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Paulistanos apontam Outback e Coco Bambu como os melhores restaurantes para ir com a família
DE SÃO PAULO O cardápio do Outback é daqueles para contar história: e-nor-me, a listar hambúrgueres, sopas, saladas e pratos de massa, frango, peixe, carne vermelha. A procura, no entanto, fica concentrada em duas estrelas: a bloomin' onion, ostensiva cebola empanada cortada em formato de flor, cuja picância atiça a boca, e a ribs on the barbie, uma portentosa costela ao molho barbecue, servida na companhia de batata frita e maçãs cozidas com canela e pimenta. Outras marcas da rede: refrigerante à vontade, por preço fixo, música alta e filas badaladas que viraram parte do programa. Também é rede, aliás, a casa que divide o pódio de melhor lugar para ir com a família. O Coco Bambu tem raízes em Fortaleza e aposta em peixes e frutos do mar servidos em salões amplos e confortáveis. Fizeram fama ali o polvo com batatas ao forno, o escondidinho de caranguejo e os camarões em diversos preparos, como o gratinado com mozarela e coberto com batata palha. Os pratos são fartos e podem ser compartilhados —estimulam, portanto, a comunhão à mesa. * Coco Bambu. Av. Antônio Joaquim de Moura Andrade, 737, Vila Nova Conceição, tel. 3051-5255. Outback Steakhouse. Av. Moaci, 187, Indianópolis, tel. 5096-7713.
o-melhor-de-sao-paulo
Paulistanos apontam Outback e Coco Bambu como os melhores restaurantes para ir com a famíliaDE SÃO PAULO O cardápio do Outback é daqueles para contar história: e-nor-me, a listar hambúrgueres, sopas, saladas e pratos de massa, frango, peixe, carne vermelha. A procura, no entanto, fica concentrada em duas estrelas: a bloomin' onion, ostensiva cebola empanada cortada em formato de flor, cuja picância atiça a boca, e a ribs on the barbie, uma portentosa costela ao molho barbecue, servida na companhia de batata frita e maçãs cozidas com canela e pimenta. Outras marcas da rede: refrigerante à vontade, por preço fixo, música alta e filas badaladas que viraram parte do programa. Também é rede, aliás, a casa que divide o pódio de melhor lugar para ir com a família. O Coco Bambu tem raízes em Fortaleza e aposta em peixes e frutos do mar servidos em salões amplos e confortáveis. Fizeram fama ali o polvo com batatas ao forno, o escondidinho de caranguejo e os camarões em diversos preparos, como o gratinado com mozarela e coberto com batata palha. Os pratos são fartos e podem ser compartilhados —estimulam, portanto, a comunhão à mesa. * Coco Bambu. Av. Antônio Joaquim de Moura Andrade, 737, Vila Nova Conceição, tel. 3051-5255. Outback Steakhouse. Av. Moaci, 187, Indianópolis, tel. 5096-7713.
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Dia de princesa: luxo e conforto em pacotes para noivas em preparação
DE SÃO PAULO Salões, spas e hoteis visam o conforto e o bem-estar da noiva com massagens, banhos aromáticos e tratamento de beleza completo. Também oferecem pacotes para mães e madrinhas, confira. * AGÊNCIA FIRST A empresa oferece o serviço de atendimento em casa, para a noiva e para a mãe. O pacote, que inclui prova de cabelo e maquiagem, vai de R$ 3.000 a R$ 6.000 -com duração até o término das fotos. agenciafirst.com.br. Tel. 5535-1511 ou p/ [email protected]. * AIGAI SPA Possui o espaço My Spa, um ambiente privativo para até seis pessoas. O pacote custa R$ 5.280 e inclui seis horas para duas pessoas com ritual de boas vindas e escalda-pés, massagens, hammams (banhos turcos), reflexologia ou massagem craniana, almoço e champanhe. aigaispa.com.br. R. dos Macunis, 397, Alto de Pinheiros, região oeste, tel. 3034-3939. Ter. a Sex. 9h às 22h. Sáb.: 10h às 19h. Dom.: 10h às 17h. CC: AE, Au, C, D, E, H, M, S e V. * BLEND YOUR MIND Pacote básico inclui cabelo e maquiagem -com o teste, sobrancelha, unhas, almoço, kit com chinelo e baby doll e espumante. Com Paulo Persil, R$ 3.700. Ou R$ 2.700 com equipe do salão. paulopersil.com.br. R. Dr. Eduardo de Souza Aranha, 221, Itaim Bibi, região oeste, tel. 3841-9545 e 3045-3330. Ter. a sáb.: 9h às 20h. CC: AE, D, E, M e V. Estac. grátis. * BUDDHA SPA O "day spa" inclui cardápio especial para o almoço, ofurô, massagem, lanche, shiatsu facial, reflexologia e preparação -pele, make, unhas e cabelos. Serviço dura de três a cinco horas, a partir de R$ 2.100. R. Eng. Edgar Egídio de Sousa, 510, Higienópolis, região central, tel. 3668-7221. Seg. a sex.: 8h às 20h. Sáb.: 9h30 às 18h. Dom.: 10h às 16h. CC: Au, C, G, H, M, S e V. Estac. (R$ 10). * C. KAMURA Conta com três pacotes que podem ser customizados. Além de camarim, oferece make e cabelo (teste e no dia), cílios postiços, unhas, café da manhã ou almoço por R$ 2.680. Para madrinhas e convidadas, o penteado sai por R$ 250. ckamura.com.br. R. da Consolação, 3.679, Cerqueira César, região oeste, tel. 3061-5500. Seg.: 12h às 18h. Ter. a sex.: 9h às 21h. Sáb.: 9h às 19h. CC: AE, D, M e V. Valet grátis. * FASANO O hotel tem sala decorada, mordoma exclusiva, champanhe, spa dos pés e das mãos (com direito a convidada), massagens para os noivos, brunch com menu exclusivo (opcional). A partir de R$ 4.000. fasano.com.br. Hotel Fasano. R. Vitório Fasano, 88, Cerqueira César, região oeste, tel. 3896- 4000 e 3896-4155. Seg. a sex.: 7h às 22h. Sáb. e dom.: 9h às 21h. CC: todos. Valet (R$ 35). * GILBERTO CABELEIREIROS Trabalha com penteados, make e massagem completa para noivas. Os serviços, separadamente, saem por R$ 600, R$ 400 e R$ 180, respectivamente. gilbertocabeleireiros.com.br. Al. Itu, 707, Jardim Paulista, região oeste, tel. 3088-9811 e 3891-2277. Ter. a sáb.: 8h30 às 20h30. CC: D, M e V. Estac. (R$ 15 a 1ª h). * JACQUES JANINE Oferece tratamento especial para noivas e noivos. Para elas, penteado, make, unhas, massagens, refeição, banhos, entre outros. Corte de cabelo, maquiagem corretiva, massagens, banhos e outras opções estão entre os cuidados para eles. Pacotes variam de R$ 1.500 a R$ 4.000. jacquesjanine.com.br. Av. Sto. Amaro, 6.802, Santo Amaro, região sul, tel. 5183-2825. Seg.: 11h às 21h. Ter. a sex.: 9h às 21h. Sáb.: 9h às 20h. CC: AE, D, G, M e V. Estac. c/ manob. grátis. * JU KODANI Tem pacotes que incluem de banho de hidromassagem até maquiagem, com preços de R$ 950 a R$ 2.305. Só penteado ou a maquiagem, R$ 350. Também oferece pacote para os noivos e madrinhas. jukodani.com.br. Av. Dr. Altino Arantes, 340, Vila Clementino, região sul, tel. 2307-1125. Ter. a sáb.: 9h às 20h. Atendimento c/ hora marcada. CC: AE, D, E, H, M e V. Estac. c/ manob. grátis. * KENNZUR No "day spa noiva", o atendimento tem quatro horas de duração, inclui massagem, esfoliação e hidratação corporal, reflexologia e um "break gourmet" de 30 minutos. O pacote sai por R$ 1.160, mas pode ser personalizado. kennzur.com.br. Av. República do Líbano, 577, Ibirapuera, região sul, tel. 2348-1200. Ter. a sex.: 9h às 21h30. Sáb.: 10h às 19h15. Dom.: 10h às 18h15. CC: AE, D, E, M e V. Estac. grátis. * LICEU DE MAQUIAGEM Oferece cursos profissionalizantes, mas conta com um salão de beleza. O dia da noiva inclui uma sala com clima retrô para make, penteado e troca de roupa. Os pacotes variam de R$ 2.550 a R$ 3.970. Com antecedência, a noiva pode fazer depilação e sobrancelha. R. Tinhorão, 102, Higienópolis, região central, tel. 3083-0500. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Atendimento c/ hora marcada. CC: AE, D, H, M e V. * L'OFFICIEL JARDIM Não tem pacote específico, mas oferece os serviços para noivas. Teste de cabelo, R$ 460. No dia, o penteado sai por R$ 560. Maquiagem, a partir de R$ 300. Manicure e pedicure, R$ 40 e R$ 50, respectivamente. Massagens a partir de R$ 200. lofficiel.com.br. R. Dr. Mário Ferraz, 545, Jardim Paulistano, região oeste, tel. 3078-9811. Ter. a sáb.: 8h às 19h. CC: D, M e V. Estac. c/ manob. (R$ 10). * MG HAIR DESIGN Dirigido por Marco Antônio de Biaggi, oferece pacotes de R$ 3.700 a R$ 7.500. O mais simples inclui provas de cabelo e de make. No dia, a noiva conta com manicure, pedicure, maquiagem com cílios postiços, penteado, refeição e ajuda para se vestir. mghair.com.br. R. Estados Unidos, 1.862, Jardim América, região oeste, tel. 3061-1499. Seg.: 13h às 20h. Ter. a sáb.: 8h às 20h. CC: AE, D, E, M e V. Estac. grátis. * STUDIO TEZ Há vários pacotes. Mais em conta, o Twiggy reúne prova de cabelo e make, sobrancelhas, unhas, maquiagem, penteado, sala da noiva e almoço -por R$ 2.150. Há opção do Spa do Cabelo, com detox capilar, que estimula o crescimento dos fios. studiotez.com.br. R. Diogo Jácome, 337, Vila Nova Conceição, região sul, tel. 3849-7786. Seg.: 9h às 18h. Ter. a sáb.: 8h às 20h. CC: AE, D, E, H, M e V. Estac. grátis. * STUDIO W Inaugurado pelo hair stylist Wanderley Nunes, em 1999, oferece serviços de cabelo e make personalizados. Valores de penteados vão de R$ 690 a R$ 1.150, e maquiagem de R$ 624 a R$ 729 (com testes). studiow.com.br. Shopping Iguatemi. Av. Brig. Faria Lima, 2.232, Jardim Paulistano, região oeste, tel. 3094-2640. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. CC: AE, Au, D, E, M e V. Estac. (R$ 14 p/ 2 h).
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Dia de princesa: luxo e conforto em pacotes para noivas em preparaçãoDE SÃO PAULO Salões, spas e hoteis visam o conforto e o bem-estar da noiva com massagens, banhos aromáticos e tratamento de beleza completo. Também oferecem pacotes para mães e madrinhas, confira. * AGÊNCIA FIRST A empresa oferece o serviço de atendimento em casa, para a noiva e para a mãe. O pacote, que inclui prova de cabelo e maquiagem, vai de R$ 3.000 a R$ 6.000 -com duração até o término das fotos. agenciafirst.com.br. Tel. 5535-1511 ou p/ [email protected]. * AIGAI SPA Possui o espaço My Spa, um ambiente privativo para até seis pessoas. O pacote custa R$ 5.280 e inclui seis horas para duas pessoas com ritual de boas vindas e escalda-pés, massagens, hammams (banhos turcos), reflexologia ou massagem craniana, almoço e champanhe. aigaispa.com.br. R. dos Macunis, 397, Alto de Pinheiros, região oeste, tel. 3034-3939. Ter. a Sex. 9h às 22h. Sáb.: 10h às 19h. Dom.: 10h às 17h. CC: AE, Au, C, D, E, H, M, S e V. * BLEND YOUR MIND Pacote básico inclui cabelo e maquiagem -com o teste, sobrancelha, unhas, almoço, kit com chinelo e baby doll e espumante. Com Paulo Persil, R$ 3.700. Ou R$ 2.700 com equipe do salão. paulopersil.com.br. R. Dr. Eduardo de Souza Aranha, 221, Itaim Bibi, região oeste, tel. 3841-9545 e 3045-3330. Ter. a sáb.: 9h às 20h. CC: AE, D, E, M e V. Estac. grátis. * BUDDHA SPA O "day spa" inclui cardápio especial para o almoço, ofurô, massagem, lanche, shiatsu facial, reflexologia e preparação -pele, make, unhas e cabelos. Serviço dura de três a cinco horas, a partir de R$ 2.100. R. Eng. Edgar Egídio de Sousa, 510, Higienópolis, região central, tel. 3668-7221. Seg. a sex.: 8h às 20h. Sáb.: 9h30 às 18h. Dom.: 10h às 16h. CC: Au, C, G, H, M, S e V. Estac. (R$ 10). * C. KAMURA Conta com três pacotes que podem ser customizados. Além de camarim, oferece make e cabelo (teste e no dia), cílios postiços, unhas, café da manhã ou almoço por R$ 2.680. Para madrinhas e convidadas, o penteado sai por R$ 250. ckamura.com.br. R. da Consolação, 3.679, Cerqueira César, região oeste, tel. 3061-5500. Seg.: 12h às 18h. Ter. a sex.: 9h às 21h. Sáb.: 9h às 19h. CC: AE, D, M e V. Valet grátis. * FASANO O hotel tem sala decorada, mordoma exclusiva, champanhe, spa dos pés e das mãos (com direito a convidada), massagens para os noivos, brunch com menu exclusivo (opcional). A partir de R$ 4.000. fasano.com.br. Hotel Fasano. R. Vitório Fasano, 88, Cerqueira César, região oeste, tel. 3896- 4000 e 3896-4155. Seg. a sex.: 7h às 22h. Sáb. e dom.: 9h às 21h. CC: todos. Valet (R$ 35). * GILBERTO CABELEIREIROS Trabalha com penteados, make e massagem completa para noivas. Os serviços, separadamente, saem por R$ 600, R$ 400 e R$ 180, respectivamente. gilbertocabeleireiros.com.br. Al. Itu, 707, Jardim Paulista, região oeste, tel. 3088-9811 e 3891-2277. Ter. a sáb.: 8h30 às 20h30. CC: D, M e V. Estac. (R$ 15 a 1ª h). * JACQUES JANINE Oferece tratamento especial para noivas e noivos. Para elas, penteado, make, unhas, massagens, refeição, banhos, entre outros. Corte de cabelo, maquiagem corretiva, massagens, banhos e outras opções estão entre os cuidados para eles. Pacotes variam de R$ 1.500 a R$ 4.000. jacquesjanine.com.br. Av. Sto. Amaro, 6.802, Santo Amaro, região sul, tel. 5183-2825. Seg.: 11h às 21h. Ter. a sex.: 9h às 21h. Sáb.: 9h às 20h. CC: AE, D, G, M e V. Estac. c/ manob. grátis. * JU KODANI Tem pacotes que incluem de banho de hidromassagem até maquiagem, com preços de R$ 950 a R$ 2.305. Só penteado ou a maquiagem, R$ 350. Também oferece pacote para os noivos e madrinhas. jukodani.com.br. Av. Dr. Altino Arantes, 340, Vila Clementino, região sul, tel. 2307-1125. Ter. a sáb.: 9h às 20h. Atendimento c/ hora marcada. CC: AE, D, E, H, M e V. Estac. c/ manob. grátis. * KENNZUR No "day spa noiva", o atendimento tem quatro horas de duração, inclui massagem, esfoliação e hidratação corporal, reflexologia e um "break gourmet" de 30 minutos. O pacote sai por R$ 1.160, mas pode ser personalizado. kennzur.com.br. Av. República do Líbano, 577, Ibirapuera, região sul, tel. 2348-1200. Ter. a sex.: 9h às 21h30. Sáb.: 10h às 19h15. Dom.: 10h às 18h15. CC: AE, D, E, M e V. Estac. grátis. * LICEU DE MAQUIAGEM Oferece cursos profissionalizantes, mas conta com um salão de beleza. O dia da noiva inclui uma sala com clima retrô para make, penteado e troca de roupa. Os pacotes variam de R$ 2.550 a R$ 3.970. Com antecedência, a noiva pode fazer depilação e sobrancelha. R. Tinhorão, 102, Higienópolis, região central, tel. 3083-0500. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Atendimento c/ hora marcada. CC: AE, D, H, M e V. * L'OFFICIEL JARDIM Não tem pacote específico, mas oferece os serviços para noivas. Teste de cabelo, R$ 460. No dia, o penteado sai por R$ 560. Maquiagem, a partir de R$ 300. Manicure e pedicure, R$ 40 e R$ 50, respectivamente. Massagens a partir de R$ 200. lofficiel.com.br. R. Dr. Mário Ferraz, 545, Jardim Paulistano, região oeste, tel. 3078-9811. Ter. a sáb.: 8h às 19h. CC: D, M e V. Estac. c/ manob. (R$ 10). * MG HAIR DESIGN Dirigido por Marco Antônio de Biaggi, oferece pacotes de R$ 3.700 a R$ 7.500. O mais simples inclui provas de cabelo e de make. No dia, a noiva conta com manicure, pedicure, maquiagem com cílios postiços, penteado, refeição e ajuda para se vestir. mghair.com.br. R. Estados Unidos, 1.862, Jardim América, região oeste, tel. 3061-1499. Seg.: 13h às 20h. Ter. a sáb.: 8h às 20h. CC: AE, D, E, M e V. Estac. grátis. * STUDIO TEZ Há vários pacotes. Mais em conta, o Twiggy reúne prova de cabelo e make, sobrancelhas, unhas, maquiagem, penteado, sala da noiva e almoço -por R$ 2.150. Há opção do Spa do Cabelo, com detox capilar, que estimula o crescimento dos fios. studiotez.com.br. R. Diogo Jácome, 337, Vila Nova Conceição, região sul, tel. 3849-7786. Seg.: 9h às 18h. Ter. a sáb.: 8h às 20h. CC: AE, D, E, H, M e V. Estac. grátis. * STUDIO W Inaugurado pelo hair stylist Wanderley Nunes, em 1999, oferece serviços de cabelo e make personalizados. Valores de penteados vão de R$ 690 a R$ 1.150, e maquiagem de R$ 624 a R$ 729 (com testes). studiow.com.br. Shopping Iguatemi. Av. Brig. Faria Lima, 2.232, Jardim Paulistano, região oeste, tel. 3094-2640. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. CC: AE, Au, D, E, M e V. Estac. (R$ 14 p/ 2 h).
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Migrante morre eletrocutado em túnel do canal da Mancha
Um migrante morreu eletrocutado na noite desta quinta-feira (17) nas instalações do túnel que atravessa o Canal da Mancha em território francês, quando tentava subir no teto de um trem para viajar à Inglaterra, informou a polícia. "Pouco antes da meia-noite, um migrante, provavelmente sírio, foi encontrado morto na parte superior de um vagão de mercadoria no túnel do Canal da Mancha", anunciou a prefeitura. "Morreu eletrocutado ao tentar subir no vagão", completou. Este é o 10º migrante morto desde 26 de junho no porto de Calais ou suas imediações em uma tentativa de chegar à Inglaterra. A empresa Eurostar, que administra os trens de alta velocidade que circulam pelo túnel, informou que o acidente não teve repercussões no tráfego ferroviário.
mundo
Migrante morre eletrocutado em túnel do canal da ManchaUm migrante morreu eletrocutado na noite desta quinta-feira (17) nas instalações do túnel que atravessa o Canal da Mancha em território francês, quando tentava subir no teto de um trem para viajar à Inglaterra, informou a polícia. "Pouco antes da meia-noite, um migrante, provavelmente sírio, foi encontrado morto na parte superior de um vagão de mercadoria no túnel do Canal da Mancha", anunciou a prefeitura. "Morreu eletrocutado ao tentar subir no vagão", completou. Este é o 10º migrante morto desde 26 de junho no porto de Calais ou suas imediações em uma tentativa de chegar à Inglaterra. A empresa Eurostar, que administra os trens de alta velocidade que circulam pelo túnel, informou que o acidente não teve repercussões no tráfego ferroviário.
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Droga tem sucesso contra diferentes tipos de câncer e já está no mercado
Os 86 pacientes com câncer tinham tumores no pâncreas, próstata, útero ou nos ossos. Ainda assim, esses pacientes tinham algumas coisas em comum. Todos estavam em estágios avançados da doença. Todos também possuíam mutações genéticas que impediam as células de reparar o DNA danificado. E todos fizeram parte dos testes de um medicamento que ajuda o sistema imune a atacar tumores. Os resultados, publicados na revista científica "Science", são tão impressionantes que a FDA (agência que regula medicamentos nos EUA) já aprovou a droga, o pembrolizumabe, vendido como Keytruda, para pacientes cujo câncer tenha origem na mesma anormalidade genética. Essa é a primeira vez que um medicamento é aprovado para uso contra tumores que compartilham determinada característica genética, a despeito do local do corpo onde se encontrem. No estudo, 66 pacientes tiveram seus tumores diminuídos e estabilizados, ao invés de continuarem a crescer. Entre eles, 18 se livraram permanentemente dos tumores. A droga, da MSD (nos EUA, Merck), já está no mercado para pacientes com algumas formas avançadas de câncer no pulmão, melanoma e nos rins. Custa cerca de US$ 156 mil ao ano. Apenas 4% dos pacientes com câncer têm o tipo de aberração genética suscetível ao pembrolizumabe. Contudo, isso representa até 60 mil pessoas ao ano só nos EUA.
equilibrioesaude
Droga tem sucesso contra diferentes tipos de câncer e já está no mercadoOs 86 pacientes com câncer tinham tumores no pâncreas, próstata, útero ou nos ossos. Ainda assim, esses pacientes tinham algumas coisas em comum. Todos estavam em estágios avançados da doença. Todos também possuíam mutações genéticas que impediam as células de reparar o DNA danificado. E todos fizeram parte dos testes de um medicamento que ajuda o sistema imune a atacar tumores. Os resultados, publicados na revista científica "Science", são tão impressionantes que a FDA (agência que regula medicamentos nos EUA) já aprovou a droga, o pembrolizumabe, vendido como Keytruda, para pacientes cujo câncer tenha origem na mesma anormalidade genética. Essa é a primeira vez que um medicamento é aprovado para uso contra tumores que compartilham determinada característica genética, a despeito do local do corpo onde se encontrem. No estudo, 66 pacientes tiveram seus tumores diminuídos e estabilizados, ao invés de continuarem a crescer. Entre eles, 18 se livraram permanentemente dos tumores. A droga, da MSD (nos EUA, Merck), já está no mercado para pacientes com algumas formas avançadas de câncer no pulmão, melanoma e nos rins. Custa cerca de US$ 156 mil ao ano. Apenas 4% dos pacientes com câncer têm o tipo de aberração genética suscetível ao pembrolizumabe. Contudo, isso representa até 60 mil pessoas ao ano só nos EUA.
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Carnaval no Congresso dura 12 dias e só acaba na próxima terça (16)
Seguindo uma tradição de anos, o Congresso Nacional vai emendar o Carnaval e só volta ao trabalho na próxima terça-feira (16). Como a maioria dos 594 deputados federais e senadores já tinha saído de Brasília na última quinta (4), o feriadão dos congressistas vai durar 12 dias. Na prática, a próxima terça marcará o início real do ano legislativo, já que na semana passada Câmara e Senado voltaram das férias de fim de ano e só tiveram duas votações em plenário –uma medida provisória que aumenta a tributação sobre ganhos de capital, na Câmara, e o projeto de lei que cria o Marco Legal da Primeira Infância, no Senado. Apesar de haver a promessa dos comandos das duas Casas de votações de projetos como o que muda as regras de exploração do pré-sal e o que trata da independência do Banco Central, no Senado, temas não relacionados à aprovação de leis devem disputar os holofotes nessa largada legislativa de 2016. Principalmente na Câmara, que está em relativo suspense à espera da definição sobre como se dará a tramitação do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, cujo rito foi suspenso no final do ano passado pelo Supremo Tribunal Federal. Além disso, também é esperada para as próximas semanas uma definição pelo STF sobre o destino do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que pode virar réu no processo sobre o esquema de corrupção na Petrobras. Pesa contra ele na corte um pedido de afastamento do cargo e do mandato, feito pela Procuradoria-Geral da República. LIDERANÇA Outros temas que movimentarão os bastidores da Câmara será a disputa pela liderança do PMDB na Casa, no dia 17, entre o atual ocupante do posto, Leonardo Picciani (RJ), e o candidato de Cunha, Hugo Motta. O resultado será um importante termômetro sobre a força interna que Cunha mantém dentro de seu partido após todas as suspeitas de seu envolvimento nos desvios apurados na Operação Lava Jato. No dia 18, abre-se também a temporada de troca-troca de deputados entre partidos. Nesse dia será promulgada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, emenda à Constituição que permite a todo detentor de mandato trocar de sigla nos 30 dias subsequentes sem o risco de ser punido pelas regras da fidelidade partidária. No campo legislativo, o governo Dilma tentará aprovar o restante das medidas do ajuste fiscal, apesar de todo um histórico de derrotas em 2015 e já em 2016 –na sessão do dia 3, oposição e dissidentes da base aliada aprovaram alterações na MP sobre ganhos de capital, reduzindo consideravelmente o aumento tributário proposto originalmente pelo Palácio do Planalto. O maior desafio de Dilma nessa área será convencer os congressistas a ressuscitar a CPMF, medida considerada crucial pela área econômica para o reequilíbrio das contas públicas, mas que sofre forte oposição entre deputados e senadores.
poder
Carnaval no Congresso dura 12 dias e só acaba na próxima terça (16)Seguindo uma tradição de anos, o Congresso Nacional vai emendar o Carnaval e só volta ao trabalho na próxima terça-feira (16). Como a maioria dos 594 deputados federais e senadores já tinha saído de Brasília na última quinta (4), o feriadão dos congressistas vai durar 12 dias. Na prática, a próxima terça marcará o início real do ano legislativo, já que na semana passada Câmara e Senado voltaram das férias de fim de ano e só tiveram duas votações em plenário –uma medida provisória que aumenta a tributação sobre ganhos de capital, na Câmara, e o projeto de lei que cria o Marco Legal da Primeira Infância, no Senado. Apesar de haver a promessa dos comandos das duas Casas de votações de projetos como o que muda as regras de exploração do pré-sal e o que trata da independência do Banco Central, no Senado, temas não relacionados à aprovação de leis devem disputar os holofotes nessa largada legislativa de 2016. Principalmente na Câmara, que está em relativo suspense à espera da definição sobre como se dará a tramitação do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, cujo rito foi suspenso no final do ano passado pelo Supremo Tribunal Federal. Além disso, também é esperada para as próximas semanas uma definição pelo STF sobre o destino do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que pode virar réu no processo sobre o esquema de corrupção na Petrobras. Pesa contra ele na corte um pedido de afastamento do cargo e do mandato, feito pela Procuradoria-Geral da República. LIDERANÇA Outros temas que movimentarão os bastidores da Câmara será a disputa pela liderança do PMDB na Casa, no dia 17, entre o atual ocupante do posto, Leonardo Picciani (RJ), e o candidato de Cunha, Hugo Motta. O resultado será um importante termômetro sobre a força interna que Cunha mantém dentro de seu partido após todas as suspeitas de seu envolvimento nos desvios apurados na Operação Lava Jato. No dia 18, abre-se também a temporada de troca-troca de deputados entre partidos. Nesse dia será promulgada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, emenda à Constituição que permite a todo detentor de mandato trocar de sigla nos 30 dias subsequentes sem o risco de ser punido pelas regras da fidelidade partidária. No campo legislativo, o governo Dilma tentará aprovar o restante das medidas do ajuste fiscal, apesar de todo um histórico de derrotas em 2015 e já em 2016 –na sessão do dia 3, oposição e dissidentes da base aliada aprovaram alterações na MP sobre ganhos de capital, reduzindo consideravelmente o aumento tributário proposto originalmente pelo Palácio do Planalto. O maior desafio de Dilma nessa área será convencer os congressistas a ressuscitar a CPMF, medida considerada crucial pela área econômica para o reequilíbrio das contas públicas, mas que sofre forte oposição entre deputados e senadores.
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Neymar ganha game para celulares, mas sem partidas de futebol
O jogador Neymar ganhou nesta quinta-feira (8) um game para celulares, mas não é um simulador de futebol, como "Fifa 16" ou "Pro Evolution Soccer". O jogo, desenvolvido pela brasileira Smyowl em parceria com a Maurício de Sousa Produções e outras duas empresas, é um misto de "puzzle" e ação com temática futebolística. "Nós queríamos tornar o jogo o mais acessível possível. Se fosse de futebol, teria um público restrito", afirma Maurício Alegretti, dono da Smyowl, em entrevista à Folha na Brasil Game Show, a maior feira de games do país. "Neymar Jr Quest" é similar ao famoso "Candy Crush", em que o jogador precisa fazer sequência de doces no tabuleiro para ganhar pontos e avançar. No game do atleta, que tem o personagem desenhado no mesmo estilo da "Turma da Mônica", é preciso unir bolas e outros itens típicos do esporte. O game segue a história produzida por Maurício de Sousa nas tirinhas sobre o jogador. O vilão Mago Ranzinza rouba a coleção de bolas do jogador – que as de fato junta na vida real. Assim, Neymar fica fraco e perde sua habilidade futebolística. O objetivo do game é atravessar dezenas de fases, recuperando as bolas e enfrentando inimigos poderosos. A cada 20 fases, há um chefe, um oponente ainda mais forte, em que é preciso usar estratégia para derrotá-lo. Para vencer esses adversários, a pessoa pode comprar, com dinheiro real, equipamentos mais poderosos ou o direito a ter mais jogadas para chegar ao objetivo necessário. O game em si é gratuito. "Ninguém precisa comprar nada para terminá-lo", diz Alegretti. "Mas o jogador que quiser pode conseguir alguns atalhos." Outra falta no jogo são as gírias típicas do jogador. Para recuperar a coleção de bolas, ele monta um time, mas jamais chama seus aliados de "parças", conforme o atleta faria. Também não espere ouvi-lo falar "é tóis", no game. Alegretti diz que Neymar, o atleta, sabe do jogo, mas não se envolveu no seu desenvolvimento. "Eu queria conhecê-lo, mas não consegui". Quem cuidou da produção foi a equipe que gerencia a carreira do astro do Barcelona e da seleção brasileira. "Neymar Jr Quest" está disponível para Android, iOS e Windows Phone.
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Neymar ganha game para celulares, mas sem partidas de futebolO jogador Neymar ganhou nesta quinta-feira (8) um game para celulares, mas não é um simulador de futebol, como "Fifa 16" ou "Pro Evolution Soccer". O jogo, desenvolvido pela brasileira Smyowl em parceria com a Maurício de Sousa Produções e outras duas empresas, é um misto de "puzzle" e ação com temática futebolística. "Nós queríamos tornar o jogo o mais acessível possível. Se fosse de futebol, teria um público restrito", afirma Maurício Alegretti, dono da Smyowl, em entrevista à Folha na Brasil Game Show, a maior feira de games do país. "Neymar Jr Quest" é similar ao famoso "Candy Crush", em que o jogador precisa fazer sequência de doces no tabuleiro para ganhar pontos e avançar. No game do atleta, que tem o personagem desenhado no mesmo estilo da "Turma da Mônica", é preciso unir bolas e outros itens típicos do esporte. O game segue a história produzida por Maurício de Sousa nas tirinhas sobre o jogador. O vilão Mago Ranzinza rouba a coleção de bolas do jogador – que as de fato junta na vida real. Assim, Neymar fica fraco e perde sua habilidade futebolística. O objetivo do game é atravessar dezenas de fases, recuperando as bolas e enfrentando inimigos poderosos. A cada 20 fases, há um chefe, um oponente ainda mais forte, em que é preciso usar estratégia para derrotá-lo. Para vencer esses adversários, a pessoa pode comprar, com dinheiro real, equipamentos mais poderosos ou o direito a ter mais jogadas para chegar ao objetivo necessário. O game em si é gratuito. "Ninguém precisa comprar nada para terminá-lo", diz Alegretti. "Mas o jogador que quiser pode conseguir alguns atalhos." Outra falta no jogo são as gírias típicas do jogador. Para recuperar a coleção de bolas, ele monta um time, mas jamais chama seus aliados de "parças", conforme o atleta faria. Também não espere ouvi-lo falar "é tóis", no game. Alegretti diz que Neymar, o atleta, sabe do jogo, mas não se envolveu no seu desenvolvimento. "Eu queria conhecê-lo, mas não consegui". Quem cuidou da produção foi a equipe que gerencia a carreira do astro do Barcelona e da seleção brasileira. "Neymar Jr Quest" está disponível para Android, iOS e Windows Phone.
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Redução da base aliada ameaça projetos de Haddad na Câmara
Em ano eleitoral, o prefeito Fernando Haddad (PT) deve sofrer redução de sua base aliada na Câmara Municipal, o que dificultará a aprovação de projetos considerados estratégicos pela gestão para a cidade de São Paulo. Com a iminente disputa pela cadeira de prefeito, partidos como PMDB, DEM e PSD não devem acompanhar o petista em todos os projetos. Assim que acabar o recesso parlamentar, em fevereiro, Haddad terá que buscar votos para iniciativas como a nova Lei de Zoneamento (que define aquilo que pode ser construído em cada quarteirão), operações urbanas das zonas leste e sul (para incentivar empreendimentos em alguns bairros) e o código de obras (que visa agilizar a liberação de projetos imobiliários). Além disso, o prefeito terá que evitar medida do Legislativo que barre o plano para legalizar o Uber -aplicativo que conecta motoristas particulares a passageiros. Na semana passada, o presidente da Câmara, Antonio Donato (PT), já afirmou que os vereadores tendem a derrubar um eventual decreto para a regulamentação do serviço. Eles exigem que Haddad envie um projeto à Casa para a discussão do tema. Infográfico: mudanças podem colar em risco projeto de Haddad O debate sobre a Lei de Zoneamento foi uma prévia do panorama a ser enfrentado por Haddad na Câmara em 2016. Embora tenha conseguido 42 votos dos 37 necessários para aprovar o texto em primeira discussão no último dia 21, não houve consenso para a segunda votação, que deve ocorrer em fevereiro. Algumas associações de bairro temem a ampliação do comércio em áreas residenciais. Haddad também enfrentará obstáculos para ver aprovados projetos específicos para a zona leste da cidade. O primeiro é o Arco Tamanduateí -que visa transformar bairros como Mooca e Vila Carioca em novos eixos de desenvolvimento imobiliário. O segundo cria incentivos para atividades econômicas na região da Jacu Pêssego. Infográfico: possíveis mudanças na base aliada SITUAÇÃO Nos primeiros três anos, Haddad enfrentou dificuldades na Câmara, como para reajustar o IPTU, aprovar o Plano Diretor (conjunto de regras que determina o crescimento da cidade) e acabar com a taxa da inspeção veicular. Mesmo assim, 42 dos 55 vereadores eram da situação. Dependendo do ritmo de mudanças partidárias em negociação, existe risco de esse número diminuir para 30. A eventual saída de 12 vereadores da base se deve ao desembarque de partidos que pretendem lançar candidatos ou apoiar opositores. Embora vereadores digam que isso não signifique rejeições a projetos "bons para a cidade", o histórico do Legislativo indica obstáculos. Com três vereadores que apoiam Haddad hoje, o DEM pretende migrar para a oposição e negocia a filiação de outros três que são da base de apoio. "O DEM não terá mais condições de acompanhar o prefeito porque o partido não estará com o PT no plano nacional", disse o vereador Milton Leite, um dos principais articuladores da Casa. Infográfico: Vaivém na Câmara Também da base até então, ao menos dois vereadores do PMDB (Ricardo Nunes e Nelo Rodolfo) já indicam apoio à candidatura da senadora do partido, Marta Suplicy. O PSD, partido do ex-prefeito Gilberto Kassab e cujos cinco vereadores vinham votando favoravelmente a projetos de Haddad, pode lançar candidato e virar oposição com dois vereadores -já que 3 devem sair. O PRB do pré-candidato Celso Russomanno, que tem um parlamentar na situação, deve receber mais um e mudar de lado. Líder de Haddad na Câmara, Arselino Tatto diz acreditar que não haverá dificuldades para os projetos. "Queremos aprovar até abril. Não tem como o vereador, mesmo de oposição, votar contra projetos que vão gerar crescimento, emprego e renda."
cotidiano
Redução da base aliada ameaça projetos de Haddad na CâmaraEm ano eleitoral, o prefeito Fernando Haddad (PT) deve sofrer redução de sua base aliada na Câmara Municipal, o que dificultará a aprovação de projetos considerados estratégicos pela gestão para a cidade de São Paulo. Com a iminente disputa pela cadeira de prefeito, partidos como PMDB, DEM e PSD não devem acompanhar o petista em todos os projetos. Assim que acabar o recesso parlamentar, em fevereiro, Haddad terá que buscar votos para iniciativas como a nova Lei de Zoneamento (que define aquilo que pode ser construído em cada quarteirão), operações urbanas das zonas leste e sul (para incentivar empreendimentos em alguns bairros) e o código de obras (que visa agilizar a liberação de projetos imobiliários). Além disso, o prefeito terá que evitar medida do Legislativo que barre o plano para legalizar o Uber -aplicativo que conecta motoristas particulares a passageiros. Na semana passada, o presidente da Câmara, Antonio Donato (PT), já afirmou que os vereadores tendem a derrubar um eventual decreto para a regulamentação do serviço. Eles exigem que Haddad envie um projeto à Casa para a discussão do tema. Infográfico: mudanças podem colar em risco projeto de Haddad O debate sobre a Lei de Zoneamento foi uma prévia do panorama a ser enfrentado por Haddad na Câmara em 2016. Embora tenha conseguido 42 votos dos 37 necessários para aprovar o texto em primeira discussão no último dia 21, não houve consenso para a segunda votação, que deve ocorrer em fevereiro. Algumas associações de bairro temem a ampliação do comércio em áreas residenciais. Haddad também enfrentará obstáculos para ver aprovados projetos específicos para a zona leste da cidade. O primeiro é o Arco Tamanduateí -que visa transformar bairros como Mooca e Vila Carioca em novos eixos de desenvolvimento imobiliário. O segundo cria incentivos para atividades econômicas na região da Jacu Pêssego. Infográfico: possíveis mudanças na base aliada SITUAÇÃO Nos primeiros três anos, Haddad enfrentou dificuldades na Câmara, como para reajustar o IPTU, aprovar o Plano Diretor (conjunto de regras que determina o crescimento da cidade) e acabar com a taxa da inspeção veicular. Mesmo assim, 42 dos 55 vereadores eram da situação. Dependendo do ritmo de mudanças partidárias em negociação, existe risco de esse número diminuir para 30. A eventual saída de 12 vereadores da base se deve ao desembarque de partidos que pretendem lançar candidatos ou apoiar opositores. Embora vereadores digam que isso não signifique rejeições a projetos "bons para a cidade", o histórico do Legislativo indica obstáculos. Com três vereadores que apoiam Haddad hoje, o DEM pretende migrar para a oposição e negocia a filiação de outros três que são da base de apoio. "O DEM não terá mais condições de acompanhar o prefeito porque o partido não estará com o PT no plano nacional", disse o vereador Milton Leite, um dos principais articuladores da Casa. Infográfico: Vaivém na Câmara Também da base até então, ao menos dois vereadores do PMDB (Ricardo Nunes e Nelo Rodolfo) já indicam apoio à candidatura da senadora do partido, Marta Suplicy. O PSD, partido do ex-prefeito Gilberto Kassab e cujos cinco vereadores vinham votando favoravelmente a projetos de Haddad, pode lançar candidato e virar oposição com dois vereadores -já que 3 devem sair. O PRB do pré-candidato Celso Russomanno, que tem um parlamentar na situação, deve receber mais um e mudar de lado. Líder de Haddad na Câmara, Arselino Tatto diz acreditar que não haverá dificuldades para os projetos. "Queremos aprovar até abril. Não tem como o vereador, mesmo de oposição, votar contra projetos que vão gerar crescimento, emprego e renda."
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Alalaô: Promotoria cobra medidas para evitar abusos em blocos na Vila Madalena
O Ministério Público se reuniu nesta quarta-feira (4) com moradores e a Prefeitura de São Paulo para cobrar medidas e evitar abusos no desfile de blocos de rua na Vila Madalena, na zona oeste da capital. Moradores afirmam que os ... Leia post completo no blog
cotidiano
Alalaô: Promotoria cobra medidas para evitar abusos em blocos na Vila MadalenaO Ministério Público se reuniu nesta quarta-feira (4) com moradores e a Prefeitura de São Paulo para cobrar medidas e evitar abusos no desfile de blocos de rua na Vila Madalena, na zona oeste da capital. Moradores afirmam que os ... Leia post completo no blog
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Atividade econômica supera previsões e cresce 0,36% em fevereiro, diz BC
A atividade econômica brasileira reverteu o recuo de janeiro para uma alta mensal de 0,36% em fevereiro, segundo dados do Banco Central divulgados nesta quarta-feira (15), em um resultado inesperado e o mais forte desde meados do ano passado. A alta de fevereiro do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do BC interrompe dois resultados negativos seguidos do indicador. O IBC-BR reúne índices de abrangência nacional, identifica a temperatura da economia e antecipa o fechamento de indicadores mais amplos, como o PIB e o nível da produção industrial. Também é o melhor resultado desde julho de 2014, quando o IBC-Br teve alta de 1,48%. Em janeiro, o indicador havia caído 0,11% sobre o mês anterior. A expectativa em pesquisa da Bloomberg era de queda de 0,20% em fevereiro na comparação mensal, de acordo com o centro das projeções (mediana) dos analistas consultados. No ano o IBC-Br acumula queda de 1,10%. Na comparação com fevereiro de 2014, o índice caiu 0,86%, e em 12 meses recuou 0,60%. PIB EM 2014 Em 2014, a economia brasileira cresceu apenas 0,1%, registrando o pior desempenho para os investimentos em 15 anos e queda na produção interna e na importação de bens de capital. O desempenho este ano deve ser pior. Analistas consultados na última edição da pesquisa Focus do Banco Central projetam contração de 1,01%. Em fevereiro, a produção industrial mostrou perda generalizada entre as categorias e recuou 0,9%, anulando o ganho de janeiro. Já o varejo contrariou as expectativas em fevereiro, e teve queda de 0,1% sobre o mês anterior, registrando na comparação anual a maior queda em mais de uma década, de 3,1%. O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária, assim como os impostos sobre os produtos.
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Atividade econômica supera previsões e cresce 0,36% em fevereiro, diz BCA atividade econômica brasileira reverteu o recuo de janeiro para uma alta mensal de 0,36% em fevereiro, segundo dados do Banco Central divulgados nesta quarta-feira (15), em um resultado inesperado e o mais forte desde meados do ano passado. A alta de fevereiro do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do BC interrompe dois resultados negativos seguidos do indicador. O IBC-BR reúne índices de abrangência nacional, identifica a temperatura da economia e antecipa o fechamento de indicadores mais amplos, como o PIB e o nível da produção industrial. Também é o melhor resultado desde julho de 2014, quando o IBC-Br teve alta de 1,48%. Em janeiro, o indicador havia caído 0,11% sobre o mês anterior. A expectativa em pesquisa da Bloomberg era de queda de 0,20% em fevereiro na comparação mensal, de acordo com o centro das projeções (mediana) dos analistas consultados. No ano o IBC-Br acumula queda de 1,10%. Na comparação com fevereiro de 2014, o índice caiu 0,86%, e em 12 meses recuou 0,60%. PIB EM 2014 Em 2014, a economia brasileira cresceu apenas 0,1%, registrando o pior desempenho para os investimentos em 15 anos e queda na produção interna e na importação de bens de capital. O desempenho este ano deve ser pior. Analistas consultados na última edição da pesquisa Focus do Banco Central projetam contração de 1,01%. Em fevereiro, a produção industrial mostrou perda generalizada entre as categorias e recuou 0,9%, anulando o ganho de janeiro. Já o varejo contrariou as expectativas em fevereiro, e teve queda de 0,1% sobre o mês anterior, registrando na comparação anual a maior queda em mais de uma década, de 3,1%. O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária, assim como os impostos sobre os produtos.
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Mudar meta fiscal para manter Bolsa Família é 'inconveniente', diz Levy
O ministro Joaquim Levy (Fazenda) demonstrou discordância com a medida, cogitada pela presidente Dilma Rousseff, de alterar a meta de superavit primário do ano que vem para preservar o programa Bolsa Família. "Eu acho inconveniente", disse Levy ao ser questionado por jornalistas sobre a possibilidade de o governo alterar a meta fiscal do ano que vem. "Acho um equívoco achar que essa mistura de que a meta [fiscal de 2016] por causa do Bolsa Família não fica de pé. A meta é a meta e o Bolsa Família é o Bolsa Família." Conforme a Folha noticiou nesta terça-feira (15), para evitar o corte, o governo estuda reduzir em R$ 10 bilhões a meta de 2016. Levy já ameaçou deixar o governo caso houvesse mudança na meta. "Tem que focar na votação de medidas que são importantes e que foram mandadas há dois ou três meses [para o Congresso], afirmou Levy, ao chegar em evento da Apex (agência de promoção de exportações). "Ninguém vai querer se esconder atrás do Bolsa Família para não tomar as medidas necessárias para o Brasil ir no rumo correto, de preservação dos empregos e de estabilidade e tranquilidade para as famílias." RESULTADOS NEGATIVOS - Receitas menos despesas, excluindo gastos com juros, em % do PIB DIVERGÊNCIAS A meta original do governo, defendida por Levy como essencial, é que o setor público economize 0,7% do PIB, o equivalente a R$ 43,8 bilhões. O líder do governo na Comissão de Orçamento, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), porém, afirmou que irá apresentar uma emenda à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para reduzir a meta de superavit fiscal de 2016. A LDO define qual deve ser a economia nas contas públicas em porcentual dos PIB e faz algumas projeções sobre receitas e gastos do governo. Com base nisso, o Orçamento estabelece a arrecadação e os gastos para o ano. Na sexta (11), o relator do Orçamento de 2016 no Congresso, deputado Ricardo Barros (PP-PR), havia oficializado a proposta de incluir no seu parecer o corte de R$ 10 bilhões do Bolsa Família. Para evitar esse corte, Pimenta defende que os R$ 34,4 bilhões que a União deveria economizar para cumprir meta de 0,7% do PIB sejam reduzidos para R$ 24,4 bilhões. O Palácio do Planalto espera aprovar a LDO do ano que vem, na qual deve constar o percentual da meta fiscal de 2016, nesta terça. PALAVRA FINAL Dois ministros disseram ontem à Folha que a presidente tende a reduzir a meta, mas uma decisão final será tomada nesta terça (15) em reunião da Junta Orçamentária, com Jaques Wagner (Casa Civil), Levy e Nelson Barbosa (Planejamento). Assessores disseram que, para evitar uma crise com o ministro da Fazenda, a presidente ainda pode discutir novos cortes no Orçamento ou aumento de receita, para tentar evitar um corte na meta. Um assessor disse que a presidente, neste momento, não quer gerar uma situação que leve seu ministro da Fazenda a deixar o governo. * CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS Entenda o que levou o país ao deficit primário e por que ele é ruim Causas 1. Os gastos do governo superaram a arrecadação, em queda devido à crise econômica 2. As pedaladas fiscais de 2014 precisaram ser contabilizadas neste ano, aumentando o rombo nas contas do governo. O deficit deve chegar a R$ 120 bilhões 3. As medidas de ajuste fiscal do governo demoraram a ser aprovadas no Congresso, adiando o corte de gastos Consequências 1. A dívida pública cresce quando os gastos do governo são maiores do que o valor que ele consegue arrecadar 2. A dívida crescente reduz a nota de crédito do país e, com isso, os juros cobrados por credores, agravando a recessão; o dólar tende a subir 3. A dificuldade em reduzir o gasto público impulsiona a inflação, que ultrapassou os 10% em 12 meses até novembro; o dólar em alta eleva preços 4. Para fechar as contas, o governo precisa aumentar impostos ou cortar gastos, o que pode resultar em mais desemprego
mercado
Mudar meta fiscal para manter Bolsa Família é 'inconveniente', diz LevyO ministro Joaquim Levy (Fazenda) demonstrou discordância com a medida, cogitada pela presidente Dilma Rousseff, de alterar a meta de superavit primário do ano que vem para preservar o programa Bolsa Família. "Eu acho inconveniente", disse Levy ao ser questionado por jornalistas sobre a possibilidade de o governo alterar a meta fiscal do ano que vem. "Acho um equívoco achar que essa mistura de que a meta [fiscal de 2016] por causa do Bolsa Família não fica de pé. A meta é a meta e o Bolsa Família é o Bolsa Família." Conforme a Folha noticiou nesta terça-feira (15), para evitar o corte, o governo estuda reduzir em R$ 10 bilhões a meta de 2016. Levy já ameaçou deixar o governo caso houvesse mudança na meta. "Tem que focar na votação de medidas que são importantes e que foram mandadas há dois ou três meses [para o Congresso], afirmou Levy, ao chegar em evento da Apex (agência de promoção de exportações). "Ninguém vai querer se esconder atrás do Bolsa Família para não tomar as medidas necessárias para o Brasil ir no rumo correto, de preservação dos empregos e de estabilidade e tranquilidade para as famílias." RESULTADOS NEGATIVOS - Receitas menos despesas, excluindo gastos com juros, em % do PIB DIVERGÊNCIAS A meta original do governo, defendida por Levy como essencial, é que o setor público economize 0,7% do PIB, o equivalente a R$ 43,8 bilhões. O líder do governo na Comissão de Orçamento, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), porém, afirmou que irá apresentar uma emenda à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para reduzir a meta de superavit fiscal de 2016. A LDO define qual deve ser a economia nas contas públicas em porcentual dos PIB e faz algumas projeções sobre receitas e gastos do governo. Com base nisso, o Orçamento estabelece a arrecadação e os gastos para o ano. Na sexta (11), o relator do Orçamento de 2016 no Congresso, deputado Ricardo Barros (PP-PR), havia oficializado a proposta de incluir no seu parecer o corte de R$ 10 bilhões do Bolsa Família. Para evitar esse corte, Pimenta defende que os R$ 34,4 bilhões que a União deveria economizar para cumprir meta de 0,7% do PIB sejam reduzidos para R$ 24,4 bilhões. O Palácio do Planalto espera aprovar a LDO do ano que vem, na qual deve constar o percentual da meta fiscal de 2016, nesta terça. PALAVRA FINAL Dois ministros disseram ontem à Folha que a presidente tende a reduzir a meta, mas uma decisão final será tomada nesta terça (15) em reunião da Junta Orçamentária, com Jaques Wagner (Casa Civil), Levy e Nelson Barbosa (Planejamento). Assessores disseram que, para evitar uma crise com o ministro da Fazenda, a presidente ainda pode discutir novos cortes no Orçamento ou aumento de receita, para tentar evitar um corte na meta. Um assessor disse que a presidente, neste momento, não quer gerar uma situação que leve seu ministro da Fazenda a deixar o governo. * CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS Entenda o que levou o país ao deficit primário e por que ele é ruim Causas 1. Os gastos do governo superaram a arrecadação, em queda devido à crise econômica 2. As pedaladas fiscais de 2014 precisaram ser contabilizadas neste ano, aumentando o rombo nas contas do governo. O deficit deve chegar a R$ 120 bilhões 3. As medidas de ajuste fiscal do governo demoraram a ser aprovadas no Congresso, adiando o corte de gastos Consequências 1. A dívida pública cresce quando os gastos do governo são maiores do que o valor que ele consegue arrecadar 2. A dívida crescente reduz a nota de crédito do país e, com isso, os juros cobrados por credores, agravando a recessão; o dólar tende a subir 3. A dificuldade em reduzir o gasto público impulsiona a inflação, que ultrapassou os 10% em 12 meses até novembro; o dólar em alta eleva preços 4. Para fechar as contas, o governo precisa aumentar impostos ou cortar gastos, o que pode resultar em mais desemprego
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Vai ter de aumentar tributo para sair da crise, diz Dilma
A presidente Dilma Rousseff, falando num cenário de vitória na votação do impeachment e, neste caso, em medidas que estuda para tirar o país da recessão, afirmou: "Vai ter de aumentar tributo, nenhum país sai de crise sem aumentar tributo". A petista disse que não estava falando apenas da recriação da CPMF, que está em tramitação no Congresso, mas também de outros tributos. Ela não quis, porém, detalhar quais outros impostos teriam de ser aumentados. Questionada se estava falando em aumentar as alíquotas do Imposto de Renda da Pessoa Física, em avaliação pelo Ministério da Fazenda, Dilma Rousseff disse que não iria comentar o tema. Durante a entrevista, a presidente afirmou, porém, que o Brasil tem uma política tributária "regressiva" e que precisava torná-la mais "progressiva". "No Brasil, nosso sistema é regressivo, teríamos de fazer uma discussão sobre como torná-lo mais progressivo", disse a presidente. A presidente voltou também a defender a aprovação da recriação da CPMF. "Eu não veja saída sem a CPMF", disse, admitindo logo em seguida que não bastará aprovar a volta do imposto do cheque para reequilibrar as contas públicas e, principalmente, aumentar o investimento público. Na conversa com os jornalistas, no Palácio do Planalto, a presidente, apesar de afirmar que seu governo promoveu cortes significativos, fez questão de ressaltar que redução de gasto não é o melhor caminho para o país. "É muito recessiva a redução de gastos do governo", afirmou ela, acrescentando, porém, que a União terá de buscar o reequilíbrio das contas públicas. Nesse momento, alertou para a possibilidade de o governo sair derrotado em propostas que mudam a renegociação das dívidas estaduais. Segundo ela, se for aprovada a medida que reajusta as dívidas estaduais por juros simples em vez de composto, será criado um rombo de R$ 300 bilhões. Além de esta proposta estar sendo debatida no Congresso, Estados conseguiram liminares no STF (Supremo Tribunal Federal) nesse sentido.
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Vai ter de aumentar tributo para sair da crise, diz DilmaA presidente Dilma Rousseff, falando num cenário de vitória na votação do impeachment e, neste caso, em medidas que estuda para tirar o país da recessão, afirmou: "Vai ter de aumentar tributo, nenhum país sai de crise sem aumentar tributo". A petista disse que não estava falando apenas da recriação da CPMF, que está em tramitação no Congresso, mas também de outros tributos. Ela não quis, porém, detalhar quais outros impostos teriam de ser aumentados. Questionada se estava falando em aumentar as alíquotas do Imposto de Renda da Pessoa Física, em avaliação pelo Ministério da Fazenda, Dilma Rousseff disse que não iria comentar o tema. Durante a entrevista, a presidente afirmou, porém, que o Brasil tem uma política tributária "regressiva" e que precisava torná-la mais "progressiva". "No Brasil, nosso sistema é regressivo, teríamos de fazer uma discussão sobre como torná-lo mais progressivo", disse a presidente. A presidente voltou também a defender a aprovação da recriação da CPMF. "Eu não veja saída sem a CPMF", disse, admitindo logo em seguida que não bastará aprovar a volta do imposto do cheque para reequilibrar as contas públicas e, principalmente, aumentar o investimento público. Na conversa com os jornalistas, no Palácio do Planalto, a presidente, apesar de afirmar que seu governo promoveu cortes significativos, fez questão de ressaltar que redução de gasto não é o melhor caminho para o país. "É muito recessiva a redução de gastos do governo", afirmou ela, acrescentando, porém, que a União terá de buscar o reequilíbrio das contas públicas. Nesse momento, alertou para a possibilidade de o governo sair derrotado em propostas que mudam a renegociação das dívidas estaduais. Segundo ela, se for aprovada a medida que reajusta as dívidas estaduais por juros simples em vez de composto, será criado um rombo de R$ 300 bilhões. Além de esta proposta estar sendo debatida no Congresso, Estados conseguiram liminares no STF (Supremo Tribunal Federal) nesse sentido.
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No Twitter, Elano diz que assina contrato com o Santos na sexta
O meio-campista Elano, 33, afirmou nesta quarta-feira (14) que está de volta ao Santos. De acordo com o jogador, a assinatura do contrato será na sexta-feira (16). "Bom http://dia.Com grande alegria no coração. Sexta feira apresento no CTReiPele para exames e assinar o contrato", disse o jogador, que vestirá a camisa do clube pela terceira vez na carreira. Elano ganhou projeção no futebol no próprio time alvinegro, quando conquistou o bicampeonato brasileiro (2002 e 2004). Em 2005, o jogador se transferiu para o Shakhtar Donetsk. Ele ainda jogou pelo Manchester City e Galatasaray. O meio-campista retornou ao Santos e conquistou o título da Libertadores-2011. No ano seguinte, acertou com o Grêmio e passou pelo Flamengo. No ano passado, vestiu a camisa do Chennaiyin, da Índia. O Santos ainda não confirmou oficialmente a negociação, mas diz que está apalavrado. Até o momento, o clube já contratou o Chiquinho e Ricardo Oliveira
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No Twitter, Elano diz que assina contrato com o Santos na sextaO meio-campista Elano, 33, afirmou nesta quarta-feira (14) que está de volta ao Santos. De acordo com o jogador, a assinatura do contrato será na sexta-feira (16). "Bom http://dia.Com grande alegria no coração. Sexta feira apresento no CTReiPele para exames e assinar o contrato", disse o jogador, que vestirá a camisa do clube pela terceira vez na carreira. Elano ganhou projeção no futebol no próprio time alvinegro, quando conquistou o bicampeonato brasileiro (2002 e 2004). Em 2005, o jogador se transferiu para o Shakhtar Donetsk. Ele ainda jogou pelo Manchester City e Galatasaray. O meio-campista retornou ao Santos e conquistou o título da Libertadores-2011. No ano seguinte, acertou com o Grêmio e passou pelo Flamengo. No ano passado, vestiu a camisa do Chennaiyin, da Índia. O Santos ainda não confirmou oficialmente a negociação, mas diz que está apalavrado. Até o momento, o clube já contratou o Chiquinho e Ricardo Oliveira
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Turistas ignoram pedido, e Paris reforça luta contra 'cadeados do amor'
A prefeitura de Paris quer que a cidade continue sendo "a capital do romantismo e do amor" –desde que não haja mais (e definitivamente) cadeados em suas pontes. De acordo com a agência AFP, as autoridades da capital francesa vão relançar a campanha para dissuadir turistas da prática de pendurar cadeados para deixar um testemunho de seu amor. No ano passado, a prefeitura de Paris dedicou esforços para acabar com a moda, depois que, em 2014, a grade de uma ponte desabou, provavelmente por causa do peso dos itens. A empreitada envolveu a remoção de quase 70 toneladas de cadeados e a instalação de painéis de acrílico para proteger as grades em locais como a Pont des Arts. Ocorre que os turistas não deram ouvidos aos pedidos das autoridades e só mudaram o lugar da exibição de seu "amor lacrado" –para, por exemplo, a Pont Neuf, a mais antiga da cidade, a 400 metros de distância, e as pontes Alexandre 3º e Simone de Beauvoir. "Nos próximos dias serão instalados painéis e uma sinalização especial no chão de várias pontes, especialmente na Pont Neuf", disse, na terça-feira (2) Bruno Julliard, vice-prefeito da capital francesa e responsável pela área de Cultura, depois de uma reunião técnica para discutir o tema. Segundo o jornal francês "Le Parisien", os cartazes dirão, em inglês e francês, frases como "Sem cadeados, Paris agradece" ou "Declare seu amor de outra maneira". Julliard acusa os pequenos objetos de "obstruir as vistas do rio Sena" e de configurar um risco à segurança local, pelo perigo de desabamento. "Paris é uma cidade muito romântica, em particular no Sena e em suas pontes, mas é necessário proteger o patrimônio. Podemos declarar nosso amor de outro jeito que não com um cadeado", afirmou. De acordo com o "Le Parisien", outras medidas serão tomadas depois da "rentrée", a volta das férias de verão, mas elas ainda serão decididas com as equipes técnicas e arquitetos especializados no patrimônio local.
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Turistas ignoram pedido, e Paris reforça luta contra 'cadeados do amor'A prefeitura de Paris quer que a cidade continue sendo "a capital do romantismo e do amor" –desde que não haja mais (e definitivamente) cadeados em suas pontes. De acordo com a agência AFP, as autoridades da capital francesa vão relançar a campanha para dissuadir turistas da prática de pendurar cadeados para deixar um testemunho de seu amor. No ano passado, a prefeitura de Paris dedicou esforços para acabar com a moda, depois que, em 2014, a grade de uma ponte desabou, provavelmente por causa do peso dos itens. A empreitada envolveu a remoção de quase 70 toneladas de cadeados e a instalação de painéis de acrílico para proteger as grades em locais como a Pont des Arts. Ocorre que os turistas não deram ouvidos aos pedidos das autoridades e só mudaram o lugar da exibição de seu "amor lacrado" –para, por exemplo, a Pont Neuf, a mais antiga da cidade, a 400 metros de distância, e as pontes Alexandre 3º e Simone de Beauvoir. "Nos próximos dias serão instalados painéis e uma sinalização especial no chão de várias pontes, especialmente na Pont Neuf", disse, na terça-feira (2) Bruno Julliard, vice-prefeito da capital francesa e responsável pela área de Cultura, depois de uma reunião técnica para discutir o tema. Segundo o jornal francês "Le Parisien", os cartazes dirão, em inglês e francês, frases como "Sem cadeados, Paris agradece" ou "Declare seu amor de outra maneira". Julliard acusa os pequenos objetos de "obstruir as vistas do rio Sena" e de configurar um risco à segurança local, pelo perigo de desabamento. "Paris é uma cidade muito romântica, em particular no Sena e em suas pontes, mas é necessário proteger o patrimônio. Podemos declarar nosso amor de outro jeito que não com um cadeado", afirmou. De acordo com o "Le Parisien", outras medidas serão tomadas depois da "rentrée", a volta das férias de verão, mas elas ainda serão decididas com as equipes técnicas e arquitetos especializados no patrimônio local.
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LG e Samsung fornecerão telas oled, mais finas que atuais, para o iPhone
A coreana LG Display e a unidade de painéis da Samsung fornecerão telas com lâmpadas de diodo (oled) para os iPhones da Apple, informou o "Eletronic Times". A notícia vem após anos de especulações de que a Apple começará a usar a tecnologia de última geração em seus telefones. As telas oled são mais finas e oferecem melhor qualidade de imagem que as telas de cristal líquido. O jornal japonês "Nikkei" informou no mês passado que a Apple estava planejando começar a usar telas oled para iPhones a partir em 2018. LG e Samsung estão perto de um acordo final com a Apple para as telas, afirmou a reportagem do "Times", adicionando que as duas coreanas planejam despesas combinadas de cerca de US$ 12,8 bilhões em investimentos para ter capacidade de produção de telas oled nos próximos anos. A Apple provavelmente vai fornecer algum financiamento para ajudar as empresas com os investimentos, o jornal acrescentou. LG Display e Samsung se recusaram a comentar. A Apple não pôde ser imediatamente contatada para comentar o assunto.
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LG e Samsung fornecerão telas oled, mais finas que atuais, para o iPhoneA coreana LG Display e a unidade de painéis da Samsung fornecerão telas com lâmpadas de diodo (oled) para os iPhones da Apple, informou o "Eletronic Times". A notícia vem após anos de especulações de que a Apple começará a usar a tecnologia de última geração em seus telefones. As telas oled são mais finas e oferecem melhor qualidade de imagem que as telas de cristal líquido. O jornal japonês "Nikkei" informou no mês passado que a Apple estava planejando começar a usar telas oled para iPhones a partir em 2018. LG e Samsung estão perto de um acordo final com a Apple para as telas, afirmou a reportagem do "Times", adicionando que as duas coreanas planejam despesas combinadas de cerca de US$ 12,8 bilhões em investimentos para ter capacidade de produção de telas oled nos próximos anos. A Apple provavelmente vai fornecer algum financiamento para ajudar as empresas com os investimentos, o jornal acrescentou. LG Display e Samsung se recusaram a comentar. A Apple não pôde ser imediatamente contatada para comentar o assunto.
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Ajuda começa a chegar a áreas remotas 4 dias após tremor no Nepal
Regiões remotas do Nepal começaram a receber ajuda humanitária nesta quarta-feira (29), quatro dias depois do terremoto de magnitude 7,8 que deixou milhares de mortos e devastou o país himalaio. As autoridades encontram dificuldades para chegar a essas áreas pelas limitações das equipes de busca e porque muitas estradas ficaram bloqueadas após deslizamentos de terra provocados pelos tremores. Muitas dessas regiões estão incomunicáveis e sem acesso à eletricidade, agravando a sua situação humanitária. A demora em alcançar essas áreas diminui a chance de que sobreviventes sejam encontrados entre os escombros de casas e prédios destruídos. Segundo o porta-voz do Ministério do Interior nepalês, Laxmi Prasad Dhakal, as autoridades não são "capazes de calcular a situação" geral da catástrofe, pois "comunidades inteiras de regiões remotas ficaram danificadas" "Não sabemos quanta gente havia nesses lugares quando aconteceu o terremoto", adicionou o porta-voz. As autoridades estimam que o número de mortos na tragédia possa chegar a 10 mil, o dobro do contabilizado até agora. Assista Helicópteros de busca aproveitam tréguas na chuva para ir até regiões montanhosas. Uma equipe de resgate pousou em Darkha, a cerca de cem quilômetros da capital, Katmandu, e entregou caixas com mantimentos, além de buscar pessoas que aguardavam por tratamento médico -entre elas, Ek Bahadur Thapa, 69, que sofreu ferimentos nas pernas durante o terremoto no sábado (25). Segundo Dhakal, 1.120 feridos foram transportados de helicóptero até Katmandu, até agora, para receber atendimento médico. O governo estima que mais de 10 mil pessoas estejam feridas por conta dos tremores que, segundo as Nações Unidas, afetaram pelo menos 8 milhões de nepaleses. Em Katmandu, moradores protestam contra a demora do governo em oferecer ajuda, tendo sido registrados confronto com policiais. Muitas pessoas abandonaram as suas casas com medo de novos abalos, ocupando áreas públicas e privadas com tendas improvisadas. Milhares de pessoas optam, ainda, por fugir da capital, provocando um êxodo massivo e longas filas de espera por ônibus. Segundo o "Guardian", pelo menos 100 mil pessoas já abandonaram a cidade, número que pode chegar a 300 mil -a população de Katmandu é de cerca de 1,7 milhão de pessoas.
