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Leitores criticam espaço dado a delação que envolve o governo FHC
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Impressionante a parcialidade da Folha. Enquanto a manchete deveria ser a denúncia de pagamento de propina no valor de US$ 100 milhões para o governo FHC, o destaque fica por conta das já surradas suspeitas sobre Lula. Pergunto: esse jornal ainda é sério? FELIPE DE MOURA LIMA (Amparo, SP) * Coincidência ou não, a clássica marchinha "Me Dá um Dinheiro Aí", relembrada por Aécio Neves em sua coluna "Penúria", deverá ser também a trilha sonora dos tucanos no próximo Carnaval, com a divulgação da delação premiada de Cerveró, que citou o pagamento de propina de US$ 100 milhões durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Uma pechincha, que virou nota na Primeira Página da Folha. GERALDO TADEU SANTOS ALMEIDA (Itapeva, SP) * Qualquer pessoa minimamente decente que tivesse seu nome envolvido em algum escândalo e não devesse nada permitiria livremente à Justiça a quebra de seu sigilo fiscal e bancário para provar que a sua vida é honesta. Mas parece que aqui ninguém tem essa coragem. CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP) * Os funcionários aposentados do INSS também deveriam ter o aumento de 11,28% dado pelo governo federal. Também temos salários defasados pela inflação há muitos anos. É injusto não termos aumento em 2016. MERCEDES DOS SANTOS SUYAMA (Belo Horizonte, MG) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores criticam espaço dado a delação que envolve o governo FHCImpressionante a parcialidade da Folha. Enquanto a manchete deveria ser a denúncia de pagamento de propina no valor de US$ 100 milhões para o governo FHC, o destaque fica por conta das já surradas suspeitas sobre Lula. Pergunto: esse jornal ainda é sério? FELIPE DE MOURA LIMA (Amparo, SP) * Coincidência ou não, a clássica marchinha "Me Dá um Dinheiro Aí", relembrada por Aécio Neves em sua coluna "Penúria", deverá ser também a trilha sonora dos tucanos no próximo Carnaval, com a divulgação da delação premiada de Cerveró, que citou o pagamento de propina de US$ 100 milhões durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Uma pechincha, que virou nota na Primeira Página da Folha. GERALDO TADEU SANTOS ALMEIDA (Itapeva, SP) * Qualquer pessoa minimamente decente que tivesse seu nome envolvido em algum escândalo e não devesse nada permitiria livremente à Justiça a quebra de seu sigilo fiscal e bancário para provar que a sua vida é honesta. Mas parece que aqui ninguém tem essa coragem. CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP) * Os funcionários aposentados do INSS também deveriam ter o aumento de 11,28% dado pelo governo federal. Também temos salários defasados pela inflação há muitos anos. É injusto não termos aumento em 2016. MERCEDES DOS SANTOS SUYAMA (Belo Horizonte, MG) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Fundos aumentam apetite por commodities agrícolas
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Os fundos de investimentos voltaram a gostar, e muito, das commodities agrícolas nas semanas recentes. No início de março estavam se desfazendo dos contratos que tinham neste setor. Estavam "vendidos" (apostavam na queda) em 11 milhões de toneladas de soja. Pouco tempo depois, os fundos passaram a comprar loucamente, somando na semana passada contratos correspondentes a 21,8 milhões de toneladas dessa oleaginosa. Esse é o maior volume registrado em exatos dois anos. Da posição de vendas do início de março à de compra na semana passada, os fundos adquiriram 33 milhões de toneladas em suas carteiras. Esse novo cenário trouxe mudanças nos preços na Bolsa de Chicago. O contrato futuro de maio saiu de uma posição mínima de US$ 8,56 por bushel (27,2 quilos) no início de março para a máxima de US$ 10,48 nesta terça-feira (3). Ou seja, houve uma evolução de 22% no período. Essa mudança de posição dos fundos também afetou o mercado brasileiro, segundo Daniele Siqueira, da AgRural. Houve um avanço dos negócios com a soja, tanto a da safra 2015/16, já colhida, como a de 2016/17, que ainda será semeada. A AgRural ainda está apurando os dados de comercialização de abril, mas Daniele diz que o volume deverá dar um salto em relação aos 2% de março. A movimentação de preços em Chicago fez com que aumentassem também os negócios em dólares no mercado de Mato Grosso. Em março, a saca estava sendo negociada a US$ 14,50. Os preços atuais estão em US$ 18 por saca. A alta de preços em Chicago trouxe reajuste para a soja em todas as principais praças de negociações. Do início de março para cá, a oleaginosa subiu 18% em Sorriso (MT), 14% em Rio Verde (GO), 12% no oeste do Paraná, 12% em Luiz Eduardo Magalhães e 11% em Paranaguá, conforme dados da AgRural. Os fundos também se voltaram para o milho em Chicago, mas esse movimento ocorreu com mais intensidade apenas nas últimas semanas. De 8 de março até a semana passada, os fundos colocaram 39 milhões de toneladas do produto em suas carteiras. O cereal saiu de um preço mínimo de US$ 3,475 por bushel (25,4 quilos), em 31 de março, para uma máxima de US$ 4,02 nesta terça-feira. O avanço da presença dos fundos no milho, e a consequente alta de preços na Bolsa de Chicago, não teve grande interferência no mercado interno brasileiro. O preço interno do milho está "descolado" do de Chicago, devido às exportações brasileiras recordes e à falta de produto internamente, diz Daniele. NOTAS Parada cívica Os atacadistas do Ceasa (Centro Estadual de Abastecimento) de São Paulo suspenderão suas atividades das 10h ao meio-dia desta quinta-feira (5) em "ato cívico" para pressionar pela autogestão do entreposto. Demandas do setor Durante o período, os permissionários farão manifestação na praça do Relógio, dentro do Ceasa, e entregarão uma carta ao ex-deputado José Aníbal para que ele encaminhe as demandas do setor ao vice-presidente Michel Temer. Taxas salgadas Nos últimos seis meses, a taxa administrativa (condomínio) paga pelos atacadistas aumentou 83%. Quase demitido Indicação do ex-ministro das Cidades Gilberto Kassab, que desembarcou do governo, o presidente do Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), Carlos Nabil Ghobril, quase foi demitido. Só foi mantido no cargo pela necessidade administrativa de dois diretores assinarem documentos. O diretor operacional, Luiz Gonçalves Ramos, havia sido mandado embora recentemente. Com PAULA REVERBEL
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colunas
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Fundos aumentam apetite por commodities agrícolasOs fundos de investimentos voltaram a gostar, e muito, das commodities agrícolas nas semanas recentes. No início de março estavam se desfazendo dos contratos que tinham neste setor. Estavam "vendidos" (apostavam na queda) em 11 milhões de toneladas de soja. Pouco tempo depois, os fundos passaram a comprar loucamente, somando na semana passada contratos correspondentes a 21,8 milhões de toneladas dessa oleaginosa. Esse é o maior volume registrado em exatos dois anos. Da posição de vendas do início de março à de compra na semana passada, os fundos adquiriram 33 milhões de toneladas em suas carteiras. Esse novo cenário trouxe mudanças nos preços na Bolsa de Chicago. O contrato futuro de maio saiu de uma posição mínima de US$ 8,56 por bushel (27,2 quilos) no início de março para a máxima de US$ 10,48 nesta terça-feira (3). Ou seja, houve uma evolução de 22% no período. Essa mudança de posição dos fundos também afetou o mercado brasileiro, segundo Daniele Siqueira, da AgRural. Houve um avanço dos negócios com a soja, tanto a da safra 2015/16, já colhida, como a de 2016/17, que ainda será semeada. A AgRural ainda está apurando os dados de comercialização de abril, mas Daniele diz que o volume deverá dar um salto em relação aos 2% de março. A movimentação de preços em Chicago fez com que aumentassem também os negócios em dólares no mercado de Mato Grosso. Em março, a saca estava sendo negociada a US$ 14,50. Os preços atuais estão em US$ 18 por saca. A alta de preços em Chicago trouxe reajuste para a soja em todas as principais praças de negociações. Do início de março para cá, a oleaginosa subiu 18% em Sorriso (MT), 14% em Rio Verde (GO), 12% no oeste do Paraná, 12% em Luiz Eduardo Magalhães e 11% em Paranaguá, conforme dados da AgRural. Os fundos também se voltaram para o milho em Chicago, mas esse movimento ocorreu com mais intensidade apenas nas últimas semanas. De 8 de março até a semana passada, os fundos colocaram 39 milhões de toneladas do produto em suas carteiras. O cereal saiu de um preço mínimo de US$ 3,475 por bushel (25,4 quilos), em 31 de março, para uma máxima de US$ 4,02 nesta terça-feira. O avanço da presença dos fundos no milho, e a consequente alta de preços na Bolsa de Chicago, não teve grande interferência no mercado interno brasileiro. O preço interno do milho está "descolado" do de Chicago, devido às exportações brasileiras recordes e à falta de produto internamente, diz Daniele. NOTAS Parada cívica Os atacadistas do Ceasa (Centro Estadual de Abastecimento) de São Paulo suspenderão suas atividades das 10h ao meio-dia desta quinta-feira (5) em "ato cívico" para pressionar pela autogestão do entreposto. Demandas do setor Durante o período, os permissionários farão manifestação na praça do Relógio, dentro do Ceasa, e entregarão uma carta ao ex-deputado José Aníbal para que ele encaminhe as demandas do setor ao vice-presidente Michel Temer. Taxas salgadas Nos últimos seis meses, a taxa administrativa (condomínio) paga pelos atacadistas aumentou 83%. Quase demitido Indicação do ex-ministro das Cidades Gilberto Kassab, que desembarcou do governo, o presidente do Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), Carlos Nabil Ghobril, quase foi demitido. Só foi mantido no cargo pela necessidade administrativa de dois diretores assinarem documentos. O diretor operacional, Luiz Gonçalves Ramos, havia sido mandado embora recentemente. Com PAULA REVERBEL
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Justiça do Equador aprova projeto de referendo sobre reeleição de Correa
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O Tribunal Constitucional do Equador deu aval a um referendo para permitir a reeleição indefinida à Presidência a partir de 2017. Isso permitiria que o atual mandatário, Rafael Correa, possa concorrer às eleições do ano que vem. A medida é divulgada em meio à comoção provocada pelo terremoto de magnitude 7,8 que atingiu a costa do país em 16 de abril. A tragédia deixou 655 mortos, 17,6 mil feridos e 29 mil desabrigados até o momento. A proposta, enviada à Justiça pelo grupo Rafael Contigo Sempre, aliado ao presidente, foi aprovada no dia 13 de abril e tornada pública na última sexta (22). No entanto, só foi divulgada pela imprensa local nesta segunda (25). A corte determinou que a proposta de reeleição tramite como emenda constitucional de iniciativa popular. Isso significa que os autores deverão conseguir assinaturas de 8% dos eleitores, ou 928 mil pessoas, para aprová-la. Antes, no entanto, caberá ao Tribunal Constitucional avaliar a constitucionalidade da pergunta proposta. Após o aval da corte, o Conselho Nacional Eleitoral deverá entregar os formulários para pedir as assinaturas. Os defensores da proposta têm até 180 dias para chegar ao número de signatários. Recebidas e confirmadas as firmas, o Conselho Nacional Eleitoral convocará o referendo nos 15 dias seguintes ao parecer. Em entrevista ao jornal equatoriano "El Telégrafo", Pamela Aguirre, dirigente do Rafael Contigo Sempre, considera que a disposição do Legislativo discrimina o direito dos cidadãos de eleger e serem eleitos. "Isso discrimina importantes figuras políticas do país, neste caso o presidente Rafael Correa. A sentença nos permitirá dar a possibilidade de emendar a Constituição através de um referendo, porque não inibe direitos, mas os amplia. Seguidos todos os prazos, a previsão é que a consulta popular aconteça em novembro. A previsão é que a inscrição para as eleições presidenciais equatorianas, marcadas para 19 de fevereiro, comece em 18 de outubro. Caso aprovada, a emenda alterará a decisão de dezembro da Assembleia Nacional que concede a reeleição indefinida para a Presidência, mas apenas a partir de 2021, impedindo que Correa se candidate no ano que vem. O presidente disse que não quer se manter no cargo a partir de 2017. Porém, os rumores de que ele poderá concorrer continuam intensos no país, especialmente diante de uma possibilidade de vitória da oposição. REVERSÃO Esta é a segunda medida que foi alvo de protestos da oposição no ano passado que Rafael Correa conseguiu reverter desde o terremoto. Na quarta (20), ele instituiu o imposto para pessoas com patrimônio superior a US$ 1 milhão e cobrará um dia de trabalho dos funcionários que ganhem salários de mais de US$ 1.000 mensais. A arrecadação, afirma o governo, será destinada a um fundo de reconstrução das cidades destruídas pela tragédia, mas o imposto era um desejo antigo de Correa.
