibular 2019. A seleção apresenta três obras novas em relação à anterior. Segundo a Comvest, a cada ano, a universidade renova parcialmente as obras que compõem a lista, para permitir o planejamento do professor e, ao mesmo tempo, acompanhar a dinâmica do sistema de ensino. O vestibular 2018, que aconteceu no final deste ano, ainda exigirá obras da lista anterior, que podem ser consultadas aqui
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Brasil é 'perdedor', diz diretor da maior gestora global de recursos
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Em um momento turbulento para os mercados emergentes, investidores têm que separar os "vencedores" dos "perdedores" e filtrar suas apostas. O Brasil está no segundo grupo, afirmam gigantes do mercado financeiro. Em um evento da Bloomberg nesta quinta-feira (21), em Nova York, o diretor da BlackRock, maior gestora de recursos de capital aberto do mundo, criticou a morosidade com que o Brasil "se ajusta ao novo mundo". "Vemos vulnerabilidade nos países onde o ambiente político não tem conduzido reformas. Agilidade e amortecedores é o que buscamos; a ausência desses elementos faz com que o país seja um perdedor", disse Pablo Goldberg, que citou nesse grupo Brasil, Venezuela e Equador. À Folha, ele afirmou que espera uma recuperação do Brasil, "no mínimo", em 2017, o que depende essencialmente da "reconstrução de credibilidade". "Se a perspectiva fosse mais favorável, o governo poderia negociar parte do ajuste fiscal para o futuro." "O que é assustador é que o jogo político não leva a lugar nenhum. É preciso focar o estado da economia." O país foi criticado também pelos integrantes da mesa, formada por representantes das gestoras Alliance Bernstein e TCW e do banco Wells Fargo, além do moderador, o repórter especial da Bloomberg Gavin Serkin. Questionado pela plateia sobre os "países que saíram de moda —Indonésia, Rússia e Brasil", Derrick Irwin, gerente do Wells Fargo, zombou: "Excelentes países... Não tem nenhum outro do qual podemos falar?". Para ele, "se e quando o Brasil se recuperar", as empresas altamente qualificadas sairão em vantagem. Paul DeNoon, diretor da Alliance Bernstein, concordou que investimentos devem priorizar companhias mais robustas. David Robbins, diretor da TCW, causou riso ao "deixar o Brasil para os colegas". Segundo ele, Rússia e Indonésia já ensaiam uma retomada. "O Brasil é um daqueles países que enfrentam dificuldades devido ao declínio do ciclo de commodities, mas também devido a questões estruturais. A superação vai demorar mais por causa do escândalo em curso." O moderador passou a palavra a Goldberg, da BlackRock, especializado em Américas: "O Brasil é problema seu, Pablo". Goldberg lembrou que, no mesmo dia em que a agência Standard & Poor's rebaixou o Brasil a grau especulativo, o país registrava a menor criação de empregos em 15 anos. "São motivos de preocupação, mas precisamos ver qual será o ponto de reversão", disse. "Estive no Brasil há duas semanas e estava barato! Pela primeira vez em dez anos, você pode ir a um restaurante e pegar um táxi e não pagar caro." Para ele, a crise vai favorecer a indústria de manufaturas e a substituição de importação. A mesa concordou que o apetite por mercados emergentes sobreviverá à desaceleração chinesa.
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mercado
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Brasil é 'perdedor', diz diretor da maior gestora global de recursosEm um momento turbulento para os mercados emergentes, investidores têm que separar os "vencedores" dos "perdedores" e filtrar suas apostas. O Brasil está no segundo grupo, afirmam gigantes do mercado financeiro. Em um evento da Bloomberg nesta quinta-feira (21), em Nova York, o diretor da BlackRock, maior gestora de recursos de capital aberto do mundo, criticou a morosidade com que o Brasil "se ajusta ao novo mundo". "Vemos vulnerabilidade nos países onde o ambiente político não tem conduzido reformas. Agilidade e amortecedores é o que buscamos; a ausência desses elementos faz com que o país seja um perdedor", disse Pablo Goldberg, que citou nesse grupo Brasil, Venezuela e Equador. À Folha, ele afirmou que espera uma recuperação do Brasil, "no mínimo", em 2017, o que depende essencialmente da "reconstrução de credibilidade". "Se a perspectiva fosse mais favorável, o governo poderia negociar parte do ajuste fiscal para o futuro." "O que é assustador é que o jogo político não leva a lugar nenhum. É preciso focar o estado da economia." O país foi criticado também pelos integrantes da mesa, formada por representantes das gestoras Alliance Bernstein e TCW e do banco Wells Fargo, além do moderador, o repórter especial da Bloomberg Gavin Serkin. Questionado pela plateia sobre os "países que saíram de moda —Indonésia, Rússia e Brasil", Derrick Irwin, gerente do Wells Fargo, zombou: "Excelentes países... Não tem nenhum outro do qual podemos falar?". Para ele, "se e quando o Brasil se recuperar", as empresas altamente qualificadas sairão em vantagem. Paul DeNoon, diretor da Alliance Bernstein, concordou que investimentos devem priorizar companhias mais robustas. David Robbins, diretor da TCW, causou riso ao "deixar o Brasil para os colegas". Segundo ele, Rússia e Indonésia já ensaiam uma retomada. "O Brasil é um daqueles países que enfrentam dificuldades devido ao declínio do ciclo de commodities, mas também devido a questões estruturais. A superação vai demorar mais por causa do escândalo em curso." O moderador passou a palavra a Goldberg, da BlackRock, especializado em Américas: "O Brasil é problema seu, Pablo". Goldberg lembrou que, no mesmo dia em que a agência Standard & Poor's rebaixou o Brasil a grau especulativo, o país registrava a menor criação de empregos em 15 anos. "São motivos de preocupação, mas precisamos ver qual será o ponto de reversão", disse. "Estive no Brasil há duas semanas e estava barato! Pela primeira vez em dez anos, você pode ir a um restaurante e pegar um táxi e não pagar caro." Para ele, a crise vai favorecer a indústria de manufaturas e a substituição de importação. A mesa concordou que o apetite por mercados emergentes sobreviverá à desaceleração chinesa.
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Hospital do interior de SP 'ganha' reforma após comoção de paciente
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Em novembro do ano passado, a mulher do corretor de imóveis Sidnei Picolo, 57, precisou ser internada na Santa Casa de José Bonifácio, cidade com pouco mais de 35 mil habitantes no interior de São Paulo. Ao visitar Márcia, 48, com crises de labirintite, o marido ficou chocado com as condições do leito hospitalar. "O colchão da cama estava colado no ferro por causa da ferrugem, e as paredes, descascadas e encardidas", diz Picolo. "Aquilo me comoveu de uma forma muito forte. Para falar a verdade, sei que caí lá dentro para trabalhar." E o "trabalho" não parou no quarto da mulher. Com o celular, um caderno e a ajuda de amigos e moradores, o corretor de imóveis reuniu R$ 120 mil em uma vaquinha para pintar a área externa, reformar armários e móveis e trocar o piso do hospital. Ele próprio já tinha precisado dos serviços da Santa Casa de José Bonifácio, há sete anos, quando se curou de um câncer de pâncreas. Na internação da mulher, interessou-se em reformar completamente o quarto e banheiro onde ela estava. Ele decidiu ajudar, conta, ao saber da situação financeira da Santa Casa –que, segundo os administradores, gasta mais do que recebe de convênios estaduais e federais. Os repasses somam R$ 660 mil mensais, e o gasto por mês é de quase R$ 700 mil. Um construtor, amigo de Picolo, foi quem aceitou reformar o cômodo de graça para ajudar o hospital. "Fui falando com amigos, e eles abraçaram a ideia comigo." Depois, conseguiu mais três pessoas para reformar outros três quartos. "A partir disso, não parou mais." As demandas aumentaram. Sidnei percebeu que não precisava de quantia milionárias para conseguir tornar o local melhor, e as pessoas passaram a procurá-lo para oferecer doações. "Elas pediam para que eu pegasse latas de tinta nas lojas, entregavam dinheiro e diziam que queriam ajudar com a reforma de algum jeito." Ao todo, o morador conseguiu cerca de R$ 120 mil de doações em dez meses. Com a verba, reformou cerca de 45 camas, 45 colchões, comprou 16 aparelhos de ar condicionado e oito televisores novos, além de conseguir mais quatro TVs doadas para usar nos quartos da unidade. No prédio, o corretor bancou a reforma de armários, telas de proteção nas janelas e colocou 180 metros de granito natural nos corredores e 170 metros de granilite –piso usado em hospitais. Todo o prédio também foi pintado com o dinheiro doado e ajuda dos moradores. A vaquinha segue. Ele conta que uma juíza, com parentes na cidade, ofereceu uma doação entre R$ 15 mil e R$ 18 mil. "Muita gente me ajudou. Me sinto abençoado por Deus por encontrar as pessoas e ouvi-las falando que o atendimento na Santa Casa está melhor e mais agradável por causa do ambiente." Na opinião do provedor da Santa Casa, Gefferson Luis de Sousa Rosa, o gesto de Picolo deveria ser multiplicado. "O resultado final foi excelente. Hoje o hospital é mais confortável, com uma estrutura muito melhor, e o Sidnei foi quem começou tudo isso. Precisamos de mais pessoas como ele para fomentar a solidariedade que todos têm dentro de si", afirma.
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cotidiano
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Hospital do interior de SP 'ganha' reforma após comoção de pacienteEm novembro do ano passado, a mulher do corretor de imóveis Sidnei Picolo, 57, precisou ser internada na Santa Casa de José Bonifácio, cidade com pouco mais de 35 mil habitantes no interior de São Paulo. Ao visitar Márcia, 48, com crises de labirintite, o marido ficou chocado com as condições do leito hospitalar. "O colchão da cama estava colado no ferro por causa da ferrugem, e as paredes, descascadas e encardidas", diz Picolo. "Aquilo me comoveu de uma forma muito forte. Para falar a verdade, sei que caí lá dentro para trabalhar." E o "trabalho" não parou no quarto da mulher. Com o celular, um caderno e a ajuda de amigos e moradores, o corretor de imóveis reuniu R$ 120 mil em uma vaquinha para pintar a área externa, reformar armários e móveis e trocar o piso do hospital. Ele próprio já tinha precisado dos serviços da Santa Casa de José Bonifácio, há sete anos, quando se curou de um câncer de pâncreas. Na internação da mulher, interessou-se em reformar completamente o quarto e banheiro onde ela estava. Ele decidiu ajudar, conta, ao saber da situação financeira da Santa Casa –que, segundo os administradores, gasta mais do que recebe de convênios estaduais e federais. Os repasses somam R$ 660 mil mensais, e o gasto por mês é de quase R$ 700 mil. Um construtor, amigo de Picolo, foi quem aceitou reformar o cômodo de graça para ajudar o hospital. "Fui falando com amigos, e eles abraçaram a ideia comigo." Depois, conseguiu mais três pessoas para reformar outros três quartos. "A partir disso, não parou mais." As demandas aumentaram. Sidnei percebeu que não precisava de quantia milionárias para conseguir tornar o local melhor, e as pessoas passaram a procurá-lo para oferecer doações. "Elas pediam para que eu pegasse latas de tinta nas lojas, entregavam dinheiro e diziam que queriam ajudar com a reforma de algum jeito." Ao todo, o morador conseguiu cerca de R$ 120 mil de doações em dez meses. Com a verba, reformou cerca de 45 camas, 45 colchões, comprou 16 aparelhos de ar condicionado e oito televisores novos, além de conseguir mais quatro TVs doadas para usar nos quartos da unidade. No prédio, o corretor bancou a reforma de armários, telas de proteção nas janelas e colocou 180 metros de granito natural nos corredores e 170 metros de granilite –piso usado em hospitais. Todo o prédio também foi pintado com o dinheiro doado e ajuda dos moradores. A vaquinha segue. Ele conta que uma juíza, com parentes na cidade, ofereceu uma doação entre R$ 15 mil e R$ 18 mil. "Muita gente me ajudou. Me sinto abençoado por Deus por encontrar as pessoas e ouvi-las falando que o atendimento na Santa Casa está melhor e mais agradável por causa do ambiente." Na opinião do provedor da Santa Casa, Gefferson Luis de Sousa Rosa, o gesto de Picolo deveria ser multiplicado. "O resultado final foi excelente. Hoje o hospital é mais confortável, com uma estrutura muito melhor, e o Sidnei foi quem começou tudo isso. Precisamos de mais pessoas como ele para fomentar a solidariedade que todos têm dentro de si", afirma.
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Quem não quer ver pode mudar de canal, diz leitor sobre beijo gay
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Um dia, explicarei ao meu filho, que hoje tem quatro anos, o que significa um beijo entre duas senhoras, mas não tenho a intenção de antecipar-lhe isso ("Muito mais que um beijo"). Ele não assiste a novelas, a nenhuma delas. A quem não quer ver cenas desse tipo basta mudar de canal. Já para os que permitem a crianças assistir a folhetins, o que falta é bom senso. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Quem não quer ver pode mudar de canal, diz leitor sobre beijo gayUm dia, explicarei ao meu filho, que hoje tem quatro anos, o que significa um beijo entre duas senhoras, mas não tenho a intenção de antecipar-lhe isso ("Muito mais que um beijo"). Ele não assiste a novelas, a nenhuma delas. A quem não quer ver cenas desse tipo basta mudar de canal. Já para os que permitem a crianças assistir a folhetins, o que falta é bom senso. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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'Não teve painel no Fórum Mundial em Davos que não se falasse de educação'
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Em sua primeira participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos, o fato que mais chamou a atenção da brasileira Cybele Amado, 49, foi o protagonismo dos temas sociais, em um momento de crise mundial e da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. "Não teve um painel que eu tenha ido – de saúde, infraestrutura, negócios,– em que não houvesse uma conversa relacionada à Educação", destaca a empreendedora social à frente do Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (ICEP) e vencedora do Prêmio Empreendedor Social 2012. Entre os dias 17 e 20 de janeiro, ela esteve na Suíça, ao lado de líderes mundiais, empresários, autoridades e personalidades entre os cerca de 3.000 participantes do encontro anual, que neste ano teve como tema "Liderança Responsiva e Responsável". "Responsividade é a capacidade de responder às coisas colocando-se no lugar de quem também se compromete com aquela resposta", esclarece a educadora, que foi uma das convidadas da Fundação Schwab, entidade irmã do Fórum Econômico Mundial, que atua no fomento ao empreendedorismo social. Segundo ela, mais da metade das 400 sessões se concentraram na temática da inclusão social e sua importância para o desenvolvimento. Houve ainda 30 sessões dedicadas a buscar maneiras melhores de lidar com as crises humanitárias, além dos incontáveis encontros entre empreendedores sociais. Os membros da Rede Schwab de Empreendedores Socais, que conta hoje com 360 líderes em 60 países, foram desafiados a contribuir com ideias para que o crescimento econômico pressuponha necessariamente o bem estar social. "Saí de Davos com a responsividade ainda mais marcada em mim. Com o espírito mais entusiasmado e fortalecido, para continuar o trabalho de Educação que a gente vem fazendo, porque ainda há muito o que fazer", diz Cybele. O ICEP, fundado por ela, tem sede na Bahia, e auxilia diversos municípios a melhorarem suas políticas públicas na área de Educação. Seu foco, desde a fundação, em 1997, sempre foi a qualidade do ensino público e a erradicação do analfabetismo. No fórum, Cybele teve a oportunidade de compartilhar a experiência exitosa e as inovações no campo da Educação que o Instituto e sua equipe vêm desenvolvendo há mais de 20 anos e alinhar esse pensamento com as principais temáticas mundiais sobre o assunto. "Eu sinto que o tema da Educação precisa ser pautado com muita força, com muita veemência, já que as origens de boa parte dos problemas que nós temos no mundo estão diretamente relacionadas a ele." Em reuniões paralelas, Cybele pôde debater alternativas para a Educação com especialistas como Jacques Werra e Pierre Willa, Vice-reitor e diretor de relações Internacionais da Universidade de Genebra. O tema também despertou o interesse de representantes do mundo empresarial, como Maurício Minas, vice-presidente Executivo do Bradesco; e Mauricio Muller, Presidente para a América Latina do Grupo Royal DSM. Dentre as perspectivas abertas, está a valorização da responsabilidade social empresarial. "Os três setores estavam reunidos em Davos. É evidente a importância da interação entre eles para que tenhamos novos projetos e recursos para a área social, com planejamento do Estado, gestão social e o empuxo dado pelos fundos oriundos das empresas", destaca Cybele. GLOBALIZAÇÃO AMEAÇADA Em um mundo onde os oito mais ricos têm patrimônio igual à metade mais pobre da humanidade, crises com refugiados são constantes. Quem esteve em Davos pôde optar por sentir uma fração da agonia dos refugiados. "Você entrava num espaço e eles criavam um ambiente, simulado, em que você 'vivia', digamos assim, o que eles passavam. Uma simulação criada por refugiados mesmo. Você sentia o que eles sentiam. Era bem forte, uma coisa impressionante. Vimos diretores de organizações chorarem", conta Cybele. Para ela, a crise econômica indica o caminho de uma grande transformação que será necessária. "Parece que convida a uma mudança: se nós continuarmos acreditando que poucos terão muito e muitos terão nada, vai ser difícil a gente dissolver essa crise. É preciso distribuição de renda, uma percepção de uma economia mais solidária, mais colaborativa." O fundador do Fórum, Klaus Schwab, escreveu ao "Financial Times" um artigo em que afirma que a retórica antiglobalização está ameaçando a economia colaborativa. Não por acaso, o último dia do evento coincidiu com a posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Cybele conta que a maioria dos participantes parecia impactado e receoso. "Eles diziam: 'Meu deus, como vai ser o mundo agora?'" A educadora se diz surpresa com a onda conservadora. "Não imaginávamos que estaríamos nesse 2017 caminhando alguns passos para trás. É para se pensar mesmo,estudar, e continuar vendo que tendências são essas." No entanto, apenas distribuir renda também não basta. "É preciso tomar consciência, uma construção cultural, de que, para termos relações mais igualitárias e equidade, vai ser necessário um esforço. Alcançar um lugar mais colaborativo que exploratório." Cybele destaca uma frase de Hilde Schwab, cofundadora da fundação que leva seu sobrenome, sobre o papel que pode desempenhar no mundo. "Os Empreendedores Sociais são os arquitetos das sociedades em que queremos viver: sociedades que oferecem oportunidades educacionais a todos. Sociedades que respeitam os direitos das mulheres. Sociedades que ajudam nossos cidadãos mais vulneráveis a ter sucesso."