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Ajuda começa a chegar a áreas remotas 4 dias após tremor no NepalRegiões remotas do Nepal começaram a receber ajuda humanitária nesta quarta-feira (29), quatro dias depois do terremoto de magnitude 7,8 que deixou milhares de mortos e devastou o país himalaio. As autoridades encontram dificuldades para chegar a essas áreas pelas limitações das equipes de busca e porque muitas estradas ficaram bloqueadas após deslizamentos de terra provocados pelos tremores. Muitas dessas regiões estão incomunicáveis e sem acesso à eletricidade, agravando a sua situação humanitária. A demora em alcançar essas áreas diminui a chance de que sobreviventes sejam encontrados entre os escombros de casas e prédios destruídos. Segundo o porta-voz do Ministério do Interior nepalês, Laxmi Prasad Dhakal, as autoridades não são "capazes de calcular a situação" geral da catástrofe, pois "comunidades inteiras de regiões remotas ficaram danificadas" "Não sabemos quanta gente havia nesses lugares quando aconteceu o terremoto", adicionou o porta-voz. As autoridades estimam que o número de mortos na tragédia possa chegar a 10 mil, o dobro do contabilizado até agora. Assista Helicópteros de busca aproveitam tréguas na chuva para ir até regiões montanhosas. Uma equipe de resgate pousou em Darkha, a cerca de cem quilômetros da capital, Katmandu, e entregou caixas com mantimentos, além de buscar pessoas que aguardavam por tratamento médico -entre elas, Ek Bahadur Thapa, 69, que sofreu ferimentos nas pernas durante o terremoto no sábado (25). Segundo Dhakal, 1.120 feridos foram transportados de helicóptero até Katmandu, até agora, para receber atendimento médico. O governo estima que mais de 10 mil pessoas estejam feridas por conta dos tremores que, segundo as Nações Unidas, afetaram pelo menos 8 milhões de nepaleses. Em Katmandu, moradores protestam contra a demora do governo em oferecer ajuda, tendo sido registrados confronto com policiais. Muitas pessoas abandonaram as suas casas com medo de novos abalos, ocupando áreas públicas e privadas com tendas improvisadas. Milhares de pessoas optam, ainda, por fugir da capital, provocando um êxodo massivo e longas filas de espera por ônibus. Segundo o "Guardian", pelo menos 100 mil pessoas já abandonaram a cidade, número que pode chegar a 300 mil -a população de Katmandu é de cerca de 1,7 milhão de pessoas.
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Laerte vai lançar novo livro com desenhos recentes e tiras dos anos 80
Depois de seis anos desde o lançamento de seu último livro, a cartunista Laerte Coutinho vai lançar em novembro uma nova obra, "Modelo Vivo", pela editora Boitempo. A publicação vai reunir histórias em quadrinhos escritas nos anos 1980 e 1990 e misturá-las com desenhos produzidos em 2013 e baseados em modelos vivos. Leia a coluna completa aqui
colunas
Laerte vai lançar novo livro com desenhos recentes e tiras dos anos 80Depois de seis anos desde o lançamento de seu último livro, a cartunista Laerte Coutinho vai lançar em novembro uma nova obra, "Modelo Vivo", pela editora Boitempo. A publicação vai reunir histórias em quadrinhos escritas nos anos 1980 e 1990 e misturá-las com desenhos produzidos em 2013 e baseados em modelos vivos. Leia a coluna completa aqui
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Regulamento prevê queda do Boca e Conmebol divulgará decisão nesta 6ª
A definição sobre as oitavas de final entre Boca Juniors e River Plate deverá ser tomada pela Conmebol nesta sexta-feira (15). A entidade convocou os membros do Tribunal Disciplinar da entidade para discutir os incidentes registrados na noite de quinta (14) durante o clássico argentino. O encontro teve início na manhã desta sexta na sede da Conmebol, no Paraguai. A partida entre os dois clubes argentinos, válida pelas oitavas de final da Libertadores, foi suspensa após torcedores do Boca Juniors lançarem gás de pimenta no túnel utilizado pelos jogadores do River Plate para retornar ao gramado após o intervalo. O regulamento disciplinar da Conmebol indica que para casos semelhantes o clube que tiver "responsabilidade ou negligência" será considerado perdedor da partida. "Qualquer equipe cuja responsabilidade se determine o resultado de uma partida, será considerado perdedor desse jogo por 3 a 0", diz o artigo 23 do regulamento disciplinar da entidade, publicado em 2014, que trata sobre "determinação do resultado de uma partida por responsabilidade ou negligência de uma das equipes". Mandante do jogo, o Boca Juniors poderá ser considerado negligente, já que foram seus torcedores que lançaram gás de pimenta nos jogadores do River Plate. Caso a entidade avalie que o clube não foi responsável ou negligente no caso, nova partida será marcada para a disputa dos 45 minutos restantes do jogo. O River ganhou a primeira partida da disputa por 1 a 0 no seu estádio, o Monumental de Nuñez. O vencedor do clássico argentino será o rival do Cruzeiro nas quartas de final da Libertadores. A decisão será tomada pelo Tribunal Disciplinar com base nos relatos da súmula do árbitro da partida.
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Regulamento prevê queda do Boca e Conmebol divulgará decisão nesta 6ªA definição sobre as oitavas de final entre Boca Juniors e River Plate deverá ser tomada pela Conmebol nesta sexta-feira (15). A entidade convocou os membros do Tribunal Disciplinar da entidade para discutir os incidentes registrados na noite de quinta (14) durante o clássico argentino. O encontro teve início na manhã desta sexta na sede da Conmebol, no Paraguai. A partida entre os dois clubes argentinos, válida pelas oitavas de final da Libertadores, foi suspensa após torcedores do Boca Juniors lançarem gás de pimenta no túnel utilizado pelos jogadores do River Plate para retornar ao gramado após o intervalo. O regulamento disciplinar da Conmebol indica que para casos semelhantes o clube que tiver "responsabilidade ou negligência" será considerado perdedor da partida. "Qualquer equipe cuja responsabilidade se determine o resultado de uma partida, será considerado perdedor desse jogo por 3 a 0", diz o artigo 23 do regulamento disciplinar da entidade, publicado em 2014, que trata sobre "determinação do resultado de uma partida por responsabilidade ou negligência de uma das equipes". Mandante do jogo, o Boca Juniors poderá ser considerado negligente, já que foram seus torcedores que lançaram gás de pimenta nos jogadores do River Plate. Caso a entidade avalie que o clube não foi responsável ou negligente no caso, nova partida será marcada para a disputa dos 45 minutos restantes do jogo. O River ganhou a primeira partida da disputa por 1 a 0 no seu estádio, o Monumental de Nuñez. O vencedor do clássico argentino será o rival do Cruzeiro nas quartas de final da Libertadores. A decisão será tomada pelo Tribunal Disciplinar com base nos relatos da súmula do árbitro da partida.
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Autoimperialista, o Brasil volta-se contra o próprio Brasil
No artigo "Escracho", publicado em 26/7 nesta Folha, a jornalista Eleonora de Lucena alertou-nos de forma brilhante para o "tiro no pé" da elite brasileira, que hoje "abandona qualquer esboço de projeto de país". Eventos recentes parecem remeter-nos a uma sina nacional. Em livro recém-publicado, Benjamin Moser já observava que "o imperialismo –autoimperialismo, um país conquistando-se a si mesmo, invadindo-se a si mesmo– conferiu à história brasileira uma homogeneidade singular. Como algumas doenças autoimunes –lúpus, por exemplo– fazem com que o corpo ataque suas próprias células saudáveis, há países que se voltam contra si próprios". Ao contrário dos países imperialistas cujos adversários são estrangeiros, "a ameaça, no Brasil, era sempre interna. (...) O Brasil invadia-se a si mesmo". A experiência do país em meados dos anos 2000, quando a redução das desigualdades salariais e o crescimento econômico retroalimentavam-se em um círculo virtuoso –que beneficiou não apenas os mais pobres mas também as elites–, não parece mesmo ter sido suficiente para convencê-las de uma vez por todas de que a democracia e a inclusão social rendem bons frutos. Pior. Das desonerações e subsídios do primeiro mandato ao ajuste fiscal no segundo, o governo Dilma cumpriu à risca a lista de exigências das elites, que só fazia aumentar. Nem o desemprego galopante e a queda rápida dos salários dos trabalhadores menos qualificados ajudaram a resgatar o país de seus captores. Os patos, ao contrário, continuaram multiplicando-se na av. Paulista e no Eixo Monumental. Se conseguir livrar-se de uma certa síndrome de Estocolmo, a esquerda brasileira pode aproveitar-se da derrota histórica para unir-se à autocrítica feita hoje por muitos social-democratas no mundo. Ao tratar de ameaças como o crescimento da extrema direita na Europa ou da candidatura de Donald Trump nos EUA, Dani Rodrik, professor de economia política na Harvard Kennedy School, alertou em artigo publicado em 18/5 no jornal "Valor Econômico": "A economistas e tecnocratas de esquerda cabe grande parte da culpa (...), cederam muito facilmente ao fundamentalismo de mercado e incorporaram seus princípios centrais". No paradoxo apontado pelo economista, "ondas anteriores de reformas de esquerda –keynesianismo, social-democracia, Estado de bem-estar– salvaram o capitalismo de si mesmo e na prática tornaram-se, a si mesmas, supérfluas". Algumas décadas depois, após o evidente fracasso da hiperglobalização –muitas vezes aprofundada por governos ditos social-democratas– em solucionar conflitos inerentes ao capitalismo, Rodrik defende uma nova resposta econômica programática da esquerda como única saída para sanar as divisões na sociedade. "A boa notícia é que o vácuo intelectual da esquerda está sendo preenchido, e não há mais nenhuma razão para acreditar na tirania do 'não há alternativas'", conclama. Economistas progressistas de dentro e de fora do mainstream vêm trabalhando em propostas cada vez mais radicais, algumas das quais foram incorporadas até mesmo na plataforma de Hillary Clinton, graças à força da candidatura de Bernie Sanders nas primárias norte-americanas. Democratas de todo o mundo: uni-vos!
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Autoimperialista, o Brasil volta-se contra o próprio BrasilNo artigo "Escracho", publicado em 26/7 nesta Folha, a jornalista Eleonora de Lucena alertou-nos de forma brilhante para o "tiro no pé" da elite brasileira, que hoje "abandona qualquer esboço de projeto de país". Eventos recentes parecem remeter-nos a uma sina nacional. Em livro recém-publicado, Benjamin Moser já observava que "o imperialismo –autoimperialismo, um país conquistando-se a si mesmo, invadindo-se a si mesmo– conferiu à história brasileira uma homogeneidade singular. Como algumas doenças autoimunes –lúpus, por exemplo– fazem com que o corpo ataque suas próprias células saudáveis, há países que se voltam contra si próprios". Ao contrário dos países imperialistas cujos adversários são estrangeiros, "a ameaça, no Brasil, era sempre interna. (...) O Brasil invadia-se a si mesmo". A experiência do país em meados dos anos 2000, quando a redução das desigualdades salariais e o crescimento econômico retroalimentavam-se em um círculo virtuoso –que beneficiou não apenas os mais pobres mas também as elites–, não parece mesmo ter sido suficiente para convencê-las de uma vez por todas de que a democracia e a inclusão social rendem bons frutos. Pior. Das desonerações e subsídios do primeiro mandato ao ajuste fiscal no segundo, o governo Dilma cumpriu à risca a lista de exigências das elites, que só fazia aumentar. Nem o desemprego galopante e a queda rápida dos salários dos trabalhadores menos qualificados ajudaram a resgatar o país de seus captores. Os patos, ao contrário, continuaram multiplicando-se na av. Paulista e no Eixo Monumental. Se conseguir livrar-se de uma certa síndrome de Estocolmo, a esquerda brasileira pode aproveitar-se da derrota histórica para unir-se à autocrítica feita hoje por muitos social-democratas no mundo. Ao tratar de ameaças como o crescimento da extrema direita na Europa ou da candidatura de Donald Trump nos EUA, Dani Rodrik, professor de economia política na Harvard Kennedy School, alertou em artigo publicado em 18/5 no jornal "Valor Econômico": "A economistas e tecnocratas de esquerda cabe grande parte da culpa (...), cederam muito facilmente ao fundamentalismo de mercado e incorporaram seus princípios centrais". No paradoxo apontado pelo economista, "ondas anteriores de reformas de esquerda –keynesianismo, social-democracia, Estado de bem-estar– salvaram o capitalismo de si mesmo e na prática tornaram-se, a si mesmas, supérfluas". Algumas décadas depois, após o evidente fracasso da hiperglobalização –muitas vezes aprofundada por governos ditos social-democratas– em solucionar conflitos inerentes ao capitalismo, Rodrik defende uma nova resposta econômica programática da esquerda como única saída para sanar as divisões na sociedade. "A boa notícia é que o vácuo intelectual da esquerda está sendo preenchido, e não há mais nenhuma razão para acreditar na tirania do 'não há alternativas'", conclama. Economistas progressistas de dentro e de fora do mainstream vêm trabalhando em propostas cada vez mais radicais, algumas das quais foram incorporadas até mesmo na plataforma de Hillary Clinton, graças à força da candidatura de Bernie Sanders nas primárias norte-americanas. Democratas de todo o mundo: uni-vos!
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Ministério Público abre inquéritos para investigar tragédia de Janaúba
O Ministério Público de Minas Gerais instaurou na sexta-feira inquéritos para investigar os fatos relacionados ao ataque incendiário que matou oito crianças e uma professora no centro de educação infantil Gente Inocente, em Janaúba (MG), a 554 km de Belo Horizonte. A tragédia foi provocada pelo vigia Damião Soares dos Santos, 50, que ateou fogo em si mesmo e nos alunos. Um dos inquéritos tem o objetivo de garantir a assistência material e psicológica para as vítimas do ataque e suas famílias. Foi feito contato com a Cruz Vermelha com o objetivo de estruturar uma missão para prestar assistência médica e psicológica e proporcionar a recuperação física e emocional das pessoas afetadas. Também foi instaurado um inquérito para fiscalizar a destinação dos recursos doados na conta bancária aberta após a tragédia. O objetivo é garantir que os valores sejam usados unicamente para amparar as vítimas. Segundo o Ministério Público, o fluxo de recursos será avaliado semanalmente e haverá uma prestação de contas detalhada todo mês. Um terceiro inquérito vai apurar se o vigia era portador de alguma doença ou transtorno mental que o tornasse não recomendado para o exercício da função na creche. Também será investigado se ocorreu alguma falha por parte do poder público municipal em relação à avaliação e tratamento de disfunção de consciência que havia sido apontado em Damião. Segundo o Ministério Público, Damião compareceu à Promotoria de Justiça de Janaúba em junho de 2014 porque suspeitava que sua mãe colocava substâncias tóxicas em sua comida. Por causa disso, foi realizado um estudo social pelo Centro de Referência Especializado em Assistência Social. O estudo mostrou que o núcleo familiar era regular, mas o vigia apresentava disfunção de consciência. Também serão investigadas as condições do prédio onde a creche funcionava. Serão analisados a segurança estrutural, plano de fuga e estratégia de combate a incêndios. Além disso, a Coordenadoria da Infância do Norte de Minas instaurou procedimento para fazer um levantamento cadastral para apurar os danos e as necessidades das vítimas. Outra providência anunciada para os próximas dias é uma reunião com a comunidade escolar e o poder público com o objetivo de construir um plano de ação para a reinserção escolar dos alunos e dos profissionais que foram vítimas da tragédia.
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Ministério Público abre inquéritos para investigar tragédia de JanaúbaO Ministério Público de Minas Gerais instaurou na sexta-feira inquéritos para investigar os fatos relacionados ao ataque incendiário que matou oito crianças e uma professora no centro de educação infantil Gente Inocente, em Janaúba (MG), a 554 km de Belo Horizonte. A tragédia foi provocada pelo vigia Damião Soares dos Santos, 50, que ateou fogo em si mesmo e nos alunos. Um dos inquéritos tem o objetivo de garantir a assistência material e psicológica para as vítimas do ataque e suas famílias. Foi feito contato com a Cruz Vermelha com o objetivo de estruturar uma missão para prestar assistência médica e psicológica e proporcionar a recuperação física e emocional das pessoas afetadas. Também foi instaurado um inquérito para fiscalizar a destinação dos recursos doados na conta bancária aberta após a tragédia. O objetivo é garantir que os valores sejam usados unicamente para amparar as vítimas. Segundo o Ministério Público, o fluxo de recursos será avaliado semanalmente e haverá uma prestação de contas detalhada todo mês. Um terceiro inquérito vai apurar se o vigia era portador de alguma doença ou transtorno mental que o tornasse não recomendado para o exercício da função na creche. Também será investigado se ocorreu alguma falha por parte do poder público municipal em relação à avaliação e tratamento de disfunção de consciência que havia sido apontado em Damião. Segundo o Ministério Público, Damião compareceu à Promotoria de Justiça de Janaúba em junho de 2014 porque suspeitava que sua mãe colocava substâncias tóxicas em sua comida. Por causa disso, foi realizado um estudo social pelo Centro de Referência Especializado em Assistência Social. O estudo mostrou que o núcleo familiar era regular, mas o vigia apresentava disfunção de consciência. Também serão investigadas as condições do prédio onde a creche funcionava. Serão analisados a segurança estrutural, plano de fuga e estratégia de combate a incêndios. Além disso, a Coordenadoria da Infância do Norte de Minas instaurou procedimento para fazer um levantamento cadastral para apurar os danos e as necessidades das vítimas. Outra providência anunciada para os próximas dias é uma reunião com a comunidade escolar e o poder público com o objetivo de construir um plano de ação para a reinserção escolar dos alunos e dos profissionais que foram vítimas da tragédia.
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Maior medalhista olímpico, Robert Scheidt fica com a prata na vela
Maior medalhista olímpico do Brasil, o velejador Robert Scheidt, 42, conquistou neste sábado (18) a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Ele ficou em quinto na regata final e não conseguiu obter o tetra na classe Laser. O ouro foi conquistado pelo guatemalteco Juan Agüero. Scheidt obteve o resultado após ter maus resultados nas três primeiras regatas, de um total de 13. O velejador teve que recuperar-se nas provas seguintes e chegou na última com chance de conquistar o ouro. Mas ele não veio. "Estava com dificuldade de ler as condições de vento. Aos poucos fui me soltando mais, sendo mais agressivo na largada e velejando mais em cima dos adversários. Isso me fez melhorar. Fui crescendo ao longo da competição", disse Scheidt, após a última regata. O velejador poderia ter conseguido o tetracampeonato na classe Laser. Ele acumula agora três ouros e duas pratas em Pan. Ele afirmou que este deve ser o último pódio no evento, do qual não deve mais participar. "Provavelmente é meu último Pan. Foi uma honra representar o país mais uma vez, conquistar mais uma medalha. Quando você vem para uma competição dessa o objetivo é sempre sair com uma medalha. Claro que queria a medalha de ouro, mas sair com uma medalha é um resultado positivo para mim", disse Scheidt. Dono de cinco medalhas olímpicas, Scheidt espera confirmar a vaga para a Olimpíada de 2016 no evento-teste que ocorre no Rio em agosto. BRONZE Na classe Laser Radial, Fernanda Decnop, 28, conquistou a medalha de bronze. Ela terminou a série de 13 regatas empatada com a uruguaia Dolores Moreira, mas perdeu a prata por ter ficado atrás da adversária na última prova –usada como critério de desempate. Apesar disso, Decnop se mostrou muito satisfeita com seu desempenho. Garantindo uma medalha em seu primeiro Pan, ela disse que foi o melhor resultado da carreira. "O dia estava difícil hoje. Tinha que tomar conta da argentina [Lucia Falasca] e da uruguaia, para que não me passassem. Mas estou muito feliz com o bronze. É o meu primeiro Pan Americano, estou muito feliz por uma medalha. É o melhor resultado da minha carreira. A prata estava no meu peito, e era só segurar as pontas. Mas ela velejou muito bem e isso faz parte do jogo." CONFIRA AS MEDALHAS DO BRASIL NO PAN-2015 Crédito: Editoria de Arte/Folhapress
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Maior medalhista olímpico, Robert Scheidt fica com a prata na velaMaior medalhista olímpico do Brasil, o velejador Robert Scheidt, 42, conquistou neste sábado (18) a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Ele ficou em quinto na regata final e não conseguiu obter o tetra na classe Laser. O ouro foi conquistado pelo guatemalteco Juan Agüero. Scheidt obteve o resultado após ter maus resultados nas três primeiras regatas, de um total de 13. O velejador teve que recuperar-se nas provas seguintes e chegou na última com chance de conquistar o ouro. Mas ele não veio. "Estava com dificuldade de ler as condições de vento. Aos poucos fui me soltando mais, sendo mais agressivo na largada e velejando mais em cima dos adversários. Isso me fez melhorar. Fui crescendo ao longo da competição", disse Scheidt, após a última regata. O velejador poderia ter conseguido o tetracampeonato na classe Laser. Ele acumula agora três ouros e duas pratas em Pan. Ele afirmou que este deve ser o último pódio no evento, do qual não deve mais participar. "Provavelmente é meu último Pan. Foi uma honra representar o país mais uma vez, conquistar mais uma medalha. Quando você vem para uma competição dessa o objetivo é sempre sair com uma medalha. Claro que queria a medalha de ouro, mas sair com uma medalha é um resultado positivo para mim", disse Scheidt. Dono de cinco medalhas olímpicas, Scheidt espera confirmar a vaga para a Olimpíada de 2016 no evento-teste que ocorre no Rio em agosto. BRONZE Na classe Laser Radial, Fernanda Decnop, 28, conquistou a medalha de bronze. Ela terminou a série de 13 regatas empatada com a uruguaia Dolores Moreira, mas perdeu a prata por ter ficado atrás da adversária na última prova –usada como critério de desempate. Apesar disso, Decnop se mostrou muito satisfeita com seu desempenho. Garantindo uma medalha em seu primeiro Pan, ela disse que foi o melhor resultado da carreira. "O dia estava difícil hoje. Tinha que tomar conta da argentina [Lucia Falasca] e da uruguaia, para que não me passassem. Mas estou muito feliz com o bronze. É o meu primeiro Pan Americano, estou muito feliz por uma medalha. É o melhor resultado da minha carreira. A prata estava no meu peito, e era só segurar as pontas. Mas ela velejou muito bem e isso faz parte do jogo." CONFIRA AS MEDALHAS DO BRASIL NO PAN-2015 Crédito: Editoria de Arte/Folhapress
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Após protestos, Romênia derruba decreto que liberava corrupção leve
O governo da Romênia anunciou neste sábado (4) a derrubada do decreto que descriminalizava corrupção com ganhos inferiores a R$ 146 mil, que provocou os maiores protestos vistos no país desde o fim do comunismo, em 1989. A medida foi anunciada na terça (31) pelo primeiro-ministro Sorin Grindeanu sem passar pelo Parlamento e deixou a população indignada, levando a manifestações com mais de 200 mil pessoas nas ruas das maiores cidades do país. Em cadeia de rádio e televisão, o chefe de governo anunciou que fará uma reunião de emergência do gabinete neste domingo (5) para avaliar como derrubar o decreto e fazer com que ele deixe de ter força de lei. Porém, Grindeanu anunciou que deverá levar a descriminalização ao Parlamento para debates, o que não deve diminuir a ira dos manifestantes. "Não quero dividir a Romênia. Neste momento, o país parece estar dividido em dois", disse. Além do debate no Legislativo, onde o governo tem a maioria, espera-se que Tribunal Constitucional do país também julgue a legalidade do decreto. Pela nova regra, quem cometer casos pequenos de corrupção não será preso. Dentre os beneficiários, está o líder do governista Partido Social-Democrata, Liviu Dragnea, acusado de abuso de poder por desvio de R$ 80 mil. Isso levou manifestantes às ruas, gritando "ladrões, ladrões", em referência aos políticos. Alguns cidadãos pediram a renúncia do governo. Diante da magnitude dos atos, o presidente Klaus Iohannis, que tem papel cerimonial, e o Conselho da Magistratura pediram à Suprema Corte que avaliasse a legalidade. Os protestos acontecem meses depois que o Partido Social-Democrata voltou ao poder, embora tenha sido derrubado um ano antes de ser derrubado devido a uma outra série de manifestações anticorrupção. O decreto também deve prejudicar a relação da Romênia com a União Europeia, que reclama do avanço no combate à corrupção. A agência anticorrupção romena investiga mais de 2.000 casos de abuso de poder.
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Após protestos, Romênia derruba decreto que liberava corrupção leveO governo da Romênia anunciou neste sábado (4) a derrubada do decreto que descriminalizava corrupção com ganhos inferiores a R$ 146 mil, que provocou os maiores protestos vistos no país desde o fim do comunismo, em 1989. A medida foi anunciada na terça (31) pelo primeiro-ministro Sorin Grindeanu sem passar pelo Parlamento e deixou a população indignada, levando a manifestações com mais de 200 mil pessoas nas ruas das maiores cidades do país. Em cadeia de rádio e televisão, o chefe de governo anunciou que fará uma reunião de emergência do gabinete neste domingo (5) para avaliar como derrubar o decreto e fazer com que ele deixe de ter força de lei. Porém, Grindeanu anunciou que deverá levar a descriminalização ao Parlamento para debates, o que não deve diminuir a ira dos manifestantes. "Não quero dividir a Romênia. Neste momento, o país parece estar dividido em dois", disse. Além do debate no Legislativo, onde o governo tem a maioria, espera-se que Tribunal Constitucional do país também julgue a legalidade do decreto. Pela nova regra, quem cometer casos pequenos de corrupção não será preso. Dentre os beneficiários, está o líder do governista Partido Social-Democrata, Liviu Dragnea, acusado de abuso de poder por desvio de R$ 80 mil. Isso levou manifestantes às ruas, gritando "ladrões, ladrões", em referência aos políticos. Alguns cidadãos pediram a renúncia do governo. Diante da magnitude dos atos, o presidente Klaus Iohannis, que tem papel cerimonial, e o Conselho da Magistratura pediram à Suprema Corte que avaliasse a legalidade. Os protestos acontecem meses depois que o Partido Social-Democrata voltou ao poder, embora tenha sido derrubado um ano antes de ser derrubado devido a uma outra série de manifestações anticorrupção. O decreto também deve prejudicar a relação da Romênia com a União Europeia, que reclama do avanço no combate à corrupção. A agência anticorrupção romena investiga mais de 2.000 casos de abuso de poder.
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As verdades de Cunha
BRASÍLIA - Com o broche de deputado na lapela, apesar de estar com o mandato suspenso por decisão do Supremo Tribunal Federal, Eduardo Cunha voltou nesta quinta (19) à Câmara para falar ao Conselho de Ética. Em quase sete horas de depoimento, ele negou ter mentido aos colegas, negou ter recebido propina, negou ter contas no exterior e negou que esteja dando as cartas no governo Michel Temer. A sessão terminou antes que negasse o próprio nome. "Eu não tenho conta no exterior", iniciou Cunha, ignorando tudo o que já foi revelado por procuradores do Brasil e da Suíça. O relator perguntou por que o nome da mãe dele era a senha registrada em formulários do banco Julius Baer. "Não é minha autoria. Não é minha letra", respondeu, sem mover um músculo da face. E por que o lobista João Henriques, preso na Lava Jato, disse ter transferido US$ 1 milhão para sua conta na Suíça?, questionou um deputado. "Isso não faz parte da representação", desconversou Cunha. O peemedebista insistiu na versão de que os milhões na Suíça não são dele, e sim de um trust. "O trust não tem dono, não é conta, não é investimento, não é patrimônio. O trust é uma benção!", ironizou o deputado Sandro Alex, do PSD. "Não existe bênção", respondeu Cunha, dono de uma empresa chamada Jesus.com. "Se o dinheiro dessa conta compra um vinho de US$ 1.000, eu pergunto: Quem bebe o vinho, o senhor ou o trust?", perguntou Júlio Delgado, do PSB. O depoente fingiu não ouvir. Em meio a tantas negativas, Cunha também ajudou a deixar algumas coisas mais explícitas. Depois de emplacar uma série de aliados no governo Temer, ele disse não ser responsável por nenhuma nomeação. "Não tem um alfinete indicado neste governo por Eduardo Cunha", afirmou, falando de si mesmo na terceira pessoa. "Eu não indiquei nem indico ninguém. Mas se eu o tivesse feito, eu teria legitimidade, porque é o meu partido que está no poder", disse. Será que agora ficou claro?
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As verdades de CunhaBRASÍLIA - Com o broche de deputado na lapela, apesar de estar com o mandato suspenso por decisão do Supremo Tribunal Federal, Eduardo Cunha voltou nesta quinta (19) à Câmara para falar ao Conselho de Ética. Em quase sete horas de depoimento, ele negou ter mentido aos colegas, negou ter recebido propina, negou ter contas no exterior e negou que esteja dando as cartas no governo Michel Temer. A sessão terminou antes que negasse o próprio nome. "Eu não tenho conta no exterior", iniciou Cunha, ignorando tudo o que já foi revelado por procuradores do Brasil e da Suíça. O relator perguntou por que o nome da mãe dele era a senha registrada em formulários do banco Julius Baer. "Não é minha autoria. Não é minha letra", respondeu, sem mover um músculo da face. E por que o lobista João Henriques, preso na Lava Jato, disse ter transferido US$ 1 milhão para sua conta na Suíça?, questionou um deputado. "Isso não faz parte da representação", desconversou Cunha. O peemedebista insistiu na versão de que os milhões na Suíça não são dele, e sim de um trust. "O trust não tem dono, não é conta, não é investimento, não é patrimônio. O trust é uma benção!", ironizou o deputado Sandro Alex, do PSD. "Não existe bênção", respondeu Cunha, dono de uma empresa chamada Jesus.com. "Se o dinheiro dessa conta compra um vinho de US$ 1.000, eu pergunto: Quem bebe o vinho, o senhor ou o trust?", perguntou Júlio Delgado, do PSB. O depoente fingiu não ouvir. Em meio a tantas negativas, Cunha também ajudou a deixar algumas coisas mais explícitas. Depois de emplacar uma série de aliados no governo Temer, ele disse não ser responsável por nenhuma nomeação. "Não tem um alfinete indicado neste governo por Eduardo Cunha", afirmou, falando de si mesmo na terceira pessoa. "Eu não indiquei nem indico ninguém. Mas se eu o tivesse feito, eu teria legitimidade, porque é o meu partido que está no poder", disse. Será que agora ficou claro?
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E se os pobres...
RIO DE JANEIRO - Os relativistas do massacre de 17 seres humanos em Paris usam, paradoxalmente, expressões totalizantes: "os muçulmanos" (todos eles oprimidos) reagiram a "os franceses" ou a "os europeus" (todos eles opressores). Como tergiversar com os miolos estourados dos outros é refresco, convém pensar numa situação brasileira. Nesta semana, duas jornalistas investiram em seus blogs contra "os pobres". Hildegard Angel sugeriu que, para se combater os assaltos nas praias do Rio, passem a ser cobrados ingressos dos banhistas e que se reduza o fluxo de ônibus rumo à orla. Silvia Pilz escreveu que pobre adora ficar doente por causa das "facilidades que os planos de saúde oferecem". Algumas passagens: "O pobre quer ter uma doença. Problema na tireoide, por exemplo, está na moda"; "a grande preocupação do pobre é procriar"; "eu acho que o sonho de muitos pobres é ter nódulos". Ela alegou depois que fazia humor. Imaginemos que "os pobres", já amuados pelo calor e pelos planos de Joaquim Levy, resolvessem dar uns tiros nas duas madames. Afinal, eles foram duramente ofendidos por elas. E, neste país, faz 500 anos que "os pobres" são discriminados, massacrados. Será que os relativistas ficariam consternados pelos assassinatos e reconheceriam que a liberdade de expressão protege até a estupidez? Ou diriam "mas... vejam só... essas jornalistas da elite, representantes de uma imprensa preconceituosa, mexeram com uma ferida social profunda, é uma opressão histórica..."? Bem, foi apenas um exercício de imaginação. * O ministro da Cultura, Juca Ferreira, disse que sua pasta perdeu consistência quando Dilma assumiu. Se ele é assim deselegante com a presidente que o nomeou, imaginem o que fará com os inimigos.
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E se os pobres...RIO DE JANEIRO - Os relativistas do massacre de 17 seres humanos em Paris usam, paradoxalmente, expressões totalizantes: "os muçulmanos" (todos eles oprimidos) reagiram a "os franceses" ou a "os europeus" (todos eles opressores). Como tergiversar com os miolos estourados dos outros é refresco, convém pensar numa situação brasileira. Nesta semana, duas jornalistas investiram em seus blogs contra "os pobres". Hildegard Angel sugeriu que, para se combater os assaltos nas praias do Rio, passem a ser cobrados ingressos dos banhistas e que se reduza o fluxo de ônibus rumo à orla. Silvia Pilz escreveu que pobre adora ficar doente por causa das "facilidades que os planos de saúde oferecem". Algumas passagens: "O pobre quer ter uma doença. Problema na tireoide, por exemplo, está na moda"; "a grande preocupação do pobre é procriar"; "eu acho que o sonho de muitos pobres é ter nódulos". Ela alegou depois que fazia humor. Imaginemos que "os pobres", já amuados pelo calor e pelos planos de Joaquim Levy, resolvessem dar uns tiros nas duas madames. Afinal, eles foram duramente ofendidos por elas. E, neste país, faz 500 anos que "os pobres" são discriminados, massacrados. Será que os relativistas ficariam consternados pelos assassinatos e reconheceriam que a liberdade de expressão protege até a estupidez? Ou diriam "mas... vejam só... essas jornalistas da elite, representantes de uma imprensa preconceituosa, mexeram com uma ferida social profunda, é uma opressão histórica..."? Bem, foi apenas um exercício de imaginação. * O ministro da Cultura, Juca Ferreira, disse que sua pasta perdeu consistência quando Dilma assumiu. Se ele é assim deselegante com a presidente que o nomeou, imaginem o que fará com os inimigos.
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Caetano e Gil visitam região palestina
"Bom dia Telaviv, domingão de praia linda", tuitou a produtora Flora Gil neste domingo (26), pouco depois de desembarcar em Israel com a equipe da turnê "Dois Amigos, um Século de Música", que celebra 50 anos de amizade musical entre Caetano Veloso e Gilberto Gil. Os dois artistas já se apresentaram em sete países europeus, e ainda irão a mais dois. Mas o show em Tel Aviv, previsto para esta terça (28), criou controvérsia depois que ativistas contrários ao tratamento dispensado pelo governo aos palestinos pediram seu cancelamento. Por causa da polêmica, Gil e Caetano decidiram ver com os próprios olhos o que acontece na região. No domingo (26), os dois visitaram um vilarejo de Susiya, no sul da Cisjordânia com a ONG Breaking the Silence, fundada por ex-militares israelenses que mostram a realidade palestina para seus conterrâneos. Segundo o guia, Yehuda Shaul, os dois artistas se interessaram muito e foram muito simpáticos. "Acreditam que o militarismo israelense deve ser usado como defesa, nunca como forma de ataque e opressão ao povo palestino", escreveu Caetano em sua conta no Instagram. Nesta segunda (27), os dois serão recebidos pelo ex-primeiro-ministro e presidente de Israel, Shimon Peres, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1994. Também vão participar de um encontro com ONGs israelenses e palestinas. A intenção é mostrar que, apesar de terem mantido o show, apoiam uma solução pacífica para o conflito. A apresentação, anunciada em abril, teve os ingressos (com preços entre US$ 50 e US$ 160) esgotados rapidamente. Muitos dos cerca de 12 mil brasileiros que vivem em Israel correram para assegurar lugares. BRASILEIROS "É um privilégio e uma emoção ver Gil e Caetano juntos. É muito importante para a disseminação da cultura brasileira por aqui", diz a mineira Raquel Teles Yehezkel, diretora do Centro Cultural Brasileiro em Tel Aviv. A designer de interiores Eti Dentes, 45, também está animada. Há 24 anos morando em Israel, ela combinou de ir com amigas brasileiras. "Vai ser como me sentir em casa", diz a paulista. Fãs israelenses também esperam com ansiedade pelo show. É o caso do engenheiro e piloto aposentado Guiora Hezberg, 72, um músico autodidata que toca até chorinho. "Amamos a música brasileira. Caetano e Gil não deveriam dar bola para política. Na época da ditadura no Brasil e na Argentina ninguém boicotou os dois países", diz Hezberg. Desde que o show foi anunciado, o movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções contra Israel (BDS), criado em 2005, fez uma intensa campanha pelo cancelamento. O grupo já conseguiu que artistas como Carlos Santana e Coldplay boicotassem Israel. Mas falhou em convencer outros, como Madonna. O auge da campanha foi quando Roger Waters, ex-baixista e cantor do Pink Floyd, escreveu, em maio, uma carta aberta a Gil e Caetano pedindo o cancelamento e comparando a presença israelense na Cisjordânia e Jerusalém Oriental com o apartheid na África do Sul (1948-1994). Caetano disse não ver semelhança entre o apartheid e a situação em Israel e afirmou que, apesar de não apreciar as políticas do governo Benjamin Netanyahu, não prega o boicote a países inteiros. Gil, por sua vez, considerou que punir todos os fãs israelenses por causa de "políticas duvidosas" do governo não seria justo.
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Caetano e Gil visitam região palestina"Bom dia Telaviv, domingão de praia linda", tuitou a produtora Flora Gil neste domingo (26), pouco depois de desembarcar em Israel com a equipe da turnê "Dois Amigos, um Século de Música", que celebra 50 anos de amizade musical entre Caetano Veloso e Gilberto Gil. Os dois artistas já se apresentaram em sete países europeus, e ainda irão a mais dois. Mas o show em Tel Aviv, previsto para esta terça (28), criou controvérsia depois que ativistas contrários ao tratamento dispensado pelo governo aos palestinos pediram seu cancelamento. Por causa da polêmica, Gil e Caetano decidiram ver com os próprios olhos o que acontece na região. No domingo (26), os dois visitaram um vilarejo de Susiya, no sul da Cisjordânia com a ONG Breaking the Silence, fundada por ex-militares israelenses que mostram a realidade palestina para seus conterrâneos. Segundo o guia, Yehuda Shaul, os dois artistas se interessaram muito e foram muito simpáticos. "Acreditam que o militarismo israelense deve ser usado como defesa, nunca como forma de ataque e opressão ao povo palestino", escreveu Caetano em sua conta no Instagram. Nesta segunda (27), os dois serão recebidos pelo ex-primeiro-ministro e presidente de Israel, Shimon Peres, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1994. Também vão participar de um encontro com ONGs israelenses e palestinas. A intenção é mostrar que, apesar de terem mantido o show, apoiam uma solução pacífica para o conflito. A apresentação, anunciada em abril, teve os ingressos (com preços entre US$ 50 e US$ 160) esgotados rapidamente. Muitos dos cerca de 12 mil brasileiros que vivem em Israel correram para assegurar lugares. BRASILEIROS "É um privilégio e uma emoção ver Gil e Caetano juntos. É muito importante para a disseminação da cultura brasileira por aqui", diz a mineira Raquel Teles Yehezkel, diretora do Centro Cultural Brasileiro em Tel Aviv. A designer de interiores Eti Dentes, 45, também está animada. Há 24 anos morando em Israel, ela combinou de ir com amigas brasileiras. "Vai ser como me sentir em casa", diz a paulista. Fãs israelenses também esperam com ansiedade pelo show. É o caso do engenheiro e piloto aposentado Guiora Hezberg, 72, um músico autodidata que toca até chorinho. "Amamos a música brasileira. Caetano e Gil não deveriam dar bola para política. Na época da ditadura no Brasil e na Argentina ninguém boicotou os dois países", diz Hezberg. Desde que o show foi anunciado, o movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções contra Israel (BDS), criado em 2005, fez uma intensa campanha pelo cancelamento. O grupo já conseguiu que artistas como Carlos Santana e Coldplay boicotassem Israel. Mas falhou em convencer outros, como Madonna. O auge da campanha foi quando Roger Waters, ex-baixista e cantor do Pink Floyd, escreveu, em maio, uma carta aberta a Gil e Caetano pedindo o cancelamento e comparando a presença israelense na Cisjordânia e Jerusalém Oriental com o apartheid na África do Sul (1948-1994). Caetano disse não ver semelhança entre o apartheid e a situação em Israel e afirmou que, apesar de não apreciar as políticas do governo Benjamin Netanyahu, não prega o boicote a países inteiros. Gil, por sua vez, considerou que punir todos os fãs israelenses por causa de "políticas duvidosas" do governo não seria justo.
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Retrospectiva 2016: Barril de pólvora no mundo
Em 2016, o número de imigrantes e refugiados que morreram afogados ou desapareceram ao tentar cruzar o Mediterrâneo em busca de asilo na Europa atingiu um novo recorde. Segundo a Organização Internacional para Imigrações, até novembro, 4.600 pessoas morreram durante as travessias.A maioria que busca asilo na Europa foge de conflitos armados e crises humanitárias na África e no Oriente Médio.Diversos países estiveram sob a mira de terroristas em 2016. Nações do Oriente Médio, África, Ásia e Ocidente viveram dias de terror provocados por Taleban, Al-Qaeda e Estado Islâmico.
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Retrospectiva 2016: Barril de pólvora no mundoEm 2016, o número de imigrantes e refugiados que morreram afogados ou desapareceram ao tentar cruzar o Mediterrâneo em busca de asilo na Europa atingiu um novo recorde. Segundo a Organização Internacional para Imigrações, até novembro, 4.600 pessoas morreram durante as travessias.A maioria que busca asilo na Europa foge de conflitos armados e crises humanitárias na África e no Oriente Médio.Diversos países estiveram sob a mira de terroristas em 2016. Nações do Oriente Médio, África, Ásia e Ocidente viveram dias de terror provocados por Taleban, Al-Qaeda e Estado Islâmico.
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Sem Yago e Balbuena, dupla de zaga vira novo problema para Tite
Ainda em meio à reconstrução do time, com a saída de vários campeões do Brasileiro de 2015 e a chegada de reforços no início desta temporada, o técnico Tite terá um problema para resolver nos próximos dias: a dupla de zaga. Com Yago suspenso por 30 dias pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) após ter sido flagrado em exame antidoping e com Balbuena convocado pela seleção paraguaia para a Copa América, o treinador terá apenas Pedro Henrique, 20, recém-promovido da base, e Vilson, 28. O zagueiro Felipe ainda tem seu nome envolvido em negociação com o Porto, de Portugal, ou China –o Corinthians diz que não recebeu proposta. Balbuena, que virou titular nas duas últimas partidas com a suspensão de Yago, faz seu último jogo domingo contra o Vitória, antes de se apresentar à seleção. Ele pode ficar até nove partidas fora do Brasileiro. "Se o Felipe for ou não negociado, nós que estamos no mesmo setor, Pedro e Vilson, temos que trabalhar para entrar na equipe", disse o zagueiro paraguaio nesta quarta (18). Yago foi flagrado com a substância betametasona, um anti-inflamatório usado para dores nos joelhos. "O Yago está mentalmente forte e todos estão demonstrando apoio."
esporte
Sem Yago e Balbuena, dupla de zaga vira novo problema para TiteAinda em meio à reconstrução do time, com a saída de vários campeões do Brasileiro de 2015 e a chegada de reforços no início desta temporada, o técnico Tite terá um problema para resolver nos próximos dias: a dupla de zaga. Com Yago suspenso por 30 dias pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) após ter sido flagrado em exame antidoping e com Balbuena convocado pela seleção paraguaia para a Copa América, o treinador terá apenas Pedro Henrique, 20, recém-promovido da base, e Vilson, 28. O zagueiro Felipe ainda tem seu nome envolvido em negociação com o Porto, de Portugal, ou China –o Corinthians diz que não recebeu proposta. Balbuena, que virou titular nas duas últimas partidas com a suspensão de Yago, faz seu último jogo domingo contra o Vitória, antes de se apresentar à seleção. Ele pode ficar até nove partidas fora do Brasileiro. "Se o Felipe for ou não negociado, nós que estamos no mesmo setor, Pedro e Vilson, temos que trabalhar para entrar na equipe", disse o zagueiro paraguaio nesta quarta (18). Yago foi flagrado com a substância betametasona, um anti-inflamatório usado para dores nos joelhos. "O Yago está mentalmente forte e todos estão demonstrando apoio."
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Olímpico em 1960 e 64, assessor da Presidência organiza tour da tocha
MARCEL MERGUIZO DE SÃO PAULO Wilson Pereira voltou a se emocionar com a chama olímpica após 52 anos. A primeira vez foi em Tóquio, em 1964, quando viu de perto o japonês Yoshinori Sakai –nascido em Hiroshima 19 anos antes, no dia em que uma bomba atômica destruiu a cidade– entrar no estádio olímpico com o fogo e acender a pira daqueles Jogos. Na última terça-feira (2) foi o coronel Wilson, agora com 82 anos, quem empunhou a tocha, em Brasília. Ele foi o 13º condutor da chama no Brasil, passou em frente ao Itamaraty e se emocionou. "Aquilo em Tóquio foi de arrepiar e me marcou muito. Agora, em Brasília, foi sensacional também. Além das minhas expectativas. Eu me senti uma autoridade com tanta gente nas ruas, me filmando e fotografando", afirmou o cearense de Araçoiaba. Atleta olímpico do pentatlo moderno nos Jogos de Roma-1960 e de Tóquio-1964, ele conquistou medalhas de prata em dois Jogos Pan-Americanos: em Chicago-1959 e São Paulo-1963. A experiência como atleta e depois como técnico e dirigente esportivo alçou o coronel do Exército a outra responsabilidade. Desde quarta-feira (3), ele está um dia à frente do comboio do revezamento, visitando as cidades por onde a tocha vai passar. Ele faz parte de um grupo de trabalho designado pela Presidência da República. Desde o ano passado, coronel Wilson faz o acompanhamento do trajeto da tocha, em reuniões com os prefeitos dos locais onde o fogo irá passar. Visitou parte dos 327 municípios e se animou. "Vai ser emocionante. Tem cidades como Macapá (AP), por exemplo, que vão fazer dois dias de festa. No dia da passagem da tocha (16 de junho) vai ser feriado", contou. Neste sábado (7), de volta a Brasília, ele continua a monitorar o revezamento do QG da sub-chefia de assuntos federativos. Se necessário, retorna ao trajeto da chama. Além da equipe em que ele está como assessor técnico da Presidência, há outros dois grupos ligados ao governo federal: um que passa pelas cidades quatro dias antes da tocha e um que percorre o trajeto horas antes da comitiva. Nesta primeira semana, nas cidades de Goiás, o coronel disse que se encantou com a empolgação das crianças nas escolas que visitava. "Fui entregar uniformes para alunos que venceram concursos de redação do Ministério da Educação. Eles vão entregar as tochas aos condutores e estavam muito empolgados", comentou. CONVITE Servidor público federal, ligado à Secretaria Nacional de Defesa Civil há 18 anos, ele se especializou em acompanhar desastres, emergências. O convite para carregar a tocha, porém, não chegou por meio do governo, mas por um dos patrocinadores do revezamento, a Nissan. "Ironia do destino, não?". Muitos outros atletas olímpicos do Brasil não foram convidados para o revezamento. O que fez a professora e pesquisadora da USP, Katia Rubio, lançar campanha nas redes sociais para que todos eles fossem chamados para o revezamento. A campanha surtiu efeito e alguns já estão sendo contatados pelo comitê organizador da Rio-2016. Autora do livro "Atletas Olímpicos do Brasil", Katia calcula que cerca de 700 ainda não tinham sido chamados para o revezamento da tocha. MAIS VELHO Após visitar mais três cidades goianas, neste sábado (7) a tocha chega a Minas Gerais, pela cidade de Araguari. Antes, em Pires do Rio (GO), o agricultor Arnaldo Tomazini, de 93 anos, passa a ser o mais velho condutor da tocha até o momento.
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Olímpico em 1960 e 64, assessor da Presidência organiza tour da tocha MARCEL MERGUIZO DE SÃO PAULO Wilson Pereira voltou a se emocionar com a chama olímpica após 52 anos. A primeira vez foi em Tóquio, em 1964, quando viu de perto o japonês Yoshinori Sakai –nascido em Hiroshima 19 anos antes, no dia em que uma bomba atômica destruiu a cidade– entrar no estádio olímpico com o fogo e acender a pira daqueles Jogos. Na última terça-feira (2) foi o coronel Wilson, agora com 82 anos, quem empunhou a tocha, em Brasília. Ele foi o 13º condutor da chama no Brasil, passou em frente ao Itamaraty e se emocionou. "Aquilo em Tóquio foi de arrepiar e me marcou muito. Agora, em Brasília, foi sensacional também. Além das minhas expectativas. Eu me senti uma autoridade com tanta gente nas ruas, me filmando e fotografando", afirmou o cearense de Araçoiaba. Atleta olímpico do pentatlo moderno nos Jogos de Roma-1960 e de Tóquio-1964, ele conquistou medalhas de prata em dois Jogos Pan-Americanos: em Chicago-1959 e São Paulo-1963. A experiência como atleta e depois como técnico e dirigente esportivo alçou o coronel do Exército a outra responsabilidade. Desde quarta-feira (3), ele está um dia à frente do comboio do revezamento, visitando as cidades por onde a tocha vai passar. Ele faz parte de um grupo de trabalho designado pela Presidência da República. Desde o ano passado, coronel Wilson faz o acompanhamento do trajeto da tocha, em reuniões com os prefeitos dos locais onde o fogo irá passar. Visitou parte dos 327 municípios e se animou. "Vai ser emocionante. Tem cidades como Macapá (AP), por exemplo, que vão fazer dois dias de festa. No dia da passagem da tocha (16 de junho) vai ser feriado", contou. Neste sábado (7), de volta a Brasília, ele continua a monitorar o revezamento do QG da sub-chefia de assuntos federativos. Se necessário, retorna ao trajeto da chama. Além da equipe em que ele está como assessor técnico da Presidência, há outros dois grupos ligados ao governo federal: um que passa pelas cidades quatro dias antes da tocha e um que percorre o trajeto horas antes da comitiva. Nesta primeira semana, nas cidades de Goiás, o coronel disse que se encantou com a empolgação das crianças nas escolas que visitava. "Fui entregar uniformes para alunos que venceram concursos de redação do Ministério da Educação. Eles vão entregar as tochas aos condutores e estavam muito empolgados", comentou. CONVITE Servidor público federal, ligado à Secretaria Nacional de Defesa Civil há 18 anos, ele se especializou em acompanhar desastres, emergências. O convite para carregar a tocha, porém, não chegou por meio do governo, mas por um dos patrocinadores do revezamento, a Nissan. "Ironia do destino, não?". Muitos outros atletas olímpicos do Brasil não foram convidados para o revezamento. O que fez a professora e pesquisadora da USP, Katia Rubio, lançar campanha nas redes sociais para que todos eles fossem chamados para o revezamento. A campanha surtiu efeito e alguns já estão sendo contatados pelo comitê organizador da Rio-2016. Autora do livro "Atletas Olímpicos do Brasil", Katia calcula que cerca de 700 ainda não tinham sido chamados para o revezamento da tocha. MAIS VELHO Após visitar mais três cidades goianas, neste sábado (7) a tocha chega a Minas Gerais, pela cidade de Araguari. Antes, em Pires do Rio (GO), o agricultor Arnaldo Tomazini, de 93 anos, passa a ser o mais velho condutor da tocha até o momento.
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Polícia faz operação para prender responsáveis por ataques em SC
A Polícia Civil de Santa Catarina faz nesta quinta-feira (7) uma operação especial para tentar prender os responsáveis pela onda de ataques contra prédios e agentes da segurança pública, iniciada na última quinta-feira (31). No total, foram cumpridos 47 mandados de prisão –29 dos quais contra criminosos que já estavam detidos em penitenciárias do Estado O comando da Polícia Civil informou que a operação é "contra a facção criminosa responsável pelos diversos atentados cometidos na última semana contra agentes e instalações de vários órgãos da segurança pública, sistema prisional e poder judiciário". É a primeira vez, desde o início da onda de violência, que uma instituição ligada ao governo atribui os ataques a grupos criminosos. Todos os detidos, segundo o delegado Adriano Bini, diretor da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais), são "integrantes de uma mesma facção criminosa" que age no Estado. Ele não revelou o nome do grupo. Até o final do dia, 18 pessoas que estavam em liberdade haviam sido presas. Outros 11 mandados ainda estão em aberto. Os ataques em Santa Catarina começaram em 31 de agosto. Até a tarde desta quinta, foram registradas 53 ocorrências em 31 cidades, entre ataques a prédios públicos e a veículos particulares. O delegado Antônio Cláudio Joca, que comandou a ação desta quinta, não revelou a motivação da onda de violência. O policial disse apenas que "a base financeira" da organização suspeita dos ataques é o tráfico de drogas -crime que, segundo ele, vem sendo combatido com rigor no Estado. Para ele, as prisões desta quinta "devem fazer cessar ou diminuir" a onda de ataques. "Prendemos lideranças [da organização criminosa] que agem no sistema prisional e na rua. Quebramos a comunicação entre eles. Isso deve fazer cessar ou pelo menos diminuir os ataques", disse Joca. O secretário-adjunto da Segurança Pública, Aldo Pinheiro D´Ávila, diz que os ataques já "vêm perdendo força". Na terça-feira (5), foram dez. Na quarta, oito. Nesta quinta, não houve registros. A última ação dos criminosos, segundo o governo, foi o lançamento de bombas caseiras contra um centro para jovens infratores em Blumenau, na noite de quarta (6). Ninguém ficou ferido. A operação mobilizou 300 policiais e ocorreu em oito cidades do Estado. ORGANIZAÇÃO Embora formalmente a Polícia Civil não divulgue o nome do grupo suspeito pelos ataques, policiais ouvidos pela reportagem dizem que se trata do PGC (Primeiro Grupo Catarinense). O grupo foi criado em 2003, dentro do sistema prisional do Estado. Atua nas ruas e nas prisões, segundo o Ministério Público. O PGC já foi apontado pela polícia como o responsável por ataques anteriores, semelhantes ao atual, registrados em Santa Catarina em 2012, 2013 e 2014. Juntas, essas três ondas de violência somaram 297 ocorrências, segundo a Polícia Militar, a maioria contra instalações da segurança pública. À época, as investigações concluíram que os ataques foram uma forma de a organização revidar violência e privações sofridas nas cadeias do Estado, além de demonstrar força para seduzir simpatizantes e intimidar desafetos. Neste ano, a maioria dos ataques foi contra prédios e agentes da segurança pública. Nas ondas de violência anteriores, até o transporte coletivo virou alvo. Em 2014, criminosos incendiaram 44 ônibus. De acordo com um agente prisional ouvido pela reportagem, a ordem dos criminosos era "para matar policiais" (as mortes de três policiais e um agente prisional neste mês estão sendo investigadas pela polícia), e não tentar criar pânico na população. A ação desta quinta foi batizada de Operação Independência, em alusão ao feriado e à "autonomia constitucional da Polícia Civil". Envolve 300 policiais e ocorre em Florianópolis, Blumenau, Joinville, Criciúma e Navegantes. CIDADES AFETADAS O ataque mais recente confirmado pela Polícia Militar ocorreu na noite desta quarta-feira (6) em Blumenau, quando criminosos jogaram bombas caseiras contra um centro para internação de adolescentes infratores. Ninguém ficou ferido. Entre quinta (31) e esta quarta-feira (6), segundo relatório da SSP (Secretaria de Segurança Pública), foram registrados 52 ataques em 31 cidades do Estado. No período, seis suspeitos de participarem dos atentados foram mortos pela polícia e 41 foram detidos.
cotidiano
Polícia faz operação para prender responsáveis por ataques em SCA Polícia Civil de Santa Catarina faz nesta quinta-feira (7) uma operação especial para tentar prender os responsáveis pela onda de ataques contra prédios e agentes da segurança pública, iniciada na última quinta-feira (31). No total, foram cumpridos 47 mandados de prisão –29 dos quais contra criminosos que já estavam detidos em penitenciárias do Estado O comando da Polícia Civil informou que a operação é "contra a facção criminosa responsável pelos diversos atentados cometidos na última semana contra agentes e instalações de vários órgãos da segurança pública, sistema prisional e poder judiciário". É a primeira vez, desde o início da onda de violência, que uma instituição ligada ao governo atribui os ataques a grupos criminosos. Todos os detidos, segundo o delegado Adriano Bini, diretor da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais), são "integrantes de uma mesma facção criminosa" que age no Estado. Ele não revelou o nome do grupo. Até o final do dia, 18 pessoas que estavam em liberdade haviam sido presas. Outros 11 mandados ainda estão em aberto. Os ataques em Santa Catarina começaram em 31 de agosto. Até a tarde desta quinta, foram registradas 53 ocorrências em 31 cidades, entre ataques a prédios públicos e a veículos particulares. O delegado Antônio Cláudio Joca, que comandou a ação desta quinta, não revelou a motivação da onda de violência. O policial disse apenas que "a base financeira" da organização suspeita dos ataques é o tráfico de drogas -crime que, segundo ele, vem sendo combatido com rigor no Estado. Para ele, as prisões desta quinta "devem fazer cessar ou diminuir" a onda de ataques. "Prendemos lideranças [da organização criminosa] que agem no sistema prisional e na rua. Quebramos a comunicação entre eles. Isso deve fazer cessar ou pelo menos diminuir os ataques", disse Joca. O secretário-adjunto da Segurança Pública, Aldo Pinheiro D´Ávila, diz que os ataques já "vêm perdendo força". Na terça-feira (5), foram dez. Na quarta, oito. Nesta quinta, não houve registros. A última ação dos criminosos, segundo o governo, foi o lançamento de bombas caseiras contra um centro para jovens infratores em Blumenau, na noite de quarta (6). Ninguém ficou ferido. A operação mobilizou 300 policiais e ocorreu em oito cidades do Estado. ORGANIZAÇÃO Embora formalmente a Polícia Civil não divulgue o nome do grupo suspeito pelos ataques, policiais ouvidos pela reportagem dizem que se trata do PGC (Primeiro Grupo Catarinense). O grupo foi criado em 2003, dentro do sistema prisional do Estado. Atua nas ruas e nas prisões, segundo o Ministério Público. O PGC já foi apontado pela polícia como o responsável por ataques anteriores, semelhantes ao atual, registrados em Santa Catarina em 2012, 2013 e 2014. Juntas, essas três ondas de violência somaram 297 ocorrências, segundo a Polícia Militar, a maioria contra instalações da segurança pública. À época, as investigações concluíram que os ataques foram uma forma de a organização revidar violência e privações sofridas nas cadeias do Estado, além de demonstrar força para seduzir simpatizantes e intimidar desafetos. Neste ano, a maioria dos ataques foi contra prédios e agentes da segurança pública. Nas ondas de violência anteriores, até o transporte coletivo virou alvo. Em 2014, criminosos incendiaram 44 ônibus. De acordo com um agente prisional ouvido pela reportagem, a ordem dos criminosos era "para matar policiais" (as mortes de três policiais e um agente prisional neste mês estão sendo investigadas pela polícia), e não tentar criar pânico na população. A ação desta quinta foi batizada de Operação Independência, em alusão ao feriado e à "autonomia constitucional da Polícia Civil". Envolve 300 policiais e ocorre em Florianópolis, Blumenau, Joinville, Criciúma e Navegantes. CIDADES AFETADAS O ataque mais recente confirmado pela Polícia Militar ocorreu na noite desta quarta-feira (6) em Blumenau, quando criminosos jogaram bombas caseiras contra um centro para internação de adolescentes infratores. Ninguém ficou ferido. Entre quinta (31) e esta quarta-feira (6), segundo relatório da SSP (Secretaria de Segurança Pública), foram registrados 52 ataques em 31 cidades do Estado. No período, seis suspeitos de participarem dos atentados foram mortos pela polícia e 41 foram detidos.
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Exposição de pinturas de Eloá Carvalho e mais seis dicas culturais
LIVRO | ELOGIO A JACQUES LACAN "Itinerário de um psiquiatra através da obra lacaniana", nas palavras do autor, Wilson Castello de Almeida, o texto analisa os elementos que sustentam a teoria do pensador francês (1901-81) sobre a psicose e a repercussão desta na prática clínica. Summus Editorial | R$ 86,80 (264 págs) * LIVRO | O NATURALISMO Organizado por Jacó Guinsburg e João Roberto Faria, o volume traz artigos de pesquisadores como Newton Cunha, Leda Tenório da Motta e Luiz Nazario sobre as bases do movimento que colheu conceitos-chave em áreas como medicina, biologia, psicologia e sociologia, bem como sobre sua influência nas artes. Perspectiva | R$ 145 (675 págs.) * EXPOSIÇÃO | ELOÁ CARVALHO Para a mostra "Todo Ideal Nasce Vago", a artista mergulhou no universo do Centro de Documentação e Pesquisa do MAM Rio, onde selecionou fotografias de exposições da década de 1950, registros dos jardins e do prédio, criando suas pinturas a partir dessas referências. MAM Rio | tel. (21) 3883-5600 de ter. a sex., das 12h às 18h; sáb. e dom., das 11h às 18h | R$ 14, grátis às quartas | até 2/4 * CARNAVAL | TROPICALIZE-SE Atrações como a banda Odara e o bloco Tarado Ni Você, que homenageia Caetano Veloso, fazem parte da programação, que presta tributo ao movimento tropicalista. Haverá também curso de criação de parangolés, revivendo o trabalho do artista Hélio Oiticica (1937-80). Sesc Vila Mariana | tel. (11) 5080-3000 | programação completa em sescsp.org.br grátis | até 28/2 * TELEVISÃO | ESTADOS DA ARTE O canal Curta! estreia série de 12 episódios sobre a motivação, os pensamentos e as obras de artistas contemporâneos brasileiros. Cada um será dedicado a um tema entre celebração, futuro, coletivo, política, palavra, índio, negro, cidade, natureza, som, feminismo e memória. Curta! (TV a cabo) | a partir de 28/2 | todas as terças, às 23h30 * EXPOSIÇÃO | CAMILA SVENSON Composta por 15 fotografias, a mostra "You Will Never Walk Alone" (você nunca andará sozinho) é resultado de residência artística da fotógrafa paulista em uma pequena vila na Islândia, em 2016, onde conviveu por três meses com um grupo de jovens. Museu da Imagem e do Som | tel. (11) 2117-4777 de ter. a sex., das 11h às 20h; sáb., das 10h às 21h; dom. e fer., das 10h às 19h | grátis | até 2/4 * TEATRO | FESTIVAL PÉ DE DENTRO, PÉ DE FORA Em sua terceira edição, a mostra traz espetáculos de grupos jovens situados na fronteira entre a formação e o teatro profissional, o Instituto de Artes da Unesp, a Escola Livre de Teatro de Santo André e o Departamento de Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes da USP. Cada escola participante fará temporada de duas semanas, durante a qual haverá debate com a presença de atores e diretores. Oficina Cultural Oswald de Andrade | tel. (11) 3222-2662 | sex., às 20h; sáb, às 18h | de 3/3 a 8/4 | grátis (ingressos 30 minutos antes)
ilustrissima
Exposição de pinturas de Eloá Carvalho e mais seis dicas culturaisLIVRO | ELOGIO A JACQUES LACAN "Itinerário de um psiquiatra através da obra lacaniana", nas palavras do autor, Wilson Castello de Almeida, o texto analisa os elementos que sustentam a teoria do pensador francês (1901-81) sobre a psicose e a repercussão desta na prática clínica. Summus Editorial | R$ 86,80 (264 págs) * LIVRO | O NATURALISMO Organizado por Jacó Guinsburg e João Roberto Faria, o volume traz artigos de pesquisadores como Newton Cunha, Leda Tenório da Motta e Luiz Nazario sobre as bases do movimento que colheu conceitos-chave em áreas como medicina, biologia, psicologia e sociologia, bem como sobre sua influência nas artes. Perspectiva | R$ 145 (675 págs.) * EXPOSIÇÃO | ELOÁ CARVALHO Para a mostra "Todo Ideal Nasce Vago", a artista mergulhou no universo do Centro de Documentação e Pesquisa do MAM Rio, onde selecionou fotografias de exposições da década de 1950, registros dos jardins e do prédio, criando suas pinturas a partir dessas referências. MAM Rio | tel. (21) 3883-5600 de ter. a sex., das 12h às 18h; sáb. e dom., das 11h às 18h | R$ 14, grátis às quartas | até 2/4 * CARNAVAL | TROPICALIZE-SE Atrações como a banda Odara e o bloco Tarado Ni Você, que homenageia Caetano Veloso, fazem parte da programação, que presta tributo ao movimento tropicalista. Haverá também curso de criação de parangolés, revivendo o trabalho do artista Hélio Oiticica (1937-80). Sesc Vila Mariana | tel. (11) 5080-3000 | programação completa em sescsp.org.br grátis | até 28/2 * TELEVISÃO | ESTADOS DA ARTE O canal Curta! estreia série de 12 episódios sobre a motivação, os pensamentos e as obras de artistas contemporâneos brasileiros. Cada um será dedicado a um tema entre celebração, futuro, coletivo, política, palavra, índio, negro, cidade, natureza, som, feminismo e memória. Curta! (TV a cabo) | a partir de 28/2 | todas as terças, às 23h30 * EXPOSIÇÃO | CAMILA SVENSON Composta por 15 fotografias, a mostra "You Will Never Walk Alone" (você nunca andará sozinho) é resultado de residência artística da fotógrafa paulista em uma pequena vila na Islândia, em 2016, onde conviveu por três meses com um grupo de jovens. Museu da Imagem e do Som | tel. (11) 2117-4777 de ter. a sex., das 11h às 20h; sáb., das 10h às 21h; dom. e fer., das 10h às 19h | grátis | até 2/4 * TEATRO | FESTIVAL PÉ DE DENTRO, PÉ DE FORA Em sua terceira edição, a mostra traz espetáculos de grupos jovens situados na fronteira entre a formação e o teatro profissional, o Instituto de Artes da Unesp, a Escola Livre de Teatro de Santo André e o Departamento de Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes da USP. Cada escola participante fará temporada de duas semanas, durante a qual haverá debate com a presença de atores e diretores. Oficina Cultural Oswald de Andrade | tel. (11) 3222-2662 | sex., às 20h; sáb, às 18h | de 3/3 a 8/4 | grátis (ingressos 30 minutos antes)
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Da Lei de Gerson para a Lei de Rodrigo Caio
Cena inusitada aconteceu no último domingo, semifinal do Campeonato Paulista, entre São Paulo e Corinthians. Numa disputa de bola, o volante Jô e o zagueiro são-paulino Rodrigo Caio se embolam, e da confusão sobra um pisão na perna do goleiro do São Paulo. O juiz achou que tinha sido Jô o autor da pisada, e aplicou-lhe um cartão amarelo. Com dois cartões acumulados, Jô ficaria de fora do próximo jogo. Mas foi aí que aconteceu o inesperado. Rodrigo Caio saiu de onde estava e foi falar com o juiz. Disse que tinha sido ele quem pisara no goleiro. Diante da confissão, o juiz retirou o cartão amarelo de Jô. A cena, encarada como inusitada, gerou todo tipo de polêmica. A atitude de Rodrigo Caio foi elogiada pelos adversários e dirigentes (e, pasme, criticada por um colega). Chama a atenção que Rodrigo Caio não precisava fazer nada para que seu time levasse vantagem; bastava que ficasse calado. Mas não, ele tomou a iniciativa de ir até o juiz para esclarecer a verdade. Em tempos de delações premiadas, passamos a assistir, todos os dias, depoimentos de executivos que contam realidades ultrajantes do Brasil. A diferença é que eles não o estão fazendo pela ética ou pela moral, e sim para não passarem anos na prisão. A exemplo de Marcelo Odebrecht, relutaram por mais de um ano em dizer a verdade. Só decidiram por ela quando viram que não havia mais saídas. Quando perceberam, pela primeira vez na vida, que de nada adiantaria a fortuna e influência que têm, ou uma equipe de advogados tão caros quanto inescrupulosos, pois foram pegos com a boca na botija. Só decidiram contar a verdade quando perceberam que, neste caso, não haveria Lei de Gerson. Rodrigo Caio, por sua vez, nada ganharia com sua atitude. Muito pelo contrário, teria que enfrentar no jogo de volta um dos jogadores adversários mais perigosos. Ganharia apenas a tranquilidade de ter falado a verdade. E não hesitou em fazê-lo. Cultura se cria a partir do comportamento de líderes e influenciadores. Suas atitudes são tomadas e seguidas como modelo. Um exemplo como este, vindo de um dos maiores hábitos do brasileiro —acompanhar futebol— começa a criar um precedente virtuoso para o povo. Por fim, vale refletir o porquê de um evento como esse ser tratado como algo inusitado. Quando acontece na Europa, não chama a atenção. Mas num país onde, seja no esporte, nos negócios ou na política, o honesto é visto como trouxa, essa coragem, principalmente quando isenta de trocas, abre esperança de uma nova cultura. Chega da Lei de Gerson. Que venha a Lei de Rodrigo Caio.
colunas
Da Lei de Gerson para a Lei de Rodrigo CaioCena inusitada aconteceu no último domingo, semifinal do Campeonato Paulista, entre São Paulo e Corinthians. Numa disputa de bola, o volante Jô e o zagueiro são-paulino Rodrigo Caio se embolam, e da confusão sobra um pisão na perna do goleiro do São Paulo. O juiz achou que tinha sido Jô o autor da pisada, e aplicou-lhe um cartão amarelo. Com dois cartões acumulados, Jô ficaria de fora do próximo jogo. Mas foi aí que aconteceu o inesperado. Rodrigo Caio saiu de onde estava e foi falar com o juiz. Disse que tinha sido ele quem pisara no goleiro. Diante da confissão, o juiz retirou o cartão amarelo de Jô. A cena, encarada como inusitada, gerou todo tipo de polêmica. A atitude de Rodrigo Caio foi elogiada pelos adversários e dirigentes (e, pasme, criticada por um colega). Chama a atenção que Rodrigo Caio não precisava fazer nada para que seu time levasse vantagem; bastava que ficasse calado. Mas não, ele tomou a iniciativa de ir até o juiz para esclarecer a verdade. Em tempos de delações premiadas, passamos a assistir, todos os dias, depoimentos de executivos que contam realidades ultrajantes do Brasil. A diferença é que eles não o estão fazendo pela ética ou pela moral, e sim para não passarem anos na prisão. A exemplo de Marcelo Odebrecht, relutaram por mais de um ano em dizer a verdade. Só decidiram por ela quando viram que não havia mais saídas. Quando perceberam, pela primeira vez na vida, que de nada adiantaria a fortuna e influência que têm, ou uma equipe de advogados tão caros quanto inescrupulosos, pois foram pegos com a boca na botija. Só decidiram contar a verdade quando perceberam que, neste caso, não haveria Lei de Gerson. Rodrigo Caio, por sua vez, nada ganharia com sua atitude. Muito pelo contrário, teria que enfrentar no jogo de volta um dos jogadores adversários mais perigosos. Ganharia apenas a tranquilidade de ter falado a verdade. E não hesitou em fazê-lo. Cultura se cria a partir do comportamento de líderes e influenciadores. Suas atitudes são tomadas e seguidas como modelo. Um exemplo como este, vindo de um dos maiores hábitos do brasileiro —acompanhar futebol— começa a criar um precedente virtuoso para o povo. Por fim, vale refletir o porquê de um evento como esse ser tratado como algo inusitado. Quando acontece na Europa, não chama a atenção. Mas num país onde, seja no esporte, nos negócios ou na política, o honesto é visto como trouxa, essa coragem, principalmente quando isenta de trocas, abre esperança de uma nova cultura. Chega da Lei de Gerson. Que venha a Lei de Rodrigo Caio.
