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Ueba! O Maia peidou de novo!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Piada Pronta! Direto de Minas: "200 kg de maconha são apreendidos em Espera Feliz". Todo mundo esperando! Aí virou espera infeliz! "Urubus habitam apartamento do governo em área nobre de Brasília." Todos os apartamentos do governo são habitados por urubus! "Gilmar Mendes manda soltar empresário Jacob Barata." O Gilmar tá soltando até barata! O Gilmar é Luftal: solta até gases e baratas! Rarará! E atenção! 2018 é hoje! Lula e Doria no Nordeste! O Lula começou pelo mais fácil: Bahia! Queria ver começar pelo Paraná. Primeira Parada da Caravana: Curitiba! Rarará! Doria diz que governa São Paulo de qualquer lugar pelo iPhone. Se ele for presidente do Brasil, vai governar de Miami? Vai! Pelo Skype! Rarará! E o Doria ainda tem que aprender cinco expressões: "vixe", "por obséquio", "sinalêra", "arre égua" e "acordei virado na porra". Uma hora eles vão se cruzar. Em pleno sertão! Deus e o Diabo na Terra do Sol! Coxinha Imberbe X Sapo Barbudo! Lula X AntiLula! Luta na Lama! Rarará! E o PMDB vai mudar de nome pra MDB! Máfia do Brasil. Merda do Brasil, Ministérios de Baciada! Requisitos para continuar no MDB: três mandatos, oito citações na Lava Jato, 18 investigações, cabelo tingido e gravata babador de rola. Aquela que bate abaixo da cintura! Rarará! O partido PEN, que vai lançar Boçalnaro 2018, vai mudar de nome para Patriota. Não pode mudar pra Idiota, muda pra Patriota! Rarará! E o PSDB não vai mudar de nome porque não é partido, é rachado! Rarará! E tem uma foto com o Maia dando risada e o Temer tapando o nariz com aquela mãozinha de cadáver! Ou seja, o Maia peidou de novo! Esse cara é um gasoduto! Rarará! E o Gilmar é o inventor do habeas Miojo: habeas corpus instantâneo em três minutos! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Ueba! O Maia peidou de novo!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Piada Pronta! Direto de Minas: "200 kg de maconha são apreendidos em Espera Feliz". Todo mundo esperando! Aí virou espera infeliz! "Urubus habitam apartamento do governo em área nobre de Brasília." Todos os apartamentos do governo são habitados por urubus! "Gilmar Mendes manda soltar empresário Jacob Barata." O Gilmar tá soltando até barata! O Gilmar é Luftal: solta até gases e baratas! Rarará! E atenção! 2018 é hoje! Lula e Doria no Nordeste! O Lula começou pelo mais fácil: Bahia! Queria ver começar pelo Paraná. Primeira Parada da Caravana: Curitiba! Rarará! Doria diz que governa São Paulo de qualquer lugar pelo iPhone. Se ele for presidente do Brasil, vai governar de Miami? Vai! Pelo Skype! Rarará! E o Doria ainda tem que aprender cinco expressões: "vixe", "por obséquio", "sinalêra", "arre égua" e "acordei virado na porra". Uma hora eles vão se cruzar. Em pleno sertão! Deus e o Diabo na Terra do Sol! Coxinha Imberbe X Sapo Barbudo! Lula X AntiLula! Luta na Lama! Rarará! E o PMDB vai mudar de nome pra MDB! Máfia do Brasil. Merda do Brasil, Ministérios de Baciada! Requisitos para continuar no MDB: três mandatos, oito citações na Lava Jato, 18 investigações, cabelo tingido e gravata babador de rola. Aquela que bate abaixo da cintura! Rarará! O partido PEN, que vai lançar Boçalnaro 2018, vai mudar de nome para Patriota. Não pode mudar pra Idiota, muda pra Patriota! Rarará! E o PSDB não vai mudar de nome porque não é partido, é rachado! Rarará! E tem uma foto com o Maia dando risada e o Temer tapando o nariz com aquela mãozinha de cadáver! Ou seja, o Maia peidou de novo! Esse cara é um gasoduto! Rarará! E o Gilmar é o inventor do habeas Miojo: habeas corpus instantâneo em três minutos! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Psicanalista responde a texto de Zeljko Loparic sobre psicologia de Winnicott
A revolução psicanalítica, que teria sido encabeçada por Donald W. Winnicott e que foi anunciada por Zeljko Loparic na "Ilustríssima" de 8/5, parece mais uma regressão a tempos pré-freudianos do que um inusitado avanço a campos não tocados por Freud. Sabe-se que Loparic defende há bastante tempo sua tese de paradigmas e revolução científica na psicanálise a partir das ideias cunhadas por Thomas Kuhn. Entretanto, ao insistir em suas proposições e quase eliminar a atualidade e a força dos pensamentos freudianos, Loparic ignora inúmeros estudos (Peterson, 1983 e Carone, 2003 são apenas dois exemplos) que apontam para a não-aplicabilidade das concepções de Kuhn na psicologia e, mais radicalmente, na psicanálise, ao contrário do que ocorre em outros campos científicos. Embora haja um velho impasse sobre a cientificidade da psicanálise, não é isso que torna os conceitos de Kuhn infrutíferos para este campo. Freud trilhou caminhos inversos aos daqueles seguidos por cientistas naturais. Em psicanálise, a singularidade define e delimita a atenção do analista. Em outros modelos de ciência, as particularidades dos objetos estudados são excluídas de modo a que o interesse esteja voltado para o que é universal ou geral. Ainda que também existam generalizações e até tentativas de atingir aspectos universais que guiem a escuta psicanalítica, é a especificidade da história do paciente que a orienta. Nesse sentido, os paradigmas são elásticos ou simplesmente inexistem nesse terreno, marcado pela inesgotável pluralidade de vozes. Talvez quem melhor defina o que se passa nesse território chamado psicanálise seja Fabio Herrmann, que em "Sobre a Infância de Adão" diz: "Cada uma das psicanálises clínicas ou teóricas de Freud, como cada uma daquelas que conduzimos nós, seus pósteros e seguidores, cria e descobre inconscientes que não podem ser reduzidos a um só conjunto, sem que se perpetre alguma violência epistemológica. A resistência a aceitar essa elementar verdade por parte de certos analistas refugia-se em sofismas, dos quais o mais encontradiço nas discussões psicanalíticas e acadêmicas não honra o douto título de quem o enuncia, seja professor, seja analista; a saber, que constituindo tal ou qual análise um novo inconsciente, este ultrapassa o acervo freudiano". Se cada inconsciente coloca toda a psicanálise freudiana em xeque e exige um permanente processo de reescrita da psicanálise, Winnicott não teria sido o nome capaz de revelar a verdade no interior da esfera psicanalítica, mas mais um a fazê-lo, dentre os tantos igualmente relevantes nesse campo. Um dos tópicos que teriam sido revolucionários, segundo Loparic, é a psicopatologia de Winnicott na qual se encontram "distúrbios [que] não são gerados pela expulsão, para fora da consciência, daquilo que aconteceu, mas não deveria, e sim por aquilo que não aconteceu, embora precisasse acontecer". Ora, esse aspecto não é uma ruptura em relação a Freud. Toda a teoria do trauma e da "Nachträglichkeit" falam de um outro modo de recalque que se dá em razão daquilo que ainda não ganhou a possibilidade de representação, repetindo-se compulsivamente. Um dos mais belos textos sobre o assunto é "O Acontecimento e a Temporalidade: o Après-coup no Tratamento", de Jacques André, no qual Winnicott é justamente mais um nome a tratar questões concernentes a casos desse tipo. Mas essa antiga tese de Zeljko Loparic com seus paradigmas e revoluções em psicanálise não mereceria essa resposta se sua versão de Winnicott e alguns postulados do próprio psicanalista inglês não trouxessem questões mais sérias para a área. Ocasião importante para resgatar as primeiras investigações de Freud com as histéricas e confrontá-las com aquelas empreendidas por Winnicott. HISTERIA No século 19, as mulheres burguesas estavam destinadas ao casamento e ao cuidado dos filhos, quase sem saída. Outras, com menos "sorte", eram operárias ou prostitutas. Aquelas poucas que saíram desse script tiveram que pagar o preço psíquico-social de uma luta que segue em curso. Ao escutar essas mulheres, Freud concedeu voz a aspectos insubordinados do feminino: sexualidade e agressividade, que apareciam convertidas em sintomas do corpo. Quando os sintomas começaram a ganhar certa articulação pela palavra, Freud ouviu também os limites do patriarcado e da civilização ocidental. Ainda que levasse uma vida privada convencional, o compromisso de Freud com a verdade dos sintomas das mulheres o conduziu para territórios que questionavam a tradição do casamento, da maternidade, do pai como aquele que apenas apoia os cuidados da esposa com os filhos e se encarrega de interditar simbolicamente o incesto, dando o contorno da Lei. Em suma, Freud foi longe com as mulheres. Entretanto, após anos de experiência, ainda se perguntava: "afinal, o que quer uma mulher?". Indagação que denota profundo interesse e, ao mesmo tempo, reconhecimento de seus limites diante da questão do feminino. Daí ser importante retomar aqui certas passagens da história. Sabe-se que, na Idade Média, o feminino assume formas demoníacas, extrapolando as fronteiras do bem e da ordem cristã. Sempre atrelada aos pecados da carne, a mulher era portadora de uma sexualidade desmedida e ameaçadora. O valor da maternidade inexiste até o século 17; a mulher não era a maior responsável pela saúde e pela educação das crianças. Foi somente nos séculos 18 e 19 que nasceu um discurso médico sobre o feminino coincidente com a constituição da ordem familiar burguesa. Valores burgueses e a ideia de que filhos eram herdeiros de propriedades e negócios da família trouxeram para a esposa o papel de tutora da prole. A linguagem médica atentava para a sobrevivência e o aperfeiçoamento das crianças e a mãe era figura a cumprir a tarefa de zelar por esses pontos. Firmaram-se então pressupostos biológicos que ligavam de forma inextricável a mulher ao lugar de mãe. Com isso, a lógica científica naturalizou a dominação sofrida pela mulher e orientou um programa político que bloqueava outras maneiras de inscrição social do feminino. Contudo, o próprio liberalismo e sua ideia de igualdade colocava questões para essa versão médica da história. Uma delas era a educação das mulheres para assumirem empreendimento tão fundamental. Esculpindo um perfil mais dócil e sensato para elas, a sociedade patriarcal conseguiu domesticar suas ambições e desejos, educando-as para bem cumprir os encargos do lar. Outro ponto importante era a dedicação exclusiva à função doméstica, que impedia a circulação pelo espaço público na condição de cidadã. A ideia iluminista de direitos universais e igualdade não condizia com a restrição da vida política das mulheres e com as diferenças sociais entre os gêneros. O discurso médico naturalizante foi o único capaz de promover o entrelaçamento inarredável entre sexo feminino e maternidade até feministas começarem a desatar este forte nó. Agora, com o Winnicott de Loparic, voltamos ao estágio em que "a ordem social, em particular a família, emerge em larga medida das tendências rumo à organização em uma personalidade individual. O pai, protegendo a mãe nos estágios iniciais do amadurecimento da criança, possibilita a esta suportar a culpa de seu uso excitado da mãe e, assim, ficar livre para amá-la instintivamente –sendo que os instintos, no início, não são genitais, mas relacionados à digestão". Retiramos de cena o erotismo inerente ao início da vida, restituímos à mãe o lugar de cuidado quase integral da criança e ao pai devolvemos, finalmente, o lugar de retaguarda para os impasses da maternidade. Décadas de luta feminista lançadas ao lixo por uma teoria "revolucionária" que devolve à mãe o seu "devido lugar". Nessa vertente, naturaliza-se a família, a mãe, o pai e a criança. Nada parece ser parte da história e das distorções em relação a esses lugares "naturais". No entanto, a escolha pela maternidade não significa ser simplesmente "suficientemente boa", como queria Winnicott. Ser mãe, nos dias atuais, ainda significa lutar pela divisão mais justa do trabalho na criação dos filhos, seja a batalha empreendida com a figura paterna –ocupada por seja lá quem for, já que a fantasia erótica vai longe–, seja ela em espaços sociais que deem à mulher condições de sustentar também seus outros desejos. Com a versão da "mãe suficientemente boa" do psicanalista inglês, acentuada na pena revolucionária de Loparic, voltamos à naturalização dos lugares subjetivos da maternidade, e o amadurecimento do bebê aparece de forma absolutamente dependente das tarefas empreendidas pela mãe –mesmo quando as fases são de independência relativa, torna-se tarefa da mãe não se mostrar disponível. Outro ponto regressivo nesse viés psicanalítico é a tendência ao amadurecimento como possibilidade de integração do sujeito –grande parte disso, vale lembrar, mais uma vez nas costas da "mãe suficientemente boa". Em Freud tínhamos um sujeito dividido por seu desejo, sem qualquer promessa de integralidade. Desejo recalcado no mesmo passo em que se dá a entrada na cultura. O processo civilizatório exige de cada um de nós renúncias de prazer e agressividade insubornáveis. Desejo, nesse sentido, é resistência face a opressão civilizatória, que coloca a falta numa dada configuração formal. Nas tintas de Loparic, porém, o desejo da mãe desaparece e o da criança se torna mera necessidade. Única existência da mãe é a de cuidar de um ser natural –o animal humano, que é a criança– de forma a permitir a integralidade desse indivíduo. Contra tal "revolução", porém, sugiro apenas uma ida ao cinema. O filme "De Amor e Trevas", agora em cartaz, foi baseado no romance de Amos Oz e dirigido por Natalie Portman. Trata-se de mais um delicado exemplo do que ocorre com "mães suficientemente boas" –ou a mãe de um dos maiores escritores contemporâneos não teria cumprido bem sua função? Ao final do filme, percebemos como o autor israelense foi capaz de compreender profundamente os dramas vividos por sua mãe. Mas Winnicott e autores revolucionários parecem insistir na cegueira acerca do feminino e esquecer a atualidade da velha pergunta formulada por Freud: "Afinal, o que quer uma mulher?". ALESSANDRA AFFORTUNATI MARTINS PARENTE, 40, é psicanalista e doutora em psicologia social pela USP.
ilustrissima
Psicanalista responde a texto de Zeljko Loparic sobre psicologia de WinnicottA revolução psicanalítica, que teria sido encabeçada por Donald W. Winnicott e que foi anunciada por Zeljko Loparic na "Ilustríssima" de 8/5, parece mais uma regressão a tempos pré-freudianos do que um inusitado avanço a campos não tocados por Freud. Sabe-se que Loparic defende há bastante tempo sua tese de paradigmas e revolução científica na psicanálise a partir das ideias cunhadas por Thomas Kuhn. Entretanto, ao insistir em suas proposições e quase eliminar a atualidade e a força dos pensamentos freudianos, Loparic ignora inúmeros estudos (Peterson, 1983 e Carone, 2003 são apenas dois exemplos) que apontam para a não-aplicabilidade das concepções de Kuhn na psicologia e, mais radicalmente, na psicanálise, ao contrário do que ocorre em outros campos científicos. Embora haja um velho impasse sobre a cientificidade da psicanálise, não é isso que torna os conceitos de Kuhn infrutíferos para este campo. Freud trilhou caminhos inversos aos daqueles seguidos por cientistas naturais. Em psicanálise, a singularidade define e delimita a atenção do analista. Em outros modelos de ciência, as particularidades dos objetos estudados são excluídas de modo a que o interesse esteja voltado para o que é universal ou geral. Ainda que também existam generalizações e até tentativas de atingir aspectos universais que guiem a escuta psicanalítica, é a especificidade da história do paciente que a orienta. Nesse sentido, os paradigmas são elásticos ou simplesmente inexistem nesse terreno, marcado pela inesgotável pluralidade de vozes. Talvez quem melhor defina o que se passa nesse território chamado psicanálise seja Fabio Herrmann, que em "Sobre a Infância de Adão" diz: "Cada uma das psicanálises clínicas ou teóricas de Freud, como cada uma daquelas que conduzimos nós, seus pósteros e seguidores, cria e descobre inconscientes que não podem ser reduzidos a um só conjunto, sem que se perpetre alguma violência epistemológica. A resistência a aceitar essa elementar verdade por parte de certos analistas refugia-se em sofismas, dos quais o mais encontradiço nas discussões psicanalíticas e acadêmicas não honra o douto título de quem o enuncia, seja professor, seja analista; a saber, que constituindo tal ou qual análise um novo inconsciente, este ultrapassa o acervo freudiano". Se cada inconsciente coloca toda a psicanálise freudiana em xeque e exige um permanente processo de reescrita da psicanálise, Winnicott não teria sido o nome capaz de revelar a verdade no interior da esfera psicanalítica, mas mais um a fazê-lo, dentre os tantos igualmente relevantes nesse campo. Um dos tópicos que teriam sido revolucionários, segundo Loparic, é a psicopatologia de Winnicott na qual se encontram "distúrbios [que] não são gerados pela expulsão, para fora da consciência, daquilo que aconteceu, mas não deveria, e sim por aquilo que não aconteceu, embora precisasse acontecer". Ora, esse aspecto não é uma ruptura em relação a Freud. Toda a teoria do trauma e da "Nachträglichkeit" falam de um outro modo de recalque que se dá em razão daquilo que ainda não ganhou a possibilidade de representação, repetindo-se compulsivamente. Um dos mais belos textos sobre o assunto é "O Acontecimento e a Temporalidade: o Après-coup no Tratamento", de Jacques André, no qual Winnicott é justamente mais um nome a tratar questões concernentes a casos desse tipo. Mas essa antiga tese de Zeljko Loparic com seus paradigmas e revoluções em psicanálise não mereceria essa resposta se sua versão de Winnicott e alguns postulados do próprio psicanalista inglês não trouxessem questões mais sérias para a área. Ocasião importante para resgatar as primeiras investigações de Freud com as histéricas e confrontá-las com aquelas empreendidas por Winnicott. HISTERIA No século 19, as mulheres burguesas estavam destinadas ao casamento e ao cuidado dos filhos, quase sem saída. Outras, com menos "sorte", eram operárias ou prostitutas. Aquelas poucas que saíram desse script tiveram que pagar o preço psíquico-social de uma luta que segue em curso. Ao escutar essas mulheres, Freud concedeu voz a aspectos insubordinados do feminino: sexualidade e agressividade, que apareciam convertidas em sintomas do corpo. Quando os sintomas começaram a ganhar certa articulação pela palavra, Freud ouviu também os limites do patriarcado e da civilização ocidental. Ainda que levasse uma vida privada convencional, o compromisso de Freud com a verdade dos sintomas das mulheres o conduziu para territórios que questionavam a tradição do casamento, da maternidade, do pai como aquele que apenas apoia os cuidados da esposa com os filhos e se encarrega de interditar simbolicamente o incesto, dando o contorno da Lei. Em suma, Freud foi longe com as mulheres. Entretanto, após anos de experiência, ainda se perguntava: "afinal, o que quer uma mulher?". Indagação que denota profundo interesse e, ao mesmo tempo, reconhecimento de seus limites diante da questão do feminino. Daí ser importante retomar aqui certas passagens da história. Sabe-se que, na Idade Média, o feminino assume formas demoníacas, extrapolando as fronteiras do bem e da ordem cristã. Sempre atrelada aos pecados da carne, a mulher era portadora de uma sexualidade desmedida e ameaçadora. O valor da maternidade inexiste até o século 17; a mulher não era a maior responsável pela saúde e pela educação das crianças. Foi somente nos séculos 18 e 19 que nasceu um discurso médico sobre o feminino coincidente com a constituição da ordem familiar burguesa. Valores burgueses e a ideia de que filhos eram herdeiros de propriedades e negócios da família trouxeram para a esposa o papel de tutora da prole. A linguagem médica atentava para a sobrevivência e o aperfeiçoamento das crianças e a mãe era figura a cumprir a tarefa de zelar por esses pontos. Firmaram-se então pressupostos biológicos que ligavam de forma inextricável a mulher ao lugar de mãe. Com isso, a lógica científica naturalizou a dominação sofrida pela mulher e orientou um programa político que bloqueava outras maneiras de inscrição social do feminino. Contudo, o próprio liberalismo e sua ideia de igualdade colocava questões para essa versão médica da história. Uma delas era a educação das mulheres para assumirem empreendimento tão fundamental. Esculpindo um perfil mais dócil e sensato para elas, a sociedade patriarcal conseguiu domesticar suas ambições e desejos, educando-as para bem cumprir os encargos do lar. Outro ponto importante era a dedicação exclusiva à função doméstica, que impedia a circulação pelo espaço público na condição de cidadã. A ideia iluminista de direitos universais e igualdade não condizia com a restrição da vida política das mulheres e com as diferenças sociais entre os gêneros. O discurso médico naturalizante foi o único capaz de promover o entrelaçamento inarredável entre sexo feminino e maternidade até feministas começarem a desatar este forte nó. Agora, com o Winnicott de Loparic, voltamos ao estágio em que "a ordem social, em particular a família, emerge em larga medida das tendências rumo à organização em uma personalidade individual. O pai, protegendo a mãe nos estágios iniciais do amadurecimento da criança, possibilita a esta suportar a culpa de seu uso excitado da mãe e, assim, ficar livre para amá-la instintivamente –sendo que os instintos, no início, não são genitais, mas relacionados à digestão". Retiramos de cena o erotismo inerente ao início da vida, restituímos à mãe o lugar de cuidado quase integral da criança e ao pai devolvemos, finalmente, o lugar de retaguarda para os impasses da maternidade. Décadas de luta feminista lançadas ao lixo por uma teoria "revolucionária" que devolve à mãe o seu "devido lugar". Nessa vertente, naturaliza-se a família, a mãe, o pai e a criança. Nada parece ser parte da história e das distorções em relação a esses lugares "naturais". No entanto, a escolha pela maternidade não significa ser simplesmente "suficientemente boa", como queria Winnicott. Ser mãe, nos dias atuais, ainda significa lutar pela divisão mais justa do trabalho na criação dos filhos, seja a batalha empreendida com a figura paterna –ocupada por seja lá quem for, já que a fantasia erótica vai longe–, seja ela em espaços sociais que deem à mulher condições de sustentar também seus outros desejos. Com a versão da "mãe suficientemente boa" do psicanalista inglês, acentuada na pena revolucionária de Loparic, voltamos à naturalização dos lugares subjetivos da maternidade, e o amadurecimento do bebê aparece de forma absolutamente dependente das tarefas empreendidas pela mãe –mesmo quando as fases são de independência relativa, torna-se tarefa da mãe não se mostrar disponível. Outro ponto regressivo nesse viés psicanalítico é a tendência ao amadurecimento como possibilidade de integração do sujeito –grande parte disso, vale lembrar, mais uma vez nas costas da "mãe suficientemente boa". Em Freud tínhamos um sujeito dividido por seu desejo, sem qualquer promessa de integralidade. Desejo recalcado no mesmo passo em que se dá a entrada na cultura. O processo civilizatório exige de cada um de nós renúncias de prazer e agressividade insubornáveis. Desejo, nesse sentido, é resistência face a opressão civilizatória, que coloca a falta numa dada configuração formal. Nas tintas de Loparic, porém, o desejo da mãe desaparece e o da criança se torna mera necessidade. Única existência da mãe é a de cuidar de um ser natural –o animal humano, que é a criança– de forma a permitir a integralidade desse indivíduo. Contra tal "revolução", porém, sugiro apenas uma ida ao cinema. O filme "De Amor e Trevas", agora em cartaz, foi baseado no romance de Amos Oz e dirigido por Natalie Portman. Trata-se de mais um delicado exemplo do que ocorre com "mães suficientemente boas" –ou a mãe de um dos maiores escritores contemporâneos não teria cumprido bem sua função? Ao final do filme, percebemos como o autor israelense foi capaz de compreender profundamente os dramas vividos por sua mãe. Mas Winnicott e autores revolucionários parecem insistir na cegueira acerca do feminino e esquecer a atualidade da velha pergunta formulada por Freud: "Afinal, o que quer uma mulher?". ALESSANDRA AFFORTUNATI MARTINS PARENTE, 40, é psicanalista e doutora em psicologia social pela USP.
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Vazamento bloqueia rua e deixa 1.900 sem gás na zona norte de SP; veja vídeo
Um vazamento de gás provocou a interdição completa de uma rua em Santana, na zona norte de São Paulo. De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a rua Damiana da Cunha está interditada nos dois sentidos desde as 10h05, quando ocorreu um vazamento de gás na altura do número 172. A Comgás informou que o vazamento ocorreu após uma perfuração em uma tubulação por volta das 9h40. Durante o vazamento, houve princípios de incêndio no local que foi controlado pelos bombeiros. Três válvulas foram fechadas afetando cerca de 1.900 pessoas com a falta de gás. Não há previsão de normalização da rede. A tubulação foi danificada pelo Consórcio Nova Norte, uma empresa terceirizada da Sabesp. Em nota, a Sabesp informou que durante a execução de obra de esgoto, em Santana, uma "equipe da companhia danificou uma rede da Comgás, que foi acionada imediatamente, assim como o Corpo de Bombeiros, que tomaram as medidas pertinentes e que não houve vítimas". A Comgás informa que a área está isolada e que funcionários da empresa trabalham no local. Agentes da CET estão no local para orientar os motoristas que trafegam pela região. O vídeo abaixo foi enviado à Folha pelo leitor Felipe Marques via WhasApp. Veja vídeo
cotidiano
Vazamento bloqueia rua e deixa 1.900 sem gás na zona norte de SP; veja vídeoUm vazamento de gás provocou a interdição completa de uma rua em Santana, na zona norte de São Paulo. De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a rua Damiana da Cunha está interditada nos dois sentidos desde as 10h05, quando ocorreu um vazamento de gás na altura do número 172. A Comgás informou que o vazamento ocorreu após uma perfuração em uma tubulação por volta das 9h40. Durante o vazamento, houve princípios de incêndio no local que foi controlado pelos bombeiros. Três válvulas foram fechadas afetando cerca de 1.900 pessoas com a falta de gás. Não há previsão de normalização da rede. A tubulação foi danificada pelo Consórcio Nova Norte, uma empresa terceirizada da Sabesp. Em nota, a Sabesp informou que durante a execução de obra de esgoto, em Santana, uma "equipe da companhia danificou uma rede da Comgás, que foi acionada imediatamente, assim como o Corpo de Bombeiros, que tomaram as medidas pertinentes e que não houve vítimas". A Comgás informa que a área está isolada e que funcionários da empresa trabalham no local. Agentes da CET estão no local para orientar os motoristas que trafegam pela região. O vídeo abaixo foi enviado à Folha pelo leitor Felipe Marques via WhasApp. Veja vídeo
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Luis Fabiano se despede e diz que 100% dos torcedores sentirão sua falta
Com o contrato chegando ao fim, Luis Fabiano deu entrevista emocionada em tom de despedida nesta sexta-feira (27)."Foi bom enquanto durou", disse. O atacante disse que lhe faltou um título de expressão pelo São Paulo, mas afirmou que a torcida irá sentir sua falta. "Daqui algum tempo, tenho certeza de que 100% dos torcedores vão sentir saudade", disse. O atacante contou que gostaria de encerrar a carreira no São Paulo, mas que o clube "já teve tempo suficiente" para renovar seu contrato e que agora é hora de "pensar no futuro". Ele afirmou entender a posição da diretoria, e falou sobre o ano conturbado dentro do clube. "Entendo o lado do clube, foi um ano muito conturbado, um ano problemático, com coisas atípicas durante o ano", disse "Até hoje a gente vê que não tem um planejamento para o ano que vem, não sabe quem será o técnico. Tudo isso é de se entender". Sobre seu futuro, Luis Fabiano afirmou que ainda não há nada definido e que está focado para as duas partidas que podem garantir a vaga do São Paulo na Libertadores da próxima temporada. "Tenho uma pequena ideia do que pretendo fazer. Dependendo do que acontecer amanhã, vou encaminhar meu destino. Se não aparecer nada novo, já tenho um rumo para a minha carreira", disse. O atacante também demonstrou o carinho pelo clube e disse que leva o São Paulo no coração. "Muitos gostam de um clube e jogam no outro. Eu tive a felicidade de só jogar no clube que passei a amar". ARTILHARIA Luis Fabiano é o terceiro maior artilheiro da história do São Paulo, com 211 gols em 349 jogos. O atacante disse que chegou a sonhar que passaria Serginho Chulapa na artilharia histórica do clube mas "não foi possível". Chulapa tem 242 gols com a camisa tricolor. Luis Fabiano jogou pelo São Paulo de 2002 a 2004, e, após passagem pelo futebol europeu, retornou ao clube em 2011.
esporte
Luis Fabiano se despede e diz que 100% dos torcedores sentirão sua faltaCom o contrato chegando ao fim, Luis Fabiano deu entrevista emocionada em tom de despedida nesta sexta-feira (27)."Foi bom enquanto durou", disse. O atacante disse que lhe faltou um título de expressão pelo São Paulo, mas afirmou que a torcida irá sentir sua falta. "Daqui algum tempo, tenho certeza de que 100% dos torcedores vão sentir saudade", disse. O atacante contou que gostaria de encerrar a carreira no São Paulo, mas que o clube "já teve tempo suficiente" para renovar seu contrato e que agora é hora de "pensar no futuro". Ele afirmou entender a posição da diretoria, e falou sobre o ano conturbado dentro do clube. "Entendo o lado do clube, foi um ano muito conturbado, um ano problemático, com coisas atípicas durante o ano", disse "Até hoje a gente vê que não tem um planejamento para o ano que vem, não sabe quem será o técnico. Tudo isso é de se entender". Sobre seu futuro, Luis Fabiano afirmou que ainda não há nada definido e que está focado para as duas partidas que podem garantir a vaga do São Paulo na Libertadores da próxima temporada. "Tenho uma pequena ideia do que pretendo fazer. Dependendo do que acontecer amanhã, vou encaminhar meu destino. Se não aparecer nada novo, já tenho um rumo para a minha carreira", disse. O atacante também demonstrou o carinho pelo clube e disse que leva o São Paulo no coração. "Muitos gostam de um clube e jogam no outro. Eu tive a felicidade de só jogar no clube que passei a amar". ARTILHARIA Luis Fabiano é o terceiro maior artilheiro da história do São Paulo, com 211 gols em 349 jogos. O atacante disse que chegou a sonhar que passaria Serginho Chulapa na artilharia histórica do clube mas "não foi possível". Chulapa tem 242 gols com a camisa tricolor. Luis Fabiano jogou pelo São Paulo de 2002 a 2004, e, após passagem pelo futebol europeu, retornou ao clube em 2011.
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Empresa química planeja nova fábrica em Uberaba
A Sabará Químicos, do grupo dono da marca Beraca, de matérias-primas para os setores de beleza, nutrição e saúde, pretende construir uma fábrica em Uberaba, no Triângulo Mineiro. A unidade será destinada à produção de insumos químicos utilizados em sistemas de tratamento de água e saneamento básico. O projeto prevê aporte de aproximadamente R$ 300 milhões, segundo dados apresentados pela empresa a representantes do governo local em reunião na semana passada, em São Paulo. Químicos A companhia confirmou, por meio de nota, o encontro e as negociações envolvendo o empreendimento. A área que deverá receber a fábrica fica em um distrito industrial onde já operam a unidade de fertilizantes da Vale e a americana FMC, de defensivos agrícolas, entre outras companhias. "É um parque exclusivo para indústrias com atividades no setor químico, distante da área urbana do município por causa do perfil [das empresas]", afirma o prefeito de Uberaba, Paulo Piau. No segmento de saneamento, a Beraca também atua com tratamento de águas industriais. Uma das áreas atendidas é a de usinas de açúcar e álcool, setor com forte presença no Triângulo Mineiro e em regiões paulistas próximas a Uberaba. A empresa tem hoje sete unidades em cinco Estados do país. A companhia não informou a previsão de início das obras nem o cronograma de implantação em Minas. * Grupo de supermercados de SC investirá R$ 150 milhões A rede de supermercados Koch, que atua no litoral do norte de Santa Catarina, investirá cerca de R$ 150 milhões na construção e na reforma de lojas. Serão três unidades novas –uma em Camboriú, uma em Porto Belo e outra cuja localidade ainda não foi definida. A empresa estuda a possibilidade de fazer dessa última um atacarejo. "O momento econômico que vivemos favorece esse modelo de empreendimento, já que a procura por produtos mais baratos está maior", afirma o presidente da rede, José Koch. "Quem abriu atacarejo nos últimos tempos está crescendo mais do que quem não entrou no segmento", diz. Cada novo supermercado demandará entre R$ 30 milhões e R$ 35 milhões. Nas reformas, serão destinados cerca de R$ 10 milhões para cada ponto. Por enquanto, foram definidas quatro lojas que passarão por obras (duas em Itapema, uma em Camboriú e outra em Tijucas). "Estamos investindo com cautela. Não podemos parar. Por isso, estamos trabalhando com projetos de longo prazo. O Brasil voltará a crescer nos próximos anos." R$ 467 milhões foi o faturamento da rede no ano passado 24% é o crescimento projetado para 2015 11 são as lojas em operação, nas quais trabalham 1.650 pessoas * Moda reciclável O aumento das tarifas de energia elétrica no país estimulou a participação de consumidores em programas de troca de materiais recicláveis por descontos na fatura no primeiro semestre deste ano. Na AES Eletropaulo, o volume de novos inscritos alcançou 2.013 clientes em julho deste ano, 435% a mais que o registrado no mesmo mês de 2014. "Acreditamos que o número de interessados e de material coletado devem crescer mais até o final do ano, pois as pessoas estão buscando alternativas para honrar com suas despesas", afirma Luciana Alvarez, da AES Brasil. Nos programas de descontos do grupo Neoenergia, que detém as distribuidoras Coelba (BA), Celpe (PE) e Cosern (RN), foram cadastrados 487 novos clientes em junho deste ano, alta de 368% no volume de clientes cadastrados em relação a junho de 2014. No Grupo Enel Brasil, que atua no Rio de Janeiro e no Ceará, o volume de beneficiados do programa aumentou 11% em julho, ante o mesmo mês do ano passado, e chegou a 4.388 novos cadastros. 103 foi o volume, em toneladas, de materiais reciclados coletados nos nove pontos da AES Eletropaulo em julho deste ano * Casa... A Herman Miller, multinacional americana de móveis para escritórios, abrirá neste mês seu primeiro showroom na América do Sul. ...latina A unidade ficará em São Paulo, próxima ao parque Ibirapuera. Exame... A Clínica São Vicente, do Rio de Janeiro, acaba de investir R$ 7 milhões na aquisição de um equipamento de ressonância magnética. ...em dia O hospital, localizada na Gávea, na zona sul da cidade, tem hoje 97 leitos. * Hora do café com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI
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Empresa química planeja nova fábrica em UberabaA Sabará Químicos, do grupo dono da marca Beraca, de matérias-primas para os setores de beleza, nutrição e saúde, pretende construir uma fábrica em Uberaba, no Triângulo Mineiro. A unidade será destinada à produção de insumos químicos utilizados em sistemas de tratamento de água e saneamento básico. O projeto prevê aporte de aproximadamente R$ 300 milhões, segundo dados apresentados pela empresa a representantes do governo local em reunião na semana passada, em São Paulo. Químicos A companhia confirmou, por meio de nota, o encontro e as negociações envolvendo o empreendimento. A área que deverá receber a fábrica fica em um distrito industrial onde já operam a unidade de fertilizantes da Vale e a americana FMC, de defensivos agrícolas, entre outras companhias. "É um parque exclusivo para indústrias com atividades no setor químico, distante da área urbana do município por causa do perfil [das empresas]", afirma o prefeito de Uberaba, Paulo Piau. No segmento de saneamento, a Beraca também atua com tratamento de águas industriais. Uma das áreas atendidas é a de usinas de açúcar e álcool, setor com forte presença no Triângulo Mineiro e em regiões paulistas próximas a Uberaba. A empresa tem hoje sete unidades em cinco Estados do país. A companhia não informou a previsão de início das obras nem o cronograma de implantação em Minas. * Grupo de supermercados de SC investirá R$ 150 milhões A rede de supermercados Koch, que atua no litoral do norte de Santa Catarina, investirá cerca de R$ 150 milhões na construção e na reforma de lojas. Serão três unidades novas –uma em Camboriú, uma em Porto Belo e outra cuja localidade ainda não foi definida. A empresa estuda a possibilidade de fazer dessa última um atacarejo. "O momento econômico que vivemos favorece esse modelo de empreendimento, já que a procura por produtos mais baratos está maior", afirma o presidente da rede, José Koch. "Quem abriu atacarejo nos últimos tempos está crescendo mais do que quem não entrou no segmento", diz. Cada novo supermercado demandará entre R$ 30 milhões e R$ 35 milhões. Nas reformas, serão destinados cerca de R$ 10 milhões para cada ponto. Por enquanto, foram definidas quatro lojas que passarão por obras (duas em Itapema, uma em Camboriú e outra em Tijucas). "Estamos investindo com cautela. Não podemos parar. Por isso, estamos trabalhando com projetos de longo prazo. O Brasil voltará a crescer nos próximos anos." R$ 467 milhões foi o faturamento da rede no ano passado 24% é o crescimento projetado para 2015 11 são as lojas em operação, nas quais trabalham 1.650 pessoas * Moda reciclável O aumento das tarifas de energia elétrica no país estimulou a participação de consumidores em programas de troca de materiais recicláveis por descontos na fatura no primeiro semestre deste ano. Na AES Eletropaulo, o volume de novos inscritos alcançou 2.013 clientes em julho deste ano, 435% a mais que o registrado no mesmo mês de 2014. "Acreditamos que o número de interessados e de material coletado devem crescer mais até o final do ano, pois as pessoas estão buscando alternativas para honrar com suas despesas", afirma Luciana Alvarez, da AES Brasil. Nos programas de descontos do grupo Neoenergia, que detém as distribuidoras Coelba (BA), Celpe (PE) e Cosern (RN), foram cadastrados 487 novos clientes em junho deste ano, alta de 368% no volume de clientes cadastrados em relação a junho de 2014. No Grupo Enel Brasil, que atua no Rio de Janeiro e no Ceará, o volume de beneficiados do programa aumentou 11% em julho, ante o mesmo mês do ano passado, e chegou a 4.388 novos cadastros. 103 foi o volume, em toneladas, de materiais reciclados coletados nos nove pontos da AES Eletropaulo em julho deste ano * Casa... A Herman Miller, multinacional americana de móveis para escritórios, abrirá neste mês seu primeiro showroom na América do Sul. ...latina A unidade ficará em São Paulo, próxima ao parque Ibirapuera. Exame... A Clínica São Vicente, do Rio de Janeiro, acaba de investir R$ 7 milhões na aquisição de um equipamento de ressonância magnética. ...em dia O hospital, localizada na Gávea, na zona sul da cidade, tem hoje 97 leitos. * Hora do café com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI
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TSE precisa resguardar a democracia ao julgar a chapa Dilma-Temer
RESUMO Para analisar o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE, que será realizado nesta terça (6), autor relembra o histórico recente do Judiciário diante da Lava Jato, de um lado, e do impeachment de Dilma, de outro. Argumenta que, quando se trata de proteger a integridade da democracia, os tribunais não podem ser omissos. O sucesso de um regime democrático, e mesmo a sua sobrevivência, está diretamente associado à adesão dos principais atores políticos, sociais e institucionais às regras e aos princípios definidos por um pacto constitucional. Por esse motivo, a primeira função de uma Constituição democrática é estabelecer normas e procedimentos que balizem a competição eleitoral e limitem a ação dos governantes, de forma que não abusem do poder que lhes foi delegado. É preciso ter essas considerações em mente ao analisar o crescente protagonismo do Judiciário, pois a ele tem cabido papel fundamental na proteção das regras do jogo democrático. Por não serem eleitos, magistrados não devem agir politicamente. Sua autoridade deriva da capacidade de justificar suas decisões como consequência clara do que está previsto na lei e, em especial, na Constituição. A maior contribuição que os tribunais podem dar, sobretudo em momentos de crise, é proteger a integridade do processo democrático, assim como os direitos que lhe são constitutivos. Nos últimos anos, a Operação Lava Jato, dada sua dimensão, seus métodos e seus resultados, bem como a notoriedade de muitos de seus investigados, proporcionou exposição de promotores e magistrados jamais vista por aqui. O Supremo Tribunal Federal (STF), num intervalo de tempo maior, declarou inconstitucionais diversas leis e mesmo emendas à Constituição aprovadas pelo Congresso, monitorou o processo de impeachment de dois presidentes da República e determinou o afastamento ou a prisão de parlamentares acusados de participação em esquemas criminosos. São decisões tomadas dentro de sua vasta área de atuação, mas que ainda assim geram atrito com os outros Poderes. Não se trata de fenômeno restrito ao Brasil. Com a deterioração de partidos ou Parlamentos e a ascensão de líderes populistas ou autocráticos, cortes têm sido cada vez mais chamadas a interferir na vida política de democracias jovens e velhas, como escreve o americano Samuel Issacharoff, em "Fragile Democracies: Contested Power in the Era of Constitutional Courts" (Cambridge University Press; democracias frágeis: poder contestado na era das cortes constitucionais). Na eleição presidencial dos EUA no ano 2000, por exemplo, coube à Suprema Corte decidir o pleito, dando a vitória a George W. Bush sobre Al Gore. Agora, tribunais federais norte-americanos têm sido cruciais para o controle da legalidade dos atos de Donald Trump. Na Colômbia, em 2010, a Corte Constitucional impediu a realização de consulta popular que facultaria a Álvaro Uribe disputar um terceiro mandato presidencial. Em alguns casos, a atuação dos magistrados enfrenta resistência. Na Turquia de Recep Erdogan, centenas de juízes terminaram presos; na Rússia, ao tempo de Boris Iéltsin, a Corte Constitucional foi liquidada (e não será surpresa se Vladimir Putin imitar tais passos); na Venezuela chavista, o Tribunal Supremo passou a ser objeto de manipulação constante. ESCALADA DE TENSÃO Não é fácil saber quando há espaço para que as cortes exerçam sua jurisdição na proteção da democracia e do Estado de Direito sem o risco de serem dizimadas ou transformadas em órgãos subservientes, por força de novas nomeações. Como regra, para os tribunais, fazer intervenções profundas no sistema político tem custo maior do que apenas policiar pequenas violações, na tentativa de evitar que elas se transformem num grande problema –quando esse se instala, contudo, como no caso com o qual se depara o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o custo de não intervir pode ser ainda mais elevado. O fato é que, nesse jogo, os tribunais sempre sofrerão contestação por parte daqueles que se sentem ameaçados, sobretudo quando a validade de suas decisões puder ser juridicamente combatida, e a imparcialidade de seus magistrados, publicamente questionada. É nesse contexto de escalada da tensão que se avizinha o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE. Esse processo peculiar, que teve início despretensioso e se tornou robusto ao longo do tempo, não pode ser compreendido sem que se levem em conta as demais interações do aparato judicial com o sistema político –com destaque para a Lava Jato e o impeachment. A análise desses casos ajudará a compreender as razões que levaram o Judiciário a adotar dois comportamentos quase opostos. No contexto da Lava Jato, sobressai a veemência, quando não o ativismo, ao investigar, processar e julgar acusações de corrupção; no impeachment de Dilma, prevaleceu a deferência ao Legislativo, limitando-se o STF a proteger a integridade do julgamento encabeçado pelo Congresso, sem questionar seus resultados. O objetivo neste artigo não é predizer o desfecho do julgamento no TSE, mas ponderar qual seria a atitude institucional mais defensável a ser assumida pela corte eleitoral neste momento de crise política aguda e subversão do processo democrático brasileiro. A LAVA JATO Iniciada há cerca de três anos, a Operação Lava Jato, embora tenha derivado de um caso quase fortuito –a prisão do doleiro Alberto Youssef–, não é obra do acaso nem feito exclusivo de um grupo de super-heróis. É produto de uma estrutura regulatória e de uma arquitetura institucional que, com defeitos e qualidades, vêm sendo moldadas a partir da Constituição de 1988, como salienta Theo Dias, advogado que defende a Odebrecht. A incorporação do instituto da delação premiada alterou de modo significativo o poder de investigar e responsabilizar quem participa de organizações criminosas. Sem essa ferramenta, dificilmente a Lava Jato teria conseguido conhecer as entranhas do esquema de corrupção que corroeu a política. A operação também vem sendo muito efetiva graças à apropriação de instrumentos modernos de investigação por uma nova geração de juízes, procuradores e policiais, com sofisticada capacitação técnica e autonomia institucional. Os investigadores da Lava Jato passaram a fazer uso sistemático de interceptações telefônicas, buscas e apreensões, quebra de sigilo bancário e, mais recentemente, ações controladas. Esse conjunto alterou os parâmetros da apuração criminal no Brasil. Por outro lado, é indispensável reconhecer que a Lava Jato maximizou seus resultados graças à decretação de centenas de prisões processuais e conduções coercitivas. Essas iniciativas, que deveriam ser utilizadas apenas de forma excepcional, quando a liberdade do acusado representasse risco para a integridade do processo, passaram a integrar o repertório ordinário da operação. Sem conhecer cada um dos processos, é difícil dizer se os pressupostos legais estavam presentes em todas essas prisões provisórias. Importa destacar, no entanto, que o enrijecimento penal visto em Curitiba foi sistematicamente referendado pelas demais instâncias do Judiciário, inclusive por magistrados de tradição liberal dentro do próprio STF. Além dessas novas táticas processuais e de investigação, a mudança da orientação do Supremo, que passou a autorizar a execução provisória da pena após decisão de segundo grau, foi o ponto de inflexão a incentivar um grande número de acordos de colaboração premiada. Com o fim da "interminabilidade" do processo e sem a possibilidade de o réu recorrer "ad eternum" em liberdade, alterou-se a direção dos incentivos. POLÊMICAS Essa decisão, embora pareça a mais sensata –inclusive do ponto de vista do sistema internacional dos direitos humanos, que prevê garantia apenas do duplo grau de jurisdição–, tornou-se polêmica porque a Constituição assegura "que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". O trânsito em julgado só ocorre quando não há mais recurso possível. Sem esse alinhamento entre as diversas instâncias do Judiciário, não se teria chegado aos resultados surpreendentes obtidos pela Lava Jato, sobretudo quando se considera o histórico de impunidade daqueles que detêm poder e recursos financeiros no Brasil. É preciso destacar ainda que os protagonistas da operação fizeram uso ostensivo de estratégias de comunicação para obter apoio público às investigações. Apesar de serem heterodoxas, tais ações não podem ser frontalmente criticadas quando utilizadas pelo Ministério Publico dentro dos limites da legalidade. O problema surge quando os vazamentos se transformam em estratégia de informação. Por sua vez, a crítica à suposta parcialidade das investigações vem sendo matizada graças ao avanço sobre outros grupos políticos. Hoje, fica evidente a abrangência "ampla, geral e irrestrita". Encontram-se sob investigação nada menos do que quatro ex-presidentes (José Sarney, Fernando Collor, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff), um candidato a presidente (Aécio Neves) e um presidente em exercício (Michel Temer). Isso sem falar no cerco inédito a parlamentares de inúmeras legendas e a empresários dos círculos mais poderosos. Se a Lava Jato inaugurou novo capítulo na história do combate à corrupção, ela também aponta para fragilidades jurídicas e institucionais. Nesse campo, terminaram expostas deficiências nos mecanismos que deveriam prevenir crimes contra a administração pública. Impõe-se um amplo trabalho de reforma voltado a: a) fortalecer o sistema de governança empresarial, pública e privada, com a adoção de mecanismos rígidos de "compliance"; b) promover maior transparência e competitividade nas contratações públicas, inclusive com a presença de empresas estrangeiras, para reduzir o impacto de um mercado cartelizado; c) reduzir os entraves burocráticos e regulatórios que criam oportunidades para arranjos espúrios; d) aprimorar os sistemas bancário e administrativo de controle da lavagem de dinheiro; e) dar mais transparência aos mecanismos de promoção de incentivos fiscais que são utilizados para obtenção, como moeda de troca, de doações de campanha ou mera corrupção. Ao desvendar o enorme esquema de corrupção na Petrobras, a Lava Jato também abriu espaço para que se percebesse a assombrosa fragilidade da democracia brasileira, contaminada por uma relação promíscua e parasitária entre atores públicos e privados, que manipulam o sistema político-eleitoral, convertido em balcão de negócios. Licitações fraudulentas para obras e serviços públicos, medidas provisórias sob encomenda, isenções fiscais ou acesso a empréstimos de bancos estatais converteram-se em contrapartidas de pagamentos realizados a pretexto de contribuição eleitoral. O IMPEACHMENT Essa realidade, que foi sendo paulatinamente desvendada pela Lava Jato, contribuiu para que crescesse o movimento de oposição a Dilma. Não se pode negar que as grandes manifestações em todo o país estimularam deputados e senadores a levar adiante o duro processo de impeachment, até hoje contestado pelos partidários da ex-presidente. Como no caso de Collor, todos os passos da ação conduzida pelo Congresso foram acompanhados de perto pelo Supremo. Após cada movimento do então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, aliados de Dilma preparavam um recurso judicial. A própria admissão do pedido de impeachment foi questionada no STF. Eram dois os argumentos. Primeiro, afirmava-se que não havia justa causa para instaurar o processo. Em segundo lugar, sustentava-se que a iniciativa de Cunha era inválida; sua única finalidade seria vingar-se da petista, que retirou o apoio que seu partido dava ao deputado fluminense no Conselho de Ética da Câmara. O Supremo, também como à época de Collor, limitou-se a deliberar sobre a integridade do procedimento fixado pelos parlamentares. É evidente que o processo tinha máculas, decorrentes da condução de Cunha. Porém, quando a base de sustentação do governo trocou de lado, unindo-se à oposição, Dilma ficou sozinha. A incapacidade da ex-presidente de manter apoio no Parlamento facilitou a condenação. Dada a abertura das normas que regulam o crime de responsabilidade, bem como a autoridade designada pela Constituição para processar e julgar o presidente, o STF evitou analisar o mérito da questão, reafirmando a natureza predominantemente política do impeachment no Brasil –ainda que devam ser respeitados contornos jurídicos. Ao agir dessa maneira, o Supremo contribuiu para transformar o impeachment numa espécie de voto de desconfiança em nosso regime presidencialista. Para os apoiadores de Dilma, no entanto, a complacência da corte apenas legitimou um golpe parlamentar. O STF manteve a mesma deferência em relação à decisão do Senado de não aplicar a Dilma a pena de suspensão dos direitos políticos –afinal, cabia aos senadores dar a última palavra no julgamento. NOVA COMPOSIÇÃO Difícil saber qual será a atitude do Supremo quando chegar o momento de processar e julgar deputados e senadores. Dada a mudança na composição do tribunal desde o julgamento do mensalão, os precedentes formados naquele momento não necessariamente guiarão as novas decisões. Ao mesmo tempo, deve-se considerar que as alterações na segunda turma deixaram o relator da Lava Jato, ministro Edson Fachin, em posição de desvantagem numérica. Prova disso foram os três habeas corpus contra decisões de Sergio Moro concedidos nas últimas semanas. Por fim, cumpre verificar a atitude do STF quando analisou pedidos de afastamento de parlamentares acossados pela Lava Jato. No caso mais midiático, julgado ainda com a presença do ministro Teori Zavascki, a corte decidiu afastar Eduardo Cunha, sob o argumento de que ele obstruía a atuação do Conselho de Ética. Para os críticos, a decisão abriu um precedente perigoso, na medida em que a Constituição abriga apenas a hipótese de afastamento de congressista após trânsito em julgado de sentença condenatória. Para Teori, ao manipular o Conselho de Ética, Cunha não deixou alternativa ao tribunal. O uso dos poderes cautelares era necessário para garantir que não se inviabilizasse o processo parlamentar. Esse mesmo precedente, aplicado ao senador Aécio Neves sem resistência por parte do Senado, foi flagrantemente descumprido quando o Supremo, por decisão individual, determinou o afastamento do senador Renan Calheiros. Em resumo, o STF agiu durante o julgamento de Dilma com a deferência assumida no processo de Collor. Fez isso por entender que a Constituição deixa claro que, no caso de impeachment, a palavra final cabe a políticos, não a juízes. Diante da Operação Lava Jato, no entanto, o Supremo (em sua composição anterior) agiu de forma resoluta com o propósito de assegurar a eficácia das decisões formuladas em Curitiba, seja ao manter prisões processuais decretadas por Sergio Moro, seja ao revisitar sua jurisprudência, permitindo a execução provisória da pena após decisão de segunda instância. TSE Com a aproximação do julgamento da chapa Dilma-Temer, surge a pergunta legítima sobre como deverá se comportar o TSE, a quem foi atribuída a responsabilidade de proteger o processo democrático, com autoridade para impugnar mandatos conquistados de modo fraudulento. Isso significa, em outras palavras, que o presidente da República pode perder seu mandato por força de uma sentença judicial. Esse processo diz muito sobre as fragilidades de nosso sistema representativo. Ainda em 2014, a coligação de Aécio Neves propôs duas ações de investigação para apurar abusos de poder econômico por parte da chapa Dilma-Temer. As acusações não eram suficientes para revogar um mandato popular, muito menos as provas a princípio apresentadas. Outras duas ações foram apresentadas no início de 2015. Esse processo guarda inúmeras ironias. Com o impeachment de Dilma, os interesses de Aécio mudaram por completo –e a ação no TSE passou a constituir um caso bizarro de fogo amigo processual. A segunda ironia está ligada ao fato de que, embora as provas originais fossem frágeis, ao converter o julgamento em diligência, o tribunal abriu a possibilidade de colheita de novas evidências. Essa medida está em conformidade com a legislação, além de ser um procedimento cauteloso voltado a assegurar a busca da verdade real, com o máximo de atualidade, como salienta o professor Luciano Godoy, da FGV. Com isso, abriu-se um canal de comunicação entre o processo da Lava Jato e a ação contra a chapa Dilma-Temer. Também foram autorizados novos depoimentos, muitos deles prestados por delatores que trabalharam muito próximo da campanha PT-PMDB. Com a abundância de informações e provas, a situação jurídica da chapa se complicou. Sobra apenas o argumento moral de que a campanha de Aécio também se utilizou de mecanismos semelhantes de financiamento. Isso, porém, não deve ter qualquer consequência jurídica para o desfecho do caso. Como o TSE tem competência para decidir o destino de mandatos obtidos de forma fraudulenta, não resta dúvida de que a única atitude aceitável é responder com clareza e objetividade se os fatos apurados no relatório do ministro Herman Benjamin configuram alguma das hipóteses de cassação previstas na legislação. Não há espaço para omissão. Se é fato que a crise política deve ser resolvida politicamente, ao Judiciário, nos termos da lei, cumpre proteger a democracia, contribuindo para a desobstrução dos canais de representação, de forma que os cidadãos possam retomar o controle de seu destino político. OSCAR VILHENA VIEIRA, 51, é professor de direito na FGV-SP e colunista da Folha. MANUELA EICHNER, 32, é artista plástica.
ilustrissima
TSE precisa resguardar a democracia ao julgar a chapa Dilma-TemerRESUMO Para analisar o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE, que será realizado nesta terça (6), autor relembra o histórico recente do Judiciário diante da Lava Jato, de um lado, e do impeachment de Dilma, de outro. Argumenta que, quando se trata de proteger a integridade da democracia, os tribunais não podem ser omissos. O sucesso de um regime democrático, e mesmo a sua sobrevivência, está diretamente associado à adesão dos principais atores políticos, sociais e institucionais às regras e aos princípios definidos por um pacto constitucional. Por esse motivo, a primeira função de uma Constituição democrática é estabelecer normas e procedimentos que balizem a competição eleitoral e limitem a ação dos governantes, de forma que não abusem do poder que lhes foi delegado. É preciso ter essas considerações em mente ao analisar o crescente protagonismo do Judiciário, pois a ele tem cabido papel fundamental na proteção das regras do jogo democrático. Por não serem eleitos, magistrados não devem agir politicamente. Sua autoridade deriva da capacidade de justificar suas decisões como consequência clara do que está previsto na lei e, em especial, na Constituição. A maior contribuição que os tribunais podem dar, sobretudo em momentos de crise, é proteger a integridade do processo democrático, assim como os direitos que lhe são constitutivos. Nos últimos anos, a Operação Lava Jato, dada sua dimensão, seus métodos e seus resultados, bem como a notoriedade de muitos de seus investigados, proporcionou exposição de promotores e magistrados jamais vista por aqui. O Supremo Tribunal Federal (STF), num intervalo de tempo maior, declarou inconstitucionais diversas leis e mesmo emendas à Constituição aprovadas pelo Congresso, monitorou o processo de impeachment de dois presidentes da República e determinou o afastamento ou a prisão de parlamentares acusados de participação em esquemas criminosos. São decisões tomadas dentro de sua vasta área de atuação, mas que ainda assim geram atrito com os outros Poderes. Não se trata de fenômeno restrito ao Brasil. Com a deterioração de partidos ou Parlamentos e a ascensão de líderes populistas ou autocráticos, cortes têm sido cada vez mais chamadas a interferir na vida política de democracias jovens e velhas, como escreve o americano Samuel Issacharoff, em "Fragile Democracies: Contested Power in the Era of Constitutional Courts" (Cambridge University Press; democracias frágeis: poder contestado na era das cortes constitucionais). Na eleição presidencial dos EUA no ano 2000, por exemplo, coube à Suprema Corte decidir o pleito, dando a vitória a George W. Bush sobre Al Gore. Agora, tribunais federais norte-americanos têm sido cruciais para o controle da legalidade dos atos de Donald Trump. Na Colômbia, em 2010, a Corte Constitucional impediu a realização de consulta popular que facultaria a Álvaro Uribe disputar um terceiro mandato presidencial. Em alguns casos, a atuação dos magistrados enfrenta resistência. Na Turquia de Recep Erdogan, centenas de juízes terminaram presos; na Rússia, ao tempo de Boris Iéltsin, a Corte Constitucional foi liquidada (e não será surpresa se Vladimir Putin imitar tais passos); na Venezuela chavista, o Tribunal Supremo passou a ser objeto de manipulação constante. ESCALADA DE TENSÃO Não é fácil saber quando há espaço para que as cortes exerçam sua jurisdição na proteção da democracia e do Estado de Direito sem o risco de serem dizimadas ou transformadas em órgãos subservientes, por força de novas nomeações. Como regra, para os tribunais, fazer intervenções profundas no sistema político tem custo maior do que apenas policiar pequenas violações, na tentativa de evitar que elas se transformem num grande problema –quando esse se instala, contudo, como no caso com o qual se depara o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o custo de não intervir pode ser ainda mais elevado. O fato é que, nesse jogo, os tribunais sempre sofrerão contestação por parte daqueles que se sentem ameaçados, sobretudo quando a validade de suas decisões puder ser juridicamente combatida, e a imparcialidade de seus magistrados, publicamente questionada. É nesse contexto de escalada da tensão que se avizinha o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE. Esse processo peculiar, que teve início despretensioso e se tornou robusto ao longo do tempo, não pode ser compreendido sem que se levem em conta as demais interações do aparato judicial com o sistema político –com destaque para a Lava Jato e o impeachment. A análise desses casos ajudará a compreender as razões que levaram o Judiciário a adotar dois comportamentos quase opostos. No contexto da Lava Jato, sobressai a veemência, quando não o ativismo, ao investigar, processar e julgar acusações de corrupção; no impeachment de Dilma, prevaleceu a deferência ao Legislativo, limitando-se o STF a proteger a integridade do julgamento encabeçado pelo Congresso, sem questionar seus resultados. O objetivo neste artigo não é predizer o desfecho do julgamento no TSE, mas ponderar qual seria a atitude institucional mais defensável a ser assumida pela corte eleitoral neste momento de crise política aguda e subversão do processo democrático brasileiro. A LAVA JATO Iniciada há cerca de três anos, a Operação Lava Jato, embora tenha derivado de um caso quase fortuito –a prisão do doleiro Alberto Youssef–, não é obra do acaso nem feito exclusivo de um grupo de super-heróis. É produto de uma estrutura regulatória e de uma arquitetura institucional que, com defeitos e qualidades, vêm sendo moldadas a partir da Constituição de 1988, como salienta Theo Dias, advogado que defende a Odebrecht. A incorporação do instituto da delação premiada alterou de modo significativo o poder de investigar e responsabilizar quem participa de organizações criminosas. Sem essa ferramenta, dificilmente a Lava Jato teria conseguido conhecer as entranhas do esquema de corrupção que corroeu a política. A operação também vem sendo muito efetiva graças à apropriação de instrumentos modernos de investigação por uma nova geração de juízes, procuradores e policiais, com sofisticada capacitação técnica e autonomia institucional. Os investigadores da Lava Jato passaram a fazer uso sistemático de interceptações telefônicas, buscas e apreensões, quebra de sigilo bancário e, mais recentemente, ações controladas. Esse conjunto alterou os parâmetros da apuração criminal no Brasil. Por outro lado, é indispensável reconhecer que a Lava Jato maximizou seus resultados graças à decretação de centenas de prisões processuais e conduções coercitivas. Essas iniciativas, que deveriam ser utilizadas apenas de forma excepcional, quando a liberdade do acusado representasse risco para a integridade do processo, passaram a integrar o repertório ordinário da operação. Sem conhecer cada um dos processos, é difícil dizer se os pressupostos legais estavam presentes em todas essas prisões provisórias. Importa destacar, no entanto, que o enrijecimento penal visto em Curitiba foi sistematicamente referendado pelas demais instâncias do Judiciário, inclusive por magistrados de tradição liberal dentro do próprio STF. Além dessas novas táticas processuais e de investigação, a mudança da orientação do Supremo, que passou a autorizar a execução provisória da pena após decisão de segundo grau, foi o ponto de inflexão a incentivar um grande número de acordos de colaboração premiada. Com o fim da "interminabilidade" do processo e sem a possibilidade de o réu recorrer "ad eternum" em liberdade, alterou-se a direção dos incentivos. POLÊMICAS Essa decisão, embora pareça a mais sensata –inclusive do ponto de vista do sistema internacional dos direitos humanos, que prevê garantia apenas do duplo grau de jurisdição–, tornou-se polêmica porque a Constituição assegura "que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". O trânsito em julgado só ocorre quando não há mais recurso possível. Sem esse alinhamento entre as diversas instâncias do Judiciário, não se teria chegado aos resultados surpreendentes obtidos pela Lava Jato, sobretudo quando se considera o histórico de impunidade daqueles que detêm poder e recursos financeiros no Brasil. É preciso destacar ainda que os protagonistas da operação fizeram uso ostensivo de estratégias de comunicação para obter apoio público às investigações. Apesar de serem heterodoxas, tais ações não podem ser frontalmente criticadas quando utilizadas pelo Ministério Publico dentro dos limites da legalidade. O problema surge quando os vazamentos se transformam em estratégia de informação. Por sua vez, a crítica à suposta parcialidade das investigações vem sendo matizada graças ao avanço sobre outros grupos políticos. Hoje, fica evidente a abrangência "ampla, geral e irrestrita". Encontram-se sob investigação nada menos do que quatro ex-presidentes (José Sarney, Fernando Collor, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff), um candidato a presidente (Aécio Neves) e um presidente em exercício (Michel Temer). Isso sem falar no cerco inédito a parlamentares de inúmeras legendas e a empresários dos círculos mais poderosos. Se a Lava Jato inaugurou novo capítulo na história do combate à corrupção, ela também aponta para fragilidades jurídicas e institucionais. Nesse campo, terminaram expostas deficiências nos mecanismos que deveriam prevenir crimes contra a administração pública. Impõe-se um amplo trabalho de reforma voltado a: a) fortalecer o sistema de governança empresarial, pública e privada, com a adoção de mecanismos rígidos de "compliance"; b) promover maior transparência e competitividade nas contratações públicas, inclusive com a presença de empresas estrangeiras, para reduzir o impacto de um mercado cartelizado; c) reduzir os entraves burocráticos e regulatórios que criam oportunidades para arranjos espúrios; d) aprimorar os sistemas bancário e administrativo de controle da lavagem de dinheiro; e) dar mais transparência aos mecanismos de promoção de incentivos fiscais que são utilizados para obtenção, como moeda de troca, de doações de campanha ou mera corrupção. Ao desvendar o enorme esquema de corrupção na Petrobras, a Lava Jato também abriu espaço para que se percebesse a assombrosa fragilidade da democracia brasileira, contaminada por uma relação promíscua e parasitária entre atores públicos e privados, que manipulam o sistema político-eleitoral, convertido em balcão de negócios. Licitações fraudulentas para obras e serviços públicos, medidas provisórias sob encomenda, isenções fiscais ou acesso a empréstimos de bancos estatais converteram-se em contrapartidas de pagamentos realizados a pretexto de contribuição eleitoral. O IMPEACHMENT Essa realidade, que foi sendo paulatinamente desvendada pela Lava Jato, contribuiu para que crescesse o movimento de oposição a Dilma. Não se pode negar que as grandes manifestações em todo o país estimularam deputados e senadores a levar adiante o duro processo de impeachment, até hoje contestado pelos partidários da ex-presidente. Como no caso de Collor, todos os passos da ação conduzida pelo Congresso foram acompanhados de perto pelo Supremo. Após cada movimento do então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, aliados de Dilma preparavam um recurso judicial. A própria admissão do pedido de impeachment foi questionada no STF. Eram dois os argumentos. Primeiro, afirmava-se que não havia justa causa para instaurar o processo. Em segundo lugar, sustentava-se que a iniciativa de Cunha era inválida; sua única finalidade seria vingar-se da petista, que retirou o apoio que seu partido dava ao deputado fluminense no Conselho de Ética da Câmara. O Supremo, também como à época de Collor, limitou-se a deliberar sobre a integridade do procedimento fixado pelos parlamentares. É evidente que o processo tinha máculas, decorrentes da condução de Cunha. Porém, quando a base de sustentação do governo trocou de lado, unindo-se à oposição, Dilma ficou sozinha. A incapacidade da ex-presidente de manter apoio no Parlamento facilitou a condenação. Dada a abertura das normas que regulam o crime de responsabilidade, bem como a autoridade designada pela Constituição para processar e julgar o presidente, o STF evitou analisar o mérito da questão, reafirmando a natureza predominantemente política do impeachment no Brasil –ainda que devam ser respeitados contornos jurídicos. Ao agir dessa maneira, o Supremo contribuiu para transformar o impeachment numa espécie de voto de desconfiança em nosso regime presidencialista. Para os apoiadores de Dilma, no entanto, a complacência da corte apenas legitimou um golpe parlamentar. O STF manteve a mesma deferência em relação à decisão do Senado de não aplicar a Dilma a pena de suspensão dos direitos políticos –afinal, cabia aos senadores dar a última palavra no julgamento. NOVA COMPOSIÇÃO Difícil saber qual será a atitude do Supremo quando chegar o momento de processar e julgar deputados e senadores. Dada a mudança na composição do tribunal desde o julgamento do mensalão, os precedentes formados naquele momento não necessariamente guiarão as novas decisões. Ao mesmo tempo, deve-se considerar que as alterações na segunda turma deixaram o relator da Lava Jato, ministro Edson Fachin, em posição de desvantagem numérica. Prova disso foram os três habeas corpus contra decisões de Sergio Moro concedidos nas últimas semanas. Por fim, cumpre verificar a atitude do STF quando analisou pedidos de afastamento de parlamentares acossados pela Lava Jato. No caso mais midiático, julgado ainda com a presença do ministro Teori Zavascki, a corte decidiu afastar Eduardo Cunha, sob o argumento de que ele obstruía a atuação do Conselho de Ética. Para os críticos, a decisão abriu um precedente perigoso, na medida em que a Constituição abriga apenas a hipótese de afastamento de congressista após trânsito em julgado de sentença condenatória. Para Teori, ao manipular o Conselho de Ética, Cunha não deixou alternativa ao tribunal. O uso dos poderes cautelares era necessário para garantir que não se inviabilizasse o processo parlamentar. Esse mesmo precedente, aplicado ao senador Aécio Neves sem resistência por parte do Senado, foi flagrantemente descumprido quando o Supremo, por decisão individual, determinou o afastamento do senador Renan Calheiros. Em resumo, o STF agiu durante o julgamento de Dilma com a deferência assumida no processo de Collor. Fez isso por entender que a Constituição deixa claro que, no caso de impeachment, a palavra final cabe a políticos, não a juízes. Diante da Operação Lava Jato, no entanto, o Supremo (em sua composição anterior) agiu de forma resoluta com o propósito de assegurar a eficácia das decisões formuladas em Curitiba, seja ao manter prisões processuais decretadas por Sergio Moro, seja ao revisitar sua jurisprudência, permitindo a execução provisória da pena após decisão de segunda instância. TSE Com a aproximação do julgamento da chapa Dilma-Temer, surge a pergunta legítima sobre como deverá se comportar o TSE, a quem foi atribuída a responsabilidade de proteger o processo democrático, com autoridade para impugnar mandatos conquistados de modo fraudulento. Isso significa, em outras palavras, que o presidente da República pode perder seu mandato por força de uma sentença judicial. Esse processo diz muito sobre as fragilidades de nosso sistema representativo. Ainda em 2014, a coligação de Aécio Neves propôs duas ações de investigação para apurar abusos de poder econômico por parte da chapa Dilma-Temer. As acusações não eram suficientes para revogar um mandato popular, muito menos as provas a princípio apresentadas. Outras duas ações foram apresentadas no início de 2015. Esse processo guarda inúmeras ironias. Com o impeachment de Dilma, os interesses de Aécio mudaram por completo –e a ação no TSE passou a constituir um caso bizarro de fogo amigo processual. A segunda ironia está ligada ao fato de que, embora as provas originais fossem frágeis, ao converter o julgamento em diligência, o tribunal abriu a possibilidade de colheita de novas evidências. Essa medida está em conformidade com a legislação, além de ser um procedimento cauteloso voltado a assegurar a busca da verdade real, com o máximo de atualidade, como salienta o professor Luciano Godoy, da FGV. Com isso, abriu-se um canal de comunicação entre o processo da Lava Jato e a ação contra a chapa Dilma-Temer. Também foram autorizados novos depoimentos, muitos deles prestados por delatores que trabalharam muito próximo da campanha PT-PMDB. Com a abundância de informações e provas, a situação jurídica da chapa se complicou. Sobra apenas o argumento moral de que a campanha de Aécio também se utilizou de mecanismos semelhantes de financiamento. Isso, porém, não deve ter qualquer consequência jurídica para o desfecho do caso. Como o TSE tem competência para decidir o destino de mandatos obtidos de forma fraudulenta, não resta dúvida de que a única atitude aceitável é responder com clareza e objetividade se os fatos apurados no relatório do ministro Herman Benjamin configuram alguma das hipóteses de cassação previstas na legislação. Não há espaço para omissão. Se é fato que a crise política deve ser resolvida politicamente, ao Judiciário, nos termos da lei, cumpre proteger a democracia, contribuindo para a desobstrução dos canais de representação, de forma que os cidadãos possam retomar o controle de seu destino político. OSCAR VILHENA VIEIRA, 51, é professor de direito na FGV-SP e colunista da Folha. MANUELA EICHNER, 32, é artista plástica.