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'Não teve painel no Fórum Mundial em Davos que não se falasse de educação'Em sua primeira participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos, o fato que mais chamou a atenção da brasileira Cybele Amado, 49, foi o protagonismo dos temas sociais, em um momento de crise mundial e da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. "Não teve um painel que eu tenha ido – de saúde, infraestrutura, negócios,– em que não houvesse uma conversa relacionada à Educação", destaca a empreendedora social à frente do Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (ICEP) e vencedora do Prêmio Empreendedor Social 2012. Entre os dias 17 e 20 de janeiro, ela esteve na Suíça, ao lado de líderes mundiais, empresários, autoridades e personalidades entre os cerca de 3.000 participantes do encontro anual, que neste ano teve como tema "Liderança Responsiva e Responsável". "Responsividade é a capacidade de responder às coisas colocando-se no lugar de quem também se compromete com aquela resposta", esclarece a educadora, que foi uma das convidadas da Fundação Schwab, entidade irmã do Fórum Econômico Mundial, que atua no fomento ao empreendedorismo social. Segundo ela, mais da metade das 400 sessões se concentraram na temática da inclusão social e sua importância para o desenvolvimento. Houve ainda 30 sessões dedicadas a buscar maneiras melhores de lidar com as crises humanitárias, além dos incontáveis encontros entre empreendedores sociais. Os membros da Rede Schwab de Empreendedores Socais, que conta hoje com 360 líderes em 60 países, foram desafiados a contribuir com ideias para que o crescimento econômico pressuponha necessariamente o bem estar social. "Saí de Davos com a responsividade ainda mais marcada em mim. Com o espírito mais entusiasmado e fortalecido, para continuar o trabalho de Educação que a gente vem fazendo, porque ainda há muito o que fazer", diz Cybele. O ICEP, fundado por ela, tem sede na Bahia, e auxilia diversos municípios a melhorarem suas políticas públicas na área de Educação. Seu foco, desde a fundação, em 1997, sempre foi a qualidade do ensino público e a erradicação do analfabetismo. No fórum, Cybele teve a oportunidade de compartilhar a experiência exitosa e as inovações no campo da Educação que o Instituto e sua equipe vêm desenvolvendo há mais de 20 anos e alinhar esse pensamento com as principais temáticas mundiais sobre o assunto. "Eu sinto que o tema da Educação precisa ser pautado com muita força, com muita veemência, já que as origens de boa parte dos problemas que nós temos no mundo estão diretamente relacionadas a ele." Em reuniões paralelas, Cybele pôde debater alternativas para a Educação com especialistas como Jacques Werra e Pierre Willa, Vice-reitor e diretor de relações Internacionais da Universidade de Genebra. O tema também despertou o interesse de representantes do mundo empresarial, como Maurício Minas, vice-presidente Executivo do Bradesco; e Mauricio Muller, Presidente para a América Latina do Grupo Royal DSM. Dentre as perspectivas abertas, está a valorização da responsabilidade social empresarial. "Os três setores estavam reunidos em Davos. É evidente a importância da interação entre eles para que tenhamos novos projetos e recursos para a área social, com planejamento do Estado, gestão social e o empuxo dado pelos fundos oriundos das empresas", destaca Cybele. GLOBALIZAÇÃO AMEAÇADA Em um mundo onde os oito mais ricos têm patrimônio igual à metade mais pobre da humanidade, crises com refugiados são constantes. Quem esteve em Davos pôde optar por sentir uma fração da agonia dos refugiados. "Você entrava num espaço e eles criavam um ambiente, simulado, em que você 'vivia', digamos assim, o que eles passavam. Uma simulação criada por refugiados mesmo. Você sentia o que eles sentiam. Era bem forte, uma coisa impressionante. Vimos diretores de organizações chorarem", conta Cybele. Para ela, a crise econômica indica o caminho de uma grande transformação que será necessária. "Parece que convida a uma mudança: se nós continuarmos acreditando que poucos terão muito e muitos terão nada, vai ser difícil a gente dissolver essa crise. É preciso distribuição de renda, uma percepção de uma economia mais solidária, mais colaborativa." O fundador do Fórum, Klaus Schwab, escreveu ao "Financial Times" um artigo em que afirma que a retórica antiglobalização está ameaçando a economia colaborativa. Não por acaso, o último dia do evento coincidiu com a posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Cybele conta que a maioria dos participantes parecia impactado e receoso. "Eles diziam: 'Meu deus, como vai ser o mundo agora?'" A educadora se diz surpresa com a onda conservadora. "Não imaginávamos que estaríamos nesse 2017 caminhando alguns passos para trás. É para se pensar mesmo,estudar, e continuar vendo que tendências são essas." No entanto, apenas distribuir renda também não basta. "É preciso tomar consciência, uma construção cultural, de que, para termos relações mais igualitárias e equidade, vai ser necessário um esforço. Alcançar um lugar mais colaborativo que exploratório." Cybele destaca uma frase de Hilde Schwab, cofundadora da fundação que leva seu sobrenome, sobre o papel que pode desempenhar no mundo. "Os Empreendedores Sociais são os arquitetos das sociedades em que queremos viver: sociedades que oferecem oportunidades educacionais a todos. Sociedades que respeitam os direitos das mulheres. Sociedades que ajudam nossos cidadãos mais vulneráveis a ter sucesso."
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Vídeo viral com piada de Obama sobre Brasil é falso
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Um vídeo compartilhado nas redes sociais nos últimos dias, mostrando o que seria uma piada do presidente americano, Barack Obama, com o Brasil é falso. Nos trechos em que o presidente americano supostamente faz referências ao Brasil, as legendas em português não correspondem ao que ele diz em inglês. O discurso em questão, na verdade, foi feito em outubro de 2010, em um evento chamado "Fortune Most Powerful Women Summit" e está disponível na íntegra no site da Casa Branca. No trecho do discurso usado pelo vídeo distribuído no Brasil, um barulho ecoa no púlpito e o presidente brinca com a plateia em referência ao problema técnico. Na versão que viralizou pelas redes sociais, aparece na legenda em português: "Seria isso um grampo? Ah, graças a Deus. Está tudo bem. Todos vocês sabem quem eu sou. Mas tenho certeza que se fosse no Brasil estariam realmente nervosos agora". Em seguida, ainda na versão erroneamente traduzida para o português, a legenda diz que, "caçam juízes em vez de bandidos, lá [no Brasil], agora mesmo". O vídeo foi divulgado por uma página no Facebook intitulada "Jair Bolsonaro Presidente 2018" e já teve mais de 7 milhões de visualizações. "Obama faz menção à corrupção do Brasil", escreveram ao postar as imagens. Pelo WhatsApp, muitas pessoas compartilharam o vídeo dizendo que "o Brasil já tinha virado piada nos Estados Unidos". Quando se aproxima do púlpito, Obama diz apenas: "Ops... Isso foi meu...? Meu Deus. Tudo bem. Todos vocês sabem quem eu sou. Mas tenho certeza que tem alguém ali atrás que está realmente nervoso agora". O administrador de uma das páginas que reproduziram o vídeo disse que tudo não passou de um mal entendido e que o vídeo era apenas uma paródia. O vídeo faz parte de um discurso de quase 20 minutos de Obama sobre mulheres poderosas –como sua avó, que não fez faculdade mas conseguiu se tornar uma das primeiras mulheres a assumir a vice-presidência de um banco no Estado do Havaí. O presidente americano não cita o Brasil durante sua fala. A brincadeira feita com as legendas aconteceu em um momento em que a crise política no Brasil tem se acirrado cada vez mais. A suposta piada faz menção aos "grampos" que foram divulgados na última semana contendo conversas entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, entre outras gravações de diálogos do petista com advogados e outros políticos.
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Vídeo viral com piada de Obama sobre Brasil é falsoUm vídeo compartilhado nas redes sociais nos últimos dias, mostrando o que seria uma piada do presidente americano, Barack Obama, com o Brasil é falso. Nos trechos em que o presidente americano supostamente faz referências ao Brasil, as legendas em português não correspondem ao que ele diz em inglês. O discurso em questão, na verdade, foi feito em outubro de 2010, em um evento chamado "Fortune Most Powerful Women Summit" e está disponível na íntegra no site da Casa Branca. No trecho do discurso usado pelo vídeo distribuído no Brasil, um barulho ecoa no púlpito e o presidente brinca com a plateia em referência ao problema técnico. Na versão que viralizou pelas redes sociais, aparece na legenda em português: "Seria isso um grampo? Ah, graças a Deus. Está tudo bem. Todos vocês sabem quem eu sou. Mas tenho certeza que se fosse no Brasil estariam realmente nervosos agora". Em seguida, ainda na versão erroneamente traduzida para o português, a legenda diz que, "caçam juízes em vez de bandidos, lá [no Brasil], agora mesmo". O vídeo foi divulgado por uma página no Facebook intitulada "Jair Bolsonaro Presidente 2018" e já teve mais de 7 milhões de visualizações. "Obama faz menção à corrupção do Brasil", escreveram ao postar as imagens. Pelo WhatsApp, muitas pessoas compartilharam o vídeo dizendo que "o Brasil já tinha virado piada nos Estados Unidos". Quando se aproxima do púlpito, Obama diz apenas: "Ops... Isso foi meu...? Meu Deus. Tudo bem. Todos vocês sabem quem eu sou. Mas tenho certeza que tem alguém ali atrás que está realmente nervoso agora". O administrador de uma das páginas que reproduziram o vídeo disse que tudo não passou de um mal entendido e que o vídeo era apenas uma paródia. O vídeo faz parte de um discurso de quase 20 minutos de Obama sobre mulheres poderosas –como sua avó, que não fez faculdade mas conseguiu se tornar uma das primeiras mulheres a assumir a vice-presidência de um banco no Estado do Havaí. O presidente americano não cita o Brasil durante sua fala. A brincadeira feita com as legendas aconteceu em um momento em que a crise política no Brasil tem se acirrado cada vez mais. A suposta piada faz menção aos "grampos" que foram divulgados na última semana contendo conversas entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, entre outras gravações de diálogos do petista com advogados e outros políticos.
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Não cabe a mim colocar fogo na crise política, diz Renan Calheiros
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Na tentativa de se deslocar do centro da crise política, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira (8) que não cabe a ele, no cargo que ocupa, "colocar fogo na crise" política. Investigado pela Operação Lava Jato, o peemedebista também afirmou que a sociedade está sendo "bombardeada por boatos e disse que disse". Renan fez o comentário ao falar sobre o congresso que o PMDB realizará no próximo sábado (12), em Brasília. A decisão a ser tomada pelo partido, que tem como presidente nacional, o vice-presidente da República Michel Temer, é encarada como fundamental para a sustentação do governo da presidente Dilma Rousseff. Apesar de integrar a cúpula do Executivo federal, o PMDB tem sido pressionado internamente para fazer um desembarque do governo. "Não é papel do presidente do Congresso colocar fogo na crise. É mais do que nunca pela serenidade, pelo bom senso, pelo equilíbrio. Nós tivemos aqui, em 1964, um presidente do Senado que passou do limite do equilíbrio e fraturou a democracia. Portanto, não cabe a mim colocar fogo na crise", afirmou ao chegar à Casa. O presidente fez referência ao então presidente da Casa, Auro de Moura Andrade, que, na madrugada de 2 de abril de 1964, realizou sessão do Congresso onde foi declarada vaga a presidência da República. O então presidente João Goulart estava viajando. A decisão do Congresso foi um dos fatores que levou à instalação da ditadura militar no país. Em novembro de 2013, o Congresso aprovou um projeto de resolução que anulou a sessão do Congresso deste dia. Renan comandou a sessão conjunta e classificou a sessão de 64 como "fatídica". Renan afirmou ainda que o PMDB precisa se unir ao aproximar todas as suas correntes para dar uma demonstração de que "está compreendendo as circunstâncias do país". Apesar de manter o discurso público de manutenção da aliança com o governo, Renan avalia que a situação atual é grave ao ponto de a presidente não conseguir mais reagir e levar o mandato até 2018. Sem mencionar episódios específicos, Renan afirmou ainda que a sociedade está sendo bombardeada por "informações, por boatos, por disse que disse" e repetiu que cabe ao presidente do Congresso "preservar o equilíbrio e a harmonia entre os Poderes".
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Não cabe a mim colocar fogo na crise política, diz Renan CalheirosNa tentativa de se deslocar do centro da crise política, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira (8) que não cabe a ele, no cargo que ocupa, "colocar fogo na crise" política. Investigado pela Operação Lava Jato, o peemedebista também afirmou que a sociedade está sendo "bombardeada por boatos e disse que disse". Renan fez o comentário ao falar sobre o congresso que o PMDB realizará no próximo sábado (12), em Brasília. A decisão a ser tomada pelo partido, que tem como presidente nacional, o vice-presidente da República Michel Temer, é encarada como fundamental para a sustentação do governo da presidente Dilma Rousseff. Apesar de integrar a cúpula do Executivo federal, o PMDB tem sido pressionado internamente para fazer um desembarque do governo. "Não é papel do presidente do Congresso colocar fogo na crise. É mais do que nunca pela serenidade, pelo bom senso, pelo equilíbrio. Nós tivemos aqui, em 1964, um presidente do Senado que passou do limite do equilíbrio e fraturou a democracia. Portanto, não cabe a mim colocar fogo na crise", afirmou ao chegar à Casa. O presidente fez referência ao então presidente da Casa, Auro de Moura Andrade, que, na madrugada de 2 de abril de 1964, realizou sessão do Congresso onde foi declarada vaga a presidência da República. O então presidente João Goulart estava viajando. A decisão do Congresso foi um dos fatores que levou à instalação da ditadura militar no país. Em novembro de 2013, o Congresso aprovou um projeto de resolução que anulou a sessão do Congresso deste dia. Renan comandou a sessão conjunta e classificou a sessão de 64 como "fatídica". Renan afirmou ainda que o PMDB precisa se unir ao aproximar todas as suas correntes para dar uma demonstração de que "está compreendendo as circunstâncias do país". Apesar de manter o discurso público de manutenção da aliança com o governo, Renan avalia que a situação atual é grave ao ponto de a presidente não conseguir mais reagir e levar o mandato até 2018. Sem mencionar episódios específicos, Renan afirmou ainda que a sociedade está sendo bombardeada por "informações, por boatos, por disse que disse" e repetiu que cabe ao presidente do Congresso "preservar o equilíbrio e a harmonia entre os Poderes".