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Cristãos iraquianos celebram ofensiva em Mossul, mas temem futuro incerto
Os primeiros povoados cristãos dos arredores de Mossul foram libertados, mas isso não quer dizer que os que fugiram da facção terrorista Estado Islâmico estejam dispostos a voltar. A grande destruição e o medo do futuro ainda estão muito presentes. "Eu vim para trazer uma mensagem de esperança: sim, existe um futuro para os cristãos do Iraque e somos nós que temos que construí-lo juntos", afirma o patriarca Louis Raphaël Sako, na saída de uma celebração pela unidade do Iraque. O patriarca da Igreja Católica Caldeia compartilha sua esperança com centenas de fiéis reunidos na terça-feira (25) na Igreja da Mão da Misericórdia de Erbil, no Curdistão iraquiano, onde se refugiaram milhares de cristãos. Eles seguem atentamente pela televisão a evolução dos combates desde que, em 17 de outubro, começou a ofensiva para retomar Mossul e sua região das mãos do Estado Islâmico. Em várias ocasiões, os cristãos saíram às ruas para celebrar a libertação, como no caso da cidade de Bartella, e expressar sua alegria por voltar mais cedo para casa após mais de dois anos de espera. A próxima festa poderia ser pela libertação de Qaraqosh, que era a maior cidade cristã do país em 2014, com quase 50 mil habitantes. "Aconteça o que acontecer, quero voltar a viver em minha casa em Qaraqosh, ainda que só reste o cimento", insiste, impaciente, Shamo Boles Bahi, 70. Em um terreno dos arredores de Erbil que pertence à igreja caldeia, o engenheiro Munthir Rufain Yusef supervisiona a construção de 400 novas casas para os deslocados cristãos. "Ainda que se recupere o controle das aldeias, vai demorar seis meses, talvez um ano, antes que possamos regressar", diz. "As casas estão danificadas, não há água corrente, eletricidade, há minas por todo lado." Munthir é um deslocado de Bartella: "Olhe, recebi hoje uma fotografia da minha casa. A fachada não parece muito destruída, mas me preocupa a parte de trás. A casa dos meus vizinhos foi derrubada pelos combates". 'COMPASSO DE ESPERA' "O futuro dos cristãos do Iraque continua incerto. Se não nos sentirmos seguros, não voltaremos para casa. Também vai depender do que façam os outros habitantes do meu povoado. Se voltarem, voltarei. Mas não voltarei sozinho", adverte Munthir. Além da reconstrução, o que preocupa são exatamente as condições de segurança. Yvette Hannah, 19, lembra as circunstâncias em que fugiu de sua aldeia, na periferia de Mossul: "Ser acordada à noite, ter que abandonar tudo e fugir rezando para sair sã e salva... Quero voltar, mas quem garante que estarei segura, que não se repetirá?". O retorno é vital para o futuro dos cristãos no Iraque, uma comunidade enraizada há 2.000 anos no país, mas que atualmente tem apenas 350 mil pessoas. "Desde o verão de 2014, a sociedade cristã está em 'compasso de espera'. Os casamentos e as gravidezes são adiadas na espera da volta dos deslocados a seus povoados", afirma Jean, voluntário francês que colabora com a igreja iraquiana. Alguns temem que a grande ajuda dos cristãos por parte da comunidade internacional tenha criado uma "cultura da dependência", da qual será difícil sair. O peso econômico dessa comunidade desapareceu com o êxodo da elite. "Rezamos pela unidade e pela reconciliação, porque sem elas nosso país vai sumir em meio à guerra civil e nós, os cristãos, sairemos maltratados", adverte o seminarista Wael Ablahad.
mundo
Cristãos iraquianos celebram ofensiva em Mossul, mas temem futuro incertoOs primeiros povoados cristãos dos arredores de Mossul foram libertados, mas isso não quer dizer que os que fugiram da facção terrorista Estado Islâmico estejam dispostos a voltar. A grande destruição e o medo do futuro ainda estão muito presentes. "Eu vim para trazer uma mensagem de esperança: sim, existe um futuro para os cristãos do Iraque e somos nós que temos que construí-lo juntos", afirma o patriarca Louis Raphaël Sako, na saída de uma celebração pela unidade do Iraque. O patriarca da Igreja Católica Caldeia compartilha sua esperança com centenas de fiéis reunidos na terça-feira (25) na Igreja da Mão da Misericórdia de Erbil, no Curdistão iraquiano, onde se refugiaram milhares de cristãos. Eles seguem atentamente pela televisão a evolução dos combates desde que, em 17 de outubro, começou a ofensiva para retomar Mossul e sua região das mãos do Estado Islâmico. Em várias ocasiões, os cristãos saíram às ruas para celebrar a libertação, como no caso da cidade de Bartella, e expressar sua alegria por voltar mais cedo para casa após mais de dois anos de espera. A próxima festa poderia ser pela libertação de Qaraqosh, que era a maior cidade cristã do país em 2014, com quase 50 mil habitantes. "Aconteça o que acontecer, quero voltar a viver em minha casa em Qaraqosh, ainda que só reste o cimento", insiste, impaciente, Shamo Boles Bahi, 70. Em um terreno dos arredores de Erbil que pertence à igreja caldeia, o engenheiro Munthir Rufain Yusef supervisiona a construção de 400 novas casas para os deslocados cristãos. "Ainda que se recupere o controle das aldeias, vai demorar seis meses, talvez um ano, antes que possamos regressar", diz. "As casas estão danificadas, não há água corrente, eletricidade, há minas por todo lado." Munthir é um deslocado de Bartella: "Olhe, recebi hoje uma fotografia da minha casa. A fachada não parece muito destruída, mas me preocupa a parte de trás. A casa dos meus vizinhos foi derrubada pelos combates". 'COMPASSO DE ESPERA' "O futuro dos cristãos do Iraque continua incerto. Se não nos sentirmos seguros, não voltaremos para casa. Também vai depender do que façam os outros habitantes do meu povoado. Se voltarem, voltarei. Mas não voltarei sozinho", adverte Munthir. Além da reconstrução, o que preocupa são exatamente as condições de segurança. Yvette Hannah, 19, lembra as circunstâncias em que fugiu de sua aldeia, na periferia de Mossul: "Ser acordada à noite, ter que abandonar tudo e fugir rezando para sair sã e salva... Quero voltar, mas quem garante que estarei segura, que não se repetirá?". O retorno é vital para o futuro dos cristãos no Iraque, uma comunidade enraizada há 2.000 anos no país, mas que atualmente tem apenas 350 mil pessoas. "Desde o verão de 2014, a sociedade cristã está em 'compasso de espera'. Os casamentos e as gravidezes são adiadas na espera da volta dos deslocados a seus povoados", afirma Jean, voluntário francês que colabora com a igreja iraquiana. Alguns temem que a grande ajuda dos cristãos por parte da comunidade internacional tenha criado uma "cultura da dependência", da qual será difícil sair. O peso econômico dessa comunidade desapareceu com o êxodo da elite. "Rezamos pela unidade e pela reconciliação, porque sem elas nosso país vai sumir em meio à guerra civil e nós, os cristãos, sairemos maltratados", adverte o seminarista Wael Ablahad.
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Mortes: Um militar apaixonado por festas de Carnaval
A Caravan de Ubirajara Jaccino sempre passava por mudanças no Carnaval. No estacionamento do clube militar, tinha o bagageiro forrado de colchonetes e travesseiros para seus filhos ficarem confortáveis, e um soldado ficava responsável por vigiar o veículo. Enquanto isso, Bira e a mulher dançavam marchinhas famosas a noite toda. A paixão pelo Carnaval foi uma herança de seu pai, assim como a admiração pela carreira militar. Nascido em São Paulo, Bira se mudou com a família, ainda pequeno, para o Rio de Janeiro. Lá, acompanhou de perto as obrigações do pai no quartel e a descontração dos momentos de lazer, quando tocava em festas, inclusive de Carnaval. Com isso, Bira entrou para o Exército, servindo nas cidades de Três Corações (MG), Araguari (MG) e Mafra (SC), antes de voltar para o Rio. No período, manteve o namoro com Emília, sua paixão da adolescência. Foram nove anos com algumas visitas e dúzias de cartas trocadas. Casados na década de 1960, não se separaram mais, até a morte dela, em 2006. Se mudaram para Pindamonhangaba (a 156 km de São Paulo) na década de 1970. Bira dizia que ficaria só dois anos, mas acabou ficando 37. Se apaixonou pelo lugar, onde acabou se aposentando. Longe do Exército, entrou no Lyons, Rotary, maçonaria, até se candidatou à vereador. Não gostava de ficar parado. Já nos Carnavais, desfilava em São Paulo, no Rio e em Pinda. Usava peruca, cílios postiços e roupa exagerada. Morreu no dia 18, aos 77 anos, devido a problemas de saúde. Deixa a irmã, três filhos, quatro netos e primos. [email protected] - VEJA MORTES E MISSAS PUBLICADAS NESTA SEGUNDA CLAUDIA SZNIFER KURBET - Aos 50, casada com Silvio Kurbet. Deixa os filhos, Andre e Gabriel. Cemitério Israelita do Butantã. ROMANO AUGUSTO VITA - Aos 78, casado com Maria Luiza Barbaro Vita. Deixa os filhos, Renzo Claudio e Renata. Cem. de Bebedouro (SP). TUBA TUNKIELSZWARC - Aos 80. Deixa os filhos, Marli, Berenice, Nelson e Silvio, netos e bisnetos. Cemitério Israelita do Butantã. * 7º DIA THEREZINHA MAGALHÃES BASTOS - Nesta terça (26), às 19h, na igreja Santa Teresinha, r. Maranhão, 617, Higienópolis. * 1º ANO maria pereira vinci - Nesta terça (26), às 12h, na igreja Santo Antônio, pça. do Patriarca, 49, Centro. * 10º ANO CECILIA SILVA MELLO ISNARD - Nesta terça (26), às 18h, na igreja Nossa Senhora Mãe da Igreja, al. Franca, 889, Cerqueira César. * MATZEIVA - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ MOISE NASSER - Nesta terça (26), às 9h30, set. R, q. 411, sep. 75.
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Mortes: Um militar apaixonado por festas de CarnavalA Caravan de Ubirajara Jaccino sempre passava por mudanças no Carnaval. No estacionamento do clube militar, tinha o bagageiro forrado de colchonetes e travesseiros para seus filhos ficarem confortáveis, e um soldado ficava responsável por vigiar o veículo. Enquanto isso, Bira e a mulher dançavam marchinhas famosas a noite toda. A paixão pelo Carnaval foi uma herança de seu pai, assim como a admiração pela carreira militar. Nascido em São Paulo, Bira se mudou com a família, ainda pequeno, para o Rio de Janeiro. Lá, acompanhou de perto as obrigações do pai no quartel e a descontração dos momentos de lazer, quando tocava em festas, inclusive de Carnaval. Com isso, Bira entrou para o Exército, servindo nas cidades de Três Corações (MG), Araguari (MG) e Mafra (SC), antes de voltar para o Rio. No período, manteve o namoro com Emília, sua paixão da adolescência. Foram nove anos com algumas visitas e dúzias de cartas trocadas. Casados na década de 1960, não se separaram mais, até a morte dela, em 2006. Se mudaram para Pindamonhangaba (a 156 km de São Paulo) na década de 1970. Bira dizia que ficaria só dois anos, mas acabou ficando 37. Se apaixonou pelo lugar, onde acabou se aposentando. Longe do Exército, entrou no Lyons, Rotary, maçonaria, até se candidatou à vereador. Não gostava de ficar parado. Já nos Carnavais, desfilava em São Paulo, no Rio e em Pinda. Usava peruca, cílios postiços e roupa exagerada. Morreu no dia 18, aos 77 anos, devido a problemas de saúde. Deixa a irmã, três filhos, quatro netos e primos. [email protected] - VEJA MORTES E MISSAS PUBLICADAS NESTA SEGUNDA CLAUDIA SZNIFER KURBET - Aos 50, casada com Silvio Kurbet. Deixa os filhos, Andre e Gabriel. Cemitério Israelita do Butantã. ROMANO AUGUSTO VITA - Aos 78, casado com Maria Luiza Barbaro Vita. Deixa os filhos, Renzo Claudio e Renata. Cem. de Bebedouro (SP). TUBA TUNKIELSZWARC - Aos 80. Deixa os filhos, Marli, Berenice, Nelson e Silvio, netos e bisnetos. Cemitério Israelita do Butantã. * 7º DIA THEREZINHA MAGALHÃES BASTOS - Nesta terça (26), às 19h, na igreja Santa Teresinha, r. Maranhão, 617, Higienópolis. * 1º ANO maria pereira vinci - Nesta terça (26), às 12h, na igreja Santo Antônio, pça. do Patriarca, 49, Centro. * 10º ANO CECILIA SILVA MELLO ISNARD - Nesta terça (26), às 18h, na igreja Nossa Senhora Mãe da Igreja, al. Franca, 889, Cerqueira César. * MATZEIVA - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ MOISE NASSER - Nesta terça (26), às 9h30, set. R, q. 411, sep. 75.
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Marisqueira que pesca desde os 7 anos sonha abrir restaurante na Bahia
Há mais de 40 anos trabalhando como marisqueira, Crispina Bispo Barbosa, 48, conhecida como Miúda, ganhou, em 2009, um novo ofício. Além de garantir a renda semanal de R$ 100 com os frutos do mar, ela virou instrutora do Instituto Perene, que, desde 2009, instala fogões a lenha sustentáveis no Recôncavo Baiano, em parceria com a Natura. Por ser da comunidade, ela faz a ponte entre a organização e os moradores da região para que cada vez mais lares tenham um fogão a lenha que gere menos fumaça e calor, o que é prejudicial à saúde. "Acredito que minha voz fica assim rouca por causa da fumaça. Dava tosse, dava cansaço nas crianças", conta Miúda. Ela diz que seu trabalho de convencer seus conterrâneos não é fácil. "Dá mais trabalho que o marisco." Em seu fogão, gosta de cozinhar de tudo e seu sonho é abrir um restaurante. Leia seu depoimento à Folha. * Desde os 7 anos sou marisqueira. Estou com 48 hoje, então desde sempre. Não é que gosto, é necessidade. Eu queria ter um trabalho melhor, que eu pudesse fazer sem precisar de maré. Desde os 7 trabalhando é muito cansativo, a idade vai chegando. Meu marido é pedreiro. Ganha R$ 6 por dia, mas esses tempos não está conseguindo trabalho. Só eu estou trabalhando, com a pesca, que são uns R$ 100 por semana. Gosto muito de morar aqui. Só acho difícil conseguir trabalho e também para se deslocar até mercado, farmácia, mas a gente acostumou. Cidade não é minha praia. Gosto do meu cantinho, da minha lenha, da minha maré, do meu fogão. Tenho fogão desde 2009. Sempre usei fogão a lenha e sei que o fogão armado é muito diferente desse. Antes, era uma coisa estranha. Meu marido sempre foi traquina e fez uma base enorme, mais alta, botou três blocos e construiu o fogão. Era muita lenha, muita fumaça. Acredito que minha voz fica assim rouca por causa da fumaça. Dava tosse, dava cansaço nas crianças. O problema é autoestima também porque o carvão deixa a gente sujo. Para muitas pessoas isso não é nada, mas para a gente, que é mulher, é ruim. A CHEGADA Numa bela tarde, chega um rapaz conhecido nosso dizendo que alguém de fora estava procurando um pedreiro daqui para fazer um fogão. Aí o fazendeiro indicou meu marido, que já tinha trabalhado com ele. O Guilherme [Valladares, fundador do Instituto Perene] contratou meu marido e eu entrei de gaiato mesmo. Entrei porque gostei tanto do fogão que quis levar para as outras pessoas a boa ideia. A comunidade aderiu muito bem. Tem mais de mil fogões só nessa região. Sou instrutora do Instituto Perene. Ensino como cuidar do fogão porque toda vez que constrói, a gente ensina as pessoas a cuidar. Quem constrói são os homens, mas quem cozinha são as mulheres, e é nessa que eu entro. Quando chega alguém de fora, as pessoas gostam de se esconder, ficam com vergonha. Por isso que teve que ter alguém daqui. E vai continuar assim, tem que ter alguém do lugar para fazer essa ponte, se não um trabalho tão rico acaba. Convencer o povo dá mais trabalho que o marisco. Tem todo o tipo de gente, mas acaba sendo prazeroso porque eu não deixo nem me tratarem mal, já chego implicando, brincando. Para convencer gente é mais difícil do que fazer um trabalho que a gente desde pequeno faz. Com o fogão novo, mudou muito porque fumaça não tem mais, as pedras que não deixam o calor passar. A gente recebia todo o calor do fogo. Eu adoro de cozinhar de tudo. Meu sonho é ter um restaurante. A repórter PATRICIA PAMPLONA viajou a convite da Natura
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Marisqueira que pesca desde os 7 anos sonha abrir restaurante na BahiaHá mais de 40 anos trabalhando como marisqueira, Crispina Bispo Barbosa, 48, conhecida como Miúda, ganhou, em 2009, um novo ofício. Além de garantir a renda semanal de R$ 100 com os frutos do mar, ela virou instrutora do Instituto Perene, que, desde 2009, instala fogões a lenha sustentáveis no Recôncavo Baiano, em parceria com a Natura. Por ser da comunidade, ela faz a ponte entre a organização e os moradores da região para que cada vez mais lares tenham um fogão a lenha que gere menos fumaça e calor, o que é prejudicial à saúde. "Acredito que minha voz fica assim rouca por causa da fumaça. Dava tosse, dava cansaço nas crianças", conta Miúda. Ela diz que seu trabalho de convencer seus conterrâneos não é fácil. "Dá mais trabalho que o marisco." Em seu fogão, gosta de cozinhar de tudo e seu sonho é abrir um restaurante. Leia seu depoimento à Folha. * Desde os 7 anos sou marisqueira. Estou com 48 hoje, então desde sempre. Não é que gosto, é necessidade. Eu queria ter um trabalho melhor, que eu pudesse fazer sem precisar de maré. Desde os 7 trabalhando é muito cansativo, a idade vai chegando. Meu marido é pedreiro. Ganha R$ 6 por dia, mas esses tempos não está conseguindo trabalho. Só eu estou trabalhando, com a pesca, que são uns R$ 100 por semana. Gosto muito de morar aqui. Só acho difícil conseguir trabalho e também para se deslocar até mercado, farmácia, mas a gente acostumou. Cidade não é minha praia. Gosto do meu cantinho, da minha lenha, da minha maré, do meu fogão. Tenho fogão desde 2009. Sempre usei fogão a lenha e sei que o fogão armado é muito diferente desse. Antes, era uma coisa estranha. Meu marido sempre foi traquina e fez uma base enorme, mais alta, botou três blocos e construiu o fogão. Era muita lenha, muita fumaça. Acredito que minha voz fica assim rouca por causa da fumaça. Dava tosse, dava cansaço nas crianças. O problema é autoestima também porque o carvão deixa a gente sujo. Para muitas pessoas isso não é nada, mas para a gente, que é mulher, é ruim. A CHEGADA Numa bela tarde, chega um rapaz conhecido nosso dizendo que alguém de fora estava procurando um pedreiro daqui para fazer um fogão. Aí o fazendeiro indicou meu marido, que já tinha trabalhado com ele. O Guilherme [Valladares, fundador do Instituto Perene] contratou meu marido e eu entrei de gaiato mesmo. Entrei porque gostei tanto do fogão que quis levar para as outras pessoas a boa ideia. A comunidade aderiu muito bem. Tem mais de mil fogões só nessa região. Sou instrutora do Instituto Perene. Ensino como cuidar do fogão porque toda vez que constrói, a gente ensina as pessoas a cuidar. Quem constrói são os homens, mas quem cozinha são as mulheres, e é nessa que eu entro. Quando chega alguém de fora, as pessoas gostam de se esconder, ficam com vergonha. Por isso que teve que ter alguém daqui. E vai continuar assim, tem que ter alguém do lugar para fazer essa ponte, se não um trabalho tão rico acaba. Convencer o povo dá mais trabalho que o marisco. Tem todo o tipo de gente, mas acaba sendo prazeroso porque eu não deixo nem me tratarem mal, já chego implicando, brincando. Para convencer gente é mais difícil do que fazer um trabalho que a gente desde pequeno faz. Com o fogão novo, mudou muito porque fumaça não tem mais, as pedras que não deixam o calor passar. A gente recebia todo o calor do fogo. Eu adoro de cozinhar de tudo. Meu sonho é ter um restaurante. A repórter PATRICIA PAMPLONA viajou a convite da Natura
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Petrobras recorre à publicidade para tentar melhorar imagem
Na tentativa de reverter os danos de imagem causados pelos escândalos de corrupção, a Petrobras lançou uma ofensiva publicitária em tom épico. Sob o mote da Superação, a campanha tenta colocar a onda de más notícias reveladas pela Operação Lava Jato como mais um obstáculo na trajetória de 61 anos e que, assim como nos primórdios, quando as pessoas não acreditavam que havia petróleo no Brasil, a empresa vencerá mais essa etapa. "Hoje os desafios são outros e por isso estamos aprimorando a governança e a conformidade na gestão. Seja qual for o desafio, nossa resposta será aquela que nos acompanha desde sempre. Superação", diz a empresa na propaganda. A campanha foi criada pela agência NBS, uma das três agências de publicidade que detêm a conta da estatal, e começou a ser planejada em novembro, quando presidentes de empreiteiras e um o ex-diretor da estatal, Renato Duque, foram presos pela Polícia Federal. A campanha entrou no ar em 25 de janeiro e deve ser veiculada até março. Segundo a Petrobras, não houve aumento no volume de inserções publicitárias (ou seja, de compra de espaço publicitário) neste início de 2015, na comparação com outras campanhas institucionais da empresa. "A campanha que estava no ar em fevereiro de 2014 era a fase final da campanha de "60 anos", que se iniciou em maio de 2013. Se comparado o período de lançamento da campanha "60 anos" com o atual período de lançamento da campanha "Superação", ambas as campanhas têm visibilidade e impacto similar", informou a Petrobras. A Petrobras tem uma verba anual de R$ 330 milhões para gasto com publicidade, divididos igualmente entre as agências NBS, FCB e Heads. As três agências venceram uma licitação no final de 2013 para contratos de um ano, que podem ser renovados por períodos iguais por até cinco anos. Cabe à NBS cuidar das campanhas institucionais. HOTSITE A campanha Superação está sendo veiculada na TV, no rádio e na internet e em breve deve ganhar versões de mídia impressa. Embora o filme de um minuto não fale explicitamente em desvios e corrupção, o site criado para explicar a campanha vai direto ao ponto. "Nos últimos meses, vieram a público denúncias de supostos crimes em desfavor da Petrobras. Estamos empenhados, desde o início de todo esse processo, em esclarecer todos os fatos", diz a empresa no site da campanha. A empresa menciona ainda as medidas que foram adotadas para melhorar os controles internos, como a criação da Diretoria de Governança, Risco e Conformidade, "que terá a missão de mitigar riscos nas atividades da Petrobras, dentre eles os de fraude e corrupção, assegurando a conformidade de nossos processos com aderência a leis, normas, padrões e regulamentos".
poder
Petrobras recorre à publicidade para tentar melhorar imagemNa tentativa de reverter os danos de imagem causados pelos escândalos de corrupção, a Petrobras lançou uma ofensiva publicitária em tom épico. Sob o mote da Superação, a campanha tenta colocar a onda de más notícias reveladas pela Operação Lava Jato como mais um obstáculo na trajetória de 61 anos e que, assim como nos primórdios, quando as pessoas não acreditavam que havia petróleo no Brasil, a empresa vencerá mais essa etapa. "Hoje os desafios são outros e por isso estamos aprimorando a governança e a conformidade na gestão. Seja qual for o desafio, nossa resposta será aquela que nos acompanha desde sempre. Superação", diz a empresa na propaganda. A campanha foi criada pela agência NBS, uma das três agências de publicidade que detêm a conta da estatal, e começou a ser planejada em novembro, quando presidentes de empreiteiras e um o ex-diretor da estatal, Renato Duque, foram presos pela Polícia Federal. A campanha entrou no ar em 25 de janeiro e deve ser veiculada até março. Segundo a Petrobras, não houve aumento no volume de inserções publicitárias (ou seja, de compra de espaço publicitário) neste início de 2015, na comparação com outras campanhas institucionais da empresa. "A campanha que estava no ar em fevereiro de 2014 era a fase final da campanha de "60 anos", que se iniciou em maio de 2013. Se comparado o período de lançamento da campanha "60 anos" com o atual período de lançamento da campanha "Superação", ambas as campanhas têm visibilidade e impacto similar", informou a Petrobras. A Petrobras tem uma verba anual de R$ 330 milhões para gasto com publicidade, divididos igualmente entre as agências NBS, FCB e Heads. As três agências venceram uma licitação no final de 2013 para contratos de um ano, que podem ser renovados por períodos iguais por até cinco anos. Cabe à NBS cuidar das campanhas institucionais. HOTSITE A campanha Superação está sendo veiculada na TV, no rádio e na internet e em breve deve ganhar versões de mídia impressa. Embora o filme de um minuto não fale explicitamente em desvios e corrupção, o site criado para explicar a campanha vai direto ao ponto. "Nos últimos meses, vieram a público denúncias de supostos crimes em desfavor da Petrobras. Estamos empenhados, desde o início de todo esse processo, em esclarecer todos os fatos", diz a empresa no site da campanha. A empresa menciona ainda as medidas que foram adotadas para melhorar os controles internos, como a criação da Diretoria de Governança, Risco e Conformidade, "que terá a missão de mitigar riscos nas atividades da Petrobras, dentre eles os de fraude e corrupção, assegurando a conformidade de nossos processos com aderência a leis, normas, padrões e regulamentos".
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Cenários político e externo mantêm dólar em baixa; Bolsa recua
O dólar segue em trajetória de queda ante o real nesta sexta-feira (18), ajudado pelo cenário externo favorável e pela manutenção das apostas no mercado de que a presidente Dilma Rousseff deixará o poder. O Ibovespa recua, com os investidores embolsando lucros após a forte alta de 6,6% nesta quinta-feira (17) —a maior em mais de sete anos. Os juros futuros de longo prazo e o CDS (credit default swap), indicador da percepção de risco do Brasil, também caem. A moeda americana à vista recuava há pouco 0,81%, a R$ 3,6204, e o dólar comercial perdia 0,82%, a R$ 3,6220. O movimento de queda ocorre mesmo após o Banco Central ter reduzido a oferta de swap cambial (equivalente à venda futura de dólar). Vitor Suzaki, analista da Lerosa Investimentos, comenta que a decisão da autoridade monetária ocorreu em função do cenário mais benéfico para o real, como manutenção da taxa de juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) e as políticas de juros negativos do BCE (Banco Central Europeu) e o banco central japonês. Segundo ele, a atitude do BC tende a diminuir a velocidade do movimento de queda do dólar, mas não interrompe a trajetória de valorização da moeda nacional. "O BC mostra certo conforto com o atual nível do câmbio, cujo patamar não deve trazer grandes pressões inflacionárias", avalia a equipe de análise da Guide Investimentos, destacando que a inflação é a maior preocupação da autoridade monetária. Dólar - Variação da moeda em 2016 No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 operava estável, a 13,725%, e o contrato de DI para janeiro de 2021 recuava de 14,060% para 13,960%. Os analistas da Guide ressaltam que as pressões de baixa se devem "à menor percepção de risco decorrente de expectativas de troca de governo", O mesmo ocorre com o CDS, uma espécie de seguro contra calote do país, que recuava pela terceira sessão consecutiva. Há pouco, perdia 3,79%, aos 370,549 pontos. BOLSA O principal índice da Bolsa paulista perdia há pouco 1,10%, aos 50.356,27 pontos. "O mercado está de 'ressaca' após a euforia de ontem, e, sem novidades tanto no cenário interno quanto no externo, faz uma realização de lucros saudável", diz Alexandre Soares, analista da BGC Liquidez. As ações preferenciais da Petrobras recuavam 3,20%, a R$ 7,84, e as ordinárias perdiam 4,11%, a R$ 10,01, apesar dos preços do petróleo no mercado internacional terem atingido os maiores níveis de 2016 nesta sessão. Em Londres, o petróleo Brent ganhava 1,47%, a US$ 42,15 o barril; nos EUA, o petróleo WTI avançava 1,14%, a US$ 40,66. Os preços da commodity se recuperam com expectativas de que os maiores produtores chegarão a um acordo para congelamento de produção, além da fraqueza do dólar e maior demanda sazonal. As ações da Vale tinham alta de 1,46% na PNA, a R$ 11,10, mas as ON recuavam 0,90%, a R$ 15,36, mesmo com a valorização do minério de ferro na China pela terceira vez seguida. O setor financeiro também operava em baixa: Banco do Brasil ON, -2,41%; Itaú Unibanco PN, -1,45%; Bradesco PN, -3,23%; Santander unit, -3,08%; e BMFBovespa ON, -2,01%. EXTERIOR A alta do petróleo e o otimismo provocado pela manutenção dos juros norte-americanos impulsionam as Bolsas globais. Em Wall Street, o índice Dow Jones avançava 0,66%, o S&P 500 ganhava 0,42% e o Nasdaq, +0,54%. Na Europa, a Bolsa de Londres subia 0,12%; Paris, +0,36%; Frankfurt, +0,36%; Madri, +0,31% e Milão, +0,10%. Na Ásia, com exceção do Japão, as Bolsas também fecharam em alta diante do dólar mais fraco.
mercado
Cenários político e externo mantêm dólar em baixa; Bolsa recuaO dólar segue em trajetória de queda ante o real nesta sexta-feira (18), ajudado pelo cenário externo favorável e pela manutenção das apostas no mercado de que a presidente Dilma Rousseff deixará o poder. O Ibovespa recua, com os investidores embolsando lucros após a forte alta de 6,6% nesta quinta-feira (17) —a maior em mais de sete anos. Os juros futuros de longo prazo e o CDS (credit default swap), indicador da percepção de risco do Brasil, também caem. A moeda americana à vista recuava há pouco 0,81%, a R$ 3,6204, e o dólar comercial perdia 0,82%, a R$ 3,6220. O movimento de queda ocorre mesmo após o Banco Central ter reduzido a oferta de swap cambial (equivalente à venda futura de dólar). Vitor Suzaki, analista da Lerosa Investimentos, comenta que a decisão da autoridade monetária ocorreu em função do cenário mais benéfico para o real, como manutenção da taxa de juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) e as políticas de juros negativos do BCE (Banco Central Europeu) e o banco central japonês. Segundo ele, a atitude do BC tende a diminuir a velocidade do movimento de queda do dólar, mas não interrompe a trajetória de valorização da moeda nacional. "O BC mostra certo conforto com o atual nível do câmbio, cujo patamar não deve trazer grandes pressões inflacionárias", avalia a equipe de análise da Guide Investimentos, destacando que a inflação é a maior preocupação da autoridade monetária. Dólar - Variação da moeda em 2016 No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 operava estável, a 13,725%, e o contrato de DI para janeiro de 2021 recuava de 14,060% para 13,960%. Os analistas da Guide ressaltam que as pressões de baixa se devem "à menor percepção de risco decorrente de expectativas de troca de governo", O mesmo ocorre com o CDS, uma espécie de seguro contra calote do país, que recuava pela terceira sessão consecutiva. Há pouco, perdia 3,79%, aos 370,549 pontos. BOLSA O principal índice da Bolsa paulista perdia há pouco 1,10%, aos 50.356,27 pontos. "O mercado está de 'ressaca' após a euforia de ontem, e, sem novidades tanto no cenário interno quanto no externo, faz uma realização de lucros saudável", diz Alexandre Soares, analista da BGC Liquidez. As ações preferenciais da Petrobras recuavam 3,20%, a R$ 7,84, e as ordinárias perdiam 4,11%, a R$ 10,01, apesar dos preços do petróleo no mercado internacional terem atingido os maiores níveis de 2016 nesta sessão. Em Londres, o petróleo Brent ganhava 1,47%, a US$ 42,15 o barril; nos EUA, o petróleo WTI avançava 1,14%, a US$ 40,66. Os preços da commodity se recuperam com expectativas de que os maiores produtores chegarão a um acordo para congelamento de produção, além da fraqueza do dólar e maior demanda sazonal. As ações da Vale tinham alta de 1,46% na PNA, a R$ 11,10, mas as ON recuavam 0,90%, a R$ 15,36, mesmo com a valorização do minério de ferro na China pela terceira vez seguida. O setor financeiro também operava em baixa: Banco do Brasil ON, -2,41%; Itaú Unibanco PN, -1,45%; Bradesco PN, -3,23%; Santander unit, -3,08%; e BMFBovespa ON, -2,01%. EXTERIOR A alta do petróleo e o otimismo provocado pela manutenção dos juros norte-americanos impulsionam as Bolsas globais. Em Wall Street, o índice Dow Jones avançava 0,66%, o S&P 500 ganhava 0,42% e o Nasdaq, +0,54%. Na Europa, a Bolsa de Londres subia 0,12%; Paris, +0,36%; Frankfurt, +0,36%; Madri, +0,31% e Milão, +0,10%. Na Ásia, com exceção do Japão, as Bolsas também fecharam em alta diante do dólar mais fraco.
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Ueba! A Dilma tá no vermelho!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O Esculhambador Geral da República! Piada Pronta direto de Minas: "Carro de prefeito se envolve em acidente com caminhão de cerveja". Prefeito de que cidade? RESSAQUINHA! E este deputado a favor da PEC dos Cartórios: Givaldo CARIMBÃO! E este oftalmologista especializado em cirurgia a laser: LEIZER DIVINO! Isso é nome de super-herói! Rarará! E atenção! Tormento Econômico! O aumentou aumentou! E a Dilma Granda Chefa Toura Sentada já começou os cortes. A Dilma vai cortar os sábados, o motel, o Carnaval, o churrasco e o pastel de feira. Pastel de feira não! Vai dar rebelião. Se cortar o pastel de feira, não vai ter manifestação, vai ter rebelião! E um amigo disse que a Dilma tem cara de quem inventou a segunda-feira. E eu acho que a Dilma tem cara de quem inventou o feriado com chuva. E o Aécio tem cara de quem inventou a sexta-feira à noite! Rarará! Resumo da crise econômica: a Dilma estourou o cartão. A Dilma tá no vermelho! Rarará! E no Amapá abriram uma lanchonete versão pobre do Bobs: a lanchonete POBR'S! E os sanduíches mais famosos: miséria, pobreza, pobreza extrema e bolsa família! E a dona já vai abrir filial. E daqui a pouco vai ter franquias! Viva a Crise! Rarará! E em Peruíbe tem uma empresa de limpa fossa chamada Máfia da Merda! Muda pra Brasília. Abre franquia! Vende pro Cunha! Cunha abre franquia da Máfia da Merda! E o Brasil foi rebaixado! Caiu pra série B! Antes do Vasco! Próximo adversário: Íbis! O pior time do mundo. Aliás, o Íbis não é mais o pior time do mundo. O pior time do mundo é a equipe da Dilma! E o Mercadante virou Mercadente! E os refugiados na Europa? Como dizia Nelson Rodrigues: "A humanidade não deu certo". E como dizia o Bronco Ronald Golias: "A civilização não se comportou". Devolve o planeta pros dinossauros. Volta que vai dar merda! E avisa pro Levy que eu só pago um imposto: o IPN. Imposto sobre Porra Nenhuma! Rarará! E repetindo: saudades do ano passado quando só o Eike Batista estava falido. Rarará! Nóis sofre mas nóis goza. O Brasil é a Venezuêra! Hoje só amanhã Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Ueba! A Dilma tá no vermelho!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O Esculhambador Geral da República! Piada Pronta direto de Minas: "Carro de prefeito se envolve em acidente com caminhão de cerveja". Prefeito de que cidade? RESSAQUINHA! E este deputado a favor da PEC dos Cartórios: Givaldo CARIMBÃO! E este oftalmologista especializado em cirurgia a laser: LEIZER DIVINO! Isso é nome de super-herói! Rarará! E atenção! Tormento Econômico! O aumentou aumentou! E a Dilma Granda Chefa Toura Sentada já começou os cortes. A Dilma vai cortar os sábados, o motel, o Carnaval, o churrasco e o pastel de feira. Pastel de feira não! Vai dar rebelião. Se cortar o pastel de feira, não vai ter manifestação, vai ter rebelião! E um amigo disse que a Dilma tem cara de quem inventou a segunda-feira. E eu acho que a Dilma tem cara de quem inventou o feriado com chuva. E o Aécio tem cara de quem inventou a sexta-feira à noite! Rarará! Resumo da crise econômica: a Dilma estourou o cartão. A Dilma tá no vermelho! Rarará! E no Amapá abriram uma lanchonete versão pobre do Bobs: a lanchonete POBR'S! E os sanduíches mais famosos: miséria, pobreza, pobreza extrema e bolsa família! E a dona já vai abrir filial. E daqui a pouco vai ter franquias! Viva a Crise! Rarará! E em Peruíbe tem uma empresa de limpa fossa chamada Máfia da Merda! Muda pra Brasília. Abre franquia! Vende pro Cunha! Cunha abre franquia da Máfia da Merda! E o Brasil foi rebaixado! Caiu pra série B! Antes do Vasco! Próximo adversário: Íbis! O pior time do mundo. Aliás, o Íbis não é mais o pior time do mundo. O pior time do mundo é a equipe da Dilma! E o Mercadante virou Mercadente! E os refugiados na Europa? Como dizia Nelson Rodrigues: "A humanidade não deu certo". E como dizia o Bronco Ronald Golias: "A civilização não se comportou". Devolve o planeta pros dinossauros. Volta que vai dar merda! E avisa pro Levy que eu só pago um imposto: o IPN. Imposto sobre Porra Nenhuma! Rarará! E repetindo: saudades do ano passado quando só o Eike Batista estava falido. Rarará! Nóis sofre mas nóis goza. O Brasil é a Venezuêra! Hoje só amanhã Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Astrologia
ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Você está progredindo, mas há uma sensação de desencaixe entre ritmo, detalhes do processo em curso e expectativa? Atenção aos detalhes. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Questione seus valores até chegar ao essencial: o que importa para o coração, a satisfação com o trabalho e o valor real do dinheiro. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Tem dias que as contradições, suas e dos outros, ficam mais evidentes. A impaciência é com o que se repete e com o que estagnou. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) O anseio para evoluir para a próxima fase pode gerar uma angústia contraproducente. Será que você não está muito autocentrado hoje? LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Ainda essa necessidade de resolver questões na vida privada, para não levá-las para a próxima fase. Deixe aqui o que joga você para baixo. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Cuide de não exagerar no desconforto. Há atrito, sim, mas não tão grave quanto parece. Invista no estudo, na técnica, no diálogo. LIBRA (23 set. a 22 out.) É melhor ir aos poucos, mas com confiança, do que de uma vez e despreparado. Esse modus operandi proporciona mais solidez aos projetos. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Nesta semana você realmente iniciou uma transformação pessoal. Reconheça-a e valorize-a para conduzir bem os próximos passos. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Antes de qualquer iniciativa, afine a sintonia entre razão e emoção. A noite vai cair pedindo liberação da força: que seja potência. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Neste momento, seria bom dar uma segurada nas rédeas do seu nível de exigência, para assimilar bem o desenvolvimento das coisas. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) As coisas estão tomando outra direção. Há pessoas interessadas no seu jeito e na sua proposta. Entregue-se ao embalo das mudanças. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Que a inspiração encontre você trabalhando. É assim que, quando menos esperar, tudo vai estar engatilhado para um movimento preciso.
ilustrada
AstrologiaÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Você está progredindo, mas há uma sensação de desencaixe entre ritmo, detalhes do processo em curso e expectativa? Atenção aos detalhes. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Questione seus valores até chegar ao essencial: o que importa para o coração, a satisfação com o trabalho e o valor real do dinheiro. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Tem dias que as contradições, suas e dos outros, ficam mais evidentes. A impaciência é com o que se repete e com o que estagnou. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) O anseio para evoluir para a próxima fase pode gerar uma angústia contraproducente. Será que você não está muito autocentrado hoje? LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Ainda essa necessidade de resolver questões na vida privada, para não levá-las para a próxima fase. Deixe aqui o que joga você para baixo. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Cuide de não exagerar no desconforto. Há atrito, sim, mas não tão grave quanto parece. Invista no estudo, na técnica, no diálogo. LIBRA (23 set. a 22 out.) É melhor ir aos poucos, mas com confiança, do que de uma vez e despreparado. Esse modus operandi proporciona mais solidez aos projetos. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Nesta semana você realmente iniciou uma transformação pessoal. Reconheça-a e valorize-a para conduzir bem os próximos passos. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Antes de qualquer iniciativa, afine a sintonia entre razão e emoção. A noite vai cair pedindo liberação da força: que seja potência. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Neste momento, seria bom dar uma segurada nas rédeas do seu nível de exigência, para assimilar bem o desenvolvimento das coisas. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) As coisas estão tomando outra direção. Há pessoas interessadas no seu jeito e na sua proposta. Entregue-se ao embalo das mudanças. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Que a inspiração encontre você trabalhando. É assim que, quando menos esperar, tudo vai estar engatilhado para um movimento preciso.
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Em greve, garis fazem protesto em frente à sede da Prefeitura do Rio
Um grupo formado por cerca de 220 garis protesta no início da tarde desta terça-feira (18) diante da sede da Prefeitura do Rio, na avenida Presidente Vargas, no centro da cidade. Os garis, representados pelo Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação, estão em greve desde a última quinta-feira (12). Eles pediram um reajuste de 40%, mas a contraproposta foi de 3%, segundo um dos líderes da paralisação, Bruno Coelho de Lima. Como não se chegou a um acordo, a categoria parou. A assessoria de imprensa da Comlurb, que tem a concessão para fazer a limpeza das ruas do Rio, informa que no sábado (14) apresentou uma proposta de 7% de reajuste, que não foi aceita pelos grevistas. Segundo Lima, a parte mais afetada da cidade é a zona norte. "No bairro de Piedade houve adesão total", afirma. Ele diz que, na cidade inteira, a categoria está cumprindo uma determinação da Justiça do trabalho e garantindo que 75% do trabalho seja feito. Os grevistas dizem que estão à espera de uma oferta da prefeitura que ao menos reponha o valor da inflação. Está prevista para a quarta-feira (18) uma reunião entre as duas partes na Justiça do Trabalho. Segundo a Comlurb,15 trabalhadores que seguiram trabalhando foram agredidos e fizeram boletins de ocorrência. O líder dos grevistas afirma que os agressores não foram feitas por grevistas, mas por pessoas que querem atingir a imagem dos que aderiram à greve. Para evitar novas agressões, a Comlurb contratou escolta privada para acompanhar os garis que resolveram trabalhar. Policiais militares também foram destacados para isso. Também foram tomadas medidas para mitigar o problema da falta de limpeza: outros funcionários da prefeitura, como guardas civis e empregados da secretaria de serviços públicos foram deslocados para o varrimento de ruas. Além disso, a empresa terceirizou parte da coleta de lixo.
cotidiano
Em greve, garis fazem protesto em frente à sede da Prefeitura do RioUm grupo formado por cerca de 220 garis protesta no início da tarde desta terça-feira (18) diante da sede da Prefeitura do Rio, na avenida Presidente Vargas, no centro da cidade. Os garis, representados pelo Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação, estão em greve desde a última quinta-feira (12). Eles pediram um reajuste de 40%, mas a contraproposta foi de 3%, segundo um dos líderes da paralisação, Bruno Coelho de Lima. Como não se chegou a um acordo, a categoria parou. A assessoria de imprensa da Comlurb, que tem a concessão para fazer a limpeza das ruas do Rio, informa que no sábado (14) apresentou uma proposta de 7% de reajuste, que não foi aceita pelos grevistas. Segundo Lima, a parte mais afetada da cidade é a zona norte. "No bairro de Piedade houve adesão total", afirma. Ele diz que, na cidade inteira, a categoria está cumprindo uma determinação da Justiça do trabalho e garantindo que 75% do trabalho seja feito. Os grevistas dizem que estão à espera de uma oferta da prefeitura que ao menos reponha o valor da inflação. Está prevista para a quarta-feira (18) uma reunião entre as duas partes na Justiça do Trabalho. Segundo a Comlurb,15 trabalhadores que seguiram trabalhando foram agredidos e fizeram boletins de ocorrência. O líder dos grevistas afirma que os agressores não foram feitas por grevistas, mas por pessoas que querem atingir a imagem dos que aderiram à greve. Para evitar novas agressões, a Comlurb contratou escolta privada para acompanhar os garis que resolveram trabalhar. Policiais militares também foram destacados para isso. Também foram tomadas medidas para mitigar o problema da falta de limpeza: outros funcionários da prefeitura, como guardas civis e empregados da secretaria de serviços públicos foram deslocados para o varrimento de ruas. Além disso, a empresa terceirizou parte da coleta de lixo.
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Novo presidente da Vale mira fusões e aquisições e quer diversificar negócios
A mineradora Vale deverá em breve voltar a uma fase de expansão de seus negócios mirando oportunidades de fusões ou aquisições e estratégias para diversificar seu portfólio, atualmente com forte dependência do minério de ferro, disse o novo presidente da companhia, Fabio Schvartsman, em encontro com analistas. "Apesar da alta qualidade dos ativos de minério de ferro da companhia e da alta lucratividade dessa unidade de negócios, o fato de todos os ovos estarem na mesma cesta é um importante risco de longo prazo para a companhia", disseram analistas do Credit Suisse em relatório para clientes que resume os principais pontos de uma reunião com Schvartsman nesta sexta-feira (26). O Bradesco BBI também produziu um relatório após conversa com o executivo, que tomou posse na segunda-feira (22), no qual afirma que uma questão chave para a Vale será avaliar qual a melhor estratégia de diversificação do portfólio. Os negócios de níquel, por exemplo, não geram lucros suficientes. "A estratégia será baseada em crescimento e diversificação para além do minério de ferro, com fusões e aquisições sendo a principal ferramenta. Desalavancagem e pagamento de dividendos não são o suficiente. A Vale precisa ter uma clara estratégia de crescimento", explicou o Bradesco BBI, ao comentar as falas de Schvartsman. Segundo o Credit Suisse, o novo presidente da Vale criou grupos para avaliar a estratégia e a performance da empresa em diversas unidades de negócios, e um diagnóstico estará pronto em 60 dias. A Vale também contratou a consultoria Falconi para avaliar sua matriz de custos e identificar potenciais cortes. Ainda segundo o Credit Suisse, a companhia provavelmente conseguirá reduzir sua dívida líquida para um nível abaixo da meta de US$ 15 bilhões anunciada anteriormente. Já os analistas do Bradesco BBI citaram também outras mudanças culturais que o novo presidente pretende implementar na Vale, como uma maior transparência, com executivos trabalhando todos na mesma sede, sem "clusters isolados dentro da companhia". O executivo também falou em reduzir a interferência do governo na empresa. Schvartsman substituirá na Vale o administrador de empresas Murilo Ferreira, que presidiu a mineradora durante seis anos. Ele tem 63 anos e desde 2011 era presidente executivo da Klabin, produtora de papel e papelão.
mercado
Novo presidente da Vale mira fusões e aquisições e quer diversificar negóciosA mineradora Vale deverá em breve voltar a uma fase de expansão de seus negócios mirando oportunidades de fusões ou aquisições e estratégias para diversificar seu portfólio, atualmente com forte dependência do minério de ferro, disse o novo presidente da companhia, Fabio Schvartsman, em encontro com analistas. "Apesar da alta qualidade dos ativos de minério de ferro da companhia e da alta lucratividade dessa unidade de negócios, o fato de todos os ovos estarem na mesma cesta é um importante risco de longo prazo para a companhia", disseram analistas do Credit Suisse em relatório para clientes que resume os principais pontos de uma reunião com Schvartsman nesta sexta-feira (26). O Bradesco BBI também produziu um relatório após conversa com o executivo, que tomou posse na segunda-feira (22), no qual afirma que uma questão chave para a Vale será avaliar qual a melhor estratégia de diversificação do portfólio. Os negócios de níquel, por exemplo, não geram lucros suficientes. "A estratégia será baseada em crescimento e diversificação para além do minério de ferro, com fusões e aquisições sendo a principal ferramenta. Desalavancagem e pagamento de dividendos não são o suficiente. A Vale precisa ter uma clara estratégia de crescimento", explicou o Bradesco BBI, ao comentar as falas de Schvartsman. Segundo o Credit Suisse, o novo presidente da Vale criou grupos para avaliar a estratégia e a performance da empresa em diversas unidades de negócios, e um diagnóstico estará pronto em 60 dias. A Vale também contratou a consultoria Falconi para avaliar sua matriz de custos e identificar potenciais cortes. Ainda segundo o Credit Suisse, a companhia provavelmente conseguirá reduzir sua dívida líquida para um nível abaixo da meta de US$ 15 bilhões anunciada anteriormente. Já os analistas do Bradesco BBI citaram também outras mudanças culturais que o novo presidente pretende implementar na Vale, como uma maior transparência, com executivos trabalhando todos na mesma sede, sem "clusters isolados dentro da companhia". O executivo também falou em reduzir a interferência do governo na empresa. Schvartsman substituirá na Vale o administrador de empresas Murilo Ferreira, que presidiu a mineradora durante seis anos. Ele tem 63 anos e desde 2011 era presidente executivo da Klabin, produtora de papel e papelão.
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Após 'ano do etanol', cana terá 630 milhões de toneladas na próxima safra
Editoria de Arte O ano de 2015 foi o do etanol. O consumo de janeiro a novembro atingiu 26,1 bilhões de litros, 21% mais do que em igual período anterior. O consumo foi puxado basicamente pelo etanol hidratado (o que vai diretamente no tanque, sem ser misturado à gasolina). Foram 16,3 bilhões de litros desse tipo de combustível, 40% mais do que o de janeiro a novembro de 2014. Em novembro, no entanto, com a chegada da entressafra e uma recuperação dos preços do produto, a alta do consumo já tem ritmo menor. O consumo de hidratado supera em 21% o de igual período de 2014. A oferta maior de álcool ocorreu porque 59% da cana moída na região centro-sul nesta safra 2015/16 foi destinada para a produção do combustível. Na safra 2014/15, o percentual havia sido de 56,7%. E este ano também poderá ser um período de aumento de consumo, mas não de maneira tão intensa com foi em 2015. A consultoria Datagro, especializada no setor sucroenergético, estima que a produção total de etanol da região centro-sul poderá chegar a 28,6 bilhões de litros em 2016/17. As previsões para a safra 2015/16, que se encerra em março, indicam 27,8 bilhões. Incluindo as regiões Norte e Nordeste, a produção total de etanol do país deverá ser de 29,8 bilhões de litros em 2015/16. A moagem de cana-de-açúcar deve ficar entre 610 milhões e 630 milhões de toneladas na região centro-sul na próxima safra. Já a produção de açúcar subiria para até 34,5 milhões de toneladas, ante 30,7 milhões na safra que se encerra. Plinio Nastari, da Datagro, acredita que a safra 2016/17 será melhor porque, devido ao clima, de 35 milhões a 37 milhões de toneladas de cana serão deixados para 2016/17. As chuvas que ocorreram nesta safra permitiram um melhor desenvolvimento fisiológico do canavial. Além disso, há a perspectiva de um melhor aproveitamento do tempo na safra 2016/17. Nesta safra que se encerra, os dias de trabalho parados nas usinas somaram 50 até o final de dezembro. As usinas ainda devem moer 14 milhões de toneladas até o final de março, segundo Nastari. Um dos pontos favoráveis para o açúcar será a ocorrência do primeiro deficit mundial de produção, em relação ao consumo. A safra 2015/16, que vai de outubro a setembro, terá um deficit de 3,87 milhões de toneladas de açúcar. Esta será a primeira vez que o consumo mundial supera a produção desde 2010. Naquele ano, a produção ficou 1,66 milhão de toneladas abaixo do consumo. * Máquina agrícola tem pior desempenho em 8 anos   A indústria de máquinas agrícolas e rodoviárias comercializou apenas 44,9 mil unidades no ano passado. Este desempenho está bem distante do recorde de 83 mil unidades vendidas em 2013 e só é melhor do que o de 2007, quando o setor havia comercializado 38,3 mil unidades, conforme dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Os produtores já vinham pisando no freio nas compras devido à boa renovação da frota feita desde 2010. A queda nos preços das commodities e a crise político-econômica vivida pelo país fez o setor frear ainda mais as compras. Um componente importante também nessa redução de compras foi a dificuldade de crédito e juros mais elevados. Ao cair para 44,9 mil unidades, as vendas totais do setor no ano passado ficaram 34,5% inferiores às de 2014. A redução no setor de tratores de rodas foi de 33%, com as vendas caindo para 37,3 mil unidades. Uma queda ainda maior ocorreu no setor de colheitadeiras. Embora o país venha acumulando recorde sobre recorde na produção de grãos, as compras dessas máquinas se restringiram a 3.917 unidades no ano passado, 39% menos do que em 2014.
colunas
Após 'ano do etanol', cana terá 630 milhões de toneladas na próxima safraEditoria de Arte O ano de 2015 foi o do etanol. O consumo de janeiro a novembro atingiu 26,1 bilhões de litros, 21% mais do que em igual período anterior. O consumo foi puxado basicamente pelo etanol hidratado (o que vai diretamente no tanque, sem ser misturado à gasolina). Foram 16,3 bilhões de litros desse tipo de combustível, 40% mais do que o de janeiro a novembro de 2014. Em novembro, no entanto, com a chegada da entressafra e uma recuperação dos preços do produto, a alta do consumo já tem ritmo menor. O consumo de hidratado supera em 21% o de igual período de 2014. A oferta maior de álcool ocorreu porque 59% da cana moída na região centro-sul nesta safra 2015/16 foi destinada para a produção do combustível. Na safra 2014/15, o percentual havia sido de 56,7%. E este ano também poderá ser um período de aumento de consumo, mas não de maneira tão intensa com foi em 2015. A consultoria Datagro, especializada no setor sucroenergético, estima que a produção total de etanol da região centro-sul poderá chegar a 28,6 bilhões de litros em 2016/17. As previsões para a safra 2015/16, que se encerra em março, indicam 27,8 bilhões. Incluindo as regiões Norte e Nordeste, a produção total de etanol do país deverá ser de 29,8 bilhões de litros em 2015/16. A moagem de cana-de-açúcar deve ficar entre 610 milhões e 630 milhões de toneladas na região centro-sul na próxima safra. Já a produção de açúcar subiria para até 34,5 milhões de toneladas, ante 30,7 milhões na safra que se encerra. Plinio Nastari, da Datagro, acredita que a safra 2016/17 será melhor porque, devido ao clima, de 35 milhões a 37 milhões de toneladas de cana serão deixados para 2016/17. As chuvas que ocorreram nesta safra permitiram um melhor desenvolvimento fisiológico do canavial. Além disso, há a perspectiva de um melhor aproveitamento do tempo na safra 2016/17. Nesta safra que se encerra, os dias de trabalho parados nas usinas somaram 50 até o final de dezembro. As usinas ainda devem moer 14 milhões de toneladas até o final de março, segundo Nastari. Um dos pontos favoráveis para o açúcar será a ocorrência do primeiro deficit mundial de produção, em relação ao consumo. A safra 2015/16, que vai de outubro a setembro, terá um deficit de 3,87 milhões de toneladas de açúcar. Esta será a primeira vez que o consumo mundial supera a produção desde 2010. Naquele ano, a produção ficou 1,66 milhão de toneladas abaixo do consumo. * Máquina agrícola tem pior desempenho em 8 anos   A indústria de máquinas agrícolas e rodoviárias comercializou apenas 44,9 mil unidades no ano passado. Este desempenho está bem distante do recorde de 83 mil unidades vendidas em 2013 e só é melhor do que o de 2007, quando o setor havia comercializado 38,3 mil unidades, conforme dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Os produtores já vinham pisando no freio nas compras devido à boa renovação da frota feita desde 2010. A queda nos preços das commodities e a crise político-econômica vivida pelo país fez o setor frear ainda mais as compras. Um componente importante também nessa redução de compras foi a dificuldade de crédito e juros mais elevados. Ao cair para 44,9 mil unidades, as vendas totais do setor no ano passado ficaram 34,5% inferiores às de 2014. A redução no setor de tratores de rodas foi de 33%, com as vendas caindo para 37,3 mil unidades. Uma queda ainda maior ocorreu no setor de colheitadeiras. Embora o país venha acumulando recorde sobre recorde na produção de grãos, as compras dessas máquinas se restringiram a 3.917 unidades no ano passado, 39% menos do que em 2014.
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Ativistas do Greenpeace fazem ato contra desmate em Roraima
Ativistas do Greenpeace protestaram nesta quinta (9) contra o aumento de focos de desmatamento no sul de Roraima, Estado que historicamente registra taxas relativamente baixas de devastação. Cerca de 20 ativistas entraram em um desmate em Rorainópolis (263 km de Boa Vista) e abriram uma faixa de 30 m por 60 m com a inscrição "A falta de água começa aqui". A área faz parte da fazenda Ressaca de São Pedro, que acumula R$ 488 mil em multas ambientais do Ibama. A retirada das árvores é feita pela RR Madeiras, alvo de investigação da Polícia Federal. O desmatamento em Roraima tem ficado atrás só do mato-grossense, ultrapassando áreas tradicionalmente mais problemáticas, como o Pará. Nos últimos meses, o Ibama fez duas grandes operações no sul de Estado, com 54 autos de infração. Em dezembro, a Polícia Federal deflagrou uma operação que levou a 49 mandados de busca e apreensão e 42 de condução coercitiva. Laudo da PF aponta documentos fraudados para esquentar toras ilegais. No caso da RR Madeiras, o rastreamento de placas de veículos mostrou que a empresa incluiu na planilha motos e carros de passeio como se fossem caminhões. Uma Honda Biz teria transportado, em uma viagem, o equivalente a 14 grandes toras de madeira. outro lado Perto do final do protesto, o diretor da RR Madeiras, Saulo Zani, e o vice-presidente do Sindicato de Desdobramento e Beneficiamento de Madeiras de Roraima (Sindimadeiras), Oneber de Magalhães Queiroz, chegaram em uma camionete. "Esse pessoal do Greenpeace não planta a maconha que fuma", disse Queiroz. Zani afirmou que uso de placas de motos nas planilhas foi erro de digitação e assegura que a empresa atua dentro da lei. O diretor mostrou a autorização, emitida via Ibama, para o desmate de 400 hectares e para a extração sustentável de madeiras em 1.215 hectares. A fazenda tem 5.017 hectares. "A tendência é que o sul do Estado se torne o maior polo de pecuária de Roraima", diz o madeireiro Queiroz. Para ele, os constantes problemas de grilagem de terras na região repetem a prática em outras partes do país. "O Brasil inteiro foi colonizado assim."
ambiente
Ativistas do Greenpeace fazem ato contra desmate em RoraimaAtivistas do Greenpeace protestaram nesta quinta (9) contra o aumento de focos de desmatamento no sul de Roraima, Estado que historicamente registra taxas relativamente baixas de devastação. Cerca de 20 ativistas entraram em um desmate em Rorainópolis (263 km de Boa Vista) e abriram uma faixa de 30 m por 60 m com a inscrição "A falta de água começa aqui". A área faz parte da fazenda Ressaca de São Pedro, que acumula R$ 488 mil em multas ambientais do Ibama. A retirada das árvores é feita pela RR Madeiras, alvo de investigação da Polícia Federal. O desmatamento em Roraima tem ficado atrás só do mato-grossense, ultrapassando áreas tradicionalmente mais problemáticas, como o Pará. Nos últimos meses, o Ibama fez duas grandes operações no sul de Estado, com 54 autos de infração. Em dezembro, a Polícia Federal deflagrou uma operação que levou a 49 mandados de busca e apreensão e 42 de condução coercitiva. Laudo da PF aponta documentos fraudados para esquentar toras ilegais. No caso da RR Madeiras, o rastreamento de placas de veículos mostrou que a empresa incluiu na planilha motos e carros de passeio como se fossem caminhões. Uma Honda Biz teria transportado, em uma viagem, o equivalente a 14 grandes toras de madeira. outro lado Perto do final do protesto, o diretor da RR Madeiras, Saulo Zani, e o vice-presidente do Sindicato de Desdobramento e Beneficiamento de Madeiras de Roraima (Sindimadeiras), Oneber de Magalhães Queiroz, chegaram em uma camionete. "Esse pessoal do Greenpeace não planta a maconha que fuma", disse Queiroz. Zani afirmou que uso de placas de motos nas planilhas foi erro de digitação e assegura que a empresa atua dentro da lei. O diretor mostrou a autorização, emitida via Ibama, para o desmate de 400 hectares e para a extração sustentável de madeiras em 1.215 hectares. A fazenda tem 5.017 hectares. "A tendência é que o sul do Estado se torne o maior polo de pecuária de Roraima", diz o madeireiro Queiroz. Para ele, os constantes problemas de grilagem de terras na região repetem a prática em outras partes do país. "O Brasil inteiro foi colonizado assim."
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Casagrande sofre infarto e é levado para UTI em SP
Comentarista da TV Globo, o ex-jogador Walter Casagrande Júnior, 52, sofreu um infarto agudo do miocárdio nesta sexta-feira (29) e foi levado ao hospital da Amil, em Alphaville, na Grande São Paulo. Ele sentiu fortes dores no peito enquanto se encaminhava para uma agência bancária em Alphaville, acompanhando do filho Leonardo. Apesar de relutar no início, o ex-atleta aceitou ser levado para um hospital da região, de onde foi transferido para o TotalCor, em São Paulo. Lá, passou por um cateterismo e uma angioplastia (exame que determina localização da obstrução coronária e tratamento não cirúrgico desta obstrução, respectivamente), ambas com sucesso. "Foi só um princípio de infarto, não haverá nenhum tipo de sequela", disse ao Agora, jornal editado pelo grupo Folha da Manhã S/A, o filho mais velho do ex-atacante, Victor Hugo. "Ele está bem, apenas em observação na UTI. Segundo o médico, possivelmente irá para casa já na segunda-feira. Está liberado até para viajar ao Chile no dia 11, para cobrir a Copa América pela TV Globo", acrescentou. Segundo pessoas próximas ao ex-jogador, Casagrande passa bem e deve permanecer no hospital nos próximos dias. O estado de saúde do comentarista é estável e evoluindo positivamente, segundo o hospital. Ele deve ficar em observação na UTI por 48 horas e, depois, ir para um quarto. Pela internet, amigos postaram mensagens de apoio a Casagrande. "Saiba que tem um amigo torcendo por sua recuperação", escreveu o ex-jogador Neto. Pelo Twitter, o Corinthians também pediu "forças" ao seu ídolo. Em 2007, Casagrande esteve internado por uso de drogas, mas não há relação disso com o problema ocorrido ontem. Ele passava por uma fase saudável, além de seguir com acompanhamento da clínica onde fez sua reabilitação. BIOGRAFIA Casagrande defendeu o Corinthians nas décadas de 80 e 90, quando fez parte do período conhecido como Democracia Corinthiana. Também atuou por Caldense, São Paulo, Flamengo, Porto (Portugal) Ascoli e Torino (Itália), além de defender a seleção brasileira na Copa do Mundo de 86, no México. Em 2007, o ex-jogador foi internado por dependência de drogas e ficou afastado das atividades na televisão por quase dois anos. Superado este período, lançou o livro "Casagrande e Seus Demônios", no qual relata sua luta contra o vício. O uso de doping no futebol, os dias de luta na Democracia Corinthiana, overdoses provocadas por uso de cocaína e heroína e o período de mais de um ano internado em uma clínica de reabilitação são detalhados em sua biografia, lançada em 2013. No livro, o ex-jogador e comentarista da TV Globo conta em detalhes sua trajetória no Corinthians e na seleção brasileira, o uso e de drogas injetáveis e as consequências dele e o sistema quase prisional da clínica em que viveu. O episódio da internação foi resultado de um acidente de carro em 2007, quando o ex-jogador dormiu ao volante e se envolveu em uma batida com outros seis carros em São Paulo. O livro conta que, durante sua fase mais pesada, em uma noite cheirava três carreiras de cocaína, aplicava heroína na veia e fumava um cigarro de maconha, tudo acompanhado de tequila. Durante sete dos 13 meses em que esteve na clínica, Casagrande ficou sem contato com amigos e parentes. Longe das drogas, o ex-jogador conta na biografia que leva uma vida totalmente diferente, distante das noitadas e com um restrito círculo de amizades.
esporte
Casagrande sofre infarto e é levado para UTI em SPComentarista da TV Globo, o ex-jogador Walter Casagrande Júnior, 52, sofreu um infarto agudo do miocárdio nesta sexta-feira (29) e foi levado ao hospital da Amil, em Alphaville, na Grande São Paulo. Ele sentiu fortes dores no peito enquanto se encaminhava para uma agência bancária em Alphaville, acompanhando do filho Leonardo. Apesar de relutar no início, o ex-atleta aceitou ser levado para um hospital da região, de onde foi transferido para o TotalCor, em São Paulo. Lá, passou por um cateterismo e uma angioplastia (exame que determina localização da obstrução coronária e tratamento não cirúrgico desta obstrução, respectivamente), ambas com sucesso. "Foi só um princípio de infarto, não haverá nenhum tipo de sequela", disse ao Agora, jornal editado pelo grupo Folha da Manhã S/A, o filho mais velho do ex-atacante, Victor Hugo. "Ele está bem, apenas em observação na UTI. Segundo o médico, possivelmente irá para casa já na segunda-feira. Está liberado até para viajar ao Chile no dia 11, para cobrir a Copa América pela TV Globo", acrescentou. Segundo pessoas próximas ao ex-jogador, Casagrande passa bem e deve permanecer no hospital nos próximos dias. O estado de saúde do comentarista é estável e evoluindo positivamente, segundo o hospital. Ele deve ficar em observação na UTI por 48 horas e, depois, ir para um quarto. Pela internet, amigos postaram mensagens de apoio a Casagrande. "Saiba que tem um amigo torcendo por sua recuperação", escreveu o ex-jogador Neto. Pelo Twitter, o Corinthians também pediu "forças" ao seu ídolo. Em 2007, Casagrande esteve internado por uso de drogas, mas não há relação disso com o problema ocorrido ontem. Ele passava por uma fase saudável, além de seguir com acompanhamento da clínica onde fez sua reabilitação. BIOGRAFIA Casagrande defendeu o Corinthians nas décadas de 80 e 90, quando fez parte do período conhecido como Democracia Corinthiana. Também atuou por Caldense, São Paulo, Flamengo, Porto (Portugal) Ascoli e Torino (Itália), além de defender a seleção brasileira na Copa do Mundo de 86, no México. Em 2007, o ex-jogador foi internado por dependência de drogas e ficou afastado das atividades na televisão por quase dois anos. Superado este período, lançou o livro "Casagrande e Seus Demônios", no qual relata sua luta contra o vício. O uso de doping no futebol, os dias de luta na Democracia Corinthiana, overdoses provocadas por uso de cocaína e heroína e o período de mais de um ano internado em uma clínica de reabilitação são detalhados em sua biografia, lançada em 2013. No livro, o ex-jogador e comentarista da TV Globo conta em detalhes sua trajetória no Corinthians e na seleção brasileira, o uso e de drogas injetáveis e as consequências dele e o sistema quase prisional da clínica em que viveu. O episódio da internação foi resultado de um acidente de carro em 2007, quando o ex-jogador dormiu ao volante e se envolveu em uma batida com outros seis carros em São Paulo. O livro conta que, durante sua fase mais pesada, em uma noite cheirava três carreiras de cocaína, aplicava heroína na veia e fumava um cigarro de maconha, tudo acompanhado de tequila. Durante sete dos 13 meses em que esteve na clínica, Casagrande ficou sem contato com amigos e parentes. Longe das drogas, o ex-jogador conta na biografia que leva uma vida totalmente diferente, distante das noitadas e com um restrito círculo de amizades.