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Doria retira R$ 30 mi de transporte e drenagem para área de privatização
O prefeito João Doria (PSDB) retirou R$ 30 milhões que seriam gastos em obras contra enchente e terminais de ônibus para viabilizar o programa de privatizações. Decreto publicado no "Diário Oficial" da cidade nesta terça-feira (7) prevê a transferência de valores para "serviços de consultoria". Após reportagem da Folha sobre o assunto, a prefeitura afirmou que publicará um novo decreto para deixar claro que o valor irá para o orçamento da Secretaria de Desestatização, criada por Doria. O decreto ocorre no momento em a Câmara de São Paulo discute uma minuta do projeto para o programa de desestatização elaborado pela gestão tucana. A tendência é que o texto seja bastante modificado, segundo a própria administração. Sob o guarda-chuva da nova pasta, estará a nova empresa pública municipal que vai tocar o programa de privatizações, a São Paulo Parcerias, por meio de um contrato de consultoria. Doria pretende privatizar o Anhembi, o autódromo de Interlagos e conceder o estádio do Pacaembu, entre outros equipamentos. O programa de privatizações, excluindo a PPP (parceria público-privada) da iluminação, representa um potencial de R$ 7 bilhões. Segundo o secretário de Finanças, Caio Megale, os R$ 30 milhões transferidos das obras serão usados pagar funcionários vinculados à pasta de Desestatização, contratar assessorias externas e representantes do mercado financeiro –inicialmente, 50% do valor estará congelado, como parte do programa de austeridade de Doria. A maior parte do dinheiro transferido, R$ 24 milhões, sairá da implantação e requalificação de terminais de ônibus. Outros R$ 4 milhões serão retirados de obras de controle de cheias em bacias e córregos. Os R$ 2 milhões restantes eram destinados a parte da construção da ponte Raimundo Pereira de Magalhães, sobre a marginal Tietê, ligando Pirituba (zona norte) e Lapa (oeste). As privatizações são uma aposta de Doria para lidar com a falta de verba da cidade, que dificulta os investimentos em novas obras. PROPAGANDA Segundo o projeto inicial que circula pelos gabinetes de vereadores, os programas de desestatização poderão ocorrer em bens móveis e imóveis, além de serviços municipais. O texto prevê que os espaços que serão objeto de concessão poderão ter exploração publicitária por parte do concessionário, desde que respeitem a lei Cidade Limpa. Os principais equipamentos são o Autódromo de Interlagos e o Anhembi, além dos parques municipais. No setor de serviços, o principal em discussão é o Bilhete Único. Entre os modelos de desestatização estão a concessão total parcial, locação, comodato e permissão de uso. A maior probabilidade é que seja feito um fatiamento das licitações por equipamentos. Sendo assim, espera-se que haja votações separadas de projetos para cada tipo de desestatização. A previsão é que sejam criados fundos para o depósito dos valores obtidos por meio das privatizações, concessões ou PPPs –nesses últimos casos, os contratos poderão ser dissolvidos quando a administração achar viável. Porém, deverá haver pagamento de indenização à empresa. Os valores depositados nos fundos serão usados em áreas sociais (saúde, educação, transporte e habitação). DÍVIDAS* Uma dívida de cerca de R$ 18 bilhões, que deve ser paga até 2020, pressiona a gestão, e coloca em dúvida a capacidade da administração de fazer grandes investimentos na cidade. Estas dívidas, chamadas de precatórios, são pagamentos que o município precisa fazer para atender a ordens judiciais em decorrência de situações como desapropriações, pensões, indenizações por morte, entre outras. Em 2015, o Supremo Tribunal Federal definiu que o poder público precisa quitar até 2020 todas as dívidas já reconhecidas pela Justiça.
cotidiano
Doria retira R$ 30 mi de transporte e drenagem para área de privatizaçãoO prefeito João Doria (PSDB) retirou R$ 30 milhões que seriam gastos em obras contra enchente e terminais de ônibus para viabilizar o programa de privatizações. Decreto publicado no "Diário Oficial" da cidade nesta terça-feira (7) prevê a transferência de valores para "serviços de consultoria". Após reportagem da Folha sobre o assunto, a prefeitura afirmou que publicará um novo decreto para deixar claro que o valor irá para o orçamento da Secretaria de Desestatização, criada por Doria. O decreto ocorre no momento em a Câmara de São Paulo discute uma minuta do projeto para o programa de desestatização elaborado pela gestão tucana. A tendência é que o texto seja bastante modificado, segundo a própria administração. Sob o guarda-chuva da nova pasta, estará a nova empresa pública municipal que vai tocar o programa de privatizações, a São Paulo Parcerias, por meio de um contrato de consultoria. Doria pretende privatizar o Anhembi, o autódromo de Interlagos e conceder o estádio do Pacaembu, entre outros equipamentos. O programa de privatizações, excluindo a PPP (parceria público-privada) da iluminação, representa um potencial de R$ 7 bilhões. Segundo o secretário de Finanças, Caio Megale, os R$ 30 milhões transferidos das obras serão usados pagar funcionários vinculados à pasta de Desestatização, contratar assessorias externas e representantes do mercado financeiro –inicialmente, 50% do valor estará congelado, como parte do programa de austeridade de Doria. A maior parte do dinheiro transferido, R$ 24 milhões, sairá da implantação e requalificação de terminais de ônibus. Outros R$ 4 milhões serão retirados de obras de controle de cheias em bacias e córregos. Os R$ 2 milhões restantes eram destinados a parte da construção da ponte Raimundo Pereira de Magalhães, sobre a marginal Tietê, ligando Pirituba (zona norte) e Lapa (oeste). As privatizações são uma aposta de Doria para lidar com a falta de verba da cidade, que dificulta os investimentos em novas obras. PROPAGANDA Segundo o projeto inicial que circula pelos gabinetes de vereadores, os programas de desestatização poderão ocorrer em bens móveis e imóveis, além de serviços municipais. O texto prevê que os espaços que serão objeto de concessão poderão ter exploração publicitária por parte do concessionário, desde que respeitem a lei Cidade Limpa. Os principais equipamentos são o Autódromo de Interlagos e o Anhembi, além dos parques municipais. No setor de serviços, o principal em discussão é o Bilhete Único. Entre os modelos de desestatização estão a concessão total parcial, locação, comodato e permissão de uso. A maior probabilidade é que seja feito um fatiamento das licitações por equipamentos. Sendo assim, espera-se que haja votações separadas de projetos para cada tipo de desestatização. A previsão é que sejam criados fundos para o depósito dos valores obtidos por meio das privatizações, concessões ou PPPs –nesses últimos casos, os contratos poderão ser dissolvidos quando a administração achar viável. Porém, deverá haver pagamento de indenização à empresa. Os valores depositados nos fundos serão usados em áreas sociais (saúde, educação, transporte e habitação). DÍVIDAS* Uma dívida de cerca de R$ 18 bilhões, que deve ser paga até 2020, pressiona a gestão, e coloca em dúvida a capacidade da administração de fazer grandes investimentos na cidade. Estas dívidas, chamadas de precatórios, são pagamentos que o município precisa fazer para atender a ordens judiciais em decorrência de situações como desapropriações, pensões, indenizações por morte, entre outras. Em 2015, o Supremo Tribunal Federal definiu que o poder público precisa quitar até 2020 todas as dívidas já reconhecidas pela Justiça.
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Sequência ruim e mercado bom fazem Palmeiras planejar troca de técnico
O técnico Oswaldo de Oliveira deve deixar o comando do Palmeiras após a derrota por 2 a 1 para o Figueirense, domingo (7), em Florianópolis (SC). Uma reunião na terça-feira (9), quando o elenco e o treinador voltam de folga, deve sacramentar a troca no comando do time alviverde. A situação de Oswaldo com o presidente Paulo Nobre tem se deteriorado nas últimas semanas devido ao começo ruim da equipe no Campeonato Brasileiro. O Palmeiras somou só seis pontos nas seis primeiras rodadas do Nacional. O time venceu apenas uma vez -o clássico contra o Corinthians e está apenas dois pontos acima da zona de rebaixamento. A sequência de resultados negativos fez o diretor executivo do clube, Alexandre Mattos, afirmar na última quinta (4) que a diretoria estava totalmente ao lado do treinador. Mas a sensação de que o time não está evoluindo com o passar das rodadas desagrada Nobre. Além disso, há no Palmeiras a percepção de que o momento é atual à mudança de treinador devido às opções disponíveis. Marcelo Oliveira, atual bicampeão brasileiro ao lado de Mattos no Cruzeiro, deixou o clube mineiro está desempregado. Cuca, outro nome que agrada ao clube, está de saída do chinês Shandong Luneng.
esporte
Sequência ruim e mercado bom fazem Palmeiras planejar troca de técnicoO técnico Oswaldo de Oliveira deve deixar o comando do Palmeiras após a derrota por 2 a 1 para o Figueirense, domingo (7), em Florianópolis (SC). Uma reunião na terça-feira (9), quando o elenco e o treinador voltam de folga, deve sacramentar a troca no comando do time alviverde. A situação de Oswaldo com o presidente Paulo Nobre tem se deteriorado nas últimas semanas devido ao começo ruim da equipe no Campeonato Brasileiro. O Palmeiras somou só seis pontos nas seis primeiras rodadas do Nacional. O time venceu apenas uma vez -o clássico contra o Corinthians e está apenas dois pontos acima da zona de rebaixamento. A sequência de resultados negativos fez o diretor executivo do clube, Alexandre Mattos, afirmar na última quinta (4) que a diretoria estava totalmente ao lado do treinador. Mas a sensação de que o time não está evoluindo com o passar das rodadas desagrada Nobre. Além disso, há no Palmeiras a percepção de que o momento é atual à mudança de treinador devido às opções disponíveis. Marcelo Oliveira, atual bicampeão brasileiro ao lado de Mattos no Cruzeiro, deixou o clube mineiro está desempregado. Cuca, outro nome que agrada ao clube, está de saída do chinês Shandong Luneng.
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Desencanto amazônico
Com o primeiro turno realizado neste domingo (6), a eleição suplementar para governador do Amazonas mostrou a distância existente entre o desalento do eleitor e a efetiva renovação política. O pleito foi marcado por elevada abstenção: 24% dos votantes registrados não compareceram às urnas, bem mais que os já expressivos 19% de 2014. Entre os que participaram do sufrágio, 16% votaram nulo ou em branco, o dobro do percentual anterior. Ao todo, 849,5 mil amazonenses abriram mão de escolher o governador, contingente não muito inferior ao dos 955,1 mil que optaram pelos candidatos que disputarão o segundo turno –os ex-governadores Amazonino Mendes (PDT) e Eduardo Braga (PMDB). Mesmo sem empolgar o eleitorado, os dois caciques regionais conseguiram mobilizar suas máquinas políticas e ficar à frente dos outros sete adversários. Somados os três mandatos de Amazonino e os dois de Braga, o Estado passou 20 dos últimos 30 anos sob o comando desses ex-aliados. Ambos já governaram também a capital, Manaus. A eleição extemporânea foi motivada pela cassação dos mandatos do governador José Melo (Pros) e de seu vice, Henrique Oliveira (Solidariedade), cuja chapa foi condenada por compra de votos. O próximo mandatário, qualquer que seja, tampouco estará imune a questionamentos quanto a vícios da política nacional. Braga, 56, senador e ex-ministro do governo Dilma Rousseff (PT), responde a um inquérito da Operação Lava Jato. Amazonino, 77, colecionou polêmicas em sua longa carreira –entre elas, foi citado em gravações entre os que compraram votos para a emenda da reeleição, em 1997. No pleito observou-se ainda retrocesso no quesito transparência: alegando prazo insuficiente, a Justiça Eleitoral não divulgou, antes do primeiro turno, a lista dos financiadores de campanha. De mais interessante, mostrou-se a viabilidade de promover eleição direta em caso de vacância no Executivo, mesmo na segunda metade do mandato. Com ou sem renovação, o vencedor terá mais legitimidade do que teria um nome escolhido pelo Legislativo estadual. [email protected]
opiniao
Desencanto amazônicoCom o primeiro turno realizado neste domingo (6), a eleição suplementar para governador do Amazonas mostrou a distância existente entre o desalento do eleitor e a efetiva renovação política. O pleito foi marcado por elevada abstenção: 24% dos votantes registrados não compareceram às urnas, bem mais que os já expressivos 19% de 2014. Entre os que participaram do sufrágio, 16% votaram nulo ou em branco, o dobro do percentual anterior. Ao todo, 849,5 mil amazonenses abriram mão de escolher o governador, contingente não muito inferior ao dos 955,1 mil que optaram pelos candidatos que disputarão o segundo turno –os ex-governadores Amazonino Mendes (PDT) e Eduardo Braga (PMDB). Mesmo sem empolgar o eleitorado, os dois caciques regionais conseguiram mobilizar suas máquinas políticas e ficar à frente dos outros sete adversários. Somados os três mandatos de Amazonino e os dois de Braga, o Estado passou 20 dos últimos 30 anos sob o comando desses ex-aliados. Ambos já governaram também a capital, Manaus. A eleição extemporânea foi motivada pela cassação dos mandatos do governador José Melo (Pros) e de seu vice, Henrique Oliveira (Solidariedade), cuja chapa foi condenada por compra de votos. O próximo mandatário, qualquer que seja, tampouco estará imune a questionamentos quanto a vícios da política nacional. Braga, 56, senador e ex-ministro do governo Dilma Rousseff (PT), responde a um inquérito da Operação Lava Jato. Amazonino, 77, colecionou polêmicas em sua longa carreira –entre elas, foi citado em gravações entre os que compraram votos para a emenda da reeleição, em 1997. No pleito observou-se ainda retrocesso no quesito transparência: alegando prazo insuficiente, a Justiça Eleitoral não divulgou, antes do primeiro turno, a lista dos financiadores de campanha. De mais interessante, mostrou-se a viabilidade de promover eleição direta em caso de vacância no Executivo, mesmo na segunda metade do mandato. Com ou sem renovação, o vencedor terá mais legitimidade do que teria um nome escolhido pelo Legislativo estadual. [email protected]
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Compasso de espera
Em seu relatório trimestral sobre as perspectivas para a inflação, o Banco Central passou mensagem de cautela. Apesar da recente redução no ímpeto das altas de preços, indicou que não espera cortar a taxa de juros (hoje em 14,25%) no curto prazo, a despeito da recessão que se aprofunda. Ainda que o viés seja de corte, é acertado aguardar quando se considera o momento atual de alta incerteza, sobretudo no campo político, cuja resolução certamente afetará a trajetória das variáveis que determinam a inflação. Tome-se a taxa de câmbio, que influencia os preços de produtos sujeitos à concorrência internacional. No fim de fevereiro, a cotação do real em face do dólar flutuou em torno de R$ 4; desde então, caiu para R$ 3,60, valorização de 10% que reduz a ameaça de repasses de itens importados no mercado. Outros fatores que atuam para a redução de pressões inflacionárias são a baixa nos preços dos alimentos –com o fim do efeito climático El Niño–, a menor alta de tarifas públicas e, mais do que todos, a profunda recessão que limita a demanda no setor de serviços. Por essas razões, nas últimas semanas começaram a cair as projeções do mercado financeiro para a inflação. Isso não acontecia desde meados do ano passado, quando o governo federal provocou a disparada do dólar ao abandonar seus compromissos com as metas de economia no Orçamento. A expectativa para o IPCA em 2016 caiu de 7,62% para 7,31% ao longo de março, mas permanece em 6% para o ano que vem. Não é garantido, entretanto, que essa melhora incipiente será mantida. Parte da valorização do real, por exemplo, decorreu de fatores externos, como o adiamento de novas altas de juros nos EUA. A incerteza maior, naturalmente, vem dos gigantescos problemas domésticos. Sem maior clareza no cenário político, não será possível antever o rumo dos gastos públicos, por exemplo, cujo crescimento descontrolado é hoje o principal fator a pressionar a inflação. Quanto a isso, as notícias continuam aterradoras –o deficit público só faz subir, tendo chegado a siderais R$ 125 bilhões (2,1% do PIB) nos últimos 12 meses. Nesse ambiente, o BC abandonou outra de suas expectativas otimistas –não trabalha mais com a hipótese de que a gestão do Orçamento contribuirá para reduzir a inflação, ao menos neste ano. No balanço geral, as projeções do Banco Central continuam a indicar que o IPCA chegará à meta de 4,5% apenas no início de 2018. Para controlar a inflação e criar condições para juros civilizados é preciso colocar um freio no crescimento da dívida pública. É também essa incerteza que hoje paralisa o país. [email protected]
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Compasso de esperaEm seu relatório trimestral sobre as perspectivas para a inflação, o Banco Central passou mensagem de cautela. Apesar da recente redução no ímpeto das altas de preços, indicou que não espera cortar a taxa de juros (hoje em 14,25%) no curto prazo, a despeito da recessão que se aprofunda. Ainda que o viés seja de corte, é acertado aguardar quando se considera o momento atual de alta incerteza, sobretudo no campo político, cuja resolução certamente afetará a trajetória das variáveis que determinam a inflação. Tome-se a taxa de câmbio, que influencia os preços de produtos sujeitos à concorrência internacional. No fim de fevereiro, a cotação do real em face do dólar flutuou em torno de R$ 4; desde então, caiu para R$ 3,60, valorização de 10% que reduz a ameaça de repasses de itens importados no mercado. Outros fatores que atuam para a redução de pressões inflacionárias são a baixa nos preços dos alimentos –com o fim do efeito climático El Niño–, a menor alta de tarifas públicas e, mais do que todos, a profunda recessão que limita a demanda no setor de serviços. Por essas razões, nas últimas semanas começaram a cair as projeções do mercado financeiro para a inflação. Isso não acontecia desde meados do ano passado, quando o governo federal provocou a disparada do dólar ao abandonar seus compromissos com as metas de economia no Orçamento. A expectativa para o IPCA em 2016 caiu de 7,62% para 7,31% ao longo de março, mas permanece em 6% para o ano que vem. Não é garantido, entretanto, que essa melhora incipiente será mantida. Parte da valorização do real, por exemplo, decorreu de fatores externos, como o adiamento de novas altas de juros nos EUA. A incerteza maior, naturalmente, vem dos gigantescos problemas domésticos. Sem maior clareza no cenário político, não será possível antever o rumo dos gastos públicos, por exemplo, cujo crescimento descontrolado é hoje o principal fator a pressionar a inflação. Quanto a isso, as notícias continuam aterradoras –o deficit público só faz subir, tendo chegado a siderais R$ 125 bilhões (2,1% do PIB) nos últimos 12 meses. Nesse ambiente, o BC abandonou outra de suas expectativas otimistas –não trabalha mais com a hipótese de que a gestão do Orçamento contribuirá para reduzir a inflação, ao menos neste ano. No balanço geral, as projeções do Banco Central continuam a indicar que o IPCA chegará à meta de 4,5% apenas no início de 2018. Para controlar a inflação e criar condições para juros civilizados é preciso colocar um freio no crescimento da dívida pública. É também essa incerteza que hoje paralisa o país. [email protected]
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'Sou a favor de barulho na rua', diz escritora Ruth Rocha sobre o Brasil
Dias depois de festejar seu aniversário de 84 anos, em 2 de março, a escritora Ruth Rocha criou uma página no Facebook. Com ajuda da filha, Mariana, ela vai divulgar na internet seu outro motivo para comemorar: começaram os preparativos para a série de homenagens aos 50 anos de carreira da autora de livros infantis, que serão completados em 2017. * Estão em produção três peças de teatro baseadas em seus livros, um documentário e uma exposição sobre sua carreira –em que figuram mais de 200 títulos publicados, traduções para 19 línguas, mais de 12 milhões de cópias vendidas e dezenas de prêmios, entre eles dois da Associação Paulista dos Críticos de Arte e três Jabuti. * Alguns dos troféus ficam na prateleira que ocupa uma parede toda da sala de seu apartamento, nos Jardins. Em sua cadeira de balanço, Ruth conversa com a repórter Letícia Mori e revê sua trajetória profissional por meio do que sabe fazer melhor: contando histórias. Cada objeto na sala, cada foto ou livro na prateleira tem uma anedota ou a lembrança de um enredo que ela escreveu ou gostaria de escrever. * Ela organiza os livros nas estantes por temas: poesia, sociologia, literatura. Já não os lê mais em papel: adotou um e-book há alguns anos por causa de um problema na vista. "Dá pra aumentar a letra. Mas eu ainda compro [livros]. Não leio, mas compro. E às vezes minha irmã Hilda [Losch, 85], vem aqui e lê para mim", diz. * "A tecnologia pode, sim, afastar algumas crianças da leitura. Mas quem gosta lê de qualquer jeito. Quando a pessoa pega o veneno... Eu tive um avô contador de histórias. Não sei onde é que ele via tanta história infantil, porque sabia [contos dos irmãos] Grimm, sabia [histórias de Hans Christian] Andersen, [contos do livro] 'Mil e Uma Noites', histórias folclóricas." * "Minha mãe também lia para nós. Ela ia na livraria e enchia a casa. Quando descobriu o Monteiro Lobato, foi uma maravilha", diz a escritora, que tem o criador do "Sítio do Pica-Pau Amarelo" como uma de suas principais influências profissionais. "Meus livros sempre tiveram essa coisa de oralidade, de cotidiano, por causa do meu avô também." * Enquanto mostra fotos antigas dos álbuns que guarda em casa, Ruth relembra o marido, Eduardo Rocha, que morreu em 2012. "Meu casamento durou tanto porque a gente tinha muito assunto. Minha filha diz que via a gente caminhando na praia e era assim: andava um pouquinho, parava, papeava. Andava, parava, papeava", conta, rindo. E mostra uma foto dos dois jovens. "Ele era um galã!" * A escritora mora sozinha desde que ficou viúva, mas raramente está desacompanhada. Recebe visitas de amigos o tempo todo e adora organizar reuniões de família. "Festa é uma delícia, não é?", conta, enquanto mostra fotos de eventos aos quais ia nos anos 1960 e 1970. "E me dou muito bem com os parentes! Somos cinco irmãos, temos 11 descendentes e nunca brigamos!" * As crianças da família, como os netos Pedro e Miguel, hoje com 17 e 20 anos, ouviam algumas das histórias que depois viraram livros. Mas só o marido de Ruth e a filha podiam criticar. "Eram os únicos que davam palpite e eu aceitava. Eles punham o dedo na ferida." A filha era pequena quando Ruth começou a escrever contos para crianças, na época em que trabalhava na revista "Recreio". * "Minha editora vinha pedindo há tempos que eu colocasse no papel as histórias que eu contava para a minha filha. Eu falava que não sabia, que ia ver. Até que um dia ela me trancou em uma sala e disse que eu só ia sair de lá com um texto [risos]. Aí eu sentei e escrevi." * "Sempre fiz o oposto de fábulas clássicas. Às vezes, leio algo e penso: 'Ah! Já sei o que vou escrever. O contrário disso [risos]. Uma vez eu tinha que escrever uma história de Natal e comprei um livro que tinha umas lendas norueguesas, com ilustrações de neve, floresta, fadas, espíritos. Aí eu fiz o oposto: falei de um menino que queria uma árvore de natal e não tinha. Então ele plantava uma muda em um terreno baldio." * Ela explica: "O que eu tenho contra a fábula é que ela fecha o mundo. Você [escritor] dá a moral da história: é assim que é. E eu acho que a literatura pode abrir o mundo ao invés de fechar". * "Eu queria formar gerações críticas de leitores. Não sei se consegui, mas o que eu aprendi na faculdade de sociologia e política fui pondo nas histórias: meu 'antipreconceito', a defesa das diferenças, até meu feminismo", diz ela. "Não faço essa divisão de literatura para menino e menina. Não tem cabimento. Eu era uma garota que gostava de fazer correria na rua, de coisas de menino, até das roupas. Fui uma das primeiras mulheres no Brasil que usaram calça comprida." * Ruth começou a publicar no auge da ditadura militar. "Uma vez, quando eu visitava uma escola e lia 'O Reizinho Mandão', um menino perguntou: 'Esse rei aqui... ele é o presidente da República?'. Eu respondi que poderia ser, mas poderia também ser um pai mandão, um irmão. O menino insistiu: 'Mas ele é o presidente da República, não é? Você não tem medo da polícia?' [risos]. Eu disse: 'Tenho, muito! Morro de medo da polícia'." * "Mas a gente que é escritor tem que escrever, não é? Não adianta, as coisas vêm aqui na garganta, tem que falar. Quando eu escrevia, sabia muito bem o que estava fazendo. Mas nunca fui pega." * Ruth então localiza em um álbum de fotos a amiga Ana Maria Machado, que foi detida em 1969, e Ziraldo, que em 1968 foi levado para o Forte de Copacabana. Outro colega de profissão da mesma geração, João Carlos Marinho, foi detido nos anos 1970. Seus livros "Caneco de Prata" e "O Gênio do Crime" foram proibidos nas escolas públicas. * A escritora comenta o atual momento político. "Tenho muito medo [de uma retomada conservadora no Brasil]. Sempre tem quem pensa, quem aceita a diversidade. E tem gente que é atrasada, burra, teimosa, que tem a cabeça fechada. Nossa esquerda não fez o que tinha que fazer, não correspondeu à nossa fé, e ficou desacreditada." * "O PT tinha que ter assumido o papel que dizia que tinha -de ser honesto, de dizer a verdade. Mas não fez. Na hora que teve poder, degringolou", diz ela. "Tenho vontade de fazer um herói chamado Degringolou [risos]. Não é bonitinho?" * Em 2010, o nome de Ruth foi incluído numa lista de apoio à candidatura de Dilma Rousseff. Ela fez questão de vir a público para desmentir. "Eu vim dos EUA só para votar no Lula há muitos anos. Mas eu não gosto mais do PT desde o mensalão. E por isso eu sou PSDB hoje." * "Sou a favor de fazer barulho na rua, sim. De reclamar, de dizer que não estamos gostando." Mas é contra o impeachment. E se diz confiante. "Estamos passando uma fase de adolescência. Nossa democracia é jovem. As coisas vão mudar. Eu acho que o Brasil tem jeito, sim. Eu sou otimista." * Otimismo que, segundo a autora, sempre a ajudou a escrever sobre temas polêmicos para crianças. "Tenho horror a ficar fazendo discurso que as crianças não gostem. Tento não fazer catástrofe, desespero. Coisa difícil pode, elas aguentam. O que não aguentam é tristeza, pessimismo. Criança precisa de esperança. Aliás, todos nós precisamos", diz ela, balançando-se em sua cadeira.
colunas
'Sou a favor de barulho na rua', diz escritora Ruth Rocha sobre o BrasilDias depois de festejar seu aniversário de 84 anos, em 2 de março, a escritora Ruth Rocha criou uma página no Facebook. Com ajuda da filha, Mariana, ela vai divulgar na internet seu outro motivo para comemorar: começaram os preparativos para a série de homenagens aos 50 anos de carreira da autora de livros infantis, que serão completados em 2017. * Estão em produção três peças de teatro baseadas em seus livros, um documentário e uma exposição sobre sua carreira –em que figuram mais de 200 títulos publicados, traduções para 19 línguas, mais de 12 milhões de cópias vendidas e dezenas de prêmios, entre eles dois da Associação Paulista dos Críticos de Arte e três Jabuti. * Alguns dos troféus ficam na prateleira que ocupa uma parede toda da sala de seu apartamento, nos Jardins. Em sua cadeira de balanço, Ruth conversa com a repórter Letícia Mori e revê sua trajetória profissional por meio do que sabe fazer melhor: contando histórias. Cada objeto na sala, cada foto ou livro na prateleira tem uma anedota ou a lembrança de um enredo que ela escreveu ou gostaria de escrever. * Ela organiza os livros nas estantes por temas: poesia, sociologia, literatura. Já não os lê mais em papel: adotou um e-book há alguns anos por causa de um problema na vista. "Dá pra aumentar a letra. Mas eu ainda compro [livros]. Não leio, mas compro. E às vezes minha irmã Hilda [Losch, 85], vem aqui e lê para mim", diz. * "A tecnologia pode, sim, afastar algumas crianças da leitura. Mas quem gosta lê de qualquer jeito. Quando a pessoa pega o veneno... Eu tive um avô contador de histórias. Não sei onde é que ele via tanta história infantil, porque sabia [contos dos irmãos] Grimm, sabia [histórias de Hans Christian] Andersen, [contos do livro] 'Mil e Uma Noites', histórias folclóricas." * "Minha mãe também lia para nós. Ela ia na livraria e enchia a casa. Quando descobriu o Monteiro Lobato, foi uma maravilha", diz a escritora, que tem o criador do "Sítio do Pica-Pau Amarelo" como uma de suas principais influências profissionais. "Meus livros sempre tiveram essa coisa de oralidade, de cotidiano, por causa do meu avô também." * Enquanto mostra fotos antigas dos álbuns que guarda em casa, Ruth relembra o marido, Eduardo Rocha, que morreu em 2012. "Meu casamento durou tanto porque a gente tinha muito assunto. Minha filha diz que via a gente caminhando na praia e era assim: andava um pouquinho, parava, papeava. Andava, parava, papeava", conta, rindo. E mostra uma foto dos dois jovens. "Ele era um galã!" * A escritora mora sozinha desde que ficou viúva, mas raramente está desacompanhada. Recebe visitas de amigos o tempo todo e adora organizar reuniões de família. "Festa é uma delícia, não é?", conta, enquanto mostra fotos de eventos aos quais ia nos anos 1960 e 1970. "E me dou muito bem com os parentes! Somos cinco irmãos, temos 11 descendentes e nunca brigamos!" * As crianças da família, como os netos Pedro e Miguel, hoje com 17 e 20 anos, ouviam algumas das histórias que depois viraram livros. Mas só o marido de Ruth e a filha podiam criticar. "Eram os únicos que davam palpite e eu aceitava. Eles punham o dedo na ferida." A filha era pequena quando Ruth começou a escrever contos para crianças, na época em que trabalhava na revista "Recreio". * "Minha editora vinha pedindo há tempos que eu colocasse no papel as histórias que eu contava para a minha filha. Eu falava que não sabia, que ia ver. Até que um dia ela me trancou em uma sala e disse que eu só ia sair de lá com um texto [risos]. Aí eu sentei e escrevi." * "Sempre fiz o oposto de fábulas clássicas. Às vezes, leio algo e penso: 'Ah! Já sei o que vou escrever. O contrário disso [risos]. Uma vez eu tinha que escrever uma história de Natal e comprei um livro que tinha umas lendas norueguesas, com ilustrações de neve, floresta, fadas, espíritos. Aí eu fiz o oposto: falei de um menino que queria uma árvore de natal e não tinha. Então ele plantava uma muda em um terreno baldio." * Ela explica: "O que eu tenho contra a fábula é que ela fecha o mundo. Você [escritor] dá a moral da história: é assim que é. E eu acho que a literatura pode abrir o mundo ao invés de fechar". * "Eu queria formar gerações críticas de leitores. Não sei se consegui, mas o que eu aprendi na faculdade de sociologia e política fui pondo nas histórias: meu 'antipreconceito', a defesa das diferenças, até meu feminismo", diz ela. "Não faço essa divisão de literatura para menino e menina. Não tem cabimento. Eu era uma garota que gostava de fazer correria na rua, de coisas de menino, até das roupas. Fui uma das primeiras mulheres no Brasil que usaram calça comprida." * Ruth começou a publicar no auge da ditadura militar. "Uma vez, quando eu visitava uma escola e lia 'O Reizinho Mandão', um menino perguntou: 'Esse rei aqui... ele é o presidente da República?'. Eu respondi que poderia ser, mas poderia também ser um pai mandão, um irmão. O menino insistiu: 'Mas ele é o presidente da República, não é? Você não tem medo da polícia?' [risos]. Eu disse: 'Tenho, muito! Morro de medo da polícia'." * "Mas a gente que é escritor tem que escrever, não é? Não adianta, as coisas vêm aqui na garganta, tem que falar. Quando eu escrevia, sabia muito bem o que estava fazendo. Mas nunca fui pega." * Ruth então localiza em um álbum de fotos a amiga Ana Maria Machado, que foi detida em 1969, e Ziraldo, que em 1968 foi levado para o Forte de Copacabana. Outro colega de profissão da mesma geração, João Carlos Marinho, foi detido nos anos 1970. Seus livros "Caneco de Prata" e "O Gênio do Crime" foram proibidos nas escolas públicas. * A escritora comenta o atual momento político. "Tenho muito medo [de uma retomada conservadora no Brasil]. Sempre tem quem pensa, quem aceita a diversidade. E tem gente que é atrasada, burra, teimosa, que tem a cabeça fechada. Nossa esquerda não fez o que tinha que fazer, não correspondeu à nossa fé, e ficou desacreditada." * "O PT tinha que ter assumido o papel que dizia que tinha -de ser honesto, de dizer a verdade. Mas não fez. Na hora que teve poder, degringolou", diz ela. "Tenho vontade de fazer um herói chamado Degringolou [risos]. Não é bonitinho?" * Em 2010, o nome de Ruth foi incluído numa lista de apoio à candidatura de Dilma Rousseff. Ela fez questão de vir a público para desmentir. "Eu vim dos EUA só para votar no Lula há muitos anos. Mas eu não gosto mais do PT desde o mensalão. E por isso eu sou PSDB hoje." * "Sou a favor de fazer barulho na rua, sim. De reclamar, de dizer que não estamos gostando." Mas é contra o impeachment. E se diz confiante. "Estamos passando uma fase de adolescência. Nossa democracia é jovem. As coisas vão mudar. Eu acho que o Brasil tem jeito, sim. Eu sou otimista." * Otimismo que, segundo a autora, sempre a ajudou a escrever sobre temas polêmicos para crianças. "Tenho horror a ficar fazendo discurso que as crianças não gostem. Tento não fazer catástrofe, desespero. Coisa difícil pode, elas aguentam. O que não aguentam é tristeza, pessimismo. Criança precisa de esperança. Aliás, todos nós precisamos", diz ela, balançando-se em sua cadeira.
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Balé da Cidade estreia espetáculo 'Titã' no Theatro Municipal
DE SÃO PAULO O novo espetáculo do Balé da Cidade de São Paulo, "Titã", chega ao Theatro Municipal no próximo sábado (10) para uma minitemporada com cinco apresentações. Assinada pelo renomado diretor italiano Stefano Poda, a produção recebe o nome da primeira sinfonia escrita pelo maestro tcheco Gustav Mahler, que será interpretada pela Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo sob a regência de Eduardo Strausser. Theatro Municipal de São Paulo. Pça. Ramos de Azevedo, s/nº, República, tel. 3053-2090. Estreia: 10/9. Até 15/9. Sáb. (10), ter. (13), qua. (14) e qui. (15): 20h. Dom. (11): 17h. 70 min. Livre. Ingr.: R$ 25 a R$ 90. Ingr. p/ 2626-0857 ou compreingressos.com/theatromunicipaldesaopaulo.
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Balé da Cidade estreia espetáculo 'Titã' no Theatro MunicipalDE SÃO PAULO O novo espetáculo do Balé da Cidade de São Paulo, "Titã", chega ao Theatro Municipal no próximo sábado (10) para uma minitemporada com cinco apresentações. Assinada pelo renomado diretor italiano Stefano Poda, a produção recebe o nome da primeira sinfonia escrita pelo maestro tcheco Gustav Mahler, que será interpretada pela Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo sob a regência de Eduardo Strausser. Theatro Municipal de São Paulo. Pça. Ramos de Azevedo, s/nº, República, tel. 3053-2090. Estreia: 10/9. Até 15/9. Sáb. (10), ter. (13), qua. (14) e qui. (15): 20h. Dom. (11): 17h. 70 min. Livre. Ingr.: R$ 25 a R$ 90. Ingr. p/ 2626-0857 ou compreingressos.com/theatromunicipaldesaopaulo.
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Veja o cartum da série "ogro" publicado neste domingo
RAFAEL CAMPOS ROCHA, 46, é ilustrador e cartunista.
ilustrissima
Veja o cartum da série "ogro" publicado neste domingoRAFAEL CAMPOS ROCHA, 46, é ilustrador e cartunista.
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DreamWorks, de Spielberg, não renova contrato com a Disney
O diretor Steven Spielberg não renovará o acordo de distribuição de sua produtora, a DreamWorks, com a Disney, informou a AFP. O contrato entre as duas empresas se encerra em agosto de 2016 e está de pé desde 2009. Na ocasião, o então presidente da Walt Disney Dick Cook prometeu investir nos projetos da primeira, mas foi destituído por Bob Iger, CEO da Walt Disney Company, cujo modelo de negócios prioriza Marvel, Lucasfilm e Pixar. A falta de espaço obrigou a DreamWorks a buscar financiamento em outro lugar. De acordo com a revista especializada "Variety" e o site americano "The Hollywood Reporter", a Universal é a principal candidata ao posto. Projetos conjuntos entre o estúdio e Spielberg, como as sequências de "Jurassic World", "Tubarão" e "De Volta para o Futuro", tornam a opção provável. Uma fonte da DreamWorks disse à AFP que ainda é cedo para dizer com que estúdio a produtora firmará nova parceria. Spielberg e a Universal mantém uma relação próxima desde "Jurassic Park", lançado 1993. Aos 68 anos e vencedor de três prêmios Oscar, o diretor mantém um escritório na sede do estúdio mesmo distribuindo seus filmes com a Disney e a Paramount. O último filme da DreamWorks distribuído pela Disney será "The BFG" (ainda sem título em português), adaptação de um romance de Roald Dahl dirigida pelo próprio Spielberg. O longa estreia nos Estados Unidos em 1º de julho de 2016.
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DreamWorks, de Spielberg, não renova contrato com a DisneyO diretor Steven Spielberg não renovará o acordo de distribuição de sua produtora, a DreamWorks, com a Disney, informou a AFP. O contrato entre as duas empresas se encerra em agosto de 2016 e está de pé desde 2009. Na ocasião, o então presidente da Walt Disney Dick Cook prometeu investir nos projetos da primeira, mas foi destituído por Bob Iger, CEO da Walt Disney Company, cujo modelo de negócios prioriza Marvel, Lucasfilm e Pixar. A falta de espaço obrigou a DreamWorks a buscar financiamento em outro lugar. De acordo com a revista especializada "Variety" e o site americano "The Hollywood Reporter", a Universal é a principal candidata ao posto. Projetos conjuntos entre o estúdio e Spielberg, como as sequências de "Jurassic World", "Tubarão" e "De Volta para o Futuro", tornam a opção provável. Uma fonte da DreamWorks disse à AFP que ainda é cedo para dizer com que estúdio a produtora firmará nova parceria. Spielberg e a Universal mantém uma relação próxima desde "Jurassic Park", lançado 1993. Aos 68 anos e vencedor de três prêmios Oscar, o diretor mantém um escritório na sede do estúdio mesmo distribuindo seus filmes com a Disney e a Paramount. O último filme da DreamWorks distribuído pela Disney será "The BFG" (ainda sem título em português), adaptação de um romance de Roald Dahl dirigida pelo próprio Spielberg. O longa estreia nos Estados Unidos em 1º de julho de 2016.
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Acordo em CPI do BNDES protela convocação de Lula e outros políticos
Um acordo entre deputados governistas e da oposição deixou para o final da CPI do BNDES a apreciação sobre requerimentos que convocam o ex-presidente Lula, o filho dele, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, e outros políticos, como o ex-ministro do Desenvolvimento e atual governador de Minas, Fernando Pimentel (PT). "[O acordo] Envolveu discussão, apreciação de um organograma, definição de um rumo. Nós precisávamos moldar a CPI, e ela foi moldada hoje", disse o presidente da comissão, Marcos Rotta (PMDB-AM). A reunião que votaria requerimentos de convocações, marcada para esta terça-feira (25), foi cancelada pela manhã. Na pauta estavam 121 requerimentos para serem apreciados, incluindo os que pediam a convocação de Lula, de outros políticos ligados ao governo petista e de empresários, como Eike Batista. No lugar da reunião deliberativa, os deputados encontraram-se a portas fechadas para costurar o acordo. Questionado sobre o que cada lado pediu na negociação, Rotta afirmou que "não muito". "Houve uma espécie de consenso sobre os rumos da CPI", disse. Os membros da CPI negaram ter beneficiado políticos. "Ninguém foi poupado, porque não deliberamos sobre essa questão [de convocar políticos] ainda", afirmou o presidente da CPI. "Nós não abriremos mão de ouvi-los [Lula, Lulinha e outros políticos], e é até melhor que seja após analisarmos os documentos que o banco enviará. Mas também nada impede que, surgindo novos indícios antes, a gente antecipe essas convocações", disse Betinho Gomes (PSDB-PE). A CPI, instalada no início deste mês na Câmara, tem o objetivo de investigar contratos considerados suspeitos assinados pelo banco de 2003 a 2015, nos governos do PT. A comissão é dominada pela oposição e por aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que rompeu com o governo. Na reunião fechada desta terça, ficou estabelecido que serão ouvidos, primeiramente, ex-presidentes e diretores do BNDES. Nesse bloco, será convocado o ex-presidente do banco e ex-ministro da Fazenda de Dilma Rousseff, Guido Mantega. Depois, será a vez de representantes do TCU (Tribunal de Contas da União), órgão que já tem apurações sobre o banco em andamento, e do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), que monitora movimentações suspeitas. PAUTA CANCELADA Pela manhã, o cancelamento da votação dos requerimentos de convocação de políticos e empresários, prevista para esta terça, gerou especulações entre os integrantes da CPI. O presidente da comissão atribuiu o cancelamento da pauta a um "erro de comunicação". "Vou fazer mea-culpa. Minha intenção era dar ciência [aos membros] de tudo o que tínhamos de requerimento. Por isso foi feita uma pauta com todos os 121 requerimentos, mas não era uma pauta deliberativa", afirmou, justificando o cancelamento das votações. Na reunião, os deputados discutiram também a possibilidade de contratar uma empresa para auxiliar na análise de documentos –o que depende de aval da Presidência da Câmara– e da necessidade de convocar servidores de outros órgãos, como do Banco Central e da Receita Federal, para auxiliar nos trabalhos.
poder
Acordo em CPI do BNDES protela convocação de Lula e outros políticosUm acordo entre deputados governistas e da oposição deixou para o final da CPI do BNDES a apreciação sobre requerimentos que convocam o ex-presidente Lula, o filho dele, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, e outros políticos, como o ex-ministro do Desenvolvimento e atual governador de Minas, Fernando Pimentel (PT). "[O acordo] Envolveu discussão, apreciação de um organograma, definição de um rumo. Nós precisávamos moldar a CPI, e ela foi moldada hoje", disse o presidente da comissão, Marcos Rotta (PMDB-AM). A reunião que votaria requerimentos de convocações, marcada para esta terça-feira (25), foi cancelada pela manhã. Na pauta estavam 121 requerimentos para serem apreciados, incluindo os que pediam a convocação de Lula, de outros políticos ligados ao governo petista e de empresários, como Eike Batista. No lugar da reunião deliberativa, os deputados encontraram-se a portas fechadas para costurar o acordo. Questionado sobre o que cada lado pediu na negociação, Rotta afirmou que "não muito". "Houve uma espécie de consenso sobre os rumos da CPI", disse. Os membros da CPI negaram ter beneficiado políticos. "Ninguém foi poupado, porque não deliberamos sobre essa questão [de convocar políticos] ainda", afirmou o presidente da CPI. "Nós não abriremos mão de ouvi-los [Lula, Lulinha e outros políticos], e é até melhor que seja após analisarmos os documentos que o banco enviará. Mas também nada impede que, surgindo novos indícios antes, a gente antecipe essas convocações", disse Betinho Gomes (PSDB-PE). A CPI, instalada no início deste mês na Câmara, tem o objetivo de investigar contratos considerados suspeitos assinados pelo banco de 2003 a 2015, nos governos do PT. A comissão é dominada pela oposição e por aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que rompeu com o governo. Na reunião fechada desta terça, ficou estabelecido que serão ouvidos, primeiramente, ex-presidentes e diretores do BNDES. Nesse bloco, será convocado o ex-presidente do banco e ex-ministro da Fazenda de Dilma Rousseff, Guido Mantega. Depois, será a vez de representantes do TCU (Tribunal de Contas da União), órgão que já tem apurações sobre o banco em andamento, e do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), que monitora movimentações suspeitas. PAUTA CANCELADA Pela manhã, o cancelamento da votação dos requerimentos de convocação de políticos e empresários, prevista para esta terça, gerou especulações entre os integrantes da CPI. O presidente da comissão atribuiu o cancelamento da pauta a um "erro de comunicação". "Vou fazer mea-culpa. Minha intenção era dar ciência [aos membros] de tudo o que tínhamos de requerimento. Por isso foi feita uma pauta com todos os 121 requerimentos, mas não era uma pauta deliberativa", afirmou, justificando o cancelamento das votações. Na reunião, os deputados discutiram também a possibilidade de contratar uma empresa para auxiliar na análise de documentos –o que depende de aval da Presidência da Câmara– e da necessidade de convocar servidores de outros órgãos, como do Banco Central e da Receita Federal, para auxiliar nos trabalhos.
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Para líder da campanha pelo 'Brexit', voto pela permanência deve vencer
Uma das principais vozes em defesa da saída britânica da União Europeia, o líder do partido ultraconservador Ukip, Nigel Farage, disse, na noite desta quinta-feira (23) que o voto pela permanência no bloco deve "ficar na frente". "Foi um processo de plebiscito extraordinário, a participação parece ter sido excepcionalmente alta e parece que o 'ficar' vai ficar na frente", admitiu Farage à Sky News logo após o fechamento das urnas, às 22h locais (18h em Brasília). Os primeiros resultados eleitorais começaram a sair por volta da meia-noite (20h em Brasília). À 3h de sexta (23h de quinta em Brasília), com 22,5% das seções eleitorais apuradas, a permanência vencia por 50,3% e a saída tinha 49,7% dos votos válidos. Uma pesquisa do conceituado Yougov divulgada assim que a votação encerrou —mas que não é uma boca de urna— coloca o voto pela permanência à frente, numa diferença de 52% contra 48%. O levantamento foi encomendado pela Sky News e as consultas foram conduzidas antes desta quinta (23), sobre como as pessoas entrevistadas pretendiam votar no dia. "Os resultados são próximos e é muito cedo para serem considerados definitivos. Mas esses resultados, somados às recentes tendências e precedentes históricos, sugerem uma vitória da permanência", diz o Yougov em nota enviada à imprensa. A comissão eleitoral do Reino Unido registrou número recorde de inscritos para votarem no plebiscito desta quinta: mais de 46,4 milhões de pessoas. O número representa 145 mil eleitores a mais que o contabilizado nas eleições gerais de 2015. As pesquisas de intenção de voto anteriores indicavam que os eleitores chegaram ao dia do plebiscito divididos. A média das pesquisas compilada pelo jornal "Financial Times" até a véspera dava empate técnico, com uma pequena vantagem para os que querem permanecer: 47% para ficar e 45% para sair do bloco europeu.
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Para líder da campanha pelo 'Brexit', voto pela permanência deve vencerUma das principais vozes em defesa da saída britânica da União Europeia, o líder do partido ultraconservador Ukip, Nigel Farage, disse, na noite desta quinta-feira (23) que o voto pela permanência no bloco deve "ficar na frente". "Foi um processo de plebiscito extraordinário, a participação parece ter sido excepcionalmente alta e parece que o 'ficar' vai ficar na frente", admitiu Farage à Sky News logo após o fechamento das urnas, às 22h locais (18h em Brasília). Os primeiros resultados eleitorais começaram a sair por volta da meia-noite (20h em Brasília). À 3h de sexta (23h de quinta em Brasília), com 22,5% das seções eleitorais apuradas, a permanência vencia por 50,3% e a saída tinha 49,7% dos votos válidos. Uma pesquisa do conceituado Yougov divulgada assim que a votação encerrou —mas que não é uma boca de urna— coloca o voto pela permanência à frente, numa diferença de 52% contra 48%. O levantamento foi encomendado pela Sky News e as consultas foram conduzidas antes desta quinta (23), sobre como as pessoas entrevistadas pretendiam votar no dia. "Os resultados são próximos e é muito cedo para serem considerados definitivos. Mas esses resultados, somados às recentes tendências e precedentes históricos, sugerem uma vitória da permanência", diz o Yougov em nota enviada à imprensa. A comissão eleitoral do Reino Unido registrou número recorde de inscritos para votarem no plebiscito desta quinta: mais de 46,4 milhões de pessoas. O número representa 145 mil eleitores a mais que o contabilizado nas eleições gerais de 2015. As pesquisas de intenção de voto anteriores indicavam que os eleitores chegaram ao dia do plebiscito divididos. A média das pesquisas compilada pelo jornal "Financial Times" até a véspera dava empate técnico, com uma pequena vantagem para os que querem permanecer: 47% para ficar e 45% para sair do bloco europeu.
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Ala do governo quer que BC sinalize queda dos juros, e não alta
Próximo da primeira reunião do ano do Copom (Comitê de Política Monetária), nos dias 19 e 20 deste mês, uma ala do governo Dilma elevou a pressão para que o Banco Central sinalize queda, e não alta, da taxa de juros. Segundo assessores próximos à presidente, uma alta dos juros em janeiro vai prejudicar as medidas que o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, prepara para estimular a retomada do crescimento. Um auxiliar disse à Folha que o governo já não tem espaço para tomar grandes medidas, mas estuda ações "pontuais" na área de crédito. Mas, afirma ele, se o BC subir a taxa Selic, "nem adianta anunciar medida" nessa área porque elas não terão efeito nenhum. Dentro do Palácio do Planalto, assessores dizem que a presidente Dilma concorda com a avaliação de que é preciso sinalizar uma queda dos juros para melhorar o ambiente para negócios no país. AUTONOMIA Fazem a ressalva, porém, de que ela tem dito internamente que o Banco Central tem autonomia para tomar suas decisões e que não vai interferir nas decisões sobre a taxa, que hoje está em 14,25% ao ano. No Ministério da Fazenda, o assunto é visto como proibido dentro da equipe de Nelson Barbosa. Nesta quarta (6), o ministro repetiu que o BC tem "autonomia" para administrar a política monetária da maneira adequada para controlar a inflação. No mercado, até a semana passada a avaliação majoritária indicava um aumento da Selic de 14,25% para 14,75% na próxima reunião do Copom. Nos últimos dias, porém, alguns analistas passaram a considerar que o BC estaria emitindo sinais mais dúbios, o que poderia indicar até uma decisão de manter a taxa Selic inalterada por enquanto. CARTA ABERTA Economistas de mercado não descartam que o BC tome uma posição alternativa, elevando os juros em 0,25 ponto percentual, para mostrar que segue preocupado com as pressões inflacionárias, a despeito da retração da economia brasileira. A expectativa é que o órgão mostre mais claramente quais serão seus próximos passos na carta aberta que terá de enviar ao ministro da Fazenda explicando por que a inflação estourou o teto de 6,5% no ano passado. O estouro vai ser oficializado nesta sexta (8), quando será divulgado o IPCA de 2015, que ficará acima de 10%. COELHO NA CARTOLA Seguindo a linha de evitar turbulências na área econômica, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou nesta quarta-feira (7) que o governo federal não elabora o lançamento de um grande pacote de medidas no início deste ano para retomar o crescimento econômico. Segundo ele, o governo tentará paulatinamente retomar a confiança do setor empresarial nacional e internacional e o equilíbrio macroeconômico e fiscal (das contas públicas), mas sem uma "grande notícia" ou um "coelho na cartola". "Há uma expectativa, que na minha opinião não vai corresponder, de que sairá uma grande notícia. Não estamos mais em tempo de pacotes e não tem nada bombástico", disse. "Parece que as pessoas estão esperando a grande notícia, o coelho na cartola, mas não tem coelho na cartola", acrescentou o ministro. Colaborou EDUARDO CUCOLO, de Brasília
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Ala do governo quer que BC sinalize queda dos juros, e não altaPróximo da primeira reunião do ano do Copom (Comitê de Política Monetária), nos dias 19 e 20 deste mês, uma ala do governo Dilma elevou a pressão para que o Banco Central sinalize queda, e não alta, da taxa de juros. Segundo assessores próximos à presidente, uma alta dos juros em janeiro vai prejudicar as medidas que o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, prepara para estimular a retomada do crescimento. Um auxiliar disse à Folha que o governo já não tem espaço para tomar grandes medidas, mas estuda ações "pontuais" na área de crédito. Mas, afirma ele, se o BC subir a taxa Selic, "nem adianta anunciar medida" nessa área porque elas não terão efeito nenhum. Dentro do Palácio do Planalto, assessores dizem que a presidente Dilma concorda com a avaliação de que é preciso sinalizar uma queda dos juros para melhorar o ambiente para negócios no país. AUTONOMIA Fazem a ressalva, porém, de que ela tem dito internamente que o Banco Central tem autonomia para tomar suas decisões e que não vai interferir nas decisões sobre a taxa, que hoje está em 14,25% ao ano. No Ministério da Fazenda, o assunto é visto como proibido dentro da equipe de Nelson Barbosa. Nesta quarta (6), o ministro repetiu que o BC tem "autonomia" para administrar a política monetária da maneira adequada para controlar a inflação. No mercado, até a semana passada a avaliação majoritária indicava um aumento da Selic de 14,25% para 14,75% na próxima reunião do Copom. Nos últimos dias, porém, alguns analistas passaram a considerar que o BC estaria emitindo sinais mais dúbios, o que poderia indicar até uma decisão de manter a taxa Selic inalterada por enquanto. CARTA ABERTA Economistas de mercado não descartam que o BC tome uma posição alternativa, elevando os juros em 0,25 ponto percentual, para mostrar que segue preocupado com as pressões inflacionárias, a despeito da retração da economia brasileira. A expectativa é que o órgão mostre mais claramente quais serão seus próximos passos na carta aberta que terá de enviar ao ministro da Fazenda explicando por que a inflação estourou o teto de 6,5% no ano passado. O estouro vai ser oficializado nesta sexta (8), quando será divulgado o IPCA de 2015, que ficará acima de 10%. COELHO NA CARTOLA Seguindo a linha de evitar turbulências na área econômica, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou nesta quarta-feira (7) que o governo federal não elabora o lançamento de um grande pacote de medidas no início deste ano para retomar o crescimento econômico. Segundo ele, o governo tentará paulatinamente retomar a confiança do setor empresarial nacional e internacional e o equilíbrio macroeconômico e fiscal (das contas públicas), mas sem uma "grande notícia" ou um "coelho na cartola". "Há uma expectativa, que na minha opinião não vai corresponder, de que sairá uma grande notícia. Não estamos mais em tempo de pacotes e não tem nada bombástico", disse. "Parece que as pessoas estão esperando a grande notícia, o coelho na cartola, mas não tem coelho na cartola", acrescentou o ministro. Colaborou EDUARDO CUCOLO, de Brasília
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PM é morto em comunidade que receberá UPP, no Rio
Um policial militar morreu após ser baleado na tarde desta segunda-feira (4) durante uma operação da PM no Complexo do Chapadão, no bairro de Costa Barros, na zona norte do Rio de Janeiro. A morte ocorre menos de uma semana após o anúncio de que a área será a próxima a receber uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). De acordo com a Polícia Militar, o agente, que pertencia ao GAT (Grupamento de Ações Táticas) do 41º BPM (Irajá), foi atingido nas costas no momento que saiu do veículo blindado. Ele chegou a ser socorrido mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O nome do policial não foi divulgado. Ainda segundo os militares, durante a ação três suspeitos foram presos. Dois ficaram feridos após uma troca de tiros e foram encaminhados para o Hospital Carlos Chagas, no bairro de Marechal Hermes, na zona norte da cidade. Com eles, foi encontrada uma arma, drogas e munições. O material apreendido foi encaminhado para a 39ª DP (Pavuna), onde o caso foi registrado. A região do Complexo do Chapadão se tornou uma das áreas mais violentas do Rio e vem sendo alvo de uma disputa entre traficantes rivais que lutam pelo domínio dos pontos de vendas de drogas. Em razão dos conflitos, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, anunciou na semana passada que a próxima UPP será instalada na favela. Ele não definiu prazo para a criação da unidade. A área é dominada pelo criminoso Celso Pinheiro Pimenta, conhecido como Playboy, que é o chefe do tráfico na região. O Disque-Denúncia está oferecendo uma recompensa de R$ 50 mil por informações que levem ao paradeiro do suspeito. A quadrilha comandada por Playboy teria sido responsável pelo roubo de 193 motos de dentro de um depósito de uma empresa que presta serviço para o Detro (Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio), órgão do governo do Estado, no início do ano. O traficante também é conhecido por mostrar seu poderio bélico nas redes sociais. Um dos casos ocorreu quando a quadrilha de Playboy invadiu a Vila Olímpica Félix Mielli Venerando, em Honório Gurgel e tirou fotos na piscina ostentando três fuzis.
cotidiano
PM é morto em comunidade que receberá UPP, no RioUm policial militar morreu após ser baleado na tarde desta segunda-feira (4) durante uma operação da PM no Complexo do Chapadão, no bairro de Costa Barros, na zona norte do Rio de Janeiro. A morte ocorre menos de uma semana após o anúncio de que a área será a próxima a receber uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). De acordo com a Polícia Militar, o agente, que pertencia ao GAT (Grupamento de Ações Táticas) do 41º BPM (Irajá), foi atingido nas costas no momento que saiu do veículo blindado. Ele chegou a ser socorrido mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O nome do policial não foi divulgado. Ainda segundo os militares, durante a ação três suspeitos foram presos. Dois ficaram feridos após uma troca de tiros e foram encaminhados para o Hospital Carlos Chagas, no bairro de Marechal Hermes, na zona norte da cidade. Com eles, foi encontrada uma arma, drogas e munições. O material apreendido foi encaminhado para a 39ª DP (Pavuna), onde o caso foi registrado. A região do Complexo do Chapadão se tornou uma das áreas mais violentas do Rio e vem sendo alvo de uma disputa entre traficantes rivais que lutam pelo domínio dos pontos de vendas de drogas. Em razão dos conflitos, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, anunciou na semana passada que a próxima UPP será instalada na favela. Ele não definiu prazo para a criação da unidade. A área é dominada pelo criminoso Celso Pinheiro Pimenta, conhecido como Playboy, que é o chefe do tráfico na região. O Disque-Denúncia está oferecendo uma recompensa de R$ 50 mil por informações que levem ao paradeiro do suspeito. A quadrilha comandada por Playboy teria sido responsável pelo roubo de 193 motos de dentro de um depósito de uma empresa que presta serviço para o Detro (Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio), órgão do governo do Estado, no início do ano. O traficante também é conhecido por mostrar seu poderio bélico nas redes sociais. Um dos casos ocorreu quando a quadrilha de Playboy invadiu a Vila Olímpica Félix Mielli Venerando, em Honório Gurgel e tirou fotos na piscina ostentando três fuzis.
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Após Zanetti mostrar preocupação, amigo diz que está bem, em Paris
Em visita aos boxes do autódromo de Interlagos, na manhã deste sábado (14), o ginasta campeão olímpico e mundial Arthur Zanetti disse que, devido aos atentados terroristas em Paris, estava preocupado com o amigo Sandro Brasil, que ele não vê há alguns anos e atualmente é técnico de ginástica de uma equipe na capital francesa. "Fiquei preocupado. É um amigo. Foi técnico em São Caetano há uns anos, mas não temos mais contato. Espero que esteja tudo bem", disse Zanetti antes do treino classificatório da F-1. A Folha entrou em contato com o treinador, que disse que está tudo bem com ele. "Olha, aqui está melhor hoje. Mas não se deve sair de casa pois é perigoso", disse Sandro Brasil, que estava em um bar, na noite de sexta-feira (13), quando ocorreram os atentados. "Difícil é acreditar que este tipo de catástrofe acontece em um país como a França", afirma o treinador que vive na capital francesa desde 2007.
esporte
Após Zanetti mostrar preocupação, amigo diz que está bem, em ParisEm visita aos boxes do autódromo de Interlagos, na manhã deste sábado (14), o ginasta campeão olímpico e mundial Arthur Zanetti disse que, devido aos atentados terroristas em Paris, estava preocupado com o amigo Sandro Brasil, que ele não vê há alguns anos e atualmente é técnico de ginástica de uma equipe na capital francesa. "Fiquei preocupado. É um amigo. Foi técnico em São Caetano há uns anos, mas não temos mais contato. Espero que esteja tudo bem", disse Zanetti antes do treino classificatório da F-1. A Folha entrou em contato com o treinador, que disse que está tudo bem com ele. "Olha, aqui está melhor hoje. Mas não se deve sair de casa pois é perigoso", disse Sandro Brasil, que estava em um bar, na noite de sexta-feira (13), quando ocorreram os atentados. "Difícil é acreditar que este tipo de catástrofe acontece em um país como a França", afirma o treinador que vive na capital francesa desde 2007.