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Cármen Lúcia se reúne com ministro da Justiça e PF para tratar de presídios
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A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, se reuniu pela manhã desta terça (10) por cerca de uma hora com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e o diretor-geral da PF, Leandro Daiello, para tratar sobre a crise nos presídios do país. A reunião não constava das agendas dos ministros. O encontro durou cerca de uma hora. É a primeira reunião de que se tem notícia entre o diretor da PF e a presidente do STF para tratar da crise nos presídios que eclodiu no dia 1º de janeiro com o assassinato de 56 detentos durante rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim. Cármen Lúcia tem mantido conversas diárias com Alexandre de Moraes. Ela também fala com frequência por telefone com o presidente Michel Temer. No sábado, recebeu Temer em sua casa para tratar do assunto. A PF atua em monitoramento e inteligência na investigação sobre as facções que dominam o tráfico de drogas no Brasil. Um relatório elaborado pela PF entre 2014 e 2015 e que embasou a Operação La Muralla – que prendeu líderes das facções – já apontava o confronto crescente entre PCC (Primeiro Comando da Capital) e FDN (Família do Norte). "Diversas mensagens interceptadas deixam claro que a FDN possui uma forte relação ou aliança com o Comando Vermelho (CV), facção criminosa do Estado do Rio de Janeiro, e uma espécie de rixa com os membros da facção Primeiro Comando da Capital - PCC, existindo, inclusive, planos para o assassinato de todos os membros desta organização criminosa paulista que se encontram presos em Manaus (pelo menos três das principais lideranças do PCC foram brutalmente assassinados nos últimos meses pela FDN dentro do sistema, conforme se verá mais adiante)", informa o relatório da PF. Nesta terça, a Força Nacional chegou a Manaus e a Boa Vista para reforçar a segurança dos presídios.
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Cármen Lúcia se reúne com ministro da Justiça e PF para tratar de presídiosA presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, se reuniu pela manhã desta terça (10) por cerca de uma hora com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e o diretor-geral da PF, Leandro Daiello, para tratar sobre a crise nos presídios do país. A reunião não constava das agendas dos ministros. O encontro durou cerca de uma hora. É a primeira reunião de que se tem notícia entre o diretor da PF e a presidente do STF para tratar da crise nos presídios que eclodiu no dia 1º de janeiro com o assassinato de 56 detentos durante rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim. Cármen Lúcia tem mantido conversas diárias com Alexandre de Moraes. Ela também fala com frequência por telefone com o presidente Michel Temer. No sábado, recebeu Temer em sua casa para tratar do assunto. A PF atua em monitoramento e inteligência na investigação sobre as facções que dominam o tráfico de drogas no Brasil. Um relatório elaborado pela PF entre 2014 e 2015 e que embasou a Operação La Muralla – que prendeu líderes das facções – já apontava o confronto crescente entre PCC (Primeiro Comando da Capital) e FDN (Família do Norte). "Diversas mensagens interceptadas deixam claro que a FDN possui uma forte relação ou aliança com o Comando Vermelho (CV), facção criminosa do Estado do Rio de Janeiro, e uma espécie de rixa com os membros da facção Primeiro Comando da Capital - PCC, existindo, inclusive, planos para o assassinato de todos os membros desta organização criminosa paulista que se encontram presos em Manaus (pelo menos três das principais lideranças do PCC foram brutalmente assassinados nos últimos meses pela FDN dentro do sistema, conforme se verá mais adiante)", informa o relatório da PF. Nesta terça, a Força Nacional chegou a Manaus e a Boa Vista para reforçar a segurança dos presídios.
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Cade livra Abilio Diniz de apuração sobre compra do Carrefour
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O empresário Abilio Diniz, presidente do conselho da BRF, livrou-se nesta terça (4) de investigação no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre a compra de participação na filial brasileira do Carrefour. Ele era acusado pelo Ibedec (Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo) de ter praticado ato de concentração de mercado que deveria ter sido notificado ao conselho. Em geral, as ações que devem ser comunicadas envolvem participação acima de 20% no caso de fusão de empresas concorrentes ou na relação entre fornecedores. O empresário adquiriu em dezembro uma fatia de 10% do Carrefour Brasil -elevada em junho para 12%. Na BRF, Abilio tem menos de 3% de participação acionária. Após análise da estrutura social das empresas detidas por Abilio, o Cade determinou que a operação não exigia notificação. O Ibedec argumentava, ainda, que o fato de que Abilio ocupar "posição significativa de investimentos" no Carrefour e na BRF poderia gerar favorecimento de uma empresa em relação à outra — a BRF é fornecedora da varejista. De acordo com o Cade, no entanto, os poderes do empresário em ambas as companhias são "limitados" e, portanto, não possibilitariam a tomada de decisões que possam favorecer uma delas sem a aprovação de outros administradores. O conselho havia pedido ainda informações sobre o aluguel de 67 imóveis de Abilio Diniz ao grupo Pão de Açúcar, principal concorrente do Carrefour no país. Os contratos de locação comerciais envolvem um percentual do faturamento da loja o que, em tese, poderia fazer o empresário ter informações relevantes do ponto de vista concorrencial sobre o desempenho de vendas da empresa rival. Em sua avaliação, o Cade afirma que não encontrou indícios "claros e imediatos" de que a relação comercial entre as companhias possa afetar negativamente a concorrência no mercado de varejo brasileiro. Pelo contrato com a subsidiária do Carrefour no país, Abilio pode aumentar sua participação na companhia para 16% até 2018. Além da fatia no Brasil, o empresário também atingiu em abril uma fatia de 5,07% na rede varejista francesa. A operação colocou Abilio no posto do quarto maior acionista individual da companhia.
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Cade livra Abilio Diniz de apuração sobre compra do CarrefourO empresário Abilio Diniz, presidente do conselho da BRF, livrou-se nesta terça (4) de investigação no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre a compra de participação na filial brasileira do Carrefour. Ele era acusado pelo Ibedec (Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo) de ter praticado ato de concentração de mercado que deveria ter sido notificado ao conselho. Em geral, as ações que devem ser comunicadas envolvem participação acima de 20% no caso de fusão de empresas concorrentes ou na relação entre fornecedores. O empresário adquiriu em dezembro uma fatia de 10% do Carrefour Brasil -elevada em junho para 12%. Na BRF, Abilio tem menos de 3% de participação acionária. Após análise da estrutura social das empresas detidas por Abilio, o Cade determinou que a operação não exigia notificação. O Ibedec argumentava, ainda, que o fato de que Abilio ocupar "posição significativa de investimentos" no Carrefour e na BRF poderia gerar favorecimento de uma empresa em relação à outra — a BRF é fornecedora da varejista. De acordo com o Cade, no entanto, os poderes do empresário em ambas as companhias são "limitados" e, portanto, não possibilitariam a tomada de decisões que possam favorecer uma delas sem a aprovação de outros administradores. O conselho havia pedido ainda informações sobre o aluguel de 67 imóveis de Abilio Diniz ao grupo Pão de Açúcar, principal concorrente do Carrefour no país. Os contratos de locação comerciais envolvem um percentual do faturamento da loja o que, em tese, poderia fazer o empresário ter informações relevantes do ponto de vista concorrencial sobre o desempenho de vendas da empresa rival. Em sua avaliação, o Cade afirma que não encontrou indícios "claros e imediatos" de que a relação comercial entre as companhias possa afetar negativamente a concorrência no mercado de varejo brasileiro. Pelo contrato com a subsidiária do Carrefour no país, Abilio pode aumentar sua participação na companhia para 16% até 2018. Além da fatia no Brasil, o empresário também atingiu em abril uma fatia de 5,07% na rede varejista francesa. A operação colocou Abilio no posto do quarto maior acionista individual da companhia.
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Na polícia, 50% dos homens e 33% das mulheres fazem bicos, aponta estudo
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Pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública sobre "As Mulheres nas Instituições Policiais", divulgada nesta segunda (30), indica que 50% dos homens policiais exercem outra atividade remunerada –o chamado bico, que é ilegal–, enquanto 33,4% das mulheres policiais admitem fazer bico. O estudo, que entrevistou 13.055 servidores das polícias Militar, Civil, Federal, Rodoviária Federal, Bombeiros e guardas municipais de todos os Estados do país, mostra também que a menor parte das mulheres (31,4%) é a favor de cotas para elas nas corporações. Entre os homens, 51,7% são a favor. Outro dado da pesquisa é que 39,2% das mulheres policiais afirmaram já ter sofrido assédio moral ou sexual dentro das corporações. Esse índice cai para 20,1% entre os homens. O assédio, na maior parte das vezes (em 74,1% dos casos), é praticado por superiores hierárquicos. A pesquisa foi feita em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas), a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), ligada ao Ministério da Justiça, e a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). BICOS Segundo o vice-presidente do fórum e professor da FGV, Renato Sérgio de Lima, o estudo sugere que as mulheres fazem menos bicos que os homens porque estão estudando mais e porque executam mais tarefas domésticas durante o horário de folga. Enquanto 41,7% dos homens disseram sempre fazer tarefas domésticas, 75,7% das mulheres responderam que as fazem sempre. Por outro lado, destaca Lima, elas estão "mais autônomas em relação à casa" do que os homens: a maioria é solteira ou divorciada e não tem filhos. Quanto à escolaridade, 76,8% das mulheres disseram ter ensino superior completo ou pós-graduação. Entre os homens, são 56,7%. "Olhando para os dados de uma mulher mais autônoma, eu poderia dizer que a mulher está se escolarizando mais, aproveitando esse tempo [livre] para fazer cursos, faculdade", afirma Lima. "Acho que isso é um perfil da própria sociedade. As mulheres em geral estão com escolaridade maior do que os homens", analisa. COTAS A maioria das policiais é contra as cotas –como as que existem em Estados como Bahia e Santa Catarina, que destinam de 7% a 10% das vagas a mulheres– porque elas restringem a entrada feminina. "Se, por um lado, as cotas garantem a participação, por outro, limitam a quantidade de vagas. Engessam a corporação para serem predominantemente masculinas", diz o pesquisador. "Ainda tem Estados em que, se houver um capitão e uma capitã em um local, é ela que vai ter de servir café ao coronel." ASSÉDIO De acordo com Lima, o percentual de mulheres que já sofreu assédio nas polícias é "compatível" com estudos feitos em empresas e outros setores da sociedade –cerca de 40%. Ou seja, nesse quesito, a realidade das polícias reflete o que ocorre no restante da sociedade. O problema, afirma o pesquisador, é que o estudo revela "a não existência de canais formais de denúncia e processamento desse tipo de ocorrência" dentro das corporações. "A polícia existe para garantir direitos, mas os próprios policiais têm seus direitos desrespeitados. Se nós quisermos ser uma sociedade democrática e moderna, temos que ter a coragem de enfrentar esses tabus", diz Lima. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os dados da pesquisa, tecnicamente, não constituem um retrato estatisticamente representativo das opiniões de todos os policiais brasileiros, mas, como estão em consonância com os resultados de outros estudos, permitem fazer análises e levantar hipóteses sobre as relações de gênero nas instituições de segurança pública.
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Na polícia, 50% dos homens e 33% das mulheres fazem bicos, aponta estudoPesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública sobre "As Mulheres nas Instituições Policiais", divulgada nesta segunda (30), indica que 50% dos homens policiais exercem outra atividade remunerada –o chamado bico, que é ilegal–, enquanto 33,4% das mulheres policiais admitem fazer bico. O estudo, que entrevistou 13.055 servidores das polícias Militar, Civil, Federal, Rodoviária Federal, Bombeiros e guardas municipais de todos os Estados do país, mostra também que a menor parte das mulheres (31,4%) é a favor de cotas para elas nas corporações. Entre os homens, 51,7% são a favor. Outro dado da pesquisa é que 39,2% das mulheres policiais afirmaram já ter sofrido assédio moral ou sexual dentro das corporações. Esse índice cai para 20,1% entre os homens. O assédio, na maior parte das vezes (em 74,1% dos casos), é praticado por superiores hierárquicos. A pesquisa foi feita em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas), a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), ligada ao Ministério da Justiça, e a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). BICOS Segundo o vice-presidente do fórum e professor da FGV, Renato Sérgio de Lima, o estudo sugere que as mulheres fazem menos bicos que os homens porque estão estudando mais e porque executam mais tarefas domésticas durante o horário de folga. Enquanto 41,7% dos homens disseram sempre fazer tarefas domésticas, 75,7% das mulheres responderam que as fazem sempre. Por outro lado, destaca Lima, elas estão "mais autônomas em relação à casa" do que os homens: a maioria é solteira ou divorciada e não tem filhos. Quanto à escolaridade, 76,8% das mulheres disseram ter ensino superior completo ou pós-graduação. Entre os homens, são 56,7%. "Olhando para os dados de uma mulher mais autônoma, eu poderia dizer que a mulher está se escolarizando mais, aproveitando esse tempo [livre] para fazer cursos, faculdade", afirma Lima. "Acho que isso é um perfil da própria sociedade. As mulheres em geral estão com escolaridade maior do que os homens", analisa. COTAS A maioria das policiais é contra as cotas –como as que existem em Estados como Bahia e Santa Catarina, que destinam de 7% a 10% das vagas a mulheres– porque elas restringem a entrada feminina. "Se, por um lado, as cotas garantem a participação, por outro, limitam a quantidade de vagas. Engessam a corporação para serem predominantemente masculinas", diz o pesquisador. "Ainda tem Estados em que, se houver um capitão e uma capitã em um local, é ela que vai ter de servir café ao coronel." ASSÉDIO De acordo com Lima, o percentual de mulheres que já sofreu assédio nas polícias é "compatível" com estudos feitos em empresas e outros setores da sociedade –cerca de 40%. Ou seja, nesse quesito, a realidade das polícias reflete o que ocorre no restante da sociedade. O problema, afirma o pesquisador, é que o estudo revela "a não existência de canais formais de denúncia e processamento desse tipo de ocorrência" dentro das corporações. "A polícia existe para garantir direitos, mas os próprios policiais têm seus direitos desrespeitados. Se nós quisermos ser uma sociedade democrática e moderna, temos que ter a coragem de enfrentar esses tabus", diz Lima. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os dados da pesquisa, tecnicamente, não constituem um retrato estatisticamente representativo das opiniões de todos os policiais brasileiros, mas, como estão em consonância com os resultados de outros estudos, permitem fazer análises e levantar hipóteses sobre as relações de gênero nas instituições de segurança pública.
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Soterrada em 1600, 'Pompeia' latino-americana é procurada no Peru
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Cientistas peruanos e franceses procuram localizar 33 vilarejos na região de Moquegua (no sul do Peru) enterrados em fevereiro de 1600 pela erupção de um vulcão –a maior já ocorrida no continente–, no que tem sido chamado de busca pela "Pompeia da América Latina". Nessa data, o vulcão Huaynaputina, em Moquegua –a 1.220 quilômetros ao sul de Lima– entrou em erupção com rajadas de mais de 30 quilômetros de altura e fluxos piroclásticos (mistura de gases vulcânicos, pedras quentes e ar preso) que avançaram a cerca de 300 quilômetros por hora e temperaturas de 400 a 1.200 graus. Tudo foi enterrado, segundo informou à AFP Luisa Macedo, engenheira do Observatório Vulcanológico do Instituto Geofísico Minerador Metalúrgico peruano, que lidera a investigação. "As investigações indicam que, um ano após a erupção em Moquegua, a temperatura caiu em todo o mundo em 1,3 grau", explicou. Em três expedições (agosto, outubro e novembro) foram detectados, com o auxílio de modernos equipamentos, seis povoados enterrados entre 3 e 15 metros de profundidade, informou. A extensão da área enterrada ainda é desconhecida. A área pode se tornar um sítio arqueológico semelhante ao dos restos de Pompeia, cidade da Roma antiga que foi soterrada pela violenta erupção do Vesúvio em 79 d.C., perto da moderna cidade de Nápoles, um porta-voz do governo disse regional. Cada expedição contou com 10 a 20 pesquisadores, liderados pela equipe do Observatório do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento da França e da Universidade de La Réunion. Também participam especialistas de Bélgica, Bolívia, Chile e historiadores de Moquegua. O projeto de investigação do Observatório Vulcanológico do Instituto Geofísico Minerador Metalúrgico está estimado em três anos. "Esperamos encontrar detalhes da vida comum da época, que foi de transição entre os incas e o vice-reinado espanhol. Era o momento em que a colônia estava tentando reunir os casarios e congregá-los para fazer grandes cidades. Essa zona era altamente agrícola", disse a pesquisadora. A região de Moquegua e alguns municípios se comprometeram a apoiar economicamente o projeto do Observatório, para poder desenterrar os povoados uma vez que sejam encontrados.