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Nas capitais mais violentas, 42% dos alunos já foram agredidos na escola
Quatro em cada dez estudantes afirmam já terem sofrido violência física ou verbal dentro da escola no último ano. Em 65% dos casos, o agressor foi um colega, mas professores aparecem como autores em 15% dos relatos. A discriminação social, racial ou por orientação sexual também é uma realidade no ambiente escolar. Quase um terço dos estudantes sofreu esse tipo de agressão. Os dados fazem parte de uma pesquisa realizada com 6.700 estudantes de escolas públicas das sete capitais brasileiras mais violentas do país: Maceió (AL), Fortaleza (CE), Vitória (ES), Salvador (BA), São Luís (MA), Belém (PA) e Belo Horizonte (MG). No geral, 42% dos alunos afirmam ter sofrido algum tipo de violência. O estudo, obtido pela Folha, foi produzido ao longo do ano passado pela Flacso (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), MEC (Ministério da Educação) e OEI (Organização dos Estados Interamericanos) com jovens entre o 6º ano e o ensino médio. Infográfico: violência em escolas As capitais escolhidas têm as maiores taxas de homicídio entre jovens, segundo o Mapa da Violência de 2014. Casos de agressões, ameaças e roubos no entorno da escola são relatados por 84% dos estudantes. Quase 9% tiveram conhecimento de assassinatos na vizinhança no ano passado e cerca de 22% já viram armas, como pistolas e facas dentro da escola. Além de refletir e reproduzir a realidade do entorno, a escola também produz formas próprias de violência, explica a coordenadora da pesquisa, Miriam Abramovay. "Uma das principais informações é que as relações sociais são péssimas nas escolas. E quando a cultura escolar é ruim, não há como ter uma boa escola". A discriminação é outro tema presente entre os alunos. Mais de um quarto dos casos —que atingem, segundo o estudo, 27% dos estudantes— foram motivados pela classe social e pelo lugar onde moram. "Vivemos em uma sociedade elitista, homofóbica e racista, e isso passa pela escola", afirma Miriam. RELAÇÕES Para o professor da UFF (Universidade Federal Fluminense) Paulo Carrano, coordenador do Observatório Jovem, há incompreensão sobre o contexto que gera violência. "Existe uma imagem estigmatizada de quem provoca a violência, ligada aos jovens pobres, moradores de favelas. Mas não há um polo violento", diz ele. "Quando tenho um problema com alguém, o que existe é uma relação ruim com essa pessoa e vice-versa". Carrano ressalta que a formação dos professores ainda é deficiente para esse enfrentamento. "Precisamos de uma autoridade que tenha mais diálogo e regras claras." A pedagoga Márcia Siane, 43, é diretora da Escola Estadual Esther Bandeira Gomes, na periferia de Belém, uma das sorteadas pela pesquisa. Márcia conta que a realização do estudo —em que os próprios estudantes formaram grupos e aplicaram os questionários— já foi importante para diminuir os conflitos na unidade. "Em 2014, havia uma outra postura da direção, de não deixar ficar fora da sala. A gente achava que a aglomeração podia gerar violência", diz. "Mas fomos percebendo como a escola é importante para os alunos, eles gostam de estar aqui". Segundo ela, as ocorrências diminuíram com o passar dos meses. Apesar dos conflitos, 47% dos alunos acham as escolas boas ou ótimas. Outros 38% avaliam como regulares. CAPACITAÇÃO E PREVENÇÃO Fortaleza registrou o maior porcentual de ocorrências de violência na escola, segundo os alunos ouvidos na pesquisa realizada pela Flacso, em parceria com MEC e OEI. Na capital cearense, 67% dos estudantes dizem terem sido agredidos no ano passado - a média das sete capitais é de 42%. As escolas de Fortaleza também lideram quando o assunto é discriminação: 32% dos jovens já sofreram esse tipo de agressão. A Secretaria da Educação do Estado do Ceará informou que não dispõe de dados consolidados sobre violência nas escolas. Em nota, a pasta cita iniciativas de aproximação da escola com a comunidade, além de projeto em que um professor atua como diretor de uma turma, "acompanhando todo o desempenho escolar desses alunos até o final de sua escolarização". Em Minas Gerais, 66% dos alunos indicam agressões, a segunda maior incidência. A Secretaria de Educação do Estado informou que terá um programa que inclui capacitações de servidores e ações de prevenção de uso de drogas, entre outras medidas. A pasta planeja promete criar um sistema para o registro dos casos de violência pelas escolas, inclusive do bullying. Para a secretária de Educação do Estado do Pará, Ana Claudia Hage, o primeiro passo é atuar na formação dos servidores, sobretudo dos diretores. "Mais que o professor, o gestor tem papel primordial porque ele consegue transmitir o sentido de pertencimento", diz. "E por meio de disciplinas de arte, educação física, por exemplo, a gente vem tentando trabalhar as relações interpessoais, que são a fonte dos conflitos". Haroldo Correia Rocha, secretário de Educação do Espírito Santo, ressalta que o processo educativo não pode se esgotar na escola. "A família tem um papel importante, por isso temos que colocar a família na linha de frente da escola", diz. O governo mantém um programa em que mães recebem formação e atuam como mediadoras nas unidades. Durante a realização, a pesquisa capacitou professores e envolveu grupos de alunos na produção e coleta de dados. "Isso resultou em um diagnóstico participativo que vai ser muito útil para as escolas e secretarias", diz a coordenadora, Miriam Abramovay. O governo do Maranhão citou a própria capacitação de mediadores realizada pela pesquisa como ação na área de prevenção de conflitos. A Secretaria de Educação de Alagoas informou que mantém parcerias para tratar o problema. Uma delas, com o Tribunal de Justiça, garantiu a criação de um Núcleo de Conciliação e Mediação de Conflitos que desenvolve ações na comunidade e organiza cursos para os professores. Também questionada pela Folha, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia informou que não tem registro significativo de violência nas escolas públicas. "A Secretaria vem combatendo uma atitude intolerante e até racista de determinados segmentos da sociedade que tentam imputar o estigma de violência a mais de 900 mil estudantes (a maioria pobre e afrodescendente, filhos e filhas de trabalhadores) que estudam nas escolas públicas estaduais", afirma em nota. O MEC (Ministério da Educação), que encomendou a pesquisa, ressaltou que trabalha no enfrentamento à violência nas escolas há anos. "É preciso destacar que a prevenção à violência nas escolas deve se dar de forma continuada, transversal e integrada, sem reforçar discursos e práticas que criminalizem o ambiente escolar", afirma nota da pasta. Entre as ações citadas, estão a publicação das Diretrizes Nacionais para Educação em Direitos Humanos, de 2012, e o Programa Escola que Protege, que já distribuiu 45 mil kits educativos às escolas e financiou 5,3 mil formações entre 2012 e 2014.
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Nas capitais mais violentas, 42% dos alunos já foram agredidos na escolaQuatro em cada dez estudantes afirmam já terem sofrido violência física ou verbal dentro da escola no último ano. Em 65% dos casos, o agressor foi um colega, mas professores aparecem como autores em 15% dos relatos. A discriminação social, racial ou por orientação sexual também é uma realidade no ambiente escolar. Quase um terço dos estudantes sofreu esse tipo de agressão. Os dados fazem parte de uma pesquisa realizada com 6.700 estudantes de escolas públicas das sete capitais brasileiras mais violentas do país: Maceió (AL), Fortaleza (CE), Vitória (ES), Salvador (BA), São Luís (MA), Belém (PA) e Belo Horizonte (MG). No geral, 42% dos alunos afirmam ter sofrido algum tipo de violência. O estudo, obtido pela Folha, foi produzido ao longo do ano passado pela Flacso (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), MEC (Ministério da Educação) e OEI (Organização dos Estados Interamericanos) com jovens entre o 6º ano e o ensino médio. Infográfico: violência em escolas As capitais escolhidas têm as maiores taxas de homicídio entre jovens, segundo o Mapa da Violência de 2014. Casos de agressões, ameaças e roubos no entorno da escola são relatados por 84% dos estudantes. Quase 9% tiveram conhecimento de assassinatos na vizinhança no ano passado e cerca de 22% já viram armas, como pistolas e facas dentro da escola. Além de refletir e reproduzir a realidade do entorno, a escola também produz formas próprias de violência, explica a coordenadora da pesquisa, Miriam Abramovay. "Uma das principais informações é que as relações sociais são péssimas nas escolas. E quando a cultura escolar é ruim, não há como ter uma boa escola". A discriminação é outro tema presente entre os alunos. Mais de um quarto dos casos —que atingem, segundo o estudo, 27% dos estudantes— foram motivados pela classe social e pelo lugar onde moram. "Vivemos em uma sociedade elitista, homofóbica e racista, e isso passa pela escola", afirma Miriam. RELAÇÕES Para o professor da UFF (Universidade Federal Fluminense) Paulo Carrano, coordenador do Observatório Jovem, há incompreensão sobre o contexto que gera violência. "Existe uma imagem estigmatizada de quem provoca a violência, ligada aos jovens pobres, moradores de favelas. Mas não há um polo violento", diz ele. "Quando tenho um problema com alguém, o que existe é uma relação ruim com essa pessoa e vice-versa". Carrano ressalta que a formação dos professores ainda é deficiente para esse enfrentamento. "Precisamos de uma autoridade que tenha mais diálogo e regras claras." A pedagoga Márcia Siane, 43, é diretora da Escola Estadual Esther Bandeira Gomes, na periferia de Belém, uma das sorteadas pela pesquisa. Márcia conta que a realização do estudo —em que os próprios estudantes formaram grupos e aplicaram os questionários— já foi importante para diminuir os conflitos na unidade. "Em 2014, havia uma outra postura da direção, de não deixar ficar fora da sala. A gente achava que a aglomeração podia gerar violência", diz. "Mas fomos percebendo como a escola é importante para os alunos, eles gostam de estar aqui". Segundo ela, as ocorrências diminuíram com o passar dos meses. Apesar dos conflitos, 47% dos alunos acham as escolas boas ou ótimas. Outros 38% avaliam como regulares. CAPACITAÇÃO E PREVENÇÃO Fortaleza registrou o maior porcentual de ocorrências de violência na escola, segundo os alunos ouvidos na pesquisa realizada pela Flacso, em parceria com MEC e OEI. Na capital cearense, 67% dos estudantes dizem terem sido agredidos no ano passado - a média das sete capitais é de 42%. As escolas de Fortaleza também lideram quando o assunto é discriminação: 32% dos jovens já sofreram esse tipo de agressão. A Secretaria da Educação do Estado do Ceará informou que não dispõe de dados consolidados sobre violência nas escolas. Em nota, a pasta cita iniciativas de aproximação da escola com a comunidade, além de projeto em que um professor atua como diretor de uma turma, "acompanhando todo o desempenho escolar desses alunos até o final de sua escolarização". Em Minas Gerais, 66% dos alunos indicam agressões, a segunda maior incidência. A Secretaria de Educação do Estado informou que terá um programa que inclui capacitações de servidores e ações de prevenção de uso de drogas, entre outras medidas. A pasta planeja promete criar um sistema para o registro dos casos de violência pelas escolas, inclusive do bullying. Para a secretária de Educação do Estado do Pará, Ana Claudia Hage, o primeiro passo é atuar na formação dos servidores, sobretudo dos diretores. "Mais que o professor, o gestor tem papel primordial porque ele consegue transmitir o sentido de pertencimento", diz. "E por meio de disciplinas de arte, educação física, por exemplo, a gente vem tentando trabalhar as relações interpessoais, que são a fonte dos conflitos". Haroldo Correia Rocha, secretário de Educação do Espírito Santo, ressalta que o processo educativo não pode se esgotar na escola. "A família tem um papel importante, por isso temos que colocar a família na linha de frente da escola", diz. O governo mantém um programa em que mães recebem formação e atuam como mediadoras nas unidades. Durante a realização, a pesquisa capacitou professores e envolveu grupos de alunos na produção e coleta de dados. "Isso resultou em um diagnóstico participativo que vai ser muito útil para as escolas e secretarias", diz a coordenadora, Miriam Abramovay. O governo do Maranhão citou a própria capacitação de mediadores realizada pela pesquisa como ação na área de prevenção de conflitos. A Secretaria de Educação de Alagoas informou que mantém parcerias para tratar o problema. Uma delas, com o Tribunal de Justiça, garantiu a criação de um Núcleo de Conciliação e Mediação de Conflitos que desenvolve ações na comunidade e organiza cursos para os professores. Também questionada pela Folha, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia informou que não tem registro significativo de violência nas escolas públicas. "A Secretaria vem combatendo uma atitude intolerante e até racista de determinados segmentos da sociedade que tentam imputar o estigma de violência a mais de 900 mil estudantes (a maioria pobre e afrodescendente, filhos e filhas de trabalhadores) que estudam nas escolas públicas estaduais", afirma em nota. O MEC (Ministério da Educação), que encomendou a pesquisa, ressaltou que trabalha no enfrentamento à violência nas escolas há anos. "É preciso destacar que a prevenção à violência nas escolas deve se dar de forma continuada, transversal e integrada, sem reforçar discursos e práticas que criminalizem o ambiente escolar", afirma nota da pasta. Entre as ações citadas, estão a publicação das Diretrizes Nacionais para Educação em Direitos Humanos, de 2012, e o Programa Escola que Protege, que já distribuiu 45 mil kits educativos às escolas e financiou 5,3 mil formações entre 2012 e 2014.
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Anitta é primeira brasileira a ter perfil registrado como oficial pelo Snapchat
Anitta teve o perfil no Snapchat reconhecido como oficial pelo aplicativo. A cantora foi avisada que é a primeira personalidade no país e a primeira artista mulher da América Latina com a conta verificada. Leia a coluna completa aqui.
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Anitta é primeira brasileira a ter perfil registrado como oficial pelo SnapchatAnitta teve o perfil no Snapchat reconhecido como oficial pelo aplicativo. A cantora foi avisada que é a primeira personalidade no país e a primeira artista mulher da América Latina com a conta verificada. Leia a coluna completa aqui.
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Sport empata em casa, e Palmeiras ganha três posições na rodada
Jogando em casa, o Sport vencia até os 36 min do segundo tempo, quando levou o gol de empate da Ponte Preta e perdeu a chance de terminar o primeiro turno na quinta colocação. Com as vitórias de Palmeiras e Fluminense, o placar de 1 a 1 deste domingo (16), fez o time pernambucano cair para a sétima colocação com 31 pontos. Com 33 pontos, o Fluminense é o quarto colocado. O líder é o Corinthians, que venceu o Avaí por 2 a 1, e soma 40 pontos Já a equipe de Campinas chegou aos 26 pontos e ocupa a décima posição. Aos 9 min, Diego Souza abriu o placar. O meia do Sport recebeu passe de André e chutou para o gol sem goleiro. Borges empatou no fim do jogo em cabeceio no canto do goleiro Danilo Fernandes. Na próxima rodada, o Sport visita o Figueirense pela primeira rodada do segundo turno, no sábado (22). No domingo, a Ponte recebe o Grêmio. Antes disso, as equipes tem compromissos no meio da semana pelo Copa Sul-americana. Os pernambucanos visitam o Bahia, na quarta, pelo jogo de ida. No mesmo dia, o time paulista recebe a Chapecoense. Veja vídeo
esporte
Sport empata em casa, e Palmeiras ganha três posições na rodadaJogando em casa, o Sport vencia até os 36 min do segundo tempo, quando levou o gol de empate da Ponte Preta e perdeu a chance de terminar o primeiro turno na quinta colocação. Com as vitórias de Palmeiras e Fluminense, o placar de 1 a 1 deste domingo (16), fez o time pernambucano cair para a sétima colocação com 31 pontos. Com 33 pontos, o Fluminense é o quarto colocado. O líder é o Corinthians, que venceu o Avaí por 2 a 1, e soma 40 pontos Já a equipe de Campinas chegou aos 26 pontos e ocupa a décima posição. Aos 9 min, Diego Souza abriu o placar. O meia do Sport recebeu passe de André e chutou para o gol sem goleiro. Borges empatou no fim do jogo em cabeceio no canto do goleiro Danilo Fernandes. Na próxima rodada, o Sport visita o Figueirense pela primeira rodada do segundo turno, no sábado (22). No domingo, a Ponte recebe o Grêmio. Antes disso, as equipes tem compromissos no meio da semana pelo Copa Sul-americana. Os pernambucanos visitam o Bahia, na quarta, pelo jogo de ida. No mesmo dia, o time paulista recebe a Chapecoense. Veja vídeo
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Nem com dados viciados
RIO DE JANEIRO - Um lance de dados jamais abolirá o acaso, dizia o poeta francês Stéphane Mallarmé. É infalível: o acaso vive se metendo quando menos se espera e alterando o curso da história. O primário romance beatnik de Jack Kerouac, "On the Road", por exemplo, não faria o sucesso que fez em 1957 se Orville Prescott, crítico de livros do "New York Times", não estivesse de férias quando ele foi lançado. Prescott era um crítico à antiga: só gostava de escritores que sabiam escrever, e teria destroçado "On the Road". Mas seu substituto, Gilbert Millstein, era jovem e "rebelde". Comparou Kerouac a Hemingway. A imprensa o seguiu e Kerouac estava feito. A Nouvelle Vague, movimento que tomou o cinema francês em fins dos anos 50, também se fez com uma coincidência. Seus primeiros diretores – Louis Malle, Claude Chabrol, François Truffaut, Jean-Luc Godard – estavam começando a trabalhar quando surgiram as câmeras mais leves e um novo filme da Kodak, o Tri-X, que permitiam filmar na rua ou dentro de automóveis, como eles gostavam, e com qualquer luz. Malle confessou: "Somos filhos do Tri-X". O que teria sido dos Beatles se, em fins de 1963, o macróbio apresentador da TV americana Ed Sullivan não estivesse no aeroporto de Londres e presenciado a histeria provocada por um grupo desconhecido que chegava, formado por rapazes de cabelo comprido? Sullivan convidou-os ao seu programa em Nova York – talvez como uma resposta aos garotos americanos que usavam aqueles chapéus Davy Crockett, de rabo de guaxinim – e o resto, você sabe. E quem diria que a investigação de uma rede de postos de gasolina e lava a jato de automóveis em Brasília destamparia a existência de um esquema de desvio de bilhões da Petrobras, envolvendo o governo, o PT e as maiores empresas do país? Não se brinca com o acaso.
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Nem com dados viciadosRIO DE JANEIRO - Um lance de dados jamais abolirá o acaso, dizia o poeta francês Stéphane Mallarmé. É infalível: o acaso vive se metendo quando menos se espera e alterando o curso da história. O primário romance beatnik de Jack Kerouac, "On the Road", por exemplo, não faria o sucesso que fez em 1957 se Orville Prescott, crítico de livros do "New York Times", não estivesse de férias quando ele foi lançado. Prescott era um crítico à antiga: só gostava de escritores que sabiam escrever, e teria destroçado "On the Road". Mas seu substituto, Gilbert Millstein, era jovem e "rebelde". Comparou Kerouac a Hemingway. A imprensa o seguiu e Kerouac estava feito. A Nouvelle Vague, movimento que tomou o cinema francês em fins dos anos 50, também se fez com uma coincidência. Seus primeiros diretores – Louis Malle, Claude Chabrol, François Truffaut, Jean-Luc Godard – estavam começando a trabalhar quando surgiram as câmeras mais leves e um novo filme da Kodak, o Tri-X, que permitiam filmar na rua ou dentro de automóveis, como eles gostavam, e com qualquer luz. Malle confessou: "Somos filhos do Tri-X". O que teria sido dos Beatles se, em fins de 1963, o macróbio apresentador da TV americana Ed Sullivan não estivesse no aeroporto de Londres e presenciado a histeria provocada por um grupo desconhecido que chegava, formado por rapazes de cabelo comprido? Sullivan convidou-os ao seu programa em Nova York – talvez como uma resposta aos garotos americanos que usavam aqueles chapéus Davy Crockett, de rabo de guaxinim – e o resto, você sabe. E quem diria que a investigação de uma rede de postos de gasolina e lava a jato de automóveis em Brasília destamparia a existência de um esquema de desvio de bilhões da Petrobras, envolvendo o governo, o PT e as maiores empresas do país? Não se brinca com o acaso.
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Pedido de Isinbaieva é negado, e campeã olímpica está fora dos Jogos do Rio
DO UOL A russa Ielena Isinbaieva, estrela do salto com vara, confirmou nesta quinta-feira (28) que está mesmo fora dos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Em um post no Instagram, a bicampeã olímpica disse que não conseguiu ser uma exceção no atletismo russo, que está inteiramente suspenso por conta de um escândalo de doping. "Há 20 minutos, eu recebi uma resposta negativa do secretário da Iaaf [Federação Internacional das Associações de Atletismo]. Infelizmente, eu não fui exceção. Não me permitiram participar das Olimpíadas do Rio. O milagre não aconteceu. Obrigado a todos pelo apoio", escreveu Isinbaieva. A atleta de 34 anos havia declarado na última quarta-feira (27) que não desistiria enquanto existisse uma "mísera possibilidade" de disputar os Jogos, e chegou a chorar durante o pronunciamento. Agora, com a confirmação de que não estará nos Jogos, a expectativa fica por conta de uma eventual aposentadoria de Isinbaieva. A saltadora já disse que pretendia deixar o esporte após a Olimpíada do Rio. O atletismo da Rússia foi suspenso da Rio-16 após a descoberta de um mega esquema de doping institucionalizado no país. Os russos correram o risco de ficar fora dos Jogos em todos os esportes, mas o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu dar a cada federação esportiva a liberdade de avaliar individualmente quais atletas estariam aptos a competir. Doping na Russia
esporte
Pedido de Isinbaieva é negado, e campeã olímpica está fora dos Jogos do Rio DO UOL A russa Ielena Isinbaieva, estrela do salto com vara, confirmou nesta quinta-feira (28) que está mesmo fora dos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Em um post no Instagram, a bicampeã olímpica disse que não conseguiu ser uma exceção no atletismo russo, que está inteiramente suspenso por conta de um escândalo de doping. "Há 20 minutos, eu recebi uma resposta negativa do secretário da Iaaf [Federação Internacional das Associações de Atletismo]. Infelizmente, eu não fui exceção. Não me permitiram participar das Olimpíadas do Rio. O milagre não aconteceu. Obrigado a todos pelo apoio", escreveu Isinbaieva. A atleta de 34 anos havia declarado na última quarta-feira (27) que não desistiria enquanto existisse uma "mísera possibilidade" de disputar os Jogos, e chegou a chorar durante o pronunciamento. Agora, com a confirmação de que não estará nos Jogos, a expectativa fica por conta de uma eventual aposentadoria de Isinbaieva. A saltadora já disse que pretendia deixar o esporte após a Olimpíada do Rio. O atletismo da Rússia foi suspenso da Rio-16 após a descoberta de um mega esquema de doping institucionalizado no país. Os russos correram o risco de ficar fora dos Jogos em todos os esportes, mas o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu dar a cada federação esportiva a liberdade de avaliar individualmente quais atletas estariam aptos a competir. Doping na Russia
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Comitê Rio-2016 perde recurso e protestos continuam liberados durante a Olimpíada
CAMILA MATTOSO ENVIADA ESPECIAL AO RIO O Comitê Rio-2016 perdeu o primeiro recurso que tentou para derrubar a liminar que permite que manifestações políticas sejam realizadas durante os Jogos. Nos primeiros dias da Olimpíada, alguns torcedores levaram cartazes contra o presidente interino Michel Temer (PMDB) e foram retirados das arenas. Os organizadores utilizam a Lei da Olimpíada e e o regulamento do evento para proibir qualquer protesto visual. A liminar foi concedida pelo juiz federal João Augusto Carneiro Araújo, na noite da última segunda-feira(8). O departamento jurídico do comitê fez um pedido de reconsideração, que é um agravo de instrumento, para tentar derrubar, mas não conseguiu. Segundo o Rio-2016, um novo recurso será tentado, agora em segunda instância. No último sábado (6), a Polícia Militar de Minas Gerais retirou 12 torcedores das cadeiras do Mineirão durante partida entre Estados Unidos e França, pelo torneio feminino de futebol, por conta de um protesto político contra o presidente interino Michel Temer. Na cerimônia de abertura, Temer tentou, mas não escapou das vaias do público. A organização do evento tentou poupar o presidente de apupos. Seu nome não foi anunciado em nenhum momento da cerimônia –mesmo quando estava previsto no roteiro oficial. Ele não escapou das vaias quando declarou os Jogos abertos. A lei olímpica e as regras internas da competição vetam qualquer tipo de intervenção política ou religiosa nas instalações esportivas. No último domingo, o Comitê Rio-2016 havia se pronunciado e apoiou a decisão da Polícia Militar no Mineirão. Logo depois do pronunciamento do Comitê Rio-2016, um voluntário decidiu abandonar a Olimpíada em protesto ao posicionamento do Comitê Olímpico Internacional e do Comitê Organizador de não permitirem manifestações políticasnas arenas esportivas.
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Comitê Rio-2016 perde recurso e protestos continuam liberados durante a Olimpíada CAMILA MATTOSO ENVIADA ESPECIAL AO RIO O Comitê Rio-2016 perdeu o primeiro recurso que tentou para derrubar a liminar que permite que manifestações políticas sejam realizadas durante os Jogos. Nos primeiros dias da Olimpíada, alguns torcedores levaram cartazes contra o presidente interino Michel Temer (PMDB) e foram retirados das arenas. Os organizadores utilizam a Lei da Olimpíada e e o regulamento do evento para proibir qualquer protesto visual. A liminar foi concedida pelo juiz federal João Augusto Carneiro Araújo, na noite da última segunda-feira(8). O departamento jurídico do comitê fez um pedido de reconsideração, que é um agravo de instrumento, para tentar derrubar, mas não conseguiu. Segundo o Rio-2016, um novo recurso será tentado, agora em segunda instância. No último sábado (6), a Polícia Militar de Minas Gerais retirou 12 torcedores das cadeiras do Mineirão durante partida entre Estados Unidos e França, pelo torneio feminino de futebol, por conta de um protesto político contra o presidente interino Michel Temer. Na cerimônia de abertura, Temer tentou, mas não escapou das vaias do público. A organização do evento tentou poupar o presidente de apupos. Seu nome não foi anunciado em nenhum momento da cerimônia –mesmo quando estava previsto no roteiro oficial. Ele não escapou das vaias quando declarou os Jogos abertos. A lei olímpica e as regras internas da competição vetam qualquer tipo de intervenção política ou religiosa nas instalações esportivas. No último domingo, o Comitê Rio-2016 havia se pronunciado e apoiou a decisão da Polícia Militar no Mineirão. Logo depois do pronunciamento do Comitê Rio-2016, um voluntário decidiu abandonar a Olimpíada em protesto ao posicionamento do Comitê Olímpico Internacional e do Comitê Organizador de não permitirem manifestações políticasnas arenas esportivas.
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Lista
Medo e Delírio em Las Vegas", de Hunter Thompson; "Mãos de Cavalo", de Daniel Galera; "O Colosso de Marússia", de Henry Miller; "A Ditadura da Moda", Nina Lemos; "Um Ano na Provence", de Peter Mayle; "Paris É uma Festa", de Ernest Hemingway; "O Flâneur", de Edmund White; "Pornopopeia", de Reinaldo Moraes; "Leite Derramado", de Chico Buarque; "Cozinha Confidencial", de Anthony Bourdain; "Em Busca do Prato Perfeito", de Anthony Bourdain; "Na Pior em Paris e em Londres", de George Orwell; "O Imperador", de Ryszard Kapuściński; "O Único Final Feliz para uma História de Amor É um Acidente", de João Paulo Cuenca; "Do Fundo do Poço se Vê a Lua", de Joca Reiners Terron; "A Árvore dos Desejos", de William Faulkner; "A Dama do Cachorrinho", de Anton Tchékhov; "Iniciantes", de Raymond Carver; "Big Sur", de Jack Kerouac; "O Faroeste", de Claude Fohlen; "Os Detetives Selvagens", de Roberto Bolaño; "Noturno do Chile", de Roberto Bolaño; "Estrela Distante", de Roberto Bolaño; "As Aventuras de Huckleberry Finn", de Mark Twain; "Hell's Angels", de Hunter Thompson; "O Tempo dos Assassinos", de Henry Miller; "A Dama do Lago", de Raymond Chandler; "A Balada de Bob Dylan", de Daniel Mark Epstein; "Notre-Dame de Paris", de Victor Hugo; "Mar Morto", de Jorge Amado; "Vinho & Guerra", de Don e Petie Kladstrup; "Retratos Parisienses", de Rubem Braga; "Contos Reunidos", de João Antônio; "A Vida de Joana D'Arc", de Erico Verissimo; "A Espuma dos Dias", de Boris Vian; "Ao Sul de Lugar Nenhum", de Charles Bukowski; "Mulheres", de Charles Bukowski; "Hollywood", de Charles Bukowski; "Factótum", de Charles Bukowski; "A Paz Conjugal", de Honoré de Balzac; "Grande Sonho do Céu", de Sam Shepard; "O Irmão Alemão", de Chico Buarque; "O Cheirinho do Amor", de Reinaldo Moraes; "Macário", de B. Traven; "Três Contos", de Gustave Flaubert; "Águas-fortes Portenhas", de Roberto Arlt; "A Neve Estava Suja", de Georges Simenon; "Bola de Sebo e Outros Contos e Novelas", de Guy de Maupassant; "A Autobiografia de Alice B. Toklas", de Gertrude Stein; "O Sol Também se Levanta", de Ernest Hemingway; "200 Crônicas Escolhidas", de Rubem Braga; "O Paraíso das Damas", de Émile Zola; "Írisz: as Orquídeas", de Noemi Jaffe; "Grandes Esperanças", de Charles Dickens; "Se Liga no Som", de Ricardo Teperman; "Crônicas - Vol. 1", de Bob Dylan; "Minha Luta 1 - A morte do Pai", de Karl Ove Knausgård; "O Coração É um Caçador Solitário", de Carson McCullers; "A Balada do Café Triste", de Carson McCullers; "Trinta e Poucos", de Antonio Prata; "Walkscapes - O Caminhar como Prática Estética", de Francesco Careri. E poemas de Maiakóvski, Baudelaire, Chacal, Dylan Thomas, Rimbaud, Alberto Martins, Angélica Freitas, Fabiano Calixto, García Lorca, Marília Garcia, Eduardo Sterzi, Eucanaã Ferraz, Cecília Meireles, Antonio Cisneros e Wally Salomão. Eis a lista do que leram juntos nos últimos dez anos, nas manhãs de sábado e de domingo, ela deitada com o iPad no colo -se distraindo pra se concentrar-, ele sentado perto da janela com a página aberta onde cai a luz. De vez em quando um avião. De vez em quando os urubus.
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ListaMedo e Delírio em Las Vegas", de Hunter Thompson; "Mãos de Cavalo", de Daniel Galera; "O Colosso de Marússia", de Henry Miller; "A Ditadura da Moda", Nina Lemos; "Um Ano na Provence", de Peter Mayle; "Paris É uma Festa", de Ernest Hemingway; "O Flâneur", de Edmund White; "Pornopopeia", de Reinaldo Moraes; "Leite Derramado", de Chico Buarque; "Cozinha Confidencial", de Anthony Bourdain; "Em Busca do Prato Perfeito", de Anthony Bourdain; "Na Pior em Paris e em Londres", de George Orwell; "O Imperador", de Ryszard Kapuściński; "O Único Final Feliz para uma História de Amor É um Acidente", de João Paulo Cuenca; "Do Fundo do Poço se Vê a Lua", de Joca Reiners Terron; "A Árvore dos Desejos", de William Faulkner; "A Dama do Cachorrinho", de Anton Tchékhov; "Iniciantes", de Raymond Carver; "Big Sur", de Jack Kerouac; "O Faroeste", de Claude Fohlen; "Os Detetives Selvagens", de Roberto Bolaño; "Noturno do Chile", de Roberto Bolaño; "Estrela Distante", de Roberto Bolaño; "As Aventuras de Huckleberry Finn", de Mark Twain; "Hell's Angels", de Hunter Thompson; "O Tempo dos Assassinos", de Henry Miller; "A Dama do Lago", de Raymond Chandler; "A Balada de Bob Dylan", de Daniel Mark Epstein; "Notre-Dame de Paris", de Victor Hugo; "Mar Morto", de Jorge Amado; "Vinho & Guerra", de Don e Petie Kladstrup; "Retratos Parisienses", de Rubem Braga; "Contos Reunidos", de João Antônio; "A Vida de Joana D'Arc", de Erico Verissimo; "A Espuma dos Dias", de Boris Vian; "Ao Sul de Lugar Nenhum", de Charles Bukowski; "Mulheres", de Charles Bukowski; "Hollywood", de Charles Bukowski; "Factótum", de Charles Bukowski; "A Paz Conjugal", de Honoré de Balzac; "Grande Sonho do Céu", de Sam Shepard; "O Irmão Alemão", de Chico Buarque; "O Cheirinho do Amor", de Reinaldo Moraes; "Macário", de B. Traven; "Três Contos", de Gustave Flaubert; "Águas-fortes Portenhas", de Roberto Arlt; "A Neve Estava Suja", de Georges Simenon; "Bola de Sebo e Outros Contos e Novelas", de Guy de Maupassant; "A Autobiografia de Alice B. Toklas", de Gertrude Stein; "O Sol Também se Levanta", de Ernest Hemingway; "200 Crônicas Escolhidas", de Rubem Braga; "O Paraíso das Damas", de Émile Zola; "Írisz: as Orquídeas", de Noemi Jaffe; "Grandes Esperanças", de Charles Dickens; "Se Liga no Som", de Ricardo Teperman; "Crônicas - Vol. 1", de Bob Dylan; "Minha Luta 1 - A morte do Pai", de Karl Ove Knausgård; "O Coração É um Caçador Solitário", de Carson McCullers; "A Balada do Café Triste", de Carson McCullers; "Trinta e Poucos", de Antonio Prata; "Walkscapes - O Caminhar como Prática Estética", de Francesco Careri. E poemas de Maiakóvski, Baudelaire, Chacal, Dylan Thomas, Rimbaud, Alberto Martins, Angélica Freitas, Fabiano Calixto, García Lorca, Marília Garcia, Eduardo Sterzi, Eucanaã Ferraz, Cecília Meireles, Antonio Cisneros e Wally Salomão. Eis a lista do que leram juntos nos últimos dez anos, nas manhãs de sábado e de domingo, ela deitada com o iPad no colo -se distraindo pra se concentrar-, ele sentado perto da janela com a página aberta onde cai a luz. De vez em quando um avião. De vez em quando os urubus.
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'Não há liberdade na França', diz humorista
Na noite de quinta-feira (15), após dar autógrafos em um pequeno bar-teatro que dirige em Paris, o polêmico comediante francês Dieudonné M'Bala M'Bala, 48, disse à Folha: "Não há liberdade de expressão na França". Cercado por seguranças e assessores e irritado com a presença da reportagem, foi lacônico com o pedido de entrevista: "Não posso, converse ali com meu advogado". A tensão não era à toa. No dia anterior, Dieudonné fora detido pelas autoridades francesas para depor sobre a frase que publicou no Facebook: "Eu me sinto Charlie Coulibaly". O comentário pegou carona na frase "Eu sou Charlie", que virou símbolo do ataque terrorista que deixou 12 mortos na sede do semanário "Charlie Hebdo" no dia 7. O comediante a vinculou ao atirador Amedy Coulibaly, responsável pela morte de outras quatro pessoas em um mercado judaico no dia 9. Por causa da frase, Dieudonné vai responder na Justiça por apologia ao terrorismo, em mais uma das ações (oito delas com condenações) que tem sofrido nos últimos anos por causa de acusações de antissemitismo e incitação ao ódio, entre outras. "As pessoas que falam isso nunca viram um show dele", disse à reportagem seu advogado, Sanjay Mirabeau. A frase publicada na internet seria uma ironia ao discurso de defesa de liberdade de expressão propalado pelo governo francês, com quem o comediante trava uma disputa pública –o primeiro-ministro, Manuel Valls, quer banir suas apresentações. Segundo o advogado, Dieudonné falou, em depoimento na quarta (14): "Estou aqui para explicar duas palavras [Charlie Coulibaly]. O governo me trata como terrorista, mas meu trabalho é como o do 'Charlie'". Dieudonné foi informado por casas de espetáculo que suas apresentações marcadas para sexta (16) e sábado (17) haviam sido canceladas –uma rotina em sua carreira. Nas fotos tiradas com ele na quinta, os fãs repetiam um gesto polêmico popularizado pelo comediante: o "quenelle", que é esticar o braço no ombro oposto e com a mão aberta –para críticos, é uma alusão a saudações nazistas. A mídia e as autoridades francesas têm frisado a diferença legal –e de liberdade de expressão– entre a atitude do comediante e a atuação do "Charlie Hebdo", com suas charges do profeta do islamismo, Maomé. A legislação francesa não considera crime a blasfêmia, a sátira de religião, uma das características do "Charlie" –mas quem se sente ofendido tem o direito de processá-lo e buscar reparação judicial. Entre 1992 e 2014, foram cerca de 50 processos, segundo o "Le Monde" –em 19% deles, o jornal foi derrotado. Por outro lado, argumentam as autoridades, a lei francesa tipifica como crime a negação de crimes contra a humanidade, entre eles o Holocausto, a apologia ao terrorismo, a difamação e o incitamento ao ódio racial. Seria justamente o que Dieudonné estaria fazendo e o motivo pelo qual tem sido condenado em ações na Justiça local, alegam. Em sua carreira, o comediante disse que o Holocausto é uma "memória pornográfica", declarou-se antissionista e satirizou judeus e israelenses em suas peças –já ironizou, inclusive, as câmaras de gás usadas para matá-los na Segunda Guerra Mundial. Em 2008, causou polêmica ao levar a seu show o acadêmico Robert Faurisson, que nega o Holocausto. Na visita, o convidado foi recebido por um assistente de palco que usava roupa de prisioneiro de campo de concentração. Filho de uma francesa com um imigrante camaronês, Dieudonné cresceu em família católica. Ironicamente, começou a carreira em parceria com o judeu Élie Sémoun, com quem rompeu depois. Diante das acusações, o comediante francês nega preconceito contra judeus e acusa a comunidade judaica, junto com as autoridades e mídia da França, de persegui-lo. "Podemos rir de tudo, menos dos judeus", afirmou. Além de ator e comediante, Dieudonné já tentou, sem sucesso, uma cadeira na Assembleia Nacional e no Parlamento Europeu. Apesar de atuar separado do partido de extrema direita Frente Nacional, é próximo do seu fundador, Jean-Marie Le Pen, padrinho de um dos seus filhos.
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'Não há liberdade na França', diz humoristaNa noite de quinta-feira (15), após dar autógrafos em um pequeno bar-teatro que dirige em Paris, o polêmico comediante francês Dieudonné M'Bala M'Bala, 48, disse à Folha: "Não há liberdade de expressão na França". Cercado por seguranças e assessores e irritado com a presença da reportagem, foi lacônico com o pedido de entrevista: "Não posso, converse ali com meu advogado". A tensão não era à toa. No dia anterior, Dieudonné fora detido pelas autoridades francesas para depor sobre a frase que publicou no Facebook: "Eu me sinto Charlie Coulibaly". O comentário pegou carona na frase "Eu sou Charlie", que virou símbolo do ataque terrorista que deixou 12 mortos na sede do semanário "Charlie Hebdo" no dia 7. O comediante a vinculou ao atirador Amedy Coulibaly, responsável pela morte de outras quatro pessoas em um mercado judaico no dia 9. Por causa da frase, Dieudonné vai responder na Justiça por apologia ao terrorismo, em mais uma das ações (oito delas com condenações) que tem sofrido nos últimos anos por causa de acusações de antissemitismo e incitação ao ódio, entre outras. "As pessoas que falam isso nunca viram um show dele", disse à reportagem seu advogado, Sanjay Mirabeau. A frase publicada na internet seria uma ironia ao discurso de defesa de liberdade de expressão propalado pelo governo francês, com quem o comediante trava uma disputa pública –o primeiro-ministro, Manuel Valls, quer banir suas apresentações. Segundo o advogado, Dieudonné falou, em depoimento na quarta (14): "Estou aqui para explicar duas palavras [Charlie Coulibaly]. O governo me trata como terrorista, mas meu trabalho é como o do 'Charlie'". Dieudonné foi informado por casas de espetáculo que suas apresentações marcadas para sexta (16) e sábado (17) haviam sido canceladas –uma rotina em sua carreira. Nas fotos tiradas com ele na quinta, os fãs repetiam um gesto polêmico popularizado pelo comediante: o "quenelle", que é esticar o braço no ombro oposto e com a mão aberta –para críticos, é uma alusão a saudações nazistas. A mídia e as autoridades francesas têm frisado a diferença legal –e de liberdade de expressão– entre a atitude do comediante e a atuação do "Charlie Hebdo", com suas charges do profeta do islamismo, Maomé. A legislação francesa não considera crime a blasfêmia, a sátira de religião, uma das características do "Charlie" –mas quem se sente ofendido tem o direito de processá-lo e buscar reparação judicial. Entre 1992 e 2014, foram cerca de 50 processos, segundo o "Le Monde" –em 19% deles, o jornal foi derrotado. Por outro lado, argumentam as autoridades, a lei francesa tipifica como crime a negação de crimes contra a humanidade, entre eles o Holocausto, a apologia ao terrorismo, a difamação e o incitamento ao ódio racial. Seria justamente o que Dieudonné estaria fazendo e o motivo pelo qual tem sido condenado em ações na Justiça local, alegam. Em sua carreira, o comediante disse que o Holocausto é uma "memória pornográfica", declarou-se antissionista e satirizou judeus e israelenses em suas peças –já ironizou, inclusive, as câmaras de gás usadas para matá-los na Segunda Guerra Mundial. Em 2008, causou polêmica ao levar a seu show o acadêmico Robert Faurisson, que nega o Holocausto. Na visita, o convidado foi recebido por um assistente de palco que usava roupa de prisioneiro de campo de concentração. Filho de uma francesa com um imigrante camaronês, Dieudonné cresceu em família católica. Ironicamente, começou a carreira em parceria com o judeu Élie Sémoun, com quem rompeu depois. Diante das acusações, o comediante francês nega preconceito contra judeus e acusa a comunidade judaica, junto com as autoridades e mídia da França, de persegui-lo. "Podemos rir de tudo, menos dos judeus", afirmou. Além de ator e comediante, Dieudonné já tentou, sem sucesso, uma cadeira na Assembleia Nacional e no Parlamento Europeu. Apesar de atuar separado do partido de extrema direita Frente Nacional, é próximo do seu fundador, Jean-Marie Le Pen, padrinho de um dos seus filhos.
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Viagem profética
Missionário, teólogo, diplomata e orador, o padre Antonio Vieira (1608-1697) deixou cerca de 200 sermões, além de cartas e escritos proféticos, como "História do Futuro" e "Apologia das Coisas Profetizadas". Na nota introdutória de uma das primeiras edições desse tesouro que são os "Sermões", Vieira diz que, ao publicá-los, começava "a tirar da sepultura estes meus borrões, que sem a voz que os animava, ainda ressuscitados, são cadáveres". Há um tanto de encenada modéstia na declaração, outro tanto de lendária verdade. Segundo Adma Muhana, uma das maiores especialistas em Vieira no Brasil, diz-se que o poder de sua oratória era tamanho que, em pleno Carnaval romano, parte dos foliões abandonou os folguedos para assistir a Vieira no púlpito! De todo modo, se a letra dos sermões sobreviveu à presença física do orador —a ponto de Fernando Pessoa ter descrito Vieira como "imperador da língua portuguesa"—, a musicóloga e cantora lírica Anna Maria Kieffer dá agora uma nova voz à sua escrita no disco "Antonio Vieira: do Tejo ao Amazonas". O projeto nasceu por iniciativa do professor de história Joaci Pereira Furtado, que selecionou os textos musicados por ela na celebração dos 400 anos de nascimento de Vieira, que foi missionário no Maranhão e morreu em Salvador. Dessa encenação teatral e musical derivou o disco que será lançado nesta semana. Trechos de seis sermões são recitados, em português, pelo ator lusitano Luis Lima Barreto sobre "paisagens sonoras" eletroacústicas escritas por Vanderlei Lucentini. Muito bem editado, o encarte do trabalho apresenta as passagens recitadas, permitindo seguir a retórica hipnotizante de Vieira. Nos trechos em latim —conceitos da prédica ou citações bíblicas—, surgem, respectivamente, as vozes do Coro de Câmara da Unesp, entoando textos modalizados para canto gregoriano pelo regente Vitor Gabriel, e de Anna Maria Kieffer (meio-soprano). Também despontam na obra a soprano Camila Bruder, o tenor Alessandro Greccho e o baixo Eduardo Janho-Abumrad, além do percussionista Elson Leonardo. O encontro entre o cantochão e timbres sintetizados cria uma estranha e cativante confluência entre o mistério medieval e nosso vazio teológico, ambos mediados pela agudeza barroca de Vieira. Ele fala do pecado da omissão e da gatunagem dos poderosos e desafia Deus no contexto da invasão holandesa, que obliterava sua profecia do Quinto Império como destino messiânico de Portugal, da qual os índios brasileiros, tema do último sermão, seriam um dos pilares. Conexões DISCO Antonio Vieira — Do Tejo ao Amazonas — muito bom ARTISTA: Anna Maria Kieffer GRAVADORA: Akron (R$ 40) Lançamento do álbum Terça-feira (1º/12), às 19h30, no MIS (Museu da Imagem e do Som), com apresentação ao vivo das obras contidas no trabalho. MIS. Av. Europa, 158, Jardim Paulista, região oeste, tel. 2117-4777, GRÁTIS. - DISCO Schubert: Arpeggione — ótimo Gautier Capuçon e Frank Braley (Erato/Warner Music, R$ 30,90) Da parceria entre o violoncelista Capuçon e o pianista Braley, ambos franceses, surge essa interpretação, cheia de lirismo e simplicidade, de uma das peças mais célebres de Schubert: a "Sonata para Arpeggione e Piano D. 821", que deve seu título ao fato de ter sido encomendada para esse instrumento, similar à viola da gamba. Completam o registro obras de Schumann, Debussy e Britten. * LIVRO O Abuso da Beleza — muito bom Arthur C. Danto; tradução de Pedro Süssekind (WMF Martins Fontes, 216 págs., R$ 39,90) Filósofo da arte, Danto (1924-2013) discute a destruição do conceito clássico do Belo na arte moderna. Embora a argumentação se dê a partir de artistas contemporâneos, cada capítulo encerra informações preciosas sobre a historicidade das noções da beleza e do "sublime" —conceito antigo que, resgatado pelo romantismo, permite diferenciar a vanguarda americana da europeia. * FILME Sem Pena — muito bom Eugenio Puppo (Bretz Filmes, DVD R$ 49) Longa-metragem sobre o sistema carcerário e judiciário brasileiro, "Sem Pena" adota linguagem inusual: os entrevistados (carcereiros, presos, juristas, intelectuais) não aparecem e suas vozes surgem sobre cenas que buscam estabelecer analogias com as palavras. Com esse artifício, o diretor Eugenio Puppo desnaturaliza a sintaxe direta do documentário para criticar a naturalização cotidiana da violência.
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Viagem proféticaMissionário, teólogo, diplomata e orador, o padre Antonio Vieira (1608-1697) deixou cerca de 200 sermões, além de cartas e escritos proféticos, como "História do Futuro" e "Apologia das Coisas Profetizadas". Na nota introdutória de uma das primeiras edições desse tesouro que são os "Sermões", Vieira diz que, ao publicá-los, começava "a tirar da sepultura estes meus borrões, que sem a voz que os animava, ainda ressuscitados, são cadáveres". Há um tanto de encenada modéstia na declaração, outro tanto de lendária verdade. Segundo Adma Muhana, uma das maiores especialistas em Vieira no Brasil, diz-se que o poder de sua oratória era tamanho que, em pleno Carnaval romano, parte dos foliões abandonou os folguedos para assistir a Vieira no púlpito! De todo modo, se a letra dos sermões sobreviveu à presença física do orador —a ponto de Fernando Pessoa ter descrito Vieira como "imperador da língua portuguesa"—, a musicóloga e cantora lírica Anna Maria Kieffer dá agora uma nova voz à sua escrita no disco "Antonio Vieira: do Tejo ao Amazonas". O projeto nasceu por iniciativa do professor de história Joaci Pereira Furtado, que selecionou os textos musicados por ela na celebração dos 400 anos de nascimento de Vieira, que foi missionário no Maranhão e morreu em Salvador. Dessa encenação teatral e musical derivou o disco que será lançado nesta semana. Trechos de seis sermões são recitados, em português, pelo ator lusitano Luis Lima Barreto sobre "paisagens sonoras" eletroacústicas escritas por Vanderlei Lucentini. Muito bem editado, o encarte do trabalho apresenta as passagens recitadas, permitindo seguir a retórica hipnotizante de Vieira. Nos trechos em latim —conceitos da prédica ou citações bíblicas—, surgem, respectivamente, as vozes do Coro de Câmara da Unesp, entoando textos modalizados para canto gregoriano pelo regente Vitor Gabriel, e de Anna Maria Kieffer (meio-soprano). Também despontam na obra a soprano Camila Bruder, o tenor Alessandro Greccho e o baixo Eduardo Janho-Abumrad, além do percussionista Elson Leonardo. O encontro entre o cantochão e timbres sintetizados cria uma estranha e cativante confluência entre o mistério medieval e nosso vazio teológico, ambos mediados pela agudeza barroca de Vieira. Ele fala do pecado da omissão e da gatunagem dos poderosos e desafia Deus no contexto da invasão holandesa, que obliterava sua profecia do Quinto Império como destino messiânico de Portugal, da qual os índios brasileiros, tema do último sermão, seriam um dos pilares. Conexões DISCO Antonio Vieira — Do Tejo ao Amazonas — muito bom ARTISTA: Anna Maria Kieffer GRAVADORA: Akron (R$ 40) Lançamento do álbum Terça-feira (1º/12), às 19h30, no MIS (Museu da Imagem e do Som), com apresentação ao vivo das obras contidas no trabalho. MIS. Av. Europa, 158, Jardim Paulista, região oeste, tel. 2117-4777, GRÁTIS. - DISCO Schubert: Arpeggione — ótimo Gautier Capuçon e Frank Braley (Erato/Warner Music, R$ 30,90) Da parceria entre o violoncelista Capuçon e o pianista Braley, ambos franceses, surge essa interpretação, cheia de lirismo e simplicidade, de uma das peças mais célebres de Schubert: a "Sonata para Arpeggione e Piano D. 821", que deve seu título ao fato de ter sido encomendada para esse instrumento, similar à viola da gamba. Completam o registro obras de Schumann, Debussy e Britten. * LIVRO O Abuso da Beleza — muito bom Arthur C. Danto; tradução de Pedro Süssekind (WMF Martins Fontes, 216 págs., R$ 39,90) Filósofo da arte, Danto (1924-2013) discute a destruição do conceito clássico do Belo na arte moderna. Embora a argumentação se dê a partir de artistas contemporâneos, cada capítulo encerra informações preciosas sobre a historicidade das noções da beleza e do "sublime" —conceito antigo que, resgatado pelo romantismo, permite diferenciar a vanguarda americana da europeia. * FILME Sem Pena — muito bom Eugenio Puppo (Bretz Filmes, DVD R$ 49) Longa-metragem sobre o sistema carcerário e judiciário brasileiro, "Sem Pena" adota linguagem inusual: os entrevistados (carcereiros, presos, juristas, intelectuais) não aparecem e suas vozes surgem sobre cenas que buscam estabelecer analogias com as palavras. Com esse artifício, o diretor Eugenio Puppo desnaturaliza a sintaxe direta do documentário para criticar a naturalização cotidiana da violência.
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Gigantes da tecnologia investem para armazenar dado em nuvem na Europa
Na batalha pelo domínio do mercado europeu de computação em nuvem, as gigantes da tecnologia dos Estados Unidos estão gastando muito para ganhar credibilidade local. A Amazon Web Services, líder do setor, anunciou na semana passada que em breve abriria diversas centrais de processamento de dados na França e no Reino Unido. O Google, que já conta com centrais em países como a Finlândia e a Bélgica, deve completar a construção de um novo complexo de dados multimilionário na Holanda, até o final do ano. E a Microsoft, que alguns indicadores apontam como a segunda maior fornecedora de serviços de computação em nuvem na Europa, anunciou na segunda-feira (3) que havia investido US$ 1 bilhão, nos últimos 12 meses, a fim de expandir suas ofertas, levando seu investimento total nos serviços em nuvem instalados na Europa a US$ 3 bilhões de 2005 para cá. "Estamos ampliando nossa infraestrutura mundial de nuvem na Europa para conquistar a confiança dos nossos múltiplos clientes", disse Satya Nadella, o presidente-executivo da Microsoft, em entrevista. "Somos capazes de atender as necessidades de residência de dados de nossos clientes europeus". Já que muita gente na Europa questiona por que as maiores companhias de tecnologia dos Estados Unidos controlam porção tão grande do uso cotidiano de serviços digitais pelos 500 milhões de habitantes da região, não surpreende que empresas como a Microsoft e a Amazon estejam ávidas por ressaltar suas raízes locais. A União Europeia continua a restringir o que percebe como uso indevido das informações digitais sobre usuários, e analistas dizem que muitas das gigantes do Vale do Silício estão respondendo a essas preocupações quanto a privacidade ao oferecer a usuários individuais e empresariais a capacidade de armazenar suas informações mais perto de onde vivem, enquanto no passado os dados teriam ficado armazenados apenas nos Estados Unidos. "Países como a Alemanha são bem conscientes quanto à questão da privacidade de dados, e isso os leva a considerar com cautela o local de armazenagem dos dados dos usuários", disse Gregor Petri, analista de computação em nuvem da Gartner, uma empresa de pesquisa sobre tecnologia, em Veghel, na Holanda. "A soberania local sobre os dados se tornou importante, e agora as empresas norte-americanas estão cientes disso". Existe também uma explicação mais básica para a expansão das companhias dos Estados Unidos ao mercado europeu de computação em nuvem: o dinheiro que pode ser faturado com isso está crescendo. O mercado europeu para os chamados serviços de aplicativos em nuvem, ou seja, software que é operado virtualmente via Internet, deve mais que dobrar, para US$ 16,1 bilhões anuais, até o final da década, de acordo com a Gartner. Esse montante representará ainda apenas um terço do valor do mercado da América do Norte, que no mesmo período deve subir para movimentar US$ 47 bilhões anuais. A despeito desse tamanho relativamente modesto, o mercado europeu continua a ser um dos maiores para os provedores norte-americanos de serviços de computação em nuvem, muitos dos quais estão elevando seus investimentos em todo o mundo, à medida que empresas e usuários individuais passam a depender mais e mais de serviços em nuvem —como o iCloud, da Apple, e o Dropbox, um serviço de armazenagem de dados online— em suas vidas cotidianas. Em 2014, por exemplo, a Amazon abriu diversas centrais de processamento de dados na Alemanha, em parte como resposta às rigorosas leis do país quanto à privacidade. No ano passado, a Microsoft seguiu seu exemplo, formando uma parceria com a Deutsche Telekom —operadora local de comunicação que controla a T-Mobile—, atribuindo a ela o controle das centrais de dados, a fim de atender à legislação alemã (a Microsoft cobra uma taxa extra por esse serviço). Em entrevista, Rainer Strassner, gerente do programa de computação em nuvem da Microsoft na Alemanha, disse que a lei do país protege dados armazenados em servidores locais contra solicitações de informações por governos estrangeiros, entre os quais o dos Estados Unidos. "Todos os dados ficam na Alemanha", ele disse. A empresa recentemente venceu um recurso em um processo contra o governo dos Estados Unidos, que vinha tentando obter dados armazenados em uma central de processamento de dados da Microsoft na Irlanda. Embora esses investimentos até agora tenham por foco principalmente os clientes empresariais, outras empresas de tecnologia norte-americanas fizeram investimentos de porte semelhante com o objetivo de acelerar o uso de serviços digitais para os usuários comuns nos 28 países membros da União Europeia. A Apple, que vem enfrentando uma série de questões regulatórias na Europa, entre as quais a demanda de que pague US$ 14,6 bilhões em impostos sonegados na Irlanda, está investindo quase US$ 2 bilhões para construir duas centrais de processamento de dados na região. As instalações, as primeiras desse tipo que ela operará na Europa, serão inauguradas na Dinamarca e Irlanda até o começo de 2018. O Facebook também está trabalhando em uma central de processamento de dados para computação em nuvem na Irlanda, e expandindo suas instalações já existentes na Suécia. "Estamos começando nas profundezas das florestas do norte da Suécia, com a central de dados de Lulea", disse Mark Zuckerberg, o presidente-executivo da empresa, na quarta-feira (28), falando sobre os investimentos de sua companhia em tecnologia. "Você provavelmente nem pensa em Lulea ao compartilhar alguma coisa com os amigos no Facebook, mas esse é um exemplo da infraestrutura de tecnologia incrivelmente complexa que mantém o mundo conectado". Tradução de PAULO MIGLIACCI
mercado
Gigantes da tecnologia investem para armazenar dado em nuvem na EuropaNa batalha pelo domínio do mercado europeu de computação em nuvem, as gigantes da tecnologia dos Estados Unidos estão gastando muito para ganhar credibilidade local. A Amazon Web Services, líder do setor, anunciou na semana passada que em breve abriria diversas centrais de processamento de dados na França e no Reino Unido. O Google, que já conta com centrais em países como a Finlândia e a Bélgica, deve completar a construção de um novo complexo de dados multimilionário na Holanda, até o final do ano. E a Microsoft, que alguns indicadores apontam como a segunda maior fornecedora de serviços de computação em nuvem na Europa, anunciou na segunda-feira (3) que havia investido US$ 1 bilhão, nos últimos 12 meses, a fim de expandir suas ofertas, levando seu investimento total nos serviços em nuvem instalados na Europa a US$ 3 bilhões de 2005 para cá. "Estamos ampliando nossa infraestrutura mundial de nuvem na Europa para conquistar a confiança dos nossos múltiplos clientes", disse Satya Nadella, o presidente-executivo da Microsoft, em entrevista. "Somos capazes de atender as necessidades de residência de dados de nossos clientes europeus". Já que muita gente na Europa questiona por que as maiores companhias de tecnologia dos Estados Unidos controlam porção tão grande do uso cotidiano de serviços digitais pelos 500 milhões de habitantes da região, não surpreende que empresas como a Microsoft e a Amazon estejam ávidas por ressaltar suas raízes locais. A União Europeia continua a restringir o que percebe como uso indevido das informações digitais sobre usuários, e analistas dizem que muitas das gigantes do Vale do Silício estão respondendo a essas preocupações quanto a privacidade ao oferecer a usuários individuais e empresariais a capacidade de armazenar suas informações mais perto de onde vivem, enquanto no passado os dados teriam ficado armazenados apenas nos Estados Unidos. "Países como a Alemanha são bem conscientes quanto à questão da privacidade de dados, e isso os leva a considerar com cautela o local de armazenagem dos dados dos usuários", disse Gregor Petri, analista de computação em nuvem da Gartner, uma empresa de pesquisa sobre tecnologia, em Veghel, na Holanda. "A soberania local sobre os dados se tornou importante, e agora as empresas norte-americanas estão cientes disso". Existe também uma explicação mais básica para a expansão das companhias dos Estados Unidos ao mercado europeu de computação em nuvem: o dinheiro que pode ser faturado com isso está crescendo. O mercado europeu para os chamados serviços de aplicativos em nuvem, ou seja, software que é operado virtualmente via Internet, deve mais que dobrar, para US$ 16,1 bilhões anuais, até o final da década, de acordo com a Gartner. Esse montante representará ainda apenas um terço do valor do mercado da América do Norte, que no mesmo período deve subir para movimentar US$ 47 bilhões anuais. A despeito desse tamanho relativamente modesto, o mercado europeu continua a ser um dos maiores para os provedores norte-americanos de serviços de computação em nuvem, muitos dos quais estão elevando seus investimentos em todo o mundo, à medida que empresas e usuários individuais passam a depender mais e mais de serviços em nuvem —como o iCloud, da Apple, e o Dropbox, um serviço de armazenagem de dados online— em suas vidas cotidianas. Em 2014, por exemplo, a Amazon abriu diversas centrais de processamento de dados na Alemanha, em parte como resposta às rigorosas leis do país quanto à privacidade. No ano passado, a Microsoft seguiu seu exemplo, formando uma parceria com a Deutsche Telekom —operadora local de comunicação que controla a T-Mobile—, atribuindo a ela o controle das centrais de dados, a fim de atender à legislação alemã (a Microsoft cobra uma taxa extra por esse serviço). Em entrevista, Rainer Strassner, gerente do programa de computação em nuvem da Microsoft na Alemanha, disse que a lei do país protege dados armazenados em servidores locais contra solicitações de informações por governos estrangeiros, entre os quais o dos Estados Unidos. "Todos os dados ficam na Alemanha", ele disse. A empresa recentemente venceu um recurso em um processo contra o governo dos Estados Unidos, que vinha tentando obter dados armazenados em uma central de processamento de dados da Microsoft na Irlanda. Embora esses investimentos até agora tenham por foco principalmente os clientes empresariais, outras empresas de tecnologia norte-americanas fizeram investimentos de porte semelhante com o objetivo de acelerar o uso de serviços digitais para os usuários comuns nos 28 países membros da União Europeia. A Apple, que vem enfrentando uma série de questões regulatórias na Europa, entre as quais a demanda de que pague US$ 14,6 bilhões em impostos sonegados na Irlanda, está investindo quase US$ 2 bilhões para construir duas centrais de processamento de dados na região. As instalações, as primeiras desse tipo que ela operará na Europa, serão inauguradas na Dinamarca e Irlanda até o começo de 2018. O Facebook também está trabalhando em uma central de processamento de dados para computação em nuvem na Irlanda, e expandindo suas instalações já existentes na Suécia. "Estamos começando nas profundezas das florestas do norte da Suécia, com a central de dados de Lulea", disse Mark Zuckerberg, o presidente-executivo da empresa, na quarta-feira (28), falando sobre os investimentos de sua companhia em tecnologia. "Você provavelmente nem pensa em Lulea ao compartilhar alguma coisa com os amigos no Facebook, mas esse é um exemplo da infraestrutura de tecnologia incrivelmente complexa que mantém o mundo conectado". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Lucro não é capricho
Com um programa de contenção do gasto fiscal embaixo do braço e a promessa de implantar reformas essenciais para modernizar a gestão do setor público, valorizando cada centavo tirado do contribuinte, é tempo de o governo de Michel Temer dar outro passo e começar a formular o crescimento movido a investimento –marco crucial para o desenvolvimento sustentado e a eliminação do para-anda da economia. A tênue reocupação da capacidade produtiva tornada ociosa devido à recessão é um evento promissor, se mantida depois do desfecho do processo de impeachment e, sobretudo, o ajuste fiscal for conduzido com afinco e priorizar a revisão de subsídios e desonerações antes de se discutir eventual aumento de impostos. Confiança é o principal impulso para o fim do ciclo recessivo na economia. Mas a volta do crescimento sustentado, refluindo a maré do desemprego e da renda cadente, depende de mais reformas e ação. Sem um movimento forte de inversão privada, inclusive na execução de obras e serviços que os governos estão impedidos de fazer pela restrição orçamentária, o crescimento será como o voo da galinha a que se referem os economistas. É impensável tal cenário, tanto por agravar os ônus sociais como por retardar a necessária normalidade econômica para fechar o deficit fiscal. O que não se deve ignorar? O lucro das empresas. É dele que sai a maior parte da poupança que custeia os investimentos em máquinas, equipamentos e edificações –alavancas da produção industrial, agrícola e de serviços, além da infraestrutura de logística, de energia e da inovação tecnológica. Sem lucro razoável, ou superavit no caso dos orçamentos públicos, o investimento não avança. E, sem as inversões privadas e públicas, o crescimento econômico e a distensão social se dissolvem no ar. Na média dos últimos 12 anos, segundo o Cemec (Centro de Estudos do Mercado de Capitais), 51% dos investimentos de empresas e famílias foram bancados com recursos próprios (de lucros retidos e poupança). Em 2015, essa fonte caíra a 43%, vindo a seguir investimento estrangeiro (28%) e, bem abaixo, crédito a juro subsidiado do BNDES (11%). Para o senso comum, essa ordem seria inversa, imputando-se ao BNDES papel maior do que possui. É o lucro a variável relevante a impulsionar tanto o investimento como o crescimento econômico e a renda da sociedade. E o que ocorre com o lucro? Encolheu e entrou em território negativo. Ele se forma pela simbiose do faturamento com a rentabilidade de cada venda. A habilidade produtiva está em gerar vendas ao menor custo. Ou, de outro modo, expandir a margem de lucro por unidade vendida. Aí está o problema. A margem líquida, segundo estudo do Iedi, despencou de 12,8% em 2010 (numa amostra das maiores empresas abertas e fechadas do país) para 3,9% em 2013 e -3,7% (ou seja, prejuízo) em 2015. Em termos globais, o lucro anualizado de nossas empresas, segundo o JPMorgan, recuou 80% de meados de 2012 a abril. E a margem de lucro em relação às receitas caiu de 15,2%, em 2007, para 2,4%, em 2015 –abaixo da média global (7,8%), dos países desenvolvidos (6,8%), dos emergentes (9,6%) e do México (6,5%). Nossas empresas, por tal ótica, encolhem há nove anos. Não há como a economia aguentar tamanho retrocesso, fruto de políticas erradas e de deficit que inflam a dívida pública, cujo custeio enxuga 72% dos fluxos financeiros do país e torna o crédito absurdamente caro. Este Brasil, para ter futuro, precisa rever a incompreensão sobre a função social do lucro. Não se trata de fetiche capitalista.
colunas
Lucro não é caprichoCom um programa de contenção do gasto fiscal embaixo do braço e a promessa de implantar reformas essenciais para modernizar a gestão do setor público, valorizando cada centavo tirado do contribuinte, é tempo de o governo de Michel Temer dar outro passo e começar a formular o crescimento movido a investimento –marco crucial para o desenvolvimento sustentado e a eliminação do para-anda da economia. A tênue reocupação da capacidade produtiva tornada ociosa devido à recessão é um evento promissor, se mantida depois do desfecho do processo de impeachment e, sobretudo, o ajuste fiscal for conduzido com afinco e priorizar a revisão de subsídios e desonerações antes de se discutir eventual aumento de impostos. Confiança é o principal impulso para o fim do ciclo recessivo na economia. Mas a volta do crescimento sustentado, refluindo a maré do desemprego e da renda cadente, depende de mais reformas e ação. Sem um movimento forte de inversão privada, inclusive na execução de obras e serviços que os governos estão impedidos de fazer pela restrição orçamentária, o crescimento será como o voo da galinha a que se referem os economistas. É impensável tal cenário, tanto por agravar os ônus sociais como por retardar a necessária normalidade econômica para fechar o deficit fiscal. O que não se deve ignorar? O lucro das empresas. É dele que sai a maior parte da poupança que custeia os investimentos em máquinas, equipamentos e edificações –alavancas da produção industrial, agrícola e de serviços, além da infraestrutura de logística, de energia e da inovação tecnológica. Sem lucro razoável, ou superavit no caso dos orçamentos públicos, o investimento não avança. E, sem as inversões privadas e públicas, o crescimento econômico e a distensão social se dissolvem no ar. Na média dos últimos 12 anos, segundo o Cemec (Centro de Estudos do Mercado de Capitais), 51% dos investimentos de empresas e famílias foram bancados com recursos próprios (de lucros retidos e poupança). Em 2015, essa fonte caíra a 43%, vindo a seguir investimento estrangeiro (28%) e, bem abaixo, crédito a juro subsidiado do BNDES (11%). Para o senso comum, essa ordem seria inversa, imputando-se ao BNDES papel maior do que possui. É o lucro a variável relevante a impulsionar tanto o investimento como o crescimento econômico e a renda da sociedade. E o que ocorre com o lucro? Encolheu e entrou em território negativo. Ele se forma pela simbiose do faturamento com a rentabilidade de cada venda. A habilidade produtiva está em gerar vendas ao menor custo. Ou, de outro modo, expandir a margem de lucro por unidade vendida. Aí está o problema. A margem líquida, segundo estudo do Iedi, despencou de 12,8% em 2010 (numa amostra das maiores empresas abertas e fechadas do país) para 3,9% em 2013 e -3,7% (ou seja, prejuízo) em 2015. Em termos globais, o lucro anualizado de nossas empresas, segundo o JPMorgan, recuou 80% de meados de 2012 a abril. E a margem de lucro em relação às receitas caiu de 15,2%, em 2007, para 2,4%, em 2015 –abaixo da média global (7,8%), dos países desenvolvidos (6,8%), dos emergentes (9,6%) e do México (6,5%). Nossas empresas, por tal ótica, encolhem há nove anos. Não há como a economia aguentar tamanho retrocesso, fruto de políticas erradas e de deficit que inflam a dívida pública, cujo custeio enxuga 72% dos fluxos financeiros do país e torna o crédito absurdamente caro. Este Brasil, para ter futuro, precisa rever a incompreensão sobre a função social do lucro. Não se trata de fetiche capitalista.