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Mostra gratuita exibe 17 filmes para crianças em São Paulo
Crianças poderão assistir a 17 filmes infantis na programação infantil da 14ª Mostra do Filme Livre, que exibe produções independentes no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo. Os filmes têm duração de até 14 minutos e são divididos em dois programas: a Mostrinha 1, com com oito produções, e a Mostrinha 2, com nove. Todos brasileiros, de diferentes Estados. No total, considerando a programação infantil e adulta, serão exibidos 210 filmes entre curtas, médias e longas. PARA CONFERIR 14ª Mostra do Filme Livre QUANDO até 25 de maio ONDE Cultural Banco do Brasil (r. Álvares Penteado, 112) QUANTO grátis
folhinha
Mostra gratuita exibe 17 filmes para crianças em São PauloCrianças poderão assistir a 17 filmes infantis na programação infantil da 14ª Mostra do Filme Livre, que exibe produções independentes no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo. Os filmes têm duração de até 14 minutos e são divididos em dois programas: a Mostrinha 1, com com oito produções, e a Mostrinha 2, com nove. Todos brasileiros, de diferentes Estados. No total, considerando a programação infantil e adulta, serão exibidos 210 filmes entre curtas, médias e longas. PARA CONFERIR 14ª Mostra do Filme Livre QUANDO até 25 de maio ONDE Cultural Banco do Brasil (r. Álvares Penteado, 112) QUANTO grátis
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Adversários da seleção olímpica conseguiram vaga de forma dramática
SÉRGIO RANGEL DO RIO Pode se dizer que a seleção de Dunga teve sorte no sorteio dos grupos do torneio olímpico. Os três adversários (África do Sul, Iraque e Dinamarca) do time nacional na primeira fase chegarão ao Rio como azarões. A África do Sul e o Iraque garantiram suas vagas nos Jogos na repescagem, em partidas dramáticas. Os sul-africanos, primeiros adversários da seleção, se classificaram fora de casa, nos pênaltis. Diante do Senegal, o goleiro Jody February foi o herói da vaga. Ele pegou uma penalidade no tempo normal. Na disputa, os senegaleses ainda desperdiçaram outras cobranças. A África do Sul disputou apenas uma edição do torneio olímpico (Sydney-2000). A seleção foi eliminada na primeira fase, mas surpreendeu ao vencer os brasileiros. O time nacional, comandado por Vanderlei Luxemburgo, foi batido por 3 a 1. "Não gosto de escolher adversários. Vamos agora nos preparar para encarar esse desafio", disse o técnico Owen da Gama. No mês passado, os brasileiros venceram os sul-africanos, por 3 a 1, em Maceió. Rodrigo Caio, Fabinho e Andreas Pereira fizeram os gols da seleção. O Iraque também obteve a vaga numa partida emocionante. A equipe perdia para o Qatar, quando Abdulraheem empatou aos 41min do segundo tempo. Na prorrogação, os iraquianos carimbaram o passaporte para os Jogos do Rio com um gol a apenas quatro minutos para o fim. Será a quinta vez que o país disputará o torneio olímpico de futebol. A melhor posição foi o quarto lugar em Atenas-2004. Os iraquianos perderam o bronze para os italianos na ocasião. Dos três, a Dinamarca é o adversário que tem mais história no torneio olímpico. Na fase amadora, o time europeu subiu no pódio quatro vezes (três pratas, em 1908, 1912 e 1960, e um bronze, em 1948). Mesmo assim, amargou um jejum de 24 anos sem disputar os Jogos. Para obter a classificação à Rio-16, os dinamarqueses fizeram uma campanha irregular na fase final do torneio classificatório: venceram a República Tcheca e a Sérvia, mas sucumbiram diante dos também classificados Alemanha (3 a 0) e Suécia (4 a 1). Tabela do futebol nas Olimpíadas - masculino
esporte
Adversários da seleção olímpica conseguiram vaga de forma dramática SÉRGIO RANGEL DO RIO Pode se dizer que a seleção de Dunga teve sorte no sorteio dos grupos do torneio olímpico. Os três adversários (África do Sul, Iraque e Dinamarca) do time nacional na primeira fase chegarão ao Rio como azarões. A África do Sul e o Iraque garantiram suas vagas nos Jogos na repescagem, em partidas dramáticas. Os sul-africanos, primeiros adversários da seleção, se classificaram fora de casa, nos pênaltis. Diante do Senegal, o goleiro Jody February foi o herói da vaga. Ele pegou uma penalidade no tempo normal. Na disputa, os senegaleses ainda desperdiçaram outras cobranças. A África do Sul disputou apenas uma edição do torneio olímpico (Sydney-2000). A seleção foi eliminada na primeira fase, mas surpreendeu ao vencer os brasileiros. O time nacional, comandado por Vanderlei Luxemburgo, foi batido por 3 a 1. "Não gosto de escolher adversários. Vamos agora nos preparar para encarar esse desafio", disse o técnico Owen da Gama. No mês passado, os brasileiros venceram os sul-africanos, por 3 a 1, em Maceió. Rodrigo Caio, Fabinho e Andreas Pereira fizeram os gols da seleção. O Iraque também obteve a vaga numa partida emocionante. A equipe perdia para o Qatar, quando Abdulraheem empatou aos 41min do segundo tempo. Na prorrogação, os iraquianos carimbaram o passaporte para os Jogos do Rio com um gol a apenas quatro minutos para o fim. Será a quinta vez que o país disputará o torneio olímpico de futebol. A melhor posição foi o quarto lugar em Atenas-2004. Os iraquianos perderam o bronze para os italianos na ocasião. Dos três, a Dinamarca é o adversário que tem mais história no torneio olímpico. Na fase amadora, o time europeu subiu no pódio quatro vezes (três pratas, em 1908, 1912 e 1960, e um bronze, em 1948). Mesmo assim, amargou um jejum de 24 anos sem disputar os Jogos. Para obter a classificação à Rio-16, os dinamarqueses fizeram uma campanha irregular na fase final do torneio classificatório: venceram a República Tcheca e a Sérvia, mas sucumbiram diante dos também classificados Alemanha (3 a 0) e Suécia (4 a 1). Tabela do futebol nas Olimpíadas - masculino
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Suspeito de celebrar morte de menino sírio em rede social pode ir para cadeia
A polícia alemã fez uma operação de busca na casa de um homem de 26 anos que mora em Berlim e é acusado de comemorar a morte do garoto Aylan, cujo corpo foi encontrado em uma praia nesta semana. Os guardas apreenderam um computador e dois celulares durante a ação, realizada no sábado pela manhã. Valeska Jakubowski, porta-voz da polícia alemã, disse que o suspeito, cujo nome não foi divulgado, está sendo investigado por "difamar a memória do morto e incitar o ódio". Se condenado, ele pode pegar até três anos de prisão. De acordo com a polícia, o homem escreveu "nós não estamos lamentando, mas celebrando isso", acima da imagem do corpo de Aylan Kurdi, menino sírio de três anos que foi encontrado morto por afogamento no começo da semana na costa da Turquia. Autoridades alemãs estão combatendo extremistas de direita que usam as redes sociais para divulgar o ódio e a perseguição a imigrantes. A imagem de Aylan caído na areia causou forte comoção no mundo nos últimos dias. O corpo do garoto foi enterrado Kobani, na Síria, nesta sexta-feira (4), por seu pai, Abdullah Kurdi, que também perdeu a esposa e outro filho de cinco anos na tentativa de travessia.
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Suspeito de celebrar morte de menino sírio em rede social pode ir para cadeiaA polícia alemã fez uma operação de busca na casa de um homem de 26 anos que mora em Berlim e é acusado de comemorar a morte do garoto Aylan, cujo corpo foi encontrado em uma praia nesta semana. Os guardas apreenderam um computador e dois celulares durante a ação, realizada no sábado pela manhã. Valeska Jakubowski, porta-voz da polícia alemã, disse que o suspeito, cujo nome não foi divulgado, está sendo investigado por "difamar a memória do morto e incitar o ódio". Se condenado, ele pode pegar até três anos de prisão. De acordo com a polícia, o homem escreveu "nós não estamos lamentando, mas celebrando isso", acima da imagem do corpo de Aylan Kurdi, menino sírio de três anos que foi encontrado morto por afogamento no começo da semana na costa da Turquia. Autoridades alemãs estão combatendo extremistas de direita que usam as redes sociais para divulgar o ódio e a perseguição a imigrantes. A imagem de Aylan caído na areia causou forte comoção no mundo nos últimos dias. O corpo do garoto foi enterrado Kobani, na Síria, nesta sexta-feira (4), por seu pai, Abdullah Kurdi, que também perdeu a esposa e outro filho de cinco anos na tentativa de travessia.
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Morre aos 85 o diretor de fotografia húngaro Vilmos Zsigmond
Morreu nesta sexta (1), na Califórnia, o diretor de fotografia húngaro Vilmos Zsigmond, vencedor do Oscar por "Contatos Imediatos de Terceiro Grau", de Steven Spielberg. Ele tinha 85 anos. Figura requisitada pelos grandes nomes da chamada Nova Hollywood, nos anos 70, Zsigmond concorreu a outros três Oscar, por "O Franco-Atirador" (1978), "O Rio do Desespero" (1984) e, mais recentemente, por "A Dália Negra" (2006). Ao longo de sua carreira, o húngaro também trabalhou com nomes como Robert Altman ("Short Cuts: Cenas da Vida"), Martin Scorsese ("Taxi Driver") e George Miller ("Mad Max - Estrada da Fúria"). Nos anos 2000, colaborou com o diretor Woody Allen em três longas: "Melinda e Melinda", "O Sonho de Cassandra" e "Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos". Sobre sua visão do ofício, afirmou, em 2014, à revista "Filmmaker": "O cinema precisa de boas imagens. Acredito que, se você não tiver boas imagens, não será um filme. Acho que todo longa precisa ser bastante visual". PARCERIA Zsigmond era parceiro e conterrâneo de outro grande nome da fotografia, László Kovács, de "Sem Destino" (1969), "Shampoo" (1975) e "Cada Um Vive como Quer" (1970), entre outros. Ele morreu em 2007, aos 74 anos. Os dois vivenciaram parte da ocupação nazista e depois o período da Guerra Fria. Decidiram, então, documentar o que se passava nas ruas. Juntos, filmaram e levaram o filme bruto para a fronteira com a Áustria. Eles acabaram sendo acolhidos pelos Estados Unidos como refugiados políticos em 1957. O registro se tornou um documentário da CBS narrado pelo âncora Walter Cronkite.
ilustrada
Morre aos 85 o diretor de fotografia húngaro Vilmos ZsigmondMorreu nesta sexta (1), na Califórnia, o diretor de fotografia húngaro Vilmos Zsigmond, vencedor do Oscar por "Contatos Imediatos de Terceiro Grau", de Steven Spielberg. Ele tinha 85 anos. Figura requisitada pelos grandes nomes da chamada Nova Hollywood, nos anos 70, Zsigmond concorreu a outros três Oscar, por "O Franco-Atirador" (1978), "O Rio do Desespero" (1984) e, mais recentemente, por "A Dália Negra" (2006). Ao longo de sua carreira, o húngaro também trabalhou com nomes como Robert Altman ("Short Cuts: Cenas da Vida"), Martin Scorsese ("Taxi Driver") e George Miller ("Mad Max - Estrada da Fúria"). Nos anos 2000, colaborou com o diretor Woody Allen em três longas: "Melinda e Melinda", "O Sonho de Cassandra" e "Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos". Sobre sua visão do ofício, afirmou, em 2014, à revista "Filmmaker": "O cinema precisa de boas imagens. Acredito que, se você não tiver boas imagens, não será um filme. Acho que todo longa precisa ser bastante visual". PARCERIA Zsigmond era parceiro e conterrâneo de outro grande nome da fotografia, László Kovács, de "Sem Destino" (1969), "Shampoo" (1975) e "Cada Um Vive como Quer" (1970), entre outros. Ele morreu em 2007, aos 74 anos. Os dois vivenciaram parte da ocupação nazista e depois o período da Guerra Fria. Decidiram, então, documentar o que se passava nas ruas. Juntos, filmaram e levaram o filme bruto para a fronteira com a Áustria. Eles acabaram sendo acolhidos pelos Estados Unidos como refugiados políticos em 1957. O registro se tornou um documentário da CBS narrado pelo âncora Walter Cronkite.
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Por doping, Jamaica de Bolt perde ouro olímpico e Brasil herda bronze
A equipe masculina do Brasil que disputou o revezamento 4x100 m na Olimpíada de Pequim-2008 herdou a medalha de bronze após uma punição dada a um dos atletas da campeã Jamaica, Nesta Carter, que testou positivo em uma nova análise antidoping. O caso já estava sendo investigado. A informação foi divulgada nesta quarta (25) pelo Comitê Olímpico Internacional. O Brasil, quarto colocado naquela prova era representado por Vicente Lenilson, Sandro Viana, Bruno Barros e José Carlos Moreira, o Codó, que agora se tornam medalhistas de bronze. O ouro foi para Trinidad e Tobago. A prata para o Japão. É o segundo bronze que o Brasil herda de Pequim-2008.O outro também foi no atletismo e no revezamento 4x100 m feminino. No caso, a equipe russa teve uma atleta eliminada. BRASIL GANHA, BOLT PERDE Com a punição de Carter, o jamaicano Usain Bolt, que fazia parte daquela equipe, perde seu recorde de nove ouros olímpicos em nove provas disputadas, estabelecido na Rio-2016. Em Pequim-2008, Londres-2012 e no Brasil, Bolt, 30, conquistou o ouro nos 100 m, 200 m e 4x100 m. Agora, passa a somar oito medalhas. Carter, 31, que testou positivo para a substância proibida metilhexaneamina, também fez parte do time que venceu o evento em Londres e ajudou a Jamaica a vencer o Campeonato Mundial em 2011, 2013 e 2015. A amostra de Carter foi uma das 454 selecionadas para serem testadas novamente pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) no ano passado. RESULTADO JÁ ERA AGUARDADO Segundo a BBC, Carter fez um teste na noite da final dos 4x100 m em Pequim-2008, mas não foram apontados problemas. Mais de 4.500 testes foram realizados naqueles Jogos, com nove atletas descobertos. Um problema na amostra de Carter, no entanto, foi encontrado após a decisão do COI de refazer os testes de Pequim utilizando uma tecnologia mais avançada. Tanto o atleta quanto o Comitê Olímpico da Jamaica foram comunicados em maio de 2016 e avisados de que seria realizado teste em outra amostra de Carter. À época, a Reuters afirmou que na primeira amostra havia sido encontrada metilhexanamina, que está na lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidoping (Wada) desde 2004. A metilhexanamina foi reclassificada em 2011 para "substância específica", o que significa que em alguns casos pode suscitar explicações cabíveis de não doping. Vendida como um descongestionante nasal nos Estados Unidos até 1983, a substância, no entanto, tem sido mais usada recentemente como um suplemento alimentar. Em junho, Bolt afirmou que devolver a medalha seria doloroso. "Durante anos você trabalha duro para acumular medalhas de ouro, mas uma dessas coisas... Estou mais preocupado com o atleta e espero que ele supere isso", disse Bolt ao jornal "Gleaner Jamaica" Além de Carter, o COI divulgou também a punição da russa Tatiana Lebedeva, 40, que também em Pequim foi prata no salto triplo e no salto em distância, prova vencida pela brasileira Maurren Maggi.
esporte
Por doping, Jamaica de Bolt perde ouro olímpico e Brasil herda bronzeA equipe masculina do Brasil que disputou o revezamento 4x100 m na Olimpíada de Pequim-2008 herdou a medalha de bronze após uma punição dada a um dos atletas da campeã Jamaica, Nesta Carter, que testou positivo em uma nova análise antidoping. O caso já estava sendo investigado. A informação foi divulgada nesta quarta (25) pelo Comitê Olímpico Internacional. O Brasil, quarto colocado naquela prova era representado por Vicente Lenilson, Sandro Viana, Bruno Barros e José Carlos Moreira, o Codó, que agora se tornam medalhistas de bronze. O ouro foi para Trinidad e Tobago. A prata para o Japão. É o segundo bronze que o Brasil herda de Pequim-2008.O outro também foi no atletismo e no revezamento 4x100 m feminino. No caso, a equipe russa teve uma atleta eliminada. BRASIL GANHA, BOLT PERDE Com a punição de Carter, o jamaicano Usain Bolt, que fazia parte daquela equipe, perde seu recorde de nove ouros olímpicos em nove provas disputadas, estabelecido na Rio-2016. Em Pequim-2008, Londres-2012 e no Brasil, Bolt, 30, conquistou o ouro nos 100 m, 200 m e 4x100 m. Agora, passa a somar oito medalhas. Carter, 31, que testou positivo para a substância proibida metilhexaneamina, também fez parte do time que venceu o evento em Londres e ajudou a Jamaica a vencer o Campeonato Mundial em 2011, 2013 e 2015. A amostra de Carter foi uma das 454 selecionadas para serem testadas novamente pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) no ano passado. RESULTADO JÁ ERA AGUARDADO Segundo a BBC, Carter fez um teste na noite da final dos 4x100 m em Pequim-2008, mas não foram apontados problemas. Mais de 4.500 testes foram realizados naqueles Jogos, com nove atletas descobertos. Um problema na amostra de Carter, no entanto, foi encontrado após a decisão do COI de refazer os testes de Pequim utilizando uma tecnologia mais avançada. Tanto o atleta quanto o Comitê Olímpico da Jamaica foram comunicados em maio de 2016 e avisados de que seria realizado teste em outra amostra de Carter. À época, a Reuters afirmou que na primeira amostra havia sido encontrada metilhexanamina, que está na lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidoping (Wada) desde 2004. A metilhexanamina foi reclassificada em 2011 para "substância específica", o que significa que em alguns casos pode suscitar explicações cabíveis de não doping. Vendida como um descongestionante nasal nos Estados Unidos até 1983, a substância, no entanto, tem sido mais usada recentemente como um suplemento alimentar. Em junho, Bolt afirmou que devolver a medalha seria doloroso. "Durante anos você trabalha duro para acumular medalhas de ouro, mas uma dessas coisas... Estou mais preocupado com o atleta e espero que ele supere isso", disse Bolt ao jornal "Gleaner Jamaica" Além de Carter, o COI divulgou também a punição da russa Tatiana Lebedeva, 40, que também em Pequim foi prata no salto triplo e no salto em distância, prova vencida pela brasileira Maurren Maggi.
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Dólar recua e Bolsa sobe, apesar de rebaixamento da nota do Brasil
A alta dos preços do petróleo deu o tom dos negócios nos mercados globais, com uma possível adesão do Irã ao congelamento da produção em níveis de janeiro. Apesar de novo rebaixamento da nota do Brasil pela Standard & Poor's, já na reta final do pregão, o Ibovespa fechou em alta e o dólar recuou, ficando abaixo de R$ 4. Os juros futuros caíram. Em Londres, o petróleo Brent era negociado no fim da tarde desta quarta-feira (17) em alta de 7,33%, a US$ 34,54 o barril e, nos EUA, o WTI ganhava 5,54%, a US$ 30,65. O avanço do petróleo animou os investidores a buscarem ativos de maior risco, especialmente aqueles ligados a commodities. Segundo a agência de notícias oficial Shana, o Irã apoia a decisão de membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e de países de fora do grupo de manter um "teto" na produção. A afirmação foi atribuída ao ministro iraniano de Petróleo, Bijan Zanganeh, segundo a agência de notícias oficial Shana. O ministro se pronunciou após se encontrar com os colegas de outros três países produtores –Iraque, Venezuela e Catar– para discutir a proposta de congelar a produção global nos níveis registrados em janeiro. Contudo, as declarações divulgadas pela agência não deixaram claro se o próprio Irã pretende limitar sua produção aos níveis de janeiro. DÓLAR E JUROS No mercado de câmbio, após ter subido nesta terça-feira (16), o dólar à vista fechou em queda de 1,82%, a R$ 3,9804, enquanto o dólar comercial perdeu 1,89%, a R$ 3,9940. O dólar chegou a reduzir a queda frente ao real após a decisão da Standard & Poor's de rebaixar a nota do Brasil para BB, de BB+, mas o impacto foi limitado porque o país já era classificado como grau especulativo pela agência de classificação de risco. "Consideráveis" desafios políticos e econômicos levaram a S&P a rebaixar a nota de crédito do Brasil novamente, advertindo que pode piorar ainda mais a classificação do país. "É um problema mais de médio prazo do que de curto prazo. Vai demorar mais para o Brasil recuperar o grau de investimento, porque é raro uma agência melhorar o rating duas vezes em um ano", disse o estrategista de renda fixa da corretora Coinvalores, Paulo Celso Nepomuceno. Os juros futuros recuaram, com o contrato de DI para janeiro de 2017 em 14,240%, de 14,280% nesta terça-feira; e o contrato de DI para janeiro de 2021 negociado a 15,750%, de 16,020% na véspera. O movimento no mercado de juros segue a sinalização do Banco Central de que a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 14,25% ao ano, não deve sofrer novo aumento tão cedo. BOLSAS O petróleo também impulsionou as altas nos mercados de ações do Brasil, Estados Unidos e Europa, especialmente dos papéis ligados a commodities e ao setor de energia. Em dia de vencimento dos contratos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro, e a apesar do novo rebaixamento da nota do Brasil, o principal índice da Bolsa paulista fechou em alta de 1,67%, a 41.630,82 pontos, com giro financeiro de R$ 19,225 bilhões. O volume expressivo foi engordado pelo vencimento de opções, que movimentou R$ 6,304 bilhões. Antes do rebaixamento da nota do país, o Ibovespa chegou a subir 3,63%. As ações da Petrobras ganharam 5,40%, a R$ 4,68 (preferenciais) e 7,79%, a R$ 6,78 (ordinárias). As Bolsas europeias fecharam em alta: Londres (+2,71%); Paris (+2,99%), Frankfurt (+2,65%), Madri (+2,79%) e Milão (+2,48%). Contribuíram para o bom humor a alta das ações do banco francês Crédit Agricole e da mineradora Glencore. Em Nova York, na reta final do pregão, o Dow Jones subia 1,67%, o S&P 500, +1,73% e o Nasdaq, +2,28%, após a divulgação da ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA). O documento revelou que autoridades do banco central norte-americano discutiram alterar a trajetória planejada de altas de juros neste ano devido ao aperto das condições financeiras globais. A ata sugere que a recente desaceleração do crescimento global e fortes quedas nos mercados de ações estão levando o Fed a considerar recuar dos sinais que enviou em dezembro, quando indicou que poderia aumentar os juros quatro vezes neste ano. Na Ásia, as ações chinesas subiram novamente nesta quarta-feira para uma nova máxima de três semanas. A demanda por ações de infraestrutura ajudou o mercado a manter uma recuperação alimentada pelas esperanças de estímulos econômicos, ainda que alguns analistas alertem que esta alta pode se reverter logo. As ações do setor subiram depois que o governo chinês anunciou planos de investir 400 bilhões de yuans (US$ 61,42 bilhões) em projetos de infraestrutura. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 0,87%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 1,1%. No Japão, o índice Nikkei recuou 1,36%, mas ainda assim acumula alta de mais de 5% nesta semana.
mercado
Dólar recua e Bolsa sobe, apesar de rebaixamento da nota do BrasilA alta dos preços do petróleo deu o tom dos negócios nos mercados globais, com uma possível adesão do Irã ao congelamento da produção em níveis de janeiro. Apesar de novo rebaixamento da nota do Brasil pela Standard & Poor's, já na reta final do pregão, o Ibovespa fechou em alta e o dólar recuou, ficando abaixo de R$ 4. Os juros futuros caíram. Em Londres, o petróleo Brent era negociado no fim da tarde desta quarta-feira (17) em alta de 7,33%, a US$ 34,54 o barril e, nos EUA, o WTI ganhava 5,54%, a US$ 30,65. O avanço do petróleo animou os investidores a buscarem ativos de maior risco, especialmente aqueles ligados a commodities. Segundo a agência de notícias oficial Shana, o Irã apoia a decisão de membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e de países de fora do grupo de manter um "teto" na produção. A afirmação foi atribuída ao ministro iraniano de Petróleo, Bijan Zanganeh, segundo a agência de notícias oficial Shana. O ministro se pronunciou após se encontrar com os colegas de outros três países produtores –Iraque, Venezuela e Catar– para discutir a proposta de congelar a produção global nos níveis registrados em janeiro. Contudo, as declarações divulgadas pela agência não deixaram claro se o próprio Irã pretende limitar sua produção aos níveis de janeiro. DÓLAR E JUROS No mercado de câmbio, após ter subido nesta terça-feira (16), o dólar à vista fechou em queda de 1,82%, a R$ 3,9804, enquanto o dólar comercial perdeu 1,89%, a R$ 3,9940. O dólar chegou a reduzir a queda frente ao real após a decisão da Standard & Poor's de rebaixar a nota do Brasil para BB, de BB+, mas o impacto foi limitado porque o país já era classificado como grau especulativo pela agência de classificação de risco. "Consideráveis" desafios políticos e econômicos levaram a S&P a rebaixar a nota de crédito do Brasil novamente, advertindo que pode piorar ainda mais a classificação do país. "É um problema mais de médio prazo do que de curto prazo. Vai demorar mais para o Brasil recuperar o grau de investimento, porque é raro uma agência melhorar o rating duas vezes em um ano", disse o estrategista de renda fixa da corretora Coinvalores, Paulo Celso Nepomuceno. Os juros futuros recuaram, com o contrato de DI para janeiro de 2017 em 14,240%, de 14,280% nesta terça-feira; e o contrato de DI para janeiro de 2021 negociado a 15,750%, de 16,020% na véspera. O movimento no mercado de juros segue a sinalização do Banco Central de que a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 14,25% ao ano, não deve sofrer novo aumento tão cedo. BOLSAS O petróleo também impulsionou as altas nos mercados de ações do Brasil, Estados Unidos e Europa, especialmente dos papéis ligados a commodities e ao setor de energia. Em dia de vencimento dos contratos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro, e a apesar do novo rebaixamento da nota do Brasil, o principal índice da Bolsa paulista fechou em alta de 1,67%, a 41.630,82 pontos, com giro financeiro de R$ 19,225 bilhões. O volume expressivo foi engordado pelo vencimento de opções, que movimentou R$ 6,304 bilhões. Antes do rebaixamento da nota do país, o Ibovespa chegou a subir 3,63%. As ações da Petrobras ganharam 5,40%, a R$ 4,68 (preferenciais) e 7,79%, a R$ 6,78 (ordinárias). As Bolsas europeias fecharam em alta: Londres (+2,71%); Paris (+2,99%), Frankfurt (+2,65%), Madri (+2,79%) e Milão (+2,48%). Contribuíram para o bom humor a alta das ações do banco francês Crédit Agricole e da mineradora Glencore. Em Nova York, na reta final do pregão, o Dow Jones subia 1,67%, o S&P 500, +1,73% e o Nasdaq, +2,28%, após a divulgação da ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA). O documento revelou que autoridades do banco central norte-americano discutiram alterar a trajetória planejada de altas de juros neste ano devido ao aperto das condições financeiras globais. A ata sugere que a recente desaceleração do crescimento global e fortes quedas nos mercados de ações estão levando o Fed a considerar recuar dos sinais que enviou em dezembro, quando indicou que poderia aumentar os juros quatro vezes neste ano. Na Ásia, as ações chinesas subiram novamente nesta quarta-feira para uma nova máxima de três semanas. A demanda por ações de infraestrutura ajudou o mercado a manter uma recuperação alimentada pelas esperanças de estímulos econômicos, ainda que alguns analistas alertem que esta alta pode se reverter logo. As ações do setor subiram depois que o governo chinês anunciou planos de investir 400 bilhões de yuans (US$ 61,42 bilhões) em projetos de infraestrutura. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 0,87%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 1,1%. No Japão, o índice Nikkei recuou 1,36%, mas ainda assim acumula alta de mais de 5% nesta semana.
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Relatório da reforma política revê doação oculta, limite e pesquisas
O relator da reforma política, deputado Vicente Cândido (PT-SP), apresentou nesta terça-feira (15) texto final em que ressuscita as doações ocultas nas campanhas, amplia os limites para que pessoas físicas possam financiar candidatos e coloca barreiras e vedações à divulgação de pesquisas eleitorais. O relatório, amplamente favorável a partidos e candidatos, diz respeito a um dos capítulos da reforma debatida no Congresso, a que não inclui alteração na Constituição. Seu texto deve ser votado até a semana que vem em comissão e, depois, precisa passar pelos plenários da Câmara e do Senado até setembro para valer nas eleições de 2018. A parte da reforma que modifica a Constituição –cria mais um fundo público para financiar candidatos, de R$ 3,6 bilhões, além de alterar o modelo eleitoral do Legislativo para o chamado "distritão"– está um pouco mais avançada e deve ser votada no plenário da Câmara nesta quarta (16). DOAÇÕES No relatório que apresentou nesta terça (o da parte infraconstitucional da reforma), Cândido decidiu ampliar a volta que já havia anunciado das doações ocultas. Antes ele estabelecia sigilo para aqueles cidadãos que fizessem doações de até três salários mínimos aos candidatos. Agora, incluiu a possibilidade de o doador pedir que seu nome não seja divulgado à população, qualquer que seja o valor. Paralelamente a isso, ampliou consideravelmente o limite para doações de pessoas físicas. Hoje elas só podem direcionar a candidatos até 10% do seu rendimento do ano anterior. Pelo texto do petista, vai poder doar para cada cargo em disputa até 10% do rendimento ou 10 salários mínimos, o que for menor. Como em 2018 haverá cinco cargos em disputa (presidente, governador, duas vagas para o Senado –mas um só eleito–, deputado federal e deputado estadual), o limite ficará em 50 salários mínimos. LIMITES Em 2015 o Supremo Tribunal Federal proibiu que os candidatos continuassem a ser financiados pelas empresas, até então as maiores doadoras de campanha. Com isso, surgiu a articulação para votação de uma reforma que ampliasse o financiamento público e os limites para doações privadas de pessoas físicas. Críticos argumentam que muitas empresas usarão essas novas regras para escamotear doações por meio de várias pessoas físicas. Cândido defende suas posições afirmando que em países da Europa as doações de pessoas físicas são robustas e, em relação à doação oculta, afirma ser necessário preservar o cidadão em um ambiente de radicalização das divergências políticas. O petista também cria a habilitação prévia da candidatura, com ampliação do período em que os candidatos podem arrecadar recursos para suas campanhas, anistia penalidades a partidos e estabelece que juízes que não conseguirem julgar a tempo o grande volume de questionamentos a candidaturas terão de se explicar ao Conselho Nacional de Justiça, com possibilidade de punição administrativa. Em relação à tranquilidade do eleitor, o texto estabelece uma potencial ameaça –libera o hoje proibido telemarketing de campanha, das 9h às 20h, de segunda a sábado. PESQUISAS Outro foco do relatório de Vicente Cândido são as pesquisas eleitorais. Hoje elas podem ser divulgadas até no dia da eleição. O petista estabeleceu que elas só poderão ser publicadas até o sábado da semana anterior à disputa. Além disso, ampliou de cinco para dez dias de antecedência o prazo de divulgação dos dados metodológicos e do contratante e incluiu trecho dizendo que partidos e o Ministério Público são figuras legítimas para questionar na Justiça pesquisas que não atendam aos requisitos legais. O seu argumento é o de que o Congresso visa a coibir levantamentos "fajutos" ou "fraudulentos". Representantes de instituto de pesquisas afirmam que a restrição de uma semana é nociva ao eleitor, que ficará privado de informação essencial para sua escolha, diferentemente de políticos, que continuarão a ter acesso a suas pesquisas internas. PERÍODO ELEITORAL Outros pontos de seu relatório ampliam o período eleitoral de 45 para 60 dias, estabelecem teto de gasto para as campanhas (R$ 150 milhões para presidente, R$ 30 milhões para governador em grandes Estados e R$ 2,5 milhões para deputados federais) e para o autofinanciamento (R$ 10 mil para candidatos a cargo Executivo e R$ 175 mil para deputados federais). Sobre as regras para divisão do novo fundo eleitoral de R$ 3,6 bilhões, ainda não há acordo, mas Cândido estabeleceu cálculo que beneficia as grandes legendas. Do dinheiro recebido pelos partidos, 50% ficariam com os candidatos a presidente, governador ou senador, 30% aos candidatos a deputado federal e 20% aos candidatos a deputado estadual. * Parte da reforma política feita por meio de projeto de lei, ainda em discussão em comissão da Câmara Divisão do fundo eleitoral de R$ 3,6 bilhões Como é hoje Fundo não existe Em discussão Aos partidos: 2% divididos igualitariamente entre todos os partidos; 49% divididos na proporção do percentual de votos por eles obtidos na última eleição para a Câmara dos Deputados; 34% divididos na proporção do número de representantes na Câmara dos Deputados em 10 de agosto de 2017; 15% divididos na proporção do número de representantes no Senado em 10 de agosto de 2017. Aos candidatos: 50% ao candidato a presidente, governador ou senador; 30% aos candidatos a deputado federal; 20% aos candidatos a deputado estadual ou distrital - Teto para gastos Como é hoje Em 2014, campanhas definiram seu gastos. A vencedora, Dilma Rousseff, declarou gasto de R$ 384 milhões, em valores atualizados para março de 2017 Em discussão Para presidente, R$ 150 milhões. Governadores, 30 milhões no maiores Estados. Senadores, R$ 8 milhões. Deputados federais, R$ 2,5 milhões. Deputados estaduais, R$ 1,5 milhão. - Arrecadação de dinheiro de campanha Como é hoje Só é permitido no período eleitoral, geralmente no final de agosto Em discussão Arrecadação pode começar a ser feita no início do ano eleitoral, após aprovação de habilitação prévia da candidatura - Doações de pessoas físicas a candidatos Como é hoje Não pode ultrapassar 10% da renda do ano anterior Em discussão Pessoas físicas poderão doar para cada cargo em disputa até 10% de sua renda do ano anterior (limitada a 10 salários mínimos para cada cargo em disputa). Ou seja, em 2018 uma pessoa poderá doar até 50 salários mínimos (ou 50% de seu rendimento no ano anterior, o que for menor), já que haverá cinco cargos em disputa - Autofinanciamento Como é hoje Não há limite Em discussão R$ 10 mil para candidatos a cargo majoritário; para os demais cargos, até 7% do teto de gasto - Pesquisas eleitorais Como é hoje Podem ser divulgadas até no dia da eleição. Institutos devem divulgar uma série de informações sobre o contratante e a pesquisa pelo menos cinco dias antes da publicação dos dados Em discussão É vedada a divulgação de pesquisas eleitorais a partir do domingo anterior à data das eleições. Institutos deverão divulgar informações sobre o contratante e a pesquisas pelo menos 10 dias antes da publicação, incluindo o nome do estatístico responsável, acompanhado de sua assinatura com certificação digital e o número de seu registro no Conselho Regional de Estatística. Partidos ou o Ministério Público podem questionar na Justiça o registro de pesquisas de opinião que não se enquadrem na lei. O juiz, considerando o "relevo da causa" do questionamento e a "possibilidade de prejuízo de difícil reparação" poderá determinar, cautelarmente, a não divulgação dos resultados da pesquisa ou a inclusão de esclarecimentos nela - Caciquismo partidário Como é hoje Partidos mantêm diretórios regionais em caráter provisório, o que facilita intervenção e enquadramento Em discussão Partidos deverão ter até 2022 ao menos 70% de seus diretórios instalados em caráter definitivo - Participação das mulheres na propaganda partidária Como é hoje Mínimo de 10% Em discussão Sobe para 30% - Doação oculta Como é hoje No caso das doações a candidatos, é público o nome e CPF das pessoas que financiaram as campanhas Em discussão O doador pode solicitar que seu nome fique sob sigilo, exceto para autoridades - Fiscalização dos candidatos Como é hoje Justiça nos Estados normalmente não conseguem julgar no prazo estipulado as contestações às candidaturas Em discussão Haverá habilitação prévia das candidaturas e os juízes terão que informar ao Conselho Nacional de Justiça motivos de eventual análise dessas habilitações. Com isso, podem sofrer punição administrativa - Período eleitoral Como é hoje 45 dias Em discussão 60 dias - Propaganda por telemarketing Como é hoje Proibida Em discussão É permitida a propaganda eleitoral por telemarketing, das 9h às 20h, de segunda a sábado
poder
Relatório da reforma política revê doação oculta, limite e pesquisasO relator da reforma política, deputado Vicente Cândido (PT-SP), apresentou nesta terça-feira (15) texto final em que ressuscita as doações ocultas nas campanhas, amplia os limites para que pessoas físicas possam financiar candidatos e coloca barreiras e vedações à divulgação de pesquisas eleitorais. O relatório, amplamente favorável a partidos e candidatos, diz respeito a um dos capítulos da reforma debatida no Congresso, a que não inclui alteração na Constituição. Seu texto deve ser votado até a semana que vem em comissão e, depois, precisa passar pelos plenários da Câmara e do Senado até setembro para valer nas eleições de 2018. A parte da reforma que modifica a Constituição –cria mais um fundo público para financiar candidatos, de R$ 3,6 bilhões, além de alterar o modelo eleitoral do Legislativo para o chamado "distritão"– está um pouco mais avançada e deve ser votada no plenário da Câmara nesta quarta (16). DOAÇÕES No relatório que apresentou nesta terça (o da parte infraconstitucional da reforma), Cândido decidiu ampliar a volta que já havia anunciado das doações ocultas. Antes ele estabelecia sigilo para aqueles cidadãos que fizessem doações de até três salários mínimos aos candidatos. Agora, incluiu a possibilidade de o doador pedir que seu nome não seja divulgado à população, qualquer que seja o valor. Paralelamente a isso, ampliou consideravelmente o limite para doações de pessoas físicas. Hoje elas só podem direcionar a candidatos até 10% do seu rendimento do ano anterior. Pelo texto do petista, vai poder doar para cada cargo em disputa até 10% do rendimento ou 10 salários mínimos, o que for menor. Como em 2018 haverá cinco cargos em disputa (presidente, governador, duas vagas para o Senado –mas um só eleito–, deputado federal e deputado estadual), o limite ficará em 50 salários mínimos. LIMITES Em 2015 o Supremo Tribunal Federal proibiu que os candidatos continuassem a ser financiados pelas empresas, até então as maiores doadoras de campanha. Com isso, surgiu a articulação para votação de uma reforma que ampliasse o financiamento público e os limites para doações privadas de pessoas físicas. Críticos argumentam que muitas empresas usarão essas novas regras para escamotear doações por meio de várias pessoas físicas. Cândido defende suas posições afirmando que em países da Europa as doações de pessoas físicas são robustas e, em relação à doação oculta, afirma ser necessário preservar o cidadão em um ambiente de radicalização das divergências políticas. O petista também cria a habilitação prévia da candidatura, com ampliação do período em que os candidatos podem arrecadar recursos para suas campanhas, anistia penalidades a partidos e estabelece que juízes que não conseguirem julgar a tempo o grande volume de questionamentos a candidaturas terão de se explicar ao Conselho Nacional de Justiça, com possibilidade de punição administrativa. Em relação à tranquilidade do eleitor, o texto estabelece uma potencial ameaça –libera o hoje proibido telemarketing de campanha, das 9h às 20h, de segunda a sábado. PESQUISAS Outro foco do relatório de Vicente Cândido são as pesquisas eleitorais. Hoje elas podem ser divulgadas até no dia da eleição. O petista estabeleceu que elas só poderão ser publicadas até o sábado da semana anterior à disputa. Além disso, ampliou de cinco para dez dias de antecedência o prazo de divulgação dos dados metodológicos e do contratante e incluiu trecho dizendo que partidos e o Ministério Público são figuras legítimas para questionar na Justiça pesquisas que não atendam aos requisitos legais. O seu argumento é o de que o Congresso visa a coibir levantamentos "fajutos" ou "fraudulentos". Representantes de instituto de pesquisas afirmam que a restrição de uma semana é nociva ao eleitor, que ficará privado de informação essencial para sua escolha, diferentemente de políticos, que continuarão a ter acesso a suas pesquisas internas. PERÍODO ELEITORAL Outros pontos de seu relatório ampliam o período eleitoral de 45 para 60 dias, estabelecem teto de gasto para as campanhas (R$ 150 milhões para presidente, R$ 30 milhões para governador em grandes Estados e R$ 2,5 milhões para deputados federais) e para o autofinanciamento (R$ 10 mil para candidatos a cargo Executivo e R$ 175 mil para deputados federais). Sobre as regras para divisão do novo fundo eleitoral de R$ 3,6 bilhões, ainda não há acordo, mas Cândido estabeleceu cálculo que beneficia as grandes legendas. Do dinheiro recebido pelos partidos, 50% ficariam com os candidatos a presidente, governador ou senador, 30% aos candidatos a deputado federal e 20% aos candidatos a deputado estadual. * Parte da reforma política feita por meio de projeto de lei, ainda em discussão em comissão da Câmara Divisão do fundo eleitoral de R$ 3,6 bilhões Como é hoje Fundo não existe Em discussão Aos partidos: 2% divididos igualitariamente entre todos os partidos; 49% divididos na proporção do percentual de votos por eles obtidos na última eleição para a Câmara dos Deputados; 34% divididos na proporção do número de representantes na Câmara dos Deputados em 10 de agosto de 2017; 15% divididos na proporção do número de representantes no Senado em 10 de agosto de 2017. Aos candidatos: 50% ao candidato a presidente, governador ou senador; 30% aos candidatos a deputado federal; 20% aos candidatos a deputado estadual ou distrital - Teto para gastos Como é hoje Em 2014, campanhas definiram seu gastos. A vencedora, Dilma Rousseff, declarou gasto de R$ 384 milhões, em valores atualizados para março de 2017 Em discussão Para presidente, R$ 150 milhões. Governadores, 30 milhões no maiores Estados. Senadores, R$ 8 milhões. Deputados federais, R$ 2,5 milhões. Deputados estaduais, R$ 1,5 milhão. - Arrecadação de dinheiro de campanha Como é hoje Só é permitido no período eleitoral, geralmente no final de agosto Em discussão Arrecadação pode começar a ser feita no início do ano eleitoral, após aprovação de habilitação prévia da candidatura - Doações de pessoas físicas a candidatos Como é hoje Não pode ultrapassar 10% da renda do ano anterior Em discussão Pessoas físicas poderão doar para cada cargo em disputa até 10% de sua renda do ano anterior (limitada a 10 salários mínimos para cada cargo em disputa). Ou seja, em 2018 uma pessoa poderá doar até 50 salários mínimos (ou 50% de seu rendimento no ano anterior, o que for menor), já que haverá cinco cargos em disputa - Autofinanciamento Como é hoje Não há limite Em discussão R$ 10 mil para candidatos a cargo majoritário; para os demais cargos, até 7% do teto de gasto - Pesquisas eleitorais Como é hoje Podem ser divulgadas até no dia da eleição. Institutos devem divulgar uma série de informações sobre o contratante e a pesquisa pelo menos cinco dias antes da publicação dos dados Em discussão É vedada a divulgação de pesquisas eleitorais a partir do domingo anterior à data das eleições. Institutos deverão divulgar informações sobre o contratante e a pesquisas pelo menos 10 dias antes da publicação, incluindo o nome do estatístico responsável, acompanhado de sua assinatura com certificação digital e o número de seu registro no Conselho Regional de Estatística. Partidos ou o Ministério Público podem questionar na Justiça o registro de pesquisas de opinião que não se enquadrem na lei. O juiz, considerando o "relevo da causa" do questionamento e a "possibilidade de prejuízo de difícil reparação" poderá determinar, cautelarmente, a não divulgação dos resultados da pesquisa ou a inclusão de esclarecimentos nela - Caciquismo partidário Como é hoje Partidos mantêm diretórios regionais em caráter provisório, o que facilita intervenção e enquadramento Em discussão Partidos deverão ter até 2022 ao menos 70% de seus diretórios instalados em caráter definitivo - Participação das mulheres na propaganda partidária Como é hoje Mínimo de 10% Em discussão Sobe para 30% - Doação oculta Como é hoje No caso das doações a candidatos, é público o nome e CPF das pessoas que financiaram as campanhas Em discussão O doador pode solicitar que seu nome fique sob sigilo, exceto para autoridades - Fiscalização dos candidatos Como é hoje Justiça nos Estados normalmente não conseguem julgar no prazo estipulado as contestações às candidaturas Em discussão Haverá habilitação prévia das candidaturas e os juízes terão que informar ao Conselho Nacional de Justiça motivos de eventual análise dessas habilitações. Com isso, podem sofrer punição administrativa - Período eleitoral Como é hoje 45 dias Em discussão 60 dias - Propaganda por telemarketing Como é hoje Proibida Em discussão É permitida a propaganda eleitoral por telemarketing, das 9h às 20h, de segunda a sábado
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Funk da festa Batekoo atrai público que desconhecia 'esquenta' da Virada
Ao som da funkeira Tati Quebra-Barraco, o estudante André Castilho, 19, dança animado numa roda com 12 amigos, todos alunos de um cursinho da região. "Da sala, a gente ouviu o barulho e veio para cá", conta. O grupo de estudantes não sabia que a praça do Ouvidor, no centro de São Paulo, receberia a festa Batekoo, que toca ritmos como funk carioca, hip-hop, rap e kuduro. A atração faz parte da programação do "esquenta" da Virada Cultural. "A música está boa para dançar. Não tem tanta gente, mas fazemos ficar animado." Diferentemente das edições anteriores, a organização da Virada Cultural adiantou o início de sua programação em um dia com uma espécie de "esquenta": das 18h às 23h, rodas de samba, apresentações de jazz, hip-hop e festas de música eletrônica serão realizadas no perímetro entre a avenida Ipiranga e a praça da Sé. Em frente à tradicional Faculdade de Direito da USP, o funk e o hip-hop rolam soltos. Uma saída de ar virou pista de dança. Com cabelos ao ventos e barrigas à mostra, o público faz a coreografia do funk "Tá Tranquilo, Tá Favorável", do paulistano MC Bin Laden. "Dançar aqui é libertador", diz o estudante Orlando Jesus, 17. "Só que embaraça todo o cabelo", conta Karen Monteiro, 18, que também é estudante. Com um gatinho branco no ombro e o filho Amaru, 2, no colo, a malabarista argentina Paula Davida, 27, também escuta pela primeira vez o som da festa. "Não sabia do evento, mas estou rodando pelo centro para ver o que encontro", diz. Para ela, eventos como a Virada são importantes porque aproximam pessoas diferentes. A argentina conta que, neste sábado (21), seu grupo de malabaristas se apresentará em uma virada artística própria nos arredores do largo São Francisco. REGGAE Segundo estimativa da Polícia Militar, 300 pessoas foram à festa Dubversão Sistema de Som + Strikkly Vikkly, na Praça da Sé. Ao som de batidas de reggae e clima de descontração e paquera, casais, grupos de amigos e moradores de rua dançam, fazendo movimentos suaves, enquanto vendedores ambulantes aproveitam para vender acessórios. No total, 11 atrações compõem o "esquenta": a mostra audiovisual itinerante "Laço", a festa de dub e reggae Dubversão, a roda de samba Samba da Vela, o festival de rua Garageira, a apresentação do grupo de compositores Berço do Samba de São Mateus e a festa de "twerk" Batekoo. Completam a programação do dia as apresentações do cantor João Borba e dos artistas da Casa de Francisca, o projeto Jazz na Kombi, o encontro dos DJs Hum, Febas e Dindo Picadinha, além de shows no Estúdio Lâmina. Já a parte principal da programação da Virada ocorre a partir das 18h deste sábado (21), com show do cantor Ney Matogrosso no palco montado na praça Júlio Prestes.
ilustrada
Funk da festa Batekoo atrai público que desconhecia 'esquenta' da ViradaAo som da funkeira Tati Quebra-Barraco, o estudante André Castilho, 19, dança animado numa roda com 12 amigos, todos alunos de um cursinho da região. "Da sala, a gente ouviu o barulho e veio para cá", conta. O grupo de estudantes não sabia que a praça do Ouvidor, no centro de São Paulo, receberia a festa Batekoo, que toca ritmos como funk carioca, hip-hop, rap e kuduro. A atração faz parte da programação do "esquenta" da Virada Cultural. "A música está boa para dançar. Não tem tanta gente, mas fazemos ficar animado." Diferentemente das edições anteriores, a organização da Virada Cultural adiantou o início de sua programação em um dia com uma espécie de "esquenta": das 18h às 23h, rodas de samba, apresentações de jazz, hip-hop e festas de música eletrônica serão realizadas no perímetro entre a avenida Ipiranga e a praça da Sé. Em frente à tradicional Faculdade de Direito da USP, o funk e o hip-hop rolam soltos. Uma saída de ar virou pista de dança. Com cabelos ao ventos e barrigas à mostra, o público faz a coreografia do funk "Tá Tranquilo, Tá Favorável", do paulistano MC Bin Laden. "Dançar aqui é libertador", diz o estudante Orlando Jesus, 17. "Só que embaraça todo o cabelo", conta Karen Monteiro, 18, que também é estudante. Com um gatinho branco no ombro e o filho Amaru, 2, no colo, a malabarista argentina Paula Davida, 27, também escuta pela primeira vez o som da festa. "Não sabia do evento, mas estou rodando pelo centro para ver o que encontro", diz. Para ela, eventos como a Virada são importantes porque aproximam pessoas diferentes. A argentina conta que, neste sábado (21), seu grupo de malabaristas se apresentará em uma virada artística própria nos arredores do largo São Francisco. REGGAE Segundo estimativa da Polícia Militar, 300 pessoas foram à festa Dubversão Sistema de Som + Strikkly Vikkly, na Praça da Sé. Ao som de batidas de reggae e clima de descontração e paquera, casais, grupos de amigos e moradores de rua dançam, fazendo movimentos suaves, enquanto vendedores ambulantes aproveitam para vender acessórios. No total, 11 atrações compõem o "esquenta": a mostra audiovisual itinerante "Laço", a festa de dub e reggae Dubversão, a roda de samba Samba da Vela, o festival de rua Garageira, a apresentação do grupo de compositores Berço do Samba de São Mateus e a festa de "twerk" Batekoo. Completam a programação do dia as apresentações do cantor João Borba e dos artistas da Casa de Francisca, o projeto Jazz na Kombi, o encontro dos DJs Hum, Febas e Dindo Picadinha, além de shows no Estúdio Lâmina. Já a parte principal da programação da Virada ocorre a partir das 18h deste sábado (21), com show do cantor Ney Matogrosso no palco montado na praça Júlio Prestes.
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Bolsa tem leve queda e dólar sobe para R$ 3,16 com cenário político no radar
Os investidores demonstraram cautela nesta segunda-feira (28) e evitaram fazer grandes movimentos na Bolsa e no mercado cambial, à espera de novidades no campo político e em dia de agenda esvaziada no exterior. O dólar fechou o dia cotado a R$ 3,16 e o mercado acionário terminou praticamente no zero a zero. O dólar comercial teve leve alta de 0,25%, para R$ 3,164. O dólar à vista, que fecha mais cedo, subiu 0,43%, para R$ 3,156. O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas da Bolsa brasileira, encerrou em queda de 0,08%, para 71.016 pontos. O mercado acompanha a ambiciosa agenda econômica do governo, que pretende votar, até quarta (30), itens como o Refis (programa de refinanciamento de dívidas de empresas), destaques ao texto da TLP (nova taxa de juros do BNDES) e a meta fiscal para 2017 e 2018. Enquanto isso, o presidente Michel Temer viajou à China para tentar atrair investidores interessados em comprar ativos como Eletrobras e outros do plano de concessões anunciado na semana passada. "O mercado pode continuar buscando os 73 mil pontos. Tem bastante indicador econômico nesta semana, mas tem o caos na política e tem o [procurador da República Rodrigo] Janot, que pode aproveitar a ida do Temer para a China para disparar a flechada e apresentar outra denúncia contra o presidente", afirmou Pedro Galdi, analista-chefe da Magliano Corretora. "O que ele ganhou de força na semana passada com o anúncio da Eletrobras pode perder nesta semana caso seja denunciado novamente", complementou. A possibilidade de denúncia é considerada até mesmo dentro do governo. Nesta segunda, o ministro da Casa Civil e um dos principais auxiliares de Michel Temer, Eliseu Padilha, disse que as possibilidades de a PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentar uma nova denúncia contra o presidente nos próximos dias são "as maiores do mundo". No exterior, a agenda fraca fez com que o dólar perdesse força ante 23 das 31 principais divisas do mundo. O CDS (credit default swap, espécie de termômetro de risco-país) subiu 1,38%, para 199,9 pontos. No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados fecharam com sinais mistos. A taxa do contrato com vencimento em janeiro de 2018 recuou de 7,880% para 7,860%. Já a taxa para janeiro de 2019 subiu de 7,820% para 7,840%. AÇÕES Das 58 ações negociadas no Ibovespa, 28 subiram, 26 caíram e quatro encerraram os negócios estáveis. As ações da Vale fecharam em alta, apesar da queda de 1,57% dos preços do minério de ferro. Os papéis ordinários da empresa subiram 1,57%, para R$ 34,36. As ações preferenciais avançaram 1,51%, para R$ 31,55. A Petrobras teve um dia de queda, acompanhando a desvalorização dos preços do petróleo no exterior. Os papéis mais negociados recuaram 0,07%, para R$ 13,87. As ações ordinárias caíram 0,55%, para R$ 14,40. No setor financeiro, as ações de bancos caíram nesta segunda. O Itaú Unibanco recuou 0,88%. Os papéis preferenciais do Bradesco perderam 1,53%, e os ordinários se desvalorizaram 0,94%. O Banco do Brasil caiu 0,94%, e as units –conjunto de ações– do Santander Brasil ficaram estáveis. As ações da JBS terminaram o dia na segunda colocação entre os papéis com maior ganho, ao subirem 2,48% –perderam para Ecorodovias, que avançou 2,71%. Nesta segunda, o conselho de administração da JBS decidiu manter Wesley Batista na presidência da companhia, apesar de pedido do BNDES para afastamento do executivo e investigação dos danos causados à empresa pelos crimes de corrupção delatados por Joesley Batista.
mercado
Bolsa tem leve queda e dólar sobe para R$ 3,16 com cenário político no radarOs investidores demonstraram cautela nesta segunda-feira (28) e evitaram fazer grandes movimentos na Bolsa e no mercado cambial, à espera de novidades no campo político e em dia de agenda esvaziada no exterior. O dólar fechou o dia cotado a R$ 3,16 e o mercado acionário terminou praticamente no zero a zero. O dólar comercial teve leve alta de 0,25%, para R$ 3,164. O dólar à vista, que fecha mais cedo, subiu 0,43%, para R$ 3,156. O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas da Bolsa brasileira, encerrou em queda de 0,08%, para 71.016 pontos. O mercado acompanha a ambiciosa agenda econômica do governo, que pretende votar, até quarta (30), itens como o Refis (programa de refinanciamento de dívidas de empresas), destaques ao texto da TLP (nova taxa de juros do BNDES) e a meta fiscal para 2017 e 2018. Enquanto isso, o presidente Michel Temer viajou à China para tentar atrair investidores interessados em comprar ativos como Eletrobras e outros do plano de concessões anunciado na semana passada. "O mercado pode continuar buscando os 73 mil pontos. Tem bastante indicador econômico nesta semana, mas tem o caos na política e tem o [procurador da República Rodrigo] Janot, que pode aproveitar a ida do Temer para a China para disparar a flechada e apresentar outra denúncia contra o presidente", afirmou Pedro Galdi, analista-chefe da Magliano Corretora. "O que ele ganhou de força na semana passada com o anúncio da Eletrobras pode perder nesta semana caso seja denunciado novamente", complementou. A possibilidade de denúncia é considerada até mesmo dentro do governo. Nesta segunda, o ministro da Casa Civil e um dos principais auxiliares de Michel Temer, Eliseu Padilha, disse que as possibilidades de a PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentar uma nova denúncia contra o presidente nos próximos dias são "as maiores do mundo". No exterior, a agenda fraca fez com que o dólar perdesse força ante 23 das 31 principais divisas do mundo. O CDS (credit default swap, espécie de termômetro de risco-país) subiu 1,38%, para 199,9 pontos. No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados fecharam com sinais mistos. A taxa do contrato com vencimento em janeiro de 2018 recuou de 7,880% para 7,860%. Já a taxa para janeiro de 2019 subiu de 7,820% para 7,840%. AÇÕES Das 58 ações negociadas no Ibovespa, 28 subiram, 26 caíram e quatro encerraram os negócios estáveis. As ações da Vale fecharam em alta, apesar da queda de 1,57% dos preços do minério de ferro. Os papéis ordinários da empresa subiram 1,57%, para R$ 34,36. As ações preferenciais avançaram 1,51%, para R$ 31,55. A Petrobras teve um dia de queda, acompanhando a desvalorização dos preços do petróleo no exterior. Os papéis mais negociados recuaram 0,07%, para R$ 13,87. As ações ordinárias caíram 0,55%, para R$ 14,40. No setor financeiro, as ações de bancos caíram nesta segunda. O Itaú Unibanco recuou 0,88%. Os papéis preferenciais do Bradesco perderam 1,53%, e os ordinários se desvalorizaram 0,94%. O Banco do Brasil caiu 0,94%, e as units –conjunto de ações– do Santander Brasil ficaram estáveis. As ações da JBS terminaram o dia na segunda colocação entre os papéis com maior ganho, ao subirem 2,48% –perderam para Ecorodovias, que avançou 2,71%. Nesta segunda, o conselho de administração da JBS decidiu manter Wesley Batista na presidência da companhia, apesar de pedido do BNDES para afastamento do executivo e investigação dos danos causados à empresa pelos crimes de corrupção delatados por Joesley Batista.
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Claudia Leitte não devolve R$ 1,2 mi da Rouanet; processo será levado ao TCU
A cantora Claudia Leitte, que deve R$ 1,2 milhão aos cofres públicos pelo uso indevido da Lei Rouanet em turnê realizada em 2013, não se manifestou sobre a devolução do dinheiro no prazo estabelecido. Segundo comunicado oficial do MinC, a cantora não distribuiu 8,75% dos ingressos gratuitamente e comercializou as entradas em valores acima do pactuado em Picos (PI) e Ponta-Porã (MS). Além disso, não foram encaminhadas as contas referentes a um show realizado em Cuiabá (MT). Como não houve manifestação da cantora dentro do prazo informado, o processo foi encaminhado à Tomada de Contas Especial (TCE), que deve ser instaurado em até 180 dias. Há o prazo de 45 dias para o seu encaminhamento ao Controle Interno do Ministério da Cultura. Após este prazo, a TCE deve ser encaminhada ao Tribunal de Contas da União (TCU). Em dezembro de 2016, a AGU (Advocacia-Geral da União) recomendou ao Ministério da Cultura manter a reprovação das contas de Claudia Leitte na Lei Rouanet. O órgão contestou os argumentos do recurso dos advogados da cantora e rejeitou a proposta de converter a reprovação do projeto em "aprovação com ressalvas". A defesa de Claudia diz que a turnê beneficiada pela Rouanet "acarretou na democratização do acesso à cultura". Afirma também que proibir a cantora de captar por três anos é injusto, já que "não houve dano ao erário". Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Ciel Empreendimentos Artísticos, empresa da cantora, não quis se pronunciar sobre o assunto, mas afirmou que emitirá um comunicado oficial quando o processo chegar ao TCU.
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Claudia Leitte não devolve R$ 1,2 mi da Rouanet; processo será levado ao TCUA cantora Claudia Leitte, que deve R$ 1,2 milhão aos cofres públicos pelo uso indevido da Lei Rouanet em turnê realizada em 2013, não se manifestou sobre a devolução do dinheiro no prazo estabelecido. Segundo comunicado oficial do MinC, a cantora não distribuiu 8,75% dos ingressos gratuitamente e comercializou as entradas em valores acima do pactuado em Picos (PI) e Ponta-Porã (MS). Além disso, não foram encaminhadas as contas referentes a um show realizado em Cuiabá (MT). Como não houve manifestação da cantora dentro do prazo informado, o processo foi encaminhado à Tomada de Contas Especial (TCE), que deve ser instaurado em até 180 dias. Há o prazo de 45 dias para o seu encaminhamento ao Controle Interno do Ministério da Cultura. Após este prazo, a TCE deve ser encaminhada ao Tribunal de Contas da União (TCU). Em dezembro de 2016, a AGU (Advocacia-Geral da União) recomendou ao Ministério da Cultura manter a reprovação das contas de Claudia Leitte na Lei Rouanet. O órgão contestou os argumentos do recurso dos advogados da cantora e rejeitou a proposta de converter a reprovação do projeto em "aprovação com ressalvas". A defesa de Claudia diz que a turnê beneficiada pela Rouanet "acarretou na democratização do acesso à cultura". Afirma também que proibir a cantora de captar por três anos é injusto, já que "não houve dano ao erário". Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Ciel Empreendimentos Artísticos, empresa da cantora, não quis se pronunciar sobre o assunto, mas afirmou que emitirá um comunicado oficial quando o processo chegar ao TCU.
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Prefeitura de SP vai embargar obra da fachada do edifício Copan
A Prefeitura de São Paulo decidiu embargar as obras da fachada do edifício Copan, um dos símbolos da arquitetura e da história paulistana, na região central da cidade. O argumento é de que as obras para a troca das pastilhas começaram sem autorização do Conpresp –conselho municipal responsável pelo patrimônio histórico. O Copan é tombado pelo patrimônio desde 2012, por uma resolução que levou em conta a "unidade histórica, arquitetônica e paisagística" do prédio e de outros edifícios do centro de São Paulo. O DPH (Departamento de Patrimônio Histórico), órgão técnico do conselho municipal, informou ter autorizado somente a colocação de telas na fachada do edifício, e não a realização dos trabalhos. Por isso, decidiu pedir para a Subprefeitura da Sé embargar a obra –determinação que será dada com a ida da fiscalização ao edifício. O Conpresp ainda decidirá sobre aplicação de multa ao empreendimento, pelo fato de as obras terem iniciado sem devido aval. A Folha não conseguiu contato nesta quarta (5) com Afonso Prazeres, síndico do Copan. Ele não atendeu às ligações da reportagem. PASTILHAS Planejado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012), o Copan começou a ser reformado no final de setembro deste ano, com a troca das pastilhas da fachada, que caíam em quem passava pela calçada. A administração do prédio colocou uma tela na frente do edifício para evitar que isso ocorresse. A obra deve custar cerca de R$ 23 milhões, mas havia apenas R$ 13 milhões para a reforma. O restante a administração esperava captar com patrocinadores privados. O problema com as pastilhas existe ao menos desde 2010, mas a administração do Copan vinha buscando recursos para levar adiante a reforma do prédio, que tem 35 andares e 115 metros de altura. O Copan foi projetado nos anos 1950. Mais de 2.000 pessoas moram no condomínio.
cotidiano
Prefeitura de SP vai embargar obra da fachada do edifício CopanA Prefeitura de São Paulo decidiu embargar as obras da fachada do edifício Copan, um dos símbolos da arquitetura e da história paulistana, na região central da cidade. O argumento é de que as obras para a troca das pastilhas começaram sem autorização do Conpresp –conselho municipal responsável pelo patrimônio histórico. O Copan é tombado pelo patrimônio desde 2012, por uma resolução que levou em conta a "unidade histórica, arquitetônica e paisagística" do prédio e de outros edifícios do centro de São Paulo. O DPH (Departamento de Patrimônio Histórico), órgão técnico do conselho municipal, informou ter autorizado somente a colocação de telas na fachada do edifício, e não a realização dos trabalhos. Por isso, decidiu pedir para a Subprefeitura da Sé embargar a obra –determinação que será dada com a ida da fiscalização ao edifício. O Conpresp ainda decidirá sobre aplicação de multa ao empreendimento, pelo fato de as obras terem iniciado sem devido aval. A Folha não conseguiu contato nesta quarta (5) com Afonso Prazeres, síndico do Copan. Ele não atendeu às ligações da reportagem. PASTILHAS Planejado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012), o Copan começou a ser reformado no final de setembro deste ano, com a troca das pastilhas da fachada, que caíam em quem passava pela calçada. A administração do prédio colocou uma tela na frente do edifício para evitar que isso ocorresse. A obra deve custar cerca de R$ 23 milhões, mas havia apenas R$ 13 milhões para a reforma. O restante a administração esperava captar com patrocinadores privados. O problema com as pastilhas existe ao menos desde 2010, mas a administração do Copan vinha buscando recursos para levar adiante a reforma do prédio, que tem 35 andares e 115 metros de altura. O Copan foi projetado nos anos 1950. Mais de 2.000 pessoas moram no condomínio.
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'Só não posso falar de religião', diz Xuxa sobre seu programa na Record
Maria da Graça Meneghel está ansiosa. Aos 52 anos, Xuxa recebeu nesta terça (11) a imprensa para falar sobre seu novo programa, que estreia na Record na segunda (17). Pediu: "Por favor, peguem leve, que eu estou ansiosa, e às vezes, ansiosa, a gente pensa e fala coisas que não deveria", disse a apresentadora, com mais de três décadas de carreira. Talvez fosse o nervosismo que levou Xuxa a falar abertamente sobre a autonomia que disse ter conquistado com a mudança de canal. "A Globo foi como uma mãe para mim, que me podou em algumas coisas e me deu muito em outras. Mas, como toda mãe, não quero que falem mal. De uns seis anos para cá, eu não podia fazer algumas coisas, mas tudo bem." Sem que ninguém questionasse se havia alguma restrição de tema no novo canal, ela emendou: "A única coisa que não posso fazer é falar de religião. O resto tudo eu posso. É um pedido que não fale de nenhum tipo de religião. Porque, se eu falar de evangélicos, vão dizer que é porque a Record tem uma história com isso. Se falar de católicos, também vão falar". Contou que o canal começou propondo um programa diário. A pedido dela, foi estabelecida a periodicidade semanal, o formato de variedades adultas e a transmissão ao vivo. "É a primeira vez que vou fazer programa ao vivo. Estou aprendendo. Coisas erradas podem acontecer." A atração terá duas horas de duração e será exibida às segundas, a partir das 22h30, horário que por anos foi domínio da apresentadora Hebe Camargo, morta em 2012. Xuxa contou ter recebido um recado transcendental: "A Hebe falou algo como: 'Gracinha, eu tô te cuidando. Vai que vai ser legal'". SE DER ENTREVISTA, MORRE Questionada pela Folha se havia de fato convidado Silvio Santos para ser seu entrevistado, ela confirmou ter se empenhado pessoalmente na tarefa de levar a seu palco o Homem do Baú. "Aquilo é um livro ambulante. Não seria uma entrevista. Gostaria de botar um microfone na mão dele e dizer: 'Fala, tio Silvio'." Afirmou que ligou para a família de Silvio, de quem recebeu o recado: "Disseram que se ele desse entrevista, morreria". A negativa não a fez desistir do desejo. "Eu não perdi a vontade. Quero sentar do lado dele e deixar ele falar. Eu sonho alto, né?". Silvio visitou na semana passada o Templo de Salomão e conversou com o bispo Edir Macedo, dono da Record. "Com meu chefe ele quis falar. Comigo, não quer, fazer o quê?", e deu de ombros. A CHEFE DOS BAIXINHOS A apresentadora apareceu vestida com um terno branco, figurino similar ao das fotos de dois metros e meio que ornamentavam a sala: camisa de marinheiro, gravata azul-marinho e cinto da marca italiana Prada. De acessórios, só brincos, anéis discretos e um patacão dourado que não faria feio no pulso de Fausto Silva. Antes de a apresentadora subir ao palco, foi exibido um clipe de dois minutos com cenas já gravadas. Xuxa montada em um avestruz. Xuxa deitada num submarino. Xuxa tentando ficar em pé numa geringonça que a faz pairar no ar usando um jato d'água. Xuxa tendo aulas de surf com o campeão Gabriel Medina. Os sustos, marca registrada de Ellen DeGeneres, apresentadora e cômica americana em quem ela se inspira para a nova fase, estarão lá: uma cena mostra a apresentadora com uma buzina, daquelas em lata, em punho, saltando em cima de um convidado, que se assusta. "Gente, aprendi que não fala mais pegadinha ou susto: fala 'trolagem'. Chique, né?", disse ela, para depois revelar que "90% das pessoas que trabalham comigo foram meus baixinhos". "Eles têm uma história comigo, mas estão escrevendo uma nova história, junto comigo."
