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Obra de Andy Warhol vai inundar museus e leilões em 2015
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Prepare-se para uma enxurrada de trabalhos de Warhol este ano, e não apenas em leilões. Cerca de 40 exposições de obras do artista, muitas delas nunca antes vistas pelo público, vão inundar museus de arte e instituições universitárias. A força responsável pela enxurrada é a Fundação Andy Warhol para as Artes Visuais, que acaba de encerrar sua terceira e última rodada de um programa recorde de doações e agora inicia uma fase nova e mais madura, voltada unicamente às doações. Nesta última fase, a fundação doou mais de 14 mil trabalhos, em sua maioria materiais fotográficos e estampas, estipulando que os museus devem expor os trabalhos em até cinco anos. Desde 1999 a fundação já distribuiu 52.786 trabalhos de Warhol para 322 instituições. Christine J. Vincent, que dirigiu para o Instituto Aspen o Estudo Nacional de Instituições Dotadas por Artistas, disse que as doações de obras de Warhol "são ímpares entre fundações dotadas por artistas, em termos do número de obras doadas e do número de instituições que as receberam". (Para dar uma ideia do alcance da atuação da Fundação Warhol, ela também ajudou a financiar o próprio estudo.) Nas próximas seis semanas, exposições de obras de Warhol serão inauguradas no Instituto Abroms-Engel para as Artes Visuais, parte da Universidade do Alabama em Birmingham (a mostra incluirá uma serigrafia do rosto de Richard Nixon intitulada "Vote em McGovern"); no Museu de Arte do Middlebury College, no Vermont (com uma serigrafia de Mao Tse-tung), e no Museu de Arte da Universidade do Arizona, em Tucson (essa exposição incluirá fotos de polaroide e de prata coloidal do cenário do "downtown" nova-iorquino nos anos 1970 e 1980). Entre as gravuras vintage de Warhol destinadas a dez instituições internacionais e ao Centro Cantor de Artes, da Universidade Stanford, há fotos "alinhavadas-não alinhavadas" -imagens únicas que Warhol contratou uma mulher para alinhavar em grades de quatro, seis ou oito (elas incluem imagens de manequins masculinos, vacas, grafitagens de Pac- Man e uma foto da escritora Tama Janowitz feita à moda de Picasso). Quando Warhol morreu, uma pilha de fotos foi encontrada ao lado de uma máquina de costura; as fotos seriam costuradas. Recentemente o conselho da Fundação Warhol decidiu que a melhor solução seria fazer com que fossem alinhavadas como Warhol pretendia, pelo Fabric Workshop and Museum, de Filadélfia. A fundação tem uma dotação em dinheiro de mais de US$280 milhões e ativos no valor de mais de US$350 milhões. Em 2015 ela vai doar quase US$14 milhões em dinheiro, principalmente para instituições nos Estados Unidos. "Andy disse 'vamos apoiar as artes visuais'", disse Joel Wachs, o presidente da fundação, falando da missão dela. Segundo ele, um dos mais importantes projetos novos da instituição é uma dotação de US$300 mil por dois anos para a criação da Common Field, uma rede nacional de espaços e projetos comandados por artistas. "Quando digo que Andy será conhecido por sua filantropia tanto quanto é conhecido por sua arte, é verdade." Desde 2008 a fundação vem se concentrando em doar trabalhos a galerias de arte de escolas e universidades, onde tem encontrado um público sedento de material de Warhol para expor e usar. E há muito entre o qual escolher, por conta da abordagem prolífica de Warhol à arte e à vida, que o levava a carregar uma câmera para todo lugar e fazer o que descrevia como um "diário visual". "Não é por nada que chamavam o estúdio dele de Factory (fábrica)", disse Wachs, aludindo à produtividade dela. Ele notou que Warhol costumava fazer centenas de fotos de polaroide de um único tema, para usar para a criação de um retrato pintado. O Museu de Arte do College of Wooster, no Ohio, recebeu 150 obras de Warhol desde 2008, em sua maioria fotos polaroides, estampas de silk-screen e impressões fotográficas de prata coloidal em preto e branco. O museu vai expor muitas delas numa mostra no outono americano deste ano que vai destacar o uso pioneiro do selfie pelo artista. "É uma coisa importantíssima para nós, em vários níveis", comentou a diretora do museu, Kitty Zurko. "Somos um museu-escola. Usamos estes materiais ativamente no dia a dia. Mas também somos uma escola de artes liberais. Nem todo o mundo é estudante de arte, mas todo o mundo sabe quem é Warhol -até um estudante de química sabe." O Centro Cantor de Artes recebeu o maior dos presentes recentes de obras de Warhol, incluindo 4.115 folhas de negativos -abrangendo a coleção integral de fotografia em preto e branco do artista-e 3.624 folhas de contatos. "Stanford pode fazer algo que não está ao alcance de outras instituições: adotar uma abordagem realmente interdisciplinar e plural a Warhol, que é apropriada", disse a diretora do centro, Connie Wolf. Embora não haja exposições programadas do material de Warhol em Stanford até 2017, as folhas de contatos serão usadas este ano, juntamente com imagens de Eadweard Muybridge, pioneiro inglês da fotografia, do século 19, numa aula na Escola de Medicina da Universidade Stanford que pretende aguçar as habilidades clínicas dos estudantes de medicina através de uma análise de obras de arte. Os museus maiores não foram esquecidos na rodada mais recente de doações. Warhol montou seis "álbuns de família" que abrangem números diversos de fotos de polaroide, e a fundação deu um álbum a cada uma das seguintes instituições: o Museu de Belas-Artes de Houston, o Museu Whitney de Arte Americana, o Museu de Arte de Filadélfia, o Museu Nelson-Atkins de Arte, a Casa George Eastman e o Museu de Arte de Portland, no Oregon. Mas será que tudo com que Warhol trabalhou realmente é uma obra de arte? "Muitos destes trabalhos ele fez para seu uso pessoal", comentou Peter Barberie, curador de fotografia no Museu de Arte de Filadélfia, informando ainda que muitas das 467 imagens que constam do álbum recebido pelo museu são "de pessoas famosas, cães e homens nus". Algumas delas foram exibidas pelo museu no ano passado. Segundo Barberie, o museu ficou satisfeito em recebê-las, porque não tinha polaroides de Warhol e porque as imagens proporcionam uma visão do processo artístico. "Não foram as latas de biscoitos de Warhol que foram vendidas em leilão", disse o curador. "A fotografia estava à base da arte dele." Segundo ele, o simples fato de Warhol nunca ter vendido ou doado essas imagens acrescenta valor a elas. "Essas eram as imagens de que ele realmente gostava e que ele guardou para si mesmo." Tradução de CLARA ALLAIN
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ilustrissima
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Obra de Andy Warhol vai inundar museus e leilões em 2015Prepare-se para uma enxurrada de trabalhos de Warhol este ano, e não apenas em leilões. Cerca de 40 exposições de obras do artista, muitas delas nunca antes vistas pelo público, vão inundar museus de arte e instituições universitárias. A força responsável pela enxurrada é a Fundação Andy Warhol para as Artes Visuais, que acaba de encerrar sua terceira e última rodada de um programa recorde de doações e agora inicia uma fase nova e mais madura, voltada unicamente às doações. Nesta última fase, a fundação doou mais de 14 mil trabalhos, em sua maioria materiais fotográficos e estampas, estipulando que os museus devem expor os trabalhos em até cinco anos. Desde 1999 a fundação já distribuiu 52.786 trabalhos de Warhol para 322 instituições. Christine J. Vincent, que dirigiu para o Instituto Aspen o Estudo Nacional de Instituições Dotadas por Artistas, disse que as doações de obras de Warhol "são ímpares entre fundações dotadas por artistas, em termos do número de obras doadas e do número de instituições que as receberam". (Para dar uma ideia do alcance da atuação da Fundação Warhol, ela também ajudou a financiar o próprio estudo.) Nas próximas seis semanas, exposições de obras de Warhol serão inauguradas no Instituto Abroms-Engel para as Artes Visuais, parte da Universidade do Alabama em Birmingham (a mostra incluirá uma serigrafia do rosto de Richard Nixon intitulada "Vote em McGovern"); no Museu de Arte do Middlebury College, no Vermont (com uma serigrafia de Mao Tse-tung), e no Museu de Arte da Universidade do Arizona, em Tucson (essa exposição incluirá fotos de polaroide e de prata coloidal do cenário do "downtown" nova-iorquino nos anos 1970 e 1980). Entre as gravuras vintage de Warhol destinadas a dez instituições internacionais e ao Centro Cantor de Artes, da Universidade Stanford, há fotos "alinhavadas-não alinhavadas" -imagens únicas que Warhol contratou uma mulher para alinhavar em grades de quatro, seis ou oito (elas incluem imagens de manequins masculinos, vacas, grafitagens de Pac- Man e uma foto da escritora Tama Janowitz feita à moda de Picasso). Quando Warhol morreu, uma pilha de fotos foi encontrada ao lado de uma máquina de costura; as fotos seriam costuradas. Recentemente o conselho da Fundação Warhol decidiu que a melhor solução seria fazer com que fossem alinhavadas como Warhol pretendia, pelo Fabric Workshop and Museum, de Filadélfia. A fundação tem uma dotação em dinheiro de mais de US$280 milhões e ativos no valor de mais de US$350 milhões. Em 2015 ela vai doar quase US$14 milhões em dinheiro, principalmente para instituições nos Estados Unidos. "Andy disse 'vamos apoiar as artes visuais'", disse Joel Wachs, o presidente da fundação, falando da missão dela. Segundo ele, um dos mais importantes projetos novos da instituição é uma dotação de US$300 mil por dois anos para a criação da Common Field, uma rede nacional de espaços e projetos comandados por artistas. "Quando digo que Andy será conhecido por sua filantropia tanto quanto é conhecido por sua arte, é verdade." Desde 2008 a fundação vem se concentrando em doar trabalhos a galerias de arte de escolas e universidades, onde tem encontrado um público sedento de material de Warhol para expor e usar. E há muito entre o qual escolher, por conta da abordagem prolífica de Warhol à arte e à vida, que o levava a carregar uma câmera para todo lugar e fazer o que descrevia como um "diário visual". "Não é por nada que chamavam o estúdio dele de Factory (fábrica)", disse Wachs, aludindo à produtividade dela. Ele notou que Warhol costumava fazer centenas de fotos de polaroide de um único tema, para usar para a criação de um retrato pintado. O Museu de Arte do College of Wooster, no Ohio, recebeu 150 obras de Warhol desde 2008, em sua maioria fotos polaroides, estampas de silk-screen e impressões fotográficas de prata coloidal em preto e branco. O museu vai expor muitas delas numa mostra no outono americano deste ano que vai destacar o uso pioneiro do selfie pelo artista. "É uma coisa importantíssima para nós, em vários níveis", comentou a diretora do museu, Kitty Zurko. "Somos um museu-escola. Usamos estes materiais ativamente no dia a dia. Mas também somos uma escola de artes liberais. Nem todo o mundo é estudante de arte, mas todo o mundo sabe quem é Warhol -até um estudante de química sabe." O Centro Cantor de Artes recebeu o maior dos presentes recentes de obras de Warhol, incluindo 4.115 folhas de negativos -abrangendo a coleção integral de fotografia em preto e branco do artista-e 3.624 folhas de contatos. "Stanford pode fazer algo que não está ao alcance de outras instituições: adotar uma abordagem realmente interdisciplinar e plural a Warhol, que é apropriada", disse a diretora do centro, Connie Wolf. Embora não haja exposições programadas do material de Warhol em Stanford até 2017, as folhas de contatos serão usadas este ano, juntamente com imagens de Eadweard Muybridge, pioneiro inglês da fotografia, do século 19, numa aula na Escola de Medicina da Universidade Stanford que pretende aguçar as habilidades clínicas dos estudantes de medicina através de uma análise de obras de arte. Os museus maiores não foram esquecidos na rodada mais recente de doações. Warhol montou seis "álbuns de família" que abrangem números diversos de fotos de polaroide, e a fundação deu um álbum a cada uma das seguintes instituições: o Museu de Belas-Artes de Houston, o Museu Whitney de Arte Americana, o Museu de Arte de Filadélfia, o Museu Nelson-Atkins de Arte, a Casa George Eastman e o Museu de Arte de Portland, no Oregon. Mas será que tudo com que Warhol trabalhou realmente é uma obra de arte? "Muitos destes trabalhos ele fez para seu uso pessoal", comentou Peter Barberie, curador de fotografia no Museu de Arte de Filadélfia, informando ainda que muitas das 467 imagens que constam do álbum recebido pelo museu são "de pessoas famosas, cães e homens nus". Algumas delas foram exibidas pelo museu no ano passado. Segundo Barberie, o museu ficou satisfeito em recebê-las, porque não tinha polaroides de Warhol e porque as imagens proporcionam uma visão do processo artístico. "Não foram as latas de biscoitos de Warhol que foram vendidas em leilão", disse o curador. "A fotografia estava à base da arte dele." Segundo ele, o simples fato de Warhol nunca ter vendido ou doado essas imagens acrescenta valor a elas. "Essas eram as imagens de que ele realmente gostava e que ele guardou para si mesmo." Tradução de CLARA ALLAIN
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Hospital infantil Sabará tem fila longa e poucos médicos, reclama leitor
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O leitor Issamu Nagassaki reclama de atendimento lento no Hospital Infantil Sabará, em São Paulo. Ele conta que ao levar sua filha ao pronto-socorro logo pela manhã -horário apontado como o de menor tempo de espera em placar no centro médico-, foi informado de que deveria esperar cerca de duas horas e meia para a primeira consulta. Segundo funcionários, apenas dois médicos estavam trabalhando no atendimento, o que teria motivado a espera maior. "Fiquei das 8h20 às 17h50 para acompanhar a consulta e realização de exames da minha filha de um ano", desabafa o leitor. Resposta - O hospital diz que tem sempre ao menos cinco médicos no pronto-socorro e que a alta de casos de dengue e doenças respiratórias, comum entre março e junho, diminui a velocidade do atendimento. - Queixa de Marcos Melo: Conexão diferente Serviço de alarme da Verisure é contratado, com a garantia de que o sistema pode funcionar com linha telefônica fixa e conexão GPRS, o que não acontece. Procurada, ouvidoria quer forçar cancelamento de contrato. Resposta da Verisure Afirma que ofereceu ao cliente a troca do equipamento que funciona com as duas redes. - Queixa de Rafael Borges: Sem reembolso Inalador comprado nas Lojas Americanas foi devolvido no dia seguinte à loja, que prometeu devolver valor pago, mas reembolso não é feito. Para piorar, segunda parcela do produto foi cobrada em cartão de crédito. Resposta das Lojas Americanas Esclarece que contatou o consumidor e já solucionou a questão de forma permanente. - Queixa de Maria de Fátima Duarte de Oliveira: Defeito em lanterna Lanternas de veículo da Mitsubishi têm infiltração menos de três anos após fabricação. Concessionária diz que falha é causada por desgaste com o tempo, e apenas oferece desconto para trocar peça. Resposta da Mitsubishi Diz que solicitou que o carro fosse levado a concessionária para novos esclarecimentos. - Queixa de Sueli dos Santos Freitas: Sem canal Pacote da Sky é renovado para outro superior, que dá direito a três pontos independentes. Porém, em apenas um deles, canal específico não é sintonizado. Empresa já pediu até 72 horas, mas não soluciona o caso. Resposta da Sky Informa que a falha está sendo solucionada e ofereceu desconto por seis meses.
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Hospital infantil Sabará tem fila longa e poucos médicos, reclama leitorO leitor Issamu Nagassaki reclama de atendimento lento no Hospital Infantil Sabará, em São Paulo. Ele conta que ao levar sua filha ao pronto-socorro logo pela manhã -horário apontado como o de menor tempo de espera em placar no centro médico-, foi informado de que deveria esperar cerca de duas horas e meia para a primeira consulta. Segundo funcionários, apenas dois médicos estavam trabalhando no atendimento, o que teria motivado a espera maior. "Fiquei das 8h20 às 17h50 para acompanhar a consulta e realização de exames da minha filha de um ano", desabafa o leitor. Resposta - O hospital diz que tem sempre ao menos cinco médicos no pronto-socorro e que a alta de casos de dengue e doenças respiratórias, comum entre março e junho, diminui a velocidade do atendimento. - Queixa de Marcos Melo: Conexão diferente Serviço de alarme da Verisure é contratado, com a garantia de que o sistema pode funcionar com linha telefônica fixa e conexão GPRS, o que não acontece. Procurada, ouvidoria quer forçar cancelamento de contrato. Resposta da Verisure Afirma que ofereceu ao cliente a troca do equipamento que funciona com as duas redes. - Queixa de Rafael Borges: Sem reembolso Inalador comprado nas Lojas Americanas foi devolvido no dia seguinte à loja, que prometeu devolver valor pago, mas reembolso não é feito. Para piorar, segunda parcela do produto foi cobrada em cartão de crédito. Resposta das Lojas Americanas Esclarece que contatou o consumidor e já solucionou a questão de forma permanente. - Queixa de Maria de Fátima Duarte de Oliveira: Defeito em lanterna Lanternas de veículo da Mitsubishi têm infiltração menos de três anos após fabricação. Concessionária diz que falha é causada por desgaste com o tempo, e apenas oferece desconto para trocar peça. Resposta da Mitsubishi Diz que solicitou que o carro fosse levado a concessionária para novos esclarecimentos. - Queixa de Sueli dos Santos Freitas: Sem canal Pacote da Sky é renovado para outro superior, que dá direito a três pontos independentes. Porém, em apenas um deles, canal específico não é sintonizado. Empresa já pediu até 72 horas, mas não soluciona o caso. Resposta da Sky Informa que a falha está sendo solucionada e ofereceu desconto por seis meses.
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De costas para o futuro
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Os deputados derrotaram o governo de Michel Temer (PMDB) e todos os que se preocupam com a saúde das contas públicas ao decepar a proposta de renegociação da dívida dos Estados que havia sido aprovada pelo Senado. O projeto de lei que agora segue para sanção presidencial estabelece o alongamento por 20 anos das dívidas dos entes regionais com a União, com descontos nas prestações até junho de 2018 —a diferença será acrescida ao saldo devedor. Reconheça-se a necessidade do alívio; muitos Estados, por obra de governadores presentes ou passados, vivem situação calamitosa. Tal socorro, contudo, jamais poderia equivaler a um favor. Era, mais que oportuno, imperativo valer-se desse momento para impedir a repetição de gestões irresponsáveis nos Estados. Não por outro motivo a proposta a princípio vedava contratações e aumentos de salários e determinava a redução dos cargos comissionados e o aumento na contribuição de inativos. Em vez dessas medidas —sem dúvida duras, mas essenciais para equilibrar as contas—, os deputados deixaram uma simples contrapartida: a limitação do crescimento do gasto primário dos governos regionais à variação da inflação pelo prazo de dois anos. Em outras palavras, os deputados deram de ombros para o futuro. Não querem nem saber se os governos resolverão o verdadeiro problema: as despesas com pessoal ativo e aposentados, se corretamente contabilizadas, com frequência superam 70% da receita. Num padrão há muito conhecido, gestores permitem que a máquina cresça sem se preocuparem com a arrecadação. Tornam as despesas incompatíveis com as receitas e fingem que isso é administrar. Os deputados federais, por sua vez, seja porque não entendem nada desse assunto, seja porque têm medo de aprovar medidas tachadas de impopulares, quase sempre cedem à pressão das corporações beneficiadas à custa do contribuinte. Na renegociação com os Estados, o governo conseguiu ao menos uma vitória parcial. Preservou-se o Regime de Recuperação Fiscal, que se pretende análogo à recuperação judicial de empresa privada. A ideia básica é facilitar a reestruturação de passivos, inclusive com pessoal e fornecedores. Também aí, porém, os deputados enfraqueceram o texto com a retirada de itens como a possível redução de jornadas de trabalho com redução proporcional de salários. Ainda que a prerrogativa de homologar o plano seja da Presidência, e ainda que Temer tenha manifestado intenção de exigir contrapartidas em troca de ajuda, perdeu-se a oportunidade de criar um roteiro de ajuste a partir da lei federal. Além do funcionalismo dos Estados, ninguém ganha com isso. [email protected]
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opiniao
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De costas para o futuroOs deputados derrotaram o governo de Michel Temer (PMDB) e todos os que se preocupam com a saúde das contas públicas ao decepar a proposta de renegociação da dívida dos Estados que havia sido aprovada pelo Senado. O projeto de lei que agora segue para sanção presidencial estabelece o alongamento por 20 anos das dívidas dos entes regionais com a União, com descontos nas prestações até junho de 2018 —a diferença será acrescida ao saldo devedor. Reconheça-se a necessidade do alívio; muitos Estados, por obra de governadores presentes ou passados, vivem situação calamitosa. Tal socorro, contudo, jamais poderia equivaler a um favor. Era, mais que oportuno, imperativo valer-se desse momento para impedir a repetição de gestões irresponsáveis nos Estados. Não por outro motivo a proposta a princípio vedava contratações e aumentos de salários e determinava a redução dos cargos comissionados e o aumento na contribuição de inativos. Em vez dessas medidas —sem dúvida duras, mas essenciais para equilibrar as contas—, os deputados deixaram uma simples contrapartida: a limitação do crescimento do gasto primário dos governos regionais à variação da inflação pelo prazo de dois anos. Em outras palavras, os deputados deram de ombros para o futuro. Não querem nem saber se os governos resolverão o verdadeiro problema: as despesas com pessoal ativo e aposentados, se corretamente contabilizadas, com frequência superam 70% da receita. Num padrão há muito conhecido, gestores permitem que a máquina cresça sem se preocuparem com a arrecadação. Tornam as despesas incompatíveis com as receitas e fingem que isso é administrar. Os deputados federais, por sua vez, seja porque não entendem nada desse assunto, seja porque têm medo de aprovar medidas tachadas de impopulares, quase sempre cedem à pressão das corporações beneficiadas à custa do contribuinte. Na renegociação com os Estados, o governo conseguiu ao menos uma vitória parcial. Preservou-se o Regime de Recuperação Fiscal, que se pretende análogo à recuperação judicial de empresa privada. A ideia básica é facilitar a reestruturação de passivos, inclusive com pessoal e fornecedores. Também aí, porém, os deputados enfraqueceram o texto com a retirada de itens como a possível redução de jornadas de trabalho com redução proporcional de salários. Ainda que a prerrogativa de homologar o plano seja da Presidência, e ainda que Temer tenha manifestado intenção de exigir contrapartidas em troca de ajuda, perdeu-se a oportunidade de criar um roteiro de ajuste a partir da lei federal. Além do funcionalismo dos Estados, ninguém ganha com isso. [email protected]
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Polícia indicia 9 por crime contra jovem espancado até a morte no RS
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A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte do adolescente Ronei Wilson Jurkfitz Faleiro Júnior, 17, espancado até a morte em 1º de agosto, em Charqueadas (região metropolitana de Porto Alegre). Nove adultos foram indiciados sob suspeita de homicídio triplamente qualificado, três tentativas de homicídio qualificado e formação de bando. Além dos adultos, sete adolescentes foram responsabilizados pelos mesmos crimes. O inquérito será enviado ao Ministério Público, de onde parte a denúncia para decisão da Justiça. Os adultos estão presos temporariamente, mas o delegado Rodrigo Reis pede à Justiça que converta a prisão em preventiva até o julgamento. Os adolescentes também estão apreendidos em caráter temporário, e o delegado solicitou a prorrogação da apreensão. O inquérito foi concluído pela polícia antes do prazo legal, que é de 30 dias. "Foi uma investigação rápida, mas complicada, porque escutamos muitas pessoas. Foram mais de 30 oitivas", disse à Folha o delegado Rodrigo Reis. Alguns envolvidos já tinham antecedentes criminais. Quatro deles agrediram um jovem de Porto Alegre, em abril, em circunstâncias parecidas à do crime de Charqueadas. O CRIME Juninho, como o garoto assassinado era chamado, foi morto com socos, pontapés e garrafadas na cabeça ao sair de uma festa. O pai do menino, Ronei Wilson Jurkfitz Faleiro, 48, presenciou tudo. Tentou inutilmente evitar o ataque de mais de uma dezena de garotos, alguns conhecidos da família. A festa era para arrecadar fundos para os formandos da escola Cenecista Carolino Euzébio Nunes. O pai foi buscar o filho de carro na saída. O garoto pediu para ele dar carona a um casal de amigos, da cidade vizinha de São Jerônimo. Os dois amigos estavam sendo ameaçados pelo bonde –como são chamadas as gangues no Sul– Abas Retas. O bonde costumava atacar pessoas de fora da cidade. A violência das gangues é um "problema antigo" e existe grande rivalidade com os garotos "de fora", segundo o major Fábio Almeida César, comandante do batalhão da Polícia Militar da cidade. "Na noite do crime tínhamos uma guarnição apenas, por causa da defasagem do efetivo", diz o major. Segundo o comandante, os policiais são desviados de função para trabalhar nos presídios –são seis na cidade. Depois do crime, César afirma que foram "devolvidos" nove policiais à cidade.
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cotidiano
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Polícia indicia 9 por crime contra jovem espancado até a morte no RSA Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte do adolescente Ronei Wilson Jurkfitz Faleiro Júnior, 17, espancado até a morte em 1º de agosto, em Charqueadas (região metropolitana de Porto Alegre). Nove adultos foram indiciados sob suspeita de homicídio triplamente qualificado, três tentativas de homicídio qualificado e formação de bando. Além dos adultos, sete adolescentes foram responsabilizados pelos mesmos crimes. O inquérito será enviado ao Ministério Público, de onde parte a denúncia para decisão da Justiça. Os adultos estão presos temporariamente, mas o delegado Rodrigo Reis pede à Justiça que converta a prisão em preventiva até o julgamento. Os adolescentes também estão apreendidos em caráter temporário, e o delegado solicitou a prorrogação da apreensão. O inquérito foi concluído pela polícia antes do prazo legal, que é de 30 dias. "Foi uma investigação rápida, mas complicada, porque escutamos muitas pessoas. Foram mais de 30 oitivas", disse à Folha o delegado Rodrigo Reis. Alguns envolvidos já tinham antecedentes criminais. Quatro deles agrediram um jovem de Porto Alegre, em abril, em circunstâncias parecidas à do crime de Charqueadas. O CRIME Juninho, como o garoto assassinado era chamado, foi morto com socos, pontapés e garrafadas na cabeça ao sair de uma festa. O pai do menino, Ronei Wilson Jurkfitz Faleiro, 48, presenciou tudo. Tentou inutilmente evitar o ataque de mais de uma dezena de garotos, alguns conhecidos da família. A festa era para arrecadar fundos para os formandos da escola Cenecista Carolino Euzébio Nunes. O pai foi buscar o filho de carro na saída. O garoto pediu para ele dar carona a um casal de amigos, da cidade vizinha de São Jerônimo. Os dois amigos estavam sendo ameaçados pelo bonde –como são chamadas as gangues no Sul– Abas Retas. O bonde costumava atacar pessoas de fora da cidade. A violência das gangues é um "problema antigo" e existe grande rivalidade com os garotos "de fora", segundo o major Fábio Almeida César, comandante do batalhão da Polícia Militar da cidade. "Na noite do crime tínhamos uma guarnição apenas, por causa da defasagem do efetivo", diz o major. Segundo o comandante, os policiais são desviados de função para trabalhar nos presídios –são seis na cidade. Depois do crime, César afirma que foram "devolvidos" nove policiais à cidade.
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Sam Smith libera prévia do tema do novo 007, 'Writing's on the Wall'
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Os vocais de Sam Smith para o novo filme de James Bond só serão ouvidos na próxima sexta-feira (25), mas o britânico atiçou os fãs nesta segunda-feira (21) com a prévia de "Writing's on the Wall", liberada em sua página no Instagram. Em pronunciamento à imprensa, o cantor elegeu a participação no próximo filme do espião, "007 contra Spectre", como "um dos pontos altos" de sua carreira. "Estou tão animado em ser parte desse icônico legado britânico e entrar para a lista de algumas das minhas maiores inspirações musicais. Espero que vocês gostem da música tanto quanto eu gostei de gravá-la." No trecho de 15 segundos, a trilha orquestral é acompanhada da legenda "Quatro dias! Obrigado a todos que compraram [a faixa] na pré-venda, mal posso esperar para que vocês escutem 'Writing's on the Wall'". O novo filme de James Bond será o quarto com Daniel Craig na pele do espião e deve estrear no Brasil em 5 de novembro. 'Writing's on the Wall', novo tema de James Bond
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ilustrada
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Sam Smith libera prévia do tema do novo 007, 'Writing's on the Wall'Os vocais de Sam Smith para o novo filme de James Bond só serão ouvidos na próxima sexta-feira (25), mas o britânico atiçou os fãs nesta segunda-feira (21) com a prévia de "Writing's on the Wall", liberada em sua página no Instagram. Em pronunciamento à imprensa, o cantor elegeu a participação no próximo filme do espião, "007 contra Spectre", como "um dos pontos altos" de sua carreira. "Estou tão animado em ser parte desse icônico legado britânico e entrar para a lista de algumas das minhas maiores inspirações musicais. Espero que vocês gostem da música tanto quanto eu gostei de gravá-la." No trecho de 15 segundos, a trilha orquestral é acompanhada da legenda "Quatro dias! Obrigado a todos que compraram [a faixa] na pré-venda, mal posso esperar para que vocês escutem 'Writing's on the Wall'". O novo filme de James Bond será o quarto com Daniel Craig na pele do espião e deve estrear no Brasil em 5 de novembro. 'Writing's on the Wall', novo tema de James Bond
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Metade do país acha que 'bandido bom é bandido morto', aponta pesquisa
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Metade da população das grandes cidades brasileiras acredita que "bandido bom é bandido morto". A constatação aparece em pesquisa Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ONG que reúne especialistas em violência urbana do país. O levantamento foi realizado no final de julho e fará parte do 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que será divulgado nesta semana. O instituto ouviu 1.307 pessoas em 84 cidades com mais de 100 mil habitantes. Infográfico: Metade diz que 'bandido bom é bandido morto' Para a pergunta se bandido bom é bandido morto, 50% disseram concordar, 45% discordaram e o restante não soube responder ou não concorda nem discorda. Como a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, há empate técnico, e a pesquisa indica a sociedade dividida. Para o sociólogo Renato Sérgio de Lima, vice-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, essa divisão no país é um bom sinal. "Como o copo está meio cheio e meio vazio, metade da população é contra [à afirmação], e isso pode ser visto com uma janela para a construção de políticas públicas. Há espaço para mudança." Infográfico: Opiniões por idade A mudança prioritária desejada por Lima é no sistema da polícia, que privilegia o enfrentamento a criminosos e o confronto violento. Esse resultado da pesquisa reforça a sensação de especialistas da área de que a sociedade é tolerante com a matança de suspeitos por policiais —PMs e policiais civis mataram ao menos 3.022 pessoas em 2014 no país, como a Folha revelou no sábado (3). Infográfico: Opiniões por sexo FOMENTO À LETALIDADE Para o ouvidor das polícias de SP, Julio Cesar Fernandes Neves, essa fatia dos brasileiros que defende o "bandido morto" fomenta a letalidade das corporações policiais. "Estão autorizando o mau policial a fazer Justiça com as próprias mãos. Esse tipo de pessoa induz o mau policial a cometer o maior erro da sua vida", avalia o ouvidor. O efeito perverso dessa prática está tanto nos crimes provocados por policiais como na mortes deles: em 2014, 398 foram assassinados. Considerando a margem de erro da pesquisa, homens e mulheres pensam da mesma forma sobre o tema, assim como ricos e pobres. Infográfico: Opiniões por região Há distinção, por exemplo, quando o recorte é pela cor da pele: 53% dos brancos acham que bandido bom é bandido morto, índice que recua para 44% entre os pretos. Entre as regiões do país, a maior diferença está entre Sudeste (48%) e Sul (54%), mas ainda dentro da margem. Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB de SP, Martim Sampaio, quem defende o argumento de morte aos bandidos coloca na mão da polícia o poder de julgar e aplicar a pena capital, por exemplo. Infográfico: Opiniões por raça/cor "Como a sociedade não vê uma saída concreta para a violência, ela passa a achar que o único jeito de acabar com ela é por meio do extermínio físico do criminoso, tendo como seu agente a polícia", afirma Sampaio. Para o coronel Alvaro Camilo, ex-comandante da PM de SP e deputado estadual pelo PSD, o policial que se desvia dos ensinamentos da corporação está contaminado pelo sentimento de insegurança —algo que acomete toda a sociedade do país. "A sensação de impunidade é tão grande que leva o povo a querer que a Justiça seja feita de imediato. O policial age assim, não pela vontade da população, mas pela impunidade que reina", afirma.
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cotidiano
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Metade do país acha que 'bandido bom é bandido morto', aponta pesquisaMetade da população das grandes cidades brasileiras acredita que "bandido bom é bandido morto". A constatação aparece em pesquisa Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ONG que reúne especialistas em violência urbana do país. O levantamento foi realizado no final de julho e fará parte do 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que será divulgado nesta semana. O instituto ouviu 1.307 pessoas em 84 cidades com mais de 100 mil habitantes. Infográfico: Metade diz que 'bandido bom é bandido morto' Para a pergunta se bandido bom é bandido morto, 50% disseram concordar, 45% discordaram e o restante não soube responder ou não concorda nem discorda. Como a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, há empate técnico, e a pesquisa indica a sociedade dividida. Para o sociólogo Renato Sérgio de Lima, vice-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, essa divisão no país é um bom sinal. "Como o copo está meio cheio e meio vazio, metade da população é contra [à afirmação], e isso pode ser visto com uma janela para a construção de políticas públicas. Há espaço para mudança." Infográfico: Opiniões por idade A mudança prioritária desejada por Lima é no sistema da polícia, que privilegia o enfrentamento a criminosos e o confronto violento. Esse resultado da pesquisa reforça a sensação de especialistas da área de que a sociedade é tolerante com a matança de suspeitos por policiais —PMs e policiais civis mataram ao menos 3.022 pessoas em 2014 no país, como a Folha revelou no sábado (3). Infográfico: Opiniões por sexo FOMENTO À LETALIDADE Para o ouvidor das polícias de SP, Julio Cesar Fernandes Neves, essa fatia dos brasileiros que defende o "bandido morto" fomenta a letalidade das corporações policiais. "Estão autorizando o mau policial a fazer Justiça com as próprias mãos. Esse tipo de pessoa induz o mau policial a cometer o maior erro da sua vida", avalia o ouvidor. O efeito perverso dessa prática está tanto nos crimes provocados por policiais como na mortes deles: em 2014, 398 foram assassinados. Considerando a margem de erro da pesquisa, homens e mulheres pensam da mesma forma sobre o tema, assim como ricos e pobres. Infográfico: Opiniões por região Há distinção, por exemplo, quando o recorte é pela cor da pele: 53% dos brancos acham que bandido bom é bandido morto, índice que recua para 44% entre os pretos. Entre as regiões do país, a maior diferença está entre Sudeste (48%) e Sul (54%), mas ainda dentro da margem. Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB de SP, Martim Sampaio, quem defende o argumento de morte aos bandidos coloca na mão da polícia o poder de julgar e aplicar a pena capital, por exemplo. Infográfico: Opiniões por raça/cor "Como a sociedade não vê uma saída concreta para a violência, ela passa a achar que o único jeito de acabar com ela é por meio do extermínio físico do criminoso, tendo como seu agente a polícia", afirma Sampaio. Para o coronel Alvaro Camilo, ex-comandante da PM de SP e deputado estadual pelo PSD, o policial que se desvia dos ensinamentos da corporação está contaminado pelo sentimento de insegurança —algo que acomete toda a sociedade do país. "A sensação de impunidade é tão grande que leva o povo a querer que a Justiça seja feita de imediato. O policial age assim, não pela vontade da população, mas pela impunidade que reina", afirma.
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'Pilhado', Tite cobra mais comunicação entre os jogadores corintianos
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Depois de um ano longe dos gramados, Tite está "mais pilhado", como definiu Cássio em entrevista coletiva nesta terça-feira (27), no centro de treinamento Joaquim Grava. "Pelo tempo que ficou parado, ele voltou pilhado. Mas o modo de trabalho continua o mesmo. Os treinos estão muito intensos, há muita disputa e muita disposição", disse o goleiro. À beira do campo, é possível observar que o técnico fala bastante ao longo das atividades táticas, motiva os jogadores, cobra muito empenho e mais comunicação entre os próprios atletas. "O Tite instiga uma competição boa, sem violência. E na pré-temporada fizemos bastante trabalho por posições", acrescentou o camisa 12, sobre algumas mudanças no estilo do treinador. No próximo sábado (31), o Corinthians estreia no Campeonato Paulista contra o Marília, em casa. Na semana seguinte, quarta-feira (4), recebe o Once Caldas (COL), também no Itaquerão, no jogo de ida da primeira fase da Taça Libertadores. "Vai ser uma semana bem complicada. Sabemos o que é a pressão de jogar a pré-Libertadores, até pelo que passamos [eliminação para o Tolima, em 2011]. Temos que estar preparados física e psicologicamente", afirmou Cássio. EDU DRACENA Contratado pelo Corinthians na semana passada, Edu Dracena deixou o treino mais cedo na manhã desta terça, no CT. O zagueiro teve uma torção leve no tornozelo direito e saiu acompanhado pelo fisioterapeuta do clube. Apesar do susto, a lesão não preocupa e ele deve voltar a treinar normalmente amanhã. Correndo contra o tempo para entrar em forma, o jogador pode não atuar nas primeiras partidas oficiais do time alvinegro na temporada. A provável escalação do Corinthians para o duelo diante do Marília será composta por Cássio, Fagner, Gil, Felipe e Fábio Santos; Ralf, Elias, Lodeiro e Renato Augusto; Emerson e Guerrero.
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'Pilhado', Tite cobra mais comunicação entre os jogadores corintianosDepois de um ano longe dos gramados, Tite está "mais pilhado", como definiu Cássio em entrevista coletiva nesta terça-feira (27), no centro de treinamento Joaquim Grava. "Pelo tempo que ficou parado, ele voltou pilhado. Mas o modo de trabalho continua o mesmo. Os treinos estão muito intensos, há muita disputa e muita disposição", disse o goleiro. À beira do campo, é possível observar que o técnico fala bastante ao longo das atividades táticas, motiva os jogadores, cobra muito empenho e mais comunicação entre os próprios atletas. "O Tite instiga uma competição boa, sem violência. E na pré-temporada fizemos bastante trabalho por posições", acrescentou o camisa 12, sobre algumas mudanças no estilo do treinador. No próximo sábado (31), o Corinthians estreia no Campeonato Paulista contra o Marília, em casa. Na semana seguinte, quarta-feira (4), recebe o Once Caldas (COL), também no Itaquerão, no jogo de ida da primeira fase da Taça Libertadores. "Vai ser uma semana bem complicada. Sabemos o que é a pressão de jogar a pré-Libertadores, até pelo que passamos [eliminação para o Tolima, em 2011]. Temos que estar preparados física e psicologicamente", afirmou Cássio. EDU DRACENA Contratado pelo Corinthians na semana passada, Edu Dracena deixou o treino mais cedo na manhã desta terça, no CT. O zagueiro teve uma torção leve no tornozelo direito e saiu acompanhado pelo fisioterapeuta do clube. Apesar do susto, a lesão não preocupa e ele deve voltar a treinar normalmente amanhã. Correndo contra o tempo para entrar em forma, o jogador pode não atuar nas primeiras partidas oficiais do time alvinegro na temporada. A provável escalação do Corinthians para o duelo diante do Marília será composta por Cássio, Fagner, Gil, Felipe e Fábio Santos; Ralf, Elias, Lodeiro e Renato Augusto; Emerson e Guerrero.
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Casos prováveis de chikungunya crescem 562% no país; zika avança
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Em meio a uma tríplice epidemia, o Brasil tem vivido um avanço nos atendimentos por chikungunya e zika, ao mesmo tempo em que o ritmo de novos casos de dengue começa, pouco a pouco, a diminuir. As três doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Dados do Ministério da Saúde, contabilizados até o dia 23 de abril, mostram que o país já registra ao menos 64.349 casos prováveis de febre chikungunya, cujo quadro é marcado por fortes dores nas articulações, distribuídos em 1.358 municípios. O número de casos é 562% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando havia 9.710 registros. Já em todo o ano de 2015, foram 38.332, o que indica que a doença pode estar se espalhando com maior rapidez nos últimos meses. O novo boletim epidemiológico foi divulgado na tarde desta terça-feira (17). Além do avanço da chikungunya, o balanço também mostra que é alto o número de casos prováveis de infecção por zika: já são 120.161 registros neste ano. Para comparação, relatório anterior da pasta, com dados até o dia 2 de abril, apontava 91.387 casos prováveis. Em três semanas, o aumento foi de 31,5%. SEM DADOS O Ministério da Saúde não tem dados do ano anterior, quando o vírus foi identificado no país, ao fim de abril. Desde então, a pasta havia optado por confirmar apenas os Estados onde havia a circulação do vírus, sem contabilizar os atendimentos de casos suspeitos na rede de saúde. A notificação desses casos passou a ser obrigatória só em fevereiro deste ano, em meio ao avanço de possíveis complicações do vírus, como a ocorrência de microcefalia. Segundo o boletim, o país registra ao menos 9.892 gestantes com suspeita de infecção por zika. Destas, 3.598 já tiveram o quadro confirmado após exames ou por critério clínico-epidemiológico (quando há vários casos em uma mesma região, por exemplo, o que indica transmissão local do vírus). DENGUE Enquanto os casos de zika e chikungunya continuam a crescer no país, os registros de dengue têm dado os primeiros sinais de desaceleração nas últimas semanas, de acordo com o Ministério da Saúde. Ainda assim, é alto o número de casos prováveis da doença, que já supera 1 milhão de registros. São 1.054.127 atendimentos contabilizados até 23 de abril deste ano, segundo os dados mais recentes disponíveis. No mesmo período de 2015, eram 994.205 casos. Diferentemente do ano passado, em que teve maior concentração em alguns pontos do país (na época, cerca de metade do total de casos era registrado em São Paulo), a dengue tem avançado para mais Estados neste ano. Ao menos 13 deles, além do Distrito Federal, já registram incidência de casos no patamar de uma epidemia de dengue –quando há mais de 300 casos de dengue cada 100 mil habitantes. Apesar da distribuição mais ampla, os dados indicam que a dengue pode ter atingido o auge mais cedo neste ano. Técnicos do Ministério da Saúde também dizem esperar uma queda no número de casos nas próximas semanas, devido à intensificação nas campanhas de controle do mosquito Aedes aegypti. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
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Casos prováveis de chikungunya crescem 562% no país; zika avançaEm meio a uma tríplice epidemia, o Brasil tem vivido um avanço nos atendimentos por chikungunya e zika, ao mesmo tempo em que o ritmo de novos casos de dengue começa, pouco a pouco, a diminuir. As três doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Dados do Ministério da Saúde, contabilizados até o dia 23 de abril, mostram que o país já registra ao menos 64.349 casos prováveis de febre chikungunya, cujo quadro é marcado por fortes dores nas articulações, distribuídos em 1.358 municípios. O número de casos é 562% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando havia 9.710 registros. Já em todo o ano de 2015, foram 38.332, o que indica que a doença pode estar se espalhando com maior rapidez nos últimos meses. O novo boletim epidemiológico foi divulgado na tarde desta terça-feira (17). Além do avanço da chikungunya, o balanço também mostra que é alto o número de casos prováveis de infecção por zika: já são 120.161 registros neste ano. Para comparação, relatório anterior da pasta, com dados até o dia 2 de abril, apontava 91.387 casos prováveis. Em três semanas, o aumento foi de 31,5%. SEM DADOS O Ministério da Saúde não tem dados do ano anterior, quando o vírus foi identificado no país, ao fim de abril. Desde então, a pasta havia optado por confirmar apenas os Estados onde havia a circulação do vírus, sem contabilizar os atendimentos de casos suspeitos na rede de saúde. A notificação desses casos passou a ser obrigatória só em fevereiro deste ano, em meio ao avanço de possíveis complicações do vírus, como a ocorrência de microcefalia. Segundo o boletim, o país registra ao menos 9.892 gestantes com suspeita de infecção por zika. Destas, 3.598 já tiveram o quadro confirmado após exames ou por critério clínico-epidemiológico (quando há vários casos em uma mesma região, por exemplo, o que indica transmissão local do vírus). DENGUE Enquanto os casos de zika e chikungunya continuam a crescer no país, os registros de dengue têm dado os primeiros sinais de desaceleração nas últimas semanas, de acordo com o Ministério da Saúde. Ainda assim, é alto o número de casos prováveis da doença, que já supera 1 milhão de registros. São 1.054.127 atendimentos contabilizados até 23 de abril deste ano, segundo os dados mais recentes disponíveis. No mesmo período de 2015, eram 994.205 casos. Diferentemente do ano passado, em que teve maior concentração em alguns pontos do país (na época, cerca de metade do total de casos era registrado em São Paulo), a dengue tem avançado para mais Estados neste ano. Ao menos 13 deles, além do Distrito Federal, já registram incidência de casos no patamar de uma epidemia de dengue –quando há mais de 300 casos de dengue cada 100 mil habitantes. Apesar da distribuição mais ampla, os dados indicam que a dengue pode ter atingido o auge mais cedo neste ano. Técnicos do Ministério da Saúde também dizem esperar uma queda no número de casos nas próximas semanas, devido à intensificação nas campanhas de controle do mosquito Aedes aegypti. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
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EI dribla vigilância ao se comunicar por PlayStation, dizem especialistas
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A dificuldade dos serviços de contrainteligência para monitorar a comunicação on-line de terroristas se tornou, mais uma vez, motivo de discussão entre especialistas após os ataques em Paris, na última sexta (13). Entre os instrumentos usados para escapar à vigilância, os videogames têm ganhado destaque. Três dias antes dos ataques do Estado Islâmico (EI), o ministro do Interior belga, Jan Jambon, havia alertado para o uso do PlayStation 4 pela facção como canal de comunicação. "A pior comunicação [para se monitorar] entre esses terroristas é via PlayStation 4", disse o ministro, em uma conferência organizada pelo site americano Politico. "É muito, muito difícil para nossos serviços [de espionagem] —não apenas os belgas, mas serviços internacionais— para decodificar a comunicação que é feita via PlayStation 4." A Bélgica é o país de origem de parte dos terroristas envolvidos nos ataques na capital francesa. Não está claro, porém, quais foram os meios de comunicação utilizados entre os perpetradores para planejar e coordenar suas ações. A França confirmou, após os atentados, que o EI era o responsável e que havia planejado os ataques fora do país. CRIPTOGRAFIA Especialistas em comunicação digital afirmam que redes de videogames criadas para que vários jogadores participem de um mesmo jogo via um console, como o PlayStation 4, usam códigos de criptografia completamente diferentes dos usados na web e em aplicativos de celular, o que dificulta o monitoramento de agências governamentais. "Não há dúvida de que terroristas e outras redes clandestinas estão usando o PlayStation e outros meios não tradicionais para a comunicação", disse o CEO da iboss Cybersecurity, Paul Martini, ao site da emissora americana Fox News. Também à Fox News, a presidente da empresa de tecnologia Alertsec, Ebba Blitz, especula que facções como o Estado Islâmico podem usar a própria dinâmica do jogo, atirando balas contra uma parede virtual, por exemplo, até formar uma palavra. Segundo reportagem do "New York Times" de segunda-feira (16), os fabricantes de games costumam deixar abertos aos governos os canais de comunicação entre jogadores usados para que estes enviem mensagens entre si —isso não teria impacto, contudo, na hipótese levantada por Blitz. A dificuldade reside também em monitorar centenas de jogos de diversos consoles diferentes utilizados por milhões de jogadores simultaneamente. De acordo com uma reportagem da revista "Forbes" de sábado (14), até jogos não violentos como Super Mario Maker podem ser usados para o compartilhamento de informações privadas entre usuários. Em 2013, o "NYT" havia afirmado, a partir de dados vazados por Edward Snowden, que agências de espionagem como a NSA estariam se infiltrando em games como World of Warcraft e o programa de realidade virtual Second Life para monitorar possíveis mensagens terroristas. METADADOS Serviços de mensagens como o WhatsApp usam criptografia para proteger o conteúdo do texto entre o emissor e o usuário, segundo especialistas consultados pela Associated Press, mas podem rastrear de onde e quando as mensagens foram enviadas e recebidas —informações conhecidas como metadados, que podem ser vigiados por agências de espionagem. Como de costume, no último dia 31, o EI utilizou a plataforma Telegram —cuja base fica em Berlim—, semelhante ao WhatsApp, para reivindicar a autoria da derrubada do avião russo da Metrojet na península do Sinai, e mais uma vez para se dizerem autores dos ataques a Paris na sexta (13). Não se sabe, contudo, se os membros da facção utilizam o mesmo método para criptografar sua comunicação interna. O Telegram diz oferecer ao usuário um sistema mais avançado de criptografia. Estado Islâmico
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EI dribla vigilância ao se comunicar por PlayStation, dizem especialistasA dificuldade dos serviços de contrainteligência para monitorar a comunicação on-line de terroristas se tornou, mais uma vez, motivo de discussão entre especialistas após os ataques em Paris, na última sexta (13). Entre os instrumentos usados para escapar à vigilância, os videogames têm ganhado destaque. Três dias antes dos ataques do Estado Islâmico (EI), o ministro do Interior belga, Jan Jambon, havia alertado para o uso do PlayStation 4 pela facção como canal de comunicação. "A pior comunicação [para se monitorar] entre esses terroristas é via PlayStation 4", disse o ministro, em uma conferência organizada pelo site americano Politico. "É muito, muito difícil para nossos serviços [de espionagem] —não apenas os belgas, mas serviços internacionais— para decodificar a comunicação que é feita via PlayStation 4." A Bélgica é o país de origem de parte dos terroristas envolvidos nos ataques na capital francesa. Não está claro, porém, quais foram os meios de comunicação utilizados entre os perpetradores para planejar e coordenar suas ações. A França confirmou, após os atentados, que o EI era o responsável e que havia planejado os ataques fora do país. CRIPTOGRAFIA Especialistas em comunicação digital afirmam que redes de videogames criadas para que vários jogadores participem de um mesmo jogo via um console, como o PlayStation 4, usam códigos de criptografia completamente diferentes dos usados na web e em aplicativos de celular, o que dificulta o monitoramento de agências governamentais. "Não há dúvida de que terroristas e outras redes clandestinas estão usando o PlayStation e outros meios não tradicionais para a comunicação", disse o CEO da iboss Cybersecurity, Paul Martini, ao site da emissora americana Fox News. Também à Fox News, a presidente da empresa de tecnologia Alertsec, Ebba Blitz, especula que facções como o Estado Islâmico podem usar a própria dinâmica do jogo, atirando balas contra uma parede virtual, por exemplo, até formar uma palavra. Segundo reportagem do "New York Times" de segunda-feira (16), os fabricantes de games costumam deixar abertos aos governos os canais de comunicação entre jogadores usados para que estes enviem mensagens entre si —isso não teria impacto, contudo, na hipótese levantada por Blitz. A dificuldade reside também em monitorar centenas de jogos de diversos consoles diferentes utilizados por milhões de jogadores simultaneamente. De acordo com uma reportagem da revista "Forbes" de sábado (14), até jogos não violentos como Super Mario Maker podem ser usados para o compartilhamento de informações privadas entre usuários. Em 2013, o "NYT" havia afirmado, a partir de dados vazados por Edward Snowden, que agências de espionagem como a NSA estariam se infiltrando em games como World of Warcraft e o programa de realidade virtual Second Life para monitorar possíveis mensagens terroristas. METADADOS Serviços de mensagens como o WhatsApp usam criptografia para proteger o conteúdo do texto entre o emissor e o usuário, segundo especialistas consultados pela Associated Press, mas podem rastrear de onde e quando as mensagens foram enviadas e recebidas —informações conhecidas como metadados, que podem ser vigiados por agências de espionagem. Como de costume, no último dia 31, o EI utilizou a plataforma Telegram —cuja base fica em Berlim—, semelhante ao WhatsApp, para reivindicar a autoria da derrubada do avião russo da Metrojet na península do Sinai, e mais uma vez para se dizerem autores dos ataques a Paris na sexta (13). Não se sabe, contudo, se os membros da facção utilizam o mesmo método para criptografar sua comunicação interna. O Telegram diz oferecer ao usuário um sistema mais avançado de criptografia. Estado Islâmico
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Suíça abre procedimentos criminais contra Valcke, ex-secretário da Fifa
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O ex-secretário-geral da Fifa Jérôme Valcke está enfrentando procedimentos criminais pelo gabinete do Procuradoria Geral da Suíça, informou a agência da lei em comunicado nesta quinta-feira (17). Valcke é suspeito de má gestão criminosa e outros crimes, disse o gabinete do procurador-geral da suíça Michael Lauber em comunicado. Em fevereiro, Valcke foi banido por 12 anos pelo comitê de ética da Fifa, que disse que o ex-dirigente causou "danos financeiros consideráveis" à organização. O gabinete de Lauber informou que os procedimentos foram respostas às duas queixas criminais contra Valcke em relação a questões investigadas pelo comitê de ética. Buscas foram realizadas na quinta-feira, mas Valcke não foi preso, de acordo com os procuradores. Também nesta quinta-feira, a Fifa anunciou uma perda de 122 milhões de dólares (cerca de R$ 442 milhões) no exercício de 2015. É o primeiro déficit desde 2002, em grande medida pelos custos provocados pelos escândalos de corrupção que atingiram a organização nos últimos meses.
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esporte
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Suíça abre procedimentos criminais contra Valcke, ex-secretário da FifaO ex-secretário-geral da Fifa Jérôme Valcke está enfrentando procedimentos criminais pelo gabinete do Procuradoria Geral da Suíça, informou a agência da lei em comunicado nesta quinta-feira (17). Valcke é suspeito de má gestão criminosa e outros crimes, disse o gabinete do procurador-geral da suíça Michael Lauber em comunicado. Em fevereiro, Valcke foi banido por 12 anos pelo comitê de ética da Fifa, que disse que o ex-dirigente causou "danos financeiros consideráveis" à organização. O gabinete de Lauber informou que os procedimentos foram respostas às duas queixas criminais contra Valcke em relação a questões investigadas pelo comitê de ética. Buscas foram realizadas na quinta-feira, mas Valcke não foi preso, de acordo com os procuradores. Também nesta quinta-feira, a Fifa anunciou uma perda de 122 milhões de dólares (cerca de R$ 442 milhões) no exercício de 2015. É o primeiro déficit desde 2002, em grande medida pelos custos provocados pelos escândalos de corrupção que atingiram a organização nos últimos meses.
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'Bianchi foi o melhor piloto de kart que já vi', diz Massa
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Em coletiva de imprensa do Grande Prêmio da Hungria, o brasileiro Felipe Massa lembrou do ex-piloto francês Jules Bianchi, morto na última sexta-feira (17) após passar nove meses em coma devido a um acidente com um guindaste no GP de Suzuka de 2014. "Jules era um grande amigo, um rapaz fantástico, humilde e um grande piloto", disse o piloto da Williams. "Eu o conheci quando ele estava terminando sua carreira no kart porque tínhamos o mesmo representante, Nicolas Todt. Para mim, ele era o melhor piloto da categoria. Andamos muitas vezes de kart, inclusive no Brasil", contou Massa. Sobre a passagem de Bianchi pela F-1, Massa lamentou não ter visto Bianchi em um carro mais competitivo para que pudesse demonstrar seu talento, mas quis destacar seu papel no GP de Mônaco de 2014, quando conseguiu dois pontos para a equipe Marussia. "Ele mostrou muito talento naquela corrida. Foi incrível o que fez com aquele carro. Tenho certeza de que agora está em um bom lugar, pilotando, desfrutando e olhando para todos nós aqui. Desejo o melhor para sua família", concluiu.
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'Bianchi foi o melhor piloto de kart que já vi', diz MassaEm coletiva de imprensa do Grande Prêmio da Hungria, o brasileiro Felipe Massa lembrou do ex-piloto francês Jules Bianchi, morto na última sexta-feira (17) após passar nove meses em coma devido a um acidente com um guindaste no GP de Suzuka de 2014. "Jules era um grande amigo, um rapaz fantástico, humilde e um grande piloto", disse o piloto da Williams. "Eu o conheci quando ele estava terminando sua carreira no kart porque tínhamos o mesmo representante, Nicolas Todt. Para mim, ele era o melhor piloto da categoria. Andamos muitas vezes de kart, inclusive no Brasil", contou Massa. Sobre a passagem de Bianchi pela F-1, Massa lamentou não ter visto Bianchi em um carro mais competitivo para que pudesse demonstrar seu talento, mas quis destacar seu papel no GP de Mônaco de 2014, quando conseguiu dois pontos para a equipe Marussia. "Ele mostrou muito talento naquela corrida. Foi incrível o que fez com aquele carro. Tenho certeza de que agora está em um bom lugar, pilotando, desfrutando e olhando para todos nós aqui. Desejo o melhor para sua família", concluiu.
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Mulheres relatam como vazamento de dados de site de infidelidade afetou suas vidas
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Quando o site de infidelidade Ashley Madison foi alvo de um ataque de hackers, os detalhes de 33 milhões de contas de usuários foram publicados na internet. A BBC conversou com duas mulheres que tiveram suas vidas afetadas por este vazamento: uma que descobriu o perfil de seu noivo na rede social e outra que usou o site para ter um relacionamento fora de seu casamento. Ambas não quiseram se identificar, mas suas histórias dão uma ideia do impacto dramático do ataque dos hackers. "Maria" diz que usou uma ferramenta on-line para buscar pelo endereço de e-mail de seu noivo nos dados publicados online. "Não achei que encontraria alguém ou alguma coisa", diz. No entanto, ela queria checar por conta própria, já que uma de suas contas de e-mail havia sido invadida recentemente. Quando ela também buscou pelo e-mail do noivo, a ferramenta não só confirmou que ele estava cadastrado no site como também mostrou o código postal, cidade e data de nascimento associados ao seu perfil. Todos estes dados batiam. VIDA DUPLA Maria logo pediu explicações ao noivo. "Ele negou de todas as formas a princípio, mas depois confessou o que tinha feito", conta ela. "Sim, ele teve vários casos. Tudo simplesmente... veio à tona." Seu noivo disse que não conseguia explicar por que a traiu e que Maria significava mais para ele do que qualquer mulher que conheceu no AshleyMadison. Mas a conversa não durou muito. Maria fez uma mala de roupas suficiente para uma semana e saiu de casa. O casamento foi cancelado. Desde então, ela diz ter agendado exames para doenças sexualmente transmissíveis e tentado se distanciar o máximo possível de seu ex-noivo. A experiência a deixou "destruída", afirma Maria. "Uma coisa é você ser honesto e dizer que não está satisfeito ou feliz com o relacionamento ou dizer que está sendo difícil se manter fiel", diz ela. "Mas é muito injusto desperdiçar anos de sua vida com alguém que tem uma vida dupla." Ferramentas on-line permitem saber se um e-mail está entre os 33 milhões de contas divulgadas por hackers CASADA E CURIOSA Não é preciso procurar muito para encontrar exemplos de internautas que tenham sido afetados pessoalmente pelo vazamento de dados do AshleyMadison. Muitos fóruns on-line estão cheios de discussões entre pessoas que acreditam que "sua outra metade" está no site. Mas usuários da rede social também estão buscando ajuda pela internet. Uma mulher que usou o AshleyMadison conversou com a BBC. "Amy" é casada há dez anos e recentemente começou a pensar em ter um caso. Ela viu anúncios do site pelo rádio e, há um ano, se cadastrou em busca de um homem com que pudesse ter um relacionamento extraconjugal. No entanto, ela nunca enviou uma mensagem pelo site e logo fechou sua conta. Mas, há seis meses, criou um novo perfil e, desta vez, queria usar o site para explorar sua sexualidade ao entrar em contato com outras mulheres. Nesta segunda oportunidade, encontrou alguém com quem conversar. Ela e outra mulher trocaram e-mails por várias semanas. "Ela morava perto de mim e a gente parecia se dar bem", diz Amy. "Sua história era tão parecida com a minha. Era alguém que estava casada há algum tempo e que sempre havia tido curiosidade sobre este outro lado de si mesma." Amy conta que a mulher com quem se correspondia dizia achá-la atraente, o que a lisonjeava. Elas marcaram de se encontrar, mas, no último momento, Amy cancelou. Ela ficou receosa e sentia não valer a pena colocar seu casamento em risco. "Usar o site me fez perceber que eu precisava analisar outras coisas", ela explica. "É amedrontador ter esta pessoa que você ama tanto e pensar que você pode magoá-la." ESTRESSE E INSÔNIA Amy diz que ainda não contou a ninguém sobre o que aconteceu, mas tem medo de que seu marido descubra que ela usou o site. Por enquanto, procura não pensar nisso e se distrair com o trabalho, mas sente-se estressada com esta ideia e têm tido problemas para dormir. O AshleyMadison ofereceu um serviço para apagar todos os dados de um usuário do site por US$ 19 (R$ 67), que Amy usou. Ela checou em uma ferramenta de busca se seu e-mail estava entre os dados vazados e ficou surpresa ao encontrá-lo, junto com outras informações, como código postal, gênero e o nome associado a seu cartão de crédito. Não está claro o que aconteceu neste caso, mas é provável que hackers tenham obtido acesso à base de dados da rede social antes de Amy pagar para ter seus dados apagados. De qualquer forma, ela diz que agora existe uma possibilidade dela ser descoberta pelo marido. "Se meu marido algum dia chegar em casa e dizer que alguém achou meus dados do site, eu seria honesta com ele", diz. "Isso realmente me fez pensar sobre meu comportamento e por que fiz o que fiz -e a apreciar o que tenho." No entanto, ao menos agora, Amy só espera que seu marido nunca descubra nada. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Mulheres relatam como vazamento de dados de site de infidelidade afetou suas vidasQuando o site de infidelidade Ashley Madison foi alvo de um ataque de hackers, os detalhes de 33 milhões de contas de usuários foram publicados na internet. A BBC conversou com duas mulheres que tiveram suas vidas afetadas por este vazamento: uma que descobriu o perfil de seu noivo na rede social e outra que usou o site para ter um relacionamento fora de seu casamento. Ambas não quiseram se identificar, mas suas histórias dão uma ideia do impacto dramático do ataque dos hackers. "Maria" diz que usou uma ferramenta on-line para buscar pelo endereço de e-mail de seu noivo nos dados publicados online. "Não achei que encontraria alguém ou alguma coisa", diz. No entanto, ela queria checar por conta própria, já que uma de suas contas de e-mail havia sido invadida recentemente. Quando ela também buscou pelo e-mail do noivo, a ferramenta não só confirmou que ele estava cadastrado no site como também mostrou o código postal, cidade e data de nascimento associados ao seu perfil. Todos estes dados batiam. VIDA DUPLA Maria logo pediu explicações ao noivo. "Ele negou de todas as formas a princípio, mas depois confessou o que tinha feito", conta ela. "Sim, ele teve vários casos. Tudo simplesmente... veio à tona." Seu noivo disse que não conseguia explicar por que a traiu e que Maria significava mais para ele do que qualquer mulher que conheceu no AshleyMadison. Mas a conversa não durou muito. Maria fez uma mala de roupas suficiente para uma semana e saiu de casa. O casamento foi cancelado. Desde então, ela diz ter agendado exames para doenças sexualmente transmissíveis e tentado se distanciar o máximo possível de seu ex-noivo. A experiência a deixou "destruída", afirma Maria. "Uma coisa é você ser honesto e dizer que não está satisfeito ou feliz com o relacionamento ou dizer que está sendo difícil se manter fiel", diz ela. "Mas é muito injusto desperdiçar anos de sua vida com alguém que tem uma vida dupla." Ferramentas on-line permitem saber se um e-mail está entre os 33 milhões de contas divulgadas por hackers CASADA E CURIOSA Não é preciso procurar muito para encontrar exemplos de internautas que tenham sido afetados pessoalmente pelo vazamento de dados do AshleyMadison. Muitos fóruns on-line estão cheios de discussões entre pessoas que acreditam que "sua outra metade" está no site. Mas usuários da rede social também estão buscando ajuda pela internet. Uma mulher que usou o AshleyMadison conversou com a BBC. "Amy" é casada há dez anos e recentemente começou a pensar em ter um caso. Ela viu anúncios do site pelo rádio e, há um ano, se cadastrou em busca de um homem com que pudesse ter um relacionamento extraconjugal. No entanto, ela nunca enviou uma mensagem pelo site e logo fechou sua conta. Mas, há seis meses, criou um novo perfil e, desta vez, queria usar o site para explorar sua sexualidade ao entrar em contato com outras mulheres. Nesta segunda oportunidade, encontrou alguém com quem conversar. Ela e outra mulher trocaram e-mails por várias semanas. "Ela morava perto de mim e a gente parecia se dar bem", diz Amy. "Sua história era tão parecida com a minha. Era alguém que estava casada há algum tempo e que sempre havia tido curiosidade sobre este outro lado de si mesma." Amy conta que a mulher com quem se correspondia dizia achá-la atraente, o que a lisonjeava. Elas marcaram de se encontrar, mas, no último momento, Amy cancelou. Ela ficou receosa e sentia não valer a pena colocar seu casamento em risco. "Usar o site me fez perceber que eu precisava analisar outras coisas", ela explica. "É amedrontador ter esta pessoa que você ama tanto e pensar que você pode magoá-la." ESTRESSE E INSÔNIA Amy diz que ainda não contou a ninguém sobre o que aconteceu, mas tem medo de que seu marido descubra que ela usou o site. Por enquanto, procura não pensar nisso e se distrair com o trabalho, mas sente-se estressada com esta ideia e têm tido problemas para dormir. O AshleyMadison ofereceu um serviço para apagar todos os dados de um usuário do site por US$ 19 (R$ 67), que Amy usou. Ela checou em uma ferramenta de busca se seu e-mail estava entre os dados vazados e ficou surpresa ao encontrá-lo, junto com outras informações, como código postal, gênero e o nome associado a seu cartão de crédito. Não está claro o que aconteceu neste caso, mas é provável que hackers tenham obtido acesso à base de dados da rede social antes de Amy pagar para ter seus dados apagados. De qualquer forma, ela diz que agora existe uma possibilidade dela ser descoberta pelo marido. "Se meu marido algum dia chegar em casa e dizer que alguém achou meus dados do site, eu seria honesta com ele", diz. "Isso realmente me fez pensar sobre meu comportamento e por que fiz o que fiz -e a apreciar o que tenho." No entanto, ao menos agora, Amy só espera que seu marido nunca descubra nada. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Marcha da Maconha tem 35 manifestantes detidos em Brasília
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Trinta e cinco pessoas foram detidas na tarde deste sábado (28) em uma operação da Polícia Militar durante a Marcha da Maconha, em Brasília, manifestação que pede a legalização da maconha. Entre os detidos, 34 foram por porte e uso de drogas e um por suspeita de tráfico, segundo a polícia. A operação começou por volta das 14h, quando cerca de 150 pessoas se concentravam nos gramados próximos à rodoviária do Plano Piloto, na região central, antes de seguir em caminhada na Esplanada dos Ministérios. Segundo a PM, policiais decidiram revistar os manifestantes ao verificar que pessoas estavam fumando maconha no local. A operação foi chamada de "Tolerância Zero". Cerca de 110 policiais do 6º Batalhão da PM e da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas) participaram da ação. Ao todo, 30 adultos e quatro adolescentes que estavam na manifestação foram detidos e levados à 5ª Delegacia de Polícia e à Delegacia da Criança e do Adolescente. Também foram apreendidas drogas, facas e alicates. Durante a abordagem, a PM também afirma ter prendido um homem por suspeita de tráfico –ele portava 11 cigarros e três tabletes de maconha. Nas redes sociais, manifestantes criticaram a ação da polícia e dizem que houve uma tentativa de intimidar a manifestação, marcada para iniciar às 15h. Após a operação, a marcha seguiu em direção ao Supremo Tribunal Federal e ao Palácio do Planalto. A estimativa da PM é que 1.500 participem da manifestação na tarde deste sábado.
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cotidiano
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Marcha da Maconha tem 35 manifestantes detidos em BrasíliaTrinta e cinco pessoas foram detidas na tarde deste sábado (28) em uma operação da Polícia Militar durante a Marcha da Maconha, em Brasília, manifestação que pede a legalização da maconha. Entre os detidos, 34 foram por porte e uso de drogas e um por suspeita de tráfico, segundo a polícia. A operação começou por volta das 14h, quando cerca de 150 pessoas se concentravam nos gramados próximos à rodoviária do Plano Piloto, na região central, antes de seguir em caminhada na Esplanada dos Ministérios. Segundo a PM, policiais decidiram revistar os manifestantes ao verificar que pessoas estavam fumando maconha no local. A operação foi chamada de "Tolerância Zero". Cerca de 110 policiais do 6º Batalhão da PM e da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas) participaram da ação. Ao todo, 30 adultos e quatro adolescentes que estavam na manifestação foram detidos e levados à 5ª Delegacia de Polícia e à Delegacia da Criança e do Adolescente. Também foram apreendidas drogas, facas e alicates. Durante a abordagem, a PM também afirma ter prendido um homem por suspeita de tráfico –ele portava 11 cigarros e três tabletes de maconha. Nas redes sociais, manifestantes criticaram a ação da polícia e dizem que houve uma tentativa de intimidar a manifestação, marcada para iniciar às 15h. Após a operação, a marcha seguiu em direção ao Supremo Tribunal Federal e ao Palácio do Planalto. A estimativa da PM é que 1.500 participem da manifestação na tarde deste sábado.
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CBF rejeita que assembleia para mudança de estatuto seja golpe
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O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, nega que a assembleia extraordinária convocada por Marco Polo del Nero seja um "golpe", como afirmaram o senador Zezé Perrella (PDT-MG) e o catarinense Delfim Peixoto. O órgão vai votar na quinta-feira a mudança da linha sucessória na CBF. "Não estamos fazendo as coisas sem avisar. A assembleia é aberta e foi convocada publicamente. Onde está caraterizado o golpe?", questinou o secretário-geral da entidade. "Isso tudo está previsto. A CBF tem um estatuto antigo e queremos mudar esse e outros artigos para modernizá-lo", afirmou Feldman, o principal executivo da era Del Nero. A mudança do critério do substituto do presidente em caso de renuncia foi feita na terça por Gustavo Feijó, vice-presidente da região nordeste. Ele foi presidente da Federação Alagoana de Futebol e passou o cargo há menos de um ano para o seu filho. "Isso tudo está previsto. A CBF tem um estatuto antigo e queremos mudar esse e outros artigos para modernizá-lo", afirmou Feldman, o principal executivo da entidade. Na reunião de quinta, a CBF vai propor também a limitação do mandato do presidente para apenas uma reeleição. A MP do futebol já prevê essa mudança. Ricardo Teixeira ficou no cargo por mais de duas décadas antes de renunciar em 2012 após uma série de escândalos.