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Governo quer prorrogar gasto livre de parte das receitas até 2023
O atraso no envio ao Congresso da proposta que permite à União gastar livremente parte das receitas de contribuições sociais (exceto previdenciárias) pode comprometer os gastos federais em 2016. O governo enviou ao Congresso nesta quarta-feira (8) a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prorroga até dezembro de 2023 a vigência da DRU (Desvinculação de Receitas da União). A proposta atual eleva o percentual de recursos que deixam de estar vinculados a uma despesa específica dos atuais 20% para 30% sobre essas receitas. A desvinculação não afeta a regra de recursos mínimos para educação e saúde, nem as transferências constitucionais de impostos para Estados e municípios. Criada em 1994 com o Plano Real, a DRU permite que se contorne o direcionamento obrigatório de parte dos recursos do Orçamento. Neste ano, a proposta vai ser tornar mais um ponto de atrito entre o governo Dilma Rousseff e o Legislativo. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que o atraso no envio da proposta pode inviabilizar sua votação neste ano. A legislação em vigor desde 2012 prevê a desvinculação de 20% até 2015. "Como a gente diz, está correndo risco e perigo. Temos pouco tempo para aprovar até o fim do ano. E não vão querer jogar, depois, a responsabilidade na Casa e [dizer] que não deu condição de aprovar a tempo", afirmou Cunha. "A DRU já deveria ter sido mandada, no mínimo, há três meses atrás. Todo mundo sabe que precisava da prorrogação", disse o deputado. Cunha disse que é "muito difícil" conseguir votar o texto para que ele tenha validade já no próximo ano e descartou tratar a proposta com urgência. "Vai ser o rito normal, admissibilidade na Comissão de Constituição e Justiça, criar a Comissão Especial com 40 sessões. A partir daí ter relator, concluir ou não, para saber se vai ou não aumentar. Em todos os anos em que foi aprovado, começou sempre em março, e já estamos em julho". Em nota conjunta, Fazenda e Planejamento afirmam que a prorrogação é necessária diante da rigidez orçamentária brasileira e permitirá adequar o orçamento "às mudanças da realidade brasileira" e garantir projetos prioritários. "Cabe destacar que a DRU objetiva dar uma maior flexibilidade à alocação dos recursos públicos e não significa elevação das receitas disponíveis para o governo federal", diz a nota.
mercado
Governo quer prorrogar gasto livre de parte das receitas até 2023O atraso no envio ao Congresso da proposta que permite à União gastar livremente parte das receitas de contribuições sociais (exceto previdenciárias) pode comprometer os gastos federais em 2016. O governo enviou ao Congresso nesta quarta-feira (8) a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prorroga até dezembro de 2023 a vigência da DRU (Desvinculação de Receitas da União). A proposta atual eleva o percentual de recursos que deixam de estar vinculados a uma despesa específica dos atuais 20% para 30% sobre essas receitas. A desvinculação não afeta a regra de recursos mínimos para educação e saúde, nem as transferências constitucionais de impostos para Estados e municípios. Criada em 1994 com o Plano Real, a DRU permite que se contorne o direcionamento obrigatório de parte dos recursos do Orçamento. Neste ano, a proposta vai ser tornar mais um ponto de atrito entre o governo Dilma Rousseff e o Legislativo. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que o atraso no envio da proposta pode inviabilizar sua votação neste ano. A legislação em vigor desde 2012 prevê a desvinculação de 20% até 2015. "Como a gente diz, está correndo risco e perigo. Temos pouco tempo para aprovar até o fim do ano. E não vão querer jogar, depois, a responsabilidade na Casa e [dizer] que não deu condição de aprovar a tempo", afirmou Cunha. "A DRU já deveria ter sido mandada, no mínimo, há três meses atrás. Todo mundo sabe que precisava da prorrogação", disse o deputado. Cunha disse que é "muito difícil" conseguir votar o texto para que ele tenha validade já no próximo ano e descartou tratar a proposta com urgência. "Vai ser o rito normal, admissibilidade na Comissão de Constituição e Justiça, criar a Comissão Especial com 40 sessões. A partir daí ter relator, concluir ou não, para saber se vai ou não aumentar. Em todos os anos em que foi aprovado, começou sempre em março, e já estamos em julho". Em nota conjunta, Fazenda e Planejamento afirmam que a prorrogação é necessária diante da rigidez orçamentária brasileira e permitirá adequar o orçamento "às mudanças da realidade brasileira" e garantir projetos prioritários. "Cabe destacar que a DRU objetiva dar uma maior flexibilidade à alocação dos recursos públicos e não significa elevação das receitas disponíveis para o governo federal", diz a nota.
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Neymar vota em Messi, que escolhe Suárez como melhor do mundo
Eleito o melhor jogador do mundo em 2015, o argentino Lionel Messi não votou em nenhum dos finalistas ao prêmio para levar a Bola de Ouro. O voto do argentino para o primeiro lugar foi dado ao uruguaio e companheiro de Barcelona Luis Suárez. Neymar ficou em segundo na preferência do argentino, e o espanhol Andrés Iniesta, em terceiro. Neymar, por sua vez, votou em Messi como o melhor do ano. Suárez ficou em segundo de acordo com o brasileiro, e o croata Ivan Rakitic, outro do Barça, em terceiro. Cristiano Ronaldo também optou pelos companheiros de time. O favorito dele foi o francês Karim Benzema, com o colombiano James Rodríguez em segundo, e o galês Gareth Bale, em terceiro. Todos atuam no Real Madrid. Messi, 28, conquistou a sua quinta Bola de Ouro nesta segunda (11), em Zurique, na Suíça. Ele recebeu 41,33% dos votos e desbancou o português Cristiano Ronaldo, que havia vencido as últimas duas edições do prêmio e teve 27,76% dos votos na atual. Neymar, que pela primeira vez chegou à final da premiação, acabou em terceiro, com 7,86%.
esporte
Neymar vota em Messi, que escolhe Suárez como melhor do mundoEleito o melhor jogador do mundo em 2015, o argentino Lionel Messi não votou em nenhum dos finalistas ao prêmio para levar a Bola de Ouro. O voto do argentino para o primeiro lugar foi dado ao uruguaio e companheiro de Barcelona Luis Suárez. Neymar ficou em segundo na preferência do argentino, e o espanhol Andrés Iniesta, em terceiro. Neymar, por sua vez, votou em Messi como o melhor do ano. Suárez ficou em segundo de acordo com o brasileiro, e o croata Ivan Rakitic, outro do Barça, em terceiro. Cristiano Ronaldo também optou pelos companheiros de time. O favorito dele foi o francês Karim Benzema, com o colombiano James Rodríguez em segundo, e o galês Gareth Bale, em terceiro. Todos atuam no Real Madrid. Messi, 28, conquistou a sua quinta Bola de Ouro nesta segunda (11), em Zurique, na Suíça. Ele recebeu 41,33% dos votos e desbancou o português Cristiano Ronaldo, que havia vencido as últimas duas edições do prêmio e teve 27,76% dos votos na atual. Neymar, que pela primeira vez chegou à final da premiação, acabou em terceiro, com 7,86%.
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Segundo atentado do dia no Egito mata mais sete pessoas
Pelo menos sete pessoas, entre militares e civis morreram neste domingo (12) após a explosão de um carro-bomba em uma delegacia da cidade de Al Arish, no norte da Península do Sinai, no Egito, de acordo com uma fonte das forças de segurança local. O atentado deixou, além disso, outros 44 feridos. A agência de notícias egípcia "Mena" detalhou que o veículo furou uma barreira de segurança da delegacia e policiais tentaram impedi-lo, o que iniciou uma troca de tiros que também terminou com várias vítimas. Este é o segundo atentado do dia na região, já que nesta manhã pelo menos cinco militares morreram e outros dois ficaram feridos devido à explosão de uma bomba também no norte do Sinai. Os mortos são um oficial, um suboficial e quatro soldados que patrulhavam a estrada entre Al Kharuba e Karam al Kawadis como parte de sua "campanha para erradicar os terroristas", segundo um comunicado do exército egípcio. Desde a queda do presidente islamita Mohammed Mursi, em julho de 2013, aumentou o número de ataques no Egito contra o exército e a polícia, sobretudo no Sinai. Nesta península, que há anos é um foco de instabilidade, vários grupos jihadistas, entre eles Wilayat Sina e Aynad Masr, estabeleceram bases. O primeiro, que jurou lealdade à organização terrorista Estado Islâmico (EI) e anunciou que o Sinai é mais uma província do califado, reivindicou vários atentados na região nos últimos meses.
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Segundo atentado do dia no Egito mata mais sete pessoasPelo menos sete pessoas, entre militares e civis morreram neste domingo (12) após a explosão de um carro-bomba em uma delegacia da cidade de Al Arish, no norte da Península do Sinai, no Egito, de acordo com uma fonte das forças de segurança local. O atentado deixou, além disso, outros 44 feridos. A agência de notícias egípcia "Mena" detalhou que o veículo furou uma barreira de segurança da delegacia e policiais tentaram impedi-lo, o que iniciou uma troca de tiros que também terminou com várias vítimas. Este é o segundo atentado do dia na região, já que nesta manhã pelo menos cinco militares morreram e outros dois ficaram feridos devido à explosão de uma bomba também no norte do Sinai. Os mortos são um oficial, um suboficial e quatro soldados que patrulhavam a estrada entre Al Kharuba e Karam al Kawadis como parte de sua "campanha para erradicar os terroristas", segundo um comunicado do exército egípcio. Desde a queda do presidente islamita Mohammed Mursi, em julho de 2013, aumentou o número de ataques no Egito contra o exército e a polícia, sobretudo no Sinai. Nesta península, que há anos é um foco de instabilidade, vários grupos jihadistas, entre eles Wilayat Sina e Aynad Masr, estabeleceram bases. O primeiro, que jurou lealdade à organização terrorista Estado Islâmico (EI) e anunciou que o Sinai é mais uma província do califado, reivindicou vários atentados na região nos últimos meses.
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Remake da 'Escolinha' estreia em 23/11 no Viva e depois na Globo
O "remake" da "Escolinha do Professor Raimundo" estreia no dia 23 de novembro, à noite, no canal pago Viva. Em dezembro, a atração será exibida na Globo nos domingos à tarde. A produção, parceria da Globo com o Viva, começa a ser gravada na terça (27), com direção de Cininha de Paula. Dos sete episódios, dois serão exibidos com exclusividade na Globo. Bruno Mazzeo, filho de Chico Anysio, fará o papel do pai. No elenco, entre outros: Marcos Caruso (Seu Peru), Marcelo Adnet (Rolando Lero), Marcius Melhem (Seu Boneco), Mateus Solano (Zé Bonitinho), Rodrigo Sant'anna (Batista), Tatá Werneck (Tati), Betty Gofman (Bela), Dani Calabresa (Catifunda), Marco Ricca (Pedro Pedreira), Kiko Mascarenhas (Galeão Cumbica), Otávio Müller (Baltazar), Maria Clara Gueiros (Cândida), Ângelo Antonio (Joselino Barbacena), Fernanda de Freitas (Marina) e Ellen Roche (Capitu). EMETEVÊ Encontro de gerações de ex-VJs da MTV na festa que aconteceu em SP, nesta terça (20), para comemorar os 25 anos da chegada do canal ao país (Manuela Scarpa/Divulgação) Parceria Cássia Kis, que se despediu de "A Regra do Jogo" (Globo) nesta semana, com a morte de Djanira, diz que "se tive um ganho nessa novela, foram as amizades". Sem pausa A atriz já se prepara para o novo trabalho: a minissérie "O País do Futuro", de Guel Arraes, João Falcão e Jorge Furtado, com direção de José Luiz Villamarim. Festa da uva "Além do Tempo" (Globo) também exibirá nova abertura a partir desta quinta (22), quando a trama de Elizabeth Jhin deixa de ser de época. As imagens de antigos agricultores serão substituídas por retratos de atuais trabalhadores de vinícolas no sul. 6 pontos de média no ibope na Grande SP teve a estreia do "MasterChef Júnior" (Band) nesta terça (20) (cada ponto equivale a 67 mil casas). Looongo Assim como ocorreu na exibição da versão adulta do "reality", os telespectadores reclamaram nas redes sociais da duração da atração na Band. O primeiro episódio terminou quase à 1h. Na reserva Com a saída de Christiane Pelajo da apresentação do "Jornal da Globo", caberá à jornalista Renata Lo Prete substituir William Waack na bancada do telejornal, quando este tiver que se ausentar. >> Com BIANCA SOARES
ilustrada
Remake da 'Escolinha' estreia em 23/11 no Viva e depois na GloboO "remake" da "Escolinha do Professor Raimundo" estreia no dia 23 de novembro, à noite, no canal pago Viva. Em dezembro, a atração será exibida na Globo nos domingos à tarde. A produção, parceria da Globo com o Viva, começa a ser gravada na terça (27), com direção de Cininha de Paula. Dos sete episódios, dois serão exibidos com exclusividade na Globo. Bruno Mazzeo, filho de Chico Anysio, fará o papel do pai. No elenco, entre outros: Marcos Caruso (Seu Peru), Marcelo Adnet (Rolando Lero), Marcius Melhem (Seu Boneco), Mateus Solano (Zé Bonitinho), Rodrigo Sant'anna (Batista), Tatá Werneck (Tati), Betty Gofman (Bela), Dani Calabresa (Catifunda), Marco Ricca (Pedro Pedreira), Kiko Mascarenhas (Galeão Cumbica), Otávio Müller (Baltazar), Maria Clara Gueiros (Cândida), Ângelo Antonio (Joselino Barbacena), Fernanda de Freitas (Marina) e Ellen Roche (Capitu). EMETEVÊ Encontro de gerações de ex-VJs da MTV na festa que aconteceu em SP, nesta terça (20), para comemorar os 25 anos da chegada do canal ao país (Manuela Scarpa/Divulgação) Parceria Cássia Kis, que se despediu de "A Regra do Jogo" (Globo) nesta semana, com a morte de Djanira, diz que "se tive um ganho nessa novela, foram as amizades". Sem pausa A atriz já se prepara para o novo trabalho: a minissérie "O País do Futuro", de Guel Arraes, João Falcão e Jorge Furtado, com direção de José Luiz Villamarim. Festa da uva "Além do Tempo" (Globo) também exibirá nova abertura a partir desta quinta (22), quando a trama de Elizabeth Jhin deixa de ser de época. As imagens de antigos agricultores serão substituídas por retratos de atuais trabalhadores de vinícolas no sul. 6 pontos de média no ibope na Grande SP teve a estreia do "MasterChef Júnior" (Band) nesta terça (20) (cada ponto equivale a 67 mil casas). Looongo Assim como ocorreu na exibição da versão adulta do "reality", os telespectadores reclamaram nas redes sociais da duração da atração na Band. O primeiro episódio terminou quase à 1h. Na reserva Com a saída de Christiane Pelajo da apresentação do "Jornal da Globo", caberá à jornalista Renata Lo Prete substituir William Waack na bancada do telejornal, quando este tiver que se ausentar. >> Com BIANCA SOARES
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Em defesa das instituições
Estamos vivendo horas de densa obscuridade moral, política, jurídica e institucional. Das trevas morais e políticas nada é necessário aduzir ao que a realidade brasileira nos apresenta cotidianamente. Fixemo-nos, então, nas duas outras modalidades aqui referenciadas. Pode parecer clichê ou lugar-comum, porém é esta a nossa constatação diária: instalou-se entre nós a invasiva vigilância de novas espécies do "Big Brother" orwelliano. O direito à privacidade é reiteradamente desprezado pelo Ministério Público Federal. Afirme-se: não pretendemos arranhar, de leve sequer, as prerrogativas constitucionais e a independência funcional dessa nobre instituição. Tão ampla gama de poderes deveria atrair a contrapartida da responsabilidade -o que, infelizmente, não tem sido observado pelo MPF, sobretudo por seu máximo dirigente, o procurador-geral da República. Muitas vezes, é triste dizê-lo, tudo se dá com o aval do Judiciário, inclusive em suas mais altas instâncias. A ânsia pela pretensa exuberância de atuação suplanta valores básicos da democracia, como a presunção de inocência e o sigilo da fonte jornalística. Testemunhamos, estarrecidos, uma sucessão de atos desataviados, exibicionistas e ruinosos, cujo desfecho, embora imprevisível, dificilmente deixará de ser funesto. O chefe do Ministério Público, sem o cuidado mínimo de periciar uma gravação de péssima qualidade, pediu a abertura de inquérito contra um presidente da República. Na referida gravação, contudo, só se compreende uma ou outra palavra do presidente, inteiramente afastada de qualquer inserção num contexto lógico ou significativo. O que é pior: nossa mais elevada corte, sem qualquer validação cabal de tão precária prova, acolheu o pedido ministerial. Igualmente muito grave é o fato de a corporação máxima da advocacia, relevante canal da sociedade civil, defender, com surpreendente e inexplicável celeridade, o impeachment do presidente. E já anuncia, em desacordo à Constituição, a possibilidade de pugnar por nova eleição direta no caso de vacância do cargo. Surpreende, ainda, que poderosa organização midiática passe a ecoar e a difundir pelo país, sem qualquer preocupação com os deletérios efeitos daí decorrentes, toda essa leviana atoarda. Os signatários deste artigo não dispõem de poderio que se oponha a essa sinfonia disfuncional. Mas têm, sim, autoridade pessoal, social, acadêmica e institucional. Com esses elementos, conclamam a cidadania à responsabilidade, ao patriotismo, à vigilância e à resistência ordeira contra desmandos e desleixos aqui apontados. Proclamam que, tendo agora lançado veemente alerta, poderão sempre dizer, até o fim dos tempos, que presenciaram as aleivosias dardejadas e não esquecerão os nomes de seus perpetradores -para quem, por incrível que pareça, a ira contra o eventual e passageiro detentor do Poder Executivo justifica que ele seja afastado de seu posto, mesmo ao custo de mais instabilidade política e do retardo na recuperação da economia. Que o bom senso e a interpretação não emocional da Constituição voltem a iluminar as mais altas autoridades do país, para o bem desta sofrida nação. IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, advogado, é professor emérito da Universidade Mackenzie. É presidente do Colégio dos Ex-Presidentes do Instituto dos Advogados de São Paulo SÉRGIO FERRAZ, ex-presidente do Instituto dos Advogados do Brasil, é consultor jurídico ADILSON ABREU DALLARI, professor titular de direito administrativo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), é membro da Associação Paulista de Direito Administrativo PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]
opiniao
Em defesa das instituiçõesEstamos vivendo horas de densa obscuridade moral, política, jurídica e institucional. Das trevas morais e políticas nada é necessário aduzir ao que a realidade brasileira nos apresenta cotidianamente. Fixemo-nos, então, nas duas outras modalidades aqui referenciadas. Pode parecer clichê ou lugar-comum, porém é esta a nossa constatação diária: instalou-se entre nós a invasiva vigilância de novas espécies do "Big Brother" orwelliano. O direito à privacidade é reiteradamente desprezado pelo Ministério Público Federal. Afirme-se: não pretendemos arranhar, de leve sequer, as prerrogativas constitucionais e a independência funcional dessa nobre instituição. Tão ampla gama de poderes deveria atrair a contrapartida da responsabilidade -o que, infelizmente, não tem sido observado pelo MPF, sobretudo por seu máximo dirigente, o procurador-geral da República. Muitas vezes, é triste dizê-lo, tudo se dá com o aval do Judiciário, inclusive em suas mais altas instâncias. A ânsia pela pretensa exuberância de atuação suplanta valores básicos da democracia, como a presunção de inocência e o sigilo da fonte jornalística. Testemunhamos, estarrecidos, uma sucessão de atos desataviados, exibicionistas e ruinosos, cujo desfecho, embora imprevisível, dificilmente deixará de ser funesto. O chefe do Ministério Público, sem o cuidado mínimo de periciar uma gravação de péssima qualidade, pediu a abertura de inquérito contra um presidente da República. Na referida gravação, contudo, só se compreende uma ou outra palavra do presidente, inteiramente afastada de qualquer inserção num contexto lógico ou significativo. O que é pior: nossa mais elevada corte, sem qualquer validação cabal de tão precária prova, acolheu o pedido ministerial. Igualmente muito grave é o fato de a corporação máxima da advocacia, relevante canal da sociedade civil, defender, com surpreendente e inexplicável celeridade, o impeachment do presidente. E já anuncia, em desacordo à Constituição, a possibilidade de pugnar por nova eleição direta no caso de vacância do cargo. Surpreende, ainda, que poderosa organização midiática passe a ecoar e a difundir pelo país, sem qualquer preocupação com os deletérios efeitos daí decorrentes, toda essa leviana atoarda. Os signatários deste artigo não dispõem de poderio que se oponha a essa sinfonia disfuncional. Mas têm, sim, autoridade pessoal, social, acadêmica e institucional. Com esses elementos, conclamam a cidadania à responsabilidade, ao patriotismo, à vigilância e à resistência ordeira contra desmandos e desleixos aqui apontados. Proclamam que, tendo agora lançado veemente alerta, poderão sempre dizer, até o fim dos tempos, que presenciaram as aleivosias dardejadas e não esquecerão os nomes de seus perpetradores -para quem, por incrível que pareça, a ira contra o eventual e passageiro detentor do Poder Executivo justifica que ele seja afastado de seu posto, mesmo ao custo de mais instabilidade política e do retardo na recuperação da economia. Que o bom senso e a interpretação não emocional da Constituição voltem a iluminar as mais altas autoridades do país, para o bem desta sofrida nação. IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, advogado, é professor emérito da Universidade Mackenzie. É presidente do Colégio dos Ex-Presidentes do Instituto dos Advogados de São Paulo SÉRGIO FERRAZ, ex-presidente do Instituto dos Advogados do Brasil, é consultor jurídico ADILSON ABREU DALLARI, professor titular de direito administrativo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), é membro da Associação Paulista de Direito Administrativo PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]
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Um balanço de 2015
Corintianos e palmeirenses tiveram motivos de sobra para festejar nesta temporada. Uns foram campeões brasileiros pela sexta vez e os outros foram campeões da Copa do Brasil pela terceira. Os alvinegros terminam o ano, mesmo com a má notícia da perda de Jadson, confiantes sobre 2016, certos de que mais uma vez Tite saberá driblar as dificuldades, sejam quais forem. Os alviverdes também sorriem, mas ainda desconfiados, porque o título arrancado do Santos não lhes dá a confiança que sobra nos rivais. Já os são-paulinos, depois de mais um ano de absoluto jejum de títulos, têm ao menos uma pré-Libertadores pela frente e a esperança de que, livres do cartola que os assombrou, arranquem novos tempos do baú, mais especificamente de Edgardo Bauza. Sobram os santistas, que comemoraram mais um estadual e, depois, ficaram a ver navios. Seja como for, o futebol paulista reassumiu a hegemonia perdida para o mineiro nas duas temporadas anteriores ao ganhar os dois títulos nacionais mais importantes e tem três dos cinco representantes brasileiros no torneio continental. Não é pouca coisa. Nem muita. Porque do ponto de vista externo o ano foi de fiascos em cima de fiascos. O futebol brasileiro viu pela TV os momentos culminantes tanto da Libertadores quanto da Copa Sul-Americana. Nenhum de nossos clubes nas finais. Falar da seleção é chover no molhado. Uma participação vexaminosa na Copa América e outra apenas sofrível nas Eliminatórias. Jogar bem, então, nem pensar, salvo num ou noutro amistoso desimportante. Nem por isso José Maria Marin e Marco Polo Del Nero deixaram de inscrever seus nomes na história da CBF, assim como Ricardo Teixeira já havia feito. O primeiro foi Teixeira, que renunciou e escafedeu-se para Boca Raton. O segundo, Marin, menos afortunado, conheceu um presídio na Suíça e hoje anda de tornozeleira eletrônica em Nova York, em prisão domiciliar. O terceiro foi aquele que se licenciou da presidência e, a exemplo do primeiro, não pode mais sair do país porque a extradição vem para pegar. Como Terezinha de Jesus, a cartolagem deu uma queda e foi ao chão e não há quem o acuda porque em vez de três cavalheiros três letrinhas, FBI, não só lhes nega a mão como querem ver as deles algemadas. Jornalistas que nasceram nos anos 1940/50 não acreditavam que estariam vivos para ver o que estão vendo. Um tsunami de proporções planetárias varreu a Fifa, a Conmebol, a Concaf, a Uefa e, aleluia, a CBF. Caíram o rei do ouro, Joseph Blatter, o da prata, Michel Platini, o de pau, João Havelange, não ficou nada. Nero ainda inventou um substituto imediato sem sobrenome, porque Fernando Sarney, mais escolado, negou-se a ser o interino (vai que o tsunami atinge também o Maranhão...), e outro permanente, o tal coronel Nunes que, reformado na PM e, supõe-se, habituado a tratar com bandidos, não vê corrupção no futebol e nem sabe o que é uma liga de clubes, como tem, candidamente, declarado. O FBI foi o melhor gol de 2015. Que 2016 seja o ano da reconstrução é o que deseja a coluna, em férias por 30 dias.
colunas
Um balanço de 2015Corintianos e palmeirenses tiveram motivos de sobra para festejar nesta temporada. Uns foram campeões brasileiros pela sexta vez e os outros foram campeões da Copa do Brasil pela terceira. Os alvinegros terminam o ano, mesmo com a má notícia da perda de Jadson, confiantes sobre 2016, certos de que mais uma vez Tite saberá driblar as dificuldades, sejam quais forem. Os alviverdes também sorriem, mas ainda desconfiados, porque o título arrancado do Santos não lhes dá a confiança que sobra nos rivais. Já os são-paulinos, depois de mais um ano de absoluto jejum de títulos, têm ao menos uma pré-Libertadores pela frente e a esperança de que, livres do cartola que os assombrou, arranquem novos tempos do baú, mais especificamente de Edgardo Bauza. Sobram os santistas, que comemoraram mais um estadual e, depois, ficaram a ver navios. Seja como for, o futebol paulista reassumiu a hegemonia perdida para o mineiro nas duas temporadas anteriores ao ganhar os dois títulos nacionais mais importantes e tem três dos cinco representantes brasileiros no torneio continental. Não é pouca coisa. Nem muita. Porque do ponto de vista externo o ano foi de fiascos em cima de fiascos. O futebol brasileiro viu pela TV os momentos culminantes tanto da Libertadores quanto da Copa Sul-Americana. Nenhum de nossos clubes nas finais. Falar da seleção é chover no molhado. Uma participação vexaminosa na Copa América e outra apenas sofrível nas Eliminatórias. Jogar bem, então, nem pensar, salvo num ou noutro amistoso desimportante. Nem por isso José Maria Marin e Marco Polo Del Nero deixaram de inscrever seus nomes na história da CBF, assim como Ricardo Teixeira já havia feito. O primeiro foi Teixeira, que renunciou e escafedeu-se para Boca Raton. O segundo, Marin, menos afortunado, conheceu um presídio na Suíça e hoje anda de tornozeleira eletrônica em Nova York, em prisão domiciliar. O terceiro foi aquele que se licenciou da presidência e, a exemplo do primeiro, não pode mais sair do país porque a extradição vem para pegar. Como Terezinha de Jesus, a cartolagem deu uma queda e foi ao chão e não há quem o acuda porque em vez de três cavalheiros três letrinhas, FBI, não só lhes nega a mão como querem ver as deles algemadas. Jornalistas que nasceram nos anos 1940/50 não acreditavam que estariam vivos para ver o que estão vendo. Um tsunami de proporções planetárias varreu a Fifa, a Conmebol, a Concaf, a Uefa e, aleluia, a CBF. Caíram o rei do ouro, Joseph Blatter, o da prata, Michel Platini, o de pau, João Havelange, não ficou nada. Nero ainda inventou um substituto imediato sem sobrenome, porque Fernando Sarney, mais escolado, negou-se a ser o interino (vai que o tsunami atinge também o Maranhão...), e outro permanente, o tal coronel Nunes que, reformado na PM e, supõe-se, habituado a tratar com bandidos, não vê corrupção no futebol e nem sabe o que é uma liga de clubes, como tem, candidamente, declarado. O FBI foi o melhor gol de 2015. Que 2016 seja o ano da reconstrução é o que deseja a coluna, em férias por 30 dias.
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Você acredita em 'amor para sempre'?
Perguntei a muitos casais se eles acreditam em "amor para sempre". Mesmo aqueles que são muito felizes no casamento duvidam da possibilidade do amor duradouro. Uma jornalista de 45 anos disse: "Estou no meu terceiro casamento. Há quase dois anos vivemos uma verdadeira lua de mel. Gostamos de fazer tudo juntos, somos muito carinhosos, rimos o tempo todo. Mas morro de medo deste clima de romance terminar. Sempre me pergunto: será que o amor tem prazo de validade?". O marido, um advogado de 43 anos, contou: "Ela vive com medo de perder o meu amor, de acabar o tesão, de cansarmos um do outro. Se depender de mim, vou fazer de tudo para que o nosso casamento seja sempre muito feliz. Acredito que estamos construindo algo sólido, duradouro, verdadeiro. Sei que não existe certificado de garantia para o amor, depende só de nós dois". Uma professora de 32 anos disse que o fim do amor é uma ameaça permanente em todos os casamentos, até mesmo nos mais felizes. "Muitos casamentos terminam por bobagem, por preguiça, por imaturidade. Nós dois trabalhamos muito para o nosso casamento dar certo. Todos os dias somos gentis, carinhosos e atenciosos um com o outro. Sempre nos damos presentes para celebrar o nosso amor. Pode ser uma massagem, um chocolate, uma mensagem apaixonada. Não deixamos a rotina destruir o respeito, o desejo e a admiração. Nosso segredo é viver intensamente cada dia, como se fosse sempre o nosso primeiro encontro". O marido, um engenheiro de 39 anos, disse que é importante reconhecer o valor do outro, ser fiel e investir no casamento. "Ser romântico, carinhoso e generoso com uma nova namorada é muito fácil. O difícil é seduzir e ser seduzido, cuidar e ser cuidado, todos os dias, pela mesma mulher. Sei que não é nada fácil encontrar alguém que combine tanto comigo, sei que a minha mulher é especial e diferente de todas as outras. Invisto toda a minha energia para conquistar a mulher que eu amo e com quem eu quero viver para sempre. Temos um pacto de fidelidade e de felicidade". Ele conclui: "Meus amigos me acham um babaca quando digo que sempre fui e sempre serei fiel à minha mulher. Você acha que eu sou maluco de fazer uma merda e perder o grande amor da minha vida?". - MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de "A Bela Velhice" (Ed. Record) [email protected]
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Você acredita em 'amor para sempre'?Perguntei a muitos casais se eles acreditam em "amor para sempre". Mesmo aqueles que são muito felizes no casamento duvidam da possibilidade do amor duradouro. Uma jornalista de 45 anos disse: "Estou no meu terceiro casamento. Há quase dois anos vivemos uma verdadeira lua de mel. Gostamos de fazer tudo juntos, somos muito carinhosos, rimos o tempo todo. Mas morro de medo deste clima de romance terminar. Sempre me pergunto: será que o amor tem prazo de validade?". O marido, um advogado de 43 anos, contou: "Ela vive com medo de perder o meu amor, de acabar o tesão, de cansarmos um do outro. Se depender de mim, vou fazer de tudo para que o nosso casamento seja sempre muito feliz. Acredito que estamos construindo algo sólido, duradouro, verdadeiro. Sei que não existe certificado de garantia para o amor, depende só de nós dois". Uma professora de 32 anos disse que o fim do amor é uma ameaça permanente em todos os casamentos, até mesmo nos mais felizes. "Muitos casamentos terminam por bobagem, por preguiça, por imaturidade. Nós dois trabalhamos muito para o nosso casamento dar certo. Todos os dias somos gentis, carinhosos e atenciosos um com o outro. Sempre nos damos presentes para celebrar o nosso amor. Pode ser uma massagem, um chocolate, uma mensagem apaixonada. Não deixamos a rotina destruir o respeito, o desejo e a admiração. Nosso segredo é viver intensamente cada dia, como se fosse sempre o nosso primeiro encontro". O marido, um engenheiro de 39 anos, disse que é importante reconhecer o valor do outro, ser fiel e investir no casamento. "Ser romântico, carinhoso e generoso com uma nova namorada é muito fácil. O difícil é seduzir e ser seduzido, cuidar e ser cuidado, todos os dias, pela mesma mulher. Sei que não é nada fácil encontrar alguém que combine tanto comigo, sei que a minha mulher é especial e diferente de todas as outras. Invisto toda a minha energia para conquistar a mulher que eu amo e com quem eu quero viver para sempre. Temos um pacto de fidelidade e de felicidade". Ele conclui: "Meus amigos me acham um babaca quando digo que sempre fui e sempre serei fiel à minha mulher. Você acha que eu sou maluco de fazer uma merda e perder o grande amor da minha vida?". - MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de "A Bela Velhice" (Ed. Record) [email protected]
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Economistas melhoram projeção para o PIB neste ano e em 2017
O otimismo com uma recuperação mais rápida da atividade econômica voltou a ficar evidenciado no mais recente Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (18). A pesquisa semanal do Banco Central aponta retração menor do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano e um crescimento levemente maior em 2017. Segundo estimativas de economistas e instituições financeiras, o PIB deve recuar 3,25% neste ano, ante projeção de queda de 3,30% na pesquisa passada. Quatro semanas atrás, a retração prevista era de 3,44%. Para 2017, a expectativa de crescimento passou de 1% para 1,10%. A melhora para este ano ocorre apesar do sinal negativo do indicador que monitora a atividade econômica calculado pelo BC. Em maio, o IBC-Br teve queda de 0,51% em relação a abril. Boletim Focus Algumas evidências, porém, já apontam uma retomada. A principal delas é a confiança de investidores, empresários e consumidores. Sondagens com empresários da indústria, da FGV, mostram que a confiança melhorou em junho pelo quarto mês seguido. A dos consumidores subiu em maio e em junho. Mas ambas ainda estão abaixo da média histórica. PREÇOS O Boletim Focus deixou inalterada em 7,26% a projeção para a inflação neste ano, mas melhorou a expectativa para 2017, que caiu de 5,40% para 5,30%. Com isso, se situaria abaixo da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para o próximo ano, que é de 4,5% com 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A perspectiva para a taxa de juros foi mantida em 13,25% neste ano e em 11% em 2017. Nesta terça e quarta-feira, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central se reúne para avaliar sua política monetária. O centro de expectativa de economistas consultados pela agência internacional Bloomberg é que a taxa se mantenha em 14,25% ao ano. Em relação ao câmbio, a pesquisa semanal do BC projetou leve queda para este ano —de R$ 3,40 para R$ 3,39. Em 2017, a expectativa para o dólar recuou de R$ 3,55 para R$ 3,50.
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Economistas melhoram projeção para o PIB neste ano e em 2017O otimismo com uma recuperação mais rápida da atividade econômica voltou a ficar evidenciado no mais recente Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (18). A pesquisa semanal do Banco Central aponta retração menor do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano e um crescimento levemente maior em 2017. Segundo estimativas de economistas e instituições financeiras, o PIB deve recuar 3,25% neste ano, ante projeção de queda de 3,30% na pesquisa passada. Quatro semanas atrás, a retração prevista era de 3,44%. Para 2017, a expectativa de crescimento passou de 1% para 1,10%. A melhora para este ano ocorre apesar do sinal negativo do indicador que monitora a atividade econômica calculado pelo BC. Em maio, o IBC-Br teve queda de 0,51% em relação a abril. Boletim Focus Algumas evidências, porém, já apontam uma retomada. A principal delas é a confiança de investidores, empresários e consumidores. Sondagens com empresários da indústria, da FGV, mostram que a confiança melhorou em junho pelo quarto mês seguido. A dos consumidores subiu em maio e em junho. Mas ambas ainda estão abaixo da média histórica. PREÇOS O Boletim Focus deixou inalterada em 7,26% a projeção para a inflação neste ano, mas melhorou a expectativa para 2017, que caiu de 5,40% para 5,30%. Com isso, se situaria abaixo da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para o próximo ano, que é de 4,5% com 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A perspectiva para a taxa de juros foi mantida em 13,25% neste ano e em 11% em 2017. Nesta terça e quarta-feira, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central se reúne para avaliar sua política monetária. O centro de expectativa de economistas consultados pela agência internacional Bloomberg é que a taxa se mantenha em 14,25% ao ano. Em relação ao câmbio, a pesquisa semanal do BC projetou leve queda para este ano —de R$ 3,40 para R$ 3,39. Em 2017, a expectativa para o dólar recuou de R$ 3,55 para R$ 3,50.
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Disputa pela liderança do simulador de ações fica acirrada
O participante Gerd Spliter viu o ganho de sua carteira de ações subir para 114,2% e manteve a liderança, pela terceira semana, do simulador Folhainvest, uma parceria da Folha com a BM&FBovespa. Em segundo lugar está João Paulo Lobão, com 102,6%, seguido por Felipe Fogagnolo, com 98,3%. Em quarto está Celio Urani, com 88,8%. Avanti Palmeiras aparece em quinto, com 86,9%. Os interessados em participar podem se cadastrar no site do simulador. A premiação inclui cursos sobre investimentos, acesso a banco de dados de cotações e iPads, mas pode haver substituição desses itens por produtos equivalentes ou com valor financeiro similar. - Atualizado em 26.fev. Fonte: Folha
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Disputa pela liderança do simulador de ações fica acirradaO participante Gerd Spliter viu o ganho de sua carteira de ações subir para 114,2% e manteve a liderança, pela terceira semana, do simulador Folhainvest, uma parceria da Folha com a BM&FBovespa. Em segundo lugar está João Paulo Lobão, com 102,6%, seguido por Felipe Fogagnolo, com 98,3%. Em quarto está Celio Urani, com 88,8%. Avanti Palmeiras aparece em quinto, com 86,9%. Os interessados em participar podem se cadastrar no site do simulador. A premiação inclui cursos sobre investimentos, acesso a banco de dados de cotações e iPads, mas pode haver substituição desses itens por produtos equivalentes ou com valor financeiro similar. - Atualizado em 26.fev. Fonte: Folha
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Pauta bomba do Congresso anula cortes propostos por Dilma
Apesar de cobrar reduções maiores nas despesas do governo, o Congresso aprovou em 2015 projetos que, se entrarem em vigor, levarão a um gasto extra anual de R$ 22 bilhões, que praticamente anula o corte proposto pelo governo Dilma Rousseff para tentar equilibrar o Orçamento em 2016, que é de R$ 26 bilhões. Sob a liderança dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), os congressistas abriram os cofres públicos principalmente para os funcionários públicos e os aposentados. Três dos projetos aprovados foram barrados pela caneta presidencial, mas poderão entrar em vigor na próxima terça-feira (22), quando o Congresso tem sessão marcada para analisar os vetos impostos por Dilma. O Palácio do Planalto e congressistas consideram grandes as chances de a presidente ser derrotada nessas votações, o que contribuiria para aumentar as desconfianças sobre sua capacidade de reequilibrar as contas públicas. Um dos grandes temores do Executivo é o projeto que dá reajuste salarial médio de 59,5% aos servidores do Judiciário nos próximos quatro anos. O impacto previsto pelo Planalto é de R$ 25,7 bilhões até 2018 e de R$ 10 bilhões por ano daí em diante. Os servidores fizeram protestos barulhentos no Congresso nos últimos meses e prometem voltar na terça. Para que um veto de Dilma seja derrubado é preciso o voto de, pelo menos, 257 dos 513 deputados e 41 dos 81 senadores. Os partidos que dão sustentação a Dilma no Congresso têm no papel número suficiente para evitar uma derrota, mas, na prática, sua fidelidade foi corroída pela baixíssima popularidade da presidente e pelas trombadas políticas dos últimos meses. Outros dois projetos da pauta bomba, vetados por Dilma, são o que estende a todos os aposentados a política de valorização do salário mínimo e o que cria uma alternativa ao chamado fator previdenciário, mecanismo que reduz o valor de aposentadorias precoces. A primeira medida, por si só, acarretaria um custo extra de R$ 135 bilhões até 2030, diz o Ministério da Previdência Social. O líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), disse que, se o Planalto achar que há risco de derrota, adotará a mesma estratégia usada há mais de cinco meses: tentar esvaziar a sessão para que falte quórum para deliberar no plenário. "A gente não pode fazer uma votação no Congresso se a gente não tiver a convicção do resultado com relação aos vetos", disse Delcídio. "Hoje, uma derrubada de vetos seria muito ruim, geraria uma instabilidade política forte." Segundo Delcídio, a manutenção dos vetos da presidente representaria uma grande vitória e abriria "uma avenidona aí pela frente para debater os projetos econômicos". PATERNIDADE O debate sobre a paternidade da aprovação desses projetos em um momento de aperto orçamentário divide opiniões. Reservadamente, o Palácio do Planalto aponta o dedo para Cunha e Renan, responsáveis pela decisão de colocar os temas em votação. Os dois peemedebistas, porém, lembram que todos esses projetos foram aprovados com o apoio de ampla margem da base governista, incluindo o PT, e que o Planalto só se moveu de fato para tentar negociar quando o caldo já estava para entornar. Em praticamente todos os temas da chamada pauta bomba, a oposição votou pelo aumento de gastos –inclusive a bancada do PSDB, partido que criou o fator previdenciário, com o argumento de que a medida já havia cumprido seu ciclo histórico. Um dos deputados que atuou na linha de frente pela aprovação dos projetos pró-aposentados, Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), acha que não há como negociar um meio-termo com o governo. "Antes da crise política e econômica, há uma crise de credibilidade. Esse governo não tem nenhuma", disse o deputado. Ele afirma ter orientado as associações de aposentados a pressionar os senadores. Em sua avaliação, na Câmara já há votos suficientes para derrubar os vetos de Dilma. A recente retirada do selo de bom pagador do Brasil pela agência internacional de classificação de risco Standard & Poor's também provocou embates entre o governo Dilma e o Congresso. A agência rebaixou a nota brasileira apontando como justificativa a situação frágil das contas públicas e a decisão do governo de mandar sua proposta de Orçamento para 2016 com deficit de R$ 30,5 bilhões. Em seu relatório, a Standard & Poor's apontou a "dinâmica fluida no Congresso" como uma das fontes de risco para a política fiscal do governo Dilma. Além dos projetos da pauta bomba, o Congresso também reduziu a economia prevista no pacote de ajuste fiscal elaborado pelo governo Dilma no primeiro semestre. Gastos aprovados pelo Congresso
poder
Pauta bomba do Congresso anula cortes propostos por DilmaApesar de cobrar reduções maiores nas despesas do governo, o Congresso aprovou em 2015 projetos que, se entrarem em vigor, levarão a um gasto extra anual de R$ 22 bilhões, que praticamente anula o corte proposto pelo governo Dilma Rousseff para tentar equilibrar o Orçamento em 2016, que é de R$ 26 bilhões. Sob a liderança dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), os congressistas abriram os cofres públicos principalmente para os funcionários públicos e os aposentados. Três dos projetos aprovados foram barrados pela caneta presidencial, mas poderão entrar em vigor na próxima terça-feira (22), quando o Congresso tem sessão marcada para analisar os vetos impostos por Dilma. O Palácio do Planalto e congressistas consideram grandes as chances de a presidente ser derrotada nessas votações, o que contribuiria para aumentar as desconfianças sobre sua capacidade de reequilibrar as contas públicas. Um dos grandes temores do Executivo é o projeto que dá reajuste salarial médio de 59,5% aos servidores do Judiciário nos próximos quatro anos. O impacto previsto pelo Planalto é de R$ 25,7 bilhões até 2018 e de R$ 10 bilhões por ano daí em diante. Os servidores fizeram protestos barulhentos no Congresso nos últimos meses e prometem voltar na terça. Para que um veto de Dilma seja derrubado é preciso o voto de, pelo menos, 257 dos 513 deputados e 41 dos 81 senadores. Os partidos que dão sustentação a Dilma no Congresso têm no papel número suficiente para evitar uma derrota, mas, na prática, sua fidelidade foi corroída pela baixíssima popularidade da presidente e pelas trombadas políticas dos últimos meses. Outros dois projetos da pauta bomba, vetados por Dilma, são o que estende a todos os aposentados a política de valorização do salário mínimo e o que cria uma alternativa ao chamado fator previdenciário, mecanismo que reduz o valor de aposentadorias precoces. A primeira medida, por si só, acarretaria um custo extra de R$ 135 bilhões até 2030, diz o Ministério da Previdência Social. O líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), disse que, se o Planalto achar que há risco de derrota, adotará a mesma estratégia usada há mais de cinco meses: tentar esvaziar a sessão para que falte quórum para deliberar no plenário. "A gente não pode fazer uma votação no Congresso se a gente não tiver a convicção do resultado com relação aos vetos", disse Delcídio. "Hoje, uma derrubada de vetos seria muito ruim, geraria uma instabilidade política forte." Segundo Delcídio, a manutenção dos vetos da presidente representaria uma grande vitória e abriria "uma avenidona aí pela frente para debater os projetos econômicos". PATERNIDADE O debate sobre a paternidade da aprovação desses projetos em um momento de aperto orçamentário divide opiniões. Reservadamente, o Palácio do Planalto aponta o dedo para Cunha e Renan, responsáveis pela decisão de colocar os temas em votação. Os dois peemedebistas, porém, lembram que todos esses projetos foram aprovados com o apoio de ampla margem da base governista, incluindo o PT, e que o Planalto só se moveu de fato para tentar negociar quando o caldo já estava para entornar. Em praticamente todos os temas da chamada pauta bomba, a oposição votou pelo aumento de gastos –inclusive a bancada do PSDB, partido que criou o fator previdenciário, com o argumento de que a medida já havia cumprido seu ciclo histórico. Um dos deputados que atuou na linha de frente pela aprovação dos projetos pró-aposentados, Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), acha que não há como negociar um meio-termo com o governo. "Antes da crise política e econômica, há uma crise de credibilidade. Esse governo não tem nenhuma", disse o deputado. Ele afirma ter orientado as associações de aposentados a pressionar os senadores. Em sua avaliação, na Câmara já há votos suficientes para derrubar os vetos de Dilma. A recente retirada do selo de bom pagador do Brasil pela agência internacional de classificação de risco Standard & Poor's também provocou embates entre o governo Dilma e o Congresso. A agência rebaixou a nota brasileira apontando como justificativa a situação frágil das contas públicas e a decisão do governo de mandar sua proposta de Orçamento para 2016 com deficit de R$ 30,5 bilhões. Em seu relatório, a Standard & Poor's apontou a "dinâmica fluida no Congresso" como uma das fontes de risco para a política fiscal do governo Dilma. Além dos projetos da pauta bomba, o Congresso também reduziu a economia prevista no pacote de ajuste fiscal elaborado pelo governo Dilma no primeiro semestre. Gastos aprovados pelo Congresso
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Jovem de 16 anos esfaqueada durante Parada Gay de Jerusalém morre
Uma jovem de 16 anos que foi esfaqueada durante a Parada do Orgulho Gay de Jerusalém morreu neste domingo (2) em consequência dos ferimentos, informou o hospital onde ela estava internada. O ataque foi cometido por um judeu ultraortodoxo, que feriu outras cinco pessoas no evento, realizado na quinta-feira (30). Shira Banki não resistiu aos ferimentos, informou Hadar Elboim, porta-voz do Hospital Hadassah. Yishai Schlissel, que foi preso no local, acabara de ser libertado após cumprir pena por um crime semelhante em 2005 -quando também feriu, a facadas, três pessoas que participavam da parada gay anual. Segundo testemunhas, os cerca de 5.000 participantes da marcha seguiam por uma avenida quando Schlissel, que estava escondido em um supermercado, saltou em direção à multidão e apunhalou seis pessoas. Segundo a Associated Press, a marcha seguiu após os feridos serem retirados, mas com um clima mais "sombrio". A imprensa local disse que milhares de moradores que não estavam inicialmente na parada se juntaram à multidão em solidariedade. TENSÃO A parada de Jerusalém, onde a população religiosa é mais proeminente do que em outras partes de Israel, é bem menor e mais restrita que a marcha anual em Tel Aviv, que reuniu cerca de 100 mil pessoas no mês passado. Este tipo de evento sempre foi um foco de tensão entre a maioria secular do país e a minoria ultraortodoxa. Antes da parada, nesta quinta, um representante do grupo de extrema-direita Lehava disse ao jornal "The Jerusalem Post" que sua organização considera a homossexualidade tão grave como "roubar um banco" e que acredita que ela está destruindo a nação judaica. Após o ataque, no entanto, líderes de partidos ultraortodoxos, condenaram a ação, assim como autoridades israelenses. "Pessoas celebrando sua liberdade e expressando sua identidade foram esfaqueadas de forma cruel. Não podemos nos enganar: a falta de tolerância vai nos levar a um desastre. Não podemos permitir crimes como esses, e precisamos condenar aqueles que os cometem e os apoiam", disse o presidente de Israel, Reuven Rivlin. O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu classificou o ataque como "um incidente dos mais sérios". Apesar da hostilidade dos ultraortodoxos, Israel é visto como um país com políticas mais liberais sobre gays.
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Jovem de 16 anos esfaqueada durante Parada Gay de Jerusalém morreUma jovem de 16 anos que foi esfaqueada durante a Parada do Orgulho Gay de Jerusalém morreu neste domingo (2) em consequência dos ferimentos, informou o hospital onde ela estava internada. O ataque foi cometido por um judeu ultraortodoxo, que feriu outras cinco pessoas no evento, realizado na quinta-feira (30). Shira Banki não resistiu aos ferimentos, informou Hadar Elboim, porta-voz do Hospital Hadassah. Yishai Schlissel, que foi preso no local, acabara de ser libertado após cumprir pena por um crime semelhante em 2005 -quando também feriu, a facadas, três pessoas que participavam da parada gay anual. Segundo testemunhas, os cerca de 5.000 participantes da marcha seguiam por uma avenida quando Schlissel, que estava escondido em um supermercado, saltou em direção à multidão e apunhalou seis pessoas. Segundo a Associated Press, a marcha seguiu após os feridos serem retirados, mas com um clima mais "sombrio". A imprensa local disse que milhares de moradores que não estavam inicialmente na parada se juntaram à multidão em solidariedade. TENSÃO A parada de Jerusalém, onde a população religiosa é mais proeminente do que em outras partes de Israel, é bem menor e mais restrita que a marcha anual em Tel Aviv, que reuniu cerca de 100 mil pessoas no mês passado. Este tipo de evento sempre foi um foco de tensão entre a maioria secular do país e a minoria ultraortodoxa. Antes da parada, nesta quinta, um representante do grupo de extrema-direita Lehava disse ao jornal "The Jerusalem Post" que sua organização considera a homossexualidade tão grave como "roubar um banco" e que acredita que ela está destruindo a nação judaica. Após o ataque, no entanto, líderes de partidos ultraortodoxos, condenaram a ação, assim como autoridades israelenses. "Pessoas celebrando sua liberdade e expressando sua identidade foram esfaqueadas de forma cruel. Não podemos nos enganar: a falta de tolerância vai nos levar a um desastre. Não podemos permitir crimes como esses, e precisamos condenar aqueles que os cometem e os apoiam", disse o presidente de Israel, Reuven Rivlin. O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu classificou o ataque como "um incidente dos mais sérios". Apesar da hostilidade dos ultraortodoxos, Israel é visto como um país com políticas mais liberais sobre gays.
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STF mantém aval para aula de religião vinculada a crença em escola pública
Por seis votos a cinco, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta-feira (27) que os professores de escolas públicas podem pregar suas crenças na sala de aula. Os ministros da corte analisaram um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República). Para a Procuradoria, o ensino religioso em escolas públicas só pode ser de "natureza não-confessional". Ou seja, sem vinculação a uma religião específica, com proibição de admissão de professores na qualidade de representantes das confissões religiosas. A ação foi impetrada pela Procuradoria para discutir dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação sobre ensino religioso nas escolas públicas. O objetivo era mudar a legislação atual. O artigo 210 da Constituição determina que "o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental". O relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, concordou com a PGR, mas foi voto vencido. Ele foi seguido por Rosa Weber, Luiz Fux, Marco Aurélio e Celso de Mello. Para Barroso, a interpretação que deveria ser dada ao texto é que "o ensino religioso ministrado em escolas públicas deve ser de matrícula efetivamente facultativa e ter caráter não confessional, vedada a admissão de professores na qualidade de representantes das religiões para ministrá-lo". A maioria dos magistrados, no entanto, seguiu a posição do ministro Alexandre de Moares. Para eles, o ensino pode ser "confessional" (com a vinculação de uma religião específica). Os 11 ministros do STF concordaram que a Constituição deixa claro que o ensino religioso deve ser facultativo, não obrigatório. Moraes foi seguido por Edson Fachin, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Para ele, a Constituição é clara ao determinar que o ensino religioso é opcional, e a regulamentação do assunto deve ser feita pelo Ministério da Educação. Com o placar empatado, coube à presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, o voto de minerva. Ela defendeu a "pluralidade de crenças" e disse que essa premissa está contemplada na Constituição. "Pode-se ter conteúdo confessional em matérias não obrigatórias nas escolas", afirmou. Ela enfatizou que o ensino religioso em escola pública é facultativo, não obrigatório. "Não vejo contrariedade que pudesse me levar a considerar inconstitucional a norma atacada." O ministro Dias Toffoli também destacou que o ensino é facultativo. Para Lewandowski, não há incompatibilidade entre democracia e religião. De acordo com Gilmar Mendes, desde 1934 as constituições brasileiras invocam Deus sem que isso viole o princípio da laicidade do Estado. ENSINO RELIGIOSO NO BRASIL - Respostas de diretores a questionário da Prova Brasil 2015, em %* HUMANISMO Marco Aurélio, por outro lado, defendeu que o ensino religioso nas escolas fique restrito às instituições particulares. "É tempo de atentar para o lugar da religião na sociedade brasileira. Esta, embora aspecto relevante da comunidade, digno de tutela na Constituição Federal, desenvolve-se no seio privado, no lar, na intimidade, nas escolas particulares. Nas públicas, espaço promovido pelo Estado para convívio democrático das diversas visões de mundo, deve prevalecer a ampla liberdade de pensamento, sem o direcionamento estatal a qualquer credo." Barroso disse ainda que está cada vez mais difundido o "humanismo espiritualizado", que não segue uma religião específica, cujo conteúdo essencial consiste em "não fazer aos outros o que não gostaria que lhe fizessem". De acordo com o ministro, o ensino público deve ter um "modelo não confessional como único capaz de assegurar o princípio da laicidade" do Estado brasileiro, com base em três pilares: separação formal entre Estado e igrejas; neutralidade estatal em matéria religiosa; e garantia da liberdade religiosa. Para Fux, "a educação pública religiosa universalista 'não confessional' é a única apta a promover gerações tolerantes que possam viver em harmonia com diferentes crenças numa sociedade plural, ética e religiosa".
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STF mantém aval para aula de religião vinculada a crença em escola públicaPor seis votos a cinco, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta-feira (27) que os professores de escolas públicas podem pregar suas crenças na sala de aula. Os ministros da corte analisaram um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República). Para a Procuradoria, o ensino religioso em escolas públicas só pode ser de "natureza não-confessional". Ou seja, sem vinculação a uma religião específica, com proibição de admissão de professores na qualidade de representantes das confissões religiosas. A ação foi impetrada pela Procuradoria para discutir dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação sobre ensino religioso nas escolas públicas. O objetivo era mudar a legislação atual. O artigo 210 da Constituição determina que "o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental". O relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, concordou com a PGR, mas foi voto vencido. Ele foi seguido por Rosa Weber, Luiz Fux, Marco Aurélio e Celso de Mello. Para Barroso, a interpretação que deveria ser dada ao texto é que "o ensino religioso ministrado em escolas públicas deve ser de matrícula efetivamente facultativa e ter caráter não confessional, vedada a admissão de professores na qualidade de representantes das religiões para ministrá-lo". A maioria dos magistrados, no entanto, seguiu a posição do ministro Alexandre de Moares. Para eles, o ensino pode ser "confessional" (com a vinculação de uma religião específica). Os 11 ministros do STF concordaram que a Constituição deixa claro que o ensino religioso deve ser facultativo, não obrigatório. Moraes foi seguido por Edson Fachin, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Para ele, a Constituição é clara ao determinar que o ensino religioso é opcional, e a regulamentação do assunto deve ser feita pelo Ministério da Educação. Com o placar empatado, coube à presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, o voto de minerva. Ela defendeu a "pluralidade de crenças" e disse que essa premissa está contemplada na Constituição. "Pode-se ter conteúdo confessional em matérias não obrigatórias nas escolas", afirmou. Ela enfatizou que o ensino religioso em escola pública é facultativo, não obrigatório. "Não vejo contrariedade que pudesse me levar a considerar inconstitucional a norma atacada." O ministro Dias Toffoli também destacou que o ensino é facultativo. Para Lewandowski, não há incompatibilidade entre democracia e religião. De acordo com Gilmar Mendes, desde 1934 as constituições brasileiras invocam Deus sem que isso viole o princípio da laicidade do Estado. ENSINO RELIGIOSO NO BRASIL - Respostas de diretores a questionário da Prova Brasil 2015, em %* HUMANISMO Marco Aurélio, por outro lado, defendeu que o ensino religioso nas escolas fique restrito às instituições particulares. "É tempo de atentar para o lugar da religião na sociedade brasileira. Esta, embora aspecto relevante da comunidade, digno de tutela na Constituição Federal, desenvolve-se no seio privado, no lar, na intimidade, nas escolas particulares. Nas públicas, espaço promovido pelo Estado para convívio democrático das diversas visões de mundo, deve prevalecer a ampla liberdade de pensamento, sem o direcionamento estatal a qualquer credo." Barroso disse ainda que está cada vez mais difundido o "humanismo espiritualizado", que não segue uma religião específica, cujo conteúdo essencial consiste em "não fazer aos outros o que não gostaria que lhe fizessem". De acordo com o ministro, o ensino público deve ter um "modelo não confessional como único capaz de assegurar o princípio da laicidade" do Estado brasileiro, com base em três pilares: separação formal entre Estado e igrejas; neutralidade estatal em matéria religiosa; e garantia da liberdade religiosa. Para Fux, "a educação pública religiosa universalista 'não confessional' é a única apta a promover gerações tolerantes que possam viver em harmonia com diferentes crenças numa sociedade plural, ética e religiosa".
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Sem acordo, motoristas de ônibus retomam greve em Sorocaba, SP
Os motoristas de cobradores de ônibus de Sorocaba (99 km de São Paulo) retomaram a greve nesta quinta-feira (6). A paralisação dos trabalhadores das empresas STU e Consor começou no dia 22 de junho e foi suspensa duas vezes pela categoria. A greve pode durar até o julgamento do dissídio coletivo pela Justiça, marcado para o dia 9 de agosto, de acordo com o sindicato. Desta vez, a categoria informou que não terá interrupção da paralisação aos finais de semana. Segundo o sindicato, 70% da frota de ônibus de cada empresa continuará a circular nos horários de pico e 50% nos demais horários. O transporte especial funciona normalmente. O sindicato dos trabalhadores e as empresas de transporte coletivo não entraram em acordo na quinta tentativa de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho, nesta quarta (6). Com o impasse, a Justiça concedeu tutela de urgência que antecipa alguns benefícios à categoria, como 4% de reajuste salarial a partir de maio e R$ 1 a mais no vale-refeição a partir de novembro. A Urbes (Trânsito e Transporte) informou que "tomará todas as medidas cabíveis" caso a categoria descumpra a ordem judicial.
cotidiano
Sem acordo, motoristas de ônibus retomam greve em Sorocaba, SPOs motoristas de cobradores de ônibus de Sorocaba (99 km de São Paulo) retomaram a greve nesta quinta-feira (6). A paralisação dos trabalhadores das empresas STU e Consor começou no dia 22 de junho e foi suspensa duas vezes pela categoria. A greve pode durar até o julgamento do dissídio coletivo pela Justiça, marcado para o dia 9 de agosto, de acordo com o sindicato. Desta vez, a categoria informou que não terá interrupção da paralisação aos finais de semana. Segundo o sindicato, 70% da frota de ônibus de cada empresa continuará a circular nos horários de pico e 50% nos demais horários. O transporte especial funciona normalmente. O sindicato dos trabalhadores e as empresas de transporte coletivo não entraram em acordo na quinta tentativa de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho, nesta quarta (6). Com o impasse, a Justiça concedeu tutela de urgência que antecipa alguns benefícios à categoria, como 4% de reajuste salarial a partir de maio e R$ 1 a mais no vale-refeição a partir de novembro. A Urbes (Trânsito e Transporte) informou que "tomará todas as medidas cabíveis" caso a categoria descumpra a ordem judicial.
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'Janot perdeu o senso', diz Jucá sobre segunda denúncia contra Temer
Líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) criticou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta quinta-feira (14), quando ele deve apresentar a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Jucá, que foi chamado ao Palácio do Planalto no início desta tarde, disse que Janot está desacreditado e ironizou a expectativa de que a denúncia por organização criminosa e obstrução de Justiça tenha como base delação do corretor de valores Lúcio Funaro. "O procurador está tão desacreditado.... Ele agora se juntou com o Funaro, a próxima companhia inseparável dele. Talvez vá convidar o Funaro para tomar cerveja lá naquela distribuidora", disse Jucá, em alusão ao encontro entre Janot e o advogado Pierpaolo Bottini, defensor dos irmãos Batista, da JBS. Jucá, que já havia se referido a Janot como "líder de facção", disse nesta quinta que ele pode fazer "qualquer tipo de estripulia", pois fica no cargo somente até domingo (17). FACTOIDES "Acho que o procurador perdeu o senso. Como ele só tem dois dias, pode fazer qualquer tipo de estripulia. Mas acho que a sociedade vai saber julgar o modus operandi. Mais do que isso, a tentativa de criar factoides e, mais que criar factoides, de apagar provas que podem levar a uma investigação mais séria sobre isso", disse Romero Jucá. Como a Folha mostrou, Janot concluiu na quarta-feira (13) a nova denúncia contra Temer. A Folha apurou que o peemedebista será acusado dos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. A peça tem de mais de 200 páginas e a previsão é que seja apresentada até o fim da tarde desta quinta-feira ao STF (Supremo Tribunal Federal). Além do presidente, Janot citará a cúpula do PMDB da Câmara, alvo do relatório da Polícia Federal entregue ao Supremo na segunda (12). Nem todos serão acusados sob a suspeita de mais de um crime.