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'Só não posso falar de religião', diz Xuxa sobre seu programa na RecordMaria da Graça Meneghel está ansiosa. Aos 52 anos, Xuxa recebeu nesta terça (11) a imprensa para falar sobre seu novo programa, que estreia na Record na segunda (17). Pediu: "Por favor, peguem leve, que eu estou ansiosa, e às vezes, ansiosa, a gente pensa e fala coisas que não deveria", disse a apresentadora, com mais de três décadas de carreira. Talvez fosse o nervosismo que levou Xuxa a falar abertamente sobre a autonomia que disse ter conquistado com a mudança de canal. "A Globo foi como uma mãe para mim, que me podou em algumas coisas e me deu muito em outras. Mas, como toda mãe, não quero que falem mal. De uns seis anos para cá, eu não podia fazer algumas coisas, mas tudo bem." Sem que ninguém questionasse se havia alguma restrição de tema no novo canal, ela emendou: "A única coisa que não posso fazer é falar de religião. O resto tudo eu posso. É um pedido que não fale de nenhum tipo de religião. Porque, se eu falar de evangélicos, vão dizer que é porque a Record tem uma história com isso. Se falar de católicos, também vão falar". Contou que o canal começou propondo um programa diário. A pedido dela, foi estabelecida a periodicidade semanal, o formato de variedades adultas e a transmissão ao vivo. "É a primeira vez que vou fazer programa ao vivo. Estou aprendendo. Coisas erradas podem acontecer." A atração terá duas horas de duração e será exibida às segundas, a partir das 22h30, horário que por anos foi domínio da apresentadora Hebe Camargo, morta em 2012. Xuxa contou ter recebido um recado transcendental: "A Hebe falou algo como: 'Gracinha, eu tô te cuidando. Vai que vai ser legal'". SE DER ENTREVISTA, MORRE Questionada pela Folha se havia de fato convidado Silvio Santos para ser seu entrevistado, ela confirmou ter se empenhado pessoalmente na tarefa de levar a seu palco o Homem do Baú. "Aquilo é um livro ambulante. Não seria uma entrevista. Gostaria de botar um microfone na mão dele e dizer: 'Fala, tio Silvio'." Afirmou que ligou para a família de Silvio, de quem recebeu o recado: "Disseram que se ele desse entrevista, morreria". A negativa não a fez desistir do desejo. "Eu não perdi a vontade. Quero sentar do lado dele e deixar ele falar. Eu sonho alto, né?". Silvio visitou na semana passada o Templo de Salomão e conversou com o bispo Edir Macedo, dono da Record. "Com meu chefe ele quis falar. Comigo, não quer, fazer o quê?", e deu de ombros. A CHEFE DOS BAIXINHOS A apresentadora apareceu vestida com um terno branco, figurino similar ao das fotos de dois metros e meio que ornamentavam a sala: camisa de marinheiro, gravata azul-marinho e cinto da marca italiana Prada. De acessórios, só brincos, anéis discretos e um patacão dourado que não faria feio no pulso de Fausto Silva. Antes de a apresentadora subir ao palco, foi exibido um clipe de dois minutos com cenas já gravadas. Xuxa montada em um avestruz. Xuxa deitada num submarino. Xuxa tentando ficar em pé numa geringonça que a faz pairar no ar usando um jato d'água. Xuxa tendo aulas de surf com o campeão Gabriel Medina. Os sustos, marca registrada de Ellen DeGeneres, apresentadora e cômica americana em quem ela se inspira para a nova fase, estarão lá: uma cena mostra a apresentadora com uma buzina, daquelas em lata, em punho, saltando em cima de um convidado, que se assusta. "Gente, aprendi que não fala mais pegadinha ou susto: fala 'trolagem'. Chique, né?", disse ela, para depois revelar que "90% das pessoas que trabalham comigo foram meus baixinhos". "Eles têm uma história comigo, mas estão escrevendo uma nova história, junto comigo."
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Usiminas mantém plano de demitir 4.000 funcionários em Cubatão
A Usiminas mantém plano de demitir cerca de 4.000 funcionários de sua usina siderúrgica em Cubatão (SP) e paralisar atividades de produção de aço da unidade, informou o sindicato de metalúrgicos da região nesta sexta-feira (15). Após reunião de cinco horas nesta quinta (14), intermediada pelo Ministério Público, empresa e sindicato não chegaram a um acordo para evitar demissões e paralisação da produção de aço, disse o presidente do Sindicato dos Siderúrgicos e Metalúrgicos da Baixada Santista, Florêncio Rezende de Sá. "A Usiminas trabalha só com a hipótese de demissão... A gente está buscando uma solução para a empresa manter as operações e não demitir", disse Sá. Maior produtora de aços planos do Brasil em capacidade instalada, a Usiminas anunciou no fim de outubro que iria desativar temporariamente atividades de produção de aço da usina de Cubatão, mantendo as de laminação. A empresa citou na ocasião o cenário de fraqueza da economia e a deterioração dos preços da liga nos mercados internacionais entre os motivos para a decisão. Na quarta-feira (13), a rival CSN decidiu parar o processo de demissão de sua usina em Volta Redonda (RJ). A CSN demitiu 700 funcionários de um total de cerca de 3.000 que poderiam ser cortados segundo o sindicato local, mas não informou qual será o destino do alto-forno 2. Segundo Sá, a Usiminas informou que as demissões em Cubatão vão ocorrer entre esta 15 de fevereiro e 15 de março. A Usiminas confirmou que mantém seu plano de desligamento do alto-forno de Cubatão e paralisação das atividades primárias da usina por tempo indeterminado, com demissões de funcionários. "A empresa apresentou ao sindicato sua proposta final, um pacote de benefícios aos trabalhadores que excede o previsto em lei, mas o sindicato não aceita discutir as demissões", informou um representante da companhia. A oferta previa manutenção de planos de saúde e odontológico por 3 a 6 meses, prioridade na recontratação quando os equipamentos forem reativados e remanejamento interno de alguns profissionais para outras áreas da usina, além de cursos de recolocação profissional. O presidente do sindicato afirmou que, após o fracasso da reunião da quinta, a diretoria da entidade vai se reunir na segunda-feira (18) para definir a estratégia a ser tomada. "Não está descartada chamada para paralisação (dos trabalhadores). Vamos ver como podemos fazer uma resistência", disse ele. Após um problema que danificou equipamentos, o alto-forno da Usiminas em Cubatão que será parado completa nesta sexta-feira duas semanas sem produzir.
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Usiminas mantém plano de demitir 4.000 funcionários em CubatãoA Usiminas mantém plano de demitir cerca de 4.000 funcionários de sua usina siderúrgica em Cubatão (SP) e paralisar atividades de produção de aço da unidade, informou o sindicato de metalúrgicos da região nesta sexta-feira (15). Após reunião de cinco horas nesta quinta (14), intermediada pelo Ministério Público, empresa e sindicato não chegaram a um acordo para evitar demissões e paralisação da produção de aço, disse o presidente do Sindicato dos Siderúrgicos e Metalúrgicos da Baixada Santista, Florêncio Rezende de Sá. "A Usiminas trabalha só com a hipótese de demissão... A gente está buscando uma solução para a empresa manter as operações e não demitir", disse Sá. Maior produtora de aços planos do Brasil em capacidade instalada, a Usiminas anunciou no fim de outubro que iria desativar temporariamente atividades de produção de aço da usina de Cubatão, mantendo as de laminação. A empresa citou na ocasião o cenário de fraqueza da economia e a deterioração dos preços da liga nos mercados internacionais entre os motivos para a decisão. Na quarta-feira (13), a rival CSN decidiu parar o processo de demissão de sua usina em Volta Redonda (RJ). A CSN demitiu 700 funcionários de um total de cerca de 3.000 que poderiam ser cortados segundo o sindicato local, mas não informou qual será o destino do alto-forno 2. Segundo Sá, a Usiminas informou que as demissões em Cubatão vão ocorrer entre esta 15 de fevereiro e 15 de março. A Usiminas confirmou que mantém seu plano de desligamento do alto-forno de Cubatão e paralisação das atividades primárias da usina por tempo indeterminado, com demissões de funcionários. "A empresa apresentou ao sindicato sua proposta final, um pacote de benefícios aos trabalhadores que excede o previsto em lei, mas o sindicato não aceita discutir as demissões", informou um representante da companhia. A oferta previa manutenção de planos de saúde e odontológico por 3 a 6 meses, prioridade na recontratação quando os equipamentos forem reativados e remanejamento interno de alguns profissionais para outras áreas da usina, além de cursos de recolocação profissional. O presidente do sindicato afirmou que, após o fracasso da reunião da quinta, a diretoria da entidade vai se reunir na segunda-feira (18) para definir a estratégia a ser tomada. "Não está descartada chamada para paralisação (dos trabalhadores). Vamos ver como podemos fazer uma resistência", disse ele. Após um problema que danificou equipamentos, o alto-forno da Usiminas em Cubatão que será parado completa nesta sexta-feira duas semanas sem produzir.
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Museu utiliza óptica para ensinar de física a nutrição
Uma nova exposição no Museu Exploratório da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) combina luzes, cores e interatividade para ensinar ciência. A mostra "Cor da Luz - O Código das Cores" levou cerca de um ano para ficar pronta e parte da experiência com as cores para desdobrar os ensinamentos em diferentes áreas do conhecimento, da física à nutrição. Entre experiências interativas, hologramas, feixes luminosos e ilusões de óptica de grandes proporções, os visitantes são apresentados a conceitos científicos. "É realmente para aprender mexendo. Tem todo um painel com um turbilhão de coisas diferentes", diz a curadora da mostra e professora do Instituto de Física da Unicamp, Maria José Brasil. Aberta de terça a domingo e com entrada grátis, a mostra não tem idade mínima. "É para crianças dos zero aos cem anos", diz Brasil, que afirma ter visto muitos adultos encantados com os experimentos. Para conseguir tirar o maior proveito dos espaços, Giselle Soares, mestre em divulgação científica e pesquisadora da interatividade em museus, aconselha que, além das brincadeiras, pais e estudantes não deixem de ler o material científico que explica os fenômenos. "Ou então ele vai ficar apenas se divertindo. O que já é muito bom", brinca. Mais informações sobre a exposição em Campinas podem ser encontradas em www.cordaluz.mc.unicamp.br
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Museu utiliza óptica para ensinar de física a nutriçãoUma nova exposição no Museu Exploratório da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) combina luzes, cores e interatividade para ensinar ciência. A mostra "Cor da Luz - O Código das Cores" levou cerca de um ano para ficar pronta e parte da experiência com as cores para desdobrar os ensinamentos em diferentes áreas do conhecimento, da física à nutrição. Entre experiências interativas, hologramas, feixes luminosos e ilusões de óptica de grandes proporções, os visitantes são apresentados a conceitos científicos. "É realmente para aprender mexendo. Tem todo um painel com um turbilhão de coisas diferentes", diz a curadora da mostra e professora do Instituto de Física da Unicamp, Maria José Brasil. Aberta de terça a domingo e com entrada grátis, a mostra não tem idade mínima. "É para crianças dos zero aos cem anos", diz Brasil, que afirma ter visto muitos adultos encantados com os experimentos. Para conseguir tirar o maior proveito dos espaços, Giselle Soares, mestre em divulgação científica e pesquisadora da interatividade em museus, aconselha que, além das brincadeiras, pais e estudantes não deixem de ler o material científico que explica os fenômenos. "Ou então ele vai ficar apenas se divertindo. O que já é muito bom", brinca. Mais informações sobre a exposição em Campinas podem ser encontradas em www.cordaluz.mc.unicamp.br
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Nicolas Cage tenta capturar Bin Laden sozinho na comédia 'Army of One'
O ator Nicolas Cage será o protagonista da comédia "Army of One" (ainda sem título em português), filme inspirado na história real de um trabalhador da construção civil que se propõe a capturar a Osama bin Laden por conta própria. O longa será dirigido por Larry Charles, de "Borat: o Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América" (2006), "Bruno" (2009) e "O Ditador", (2011), e será produzida pela Weinstein Company. A ideia do filme nasceu de um artigo publicado na revista "GQ" que narrava as desventuras de Gary Faulkner, um operário do estado do Colorado, nos Estados Unidos, que viajou até o Paquistão para tentar matar o líder da Al Qaeda. Faulkner terminou detido em 2010 pela polícia do país asiático, onde apreenderam uma pistola, um espada samurai, uma faca, óculos de visão noturna e literatura cristã. O sujeito, um ex-presidiário, foi deportado para os Estados Unidos, onde se tornou uma celebridade da noite para o dia, e em 2011 voltou a ser preso após atirar durante uma briga com vizinhos. Cage está desde 2008 tentando resolver seus sérios problemas fiscais após anos de grandes despesas e uma má gestão financeira, aguçada pela crise econômica que somaram uma dívida de US$ 14 milhões em impostos. Só nos últimos cinco anos ele estrelou 20 filmes, quase o dobro que nos cinco anos anteriores.
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Nicolas Cage tenta capturar Bin Laden sozinho na comédia 'Army of One'O ator Nicolas Cage será o protagonista da comédia "Army of One" (ainda sem título em português), filme inspirado na história real de um trabalhador da construção civil que se propõe a capturar a Osama bin Laden por conta própria. O longa será dirigido por Larry Charles, de "Borat: o Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América" (2006), "Bruno" (2009) e "O Ditador", (2011), e será produzida pela Weinstein Company. A ideia do filme nasceu de um artigo publicado na revista "GQ" que narrava as desventuras de Gary Faulkner, um operário do estado do Colorado, nos Estados Unidos, que viajou até o Paquistão para tentar matar o líder da Al Qaeda. Faulkner terminou detido em 2010 pela polícia do país asiático, onde apreenderam uma pistola, um espada samurai, uma faca, óculos de visão noturna e literatura cristã. O sujeito, um ex-presidiário, foi deportado para os Estados Unidos, onde se tornou uma celebridade da noite para o dia, e em 2011 voltou a ser preso após atirar durante uma briga com vizinhos. Cage está desde 2008 tentando resolver seus sérios problemas fiscais após anos de grandes despesas e uma má gestão financeira, aguçada pela crise econômica que somaram uma dívida de US$ 14 milhões em impostos. Só nos últimos cinco anos ele estrelou 20 filmes, quase o dobro que nos cinco anos anteriores.
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Existe motivo para preocupação com conexão entre Trump e regime Putin
Primeiro, vamos deixar uma coisa bem clara: a Federação Russa de 2016 não é a União Soviética de 1986. É verdade que ela cobre a maior parte do mesmo território e é comandada por alguns dos mesmos brutamontes. Mas a ideologia marxista se foi, bem como o status de superpotência. Estamos falando aqui de um petro-Estado corrupto e mais ou menos ordinário, ainda que se trate de um Estado grande e dotado de armas nucleares. Menciono tudo isso por causa dos efusivos elogios de Donald Trump a Vladimir Putin —que na verdade refletem sentimentos bem comuns da parte da direita— e da aparente confusão que eles causaram a algumas pessoas. De um lado, há quem expresse incompreensão diante do espetáculo apresentado por direitistas —aqueles mesmos caras que costumavam bradar "América, ame-a ou deixe-a!"— ao elogiar um regime russo. Do outro lado, algumas poucas pessoas na esquerda são anti o movimento anti-Putin, e denunciam as críticas ao apreço de Trump por Putin como "caça aos comunistas". Mas a Rússia atual não é comunista, e nem mesmo de esquerda: é só um país autoritário, que cultua a personalidade de seu homem forte e despeja benefícios sobre uma oligarquia imensamente rica, enquanto reprime brutalmente a oposição e a crítica. E é exatamente isso, claro, que muita gente na direita admira. Estou sendo injusto? Será que os elogios ao homem que para todos os fins práticos é o ditador da Rússia não refletem a admiração pelas suas realizações substantivas? Bem, falemos sobre o que o regime de Putin de fato realizou, começando pela Economia. Putin chegou ao poder no final de 1999, quando a Rússia estava se recuperando de uma severa crise financeira, e seus primeiros oito anos no poder foram caracterizados por rápido crescimento econômico. No entanto, esse crescimento pode ser explicado com uma palavra só: petróleo. Pois a Rússia, como eu disse, é um petro-Estado. Combustíveis respondem por mais de dois terços de suas exportações, e produtos industrializados por nem mesmo 20%. E os preços do petróleo mais que triplicaram do começo de 1999 a 2000; poucos anos depois, voltaram a triplicar. Em seguida, despencaram, e o mesmo aconteceu com a economia russa, que vem se saindo muito mal nos últimos anos. Putin poderia ter algo de que se vangloriar se tivesse conseguido diversificar as exportações russas. E isso deveria ter sido possível: o velho regime deixou ao país um grande quadro de trabalhadores altamente capacitados. Na verdade, emigrantes russos foram uma força importante por trás do notável boom tecnológico de Israel —e o governo Putin não parece ter problemas para recrutar hackers talentosos para ler arquivos confidenciais do Comitê Nacional do Partido Democrata norte-americano. Mas a Rússia não realizará seu potencial tecnológico sob um regime no qual o sucesso nos negócios depende primordialmente de conexões políticas. Assim, a gestão da economia por Putin não merece elogios especiais. E quanto a outros aspectos de sua liderança? A Rússia tem, é claro, grandes forças armadas, que usou para anexar a Crimeia e apoiar os rebeldes do leste da Ucrânia. Mas esse abuso da força torna a Rússia mais fraca, e não mais forte. A Crimeia, especialmente, não representa uma grande conquista. Seu território abriga menos população do que os distritos nova-iorquinos de Queens ou Brooklyn, e em termos econômicos ela é mais passivo do que ativo, porque a tomada do território pelos russos solapou o turismo, a atividade econômica básica da região até lá. Uma observação: estranhamente, algumas pessoas acreditam que exista contradição entre a zombaria democrata quanto ao romance másculo entre Trump e Putin e a zombaria do presidente Barack Obama contra seu oponente Mitt Romney, na campanha presidencial de 2012, por este ter definido a Rússia como "nosso inimigo geopolítico número 1". Mas não há contradição alguma: a Rússia tem um regime horrível mas, como disse Obama, é "uma potência regional", e não uma superpotência como a antiga União Soviética. Por fim, e quanto ao poder brando, a capacidade de persuadir por meio dos atrativos e valores de uma cultura? A Rússia não conta com muito desse poder —a não ser, talvez, entre os direitistas que acham a pose de macho e a crueldade de Putin atraentes. O que nos conduz de volta à importância do culto a Putin, e à maneira pela qual esse culto atraiu a adesão irrestrita do candidato republicano à presidência. Existem bons motivos para que nos preocupemos sobre as conexões pessoais entre Trump e o regime de Putin (ou oligarcas próximos ao regime, o que na prática é a mesma coisa). Que importância teve o dinheiro russo na manutenção do precário império empresarial de Trump? Existem indicações de que isso pode ter sido muito importante, mas dado o apego de Trump ao segredo e à sua recusa em divulgar suas declarações de impostos, ninguém tem como saber. Para além disso, porém, admirar Putin significa admirar alguém que despreza a democracia e as liberdades civis. Ou, mais precisamente, significa admirar alguém por causa desse desprezo. Quando Trump e outros elogiam Putin como "líder forte", não querem dizer que ele restaurou a grandeza da Rússia, porque não o fez. Ele pouco realizou na frente econômica, e suas conquistas, e não são muitas, parecem patéticas. O que ele fez, porém, foi esmagar seus rivais internos. Quem se opõe ao regime de Putin provavelmente terminará encarcerado ou morto. Forte! Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Existe motivo para preocupação com conexão entre Trump e regime PutinPrimeiro, vamos deixar uma coisa bem clara: a Federação Russa de 2016 não é a União Soviética de 1986. É verdade que ela cobre a maior parte do mesmo território e é comandada por alguns dos mesmos brutamontes. Mas a ideologia marxista se foi, bem como o status de superpotência. Estamos falando aqui de um petro-Estado corrupto e mais ou menos ordinário, ainda que se trate de um Estado grande e dotado de armas nucleares. Menciono tudo isso por causa dos efusivos elogios de Donald Trump a Vladimir Putin —que na verdade refletem sentimentos bem comuns da parte da direita— e da aparente confusão que eles causaram a algumas pessoas. De um lado, há quem expresse incompreensão diante do espetáculo apresentado por direitistas —aqueles mesmos caras que costumavam bradar "América, ame-a ou deixe-a!"— ao elogiar um regime russo. Do outro lado, algumas poucas pessoas na esquerda são anti o movimento anti-Putin, e denunciam as críticas ao apreço de Trump por Putin como "caça aos comunistas". Mas a Rússia atual não é comunista, e nem mesmo de esquerda: é só um país autoritário, que cultua a personalidade de seu homem forte e despeja benefícios sobre uma oligarquia imensamente rica, enquanto reprime brutalmente a oposição e a crítica. E é exatamente isso, claro, que muita gente na direita admira. Estou sendo injusto? Será que os elogios ao homem que para todos os fins práticos é o ditador da Rússia não refletem a admiração pelas suas realizações substantivas? Bem, falemos sobre o que o regime de Putin de fato realizou, começando pela Economia. Putin chegou ao poder no final de 1999, quando a Rússia estava se recuperando de uma severa crise financeira, e seus primeiros oito anos no poder foram caracterizados por rápido crescimento econômico. No entanto, esse crescimento pode ser explicado com uma palavra só: petróleo. Pois a Rússia, como eu disse, é um petro-Estado. Combustíveis respondem por mais de dois terços de suas exportações, e produtos industrializados por nem mesmo 20%. E os preços do petróleo mais que triplicaram do começo de 1999 a 2000; poucos anos depois, voltaram a triplicar. Em seguida, despencaram, e o mesmo aconteceu com a economia russa, que vem se saindo muito mal nos últimos anos. Putin poderia ter algo de que se vangloriar se tivesse conseguido diversificar as exportações russas. E isso deveria ter sido possível: o velho regime deixou ao país um grande quadro de trabalhadores altamente capacitados. Na verdade, emigrantes russos foram uma força importante por trás do notável boom tecnológico de Israel —e o governo Putin não parece ter problemas para recrutar hackers talentosos para ler arquivos confidenciais do Comitê Nacional do Partido Democrata norte-americano. Mas a Rússia não realizará seu potencial tecnológico sob um regime no qual o sucesso nos negócios depende primordialmente de conexões políticas. Assim, a gestão da economia por Putin não merece elogios especiais. E quanto a outros aspectos de sua liderança? A Rússia tem, é claro, grandes forças armadas, que usou para anexar a Crimeia e apoiar os rebeldes do leste da Ucrânia. Mas esse abuso da força torna a Rússia mais fraca, e não mais forte. A Crimeia, especialmente, não representa uma grande conquista. Seu território abriga menos população do que os distritos nova-iorquinos de Queens ou Brooklyn, e em termos econômicos ela é mais passivo do que ativo, porque a tomada do território pelos russos solapou o turismo, a atividade econômica básica da região até lá. Uma observação: estranhamente, algumas pessoas acreditam que exista contradição entre a zombaria democrata quanto ao romance másculo entre Trump e Putin e a zombaria do presidente Barack Obama contra seu oponente Mitt Romney, na campanha presidencial de 2012, por este ter definido a Rússia como "nosso inimigo geopolítico número 1". Mas não há contradição alguma: a Rússia tem um regime horrível mas, como disse Obama, é "uma potência regional", e não uma superpotência como a antiga União Soviética. Por fim, e quanto ao poder brando, a capacidade de persuadir por meio dos atrativos e valores de uma cultura? A Rússia não conta com muito desse poder —a não ser, talvez, entre os direitistas que acham a pose de macho e a crueldade de Putin atraentes. O que nos conduz de volta à importância do culto a Putin, e à maneira pela qual esse culto atraiu a adesão irrestrita do candidato republicano à presidência. Existem bons motivos para que nos preocupemos sobre as conexões pessoais entre Trump e o regime de Putin (ou oligarcas próximos ao regime, o que na prática é a mesma coisa). Que importância teve o dinheiro russo na manutenção do precário império empresarial de Trump? Existem indicações de que isso pode ter sido muito importante, mas dado o apego de Trump ao segredo e à sua recusa em divulgar suas declarações de impostos, ninguém tem como saber. Para além disso, porém, admirar Putin significa admirar alguém que despreza a democracia e as liberdades civis. Ou, mais precisamente, significa admirar alguém por causa desse desprezo. Quando Trump e outros elogiam Putin como "líder forte", não querem dizer que ele restaurou a grandeza da Rússia, porque não o fez. Ele pouco realizou na frente econômica, e suas conquistas, e não são muitas, parecem patéticas. O que ele fez, porém, foi esmagar seus rivais internos. Quem se opõe ao regime de Putin provavelmente terminará encarcerado ou morto. Forte! Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Na estreia de Dudu, Palmeiras perde em casa para a Ponte Preta
A Ponte Preta derrotou o Palmeiras por 1 a 0 nesta quinta-feira (5), no estádio do Palmeiras, em São Paulo, em partida válida pela segunda rodada do campeonato Paulista. O time da capital paulista, que teve Dudu e Alan Patrick estreando, apresentou dificuldades na criação de jogadas e não conseguiu repetir os lances em velocidade –destaques na vitória ante o Audax, na última rodada. Na próxima rodada, o Palmeiras tem o clássico contra o Corinthians, no domingo (8), na Arena. Já a Ponte Preta vai a Ribeirão Preto enfrentar o Botafogo-SP. Com o resultado, o Palmeiras é o terceiro do grupo 3, um ponto atrás da líder Portuguesa. A Ponte Preta é vice-líder do 2, com os mesmos três pontos do Corinthians. O JOGO Com o time em formação, já que contratou 19 reforços até o momento, o técnico Oswaldo de Oliveira optou por deixar Zé Roberto no banco e escalar João Paulo. Além disso, Alan Patrick no meio e Dudu, como segundo atacante, estrearam. O time, porém, perdeu a velocidade que chamou a atenção na vitória contra o Audax na primeira rodada. O Palmeiras até criou, mas teve dificuldades no último passe. A condução da bola ao ataque foi o maior problema da equipe na partida. Com isso, a Ponte Preta conseguiu marcar forte em seu campo de defesa e repelir as jogadas mais perigosas do Palmeiras, com grande atuação do goleiro Matheus Inácio. No primeiro tempo, a arbitragem anulou um gol de Gabriel, já que Leandro Pereira fez falta no lance. O Palmeiras trocava passes, mas tinha dificuldades em passar pela defesa da Ponte. No segundo tempo, logo aos 16 min, Roni recebeu na área e bateu cruzado, Fernando Prass espalmou, mas Wanderson pegou o rebote e marcou o gol da vitória. Perdendo em casa, Oswaldo de Oliveira mandou o time para cima da Ponte, colocando o meia Robinho no lugar do volante Renato. Mesmo com a substituição, o time continuou com dificuldades no último passe. Melhor para a Ponte Preta, que soube se segurar atrás e conseguiu a primeira vitória no campeonato.
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Na estreia de Dudu, Palmeiras perde em casa para a Ponte PretaA Ponte Preta derrotou o Palmeiras por 1 a 0 nesta quinta-feira (5), no estádio do Palmeiras, em São Paulo, em partida válida pela segunda rodada do campeonato Paulista. O time da capital paulista, que teve Dudu e Alan Patrick estreando, apresentou dificuldades na criação de jogadas e não conseguiu repetir os lances em velocidade –destaques na vitória ante o Audax, na última rodada. Na próxima rodada, o Palmeiras tem o clássico contra o Corinthians, no domingo (8), na Arena. Já a Ponte Preta vai a Ribeirão Preto enfrentar o Botafogo-SP. Com o resultado, o Palmeiras é o terceiro do grupo 3, um ponto atrás da líder Portuguesa. A Ponte Preta é vice-líder do 2, com os mesmos três pontos do Corinthians. O JOGO Com o time em formação, já que contratou 19 reforços até o momento, o técnico Oswaldo de Oliveira optou por deixar Zé Roberto no banco e escalar João Paulo. Além disso, Alan Patrick no meio e Dudu, como segundo atacante, estrearam. O time, porém, perdeu a velocidade que chamou a atenção na vitória contra o Audax na primeira rodada. O Palmeiras até criou, mas teve dificuldades no último passe. A condução da bola ao ataque foi o maior problema da equipe na partida. Com isso, a Ponte Preta conseguiu marcar forte em seu campo de defesa e repelir as jogadas mais perigosas do Palmeiras, com grande atuação do goleiro Matheus Inácio. No primeiro tempo, a arbitragem anulou um gol de Gabriel, já que Leandro Pereira fez falta no lance. O Palmeiras trocava passes, mas tinha dificuldades em passar pela defesa da Ponte. No segundo tempo, logo aos 16 min, Roni recebeu na área e bateu cruzado, Fernando Prass espalmou, mas Wanderson pegou o rebote e marcou o gol da vitória. Perdendo em casa, Oswaldo de Oliveira mandou o time para cima da Ponte, colocando o meia Robinho no lugar do volante Renato. Mesmo com a substituição, o time continuou com dificuldades no último passe. Melhor para a Ponte Preta, que soube se segurar atrás e conseguiu a primeira vitória no campeonato.
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Brasileiríssimos, café e goiabada no Fartura carregam o peso da história
"Você não vai querer jogar fora 200 anos de tradição". Foi o que a arquiteta e produtora de moda Carolina Freire Riberto de Lima ouviu de seu pai, dono da fazenda Santo Antônio, em Jacutinga, Minas Gerais, de onde sai o café da Condessa. Ela é uma das expositoras presentes na primeira edição paulistana do festival Fartura, que começou neste sábado (25), no Jockey, em São Paulo. A produção acontece ali há nove gerações, mas antes de se atentar para o negócio, Carolina viveu em lugares como Inglaterra e Noruega. Quando o pai anunciou que estava perto de se aposentar, ela visitou a fazenda, pediu uma análise do café e chegou à conclusão que não queria ver o cultivo nas mãos de outra pessoa. Até aquele momento, o café era vendido como commoditie. "Quem bebe esse café?", Carolina se perguntou. De olho na valorização do mercado nacional, ela resolveu investir na seleção de grãos de um produto de boa qualidade, produzido a 1250 metros de altitude, com doçura natural e acidez cítrica. Hoje, a produção continua na mão do pai –mas com sua experiência de planejamento e negociação, começou a vender seus grãos em pontos como Casa Santa Luzia e Carrefour. Com seu toque pessoal: em uma embalagem inspirada na marca Chanel. GOIABADA A família Mol construiu uma história de tradição em volta de uma receita de goiabada feita exatamente como quando saiu do primeiro tacho pela primeira vez, 80 anos atrás. Tudo começou para "arribar a economia de casa em uma época ruim da economia", diz João Antônio Netto, marido de uma das fundadoras. Desde então, a goiabada Zélia, feita com a casca da fruta (e parte da polpa, sem as sementes), se tornou um negócio que hoje produz 20 mil quilos do doce por mês. Parte das goiabas são cultivadas pelos próprios produtores na fazenda Jatiboca, em Minas Gerais. Todo o processo é manual, começa com a retirada da semente, a fruta picada e depois colocada no tacho de cobre até dar o ponto. Que, aliás, ainda é encontrado da maneira tradicional: um bocadinho do doce é testado, na mão, até estar cremoso –e perder a consistência de puxa-puxa. A programação do Fartura pode ser vista no site do festival –no qual também há um link para a compra de ingressos.
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Brasileiríssimos, café e goiabada no Fartura carregam o peso da história"Você não vai querer jogar fora 200 anos de tradição". Foi o que a arquiteta e produtora de moda Carolina Freire Riberto de Lima ouviu de seu pai, dono da fazenda Santo Antônio, em Jacutinga, Minas Gerais, de onde sai o café da Condessa. Ela é uma das expositoras presentes na primeira edição paulistana do festival Fartura, que começou neste sábado (25), no Jockey, em São Paulo. A produção acontece ali há nove gerações, mas antes de se atentar para o negócio, Carolina viveu em lugares como Inglaterra e Noruega. Quando o pai anunciou que estava perto de se aposentar, ela visitou a fazenda, pediu uma análise do café e chegou à conclusão que não queria ver o cultivo nas mãos de outra pessoa. Até aquele momento, o café era vendido como commoditie. "Quem bebe esse café?", Carolina se perguntou. De olho na valorização do mercado nacional, ela resolveu investir na seleção de grãos de um produto de boa qualidade, produzido a 1250 metros de altitude, com doçura natural e acidez cítrica. Hoje, a produção continua na mão do pai –mas com sua experiência de planejamento e negociação, começou a vender seus grãos em pontos como Casa Santa Luzia e Carrefour. Com seu toque pessoal: em uma embalagem inspirada na marca Chanel. GOIABADA A família Mol construiu uma história de tradição em volta de uma receita de goiabada feita exatamente como quando saiu do primeiro tacho pela primeira vez, 80 anos atrás. Tudo começou para "arribar a economia de casa em uma época ruim da economia", diz João Antônio Netto, marido de uma das fundadoras. Desde então, a goiabada Zélia, feita com a casca da fruta (e parte da polpa, sem as sementes), se tornou um negócio que hoje produz 20 mil quilos do doce por mês. Parte das goiabas são cultivadas pelos próprios produtores na fazenda Jatiboca, em Minas Gerais. Todo o processo é manual, começa com a retirada da semente, a fruta picada e depois colocada no tacho de cobre até dar o ponto. Que, aliás, ainda é encontrado da maneira tradicional: um bocadinho do doce é testado, na mão, até estar cremoso –e perder a consistência de puxa-puxa. A programação do Fartura pode ser vista no site do festival –no qual também há um link para a compra de ingressos.
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Ex-dirigentes do Osasuna são presos por fraude e manipulação de jogos
O ex-presidente do Osasuna Miguel Archanco e o ex-diretor do clube Txuma Peralta foram presos na tarde deste sábado (7), na cidade de Pamplona, por ordem da Justiça da Espanha. O juiz Fermín Otamendi decretou a prisão incondicional de Peralta, e para Archanco, expediu ordem de detenção com fiança estabelecida em 500 mil euros (cerca de R$ 1.6 milhão), como resultado da investigação do suposto desvio de pelo menos 2,4 milhões de euros (aprox. R$ 8 milhões) dos cofres do clube, além de uma suposta manipulação dos resultados de partidas na última temporada. Minutos após o anúncio da decisão judicial, o advogado Eduardo Ruiz de Erenchun, defensor do ex-vice-presidente do Osasuna Juan Pascual (que responde em liberdade neste mesmo caso), afirmou no Twitter que o ex-gerente do clube Ángel Vizvay também tem "altíssimo risco" de ser detido "nos próximos dias", mas não explicou o porquê. O processo judicial foi aberto em 19 de fevereiro, quando a atual direção de Osasuna, presidida por Luis Sabalza desde 10 de dezembro, denunciou supostas irregularidades que teriam sido cometidas durante o mandato de Archanco. O relatório de uma auditoria feita no clube revela supostas irregularidades nas contas, sem que necessariamente estejam ligadas à confissão de Ángel Vizcay de uma tentativa de manipulação de partidas do final da última temporada. No mesmo processo, somou-se a esta acusação a denúncia de que a Liga de Futebol Profissional (LFP) - entidade que organiza as duas principais divisões do futebol espanhol - apresentou nos últimos dias por uma suposta manipulação de jogos. O Osasuna disputa a segunda divisão do Campeonato Espanhol e briga contra o rebaixamento. A equipe ocupa a 16ª posição, com 31 pontos.
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Ex-dirigentes do Osasuna são presos por fraude e manipulação de jogosO ex-presidente do Osasuna Miguel Archanco e o ex-diretor do clube Txuma Peralta foram presos na tarde deste sábado (7), na cidade de Pamplona, por ordem da Justiça da Espanha. O juiz Fermín Otamendi decretou a prisão incondicional de Peralta, e para Archanco, expediu ordem de detenção com fiança estabelecida em 500 mil euros (cerca de R$ 1.6 milhão), como resultado da investigação do suposto desvio de pelo menos 2,4 milhões de euros (aprox. R$ 8 milhões) dos cofres do clube, além de uma suposta manipulação dos resultados de partidas na última temporada. Minutos após o anúncio da decisão judicial, o advogado Eduardo Ruiz de Erenchun, defensor do ex-vice-presidente do Osasuna Juan Pascual (que responde em liberdade neste mesmo caso), afirmou no Twitter que o ex-gerente do clube Ángel Vizvay também tem "altíssimo risco" de ser detido "nos próximos dias", mas não explicou o porquê. O processo judicial foi aberto em 19 de fevereiro, quando a atual direção de Osasuna, presidida por Luis Sabalza desde 10 de dezembro, denunciou supostas irregularidades que teriam sido cometidas durante o mandato de Archanco. O relatório de uma auditoria feita no clube revela supostas irregularidades nas contas, sem que necessariamente estejam ligadas à confissão de Ángel Vizcay de uma tentativa de manipulação de partidas do final da última temporada. No mesmo processo, somou-se a esta acusação a denúncia de que a Liga de Futebol Profissional (LFP) - entidade que organiza as duas principais divisões do futebol espanhol - apresentou nos últimos dias por uma suposta manipulação de jogos. O Osasuna disputa a segunda divisão do Campeonato Espanhol e briga contra o rebaixamento. A equipe ocupa a 16ª posição, com 31 pontos.
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'Os Oito Odiados', de Tarantino, não será exibido em 70 mm no Brasil
O brasileiro que quiser assistir a "Os Oito Odiados" na telona terá, digamos, meia experiência cinematográfica. É que não há mais no país cinema que possa projetar cópias em 70 mm, formato usado pelo diretor Quentin Tarantino para rodar seu filme. Por aqui, a produção será exibida só em formato digital, cujas dimensões de projeção são praticamente a metade das dimensões de uma em película 70 mm (a mais larga existente e de qualidade superior). A opção de Tarantino tem a ver com seu próprio estilo cinéfilo: o tal formato 70 mm, hoje raro no mundo todo, foi muito usado em superproduções dos anos 1950 e 1960, caso de "Ben-Hur" (1959) e de "Lawrence da Arábia" (1962). A projeção mais alargada na tela dos cinemas, propiciada pelo 70 mm, incrementa o aspecto épico dos filmes. Mas o sistema ficou obsoleto: a película em 35 mm, de dimensões menores, era mais flexível. O advento do digital, nos últimos anos, substituiu em grande parte o uso da película, mas manteve a projeção em dimensões bastante semelhantes às do 35 mm. Nos EUA, a extravagância de Tarantino foi projetada em cerca de 96 cinemas quando estreou, em dezembro, obrigando muitos exibidores americanos a correrem atrás de equipamentos antigos. Em janeiro, com a ampliação do número de salas exibindo o filme, a maioria dos cinemas americanos passou a projetar a versão digital —sistema que domina 97% das cerca de 40 mil salas daquele país. No Brasil, 86% das 3.000 salas têm projeção digital.
ilustrada
'Os Oito Odiados', de Tarantino, não será exibido em 70 mm no BrasilO brasileiro que quiser assistir a "Os Oito Odiados" na telona terá, digamos, meia experiência cinematográfica. É que não há mais no país cinema que possa projetar cópias em 70 mm, formato usado pelo diretor Quentin Tarantino para rodar seu filme. Por aqui, a produção será exibida só em formato digital, cujas dimensões de projeção são praticamente a metade das dimensões de uma em película 70 mm (a mais larga existente e de qualidade superior). A opção de Tarantino tem a ver com seu próprio estilo cinéfilo: o tal formato 70 mm, hoje raro no mundo todo, foi muito usado em superproduções dos anos 1950 e 1960, caso de "Ben-Hur" (1959) e de "Lawrence da Arábia" (1962). A projeção mais alargada na tela dos cinemas, propiciada pelo 70 mm, incrementa o aspecto épico dos filmes. Mas o sistema ficou obsoleto: a película em 35 mm, de dimensões menores, era mais flexível. O advento do digital, nos últimos anos, substituiu em grande parte o uso da película, mas manteve a projeção em dimensões bastante semelhantes às do 35 mm. Nos EUA, a extravagância de Tarantino foi projetada em cerca de 96 cinemas quando estreou, em dezembro, obrigando muitos exibidores americanos a correrem atrás de equipamentos antigos. Em janeiro, com a ampliação do número de salas exibindo o filme, a maioria dos cinemas americanos passou a projetar a versão digital —sistema que domina 97% das cerca de 40 mil salas daquele país. No Brasil, 86% das 3.000 salas têm projeção digital.
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Leitores comentam manifestações realizadas neste domingo (15)
Parabéns, brasileiros, pelas manifestações com grande adesão e principalmente pacíficas. Isso é maturidade democrática. Falta agora maturidade ética na gestão dos recursos públicos. MAURO VIEIRA CRUZ (São Paulo, SP) * É inegável o fracasso das manifestações contra o governo. O movimento não apresenta o quantitativo esperado. Já era o golpe. Até 2018. PAULO SÉRGIO RODRIGUES PEREIRA (Rio de Janeiro, RJ) * Graças a Deus o Brasil acordou. Estamos cansados de ver tanta corrupção e descontentamento no governo de Dilma, lavagem de dinheiro, aumento do combustível, operação Lava Jato e pior, uma Petrobras corrupta e mal administrada. Chega, temos que dar um basta nessa máfia que está afundando o país. JOSÉ CARLOS SOARES DE CARVALHO (São Paulo, SP) * Toda essa campanha do PIG (partido da imprensa golpista) tem basicamente duas vertentes: descalabro econômico e corrupção no governo Dilma. Mas qualquer cidadão pode pesquisar e desmentir todas as intrigas. Inflação, desemprego, distribuição de renda, dívida pública, juros altos, educação, saúde, corrupção etc. são piada se comparados com os governos anteriores. ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio de Janeiro, RJ) * Depois dos protestos feitos neste domingo (15) pelo país inteiro, o governo falou em Estado Democrático de Direito, mas ainda não conseguiu entender as vozes das ruas. Enquanto o governo falava, um panelaço era ouvido. Ou seja, esse governo perdeu a credibilidade. IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP) * Aos manifestantes que hoje estão nas ruas pedindo intervenção militar: seria interessante só relembrar a anarquia econômica e administrativa deixada pelos militares: inflação de 226,7% ao ano, a maior dívida externa do mundo e uma queda de 19,1% na renda per capita. GILBERTO ALVARES GIUSEPONE (São Paulo, SP) * Vivemos num país livre e democrático, onde as pessoas podem se reunir, se expressar, protestar e pedir a saída da presidente. Por outro lado, lamentável que tenhamos tantos reacionários e golpistas de plantão, que não aceitam o resultado das urnas e a soberania popular. Ao menos 95% dos manifestantes eram da classe média para cima, ou seja, a elite econômica e privilegiada. RENATO KHAIR (São Paulo, SP) * Em resposta à carta da leitora Suely Rezende Penha: é interessante saber que, segundo pesquisa Datafolha, quase metade (44%) dos participantes dos protestos de sexta-feira (13) se declararam funcionários públicos, pagos com o dinheiro de contribuintes como eu para manifestar apoio aos políticos de sua preferência em pleno dia útil. ARNALDO OLINTO BASTOS NETO (Ribeirão Preto, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores comentam manifestações realizadas neste domingo (15)Parabéns, brasileiros, pelas manifestações com grande adesão e principalmente pacíficas. Isso é maturidade democrática. Falta agora maturidade ética na gestão dos recursos públicos. MAURO VIEIRA CRUZ (São Paulo, SP) * É inegável o fracasso das manifestações contra o governo. O movimento não apresenta o quantitativo esperado. Já era o golpe. Até 2018. PAULO SÉRGIO RODRIGUES PEREIRA (Rio de Janeiro, RJ) * Graças a Deus o Brasil acordou. Estamos cansados de ver tanta corrupção e descontentamento no governo de Dilma, lavagem de dinheiro, aumento do combustível, operação Lava Jato e pior, uma Petrobras corrupta e mal administrada. Chega, temos que dar um basta nessa máfia que está afundando o país. JOSÉ CARLOS SOARES DE CARVALHO (São Paulo, SP) * Toda essa campanha do PIG (partido da imprensa golpista) tem basicamente duas vertentes: descalabro econômico e corrupção no governo Dilma. Mas qualquer cidadão pode pesquisar e desmentir todas as intrigas. Inflação, desemprego, distribuição de renda, dívida pública, juros altos, educação, saúde, corrupção etc. são piada se comparados com os governos anteriores. ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio de Janeiro, RJ) * Depois dos protestos feitos neste domingo (15) pelo país inteiro, o governo falou em Estado Democrático de Direito, mas ainda não conseguiu entender as vozes das ruas. Enquanto o governo falava, um panelaço era ouvido. Ou seja, esse governo perdeu a credibilidade. IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP) * Aos manifestantes que hoje estão nas ruas pedindo intervenção militar: seria interessante só relembrar a anarquia econômica e administrativa deixada pelos militares: inflação de 226,7% ao ano, a maior dívida externa do mundo e uma queda de 19,1% na renda per capita. GILBERTO ALVARES GIUSEPONE (São Paulo, SP) * Vivemos num país livre e democrático, onde as pessoas podem se reunir, se expressar, protestar e pedir a saída da presidente. Por outro lado, lamentável que tenhamos tantos reacionários e golpistas de plantão, que não aceitam o resultado das urnas e a soberania popular. Ao menos 95% dos manifestantes eram da classe média para cima, ou seja, a elite econômica e privilegiada. RENATO KHAIR (São Paulo, SP) * Em resposta à carta da leitora Suely Rezende Penha: é interessante saber que, segundo pesquisa Datafolha, quase metade (44%) dos participantes dos protestos de sexta-feira (13) se declararam funcionários públicos, pagos com o dinheiro de contribuintes como eu para manifestar apoio aos políticos de sua preferência em pleno dia útil. ARNALDO OLINTO BASTOS NETO (Ribeirão Preto, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Candidatos estão "mais preparados" em novo "Masterchef", diz jurado
A terceira temporada adulta de "Masterchef", reality show gastronômico da Band, virá em abril com candidatos menos amadores. "Acho que a cada edição eles se preparam mais, fazem mais cursos", diz o chef e jurado Henrique Fogaça, em meio a uma das gravações da competição, nos estúdios do canal, no Morumbi. A regra do programa veta qualquer formação de cozinheiro para competidores. Além de terem melhorado em qualidade, os participantes também virão em maior quantidade na nova temporada: serão 20 postulantes a "Masterchef" (as outras edições contaram com 18 chefs amadores);
colunas
Candidatos estão "mais preparados" em novo "Masterchef", diz juradoA terceira temporada adulta de "Masterchef", reality show gastronômico da Band, virá em abril com candidatos menos amadores. "Acho que a cada edição eles se preparam mais, fazem mais cursos", diz o chef e jurado Henrique Fogaça, em meio a uma das gravações da competição, nos estúdios do canal, no Morumbi. A regra do programa veta qualquer formação de cozinheiro para competidores. Além de terem melhorado em qualidade, os participantes também virão em maior quantidade na nova temporada: serão 20 postulantes a "Masterchef" (as outras edições contaram com 18 chefs amadores);
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Doria precisará comprar árbitros do Corinthians antes de vender Pacaembu
Para privatizar o Pacaembu, João Doria enfrentará novo problema: todos os árbitros que trabalham no estádio ainda são de propriedade do Corinthians. Terá que comprá-los de volta antes de vender o estádio para a iniciativa privada. * A construtora Odebrecht está construindo uma basílica em frente ao apartamento de Lula para abrigar petistas que fazem vigília esperando a prisão do ex-presidente. Um amigo de Lula teria feito o pedido. * Confusão: José Serra chegou atrasado na viagem da cúpula do governo Temer à Ásia porque pegou o avião errado. Desembarcou no aeroporto de Ezeiza e perguntou: "Mas a Argentina não faz parte dos Brics?". * Após meses escondido em um apartamento no Leblon, Aécio Neves foi comunicado por assessores que já poderia deixar o esconderijo, porque mesmo sumido ele foi lembrado por Rodrigo Janot.
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Doria precisará comprar árbitros do Corinthians antes de vender PacaembuPara privatizar o Pacaembu, João Doria enfrentará novo problema: todos os árbitros que trabalham no estádio ainda são de propriedade do Corinthians. Terá que comprá-los de volta antes de vender o estádio para a iniciativa privada. * A construtora Odebrecht está construindo uma basílica em frente ao apartamento de Lula para abrigar petistas que fazem vigília esperando a prisão do ex-presidente. Um amigo de Lula teria feito o pedido. * Confusão: José Serra chegou atrasado na viagem da cúpula do governo Temer à Ásia porque pegou o avião errado. Desembarcou no aeroporto de Ezeiza e perguntou: "Mas a Argentina não faz parte dos Brics?". * Após meses escondido em um apartamento no Leblon, Aécio Neves foi comunicado por assessores que já poderia deixar o esconderijo, porque mesmo sumido ele foi lembrado por Rodrigo Janot.
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Relator aceita sugestões de Levy e altera projeto das terceirizações
O relator do projeto que regulamenta as terceirizações no país, deputado Arthur Maia (SDD-BA), se reuniu nesta terça-feira (7) com o ministro Joaquim Levy (Fazenda) e disse ter aceitado algumas das sugestões feitas pelo governo federal, que teme perda de arrecadação com as mudanças. De acordo com Maia, ele irá incorporar ao projeto a exigência de que as empresas que terceirizam mantenham a responsabilidade de pagar os encargos trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores –Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e a contribuição ao INSS–, além dos tributos devidos, como Imposto de Renda e PIS/Cofins. Ou seja, em vez de repassar todo o valor acertado para a empresa que contratou, a chamada "empresa-mãe" irá reter a quantia para pagamento, de forma direta, dessas exigências. O temor do governo era o de que houvesse aumento de calote de impostos e obrigações previdenciárias e trabalhistas por parte das terceirizadas. Maia disse ainda ter recusado a proposta de Levy de alterar as regras de distribuição de dividendos, mas não soube explicar qual era exatamente a demanda do governo nesse ponto. "PEJOTIZAÇÃO" Arthur Maia também afirmou que o projeto trará regras para evitar que empresas se aproveitem da mudança para adotar brechas com o objetivo de reduzir os encargos trabalhistas e os impostos, a chamada "pejotização". Nessa situação, funcionários são instados a sair do regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) para continuar exercendo a mesma função na empresa como prestadora de serviços, na condição de pessoa jurídica (daí o termo "pejotização"). Isso leva as empresas a gastar menos com impostos e com encargos trabalhistas. Maia não detalhou quais serão essas regras. REGIME DE URGÊNCIA Após reunião dos líderes das bancadas partidárias, ficou acertado que a Câmara tentará aprovar nesta terça-feira a tramitação do projeto em regime de urgência, passo necessário para que ele fique pronto para votação no plenário. A promessa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é votar o mérito da proposta nesta quarta-feira (8). Seu principal ponto é a liberação para que as empresas terceirizem qualquer parcela de suas atividades. Hoje isso é liberado apenas para a chamada atividade-meio, como a limpeza e a segurança em um banco. O PT continua manifestando posição contrária. "Essa matéria é um retrocesso, século 18, é transformar todo o trabalhador brasileiro em uma peça obsoleta ao processo produtivo nacional", afirmou o líder da bancada na Câmara, Sibá Machado (AC). Apesar de ter parte de suas sugestões aceitas, o governo trabalha para tentar adiar a votação do projeto. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), porém, diz que não irá protelar a análise do tema.
mercado
Relator aceita sugestões de Levy e altera projeto das terceirizaçõesO relator do projeto que regulamenta as terceirizações no país, deputado Arthur Maia (SDD-BA), se reuniu nesta terça-feira (7) com o ministro Joaquim Levy (Fazenda) e disse ter aceitado algumas das sugestões feitas pelo governo federal, que teme perda de arrecadação com as mudanças. De acordo com Maia, ele irá incorporar ao projeto a exigência de que as empresas que terceirizam mantenham a responsabilidade de pagar os encargos trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores –Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e a contribuição ao INSS–, além dos tributos devidos, como Imposto de Renda e PIS/Cofins. Ou seja, em vez de repassar todo o valor acertado para a empresa que contratou, a chamada "empresa-mãe" irá reter a quantia para pagamento, de forma direta, dessas exigências. O temor do governo era o de que houvesse aumento de calote de impostos e obrigações previdenciárias e trabalhistas por parte das terceirizadas. Maia disse ainda ter recusado a proposta de Levy de alterar as regras de distribuição de dividendos, mas não soube explicar qual era exatamente a demanda do governo nesse ponto. "PEJOTIZAÇÃO" Arthur Maia também afirmou que o projeto trará regras para evitar que empresas se aproveitem da mudança para adotar brechas com o objetivo de reduzir os encargos trabalhistas e os impostos, a chamada "pejotização". Nessa situação, funcionários são instados a sair do regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) para continuar exercendo a mesma função na empresa como prestadora de serviços, na condição de pessoa jurídica (daí o termo "pejotização"). Isso leva as empresas a gastar menos com impostos e com encargos trabalhistas. Maia não detalhou quais serão essas regras. REGIME DE URGÊNCIA Após reunião dos líderes das bancadas partidárias, ficou acertado que a Câmara tentará aprovar nesta terça-feira a tramitação do projeto em regime de urgência, passo necessário para que ele fique pronto para votação no plenário. A promessa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é votar o mérito da proposta nesta quarta-feira (8). Seu principal ponto é a liberação para que as empresas terceirizem qualquer parcela de suas atividades. Hoje isso é liberado apenas para a chamada atividade-meio, como a limpeza e a segurança em um banco. O PT continua manifestando posição contrária. "Essa matéria é um retrocesso, século 18, é transformar todo o trabalhador brasileiro em uma peça obsoleta ao processo produtivo nacional", afirmou o líder da bancada na Câmara, Sibá Machado (AC). Apesar de ter parte de suas sugestões aceitas, o governo trabalha para tentar adiar a votação do projeto. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), porém, diz que não irá protelar a análise do tema.
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Oposição vai à Procuradoria contra indicação de Alexandre de Moraes
O PSOL anunciou que vai protocolar uma representação na PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o presidente Michel Temer por causa da indicação de Alexandre de Moraes para o STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo a legenda, a representação será por "ato de desvio de finalidade". Em nota, o partido da oposição diz que Temer nomeou Moraes não para aprimorar o corpo técnico do Supremo, mas para ter alguém de "absoluta confiança" na Corte. O PSOL argumenta que o futuro ministro não somente será membro do STF como também será o revisor dos processos relacionados à Operação Lava Jato. Na representação, há também a lembrança de que Moraes era filiado ao PSDB, partido que compõe a base governista - ele anunciou sua desfiliação nesta quarta (08). Com o material em mãos, a PGR decidirá quais providências tomará. O indicado de Temer ainda passará por uma sabatina no Senado para ser aprovado para então a ocupar a vaga deixada pelo ministro Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo no dia 19 de janeiro.
poder
Oposição vai à Procuradoria contra indicação de Alexandre de MoraesO PSOL anunciou que vai protocolar uma representação na PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o presidente Michel Temer por causa da indicação de Alexandre de Moraes para o STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo a legenda, a representação será por "ato de desvio de finalidade". Em nota, o partido da oposição diz que Temer nomeou Moraes não para aprimorar o corpo técnico do Supremo, mas para ter alguém de "absoluta confiança" na Corte. O PSOL argumenta que o futuro ministro não somente será membro do STF como também será o revisor dos processos relacionados à Operação Lava Jato. Na representação, há também a lembrança de que Moraes era filiado ao PSDB, partido que compõe a base governista - ele anunciou sua desfiliação nesta quarta (08). Com o material em mãos, a PGR decidirá quais providências tomará. O indicado de Temer ainda passará por uma sabatina no Senado para ser aprovado para então a ocupar a vaga deixada pelo ministro Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo no dia 19 de janeiro.
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Questões de história surpreendem em segunda fase do vestibular da Unicamp
As questões de história da segunda fase do vestibular da Unicamp (Unicamp Estadual de Campinas) foram as que trouxeram maiores dificuldades para os candidatos que buscam uma vaga na instituição, segundo professores ouvidos pela Folha. Os convocados para a segunda fase enfrentam três dias de prova, maratona iniciada no domingo (15). Nesta segunda-feira (16), estudantes fizeram as provas de história, geografia e matemática, após terem enfrentado ontem a parte de português e redação. Na terça-feira (17), é a vez de química, física e biologia. Matemática e geografia foram considerada "clássicas" e mais fáceis, de acordo com o professor Antunes Rafael, coordenador pedagógico da Oficina do Estudante, de Campinas. "As provas exigiram temas cobrados muitas vezes. Comparando com a prova do primeiro dia, não houve grande surpresa", diz. O diretor de ensino do Anglo, Paulo Moraes, também ressalta a "simplicidade" das questões dessas disciplina. "A prova foi mais simples, com assuntos claros e abordagem mais diretas", diz. Na parte de geografia, apareceram questões sobre refugiados, cartografia e cortiços em São Paulo. São temas recorrentes e atuais, segundo Vera Antunes, do Objetivo, mas que "exigem conhecimento". A abordagem interdisciplinar dos itens de história é que surpreendeu alunos e professores. A Unicamp previu perguntas que relacionavam, por exemplo, filosofia e literatura com a história. "Foi a parte mais difícil até agora porque foge da característica de perguntar coisas de forma direta", completa Vera. Para o coordenador do Etapa, Marcelo Dias, as questões de história exigiam uma "competência importante" dos candidatos, que é a relação entre conteúdos. "Com questões de filosofia, África, atualidades no Brasil, revolução mexicana, a prova exigia que o aluno precisa tivesse uma boa formação mas também se mantivesse atualizado", diz. "Em cursos concorridos, como medicina, ter ido bem em história fará a diferença". AGENDA A Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp) registrou uma abstenção de 11,1% no segundo dia de prova -13.765 candidatos fizeram as provas nesta segunda. Estão em jogo 3.330 vagas em 70 cursos de graduação da Unicamp. Fizeram a primeira fase 73.489 inscritos. A primeira chamada de aprovados está marcada para o dia 13 de fevereiro. Na quarta-feira, dia 18, a Comvest divulga as respostas esperadas nas questões dos três dias de prova no site www.comvest.unicamp.br.
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Questões de história surpreendem em segunda fase do vestibular da UnicampAs questões de história da segunda fase do vestibular da Unicamp (Unicamp Estadual de Campinas) foram as que trouxeram maiores dificuldades para os candidatos que buscam uma vaga na instituição, segundo professores ouvidos pela Folha. Os convocados para a segunda fase enfrentam três dias de prova, maratona iniciada no domingo (15). Nesta segunda-feira (16), estudantes fizeram as provas de história, geografia e matemática, após terem enfrentado ontem a parte de português e redação. Na terça-feira (17), é a vez de química, física e biologia. Matemática e geografia foram considerada "clássicas" e mais fáceis, de acordo com o professor Antunes Rafael, coordenador pedagógico da Oficina do Estudante, de Campinas. "As provas exigiram temas cobrados muitas vezes. Comparando com a prova do primeiro dia, não houve grande surpresa", diz. O diretor de ensino do Anglo, Paulo Moraes, também ressalta a "simplicidade" das questões dessas disciplina. "A prova foi mais simples, com assuntos claros e abordagem mais diretas", diz. Na parte de geografia, apareceram questões sobre refugiados, cartografia e cortiços em São Paulo. São temas recorrentes e atuais, segundo Vera Antunes, do Objetivo, mas que "exigem conhecimento". A abordagem interdisciplinar dos itens de história é que surpreendeu alunos e professores. A Unicamp previu perguntas que relacionavam, por exemplo, filosofia e literatura com a história. "Foi a parte mais difícil até agora porque foge da característica de perguntar coisas de forma direta", completa Vera. Para o coordenador do Etapa, Marcelo Dias, as questões de história exigiam uma "competência importante" dos candidatos, que é a relação entre conteúdos. "Com questões de filosofia, África, atualidades no Brasil, revolução mexicana, a prova exigia que o aluno precisa tivesse uma boa formação mas também se mantivesse atualizado", diz. "Em cursos concorridos, como medicina, ter ido bem em história fará a diferença". AGENDA A Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp) registrou uma abstenção de 11,1% no segundo dia de prova -13.765 candidatos fizeram as provas nesta segunda. Estão em jogo 3.330 vagas em 70 cursos de graduação da Unicamp. Fizeram a primeira fase 73.489 inscritos. A primeira chamada de aprovados está marcada para o dia 13 de fevereiro. Na quarta-feira, dia 18, a Comvest divulga as respostas esperadas nas questões dos três dias de prova no site www.comvest.unicamp.br.
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Depoimento: Ativista saudita busca libertar marido e irmão
A saudita Samar Badawi, 34, sofreu abusos do próprio pai, foi obrigada a casar com um homem que não amava e ainda foi presa acusada de tentar destruir a cultura árabe e sujar a imagem do país. Hoje, ela luta para tirar da prisão o irmão, o blogueiro Raif Badawi, 31, condenado a dez anos e mil chibatadas, e o marido, o advogado e ativista de direitos humanos Waleed Abulkhair, 36, sentenciado a 15 anos. * Apesar de todos os estereótipos que o Ocidente criou acerca da cultura árabe, a realidade é que horrores ainda acontecem em pleno século 21. Comigo não foi diferente. Quando eu tinha 13 anos, minha mãe morreu e passei a viver só com meu pai. Foram 15 anos sendo estuprada por ele, e ainda fui obrigada a ficar seis anos casada com um homem que não amava, escolhido pelo meu patriarca em um matrimônio marcado pela truculência. Quando já não aguentava mais, decidi fugir para um abrigo e denunciei a violência que sofria. Acabei sendo presa por sete meses por desobediência. Nesse período de reclusão, conheci mulheres em situações piores que a minha. Elas estavam detidas havia anos. Já haviam cumprido a pena, mas não podiam ser libertadas porque não havia nenhum homem que se responsabilizasse por elas, pois na Arábia Saudita é costume que o homem tenha a guarda da mulher. Parte desse terror só chegou ao fim quando meu pedido de divórcio foi aceito, uma condição muito difícil de conseguir. Um tio se tornou meu novo guardião masculino. Em 2011, cometi um ato considerado ultrajante, ofensivo e que poderia me levar à prisão: outras mulheres e eu entramos em carros. Sim, na Arábia Saudita, dirigir é um ato exclusivamente masculino. No mesmo ano, eu denunciei o Ministério do Interior por proibir mulheres de dirigir, ato judicial sem precedentes na história do meu país. Estou lutando por coisas que, para as mulheres brasileiras, são mínimas. A mulher na Arábia Saudita não pode ir ao mercado, ao médico, viajar, decidir com quem se casar ou estudar sem a permissão de um homem, de um tutor, seja ele o pai, o marido, ou até mesmo algum filho adulto. Existem meninas proibidas de ir à escola e condenadas ao analfabetismo; mulheres impedidas de trabalhar e de andar sozinhas, viúvas que, sem poder ganhar o sustento, dependem de esmolas e de casamentos arranjados para sobreviver. Hoje sou uma das poucas mulheres da Arábia Saudita que sabem dirigir. Faço parte de um pequeno grupo que se separou do primeiro marido e conseguiu casar novamente, desta vez com o homem que eu escolhi, e também a primeira mulher a garantir o direito ao voto no meu país. PERSEGUIÇÃO As leis do meu país exaltam a segregação de gêneros em espaços públicos e a repressão. As regras são regidas pela doutrina do wahabismo, uma interpretação ortodoxa e ultraconservadora do Islã, que tem forte influência no clã Al-Saud, que governa o país. A Arábia Saudita é país islâmico, e o Islã é uma religião de valores adoráveis que prega o amor e a paz, mas o governo usa o wahabismo como quer. O Alcorão é a fonte da Constituição oficial e do direito civil, o que torna o país uma monarquia absolutista teocrática, a única do mundo a transformar um texto religioso em político e em um instrumento do fanatismo dogmático. Contrariar qualquer dessas regras pode significar punições severas. Isso aconteceu com meu irmão, Raif Badawi, criador do blog Free Saudi Liberals. Ele foi acusado de crime cibernético e condenado a passar dez anos na prisão, pagar uma indenização de valor equivalente a US$ 266 mil (cerca de R$ 850 mil) e receber mil chibatadas. Essa é uma forma de punição cruel e desumana, proibida pela Lei Internacional de Direitos Humanos. Estou muito preocupada com o futuro dele. O primeiro açoitamento público aconteceu e ele recebeu 50 chibatadas. E continuará sendo açoitado até completar o número total. O governo adiou uma nova rodada porque o médico que o examinou disse que ele não aguentaria um novo açoitamento. Meu marido, o advogado Waleed Abu Al-Khair, passa por uma situação parecida. Antes de ser preso, ele trabalhava em defesa dos direitos humanos, representando meu irmão e também outras vítimas de violações. O governo o sentenciou a 15 anos de prisão por postar uma mensagem no Twitter em que falava de seu trabalho e de como é difícil a vida na Arábia Saudita. A rigidez do governo chega a tal ponto que a Justiça nos acusa de sujar a imagem do país, como se fôssemos terroristas. MAIS RIGIDEZ Com a morte do antigo rei Abdullah bin abdul Aziz [em 23 de janeiro], o meio irmão dele, Salman, assumiu o trono e promete ser ainda mais rígido. Temo ser presa a qualquer momento. Isso só não aconteceu ainda por pressão internacional e ajuda do diretor da Organização Europeia para os Direitos Humanos na Arábia, Ali Adubisi, mas estou proibida de sair do país por causa do discurso que fiz no Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, na Suíça [em setembro do ano passado, quando denunciou a falta de liberdade de expressão em seu país]. Ao todo, 26 pessoas foram mortas pela polícia em protestos pacíficos, e o número de detenções arbitrárias e julgamentos injustos contra ativistas só aumenta. O governo sentenciou nove manifestantes à morte pela lei antiterrorismo, como Sheikh Nimr Baqir AlNimr, Ali Mohammed AlNimer, Daoud Hussein AlMerhoo, entre outros. Os dois últimos eram menores de idade quando foram presos e estão no corredor da morte apenas aguardando a execução. O caminho para uma solução na Arábia Saudita ainda é longo, mas a Primavera Árabe causou uma grande sensibilização na comunidade. Não vou parar de exigir a libertação imediata de todos os presos políticos, o fim de todas as formas de tortura, a reforma das leis que restringem os direitos das mulheres sauditas e a abolição da tutela masculina.
mundo
Depoimento: Ativista saudita busca libertar marido e irmãoA saudita Samar Badawi, 34, sofreu abusos do próprio pai, foi obrigada a casar com um homem que não amava e ainda foi presa acusada de tentar destruir a cultura árabe e sujar a imagem do país. Hoje, ela luta para tirar da prisão o irmão, o blogueiro Raif Badawi, 31, condenado a dez anos e mil chibatadas, e o marido, o advogado e ativista de direitos humanos Waleed Abulkhair, 36, sentenciado a 15 anos. * Apesar de todos os estereótipos que o Ocidente criou acerca da cultura árabe, a realidade é que horrores ainda acontecem em pleno século 21. Comigo não foi diferente. Quando eu tinha 13 anos, minha mãe morreu e passei a viver só com meu pai. Foram 15 anos sendo estuprada por ele, e ainda fui obrigada a ficar seis anos casada com um homem que não amava, escolhido pelo meu patriarca em um matrimônio marcado pela truculência. Quando já não aguentava mais, decidi fugir para um abrigo e denunciei a violência que sofria. Acabei sendo presa por sete meses por desobediência. Nesse período de reclusão, conheci mulheres em situações piores que a minha. Elas estavam detidas havia anos. Já haviam cumprido a pena, mas não podiam ser libertadas porque não havia nenhum homem que se responsabilizasse por elas, pois na Arábia Saudita é costume que o homem tenha a guarda da mulher. Parte desse terror só chegou ao fim quando meu pedido de divórcio foi aceito, uma condição muito difícil de conseguir. Um tio se tornou meu novo guardião masculino. Em 2011, cometi um ato considerado ultrajante, ofensivo e que poderia me levar à prisão: outras mulheres e eu entramos em carros. Sim, na Arábia Saudita, dirigir é um ato exclusivamente masculino. No mesmo ano, eu denunciei o Ministério do Interior por proibir mulheres de dirigir, ato judicial sem precedentes na história do meu país. Estou lutando por coisas que, para as mulheres brasileiras, são mínimas. A mulher na Arábia Saudita não pode ir ao mercado, ao médico, viajar, decidir com quem se casar ou estudar sem a permissão de um homem, de um tutor, seja ele o pai, o marido, ou até mesmo algum filho adulto. Existem meninas proibidas de ir à escola e condenadas ao analfabetismo; mulheres impedidas de trabalhar e de andar sozinhas, viúvas que, sem poder ganhar o sustento, dependem de esmolas e de casamentos arranjados para sobreviver. Hoje sou uma das poucas mulheres da Arábia Saudita que sabem dirigir. Faço parte de um pequeno grupo que se separou do primeiro marido e conseguiu casar novamente, desta vez com o homem que eu escolhi, e também a primeira mulher a garantir o direito ao voto no meu país. PERSEGUIÇÃO As leis do meu país exaltam a segregação de gêneros em espaços públicos e a repressão. As regras são regidas pela doutrina do wahabismo, uma interpretação ortodoxa e ultraconservadora do Islã, que tem forte influência no clã Al-Saud, que governa o país. A Arábia Saudita é país islâmico, e o Islã é uma religião de valores adoráveis que prega o amor e a paz, mas o governo usa o wahabismo como quer. O Alcorão é a fonte da Constituição oficial e do direito civil, o que torna o país uma monarquia absolutista teocrática, a única do mundo a transformar um texto religioso em político e em um instrumento do fanatismo dogmático. Contrariar qualquer dessas regras pode significar punições severas. Isso aconteceu com meu irmão, Raif Badawi, criador do blog Free Saudi Liberals. Ele foi acusado de crime cibernético e condenado a passar dez anos na prisão, pagar uma indenização de valor equivalente a US$ 266 mil (cerca de R$ 850 mil) e receber mil chibatadas. Essa é uma forma de punição cruel e desumana, proibida pela Lei Internacional de Direitos Humanos. Estou muito preocupada com o futuro dele. O primeiro açoitamento público aconteceu e ele recebeu 50 chibatadas. E continuará sendo açoitado até completar o número total. O governo adiou uma nova rodada porque o médico que o examinou disse que ele não aguentaria um novo açoitamento. Meu marido, o advogado Waleed Abu Al-Khair, passa por uma situação parecida. Antes de ser preso, ele trabalhava em defesa dos direitos humanos, representando meu irmão e também outras vítimas de violações. O governo o sentenciou a 15 anos de prisão por postar uma mensagem no Twitter em que falava de seu trabalho e de como é difícil a vida na Arábia Saudita. A rigidez do governo chega a tal ponto que a Justiça nos acusa de sujar a imagem do país, como se fôssemos terroristas. MAIS RIGIDEZ Com a morte do antigo rei Abdullah bin abdul Aziz [em 23 de janeiro], o meio irmão dele, Salman, assumiu o trono e promete ser ainda mais rígido. Temo ser presa a qualquer momento. Isso só não aconteceu ainda por pressão internacional e ajuda do diretor da Organização Europeia para os Direitos Humanos na Arábia, Ali Adubisi, mas estou proibida de sair do país por causa do discurso que fiz no Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, na Suíça [em setembro do ano passado, quando denunciou a falta de liberdade de expressão em seu país]. Ao todo, 26 pessoas foram mortas pela polícia em protestos pacíficos, e o número de detenções arbitrárias e julgamentos injustos contra ativistas só aumenta. O governo sentenciou nove manifestantes à morte pela lei antiterrorismo, como Sheikh Nimr Baqir AlNimr, Ali Mohammed AlNimer, Daoud Hussein AlMerhoo, entre outros. Os dois últimos eram menores de idade quando foram presos e estão no corredor da morte apenas aguardando a execução. O caminho para uma solução na Arábia Saudita ainda é longo, mas a Primavera Árabe causou uma grande sensibilização na comunidade. Não vou parar de exigir a libertação imediata de todos os presos políticos, o fim de todas as formas de tortura, a reforma das leis que restringem os direitos das mulheres sauditas e a abolição da tutela masculina.