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mundo
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Justiça do Equador aprova projeto de referendo sobre reeleição de CorreaO Tribunal Constitucional do Equador deu aval a um referendo para permitir a reeleição indefinida à Presidência a partir de 2017. Isso permitiria que o atual mandatário, Rafael Correa, possa concorrer às eleições do ano que vem. A medida é divulgada em meio à comoção provocada pelo terremoto de magnitude 7,8 que atingiu a costa do país em 16 de abril. A tragédia deixou 655 mortos, 17,6 mil feridos e 29 mil desabrigados até o momento. A proposta, enviada à Justiça pelo grupo Rafael Contigo Sempre, aliado ao presidente, foi aprovada no dia 13 de abril e tornada pública na última sexta (22). No entanto, só foi divulgada pela imprensa local nesta segunda (25). A corte determinou que a proposta de reeleição tramite como emenda constitucional de iniciativa popular. Isso significa que os autores deverão conseguir assinaturas de 8% dos eleitores, ou 928 mil pessoas, para aprová-la. Antes, no entanto, caberá ao Tribunal Constitucional avaliar a constitucionalidade da pergunta proposta. Após o aval da corte, o Conselho Nacional Eleitoral deverá entregar os formulários para pedir as assinaturas. Os defensores da proposta têm até 180 dias para chegar ao número de signatários. Recebidas e confirmadas as firmas, o Conselho Nacional Eleitoral convocará o referendo nos 15 dias seguintes ao parecer. Em entrevista ao jornal equatoriano "El Telégrafo", Pamela Aguirre, dirigente do Rafael Contigo Sempre, considera que a disposição do Legislativo discrimina o direito dos cidadãos de eleger e serem eleitos. "Isso discrimina importantes figuras políticas do país, neste caso o presidente Rafael Correa. A sentença nos permitirá dar a possibilidade de emendar a Constituição através de um referendo, porque não inibe direitos, mas os amplia. Seguidos todos os prazos, a previsão é que a consulta popular aconteça em novembro. A previsão é que a inscrição para as eleições presidenciais equatorianas, marcadas para 19 de fevereiro, comece em 18 de outubro. Caso aprovada, a emenda alterará a decisão de dezembro da Assembleia Nacional que concede a reeleição indefinida para a Presidência, mas apenas a partir de 2021, impedindo que Correa se candidate no ano que vem. O presidente disse que não quer se manter no cargo a partir de 2017. Porém, os rumores de que ele poderá concorrer continuam intensos no país, especialmente diante de uma possibilidade de vitória da oposição. REVERSÃO Esta é a segunda medida que foi alvo de protestos da oposição no ano passado que Rafael Correa conseguiu reverter desde o terremoto. Na quarta (20), ele instituiu o imposto para pessoas com patrimônio superior a US$ 1 milhão e cobrará um dia de trabalho dos funcionários que ganhem salários de mais de US$ 1.000 mensais. A arrecadação, afirma o governo, será destinada a um fundo de reconstrução das cidades destruídas pela tragédia, mas o imposto era um desejo antigo de Correa.
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Pelo menos 5 empresas têm interesse em privatização da Celg, diz Eletrobras
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O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr, disse nesta quarta-feira (3) que pelo menos cinco empresas já demonstraram interesse na compra da distribuidora de eletricidade goiana Celg, que vai a leilão no próximo dia 19. Esse é o número de empresas que visitaram o banco de dados sobre a companhia, informou o executivo, dizendo que não acredita que o leilão termine sem concorrentes. "Estou bastante otimista (com o leilão). A Celg é um grande ativo e atrai tanto quem quer entrar no Brasil quanto companhias que querem consolidar sua posição", afirmou o executivo em entrevista antes de participar do debate Pensamentos Olímpicos sobre a Economia Brasileira, promovido pelo Bradesco. A venda da Celg é o primeiro passo do plano da Eletrobras para sair do setor de distribuição. Na semana passada, a companhia anunciou que vai se desfazer das outras seis empresas deste segmento até o final de 2016. Ferreira afirmou que essas vendas fazem parte de uma estratégia de focar os negócios da Eletrobras em geração e transmissão de energia, onde a empresa pode ganhar com a escala. Ele ressaltou que ainda não há definição de novos ativos à venda. A decisão só será tomada após a conclusão de plano plurianual de investimentos, ainda neste ano. Ferreira Jr lembrou que a empresa vai receber do governo R$ 15 bilhões em indenização dos ativos de transmissão com concessão renovada, valor que subirá após o cálculo dos ativos da Eletronorte. "A companhia tem perspectivas boas e o que vai definir venda de ativos é um balanço sobre os compromissos assumidos no passado e a capacidade de geração de caixa e acesso ao mercado no futuro", disse. Ferreira Jr informou que a empresa espera concluir até o início do quarto trimestre as investigações internas sobre o esquema de corrupção descoberto pela Operação Lava Jato, para tentar reverter a suspensão de suas ações na bolsa de Nova York. As ações foram suspensas em maio, por atraso na entrega de um formulário referente ao ano de 2014. "Temos um prazo para entregar o relatório e estamos trabalhando para concluir, para restabelecer as negociações", afirmou.
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mercado
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Pelo menos 5 empresas têm interesse em privatização da Celg, diz EletrobrasO presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr, disse nesta quarta-feira (3) que pelo menos cinco empresas já demonstraram interesse na compra da distribuidora de eletricidade goiana Celg, que vai a leilão no próximo dia 19. Esse é o número de empresas que visitaram o banco de dados sobre a companhia, informou o executivo, dizendo que não acredita que o leilão termine sem concorrentes. "Estou bastante otimista (com o leilão). A Celg é um grande ativo e atrai tanto quem quer entrar no Brasil quanto companhias que querem consolidar sua posição", afirmou o executivo em entrevista antes de participar do debate Pensamentos Olímpicos sobre a Economia Brasileira, promovido pelo Bradesco. A venda da Celg é o primeiro passo do plano da Eletrobras para sair do setor de distribuição. Na semana passada, a companhia anunciou que vai se desfazer das outras seis empresas deste segmento até o final de 2016. Ferreira afirmou que essas vendas fazem parte de uma estratégia de focar os negócios da Eletrobras em geração e transmissão de energia, onde a empresa pode ganhar com a escala. Ele ressaltou que ainda não há definição de novos ativos à venda. A decisão só será tomada após a conclusão de plano plurianual de investimentos, ainda neste ano. Ferreira Jr lembrou que a empresa vai receber do governo R$ 15 bilhões em indenização dos ativos de transmissão com concessão renovada, valor que subirá após o cálculo dos ativos da Eletronorte. "A companhia tem perspectivas boas e o que vai definir venda de ativos é um balanço sobre os compromissos assumidos no passado e a capacidade de geração de caixa e acesso ao mercado no futuro", disse. Ferreira Jr informou que a empresa espera concluir até o início do quarto trimestre as investigações internas sobre o esquema de corrupção descoberto pela Operação Lava Jato, para tentar reverter a suspensão de suas ações na bolsa de Nova York. As ações foram suspensas em maio, por atraso na entrega de um formulário referente ao ano de 2014. "Temos um prazo para entregar o relatório e estamos trabalhando para concluir, para restabelecer as negociações", afirmou.
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Estudantes fazem protesto contra Dilma em SP por dificuldades com Fies
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Cerca de cem estudantes protestarem nesta terça (17) na zona leste de São Paulo contra dificuldades para inscrição no Fies. Os alunos se queixam que não conseguem acessar o sistema do Ministério da Educação para se inscreverem ou renovarem o financiamento federal. A manifestação foi feita em frente à Universidade São Judas Tadeu. A estimativa de participantes foi dada pelos próprios estudantes. "A presidente ontem veio colocar a culpa nas universidades, mas temos certeza que é o governo que está dificultando para a gente desistir", disse a aluna de direito Carla Gomes da Silva, 23. "Fico horas no computador, até de madrugada, e o sistema só cai." Na segunda-feira (16), a presidente Dilma Rousseff disse que sua gestão errou ao deixar a distribuição de vagas no Fies com as faculdades privadas. Segundo ela, há dificuldades na inscrição agora porque o sistema está sendo alterado.
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educacao
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Estudantes fazem protesto contra Dilma em SP por dificuldades com FiesCerca de cem estudantes protestarem nesta terça (17) na zona leste de São Paulo contra dificuldades para inscrição no Fies. Os alunos se queixam que não conseguem acessar o sistema do Ministério da Educação para se inscreverem ou renovarem o financiamento federal. A manifestação foi feita em frente à Universidade São Judas Tadeu. A estimativa de participantes foi dada pelos próprios estudantes. "A presidente ontem veio colocar a culpa nas universidades, mas temos certeza que é o governo que está dificultando para a gente desistir", disse a aluna de direito Carla Gomes da Silva, 23. "Fico horas no computador, até de madrugada, e o sistema só cai." Na segunda-feira (16), a presidente Dilma Rousseff disse que sua gestão errou ao deixar a distribuição de vagas no Fies com as faculdades privadas. Segundo ela, há dificuldades na inscrição agora porque o sistema está sendo alterado.