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'Janot perdeu o senso', diz Jucá sobre segunda denúncia contra TemerLíder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) criticou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta quinta-feira (14), quando ele deve apresentar a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Jucá, que foi chamado ao Palácio do Planalto no início desta tarde, disse que Janot está desacreditado e ironizou a expectativa de que a denúncia por organização criminosa e obstrução de Justiça tenha como base delação do corretor de valores Lúcio Funaro. "O procurador está tão desacreditado.... Ele agora se juntou com o Funaro, a próxima companhia inseparável dele. Talvez vá convidar o Funaro para tomar cerveja lá naquela distribuidora", disse Jucá, em alusão ao encontro entre Janot e o advogado Pierpaolo Bottini, defensor dos irmãos Batista, da JBS. Jucá, que já havia se referido a Janot como "líder de facção", disse nesta quinta que ele pode fazer "qualquer tipo de estripulia", pois fica no cargo somente até domingo (17). FACTOIDES "Acho que o procurador perdeu o senso. Como ele só tem dois dias, pode fazer qualquer tipo de estripulia. Mas acho que a sociedade vai saber julgar o modus operandi. Mais do que isso, a tentativa de criar factoides e, mais que criar factoides, de apagar provas que podem levar a uma investigação mais séria sobre isso", disse Romero Jucá. Como a Folha mostrou, Janot concluiu na quarta-feira (13) a nova denúncia contra Temer. A Folha apurou que o peemedebista será acusado dos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. A peça tem de mais de 200 páginas e a previsão é que seja apresentada até o fim da tarde desta quinta-feira ao STF (Supremo Tribunal Federal). Além do presidente, Janot citará a cúpula do PMDB da Câmara, alvo do relatório da Polícia Federal entregue ao Supremo na segunda (12). Nem todos serão acusados sob a suspeita de mais de um crime.
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PF diz que não alertou Ministério da Justiça sobre nova fase da Lava Jato
A Polícia Federal divulgou uma nota nesta segunda (26) para esclarecer a afirmação do ministro da Justiça Alexandre de Moraes, que no domingo (25) sinalizou que haveria uma nova fase da Lava Jato ao longo desta semana. "Como já foi amplamente demonstrado em ocasiões anteriores, o Ministério da Justiça não é avisado com antecedência sobre operações especiais. No entanto, é sugerido ao seu titular que não se ausente de Brasília nos casos que possam demandar sua atuação, não sendo informado a ele os detalhes da operação", diz a nota, que também foi lida pelo superintendente da PF do Paraná e coordenador da Lava Jato Igor Romário antes de iniciar a coletiva de imprensa sobre a 35ª fase da operação, intitulada Omertà. "Somente as pessoas diretamente responsáveis pela investigação possuem conhecimento de seu conteúdo", diz a nota. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, sinalizou no domingo, em Ribeirão Preto (SP), durante evento de campanha do deputado federal Duarte Nogueira (PSDB), candidato a prefeito no município, que uma nova fase da Lava Jato seria deflagrada nesta semana. Em conversa com o Movimento Brasil Limpo sobre o futuro da investigação, o ministro afirmou que a Lava Jato prosseguiria. "Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim".
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PF diz que não alertou Ministério da Justiça sobre nova fase da Lava JatoA Polícia Federal divulgou uma nota nesta segunda (26) para esclarecer a afirmação do ministro da Justiça Alexandre de Moraes, que no domingo (25) sinalizou que haveria uma nova fase da Lava Jato ao longo desta semana. "Como já foi amplamente demonstrado em ocasiões anteriores, o Ministério da Justiça não é avisado com antecedência sobre operações especiais. No entanto, é sugerido ao seu titular que não se ausente de Brasília nos casos que possam demandar sua atuação, não sendo informado a ele os detalhes da operação", diz a nota, que também foi lida pelo superintendente da PF do Paraná e coordenador da Lava Jato Igor Romário antes de iniciar a coletiva de imprensa sobre a 35ª fase da operação, intitulada Omertà. "Somente as pessoas diretamente responsáveis pela investigação possuem conhecimento de seu conteúdo", diz a nota. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, sinalizou no domingo, em Ribeirão Preto (SP), durante evento de campanha do deputado federal Duarte Nogueira (PSDB), candidato a prefeito no município, que uma nova fase da Lava Jato seria deflagrada nesta semana. Em conversa com o Movimento Brasil Limpo sobre o futuro da investigação, o ministro afirmou que a Lava Jato prosseguiria. "Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim".
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'Só trafico drogas', diz Perrella em tom de piada em gravação com Aécio
Em uma escuta flagrada pela Polícia Federal, o senador Zezé Perrella (PMDB-MG) fez piada do episódio de uma operação que apreendeu 445 kg de cocaína em seu helicóptero, em 2013. A ligação grampeada foi com Aécio Neves (PSDB-MG), que telefonou para dar uma bronca por uma entrevista que o colega acabara de dar em Belo Horizonte. Pelo que é possível compreender, Perrella falara na rádio sobre o fato de não ter seu nome na lista de políticos que tiveram inquéritos abertos no Supremo por causa da delação da Odebrecht –Aécio é alvo de cinco investigações por causa das revelações da empreiteira. "Você jogou todo mundo na lama", disse o tucano. "Numa hora dessa, tem de ter solidariedade", afirmou. Aécio esperava que Perrella defendesse as pessoas do mesmo campo político. "É hora de separar o joio do trigo", para não ser confundido com a "roubalheira que fizeram no país", disse, se referindo ao PT. "Eu vou dar uma entrevista nesse sentido. Eu posso ter sido infeliz [na entrevista], mas é que eu sou muito agredido até hoje por causa do negócio do helicóptero, sabe Aécio? Eu não faço nada de errado, eu só trafico drogas", disse, provocando risadas em Aécio, a quem chamou de "grande chefe". Pai e filho [Gustavo Perrella, secretário de Futebol do Ministério do Esporte no governo de Michel Temer], os Perrella foram alvo de uma operação da Polícia Federal em 2013, que flagrou e apreendeu 445 kg de cocaína em helicóptero pertencente ao então deputado. Não foram achados indícios de autoria dos dois no caso e, por isso, eles não responderam judicialmente. Em nota, a assessoria de imprensa do senador Perrella afirmou que a íntegra do áudio explica o contexto da afirmação. "Durante o diálogo, o senador Zeze Perrella cita o episódio do helicóptero referindo-se ao fato de que, mesmo após ter sido comprovada sua inocência, lamentavelmente, a imprensa ainda insiste em associar o seu nome ao caso". "Seu incômodo está explícito no áudio, antes mesmo do momento em questão. Fica óbvia, inclusive pela reação do interlocutor, a ironia expressa pelo Senador Zeze Perrela em relação à forma criminosa e caluniosa que abordam o assunto". Já Aécio afirmou que as conversas "não têm qualquer relação com a investigação em curso". "As campanhas do senador Aécio Neves, do senador Antonio Anastasia e do presidente Itamar Franco ao Senado, de quem o senador Zezé Perrella era suplente, foram feitas em absoluto respeito a legislação vigente", disse, em nota.
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'Só trafico drogas', diz Perrella em tom de piada em gravação com AécioEm uma escuta flagrada pela Polícia Federal, o senador Zezé Perrella (PMDB-MG) fez piada do episódio de uma operação que apreendeu 445 kg de cocaína em seu helicóptero, em 2013. A ligação grampeada foi com Aécio Neves (PSDB-MG), que telefonou para dar uma bronca por uma entrevista que o colega acabara de dar em Belo Horizonte. Pelo que é possível compreender, Perrella falara na rádio sobre o fato de não ter seu nome na lista de políticos que tiveram inquéritos abertos no Supremo por causa da delação da Odebrecht –Aécio é alvo de cinco investigações por causa das revelações da empreiteira. "Você jogou todo mundo na lama", disse o tucano. "Numa hora dessa, tem de ter solidariedade", afirmou. Aécio esperava que Perrella defendesse as pessoas do mesmo campo político. "É hora de separar o joio do trigo", para não ser confundido com a "roubalheira que fizeram no país", disse, se referindo ao PT. "Eu vou dar uma entrevista nesse sentido. Eu posso ter sido infeliz [na entrevista], mas é que eu sou muito agredido até hoje por causa do negócio do helicóptero, sabe Aécio? Eu não faço nada de errado, eu só trafico drogas", disse, provocando risadas em Aécio, a quem chamou de "grande chefe". Pai e filho [Gustavo Perrella, secretário de Futebol do Ministério do Esporte no governo de Michel Temer], os Perrella foram alvo de uma operação da Polícia Federal em 2013, que flagrou e apreendeu 445 kg de cocaína em helicóptero pertencente ao então deputado. Não foram achados indícios de autoria dos dois no caso e, por isso, eles não responderam judicialmente. Em nota, a assessoria de imprensa do senador Perrella afirmou que a íntegra do áudio explica o contexto da afirmação. "Durante o diálogo, o senador Zeze Perrella cita o episódio do helicóptero referindo-se ao fato de que, mesmo após ter sido comprovada sua inocência, lamentavelmente, a imprensa ainda insiste em associar o seu nome ao caso". "Seu incômodo está explícito no áudio, antes mesmo do momento em questão. Fica óbvia, inclusive pela reação do interlocutor, a ironia expressa pelo Senador Zeze Perrela em relação à forma criminosa e caluniosa que abordam o assunto". Já Aécio afirmou que as conversas "não têm qualquer relação com a investigação em curso". "As campanhas do senador Aécio Neves, do senador Antonio Anastasia e do presidente Itamar Franco ao Senado, de quem o senador Zezé Perrella era suplente, foram feitas em absoluto respeito a legislação vigente", disse, em nota.
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Ex-prefeito de Londres vence concurso de sátiras sobre presidente turco
O ex-prefeito de Londres e deputado conservador britânico Boris Johnson venceu nesta quinta-feira (19) um concurso de poesia satírica sobre o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, em solidariedade a um humorista alemão processado. Johnson, líder da campanha para tirar o Reino Unido da União Europeia e encarado como um possível sucessor de David Cameron, venceu a competição com um poema sobre "um jovem de Ancara (...) que semeou sua aveia selvagem, com a ajuda de uma cabra, mas ele nem mesmo parou para agradecê-la", diz o poema. A criação de Johnson faz referência a uma poesia criada pelo humorista alemão Jan Bohmermann, que apresentava o islamista Erdogan como um zoófilo, que mantinha relações sexuais com cabras e ovelhas, e que por isso pode ser preso. A revista Spectator foi quem convocou a competição, que concede um prêmio de mil libras (cerca de R$ 6 mil). "Se alguém quiser fazer uma brincadeira sobre o amor que floresce entre o presidente turco e uma cabra, deveria poder fazê-la, em qualquer país europeu, incluindo a Turquia", disse Johnson à revista suíça Die Weltwoche. ESCÂNDALO O político chamou de "escândalo" o caso do humorista alemão, que pode acabar sentado no banco dos réus por uma lei alemã aplicada raras vezes que pune com três anos de prisão os que insultam dignitários de países estrangeiros. Em abril, a chanceler alemã, Angela Merkel,autorizou uma ação penal impetrada pela Turquia contra o comediante, que leu na TV seu duro poema satírico sobre o presidente turco. O caso envenenou as relações entre a Alemanha e a Turquia, parceira estratégica da Europa na atual crise migratória. O processo se basearia no delito previsto no artigo 103 do código penal, que castiga os insultos com penas de até três anos. Este artigo só pode ser aplicado com a aprovação do governo federal alemão. Ao mesmo tempo, Merkel anunciou a sua intenção de suprimir a lei em questão com uma reforma legislativa que entrará em vigor em 2018. LIBERDADE DE EXPRESSÃO Já prevendo possíveis críticas, a chanceler ressaltou que a autorização para recorrer ao artigo 103 não significava que o humorista é culpado, nem que ultrapassou os limites legais da liberdade de expressão. "Em um Estado de direito, a justiça é independente (...) está em vigor a presunção de inocência", assegurou. "Autorizar um procedimento penal por este delito em particular (...) não é uma condenação a priori das pessoas envolvidas nem uma decisão sobre as liberdades na arte, imprensa e opinião", afirmou, insistindo que "os tribunais terão a última palavra". O próprio comediante explicou no ar que estava ciente de que sua sátira ia além dos limites da liberdade de expressão legais na Alemanha. Seu objetivo, disse, era demonstrar por meio do absurdo até que ponto o governo turco estava errado ao criticá-lo por um outro texto, uma canção transmitida duas semanas antes, em que criticava a deriva autoritária na Turquia.
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Ex-prefeito de Londres vence concurso de sátiras sobre presidente turcoO ex-prefeito de Londres e deputado conservador britânico Boris Johnson venceu nesta quinta-feira (19) um concurso de poesia satírica sobre o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, em solidariedade a um humorista alemão processado. Johnson, líder da campanha para tirar o Reino Unido da União Europeia e encarado como um possível sucessor de David Cameron, venceu a competição com um poema sobre "um jovem de Ancara (...) que semeou sua aveia selvagem, com a ajuda de uma cabra, mas ele nem mesmo parou para agradecê-la", diz o poema. A criação de Johnson faz referência a uma poesia criada pelo humorista alemão Jan Bohmermann, que apresentava o islamista Erdogan como um zoófilo, que mantinha relações sexuais com cabras e ovelhas, e que por isso pode ser preso. A revista Spectator foi quem convocou a competição, que concede um prêmio de mil libras (cerca de R$ 6 mil). "Se alguém quiser fazer uma brincadeira sobre o amor que floresce entre o presidente turco e uma cabra, deveria poder fazê-la, em qualquer país europeu, incluindo a Turquia", disse Johnson à revista suíça Die Weltwoche. ESCÂNDALO O político chamou de "escândalo" o caso do humorista alemão, que pode acabar sentado no banco dos réus por uma lei alemã aplicada raras vezes que pune com três anos de prisão os que insultam dignitários de países estrangeiros. Em abril, a chanceler alemã, Angela Merkel,autorizou uma ação penal impetrada pela Turquia contra o comediante, que leu na TV seu duro poema satírico sobre o presidente turco. O caso envenenou as relações entre a Alemanha e a Turquia, parceira estratégica da Europa na atual crise migratória. O processo se basearia no delito previsto no artigo 103 do código penal, que castiga os insultos com penas de até três anos. Este artigo só pode ser aplicado com a aprovação do governo federal alemão. Ao mesmo tempo, Merkel anunciou a sua intenção de suprimir a lei em questão com uma reforma legislativa que entrará em vigor em 2018. LIBERDADE DE EXPRESSÃO Já prevendo possíveis críticas, a chanceler ressaltou que a autorização para recorrer ao artigo 103 não significava que o humorista é culpado, nem que ultrapassou os limites legais da liberdade de expressão. "Em um Estado de direito, a justiça é independente (...) está em vigor a presunção de inocência", assegurou. "Autorizar um procedimento penal por este delito em particular (...) não é uma condenação a priori das pessoas envolvidas nem uma decisão sobre as liberdades na arte, imprensa e opinião", afirmou, insistindo que "os tribunais terão a última palavra". O próprio comediante explicou no ar que estava ciente de que sua sátira ia além dos limites da liberdade de expressão legais na Alemanha. Seu objetivo, disse, era demonstrar por meio do absurdo até que ponto o governo turco estava errado ao criticá-lo por um outro texto, uma canção transmitida duas semanas antes, em que criticava a deriva autoritária na Turquia.
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Com salário maior, estrangeiros se naturalizam brasileiros com ajuda do COB
MARCEL MERGUIZO PAULO ROBERTO CONDE TIAGO RIBAS Na última terça (17), quando a Federação Internacional de Natação emitiu certidão que permite atuar pela seleção brasileira e disputar a Olimpíada, Slobodan Soro, 37, tornou-se a "cereja do bolo" de uma política de naturalizações promovida por confederações brasileiras de olho nos Jogos do Rio. Ao menos 14 atletas naturalizados ou com dupla cidadania estão listados pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) para os Jogos ou têm grande chance de classificação. O número deve aumentar. Em 2012, o país teve só dois naturalizados naquele ciclo: Larry Taylor (basquete) e Lin Gui (tênis de mesa). Na maioria das vezes, as motivações para a vinda dos gringos envolvem boa oportunidade financeira ou a chance de competir nos Jogos (em seu país de origem, o atleta poderia ter mais dificuldade para obter a vaga). Campeão mundial de polo aquático pela Sérvia em 2009, Soro foi seduzido por proposta da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), que lhe ofereceu salário e a promessa de um time competitivo nos Jogos. Há atletas que também optaram pela naturalização em esportes como esgrima, lutas associadas, remo e rúgbi. Trata-se de atalho para que modalidades pouco desenvolvidas no país tenham alguma chance de medalha. O COB não possui programas para naturalização, mas lembra que as confederações têm autonomia. "Se identificam que uma naturalização será positiva e pedem algum tipo de auxílio, o COB busca apoiar este projeto", disse, em nota. POLO AQUÁTICO Nem bem os Jogos de Londres-2012 chegaram ao fim e dirigentes da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) tinham na alça de mira reforçar a seleção masculina de polo aquático. Um dos primeiros procurados foi o goleiro sérvio Slobodan Soro, cuja liberação definitiva ocorreu na terça (17). O agora brasileiro, que fala português, fará sua estreia na final da Liga Mundial, no próximo mês, na China. Ele será o principal nome de um time que tem o croata Josip Vrlic, o cubano Yves Gonzáles, o espanhol Adrià Delgado e o italiano Paulo Salemi. Felipe Perrone, nascido no Brasil, defendeu a Espanha, mas voltou a atuar pelo país após acordo com a CBDA. A equipe conquistou a prata no Pan de Toronto e o bronze na Liga Mundial de 2015. Além do salário dos clubes e dinheiro ganho com patrocínios pessoais, Perrone, Soro e Vrlic recebem R$ 20 mil por mês da CBDA, pagos com o patrocínio dos Correios, por atuarem para a seleção. Os demais naturalizados ganham ajuda de custo menor. "Os estrangeiros não caíram de paraquedas, já tinham algum contato com o Brasil", diz Ricardo Cabral, coordenador da seleção. "Em momento algum foi apenas por dinheiro. Eles não são mercenários do esporte", completou. Vrlic e Soro jogaram por equipes do país. CORAÇÃO BRASILEIRO Outros motivos, além do dinheiro, fazem atletas estrangeiros disputarem medalhas pelo Brasil. Afinidade com o país e uma paixão podem levar um atleta mudar de nacionalidade. Foi o caso do armênio Eduard Soghomonyan, 26, provável representante da luta greco-romana brasileira nos Jogos do Rio. O primeiro contato dele com o Brasil ocorreu nos Jogos Pan-Armênios de 2011, quando recepcionou a delegação brasileira no seu país. Um ano depois, retribuiu a visita. Em São Paulo, conheceu uma brasileira, se apaixonou e resolveu ficar. "Com o casamento, consegui visto permanente e passaporte esportivo [para disputar competições pelo país]. Aí, comecei a ver a possibilidade de representar o Brasil no Rio", diz Soghomonyan, 11º do ranking mundial. Ele recebeu ajuda da CBLA (Confederação Brasileira de Lutas Associadas) para dar início ao processo de naturalização e aguarda assinatura do Ministério da Justiça. A expectativa é que a documentação fique pronta em dez dias. DEMORA Carlos Mirabal, 33, viveu expectativa parecida. Em 2006, desertou de Cuba, onde já havia defendido seleções de base no handebol e desde 2007 vive no Brasil. No fim de 2014, foi convocado para a seleção brasileira, mas foi cortado do Mundial de 2015, pois seu processo de naturalização não fora concluído em janeiro —o documento saiu em abril. Assim, Mirabal volta a ter esperança de jogar a Olimpíada. Casado com a brasileira Brisa Alves desde 2014 e pai de gêmeas, o cubano só precisa de autorização da Federação Internacional de Handebol para defender a seleção brasileira, se chamado. POLÊMICA Se o caso do cubano, como outros, demorou anos, o da húngara Emese Takács, 38, foi resolvido em meses. Mas a esgrimista convocada para defender o Brasil nos Jogos do Rio teve sua naturalização suspensa na última quarta (11) por suspeita de fraude. A AGU (Advocacia Geral da União), ré no processo, apresentou recurso no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no Paraná, na terça (17) e contestação na sexta (20). "Ela está está muito mal. Só espero que ela tenha tempo para se explicar", afirma o técnico da húngara, Evandro Oliveira. "ESTRANGEIROS" NA RIO-2016 Atletas naturalizados ou repatriados que podem defender o Brasil na Rio-2016 LUTA GRECO ROMANA EDUARD SOGHOMONYAN (ARMÊNIA) Modalidade: até 130 kg / Nascimento: 19.fev.1990 Ligação com o Brasil: Veio para o Brasil em 2012, casou com uma brasileira e, após ter sucesso em competições nacionais, optou pela naturalização; Principais resultados: - Prata no Pan-Americano de Frisco-2015 - 14º no Mundial de Las Vegas-2015 ESGRIMA ATHALIE MOELLHAUSEN (ITÁLIA) Modalidade: espada/ Nascimento: 1º.dez.1985 Ligação com o Brasil: Filha de brasileira, chegou a disputar os Jogos de Londres-2012 pela Itália. Começou a competir pelo Brasil em 2014; Principais resultados: - Bronze individual e por equipes no Pan de Toronto-2015 - Bronze individual no Mundial de Paris-2010 - Ouro por equipes no Mundial de Antália-2009 GHISLAIN PERRIER (FRANÇA) Modalidade: florete / Nascimento: 17.mai.1987 Ligação com o Brasil: Nascido em Fortaleza, foi adotado por um casal de franceses ainda bebê. Começou a carreira na França e passou a defender o Brasil em 2014 Principais resultados: - Prata por equipes e bronze individual no Pan de Toronto-2015 MARTA BAEZA CENTURION (ESPANHA) Modalidade: sabre / Nascimento: 2.mar.1992 Ligação com o Brasil: Nasceu no país, mas começou a praticar o esporte e disputar campeonatos de base pela Espanha Principal resultado: - 84ª do ranking mundial EMESE TAKACS (HUNGRIA) Modalidade: espada / Nascimento: 28.abr.1978 (38 anos), em Budapeste (HUN) Ligação com o Brasil: Se casou com brasileiro e conseguiu a cidadania em abril de 2015. A união e sua naturalização são contestadas na Justiça Principal resultado: - Bronze por equipes no Europeu de Bolzano-1999 - 26ª do ranking mundial em 2009 POLO AQUÁTICO SLOBODAN SORO (SÉRVIA) Nascimento: 23.dez.1978 Ligação com o Brasil: Foi contratado pela CBDA para integrar a seleção brasileira. Se naturalizou para os Jogos do Rio Principais resultados: - Bronze nos Jogos de Londres-2012 - Prata no Mundial de Xangai-2011 - Ouro no Mundial de Roma-2009 - Bronze nos Jogos de Pequim-2008 JOSIP VRLIC (CROÁCIA) Nascimento: 25.abr.1986 Ligação com o Brasil: Joga no Brasil desde 2013, quando decidiu se naturalizar após conversas com a CBDA Principais resultados - Bronze na Liga Mundial 2015 - Prata no Pan de Toronto-2015 FELIPE PERRONE (ESPANHA) Nascimento: 27.fev.1986 Ligação com o Brasil: Nasceu no país, mas disputava competições pela seleção espanhola. Em 2014, foi repatriado pela CBDA visando os Jogos do Rio Principais resultados: - Prata no Mundial de Roma-2009 - Bronze no Mundial de Melbourne-2007 PAULO SALEMI (ITÁLIA) Nascimento: 8.ago.1993 Ligação com o Brasil: É filho de brasileira, mas nasceu na Itália. Chegou a disputar campeonatos de base pela Itália, mas decidiu se juntar ao time do Brasil antes do Pan de 2015 Principais resultados: - Bronze na Liga Mundial 2015 - Prata no Pan de Toronto-2015 IVES GONZÁLEZ ALONSO (CUBA) Nascimento: 12.out.1980 (36 anos), em Cienfuegos (CUB) Ligação com o Brasil: Há oito anos se casou com uma médica brasileira e, em 2014, decidiu se naturalizar para disputar o Pan de Toronto Principais resultados - Bronze na Liga Mundial 2015 - Prata no Pan de Toronto-2015 - Prata no Pan de Winnipeg-1999 ADRIÀ DELGADO BACHES (ESPANHA) Nascimento: 7.abr.1990 Ligação com o Brasil: Filho de brasileiro, nasceu e foi criado na Espanha. Em 2014, se juntou à seleção brasileira Principais resultados - Bronze na Liga Mundial 2015 - Prata no Pan de Toronto-2015 REMO XAVIER VELA (ESPANHA) Nascimento: 7.ago.1989 Ligação com o Brasil: Filho de casal brasileiro e espanhol, competia pela Espanha. Veio para o país em 2015 contratado pelo Vasco e optou por defender o Brasil Principal resultado: - Bronze no Europeu de 2013 - Bronze na etapa de Lucerna da Copa do Mundo de 2013
esporte
Com salário maior, estrangeiros se naturalizam brasileiros com ajuda do COB MARCEL MERGUIZO PAULO ROBERTO CONDE TIAGO RIBAS Na última terça (17), quando a Federação Internacional de Natação emitiu certidão que permite atuar pela seleção brasileira e disputar a Olimpíada, Slobodan Soro, 37, tornou-se a "cereja do bolo" de uma política de naturalizações promovida por confederações brasileiras de olho nos Jogos do Rio. Ao menos 14 atletas naturalizados ou com dupla cidadania estão listados pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) para os Jogos ou têm grande chance de classificação. O número deve aumentar. Em 2012, o país teve só dois naturalizados naquele ciclo: Larry Taylor (basquete) e Lin Gui (tênis de mesa). Na maioria das vezes, as motivações para a vinda dos gringos envolvem boa oportunidade financeira ou a chance de competir nos Jogos (em seu país de origem, o atleta poderia ter mais dificuldade para obter a vaga). Campeão mundial de polo aquático pela Sérvia em 2009, Soro foi seduzido por proposta da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), que lhe ofereceu salário e a promessa de um time competitivo nos Jogos. Há atletas que também optaram pela naturalização em esportes como esgrima, lutas associadas, remo e rúgbi. Trata-se de atalho para que modalidades pouco desenvolvidas no país tenham alguma chance de medalha. O COB não possui programas para naturalização, mas lembra que as confederações têm autonomia. "Se identificam que uma naturalização será positiva e pedem algum tipo de auxílio, o COB busca apoiar este projeto", disse, em nota. POLO AQUÁTICO Nem bem os Jogos de Londres-2012 chegaram ao fim e dirigentes da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) tinham na alça de mira reforçar a seleção masculina de polo aquático. Um dos primeiros procurados foi o goleiro sérvio Slobodan Soro, cuja liberação definitiva ocorreu na terça (17). O agora brasileiro, que fala português, fará sua estreia na final da Liga Mundial, no próximo mês, na China. Ele será o principal nome de um time que tem o croata Josip Vrlic, o cubano Yves Gonzáles, o espanhol Adrià Delgado e o italiano Paulo Salemi. Felipe Perrone, nascido no Brasil, defendeu a Espanha, mas voltou a atuar pelo país após acordo com a CBDA. A equipe conquistou a prata no Pan de Toronto e o bronze na Liga Mundial de 2015. Além do salário dos clubes e dinheiro ganho com patrocínios pessoais, Perrone, Soro e Vrlic recebem R$ 20 mil por mês da CBDA, pagos com o patrocínio dos Correios, por atuarem para a seleção. Os demais naturalizados ganham ajuda de custo menor. "Os estrangeiros não caíram de paraquedas, já tinham algum contato com o Brasil", diz Ricardo Cabral, coordenador da seleção. "Em momento algum foi apenas por dinheiro. Eles não são mercenários do esporte", completou. Vrlic e Soro jogaram por equipes do país. CORAÇÃO BRASILEIRO Outros motivos, além do dinheiro, fazem atletas estrangeiros disputarem medalhas pelo Brasil. Afinidade com o país e uma paixão podem levar um atleta mudar de nacionalidade. Foi o caso do armênio Eduard Soghomonyan, 26, provável representante da luta greco-romana brasileira nos Jogos do Rio. O primeiro contato dele com o Brasil ocorreu nos Jogos Pan-Armênios de 2011, quando recepcionou a delegação brasileira no seu país. Um ano depois, retribuiu a visita. Em São Paulo, conheceu uma brasileira, se apaixonou e resolveu ficar. "Com o casamento, consegui visto permanente e passaporte esportivo [para disputar competições pelo país]. Aí, comecei a ver a possibilidade de representar o Brasil no Rio", diz Soghomonyan, 11º do ranking mundial. Ele recebeu ajuda da CBLA (Confederação Brasileira de Lutas Associadas) para dar início ao processo de naturalização e aguarda assinatura do Ministério da Justiça. A expectativa é que a documentação fique pronta em dez dias. DEMORA Carlos Mirabal, 33, viveu expectativa parecida. Em 2006, desertou de Cuba, onde já havia defendido seleções de base no handebol e desde 2007 vive no Brasil. No fim de 2014, foi convocado para a seleção brasileira, mas foi cortado do Mundial de 2015, pois seu processo de naturalização não fora concluído em janeiro —o documento saiu em abril. Assim, Mirabal volta a ter esperança de jogar a Olimpíada. Casado com a brasileira Brisa Alves desde 2014 e pai de gêmeas, o cubano só precisa de autorização da Federação Internacional de Handebol para defender a seleção brasileira, se chamado. POLÊMICA Se o caso do cubano, como outros, demorou anos, o da húngara Emese Takács, 38, foi resolvido em meses. Mas a esgrimista convocada para defender o Brasil nos Jogos do Rio teve sua naturalização suspensa na última quarta (11) por suspeita de fraude. A AGU (Advocacia Geral da União), ré no processo, apresentou recurso no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no Paraná, na terça (17) e contestação na sexta (20). "Ela está está muito mal. Só espero que ela tenha tempo para se explicar", afirma o técnico da húngara, Evandro Oliveira. "ESTRANGEIROS" NA RIO-2016 Atletas naturalizados ou repatriados que podem defender o Brasil na Rio-2016 LUTA GRECO ROMANA EDUARD SOGHOMONYAN (ARMÊNIA) Modalidade: até 130 kg / Nascimento: 19.fev.1990 Ligação com o Brasil: Veio para o Brasil em 2012, casou com uma brasileira e, após ter sucesso em competições nacionais, optou pela naturalização; Principais resultados: - Prata no Pan-Americano de Frisco-2015 - 14º no Mundial de Las Vegas-2015 ESGRIMA ATHALIE MOELLHAUSEN (ITÁLIA) Modalidade: espada/ Nascimento: 1º.dez.1985 Ligação com o Brasil: Filha de brasileira, chegou a disputar os Jogos de Londres-2012 pela Itália. Começou a competir pelo Brasil em 2014; Principais resultados: - Bronze individual e por equipes no Pan de Toronto-2015 - Bronze individual no Mundial de Paris-2010 - Ouro por equipes no Mundial de Antália-2009 GHISLAIN PERRIER (FRANÇA) Modalidade: florete / Nascimento: 17.mai.1987 Ligação com o Brasil: Nascido em Fortaleza, foi adotado por um casal de franceses ainda bebê. Começou a carreira na França e passou a defender o Brasil em 2014 Principais resultados: - Prata por equipes e bronze individual no Pan de Toronto-2015 MARTA BAEZA CENTURION (ESPANHA) Modalidade: sabre / Nascimento: 2.mar.1992 Ligação com o Brasil: Nasceu no país, mas começou a praticar o esporte e disputar campeonatos de base pela Espanha Principal resultado: - 84ª do ranking mundial EMESE TAKACS (HUNGRIA) Modalidade: espada / Nascimento: 28.abr.1978 (38 anos), em Budapeste (HUN) Ligação com o Brasil: Se casou com brasileiro e conseguiu a cidadania em abril de 2015. A união e sua naturalização são contestadas na Justiça Principal resultado: - Bronze por equipes no Europeu de Bolzano-1999 - 26ª do ranking mundial em 2009 POLO AQUÁTICO SLOBODAN SORO (SÉRVIA) Nascimento: 23.dez.1978 Ligação com o Brasil: Foi contratado pela CBDA para integrar a seleção brasileira. Se naturalizou para os Jogos do Rio Principais resultados: - Bronze nos Jogos de Londres-2012 - Prata no Mundial de Xangai-2011 - Ouro no Mundial de Roma-2009 - Bronze nos Jogos de Pequim-2008 JOSIP VRLIC (CROÁCIA) Nascimento: 25.abr.1986 Ligação com o Brasil: Joga no Brasil desde 2013, quando decidiu se naturalizar após conversas com a CBDA Principais resultados - Bronze na Liga Mundial 2015 - Prata no Pan de Toronto-2015 FELIPE PERRONE (ESPANHA) Nascimento: 27.fev.1986 Ligação com o Brasil: Nasceu no país, mas disputava competições pela seleção espanhola. Em 2014, foi repatriado pela CBDA visando os Jogos do Rio Principais resultados: - Prata no Mundial de Roma-2009 - Bronze no Mundial de Melbourne-2007 PAULO SALEMI (ITÁLIA) Nascimento: 8.ago.1993 Ligação com o Brasil: É filho de brasileira, mas nasceu na Itália. Chegou a disputar campeonatos de base pela Itália, mas decidiu se juntar ao time do Brasil antes do Pan de 2015 Principais resultados: - Bronze na Liga Mundial 2015 - Prata no Pan de Toronto-2015 IVES GONZÁLEZ ALONSO (CUBA) Nascimento: 12.out.1980 (36 anos), em Cienfuegos (CUB) Ligação com o Brasil: Há oito anos se casou com uma médica brasileira e, em 2014, decidiu se naturalizar para disputar o Pan de Toronto Principais resultados - Bronze na Liga Mundial 2015 - Prata no Pan de Toronto-2015 - Prata no Pan de Winnipeg-1999 ADRIÀ DELGADO BACHES (ESPANHA) Nascimento: 7.abr.1990 Ligação com o Brasil: Filho de brasileiro, nasceu e foi criado na Espanha. Em 2014, se juntou à seleção brasileira Principais resultados - Bronze na Liga Mundial 2015 - Prata no Pan de Toronto-2015 REMO XAVIER VELA (ESPANHA) Nascimento: 7.ago.1989 Ligação com o Brasil: Filho de casal brasileiro e espanhol, competia pela Espanha. Veio para o país em 2015 contratado pelo Vasco e optou por defender o Brasil Principal resultado: - Bronze no Europeu de 2013 - Bronze na etapa de Lucerna da Copa do Mundo de 2013
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Para driblar multa, bloqueios de caminhões sobem em estrada estadual
O número de estradas estaduais bloqueadas voltou a crescer na tarde desta sexta-feira (27), após registrar diminuição nessa quinta (26) e foi de 35 para 102. Ontem, o governo endureceu o discurso contra os caminhoneiros em greve e começou a adotar procedimentos para cobrar até R$ 10 mil por hora dos que continuarem bloqueando estradas. Como as liminares para os desbloqueios são nas estradas federais, os caminhoneiros disseram que migrariam os protestos para os trechos estaduais. O número de vias bloqueadas nas estradas federais foi de 88 na quinta para 61 na tarde desta sexta-feira, segundo boletim da Polícia Rodoviária Federal. As vias estaduais interditadas estão mais concentradas na região Sul. Em São Paulo, a via Dutra foi bloqueada por 1h30 na tarde desta sexta-feira. Ontem, o Estado amanheceu com duas estradas estaduais bloqueadas. O Paraná, que ao final da tarde de ontem possuía 19 estradas com bloqueio, possuía 44 vias estaduais impedidas até o fechamento desta reportagem, às 18h. No Rio Grande do Sul, outro Estado que sofre com a paralisação dos caminhoneiros, são ao todo 51 estradas estaduais bloqueadas. O número também subiu em Santa Catarina –de uma para sete. Além de São Paulo, os Estados do Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais e Bahia amanheceram sem bloqueios em suas rodovias estaduais.
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Para driblar multa, bloqueios de caminhões sobem em estrada estadualO número de estradas estaduais bloqueadas voltou a crescer na tarde desta sexta-feira (27), após registrar diminuição nessa quinta (26) e foi de 35 para 102. Ontem, o governo endureceu o discurso contra os caminhoneiros em greve e começou a adotar procedimentos para cobrar até R$ 10 mil por hora dos que continuarem bloqueando estradas. Como as liminares para os desbloqueios são nas estradas federais, os caminhoneiros disseram que migrariam os protestos para os trechos estaduais. O número de vias bloqueadas nas estradas federais foi de 88 na quinta para 61 na tarde desta sexta-feira, segundo boletim da Polícia Rodoviária Federal. As vias estaduais interditadas estão mais concentradas na região Sul. Em São Paulo, a via Dutra foi bloqueada por 1h30 na tarde desta sexta-feira. Ontem, o Estado amanheceu com duas estradas estaduais bloqueadas. O Paraná, que ao final da tarde de ontem possuía 19 estradas com bloqueio, possuía 44 vias estaduais impedidas até o fechamento desta reportagem, às 18h. No Rio Grande do Sul, outro Estado que sofre com a paralisação dos caminhoneiros, são ao todo 51 estradas estaduais bloqueadas. O número também subiu em Santa Catarina –de uma para sete. Além de São Paulo, os Estados do Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais e Bahia amanheceram sem bloqueios em suas rodovias estaduais.
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Um debate inédito
Estamos diante de um momento decisivo da vida nacional. A proposta do governo de fixar um teto para os gastos públicos vai muito além de uma decisão econômica inevitável, frente ao rombo fiscal do país. A iniciativa, na verdade, coloca o debate sobre o orçamento público em um novo patamar. Chegou a hora de se discutir, pra valer, como construir uma perspectiva sólida de futuro para o Brasil. O reequilíbrio das contas públicas é essencial para voltar a se pensar em crescimento. Desde pelo menos o início dos governos do PT, as despesas públicas crescem mais que a inflação e que as receitas, dentro de um percurso de irresponsabilidade que arruinou o país. Com a dívida pública quase insustentável e uma recessão já instaurada, o Brasil perdeu o fôlego, a confiança e um lugar de protagonismo no mundo. O ajuste duro na economia é apenas o ponto de partida para o longo e penoso percurso de recuperação. Chega de ilusões. Qualquer debate sério exigirá um trabalho dentro das metas e recursos possíveis e bem definidos. O Brasil tem de caber dentro do Brasil. E o ajuste em termos reais das despesas públicas imporá sacrifícios que precisam ser pactuados com toda a sociedade. Não é mais uma discussão sobre quem consegue tirar mais do Estado –pois o Estado somos nós, que o sustentamos com impostos. A questão é como aplicar melhor o que se tem. E o que se tem agora são recursos escassos. É impossível atender a todos. Faz parte da democracia o confronto de interesses legítimos e o debate responsável em torno do que queremos e pretendemos fazer com os recursos públicos. Mas uma coisa é certa: a população mais pobre precisa ser protegida, pois já pagou uma conta muito alta pelo descalabro dos últimos governos. Desemprego, inadimplência, violência e queda do padrão de vida são retratos da degradação que corrói a paisagem edulcorada das conquistas sociais. Precisamos voltar a crescer e já se consegue captar sinais positivos, aqui e ali. A economia parou de encolher em abril, interrompendo uma queda de quase um ano e meio. É como se a hemorragia tivesse sido estancada, mas a situação ainda é dramática. Alguns estados estão falidos, como o Rio, em estado de calamidade pública. Neste cenário de ruína e com a nação mobilizada em torno de questões políticas, o governo tem a obrigação de avançar com propostas que possam ir além de cortes e sacrifícios. O Congresso deve estar pronto para avaliar as medidas que ajudem a superar o quanto antes a crise atual, dentro de um horizonte de reformas que estimule o crescimento. Há um país real que pede socorro. O Brasil será amanhã o resultado do que, com coragem, formos capazes de fazer hoje.
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Um debate inéditoEstamos diante de um momento decisivo da vida nacional. A proposta do governo de fixar um teto para os gastos públicos vai muito além de uma decisão econômica inevitável, frente ao rombo fiscal do país. A iniciativa, na verdade, coloca o debate sobre o orçamento público em um novo patamar. Chegou a hora de se discutir, pra valer, como construir uma perspectiva sólida de futuro para o Brasil. O reequilíbrio das contas públicas é essencial para voltar a se pensar em crescimento. Desde pelo menos o início dos governos do PT, as despesas públicas crescem mais que a inflação e que as receitas, dentro de um percurso de irresponsabilidade que arruinou o país. Com a dívida pública quase insustentável e uma recessão já instaurada, o Brasil perdeu o fôlego, a confiança e um lugar de protagonismo no mundo. O ajuste duro na economia é apenas o ponto de partida para o longo e penoso percurso de recuperação. Chega de ilusões. Qualquer debate sério exigirá um trabalho dentro das metas e recursos possíveis e bem definidos. O Brasil tem de caber dentro do Brasil. E o ajuste em termos reais das despesas públicas imporá sacrifícios que precisam ser pactuados com toda a sociedade. Não é mais uma discussão sobre quem consegue tirar mais do Estado –pois o Estado somos nós, que o sustentamos com impostos. A questão é como aplicar melhor o que se tem. E o que se tem agora são recursos escassos. É impossível atender a todos. Faz parte da democracia o confronto de interesses legítimos e o debate responsável em torno do que queremos e pretendemos fazer com os recursos públicos. Mas uma coisa é certa: a população mais pobre precisa ser protegida, pois já pagou uma conta muito alta pelo descalabro dos últimos governos. Desemprego, inadimplência, violência e queda do padrão de vida são retratos da degradação que corrói a paisagem edulcorada das conquistas sociais. Precisamos voltar a crescer e já se consegue captar sinais positivos, aqui e ali. A economia parou de encolher em abril, interrompendo uma queda de quase um ano e meio. É como se a hemorragia tivesse sido estancada, mas a situação ainda é dramática. Alguns estados estão falidos, como o Rio, em estado de calamidade pública. Neste cenário de ruína e com a nação mobilizada em torno de questões políticas, o governo tem a obrigação de avançar com propostas que possam ir além de cortes e sacrifícios. O Congresso deve estar pronto para avaliar as medidas que ajudem a superar o quanto antes a crise atual, dentro de um horizonte de reformas que estimule o crescimento. Há um país real que pede socorro. O Brasil será amanhã o resultado do que, com coragem, formos capazes de fazer hoje.
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Filme retrata últimos momentos de Pasolini; veja biografia do cineasta
LUIZA WOLF DE SÃO PAULO O italiano Pier Paolo Pasolini (1922-1975) marcou o cinema com filmes belos, porém chocantes. "Escandalizar é um direito; sentir-se escandalizado é um prazer", costumava dizer. "Pasolini", que resgata parte da história do cineasta e estreia nesta semana, tem as mesmas características. Dirigido por Abel Ferrara (de "Vício Frenético", de 1992), o longa retrata as últimas 24 horas de vida de Pasolini, interpretado por Willem Dafoe. Em seu último dia de vida, o diretor convive com a mãe e com amigos próximos enquanto trabalha em "Saló ou 120 Dias de Sodoma", seu último filme, e tem ideias para novas obras. Essas histórias se intercalam com sua rotina. Uma delas é a de Epifanio, que começa a descobrir significados sobre a vida e a morte. Curiosamente, ele é interpretado por Ninetto Davoli, que atuou em filmes de Pasolini, como "Pocilga" (1969) e "Decameron" (1971). Embora seja bonito, o filme não traz muitas informações sobre o passado de Pasolini —foca mesmo seu último dia. Para se situar em sua biografia, veja a linha do tempo abaixo. E, se quiser assistir a um clássico do diretor, "Mamma Roma" volta às telonas com cópias restauradas no Espaço Itaú de Cinema - Augusta. Veja salas e horários - VIDA POLÊMICA 1945 Perde o irmão caçula, Guido, morto na resistência italiana que lutava contra o fascismo no país. Ele, então, se engaja na causa comunista 1949 Pasolini é expulso do Partido Comunista Italiano por ser homossexual 1957 Já escritor, entra no cinema como roteirista em "Noites de Cabíria", de Federico Fellini. Depois, colabora em "A Doce Vida" (1960) 1961 Lança "Accattone - Desajuste Social", seu primeiro longa-metragem, no Festival de Veneza. Muito aplaudido, o filme o consagrou 1962 Estreia "Mamma Roma", clássico do cineasta, protagonizado por Anna Magnani (1908-1973), estrela de Luchino Visconti e Roberto Rossellini 1963 O média-metragem "La Ricotta", estrelado por Orson Welles (1915-1985), causa polêmica ao atacar a Igreja Católica e rende um mandado de prisão a Pasolini. A sentença é revogada 1967 Começa a gravar uma sequência de filmes baseados em tragédias gregas: "Édipo Rei" (1967), "Medeia" (1969) -protagonizado pela cantora lírica Maria Callas- e o documentário "Notas para uma Oréstia Africana" (1970) 1968 Lança "Teorema", filme que melhor sintetiza seu cinema por fazer uma crítica assídua à burguesia da época. "Pocilga" (1969), seu trabalho seguinte, também partiria dessa premissa 1971 Começa a fazer a "Trilogia da Vida", na qual adaptou clássicos da literatura: "Decameron" (1971), "Os Contos de Canterbury" (1972) e "As Mil e Uma Noites" (1974). Todos giram em torno das pulsões sexuais de seus personagens 1975 Pasolini entra em crise provocada pela desilusão política. Ele acredita que uma nova era das trevas se aproxima, com o possível ressurgimento do fascismo. Começa a trabalhar em "Saló ou 120 Dias de Sodoma", cujas cenas violentas fazem com que o filme seja proibido em vários países, inclusive no Brasil 2 DE NOVEMBRO DE 1975 É encontrado morto. A versão oficial afirma que o cineasta foi assassinado por um garoto de programa, mas o documentário "Pasolini - Um Delito Italiano" (1995), de Marco Tullio Giordana, defende que a morte foi encomendada por partidos direitistas - VEJA O TRAILER DE "PASOLINI" video
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Filme retrata últimos momentos de Pasolini; veja biografia do cineastaLUIZA WOLF DE SÃO PAULO O italiano Pier Paolo Pasolini (1922-1975) marcou o cinema com filmes belos, porém chocantes. "Escandalizar é um direito; sentir-se escandalizado é um prazer", costumava dizer. "Pasolini", que resgata parte da história do cineasta e estreia nesta semana, tem as mesmas características. Dirigido por Abel Ferrara (de "Vício Frenético", de 1992), o longa retrata as últimas 24 horas de vida de Pasolini, interpretado por Willem Dafoe. Em seu último dia de vida, o diretor convive com a mãe e com amigos próximos enquanto trabalha em "Saló ou 120 Dias de Sodoma", seu último filme, e tem ideias para novas obras. Essas histórias se intercalam com sua rotina. Uma delas é a de Epifanio, que começa a descobrir significados sobre a vida e a morte. Curiosamente, ele é interpretado por Ninetto Davoli, que atuou em filmes de Pasolini, como "Pocilga" (1969) e "Decameron" (1971). Embora seja bonito, o filme não traz muitas informações sobre o passado de Pasolini —foca mesmo seu último dia. Para se situar em sua biografia, veja a linha do tempo abaixo. E, se quiser assistir a um clássico do diretor, "Mamma Roma" volta às telonas com cópias restauradas no Espaço Itaú de Cinema - Augusta. Veja salas e horários - VIDA POLÊMICA 1945 Perde o irmão caçula, Guido, morto na resistência italiana que lutava contra o fascismo no país. Ele, então, se engaja na causa comunista 1949 Pasolini é expulso do Partido Comunista Italiano por ser homossexual 1957 Já escritor, entra no cinema como roteirista em "Noites de Cabíria", de Federico Fellini. Depois, colabora em "A Doce Vida" (1960) 1961 Lança "Accattone - Desajuste Social", seu primeiro longa-metragem, no Festival de Veneza. Muito aplaudido, o filme o consagrou 1962 Estreia "Mamma Roma", clássico do cineasta, protagonizado por Anna Magnani (1908-1973), estrela de Luchino Visconti e Roberto Rossellini 1963 O média-metragem "La Ricotta", estrelado por Orson Welles (1915-1985), causa polêmica ao atacar a Igreja Católica e rende um mandado de prisão a Pasolini. A sentença é revogada 1967 Começa a gravar uma sequência de filmes baseados em tragédias gregas: "Édipo Rei" (1967), "Medeia" (1969) -protagonizado pela cantora lírica Maria Callas- e o documentário "Notas para uma Oréstia Africana" (1970) 1968 Lança "Teorema", filme que melhor sintetiza seu cinema por fazer uma crítica assídua à burguesia da época. "Pocilga" (1969), seu trabalho seguinte, também partiria dessa premissa 1971 Começa a fazer a "Trilogia da Vida", na qual adaptou clássicos da literatura: "Decameron" (1971), "Os Contos de Canterbury" (1972) e "As Mil e Uma Noites" (1974). Todos giram em torno das pulsões sexuais de seus personagens 1975 Pasolini entra em crise provocada pela desilusão política. Ele acredita que uma nova era das trevas se aproxima, com o possível ressurgimento do fascismo. Começa a trabalhar em "Saló ou 120 Dias de Sodoma", cujas cenas violentas fazem com que o filme seja proibido em vários países, inclusive no Brasil 2 DE NOVEMBRO DE 1975 É encontrado morto. A versão oficial afirma que o cineasta foi assassinado por um garoto de programa, mas o documentário "Pasolini - Um Delito Italiano" (1995), de Marco Tullio Giordana, defende que a morte foi encomendada por partidos direitistas - VEJA O TRAILER DE "PASOLINI" video
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Em Guarulhos, 18 bairros terão 2 dias de torneira seca para 1 com água
A cidade de Guarulhos, na Grande SP, ampliou o racionamento de água em 18 bairros, que passam a ter dois dias de torneira seca para um de fornecimento regular. A medida afeta mais de 55 mil moradores. No resto da cidade prossegue o rodízio de um dia sem água para um dia com água, implantado em março de 2014. A empresa de água e esgoto informou que a medida é necessária devido à queda do nível do manancial Cabuçu. Diz ainda que a redução da quantidade de água fornecida pela Sabesp também contribuiu. A Sabesp disse que a redução é para "equalizar a economia entre todos os clientes da região metropolitana". A água da Sabesp responde por 83% do abastecimento na cidade.
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Em Guarulhos, 18 bairros terão 2 dias de torneira seca para 1 com águaA cidade de Guarulhos, na Grande SP, ampliou o racionamento de água em 18 bairros, que passam a ter dois dias de torneira seca para um de fornecimento regular. A medida afeta mais de 55 mil moradores. No resto da cidade prossegue o rodízio de um dia sem água para um dia com água, implantado em março de 2014. A empresa de água e esgoto informou que a medida é necessária devido à queda do nível do manancial Cabuçu. Diz ainda que a redução da quantidade de água fornecida pela Sabesp também contribuiu. A Sabesp disse que a redução é para "equalizar a economia entre todos os clientes da região metropolitana". A água da Sabesp responde por 83% do abastecimento na cidade.
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O poder letal e a nova economia do plástico
Os peixes estão perdendo lugar para os restos de plástico que se acumulam no mar. Se nenhuma medida for tomada, em 2050 os antigos donos da casa serão minoria. A perspectiva sombria se baseia na seguinte conta: atualmente, cerca de 8 milhões de toneladas de plástico são despejadas nos oceanos por ano, o equivalente a um caminhão de plásticos por minuto. Mantendo o mesmo ritmo de descarte inadequado, seriam dois caminhões por minuto em 2030 e, em 2050, quatro caminhões por minuto, o que faria com que o peso total do plástico acumulado nas águas superasse o peso total dos peixes. Esse é o cenário desenhado por um amplo estudo divulgado na última terça-feira (19) pela Fundação Ellen MacArthur, em parceira com a consultoria McKinsey, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Mas o relatório "A Nova Economia do Plástico", como o nome já indica, não faz esse alerta para atacar o uso ou buscar alternativas que excluam o plástico. Pelo contrário, o estudo condena a deposição desastrosa no meio ambiente, reconhece o papel fundamental da indústria para eliminar o desperdício do material nos oceanos e tenta responder ao desafio de criar uma nova era virtuosa, em que o plástico não se torne jamais lixo. Para isso, serão necessárias mudanças nas maneiras de produzir, vender, consumir, desenhar e principalmente reaproveitar os plásticos. A necessidade de reaproveitamento é economicamente gritante: hoje em dia, 95% das embalagens plásticas são descartadas depois de usadas uma única vez, praticamente novas, o que é um extraordinário desperdício de energia, trabalho, capital, investimento e insumos. Só para se ter uma ideia, em 2050, segundo as projeções do mesmo estudo, a indústria do plástico consumirá 20% da produção de petróleo do mundo. O documento propõe a criação de um Protocolo Internacional do Plástico que teria o objetivo de fomentar, organizar, testar e divulgar pesquisas e conhecimentos sobre redesenho de produtos de plástico, sistemas de pós-uso e formas de estímulos para o mercado de plásticos reciclados. Seria um organismo global de direção e estímulo à inovação. Do ponto de vista global, no curto e médio prazo, o relatório aconselha a universalização da coleta regular de resíduos e o fim dos lixões e vazadouros, seguidos pelo desenvolvimento de opções comercialmente viáveis para o tratamento de recicláveis. No longo prazo, o relatório identifica a necessidade de inovação em tecnologias de recuperação e tratamento, desenvolvimento de novos materiais e projetos de produtos que facilitem reutilização e reciclagem. O relatório aponta também a urgência de soluções locais para a produção, o consumo e o pós-consumo do plástico nos países em desenvolvimento, onde não há coleta básica universalizada. Nessas regiões, diagnostica, é necessário que a indústria de plásticos trabalhe com o setor informal da economia na coleta de resíduos e isso implica ter que lidar com saúde e segurança dos trabalhadores. Em setembro de 2015, a ONG americana Ocean Conservancy já havia feito as mesmas projeções sobre a poluição marinha, quando lançou propostas de medidas para mitigar essas emissões de plástico nos oceanos. Segundo o estudo da ONG, os próximos 10 anos serão cruciais para atacar globalmente o problema e será necessário construir um consenso político em torno do tema. O relatório estima que os custos para a implementação de soluções seriam da ordem de US$ 5 bilhões por ano. O primeiro passo para diminuir a poluição por plásticos no mar seria a eliminação do fluxo de descarte de resíduos em cinco países prioritários: China, Indonésia, Filipinas, Tailândia e Vietnã. Nesses países, o consumo excede a capacidade de gestão e tratamento dos resíduos. Eles seriam responsáveis por metade de todo o plástico que é lançado no mar. Estudos da Ocean Conservancy também elencaram os principais vilões do mar, segundo suas coletas em diversos pontos do planeta. Linhas, jaulas e redes de pesca estão em primeiro lugar no potencial de perigo, mas logo a seguir aparecem balões, tampinhas de garrafa plástica, brinquedos e sacolas plásticas, que são confundidos com comida pelos mamíferos marinhos. Uma praga difundida pelo mundo todo –só no Brasil são entre 15 e 17 bilhões de unidades distribuídas por ano– as sacolinhas vêm sendo banidas progressivamente em vários locais. Na França, o fim das sacolas está previsto para 2016. E dentro do seu Programa de Transição Energética, até janeiro de 2020 deve ser proibida a venda de colheres, facas, garfos e pratos descartáveis. Segundo estudo feito por lá, esses itens descartáveis geram 30 mil toneladas de lixo por ano.
colunas
O poder letal e a nova economia do plásticoOs peixes estão perdendo lugar para os restos de plástico que se acumulam no mar. Se nenhuma medida for tomada, em 2050 os antigos donos da casa serão minoria. A perspectiva sombria se baseia na seguinte conta: atualmente, cerca de 8 milhões de toneladas de plástico são despejadas nos oceanos por ano, o equivalente a um caminhão de plásticos por minuto. Mantendo o mesmo ritmo de descarte inadequado, seriam dois caminhões por minuto em 2030 e, em 2050, quatro caminhões por minuto, o que faria com que o peso total do plástico acumulado nas águas superasse o peso total dos peixes. Esse é o cenário desenhado por um amplo estudo divulgado na última terça-feira (19) pela Fundação Ellen MacArthur, em parceira com a consultoria McKinsey, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Mas o relatório "A Nova Economia do Plástico", como o nome já indica, não faz esse alerta para atacar o uso ou buscar alternativas que excluam o plástico. Pelo contrário, o estudo condena a deposição desastrosa no meio ambiente, reconhece o papel fundamental da indústria para eliminar o desperdício do material nos oceanos e tenta responder ao desafio de criar uma nova era virtuosa, em que o plástico não se torne jamais lixo. Para isso, serão necessárias mudanças nas maneiras de produzir, vender, consumir, desenhar e principalmente reaproveitar os plásticos. A necessidade de reaproveitamento é economicamente gritante: hoje em dia, 95% das embalagens plásticas são descartadas depois de usadas uma única vez, praticamente novas, o que é um extraordinário desperdício de energia, trabalho, capital, investimento e insumos. Só para se ter uma ideia, em 2050, segundo as projeções do mesmo estudo, a indústria do plástico consumirá 20% da produção de petróleo do mundo. O documento propõe a criação de um Protocolo Internacional do Plástico que teria o objetivo de fomentar, organizar, testar e divulgar pesquisas e conhecimentos sobre redesenho de produtos de plástico, sistemas de pós-uso e formas de estímulos para o mercado de plásticos reciclados. Seria um organismo global de direção e estímulo à inovação. Do ponto de vista global, no curto e médio prazo, o relatório aconselha a universalização da coleta regular de resíduos e o fim dos lixões e vazadouros, seguidos pelo desenvolvimento de opções comercialmente viáveis para o tratamento de recicláveis. No longo prazo, o relatório identifica a necessidade de inovação em tecnologias de recuperação e tratamento, desenvolvimento de novos materiais e projetos de produtos que facilitem reutilização e reciclagem. O relatório aponta também a urgência de soluções locais para a produção, o consumo e o pós-consumo do plástico nos países em desenvolvimento, onde não há coleta básica universalizada. Nessas regiões, diagnostica, é necessário que a indústria de plásticos trabalhe com o setor informal da economia na coleta de resíduos e isso implica ter que lidar com saúde e segurança dos trabalhadores. Em setembro de 2015, a ONG americana Ocean Conservancy já havia feito as mesmas projeções sobre a poluição marinha, quando lançou propostas de medidas para mitigar essas emissões de plástico nos oceanos. Segundo o estudo da ONG, os próximos 10 anos serão cruciais para atacar globalmente o problema e será necessário construir um consenso político em torno do tema. O relatório estima que os custos para a implementação de soluções seriam da ordem de US$ 5 bilhões por ano. O primeiro passo para diminuir a poluição por plásticos no mar seria a eliminação do fluxo de descarte de resíduos em cinco países prioritários: China, Indonésia, Filipinas, Tailândia e Vietnã. Nesses países, o consumo excede a capacidade de gestão e tratamento dos resíduos. Eles seriam responsáveis por metade de todo o plástico que é lançado no mar. Estudos da Ocean Conservancy também elencaram os principais vilões do mar, segundo suas coletas em diversos pontos do planeta. Linhas, jaulas e redes de pesca estão em primeiro lugar no potencial de perigo, mas logo a seguir aparecem balões, tampinhas de garrafa plástica, brinquedos e sacolas plásticas, que são confundidos com comida pelos mamíferos marinhos. Uma praga difundida pelo mundo todo –só no Brasil são entre 15 e 17 bilhões de unidades distribuídas por ano– as sacolinhas vêm sendo banidas progressivamente em vários locais. Na França, o fim das sacolas está previsto para 2016. E dentro do seu Programa de Transição Energética, até janeiro de 2020 deve ser proibida a venda de colheres, facas, garfos e pratos descartáveis. Segundo estudo feito por lá, esses itens descartáveis geram 30 mil toneladas de lixo por ano.
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Passeio de trólebus agita aniversário de São Paulo neste domingo
Para comemorar os 461 anos da cidade de São Paulo, a prefeitura realiza neste domingo (25) a 10ª edição do passeio turístico de trólebus pelo centro da capital paulista. Ao todo, 15 ônibus farão o passeio pelos principais pontos do centro, sempre com um guia de turismo contando um pouco sobre a história da cidade. O passeio gratuito. De acordo com a SPTrans, empresa que gerencia o transporte municipal, o ponto de saída dos ônibus elétricos será no Pátio do Colégio a partir das 9h15, com trólebus saindo a cada 4 minutos. O passeio, com duração de 40 minutos, terá um guia turístico contando um pouco a historia da cidade e passará pelos principais pontos do centro: Mosteiro do São Bento, Edifício Martinelli, Edifício Altino Arantes, Viaduto do Chá, Theatro Municipal, Praça da República, Edifício Itália, Biblioteca Mário de Andrade, Largo São Francisco e Catedral da Sé. A exemplo do ano passado, a entrada dos passageiros nos ônibus será precedida por uma apresentação do grupo Trovadores Urbanos. Os músicos irão cantar canções em homenagem à cidade de artistas consagrados como Adoniran Barbosa e o grupo Demônios da Garoa, por exemplo. SERVIÇO 10º Passeio Turístico de Trólebus Data: 25 de janeiro Horário: das 9h às 15h Local: Partida no Pátio do Colégio (centro) Evento: Gratuito
cotidiano
Passeio de trólebus agita aniversário de São Paulo neste domingoPara comemorar os 461 anos da cidade de São Paulo, a prefeitura realiza neste domingo (25) a 10ª edição do passeio turístico de trólebus pelo centro da capital paulista. Ao todo, 15 ônibus farão o passeio pelos principais pontos do centro, sempre com um guia de turismo contando um pouco sobre a história da cidade. O passeio gratuito. De acordo com a SPTrans, empresa que gerencia o transporte municipal, o ponto de saída dos ônibus elétricos será no Pátio do Colégio a partir das 9h15, com trólebus saindo a cada 4 minutos. O passeio, com duração de 40 minutos, terá um guia turístico contando um pouco a historia da cidade e passará pelos principais pontos do centro: Mosteiro do São Bento, Edifício Martinelli, Edifício Altino Arantes, Viaduto do Chá, Theatro Municipal, Praça da República, Edifício Itália, Biblioteca Mário de Andrade, Largo São Francisco e Catedral da Sé. A exemplo do ano passado, a entrada dos passageiros nos ônibus será precedida por uma apresentação do grupo Trovadores Urbanos. Os músicos irão cantar canções em homenagem à cidade de artistas consagrados como Adoniran Barbosa e o grupo Demônios da Garoa, por exemplo. SERVIÇO 10º Passeio Turístico de Trólebus Data: 25 de janeiro Horário: das 9h às 15h Local: Partida no Pátio do Colégio (centro) Evento: Gratuito
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Ueba! Saiu o Álbum dos Apelidos!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Piada Pronta: "Jucá convoca peemedebistas a enfrentar onda de boatos. Onda de boatos? Propina virou boato. Delação virou boato. O Jucá ganhou R$ 22 milhões de boatos! Rarará! E essa: "Seis entre dez brasileiros são contra a PEC do Teto". E se o Temer congelar os feriados por 20 anos? Dez entre dez brasileiros são contra a PEC do Teto! Vai todo mundo pra rua! Rarará! Chega de PEC, queremos PEPÉCA! Conhecendo o Brasil, essa PEC de 20 anos não vai durar nem seis anos! E aí vem a PEC 555 suspendendo a PEC 55! Rarará! PEC do Teto: Congela os gastos por 20 anos. Por isso que a Marcela parece a Elsa do "Frozen"! Congelou a Marcela por 20 anos! Ela só vai poder gastar daqui 20 anos! Rarará! E diz que essa PEC vai acabar com a Saúde! Vai acabar com o SUS! O SUS vai virar Somos Usuários do Sírio! Rarará! E o apelidos da Odebrecht? Continuam bombando! O chargista Frank sugere que a Panini lance o Álbum dos Apelidos! "Troco um Caju, um Boca Mole e um Mineirinho por esse aqui, Justiça". "Mais um Todo Feio e o negócio tá fechado". Todo Feio á a figurinha carimbada. E o tuiteiro Fabio Longobardi: "O Todo Feio só está na órbita errada, em Marte ele nem deve ser tão feio assim!". Rarará! Justiça é o Renan! Então é figurinha repetida, tá em todas! Rarará! Eu queria trabalhar no Departamento de Apelidos da Odebrecht! Os apelidos são mais humilhantes que as delinquências! E eu vou criar uma PEC: "PEC no Meu e Balança". Rarará! É mole? É mole, mas sobe! O Brasileiro é Cordial! Olha essa placa num portão: "Não estacione! Gato de unha grande!". Gato? Esse cara de gozação, né? Não era cão? Não era rottweiler neurótico? Não era pit bull virado no cão? Agora até gato? Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje só amanhã Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Ueba! Saiu o Álbum dos Apelidos!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Piada Pronta: "Jucá convoca peemedebistas a enfrentar onda de boatos. Onda de boatos? Propina virou boato. Delação virou boato. O Jucá ganhou R$ 22 milhões de boatos! Rarará! E essa: "Seis entre dez brasileiros são contra a PEC do Teto". E se o Temer congelar os feriados por 20 anos? Dez entre dez brasileiros são contra a PEC do Teto! Vai todo mundo pra rua! Rarará! Chega de PEC, queremos PEPÉCA! Conhecendo o Brasil, essa PEC de 20 anos não vai durar nem seis anos! E aí vem a PEC 555 suspendendo a PEC 55! Rarará! PEC do Teto: Congela os gastos por 20 anos. Por isso que a Marcela parece a Elsa do "Frozen"! Congelou a Marcela por 20 anos! Ela só vai poder gastar daqui 20 anos! Rarará! E diz que essa PEC vai acabar com a Saúde! Vai acabar com o SUS! O SUS vai virar Somos Usuários do Sírio! Rarará! E o apelidos da Odebrecht? Continuam bombando! O chargista Frank sugere que a Panini lance o Álbum dos Apelidos! "Troco um Caju, um Boca Mole e um Mineirinho por esse aqui, Justiça". "Mais um Todo Feio e o negócio tá fechado". Todo Feio á a figurinha carimbada. E o tuiteiro Fabio Longobardi: "O Todo Feio só está na órbita errada, em Marte ele nem deve ser tão feio assim!". Rarará! Justiça é o Renan! Então é figurinha repetida, tá em todas! Rarará! Eu queria trabalhar no Departamento de Apelidos da Odebrecht! Os apelidos são mais humilhantes que as delinquências! E eu vou criar uma PEC: "PEC no Meu e Balança". Rarará! É mole? É mole, mas sobe! O Brasileiro é Cordial! Olha essa placa num portão: "Não estacione! Gato de unha grande!". Gato? Esse cara de gozação, né? Não era cão? Não era rottweiler neurótico? Não era pit bull virado no cão? Agora até gato? Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje só amanhã Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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STF concede prisão domiciliar a empresário investigado na Lava Jato
O STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu nesta terça-feira (15) prisão domiciliar ao empresário Adir Assad, considerado um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras. Ele já foi condenado por lavagem de dinheiro e associação criminosa a 9 anos e 10 meses de reclusão. Segundo o Ministério Público Federal, Assad mantinha empresas laranjas e as usava para lavar dinheiro do esquema. A decisão foi tomada pela segunda turma do Supremo, por 4 votos a 1. A maioria dos ministros seguiu o voto do relator, ministro Teori Zavaski, determinando que ele irá para prisão domiciliar, além da adoção de medidas alternativas, como uso de tornozeleira eletrônica, entrega de passaporte e afastamento de suas empresas. A ministra Cármen Lúcia foi o único voto contrário. Os ministros consideraram que não há elementos que justifiquem a prisão preventiva porque ele já foi condenado. Assad só pode ser preso pela pena de 9 anos quando tiver o trânsito em julgado, ou seja, quando não houver mais chances de recursos. De acordo com a denúncia, entre 2009 e 2012, ele usou diversas empresas de fachada para intermediar pagamento de R$ 40 milhões desviados da Petrobras para o ex-diretor Renato Duque e para o gerente Pedro Barusco. Assad estava preso desde março em Curitiba.
poder
STF concede prisão domiciliar a empresário investigado na Lava JatoO STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu nesta terça-feira (15) prisão domiciliar ao empresário Adir Assad, considerado um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras. Ele já foi condenado por lavagem de dinheiro e associação criminosa a 9 anos e 10 meses de reclusão. Segundo o Ministério Público Federal, Assad mantinha empresas laranjas e as usava para lavar dinheiro do esquema. A decisão foi tomada pela segunda turma do Supremo, por 4 votos a 1. A maioria dos ministros seguiu o voto do relator, ministro Teori Zavaski, determinando que ele irá para prisão domiciliar, além da adoção de medidas alternativas, como uso de tornozeleira eletrônica, entrega de passaporte e afastamento de suas empresas. A ministra Cármen Lúcia foi o único voto contrário. Os ministros consideraram que não há elementos que justifiquem a prisão preventiva porque ele já foi condenado. Assad só pode ser preso pela pena de 9 anos quando tiver o trânsito em julgado, ou seja, quando não houver mais chances de recursos. De acordo com a denúncia, entre 2009 e 2012, ele usou diversas empresas de fachada para intermediar pagamento de R$ 40 milhões desviados da Petrobras para o ex-diretor Renato Duque e para o gerente Pedro Barusco. Assad estava preso desde março em Curitiba.