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Governadora de RR diz a Temer que não pode garantir segurança de presos
Em ofício enviado ao presidente Michel Temer nesta segunda-feira (9), a governadora de Roraima Suely Campos (PP) reconheceu que o governo não pode "garantir a integridade física" dos presidiários de "forma plena". Por isso, solicita "em caráter de urgência" maior auxílio financeiro para financiar construções em duas penitenciárias do Estado. Na carta, a governadora também pediu a transferência de oito detentos de Roraima para presídios federais em outras partes do país. Conforme o ofício, esses oito "foram identificados como líderes de facções criminosas" e a transferência seria necessária para "mitigar os conflitos internos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo", na qual 33 detentos foram chacinados na última sexta-feira (6). Suely Campos voltou a pedir a Temer o envio de cem homens da Força Nacional para auxiliar a Policia Militar na segurança do presídio. A governadora também solicitou "o envio da Força de Intervenção Penitenciária Integrada [ligada ao Depen], a qual atuou recentemente na retomada do controle do sistema prisional do Estado do Ceará". Após o massacre em Manaus, o governo do Amazonas também pediu ajuda desta força ao governo federal. O Estado solicitou ainda cerca de R$ 10 milhões para construir mais vagas no sistema carcerário. PEDIDO ANTERIOR Em 2016, a governadora de Roraima já havia solicitado ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em caráter de urgência apoio do governo federal, bem como da Força Nacional de Segurança "em virtude dos últimos acontecimentos no sistema prisional do Estado de Roraima". A governadora solicita a doação de 180 pistolas que deveriam ser destinadas ao controle penitenciário. Ela cita ainda que o sistema carcerário em Roraima encontrava-se sob grande clima de tensão. Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes chegou a negar que o Estado houvesse solicitado ajuda. Mais tarde, em nota, o Ministério da Justiça voltou atrás e reconheceu que o pedido foi feito em relação às unidades penitenciárias, mas disse que a Força Nacional não pode atuar dentro dos presídios, assumindo a administração dos estabelecimentos prisionais.
cotidiano
Governadora de RR diz a Temer que não pode garantir segurança de presosEm ofício enviado ao presidente Michel Temer nesta segunda-feira (9), a governadora de Roraima Suely Campos (PP) reconheceu que o governo não pode "garantir a integridade física" dos presidiários de "forma plena". Por isso, solicita "em caráter de urgência" maior auxílio financeiro para financiar construções em duas penitenciárias do Estado. Na carta, a governadora também pediu a transferência de oito detentos de Roraima para presídios federais em outras partes do país. Conforme o ofício, esses oito "foram identificados como líderes de facções criminosas" e a transferência seria necessária para "mitigar os conflitos internos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo", na qual 33 detentos foram chacinados na última sexta-feira (6). Suely Campos voltou a pedir a Temer o envio de cem homens da Força Nacional para auxiliar a Policia Militar na segurança do presídio. A governadora também solicitou "o envio da Força de Intervenção Penitenciária Integrada [ligada ao Depen], a qual atuou recentemente na retomada do controle do sistema prisional do Estado do Ceará". Após o massacre em Manaus, o governo do Amazonas também pediu ajuda desta força ao governo federal. O Estado solicitou ainda cerca de R$ 10 milhões para construir mais vagas no sistema carcerário. PEDIDO ANTERIOR Em 2016, a governadora de Roraima já havia solicitado ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em caráter de urgência apoio do governo federal, bem como da Força Nacional de Segurança "em virtude dos últimos acontecimentos no sistema prisional do Estado de Roraima". A governadora solicita a doação de 180 pistolas que deveriam ser destinadas ao controle penitenciário. Ela cita ainda que o sistema carcerário em Roraima encontrava-se sob grande clima de tensão. Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes chegou a negar que o Estado houvesse solicitado ajuda. Mais tarde, em nota, o Ministério da Justiça voltou atrás e reconheceu que o pedido foi feito em relação às unidades penitenciárias, mas disse que a Força Nacional não pode atuar dentro dos presídios, assumindo a administração dos estabelecimentos prisionais.
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Não matarás
Realmente me incomodam os ataques em relação ao peso, cabelo e roupas da Dilma. Talvez porque sou mulher, talvez porque tenho mãe (e tive avós) e não gosto de maus-tratos verbais a senhoras, talvez porque, apesar de tudo, ainda simpatizo com a presidente. Reclamei "isso é machismo travestido de opinião política e tá me dando nojinho" e recebi infinitas mensagens de amigos e desconhecidos me "dando a real" (o mundo é dividido entre as pessoas que fazem selfie na academia e as que dão a real). Eles defendiam a liberdade de expressão (com razão) e me perguntavam algo que em poucos dias viraria o tema central do debate universal: qual o limite do humor? Por que compartilhei a foto do Serra vampiro e do Serra chutando infinitas possibilidades (inclusive o ar, num passinho de dança), se agora eu estava reclamando da Dilma comparada a um botijão de gás todo trabalhado na renda? Seria feminismo? Seria o feminismo, querendo diferenciar a mulher, uma forma de machismo? Teriam as minicelulites que nasceram próximas à minha axila (coladas ao músculo-banha do tchau) deflagrado tal impaciência? Eu não gostar de uma piada não tira o direito do outro de fazê-la. Certo, perdão. Mas ele não gostar de eu não ter gostado, não tira o meu direito de não ter gostado. E vou parar por aqui, porque esta é uma coluna de jornal e não a sala da diretoria do ginásio. Não sou uma profunda conhecedora dos quadrinhos do Charlie Hebdo mas, do que vi, achei genial... e com uma certa porcentagem de mau gosto em alguns casos. Um mau gosto que me agrada, é bom explicar, porque me faz sentir um misto de liberdade, azia e medo (e me lembra uma vez que tive um ataque de riso em um velório). O deputado X (aquele que não dizemos o nome porque dá ziquizira na vida e promove sua fama) recentemente ofendeu outra mulher dizendo que sua lipo deu errado. E se fosse um humorista, num stand up, fazendo piada com mulher/gorda/lipo/baranga? O que é pior? Qual o limite da falta de graça? O limite é a violência. Sheherazade nunca será uma mártir pela liberdade de expressão enquanto incitar a violência. Piadas com negro, gay, pobre e colunista loira (burraaa!!!) sempre serão escrotas, porque batem em gente legal (não gosto de chamar de "fracos"). Dito tudo isso, apenas porque este texto é tão confuso e sem fim quanto a discussão dos limites do humor, eu apelidei um vizinho enfurecido com o barulho do meu secador de cabelos após a meia-noite de "gordeto sem noção do décimo". Ateus, religiosos, comediantes, vizinhos e internautas têm razão (nem que seja apenas a dele), mas a perderão automaticamente se fizerem uso de violência. Discordar na internet, principalmente para neuróticos com mais de 30 anos, é melhor que Xvideos. Agora, machucar, ameaçar, matar, é errado nível parem esse mundo. Ontem entrou pro top 3 "dias mais tristes de 2015" e ainda nem começou o ano. Muitos vão discordar deste texto e terão razão. Se me xingarem de idiota, ainda terão razão. Se eu me defender, terei razão. Se xingarem mamãe com palavras de baixo calão, perderão 20% da razão. Se eu, ofendida porque xingaram mamãe, for lá e der um tiro na cara do camarada, perderei 786% da razão. Tudo isso me faz pensar que "razão" é a palavra errada nesse momento.
colunas
Não matarásRealmente me incomodam os ataques em relação ao peso, cabelo e roupas da Dilma. Talvez porque sou mulher, talvez porque tenho mãe (e tive avós) e não gosto de maus-tratos verbais a senhoras, talvez porque, apesar de tudo, ainda simpatizo com a presidente. Reclamei "isso é machismo travestido de opinião política e tá me dando nojinho" e recebi infinitas mensagens de amigos e desconhecidos me "dando a real" (o mundo é dividido entre as pessoas que fazem selfie na academia e as que dão a real). Eles defendiam a liberdade de expressão (com razão) e me perguntavam algo que em poucos dias viraria o tema central do debate universal: qual o limite do humor? Por que compartilhei a foto do Serra vampiro e do Serra chutando infinitas possibilidades (inclusive o ar, num passinho de dança), se agora eu estava reclamando da Dilma comparada a um botijão de gás todo trabalhado na renda? Seria feminismo? Seria o feminismo, querendo diferenciar a mulher, uma forma de machismo? Teriam as minicelulites que nasceram próximas à minha axila (coladas ao músculo-banha do tchau) deflagrado tal impaciência? Eu não gostar de uma piada não tira o direito do outro de fazê-la. Certo, perdão. Mas ele não gostar de eu não ter gostado, não tira o meu direito de não ter gostado. E vou parar por aqui, porque esta é uma coluna de jornal e não a sala da diretoria do ginásio. Não sou uma profunda conhecedora dos quadrinhos do Charlie Hebdo mas, do que vi, achei genial... e com uma certa porcentagem de mau gosto em alguns casos. Um mau gosto que me agrada, é bom explicar, porque me faz sentir um misto de liberdade, azia e medo (e me lembra uma vez que tive um ataque de riso em um velório). O deputado X (aquele que não dizemos o nome porque dá ziquizira na vida e promove sua fama) recentemente ofendeu outra mulher dizendo que sua lipo deu errado. E se fosse um humorista, num stand up, fazendo piada com mulher/gorda/lipo/baranga? O que é pior? Qual o limite da falta de graça? O limite é a violência. Sheherazade nunca será uma mártir pela liberdade de expressão enquanto incitar a violência. Piadas com negro, gay, pobre e colunista loira (burraaa!!!) sempre serão escrotas, porque batem em gente legal (não gosto de chamar de "fracos"). Dito tudo isso, apenas porque este texto é tão confuso e sem fim quanto a discussão dos limites do humor, eu apelidei um vizinho enfurecido com o barulho do meu secador de cabelos após a meia-noite de "gordeto sem noção do décimo". Ateus, religiosos, comediantes, vizinhos e internautas têm razão (nem que seja apenas a dele), mas a perderão automaticamente se fizerem uso de violência. Discordar na internet, principalmente para neuróticos com mais de 30 anos, é melhor que Xvideos. Agora, machucar, ameaçar, matar, é errado nível parem esse mundo. Ontem entrou pro top 3 "dias mais tristes de 2015" e ainda nem começou o ano. Muitos vão discordar deste texto e terão razão. Se me xingarem de idiota, ainda terão razão. Se eu me defender, terei razão. Se xingarem mamãe com palavras de baixo calão, perderão 20% da razão. Se eu, ofendida porque xingaram mamãe, for lá e der um tiro na cara do camarada, perderei 786% da razão. Tudo isso me faz pensar que "razão" é a palavra errada nesse momento.
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Oferenda 'bioagradável' para Iemanjá e Carnaval com menos xixi na rua
Você gosta de ter a casa limpa? Iemanjá também! Esse é o mote de uma campanha de conscientização ambiental feita por escolas, associações de moradores, empresários, ONGs e a empresa de limpeza local para propor que as pessoas enviem oferendas "bioagradáveis" para Iemanjá no próximo 2 de fevereiro, dia de festa no mar, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. Cartazes e panfletos devem ser entregues aos pescadores que conduzem os barcos que saem da praia cheios de oferendas de visitantes e fiéis e para depositá-las em alto mar. Evitar presentes de plástico, vidro ou isopor, enviar de preferência flores brancas e frutas claras como uva e maçã verde e goiaba branca, borrifar perfume de alfazema nas flores e enviar sabonetes sem embalagem são as orientações da campanha. Se você vai apreciar uma das festas mais lindas do país, pense na dica. * Começaram a ser aplicadas, na última quarta (28), multas para quem joga lixo e faz xixi na rua em Salvador. A Lei Municipal 8.512/13, que regula esse tema, foi publicada em novembro de 2014. Durante os primeiros sessenta dias, foram feitas campanhas educativas, 2.305 abordagens e emitidas cerca de 600 notificações. Mas agora é para valer. As multas variam de R$ 67,23 a R$ 1.008,45. No caso de descarte irregular de resíduo por empresas, elas vão de R$ 268,92 a R$ 2.016,90. Cerca de 40 fiscais deverão atuar em parceria com a Guarda Municipal de Salvador na aplicação das multas, com base nos números do CPF ou CNPJ dos multados. Quem se recusar a fornecer os dados será encaminhado à uma delegacia para registrar ocorrência. Nos dois primeiros dias, foram punidas 27 pessoas. A companhia de limpeza urbana, Limpurb, chegou a declarar que seria dada uma trégua na lei nos circuitos dos trios elétricos e dos blocos durante o próximo Carnaval, para não colocar em risco a integridade física dos fiscais. Não é uma preocupação banal. Imagine 1 milhão de pessoas nas ruas, num crescendo de animação e tudo mais, e uns poucos fiscais chamando na chincha. A repercussão negativa da trégua anunciada fez a prefeitura voltar atrás, no entanto. Achei bom. É justamente em ocasiões como essa, de grande afluxo de pessoas e visibilidade planetária, que há oportunidade de divulgar uma mudança como essa. E, sem propaganda ou exemplo, não dá para alterar hábitos e comportamentos. A sujeira acumulada nas ruas de Salvador custa, por dia, aproximadamente R$ 1 milhão aos cofres públicos. Os custos aumentam significativamente por causa das festas populares, que atraem multidões durante o ano todo. O calendário festivo culmina com o Carnaval, mas começa com a procissão de Nosso Senhor dos Navegantes, em 1º de janeiro, segue com preparações para a Lavagem do Bonfim, também em janeiro, e tem um dos maiores públicos na festa de Iemanjá, na próxima segunda (2). Apesar de os visitantes brasileiros e estrangeiros deixarem bastante dinheiro para a cidade - no ano passado, cerca de 500 mil turistas gastaram R$ 1 bilhão no Carnaval, segundo a Secretaria do Turismo do Estado _ , fica também um rastro de sujeira. Nas ruas próximas aos circuitos Barra/Ondina, Campo Grande e Centro Histórico, onde trios elétricos e blocos desfilam, ficam montanhas de copos e garrafas plásticas, restos de comida, papéis e material de propaganda. No ano passado, até a segunda-feira, haviam sido recolhidas mais de 10 toneladas de material reciclável. E nas guias das calçadas, durante as festas, correm rios de xixi. Não é força de expressão. A Limpurb estima que no Carnaval sejam produzidos cerca de 16 milhões de litros de xixi! Do total, só 4,8 milhões são recolhidos nos sanitários públicos. Além do cheiro, a acidez do xixi danifica equipamentos públicos. Mas para mudar o quadro, quantos banheiros públicos seriam necessários? No ano passado, foram 2,5 mil. Esse ano, devem ser 5 mil. Não dá para o gasto, mas é melhor que nada. O problema é que, segundo a mesma Limpurb, não há projeto para a permanência desses banheiros após o Carnaval. Como é que fica?
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Oferenda 'bioagradável' para Iemanjá e Carnaval com menos xixi na ruaVocê gosta de ter a casa limpa? Iemanjá também! Esse é o mote de uma campanha de conscientização ambiental feita por escolas, associações de moradores, empresários, ONGs e a empresa de limpeza local para propor que as pessoas enviem oferendas "bioagradáveis" para Iemanjá no próximo 2 de fevereiro, dia de festa no mar, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. Cartazes e panfletos devem ser entregues aos pescadores que conduzem os barcos que saem da praia cheios de oferendas de visitantes e fiéis e para depositá-las em alto mar. Evitar presentes de plástico, vidro ou isopor, enviar de preferência flores brancas e frutas claras como uva e maçã verde e goiaba branca, borrifar perfume de alfazema nas flores e enviar sabonetes sem embalagem são as orientações da campanha. Se você vai apreciar uma das festas mais lindas do país, pense na dica. * Começaram a ser aplicadas, na última quarta (28), multas para quem joga lixo e faz xixi na rua em Salvador. A Lei Municipal 8.512/13, que regula esse tema, foi publicada em novembro de 2014. Durante os primeiros sessenta dias, foram feitas campanhas educativas, 2.305 abordagens e emitidas cerca de 600 notificações. Mas agora é para valer. As multas variam de R$ 67,23 a R$ 1.008,45. No caso de descarte irregular de resíduo por empresas, elas vão de R$ 268,92 a R$ 2.016,90. Cerca de 40 fiscais deverão atuar em parceria com a Guarda Municipal de Salvador na aplicação das multas, com base nos números do CPF ou CNPJ dos multados. Quem se recusar a fornecer os dados será encaminhado à uma delegacia para registrar ocorrência. Nos dois primeiros dias, foram punidas 27 pessoas. A companhia de limpeza urbana, Limpurb, chegou a declarar que seria dada uma trégua na lei nos circuitos dos trios elétricos e dos blocos durante o próximo Carnaval, para não colocar em risco a integridade física dos fiscais. Não é uma preocupação banal. Imagine 1 milhão de pessoas nas ruas, num crescendo de animação e tudo mais, e uns poucos fiscais chamando na chincha. A repercussão negativa da trégua anunciada fez a prefeitura voltar atrás, no entanto. Achei bom. É justamente em ocasiões como essa, de grande afluxo de pessoas e visibilidade planetária, que há oportunidade de divulgar uma mudança como essa. E, sem propaganda ou exemplo, não dá para alterar hábitos e comportamentos. A sujeira acumulada nas ruas de Salvador custa, por dia, aproximadamente R$ 1 milhão aos cofres públicos. Os custos aumentam significativamente por causa das festas populares, que atraem multidões durante o ano todo. O calendário festivo culmina com o Carnaval, mas começa com a procissão de Nosso Senhor dos Navegantes, em 1º de janeiro, segue com preparações para a Lavagem do Bonfim, também em janeiro, e tem um dos maiores públicos na festa de Iemanjá, na próxima segunda (2). Apesar de os visitantes brasileiros e estrangeiros deixarem bastante dinheiro para a cidade - no ano passado, cerca de 500 mil turistas gastaram R$ 1 bilhão no Carnaval, segundo a Secretaria do Turismo do Estado _ , fica também um rastro de sujeira. Nas ruas próximas aos circuitos Barra/Ondina, Campo Grande e Centro Histórico, onde trios elétricos e blocos desfilam, ficam montanhas de copos e garrafas plásticas, restos de comida, papéis e material de propaganda. No ano passado, até a segunda-feira, haviam sido recolhidas mais de 10 toneladas de material reciclável. E nas guias das calçadas, durante as festas, correm rios de xixi. Não é força de expressão. A Limpurb estima que no Carnaval sejam produzidos cerca de 16 milhões de litros de xixi! Do total, só 4,8 milhões são recolhidos nos sanitários públicos. Além do cheiro, a acidez do xixi danifica equipamentos públicos. Mas para mudar o quadro, quantos banheiros públicos seriam necessários? No ano passado, foram 2,5 mil. Esse ano, devem ser 5 mil. Não dá para o gasto, mas é melhor que nada. O problema é que, segundo a mesma Limpurb, não há projeto para a permanência desses banheiros após o Carnaval. Como é que fica?
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Em Campos Elíseos, no centro de São Paulo, grupo leva a gentileza para a solução de problemas
ANA RIBEIRO COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo A diretora de TV Sonia Bongiovanni é moradora recente de Campos Elíseos, bairro na região central da cidade. Ela engrossa a leva de artistas e intelectuais que hoje é parte crescente da população do bairro, que mistura famílias antigas, imigrantes e gente que ocupa moradias coletivas. Logo se entendeu com a nova vizinhança. "Não consigo imaginar não ter uma intersecção com o entorno. Acredito em um tipo de vida em que a calçada é parte da minha casa. Gosto de andar a pé, de conviver com os vizinhos", diz Sonia. Assim que se mudou, tomou conhecimento da Associação Campos Elíseos + Gentil. Subsidiado por uma empresa instalada no bairro, a Porto Seguro, o grupo atua na zeladoria urbana junto com os moradores. No dia a dia, funciona como central de reclamação, administrando as denúncias feitas por meio de um aplicativo. "Ando muito a pé e envio alertas sobre o que vejo de errado", relata Sonia. "É um jeito de o cidadão ajudar o poder público." A partir da denúncia, um funcionário da associação protocola a queixa na prefeitura, que tem prazo definido para resolver a questão. De tempos em tempos, a + Gentil realiza ações pontuais, como as que têm como objetivo conscientizar donos de animais que são responsáveis por recolher o cocô de seus cães ou alertar comerciantes sobre o descarte irregular de lixo —queixas recorrentes. "O momento está muito grave. Há questões sérias para resolver no bairro, como a cracolândia. Mas tem muita coisa que dá para fazer nesse esquema colaborativo", acredita Sonia. "Fizemos jardins, plantamos hortas, prendemos orquídeas nas árvores", lembra ela. "Às vezes, os próprios moradores aparecem dizendo: 'Que bobagem, vão roubar tudo.' Mas quando você faz uma vez, faz outra, faz a terceira, eles começam a ver que as coisas vão melhorando em volta e surgem novas pessoas interessadas em ajudar. A associação aumenta e vai criando no bairro uma tradição de moradores participantes." * Inspire-se em suas histórias: Vizinhança voluntária leva segurança e arte à rua Joaquim Antunes, em Pinheiros Pai de jovem morta em tragédia da TAM cuida de memorial às vítimas Consultora ambiental ensina português a refugiados e os auxilia na integração no país Teatro em contêiner atrai crianças, sem-teto e ex-dependentes químicos do centro Engenheira dá de comer a famílias de gatos abandonados no parque da Aclimação Amigos percorrem a cidade de madrugada para levar agasalho e sopa a moradores de rua
saopaulo
Em Campos Elíseos, no centro de São Paulo, grupo leva a gentileza para a solução de problemasANA RIBEIRO COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo A diretora de TV Sonia Bongiovanni é moradora recente de Campos Elíseos, bairro na região central da cidade. Ela engrossa a leva de artistas e intelectuais que hoje é parte crescente da população do bairro, que mistura famílias antigas, imigrantes e gente que ocupa moradias coletivas. Logo se entendeu com a nova vizinhança. "Não consigo imaginar não ter uma intersecção com o entorno. Acredito em um tipo de vida em que a calçada é parte da minha casa. Gosto de andar a pé, de conviver com os vizinhos", diz Sonia. Assim que se mudou, tomou conhecimento da Associação Campos Elíseos + Gentil. Subsidiado por uma empresa instalada no bairro, a Porto Seguro, o grupo atua na zeladoria urbana junto com os moradores. No dia a dia, funciona como central de reclamação, administrando as denúncias feitas por meio de um aplicativo. "Ando muito a pé e envio alertas sobre o que vejo de errado", relata Sonia. "É um jeito de o cidadão ajudar o poder público." A partir da denúncia, um funcionário da associação protocola a queixa na prefeitura, que tem prazo definido para resolver a questão. De tempos em tempos, a + Gentil realiza ações pontuais, como as que têm como objetivo conscientizar donos de animais que são responsáveis por recolher o cocô de seus cães ou alertar comerciantes sobre o descarte irregular de lixo —queixas recorrentes. "O momento está muito grave. Há questões sérias para resolver no bairro, como a cracolândia. Mas tem muita coisa que dá para fazer nesse esquema colaborativo", acredita Sonia. "Fizemos jardins, plantamos hortas, prendemos orquídeas nas árvores", lembra ela. "Às vezes, os próprios moradores aparecem dizendo: 'Que bobagem, vão roubar tudo.' Mas quando você faz uma vez, faz outra, faz a terceira, eles começam a ver que as coisas vão melhorando em volta e surgem novas pessoas interessadas em ajudar. A associação aumenta e vai criando no bairro uma tradição de moradores participantes." * Inspire-se em suas histórias: Vizinhança voluntária leva segurança e arte à rua Joaquim Antunes, em Pinheiros Pai de jovem morta em tragédia da TAM cuida de memorial às vítimas Consultora ambiental ensina português a refugiados e os auxilia na integração no país Teatro em contêiner atrai crianças, sem-teto e ex-dependentes químicos do centro Engenheira dá de comer a famílias de gatos abandonados no parque da Aclimação Amigos percorrem a cidade de madrugada para levar agasalho e sopa a moradores de rua
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Mortes: Amava detalhes, buscava a perfeição
Clério Antônio Negri tinha pouco mais de 20 anos e viajava diariamente entre a cidade de Jundiaí (a 58 km de São Paulo) e a capital paulista. O percurso era cansativo e os rostos variados, mas o de Edathy chamou sua atenção. Foram necessários alguns olhares e poucas palavras até os dois descobrirem que moravam no mesmo bairro. Foi assim que se cruzaram as histórias de Clério e Edathy. Daí se seguiram seis anos de namoro e 54 de casados. Nascido em Jundiaí, Clério morou a vida toda na casa em que cresceu. Primeiro com os pais e irmãos, depois com a mulher e os filhos. Deixou o local apenas três meses antes de morrer, já em decorrência da saúde debilitada. Se formou como desenhista projetista, o que o deixou mais apegado aos detalhes, à perfeição. Conseguia demorar horas para colocar um quadro na parede, sempre depois de muitas análises e medições. Mas fazia questão de cuidar ele mesmo dos consertos e reformas da casa. Quando não estava trabalhando, gostava de pescar e visitar a casa que tinha em Caraguatatuba, litoral de SP. Estava sempre alegre, descontraído. Segundo os filhos, perdeu com o tempo a seriedade e exigência, que eram comuns em sua juventude. A dedicação em reunir a família, no entanto, persistia. Nas manhãs de Natal, visitava as casas dos quatro irmãos mais velhos -começava cedo e não tinha hora para terminar. Com a perda deles, mantinha as reuniões com filhos e netos aos fins de semana. Morreu no dia 14, aos 82, em decorrência da demência senil. Deixa mulher, dois filhos, genro, nora e quatro netos. [email protected] - VEJA MORTES E MISSAS PUBLICADAS NESTE SÁBADO Frajda Korenfeld - Aos 91. Deixa as filhas Ester e Raquel, netos e bisnetos. Cemitério Israelita do Butantã. * 7º DIA Almirio de Miranda Chaves - Neste sábado (27), às 15h, na igreja N. S. do Carmo da Aclimação, r. Braz Cubas, 163, Aclimação. Carmen Cecilia Strazzeri Bönecker - No domingo (28), às 18h30, na igreja Imaculado Coração de Maria (capela da PUC), r. Monte Alegre, 948, Perdizes. * 30º DIA João Caetano Alvares - No domingo (28), ao meio-dia, na igreja N. S. do Perpétuo Socorro, r. Honório Líbero, 90, Jd. Paulistano. * 1º ANO Paschoal E. de Lacerda Franco Innecchi - No domingo (28), às 13h, na igreja N. S. do Perpétuo Socorro, r. Honório Líbero, 90, Jd. Paulistano. * EM MEMÓRIA Afonso Verra - No domingo (28), às 18h, na igreja São Benedito, praça Homem de Melo, s/n, em Jaboticabal, SP. * SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Claudia Sznifer Kurbet - No domingo (28), às 10h, na set.R, q. 410, sep. 78. Moyses Leiner - No domingo (28), às 11h, na set. R, q. 395, sep. 94. Rachel Feldmann - No domingo (28), às 11h, na set. R, q. 411, sep. 25. Abrahao Grinberg - No domingo (28), ao meio-dia, na set. O, q. 337, sep. 146. * MATZEIVA - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Judyta Teperman Holcer - No domingo (28), às 11h, na set. O, q. 324, sep. 1A. Nair Abensur Krakowiak - No domingo (28), às 11h, na set. O, q. 336, sep. 164. Moyses Mincis - No domingo (28), às 11h, na set. O, q. 339, sep. 19. Salomao Stelmach - No domingo (28), às 11h, na set. R, q. 410, sep. 67. Sima Ghelfond - No domingo (28), às 11h, na set. O, q. 325, sep. 45. Charles Grunfeld - No domingo (28), às 11h30, na set. B, q. 185, sep. 69. Sura Rajzla Melnik - No domingo (28), às 11h30, na set. M, q. 235, sep. 149. Louise Calmanovici - No domingo (28), ao meio-dia, na set. N, q. 132, sep. 120. * SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO EMBU Anna Sophie Wolkowicz - No domingo (28), às 11h, na set. B, q. 25, sep. 139.
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Mortes: Amava detalhes, buscava a perfeiçãoClério Antônio Negri tinha pouco mais de 20 anos e viajava diariamente entre a cidade de Jundiaí (a 58 km de São Paulo) e a capital paulista. O percurso era cansativo e os rostos variados, mas o de Edathy chamou sua atenção. Foram necessários alguns olhares e poucas palavras até os dois descobrirem que moravam no mesmo bairro. Foi assim que se cruzaram as histórias de Clério e Edathy. Daí se seguiram seis anos de namoro e 54 de casados. Nascido em Jundiaí, Clério morou a vida toda na casa em que cresceu. Primeiro com os pais e irmãos, depois com a mulher e os filhos. Deixou o local apenas três meses antes de morrer, já em decorrência da saúde debilitada. Se formou como desenhista projetista, o que o deixou mais apegado aos detalhes, à perfeição. Conseguia demorar horas para colocar um quadro na parede, sempre depois de muitas análises e medições. Mas fazia questão de cuidar ele mesmo dos consertos e reformas da casa. Quando não estava trabalhando, gostava de pescar e visitar a casa que tinha em Caraguatatuba, litoral de SP. Estava sempre alegre, descontraído. Segundo os filhos, perdeu com o tempo a seriedade e exigência, que eram comuns em sua juventude. A dedicação em reunir a família, no entanto, persistia. Nas manhãs de Natal, visitava as casas dos quatro irmãos mais velhos -começava cedo e não tinha hora para terminar. Com a perda deles, mantinha as reuniões com filhos e netos aos fins de semana. Morreu no dia 14, aos 82, em decorrência da demência senil. Deixa mulher, dois filhos, genro, nora e quatro netos. [email protected] - VEJA MORTES E MISSAS PUBLICADAS NESTE SÁBADO Frajda Korenfeld - Aos 91. Deixa as filhas Ester e Raquel, netos e bisnetos. Cemitério Israelita do Butantã. * 7º DIA Almirio de Miranda Chaves - Neste sábado (27), às 15h, na igreja N. S. do Carmo da Aclimação, r. Braz Cubas, 163, Aclimação. Carmen Cecilia Strazzeri Bönecker - No domingo (28), às 18h30, na igreja Imaculado Coração de Maria (capela da PUC), r. Monte Alegre, 948, Perdizes. * 30º DIA João Caetano Alvares - No domingo (28), ao meio-dia, na igreja N. S. do Perpétuo Socorro, r. Honório Líbero, 90, Jd. Paulistano. * 1º ANO Paschoal E. de Lacerda Franco Innecchi - No domingo (28), às 13h, na igreja N. S. do Perpétuo Socorro, r. Honório Líbero, 90, Jd. Paulistano. * EM MEMÓRIA Afonso Verra - No domingo (28), às 18h, na igreja São Benedito, praça Homem de Melo, s/n, em Jaboticabal, SP. * SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Claudia Sznifer Kurbet - No domingo (28), às 10h, na set.R, q. 410, sep. 78. Moyses Leiner - No domingo (28), às 11h, na set. R, q. 395, sep. 94. Rachel Feldmann - No domingo (28), às 11h, na set. R, q. 411, sep. 25. Abrahao Grinberg - No domingo (28), ao meio-dia, na set. O, q. 337, sep. 146. * MATZEIVA - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Judyta Teperman Holcer - No domingo (28), às 11h, na set. O, q. 324, sep. 1A. Nair Abensur Krakowiak - No domingo (28), às 11h, na set. O, q. 336, sep. 164. Moyses Mincis - No domingo (28), às 11h, na set. O, q. 339, sep. 19. Salomao Stelmach - No domingo (28), às 11h, na set. R, q. 410, sep. 67. Sima Ghelfond - No domingo (28), às 11h, na set. O, q. 325, sep. 45. Charles Grunfeld - No domingo (28), às 11h30, na set. B, q. 185, sep. 69. Sura Rajzla Melnik - No domingo (28), às 11h30, na set. M, q. 235, sep. 149. Louise Calmanovici - No domingo (28), ao meio-dia, na set. N, q. 132, sep. 120. * SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO EMBU Anna Sophie Wolkowicz - No domingo (28), às 11h, na set. B, q. 25, sep. 139.
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Governo Temer retira urgência de pacote anticorrupção de Dilma
O presidente interino, Michel Temer, deu aval nesta terça-feira (5), à retirada da urgência na tramitação do pacote de medidas anticorrupção de Dilma Rousseff, informou nesta noite o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE). O pacote, lançado em março de 2015 como resposta às manifestações de rua, é composto por três propostas: criminalização de caixa dois em atividades ilícitas nas contas de partido político ou campanha eleitoral; alteração do Código de Processo Penal para incluir medida cautelar de indisponibilidade de bens, direitos e valores obtidos com recursos de origem ilícita; tipificação do crime de enriquecimento ilícito de funcionários públicos, inclusive políticos. Segundo André Moura, Temer concordou com a retirada da urgência Constitucional desses e de outros dois projetos que também estavam nesse regime de tramitação e tratavam de práticas de corrupção. O líder disse que a iniciativa se justifica devido a necessidade de se discutir com mais atenção aos propostas, o que poderá ocorrer na comissão especial para onde os textos serão enviados. A ideia é que os três projetos do pacote de Dilma passem a tramitar junto com as 10 medidas de combate à corrupção de iniciativa popular encaminhadas ao Congresso numa comissão especial a ser instalada. O Ministério Público encaminhou as medidas ao Congresso em 29 de março deste ano, mas até o momento ainda faltam líderes de alguns partidos para indicarem integrantes para compor a comissão especial. Em reunião na tarde desta terça com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, líderes da base e da oposição que ainda não fizeram suas indicações –PP e PT– se comprometeram, conforme André Moura, a fazê-lo até semana que vem. Num momento em que a Operação Lava Jato avança cada vez mais sobre os políticos, Janot convidou as lideranças para pedir celeridade na tramitação das medidas. Ainda falta a indicação de 14 membros da comissão especial.
poder
Governo Temer retira urgência de pacote anticorrupção de DilmaO presidente interino, Michel Temer, deu aval nesta terça-feira (5), à retirada da urgência na tramitação do pacote de medidas anticorrupção de Dilma Rousseff, informou nesta noite o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE). O pacote, lançado em março de 2015 como resposta às manifestações de rua, é composto por três propostas: criminalização de caixa dois em atividades ilícitas nas contas de partido político ou campanha eleitoral; alteração do Código de Processo Penal para incluir medida cautelar de indisponibilidade de bens, direitos e valores obtidos com recursos de origem ilícita; tipificação do crime de enriquecimento ilícito de funcionários públicos, inclusive políticos. Segundo André Moura, Temer concordou com a retirada da urgência Constitucional desses e de outros dois projetos que também estavam nesse regime de tramitação e tratavam de práticas de corrupção. O líder disse que a iniciativa se justifica devido a necessidade de se discutir com mais atenção aos propostas, o que poderá ocorrer na comissão especial para onde os textos serão enviados. A ideia é que os três projetos do pacote de Dilma passem a tramitar junto com as 10 medidas de combate à corrupção de iniciativa popular encaminhadas ao Congresso numa comissão especial a ser instalada. O Ministério Público encaminhou as medidas ao Congresso em 29 de março deste ano, mas até o momento ainda faltam líderes de alguns partidos para indicarem integrantes para compor a comissão especial. Em reunião na tarde desta terça com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, líderes da base e da oposição que ainda não fizeram suas indicações –PP e PT– se comprometeram, conforme André Moura, a fazê-lo até semana que vem. Num momento em que a Operação Lava Jato avança cada vez mais sobre os políticos, Janot convidou as lideranças para pedir celeridade na tramitação das medidas. Ainda falta a indicação de 14 membros da comissão especial.
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GM coloca 350 trabalhadores de Mogi das Cruzes em 'lay-off'
A GM (General Motors) fechou acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo para colocar 350 trabalhadores de Mogi das Cruzes em "lay-off" (suspensão temporária do contrato de trabalho). A unidade tem cerca de 700 empregados. Segundo o sindicato (filiado à Força Sindical), os trabalhadores serão afastados a partir desta quinta-feira (8) e retornam ao trabalho em março de 2016. Nesse período, recebem seguro-desemprego. A proposta foi aprovada em assembleia nesta terça. No acordo, a empresa se comprometeu a pagar 13º salário, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e dará estabilidade no emprego por três meses após o período de afastamento. O presidente do sindicato e da Força Sindical, Miguel Torres, diz que a medida é "extrema", mas vai garantir os empregos de quase metade da fábrica. "Garantir emprego e renda neste tempo de crise é fundamental." SEGUNDO TURNO SUSPENSO Nesta segunda (5), a montadora já havia comunicado que paralisará o segundo turno da fábrica de São Caetano do Sul (SP). Com isso, 1.600 funcionários que trabalham das 15h às 23h41, no segundo turno, devem ser afastados da fábrica, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano (Força Sindical). Outro grupo de cerca de 800 funcionários, já em "lay-off", terá prorrogado a suspensão do contrato por um período de mais três meses, de acordo com o sindicato. Procurada, a montadora não forneceu detalhes sobre esse grupo.
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GM coloca 350 trabalhadores de Mogi das Cruzes em 'lay-off'A GM (General Motors) fechou acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo para colocar 350 trabalhadores de Mogi das Cruzes em "lay-off" (suspensão temporária do contrato de trabalho). A unidade tem cerca de 700 empregados. Segundo o sindicato (filiado à Força Sindical), os trabalhadores serão afastados a partir desta quinta-feira (8) e retornam ao trabalho em março de 2016. Nesse período, recebem seguro-desemprego. A proposta foi aprovada em assembleia nesta terça. No acordo, a empresa se comprometeu a pagar 13º salário, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e dará estabilidade no emprego por três meses após o período de afastamento. O presidente do sindicato e da Força Sindical, Miguel Torres, diz que a medida é "extrema", mas vai garantir os empregos de quase metade da fábrica. "Garantir emprego e renda neste tempo de crise é fundamental." SEGUNDO TURNO SUSPENSO Nesta segunda (5), a montadora já havia comunicado que paralisará o segundo turno da fábrica de São Caetano do Sul (SP). Com isso, 1.600 funcionários que trabalham das 15h às 23h41, no segundo turno, devem ser afastados da fábrica, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano (Força Sindical). Outro grupo de cerca de 800 funcionários, já em "lay-off", terá prorrogado a suspensão do contrato por um período de mais três meses, de acordo com o sindicato. Procurada, a montadora não forneceu detalhes sobre esse grupo.
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Argumentos para impeachment de Dilma são fortes, diz Alckmin
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta terça-feira (8) que os argumentos que embasam o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff "são fortes" e que a Câmara e o Senado Federal saberão avaliá-los. A declaração foi dada um dia após o vice-presidente Michel Temer (PMDB) encaminhar uma carta "pessoal e confidencial" à presidente, na qual afirma saber que ela não tem confiança nele nem no seu partido, o PMDB. "Eu acho que deve, sim, ser analisado [o pedido de impeachment]. Os argumentos são fortes. Não sou professor de direito constitucional, mas entendo que a Câmara Federal e o Senado Federal saberão avaliar", disse Alckmin. O tucano é alvo de uma disputa entre o PMDB e o PT, que querem, respectivamente, apoio e isenção dele no processo de impeachment. Porém, sobre a carta, ele preferiu não se manifestar. "Olha, esse é um assunto do PMDB e do PT, e não cabe comentar", afirmou. Alckmin esteve durante a manhã em Campinas, no interior do Estado, para inaugurar um novo trecho do anel viário Magalhães Teixeira, que vai ligar as rodovias Dom Pedro 1º, Anhanguera e Bandeirantes. À tarde, o governador segue para Brasília, onde se encontrará com Dilma Rousseff e outros governadores para discutir o surto de microcefalia e a relação com o vírus zika, transmitido pelo mosquito da dengue. ENCONTRO No último sábado (5), Alckmin se reuniu com Temer na capital paulista. O governador negou que tenha discutido um possível apoio ao vice-presidente, como tratado nos bastidores, mas afirmou que "tomou um café" com ele. "Eu estive com o Michel Temer no sábado [5] numa reunião que estava marcada há mais 20 dias, nem existia impeachment. Era uma reunião social, estritamente social", disse. "Tomamos um café", respondeu, sobre o encontro. Sobre a possibilidade de apoiar um possível governo do PMDB, o governador voltou a dizer que é preciso aguardar o desfecho do impeachment, que é uma "questão extremamente séria", para depois avaliar alianças e coalizões. Ele também reafirmou que o processo de impeachment não é golpe, que está previsto na Constituição e que a Constituição não é golpista. "É importante destacar que impeachment não é golpe", disse o tucano. DILMA Alckmin negou ainda que discutirá com a presidente Dilma Rousseff estratégias sobre o pedido de impeachment durante o encontro nesta tarde em Brasília. De acordo com a coluna Mônica Bergamo, a presidente quer conquistar uma posição neutra do tucano sobre o pedido de impeachment. O pedido consideraria a boa relação que ambos sempre demonstraram ter na política.
poder
Argumentos para impeachment de Dilma são fortes, diz AlckminO governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta terça-feira (8) que os argumentos que embasam o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff "são fortes" e que a Câmara e o Senado Federal saberão avaliá-los. A declaração foi dada um dia após o vice-presidente Michel Temer (PMDB) encaminhar uma carta "pessoal e confidencial" à presidente, na qual afirma saber que ela não tem confiança nele nem no seu partido, o PMDB. "Eu acho que deve, sim, ser analisado [o pedido de impeachment]. Os argumentos são fortes. Não sou professor de direito constitucional, mas entendo que a Câmara Federal e o Senado Federal saberão avaliar", disse Alckmin. O tucano é alvo de uma disputa entre o PMDB e o PT, que querem, respectivamente, apoio e isenção dele no processo de impeachment. Porém, sobre a carta, ele preferiu não se manifestar. "Olha, esse é um assunto do PMDB e do PT, e não cabe comentar", afirmou. Alckmin esteve durante a manhã em Campinas, no interior do Estado, para inaugurar um novo trecho do anel viário Magalhães Teixeira, que vai ligar as rodovias Dom Pedro 1º, Anhanguera e Bandeirantes. À tarde, o governador segue para Brasília, onde se encontrará com Dilma Rousseff e outros governadores para discutir o surto de microcefalia e a relação com o vírus zika, transmitido pelo mosquito da dengue. ENCONTRO No último sábado (5), Alckmin se reuniu com Temer na capital paulista. O governador negou que tenha discutido um possível apoio ao vice-presidente, como tratado nos bastidores, mas afirmou que "tomou um café" com ele. "Eu estive com o Michel Temer no sábado [5] numa reunião que estava marcada há mais 20 dias, nem existia impeachment. Era uma reunião social, estritamente social", disse. "Tomamos um café", respondeu, sobre o encontro. Sobre a possibilidade de apoiar um possível governo do PMDB, o governador voltou a dizer que é preciso aguardar o desfecho do impeachment, que é uma "questão extremamente séria", para depois avaliar alianças e coalizões. Ele também reafirmou que o processo de impeachment não é golpe, que está previsto na Constituição e que a Constituição não é golpista. "É importante destacar que impeachment não é golpe", disse o tucano. DILMA Alckmin negou ainda que discutirá com a presidente Dilma Rousseff estratégias sobre o pedido de impeachment durante o encontro nesta tarde em Brasília. De acordo com a coluna Mônica Bergamo, a presidente quer conquistar uma posição neutra do tucano sobre o pedido de impeachment. O pedido consideraria a boa relação que ambos sempre demonstraram ter na política.
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Bolsas chinesas caem, mas terminam semana com ganhos
As Bolsas chinesas fecharam em leve baixa nesta sexta-feira (19), em linha com uma correção mais ampla através dos mercados acionários globais, mas registrou sólidos ganhos na semana. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,07%, mas subiu 3% na semana, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,05%, acumulando valorização de 3,5% na semana. Foi o melhor desempenho semanal dos índices em dois meses. No restante da região, as ações caíram e se afastaram da máxima de três semanas, com a reversão da alta do preço do petróleo e os investidores cautelosos com a perspectiva da economia global. O índice Nikkei do Japão recuou 1,42% pela alta do iene, mas acumulou ganhos de 6,8% na semana. O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, caiu 0,46%, mas registrou ganho de mais de 4% na semana. FECHAMENTO Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 1,42%, para 15.967 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,40%, para 19.285 pontos. Em Xangai, o índice SSEC perdeu 0,05%, para 2.861 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, retrocedeu 0,07%, para 3.051 pontos. Em Seul, o índice Kospi teve valorização de 0,39%, para 1.916 pontos. Em Taiwan, o índice Taiex registrou alta de 0,12%, para 8.325 pontos. Em Cingapura, o índice Straits Times desvalorizou-se 0,03%, para 2.656 pontos. Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 recuou 0,79%, para 4.952 pontos. EUROPA As ações europeias operavam perto da estabilidade nesta sexta, ao final de uma semana forte com a recuperação das ações bancárias e algumas sólidas divulgações de resultados apoiando o mercado. Às 8h08 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 tinha variação negativa de 0,03%, para 1.293 pontos. O índice acumula alta de cerca de 5% na semana e se aproxima de completar sua melhor semana desde janeiro de 2015, impulsionado pela recuperação dos preços do petróleo de mínimas recordes. Mas o petróleo voltava a cair nesta sessão com os estoques recordes nos Estados Unidos aumentando as preocupações sobre um excesso de oferta global, que sobrepujava os movimentos feitos pelos principais produtores para limitar a produção. O setor bancário estava entre os maiores ganhadores setoriais, com alta de 0,2%. Em Londres, o índice FTSE-100 avançava 0,11%, para 5.978 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caía 0,12%, para 9.452 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 ganhava 0,08%, para 4.243 pontos. Em Milão, o índice FTSE/MIB tinha desvalorização de 0,03%, para 17.107 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 registrava baixa de 0,13%, para 8.284 pontos. Em Lisboa, o índice PSI-20 desvalorizava-se 0,18%, para 4.740 pontos.
mercado
Bolsas chinesas caem, mas terminam semana com ganhosAs Bolsas chinesas fecharam em leve baixa nesta sexta-feira (19), em linha com uma correção mais ampla através dos mercados acionários globais, mas registrou sólidos ganhos na semana. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,07%, mas subiu 3% na semana, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,05%, acumulando valorização de 3,5% na semana. Foi o melhor desempenho semanal dos índices em dois meses. No restante da região, as ações caíram e se afastaram da máxima de três semanas, com a reversão da alta do preço do petróleo e os investidores cautelosos com a perspectiva da economia global. O índice Nikkei do Japão recuou 1,42% pela alta do iene, mas acumulou ganhos de 6,8% na semana. O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, caiu 0,46%, mas registrou ganho de mais de 4% na semana. FECHAMENTO Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 1,42%, para 15.967 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,40%, para 19.285 pontos. Em Xangai, o índice SSEC perdeu 0,05%, para 2.861 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, retrocedeu 0,07%, para 3.051 pontos. Em Seul, o índice Kospi teve valorização de 0,39%, para 1.916 pontos. Em Taiwan, o índice Taiex registrou alta de 0,12%, para 8.325 pontos. Em Cingapura, o índice Straits Times desvalorizou-se 0,03%, para 2.656 pontos. Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 recuou 0,79%, para 4.952 pontos. EUROPA As ações europeias operavam perto da estabilidade nesta sexta, ao final de uma semana forte com a recuperação das ações bancárias e algumas sólidas divulgações de resultados apoiando o mercado. Às 8h08 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 tinha variação negativa de 0,03%, para 1.293 pontos. O índice acumula alta de cerca de 5% na semana e se aproxima de completar sua melhor semana desde janeiro de 2015, impulsionado pela recuperação dos preços do petróleo de mínimas recordes. Mas o petróleo voltava a cair nesta sessão com os estoques recordes nos Estados Unidos aumentando as preocupações sobre um excesso de oferta global, que sobrepujava os movimentos feitos pelos principais produtores para limitar a produção. O setor bancário estava entre os maiores ganhadores setoriais, com alta de 0,2%. Em Londres, o índice FTSE-100 avançava 0,11%, para 5.978 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caía 0,12%, para 9.452 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 ganhava 0,08%, para 4.243 pontos. Em Milão, o índice FTSE/MIB tinha desvalorização de 0,03%, para 17.107 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 registrava baixa de 0,13%, para 8.284 pontos. Em Lisboa, o índice PSI-20 desvalorizava-se 0,18%, para 4.740 pontos.
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Estudos comprovam papel protetor das estatinas
As doenças cardiovasculares são a causa principal de morte no Brasil. Elas são, na maioria das vezes, causadas pela combinação de fatores de risco como a hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, obesidade e colesterol alto no sangue. Como forma de prevenção dessas doenças e redução da mortalidade, as estatinas (drogas como a sinvastatina a atorvastatina e a rosuvastatina dentre outras) são usadas no país desde a década de 1980 por milhões de indivíduos com colesterol elevado. O papel protetor das estatinas, que vivenciamos no dia a dia do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, foi demonstrado em robustos estudos que incluíram mais de 170 mil indivíduos com variados fatores de risco para a doença cardiovascular. Recentemente a revista britânica de alto prestígio "The Lancet" publicou um extenso e complexo artigo sobre os benefícios e efeitos colaterais das estatinas. Como todo tratamento preventivo na cardiologia, seu benefício demonstrou ser proporcional ao grau de risco de eventos cardiovasculares. Indivíduos de maior risco, como os que já apresentaram um problema cardiovascular ou aqueles com vários fatores de risco, têm o maior benefício. É sabido que os benefícios das estatinas decorrem principalmente de sua capacidade em baixar o LDL-colesterol do sangue, apesar da existência de outros efeitos desses medicamentos. Os estudos mostram claramente que uma diminuição do LDL-colesterol de 80 mg/dL é altamente eficiente para proteger o sistema cardiovascular principalmente de pessoas com doença cardíaca prévia, reduzindo a ocorrência de infartos, acidentes vasculares cerebrais isquêmicos (AVC) e morte. Evidentemente, todo tratamento pode ter efeitos colaterais. Assim ocorre com as estatinas, que podem ocasionar miopatia (caracterizada por sintomas musculares como fraqueza ou aumento importante de enzimas musculares), dores musculares, diabetes (este último em pessoas previamente predispostas a esta doença) e um baixíssimo número de casos de sangramento cerebral. As Estatinas Não há evidência alguma que estatinas causem câncer. Pelo contrário, há algumas evidências iniciais que sugerem menor incidência e menor gravidade das neoplasias em pacientes usuários de estatinas. MATEMÁTICA Uma simples aritmética mostra claramente que o benefício supera em muito os riscos do tratamento e que as estatinas prolongam a vida quando bem indicadas. O medo dos efeitos colaterais desses medicamentos e sua suspensão, secundários à descrença sobre o papel do colesterol como causa da aterosclerose, dogma dos chamados céticos do colesterol, pode causar efeitos colaterais graves como 25% mais chance de se ter um infarto do miocárdio, e 18% mais chance de morte, como mostrado em um estudo realizado na Escandinávia. Para cada milhão de pessoas que se tratam com estatinas, haveria anualmente 100 casos de miopatia. Ao mesmo tempo, 20 mil casos anuais de eventos vasculares como AVC e infarto são evitados em indivíduos no mesmo número de usuários dos medicamentos. Isso sem contar que vários casos de miopatia talvez não tenham relação causal com o uso de estatinas. Obviamente as estatinas devem ser prescritas após uma extensa avaliação do risco de problemas cardiovasculares, e mantidas continuamente, pois o benefício será proporcional ao tempo de seu uso. Uma boa notícia é que em nosso país todas as estatinas são genéricas e pelo menos duas delas são fornecidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde). NOVAS DROGAS Para os verdadeiros intolerantes a esses fármacos, e para aqueles com gravíssimos problemas genéticos como no caso da hipercolesterolemia familiar, quando já se nasce com colesterol extremamente alto, uma nova classe de anticorpos monoclonais para baixar o colesterol foi recentemente aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Tratam-se de moléculas que atacam o alvo molecular PCSK9, impedindo que ele prejudique a remoção do LDL-colesterol da corrente sanguínea por células do fígado. Contudo, além dos elevados custos, esses novos fármacos precisam ainda percorrer um grande percurso para mostrarem-se superiores às estatinas na prevenção das doenças cardiovasculares e em sua segurança. * ROBERTO KALIL FILHO é professor titular da Faculdade de Medicina da USP, diretor geral do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês RAUL D. SANTOS é professor associado da Faculdade de Medicina da USP, diretor da unidade de lípides do InCor e assessor do Centro de Medicina Preventiva e do Hospital Israelita Albert Einstein, presidente eleito da Soc. Internacional de Aterosclerose
equilibrioesaude
Estudos comprovam papel protetor das estatinasAs doenças cardiovasculares são a causa principal de morte no Brasil. Elas são, na maioria das vezes, causadas pela combinação de fatores de risco como a hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, obesidade e colesterol alto no sangue. Como forma de prevenção dessas doenças e redução da mortalidade, as estatinas (drogas como a sinvastatina a atorvastatina e a rosuvastatina dentre outras) são usadas no país desde a década de 1980 por milhões de indivíduos com colesterol elevado. O papel protetor das estatinas, que vivenciamos no dia a dia do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, foi demonstrado em robustos estudos que incluíram mais de 170 mil indivíduos com variados fatores de risco para a doença cardiovascular. Recentemente a revista britânica de alto prestígio "The Lancet" publicou um extenso e complexo artigo sobre os benefícios e efeitos colaterais das estatinas. Como todo tratamento preventivo na cardiologia, seu benefício demonstrou ser proporcional ao grau de risco de eventos cardiovasculares. Indivíduos de maior risco, como os que já apresentaram um problema cardiovascular ou aqueles com vários fatores de risco, têm o maior benefício. É sabido que os benefícios das estatinas decorrem principalmente de sua capacidade em baixar o LDL-colesterol do sangue, apesar da existência de outros efeitos desses medicamentos. Os estudos mostram claramente que uma diminuição do LDL-colesterol de 80 mg/dL é altamente eficiente para proteger o sistema cardiovascular principalmente de pessoas com doença cardíaca prévia, reduzindo a ocorrência de infartos, acidentes vasculares cerebrais isquêmicos (AVC) e morte. Evidentemente, todo tratamento pode ter efeitos colaterais. Assim ocorre com as estatinas, que podem ocasionar miopatia (caracterizada por sintomas musculares como fraqueza ou aumento importante de enzimas musculares), dores musculares, diabetes (este último em pessoas previamente predispostas a esta doença) e um baixíssimo número de casos de sangramento cerebral. As Estatinas Não há evidência alguma que estatinas causem câncer. Pelo contrário, há algumas evidências iniciais que sugerem menor incidência e menor gravidade das neoplasias em pacientes usuários de estatinas. MATEMÁTICA Uma simples aritmética mostra claramente que o benefício supera em muito os riscos do tratamento e que as estatinas prolongam a vida quando bem indicadas. O medo dos efeitos colaterais desses medicamentos e sua suspensão, secundários à descrença sobre o papel do colesterol como causa da aterosclerose, dogma dos chamados céticos do colesterol, pode causar efeitos colaterais graves como 25% mais chance de se ter um infarto do miocárdio, e 18% mais chance de morte, como mostrado em um estudo realizado na Escandinávia. Para cada milhão de pessoas que se tratam com estatinas, haveria anualmente 100 casos de miopatia. Ao mesmo tempo, 20 mil casos anuais de eventos vasculares como AVC e infarto são evitados em indivíduos no mesmo número de usuários dos medicamentos. Isso sem contar que vários casos de miopatia talvez não tenham relação causal com o uso de estatinas. Obviamente as estatinas devem ser prescritas após uma extensa avaliação do risco de problemas cardiovasculares, e mantidas continuamente, pois o benefício será proporcional ao tempo de seu uso. Uma boa notícia é que em nosso país todas as estatinas são genéricas e pelo menos duas delas são fornecidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde). NOVAS DROGAS Para os verdadeiros intolerantes a esses fármacos, e para aqueles com gravíssimos problemas genéticos como no caso da hipercolesterolemia familiar, quando já se nasce com colesterol extremamente alto, uma nova classe de anticorpos monoclonais para baixar o colesterol foi recentemente aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Tratam-se de moléculas que atacam o alvo molecular PCSK9, impedindo que ele prejudique a remoção do LDL-colesterol da corrente sanguínea por células do fígado. Contudo, além dos elevados custos, esses novos fármacos precisam ainda percorrer um grande percurso para mostrarem-se superiores às estatinas na prevenção das doenças cardiovasculares e em sua segurança. * ROBERTO KALIL FILHO é professor titular da Faculdade de Medicina da USP, diretor geral do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês RAUL D. SANTOS é professor associado da Faculdade de Medicina da USP, diretor da unidade de lípides do InCor e assessor do Centro de Medicina Preventiva e do Hospital Israelita Albert Einstein, presidente eleito da Soc. Internacional de Aterosclerose
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Festival de Joinville começa com mil atrações e contraria ano 'mais enxuto'
O Festival de Dança de Joinville, que terá a abertura de sua 33ª edição nesta quarta (22), continua grande, mesmo num ano em que "mais enxuto" tem sido o adjetivo de apresentação de todos os festivais e mostras da área. A grandeza é o trunfo e o obstáculo do festival, que recebe mais de mil coreografias. Se mantém uma plateia impensável para outros eventos de dança (são 4.000 pessoas por noite na mostra competitiva), tem de contar com as dificuldades de agradar um público heterogêneo e renovar sua estrutura gigantesca. "É um elefante, temos que empurrar devagar [para trazer mudanças]", diz a bailarina Mônica Mion, da equipe de curadores do festival. Neste ano, haverá uma experiência iniciada em 2014: a Mostra Estímulo, espaço para companhias amadoras darem um passo à frente no sentido da profissionalização. Esta edição ainda é uma tentativa de consolidar a Estímulo. "Não sei se vai ter todos os anos. É preciso ter grupos de fôlego para desenvolver coreografias com mais de dez minutos", diz Ely Diniz da Silva Filho, presidente do Instituto Festival de Dança. Desta vez, dois grupos (Pavilhão D, de São Paulo, e Maniacs Crew, de Joinville) receberam apoio para montar espetáculos completos. Na edição anterior, foram quatro. Em compensação, a Mostra Contemporânea de Dança, que não aconteceu em 2014, volta ao palco do Teatro Juarez Machado, no centro de eventos onde acontece a maratona de competições. A organização do festival faz questão de chamar de "mostra contemporânea", não "dança contemporânea". Pode parecer preciosismo para leigos, mas o nome deixa claro que a ideia não é privilegiar um gênero específico, mas mostrar a dança que está sendo feita hoje em dia. Esse é um dos motivos da escolha da Cia. Urbana de Dança, de Sonia Destri. "As danças urbanas têm um peso muito grande em Joinville", afirma Mion. O grupo mostra no festival "ID: Entidades", espetáculo que estreou na França, em 2010. A dança contemporânea –o gênero propriamente dito– estará representada pelo grupo mineiro Primeiro Ato, dirigido por Suely Machado. Suely tem uma história antiga com o festival (participou de mostras e do grupo de jurados) mas sua companhia, já trintona, nunca tinha se apresentado em Joinville. Já a noite de gala terá o grupo italiano eVolution, que mistura técnicas de dança, acrobacias e tecnologia de efeitos especiais. "Nesse momento em que o festival abrange um número cada vez maior de modalidades, essa companhia, que trabalha com diferentes técnicas, é uma boa escolha", diz Mion. O balé em seu estilo mais tradicional estará bem representado: a abertura do festival ficou a cargo da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. A escola, que completa 15 anos de atividades no país, apresenta o clássico "O Quebra-Nozes", em uma montagem com cerca de 80 bailarinos assinada pelo russo Vladimir Vasiliev. FESTIVAL DE DANÇA DE JOINVILLE QUANDO de 22/7 a 1º/8 ONDE Centreventos Cau Hansen, av. José Vieira, 315, Joinville (SC), tel. (47) 3422-5951 QUANTO de R$ 18 a R$ 126 * DESTAQUES DO FESTIVAL Companhias se apresentam na programação paralela NOITE DE ABERTURA "O Quebra-Nozes" com a Escola do Balé Bolshoi no Brasil QUANDO 22/7, às 20hONDE Arena Centreventos Cau Hansen QUANTO de R$ 26 a R$ 126 MOSTRA CONTEMPORÂNEA DE DANÇA "Inshtabilidade" com o grupo Primeiro Ato (BH) QUANDO 23/7, às 22h "ID:Entidades", com a Companhia Urbana de Dança (Rio) QUANDO 28/7, às 22h ONDE Teatro Juarez Machado - Centreventos Cau Hansen QUANTO R$ 22 ESTÍMULO MOSTRA DE DANÇA "O Que Está Dentro", com o grupo Pavilhão D (SP) QUANDO 24/7, às 22h "Poppins", com o grupo Maniacs Crew (Joinville) QUANDO 26/7, às 22hONDE Teatro Juarez Machado - Cau Hansen QUANTO R$ 22 NOITE DE GALA "Firefly", com o Evolution Dance Theater (Itália) QUANDO 27/7, às 20h QUANTO de R$ 26 a R$ 126 ONDE Arena Centreventos Cau Hansen INGRESSOS Pela internet no site do festival: ifdj.com.brNa bilheteria do Centreventos Cau Hansen, das 13h às 21h: av. José Vieira, 315, Joinville, SC, tel. (47) 3422-5951
ilustrada
Festival de Joinville começa com mil atrações e contraria ano 'mais enxuto'O Festival de Dança de Joinville, que terá a abertura de sua 33ª edição nesta quarta (22), continua grande, mesmo num ano em que "mais enxuto" tem sido o adjetivo de apresentação de todos os festivais e mostras da área. A grandeza é o trunfo e o obstáculo do festival, que recebe mais de mil coreografias. Se mantém uma plateia impensável para outros eventos de dança (são 4.000 pessoas por noite na mostra competitiva), tem de contar com as dificuldades de agradar um público heterogêneo e renovar sua estrutura gigantesca. "É um elefante, temos que empurrar devagar [para trazer mudanças]", diz a bailarina Mônica Mion, da equipe de curadores do festival. Neste ano, haverá uma experiência iniciada em 2014: a Mostra Estímulo, espaço para companhias amadoras darem um passo à frente no sentido da profissionalização. Esta edição ainda é uma tentativa de consolidar a Estímulo. "Não sei se vai ter todos os anos. É preciso ter grupos de fôlego para desenvolver coreografias com mais de dez minutos", diz Ely Diniz da Silva Filho, presidente do Instituto Festival de Dança. Desta vez, dois grupos (Pavilhão D, de São Paulo, e Maniacs Crew, de Joinville) receberam apoio para montar espetáculos completos. Na edição anterior, foram quatro. Em compensação, a Mostra Contemporânea de Dança, que não aconteceu em 2014, volta ao palco do Teatro Juarez Machado, no centro de eventos onde acontece a maratona de competições. A organização do festival faz questão de chamar de "mostra contemporânea", não "dança contemporânea". Pode parecer preciosismo para leigos, mas o nome deixa claro que a ideia não é privilegiar um gênero específico, mas mostrar a dança que está sendo feita hoje em dia. Esse é um dos motivos da escolha da Cia. Urbana de Dança, de Sonia Destri. "As danças urbanas têm um peso muito grande em Joinville", afirma Mion. O grupo mostra no festival "ID: Entidades", espetáculo que estreou na França, em 2010. A dança contemporânea –o gênero propriamente dito– estará representada pelo grupo mineiro Primeiro Ato, dirigido por Suely Machado. Suely tem uma história antiga com o festival (participou de mostras e do grupo de jurados) mas sua companhia, já trintona, nunca tinha se apresentado em Joinville. Já a noite de gala terá o grupo italiano eVolution, que mistura técnicas de dança, acrobacias e tecnologia de efeitos especiais. "Nesse momento em que o festival abrange um número cada vez maior de modalidades, essa companhia, que trabalha com diferentes técnicas, é uma boa escolha", diz Mion. O balé em seu estilo mais tradicional estará bem representado: a abertura do festival ficou a cargo da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. A escola, que completa 15 anos de atividades no país, apresenta o clássico "O Quebra-Nozes", em uma montagem com cerca de 80 bailarinos assinada pelo russo Vladimir Vasiliev. FESTIVAL DE DANÇA DE JOINVILLE QUANDO de 22/7 a 1º/8 ONDE Centreventos Cau Hansen, av. José Vieira, 315, Joinville (SC), tel. (47) 3422-5951 QUANTO de R$ 18 a R$ 126 * DESTAQUES DO FESTIVAL Companhias se apresentam na programação paralela NOITE DE ABERTURA "O Quebra-Nozes" com a Escola do Balé Bolshoi no Brasil QUANDO 22/7, às 20hONDE Arena Centreventos Cau Hansen QUANTO de R$ 26 a R$ 126 MOSTRA CONTEMPORÂNEA DE DANÇA "Inshtabilidade" com o grupo Primeiro Ato (BH) QUANDO 23/7, às 22h "ID:Entidades", com a Companhia Urbana de Dança (Rio) QUANDO 28/7, às 22h ONDE Teatro Juarez Machado - Centreventos Cau Hansen QUANTO R$ 22 ESTÍMULO MOSTRA DE DANÇA "O Que Está Dentro", com o grupo Pavilhão D (SP) QUANDO 24/7, às 22h "Poppins", com o grupo Maniacs Crew (Joinville) QUANDO 26/7, às 22hONDE Teatro Juarez Machado - Cau Hansen QUANTO R$ 22 NOITE DE GALA "Firefly", com o Evolution Dance Theater (Itália) QUANDO 27/7, às 20h QUANTO de R$ 26 a R$ 126 ONDE Arena Centreventos Cau Hansen INGRESSOS Pela internet no site do festival: ifdj.com.brNa bilheteria do Centreventos Cau Hansen, das 13h às 21h: av. José Vieira, 315, Joinville, SC, tel. (47) 3422-5951
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As 10 melhores vezes em que Dwight foi enganado em 'The Office'
Há dez anos ia ao ar o primeiro episódio da versão americana de "The Office", série que acompanha a rotina no escritório de uma das filiais da indústria de papel Dundler Mifflin. Em linguagem que flerta com o estilo de filmagem de um documentário, a produção é uma crônica constrangedora sobre o mundo do trabalho. "The Office" foi exibida até 2013, em nove temporadas. Venceu um Globo de Ouro e quatro prêmios Emmy, e consagrou a carreira de Steve Carrell, que viveu o chefe Michael Scott. Ao longo das temporadas, uma coisa praticamente não mudava: as armações que Jim (John Krasinski) planejava para o colega Dwight (Rainn Wilson), o estereótipo do funcionário puxa-saco, assistente do gerente Scott e que insistia em ser chamado como "assistente gerente". Relembre dez desses momentos, que garantiam cenas hilárias à série: 1. Quando Dwight acreditou que Jim tinha se transformado em um vampiro Um morcego entrou no escritório, Dwight tentou matá-lo, o animal teria atacado Jim – que ganha superpoderes e resistência a alho e à luz. 2. Quando Jim manda mensagens no fax de Dwight fingindo ser o 'Dwight do futuro' Em uma das mensagens, o "Dwight do futuro" diz que o café do escritório foi envenenado às 8h... ... Dwight precisava salvar o escritório e impedir que alguém bebesse... ...E ele não hesita em saltar sobre Stanley e derrubar todo o conteúdo de sua xícara quente no carpete da Dundler Mifflin. 3. Quando Jim embrulha a mesa de Dwight com papel de presente. "Boas festas, Dwight!" 4. Quando Jim vira sósia de Dwight Isso tudo porque ele comprou uma armação de óculos barata, similar à do colega, em uma farmácia. 5. Quando Dwight quer isolar a sua mesa e afasta as coisas de Jim com uma régua Nenhum contato com o material de escritório do colega é permitido por Dwight. Jim leva a provocação às últimas consequências e cerca sua mesa com lápis... ..E provoca Dwight, que teme pela própria segurança (afinal, ele pode sofrer uma perfuração) e acaba com o cercado dando golpes com o seu telefone. 6. Quando Jim esconde as coisas de Dwight na máquina de comida A zoeira não tem limites. 7. Quando Jim posiciona sua mesa sobre a mesa de Dwight Dwight precisa ficar de cócoras para atender o telefone. 8. Quando Dwight troca seu telescópio por sementes de feijão Ele acreditava que eram sementes mágicas de feijão, como nas fábulas infantis. Jim leva o telescópio para casa. 9. Quando Dwight acha que está participando de um programa local de rádio Ele acha que a glória chegou porque foi convidado por um suposto programa local para falar sobre a Dundler Mifflin... ..Mas era tudo uma brincadeira de Pam e Jim, que orientam a falsa radialista a pedir para Dwight tirar a camisa, pois estava atrapalhando a transmissão. Ele atende. Mas a zoeira estava só começando. ("Agora as calças!", diz o bilhete de Jim) 10. Quando Jim esconde o grampeador de Dwight na geleia Épico!
asmais
As 10 melhores vezes em que Dwight foi enganado em 'The Office'Há dez anos ia ao ar o primeiro episódio da versão americana de "The Office", série que acompanha a rotina no escritório de uma das filiais da indústria de papel Dundler Mifflin. Em linguagem que flerta com o estilo de filmagem de um documentário, a produção é uma crônica constrangedora sobre o mundo do trabalho. "The Office" foi exibida até 2013, em nove temporadas. Venceu um Globo de Ouro e quatro prêmios Emmy, e consagrou a carreira de Steve Carrell, que viveu o chefe Michael Scott. Ao longo das temporadas, uma coisa praticamente não mudava: as armações que Jim (John Krasinski) planejava para o colega Dwight (Rainn Wilson), o estereótipo do funcionário puxa-saco, assistente do gerente Scott e que insistia em ser chamado como "assistente gerente". Relembre dez desses momentos, que garantiam cenas hilárias à série: 1. Quando Dwight acreditou que Jim tinha se transformado em um vampiro Um morcego entrou no escritório, Dwight tentou matá-lo, o animal teria atacado Jim – que ganha superpoderes e resistência a alho e à luz. 2. Quando Jim manda mensagens no fax de Dwight fingindo ser o 'Dwight do futuro' Em uma das mensagens, o "Dwight do futuro" diz que o café do escritório foi envenenado às 8h... ... Dwight precisava salvar o escritório e impedir que alguém bebesse... ...E ele não hesita em saltar sobre Stanley e derrubar todo o conteúdo de sua xícara quente no carpete da Dundler Mifflin. 3. Quando Jim embrulha a mesa de Dwight com papel de presente. "Boas festas, Dwight!" 4. Quando Jim vira sósia de Dwight Isso tudo porque ele comprou uma armação de óculos barata, similar à do colega, em uma farmácia. 5. Quando Dwight quer isolar a sua mesa e afasta as coisas de Jim com uma régua Nenhum contato com o material de escritório do colega é permitido por Dwight. Jim leva a provocação às últimas consequências e cerca sua mesa com lápis... ..E provoca Dwight, que teme pela própria segurança (afinal, ele pode sofrer uma perfuração) e acaba com o cercado dando golpes com o seu telefone. 6. Quando Jim esconde as coisas de Dwight na máquina de comida A zoeira não tem limites. 7. Quando Jim posiciona sua mesa sobre a mesa de Dwight Dwight precisa ficar de cócoras para atender o telefone. 8. Quando Dwight troca seu telescópio por sementes de feijão Ele acreditava que eram sementes mágicas de feijão, como nas fábulas infantis. Jim leva o telescópio para casa. 9. Quando Dwight acha que está participando de um programa local de rádio Ele acha que a glória chegou porque foi convidado por um suposto programa local para falar sobre a Dundler Mifflin... ..Mas era tudo uma brincadeira de Pam e Jim, que orientam a falsa radialista a pedir para Dwight tirar a camisa, pois estava atrapalhando a transmissão. Ele atende. Mas a zoeira estava só começando. ("Agora as calças!", diz o bilhete de Jim) 10. Quando Jim esconde o grampeador de Dwight na geleia Épico!