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esporte
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CBF rejeita que assembleia para mudança de estatuto seja golpeO secretário-geral da CBF, Walter Feldman, nega que a assembleia extraordinária convocada por Marco Polo del Nero seja um "golpe", como afirmaram o senador Zezé Perrella (PDT-MG) e o catarinense Delfim Peixoto. O órgão vai votar na quinta-feira a mudança da linha sucessória na CBF. "Não estamos fazendo as coisas sem avisar. A assembleia é aberta e foi convocada publicamente. Onde está caraterizado o golpe?", questinou o secretário-geral da entidade. "Isso tudo está previsto. A CBF tem um estatuto antigo e queremos mudar esse e outros artigos para modernizá-lo", afirmou Feldman, o principal executivo da era Del Nero. A mudança do critério do substituto do presidente em caso de renuncia foi feita na terça por Gustavo Feijó, vice-presidente da região nordeste. Ele foi presidente da Federação Alagoana de Futebol e passou o cargo há menos de um ano para o seu filho. "Isso tudo está previsto. A CBF tem um estatuto antigo e queremos mudar esse e outros artigos para modernizá-lo", afirmou Feldman, o principal executivo da entidade. Na reunião de quinta, a CBF vai propor também a limitação do mandato do presidente para apenas uma reeleição. A MP do futebol já prevê essa mudança. Ricardo Teixeira ficou no cargo por mais de duas décadas antes de renunciar em 2012 após uma série de escândalos.
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Erramos: Santos vai de ônibus a Londrina e espera voltar com vaga garantida
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Diferentemente do que foi informado na reportagem "Santos vai de ônibus a Londrina e espera voltar com vaga garantida", publicada na versão impressa e no site da Folha (Esporte - 16/03/2015 - 02h00), o atacante Thiago Ribeiro não é um dos destaques do time neste início de temporada. O texto foi corrigido.
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esporte
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Erramos: Santos vai de ônibus a Londrina e espera voltar com vaga garantidaDiferentemente do que foi informado na reportagem "Santos vai de ônibus a Londrina e espera voltar com vaga garantida", publicada na versão impressa e no site da Folha (Esporte - 16/03/2015 - 02h00), o atacante Thiago Ribeiro não é um dos destaques do time neste início de temporada. O texto foi corrigido.
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BNDES dribla norma para emprestar R$ 102 mi a empresa de amigo de Lula
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O BNDES contornou uma norma interna que o proíbe de conceder empréstimos a empresas cuja falência tenha sido requerida na Justiça e concedeu crédito de R$ 101,5 milhões ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que se tornou um dos alvos da Operação Lava Jato. O empresário conseguiu o apoio do BNDES em julho de 2012, num momento em que seus negócios enfrentavam sérias dificuldades financeiras. Nove meses depois da operação, a empresa de Bumlai entrou na Justiça com pedido de recuperação judicial por não conseguir pagar as dívidas que tinha no mercado. Na época em que conseguiu o crédito do BNDES, o empresário já tinha sido alvo de um pedido de falência, apresentado à Justiça em novembro de 2011 por um fornecedor que levara calote numa dívida de R$ 523,2 mil. As normas do BNDES proíbem empréstimos a empresas nessas condições, para evitar que o banco dê crédito a quem não tem capacidade de pagar. A empresa de Bumlai que recebeu os R$ 101,5 milhões é a São Fernando Energia 1, criada para produzir eletricidade a partir de bagaço de cana. Ela integra um grupo de cinco empresas de Bumlai que vive situação pré-falimentar. Com dívidas de R$ 1,2 bilhão, o grupo São Fernando, cujo principal negócio é uma usina de etanol em Mato Grosso do Sul, teve a falência requerida na Justiça pelo próprio BNDES e pelo Banco do Brasil mais tarde, porque não tem conseguido honrar os pagamentos que se comprometeu a fazer no processo de recuperação judicial. O grupo deve R$ 330 milhões ao BNDES, incluindo empréstimos recebidos antes da operação feita em 2012. Parcelas da dívida de Bumlai com o banco estão atrasadas desde o fim do ano passado. Os pedidos de falência feitos pelo BB e pelo BNDES foram apresentados à Justiça em julho e agosto deste ano. LAVA JATO Bumlai, que já foi um dos maiores criadores de gado do país, tornou-se alvo das investigações da Lava Jato depois que dois delatores relataram que ele teria repassado recursos para uma nora de Lula e ajudado a quitar dívidas do PT, o que ele nega ter feito. O balanço da São Fernando Energia em 2011 mostra a empresa em situação dramática. As dívidas da companhia eram 9,5 vezes maiores do que o patrimônio líquido. Seria como um cidadão ter R$ 100 mil em sua conta e, ao mesmo tempo, uma dívida R$ 950 mil. Após a autorização do BNDES, os R$ 101,5 milhões foram repassados à empresa de Bumlai pelo Banco do Brasil e pelo BTG, que atuaram na operação como agentes intermediários do banco público e assumiram parte dos riscos. Uma auditoria independente feita no balanço de 2011 da São Fernando Açúcar e Álcool afirmou que o "alto grau de endividamento" da companhia levantava dúvidas sobre a "capacidade de continuidade" da empresa. A São Fernando Energia está em nome de filhos de Bumlai. A família hoje vê o grupo São Fernando imerso em um patrimônio negativo bilionário e às voltas com cobranças de centenas de credores. ESTÍMULO Quando entrou com pedido de recuperação judicial, em 2013, a empresa culpou a política de preços da Petrobras, que desestimulou a produção de álcool combustível, a demora para obter crédito e até prejuízos com geada. De 2008 a 2009, época de euforia no setor, a São Fernando Açúcar e Álcool era parceira do grupo Bertin e obteve R$ 395,2 milhões de empréstimos do BNDES, sem intermediação de outros bancos. Bumlai, à época integrante do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do governo Lula, defendeu publicamente em 2008, durante reunião do órgão, a necessidade de apoio do BNDES para estimular a indústria. Hoje, o grupo São Fernando é gerido por uma administradora judicial nomeada pela Justiça do Mato Grosso do Sul. Os administradores preparam um relatório sobre a situação financeira do grupo, que será concluído ainda neste mês e deve servir de fonte para a Justiça decidir a respeito do pedido de falência. Segundo os administradores, o grupo, que já teve 3.000 funcionários, viu seu quadro de pessoal encolher para 2.000 nos últimos dois anos. OUTRO LADO Tanto o BNDES quanto o empresário José Carlos Bumlai negam que tenha havido favorecimento nos empréstimos que foram concedidos a ele. O BNDES confirma que adota uma norma que veta a concessão de empréstimos a empresas que tenham pedido de falência na Justiça, mas essa regra é flexível pelo princípio da razoabilidade, de acordo com a instituição. "Cabe ao BNDES avaliar se a simples existência de um pedido de falência é ou não um impeditivo para a contratação de financiamento", diz nota do banco. "Se não fosse assim, qualquer credor de uma empresa que protocolasse um pedido de falência poderia impedir a contratação do crédito, com ou sem um motivo razoável para isso." Um exemplo hipotético: se um credor pedir a falência da Vale por uma dívida de R$ 1 mil, o BNDES não irá brecar a concessão do empréstimo porque sabe que esse valor é insignificante para o tamanho da companhia. No caso da São Fernando Energia, no entanto, a instituição de fomento sustenta que, por se tratar de uma operação indireta, nas quais outros bancos fizeram o repasse e assumiram o risco do crédito, caberia ao Banco do Brasil e ao BTG "proceder a análise cadastral e exame das certidões das beneficiárias finais, conforme as regras do BNDES". Em nota, o Banco do Brasil nega que tenha sido omisso na análise financeira da São Fernando Energia: "A operação de julho de 2012 foi efetuada exclusivamente para liquidar crédito contratado junto ao BB em 2010. Não houve qualquer liberação de recursos novos para a Usina São Fernando em 2012". Na oportunidade, segue o texto, "foram analisadas, entre outros fatores econômico-financeiros, todas as restrições existentes, além de terem sido agregadas novas garantias à operação, melhorando seu posicionamento como credor". Ainda de acordo com o banco, nenhuma das normas que regulam as boas práticas bancárias foram desrespeitadas. O BB diz ainda que não pode fornecer outras informações sobre a operação com a São Fernando Energia porque elas estão protegidas por sigilo bancário. Procurado pela Folha, o BTG não quis comentar a operação que intermediou entre o BNDES e a empresa de energia de Bumlai. Em maio de 2013, um mês após ingressar na Justiça com o pedido de recuperação judicial, o grupo São Fernando entregou ao BTG para quitar dívidas a fazenda predileta de Bumlai, chamada Cristo Rei, de 116 mil hectares e avaliada em R$ 580 milhões. O advogado de José Carlos Bumlai, Arnaldo Malheiros Filho, diz que não houve favorecimento nos empréstimos que o BNDES concedeu ao empresário, e que as operações não seriam aprovadas por bancos privados. "Banco público e de fomento existe justamente para conceder crédito para quem não consegue tomar recursos no mercado", afirma. Malheiros diz que seria um equívoco supor que o corpo técnico do BNDES, "de alto nível", segundo ele, aprovaria um "crédito temerário". Ele afirma ainda que a prova maior de que o empresário não se beneficiou da amizade com o ex-presidente Lula é o fato de seu grupo estar em recuperação judicial, com dois pedidos de falência porque não tem conseguido cumprir os pagamentos que acertou com os credores. "A amizade com o Lula não trouxe benefício algum a Bumlai", diz. - BUMLAI E O BNDES Banco público financiou amigo de Lula mesmo em crise Dez.2008 a fev.2009 BNDES empresta diretamente um valor total de R$ 395,2 milhões à usina São Fernando Açúcar e Álcool * Nov.2011 Credor da São Fernando Energia 1 pede falência da empresa por calote de R$ 523 mil * Jun.2012 Auditoria aponta que o alto endividamento da São Fernando gerava dúvidas sobre sua "capacidade de continuidade". Um mês depois, empresa do mesmo grupo contrai empréstimos de R$ 101,5 mi do BNDES * Abr.2013 Grupo São Fernando pede recuperação judicial. Em setembro, plano de reestruturação é aprovado. Dívida da São Fernando Açúcar e Álcool com o BNDES é estimada em R$ 33,2 milhões * Ago.2015 BNDES pede a falência do grupo argumentando que o plano de recuperação não foi cumprido
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BNDES dribla norma para emprestar R$ 102 mi a empresa de amigo de LulaO BNDES contornou uma norma interna que o proíbe de conceder empréstimos a empresas cuja falência tenha sido requerida na Justiça e concedeu crédito de R$ 101,5 milhões ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que se tornou um dos alvos da Operação Lava Jato. O empresário conseguiu o apoio do BNDES em julho de 2012, num momento em que seus negócios enfrentavam sérias dificuldades financeiras. Nove meses depois da operação, a empresa de Bumlai entrou na Justiça com pedido de recuperação judicial por não conseguir pagar as dívidas que tinha no mercado. Na época em que conseguiu o crédito do BNDES, o empresário já tinha sido alvo de um pedido de falência, apresentado à Justiça em novembro de 2011 por um fornecedor que levara calote numa dívida de R$ 523,2 mil. As normas do BNDES proíbem empréstimos a empresas nessas condições, para evitar que o banco dê crédito a quem não tem capacidade de pagar. A empresa de Bumlai que recebeu os R$ 101,5 milhões é a São Fernando Energia 1, criada para produzir eletricidade a partir de bagaço de cana. Ela integra um grupo de cinco empresas de Bumlai que vive situação pré-falimentar. Com dívidas de R$ 1,2 bilhão, o grupo São Fernando, cujo principal negócio é uma usina de etanol em Mato Grosso do Sul, teve a falência requerida na Justiça pelo próprio BNDES e pelo Banco do Brasil mais tarde, porque não tem conseguido honrar os pagamentos que se comprometeu a fazer no processo de recuperação judicial. O grupo deve R$ 330 milhões ao BNDES, incluindo empréstimos recebidos antes da operação feita em 2012. Parcelas da dívida de Bumlai com o banco estão atrasadas desde o fim do ano passado. Os pedidos de falência feitos pelo BB e pelo BNDES foram apresentados à Justiça em julho e agosto deste ano. LAVA JATO Bumlai, que já foi um dos maiores criadores de gado do país, tornou-se alvo das investigações da Lava Jato depois que dois delatores relataram que ele teria repassado recursos para uma nora de Lula e ajudado a quitar dívidas do PT, o que ele nega ter feito. O balanço da São Fernando Energia em 2011 mostra a empresa em situação dramática. As dívidas da companhia eram 9,5 vezes maiores do que o patrimônio líquido. Seria como um cidadão ter R$ 100 mil em sua conta e, ao mesmo tempo, uma dívida R$ 950 mil. Após a autorização do BNDES, os R$ 101,5 milhões foram repassados à empresa de Bumlai pelo Banco do Brasil e pelo BTG, que atuaram na operação como agentes intermediários do banco público e assumiram parte dos riscos. Uma auditoria independente feita no balanço de 2011 da São Fernando Açúcar e Álcool afirmou que o "alto grau de endividamento" da companhia levantava dúvidas sobre a "capacidade de continuidade" da empresa. A São Fernando Energia está em nome de filhos de Bumlai. A família hoje vê o grupo São Fernando imerso em um patrimônio negativo bilionário e às voltas com cobranças de centenas de credores. ESTÍMULO Quando entrou com pedido de recuperação judicial, em 2013, a empresa culpou a política de preços da Petrobras, que desestimulou a produção de álcool combustível, a demora para obter crédito e até prejuízos com geada. De 2008 a 2009, época de euforia no setor, a São Fernando Açúcar e Álcool era parceira do grupo Bertin e obteve R$ 395,2 milhões de empréstimos do BNDES, sem intermediação de outros bancos. Bumlai, à época integrante do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do governo Lula, defendeu publicamente em 2008, durante reunião do órgão, a necessidade de apoio do BNDES para estimular a indústria. Hoje, o grupo São Fernando é gerido por uma administradora judicial nomeada pela Justiça do Mato Grosso do Sul. Os administradores preparam um relatório sobre a situação financeira do grupo, que será concluído ainda neste mês e deve servir de fonte para a Justiça decidir a respeito do pedido de falência. Segundo os administradores, o grupo, que já teve 3.000 funcionários, viu seu quadro de pessoal encolher para 2.000 nos últimos dois anos. OUTRO LADO Tanto o BNDES quanto o empresário José Carlos Bumlai negam que tenha havido favorecimento nos empréstimos que foram concedidos a ele. O BNDES confirma que adota uma norma que veta a concessão de empréstimos a empresas que tenham pedido de falência na Justiça, mas essa regra é flexível pelo princípio da razoabilidade, de acordo com a instituição. "Cabe ao BNDES avaliar se a simples existência de um pedido de falência é ou não um impeditivo para a contratação de financiamento", diz nota do banco. "Se não fosse assim, qualquer credor de uma empresa que protocolasse um pedido de falência poderia impedir a contratação do crédito, com ou sem um motivo razoável para isso." Um exemplo hipotético: se um credor pedir a falência da Vale por uma dívida de R$ 1 mil, o BNDES não irá brecar a concessão do empréstimo porque sabe que esse valor é insignificante para o tamanho da companhia. No caso da São Fernando Energia, no entanto, a instituição de fomento sustenta que, por se tratar de uma operação indireta, nas quais outros bancos fizeram o repasse e assumiram o risco do crédito, caberia ao Banco do Brasil e ao BTG "proceder a análise cadastral e exame das certidões das beneficiárias finais, conforme as regras do BNDES". Em nota, o Banco do Brasil nega que tenha sido omisso na análise financeira da São Fernando Energia: "A operação de julho de 2012 foi efetuada exclusivamente para liquidar crédito contratado junto ao BB em 2010. Não houve qualquer liberação de recursos novos para a Usina São Fernando em 2012". Na oportunidade, segue o texto, "foram analisadas, entre outros fatores econômico-financeiros, todas as restrições existentes, além de terem sido agregadas novas garantias à operação, melhorando seu posicionamento como credor". Ainda de acordo com o banco, nenhuma das normas que regulam as boas práticas bancárias foram desrespeitadas. O BB diz ainda que não pode fornecer outras informações sobre a operação com a São Fernando Energia porque elas estão protegidas por sigilo bancário. Procurado pela Folha, o BTG não quis comentar a operação que intermediou entre o BNDES e a empresa de energia de Bumlai. Em maio de 2013, um mês após ingressar na Justiça com o pedido de recuperação judicial, o grupo São Fernando entregou ao BTG para quitar dívidas a fazenda predileta de Bumlai, chamada Cristo Rei, de 116 mil hectares e avaliada em R$ 580 milhões. O advogado de José Carlos Bumlai, Arnaldo Malheiros Filho, diz que não houve favorecimento nos empréstimos que o BNDES concedeu ao empresário, e que as operações não seriam aprovadas por bancos privados. "Banco público e de fomento existe justamente para conceder crédito para quem não consegue tomar recursos no mercado", afirma. Malheiros diz que seria um equívoco supor que o corpo técnico do BNDES, "de alto nível", segundo ele, aprovaria um "crédito temerário". Ele afirma ainda que a prova maior de que o empresário não se beneficiou da amizade com o ex-presidente Lula é o fato de seu grupo estar em recuperação judicial, com dois pedidos de falência porque não tem conseguido cumprir os pagamentos que acertou com os credores. "A amizade com o Lula não trouxe benefício algum a Bumlai", diz. - BUMLAI E O BNDES Banco público financiou amigo de Lula mesmo em crise Dez.2008 a fev.2009 BNDES empresta diretamente um valor total de R$ 395,2 milhões à usina São Fernando Açúcar e Álcool * Nov.2011 Credor da São Fernando Energia 1 pede falência da empresa por calote de R$ 523 mil * Jun.2012 Auditoria aponta que o alto endividamento da São Fernando gerava dúvidas sobre sua "capacidade de continuidade". Um mês depois, empresa do mesmo grupo contrai empréstimos de R$ 101,5 mi do BNDES * Abr.2013 Grupo São Fernando pede recuperação judicial. Em setembro, plano de reestruturação é aprovado. Dívida da São Fernando Açúcar e Álcool com o BNDES é estimada em R$ 33,2 milhões * Ago.2015 BNDES pede a falência do grupo argumentando que o plano de recuperação não foi cumprido
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Sistema do Fies será aberto para novos contratos a partir de 23 de fevereiro
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Após fazer alterações nas regras do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), o Ministério da Educação vai reabrir o site do programa para novos contratos. Estudantes interessados em aderir ao Fies terão entre 23 de fevereiro e 30 de abril para solicitar o financiamento da graduação. Até então, o prazo era maior: o estudante podia solicitar o financiamento para o 1º semestre entre janeiro e junho. O MEC deve alterar ainda a forma de análise dos pedidos: diante do congelamento de verbas, nem todos os que pedirem o financiamento terão acesso ao programa, ainda que cumpram as regras estabelecidas. A pasta decidiu ainda rever o percentual de reajuste das mensalidades aceito para aditamento de contratos em vigor. Neste ano, cursos com reajuste acima de 4,5% não estavam sendo processados. Desde o final do mês passado, o MEC reabriu o sistema para contratos já em andamento, mas estudantes vêm relatando dificuldades para fazer aditamentos. Cursos com reajuste acima de 4,5% não estavam sendo processados. "A equipe técnica do FNDE e MEC, após analisar as informações prestadas pelas Instituições e considerando que o reajuste somente será aplicado no aditamento do primeiro semestre, deliberou por um reajuste de ate 6,4%", informou o ministério. O percentual anterior tinha sido motivo de ampla crítica do setor privado. Segundo a pasta, esses novos contratos, para serem autorizados, deverão seguir critérios de qualidade, além de ser destinados a determinado perfil de curso. O ministro da Educação, Cid Gomes disse, por exemplo, que graduações com maior demanda de profissionais, como licenciaturas, terão prioridade. A pasta, no entanto, ainda não detalhou que cursos serão visados, nem indicou quais serão as mudanças no critério de qualidade de cursos e instituições. 450 PONTOS No final do ano passado, o MEC editou portarias reduzindo o fluxo de pagamento para as mantenedoras –das atuais 12 parcelas para 8 parcelas anuais. Ao mesmo tempo, foi exigido um desempenho mínimo no Enem para solicitação do financiamento. Antes, não havia uma nota de corte para o Fies. Agora, a exemplo do Prouni (programa de bolsas para alunos de baixa renda), o candidato deverá ter pontuação acima de 450, e nota acima de zero na redação. De acordo com a portaria, entretanto, essa nota mínima será exigida apenas a partir de 30 de março. Assim, até lá, os estudantes que tiveram pontuação abaixo do indicado poderão solicitar o Fies. As mudanças geraram uma série de críticas do setor privado, que viu motivação econômica nas alterações: o ajuste fiscal também teria atingido a área da educação, apontada como prioridade
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educacao
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Sistema do Fies será aberto para novos contratos a partir de 23 de fevereiroApós fazer alterações nas regras do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), o Ministério da Educação vai reabrir o site do programa para novos contratos. Estudantes interessados em aderir ao Fies terão entre 23 de fevereiro e 30 de abril para solicitar o financiamento da graduação. Até então, o prazo era maior: o estudante podia solicitar o financiamento para o 1º semestre entre janeiro e junho. O MEC deve alterar ainda a forma de análise dos pedidos: diante do congelamento de verbas, nem todos os que pedirem o financiamento terão acesso ao programa, ainda que cumpram as regras estabelecidas. A pasta decidiu ainda rever o percentual de reajuste das mensalidades aceito para aditamento de contratos em vigor. Neste ano, cursos com reajuste acima de 4,5% não estavam sendo processados. Desde o final do mês passado, o MEC reabriu o sistema para contratos já em andamento, mas estudantes vêm relatando dificuldades para fazer aditamentos. Cursos com reajuste acima de 4,5% não estavam sendo processados. "A equipe técnica do FNDE e MEC, após analisar as informações prestadas pelas Instituições e considerando que o reajuste somente será aplicado no aditamento do primeiro semestre, deliberou por um reajuste de ate 6,4%", informou o ministério. O percentual anterior tinha sido motivo de ampla crítica do setor privado. Segundo a pasta, esses novos contratos, para serem autorizados, deverão seguir critérios de qualidade, além de ser destinados a determinado perfil de curso. O ministro da Educação, Cid Gomes disse, por exemplo, que graduações com maior demanda de profissionais, como licenciaturas, terão prioridade. A pasta, no entanto, ainda não detalhou que cursos serão visados, nem indicou quais serão as mudanças no critério de qualidade de cursos e instituições. 450 PONTOS No final do ano passado, o MEC editou portarias reduzindo o fluxo de pagamento para as mantenedoras –das atuais 12 parcelas para 8 parcelas anuais. Ao mesmo tempo, foi exigido um desempenho mínimo no Enem para solicitação do financiamento. Antes, não havia uma nota de corte para o Fies. Agora, a exemplo do Prouni (programa de bolsas para alunos de baixa renda), o candidato deverá ter pontuação acima de 450, e nota acima de zero na redação. De acordo com a portaria, entretanto, essa nota mínima será exigida apenas a partir de 30 de março. Assim, até lá, os estudantes que tiveram pontuação abaixo do indicado poderão solicitar o Fies. As mudanças geraram uma série de críticas do setor privado, que viu motivação econômica nas alterações: o ajuste fiscal também teria atingido a área da educação, apontada como prioridade
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Notícias da Fufucolândia
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BRASÍLIA - André Fufuca viveu seu dia de glória. Livre do nervosismo da estreia, o presidente interino da Câmara passou a quarta-feira saboreando elogios dos colegas. Um clima festivo marcou o início da sessão no plenário. Nos microfones, os representantes do povo se revezaram para celebrar o jovem deputado. "Quero registrar a satisfação de tê-lo na presidência desta Casa. É um orgulho para o Maranhão", empolgou-se Júnior Marreca, do PEN. "É uma honra para todos nós tê-lo", reforçou a deputada Conceição Sampaio, do PP. "Será certamente uma grande experiência para Vossa Excelência e para todos nós aqui que o admiramos", acrescentou. O ex-ministro Orlando Silva, do PC do B, comparou o colega ao rei do futebol. "Quando vejo provocações com relação ao apelido de Vossa Excelência, lembro-me de grandes brasileiros como Edson Arantes do Nascimento, que é mundialmente conhecido por seu apelido: Pelé." Chico Lopes, também do PC do B, definiu Fufuca como "um jovem que se torna brilhante". "A sociedade parece que gosta de ver o jovem é no crack, na marginalidade. Quando ele se destaca, no lugar de elogiar, faz é mangofa", protestou. As queixas foram endossadas por Mário Negromonte Júnior, do PP. Ele disse que o presidente interino da Câmara é vítima de "notícias negativas", propagadas por "moralistas de plantão". "Como jovem, quero dizer que nós não vamos permitir isso. A imprensa política precisa respeitar esta Casa", esbravejou o deputado. Alberto Fraga, do DEM, chamou os críticos do colega de "idiotas" e "imbecis". "Eu acho que é falta de não ter o que fazer", reclamou, num momento de humor involuntário. Para quem vê a TV Câmara como "A Praça é Nossa", foi uma sessão e tanto. No aspecto legislativo, Fufuca ficou devendo. Apesar dos elogios, o deputado não conseguiu pautar nenhum item da reforma política. A votação foi adiada mais uma vez —e semana que vem tem feriadão.
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Notícias da FufucolândiaBRASÍLIA - André Fufuca viveu seu dia de glória. Livre do nervosismo da estreia, o presidente interino da Câmara passou a quarta-feira saboreando elogios dos colegas. Um clima festivo marcou o início da sessão no plenário. Nos microfones, os representantes do povo se revezaram para celebrar o jovem deputado. "Quero registrar a satisfação de tê-lo na presidência desta Casa. É um orgulho para o Maranhão", empolgou-se Júnior Marreca, do PEN. "É uma honra para todos nós tê-lo", reforçou a deputada Conceição Sampaio, do PP. "Será certamente uma grande experiência para Vossa Excelência e para todos nós aqui que o admiramos", acrescentou. O ex-ministro Orlando Silva, do PC do B, comparou o colega ao rei do futebol. "Quando vejo provocações com relação ao apelido de Vossa Excelência, lembro-me de grandes brasileiros como Edson Arantes do Nascimento, que é mundialmente conhecido por seu apelido: Pelé." Chico Lopes, também do PC do B, definiu Fufuca como "um jovem que se torna brilhante". "A sociedade parece que gosta de ver o jovem é no crack, na marginalidade. Quando ele se destaca, no lugar de elogiar, faz é mangofa", protestou. As queixas foram endossadas por Mário Negromonte Júnior, do PP. Ele disse que o presidente interino da Câmara é vítima de "notícias negativas", propagadas por "moralistas de plantão". "Como jovem, quero dizer que nós não vamos permitir isso. A imprensa política precisa respeitar esta Casa", esbravejou o deputado. Alberto Fraga, do DEM, chamou os críticos do colega de "idiotas" e "imbecis". "Eu acho que é falta de não ter o que fazer", reclamou, num momento de humor involuntário. Para quem vê a TV Câmara como "A Praça é Nossa", foi uma sessão e tanto. No aspecto legislativo, Fufuca ficou devendo. Apesar dos elogios, o deputado não conseguiu pautar nenhum item da reforma política. A votação foi adiada mais uma vez —e semana que vem tem feriadão.
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Gays são minoria mais vulnerável para crimes de ódio nos EUA
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Sócia de um salão de beleza no centro de Orlando, Gabrielle, 32, pede para não ter o sobrenome publicado, mas não se importa em falar do preconceito cotidiano que enfrenta por ser, como ela diz, "visivelmente gay". "Não passo uma semana sem algum tipo de agressão. Geralmente são insultos ou alguma piadinha maldosa. Como não levo desaforo para casa, já saí no braço algumas vezes", conta, a poucos quarteirões da boate gay Pulse, cenário do pior atentado a tiros já cometido nos EUA, no último domingo (12). Levando em conta estatísticas per capita do FBI (polícia federal americana), o risco de membros da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) serem vítimas de crimes de ódio supera o de qualquer outra minoria nos EUA: é duas vezes maior que para negros e judeus e quatro vezes maior do que para muçulmanos. A suposta influência de ideologias islâmicas radicais sobre Omar Mateen, o autor do massacre que deixou 49 mortos na boate Pulse, levou alguns políticos de direita a ignorarem que o alvo havia sido um local tido como um "santuário" de liberdade pela comunidade gay de Orlando. Vários dias depois, a rede de TV conservadora Fox continuava tratando o massacre como um atentado terrorista islâmico. A omissão causou revolta na comunidade LGBT. "Essa cegueira intencional é que legitima o preconceito que sofremos todos os dias", disse o auxiliar de enfermagem Alex Sierra, 26, vestindo uma camisa com os dizeres "eu coração [amo] meu namorado". Um dos mais criticados foi o governador republicano da Flórida, Rick Scott, conhecido por ter ido à Justiça para barrar o casamento entre pessoas do mesmo sexo em seu Estado. Atacado por inicialmente omitir o caráter homofóbico do atentado, Scott voltou atrás e disse que ele foi "contra a comunidade gay e hispânica". A mudança no discurso "é uma tremenda hipocrisia da direita, especialmente da direita religiosa", disse à Folha Mark Potok, pesquisador sênior do Southern Poverty Law Center, grupo que monitora grupos radicais nos EUA. "Esses políticos vivem dizendo coisas falsas e terríveis contra os gays e agora de repente estão preocupados?" Apesar do avanço na luta pela igualdade de direitos da comunidade LGBT, marcado no ano passado pela decisão do Supremo de legalizar o casamento gay, o número de casos de violência contra a minoria manteve-se estável na última década, com viés de alta, segundo o FBI. A maior liberdade para que os gays exerçam seus direitos pode estar por trás de muitos dos ataques, observa Potok, pois estimula o ódio dos radicais. O pai do assassino de Orlando contou que o filho ficava nervoso ao ver homens se beijando em público. No ano passado, houve vários ataques a casais que legalizaram sua união. O estado psicológico de Mateen, que simpatizava com grupos extremistas islâmicos e frequentara a cena gay de Orlando, provavelmente jamais será desvendado. A maioria dos ataques contra gays nos EUA não é cometida por muçulmanos radicais, mas por supremacistas brancos e pessoas que antes eram consideradas absolutamente normais. Alguns tentam enxergar na tragédia de Orlando um lado positivo, torcendo para que a dor gere o aumento de tolerância. A esperança é também que ela fortaleça o movimento, semelhante ao que ocorreu na luta pelos direitos civis depois dos casos de violência contra negros nas décadas de 1950 e 1960. Em grande escala, só o tempo dirá qual será o efeito, mas nas miudezas do dia a dia isso já é perceptível. Tyler Knight, 19, disse que ele e a mãe tiveram uma crise de choro no dia do atentado que mudou sua relação com ela. "Minha mãe nunca tinha me aceitado como gay. Mas depois do ataque ela me ligou e disse, chorando: eu te amo do jeito que você é", contou.
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mundo
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Gays são minoria mais vulnerável para crimes de ódio nos EUASócia de um salão de beleza no centro de Orlando, Gabrielle, 32, pede para não ter o sobrenome publicado, mas não se importa em falar do preconceito cotidiano que enfrenta por ser, como ela diz, "visivelmente gay". "Não passo uma semana sem algum tipo de agressão. Geralmente são insultos ou alguma piadinha maldosa. Como não levo desaforo para casa, já saí no braço algumas vezes", conta, a poucos quarteirões da boate gay Pulse, cenário do pior atentado a tiros já cometido nos EUA, no último domingo (12). Levando em conta estatísticas per capita do FBI (polícia federal americana), o risco de membros da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) serem vítimas de crimes de ódio supera o de qualquer outra minoria nos EUA: é duas vezes maior que para negros e judeus e quatro vezes maior do que para muçulmanos. A suposta influência de ideologias islâmicas radicais sobre Omar Mateen, o autor do massacre que deixou 49 mortos na boate Pulse, levou alguns políticos de direita a ignorarem que o alvo havia sido um local tido como um "santuário" de liberdade pela comunidade gay de Orlando. Vários dias depois, a rede de TV conservadora Fox continuava tratando o massacre como um atentado terrorista islâmico. A omissão causou revolta na comunidade LGBT. "Essa cegueira intencional é que legitima o preconceito que sofremos todos os dias", disse o auxiliar de enfermagem Alex Sierra, 26, vestindo uma camisa com os dizeres "eu coração [amo] meu namorado". Um dos mais criticados foi o governador republicano da Flórida, Rick Scott, conhecido por ter ido à Justiça para barrar o casamento entre pessoas do mesmo sexo em seu Estado. Atacado por inicialmente omitir o caráter homofóbico do atentado, Scott voltou atrás e disse que ele foi "contra a comunidade gay e hispânica". A mudança no discurso "é uma tremenda hipocrisia da direita, especialmente da direita religiosa", disse à Folha Mark Potok, pesquisador sênior do Southern Poverty Law Center, grupo que monitora grupos radicais nos EUA. "Esses políticos vivem dizendo coisas falsas e terríveis contra os gays e agora de repente estão preocupados?" Apesar do avanço na luta pela igualdade de direitos da comunidade LGBT, marcado no ano passado pela decisão do Supremo de legalizar o casamento gay, o número de casos de violência contra a minoria manteve-se estável na última década, com viés de alta, segundo o FBI. A maior liberdade para que os gays exerçam seus direitos pode estar por trás de muitos dos ataques, observa Potok, pois estimula o ódio dos radicais. O pai do assassino de Orlando contou que o filho ficava nervoso ao ver homens se beijando em público. No ano passado, houve vários ataques a casais que legalizaram sua união. O estado psicológico de Mateen, que simpatizava com grupos extremistas islâmicos e frequentara a cena gay de Orlando, provavelmente jamais será desvendado. A maioria dos ataques contra gays nos EUA não é cometida por muçulmanos radicais, mas por supremacistas brancos e pessoas que antes eram consideradas absolutamente normais. Alguns tentam enxergar na tragédia de Orlando um lado positivo, torcendo para que a dor gere o aumento de tolerância. A esperança é também que ela fortaleça o movimento, semelhante ao que ocorreu na luta pelos direitos civis depois dos casos de violência contra negros nas décadas de 1950 e 1960. Em grande escala, só o tempo dirá qual será o efeito, mas nas miudezas do dia a dia isso já é perceptível. Tyler Knight, 19, disse que ele e a mãe tiveram uma crise de choro no dia do atentado que mudou sua relação com ela. "Minha mãe nunca tinha me aceitado como gay. Mas depois do ataque ela me ligou e disse, chorando: eu te amo do jeito que você é", contou.
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Trump chama todos senadores à Casa Branca para discutir Coreia do Norte
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O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, convidou todos os 100 senadores do país para uma reunião na Casa Branca sobre as crescentes tensões com a Coreia do Norte. O encontro, marcado para esta quarta-feira (26) às 15h (16h em Brasília), deverá contar com a participação de integrantes do alto escalão do governo Trump: o secretário de Estado, Rex Tillerson; o secretário de Defesa, Jim Mattis; e o diretor de Inteligência Nacional, Dan Coats. Embora seja normal que membros do governo discutam assuntos políticos com congressistas, é incomum que todos os senadores visitem a Casa Branca ao mesmo tempo para se reunir com as principais autoridades de defesa do país. Auxiliares do governo dizem que tentarão marcar um encontro parecido com deputados. O aumento da tensão com o regime de Pyongyang tem sido um dos principais desafios de política externa dos primeiros cem dias do governo Trump, que serão completados no sábado (29). Enquanto a Coreia do Norte tem repetido ameaças praticamente diárias contra os Estados Unidos e seus aliados asiáticos, o governo Trump elevou o tom contra o país e ameaçou atacá-lo. Na segunda-feira (24), o republicano disse a embaixadores na ONU que o "statu quo" na península Coreana é inaceitável, e que a organização deve estar preparada para impor novas sanções contra o regime norte-coreano.
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Trump chama todos senadores à Casa Branca para discutir Coreia do NorteO governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, convidou todos os 100 senadores do país para uma reunião na Casa Branca sobre as crescentes tensões com a Coreia do Norte. O encontro, marcado para esta quarta-feira (26) às 15h (16h em Brasília), deverá contar com a participação de integrantes do alto escalão do governo Trump: o secretário de Estado, Rex Tillerson; o secretário de Defesa, Jim Mattis; e o diretor de Inteligência Nacional, Dan Coats. Embora seja normal que membros do governo discutam assuntos políticos com congressistas, é incomum que todos os senadores visitem a Casa Branca ao mesmo tempo para se reunir com as principais autoridades de defesa do país. Auxiliares do governo dizem que tentarão marcar um encontro parecido com deputados. O aumento da tensão com o regime de Pyongyang tem sido um dos principais desafios de política externa dos primeiros cem dias do governo Trump, que serão completados no sábado (29). Enquanto a Coreia do Norte tem repetido ameaças praticamente diárias contra os Estados Unidos e seus aliados asiáticos, o governo Trump elevou o tom contra o país e ameaçou atacá-lo. Na segunda-feira (24), o republicano disse a embaixadores na ONU que o "statu quo" na península Coreana é inaceitável, e que a organização deve estar preparada para impor novas sanções contra o regime norte-coreano.
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Poeta Ferreira Gullar morre de pneumonia aos 86 anos no Rio
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Ferreira Gullar, poeta, ensaísta, crítico de arte, tradutor, biógrafo e colunista da Folha desde 2005, morreu por volta das 10h deste domingo (4), aos 86 anos. Sua neta, Celeste, confirmou a morte. Ele estava internado no hospital Copa D'Or, no Rio de Janeiro, há cerca de 20 dias devido a insuficiência respiratória. Segundo Maria Amélia Mello, amiga e editora de Gullar na José Olympio e também de seu último livro, "Autobiografia Poética e Outros Textos" (Editora Autêntica), o poeta morreu de pneumonia. Com grande independência, quase sempre remando contra a corrente no poder, Gullar frequentou diferentes regiões de um amplo espectro ideológico. Renovador da linguagem poética e teórico da vanguarda, anos mais tarde ele enxergaria com olhos severos os rumos da arte contemporânea. Militante comunista, fez-se um rigoroso tribuno contra a esquerda no poder desde os primeiros momentos do governo Lula. Sua fisionomia angulosa, cheia de vincos expressivos, fez a alegria dos designers gráficos, que a reproduziram ampliada em inúmeras capas de livros e revistas. Ao vivo, o corpo magro e frágil contrastava com o vigor escuro do olhar, o nariz proeminente que lhe dava um perfil de índio andino, os óculos metálicos dominando o rosto de fora a fora, a espessura das sobrancelhas, o gesto constante de levar as mãos à cabeça e ajeitar os cabelos muito lisos, brancos e compridos, ou então enxugar com o canto dos dedos a saliva acumulada nos lábios grossos. Nascido em 10 de setembro de 1930, o maranhense José Ribamar Ferreira se espraiou em praticamente todos os campos da cultura, da poesia de vanguarda à canção popular, da teoria estética ao jornalismo, da ilustração de livros infantis à teledramaturgia. Quase sempre, com forte ênfase política. Para se distrair, entregava-se à reprodução de quadros de Mondrian e outros de seus mestres europeus, fazia colagens com recortes de revistas ou traduzia poesia. Está entre os primeiros nomes da extensa lista de biografias que ainda precisam ser escritas no Brasil. Filho do comerciante Newton Ferreira e da dona de casa Alzira Goulart, que lhe inspiraria o nome literário, Gullar publicou seu primeiro livro em edição do autor em sua São Luís natal, em 1949. "Um Pouco Acima do Chão" não teria lugar nas futuras edições de obra completa organizadas pelo poeta: trata-se, diz ele, de "um tateio inicial", "um livro ingênuo". O seu segundo trabalho, de 1954, também saiu em edição do autor, mas de ingênuo não tinha absolutamente nada. "A Luta Corporal" foi a fagulha de um novo tipo de escrita que nos anos seguintes mudaria as noções tradicionais de verso, página, livro de poesia —em resumo, a própria poesia, tal como a entendíamos até então. Escrito solitariamente, quando o autor já vivia no Rio (desde 1951), mas ainda tinha poucas conexões com o mundo literário, o livro soava como um salto radical em todas as dimensões —sonoras, gráficas, semânticas— e todas as possibilidades que a palavra impressa poderia oferecer. "Diagramado e editado por mim, ele refletia a preocupação com a utilização do espaço em branco na estruturação espacial dos poemas, como também na titulagem e no uso da página em branco, feito camadas de silêncio acumuladas nas páginas", recordaria Gullar, anos mais tarde, em seu livro "Experiência Neoconcreta" (Cosac Naify), volume que recupera os seus anos heroicos do neoconcretismo, ao lado dos artistas plásticos Lygia Clark, Hélio Oiticica e outros amigos. Segundo ele, "A Luta Corporal" se encerrava com a "implosão da linguagem". "Mu gargantu / FU burge / MU guêlu, Mu / Tempu - PULCI", escreve ele numa das passagens mais cheias de escombros. "Naquele tempo eu não tinha família, nem uma vida regular, vivia sozinho num quarto perto da praça da Cruz Vermelha [no Rio]", contaria o autor, anos mais tarde, à equipe dos "Cadernos de Literatura Brasileira". "Era uma vida desligada da realidade comum de todos. Eu vivia, então, 'num clima de aventura'." Entre seus primeiros leitores, estava o escritor Oswald de Andrade, que apareceu de surpresa para cumprimentar Gullar no dia de seu aniversário, em 1953. O autor de "Poesia Pau-Brasil" tinha lido "A Luta Corporal" ainda nos originais e se impressionou pelo vigor daquele jovem poeta maranhense. O livro também o aproximou de três personagens-chave: os irmãos Haroldo e Augusto de Campos e Décio Pignatari. Conta Gullar que os três poetas entraram em contato com ele por carta, depois de terem lido "A Luta Corporal". Augusto foi ao Rio para um encontro com Gullar, no qual teria manifestado insatisfação com o estado da poesia brasileira naquele momento. A correspondência inaugurada ali gestou uma das mais importantes revoluções artísticas do século 20 no Brasil, e também uma curta, porém fértil, colaboração entre o grupo dos paulistas e o dos cariocas. Não demorou a nascer também uma das mais duradouras disputas intelectuais do país, que começou em torno da paternidade da abolição do verso tradicional. Isto é, quem foi o primeiro a afirmar que um poema já não precisava mais ser organizado em linhas para ser um poema? Gullar e os paulistas estavam juntos, na 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, realizada em São Paulo em dezembro de 1956. Em fevereiro de 1957, quando foi inaugurada no Rio, Gullar publicou no "Suplemento Dominical do Jornal do Brasil" um artigo em resposta a um manifesto de Haroldo de Campos em que explicitava as diferenças que enxergava entre o seu grupo, o dos "cariocas", e os dos paulistas. Para Gullar, Haroldo defendia a subordinação da poesia a equações matemáticas. "Considerando que aquilo era inviável", registraria Gullar, anos mais tarde, "telefonei a Augusto, dizendo que não podia subscrever semelhante teoria. Sua resposta foi que eu então procedesse como me parecesse melhor, pois eles não desistiriam daquela tese." Agora conhecidos respectivamente como os "neoconcretos" e os "concretos", os dois grupos passariam a reivindicar o pioneirismo na dissolução do verso e na exploração das dimensões concretas da palavra. A disputa, que acompanharia os contendores ao longo da vida inteira, não é facilmente explicável, mas influenciou as gerações de artistas subsequentes e ecoou, por exemplo, no Tropicalismo de Caetano Veloso. "Lembro-me que defendia a tese de que a questão fundamental da nova poesia não era 'criar um novo verso' (como escrevera Haroldo na ocasião) e, sim, 'superar o caráter unidirecional da linguagem, rompendo com a sintaxe verbal'", rememora Gullar em "Experiência neoconcreta". "Esta tese foi aceita por eles e de algum modo contribuiu para que buscasse solução no poema visual, construído geometricamente no espaço da página." Mais adiante, o poeta reconhece: "Sem qualquer dúvida, o contato com Augusto de Campos e com suas experiências poéticas me ajudou a sair do impasse a que chegara com 'A Luta Corporal'". Aquele encontro no Rio, em 1955, ainda renderia, quase 60 anos depois, uma agressiva troca de farpas entre Gullar e Augusto de Campos, relativa às afirmações do maranhense de que foi ele quem apresentou aos irmãos Campos a poesia de Oswald de Andrade, referência central para os concretos. Em artigos publicados na Folha, ambos reconstituíram em minúcias o encontro, realizado no restaurante Spaghettilândia. SUPLEMENTO DOMINICAL DO JB Seja como for, a influência mútua entre os concretos e os neoconcretos é inegável e teve importantes desdobramentos na poesia e na teoria estética brasileira. Pignatari e os Campos deram prosseguimento à poesia concreta no grupo Noigandres; Gullar ganhou destaque como crítico e teórico do grupo carioca, em seus artigos publicados no "SDJB". Desde 1955, Gullar estava engajado no projeto do "Suplemento Dominical" do "Jornal do Brasil", considerado um marco do jornalismo cultural brasileiro tanto em termos de design gráfico —quem fazia a diagramação e ilustrava era o artista plástico Amilcar de Castro— como de texto. A turma do "SDJB" era o correspondente, no jornalismo e na arte de vanguarda, do ímpeto criativo de João Gilberto, Tom Jobim e Vinicius de Moraes na criação da Bossa Nova. O caderno levou a sensibilidade da vanguarda carioca para as páginas de um jornal dos mais tradicionais: era uma espécie de protetorado do grupo neoconcreto, com Gullar e pesos-pesados como Janio de Freitas, Reinaldo Jardim, Franz Weissman, Lygia Clark e Lygia Pape. No "SDJB" Gullar publicou textos centrais como o "Manifesto Neoconcreto" e a "Teoria do Não Objeto" (1959), pequeno ensaio que alguns colegas de Gullar coassinaram, no qual são antecipadas questões centrais da arte contemporânea nas décadas vindouras, não apenas no Brasil, mas em nível mundial: a obra de arte que só se torna arte com a participação ativa do espectador, o "não objeto". Naquele ano, nasceram obras que ilustram o pioneirismo de seu autor: os livros-poema, os poemas espaciais e o "Poema enterrado" —um buraco cavado no terreno da casa do pai do artista Hélio Oiticica, com cubos de diferentes cores e tamanhos que o espectador podia manipular. Debaixo do menor dos cubos, havia um quadrado com a palavra "rejuvenesça". Uma inundação, porém, inviabilizou a inauguração, e o poema só foi exibido ao público em maio último. Em 1963, ele ingressou no Centro Popular de Cultura, da UNE (União Nacional dos Estudantes), quando assumiu uma nova postura literária, em busca de um arte de intervenção política e social. No ano seguinte, torna-se presidente do CPC. POEMA SUJO Se o "clima de aventura" de sua vida no Rio tinha sido determinante para escrever "A Luta Corporal", as aventuras solitárias do exílio devolveram Gullar à criação poética radical, sem as amarras da poesia engajada. Em 1975, ele publicou "Dentro da Noite Veloz", um dos mais importantes livros de poesia da década. No ano seguinte, Gullar compõe o "Poema Sujo", seu poema mais conhecido e ícone da resistência à ditadura. No embalo do "Poema Sujo", do sinal verde de Golbery e de sua absolvição no processo policial-militar que o levara a deixar o Brasil, Gullar decidiu se arriscar a retornar —não sem tomar algumas precauções, como convocar a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Sindicato dos Jornalistas para acompanhar seu desembarque. Por volta de oito horas da noite do dia 10 de março de 1977, o poeta pousou no aeroporto do Galeão, no Rio. Recebido por uma multidão de amigos e jornalistas, não foi detido —mas no dia seguinte seria intimado pela Polícia Marítima. Passou o fim de semana nas mãos de policiais, foi levado de um porão da repressão para outro, tiraram-lhe a roupa e o pressionaram a responder sobre "a escola de subversão" que frequentara em Moscou. Foi libertado após uma forte mobilização de amigos. Pouco depois, ao pedir a seu advogado que sacramentasse no Superior Tribunal Militar a extinção do processo movido contra si, Gullar descobriu que, nos autos, o José Ribamar Ferreira procurado era outro: um líder camponês, também maranhense, que, ao contrário do seu homônimo poeta, abraçara a luta armada. CONSAGRAÇÃO Se é certo que Ferreira Gullar, após cair na clandestinidade em 1970, percebendo que mais cedo ou mais tarde iria parar na cadeia, voltou ao país na condição de artista consagrado, ele só pode desfrutar a consagração com a abertura política, a partir de 1978, quando o AI-5 perdeu a validade, e 1979, quando passa a valer a Lei de Anistia. Naquele mesmo ano, sua voz anasalada e metálica ganhou a forma de LP no álbum "Antologia Poética", com música de Egberto Gismonti, e Bibi Ferreira montou a primeira peça que Gullar assinou sozinho, "Um Rubi no Umbigo". Em 1980, quando fez 50 anos, teve sua obra poética reunida pela primeira vez na edição "Toda Poesia" e lançou "Na Vertigem do Dia", sua primeira coletânea de poemas desde "Poema Sujo". A convite de Dias Gomes, seu ex-camarada de Partidão, Gullar passou a integrar o núcleo de teledramaturgia da TV Globo, tendo escrito roteiros para séries como "Carga Pesada" e para a novela "Araponga". Nos anos 1980 e 90, o trabalho na TV dividiria o tempo do poeta com a publicação de livros de poemas, ensaios, traduções e crônicas. Escreveu letras para uma dúzia de canções: tem parcerias com Caetano Veloso ("Onde Andarás"), Milton Nascimento ("Bela bela") e Fagner (o hit "Borbulhas de Amor"). Entre 1992 e 1995, presidiu o Instituto Brasileiro de Artes e Cultura (Ibac), nome que Gullar trocaria pela antiga denominação do órgão, Funarte. O retorno a uma intervenção permanente no debate cultural e político viria com força em 2005, quando passou a assinar uma coluna na "Ilustrada". Relida hoje, a coluna de estreia, "Resmungos", revela uma impressionante coerência do colunista nos mais de 11 anos que viriam pela frente. O autodeclarado "cronista bissexto" anuncia que vai escrever sobre política, "que não exige muita especialização", e arte, assunto sobre o qual "até já escrevi livros", ironiza. E, logo de saída, fustiga críticos e obras de arte contemporânea. De fato, espezinhar os governos petistas, ainda no auge do lulismo, e implicar com artistas, curadores e críticos seriam seus esportes prediletos nas páginas da Ilustrada. (A coluna ainda serviria, de vez em quando, como um raro espaço confessional: Gullar valeu-se dela para combater causas que eram consenso nos meios de esquerda, como a lei que dificultou a internação de doentes mentais e as campanhas pela legalização de drogas. Dois filhos do escritor, Marcos, morto em 1993, e Paulo, tinham esquizofrenia grave, atribuída pela família ao abuso de drogas, nos anos 1970, durante o exílio. Gullar e sua mulher, Thereza Aragão, morta em 1994, ainda tiveram uma filha, Luciana.) Transformados em livro, os resmungos de Gullar ganharam o Prêmio Jabuti de 2007. Aquela era uma temporada de prêmios —o Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra, veio em 2005, quando o poeta fez 75 anos. Em 2010, a mais alta distinção da língua portuguesa, o Prêmio Camões, foi de Ferreira Gullar. Em 2011, os Jabutis de poesia e de Livro do Ano foram para os poemas de "Em Alguma Parte Alguma". Em 2014, foi eleito para a cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras, depois de passar anos afirmando que jamais aceitaria a imortalidade. Na Flip, Gullar disse uma frase que viralizou nas redes sociais: "Não quero ter razão, quero é ser feliz!". Outra máxima criada por Gullar, "a crase não foi feita para humilhar ninguém", publicada em 1955 no "Diário de Notícias", mais tarde seria citada até em anúncios de computadores IBM, para deleite do autor. Os livros que Gullar publicou nessa temporada de prêmios sugerem que o octogenário cheio de vitalidade não estava dando muita bola para aquelas honrarias —e provavelmente estava feliz. Em "Zoologia Bizarra" (2010) e "Bichos do Lixo", com um prosaico hobby doméstico, a colagem de papéis coloridos, ele se fez ilustrador de literatura infantil —evidentemente, compôs poemas para acompanhar os bichos de papel. Já em "Bananas Podres" (2012) Gullar retoma uma imagem recorrente em sua obra poética —o amadurecimento das frutas— em poemas manuscritos por ele mesmo e ilustrações a guache sobre jornais velhos. Depois de anos recusando se candidatar, Ferreira Gullar é eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2014. No início de 2016, causou desagrado na Record a saída do poeta da José Olympio, editora do grupo, para a Companhia das Letras. A casa queixava-se de Maria Amélia Mello, ex-gerente editorial da José Olympio, agora atuar como agente do poeta —ao mesmo tempo em que é editora da mineira Autêntica. Gullar deixa a companheira Claudia Ahimsa, dois filhos e oito netos. PAULO WERNECK é editor e ex-curador da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty)
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Poeta Ferreira Gullar morre de pneumonia aos 86 anos no RioFerreira Gullar, poeta, ensaísta, crítico de arte, tradutor, biógrafo e colunista da Folha desde 2005, morreu por volta das 10h deste domingo (4), aos 86 anos. Sua neta, Celeste, confirmou a morte. Ele estava internado no hospital Copa D'Or, no Rio de Janeiro, há cerca de 20 dias devido a insuficiência respiratória. Segundo Maria Amélia Mello, amiga e editora de Gullar na José Olympio e também de seu último livro, "Autobiografia Poética e Outros Textos" (Editora Autêntica), o poeta morreu de pneumonia. Com grande independência, quase sempre remando contra a corrente no poder, Gullar frequentou diferentes regiões de um amplo espectro ideológico. Renovador da linguagem poética e teórico da vanguarda, anos mais tarde ele enxergaria com olhos severos os rumos da arte contemporânea. Militante comunista, fez-se um rigoroso tribuno contra a esquerda no poder desde os primeiros momentos do governo Lula. Sua fisionomia angulosa, cheia de vincos expressivos, fez a alegria dos designers gráficos, que a reproduziram ampliada em inúmeras capas de livros e revistas. Ao vivo, o corpo magro e frágil contrastava com o vigor escuro do olhar, o nariz proeminente que lhe dava um perfil de índio andino, os óculos metálicos dominando o rosto de fora a fora, a espessura das sobrancelhas, o gesto constante de levar as mãos à cabeça e ajeitar os cabelos muito lisos, brancos e compridos, ou então enxugar com o canto dos dedos a saliva acumulada nos lábios grossos. Nascido em 10 de setembro de 1930, o maranhense José Ribamar Ferreira se espraiou em praticamente todos os campos da cultura, da poesia de vanguarda à canção popular, da teoria estética ao jornalismo, da ilustração de livros infantis à teledramaturgia. Quase sempre, com forte ênfase política. Para se distrair, entregava-se à reprodução de quadros de Mondrian e outros de seus mestres europeus, fazia colagens com recortes de revistas ou traduzia poesia. Está entre os primeiros nomes da extensa lista de biografias que ainda precisam ser escritas no Brasil. Filho do comerciante Newton Ferreira e da dona de casa Alzira Goulart, que lhe inspiraria o nome literário, Gullar publicou seu primeiro livro em edição do autor em sua São Luís natal, em 1949. "Um Pouco Acima do Chão" não teria lugar nas futuras edições de obra completa organizadas pelo poeta: trata-se, diz ele, de "um tateio inicial", "um livro ingênuo". O seu segundo trabalho, de 1954, também saiu em edição do autor, mas de ingênuo não tinha absolutamente nada. "A Luta Corporal" foi a fagulha de um novo tipo de escrita que nos anos seguintes mudaria as noções tradicionais de verso, página, livro de poesia —em resumo, a própria poesia, tal como a entendíamos até então. Escrito solitariamente, quando o autor já vivia no Rio (desde 1951), mas ainda tinha poucas conexões com o mundo literário, o livro soava como um salto radical em todas as dimensões —sonoras, gráficas, semânticas— e todas as possibilidades que a palavra impressa poderia oferecer. "Diagramado e editado por mim, ele refletia a preocupação com a utilização do espaço em branco na estruturação espacial dos poemas, como também na titulagem e no uso da página em branco, feito camadas de silêncio acumuladas nas páginas", recordaria Gullar, anos mais tarde, em seu livro "Experiência Neoconcreta" (Cosac Naify), volume que recupera os seus anos heroicos do neoconcretismo, ao lado dos artistas plásticos Lygia Clark, Hélio Oiticica e outros amigos. Segundo ele, "A Luta Corporal" se encerrava com a "implosão da linguagem". "Mu gargantu / FU burge / MU guêlu, Mu / Tempu - PULCI", escreve ele numa das passagens mais cheias de escombros. "Naquele tempo eu não tinha família, nem uma vida regular, vivia sozinho num quarto perto da praça da Cruz Vermelha [no Rio]", contaria o autor, anos mais tarde, à equipe dos "Cadernos de Literatura Brasileira". "Era uma vida desligada da realidade comum de todos. Eu vivia, então, 'num clima de aventura'." Entre seus primeiros leitores, estava o escritor Oswald de Andrade, que apareceu de surpresa para cumprimentar Gullar no dia de seu aniversário, em 1953. O autor de "Poesia Pau-Brasil" tinha lido "A Luta Corporal" ainda nos originais e se impressionou pelo vigor daquele jovem poeta maranhense. O livro também o aproximou de três personagens-chave: os irmãos Haroldo e Augusto de Campos e Décio Pignatari. Conta Gullar que os três poetas entraram em contato com ele por carta, depois de terem lido "A Luta Corporal". Augusto foi ao Rio para um encontro com Gullar, no qual teria manifestado insatisfação com o estado da poesia brasileira naquele momento. A correspondência inaugurada ali gestou uma das mais importantes revoluções artísticas do século 20 no Brasil, e também uma curta, porém fértil, colaboração entre o grupo dos paulistas e o dos cariocas. Não demorou a nascer também uma das mais duradouras disputas intelectuais do país, que começou em torno da paternidade da abolição do verso tradicional. Isto é, quem foi o primeiro a afirmar que um poema já não precisava mais ser organizado em linhas para ser um poema? Gullar e os paulistas estavam juntos, na 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, realizada em São Paulo em dezembro de 1956. Em fevereiro de 1957, quando foi inaugurada no Rio, Gullar publicou no "Suplemento Dominical do Jornal do Brasil" um artigo em resposta a um manifesto de Haroldo de Campos em que explicitava as diferenças que enxergava entre o seu grupo, o dos "cariocas", e os dos paulistas. Para Gullar, Haroldo defendia a subordinação da poesia a equações matemáticas. "Considerando que aquilo era inviável", registraria Gullar, anos mais tarde, "telefonei a Augusto, dizendo que não podia subscrever semelhante teoria. Sua resposta foi que eu então procedesse como me parecesse melhor, pois eles não desistiriam daquela tese." Agora conhecidos respectivamente como os "neoconcretos" e os "concretos", os dois grupos passariam a reivindicar o pioneirismo na dissolução do verso e na exploração das dimensões concretas da palavra. A disputa, que acompanharia os contendores ao longo da vida inteira, não é facilmente explicável, mas influenciou as gerações de artistas subsequentes e ecoou, por exemplo, no Tropicalismo de Caetano Veloso. "Lembro-me que defendia a tese de que a questão fundamental da nova poesia não era 'criar um novo verso' (como escrevera Haroldo na ocasião) e, sim, 'superar o caráter unidirecional da linguagem, rompendo com a sintaxe verbal'", rememora Gullar em "Experiência neoconcreta". "Esta tese foi aceita por eles e de algum modo contribuiu para que buscasse solução no poema visual, construído geometricamente no espaço da página." Mais adiante, o poeta reconhece: "Sem qualquer dúvida, o contato com Augusto de Campos e com suas experiências poéticas me ajudou a sair do impasse a que chegara com 'A Luta Corporal'". Aquele encontro no Rio, em 1955, ainda renderia, quase 60 anos depois, uma agressiva troca de farpas entre Gullar e Augusto de Campos, relativa às afirmações do maranhense de que foi ele quem apresentou aos irmãos Campos a poesia de Oswald de Andrade, referência central para os concretos. Em artigos publicados na Folha, ambos reconstituíram em minúcias o encontro, realizado no restaurante Spaghettilândia. SUPLEMENTO DOMINICAL DO JB Seja como for, a influência mútua entre os concretos e os neoconcretos é inegável e teve importantes desdobramentos na poesia e na teoria estética brasileira. Pignatari e os Campos deram prosseguimento à poesia concreta no grupo Noigandres; Gullar ganhou destaque como crítico e teórico do grupo carioca, em seus artigos publicados no "SDJB". Desde 1955, Gullar estava engajado no projeto do "Suplemento Dominical" do "Jornal do Brasil", considerado um marco do jornalismo cultural brasileiro tanto em termos de design gráfico —quem fazia a diagramação e ilustrava era o artista plástico Amilcar de Castro— como de texto. A turma do "SDJB" era o correspondente, no jornalismo e na arte de vanguarda, do ímpeto criativo de João Gilberto, Tom Jobim e Vinicius de Moraes na criação da Bossa Nova. O caderno levou a sensibilidade da vanguarda carioca para as páginas de um jornal dos mais tradicionais: era uma espécie de protetorado do grupo neoconcreto, com Gullar e pesos-pesados como Janio de Freitas, Reinaldo Jardim, Franz Weissman, Lygia Clark e Lygia Pape. No "SDJB" Gullar publicou textos centrais como o "Manifesto Neoconcreto" e a "Teoria do Não Objeto" (1959), pequeno ensaio que alguns colegas de Gullar coassinaram, no qual são antecipadas questões centrais da arte contemporânea nas décadas vindouras, não apenas no Brasil, mas em nível mundial: a obra de arte que só se torna arte com a participação ativa do espectador, o "não objeto". Naquele ano, nasceram obras que ilustram o pioneirismo de seu autor: os livros-poema, os poemas espaciais e o "Poema enterrado" —um buraco cavado no terreno da casa do pai do artista Hélio Oiticica, com cubos de diferentes cores e tamanhos que o espectador podia manipular. Debaixo do menor dos cubos, havia um quadrado com a palavra "rejuvenesça". Uma inundação, porém, inviabilizou a inauguração, e o poema só foi exibido ao público em maio último. Em 1963, ele ingressou no Centro Popular de Cultura, da UNE (União Nacional dos Estudantes), quando assumiu uma nova postura literária, em busca de um arte de intervenção política e social. No ano seguinte, torna-se presidente do CPC. POEMA SUJO Se o "clima de aventura" de sua vida no Rio tinha sido determinante para escrever "A Luta Corporal", as aventuras solitárias do exílio devolveram Gullar à criação poética radical, sem as amarras da poesia engajada. Em 1975, ele publicou "Dentro da Noite Veloz", um dos mais importantes livros de poesia da década. No ano seguinte, Gullar compõe o "Poema Sujo", seu poema mais conhecido e ícone da resistência à ditadura. No embalo do "Poema Sujo", do sinal verde de Golbery e de sua absolvição no processo policial-militar que o levara a deixar o Brasil, Gullar decidiu se arriscar a retornar —não sem tomar algumas precauções, como convocar a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Sindicato dos Jornalistas para acompanhar seu desembarque. Por volta de oito horas da noite do dia 10 de março de 1977, o poeta pousou no aeroporto do Galeão, no Rio. Recebido por uma multidão de amigos e jornalistas, não foi detido —mas no dia seguinte seria intimado pela Polícia Marítima. Passou o fim de semana nas mãos de policiais, foi levado de um porão da repressão para outro, tiraram-lhe a roupa e o pressionaram a responder sobre "a escola de subversão" que frequentara em Moscou. Foi libertado após uma forte mobilização de amigos. Pouco depois, ao pedir a seu advogado que sacramentasse no Superior Tribunal Militar a extinção do processo movido contra si, Gullar descobriu que, nos autos, o José Ribamar Ferreira procurado era outro: um líder camponês, também maranhense, que, ao contrário do seu homônimo poeta, abraçara a luta armada. CONSAGRAÇÃO Se é certo que Ferreira Gullar, após cair na clandestinidade em 1970, percebendo que mais cedo ou mais tarde iria parar na cadeia, voltou ao país na condição de artista consagrado, ele só pode desfrutar a consagração com a abertura política, a partir de 1978, quando o AI-5 perdeu a validade, e 1979, quando passa a valer a Lei de Anistia. Naquele mesmo ano, sua voz anasalada e metálica ganhou a forma de LP no álbum "Antologia Poética", com música de Egberto Gismonti, e Bibi Ferreira montou a primeira peça que Gullar assinou sozinho, "Um Rubi no Umbigo". Em 1980, quando fez 50 anos, teve sua obra poética reunida pela primeira vez na edição "Toda Poesia" e lançou "Na Vertigem do Dia", sua primeira coletânea de poemas desde "Poema Sujo". A convite de Dias Gomes, seu ex-camarada de Partidão, Gullar passou a integrar o núcleo de teledramaturgia da TV Globo, tendo escrito roteiros para séries como "Carga Pesada" e para a novela "Araponga". Nos anos 1980 e 90, o trabalho na TV dividiria o tempo do poeta com a publicação de livros de poemas, ensaios, traduções e crônicas. Escreveu letras para uma dúzia de canções: tem parcerias com Caetano Veloso ("Onde Andarás"), Milton Nascimento ("Bela bela") e Fagner (o hit "Borbulhas de Amor"). Entre 1992 e 1995, presidiu o Instituto Brasileiro de Artes e Cultura (Ibac), nome que Gullar trocaria pela antiga denominação do órgão, Funarte. O retorno a uma intervenção permanente no debate cultural e político viria com força em 2005, quando passou a assinar uma coluna na "Ilustrada". Relida hoje, a coluna de estreia, "Resmungos", revela uma impressionante coerência do colunista nos mais de 11 anos que viriam pela frente. O autodeclarado "cronista bissexto" anuncia que vai escrever sobre política, "que não exige muita especialização", e arte, assunto sobre o qual "até já escrevi livros", ironiza. E, logo de saída, fustiga críticos e obras de arte contemporânea. De fato, espezinhar os governos petistas, ainda no auge do lulismo, e implicar com artistas, curadores e críticos seriam seus esportes prediletos nas páginas da Ilustrada. (A coluna ainda serviria, de vez em quando, como um raro espaço confessional: Gullar valeu-se dela para combater causas que eram consenso nos meios de esquerda, como a lei que dificultou a internação de doentes mentais e as campanhas pela legalização de drogas. Dois filhos do escritor, Marcos, morto em 1993, e Paulo, tinham esquizofrenia grave, atribuída pela família ao abuso de drogas, nos anos 1970, durante o exílio. Gullar e sua mulher, Thereza Aragão, morta em 1994, ainda tiveram uma filha, Luciana.) Transformados em livro, os resmungos de Gullar ganharam o Prêmio Jabuti de 2007. Aquela era uma temporada de prêmios —o Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra, veio em 2005, quando o poeta fez 75 anos. Em 2010, a mais alta distinção da língua portuguesa, o Prêmio Camões, foi de Ferreira Gullar. Em 2011, os Jabutis de poesia e de Livro do Ano foram para os poemas de "Em Alguma Parte Alguma". Em 2014, foi eleito para a cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras, depois de passar anos afirmando que jamais aceitaria a imortalidade. Na Flip, Gullar disse uma frase que viralizou nas redes sociais: "Não quero ter razão, quero é ser feliz!". Outra máxima criada por Gullar, "a crase não foi feita para humilhar ninguém", publicada em 1955 no "Diário de Notícias", mais tarde seria citada até em anúncios de computadores IBM, para deleite do autor. Os livros que Gullar publicou nessa temporada de prêmios sugerem que o octogenário cheio de vitalidade não estava dando muita bola para aquelas honrarias —e provavelmente estava feliz. Em "Zoologia Bizarra" (2010) e "Bichos do Lixo", com um prosaico hobby doméstico, a colagem de papéis coloridos, ele se fez ilustrador de literatura infantil —evidentemente, compôs poemas para acompanhar os bichos de papel. Já em "Bananas Podres" (2012) Gullar retoma uma imagem recorrente em sua obra poética —o amadurecimento das frutas— em poemas manuscritos por ele mesmo e ilustrações a guache sobre jornais velhos. Depois de anos recusando se candidatar, Ferreira Gullar é eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2014. No início de 2016, causou desagrado na Record a saída do poeta da José Olympio, editora do grupo, para a Companhia das Letras. A casa queixava-se de Maria Amélia Mello, ex-gerente editorial da José Olympio, agora atuar como agente do poeta —ao mesmo tempo em que é editora da mineira Autêntica. Gullar deixa a companheira Claudia Ahimsa, dois filhos e oito netos. PAULO WERNECK é editor e ex-curador da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty)
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Livro sobre dinossauros é inspirado em fábula sobre menino mentiroso
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Uma velha fábula diz que um menino se divertia gritando "Lobo! Lobo!", ao que os adultos sempre corriam preocupados para salvá-lo, com medo de que a criança fosse devorada pela besta. Só que tudo era mentira, não passava de uma "brincadeira". Até que um dia o lobo efetivamente apareceu. E, quando o garoto gritou desesperado, nenhum adulto acreditou nos chamados –o que fez o menino ser devorado pelo bicho. O livro "Gigantossauro" traz uma história parecida. Só que, no lugar de criança e adultos, há jovens dinossauros. E, em vez do lobo, temos o monstro gigante e pré-histórico que dá título à obra. Para saber se o fim é tão trágico quanto o da lenda original, só lendo o livro. No fim da história, duas páginas trazem informações sobre os dinos citados no texto. "GIGANTOSSAURO" AUTOR Jonny Duddle (tradução Gilda de Aquino) EDITORA Brinque-Book PREÇO R$ 35 INDICAÇÃO a partir de 5 anos
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folhinha
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Livro sobre dinossauros é inspirado em fábula sobre menino mentirosoUma velha fábula diz que um menino se divertia gritando "Lobo! Lobo!", ao que os adultos sempre corriam preocupados para salvá-lo, com medo de que a criança fosse devorada pela besta. Só que tudo era mentira, não passava de uma "brincadeira". Até que um dia o lobo efetivamente apareceu. E, quando o garoto gritou desesperado, nenhum adulto acreditou nos chamados –o que fez o menino ser devorado pelo bicho. O livro "Gigantossauro" traz uma história parecida. Só que, no lugar de criança e adultos, há jovens dinossauros. E, em vez do lobo, temos o monstro gigante e pré-histórico que dá título à obra. Para saber se o fim é tão trágico quanto o da lenda original, só lendo o livro. No fim da história, duas páginas trazem informações sobre os dinos citados no texto. "GIGANTOSSAURO" AUTOR Jonny Duddle (tradução Gilda de Aquino) EDITORA Brinque-Book PREÇO R$ 35 INDICAÇÃO a partir de 5 anos
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Polícia de Israel interroga Netanyahu por suspeita de recebimento de presentes de empresários
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Investigadores policiais começaram nesta segunda (2) a interrogar o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em Jerusalém, por causa de uma suspeita de recebimento de presentes de empresários em desacordo com o seu papel, disse a mídia israelense. A ação foi autorizada pelo procurador-geral, Avichai Mandelblit, que decidiu depois de um inquérito preliminar haver evidências suficientes para abrir uma investigação criminal, relatou o jornal "Haaretz". A imprensa israelense disse que o interrogatório por investigadores policiais começou no fim do dia, deveria durar algumas horas, e que certamente haveria outras sessões. Netanyahu disse ao seu partido Likud no Parlamento que aqueles que esperam por sua queda não devem se entusiasmar. "Não se apressem. Eu disse antes e vou dizer de novo: não haverá nada [em termos de sanção disciplinar] porque não há nada [contra ele]". Fotógrafos aguardavam do lado de fora da fortemente vigiada residência oficial, esperando registrar a chegada dos investigadores. Painéis pretos foram levantadas dentro da propriedade para bloquear a visão. O "Haaretz" e outros jornais disseram que a investigação tinha relação com presentes no valor de "centenas de milhares de shekels" (um dólar equivale a 3,85 shekels) dados a Netanyahu por empresários israelenses e estrangeiros. O Canal 2, uma rede comercial, informou que a investigação era um dos dois casos agora abertos contra o primeiro-ministro. Os detalhes do segundo ainda não estão claros. Hoje com 67 anos, Netanyahu gravita em torno do poder desde 1996, com entradas e saídas periódicas. Ele está atualmente em seu quarto mandato como premiê e vai se tornar o líder israelense mais longevo se permanecer no cargo até o fim de 2018. Ele e a mulher, Sara, já resistiram a vários escândalos durante os anos, incluindo investigações sobre o uso indevido de recursos oficiais e uma auditoria dos gastos da família com artigos como lavanderia e sorvetes. Eles negam qualquer irregularidade.