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Agência Lupa: O primeiro ano do ajuste fiscal do Rio
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Decreto do governo do Estado do Rio previa medidas para conter crise econômica. A Agência Lupa checou as ações anunciadas. * "A Secretaria de Estado da Casa Civil e a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão realizarão estudo para a racionalização dos cem maiores contratos [do Estado do RJ]" Decreto estadual 45.682, de 8 de junho de 2016 NÃO CUMPRIU Dados do Portal da Transparência mostram que os cem maiores contratos em vigor do Rio hoje em dia somam R$ 73,5 bilhões. Desses, apenas sete sofreram redução entre o valor inicial e o valor em curso hoje. E o contrato que teve a maior queda —de apenas 6,15%— é referente às obras de abastecimento de água na cidade de São Gonçalo, região metropolitana. Os outros 93 contratos sofreram reajustes e aditivos que os encareceram. O maior contrato em vigor é o da Linha 4 do Metrô, com a Riotrilhos. Ele saiu de R$ 392 milhões em 2010 para R$ 8,8 bilhões neste ano. Os ex-diretores da Riotrilhos foram denunciados por lavagem de dinheiro e corrupção e estão presos. Uma das denúncias feitas pelo Ministério Público Federal contra o ex-governador Sérgio Cabral indica que ele solicitou e recebeu propina de uma das empreiteiras participantes da obra da linha 4 do metrô. A defesa de Cabral disse que ele só se manifestará nos autos. * "Os secretários têm de cortar 30% e cabe a eles decidir se vão demitir [cargos comissionados] ou não" FRANCISCO DORNELLES, então governador em exercício do Rio, ao jornal "O Globo" em 8 de junho de 2016 NÃO CUMPRIU Os Cadernos de Recursos Humanos do governo do Rio de Janeiro mostram que, em junho de 2016, quando o então governador em exercício, Francisco Dornelles, assinou o decreto, o Estado tinha 9.311 funcionários comissionados e em cargos de confiança. Em janeiro deste ano, o número havia caído 10,35% -bem longe dos 30% prometidos- para um total de 8.438, o número mais baixo do último ano. Mas, a partir do mês seguinte, os totais voltaram a subir. Em abril, dado mais recente disponível para consulta no portal da Secretaria de Fazenda do Rio, por exemplo, o Estado já tinha elevado para 8.663 o número de funcionários comissionados e em cargos de confiança * "Anúncio de leilão de dez imóveis estaduais para obter fundos para o Rioprevidência" Decreto estadual 45.683, de 8 de junho de 2016 NÃO CUMPRIU No artigo 1º, do decreto 45.683, também de 8 de junho, foi anunciada a venda de dez imóveis. No entanto, um ano depois, só dois estão prontos para ir a leilão "em breve", segundo o Rioprevidência. Quatro foram devolvidos ao Estado por não terem "viabilidade econômica". E outros quatro aguardam liberação do TCE (Tribunal de Contas do Estado) para poder entrar em processo de licitação. Pelas normas da administração pública, é preciso fazer primeiro uma licitação para depois liberar o procedimento de leilão. Vale ressaltar que o Rioprevidência, órgão responsável pelas pensões e aposentadorias dos servidores fluminenses, fechou 2016 com deficit de R$ 11,5 bilhões, segundo o TCE. O tribunal diz não ter informações sobre os imóveis que ainda não foram avaliados. * "Medidas de reorganização da administração pública direta e indireta, tendo em vista a necessidade de otimização dos gastos públicos e incremento de eficiência" Decreto estadual 45.681, de 8 de junho de 2016 CUMPRIU PARCIALMENTE Em junho de 2016, o Rio tinha 25 secretarias estaduais. O decreto do então governador em exercício, Francisco Dornelles, fez com que cinco delas fossem extintas. A de Defesa do Consumidor, por exemplo, migrou para a Secretaria de Governo. Mas, em novembro de 2016, quando Luiz Fernando Pezão retornou ao Palácio da Guanabara, decidiu fazer uma nova reforma administrativa —e esta foi parcialmente cumprida. Pelo novo texto, seriam extintas nove secretarias e criada uma: a de Infraestrutura para Obras, Transportes, Indústria e Agricultura. A Secretaria da Cultura, por exemplo, seria incorporada à de Ciência e Tecnologia. Mas tanto a pasta de Infraestrutura não saiu do papel quanto a da Cultura foi extinta. Se tivesse cumprido o decreto, Pezão teria 12 secretarias, mas tem 18. O governo disse que fez economia reduzindo o número de secretarias. * "Medidas de reorganização da administração pública direta e indireta, tendo em vista a necessidade de otimização dos gastos públicos e incremento de eficiência" Decreto estadual 45.681, de 8 de junho de 2016 CUMPRIU PARCIALMENTE Em junho de 2016, o Rio tinha 25 secretarias estaduais. O decreto do então governador em exercício, Francisco Dornelles, fez com que cinco delas fossem extintas. A de Defesa do Consumidor, por exemplo, migrou para a Secretaria de Governo. Mas, em novembro de 2016, quando Luiz Fernando Pezão retornou ao Palácio da Guanabara, decidiu fazer uma nova reforma administrativa —e esta foi parcialmente cumprida. Pelo novo texto, seriam extintas nove secretarias e criada uma: a de Infraestrutura para Obras, Transportes, Indústria e Agricultura. A Secretaria da Cultura, por exemplo, seria incorporada à de Ciência e Tecnologia. Mas tanto a pasta de Infraestrutura não saiu do papel quanto a da Cultura foi extinta. Se tivesse cumprido o decreto, Pezão teria 12 secretarias, mas tem 18. O governo disse que fez economia reduzindo o número de secretarias. * "[Vamos] Cortar até 35% das gratificações para cargos de confiança" Decreto estadual 45.111, de 5 de janeiro de 2015 CUMPRIU PARCIALMENTE Em 2015, antes do decreto e do agravamento da crise financeira, o governo do Rio de Janeiro prometeu, em nota, cortar até 35% das gratificações para cargos de confiança. A redução efetiva foi bem mais tímida do que o prometido. De acordo com o Portal da Transparência, entre 2015 e 2016, o governo do Rio de Janeiro reduziu em apenas 6% as "gratificações especiais". Em 2015, foram pagos R$ 916,3 milhões. Já no ano passado, R$ 851,2 milhões. Ainda vale ressaltar que alguns órgãos do governo fluminense foram na contramão dos cortes e aumentaram o montante gasto com gratificações. Nove órgãos do governo aumentaram seus gastos desse tipo. * OUTRO LADO Procurado, o governo disse que todas as suas iniciativas geraram uma economia de R$ 800 milhões, 34% das despesas discricionárias de 2015 para 2016.
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Agência Lupa: O primeiro ano do ajuste fiscal do RioDecreto do governo do Estado do Rio previa medidas para conter crise econômica. A Agência Lupa checou as ações anunciadas. * "A Secretaria de Estado da Casa Civil e a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão realizarão estudo para a racionalização dos cem maiores contratos [do Estado do RJ]" Decreto estadual 45.682, de 8 de junho de 2016 NÃO CUMPRIU Dados do Portal da Transparência mostram que os cem maiores contratos em vigor do Rio hoje em dia somam R$ 73,5 bilhões. Desses, apenas sete sofreram redução entre o valor inicial e o valor em curso hoje. E o contrato que teve a maior queda —de apenas 6,15%— é referente às obras de abastecimento de água na cidade de São Gonçalo, região metropolitana. Os outros 93 contratos sofreram reajustes e aditivos que os encareceram. O maior contrato em vigor é o da Linha 4 do Metrô, com a Riotrilhos. Ele saiu de R$ 392 milhões em 2010 para R$ 8,8 bilhões neste ano. Os ex-diretores da Riotrilhos foram denunciados por lavagem de dinheiro e corrupção e estão presos. Uma das denúncias feitas pelo Ministério Público Federal contra o ex-governador Sérgio Cabral indica que ele solicitou e recebeu propina de uma das empreiteiras participantes da obra da linha 4 do metrô. A defesa de Cabral disse que ele só se manifestará nos autos. * "Os secretários têm de cortar 30% e cabe a eles decidir se vão demitir [cargos comissionados] ou não" FRANCISCO DORNELLES, então governador em exercício do Rio, ao jornal "O Globo" em 8 de junho de 2016 NÃO CUMPRIU Os Cadernos de Recursos Humanos do governo do Rio de Janeiro mostram que, em junho de 2016, quando o então governador em exercício, Francisco Dornelles, assinou o decreto, o Estado tinha 9.311 funcionários comissionados e em cargos de confiança. Em janeiro deste ano, o número havia caído 10,35% -bem longe dos 30% prometidos- para um total de 8.438, o número mais baixo do último ano. Mas, a partir do mês seguinte, os totais voltaram a subir. Em abril, dado mais recente disponível para consulta no portal da Secretaria de Fazenda do Rio, por exemplo, o Estado já tinha elevado para 8.663 o número de funcionários comissionados e em cargos de confiança * "Anúncio de leilão de dez imóveis estaduais para obter fundos para o Rioprevidência" Decreto estadual 45.683, de 8 de junho de 2016 NÃO CUMPRIU No artigo 1º, do decreto 45.683, também de 8 de junho, foi anunciada a venda de dez imóveis. No entanto, um ano depois, só dois estão prontos para ir a leilão "em breve", segundo o Rioprevidência. Quatro foram devolvidos ao Estado por não terem "viabilidade econômica". E outros quatro aguardam liberação do TCE (Tribunal de Contas do Estado) para poder entrar em processo de licitação. Pelas normas da administração pública, é preciso fazer primeiro uma licitação para depois liberar o procedimento de leilão. Vale ressaltar que o Rioprevidência, órgão responsável pelas pensões e aposentadorias dos servidores fluminenses, fechou 2016 com deficit de R$ 11,5 bilhões, segundo o TCE. O tribunal diz não ter informações sobre os imóveis que ainda não foram avaliados. * "Medidas de reorganização da administração pública direta e indireta, tendo em vista a necessidade de otimização dos gastos públicos e incremento de eficiência" Decreto estadual 45.681, de 8 de junho de 2016 CUMPRIU PARCIALMENTE Em junho de 2016, o Rio tinha 25 secretarias estaduais. O decreto do então governador em exercício, Francisco Dornelles, fez com que cinco delas fossem extintas. A de Defesa do Consumidor, por exemplo, migrou para a Secretaria de Governo. Mas, em novembro de 2016, quando Luiz Fernando Pezão retornou ao Palácio da Guanabara, decidiu fazer uma nova reforma administrativa —e esta foi parcialmente cumprida. Pelo novo texto, seriam extintas nove secretarias e criada uma: a de Infraestrutura para Obras, Transportes, Indústria e Agricultura. A Secretaria da Cultura, por exemplo, seria incorporada à de Ciência e Tecnologia. Mas tanto a pasta de Infraestrutura não saiu do papel quanto a da Cultura foi extinta. Se tivesse cumprido o decreto, Pezão teria 12 secretarias, mas tem 18. O governo disse que fez economia reduzindo o número de secretarias. * "Medidas de reorganização da administração pública direta e indireta, tendo em vista a necessidade de otimização dos gastos públicos e incremento de eficiência" Decreto estadual 45.681, de 8 de junho de 2016 CUMPRIU PARCIALMENTE Em junho de 2016, o Rio tinha 25 secretarias estaduais. O decreto do então governador em exercício, Francisco Dornelles, fez com que cinco delas fossem extintas. A de Defesa do Consumidor, por exemplo, migrou para a Secretaria de Governo. Mas, em novembro de 2016, quando Luiz Fernando Pezão retornou ao Palácio da Guanabara, decidiu fazer uma nova reforma administrativa —e esta foi parcialmente cumprida. Pelo novo texto, seriam extintas nove secretarias e criada uma: a de Infraestrutura para Obras, Transportes, Indústria e Agricultura. A Secretaria da Cultura, por exemplo, seria incorporada à de Ciência e Tecnologia. Mas tanto a pasta de Infraestrutura não saiu do papel quanto a da Cultura foi extinta. Se tivesse cumprido o decreto, Pezão teria 12 secretarias, mas tem 18. O governo disse que fez economia reduzindo o número de secretarias. * "[Vamos] Cortar até 35% das gratificações para cargos de confiança" Decreto estadual 45.111, de 5 de janeiro de 2015 CUMPRIU PARCIALMENTE Em 2015, antes do decreto e do agravamento da crise financeira, o governo do Rio de Janeiro prometeu, em nota, cortar até 35% das gratificações para cargos de confiança. A redução efetiva foi bem mais tímida do que o prometido. De acordo com o Portal da Transparência, entre 2015 e 2016, o governo do Rio de Janeiro reduziu em apenas 6% as "gratificações especiais". Em 2015, foram pagos R$ 916,3 milhões. Já no ano passado, R$ 851,2 milhões. Ainda vale ressaltar que alguns órgãos do governo fluminense foram na contramão dos cortes e aumentaram o montante gasto com gratificações. Nove órgãos do governo aumentaram seus gastos desse tipo. * OUTRO LADO Procurado, o governo disse que todas as suas iniciativas geraram uma economia de R$ 800 milhões, 34% das despesas discricionárias de 2015 para 2016.