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turismo
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Soterrada em 1600, 'Pompeia' latino-americana é procurada no PeruCientistas peruanos e franceses procuram localizar 33 vilarejos na região de Moquegua (no sul do Peru) enterrados em fevereiro de 1600 pela erupção de um vulcão –a maior já ocorrida no continente–, no que tem sido chamado de busca pela "Pompeia da América Latina". Nessa data, o vulcão Huaynaputina, em Moquegua –a 1.220 quilômetros ao sul de Lima– entrou em erupção com rajadas de mais de 30 quilômetros de altura e fluxos piroclásticos (mistura de gases vulcânicos, pedras quentes e ar preso) que avançaram a cerca de 300 quilômetros por hora e temperaturas de 400 a 1.200 graus. Tudo foi enterrado, segundo informou à AFP Luisa Macedo, engenheira do Observatório Vulcanológico do Instituto Geofísico Minerador Metalúrgico peruano, que lidera a investigação. "As investigações indicam que, um ano após a erupção em Moquegua, a temperatura caiu em todo o mundo em 1,3 grau", explicou. Em três expedições (agosto, outubro e novembro) foram detectados, com o auxílio de modernos equipamentos, seis povoados enterrados entre 3 e 15 metros de profundidade, informou. A extensão da área enterrada ainda é desconhecida. A área pode se tornar um sítio arqueológico semelhante ao dos restos de Pompeia, cidade da Roma antiga que foi soterrada pela violenta erupção do Vesúvio em 79 d.C., perto da moderna cidade de Nápoles, um porta-voz do governo disse regional. Cada expedição contou com 10 a 20 pesquisadores, liderados pela equipe do Observatório do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento da França e da Universidade de La Réunion. Também participam especialistas de Bélgica, Bolívia, Chile e historiadores de Moquegua. O projeto de investigação do Observatório Vulcanológico do Instituto Geofísico Minerador Metalúrgico está estimado em três anos. "Esperamos encontrar detalhes da vida comum da época, que foi de transição entre os incas e o vice-reinado espanhol. Era o momento em que a colônia estava tentando reunir os casarios e congregá-los para fazer grandes cidades. Essa zona era altamente agrícola", disse a pesquisadora. A região de Moquegua e alguns municípios se comprometeram a apoiar economicamente o projeto do Observatório, para poder desenterrar os povoados uma vez que sejam encontrados.
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Ninguém pensou que era ela, diz prima de noiva morta em acidente aéreo
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Dois helicópteros de canais de TV sobrevoavam o cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes (Grande São Paulo), às 17h desta segunda (5), quando os corpos da auxiliar de enfermagem Rosemere do Nascimento, 32, e de seu irmão Silvano Nascimento, 40, eram enterrados. As pessoas olhavam para cima e ouviam o barulho tentando entender. Mas entender era o mais difícil: os dois morreram justamente em um acidente de helicóptero na tarde deste domingo (4), junto com o piloto e uma fotógrafa, que estava grávida de seis meses. Rosemere, vestida de noiva, entrou no helicóptero no domingo para chegar ao seu casamento com o chaveiro Udirley Marques Damasceno. "Parecia um filme de terror", lembra o zelador Damião Marques, 43, irmão do noivo. No momento da queda, todos os convidados esperavam a chegada de Rose, que queria surpreender o noivo, ao descer de helicóptero. "Estava tudo pronto, era só subir ao altar. Udirley já tinha entrado, a dama de honra também", afirma Damião. Mas Rosemere não chegava. As noivas atrasam, normal. "Então alguém disse que teve um acidente perto. Ninguém pensou que fosse ela", diz a professora Léia de Almeida, 37, prima de Rose. Depois, veio a notícia de que era um helicóptero, mas nada grave. Até então ninguém sabia que Rosemere chegaria de helicóptero. Ela só contou para a mãe, com medo do noivo descobrir. Outro que sabia era o dono do sítio, Recanto Beija-Flor, em São Lourenço da Serra (Grande SP). A demora aumentou, e ele avisou da tragédia. "Mas ele disse que só tinha uma vítima", conta Léia. Minutos depois, a notícia: Rose estava morta. "Foi inacreditável, todo mundo ficou em choque", afirma Marli Araújo, 37, prima de Rose. O casal era evangélico e se conheceu na igreja Congregação Cristã, em Taboão da Serra (Grande SP), há pouco mais de um ano. Rose era mineira da cidade de Cruz dos Araujos. Udirley é baiano. Apaixonados, logo resolveram se casar. "Ela estava a pessoa mais feliz do mundo, arrumou todos os detalhes do casamento", diz a prima Léia. Gastaram na festa em torno de R$ 40 mil. A chegada de helicóptero estava incluído em um pacote especial. Como eram evangélicos, um pastor celebraria a cerimônia, que seria validada também por um juiz. Em seguida, haveria um jantar para os convidados, sem distribuição de bebidas alcoólicas. Durante o velório, amigos -a maioria da igreja- oravam emocionados. Alguns chegaram a se ajoelhar. As mulheres usaram véus brancos, uma tradição da igreja. Udirley não quis falar com a imprensa. Ficou ao lado do caixão, chorando. "Ele está arrasado", diz o irmão, Damião. Os fiéis tentavam se consolar na religião. "É muito triste, nunca vamos esquecer esse funeral. Essa tragédia surpreendeu a todos, mas Deus já sabia. Nós temos que tentar entender os desígnios de Deus", disse um pastor no velório. "Agora, é recolher os casos. Temos que seguir a vida", afirmou Damião. O ACIDENTE O helicóptero caiu sobre uma área de chácaras, no bairro Barrinha. O vigilante Rubens Pires, 36, diz que ele dava voltas, como se procurasse um local para pousar. "Ele foi e voltou duas vezes. A hélice parece que se desfez e depois ouvimos um barulho do helicóptero caindo no meio das árvores." A cuidadora Cíntia Camargo Pires, 35, disse que viu a aeronave girando antes de cair. "Estava saindo fumaça. A hélice estava parada, e o helicóptero é que girava." No horário da queda, a região tinha tempo encoberto, com neblina e chuva fraca. A aeronave modelo Robinson 44 havia sido comprada recentemente, de acordo com informações da Anac (agência de aviação civil). A situação dela era regular.
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cotidiano
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Ninguém pensou que era ela, diz prima de noiva morta em acidente aéreoDois helicópteros de canais de TV sobrevoavam o cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes (Grande São Paulo), às 17h desta segunda (5), quando os corpos da auxiliar de enfermagem Rosemere do Nascimento, 32, e de seu irmão Silvano Nascimento, 40, eram enterrados. As pessoas olhavam para cima e ouviam o barulho tentando entender. Mas entender era o mais difícil: os dois morreram justamente em um acidente de helicóptero na tarde deste domingo (4), junto com o piloto e uma fotógrafa, que estava grávida de seis meses. Rosemere, vestida de noiva, entrou no helicóptero no domingo para chegar ao seu casamento com o chaveiro Udirley Marques Damasceno. "Parecia um filme de terror", lembra o zelador Damião Marques, 43, irmão do noivo. No momento da queda, todos os convidados esperavam a chegada de Rose, que queria surpreender o noivo, ao descer de helicóptero. "Estava tudo pronto, era só subir ao altar. Udirley já tinha entrado, a dama de honra também", afirma Damião. Mas Rosemere não chegava. As noivas atrasam, normal. "Então alguém disse que teve um acidente perto. Ninguém pensou que fosse ela", diz a professora Léia de Almeida, 37, prima de Rose. Depois, veio a notícia de que era um helicóptero, mas nada grave. Até então ninguém sabia que Rosemere chegaria de helicóptero. Ela só contou para a mãe, com medo do noivo descobrir. Outro que sabia era o dono do sítio, Recanto Beija-Flor, em São Lourenço da Serra (Grande SP). A demora aumentou, e ele avisou da tragédia. "Mas ele disse que só tinha uma vítima", conta Léia. Minutos depois, a notícia: Rose estava morta. "Foi inacreditável, todo mundo ficou em choque", afirma Marli Araújo, 37, prima de Rose. O casal era evangélico e se conheceu na igreja Congregação Cristã, em Taboão da Serra (Grande SP), há pouco mais de um ano. Rose era mineira da cidade de Cruz dos Araujos. Udirley é baiano. Apaixonados, logo resolveram se casar. "Ela estava a pessoa mais feliz do mundo, arrumou todos os detalhes do casamento", diz a prima Léia. Gastaram na festa em torno de R$ 40 mil. A chegada de helicóptero estava incluído em um pacote especial. Como eram evangélicos, um pastor celebraria a cerimônia, que seria validada também por um juiz. Em seguida, haveria um jantar para os convidados, sem distribuição de bebidas alcoólicas. Durante o velório, amigos -a maioria da igreja- oravam emocionados. Alguns chegaram a se ajoelhar. As mulheres usaram véus brancos, uma tradição da igreja. Udirley não quis falar com a imprensa. Ficou ao lado do caixão, chorando. "Ele está arrasado", diz o irmão, Damião. Os fiéis tentavam se consolar na religião. "É muito triste, nunca vamos esquecer esse funeral. Essa tragédia surpreendeu a todos, mas Deus já sabia. Nós temos que tentar entender os desígnios de Deus", disse um pastor no velório. "Agora, é recolher os casos. Temos que seguir a vida", afirmou Damião. O ACIDENTE O helicóptero caiu sobre uma área de chácaras, no bairro Barrinha. O vigilante Rubens Pires, 36, diz que ele dava voltas, como se procurasse um local para pousar. "Ele foi e voltou duas vezes. A hélice parece que se desfez e depois ouvimos um barulho do helicóptero caindo no meio das árvores." A cuidadora Cíntia Camargo Pires, 35, disse que viu a aeronave girando antes de cair. "Estava saindo fumaça. A hélice estava parada, e o helicóptero é que girava." No horário da queda, a região tinha tempo encoberto, com neblina e chuva fraca. A aeronave modelo Robinson 44 havia sido comprada recentemente, de acordo com informações da Anac (agência de aviação civil). A situação dela era regular.
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Três anos depois, acidente com Campos tem impacto político em PE
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Os desdobramentos judiciais do acidente aéreo que matou Eduardo Campos ainda geram incertezas ao grupo político do ex-governador de Pernambuco e ao seu legado três anos depois da queda do avião em Santos (SP), completados neste domingo (13). E podem se tornar o centro da disputa pelo governo de Pernambuco no próximo ano. Três dos principais envolvidos na Operação Turbulência, iniciada com uma investigação sobre o arrendamento do jato no qual Campos viajava, assinaram acordos de delação premiada com o Ministério Público Federal no início deste ano. Os empresários João Lyra Pessoa de Melo Filho, Apolo Santana Vieira e Eduardo Freire Bezerra Leite prometem dar detalhes sobre transações financeiras envolvendo superfaturamento de obras ligadas ao governo de Pernambuco. Lyra era apontado como elo entre Campos e empreiteiras. Os três empresários são acusados de formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro, pagamento de propinas e crimes contra o sistema financeiro. De acordo com o Ministério Público, os suspeitos teriam movimentado dinheiro de forma fraudulenta entre empresas de fachada. O esquema teria vigorado entre 2010 e 2014 e movimentado cerca de R$ 600 milhões, segundo a Polícia Federal. Apontados como donos do avião que transportava Campos, os empresários estão sendo processados por moradores de Santos que tiveram seus imóveis danificados com a queda do avião. Também correm ações contra a AF Andrade, holding apontada como operadora do jato, e o PSB. Todos negam judicialmente responsabilidade de ressarcir os prejuízos. Em janeiro, a PF deflagrou a Operação Vórtex como um desdobramento da Turbulência. A ação investigou a participação de uma terceira empresa, a Lidermac, na compra da aeronave. Na época, o PSB contestou a existência de qualquer irregularidade envolvendo o partido e a empresa, alegando que fez apenas uma doação de R$ 500 mil ao PSB na campanha de 2014 de forma oficial. O partido também afirmou ter confiança na "conduta sempre íntegra" do ex-governador Eduardo Campos. O PSB de Pernambuco ainda enfrenta a situação de ver três dos principais afilhados políticos de Eduardo Campos serem alvo de inquéritos: o governador Paulo Câmara (PSB), o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) e o prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB). Câmara deve disputar a reeleição ao governo do Estado e poderá enfrentar nas urnas Bezerra Coelho, que negocia uma migração para o DEM. Os dois, além do prefeito Geraldo Júlio, são alvos de inquérito na Operação Fair Play, que investiga um suposto superfaturamento de R$ 42 milhões nas obras de construção da Arena Pernambuco para a Copa 2014. OUTRO LADO Prefeito, governador e senador negam irregularidades. Em nota, o governo de Pernambuco afirmou que a licitação para a construção da Arena Pernambuco observou todos os requisitos, prazos e exigências da Lei de Licitações e da Lei das Parcerias Público-Privadas. O governo ainda afirmou "sua posição de absoluta transparência na gestão de recursos públicos". O advogado de Bezerra Coelho, André Luís Callegari, afirma que "todas as operações referentes à licitação do estádio foram julgadas regulares" pelos tribunais de Contas da União e do Estado. Coelho também é alvo de outros três inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal) sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro. A defesa do senador pernambucano classifica as acusações como "absolutamente descabidas".
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Três anos depois, acidente com Campos tem impacto político em PEOs desdobramentos judiciais do acidente aéreo que matou Eduardo Campos ainda geram incertezas ao grupo político do ex-governador de Pernambuco e ao seu legado três anos depois da queda do avião em Santos (SP), completados neste domingo (13). E podem se tornar o centro da disputa pelo governo de Pernambuco no próximo ano. Três dos principais envolvidos na Operação Turbulência, iniciada com uma investigação sobre o arrendamento do jato no qual Campos viajava, assinaram acordos de delação premiada com o Ministério Público Federal no início deste ano. Os empresários João Lyra Pessoa de Melo Filho, Apolo Santana Vieira e Eduardo Freire Bezerra Leite prometem dar detalhes sobre transações financeiras envolvendo superfaturamento de obras ligadas ao governo de Pernambuco. Lyra era apontado como elo entre Campos e empreiteiras. Os três empresários são acusados de formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro, pagamento de propinas e crimes contra o sistema financeiro. De acordo com o Ministério Público, os suspeitos teriam movimentado dinheiro de forma fraudulenta entre empresas de fachada. O esquema teria vigorado entre 2010 e 2014 e movimentado cerca de R$ 600 milhões, segundo a Polícia Federal. Apontados como donos do avião que transportava Campos, os empresários estão sendo processados por moradores de Santos que tiveram seus imóveis danificados com a queda do avião. Também correm ações contra a AF Andrade, holding apontada como operadora do jato, e o PSB. Todos negam judicialmente responsabilidade de ressarcir os prejuízos. Em janeiro, a PF deflagrou a Operação Vórtex como um desdobramento da Turbulência. A ação investigou a participação de uma terceira empresa, a Lidermac, na compra da aeronave. Na época, o PSB contestou a existência de qualquer irregularidade envolvendo o partido e a empresa, alegando que fez apenas uma doação de R$ 500 mil ao PSB na campanha de 2014 de forma oficial. O partido também afirmou ter confiança na "conduta sempre íntegra" do ex-governador Eduardo Campos. O PSB de Pernambuco ainda enfrenta a situação de ver três dos principais afilhados políticos de Eduardo Campos serem alvo de inquéritos: o governador Paulo Câmara (PSB), o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) e o prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB). Câmara deve disputar a reeleição ao governo do Estado e poderá enfrentar nas urnas Bezerra Coelho, que negocia uma migração para o DEM. Os dois, além do prefeito Geraldo Júlio, são alvos de inquérito na Operação Fair Play, que investiga um suposto superfaturamento de R$ 42 milhões nas obras de construção da Arena Pernambuco para a Copa 2014. OUTRO LADO Prefeito, governador e senador negam irregularidades. Em nota, o governo de Pernambuco afirmou que a licitação para a construção da Arena Pernambuco observou todos os requisitos, prazos e exigências da Lei de Licitações e da Lei das Parcerias Público-Privadas. O governo ainda afirmou "sua posição de absoluta transparência na gestão de recursos públicos". O advogado de Bezerra Coelho, André Luís Callegari, afirma que "todas as operações referentes à licitação do estádio foram julgadas regulares" pelos tribunais de Contas da União e do Estado. Coelho também é alvo de outros três inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal) sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro. A defesa do senador pernambucano classifica as acusações como "absolutamente descabidas".
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Inscrições para o Sisu terminam nesta quinta
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Estudantes que fizeram o Enem de 2014 e não receberam nota zero na redação tem até as 23h59 desta quinta-feira (22) para realizar as inscrições para o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) do Ministério da Educação, que seleciona alunos do ensino médio para universidades públicas. Cada candidato poderá se inscrever em até duas opções de vaga, indicando a ordem de preferência. Nesta edição, são ofertadas 205.514 vagas no ensino superior público, em 5.631 cursos de 128 instituições. Na hora da inscrição, o candidato insere o número de inscrição e a senha do Enem 2014 e o Sisu resgata, automaticamente, as notas obtidas no exame. Caso tenha esquecido a senha, é possível recuperá-la na página do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Cada instituição pode adotar pesos diferenciados para as provas do Enem. A nota pode variar de acordo com o curso escolhido. Ao se inscrever, o sistema calcula automaticamente e informa a nota para o candidato. Além disso, as instituições participantes do Sisu podem, eventualmente, adotar um bônus, a ser atribuído à nota dos candidatos, como forma de política afirmativa. Com isso, a nota desse candidato vai variar caso ele opte pela modalidade de ampla concorrência ou pela modalidade de ação afirmativa. Para cumprir a Lei de Cotas (12.711/2012), as instituições federais deverão reservar, no mínimo, 37,5% das vagas para os estudantes de escolas públicas. As instituições também podem ter ações afirmativas próprias. Feita a inscrição, o candidato deve acompanhar diariamente, a nota de corte do curso. A nota serve como referência, não é uma garantia de que o candidato será aprovado. Ela é calculada uma vez por dia, com base no número de vagas disponíveis e no total dos candidatos inscritos naquele curso, por modalidade de concorrência. O candidato também tem acesso a uma classificação parcial, que deve servir apenas como referência. É possível mudar de opção de curso até o fim do período de inscrição. O sistema considera a última opção escolhida. Na página do Sisu, os estudantes podem consultar uma série de perguntas e respostas sobre o processo seletivo. Ao contrário das edições anteriores, haverá apenas uma única chamada. O estudante pode ainda manifestar interesse em participar de lista de espera –o que deve ser feito entre 26 de janeiro e 6 de fevereiro. A matrícula na instituição de ensino superior ocorrerá nos dias 30 de janeiro, 2 e 3 de fevereiro.