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Usada para testar bombas, ilha no Havaí é ameaçada por corte de verbas
A 9,5 km das praias cinematográficas do sul de Maui há uma pequena ilha deserta com uma história rica e um grande problema. Pesquisadores dizem que os havaianos viajaram para a ilha Kahoolawe já no ano 400 d.C., e esse é o lar de cerca de 3.000 sítios arqueológicos. O lugar também está cheio de artilharia explosiva não detonada. A Marinha dos EUA usou a erma ilha como uma zona de teste de bombas durante décadas a partir da Segunda Guerra Mundial. Depois, em uma ação conjunta com o Estado, foram gastos milhões na limpeza, mas o trabalho não foi concluído. Hoje, granadas e bombas permanecem espalhadas por cerca de um quarto da ilha de 116,5 quilômetros quadrados. Mas a agência encarregada de restaurar Kahoolawe terá provavelmente que trabalhar por conta própria no ano que vem, depois que legisladores aprovaram uma lei que pode fazer com que se torne financeiramente autossuficiente. Agora, a Comissão da Reserva da ilha Kahoolawe e defensores da comunidade estão buscando maneiras de financiar o resto da limpeza, para que possam recuperar a vida selvagem nativa e usar a ilha como um centro educacional nativo havaiano. Não é um esforço pequeno. Restaurar e depois replantar toda a ilha pode levar décadas e custar bilhões de dólares, apesar dos cerca de US$ 400 milhões (cerca de R$ 1,4 bilhão) gastos entre a comissão e a Marinha desde 1994, segundo a agência. A comissão também esgotou um fundo federal de US$ 44 milhões (aproximadamente R$ 158 milhões) desde que o Estado assumiu o controle da ilha em 2004. "Fica muito claro, pela quantidade de bombas que Kahoolawe manteve, que ainda é necessário muito trabalho para que esse esforço esteja totalmente concluído", afirmou a senadora dos EUA Mazie Hirono. Ela acrescentou que vai trabalhar na busca de soluções para terminar a limpeza nos locais de importância cultural, aos quais não se permite o uso comercial. Em um dia claro, as ilhas de Maui, Lanai e Molokai são visíveis a partir das margens de Kahoolawe, que, de acordo com o que indicam evidências arqueológicas, eram usadas pelos havaianos como um centro de navegação para viagens marítimas, oficina de construção de ferramentas de pedra e para cerimônias culturais. Felizmente, muitos dos locais de importância cultural, como santuários de pesca, estavam na costa e foram poupados do bombardeio militar, que se prolongou por 50 anos, disse Michael Nahoopii, diretor-executivo da Comissão da Reserva da Ilha Kahoolawe. Mas granadas douradas que explodem ao serem tocadas, bombas que pesam até 900 quilos e centenas de projéteis ainda permanecem. "Você anda por essa linha, e é o dia e a noite. Um lado da linha está bem limpo. Não há nenhuma sucata. Não há nada no chão", disse Nahoopii. "Você atravessa essa linha, e há bombas saindo da terra. Há pedaços afiados de metal." AUDITORIA Uma auditoria financeira de 2013 realizou críticas à comissão de Kahoolawe pela falta de um plano de limpeza abrangente e de medidas para avaliar se os objetivos estão sendo cumpridos. Legisladores recentemente aprovaram uma normativa que dá à agência US$ 450 mil (R$ 1,6 milhão) para restauração durante o próximo ano, mas não haverá mais dinheiro depois de 2017. Uma das exigências é que a comissão mostre um plano de autossuficiência. A proposta foi enviada ao governador David Ige, que não disse se vai transformá-la em lei. Ideias para um financiamento futuro incluem administrar a ilha com energias renováveis e a cobrança de taxas para programas educacionais. Josh Kaakua, comissário e membro do Proteja Kahoolawe Ohana, disse que o Estado deve ajudar a financiar a restauração de Kahoolawe, já que assumiu a responsabilidade pela ilha depois que a Marinha terminou a limpeza federal. A ilha também foi devastada por anos de criação de gado e caprinos antes do seu uso militar —o Exército treinou no local pela primeira vez em 1925— e enfrenta problemas com a erosão severa e a falta de fontes de água doce. "Acho que as pessoas só se preocupam com o que está em seu quintal, muitas vezes acho que Kahoolawe é deixada de lado", disse Kaakua. "Kahoolawe é um tesouro. É um recurso. Mas estamos perdendo isso. Estamos fugindo. Ninguém está prestando atenção." Nahoopii, entretanto, disse que a Marinha tem a responsabilidade de terminar a restauração da ilha. Quando o governo federal assumiu Kahoolawe na década de 50, concordou em devolver a terra em condições de "habitação adequada", afirmou. Mas Agnes Tauyan, diretor de relações públicas da Marinha, Região Havaí, disse que a Marinha concluiu o que foi exigido pelo governo federal e não tem conhecimento de nenhum pedido de retorno a Kahoolawe. Kahoolawe é um dos cerca de cem lugares de defesa que antes eram usados em todo o Pacífico, de acordo com o Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA para o Distrito de Honolulu. Neste momento, a entidade está trabalhando em cerca de dez projetos de limpeza, incluindo a Área de Manobra de Waikoloa na Ilha Grande, que, só ali, deverá ter um custo de limpeza de cerca de US$ 723 milhões (R$ 2,6 bilhões). "É realmente um microcosmo do que está acontecendo no mundo inteiro, aqui em Kahoolawe", disse Nahoopii. Tradução de DENISE MOTA
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Usada para testar bombas, ilha no Havaí é ameaçada por corte de verbasA 9,5 km das praias cinematográficas do sul de Maui há uma pequena ilha deserta com uma história rica e um grande problema. Pesquisadores dizem que os havaianos viajaram para a ilha Kahoolawe já no ano 400 d.C., e esse é o lar de cerca de 3.000 sítios arqueológicos. O lugar também está cheio de artilharia explosiva não detonada. A Marinha dos EUA usou a erma ilha como uma zona de teste de bombas durante décadas a partir da Segunda Guerra Mundial. Depois, em uma ação conjunta com o Estado, foram gastos milhões na limpeza, mas o trabalho não foi concluído. Hoje, granadas e bombas permanecem espalhadas por cerca de um quarto da ilha de 116,5 quilômetros quadrados. Mas a agência encarregada de restaurar Kahoolawe terá provavelmente que trabalhar por conta própria no ano que vem, depois que legisladores aprovaram uma lei que pode fazer com que se torne financeiramente autossuficiente. Agora, a Comissão da Reserva da ilha Kahoolawe e defensores da comunidade estão buscando maneiras de financiar o resto da limpeza, para que possam recuperar a vida selvagem nativa e usar a ilha como um centro educacional nativo havaiano. Não é um esforço pequeno. Restaurar e depois replantar toda a ilha pode levar décadas e custar bilhões de dólares, apesar dos cerca de US$ 400 milhões (cerca de R$ 1,4 bilhão) gastos entre a comissão e a Marinha desde 1994, segundo a agência. A comissão também esgotou um fundo federal de US$ 44 milhões (aproximadamente R$ 158 milhões) desde que o Estado assumiu o controle da ilha em 2004. "Fica muito claro, pela quantidade de bombas que Kahoolawe manteve, que ainda é necessário muito trabalho para que esse esforço esteja totalmente concluído", afirmou a senadora dos EUA Mazie Hirono. Ela acrescentou que vai trabalhar na busca de soluções para terminar a limpeza nos locais de importância cultural, aos quais não se permite o uso comercial. Em um dia claro, as ilhas de Maui, Lanai e Molokai são visíveis a partir das margens de Kahoolawe, que, de acordo com o que indicam evidências arqueológicas, eram usadas pelos havaianos como um centro de navegação para viagens marítimas, oficina de construção de ferramentas de pedra e para cerimônias culturais. Felizmente, muitos dos locais de importância cultural, como santuários de pesca, estavam na costa e foram poupados do bombardeio militar, que se prolongou por 50 anos, disse Michael Nahoopii, diretor-executivo da Comissão da Reserva da Ilha Kahoolawe. Mas granadas douradas que explodem ao serem tocadas, bombas que pesam até 900 quilos e centenas de projéteis ainda permanecem. "Você anda por essa linha, e é o dia e a noite. Um lado da linha está bem limpo. Não há nenhuma sucata. Não há nada no chão", disse Nahoopii. "Você atravessa essa linha, e há bombas saindo da terra. Há pedaços afiados de metal." AUDITORIA Uma auditoria financeira de 2013 realizou críticas à comissão de Kahoolawe pela falta de um plano de limpeza abrangente e de medidas para avaliar se os objetivos estão sendo cumpridos. Legisladores recentemente aprovaram uma normativa que dá à agência US$ 450 mil (R$ 1,6 milhão) para restauração durante o próximo ano, mas não haverá mais dinheiro depois de 2017. Uma das exigências é que a comissão mostre um plano de autossuficiência. A proposta foi enviada ao governador David Ige, que não disse se vai transformá-la em lei. Ideias para um financiamento futuro incluem administrar a ilha com energias renováveis e a cobrança de taxas para programas educacionais. Josh Kaakua, comissário e membro do Proteja Kahoolawe Ohana, disse que o Estado deve ajudar a financiar a restauração de Kahoolawe, já que assumiu a responsabilidade pela ilha depois que a Marinha terminou a limpeza federal. A ilha também foi devastada por anos de criação de gado e caprinos antes do seu uso militar —o Exército treinou no local pela primeira vez em 1925— e enfrenta problemas com a erosão severa e a falta de fontes de água doce. "Acho que as pessoas só se preocupam com o que está em seu quintal, muitas vezes acho que Kahoolawe é deixada de lado", disse Kaakua. "Kahoolawe é um tesouro. É um recurso. Mas estamos perdendo isso. Estamos fugindo. Ninguém está prestando atenção." Nahoopii, entretanto, disse que a Marinha tem a responsabilidade de terminar a restauração da ilha. Quando o governo federal assumiu Kahoolawe na década de 50, concordou em devolver a terra em condições de "habitação adequada", afirmou. Mas Agnes Tauyan, diretor de relações públicas da Marinha, Região Havaí, disse que a Marinha concluiu o que foi exigido pelo governo federal e não tem conhecimento de nenhum pedido de retorno a Kahoolawe. Kahoolawe é um dos cerca de cem lugares de defesa que antes eram usados em todo o Pacífico, de acordo com o Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA para o Distrito de Honolulu. Neste momento, a entidade está trabalhando em cerca de dez projetos de limpeza, incluindo a Área de Manobra de Waikoloa na Ilha Grande, que, só ali, deverá ter um custo de limpeza de cerca de US$ 723 milhões (R$ 2,6 bilhões). "É realmente um microcosmo do que está acontecendo no mundo inteiro, aqui em Kahoolawe", disse Nahoopii. Tradução de DENISE MOTA
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Polícia solta 11 dos 13 manifestantes detidos em protesto do MPL em SP
Das treze pessoas presas pela polícia nesta terça-feira (12) durante a manifestação contra a alta das tarifas do transporte público em São Paulo, duas delas continuam detidas. Segundo o governo paulista, os dois suspeitos portavam material "com alto poder destrutivo" e irão responder a processo. Um dos detidos é menor de idade (a lei considera apreendido) e o outro, já adulto. De acordo com nota divulgada pela Secretaria da Segurança nesta quarta (13), este maior de 18 anos poderá pegar de três a seis anos de prisão. "O crime pode ser agravado, pois ele estava na presença de um menor de idade", diz a nota. A nota, porém, não explica qual tipo de explosivo os policiais encontraram. Ainda segundo a Segurança, apenas na tarde desta quarta foi liberada a última pessoa presa nas manifestações ocorridas no dia 8 deste mês, após expedição de um alvará de soltura. Naquele dia, 17 pessoas foram detidas e conduzidas para delegacias do centro. PROTESTO SUFOCADO O segundo ato expressivo contra a alta das tarifas de transporte em São Paulo realizado no final da tarde desta terça-feira (12) foi marcado pela nova estratégia da polícia, que reprimiu com intensidade antes de haver confronto com "black blocs". Ao menos 28 pessoas ficaram feridas durante a manifestação. Não há relato de policiais militares que precisaram de atendimento médico. O MPL (Movimento Passe Livre) relatou casos de violência policial, e o governo negou abusos. O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, disse que a PM usou a força em um protesto promovido pelo MPL porque os manifestantes "investiram contra os policiais" para furar o bloqueio que os impedia de seguir por um trajeto não combinado previamente. "Não é possível que uma manifestação se transforme em anarquia", disse Moraes. A polícia jogou bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral quando os manifestantes ainda se concentravam na praça do Ciclista, na avenida Paulista. Moraes alegou que é uma exigência legal noticiar previamente o caminho de um protesto. Segundo o secretário, os representantes do MPL, que organizou o ato, não comunicaram previamente o caminho a ser percorrido. Assista
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Polícia solta 11 dos 13 manifestantes detidos em protesto do MPL em SPDas treze pessoas presas pela polícia nesta terça-feira (12) durante a manifestação contra a alta das tarifas do transporte público em São Paulo, duas delas continuam detidas. Segundo o governo paulista, os dois suspeitos portavam material "com alto poder destrutivo" e irão responder a processo. Um dos detidos é menor de idade (a lei considera apreendido) e o outro, já adulto. De acordo com nota divulgada pela Secretaria da Segurança nesta quarta (13), este maior de 18 anos poderá pegar de três a seis anos de prisão. "O crime pode ser agravado, pois ele estava na presença de um menor de idade", diz a nota. A nota, porém, não explica qual tipo de explosivo os policiais encontraram. Ainda segundo a Segurança, apenas na tarde desta quarta foi liberada a última pessoa presa nas manifestações ocorridas no dia 8 deste mês, após expedição de um alvará de soltura. Naquele dia, 17 pessoas foram detidas e conduzidas para delegacias do centro. PROTESTO SUFOCADO O segundo ato expressivo contra a alta das tarifas de transporte em São Paulo realizado no final da tarde desta terça-feira (12) foi marcado pela nova estratégia da polícia, que reprimiu com intensidade antes de haver confronto com "black blocs". Ao menos 28 pessoas ficaram feridas durante a manifestação. Não há relato de policiais militares que precisaram de atendimento médico. O MPL (Movimento Passe Livre) relatou casos de violência policial, e o governo negou abusos. O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, disse que a PM usou a força em um protesto promovido pelo MPL porque os manifestantes "investiram contra os policiais" para furar o bloqueio que os impedia de seguir por um trajeto não combinado previamente. "Não é possível que uma manifestação se transforme em anarquia", disse Moraes. A polícia jogou bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral quando os manifestantes ainda se concentravam na praça do Ciclista, na avenida Paulista. Moraes alegou que é uma exigência legal noticiar previamente o caminho de um protesto. Segundo o secretário, os representantes do MPL, que organizou o ato, não comunicaram previamente o caminho a ser percorrido. Assista
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Jô volta a marcar em clássico, e Corinthians vence o Santos
Com um gol no primeiro minuto do segundo tempo, o atacante Jô voltou a marcar e a dar uma vitória para o Corinthians em clássicos neste Campeonato Paulista. Responsável pelo placar de 1 a 0 sobre Palmeiras, no último dia 22, o atacante aproveitou cruzamento de Guilherme Arana e marcou, de cabeça, o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Santos, neste sábado (4), no Itaquerão. Titular no início da temporada, o jogador revelado nas categorias de base do clube alvinegro havia perdido espaço no ataque para o turco Kazim, titular no jogo contra o Brusque, na última quarta (1º), pela Copa do Brasil. Mesmo assim, Jô não se abateu. Ganhou novamente a confiança do técnico Fábio Carille e fez boa partida. "É devagar que as coisas se acertam. São resultados magros, mas importantes para dar confiança", afirmou o atacante após o jogo. Quem também retornou ao time titular no clássico foi o meia Jadson, principal contratação do clube no ano. O meia fez uma partida tímida, mas participou da armação da jogada que resultou no gol corintiano. As vitórias recentes também fizeram a torcida voltar em peso à Arena Corinthians. Com 36.111 pagantes, o público foi maior que o do clássico contra o Palmeiras, cerca de 30 mil, e mais que o triplo da partida contra o Novorizontino, quando foi registrado o pior público da história da arena corintiana, com 11.708 torcedores. Além da torcida, também favoreceram a vitória corintiana os desfalques do Santos. Lucas Lima e Ricardo Oliveira ficaram fora do clássico por problemas físicos. O goleiro Vladimir, que fez pelo menos quatro defesas difíceis no primeiro tempo, foi o melhor santista em campo e evitou uma vitória do Corinthians por um placar maior. O Santos é o único dos clubes grandes de São Paulo que está fora da zona de classificação para as quartas. Ele é o terceiro colocado do Grupo D, com 10 pontos, atrás de Mirassol (13) e Ponte Preta (11). Já o Corinthians lidera o Grupo A com 18 pontos. O Santos agora se prepara para a estreia na Libertadores, na quinta (9), contra o Sporting Cristal, no Peru. No mesmo dia, o Corinthians enfrenta o Luverdense, fora de casa, pela Copa do Brasil. TITE O treinador da seleção brasileira esteve no Itaquerão para acompanhar o clássico. No intervalo, Tite foi celebrado pela torcida e se emocionou.
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Jô volta a marcar em clássico, e Corinthians vence o SantosCom um gol no primeiro minuto do segundo tempo, o atacante Jô voltou a marcar e a dar uma vitória para o Corinthians em clássicos neste Campeonato Paulista. Responsável pelo placar de 1 a 0 sobre Palmeiras, no último dia 22, o atacante aproveitou cruzamento de Guilherme Arana e marcou, de cabeça, o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Santos, neste sábado (4), no Itaquerão. Titular no início da temporada, o jogador revelado nas categorias de base do clube alvinegro havia perdido espaço no ataque para o turco Kazim, titular no jogo contra o Brusque, na última quarta (1º), pela Copa do Brasil. Mesmo assim, Jô não se abateu. Ganhou novamente a confiança do técnico Fábio Carille e fez boa partida. "É devagar que as coisas se acertam. São resultados magros, mas importantes para dar confiança", afirmou o atacante após o jogo. Quem também retornou ao time titular no clássico foi o meia Jadson, principal contratação do clube no ano. O meia fez uma partida tímida, mas participou da armação da jogada que resultou no gol corintiano. As vitórias recentes também fizeram a torcida voltar em peso à Arena Corinthians. Com 36.111 pagantes, o público foi maior que o do clássico contra o Palmeiras, cerca de 30 mil, e mais que o triplo da partida contra o Novorizontino, quando foi registrado o pior público da história da arena corintiana, com 11.708 torcedores. Além da torcida, também favoreceram a vitória corintiana os desfalques do Santos. Lucas Lima e Ricardo Oliveira ficaram fora do clássico por problemas físicos. O goleiro Vladimir, que fez pelo menos quatro defesas difíceis no primeiro tempo, foi o melhor santista em campo e evitou uma vitória do Corinthians por um placar maior. O Santos é o único dos clubes grandes de São Paulo que está fora da zona de classificação para as quartas. Ele é o terceiro colocado do Grupo D, com 10 pontos, atrás de Mirassol (13) e Ponte Preta (11). Já o Corinthians lidera o Grupo A com 18 pontos. O Santos agora se prepara para a estreia na Libertadores, na quinta (9), contra o Sporting Cristal, no Peru. No mesmo dia, o Corinthians enfrenta o Luverdense, fora de casa, pela Copa do Brasil. TITE O treinador da seleção brasileira esteve no Itaquerão para acompanhar o clássico. No intervalo, Tite foi celebrado pela torcida e se emocionou.
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Janot quer que STF casse obrigação de avaliar impeachment de Temer
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu que o STF (Supremo Tribunal Federal) derrube a liminar (decisão provisória) que determinou à Câmara que prosseguisse com o pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer. Em seu parecer, Janot afirma que a decisão do ministro Marco Aurélio Mello extrapolou o pedido feito pelo autor da ação, o advogado Mariel Marley Marra, ao STF. Segundo a Procuradoria, o objetivo de Marra era para suspender o andamento do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff devido a conexão com o caso de Temer até que o Supremo analisasse o mérito da questão. O ministro, no entanto, rejeitou o pedido para juntar os processos, mas determinou o seguimento da ação de Temer. "Entende a Procuradoria-Geral da República inadequada a liminar deferida, porque ao Judiciário não é dado conceder liminarmente pedido que não apenas não foi formulado como também é mais extenso em seu alcance do que o pedido principal. Assim, deve ser cassada pelo Plenário da Corte", disse Janot. O processo de impeachment de Temer foi apresentado pelo advogado Mariel Márley Marra e chegou ao STF porque foi arquivado na época pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) –que foi afastado pelo STF do mandato e da presidência da Câmara –sob a justificativa de que não existiam elementos de que o vice cometeu crime de responsabilidade. O advogado alega que o vice-presidente cometeu crime de responsabilidade e teria atentado contra a lei orçamentária ao assinar decretos autorizando a abertura de crédito suplementar sem autorização do Congresso. As irregularidades são as mesmas que motivam o atual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, em discussão no Senado. O pedido de impeachment de Temer não andou, no entanto, porque os líderes partidários, numa manobra, não indicaram integrantes para a comissão que discutirá o processo. DIFERENÇAS No texto, Janot defende que é possível ter impeachment de vice-presidente. "A Constituição Federal prevê expressamente as autoridades em relação às quais a magnitude da função política acarreta a responsabilização política por prática de crime de responsabilidade. Dentre aquelas autoridades, o Vice-Presidente da República", escreveu Janot. O procurador afirmou ainda que há "simetria" e foram adotados os mesmos critérios por Cunha para a abertura do impeachment de Dilma na Câmara e o arquivamento da acusação contra Temer. A diferença, segundo o procurador, é que a data de assinatura dos decretos. Isso porque Dilma assinou decretos depois que foi enviado ao Congresso projeto pedindo alteração da meta fiscal. Segundo Janot, o PLN 05, de 2015, é um reconhecimento de que o governo não conseguiria cumprir a meta inicialmente prevista. "Do ponto de vista jurídico, o momento em que o Executivo documenta e propõe ao Legislativo o reposicionamento da meta torna incontroversa a situação de comprometimento, sendo prudencial que cesse a abertura de créditos suplementares com base em dispositivos do art. 4º da LOA 2015 até a readequação da meta". DECRETOS Em parecer enviado ao STF, Janot, afirmou que, "à luz da responsabilidade fiscal", teria sido prudente que a presidente Dilma Rousseff não tivesse assinado os decretos que estão na denúncia de seu processo de impeachment no Congresso. A acusação contra Dilma por crime de responsabilidade leva em conta as chamadas pedaladas fiscais e ainda decretos que ampliaram os gastos federais em R$ 3 bilhões. Para o procurador, quando o governo enviou ao Congresso uma reprogramação da meta fiscal, os créditos suplementares deveriam ter sido suspensos porque há um reconhecimento de que o governo não conseguiria cumprir a previsão inicial. O projeto de mudança da meta fiscal foi enviado pelo Planalto no dia 22 de julho e os decretos de Dilma foram assinados nos dias 27 de julho e 20 de agosto, segundo a Procuradoria. "À luz da responsabilidade fiscal, o gestor, ao executar o orçamento, deve cumprir comandos normativos emanados da LRF [Lei de Responsabilidade Fiscal], da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] e da LOA [Lei Orçamentária Anual]", diz Janot, em sua primeira manifestação sobre temas relacionados à denúncia contra Dilma. "A abertura de créditos suplementares envolve a observância de aspectos macroeconômicos e jurídicos. Do ponto de vista jurídico, o momento em que o Executivo documenta e propõe ao Legislativo o reposicionamento da meta torna incontroversa a situação de comprometimento, sendo prudencial que cesse a abertura de créditos suplementares com base em dispositivos do art. 4º da LOA 2015 até a readequação da meta", completou. Janot não entra no mérito se a edição dos decretos caracteriza ou não crime de responsabilidade. Com a mudança da meta fiscal para o orçamento da União de 2015, o Congresso autorizou o governo registrasse um deficit de até R$ 119,9 bilhões no ano. Os argumentos do Procurador constam em parecer enviado ao STF em que pede a revogação de uma liminar (decisão provisória) que determinou à Câmara que desse andamento ao pedido de impeachment de Temer.
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Janot quer que STF casse obrigação de avaliar impeachment de TemerO procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu que o STF (Supremo Tribunal Federal) derrube a liminar (decisão provisória) que determinou à Câmara que prosseguisse com o pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer. Em seu parecer, Janot afirma que a decisão do ministro Marco Aurélio Mello extrapolou o pedido feito pelo autor da ação, o advogado Mariel Marley Marra, ao STF. Segundo a Procuradoria, o objetivo de Marra era para suspender o andamento do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff devido a conexão com o caso de Temer até que o Supremo analisasse o mérito da questão. O ministro, no entanto, rejeitou o pedido para juntar os processos, mas determinou o seguimento da ação de Temer. "Entende a Procuradoria-Geral da República inadequada a liminar deferida, porque ao Judiciário não é dado conceder liminarmente pedido que não apenas não foi formulado como também é mais extenso em seu alcance do que o pedido principal. Assim, deve ser cassada pelo Plenário da Corte", disse Janot. O processo de impeachment de Temer foi apresentado pelo advogado Mariel Márley Marra e chegou ao STF porque foi arquivado na época pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) –que foi afastado pelo STF do mandato e da presidência da Câmara –sob a justificativa de que não existiam elementos de que o vice cometeu crime de responsabilidade. O advogado alega que o vice-presidente cometeu crime de responsabilidade e teria atentado contra a lei orçamentária ao assinar decretos autorizando a abertura de crédito suplementar sem autorização do Congresso. As irregularidades são as mesmas que motivam o atual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, em discussão no Senado. O pedido de impeachment de Temer não andou, no entanto, porque os líderes partidários, numa manobra, não indicaram integrantes para a comissão que discutirá o processo. DIFERENÇAS No texto, Janot defende que é possível ter impeachment de vice-presidente. "A Constituição Federal prevê expressamente as autoridades em relação às quais a magnitude da função política acarreta a responsabilização política por prática de crime de responsabilidade. Dentre aquelas autoridades, o Vice-Presidente da República", escreveu Janot. O procurador afirmou ainda que há "simetria" e foram adotados os mesmos critérios por Cunha para a abertura do impeachment de Dilma na Câmara e o arquivamento da acusação contra Temer. A diferença, segundo o procurador, é que a data de assinatura dos decretos. Isso porque Dilma assinou decretos depois que foi enviado ao Congresso projeto pedindo alteração da meta fiscal. Segundo Janot, o PLN 05, de 2015, é um reconhecimento de que o governo não conseguiria cumprir a meta inicialmente prevista. "Do ponto de vista jurídico, o momento em que o Executivo documenta e propõe ao Legislativo o reposicionamento da meta torna incontroversa a situação de comprometimento, sendo prudencial que cesse a abertura de créditos suplementares com base em dispositivos do art. 4º da LOA 2015 até a readequação da meta". DECRETOS Em parecer enviado ao STF, Janot, afirmou que, "à luz da responsabilidade fiscal", teria sido prudente que a presidente Dilma Rousseff não tivesse assinado os decretos que estão na denúncia de seu processo de impeachment no Congresso. A acusação contra Dilma por crime de responsabilidade leva em conta as chamadas pedaladas fiscais e ainda decretos que ampliaram os gastos federais em R$ 3 bilhões. Para o procurador, quando o governo enviou ao Congresso uma reprogramação da meta fiscal, os créditos suplementares deveriam ter sido suspensos porque há um reconhecimento de que o governo não conseguiria cumprir a previsão inicial. O projeto de mudança da meta fiscal foi enviado pelo Planalto no dia 22 de julho e os decretos de Dilma foram assinados nos dias 27 de julho e 20 de agosto, segundo a Procuradoria. "À luz da responsabilidade fiscal, o gestor, ao executar o orçamento, deve cumprir comandos normativos emanados da LRF [Lei de Responsabilidade Fiscal], da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] e da LOA [Lei Orçamentária Anual]", diz Janot, em sua primeira manifestação sobre temas relacionados à denúncia contra Dilma. "A abertura de créditos suplementares envolve a observância de aspectos macroeconômicos e jurídicos. Do ponto de vista jurídico, o momento em que o Executivo documenta e propõe ao Legislativo o reposicionamento da meta torna incontroversa a situação de comprometimento, sendo prudencial que cesse a abertura de créditos suplementares com base em dispositivos do art. 4º da LOA 2015 até a readequação da meta", completou. Janot não entra no mérito se a edição dos decretos caracteriza ou não crime de responsabilidade. Com a mudança da meta fiscal para o orçamento da União de 2015, o Congresso autorizou o governo registrasse um deficit de até R$ 119,9 bilhões no ano. Os argumentos do Procurador constam em parecer enviado ao STF em que pede a revogação de uma liminar (decisão provisória) que determinou à Câmara que desse andamento ao pedido de impeachment de Temer.
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Com clássicos do Police, Sting toca para duas gerações de fãs em SP
Sting é esperto. Tem três décadas de uma carreira solo de sucesso comercial e respeito por parte da crítica, mas sabe muito bem que nela não repete o impacto na música pop conquistado como cantor e baixista do trio Police, entre 1977 e 1986. O artista britânico, em sua oitava passagem pelo Brasil (incluídas duas com o antigo grupo), deixou isso claro na noite de sábado, ao tocar para pelo menos duas gerações de fãs no Allianz Parque, em São Paulo. Não teve receio de colocar oito músicas do Police no repertório, para ganhar o coro da plateia em um show consagrador. O espetáculo ocupou menos da metade do estádio do Palmeiras, numa configuração diferente da exibida nos shows de, por exemplo, Paul McCartney e David Gilmour, que juntaram 40 mil fãs no mesmo local. O palco de Sting foi montado no gramado, e a plateia ocupou uma pista diante dele e uma parte do arco de arquibancadas. Os ingressos à venda eram 15 mil, e a lotação não foi alcançada. Pelo menos 25% dos lugares estavam vazios. A maneira de encaixar as músicas foi muito bem acertada. Sting abriu o show com "Synchronicity 2", uma das mais poderosas canções do antigo trio, seguida de outra do Police, "Spirits in the Material World". Depois tratou de mostrar o trabalho que fez sozinho, com alguns hist radiofônicos, como "Englishman in New York" e Fields of Gold". Apresentou cinco músicas de seu álbum mais recente, "57th & 9th", que motivou a atual turnê. Disco considerado por boa parte da imprensas especializada como "uma volta ao rock", a performance no palco só comprova o que já era possível constatar no estúdio: pode até ser chamado de rock, mas a música de Sting continua com jazz nas entranhas. Já era assim no Police, que juntava três músicos de diferentes backgrounds. Sting vinha de grupos de jazz, o baterista Stewart Copeland adorava rock e ritmos africanos, e o guitarrista Andy Summers gostava de blues, rock e até bossa nova. Ter um disco recente tão bom ajuda. Canções novas como "Down, Down, Down" e "One Fine Day" não fizeram feio ao lado do hino "Message in a Bottle", outro clássico do Police eleito para a apresentação. Sting faz parte de um pequeno time de músicos pop que fazem canções pegajosas que parecem simples, mas definitivamente não podem ser classificadas assim. A economia de acordes é compensada por sequências harmônicas sutis e envolventes. Sting é um tremendo músico e compositor. Na apresentação solo ele tem de se preocupar em cantar e entreter o público (e Sting faz isso muito bem, em ótima forma aos 65 anos), e aí não aparece tanto o excepcional baixista que se destacava mais com o Police. Mas ele encontrou espaço aqui e ali para mostrar todo o talento, principalmente na versão "jazzy" que criou para "Roxanne". E é com o repertório matador do trio que Sting eletrizou o público na parte final do show. Ele resgatou "Walking on the Moon", "So Lonely", "Roxanne" e, no bis, "Next to Me" e o maior sucesso do Police, "Every Breath You Take". O público saiu de alma lavada. SUSTO NA ABERTURA Joe Sumner, filho de Sting, mostrou que a genética não foi muito generosa com ele. Fez uma apresentação de pop rock sem brilho para abrir a noite, e passou mal na última música, ao que parece sob muita emoção. Foi amparado por Sting, que causou alvoroço na plateia com essa rápida e inesperada aparição antes da hora. O show prosseguiu com a outra atração de abertura, a banda texana The Last Bandoleros, que fez uma apresentação empolgante. Os jovens depois atuaram como backing vocals e percussionistas no show de Sting. Joe Sumner também voltou ao palco no meio da performance do pai e então se deu melhor cantando um dos clássicos de David Bowie (1947-2016), "Ashes to Ashes", um exemplo de "art rock" original de 1980.
ilustrada
Com clássicos do Police, Sting toca para duas gerações de fãs em SPSting é esperto. Tem três décadas de uma carreira solo de sucesso comercial e respeito por parte da crítica, mas sabe muito bem que nela não repete o impacto na música pop conquistado como cantor e baixista do trio Police, entre 1977 e 1986. O artista britânico, em sua oitava passagem pelo Brasil (incluídas duas com o antigo grupo), deixou isso claro na noite de sábado, ao tocar para pelo menos duas gerações de fãs no Allianz Parque, em São Paulo. Não teve receio de colocar oito músicas do Police no repertório, para ganhar o coro da plateia em um show consagrador. O espetáculo ocupou menos da metade do estádio do Palmeiras, numa configuração diferente da exibida nos shows de, por exemplo, Paul McCartney e David Gilmour, que juntaram 40 mil fãs no mesmo local. O palco de Sting foi montado no gramado, e a plateia ocupou uma pista diante dele e uma parte do arco de arquibancadas. Os ingressos à venda eram 15 mil, e a lotação não foi alcançada. Pelo menos 25% dos lugares estavam vazios. A maneira de encaixar as músicas foi muito bem acertada. Sting abriu o show com "Synchronicity 2", uma das mais poderosas canções do antigo trio, seguida de outra do Police, "Spirits in the Material World". Depois tratou de mostrar o trabalho que fez sozinho, com alguns hist radiofônicos, como "Englishman in New York" e Fields of Gold". Apresentou cinco músicas de seu álbum mais recente, "57th & 9th", que motivou a atual turnê. Disco considerado por boa parte da imprensas especializada como "uma volta ao rock", a performance no palco só comprova o que já era possível constatar no estúdio: pode até ser chamado de rock, mas a música de Sting continua com jazz nas entranhas. Já era assim no Police, que juntava três músicos de diferentes backgrounds. Sting vinha de grupos de jazz, o baterista Stewart Copeland adorava rock e ritmos africanos, e o guitarrista Andy Summers gostava de blues, rock e até bossa nova. Ter um disco recente tão bom ajuda. Canções novas como "Down, Down, Down" e "One Fine Day" não fizeram feio ao lado do hino "Message in a Bottle", outro clássico do Police eleito para a apresentação. Sting faz parte de um pequeno time de músicos pop que fazem canções pegajosas que parecem simples, mas definitivamente não podem ser classificadas assim. A economia de acordes é compensada por sequências harmônicas sutis e envolventes. Sting é um tremendo músico e compositor. Na apresentação solo ele tem de se preocupar em cantar e entreter o público (e Sting faz isso muito bem, em ótima forma aos 65 anos), e aí não aparece tanto o excepcional baixista que se destacava mais com o Police. Mas ele encontrou espaço aqui e ali para mostrar todo o talento, principalmente na versão "jazzy" que criou para "Roxanne". E é com o repertório matador do trio que Sting eletrizou o público na parte final do show. Ele resgatou "Walking on the Moon", "So Lonely", "Roxanne" e, no bis, "Next to Me" e o maior sucesso do Police, "Every Breath You Take". O público saiu de alma lavada. SUSTO NA ABERTURA Joe Sumner, filho de Sting, mostrou que a genética não foi muito generosa com ele. Fez uma apresentação de pop rock sem brilho para abrir a noite, e passou mal na última música, ao que parece sob muita emoção. Foi amparado por Sting, que causou alvoroço na plateia com essa rápida e inesperada aparição antes da hora. O show prosseguiu com a outra atração de abertura, a banda texana The Last Bandoleros, que fez uma apresentação empolgante. Os jovens depois atuaram como backing vocals e percussionistas no show de Sting. Joe Sumner também voltou ao palco no meio da performance do pai e então se deu melhor cantando um dos clássicos de David Bowie (1947-2016), "Ashes to Ashes", um exemplo de "art rock" original de 1980.
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'Na rua, sempre comentam que estou verde', diz Myra Ruiz, atriz de 'Wicked'
Em cartaz em São Paulo, "Wicked" conta a história de Elphaba e Glinda na Terra de Oz, mas bem antes da chegada de Dorothy. Na vida de Myra Ruiz, a versão brasileira do famoso musical da Broadway fez mais que isso: trouxe vestígios esverdeados à vida real de sua protagonista. Várias das roupas de Myra ficaram verdes. Partes do seu corpo também ganharam a cor, e quase que de forma permanente, como resultado do uso semanal da maquiagem que compõe sua personagem, Elphaba. "As pessoas sempre comentam: 'você está um pouquinho verde, sua orelha está verde'. Minha orelha sempre fica porque não dá para ficar jogando água e sabão dentro dela", relata a atriz. No Brasil, "Wicked" atraiu mais de 130 mil pessoas ao Teatro Renault. O musical, que estreou em 4 de março e que segue até 31 de julho, pode ter sua temporada prorrogada. WICKED QUANDO qui. e sex., 21h, sáb., 16h e 21h, dom., 15h e 20h; até 31/7 ONDE Teatro Renault, av. Brigadeiro Luís Antônio, 411, tel. (11) 4003-5588 QUANTO R$ 50 a R$ 280 CLASSIFICAÇÃO 12 anos
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'Na rua, sempre comentam que estou verde', diz Myra Ruiz, atriz de 'Wicked'Em cartaz em São Paulo, "Wicked" conta a história de Elphaba e Glinda na Terra de Oz, mas bem antes da chegada de Dorothy. Na vida de Myra Ruiz, a versão brasileira do famoso musical da Broadway fez mais que isso: trouxe vestígios esverdeados à vida real de sua protagonista. Várias das roupas de Myra ficaram verdes. Partes do seu corpo também ganharam a cor, e quase que de forma permanente, como resultado do uso semanal da maquiagem que compõe sua personagem, Elphaba. "As pessoas sempre comentam: 'você está um pouquinho verde, sua orelha está verde'. Minha orelha sempre fica porque não dá para ficar jogando água e sabão dentro dela", relata a atriz. No Brasil, "Wicked" atraiu mais de 130 mil pessoas ao Teatro Renault. O musical, que estreou em 4 de março e que segue até 31 de julho, pode ter sua temporada prorrogada. WICKED QUANDO qui. e sex., 21h, sáb., 16h e 21h, dom., 15h e 20h; até 31/7 ONDE Teatro Renault, av. Brigadeiro Luís Antônio, 411, tel. (11) 4003-5588 QUANTO R$ 50 a R$ 280 CLASSIFICAÇÃO 12 anos
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Janaína Paschoal fica em último lugar em concurso para professor titular da USP
A advogada Janaína Paschoal foi a última colocada em um concurso que escolheu os dois novos professores titulares de direito penal da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Uma das vagas que ela disputava era a de Miguel Reale Júnior, que se aposentou. Janaína assinou junto com ele o pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. A outra era a de Vicente Greco Filho, que também se aposentou. Janaína concorreu com Alamiro Velludo e Ana Elisa Liberatore Bechara, que ficaram com as vagas, e Mariângela Gama de Magalhães Gomes. Janaína, que defendia a tese "Direito Penal e Religião - As Várias Interfaces de Dois Temas que Aparentam ser Estanques", teve notas entre 6.4 e 7.2. Alamiro, o primeiro colocado, teve notas entre 9.3 e 9.6. Ela segue como professora associada da universidade.
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Janaína Paschoal fica em último lugar em concurso para professor titular da USPA advogada Janaína Paschoal foi a última colocada em um concurso que escolheu os dois novos professores titulares de direito penal da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Uma das vagas que ela disputava era a de Miguel Reale Júnior, que se aposentou. Janaína assinou junto com ele o pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. A outra era a de Vicente Greco Filho, que também se aposentou. Janaína concorreu com Alamiro Velludo e Ana Elisa Liberatore Bechara, que ficaram com as vagas, e Mariângela Gama de Magalhães Gomes. Janaína, que defendia a tese "Direito Penal e Religião - As Várias Interfaces de Dois Temas que Aparentam ser Estanques", teve notas entre 6.4 e 7.2. Alamiro, o primeiro colocado, teve notas entre 9.3 e 9.6. Ela segue como professora associada da universidade.
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Corinthians anuncia participação em torneio amistoso nos EUA
O Corinthians anunciou nesta quinta-feira (6) que vai participar da segunda edição do Florida Cup, um torneio amistoso realizado na Flórida, nos Estados Unidos. Além do Corinthians, Fluminense, Bayer Leverkusen e Schalke 04, ambos da Alemanha, já confirmaram presença na competição, que será realizada entre os dias 9 e 21 de janeiro de 2016. De acordo com o clube paulista, o torneio, que teve quatro participantes no ano passado, terá agora pelo menos oito participantes. Não se sabe ainda, porém, quais serão os outros quatro times que entrarão na disputa. No início deste ano, o Corinthians disputou dois jogos pelo Florida Cup. Perdeu para o Colônia, da Alemanha, por 1 a 0, e derrotou o Bayer Leverkusen, também da Alemanha, por 2 a 1, de virada. O Colônia ficou com o título. Segundo o clube paulista, o campeão deste ano será o time que somar o maior número de pontos. "O Florida Cup foi fundamental na preparação do Corinthians para a temporada de 2015. O evento como um todo foi muito proveitoso para comissão técnica, jogadores e os torcedores que nos acompanharam", disse Edu Gaspar, gerente de futebol do Corinthians.
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Corinthians anuncia participação em torneio amistoso nos EUAO Corinthians anunciou nesta quinta-feira (6) que vai participar da segunda edição do Florida Cup, um torneio amistoso realizado na Flórida, nos Estados Unidos. Além do Corinthians, Fluminense, Bayer Leverkusen e Schalke 04, ambos da Alemanha, já confirmaram presença na competição, que será realizada entre os dias 9 e 21 de janeiro de 2016. De acordo com o clube paulista, o torneio, que teve quatro participantes no ano passado, terá agora pelo menos oito participantes. Não se sabe ainda, porém, quais serão os outros quatro times que entrarão na disputa. No início deste ano, o Corinthians disputou dois jogos pelo Florida Cup. Perdeu para o Colônia, da Alemanha, por 1 a 0, e derrotou o Bayer Leverkusen, também da Alemanha, por 2 a 1, de virada. O Colônia ficou com o título. Segundo o clube paulista, o campeão deste ano será o time que somar o maior número de pontos. "O Florida Cup foi fundamental na preparação do Corinthians para a temporada de 2015. O evento como um todo foi muito proveitoso para comissão técnica, jogadores e os torcedores que nos acompanharam", disse Edu Gaspar, gerente de futebol do Corinthians.
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Pelotas, no Rio Grande do Sul, une doces, lirismo e nostalgia
Pelotas, a 260 quilômetros da capital gaúcha, é berço e túmulo de um dos maiores escritores gaúchos, Simões Lopes Neto, autor de "Contos Gauchescos e Lendas do Sul". Mantém o estilo neoclássico onde passeava o inventor do pampa na literatura no início do século 20. Se você quer conhecer o perfume do campo e ser arrebatado pela nostalgia, não encontrará um melhor lugar para uma iniciação gaudéria. Ao mesmo tempo que é tradicional, o espaço urbano altamente lírico é também território da vanguarda e das milongas surrealistas do compositor Vitor Ramil. O passeio deve começar com a praia Laranjal, de água doce, banhada pela lagoa dos Patos. Será o amanhecer mais colorido que enxergará na vida. Aquarela mesmo. No entardecer, vale provar o pastel de camarão. Em seguida, como hotel, para estabelecer um quartel-general, procure uma das tantas pousadas rurais. Uma se destaca: a Santa Rita, fundada em 1826, no bairro Areal, onde nasceu a cidade, às margens do arroio Pelotas. A pousada foi uma fábrica de línguas de boi no passado, e evoca os casarios antigos das charqueadas. Depois da overdose de poesia, o momento é cair no coração da realidade pelotense e tomar um cafezinho no Aquários, na esquina da Sete de Setembro com XV de Novembro. Ali ocorre uma ebulição de classes sociais e é palco dos mais acalorados debates futebolísticos e partidários do Estado. Estará perto do centro histórico. Uma pernada e conhecerá a praça Coronel Pedro Osório e o seu entorno, como prefeitura, biblioteca, Theatro Guarany e Grande Hotel. Em bom e legítimo roteiro pampeano, é um crime não comparecer a um espeto corrido. Minha dica é a churrascaria Lobão, na av. Bento Gonçalves, com um costelão 12 horas em que não precisará usar os dentes, de tão macio. Esqueça a dieta. Pelotas é conhecida pela Fenadoce, festival de doces que acontece no primeiro semestre. Vá à Doceria Pelotense e selecione bandejas de irresistíveis quindins, ninhos e pastéis de Santa Clara. Por último, o mergulho na boemia. Momento de balada na Madre Mia, regada com chope artesanal e música latina. A residência é inteiramente decorada com objetos à venda de artistas. A eternidade sai barata no Rio Grande do Sul. FABRICIO CARPINEJAR poeta e escritor de 42 anos. Já desbravou o RS em série de reportagens. Seu grande objetivo na vida é achar o pastel perfeito de estrada. Para mais destinos, clique na cidade correspondente no mapa abaixo. Capa de turismo * HOSPEDAGEM EM PELOTAS R$ 178 Valor para casal do hotel Alles Blau, com café. Reservas: (53) 3222-2223; hotelallesblau.com.br R$ 280 Preço da diária para casal na pousada Charqueada Santa Rita, com café da manhã. Reservas: (53) 3228-2024; charqueadasantarita.com.br
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Pelotas, no Rio Grande do Sul, une doces, lirismo e nostalgiaPelotas, a 260 quilômetros da capital gaúcha, é berço e túmulo de um dos maiores escritores gaúchos, Simões Lopes Neto, autor de "Contos Gauchescos e Lendas do Sul". Mantém o estilo neoclássico onde passeava o inventor do pampa na literatura no início do século 20. Se você quer conhecer o perfume do campo e ser arrebatado pela nostalgia, não encontrará um melhor lugar para uma iniciação gaudéria. Ao mesmo tempo que é tradicional, o espaço urbano altamente lírico é também território da vanguarda e das milongas surrealistas do compositor Vitor Ramil. O passeio deve começar com a praia Laranjal, de água doce, banhada pela lagoa dos Patos. Será o amanhecer mais colorido que enxergará na vida. Aquarela mesmo. No entardecer, vale provar o pastel de camarão. Em seguida, como hotel, para estabelecer um quartel-general, procure uma das tantas pousadas rurais. Uma se destaca: a Santa Rita, fundada em 1826, no bairro Areal, onde nasceu a cidade, às margens do arroio Pelotas. A pousada foi uma fábrica de línguas de boi no passado, e evoca os casarios antigos das charqueadas. Depois da overdose de poesia, o momento é cair no coração da realidade pelotense e tomar um cafezinho no Aquários, na esquina da Sete de Setembro com XV de Novembro. Ali ocorre uma ebulição de classes sociais e é palco dos mais acalorados debates futebolísticos e partidários do Estado. Estará perto do centro histórico. Uma pernada e conhecerá a praça Coronel Pedro Osório e o seu entorno, como prefeitura, biblioteca, Theatro Guarany e Grande Hotel. Em bom e legítimo roteiro pampeano, é um crime não comparecer a um espeto corrido. Minha dica é a churrascaria Lobão, na av. Bento Gonçalves, com um costelão 12 horas em que não precisará usar os dentes, de tão macio. Esqueça a dieta. Pelotas é conhecida pela Fenadoce, festival de doces que acontece no primeiro semestre. Vá à Doceria Pelotense e selecione bandejas de irresistíveis quindins, ninhos e pastéis de Santa Clara. Por último, o mergulho na boemia. Momento de balada na Madre Mia, regada com chope artesanal e música latina. A residência é inteiramente decorada com objetos à venda de artistas. A eternidade sai barata no Rio Grande do Sul. FABRICIO CARPINEJAR poeta e escritor de 42 anos. Já desbravou o RS em série de reportagens. Seu grande objetivo na vida é achar o pastel perfeito de estrada. Para mais destinos, clique na cidade correspondente no mapa abaixo. Capa de turismo * HOSPEDAGEM EM PELOTAS R$ 178 Valor para casal do hotel Alles Blau, com café. Reservas: (53) 3222-2223; hotelallesblau.com.br R$ 280 Preço da diária para casal na pousada Charqueada Santa Rita, com café da manhã. Reservas: (53) 3228-2024; charqueadasantarita.com.br
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Em 'Memórias Secretas', sobrevivente de Auschwitz quer vingar a família
FILME Road thriller Este grande filme do canadense Atom Egoyan passou batido no cinema, mas está disponível na Netflix e merece ser visto. Christopher Plummer (foto) interpreta um octogenário sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, que recebe uma missão: encontrar e matar o nazista que assassinou sua família. Uma mistura de "road movie" e "thriller" detetivesco, com um final dos mais surpreendentes. Memórias Secretas. Direção: Atom Egoyan. Elenco: Christopher Plummer e Kim Roberts. Distribuidora: Diamond (2015). Na Netflix * DISCO De volta à realidade Aproveitando a última turnê do Black Sabbath –será mesmo a última?– que chega ao Brasil no fim do ano, os discos da banda estão sendo relançados em versões remasterizadas. "Master of Reality", de 1971, foi o terceiro LP do grupo que inventou o metal e tem clássicos como "Children of the Grave" e "Sweet Leaf", além de ser uma das grandes inspirações da cena "stoner" de Kyuss, Sleep e Fu Manchu. Master of Reality. Artista: Black Sabbath. Gravadora: Rhino/Warner (2016, R$ 51,20) * LIVRO Encontros e desencontros Adolf Hitler é atropelado por John Scott Ellis, que depois encontra o escritor Rudyard Kipling, que por sua vez adula Mark Twain, que é enfeitiçado pelo carisma de Helen Keller, e assim por diante. Nesse livro divertidíssimo, o inglês Craig Brown conta a história de 101 encontros entre personagens históricos e fascinantes, de Andy Warhol a Harpo Marx, de Janis Joplin a Houdini. Um Por Um - 101 Encontros Extraordinários. Autor: Craig Brown. Editora: Três Estrelas (2014, 536 págs., R$ 74,90)
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Em 'Memórias Secretas', sobrevivente de Auschwitz quer vingar a famíliaFILME Road thriller Este grande filme do canadense Atom Egoyan passou batido no cinema, mas está disponível na Netflix e merece ser visto. Christopher Plummer (foto) interpreta um octogenário sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, que recebe uma missão: encontrar e matar o nazista que assassinou sua família. Uma mistura de "road movie" e "thriller" detetivesco, com um final dos mais surpreendentes. Memórias Secretas. Direção: Atom Egoyan. Elenco: Christopher Plummer e Kim Roberts. Distribuidora: Diamond (2015). Na Netflix * DISCO De volta à realidade Aproveitando a última turnê do Black Sabbath –será mesmo a última?– que chega ao Brasil no fim do ano, os discos da banda estão sendo relançados em versões remasterizadas. "Master of Reality", de 1971, foi o terceiro LP do grupo que inventou o metal e tem clássicos como "Children of the Grave" e "Sweet Leaf", além de ser uma das grandes inspirações da cena "stoner" de Kyuss, Sleep e Fu Manchu. Master of Reality. Artista: Black Sabbath. Gravadora: Rhino/Warner (2016, R$ 51,20) * LIVRO Encontros e desencontros Adolf Hitler é atropelado por John Scott Ellis, que depois encontra o escritor Rudyard Kipling, que por sua vez adula Mark Twain, que é enfeitiçado pelo carisma de Helen Keller, e assim por diante. Nesse livro divertidíssimo, o inglês Craig Brown conta a história de 101 encontros entre personagens históricos e fascinantes, de Andy Warhol a Harpo Marx, de Janis Joplin a Houdini. Um Por Um - 101 Encontros Extraordinários. Autor: Craig Brown. Editora: Três Estrelas (2014, 536 págs., R$ 74,90)
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Garota foi obrigada a amarrar amigas para estupro coletivo no Piauí
Uma das adolescentes vítimas de estupro coletivo no Piauí foi obrigada a amarrar com cordas as três amigas que a acompanhavam para serem violentadas por cinco agressores no município de Castelo do Piauí (a 190 km de Teresina). O terror vivido pelas garotas de 15 a 17 anos de idade foi relatado pelo promotor de Justiça Cesário Cavalcante, que acompanha o caso. No último 27 de maio, as quatro meninas foram estupradas, amarradas, apedrejadas e jogadas de um penhasco de cerca de dez metros de altura. Elas estavam no local fazendo fotos para um trabalho escolar. "Elas contam que, ao serem abordadas por um dos menores, ele já foi dizendo: 'Meu patrão gosta muito de loirinha'. Ele colocou a faca no pescoço dela, as outras queriam correr e eles já atiraram pedras nelas... Um deles mandou que a própria adolescente amarrasse as demais junto com eles, uma coisa terrível", disse o promotor antes da audiência de apresentação dos adolescentes à Justiça, nesta quinta-feira (11), em Teresina. Segundo o relato dos agressores, as meninas foram amarradas com cordas de redes e barbantes. Uma das garotas teve traumatismo craniano, outra ficou com afundamento na face e fraturas no pulso e tornozelo. Danielly Rodrigues Feitosa, de 17 anos, morreu no último domingo (7) após ficar dez dias na UTI e passar por uma cirurgia de reconstrução da face. Duas jovens tiveram alta hospitalar, mas a outra continua internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). AUDIÊNCIA Ao longo de oito horas, os quatro adolescentes suspeitos do crime que chocou o país prestaram depoimento à Justiça. O promotor chegou a pedir acareação para confrontar pontos contraditórios nos depoimentos, mas, após ouvir o último jovem, voltou atrás. Eles foram ouvidos na presença do juiz, do promotor e de dois defensores públicos –encarregados da defesa dos menores. Os pais e responsáveis dos suspeitos também foram ouvidos na audiência. Um homem de 40 anos, Adão José de Sousa, suspeito de liderar o grupo, será chamado a depor em outro dia, em um processo à parte. O promotor disse à Folha que vai oferecer denúncia contra Sousa por estupro, homicídio, tentativa de homicídio e qualificador de feminicídio. O clima tenso e de comoção em Castelo do Piauí levou o juiz Leonardo Brasileiro a transferir a audiência para a capital do Estado, Teresina. Nos próximos dias, a Justiça receberá a defesa dos adolescentes e ouvirá as vítimas e testemunhas. FUZILAMENTO Uma declaração do vereador Edson Melo (PSDB) causou polêmica na Câmara Municipal de Teresina. O parlamentar defendeu o fuzilamento dos suspeitos –quatro deles são menores de idade– em praça pública. "Eu posso estar falando uma blasfêmia, mas na minha opinião esses quatro menores e aquele Adão deveriam ser fuzilados em praça pública lá em Castelo do Piauí, inclusive sendo televisionado para todo o mundo", disse.
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Garota foi obrigada a amarrar amigas para estupro coletivo no PiauíUma das adolescentes vítimas de estupro coletivo no Piauí foi obrigada a amarrar com cordas as três amigas que a acompanhavam para serem violentadas por cinco agressores no município de Castelo do Piauí (a 190 km de Teresina). O terror vivido pelas garotas de 15 a 17 anos de idade foi relatado pelo promotor de Justiça Cesário Cavalcante, que acompanha o caso. No último 27 de maio, as quatro meninas foram estupradas, amarradas, apedrejadas e jogadas de um penhasco de cerca de dez metros de altura. Elas estavam no local fazendo fotos para um trabalho escolar. "Elas contam que, ao serem abordadas por um dos menores, ele já foi dizendo: 'Meu patrão gosta muito de loirinha'. Ele colocou a faca no pescoço dela, as outras queriam correr e eles já atiraram pedras nelas... Um deles mandou que a própria adolescente amarrasse as demais junto com eles, uma coisa terrível", disse o promotor antes da audiência de apresentação dos adolescentes à Justiça, nesta quinta-feira (11), em Teresina. Segundo o relato dos agressores, as meninas foram amarradas com cordas de redes e barbantes. Uma das garotas teve traumatismo craniano, outra ficou com afundamento na face e fraturas no pulso e tornozelo. Danielly Rodrigues Feitosa, de 17 anos, morreu no último domingo (7) após ficar dez dias na UTI e passar por uma cirurgia de reconstrução da face. Duas jovens tiveram alta hospitalar, mas a outra continua internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). AUDIÊNCIA Ao longo de oito horas, os quatro adolescentes suspeitos do crime que chocou o país prestaram depoimento à Justiça. O promotor chegou a pedir acareação para confrontar pontos contraditórios nos depoimentos, mas, após ouvir o último jovem, voltou atrás. Eles foram ouvidos na presença do juiz, do promotor e de dois defensores públicos –encarregados da defesa dos menores. Os pais e responsáveis dos suspeitos também foram ouvidos na audiência. Um homem de 40 anos, Adão José de Sousa, suspeito de liderar o grupo, será chamado a depor em outro dia, em um processo à parte. O promotor disse à Folha que vai oferecer denúncia contra Sousa por estupro, homicídio, tentativa de homicídio e qualificador de feminicídio. O clima tenso e de comoção em Castelo do Piauí levou o juiz Leonardo Brasileiro a transferir a audiência para a capital do Estado, Teresina. Nos próximos dias, a Justiça receberá a defesa dos adolescentes e ouvirá as vítimas e testemunhas. FUZILAMENTO Uma declaração do vereador Edson Melo (PSDB) causou polêmica na Câmara Municipal de Teresina. O parlamentar defendeu o fuzilamento dos suspeitos –quatro deles são menores de idade– em praça pública. "Eu posso estar falando uma blasfêmia, mas na minha opinião esses quatro menores e aquele Adão deveriam ser fuzilados em praça pública lá em Castelo do Piauí, inclusive sendo televisionado para todo o mundo", disse.