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Fui contaminada no campus da USP Leste e exijo tratamento, diz aluna
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Desde 2009, Rosangela Fátima Toni, 57, aluna de Gestão Ambiental da EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), a USP Leste, diz sofrer com inúmeros problemas de saúde decorrentes de substâncias presentes no solo da universidade. Agora, ela pede na Justiça, por meio da Defensoria Pública do Estado, o direito a tratamento médico com especialista custeado pela USP, indenização por danos morais e transferência de curso. De fato, a presença de contaminantes no solo da EACH já determinou que a faculdade fosse fechada em 2014. Segundo o Ministério Público do Estado, havia risco de explosão do edifício pela alta concentração de gás metano no solo. Rosangela diz ter perdido o cabelo e as sobrancelhas por contaminação na universidade. Também alega ter sofrido com alergias e crises respiratórias. "Do nada, passei a ter manchas amarronzadas que depois viravam feridas e não cicatrizavam", diz. Além da contaminação, ela relata ter passado por situações constrangedoras. "Cheguei a usar uma prótese de sobrancelha que caía porque a cola não fixava", afirma. "Hoje, meus filhos pegaram uma pigmentação, mas eu não tenho sobrancelha". Rosangela também sofreu para conseguir um diagnóstico –no Hospital das Clínicas, segundo ela, chegou a ter o diagnóstico de pele seca. Sem saber o que fazer, a aluna, então, começou a procurar, sozinha, pela causa de seus sintomas. "Durante a greve de 2013, tive informações sobre os contaminantes da EACH", diz. "Em um dos documentos, vi que o ascarel era um deles", conta. Segundo inquérito do Ministério Público, além do gás metano, o campus universitário da USP Leste foi também contaminado com ascarel, um tipo de isolante térmico usado pela indústria que tem sua instalação proibida desde 1981 no Brasil. "Foi como se tivesse caído uma bigorna na minha cabeça porque tudo o que ele causa era o que eu estava sentindo", afirmou Rosangela. Foi aí que ela procurou Paulo Saldiva, professor da USP e patologista especialista em contaminação e poluição, e, por meio dele, conseguiu o diagnóstico. "Ele me recebeu muito bem e me indicou quem poderia me ajudar", diz. "Foi aí que eu tive o diagnóstico de sensibilidade ao ascarel." TRATAMENTO A especialista indicada por Saldiva, no entanto, deu o contato de uma médica particular e Rosangela diz não ter condições de pagar. A aluna afirma também que a EACH não prestou nenhuma assistência na sua busca por explicações. "Além de não custearem o tratamento, não me ligaram para perguntar se estava tudo bem depois de eu tê-los procurado", diz. Procurada, a EACH informa que ofereceu terapia para a aluna no Hospital Universitário da USP, mas que até a presente data, Rosangela não tinha comparecido para o tratamento. A aluna diz, no entanto, que o Hospital Universitário não é adequado para o tratamento da contaminação. "O Hospital Universitário eu sei que está disponível, como está para todo o aluno da USP, mas nem o Hospital das Clínicas resolveu o meu problema." Apesar da contaminação, Rosangela continua a frequentar o campus da EACH com medo de perder a vaga na USP. "Não é fácil passar no vestibular, então, eu tomo antialérgico para conseguir ir", diz. Segundo Rafael Lessa, defensor público responsável pela ação, a liminar de transferência de curso de Rosangela foi indeferida por juiz, mas a defensoria já entrou com recurso.
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educacao
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Fui contaminada no campus da USP Leste e exijo tratamento, diz alunaDesde 2009, Rosangela Fátima Toni, 57, aluna de Gestão Ambiental da EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), a USP Leste, diz sofrer com inúmeros problemas de saúde decorrentes de substâncias presentes no solo da universidade. Agora, ela pede na Justiça, por meio da Defensoria Pública do Estado, o direito a tratamento médico com especialista custeado pela USP, indenização por danos morais e transferência de curso. De fato, a presença de contaminantes no solo da EACH já determinou que a faculdade fosse fechada em 2014. Segundo o Ministério Público do Estado, havia risco de explosão do edifício pela alta concentração de gás metano no solo. Rosangela diz ter perdido o cabelo e as sobrancelhas por contaminação na universidade. Também alega ter sofrido com alergias e crises respiratórias. "Do nada, passei a ter manchas amarronzadas que depois viravam feridas e não cicatrizavam", diz. Além da contaminação, ela relata ter passado por situações constrangedoras. "Cheguei a usar uma prótese de sobrancelha que caía porque a cola não fixava", afirma. "Hoje, meus filhos pegaram uma pigmentação, mas eu não tenho sobrancelha". Rosangela também sofreu para conseguir um diagnóstico –no Hospital das Clínicas, segundo ela, chegou a ter o diagnóstico de pele seca. Sem saber o que fazer, a aluna, então, começou a procurar, sozinha, pela causa de seus sintomas. "Durante a greve de 2013, tive informações sobre os contaminantes da EACH", diz. "Em um dos documentos, vi que o ascarel era um deles", conta. Segundo inquérito do Ministério Público, além do gás metano, o campus universitário da USP Leste foi também contaminado com ascarel, um tipo de isolante térmico usado pela indústria que tem sua instalação proibida desde 1981 no Brasil. "Foi como se tivesse caído uma bigorna na minha cabeça porque tudo o que ele causa era o que eu estava sentindo", afirmou Rosangela. Foi aí que ela procurou Paulo Saldiva, professor da USP e patologista especialista em contaminação e poluição, e, por meio dele, conseguiu o diagnóstico. "Ele me recebeu muito bem e me indicou quem poderia me ajudar", diz. "Foi aí que eu tive o diagnóstico de sensibilidade ao ascarel." TRATAMENTO A especialista indicada por Saldiva, no entanto, deu o contato de uma médica particular e Rosangela diz não ter condições de pagar. A aluna afirma também que a EACH não prestou nenhuma assistência na sua busca por explicações. "Além de não custearem o tratamento, não me ligaram para perguntar se estava tudo bem depois de eu tê-los procurado", diz. Procurada, a EACH informa que ofereceu terapia para a aluna no Hospital Universitário da USP, mas que até a presente data, Rosangela não tinha comparecido para o tratamento. A aluna diz, no entanto, que o Hospital Universitário não é adequado para o tratamento da contaminação. "O Hospital Universitário eu sei que está disponível, como está para todo o aluno da USP, mas nem o Hospital das Clínicas resolveu o meu problema." Apesar da contaminação, Rosangela continua a frequentar o campus da EACH com medo de perder a vaga na USP. "Não é fácil passar no vestibular, então, eu tomo antialérgico para conseguir ir", diz. Segundo Rafael Lessa, defensor público responsável pela ação, a liminar de transferência de curso de Rosangela foi indeferida por juiz, mas a defensoria já entrou com recurso.
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Homem nu e 'alterado' rouba carro de polícia nos EUA
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Um homem completamente nu foi preso depois de roubar um carro de polícia durante as comemorações do Dia da Independência, nos Estados Unidos. Um policial foi atender à denúncia de que um homem vagava perto de uma rodovia movimentada no Estado do Novo México durante as comemorações de quatro de julho. Ao chegar ao local, no condado de Curry, o policial encontrou o homem nu e aparentemente bastante alterado. Mas, de repente, o homem identificado como Jesus Tarango, entra no carro do policial e arranca. Ele foi preso pouco mais tarde num estacionamento, quando tentava correr para dentro de um hospital. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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bbc
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Homem nu e 'alterado' rouba carro de polícia nos EUAUm homem completamente nu foi preso depois de roubar um carro de polícia durante as comemorações do Dia da Independência, nos Estados Unidos. Um policial foi atender à denúncia de que um homem vagava perto de uma rodovia movimentada no Estado do Novo México durante as comemorações de quatro de julho. Ao chegar ao local, no condado de Curry, o policial encontrou o homem nu e aparentemente bastante alterado. Mas, de repente, o homem identificado como Jesus Tarango, entra no carro do policial e arranca. Ele foi preso pouco mais tarde num estacionamento, quando tentava correr para dentro de um hospital. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Erramos: Após 70 anos, 'soldados da borracha' são indenizados
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Diferentemente do informado na reportagem "Após 70 anos, 'soldados da borracha' são indenizados", publicada na versão impressa e no site da Folha (Cotidiano - 10/03/2015 - 02h00), a Previdência Social informa que realizou o pagamento a todos os ex-seringueiros de uma só vez, no último dia 2 de março. O texto foi corrigido.
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cotidiano
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Erramos: Após 70 anos, 'soldados da borracha' são indenizadosDiferentemente do informado na reportagem "Após 70 anos, 'soldados da borracha' são indenizados", publicada na versão impressa e no site da Folha (Cotidiano - 10/03/2015 - 02h00), a Previdência Social informa que realizou o pagamento a todos os ex-seringueiros de uma só vez, no último dia 2 de março. O texto foi corrigido.
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Toyota lança versões flex da picape Hilux e do utilitário de luxo SW4
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DE SÃO PAULO A Toyota completa a renovação de seus utilitários grandes com o lançamento das versões flex da picape Hilux e do utilitário de luxo SW4. Os modelos chegam às lojas com preços a partir de R$ 111,7 mil (Hilux SR cabine dupla) e R$ 159,6 mil (SW4 SR). Os principais itens de série são câmbio automático de seis velocidades, ar-condicionado e sistema multimídia com GPS e TV digital. Apesar de terem obtido bons resultados em testes de colisão, esses caros ficam devendo em itens de segurança. As versões mais em conta não trazem airbags laterais nem controle de estabilidade. O motor 2.7 flex (163 cv) é o mesmo usado na geração anterior do carro, e a Toyota afirma que foram feitas melhorias para reduzir o consumo.