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Polícia de Israel interroga Netanyahu por suspeita de recebimento de presentes de empresáriosInvestigadores policiais começaram nesta segunda (2) a interrogar o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em Jerusalém, por causa de uma suspeita de recebimento de presentes de empresários em desacordo com o seu papel, disse a mídia israelense. A ação foi autorizada pelo procurador-geral, Avichai Mandelblit, que decidiu depois de um inquérito preliminar haver evidências suficientes para abrir uma investigação criminal, relatou o jornal "Haaretz". A imprensa israelense disse que o interrogatório por investigadores policiais começou no fim do dia, deveria durar algumas horas, e que certamente haveria outras sessões. Netanyahu disse ao seu partido Likud no Parlamento que aqueles que esperam por sua queda não devem se entusiasmar. "Não se apressem. Eu disse antes e vou dizer de novo: não haverá nada [em termos de sanção disciplinar] porque não há nada [contra ele]". Fotógrafos aguardavam do lado de fora da fortemente vigiada residência oficial, esperando registrar a chegada dos investigadores. Painéis pretos foram levantadas dentro da propriedade para bloquear a visão. O "Haaretz" e outros jornais disseram que a investigação tinha relação com presentes no valor de "centenas de milhares de shekels" (um dólar equivale a 3,85 shekels) dados a Netanyahu por empresários israelenses e estrangeiros. O Canal 2, uma rede comercial, informou que a investigação era um dos dois casos agora abertos contra o primeiro-ministro. Os detalhes do segundo ainda não estão claros. Hoje com 67 anos, Netanyahu gravita em torno do poder desde 1996, com entradas e saídas periódicas. Ele está atualmente em seu quarto mandato como premiê e vai se tornar o líder israelense mais longevo se permanecer no cargo até o fim de 2018. Ele e a mulher, Sara, já resistiram a vários escândalos durante os anos, incluindo investigações sobre o uso indevido de recursos oficiais e uma auditoria dos gastos da família com artigos como lavanderia e sorvetes. Eles negam qualquer irregularidade.
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Mulheres de Trump e Cruz viram alvo de campanha suja entre republicanos
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A ex-modelo eslovena Melania veste nada além de gargantilha e pulseiras de brilhante. Está deitada de bruços, sobre um tapete de pele de urso, no jato privado do namorado. Tem 30 anos e usa seu sobrenome de solteira, Knauss. Dali a cinco anos viraria a sra. Donald Trump. Esse nu decorou a capa da edição britânica da revista "GQ" em 2000, sob a legenda: "Sexo a 9.000 km de altura: Melania Knauss faz por merecer suas milhas aéreas". Dezesseis anos depois, a imagem estampou um anúncio divulgado em redes sociais pelo Make America Awesome, grupo que se opõe à candidatura de Donald Trump à Casa Branca. Seria o estopim de mais um entre tantos "pega pra capar" envolvendo Trump e Ted Cruz, seu principal oponente entre os pré-candidatos do Partido Republicano à presidência. Com um diferencial: desta vez, a contenda envolveu duas potenciais primeiras-damas dos EUA, Melania e Heidi Cruz, mulher do senador texano. A peça publicitária imita as típicas montagens feitas para viralizar na internet: na parte de cima de uma foto sensual de Melania, a frase: "Conheça Melania Trump, sua próxima primeira-dama". Abaixo, a "lição de moral": "Ou você pode apoiar Ted Cruz na terça" (tentativa de influenciar as primárias de Arizona e Utah, que foram vencidas respectivamente por Trump e Cruz ). Na noite de terça (22), o magnata atacou o casal Cruz no Twitter. "Cuidado, mentiroso Ted, ou vou centrar fogo em sua mulher!". Na mesma rede social, Cruz negou que sua equipe esteja envolvida nos anúncios anti-Trump. "Donald, se você tentar atacar Heide, é mais covarde do que eu pensava. #semclasse", escreveu. Executiva do banco Goldman Sachs, Heidi está de licença para ajudar na candidatura do marido. Conselheira econômica de George W. Bush, com diploma na escola de negócios de Harvard, ela é tida como trunfo na campanha do senador. Segundo a CNN, Heidi disse que é melhor não levar as acusações de Trump a sério. "Bom, como vocês provavelmente já sabem, muitas das coisas que os outros dizem não são baseadas na realidade". O líder nas votações republicanas até agora não voltou a citar o assunto. Até a tarde de quarta (22), ele voltou a usar seu Twitter para denegrir antigos inimigos, como Jeb Bush, ex-pré-candidato que declarou apoio a Ted Cruz. "O 'baixa energia' Jeb acabou de apoiar um homem que odeia de verdade, o mentiroso Ted. Honestamente, não posso culpar Jeb. Eu o levei até o esquecimento!"
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Mulheres de Trump e Cruz viram alvo de campanha suja entre republicanosA ex-modelo eslovena Melania veste nada além de gargantilha e pulseiras de brilhante. Está deitada de bruços, sobre um tapete de pele de urso, no jato privado do namorado. Tem 30 anos e usa seu sobrenome de solteira, Knauss. Dali a cinco anos viraria a sra. Donald Trump. Esse nu decorou a capa da edição britânica da revista "GQ" em 2000, sob a legenda: "Sexo a 9.000 km de altura: Melania Knauss faz por merecer suas milhas aéreas". Dezesseis anos depois, a imagem estampou um anúncio divulgado em redes sociais pelo Make America Awesome, grupo que se opõe à candidatura de Donald Trump à Casa Branca. Seria o estopim de mais um entre tantos "pega pra capar" envolvendo Trump e Ted Cruz, seu principal oponente entre os pré-candidatos do Partido Republicano à presidência. Com um diferencial: desta vez, a contenda envolveu duas potenciais primeiras-damas dos EUA, Melania e Heidi Cruz, mulher do senador texano. A peça publicitária imita as típicas montagens feitas para viralizar na internet: na parte de cima de uma foto sensual de Melania, a frase: "Conheça Melania Trump, sua próxima primeira-dama". Abaixo, a "lição de moral": "Ou você pode apoiar Ted Cruz na terça" (tentativa de influenciar as primárias de Arizona e Utah, que foram vencidas respectivamente por Trump e Cruz ). Na noite de terça (22), o magnata atacou o casal Cruz no Twitter. "Cuidado, mentiroso Ted, ou vou centrar fogo em sua mulher!". Na mesma rede social, Cruz negou que sua equipe esteja envolvida nos anúncios anti-Trump. "Donald, se você tentar atacar Heide, é mais covarde do que eu pensava. #semclasse", escreveu. Executiva do banco Goldman Sachs, Heidi está de licença para ajudar na candidatura do marido. Conselheira econômica de George W. Bush, com diploma na escola de negócios de Harvard, ela é tida como trunfo na campanha do senador. Segundo a CNN, Heidi disse que é melhor não levar as acusações de Trump a sério. "Bom, como vocês provavelmente já sabem, muitas das coisas que os outros dizem não são baseadas na realidade". O líder nas votações republicanas até agora não voltou a citar o assunto. Até a tarde de quarta (22), ele voltou a usar seu Twitter para denegrir antigos inimigos, como Jeb Bush, ex-pré-candidato que declarou apoio a Ted Cruz. "O 'baixa energia' Jeb acabou de apoiar um homem que odeia de verdade, o mentiroso Ted. Honestamente, não posso culpar Jeb. Eu o levei até o esquecimento!"
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Rogério Ceni falha, Rafael Marques faz dois e Palmeiras vence clássico
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No jogo 1.200 de Rogério Ceni com a camisa do São Paulo, quem fez a festa foi a torcida do Palmeiras. O time comandado por Oswaldo de Oliveira venceu o clássico por 3 a 0, em duelo válido pela 12ª rodada do Campeonato Paulista. Com atraso de dez minutos para o início da partida em virtude do trânsito na região e da dificuldade do Palmeiras para chegar ao Allianz Parque, o jogo começou muito movimentado e em menos de cinco minutos a equipe alviverde já tinha vantagem no marcador e um jogador a mais em campo. Veja vídeo O gol que abriu o placar saiu em lance que contou com falha de Rogério Ceni, logo aos 2 minutos. O goleiro recebeu uma bola recuada e repôs mal, Robinho pegou a sobra na intermediária e arriscou o chute, encobrindo o camisa 1 do São Paulo. Três minutos depois, Rafael Toloi fez falta sem bola em Dudu e foi expulso pelo árbitro Vinícius Furlan, após indicação do quarto árbitro, Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza. Para recompor o sistema defensivo, o técnico Muricy Ramalho tirou Alexandre Pato e colocou o zagueiro Edson Silva, aos 21 minutos. Mal o defensor tinha entrado em campo e o Palmeiras ampliou. Dudu puxou o contra-ataque pela esquerda e tentou o passe para Robinho, mas o meia não conseguiu a conclusão e a bola sobrou para Rafael Marques, livre de marcação, bater no contrapé de Rogério Ceni, aos 23 minutos. O segundo tempo manteve o ritmo do primeiro, com o Palmeiras comandando as ações. E logo aos 5 minutos conseguiu o terceiro. Zé Roberto recebeu na esquerda e cruzou na segunda trave para Rafael Marques, que livre de marcação e sem deixar a bola cair finalizou forte para vencer Rogério Ceni. O São Paulo ainda perdeu o meia Michel Bastos aos 33 minutos. O camisa 7 deu um carrinho frontal em Arouca e recebeu o cartão vermelho. Além da vitória em si e o fim do jejum de dez partidas sem vencer clássicos contra os times grandes do Estado, o resultado conquistado nesta noite faz com que o Palmeiras ultrapasse o São Paulo na classificação geral do Paulista. São 27 pontos contra 26 do rival. Pelo regulamento desta edição da competição apenas duas equipes da capital poderão mandar os jogos das quartas de final em São Paulo. Dessa forma, caso se mantenha à frente do time tricolor ao final das 15 rodadas, o clube alviverde poderá atuar no Allianz Parque. No final de semana o São Paulo tenta se recuperar contra o Linense, no Morumbi, às 16h. O Palmeiras entra em campo um pouco depois, às 18h30, contra o Red Bull Brasil, no Moisés Lucarelli.
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esporte
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Rogério Ceni falha, Rafael Marques faz dois e Palmeiras vence clássicoNo jogo 1.200 de Rogério Ceni com a camisa do São Paulo, quem fez a festa foi a torcida do Palmeiras. O time comandado por Oswaldo de Oliveira venceu o clássico por 3 a 0, em duelo válido pela 12ª rodada do Campeonato Paulista. Com atraso de dez minutos para o início da partida em virtude do trânsito na região e da dificuldade do Palmeiras para chegar ao Allianz Parque, o jogo começou muito movimentado e em menos de cinco minutos a equipe alviverde já tinha vantagem no marcador e um jogador a mais em campo. Veja vídeo O gol que abriu o placar saiu em lance que contou com falha de Rogério Ceni, logo aos 2 minutos. O goleiro recebeu uma bola recuada e repôs mal, Robinho pegou a sobra na intermediária e arriscou o chute, encobrindo o camisa 1 do São Paulo. Três minutos depois, Rafael Toloi fez falta sem bola em Dudu e foi expulso pelo árbitro Vinícius Furlan, após indicação do quarto árbitro, Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza. Para recompor o sistema defensivo, o técnico Muricy Ramalho tirou Alexandre Pato e colocou o zagueiro Edson Silva, aos 21 minutos. Mal o defensor tinha entrado em campo e o Palmeiras ampliou. Dudu puxou o contra-ataque pela esquerda e tentou o passe para Robinho, mas o meia não conseguiu a conclusão e a bola sobrou para Rafael Marques, livre de marcação, bater no contrapé de Rogério Ceni, aos 23 minutos. O segundo tempo manteve o ritmo do primeiro, com o Palmeiras comandando as ações. E logo aos 5 minutos conseguiu o terceiro. Zé Roberto recebeu na esquerda e cruzou na segunda trave para Rafael Marques, que livre de marcação e sem deixar a bola cair finalizou forte para vencer Rogério Ceni. O São Paulo ainda perdeu o meia Michel Bastos aos 33 minutos. O camisa 7 deu um carrinho frontal em Arouca e recebeu o cartão vermelho. Além da vitória em si e o fim do jejum de dez partidas sem vencer clássicos contra os times grandes do Estado, o resultado conquistado nesta noite faz com que o Palmeiras ultrapasse o São Paulo na classificação geral do Paulista. São 27 pontos contra 26 do rival. Pelo regulamento desta edição da competição apenas duas equipes da capital poderão mandar os jogos das quartas de final em São Paulo. Dessa forma, caso se mantenha à frente do time tricolor ao final das 15 rodadas, o clube alviverde poderá atuar no Allianz Parque. No final de semana o São Paulo tenta se recuperar contra o Linense, no Morumbi, às 16h. O Palmeiras entra em campo um pouco depois, às 18h30, contra o Red Bull Brasil, no Moisés Lucarelli.
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A ideologia e a rúcula
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SÃO PAULO - Como o aborto e a legalização das drogas, a maioridade penal é um daqueles temas eternos. Os argumentos se repetem –eu próprio já devo ter escrito meia dúzia de colunas contra a redução para 16 anos– e raramente convencem alguém a mudar de lado. Por quê? A julgar por "Predisposed", dos cientistas políticos John Hibbing, Kevin Smith e John Alford, a resposta está na biologia. Os autores juntam farto material que mostra que as diferenças político-ideológicas entre as pessoas não se devem só a efeitos de criação mas também a fatores biológicos que afetam a personalidade e a fisiologia de cada indivíduo. Algumas das correlações encontradas pelos pesquisadores surpreendem. Liberais são mais afeitos do que conservadores a vegetais como rúcula e brócolis, por exemplo. No caso da rúcula, a proporção é de dois para um. Aparentemente, isso ocorre porque gente mais à esquerda tende a processar o composto feniltiocarbamida e seus análogos presentes nessas comidas de forma diferente dos direitistas, para os quais esses alimentos têm sabor muito mais amargo. Efeitos parecidos se espalham por quase tudo, de odores até as raças de cachorro preferidas. Os autores, porém, são os primeiros a alertar para o fato de que a maioria dessas correlações são fracas e seria rematada tolice interpretá-las de forma determinista, ainda que, no conjunto, tragam o dedo da biologia. Um dos motes do livro é que as pessoas variam enormemente e as ciências sociais nem sempre percebem isso. No mundo real, é possível encontrar conservadores a favor do aborto e fãs de brócolis e liberais pró-pena de morte que odeiam vegetais. A mensagem de "Predisposed" é que diferentes indivíduos experimentam a realidade de forma genuinamente diferente. Você não deve achar que seu vizinho tem um deficit cognitivo só porque discorda de todas as suas posições políticas. Ele pode de fato sentir o mundo de outro jeito.
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colunas
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A ideologia e a rúculaSÃO PAULO - Como o aborto e a legalização das drogas, a maioridade penal é um daqueles temas eternos. Os argumentos se repetem –eu próprio já devo ter escrito meia dúzia de colunas contra a redução para 16 anos– e raramente convencem alguém a mudar de lado. Por quê? A julgar por "Predisposed", dos cientistas políticos John Hibbing, Kevin Smith e John Alford, a resposta está na biologia. Os autores juntam farto material que mostra que as diferenças político-ideológicas entre as pessoas não se devem só a efeitos de criação mas também a fatores biológicos que afetam a personalidade e a fisiologia de cada indivíduo. Algumas das correlações encontradas pelos pesquisadores surpreendem. Liberais são mais afeitos do que conservadores a vegetais como rúcula e brócolis, por exemplo. No caso da rúcula, a proporção é de dois para um. Aparentemente, isso ocorre porque gente mais à esquerda tende a processar o composto feniltiocarbamida e seus análogos presentes nessas comidas de forma diferente dos direitistas, para os quais esses alimentos têm sabor muito mais amargo. Efeitos parecidos se espalham por quase tudo, de odores até as raças de cachorro preferidas. Os autores, porém, são os primeiros a alertar para o fato de que a maioria dessas correlações são fracas e seria rematada tolice interpretá-las de forma determinista, ainda que, no conjunto, tragam o dedo da biologia. Um dos motes do livro é que as pessoas variam enormemente e as ciências sociais nem sempre percebem isso. No mundo real, é possível encontrar conservadores a favor do aborto e fãs de brócolis e liberais pró-pena de morte que odeiam vegetais. A mensagem de "Predisposed" é que diferentes indivíduos experimentam a realidade de forma genuinamente diferente. Você não deve achar que seu vizinho tem um deficit cognitivo só porque discorda de todas as suas posições políticas. Ele pode de fato sentir o mundo de outro jeito.
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Dólar forte é desafio para Trump reduzir deficit da balança comercial
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Ainda que não tenha completado 100 dias na Casa Branca, o presidente Donald Trump se vangloria de ter revigorado a economia americana. No entanto, a força do dólar ameaça uma de suas principais promessas, que é reduzir o deficit da balança comercial. O próprio Trump falou sobre o assunto nesta semana, em entrevista ao "Wall Street Journal". "O dólar está se valorizando muito e, parcialmente, isso é culpa minha porque as pessoas confiam em mim", afirmou. "No longo prazo, isso será um dano", admitiu. Desde a inesperada vitória do republicano nas eleições presidenciais de novembro, os principais indicadores da maior potência do planeta dão mostras de uma economia cada vez mais saudável. Tanto a confiança dos consumidores como a Bolsa de Nova York alcançaram níveis recordes graças às promessas de Trump de baixar impostos, aumentar os gastos em infraestrutura e eliminar regulamentações econômicas. Como consequência, os investidores correram para o mercado americano, impulsionando o dólar que, por sinal, já vinha em trajetória de alta. Em um ano, o dólar subiu 6% em relação a uma cesta de seis grandes moedas. "O dólar está alto porque a economia dos Estados Unidos tem atualmente desempenho melhor do que qualquer outra economia avançada", diz o economista Barry Bosworth, da Brookings Institution. Porém, Trump não pode mesmo atribuir a si todo o êxito. Ao subir as taxas de juros duas vezes desde dezembro, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) também deu impulso ao dólar ao reduzir o fluxo de crédito e atrair os investidores com a perspectiva de maiores ganhos. DOIS LADOS DA MOEDA Para os Estados Unidos, a moeda forte não é totalmente ruim: reduz o custo das importações e o fluxo de liquidez permite emprestar a baixo custo. Em contrapartida, as exportações americanas sofrem com o dólar caro, e isso compromete o objetivo de Trump de reduzir o deficit da balança comercial, especialmente a de bens manufaturados, que está muito prejudicada pela competição dos produtos da China e do México. "Há uma contradição que remonta a uma das principais mensagens de sua campanha", afirma Nathan Sheets, subsecretário do Tesouro para assuntos internacionais durante o governo do presidente Barack Obama. Para Eswar Prasad, acadêmico da Universidade Cornell, Trump admitiu ter chegado a um beco sem saída. "Ele parece reconhecer a realidade econômica de que um dólar mais forte pode tornar mais difícil alcançar um de seus objetivos." Desde meados da década de 1990, os Estados Unidos defenderam a força do dólar, por considerar que torna sua economia mais firme e atrativa. No entanto, com o enorme deficit comercial americano, de cerca de US$ 43,6 bilhões, Trump vê as coisas de uma forma diferente. "Assim como há muitas boas coisas com o dólar forte, também é muito mais difícil competir quando os outros países desvalorizam suas moedas", disse o presidente ao "Wall Street Journal". Contudo, a margem de manobra do presidente é reduzida. "Os comentários de presidentes e ministros de finanças sobre a taxa de câmbio têm uma esperança de vida curta", diz Bosworth, da Brookings Institution. Com várias vagas a preencher na direção do Federal Reserve, Trump poderia optar por escolher defensores dos juros baixos para assim diluir o valor elevado do dólar. Porém, uma decisão desse tipo se chocaria com o Congresso, que tem que aprovar os indicados ao Fed. MÃO PESADA A única esperança de Trump para amenizar os efeitos do dólar caro é aplicar tarifas de importação que tornariam os produtos estrangeiros menos competitivos. Segundo Prasad, da Universidade Cornell, as declarações de Trump sugerem que sua administração estaria preparada para aplicar uma mão pesada no comércio. Entretanto, antes disso o republicano deveria clarear as coisas dentro de sua própria administração. Ao final de fevereiro, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, disse ser favorável a um dólar forte no longo prazo, que o tornaria uma moeda de reserva estável, segundo estimou. "A nova administração ainda está trabalhando na elaboração de sua política", diz Nathan Sheets. "Resta saber qual das visões da administração prevalecerá."
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mercado
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Dólar forte é desafio para Trump reduzir deficit da balança comercialAinda que não tenha completado 100 dias na Casa Branca, o presidente Donald Trump se vangloria de ter revigorado a economia americana. No entanto, a força do dólar ameaça uma de suas principais promessas, que é reduzir o deficit da balança comercial. O próprio Trump falou sobre o assunto nesta semana, em entrevista ao "Wall Street Journal". "O dólar está se valorizando muito e, parcialmente, isso é culpa minha porque as pessoas confiam em mim", afirmou. "No longo prazo, isso será um dano", admitiu. Desde a inesperada vitória do republicano nas eleições presidenciais de novembro, os principais indicadores da maior potência do planeta dão mostras de uma economia cada vez mais saudável. Tanto a confiança dos consumidores como a Bolsa de Nova York alcançaram níveis recordes graças às promessas de Trump de baixar impostos, aumentar os gastos em infraestrutura e eliminar regulamentações econômicas. Como consequência, os investidores correram para o mercado americano, impulsionando o dólar que, por sinal, já vinha em trajetória de alta. Em um ano, o dólar subiu 6% em relação a uma cesta de seis grandes moedas. "O dólar está alto porque a economia dos Estados Unidos tem atualmente desempenho melhor do que qualquer outra economia avançada", diz o economista Barry Bosworth, da Brookings Institution. Porém, Trump não pode mesmo atribuir a si todo o êxito. Ao subir as taxas de juros duas vezes desde dezembro, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) também deu impulso ao dólar ao reduzir o fluxo de crédito e atrair os investidores com a perspectiva de maiores ganhos. DOIS LADOS DA MOEDA Para os Estados Unidos, a moeda forte não é totalmente ruim: reduz o custo das importações e o fluxo de liquidez permite emprestar a baixo custo. Em contrapartida, as exportações americanas sofrem com o dólar caro, e isso compromete o objetivo de Trump de reduzir o deficit da balança comercial, especialmente a de bens manufaturados, que está muito prejudicada pela competição dos produtos da China e do México. "Há uma contradição que remonta a uma das principais mensagens de sua campanha", afirma Nathan Sheets, subsecretário do Tesouro para assuntos internacionais durante o governo do presidente Barack Obama. Para Eswar Prasad, acadêmico da Universidade Cornell, Trump admitiu ter chegado a um beco sem saída. "Ele parece reconhecer a realidade econômica de que um dólar mais forte pode tornar mais difícil alcançar um de seus objetivos." Desde meados da década de 1990, os Estados Unidos defenderam a força do dólar, por considerar que torna sua economia mais firme e atrativa. No entanto, com o enorme deficit comercial americano, de cerca de US$ 43,6 bilhões, Trump vê as coisas de uma forma diferente. "Assim como há muitas boas coisas com o dólar forte, também é muito mais difícil competir quando os outros países desvalorizam suas moedas", disse o presidente ao "Wall Street Journal". Contudo, a margem de manobra do presidente é reduzida. "Os comentários de presidentes e ministros de finanças sobre a taxa de câmbio têm uma esperança de vida curta", diz Bosworth, da Brookings Institution. Com várias vagas a preencher na direção do Federal Reserve, Trump poderia optar por escolher defensores dos juros baixos para assim diluir o valor elevado do dólar. Porém, uma decisão desse tipo se chocaria com o Congresso, que tem que aprovar os indicados ao Fed. MÃO PESADA A única esperança de Trump para amenizar os efeitos do dólar caro é aplicar tarifas de importação que tornariam os produtos estrangeiros menos competitivos. Segundo Prasad, da Universidade Cornell, as declarações de Trump sugerem que sua administração estaria preparada para aplicar uma mão pesada no comércio. Entretanto, antes disso o republicano deveria clarear as coisas dentro de sua própria administração. Ao final de fevereiro, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, disse ser favorável a um dólar forte no longo prazo, que o tornaria uma moeda de reserva estável, segundo estimou. "A nova administração ainda está trabalhando na elaboração de sua política", diz Nathan Sheets. "Resta saber qual das visões da administração prevalecerá."
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STF decide manter Champinha em unidade de saúde de São Paulo
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O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu manter Roberto Aparecido Alves Cardoso, conhecido como Champinha, internado compulsoriamente em uma unidade experimental de saúde. Ele está no local desde 2007, quando completou 21 anos e deixou a Fundação Casa. Champinha foi preso ainda com 16 anos após liderar um grupo que estuprou e matou a estudante Liana Friedenbach, 16, depois de ter matado o namorado dela, Felipe Silva Caffé, 19, em Embu Guaçu, na região metropolitana de São Paulo, onde o casal acampava. O crime aconteceu em 2003. Após o crime, Champinha foi condenado à pena máxima prevista no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), de 3 anos de internação, e a cumpriu na Fundação Casa, em São Paulo. Em 2007, porém, após uma avaliação psiquiátrica, a Justiça resolveu interditá-lo em uma unidade experimental, na zona norte da capital paulista, por considerar que ele não apresentava condições de viver em sociedade. A defesa de Champinha entrou com um recurso no STF alegando haver violação na detenção do jovem. Para os advogados, a internação teria ocorrido sem a produção de provas, destacando que não foi ouvida testemunha arrolada pela defesa na decisão. A Procuradoria-Geral da República deu parecer contrário ao recurso, afirmando que não houve qualquer violação aos dispositivos constitucionais. O ministro Teori Zavascki, relator do processo, não acatou o recurso e afirmou que ele não apresentou a fundamentação necessária que comprove violação constitucional e acrescentou que algumas alegações da defesa requisitavam análise infraconstitucional (leis não incluídas na norma constitucional) e, por isso, não poderiam ser julgadas pelo órgão. No ano passado, a defesa de Champinha já havia recorrido ao TJ-SP (Tribunal de Justiça de SP) pedindo a execução da interdição civil dele em regime ambulatorial. A Promotoria deu parecer contrário, alegando que a permanência dele em um ambiente sem contenção apresenta perigo real para ele e para a sociedade. O argumento foi acatado pela Justiça, que o manteve na instituição.
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cotidiano
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STF decide manter Champinha em unidade de saúde de São PauloO STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu manter Roberto Aparecido Alves Cardoso, conhecido como Champinha, internado compulsoriamente em uma unidade experimental de saúde. Ele está no local desde 2007, quando completou 21 anos e deixou a Fundação Casa. Champinha foi preso ainda com 16 anos após liderar um grupo que estuprou e matou a estudante Liana Friedenbach, 16, depois de ter matado o namorado dela, Felipe Silva Caffé, 19, em Embu Guaçu, na região metropolitana de São Paulo, onde o casal acampava. O crime aconteceu em 2003. Após o crime, Champinha foi condenado à pena máxima prevista no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), de 3 anos de internação, e a cumpriu na Fundação Casa, em São Paulo. Em 2007, porém, após uma avaliação psiquiátrica, a Justiça resolveu interditá-lo em uma unidade experimental, na zona norte da capital paulista, por considerar que ele não apresentava condições de viver em sociedade. A defesa de Champinha entrou com um recurso no STF alegando haver violação na detenção do jovem. Para os advogados, a internação teria ocorrido sem a produção de provas, destacando que não foi ouvida testemunha arrolada pela defesa na decisão. A Procuradoria-Geral da República deu parecer contrário ao recurso, afirmando que não houve qualquer violação aos dispositivos constitucionais. O ministro Teori Zavascki, relator do processo, não acatou o recurso e afirmou que ele não apresentou a fundamentação necessária que comprove violação constitucional e acrescentou que algumas alegações da defesa requisitavam análise infraconstitucional (leis não incluídas na norma constitucional) e, por isso, não poderiam ser julgadas pelo órgão. No ano passado, a defesa de Champinha já havia recorrido ao TJ-SP (Tribunal de Justiça de SP) pedindo a execução da interdição civil dele em regime ambulatorial. A Promotoria deu parecer contrário, alegando que a permanência dele em um ambiente sem contenção apresenta perigo real para ele e para a sociedade. O argumento foi acatado pela Justiça, que o manteve na instituição.
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Planilha sugere repasse ilegal de R$ 400 mil a Sarney Filho, hoje ministro
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O acordo de delação premiada de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, relacionou mais um ministro do governo Michel Temer. Uma planilha com valores e datas produzida por Machado e entregue à PGR aponta que o filho do ex-presidente da República José Sarney, Sarney Filho, atual ministro do Meio Ambiente, recebeu R$ 400 mil como "vantagens ilícitas em doações oficiais" no ano de 2010. Naquele ano, Sarney Filho foi candidato a deputado federal pelo PV (Partido Verde) do Maranhão. Segundo a prestação de contas entregue à Justiça Eleitoral em 2010, a direção estadual do PV no Maranhão recebeu R$ 1 milhão em doações durante a disputa eleitoral. Desse total, R$ 400 mil vieram da empreiteira Camargo Corrêa e R$ 135 mil da construtora Queiroz Galvão. Na planilha entregue por Machado, o valor de R$ 400 mil ligados a Sarney Filho aparece ao lado da sigla "CC", provável referência à Camargo Corrêa. Há na planilha outros valores ligados a José Sarney e à sigla "QG", suposta referência à empreiteira Queiroz Galvão. Nos depoimentos que prestou na delação premiada, Machado não citou o nome do atual ministro do Meio Ambiente, mas a planilha entregue por ele inclui o nome de Sarney Filho. O papel descreveria a forma pela qual Machado distribuiu ao ex-presidente Sarney um total de R$ 18 milhões em "vantagens ilícitas" entre 2006 e 2014. Nesse período, Machado presidia a Transpetro, subsidiária da Petrobras. Machado assim descreveu sua relação com José Sarney e a decisão de começar a pagar: "Conheço Sarney desde 1982, quando ele foi candidato a vice-presidente da República. No ano de 2006, fui procurado por ele, que relatou suas dificuldades em manter sua base política no Amapá e Maranhão, e pediu ajuda. Eu disse que ia examinar e ver o que poderia ser feito. Definimos então um pagamento anual para a sua sustentação política. Esse pagamento se deu mediante doações oficiais e não oficiais, realizadas por meio de pagamento de vantagens ilícitas pelas empresas que possuíam contratos com a Transpetro. Os pagamentos foram realizados até o ano de 2014". Segundo o delator, esses valores foram pagos em doações oficiais ou em espécie, com dinheiro providenciado por empresas que tinham contratos com a Transpetro. OUTRO LADO O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, informou à Folha, em nota, que "tudo pode se esperar de um indivíduo que chegou ao cúmulo de gravar uma pessoa de 86 anos no leito de hospital, como fez esse monstro moral, Sérgio Machado". O ministro afirmou que "dizer que doações oficiais, amplamente publicizadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral, seriam produto de 'vantagens indevidas', pedida por meu pai, é muito fácil para um picareta que, como ele, não teve o pudor de usar seus três filhos na roubalheira bilionária que promoveu". "Vi esse marginal várias vezes na casa de meu pai, de quem se dizia amigo, porém nunca conversamos nada que levantasse de minha parte a menor suspeita sobre o bandido que ele é", disse o ministro, na nota. A Folha apurou, sobre a referência do ministro a suposta gravação em leito do hospital, que os autos trazidos a público nesta quarta-feira (15) não confirmam que Machado fez gravação semelhante com o ex-presidente José Sarney. As gravações com o ex-presidente teriam ocorrido em sua residência, em Brasília.
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poder
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Planilha sugere repasse ilegal de R$ 400 mil a Sarney Filho, hoje ministroO acordo de delação premiada de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, relacionou mais um ministro do governo Michel Temer. Uma planilha com valores e datas produzida por Machado e entregue à PGR aponta que o filho do ex-presidente da República José Sarney, Sarney Filho, atual ministro do Meio Ambiente, recebeu R$ 400 mil como "vantagens ilícitas em doações oficiais" no ano de 2010. Naquele ano, Sarney Filho foi candidato a deputado federal pelo PV (Partido Verde) do Maranhão. Segundo a prestação de contas entregue à Justiça Eleitoral em 2010, a direção estadual do PV no Maranhão recebeu R$ 1 milhão em doações durante a disputa eleitoral. Desse total, R$ 400 mil vieram da empreiteira Camargo Corrêa e R$ 135 mil da construtora Queiroz Galvão. Na planilha entregue por Machado, o valor de R$ 400 mil ligados a Sarney Filho aparece ao lado da sigla "CC", provável referência à Camargo Corrêa. Há na planilha outros valores ligados a José Sarney e à sigla "QG", suposta referência à empreiteira Queiroz Galvão. Nos depoimentos que prestou na delação premiada, Machado não citou o nome do atual ministro do Meio Ambiente, mas a planilha entregue por ele inclui o nome de Sarney Filho. O papel descreveria a forma pela qual Machado distribuiu ao ex-presidente Sarney um total de R$ 18 milhões em "vantagens ilícitas" entre 2006 e 2014. Nesse período, Machado presidia a Transpetro, subsidiária da Petrobras. Machado assim descreveu sua relação com José Sarney e a decisão de começar a pagar: "Conheço Sarney desde 1982, quando ele foi candidato a vice-presidente da República. No ano de 2006, fui procurado por ele, que relatou suas dificuldades em manter sua base política no Amapá e Maranhão, e pediu ajuda. Eu disse que ia examinar e ver o que poderia ser feito. Definimos então um pagamento anual para a sua sustentação política. Esse pagamento se deu mediante doações oficiais e não oficiais, realizadas por meio de pagamento de vantagens ilícitas pelas empresas que possuíam contratos com a Transpetro. Os pagamentos foram realizados até o ano de 2014". Segundo o delator, esses valores foram pagos em doações oficiais ou em espécie, com dinheiro providenciado por empresas que tinham contratos com a Transpetro. OUTRO LADO O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, informou à Folha, em nota, que "tudo pode se esperar de um indivíduo que chegou ao cúmulo de gravar uma pessoa de 86 anos no leito de hospital, como fez esse monstro moral, Sérgio Machado". O ministro afirmou que "dizer que doações oficiais, amplamente publicizadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral, seriam produto de 'vantagens indevidas', pedida por meu pai, é muito fácil para um picareta que, como ele, não teve o pudor de usar seus três filhos na roubalheira bilionária que promoveu". "Vi esse marginal várias vezes na casa de meu pai, de quem se dizia amigo, porém nunca conversamos nada que levantasse de minha parte a menor suspeita sobre o bandido que ele é", disse o ministro, na nota. A Folha apurou, sobre a referência do ministro a suposta gravação em leito do hospital, que os autos trazidos a público nesta quarta-feira (15) não confirmam que Machado fez gravação semelhante com o ex-presidente José Sarney. As gravações com o ex-presidente teriam ocorrido em sua residência, em Brasília.
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Curdos retomaram do EI a cidade iraquiana de Sinjar, diz líder regional
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As forças curdas retomaram nesta sexta-feira (13) a cidade de Sinjar, no Iraque, das mãos da milícia radical Estado Islâmico (EI), disse o presidente do Curdistão iraquiano, Massoud Barzani. "A liberação de Sinjar terá um grande impacto na libertação de Mossul", disse Barzani em uma coletiva de imprensa. Mossul é a autodeclarada capital do califado do EI no Iraque. Com o apoio de bombardeios liderados pelos Estados Unidos, soldados peshmerga (nome das tropas curdas) entraram na cidade sem enfrentar grande resistência dos combatentes do EI. A operação de retomada foi deflagrada nesta quinta-feira (12). "Ninguém estava lutando de volta. Eles posicionaram alguns explosivos improvisados e alguns atiradores, mas não houve combates", disse o comandante peshmerga Ghazi Ali. Ainda assim, as autoridades curdas e americanas alertaram ser cedo para cantar vitória, pois o EI pode estar preparando uma contraofensiva. "Não posso dizer que a operação está concluída porque ainda há ameaças em Sinjar", disse Ali, referindo-se à possibilidade de haver ataques suicidas, emboscadas e bombas escondidas. O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse nesta sexta-feira, durante visita a Túnis, que "ainda há alguns combatentes do EI entrincheirados", mas que está "absolutamente confiante de que Sinjar será liberada nos póximos dias". A localização da cidade é estratégica para a circulação de material e de pessoas entre o Iraque e Síria, e sua retomada representa um duro revés para o EI. Sinjar, tomada pelo EI em agosto de 2014, foi palco de diversas atrocidades cometidas por milicianos contra a minoria religiosa yazidi, de língua curda, que vive na cidade. Nesta sexta-feira (13), os EUA anunciaram terem lançado um ataque com drones na Síria contra o cidadão britânico Mohammed Emwazi, conhecido como "Jihadi John", conhecido carrasco do EI. Sua morte não foi oficialmente confirmada. Infográfico: Estado Islâmico
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mundo
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Curdos retomaram do EI a cidade iraquiana de Sinjar, diz líder regionalAs forças curdas retomaram nesta sexta-feira (13) a cidade de Sinjar, no Iraque, das mãos da milícia radical Estado Islâmico (EI), disse o presidente do Curdistão iraquiano, Massoud Barzani. "A liberação de Sinjar terá um grande impacto na libertação de Mossul", disse Barzani em uma coletiva de imprensa. Mossul é a autodeclarada capital do califado do EI no Iraque. Com o apoio de bombardeios liderados pelos Estados Unidos, soldados peshmerga (nome das tropas curdas) entraram na cidade sem enfrentar grande resistência dos combatentes do EI. A operação de retomada foi deflagrada nesta quinta-feira (12). "Ninguém estava lutando de volta. Eles posicionaram alguns explosivos improvisados e alguns atiradores, mas não houve combates", disse o comandante peshmerga Ghazi Ali. Ainda assim, as autoridades curdas e americanas alertaram ser cedo para cantar vitória, pois o EI pode estar preparando uma contraofensiva. "Não posso dizer que a operação está concluída porque ainda há ameaças em Sinjar", disse Ali, referindo-se à possibilidade de haver ataques suicidas, emboscadas e bombas escondidas. O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse nesta sexta-feira, durante visita a Túnis, que "ainda há alguns combatentes do EI entrincheirados", mas que está "absolutamente confiante de que Sinjar será liberada nos póximos dias". A localização da cidade é estratégica para a circulação de material e de pessoas entre o Iraque e Síria, e sua retomada representa um duro revés para o EI. Sinjar, tomada pelo EI em agosto de 2014, foi palco de diversas atrocidades cometidas por milicianos contra a minoria religiosa yazidi, de língua curda, que vive na cidade. Nesta sexta-feira (13), os EUA anunciaram terem lançado um ataque com drones na Síria contra o cidadão britânico Mohammed Emwazi, conhecido como "Jihadi John", conhecido carrasco do EI. Sua morte não foi oficialmente confirmada. Infográfico: Estado Islâmico
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Identidade brasileira volta ganhar força nas coleções de verão para 2016
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Por muitos anos os estilistas brasileiros negaram as raízes da "tropicalidade" nacional para agradar a uma clientela que recebia informações de moda importadas do hemisfério norte e queria ver esses códigos reproduzidos nas vitrines do Brasil. Os desfiles da temporada de verão 2016, porém, revelaram uma mudança de pensamento na execução das roupas. Símbolos do sincretismo religioso da Bahia, mar, surfe, sereias, carnaval e tribos indígenas desconhecidas dominaram as passarelas dos dois últimos eventos de moda do país. As brasilidades apareceram em várias das apresentações da última São Paulo Fashion Week e do Minas Trend Preview, misto de desfiles e feira de negócios realizado em Belo Horizonte, o segundo mais importante do país. Mas essa onda não tem nada a ver com patriotismo. Assim como toda mudança de padrão estético, esta também é movida por motivações econômicas. A consolidação das grifes internacionais instaladas no país é um dos fatores que alavancaram essa festa. Afinal, seria um tiro no pé reproduzir a coleção do colega estrangeiro da loja ao lado no shopping. A velha máxima de criar roupa para inglês ver parece ter se tornado urgente e, impulsionada pela alta do dólar, definitiva para os planos de expansão das marcas no exterior. A moeda americana valorizada impulsiona a produção têxtil nacional e barateia o produto brasileiro nos Estados Unidos e na Europa. Prova disso é que a mineira Patricia Bonaldi, dona de uma grife que carrega o seu nome e das marcas Lucas Magalhães e Apartamento 03, conseguiu, segundo disse nos bastidores da SPFW, abrir as exportações para os Estados Unidos, o Japão e os Emirados Árabes. No Brasil, o desejo do brasileiro de consumir roupas que dialoguem com sua própria cultura, bolso e corpo também contribui para o movimento. No Minas Trend, terreno de marcas de sucesso como Vivaz, Arte Sacra, Madreperola e Anne Fernandes, as peças mais desejadas e vendidas são aquelas com aplicações de brilho, detalhes em renda dourada e muita, muita cor. A solução para diferenciar-se do manjado barroco e da explosão de cores característica da estética Carmen Miranda, esta que a coroa fashion brasileira evitou por muito tempo, foi aplicar nas coleções elementos e silhuetas semelhantes à da moda europeia. Não à toa, a alfaiataria um tanto andrógina, a mistura de preto com branco e o movimento punk, referências vistas na temporada internacional, surgiram no visual das roupas desfiladas no Brasil. A equação atende, portanto, as expectativas do mercado internacional. Em uma conversa com Lizzy Bowring, diretora de passarelas do escritório de tendências inglês WGSN, ela disse que o Brasil, nesta temporada, "transportou os signos de sua cultura em um olhar globalizado e atento à moda contemporânea". O neotropicalismo é o novo pretinho básico.
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serafina
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Identidade brasileira volta ganhar força nas coleções de verão para 2016Por muitos anos os estilistas brasileiros negaram as raízes da "tropicalidade" nacional para agradar a uma clientela que recebia informações de moda importadas do hemisfério norte e queria ver esses códigos reproduzidos nas vitrines do Brasil. Os desfiles da temporada de verão 2016, porém, revelaram uma mudança de pensamento na execução das roupas. Símbolos do sincretismo religioso da Bahia, mar, surfe, sereias, carnaval e tribos indígenas desconhecidas dominaram as passarelas dos dois últimos eventos de moda do país. As brasilidades apareceram em várias das apresentações da última São Paulo Fashion Week e do Minas Trend Preview, misto de desfiles e feira de negócios realizado em Belo Horizonte, o segundo mais importante do país. Mas essa onda não tem nada a ver com patriotismo. Assim como toda mudança de padrão estético, esta também é movida por motivações econômicas. A consolidação das grifes internacionais instaladas no país é um dos fatores que alavancaram essa festa. Afinal, seria um tiro no pé reproduzir a coleção do colega estrangeiro da loja ao lado no shopping. A velha máxima de criar roupa para inglês ver parece ter se tornado urgente e, impulsionada pela alta do dólar, definitiva para os planos de expansão das marcas no exterior. A moeda americana valorizada impulsiona a produção têxtil nacional e barateia o produto brasileiro nos Estados Unidos e na Europa. Prova disso é que a mineira Patricia Bonaldi, dona de uma grife que carrega o seu nome e das marcas Lucas Magalhães e Apartamento 03, conseguiu, segundo disse nos bastidores da SPFW, abrir as exportações para os Estados Unidos, o Japão e os Emirados Árabes. No Brasil, o desejo do brasileiro de consumir roupas que dialoguem com sua própria cultura, bolso e corpo também contribui para o movimento. No Minas Trend, terreno de marcas de sucesso como Vivaz, Arte Sacra, Madreperola e Anne Fernandes, as peças mais desejadas e vendidas são aquelas com aplicações de brilho, detalhes em renda dourada e muita, muita cor. A solução para diferenciar-se do manjado barroco e da explosão de cores característica da estética Carmen Miranda, esta que a coroa fashion brasileira evitou por muito tempo, foi aplicar nas coleções elementos e silhuetas semelhantes à da moda europeia. Não à toa, a alfaiataria um tanto andrógina, a mistura de preto com branco e o movimento punk, referências vistas na temporada internacional, surgiram no visual das roupas desfiladas no Brasil. A equação atende, portanto, as expectativas do mercado internacional. Em uma conversa com Lizzy Bowring, diretora de passarelas do escritório de tendências inglês WGSN, ela disse que o Brasil, nesta temporada, "transportou os signos de sua cultura em um olhar globalizado e atento à moda contemporânea". O neotropicalismo é o novo pretinho básico.
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Semana deve ter temperaturas mais elevadas e pancadas de chuva em SP
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A temperatura deve subir gradualmente ao longo da semana em São Paulo, mas a previsão é que a cidade ainda registre pancadas de chuva, principalmente no final da tarde, informou neste domingo (8) o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura. A semana deve começar com sol entre nuvens e temperaturas médias em torno dos 19º C. Na segunda-feira, o sol predomina pela manhã e eleva as temperaturas. A máxima pode chegar aos 29º C, enquanto que as taxas de umidade relativa do ar variam entre 45% e 92%. Entre a tarde e o início da noite retornam as pancadas de chuva com possibilidade de forte intensidade, mas de forma isolada. Já na terça-feira a temperatura sobe até a máxima de 30ºC. Os percentuais de umidade relativa do ar ficam variam entre 48% e 30%. No final da tarde e início da noite a cidade terá pancadas de chuva de intensidade de moderada a forte. CHUVAS No sábado (7), as chuvas que atingiram a região metropolitana deixaram a capital paulista em estado de atenção. Houve registro de queda de granizo na região da Consolação por volta de 17h30 e o aeroporto de Congonhas chegou a fechar por alguns momentos para pousos e decolagens em função do temporal. Segundo o CGE, foram registradas rajadas de vento de cerca de 49 km/h no local. A cidade de São Paulo atingiu na sexta-feira (6) um acumulado de 71,7 mm (milímetros) de chuva desde o início de fevereiro. Cada milímetro de chuva equivale a um litro de água por metro quadrado. O volume corresponde a 33,5% do total de chuva esperada para todo o mês, que é de 214 mm, segundo dados da prefeitura. As chuvas que caíram nos últimos dias voltaram a elevar o nível dos seis principais reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo.
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cotidiano
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Semana deve ter temperaturas mais elevadas e pancadas de chuva em SPA temperatura deve subir gradualmente ao longo da semana em São Paulo, mas a previsão é que a cidade ainda registre pancadas de chuva, principalmente no final da tarde, informou neste domingo (8) o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura. A semana deve começar com sol entre nuvens e temperaturas médias em torno dos 19º C. Na segunda-feira, o sol predomina pela manhã e eleva as temperaturas. A máxima pode chegar aos 29º C, enquanto que as taxas de umidade relativa do ar variam entre 45% e 92%. Entre a tarde e o início da noite retornam as pancadas de chuva com possibilidade de forte intensidade, mas de forma isolada. Já na terça-feira a temperatura sobe até a máxima de 30ºC. Os percentuais de umidade relativa do ar ficam variam entre 48% e 30%. No final da tarde e início da noite a cidade terá pancadas de chuva de intensidade de moderada a forte. CHUVAS No sábado (7), as chuvas que atingiram a região metropolitana deixaram a capital paulista em estado de atenção. Houve registro de queda de granizo na região da Consolação por volta de 17h30 e o aeroporto de Congonhas chegou a fechar por alguns momentos para pousos e decolagens em função do temporal. Segundo o CGE, foram registradas rajadas de vento de cerca de 49 km/h no local. A cidade de São Paulo atingiu na sexta-feira (6) um acumulado de 71,7 mm (milímetros) de chuva desde o início de fevereiro. Cada milímetro de chuva equivale a um litro de água por metro quadrado. O volume corresponde a 33,5% do total de chuva esperada para todo o mês, que é de 214 mm, segundo dados da prefeitura. As chuvas que caíram nos últimos dias voltaram a elevar o nível dos seis principais reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo.
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Senadores do PMDB resistem a acordo com Temer para sucessão do partido
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Apesar dos esforços do vice-presidente Michel Temer em se aproximar da bancada do PMDB no Senado a fim de evitar uma disputa interna pelo comando nacional da sigla, os senadores peemedebistas resistem a aceitar acordo oferecido pelo peemedebista. Como antecipou a Folha na terça-feira (12), Temer está preocupado em perder o comando do partido e está disposto a ceder espaço na Executiva Nacional do PMDB ao grupo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que também pretende disputar o comando da legenda. Para evitar a candidatura rival, o vice-presidente ofereceu a manutenção do líder do PMDB, Eunicio Oliveira (CE), no cargo de tesoureiro e o posto de primeiro vice-presidente a Romero Jucá (RR), cargo atualmente ocupado pelo senador Valdir Raupp (RO). A oferta, no entanto, é considerada insuficiente pela bancada do PMDB no Senado. Os senadores do partido exigem mais espaço no comando da legenda, bem como maior representação de seus Estados. Temer nega que tenha feito a oferta aos senadores. Segundo ele, na verdade, foi feito um convite para que conversem pessoalmente sobre a disputa interna. "O que temos que fazer é encontrar entendimento dentro de nossas divergências", afirmou Eunício. Além de abrir espaço ao Senado Federal, o vice-presidente também está trabalhando com os convencionais, com prioridade para Minas Gerais e Rio de Janeiro, que detêm maior representação na convenção nacional. Temer fará, entre 28 de janeiro e 5 de março, viagens aos estados prioritários, para conquistar apoio para a sua reeleição. O peemedebista também está disposto a aumentar a representação no comando do partido dos dois estados. Ele pretende procurar na próxima semana o presidente do PMDB no Rio de Janeiro, Jorge Picciani, que também preside a Assembleia do Estado. O filho de Jorge, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), líder do PMDB na Câmara, já anunciou apoio à candidatura de Renan Calheiros, o que causou preocupação ao grupo de Michel Temer. Temeroso em perder o comando da sigla, o vice-presidente colocou o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff em "banho-maria" e tem se dedicado integralmente à sua reeleição. Sob a orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente tenta um armistício com o peemedebista e está disposta a dar maior protagonismo ao vice-presidente, tanto na área política como econômica.
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poder
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Senadores do PMDB resistem a acordo com Temer para sucessão do partidoApesar dos esforços do vice-presidente Michel Temer em se aproximar da bancada do PMDB no Senado a fim de evitar uma disputa interna pelo comando nacional da sigla, os senadores peemedebistas resistem a aceitar acordo oferecido pelo peemedebista. Como antecipou a Folha na terça-feira (12), Temer está preocupado em perder o comando do partido e está disposto a ceder espaço na Executiva Nacional do PMDB ao grupo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que também pretende disputar o comando da legenda. Para evitar a candidatura rival, o vice-presidente ofereceu a manutenção do líder do PMDB, Eunicio Oliveira (CE), no cargo de tesoureiro e o posto de primeiro vice-presidente a Romero Jucá (RR), cargo atualmente ocupado pelo senador Valdir Raupp (RO). A oferta, no entanto, é considerada insuficiente pela bancada do PMDB no Senado. Os senadores do partido exigem mais espaço no comando da legenda, bem como maior representação de seus Estados. Temer nega que tenha feito a oferta aos senadores. Segundo ele, na verdade, foi feito um convite para que conversem pessoalmente sobre a disputa interna. "O que temos que fazer é encontrar entendimento dentro de nossas divergências", afirmou Eunício. Além de abrir espaço ao Senado Federal, o vice-presidente também está trabalhando com os convencionais, com prioridade para Minas Gerais e Rio de Janeiro, que detêm maior representação na convenção nacional. Temer fará, entre 28 de janeiro e 5 de março, viagens aos estados prioritários, para conquistar apoio para a sua reeleição. O peemedebista também está disposto a aumentar a representação no comando do partido dos dois estados. Ele pretende procurar na próxima semana o presidente do PMDB no Rio de Janeiro, Jorge Picciani, que também preside a Assembleia do Estado. O filho de Jorge, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), líder do PMDB na Câmara, já anunciou apoio à candidatura de Renan Calheiros, o que causou preocupação ao grupo de Michel Temer. Temeroso em perder o comando da sigla, o vice-presidente colocou o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff em "banho-maria" e tem se dedicado integralmente à sua reeleição. Sob a orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente tenta um armistício com o peemedebista e está disposta a dar maior protagonismo ao vice-presidente, tanto na área política como econômica.
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Lucio Funaro troca de advogado e sinaliza que fará delação premiada
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O doleiro Lucio Funaro, preso hoje pela manhã em São Paulo pela Polícia Federal, decidiu buscar um advogado especialista em delação premiada para representá-lo na Operação Lava Jato. Ele é ligado ao presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e apontado como operador do parlamentar. Até a semana passada, Funaro era defendido pelo advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira, um dos mais respeitados do país. Depois que vieram a público as delações premiadas de um ex-executivo da Hypermarcas e de um ex-diretor da CEF (Caixa Econômica Federal) envolvendo seu nome, Funaro comunicou ao antigo escritório que estava buscando outro profissional para representá-lo. Mariz não faz delação premiada. Ele disse a interlocutores que seu novo advogado seria de Curitiba, onde estão escritórios que encaminham boa parte das delações premiadas da Lava Jato. O mais notório deles é o do advogado Figueiredo Basto. O profissional, no entanto, disse à coluna que não representará Lucio Funaro.
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Lucio Funaro troca de advogado e sinaliza que fará delação premiadaO doleiro Lucio Funaro, preso hoje pela manhã em São Paulo pela Polícia Federal, decidiu buscar um advogado especialista em delação premiada para representá-lo na Operação Lava Jato. Ele é ligado ao presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e apontado como operador do parlamentar. Até a semana passada, Funaro era defendido pelo advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira, um dos mais respeitados do país. Depois que vieram a público as delações premiadas de um ex-executivo da Hypermarcas e de um ex-diretor da CEF (Caixa Econômica Federal) envolvendo seu nome, Funaro comunicou ao antigo escritório que estava buscando outro profissional para representá-lo. Mariz não faz delação premiada. Ele disse a interlocutores que seu novo advogado seria de Curitiba, onde estão escritórios que encaminham boa parte das delações premiadas da Lava Jato. O mais notório deles é o do advogado Figueiredo Basto. O profissional, no entanto, disse à coluna que não representará Lucio Funaro.
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Fernando Baiano fala sobre a compra da refinaria da Pasadena pela Petrobras
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O lobista Fernando Baiano, preso pela Operação Lava Jato sob acusação de pagar propinas a diretores da Petrobras e políticos, fez um acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República).Fernando Baiano fala sobre a compra da refinaria da Pasadena pela Petrobras, negócio fechado quando a presidente Dilma Rousseff era ministra-chefe da Casa Civil (governo Lula) e presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Em 2014, Dilma falou que o conselho aprovou a compra com base em um "parecer falho" -documento que havia sido feito pelo então diretor da área Internacional, Nestor Cerveró, preso e delator na Lava Jato.Leia a reportagem
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Fernando Baiano fala sobre a compra da refinaria da Pasadena pela PetrobrasO lobista Fernando Baiano, preso pela Operação Lava Jato sob acusação de pagar propinas a diretores da Petrobras e políticos, fez um acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República).Fernando Baiano fala sobre a compra da refinaria da Pasadena pela Petrobras, negócio fechado quando a presidente Dilma Rousseff era ministra-chefe da Casa Civil (governo Lula) e presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Em 2014, Dilma falou que o conselho aprovou a compra com base em um "parecer falho" -documento que havia sido feito pelo então diretor da área Internacional, Nestor Cerveró, preso e delator na Lava Jato.Leia a reportagem
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Dirceu deixa prisão; Moro decide que ele terá de usar tornozeleira
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Usando tornozeleira eletrônica e proibido de sair do país, o ex-ministro José Dirceu deixou a sede da Justiça Federal em Curitiba no fim de tarde desta quarta (3), um dia após o STF decidir pela sua soltura. Ele seguiu para Brasília e não poderá se deslocar para fora da capital, a não ser que a Justiça autorize mudança para outra cidade. As determinações foram dadas pelo juiz Sergio Moro, que assinou no final da manhã o despacho que autorizava a saída de Dirceu do Complexo Médico Penal em Pinhais, na Grande Curitiba, onde o ex-ministro estava preso desde 2015. Moro também proibiu que o ex-chefe Casa Civil do governo Lula converse com outros réus e testemunhas nas ações penais que responde na Lava Jato. "Considerando que José Dirceu de Oliveira e Silva já está condenado a penas totais de cerca de 32 anos e um mês de reclusão, há um natural receio de que, colocado em liberdade, venha a furtar-se da aplicação da lei penal", disse Moro, na decisão. Com escolta da Polícia Federal, José Dirceu chegou por volta das 16h30 ao prédio da Justiça Federal. Do lado de fora, manifestantes faziam atos contra e a favor do ex-ministro. A Polícia Militar fez um um cordão de isolamento entre os grupos, para evitar conflitos. De um lado, vestidos de preto, manifestantes seguravam uma faixa: "A Lava Jato prende e o STF solta". Do outro, pessoas de vermelho comemoravam a saída da cadeia. Antes de Dirceu deixar a prisão, seu advogado pediu a Moro a mudança de endereço -no processo, ele constava como morador da cidade de Vinhedo (SP)- e o sigilo sobre o local de residência em Brasília. O segredo, segundo Podval, é "para evitar qualquer transtorno". PELO RÁDIO Foi por meio de um programa de rádio que Dirceu soube da decisão do STF. Na tarde de terça (2), o petista ouviu a decisão de Gilmar Mendes, que desempatou os votos da Segunda Turma a seu favor. Até então, Dirceu tinha sido comunicado por um dos advogados que o visitou que Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli haviam decidido pela soltura e Edson Fachin, relator da Lava Jato, e Celso de Melo, pela manutenção. A notícia, porém, foi encarada por Dirceu de maneira realista, segundo interlocutores. A pessoas que estiveram com ele após a decisão, o ex-ministro reforçou a tese de que é um preso político e afirmou que continuará sendo perseguido pela Lava Jato. Ele contou que estudou a terceira denúncia apresentada pela força-tarefa de Curitiba também na terça e disse que encontrou trechos iguais aos das duas já oferecidas pelos procuradores. Envolvidos na defesa do petista também mostraram descrença de que a liberdade de Dirceu vá durar. Acreditam que há a possibilidade de o Tribunal Regional Federal da 4ª região julgar e condenar o político em segunda instância até a próxima semana, o que o levaria novamente à cadeia. Pessoas próximas relataram que Dirceu vai morar na capital federal para ficar com a mulher, Simone Tristão, e a filha deles, Maria Antônia, de 6 anos. A ideia é que ele fique no apartamento onde as duas moram. - Ex-ministro de Lula está preso pela terceira vez, desde o regime militar 12.out.1968 José Dirceu, então líder estudantil, é preso pelo regime militar em congresso clandestino da UNE na zona rural de Ibiúna (SP) 6.set.1969 Dirceu é deportado para o México com outras 14 pessoas em troca da liberdade do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Elbrick, sequestrado por militantes da organização de esquerda MR-8 15.nov.2013 Condenado a 7 anos e 11 meses por corrupção ativa no esquema do mensalão, Dirceu é preso e levado para o Complexo Penal de Papuda, em Brasília 2.jul.2014 O ex-ministro vai para o Centro de Progressão Penal, onde passa as noites, e trabalha em um escritório de advocacia durante o dia 4.nov.2014 José Dirceu é transferido para prisão domiciliar. Sua pena é extinta em outubro de 2016 —quando ele já estava preso novamente 2.ago.2015 José Dirceu é preso em Brasília, durante a 17ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Pixuleco, e levado ao Complexo Médico Penal, em Pinhais, no Paraná. Em maio de 2016, é condenado a 23 anos pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e organização criminosa no esquema da Petrobras Mar.2017 É condenado novamente em primeira instância, a 11 anos por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele nega e recorre das decisões Mai.2017 Por 3 votos a 2, STF concede habeas corpus ao ex-ministro, poucas horas depois de o Ministério Público Federal no Paraná apresentar nova denúncia contra o petista
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Dirceu deixa prisão; Moro decide que ele terá de usar tornozeleiraUsando tornozeleira eletrônica e proibido de sair do país, o ex-ministro José Dirceu deixou a sede da Justiça Federal em Curitiba no fim de tarde desta quarta (3), um dia após o STF decidir pela sua soltura. Ele seguiu para Brasília e não poderá se deslocar para fora da capital, a não ser que a Justiça autorize mudança para outra cidade. As determinações foram dadas pelo juiz Sergio Moro, que assinou no final da manhã o despacho que autorizava a saída de Dirceu do Complexo Médico Penal em Pinhais, na Grande Curitiba, onde o ex-ministro estava preso desde 2015. Moro também proibiu que o ex-chefe Casa Civil do governo Lula converse com outros réus e testemunhas nas ações penais que responde na Lava Jato. "Considerando que José Dirceu de Oliveira e Silva já está condenado a penas totais de cerca de 32 anos e um mês de reclusão, há um natural receio de que, colocado em liberdade, venha a furtar-se da aplicação da lei penal", disse Moro, na decisão. Com escolta da Polícia Federal, José Dirceu chegou por volta das 16h30 ao prédio da Justiça Federal. Do lado de fora, manifestantes faziam atos contra e a favor do ex-ministro. A Polícia Militar fez um um cordão de isolamento entre os grupos, para evitar conflitos. De um lado, vestidos de preto, manifestantes seguravam uma faixa: "A Lava Jato prende e o STF solta". Do outro, pessoas de vermelho comemoravam a saída da cadeia. Antes de Dirceu deixar a prisão, seu advogado pediu a Moro a mudança de endereço -no processo, ele constava como morador da cidade de Vinhedo (SP)- e o sigilo sobre o local de residência em Brasília. O segredo, segundo Podval, é "para evitar qualquer transtorno". PELO RÁDIO Foi por meio de um programa de rádio que Dirceu soube da decisão do STF. Na tarde de terça (2), o petista ouviu a decisão de Gilmar Mendes, que desempatou os votos da Segunda Turma a seu favor. Até então, Dirceu tinha sido comunicado por um dos advogados que o visitou que Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli haviam decidido pela soltura e Edson Fachin, relator da Lava Jato, e Celso de Melo, pela manutenção. A notícia, porém, foi encarada por Dirceu de maneira realista, segundo interlocutores. A pessoas que estiveram com ele após a decisão, o ex-ministro reforçou a tese de que é um preso político e afirmou que continuará sendo perseguido pela Lava Jato. Ele contou que estudou a terceira denúncia apresentada pela força-tarefa de Curitiba também na terça e disse que encontrou trechos iguais aos das duas já oferecidas pelos procuradores. Envolvidos na defesa do petista também mostraram descrença de que a liberdade de Dirceu vá durar. Acreditam que há a possibilidade de o Tribunal Regional Federal da 4ª região julgar e condenar o político em segunda instância até a próxima semana, o que o levaria novamente à cadeia. Pessoas próximas relataram que Dirceu vai morar na capital federal para ficar com a mulher, Simone Tristão, e a filha deles, Maria Antônia, de 6 anos. A ideia é que ele fique no apartamento onde as duas moram. - Ex-ministro de Lula está preso pela terceira vez, desde o regime militar 12.out.1968 José Dirceu, então líder estudantil, é preso pelo regime militar em congresso clandestino da UNE na zona rural de Ibiúna (SP) 6.set.1969 Dirceu é deportado para o México com outras 14 pessoas em troca da liberdade do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Elbrick, sequestrado por militantes da organização de esquerda MR-8 15.nov.2013 Condenado a 7 anos e 11 meses por corrupção ativa no esquema do mensalão, Dirceu é preso e levado para o Complexo Penal de Papuda, em Brasília 2.jul.2014 O ex-ministro vai para o Centro de Progressão Penal, onde passa as noites, e trabalha em um escritório de advocacia durante o dia 4.nov.2014 José Dirceu é transferido para prisão domiciliar. Sua pena é extinta em outubro de 2016 —quando ele já estava preso novamente 2.ago.2015 José Dirceu é preso em Brasília, durante a 17ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Pixuleco, e levado ao Complexo Médico Penal, em Pinhais, no Paraná. Em maio de 2016, é condenado a 23 anos pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e organização criminosa no esquema da Petrobras Mar.2017 É condenado novamente em primeira instância, a 11 anos por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele nega e recorre das decisões Mai.2017 Por 3 votos a 2, STF concede habeas corpus ao ex-ministro, poucas horas depois de o Ministério Público Federal no Paraná apresentar nova denúncia contra o petista
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'As críticas nos fizeram bem', diz zagueiro Marquinhos após classificação da seleção
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SÉRGIO RANGEL ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR JOÃO PEDRO PITOMBO DE SALVADOR O zagueiro Marquinhos foi sincero após a goleada na Fonte Nova. O jogador do Paris Saint-Germain disse que as críticas "fizeram bem" ao time. "A gente se uniu, conversou, escutamos nossos familiares. As críticas nos fizeram bem. Tem muita coisa pelo caminho. Apenas um objetivo que conseguimos. Jogando coletivamente chegaremos lá", afirmou o ex-corintiano. A medalha de ouro olímpica é uma obsessão para a CBF. É o único título que falta ao Brasil. Num grupo com seleções sem tradição, a seleção sofreu para classificar. O time obteve a liderança, com cinco pontos, na última rodada, mas fazia uma campanha pífia no torneio até o jogo na Fonte Nova. Em Brasília, o time empatou duas vezes e não marcou sequer um gol. "Não mudou muita coisa. Nos dois primeiros jogos jogamos muito bem, mas a diferença é que nesse a bola entrou", afirmou Gabriel, autor de dois gols da seleção. Os baianos atenderam os pedidos de Micale e o treinador nascido na Bahia teve apoio das arquibancadas até o final. Fora do país nas duas primeiras partidas da seleção, o técnico Tite assistiu ao jogo na Fonte Nova e deu "consultoria" a Micale nos últimos dias. Tite chegou na terça na Bahia, assistiu o último treino e se reuniu com integrantes da comissão técnica. "Todos nós sabemos da qualidade do Tite. Acho que esse jeito de jogar foi o Micale que escolheu, mas o Tite ajuda muito ele em conversas", disse Gabriel Jesus, autor do segundo gol da seleção. O time começou diferente. Micale barrou Felipe Anderson e colocou Luan. Além da mexida no meio, ele mudou Neymar de posição. O atacante do Barcelona jogou mais centralizado e Gabriel Jesus pela esquerda. Nos dois jogos anteriores, Jesus era o centroavante. Sem poder contar com Thiago Maia, suspenso por causa do terceiro cartão, o treinador surpreendeu e escalou Walace, do Grêmio. Reserva imediato do santista, Rodrigo Dourado foi preterido. Os dois gremistas fizeram a diferença no setor. A seleção começou agressiva. O time dominava o adversário. Gesticulando muito, o meia Renato Augusto comandava o time em campo. O gol não demorou a sair. Aos 26min, Gabriel fez o primeiro do Brasil no torneio. Ele aproveitou o cruzamento de Douglas Santos que chegou pela esquerda e cruzou rasteiro. Luan errou o carrinho, mas o santista desencantou. Os baianos ajudaram o time. Cantavam em apoio aos jogadores. Desta vez, Marta foi esquecida. Após o gol, a seleção ficou mais leve em campo. Aos 40min, Gabriel Jesus ampliou depois do lançamento de Luan. No final do primeiro tempo, os baianos já faziam a festa, com os gritos de "o campeão voltou". Na volta, a seleção continuou no ataque. Aos 4min, o gremista Luan fez o terceiro. Gabriel fechou o placar e os jogadores e torcedores festejaram ao som do funk "baile de favela" tocado pelo sistema de som da Fonte Nova. Com a vitória, a seleção também se livrou de decidir a vaga no sorteio. Se as duas partidas terminassem empatadas com placares iguais, a Fifa já havia marcado um sorteio no Rio logo em seguida. O Brasil começou a rodada empatada com o Iraque em todos os critérios —saldo de gols no torneio, gols marcados no campeonato, confronto direto, gols marcados no confronto direto e diferença de gols no confronto direto.