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Lobista ligado ao PMDB começa a negociar delação premiada
Preso há mais de oito meses, o lobista Fernando Soares, o Baiano, deu sinais de que chegou ao seu limite e passou a negociar uma delação premiada para contar o que sabe sobre o envolvimento do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras. Nesta quinta-feira (6), ele, que é apontado como operador do partido em contratos da estatal, esteve reunido por mais de oito horas com representantes da Procuradoria-Geral da República, na sede da Polícia Federal em Curitiba. Ele pernoitou no local. O escopo do acordo deverá ser fechado em Brasília por envolver políticos com foro privilegiado. Pela primeira vez, o lobista esteve acompanhado do advogado Sergio Riera, porque seu time de defensores até aqui, liderado por Nelio Machado, é crítico do instituto da delação. "Ainda não assumimos o caso, estamos conversando", disse Riera ao deixar a PF. Segundo ele, a decisão de Baiano sobre uma delação será tomada com a família dele até o fim de semana. Para investigadores ouvidos pela Folha, Baiano é considerado uma peça-chave para esclarecer a acusação lançada pelo lobista e delator Julio Camargo contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo Camargo, o deputado pediu e recebeu propina de US$ 5 milhões, que foram entregues por meio de Baiano. Cunha nega a acusação. FAMÍLIA NOS EUA Desde o início do ano, a família vem pressionando Fernando Baiano a fazer a delação. Quando ele deixou de ser defendido pelo advogado Mario de Oliveira, alguns dos parentes cogitaram a contratação de Beatriz Catta Preta, que fechou nove colaborações na Lava Jato. Ela apresentou orçamento de sete dígitos para negociar sua delação. Baiano acabou seguindo pela defesa clássica, contratando Nelio Machado. A pressão familiar não cessou. A esposa do lobista, que possui cidadania americana, viajou recentemente com os dois filhos pequenos para os Estados Unidos, devido à exposição e ao sofrimento que a prisão de Baiano tem causado à família, segundo relataram à Folha pessoas próximas ao casal. Os dois filhos são assunto frequente de Baiano, que costuma mostrar as fotos dos meninos e falar da falta que sente das crianças. A interlocutores, contou, emocionado, que, em uma conversa telefônica com um dos filhos, ficou sem palavras quando ele pediu para o pai deixar de trabalhar e voltar para a casa. A pressão também vem de parte dos procuradores. Na terça (4), quando Baiano foi levado à superintendência da Polícia Federal, procuradores apresentaram ao lobista uma série de documentos que tornariam ainda mais difícil sua saída da prisão –o que o deixou mais abalado. SONDAS Enquanto o acordo avança, a atual defesa de Baiano protocolou as alegações finais na ação penal em que ele responde por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na contratação de navios-sonda pela Petrobras. Na peça, Machado e outros sete advogados pedem a nulidade da delação de Julio Camargo e de seus efeitos, pelo fato de ele ter mudado de versão, em julho, ao envolver Eduardo Cunha. Quando firmou acordo, em outubro de 2014, Camargo havia negado o pagamento de propina a agentes públicos. - À ESPERA DE NOVAS DELAÇÕES Quem ainda não colabora com a Operação Lava Jato e como eles podem ajudar nas investigações Renato Duque ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Preso desde 16.mar Réu em 5 ações Foi apontado por delatores como o principal representante dos interesses do PT dentro da estatal. É suspeito de ordenar repasses ao ex-ministro José Dirceu, receber propina em obras como o Comperj e controlar contas no exterior Fernando Baiano lobista Preso desde 18.nov.14 Réu em 3 ações É apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção. Foi acusado por um delator de ter intermediado o pagamento de US$ 5 milhões ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Leo Pinheiro ex-presidente da OAS Preso em 14.nov.14, foi solto em 29.abr.15 Réu em 1 ação, já foi condenado em outra ação por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa A OAS patrocinou viagens do ex-presidente Lula ao exterior e, segundo um delator, repassava propina do petrolão ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto Nestor Cerveró ex-diretor Internacional da Petrobras Preso desde 14.jan Réu em 1 ação, já foi condenado em outro processo por lavagem de dinheiro É apontado como elo do PMDB com a Petrobras no esquema de desvios. Uma eventual delação é vista por investigadores como um dos principais caminhos para se chegar a caciques do partido Marcelo Odebrecht presidente do grupo Odebrecht preso desde 19.jun Réu em 1 ação É acusado de comandar pagamentos de propina da empreiteira, a maior do país, a funcionários da Petrobras por meio de offshores
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Lobista ligado ao PMDB começa a negociar delação premiadaPreso há mais de oito meses, o lobista Fernando Soares, o Baiano, deu sinais de que chegou ao seu limite e passou a negociar uma delação premiada para contar o que sabe sobre o envolvimento do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras. Nesta quinta-feira (6), ele, que é apontado como operador do partido em contratos da estatal, esteve reunido por mais de oito horas com representantes da Procuradoria-Geral da República, na sede da Polícia Federal em Curitiba. Ele pernoitou no local. O escopo do acordo deverá ser fechado em Brasília por envolver políticos com foro privilegiado. Pela primeira vez, o lobista esteve acompanhado do advogado Sergio Riera, porque seu time de defensores até aqui, liderado por Nelio Machado, é crítico do instituto da delação. "Ainda não assumimos o caso, estamos conversando", disse Riera ao deixar a PF. Segundo ele, a decisão de Baiano sobre uma delação será tomada com a família dele até o fim de semana. Para investigadores ouvidos pela Folha, Baiano é considerado uma peça-chave para esclarecer a acusação lançada pelo lobista e delator Julio Camargo contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo Camargo, o deputado pediu e recebeu propina de US$ 5 milhões, que foram entregues por meio de Baiano. Cunha nega a acusação. FAMÍLIA NOS EUA Desde o início do ano, a família vem pressionando Fernando Baiano a fazer a delação. Quando ele deixou de ser defendido pelo advogado Mario de Oliveira, alguns dos parentes cogitaram a contratação de Beatriz Catta Preta, que fechou nove colaborações na Lava Jato. Ela apresentou orçamento de sete dígitos para negociar sua delação. Baiano acabou seguindo pela defesa clássica, contratando Nelio Machado. A pressão familiar não cessou. A esposa do lobista, que possui cidadania americana, viajou recentemente com os dois filhos pequenos para os Estados Unidos, devido à exposição e ao sofrimento que a prisão de Baiano tem causado à família, segundo relataram à Folha pessoas próximas ao casal. Os dois filhos são assunto frequente de Baiano, que costuma mostrar as fotos dos meninos e falar da falta que sente das crianças. A interlocutores, contou, emocionado, que, em uma conversa telefônica com um dos filhos, ficou sem palavras quando ele pediu para o pai deixar de trabalhar e voltar para a casa. A pressão também vem de parte dos procuradores. Na terça (4), quando Baiano foi levado à superintendência da Polícia Federal, procuradores apresentaram ao lobista uma série de documentos que tornariam ainda mais difícil sua saída da prisão –o que o deixou mais abalado. SONDAS Enquanto o acordo avança, a atual defesa de Baiano protocolou as alegações finais na ação penal em que ele responde por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na contratação de navios-sonda pela Petrobras. Na peça, Machado e outros sete advogados pedem a nulidade da delação de Julio Camargo e de seus efeitos, pelo fato de ele ter mudado de versão, em julho, ao envolver Eduardo Cunha. Quando firmou acordo, em outubro de 2014, Camargo havia negado o pagamento de propina a agentes públicos. - À ESPERA DE NOVAS DELAÇÕES Quem ainda não colabora com a Operação Lava Jato e como eles podem ajudar nas investigações Renato Duque ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Preso desde 16.mar Réu em 5 ações Foi apontado por delatores como o principal representante dos interesses do PT dentro da estatal. É suspeito de ordenar repasses ao ex-ministro José Dirceu, receber propina em obras como o Comperj e controlar contas no exterior Fernando Baiano lobista Preso desde 18.nov.14 Réu em 3 ações É apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção. Foi acusado por um delator de ter intermediado o pagamento de US$ 5 milhões ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Leo Pinheiro ex-presidente da OAS Preso em 14.nov.14, foi solto em 29.abr.15 Réu em 1 ação, já foi condenado em outra ação por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa A OAS patrocinou viagens do ex-presidente Lula ao exterior e, segundo um delator, repassava propina do petrolão ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto Nestor Cerveró ex-diretor Internacional da Petrobras Preso desde 14.jan Réu em 1 ação, já foi condenado em outro processo por lavagem de dinheiro É apontado como elo do PMDB com a Petrobras no esquema de desvios. Uma eventual delação é vista por investigadores como um dos principais caminhos para se chegar a caciques do partido Marcelo Odebrecht presidente do grupo Odebrecht preso desde 19.jun Réu em 1 ação É acusado de comandar pagamentos de propina da empreiteira, a maior do país, a funcionários da Petrobras por meio de offshores
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Alemanha cai em grupo fácil; Espanha e Itália se enfrentam nas eliminatórias
A Alemanha tem uma caminhada teoricamente tranquila para garantir sua vaga na próxima Copa do Mundo, de acordo com o sorteio realizado neste sábado (25), em São Petersburgo, na Rússia. A equipe do técnico Joachim Löw caiu no grupo C e enfrentará Azerbaijão, San Marino, Noruega, Irlanda do Norte e República Tcheca. As cinco seleções não estiveram no Mundial do Brasil. Destas, a melhor seleção ranqueada no ranking da Fifa é a República Tcheca, que ocupa a 20ª posição. A Irlanda do Norte é a 37ª colocada, enquanto a Noruega é a 67ª. Já San Marino e Azerbaijão estão em situações ainda piores. Azerbaijão é a 108ª e San Marino é a 192ª. O grupo apontado como o mais forte é o A, que conta com França, Holanda e a Suécia, além de Bielorrúsia, Luxemburgo e Bulgária. O Grupo G é outro promete uma briga acirrada pela primeira posição entre Itália e Espanha. As outras seleções da chave são República da Macedônia, Liechtenstein, Israel e Albânia. As eliminatórias europeias da Copa do Mundo da Rússia serão disputadas por 52 seleções, que estão divididas em nove grupos –sete com seis times e dois com cinco. Os nove primeiros garantem vagas no Mundial. Os oito vices disputam um mata-mata e apenas os vencedores estão garantidos na Rússia em 2018. CONFIRA OS GRUPOS DAS ELIMINATÓRIAS DA EUROPA Grupo A: Bielorrúsia, Luxemburgo, Bulgária, Suécia, França e Holanda Grupo B: Letônia, Andorra, Ilhas Faroe, Suíça, Hungria e Portugal Grupo C: Azerbaijão, San Marino, Noruega, Irlanda do Norte, República Tcheca e Alemanha Grupo D: Moldávia, Geórgia, Irlanda, Sérvia, Áustria e País de Gales Grupo E: Armênia, Cazaquistão, Montenegro, Polônia, Dinamarca e Romênia Grupo F: Lituânia, Malta, Eslovênia, Escócia, Eslováquia e Inglaterra Grupo G: República da Macedônia, Liechtenstein, Israel, Albânia, Itália e Espanha Grupo H: Chipre, Estônia, Grécia, Bósnia e Herzegovina e Bélgica Grupo I: Finlândia, Turquia, Ucrânia, Islândia e Croácia
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Alemanha cai em grupo fácil; Espanha e Itália se enfrentam nas eliminatóriasA Alemanha tem uma caminhada teoricamente tranquila para garantir sua vaga na próxima Copa do Mundo, de acordo com o sorteio realizado neste sábado (25), em São Petersburgo, na Rússia. A equipe do técnico Joachim Löw caiu no grupo C e enfrentará Azerbaijão, San Marino, Noruega, Irlanda do Norte e República Tcheca. As cinco seleções não estiveram no Mundial do Brasil. Destas, a melhor seleção ranqueada no ranking da Fifa é a República Tcheca, que ocupa a 20ª posição. A Irlanda do Norte é a 37ª colocada, enquanto a Noruega é a 67ª. Já San Marino e Azerbaijão estão em situações ainda piores. Azerbaijão é a 108ª e San Marino é a 192ª. O grupo apontado como o mais forte é o A, que conta com França, Holanda e a Suécia, além de Bielorrúsia, Luxemburgo e Bulgária. O Grupo G é outro promete uma briga acirrada pela primeira posição entre Itália e Espanha. As outras seleções da chave são República da Macedônia, Liechtenstein, Israel e Albânia. As eliminatórias europeias da Copa do Mundo da Rússia serão disputadas por 52 seleções, que estão divididas em nove grupos –sete com seis times e dois com cinco. Os nove primeiros garantem vagas no Mundial. Os oito vices disputam um mata-mata e apenas os vencedores estão garantidos na Rússia em 2018. CONFIRA OS GRUPOS DAS ELIMINATÓRIAS DA EUROPA Grupo A: Bielorrúsia, Luxemburgo, Bulgária, Suécia, França e Holanda Grupo B: Letônia, Andorra, Ilhas Faroe, Suíça, Hungria e Portugal Grupo C: Azerbaijão, San Marino, Noruega, Irlanda do Norte, República Tcheca e Alemanha Grupo D: Moldávia, Geórgia, Irlanda, Sérvia, Áustria e País de Gales Grupo E: Armênia, Cazaquistão, Montenegro, Polônia, Dinamarca e Romênia Grupo F: Lituânia, Malta, Eslovênia, Escócia, Eslováquia e Inglaterra Grupo G: República da Macedônia, Liechtenstein, Israel, Albânia, Itália e Espanha Grupo H: Chipre, Estônia, Grécia, Bósnia e Herzegovina e Bélgica Grupo I: Finlândia, Turquia, Ucrânia, Islândia e Croácia
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Grécia aceita participação do FMI em programa de resgate
O presidente do Eurogrupo e ministro das Finanças holandês, Jeroen Dijsselbloem, assegurou nesta quinta-feira (14) que o governo grego aceita a participação do Fundo Monetário Internacional (FMI) no terceiro programa de resgate do país. "O ministro das Finanças, Euclides Tsakalotos, me confirmou que o governo grego aceita que o FMI deve ser parte do processo", disse Dijsselbloem ao chegar em Bruxelas para uma reunião dos 19 ministros da zona do euro. "Era um tema muito importante para vários Estados-membros" da Eurozona, disse. O FMI, que participou nos planos anteriores de ajuda financeira à Grécia, não disse, contudo, se fará parte do terceiro, fechado em 13 de julho após intensas negociações entre Atenas e seus credores, liderados por Berlim. Dijsselbloem reuniu-se com Tsakalotos na terça-feira (12) na Holanda. O ministro grego iniciou na última sexta-feira uma série de viagens para convencer os parceiros da Grécia a lançar uma renegociação para uma redução da dívida pública que representa quase 200% do PIB. Tsakalotos viajou para Roma, Lisboa, Paris, Helsinque, Amsterdã e Berlim para se reunir com seus respectivos colegas, Pier Carlo Padoan, Mario Centeno, Michel Sapin, Alexander Stubb, Jeroen Dijsselbloem e Wolfgang Schäuble. Em julho do ano passado, a Grécia aceitou um terceiro plano de resgate internacional de cinco anos por um montante de 86 bilhões de euros. Em troca foram exigidas reformas econômicas e sociais. Os representantes de seus credores —Banco Central Europeu, Comissão Europeia, Mecanismo Europeu de Estabilidade e FMI— voltarão a Atenas em 18 de janeiro para fazer uma primeira avaliação dos que foi alcançado nos últimos seis meses. Uma avaliação positiva poderia abrir caminho a uma discussão para uma primeira remissão da dívida grega.
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Grécia aceita participação do FMI em programa de resgateO presidente do Eurogrupo e ministro das Finanças holandês, Jeroen Dijsselbloem, assegurou nesta quinta-feira (14) que o governo grego aceita a participação do Fundo Monetário Internacional (FMI) no terceiro programa de resgate do país. "O ministro das Finanças, Euclides Tsakalotos, me confirmou que o governo grego aceita que o FMI deve ser parte do processo", disse Dijsselbloem ao chegar em Bruxelas para uma reunião dos 19 ministros da zona do euro. "Era um tema muito importante para vários Estados-membros" da Eurozona, disse. O FMI, que participou nos planos anteriores de ajuda financeira à Grécia, não disse, contudo, se fará parte do terceiro, fechado em 13 de julho após intensas negociações entre Atenas e seus credores, liderados por Berlim. Dijsselbloem reuniu-se com Tsakalotos na terça-feira (12) na Holanda. O ministro grego iniciou na última sexta-feira uma série de viagens para convencer os parceiros da Grécia a lançar uma renegociação para uma redução da dívida pública que representa quase 200% do PIB. Tsakalotos viajou para Roma, Lisboa, Paris, Helsinque, Amsterdã e Berlim para se reunir com seus respectivos colegas, Pier Carlo Padoan, Mario Centeno, Michel Sapin, Alexander Stubb, Jeroen Dijsselbloem e Wolfgang Schäuble. Em julho do ano passado, a Grécia aceitou um terceiro plano de resgate internacional de cinco anos por um montante de 86 bilhões de euros. Em troca foram exigidas reformas econômicas e sociais. Os representantes de seus credores —Banco Central Europeu, Comissão Europeia, Mecanismo Europeu de Estabilidade e FMI— voltarão a Atenas em 18 de janeiro para fazer uma primeira avaliação dos que foi alcançado nos últimos seis meses. Uma avaliação positiva poderia abrir caminho a uma discussão para uma primeira remissão da dívida grega.
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Paulo Bufalo: Desafios da luta antimanicomial
O dia 18 de maio é lembrado pela luta antimanicomial e pelo enfrentamento à violência e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Duas lutas sociais de extrema importância para os rumos de nossa sociedade regulada por relações de mercado, na qual os valores humanos como solidariedade, tolerância e respeito às diferenças perdem lugar à concorrência, ao individualismo e à intolerância. A luta antimanicomial, articulada no Brasil desde meados da década de 1980, marca o início do processo de superação do tratamento de privação do convívio com a sociedade para pessoas acometidas por sofrimento psíquico e ou desvio psicossocial. Em 1987, um congresso de trabalhadores da saúde mental cunhou a bandeira "Por uma sociedade sem manicômios" referência aos tratamentos agressivos com uso abusivo de medicamentos, eletrochoque, camisa de força, confinamento em solitárias, torturas, entre outros, aplicados para conter e, supostamente, devolver às pessoas a normalidade psíquica e social aceitas pela sociedade. A eliminação desses métodos historicamente constituídos e carregados de preconceito requer ações radicais de toda sociedade e sobretudo dos gestores públicos. Neste sentido, a ousadia na desinternação, o rompimento das correntes, o fim das grades e a relação mais humanizada foram, e continuam sendo, fundamentais neste processo que precisa seguir avançando. Hoje, a saúde mental acontece nos Centros de Atenção Psicossocial, com a convivência familiar e comunitária, a educação, as artes, o trabalho não explorado, a música e a possibilidade do ócio e com múltiplas expressões culturais. O desafio atual desta política pública é mantê-la sob gestão do Estado e atender de portas abertas o Sistema Único de Saúde, num contexto de aumento de terceirizações e privatizações de interesse do mercado. A Semana da Luta Antimanicomial, realizada na semana do dia 18 de maio, foi organizada em todo país por movimentos sociais, trabalhadores em saúde e pessoas atendidas como protagonistas desta luta para mobilizar a sociedade pela continuidade da "desconstrução" do passado em favor de um presente mais humano e solidário lembrando os desafios cotidianos. A outra luta, o enfrentamento à violência e à exploração sexual contra crianças e adolescentes foi impulsionado pelo contexto sócio político no final da década de 1980. Período fundamental na luta em defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes no Brasil. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foi aprovado em 1990 e intensificou-se a busca por mudanças na atenção à infância e adolescência pautada na criminalização da pobreza. A violência e a exploração sexual contra crianças e adolescentes constituem formas das mais brutais de violência, fruto de desigualdades sociais, da discriminação de gênero, raça e etnia, do machismo e de relações de poder. Elas podem se manifestar dentro ou fora da família, por processos progressivos de outras violências e para fins comerciais na prostituição, na pedofilia e no tráfico. Crianças e adolescentes submetidos à essa barbárie sofrem danos físicos, psíquicos e sociais e deixam sequelas irreparáveis ao seu desenvolvimento. Por suas características, o enfrentamento necessita de ações articuladas de caráter continuado e políticas públicas sociais estruturadas, que assegurem a proteção integral à criança e ao adolescente, conforme prevê o ECA mas que nunca foram respeitadas. Enfim, a mobilização em torno dessas lutas, visa provocar a sociedade aos desafios de transpor preconceitos, questionar as políticas de interesse do mercado e exigir o respeito aos direitos humanos. PAULO BUFALO, professor, é vereador em Campinas e presidente estadual do PSOL * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Paulo Bufalo: Desafios da luta antimanicomialO dia 18 de maio é lembrado pela luta antimanicomial e pelo enfrentamento à violência e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Duas lutas sociais de extrema importância para os rumos de nossa sociedade regulada por relações de mercado, na qual os valores humanos como solidariedade, tolerância e respeito às diferenças perdem lugar à concorrência, ao individualismo e à intolerância. A luta antimanicomial, articulada no Brasil desde meados da década de 1980, marca o início do processo de superação do tratamento de privação do convívio com a sociedade para pessoas acometidas por sofrimento psíquico e ou desvio psicossocial. Em 1987, um congresso de trabalhadores da saúde mental cunhou a bandeira "Por uma sociedade sem manicômios" referência aos tratamentos agressivos com uso abusivo de medicamentos, eletrochoque, camisa de força, confinamento em solitárias, torturas, entre outros, aplicados para conter e, supostamente, devolver às pessoas a normalidade psíquica e social aceitas pela sociedade. A eliminação desses métodos historicamente constituídos e carregados de preconceito requer ações radicais de toda sociedade e sobretudo dos gestores públicos. Neste sentido, a ousadia na desinternação, o rompimento das correntes, o fim das grades e a relação mais humanizada foram, e continuam sendo, fundamentais neste processo que precisa seguir avançando. Hoje, a saúde mental acontece nos Centros de Atenção Psicossocial, com a convivência familiar e comunitária, a educação, as artes, o trabalho não explorado, a música e a possibilidade do ócio e com múltiplas expressões culturais. O desafio atual desta política pública é mantê-la sob gestão do Estado e atender de portas abertas o Sistema Único de Saúde, num contexto de aumento de terceirizações e privatizações de interesse do mercado. A Semana da Luta Antimanicomial, realizada na semana do dia 18 de maio, foi organizada em todo país por movimentos sociais, trabalhadores em saúde e pessoas atendidas como protagonistas desta luta para mobilizar a sociedade pela continuidade da "desconstrução" do passado em favor de um presente mais humano e solidário lembrando os desafios cotidianos. A outra luta, o enfrentamento à violência e à exploração sexual contra crianças e adolescentes foi impulsionado pelo contexto sócio político no final da década de 1980. Período fundamental na luta em defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes no Brasil. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foi aprovado em 1990 e intensificou-se a busca por mudanças na atenção à infância e adolescência pautada na criminalização da pobreza. A violência e a exploração sexual contra crianças e adolescentes constituem formas das mais brutais de violência, fruto de desigualdades sociais, da discriminação de gênero, raça e etnia, do machismo e de relações de poder. Elas podem se manifestar dentro ou fora da família, por processos progressivos de outras violências e para fins comerciais na prostituição, na pedofilia e no tráfico. Crianças e adolescentes submetidos à essa barbárie sofrem danos físicos, psíquicos e sociais e deixam sequelas irreparáveis ao seu desenvolvimento. Por suas características, o enfrentamento necessita de ações articuladas de caráter continuado e políticas públicas sociais estruturadas, que assegurem a proteção integral à criança e ao adolescente, conforme prevê o ECA mas que nunca foram respeitadas. Enfim, a mobilização em torno dessas lutas, visa provocar a sociedade aos desafios de transpor preconceitos, questionar as políticas de interesse do mercado e exigir o respeito aos direitos humanos. PAULO BUFALO, professor, é vereador em Campinas e presidente estadual do PSOL * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Indiciamento de Trabuco preocupa equipe econômica de Temer
O indiciamento do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, gerou preocupação na equipe econômica do presidente interino, Michel Temer, pelo risco de provocar turbulência no mercado financeiro num momento delicado da economia brasileira. Apesar da preocupação, a orientação do Planalto é a mesma em relação à Operação Lava Jato, de que "não cabe nenhum tipo de interferência" nas investigações. Assessores de Temer disseram à Folha que é preciso aguardar os próximos passos, porque trata-se apenas de indiciamento e o banco poderá se defender no processo que investiga decisões do Carf. Segundo assessores presidenciais, a equipe de Henrique Meirelles alerta que é preciso "cuidado" para não expor a instituição sem provas cabais de envolvimento. Auxiliares de Temer relataram que executivos do mercado financeiro entraram em contato com o governo e se disseram "surpresos" e "atônitos" com o indiciamento. A equipe de Temer recebeu relatos feitos por Trabuco garantindo que o Bradesco não fez nenhum tipo de pagamento para tentar obter vantagens em julgamentos. SEM CONTÁGIO Para banqueiros ouvidos pela Folha, o indiciamento do presidente do Bradesco não deverá contaminar o banco, como ocorreu com o BTG depois da prisão do banqueiro André Esteves. Para eles, são casos diferentes. O BTG é um banco de investimento, que opera no "atacado" e tem em Esteves "o cérebro e o coração". No caso do Bradesco, segundo os executivos ouvidos pela Folha, Trabuco é presidente contratado e, inclusive, com aposentadoria já planejada. O BTG seria uma lancha em alta velocidade suscetível a acidentes graves caso o piloto vacilasse. O Bradesco é um transatlântico que leva tempo para alterar seu curso. A investigação da PF sobre decisões no Carf já envolveu também o banco Safra e pode chegar ao Santander, ainda sob investigação. Para os banqueiros consultados, a possibilidade de dano à reputação caso no futuro o banco seja considerado culpado se reflete na queda "aceitável" das ações do Bradesco nesta terça.
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Indiciamento de Trabuco preocupa equipe econômica de TemerO indiciamento do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, gerou preocupação na equipe econômica do presidente interino, Michel Temer, pelo risco de provocar turbulência no mercado financeiro num momento delicado da economia brasileira. Apesar da preocupação, a orientação do Planalto é a mesma em relação à Operação Lava Jato, de que "não cabe nenhum tipo de interferência" nas investigações. Assessores de Temer disseram à Folha que é preciso aguardar os próximos passos, porque trata-se apenas de indiciamento e o banco poderá se defender no processo que investiga decisões do Carf. Segundo assessores presidenciais, a equipe de Henrique Meirelles alerta que é preciso "cuidado" para não expor a instituição sem provas cabais de envolvimento. Auxiliares de Temer relataram que executivos do mercado financeiro entraram em contato com o governo e se disseram "surpresos" e "atônitos" com o indiciamento. A equipe de Temer recebeu relatos feitos por Trabuco garantindo que o Bradesco não fez nenhum tipo de pagamento para tentar obter vantagens em julgamentos. SEM CONTÁGIO Para banqueiros ouvidos pela Folha, o indiciamento do presidente do Bradesco não deverá contaminar o banco, como ocorreu com o BTG depois da prisão do banqueiro André Esteves. Para eles, são casos diferentes. O BTG é um banco de investimento, que opera no "atacado" e tem em Esteves "o cérebro e o coração". No caso do Bradesco, segundo os executivos ouvidos pela Folha, Trabuco é presidente contratado e, inclusive, com aposentadoria já planejada. O BTG seria uma lancha em alta velocidade suscetível a acidentes graves caso o piloto vacilasse. O Bradesco é um transatlântico que leva tempo para alterar seu curso. A investigação da PF sobre decisões no Carf já envolveu também o banco Safra e pode chegar ao Santander, ainda sob investigação. Para os banqueiros consultados, a possibilidade de dano à reputação caso no futuro o banco seja considerado culpado se reflete na queda "aceitável" das ações do Bradesco nesta terça.
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Diretor de conselho de medicina defende método atual de avaliação
Propostas de certificação de escolas médicas (Cursos de Medicina terão novo sistema de avaliação) já existem em outras partes do mundo e são inócuas, pois não conseguem mudar a realidade do ensino médico. O dever dos Conselhos é impedir o ingresso na sociedade de médicos mal formados, sem o mínimo de conhecimento básico para atender sem pôr as pessoas em risco. E o único método comprovado internacionalmente que consegue isso é o exame terminal ao final da graduação, com uma prova cognitiva básica, tecnicamente bem-feita, como o Cremesp faz há 11 anos. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
paineldoleitor
Diretor de conselho de medicina defende método atual de avaliaçãoPropostas de certificação de escolas médicas (Cursos de Medicina terão novo sistema de avaliação) já existem em outras partes do mundo e são inócuas, pois não conseguem mudar a realidade do ensino médico. O dever dos Conselhos é impedir o ingresso na sociedade de médicos mal formados, sem o mínimo de conhecimento básico para atender sem pôr as pessoas em risco. E o único método comprovado internacionalmente que consegue isso é o exame terminal ao final da graduação, com uma prova cognitiva básica, tecnicamente bem-feita, como o Cremesp faz há 11 anos. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Panda gigante dá à luz dois filhotes no zoológico de Washington; veja foto
A panda gigante Mei Xiang surpreendeu os funcionários do Zoológico Nacional Smithsonian, em Washington, nos EUA, neste sábado (22) ao dar à luz não um, mas dois filhotes, com mais de quatro horas de intervalo entre os nascimentos. "Um bebê panda nasceu às 17h34 local [18h34 Brasília]. Confirmamos que nasceu um segundo bebê às 22h07 [23h07 Brasília]. Parece saudável", escreveu o zoológico em sua conta no Twitter. Mei já era mãe de outros dois filhotes: Tai Shan, nascido em 2005 e Bao Bao, cujo parto, em 2013, foi flagrado pelas câmeras do zoológico. Ela foi inseminada artificialmente em abril com esperma congelado de Hui Hui, um panda gigante que vive em uma reserva da China, e posteriormente com esperma de Tian Tian, do zoológico de Washington. Um teste de DNA permitirá saber que macho fecundou Mei. "Todos nós estamos empolgados que Mei Xiang tenha dado à luz", disse o diretor do zoológico, Dennis Kelly, em um comunicado antes da chegada do segundo filhote. Os dois pandas, cujo sexo não foi revelado, ainda não têm nome. "O filhote é muito vulnerável em seu pequeno tamanho, mas Mei é uma mãe excelente", disse Kelly, acrescentando que todos no zoológico estão cautelosos e "com os dedos cruzados" desde a morte de um filhote de panda de seis dias em 2012. "Este ainda é um momento muito frágil para este filhote", disse Kelly. Segundo o veterinário chefe Don Neiffer, os animais estão saudáveis. Na semana passada, outro filhote de panda nasceu no zoológico de Kuala Lumpur, na Malásia. Segundo o World Wildlife Fund, há apenas 2 mil pandas vivendo em liberdade na natureza.
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Panda gigante dá à luz dois filhotes no zoológico de Washington; veja fotoA panda gigante Mei Xiang surpreendeu os funcionários do Zoológico Nacional Smithsonian, em Washington, nos EUA, neste sábado (22) ao dar à luz não um, mas dois filhotes, com mais de quatro horas de intervalo entre os nascimentos. "Um bebê panda nasceu às 17h34 local [18h34 Brasília]. Confirmamos que nasceu um segundo bebê às 22h07 [23h07 Brasília]. Parece saudável", escreveu o zoológico em sua conta no Twitter. Mei já era mãe de outros dois filhotes: Tai Shan, nascido em 2005 e Bao Bao, cujo parto, em 2013, foi flagrado pelas câmeras do zoológico. Ela foi inseminada artificialmente em abril com esperma congelado de Hui Hui, um panda gigante que vive em uma reserva da China, e posteriormente com esperma de Tian Tian, do zoológico de Washington. Um teste de DNA permitirá saber que macho fecundou Mei. "Todos nós estamos empolgados que Mei Xiang tenha dado à luz", disse o diretor do zoológico, Dennis Kelly, em um comunicado antes da chegada do segundo filhote. Os dois pandas, cujo sexo não foi revelado, ainda não têm nome. "O filhote é muito vulnerável em seu pequeno tamanho, mas Mei é uma mãe excelente", disse Kelly, acrescentando que todos no zoológico estão cautelosos e "com os dedos cruzados" desde a morte de um filhote de panda de seis dias em 2012. "Este ainda é um momento muito frágil para este filhote", disse Kelly. Segundo o veterinário chefe Don Neiffer, os animais estão saudáveis. Na semana passada, outro filhote de panda nasceu no zoológico de Kuala Lumpur, na Malásia. Segundo o World Wildlife Fund, há apenas 2 mil pandas vivendo em liberdade na natureza.
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Leitora critica estrangeirismo imposto pelo governo paraibano
Até uma instituição importante como a secretaria de agropecuária do Estado da Paraíba não deixa para trás a colonização europeia quando exige dos familiares de Ariano Suassuna que afrancesem o nome de seu principal produto, o queijo de leite de cabra (O queijo é nosso ). Quando vamos, de fato, gozar da independência proclamada em 1822? * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitora critica estrangeirismo imposto pelo governo paraibanoAté uma instituição importante como a secretaria de agropecuária do Estado da Paraíba não deixa para trás a colonização europeia quando exige dos familiares de Ariano Suassuna que afrancesem o nome de seu principal produto, o queijo de leite de cabra (O queijo é nosso ). Quando vamos, de fato, gozar da independência proclamada em 1822? * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Del Nero deve abrir mão do seu cargo na Conmebol nesta quinta-feira
O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, deve abrir mão do seu cargo na Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) nesta quinta-feira (26), na sede da CBF, na zona oeste do Rio. Ele vai participar de uma reunião da entidade, realizada extraordinariamente no Rio. Se deixar o cargo, ele também não vai representar a Conmebol no comitê-executivo da Fifa. O cartola não deixa o país desde maio, quando José Maria Marin, seu antecessor, foi preso na Suíça acusado de receber propina em negociações de competições no país e no exterior. Durante a chegada dos presidentes da confederações que integram a Conmebol nesta quarta (25) na sede da CBF, Del Nero fez um gesto raro em sua gestão, marcada pela discrição. Ele desceu até o saguão de entrada do prédio da CBF e recebeu seus pares na portaria, por volta de 14 horas. Os dirigentes trocaram abraços e conversaram descontraidamente, antes de darem início à visita oficial. Caso se confirme a saída, Del Nero deve indicar seu sucessor. É provável que o escolhido seja o vice-presidente da CBF Fernando Sarney, representante da região Norte do país. Ele foi o único vice-presidente que participou da recepção desta quarta. Filho do ex-presidente da república José Sarney, Fernando é forte aliado de Del Nero. A reunião também deve indicar um substituto para o ex-presidente da Confederação Colombiana, Luis Bedoya. Ele renunciou ao cargo recentemente.
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Del Nero deve abrir mão do seu cargo na Conmebol nesta quinta-feiraO presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, deve abrir mão do seu cargo na Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) nesta quinta-feira (26), na sede da CBF, na zona oeste do Rio. Ele vai participar de uma reunião da entidade, realizada extraordinariamente no Rio. Se deixar o cargo, ele também não vai representar a Conmebol no comitê-executivo da Fifa. O cartola não deixa o país desde maio, quando José Maria Marin, seu antecessor, foi preso na Suíça acusado de receber propina em negociações de competições no país e no exterior. Durante a chegada dos presidentes da confederações que integram a Conmebol nesta quarta (25) na sede da CBF, Del Nero fez um gesto raro em sua gestão, marcada pela discrição. Ele desceu até o saguão de entrada do prédio da CBF e recebeu seus pares na portaria, por volta de 14 horas. Os dirigentes trocaram abraços e conversaram descontraidamente, antes de darem início à visita oficial. Caso se confirme a saída, Del Nero deve indicar seu sucessor. É provável que o escolhido seja o vice-presidente da CBF Fernando Sarney, representante da região Norte do país. Ele foi o único vice-presidente que participou da recepção desta quarta. Filho do ex-presidente da república José Sarney, Fernando é forte aliado de Del Nero. A reunião também deve indicar um substituto para o ex-presidente da Confederação Colombiana, Luis Bedoya. Ele renunciou ao cargo recentemente.
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Com 'selfie', manifestantes comemoram impeachment em Brasília
Quando o deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE) declarou o 342º voto a favor do impeachment, milhares de pessoas levantaram seus celulares. Era o selfie da comemoração da vitória das 53 mil pessoas que se concentraram do lado sul do muro que separou a Esplanada de Ministério entre os grupos contrários e favoráveis ao impedimento da presidente Dilma Rousseff. No lado sul, grupos favoráveis ao impeachment acompanharam os discursos dos deputados ao vivo em quatro telões de LED. No lado norte, os grupos favoráveis à continuidade da gestão petista, que chegaram a reunir 26 mil pessoas, não conseguiram acompanhar o início da votação devido ao reflexo do sol nos telões durante a tarde. As estimativas do número de participantes são da Secretaria de Segurança do Distrito Federal. Cada voto chamado alimentava os climas opostos cuja distância de mais de 100 metros entre um grupo e outro praticamente impedia hostilidades, mesmo verbais. Quem assistia do lado sul vibrou, por exemplo, com as falas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Ali, o deputado Jean Willys (PSOL-RJ) foi o mais vaiado. Ao norte, as reações foram inversas. O voto do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) quase não foi ouvido em meio às vaias da multidão. Nos momentos próximos à definição, os manifestantes do lado sul já comemoravam cantando músicas como "tá chegando a hora". Mas o grito que mais era ouvido foi "tchau, querida", uma sátira à forma como o ex-presidente Lula se despediu de Dilma na gravação divulgada pela Justiça como parte da Operação Lava Jato. O temor que os grupos pudessem se confrontar na saída não se concretizou. Enquanto os contrários ao governo deixavam a Esplanada aplaudindo parte dos 4.000 homens das forças de segurança que trabalharam na região, os favoráveis cantavam músicas de protesto e prometiam manter a luta nas ruas. Como já era mais de meia-noite, para uma parte considerável o retorno à realidade seria duro. A comerciante Santana Oliveira, 51 anos, se preparava para voltar de ônibus para Vicente Pires, bairro a 20 quilômetros da Esplanada. Não sabia a que horas chegaria, mas estava feliz pelo afastamento da presidente. Ela conta que o movimento de sua loja de roupas caiu pela metade desde o ano passado e que a esperança agora é que a vida das pessoas melhore. "A Dilma é igual ao empregado ruim. Não trabalha direito, tem que ir embora. Ela não se importa com a situação das pessoas", afirmou a comerciante. MORO Cada lado tinha uma relação diferente com o juiz Sergio Moro, responsável por julgamentos de primeira instância do esquema de corrupção na Petrobras, desbaratado pela Operação Lava Jato. Homenageado no sul com camisetas, faixas e bonecos, o juiz foi alvo de ataques do outro lado do muro. Abundantes no sul, os bonecos "pixulecos", que retratam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com roupa de presidiário, ganharam um análogo no norte da Esplanada: infláveis em que é o senador Aécio Neves (PSDB-MG) quem veste a típica estampa listrada de branco e preto. Enquanto senadores petistas, entre eles Gleisi Hoffmann (PR), foram recebidos com entusiasmo nos carros de som dos grupos pró-governo, autoridades políticas não tiveram recepção calorosa na manifestação oposta. A mulher do deputado João Paulo Papa (PSDB-SP), por exemplo, foi barrada ao pedir para subir em um caminhão de som. Ela e seus assessores pretendiam tirar uma foto de cima do caminhão. A professora Célia Rocha, que foi de Uberlândia (MG) a Brasília, afirma que os movimentos a favor da presidente vão continuar a pressionar o Congresso para evitar o impeachment. "Vamos ter de ocupar cada vez mais os espaços nas ruas. Agora, a mobilização é permanente", disse.
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Com 'selfie', manifestantes comemoram impeachment em BrasíliaQuando o deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE) declarou o 342º voto a favor do impeachment, milhares de pessoas levantaram seus celulares. Era o selfie da comemoração da vitória das 53 mil pessoas que se concentraram do lado sul do muro que separou a Esplanada de Ministério entre os grupos contrários e favoráveis ao impedimento da presidente Dilma Rousseff. No lado sul, grupos favoráveis ao impeachment acompanharam os discursos dos deputados ao vivo em quatro telões de LED. No lado norte, os grupos favoráveis à continuidade da gestão petista, que chegaram a reunir 26 mil pessoas, não conseguiram acompanhar o início da votação devido ao reflexo do sol nos telões durante a tarde. As estimativas do número de participantes são da Secretaria de Segurança do Distrito Federal. Cada voto chamado alimentava os climas opostos cuja distância de mais de 100 metros entre um grupo e outro praticamente impedia hostilidades, mesmo verbais. Quem assistia do lado sul vibrou, por exemplo, com as falas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Ali, o deputado Jean Willys (PSOL-RJ) foi o mais vaiado. Ao norte, as reações foram inversas. O voto do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) quase não foi ouvido em meio às vaias da multidão. Nos momentos próximos à definição, os manifestantes do lado sul já comemoravam cantando músicas como "tá chegando a hora". Mas o grito que mais era ouvido foi "tchau, querida", uma sátira à forma como o ex-presidente Lula se despediu de Dilma na gravação divulgada pela Justiça como parte da Operação Lava Jato. O temor que os grupos pudessem se confrontar na saída não se concretizou. Enquanto os contrários ao governo deixavam a Esplanada aplaudindo parte dos 4.000 homens das forças de segurança que trabalharam na região, os favoráveis cantavam músicas de protesto e prometiam manter a luta nas ruas. Como já era mais de meia-noite, para uma parte considerável o retorno à realidade seria duro. A comerciante Santana Oliveira, 51 anos, se preparava para voltar de ônibus para Vicente Pires, bairro a 20 quilômetros da Esplanada. Não sabia a que horas chegaria, mas estava feliz pelo afastamento da presidente. Ela conta que o movimento de sua loja de roupas caiu pela metade desde o ano passado e que a esperança agora é que a vida das pessoas melhore. "A Dilma é igual ao empregado ruim. Não trabalha direito, tem que ir embora. Ela não se importa com a situação das pessoas", afirmou a comerciante. MORO Cada lado tinha uma relação diferente com o juiz Sergio Moro, responsável por julgamentos de primeira instância do esquema de corrupção na Petrobras, desbaratado pela Operação Lava Jato. Homenageado no sul com camisetas, faixas e bonecos, o juiz foi alvo de ataques do outro lado do muro. Abundantes no sul, os bonecos "pixulecos", que retratam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com roupa de presidiário, ganharam um análogo no norte da Esplanada: infláveis em que é o senador Aécio Neves (PSDB-MG) quem veste a típica estampa listrada de branco e preto. Enquanto senadores petistas, entre eles Gleisi Hoffmann (PR), foram recebidos com entusiasmo nos carros de som dos grupos pró-governo, autoridades políticas não tiveram recepção calorosa na manifestação oposta. A mulher do deputado João Paulo Papa (PSDB-SP), por exemplo, foi barrada ao pedir para subir em um caminhão de som. Ela e seus assessores pretendiam tirar uma foto de cima do caminhão. A professora Célia Rocha, que foi de Uberlândia (MG) a Brasília, afirma que os movimentos a favor da presidente vão continuar a pressionar o Congresso para evitar o impeachment. "Vamos ter de ocupar cada vez mais os espaços nas ruas. Agora, a mobilização é permanente", disse.
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Escritor perseguido no Azerbaijão é barrado em ida a festival literário
O escritor Akram Aylisli, 78, foi barrado no aeroporto de Baku, capital do Azerbaijão, nesta quarta (30). Ele estava a caminho do festival literário Incroci di Civilità, em Veneza (Itália). Aylisli sofre ameaças desde 2012, quando escreveu "Daş yuxular" ("Sonhos de Pedra"), abordando o conflito entre a Armênia e o Azerbaijão nas décadas de 1980 e 1990. O escritor, que é azeri, criticou os massacres cometidos pelo Azerbaijão contra o povo armênio e propôs relações de paz entre as duas nações vizinhas. Assim que o livro foi lançado, uma multidão furiosa se reuniu em frente à casa de Aylisli, queimando fotos do escritor. Seus livros foram incinerados e sua mulher e seu filho perderam seus empregos, relatou o escritor ao site "Index". Premiado e cultuado pelo público até então, ele perdeu o título de Escritor do Povo e chegou a sofrer ameaças de que sua orelha seria cortada fora. Desde então, ele diz ser "banido automaticamente de tudo sob o controle do Estado". O festival Incroci di Civilità acontece desta quarta (30) à sexta (1º). Na quinta (31), haveria uma palestra com o escritor. Procurada pela Folha, a organização do evento diz que, por enquanto, mantém a programação. "Esperamos que a situação possa se resolver de maneira positiva e que o autor possa comparecer ao nosso Festival Internacional, que sempre promoveu a liberdade de expressão e o diálogo entre culturas", afirma o Incroci di Civilità. Aylisli se comunicou através de sua mulher, Galina Aylisli, e de seu filho, Nacaf Naibov. Os dois relataram à imprensa local que o escritor estava detido no aeroporto. Não há ainda previsão de quando Aylisli será liberado.
ilustrada
Escritor perseguido no Azerbaijão é barrado em ida a festival literárioO escritor Akram Aylisli, 78, foi barrado no aeroporto de Baku, capital do Azerbaijão, nesta quarta (30). Ele estava a caminho do festival literário Incroci di Civilità, em Veneza (Itália). Aylisli sofre ameaças desde 2012, quando escreveu "Daş yuxular" ("Sonhos de Pedra"), abordando o conflito entre a Armênia e o Azerbaijão nas décadas de 1980 e 1990. O escritor, que é azeri, criticou os massacres cometidos pelo Azerbaijão contra o povo armênio e propôs relações de paz entre as duas nações vizinhas. Assim que o livro foi lançado, uma multidão furiosa se reuniu em frente à casa de Aylisli, queimando fotos do escritor. Seus livros foram incinerados e sua mulher e seu filho perderam seus empregos, relatou o escritor ao site "Index". Premiado e cultuado pelo público até então, ele perdeu o título de Escritor do Povo e chegou a sofrer ameaças de que sua orelha seria cortada fora. Desde então, ele diz ser "banido automaticamente de tudo sob o controle do Estado". O festival Incroci di Civilità acontece desta quarta (30) à sexta (1º). Na quinta (31), haveria uma palestra com o escritor. Procurada pela Folha, a organização do evento diz que, por enquanto, mantém a programação. "Esperamos que a situação possa se resolver de maneira positiva e que o autor possa comparecer ao nosso Festival Internacional, que sempre promoveu a liberdade de expressão e o diálogo entre culturas", afirma o Incroci di Civilità. Aylisli se comunicou através de sua mulher, Galina Aylisli, e de seu filho, Nacaf Naibov. Os dois relataram à imprensa local que o escritor estava detido no aeroporto. Não há ainda previsão de quando Aylisli será liberado.
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Lucro da JBS salta 557% para R$ 1,66 bilhão no 2º trimestre deste ano
A JBS, maior produtora de carnes do mundo, registrou lucro líquido consolidado de R$ 1,657 bilhão no segundo trimestre, um salto de 557% ante mesma etapa de 2015, apoiada na melhora de resultados financeiros. No período, a companhia teve receita financeira líquida de R$ 772,4 milhões, contra resultado negativo de R$ 2,3 bilhões no mesmo intervalo no ano passado, refletindo variação cambial. Operacionalmente, porém, a companhia teve resultado misto. De abril a junho, a receita líquida consolidada da JBS somou R$ 43,67 bilhões, alta de 12,3%o sobre um ano antes, apoiado sobretudo por Seara e JBS USA Carne Suína. O resultado operacional da companhia medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 2,89 bilhões, redução 19,1% sobre a mesma etapa do ano passado. A margem Ebitda caiu para 6,6 por cento, ante 9,2% no segundo trimestre do ano passado. A companhia anunciou na semana passada que pediu registro de companhia aberta para unidade internacional nos Estados Unidos, continuando processo de reorganização global de suas operações. A JBS encerrou o segundo trimestre com dívida líquida de R$ 49,2 bilhões, e alavancagem de 4,1 vezes, ante 3,84 vezes no trimestre anterior. O fluxo de caixa livre ficou negativo em R$ 1,585 bilhão no segundo trimestre.
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Lucro da JBS salta 557% para R$ 1,66 bilhão no 2º trimestre deste anoA JBS, maior produtora de carnes do mundo, registrou lucro líquido consolidado de R$ 1,657 bilhão no segundo trimestre, um salto de 557% ante mesma etapa de 2015, apoiada na melhora de resultados financeiros. No período, a companhia teve receita financeira líquida de R$ 772,4 milhões, contra resultado negativo de R$ 2,3 bilhões no mesmo intervalo no ano passado, refletindo variação cambial. Operacionalmente, porém, a companhia teve resultado misto. De abril a junho, a receita líquida consolidada da JBS somou R$ 43,67 bilhões, alta de 12,3%o sobre um ano antes, apoiado sobretudo por Seara e JBS USA Carne Suína. O resultado operacional da companhia medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 2,89 bilhões, redução 19,1% sobre a mesma etapa do ano passado. A margem Ebitda caiu para 6,6 por cento, ante 9,2% no segundo trimestre do ano passado. A companhia anunciou na semana passada que pediu registro de companhia aberta para unidade internacional nos Estados Unidos, continuando processo de reorganização global de suas operações. A JBS encerrou o segundo trimestre com dívida líquida de R$ 49,2 bilhões, e alavancagem de 4,1 vezes, ante 3,84 vezes no trimestre anterior. O fluxo de caixa livre ficou negativo em R$ 1,585 bilhão no segundo trimestre.
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Em meio a diálogo por trégua, Exército e rebeldes se enfrentam na Ucrânia
Os combates entre o Exército e os separatistas pró-Rússia continuaram nesta quarta-feira (11) no leste da Ucrânia, horas antes do início das negociações por um cessar-fogo nesta região. Pelo menos seis pessoas morreram e outras oito ficaram feridas após morteiros serem disparados contra um terminal de ônibus em Donetsk. Segundo a prefeitura, as bombas atingiram dois veículos do transporte público e a entrada de uma metalúrgica. A ação acontece pouco mais de 24 horas depois que uma série de bombardeios atingiu a sede do Estado-Maior e um distrito residencial de Kramatorsk, a 96 km de Donetsk, provocando a morte de 16 pessoas e deixando outros 48 feridos. As autoridades ucranianas afirmam que o ataque foi lançado pelos rebeldes desde Horlivka, cidade a 50 km de Kramatorsk. Os separatistas negam, dizendo que não teriam poder de fogo para bombardear a região a distância. Além das mortes de civis nas duas cidades, o Exército ucraniano informou que pelo menos 19 soldados morreram e outros 78 ficaram feridos nas últimas 24 horas, a maioria em Debaltseve, área disputada com os separatistas há duas semanas. Em visita a Kramatorsk, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, disse que buscará paz incondicional na reunião com o líder russo, Vladimir Putin, os separatistas, o mandatário francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel. "Nós pedimos uma paz incondicional. Exigimos um cessar-fogo, uma retirada de todas as tropas estrangeiras e o fechamento da fronteira. Nós chegaremos a um compromisso no interior do país." Poroshenko afirmou ainda que poderá declarar a lei marcial se a escalada no conflito continua no leste do país. "Somos a favor da paz, mas se temos que quebrar os dentes, quebraremos. Temos que defender nosso país até o final." O líder da autoproclamada República Popular de Donetsk, Denis Pushilin, disse, no entanto, que é prematuro falar em trégua e que ainda não foram concluídas as negociações com as autoridades ucranianas. ENCONTRO Belarus informou que o encontro de Minsk deverá começar por volta das 18h locais (13h em Brasília). Mais cedo, a França e a Alemanha, que medeiam o conflito, pediram aos dois lados do conflito que evitem hostilidades durante o diálogo. Em entrevista, o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, disse que ainda há diversos problemas a serem solucionados na negociação. "Há uma série de problemas a serem resolvidos, mas provavelmente vamos avançar. É realmente uma última chance de diálogo", disse. Dentre as dificuldades, estão as garantias de soberania na fronteira entre os dois países, as perspectivas de um cessar-fogo, a entrega de armas e a troca de prisioneiros. O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que houve "avanços consideráveis" nas negociações prévias ao encontro. Já o governo alemão ainda considera incerta a possibilidade de um acordo.
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Em meio a diálogo por trégua, Exército e rebeldes se enfrentam na UcrâniaOs combates entre o Exército e os separatistas pró-Rússia continuaram nesta quarta-feira (11) no leste da Ucrânia, horas antes do início das negociações por um cessar-fogo nesta região. Pelo menos seis pessoas morreram e outras oito ficaram feridas após morteiros serem disparados contra um terminal de ônibus em Donetsk. Segundo a prefeitura, as bombas atingiram dois veículos do transporte público e a entrada de uma metalúrgica. A ação acontece pouco mais de 24 horas depois que uma série de bombardeios atingiu a sede do Estado-Maior e um distrito residencial de Kramatorsk, a 96 km de Donetsk, provocando a morte de 16 pessoas e deixando outros 48 feridos. As autoridades ucranianas afirmam que o ataque foi lançado pelos rebeldes desde Horlivka, cidade a 50 km de Kramatorsk. Os separatistas negam, dizendo que não teriam poder de fogo para bombardear a região a distância. Além das mortes de civis nas duas cidades, o Exército ucraniano informou que pelo menos 19 soldados morreram e outros 78 ficaram feridos nas últimas 24 horas, a maioria em Debaltseve, área disputada com os separatistas há duas semanas. Em visita a Kramatorsk, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, disse que buscará paz incondicional na reunião com o líder russo, Vladimir Putin, os separatistas, o mandatário francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel. "Nós pedimos uma paz incondicional. Exigimos um cessar-fogo, uma retirada de todas as tropas estrangeiras e o fechamento da fronteira. Nós chegaremos a um compromisso no interior do país." Poroshenko afirmou ainda que poderá declarar a lei marcial se a escalada no conflito continua no leste do país. "Somos a favor da paz, mas se temos que quebrar os dentes, quebraremos. Temos que defender nosso país até o final." O líder da autoproclamada República Popular de Donetsk, Denis Pushilin, disse, no entanto, que é prematuro falar em trégua e que ainda não foram concluídas as negociações com as autoridades ucranianas. ENCONTRO Belarus informou que o encontro de Minsk deverá começar por volta das 18h locais (13h em Brasília). Mais cedo, a França e a Alemanha, que medeiam o conflito, pediram aos dois lados do conflito que evitem hostilidades durante o diálogo. Em entrevista, o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, disse que ainda há diversos problemas a serem solucionados na negociação. "Há uma série de problemas a serem resolvidos, mas provavelmente vamos avançar. É realmente uma última chance de diálogo", disse. Dentre as dificuldades, estão as garantias de soberania na fronteira entre os dois países, as perspectivas de um cessar-fogo, a entrega de armas e a troca de prisioneiros. O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que houve "avanços consideráveis" nas negociações prévias ao encontro. Já o governo alemão ainda considera incerta a possibilidade de um acordo.
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Tocha olímpica faz percurso de 50 km por São Paulo
RAPHAEL HERNANDES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE SÃO PAULO A tocha olímpica passou por São Paulo, neste domingo (24), num evento com a participação de atletas e convidados dos patrocinadores da Rio-2016. No percurso, houve manifestações pacíficas contra o governo interino de Michel Temer (PMDB). A cerimônia foi marcada pela ex-ginasta Laís Souza, tetraplégica, que conduziu a chama em pé no Ibirapuera. O revezamento começou no Parque da Independência, na zona sul, às 7h40 e terminou pouco antes das 20h no Sambódromo. Amauri Ribeiro, ex-técnico da seleção brasileira paraolímpica de vôlei, foi o primeiro a levar tocha na capital — seguido por outros 259 condutores, que percorreram mais de 50 km. O skatista Rony Gomes desceu de skate com a tocha em mãos a ladeira do Parque da Independência, logo no início do evento. Por volta das 9h, a chama passou pela região da Praça da Sé, e depois pelo Anhangabaú. Um dos condutores nesse trecho foi o ex-nadador Gustavo Borges. Borges se disse feliz por participar do evento na cidade em que vive. O atleta comentou que participar do revezamento o faz sentir saudade de quando competia. "Mas quando saio do treino com dor nas costas de manhã lembro que 'tomaria pau' de um moleque de 20 anos", brincou. De lá, a chama seguiu pela rua da Consolação até a Avenida Paulista. Um grupo de artistas da "Companhia K" se apresentou na Paulista durante a passagem. Içados por cabos de aço presos a um guindaste, músicos tocaram clássicos da música brasileira. Do outro lado da rua, mulheres da mesma companhia faziam acrobacias em arcos que simulavam os olímpicos, também içadas. No parque do Ibirapuera, o revezamento da tocha começou pouco depois do meio-dia. O skatista Bob Burnquist levou a tocha pelas vias do parque. A ex-ginasta Laís Souza também conduziu a tocha olímpica pelo Ibirapuera. "Eu fiquei muito emocionada quando as pessoas gritaram meu nome. Treinamos muito pra que desse tudo certo", disse Lais, que usou uma cadeira de rodas especial para ficar de pé. Ela perdeu os movimentos dos braços e das pernas depois de um acidente de esqui em 2014, na preparação para as Olimpíadas de Inverno de Socchi, na Rússia. O símbolo olímpico seguiu então para a Estação da Luz. A passagem da chama —conhecida como "beijo das tochas"— foi feita na passarela central. Enquanto isso, trens na parte de baixo buzinavam. O revezamento foi interrompido para o deslocamento da tocha até o Pacaembu e retomado depois das 16h30. Ao chegar ao estádio, a tocha foi levada para uma volta olímpica. Um dos condutores foi o músico Luan Santana. Na sequência, quem conduziu a tocha na saída do estádio foi o jogador de basquete Anderson Varejão. Convocado para a seleção brasileira masculina de basquete, Varejão não participou da vitória sobre a Romênia em virtude de uma lesão nas costas. Ele inclusive corre o risco de ser cortado. Depois do Pacaembu, a chama foi levada a pé ao Sambódromo. Na praça Ana Maria Popovic, no bairro do Sumaré - entre o estádio e o Anhembi - a chama foi passada pela cartunista Laerte Coutinho para a apresentadora Sabrina Sato. A cartunista se disse contente com o convite para participar da cerimônia e elogiou Sabrina. "Muito simpática". Já a apresentadora afirmou gostar dos jogos e convidou a população a "vestir a camisa e torcer pelos nossos atletas". Os ex-jogadores de futebol Rivelino, Zetti, Ademir da Guia foram ao últimos condutores na capital paulista e acenderam a pira olímpica no Sambódromo do Anhembi. A passagem foi festejada por espectadores. Alguns protestos aconteceram no percurso, mas foram todos pacíficos. "A população foi para as ruas festejar. São Paulo está de parabéns", afirmou. A festa no sambódromo continuou com shows gratuitos de Ludmilla e de Luan Santana.
esporte
Tocha olímpica faz percurso de 50 km por São Paulo RAPHAEL HERNANDES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE SÃO PAULO A tocha olímpica passou por São Paulo, neste domingo (24), num evento com a participação de atletas e convidados dos patrocinadores da Rio-2016. No percurso, houve manifestações pacíficas contra o governo interino de Michel Temer (PMDB). A cerimônia foi marcada pela ex-ginasta Laís Souza, tetraplégica, que conduziu a chama em pé no Ibirapuera. O revezamento começou no Parque da Independência, na zona sul, às 7h40 e terminou pouco antes das 20h no Sambódromo. Amauri Ribeiro, ex-técnico da seleção brasileira paraolímpica de vôlei, foi o primeiro a levar tocha na capital — seguido por outros 259 condutores, que percorreram mais de 50 km. O skatista Rony Gomes desceu de skate com a tocha em mãos a ladeira do Parque da Independência, logo no início do evento. Por volta das 9h, a chama passou pela região da Praça da Sé, e depois pelo Anhangabaú. Um dos condutores nesse trecho foi o ex-nadador Gustavo Borges. Borges se disse feliz por participar do evento na cidade em que vive. O atleta comentou que participar do revezamento o faz sentir saudade de quando competia. "Mas quando saio do treino com dor nas costas de manhã lembro que 'tomaria pau' de um moleque de 20 anos", brincou. De lá, a chama seguiu pela rua da Consolação até a Avenida Paulista. Um grupo de artistas da "Companhia K" se apresentou na Paulista durante a passagem. Içados por cabos de aço presos a um guindaste, músicos tocaram clássicos da música brasileira. Do outro lado da rua, mulheres da mesma companhia faziam acrobacias em arcos que simulavam os olímpicos, também içadas. No parque do Ibirapuera, o revezamento da tocha começou pouco depois do meio-dia. O skatista Bob Burnquist levou a tocha pelas vias do parque. A ex-ginasta Laís Souza também conduziu a tocha olímpica pelo Ibirapuera. "Eu fiquei muito emocionada quando as pessoas gritaram meu nome. Treinamos muito pra que desse tudo certo", disse Lais, que usou uma cadeira de rodas especial para ficar de pé. Ela perdeu os movimentos dos braços e das pernas depois de um acidente de esqui em 2014, na preparação para as Olimpíadas de Inverno de Socchi, na Rússia. O símbolo olímpico seguiu então para a Estação da Luz. A passagem da chama —conhecida como "beijo das tochas"— foi feita na passarela central. Enquanto isso, trens na parte de baixo buzinavam. O revezamento foi interrompido para o deslocamento da tocha até o Pacaembu e retomado depois das 16h30. Ao chegar ao estádio, a tocha foi levada para uma volta olímpica. Um dos condutores foi o músico Luan Santana. Na sequência, quem conduziu a tocha na saída do estádio foi o jogador de basquete Anderson Varejão. Convocado para a seleção brasileira masculina de basquete, Varejão não participou da vitória sobre a Romênia em virtude de uma lesão nas costas. Ele inclusive corre o risco de ser cortado. Depois do Pacaembu, a chama foi levada a pé ao Sambódromo. Na praça Ana Maria Popovic, no bairro do Sumaré - entre o estádio e o Anhembi - a chama foi passada pela cartunista Laerte Coutinho para a apresentadora Sabrina Sato. A cartunista se disse contente com o convite para participar da cerimônia e elogiou Sabrina. "Muito simpática". Já a apresentadora afirmou gostar dos jogos e convidou a população a "vestir a camisa e torcer pelos nossos atletas". Os ex-jogadores de futebol Rivelino, Zetti, Ademir da Guia foram ao últimos condutores na capital paulista e acenderam a pira olímpica no Sambódromo do Anhembi. A passagem foi festejada por espectadores. Alguns protestos aconteceram no percurso, mas foram todos pacíficos. "A população foi para as ruas festejar. São Paulo está de parabéns", afirmou. A festa no sambódromo continuou com shows gratuitos de Ludmilla e de Luan Santana.
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Iraque lança ofensiva para retomar cidade sob controle do Estado Islâmico
O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, anunciou neste domingo (22) o início de uma ofensiva para retomar a cidade de Fallujah, hoje sob controle da facção terrorista Estado Islâmico (EI). Fallujah, conquistada pelo EI em janeiro de 2014, fica a 65 quilômetros de Bagdá, capital. Ela está cercada por forças iraquianas desde o ano passado. Estima-se que 75 mil civis ainda morem no local. As Forças Armadas do Iraque lançaram diversos apelos para que a população tente sair da cidade antes da ofensiva, mas isso vem sendo impedido pelos extremistas. Frente ao problema, os militares pediram para que as famílias identifiquem suas casas com bandeiras brancas no momento do ataque. Recentemente, com auxílio aéreo de uma coalizão liderada pelos EUA, o Iraque ganhou terreno contra o EI. Na semana passada, o Exército conseguiu expulsar a facção da cidade de Rutba. No início do ano, também Ramadi foi reconquistada. A retomada de Fallujah pode significar mais segurança para a capital do Iraque, constantemente alvo de atentados. "Fallujah é um porto seguro para o EI, onde a facção pode construir suas bombas e planejar suas operações relativamente próxima de Bagdá", disse o coronel Steve Warren, port-voz da coalizão americana no Iraque. Apesar disso, o EI ainda mantém importantes cidades sob seu controle, como Mossul, a segunda maior do país. Durante a Guerra do Iraque, Fallujah foi um forte reduto insurgente. Em novembro de 2004, forças americanas atacaram a cidade em uma ofensiva que deixou 80 soldados dos EUA mortos e cerca de 2.000 rebeldes. Centenas de edificações ficaram destruídas. PROBLEMAS INTERNOS Além de lidar com o Estado Islâmico, o governo do Iraque também enfrenta uma grande insatisfação popular, que pede reformas no sistema político no país. Na sexta-feira passada (20), pela segunda vez em três semanas, a fortificada Zona Verde da capital foi invadida por manifestantes. Duas pessoas morreram e cerca de cem ficaram feridas após a polícia reagir contra a multidão com bombas de gás lacrimogênio, jatos d'água e tiros. Grande parte dos manifestantes apoia o influente clérigo xiita Muqtada al-Sadr, que condenou a violência das forças policiais contra o protesto.
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Iraque lança ofensiva para retomar cidade sob controle do Estado IslâmicoO primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, anunciou neste domingo (22) o início de uma ofensiva para retomar a cidade de Fallujah, hoje sob controle da facção terrorista Estado Islâmico (EI). Fallujah, conquistada pelo EI em janeiro de 2014, fica a 65 quilômetros de Bagdá, capital. Ela está cercada por forças iraquianas desde o ano passado. Estima-se que 75 mil civis ainda morem no local. As Forças Armadas do Iraque lançaram diversos apelos para que a população tente sair da cidade antes da ofensiva, mas isso vem sendo impedido pelos extremistas. Frente ao problema, os militares pediram para que as famílias identifiquem suas casas com bandeiras brancas no momento do ataque. Recentemente, com auxílio aéreo de uma coalizão liderada pelos EUA, o Iraque ganhou terreno contra o EI. Na semana passada, o Exército conseguiu expulsar a facção da cidade de Rutba. No início do ano, também Ramadi foi reconquistada. A retomada de Fallujah pode significar mais segurança para a capital do Iraque, constantemente alvo de atentados. "Fallujah é um porto seguro para o EI, onde a facção pode construir suas bombas e planejar suas operações relativamente próxima de Bagdá", disse o coronel Steve Warren, port-voz da coalizão americana no Iraque. Apesar disso, o EI ainda mantém importantes cidades sob seu controle, como Mossul, a segunda maior do país. Durante a Guerra do Iraque, Fallujah foi um forte reduto insurgente. Em novembro de 2004, forças americanas atacaram a cidade em uma ofensiva que deixou 80 soldados dos EUA mortos e cerca de 2.000 rebeldes. Centenas de edificações ficaram destruídas. PROBLEMAS INTERNOS Além de lidar com o Estado Islâmico, o governo do Iraque também enfrenta uma grande insatisfação popular, que pede reformas no sistema político no país. Na sexta-feira passada (20), pela segunda vez em três semanas, a fortificada Zona Verde da capital foi invadida por manifestantes. Duas pessoas morreram e cerca de cem ficaram feridas após a polícia reagir contra a multidão com bombas de gás lacrimogênio, jatos d'água e tiros. Grande parte dos manifestantes apoia o influente clérigo xiita Muqtada al-Sadr, que condenou a violência das forças policiais contra o protesto.