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sobretudo
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Toyota lança versões flex da picape Hilux e do utilitário de luxo SW4
DE SÃO PAULO A Toyota completa a renovação de seus utilitários grandes com o lançamento das versões flex da picape Hilux e do utilitário de luxo SW4. Os modelos chegam às lojas com preços a partir de R$ 111,7 mil (Hilux SR cabine dupla) e R$ 159,6 mil (SW4 SR). Os principais itens de série são câmbio automático de seis velocidades, ar-condicionado e sistema multimídia com GPS e TV digital. Apesar de terem obtido bons resultados em testes de colisão, esses caros ficam devendo em itens de segurança. As versões mais em conta não trazem airbags laterais nem controle de estabilidade. O motor 2.7 flex (163 cv) é o mesmo usado na geração anterior do carro, e a Toyota afirma que foram feitas melhorias para reduzir o consumo.
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Mostra de Harun Farocki revela a política por trás dos videogames
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Quando começou a fazer seus mais de cem filmes, o artista alemão Harun Farocki lutava contra uma sensação de inutilidade. Ele dizia que todas as imagens do mundo já haviam sido filmadas. Não cabia registrar mais nada, e por isso suas obras seriam compilações de tudo o que existe. Farocki, morto aos 70, há dois anos, e agora alvo de uma retrospectiva no Paço das Artes, usou como base de seus primeiros trabalhos imagens do noticiário de televisão, em especial conflitos e revoluções, da queda da ditadura na Romênia à Guerra do Golfo. Mais tarde, o artista que se tornou um dos pilares da videoarte no cenário mundial desviou o foco de seu trabalho para o que entendeu como nova forma de construção da realidade —os videogames. Na mostra do Paço, estão suas investigações minuciosas das estratégias por trás da construção dos mundos paralelos dos jogos para crianças até as narrativas mais sangrentas de ação. São trabalhos marcados pela reflexão sobre como algoritmos e códigos a princípio inocentes conseguem arquitetar tramas de violência brutal. "Ele vai focando nos games para resgatar a história da arte", diz Jane de Almeida, que organiza a mostra. "A pergunta que ele faz é: se a imagem do computador chega tão perto da realidade, ela não acabaria libertando o cinema para outras funções, da mesma forma que a fotografia libertou a pintura de seu realismo?". De fato, Farocki, descrito como um artesão da imagem, reconhece que a animação se tornou mais poderosa do que a reprodução fotográfica. Nessas obras, aliás, ele está mesmo preocupado com cada pixel na tela, truques de luz e sombra e como os movimentos dos games se tornaram coreografias hiper-realistas controladas pelo jogador em tempo real, quase extensões do corpo de verdade. Mas sua análise de paletas de cor, efeitos luminosos e afins às vezes resvala para um segundo plano diante de imagens de cabeças explodindo e sangue virtual tingindo casas e ruas de vermelho vivo. Nesse sentido, sua obra assume uma dimensão política à flor da pele, em sintonia com a obra de cineastas como Jean-Luc Godard, um mestre em criar planos de beleza avassaladora mesmo que calcados no mal-estar da vida burguesa e sua violência intrínseca. Em Farocki, a política parece estar na forma como ele joga luz sobre todas as possíveis rotas de perversão ao longo da construção de uma imagem. Num de seus trabalhos mais célebres, também no Paço, o artista aparece diante de uma ilha de edição enquanto comenta seu próprio trabalho. "Ele vai mostrando como se faz uma ficção, o que é uma metáfora", diz Almeida. "Tem a ver com a fragilidade da tecnologia e com como a imagem se relaciona com sua decodificação." HARUN FAROCKI QUANDO de qua. a sex., 10h às 19h; sáb. e dom., 11h às 18h; até 27/3 ONDE Paço das Artes, av. da Universidade, 1, tel. (11) 3814-3842 QUANTO grátis
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ilustrada
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Mostra de Harun Farocki revela a política por trás dos videogamesQuando começou a fazer seus mais de cem filmes, o artista alemão Harun Farocki lutava contra uma sensação de inutilidade. Ele dizia que todas as imagens do mundo já haviam sido filmadas. Não cabia registrar mais nada, e por isso suas obras seriam compilações de tudo o que existe. Farocki, morto aos 70, há dois anos, e agora alvo de uma retrospectiva no Paço das Artes, usou como base de seus primeiros trabalhos imagens do noticiário de televisão, em especial conflitos e revoluções, da queda da ditadura na Romênia à Guerra do Golfo. Mais tarde, o artista que se tornou um dos pilares da videoarte no cenário mundial desviou o foco de seu trabalho para o que entendeu como nova forma de construção da realidade —os videogames. Na mostra do Paço, estão suas investigações minuciosas das estratégias por trás da construção dos mundos paralelos dos jogos para crianças até as narrativas mais sangrentas de ação. São trabalhos marcados pela reflexão sobre como algoritmos e códigos a princípio inocentes conseguem arquitetar tramas de violência brutal. "Ele vai focando nos games para resgatar a história da arte", diz Jane de Almeida, que organiza a mostra. "A pergunta que ele faz é: se a imagem do computador chega tão perto da realidade, ela não acabaria libertando o cinema para outras funções, da mesma forma que a fotografia libertou a pintura de seu realismo?". De fato, Farocki, descrito como um artesão da imagem, reconhece que a animação se tornou mais poderosa do que a reprodução fotográfica. Nessas obras, aliás, ele está mesmo preocupado com cada pixel na tela, truques de luz e sombra e como os movimentos dos games se tornaram coreografias hiper-realistas controladas pelo jogador em tempo real, quase extensões do corpo de verdade. Mas sua análise de paletas de cor, efeitos luminosos e afins às vezes resvala para um segundo plano diante de imagens de cabeças explodindo e sangue virtual tingindo casas e ruas de vermelho vivo. Nesse sentido, sua obra assume uma dimensão política à flor da pele, em sintonia com a obra de cineastas como Jean-Luc Godard, um mestre em criar planos de beleza avassaladora mesmo que calcados no mal-estar da vida burguesa e sua violência intrínseca. Em Farocki, a política parece estar na forma como ele joga luz sobre todas as possíveis rotas de perversão ao longo da construção de uma imagem. Num de seus trabalhos mais célebres, também no Paço, o artista aparece diante de uma ilha de edição enquanto comenta seu próprio trabalho. "Ele vai mostrando como se faz uma ficção, o que é uma metáfora", diz Almeida. "Tem a ver com a fragilidade da tecnologia e com como a imagem se relaciona com sua decodificação." HARUN FAROCKI QUANDO de qua. a sex., 10h às 19h; sáb. e dom., 11h às 18h; até 27/3 ONDE Paço das Artes, av. da Universidade, 1, tel. (11) 3814-3842 QUANTO grátis
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Superaremos nossa condição urbana?
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Um dos maiores obstáculos à evolução do tecido urbano de São Paulo é a falta de um marco legal que permita consolidar terrenos para o desenvolvimento concertado de determinada área. Historicamente, tem prevalecido a lógica fragmentária de exploração por terreno, em detrimento de um ordenamento de áreas mais estendidas, em que ganhos de escala pudessem propiciar um equilíbrio maior entre usos urbanos e espaços públicos mais amplos, uma oferta mais balanceada de locais de moradia e de emprego, comércio e serviços. A França enfrentou o problema com a criação de sociedades de economia mista, fundamentais para o equacionamento de problemas fundiários das chamadas ZACs. Alemanha, Coréia do Sul e Holanda recorreram a mecanismos de "land pooling". Nos EUA e no Reino Unido, intervenções urbanas foram viabilizadas por mecanismos como os Section 106 Agreements, que regularam a contrapartida privada para a presença de incorporadores em More London, ou as PPPs que deram moldura a projetos como o Hudson Yards e o Highline em Nova York. Traço comum desses diferentes mecanismos é a definição clara pelo poder público dos objetivos do projeto de renovação urbana, os mecanismos de concertação de interesses públicos e privados, as regras de desapropriação e os seus prazos, a repartição dos custos das infraestrutura e as responsabilidades sobre a gestão do território. São Paulo finalmente avança na boa direção com a regulamentação dos Projetos de Intervenção Urbana (PIU) e a edição da medida provisória 700/2015. Essas medidas aprimoram a legislação existente: passam a permitir a desapropriação e comercialização de áreas que integrem um projeto de requalificação urbana proposto por iniciativa governamental ou privada, debatido pela população e estabelecida pelo poder público. Nossa condição urbana é marcada pela ausência de três legados. Não recebemos o legado de uma paisagem natural marcante. Esse é um primeiro traço da nossa existência, quando nos comparamos com o Rio ou Vancouver, cidades dotadas de uma natureza excepcionalmente bela. De forma não-afirmativa, a ausência de exuberância natural nos define como cidade. Tampouco recebemos o legado de um grande patrimônio histórico, equiparável ao de cidades como Roma ou Pequim, ou de cidades mais recentes como Nova York e Londres. Nossa história e patrimônio urbanos são muito recentes. Em 1870, éramos um vilarejo de 30 mil habitantes, enquanto Nova York e Paris já possuíam mais de 1,5 e Londres incríveis 4 milhões de habitantes. Claro portanto que, com um povoamento muito mais recente, nosso patrimônio histórico seja mais reduzido. A terceira herança ausente é a inexistência de um plano anterior que tivesse apontado com clareza uma visão espacial para a cidade. O tema é controverso, mas parece justo afirmar que cidades como Nova York, Paris ou Chicago herdaram do passado planos que continham visões que foram mais permanentes. O grid nova-iorquino é de 1811. O plano de Hausmann para Paris é de 1850 e o de Chicago de Burnham é de 1909. A visão desses planos ensejou um ordenamento que lançou e continua a lançar essas cidades para o futuro com condições de possibilidade melhores do que o Plano de Avenidas (1930) ensejou para São Paulo. Não herdamos uma bela natureza, um grande patrimônio, nem um planejamento virtuoso; resta-nos a tarefa de construir nosso futuro, com a melhor visão de convergência do interesse de todos, a partir de um marco de regras inovador, que nos permita abandonar os anacronismos de toda sorte, desde os que levam em conta apenas interesses particularistas, até aqueles que temem sem razão uma suposta privatização da cidade. Os avanços regulatórios registrados abrem um caminho de esperança para São Paulo e merecem ser amplamente conhecidos e debatidos. PHILIP YANG, 53, mestre em administração pública pela Universidade Harvard, é fundador do Urbem, Instituto de Urbanismo e Estudos para a Metrópole. * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo
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opiniao
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Superaremos nossa condição urbana?Um dos maiores obstáculos à evolução do tecido urbano de São Paulo é a falta de um marco legal que permita consolidar terrenos para o desenvolvimento concertado de determinada área. Historicamente, tem prevalecido a lógica fragmentária de exploração por terreno, em detrimento de um ordenamento de áreas mais estendidas, em que ganhos de escala pudessem propiciar um equilíbrio maior entre usos urbanos e espaços públicos mais amplos, uma oferta mais balanceada de locais de moradia e de emprego, comércio e serviços. A França enfrentou o problema com a criação de sociedades de economia mista, fundamentais para o equacionamento de problemas fundiários das chamadas ZACs. Alemanha, Coréia do Sul e Holanda recorreram a mecanismos de "land pooling". Nos EUA e no Reino Unido, intervenções urbanas foram viabilizadas por mecanismos como os Section 106 Agreements, que regularam a contrapartida privada para a presença de incorporadores em More London, ou as PPPs que deram moldura a projetos como o Hudson Yards e o Highline em Nova York. Traço comum desses diferentes mecanismos é a definição clara pelo poder público dos objetivos do projeto de renovação urbana, os mecanismos de concertação de interesses públicos e privados, as regras de desapropriação e os seus prazos, a repartição dos custos das infraestrutura e as responsabilidades sobre a gestão do território. São Paulo finalmente avança na boa direção com a regulamentação dos Projetos de Intervenção Urbana (PIU) e a edição da medida provisória 700/2015. Essas medidas aprimoram a legislação existente: passam a permitir a desapropriação e comercialização de áreas que integrem um projeto de requalificação urbana proposto por iniciativa governamental ou privada, debatido pela população e estabelecida pelo poder público. Nossa condição urbana é marcada pela ausência de três legados. Não recebemos o legado