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Inscrições para o Sisu terminam nesta quintaEstudantes que fizeram o Enem de 2014 e não receberam nota zero na redação tem até as 23h59 desta quinta-feira (22) para realizar as inscrições para o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) do Ministério da Educação, que seleciona alunos do ensino médio para universidades públicas. Cada candidato poderá se inscrever em até duas opções de vaga, indicando a ordem de preferência. Nesta edição, são ofertadas 205.514 vagas no ensino superior público, em 5.631 cursos de 128 instituições. Na hora da inscrição, o candidato insere o número de inscrição e a senha do Enem 2014 e o Sisu resgata, automaticamente, as notas obtidas no exame. Caso tenha esquecido a senha, é possível recuperá-la na página do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Cada instituição pode adotar pesos diferenciados para as provas do Enem. A nota pode variar de acordo com o curso escolhido. Ao se inscrever, o sistema calcula automaticamente e informa a nota para o candidato. Além disso, as instituições participantes do Sisu podem, eventualmente, adotar um bônus, a ser atribuído à nota dos candidatos, como forma de política afirmativa. Com isso, a nota desse candidato vai variar caso ele opte pela modalidade de ampla concorrência ou pela modalidade de ação afirmativa. Para cumprir a Lei de Cotas (12.711/2012), as instituições federais deverão reservar, no mínimo, 37,5% das vagas para os estudantes de escolas públicas. As instituições também podem ter ações afirmativas próprias. Feita a inscrição, o candidato deve acompanhar diariamente, a nota de corte do curso. A nota serve como referência, não é uma garantia de que o candidato será aprovado. Ela é calculada uma vez por dia, com base no número de vagas disponíveis e no total dos candidatos inscritos naquele curso, por modalidade de concorrência. O candidato também tem acesso a uma classificação parcial, que deve servir apenas como referência. É possível mudar de opção de curso até o fim do período de inscrição. O sistema considera a última opção escolhida. Na página do Sisu, os estudantes podem consultar uma série de perguntas e respostas sobre o processo seletivo. Ao contrário das edições anteriores, haverá apenas uma única chamada. O estudante pode ainda manifestar interesse em participar de lista de espera –o que deve ser feito entre 26 de janeiro e 6 de fevereiro. A matrícula na instituição de ensino superior ocorrerá nos dias 30 de janeiro, 2 e 3 de fevereiro.
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Presos do mensalão trabalharam em rádio e até em estúdio de dança
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Mesmo antes de ter a pena extinta por indulto de Natal, em março de 2016, o ex-advogado Rogério Tolentino, 67, conseguiu um emprego em sua especialidade: trabalhou no setor jurídico da empresa de Romeu Queiroz, ex-deputado federal do PTB também condenado no escândalo do mensalão. Não foi o único que obteve oferta de trabalho de um colega. Henrique Pizzolato, 64, ex-diretor do Banco do Brasil que fugiu para a Itália e acabou sendo encontrado, irá trabalhar na rádio OK FM, do seu companheiro de cela, o ex-senador Luis Estevão. Pizzolato recebeu o direito ao regime semiaberto em maio. Ele continua, porém, passando os dias e as noites no presídio da Papuda, em Brasília, até que a Justiça avalie sua proposta de emprego. Sua defesa afirma que ele já cumpriu pena o suficiente para progredir ao regime aberto e que protocolou esse pedido no STF (Supremo Tribunal Federal). No presídio, Pizzolato trabalhou na cantina para conseguir diminuir a pena. Em Belo Horizonte, a ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello, 56, que foi bailarina na juventude, trabalhou num estúdio de dança. Simone Vasconcelos, 60, ex-funcionária de Valério, trabalhou no setor administrativo de uma clínica de fisioterapia e pilates. Vinícius Samarane, 49, ex-diretor do Banco Rural, foi gerente de um estacionamento em Nova Lima (MG), sua cidade de origem e onde esteve preso até receber o indulto de Natal no ano passado. DELAÇÃO O publicitário Marcos Valério, 56, que foi transferido para a Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) de Sete Lagoas (MG) na semana passada, pintava quadros como atividade no regime fechado. A transferência ocorreu no âmbito de uma delação premiada acertada com a Polícia Federal. Acusado de operar o mensalão petista, o publicitário foi condenado a mais de 37 anos de prisão. Sem a delação, a expectativa era que obtivesse progressão de regime em 2019 e liberdade condicional em 2025. No acerto com a PF, segundo a Folha apurou, o publicitário detalha um esquema conhecido como mensalão tucano. A delação foi enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal) e depende de homologação. Não está claro quais episódios serão considerados e investigados pela PF.
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Presos do mensalão trabalharam em rádio e até em estúdio de dançaMesmo antes de ter a pena extinta por indulto de Natal, em março de 2016, o ex-advogado Rogério Tolentino, 67, conseguiu um emprego em sua especialidade: trabalhou no setor jurídico da empresa de Romeu Queiroz, ex-deputado federal do PTB também condenado no escândalo do mensalão. Não foi o único que obteve oferta de trabalho de um colega. Henrique Pizzolato, 64, ex-diretor do Banco do Brasil que fugiu para a Itália e acabou sendo encontrado, irá trabalhar na rádio OK FM, do seu companheiro de cela, o ex-senador Luis Estevão. Pizzolato recebeu o direito ao regime semiaberto em maio. Ele continua, porém, passando os dias e as noites no presídio da Papuda, em Brasília, até que a Justiça avalie sua proposta de emprego. Sua defesa afirma que ele já cumpriu pena o suficiente para progredir ao regime aberto e que protocolou esse pedido no STF (Supremo Tribunal Federal). No presídio, Pizzolato trabalhou na cantina para conseguir diminuir a pena. Em Belo Horizonte, a ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello, 56, que foi bailarina na juventude, trabalhou num estúdio de dança. Simone Vasconcelos, 60, ex-funcionária de Valério, trabalhou no setor administrativo de uma clínica de fisioterapia e pilates. Vinícius Samarane, 49, ex-diretor do Banco Rural, foi gerente de um estacionamento em Nova Lima (MG), sua cidade de origem e onde esteve preso até receber o indulto de Natal no ano passado. DELAÇÃO O publicitário Marcos Valério, 56, que foi transferido para a Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) de Sete Lagoas (MG) na semana passada, pintava quadros como atividade no regime fechado. A transferência ocorreu no âmbito de uma delação premiada acertada com a Polícia Federal. Acusado de operar o mensalão petista, o publicitário foi condenado a mais de 37 anos de prisão. Sem a delação, a expectativa era que obtivesse progressão de regime em 2019 e liberdade condicional em 2025. No acerto com a PF, segundo a Folha apurou, o publicitário detalha um esquema conhecido como mensalão tucano. A delação foi enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal) e depende de homologação. Não está claro quais episódios serão considerados e investigados pela PF.
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Supremo terá a chance de combater Estado policial
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Armou-se um bote para nocautear o presidente da República. Uma acusação grave foi veiculada como se verdade fosse, sem que os meios para avaliá-la estivessem disponíveis. Michel Temer foi à lona, mas ergueu-se, sequelado, pouco antes do final da contagem. Em organizações institucionais relativamente complexas como a brasileira, seria improvável a queda instantânea do chefe do Executivo, mesmo no caso de um político arqui-impopular como Temer. A sobrevida do governo deu ao país a oportunidade de discutir não apenas o destino do presidente, mas também as anomalias da ação investigatória, do acordo de delação que a ensejou e das conclusões iniciais do ministro Fachin. O Brasil rumará para um arremedo de Estado policial, conferindo poderes políticos extraordinários ao procurador-geral da República e ao chefe da Polícia Federal, se o Supremo não impuser, no julgamento marcado para esta quarta (24), alguns limites ao descomedimento da acusação. O direito inspirado no calvinismo ou no marxismo pode dar carta branca para pessoas incriminarem terceiros em gravações clandestinas. O direito que prevalece nas nações civilizadas não pode. Agride a cidadania presentear com imunidade penal empresários que, após encherem-se de dinheiro estatal, confessaram aos risos ter subornado a República. Ou esse acordo é revisto, ou ficará maculado o legado de equidade da Lava Jato. A assinatura de um único juiz não pode bastar para suspender o exercício de mandatos concedidos pela soberania popular. Tais decisões gravíssimas deveriam ser submetidas ao plenário da corte. Quanto a Temer, seu destino parece agora selado no julgamento do Tribunal Superior Eleitoral. Esse processo, amadurecido e bem instruído, tem toda a legitimidade para cassar um mandato obtido mediante ostensivo abuso do poder econômico.
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Supremo terá a chance de combater Estado policialArmou-se um bote para nocautear o presidente da República. Uma acusação grave foi veiculada como se verdade fosse, sem que os meios para avaliá-la estivessem disponíveis. Michel Temer foi à lona, mas ergueu-se, sequelado, pouco antes do final da contagem. Em organizações institucionais relativamente complexas como a brasileira, seria improvável a queda instantânea do chefe do Executivo, mesmo no caso de um político arqui-impopular como Temer. A sobrevida do governo deu ao país a oportunidade de discutir não apenas o destino do presidente, mas também as anomalias da ação investigatória, do acordo de delação que a ensejou e das conclusões iniciais do ministro Fachin. O Brasil rumará para um arremedo de Estado policial, conferindo poderes políticos extraordinários ao procurador-geral da República e ao chefe da Polícia Federal, se o Supremo não impuser, no julgamento marcado para esta quarta (24), alguns limites ao descomedimento da acusação. O direito inspirado no calvinismo ou no marxismo pode dar carta branca para pessoas incriminarem terceiros em gravações clandestinas. O direito que prevalece nas nações civilizadas não pode. Agride a cidadania presentear com imunidade penal empresários que, após encherem-se de dinheiro estatal, confessaram aos risos ter subornado a República. Ou esse acordo é revisto, ou ficará maculado o legado de equidade da Lava Jato. A assinatura de um único juiz não pode bastar para suspender o exercício de mandatos concedidos pela soberania popular. Tais decisões gravíssimas deveriam ser submetidas ao plenário da corte. Quanto a Temer, seu destino parece agora selado no julgamento do Tribunal Superior Eleitoral. Esse processo, amadurecido e bem instruído, tem toda a legitimidade para cassar um mandato obtido mediante ostensivo abuso do poder econômico.
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Estratégia de 'lei e ordem' de Trump pode se provar erro de foco na eleição
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Seja bem-vindo a um mundo sem regras (quero que você leia este parágrafo na voz superassustadora de um narrador de trailer de filme). Bem-vindo a um mundo onde famílias são metralhadas por imigrantes ilegais, onde policiais morrem nas ruas, onde muçulmanos saqueiam e atacam inocentes e ameaçam nosso próprio modo de vida, onde o medo da morte violenta se oculta em cada coração humano. Nesse mundo, às vezes um cavaleiro das trevas se eleva. Não é preciso admirá-lo, mas você precisa dele. É sua força e sua voz num mundo sombrio, corrupto e perverso. Esse tem sido o argumento de quase todos os demagogos desde a aurora dos tempos. Em 1806, Aaron Burr alegou que a Espanha ameaçava os EUA. Alexander Mitchell Palmer exagerou a "ameaça vermelha" dos comunistas em 1919, e Joe McCarthy fez o mesmo em 1950. E foi dessa natureza o argumento sobre lei e ordem apresentado por Donald Trump em Cleveland. Foi uma mensagem distópica que encontrou um público aberto a ouvi-la. Será que vai funcionar? Bem, esse medo se alimenta do sentimento de perda que foi o tema dominante dessa convenção. Ouvimos os depoimentos de várias mães que perderam filhos. Em meio à coleção de ansiedades que afligem os EUA, esse argumento se concentra sobre a ansiedade mais visceral de todas: o medo da violência e da criminalidade. E, finalmente, uma campanha baseada na defesa da lei e da ordem convoca os traços de personalidade autoritária que Donald Trump possui. Antigamente, o Partido Republicano tinha aspirações pautadas pela ética bíblica da caridade particular, generosidade, humildade e fidelidade. A convenção de Mitt Romney foi agraciada com relatos sobre suas gentilezas. GLADIADOR Trump substituiu os compromissos bíblicos por uma lógica de gladiador. Tudo gira em torno da conquista, da supremacia. Esta foi a convenção do "prendam Hillary". Uma campanha da lei e da ordem não pede aos eleitores que gostem de Trump e dos republicanos, assim como eles não gostavam de Richard Nixon em 1968. Por outro lado, há bons motivos para pensar que o foco sobre lei e ordem é um engano importante, que ele exagera o impacto do momento atual, com Baton Rouge, Dallas e Nice, e que não será o foco correto para novembro. Em primeiro lugar, é baseado numa falsidade. Os índices de criminalidade caem praticamente sem parar há 25 anos. Os de homicídios ligados a gangues em certas cidades subiram recentemente, mas nos EUA como um todo a situação é de muito mais segurança hoje do que uma década atrás. No primeiro semestre de 2015, por exemplo, o número de incidentes com armas de fogo em Nova York e Washington chegou ao patamar histórico mais baixo. Trump fala em imigrantes ilegais que matam nossos filhos. Entre 2010 e 2014, só 121 pessoas libertadas de custódia imigratória cometeram um homicídio depois de soltas; isso é cerca de 25 por ano. Cada morte é lamentável. Mas, num país de 324 milhões de habitantes, só 55 policiais por ano morrem em decorrência de um crime. O número de mortes de agentes caiu 24% entre 2005 e 2015. As ansiedades principais no país não estão ligadas à criminalidade ""são econômicas e sociais. Trump foi nomeado candidato graças a seu suposto tino para os negócios, não porque seja xerife. Ao focar seu argumento tanto sobre lei e ordem, ele deixa uma brecha de um quilômetro de largura para Hillary Clinton. Na convenção democrata na Filadélfia, ela certamente falará do problema econômico. Trump poderá parecer estranhamente desligado da realidade. Mas, se Trump está desconectado do país e não se interessa por nada a não ser ele mesmo, também está desligado de seu partido. Ele não só está mudando seu partido quanto dissolvendo-o. Um partido político normal conta com uma máquina de profissionais que trabalham nela há bastante tempo e sabem fazer seu trabalho. Mas é como se essas pessoas não existissem. Esta foi a convenção mais loucamente mal organizada em muito tempo. Um partido normal é unido por um sistema coerente de posições e crenças. Durante décadas, o Partido Republicano representou, no exterior, uma ordem internacional liderada pelos EUA e voltada para o futuro, e, em casa, o capitalismo democrático com pequena participação do governo na economia. Trump dizima isso e outras coisas que os republicanos defendiam e representavam: a Otan, a reforma dos benefícios às quais os cidadãos têm direito, o conservadorismo compassivo. A agenda política de Trump, se existe, é feita de vários recuos defensivos vagos: construir uma barreira, proibir a entrada de muçulmanos, isolar-se do mundo. Lei e ordem é um tema estranho para um candidato que irradia conflito e desordem. Algumas crianças ricas são descuidadas ""quebram as coisas, e então outros são obrigados a varrer os cacos.