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esporte
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'As críticas nos fizeram bem', diz zagueiro Marquinhos após classificação da seleção
SÉRGIO RANGEL ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR JOÃO PEDRO PITOMBO DE SALVADOR O zagueiro Marquinhos foi sincero após a goleada na Fonte Nova. O jogador do Paris Saint-Germain disse que as críticas "fizeram bem" ao time. "A gente se uniu, conversou, escutamos nossos familiares. As críticas nos fizeram bem. Tem muita coisa pelo caminho. Apenas um objetivo que conseguimos. Jogando coletivamente chegaremos lá", afirmou o ex-corintiano. A medalha de ouro olímpica é uma obsessão para a CBF. É o único título que falta ao Brasil. Num grupo com seleções sem tradição, a seleção sofreu para classificar. O time obteve a liderança, com cinco pontos, na última rodada, mas fazia uma campanha pífia no torneio até o jogo na Fonte Nova. Em Brasília, o time empatou duas vezes e não marcou sequer um gol. "Não mudou muita coisa. Nos dois primeiros jogos jogamos muito bem, mas a diferença é que nesse a bola entrou", afirmou Gabriel, autor de dois gols da seleção. Os baianos atenderam os pedidos de Micale e o treinador nascido na Bahia teve apoio das arquibancadas até o final. Fora do país nas duas primeiras partidas da seleção, o técnico Tite assistiu ao jogo na Fonte Nova e deu "consultoria" a Micale nos últimos dias. Tite chegou na terça na Bahia, assistiu o último treino e se reuniu com integrantes da comissão técnica. "Todos nós sabemos da qualidade do Tite. Acho que esse jeito de jogar foi o Micale que escolheu, mas o Tite ajuda muito ele em conversas", disse Gabriel Jesus, autor do segundo gol da seleção. O time começou diferente. Micale barrou Felipe Anderson e colocou Luan. Além da mexida no meio, ele mudou Neymar de posição. O atacante do Barcelona jogou mais centralizado e Gabriel Jesus pela esquerda. Nos dois jogos anteriores, Jesus era o centroavante. Sem poder contar com Thiago Maia, suspenso por causa do terceiro cartão, o treinador surpreendeu e escalou Walace, do Grêmio. Reserva imediato do santista, Rodrigo Dourado foi preterido. Os dois gremistas fizeram a diferença no setor. A seleção começou agressiva. O time dominava o adversário. Gesticulando muito, o meia Renato Augusto comandava o time em campo. O gol não demorou a sair. Aos 26min, Gabriel fez o primeiro do Brasil no torneio. Ele aproveitou o cruzamento de Douglas Santos que chegou pela esquerda e cruzou rasteiro. Luan errou o carrinho, mas o santista desencantou. Os baianos ajudaram o time. Cantavam em apoio aos jogadores. Desta vez, Marta foi esquecida. Após o gol, a seleção ficou mais leve em campo. Aos 40min, Gabriel Jesus ampliou depois do lançamento de Luan. No final do primeiro tempo, os baianos já faziam a festa, com os gritos de "o campeão voltou". Na volta, a seleção continuou no ataque. Aos 4min, o gremista Luan fez o terceiro. Gabriel fechou o placar e os jogadores e torcedores festejaram ao som do funk "baile de favela" tocado pelo sistema de som da Fonte Nova. Com a vitória, a seleção também se livrou de decidir a vaga no sorteio. Se as duas partidas terminassem empatadas com placares iguais, a Fifa já havia marcado um sorteio no Rio logo em seguida. O Brasil começou a rodada empatada com o Iraque em todos os critérios —saldo de gols no torneio, gols marcados no campeonato, confronto direto, gols marcados no confronto direto e diferença de gols no confronto direto.
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Dilma sanciona projeto de lei sobre direito de resposta, mas veta artigo
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A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta quarta (11), com um único veto, o projeto de lei que regulamenta direito de resposta na imprensa. O texto, que deve sair nesta quinta no "Diário Oficial da União", estabelece que empresas jornalísticas devem divulgar a resposta de pessoa ou empresa que se sentir ofendida de forma "gratuita e proporcional" ao conteúdo considerado ofensivo. Segundo a Folha apurou, Dilma vetou o dispositivo que afirma que "tratando-se de veículo de mídia televisiva ou radiofônica, o ofendido poderá requerer o direito de dar a resposta ou fazer a retificação pessoalmente". Criticado por entidades de imprensa, esse ponto possibilitava que a pessoa ofendida se defendesse pessoalmente por meio de um vídeo ou áudio, ambos gravados previamente, ou indicasse alguém para falar em seu lugar. Antes de ser veiculada, a resposta precisaria ser analisada e aprovada por um juiz. O trecho havia sido aprovado pelo Senado, retirado do projeto pela Câmara, mas reinserido pelos senadores. De acordo com a proposta sancionada, a publicação terá que ter atentado contra a "honra, intimidade, reputação, conceito, nome, marca ou imagem" do ofendido. A lei vale para notícia divulgada por veículo de comunicação em qualquer tipo de plataforma, como jornal impresso, internet, rádio ou TV. Estabelece que a veiculação de resposta terá "o mesmo destaque, publicidade, periodicidade e dimensão" da publicação considerada ofensiva, o que não eliminará eventuais ações penais ou de indenização por danos morais. O texto exclui das novas regras comentários de usuários em sites dos veículos. No caso dos artigos de opinião, os meios não poderão ser responsabilizados criminalmente pela ofensa, mas obrigados a publicar a retratação. O projeto, de autoria do senador Roberto Requião (PMDB-PR), foi votado pelo Senado em 2013 e analisado pela Câmara neste ano. RITO O texto estabelece que a pessoa ou empresa que se sentir ofendida tem prazo de 60 dias, a partir da publicação, para apresentar ao órgão de comunicação o pedido de direito de resposta. O juiz tem 24 horas para acionar o veículo para que apresente seus argumentos e, depois, até 30 dias para dar a sentença. Se a decisão for favorável ao autor da ação, a publicação da resposta ocorrerá em até dez dias, sob pena de multa diária a ser fixada pelo juiz. O projeto diz ainda que em caso de injúria não será admitida a prova da verdade e que o juiz, independentemente de resposta do veículo, pode nas 24 horas seguintes à citação do réu determinar o direito de resposta em até dez dias caso haja "prova capaz de convencer a verossimilhança da alegação". O veículo poderá recorrer a tribunal da comarca onde a ação foi proposta em busca de uma liminar que suspenda a necessidade de publicação da resposta até que se julgue o mérito da ação, mas aí o trâmite é o normal do Judiciário, e não no ritmo acelerado oferecido a quem se diz ofendido. A Constituição assegura hoje o direito de resposta "proporcional ao agravo", mas as regras detalhadas de aplicação foram revogadas pelo Supremo Tribunal Federal em 2009, quando o tribunal derrubou a Lei de Imprensa editada pela ditadura militar. Desde então, o Judiciário decide sobre pedidos de direito de resposta com base nos códigos Penal e Civil. CRÍTICA A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) lamentou a sanção presidencial sem o veto a outros artigos do texto. As críticas da entidade são quanto aos prazos previstos no projeto de lei que são mais curtos que os normais e tornam "quase impossível" recorrer da decisão. Além disso, também discorda do ponto que determina que a resposta terá a mesma dimensão ou duração da matéria que a ensejou, o que, para a associação, possibilita que alguém que tenha se sentido ofendido por uma linha de uma reportagem pleiteie todo o espaço que ela ocupou para responder a informação contestada. A Folha tentou contato com a ANJ (Associação Nacional de Jornais) e com a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), mas não conseguiu contato com as entidades. Anteriormente, a ANJ também havia criticado o 'timing' dos procedimentos do projeto de lei, o que dificultaria que as empresas de mídia recorressem das decisões. A Abert, por sua vez, tinha críticas ao artigo que foi vetado por Dilma nesta quarta.
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Dilma sanciona projeto de lei sobre direito de resposta, mas veta artigoA presidente Dilma Rousseff sancionou nesta quarta (11), com um único veto, o projeto de lei que regulamenta direito de resposta na imprensa. O texto, que deve sair nesta quinta no "Diário Oficial da União", estabelece que empresas jornalísticas devem divulgar a resposta de pessoa ou empresa que se sentir ofendida de forma "gratuita e proporcional" ao conteúdo considerado ofensivo. Segundo a Folha apurou, Dilma vetou o dispositivo que afirma que "tratando-se de veículo de mídia televisiva ou radiofônica, o ofendido poderá requerer o direito de dar a resposta ou fazer a retificação pessoalmente". Criticado por entidades de imprensa, esse ponto possibilitava que a pessoa ofendida se defendesse pessoalmente por meio de um vídeo ou áudio, ambos gravados previamente, ou indicasse alguém para falar em seu lugar. Antes de ser veiculada, a resposta precisaria ser analisada e aprovada por um juiz. O trecho havia sido aprovado pelo Senado, retirado do projeto pela Câmara, mas reinserido pelos senadores. De acordo com a proposta sancionada, a publicação terá que ter atentado contra a "honra, intimidade, reputação, conceito, nome, marca ou imagem" do ofendido. A lei vale para notícia divulgada por veículo de comunicação em qualquer tipo de plataforma, como jornal impresso, internet, rádio ou TV. Estabelece que a veiculação de resposta terá "o mesmo destaque, publicidade, periodicidade e dimensão" da publicação considerada ofensiva, o que não eliminará eventuais ações penais ou de indenização por danos morais. O texto exclui das novas regras comentários de usuários em sites dos veículos. No caso dos artigos de opinião, os meios não poderão ser responsabilizados criminalmente pela ofensa, mas obrigados a publicar a retratação. O projeto, de autoria do senador Roberto Requião (PMDB-PR), foi votado pelo Senado em 2013 e analisado pela Câmara neste ano. RITO O texto estabelece que a pessoa ou empresa que se sentir ofendida tem prazo de 60 dias, a partir da publicação, para apresentar ao órgão de comunicação o pedido de direito de resposta. O juiz tem 24 horas para acionar o veículo para que apresente seus argumentos e, depois, até 30 dias para dar a sentença. Se a decisão for favorável ao autor da ação, a publicação da resposta ocorrerá em até dez dias, sob pena de multa diária a ser fixada pelo juiz. O projeto diz ainda que em caso de injúria não será admitida a prova da verdade e que o juiz, independentemente de resposta do veículo, pode nas 24 horas seguintes à citação do réu determinar o direito de resposta em até dez dias caso haja "prova capaz de convencer a verossimilhança da alegação". O veículo poderá recorrer a tribunal da comarca onde a ação foi proposta em busca de uma liminar que suspenda a necessidade de publicação da resposta até que se julgue o mérito da ação, mas aí o trâmite é o normal do Judiciário, e não no ritmo acelerado oferecido a quem se diz ofendido. A Constituição assegura hoje o direito de resposta "proporcional ao agravo", mas as regras detalhadas de aplicação foram revogadas pelo Supremo Tribunal Federal em 2009, quando o tribunal derrubou a Lei de Imprensa editada pela ditadura militar. Desde então, o Judiciário decide sobre pedidos de direito de resposta com base nos códigos Penal e Civil. CRÍTICA A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) lamentou a sanção presidencial sem o veto a outros artigos do texto. As críticas da entidade são quanto aos prazos previstos no projeto de lei que são mais curtos que os normais e tornam "quase impossível" recorrer da decisão. Além disso, também discorda do ponto que determina que a resposta terá a mesma dimensão ou duração da matéria que a ensejou, o que, para a associação, possibilita que alguém que tenha se sentido ofendido por uma linha de uma reportagem pleiteie todo o espaço que ela ocupou para responder a informação contestada. A Folha tentou contato com a ANJ (Associação Nacional de Jornais) e com a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), mas não conseguiu contato com as entidades. Anteriormente, a ANJ também havia criticado o 'timing' dos procedimentos do projeto de lei, o que dificultaria que as empresas de mídia recorressem das decisões. A Abert, por sua vez, tinha críticas ao artigo que foi vetado por Dilma nesta quarta.
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José de Abreu vira tiete na Sapucaí
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Zezé di Camargo assistia ao desfile da Grande Rio e só pensava no dia seguinte, quando sairia na Imperatriz, escola que faz uma homenagem a ele e a seu irmão Luciano. "O coração tá a mil", dizia, na varanda do camarote da dupla na Sapucaí. * Os cantores só lamentam uma coisa: a ausência da mãe, dona Helena. "Ela é evangélica [da Assembleia de Deus], tava doida pra vir, pediu permissão ao bispo, mas não deixaram", diz Zezé. "Como ela é missionária da igreja, ela tem medo das pessoas desacreditarem nela." * Luciano dá um último gole no copo de cerveja e lembra: "Ela me ligou e falou: 'Filho, você quer que eu vou? É importante pra você?'". Fica com a voz embargada, faz uma pausa e chora. Dona Helena nem assistiria pela televisão. * No camarote da cerveja Boa, Ronaldo bebia água ao lado da namorada, Celina Locks, e conversava com seu pai, Nélio Nazário."Na televisão eles explicam tudo, quem é a escola, qual é o tema. Aqui não dá para entender muita coisa, né? É que nem Fórmula 1, ao vivo é muito confuso", dizia Nélio. "Eu ainda nem sei quem pra quem torcer, viu. A Imperatriz sai hoje?", perguntava o ex-jogador. * Abordado por jornalistas, Ronaldo dava respostas vagas. "A gente tá feliz", disse, quando questionado se iria se casar. * "Na verdade, vim mais pra encontrar meus amigos. Não sou muito ligado a Carnaval", dizia o ator Selton Mello. "Mas, se descobrir que o Tim Burton tá aí, me fala que eu vou tirar uma selfie!". O cineasta americano mandou buscar ingressos da área VIP da cervejaria, mas não deu as caras. * José de Abreu, no camarote organizado pela amiga promoter Alicinha Cavalcanti, foi tietado e também tietou. "Eu sei que deve ser muito chato o pessoal te pedir o tempo todo para fazer foto...", acercou-se uma fã. "Então por que você faz isso?", brincou o ator, caindo na risada e posando para tirar a selfie. Minutos depois, deu um pulo do sofá em que estava. "Hi, hi", gritava, tentando chamar a atenção do ator Ian McKellen ("Senhor dos Anéis" e "X-Men]. "Esse cara é um puta ator." * E seguiu o inglês até a sala fechada em que ele foi acomodado. Uma senhora de cabelos claros tentou conter Abreu, em vão. Ele se apresentou a McKellen: "Hi, glad to meet you [olá, prazer em conhecê-lo]". Conversaram por alguns minutos. "Eles adoram conhecer outros atores. Mas sempre tem uma 'loira poderosa' querendo apossar-se dos gringos", disse, referindo-se àquela que tentou barrá-lo.
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José de Abreu vira tiete na SapucaíZezé di Camargo assistia ao desfile da Grande Rio e só pensava no dia seguinte, quando sairia na Imperatriz, escola que faz uma homenagem a ele e a seu irmão Luciano. "O coração tá a mil", dizia, na varanda do camarote da dupla na Sapucaí. * Os cantores só lamentam uma coisa: a ausência da mãe, dona Helena. "Ela é evangélica [da Assembleia de Deus], tava doida pra vir, pediu permissão ao bispo, mas não deixaram", diz Zezé. "Como ela é missionária da igreja, ela tem medo das pessoas desacreditarem nela." * Luciano dá um último gole no copo de cerveja e lembra: "Ela me ligou e falou: 'Filho, você quer que eu vou? É importante pra você?'". Fica com a voz embargada, faz uma pausa e chora. Dona Helena nem assistiria pela televisão. * No camarote da cerveja Boa, Ronaldo bebia água ao lado da namorada, Celina Locks, e conversava com seu pai, Nélio Nazário."Na televisão eles explicam tudo, quem é a escola, qual é o tema. Aqui não dá para entender muita coisa, né? É que nem Fórmula 1, ao vivo é muito confuso", dizia Nélio. "Eu ainda nem sei quem pra quem torcer, viu. A Imperatriz sai hoje?", perguntava o ex-jogador. * Abordado por jornalistas, Ronaldo dava respostas vagas. "A gente tá feliz", disse, quando questionado se iria se casar. * "Na verdade, vim mais pra encontrar meus amigos. Não sou muito ligado a Carnaval", dizia o ator Selton Mello. "Mas, se descobrir que o Tim Burton tá aí, me fala que eu vou tirar uma selfie!". O cineasta americano mandou buscar ingressos da área VIP da cervejaria, mas não deu as caras. * José de Abreu, no camarote organizado pela amiga promoter Alicinha Cavalcanti, foi tietado e também tietou. "Eu sei que deve ser muito chato o pessoal te pedir o tempo todo para fazer foto...", acercou-se uma fã. "Então por que você faz isso?", brincou o ator, caindo na risada e posando para tirar a selfie. Minutos depois, deu um pulo do sofá em que estava. "Hi, hi", gritava, tentando chamar a atenção do ator Ian McKellen ("Senhor dos Anéis" e "X-Men]. "Esse cara é um puta ator." * E seguiu o inglês até a sala fechada em que ele foi acomodado. Uma senhora de cabelos claros tentou conter Abreu, em vão. Ele se apresentou a McKellen: "Hi, glad to meet you [olá, prazer em conhecê-lo]". Conversaram por alguns minutos. "Eles adoram conhecer outros atores. Mas sempre tem uma 'loira poderosa' querendo apossar-se dos gringos", disse, referindo-se àquela que tentou barrá-lo.
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Museu das Cataratas do Iguaçu mostra aventuras dos primeiros turistas
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As Cataratas do Iguaçu são hoje uma das atrações turísticas mais visitadas do país. Mas, oitenta anos atrás, quem quisesse ver as quedas precisava abrir picadas pelo mato, levar seis horas para atravessar meros 30 km de estrada e até subir escadas de madeira para ter uma boa vista. São cenas como essas que estarão no Espaço Memória das Cataratas, um museu que será aberto nesta sexta (9), no centro de visitantes do Parque Nacional do Iguaçu, em Foz. A entrada é gratuita. O acervo tem 1.500 fotografias digitalizadas, disponíveis para o público em totens com telas sensíveis ao toque. Veja fotos Uma parte delas foi impressa e exposta pelas paredes do espaço, que também conta a história do parque e exibe depoimentos dos primeiros moradores da região. "No começo, era uma aventura. Depois, as Cataratas se tornaram o quintal da casa das pessoas", comenta o chefe do Parque Nacional do Iguaçu, Jorge Pegoraro. Casamentos, batizados, bailes e piqueniques eram feitos à beira das quedas e do rio Iguaçu, o principal espaço de lazer da população local na época. Nos casamentos, mesas de madeira eram colocadas ao lado do rio, onde se acomodavam os convidados. Os bailes aconteciam em antigos barracões que antes abrigavam materiais de construção. RELAÇÃO INGÊNUA Os piqueniques, com toalhas estendidas na mata preservada, perduraram até a década de 1990. Hoje são proibidos porque o local virou uma área de preservação. "É uma viagem no tempo. Dá para ver como era até ingênua a relação das pessoas com o parque", diz Pegoraro. Alguns turistas pescavam no rio Iguaçu. Outros caçavam, e exibiam como troféus onças e porcos-do-mato em poses para fotografias. SANTOS DUMONT Pelas fotos, também se descobre que o primeiro a explorar o turismo das Cataratas foi um uruguaio, Jesus Val –então dono das terras. Ele mantinha um prosaico hotel de madeira próximo às quedas, cujo hóspede mais ilustre foi Santos Dumont. Foi o aviador que relatou a situação ao então governador do Paraná, em 1916. O governo desapropriou as terras três meses depois, transformando-as em área pública. O Espaço Memória das Cataratas funcionará todos os dias, das 9h às 17h. O acervo também está aberto a colaboração: quem tiver fotografias antigas das Cataratas pode cedê-las à administração do parque, que colocará no ar um site para recebê-las (www.memoria dascataratas.com.br).
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cotidiano
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Museu das Cataratas do Iguaçu mostra aventuras dos primeiros turistasAs Cataratas do Iguaçu são hoje uma das atrações turísticas mais visitadas do país. Mas, oitenta anos atrás, quem quisesse ver as quedas precisava abrir picadas pelo mato, levar seis horas para atravessar meros 30 km de estrada e até subir escadas de madeira para ter uma boa vista. São cenas como essas que estarão no Espaço Memória das Cataratas, um museu que será aberto nesta sexta (9), no centro de visitantes do Parque Nacional do Iguaçu, em Foz. A entrada é gratuita. O acervo tem 1.500 fotografias digitalizadas, disponíveis para o público em totens com telas sensíveis ao toque. Veja fotos Uma parte delas foi impressa e exposta pelas paredes do espaço, que também conta a história do parque e exibe depoimentos dos primeiros moradores da região. "No começo, era uma aventura. Depois, as Cataratas se tornaram o quintal da casa das pessoas", comenta o chefe do Parque Nacional do Iguaçu, Jorge Pegoraro. Casamentos, batizados, bailes e piqueniques eram feitos à beira das quedas e do rio Iguaçu, o principal espaço de lazer da população local na época. Nos casamentos, mesas de madeira eram colocadas ao lado do rio, onde se acomodavam os convidados. Os bailes aconteciam em antigos barracões que antes abrigavam materiais de construção. RELAÇÃO INGÊNUA Os piqueniques, com toalhas estendidas na mata preservada, perduraram até a década de 1990. Hoje são proibidos porque o local virou uma área de preservação. "É uma viagem no tempo. Dá para ver como era até ingênua a relação das pessoas com o parque", diz Pegoraro. Alguns turistas pescavam no rio Iguaçu. Outros caçavam, e exibiam como troféus onças e porcos-do-mato em poses para fotografias. SANTOS DUMONT Pelas fotos, também se descobre que o primeiro a explorar o turismo das Cataratas foi um uruguaio, Jesus Val –então dono das terras. Ele mantinha um prosaico hotel de madeira próximo às quedas, cujo hóspede mais ilustre foi Santos Dumont. Foi o aviador que relatou a situação ao então governador do Paraná, em 1916. O governo desapropriou as terras três meses depois, transformando-as em área pública. O Espaço Memória das Cataratas funcionará todos os dias, das 9h às 17h. O acervo também está aberto a colaboração: quem tiver fotografias antigas das Cataratas pode cedê-las à administração do parque, que colocará no ar um site para recebê-las (www.memoria dascataratas.com.br).
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João Saldanha foi um brasileiro raro, destemido e carismático
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Nesta segunda João Saldanha completaria 100 anos. Acordaria cedo para voar para São Paulo onde comentaria, na Arena Corinthians, a partida de seu Botafogo. Estaria feliz com o desempenho do time que cumpre campanhas surpreendentes desde o ano passado, mesmo com investimentos muito mais modestos que o de seus rivais. Assim mesmo, crítico da europeização de nosso futebol, gostaria de vê-lo mais ofensivo e envolvente. E se irritaria profundamente com a propaganda do patrocinador na camisa do Glorioso, inconformado também com as placas de publicidade em torno do gramado. Comunista de carteirinha, não se conformaria com certas modernidades que atribuiria à queda do Muro de Berlim, oito meses antes de sua morte em Roma, em plena Copa da Itália, em julho de 1990, onde estava para trabalhar em cadeira de rodas, vítima de enfisema pulmonar, tabagista militante. O combativo João Sem Medo não tinha dúvida sobre certos assuntos. A invasão do Exército Vermelho na antiga Tchecoslováquia, que horrorizou muitos comunistas no mundo e no Brasil, era explicada por ele em linguagem futebolística: "Dividiu na zona do agrião tem de entrar de sola". E "vida que segue", um de seus bordões prediletos. No auge da carreira como comentarista de rádio seria impossível ir ao Maracanã sem ouvi-lo, mesmo que você não quisesse. Seus comentários ecoavam estádio adentro, tamanha a popularidade que desfrutava, imenso poder de comunicação não apenas ao falar, porque também escrevia, em suas colunas no "Jornal do Brasil", como falava. Despreocupado em ser politicamente correto, não gostava nem um pouco de futebol feminino. Certa vez, numa festa do jornal "Voz da Unidade", do PCB novamente legalizado depois do fim da ditadura implantada em 1964, não se fez de rogado ao ser perguntado sobre o tema: "Imagine a cena. Meu filho me apresenta a namorada, eu pergunto o que ela faz e ela me diz que é zagueira do Bangu'. Não dá", lascou, abrindo os braços e entortando a cabeça, para receber carinhosa e estrepitosa vaia de plateia majoritariamente feminina. Leal e irreverente, Saldanha contava casos como ninguém e era capaz de falar por horas de suas fabulosas experiências mundo afora. Sob seu comando como técnico de primeira viagem, o Botafogo ganhou o Campeonato Carioca de 1957 ao derrotar o Fluminense por 6 a 2 na decisão. Também como treinador das "Feras do Saldanha" levou a seleção brasileira à Copa do Mundo de 1970, a do tricampeonato no México, com seis vitórias em seis jogos. O medo da ditadura em vê-lo campeão do mundo causou sua queda, poucos meses antes do começo da Copa. O "comentarista que o Brasil inteiro consagrou" era tão simples como explosivo, sangue gaúcho nas veias que o Rio de Janeiro transformou em carioca da gema. Itaquera não terá hoje a alegria de recebê-lo. Nem nós, seus órfãos, poderemos saborear a riqueza de reencontrá-lo. Tomara que o Corinthians ganhe de seu Botafogo neste domingo. Só para que eu possa ouvi-lo dizer mais uma vez: "Ah, seu Corinthians é nosso freguês". (De fato. Os cariocas têm 45 vitórias contra 36 derrotas.)
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João Saldanha foi um brasileiro raro, destemido e carismáticoNesta segunda João Saldanha completaria 100 anos. Acordaria cedo para voar para São Paulo onde comentaria, na Arena Corinthians, a partida de seu Botafogo. Estaria feliz com o desempenho do time que cumpre campanhas surpreendentes desde o ano passado, mesmo com investimentos muito mais modestos que o de seus rivais. Assim mesmo, crítico da europeização de nosso futebol, gostaria de vê-lo mais ofensivo e envolvente. E se irritaria profundamente com a propaganda do patrocinador na camisa do Glorioso, inconformado também com as placas de publicidade em torno do gramado. Comunista de carteirinha, não se conformaria com certas modernidades que atribuiria à queda do Muro de Berlim, oito meses antes de sua morte em Roma, em plena Copa da Itália, em julho de 1990, onde estava para trabalhar em cadeira de rodas, vítima de enfisema pulmonar, tabagista militante. O combativo João Sem Medo não tinha dúvida sobre certos assuntos. A invasão do Exército Vermelho na antiga Tchecoslováquia, que horrorizou muitos comunistas no mundo e no Brasil, era explicada por ele em linguagem futebolística: "Dividiu na zona do agrião tem de entrar de sola". E "vida que segue", um de seus bordões prediletos. No auge da carreira como comentarista de rádio seria impossível ir ao Maracanã sem ouvi-lo, mesmo que você não quisesse. Seus comentários ecoavam estádio adentro, tamanha a popularidade que desfrutava, imenso poder de comunicação não apenas ao falar, porque também escrevia, em suas colunas no "Jornal do Brasil", como falava. Despreocupado em ser politicamente correto, não gostava nem um pouco de futebol feminino. Certa vez, numa festa do jornal "Voz da Unidade", do PCB novamente legalizado depois do fim da ditadura implantada em 1964, não se fez de rogado ao ser perguntado sobre o tema: "Imagine a cena. Meu filho me apresenta a namorada, eu pergunto o que ela faz e ela me diz que é zagueira do Bangu'. Não dá", lascou, abrindo os braços e entortando a cabeça, para receber carinhosa e estrepitosa vaia de plateia majoritariamente feminina. Leal e irreverente, Saldanha contava casos como ninguém e era capaz de falar por horas de suas fabulosas experiências mundo afora. Sob seu comando como técnico de primeira viagem, o Botafogo ganhou o Campeonato Carioca de 1957 ao derrotar o Fluminense por 6 a 2 na decisão. Também como treinador das "Feras do Saldanha" levou a seleção brasileira à Copa do Mundo de 1970, a do tricampeonato no México, com seis vitórias em seis jogos. O medo da ditadura em vê-lo campeão do mundo causou sua queda, poucos meses antes do começo da Copa. O "comentarista que o Brasil inteiro consagrou" era tão simples como explosivo, sangue gaúcho nas veias que o Rio de Janeiro transformou em carioca da gema. Itaquera não terá hoje a alegria de recebê-lo. Nem nós, seus órfãos, poderemos saborear a riqueza de reencontrá-lo. Tomara que o Corinthians ganhe de seu Botafogo neste domingo. Só para que eu possa ouvi-lo dizer mais uma vez: "Ah, seu Corinthians é nosso freguês". (De fato. Os cariocas têm 45 vitórias contra 36 derrotas.)
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O país das Rocinhas
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O espanto generalizado com a guerra na Rocinha só pode vir do vício de espantar-se com os atos todos da violência urbana, não importa se maiores ou minúsculos, se astuciosos ou vulgares. Rocinha não é mais do que uma celebridade (a palavra-símbolo do jornalismo deslumbrado) entre milhares de assemelhadas pelo país afora. Na Rocinha há fuzis modernos, sim. Em Brasília, os equivalentes aos criminosos da Rocinha têm a mais abrangente e terrível das armas: o poder –de governar em benefício de grupos, de legislar em causa própria e dos subornadores, de queimar uns poucos comparsas e preservar o grosso da bandidagem engravatada. Se é assim no cimo do país, onde também se travam lutas por mais domínio, o que esperar dos que têm a mesma índole sem, no entanto, receberem da vida as mesmas oportunidades? Assalto por assalto, dos cofres públicos é roubado muito mais, nem se sabe quantas centenas de bilhões, do que o dinheirinho de passantes, o troco das caixas de lojas, os celulares, relógios e carros. Há as drogas. Todas as Rocinhas são dadas como entrepostos de droga. São vendedoras. Inclusive para os consumidores armados de poder e seus sócios no elitismo. Nas Rocinhas, vem em papelotes. Nas festas da fortuna, a droga vem em bandejinhas de prata. Elegância e poder não costumam andar juntos, mas às vezes coincidem. O tráfico proveniente das Rocinhas é uma desgraça. Há, porém, um tráfico mais devastador. O tráfico de drogas destrói indivíduos, o tráfico de influência nos gabinetes e salões do poder arrasa multidões, mais de 200 milhões de seres roubados em dinheiro e em direitos pelos negócios do suborno e da influência. Os delinquentes de todas as Rocinhas matam. Muito. E o fazem, é verdade, com indiferença e perversidade. Pensar que a airosa Fortaleza é a quinta entre as dez cidades mais violentas das Américas, sendo o Rio a décima e última, parece estatística de economista. O homicídio originário das Rocinhas cresce e se espalha, incontrolável. Em paralelo ao homicídio que não leva esse nome, para proteger seus culpados. E que assassina com as armas letais que são a ausência de remédios para transplantados, HIV, diabéticos, tuberculosos, cardíacos, e tantos mais, por "falta de verba" que ricaços no poder cortaram. Quando não é a morte assim, é a tortura pela espera de leito hospitalar, pelos meses à espera de um teste de câncer, pelos meses à espera da cirurgia. Pela espera impiedosa da morte. Decretada nas altitudes luxuosas de Brasília, nas roubalheiras cabralinas não só fluminenses, e muitas vezes autorizadas pela maioria de travestis do Congresso –bandidos passando-se por representantes do povo. Os homicídios dos delinquentes das Rocinhas em geral são muito menos numerosos. A insegurança urbana é indignante e injusta. Até filas de emprego são assaltadas, bandidos pobres roubando pobres trabalhadores. Mas a delinquência que sai das Rocinhas, e transtorna as suas cidades, generaliza espantos e horrores. Uma caverna com R$ 51 milhões tomados pela delinquência armada de poder político, ah, essa excita o bom humor. E a criminalidade das Rocinhas não é subproduto da delinquência engravatada, indiferente às suas vítimas tal como a delinquência urbana? Ambas tão comuns, tão antigas, consanguíneas, diferentes apenas na extensão em que infelicitam o presente e o futuro país. COMO SEMPRE Apesar das muitas críticas ao governador Luiz Fernando Pezão, ao proibir a intervenção policial na guerra de bandos, domingo passado na Rocinha, ele por certo evitou uma mortandade inútil no que seriam os três lados do tiroteio. E, pior, nos alvejados pelas ditas balas perdidas. Na intervenção agora consumada, mais uma vez o Exército mostra, desde as primeiras decisões, que ainda não compreendeu o problema e, portanto, as suas possibilidades. Erros que se repetem desde a cúpula ambiental Rio-92. É demais.
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O país das RocinhasO espanto generalizado com a guerra na Rocinha só pode vir do vício de espantar-se com os atos todos da violência urbana, não importa se maiores ou minúsculos, se astuciosos ou vulgares. Rocinha não é mais do que uma celebridade (a palavra-símbolo do jornalismo deslumbrado) entre milhares de assemelhadas pelo país afora. Na Rocinha há fuzis modernos, sim. Em Brasília, os equivalentes aos criminosos da Rocinha têm a mais abrangente e terrível das armas: o poder –de governar em benefício de grupos, de legislar em causa própria e dos subornadores, de queimar uns poucos comparsas e preservar o grosso da bandidagem engravatada. Se é assim no cimo do país, onde também se travam lutas por mais domínio, o que esperar dos que têm a mesma índole sem, no entanto, receberem da vida as mesmas oportunidades? Assalto por assalto, dos cofres públicos é roubado muito mais, nem se sabe quantas centenas de bilhões, do que o dinheirinho de passantes, o troco das caixas de lojas, os celulares, relógios e carros. Há as drogas. Todas as Rocinhas são dadas como entrepostos de droga. São vendedoras. Inclusive para os consumidores armados de poder e seus sócios no elitismo. Nas Rocinhas, vem em papelotes. Nas festas da fortuna, a droga vem em bandejinhas de prata. Elegância e poder não costumam andar juntos, mas às vezes coincidem. O tráfico proveniente das Rocinhas é uma desgraça. Há, porém, um tráfico mais devastador. O tráfico de drogas destrói indivíduos, o tráfico de influência nos gabinetes e salões do poder arrasa multidões, mais de 200 milhões de seres roubados em dinheiro e em direitos pelos negócios do suborno e da influência. Os delinquentes de todas as Rocinhas matam. Muito. E o fazem, é verdade, com indiferença e perversidade. Pensar que a airosa Fortaleza é a quinta entre as dez cidades mais violentas das Américas, sendo o Rio a décima e última, parece estatística de economista. O homicídio originário das Rocinhas cresce e se espalha, incontrolável. Em paralelo ao homicídio que não leva esse nome, para proteger seus culpados. E que assassina com as armas letais que são a ausência de remédios para transplantados, HIV, diabéticos, tuberculosos, cardíacos, e tantos mais, por "falta de verba" que ricaços no poder cortaram. Quando não é a morte assim, é a tortura pela espera de leito hospitalar, pelos meses à espera de um teste de câncer, pelos meses à espera da cirurgia. Pela espera impiedosa da morte. Decretada nas altitudes luxuosas de Brasília, nas roubalheiras cabralinas não só fluminenses, e muitas vezes autorizadas pela maioria de travestis do Congresso –bandidos passando-se por representantes do povo. Os homicídios dos delinquentes das Rocinhas em geral são muito menos numerosos. A insegurança urbana é indignante e injusta. Até filas de emprego são assaltadas, bandidos pobres roubando pobres trabalhadores. Mas a delinquência que sai das Rocinhas, e transtorna as suas cidades, generaliza espantos e horrores. Uma caverna com R$ 51 milhões tomados pela delinquência armada de poder político, ah, essa excita o bom humor. E a criminalidade das Rocinhas não é subproduto da delinquência engravatada, indiferente às suas vítimas tal como a delinquência urbana? Ambas tão comuns, tão antigas, consanguíneas, diferentes apenas na extensão em que infelicitam o presente e o futuro país. COMO SEMPRE Apesar das muitas críticas ao governador Luiz Fernando Pezão, ao proibir a intervenção policial na guerra de bandos, domingo passado na Rocinha, ele por certo evitou uma mortandade inútil no que seriam os três lados do tiroteio. E, pior, nos alvejados pelas ditas balas perdidas. Na intervenção agora consumada, mais uma vez o Exército mostra, desde as primeiras decisões, que ainda não compreendeu o problema e, portanto, as suas possibilidades. Erros que se repetem desde a cúpula ambiental Rio-92. É demais.
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'I Do Not Intend to Hold a Secondary Role in the Olympics,' Says Rousseff
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MÁRCIA BECHARA FROM RFI In an exclusive interview with Radio France Internationale (RFI), Dilma Rousseff discussed, among other topics, the Rio Olympic Games. Check out the excerpts from the interview: RFI- The Rio Olympic Games are taking place in a climate that is more complex than that of the 2014 World Cup. The Zika epidemic, Rio in a state of financial calamity, delegations that refuse to stay in the Olympic Village. First and foremost, do you plan to participate in the opening ceremony? Dilma Rousseff - I do not intend to hold a secondary role in the Olympics. For starters, these Games are the product of the great effort put forth by ex-president Lula, in the sense of bringing them to Brazil. Second, there has been a grand effort on behalf of the federal government who made the infrastructure for the Games possible, and by infrastructure I am referring to the Olympic Park and Deodoro's Village. I want to make it clear that all matters concerning the athletes' village have to do with the PPP, a public-private partnership between the Municipality of Rio de Janeiro and the private sector. I believe the Zika virus issue will not affect attendance. Even the World Health Organization (WHO) said that winter, with its below average temperatures, is not the peak season for the spread of the mosquito. And, just two months ago, the leading authorities had a containment system in place for the Zika virus. Mainly, the procedures we left in place were adopted, both in the the security zones and the areas adjacent to the Olympic sites. Mainly having to do with the press area, the issue of health monitoring, and the safety of the equipment that will be used during the Games. In this context, is Rio prepared to host the Olympic Games? Yes, I believe Rio is prepared to host the Olympic Games in this context. It is crucial that authorities see no "rest" before the Olympics. We followed the World Cup in 12 Brazilian cities and it was a very intense process. For example, the security areas had nationally linked command and control centers. I feel that from a security standpoint, we will not see any problems, as long as procedures are followed to the letter. Beyond that, we have gained experience through the World Cup two years ago, the Pope's visit to Brazil, as well as the Youth Games and the International Military Games, which led Brazil to gain a certain know-how in the area of hosting large events. Out here, especially in Brazil and France, the threat of terrorism is tragic and real. Do you believe Rio is prepared for terrorist attacks during the Olympic Games? I think that, without a doubt, the world has regrettably been witness to terrorist attacks and acts of intolerance such as the one that took place in the Orlando club. In the case of the Olympics, Brazil maintains communication with the intelligence agencies of all of the countries that have experience in this area. We have the best possible security force. Beyond that, there is an entire tradition of keeping Brazil removed from the terrorism picture. We do not have ethnic conflict here, we do not have religious conflict, the climate is better. I am aware that this does not guarantee that we will not have any problems, that is why we have taken all necessary precautions. Translated by SUGHEY RAMIREZ Read the article in the original language +Latest news in English *After Arrest of Group, Minister Says Chance of Attacks at Games is Minimal *Arrest of Ten Brazilians Was the First Action Based on New Anti-Terrorism Law *Olympic Games Cultural Actions Cancelled
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'I Do Not Intend to Hold a Secondary Role in the Olympics,' Says Rousseff
MÁRCIA BECHARA FROM RFI In an exclusive interview with Radio France Internationale (RFI), Dilma Rousseff discussed, among other topics, the Rio Olympic Games. Check out the excerpts from the interview: RFI- The Rio Olympic Games are taking place in a climate that is more complex than that of the 2014 World Cup. The Zika epidemic, Rio in a state of financial calamity, delegations that refuse to stay in the Olympic Village. First and foremost, do you plan to participate in the opening ceremony? Dilma Rousseff - I do not intend to hold a secondary role in the Olympics. For starters, these Games are the product of the great effort put forth by ex-president Lula, in the sense of bringing them to Brazil. Second, there has been a grand effort on behalf of the federal government who made the infrastructure for the Games possible, and by infrastructure I am referring to the Olympic Park and Deodoro's Village. I want to make it clear that all matters concerning the athletes' village have to do with the PPP, a public-private partnership between the Municipality of Rio de Janeiro and the private sector. I believe the Zika virus issue will not affect attendance. Even the World Health Organization (WHO) said that winter, with its below average temperatures, is not the peak season for the spread of the mosquito. And, just two months ago, the leading authorities had a containment system in place for the Zika virus. Mainly, the procedures we left in place were adopted, both in the the security zones and the areas adjacent to the Olympic sites. Mainly having to do with the press area, the issue of health monitoring, and the safety of the equipment that will be used during the Games. In this context, is Rio prepared to host the Olympic Games? Yes, I believe Rio is prepared to host the Olympic Games in this context. It is crucial that authorities see no "rest" before the Olympics. We followed the World Cup in 12 Brazilian cities and it was a very intense process. For example, the security areas had nationally linked command and control centers. I feel that from a security standpoint, we will not see any problems, as long as procedures are followed to the letter. Beyond that, we have gained experience through the World Cup two years ago, the Pope's visit to Brazil, as well as the Youth Games and the International Military Games, which led Brazil to gain a certain know-how in the area of hosting large events. Out here, especially in Brazil and France, the threat of terrorism is tragic and real. Do you believe Rio is prepared for terrorist attacks during the Olympic Games? I think that, without a doubt, the world has regrettably been witness to terrorist attacks and acts of intolerance such as the one that took place in the Orlando club. In the case of the Olympics, Brazil maintains communication with the intelligence agencies of all of the countries that have experience in this area. We have the best possible security force. Beyond that, there is an entire tradition of keeping Brazil removed from the terrorism picture. We do not have ethnic conflict here, we do not have religious conflict, the climate is better. I am aware that this does not guarantee that we will not have any problems, that is why we have taken all necessary precautions. Translated by SUGHEY RAMIREZ Read the article in the original language +Latest news in English *After Arrest of Group, Minister Says Chance of Attacks at Games is Minimal *Arrest of Ten Brazilians Was the First Action Based on New Anti-Terrorism Law *Olympic Games Cultural Actions Cancelled
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Fapesp bloqueará verba de instituição que não adotar medidas antiplágio
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Não combater a picaretagem acadêmica pode custar dezenas de milhões de reais para as instituições de pesquisa do Estado de São Paulo. A Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) deve, ainda em 2017, começar a indeferir projetos de melhoria na infraestrutura de instituições que não criarem um escritório voltado ao estímulo da integridade acadêmica. Para cada projeto de pesquisa aprovado pela Fapesp, um valor correspondente a 10% da verba é destinado à instituição de pesquisa para esses projetos de melhoria. No ano passado foram repassados R$ 56 milhões a tais projetos em 141 entidades. Segundo Luiz Henrique Lopes dos Santos, membro da diretoria da Fapesp e professor de filosofia da USP, entre as instituições paulistas só a UFABC (Universidade Federal do ABC) tem um órgão do tipo em seu organograma. "Faz cinco anos que todo mundo está avisado que isso aconteceria. Está no termo de outorga assinado pelo responsável da instituição", diz. O escritório de integridade acadêmica deve cuidar de atividades de educação, treinamento e investigação de casos de plágio e de outros desvios de conduta, como fraudes em artigos científicos. "É um recado para os pesquisadores", diz Santos. Para ele, o avanço obtido até então é muito discreto. "Hoje, mesmo as instituições que montam comissões ou sindicâncias para investigar casos de fraude são muito lenientes." Em 2014, a Fapesp, como parte de seu projeto de boas práticas científicas, publicou uma espécie de "página da vergonha" na internet. A lista tem nomes de pesquisadores que, segundo decisão da fundação (baseada em suas investigações), tiveram conduta irregular. Para Santos, o número de casos ainda sob investigação é grande e só deve ser reduzido com a implementação de uma política adotada por esses escritórios de integridade acadêmica, de forma que a cultura acadêmica se modifique. Ele defende a ideia de que são as próprias instituições que devem investigar e punir desvios éticos. "Esperamos um dia não precisar impedir ninguém de pedir recursos para a Fapesp", diz o professor. Picaretagem acadêmica FERRAMENTA Entre os recursos que podem ser utilizados para reduzir o número de plágios estão ferramentas que checam a semelhança entre textos acadêmicos e outros disponíveis na internet e quantificam as informações extraídas de outras fontes –algo como uma porcentagem de plágio. Laércio Dona, diretor comercial da plataforma Turnitin (adotada por USP, FGV e Unesp, entre outras instituições), explica que os softwares atuais não são capazes de detectar o plágio de ideias, apenas o de texto. Mas houve avanços nos últimos tempos: já é possível detectar paráfrases, substituição de palavras e expressões por sinônimos, traduções e mudança de orações para a voz passiva, por exemplo. "Assim como as pessoas aprendem a driblar a tecnologia, é possível aperfeiçoar a tecnologia para reconhecer essas táticas", diz Dona. Ele afirma que metade dos trabalhos acadêmicos que passam pela plataforma contém mais de 50% de conteúdo não original. Segundo a pró-reitora de pós-graduação e pesquisa da Universidade Mackenzie Helena Pereira, esses checadores de plágio oferecem uma segurança jurídica para as instituições privadas. Segundo ela, no Mackenzie houve reprovações de mestrandos e doutorandos e até demissão de docentes por causa da cópia de textos. Nas instituições públicas, o cenário é mais complicado, afirma o professor da UnB Marcelo Hermes Lima. "Punir o aluno em casos de plágio é muito difícil. Se o professor não tiver o caso bem documentado, é ele quem acaba sendo processado e punido", afirma. Outro problema citado por Hermes Lima são as represálias a docentes que denunciam desvios éticos dos colegas. Os escritórios de integridade científica, munidos de ferramentas de análise, podem ser uma solução, diz Pereira, já que, nesses casos, haveria uma "despersonalização" de quem checa a originalidade. EDUCATIVO Quando alguém comete uma fraude acadêmica, a preocupação muitas vezes é a de evitar a punição, e não a de evitar prejudicar outro pesquisador ou a própria ciência. O grande desafio das instituições é elaborar estratégias para mudar essa cultura que, segundo especialistas, impera no país. A adoção de plataformas antiplágio pode ter também um caráter educativo –quando os "índices de semelhança" são compartilhados com os alunos de graduação e pós-graduação e são usados para aperfeiçoar o processo de produção de texto. Segundo o professor de filosofia da USP Luiz Henrique Santos, a meta é tornar o pesquisador ainda mais consciente de que a ciência é uma construção coletiva e que só faz sentido fazê-la se for algo verdadeiro e potencialmente duradouro.
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Fapesp bloqueará verba de instituição que não adotar medidas antiplágioNão combater a picaretagem acadêmica pode custar dezenas de milhões de reais para as instituições de pesquisa do Estado de São Paulo. A Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) deve, ainda em 2017, começar a indeferir projetos de melhoria na infraestrutura de instituições que não criarem um escritório voltado ao estímulo da integridade acadêmica. Para cada projeto de pesquisa aprovado pela Fapesp, um valor correspondente a 10% da verba é destinado à instituição de pesquisa para esses projetos de melhoria. No ano passado foram repassados R$ 56 milhões a tais projetos em 141 entidades. Segundo Luiz Henrique Lopes dos Santos, membro da diretoria da Fapesp e professor de filosofia da USP, entre as instituições paulistas só a UFABC (Universidade Federal do ABC) tem um órgão do tipo em seu organograma. "Faz cinco anos que todo mundo está avisado que isso aconteceria. Está no termo de outorga assinado pelo responsável da instituição", diz. O escritório de integridade acadêmica deve cuidar de atividades de educação, treinamento e investigação de casos de plágio e de outros desvios de conduta, como fraudes em artigos científicos. "É um recado para os pesquisadores", diz Santos. Para ele, o avanço obtido até então é muito discreto. "Hoje, mesmo as instituições que montam comissões ou sindicâncias para investigar casos de fraude são muito lenientes." Em 2014, a Fapesp, como parte de seu projeto de boas práticas científicas, publicou uma espécie de "página da vergonha" na internet. A lista tem nomes de pesquisadores que, segundo decisão da fundação (baseada em suas investigações), tiveram conduta irregular. Para Santos, o número de casos ainda sob investigação é grande e só deve ser reduzido com a implementação de uma política adotada por esses escritórios de integridade acadêmica, de forma que a cultura acadêmica se modifique. Ele defende a ideia de que são as próprias instituições que devem investigar e punir desvios éticos. "Esperamos um dia não precisar impedir ninguém de pedir recursos para a Fapesp", diz o professor. Picaretagem acadêmica FERRAMENTA Entre os recursos que podem ser utilizados para reduzir o número de plágios estão ferramentas que checam a semelhança entre textos acadêmicos e outros disponíveis na internet e quantificam as informações extraídas de outras fontes –algo como uma porcentagem de plágio. Laércio Dona, diretor comercial da plataforma Turnitin (adotada por USP, FGV e Unesp, entre outras instituições), explica que os softwares atuais não são capazes de detectar o plágio de ideias, apenas o de texto. Mas houve avanços nos últimos tempos: já é possível detectar paráfrases, substituição de palavras e expressões por sinônimos, traduções e mudança de orações para a voz passiva, por exemplo. "Assim como as pessoas aprendem a driblar a tecnologia, é possível aperfeiçoar a tecnologia para reconhecer essas táticas", diz Dona. Ele afirma que metade dos trabalhos acadêmicos que passam pela plataforma contém mais de 50% de conteúdo não original. Segundo a pró-reitora de pós-graduação e pesquisa da Universidade Mackenzie Helena Pereira, esses checadores de plágio oferecem uma segurança jurídica para as instituições privadas. Segundo ela, no Mackenzie houve reprovações de mestrandos e doutorandos e até demissão de docentes por causa da cópia de textos. Nas instituições públicas, o cenário é mais complicado, afirma o professor da UnB Marcelo Hermes Lima. "Punir o aluno em casos de plágio é muito difícil. Se o professor não tiver o caso bem documentado, é ele quem acaba sendo processado e punido", afirma. Outro problema citado por Hermes Lima são as represálias a docentes que denunciam desvios éticos dos colegas. Os escritórios de integridade científica, munidos de ferramentas de análise, podem ser uma solução, diz Pereira, já que, nesses casos, haveria uma "despersonalização" de quem checa a originalidade. EDUCATIVO Quando alguém comete uma fraude acadêmica, a preocupação muitas vezes é a de evitar a punição, e não a de evitar prejudicar outro pesquisador ou a própria ciência. O grande desafio das instituições é elaborar estratégias para mudar essa cultura que, segundo especialistas, impera no país. A adoção de plataformas antiplágio pode ter também um caráter educativo –quando os "índices de semelhança" são compartilhados com os alunos de graduação e pós-graduação e são usados para aperfeiçoar o processo de produção de texto. Segundo o professor de filosofia da USP Luiz Henrique Santos, a meta é tornar o pesquisador ainda mais consciente de que a ciência é uma construção coletiva e que só faz sentido fazê-la se for algo verdadeiro e potencialmente duradouro.
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Crise eleva casos de insônia e depressão entre executivos
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A crise econômica, que se agravou neste ano, aumentou os casos de problemas de saúde relacionados ao estresse, como depressão, insônia e ansiedade, entre executivos, gerentes e empresários. Levantamento feito pela clínica Med-Rio Check Up, que realiza check-ups médicos em executivos e funcionários de alta gerência de grandes empresas do país, mostrou que houve elevação de 37,5% no número de pacientes com depressão no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. DOENÇAS DA CRISE - Crise econômica aumenta casos de depressão, insônia, estresse e ansiedade* A clínica faz anualmente pesquisa com 5.000 pacientes, que pagam cerca de R$ 4.000 por uma bateria de exames laboratoriais e clínicos. A pesquisa apontou mais ocorrências de casos de insônia (alta de 19%), ansiedade (60%) e estresse (27,7%). O temor de perder o emprego e a dificuldade em resolver problemas de gestão fazem com que os funcionários estendam suas jornadas de trabalho e dediquem menos tempo à saúde. O sócio-diretor de uma empresa de artigos infantis com 20 anos de mercado, no Rio, é um exemplo do quanto a crise pode fazer mal à saúde. O empresário, que pediu que não fosse identificado, conta que desenvolveu depressão após ter de fechar 16 das suas 17 lojas em dois anos, por causa da crise. Quando se viu inadimplente e na iminência de demitir seus últimos funcionários, teve uma crise nervosa, que evoluiu para depressão moderada. O empresário ganhou dez quilos e chegou a passar dias sem sair da cama. "Não durmo direito há um ano. Meu casamento acabou, e a perspectiva da minha empresa é nenhuma", diz. Morador do Jardim Botânico, zona sul do Rio de Janeiro, ele tinha uma renda de R$ 20 mil. Hoje, os seus ganhos não superam R$ 5.000 mensais. ESTRESSE Psiquiatras ouvidos pela Folha explicam que, em momentos de crise, os problemas emocionais disparam. "O estresse deixa a pessoa suscetível a enxaquecas, gastrites e até infartos. Mais comuns, porém, são casos de depressão, ansiedade e insônia", afirma o psiquiatra Antônio Nardi, do Instituto de Psiquiatria da UFRJ (Universidade Federal do Rio). Segundo o coordenador dos ambulatórios do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, Rodrigo Leite, estudos mostram que o uso de controladores de humor e antidepressivos disparou em países desenvolvidos durante a crise de 2008. ANTIDEPRESSIVOS Este ano, no Brasil, a venda ao varejo desses dois tipos de medicamento aumentou 11,6% no período de 12 meses encerrados em outubro deste ano, indica levantamento da consultoria IMS Health. A empresária Simone Silva, 46, convive desde 2013 com uma depressão controlada por remédios, mas conta que passou a ter crises constantes recentemente. Seu salão de beleza no centro do Rio teve queda de 40% no movimento nos últimos doze meses. Ela diz que chegou a passar três dias seguidos na cama. "É difícil conviver com a possibilidade de ter de fechar as portas do meu negócio. E enfrento isso todo dia", diz. Uma executiva de uma multinacional de logística, de 43 anos, conta que recorreu aos antidepressivos por não conseguir reverter o quadro ruim na empresa este ano. Pesquisa da consultoria alemã GfK com 200 brasileiros indicou que as principais causas para o estresse são a exigência alta sobre si, a falta de sono e de tempo para fazer o que deseja, a quantidade insuficiente de dinheiro e a violência.
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Crise eleva casos de insônia e depressão entre executivosA crise econômica, que se agravou neste ano, aumentou os casos de problemas de saúde relacionados ao estresse, como depressão, insônia e ansiedade, entre executivos, gerentes e empresários. Levantamento feito pela clínica Med-Rio Check Up, que realiza check-ups médicos em executivos e funcionários de alta gerência de grandes empresas do país, mostrou que houve elevação de 37,5% no número de pacientes com depressão no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. DOENÇAS DA CRISE - Crise econômica aumenta casos de depressão, insônia, estresse e ansiedade* A clínica faz anualmente pesquisa com 5.000 pacientes, que pagam cerca de R$ 4.000 por uma bateria de exames laboratoriais e clínicos. A pesquisa apontou mais ocorrências de casos de insônia (alta de 19%), ansiedade (60%) e estresse (27,7%). O temor de perder o emprego e a dificuldade em resolver problemas de gestão fazem com que os funcionários estendam suas jornadas de trabalho e dediquem menos tempo à saúde. O sócio-diretor de uma empresa de artigos infantis com 20 anos de mercado, no Rio, é um exemplo do quanto a crise pode fazer mal à saúde. O empresário, que pediu que não fosse identificado, conta que desenvolveu depressão após ter de fechar 16 das suas 17 lojas em dois anos, por causa da crise. Quando se viu inadimplente e na iminência de demitir seus últimos funcionários, teve uma crise nervosa, que evoluiu para depressão moderada. O empresário ganhou dez quilos e chegou a passar dias sem sair da cama. "Não durmo direito há um ano. Meu casamento acabou, e a perspectiva da minha empresa é nenhuma", diz. Morador do Jardim Botânico, zona sul do Rio de Janeiro, ele tinha uma renda de R$ 20 mil. Hoje, os seus ganhos não superam R$ 5.000 mensais. ESTRESSE Psiquiatras ouvidos pela Folha explicam que, em momentos de crise, os problemas emocionais disparam. "O estresse deixa a pessoa suscetível a enxaquecas, gastrites e até infartos. Mais comuns, porém, são casos de depressão, ansiedade e insônia", afirma o psiquiatra Antônio Nardi, do Instituto de Psiquiatria da UFRJ (Universidade Federal do Rio). Segundo o coordenador dos ambulatórios do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, Rodrigo Leite, estudos mostram que o uso de controladores de humor e antidepressivos disparou em países desenvolvidos durante a crise de 2008. ANTIDEPRESSIVOS Este ano, no Brasil, a venda ao varejo desses dois tipos de medicamento aumentou 11,6% no período de 12 meses encerrados em outubro deste ano, indica levantamento da consultoria IMS Health. A empresária Simone Silva, 46, convive desde 2013 com uma depressão controlada por remédios, mas conta que passou a ter crises constantes recentemente. Seu salão de beleza no centro do Rio teve queda de 40% no movimento nos últimos doze meses. Ela diz que chegou a passar três dias seguidos na cama. "É difícil conviver com a possibilidade de ter de fechar as portas do meu negócio. E enfrento isso todo dia", diz. Uma executiva de uma multinacional de logística, de 43 anos, conta que recorreu aos antidepressivos por não conseguir reverter o quadro ruim na empresa este ano. Pesquisa da consultoria alemã GfK com 200 brasileiros indicou que as principais causas para o estresse são a exigência alta sobre si, a falta de sono e de tempo para fazer o que deseja, a quantidade insuficiente de dinheiro e a violência.
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Deputados não se interessam por problemas do Brasil, diz leitor
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Fantasiados de brasileiros, envoltos em bandeiras ou portando placas de não vai ter golpe, deputados se digladiam, encenando uma ópera burlesca, onde o que menos interessa são os problemas do Brasil. Não vai ser nada. FRANCISCO RUIZ (São Bernardo do Campo, SP) * Todo poder emana do povo. Se o voto popular é que confere legitimidade ao mandato político, também pode antecipar o seu fim, ao perceber que esse voto gerou a crise política, raiz da crise econômica que assola a nação. Plebiscito pela antecipação das eleições gerais já! JÚLIO LUCATTO (Guaratinguetá, SP) * Querem sentar na cadeira da presidente, fora do calendário? Que o façam. Mas não esqueçam de recolher os frangalhos a que a Constituição foi reduzida. FRANCISCO RAMOS (Brasília, DF) * A quem Dilma pretende enganar ao trombetear que atos pelos quais se pretende levá-la ao impeachment foram cometidos também por outros? Erro alheio não justifica descalabros dela. ELIZIO NILO CALIMAN (Brasília, DF) * Perfeito o texto de Demétrio Magnoli sobre o bizarro editorial da Folha a favor da renúncia de Dilma e Temer. Há uma quantidade de colunistas do jornal alinhados com ideologia de esquerda e, talvez por isso, desconectados do que a população deseja para o Brasil. RICARDO BARRERA (São Paulo, SP) * A coluna "O nome da traidora", de Demétrio Magnoli, citou meu nome entre juristas que foram ao Planalto se manifestar contra o impeachment da presidente da República. A notícia é absolutamente falsa porquanto na data do encontro eu me achava em São João do Sabugi, no Rio Grande do Norte. Em nenhuma ocasião fiz declaração pública sobre o assunto, mas entendo que a matéria consta da Constituição e que a solução da crise deve ocorrer com absoluto respeito e observância das normas constitucionais. PAULO BONAVIDES (Fortaleza, CE) * O descontrole emocional de certas personalidades do mundo político face a crise que vivenciamos é emblemática. Tal realidade se espraia também em parte da população, que já não consegue entender e aceitar as consequências de dita crise. Urge assim que tenhamos equilíbrio, para contextualizar estes momentos complicados da vida nacional e, com isso, possamos ajudar a superar tais imbróglios, rumo a uma pacificação que a nação brasileira está tanto necessitando. JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ) * Sobram impressões e faltam provas materiais na entrevista do relator da comissão do impeachment, Jovair Arantes. Queixar-se de que em outros países presidentes "conversam amigavelmente, pegam sugestão de deputados", enquanto aqui Dilma faz "pouco caso do Congresso", não prova factualmente nada. Quem quer conversar com os mais de 200 parlamentares que estão na lista da Odebrecht? HAROLDO HEVERTON SOUZA DE ARRUDA (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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paineldoleitor
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Deputados não se interessam por problemas do Brasil, diz leitorFantasiados de brasileiros, envoltos em bandeiras ou portando placas de não vai ter golpe, deputados se digladiam, encenando uma ópera burlesca, onde o que menos interessa são os problemas do Brasil. Não vai ser nada. FRANCISCO RUIZ (São Bernardo do Campo, SP) * Todo poder emana do povo. Se o voto popular é que confere legitimidade ao mandato político, também pode antecipar o seu fim, ao perceber que esse voto gerou a crise política, raiz da crise econômica que assola a nação. Plebiscito pela antecipação das eleições gerais já! JÚLIO LUCATTO (Guaratinguetá, SP) * Querem sentar na cadeira da presidente, fora do calendário? Que o façam. Mas não esqueçam de recolher os frangalhos a que a Constituição foi reduzida. FRANCISCO RAMOS (Brasília, DF) * A quem Dilma pretende enganar ao trombetear que atos pelos quais se pretende levá-la ao impeachment foram cometidos também por outros? Erro alheio não justifica descalabros dela. ELIZIO NILO CALIMAN (Brasília, DF) * Perfeito o texto de Demétrio Magnoli sobre o bizarro editorial da Folha a favor da renúncia de Dilma e Temer. Há uma quantidade de colunistas do jornal alinhados com ideologia de esquerda e, talvez por isso, desconectados do que a população deseja para o Brasil. RICARDO BARRERA (São Paulo, SP) * A coluna "O nome da traidora", de Demétrio Magnoli, citou meu nome entre juristas que foram ao Planalto se manifestar contra o impeachment da presidente da República. A notícia é absolutamente falsa porquanto na data do encontro eu me achava em São João do Sabugi, no Rio Grande do Norte. Em nenhuma ocasião fiz declaração pública sobre o assunto, mas entendo que a matéria consta da Constituição e que a solução da crise deve ocorrer com absoluto respeito e observância das normas constitucionais. PAULO BONAVIDES (Fortaleza, CE) * O descontrole emocional de certas personalidades do mundo político face a crise que vivenciamos é emblemática. Tal realidade se espraia também em parte da população, que já não consegue entender e aceitar as consequências de dita crise. Urge assim que tenhamos equilíbrio, para contextualizar estes momentos complicados da vida nacional e, com isso, possamos ajudar a superar tais imbróglios, rumo a uma pacificação que a nação brasileira está tanto necessitando. JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ) * Sobram impressões e faltam provas materiais na entrevista do relator da comissão do impeachment, Jovair Arantes. Queixar-se de que em outros países presidentes "conversam amigavelmente, pegam sugestão de deputados", enquanto aqui Dilma faz "pouco caso do Congresso", não prova factualmente nada. Quem quer conversar com os mais de 200 parlamentares que estão na lista da Odebrecht? HAROLDO HEVERTON SOUZA DE ARRUDA (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Será 2015 o ano do clima?
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A mudança climática é um dos maiores desafios do século 21, com riscos para o bem-estar, a prosperidade e a segurança internacionais. Os impactos sentem-se em todo o mundo, afetando vidas e economias: degelo das calotas polares, com aumento do nível dos oceanos, alteração do regime das chuvas provocando desertificação, inundações e fenómenos meteorológicos extremos e a alteração de ecossistemas. As oportunidades económicas e de negócios para uma transição para um futuro de baixo carbono são, porém, significativas. Um investimento no desenvolvimento socioeconômico de baixo carbono, resiliente às mudanças climáticas, pode gerar emprego e crescimento e reduzir os custos de longo prazo associados à redução das emissões e adaptação às alterações climáticas. A iniciativa internacional "Comissão Global em Economia e Clima", com o seu projeto "Nova Economia Climática", fornece evidências sobre as relações entre as ações que podem reforçar o desempenho económico e aquelas que reduzem o risco de alterações climáticas. O ano de 2015 é decisivo para o clima, já que a comunidade internacional se prepara para adotar um novo acordo climático global em Paris, no mês de dezembro, na 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, a COP 21. É necessário limitar o aumento da temperatura global abaixo dos 2°C e, para isso, é essencial garantir um acordo justo mas também ambicioso e juridicamente vinculante. Todos os países devem apresentar as suas contribuições para a redução de emissões de gases de efeito estufa com bastante antecedência da Conferência de Paris para que possamos projetar e chegar a um acordo robusto, dinâmico e eficaz. Esse acordo deve responder à realidade de hoje e estar apto para o futuro. É necessário que as contribuições nacionais associadas ao regime pós-2020 evoluam para lá da velha divisão entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. As contribuições individuais dos países precisam ser ambiciosas, tomando evidentemente em consideração as respectivas responsabilidades e as possíveis capacidades de cada parte, mas que reflita também a evolução das realidades de cada um. Os esforços e a ambição por parte dos países do G20, do qual a União Europeia e o Brasil fazem parte, que respondem por 75% das emissões globais, serão decisivos. A União Europeia foi a primeira grande economia a apresentar a sua contribuição, com uma redução de pelo menos 40% nas emissões até ao ano de 2030 em comparação com o de 1990. Outros países se seguiram como EUA, Rússia e México, bem como Noruega, Liechtenstein, Gabão, Suíça e Andorra. O Acordo de Paris deve atender aos desafios decorrentes das alterações climáticas. Precisamos apoiar os países mais vulneráveis e os que possuem menos meios para lidar com as consequências negativas das alterações e aumentar a cooperação internacional na área de adaptação. A União Europeia está plenamente empenhada em fazer a sua parte e conta com seus parceiros internacionais para chegar a uma conclusão bem-sucedida em Paris. Esta é uma oportunidade histórica que nós não podemos nos dar ao luxo de perder. ANA PAULA ZACARIAS é embaixadora da União Europeia no Brasil. Foi embaixadora de Portugal na Estônia (2005-2009) e vice-chefe da representação de Portugal na União Europeia (2009) ALDA VANAGA é embaixadora da Letônia em Portugal * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Será 2015 o ano do clima?A mudança climática é um dos maiores desafios do século 21, com riscos para o bem-estar, a prosperidade e a segurança internacionais. Os impactos sentem-se em todo o mundo, afetando vidas e economias: degelo das calotas polares, com aumento do nível dos oceanos, alteração do regime das chuvas provocando desertificação, inundações e fenómenos meteorológicos extremos e a alteração de ecossistemas. As oportunidades económicas e de negócios para uma transição para um futuro de baixo carbono são, porém, significativas. Um investimento no desenvolvimento socioeconômico de baixo carbono, resiliente às mudanças climáticas, pode gerar emprego e crescimento e reduzir os custos de longo prazo associados à redução das emissões e adaptação às alterações climáticas. A iniciativa internacional "Comissão Global em Economia e Clima", com o seu projeto "Nova Economia Climática", fornece evidências sobre as relações entre as ações que podem reforçar o desempenho económico e aquelas que reduzem o risco de alterações climáticas. O ano de 2015 é decisivo para o clima, já que a comunidade internacional se prepara para adotar um novo acordo climático global em Paris, no mês de dezembro, na 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, a COP 21. É necessário limitar o aumento da temperatura global abaixo dos 2°C e, para isso, é essencial garantir um acordo justo mas também ambicioso e juridicamente vinculante. Todos os países devem apresentar as suas contribuições para a redução de emissões de gases de efeito estufa com bastante antecedência da Conferência de Paris para que possamos projetar e chegar a um acordo robusto, dinâmico e eficaz. Esse acordo deve responder à realidade de hoje e estar apto para o futuro. É necessário que as contribuições nacionais associadas ao regime pós-2020 evoluam para lá da velha divisão entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. As contribuições individuais dos países precisam ser ambiciosas, tomando evidentemente em consideração as respectivas responsabilidades e as possíveis capacidades de cada parte, mas que reflita também a evolução das realidades de cada um. Os esforços e a ambição por parte dos países do G20, do qual a União Europeia e o Brasil fazem parte, que respondem por 75% das emissões globais, serão decisivos. A União Europeia foi a primeira grande economia a apresentar a sua contribuição, com uma redução de pelo menos 40% nas emissões até ao ano de 2030 em comparação com o de 1990. Outros países se seguiram como EUA, Rússia e México, bem como Noruega, Liechtenstein, Gabão, Suíça e Andorra. O Acordo de Paris deve atender aos desafios decorrentes das alterações climáticas. Precisamos apoiar os países mais vulneráveis e os que possuem menos meios para lidar com as consequências negativas das alterações e aumentar a cooperação internacional na área de adaptação. A União Europeia está plenamente empenhada em fazer a sua parte e conta com seus parceiros internacionais para chegar a uma conclusão bem-sucedida em Paris. Esta é uma oportunidade histórica que nós não podemos nos dar ao luxo de perder. ANA PAULA ZACARIAS é embaixadora da União Europeia no Brasil. Foi embaixadora de Portugal na Estônia (2005-2009) e vice-chefe da representação de Portugal na União Europeia (2009) ALDA VANAGA é embaixadora da Letônia em Portugal * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Descontentes, delegações estrangeiras bancam obras na Vila Olímpica
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CAMILA MATTOSO ENVIADA ESPECIAL AO RIO As delegações dos Estados Unidos, Itália e Holanda pagaram por conta própria funcionários temporários que realizaram obras de acabamento em apartamentos da Vila Olímpica, onde os atletas ficarão alojados a partir deste domingo (24). Descontentes com o que viram, os três países decidiram arcar com as contas para melhorar a situação do local. O Comitê Organizador da Rio-2016 admitiu à Folha que abrirá o espaço aos competidores com algumas pendências, que terão de ser resolvidas nos próximos dias. Os apartamentos serão entregues aos atletas neste domingo. Na última semana, funcionários das delegações tiveram acesso ao local. EUA, Itália e Holanda contrataram terceirizados para diferentes funções, desde colocação de lâmpadas, a ajustes de encanamento e trabalho de limpeza. Não há informações de qual foi o valor desembolsado pelas delegações com os serviços. Os três países foram procurados por meio da assessoria de imprensa dos respectivos comitês, mas não responderam até a publicação da reportagem. O Comitê da Rio-2016, por sua vez, confirmou que houve a contratação de funcionários independentes. Dezessete mil atletas são esperados durante o período dos Jogos Olímpcos. A cerimônia de abertura acontece no dia 5 de agosto, no estádio do Maracanã. A Vila fica a cerca de 4,5 km do Parque Olímpico, principal palco de provas do evento. Serão 16 modalidades com disputas no local. Ambas as instalações ficam no bairro de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro. De acordo a coluna do Ancelmo Gois, em "O Globo", na última sexta-feira (22), a Carvalho Hosken e a Odebrecht entregaram o condomínio com cerca de 20% dos apartamentos com problemas de acabamento, como infiltrações ou reboco caindo. Os últimos dias foram de esforço redobrado dos funcionários, na tentativa de terminar tudo em tempo. A poucas horas dos atletas chegarem, operários viravam a madrugada trabalhando. Contratados para executar obras na Vila Olímpica relatam que foram chamados para resolver problemas de reparo na parte elétrica. Falhas em instalações impedem o funcionamento de alguns aparelhos de ar condicionado nos quartos dos atletas. O Comitê da Rio-2016 informa que os testes realizados detectaram problemas em alguns apartamentos e há uma força-tarefa para eles sejam resolvidos rapidamente. A Vila está montada num complexo de sete condomínios, 31 prédios, com total de 3.604 apartamentos, recém-construídos para serem vendidos no mercado. Os prédios de até 17 andares estão interligados por um parque que será público depois dos Jogos. Vila dos Atletas
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esporte
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Descontentes, delegações estrangeiras bancam obras na Vila Olímpica
CAMILA MATTOSO ENVIADA ESPECIAL AO RIO As delegações dos Estados Unidos, Itália e Holanda pagaram por conta própria funcionários temporários que realizaram obras de acabamento em apartamentos da Vila Olímpica, onde os atletas ficarão alojados a partir deste domingo (24). Descontentes com o que viram, os três países decidiram arcar com as contas para melhorar a situação do local. O Comitê Organizador da Rio-2016 admitiu à Folha que abrirá o espaço aos competidores com algumas pendências, que terão de ser resolvidas nos próximos dias. Os apartamentos serão entregues aos atletas neste domingo. Na última semana, funcionários das delegações tiveram acesso ao local. EUA, Itália e Holanda contrataram terceirizados para diferentes funções, desde colocação de lâmpadas, a ajustes de encanamento e trabalho de limpeza. Não há informações de qual foi o valor desembolsado pelas delegações com os serviços. Os três países foram procurados por meio da assessoria de imprensa dos respectivos comitês, mas não responderam até a publicação da reportagem. O Comitê da Rio-2016, por sua vez, confirmou que houve a contratação de funcionários independentes. Dezessete mil atletas são esperados durante o período dos Jogos Olímpcos. A cerimônia de abertura acontece no dia 5 de agosto, no estádio do Maracanã. A Vila fica a cerca de 4,5 km do Parque Olímpico, principal palco de provas do evento. Serão 16 modalidades com disputas no local. Ambas as instalações ficam no bairro de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro. De acordo a coluna do Ancelmo Gois, em "O Globo", na última sexta-feira (22), a Carvalho Hosken e a Odebrecht entregaram o condomínio com cerca de 20% dos apartamentos com problemas de acabamento, como infiltrações ou reboco caindo. Os últimos dias foram de esforço redobrado dos funcionários, na tentativa de terminar tudo em tempo. A poucas horas dos atletas chegarem, operários viravam a madrugada trabalhando. Contratados para executar obras na Vila Olímpica relatam que foram chamados para resolver problemas de reparo na parte elétrica. Falhas em instalações impedem o funcionamento de alguns aparelhos de ar condicionado nos quartos dos atletas. O Comitê da Rio-2016 informa que os testes realizados detectaram problemas em alguns apartamentos e há uma força-tarefa para eles sejam resolvidos rapidamente. A Vila está montada num complexo de sete condomínios, 31 prédios, com total de 3.604 apartamentos, recém-construídos para serem vendidos no mercado. Os prédios de até 17 andares estão interligados por um parque que será público depois dos Jogos. Vila dos Atletas
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Protestos de junho de 2013 atraíram 1 milhão no auge
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Em junho de 2013 –mês marcado por uma onda de enormes protestos pelo país–, as manifestações de rua passaram de cerca de 2.000 para mais de 1 milhão de pessoas em duas semanas. O marco inicial do período, batizado como "jornadas de junho", foi um protesto no dia 6 daquele mês contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo. O ato foi promovido pelo MPL (Movimento Passe Livre), que já havia feito manifestações parecidas em anos anteriores. De um lado, manifestantes fecharam vias, quebraram placas, picharam muros. De outro, a polícia lançou bombas e balas de borracha. No dia seguinte, uma passeata liderada pelo mesmo grupo aparentava estar um pouco mais encorpada. A estimativa de participantes feita pela PM subiu para 5.000. No terceiro ato, no dia 11, as estimativas de adesão ainda não chegavam a 10 mil. Mas a escalada de violência tornou-se evidente. O protesto terminou com 20 pessoas detidas. Uma das datas mais marcantes da "jornada" de 2013 foi o 13 de junho, com os organizadores estimando a participação de 20 mil pessoas. O ato de São Paulo foi seguido de repressão policial violenta. No fim, mais de 100 feridos e cerca de 200 detidos. Protestar contra a atuação da polícia tornou-se então uma das principais motivações para as manifestações. O movimento espalhou-se para novas capitais, agregou novas causas, como a oposição aos gastos da Copa, e agigantou-se. Estimativas da época falam em 215 mil pessoas em 12 cidades no dia 17. Em São Paulo, o Datafolha contou 65 mil nesse dia. No dia 20, duas semanas após o marco inicial, atos em 13 capitais mobilizaram, segundo estimativas, mais de 1 milhão de pessoas. Em Brasília, manifestantes atacaram prédios de vários ministérios. A partir do dia 23, houve protestos quase diários e manifestações em cidades médias e pequenas. As pautas se diversificaram. No dia 31, a avenida Paulista foi tomada por atos de pequeno porte.