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Parceiros do Prêmio participam de debate online sobre negócios sociais
O ecossistema dos negócios sociais será tema de debate online do Gife, na terça-feira (11). As inscrições para a webconferência que também trará possíveis interfaces com investimento social são feitas pelo formulário online. A diretora-executiva da Artemísia, Maure Pessanha, e a advogada Aline de Souza do CPJA / FGV, ambos parceiros do Prêmio Empreendedor Social, participarão da discussão. Serviço O quê: Debate online - Negócios sociais: panoramas e conceitos Quando: 11 de agosto, às 17h Quanto: Grátis Inscrições: formulário online
empreendedorsocial
Parceiros do Prêmio participam de debate online sobre negócios sociaisO ecossistema dos negócios sociais será tema de debate online do Gife, na terça-feira (11). As inscrições para a webconferência que também trará possíveis interfaces com investimento social são feitas pelo formulário online. A diretora-executiva da Artemísia, Maure Pessanha, e a advogada Aline de Souza do CPJA / FGV, ambos parceiros do Prêmio Empreendedor Social, participarão da discussão. Serviço O quê: Debate online - Negócios sociais: panoramas e conceitos Quando: 11 de agosto, às 17h Quanto: Grátis Inscrições: formulário online
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Menino oferece cofrinho após ver o pai baleado em assalto na Grande SP
Um menino de seis anos ofereceu seu cofrinho de moedas ao ver o pai baleado na madrugada da última sexta (24) durante uma tentativa de assalto em um sítio em São Lourenço da Serra, na Grande SP. O pai do garoto foi morto com um tiro no peito. Segundo a polícia, três assaltantes chegaram à casa do marceneiro José Eleandro de Santana Santos, 37, que estava com a mulher e o filho de seis anos. Os criminosos vinham de uma tentativa de assalto frustrada em um sítio vizinho, porque os proprietários não estavam e o acesso para o imóvel era complicado. Vendo que as luzes da casa de Santos estavam ligadas e a presença de uma mulher, os bandidos resolveram atacar o local. De acordo com a polícia, ainda do lado de fora, os ladrões quebraram os vidros das janelas da casa e exigiam saber "onde estava o cofre". Santos foi morto dentro de casa, ao mostrar uma arma, mas a polícia não sabe se o tiro foi dado quando os criminosos estavam do lado de fora ou se eles já havia invadido o imóvel. Segundo o delegado José Claudio da Silva, logo depois, o menino apareceu com o cofrinho e o mostrou aos assaltantes, que fugiram sem levar nada. O aniversário do garoto foi no mesmo dia do crime. SUSPEITO PRESO Um dos suspeitos, Josias Fernandes, 20, foi preso no domingo (26) em uma ronda da Polícia Militar na área do crime. Segundo a polícia, ele confessou o roubo, mas negou ter atirado em Santos. Os outros dois bandidos estão foragidos, mas já foram indiciados e qualificados. O trio já estava sendo investigado por outro roubo a um sítio em São Lourenço da Serra, três dias antes do crime. De acordo com a polícia, os assaltantes moravam em casas abandonadas na Fazenda Vitória, que fica perto do local onde vivia vítima. Todos têm antecedentes por roubo. Foram realizadas duas perícias no local para colher material genético. Em uma das janelas, foi colhido sangue dos criminosos, assim como impressões digitais. As armas tanto da vítima como de um dos bandidos foram apreendidas e encaminhadas para perícia.
cotidiano
Menino oferece cofrinho após ver o pai baleado em assalto na Grande SPUm menino de seis anos ofereceu seu cofrinho de moedas ao ver o pai baleado na madrugada da última sexta (24) durante uma tentativa de assalto em um sítio em São Lourenço da Serra, na Grande SP. O pai do garoto foi morto com um tiro no peito. Segundo a polícia, três assaltantes chegaram à casa do marceneiro José Eleandro de Santana Santos, 37, que estava com a mulher e o filho de seis anos. Os criminosos vinham de uma tentativa de assalto frustrada em um sítio vizinho, porque os proprietários não estavam e o acesso para o imóvel era complicado. Vendo que as luzes da casa de Santos estavam ligadas e a presença de uma mulher, os bandidos resolveram atacar o local. De acordo com a polícia, ainda do lado de fora, os ladrões quebraram os vidros das janelas da casa e exigiam saber "onde estava o cofre". Santos foi morto dentro de casa, ao mostrar uma arma, mas a polícia não sabe se o tiro foi dado quando os criminosos estavam do lado de fora ou se eles já havia invadido o imóvel. Segundo o delegado José Claudio da Silva, logo depois, o menino apareceu com o cofrinho e o mostrou aos assaltantes, que fugiram sem levar nada. O aniversário do garoto foi no mesmo dia do crime. SUSPEITO PRESO Um dos suspeitos, Josias Fernandes, 20, foi preso no domingo (26) em uma ronda da Polícia Militar na área do crime. Segundo a polícia, ele confessou o roubo, mas negou ter atirado em Santos. Os outros dois bandidos estão foragidos, mas já foram indiciados e qualificados. O trio já estava sendo investigado por outro roubo a um sítio em São Lourenço da Serra, três dias antes do crime. De acordo com a polícia, os assaltantes moravam em casas abandonadas na Fazenda Vitória, que fica perto do local onde vivia vítima. Todos têm antecedentes por roubo. Foram realizadas duas perícias no local para colher material genético. Em uma das janelas, foi colhido sangue dos criminosos, assim como impressões digitais. As armas tanto da vítima como de um dos bandidos foram apreendidas e encaminhadas para perícia.
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Consultoria Din4mo é umas das melhores empresas para o mundo
Com o trabalho de elevar as chances de sucesso de empreendedores de impacto, fortalecendo a gestão e investindo e atraindo investimento, a Din4mo recebeu o prêmio Melhores para o Mundo na categoria Melhores para os Clientes. A consultoria brasileira foi reconhecida como uma das empresas com excelentes práticas voltadas aos clientes. A categoria mede o impacto da companhia, considerando em que medida vende produtos e serviços que trazem benefícios à sociedade, e se esses produtos e serviços são voltados ao atendimento de populações carentes. O anúncio foi feito em evento realizado nos Estados Unidos, no início do mês. O Prêmio Empreendedor Social está com votação aberta para a Escolha do Leitor; participe Resultado da parceria entre Marco Gorini, Haroldo Torres e Marcel Fukayama, a Din4mo oferece aos empreendedores benefícios como aprendizado, realização, ampliação da visão, resiliência do negócio e eficiência, além de protagonismo e propósito. Das 515 empresas laureadas, 80 são latino-americanas e 27, brasileiras. A premiação foi criada pela ONG B Lab, uma organização que reúne as ditas Empresas B de todo o mundo, companhias que geram retorno financeiro para investidores e contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e com respeito ao meio ambiente. Essas companhias serão destaque da edição de outubro da revista B Magazine e objeto de reportagens especiais da plataforma digital B the Change.
empreendedorsocial
Consultoria Din4mo é umas das melhores empresas para o mundoCom o trabalho de elevar as chances de sucesso de empreendedores de impacto, fortalecendo a gestão e investindo e atraindo investimento, a Din4mo recebeu o prêmio Melhores para o Mundo na categoria Melhores para os Clientes. A consultoria brasileira foi reconhecida como uma das empresas com excelentes práticas voltadas aos clientes. A categoria mede o impacto da companhia, considerando em que medida vende produtos e serviços que trazem benefícios à sociedade, e se esses produtos e serviços são voltados ao atendimento de populações carentes. O anúncio foi feito em evento realizado nos Estados Unidos, no início do mês. O Prêmio Empreendedor Social está com votação aberta para a Escolha do Leitor; participe Resultado da parceria entre Marco Gorini, Haroldo Torres e Marcel Fukayama, a Din4mo oferece aos empreendedores benefícios como aprendizado, realização, ampliação da visão, resiliência do negócio e eficiência, além de protagonismo e propósito. Das 515 empresas laureadas, 80 são latino-americanas e 27, brasileiras. A premiação foi criada pela ONG B Lab, uma organização que reúne as ditas Empresas B de todo o mundo, companhias que geram retorno financeiro para investidores e contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e com respeito ao meio ambiente. Essas companhias serão destaque da edição de outubro da revista B Magazine e objeto de reportagens especiais da plataforma digital B the Change.
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Descontraídos até certo ponto
O típico restaurante estrelado de 20 anos atrás (toalhas de mesa até o chão, arranjos de flores, garçons engravatados) está em extinção. As pessoas querem, cada vez mais, viver experiências em ambientes sem frescuras como o do nova-iorquino Momofuku Ko. Escrevi na última coluna que a casa quebrou, há anos, o molde do "restaurante gastronômico", conquistando estrelas "Michelin" e alta posição no ranking dos 50 melhores restaurantes do mundo mesmo sendo ultradespojado. E bota despojado nisso! Elogiadíssimo, ele fez a fama do chef-proprietário David Chang apesar de ser apertado e feinho, com paredes de compensado e banquetas desconfortáveis. O serviço também deixava a desejar. Só que, ao voltar lá, há alguns dias, constatei que o restaurante que sempre se gabou de seu jeito mais rock'n'roll de ser rendeu-se ao luxo. Agora em novo endereço, quatro vezes maior, o Ko mantém a descontração que se espera dele, mas com muito mais conforto. O balcãozinho em formato de L virou um balcãozão lindo e largo. E quanto espaço entre os clientes! As taças de vinho são Zalto, as melhores. O copinho para saquê, fino como uma pétala, vem do Japão. As cerâmicas? Deslumbrantes. Os talheres? Idem. O menu impresso que entregam no final, feito a mão, daria para enquadrar. Conversando com Chang, comentei: "o Ko virou gente grande!". Ele riu e concordou: "Queria que o novo Ko tivesse tudo do melhor". No Blanca, outro restaurante nova-iorquino com menus complexos e duas estrelas "Michelin", vi o mesmo. Jeitão rock'n'roll e funcionários sem uniforme, mas louças, taças e guardanapos de primeira. A comida é apenas uma parte de um jantar, ainda que seja a mais importante. Um vinho melhora muito se servido na taça ideal, e até um prato ganha pontos quando apresentado em belíssima louça. Como chefs da nova geração vêm provando, é possível despir um restaurante de muitos supérfluos (a começar pelas toalhas de mesa) sem abrir mão de fazer alta cozinha. Mas há um limite que, se não respeitado, pode deixar o rei nu.
colunas
Descontraídos até certo pontoO típico restaurante estrelado de 20 anos atrás (toalhas de mesa até o chão, arranjos de flores, garçons engravatados) está em extinção. As pessoas querem, cada vez mais, viver experiências em ambientes sem frescuras como o do nova-iorquino Momofuku Ko. Escrevi na última coluna que a casa quebrou, há anos, o molde do "restaurante gastronômico", conquistando estrelas "Michelin" e alta posição no ranking dos 50 melhores restaurantes do mundo mesmo sendo ultradespojado. E bota despojado nisso! Elogiadíssimo, ele fez a fama do chef-proprietário David Chang apesar de ser apertado e feinho, com paredes de compensado e banquetas desconfortáveis. O serviço também deixava a desejar. Só que, ao voltar lá, há alguns dias, constatei que o restaurante que sempre se gabou de seu jeito mais rock'n'roll de ser rendeu-se ao luxo. Agora em novo endereço, quatro vezes maior, o Ko mantém a descontração que se espera dele, mas com muito mais conforto. O balcãozinho em formato de L virou um balcãozão lindo e largo. E quanto espaço entre os clientes! As taças de vinho são Zalto, as melhores. O copinho para saquê, fino como uma pétala, vem do Japão. As cerâmicas? Deslumbrantes. Os talheres? Idem. O menu impresso que entregam no final, feito a mão, daria para enquadrar. Conversando com Chang, comentei: "o Ko virou gente grande!". Ele riu e concordou: "Queria que o novo Ko tivesse tudo do melhor". No Blanca, outro restaurante nova-iorquino com menus complexos e duas estrelas "Michelin", vi o mesmo. Jeitão rock'n'roll e funcionários sem uniforme, mas louças, taças e guardanapos de primeira. A comida é apenas uma parte de um jantar, ainda que seja a mais importante. Um vinho melhora muito se servido na taça ideal, e até um prato ganha pontos quando apresentado em belíssima louça. Como chefs da nova geração vêm provando, é possível despir um restaurante de muitos supérfluos (a começar pelas toalhas de mesa) sem abrir mão de fazer alta cozinha. Mas há um limite que, se não respeitado, pode deixar o rei nu.
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Patrimônio imobiliário de Del Nero tem aumento de 175% na CBF
O envolvimento com a CBF coincide com um inédito período de prosperidade econômica do seu presidente, Marco Polo Del Nero. Desde que o seu aliado José Maria Marin assumiu a presidência da entidade, em março de 2012, o dirigente apresentou evolução patrimonial imobiliária de ao menos 175%, segundo levantamento da Folha considerando imóveis registrados em seu nome no Estado de São Paulo e na cidade do Rio. Saltou de R$ 3,25 milhões para R$ 8,95 milhões. Nos últimos três anos, Del Nero adquiriu dois imóveis de luxo no Rio e outro em São Paulo. O desembolso registrado em documentos de cartório foi de R$ 5,7 milhões em valores atualizados pela inflação, já descontadas a participação acionária de um dos filhos e as prestações a pagar. Desde a compra do primeiro imóvel, em junho de 2012, ele gastou, em média, R$ 158 mil mensais com imóveis. Em março de 2012, quando Ricardo Teixeira renunciou, Del Nero se tornou o braço-direito de Marin. Em abril daquele ano, eles participaram de reunião com o presidente da Fifa, Joseph Blatter. Dois meses depois, o cartola se tornou vice-presidente da CBF. Formalmente, o cargo de vice rendeu a Del Nero apenas salario mensal de R$ 10 mil. De 2003 até abril de 2015, quando assumiu o comando da CBF, ele era o presidente da Federação Paulista de Futebol, com um salário de cerca de R$ 50 mil. No comando da CBF, passou a ganhar R$ 200 mil. Del Nero tem ainda cargos executivos na Fifa e na Conmebol, além de ser sócio de um escritório de advocacia. A remuneração dessas atividades é desconhecida. Investigação do FBI (polícia federal americana) indica que Marin dividia com Del Nero propinas relativas aos direitos de transmissão da Copa do Brasil Del Nero aparece na investigação sob o codinome de "coconspirador 12", descrito pela Justiça dos EUA como cartola com alto cargo na Conmebol, na CBF e na Fifa. Apenas Del Nero se encaixa no perfil descrito, mas ele vem negando envolvimento no esquema. LUXO No Rio, o primeiro imóvel, uma cobertura dúplex, foi parcialmente usado na compra do segundo imóvel, outra cobertura dúplex no mesmo condomínio, com quatro vagas e 362 metros quadrados. Ambos os imóveis estão registrados como uma sociedade entre Del Nero (70%) e um de seus filhos, Marco Polo Del Nero Filho. O valor do segundo negócio, fechado em fevereiro, foi de R$ 5,2 milhões -ainda falta pagar R$ 630 mil. A cobertura fica na Barra da Tijuca, um dos endereços mais cobiçados do Rio. Localizada na orla, tem forte segurança e parque aquático. Em São Paulo, o apartamento comprado em junho de 2012 tem 602 metros quadrados, incluindo as quatro vagas de garagem. O imóvel fica em Higienópolis, bairro nobre da capital. O valor declarado do negócio registrado em cartório foi de R$ 1,6 milhão, mas o preço de mercado na época era de cerca de R$ 3,6 milhões. OUTRO LADO Questionado sobre a sua evolução patrimonial, o presidente da CBF, Marco Polo del Nero, se limitou a dizer que está em situação regular na Receita Federal. "Todas as informações de despesas e receitas do contribuinte Marco Polo Del Nero foram fornecidas à Receita Federal, órgão com o qual o dirigente está rigorosamente em dia e não tem nenhuma pendência", informou a CBF, em resposta por e-mail. O cartola voltou a negar que seja o "coconspirador 12" da investigação norte-americana sobre esquemas de pagamento de propina e lavagem de dinheiro. "Eu não sou porque não recebi nada, e nem receberia. Isso tem que perguntar para quem está investigando", disse, no final de maio. Durante depoimento na Câmara dos Deputados no último dia 9, admitiu a proximidade com seu antecessor, José Maria Marin, a quem chamou de "grande companheiro", mas disse que não tinha conhecimento de supostos crimes cometidos por ele quando dirigia a CBF. O cartola também disse que não deixará o cargo antes de quatro anos. "Renuncia quem tem alguma coisa errada na vida. Eu vou até o fim, vou cumprir minha obrigação, fui eleito democraticamente com 45 dos 47 votos, tenho obrigação com os meus eleitores." Após a publicação da matéria, a CBF enviou uma carta ao Painel do Leitor da Folha em que contesta a reportagem.
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Patrimônio imobiliário de Del Nero tem aumento de 175% na CBFO envolvimento com a CBF coincide com um inédito período de prosperidade econômica do seu presidente, Marco Polo Del Nero. Desde que o seu aliado José Maria Marin assumiu a presidência da entidade, em março de 2012, o dirigente apresentou evolução patrimonial imobiliária de ao menos 175%, segundo levantamento da Folha considerando imóveis registrados em seu nome no Estado de São Paulo e na cidade do Rio. Saltou de R$ 3,25 milhões para R$ 8,95 milhões. Nos últimos três anos, Del Nero adquiriu dois imóveis de luxo no Rio e outro em São Paulo. O desembolso registrado em documentos de cartório foi de R$ 5,7 milhões em valores atualizados pela inflação, já descontadas a participação acionária de um dos filhos e as prestações a pagar. Desde a compra do primeiro imóvel, em junho de 2012, ele gastou, em média, R$ 158 mil mensais com imóveis. Em março de 2012, quando Ricardo Teixeira renunciou, Del Nero se tornou o braço-direito de Marin. Em abril daquele ano, eles participaram de reunião com o presidente da Fifa, Joseph Blatter. Dois meses depois, o cartola se tornou vice-presidente da CBF. Formalmente, o cargo de vice rendeu a Del Nero apenas salario mensal de R$ 10 mil. De 2003 até abril de 2015, quando assumiu o comando da CBF, ele era o presidente da Federação Paulista de Futebol, com um salário de cerca de R$ 50 mil. No comando da CBF, passou a ganhar R$ 200 mil. Del Nero tem ainda cargos executivos na Fifa e na Conmebol, além de ser sócio de um escritório de advocacia. A remuneração dessas atividades é desconhecida. Investigação do FBI (polícia federal americana) indica que Marin dividia com Del Nero propinas relativas aos direitos de transmissão da Copa do Brasil Del Nero aparece na investigação sob o codinome de "coconspirador 12", descrito pela Justiça dos EUA como cartola com alto cargo na Conmebol, na CBF e na Fifa. Apenas Del Nero se encaixa no perfil descrito, mas ele vem negando envolvimento no esquema. LUXO No Rio, o primeiro imóvel, uma cobertura dúplex, foi parcialmente usado na compra do segundo imóvel, outra cobertura dúplex no mesmo condomínio, com quatro vagas e 362 metros quadrados. Ambos os imóveis estão registrados como uma sociedade entre Del Nero (70%) e um de seus filhos, Marco Polo Del Nero Filho. O valor do segundo negócio, fechado em fevereiro, foi de R$ 5,2 milhões -ainda falta pagar R$ 630 mil. A cobertura fica na Barra da Tijuca, um dos endereços mais cobiçados do Rio. Localizada na orla, tem forte segurança e parque aquático. Em São Paulo, o apartamento comprado em junho de 2012 tem 602 metros quadrados, incluindo as quatro vagas de garagem. O imóvel fica em Higienópolis, bairro nobre da capital. O valor declarado do negócio registrado em cartório foi de R$ 1,6 milhão, mas o preço de mercado na época era de cerca de R$ 3,6 milhões. OUTRO LADO Questionado sobre a sua evolução patrimonial, o presidente da CBF, Marco Polo del Nero, se limitou a dizer que está em situação regular na Receita Federal. "Todas as informações de despesas e receitas do contribuinte Marco Polo Del Nero foram fornecidas à Receita Federal, órgão com o qual o dirigente está rigorosamente em dia e não tem nenhuma pendência", informou a CBF, em resposta por e-mail. O cartola voltou a negar que seja o "coconspirador 12" da investigação norte-americana sobre esquemas de pagamento de propina e lavagem de dinheiro. "Eu não sou porque não recebi nada, e nem receberia. Isso tem que perguntar para quem está investigando", disse, no final de maio. Durante depoimento na Câmara dos Deputados no último dia 9, admitiu a proximidade com seu antecessor, José Maria Marin, a quem chamou de "grande companheiro", mas disse que não tinha conhecimento de supostos crimes cometidos por ele quando dirigia a CBF. O cartola também disse que não deixará o cargo antes de quatro anos. "Renuncia quem tem alguma coisa errada na vida. Eu vou até o fim, vou cumprir minha obrigação, fui eleito democraticamente com 45 dos 47 votos, tenho obrigação com os meus eleitores." Após a publicação da matéria, a CBF enviou uma carta ao Painel do Leitor da Folha em que contesta a reportagem.
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Sofremos de dependência por velocidade
A correria tecnológica faz com que o tempo se torne uma das grandezas mais valorizadas no mundo contemporâneo. Há uma percepção geral de que a vida flui rápido demais, de que há pouco tempo disponível, de que a quantidade de compromissos e demandas escapa do controle e de que há coisas demais feitas em regime de urgência. Nessa compulsão acelerada, e-mails são enviados para confirmar se outros e-mails foram recebidos, mensagens de texto não respondidas em menos de 5 minutos recebem novas mensagens de confirmação. No trânsito, muda-se de faixa desesperadamente em um congestionamento, culpa-se o Waze por eventuais lentidões e corre-se furiosamente nas estradas a caminho da praia para que se possa "descansar" ainda mais rápido. Há pouco tempo diziam que a sociedade pós-industrial traria uma "revolução do lazer", promovida pela automação das casas e indústrias. O progresso econômico levaria a maior prosperidade e libertaria todos para que cuidassem da família, dos estudos, e realizassem atividades gratificantes. Não foi bem isso o que aconteceu. A inovação parece ter acelerado a vida cotidiana e submetido as pessoas a suas demandas. Os mesmos aparelhos digitais que deveriam aumentar a eficiência se tornaram motivos de estresse. O mundo parece cada vez mais rápido, complexo e fugidio para que seja compreendido adequadamente. Mas a realidade é que ele sempre foi assim. O que não havia eram tecnologias para trazê-lo instantaneamente, em toda a sua magnitude, para cada bolso e colo. O resultado é que hoje vive-se em uma espécie de constante distração. Forças na periferia da atenção são amplificadas, enquanto aquelas que estão imediatamente à frente são ignoradas. Qualquer habilidade para planejar (ou até mesmo para seguir um plano) é bombardeada pela necessidade de improvisar caminhos meio a uma quantidade crescente de novos impactos externos. Boa parte das decisões é tomada de forma impulsiva, sem qualquer oportunidade para considerações. O ridículo da situação foi satirizado por Woody Allen em "Todos Dizem Eu Te Amo", cujo personagem, em uma crise neurótica, diz: "Vou me matar. Vou a Paris pular da Torre Eiffel. Se eu pegar o Concorde, posso estar morto três horas mais cedo, o que seria perfeito. Com o fuso horário, posso estar vivo por seis horas em Nova York e, ao mesmo tempo, morto em Paris. Posso fazer uma porção de coisas e, ao mesmo tempo, estar morto." Desde os movimentos modernistas que se preza a velocidade. Interpretações artísticas da sociedade industrial, eles encorajaram a revisão dos valores sociais em busca de novas ideias que acomodassem o progresso dos tempos. Dentre eles, o Futurismo do começo do século 20 foi o mais enfático: ele idolatrava os "novos" temas ligados à indústria: velocidade, juventude, tecnologia e os grandes centros urbanos representavam para seus adeptos o triunfo da humanidade sobre a ditadura da natureza, que durante tanto tempo ditou o ritmo da vida. O que eles não imaginavam era que no mundo no "tempo real" da máquina, que todos estão ligados o tempo todo, não haveria tempo para descansar ou refletir. A partir do instante em que o chefe não estava mais no escritório, mas no colo ou no bolso, disponível instantaneamente o dia todo, as tarefas e sua cobrança passaram a ser internalizadas e, no processo, se tornaram ainda mais rigorosas do que o eram no mundo antigo. Hoje não parece haver um instante livre. Tudo precisa ser preenchido com alguma função. A própria ideia de tempo mudou de natureza. Ele não é mais linear, mas amorfo e associativo. O passado é achatado e o futuro, irregular. Ambos estão dispersos em grandes volumes de informação e interpretações variadas. Como um gigantesco inconsciente terceirizado, fatos e acontecimentos são registrados e classificados minuciosamente, embora sua compreensão nem sempre esteja disponível. As pessoas, (ainda) analógicas, vivem em uma espécie de estresse traumático nesse contexto de excesso de informação e demandas. Ele se manifesta em uma forma de desilusão generalizada e falta de direção. Ninguém parece saber para onde vai, por mais que tenha certeza de que chegará lá cada vez mais rápido. Essa frustração gera uma natural resistência, que se manifesta em ideais e movimentos românticos que propõem uma estética da desaceleração. Tudo é tão bonito quanto efêmero, e seus efeitos colaterais podem ser ainda piores. Não adianta promover "desintoxicações" digitais ou se manter desplugado nos finais de semana se no resto do tempo as tarefas continuarem a se acumular. Os aparelhos tecnológicos são muitas vezes tidos como fatores externos, alheios às relações sociais. Mas na realidade boa parte das instituições é construída por meio deles, que acabam por incorporar códigos e práticas coletivas em um processo contínuo, interativo e progressivo a espelhar as fronteiras da imaginação. Fundamentais para a forma com que a sociedade contemporânea se relaciona com o tempo, espaço, comunicações, entretenimento, socialização, identidade e consciência, tecnologias tanto definem a cultura de velocidade quanto a refletem. Em vez de se pressionar endemicamente por tempo e, no processo, se confundir com o que é efetivamente feito, é preciso reexaminar a dependência de velocidade e aceleração e sua relação com produtividade, eficiência e, em última instância, com o progresso. Novas ideias são hoje mais importantes do que novas tecnologias. A infraestrutura digital precisa ser explorada para dar a seus agentes humanos e não humanos maior harmonia e equilíbrio. É preciso abandonar a velha ideia de que a velocidade é, por si só, um valor. Só assim se poderá ter uma visão mais abrangente de um cenário tão complexo.
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Sofremos de dependência por velocidadeA correria tecnológica faz com que o tempo se torne uma das grandezas mais valorizadas no mundo contemporâneo. Há uma percepção geral de que a vida flui rápido demais, de que há pouco tempo disponível, de que a quantidade de compromissos e demandas escapa do controle e de que há coisas demais feitas em regime de urgência. Nessa compulsão acelerada, e-mails são enviados para confirmar se outros e-mails foram recebidos, mensagens de texto não respondidas em menos de 5 minutos recebem novas mensagens de confirmação. No trânsito, muda-se de faixa desesperadamente em um congestionamento, culpa-se o Waze por eventuais lentidões e corre-se furiosamente nas estradas a caminho da praia para que se possa "descansar" ainda mais rápido. Há pouco tempo diziam que a sociedade pós-industrial traria uma "revolução do lazer", promovida pela automação das casas e indústrias. O progresso econômico levaria a maior prosperidade e libertaria todos para que cuidassem da família, dos estudos, e realizassem atividades gratificantes. Não foi bem isso o que aconteceu. A inovação parece ter acelerado a vida cotidiana e submetido as pessoas a suas demandas. Os mesmos aparelhos digitais que deveriam aumentar a eficiência se tornaram motivos de estresse. O mundo parece cada vez mais rápido, complexo e fugidio para que seja compreendido adequadamente. Mas a realidade é que ele sempre foi assim. O que não havia eram tecnologias para trazê-lo instantaneamente, em toda a sua magnitude, para cada bolso e colo. O resultado é que hoje vive-se em uma espécie de constante distração. Forças na periferia da atenção são amplificadas, enquanto aquelas que estão imediatamente à frente são ignoradas. Qualquer habilidade para planejar (ou até mesmo para seguir um plano) é bombardeada pela necessidade de improvisar caminhos meio a uma quantidade crescente de novos impactos externos. Boa parte das decisões é tomada de forma impulsiva, sem qualquer oportunidade para considerações. O ridículo da situação foi satirizado por Woody Allen em "Todos Dizem Eu Te Amo", cujo personagem, em uma crise neurótica, diz: "Vou me matar. Vou a Paris pular da Torre Eiffel. Se eu pegar o Concorde, posso estar morto três horas mais cedo, o que seria perfeito. Com o fuso horário, posso estar vivo por seis horas em Nova York e, ao mesmo tempo, morto em Paris. Posso fazer uma porção de coisas e, ao mesmo tempo, estar morto." Desde os movimentos modernistas que se preza a velocidade. Interpretações artísticas da sociedade industrial, eles encorajaram a revisão dos valores sociais em busca de novas ideias que acomodassem o progresso dos tempos. Dentre eles, o Futurismo do começo do século 20 foi o mais enfático: ele idolatrava os "novos" temas ligados à indústria: velocidade, juventude, tecnologia e os grandes centros urbanos representavam para seus adeptos o triunfo da humanidade sobre a ditadura da natureza, que durante tanto tempo ditou o ritmo da vida. O que eles não imaginavam era que no mundo no "tempo real" da máquina, que todos estão ligados o tempo todo, não haveria tempo para descansar ou refletir. A partir do instante em que o chefe não estava mais no escritório, mas no colo ou no bolso, disponível instantaneamente o dia todo, as tarefas e sua cobrança passaram a ser internalizadas e, no processo, se tornaram ainda mais rigorosas do que o eram no mundo antigo. Hoje não parece haver um instante livre. Tudo precisa ser preenchido com alguma função. A própria ideia de tempo mudou de natureza. Ele não é mais linear, mas amorfo e associativo. O passado é achatado e o futuro, irregular. Ambos estão dispersos em grandes volumes de informação e interpretações variadas. Como um gigantesco inconsciente terceirizado, fatos e acontecimentos são registrados e classificados minuciosamente, embora sua compreensão nem sempre esteja disponível. As pessoas, (ainda) analógicas, vivem em uma espécie de estresse traumático nesse contexto de excesso de informação e demandas. Ele se manifesta em uma forma de desilusão generalizada e falta de direção. Ninguém parece saber para onde vai, por mais que tenha certeza de que chegará lá cada vez mais rápido. Essa frustração gera uma natural resistência, que se manifesta em ideais e movimentos românticos que propõem uma estética da desaceleração. Tudo é tão bonito quanto efêmero, e seus efeitos colaterais podem ser ainda piores. Não adianta promover "desintoxicações" digitais ou se manter desplugado nos finais de semana se no resto do tempo as tarefas continuarem a se acumular. Os aparelhos tecnológicos são muitas vezes tidos como fatores externos, alheios às relações sociais. Mas na realidade boa parte das instituições é construída por meio deles, que acabam por incorporar códigos e práticas coletivas em um processo contínuo, interativo e progressivo a espelhar as fronteiras da imaginação. Fundamentais para a forma com que a sociedade contemporânea se relaciona com o tempo, espaço, comunicações, entretenimento, socialização, identidade e consciência, tecnologias tanto definem a cultura de velocidade quanto a refletem. Em vez de se pressionar endemicamente por tempo e, no processo, se confundir com o que é efetivamente feito, é preciso reexaminar a dependência de velocidade e aceleração e sua relação com produtividade, eficiência e, em última instância, com o progresso. Novas ideias são hoje mais importantes do que novas tecnologias. A infraestrutura digital precisa ser explorada para dar a seus agentes humanos e não humanos maior harmonia e equilíbrio. É preciso abandonar a velha ideia de que a velocidade é, por si só, um valor. Só assim se poderá ter uma visão mais abrangente de um cenário tão complexo.
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Candidatos à Câmara devem abrir mão de mordomias, diz leitor
ELEIÇÃO NA CÂMARA Nove dos 16 cotados para a sucessão de Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados têm alguma pendência na Justiça. Se o vencedor for alguém ligado ao deputado carioca, haverá o risco de não haver a tão esperada cassação, que é fundamental para que se vire uma página horrível da história da política brasileira. EDGARD GOBBI (Campinas, SP) * O melhor candidato para a presidência da Câmara seria aquele que abrisse mão dos carros, do jatinho, da mansão, dos seguranças e das mordomias. CARLOS GASPAR (São Paulo, SP) - CORRUPÇÃO A imprensa tem cumprido um relevante papel ao divulgar a imensa podridão que compõe a vida de grande parte de nossos políticos. Sugiro, no afã de conhecer os bons, que aqueles que nunca tiveram seus nomes envolvidos em falcatruas, os que têm patrimônio compatível com sua renda e os que apresentaram projetos importantes tenham seus nomes divulgados para que tenhamos a possibilidade de eleger gente boa e tentar mudar esse quadro político vergonhoso. GERALDO SIFFERT JR., médico (Rio de Janeiro, RJ) * Muito boa a coluna de Gregorio Duvivier. O idioma é vivo e dinâmico, e o significado das palavras sofre mutações ao longo do tempo. Cacareco, além de sinônimo de tralha, foi o nome do rinoceronte que, como forma de protesto dos eleitores, obteve maciça votação nas eleições de outubro de 1959 para vereador de São Paulo. Sob protesto ou não, os cacarecos continuam a ser eleitos. JOÃO CARLOS ARAÚJO FIGUEIRA (Rio de Janeiro, RJ) - GOVERNO TEMER O leitor Roberto Fissmer parece-me um pouco apressado. Dilma destruiu meticulosamente cada setor do país em cinco anos e meio. Lógico que, em dois meses, não poderia haver motivos para comemorações, e ainda vai demorar muito para o governo arrumar o desastre por que passamos. Não votei em Temer, mas entendo que temos que dar-lhe um prazo razoável antes de começarmos a criticar suas medidas. É preciso um pouco de tolerância. ROBERTO DOGLIA AZAMBUJA (Brasília, DF) * Se o impeachment passar e Michel Temer assumir em definitivo, o ajuste fiscal ficará comprometido. A característica maior do PMDB e de Temer é o puro fisiologismo, fora a gastança em prol dos amigos e apaniguados políticos. PAULO SÉRGIO CORDEIRO SANTOS (Curitiba, PR) - CPTM O que a população quer saber da CPTM é quando suas "obras de modernização" vão acabar. A demora e as panes nos trens são um insulto à população. Suas licitações são obscuras – talvez por isso o governador tenha tentado censurar os documentos, alegando "motivo de segurança". Até quando a cidade mais rica do Brasil (como muitos gostam de lembrar) terá trens velhos e lentos? Motivos para a queda de Alckmin não faltam. Derrubem-no! MAURÍCIO NERI DA SILVA (Diadema, SP) - ESCOLA SEM PARTIDO Acrescentaria à ótima análise do colunista Vladimir Safatle que o artigo 5º da lei que institui o programa Escola Livre diz isto: "A Secretaria Estadual de Educação promoverá a realização de cursos de ética do magistério para os professores da rede pública (...) a fim de informar e conscientizar os educadores (...) sobre os limites éticos e jurídicos da atividade docente (...)". Ou seja, o professor não pode "doutrinar seus alunos", mas a secretaria pode "informar e conscientizar" os educadores. RICARDO A. C. MARQUES, professor (Avaré, SP) - CAMPOS E GULLAR Abismado, vejo que continua a picuinha entre os nossos dois maiores poetas vivos. Até Ferreira Gullar e Augusto de Campos se renderam ao maniqueísmo rasteiro que avilta a discussão política atual. Já não basta as pessoas lerem tão pouca poesia? ANTONIO CELSO NOGUEIRA LEITE (São Paulo, SP) * Caros Ferreira Gullar e Augusto de Campos, vocês são dois dos mais importantes brasileiros em atividade. Lúcidos, cultos, com histórico de tolerância e combatividade invejáveis. Amo os dois. Peço encarecidamente que parem de brigar. Se continuarem assim, ficarão de castigo, sem poder ler nenhum livro até o final de agosto. WANDI DORATIOTTO (São Paulo, SP) - BREXIT Theresa May declarou claramente sua disposição para atender às urnas e deixar a União Europeia. Isso poderia servir de exemplo para rediscutirmos o Brasil, não do ponto de vista separatista, mas dando aos Estados mais independência. OTAVIO DE QUEIROZ (São Paulo, SP) - Fumo Sobre a reportagem "Lobby e ação judicial travam adoção de medidas antifumo", informamos que pesquisa da Abrasel mostrou aumento de faturamento de 15% para restaurantes, bares e casas noturnas e de cerca de R$ 37,5 milhões, em 2009, para R$ 46 milhões, em 2011. Para 82% dos empresários, o movimento cresceu ou não mudou e, para 95%, houve aumento de contratações ou não aumentou o quadro de empregados. PAULA JOHNS, diretora-executiva da Aliança de Controle do Tabagismo e Saúde (ACT+) (Rio de Janeiro, RJ) - EUROCOPA 2016 É bom começar a semana com uma imagem marcante e comovente, repleta de ternura, emoção e solidariedade: a do pequeno torcedor português consolando o torcedor francês, em prantos, depois do jogo final da Eurocopa. A cena mostra que nem tudo está perdido neste mundo tomado pela violência, hipocrisia e falta de respeito. VICENTE LIMONGI NETTO (Brasília, DF) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Candidatos à Câmara devem abrir mão de mordomias, diz leitorELEIÇÃO NA CÂMARA Nove dos 16 cotados para a sucessão de Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados têm alguma pendência na Justiça. Se o vencedor for alguém ligado ao deputado carioca, haverá o risco de não haver a tão esperada cassação, que é fundamental para que se vire uma página horrível da história da política brasileira. EDGARD GOBBI (Campinas, SP) * O melhor candidato para a presidência da Câmara seria aquele que abrisse mão dos carros, do jatinho, da mansão, dos seguranças e das mordomias. CARLOS GASPAR (São Paulo, SP) - CORRUPÇÃO A imprensa tem cumprido um relevante papel ao divulgar a imensa podridão que compõe a vida de grande parte de nossos políticos. Sugiro, no afã de conhecer os bons, que aqueles que nunca tiveram seus nomes envolvidos em falcatruas, os que têm patrimônio compatível com sua renda e os que apresentaram projetos importantes tenham seus nomes divulgados para que tenhamos a possibilidade de eleger gente boa e tentar mudar esse quadro político vergonhoso. GERALDO SIFFERT JR., médico (Rio de Janeiro, RJ) * Muito boa a coluna de Gregorio Duvivier. O idioma é vivo e dinâmico, e o significado das palavras sofre mutações ao longo do tempo. Cacareco, além de sinônimo de tralha, foi o nome do rinoceronte que, como forma de protesto dos eleitores, obteve maciça votação nas eleições de outubro de 1959 para vereador de São Paulo. Sob protesto ou não, os cacarecos continuam a ser eleitos. JOÃO CARLOS ARAÚJO FIGUEIRA (Rio de Janeiro, RJ) - GOVERNO TEMER O leitor Roberto Fissmer parece-me um pouco apressado. Dilma destruiu meticulosamente cada setor do país em cinco anos e meio. Lógico que, em dois meses, não poderia haver motivos para comemorações, e ainda vai demorar muito para o governo arrumar o desastre por que passamos. Não votei em Temer, mas entendo que temos que dar-lhe um prazo razoável antes de começarmos a criticar suas medidas. É preciso um pouco de tolerância. ROBERTO DOGLIA AZAMBUJA (Brasília, DF) * Se o impeachment passar e Michel Temer assumir em definitivo, o ajuste fiscal ficará comprometido. A característica maior do PMDB e de Temer é o puro fisiologismo, fora a gastança em prol dos amigos e apaniguados políticos. PAULO SÉRGIO CORDEIRO SANTOS (Curitiba, PR) - CPTM O que a população quer saber da CPTM é quando suas "obras de modernização" vão acabar. A demora e as panes nos trens são um insulto à população. Suas licitações são obscuras – talvez por isso o governador tenha tentado censurar os documentos, alegando "motivo de segurança". Até quando a cidade mais rica do Brasil (como muitos gostam de lembrar) terá trens velhos e lentos? Motivos para a queda de Alckmin não faltam. Derrubem-no! MAURÍCIO NERI DA SILVA (Diadema, SP) - ESCOLA SEM PARTIDO Acrescentaria à ótima análise do colunista Vladimir Safatle que o artigo 5º da lei que institui o programa Escola Livre diz isto: "A Secretaria Estadual de Educação promoverá a realização de cursos de ética do magistério para os professores da rede pública (...) a fim de informar e conscientizar os educadores (...) sobre os limites éticos e jurídicos da atividade docente (...)". Ou seja, o professor não pode "doutrinar seus alunos", mas a secretaria pode "informar e conscientizar" os educadores. RICARDO A. C. MARQUES, professor (Avaré, SP) - CAMPOS E GULLAR Abismado, vejo que continua a picuinha entre os nossos dois maiores poetas vivos. Até Ferreira Gullar e Augusto de Campos se renderam ao maniqueísmo rasteiro que avilta a discussão política atual. Já não basta as pessoas lerem tão pouca poesia? ANTONIO CELSO NOGUEIRA LEITE (São Paulo, SP) * Caros Ferreira Gullar e Augusto de Campos, vocês são dois dos mais importantes brasileiros em atividade. Lúcidos, cultos, com histórico de tolerância e combatividade invejáveis. Amo os dois. Peço encarecidamente que parem de brigar. Se continuarem assim, ficarão de castigo, sem poder ler nenhum livro até o final de agosto. WANDI DORATIOTTO (São Paulo, SP) - BREXIT Theresa May declarou claramente sua disposição para atender às urnas e deixar a União Europeia. Isso poderia servir de exemplo para rediscutirmos o Brasil, não do ponto de vista separatista, mas dando aos Estados mais independência. OTAVIO DE QUEIROZ (São Paulo, SP) - Fumo Sobre a reportagem "Lobby e ação judicial travam adoção de medidas antifumo", informamos que pesquisa da Abrasel mostrou aumento de faturamento de 15% para restaurantes, bares e casas noturnas e de cerca de R$ 37,5 milhões, em 2009, para R$ 46 milhões, em 2011. Para 82% dos empresários, o movimento cresceu ou não mudou e, para 95%, houve aumento de contratações ou não aumentou o quadro de empregados. PAULA JOHNS, diretora-executiva da Aliança de Controle do Tabagismo e Saúde (ACT+) (Rio de Janeiro, RJ) - EUROCOPA 2016 É bom começar a semana com uma imagem marcante e comovente, repleta de ternura, emoção e solidariedade: a do pequeno torcedor português consolando o torcedor francês, em prantos, depois do jogo final da Eurocopa. A cena mostra que nem tudo está perdido neste mundo tomado pela violência, hipocrisia e falta de respeito. VICENTE LIMONGI NETTO (Brasília, DF) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Confira 19 sites para ir às compras sem sair de casa
CAMILA SAYURI E GABRIELA VALDANHA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo "O Melhor de sãopaulo - Compras" deste ano reúne mais de 300 opções para você encontrar o seu presente ideal neste fim de ano. Confira abaixo a seleção de 19 opções de lojas online para ir às compras sem sair de casa. * AMARO A marca de moda feminina apresenta a primeira coleção de "footwear" -com 74 modelos. Um dos destaques são os calçados metalizados, tendência do momento, a exemplo do oxford prata de sola branca, que sai por R$ 199,90. Para alegrar o look, a sugestão é a sandália de salto fino com pompom, que também custa R$ 199,90. Há a opção de entrega em até 2h30 para a capital paulista. amaro.com * APPLE Há duas lojas físicas no Brasil -uma em São Paulo e outra no Rio de Janeiro-, mas é possível adquirir os cobiçados produtos da marca também pelo seu e-commerce. Todos os modelos de iPhone, iPad, relógios, computadores e acessórios, caso das capas de couro para iPhone 7, além de serviço de suporte para os aparelhos, são disponibilizados via internet. O frete é grátis para todo o Brasil. store.apple.com/br * BELEZA NA WEB Como o próprio nome revela, o forte dessa loja on-line são produtos de beleza. Os itens vão de produtos para os cabelos a maquiagem, cuidados com o corpo e perfumes. Uma das sugestões disponíveis, o batom Le Rouge Perfecto, da Givenchy, é 3 em 1 (combina ultra-hidratante, com concentrado volumoso e impulsionador da cor). Custa R$ 179. belezanaweb.com.br * COELHO NA LUA Brinquedos sensoriais, educativos e lúdicos para crianças até sete anos de idade são o foco do site -a lista de fornecedores abarca marcas como a francesa Ebulobo e a americana Melissa & Doug. Repare na seleção de bonecas e bichinhos de crochê da holandesa Anne Claire Petit (o hipopótamo com bolinhas coloridas sai por R$ 257), que também servem para decorar o quarto dos pequenos. coelhonalua.com.br * FARFETCH A plataforma de compras tem parceira com mais de 400 boutiques do mundo todo e 100 marcas, que fornecem itens de luxo de mais de 1.000 designers. Entre os destaques estão peças as grifes Givenchy, Moschino, Stella McCartney e outras labels estrangeiras que ainda não têm operação própria no Brasil. A capa para iPhone 6 da Moschino by Jeremy Scott sai por R$ 330. farfetch.com.br * GALLERIST Reúne mais de 2.000 peças entre roupas, sapatos, acessórios e decoração. Tudo é garimpado pelas quatro irmãs que fundaram o site -Amanda, Carolina, Fernanda e Mariana-, que sempre buscam o que há de novidades entre artistas do mundo da moda e design. Da coleção 2017 da Farm, o "cropped" rendeira frente única pode ser encontrado por R$ 369. Entrega em todo o país e abriu recentemente uma loja física dentro do Shopping Cidade Jardim. gallerist.com.br * GIULIANA FLORES O e-commerce da loja oferece diferentes tipos de flor para as mais diversas ocasiões. O arranjo Puro Romance inclui rosas importadas nas cores brancas e vermelhas dispostas num vaso cilíndrico. Custa R$ 189,90. É possível montar o próprio buquê, com as flores que desejar, ou presentes, que combinam flores com chocolates, pelúcias e bebidas, a partir de R$ 80. giulianaflores.com.br * KANUI Roupas e outros artigos esportivos femininos e masculinos são o foco da loja. Há produtos para praticantes de surfe, skate, ciclismo, artes marciais, corrida, escalada, motocross, mergulho, slackline, natação e outras modalidades de marcas como Adidas, Nike, Speedo, Timberland, Oakley, Puma, Vans, Quiksilver e Billabong. Ao assinar a "newsletter", a primeira compra tem desconto de R$ 40. kanui.com.br * MEU MÓVEL DE MADEIRA Pinus e MDF (chapa de fibra de madeira) são matéria-prima para os móveis joviais da marca, que atua exclusivamente via e-commerce e segue a premissa da sustentabilidade. Funcional, a cama de solteiro Libro (R$ 1.079,10 na promoção) conta com um baú acoplado (para acomodar objetivos de uso ocasional), além de nichos nas laterais, para preencher com objetos decorativos. meumoveldemadeira.com.br * MOSHI KIDS Bodies, vestidos, camisetas e calças infantis, com estampas em diversas referências do estilo retrô ao oriental e ilustrações de artistas convidados, fazem parte da coleção. Os acessórios das décadas de 1930 a 1960, garimpados em Londres, saem por a partir de R$ 29. Entrega em todo o Brasil. moshikids.com.br * NESCAFÉ DOLCE GUSTO Máquinas de café, cápsulas e outras bebidas podem ser adquiridas na loja virtual. O blend descafeinado Espresso Intenso Decaffeinato (R$ 22,20) é exclusividade do site, assim como o mini panetone de doce de leite da Nestlé (R$ 14,90). nescafe-dolcegusto.com.br * NETSHOES A rede soma mais de 40 mil artigos esportivos em mais de 25 categorias, como corrida, futebol e musculação, entre outras. Destaque para o acervo de tênis, com Nike, Adidas, Puma, Oakley e Asics. A marca tem um app disponível para iOS e Android. netshoes.com.br * OQVESTIR Mais de 180 grifes, como Animale, Maria Filó e Le Lis Blanc podem ser encontradas no site. A coleção Madeleine, de Isabella Fiorentino, é uma das novidades. O frete é grátis para compras acima de R$ 500. oqvestir.com.br * PLUME A loja on-line de acessórios trabalha com artesãs e materiais nacionais, que resultam em peças bem brasileiras. Colares, braceletes, brincos e anéis são entregues em todo o Brasil. Da coleção "Terra", o anel Cascalhos, de prata de lei, sai por R$ 229. goplume.com * POSTHAUS O portal disponibiliza mais de 15 mil itens entre roupas femininas, masculinas, infantis e calçados, além de moda praia, fitness, "plus size" e lingerie. Há marcas como Colombo, Colcci, Lacoste e Malwee, entre outras. As compras feitas em dezembro possuem prazo de troca estendido. O cliente poderá solicitar a troca até dia 31/01/2017. posthaus.com.br * SHOP2GETHER Trabalha com moda feminina, masculina e infantil de marcas famosas como Adidas, Bo.Bô, Cris Barros, Diesel, Ellus, Água de Coco e Salinas, entre outras - há bata da Farm por R$ 229 e top da Animale por R$ 598. O frete é grátis para valores acima de R$ 400, com exceção de destinos internacionais. shop2gether.com.br * TOY MANIA Há brinquedos das mais diversas marcas para bebês e crianças, como Mattel, Grow, LEGO e Estrela. A pelúcia Peppa Pig gigante (70 cm) sai por R$ 128,24. O kit com três personagens do Show da Luna custa R$ 59,98 e é sucesso entre os pequenos. toymania.com.br * VIZCAYA Especialista em tratamento para cabelos e corpo, a marca brasileira tem mais de 80 produtos no portfólio. Destaque para os produtos com água termal, que são livres de parabenos, não contém sal e são dermatologicamente testados. Para o Natal, a dica é o kit de hidratação Aqua, que inclui creme para os pés e para as mãos e um sabonete massageador por R$ 29,90. vizcaya.com.br * WINE Desde 2008 oferece mais de 2.000 rótulos de vinhos de diferentes partes do mundo. Lançamento, o argentino Goulart Grand Vin Blend Malbec 2010 sai por R$ 210. O Vende também destilados, cervejas e acessórios, como decanter e camisetas, além de vale-presentes. wine.com.br
saopaulo
Confira 19 sites para ir às compras sem sair de casaCAMILA SAYURI E GABRIELA VALDANHA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo "O Melhor de sãopaulo - Compras" deste ano reúne mais de 300 opções para você encontrar o seu presente ideal neste fim de ano. Confira abaixo a seleção de 19 opções de lojas online para ir às compras sem sair de casa. * AMARO A marca de moda feminina apresenta a primeira coleção de "footwear" -com 74 modelos. Um dos destaques são os calçados metalizados, tendência do momento, a exemplo do oxford prata de sola branca, que sai por R$ 199,90. Para alegrar o look, a sugestão é a sandália de salto fino com pompom, que também custa R$ 199,90. Há a opção de entrega em até 2h30 para a capital paulista. amaro.com * APPLE Há duas lojas físicas no Brasil -uma em São Paulo e outra no Rio de Janeiro-, mas é possível adquirir os cobiçados produtos da marca também pelo seu e-commerce. Todos os modelos de iPhone, iPad, relógios, computadores e acessórios, caso das capas de couro para iPhone 7, além de serviço de suporte para os aparelhos, são disponibilizados via internet. O frete é grátis para todo o Brasil. store.apple.com/br * BELEZA NA WEB Como o próprio nome revela, o forte dessa loja on-line são produtos de beleza. Os itens vão de produtos para os cabelos a maquiagem, cuidados com o corpo e perfumes. Uma das sugestões disponíveis, o batom Le Rouge Perfecto, da Givenchy, é 3 em 1 (combina ultra-hidratante, com concentrado volumoso e impulsionador da cor). Custa R$ 179. belezanaweb.com.br * COELHO NA LUA Brinquedos sensoriais, educativos e lúdicos para crianças até sete anos de idade são o foco do site -a lista de fornecedores abarca marcas como a francesa Ebulobo e a americana Melissa & Doug. Repare na seleção de bonecas e bichinhos de crochê da holandesa Anne Claire Petit (o hipopótamo com bolinhas coloridas sai por R$ 257), que também servem para decorar o quarto dos pequenos. coelhonalua.com.br * FARFETCH A plataforma de compras tem parceira com mais de 400 boutiques do mundo todo e 100 marcas, que fornecem itens de luxo de mais de 1.000 designers. Entre os destaques estão peças as grifes Givenchy, Moschino, Stella McCartney e outras labels estrangeiras que ainda não têm operação própria no Brasil. A capa para iPhone 6 da Moschino by Jeremy Scott sai por R$ 330. farfetch.com.br * GALLERIST Reúne mais de 2.000 peças entre roupas, sapatos, acessórios e decoração. Tudo é garimpado pelas quatro irmãs que fundaram o site -Amanda, Carolina, Fernanda e Mariana-, que sempre buscam o que há de novidades entre artistas do mundo da moda e design. Da coleção 2017 da Farm, o "cropped" rendeira frente única pode ser encontrado por R$ 369. Entrega em todo o país e abriu recentemente uma loja física dentro do Shopping Cidade Jardim. gallerist.com.br * GIULIANA FLORES O e-commerce da loja oferece diferentes tipos de flor para as mais diversas ocasiões. O arranjo Puro Romance inclui rosas importadas nas cores brancas e vermelhas dispostas num vaso cilíndrico. Custa R$ 189,90. É possível montar o próprio buquê, com as flores que desejar, ou presentes, que combinam flores com chocolates, pelúcias e bebidas, a partir de R$ 80. giulianaflores.com.br * KANUI Roupas e outros artigos esportivos femininos e masculinos são o foco da loja. Há produtos para praticantes de surfe, skate, ciclismo, artes marciais, corrida, escalada, motocross, mergulho, slackline, natação e outras modalidades de marcas como Adidas, Nike, Speedo, Timberland, Oakley, Puma, Vans, Quiksilver e Billabong. Ao assinar a "newsletter", a primeira compra tem desconto de R$ 40. kanui.com.br * MEU MÓVEL DE MADEIRA Pinus e MDF (chapa de fibra de madeira) são matéria-prima para os móveis joviais da marca, que atua exclusivamente via e-commerce e segue a premissa da sustentabilidade. Funcional, a cama de solteiro Libro (R$ 1.079,10 na promoção) conta com um baú acoplado (para acomodar objetivos de uso ocasional), além de nichos nas laterais, para preencher com objetos decorativos. meumoveldemadeira.com.br * MOSHI KIDS Bodies, vestidos, camisetas e calças infantis, com estampas em diversas referências do estilo retrô ao oriental e ilustrações de artistas convidados, fazem parte da coleção. Os acessórios das décadas de 1930 a 1960, garimpados em Londres, saem por a partir de R$ 29. Entrega em todo o Brasil. moshikids.com.br * NESCAFÉ DOLCE GUSTO Máquinas de café, cápsulas e outras bebidas podem ser adquiridas na loja virtual. O blend descafeinado Espresso Intenso Decaffeinato (R$ 22,20) é exclusividade do site, assim como o mini panetone de doce de leite da Nestlé (R$ 14,90). nescafe-dolcegusto.com.br * NETSHOES A rede soma mais de 40 mil artigos esportivos em mais de 25 categorias, como corrida, futebol e musculação, entre outras. Destaque para o acervo de tênis, com Nike, Adidas, Puma, Oakley e Asics. A marca tem um app disponível para iOS e Android. netshoes.com.br * OQVESTIR Mais de 180 grifes, como Animale, Maria Filó e Le Lis Blanc podem ser encontradas no site. A coleção Madeleine, de Isabella Fiorentino, é uma das novidades. O frete é grátis para compras acima de R$ 500. oqvestir.com.br * PLUME A loja on-line de acessórios trabalha com artesãs e materiais nacionais, que resultam em peças bem brasileiras. Colares, braceletes, brincos e anéis são entregues em todo o Brasil. Da coleção "Terra", o anel Cascalhos, de prata de lei, sai por R$ 229. goplume.com * POSTHAUS O portal disponibiliza mais de 15 mil itens entre roupas femininas, masculinas, infantis e calçados, além de moda praia, fitness, "plus size" e lingerie. Há marcas como Colombo, Colcci, Lacoste e Malwee, entre outras. As compras feitas em dezembro possuem prazo de troca estendido. O cliente poderá solicitar a troca até dia 31/01/2017. posthaus.com.br * SHOP2GETHER Trabalha com moda feminina, masculina e infantil de marcas famosas como Adidas, Bo.Bô, Cris Barros, Diesel, Ellus, Água de Coco e Salinas, entre outras - há bata da Farm por R$ 229 e top da Animale por R$ 598. O frete é grátis para valores acima de R$ 400, com exceção de destinos internacionais. shop2gether.com.br * TOY MANIA Há brinquedos das mais diversas marcas para bebês e crianças, como Mattel, Grow, LEGO e Estrela. A pelúcia Peppa Pig gigante (70 cm) sai por R$ 128,24. O kit com três personagens do Show da Luna custa R$ 59,98 e é sucesso entre os pequenos. toymania.com.br * VIZCAYA Especialista em tratamento para cabelos e corpo, a marca brasileira tem mais de 80 produtos no portfólio. Destaque para os produtos com água termal, que são livres de parabenos, não contém sal e são dermatologicamente testados. Para o Natal, a dica é o kit de hidratação Aqua, que inclui creme para os pés e para as mãos e um sabonete massageador por R$ 29,90. vizcaya.com.br * WINE Desde 2008 oferece mais de 2.000 rótulos de vinhos de diferentes partes do mundo. Lançamento, o argentino Goulart Grand Vin Blend Malbec 2010 sai por R$ 210. O Vende também destilados, cervejas e acessórios, como decanter e camisetas, além de vale-presentes. wine.com.br
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Murray vence jogo de quatro horas e enfrentará Djokovic na Austrália
Após quatro horas de partida, Andy Murray conseguiu derrotar Milos Raonic e garantiu a vaga em sua quinta final do Aberto da Austrália. Nesta sexta-feira (29), o britânico derrotou o canadense por 3 sets a 2, parciais de 4-6, 7-5, 6-7 (4-7), 6-4 e 6-2. No domingo, Murray e o sérvio Novak Djokovic fazem a final do Grand Slam. O britânico nunca venceu o torneio australiano. Raonic abriu o jogo logo com uma quebra de serviço e manteve a vantagem para vencer o primeiro set. As duas parciais foram mais equilibradas, com uma vitória para cada lado. Enquanto o jogo de Murray crescia, Raonic passou a sentir a virilha direita e precisou de atendimento médio no vestiário. O britânico aproveitou para encaixar melhor suas jogadas e levar os dois sets finais. BRUNO SOARES O brasileiro Bruno Soares se classificou para mais uma final no Aberto da Austrália. Nesta sexta-feira (29), o brasileiro garantiu a vaga na disputa de duplas mistas, ao lado da ucraniana Elena Vesnina. O duplista derrotou a parceria de Ivan Dodig e Sania Mirza por 2 sets a 0, parciais de 7/5 e 7/6 (7/4). No domingo (31), Bruno e Vesnina encaram o romeno Horia Tecau e a norte-americana Coco Vandeweghe pelo título do torneio. Na quinta-feira, Bruno já havia conquistado vaga na final de duplas masculina, ao lado do britânico Jamie Murray. Eles enfrentarão a parceria Daniel Nestor e Radek Stepanek no sábado (30). Bruno chega para as duas disputas em boa fase. No início do mês, o brasileiro venceu o ATP de Sidney, torneio preparatório para o Grand Slam australiano. Foi o primeiro título dele ao lado de Murray.
esporte
Murray vence jogo de quatro horas e enfrentará Djokovic na AustráliaApós quatro horas de partida, Andy Murray conseguiu derrotar Milos Raonic e garantiu a vaga em sua quinta final do Aberto da Austrália. Nesta sexta-feira (29), o britânico derrotou o canadense por 3 sets a 2, parciais de 4-6, 7-5, 6-7 (4-7), 6-4 e 6-2. No domingo, Murray e o sérvio Novak Djokovic fazem a final do Grand Slam. O britânico nunca venceu o torneio australiano. Raonic abriu o jogo logo com uma quebra de serviço e manteve a vantagem para vencer o primeiro set. As duas parciais foram mais equilibradas, com uma vitória para cada lado. Enquanto o jogo de Murray crescia, Raonic passou a sentir a virilha direita e precisou de atendimento médio no vestiário. O britânico aproveitou para encaixar melhor suas jogadas e levar os dois sets finais. BRUNO SOARES O brasileiro Bruno Soares se classificou para mais uma final no Aberto da Austrália. Nesta sexta-feira (29), o brasileiro garantiu a vaga na disputa de duplas mistas, ao lado da ucraniana Elena Vesnina. O duplista derrotou a parceria de Ivan Dodig e Sania Mirza por 2 sets a 0, parciais de 7/5 e 7/6 (7/4). No domingo (31), Bruno e Vesnina encaram o romeno Horia Tecau e a norte-americana Coco Vandeweghe pelo título do torneio. Na quinta-feira, Bruno já havia conquistado vaga na final de duplas masculina, ao lado do britânico Jamie Murray. Eles enfrentarão a parceria Daniel Nestor e Radek Stepanek no sábado (30). Bruno chega para as duas disputas em boa fase. No início do mês, o brasileiro venceu o ATP de Sidney, torneio preparatório para o Grand Slam australiano. Foi o primeiro título dele ao lado de Murray.
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Mega-Sena acumula e pode pagar prêmio de R$ 135 milhões no sábado
Nenhuma apostador acertou as seis dezenas do concurso 1.768 da Mega-Sena, realizado na noite desta quarta-feira (9), em Vilhena (RO). Segundo a Caixa Econômica Federal, o prêmio estimado para o sorteio do próximo sábado (12) é de R$ 135 milhões. As dezenas sorteadas foram: 05 - 07 - 11 - 34 - 35 - 50. Apesar de nenhum bilhete ter acertado as seis dezenas, 156 apostadores fizeram a quina e vão levar R$ 35.476,07 cada um. Outros 12.402 fizeram a quadra e vão receber R$ 637,48 cada um. A aposta mínima, de seis número, é de R$ 3,50 e pode ser feita até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer uma das mais de 13 mil lotéricas do país. Normalmente, a Mega-Sena realiza sorteios duas vezes por semana, às quartas e aos sábados. MEGA DA VIRADA A estimativa do prêmio da Mega-Sena da Virada, edição especial no último dia do ano, teve superar a quantia de R$ 280 milhões, segundo a Caixa Econômica Federal. As apostas para o sorteio podem ser efetuadas até as 14h do dia 31 de dezembro em qualquer lotérica do país. A aposta mínima –seis números– custa R$ 3,50. A Mega-Sena da Virada será sorteada na véspera do Ano Novo, às 20h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo pela televisão. De acordo com a Caixa, o concurso é especial e o prêmio não acumula. Se não houver ganhador com as seis dezenas sorteadas, o prêmio será distribuído entre os acertadores da quina –cinco números. Se não houver ganhadores nesta faixa, o prêmio será dividido com quem acertar a quadra, e assim sucessivamente. O maior prêmio da Mega-Sena da Virada foi o do concurso 1.665, sorteado em 2014, que pagou R$ 263.295.552,64 a quatro ganhadores; dois de São Paulo, um do Distrito Federal e um de Mato Grosso, que dividiram o valor do prêmio. Cada um recebeu R$ 65,8 milhões. A Mega-Sena da Virada é considerada a mais popular das loterias especiais da Caixa e teve sua primeira edição em 2009, quando dois ganhadores dividiram o prêmio de R$ 144,9 milhões. Acompanhe o resultados das loterias
cotidiano
Mega-Sena acumula e pode pagar prêmio de R$ 135 milhões no sábadoNenhuma apostador acertou as seis dezenas do concurso 1.768 da Mega-Sena, realizado na noite desta quarta-feira (9), em Vilhena (RO). Segundo a Caixa Econômica Federal, o prêmio estimado para o sorteio do próximo sábado (12) é de R$ 135 milhões. As dezenas sorteadas foram: 05 - 07 - 11 - 34 - 35 - 50. Apesar de nenhum bilhete ter acertado as seis dezenas, 156 apostadores fizeram a quina e vão levar R$ 35.476,07 cada um. Outros 12.402 fizeram a quadra e vão receber R$ 637,48 cada um. A aposta mínima, de seis número, é de R$ 3,50 e pode ser feita até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer uma das mais de 13 mil lotéricas do país. Normalmente, a Mega-Sena realiza sorteios duas vezes por semana, às quartas e aos sábados. MEGA DA VIRADA A estimativa do prêmio da Mega-Sena da Virada, edição especial no último dia do ano, teve superar a quantia de R$ 280 milhões, segundo a Caixa Econômica Federal. As apostas para o sorteio podem ser efetuadas até as 14h do dia 31 de dezembro em qualquer lotérica do país. A aposta mínima –seis números– custa R$ 3,50. A Mega-Sena da Virada será sorteada na véspera do Ano Novo, às 20h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo pela televisão. De acordo com a Caixa, o concurso é especial e o prêmio não acumula. Se não houver ganhador com as seis dezenas sorteadas, o prêmio será distribuído entre os acertadores da quina –cinco números. Se não houver ganhadores nesta faixa, o prêmio será dividido com quem acertar a quadra, e assim sucessivamente. O maior prêmio da Mega-Sena da Virada foi o do concurso 1.665, sorteado em 2014, que pagou R$ 263.295.552,64 a quatro ganhadores; dois de São Paulo, um do Distrito Federal e um de Mato Grosso, que dividiram o valor do prêmio. Cada um recebeu R$ 65,8 milhões. A Mega-Sena da Virada é considerada a mais popular das loterias especiais da Caixa e teve sua primeira edição em 2009, quando dois ganhadores dividiram o prêmio de R$ 144,9 milhões. Acompanhe o resultados das loterias
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Governo vai reduzir para cerca de 0,5% projeção de crescimento para 2017
O governo vai reduzir para cerca de 0,5% a previsão de crescimento da economia brasileira em 2017. A nova projeção será divulgada na próxima semana, no relatório de avaliação e despesas do primeiro bimestre. Apesar de a equipe do Ministério da Fazenda ainda não ter concluído os cálculos, interlocutores do governo já garantem que a projeção ficará próxima dos 0,48% esperados pelo mercado, de acordo com o último Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (13). A equipe econômica, que chegou a prever um crescimento de 1,6%, já falava em uma projeção de 1%. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vem destacando que, no fim do ano, a economia já estará em ritmo mais acelerado. Segundo ele, a expectativa é que, na comparação do último trimestre de 2017 com o mesmo período de 2016, a taxa de crescimento fique em 2,4%. Questionado nesta terça-feira (14) sobre se será necessário aumentar tributos, Meirelles disse que a equipe ainda está "finalizando os cálculos". "Existem muitos dados em processo de análise, como questão de venda de ativos estatais, uma série de coisas que estamos analisando, algumas privatizações, o que será pago de dividendos", disse. Meirelles reforçou que o governo cumprirá a meta de resultado primário de 2017, de um déficit de R$ 139 bilhões. Para isso, ele não descarta um contingenciamento de despesas e um aumento de tributos. "Se precisar, vamos aumentar [impostos]. O que há de compromisso não é se vai haver aumento de imposto ou não, contingenciamento ou não, nosso compromisso é cumprir a meta de resultado primário. É isso que dá segurança para a economia crescer", argumentou Meirelles.