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Estratégia de 'lei e ordem' de Trump pode se provar erro de foco na eleiçãoSeja bem-vindo a um mundo sem regras (quero que você leia este parágrafo na voz superassustadora de um narrador de trailer de filme). Bem-vindo a um mundo onde famílias são metralhadas por imigrantes ilegais, onde policiais morrem nas ruas, onde muçulmanos saqueiam e atacam inocentes e ameaçam nosso próprio modo de vida, onde o medo da morte violenta se oculta em cada coração humano. Nesse mundo, às vezes um cavaleiro das trevas se eleva. Não é preciso admirá-lo, mas você precisa dele. É sua força e sua voz num mundo sombrio, corrupto e perverso. Esse tem sido o argumento de quase todos os demagogos desde a aurora dos tempos. Em 1806, Aaron Burr alegou que a Espanha ameaçava os EUA. Alexander Mitchell Palmer exagerou a "ameaça vermelha" dos comunistas em 1919, e Joe McCarthy fez o mesmo em 1950. E foi dessa natureza o argumento sobre lei e ordem apresentado por Donald Trump em Cleveland. Foi uma mensagem distópica que encontrou um público aberto a ouvi-la. Será que vai funcionar? Bem, esse medo se alimenta do sentimento de perda que foi o tema dominante dessa convenção. Ouvimos os depoimentos de várias mães que perderam filhos. Em meio à coleção de ansiedades que afligem os EUA, esse argumento se concentra sobre a ansiedade mais visceral de todas: o medo da violência e da criminalidade. E, finalmente, uma campanha baseada na defesa da lei e da ordem convoca os traços de personalidade autoritária que Donald Trump possui. Antigamente, o Partido Republicano tinha aspirações pautadas pela ética bíblica da caridade particular, generosidade, humildade e fidelidade. A convenção de Mitt Romney foi agraciada com relatos sobre suas gentilezas. GLADIADOR Trump substituiu os compromissos bíblicos por uma lógica de gladiador. Tudo gira em torno da conquista, da supremacia. Esta foi a convenção do "prendam Hillary". Uma campanha da lei e da ordem não pede aos eleitores que gostem de Trump e dos republicanos, assim como eles não gostavam de Richard Nixon em 1968. Por outro lado, há bons motivos para pensar que o foco sobre lei e ordem é um engano importante, que ele exagera o impacto do momento atual, com Baton Rouge, Dallas e Nice, e que não será o foco correto para novembro. Em primeiro lugar, é baseado numa falsidade. Os índices de criminalidade caem praticamente sem parar há 25 anos. Os de homicídios ligados a gangues em certas cidades subiram recentemente, mas nos EUA como um todo a situação é de muito mais segurança hoje do que uma década atrás. No primeiro semestre de 2015, por exemplo, o número de incidentes com armas de fogo em Nova York e Washington chegou ao patamar histórico mais baixo. Trump fala em imigrantes ilegais que matam nossos filhos. Entre 2010 e 2014, só 121 pessoas libertadas de custódia imigratória cometeram um homicídio depois de soltas; isso é cerca de 25 por ano. Cada morte é lamentável. Mas, num país de 324 milhões de habitantes, só 55 policiais por ano morrem em decorrência de um crime. O número de mortes de agentes caiu 24% entre 2005 e 2015. As ansiedades principais no país não estão ligadas à criminalidade ""são econômicas e sociais. Trump foi nomeado candidato graças a seu suposto tino para os negócios, não porque seja xerife. Ao focar seu argumento tanto sobre lei e ordem, ele deixa uma brecha de um quilômetro de largura para Hillary Clinton. Na convenção democrata na Filadélfia, ela certamente falará do problema econômico. Trump poderá parecer estranhamente desligado da realidade. Mas, se Trump está desconectado do país e não se interessa por nada a não ser ele mesmo, também está desligado de seu partido. Ele não só está mudando seu partido quanto dissolvendo-o. Um partido político normal conta com uma máquina de profissionais que trabalham nela há bastante tempo e sabem fazer seu trabalho. Mas é como se essas pessoas não existissem. Esta foi a convenção mais loucamente mal organizada em muito tempo. Um partido normal é unido por um sistema coerente de posições e crenças. Durante décadas, o Partido Republicano representou, no exterior, uma ordem internacional liderada pelos EUA e voltada para o futuro, e, em casa, o capitalismo democrático com pequena participação do governo na economia. Trump dizima isso e outras coisas que os republicanos defendiam e representavam: a Otan, a reforma dos benefícios às quais os cidadãos têm direito, o conservadorismo compassivo. A agenda política de Trump, se existe, é feita de vários recuos defensivos vagos: construir uma barreira, proibir a entrada de muçulmanos, isolar-se do mundo. Lei e ordem é um tema estranho para um candidato que irradia conflito e desordem. Algumas crianças ricas são descuidadas ""quebram as coisas, e então outros são obrigados a varrer os cacos.
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Blend? Tanino? Terroir? Fique fluente no idioma dos vinhos conhecendo alguns termos usados
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MARÍLIA MIRAGAIA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo Relembrar alguns termos e tornar-se fluente no idioma dos vinhos: * BARRICA DE CARVALHO Originário principalmente da França, dos EUA e do Leste Europeu, é um recipiente de madeira usado para maturar o vinho. O processo pode acrescentar aromas e sabores como baunilha, especiarias, tostados e chocolate. * BLEND (OU CORTE) Produzido a partir da mistura de diferentes vinhos (da mesma uva ou de diferentes uvas). * BOUQUET Aromas que vêm do envelhecimento em garrafa. * CORPO Os vinhos podem ir de leves a encorpados. Para visualizar, imagine na boca a diferença entre leite desnatado e integral. * DENOMINAÇÃO DE ORIGEM Área demarcada dentro de uma região vinícola que usa um conjunto de regras de produção, resultando na identidade particular de um vinho. * FINAL DE BOCA (OU DURAÇÃO) É quanto tempo você continua sentindo o sabor de um vinho, um indicador de qualidade. * TANINO Substância que existe nas plantas e provoca a sensação de secura ou adstringência (a mesma de quando se come caju e a boca "amarra"). É comum em vinhos tintos. * TERROIR A palavra francesa é usada para descrever microclima, solo, relevo, exposição ao sol, umidade —ou seja, tudo aquilo que envolve o local onde foi plantada a videira. Hoje, algumas definições incluem as práticas de vinificação que afetam os sabores do vinho. * VINHO VARIETAL Feito à base de uma variedade de uva, majoritariamente ou exclusivamente, a depender da região onde é produzido. No Chile, para ser varietal, um vinho precisa ter no mínimo 85% de uma determinada uva, explica Arthur Azevedo, da ABS-SP. * Confira mais dicas para brindar: Eventos em SP reúnem amantes de vinho e surfam no aumento do consumo no inverno Veja 40 sugestões de diferentes tipos de vinhos com bom custo benefício ou para ocasiões especiais Organizadores de feira de vinhos tiram a roupa para divulgar bebidas orgânicas e biodinâmicas Conheça as diferenças entre vinhos de diferentes lugares do mundo e faça bonito nas conversas Confira oito lugares para experimentar vinhos nacionais e estrangeiros em SP
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Blend? Tanino? Terroir? Fique fluente no idioma dos vinhos conhecendo alguns termos usadosMARÍLIA MIRAGAIA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo Relembrar alguns termos e tornar-se fluente no idioma dos vinhos: * BARRICA DE CARVALHO Originário principalmente da França, dos EUA e do Leste Europeu, é um recipiente de madeira usado para maturar o vinho. O processo pode acrescentar aromas e sabores como baunilha, especiarias, tostados e chocolate. * BLEND (OU CORTE) Produzido a partir da mistura de diferentes vinhos (da mesma uva ou de diferentes uvas). * BOUQUET Aromas que vêm do envelhecimento em garrafa. * CORPO Os vinhos podem ir de leves a encorpados. Para visualizar, imagine na boca a diferença entre leite desnatado e integral. * DENOMINAÇÃO DE ORIGEM Área demarcada dentro de uma região vinícola que usa um conjunto de regras de produção, resultando na identidade particular de um vinho. * FINAL DE BOCA (OU DURAÇÃO) É quanto tempo você continua sentindo o sabor de um vinho, um indicador de qualidade. * TANINO Substância que existe nas plantas e provoca a sensação de secura ou adstringência (a mesma de quando se come caju e a boca "amarra"). É comum em vinhos tintos. * TERROIR A palavra francesa é usada para descrever microclima, solo, relevo, exposição ao sol, umidade —ou seja, tudo aquilo que envolve o local onde foi plantada a videira. Hoje, algumas definições incluem as práticas de vinificação que afetam os sabores do vinho. * VINHO VARIETAL Feito à base de uma variedade de uva, majoritariamente ou exclusivamente, a depender da região onde é produzido. No Chile, para ser varietal, um vinho precisa ter no mínimo 85% de uma determinada uva, explica Arthur Azevedo, da ABS-SP. * Confira mais dicas para brindar: Eventos em SP reúnem amantes de vinho e surfam no aumento do consumo no inverno Veja 40 sugestões de diferentes tipos de vinhos com bom custo benefício ou para ocasiões especiais Organizadores de feira de vinhos tiram a roupa para divulgar bebidas orgânicas e biodinâmicas Conheça as diferenças entre vinhos de diferentes lugares do mundo e faça bonito nas conversas Confira oito lugares para experimentar vinhos nacionais e estrangeiros em SP
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Câmara aprova cirurgia plástica no SUS para mulher vítima de violência
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A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou nesta quarta-feira (18) um projeto de lei que determina a realização gratuita de cirurgia plástica reparadora no SUS (Sistema Único de Saúde) a mulheres com lesões corporais causadas por atos de violência. O texto, salvo recurso, segue para sanção da presidente Dilma Rousseff. De autoria do deputado Neilton Mulim (PR-RJ), o projeto destaca ainda que as mulheres devem ser informadas sobre o acesso gratuito à cirurgia e prevê a formação de equipes de especialistas em cirurgia plástica, distribuição de medicamentos durante os períodos pré-operatório e pós-operatório e o encaminhamento do paciente a clínicas especializadas havendo necessidade de complementar o tratamento. A maior parte das mulheres vítimas de agressão, segundo Mulim, não possui condições socioeconômicas para realizar tratamento em casos de sequelas, como cortes profundos e queimaduras. "O projeto procura, assim, devolver a dignidade à mulher lesionada e dar-lhe conforto psico-emocional", diz. É o caso da catarinense Maria de Fátima, 49, que não respira pelo nariz, não vê e não sorri, da paraense Kelly, 20, que mal ouve. A gaúcha Gisele, 22, que está sem andar. A alagoana Jane, 31, que quase não consegue comer ou escovar os dentes sozinha. Essas brasileiras estão unidas por uma tragédia em comum : tiveram decepados mãos, pés, dedos, seios ou orelhas, a pele rasgada por facão ou o rosto desfigurado por namorados e ex-maridos. Os castigos extremos no Brasil, que remetem a ataques registrados na Índia, no Afeganistão e em países do Oriente Médio, são, segundo especialistas, tentativas simbólicas de punição à mulher que contrariou o homem. Essas agressões brutais ocorrem, em geral, quando a vítima decide se separar, afirma Marisa Sanematsu, uma das fundadoras do Instituto Patrícia Galvão, ONG de defesa da mulher no Brasil. "Não é um castigo específico ao que ela fez, mas ao que não fez: não se submeteu, não obedeceu. E o homem que domina não suporta ser contrariado", disse. Para ela, a raiz de toda a violência contra a mulher está nas relações desiguais entre os sexos. Assista PROJETO Relatora da matéria na CCJ, a deputada Tia Eron (PRB-BA) apresentou parecer pela constitucionalidade e juridicidade da proposta, bem como das emendas apresentadas no Senado –o texto original foi aprovado pela Câmara em abril de 2009. "Aprovamos por unanimidade um texto que assegura à mulher que tiver o corpo lesionado em razão de violência doméstica o direito de ser atendida no SUS para reparar as lesões impostas ao seu corpo", disse. Uma das alterações feitas pelo Senado foi a substituição da expressão "cirurgia plástica reparadora a mulheres vítimas de violência", prevista no texto original, por "cirurgia plástica reparadora de sequelas de lesões causadas por atos de violência contra a mulher". O Senado também acrescentou a possibilidade de os gestores serem punidos, caso deixem de cumprir com a obrigação de informar as mulheres vitimadas por violência sobre seus direitos. "A maioria dos casos de agressão às mulheres acontece com mulheres cujas condições socioeconômicas não suportam os custos de uma cirurgia plástica reparadora. Ficam, dessa forma, estigmatizadas pelo restante de suas vidas. É justo, pois, que o sistema de saúde público ofereça o tratamento médico adequado, por meio da cirurgia reparadora, realizada segundo os procedimentos e técnicas da moderna medicina", diz a justificativa do projeto. AGRESSÃO FÍSICA De acordo com levantamento da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, divulgado em março deste ano, dos 52.957 relatos de violência recebidos em 2014, 27.369 (51,98%) são de mulheres agredidas com socos, tapas, mordidas, pontapés, queimaduras, entre outros. Nesse item, segundo dados da pasta, não entram casos como violência sexual, psicológica, moral, cárcere privado, tráfico de pessoas, entre outros que são recebidos diariamente pelo disque-denúncia. Ao todo, foram 485.105 ligações pelo telefone 180 feitas em 2014, ou seja, uma média de mais de 1.300 ligações por dia. O Ligue 180 foi criado em 2005 e é um canal feito com amparo na Lei Maria da Penha e que ajuda a orientar e encaminhar as vítimas para atendimento judicial e policial. A ligação é gratuita e a vítima não precisa se identificar. Depois dos casos de violência física, entre as denúncias aparece em seguida as vítimas de violência psicológica (16.846 casos), 5.126 casos de violência moral, 1.028 de violência patrimonial seguido por 1.517 casos de violência sexual. Os casos de violência sexual tiveram um aumento de 18% em relação ao ano anterior. Os dados mostram ainda que as vítimas revelam que a violência doméstica teve início logo no primeiro ano de convivência do casal (23,51%) ou até cinco anos de relacionamento (23,28%). Dos atendimentos registrados em 2014, 80% das vítimas tinham filhos sendo que 64,35% deles presenciavam a violência.
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Câmara aprova cirurgia plástica no SUS para mulher vítima de violênciaA CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou nesta quarta-feira (18) um projeto de lei que determina a realização gratuita de cirurgia plástica reparadora no SUS (Sistema Único de Saúde) a mulheres com lesões corporais causadas por atos de violência. O texto, salvo recurso, segue para sanção da presidente Dilma Rousseff. De autoria do deputado Neilton Mulim (PR-RJ), o projeto destaca ainda que as mulheres devem ser informadas sobre o acesso gratuito à cirurgia e prevê a formação de equipes de especialistas em cirurgia plástica, distribuição de medicamentos durante os períodos pré-operatório e pós-operatório e o encaminhamento do paciente a clínicas especializadas havendo necessidade de complementar o tratamento. A maior parte das mulheres vítimas de agressão, segundo Mulim, não possui condições socioeconômicas para realizar tratamento em casos de sequelas, como cortes profundos e queimaduras. "O projeto procura, assim, devolver a dignidade à mulher lesionada e dar-lhe conforto psico-emocional", diz. É o caso da catarinense Maria de Fátima, 49, que não respira pelo nariz, não vê e não sorri, da paraense Kelly, 20, que mal ouve. A gaúcha Gisele, 22, que está sem andar. A alagoana Jane, 31, que quase não consegue comer ou escovar os dentes sozinha. Essas brasileiras estão unidas por uma tragédia em comum : tiveram decepados mãos, pés, dedos, seios ou orelhas, a pele rasgada por facão ou o rosto desfigurado por namorados e ex-maridos. Os castigos extremos no Brasil, que remetem a ataques registrados na Índia, no Afeganistão e em países do Oriente Médio, são, segundo especialistas, tentativas simbólicas de punição à mulher que contrariou o homem. Essas agressões brutais ocorrem, em geral, quando a vítima decide se separar, afirma Marisa Sanematsu, uma das fundadoras do Instituto Patrícia Galvão, ONG de defesa da mulher no Brasil. "Não é um castigo específico ao que ela fez, mas ao que não fez: não se submeteu, não obedeceu. E o homem que domina não suporta ser contrariado", disse. Para ela, a raiz de toda a violência contra a mulher está nas relações desiguais entre os sexos. Assista PROJETO Relatora da matéria na CCJ, a deputada Tia Eron (PRB-BA) apresentou parecer pela constitucionalidade e juridicidade da proposta, bem como das emendas apresentadas no Senado –o texto original foi aprovado pela Câmara em abril de 2009. "Aprovamos por unanimidade um texto que assegura à mulher que tiver o corpo lesionado em razão de violência doméstica o direito de ser atendida no SUS para reparar as lesões impostas ao seu corpo", disse. Uma das alterações feitas pelo Senado foi a substituição da expressão "cirurgia plástica reparadora a mulheres vítimas de violência", prevista no texto original, por "cirurgia plástica reparadora de sequelas de lesões causadas por atos de violência contra a mulher". O Senado também acrescentou a possibilidade de os gestores serem punidos, caso deixem de cumprir com a obrigação de informar as mulheres vitimadas por violência sobre seus direitos. "A maioria dos casos de agressão às mulheres acontece com mulheres cujas condições socioeconômicas não suportam os custos de uma cirurgia plástica reparadora. Ficam, dessa forma, estigmatizadas pelo restante de suas vidas. É justo, pois, que o sistema de saúde público ofereça o tratamento médico adequado, por meio da cirurgia reparadora, realizada segundo os procedimentos e técnicas da moderna medicina", diz a justificativa do projeto. AGRESSÃO FÍSICA De acordo com levantamento da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, divulgado em março deste ano, dos 52.957 relatos de violência recebidos em 2014, 27.369 (51,98%) são de mulheres agredidas com socos, tapas, mordidas, pontapés, queimaduras, entre outros. Nesse item, segundo dados da pasta, não entram casos como violência sexual, psicológica, moral, cárcere privado, tráfico de pessoas, entre outros que são recebidos diariamente pelo disque-denúncia. Ao todo, foram 485.105 ligações pelo telefone 180 feitas em 2014, ou seja, uma média de mais de 1.300 ligações por dia. O Ligue 180 foi criado em 2005 e é um canal feito com amparo na Lei Maria da Penha e que ajuda a orientar e encaminhar as vítimas para atendimento judicial e policial. A ligação é gratuita e a vítima não precisa se identificar. Depois dos casos de violência física, entre as denúncias aparece em seguida as vítimas de violência psicológica (16.846 casos), 5.126 casos de violência moral, 1.028 de violência patrimonial seguido por 1.517 casos de violência sexual. Os casos de violência sexual tiveram um aumento de 18% em relação ao ano anterior. Os dados mostram ainda que as vítimas revelam que a violência doméstica teve início logo no primeiro ano de convivência do casal (23,51%) ou até cinco anos de relacionamento (23,28%). Dos atendimentos registrados em 2014, 80% das vítimas tinham filhos sendo que 64,35% deles presenciavam a violência.