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Mural: Sem água, CPTM fecha banheiros públicos de estações
A promoter Sandri Dantas, 33, chegou apressada ao banheiro público da estação Luz da CPTM e recebeu uma má notícia: um cartaz informava que o local estava fechado por "insuficiência de água". Aflita, perguntou a um funcionário qual o banheiro ... Leia post completo no blog
cotidiano
Mural: Sem água, CPTM fecha banheiros públicos de estaçõesA promoter Sandri Dantas, 33, chegou apressada ao banheiro público da estação Luz da CPTM e recebeu uma má notícia: um cartaz informava que o local estava fechado por "insuficiência de água". Aflita, perguntou a um funcionário qual o banheiro ... Leia post completo no blog
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Entrevistas
A oposição à CPMF tem motivações variadas, mas o espaço de todas é ocupado por uma só: "mais imposto, não!" –o mais insustentável dos motivos. Se pensado um imposto com a finalidade de promover grande e veloz crescimento industrial, nenhum dos industriais que gritam "mais imposto, não!" ficará contra. E, se algum ficar, será um caso patológico de insuficiência excessiva de raciocínio. Mal, aliás, nada surpreendente. O menos citado dos motivos, suponho mesmo que agora mencionado pela primeira vez, surgiu a meio de uma novidade do jornalismo brasileiro. Desde que se tornou chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante é o alvo de uma avalanche que não se esgota, novas e cansativas repetições de boatos, intrigas, maledicências, fantasias que são a moda no jornalismo político, e até alguma verdade eventual. É detestado por Lula, Lula pede sua demissão, o PMDB o culpa pela crise, Temer não o tolera, será substituído por um não político, é Mercadante quem torpedeia Levy –Mercadante faz Eduardo Cunha parecer amado pela pureza de intenções e ética dos modos. Nem por isso, em todos esses meses e imputações, a reportagem política e seus chefes quiseram ou se lembraram de ouvir o próprio Mercadante a respeito do noticiário que o solapa. Até que no domingo as repórteres Catarina Alencastro e Simone Iglesias ("O Globo") trouxeram essa novidade jornalística: Mercadante ainda fala. E continua franco, claro, seguro: (...) "O ex-presidente Lula, que vem pedindo a sua saída?"/ "Não. Hoje (sexta-feira) tomei café com ele. (...) A gente tem uma relação muito rica, muito próxima"/ "Lula acha fundamental que o sr. fique?"/ "Exatamente isso que ele disse". E foi por aí, até à CPMF, para um diagnóstico fundamental e, ao que me consta, nunca mencionado: "A CPMF é necessária. O problema mais delicado é que atinge o caixa dois. Qualquer empresa que tenha um caixa dois, tem que dar um cheque. E aparece. Então, gera uma preocupação, mas isso não pode ser o fundamental." Não pode, mas, se não é para todos, é para muitos dos que urram contra a CPMF e movem políticos para impedi-la. Caixa dois é a quantia que empresas em geral mantêm fora da contabilidade, como se não existisse, para transações não registradas, pagamentos por fora e mesmo para esconder lucro, pagando menos impostos de renda e outros. A CPMF, além de tomar algum dinheiro movimentado pelo caixa dois, faria o desagradável papel de acrescentar um importante identificador aos que visam a detectar o dinheiro por fora, que é ilegal e sonegador. Joaquim Levy diz que a CPMF, como está proposta, nem é sentida pelo pagador. À taxa de 0,2%, em cada R$ 100 a CPMF corresponde a R$ 0,20. Para as empresas, são muitos R$ 0,20, mas não deixam de ser insignificantes. A proporção continua a mesma. Sobre ser insignificante também para as pessoas, a CPMF, como toda taxação, tem um aspecto social: diferencia-se por ser equitatitiva, aplicar a todos a mesma taxação. No país que tem a indecência de cobrar proporcionalmente mais "imposto de renda" dos assalariados do que sobre os lucros e a renda, uma taxa ao menos idêntica é um avanço. O ENTREVISTADO Nem o próprio Moreira Franco imaginaria ser um dia elevado a manchete promocional da primeira página da Folha, com direito a uma página inteira de foto e entrevista (21.set). Quando governador do Rio, Moreira Franco frequentou muito as páginas da Folha, e nelas ficou para a história em socorro dos que não têm memória ou não conhecem os fatos do seu tempo histórico. Numerosas concorrências dos projetos de Moreira Franco foram anuladas por fraudes, reveladas pela Folha com antecipação do resultado sob disfarce. Várias linhas e estações do metrô, um sistema de abastecimento de água de "necessidade urgente" e até hoje dispensado, um tal "palácio da polícia", eram bilhões de dólares sob fraudes. Os dados biográficos de Moreira Franco publicados com a entrevista são novidade, para o Rio, sobre esse piauiense. "Doutorado na Sorbonne" lembra o título do ex-ministro, também na Sorbonne, que a Folha descobriu existir só como imaginação.
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EntrevistasA oposição à CPMF tem motivações variadas, mas o espaço de todas é ocupado por uma só: "mais imposto, não!" –o mais insustentável dos motivos. Se pensado um imposto com a finalidade de promover grande e veloz crescimento industrial, nenhum dos industriais que gritam "mais imposto, não!" ficará contra. E, se algum ficar, será um caso patológico de insuficiência excessiva de raciocínio. Mal, aliás, nada surpreendente. O menos citado dos motivos, suponho mesmo que agora mencionado pela primeira vez, surgiu a meio de uma novidade do jornalismo brasileiro. Desde que se tornou chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante é o alvo de uma avalanche que não se esgota, novas e cansativas repetições de boatos, intrigas, maledicências, fantasias que são a moda no jornalismo político, e até alguma verdade eventual. É detestado por Lula, Lula pede sua demissão, o PMDB o culpa pela crise, Temer não o tolera, será substituído por um não político, é Mercadante quem torpedeia Levy –Mercadante faz Eduardo Cunha parecer amado pela pureza de intenções e ética dos modos. Nem por isso, em todos esses meses e imputações, a reportagem política e seus chefes quiseram ou se lembraram de ouvir o próprio Mercadante a respeito do noticiário que o solapa. Até que no domingo as repórteres Catarina Alencastro e Simone Iglesias ("O Globo") trouxeram essa novidade jornalística: Mercadante ainda fala. E continua franco, claro, seguro: (...) "O ex-presidente Lula, que vem pedindo a sua saída?"/ "Não. Hoje (sexta-feira) tomei café com ele. (...) A gente tem uma relação muito rica, muito próxima"/ "Lula acha fundamental que o sr. fique?"/ "Exatamente isso que ele disse". E foi por aí, até à CPMF, para um diagnóstico fundamental e, ao que me consta, nunca mencionado: "A CPMF é necessária. O problema mais delicado é que atinge o caixa dois. Qualquer empresa que tenha um caixa dois, tem que dar um cheque. E aparece. Então, gera uma preocupação, mas isso não pode ser o fundamental." Não pode, mas, se não é para todos, é para muitos dos que urram contra a CPMF e movem políticos para impedi-la. Caixa dois é a quantia que empresas em geral mantêm fora da contabilidade, como se não existisse, para transações não registradas, pagamentos por fora e mesmo para esconder lucro, pagando menos impostos de renda e outros. A CPMF, além de tomar algum dinheiro movimentado pelo caixa dois, faria o desagradável papel de acrescentar um importante identificador aos que visam a detectar o dinheiro por fora, que é ilegal e sonegador. Joaquim Levy diz que a CPMF, como está proposta, nem é sentida pelo pagador. À taxa de 0,2%, em cada R$ 100 a CPMF corresponde a R$ 0,20. Para as empresas, são muitos R$ 0,20, mas não deixam de ser insignificantes. A proporção continua a mesma. Sobre ser insignificante também para as pessoas, a CPMF, como toda taxação, tem um aspecto social: diferencia-se por ser equitatitiva, aplicar a todos a mesma taxação. No país que tem a indecência de cobrar proporcionalmente mais "imposto de renda" dos assalariados do que sobre os lucros e a renda, uma taxa ao menos idêntica é um avanço. O ENTREVISTADO Nem o próprio Moreira Franco imaginaria ser um dia elevado a manchete promocional da primeira página da Folha, com direito a uma página inteira de foto e entrevista (21.set). Quando governador do Rio, Moreira Franco frequentou muito as páginas da Folha, e nelas ficou para a história em socorro dos que não têm memória ou não conhecem os fatos do seu tempo histórico. Numerosas concorrências dos projetos de Moreira Franco foram anuladas por fraudes, reveladas pela Folha com antecipação do resultado sob disfarce. Várias linhas e estações do metrô, um sistema de abastecimento de água de "necessidade urgente" e até hoje dispensado, um tal "palácio da polícia", eram bilhões de dólares sob fraudes. Os dados biográficos de Moreira Franco publicados com a entrevista são novidade, para o Rio, sobre esse piauiense. "Doutorado na Sorbonne" lembra o título do ex-ministro, também na Sorbonne, que a Folha descobriu existir só como imaginação.
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Cães e gatos terão de pagar passagem para andar em ônibus de SP
Os animais domésticos de pequeno porte, como cães e gatos, podem ser transportados nos ônibus da capital a partir desta quinta-feira (12). De acordo com a sanção publicada nesta quinta no "Diário Oficial da Cidade", o dono do animal terá de pagar uma passagem regular para que o animal seja transportado, ou seja, R$ 3,50. Procurada, a SPTrans (empresa que gerencia o transporte municipal) informou que a cobrança só será feita se o passageiro optar em levar o animal em um assento, ou seja, a cobrança é isenta se ele for transportado no colo. O pagamento da 'tarifa do cão' poderá ser feita em dinheiro ou por meio do bilhete único. A prefeitura divulgou ainda as regras para o transporte de animais, entre elas, que eles não podem ser levados nos coletivos nos horários de pico, ou seja, das 6h às 10h e das 16h às 19h. Os animais terão de ser levados em caixas de fibra de vidro ou similar para que os cães e gatos sejam transportados com segurança. O projeto já tinha sido aprovado na Câmara no mês passado. Com a sanção, agora fica permitido o transporte nos coletivos de animais que não sejam considerados ferozes e peçonhentos, com até 10 kg, devidamente vacinados e dentro de caixas especiais. Atualmente, só são permitidos nos ônibus cães-guia. De acordo com a prefeitura, a lei beneficia a população de baixa renda que não tem condições de custear o transporte particular dos animais a veterinários ou postos de vacinação. No embarque, poderá ser solicitado aos donos a carteira de vacinação dos animais.
cotidiano
Cães e gatos terão de pagar passagem para andar em ônibus de SPOs animais domésticos de pequeno porte, como cães e gatos, podem ser transportados nos ônibus da capital a partir desta quinta-feira (12). De acordo com a sanção publicada nesta quinta no "Diário Oficial da Cidade", o dono do animal terá de pagar uma passagem regular para que o animal seja transportado, ou seja, R$ 3,50. Procurada, a SPTrans (empresa que gerencia o transporte municipal) informou que a cobrança só será feita se o passageiro optar em levar o animal em um assento, ou seja, a cobrança é isenta se ele for transportado no colo. O pagamento da 'tarifa do cão' poderá ser feita em dinheiro ou por meio do bilhete único. A prefeitura divulgou ainda as regras para o transporte de animais, entre elas, que eles não podem ser levados nos coletivos nos horários de pico, ou seja, das 6h às 10h e das 16h às 19h. Os animais terão de ser levados em caixas de fibra de vidro ou similar para que os cães e gatos sejam transportados com segurança. O projeto já tinha sido aprovado na Câmara no mês passado. Com a sanção, agora fica permitido o transporte nos coletivos de animais que não sejam considerados ferozes e peçonhentos, com até 10 kg, devidamente vacinados e dentro de caixas especiais. Atualmente, só são permitidos nos ônibus cães-guia. De acordo com a prefeitura, a lei beneficia a população de baixa renda que não tem condições de custear o transporte particular dos animais a veterinários ou postos de vacinação. No embarque, poderá ser solicitado aos donos a carteira de vacinação dos animais.
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Grande explosão deixa ao menos 300 feridos em Tianjin, na China
Uma grande explosão atingiu uma área industrial na cidade portuária de Tianjin, nordeste da China, na noite desta quarta-feira (12), deixando ao menos 300 feridos e desatando ao menos outra explosão subsequente.A onda de choque causada pelas explosões, que aconteceram com uma diferença de 30 segundos, foi sentida a quilômetros de distância. Cerca de cem caminhões dos bombeiros foram enviados ao local.Saiba Mais
tv
Grande explosão deixa ao menos 300 feridos em Tianjin, na ChinaUma grande explosão atingiu uma área industrial na cidade portuária de Tianjin, nordeste da China, na noite desta quarta-feira (12), deixando ao menos 300 feridos e desatando ao menos outra explosão subsequente.A onda de choque causada pelas explosões, que aconteceram com uma diferença de 30 segundos, foi sentida a quilômetros de distância. Cerca de cem caminhões dos bombeiros foram enviados ao local.Saiba Mais
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Hoje na TV: Santos e Corinthians duelam pelas oitavas da Copa do Brasil
12h - Masters 1.000 Cincinnati Tênis, SporTV 2 15h45 - Valencia x Monaco Liga dos Campeões, EI MAXX 19h - Brasil x Bulgária Vôlei feminino, SporTV 19h30 - Coritiba x Grêmio Copa do Brasil, SporTV e ESPN Brasil 19h30 - Atlético-MG x Figueirense Copa do Brasil, Fox Sports 22h - Santos x Corinthians Globo, SporTV, Fox Sports e ESPN Brasil 22h - Palmeiras x Cruzeiro Copa do Brasil, Globo MG (menos Juiz de Fora) e SporTV 2 22h - Flamengo x Vasco Copa do Brasil, Globo (RJ, DF e Juiz de Fora) e SporTV 3 22h - Bahia x Sport Copa Sul Americana, SporTV 4 e Fox Sports 2
esporte
Hoje na TV: Santos e Corinthians duelam pelas oitavas da Copa do Brasil12h - Masters 1.000 Cincinnati Tênis, SporTV 2 15h45 - Valencia x Monaco Liga dos Campeões, EI MAXX 19h - Brasil x Bulgária Vôlei feminino, SporTV 19h30 - Coritiba x Grêmio Copa do Brasil, SporTV e ESPN Brasil 19h30 - Atlético-MG x Figueirense Copa do Brasil, Fox Sports 22h - Santos x Corinthians Globo, SporTV, Fox Sports e ESPN Brasil 22h - Palmeiras x Cruzeiro Copa do Brasil, Globo MG (menos Juiz de Fora) e SporTV 2 22h - Flamengo x Vasco Copa do Brasil, Globo (RJ, DF e Juiz de Fora) e SporTV 3 22h - Bahia x Sport Copa Sul Americana, SporTV 4 e Fox Sports 2
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Em livros policiais e contos, Alberto Mussa conta outra história do Brasil
No começo, ouvia a história de uma bisavó que comia pimenta crua –hábito, comentava-se, dos antepassados índios. Só um exame de DNA, feito na fase adulta, confirmou o que era lenda familiar: pelo lado da mãe, o escritor carioca Alberto Mussa tem ascendência indígena. Por isso, costuma dizer, é brasileiro há 15 mil anos. Essa é uma herança que aparece nas histórias escritas pelo autor de 54 anos em "Os Contos Completos", que chega agora às livrarias. E não só o passado indígena do país, diga-se, mas também os passados africano e árabe –influências que compõem uma obra que narra outra história do Brasil. Dessa história, não fazem parte só os figurões da política e da cultura, mas também escravos, capoeiristas, sambistas, boêmios, bicheiros, apostadores, ciganos, mães de santo, entidades de umbanda. Personagens que têm ajudado seu criador a ganhar projeção nos últimos anos. Em 2015, Mussa foi terceiro lugar na última edição do prêmio Oceanos. Mas o escritor já faturou, entre outros, os prêmios Casa de Las Américas, o Machado de Assis (duas vezes) e o da Academia Brasileira de Letras. "'A Primeira História do Mundo' foi quase unanimidade. O Mussa tem um projeto literário de muita seriedade", afirma Selma Caetano, curadora do Oceanos, sobre o romance finalista. Selma se refere ao terceiro de uma pentalogia de livros policiais, nos quais Mussa resolveu contar a história do Rio de Janeiro por meio de seus crimes –cada um passado em uma época. "A Primeira História..." parte de um caso de 1567, no qual um serralheiro foi encontrado morto com sete flechas. O primeiro, "O Trono da Rainha Jinga", narra uma série de crimes atribuídos a uma irmandade de escravos. O quarto volume, "A Hipótese Humana", sai no ano que vem. "Fiz uma opção pelo gênero policial, porque a grande maioria de romances de mistério não são bons livros, não buscam uma literatura mais profunda", diz Mussa. Algumas histórias da série de romances são destacadas como contos independentes em "Os Contos Completos". Outra parte traz recriações de Machado de Assis, como o texto "A Leitura Secreta", no qual Mussa une "A Causa Secreta" e "A Cartomante", do Bruxo do Cosme Velho. O primeiro livro do autor, "Elegbara" –um dos nomes de Exu, orixá que atua como mensageiro entre o mundo dos deuses e o dos homens–, está inteiro no volume. Nada mau para quem quase foi matemático. Mas, pelo visto, estava tudo escrito. Jovem, Alberto Mussa ouviu de uma cartomante consultada pela família que passaria no vestibular em matemática, mas seria feliz em outro ofício. Depois, trocou os números pelo curso de letras na Universidade Federal do Rio, mas cansou de estudar literatura de um modo que privilegiava demais a linguagem –e logo trocou para a linguística. O amor pela história já estava ali, por isso acabou estudando a linguística histórica. Foi quando a voz dos antepassados falou alto, e Mussa foi aprender tupi antigo. Aliás, em "Meu Destino É Ser Onça", livro menos famoso que a série policial, o carioca reconstrói a partir de fontes antigas um mito tupi sobre o canibalismo. O interesse pela história surgiu depois de ler trechos de "Cosmografia Universal", do frade André Thevet, que conviveu com os tupinambás em 1555. PRÉ-ISLÂMICO Sozinho, aprendeu também árabe clássico –outro livro menos conhecido, "Os Poemas Suspensos", apresenta traduções do escritor para versos pré-islâmicos. O sobrenome, do lado do pai, é libanês. E essa origem também está em sua obra. "O Enigma de Qaf", o primeiro livro premiado com o Casa de Las Américas, traz um narrador que reconstrói a história de um poeta pré-islâmico. O carioca também aprendeu idiomas africanos, como o quimbundo e o iorubá –este frequentando terreiros. Mussa mais tarde acabou por fazer iniciação como babalaô, nome dado ao sacerdote do orixá Ifá, responsável pela interpretação dos mitos. Documentados por João do Rio, os babalaôs desapareceram do Brasil nos anos 1930 –e só retornaram na década de 1990, com a imigração de sacerdotes cubanos. Ifá também é o nome de um sistema divinatório regido pelo orixá Orunmilá, o deus que conhece o destino dos homens. "Não jogo, não dou consulta. Foi uma experiência de vida importante", afirma o escritor, que também usou a iniciação como forma de conhecer a mitologia, assunto que afirma ler compulsivamente. Leitor desde jovem –na casa de seus pais, a biblioteca ia até a garagem–, Mussa destaca a influência de Jorge Luís Borges. Não só pelo interesse nos romances policiais, mas por seus narradores eruditos, que gostam de abstrações. A diferença é que o brasileiro é um autor mais acessível que o argentino. O jovem que estudou letras numa época em que a experimentação de linguagem se impunha sobre o enredo quer ser um contador de histórias. Como os antepassados. * UM RASTRO DE SANGUE Os crimes que formam o Rio de Janeiro nas obras de Alberto Mussa 'O Trono da Rainha Jinga' Neste romance, uma série de crimes que começa a ocorrer no Rio, em 1626, passa a ser atribuída a uma irmandade de escravos, trazendo pânico à cidade. Sempre com reflexões filosóficas, Mussa tenta discutir a questão do mal na sociedade. Os crimes se passam no centro da capital fluminense O Senhor do Lado Esquerdo Neste livro, um secretário do então presidente da República marechal Hermes é assassinado em uma casa de swing, em 1913, onde antes morava a Marquesa de Santos antes da derrubada da monarquia. No romance, Mussa discute a noção de virilidade masculina e a competição entre os homens A Primeira História do Mundo Mussa narra a história do primeiro assassinato registrado no Rio, em 1567, dois anos após a fundação da cidade, quando um serralheiro foi encontrado morto no Flamengo com sete flechas. A discussão do romance é a ideia de que a ordem social só é mantida com o controle da sexualidade da mulher A Hipótese Humana Passada em 1854, a trama parte de um assassinato numa casa de correção no bairro do Catumbi, onde mais tarde foi erguido um presídio no Rio. A obra envolve uma intriga com os grupos de capoeira da cidade. Ainda inédito, é baseado numa história familiar do autor A Origem da Espécie O romance ainda não foi escrito, mas se passará durante a época da Inquisição no Rio, entre 1730 e 1740. Mussa quer discutir a hipótese de que a espécie humana é naturalmente etnocêntrica. A referência mitológica devem ser as histórias sobre a descoberta do fogo * OS CONTOS COMPLETOS AUTOR Alberto Mussa EDITORA Record QUANTO R$ 42,90 (400 págs.)
ilustrada
Em livros policiais e contos, Alberto Mussa conta outra história do BrasilNo começo, ouvia a história de uma bisavó que comia pimenta crua –hábito, comentava-se, dos antepassados índios. Só um exame de DNA, feito na fase adulta, confirmou o que era lenda familiar: pelo lado da mãe, o escritor carioca Alberto Mussa tem ascendência indígena. Por isso, costuma dizer, é brasileiro há 15 mil anos. Essa é uma herança que aparece nas histórias escritas pelo autor de 54 anos em "Os Contos Completos", que chega agora às livrarias. E não só o passado indígena do país, diga-se, mas também os passados africano e árabe –influências que compõem uma obra que narra outra história do Brasil. Dessa história, não fazem parte só os figurões da política e da cultura, mas também escravos, capoeiristas, sambistas, boêmios, bicheiros, apostadores, ciganos, mães de santo, entidades de umbanda. Personagens que têm ajudado seu criador a ganhar projeção nos últimos anos. Em 2015, Mussa foi terceiro lugar na última edição do prêmio Oceanos. Mas o escritor já faturou, entre outros, os prêmios Casa de Las Américas, o Machado de Assis (duas vezes) e o da Academia Brasileira de Letras. "'A Primeira História do Mundo' foi quase unanimidade. O Mussa tem um projeto literário de muita seriedade", afirma Selma Caetano, curadora do Oceanos, sobre o romance finalista. Selma se refere ao terceiro de uma pentalogia de livros policiais, nos quais Mussa resolveu contar a história do Rio de Janeiro por meio de seus crimes –cada um passado em uma época. "A Primeira História..." parte de um caso de 1567, no qual um serralheiro foi encontrado morto com sete flechas. O primeiro, "O Trono da Rainha Jinga", narra uma série de crimes atribuídos a uma irmandade de escravos. O quarto volume, "A Hipótese Humana", sai no ano que vem. "Fiz uma opção pelo gênero policial, porque a grande maioria de romances de mistério não são bons livros, não buscam uma literatura mais profunda", diz Mussa. Algumas histórias da série de romances são destacadas como contos independentes em "Os Contos Completos". Outra parte traz recriações de Machado de Assis, como o texto "A Leitura Secreta", no qual Mussa une "A Causa Secreta" e "A Cartomante", do Bruxo do Cosme Velho. O primeiro livro do autor, "Elegbara" –um dos nomes de Exu, orixá que atua como mensageiro entre o mundo dos deuses e o dos homens–, está inteiro no volume. Nada mau para quem quase foi matemático. Mas, pelo visto, estava tudo escrito. Jovem, Alberto Mussa ouviu de uma cartomante consultada pela família que passaria no vestibular em matemática, mas seria feliz em outro ofício. Depois, trocou os números pelo curso de letras na Universidade Federal do Rio, mas cansou de estudar literatura de um modo que privilegiava demais a linguagem –e logo trocou para a linguística. O amor pela história já estava ali, por isso acabou estudando a linguística histórica. Foi quando a voz dos antepassados falou alto, e Mussa foi aprender tupi antigo. Aliás, em "Meu Destino É Ser Onça", livro menos famoso que a série policial, o carioca reconstrói a partir de fontes antigas um mito tupi sobre o canibalismo. O interesse pela história surgiu depois de ler trechos de "Cosmografia Universal", do frade André Thevet, que conviveu com os tupinambás em 1555. PRÉ-ISLÂMICO Sozinho, aprendeu também árabe clássico –outro livro menos conhecido, "Os Poemas Suspensos", apresenta traduções do escritor para versos pré-islâmicos. O sobrenome, do lado do pai, é libanês. E essa origem também está em sua obra. "O Enigma de Qaf", o primeiro livro premiado com o Casa de Las Américas, traz um narrador que reconstrói a história de um poeta pré-islâmico. O carioca também aprendeu idiomas africanos, como o quimbundo e o iorubá –este frequentando terreiros. Mussa mais tarde acabou por fazer iniciação como babalaô, nome dado ao sacerdote do orixá Ifá, responsável pela interpretação dos mitos. Documentados por João do Rio, os babalaôs desapareceram do Brasil nos anos 1930 –e só retornaram na década de 1990, com a imigração de sacerdotes cubanos. Ifá também é o nome de um sistema divinatório regido pelo orixá Orunmilá, o deus que conhece o destino dos homens. "Não jogo, não dou consulta. Foi uma experiência de vida importante", afirma o escritor, que também usou a iniciação como forma de conhecer a mitologia, assunto que afirma ler compulsivamente. Leitor desde jovem –na casa de seus pais, a biblioteca ia até a garagem–, Mussa destaca a influência de Jorge Luís Borges. Não só pelo interesse nos romances policiais, mas por seus narradores eruditos, que gostam de abstrações. A diferença é que o brasileiro é um autor mais acessível que o argentino. O jovem que estudou letras numa época em que a experimentação de linguagem se impunha sobre o enredo quer ser um contador de histórias. Como os antepassados. * UM RASTRO DE SANGUE Os crimes que formam o Rio de Janeiro nas obras de Alberto Mussa 'O Trono da Rainha Jinga' Neste romance, uma série de crimes que começa a ocorrer no Rio, em 1626, passa a ser atribuída a uma irmandade de escravos, trazendo pânico à cidade. Sempre com reflexões filosóficas, Mussa tenta discutir a questão do mal na sociedade. Os crimes se passam no centro da capital fluminense O Senhor do Lado Esquerdo Neste livro, um secretário do então presidente da República marechal Hermes é assassinado em uma casa de swing, em 1913, onde antes morava a Marquesa de Santos antes da derrubada da monarquia. No romance, Mussa discute a noção de virilidade masculina e a competição entre os homens A Primeira História do Mundo Mussa narra a história do primeiro assassinato registrado no Rio, em 1567, dois anos após a fundação da cidade, quando um serralheiro foi encontrado morto no Flamengo com sete flechas. A discussão do romance é a ideia de que a ordem social só é mantida com o controle da sexualidade da mulher A Hipótese Humana Passada em 1854, a trama parte de um assassinato numa casa de correção no bairro do Catumbi, onde mais tarde foi erguido um presídio no Rio. A obra envolve uma intriga com os grupos de capoeira da cidade. Ainda inédito, é baseado numa história familiar do autor A Origem da Espécie O romance ainda não foi escrito, mas se passará durante a época da Inquisição no Rio, entre 1730 e 1740. Mussa quer discutir a hipótese de que a espécie humana é naturalmente etnocêntrica. A referência mitológica devem ser as histórias sobre a descoberta do fogo * OS CONTOS COMPLETOS AUTOR Alberto Mussa EDITORA Record QUANTO R$ 42,90 (400 págs.)
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Posições diferentes de leitoras sobre obesidade levanta reflexão de leitor
Nada melhor do que o livre-arbítrio para deixar as pessoas contentes e satisfeitas. É o que se deduz da opinião das leitoras Fatima A. Carr e Margareth Rose Skaetta Alvarez: uma a favor da obesidade e a outra contra (Painel do Leitor). Enquanto uma se preocupa consigo mesma e com o ambiente que a cerca, outra extravasa sua natureza de "bon vivant" sem ligar para as consequências. Quem está com a razão? Pelo óbvio, aquela que menos sofrerá no futuro. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Posições diferentes de leitoras sobre obesidade levanta reflexão de leitorNada melhor do que o livre-arbítrio para deixar as pessoas contentes e satisfeitas. É o que se deduz da opinião das leitoras Fatima A. Carr e Margareth Rose Skaetta Alvarez: uma a favor da obesidade e a outra contra (Painel do Leitor). Enquanto uma se preocupa consigo mesma e com o ambiente que a cerca, outra extravasa sua natureza de "bon vivant" sem ligar para as consequências. Quem está com a razão? Pelo óbvio, aquela que menos sofrerá no futuro. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Os mortos têm voz
RIO DE JANEIRO - Esta Folha não noticiou. O "Estadão" também não. Na sexta-feira (15), o movimento Mães de Maio realizou na praça da Sé um ato para marcar os nove anos da reação da polícia de São Paulo à onda de ataques do PCC. Em uma semana de maio de 2006, foram mortas a bala 493 pessoas. É preciso ser muito ingênuo ou perverso para acreditar que os 493 atingidos eram bandidos. Para tentar impor a ordem num momento de caos, a polícia saiu às ruas matando no atacado os alvos que acerta no varejo, dia após dia: jovens pretos e pobres. Para pegar dezenas (se tanto) de criminosos, dizimou centenas de inocentes. O leitor deste jornal possivelmente dirá que valeu a pena. Afinal, não se faz omelete sem quebrar os ovos –ou algum clichê semelhante. Mas e se alguns (só dois ou três) fossem do Itaim Bibi? Ou de Higienópolis? Mas foram jovens de bairros de periferia. A imprensa cobriu bem o assunto naquela época, mas talvez hoje não se anime com a pauta: "De novo essas Mães de Maio?". Para elas, não há alternativa. Perderam filhos. O que mais têm a perder? O Estado e a Justiça ainda não lhes disseram o que aconteceu. Se disserem, assumirão que a polícia matou a esmo. Por isso, as investigações não andam. Por isso, as mães vestem camisas amarelas (não da CBF) e vão às ruas gritar. "Nossos mortos têm voz" é o seu lema. Estudo do Mapa da Violência, divulgado na quarta (13) com dados de 2012, mostrou que morreram por armas de fogo naquele ano, no Brasil, quatro jovens (15 a 29 anos) para cada não jovem (outras idades). Em números absolutos, 24.882 jovens mortos por armas de fogo. Quem não dá a mínima para a vida dos pobres pode, ao menos, imaginar o impacto disso na economia do país. Parece um bom motivo para botar camisa amarela e gritar. E para a imprensa escutar.
colunas
Os mortos têm vozRIO DE JANEIRO - Esta Folha não noticiou. O "Estadão" também não. Na sexta-feira (15), o movimento Mães de Maio realizou na praça da Sé um ato para marcar os nove anos da reação da polícia de São Paulo à onda de ataques do PCC. Em uma semana de maio de 2006, foram mortas a bala 493 pessoas. É preciso ser muito ingênuo ou perverso para acreditar que os 493 atingidos eram bandidos. Para tentar impor a ordem num momento de caos, a polícia saiu às ruas matando no atacado os alvos que acerta no varejo, dia após dia: jovens pretos e pobres. Para pegar dezenas (se tanto) de criminosos, dizimou centenas de inocentes. O leitor deste jornal possivelmente dirá que valeu a pena. Afinal, não se faz omelete sem quebrar os ovos –ou algum clichê semelhante. Mas e se alguns (só dois ou três) fossem do Itaim Bibi? Ou de Higienópolis? Mas foram jovens de bairros de periferia. A imprensa cobriu bem o assunto naquela época, mas talvez hoje não se anime com a pauta: "De novo essas Mães de Maio?". Para elas, não há alternativa. Perderam filhos. O que mais têm a perder? O Estado e a Justiça ainda não lhes disseram o que aconteceu. Se disserem, assumirão que a polícia matou a esmo. Por isso, as investigações não andam. Por isso, as mães vestem camisas amarelas (não da CBF) e vão às ruas gritar. "Nossos mortos têm voz" é o seu lema. Estudo do Mapa da Violência, divulgado na quarta (13) com dados de 2012, mostrou que morreram por armas de fogo naquele ano, no Brasil, quatro jovens (15 a 29 anos) para cada não jovem (outras idades). Em números absolutos, 24.882 jovens mortos por armas de fogo. Quem não dá a mínima para a vida dos pobres pode, ao menos, imaginar o impacto disso na economia do país. Parece um bom motivo para botar camisa amarela e gritar. E para a imprensa escutar.
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Inventor sai da roça para fazer equipamentos que salvam vidas
Já na infância, ele deu os primeiros sinais da vocação para "professor Pardal". Aos dez anos, ajudava o pai na cultura de frutas e começou a bolar engenhocas que facilitassem o trabalho manual no sítio da família no município de Santa Cruz do Rio Pardo (a 346 km de São Paulo). Em uma delas, por exemplo, usou madeira para construir um equipamento que cortasse e colasse sacos de papel para proteger as frutas. Também criou um mecanismo para limpar o galinheiro. O sonho do menino Tatsuo Suzuki, porém, era se tornar médico. Penúltimo de sete filhos de uma família de imigrantes japoneses, ele mirava o exemplo do avô, que largou o curso de medicina no Japão ao se mudar para o Brasil, mas cuidou de muitas pessoas na fazenda onde morava, no interior paulista. Conheça a Magnamed Na adolescência, Suzuki, 67, percebeu que poderia seguir essa missão por outra via: desenvolvendo produtos que ajudassem a salvar vidas. A inspiração veio por volta dos 15 anos, após ler um artigo no jornal da comunidade nipônica sobre o médico Kentaro Takaoka, que havia inventado um respirador para ser usado em cirurgias. "Minha mãe me disse que ele era um exemplo a ser seguido, e aquilo ficou na minha cabeça", conta Suzuki. Aluno exemplar que sempre estudou em escolas públicas, ele cursou engenharia mecânica no ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) e, depois, se especializou na área biomédica, com mestrado na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). A pesquisa para a dissertação foi realizada no InCor (Instituto do Coração), em São Paulo, sobre como aumentar a durabilidade de uma válvula do coração. No instituto, onde trabalhou por 16 anos, participou da criação de válvulas cardíacas e ventrículos artificiais. AMOR E CÁLCULO Ali conheceu a mulher, Leny, com quem é casado há 36 anos. Matemática, ela lecionava cálculo no InCor. "Olhei para ela com admiração e pensei: 'Nossa! Essa mocinha é professora de cálculo!'." O único filho, o advogado Rogério, demorou três anos para ser gerado. "Pensamos em adotar. Quando já estava tudo encaminhado, minha mulher engravidou." Em 1990, Suzuki foi contratado pela Takaoka, fabricante nacional de equipamentos médicos, e, por coincidência, fundada pelo famoso inventor que o havia inspirado ainda em sua adolescência. Na empresa, ele diz ter aprendido muito com o mestre, mas se sentia tolhido na criatividade. "Ele era muito competitivo, centralizador, o que dificultava propostas de inovação de funcionários." Foi na Takaoka que conheceu os atuais sócios, Wataru Ueda e Toru Miyagi, engenheiros eletrônicos. Juntos, deixaram a empresa em 2005 para criar a Magnamed, que nasceu na garagem da casa da mãe de um deles. Depois, foi incubada no Cietec, germinadora de empresas tecnológicas ligada à USP (Universidade de São Paulo). INÍCIO PROMISSOR Como estratégia de negócio, decidiram investir no desenvolvimento de respiradores artificiais, começando por um ventilador de transporte (Oxymag), e logo depois, um de UTI (Fleximag). O primeiro produto foi construído de acordo com normas técnicas alemãs, o que garantiu sua entrada em mercados internacionais antes mesmo que no Brasil. "Conseguimos o selo da agência reguladora europeia em seis meses. Aqui, demorou dois anos", conta. A primeira grande venda foi para a África do Sul, desbancando concorrentes de peso como GE e Phillips. Hoje o ventilador é comercializado em 40 países. O equipamento possui vários diferenciais. É leve (quase metade do peso dos já existentes), fácil de manipular e 50% mais barato que os similares importados, com a mesma confiabilidade. Um diferencial importante é o preço, que pode chegar à metade se comparado aos concorrentes internacionais. Com aparelhos de qualidade e baixo custo, a Magnamed ganha musculatura para entrar com força em serviços públicos de saúde, ampliando o seu impacto social. "Um gestor público de saúde precisa tomar decisões com bom custo x benefício para otimizar recursos, que são muito escassos. Isso significa salvar vidas, no final das contas", afirma Antonio José Martins, diretor do Hospital São José (SP), do SUS, que adquiriu 11 ventiladores pulmonares da Magnamed para as UTIs da instituição estadual. Outra vantagem para um equipamento voltado a emergências médicas é que o mesmo ventilador pode ser usado em bebês, crianças e adultos, bastando apertar uma das três opções na tela sensível ao toque (neonatal, infantil ou adulto). Os concorrentes oferecem equipamentos distintos para cada perfil. Segundo Suzuki, os ajustes podem ser feitos posteriormente, com o paciente já estabilizado. "A ideia é não perder tempo fazendo escolhas ou programações. Numa situação de emergência, a pessoa precisa respirar imediatamente. É uma questão de vida ou morte." Profissionais que utilizam o aparelho atestam as vantagens. "Respiradores de outras marcas não atendem o recém-nascido. Com ele [Oxymag], já atendemos até criança de 450 gramas. Não restringe", afirma Vera Tronco, 53, enfermeira de bordo da Uniair, empresa de remoções aéreas. Na maratona diária de um serviço de remoções no Recife (PE), a enfermeira Tatiane Aquino, 36, testa cotidianamente a eficácia dos ventiladores da Magnamed que equipam as ambulâncias da Mais Saúde. "Alguns equipamentos são complicados, o Oxymag, não", diz ela. "Com um paciente em situação extrema, se eu não tiver que perder tempo com configurações e em checar se a bateria está carregada, faz toda a diferença." Além do relato dos profissionais de saúde, as histórias dos pacientes que existem por trás dos aparelhos também emocionam o engenheiro Suzuki, avô de Nathan, 1. Em especial, a de um menino de quatro anos que vivia desde o nascimento em uma UTI, em Porto Alegre (RS). "Ele estava conectado a um ventilador estacionário e não podia sair do quarto. Quando usou o Oxymag, pode andar pelo corredor, e viu a árvore de Natal, coisa que nunca tinha visto antes." DÍVIDA COM O PAÍS Para ele, essa satisfação de ajudar alguém, de preservar vidas, é a principal missão da empresa. "Temos uma dívida com este país. Tivemos uma excelente formação em escolas e universidades gratuitas. Temos que devolver esse conhecimento." Hoje, a Magnamed é líder no mercado brasileiro de ventilação pulmonar de transporte, segmento antes dominado por multinacionais. A companhia fechou o ano de 2015 com faturamento bruto de R$ 20 milhões, um crescimento de 42% na comparação com 2014. As metas futuras são ainda mais ambiciosas. "Queremos ser a Embraer da área médica", diz Tatsuo Suzuki. Se depender das suas iniciais, que em japonês, segundo o empreendedor social, querem dizer desenvolvimento, o inventor que veio da roça vai chegar lá.
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Inventor sai da roça para fazer equipamentos que salvam vidasJá na infância, ele deu os primeiros sinais da vocação para "professor Pardal". Aos dez anos, ajudava o pai na cultura de frutas e começou a bolar engenhocas que facilitassem o trabalho manual no sítio da família no município de Santa Cruz do Rio Pardo (a 346 km de São Paulo). Em uma delas, por exemplo, usou madeira para construir um equipamento que cortasse e colasse sacos de papel para proteger as frutas. Também criou um mecanismo para limpar o galinheiro. O sonho do menino Tatsuo Suzuki, porém, era se tornar médico. Penúltimo de sete filhos de uma família de imigrantes japoneses, ele mirava o exemplo do avô, que largou o curso de medicina no Japão ao se mudar para o Brasil, mas cuidou de muitas pessoas na fazenda onde morava, no interior paulista. Conheça a Magnamed Na adolescência, Suzuki, 67, percebeu que poderia seguir essa missão por outra via: desenvolvendo produtos que ajudassem a salvar vidas. A inspiração veio por volta dos 15 anos, após ler um artigo no jornal da comunidade nipônica sobre o médico Kentaro Takaoka, que havia inventado um respirador para ser usado em cirurgias. "Minha mãe me disse que ele era um exemplo a ser seguido, e aquilo ficou na minha cabeça", conta Suzuki. Aluno exemplar que sempre estudou em escolas públicas, ele cursou engenharia mecânica no ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) e, depois, se especializou na área biomédica, com mestrado na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). A pesquisa para a dissertação foi realizada no InCor (Instituto do Coração), em São Paulo, sobre como aumentar a durabilidade de uma válvula do coração. No instituto, onde trabalhou por 16 anos, participou da criação de válvulas cardíacas e ventrículos artificiais. AMOR E CÁLCULO Ali conheceu a mulher, Leny, com quem é casado há 36 anos. Matemática, ela lecionava cálculo no InCor. "Olhei para ela com admiração e pensei: 'Nossa! Essa mocinha é professora de cálculo!'." O único filho, o advogado Rogério, demorou três anos para ser gerado. "Pensamos em adotar. Quando já estava tudo encaminhado, minha mulher engravidou." Em 1990, Suzuki foi contratado pela Takaoka, fabricante nacional de equipamentos médicos, e, por coincidência, fundada pelo famoso inventor que o havia inspirado ainda em sua adolescência. Na empresa, ele diz ter aprendido muito com o mestre, mas se sentia tolhido na criatividade. "Ele era muito competitivo, centralizador, o que dificultava propostas de inovação de funcionários." Foi na Takaoka que conheceu os atuais sócios, Wataru Ueda e Toru Miyagi, engenheiros eletrônicos. Juntos, deixaram a empresa em 2005 para criar a Magnamed, que nasceu na garagem da casa da mãe de um deles. Depois, foi incubada no Cietec, germinadora de empresas tecnológicas ligada à USP (Universidade de São Paulo). INÍCIO PROMISSOR Como estratégia de negócio, decidiram investir no desenvolvimento de respiradores artificiais, começando por um ventilador de transporte (Oxymag), e logo depois, um de UTI (Fleximag). O primeiro produto foi construído de acordo com normas técnicas alemãs, o que garantiu sua entrada em mercados internacionais antes mesmo que no Brasil. "Conseguimos o selo da agência reguladora europeia em seis meses. Aqui, demorou dois anos", conta. A primeira grande venda foi para a África do Sul, desbancando concorrentes de peso como GE e Phillips. Hoje o ventilador é comercializado em 40 países. O equipamento possui vários diferenciais. É leve (quase metade do peso dos já existentes), fácil de manipular e 50% mais barato que os similares importados, com a mesma confiabilidade. Um diferencial importante é o preço, que pode chegar à metade se comparado aos concorrentes internacionais. Com aparelhos de qualidade e baixo custo, a Magnamed ganha musculatura para entrar com força em serviços públicos de saúde, ampliando o seu impacto social. "Um gestor público de saúde precisa tomar decisões com bom custo x benefício para otimizar recursos, que são muito escassos. Isso significa salvar vidas, no final das contas", afirma Antonio José Martins, diretor do Hospital São José (SP), do SUS, que adquiriu 11 ventiladores pulmonares da Magnamed para as UTIs da instituição estadual. Outra vantagem para um equipamento voltado a emergências médicas é que o mesmo ventilador pode ser usado em bebês, crianças e adultos, bastando apertar uma das três opções na tela sensível ao toque (neonatal, infantil ou adulto). Os concorrentes oferecem equipamentos distintos para cada perfil. Segundo Suzuki, os ajustes podem ser feitos posteriormente, com o paciente já estabilizado. "A ideia é não perder tempo fazendo escolhas ou programações. Numa situação de emergência, a pessoa precisa respirar imediatamente. É uma questão de vida ou morte." Profissionais que utilizam o aparelho atestam as vantagens. "Respiradores de outras marcas não atendem o recém-nascido. Com ele [Oxymag], já atendemos até criança de 450 gramas. Não restringe", afirma Vera Tronco, 53, enfermeira de bordo da Uniair, empresa de remoções aéreas. Na maratona diária de um serviço de remoções no Recife (PE), a enfermeira Tatiane Aquino, 36, testa cotidianamente a eficácia dos ventiladores da Magnamed que equipam as ambulâncias da Mais Saúde. "Alguns equipamentos são complicados, o Oxymag, não", diz ela. "Com um paciente em situação extrema, se eu não tiver que perder tempo com configurações e em checar se a bateria está carregada, faz toda a diferença." Além do relato dos profissionais de saúde, as histórias dos pacientes que existem por trás dos aparelhos também emocionam o engenheiro Suzuki, avô de Nathan, 1. Em especial, a de um menino de quatro anos que vivia desde o nascimento em uma UTI, em Porto Alegre (RS). "Ele estava conectado a um ventilador estacionário e não podia sair do quarto. Quando usou o Oxymag, pode andar pelo corredor, e viu a árvore de Natal, coisa que nunca tinha visto antes." DÍVIDA COM O PAÍS Para ele, essa satisfação de ajudar alguém, de preservar vidas, é a principal missão da empresa. "Temos uma dívida com este país. Tivemos uma excelente formação em escolas e universidades gratuitas. Temos que devolver esse conhecimento." Hoje, a Magnamed é líder no mercado brasileiro de ventilação pulmonar de transporte, segmento antes dominado por multinacionais. A companhia fechou o ano de 2015 com faturamento bruto de R$ 20 milhões, um crescimento de 42% na comparação com 2014. As metas futuras são ainda mais ambiciosas. "Queremos ser a Embraer da área médica", diz Tatsuo Suzuki. Se depender das suas iniciais, que em japonês, segundo o empreendedor social, querem dizer desenvolvimento, o inventor que veio da roça vai chegar lá.
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Jogo no Morumbi altera o trajeto de oito linhas de ônibus neste domingo
DE SÃO PAULO O QUE AFETA SUA VIDA * TEMPO * CULTURA E LAZER PERSONAGEM DO DIA Mariana Maia, 19, estudante, Luz Tentar é a melhor forma de se equilibrar. * AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Ricardo Ampudia Reportagem: Amanda Massuela (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
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Jogo no Morumbi altera o trajeto de oito linhas de ônibus neste domingoDE SÃO PAULO O QUE AFETA SUA VIDA * TEMPO * CULTURA E LAZER PERSONAGEM DO DIA Mariana Maia, 19, estudante, Luz Tentar é a melhor forma de se equilibrar. * AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Ricardo Ampudia Reportagem: Amanda Massuela (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
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Equipamento apontado como causa de apagão está desligado desde dezembro
Apontado pelo ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) como um dos principais motivos para o apagão da última segunda-feira (19) –que deixou áreas de 11 Estados e o Distrito Federal às escuras–, o banco de capacitores da linha Norte e Sul, administrada por Furnas, está em manutenção há mais de um mês. O equipamento foi citado pelo ministro como um dos motivos que poderiam ter colaborado para a variação na frequência, que desencadeou em desligamentos automáticos e orientados de usinas e distribuidoras pelo país, inclusive da usina nuclear Angra 1. Por estar fora de operação, esse equipamento reduz em 12,2% a capacidade máxima de transmissão de energia das regiões Norte e Nordeste para o Sudeste do país: de 4.100 MW (megawatts) para 3.600 MW. O banco de capacitores em questão fica em uma subestação localizada em Gurupi, no Tocantins, está desligado desde o dia 14 de dezembro, depois de apresentar defeito. Furnas sustenta, por meio de sua assessoria, que a manutenção não era desconhecida do governo e que já vem sendo feita há mais de um mês. Ciente dos impactos que o ajuste do equipamento causa ao sistema de transmissão, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) já poderia fazer diferentes arranjos para contornar a situação até que o equipamento voltasse ao funcionamento. Por meio de nota, Furnas destacou que os equipamentos devem voltar a funcionar na próxima segunda-feira (26). APAGOU O apagão afetou São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rondônia e Distrito Federal. De acordo com o ONS, o apagão foi decorrente, em parte, do aumento da demanda de energia no horário de pico. Em nota publicada em seu site, o órgão disse ainda que houve "restrições de transferência de energia das regiões Norte e Nordeste para o Sudeste", sem explicar claramente o que isso seria. Não está claro se essas "restrições" significam falhas em linhas de transmissão ou subestações de energia. O ONS explicou que essa situação provocou uma queda na "frequência elétrica" do sistema, provocando o desligamento automático de 11 usinas geradoras, das quais 8 na região Sudeste, 2 no Centro-Oeste e 1 no Sul. Essas usinas produzem no total 2.200 MW. O sistema, que, segundo o ONS, opera em frequência de 60 hertz, caiu a 59 hertz, causando a falha.
mercado
Equipamento apontado como causa de apagão está desligado desde dezembroApontado pelo ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) como um dos principais motivos para o apagão da última segunda-feira (19) –que deixou áreas de 11 Estados e o Distrito Federal às escuras–, o banco de capacitores da linha Norte e Sul, administrada por Furnas, está em manutenção há mais de um mês. O equipamento foi citado pelo ministro como um dos motivos que poderiam ter colaborado para a variação na frequência, que desencadeou em desligamentos automáticos e orientados de usinas e distribuidoras pelo país, inclusive da usina nuclear Angra 1. Por estar fora de operação, esse equipamento reduz em 12,2% a capacidade máxima de transmissão de energia das regiões Norte e Nordeste para o Sudeste do país: de 4.100 MW (megawatts) para 3.600 MW. O banco de capacitores em questão fica em uma subestação localizada em Gurupi, no Tocantins, está desligado desde o dia 14 de dezembro, depois de apresentar defeito. Furnas sustenta, por meio de sua assessoria, que a manutenção não era desconhecida do governo e que já vem sendo feita há mais de um mês. Ciente dos impactos que o ajuste do equipamento causa ao sistema de transmissão, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) já poderia fazer diferentes arranjos para contornar a situação até que o equipamento voltasse ao funcionamento. Por meio de nota, Furnas destacou que os equipamentos devem voltar a funcionar na próxima segunda-feira (26). APAGOU O apagão afetou São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rondônia e Distrito Federal. De acordo com o ONS, o apagão foi decorrente, em parte, do aumento da demanda de energia no horário de pico. Em nota publicada em seu site, o órgão disse ainda que houve "restrições de transferência de energia das regiões Norte e Nordeste para o Sudeste", sem explicar claramente o que isso seria. Não está claro se essas "restrições" significam falhas em linhas de transmissão ou subestações de energia. O ONS explicou que essa situação provocou uma queda na "frequência elétrica" do sistema, provocando o desligamento automático de 11 usinas geradoras, das quais 8 na região Sudeste, 2 no Centro-Oeste e 1 no Sul. Essas usinas produzem no total 2.200 MW. O sistema, que, segundo o ONS, opera em frequência de 60 hertz, caiu a 59 hertz, causando a falha.
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Um dos suspeitos dos atentados na Catalunha é solto pela Justiça
Salh El Karib aguardará em liberdade o julgamento por sua suposta participação nos atentados da Catalunha. Em decisão nesta quinta-feira (24), o juiz Fernando Andreu concedeu "liberdade provisória com medidas cautelares" ao suspeito, que deverá comparecer perante o tribunal toda segunda-feira, além de ficar proibido de mudar de domicílio e de sair do país. Ele ficou detido por quatro dias enquanto a polícia realizava diligências. Na terça-feira (22), a Justiça decidiu que Mohamed Houli Chemlal e Driss Oukabir ficarão presos sem direito a fiança. O terceiro suspeito, Mohammed Aallaa, foi solto mas também deverá se apresentar todas as semanas ao tribunal. De acordo com a decisão, "os indícios existentes sobre sua presumida colaboração com o grupo investigado não são suficientemente sólidos". Ele é apontado como dono do carro usado no atentado em Cambrils. Karib é marroquino e trabalhava como gerente de um posto telefônico usado para fazer ligações internacionais em Ripoll, onde vivia a maioria dos suspeitos. A investigação em curso irá determinar a eventual participação de Karib na organização dos ataques em Barcelona e Cambrils que deixaram 15 mortos. Segundo Karib, ele teria comprado uma passagem de avião para o Marrocos para Driss Oukabir com seu cartão de crédito. Ele afirmou que o fez para ajudar Oukabir e que a quantidade foi reembolsada em espécie.
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Um dos suspeitos dos atentados na Catalunha é solto pela JustiçaSalh El Karib aguardará em liberdade o julgamento por sua suposta participação nos atentados da Catalunha. Em decisão nesta quinta-feira (24), o juiz Fernando Andreu concedeu "liberdade provisória com medidas cautelares" ao suspeito, que deverá comparecer perante o tribunal toda segunda-feira, além de ficar proibido de mudar de domicílio e de sair do país. Ele ficou detido por quatro dias enquanto a polícia realizava diligências. Na terça-feira (22), a Justiça decidiu que Mohamed Houli Chemlal e Driss Oukabir ficarão presos sem direito a fiança. O terceiro suspeito, Mohammed Aallaa, foi solto mas também deverá se apresentar todas as semanas ao tribunal. De acordo com a decisão, "os indícios existentes sobre sua presumida colaboração com o grupo investigado não são suficientemente sólidos". Ele é apontado como dono do carro usado no atentado em Cambrils. Karib é marroquino e trabalhava como gerente de um posto telefônico usado para fazer ligações internacionais em Ripoll, onde vivia a maioria dos suspeitos. A investigação em curso irá determinar a eventual participação de Karib na organização dos ataques em Barcelona e Cambrils que deixaram 15 mortos. Segundo Karib, ele teria comprado uma passagem de avião para o Marrocos para Driss Oukabir com seu cartão de crédito. Ele afirmou que o fez para ajudar Oukabir e que a quantidade foi reembolsada em espécie.
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Ex-presidente não favoreceu empresa na Venezuela, diz Instituto Lula
O ex-presidente Lula negou, em nota, ter favorecido empresas ou intermediado qualquer negócio na Venezuela durante seus dois mandatos. A declaração rebate o que dizem delatores da empreiteira Andrade Gutierrez, que afirmaram que o petista deu "apoio" à empresa e a recomendou ao então presidente Hugo Chávez (1954-2013) para a construção de uma siderúrgica na Venezuela. O contrato, de US$ 1,8 bilhão, foi assinado pela Andrade Gutierrez em 2008, meses após uma reunião entre Lula e Chávez no Recife. Um dos delatores, o executivo Flávio Machado Filho, disse a procuradores que esteve com Lula meses antes e pediu para que Chávez "desse uma prioridade" à empreiteira brasileira. O petista teria informado depois, por meio de seu chefe de cerimonial, que o recado fora dado. Segundo o Instituto Lula, o ex-presidente "não favoreceu nenhuma empresa nem intermediou nenhum negócio", mas atuou "para promover o Brasil e suas empresas no exterior". "Isso é um dever de um presidente da República e ajuda a gerar empregos no nosso país. [Lula] agiu sempre dentro da lei e a favor do Brasil." ILAÇÕES A nota do instituto ainda menciona que os próprios delatores não relacionam Lula com qualquer pedido de propina —segundo os executivos, feito posteriormente pelo então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Um dos delatores afirma que "não houve, ao que sabe, tratativas espúrias entre a Andrade Gutierrez e Lula no contexto desses fatos ou qualquer outro", no que é corroborado por Machado Filho. "Nunca discuti nada que não fosse de forma republicana com o presidente Lula", disse o executivo. Em nota, o Instituto Lula lamenta que se esteja "requentando assuntos para mais ilações contra o ex-presidente, que sempre agiu dentro da lei".
poder
Ex-presidente não favoreceu empresa na Venezuela, diz Instituto LulaO ex-presidente Lula negou, em nota, ter favorecido empresas ou intermediado qualquer negócio na Venezuela durante seus dois mandatos. A declaração rebate o que dizem delatores da empreiteira Andrade Gutierrez, que afirmaram que o petista deu "apoio" à empresa e a recomendou ao então presidente Hugo Chávez (1954-2013) para a construção de uma siderúrgica na Venezuela. O contrato, de US$ 1,8 bilhão, foi assinado pela Andrade Gutierrez em 2008, meses após uma reunião entre Lula e Chávez no Recife. Um dos delatores, o executivo Flávio Machado Filho, disse a procuradores que esteve com Lula meses antes e pediu para que Chávez "desse uma prioridade" à empreiteira brasileira. O petista teria informado depois, por meio de seu chefe de cerimonial, que o recado fora dado. Segundo o Instituto Lula, o ex-presidente "não favoreceu nenhuma empresa nem intermediou nenhum negócio", mas atuou "para promover o Brasil e suas empresas no exterior". "Isso é um dever de um presidente da República e ajuda a gerar empregos no nosso país. [Lula] agiu sempre dentro da lei e a favor do Brasil." ILAÇÕES A nota do instituto ainda menciona que os próprios delatores não relacionam Lula com qualquer pedido de propina —segundo os executivos, feito posteriormente pelo então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Um dos delatores afirma que "não houve, ao que sabe, tratativas espúrias entre a Andrade Gutierrez e Lula no contexto desses fatos ou qualquer outro", no que é corroborado por Machado Filho. "Nunca discuti nada que não fosse de forma republicana com o presidente Lula", disse o executivo. Em nota, o Instituto Lula lamenta que se esteja "requentando assuntos para mais ilações contra o ex-presidente, que sempre agiu dentro da lei".
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Pit-stop de voo da Chape em Bogotá custaria R$ 10 mil e uma hora extra
Uma parada no aeroporto de Bogotá, na Colômbia, provavelmente teria evitado a tragédia com o avião da LaMia, que levava o time da Chapecoense para o jogo mais importante da história do clube. O desvio, segundo o coronel Douglas Machado, especialista em investigações de acidentes aéreos, renderia uma hora a mais de voo e teria um custo aproximado de R$ 10 mil, incluindo combustível e taxas aeroportuárias. "Nenhum dos passageiros iria se incomodar com esse desvio", afirma o também professor da universidade Estácio. Assim como ocorreu há 20 anos, com o acidente fatal da banda Mamonas Assassinas, Machado analisa a viagem fatal da terça-feira a partir da relação cordial entre empresa e seus clientes. "Na tentativa de agradar o cliente [o clube de futebol] provavelmente o piloto optou por chegar rápido ao destino, mas a partir de um risco desnecessário." Pilotos brasileiros ouvidos pela Folha criticam o fato de o comandante, que morreu no acidente, ser também o sócio da empresa LaMia, o que pode causar conflito de interesse entre o cuidado com a segurança e custos. O advogado especializado em causas aeronáuticas Josmeyr Oliveira concorda. "Se fosse um piloto contratado [funcionário da empresa], ele pensaria na própria vida e pararia no primeiro aeroporto que visse [se soubesse que estava com pouco combustível]. Tragédia em voo da Chapecoense
esporte
Pit-stop de voo da Chape em Bogotá custaria R$ 10 mil e uma hora extraUma parada no aeroporto de Bogotá, na Colômbia, provavelmente teria evitado a tragédia com o avião da LaMia, que levava o time da Chapecoense para o jogo mais importante da história do clube. O desvio, segundo o coronel Douglas Machado, especialista em investigações de acidentes aéreos, renderia uma hora a mais de voo e teria um custo aproximado de R$ 10 mil, incluindo combustível e taxas aeroportuárias. "Nenhum dos passageiros iria se incomodar com esse desvio", afirma o também professor da universidade Estácio. Assim como ocorreu há 20 anos, com o acidente fatal da banda Mamonas Assassinas, Machado analisa a viagem fatal da terça-feira a partir da relação cordial entre empresa e seus clientes. "Na tentativa de agradar o cliente [o clube de futebol] provavelmente o piloto optou por chegar rápido ao destino, mas a partir de um risco desnecessário." Pilotos brasileiros ouvidos pela Folha criticam o fato de o comandante, que morreu no acidente, ser também o sócio da empresa LaMia, o que pode causar conflito de interesse entre o cuidado com a segurança e custos. O advogado especializado em causas aeronáuticas Josmeyr Oliveira concorda. "Se fosse um piloto contratado [funcionário da empresa], ele pensaria na própria vida e pararia no primeiro aeroporto que visse [se soubesse que estava com pouco combustível]. Tragédia em voo da Chapecoense
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Editorial: Falta pedir desculpas
A publicação do balanço de 2014 da Petrobras é apenas o primeiro passo da longa caminhada de reconstrução da empresa depois do ciclo de desgraça a que foi submetida de 2004 a 2012: imprudência inaceitável, incompetência descomunal e corrupção voraz. O prejuízo do período monta a R$ 50,8 bilhões, dos quais R$ 6,2 bilhões ligam-se diretamente aos desvios sistemáticos praticados nas principais diretorias da estatal –o cálculo baseou-se em depoimentos da Operação Lava Jato que apontaram propina de 3% nos contratos. Os R$ 44,6 bilhões restantes decorrem de erros grosseiros no planejamento e na execução de projetos e, em menor medida, de pioras nas condições de mercado –a queda do preço do petróleo, por exemplo, reduz o valor de investimentos realizados em exploração. O estouro nos custos não se relaciona apenas com a má gestão da última década, porém. Por certo o clima de euforia irresponsável e o uso político da estatal nos mandatos petistas contaminaram o corpo dirigente. Perdeu-se a noção de diligência no trato do dinheiro alheio. Também é óbvio que as propinas incentivaram tal conduta. Projetos faraônicos e custos fora de controle, que resultam do ambiente delituoso que vigorou na empresa, agora se disfarçam nas ineficiências. Vencida a etapa do balanço, a empresa precisa reformular seu plano de negócios a fim de preservar caixa e reduzir o endividamento, que chega a quase cinco vezes a geração de lucro operacional –o ideal é menos de três vezes. O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, indica que será firme na reestruturação. Cogitam-se cortes expressivos nos investimentos, gestão mais inteligente de ativos (inclusive com vendas e parcerias com o setor privado) e política financeira mais conservadora. Também são desejáveis mudanças nas regras de exploração do pré-sal e na política de conteúdo nacional, que sobrecarregam a empresa sem que ofereçam em troca benefícios tangíveis para acelerar a exploração dos campos de petróleo. Não fosse por um aspecto dos mais relevantes, seria possível afirmar que a longa crise começa a ser superada. Bendine, que chegou ao comando da Petrobras somente neste ano, agiu bem ao pedir desculpas e declarar-se envergonhado. Falta, agora, que os responsáveis políticos pelo maior escândalo de corrupção e má gestão da história nacional tenham a decência de fazer o mesmo. Nada aconteceu por acaso. O ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff –que dirigiu o Conselho de Administração da Petrobras de 2003 a 2010– têm o dever de explicar ao país como se consumou tamanho desastre em suas gestões.
opiniao
Editorial: Falta pedir desculpasA publicação do balanço de 2014 da Petrobras é apenas o primeiro passo da longa caminhada de reconstrução da empresa depois do ciclo de desgraça a que foi submetida de 2004 a 2012: imprudência inaceitável, incompetência descomunal e corrupção voraz. O prejuízo do período monta a R$ 50,8 bilhões, dos quais R$ 6,2 bilhões ligam-se diretamente aos desvios sistemáticos praticados nas principais diretorias da estatal –o cálculo baseou-se em depoimentos da Operação Lava Jato que apontaram propina de 3% nos contratos. Os R$ 44,6 bilhões restantes decorrem de erros grosseiros no planejamento e na execução de projetos e, em menor medida, de pioras nas condições de mercado –a queda do preço do petróleo, por exemplo, reduz o valor de investimentos realizados em exploração. O estouro nos custos não se relaciona apenas com a má gestão da última década, porém. Por certo o clima de euforia irresponsável e o uso político da estatal nos mandatos petistas contaminaram o corpo dirigente. Perdeu-se a noção de diligência no trato do dinheiro alheio. Também é óbvio que as propinas incentivaram tal conduta. Projetos faraônicos e custos fora de controle, que resultam do ambiente delituoso que vigorou na empresa, agora se disfarçam nas ineficiências. Vencida a etapa do balanço, a empresa precisa reformular seu plano de negócios a fim de preservar caixa e reduzir o endividamento, que chega a quase cinco vezes a geração de lucro operacional –o ideal é menos de três vezes. O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, indica que será firme na reestruturação. Cogitam-se cortes expressivos nos investimentos, gestão mais inteligente de ativos (inclusive com vendas e parcerias com o setor privado) e política financeira mais conservadora. Também são desejáveis mudanças nas regras de exploração do pré-sal e na política de conteúdo nacional, que sobrecarregam a empresa sem que ofereçam em troca benefícios tangíveis para acelerar a exploração dos campos de petróleo. Não fosse por um aspecto dos mais relevantes, seria possível afirmar que a longa crise começa a ser superada. Bendine, que chegou ao comando da Petrobras somente neste ano, agiu bem ao pedir desculpas e declarar-se envergonhado. Falta, agora, que os responsáveis políticos pelo maior escândalo de corrupção e má gestão da história nacional tenham a decência de fazer o mesmo. Nada aconteceu por acaso. O ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff –que dirigiu o Conselho de Administração da Petrobras de 2003 a 2010– têm o dever de explicar ao país como se consumou tamanho desastre em suas gestões.
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Ex-ministro José Dirceu procura a Justiça e se coloca à disposição
O ex-ministro José Dirceu apresentou ontem à Justiça uma petição dizendo estar à disposição para prestar esclarecimentos no âmbito da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras. O petista afirma, por meio de seu advogado, Roberto Podval, querer esclarecer "as inconsistências" apontadas pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal em relação aos contratos da JD Assessoria e Consultoria Ltda. com algumas das maiores empresas do país. Várias delas estão envolvidas no escândalo de corrupção na estatal. Nos últimos dias, têm sido recorrentes os boatos entre advogados de que Dirceu poderia ser detido pela PF.
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Ex-ministro José Dirceu procura a Justiça e se coloca à disposiçãoO ex-ministro José Dirceu apresentou ontem à Justiça uma petição dizendo estar à disposição para prestar esclarecimentos no âmbito da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras. O petista afirma, por meio de seu advogado, Roberto Podval, querer esclarecer "as inconsistências" apontadas pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal em relação aos contratos da JD Assessoria e Consultoria Ltda. com algumas das maiores empresas do país. Várias delas estão envolvidas no escândalo de corrupção na estatal. Nos últimos dias, têm sido recorrentes os boatos entre advogados de que Dirceu poderia ser detido pela PF.
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