de uma paisagem natural marcante. Esse é um primeiro traço da nossa existência, quando nos comparamos com o Rio ou Vancouver, cidades dotadas de uma natureza excepcionalmente bela. De forma não-afirmativa, a ausência de exuberância natural nos define como cidade. Tampouco recebemos o legado de um grande patrimônio histórico, equiparável ao de cidades como Roma ou Pequim, ou de cidades mais recentes como Nova York e Londres. Nossa história e patrimônio urbanos são muito recentes. Em 1870, éramos um vilarejo de 30 mil habitantes, enquanto Nova York e Paris já possuíam mais de 1,5 e Londres incríveis 4 milhões de habitantes. Claro portanto que, com um povoamento muito mais recente, nosso patrimônio histórico seja mais reduzido. A terceira herança ausente é a inexistência de um plano anterior que tivesse apontado com clareza uma visão espacial para a cidade. O tema é controverso, mas parece justo afirmar que cidades como Nova York, Paris ou Chicago herdaram do passado planos que continham visões que foram mais permanentes. O grid nova-iorquino é de 1811. O plano de Hausmann para Paris é de 1850 e o de Chicago de Burnham é de 1909. A visão desses planos ensejou um ordenamento que lançou e continua a lançar essas cidades para o futuro com condições de possibilidade melhores do que o Plano de Avenidas (1930) ensejou para São Paulo. Não herdamos uma bela natureza, um grande patrimônio, nem um planejamento virtuoso; resta-nos a tarefa de construir nosso futuro, com a melhor visão de convergência do interesse de todos, a partir de um marco de regras inovador, que nos permita abandonar os anacronismos de toda sorte, desde os que levam em conta apenas interesses particularistas, até aqueles que temem sem razão uma suposta privatização da cidade. Os avanços regulatórios registrados abrem um caminho de esperança para São Paulo e merecem ser amplamente conhecidos e debatidos. PHILIP YANG, 53, mestre em administração pública pela Universidade Harvard, é fundador do Urbem, Instituto de Urbanismo e Estudos para a Metrópole. * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo
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Encontro no centro de SP celebra a cachaça com bate-papo e degustações
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Para celebrar o Dia Nacional da Cachaça, comemorado no próximo domingo (13), a Rota do Acarajé, no centro de São Paulo, recebe no sábado uma festa inspirada na bebida. Das 14h às 18h, um salão do restaurante será ocupado por quatro rodadas de conversas sobre a cachaça e degustações. Os temas dos bate-papos vão abranger a escolha de uma cachaça pelo rótulo, a história da bebida e dicas para diferenciar um produto de qualidade. Para participar de cada palestra é preciso pagar uma taxa de R$ 20, que dá direito a degustações, água e petiscos. Na carta de cachaças disponíveis nos bate-papos há rótulos artesanais de vários Estados, alguns não encontrados tão facilmente, como o pernambucano Triumpho e o mato-grossense Serra Pantaneira. O cardápio do restaurante, incluindo um acarajé especial, com camarão flambado na cachaça, também estará à disposição dos frequentadores –os pratos serão cobrados à parte. A festa do Dia da Cachaça é organizada pelos sommeliers de cachaça Bruno Videira, João Almeida e Guiba Monteiro. Clique aqui para comprar os ingressos.
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comida
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Encontro no centro de SP celebra a cachaça com bate-papo e degustaçõesPara celebrar o Dia Nacional da Cachaça, comemorado no próximo domingo (13), a Rota do Acarajé, no centro de São Paulo, recebe no sábado uma festa inspirada na bebida. Das 14h às 18h, um salão do restaurante será ocupado por quatro rodadas de conversas sobre a cachaça e degustações. Os temas dos bate-papos vão abranger a escolha de uma cachaça pelo rótulo, a história da bebida e dicas para diferenciar um produto de qualidade. Para participar de cada palestra é preciso pagar uma taxa de R$ 20, que dá direito a degustações, água e petiscos. Na carta de cachaças disponíveis nos bate-papos há rótulos artesanais de vários Estados, alguns não encontrados tão facilmente, como o pernambucano Triumpho e o mato-grossense Serra Pantaneira. O cardápio do restaurante, incluindo um acarajé especial, com camarão flambado na cachaça, também estará à disposição dos frequentadores –os pratos serão cobrados à parte. A festa do Dia da Cachaça é organizada pelos sommeliers de cachaça Bruno Videira, João Almeida e Guiba Monteiro. Clique aqui para comprar os ingressos.
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Palmeiras enfrenta Inter na Copa do Brasil; veja confrontos das oitavas
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O sorteio realizado nesta quinta-feira (20) colocou o Palmeiras diante do Internacional nas oitavas de final da Copa do Brasil. O primeiro duelo acontecerá em São Paulo e a volta será no Rio Grande do Sul –a ordem dos mandos foi decidida em um sorteio posterior. Durante entrevista coletiva, o goleiro Fernando Prass ressaltou o confronto do Palmeiras contra o Internacional. "Mesmo estando na segunda divisão eliminou o Corinthians. E eu gosto muito de jogar (a Copa do Brasil), porque é uma decisão todo dia. Dizem que os pontos corridos também é, mas não tem adrenalina e uma emoção de uma Copa do Brasil. Não tem nada melhor do que jogar contra time grande", afirmou o goleiro. Os jogos de ida e volta das oitavas de final da Copa do Brasil serão disputados em seis datas, separadas entre 26 de abril e 31 de maio. A CBF deverá soltar a tabela com as datas ainda nesta quinta-feira. As oitavas de final contam com a inclusão dos oito times da Libertadores (Atlético-MG, Atlético-PR, Botafogo, Chapecoense, Flamengo, Grêmio, Palmeiras e Santos), o campeão da Copa do Nordeste (Santa Cruz), da Copa Verde (Paysandu) e da Série B do Campeonato Brasileiro (Atlético-GO). Todos eles ficaram no pote A do sorteio, não podendo se enfrentar nesta fase. Os jogos de ida das oitavas estão previstos para serem disputados nos dias 26 de abril e 3, 10 e 17 de maio. Já as partidas de volta estão previstas paras os dias 10, 17 e 24 e 31 de maio. As datas e horários dos confrontos ainda precisam ser confirmados pela CBF. Datas Os jogos de ida e volta serão realizados entre os dias 26 de abril e 31 de maio Cruzamento Sorteio após a realização das oitavas definirá os confrontos das quartas de final em diante
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esporte
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Palmeiras enfrenta Inter na Copa do Brasil; veja confrontos das oitavasO sorteio realizado nesta quinta-feira (20) colocou o Palmeiras diante do Internacional nas oitavas de final da Copa do Brasil. O primeiro duelo acontecerá em São Paulo e a volta será no Rio Grande do Sul –a ordem dos mandos foi decidida em um sorteio posterior. Durante entrevista coletiva, o goleiro Fernando Prass ressaltou o confronto do Palmeiras contra o Internacional. "Mesmo estando na segunda divisão eliminou o Corinthians. E eu gosto muito de jogar (a Copa do Brasil), porque é uma decisão todo dia. Dizem que os pontos corridos também é, mas não tem adrenalina e uma emoção de uma Copa do Brasil. Não tem nada melhor do que jogar contra time grande", afirmou o goleiro. Os jogos de ida e volta das oitavas de final da Copa do Brasil serão disputados em seis datas, separadas entre 26 de abril e 31 de maio. A CBF deverá soltar a tabela com as datas ainda nesta quinta-feira. As oitavas de final contam com a inclusão dos oito times da Libertadores (Atlético-MG, Atlético-PR, Botafogo, Chapecoense, Flamengo, Grêmio, Palmeiras e Santos), o campeão da Copa do Nordeste (Santa Cruz), da Copa Verde (Paysandu) e da Série B do Campeonato Brasileiro (Atlético-GO). Todos eles ficaram no pote A do sorteio, não podendo se enfrentar nesta fase. Os jogos de ida das oitavas estão previstos para serem disputados nos dias 26 de abril e 3, 10 e 17 de maio. Já as partidas de volta estão previstas paras os dias 10, 17 e 24 e 31 de maio. As datas e horários dos confrontos ainda precisam ser confirmados pela CBF. Datas Os jogos de ida e volta serão realizados entre os dias 26 de abril e 31 de maio Cruzamento Sorteio após a realização das oitavas definirá os confrontos das quartas de final em diante
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Hackers exigem bitcoins em resgates
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Nos velhos tempos, os pagamentos de resgates eram feitos com maletas cheias de notas não marcadas. Hoje, o bitcoin é a moeda preferida dos criminosos. Em todo mundo, hackers vêm se apoderando de arquivos de computadores, derrubando sites da web e até fazendo ameaças físicas. As vítimas -que variam de internautas comuns até empresas financeiras e departamentos de polícia- escutam que a única maneira de se livrar das ameaças é um pagamento em bitcoins que às vezes supera US$ 20 mil. Um grupo de hackers, que se acredita estar na Rússia e na Ucrânia, coletou cerca de US$ 16,5 milhões em bitcoins em pouco mais de um mês, basicamente de vítimas nos EUA, segundo a empresa de segurança Sophos. Os criminosos gostam da moeda virtual porque ela pode ser guardada em uma carteira digital que não precisa ser registrada junto a qualquer governo ou autoridade financeira -e porque pode ser facilmente trocada por dinheiro real. Uma única bitcoin pode ser vendida on-line ou na rua por cerca de US$ 290. A bitcoin, lançada por um criador anônimo em 2009, vem conquistando a corrente dominante. A Goldman Sachs e a Bolsa de Nova York já elogiaram a tecnologia como uma maneira rápida e eficiente de concluir transações financeiras. Porém, a proliferação de pedidos de resgate é um lembrete infeliz do constante apelo da moeda virtual para o submundo do crime, muito depois que as autoridades fecharam o bazar de drogas on-line Silk Road, onde heroína e cocaína eram vendidas em bitcoins. A última lembrança da fragilidade da bitcoin veio em julho, com a prisão de dois homens na Flórida. As autoridades disseram que eles infestavam computadores com malwares (softwares maliciosos que invadem computadores) e exigiam pagamentos em bitcoins. Recentemente, várias empresas financeiras foram atacadas por um criminoso (ou um grupo) que atende pelo nome de DD4BC. O DD4BC ameaçou sobrecarregar os sites das empresas com mensagens a menos que elas fizessem um pagamento em bitcoins. As vítimas corporativas geralmente são obrigadas a pagar US$ 10 mil, segundo especialistas. "Não me ignore, ou o preço aumentará", disse DD4BC em um e-mail que foi divulgado. "Quando você me pagar, ficará livre por toda a vida do seu site." Ted Weisberg, presidente da corretora Seaport Securities, disse que sua empresa não pagou o resgate e repeliu o bombardeio de tráfego com a ajuda de um de seus assessores técnicos. A bitcoin é movimentada por uma rede descentralizada de computadores que não coletam informações pessoais dos usuários. Além disso, as transações são desenhadas para ser irreversíveis, de modo que as vítimas não podem reclamar seu dinheiro como fariam com uma transação por cartão de crédito ou PayPal. No final de 2013, a primeira versão da chantagem digital baseada em bitcoin, chamada CryptoLocker, começou a se espalhar pelo mundo. O software criptografava todos os arquivos do computador e oferecia uma senha para destravar os arquivos em troca de um pagamento em bitcoins. Quando uma aliança de autoridades internacionais derrubou o CryptoLocker em meados de 2014 e identificou o cérebro do golpe como um russo de 30 anos, Evgeniy Bogachev, o software havia se espalhado para 234 mil computadores. Desde então, variedades muito mais virulentas surgiram, a maioria sob o nome de CryptoWall. No final de 2014, a Dell SecureWorks disse que o CryptoWall tinha infectado mais de 800 mil computadores. Novas versões do malware, com nomes como TorrentLocker e Dirty Decrypt, surgiram frequentemente desde então. Um departamento de polícia de Durham, em New Hampshire, que foi atingido pelo CryptoWall em junho de 2014, recusou-se a pagar o resgate e conseguiu recuperar seus arquivos de backup. Porém, recentemente, departamentos de polícia em Dickson, no Tennessee, e Tewksbury, Massachusetts, disseram que preferiram pagar o resgate de cerca de US$ 500. Os criminosos foram atrás de dois antigos defensores da bitcoin no ano passado. Quando um deles, Hal Finney, se recusou a pagar, o ladrão chamou a polícia local e relatou um assassinato na casa de Finney, o que levou uma equipe da Swat a invadir a casa, segundo a família. A outra vítima, Roger Ver, derrotou seu chantagista oferecendo uma recompensa de US$ 20 mil pela prisão do criminoso. Alguns defensores da bitcoin sugeriram que se marque digitalmente qualquer moeda usada para o pagamento de resgates, assim como as notas de dólares usadas em sequestros são marcadas com tinta invisível. Porém, essas soluções foram refreadas devido ao valor que muitos atribuem à livre movimentação da moeda.