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Protestos de junho de 2013 atraíram 1 milhão no augeEm junho de 2013 –mês marcado por uma onda de enormes protestos pelo país–, as manifestações de rua passaram de cerca de 2.000 para mais de 1 milhão de pessoas em duas semanas. O marco inicial do período, batizado como "jornadas de junho", foi um protesto no dia 6 daquele mês contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo. O ato foi promovido pelo MPL (Movimento Passe Livre), que já havia feito manifestações parecidas em anos anteriores. De um lado, manifestantes fecharam vias, quebraram placas, picharam muros. De outro, a polícia lançou bombas e balas de borracha. No dia seguinte, uma passeata liderada pelo mesmo grupo aparentava estar um pouco mais encorpada. A estimativa de participantes feita pela PM subiu para 5.000. No terceiro ato, no dia 11, as estimativas de adesão ainda não chegavam a 10 mil. Mas a escalada de violência tornou-se evidente. O protesto terminou com 20 pessoas detidas. Uma das datas mais marcantes da "jornada" de 2013 foi o 13 de junho, com os organizadores estimando a participação de 20 mil pessoas. O ato de São Paulo foi seguido de repressão policial violenta. No fim, mais de 100 feridos e cerca de 200 detidos. Protestar contra a atuação da polícia tornou-se então uma das principais motivações para as manifestações. O movimento espalhou-se para novas capitais, agregou novas causas, como a oposição aos gastos da Copa, e agigantou-se. Estimativas da época falam em 215 mil pessoas em 12 cidades no dia 17. Em São Paulo, o Datafolha contou 65 mil nesse dia. No dia 20, duas semanas após o marco inicial, atos em 13 capitais mobilizaram, segundo estimativas, mais de 1 milhão de pessoas. Em Brasília, manifestantes atacaram prédios de vários ministérios. A partir do dia 23, houve protestos quase diários e manifestações em cidades médias e pequenas. As pautas se diversificaram. No dia 31, a avenida Paulista foi tomada por atos de pequeno porte.
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Empresas de infraestrutura do Brasil estendem tapete a investidor chinês
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Quando Li Keqiang, o primeiro-ministro da China, estava tentando enfatizar a importância do relacionamento entre Pequim e o Brasil, ele escreveu sobre o amor dos chineses pelas novelas brasileiras, como por exemplo "Escrava Isaura", sucesso dos anos 1970. A novela, que foi seguida entusiasticamente pela audiência chinesa, acompanha a bela e modesta Isaura em suas tortuosas batalhas contra a adversidade. Narrativa semelhante poderia ser aplicada, com muito menos ardor romântico, à gangorra do relacionamento econômico entre o Brasil e a China. O ardor que acompanhou o boom nas exportações de commodities à China, nos anos iniciais do milênio, já havia se dissipado em 2015, quando o colapso econômico deixou milhões de brasileiros desempregados. No mesmo artigo em que elogiava Isaura, porém, em 2015, Li expressava otimismo. Os dois "parceiros naturais" encontrariam um novo caminho que transcenderia a dependência quanto ao comércio de commodities e enfatizaria o investimento chinês em infraestrutura, para ajudar o Brasil a evitar "armadilha da renda média", escreveu Li. "A China está disposta a participar na construção da rede de ferrovias de carga, da rede de energia, da rede de comunicação, e em outros grandes projetos de construção brasileiros, e a cooperar com o lado brasileiro em toda a cadeia industrial, na construção naval, indústria química, exploração de gás natural e petróleo, e outras áreas", acrescentou o primeiro-ministro chinês. Nos últimos 18 meses, Pequim começou a cumprir essas promessas de maneira enfática. Kevin Gallagher, professor de política mundial de desenvolvimento na Universidade de Boston, diz que uma nova fase está em curso no relacionamento comercial entre a China e o Brasil. "O boom acabou no que tange às commodities, mas está acontecendo uma virada na direção da infraestrutura, serviços financeiros e certos segmentos da indústria". Uma das expressões mais claras da nova disposição chinesa surgiu em junho deste ano, quando Pequim concordou em destinar US$ 15 bilhões a um fundo bilateral de US$ 20 bilhões destinado primordialmente a projetos de infraestrutura. Instituições financeiras brasileiras devem prover os US$ 5 bilhões adicionais para o fundo, proposto inicialmente por Li em sua visita ao Brasil em 2015. "A China vem agindo verdadeiramente rápido para estabelecer o fundo de infraestrutura de US$ 20 bilhões, porque deseja colocar [o investimento] em ação", diz Gallagher. "O Brasil, é claro, está pronto a aceitar, porque no momento o custo do capital no país é alto. O Brasil tem sérias deficiências de infraestrutura que não serão cobertas pelo capital privado ou mesmo por bancos de desenvolvimento, e por isso o dinheiro chinês é muito necessário". O escopo das necessidades de infraestrutura brasileiras —e portanto a dimensão da oportunidade para as empreiteiras chinesas ávidas por projetos— é imenso. O Global Infrastructure Hub, uma iniciativa de pesquisa do Grupo dos 20 (G20), estima que o Brasil necessite instalar pelo menos US$ 2,7 trilhões em infraestrutura até 2040, mas que ao ritmo atual de investimento só atingirá US$ 1,5 trilhão desse valor, o que deixa um deficit de US$ 1,2 trilhão. Pressões como essas, reforçadas por aquelas que a recessão econômica do Brasil cria, resultaram em maior abertura ao controle e construção de infraestrutura por estrangeiros. Os grandes grupos estatais chineses aproveitaram a oportunidade, abocanhando ativos de infraestrutura importantes e preparando lances para muitos outros projetos, dizem autoridades e analistas. "Alguns países não permitem investimento da China nesses setores [infraestrutura básica], mas não é esse o caso no Brasil", disse Roberto Jaguaribe, presidente da Apex Brasil, agência de promoção do comércio internacional e investimento brasileira. "Estamos muito abertos aos investimentos chinesas em infraestrutura". Jaguaribe, antigo embaixador brasileiro à China, não duvida da importância macroeconômica dos investimentos chineses, em um momento no qual o Brasil luta para se libertar da profunda recessão que se seguiu ao boom nas commodities. "A China é o maior investidor no Brasil a cada ano, nos anos recentes, e acreditamos que esses investimentos venham a subir ainda mais", ele disse. Em números concretos, as aquisições comandadas pelos chineses no ramo de infraestrutura montaram a US$ 5,7 bilhões nos quatro primeiros meses de 2017, respondendo por quase 40% da entrada total de investimentos no Brasil, de acordo com a consultoria Dealogic. A Câmara de Comércio Brasil-China, em São Paulo, prevê que o número possa atingir US$ 20 bilhões em 2017, 70% acima do total de 2016. A importância do investimento chinês em infraestrutura pode ser vista claramente nos setores de geração e transmissão de energia. A State Grid Corp, uma estatal chinesa de transmissão de energia e maior companhia mundial de infraestrutura, adquiriu participação controladora na CPFL Energia, no ano passado. Isso confere à empresa chinesa, que já operava quase 10 mil quilômetros de linhas de transmissão de energia no Brasil, a responsabilidade por uma das maiores porções da grade de energia brasileira. Na geração de energia, a China Three Gorges Corporation adquiriu os direitos de operação de duas grandes usinas hidrelétricas brasileiras, Jupiá e Ilha Solteira, por 30 anos, pagando US$ 3,7 bilhões, no final de 2015. E isso pode ser apenas o começo de uma onda de transações. Diversas outras companhias chinesas de energia, entre as quais a Shanghai Electric, China Southern Power Grid e Huaneng, estão estudando apresentar ofertas por ativos do setor de energia brasileiro que serão colocados à venda, dizem analistas. Em certo sentido, os chineses estão desempenhando o papel de salvadores. A dívida de algumas das companhias brasileiras de eletricidade estava subindo para níveis insustentáveis, exacerbada pela recessão e por uma medida do governo que forçou as companhias a reduzir tarifas para renovação de seus contratos por 30 anos, em 2012. Uma seca severa entre 2013 e 2015 reduziu o volume de água nas represas brasileiras, prejudicando muito as companhias hidrelétricas, e os clientes se viram forçados a substituir as fontes hidrelétricas de energia por fontes termoelétricas. A dimensão estratégica disso é que Pequim encara o Brasil como aliado importante entre os países em desenvolvimentos, e um mercado potencialmente crucial, com 200 milhões de habitantes, além de como plataforma para oportunidades comerciais no restante da América Latina. Que o Brasil esteja situado em uma região de interesse estratégico para os Estados Unidos, cujo relacionamento com a China está cada vez mais difícil, só serve para aumentar o valor dos elos com os brasileiros, aos olhos de Pequim. No entanto, existem preocupações residuais, diz Jaguaribe. As empresas chinesas de infraestrutura terão de ser cuidadosas quanto às práticas trabalhistas e normas ambientais e sociais brasileiras, se continuarem a adquirir grandes porções da infraestrutura do país, ele adverte. "A maior barreira é que elas não podem agir no exterior como fazem na China", diz Jaguaribe. "Alguns países permitem que o façam, mas não é o que acontece no Brasil". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Empresas de infraestrutura do Brasil estendem tapete a investidor chinêsQuando Li Keqiang, o primeiro-ministro da China, estava tentando enfatizar a importância do relacionamento entre Pequim e o Brasil, ele escreveu sobre o amor dos chineses pelas novelas brasileiras, como por exemplo "Escrava Isaura", sucesso dos anos 1970. A novela, que foi seguida entusiasticamente pela audiência chinesa, acompanha a bela e modesta Isaura em suas tortuosas batalhas contra a adversidade. Narrativa semelhante poderia ser aplicada, com muito menos ardor romântico, à gangorra do relacionamento econômico entre o Brasil e a China. O ardor que acompanhou o boom nas exportações de commodities à China, nos anos iniciais do milênio, já havia se dissipado em 2015, quando o colapso econômico deixou milhões de brasileiros desempregados. No mesmo artigo em que elogiava Isaura, porém, em 2015, Li expressava otimismo. Os dois "parceiros naturais" encontrariam um novo caminho que transcenderia a dependência quanto ao comércio de commodities e enfatizaria o investimento chinês em infraestrutura, para ajudar o Brasil a evitar "armadilha da renda média", escreveu Li. "A China está disposta a participar na construção da rede de ferrovias de carga, da rede de energia, da rede de comunicação, e em outros grandes projetos de construção brasileiros, e a cooperar com o lado brasileiro em toda a cadeia industrial, na construção naval, indústria química, exploração de gás natural e petróleo, e outras áreas", acrescentou o primeiro-ministro chinês. Nos últimos 18 meses, Pequim começou a cumprir essas promessas de maneira enfática. Kevin Gallagher, professor de política mundial de desenvolvimento na Universidade de Boston, diz que uma nova fase está em curso no relacionamento comercial entre a China e o Brasil. "O boom acabou no que tange às commodities, mas está acontecendo uma virada na direção da infraestrutura, serviços financeiros e certos segmentos da indústria". Uma das expressões mais claras da nova disposição chinesa surgiu em junho deste ano, quando Pequim concordou em destinar US$ 15 bilhões a um fundo bilateral de US$ 20 bilhões destinado primordialmente a projetos de infraestrutura. Instituições financeiras brasileiras devem prover os US$ 5 bilhões adicionais para o fundo, proposto inicialmente por Li em sua visita ao Brasil em 2015. "A China vem agindo verdadeiramente rápido para estabelecer o fundo de infraestrutura de US$ 20 bilhões, porque deseja colocar [o investimento] em ação", diz Gallagher. "O Brasil, é claro, está pronto a aceitar, porque no momento o custo do capital no país é alto. O Brasil tem sérias deficiências de infraestrutura que não serão cobertas pelo capital privado ou mesmo por bancos de desenvolvimento, e por isso o dinheiro chinês é muito necessário". O escopo das necessidades de infraestrutura brasileiras —e portanto a dimensão da oportunidade para as empreiteiras chinesas ávidas por projetos— é imenso. O Global Infrastructure Hub, uma iniciativa de pesquisa do Grupo dos 20 (G20), estima que o Brasil necessite instalar pelo menos US$ 2,7 trilhões em infraestrutura até 2040, mas que ao ritmo atual de investimento só atingirá US$ 1,5 trilhão desse valor, o que deixa um deficit de US$ 1,2 trilhão. Pressões como essas, reforçadas por aquelas que a recessão econômica do Brasil cria, resultaram em maior abertura ao controle e construção de infraestrutura por estrangeiros. Os grandes grupos estatais chineses aproveitaram a oportunidade, abocanhando ativos de infraestrutura importantes e preparando lances para muitos outros projetos, dizem autoridades e analistas. "Alguns países não permitem investimento da China nesses setores [infraestrutura básica], mas não é esse o caso no Brasil", disse Roberto Jaguaribe, presidente da Apex Brasil, agência de promoção do comércio internacional e investimento brasileira. "Estamos muito abertos aos investimentos chinesas em infraestrutura". Jaguaribe, antigo embaixador brasileiro à China, não duvida da importância macroeconômica dos investimentos chineses, em um momento no qual o Brasil luta para se libertar da profunda recessão que se seguiu ao boom nas commodities. "A China é o maior investidor no Brasil a cada ano, nos anos recentes, e acreditamos que esses investimentos venham a subir ainda mais", ele disse. Em números concretos, as aquisições comandadas pelos chineses no ramo de infraestrutura montaram a US$ 5,7 bilhões nos quatro primeiros meses de 2017, respondendo por quase 40% da entrada total de investimentos no Brasil, de acordo com a consultoria Dealogic. A Câmara de Comércio Brasil-China, em São Paulo, prevê que o número possa atingir US$ 20 bilhões em 2017, 70% acima do total de 2016. A importância do investimento chinês em infraestrutura pode ser vista claramente nos setores de geração e transmissão de energia. A State Grid Corp, uma estatal chinesa de transmissão de energia e maior companhia mundial de infraestrutura, adquiriu participação controladora na CPFL Energia, no ano passado. Isso confere à empresa chinesa, que já operava quase 10 mil quilômetros de linhas de transmissão de energia no Brasil, a responsabilidade por uma das maiores porções da grade de energia brasileira. Na geração de energia, a China Three Gorges Corporation adquiriu os direitos de operação de duas grandes usinas hidrelétricas brasileiras, Jupiá e Ilha Solteira, por 30 anos, pagando US$ 3,7 bilhões, no final de 2015. E isso pode ser apenas o começo de uma onda de transações. Diversas outras companhias chinesas de energia, entre as quais a Shanghai Electric, China Southern Power Grid e Huaneng, estão estudando apresentar ofertas por ativos do setor de energia brasileiro que serão colocados à venda, dizem analistas. Em certo sentido, os chineses estão desempenhando o papel de salvadores. A dívida de algumas das companhias brasileiras de eletricidade estava subindo para níveis insustentáveis, exacerbada pela recessão e por uma medida do governo que forçou as companhias a reduzir tarifas para renovação de seus contratos por 30 anos, em 2012. Uma seca severa entre 2013 e 2015 reduziu o volume de água nas represas brasileiras, prejudicando muito as companhias hidrelétricas, e os clientes se viram forçados a substituir as fontes hidrelétricas de energia por fontes termoelétricas. A dimensão estratégica disso é que Pequim encara o Brasil como aliado importante entre os países em desenvolvimentos, e um mercado potencialmente crucial, com 200 milhões de habitantes, além de como plataforma para oportunidades comerciais no restante da América Latina. Que o Brasil esteja situado em uma região de interesse estratégico para os Estados Unidos, cujo relacionamento com a China está cada vez mais difícil, só serve para aumentar o valor dos elos com os brasileiros, aos olhos de Pequim. No entanto, existem preocupações residuais, diz Jaguaribe. As empresas chinesas de infraestrutura terão de ser cuidadosas quanto às práticas trabalhistas e normas ambientais e sociais brasileiras, se continuarem a adquirir grandes porções da infraestrutura do país, ele adverte. "A maior barreira é que elas não podem agir no exterior como fazem na China", diz Jaguaribe. "Alguns países permitem que o façam, mas não é o que acontece no Brasil". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Psicanalistas não terão de informar CPF de pacientes no Imposto de Renda
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Os psicanalistas não serão mais obrigados a informar o CPF dos seus pacientes na declaração do Imposto de Renda. Uma instrução normativa da Receita Federa divulgada nesta terça-feira (23) dispensou esses profissionais de informarem, no carnê-leão e na declaração anual do IR, o CPF dos pacientes que fizeram pagamentos pelos serviços prestados. A dispensa já vale para as declarações a serem entregues entre 1º de março e 29 de abril deste ano. Com a exclusão dos psicanalistas, a obrigatoriedade de informar o CPF dos pacientes/clientes continua valendo desde 1º de janeiro de 2015 para médicos, odontólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, advogados e psicólogos. Quando usarem o programa do carnê-leão, esses profissionais terão de informar, além do CPF, o número do registro profissional, por Código de Ocupação Principal. Esses COPs são os seguintes: médicos, 225; dentistas, 226; fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, 229; advogados, 241; e psicólogos, 255. O carnê-leão é um recolhimento obrigatório pelos autônomos que recebem mais do que o limite mensal de isenção da tabela do IR na fonte (atualmente, R$ 1.903,98). O prazo para pagamento é até o último dia útil do mês seguinte ao do recebimento dos valores. GANHO DE CAPITAL EM HERANÇAS TEM NOVO PRAZO A mesma instrução normativa também alterou o prazo de pagamento do IR da pessoa física incidente sobre o ganho de capital apurado na transferência de bens e direitos aos herdeiros ou legatários. O IR devido sobre o ganho de capital nesses casos deverá ser recolhido pelo inventariante até a data prevista para a entrega da Declaração Final de Espólio (até agora, o prazo de recolhimento era até 30 dias do trânsito em julgado da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação ou lavratura da escritura pública). Assim, o recolhimento do IR devido sobre o ganho de capital deve ocorrer até o último dia útil de abril do ano subsequente ao: a) da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens inventariados, que tenha transitado em julgado até o último dia de fevereiro do ano calendário subsequente ao da decisão judicial; b) da lavratura da escritura pública de inventário e partilha; c) do trânsito em julgado, quando este ocorrer a partir de 1º de março do ano subsequente ao da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens inventariados.
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mercado
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Psicanalistas não terão de informar CPF de pacientes no Imposto de RendaOs psicanalistas não serão mais obrigados a informar o CPF dos seus pacientes na declaração do Imposto de Renda. Uma instrução normativa da Receita Federa divulgada nesta terça-feira (23) dispensou esses profissionais de informarem, no carnê-leão e na declaração anual do IR, o CPF dos pacientes que fizeram pagamentos pelos serviços prestados. A dispensa já vale para as declarações a serem entregues entre 1º de março e 29 de abril deste ano. Com a exclusão dos psicanalistas, a obrigatoriedade de informar o CPF dos pacientes/clientes continua valendo desde 1º de janeiro de 2015 para médicos, odontólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, advogados e psicólogos. Quando usarem o programa do carnê-leão, esses profissionais terão de informar, além do CPF, o número do registro profissional, por Código de Ocupação Principal. Esses COPs são os seguintes: médicos, 225; dentistas, 226; fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, 229; advogados, 241; e psicólogos, 255. O carnê-leão é um recolhimento obrigatório pelos autônomos que recebem mais do que o limite mensal de isenção da tabela do IR na fonte (atualmente, R$ 1.903,98). O prazo para pagamento é até o último dia útil do mês seguinte ao do recebimento dos valores. GANHO DE CAPITAL EM HERANÇAS TEM NOVO PRAZO A mesma instrução normativa também alterou o prazo de pagamento do IR da pessoa física incidente sobre o ganho de capital apurado na transferência de bens e direitos aos herdeiros ou legatários. O IR devido sobre o ganho de capital nesses casos deverá ser recolhido pelo inventariante até a data prevista para a entrega da Declaração Final de Espólio (até agora, o prazo de recolhimento era até 30 dias do trânsito em julgado da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação ou lavratura da escritura pública). Assim, o recolhimento do IR devido sobre o ganho de capital deve ocorrer até o último dia útil de abril do ano subsequente ao: a) da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens inventariados, que tenha transitado em julgado até o último dia de fevereiro do ano calendário subsequente ao da decisão judicial; b) da lavratura da escritura pública de inventário e partilha; c) do trânsito em julgado, quando este ocorrer a partir de 1º de março do ano subsequente ao da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens inventariados.
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Sem o capitão Xavi, Barça terá Messi e Neymar para jogo da Copa do Rei
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O argentino Lionel Messi e o atacante Neymar foram relacionados pelo técnico do Barcelona, Luis Enrique, para o duelo contra o Elche, marcado para esta quinta-feira (8), no Camp Nou, pelas oitavas de final da Copa do Rei. Messi começou no banco de reservas e entrou no decorrer do jogo contra o Real Sociedad, o que desencadeou uma crise no clube catalão. Na quarta-feira, o treinador concedeu uma entrevista e não quis confirmar e nem desmentir o eventual desentendimento com o argentino. Neymar também começou no banco de reservas na última partida assim como o lateral direito Daniel Alves, que também foi relacionado para o confronto contra o Elche. Outro brasileiro convocado foi o lateral Adriano. Por outro lado, Rafinha e Douglas ficaram de fora. Já o capitão Xavi foi baixa de última hora, devido a uma lesão na perna direita.
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Sem o capitão Xavi, Barça terá Messi e Neymar para jogo da Copa do ReiO argentino Lionel Messi e o atacante Neymar foram relacionados pelo técnico do Barcelona, Luis Enrique, para o duelo contra o Elche, marcado para esta quinta-feira (8), no Camp Nou, pelas oitavas de final da Copa do Rei. Messi começou no banco de reservas e entrou no decorrer do jogo contra o Real Sociedad, o que desencadeou uma crise no clube catalão. Na quarta-feira, o treinador concedeu uma entrevista e não quis confirmar e nem desmentir o eventual desentendimento com o argentino. Neymar também começou no banco de reservas na última partida assim como o lateral direito Daniel Alves, que também foi relacionado para o confronto contra o Elche. Outro brasileiro convocado foi o lateral Adriano. Por outro lado, Rafinha e Douglas ficaram de fora. Já o capitão Xavi foi baixa de última hora, devido a uma lesão na perna direita.
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Luxury Renting for the Uber-Rich Olympic Visitors
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ROBERTO DE OLIVEIRA SPECIAL ENVOY TO RIO The world has invaded Rio. For corner of privacy, you are going to have to pay a high price. For a spot on the seafront or in the mountains, an even higher one. Inside the property designed by architect Claudio Bernardes nestles a luscious garden. The 8,000m2 green space was created by renowned Brazilian landscape artist Roberto Burle Marx. Regardless of where in the garden you put your sun lounger, the neighbours cannot see you, nor you them. Luxurious and comfortable, the only background noise is the twittering of singing birds. The property was rented for US$ 40,000.... a day! But privacy is a highly valued commodity: the space will be inhabited by a group of Arab magnates. The house is situated high-up in the small and affluent Joá neighbourhood, which divides the beaches of the Western and Southern zones of Rio, riding on the back of the magnificent Joatinga hillock. Nearly 10km from there, a tranquil and leafy road leads to the Botanic Garden. Along it, there are only six houses. But if you're anybody who is anybody, these are the houses for you. The area is imbued with a heady scent of roses. The privilege of breathing in this fragrance, and of inhaling the sweet smell of privacy, goes to the Olympic version of the ambassador for Qatar, the country that will host the World Cup in 2022. Also renting here is the maximum authority for strategy for the Persian Gulf state: emir Tamim bin Hamad Al Thani, son of Sheik Hamad bin Khalifa Al Thani, one of the richest men in the world. In 2013 Sheik Hamad abdicated from the throne in a move never before seen in the Arab world, letting his son and heir take over. In the main mansion: sofas that seat 24 people in the lobby, seven suites and an office suspended by steel cables. It is 7,000 m2. The view is picture perfect. At the top, Christ the Redeemer, his arms out wide to embrace the onlooker. Below, the wooden decking leads to a swimming pool whose crystalline waters look as if they are about drain away straight into the Botanic Garden. Leonardo Schneider, the 44-year old Vice-Presidente of Secovi-Rio, the city's housing union, states that rent prices are absolutely through the roof. Prices during the Games are even outdoing those charged on for New Year's Eve, usually the most important date in Rio's calendar. Schneider explains that since the World Cup two years ago, the number of people renting out luxury properties for Rio 2016 increased. This increase had an impact on prices, which suffered a drop of 20% in comparison with prices during the World Cup. After talking to ten top-end letting agents, Folha discovered that the three top destinations for foreigners are São Conrado/Joá, the Leblon/Ipanema seafront and Lagoa. In these neighbourhoods, lofty properties decorated with works of art and bespoke designer pieces, wooden façades and structures that prioritise the harmony between concrete and nature, could cost you US$ 600,000 to rent for the Olympic period. Executives of brands like Adidas, Nike and Apple have also made it into this elite clientele. The grandiose luxury of these properties has been used to front marketing stunts for Rio 2016, with athletes posing in front of staggering views of the so-called "marvellous city". Translated by GILLIAN SOPHIE HARRIS Read the article in the original language +Latest news in English *Mangueira Slum Has ' V.I.P Area' with Funk and Barbecue During Opening *Rio-2016 Food Shops Run Out of Food on 1st Day of Olympics *Opening of Rio-2016 Is Praised by International Press; See the Reaction
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esporte
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Luxury Renting for the Uber-Rich Olympic Visitors
ROBERTO DE OLIVEIRA SPECIAL ENVOY TO RIO The world has invaded Rio. For corner of privacy, you are going to have to pay a high price. For a spot on the seafront or in the mountains, an even higher one. Inside the property designed by architect Claudio Bernardes nestles a luscious garden. The 8,000m2 green space was created by renowned Brazilian landscape artist Roberto Burle Marx. Regardless of where in the garden you put your sun lounger, the neighbours cannot see you, nor you them. Luxurious and comfortable, the only background noise is the twittering of singing birds. The property was rented for US$ 40,000.... a day! But privacy is a highly valued commodity: the space will be inhabited by a group of Arab magnates. The house is situated high-up in the small and affluent Joá neighbourhood, which divides the beaches of the Western and Southern zones of Rio, riding on the back of the magnificent Joatinga hillock. Nearly 10km from there, a tranquil and leafy road leads to the Botanic Garden. Along it, there are only six houses. But if you're anybody who is anybody, these are the houses for you. The area is imbued with a heady scent of roses. The privilege of breathing in this fragrance, and of inhaling the sweet smell of privacy, goes to the Olympic version of the ambassador for Qatar, the country that will host the World Cup in 2022. Also renting here is the maximum authority for strategy for the Persian Gulf state: emir Tamim bin Hamad Al Thani, son of Sheik Hamad bin Khalifa Al Thani, one of the richest men in the world. In 2013 Sheik Hamad abdicated from the throne in a move never before seen in the Arab world, letting his son and heir take over. In the main mansion: sofas that seat 24 people in the lobby, seven suites and an office suspended by steel cables. It is 7,000 m2. The view is picture perfect. At the top, Christ the Redeemer, his arms out wide to embrace the onlooker. Below, the wooden decking leads to a swimming pool whose crystalline waters look as if they are about drain away straight into the Botanic Garden. Leonardo Schneider, the 44-year old Vice-Presidente of Secovi-Rio, the city's housing union, states that rent prices are absolutely through the roof. Prices during the Games are even outdoing those charged on for New Year's Eve, usually the most important date in Rio's calendar. Schneider explains that since the World Cup two years ago, the number of people renting out luxury properties for Rio 2016 increased. This increase had an impact on prices, which suffered a drop of 20% in comparison with prices during the World Cup. After talking to ten top-end letting agents, Folha discovered that the three top destinations for foreigners are São Conrado/Joá, the Leblon/Ipanema seafront and Lagoa. In these neighbourhoods, lofty properties decorated with works of art and bespoke designer pieces, wooden façades and structures that prioritise the harmony between concrete and nature, could cost you US$ 600,000 to rent for the Olympic period. Executives of brands like Adidas, Nike and Apple have also made it into this elite clientele. The grandiose luxury of these properties has been used to front marketing stunts for Rio 2016, with athletes posing in front of staggering views of the so-called "marvellous city". Translated by GILLIAN SOPHIE HARRIS Read the article in the original language +Latest news in English *Mangueira Slum Has ' V.I.P Area' with Funk and Barbecue During Opening *Rio-2016 Food Shops Run Out of Food on 1st Day of Olympics *Opening of Rio-2016 Is Praised by International Press; See the Reaction
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Livro relata sensibilização que ajuda a manter Hospital de Câncer de Barretos
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Na obra "A Providência", que terá toda a arrecadação destinada ao Hospital de Câncer de Barretos, no interior de São Paulo, Henrique Prata, relata como empresários, políticos e membros da sociedade se sensibilizaram para ajudar a manter e expandir a atuação da instituição. A solidariedade veio após a leitura do primeiro livro de Prata, que é gestor do hospital, "Acima de Tudo Amor". Os relatos reúnem histórias como a ação de empresários de Rondônia que mobilizaram amigos, funcionários e fornecedores na construção do Hospital de Câncer da Amazônia. Outro relato é a dos empresários da cidade de Caçador (SC), que assumiram a administração do Hospital Maicé e evitaram que a instituição fechasse. Para isso, organizaram diversos shows, leilões e bingos e buscaram apoio do governo local, assim como Prata faz no hospital em Barretos.
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empreendedorsocial
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Livro relata sensibilização que ajuda a manter Hospital de Câncer de BarretosNa obra "A Providência", que terá toda a arrecadação destinada ao Hospital de Câncer de Barretos, no interior de São Paulo, Henrique Prata, relata como empresários, políticos e membros da sociedade se sensibilizaram para ajudar a manter e expandir a atuação da instituição. A solidariedade veio após a leitura do primeiro livro de Prata, que é gestor do hospital, "Acima de Tudo Amor". Os relatos reúnem histórias como a ação de empresários de Rondônia que mobilizaram amigos, funcionários e fornecedores na construção do Hospital de Câncer da Amazônia. Outro relato é a dos empresários da cidade de Caçador (SC), que assumiram a administração do Hospital Maicé e evitaram que a instituição fechasse. Para isso, organizaram diversos shows, leilões e bingos e buscaram apoio do governo local, assim como Prata faz no hospital em Barretos.
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Outro Canal: Após saída de Anderson, Globo pretende apitar mais no 'TUF'
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A confusão envolvendo a participação de Anderson Silva no reality de lutadores "TUF Brasil", da Globo, pode mudar os rumos da parceria da emissora com a UFC no programa. O programa, que estreou em 2012 na Globo, precisa ter o ... Leia post completo no blog
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ilustrada
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Outro Canal: Após saída de Anderson, Globo pretende apitar mais no 'TUF'A confusão envolvendo a participação de Anderson Silva no reality de lutadores "TUF Brasil", da Globo, pode mudar os rumos da parceria da emissora com a UFC no programa. O programa, que estreou em 2012 na Globo, precisa ter o ... Leia post completo no blog
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Promotoria apura suspeita de asfixia em investigação sobre máfia do ICMS
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O órgão interno de fiscalização da Secretaria da Fazenda do governo Geraldo Alckmin (PSDB) virou alvo do Ministério Público de São Paulo. A Corregedoria da Fiscalização Tributária é acusada de tentar atrapalhar a investigação da chamada "máfia do ICMS" e de retaliar aqueles que colaboraram com as averiguações na ocasião. Por isso, a Promotoria abriu inquérito policial contra o corregedor-geral Marcus Vannucchi. O suposto esquema na Fazenda estadual envolvia agentes fiscais acusados de cobrar propina de grandes empresas e reduzir a cobrança de ICMS. Em 2015, 12 agentes fiscais foram denunciados pelo Ministério Público por suspeita de envolvimento no esquema. Apontado como um dos colaboradores da investigação (o que ele nega), o agente fiscal Henrique Poli virou alvo de processo administrativo da corregedoria que pode resultar na perda do emprego. - O que era a máfia Ao menos desde 2003, fiscais da Secretaria Estadual da Fazenda ofereciam, em troca de dinheiro, desconto a empresas que deviam ICMS e ameaçavam cobrar multas desproporcionais de quem não pagasse a propina; 12 foram denunciados O caminho da propina Fiscais iam à sede das empresas e diziam que aplicariam multa por falta de pagamento de ICMS Representantes da empresa extorquida contratavam um casal de advogados, que intermediava a negociação para diminuir a dívida Um dos advogados procurava os agentes fiscais que já conhecia para negociar a propina Os advogados marcavam encontros em locais distantes das empresas, onde os pagamentos eram efetuados - Investigado pela Promotoria, Marcio Miranda Maia, ex-chefe de supervisão da Fazenda, entrou com representação para que a corregedoria encontrasse o funcionário que teria "vazado" uma ordem de serviço usada em seu processo, alegando que isso seria enquadrado como quebra de sigilo (o repasse de documento confidencial). Maia pediu exoneração do cargo de agente fiscal de rendas em outubro. A corregedoria então abriu procedimento para encontrar quem teria acessado no sistema interno a ordem de serviço (o pedido feito por um supervisor para que um agente vá até uma empresa), e chegou ao nome do agente Poli. "Investigamos o Marcio a partir de evidências concretas que tivemos de que ele tinha participação na extorsão dos representantes da Prysmian [principal empresa do caso]. Como supervisor, ele emitia as ordens de serviço", diz Arthur Lemos, promotor do Gedec (Grupo Especial de Delitos Econômicos, órgão pertencente à Promotoria) e autor da abertura do inquérito. "A Corfisp [corregedoria] está querendo concluir que o Ministério Público recebeu documento de forma indevida e com isso enfraquecer a prova contra o Marcio. Estão usando o procedimento disciplinar contra um fiscal que não fez nada de ilícito para favorecer um investigado em processo de extorsão tributária", conclui o promotor do Gedec. A defesa de Maia diz que ele apenas recorreu à corregedoria por enxergar indícios de ilicitude e que qualquer cogitação de favorecimento a ele é "risível". Outro suposto colaborador, o fiscal Gustavo Theodoro enfrenta acusação de ter cometido falsidade ideológica e usurpação de função pública por ter assinado artigo na Folha em novembro como "Coordenador da Administração Tributária (CAT) eleito pela lista tríplice". Theodoro venceu eleições para o cargo, mas não foi designado e, por isso, segundo a acusação, não poderia assinar como CAT. A Secretaria da Fazenda afirma que "não há ato de obstrução ou conluio nas condutas praticadas pelo corregedor-geral Vannucchi". Sobre o caso de Theodoro, acrescenta que a escolha do CAT "é prerrogativa do secretário da Fazenda."
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cotidiano
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Promotoria apura suspeita de asfixia em investigação sobre máfia do ICMSO órgão interno de fiscalização da Secretaria da Fazenda do governo Geraldo Alckmin (PSDB) virou alvo do Ministério Público de São Paulo. A Corregedoria da Fiscalização Tributária é acusada de tentar atrapalhar a investigação da chamada "máfia do ICMS" e de retaliar aqueles que colaboraram com as averiguações na ocasião. Por isso, a Promotoria abriu inquérito policial contra o corregedor-geral Marcus Vannucchi. O suposto esquema na Fazenda estadual envolvia agentes fiscais acusados de cobrar propina de grandes empresas e reduzir a cobrança de ICMS. Em 2015, 12 agentes fiscais foram denunciados pelo Ministério Público por suspeita de envolvimento no esquema. Apontado como um dos colaboradores da investigação (o que ele nega), o agente fiscal Henrique Poli virou alvo de processo administrativo da corregedoria que pode resultar na perda do emprego. - O que era a máfia Ao menos desde 2003, fiscais da Secretaria Estadual da Fazenda ofereciam, em troca de dinheiro, desconto a empresas que deviam ICMS e ameaçavam cobrar multas desproporcionais de quem não pagasse a propina; 12 foram denunciados O caminho da propina Fiscais iam à sede das empresas e diziam que aplicariam multa por falta de pagamento de ICMS Representantes da empresa extorquida contratavam um casal de advogados, que intermediava a negociação para diminuir a dívida Um dos advogados procurava os agentes fiscais que já conhecia para negociar a propina Os advogados marcavam encontros em locais distantes das empresas, onde os pagamentos eram efetuados - Investigado pela Promotoria, Marcio Miranda Maia, ex-chefe de supervisão da Fazenda, entrou com representação para que a corregedoria encontrasse o funcionário que teria "vazado" uma ordem de serviço usada em seu processo, alegando que isso seria enquadrado como quebra de sigilo (o repasse de documento confidencial). Maia pediu exoneração do cargo de agente fiscal de rendas em outubro. A corregedoria então abriu procedimento para encontrar quem teria acessado no sistema interno a ordem de serviço (o pedido feito por um supervisor para que um agente vá até uma empresa), e chegou ao nome do agente Poli. "Investigamos o Marcio a partir de evidências concretas que tivemos de que ele tinha participação na extorsão dos representantes da Prysmian [principal empresa do caso]. Como supervisor, ele emitia as ordens de serviço", diz Arthur Lemos, promotor do Gedec (Grupo Especial de Delitos Econômicos, órgão pertencente à Promotoria) e autor da abertura do inquérito. "A Corfisp [corregedoria] está querendo concluir que o Ministério Público recebeu documento de forma indevida e com isso enfraquecer a prova contra o Marcio. Estão usando o procedimento disciplinar contra um fiscal que não fez nada de ilícito para favorecer um investigado em processo de extorsão tributária", conclui o promotor do Gedec. A defesa de Maia diz que ele apenas recorreu à corregedoria por enxergar indícios de ilicitude e que qualquer cogitação de favorecimento a ele é "risível". Outro suposto colaborador, o fiscal Gustavo Theodoro enfrenta acusação de ter cometido falsidade ideológica e usurpação de função pública por ter assinado artigo na Folha em novembro como "Coordenador da Administração Tributária (CAT) eleito pela lista tríplice". Theodoro venceu eleições para o cargo, mas não foi designado e, por isso, segundo a acusação, não poderia assinar como CAT. A Secretaria da Fazenda afirma que "não há ato de obstrução ou conluio nas condutas praticadas pelo corregedor-geral Vannucchi". Sobre o caso de Theodoro, acrescenta que a escolha do CAT "é prerrogativa do secretário da Fazenda."
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Ministros do STF mantêm diretor do Grupo Galvão em prisão domiciliar
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Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitaram nesta terça-feira (23) pedido da defesa para colocar em liberdade o diretor-presidente do Grupo Galvão, Dario de Queiroz Galvão Filho, acusado de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Por unanimidade, os integrantes da 2ª Turma do STF –colegiado responsável por analisar casos da Operação Lava Jato– decidiram manter o executivo em prisão domiciliar, que ele cumpre desde o início de maio. O empreiteiro também fica obrigado a cumprir exigências como o uso tornozeleira eletrônica, afastamento da direção da empresa, comparecimento quinzenalmente à Justiça, proibição de manter contato com os demais investigados e de deixar o país. A argumentação da defesa de Dario levava em consideração o entendimento do Supremo que tirou da prisão, no final de abril, nove executivos e funcionários de empreiteiras envolvidas no esquema. Nesses casos, o Supremo avaliou que a prisão preventiva representava antecipação de pena e disse que o juiz Sergio Moro não comprovou que havia risco de fuga ou interferência nas investigações. Na sessão desta terça, a defesa do empresário alegou que não cabia prisão domiciliar porque não há prova da ligação de Dario com o esquema e sustentou que há "criação de teses" na ação penal. Mesmo com a argumentação, os ministros decidiram manter o regime de prisão domiciliar e as medidas restritivas.
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poder
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Ministros do STF mantêm diretor do Grupo Galvão em prisão domiciliarMinistros do STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitaram nesta terça-feira (23) pedido da defesa para colocar em liberdade o diretor-presidente do Grupo Galvão, Dario de Queiroz Galvão Filho, acusado de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Por unanimidade, os integrantes da 2ª Turma do STF –colegiado responsável por analisar casos da Operação Lava Jato– decidiram manter o executivo em prisão domiciliar, que ele cumpre desde o início de maio. O empreiteiro também fica obrigado a cumprir exigências como o uso tornozeleira eletrônica, afastamento da direção da empresa, comparecimento quinzenalmente à Justiça, proibição de manter contato com os demais investigados e de deixar o país. A argumentação da defesa de Dario levava em consideração o entendimento do Supremo que tirou da prisão, no final de abril, nove executivos e funcionários de empreiteiras envolvidas no esquema. Nesses casos, o Supremo avaliou que a prisão preventiva representava antecipação de pena e disse que o juiz Sergio Moro não comprovou que havia risco de fuga ou interferência nas investigações. Na sessão desta terça, a defesa do empresário alegou que não cabia prisão domiciliar porque não há prova da ligação de Dario com o esquema e sustentou que há "criação de teses" na ação penal. Mesmo com a argumentação, os ministros decidiram manter o regime de prisão domiciliar e as medidas restritivas.
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Polícia apreende iate do empresário Eike Batista
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A Polícia apreendeu, na manhã desta quarta-feira (11), o iate Spirit of Brazil, pelo menos três jet skis e motores náuticos na casa do empresário Eike Batista, em Angra dos Reis. É mais um revés para Eike. Na terça-feira (10), a Polícia Federal e o Ministério Público conseguiram aval da Justiça para repatriar bens de Eike no exterior. Um perito judicial foi enviado para avaliar o iate da marca Pershing para um leilão, que deve ocorrer nos próximos dias. A embarcação está ancorada em frente à casa do empresário no balneário. Por ser muito grande, a Polícia decidiu não trazê-la para o Rio e mantê-la onde está. Um funcionário de Eike na casa foi nomeado depositário do bem. O próprio funcionário afirmou que a embarcação apreendida vale R$ 100 milhões, ao invés dos R$ 30 milhões estimados inicialmente. O valor declarado pelo empresário à Receita é de R$ 1,5 milhão. Assim como o mandado cumprido na casa onde Eike mora, na semana passada, a operação desta quarta-feira tem como objetivo apreender bens que já são alvo de bloqueio decretado pela Justiça desde o fim de janeiro. Na semana passada, foram retidos em sua casa seis carros –entre eles, uma Lamborghini avaliada em R$ 2,6 milhões– relógios, obras de arte, piano e um celular. O mandado e o bloqueio foram assinados pelo juiz Flávio Roberto de Souza, titular da 3ª Vara Federal Criminal, atendendo a pedido feito pelo Ministério Público Federal no ano passado, quando denunciou o empresário por supostos crimes contra o mercado de capitais. A denúncia, acolhida por Souza, foi convertida em ação penal contra o empresário em setembro do ano passado, tornando Eike réu por supostamente ter cometido "insider trading" (negociação de ações com informação privilegiada) e manipulação de mercado na venda de ações da OGX. Para os procuradores, Eike vendeu ações em 2013, em períodos que antecederam a divulgação de informações desfavoráveis à companhia, das quais ele tinha conhecimento desde 2012. Os procuradores pediram, na ocasião, o bloqueio de R$ 1,5 bilhão para assegurar pagamento de indenizações ao mercado e multas, em caso de condenação do empresário na Justiça. Na época, Souza entendeu que o valor encontrado, R$ 237 milhões, era suficiente para o pagamento. No entanto, ele reviu a decisão, mandou estender os efeitos dos bloqueios a R$ 3 bilhões e incluiu na decisão os filhos de Eike, Olin e Thor, a ex-mulher Luma de Oliveira, e a mulher Flávia Sampaio. Para o juiz, há indícios de que o empresário está se desfazendo dos bens por meio de vendas e transferências. Entre 2012 e 2013, Eike doou R$ 204 milhões aos quatro e a mais três funcionários do grupo X, além de oito imóveis aos filhos, em valor declarado de R$ 20 milhões. Em Angra, Eike doou terrenos e imóveis aos filhos Thor e Olin em 2013, mantendo para si o direito de usufruto. Nesta semana, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal obtiveram aval para rastrear e trazer de voltar possíveis recursos que o empresário mantém no exterior. A busca será por meio de cooperação internacional, a ser coordenada pelo Ministério da Justiça.
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mercado
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Polícia apreende iate do empresário Eike BatistaA Polícia apreendeu, na manhã desta quarta-feira (11), o iate Spirit of Brazil, pelo menos três jet skis e motores náuticos na casa do empresário Eike Batista, em Angra dos Reis. É mais um revés para Eike. Na terça-feira (10), a Polícia Federal e o Ministério Público conseguiram aval da Justiça para repatriar bens de Eike no exterior. Um perito judicial foi enviado para avaliar o iate da marca Pershing para um leilão, que deve ocorrer nos próximos dias. A embarcação está ancorada em frente à casa do empresário no balneário. Por ser muito grande, a Polícia decidiu não trazê-la para o Rio e mantê-la onde está. Um funcionário de Eike na casa foi nomeado depositário do bem. O próprio funcionário afirmou que a embarcação apreendida vale R$ 100 milhões, ao invés dos R$ 30 milhões estimados inicialmente. O valor declarado pelo empresário à Receita é de R$ 1,5 milhão. Assim como o mandado cumprido na casa onde Eike mora, na semana passada, a operação desta quarta-feira tem como objetivo apreender bens que já são alvo de bloqueio decretado pela Justiça desde o fim de janeiro. Na semana passada, foram retidos em sua casa seis carros –entre eles, uma Lamborghini avaliada em R$ 2,6 milhões– relógios, obras de arte, piano e um celular. O mandado e o bloqueio foram assinados pelo juiz Flávio Roberto de Souza, titular da 3ª Vara Federal Criminal, atendendo a pedido feito pelo Ministério Público Federal no ano passado, quando denunciou o empresário por supostos crimes contra o mercado de capitais. A denúncia, acolhida por Souza, foi convertida em ação penal contra o empresário em setembro do ano passado, tornando Eike réu por supostamente ter cometido "insider trading" (negociação de ações com informação privilegiada) e manipulação de mercado na venda de ações da OGX. Para os procuradores, Eike vendeu ações em 2013, em períodos que antecederam a divulgação de informações desfavoráveis à companhia, das quais ele tinha conhecimento desde 2012. Os procuradores pediram, na ocasião, o bloqueio de R$ 1,5 bilhão para assegurar pagamento de indenizações ao mercado e multas, em caso de condenação do empresário na Justiça. Na época, Souza entendeu que o valor encontrado, R$ 237 milhões, era suficiente para o pagamento. No entanto, ele reviu a decisão, mandou estender os efeitos dos bloqueios a R$ 3 bilhões e incluiu na decisão os filhos de Eike, Olin e Thor, a ex-mulher Luma de Oliveira, e a mulher Flávia Sampaio. Para o juiz, há indícios de que o empresário está se desfazendo dos bens por meio de vendas e transferências. Entre 2012 e 2013, Eike doou R$ 204 milhões aos quatro e a mais três funcionários do grupo X, além de oito imóveis aos filhos, em valor declarado de R$ 20 milhões. Em Angra, Eike doou terrenos e imóveis aos filhos Thor e Olin em 2013, mantendo para si o direito de usufruto. Nesta semana, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal obtiveram aval para rastrear e trazer de voltar possíveis recursos que o empresário mantém no exterior. A busca será por meio de cooperação internacional, a ser coordenada pelo Ministério da Justiça.
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Série conta história conturbada de uma milionária fashion
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Agora que "Girls" chegou ao fim, uma nova série entra na disputa ao posto de queridinha do público feminino. Assim como a criação de Lena Dunham, "Girlboss" transita entre a ficção e a realidade de uma garota em uma grande cidade, deseja conversar com um público mais jovem e não esconde sua vocação fashion. Os 13 episódios estão disponíveis a partir desta sexta (21), na Netflix, e contam a história da empresária Sophia Amoruso, que, aos 22 anos, criou uma loja on-line de roupas usadas para pagar o aluguel e terminou à frente de um negócio milionário. "Não é uma reconstituição histórica, apenas cuidei de detalhes do guarda-roupa", diz a executiva à Folha. "A série segue um arco da minha carreira que foi difícil, mas é um mundo próprio, repleto de personagens que não são necessariamente baseados em amigos reais meus. Até minha mãe é diferente." Amoruso talvez tente se distanciar de uma época em se jogava em caçambas de lixo para poder comer, roubava lojas em San Francisco e tratava as pessoas próximas da pior maneira possível –tudo relatado na sua autobiografia homônima, de 2014. "Sophia é uma fonte incrível, e o programa é sobre sua jornada, não só sua carreira, mas seus relacionamentos e sua vida", diz a produtora Kay Cannon ("New Girl"). "Não poderia fazer uma série sobre uma garota vendendo roupas no eBay. Precisei tomar liberdades criativas." A atriz Britt Robertson ("Tomorrowland"), que encarna Amoruso na ficção, não tem a ousadia exploratória de Dunham em "Girls". Isso deixa "Girlboss" mais palatável para adolescentes, porém menos surpreendente. "Procuro acumular o máximo de informações que posso, então deixo para trás e recrio a personagem. Busco entender Sophia e deixá-la fluir por mim", explica Robertson, que acredita na longevidade da série. "Pode ser infinita. Sophia está viva." A série ainda não tem outra temporada confirmada, mas Cannon tem planos traçados para os próximos anos. "Sempre quis terminar o primeiro com o lançamento do site Nasty Gal", revela a produtora citando a empresa on-line fashionista criada por Amoruso, que garimpava roupas antigas baratas e as revendia num site de leilões por preços bem mais altos. "A segunda temporada seria sobre Sophia sendo a chefe de seus amigos, o que nem sempre funciona." Em 2012, a Nasty Gal virou uma companhia estimada em US$ 280 milhões, catapultando a empresária para a lista de jovens mais ricas dos EUA. Em novembro passado, porém, a empresa pediu falência, e Amoruso renunciou ao seu posto de presidente. "Temos de ter a oportunidade de dar com a cara no chão, de falhar horrivelmente. Temos de ter sucessos e fracassos", finaliza a atriz Charlize Theron, também coprodutora da série. "Adoro que as garotas possam ver isso numa série."
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ilustrada
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Série conta história conturbada de uma milionária fashionAgora que "Girls" chegou ao fim, uma nova série entra na disputa ao posto de queridinha do público feminino. Assim como a criação de Lena Dunham, "Girlboss" transita entre a ficção e a realidade de uma garota em uma grande cidade, deseja conversar com um público mais jovem e não esconde sua vocação fashion. Os 13 episódios estão disponíveis a partir desta sexta (21), na Netflix, e contam a história da empresária Sophia Amoruso, que, aos 22 anos, criou uma loja on-line de roupas usadas para pagar o aluguel e terminou à frente de um negócio milionário. "Não é uma reconstituição histórica, apenas cuidei de detalhes do guarda-roupa", diz a executiva à Folha. "A série segue um arco da minha carreira que foi difícil, mas é um mundo próprio, repleto de personagens que não são necessariamente baseados em amigos reais meus. Até minha mãe é diferente." Amoruso talvez tente se distanciar de uma época em se jogava em caçambas de lixo para poder comer, roubava lojas em San Francisco e tratava as pessoas próximas da pior maneira possível –tudo relatado na sua autobiografia homônima, de 2014. "Sophia é uma fonte incrível, e o programa é sobre sua jornada, não só sua carreira, mas seus relacionamentos e sua vida", diz a produtora Kay Cannon ("New Girl"). "Não poderia fazer uma série sobre uma garota vendendo roupas no eBay. Precisei tomar liberdades criativas." A atriz Britt Robertson ("Tomorrowland"), que encarna Amoruso na ficção, não tem a ousadia exploratória de Dunham em "Girls". Isso deixa "Girlboss" mais palatável para adolescentes, porém menos surpreendente. "Procuro acumular o máximo de informações que posso, então deixo para trás e recrio a personagem. Busco entender Sophia e deixá-la fluir por mim", explica Robertson, que acredita na longevidade da série. "Pode ser infinita. Sophia está viva." A série ainda não tem outra temporada confirmada, mas Cannon tem planos traçados para os próximos anos. "Sempre quis terminar o primeiro com o lançamento do site Nasty Gal", revela a produtora citando a empresa on-line fashionista criada por Amoruso, que garimpava roupas antigas baratas e as revendia num site de leilões por preços bem mais altos. "A segunda temporada seria sobre Sophia sendo a chefe de seus amigos, o que nem sempre funciona." Em 2012, a Nasty Gal virou uma companhia estimada em US$ 280 milhões, catapultando a empresária para a lista de jovens mais ricas dos EUA. Em novembro passado, porém, a empresa pediu falência, e Amoruso renunciou ao seu posto de presidente. "Temos de ter a oportunidade de dar com a cara no chão, de falhar horrivelmente. Temos de ter sucessos e fracassos", finaliza a atriz Charlize Theron, também coprodutora da série. "Adoro que as garotas possam ver isso numa série."
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Quarta tem Mega-Sena e outra chance para ver os melhores filmes de 2015
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Nesta quarta (6) tem novo sorteio da Mega-Sena, que não teve ganhadores no último sábado e acumulou, podendo pagar até R$34mi. A aposta de seis números custa R$3,50 e pode ser feita até 19h. Quarta continua sendo dia de futebol, mas nenhum dos grandes times da capital joga em casa nesta semana. Pela Libertadores, o Corinthians vai à Colômbia enfrentar o Santa Fe e o Palmeiras pega o Rosario Central, na Argentina. * TEMPO Dia quente com máxima de 31º C e mínima de 19º C. Não há previsão de chuva, segundo o Climatempo. * VOCÊ DEVERIA SABER Hospitais privados divulgaram um lista de onde encontrar vacina contra H1N1 em SP. Alguns pontos de vacinação enfrentaram filas e superlotação desde o início da semana e tiveram seus estoques esgotados. A vacinação gratuita em postos de saúde começa nesta segunda (11). Se você recebeu uma mensagem por Whatsapp sobre o novo sistema de criptografia do aplicativo, fique por dentro da novidade, que promete proteção total dos seus dados. * AGENDA CULTURAL O CineSesc começa nesta quarta (6) a 42ª edição do Sesc Melhores Filmes, que exibe 47 filmes que foram destaque em 2015. Na programação estão o ganhador do Oscar, "Birdman", o último filme do aclamado Jean-Luc Godard, "Adeus à Linguagem", e o chileno "Nostalgia da Luz". A abertura do festival é com "Yorimatã", que tem sessão grátis às 20h30 –ingressos podem ser retirados com uam hora de antecedência na bilheteria do local. CineSesc - r. Augusta, 2.075, Cerqueira César, tel. 3087-0500. Ingr.: R$ 3,50 a R$ 12. De quarta (6) até 27/4.
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saopaulo
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Quarta tem Mega-Sena e outra chance para ver os melhores filmes de 2015Nesta quarta (6) tem novo sorteio da Mega-Sena, que não teve ganhadores no último sábado e acumulou, podendo pagar até R$34mi. A aposta de seis números custa R$3,50 e pode ser feita até 19h. Quarta continua sendo dia de futebol, mas nenhum dos grandes times da capital joga em casa nesta semana. Pela Libertadores, o Corinthians vai à Colômbia enfrentar o Santa Fe e o Palmeiras pega o Rosario Central, na Argentina. * TEMPO Dia quente com máxima de 31º C e mínima de 19º C. Não há previsão de chuva, segundo o Climatempo. * VOCÊ DEVERIA SABER Hospitais privados divulgaram um lista de onde encontrar vacina contra H1N1 em SP. Alguns pontos de vacinação enfrentaram filas e superlotação desde o início da semana e tiveram seus estoques esgotados. A vacinação gratuita em postos de saúde começa nesta segunda (11). Se você recebeu uma mensagem por Whatsapp sobre o novo sistema de criptografia do aplicativo, fique por dentro da novidade, que promete proteção total dos seus dados. * AGENDA CULTURAL O CineSesc começa nesta quarta (6) a 42ª edição do Sesc Melhores Filmes, que exibe 47 filmes que foram destaque em 2015. Na programação estão o ganhador do Oscar, "Birdman", o último filme do aclamado Jean-Luc Godard, "Adeus à Linguagem", e o chileno "Nostalgia da Luz". A abertura do festival é com "Yorimatã", que tem sessão grátis às 20h30 –ingressos podem ser retirados com uam hora de antecedência na bilheteria do local. CineSesc - r. Augusta, 2.075, Cerqueira César, tel. 3087-0500. Ingr.: R$ 3,50 a R$ 12. De quarta (6) até 27/4.
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Presidente tenta pela 2ª vez conseguir mais poder em eleição na Turquia
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Os eleitores turcos voltam às urnas neste domingo (1º) em um segundo intento de seu presidente, Recep Tayyip Erdogan, de conquistar uma maioria que permita transformar sua Presidência, hoje cerimonial, em executiva. Seria uma maneira de recriar uma espécie de sultanato, um governo muçulmano absolutista, suspeita que persegue Erdogan desde que se tornou primeiro-ministro, há 12 anos, e, como tal, a figura central da política turca. A primeira tentativa foi em junho. Seu partido, o AKP (Partido Justiça e Desenvolvimento, islamita moderado), perdeu a maioria absoluta de que gozava desde 2003. Faltaram-lhe 18 cadeiras. Eleição na Turquia Mas, para poder alterar a Constituição de forma a transformar a Presidência em executiva, o quórum era mais alto (três quintos de uma casa de 550 cadeiras). Erdogan está tão obcecado que seguiu duas táticas para forçar um novo pleito. Primeiro, boicotou as negociações entre seu partido e os de oposição para formar uma coalizão, indispensável quando nenhum grupo obtém a maioria absoluta. Sem acordo, torna-se obrigatória a convocação de nova votação. Onde fica Turquia Uma segunda tática foi reacender o conflito com o PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), a ala extremista desse povo sem pátria, com a qual o próprio Erdogan, nos seus momentos de glória, iniciara um processo de paz. É verdade que, para que as táticas dessem certo, foi preciso a cooperação da intransigência tanto dos partidos oposicionistas como do PKK. Para aceitar a coligação, a oposição exigiu, entre outros pontos, que o novo governo investigasse a fundo a corrupção de que associados a Erdogan são acusados. O AKP, naturalmente, rejeitou. Já o PKK atacou primeiro, rompendo a trégua e dando margem a Erdogan para uma escalada não só contra os extremistas, mas também contra o moderado HDP (Partido Democrático do Povo), que reúne, além dos curdos, parte da esquerda da Turquia. Foi justamente o HDP que impediu a maioria absoluta das cadeiras para Erdogan em junho: conseguiu ultrapassar a barreira dos 10% dos votos, abaixo da qual nenhum partido tem acesso ao Parlamento. As cadeiras obtidas pelo HDP saíram do cesto do partido de Erdogan. Ao relançar o conflito com os curdos em geral, não apenas com os extremistas do PKK, tido como terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia, a intenção de Erdogan parece ser a de assustar os eleitores com o fantasma do terrorismo. Se o susto funcionar, o HDP pode não chegar aos 10% e seus assentos, no caso, iriam majoritariamente para o AKP. A tática parece não estar funcionando, a julgar pelas pesquisas, que apontam para a repetição, neste domingo, dos resultados de junho. Mesmo que as pesquisas estejam certas, há indícios de que Erdogan não abandonará sua obsessão: Mehmet Ali Sahin, importante membro do AKP, já insinuou que mais uma eleição será convocada se nenhum partido obtiver maioria absoluta, alegando que coligações trazem instabilidade, ao contrário do governo de um único partido –no caso, claro, o AKP.
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mundo
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Presidente tenta pela 2ª vez conseguir mais poder em eleição na TurquiaOs eleitores turcos voltam às urnas neste domingo (1º) em um segundo intento de seu presidente, Recep Tayyip Erdogan, de conquistar uma maioria que permita transformar sua Presidência, hoje cerimonial, em executiva. Seria uma maneira de recriar uma espécie de sultanato, um governo muçulmano absolutista, suspeita que persegue Erdogan desde que se tornou primeiro-ministro, há 12 anos, e, como tal, a figura central da política turca. A primeira tentativa foi em junho. Seu partido, o AKP (Partido Justiça e Desenvolvimento, islamita moderado), perdeu a maioria absoluta de que gozava desde 2003. Faltaram-lhe 18 cadeiras. Eleição na Turquia Mas, para poder alterar a Constituição de forma a transformar a Presidência em executiva, o quórum era mais alto (três quintos de uma casa de 550 cadeiras). Erdogan está tão obcecado que seguiu duas táticas para forçar um novo pleito. Primeiro, boicotou as negociações entre seu partido e os de oposição para formar uma coalizão, indispensável quando nenhum grupo obtém a maioria absoluta. Sem acordo, torna-se obrigatória a convocação de nova votação. Onde fica Turquia Uma segunda tática foi reacender o conflito com o PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), a ala extremista desse povo sem pátria, com a qual o próprio Erdogan, nos seus momentos de glória, iniciara um processo de paz. É verdade que, para que as táticas dessem certo, foi preciso a cooperação da intransigência tanto dos partidos oposicionistas como do PKK. Para aceitar a coligação, a oposição exigiu, entre outros pontos, que o novo governo investigasse a fundo a corrupção de que associados a Erdogan são acusados. O AKP, naturalmente, rejeitou. Já o PKK atacou primeiro, rompendo a trégua e dando margem a Erdogan para uma escalada não só contra os extremistas, mas também contra o moderado HDP (Partido Democrático do Povo), que reúne, além dos curdos, parte da esquerda da Turquia. Foi justamente o HDP que impediu a maioria absoluta das cadeiras para Erdogan em junho: conseguiu ultrapassar a barreira dos 10% dos votos, abaixo da qual nenhum partido tem acesso ao Parlamento. As cadeiras obtidas pelo HDP saíram do cesto do partido de Erdogan. Ao relançar o conflito com os curdos em geral, não apenas com os extremistas do PKK, tido como terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia, a intenção de Erdogan parece ser a de assustar os eleitores com o fantasma do terrorismo. Se o susto funcionar, o HDP pode não chegar aos 10% e seus assentos, no caso, iriam majoritariamente para o AKP. A tática parece não estar funcionando, a julgar pelas pesquisas, que apontam para a repetição, neste domingo, dos resultados de junho. Mesmo que as pesquisas estejam certas, há indícios de que Erdogan não abandonará sua obsessão: Mehmet Ali Sahin, importante membro do AKP, já insinuou que mais uma eleição será convocada se nenhum partido obtiver maioria absoluta, alegando que coligações trazem instabilidade, ao contrário do governo de um único partido –no caso, claro, o AKP.