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Governador decreta situação de emergência na saúde pública do DF
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O governador Rodrigo Rollemberg anunciou na noite desta segunda-feira (19) a decretação de situação de emergência na saúde pública do Distrito Federal nos próximos 180 dias. Nesse período, o governo vai instalar uma força-tarefa para revisar a renegociação de contratos e escalas de trabalho. Remanejamentos para atendimento emergencial também estão incluídos na revisão pretendida por Rollemberg. De acordo com a assessoria do governo do Distrito Federal, qualquer servidor da administração pública de Brasília poderá ser chamado pelo secretário de Saúde, João Batista de Souza, para compor a força-tarefa. Além disso, membros do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e Polícia Civil do DF podem ser chamados para auxiliar os atendimentos na rede hospitalar. Dentre os motivos apontados pelo governador estão "a falta de pagamento a fornecedores de medicamentos e de material médico-hospitalar, entre outros; o fechamento de diversos leitos em UTI, inclusive na neonatologia; e a descontinuidade da prestação de serviços, como de radioterapia, o que pode acarretar sofrimento aos pacientes e aumento no número de óbitos devido à interrupção do tratamento de câncer". Rollemberg vem enfrentando diversos problemas na saúde do DF desde que assumiu o cargo, no início do ano. O governo negocia com servidores da saúde e da educação o parcelamento de atrasados referentes a dezembro, dentre eles 13º salário e férias. Os médicos entraram em greve na última sexta-feira (16), depois de rejeitar a proposta do governo de parcelamento das dívidas trabalhistas, acumuladas desde outubro do ano passado. Além disso, eles não aceitam a decisão de parcelar os salários dos servidores. "Isso é provisório, para que possamos colocar as contas em dia. Estamos herdando uma dívida do governo anterior", disse Rollemberg, ainda na semana passada. "Pedimos a compreensão dos médicos, dos professores, para que possamos regularizar. O caos não interessa a ninguém", reforçou. O governo do DF vai pedir na Justiça a ilegalidade da greve.
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cotidiano
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Governador decreta situação de emergência na saúde pública do DFO governador Rodrigo Rollemberg anunciou na noite desta segunda-feira (19) a decretação de situação de emergência na saúde pública do Distrito Federal nos próximos 180 dias. Nesse período, o governo vai instalar uma força-tarefa para revisar a renegociação de contratos e escalas de trabalho. Remanejamentos para atendimento emergencial também estão incluídos na revisão pretendida por Rollemberg. De acordo com a assessoria do governo do Distrito Federal, qualquer servidor da administração pública de Brasília poderá ser chamado pelo secretário de Saúde, João Batista de Souza, para compor a força-tarefa. Além disso, membros do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e Polícia Civil do DF podem ser chamados para auxiliar os atendimentos na rede hospitalar. Dentre os motivos apontados pelo governador estão "a falta de pagamento a fornecedores de medicamentos e de material médico-hospitalar, entre outros; o fechamento de diversos leitos em UTI, inclusive na neonatologia; e a descontinuidade da prestação de serviços, como de radioterapia, o que pode acarretar sofrimento aos pacientes e aumento no número de óbitos devido à interrupção do tratamento de câncer". Rollemberg vem enfrentando diversos problemas na saúde do DF desde que assumiu o cargo, no início do ano. O governo negocia com servidores da saúde e da educação o parcelamento de atrasados referentes a dezembro, dentre eles 13º salário e férias. Os médicos entraram em greve na última sexta-feira (16), depois de rejeitar a proposta do governo de parcelamento das dívidas trabalhistas, acumuladas desde outubro do ano passado. Além disso, eles não aceitam a decisão de parcelar os salários dos servidores. "Isso é provisório, para que possamos colocar as contas em dia. Estamos herdando uma dívida do governo anterior", disse Rollemberg, ainda na semana passada. "Pedimos a compreensão dos médicos, dos professores, para que possamos regularizar. O caos não interessa a ninguém", reforçou. O governo do DF vai pedir na Justiça a ilegalidade da greve.
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'Multitela': Com legião de fãs, Minions ganharam filme só para eles
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Após roubarem a cena em "Meu Malvado Favorito", os Minions, criaturas amarelas que falam um idioma que não dá para entender, ganharam um longa só para eles. É nele que ficamos sabendo a origem dos monstrinhos e que eles vivem para servir sempre aos maiores vilões, mesmo que isso os coloque em confusão. Telecine Premium, 20h10, Livre * VEJA TAMBÉM "HQ - Edição especial" Em dez episódios, esta série busca retratar os quase cem anos das histórias em quadrinhos no Brasil, indo da chegada de heróis estrangeiros às tirinhas políticas e fanzines de humor. Na estreia, vão ao ar dois capítulos. HBO Plus, 18h, 14 anos * E AINDA "Diálogos" Prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) falará sobre os primeiros meses de gestão, a Lava Jato, a disputa presidencial e a relação com Geraldo Alckmin, também apontado como presidenciável pelo PSDB. GloboNews, 23h, Livre
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'Multitela': Com legião de fãs, Minions ganharam filme só para elesApós roubarem a cena em "Meu Malvado Favorito", os Minions, criaturas amarelas que falam um idioma que não dá para entender, ganharam um longa só para eles. É nele que ficamos sabendo a origem dos monstrinhos e que eles vivem para servir sempre aos maiores vilões, mesmo que isso os coloque em confusão. Telecine Premium, 20h10, Livre * VEJA TAMBÉM "HQ - Edição especial" Em dez episódios, esta série busca retratar os quase cem anos das histórias em quadrinhos no Brasil, indo da chegada de heróis estrangeiros às tirinhas políticas e fanzines de humor. Na estreia, vão ao ar dois capítulos. HBO Plus, 18h, 14 anos * E AINDA "Diálogos" Prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) falará sobre os primeiros meses de gestão, a Lava Jato, a disputa presidencial e a relação com Geraldo Alckmin, também apontado como presidenciável pelo PSDB. GloboNews, 23h, Livre
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Volta da CPMF provoca queda de braço entre governo e PT
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A proposta de reedição da CPMF para financiar a saúde no país provocou queda de braço entre governo e a cúpula do PT. O presidente do partido, Rui Falcão, e o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), chegaram a discutir no meio do saguão do hotel que abriga o 5º Congresso Nacional da sigla, em Salvador. No texto-base aprovado na quinta-feira (11) pelos petistas para nortear os trabalhos do congresso, Falcão incluiu um parágrafo em defesa da CPMF: "Somos favoráveis à retomada da contribuição sobre movimentação financeira, um imposto limpo, transparente e não cumulativo, como uma nova fonte de financiamento da saúde pública". Nesta sexta-feira (12), porém, Guimarães e o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), afirmaram em entrevistas a jornalistas que o tema não foi discutido pelo governo. Guimarães disse ainda que o trecho seria retirado da resolução final do documento petista, que será aprovada neste sábado (13). Ao ser informado sobre as declarações dos companheiros de partido, Falcão se dirigiu a Guimarães dizendo o parágrafo seria mantido. O líder do governo rebateu. "Amanhã, as manchetes dos jornais serão que o PT quer a volta da CPMF. Se você não retirar [o trecho], a gente vai te derrotar no voto." Minutos depois, Falcão concedeu uma entrevista a jornalistas e reafirmou sua posição. "Não acho que o parágrafo será retirado", disse o presidente petista. "Eu, pessoalmente, tenho defendido isso [a reedição da CPMF]. O ministro Arthur Chioro (Saúde), ao que me consta, tinha sido autorizado pela presidente Dilma a buscar uma forma de financiamento para a saúde. Se não for CPMF, com esse nome, certamente será algum tipo de contribuição para financiar esse serviço", completou. Com aval de Dilma, o ministro da Saúde negocia com governadores, há alguns meses, um modelo de arrecadação de recursos para o setor, inspirado na CPMF –cujos valores eram destinados integralmente à saúde e foi extinta em 2007, durante o governo Lula. Durante o congresso petista, nesta sexta, Chioro disse que, caso o tributo fosse aprovado, não recairia sobre a classe média. Nos bastidores, o governo argumenta que existe uma negociação em curso liderada pelo ministro da Saúde e que não é "interessante" parecer que esta foi uma resolução do PT, mas sim dos governadores. A cúpula petista, por sua vez, argumenta que o partido precisa se posicionar e tem liberdade para apresentar propostas, críticas e sugestões à gestão da presidente Dilma. LEVY Em palestra a empresários em São Paulo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou também nesta sexta que não há perspectiva para a volta do imposto e que não há "nenhuma discussão em curso" sobre o tema no governo. "Eu não estou cogitando", disse. Questionado sobre as declarações de Levy, Rui Falcão disse que o ministro "tem o direito de se manifestar, assim como nós temos direito de propor."
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Volta da CPMF provoca queda de braço entre governo e PTA proposta de reedição da CPMF para financiar a saúde no país provocou queda de braço entre governo e a cúpula do PT. O presidente do partido, Rui Falcão, e o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), chegaram a discutir no meio do saguão do hotel que abriga o 5º Congresso Nacional da sigla, em Salvador. No texto-base aprovado na quinta-feira (11) pelos petistas para nortear os trabalhos do congresso, Falcão incluiu um parágrafo em defesa da CPMF: "Somos favoráveis à retomada da contribuição sobre movimentação financeira, um imposto limpo, transparente e não cumulativo, como uma nova fonte de financiamento da saúde pública". Nesta sexta-feira (12), porém, Guimarães e o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), afirmaram em entrevistas a jornalistas que o tema não foi discutido pelo governo. Guimarães disse ainda que o trecho seria retirado da resolução final do documento petista, que será aprovada neste sábado (13). Ao ser informado sobre as declarações dos companheiros de partido, Falcão se dirigiu a Guimarães dizendo o parágrafo seria mantido. O líder do governo rebateu. "Amanhã, as manchetes dos jornais serão que o PT quer a volta da CPMF. Se você não retirar [o trecho], a gente vai te derrotar no voto." Minutos depois, Falcão concedeu uma entrevista a jornalistas e reafirmou sua posição. "Não acho que o parágrafo será retirado", disse o presidente petista. "Eu, pessoalmente, tenho defendido isso [a reedição da CPMF]. O ministro Arthur Chioro (Saúde), ao que me consta, tinha sido autorizado pela presidente Dilma a buscar uma forma de financiamento para a saúde. Se não for CPMF, com esse nome, certamente será algum tipo de contribuição para financiar esse serviço", completou. Com aval de Dilma, o ministro da Saúde negocia com governadores, há alguns meses, um modelo de arrecadação de recursos para o setor, inspirado na CPMF –cujos valores eram destinados integralmente à saúde e foi extinta em 2007, durante o governo Lula. Durante o congresso petista, nesta sexta, Chioro disse que, caso o tributo fosse aprovado, não recairia sobre a classe média. Nos bastidores, o governo argumenta que existe uma negociação em curso liderada pelo ministro da Saúde e que não é "interessante" parecer que esta foi uma resolução do PT, mas sim dos governadores. A cúpula petista, por sua vez, argumenta que o partido precisa se posicionar e tem liberdade para apresentar propostas, críticas e sugestões à gestão da presidente Dilma. LEVY Em palestra a empresários em São Paulo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou também nesta sexta que não há perspectiva para a volta do imposto e que não há "nenhuma discussão em curso" sobre o tema no governo. "Eu não estou cogitando", disse. Questionado sobre as declarações de Levy, Rui Falcão disse que o ministro "tem o direito de se manifestar, assim como nós temos direito de propor."
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Chefe da Polícia do Senado revela varredura em residência de Cunha
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Em um depoimento de cerca de duas horas à Polícia Federal, o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, afirmou nesta segunda-feira (24) que o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) solicitou aos policiais legislativos que fizessem uma varredura na sua residência oficial, em Brasília. O pedido, segundo Carvalho, atendido pela Polícia do Senado, foi feito na época em que o político era presidente da Câmara dos Deputados. O diretor não disse quem deu a ordem. Cunha está preso desde a semana passada na carceragem da PF, em Curitiba, por determinação de Sergio Moro, juiz responsável pela Operação Lava Jato. Já Carvalho foi detido em outra operação, batizada de Métis, na sexta (21), três dias após o ex-deputado ter sido preso. A investigação apura possível tentativa de obstrução das investigações da Lava Jato por meio de varreduras realizadas por policiais do Senado fora da Casa. Segundo a Folha apurou, a varredura na residência de Cunha teria acontecido depois que a casa do ex-deputado foi alvo de mandado de busca e apreensão em uma operação no final de 2015 realizada com autorização do STF (Supremo Tribunal Federal). A ação na residência de Cunha já havia sido sinalizada em um depoimento colhido na semana passada e foi mencionada com mais detalhes no depoimento da tarde desta segunda. Carvalho já tinha prestado depoimento na sexta, quando foi preso, mas negou irregularidades. Com base nos depoimentos prestados a PF decidirá se vai pedir que a prisão dele se transforme em preventiva (sem data determinada para acabar). Os outros três policiais do Senado presos na operação, Geraldo Cesar de Deus Oliveira, Everton Taborda e Antonio Tavares, foram liberados ainda no fim de semana, depois de depor.
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Chefe da Polícia do Senado revela varredura em residência de CunhaEm um depoimento de cerca de duas horas à Polícia Federal, o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, afirmou nesta segunda-feira (24) que o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) solicitou aos policiais legislativos que fizessem uma varredura na sua residência oficial, em Brasília. O pedido, segundo Carvalho, atendido pela Polícia do Senado, foi feito na época em que o político era presidente da Câmara dos Deputados. O diretor não disse quem deu a ordem. Cunha está preso desde a semana passada na carceragem da PF, em Curitiba, por determinação de Sergio Moro, juiz responsável pela Operação Lava Jato. Já Carvalho foi detido em outra operação, batizada de Métis, na sexta (21), três dias após o ex-deputado ter sido preso. A investigação apura possível tentativa de obstrução das investigações da Lava Jato por meio de varreduras realizadas por policiais do Senado fora da Casa. Segundo a Folha apurou, a varredura na residência de Cunha teria acontecido depois que a casa do ex-deputado foi alvo de mandado de busca e apreensão em uma operação no final de 2015 realizada com autorização do STF (Supremo Tribunal Federal). A ação na residência de Cunha já havia sido sinalizada em um depoimento colhido na semana passada e foi mencionada com mais detalhes no depoimento da tarde desta segunda. Carvalho já tinha prestado depoimento na sexta, quando foi preso, mas negou irregularidades. Com base nos depoimentos prestados a PF decidirá se vai pedir que a prisão dele se transforme em preventiva (sem data determinada para acabar). Os outros três policiais do Senado presos na operação, Geraldo Cesar de Deus Oliveira, Everton Taborda e Antonio Tavares, foram liberados ainda no fim de semana, depois de depor.