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mercado
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Hackers exigem bitcoins em resgatesNos velhos tempos, os pagamentos de resgates eram feitos com maletas cheias de notas não marcadas. Hoje, o bitcoin é a moeda preferida dos criminosos. Em todo mundo, hackers vêm se apoderando de arquivos de computadores, derrubando sites da web e até fazendo ameaças físicas. As vítimas -que variam de internautas comuns até empresas financeiras e departamentos de polícia- escutam que a única maneira de se livrar das ameaças é um pagamento em bitcoins que às vezes supera US$ 20 mil. Um grupo de hackers, que se acredita estar na Rússia e na Ucrânia, coletou cerca de US$ 16,5 milhões em bitcoins em pouco mais de um mês, basicamente de vítimas nos EUA, segundo a empresa de segurança Sophos. Os criminosos gostam da moeda virtual porque ela pode ser guardada em uma carteira digital que não precisa ser registrada junto a qualquer governo ou autoridade financeira -e porque pode ser facilmente trocada por dinheiro real. Uma única bitcoin pode ser vendida on-line ou na rua por cerca de US$ 290. A bitcoin, lançada por um criador anônimo em 2009, vem conquistando a corrente dominante. A Goldman Sachs e a Bolsa de Nova York já elogiaram a tecnologia como uma maneira rápida e eficiente de concluir transações financeiras. Porém, a proliferação de pedidos de resgate é um lembrete infeliz do constante apelo da moeda virtual para o submundo do crime, muito depois que as autoridades fecharam o bazar de drogas on-line Silk Road, onde heroína e cocaína eram vendidas em bitcoins. A última lembrança da fragilidade da bitcoin veio em julho, com a prisão de dois homens na Flórida. As autoridades disseram que eles infestavam computadores com malwares (softwares maliciosos que invadem computadores) e exigiam pagamentos em bitcoins. Recentemente, várias empresas financeiras foram atacadas por um criminoso (ou um grupo) que atende pelo nome de DD4BC. O DD4BC ameaçou sobrecarregar os sites das empresas com mensagens a menos que elas fizessem um pagamento em bitcoins. As vítimas corporativas geralmente são obrigadas a pagar US$ 10 mil, segundo especialistas. "Não me ignore, ou o preço aumentará", disse DD4BC em um e-mail que foi divulgado. "Quando você me pagar, ficará livre por toda a vida do seu site." Ted Weisberg, presidente da corretora Seaport Securities, disse que sua empresa não pagou o resgate e repeliu o bombardeio de tráfego com a ajuda de um de seus assessores técnicos. A bitcoin é movimentada por uma rede descentralizada de computadores que não coletam informações pessoais dos usuários. Além disso, as transações são desenhadas para ser irreversíveis, de modo que as vítimas não podem reclamar seu dinheiro como fariam com uma transação por cartão de crédito ou PayPal. No final de 2013, a primeira versão da chantagem digital baseada em bitcoin, chamada CryptoLocker, começou a se espalhar pelo mundo. O software criptografava todos os arquivos do computador e oferecia uma senha para destravar os arquivos em troca de um pagamento em bitcoins. Quando uma aliança de autoridades internacionais derrubou o CryptoLocker em meados de 2014 e identificou o cérebro do golpe como um russo de 30 anos, Evgeniy Bogachev, o software havia se espalhado para 234 mil computadores. Desde então, variedades muito mais virulentas surgiram, a maioria sob o nome de CryptoWall. No final de 2014, a Dell SecureWorks disse que o CryptoWall tinha infectado mais de 800 mil computadores. Novas versões do malware, com nomes como TorrentLocker e Dirty Decrypt, surgiram frequentemente desde então. Um departamento de polícia de Durham, em New Hampshire, que foi atingido pelo CryptoWall em junho de 2014, recusou-se a pagar o resgate e conseguiu recuperar seus arquivos de backup. Porém, recentemente, departamentos de polícia em Dickson, no Tennessee, e Tewksbury, Massachusetts, disseram que preferiram pagar o resgate de cerca de US$ 500. Os criminosos foram atrás de dois antigos defensores da bitcoin no ano passado. Quando um deles, Hal Finney, se recusou a pagar, o ladrão chamou a polícia local e relatou um assassinato na casa de Finney, o que levou uma equipe da Swat a invadir a casa, segundo a família. A outra vítima, Roger Ver, derrotou seu chantagista oferecendo uma recompensa de US$ 20 mil pela prisão do criminoso. Alguns defensores da bitcoin sugeriram que se marque digitalmente qualquer moeda usada para o pagamento de resgates, assim como as notas de dólares usadas em sequestros são marcadas com tinta invisível. Porém, essas soluções foram refreadas devido ao valor que muitos atribuem à livre movimentação da moeda.
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Racha e discussões marcam fase final de desocupações de colégios de SP
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Um grupo de estudantes que coordena parte dos colégios estaduais ocupados em São Paulo havia anunciado que os alunos começariam a deixar as últimas unidades a partir das 12h desta sexta (18). Mas, devido a um racha entre eles, foi convocada uma reunião com representantes de todas as escolas para rediscutir a saída dos colégios. O encontro começou por volta das 9h e não chegou a nenhuma definição até as 17h. Os alunos também não informaram uma previsão para divulgar um novo posicionamento. Estudantes da escola estadual estadual Comendador Alfredo Vianello Gregório, localizado na zona sul da capital, deixaram a reunião antes do fim, alegando falta de ordem. "Nós decidimos encerrar a ocupação do nosso colégio porque chegamos a um consenso. Uma escola não pode ficar ocupada pelo resto da vida e prejudicar quem precisa pegar o diploma para entrar numa universidade ou a retomada das aulas para as crianças do fundamental 1", afirmou Caio de Paula Oliveira, 18. Ele foi um dos representantes do colégio Comendador Alfredo na reunião do comando das escolas e disse ter ido embora porque a reunião que ocorria na escola estadual Professor Antonio Alves Cruz estava desorganizada e sem previsão para um acordo. Do lado de fora, era possível ouvir gritos de estudantes que discutiam entre si. Os estudantes do Comendador Alfredo afirmaram que entregarão a escola às 10h de segunda (21). Eles fizeram um acordo para dar as chaves na presença da diretora da escola e da Polícia Militar. No domingo (20), eles vão fazer uma festa de despedida no local fechada apenas para os alunos do colégio. O racha entre os estudantes ocorre em um momento em que o movimento vinha perdendo força. Das 196 escolas ocupadas no auge das manifestações contra um plano de gestão escolar do governo Geraldo Alckmin (PSDB), 47 delas ainda estão tomadas por alunos –quatro a menos em relação ao início do dia. Esse grupo representa parcela importante das escolas tomadas e costuma tomar suas decisões em assembleias. Os estudantes marcaram uma manifestação contra a reorganização escolar no vão livre do Masp, na avenida Paulista, para a próxima segunda. O protesto está marcado para começar às 17h. raio-x da rede estadual - Estudantes afetados pelas mudanças - Destino das 196 escolas ocupadas - Matrículas na rede estadual, em milhões -
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educacao
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Racha e discussões marcam fase final de desocupações de colégios de SPUm grupo de estudantes que coordena parte dos colégios estaduais ocupados em São Paulo havia anunciado que os alunos começariam a deixar as últimas unidades a partir das 12h desta sexta (18). Mas, devido a um racha entre eles, foi convocada uma reunião com representantes de todas as escolas para rediscutir a saída dos colégios. O encontro começou por volta das 9h e não chegou a nenhuma definição até as 17h. Os alunos também não informaram uma previsão para divulgar um novo posicionamento. Estudantes da escola estadual estadual Comendador Alfredo Vianello Gregório, localizado na zona sul da capital, deixaram a reunião antes do fim, alegando falta de ordem. "Nós decidimos encerrar a ocupação do nosso colégio porque chegamos a um consenso. Uma escola não pode ficar ocupada pelo resto da vida e prejudicar quem precisa pegar o diploma para entrar numa universidade ou a retomada das aulas para as crianças do fundamental 1", afirmou Caio de Paula Oliveira, 18. Ele foi um dos representantes do colégio Comendador Alfredo na reunião do comando das escolas e disse ter ido embora porque a reunião que ocorria na escola estadual Professor Antonio Alves Cruz estava desorganizada e sem previsão para um acordo. Do lado de fora, era possível ouvir gritos de estudantes que discutiam entre si. Os estudantes do Comendador Alfredo afirmaram que entregarão a escola às 10h de segunda (21). Eles fizeram um acordo para dar as chaves na presença da diretora da escola e da Polícia Militar. No domingo (20), eles vão fazer uma festa de despedida no local fechada apenas para os alunos do colégio. O racha entre os estudantes ocorre em um momento em que o movimento vinha perdendo força. Das 196 escolas ocupadas no auge das manifestações contra um plano de gestão escolar do governo Geraldo Alckmin (PSDB), 47 delas ainda estão tomadas por alunos –quatro a menos em relação ao início do dia. Esse grupo representa parcela importante das escolas tomadas e costuma tomar suas decisões em assembleias. Os estudantes marcaram uma manifestação contra a reorganização escolar no vão livre do Masp, na avenida Paulista, para a próxima segunda. O protesto está marcado para começar às 17h. raio-x da rede estadual - Estudantes afetados pelas mudanças - Destino das 196 escolas ocupadas - Matrículas na rede estadual, em milhões -
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Trajeto pela ilha de Creta pretende ser o novo Caminho de Compostela
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Bem no coração do Mediterrâneo, uma nova rota se junta aos grandes "caminhos europeus", como o de Santiago de Compostela. Trata-se da "Cretan Way", um percurso de cerca de 500 quilômetros na ilha grega de Creta que, por cinco anos, foi elaborado e melhorado por voluntários de todo o mundo junto a Compagnia dei Cammini, associação de turismo que trabalha com o projeto. O caminho surgiu da rota E4, de cerca de 10.000 km, que atravessa a Europa de leste a oeste, da Espanha ao Chipre, passando por Creta, cuja parte do caminho estava abandonada. Por isso, a Compagnia dei Cammini, que já propunha revitalizar esse trajeto há alguns anos com o apoio de seu coordenador, Luca Gianotti, decidiu reviver o antigo caminho com ajuda de voluntários. O trabalho, que teve início em 2010, deu origem a um percurso sinalizado, com sinais de GPS e informações sobre lugares onde é possível passar a noite. Todos os dados estão reunidos no livro "The Cretan Way", escrito por Gianotti, que acaba de ser lançado e que ajuda quem pretende realizar o trajeto na Grécia. "Estive em Creta 29 vezes em viagens com apenas a minha mochila e, depois de ter percebido que não podia passar por um dos caminhos mais belos do mundo, decidi fazê-lo mais acessível", afirmou o coordenador. "Pela sua beleza, o trajeto pode realmente se tornar um dos percursos mais amados da Europa, junto ao GR20 em Córsega, o Caminho de Santiago de Compostela e a Via Francigena. Procurei ter certeza de que o caminho se tornasse acessível para todos, oferecendo sinal GPS e uma descrição detalhada do percurso". Como muitos trajetos, o novo caminho parte do leste, no caso da belíssima praia de Kato Zakros, e vai para o oeste, para o monastério de Chrisokalitisa, perto do mar. Para completá-lo, são necessários em média 29 dias de caminhada, percorrendo-se cerca de 30 quilômetros por dia.