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Acrisia, hipocrisia e democracia
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Acrisia é um termo médico do século 19, usado quando o diagnóstico de um paciente é impreciso. Vem do grego e, no sentido etimológico, quer dizer "confusão, falta de discernimento, caráter indeciso de uma doença". Tudo a ver com a realidade brasileira atual. Por outro lado, ainda no campo semântico, vale lembrar que toda crise –de ordem pessoal ou social– demanda um acrisolamento, isto é, uma depuração. Pede que, no cadinho dos conflitos em ebulição, os agentes políticos consigam tirar as sujeiras do "metal precioso" da nossa institucionalidade. Valiosa é a nossa construção democrática, que necessita, nesta quadra crítica, de qualidades superiores. De avanços, e não retrocessos. Isso só virá com uma refundação da República, que é bem mais do que o impedimento da presidenta, assunção do vice ou eleições presidenciais antecipadas com as mesmas regras do jogo endinheirado que aprofundou a degradação. Só uma cidadania ativa e horizontal impulsionaria uma reforma política que libertasse o sistema político da prisão dos conglomerados econômicos, uma reforma tributária progressiva –que, de fato, gravasse os mais ricos–, uma auditoria e renegociação da dívida pública –como prevê a Constituição Federal– e uma constituinte eleita com normas que assegurassem a igualdade de condições. Trata-se de redesenhar o molde institucional do país, democratizando os Poderes, a cultura e a comunicação de massa. A história, no entanto, não tem o ritmo das nossas ansiedades. Sua dinâmica varia de acordo com as conjunturas e as forças sociais em confronto. Sérgio Buarque de Holanda falava do "modus paulatim" e do "modus saltantim" desta sábia senhora, a política. Paciência é preciso: reconheçamos que o melhor acrisolamento, o passo adiante para a nossa democracia, ainda não tem acúmulo político que o torne alternativa imediata à crise. Ainda carecemos de maior consciência, organização e mobilização populares para tanto. O cenário mais provável é mais do mesmo, na tradição continuísta do pacto pelo alto das oligarquias no poder. Estamos na transição entre o velho não sepultado e o novo que ainda não nasceu. Nesses intervalos turbulentos, de grande imprevisibilidade, surgem atores inconsistentes e oportunistas de todo o tipo. Delineia-se o costumeiro: mudar alguma coisa para que tudo, na essência, permaneça como está. Porém, ainda que aquém do necessário horizonte histórico de um novo modelo político e econômico, atitudes imediatas devem ser tomadas. Elas exigem que se abandone o mar poluído de cumplicidades e hipocrisia em que se afogam as forças políticas dominantes, aí incluída a oposição conservadora, ávida por ter "a chave do cofre e a caneta de volta", como proclamou um líder da minoria que tem sido maioria na Câmara dos Deputados. Para já, os partidos e as instâncias públicas precisam afastar de seus quadros e funções os acusados da Operação Lava Jato. Eles não podem ser ministros ou ocupar presidências de mesas diretoras ou comissões no Poder Legislativo. Não é possível tergiversar, sob pena de se consolidar a cínica "gangsterização" da política nacional. Como é sabido, mesmo fora dos meios jurídicos, a situação de um investigado em inquérito é distinta da de um denunciado. Nesse caso, ele está formalmente acusado de ter praticado crimes, como é o caso do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O respeito à função pública impõe que não prossiga ali, até que todo o processo seja concluído. Urge repudiar o "pacto de silêncio" no Parlamento sobre a iniciativa do Ministério Público Federal, após cinco meses de investigação. CHICO ALENCAR, 65, professor de história, é deputado federal pelo PSOL-RJ * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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opiniao
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Acrisia, hipocrisia e democraciaAcrisia é um termo médico do século 19, usado quando o diagnóstico de um paciente é impreciso. Vem do grego e, no sentido etimológico, quer dizer "confusão, falta de discernimento, caráter indeciso de uma doença". Tudo a ver com a realidade brasileira atual. Por outro lado, ainda no campo semântico, vale lembrar que toda crise –de ordem pessoal ou social– demanda um acrisolamento, isto é, uma depuração. Pede que, no cadinho dos conflitos em ebulição, os agentes políticos consigam tirar as sujeiras do "metal precioso" da nossa institucionalidade. Valiosa é a nossa construção democrática, que necessita, nesta quadra crítica, de qualidades superiores. De avanços, e não retrocessos. Isso só virá com uma refundação da República, que é bem mais do que o impedimento da presidenta, assunção do vice ou eleições presidenciais antecipadas com as mesmas regras do jogo endinheirado que aprofundou a degradação. Só uma cidadania ativa e horizontal impulsionaria uma reforma política que libertasse o sistema político da prisão dos conglomerados econômicos, uma reforma tributária progressiva –que, de fato, gravasse os mais ricos–, uma auditoria e renegociação da dívida pública –como prevê a Constituição Federal– e uma constituinte eleita com normas que assegurassem a igualdade de condições. Trata-se de redesenhar o molde institucional do país, democratizando os Poderes, a cultura e a comunicação de massa. A história, no entanto, não tem o ritmo das nossas ansiedades. Sua dinâmica varia de acordo com as conjunturas e as forças sociais em confronto. Sérgio Buarque de Holanda falava do "modus paulatim" e do "modus saltantim" desta sábia senhora, a política. Paciência é preciso: reconheçamos que o melhor acrisolamento, o passo adiante para a nossa democracia, ainda não tem acúmulo político que o torne alternativa imediata à crise. Ainda carecemos de maior consciência, organização e mobilização populares para tanto. O cenário mais provável é mais do mesmo, na tradição continuísta do pacto pelo alto das oligarquias no poder. Estamos na transição entre o velho não sepultado e o novo que ainda não nasceu. Nesses intervalos turbulentos, de grande imprevisibilidade, surgem atores inconsistentes e oportunistas de todo o tipo. Delineia-se o costumeiro: mudar alguma coisa para que tudo, na essência, permaneça como está. Porém, ainda que aquém do necessário horizonte histórico de um novo modelo político e econômico, atitudes imediatas devem ser tomadas. Elas exigem que se abandone o mar poluído de cumplicidades e hipocrisia em que se afogam as forças políticas dominantes, aí incluída a oposição conservadora, ávida por ter "a chave do cofre e a caneta de volta", como proclamou um líder da minoria que tem sido maioria na Câmara dos Deputados. Para já, os partidos e as instâncias públicas precisam afastar de seus quadros e funções os acusados da Operação Lava Jato. Eles não podem ser ministros ou ocupar presidências de mesas diretoras ou comissões no Poder Legislativo. Não é possível tergiversar, sob pena de se consolidar a cínica "gangsterização" da política nacional. Como é sabido, mesmo fora dos meios jurídicos, a situação de um investigado em inquérito é distinta da de um denunciado. Nesse caso, ele está formalmente acusado de ter praticado crimes, como é o caso do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O respeito à função pública impõe que não prossiga ali, até que todo o processo seja concluído. Urge repudiar o "pacto de silêncio" no Parlamento sobre a iniciativa do Ministério Público Federal, após cinco meses de investigação. CHICO ALENCAR, 65, professor de história, é deputado federal pelo PSOL-RJ * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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'Alien: Covenant' passa 'Guardiões 2' e arrecada R$ 118 mi no fim de semana
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Em sua estreia, o filme "Alien: Covenant", superou "Guardiões da Galáxia Vol.2", da Disney, com estimativa de arrecadação de US$ 36 milhões (aproximadamente R$ 118 milhões) nos Estados Unidos nos últimos três dias, vencendo uma disputa que movimentou o setor de entretenimento esta semana. A franquia dirigida por Ridley Scott foi capaz de obter mais receita nas bilheterias mesmo sendo exibida em apenas 3.761 locais, ante os 4.347 locais de exibição oferecidos ao filme da Disney, que lucrou US$ 35,3 milhões. No entanto, o desempenho da franquia da Disney caiu apenas 46% ante a semana passada e agora sua receita nos EUA ultrapassa os US$ 300 milhões. Embora "Alien" possa ter vencido, o orçamento do filme, na faixa de US$ 100 milhões, e os custos de marketing podem diminuir a vitória. O sexto capítulo da franquia Alien (sem contar os dois filmes de Alien vs Predador) é estrelado por Michael Fassbender, Katherine Waterston, Billy Crudup e Danny McBride.
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ilustrada
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'Alien: Covenant' passa 'Guardiões 2' e arrecada R$ 118 mi no fim de semanaEm sua estreia, o filme "Alien: Covenant", superou "Guardiões da Galáxia Vol.2", da Disney, com estimativa de arrecadação de US$ 36 milhões (aproximadamente R$ 118 milhões) nos Estados Unidos nos últimos três dias, vencendo uma disputa que movimentou o setor de entretenimento esta semana. A franquia dirigida por Ridley Scott foi capaz de obter mais receita nas bilheterias mesmo sendo exibida em apenas 3.761 locais, ante os 4.347 locais de exibição oferecidos ao filme da Disney, que lucrou US$ 35,3 milhões. No entanto, o desempenho da franquia da Disney caiu apenas 46% ante a semana passada e agora sua receita nos EUA ultrapassa os US$ 300 milhões. Embora "Alien" possa ter vencido, o orçamento do filme, na faixa de US$ 100 milhões, e os custos de marketing podem diminuir a vitória. O sexto capítulo da franquia Alien (sem contar os dois filmes de Alien vs Predador) é estrelado por Michael Fassbender, Katherine Waterston, Billy Crudup e Danny McBride.
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Arsenal vence fora de casa, mas Monaco vai às quartas da Champions
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Nesta terça-feira (17), o Arsenal venceu o Monaco por 2 a 0 no estádio Louis II e chegou perto de conseguir uma classificação à próxima fase da Liga dos Campeões. No entanto, a vitória por 3 a 1 no jogo de ida garantiu a passagem do time francês às quartas de final da competição. Diferentemente do esperado, o Monaco não adotou uma postura plenamente defensiva, e o primeiro tempo foi marcado por boas chances de abrir o placar de ambos os lados. Martial e Berbatov quase ampliaram a vantagem do time francês. Aos 36 do primeiro tempo, Giroud recebeu passe de Welbeck e chutou para defesa de Subasic. No rebote, o próprio Giroud abriu o placar. No segundo tempo, o Arsenal foi para cima com tudo, e o Monaco defendia-se como podia. A determinada altura, o time francês não passava do meio de campo. Aos 34 do segundo tempo, Walcott acertou a bola na trave. No rebote, Ramsey fez 2 a 0 para o time de Londres. Por mais que tenha pressionado ao máximo, o Arsenal não conseguiu o gol que faltava e foi eliminado pela quinta vez consecutiva nas oitavas de final da Liga dos Campeões. O sorteio das quartas de final do torneio será nesta sexta-feira (20).
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esporte
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Arsenal vence fora de casa, mas Monaco vai às quartas da ChampionsNesta terça-feira (17), o Arsenal venceu o Monaco por 2 a 0 no estádio Louis II e chegou perto de conseguir uma classificação à próxima fase da Liga dos Campeões. No entanto, a vitória por 3 a 1 no jogo de ida garantiu a passagem do time francês às quartas de final da competição. Diferentemente do esperado, o Monaco não adotou uma postura plenamente defensiva, e o primeiro tempo foi marcado por boas chances de abrir o placar de ambos os lados. Martial e Berbatov quase ampliaram a vantagem do time francês. Aos 36 do primeiro tempo, Giroud recebeu passe de Welbeck e chutou para defesa de Subasic. No rebote, o próprio Giroud abriu o placar. No segundo tempo, o Arsenal foi para cima com tudo, e o Monaco defendia-se como podia. A determinada altura, o time francês não passava do meio de campo. Aos 34 do segundo tempo, Walcott acertou a bola na trave. No rebote, Ramsey fez 2 a 0 para o time de Londres. Por mais que tenha pressionado ao máximo, o Arsenal não conseguiu o gol que faltava e foi eliminado pela quinta vez consecutiva nas oitavas de final da Liga dos Campeões. O sorteio das quartas de final do torneio será nesta sexta-feira (20).
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Renan espera que senadores recebam 'tratamento civilizado' na Venezuela
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A comissão de senadores aliados ao governo Dilma Rousseff que vai à Venezuela nesta quinta-feira (25) para encontros políticos vai usar aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira) para chegar ao país. A exemplo dos senadores da oposição, que foram ao país na semana passada, o grupo de congressistas pediu ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para usar um avião oficial na comitiva. Renan confirmou que fez o pedido à FAB e disse esperar que, desta vez, os brasileiros recebam um "tratamento civilizado" na Venezuela. "Nós exigimos que haja um tratamento civilizado, porque esta delegação, tal qual a outra delegação, ela vai em nome do Senado Federal", afirmou Renan. Líder da comissão, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que o grupo vai usar um avião de oito lugares cedido pela FAB. Além do petista, vão fazer parte da comitiva Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Roberto Requião (PMDB-PR) e Telmário Mota (PDT-RR). Os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Lídice da Mata (PSB-BA), que tinham sido anunciados como membros da comitiva, desistiram de participar da missão por compromissos particulares. "Estamos tentando levar mais gente, mas a oposição se recusa a integrar a nossa comissão. Vamos nos reunir com membros da oposição e do governo, numa visita isenta", afirmou Lindbergh. O grupo pretende se reunir com Henrique Capriles, um dos líderes de oposição ao governo de Nicolás Maduro, com as mulheres dos presos políticos que fazem oposição ao presidente e com aliados do governo –como o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello. Cabello esteve no Brasil no dia 13 de junho, quando se reuniu com a presidente Dilma. De acordo com o site da Assembleia Nacional, Dilma e Cabello recordaram questões bilaterais alcançadas "graças ao amor e ao compromisso do comandante Hugo Chávez [ex-presidente venezuelano morto em 2013]". No encontro, a presidente brasileira também reafirmou o compromisso com o governo Maduro para manter altos níveis de cooperação, segundo relato dos venezuelanos. FARPAS Lindbergh e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) trocaram farpas nesta terça no plenário do Senado ao falarem sobre a Venezuela. O tucano acusa a nova comitiva de senadores de ser "chapa branca", por defender o governo Maduro, enquanto o petista afirma que a nova visita vai ser "isenta" –ao contrário do protagonizado pela oposição brasileira. "Poderíamos ter constituído uma comissão mais ampla, com roteiro definido. Eu quero participar de qualquer esforço conjunto para a gente garantir um processo democrático", disse Lindbergh. "É incompreensível ouvir manifestações críticas à nossa comitiva. Desconhecer a realidade do que ocorreu na Venezuela, em que um conjunto de senadores teve sua integridade física colocada em risco com a complacência do governo brasileiro, é desconhecer a realidade", disse Aécio. Na semana passada, uma comitiva com oito senadores de oposição foi à Venezuela, mas não conseguiu deixar o aeroporto porque o veículo em que se encontravam foi cercado por aliados de Maduro, segundo relato dos congressistas. O grupo tentou deixar o local, mas havia ruas fechadas. Após algumas horas no país, acabaram retornando ao Brasil sem cumprir a agenda prevista.
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Renan espera que senadores recebam 'tratamento civilizado' na VenezuelaA comissão de senadores aliados ao governo Dilma Rousseff que vai à Venezuela nesta quinta-feira (25) para encontros políticos vai usar aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira) para chegar ao país. A exemplo dos senadores da oposição, que foram ao país na semana passada, o grupo de congressistas pediu ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para usar um avião oficial na comitiva. Renan confirmou que fez o pedido à FAB e disse esperar que, desta vez, os brasileiros recebam um "tratamento civilizado" na Venezuela. "Nós exigimos que haja um tratamento civilizado, porque esta delegação, tal qual a outra delegação, ela vai em nome do Senado Federal", afirmou Renan. Líder da comissão, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que o grupo vai usar um avião de oito lugares cedido pela FAB. Além do petista, vão fazer parte da comitiva Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Roberto Requião (PMDB-PR) e Telmário Mota (PDT-RR). Os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Lídice da Mata (PSB-BA), que tinham sido anunciados como membros da comitiva, desistiram de participar da missão por compromissos particulares. "Estamos tentando levar mais gente, mas a oposição se recusa a integrar a nossa comissão. Vamos nos reunir com membros da oposição e do governo, numa visita isenta", afirmou Lindbergh. O grupo pretende se reunir com Henrique Capriles, um dos líderes de oposição ao governo de Nicolás Maduro, com as mulheres dos presos políticos que fazem oposição ao presidente e com aliados do governo –como o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello. Cabello esteve no Brasil no dia 13 de junho, quando se reuniu com a presidente Dilma. De acordo com o site da Assembleia Nacional, Dilma e Cabello recordaram questões bilaterais alcançadas "graças ao amor e ao compromisso do comandante Hugo Chávez [ex-presidente venezuelano morto em 2013]". No encontro, a presidente brasileira também reafirmou o compromisso com o governo Maduro para manter altos níveis de cooperação, segundo relato dos venezuelanos. FARPAS Lindbergh e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) trocaram farpas nesta terça no plenário do Senado ao falarem sobre a Venezuela. O tucano acusa a nova comitiva de senadores de ser "chapa branca", por defender o governo Maduro, enquanto o petista afirma que a nova visita vai ser "isenta" –ao contrário do protagonizado pela oposição brasileira. "Poderíamos ter constituído uma comissão mais ampla, com roteiro definido. Eu quero participar de qualquer esforço conjunto para a gente garantir um processo democrático", disse Lindbergh. "É incompreensível ouvir manifestações críticas à nossa comitiva. Desconhecer a realidade do que ocorreu na Venezuela, em que um conjunto de senadores teve sua integridade física colocada em risco com a complacência do governo brasileiro, é desconhecer a realidade", disse Aécio. Na semana passada, uma comitiva com oito senadores de oposição foi à Venezuela, mas não conseguiu deixar o aeroporto porque o veículo em que se encontravam foi cercado por aliados de Maduro, segundo relato dos congressistas. O grupo tentou deixar o local, mas havia ruas fechadas. Após algumas horas no país, acabaram retornando ao Brasil sem cumprir a agenda prevista.
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Astrologia
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Destaque para meio ambiente, agropecuária e medicina natural. LUA CRESCENTE EM ÁRIES: 16/1 ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Semana começa com pegada inovadora, favorecendo expansão e concretização de pequenas e fundamentais decisões. Volte-se para sua rotina e comece por aí, um terreno rico para novos arranjos. Vênus vibra para você contar com relações confiáveis. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Seu ânimo ainda não está no melhor pique neste começo de semana! Apesar disso, as demandas e obrigações externas requisitam mesmo. Assuntos financeiros terão destaque –heranças, taxas etc. Você percebe melhor o tempo e seu trabalho. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Em uma sociedade, parceria ou casamento, Vênus e Saturno comandam tudo: é pegar ou largar! Ficará sabendo de algo que confirma o fim de uma etapa com alguém. A Lua em Aquário areja sua mente e seu coração, traz aceitação e coerência. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Marte e Netuno em ótimo aspecto enviam vibrações boas para quem trabalha com as artes visuais, o design e a moda. Se você se encaixa nisso, vá no embalo destes próximos dias! Senão, coloque em pratica um talento mal-empregado. Alegrias! LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Sabedoria é levar em conta seus limites. E considerar que também o amor tem os seus próprios contornos, tamanhos e duração no tempo. Perdas e ganhos no tempo são assuntos que mexem com você nestes dias. Conexão forte com parceiro, sensibilidade. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Pode comemorar o início de uma semana ótima, criativa, produtiva, enriquecedora em todos os campos! Sem perder tempo, vá tocando adiante suas inspirações. Considere a força de certas cismas e intuições, serão certeiras. Ciclo se encerra na família. LIBRA (23 set. a 22 out.) Sol e Júpiter reforçam ganhos financeiros, trazem atitude e confiança aos próprios talentos e capacidades. Colaboração, solidariedade e respeito à diferença são lições que você vai dar a todos, sem fazer esforço. A Lua traz oscilações amorosas. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Decisão e foco em alta, com o coração batendo por mais liberdade! A semana começa bem para você, que conta com amigos influentes, popularidade e um ouvido apurado para as demandas coletivas. Intuição no amor e com filhos. Imaginação poderosa. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Você já teve seu tempo para decidir contornos e os limites pessoais, aqueles que não dá mesmo para ultrapassar. Seja por motivos de saúde ou amadurecimento, você enviará mensagens diferentes para o mundo e outras pessoas. Diálogo difícil. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Mercúrio retrocedeu e acabou voltando para seu signo –e nesta semana agita seu pensamento, trazendo antigas preocupações, que agora podem ser novamente equacionadas e resolvidas. Responsabilidades junto a um parente necessitado. Alvos claros no amor. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Emoção e razão em equilíbrio para você obedecer seu ritmo e cuidar de sua vida pessoal. A Lua em seu signo pede elasticidade na agenda e momentos para divagar, sentir, captar. O tempo ensinou muito a você, que agora percebe o quanto descobriu. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Movimento e fantasia são elementos básicos das artes visuais –apelo forte a sua sensibilidade nesta segunda-feira! Encontre meios para canalizar essa onda positiva. Vênus e Saturno consolidam fim de uma etapa e início de outra na carreira.
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ilustrada
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AstrologiaDestaque para meio ambiente, agropecuária e medicina natural. LUA CRESCENTE EM ÁRIES: 16/1 ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Semana começa com pegada inovadora, favorecendo expansão e concretização de pequenas e fundamentais decisões. Volte-se para sua rotina e comece por aí, um terreno rico para novos arranjos. Vênus vibra para você contar com relações confiáveis. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Seu ânimo ainda não está no melhor pique neste começo de semana! Apesar disso, as demandas e obrigações externas requisitam mesmo. Assuntos financeiros terão destaque –heranças, taxas etc. Você percebe melhor o tempo e seu trabalho. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Em uma sociedade, parceria ou casamento, Vênus e Saturno comandam tudo: é pegar ou largar! Ficará sabendo de algo que confirma o fim de uma etapa com alguém. A Lua em Aquário areja sua mente e seu coração, traz aceitação e coerência. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Marte e Netuno em ótimo aspecto enviam vibrações boas para quem trabalha com as artes visuais, o design e a moda. Se você se encaixa nisso, vá no embalo destes próximos dias! Senão, coloque em pratica um talento mal-empregado. Alegrias! LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Sabedoria é levar em conta seus limites. E considerar que também o amor tem os seus próprios contornos, tamanhos e duração no tempo. Perdas e ganhos no tempo são assuntos que mexem com você nestes dias. Conexão forte com parceiro, sensibilidade. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Pode comemorar o início de uma semana ótima, criativa, produtiva, enriquecedora em todos os campos! Sem perder tempo, vá tocando adiante suas inspirações. Considere a força de certas cismas e intuições, serão certeiras. Ciclo se encerra na família. LIBRA (23 set. a 22 out.) Sol e Júpiter reforçam ganhos financeiros, trazem atitude e confiança aos próprios talentos e capacidades. Colaboração, solidariedade e respeito à diferença são lições que você vai dar a todos, sem fazer esforço. A Lua traz oscilações amorosas. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Decisão e foco em alta, com o coração batendo por mais liberdade! A semana começa bem para você, que conta com amigos influentes, popularidade e um ouvido apurado para as demandas coletivas. Intuição no amor e com filhos. Imaginação poderosa. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Você já teve seu tempo para decidir contornos e os limites pessoais, aqueles que não dá mesmo para ultrapassar. Seja por motivos de saúde ou amadurecimento, você enviará mensagens diferentes para o mundo e outras pessoas. Diálogo difícil. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Mercúrio retrocedeu e acabou voltando para seu signo –e nesta semana agita seu pensamento, trazendo antigas preocupações, que agora podem ser novamente equacionadas e resolvidas. Responsabilidades junto a um parente necessitado. Alvos claros no amor. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Emoção e razão em equilíbrio para você obedecer seu ritmo e cuidar de sua vida pessoal. A Lua em seu signo pede elasticidade na agenda e momentos para divagar, sentir, captar. O tempo ensinou muito a você, que agora percebe o quanto descobriu. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Movimento e fantasia são elementos básicos das artes visuais –apelo forte a sua sensibilidade nesta segunda-feira! Encontre meios para canalizar essa onda positiva. Vênus e Saturno consolidam fim de uma etapa e início de outra na carreira.
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Doações e palestras pagas motivaram ação contra Lula, dizem procuradores
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Promotores da Lava Jato afirmaram nesta sexta-feira (4) que as investigações sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua mulher e filhos concentram-se no indício de que o maior volume de pagamentos ao Instituto Lula e à empresa de palestras do ex-presidente vieram de grandes empreiteiras investigadas na operação. Lula foi conduzido a depor na 24ª fase da operação, deflagrada nesta sexta. Outra suspeita dos investigadores refere-se a supostos favores recebidos pelas empreiteiras que reformaram um sítio usado pela família de Lula e também de reformas em um tríplex no Guarujá (SP). Segundo Carlos Fernando Lima, um dos procuradores da força-tarefa, 60% das doações ao instituto, entre 2011 e 2014, foram feitas pelas empreiteiras, e também elas são as responsáveis por 47% dos valores pagos à Lils palestras. São elas Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, UTC, Camargo Correa e Andrade Gutierrez. "Hoje estamos analisando evidências de que o ex-presidente e sua família receberam vantagens para eventual consecução de atos dentro do governo", disse Lima, em entrevista coletiva. Também está em apuração, segundo os procuradores, que o Instituto Lula pagou para a G4, que pertence a um dos filhos do ex-presidente, mais de R$ 1 milhão em serviços e outros R$ 90 mil para a Flex BR. "Agora precisamos investigar se foram feitos", afirmou o procurador. A análise da documentação fiscal de Instituto Lula e LILS foi definida, nas palavras do representante da Receita Federal Roberto Leonel de Oliveira Lima, como "confusão operacional e financeira entre as duas entidades". "A LILS Palestra é uma empresa cuja sede é no endereço residencial do ex-presidente e não possui atividade operacional. A principal são as palestras dadas pelo ex-presidente. Então toda atividade operacional e logística são feitas por empregados e pessoas ligadas ao Instituto Lula." MUDANÇA EM CONTÊINERES A investigação envolve ainda suspeita de que a empreiteira OAS gastou R$ 1,3 milhão para armazenar a mudança de Lula quando ele deixou o Palácio do Planalto, no fim de seu mandato, em 2010. Foram dez contêineres alugados com este fim. Embora a negociação para guardar os bens tenha sido coordenada por Paulo Okamotto, também investigado nesta operação, a força-tarefa apontou que o contrato foi fechado entre a empresa armazenadora e a OAS. "Nesse momento é mais um indicativo de mais um suposto favor que precisamos investigar", afirmou o procurador Lima. A opção por tomar o depoimento de Lula em uma delegacia da PF no aeroporto de Congonhas visou a segurança do ex-presidente, segundo o delegado Igor Romário de Paula. Segundo ele, o acesso até a Superintendência da PF de São Paulo seria facilmente bloqueado por manifestantes e a opção de Congonhas pareceu mais segura. O ex-presidente prestou depoimento por toda a manhã. Do lado de fora da PF, manifestantes pró e contra Lula chegaram a trocar acusações. BOLSONARO EM CURITIBA O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi para Curitiba para comemorar a ação da PF contra o ex-presidente Lula nesta sexta. Ele e o também deputado Fernando Francischini (SD-PR) convocaram um ato em frente à delegacia. Antes, gravou um vídeo –publicado pela "Gazeta do Povo"– no qual convocava as pessoas para o ato de "comemoração". Nele, o parlamentar também ironizou a situação, mandando "um abraço" ao petista. "Espero que, quando for decretada a prisão do Lula, não seja como lá atrás, no período militar, que [a detenção do ex-presidente] seja para sempre", disse Bolsonaro no vídeo, referindo-se aos poucos dias de prisão do ex-presidente durante a ditadura militar (1964-85). No local, o deputado do Rio de Janeiro chegou a soltar rojões em homenagem à PF. Alethea: 24º fase da Lava-jato - Quem foi alvo de condução coercitiva da PF
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poder
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Doações e palestras pagas motivaram ação contra Lula, dizem procuradoresPromotores da Lava Jato afirmaram nesta sexta-feira (4) que as investigações sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua mulher e filhos concentram-se no indício de que o maior volume de pagamentos ao Instituto Lula e à empresa de palestras do ex-presidente vieram de grandes empreiteiras investigadas na operação. Lula foi conduzido a depor na 24ª fase da operação, deflagrada nesta sexta. Outra suspeita dos investigadores refere-se a supostos favores recebidos pelas empreiteiras que reformaram um sítio usado pela família de Lula e também de reformas em um tríplex no Guarujá (SP). Segundo Carlos Fernando Lima, um dos procuradores da força-tarefa, 60% das doações ao instituto, entre 2011 e 2014, foram feitas pelas empreiteiras, e também elas são as responsáveis por 47% dos valores pagos à Lils palestras. São elas Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, UTC, Camargo Correa e Andrade Gutierrez. "Hoje estamos analisando evidências de que o ex-presidente e sua família receberam vantagens para eventual consecução de atos dentro do governo", disse Lima, em entrevista coletiva. Também está em apuração, segundo os procuradores, que o Instituto Lula pagou para a G4, que pertence a um dos filhos do ex-presidente, mais de R$ 1 milhão em serviços e outros R$ 90 mil para a Flex BR. "Agora precisamos investigar se foram feitos", afirmou o procurador. A análise da documentação fiscal de Instituto Lula e LILS foi definida, nas palavras do representante da Receita Federal Roberto Leonel de Oliveira Lima, como "confusão operacional e financeira entre as duas entidades". "A LILS Palestra é uma empresa cuja sede é no endereço residencial do ex-presidente e não possui atividade operacional. A principal são as palestras dadas pelo ex-presidente. Então toda atividade operacional e logística são feitas por empregados e pessoas ligadas ao Instituto Lula." MUDANÇA EM CONTÊINERES A investigação envolve ainda suspeita de que a empreiteira OAS gastou R$ 1,3 milhão para armazenar a mudança de Lula quando ele deixou o Palácio do Planalto, no fim de seu mandato, em 2010. Foram dez contêineres alugados com este fim. Embora a negociação para guardar os bens tenha sido coordenada por Paulo Okamotto, também investigado nesta operação, a força-tarefa apontou que o contrato foi fechado entre a empresa armazenadora e a OAS. "Nesse momento é mais um indicativo de mais um suposto favor que precisamos investigar", afirmou o procurador Lima. A opção por tomar o depoimento de Lula em uma delegacia da PF no aeroporto de Congonhas visou a segurança do ex-presidente, segundo o delegado Igor Romário de Paula. Segundo ele, o acesso até a Superintendência da PF de São Paulo seria facilmente bloqueado por manifestantes e a opção de Congonhas pareceu mais segura. O ex-presidente prestou depoimento por toda a manhã. Do lado de fora da PF, manifestantes pró e contra Lula chegaram a trocar acusações. BOLSONARO EM CURITIBA O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi para Curitiba para comemorar a ação da PF contra o ex-presidente Lula nesta sexta. Ele e o também deputado Fernando Francischini (SD-PR) convocaram um ato em frente à delegacia. Antes, gravou um vídeo –publicado pela "Gazeta do Povo"– no qual convocava as pessoas para o ato de "comemoração". Nele, o parlamentar também ironizou a situação, mandando "um abraço" ao petista. "Espero que, quando for decretada a prisão do Lula, não seja como lá atrás, no período militar, que [a detenção do ex-presidente] seja para sempre", disse Bolsonaro no vídeo, referindo-se aos poucos dias de prisão do ex-presidente durante a ditadura militar (1964-85). No local, o deputado do Rio de Janeiro chegou a soltar rojões em homenagem à PF. Alethea: 24º fase da Lava-jato - Quem foi alvo de condução coercitiva da PF
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Israel prende suspeitos de provocar incêndios; focos em Haifa são contidos
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A polícia de Israel prendeu nesta sexta-feira (25) 13 suspeitos de ligação com os incêndios florestais registrados no país ao longo da semana. O premiê Binyamin Netanyahu afirmou nesta sexta que as chamas foram provocadas por "elementos com grande hostilidade a Israel". "Ainda não podemos dizer com certeza que isso é uma ação organizada, mas verificamos várias células operando", afirmou Netanyahu. "Vão pagar um preço por esse terrorismo incendiário." Segundo o ministro da Segurança Interna, Gilad Erdan, os suspeitos detidos pertencem a "minorias" e "têm motivação nacionalista", dando a entender que são palestinos. As chamas começaram na manhã de terça (22) em localidades próximas a Jerusalém e, graças ao tempo seco e a fortes ventos, se espalharam para partes do centro e do norte de Israel, além de localidades na Cisjordânia. Em Haifa, a terceira maior cidade do país, mais de 50 mil pessoas saíram de suas casas na quinta para evitar as chamas e passaram a noite em abrigos e vilarejos na região. Na sexta, os focos de incêndio na cidade já haviam sido controlados pelos bombeiros, e as pessoas deslocadas puderam retornar. Nesta sexta, bombeiros trabalhavam para apagar as chamas em localidades ao redor de Jerusalém e no norte do país. A Autoridade Palestina disponibilizou bombeiros para ajudar a combater os incêndios. Países como Rússia, Chipre, Turquia, Croácia, Grécia Egito e Jordânia também enviaram ajuda a Israel. A atual sequência de incêndios em Israel é a pior desde 2010, quando chamas queimaram por quatro dias e deixaram 42 mortos. Na ocasião, o fogo só foi apagado após a mobilização de aeronaves de combate a incêndio de países tão distantes quanto os Estados Unidos.
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mundo
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Israel prende suspeitos de provocar incêndios; focos em Haifa são contidosA polícia de Israel prendeu nesta sexta-feira (25) 13 suspeitos de ligação com os incêndios florestais registrados no país ao longo da semana. O premiê Binyamin Netanyahu afirmou nesta sexta que as chamas foram provocadas por "elementos com grande hostilidade a Israel". "Ainda não podemos dizer com certeza que isso é uma ação organizada, mas verificamos várias células operando", afirmou Netanyahu. "Vão pagar um preço por esse terrorismo incendiário." Segundo o ministro da Segurança Interna, Gilad Erdan, os suspeitos detidos pertencem a "minorias" e "têm motivação nacionalista", dando a entender que são palestinos. As chamas começaram na manhã de terça (22) em localidades próximas a Jerusalém e, graças ao tempo seco e a fortes ventos, se espalharam para partes do centro e do norte de Israel, além de localidades na Cisjordânia. Em Haifa, a terceira maior cidade do país, mais de 50 mil pessoas saíram de suas casas na quinta para evitar as chamas e passaram a noite em abrigos e vilarejos na região. Na sexta, os focos de incêndio na cidade já haviam sido controlados pelos bombeiros, e as pessoas deslocadas puderam retornar. Nesta sexta, bombeiros trabalhavam para apagar as chamas em localidades ao redor de Jerusalém e no norte do país. A Autoridade Palestina disponibilizou bombeiros para ajudar a combater os incêndios. Países como Rússia, Chipre, Turquia, Croácia, Grécia Egito e Jordânia também enviaram ajuda a Israel. A atual sequência de incêndios em Israel é a pior desde 2010, quando chamas queimaram por quatro dias e deixaram 42 mortos. Na ocasião, o fogo só foi apagado após a mobilização de aeronaves de combate a incêndio de países tão distantes quanto os Estados Unidos.
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8 de junho de... 2018
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Você está lendo essa coluna hoje, 8 de junho de 2015. Mas, a confiar no que se propaga diariamente, estamos às vésperas de mais uma eleição presidencial. Temas em alta: haverá ou não reeleição? O voto será facultativo ou obrigatório? O mandato dos governantes vai durar quatro ou cinco anos? A plutocracia continuará dirigindo o país? A reforma política vai reformar os costumes políticos numa Constituinte ou o pessoal liderado por Eduardo Cunha, Renan Calheiros e gente do mesmo calibre irá "reformar a política" para deixar tudo como está, quando não piorar? Que os temas acima são importantes ninguém pode negar. Problema: estamos a três anos de uma nova disputa eleitoral majoritária. E de hoje até lá, quem vai cuidar da lojinha? E como? Acabamos de saber que planos de saúde foram autorizados a elevar mensalidades muito acima da inflação. O argumento é fantástico: alguns procedimentos, por "sofisticados", são muito caros. Um exemplo prático: tomografias, mesmo sem contraste, são consideradas pelos convênios exames de ponta. Exigem seis meses de carência. Há 30 anos, talvez fossem o estado da arte se comparadas a abreugrafias. Hoje, custam tanto quanto um relógio a quartzo na praça da Sé –menos pela lógica da ANS e dos planos de saúde. O Banco Central e a troika econômica tupiniquim adoram essa melodia modernosa. E fazem a sua parte. Elevam os juros como se manejassem aquelas máquinas de remarcação de preços dos supermercados. O raciocínio da turma é igualmente fantástico: tudo estava errado, agora trata-se de consertar. Vendem a ideia como normal. Afinal, o capitalismo é sinônimo de crises cíclicas. De tempos em tempos, destrói-se tudo para reconstruir depois. E segue o enterro. Dane-se o que fica pelo caminho: milhões de desempregados, famílias desesperadas, menos comida a cada refeição. Tal qual não se faz omelete sem quebrar ovos, não se acertam as contas sem sacrificar a vida dos... outros: este parece ser o pensamento vigente no governo. Quem diria. Ah, mas daqui a dois, três anos, tudo ficará em ordem, projetam os teóricos do tal ajuste. De hoje até lá, paciência. Que se virem os que forem (ou já foram) para o olho da rua, professores que ganham menos do que ascensoristas, milhares de trabalhadores de empresas manipuladas por grandes acionistas como lavanderias de propinas. Que a oposição comemore esse cenário, dá para entender. Nada como assistir ao serviço sujo feito pelos adversários e ainda posar de arauto de direitos sociais. Difícil de compreender é observar partidos como o PT divididos diante do desmonte de escassas conquistas sociais. O congresso da legenda nos próximos dias talvez ofereça uma resposta. Só um lembrete: estamos em 2015, não em 2018. GASOLINA NA FOGUEIRA O governo Geraldo Alckmin brinca com fogo. A greve recordista dos professores, mesmo que termine por exaustão e contas a pagar, já deixou uma marca impossível de esconder. Assim como o descaso diante da falta d'água. O adiamento sistemático de obras anunciadas para amenizar o problema vai cobrar seu preço. Não há Alstom nem Siemens capazes de transformar uma torneira seca em chafariz.
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8 de junho de... 2018Você está lendo essa coluna hoje, 8 de junho de 2015. Mas, a confiar no que se propaga diariamente, estamos às vésperas de mais uma eleição presidencial. Temas em alta: haverá ou não reeleição? O voto será facultativo ou obrigatório? O mandato dos governantes vai durar quatro ou cinco anos? A plutocracia continuará dirigindo o país? A reforma política vai reformar os costumes políticos numa Constituinte ou o pessoal liderado por Eduardo Cunha, Renan Calheiros e gente do mesmo calibre irá "reformar a política" para deixar tudo como está, quando não piorar? Que os temas acima são importantes ninguém pode negar. Problema: estamos a três anos de uma nova disputa eleitoral majoritária. E de hoje até lá, quem vai cuidar da lojinha? E como? Acabamos de saber que planos de saúde foram autorizados a elevar mensalidades muito acima da inflação. O argumento é fantástico: alguns procedimentos, por "sofisticados", são muito caros. Um exemplo prático: tomografias, mesmo sem contraste, são consideradas pelos convênios exames de ponta. Exigem seis meses de carência. Há 30 anos, talvez fossem o estado da arte se comparadas a abreugrafias. Hoje, custam tanto quanto um relógio a quartzo na praça da Sé –menos pela lógica da ANS e dos planos de saúde. O Banco Central e a troika econômica tupiniquim adoram essa melodia modernosa. E fazem a sua parte. Elevam os juros como se manejassem aquelas máquinas de remarcação de preços dos supermercados. O raciocínio da turma é igualmente fantástico: tudo estava errado, agora trata-se de consertar. Vendem a ideia como normal. Afinal, o capitalismo é sinônimo de crises cíclicas. De tempos em tempos, destrói-se tudo para reconstruir depois. E segue o enterro. Dane-se o que fica pelo caminho: milhões de desempregados, famílias desesperadas, menos comida a cada refeição. Tal qual não se faz omelete sem quebrar ovos, não se acertam as contas sem sacrificar a vida dos... outros: este parece ser o pensamento vigente no governo. Quem diria. Ah, mas daqui a dois, três anos, tudo ficará em ordem, projetam os teóricos do tal ajuste. De hoje até lá, paciência. Que se virem os que forem (ou já foram) para o olho da rua, professores que ganham menos do que ascensoristas, milhares de trabalhadores de empresas manipuladas por grandes acionistas como lavanderias de propinas. Que a oposição comemore esse cenário, dá para entender. Nada como assistir ao serviço sujo feito pelos adversários e ainda posar de arauto de direitos sociais. Difícil de compreender é observar partidos como o PT divididos diante do desmonte de escassas conquistas sociais. O congresso da legenda nos próximos dias talvez ofereça uma resposta. Só um lembrete: estamos em 2015, não em 2018. GASOLINA NA FOGUEIRA O governo Geraldo Alckmin brinca com fogo. A greve recordista dos professores, mesmo que termine por exaustão e contas a pagar, já deixou uma marca impossível de esconder. Assim como o descaso diante da falta d'água. O adiamento sistemático de obras anunciadas para amenizar o problema vai cobrar seu preço. Não há Alstom nem Siemens capazes de transformar uma torneira seca em chafariz.
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Mais de um milhão de migrantes chegaram à Europa por mar em 2015
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Mais de um milhão de migrantes chegaram à Europa via mar neste ano, informou nesta quarta-feira (30) o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), que classificou a cifra como sem precedentes. Segundo a contagem da organização em conjunto com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), 1.000.573 migrantes viajaram ao continente em lanchas e barcos e 3.735 morreram durante a travessia. UM MILHÃO PELO MAR - Número de migrantes que chegaram à Europa pelo Mediterrâneo em 2015 bate novo recorde Na semana passada, a OIM divulgou que um total de 1.005.504 migrantes haviam chegado ao continente por mar e por terra neste ano. "Sabemos que a migração é inevitável, é necessária e é desejável. Mas não é o suficiente contar o número daqueles que chegam, pois quase 4.000 pessoas neste ano estão desaparecidas ou se afogaram. Nós também precisamos agir. A migração deve ser legal e segura para todos, tanto para os próprios migrantes como para os países que se tornarão seu novo lar", afirmou William Lacy Swing, diretor-geral da OIM, no relatório divulgado pelo Acnur. A organização cita como principais causas desse fluxo perseguição, conflito e pobreza que atingem seus países de origem. "O número de pessoas deslocadas pela guerra e conflitos armados é o mais alto já visto na Europa Ocidental e Central desde a década de 1990, quando vários conflitos eclodiram na antiga Iugoslávia", afirma o Acnur. Principais países de origem (2015, em %) - Os migrantes da Síria, país em guerra civil desde 2011, são os mais numerosos, com 49% do total. São seguidos dos afegãos (21%) e iraquianos (8%). A lista continua com Eritreia, Paquistão, Nigéria, Somália, Sudão, Gâmbia e Mali. Juntos, os dez países representam a origem de 84% desses viajantes. A organização afirma ainda que a maioria desses migrantes, 844.176, desembarcou na Grécia, outros 152.700, na Itália e 105, em Malta. O levantamento indica também que 58% dos migrantes são homens, 17% mulheres e 25% crianças. Principais países de entrada, em % - O alto comissário da ONU para refugiados, António Guterres, comentou a reação dos europeus ao recente fluxo de imigrantes. "À medida que os sentimentos xenofóbicos crescem em algumas áreas, é importante reconhecer as contribuições positivas que refugiados e migrantes fazem às sociedades em que vivem e também aos valores europeus fundamentais: protegendo vidas, defendendo os direitos humanos e promovendo a tolerância e a diversidade."
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mundo
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Mais de um milhão de migrantes chegaram à Europa por mar em 2015Mais de um milhão de migrantes chegaram à Europa via mar neste ano, informou nesta quarta-feira (30) o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), que classificou a cifra como sem precedentes. Segundo a contagem da organização em conjunto com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), 1.000.573 migrantes viajaram ao continente em lanchas e barcos e 3.735 morreram durante a travessia. UM MILHÃO PELO MAR - Número de migrantes que chegaram à Europa pelo Mediterrâneo em 2015 bate novo recorde Na semana passada, a OIM divulgou que um total de 1.005.504 migrantes haviam chegado ao continente por mar e por terra neste ano. "Sabemos que a migração é inevitável, é necessária e é desejável. Mas não é o suficiente contar o número daqueles que chegam, pois quase 4.000 pessoas neste ano estão desaparecidas ou se afogaram. Nós também precisamos agir. A migração deve ser legal e segura para todos, tanto para os próprios migrantes como para os países que se tornarão seu novo lar", afirmou William Lacy Swing, diretor-geral da OIM, no relatório divulgado pelo Acnur. A organização cita como principais causas desse fluxo perseguição, conflito e pobreza que atingem seus países de origem. "O número de pessoas deslocadas pela guerra e conflitos armados é o mais alto já visto na Europa Ocidental e Central desde a década de 1990, quando vários conflitos eclodiram na antiga Iugoslávia", afirma o Acnur. Principais países de origem (2015, em %) - Os migrantes da Síria, país em guerra civil desde 2011, são os mais numerosos, com 49% do total. São seguidos dos afegãos (21%) e iraquianos (8%). A lista continua com Eritreia, Paquistão, Nigéria, Somália, Sudão, Gâmbia e Mali. Juntos, os dez países representam a origem de 84% desses viajantes. A organização afirma ainda que a maioria desses migrantes, 844.176, desembarcou na Grécia, outros 152.700, na Itália e 105, em Malta. O levantamento indica também que 58% dos migrantes são homens, 17% mulheres e 25% crianças. Principais países de entrada, em % - O alto comissário da ONU para refugiados, António Guterres, comentou a reação dos europeus ao recente fluxo de imigrantes. "À medida que os sentimentos xenofóbicos crescem em algumas áreas, é importante reconhecer as contribuições positivas que refugiados e migrantes fazem às sociedades em que vivem e também aos valores europeus fundamentais: protegendo vidas, defendendo os direitos humanos e promovendo a tolerância e a diversidade."
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"Ainda não chegamos lá", diz Obama sobre acordo de cessar-fogo na Síria
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O presidente Barack Obama afirmou que os Estados Unidos e a Rússia trabalharam neste domingo (4) para tentar finalizar um cessar fogo na Síria que permitiria a chegada de ajuda humanitária no país, devastado pela guerra. "Ainda não chegamos lá", disse Obama a repórteres depois de um encontro com a primeira-ministra britânica Theresa May paralelalemte à cúpula do G-20 da cidade chinesa de Hangzhou, notando que tréguas anteriores não duraram muito. Oficiais militares dos EUA e da Rússia, que apoiam lados diferentes na guerra síria, tem se encontrado nas últimas semanas para estudar os termos de um acordo. A guerra civil matou mais de 250 mil pessoas e deslocou 11 milhões, causando uma crise de refugiados no Oriente Médio e na Europa, e contribuindo com a ascensão de grupos de militantes islâmicos. "Temos graves diferenças com os russos não apenas em relação às partes que apoiamos mas no processo necessário para conseguirmos a paz na Síria", afirmou o presidente norte-americano. A Rússia apoia o presidente sírio Bashar al-Assad e os EUA, forças rebeldes contra o governo. "Se não conseguirmos algum apoio russo para reduzir a violência e diminuir a crise humanitária, é difícil ver como conseguiremos chegar a uma próxima fase", disse. A Casa Branca afirmou que Obama e o presidente russo Vladimir Putin provavelmente teriam a chance de conversar informalmente durante a cúpula. Não foi anunciado quando esse encontro aconteceria. Em conversa com jornalistas após encontrar o chanceler russo Sergei Lavrov, o secretário de Estado norte-americano John Kerry afirmou que alguns problemas mais sérios ainda persistiam, e que as duas partes se encontrariam na segunda para diminuir as diferenças entre as partes. "Vamos nos encontrar amanhã cedo e ver se é possível conciliar as questões para chegarmos a uma conclusão nesses assuntos", afimou Kerry.
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mundo
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"Ainda não chegamos lá", diz Obama sobre acordo de cessar-fogo na SíriaO presidente Barack Obama afirmou que os Estados Unidos e a Rússia trabalharam neste domingo (4) para tentar finalizar um cessar fogo na Síria que permitiria a chegada de ajuda humanitária no país, devastado pela guerra. "Ainda não chegamos lá", disse Obama a repórteres depois de um encontro com a primeira-ministra britânica Theresa May paralelalemte à cúpula do G-20 da cidade chinesa de Hangzhou, notando que tréguas anteriores não duraram muito. Oficiais militares dos EUA e da Rússia, que apoiam lados diferentes na guerra síria, tem se encontrado nas últimas semanas para estudar os termos de um acordo. A guerra civil matou mais de 250 mil pessoas e deslocou 11 milhões, causando uma crise de refugiados no Oriente Médio e na Europa, e contribuindo com a ascensão de grupos de militantes islâmicos. "Temos graves diferenças com os russos não apenas em relação às partes que apoiamos mas no processo necessário para conseguirmos a paz na Síria", afirmou o presidente norte-americano. A Rússia apoia o presidente sírio Bashar al-Assad e os EUA, forças rebeldes contra o governo. "Se não conseguirmos algum apoio russo para reduzir a violência e diminuir a crise humanitária, é difícil ver como conseguiremos chegar a uma próxima fase", disse. A Casa Branca afirmou que Obama e o presidente russo Vladimir Putin provavelmente teriam a chance de conversar informalmente durante a cúpula. Não foi anunciado quando esse encontro aconteceria. Em conversa com jornalistas após encontrar o chanceler russo Sergei Lavrov, o secretário de Estado norte-americano John Kerry afirmou que alguns problemas mais sérios ainda persistiam, e que as duas partes se encontrariam na segunda para diminuir as diferenças entre as partes. "Vamos nos encontrar amanhã cedo e ver se é possível conciliar as questões para chegarmos a uma conclusão nesses assuntos", afimou Kerry.
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'Maze Runner 2' une filme de zumbis a prova de atletismo
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Segundo episódio da franquia baseada nos livros de James Dashner, "Maze Runner - Prova de Fogo" segue a fórmula básica dos filmes "YA" (young adults), protagonizados por e dirigidos a jovens adultos (mas consumidos sobretudo por adolescentes). Como nas séries "Jogos Vorazes" e "Divergente", o filme se passa em um futuro pós-apocalíptico no qual um grupo de jovens resiste a um misterioso poder opressor. Também da mesma forma que outros "YA", a narrativa se divide em duas partes. Há cenas de diálogos que tentam explicar a complicada trama. E sequências de ação em que os personagens enfrentam provações de dificuldade crescente, claramente inspiradas nas fases de videogames ""oferecendo ao público dose de adrenalina. Há ainda um pouco de romance casto, porque Hollywood sabe que os hormônios dos adolescentes estão em ebulição, mas vivemos em uma época conservadora. Mas, então, o que "Maze Runner 2" tem de específico? Em primeiro lugar, claro, os detalhes da trama. Depois de escapar do labirinto no primeiro episódio, o protagonista Thomas (Dylan O'Brien) e seus amigos são levados a um abrigo dirigido por pessoas que supostamente combatem a organização conhecida como Cruel. Mas Thomas logo descobre os segredos de seus anfitriões e escapa com seu grupo por um deserto onde terão de enfrentar criaturas disformes. A certa altura, "Maze Runner 2" vira um filme de zumbis e uma prova de atletismo, em que os personagens parecem em uma versão distópica de "Corra, Lola, Corra". Nas séries "Jogos Vorazes" e "Divergente", falhas são compensadas pelo talento das atrizes (Jennifer Lawrence, Shailene Woodley). Dylan O'Brien se revela um ator com recursos mais limitados e, também por isso, o resultado de "Maze Runner 2" fica abaixo da média da safra recente dos "YA". MAZE RUNNER - PROVA DE FOGO (Maze Runner - The Scorch Trials) DIREÇÃO Wes Ball ELENCO Dylan O'Brien, Kaya Scodelario, Ki Hong Lee PRODUÇÃO EUA, 2015, 14 anos QUANDO em cartaz
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ilustrada
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'Maze Runner 2' une filme de zumbis a prova de atletismoSegundo episódio da franquia baseada nos livros de James Dashner, "Maze Runner - Prova de Fogo" segue a fórmula básica dos filmes "YA" (young adults), protagonizados por e dirigidos a jovens adultos (mas consumidos sobretudo por adolescentes). Como nas séries "Jogos Vorazes" e "Divergente", o filme se passa em um futuro pós-apocalíptico no qual um grupo de jovens resiste a um misterioso poder opressor. Também da mesma forma que outros "YA", a narrativa se divide em duas partes. Há cenas de diálogos que tentam explicar a complicada trama. E sequências de ação em que os personagens enfrentam provações de dificuldade crescente, claramente inspiradas nas fases de videogames ""oferecendo ao público dose de adrenalina. Há ainda um pouco de romance casto, porque Hollywood sabe que os hormônios dos adolescentes estão em ebulição, mas vivemos em uma época conservadora. Mas, então, o que "Maze Runner 2" tem de específico? Em primeiro lugar, claro, os detalhes da trama. Depois de escapar do labirinto no primeiro episódio, o protagonista Thomas (Dylan O'Brien) e seus amigos são levados a um abrigo dirigido por pessoas que supostamente combatem a organização conhecida como Cruel. Mas Thomas logo descobre os segredos de seus anfitriões e escapa com seu grupo por um deserto onde terão de enfrentar criaturas disformes. A certa altura, "Maze Runner 2" vira um filme de zumbis e uma prova de atletismo, em que os personagens parecem em uma versão distópica de "Corra, Lola, Corra". Nas séries "Jogos Vorazes" e "Divergente", falhas são compensadas pelo talento das atrizes (Jennifer Lawrence, Shailene Woodley). Dylan O'Brien se revela um ator com recursos mais limitados e, também por isso, o resultado de "Maze Runner 2" fica abaixo da média da safra recente dos "YA". MAZE RUNNER - PROVA DE FOGO (Maze Runner - The Scorch Trials) DIREÇÃO Wes Ball ELENCO Dylan O'Brien, Kaya Scodelario, Ki Hong Lee PRODUÇÃO EUA, 2015, 14 anos QUANDO em cartaz
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Moradores da Cidade do México ficam na rua e oferecem ajuda após tremor
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A segunda maior cidade da América Latina, atrás de São Paulo, ficou paralisada nas horas seguintes ao tremor. Os escritórios e restaurantes fechados, mais de 3,8 milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica e os telefones funcionam com dificuldade. Na hora do tremor, Francisco Tostado, 36, estava na casa de uma amiga, no bairro nobre de Condesa, um dos mais afetados. "A porta não abria e começamos a gritar, até que um vizinho conseguiu abrir", disse à Folha. "Todos corriam e gritavam que havia um vazamento de gás." "Moro na primeira quadra do Centro Histórico e da minha janela só vi fumaça aparecendo no norte e no sul da cidade", afirmou José Manuel Espindola, 34. Todos se recusam a voltar para suas casas, com medo das réplicas do tremor. A exceção fica por conta daqueles com animais. "Não pude tirá-los, foi impossível colocá-los na caixinha", disse Dorian Ulises, 37, que estava em um parque no bairro Roma, outro bairro nobre da capital mexicana bastante atingido pelo terremoto desta terça-feira (19). Apesar da tragédia, algumas tradições da Cidade do México se mantiveram. Os moradores aliviam a fome nas barraquinhas de comida —batatas fritas, tacos— e compram água de ambulantes e de algumas mercearias que estavam abertas. "Lá dentro está cheio de cerveja derramada", disse um vendedor à reportagem. A quantidade de pessoas no meio da rua prejudicou ainda mais o já caótico trânsito da cidade. O ruído das ambulâncias, carros de bombeiros e dos cachorros latindo era muito intenso. Havia também relatos de saques e roubos na capital e em outros Estados afetados. A polícia informou que os criminosos serão presos, apesar da destruição da tragédia. SOLIDARIEDADE Nas redes sociais, usuários compartilham avisos e pedidos de ajuda após o tremor. "Se você quer ajudar por favor pense em ir até o banco de sangue mais próximo e doe sangue", escreveu uma ONG mexicana no Twitter. Pelo WhatsApp, amigos compartilham mensagens com listas de prédios danificados, telefones úteis e conselhos como "não sature as linhas de transporte" e "evite sair de carro para não congestionar as ruas". Voluntários começaram a aparecer com pás perto de prédios destruídos para ajudar nos trabalhos de resgate em meio aos escombros. Uma senhora distribuía pão em um parque da Cidade do México, enquanto outra entretinha um grupo de crianças fazendo desenhos. "Dizem que vem um ainda pior", era um dos tantos rumores ouvidos nas ruas.
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mundo
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Moradores da Cidade do México ficam na rua e oferecem ajuda após tremorA segunda maior cidade da América Latina, atrás de São Paulo, ficou paralisada nas horas seguintes ao tremor. Os escritórios e restaurantes fechados, mais de 3,8 milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica e os telefones funcionam com dificuldade. Na hora do tremor, Francisco Tostado, 36, estava na casa de uma amiga, no bairro nobre de Condesa, um dos mais afetados. "A porta não abria e começamos a gritar, até que um vizinho conseguiu abrir", disse à Folha. "Todos corriam e gritavam que havia um vazamento de gás." "Moro na primeira quadra do Centro Histórico e da minha janela só vi fumaça aparecendo no norte e no sul da cidade", afirmou José Manuel Espindola, 34. Todos se recusam a voltar para suas casas, com medo das réplicas do tremor. A exceção fica por conta daqueles com animais. "Não pude tirá-los, foi impossível colocá-los na caixinha", disse Dorian Ulises, 37, que estava em um parque no bairro Roma, outro bairro nobre da capital mexicana bastante atingido pelo terremoto desta terça-feira (19). Apesar da tragédia, algumas tradições da Cidade do México se mantiveram. Os moradores aliviam a fome nas barraquinhas de comida —batatas fritas, tacos— e compram água de ambulantes e de algumas mercearias que estavam abertas. "Lá dentro está cheio de cerveja derramada", disse um vendedor à reportagem. A quantidade de pessoas no meio da rua prejudicou ainda mais o já caótico trânsito da cidade. O ruído das ambulâncias, carros de bombeiros e dos cachorros latindo era muito intenso. Havia também relatos de saques e roubos na capital e em outros Estados afetados. A polícia informou que os criminosos serão presos, apesar da destruição da tragédia. SOLIDARIEDADE Nas redes sociais, usuários compartilham avisos e pedidos de ajuda após o tremor. "Se você quer ajudar por favor pense em ir até o banco de sangue mais próximo e doe sangue", escreveu uma ONG mexicana no Twitter. Pelo WhatsApp, amigos compartilham mensagens com listas de prédios danificados, telefones úteis e conselhos como "não sature as linhas de transporte" e "evite sair de carro para não congestionar as ruas". Voluntários começaram a aparecer com pás perto de prédios destruídos para ajudar nos trabalhos de resgate em meio aos escombros. Uma senhora distribuía pão em um parque da Cidade do México, enquanto outra entretinha um grupo de crianças fazendo desenhos. "Dizem que vem um ainda pior", era um dos tantos rumores ouvidos nas ruas.
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Equipe de Doria para transição em SP inclui ex-secretário e empresário
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O prefeito eleito em São Paulo, João Doria (PSDB), fechou o desenho de sua equipe de transição. O time que vai olhar com lupa as contas do município, os programas desenvolvidos por Fernando Haddad (PT) e o funcionamento dos órgãos e entidades da capital é composto por sete integrantes do núcleo duro da campanha do tucano. O grupo será coordenado por Julio Semeghini, ex-secretário estadual de Gestão (no governo Geraldo Alckmin) que comandou a campanha de Doria. Junto com ele atuará Julio Serson, empresário, amigo e espécie de braço direito do prefeito eleito. Serson foi uma figura chave na arrecadação da campanha de Doria e é considerado um dos principais conselheiros do tucano na área de finanças. Pela proeminência que conquistaram durante a corrida eleitoral, os dois nomes são tidos por aliados do tucano como potenciais secretários municipais. O advogado da coligação de Doria, Anderson Pomini, também foi requisitado para a transição. Ele vai auxiliar nas questões jurídicas. Jorge Damião, diretor da TV Cultura que na campanha fez a interlocução entre o prefeito eleito e os candidatos a vereador de sua coligação, vai atuar na transição. Ele é visto como um dos cotados para assumir a Secretaria de Cultura na gestão Doria. Integrarão ainda a comissão de transição Paulo Mathias, ex-presidente da Juventude do PSDB paulista, Wilson Pedroso, que foi subprefeito de Vila Prudente/Sapopemba na gestão Gilberto Kassab, e Marcos Campagnone, que coordenou a formulação do plano de governo de Doria. Esse grupo é quem vai fazer a interlocução com a equipe de Fernando Haddad até que haja a troca de bastão na prefeitura. Eles também deverão ajudar o prefeito eleito, durante a montagem do secretariado, nas conversas com integrantes das 13 siglas que formaram sua coligação. RITO Há um decreto que define o rito da transição em São Paulo e é ele quem vai nortear o início dos trabalhos dos aliados de Doria. O texto determina que o secretário de Governo da gestão antecessora centralize informações referentes a todas as pastas, os números, as pessoas envolvidas e os custos. No caso de Haddad, essa tarefa caberá a Chico Macena (PT), que ocupa a pasta. A norma também determina que a gestão que está deixando a chefia da capital paulista deve elaborar documentos que detalhem, de forma expressa, "assuntos que demandarão ação ou decisão nos cem primeiros dias do novo governo". A compilação desses dados caberá à equipe de transição de Haddad. O decreto diz ainda que Doria deve informar formalmente a Haddad quem são os designados por ele para trabalhar na transição, a qualificação de seus integrantes, além da indicação do responsável pela coordenação da equipe. Doria tem elogiado a postura "republicana" de Haddad e diz esperar uma transição sem surpresas.
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cotidiano
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Equipe de Doria para transição em SP inclui ex-secretário e empresárioO prefeito eleito em São Paulo, João Doria (PSDB), fechou o desenho de sua equipe de transição. O time que vai olhar com lupa as contas do município, os programas desenvolvidos por Fernando Haddad (PT) e o funcionamento dos órgãos e entidades da capital é composto por sete integrantes do núcleo duro da campanha do tucano. O grupo será coordenado por Julio Semeghini, ex-secretário estadual de Gestão (no governo Geraldo Alckmin) que comandou a campanha de Doria. Junto com ele atuará Julio Serson, empresário, amigo e espécie de braço direito do prefeito eleito. Serson foi uma figura chave na arrecadação da campanha de Doria e é considerado um dos principais conselheiros do tucano na área de finanças. Pela proeminência que conquistaram durante a corrida eleitoral, os dois nomes são tidos por aliados do tucano como potenciais secretários municipais. O advogado da coligação de Doria, Anderson Pomini, também foi requisitado para a transição. Ele vai auxiliar nas questões jurídicas. Jorge Damião, diretor da TV Cultura que na campanha fez a interlocução entre o prefeito eleito e os candidatos a vereador de sua coligação, vai atuar na transição. Ele é visto como um dos cotados para assumir a Secretaria de Cultura na gestão Doria. Integrarão ainda a comissão de transição Paulo Mathias, ex-presidente da Juventude do PSDB paulista, Wilson Pedroso, que foi subprefeito de Vila Prudente/Sapopemba na gestão Gilberto Kassab, e Marcos Campagnone, que coordenou a formulação do plano de governo de Doria. Esse grupo é quem vai fazer a interlocução com a equipe de Fernando Haddad até que haja a troca de bastão na prefeitura. Eles também deverão ajudar o prefeito eleito, durante a montagem do secretariado, nas conversas com integrantes das 13 siglas que formaram sua coligação. RITO Há um decreto que define o rito da transição em São Paulo e é ele quem vai nortear o início dos trabalhos dos aliados de Doria. O texto determina que o secretário de Governo da gestão antecessora centralize informações referentes a todas as pastas, os números, as pessoas envolvidas e os custos. No caso de Haddad, essa tarefa caberá a Chico Macena (PT), que ocupa a pasta. A norma também determina que a gestão que está deixando a chefia da capital paulista deve elaborar documentos que detalhem, de forma expressa, "assuntos que demandarão ação ou decisão nos cem primeiros dias do novo governo". A compilação desses dados caberá à equipe de transição de Haddad. O decreto diz ainda que Doria deve informar formalmente a Haddad quem são os designados por ele para trabalhar na transição, a qualificação de seus integrantes, além da indicação do responsável pela coordenação da equipe. Doria tem elogiado a postura "republicana" de Haddad e diz esperar uma transição sem surpresas.
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Haddad sanciona lei e foie gras está proibido em São Paulo
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O prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou, na noite desta quinta-feira (25), a lei que proíbe a produção e a venda de foie gras na cidade de São Paulo. O projeto, apresentado pelo vereador Laércio Benko (PHS) em 2013, havia sido aprovado por unanimidade na Câmara no último dia 13 de maio. A expectativa era que o prefeito, tido como apreciador da iguaria, vetasse o texto. Juristas como o advogado Ives Gandra Martins haviam se manifestado de forma contrária ao projeto, no qual viam inconstitucionalidade –segundo eles, não caberia à prefeitura legislar sobre o comércio de um tipo específico de produto, mas sim à União. A Procuradoria Geral do Município também emitiu parecer, na semana passada, recomendando o veto ao projeto, com o mesmo argumento. Haddad, entretanto, optou por "tratar do tema dentro do âmbito da legislação ambiental, considerando a manifesta intenção do projeto de proteger aves e animais de sofrimento", segundo comunicado da prefeitura. Nesta quarta (24), um grupo de ativistas de direitos dos animais fez um protesto em frente à prefeitura pedindo a sanção da lei. O prefeito recebeu um documento com 90 mil assinaturas a favor da proibição. A única mudança feita pelo prefeito na sanção foi estabelecer o prazo de 45 dias para que a proibição ao ingrediente entre em vigor –até lá, o consumo de produtos já adquiridos ou que venham a ser comprados fora de São Paulo não vai sofrer restrições. Quando a proibição estiver valendo, restaurantes e estabelecimentos que venderem ou produzirem foie gras estarão sujeitos à apreensão do produto e a uma multa de R$ 5.000 (aplicada em dobro em caso de reincidência). A nova lei também proíbe o comércio de artigos feitos com a pele de animais criados exclusivamente para a extração do couro. A IGUARIA Tradicional na culinária francesa, o foie gras –na tradução literal, "fígado gorduroso"– é obtido a partir da alimentação forçada de gansos e patos, por uma técnica conhecida como "gavage". Na justificativa do projeto, o vereador Benko alegou que o produto, classificado como "simples aperitivo das classes abastadas", "não traz nenhum beneficio à saúde humana" e que, para sua produção, submete as aves a "um verdadeiro sofrimento". O vereador disse à Folha, nesta quinta, que telefonou para a equipe do prefeito para "parabenizá-lo pela coragem". "São Paulo vai dar um exemplo de evolução, tenho certeza que o projeto será replicado em muitas cidades", disse. Guilherme Carvalho, secretário-executivo da SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira), disse que a sanção do prefeito é uma "conquista sem precedentes". "Com certeza um próximo passo será a expansão dessa lei para todo o Brasil", afirmou.
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comida
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Haddad sanciona lei e foie gras está proibido em São PauloO prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou, na noite desta quinta-feira (25), a lei que proíbe a produção e a venda de foie gras na cidade de São Paulo. O projeto, apresentado pelo vereador Laércio Benko (PHS) em 2013, havia sido aprovado por unanimidade na Câmara no último dia 13 de maio. A expectativa era que o prefeito, tido como apreciador da iguaria, vetasse o texto. Juristas como o advogado Ives Gandra Martins haviam se manifestado de forma contrária ao projeto, no qual viam inconstitucionalidade –segundo eles, não caberia à prefeitura legislar sobre o comércio de um tipo específico de produto, mas sim à União. A Procuradoria Geral do Município também emitiu parecer, na semana passada, recomendando o veto ao projeto, com o mesmo argumento. Haddad, entretanto, optou por "tratar do tema dentro do âmbito da legislação ambiental, considerando a manifesta intenção do projeto de proteger aves e animais de sofrimento", segundo comunicado da prefeitura. Nesta quarta (24), um grupo de ativistas de direitos dos animais fez um protesto em frente à prefeitura pedindo a sanção da lei. O prefeito recebeu um documento com 90 mil assinaturas a favor da proibição. A única mudança feita pelo prefeito na sanção foi estabelecer o prazo de 45 dias para que a proibição ao ingrediente entre em vigor –até lá, o consumo de produtos já adquiridos ou que venham a ser comprados fora de São Paulo não vai sofrer restrições. Quando a proibição estiver valendo, restaurantes e estabelecimentos que venderem ou produzirem foie gras estarão sujeitos à apreensão do produto e a uma multa de R$ 5.000 (aplicada em dobro em caso de reincidência). A nova lei também proíbe o comércio de artigos feitos com a pele de animais criados exclusivamente para a extração do couro. A IGUARIA Tradicional na culinária francesa, o foie gras –na tradução literal, "fígado gorduroso"– é obtido a partir da alimentação forçada de gansos e patos, por uma técnica conhecida como "gavage". Na justificativa do projeto, o vereador Benko alegou que o produto, classificado como "simples aperitivo das classes abastadas", "não traz nenhum beneficio à saúde humana" e que, para sua produção, submete as aves a "um verdadeiro sofrimento". O vereador disse à Folha, nesta quinta, que telefonou para a equipe do prefeito para "parabenizá-lo pela coragem". "São Paulo vai dar um exemplo de evolução, tenho certeza que o projeto será replicado em muitas cidades", disse. Guilherme Carvalho, secretário-executivo da SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira), disse que a sanção do prefeito é uma "conquista sem precedentes". "Com certeza um próximo passo será a expansão dessa lei para todo o Brasil", afirmou.
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Estudo mostra que a renda fixa ganha da Bolsa no longo prazo no país
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A comparação entre os ganhos da renda fixa e da variável é tema de diversos estudos. No mercado, a maioria das interpretações sugere que a renda variável supera a renda fixa no longo prazo. Em finanças, a relação entre a volatilidade e a rentabilidade dos ativos é conhecida como risco-retorno. A teoria indica que, por mais que no curto prazo investimentos mais incertos tenham possibilidades de retornos maiores, ao longo do tempo o risco pode ser diluído e, assim, seria mais provável que houvesse sucesso, tornando a renda variável superior à fixa. O problema é que grande parte dos que sustentam a Bolsa lança mão da teoria ou de explicações, mas não faz os cálculos levando em conta que o Brasil historicamente possui as maiores taxas de juros do mundo. Nesse caso, torna-se possível que uma aplicação de baixo risco (CDB, Tesouro Direto) que remunera o CDI (100%) antes dos impostos seja mais rentável do que uma de risco elevado, como a Bolsa. Para analisar o caso com dados empíricos, realizamos um estudo que considera o CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro) como representante da renda fixa e o Ibovespa como índice de renda variável para que seus retornos sejam comparados em diferentes horizontes de tempo. Foram analisadas diferentes janelas de investimento dentro dos últimos 21 anos para os dois ativos sugeridos em mais de 52 mil simulações, as quais já levam em conta o valor líquido de cada aplicação, descontando impostos e incluindo dividendos quando cabível. A tabela ao lado apresenta a proporção de vitórias do Ibovespa ou do CDI em cada um dos cenários. Comparação renda fixa X dólar Para qualquer janela de tempo considerada, a renda variável perde para a renda fixa. Há tendência maior de perda no longo prazo, chegando a 100% das vitórias para o CDI nas simulações com prazo acima de 18 anos. Em dez anos, o Ibovespa é melhor apenas em 44% das 2.761 combinações realizadas. Já para 15 anos, a vantagem cai para 23%, e, em 16 anos, para apenas 7%. Muitos afirmarão que os resultados mostram uma anomalia e que pode ser que as altas taxas de juros de períodos anteriores acabariam por resultar em uma renda fixa mais rentável. De fato, a causa pode ser considerada verdadeira, mas também não se pode esquecer e muito menos negar que a economia brasileira é repleta de jabuticabas e que essas pequenas exclusividades acabam resultando em um mercado em que a renda fixa se mostrou a melhor opção não só no longo mas também no curto prazo. É evidente que a avaliação aqui apresentada considera dados passados e que o futuro é imprevisível. Contudo, com a atual situação da economia, não é de duvidar que as comparações venham a permanecer no mesmo ritmo ainda por um bom tempo.