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Carro com jovens é fuzilado por militares no Rio
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Um carro com jovens foi fuzilado por militares da Força de Pacificação do Exército, na madrugada de quinta-feira (12), por volta das 3h, na favela Salsa e Merengue, no Complexo da Maré, zona norte do Rio. O motorista e outros quatro passageiros ficaram feridos. Vitor Santiago Borges, 29, permanece internado em coma nesta sexta no Hospital Estadual Getúlio Varga, na Penha, na mesma região. Parentes e amigos de Borges ouvidos pela Folha disseram que os militares atiraram contra o carro - modelo Palio, de cor branca – dos jovens sem sequer pedir que eles parassem. A maioria dos tiros de fuzil atingiram a lateral do carona, onde o rapaz estava sentado. Ele foi baleado no tórax e, segundo testemunhas, ainda tomou outro tiro nas pernas quando deixava o veículo. "A gente saiu do carro gritando: 'não tem ninguém armado. É tudo trabalhador'. Aí ouvi mais disparo. Só vi a perna dele [Vitor] toda estraçalhada", contou Jefferson Lima da Silva, 20, um dos jovens que estava no veículo. Silva afirmou ainda que logo depois do episódio todos foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região. Segundo ele, o atendimento na emergência foi agilizado a pedido dos militares, que em seguida levaram os jovens para o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva, onde ficaram até as 18h de quinta para prestar depoimento. Paulistano, Jefferson Silva veio de Capão Redondo, São Paulo, para passar o Carnaval no Rio. Ele está hospedado na casa do primo Adriano Bezerra da Silva, que dirigia o carro. Adriano Silva acabou preso por desobediência e tentativa de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. De acordo com o Exército, o jovem tentou atropelar um dos militares no momento da abordagem. Os jovens saíram juntos na noite de quarta para assistirem ao jogo Flamengo e Cabofriense, e voltaram por volta das 3h após a vitória rubro-negra. Luciano Borges, 26, disse que o irmão Vitor Borges foi levado em estado grave para o hospital, e por isso não contou o que aconteceu, mas amigos afirmaram que militares não deram sinal para o carro parar. "Não houve tiroteio nenhum. Eles alvejaram o carro que eles estavam. Isso mostra o despreparo do Exército, que não tem respeito nenhum. Agora, o meu filho está aí entre a vida e a morte", lamentou emocionada a mãe de Vítor Borges, a costureira Irone Maria Santiago, 50. Médicos disseram à família de Borges que um dos tiros perfurou o pulmão dele e atingiu a medula. O outro atravessou o fêmur ao atingir as duas pernas. "Eles fuzilaram o carro. Cada hora o Exército fala uma coisa diferente", lamentou o auxiliar de expedição, pai do jovem, Luciano Borges da Silva, 52. OUTRO LADO Em nota, o Exército informou que houve troca de tiros entre criminosos e tropas durante ronda de rotina, na madrugada de quinta. "Durante o incidente, um veículo em alta velocidade entrou na área conflagrada e recebeu orientação de parar", disse. Segundo militares, o carro não parou e foram efetuados disparos de arma não letal, ou seja, com bala de borracha, na tentativa que o suspeito interrompesse a atitude suspeita. "Visando cessar a atitude suspeita que ameaçava a integridade física de dois militares da tropa que estavam na trajetória do veículo, foram realizados quatro disparos de armamento letal [tiros de fuzil]". "Após os disparos, o veículo parou e a tropa imediatamente prestou socorros aos passageiros e encaminhou os feridos à UPA da Vila do João", afirmou. O carro dos jovens, no entanto, foi retirado do local do crime pelos militares — que alegaram "falta de segurança" para realização de perícia. O caso foi encaminhado para a Justiça Militar.
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cotidiano
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Carro com jovens é fuzilado por militares no RioUm carro com jovens foi fuzilado por militares da Força de Pacificação do Exército, na madrugada de quinta-feira (12), por volta das 3h, na favela Salsa e Merengue, no Complexo da Maré, zona norte do Rio. O motorista e outros quatro passageiros ficaram feridos. Vitor Santiago Borges, 29, permanece internado em coma nesta sexta no Hospital Estadual Getúlio Varga, na Penha, na mesma região. Parentes e amigos de Borges ouvidos pela Folha disseram que os militares atiraram contra o carro - modelo Palio, de cor branca – dos jovens sem sequer pedir que eles parassem. A maioria dos tiros de fuzil atingiram a lateral do carona, onde o rapaz estava sentado. Ele foi baleado no tórax e, segundo testemunhas, ainda tomou outro tiro nas pernas quando deixava o veículo. "A gente saiu do carro gritando: 'não tem ninguém armado. É tudo trabalhador'. Aí ouvi mais disparo. Só vi a perna dele [Vitor] toda estraçalhada", contou Jefferson Lima da Silva, 20, um dos jovens que estava no veículo. Silva afirmou ainda que logo depois do episódio todos foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região. Segundo ele, o atendimento na emergência foi agilizado a pedido dos militares, que em seguida levaram os jovens para o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva, onde ficaram até as 18h de quinta para prestar depoimento. Paulistano, Jefferson Silva veio de Capão Redondo, São Paulo, para passar o Carnaval no Rio. Ele está hospedado na casa do primo Adriano Bezerra da Silva, que dirigia o carro. Adriano Silva acabou preso por desobediência e tentativa de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. De acordo com o Exército, o jovem tentou atropelar um dos militares no momento da abordagem. Os jovens saíram juntos na noite de quarta para assistirem ao jogo Flamengo e Cabofriense, e voltaram por volta das 3h após a vitória rubro-negra. Luciano Borges, 26, disse que o irmão Vitor Borges foi levado em estado grave para o hospital, e por isso não contou o que aconteceu, mas amigos afirmaram que militares não deram sinal para o carro parar. "Não houve tiroteio nenhum. Eles alvejaram o carro que eles estavam. Isso mostra o despreparo do Exército, que não tem respeito nenhum. Agora, o meu filho está aí entre a vida e a morte", lamentou emocionada a mãe de Vítor Borges, a costureira Irone Maria Santiago, 50. Médicos disseram à família de Borges que um dos tiros perfurou o pulmão dele e atingiu a medula. O outro atravessou o fêmur ao atingir as duas pernas. "Eles fuzilaram o carro. Cada hora o Exército fala uma coisa diferente", lamentou o auxiliar de expedição, pai do jovem, Luciano Borges da Silva, 52. OUTRO LADO Em nota, o Exército informou que houve troca de tiros entre criminosos e tropas durante ronda de rotina, na madrugada de quinta. "Durante o incidente, um veículo em alta velocidade entrou na área conflagrada e recebeu orientação de parar", disse. Segundo militares, o carro não parou e foram efetuados disparos de arma não letal, ou seja, com bala de borracha, na tentativa que o suspeito interrompesse a atitude suspeita. "Visando cessar a atitude suspeita que ameaçava a integridade física de dois militares da tropa que estavam na trajetória do veículo, foram realizados quatro disparos de armamento letal [tiros de fuzil]". "Após os disparos, o veículo parou e a tropa imediatamente prestou socorros aos passageiros e encaminhou os feridos à UPA da Vila do João", afirmou. O carro dos jovens, no entanto, foi retirado do local do crime pelos militares — que alegaram "falta de segurança" para realização de perícia. O caso foi encaminhado para a Justiça Militar.
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Travesti conquista doutorado com tese sobre racismo e homofobia
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RESUMO Pela primeira vez, na quinta (30), uma travesti negra obteve o grau de doutora em educação na UFPR, em que estudou como professores negros homossexuais superaram situações de homofobia e racismo. Na banca, Megg de Oliveira usou vestido com nomes de travestis mortas. Professora substituta na UFPR, ela diz ainda enfrentar preconceito e pretende lutar pela inserção de travestis no ensino superior. * O lugar de existência das travestis, para a sociedade, é na rua e na prostituição. Se eu parar dois minutos para esperar o ônibus, já acham que estou marcando ponto. A nossa presença, fora da prostituição, não é naturalizada. Por causa disso, eu encenei por muito tempo uma existência masculina que não era minha, para poder sobreviver. Foi um processo de resistência. Nasci em Cianorte, no Paraná, já tem mais de 40 anos. A idade exata é segredo de Estado! Meus pais vieram de Minas Gerais, da roça mesmo, atraídos pela promessa do café. Éramos em sete irmãos. A partir dos sete anos, todo mundo tinha que trabalhar. A escola era algo secundário. Desde muito cedo, minha identidade de gênero já era muito clara. O meu sonho era ter cabelo comprido. Amarrava a tolha de banho na cabeça e fazia um coque, como a minha mãe. Em casa, só me chamavam de Kim, que era uma abreviação do meu nome. Meus irmãos respeitavam, não me expunham. Eram muito solidários. Tinha um esconderijo no fundo do quintal, onde colocava minhas bonecas, roupinhas, bijuterias. Foi na escola que começou a marcação cerrada. A fila dos meninos, o banheiro dos meninos. Eu não respondia chamada de jeito nenhum, porque não me reconhecia naquele nome. Comecei a sofrer assédio moral, ameaça de violência. E a me retrair. Eu tinha uma existência muito solitária e desenhava muito. O desenho surgiu como uma forma de me comunicar com as pessoas. Naquela época, eu nem sabia o que era universidade. Na minha casa, não tinha nem livro. Com 20 anos, me mudei para Curitiba. Porque tinha que expressar minha identidade de gênero. Mas foi muito gradual. Quando ia para o trabalho, expressava uma identidade masculina. Mas, quando estava em casa, aí eu exercitava minha feminilidade. Foi uma estratégia de sobrevivência, mesmo. Me reconhecia como travesti desde muito cedo, mas não queria a prostituição. Porque esse era o lugar da travesti, de muita violência e sofrimento. Existe até um processo de cafetinagem por trás disso tudo. Mas não queria nada disso para a minha vida. Então, fazia uma encenação pública, uma performance masculina. UNIVERSIDADE Naquela época, eu trabalhava numa agência de publicidade, na área de criação, com desenho. E enfrentei muito preconceito, tanto por racismo quanto por homofobia. Fui percebendo que, se não tivesse boa formação acadêmica, não ia ter lugar nenhum no mundo. A minha existência seria um fracasso absoluto. À medida que fui progredindo academicamente, fui me construindo como travesti e negra, expressando minha identidade. Aí tinha um repertório para me proteger. A universidade foi um espaço emblemático, assim como os movimentos sociais. Eu me formei em desenho na Escola de Belas Artes do Paraná, fiz especialização em história da arte e história e cultura africana. Tentei o mestrado em educação na UFPR quatro vezes, até passar. Era aquela história: eu passava na prova escrita, o meu projeto era bem avaliado, mas não havia ninguém para me orientar. Era muito constrangedor. Até que um professor [Paulo Vinicius Baptista da Silva] aceitou meu projeto e me tomou como orientanda. Aí minha carreira deslanchou. Dei aula, escrevi artigos, emendei o doutorado (sob orientação da professora Maria Rita de Assis César), me deram espaço para trabalhar. Não que tenha sido fácil. Eu só sou uma doutoranda quando estou na UFPR. Quando eu coloco o pé fora dali, sou só uma travesti, que pode ser agredida, ofendida. Minha presença ainda não é naturalizada. Hoje, eu sou professora da UFPR. Mas o espaço que me sobra é no serviço público, porque a iniciativa privada não contrata. A minha pesquisa de doutorado foi feita com quatro professores negros homossexuais, de ensino fundamental e médio, sobre a resistência de gays e negros na educação. São existências marcadas pelo enfrentamento. Num primeiro momento, eles tentaram negar sua sexualidade. Depois, esses xingamentos de "viado", "bicha preta", foram ressignificados de forma positiva. "Sou viado, sou bicha preta, mesmo, e daí?" Isso desmonta seu agressor. Todos entendem que a vida acadêmica possibilitou esse empoderamento. E a presença deles na escola acaba sendo um modelo de existência para os estudantes. A defesa da minha tese não é uma conquista individual. É coletiva. Do movimento negro e principalmente de travestis e transexuais. Porque, para nós, a saúde sempre foi o foco da militância, pelo acesso ao tratamento hormonal, à cirurgia de readequação genital. A educação passou a ser pleiteada há pouco tempo. A gente quer ter voz, queremos ser tratadas como pessoas que pensam e produzem conhecimento. É uma possibilidade de mudar a postura dentro das escolas e tornar a existência dos LGBTs menos sofrida. A educação possibilita essa mudança.
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Travesti conquista doutorado com tese sobre racismo e homofobiaRESUMO Pela primeira vez, na quinta (30), uma travesti negra obteve o grau de doutora em educação na UFPR, em que estudou como professores negros homossexuais superaram situações de homofobia e racismo. Na banca, Megg de Oliveira usou vestido com nomes de travestis mortas. Professora substituta na UFPR, ela diz ainda enfrentar preconceito e pretende lutar pela inserção de travestis no ensino superior. * O lugar de existência das travestis, para a sociedade, é na rua e na prostituição. Se eu parar dois minutos para esperar o ônibus, já acham que estou marcando ponto. A nossa presença, fora da prostituição, não é naturalizada. Por causa disso, eu encenei por muito tempo uma existência masculina que não era minha, para poder sobreviver. Foi um processo de resistência. Nasci em Cianorte, no Paraná, já tem mais de 40 anos. A idade exata é segredo de Estado! Meus pais vieram de Minas Gerais, da roça mesmo, atraídos pela promessa do café. Éramos em sete irmãos. A partir dos sete anos, todo mundo tinha que trabalhar. A escola era algo secundário. Desde muito cedo, minha identidade de gênero já era muito clara. O meu sonho era ter cabelo comprido. Amarrava a tolha de banho na cabeça e fazia um coque, como a minha mãe. Em casa, só me chamavam de Kim, que era uma abreviação do meu nome. Meus irmãos respeitavam, não me expunham. Eram muito solidários. Tinha um esconderijo no fundo do quintal, onde colocava minhas bonecas, roupinhas, bijuterias. Foi na escola que começou a marcação cerrada. A fila dos meninos, o banheiro dos meninos. Eu não respondia chamada de jeito nenhum, porque não me reconhecia naquele nome. Comecei a sofrer assédio moral, ameaça de violência. E a me retrair. Eu tinha uma existência muito solitária e desenhava muito. O desenho surgiu como uma forma de me comunicar com as pessoas. Naquela época, eu nem sabia o que era universidade. Na minha casa, não tinha nem livro. Com 20 anos, me mudei para Curitiba. Porque tinha que expressar minha identidade de gênero. Mas foi muito gradual. Quando ia para o trabalho, expressava uma identidade masculina. Mas, quando estava em casa, aí eu exercitava minha feminilidade. Foi uma estratégia de sobrevivência, mesmo. Me reconhecia como travesti desde muito cedo, mas não queria a prostituição. Porque esse era o lugar da travesti, de muita violência e sofrimento. Existe até um processo de cafetinagem por trás disso tudo. Mas não queria nada disso para a minha vida. Então, fazia uma encenação pública, uma performance masculina. UNIVERSIDADE Naquela época, eu trabalhava numa agência de publicidade, na área de criação, com desenho. E enfrentei muito preconceito, tanto por racismo quanto por homofobia. Fui percebendo que, se não tivesse boa formação acadêmica, não ia ter lugar nenhum no mundo. A minha existência seria um fracasso absoluto. À medida que fui progredindo academicamente, fui me construindo como travesti e negra, expressando minha identidade. Aí tinha um repertório para me proteger. A universidade foi um espaço emblemático, assim como os movimentos sociais. Eu me formei em desenho na Escola de Belas Artes do Paraná, fiz especialização em história da arte e história e cultura africana. Tentei o mestrado em educação na UFPR quatro vezes, até passar. Era aquela história: eu passava na prova escrita, o meu projeto era bem avaliado, mas não havia ninguém para me orientar. Era muito constrangedor. Até que um professor [Paulo Vinicius Baptista da Silva] aceitou meu projeto e me tomou como orientanda. Aí minha carreira deslanchou. Dei aula, escrevi artigos, emendei o doutorado (sob orientação da professora Maria Rita de Assis César), me deram espaço para trabalhar. Não que tenha sido fácil. Eu só sou uma doutoranda quando estou na UFPR. Quando eu coloco o pé fora dali, sou só uma travesti, que pode ser agredida, ofendida. Minha presença ainda não é naturalizada. Hoje, eu sou professora da UFPR. Mas o espaço que me sobra é no serviço público, porque a iniciativa privada não contrata. A minha pesquisa de doutorado foi feita com quatro professores negros homossexuais, de ensino fundamental e médio, sobre a resistência de gays e negros na educação. São existências marcadas pelo enfrentamento. Num primeiro momento, eles tentaram negar sua sexualidade. Depois, esses xingamentos de "viado", "bicha preta", foram ressignificados de forma positiva. "Sou viado, sou bicha preta, mesmo, e daí?" Isso desmonta seu agressor. Todos entendem que a vida acadêmica possibilitou esse empoderamento. E a presença deles na escola acaba sendo um modelo de existência para os estudantes. A defesa da minha tese não é uma conquista individual. É coletiva. Do movimento negro e principalmente de travestis e transexuais. Porque, para nós, a saúde sempre foi o foco da militância, pelo acesso ao tratamento hormonal, à cirurgia de readequação genital. A educação passou a ser pleiteada há pouco tempo. A gente quer ter voz, queremos ser tratadas como pessoas que pensam e produzem conhecimento. É uma possibilidade de mudar a postura dentro das escolas e tornar a existência dos LGBTs menos sofrida. A educação possibilita essa mudança.
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