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Governo vai reduzir para cerca de 0,5% projeção de crescimento para 2017O governo vai reduzir para cerca de 0,5% a previsão de crescimento da economia brasileira em 2017. A nova projeção será divulgada na próxima semana, no relatório de avaliação e despesas do primeiro bimestre. Apesar de a equipe do Ministério da Fazenda ainda não ter concluído os cálculos, interlocutores do governo já garantem que a projeção ficará próxima dos 0,48% esperados pelo mercado, de acordo com o último Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (13). A equipe econômica, que chegou a prever um crescimento de 1,6%, já falava em uma projeção de 1%. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vem destacando que, no fim do ano, a economia já estará em ritmo mais acelerado. Segundo ele, a expectativa é que, na comparação do último trimestre de 2017 com o mesmo período de 2016, a taxa de crescimento fique em 2,4%. Questionado nesta terça-feira (14) sobre se será necessário aumentar tributos, Meirelles disse que a equipe ainda está "finalizando os cálculos". "Existem muitos dados em processo de análise, como questão de venda de ativos estatais, uma série de coisas que estamos analisando, algumas privatizações, o que será pago de dividendos", disse. Meirelles reforçou que o governo cumprirá a meta de resultado primário de 2017, de um déficit de R$ 139 bilhões. Para isso, ele não descarta um contingenciamento de despesas e um aumento de tributos. "Se precisar, vamos aumentar [impostos]. O que há de compromisso não é se vai haver aumento de imposto ou não, contingenciamento ou não, nosso compromisso é cumprir a meta de resultado primário. É isso que dá segurança para a economia crescer", argumentou Meirelles.
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Série Diálogos debate no dia 13 o ajuste fiscal
A Folha e o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) fazem o segundo evento da série Diálogos na quarta-feira (13), das 11h30 às 13h. A edição deste mês discutirá o ajuste fiscal. Participam do debate Samuel Pessôa, professor da FGV e colunista da Folha, e Luiz Gonzaga Belluzzo, professor aposentado da Unicamp e colunista da revista "Carta Capital". A mediação será feita pela repórter especial da Folha Érica Fraga. O evento é gratuito e ocorre no auditório do Cebrap (r. Morgado de Mateus, 615, Vila Mariana, São Paulo). Não é necessário fazer inscrição. O primeiro evento da série, que aconteceu no último dia 22, debateu propostas de reforma política. Participaram da mesa os professores de ciência política Jairo Nicolau, da UFRJ, e Fernando Limongi, da USP, que também é pesquisador do Cebrap. A mediação foi do editor de "Opinião", Uirá Machado. Proposta de reforma defendida pelo PMDB, o distritão foi criticado pelos participantes. Nicolau e Limongi concordaram que o modelo pode representar um "retrocesso".
poder
Série Diálogos debate no dia 13 o ajuste fiscalA Folha e o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) fazem o segundo evento da série Diálogos na quarta-feira (13), das 11h30 às 13h. A edição deste mês discutirá o ajuste fiscal. Participam do debate Samuel Pessôa, professor da FGV e colunista da Folha, e Luiz Gonzaga Belluzzo, professor aposentado da Unicamp e colunista da revista "Carta Capital". A mediação será feita pela repórter especial da Folha Érica Fraga. O evento é gratuito e ocorre no auditório do Cebrap (r. Morgado de Mateus, 615, Vila Mariana, São Paulo). Não é necessário fazer inscrição. O primeiro evento da série, que aconteceu no último dia 22, debateu propostas de reforma política. Participaram da mesa os professores de ciência política Jairo Nicolau, da UFRJ, e Fernando Limongi, da USP, que também é pesquisador do Cebrap. A mediação foi do editor de "Opinião", Uirá Machado. Proposta de reforma defendida pelo PMDB, o distritão foi criticado pelos participantes. Nicolau e Limongi concordaram que o modelo pode representar um "retrocesso".
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'Brexit' reforça a amnésia sobre o período imperial britânico
Como peça de publicidade, foi infeliz. O fato de algumas autoridades britânicas se referirem a seus esforços para assinar novos acordos comerciais com países da Comunidade Britânica como "Império 2.0" começou como uma piada interna de departamento. Mas a expressão foi adotada pelos críticos do "brexit" como uma confirmação de que a ideia inteira é conduzida pela nostalgia do império. Isso me parece uma séria incompreensão do relacionamento do Reino Unido com seu passado. Mais que obcecados pelo império, os britânicos em geral colocaram toda a experiência imperial no "buraco da memória" descrito pelo escritor George Orwell. A maioria dos britânicos, inclusive políticos importantes, ignora profundamente a história imperial do país. Essa amnésia imperial, entretanto, tem uma influência crucial no "brexit". Significa que seus principais adeptos e os defensores da "Grã-Bretanha Global" compreendem mal o passado, com consequências perigosas para o futuro. Eles falam acaloradamente em retomar a vocação histórica da Grã-Bretanha como "uma grande nação comercial", quando na verdade foi uma grande nação imperial. Essa importante distinção leva a um excesso de confiança sobre a facilidade de se recriar um destino comercial global, em um mundo em que Britannia [termo usado pelos antigos gregos e romanos para se referir à região das ilhas britânicas] não domina mais os mares. Na era imperial, a Grã-Bretanha tinha o hábito de explodir os caminhos para chegar aos mercados globais. A Companhia das Índias Orientais foi à guerra quando seus privilégios comerciais foram ameaçados, e acabou estendendo seu domínio à maior parte da Índia. E quando a China tentou deter o comércio do ópio no século 19 a Grã-Bretanha foi à guerra novamente, afundando a frota chinesa e forçando a dinastia Qing a lhe ceder Hong Kong. A ignorância dos britânicos com relação a sua própria história imperial é capturada em um trecho da autobiografia de Tony Blair. O ex-primeiro-ministro registra que quando o Reino Unido devolveu Hong Kong à China, em 1997, Jiang Zemin, o presidente chinês na época, sugeriu que a Grã-Bretanha e o Canadá poderiam então deixar para trás o passado. Blair admite que "na época, eu tinha apenas uma compreensão difusa e esboçada do que era esse passado". Se a elite britânica de modo geral esqueceu sua própria história imperial, porém, os países que o Reino Unido considera cruciais para seu futuro como nação comercial não o fizeram. Shashi Tharoor, diretor da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento indiano, acaba de publicar um relato brilhante do regime imperial britânico na Índia, "Inglorious Empire" [Império inglório]. Os britânicos que falam com confiança em que os "laços históricos e culturais" com a Índia tornarão mais fácil fechar um grande acordo comercial deveriam ler o livro de Tharoor. Ele os ajudaria a ver o mundo pelos olhos das superpotências econômicas emergentes do século 21 –Índia e China–, países outrora colonizados ou derrotados pela Grã-Bretanha; e que, em consequência, abrigam sentimentos muito dúbios sobre o Reino Unido. A vaguidão britânica sobre o passado imperial do país reflete a história que é ensinada nas escolas e universidades. O currículo padrão salienta a história política britânica e o desenvolvimento da democracia parlamentar. Quanto às interações britânicas com o resto do mundo, os estudantes aprendem sobre as guerras com Napoleão e Hitler, mas muito pouco sobre o império. Para um historiador marciano, a coisa mais interessante na história britânica moderna certamente seria que o país construiu um enorme império global. Mas para os britânicos moldar uma história nacional que se concentra na guerra contra os nazistas –mais que no império– fazia sentido do ponto de vista psicológico. Ela permitiu que a Grã-Bretanha alimentasse uma imagem nacional de defensora da liberdade e bravos perdedores (capturados na eterna popularidade do programa de televisão "Dad's Army"), mais que de opressores imperialistas. O fato de a vitória na Segunda Guerra Mundial e a perda do império terem mais ou menos coincidido também ajudou. A vitória na Europa foi um momento de triunfo nacional que amorteceu o golpe psicológico da perda do império. Todos os formadores de opinião britânicos têm 1945 carimbado na memória como o ano que marcou a vitória na Europa. Poucos poderiam dizer que 1947 foi o ano da independência da Índia. A vitória em duas guerras mundiais também cimentou o papel do Parlamento como símbolo da nação e da liberdade. Foi do plenário da Câmara dos Comuns que Winston Churchill fez sua famosa promessa de "combatê-los nas praias". A história doméstica que a elite britânica adora é a história do Parlamento: Oliver Cromwell, William Gladstone, os grandes atos reformistas e afins. A marca mental disto nos políticos modernos britânicos se reflete na decisão de chamar a lei que retira a Grã-Bretanha da União Europeia de "Grande Ato de Repulsa", o que é supostamente uma referência deliberada ao Grande Ato de Reforma de 1832. Se a primeira-ministra Theresa May realmente quiser forjar um futuro para uma "Grã-Bretanha global", poderia considerar mudar o tipo de história que seus cidadãos aprendem. Seria útil se os futuros políticos britânicos entendessem a importância não apenas de 1939, ano em que irrompeu a Segunda Guerra Mundial, mas também de 1839, quando estourou a primeira guerra do ópio. Mas seria injusto dizer que o establishment britânico esqueceu totalmente os grandes construtores de império do passado. Palmerston, que foi primeiro-ministro na época da segunda guerra do ópio, nos anos 1850, ainda é lembrado no Ministério das Relações Exteriores. O gato do departamento leva seu nome.
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'Brexit' reforça a amnésia sobre o período imperial britânicoComo peça de publicidade, foi infeliz. O fato de algumas autoridades britânicas se referirem a seus esforços para assinar novos acordos comerciais com países da Comunidade Britânica como "Império 2.0" começou como uma piada interna de departamento. Mas a expressão foi adotada pelos críticos do "brexit" como uma confirmação de que a ideia inteira é conduzida pela nostalgia do império. Isso me parece uma séria incompreensão do relacionamento do Reino Unido com seu passado. Mais que obcecados pelo império, os britânicos em geral colocaram toda a experiência imperial no "buraco da memória" descrito pelo escritor George Orwell. A maioria dos britânicos, inclusive políticos importantes, ignora profundamente a história imperial do país. Essa amnésia imperial, entretanto, tem uma influência crucial no "brexit". Significa que seus principais adeptos e os defensores da "Grã-Bretanha Global" compreendem mal o passado, com consequências perigosas para o futuro. Eles falam acaloradamente em retomar a vocação histórica da Grã-Bretanha como "uma grande nação comercial", quando na verdade foi uma grande nação imperial. Essa importante distinção leva a um excesso de confiança sobre a facilidade de se recriar um destino comercial global, em um mundo em que Britannia [termo usado pelos antigos gregos e romanos para se referir à região das ilhas britânicas] não domina mais os mares. Na era imperial, a Grã-Bretanha tinha o hábito de explodir os caminhos para chegar aos mercados globais. A Companhia das Índias Orientais foi à guerra quando seus privilégios comerciais foram ameaçados, e acabou estendendo seu domínio à maior parte da Índia. E quando a China tentou deter o comércio do ópio no século 19 a Grã-Bretanha foi à guerra novamente, afundando a frota chinesa e forçando a dinastia Qing a lhe ceder Hong Kong. A ignorância dos britânicos com relação a sua própria história imperial é capturada em um trecho da autobiografia de Tony Blair. O ex-primeiro-ministro registra que quando o Reino Unido devolveu Hong Kong à China, em 1997, Jiang Zemin, o presidente chinês na época, sugeriu que a Grã-Bretanha e o Canadá poderiam então deixar para trás o passado. Blair admite que "na época, eu tinha apenas uma compreensão difusa e esboçada do que era esse passado". Se a elite britânica de modo geral esqueceu sua própria história imperial, porém, os países que o Reino Unido considera cruciais para seu futuro como nação comercial não o fizeram. Shashi Tharoor, diretor da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento indiano, acaba de publicar um relato brilhante do regime imperial britânico na Índia, "Inglorious Empire" [Império inglório]. Os britânicos que falam com confiança em que os "laços históricos e culturais" com a Índia tornarão mais fácil fechar um grande acordo comercial deveriam ler o livro de Tharoor. Ele os ajudaria a ver o mundo pelos olhos das superpotências econômicas emergentes do século 21 –Índia e China–, países outrora colonizados ou derrotados pela Grã-Bretanha; e que, em consequência, abrigam sentimentos muito dúbios sobre o Reino Unido. A vaguidão britânica sobre o passado imperial do país reflete a história que é ensinada nas escolas e universidades. O currículo padrão salienta a história política britânica e o desenvolvimento da democracia parlamentar. Quanto às interações britânicas com o resto do mundo, os estudantes aprendem sobre as guerras com Napoleão e Hitler, mas muito pouco sobre o império. Para um historiador marciano, a coisa mais interessante na história britânica moderna certamente seria que o país construiu um enorme império global. Mas para os britânicos moldar uma história nacional que se concentra na guerra contra os nazistas –mais que no império– fazia sentido do ponto de vista psicológico. Ela permitiu que a Grã-Bretanha alimentasse uma imagem nacional de defensora da liberdade e bravos perdedores (capturados na eterna popularidade do programa de televisão "Dad's Army"), mais que de opressores imperialistas. O fato de a vitória na Segunda Guerra Mundial e a perda do império terem mais ou menos coincidido também ajudou. A vitória na Europa foi um momento de triunfo nacional que amorteceu o golpe psicológico da perda do império. Todos os formadores de opinião britânicos têm 1945 carimbado na memória como o ano que marcou a vitória na Europa. Poucos poderiam dizer que 1947 foi o ano da independência da Índia. A vitória em duas guerras mundiais também cimentou o papel do Parlamento como símbolo da nação e da liberdade. Foi do plenário da Câmara dos Comuns que Winston Churchill fez sua famosa promessa de "combatê-los nas praias". A história doméstica que a elite britânica adora é a história do Parlamento: Oliver Cromwell, William Gladstone, os grandes atos reformistas e afins. A marca mental disto nos políticos modernos britânicos se reflete na decisão de chamar a lei que retira a Grã-Bretanha da União Europeia de "Grande Ato de Repulsa", o que é supostamente uma referência deliberada ao Grande Ato de Reforma de 1832. Se a primeira-ministra Theresa May realmente quiser forjar um futuro para uma "Grã-Bretanha global", poderia considerar mudar o tipo de história que seus cidadãos aprendem. Seria útil se os futuros políticos britânicos entendessem a importância não apenas de 1939, ano em que irrompeu a Segunda Guerra Mundial, mas também de 1839, quando estourou a primeira guerra do ópio. Mas seria injusto dizer que o establishment britânico esqueceu totalmente os grandes construtores de império do passado. Palmerston, que foi primeiro-ministro na época da segunda guerra do ópio, nos anos 1850, ainda é lembrado no Ministério das Relações Exteriores. O gato do departamento leva seu nome.
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Protesto interrompe revezamento da tocha em Angra dos Reis, no Rio
NICOLA PAMPLONA DO RIO No dia em que entrou no estado do Rio, o revezamento da tocha olímpica foi interrompido por fortes protestos no município de Angra dos Reis. O batalhão de choque teve que intervir com bombas de gás para conter os manifestantes, que protestavam contra a prefeitura local. A confusão levou os organizadores a suspender o primeiro trecho do revezamento, no bairro Japuíba. Veja A comitiva seguia para a Praia do Anil, no centro da cidade, onde foi montado um palco para receber a tocha. Segundo informações locais, os shows previstos para encerrar a noite foram cancelados. Vídeos divulgados em redes sociais mostram os manifestantes cercando o ônibus que acompanhava a turnê, enquanto um dos condutores retorna ao veículo com a tocha apagada. "Apagaram a tocha!", grita uma mulher. Há relatos de carros apedrejados durante a confusão. A Força Nacional e a Polícia Rodoviária Federal ajudaram a conter o protesto. O comitê da Rio-2016 disse que houve uma paralisação temporária no trajeto e alguns condutores acabaram não carregando a tocha, mas que a comitiva continuou depois que a segurança foi restabelecida. Os manifestantes protestavam contra gastos da prefeitura de Conceição Rabha (PT) para receber a tocha olímpica, enquanto salários do funcionalismo estão atrasados e a cidade vive uma crise de emprego, após demissões no estaleiro Fels Setal e a suspensão de obras da usina nuclear de Angra 3, ambos os projetos envolvidos em investigações da Operação Lava Jato. Segundo o jornal local Angra News, o gasto da prefeitura para receber a passagem da tocha olímpica foi de R$ 45 mil, com sinalização e a estrutura dos shows, entre outros. Entre os condutores escalados para fazer o revezamento na cidade, estavam cartunista Ziraldo,o para-atleta Fernando Fernandes e as gêmeas Bia e Branca, do nado sincronizado. A tocha olímpica ficará em um hotel em Angra dos Reis na noite desta quarta e será levada à Ilha Grande nesta quinta (28).
esporte
Protesto interrompe revezamento da tocha em Angra dos Reis, no Rio NICOLA PAMPLONA DO RIO No dia em que entrou no estado do Rio, o revezamento da tocha olímpica foi interrompido por fortes protestos no município de Angra dos Reis. O batalhão de choque teve que intervir com bombas de gás para conter os manifestantes, que protestavam contra a prefeitura local. A confusão levou os organizadores a suspender o primeiro trecho do revezamento, no bairro Japuíba. Veja A comitiva seguia para a Praia do Anil, no centro da cidade, onde foi montado um palco para receber a tocha. Segundo informações locais, os shows previstos para encerrar a noite foram cancelados. Vídeos divulgados em redes sociais mostram os manifestantes cercando o ônibus que acompanhava a turnê, enquanto um dos condutores retorna ao veículo com a tocha apagada. "Apagaram a tocha!", grita uma mulher. Há relatos de carros apedrejados durante a confusão. A Força Nacional e a Polícia Rodoviária Federal ajudaram a conter o protesto. O comitê da Rio-2016 disse que houve uma paralisação temporária no trajeto e alguns condutores acabaram não carregando a tocha, mas que a comitiva continuou depois que a segurança foi restabelecida. Os manifestantes protestavam contra gastos da prefeitura de Conceição Rabha (PT) para receber a tocha olímpica, enquanto salários do funcionalismo estão atrasados e a cidade vive uma crise de emprego, após demissões no estaleiro Fels Setal e a suspensão de obras da usina nuclear de Angra 3, ambos os projetos envolvidos em investigações da Operação Lava Jato. Segundo o jornal local Angra News, o gasto da prefeitura para receber a passagem da tocha olímpica foi de R$ 45 mil, com sinalização e a estrutura dos shows, entre outros. Entre os condutores escalados para fazer o revezamento na cidade, estavam cartunista Ziraldo,o para-atleta Fernando Fernandes e as gêmeas Bia e Branca, do nado sincronizado. A tocha olímpica ficará em um hotel em Angra dos Reis na noite desta quarta e será levada à Ilha Grande nesta quinta (28).
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Registro eletrônico da Câmara reforça suspeita contra Cunha
Apesar de ter negado à CPI da Petrobras qualquer relação com o episódio, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) figura nos registros da Câmara como "autor" dos arquivos em que foram redigidos dois requerimentos sob suspeita no esquema de corrupção da Petrobras. O presidente da Câmara é investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) sob a acusação de ter se beneficiado de pagamentos de propina por fornecedores da estatal, o que ele nega. Um dos principais pilares da investigação da Procuradoria contra ele é um depoimento do doleiro Alberto Youssef, em delação premiada. Youssef disse que, como forma de pressão, Cunha apresentou requerimentos na Câmara para investigar uma fornecedora da estatal que teria interrompido o pagamento de propinas, a Mitsui. Na defesa espontânea que fez na CPI, Cunha fez comentários sobre dois requerimentos de 2011 da ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), que haviam sido noticiados pelo jornal "O Globo". Os dois requerimentos pediam informações ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério de Minas e Energia sobre contratos da Mitsui e a Petrobras. Segundo Youssef, o objetivo era intimidar a empresa e forçá-la a retomar o pagamento de propinas. À CPI, Cunha negou qualquer relação com os requerimentos: "Eu não fiz qualquer requerimento pra quem quer que seja. (...) Cada um é responsável por seu mandato, como é que eu tenho conhecimento do que alguém faz ou deixa de fazer? Cada um responde por seus atos". Solange, hoje prefeita de Rio Bonito (RJ), isentou Cunha ao depor à PF. Apesar dessas declarações, a Folha detectou no sistema oficial da Câmara que o nome do hoje presidente da Casa consta como "autor" dos dois arquivos em que foram produzidos os requerimentos assinados por Solange. Confrontado com o fato de seu nome estar vinculado aos requerimentos, Cunha disse que provavelmente um computador de seu gabinete foi usado pela então deputada ou por algum assessor dela. "Pode ser um funcionário dela que pode ter ido lá pedir à [minha] assessoria pra fazer, acontecia com vários deputados, até porque ela era suplente", disse. Solange assumiu o mandato quatro meses antes da apresentação dos requerimentos. Conforme a área técnica da Casa, apesar de os arquivos terem o nome de Cunha, a autenticação do material nos sistema oficial foi feita pelo gabinete da deputada. "Foi autenticado no gabinete dela, (...) uma coisa é ter usado uma máquina pra fazer o acompanhamento, outra coisa é autenticar", disse Eduardo Cunha. OUTRO LADO O presidente da Câmara reafirmou não ter relação com os requerimentos apresentados pela ex-deputada Solange Almeida. Eduardo Cunha disse que seu gabinete era usado por vários colegas do Rio, principalmente suplentes que assumiam mandatos: "Não tenho nada a ver [com os requerimentos]. O fato de você usar qualquer serviço (...), eventualmente tava com um problema na máquina dela, eventualmente tava sem gabinete, porque ela tava voltando como suplente", disse. Cunha ressalta que a autenticação das peças (espécie de assinatura eletrônica no sistema) foi feita, segundo a Casa, pelo gabinete dela. "Se ela tivesse autenticado em meu gabinete era outra coisa. (...) Foi autenticado no gabinete dela, o gabinete que está autenticado é o 585, do Rodrigo Bethlem [PMDB-RJ], de quem ela era suplente."
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Registro eletrônico da Câmara reforça suspeita contra CunhaApesar de ter negado à CPI da Petrobras qualquer relação com o episódio, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) figura nos registros da Câmara como "autor" dos arquivos em que foram redigidos dois requerimentos sob suspeita no esquema de corrupção da Petrobras. O presidente da Câmara é investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) sob a acusação de ter se beneficiado de pagamentos de propina por fornecedores da estatal, o que ele nega. Um dos principais pilares da investigação da Procuradoria contra ele é um depoimento do doleiro Alberto Youssef, em delação premiada. Youssef disse que, como forma de pressão, Cunha apresentou requerimentos na Câmara para investigar uma fornecedora da estatal que teria interrompido o pagamento de propinas, a Mitsui. Na defesa espontânea que fez na CPI, Cunha fez comentários sobre dois requerimentos de 2011 da ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), que haviam sido noticiados pelo jornal "O Globo". Os dois requerimentos pediam informações ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério de Minas e Energia sobre contratos da Mitsui e a Petrobras. Segundo Youssef, o objetivo era intimidar a empresa e forçá-la a retomar o pagamento de propinas. À CPI, Cunha negou qualquer relação com os requerimentos: "Eu não fiz qualquer requerimento pra quem quer que seja. (...) Cada um é responsável por seu mandato, como é que eu tenho conhecimento do que alguém faz ou deixa de fazer? Cada um responde por seus atos". Solange, hoje prefeita de Rio Bonito (RJ), isentou Cunha ao depor à PF. Apesar dessas declarações, a Folha detectou no sistema oficial da Câmara que o nome do hoje presidente da Casa consta como "autor" dos dois arquivos em que foram produzidos os requerimentos assinados por Solange. Confrontado com o fato de seu nome estar vinculado aos requerimentos, Cunha disse que provavelmente um computador de seu gabinete foi usado pela então deputada ou por algum assessor dela. "Pode ser um funcionário dela que pode ter ido lá pedir à [minha] assessoria pra fazer, acontecia com vários deputados, até porque ela era suplente", disse. Solange assumiu o mandato quatro meses antes da apresentação dos requerimentos. Conforme a área técnica da Casa, apesar de os arquivos terem o nome de Cunha, a autenticação do material nos sistema oficial foi feita pelo gabinete da deputada. "Foi autenticado no gabinete dela, (...) uma coisa é ter usado uma máquina pra fazer o acompanhamento, outra coisa é autenticar", disse Eduardo Cunha. OUTRO LADO O presidente da Câmara reafirmou não ter relação com os requerimentos apresentados pela ex-deputada Solange Almeida. Eduardo Cunha disse que seu gabinete era usado por vários colegas do Rio, principalmente suplentes que assumiam mandatos: "Não tenho nada a ver [com os requerimentos]. O fato de você usar qualquer serviço (...), eventualmente tava com um problema na máquina dela, eventualmente tava sem gabinete, porque ela tava voltando como suplente", disse. Cunha ressalta que a autenticação das peças (espécie de assinatura eletrônica no sistema) foi feita, segundo a Casa, pelo gabinete dela. "Se ela tivesse autenticado em meu gabinete era outra coisa. (...) Foi autenticado no gabinete dela, o gabinete que está autenticado é o 585, do Rodrigo Bethlem [PMDB-RJ], de quem ela era suplente."
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Número de inscritos para comprar maconha no Uruguai cresce 48%
O número de inscritos para comprar maconha produzida sob controle estatal nas farmácias do Uruguai aumentou 48% em uma semana, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Instituto de Regulação e Controle da Cannabis. O total de "adquirentes", como são denominadas as pessoas inscritas no registro oficial, que permite o acesso a 40 gramas da erva por mês com fins recreativos, subiu para 7.343, em comparação com os 4.959 registrados na última quarta-feira (19), quando começou a comercialização do produto. O Uruguai tem 3,4 milhões de habitantes. As 16 farmácias que se interessaram e se registraram para vender cannabis produzida por empresas privadas sob controle do Estado tiveram que repor o estoque de maconha estatal várias vezes desde 19 de julho. O Uruguai começou há uma semana a vender em farmácias a maconha produzida por privados em prédios sob vigilância do Estado, que também monitora a qualidade do produto. O país regulou por lei em 2013 o acesso à cannabis com fins recreativos, e a venda em farmácias é a última etapa neste processo. A norma habilita três mecanismos para acessar a cannabis: o cultivo doméstico, o cultivo cooperativo em clubes e a compra em farmácias. A droga é vendida em embalagens de cinco gramas e em duas variedades. O preço é de US$ 1,30 o grama no câmbio atual.
mundo
Número de inscritos para comprar maconha no Uruguai cresce 48%O número de inscritos para comprar maconha produzida sob controle estatal nas farmácias do Uruguai aumentou 48% em uma semana, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Instituto de Regulação e Controle da Cannabis. O total de "adquirentes", como são denominadas as pessoas inscritas no registro oficial, que permite o acesso a 40 gramas da erva por mês com fins recreativos, subiu para 7.343, em comparação com os 4.959 registrados na última quarta-feira (19), quando começou a comercialização do produto. O Uruguai tem 3,4 milhões de habitantes. As 16 farmácias que se interessaram e se registraram para vender cannabis produzida por empresas privadas sob controle do Estado tiveram que repor o estoque de maconha estatal várias vezes desde 19 de julho. O Uruguai começou há uma semana a vender em farmácias a maconha produzida por privados em prédios sob vigilância do Estado, que também monitora a qualidade do produto. O país regulou por lei em 2013 o acesso à cannabis com fins recreativos, e a venda em farmácias é a última etapa neste processo. A norma habilita três mecanismos para acessar a cannabis: o cultivo doméstico, o cultivo cooperativo em clubes e a compra em farmácias. A droga é vendida em embalagens de cinco gramas e em duas variedades. O preço é de US$ 1,30 o grama no câmbio atual.
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Após lobby, Câmara de São Paulo tira bares de áreas nobres
Após pressão de moradores, o novo texto da lei de zoneamento de São Paulo proibirá restaurantes, bares e bufês em regiões como Jardins, Pacaembu e City Lapa, áreas nobres da zona oeste da cidade que são tombadas pelo patrimônio histórico. A lei define o que pode ser construído e que tipo de atividade pode existir em cada rua. Ela deve ser renovada a cada dez anos. A base aliada de Haddad na Câmara quer levar o projeto a segunda votação na próxima quarta-feira (17). Se aprovado, o texto segue para a sanção do prefeito. A alteração é o desfecho de uma série de manifestações de movimentos que reclamaram do projeto original do prefeito Fernando Haddad (PT), que amplia corredores comerciais em áreas de bairros estritamente residenciais. Entre as entidades que mais se manifestaram estão a Ame Seu Bairro e a Ame Jardins —ambas têm entre seus interlocutores moradores de bairros como Jardim América, Jardim Europa e Jardim Paulistano e contam com o apoio do vereador Andrea Matarazzo (PSDB), um dos pré-candidatos à disputa pela prefeitura contra Haddad. Segundo o relator da lei, vereador Paulo Frange (PTB), as novidades no texto foram referendadas pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. "Não há uma palavra que possa ser vetada porque há acordo em todas as esferas de governo", diz ele, da base aliada de Haddad. Lei de Zoneamento A prefeitura disse que não comentaria as mudanças. Ao ser aprovado em primeira votação na Câmara, em dezembro, o projeto já havia sido alterado. Na ocasião, foram proibidos motéis, albergues, flats, pensões, supletivos e cursos preparatórios em áreas residenciais da cidade. Agora, haverá ainda mais restrições nos corredores comerciais em áreas tombadas, caso dos bairros alvo da mudança. Só serão permitidos nessas regiões comércios com o perfil dos já existentes hoje: consultórios e pequenas clínicas, por exemplo. No caso dos Jardins, a principal queixa era que liberar restaurantes e casas noturnas descaracterizaria a vizinhança, atraindo trânsito e barulho a uma das poucas áreas verdes da região central. NEM TODOS As alterações serão restritas apenas a áreas tombadas das subprefeituras de Pinheiros, Sé e Lapa, onde estão os três bairros alvos da medida. Na opinião de Frange, todas essas áreas já são fartas de comércio e serviços nos seus entornos. Ele cita a arrecadação de ISS (Imposto Sobre Serviços) nessas regiões. Só a subprefeitura de Pinheiros é responsável por 30% de toda a arrecadação do tributo —Lapa, 12% e Sé, 10%. Para Frange, as mudanças pedidas pelos moradores são coerentes. "Imagino que um restaurante de porte ou um bufê na avenida Europa muda muito o trânsito local e incomoda bastante", diz. Por outro lado, bairros também tombados como o Jardim da Saúde (zona sul) não devem ter o mesmo benefício, segundo o relator. "Em casos como o da Saúde e da região da [Serra] da Cantareira, se restringir demais, deixará os bairros muito distantes do comércio." Mudanças na lei de zoneamento OCIOSIDADE Para o urbanista Kazuo Nakano, a restrição de comércio em bairros como os Jardins poderá deixar as áreas mais ociosas. "Casas estão sendo colocadas à venda ali porque as pessoas não estão se sentindo seguras e preferem ir para apartamentos. Só que as placas de 'vende-se' estão ali há anos porque a área é muito valorizada e não há compradores", diz Nakano. Além da flexibilização do comércio, ele também defende o fim da obrigatoriedade das casas para só uma família nessas áreas. "A tendência em outros países tem sido converter casarões em imóveis com poucos apartamentos ou estabelecimentos comerciais de baixo impacto. São Paulo está na contramão", diz. 'COMÉRCIO CAMUFLADO' Moradores dos Jardins também pressionam a gestão Haddad a vetar estabelecimentos comerciais dentro de escolas, museus e locais de culto, como prevê a versão mais recente da lei. Esse é um dos pleitos do movimento Ame Seu Bairro, formado essencialmente por moradores dos Jardins, mas que diz defender o interesse de bairros residenciais de toda a cidade. Segundo o advogado Joca Levy, que representa o movimento, a instalação de comércios e serviços em locais como esses em áreas residenciais está descrita "sutilmente" em pelo menos dois artigos do texto. Para ele, são aberrações que podem camuflar o comércio dentro de entidades culturais e religiosas. O mesmo defende o empresário Diogo Ribeiro da Luz, que também fala pela entidade. "Nosso receio é que amanhã seja instalado um novo museu e, atrás dele, tenha um centro de comércio. A lei acaba dando espaço para isso, o que está errado", disse Luz. Ambos têm feito reuniões com vereadores e técnicos da prefeitura para alterar artigos que ampliam o comércio nas áreas residenciais. Desde o início das discussões, moradores de bairros estritamente residenciais como Jardim Paulistano e Jardim América se posicionaram contra a criação dessas áreas. Em diversas ruas, casarões têm faixas de protesto contra comércio.
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Após lobby, Câmara de São Paulo tira bares de áreas nobresApós pressão de moradores, o novo texto da lei de zoneamento de São Paulo proibirá restaurantes, bares e bufês em regiões como Jardins, Pacaembu e City Lapa, áreas nobres da zona oeste da cidade que são tombadas pelo patrimônio histórico. A lei define o que pode ser construído e que tipo de atividade pode existir em cada rua. Ela deve ser renovada a cada dez anos. A base aliada de Haddad na Câmara quer levar o projeto a segunda votação na próxima quarta-feira (17). Se aprovado, o texto segue para a sanção do prefeito. A alteração é o desfecho de uma série de manifestações de movimentos que reclamaram do projeto original do prefeito Fernando Haddad (PT), que amplia corredores comerciais em áreas de bairros estritamente residenciais. Entre as entidades que mais se manifestaram estão a Ame Seu Bairro e a Ame Jardins —ambas têm entre seus interlocutores moradores de bairros como Jardim América, Jardim Europa e Jardim Paulistano e contam com o apoio do vereador Andrea Matarazzo (PSDB), um dos pré-candidatos à disputa pela prefeitura contra Haddad. Segundo o relator da lei, vereador Paulo Frange (PTB), as novidades no texto foram referendadas pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. "Não há uma palavra que possa ser vetada porque há acordo em todas as esferas de governo", diz ele, da base aliada de Haddad. Lei de Zoneamento A prefeitura disse que não comentaria as mudanças. Ao ser aprovado em primeira votação na Câmara, em dezembro, o projeto já havia sido alterado. Na ocasião, foram proibidos motéis, albergues, flats, pensões, supletivos e cursos preparatórios em áreas residenciais da cidade. Agora, haverá ainda mais restrições nos corredores comerciais em áreas tombadas, caso dos bairros alvo da mudança. Só serão permitidos nessas regiões comércios com o perfil dos já existentes hoje: consultórios e pequenas clínicas, por exemplo. No caso dos Jardins, a principal queixa era que liberar restaurantes e casas noturnas descaracterizaria a vizinhança, atraindo trânsito e barulho a uma das poucas áreas verdes da região central. NEM TODOS As alterações serão restritas apenas a áreas tombadas das subprefeituras de Pinheiros, Sé e Lapa, onde estão os três bairros alvos da medida. Na opinião de Frange, todas essas áreas já são fartas de comércio e serviços nos seus entornos. Ele cita a arrecadação de ISS (Imposto Sobre Serviços) nessas regiões. Só a subprefeitura de Pinheiros é responsável por 30% de toda a arrecadação do tributo —Lapa, 12% e Sé, 10%. Para Frange, as mudanças pedidas pelos moradores são coerentes. "Imagino que um restaurante de porte ou um bufê na avenida Europa muda muito o trânsito local e incomoda bastante", diz. Por outro lado, bairros também tombados como o Jardim da Saúde (zona sul) não devem ter o mesmo benefício, segundo o relator. "Em casos como o da Saúde e da região da [Serra] da Cantareira, se restringir demais, deixará os bairros muito distantes do comércio." Mudanças na lei de zoneamento OCIOSIDADE Para o urbanista Kazuo Nakano, a restrição de comércio em bairros como os Jardins poderá deixar as áreas mais ociosas. "Casas estão sendo colocadas à venda ali porque as pessoas não estão se sentindo seguras e preferem ir para apartamentos. Só que as placas de 'vende-se' estão ali há anos porque a área é muito valorizada e não há compradores", diz Nakano. Além da flexibilização do comércio, ele também defende o fim da obrigatoriedade das casas para só uma família nessas áreas. "A tendência em outros países tem sido converter casarões em imóveis com poucos apartamentos ou estabelecimentos comerciais de baixo impacto. São Paulo está na contramão", diz. 'COMÉRCIO CAMUFLADO' Moradores dos Jardins também pressionam a gestão Haddad a vetar estabelecimentos comerciais dentro de escolas, museus e locais de culto, como prevê a versão mais recente da lei. Esse é um dos pleitos do movimento Ame Seu Bairro, formado essencialmente por moradores dos Jardins, mas que diz defender o interesse de bairros residenciais de toda a cidade. Segundo o advogado Joca Levy, que representa o movimento, a instalação de comércios e serviços em locais como esses em áreas residenciais está descrita "sutilmente" em pelo menos dois artigos do texto. Para ele, são aberrações que podem camuflar o comércio dentro de entidades culturais e religiosas. O mesmo defende o empresário Diogo Ribeiro da Luz, que também fala pela entidade. "Nosso receio é que amanhã seja instalado um novo museu e, atrás dele, tenha um centro de comércio. A lei acaba dando espaço para isso, o que está errado", disse Luz. Ambos têm feito reuniões com vereadores e técnicos da prefeitura para alterar artigos que ampliam o comércio nas áreas residenciais. Desde o início das discussões, moradores de bairros estritamente residenciais como Jardim Paulistano e Jardim América se posicionaram contra a criação dessas áreas. Em diversas ruas, casarões têm faixas de protesto contra comércio.
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Filho do criador da sandália de Lampião vira ícone do mundo fashion
"O cabra chegou para meu pai e disse que queria uma sandália diferente, de solado quadrado, sem marca da curva da sola do pé. Mostrou um modelo desenhado. Meu pai disse que fazia. Dias depois o cabra veio buscar a encomenda e perguntou a meu pai se ele sabia para quem era a sandália. 'Não é para você?', meu pai perguntou. 'Não, é para o Capitão Virgulino'. 'Pois leve a sandália e nem precisa pagar'". É assim que Espedito Velozo de Carvalho, o Mestre Espedito Seleiro, 77 anos, resume como surgiu a sandália mais famosa de tantas de seu ateliê em Nova Olinda, cidade do interior do Ceará, a 500 km de Fortaleza. A sandália de solado quadrado era mesmo para o Capitão Virgulino Ferreira, o Lampião, chefe do bando de cangaceiros que impunha medo, respeito e fascínio no interior do Nordeste nos anos 1930. O solado quadrado, sem indicar qual era a frente da sandália, tinha um propósito: despistar as volantes, como eram chamadas as equipes policiais que caçavam os cangaceiros pelo sertão. "O solado quadrado deixava uma pegada quadrada, de modo que a volante não conseguia saber para que lado Lampião tinha ido, se estava indo ou voltando", explica Espedito Seleiro. O filho do criador da sandália de Lampião se transformou, nos últimos anos, em uma assinatura valorizada no mundo da moda, do cinema e do design. Espedito (assim mesmo com S) Seleiro fez peças para marcas como Farm, Cavallera e Cantão. Em 2006, participou da São Paulo Fashion Week. Sua obra foi tema da exposição "Da Sela à Passarela", que passou por São Paulo e Rio de Janeiro. É criação de Espedito Seleiro o gibão colorido de couro usado pelo personagem do ator Marcos Palmeira no filme O Homem que Desafiou o Diabo (2007). Seleiro apareceu no programa da global Regina Casé, cliente de suas sandálias. Recebeu em 2011 a Ordem do Mérito, concedida pelo Ministério da Cultura a personalidades do setor. Seu trabalho cheio de referências do sertão, com couro colorido e enfeitado, atraiu os designers Humberto e Fernando Campana, que fizeram em 2015 uma parceria com Seleiro para uma linha de móveis intitulada Coleção Cangaço, juntando madeira, palhinha e couro, e os móveis são a novidade em seu trabalho. "É bom variar, fazer coisas novas", filosofa o artesão. TALENTO E APRENDIZADO Ainda menino, Espedito aprendeu com o pai, Raimundo Seleiro, que aprendeu com o pai dele, Gonçalves Seleiro, filho de Antônio Seleiro, a arte de tratar e transformar o couro de boi e de cabra em peças usadas pelos vaqueiros, como selas, cintos e chicotes. Para vaqueiro, mesmo, ele nunca teve talento: no primeiro dia em que montou no cavalo para laçar um boi levou uma queda tão feia que desistiu da profissão. Quando ele ainda era criança, sua família fugiu da seca e trocou o sertão dos Inhamuns, área mais árida do Ceará, pelo quase sempre verde Cariri, na região sul do Estado, divisa com Pernambuco. Aos 16 anos, em busca de uma vida melhor, Espedito foi embora para o Paraná. Ficou três anos, sempre trabalhando com couro, e voltou para o Cariri. Um dia, cansado de tantas peças parecidas - sandálias de couro são uma tradição no interior do Ceará, vendidas em cada esquina e cada mercado popular-, viu que precisava inovar. Usando produtos naturais, como a tintura da casca do angico, árvore comum na região, tingiu o couro. Fez sandálias vermelhas, azuis, amarelas e roxas, cheias de desenhos. Levou para um conhecido no mercado vender. No outro dia vieram pedir mais, e as sandálias coloridas abriram caminho para que ele se diferenciasse dos demais artesãos. O criador das sandálias coloridas ganhou a admiração da então secretária de Cultura do Ceará Violeta Arraes - de uma família tradicional do Cariri e irmã de Miguel Arraes, cearense que fez carreira política em Pernambuco, Estado que governou três vezes. O diretor de TV e cinema Guel Arraes, filho de Miguel Arraes, também se tornou cliente das sandálias de couro de Seleiro, e a fama do artesão foi se espalhando. Um dia, o educador Alemberg Quindins, criador da Fundação Casa Grande, premiada organização de Nova Olinda que capacita crianças e jovens para as artes, pediu a Seleiro que fizesse uma sandália igual à de Lampião para uma exposição sobre o Cariri. Seleiro tinha guardado os desenhos do pai e reproduziu a sandália "cobertão", de solado quadrado. "Mudei o nome para sandália Lampião. E quando me pediram um modelo para mulher, fiz a sandália Maria Bonita", explica o artesão. TRADIÇÃO E INOVAÇÃO Do Cariri para o Brasil, aos poucos o E.S. de Espedito Seleiro, numa letra bem desenhada, foi marcando sandálias, bolsas e mochilas em couro que se espalharam no circuito fashion. O trabalho atraiu também a atenção da pesquisadora Heloisa Bueno Rodrigues, que fez de Seleiro personagem principal de sua dissertação de mestrado defendida em outubro de 2015 no Programa de Cultura e Territorialidades da UFF (Universidade Federal Fluminense) e intitulada Espedito Seleiro: filho dos Inhamuns, mestre do Cariri e artista do Brasil. Num estudo sobre economia criativa e cultura, apresentado num seminário na Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, a pesquisadora analisa como Seleiro se diferenciou dos demais artesãos ao inovar dentro da tradição popular, mantendo sua identidade. Ao mesmo tempo, explica que o trabalho de Seleiro não é só produto de sua sensibilidade individual de artista, mas resultado de um conjunto de conhecimentos, histórias e tradições. "O Ceará é muito marcado pelo que historiadores como Capistrano de Abreu chamam de civilização do couro, um ciclo econômico baseado na criação de gado. A obra de Espedito Seleiro traduz essas tradições dos vaqueiros, dos cangaceiros, dos ciganos, desses homens que se espalharam pelo interior do Nordeste. E ele conseguiu manter sua originalidade dentro dessa tradição, conseguiu se diferenciar", afirma a pesquisadora. Assim como aprendeu o ofício em família, Seleiro ensina o que sabe aos filhos, netos e sobrinhos, e juntos eles mantêm a cooperativa Associação Familiar Espedito Seleiro, que reúne 22 profissionais. Mestre Seleiro é um professor exigente, que acorda de madrugada, cobra qualidade em cada passo do trabalho e manda recomeçar tudo se achar algo errado. "Eu ensino, eles fazem, eu vejo se ficou bom. Se estiver boa, assino a sandália. Se estiver ruim, desmancho e mando fazer de novo". Em sua oficina, entre aprendizes e cortes de couro, Seleiro recebe quem chega e tem sempre tempo para um dedo de prosa. Ao lado da oficina criou o Museu do Couro, que conta a história de sua obra e também a saga dos vaqueiros no sertão. Seleiro sabe que é imitado por muitos, mas não liga. Às vezes pensa em registrar sua marca, às vezes não. De olho nas novidades, investe em capas para celulares e tablets e selas de moto. Comprada na lojinha de Seleiro em Nova Olinda, a sandália Maria Bonita custa R$ 80. Entre bolsas, mochilas, carteiras e sandálias, as peças trazem tons e desenhos inusitados. Lembram vestidos coloridos numa quadrilha, disputas de vaquejadas, cangaceiros em luta, leques ciganos, flores brotando - e todas as cores do sertão em dias de chuva depois dos meses de seca.
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Filho do criador da sandália de Lampião vira ícone do mundo fashion"O cabra chegou para meu pai e disse que queria uma sandália diferente, de solado quadrado, sem marca da curva da sola do pé. Mostrou um modelo desenhado. Meu pai disse que fazia. Dias depois o cabra veio buscar a encomenda e perguntou a meu pai se ele sabia para quem era a sandália. 'Não é para você?', meu pai perguntou. 'Não, é para o Capitão Virgulino'. 'Pois leve a sandália e nem precisa pagar'". É assim que Espedito Velozo de Carvalho, o Mestre Espedito Seleiro, 77 anos, resume como surgiu a sandália mais famosa de tantas de seu ateliê em Nova Olinda, cidade do interior do Ceará, a 500 km de Fortaleza. A sandália de solado quadrado era mesmo para o Capitão Virgulino Ferreira, o Lampião, chefe do bando de cangaceiros que impunha medo, respeito e fascínio no interior do Nordeste nos anos 1930. O solado quadrado, sem indicar qual era a frente da sandália, tinha um propósito: despistar as volantes, como eram chamadas as equipes policiais que caçavam os cangaceiros pelo sertão. "O solado quadrado deixava uma pegada quadrada, de modo que a volante não conseguia saber para que lado Lampião tinha ido, se estava indo ou voltando", explica Espedito Seleiro. O filho do criador da sandália de Lampião se transformou, nos últimos anos, em uma assinatura valorizada no mundo da moda, do cinema e do design. Espedito (assim mesmo com S) Seleiro fez peças para marcas como Farm, Cavallera e Cantão. Em 2006, participou da São Paulo Fashion Week. Sua obra foi tema da exposição "Da Sela à Passarela", que passou por São Paulo e Rio de Janeiro. É criação de Espedito Seleiro o gibão colorido de couro usado pelo personagem do ator Marcos Palmeira no filme O Homem que Desafiou o Diabo (2007). Seleiro apareceu no programa da global Regina Casé, cliente de suas sandálias. Recebeu em 2011 a Ordem do Mérito, concedida pelo Ministério da Cultura a personalidades do setor. Seu trabalho cheio de referências do sertão, com couro colorido e enfeitado, atraiu os designers Humberto e Fernando Campana, que fizeram em 2015 uma parceria com Seleiro para uma linha de móveis intitulada Coleção Cangaço, juntando madeira, palhinha e couro, e os móveis são a novidade em seu trabalho. "É bom variar, fazer coisas novas", filosofa o artesão. TALENTO E APRENDIZADO Ainda menino, Espedito aprendeu com o pai, Raimundo Seleiro, que aprendeu com o pai dele, Gonçalves Seleiro, filho de Antônio Seleiro, a arte de tratar e transformar o couro de boi e de cabra em peças usadas pelos vaqueiros, como selas, cintos e chicotes. Para vaqueiro, mesmo, ele nunca teve talento: no primeiro dia em que montou no cavalo para laçar um boi levou uma queda tão feia que desistiu da profissão. Quando ele ainda era criança, sua família fugiu da seca e trocou o sertão dos Inhamuns, área mais árida do Ceará, pelo quase sempre verde Cariri, na região sul do Estado, divisa com Pernambuco. Aos 16 anos, em busca de uma vida melhor, Espedito foi embora para o Paraná. Ficou três anos, sempre trabalhando com couro, e voltou para o Cariri. Um dia, cansado de tantas peças parecidas - sandálias de couro são uma tradição no interior do Ceará, vendidas em cada esquina e cada mercado popular-, viu que precisava inovar. Usando produtos naturais, como a tintura da casca do angico, árvore comum na região, tingiu o couro. Fez sandálias vermelhas, azuis, amarelas e roxas, cheias de desenhos. Levou para um conhecido no mercado vender. No outro dia vieram pedir mais, e as sandálias coloridas abriram caminho para que ele se diferenciasse dos demais artesãos. O criador das sandálias coloridas ganhou a admiração da então secretária de Cultura do Ceará Violeta Arraes - de uma família tradicional do Cariri e irmã de Miguel Arraes, cearense que fez carreira política em Pernambuco, Estado que governou três vezes. O diretor de TV e cinema Guel Arraes, filho de Miguel Arraes, também se tornou cliente das sandálias de couro de Seleiro, e a fama do artesão foi se espalhando. Um dia, o educador Alemberg Quindins, criador da Fundação Casa Grande, premiada organização de Nova Olinda que capacita crianças e jovens para as artes, pediu a Seleiro que fizesse uma sandália igual à de Lampião para uma exposição sobre o Cariri. Seleiro tinha guardado os desenhos do pai e reproduziu a sandália "cobertão", de solado quadrado. "Mudei o nome para sandália Lampião. E quando me pediram um modelo para mulher, fiz a sandália Maria Bonita", explica o artesão. TRADIÇÃO E INOVAÇÃO Do Cariri para o Brasil, aos poucos o E.S. de Espedito Seleiro, numa letra bem desenhada, foi marcando sandálias, bolsas e mochilas em couro que se espalharam no circuito fashion. O trabalho atraiu também a atenção da pesquisadora Heloisa Bueno Rodrigues, que fez de Seleiro personagem principal de sua dissertação de mestrado defendida em outubro de 2015 no Programa de Cultura e Territorialidades da UFF (Universidade Federal Fluminense) e intitulada Espedito Seleiro: filho dos Inhamuns, mestre do Cariri e artista do Brasil. Num estudo sobre economia criativa e cultura, apresentado num seminário na Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, a pesquisadora analisa como Seleiro se diferenciou dos demais artesãos ao inovar dentro da tradição popular, mantendo sua identidade. Ao mesmo tempo, explica que o trabalho de Seleiro não é só produto de sua sensibilidade individual de artista, mas resultado de um conjunto de conhecimentos, histórias e tradições. "O Ceará é muito marcado pelo que historiadores como Capistrano de Abreu chamam de civilização do couro, um ciclo econômico baseado na criação de gado. A obra de Espedito Seleiro traduz essas tradições dos vaqueiros, dos cangaceiros, dos ciganos, desses homens que se espalharam pelo interior do Nordeste. E ele conseguiu manter sua originalidade dentro dessa tradição, conseguiu se diferenciar", afirma a pesquisadora. Assim como aprendeu o ofício em família, Seleiro ensina o que sabe aos filhos, netos e sobrinhos, e juntos eles mantêm a cooperativa Associação Familiar Espedito Seleiro, que reúne 22 profissionais. Mestre Seleiro é um professor exigente, que acorda de madrugada, cobra qualidade em cada passo do trabalho e manda recomeçar tudo se achar algo errado. "Eu ensino, eles fazem, eu vejo se ficou bom. Se estiver boa, assino a sandália. Se estiver ruim, desmancho e mando fazer de novo". Em sua oficina, entre aprendizes e cortes de couro, Seleiro recebe quem chega e tem sempre tempo para um dedo de prosa. Ao lado da oficina criou o Museu do Couro, que conta a história de sua obra e também a saga dos vaqueiros no sertão. Seleiro sabe que é imitado por muitos, mas não liga. Às vezes pensa em registrar sua marca, às vezes não. De olho nas novidades, investe em capas para celulares e tablets e selas de moto. Comprada na lojinha de Seleiro em Nova Olinda, a sandália Maria Bonita custa R$ 80. Entre bolsas, mochilas, carteiras e sandálias, as peças trazem tons e desenhos inusitados. Lembram vestidos coloridos numa quadrilha, disputas de vaquejadas, cangaceiros em luta, leques ciganos, flores brotando - e todas as cores do sertão em dias de chuva depois dos meses de seca.
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Venda direta dos ingressos para a Rio-2016 começa nesta terça-feira
Entradas para as competições e as cerimônias dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 voltam a ser oferecidas para venda a partir das 10h desta terça (20). Agora quem não teve sorte na primeira fase da venda, quando as entradas eram sorteadas entre os torcedores que solicitaram ingressos, não poderá mais culpar o azar em caso de insucesso. Isso porque a nova fase se dá na por meio de venda direta, ou seja, sem sorteios. Quem pedir o ingresso antes leva ele na hora. Entre os eventos disponibilizados na nova etapa, encontram-se alguns dos mais concorridos dos Jogos, e antes dados como esgotados, como as cerimônias de abertura e encerramento e a final do atletismo 100 metros rasos masculino, que deve ter a estrela jamaicana Usain Bolt. Maia de 2 mil novos ingressos disponibilizados agora. Eles podem ser adquiridos no site www.rio2016.org/ingressos. VEJA COMO COMPRAR OS INGRESSOS Passo a passo - Hoje, a partir das 10h, acesse o site www.rio2016.org/ingressos - Selecione as sessões do esporte desejado –é possível escolher um máximo de seis sessões, com quatro a seis ingressos em cada (ou seja, até 120 entradas) - Na parte de pagamento, o torcedor pode escolher entre cartão de crédito da bandeira Visa ou o cartão pré-pago, que é solicitado no site. Até dezembro, há possibilidade de parcelar a compra em até três vezes sem juros com cartões da bandeira Visa - Feche sua compra e monitore o recebimento das entradas Dicas úteis - Maiores de 60 anos e cadeirantes possuem desconto em todas as categorias de preço de ingressos - Estudantes e pessoas com outras deficiências têm direito à meia-entrada na categoria mais barata de preços - É preciso comprovar a condição na data do uso do tíquete - Quem não concorreu nos dois primeiros sorteios, realizados em junho e agosto, pode obter mais informações no seguinte link: http://www.rio2016.com/ingressos/guiadeingressos/guia_de_ingressos_pt.pdf O que assistir? Alguns dos eventos mais badalados dos Jogos Olímpicos do Rio voltarão a ter venda aberta. Confira os destaques: Cerimônia de abertura Cerimônia de encerramento Final masculina do futebol Final masculina dos 100 m rasos Finais masculina e feminina do handebol Final e semifinal masculina do basquete Finais masculina e feminina por equipes na ginástica artística Finais masculina e feminina do tênis Final masculina do rúgbi Disputa de terceiro lugar do vôlei feminino
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Venda direta dos ingressos para a Rio-2016 começa nesta terça-feiraEntradas para as competições e as cerimônias dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 voltam a ser oferecidas para venda a partir das 10h desta terça (20). Agora quem não teve sorte na primeira fase da venda, quando as entradas eram sorteadas entre os torcedores que solicitaram ingressos, não poderá mais culpar o azar em caso de insucesso. Isso porque a nova fase se dá na por meio de venda direta, ou seja, sem sorteios. Quem pedir o ingresso antes leva ele na hora. Entre os eventos disponibilizados na nova etapa, encontram-se alguns dos mais concorridos dos Jogos, e antes dados como esgotados, como as cerimônias de abertura e encerramento e a final do atletismo 100 metros rasos masculino, que deve ter a estrela jamaicana Usain Bolt. Maia de 2 mil novos ingressos disponibilizados agora. Eles podem ser adquiridos no site www.rio2016.org/ingressos. VEJA COMO COMPRAR OS INGRESSOS Passo a passo - Hoje, a partir das 10h, acesse o site www.rio2016.org/ingressos - Selecione as sessões do esporte desejado –é possível escolher um máximo de seis sessões, com quatro a seis ingressos em cada (ou seja, até 120 entradas) - Na parte de pagamento, o torcedor pode escolher entre cartão de crédito da bandeira Visa ou o cartão pré-pago, que é solicitado no site. Até dezembro, há possibilidade de parcelar a compra em até três vezes sem juros com cartões da bandeira Visa - Feche sua compra e monitore o recebimento das entradas Dicas úteis - Maiores de 60 anos e cadeirantes possuem desconto em todas as categorias de preço de ingressos - Estudantes e pessoas com outras deficiências têm direito à meia-entrada na categoria mais barata de preços - É preciso comprovar a condição na data do uso do tíquete - Quem não concorreu nos dois primeiros sorteios, realizados em junho e agosto, pode obter mais informações no seguinte link: http://www.rio2016.com/ingressos/guiadeingressos/guia_de_ingressos_pt.pdf O que assistir? Alguns dos eventos mais badalados dos Jogos Olímpicos do Rio voltarão a ter venda aberta. Confira os destaques: Cerimônia de abertura Cerimônia de encerramento Final masculina do futebol Final masculina dos 100 m rasos Finais masculina e feminina do handebol Final e semifinal masculina do basquete Finais masculina e feminina por equipes na ginástica artística Finais masculina e feminina do tênis Final masculina do rúgbi Disputa de terceiro lugar do vôlei feminino
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Impeachment e moral
SÃO PAULO - É possível defender a coisa certa pelas razões erradas. Eu diria até que essa é uma atitude extremamente comum na história da humanidade. E receio que isso esteja acontecendo com o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Não é preciso mais do que ouvir dois discursos de deputados da oposição ou ver mensagens de leitores indignados com a roubalheira para constatar que muitos defendem o afastamento por razões morais. Longe de mim insinuar que não devamos dar atenção a coisas como o Código Penal e a ética, mas me parece ingênuo apostar que um impeachment de Dilma terá impacto profundo e duradouro nos níveis de corrupção verificados na administração pública. O PT até pode ter se esmerado, mas as delações premiadas e provas documentais divulgadas até aqui sugerem que o fenômeno é muito mais amplo, geral e irrestrito, afetando quase todos os partidos. Não há nenhum motivo para esperar que um governo encabeçado por Michel Temer e próceres do PMDB seria perceptivelmente mais ético do que a gestão petista. Ao que tudo indica, a corrupção é fruto de uma complexa combinação de fatores, que incluem necessidade, oportunidade, cultura política e disposições individuais. São razões bem mais pragmáticas que tornam o impeachment defensável. Desde que foi reeleita, Dilma já tentou superar a crise com receitas à direita e à esquerda. Fracassou em todas. É hora de deixar que outros atores busquem uma saída. O país tem urgência. A situação econômica não cessa de deteriorar-se e já se avizinha a fase de quebradeira de empresas, com amargos efeitos sociais. Não há garantias de que Temer será mais eficiente do que Dilma, mas é certo que a atual gestão já queimou todos os seus cartuchos. Ficar dois anos e meio sem tomar uma atitude esperando o pleito de 2018 parece uma estratégia suicida. Se Temer também fracassar, seu pedido de impeachment já está na fila. [email protected]
colunas
Impeachment e moralSÃO PAULO - É possível defender a coisa certa pelas razões erradas. Eu diria até que essa é uma atitude extremamente comum na história da humanidade. E receio que isso esteja acontecendo com o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Não é preciso mais do que ouvir dois discursos de deputados da oposição ou ver mensagens de leitores indignados com a roubalheira para constatar que muitos defendem o afastamento por razões morais. Longe de mim insinuar que não devamos dar atenção a coisas como o Código Penal e a ética, mas me parece ingênuo apostar que um impeachment de Dilma terá impacto profundo e duradouro nos níveis de corrupção verificados na administração pública. O PT até pode ter se esmerado, mas as delações premiadas e provas documentais divulgadas até aqui sugerem que o fenômeno é muito mais amplo, geral e irrestrito, afetando quase todos os partidos. Não há nenhum motivo para esperar que um governo encabeçado por Michel Temer e próceres do PMDB seria perceptivelmente mais ético do que a gestão petista. Ao que tudo indica, a corrupção é fruto de uma complexa combinação de fatores, que incluem necessidade, oportunidade, cultura política e disposições individuais. São razões bem mais pragmáticas que tornam o impeachment defensável. Desde que foi reeleita, Dilma já tentou superar a crise com receitas à direita e à esquerda. Fracassou em todas. É hora de deixar que outros atores busquem uma saída. O país tem urgência. A situação econômica não cessa de deteriorar-se e já se avizinha a fase de quebradeira de empresas, com amargos efeitos sociais. Não há garantias de que Temer será mais eficiente do que Dilma, mas é certo que a atual gestão já queimou todos os seus cartuchos. Ficar dois anos e meio sem tomar uma atitude esperando o pleito de 2018 parece uma estratégia suicida. Se Temer também fracassar, seu pedido de impeachment já está na fila. [email protected]
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Governo quer acelerar projeto para recuperar R$ 8 bi em precatórios
O governo tenta acelerar a aprovação do projeto de lei que permite a recuperação de cerca de R$ 8 bilhões em precatórios não sacados para compensar as dificuldades de arrecadação enfrentadas neste primeiro semestre. A equipe econômica de Michel Temer quer incluir esse valor no próximo relatório bimestral de receitas e despesas, que precisa ser divulgado até 22 de julho. O objetivo da medida é dar sinais de equilíbrio fiscal e tranquilizar o mercado diante dos números frustrantes das receitas federais nos últimos meses. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou um requerimento de urgência para levar ao plenário até a primeira semana de julho o projeto que permite o resgate de precatórios que estão sem movimentação há mais de dois anos. A medida atingiria, por exemplo, segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que ganharam uma ação de concessão ou revisão do benefício. O texto já foi aprovado pela Câmara no começo deste mês e poderá ser sancionado assim que passar pelo Senado, permitindo que o governo inclua essa receita extra de R$ 8 bilhões no relatório das contas públicas. Se o projeto for aprovado e sancionado antes de 22 de julho, o Ministério do Planejamento cogita até antecipar a divulgação do novo balanço. Parte desse dinheiro vai cobrir um buraco nas previsões iniciais de arrecadação, aberto pela redução das receitas federais em maio, que foram 0,96% menores do que no mesmo período de 2016. A equipe econômica também estima que uma parcela desse valor pode ajudar o governo a descongelar parte do Orçamento contingenciado para permitir o cumprimento da meta fiscal em 2017. Permanecem bloqueados R$ 39 bilhões das contas deste ano. REFIS Além de incluir os precatórios não sacados na previsão de receitas, o governo pretende rever no próximo relatório a expectativa de arrecadação com a nova versão do Refis -programa de refinanciamento de dívidas tributárias criado por medida provisória. A equipe econômica previa arrecadar R$ 8 bilhões com o pagamento dessas dívidas e incluiu esse valor nas contas apresentadas em maio. Agora, com o novo modelo de refinanciamento, projeta obter R$ 13 bilhões. A inclusão de novas receitas com precatórios e com o Refis é considerada um ponto crucial para reequilibrar as contas públicas em um momento de dificuldade de retomada da atividade econômica -com impacto direto sobre a arrecadação. Parte da equipe de Temer começou a trabalhar internamente com uma projeção de alta do PIB (Produto Interno Bruto) de 0,4% neste ano -estimativa semelhante à de economistas privados. As contas do governo, entretanto, haviam sido elaboradas com uma previsão de crescimento da economia de 0,5%. Com novas receitas, o governo quer transmitir ao mercado a mensagem de que será capaz de compensar a arrecadação mais tímida e evitar a revisão da meta fiscal. O deficit das contas públicas deste ano deve ser de R$ 139 bilhões, mas o governo precisou congelar parte do Orçamento para garantir que esse valor seja alcançado —no ano passado, o rombo foi de R$ 154 bilhões. Entre os auxiliares de Temer, não se admite nenhuma mudança da meta -ao menos por enquanto.
mercado
Governo quer acelerar projeto para recuperar R$ 8 bi em precatóriosO governo tenta acelerar a aprovação do projeto de lei que permite a recuperação de cerca de R$ 8 bilhões em precatórios não sacados para compensar as dificuldades de arrecadação enfrentadas neste primeiro semestre. A equipe econômica de Michel Temer quer incluir esse valor no próximo relatório bimestral de receitas e despesas, que precisa ser divulgado até 22 de julho. O objetivo da medida é dar sinais de equilíbrio fiscal e tranquilizar o mercado diante dos números frustrantes das receitas federais nos últimos meses. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou um requerimento de urgência para levar ao plenário até a primeira semana de julho o projeto que permite o resgate de precatórios que estão sem movimentação há mais de dois anos. A medida atingiria, por exemplo, segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que ganharam uma ação de concessão ou revisão do benefício. O texto já foi aprovado pela Câmara no começo deste mês e poderá ser sancionado assim que passar pelo Senado, permitindo que o governo inclua essa receita extra de R$ 8 bilhões no relatório das contas públicas. Se o projeto for aprovado e sancionado antes de 22 de julho, o Ministério do Planejamento cogita até antecipar a divulgação do novo balanço. Parte desse dinheiro vai cobrir um buraco nas previsões iniciais de arrecadação, aberto pela redução das receitas federais em maio, que foram 0,96% menores do que no mesmo período de 2016. A equipe econômica também estima que uma parcela desse valor pode ajudar o governo a descongelar parte do Orçamento contingenciado para permitir o cumprimento da meta fiscal em 2017. Permanecem bloqueados R$ 39 bilhões das contas deste ano. REFIS Além de incluir os precatórios não sacados na previsão de receitas, o governo pretende rever no próximo relatório a expectativa de arrecadação com a nova versão do Refis -programa de refinanciamento de dívidas tributárias criado por medida provisória. A equipe econômica previa arrecadar R$ 8 bilhões com o pagamento dessas dívidas e incluiu esse valor nas contas apresentadas em maio. Agora, com o novo modelo de refinanciamento, projeta obter R$ 13 bilhões. A inclusão de novas receitas com precatórios e com o Refis é considerada um ponto crucial para reequilibrar as contas públicas em um momento de dificuldade de retomada da atividade econômica -com impacto direto sobre a arrecadação. Parte da equipe de Temer começou a trabalhar internamente com uma projeção de alta do PIB (Produto Interno Bruto) de 0,4% neste ano -estimativa semelhante à de economistas privados. As contas do governo, entretanto, haviam sido elaboradas com uma previsão de crescimento da economia de 0,5%. Com novas receitas, o governo quer transmitir ao mercado a mensagem de que será capaz de compensar a arrecadação mais tímida e evitar a revisão da meta fiscal. O deficit das contas públicas deste ano deve ser de R$ 139 bilhões, mas o governo precisou congelar parte do Orçamento para garantir que esse valor seja alcançado —no ano passado, o rombo foi de R$ 154 bilhões. Entre os auxiliares de Temer, não se admite nenhuma mudança da meta -ao menos por enquanto.
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