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Estudo mostra que a renda fixa ganha da Bolsa no longo prazo no paísA comparação entre os ganhos da renda fixa e da variável é tema de diversos estudos. No mercado, a maioria das interpretações sugere que a renda variável supera a renda fixa no longo prazo. Em finanças, a relação entre a volatilidade e a rentabilidade dos ativos é conhecida como risco-retorno. A teoria indica que, por mais que no curto prazo investimentos mais incertos tenham possibilidades de retornos maiores, ao longo do tempo o risco pode ser diluído e, assim, seria mais provável que houvesse sucesso, tornando a renda variável superior à fixa. O problema é que grande parte dos que sustentam a Bolsa lança mão da teoria ou de explicações, mas não faz os cálculos levando em conta que o Brasil historicamente possui as maiores taxas de juros do mundo. Nesse caso, torna-se possível que uma aplicação de baixo risco (CDB, Tesouro Direto) que remunera o CDI (100%) antes dos impostos seja mais rentável do que uma de risco elevado, como a Bolsa. Para analisar o caso com dados empíricos, realizamos um estudo que considera o CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro) como representante da renda fixa e o Ibovespa como índice de renda variável para que seus retornos sejam comparados em diferentes horizontes de tempo. Foram analisadas diferentes janelas de investimento dentro dos últimos 21 anos para os dois ativos sugeridos em mais de 52 mil simulações, as quais já levam em conta o valor líquido de cada aplicação, descontando impostos e incluindo dividendos quando cabível. A tabela ao lado apresenta a proporção de vitórias do Ibovespa ou do CDI em cada um dos cenários. Comparação renda fixa X dólar Para qualquer janela de tempo considerada, a renda variável perde para a renda fixa. Há tendência maior de perda no longo prazo, chegando a 100% das vitórias para o CDI nas simulações com prazo acima de 18 anos. Em dez anos, o Ibovespa é melhor apenas em 44% das 2.761 combinações realizadas. Já para 15 anos, a vantagem cai para 23%, e, em 16 anos, para apenas 7%. Muitos afirmarão que os resultados mostram uma anomalia e que pode ser que as altas taxas de juros de períodos anteriores acabariam por resultar em uma renda fixa mais rentável. De fato, a causa pode ser considerada verdadeira, mas também não se pode esquecer e muito menos negar que a economia brasileira é repleta de jabuticabas e que essas pequenas exclusividades acabam resultando em um mercado em que a renda fixa se mostrou a melhor opção não só no longo mas também no curto prazo. É evidente que a avaliação aqui apresentada considera dados passados e que o futuro é imprevisível. Contudo, com a atual situação da economia, não é de duvidar que as comparações venham a permanecer no mesmo ritmo ainda por um bom tempo.
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Com credencial velha da CBF, fã de Neymar invade hotel da seleção
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DA FRANCE PRESSE Um fã do atacante Neymar foi detido na manhã desta quinta-feira (28) após ser encontrado escondido no hotel onde a seleção olímpica de futebol está concentrada para o amistoso contra o Japão, marcado para este sábado (30), em Goiânia. "Ele estava saindo da lavanderia quando os funcionários do hotel perceberam uma atitude estranha e decidiram nos chamar", explicou Vladimir Passos, subcomandante da polícia local. O estudante de educação física de 21 anos "queria se aproximar de Neymar e do resto da equipe", revelou o policial. Para tentar burlar o esquema de segurança, o jovem usava uma velha credencial da CBF. "A falha foi identificada e corrigida", declarou Passos ao ser perguntado sobre o risco de outra invasão do hotel da seleção. O fã de Neymar prestou depoimento em uma delegacia. A estreia da seleção brasileira masculina de futebol está marcada para o dia 4 de agosto, contra a África do Sul.
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esporte
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Com credencial velha da CBF, fã de Neymar invade hotel da seleção
DA FRANCE PRESSE Um fã do atacante Neymar foi detido na manhã desta quinta-feira (28) após ser encontrado escondido no hotel onde a seleção olímpica de futebol está concentrada para o amistoso contra o Japão, marcado para este sábado (30), em Goiânia. "Ele estava saindo da lavanderia quando os funcionários do hotel perceberam uma atitude estranha e decidiram nos chamar", explicou Vladimir Passos, subcomandante da polícia local. O estudante de educação física de 21 anos "queria se aproximar de Neymar e do resto da equipe", revelou o policial. Para tentar burlar o esquema de segurança, o jovem usava uma velha credencial da CBF. "A falha foi identificada e corrigida", declarou Passos ao ser perguntado sobre o risco de outra invasão do hotel da seleção. O fã de Neymar prestou depoimento em uma delegacia. A estreia da seleção brasileira masculina de futebol está marcada para o dia 4 de agosto, contra a África do Sul.
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Brasil encara a Argentina pelas eliminatórias em novembro
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Apesar de o sorteio das eliminatórias da Copa do Mundo estar marcado para este sábado (25), já é possível saber que o primeiro jogo entre Brasil e Argentina pelas eliminatórias da Copa do Mundo-2018 será realizado em novembro, na Argentina. A confirmação da partida para a terceira rodada foi possível após a aprovação dos procedimentos na reunião do Comitê Organizador em São Petersburgo. Os primeiros jogos das eliminatórias sul-americanas para o Mundial serão realizados em outubro. A tabela prévia foi divulgada pela Fifa. As seleções foram simbolizadas por códigos (time 1, time 2 até o 10). Na reunião, ficou pré-estabelecido que o Brasil será o time 5 e a Argentina, o time 4. A definição é para evitar que outra seleção do continente possa enfrentar as duas equipes na sequência. Assim, o atacante Neymar deverá retornar à seleção brasileira justamente contra a Argentina. Ele cumprirá suspensão nas duas primeiras partidas em virtude da punição imposta pela Conmebol em razão de sua expulsão contra a Colômbia, pela Copa América. O jogador do Barcelona cumpriu dois jogos —contra Venezuela e Paraguai. Na terça-feira (21), a CBF acionou a Câmara de Apelações da Fifa para tentar reverter a suspensão do atacante. De acordo com a tabela, o Brasil vai estrear fora de casa. O sorteio deste sábado vai definir as rodadas completas e os respectivos adversários de cada seleção. As eliminatórias sul-americanas classificarão os quatro primeiros colocados para a Copa do Mundo. O quinto colocado disputará a repescagem.
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esporte
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Brasil encara a Argentina pelas eliminatórias em novembroApesar de o sorteio das eliminatórias da Copa do Mundo estar marcado para este sábado (25), já é possível saber que o primeiro jogo entre Brasil e Argentina pelas eliminatórias da Copa do Mundo-2018 será realizado em novembro, na Argentina. A confirmação da partida para a terceira rodada foi possível após a aprovação dos procedimentos na reunião do Comitê Organizador em São Petersburgo. Os primeiros jogos das eliminatórias sul-americanas para o Mundial serão realizados em outubro. A tabela prévia foi divulgada pela Fifa. As seleções foram simbolizadas por códigos (time 1, time 2 até o 10). Na reunião, ficou pré-estabelecido que o Brasil será o time 5 e a Argentina, o time 4. A definição é para evitar que outra seleção do continente possa enfrentar as duas equipes na sequência. Assim, o atacante Neymar deverá retornar à seleção brasileira justamente contra a Argentina. Ele cumprirá suspensão nas duas primeiras partidas em virtude da punição imposta pela Conmebol em razão de sua expulsão contra a Colômbia, pela Copa América. O jogador do Barcelona cumpriu dois jogos —contra Venezuela e Paraguai. Na terça-feira (21), a CBF acionou a Câmara de Apelações da Fifa para tentar reverter a suspensão do atacante. De acordo com a tabela, o Brasil vai estrear fora de casa. O sorteio deste sábado vai definir as rodadas completas e os respectivos adversários de cada seleção. As eliminatórias sul-americanas classificarão os quatro primeiros colocados para a Copa do Mundo. O quinto colocado disputará a repescagem.
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'É melhor alguém condenado do que ninguém', diz Moro sobre delações
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O juiz federal Sergio Moro foi uma das estrelas de um painel sobre combate à corrupção nas Conferências do Estoril, evento que reúne especialistas de diversas partes do mundo nesta semana em Portugal. Os aspectos éticos da delação premiada, uma vez que o mecanismo acaba beneficiando criminosos confessos, entraram no debate. Moro fez uma longa defesa desses acordos. "É melhor você ter um esquema de corrupção descoberto e algumas pessoas punidas do que ter esse esquema de corrupção oculto pra sempre. É melhor ter alguém condenado do que ninguém condenado", avaliou. Para Moro, as delações foram extremamente importantes para o avanço da Lava Jato. CRIME ORGANIZADO O magistrado brasileiro comparou a corrupção ao crime organizado. "Esse processo do Brasil foi extremamente importante para a expansão das investigações. A utilização desse instrumento também leva também a uma quebra de confiança dentro desses grupos criminosos. Acaba tendo um efeito disruptivo." "A corrupção sistêmica é tão grave quanto o crime organizado. E aquelas ferramentas que muitas vezes são tidas como essenciais contra o crime organizado, também se fazem necessárias no enfrentamento da chamada corrupção sistêmica", disse Moro. O juiz curitibano, responsável pela Lava Jato em primeira instância, disse ainda que a corrupção prejudica e economia e também a democracia, uma vez que afeta a confiança que a população tem nos governantes. "Se as pessoas entendem que a prática de crimes, que a trapaça, passa a ser uma regra de comportamento, isso afeta significativamente a confiança que as pessoas têm no sistema democrático. Esse é o principal aspecto negativo da corrupção sistêmica. Por isso é necessário, urgente e prioritário enfrentar a corrupção em todas as suas formas, mas especialmente essa dita corrupção sistêmica", enfatizou. Aplaudido de pé no momento de sua chegada, Sérgio Moro dividiu o palco com outros famosos do mundo jurídico: Antonio di Pietro, que foi procurador da Mãos Limpas, operação italiana de combate à corrupção e que é muitas vezes comparada à Lava Jato, e Carlos Alexandre, juiz da operação Marquês, que investiga desvios entre políticos e autoridades em Portugal. Antes da palestra do trio, a segurança do local foi reforçada e o auditório esvaziado para uma varredura em busca de bombas e armas. FUTURO Apesar de reconhecer a magnitude do esquema de corrupção descoberto, Moro afirmou que o Brasil está avançando. "O Brasil está dando passos sérios e firmes no enfrentamento da corrupção sistêmica e não há nenhuma vergonha nesse tipo de ação", disse o magistrado. Moro se disse confiante com o futuro pós-Lava Jato. "Então embora se tenha muitas vezes uma visão negativa sobre esses casos que estão sendo descobertos no Brasil, peço que vejam esses casos em outra perspectiva. Eu acredito que, apesar de todas essas turbulências, ao final do processo nós teremos um país melhor, com uma economia mais forte e com uma democracia de melhor qualidade, no qual a corrupção sistêmica passe a ser apenas uma triste memória do passado."
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poder
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'É melhor alguém condenado do que ninguém', diz Moro sobre delaçõesO juiz federal Sergio Moro foi uma das estrelas de um painel sobre combate à corrupção nas Conferências do Estoril, evento que reúne especialistas de diversas partes do mundo nesta semana em Portugal. Os aspectos éticos da delação premiada, uma vez que o mecanismo acaba beneficiando criminosos confessos, entraram no debate. Moro fez uma longa defesa desses acordos. "É melhor você ter um esquema de corrupção descoberto e algumas pessoas punidas do que ter esse esquema de corrupção oculto pra sempre. É melhor ter alguém condenado do que ninguém condenado", avaliou. Para Moro, as delações foram extremamente importantes para o avanço da Lava Jato. CRIME ORGANIZADO O magistrado brasileiro comparou a corrupção ao crime organizado. "Esse processo do Brasil foi extremamente importante para a expansão das investigações. A utilização desse instrumento também leva também a uma quebra de confiança dentro desses grupos criminosos. Acaba tendo um efeito disruptivo." "A corrupção sistêmica é tão grave quanto o crime organizado. E aquelas ferramentas que muitas vezes são tidas como essenciais contra o crime organizado, também se fazem necessárias no enfrentamento da chamada corrupção sistêmica", disse Moro. O juiz curitibano, responsável pela Lava Jato em primeira instância, disse ainda que a corrupção prejudica e economia e também a democracia, uma vez que afeta a confiança que a população tem nos governantes. "Se as pessoas entendem que a prática de crimes, que a trapaça, passa a ser uma regra de comportamento, isso afeta significativamente a confiança que as pessoas têm no sistema democrático. Esse é o principal aspecto negativo da corrupção sistêmica. Por isso é necessário, urgente e prioritário enfrentar a corrupção em todas as suas formas, mas especialmente essa dita corrupção sistêmica", enfatizou. Aplaudido de pé no momento de sua chegada, Sérgio Moro dividiu o palco com outros famosos do mundo jurídico: Antonio di Pietro, que foi procurador da Mãos Limpas, operação italiana de combate à corrupção e que é muitas vezes comparada à Lava Jato, e Carlos Alexandre, juiz da operação Marquês, que investiga desvios entre políticos e autoridades em Portugal. Antes da palestra do trio, a segurança do local foi reforçada e o auditório esvaziado para uma varredura em busca de bombas e armas. FUTURO Apesar de reconhecer a magnitude do esquema de corrupção descoberto, Moro afirmou que o Brasil está avançando. "O Brasil está dando passos sérios e firmes no enfrentamento da corrupção sistêmica e não há nenhuma vergonha nesse tipo de ação", disse o magistrado. Moro se disse confiante com o futuro pós-Lava Jato. "Então embora se tenha muitas vezes uma visão negativa sobre esses casos que estão sendo descobertos no Brasil, peço que vejam esses casos em outra perspectiva. Eu acredito que, apesar de todas essas turbulências, ao final do processo nós teremos um país melhor, com uma economia mais forte e com uma democracia de melhor qualidade, no qual a corrupção sistêmica passe a ser apenas uma triste memória do passado."
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Dorival Júnior diz que segredo do Santos é a 'humildade'
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Após o Santos vencer o Goiás por 3 a 1, no domingo (18), e continuar no G4 do Campeonato Brasileiro, o técnico Dorival Júnior revelou o segredo da equipe. "Talvez o segredo seja a humildade em campo, uma entrega impressionante", disse o treinador que já acumula 13 vitórias em 13 jogos à frente do Santos na Vila Belmiro. "Jogamos em um campo pesado na quinta-feira, em Porto Alegre, contra o Grêmio, e com certeza sentiríamos hoje. Pegamos um campo pesado de novo e ainda alcançamos um bom resultado, com jogadas trabalhadas. Mesmo assim, entendemos o que os jogadores passaram de quinta para cá", ressaltou. Inicialmente, Dorival foi contratado para tirar a equipe da zona de rebaixamento da competição nacional. Porém, o comandante conseguiu montar um ataque forte, com destaque para o meia Lucas Lima e o atacante Ricardo Oliveira, que após a chegada do treinador aumentaram o rendimento e foram convocados para a seleção brasileira, e o Santos ascendeu no Nacional. Mesmo com esses destaques individuais, Dorival Júnior prefere dividir os méritos com todo o elenco. "O grande mérito da equipe tem sido acreditar a todo momento. O interesse dos jogadores em buscar posicionamento, corrigir erros, querer mudança. O trabalho coletivo faz a diferença". Além da boa fase no Brasileiro, o Santos ainda disputa a semifinal da Copa do Brasil. Na próxima quarta-feira (21), a equipe santista visita o São Paulo no jogo de ida do torneio.
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esporte
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Dorival Júnior diz que segredo do Santos é a 'humildade'Após o Santos vencer o Goiás por 3 a 1, no domingo (18), e continuar no G4 do Campeonato Brasileiro, o técnico Dorival Júnior revelou o segredo da equipe. "Talvez o segredo seja a humildade em campo, uma entrega impressionante", disse o treinador que já acumula 13 vitórias em 13 jogos à frente do Santos na Vila Belmiro. "Jogamos em um campo pesado na quinta-feira, em Porto Alegre, contra o Grêmio, e com certeza sentiríamos hoje. Pegamos um campo pesado de novo e ainda alcançamos um bom resultado, com jogadas trabalhadas. Mesmo assim, entendemos o que os jogadores passaram de quinta para cá", ressaltou. Inicialmente, Dorival foi contratado para tirar a equipe da zona de rebaixamento da competição nacional. Porém, o comandante conseguiu montar um ataque forte, com destaque para o meia Lucas Lima e o atacante Ricardo Oliveira, que após a chegada do treinador aumentaram o rendimento e foram convocados para a seleção brasileira, e o Santos ascendeu no Nacional. Mesmo com esses destaques individuais, Dorival Júnior prefere dividir os méritos com todo o elenco. "O grande mérito da equipe tem sido acreditar a todo momento. O interesse dos jogadores em buscar posicionamento, corrigir erros, querer mudança. O trabalho coletivo faz a diferença". Além da boa fase no Brasileiro, o Santos ainda disputa a semifinal da Copa do Brasil. Na próxima quarta-feira (21), a equipe santista visita o São Paulo no jogo de ida do torneio.
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O preço da vida
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SÃO PAULO - Ao que tudo indica, em sua coluna de domingo passado, o Antonio Prata pôs seus dois filhos à venda por US$ 5 milhões. Como ele não é do tipo que discrimina por sexo e idade, imagino que esteja pedindo US$ 2,5 milhões em cada um. Parece um bom negócio. Na verdade, uma pechincha. Prata não é o primeiro nem o último a pôr uma etiqueta de preço na vida humana. Governos, seguradoras e o pessoal da análise de risco fazem isso o tempo todo. Para a EPA, a agência ambiental norte-americana, uma vida vale US$ 9,1 milhões. Já o FDA, órgão que controla os medicamentos nos EUA, acha que uma pessoa custa US$ 7,9 milhões. Os britânicos são mais sovinas. Para o governo de Sua Majestade, um súdito sai por 1,6 milhão de libras (US$ 2,43 milhões), segundo estimativa do Departamento de Transportes. Considerando que a expectativa de vida de um britânico é de 81,5 anos, podemos calcular o valor que o governo atribui a uma hora de existência terrena: 2,24 libras. É bem menos do que o salário mínimo local para maiores de 21 anos, que está em 6,50 libras por hora. Embora muitos considerem absurdo reificar pessoas em valores monetários, no mundo moderno é impossível deixar de fazê-lo. Sem essas cifras, com tudo o que há de arbitrário nelas, questões triviais, como reformar ou não a curva de autoestrada que mata, digamos, 2 pessoas por ano, se tornariam indecidíveis. Gostemos ou não, essas contas são necessárias. Elas podem ser explícitas, ou permanecer como um um segredinho sujo, mas estão lá. Nos meios atuariais, atendem pelo apelido VOSL, que é o acrônimo inglês para Valor Estatístico da Vida. Até entendo que nos sintamos melhor proclamando que a vida não tem preço e cada indivíduo é infinitamente valioso, mas espero que os encarregados de decidir investimentos em segurança, saúde etc. não acreditem nisso e façam seu trabalho.
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colunas
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O preço da vidaSÃO PAULO - Ao que tudo indica, em sua coluna de domingo passado, o Antonio Prata pôs seus dois filhos à venda por US$ 5 milhões. Como ele não é do tipo que discrimina por sexo e idade, imagino que esteja pedindo US$ 2,5 milhões em cada um. Parece um bom negócio. Na verdade, uma pechincha. Prata não é o primeiro nem o último a pôr uma etiqueta de preço na vida humana. Governos, seguradoras e o pessoal da análise de risco fazem isso o tempo todo. Para a EPA, a agência ambiental norte-americana, uma vida vale US$ 9,1 milhões. Já o FDA, órgão que controla os medicamentos nos EUA, acha que uma pessoa custa US$ 7,9 milhões. Os britânicos são mais sovinas. Para o governo de Sua Majestade, um súdito sai por 1,6 milhão de libras (US$ 2,43 milhões), segundo estimativa do Departamento de Transportes. Considerando que a expectativa de vida de um britânico é de 81,5 anos, podemos calcular o valor que o governo atribui a uma hora de existência terrena: 2,24 libras. É bem menos do que o salário mínimo local para maiores de 21 anos, que está em 6,50 libras por hora. Embora muitos considerem absurdo reificar pessoas em valores monetários, no mundo moderno é impossível deixar de fazê-lo. Sem essas cifras, com tudo o que há de arbitrário nelas, questões triviais, como reformar ou não a curva de autoestrada que mata, digamos, 2 pessoas por ano, se tornariam indecidíveis. Gostemos ou não, essas contas são necessárias. Elas podem ser explícitas, ou permanecer como um um segredinho sujo, mas estão lá. Nos meios atuariais, atendem pelo apelido VOSL, que é o acrônimo inglês para Valor Estatístico da Vida. Até entendo que nos sintamos melhor proclamando que a vida não tem preço e cada indivíduo é infinitamente valioso, mas espero que os encarregados de decidir investimentos em segurança, saúde etc. não acreditem nisso e façam seu trabalho.
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Autor de 4º livro da saga 'Millenium' diz que pode escrever mais um
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Sexo, violência, números primos, autismo, inteligência artificial e uma enorme tatuagem de um dragão. Com essa barafunda, o jornalista sueco David Lagercrantz constrói o quarto volume da série "Millennium", criada pelo também sueco Stieg Larsson (1954-2004) e aclamada como uma das franquias literárias de maior vendagem da história. Lançado na quinta (27) com pompa e circunstância no mundo inteiro, "A Garota na Teia de Aranha" exibe números impressionantes: chega a dezenas de países simultaneamente, com tiragem inicial de 2,7 milhões de exemplares. O que não é exatamente de surpreender, pois a série estrelada pela jovem super-hacker Lisbeth Salander e pelo jornalista investigativo Mikael Blomkvist já vendeu mais de 80 milhões de exemplares desde o lançamento, em 2005. Sim: os manuscritos das três novelas que originalmente formam a série foram publicados depois da morte de Larsson. Agora, seus herdeiros –pai e irmão– contrataram um escritor para produzir a continuação da franquia. A companheira de Larsson, Eva Gabrielsson, que não é herdeira legal do escritor, condena a sequência como mera manobra para faturar mais alguns milhões de dólares. Joakim e Erland Larsson, pai e irmão de Stieg, negam. Dizem que não se trata de fazer dinheiro rápido e que os lucros serão repassados para a "Expo", revista antirracismo da qual Stieg foi cofundador. Por seu lado, Lagercrantz, que não tem nada a ver com as pendengas sucessórias, se declara absolutamente entusiasmado com o projeto e os resultados de sua produção. "Estou exausto, em entrevistas dia e noite. Mas estou muito feliz porque as resenhas são excelentes em todo o mundo", disse ele, em entrevista por telefone à Folha. Mas as críticas da "viúva" são uma sombra. "Esse é o trabalho de minha vida, escrevi com paixão, não por dinheiro. A única coisa que me entristece é que ela [Eva Gabrielsson] tenha ficado tão brava. Espero que chegue a um acordo com o pai e o irmão de Larsson", afirmou Lagercrantz. A sequência, afirma ele, é muito boa para o trabalho de Larsson. "O escritores querem ser lidos. É por isso que escrevem. Agora uma nova geração de leitores vai descobrir seus livros. E vai conhecer o seu grande trabalho, de uma vida toda, que foi de lutar contra o racismo, contra a extrema direita e a intolerância, o que é hoje ainda mais importante." A própria trama do livro traz isso à tona, apresentando figuras da NSA, a agência norte-americana de segurança, atuando a serviço de interesses privados em conluio com grupos criminosos. "No tempo em que Larsson escreveu, os hackers eram indivíduos, gente fora da lei. Hoje em dia, como [Edward] Snowden mostrou, quem faz a espionagem são as corporações, os Estados. O trabalho de pessoas como Lisbeth Salander é ainda mais necessário", diz Lagercrantz. Antes de criar sua história, conta ele, tratou de ler e reler as tramas produzidas por Larsson, decorar os livros. "Havia muitos desafios. O maior era encontrar uma trama. Nisso, Larsson era mestre. Precisava não apenas recriar o trabalho dele, mas colocar algo de meu na história." Pois conseguiu. Do ponto de vista formal, o fã de Larsson vai se sentir à vontade ao abrir o volume. Logo reconhecerá a mesma estrutura dos demais livros, cada capítulo identificado por uma data ou sequência de dias, epígrafes abrindo cada uma das partes do texto. Salander e Blomkvist são recriados tal e qual o figurino da série, com bônus para o fã. Lagercrantz mergulha na infância da super-hacker para finalmente explicar por que a garota se tornou especialista em computação. O jornalista, por seu lado, precisa enfrentar ameaças à própria existência da sua revista, a "Millennium", que acaba de ser engolida por uma corporação de mídia –demissões e mudanças de rumo editorial são algumas das consequências. A figura mais emblemática da história é, porém, uma das vítimas: um garoto autista que se revela mestre do desenho foi o ponto de partida de Lagercrantz para produzir a trama. "Acordei às quatro da manhã pensando em uma história antiga, de um menino autista com capacidades especiais para o desenho. Comecei a pensar nele como uma figura espelho de Salander. Então imaginei o que poderia acontecer se um menino assim estivesse no meio de algo terrível, como um assassinato. Bang, bang! Eu tinha uma história", contou. De fato, uma boa história. Que ainda traz para os holofotes da trama a gêmea de Salander. Artífice de maldades, Camilla continua à solta depois de seduções, tortura e assassinatos. Sai da história como a dizer que a série "Millenium" não acaba agora. "Talvez eu faça, talvez eu não faça uma sequência", solta Lagercrantz, cujo livro mais conhecido até agora foi uma biografia do goleador sueco Zlatan Ibrahimovi?. "Atualmente estou simplesmente muito satisfeito com o trabalho, é um privilégio. Terei agora uma série de viagens de divulgação e só espero ter um tempinho livre no final do dia para tomar um copo de vinho no quarto de meu hotel e pensar no que realmente gostaria de fazer. O que eu sei é que eu não vou ser Stieg Larsson pelo resto de minha vida. Vou pegar outros desafios. Talvez escreva um quinto livro. Ou não. Vamos ver", diz, ao concluir a entrevista. Sim. Vamos ver. Leia a entrevista de David Lagercrantz na íntegra no blog Mais Corrida A GAROTA NA TEIA DE ARANHA AUTOR David Lagercrantz TRADUÇÃO Fernanda Sarmatz Åkesson e Guilherme Braga EDITORA Companhia das Letras QUANTO R$ 44,90 (488 págs.) TRECHO — E o que aconteceu depois? — Nada. Absolutamente nada, e esse talvez seja o detalhe mais estranho. O episódio simplesmente foi ignorado e, ao que tudo indica, porque o cirurgião não quis processá-la. De qualquer forma, Mikael, foi um ato de loucura. Nenhuma pessoa equilibrada entra num consultório médico para quebrar dedos de um cirurgião. Nem Lisbeth Salander em seus momentos mais desvairados faria uma coisa dessas. Mikael Blomkvist não estava totalmente convencido. Achava tudo muito lógico, ou pelo menos dentro da lógica de Lisbeth. (...)Teve a impressão de não ser um caso qualquer para Lisbeth, sobretudo pelo alto risco que ela havia corrido.
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ilustrada
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Autor de 4º livro da saga 'Millenium' diz que pode escrever mais umSexo, violência, números primos, autismo, inteligência artificial e uma enorme tatuagem de um dragão. Com essa barafunda, o jornalista sueco David Lagercrantz constrói o quarto volume da série "Millennium", criada pelo também sueco Stieg Larsson (1954-2004) e aclamada como uma das franquias literárias de maior vendagem da história. Lançado na quinta (27) com pompa e circunstância no mundo inteiro, "A Garota na Teia de Aranha" exibe números impressionantes: chega a dezenas de países simultaneamente, com tiragem inicial de 2,7 milhões de exemplares. O que não é exatamente de surpreender, pois a série estrelada pela jovem super-hacker Lisbeth Salander e pelo jornalista investigativo Mikael Blomkvist já vendeu mais de 80 milhões de exemplares desde o lançamento, em 2005. Sim: os manuscritos das três novelas que originalmente formam a série foram publicados depois da morte de Larsson. Agora, seus herdeiros –pai e irmão– contrataram um escritor para produzir a continuação da franquia. A companheira de Larsson, Eva Gabrielsson, que não é herdeira legal do escritor, condena a sequência como mera manobra para faturar mais alguns milhões de dólares. Joakim e Erland Larsson, pai e irmão de Stieg, negam. Dizem que não se trata de fazer dinheiro rápido e que os lucros serão repassados para a "Expo", revista antirracismo da qual Stieg foi cofundador. Por seu lado, Lagercrantz, que não tem nada a ver com as pendengas sucessórias, se declara absolutamente entusiasmado com o projeto e os resultados de sua produção. "Estou exausto, em entrevistas dia e noite. Mas estou muito feliz porque as resenhas são excelentes em todo o mundo", disse ele, em entrevista por telefone à Folha. Mas as críticas da "viúva" são uma sombra. "Esse é o trabalho de minha vida, escrevi com paixão, não por dinheiro. A única coisa que me entristece é que ela [Eva Gabrielsson] tenha ficado tão brava. Espero que chegue a um acordo com o pai e o irmão de Larsson", afirmou Lagercrantz. A sequência, afirma ele, é muito boa para o trabalho de Larsson. "O escritores querem ser lidos. É por isso que escrevem. Agora uma nova geração de leitores vai descobrir seus livros. E vai conhecer o seu grande trabalho, de uma vida toda, que foi de lutar contra o racismo, contra a extrema direita e a intolerância, o que é hoje ainda mais importante." A própria trama do livro traz isso à tona, apresentando figuras da NSA, a agência norte-americana de segurança, atuando a serviço de interesses privados em conluio com grupos criminosos. "No tempo em que Larsson escreveu, os hackers eram indivíduos, gente fora da lei. Hoje em dia, como [Edward] Snowden mostrou, quem faz a espionagem são as corporações, os Estados. O trabalho de pessoas como Lisbeth Salander é ainda mais necessário", diz Lagercrantz. Antes de criar sua história, conta ele, tratou de ler e reler as tramas produzidas por Larsson, decorar os livros. "Havia muitos desafios. O maior era encontrar uma trama. Nisso, Larsson era mestre. Precisava não apenas recriar o trabalho dele, mas colocar algo de meu na história." Pois conseguiu. Do ponto de vista formal, o fã de Larsson vai se sentir à vontade ao abrir o volume. Logo reconhecerá a mesma estrutura dos demais livros, cada capítulo identificado por uma data ou sequência de dias, epígrafes abrindo cada uma das partes do texto. Salander e Blomkvist são recriados tal e qual o figurino da série, com bônus para o fã. Lagercrantz mergulha na infância da super-hacker para finalmente explicar por que a garota se tornou especialista em computação. O jornalista, por seu lado, precisa enfrentar ameaças à própria existência da sua revista, a "Millennium", que acaba de ser engolida por uma corporação de mídia –demissões e mudanças de rumo editorial são algumas das consequências. A figura mais emblemática da história é, porém, uma das vítimas: um garoto autista que se revela mestre do desenho foi o ponto de partida de Lagercrantz para produzir a trama. "Acordei às quatro da manhã pensando em uma história antiga, de um menino autista com capacidades especiais para o desenho. Comecei a pensar nele como uma figura espelho de Salander. Então imaginei o que poderia acontecer se um menino assim estivesse no meio de algo terrível, como um assassinato. Bang, bang! Eu tinha uma história", contou. De fato, uma boa história. Que ainda traz para os holofotes da trama a gêmea de Salander. Artífice de maldades, Camilla continua à solta depois de seduções, tortura e assassinatos. Sai da história como a dizer que a série "Millenium" não acaba agora. "Talvez eu faça, talvez eu não faça uma sequência", solta Lagercrantz, cujo livro mais conhecido até agora foi uma biografia do goleador sueco Zlatan Ibrahimovi?. "Atualmente estou simplesmente muito satisfeito com o trabalho, é um privilégio. Terei agora uma série de viagens de divulgação e só espero ter um tempinho livre no final do dia para tomar um copo de vinho no quarto de meu hotel e pensar no que realmente gostaria de fazer. O que eu sei é que eu não vou ser Stieg Larsson pelo resto de minha vida. Vou pegar outros desafios. Talvez escreva um quinto livro. Ou não. Vamos ver", diz, ao concluir a entrevista. Sim. Vamos ver. Leia a entrevista de David Lagercrantz na íntegra no blog Mais Corrida A GAROTA NA TEIA DE ARANHA AUTOR David Lagercrantz TRADUÇÃO Fernanda Sarmatz Åkesson e Guilherme Braga EDITORA Companhia das Letras QUANTO R$ 44,90 (488 págs.) TRECHO — E o que aconteceu depois? — Nada. Absolutamente nada, e esse talvez seja o detalhe mais estranho. O episódio simplesmente foi ignorado e, ao que tudo indica, porque o cirurgião não quis processá-la. De qualquer forma, Mikael, foi um ato de loucura. Nenhuma pessoa equilibrada entra num consultório médico para quebrar dedos de um cirurgião. Nem Lisbeth Salander em seus momentos mais desvairados faria uma coisa dessas. Mikael Blomkvist não estava totalmente convencido. Achava tudo muito lógico, ou pelo menos dentro da lógica de Lisbeth. (...)Teve a impressão de não ser um caso qualquer para Lisbeth, sobretudo pelo alto risco que ela havia corrido.
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Metrô de NY tem bactérias nojentas, mas não oferece riscos aos passageiros
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O geneticista Christopher Manson.encontrou nas estações e nos vagões do metrô de Nova York, entre outras coisas nojentas, traços de antraz e de peste bubônica, "além de bastante bactéria encontrada no queijo mozarela". Bactérias de meningite também foram encontradas, em 66 estações; a Stenotrophomonas maltophilia, resistente à maioria dos antibióticos, em 409. Apesar disso, ele afirma não estar preocupado, em função das pequenas quantidades encontradas –e, no caso da bactéria do antraz, ao fato de ela estar inativa. O próprio Mason diz que ficou mais relaxado quando anda de metrô. Por um ano e meio, ele e 20 pesquisadores da Universidade Cornell, onde é professor, passaram por todas as 468 estações, com cotonetes em mãos, para mapear o microbioma e o genoma do subterrâneo. "O objetivo não é apavorar as pessoas, e sim deixá-las instigadas com esse universo minúsculo ao seu redor", afirma o professor. A partir do mês que vem, a sua equipe, em conjunto com a USP de Ribeirão Preto, fará o mesmo no metrô de São Paulo. E a fauna oculta do metrô conta uma baita história. Quase metade do DNA recolhido pelos cientistas era simplesmente desconhecido –não era de nenhuma espécie já registrada. Além de bactérias, havia material genético de insetos, plantas, fungos e animais. Apenas 0,2% era humano. Ou seja, o metrô está repleto de vida, e ainda sabemos muito pouco sobre ela. No que se refere ao DNA humano, Chinatown tinha de fato mais amostras com genes asiáticos do que o resto da cidade. O mesmo é válido para regiões hispânicas. Já a estação South Ferry, alagada durante o furacão Sandy, em 2012, tinha traços de bactérias normalmente encontradas apenas em ambientes marinhos. Ao todo, os pesquisadores encontraram 15.152 diferentes formas de vida. Parte do material encontrado era tão bizarro que os pesquisadores acreditam em algum tipo de erro. Alguns DNAs desconhecidos, por exemplo, foram atribuídos a criaturas como o demônio da Tasmânia e de um iaque (quadrúpede chifrudo de até dois metros de comprimento e farta pelagem) do Himalaia. "É improvável que esses animais tenham passado pelo metrô... Provavelmente suas sequências genéticas eram apenas coincidentemente próximas às presentes nas amostras que encontramos", diz Mason. "Há limitações científicas nesse campo." Mason diz que, ainda assim, o estudo é muito importante, porque criar uma vigilância mais constante da vida oculta no metrô pode ser importante para lidar com doenças contagiosas e seus surtos, como ebola ou rubéola. Segundo ele, nem todo mundo compreendeu isso. Durante a coleta do material, afirma, os pesquisadores foram com frequência acusados pelos transeuntes, "às vezes aos berros", de disseminar HIV e até de serem agentes do FBI à procura de aliens. SÃO PAULO Com Houtan Noushmehr, professor da Escola de Medicina da USP de Ribeirão Preto, Mason conduzirá agora uma coleta de 12 meses pelo Metrô paulistano, com a ajuda de 20 alunos voluntários. As amostras serão enviadas para Ribeirão, onde terão seu DNA analisado, e de lá para Nova York. Um grupo de informática biomédica fará a comparação dos dados com o das espécies já conhecidas. Os resultados serão apresentados em junho. Estudos similares serão feitos em cidades como Paris e Tóquio. Procurado, o Metrô paulistano afirmou que precisa receber um ofício sobre o projeto, antes de avaliar se ele respeita as normas de segurança e autorizar o trabalho. "Não os procuramos ainda", diz Noushmehr, que diz ter verba para comprar passagens para os voluntários, se não encontrar ajuda do poder público.
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ciencia
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Metrô de NY tem bactérias nojentas, mas não oferece riscos aos passageirosO geneticista Christopher Manson.encontrou nas estações e nos vagões do metrô de Nova York, entre outras coisas nojentas, traços de antraz e de peste bubônica, "além de bastante bactéria encontrada no queijo mozarela". Bactérias de meningite também foram encontradas, em 66 estações; a Stenotrophomonas maltophilia, resistente à maioria dos antibióticos, em 409. Apesar disso, ele afirma não estar preocupado, em função das pequenas quantidades encontradas –e, no caso da bactéria do antraz, ao fato de ela estar inativa. O próprio Mason diz que ficou mais relaxado quando anda de metrô. Por um ano e meio, ele e 20 pesquisadores da Universidade Cornell, onde é professor, passaram por todas as 468 estações, com cotonetes em mãos, para mapear o microbioma e o genoma do subterrâneo. "O objetivo não é apavorar as pessoas, e sim deixá-las instigadas com esse universo minúsculo ao seu redor", afirma o professor. A partir do mês que vem, a sua equipe, em conjunto com a USP de Ribeirão Preto, fará o mesmo no metrô de São Paulo. E a fauna oculta do metrô conta uma baita história. Quase metade do DNA recolhido pelos cientistas era simplesmente desconhecido –não era de nenhuma espécie já registrada. Além de bactérias, havia material genético de insetos, plantas, fungos e animais. Apenas 0,2% era humano. Ou seja, o metrô está repleto de vida, e ainda sabemos muito pouco sobre ela. No que se refere ao DNA humano, Chinatown tinha de fato mais amostras com genes asiáticos do que o resto da cidade. O mesmo é válido para regiões hispânicas. Já a estação South Ferry, alagada durante o furacão Sandy, em 2012, tinha traços de bactérias normalmente encontradas apenas em ambientes marinhos. Ao todo, os pesquisadores encontraram 15.152 diferentes formas de vida. Parte do material encontrado era tão bizarro que os pesquisadores acreditam em algum tipo de erro. Alguns DNAs desconhecidos, por exemplo, foram atribuídos a criaturas como o demônio da Tasmânia e de um iaque (quadrúpede chifrudo de até dois metros de comprimento e farta pelagem) do Himalaia. "É improvável que esses animais tenham passado pelo metrô... Provavelmente suas sequências genéticas eram apenas coincidentemente próximas às presentes nas amostras que encontramos", diz Mason. "Há limitações científicas nesse campo." Mason diz que, ainda assim, o estudo é muito importante, porque criar uma vigilância mais constante da vida oculta no metrô pode ser importante para lidar com doenças contagiosas e seus surtos, como ebola ou rubéola. Segundo ele, nem todo mundo compreendeu isso. Durante a coleta do material, afirma, os pesquisadores foram com frequência acusados pelos transeuntes, "às vezes aos berros", de disseminar HIV e até de serem agentes do FBI à procura de aliens. SÃO PAULO Com Houtan Noushmehr, professor da Escola de Medicina da USP de Ribeirão Preto, Mason conduzirá agora uma coleta de 12 meses pelo Metrô paulistano, com a ajuda de 20 alunos voluntários. As amostras serão enviadas para Ribeirão, onde terão seu DNA analisado, e de lá para Nova York. Um grupo de informática biomédica fará a comparação dos dados com o das espécies já conhecidas. Os resultados serão apresentados em junho. Estudos similares serão feitos em cidades como Paris e Tóquio. Procurado, o Metrô paulistano afirmou que precisa receber um ofício sobre o projeto, antes de avaliar se ele respeita as normas de segurança e autorizar o trabalho. "Não os procuramos ainda", diz Noushmehr, que diz ter verba para comprar passagens para os voluntários, se não encontrar ajuda do poder público.
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Apple tenta superar queda de iPhone com conteúdo, AppStore e serviços
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Há exatos 15 anos, a Apple lançava o iPod, que causou uma onda de desordenamento no setor de música e ajudou a reverter a crise de uma empresa que era, então, apenas uma problemática fabricante de computadores. Graças em parte ao crescimento deflagrado pelo iPod, a Apple desde aquele momento jamais registrou queda em sua receita anual —até os últimos dias, quando ela anunciou uma queda de 8% em suas vendas em 2016. Agora, a empresa busca promover uma nova revolução na mídia digital a fim de galvanizar seus negócios. Com as vendas do iPhone, iPad, computadores Mac e até mesmo do Apple Watch em queda no quarto trimestre de seu ano fiscal, a Apple buscou concentrar as atenções dos investidores no único ponto positivo de seu anúncio de resultados nesta terça-feira (25): a divisão de serviços. Hoje em dia, isso significa muito mais que apenas o iTunes, que alimentou o crescimento do iPod. A receita de serviços on-line como a AppStore, iCloud e Apple Music subiu 24%, para o recorde de US$ 6,3 bilhões, o que faz dela a segunda maior fonte de faturamento da empresa, atrás do iPhone. O ritmo foi mais rápido que os 18% de crescimento previsto pelos analistas do banco de investimento Piper Jaffray. Luca Maestri, vice-presidente de finanças da Apple, definiu os serviços como "o grande destaque do trimestre". Ele disse em entrevista que "temos um bom impulso". Maestri repetiu uma previsão divulgada inicialmente no começo do ano, a de que, se fosse uma empresa separada, a divisão de serviços da Apple teria dimensões suficientes para atingir o ranking Fortune 100, das 100 maiores empresas dos Estados Unidos, já em 2017. A receita da área de serviços da empresa em seu mais recente trimestre já supera os US$ 2,6 bilhões de faturamento publicitário do Facebook no segundo trimestre. A Apple começou a destacar o desempenho de sua unidade de serviços em janeiro, ao mesmo tempo em que anunciava que o faturamento com o iPhone cairia pela primeira vez. A empresa em seguida anunciou que, nos 90 dias precedentes, mais um bilhão de aparelhos fabricados pela Apple estiveram em uso. "Eles certamente desejam uma narrativa na qual nem todo o futuro da Apple esteja amarrado ao iPhone", disse Ben Bajarin, analista da Creative Strategies. "O tom subjacente do anúncio é que eles estão enfatizando a consistência." Evolução do iPhone RECEITA, SERVIÇOS E CONTEÚDO A receita da AppStore subiu "na casa dos dois dígitos", estimulada por pagamentos relacionados a apps como o do jogo "Pokémon Go", enquanto a receita da companhia com música cresceu em 22% graças à crescente popularidade de seu serviço por assinatura, que hoje tem 17 milhões de assinantes. A unidade Apple Pay, cujas comissões também são incluídas no faturamento da área de serviços, viu alta de 500% no número de transações que processou no trimestre encerrado em setembro, ante o período no ano anterior. Um tipo de serviço digital que ainda não fez grande contribuição para os negócios da Apple, no entanto, é a televisão. Nos últimos anos, correm boatos de que a Apple teria discutido sobre diversos possíveis serviços de TV com operadoras de TV a cabo e provedores de conteúdo, mas até agora ela não desenvolveu uma alternativa aos pacotes convencionais de TV a cabo ou via satélite. Em lugar disso, a versão mais recente de seu decodificador Apple TV lançada um ano atrás, se concentra em apps separados, como o HBO Now, que clientes podem assinar mesmo que não tenham contrato com uma operadora de TV a cabo. A Apple não divulgou os números de vendas para a Apple TV, mas ela ainda não parece ter feito contribuição significativa para os negócios da fabricante do iPhone. A Apple TV fica em companhia do iPod, dos fones de ouvido Beats e do Apple Watch na categoria "outros produtos", cujas vendas caíram em 22% no trimestre passado. Pressionado por analistas quanto à sua visão para o ramo de televisão, o presidente-executivo da Apple, Tim Cook, disse que ele continua a ser uma área de "intenso interesse". Depois de alguns poucos vídeos lançados como produtos especiais da Apple Music —a exemplo de um show de Taylor Swift—, a Apple agora tem programas exclusivos em desenvolvimento, entre os quais "Planet of the Apps", um reality show para desenvolvedores de software, e "Carpool Karaoke", uma versão estendida de um quadro no programa "The Late Late Show with James Corden", da rede de TV CBS. Cook sugeriu que isso é só o começo. "Creio que seja uma grande oportunidade para nós, tanto do ponto de vista criativo quanto do ponto de vista da propriedade", ele afirmou. "É uma área na qual concentramos as nossas atenções". No começo do ano, os executivos da Apple chegaram a considerar a possibilidade de adquirir a Time Warner, reportou o "Financial Times" em maio. Depois da oferta de US$ 85,4 bilhões apresentada pela AT&T para adquirir o grupo de mídia, Cook não descartou a possibilidade de uma grande transação que transforme o negócio de conteúdo de sua empresa, da mesma forma que o iPod e a iTunes a transformaram 15 anos atrás. "Estamos abertos a aquisições de qualquer tamanho que tenham valor estratégico e permitam que propiciemos produtos melhores aos nossos clientes e que inovemos ainda mais", ele disse. "Nós avaliamos uma grande variedade de empresas... Estamos certamente abertos [a negociar fusões e aquisições] e certamente estamos de olho." INVESTIDORES No entanto, os investidores não estão mudando rapidamente a sua visão da Apple como uma fabricante de hardware em um mercado volátil, vulnerável às flutuações do comércio de bens de consumo eletrônico, para passar a encará-la como empresa de software com receitas recorrentes estáveis. Afinal, o iPhone ainda responde por dois terços da receita da Apple, e essa proporção está mudando com muita lentidão. "Os investidores com os quais conversamos em geral atribuem pouca importância ao impacto que os serviços possam ter sobre o modelo da Apple em longo prazo", afirmou o Piper Jaffray em nota de pesquisa recente. "Acreditamos que o múltiplo das ações da Apple venha a subir nos dois próximos anos, à medida que os investidores começarem lentamente a apreciar a sustentabilidade e lucratividade da área de serviços". Em conversa telefônica com analistas nesta terça-feira, Maestri tentou enfatizar a previsibilidade do segmento de serviços. "Com o tempo, os clientes tendem a gastar mais e mais dinheiro com os nossos serviços", ele disse. "O engajamento dos clientes com os nossos produtos é muito forte, eles são muito fiéis." Tradução de PAULO MIGLIACCI
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mercado
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Apple tenta superar queda de iPhone com conteúdo, AppStore e serviçosHá exatos 15 anos, a Apple lançava o iPod, que causou uma onda de desordenamento no setor de música e ajudou a reverter a crise de uma empresa que era, então, apenas uma problemática fabricante de computadores. Graças em parte ao crescimento deflagrado pelo iPod, a Apple desde aquele momento jamais registrou queda em sua receita anual —até os últimos dias, quando ela anunciou uma queda de 8% em suas vendas em 2016. Agora, a empresa busca promover uma nova revolução na mídia digital a fim de galvanizar seus negócios. Com as vendas do iPhone, iPad, computadores Mac e até mesmo do Apple Watch em queda no quarto trimestre de seu ano fiscal, a Apple buscou concentrar as atenções dos investidores no único ponto positivo de seu anúncio de resultados nesta terça-feira (25): a divisão de serviços. Hoje em dia, isso significa muito mais que apenas o iTunes, que alimentou o crescimento do iPod. A receita de serviços on-line como a AppStore, iCloud e Apple Music subiu 24%, para o recorde de US$ 6,3 bilhões, o que faz dela a segunda maior fonte de faturamento da empresa, atrás do iPhone. O ritmo foi mais rápido que os 18% de crescimento previsto pelos analistas do banco de investimento Piper Jaffray. Luca Maestri, vice-presidente de finanças da Apple, definiu os serviços como "o grande destaque do trimestre". Ele disse em entrevista que "temos um bom impulso". Maestri repetiu uma previsão divulgada inicialmente no começo do ano, a de que, se fosse uma empresa separada, a divisão de serviços da Apple teria dimensões suficientes para atingir o ranking Fortune 100, das 100 maiores empresas dos Estados Unidos, já em 2017. A receita da área de serviços da empresa em seu mais recente trimestre já supera os US$ 2,6 bilhões de faturamento publicitário do Facebook no segundo trimestre. A Apple começou a destacar o desempenho de sua unidade de serviços em janeiro, ao mesmo tempo em que anunciava que o faturamento com o iPhone cairia pela primeira vez. A empresa em seguida anunciou que, nos 90 dias precedentes, mais um bilhão de aparelhos fabricados pela Apple estiveram em uso. "Eles certamente desejam uma narrativa na qual nem todo o futuro da Apple esteja amarrado ao iPhone", disse Ben Bajarin, analista da Creative Strategies. "O tom subjacente do anúncio é que eles estão enfatizando a consistência." Evolução do iPhone RECEITA, SERVIÇOS E CONTEÚDO A receita da AppStore subiu "na casa dos dois dígitos", estimulada por pagamentos relacionados a apps como o do jogo "Pokémon Go", enquanto a receita da companhia com música cresceu em 22% graças à crescente popularidade de seu serviço por assinatura, que hoje tem 17 milhões de assinantes. A unidade Apple Pay, cujas comissões também são incluídas no faturamento da área de serviços, viu alta de 500% no número de transações que processou no trimestre encerrado em setembro, ante o período no ano anterior. Um tipo de serviço digital que ainda não fez grande contribuição para os negócios da Apple, no entanto, é a televisão. Nos últimos anos, correm boatos de que a Apple teria discutido sobre diversos possíveis serviços de TV com operadoras de TV a cabo e provedores de conteúdo, mas até agora ela não desenvolveu uma alternativa aos pacotes convencionais de TV a cabo ou via satélite. Em lugar disso, a versão mais recente de seu decodificador Apple TV lançada um ano atrás, se concentra em apps separados, como o HBO Now, que clientes podem assinar mesmo que não tenham contrato com uma operadora de TV a cabo. A Apple não divulgou os números de vendas para a Apple TV, mas ela ainda não parece ter feito contribuição significativa para os negócios da fabricante do iPhone. A Apple TV fica em companhia do iPod, dos fones de ouvido Beats e do Apple Watch na categoria "outros produtos", cujas vendas caíram em 22% no trimestre passado. Pressionado por analistas quanto à sua visão para o ramo de televisão, o presidente-executivo da Apple, Tim Cook, disse que ele continua a ser uma área de "intenso interesse". Depois de alguns poucos vídeos lançados como produtos especiais da Apple Music —a exemplo de um show de Taylor Swift—, a Apple agora tem programas exclusivos em desenvolvimento, entre os quais "Planet of the Apps", um reality show para desenvolvedores de software, e "Carpool Karaoke", uma versão estendida de um quadro no programa "The Late Late Show with James Corden", da rede de TV CBS. Cook sugeriu que isso é só o começo. "Creio que seja uma grande oportunidade para nós, tanto do ponto de vista criativo quanto do ponto de vista da propriedade", ele afirmou. "É uma área na qual concentramos as nossas atenções". No começo do ano, os executivos da Apple chegaram a considerar a possibilidade de adquirir a Time Warner, reportou o "Financial Times" em maio. Depois da oferta de US$ 85,4 bilhões apresentada pela AT&T para adquirir o grupo de mídia, Cook não descartou a possibilidade de uma grande transação que transforme o negócio de conteúdo de sua empresa, da mesma forma que o iPod e a iTunes a transformaram 15 anos atrás. "Estamos abertos a aquisições de qualquer tamanho que tenham valor estratégico e permitam que propiciemos produtos melhores aos nossos clientes e que inovemos ainda mais", ele disse. "Nós avaliamos uma grande variedade de empresas... Estamos certamente abertos [a negociar fusões e aquisições] e certamente estamos de olho." INVESTIDORES No entanto, os investidores não estão mudando rapidamente a sua visão da Apple como uma fabricante de hardware em um mercado volátil, vulnerável às flutuações do comércio de bens de consumo eletrônico, para passar a encará-la como empresa de software com receitas recorrentes estáveis. Afinal, o iPhone ainda responde por dois terços da receita da Apple, e essa proporção está mudando com muita lentidão. "Os investidores com os quais conversamos em geral atribuem pouca importância ao impacto que os serviços possam ter sobre o modelo da Apple em longo prazo", afirmou o Piper Jaffray em nota de pesquisa recente. "Acreditamos que o múltiplo das ações da Apple venha a subir nos dois próximos anos, à medida que os investidores começarem lentamente a apreciar a sustentabilidade e lucratividade da área de serviços". Em conversa telefônica com analistas nesta terça-feira, Maestri tentou enfatizar a previsibilidade do segmento de serviços. "Com o tempo, os clientes tendem a gastar mais e mais dinheiro com os nossos serviços", ele disse. "O engajamento dos clientes com os nossos produtos é muito forte, eles são muito fiéis." Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Volante Bruno Henrique confirma acerto com o Palmeiras
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O volante Bruno Henrique comunicou, via redes sociais, que acertou contrato com o Palmeiras. Em vídeo exibido pelos seus empresários, o atleta avisa que está chegando ao time alviverde. "E aê torcida palmeirense, estou chegando para ser campeão com vocês. Estou muito feliz por isso", declarou Bruno Henrique. "Scoppia che la vittoria è nostra! [pode explodir que a vitória é nossa]. Avante, Palestra!", complementou De acordo com os representantes do atleta, o acerto é válido até 2020. Embora o atleta e seus representantes confirmem a transação, o Palmeiras ainda não oficializou o acerto. O UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha, apurou que o Palmeiras pagará 3 milhões de euros (pouco mais de R$ 11 milhões) ao Palermo/ITA. A primeira tentativa do Palmeiras de acordo havia sido por empréstimo com opção de compra e o valor fixado seria de 4,5 milhões de euros (quase R$ 17 milhões). Pelo menos até agora, o Palmeiras não solicitou ajuda à Crefisa para efetuar o pagamento, o que indica que a negociação será feita com recursos próprios. O clube não se manifesta sobre as contratações. O estafe do jogador também não quis se manifestar. Bruno Henrique O Palmeiras deve anunciar a contratação de Bruno Henrique no próximo fim de semana. O jogador está de férias nos Estados Unidos e desembarca no Brasil entre sábado e domingo para oficializar o acordo que, por enquanto, é verbal. A tendência é que ele seja apresentado pelo Alviverde na próxima semana, mas isso ainda não está decidido de forma oficial. O atleta só poderá ser inscrito no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) a partir do dia 20. As conversas do acordo foram desenvolvidas entre o diretor de futebol, Alexandre Mattos, e os representantes da empresa OTB Sports, Bruno Paiva e Marcelo Goldfarb. Sua estreia pode demorar um pouco mais, já que o atleta vem de férias e ainda não está no ritmo ideal. Lesões e suspensões no elenco alviverde, no entanto, podem acelerar a entrada de Bruno nos campos. A chegada de Bruno Henrique ajuda o clube no setor do meio-campo após a lesão que deve afastar Felipe Melo pelas próximas seis semanas. Com isso, apenas Thiago Santos poderia cumprir a função de volante marcador, já que Arouca e Moisés estão no departamento médico.
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esporte
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Volante Bruno Henrique confirma acerto com o PalmeirasO volante Bruno Henrique comunicou, via redes sociais, que acertou contrato com o Palmeiras. Em vídeo exibido pelos seus empresários, o atleta avisa que está chegando ao time alviverde. "E aê torcida palmeirense, estou chegando para ser campeão com vocês. Estou muito feliz por isso", declarou Bruno Henrique. "Scoppia che la vittoria è nostra! [pode explodir que a vitória é nossa]. Avante, Palestra!", complementou De acordo com os representantes do atleta, o acerto é válido até 2020. Embora o atleta e seus representantes confirmem a transação, o Palmeiras ainda não oficializou o acerto. O UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha, apurou que o Palmeiras pagará 3 milhões de euros (pouco mais de R$ 11 milhões) ao Palermo/ITA. A primeira tentativa do Palmeiras de acordo havia sido por empréstimo com opção de compra e o valor fixado seria de 4,5 milhões de euros (quase R$ 17 milhões). Pelo menos até agora, o Palmeiras não solicitou ajuda à Crefisa para efetuar o pagamento, o que indica que a negociação será feita com recursos próprios. O clube não se manifesta sobre as contratações. O estafe do jogador também não quis se manifestar. Bruno Henrique O Palmeiras deve anunciar a contratação de Bruno Henrique no próximo fim de semana. O jogador está de férias nos Estados Unidos e desembarca no Brasil entre sábado e domingo para oficializar o acordo que, por enquanto, é verbal. A tendência é que ele seja apresentado pelo Alviverde na próxima semana, mas isso ainda não está decidido de forma oficial. O atleta só poderá ser inscrito no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) a partir do dia 20. As conversas do acordo foram desenvolvidas entre o diretor de futebol, Alexandre Mattos, e os representantes da empresa OTB Sports, Bruno Paiva e Marcelo Goldfarb. Sua estreia pode demorar um pouco mais, já que o atleta vem de férias e ainda não está no ritmo ideal. Lesões e suspensões no elenco alviverde, no entanto, podem acelerar a entrada de Bruno nos campos. A chegada de Bruno Henrique ajuda o clube no setor do meio-campo após a lesão que deve afastar Felipe Melo pelas próximas seis semanas. Com isso, apenas Thiago Santos poderia cumprir a função de volante marcador, já que Arouca e Moisés estão no departamento médico.
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Limite à banda larga é atacado também no exterior
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A polêmica adoção de limites de dados para a internet fixa, como planejam operadoras brasileiras, não será uma exclusividade brasileira. Em países mais maduros tecnologicamente como os Estados Unidos ou o Reino Unido também há franquias –não sem gerar críticas. No mercado americano, 7 das 13 maiores companhias do setor adotam essa estratégia em alguma escala, segundo o GAO (órgão do Congresso). Os clientes podem escolher entre planos com ou sem limites. E alguns virtualmente ilimitados: na AT&T, o volume chega a 1 terabyte de dados nos pacotes mais caros. Na Vivo, no plano mais caro de fibra óptica (R$ 200), o consumidor deve ter um terço disso, 300 Gbytes de dados. No mundo, entretanto, a prática não é tão disseminada: em mais de 70% dos países, os pacotes mais básicos de banda larga são ilimitados, segundo a UIT (União Internacional de Telecomunicações). Internet pelo mundo Há pressões para que esse modelo cresça, por motivos que, no discurso das prestadoras de serviço, vão da necessidade de controlar o tráfego em suas redes a ser justo: quem consome mais paga mais. Eduardo Trude, presidente da consultoria Teleco, diz que há uma mudança gradual na forma como as operadoras cobram pelo serviço –em vez de pela velocidade disponível, destacar o volume de dados do pacote. "Ter 15 Mbps, 30 Mbps de velocidade faz pouca diferença. O que as pessoas consomem mesmo são os dados." Um dos problemas é fazer os clientes se acostumarem à ideia. Luiz Santin, diretor da consultoria Nextcomm, afirma que não é possível apenas importar o modelo americano. "O mercado brasileiro é menos maduro, a baixa renda foi ter acesso só nos últimos cinco anos. É preciso debater o quanto isso impacta no poder de compra." Ele também aponta como preocupante que as pessoas não tenham opções, com ou sem franquias. O governo federal disse que vai exigir das empresas também a venda do serviço sem limitação de consumo. Haveria, então, duas alternativas. Será elaborado um termo de compromisso que será apresentado às companhias. O ministro das Comunicações, André Figueiredo, diz que as empresas estão propensas a aceitar o acordo. Mesmo nos EUA há quem considere que os clientes ainda se confundem. Em 2014, o GAO fez testes presenciais com americanos e descobriu que eles "estavam claramente confusos sobre seu uso de dados, e não têm ideia de quanto consomem". Um dos efeitos disso é o consumidor passar a usufruir menos da rede, por medo de estourar o pacote. "Limites restritos de dados e o clima de escassez que eles promovem podem afetar o comportamento on-line de modo negativo, especialmente para comunidades de baixa renda", diz o centro de estudos americano Open Technology Institute no relatório "Artificial Scarcity", de 2015. "De repente, um curso virtual grátis gera o risco de uma taxa adicional significativa." Pelas regras estabelecidas pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), as operadoras terão de fazer um plano de comunicação aos usuários e também criar ferramentas para medir o esgotamento dos pacotes. A canadense Rogers, por exemplo, mostra em seu site que o diminuto plano com 25 Gbytes (algo como 25 horas de filmes na Netflix em resolução padrão) serve apenas uma pessoa.
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Limite à banda larga é atacado também no exteriorA polêmica adoção de limites de dados para a internet fixa, como planejam operadoras brasileiras, não será uma exclusividade brasileira. Em países mais maduros tecnologicamente como os Estados Unidos ou o Reino Unido também há franquias –não sem gerar críticas. No mercado americano, 7 das 13 maiores companhias do setor adotam essa estratégia em alguma escala, segundo o GAO (órgão do Congresso). Os clientes podem escolher entre planos com ou sem limites. E alguns virtualmente ilimitados: na AT&T, o volume chega a 1 terabyte de dados nos pacotes mais caros. Na Vivo, no plano mais caro de fibra óptica (R$ 200), o consumidor deve ter um terço disso, 300 Gbytes de dados. No mundo, entretanto, a prática não é tão disseminada: em mais de 70% dos países, os pacotes mais básicos de banda larga são ilimitados, segundo a UIT (União Internacional de Telecomunicações). Internet pelo mundo Há pressões para que esse modelo cresça, por motivos que, no discurso das prestadoras de serviço, vão da necessidade de controlar o tráfego em suas redes a ser justo: quem consome mais paga mais. Eduardo Trude, presidente da consultoria Teleco, diz que há uma mudança gradual na forma como as operadoras cobram pelo serviço –em vez de pela velocidade disponível, destacar o volume de dados do pacote. "Ter 15 Mbps, 30 Mbps de velocidade faz pouca diferença. O que as pessoas consomem mesmo são os dados." Um dos problemas é fazer os clientes se acostumarem à ideia. Luiz Santin, diretor da consultoria Nextcomm, afirma que não é possível apenas importar o modelo americano. "O mercado brasileiro é menos maduro, a baixa renda foi ter acesso só nos últimos cinco anos. É preciso debater o quanto isso impacta no poder de compra." Ele também aponta como preocupante que as pessoas não tenham opções, com ou sem franquias. O governo federal disse que vai exigir das empresas também a venda do serviço sem limitação de consumo. Haveria, então, duas alternativas. Será elaborado um termo de compromisso que será apresentado às companhias. O ministro das Comunicações, André Figueiredo, diz que as empresas estão propensas a aceitar o acordo. Mesmo nos EUA há quem considere que os clientes ainda se confundem. Em 2014, o GAO fez testes presenciais com americanos e descobriu que eles "estavam claramente confusos sobre seu uso de dados, e não têm ideia de quanto consomem". Um dos efeitos disso é o consumidor passar a usufruir menos da rede, por medo de estourar o pacote. "Limites restritos de dados e o clima de escassez que eles promovem podem afetar o comportamento on-line de modo negativo, especialmente para comunidades de baixa renda", diz o centro de estudos americano Open Technology Institute no relatório "Artificial Scarcity", de 2015. "De repente, um curso virtual grátis gera o risco de uma taxa adicional significativa." Pelas regras estabelecidas pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), as operadoras terão de fazer um plano de comunicação aos usuários e também criar ferramentas para medir o esgotamento dos pacotes. A canadense Rogers, por exemplo, mostra em seu site que o diminuto plano com 25 Gbytes (algo como 25 horas de filmes na Netflix em resolução padrão) serve apenas uma pessoa.
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Jeb Bush não descarta uso de tortura caso seja eleito presidente dos EUA
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O pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos Jeb Bush se negou a descartar, caso ele seja eleito, o uso da tortura sob certas circunstâncias pelo governo americano. O ex-governador do Estado da Flórida disse nesta quinta-feira (13) que acredita que, em geral, a tortura é inapropriada e que é grato ao seu irmão, o ex-presidente George W. Bush, por desestimular o uso de técnicas de tortura pela CIA (Central de Inteligência Americana). No entanto, o republicano afirmou que essas técnicas podem ser efetivas para produzir Inteligência e que pode haver situações em que interrogatórios brutais ajudem a manter o país seguro. "Eu não quero fazer uma declaração definitiva e generalizante", disse Jeb Bush a uma audiência republicana no Estado de Iowa ao ser questionado se manteria ou não uma ordem executiva do presidente Barack Obama que proíbe a CIA de usar "técnicas reforçadas de interrogatório" —um eufemismo para tortura. "Por isso não estou dizendo [descartar a tortura] em todas as condições, sob todos os cenários possíveis", disse. Mais tarde na quinta, Jeb Bush disse que há uma diferença entre técnicas reforçadas de interrogatório e tortura, mas rejeitou dar mas detalhes. "Estou apenas dizendo que se eu for o presidente dos EUA, vocês podem levar essa ameaça a sério." Um relatório divulgado no ano passado pelo Senado americano deixou claro que a CIA encobria o uso de técnicas como o afogamento, a nudez forçada, a privação de sono, entre outras, para extrair informações de detentos suspeitos de ligação com o terrorismo. CAMPANHA Jeb Bush, filho e irmão de ex-presidentes dos EUA, é um dos favoritos na disputa pela candidatura do Partido Republicano nas eleições presidenciais americanas de 2016. Em sua campanha, ele vem tentando se distanciar de alguns aspectos impopulares do legado de seu irmão. Por exemplo, ao comentar a Guerra no Iraque, iniciada pela administração George W. Bush em 2003, Jeb havia dito em outra ocasião que não apoiava a decisão de invadir o país no Oriente Médio e afirmou nesta quinta que aprendeu com alguns erros cometidos durante a ocupação. Recentemente, Jeb Bush responsabilizou o presidente Obama e a ex-secretária de Estado e pré-candidata democrata à Casa Branca Hillary Clinton pela ascensão da facção radical Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque. Ele disse que o governo americano deveria adotar uma postura mais agressiva no combate à milícia, mas, assim como Obama, descartou o envio de tropas terrestres regulares —atualmente, os EUA lideram ataques aéreos contra posições do EI e treinam militares iraquianos. O discurso de Bush ocorreu em um fórum de política externa patrocinado pelo grupo Americanos pela Paz, Prosperidade e Segurança.
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mundo
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Jeb Bush não descarta uso de tortura caso seja eleito presidente dos EUAO pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos Jeb Bush se negou a descartar, caso ele seja eleito, o uso da tortura sob certas circunstâncias pelo governo americano. O ex-governador do Estado da Flórida disse nesta quinta-feira (13) que acredita que, em geral, a tortura é inapropriada e que é grato ao seu irmão, o ex-presidente George W. Bush, por desestimular o uso de técnicas de tortura pela CIA (Central de Inteligência Americana). No entanto, o republicano afirmou que essas técnicas podem ser efetivas para produzir Inteligência e que pode haver situações em que interrogatórios brutais ajudem a manter o país seguro. "Eu não quero fazer uma declaração definitiva e generalizante", disse Jeb Bush a uma audiência republicana no Estado de Iowa ao ser questionado se manteria ou não uma ordem executiva do presidente Barack Obama que proíbe a CIA de usar "técnicas reforçadas de interrogatório" —um eufemismo para tortura. "Por isso não estou dizendo [descartar a tortura] em todas as condições, sob todos os cenários possíveis", disse. Mais tarde na quinta, Jeb Bush disse que há uma diferença entre técnicas reforçadas de interrogatório e tortura, mas rejeitou dar mas detalhes. "Estou apenas dizendo que se eu for o presidente dos EUA, vocês podem levar essa ameaça a sério." Um relatório divulgado no ano passado pelo Senado americano deixou claro que a CIA encobria o uso de técnicas como o afogamento, a nudez forçada, a privação de sono, entre outras, para extrair informações de detentos suspeitos de ligação com o terrorismo. CAMPANHA Jeb Bush, filho e irmão de ex-presidentes dos EUA, é um dos favoritos na disputa pela candidatura do Partido Republicano nas eleições presidenciais americanas de 2016. Em sua campanha, ele vem tentando se distanciar de alguns aspectos impopulares do legado de seu irmão. Por exemplo, ao comentar a Guerra no Iraque, iniciada pela administração George W. Bush em 2003, Jeb havia dito em outra ocasião que não apoiava a decisão de invadir o país no Oriente Médio e afirmou nesta quinta que aprendeu com alguns erros cometidos durante a ocupação. Recentemente, Jeb Bush responsabilizou o presidente Obama e a ex-secretária de Estado e pré-candidata democrata à Casa Branca Hillary Clinton pela ascensão da facção radical Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque. Ele disse que o governo americano deveria adotar uma postura mais agressiva no combate à milícia, mas, assim como Obama, descartou o envio de tropas terrestres regulares —atualmente, os EUA lideram ataques aéreos contra posições do EI e treinam militares iraquianos. O discurso de Bush ocorreu em um fórum de política externa patrocinado pelo grupo Americanos pela Paz, Prosperidade e Segurança.
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Choque de hábitos causa conflito entre chineses e brasileiros em prédios de SP
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As diferenças de hábitos entre moradores chineses e brasileiros em prédios de classe média e média alta de São Paulo têm gerado embates e saias justas em diversos condomínios da cidade. As queixas em relação aos orientais vão desde o uso inadequado de piscinas até o aproveitamento exótico das sacadas dos apartamentos. Por trás dos conflitos, a dificuldade de comunicação e as diferenças culturais ajudam a entender as complicações de relacionamento. Em um condomínio da Barra Funda (zona oeste), dois episódios geraram uma onda de protestos e reclamações de brasileiros contra chineses. Um morador asiático foi flagrado se ensaboando e lavando a cabeça e peças de roupa dentro da piscina. O outro problema considerado grave foi que, em uma festa realizada por um morador chinês, os restos da balada, como ossos de galinha, pratos descartáveis, toalhas, papel e sobras de comida ficaram jogados no gramado. Para o síndico do local, Leonardo Sobelman, a solução para diminuir os transtornos é a comunicação. "Estamos estudando trazer um chinês que fale bem o português para nossas reuniões para que ele faça a tradução das discussões para os moradores asiáticos. Temos que integrá-los às nossas regras e aos sistemas de informação do condomínio", diz. BICHO NA VARANDA Em um condomínio do Ipiranga (zona sul), com sete torres, 40% dos moradores são chineses. Os conflitos já chegaram a ser graves, como quando um morador dissecou um animal na varanda de seu apartamento. Hoje os problemas estão atenuados. "Às vezes, o diálogo é muito difícil e aplica-se multa, mas eles pagam sem questionar. Não há inadimplência entre os chineses. A solução foi encontrar um representante entre eles que transmitisse e explicasse as normas e reclamações aos outros", conta Luiz Fabiano, administrador do condomínio. Para Márcio Rachkorsky, advogado especialista em condomínios e colunista da Folha, o caminho da boa convivência está na ampliação das formas de comunicação. "É importante que a comunicação seja bem lúdica, com ilustrações e desenhos. Como as crianças já aprendem o português antes dos pais, uma boa estratégia é focar na molecada. Em alguns casos, não tem como não aplicar medidas de rigor, mas há que se ter muito cuidado, para não caracterizar discriminação", explica Rachkorsky. ESFORÇO DE AJUSTE Para o chinês Cheng Ka Wai, 34, coordenador da Associação de Jovens Chineses, os problemas de relacionamento têm aumentado, mas ele afirma que há uma "consciência" entre a comunidade de que deve haver mudança de comportamento e está em curso "um esforço de ajuste aos modos brasileiros". A associação faz reuniões periódicas com imigrantes para esclarecer questões sobre costumes locais. "Sempre mostramos que é necessário respeitar a cultura daqui. Explicamos as diferenças do Brasil e da China e tentamos mostrar o quanto é necessário respeitar os padrões do Brasil para um boa convivência", diz Ka Wai. A associação estima que cerca de 200 mil chineses vivam hoje em diferentes municípios da Grande São Paulo. A maioria mora nas proximidades do centro da capital. "Há uma consciência, até mesmo na China, de que é preciso melhorar a convivência entre as pessoas", completa.
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cotidiano
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Choque de hábitos causa conflito entre chineses e brasileiros em prédios de SPAs diferenças de hábitos entre moradores chineses e brasileiros em prédios de classe média e média alta de São Paulo têm gerado embates e saias justas em diversos condomínios da cidade. As queixas em relação aos orientais vão desde o uso inadequado de piscinas até o aproveitamento exótico das sacadas dos apartamentos. Por trás dos conflitos, a dificuldade de comunicação e as diferenças culturais ajudam a entender as complicações de relacionamento. Em um condomínio da Barra Funda (zona oeste), dois episódios geraram uma onda de protestos e reclamações de brasileiros contra chineses. Um morador asiático foi flagrado se ensaboando e lavando a cabeça e peças de roupa dentro da piscina. O outro problema considerado grave foi que, em uma festa realizada por um morador chinês, os restos da balada, como ossos de galinha, pratos descartáveis, toalhas, papel e sobras de comida ficaram jogados no gramado. Para o síndico do local, Leonardo Sobelman, a solução para diminuir os transtornos é a comunicação. "Estamos estudando trazer um chinês que fale bem o português para nossas reuniões para que ele faça a tradução das discussões para os moradores asiáticos. Temos que integrá-los às nossas regras e aos sistemas de informação do condomínio", diz. BICHO NA VARANDA Em um condomínio do Ipiranga (zona sul), com sete torres, 40% dos moradores são chineses. Os conflitos já chegaram a ser graves, como quando um morador dissecou um animal na varanda de seu apartamento. Hoje os problemas estão atenuados. "Às vezes, o diálogo é muito difícil e aplica-se multa, mas eles pagam sem questionar. Não há inadimplência entre os chineses. A solução foi encontrar um representante entre eles que transmitisse e explicasse as normas e reclamações aos outros", conta Luiz Fabiano, administrador do condomínio. Para Márcio Rachkorsky, advogado especialista em condomínios e colunista da Folha, o caminho da boa convivência está na ampliação das formas de comunicação. "É importante que a comunicação seja bem lúdica, com ilustrações e desenhos. Como as crianças já aprendem o português antes dos pais, uma boa estratégia é focar na molecada. Em alguns casos, não tem como não aplicar medidas de rigor, mas há que se ter muito cuidado, para não caracterizar discriminação", explica Rachkorsky. ESFORÇO DE AJUSTE Para o chinês Cheng Ka Wai, 34, coordenador da Associação de Jovens Chineses, os problemas de relacionamento têm aumentado, mas ele afirma que há uma "consciência" entre a comunidade de que deve haver mudança de comportamento e está em curso "um esforço de ajuste aos modos brasileiros". A associação faz reuniões periódicas com imigrantes para esclarecer questões sobre costumes locais. "Sempre mostramos que é necessário respeitar a cultura daqui. Explicamos as diferenças do Brasil e da China e tentamos mostrar o quanto é necessário respeitar os padrões do Brasil para um boa convivência", diz Ka Wai. A associação estima que cerca de 200 mil chineses vivam hoje em diferentes municípios da Grande São Paulo. A maioria mora nas proximidades do centro da capital. "Há uma consciência, até mesmo na China, de que é preciso melhorar a convivência entre as pessoas", completa.
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Incêndio em fábrica de sapatos deixa 72 mortos nas Filipinas
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Um incêndio iniciado nesta quarta (13) em uma fábrica de sapatos na região metropolitana de Manila, capital das Filipinas, deixou 72 mortos. Segundo parentes das vítimas, o estabelecimento explorava os trabalhadores e não contava com medidas de segurança para evitar tragédias deste tipo. Os bombeiros e a polícia retiraram dezenas de corpos do edifício de dois andares nesta quinta-feira (15) após as chamas terem sido apagadas. "Definitivamente, alguém será indiciado pelas mortes. Não importa se foi um acidente, pessoas morreram. Agora estamos investigando para determinar o que aconteceu. Com certeza alguém será indiciado", disse o chefe da polícia nacional, Leonardo Espina. O incêndio teria começado após as faíscas de um soldador utilizado em uma porta atingirem material inflamável armazenado no estabelecimento. A fábrica, que ficava em um distrito industrial de Valenzuela, ao norte da capital filipina, produzia calçados para o mercado local. Os funcionários eram remunerados abaixo do salário mínimo, trabalhavam cercados de produtos químicos e não eram orientados sobre as normas de segurança contra incêndios, segundo os sobreviventes e os parentes das vítimas. "As famílias estão furiosas com o que aconteceu, jamais esqueceremos", disse Rodrigo Nabor, que tinha duas irmãs que trabalhavam na fábrica. Nabor é um dos parentes que aguardavam em uma sala da prefeitura, transformada em necrotério improvisado após a chegada dos corpos. Suas irmãs, Bernardita, 32, e Jennylyn, 26, reclamavam com frequência do cheiro dos produtos químicos da fábrica, disse Nabor. O sobrevivente Lisandro Mendoza, de 23 anos, contou que escapou pela porta dos fundos e confirmou que a empresa não havia apresentado instruções sobre as normas de segurança desde que havia sido contratado, há cinco meses. Mendoza revelou que trabalhava misturando componentes químicos durante 12 horas por dia, os sete dias da semana, por 3.500 pesos (cerca de R$ 240). Outra sobrevivente, Janet Victoriano, também citou as poucas medidas de segurança contra incêndios da fábrica. "Nunca participei de uma simulação de incêndio", disse Victoriano, que trabalhava no local há cinco anos. Incêndios grandes são frequentes nas áreas pobres das Filipinas.
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mundo
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Incêndio em fábrica de sapatos deixa 72 mortos nas FilipinasUm incêndio iniciado nesta quarta (13) em uma fábrica de sapatos na região metropolitana de Manila, capital das Filipinas, deixou 72 mortos. Segundo parentes das vítimas, o estabelecimento explorava os trabalhadores e não contava com medidas de segurança para evitar tragédias deste tipo. Os bombeiros e a polícia retiraram dezenas de corpos do edifício de dois andares nesta quinta-feira (15) após as chamas terem sido apagadas. "Definitivamente, alguém será indiciado pelas mortes. Não importa se foi um acidente, pessoas morreram. Agora estamos investigando para determinar o que aconteceu. Com certeza alguém será indiciado", disse o chefe da polícia nacional, Leonardo Espina. O incêndio teria começado após as faíscas de um soldador utilizado em uma porta atingirem material inflamável armazenado no estabelecimento. A fábrica, que ficava em um distrito industrial de Valenzuela, ao norte da capital filipina, produzia calçados para o mercado local. Os funcionários eram remunerados abaixo do salário mínimo, trabalhavam cercados de produtos químicos e não eram orientados sobre as normas de segurança contra incêndios, segundo os sobreviventes e os parentes das vítimas. "As famílias estão furiosas com o que aconteceu, jamais esqueceremos", disse Rodrigo Nabor, que tinha duas irmãs que trabalhavam na fábrica. Nabor é um dos parentes que aguardavam em uma sala da prefeitura, transformada em necrotério improvisado após a chegada dos corpos. Suas irmãs, Bernardita, 32, e Jennylyn, 26, reclamavam com frequência do cheiro dos produtos químicos da fábrica, disse Nabor. O sobrevivente Lisandro Mendoza, de 23 anos, contou que escapou pela porta dos fundos e confirmou que a empresa não havia apresentado instruções sobre as normas de segurança desde que havia sido contratado, há cinco meses. Mendoza revelou que trabalhava misturando componentes químicos durante 12 horas por dia, os sete dias da semana, por 3.500 pesos (cerca de R$ 240). Outra sobrevivente, Janet Victoriano, também citou as poucas medidas de segurança contra incêndios da fábrica. "Nunca participei de uma simulação de incêndio", disse Victoriano, que trabalhava no local há cinco anos. Incêndios grandes são frequentes nas áreas pobres das Filipinas.
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Escritor Frederick Forsyth revela que foi espião do serviço secreto britânico
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O escritor britânico Frederick Forsyth, 77, revelou em trechos de sua autobiografia, publicados neste domingo (30) pelo jornal "Sunday Times", ter cumprido missões para o MI6, o serviço de inteligência britânico. Forsyth, autor de "O Dia do Chacal", afirmou ter trabalhado por mais de 20 anos para o MI6 na então República do Biafra, Nigéria, Alemanha Oriental, Rodésia e África do Sul. O novelista conta que, em 1968, um membro do MI6 chamado Ronnie o contactou, enquanto trabalhava como jornalista freelancer, à procura de um agente infiltrado no coração do enclave nigeriano de Biafra, onde aconteceu uma guerra civil entre 1967 e 1970. "Quando voltei da floresta tropical, ele ganhou um", escreveu Forsyth, em suas memórias, intituladas "The Outsider", que serão publicadas em setembro. Durante sua estadia em Biafra, o escritor escreveu artigos sobre a situação humanitária e militar do país, enquanto enviava informações a Ronnie "que, por diversos motivos, não poderiam sair nos jornais". Então, em 1973, ele foi convidado a realizar uma missão na Alemanha Oriental comunista. "Sua proposta era fácil. Havia um infiltrado, um coronel russo, que trabalhava para nós no extremo leste da Alemanha e que tinha um pacote que precisava sair do país", conta. Forsyth viajou até Dresde em um Triumph conversível e recebeu o pacote das mãos do coronel russo no banheiro do museu Albertinum. Na Rodésia, hoje Zimbábue, foi convidado a analisar as intenções do governo durante os anos 1970. Nos anos 1980, foi encarregado de descobrir o que pretendia fazer o governo sul-africano com suas armas nucleares após o fim do apartheid com a chegada do Congresso Nacional Africano ao poder. O escritor descreve, além disso, que recebeu ajuda de vários membros da organização na busca de informações necessárias para redigir seus livros. Forsyth, que escreveu 20 novelas e vendeu mais de 70 milhões de exemplares no mundo todo, já tinha reconhecido que financiou uma tentativa de golpe de Estado na Guiné Equatorial em 1973. Em "O Dia do Chacal" descreveu uma tentativa de golpe de Estado em um país africano fictício.
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ilustrada
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Escritor Frederick Forsyth revela que foi espião do serviço secreto britânicoO escritor britânico Frederick Forsyth, 77, revelou em trechos de sua autobiografia, publicados neste domingo (30) pelo jornal "Sunday Times", ter cumprido missões para o MI6, o serviço de inteligência britânico. Forsyth, autor de "O Dia do Chacal", afirmou ter trabalhado por mais de 20 anos para o MI6 na então República do Biafra, Nigéria, Alemanha Oriental, Rodésia e África do Sul. O novelista conta que, em 1968, um membro do MI6 chamado Ronnie o contactou, enquanto trabalhava como jornalista freelancer, à procura de um agente infiltrado no coração do enclave nigeriano de Biafra, onde aconteceu uma guerra civil entre 1967 e 1970. "Quando voltei da floresta tropical, ele ganhou um", escreveu Forsyth, em suas memórias, intituladas "The Outsider", que serão publicadas em setembro. Durante sua estadia em Biafra, o escritor escreveu artigos sobre a situação humanitária e militar do país, enquanto enviava informações a Ronnie "que, por diversos motivos, não poderiam sair nos jornais". Então, em 1973, ele foi convidado a realizar uma missão na Alemanha Oriental comunista. "Sua proposta era fácil. Havia um infiltrado, um coronel russo, que trabalhava para nós no extremo leste da Alemanha e que tinha um pacote que precisava sair do país", conta. Forsyth viajou até Dresde em um Triumph conversível e recebeu o pacote das mãos do coronel russo no banheiro do museu Albertinum. Na Rodésia, hoje Zimbábue, foi convidado a analisar as intenções do governo durante os anos 1970. Nos anos 1980, foi encarregado de descobrir o que pretendia fazer o governo sul-africano com suas armas nucleares após o fim do apartheid com a chegada do Congresso Nacional Africano ao poder. O escritor descreve, além disso, que recebeu ajuda de vários membros da organização na busca de informações necessárias para redigir seus livros. Forsyth, que escreveu 20 novelas e vendeu mais de 70 milhões de exemplares no mundo todo, já tinha reconhecido que financiou uma tentativa de golpe de Estado na Guiné Equatorial em 1973. Em "O Dia do Chacal" descreveu uma tentativa de golpe de Estado em um país africano fictício.
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Seleção tenta superar dependência de Cristiane para chegar à final
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DE SÃO PAULO A torcida brasileira aposta em Marta para ver a seleção feminina de futebol conquistar a tão sonhada medalha de ouro. A equipe, porém, sente falta da atacante Cristiane, 31, que sofreu uma lesão muscular na coxa direita, e é dúvida para o duelo contra a Suécia, marcado para esta terça-feira (16), às 13h, no Maracanã, pela semifinal da Olimpíada do Rio. A ausência da atacante é sentida nos números. Desde que a camisa número 11 sofreu a contusão, a seleção brasileira passou em branco —empatou com a África do Sul e com a Austrália por 0 a 0. Antes, o time comandado por Vadão havia marcado oito gols, sendo dois da atacante, que é a maior artilheira da história do futebol em Jogos Olímpicos —tem 14. A importância de Cristiane na seleção brasileira foi notada também no Mundial, realizado no ano passado no Canadá. Apesar de ser titular em três das quatro partidas da equipe na competição, a jogadora não marcou e o Brasil foi eliminado nas oitavas de final. Nesta segunda-feira, Vadão disse que vai esperar pela atacante até o último segundo. "Nesse momento jamais poderíamos afirmar que a Cristiane está 100%. Vamos esperar até o momento da partida. Nós temos aí uma encruzilhada. Ou nós arriscamos e a colocamos ou a gente entra com uma outra equipe sem a Cristiane. Se tudo correr bem, não precisarmos utilizar a Cristiane, fatalmente ela estará em uma condição melhor de jogar as finais. Estamos realmente em uma encruzilhada e vamos dar mais um tempo até amanhã cedo para definir". Caso Cristiane seja vetada, Vadão deverá optar por Debinha, que já foi titular contra a Austrália. O treinador também pode ficar sem a lateral direita Fabiana, que sofreu uma entorse no tornozelo direito na última partida. Poliana deve ser a substituta. CALOR E PRESSÃO Na entrevista, Vadão comentou também sofre o horário da partida —13h. "O horário é realmente cruel. De qualquer forma é para as duas seleções, que se desgastaram muito. Nossa maior preocupação é com a recuperação", disse. O técnico disse ainda que o time está preparado para suportar a pressão de jogar no Maracanã e avançar à final. A tão sonhada medalha de ouro já bateu na trave duas vezes –Atenas-04 e Pequim-08. Em Londres, foi eliminado nas quartas de final. * BRASIL Bárbara; Poliana (Fabiana), Rafaelle, Mônica e Tamires; Thais (Andressinha), Formiga e Marta; Andressa Alves, Debinha (Cristiane) e Bia. Técnico: Vadão SUÉCIA Lindahl; Rubensson, Fischer, Sembrant, Samuelson; Dahlkvist, Seger e Assllani; Jakobsson, Chelin e Rolfö (Blackstenius). Técnico: Pia Sundhage
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esporte
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Seleção tenta superar dependência de Cristiane para chegar à final
DE SÃO PAULO A torcida brasileira aposta em Marta para ver a seleção feminina de futebol conquistar a tão sonhada medalha de ouro. A equipe, porém, sente falta da atacante Cristiane, 31, que sofreu uma lesão muscular na coxa direita, e é dúvida para o duelo contra a Suécia, marcado para esta terça-feira (16), às 13h, no Maracanã, pela semifinal da Olimpíada do Rio. A ausência da atacante é sentida nos números. Desde que a camisa número 11 sofreu a contusão, a seleção brasileira passou em branco —empatou com a África do Sul e com a Austrália por 0 a 0. Antes, o time comandado por Vadão havia marcado oito gols, sendo dois da atacante, que é a maior artilheira da história do futebol em Jogos Olímpicos —tem 14. A importância de Cristiane na seleção brasileira foi notada também no Mundial, realizado no ano passado no Canadá. Apesar de ser titular em três das quatro partidas da equipe na competição, a jogadora não marcou e o Brasil foi eliminado nas oitavas de final. Nesta segunda-feira, Vadão disse que vai esperar pela atacante até o último segundo. "Nesse momento jamais poderíamos afirmar que a Cristiane está 100%. Vamos esperar até o momento da partida. Nós temos aí uma encruzilhada. Ou nós arriscamos e a colocamos ou a gente entra com uma outra equipe sem a Cristiane. Se tudo correr bem, não precisarmos utilizar a Cristiane, fatalmente ela estará em uma condição melhor de jogar as finais. Estamos realmente em uma encruzilhada e vamos dar mais um tempo até amanhã cedo para definir". Caso Cristiane seja vetada, Vadão deverá optar por Debinha, que já foi titular contra a Austrália. O treinador também pode ficar sem a lateral direita Fabiana, que sofreu uma entorse no tornozelo direito na última partida. Poliana deve ser a substituta. CALOR E PRESSÃO Na entrevista, Vadão comentou também sofre o horário da partida —13h. "O horário é realmente cruel. De qualquer forma é para as duas seleções, que se desgastaram muito. Nossa maior preocupação é com a recuperação", disse. O técnico disse ainda que o time está preparado para suportar a pressão de jogar no Maracanã e avançar à final. A tão sonhada medalha de ouro já bateu na trave duas vezes –Atenas-04 e Pequim-08. Em Londres, foi eliminado nas quartas de final. * BRASIL Bárbara; Poliana (Fabiana), Rafaelle, Mônica e Tamires; Thais (Andressinha), Formiga e Marta; Andressa Alves, Debinha (Cristiane) e Bia. Técnico: Vadão SUÉCIA Lindahl; Rubensson, Fischer, Sembrant, Samuelson; Dahlkvist, Seger e Assllani; Jakobsson, Chelin e Rolfö (Blackstenius). Técnico: Pia Sundhage
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Caixa e Petrobras agem contra empresas controladas pela J&F
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A Caixa Econômica Federal e a Petrobras tomaram medidas que podem provocar perdas para a J&F, alegando preocupação com os crimes revelados pelos irmãos Joesley e Wesley Batista em seu acordo de delação premiada. A Caixa decidiu cobrar antecipadamente um empréstimo de R$ 50 milhões da Flora, empresa de higiene e limpeza dona das marcas Minuano e Neutrox. O financiamento só venceria em 2018. Com prejuízos acumulados de R$ 57 milhões em 2014 e 2015, a Flora enfrenta dificuldades financeiras e trocou recentemente de presidente. A cobrança antecipada da dívida pode agravar os problemas. PROBLEMAS À VISTA - Maior grupo empresarial do país, a J&F acumula cerca de R$ 70 bilhões em dívidas FATORES DE PRESSÃO Governo e autarquias aumentam pressão sobre a empresa, que enfrenta crise de reputação Caixa Maior credor da J&F, com cerca de R$ 10 bilhões emprestados ao grupo, o banco estatal tenta bloquear o acesso de empresas dos irmãos Batista a crédito AGU A ministra Grace Mendonça afirmou que a AGU irá processar a JBS por danos ao sistema financeiro caso a CVM conclua que a empresa lucrou com a divulgação da delação premiada de seus executivos Petrobras Estatal usou uma cláusula anticorrupção para extinguir contrato de fornecimento de gás para térmica do grupo J&F, controlador da JBS, em Cuiabá. Empresa vai cobrar do grupo empresa multa de R$ 70 milhões CVM A Comissão de Valores Mobiliários já abriu 11 investigações contra a empresa; os processos podem resultar em multas à empresa e punições a seus administradores * Executivos próximos ao grupo disseram à Folha que a companhia não rompeu nenhuma cláusula do contrato que pudesse justificar a cobrança antecipada. Procurada, a Caixa não comentou. A Petrobras cancelou contrato de fornecimento de gás para usina termelétrica da Âmbar, que também pertence à J&F, em Cuiabá. A estatal diz que cobrará da empresa multa de R$ 70 milhões. O relacionamento das duas companhias já enfrentava problemas desde que a J&F apelou ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para forçar a Petrobras a vender gás a preços bolivianos para a usina. Em sua delação premiada, Joesley disse que ofereceu propina ao presidente Michel Temer e ao ex-deputado Rodrigo Rocha Loures para influenciar a decisão do órgão antitruste. Em nota, a Petrobras diz que o contrato de fornecimento de gás à Âmbar tem uma cláusula anticorrupção e que "tomou conhecimento" dos depoimentos em que os executivos da J&F admitem que "cometeram atos que violam a legislação anticorrupção". A Âmbar informou que "não é nem nunca foi alvo de investigações de atos de corrupção" e que "os fatos relatados na colaboração se dão no âmbito da holding". A empresa diz ainda o acordo de leniência com o Ministério Público Federal liberou as controladas da J&F para celebrar contratos com instituições e empresas públicas. Grupo J&F - Em R$ bilhões RETALIAÇÃO Pessoas próximas aos Batista dizem que a empresa é alvo de retaliação do governo por causa do impacto político da delação dos irmãos Batista. Joesley entregou às autoridades a gravação de uma conversa com Temer. Além dos problemas com a Caixa e a Petrobras, os executivos dizem que o grupo está sendo alvo de um pente-fino da Receita Federal e do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e de vários processos abertos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Mas as medidas tomadas até agora atingiram negócios menores, por causa do receio do impacto da crise do grupo no setor financeiro e nos pecuaristas. A J&F é dona da JBS, maior processadora de proteína animal do mundo. Com pelo menos R$ 23 bilhões a receber do grupo J&F, BB, Bradesco, Itaú, Santander e Caixa temem o risco de um calote da empresa, que os obrigaria a lançar provisões volumosas em seus balanços. Segundo um banqueiro, não há disposição para dar dinheiro novo ao grupo, mas executar suas dívidas seria pior para todos, já que ele não teria condições de pagar tudo. A Caixa é a que teria mais a perder, porque é o maior credor das empresas dos Batista. Para alongar os prazos de pagamento, os bancos estão pedindo mais garantias, como mandatos de venda de ativos. A dívida das empresas da J&F supera os R$ 70 bilhões, mas é concentrada na JBS e na Eldorado Celulose. Wesley Batista já teve várias reuniões com o setor financeiro para explicar a situação. Conforme uma pessoa presente a um desses encontros, o empresário deixou claro que o grupo pode quebrar se os bancos interromperem os financiamentos de capital de giro.
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mercado
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Caixa e Petrobras agem contra empresas controladas pela J&FA Caixa Econômica Federal e a Petrobras tomaram medidas que podem provocar perdas para a J&F, alegando preocupação com os crimes revelados pelos irmãos Joesley e Wesley Batista em seu acordo de delação premiada. A Caixa decidiu cobrar antecipadamente um empréstimo de R$ 50 milhões da Flora, empresa de higiene e limpeza dona das marcas Minuano e Neutrox. O financiamento só venceria em 2018. Com prejuízos acumulados de R$ 57 milhões em 2014 e 2015, a Flora enfrenta dificuldades financeiras e trocou recentemente de presidente. A cobrança antecipada da dívida pode agravar os problemas. PROBLEMAS À VISTA - Maior grupo empresarial do país, a J&F acumula cerca de R$ 70 bilhões em dívidas FATORES DE PRESSÃO Governo e autarquias aumentam pressão sobre a empresa, que enfrenta crise de reputação Caixa Maior credor da J&F, com cerca de R$ 10 bilhões emprestados ao grupo, o banco estatal tenta bloquear o acesso de empresas dos irmãos Batista a crédito AGU A ministra Grace Mendonça afirmou que a AGU irá processar a JBS por danos ao sistema financeiro caso a CVM conclua que a empresa lucrou com a divulgação da delação premiada de seus executivos Petrobras Estatal usou uma cláusula anticorrupção para extinguir contrato de fornecimento de gás para térmica do grupo J&F, controlador da JBS, em Cuiabá. Empresa vai cobrar do grupo empresa multa de R$ 70 milhões CVM A Comissão de Valores Mobiliários já abriu 11 investigações contra a empresa; os processos podem resultar em multas à empresa e punições a seus administradores * Executivos próximos ao grupo disseram à Folha que a companhia não rompeu nenhuma cláusula do contrato que pudesse justificar a cobrança antecipada. Procurada, a Caixa não comentou. A Petrobras cancelou contrato de fornecimento de gás para usina termelétrica da Âmbar, que também pertence à J&F, em Cuiabá. A estatal diz que cobrará da empresa multa de R$ 70 milhões. O relacionamento das duas companhias já enfrentava problemas desde que a J&F apelou ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para forçar a Petrobras a vender gás a preços bolivianos para a usina. Em sua delação premiada, Joesley disse que ofereceu propina ao presidente Michel Temer e ao ex-deputado Rodrigo Rocha Loures para influenciar a decisão do órgão antitruste. Em nota, a Petrobras diz que o contrato de fornecimento de gás à Âmbar tem uma cláusula anticorrupção e que "tomou conhecimento" dos depoimentos em que os executivos da J&F admitem que "cometeram atos que violam a legislação anticorrupção". A Âmbar informou que "não é nem nunca foi alvo de investigações de atos de corrupção" e que "os fatos relatados na colaboração se dão no âmbito da holding". A empresa diz ainda o acordo de leniência com o Ministério Público Federal liberou as controladas da J&F para celebrar contratos com instituições e empresas públicas. Grupo J&F - Em R$ bilhões RETALIAÇÃO Pessoas próximas aos Batista dizem que a empresa é alvo de retaliação do governo por causa do impacto político da delação dos irmãos Batista. Joesley entregou às autoridades a gravação de uma conversa com Temer. Além dos problemas com a Caixa e a Petrobras, os executivos dizem que o grupo está sendo alvo de um pente-fino da Receita Federal e do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e de vários processos abertos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Mas as medidas tomadas até agora atingiram negócios menores, por causa do receio do impacto da crise do grupo no setor financeiro e nos pecuaristas. A J&F é dona da JBS, maior processadora de proteína animal do mundo. Com pelo menos R$ 23 bilhões a receber do grupo J&F, BB, Bradesco, Itaú, Santander e Caixa temem o risco de um calote da empresa, que os obrigaria a lançar provisões volumosas em seus balanços. Segundo um banqueiro, não há disposição para dar dinheiro novo ao grupo, mas executar suas dívidas seria pior para todos, já que ele não teria condições de pagar tudo. A Caixa é a que teria mais a perder, porque é o maior credor das empresas dos Batista. Para alongar os prazos de pagamento, os bancos estão pedindo mais garantias, como mandatos de venda de ativos. A dívida das empresas da J&F supera os R$ 70 bilhões, mas é concentrada na JBS e na Eldorado Celulose. Wesley Batista já teve várias reuniões com o setor financeiro para explicar a situação. Conforme uma pessoa presente a um desses encontros, o empresário deixou claro que o grupo pode quebrar se os bancos interromperem os financiamentos de capital de giro.
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Empresário assume pagamento de diárias falsas em hotel de Kirchner, diz jornal
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O empresário argentino Lázaro Báez admitiu à receita federal do país ter pago diárias fictícias em um hotel da família da presidente Cristina Kirchner, segundo o jornal "La Nacion". O jornal diz ter dito acesso a uma cópia dos documentos apresentados por Báez. Neles, ele afirma ter pago diárias de 2.300 quartos do hotel de luxo Alto Calafate ao longo de três anos, além do aluguel de dois dos seus salões. A família Kirchner teria ganho ao menos US$ 6,2 milhões com esta operação, realizada entre o fim de 2008 e meados de 2013. O esquema, ainda segundo o "La Nacion", envolvia cinco empresas de Báez. A maior quantia foi paga via Austral Construções. Com um contrato assinado pelo filho do empresário, Martín Báez, a firma aceitou pagar até 500 noites no hotel, com um limite máximo de 20 suítes duplas por dia. O acordo envolveu ainda uma consultoria hoteleira no valor de US$ 20,5 milhões. A Justiça argentina investiga se o empresário foi beneficiado em licitações de obras públicas. Nos últimos dez anos, ele recebeu ao menos US$ 8,8 milhões em contratos do governo, a maioria executada pelas províncias. A relação comercial entre Báez e a família Kirchner teria sido comprovada por documentos encontrados pela Justiça no escritório de Máximo Kirchner, filho de Cristina. Segundo os jornais argentinos revelaram à época, foram encontrados recibos, contratos de aluguel e cheques de Báez aos Kirchner. Estes documentos mostrariam ainda que a Austral Construções teria alugado e comprado imóveis da família presidencial na província de Santa Cruz. A família da presidente rejeita a acusação. Cristina afirmou em pronunciamento público no último dia 20 que a Austral é a 40ª empresa, entre as maiores contratadas em obras do governo. "Se sou amiga dele, é melhor ele arrumar amigos melhores. Sou mais amiga de outros", disse a presidente.
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mundo
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Empresário assume pagamento de diárias falsas em hotel de Kirchner, diz jornalO empresário argentino Lázaro Báez admitiu à receita federal do país ter pago diárias fictícias em um hotel da família da presidente Cristina Kirchner, segundo o jornal "La Nacion". O jornal diz ter dito acesso a uma cópia dos documentos apresentados por Báez. Neles, ele afirma ter pago diárias de 2.300 quartos do hotel de luxo Alto Calafate ao longo de três anos, além do aluguel de dois dos seus salões. A família Kirchner teria ganho ao menos US$ 6,2 milhões com esta operação, realizada entre o fim de 2008 e meados de 2013. O esquema, ainda segundo o "La Nacion", envolvia cinco empresas de Báez. A maior quantia foi paga via Austral Construções. Com um contrato assinado pelo filho do empresário, Martín Báez, a firma aceitou pagar até 500 noites no hotel, com um limite máximo de 20 suítes duplas por dia. O acordo envolveu ainda uma consultoria hoteleira no valor de US$ 20,5 milhões. A Justiça argentina investiga se o empresário foi beneficiado em licitações de obras públicas. Nos últimos dez anos, ele recebeu ao menos US$ 8,8 milhões em contratos do governo, a maioria executada pelas províncias. A relação comercial entre Báez e a família Kirchner teria sido comprovada por documentos encontrados pela Justiça no escritório de Máximo Kirchner, filho de Cristina. Segundo os jornais argentinos revelaram à época, foram encontrados recibos, contratos de aluguel e cheques de Báez aos Kirchner. Estes documentos mostrariam ainda que a Austral Construções teria alugado e comprado imóveis da família presidencial na província de Santa Cruz. A família da presidente rejeita a acusação. Cristina afirmou em pronunciamento público no último dia 20 que a Austral é a 40ª empresa, entre as maiores contratadas em obras do governo. "Se sou amiga dele, é melhor ele arrumar amigos melhores. Sou mais amiga de outros", disse a presidente.
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Ao furar bloqueio no Rio, jovem é morto por militar com tiro de fuzil
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Um jovem de 21 anos foi morto por um tiro de fuzil disparado por um militar da Marinha na noite desta sexta-feira (11) na Ilha do Governador, na zona norte do Rio. Segundo o Comando do 1º Distrito Naval, em torno das 23h, os militares interromperam o trânsito na rua Jaime Perdigão para a saída de uma carreta da unidade militar situada nesta mesma via. Durante este procedimento, o carro de Felipe Jordão da Silva Ferreira se aproximou "em alta velocidade", furou o bloqueio militar e atropelou o sargento Wanderson Almeida Noia de Oliveira. De acordo com a Marinha, outro fuzileiro naval, que também participava da escolta, "reagiu disparando um tiro contra o veículo". Felipe Ferreira, que estava ao volante, foi atingido no pescoço e perdeu o controle do carro, que bateu em uma árvore. Ele morreu em seguida. No mesmo carro estava a irmã do rapaz, Fernanda Ferreira, 23, que teve apenas ferimentos leves. Ela confirmou à Folha que seu irmão atropelou o militar. Também ressaltou que não houve qualquer tipo de abordagem, antes de o carro virar alvo dos tiros de fuzil. "O Felipe estava um pouco sonolento e, como o vidro do carro era muito escuro, não viu quando atropelou o homem. Foi muito rápido e ele não conseguiu frear, mas tentou desviar. Quando a gente viu, já tinha atropelado", disse Fernanda Ferreira. "Logo depois veio o tiro, não sei de onde. Quando foi atingido, ele gritou, tentou falar alguma coisa pra mim, mas caiu morto", relatou a irmã. Antes de ser baleado, Felipe Ferreira e Fernanda estiveram no aeroporto Internacional do Galeão (na Ilha do Governador), onde trabalha a namorada do rapaz. Como ela não estava no local, os dois irmãos seguiram para outro endereço e neste caminho entraram na rua Jaime Perdigão. Jucimar Francisco, primo de Ferreira, disse que ele não tinha carteira de motorista, mas fazia aulas de direção. O sargento atropelado foi transferido para o hospital naval Marcílio Dias e está em observação, segundo a Marinha. O corpo de Ferreira deve ser velado neste domingo, no cemitério do Cacuia, na Ilha do Governador. A Marinha informou ainda que um Inquérito Policial Militar foi instaurado para "apurar os fatos e responsabilidades do incidente". A Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio também investiga o caso.
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cotidiano
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Ao furar bloqueio no Rio, jovem é morto por militar com tiro de fuzilUm jovem de 21 anos foi morto por um tiro de fuzil disparado por um militar da Marinha na noite desta sexta-feira (11) na Ilha do Governador, na zona norte do Rio. Segundo o Comando do 1º Distrito Naval, em torno das 23h, os militares interromperam o trânsito na rua Jaime Perdigão para a saída de uma carreta da unidade militar situada nesta mesma via. Durante este procedimento, o carro de Felipe Jordão da Silva Ferreira se aproximou "em alta velocidade", furou o bloqueio militar e atropelou o sargento Wanderson Almeida Noia de Oliveira. De acordo com a Marinha, outro fuzileiro naval, que também participava da escolta, "reagiu disparando um tiro contra o veículo". Felipe Ferreira, que estava ao volante, foi atingido no pescoço e perdeu o controle do carro, que bateu em uma árvore. Ele morreu em seguida. No mesmo carro estava a irmã do rapaz, Fernanda Ferreira, 23, que teve apenas ferimentos leves. Ela confirmou à Folha que seu irmão atropelou o militar. Também ressaltou que não houve qualquer tipo de abordagem, antes de o carro virar alvo dos tiros de fuzil. "O Felipe estava um pouco sonolento e, como o vidro do carro era muito escuro, não viu quando atropelou o homem. Foi muito rápido e ele não conseguiu frear, mas tentou desviar. Quando a gente viu, já tinha atropelado", disse Fernanda Ferreira. "Logo depois veio o tiro, não sei de onde. Quando foi atingido, ele gritou, tentou falar alguma coisa pra mim, mas caiu morto", relatou a irmã. Antes de ser baleado, Felipe Ferreira e Fernanda estiveram no aeroporto Internacional do Galeão (na Ilha do Governador), onde trabalha a namorada do rapaz. Como ela não estava no local, os dois irmãos seguiram para outro endereço e neste caminho entraram na rua Jaime Perdigão. Jucimar Francisco, primo de Ferreira, disse que ele não tinha carteira de motorista, mas fazia aulas de direção. O sargento atropelado foi transferido para o hospital naval Marcílio Dias e está em observação, segundo a Marinha. O corpo de Ferreira deve ser velado neste domingo, no cemitério do Cacuia, na Ilha do Governador. A Marinha informou ainda que um Inquérito Policial Militar foi instaurado para "apurar os fatos e responsabilidades do incidente". A Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio também investiga o caso.
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Presidente do Peru cancela ida a cúpula da ONU por crise no governo
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O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, deu posse no último domingo (18) a uma nova primeira-ministra e mais cinco ministros, depois que os titulares desses postos foram impedidos de continuar por conta da pressão da oposição fujimorista no Congresso. A crise política obrigou Kuczynski a cancelar sua viagem à Nova York, na qual participaria do encontro da ONU e de um encontro de presidentes latino-americanos com Donald Trump. Desde o início de seu mandato, em julho de 2016, o presidente peruano vem convivendo com dificuldades em ter medidas aprovadas pelo Parlamento, além de ser impedimento de indicar nomes para diferentes postos e ver processos de "impeachment" abertos contra seus ministros. O partido de Kuczynski (Peruanos Por el Kambio) tem apenas 18 cadeiras no Parlamento, enquanto a Força Popular, partido do fujimorismo, possui 71. A nova primeira-ministra (cargo equivalente ao de chefe de gabinete) é Mercedes Araóz, que participou da última gestão de Alan García (2006-2011) e é conhecida por ter habilidade para dialogar com distintos grupos políticos. Também assumiram no domingo os novos ministros de Educação, Justiça, Economia, Saúde e Habitação. Três deles são próximos ao fujimorismo. A mudança do primeiro-ministro foi necessária depois que o Congresso, na noite da última sexta-feira (15), retirou a confiança de Fernando Zavala (recurso previsto na Constituição), que havia sido escolhido por Kuczynski e exercia o cargo desde que este assumiu. Já os outros ministros foram sendo derrubados ao longo dos últimos meses, em processos de "impeachment" parlamentar, cada um por razões diferentes. O caso mais ruidoso foi o da saída da titular de Educação, Marilú Martens, que se deu porque os fujimoristas defendiam que ela promovia uma "ideologia de gênero", com a distribuição de panfletos educativos que explicavam a diversidade sexual. Em dezembro, os fujimoristas já haviam afastado outro ministro da mesma pasta, Jaime Saavedra. Em seu lugar, assume um nome mais conservador, Idel Vexler, ex-integrante do gabinete do ex-presidente Alejandro Toledo, e um dos criadores da campanha "Com meus filhos não se meta", que prega a retirada da discussão sobre gênero do currículo escolar. Martens, que não se conformou com a troca, tuitou no domingo que "como ministra defendi a igualdade de gêneros na educação e continuarei fazendo isso pelas mulheres que ainda sofrem violência". O novo titular de Justiça, Enrique Mendoza, é um homem de confiança do fujimorismo, e a favor de que se conceda indulto ao ex-presidente Alberto Fujimori, hoje preso, condenado a 25 anos por crimes de direitos humanos e corrupção. O indulto a Fujimori, que é uma decisão que apenas o presidente pode tomar, tem sido um assunto de divisão no Peru desde os tempos do antecessor de Kuczynski, Ollanta Humala. Agora, porém, os fujimoristas se veem mais fortes para pressionar pela libertação de seu líder. Pesquisa recente mostra que 65% dos peruanos está a favor da libertação do ex-presidente por razões humanitárias –está com 79 anos e tem um câncer de garganta. Isso causaria, porém, uma rejeição alta entre o eleitorado do próprio Kuczynski, porque muitos dos que o escolheram declararam na época ter optado pelo "voto útil", justamente para barrar a ascensão de Keiko Fujimori. Kuczynski acabou vencendo o pleito contra ela por apenas 50 mil votos. A nova ministra de Economia já era a vice-ministra da pasta. O fujimorismo pediu a saída do titular anterior, Alfredo Thorne, por considerar que a economia não vinha com um bom desempenho –a previsão de crescimento para este ano é de 3% do PIB. Kuczynski tem tentado, desde que a crise começou, em abril, estabelecer canais de diálogo com a oposição e chegou a receber a líder da Força Popular, Keiko Fujimori, no palácio presidencial. Mas a pressão contra o Executivo continuou. A Constituição do Peru permite que o presidente reverta a derrubada de ministros e até chame novas eleições se considerar que a governabilidade do país está em risco. Alguns de seus assessores vêm pedindo que considere essa opção, mas Kuczynski prefere não entrar em choque direto com a oposição, uma vez que sua popularidade também anda em baixa –22%, segundo pesquisa divulgada na semana passada. Em cadeia nacional, no sábado (16), Kuczynski disse que respeitaria a decisão do Congresso e que, por conta da crise política, cancelaria sua ida à reunião da ONU.
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Presidente do Peru cancela ida a cúpula da ONU por crise no governoO presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, deu posse no último domingo (18) a uma nova primeira-ministra e mais cinco ministros, depois que os titulares desses postos foram impedidos de continuar por conta da pressão da oposição fujimorista no Congresso. A crise política obrigou Kuczynski a cancelar sua viagem à Nova York, na qual participaria do encontro da ONU e de um encontro de presidentes latino-americanos com Donald Trump. Desde o início de seu mandato, em julho de 2016, o presidente peruano vem convivendo com dificuldades em ter medidas aprovadas pelo Parlamento, além de ser impedimento de indicar nomes para diferentes postos e ver processos de "impeachment" abertos contra seus ministros. O partido de Kuczynski (Peruanos Por el Kambio) tem apenas 18 cadeiras no Parlamento, enquanto a Força Popular, partido do fujimorismo, possui 71. A nova primeira-ministra (cargo equivalente ao de chefe de gabinete) é Mercedes Araóz, que participou da última gestão de Alan García (2006-2011) e é conhecida por ter habilidade para dialogar com distintos grupos políticos. Também assumiram no domingo os novos ministros de Educação, Justiça, Economia, Saúde e Habitação. Três deles são próximos ao fujimorismo. A mudança do primeiro-ministro foi necessária depois que o Congresso, na noite da última sexta-feira (15), retirou a confiança de Fernando Zavala (recurso previsto na Constituição), que havia sido escolhido por Kuczynski e exercia o cargo desde que este assumiu. Já os outros ministros foram sendo derrubados ao longo dos últimos meses, em processos de "impeachment" parlamentar, cada um por razões diferentes. O caso mais ruidoso foi o da saída da titular de Educação, Marilú Martens, que se deu porque os fujimoristas defendiam que ela promovia uma "ideologia de gênero", com a distribuição de panfletos educativos que explicavam a diversidade sexual. Em dezembro, os fujimoristas já haviam afastado outro ministro da mesma pasta, Jaime Saavedra. Em seu lugar, assume um nome mais conservador, Idel Vexler, ex-integrante do gabinete do ex-presidente Alejandro Toledo, e um dos criadores da campanha "Com meus filhos não se meta", que prega a retirada da discussão sobre gênero do currículo escolar. Martens, que não se conformou com a troca, tuitou no domingo que "como ministra defendi a igualdade de gêneros na educação e continuarei fazendo isso pelas mulheres que ainda sofrem violência". O novo titular de Justiça, Enrique Mendoza, é um homem de confiança do fujimorismo, e a favor de que se conceda indulto ao ex-presidente Alberto Fujimori, hoje preso, condenado a 25 anos por crimes de direitos humanos e corrupção. O indulto a Fujimori, que é uma decisão que apenas o presidente pode tomar, tem sido um assunto de divisão no Peru desde os tempos do antecessor de Kuczynski, Ollanta Humala. Agora, porém, os fujimoristas se veem mais fortes para pressionar pela libertação de seu líder. Pesquisa recente mostra que 65% dos peruanos está a favor da libertação do ex-presidente por razões humanitárias –está com 79 anos e tem um câncer de garganta. Isso causaria, porém, uma rejeição alta entre o eleitorado do próprio Kuczynski, porque muitos dos que o escolheram declararam na época ter optado pelo "voto útil", justamente para barrar a ascensão de Keiko Fujimori. Kuczynski acabou vencendo o pleito contra ela por apenas 50 mil votos. A nova ministra de Economia já era a vice-ministra da pasta. O fujimorismo pediu a saída do titular anterior, Alfredo Thorne, por considerar que a economia não vinha com um bom desempenho –a previsão de crescimento para este ano é de 3% do PIB. Kuczynski tem tentado, desde que a crise começou, em abril, estabelecer canais de diálogo com a oposição e chegou a receber a líder da Força Popular, Keiko Fujimori, no palácio presidencial. Mas a pressão contra o Executivo continuou. A Constituição do Peru permite que o presidente reverta a derrubada de ministros e até chame novas eleições se considerar que a governabilidade do país está em risco. Alguns de seus assessores vêm pedindo que considere essa opção, mas Kuczynski prefere não entrar em choque direto com a oposição, uma vez que sua popularidade também anda em baixa –22%, segundo pesquisa divulgada na semana passada. Em cadeia nacional, no sábado (16), Kuczynski disse que respeitaria a decisão do Congresso e que, por conta da crise política, cancelaria sua ida à reunião da ONU.
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Comer placenta não traz benefícios à saúde, diz estudo
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Cozida, em cápsulas ou in natura - ingerir placenta após o parto está se tornando cada vez mais popular, especialmente após celebridades como Kourtney Kardashian e a atriz January Jones terem aderido à prática e dizerem ter sentido vários efeitos positivos. Mas um levantamento feito por pesquisadoras americanas concluiu que não há benefícios em se comer placenta, seja qual for a maneira como foi preparada. O estudo feito na Faculdade de Medicina de Northwestern, em Chicago, analisou dez pesquisas sobre o tema publicadas recentemente e disse não ter encontrado evidências de que o consumo de placenta ofereça proteção contra depressão pós-parto, ou que reduza dores, dê mais energia, ajude na amamentação, promova a elasticidade da pele, auxilie no vínculo entre mãe e bebê nem tampouco seja fonte de ferro para a mãe, como muitos acreditavam. O Royal College of Midwives, associação britânica que reúne as parteiras do país, defende que ingeri-la ou não deve ser uma decisão da mulher. Leia mais: Conheça o parto que oferece 'transição suave' para os bebês Riscos Uma das responsáveis pelo levantamento, a especialista em reprodução Crystal Clark, diz justamente que é ainda mais grave o fato de não haver estudos analisando os possíveis riscos dessa prática. "Os relatos de mulheres que sentiram os benefícios em se comer placenta são muito subjetivos e não há uma pesquisa sistemática sobre os benefícios e os riscos da ingestão de placenta", disse Clark. "A popularidade de se comer a placenta vem crescendo enormemente nos últimos anos. Nossa impressão é a de que as pessoas não estão tomando suas decisões baseadas em evidências científicas ou em conversas com seus médicos. Algumas mulheres estão optando por isso baseada em relatos da mídia, em blogs e sites." A principal responsável pelo estudo, a psiquiatra Cynthia Cole, alerta para o fato de não haver normas ou recomendações sobre como armazenar e preparar a placenta. "Muitas mulheres estão comendo placenta sem detalhes sobre os potenciais riscos para elas mesmas e seus bebês." No entanto, Louise Silverton, do Royal College of Midwives, disse que não há evidências suficientes para desaconselhar o consumo de placenta. "Isso tem de ser uma decisão da mulher, se ela optar por fazê-lo", afirma. "Elas precisam estar cientes de que, como qualquer produto que é ingerido, placentas podem estragar. Então é preciso cuidado em como armazená-la." Além disso, ela diz que se uma grávida está pensando nessa opção, ela deve discutir com sua parteira antes do parto, para que as providências necessárias sejam tomadas. A ginecologista Daghni Rajasingam, porta-voz do Colégio Real de Obstetras e Ginecologistas, disse que apesar de a placenta ser muito rica em fluxo sanguíneo, há riscos em ingeri-lo. "O que a mulher faz com a placenta é decisão delas - mas eu não recomendaria que elas a ingerissem." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Comer placenta não traz benefícios à saúde, diz estudoCozida, em cápsulas ou in natura - ingerir placenta após o parto está se tornando cada vez mais popular, especialmente após celebridades como Kourtney Kardashian e a atriz January Jones terem aderido à prática e dizerem ter sentido vários efeitos positivos. Mas um levantamento feito por pesquisadoras americanas concluiu que não há benefícios em se comer placenta, seja qual for a maneira como foi preparada. O estudo feito na Faculdade de Medicina de Northwestern, em Chicago, analisou dez pesquisas sobre o tema publicadas recentemente e disse não ter encontrado evidências de que o consumo de placenta ofereça proteção contra depressão pós-parto, ou que reduza dores, dê mais energia, ajude na amamentação, promova a elasticidade da pele, auxilie no vínculo entre mãe e bebê nem tampouco seja fonte de ferro para a mãe, como muitos acreditavam. O Royal College of Midwives, associação britânica que reúne as parteiras do país, defende que ingeri-la ou não deve ser uma decisão da mulher. Leia mais: Conheça o parto que oferece 'transição suave' para os bebês Riscos Uma das responsáveis pelo levantamento, a especialista em reprodução Crystal Clark, diz justamente que é ainda mais grave o fato de não haver estudos analisando os possíveis riscos dessa prática. "Os relatos de mulheres que sentiram os benefícios em se comer placenta são muito subjetivos e não há uma pesquisa sistemática sobre os benefícios e os riscos da ingestão de placenta", disse Clark. "A popularidade de se comer a placenta vem crescendo enormemente nos últimos anos. Nossa impressão é a de que as pessoas não estão tomando suas decisões baseadas em evidências científicas ou em conversas com seus médicos. Algumas mulheres estão optando por isso baseada em relatos da mídia, em blogs e sites." A principal responsável pelo estudo, a psiquiatra Cynthia Cole, alerta para o fato de não haver normas ou recomendações sobre como armazenar e preparar a placenta. "Muitas mulheres estão comendo placenta sem detalhes sobre os potenciais riscos para elas mesmas e seus bebês." No entanto, Louise Silverton, do Royal College of Midwives, disse que não há evidências suficientes para desaconselhar o consumo de placenta. "Isso tem de ser uma decisão da mulher, se ela optar por fazê-lo", afirma. "Elas precisam estar cientes de que, como qualquer produto que é ingerido, placentas podem estragar. Então é preciso cuidado em como armazená-la." Além disso, ela diz que se uma grávida está pensando nessa opção, ela deve discutir com sua parteira antes do parto, para que as providências necessárias sejam tomadas. A ginecologista Daghni Rajasingam, porta-voz do Colégio Real de Obstetras e Ginecologistas, disse que apesar de a placenta ser muito rica em fluxo sanguíneo, há riscos em ingeri-lo. "O que a mulher faz com a placenta é decisão delas - mas eu não recomendaria que elas a ingerissem." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Pente-fino corta metade dos benefícios do INSS em Jundiaí
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O pente-fino nos auxílios-doença e nas aposentadorias por invalidez do INSS, que terá início neste mês no país, poderá cortar mais benefícios do que o previsto pelo governo de Michel Temer. Foi o que aconteceu em Jundiaí (58 km de SP), onde um constante processo de revisão resultou no cancelamento de 50% dos benefícios por incapacidade revisados nos últimos cinco anos, segundo declaração do novo presidente do instituto, Leonardo Gadelha. As revisões na cidade do interior paulista foram realizadas antes da publicação da medida provisória 739, em julho deste ano, que determinou a criação de um esquema de mutirão para acelerar as perícias no INSS. Mas a regra geral seguida pelos peritos do órgão continua sendo a mesma: só pode manter o benefício o segurado que comprova, por meio de laudo médico,a incapacidade para o trabalho. A expectativa do governo com o pente-fino a ser realizado em todo o país, porém, prevê cortar entre 15% e 20% dos auxílios e 2% das aposentadorias por invalidez que passarem por revisão. O INSS informou, no entanto, que não é possível ter certeza de quantos beneficiários perderão a renda. Em nota, o instituto afirmou que as revisões realizadas em Jundiaí não devem ser comparadas ao pente-fino que terá início neste mês, pois ele será realizado de forma "estruturada". CONVOCAÇÃO Neste mês, os beneficiários do INSS que se enquadram na revisão prevista na medida provisória 739 começam a ser convocados por carta para a realização da perícia médica. Após o recebimento da carta, o beneficiário terá cinco dias úteis para agendar a perícia, por meio da central de teleatendimento 135. Quem recebe aposentadoria por invalidez e tem a partir de 60 anos de idade ou segurados que passaram por revisão nos últimos dois anos estão fora do pente-fino. - PODEM SER REVISADOS OS PRIMEIROS DA FILA Serão convocados 75 mil auxílios-doença pagos a segurados com até 39 anos de idade CORTE PODE SER MAIOR IMPOSSÍVEL PREVER O INSS diz que, apesar das estimativas do governo, é impossível prever quantos benefícios deixarão de ser pagos no pente-fino COMO AGENDAR A PERÍCIA Será preciso telefonar para a Central 135 Os segurados que não marcarem a perícia receberão um aviso no caixa eletrônico, quando forem sacar o benefício Fontes: INSS, MP 739 e Sindicato dos Peritos
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Pente-fino corta metade dos benefícios do INSS em JundiaíO pente-fino nos auxílios-doença e nas aposentadorias por invalidez do INSS, que terá início neste mês no país, poderá cortar mais benefícios do que o previsto pelo governo de Michel Temer. Foi o que aconteceu em Jundiaí (58 km de SP), onde um constante processo de revisão resultou no cancelamento de 50% dos benefícios por incapacidade revisados nos últimos cinco anos, segundo declaração do novo presidente do instituto, Leonardo Gadelha. As revisões na cidade do interior paulista foram realizadas antes da publicação da medida provisória 739, em julho deste ano, que determinou a criação de um esquema de mutirão para acelerar as perícias no INSS. Mas a regra geral seguida pelos peritos do órgão continua sendo a mesma: só pode manter o benefício o segurado que comprova, por meio de laudo médico,a incapacidade para o trabalho. A expectativa do governo com o pente-fino a ser realizado em todo o país, porém, prevê cortar entre 15% e 20% dos auxílios e 2% das aposentadorias por invalidez que passarem por revisão. O INSS informou, no entanto, que não é possível ter certeza de quantos beneficiários perderão a renda. Em nota, o instituto afirmou que as revisões realizadas em Jundiaí não devem ser comparadas ao pente-fino que terá início neste mês, pois ele será realizado de forma "estruturada". CONVOCAÇÃO Neste mês, os beneficiários do INSS que se enquadram na revisão prevista na medida provisória 739 começam a ser convocados por carta para a realização da perícia médica. Após o recebimento da carta, o beneficiário terá cinco dias úteis para agendar a perícia, por meio da central de teleatendimento 135. Quem recebe aposentadoria por invalidez e tem a partir de 60 anos de idade ou segurados que passaram por revisão nos últimos dois anos estão fora do pente-fino. - PODEM SER REVISADOS OS PRIMEIROS DA FILA Serão convocados 75 mil auxílios-doença pagos a segurados com até 39 anos de idade CORTE PODE SER MAIOR IMPOSSÍVEL PREVER O INSS diz que, apesar das estimativas do governo, é impossível prever quantos benefícios deixarão de ser pagos no pente-fino COMO AGENDAR A PERÍCIA Será preciso telefonar para a Central 135 Os segurados que não marcarem a perícia receberão um aviso no caixa eletrônico, quando forem sacar o benefício Fontes: INSS, MP 739 e Sindicato dos Peritos
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O maior perdedor
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BRASÍLIA - A disputa pela presidência da Câmara dos Deputados está cada vez mais parecida com um filme de quinta, em que os atores não convencem em seus papéis e o público sabe quem vai morrer no final. O nível do debate já rastejava na troca de insultos entre os candidatos Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Arlindo Chinaglia (PT-SP). Ontem desceu ao subsolo, na entrevista convocada pelo peemedebista para se dizer vítima de um grampo forjado. Cunha tem chamado a atenção pela campanha milionária. Em menos de dois meses, desembarcou de jatinho nos 26 Estados e no DF, façanha que nenhum presidenciável conseguiu igualar em 2014. Há uma diferença importante: Dilma e Aécio tinham que viajar em busca de mais de 110 milhões de votos, e o deputado fluminense só precisa do apoio de 257 colegas para se eleger. Do lado de Chinaglia, a principal arma é o patrocínio do governo, que adia até o limite as nomeações para o segundo e o terceiro escalões da máquina federal. Bancos públicos, autarquias e superintendências estão acéfalos desde dezembro, enquanto seus cargos de comando são negociados no balcão partidário. O oposicionista Júlio Delgado (PSB-MG) tenta correr por fora, mas é sabotado por tucanos que preferem tapar o nariz e apoiar o peemedebista para evitar o risco de uma vitória do candidato do PT. Apesar das desavenças, Cunha e Chinaglia têm algo em comum. Já prometeram inúmeras benesses aos deputados, de aumentos salariais à construção de um novo prédio de gabinetes que custará mais de R$ 400 milhões. Seja qual for o resultado do duelo, o maior perdedor já está definido: o contribuinte. * O governo de Santa Catarina precisa explicar o empenho de suas polícias para encobrir, por um dia e meio, o nome do PM Luís Paulo Mota Brentano. Foi ele quem matou a tiros o surfista Ricardo dos Santos.
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O maior perdedorBRASÍLIA - A disputa pela presidência da Câmara dos Deputados está cada vez mais parecida com um filme de quinta, em que os atores não convencem em seus papéis e o público sabe quem vai morrer no final. O nível do debate já rastejava na troca de insultos entre os candidatos Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Arlindo Chinaglia (PT-SP). Ontem desceu ao subsolo, na entrevista convocada pelo peemedebista para se dizer vítima de um grampo forjado. Cunha tem chamado a atenção pela campanha milionária. Em menos de dois meses, desembarcou de jatinho nos 26 Estados e no DF, façanha que nenhum presidenciável conseguiu igualar em 2014. Há uma diferença importante: Dilma e Aécio tinham que viajar em busca de mais de 110 milhões de votos, e o deputado fluminense só precisa do apoio de 257 colegas para se eleger. Do lado de Chinaglia, a principal arma é o patrocínio do governo, que adia até o limite as nomeações para o segundo e o terceiro escalões da máquina federal. Bancos públicos, autarquias e superintendências estão acéfalos desde dezembro, enquanto seus cargos de comando são negociados no balcão partidário. O oposicionista Júlio Delgado (PSB-MG) tenta correr por fora, mas é sabotado por tucanos que preferem tapar o nariz e apoiar o peemedebista para evitar o risco de uma vitória do candidato do PT. Apesar das desavenças, Cunha e Chinaglia têm algo em comum. Já prometeram inúmeras benesses aos deputados, de aumentos salariais à construção de um novo prédio de gabinetes que custará mais de R$ 400 milhões. Seja qual for o resultado do duelo, o maior perdedor já está definido: o contribuinte. * O governo de Santa Catarina precisa explicar o empenho de suas polícias para encobrir, por um dia e meio, o nome do PM Luís Paulo Mota Brentano. Foi ele quem matou a tiros o surfista Ricardo dos Santos.
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'Robô mochileiro' é vandalizado após rodar pelos EUA de carona com humanos
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Um robô que percorreu milhares de quilômetros na Europa e no Canadá de carona com humanos foi vandalizado nos Estados Unidos. Batizado de HitchBOT, o androide foi criado como parte de um experimento social para testar a relação de confiança entre robôs e humanos. O incidente aconteceu no Estado americano da Filadélfia, nos Estados Unidos; acredita-se que ela viajado mais de 10 mil quilômetros. Uma das responsáveis pelo projeto, Frauke Zeller, professora-assistente da Universidade Ryerson em Toronto, no Canadá, explicou o que aconteceu com o robô. Leia mais: Em experimento, robô viaja 6.000 km de carona no Canadá "Nós queríamos ver o que as pessoas fariam com esse tipo de tecnologia. O robô não consegue se mover sozinho, então, dependia da ajuda das pessoas para ser levado de um lugar para o outro", afirmou. "Ou seja, o que você quer fazer? Você quer ajudá-lo? Ficamos surpresos com as respostas positivas", acrescentou. "Infelizmente, na manhã de sábado, ele foi vandalizado na Filadélfia. Nós acabamos de ver as últimas imagens e acho que não vamos conseguir consertá-lo. Temos que apenas sentar e ver do ponto de vista da pesquisa o que podemos aprender desse episódio antes de tomar novas decisões". Ela diz ter ficado decepcionada com o que aconteceu. Leia mais: Por dentro do hotel de robôs no Japão "Fomos pegos de surpresa. Temos visto uma reação sentimental muito forte nas redes sociais. Todos estão tristes com o que aconteceu. É impressionante. É inacreditável quantas mensagens foram enviadas no Twitter". "Nós continuamos a nos perguntar se os robôs podem confiar nos humanos. Eu ainda acho que sim. Mas às vezes coisas ruins acontecem com bons robôs". Feito de uma geladeira de cerveja e material de sucata, o HitchBOT percorreu milhares de quilômetros no Canadá, na Alemanha e na Holanda. A jornada dependia da boa vontade dos motoristas, que o apanhavam à beira de rodovias e o deixavam mais próximo do destino final. Ao longo da viagem, a máquina "trocava ideias" com as pessoas, e? através de seus equipamentos de GPS e 3G? traçava uma espécie de diário nas redes sociais. Durante as caronas, além de testar a interação com humanos, o robô também aproveitava para literalmente recarregar as baterias, ligado ao isqueiro do carro, por exemplo. O HitchBot também dispunha de painéis solares para obter a energia necessária para as suas atividades, como tirar dezenas de selfies e postá-las no Instagram. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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bbc
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'Robô mochileiro' é vandalizado após rodar pelos EUA de carona com humanosUm robô que percorreu milhares de quilômetros na Europa e no Canadá de carona com humanos foi vandalizado nos Estados Unidos. Batizado de HitchBOT, o androide foi criado como parte de um experimento social para testar a relação de confiança entre robôs e humanos. O incidente aconteceu no Estado americano da Filadélfia, nos Estados Unidos; acredita-se que ela viajado mais de 10 mil quilômetros. Uma das responsáveis pelo projeto, Frauke Zeller, professora-assistente da Universidade Ryerson em Toronto, no Canadá, explicou o que aconteceu com o robô. Leia mais: Em experimento, robô viaja 6.000 km de carona no Canadá "Nós queríamos ver o que as pessoas fariam com esse tipo de tecnologia. O robô não consegue se mover sozinho, então, dependia da ajuda das pessoas para ser levado de um lugar para o outro", afirmou. "Ou seja, o que você quer fazer? Você quer ajudá-lo? Ficamos surpresos com as respostas positivas", acrescentou. "Infelizmente, na manhã de sábado, ele foi vandalizado na Filadélfia. Nós acabamos de ver as últimas imagens e acho que não vamos conseguir consertá-lo. Temos que apenas sentar e ver do ponto de vista da pesquisa o que podemos aprender desse episódio antes de tomar novas decisões". Ela diz ter ficado decepcionada com o que aconteceu. Leia mais: Por dentro do hotel de robôs no Japão "Fomos pegos de surpresa. Temos visto uma reação sentimental muito forte nas redes sociais. Todos estão tristes com o que aconteceu. É impressionante. É inacreditável quantas mensagens foram enviadas no Twitter". "Nós continuamos a nos perguntar se os robôs podem confiar nos humanos. Eu ainda acho que sim. Mas às vezes coisas ruins acontecem com bons robôs". Feito de uma geladeira de cerveja e material de sucata, o HitchBOT percorreu milhares de quilômetros no Canadá, na Alemanha e na Holanda. A jornada dependia da boa vontade dos motoristas, que o apanhavam à beira de rodovias e o deixavam mais próximo do destino final. Ao longo da viagem, a máquina "trocava ideias" com as pessoas, e? através de seus equipamentos de GPS e 3G? traçava uma espécie de diário nas redes sociais. Durante as caronas, além de testar a interação com humanos, o robô também aproveitava para literalmente recarregar as baterias, ligado ao isqueiro do carro, por exemplo. O HitchBot também dispunha de painéis solares para obter a energia necessária para as suas atividades, como tirar dezenas de selfies e postá-las no Instagram. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Tem boi na linha e na polícia
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Parece inédito o número de grandes empresas brasileiras envolvidas em rolos medonhos e que estão sendo investigadas por policiais, promotores e procuradores. De qualquer modo, não há memória anedótica ou jornalística de que tantos rolos tenham parado simultaneamente na polícia ou no xadrez. Parênteses: sim, o motivo desta nota é o caso dos grupos JBS ("Friboi") e Banco Rural (notório no mensalão). Soube-se ontem que a cúpula dessas empresas foi acusada pelo Ministério Público Federal de fraude financeira. Então, em vez de lavar as mãos, a ideia agora é ter mãos limpas? Esse assunto deriva rapidamente para a politização barata e para debates débeis sobre copos meio vazios ou meio cheios de água suja. Suscita também aquelas comparações algo provincianas, pelo imediatismo ou mera ignorância: "só no Brasil...". Essa conversa mais jeca morre logo quando se recorda a sujeira que é boa parte da grande banca global, que assina termos confessando ter formado quadrilha (sic) para fraudar o fisco dos EUA e paga bilhões de dólares de multa para limpar a barra ou que manipula taxas de juros centrais do mercado etc., para citar apenas poucos episódios. Ainda assim, não é o caso de ficarmos animados de estarmos em tão má ou boa companhia. Primeiro, porque não há muitas grandes empresas no Brasil. Uma olhada rápida nas 20 maiores do país indica que quase metade está envolvida em algum rolo. Segundo, porque o governo é sócio ou dono de várias dessas companhias (embora nada tenha a ver com vários dos crimes). O BNDESPar (braço de investimentos do BNDES) tem 25% do capital da JBS, por exemplo, 35% de todo o investimento da empresa em companhias coligadas (sobre as quais tem influência significativa das decisões). Terceiro, porque os casos mais teratológicos foram propiciados ou tiveram parte ativa de gente do governo, que recriou um sistema de proteções e favores vários para oligopólios apadrinhados pelo Estado com leis e dinheiros baratos. Este caso foi o da Petrobras e complexo associado, obviamente, uma versão grotesca de perversões do nacional-desenvolvimentismo, ressuscitada mesmo depois de desastres vistos, por exemplo, na ditadura militar, besteira analisada e provada, no Brasil e no mundo, em extensa bibliografia. Lembre-se ainda de que há grandes empresas acusadas de pagar propina para escapar de imposto no "tribunal" da Receita, caso muito emperrado, aliás, o que não cheira bem (Operação Zelotes). Há a ciranda do petrolão e escândalos conexos (anda mal parada também a investigação no setor elétrico). Quase todas as incorporadoras imobiliárias da rica e privatista São Paulo pagavam propina na prefeitura. Etc. Nem toda a imundície é parceria público-privada; há muito caso de pura iniciativa privada, mas os limites são incertos. A nova Lei Anticorrupção, progressos no Ministério Público e na Polícia Federal desde os anos 2000 e maior pressão internacional contribuem para dificultar a fraude. Porém, dada a extensão do rolo, o tamanho dos envolvidos e os crimes que são cometidos mesmo nesse novo ambiente, a gente se pergunta se as mudanças serão suficientes para evitar uma nova geração de empreendimentos criminosos.
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Tem boi na linha e na políciaParece inédito o número de grandes empresas brasileiras envolvidas em rolos medonhos e que estão sendo investigadas por policiais, promotores e procuradores. De qualquer modo, não há memória anedótica ou jornalística de que tantos rolos tenham parado simultaneamente na polícia ou no xadrez. Parênteses: sim, o motivo desta nota é o caso dos grupos JBS ("Friboi") e Banco Rural (notório no mensalão). Soube-se ontem que a cúpula dessas empresas foi acusada pelo Ministério Público Federal de fraude financeira. Então, em vez de lavar as mãos, a ideia agora é ter mãos limpas? Esse assunto deriva rapidamente para a politização barata e para debates débeis sobre copos meio vazios ou meio cheios de água suja. Suscita também aquelas comparações algo provincianas, pelo imediatismo ou mera ignorância: "só no Brasil...". Essa conversa mais jeca morre logo quando se recorda a sujeira que é boa parte da grande banca global, que assina termos confessando ter formado quadrilha (sic) para fraudar o fisco dos EUA e paga bilhões de dólares de multa para limpar a barra ou que manipula taxas de juros centrais do mercado etc., para citar apenas poucos episódios. Ainda assim, não é o caso de ficarmos animados de estarmos em tão má ou boa companhia. Primeiro, porque não há muitas grandes empresas no Brasil. Uma olhada rápida nas 20 maiores do país indica que quase metade está envolvida em algum rolo. Segundo, porque o governo é sócio ou dono de várias dessas companhias (embora nada tenha a ver com vários dos crimes). O BNDESPar (braço de investimentos do BNDES) tem 25% do capital da JBS, por exemplo, 35% de todo o investimento da empresa em companhias coligadas (sobre as quais tem influência significativa das decisões). Terceiro, porque os casos mais teratológicos foram propiciados ou tiveram parte ativa de gente do governo, que recriou um sistema de proteções e favores vários para oligopólios apadrinhados pelo Estado com leis e dinheiros baratos. Este caso foi o da Petrobras e complexo associado, obviamente, uma versão grotesca de perversões do nacional-desenvolvimentismo, ressuscitada mesmo depois de desastres vistos, por exemplo, na ditadura militar, besteira analisada e provada, no Brasil e no mundo, em extensa bibliografia. Lembre-se ainda de que há grandes empresas acusadas de pagar propina para escapar de imposto no "tribunal" da Receita, caso muito emperrado, aliás, o que não cheira bem (Operação Zelotes). Há a ciranda do petrolão e escândalos conexos (anda mal parada também a investigação no setor elétrico). Quase todas as incorporadoras imobiliárias da rica e privatista São Paulo pagavam propina na prefeitura. Etc. Nem toda a imundície é parceria público-privada; há muito caso de pura iniciativa privada, mas os limites são incertos. A nova Lei Anticorrupção, progressos no Ministério Público e na Polícia Federal desde os anos 2000 e maior pressão internacional contribuem para dificultar a fraude. Porém, dada a extensão do rolo, o tamanho dos envolvidos e os crimes que são cometidos mesmo nesse novo ambiente, a gente se pergunta se as mudanças serão suficientes para evitar uma nova geração de empreendimentos criminosos.
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