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turismo
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Trajeto pela ilha de Creta pretende ser o novo Caminho de CompostelaBem no coração do Mediterrâneo, uma nova rota se junta aos grandes "caminhos europeus", como o de Santiago de Compostela. Trata-se da "Cretan Way", um percurso de cerca de 500 quilômetros na ilha grega de Creta que, por cinco anos, foi elaborado e melhorado por voluntários de todo o mundo junto a Compagnia dei Cammini, associação de turismo que trabalha com o projeto. O caminho surgiu da rota E4, de cerca de 10.000 km, que atravessa a Europa de leste a oeste, da Espanha ao Chipre, passando por Creta, cuja parte do caminho estava abandonada. Por isso, a Compagnia dei Cammini, que já propunha revitalizar esse trajeto há alguns anos com o apoio de seu coordenador, Luca Gianotti, decidiu reviver o antigo caminho com ajuda de voluntários. O trabalho, que teve início em 2010, deu origem a um percurso sinalizado, com sinais de GPS e informações sobre lugares onde é possível passar a noite. Todos os dados estão reunidos no livro "The Cretan Way", escrito por Gianotti, que acaba de ser lançado e que ajuda quem pretende realizar o trajeto na Grécia. "Estive em Creta 29 vezes em viagens com apenas a minha mochila e, depois de ter percebido que não podia passar por um dos caminhos mais belos do mundo, decidi fazê-lo mais acessível", afirmou o coordenador. "Pela sua beleza, o trajeto pode realmente se tornar um dos percursos mais amados da Europa, junto ao GR20 em Córsega, o Caminho de Santiago de Compostela e a Via Francigena. Procurei ter certeza de que o caminho se tornasse acessível para todos, oferecendo sinal GPS e uma descrição detalhada do percurso". Como muitos trajetos, o novo caminho parte do leste, no caso da belíssima praia de Kato Zakros, e vai para o oeste, para o monastério de Chrisokalitisa, perto do mar. Para completá-lo, são necessários em média 29 dias de caminhada, percorrendo-se cerca de 30 quilômetros por dia.
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Fluminense é derrotado pelo Joinville, mas permanece no G-4
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O Fluminense foi até Joinville, neste domingo (23), para se consolidar de vez no G-4, mas foi surpreendido pelo vice-lanterna do Campeonato Brasileiro e saiu derrotado pelo placar de 2 a 1. Com 33 pontos, o resultado não tirou os cariocas do G-4. Com a derrota do Palmeiras para o Atlético-MG neste domingo, a equipe paulista continua com 31 pontos, na quinta posição. Já o Joinville, mesmo com a vitória, permanece na penúltima posição, com 19 pontos. O primeiro gol da partida foi dos visitantes. Aos 25 min do segundo tempo, Cícero aproveitou cobrança de escanteio e, de cabeça, abriu o placar. Dez minutos depois veio o empate. Mário Sergio recebeu passe dentro da área e chutou forte para deixar tudo igual. O empate já estava quase certo, até que Marlon, do Fluminense, fez gol contra e a equipe de Santa Catarina saiu vitoriosa. Na próxima rodada, o time do Rio de Janeiro recebe o Atlético-MG, no domingo (30). No mesmo dia, o Joinville visita o Palmeiras no Allianz Parque. Antes do jogo contra o Atlético-MG, o Fluminense enfrenta o Paysandu pela Copa do Brasil. A partida está marcada para quarta-feira (26), em Belém. No primeiro jogo, os cariocas venceram por 2 a 1. Veja vídeo
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esporte
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Fluminense é derrotado pelo Joinville, mas permanece no G-4O Fluminense foi até Joinville, neste domingo (23), para se consolidar de vez no G-4, mas foi surpreendido pelo vice-lanterna do Campeonato Brasileiro e saiu derrotado pelo placar de 2 a 1. Com 33 pontos, o resultado não tirou os cariocas do G-4. Com a derrota do Palmeiras para o Atlético-MG neste domingo, a equipe paulista continua com 31 pontos, na quinta posição. Já o Joinville, mesmo com a vitória, permanece na penúltima posição, com 19 pontos. O primeiro gol da partida foi dos visitantes. Aos 25 min do segundo tempo, Cícero aproveitou cobrança de escanteio e, de cabeça, abriu o placar. Dez minutos depois veio o empate. Mário Sergio recebeu passe dentro da área e chutou forte para deixar tudo igual. O empate já estava quase certo, até que Marlon, do Fluminense, fez gol contra e a equipe de Santa Catarina saiu vitoriosa. Na próxima rodada, o time do Rio de Janeiro recebe o Atlético-MG, no domingo (30). No mesmo dia, o Joinville visita o Palmeiras no Allianz Parque. Antes do jogo contra o Atlético-MG, o Fluminense enfrenta o Paysandu pela Copa do Brasil. A partida está marcada para quarta-feira (26), em Belém. No primeiro jogo, os cariocas venceram por 2 a 1. Veja vídeo
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Após derrota, Tite diz que Corinthians jogou melhor do que o esperado
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Após a derrota para o Colônia por 1 a 0, na quinta-feira (15), pela primeira rodada do Flórida Cup -torneio amistoso nos EUA–, o técnico Tite afirmou que o comportamento do time foi melhor do que o esperado. A equipe alvinegra iniciou sua preparação no dia 5 de janeiro e realizou contra os alemães o primeiro jogo na temporada. "A responsabilidade do resultado, sim [não foi o que esperava]. Porém, o processo que antecede é o desempenho. Em termos técnicos e velocidade do jogo, foi acima do que imaginava. A equipe impôs velocidade no jogo. Deu condição diferente ao jogo, fizemos pressão e estabelecemos na partida depois do gol sofrido", disse Tite, que colocou dois times em campo. "O início nosso não foi bom, com erros excessivos de passe. As triangulações não aconteceram. Depois do gol, a equipe teve mais naturalidade. No segundo tempo, botou ritmo maior, mas que não era nosso objetivo. O objetivo era mais quebrar o ritmo. A equipe continuou em busca do resultado", completou. Já Guerrero afirmou que o time sentiu o cansaço da pré-temporada. "Acho que o time ainda está com a perna pesada, estamos em pré-temporada, no sexto, sétimo dia. A gente foi se soltando aos poucos e mostramos que temos capacidade para jogar contra esses times da Europa. No sábado a gente vai melhorar muito contra o Bayer", disse o jogador citando o duelo contra o Leverkusen, marcado para sábado. "Pelo menos a gente fez 45 minutos intensos. Definitivamente os times da Alemanha estão gastando mais tempo de pré-temporada. Mas para nós foi bom refazer 45 minutos intensos. Foi um jogo bom e esperamos melhorar para sábado", completou.
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esporte
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Após derrota, Tite diz que Corinthians jogou melhor do que o esperadoApós a derrota para o Colônia por 1 a 0, na quinta-feira (15), pela primeira rodada do Flórida Cup -torneio amistoso nos EUA–, o técnico Tite afirmou que o comportamento do time foi melhor do que o esperado. A equipe alvinegra iniciou sua preparação no dia 5 de janeiro e realizou contra os alemães o primeiro jogo na temporada. "A responsabilidade do resultado, sim [não foi o que esperava]. Porém, o processo que antecede é o desempenho. Em termos técnicos e velocidade do jogo, foi acima do que imaginava. A equipe impôs velocidade no jogo. Deu condição diferente ao jogo, fizemos pressão e estabelecemos na partida depois do gol sofrido", disse Tite, que colocou dois times em campo. "O início nosso não foi bom, com erros excessivos de passe. As triangulações não aconteceram. Depois do gol, a equipe teve mais naturalidade. No segundo tempo, botou ritmo maior, mas que não era nosso objetivo. O objetivo era mais quebrar o ritmo. A equipe continuou em busca do resultado", completou. Já Guerrero afirmou que o time sentiu o cansaço da pré-temporada. "Acho que o time ainda está com a perna pesada, estamos em pré-temporada, no sexto, sétimo dia. A gente foi se soltando aos poucos e mostramos que temos capacidade para jogar contra esses times da Europa. No sábado a gente vai melhorar muito contra o Bayer", disse o jogador citando o duelo contra o Leverkusen, marcado para sábado. "Pelo menos a gente fez 45 minutos intensos. Definitivamente os times da Alemanha estão gastando mais tempo de pré-temporada. Mas para nós foi bom refazer 45 minutos intensos. Foi um jogo bom e esperamos melhorar para sábado", completou.
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Consenso novo
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Um novo consenso ganha força entre as candidaturas presidenciais de Hillary Clinton, Marco Rubio e Jeb Bush. Segundo a perspectiva emergente, Obama seria responsável por um perigoso vácuo de liderança americana no mundo. Fraco e hesitante, o presidente teria patinado na condução das relações internacionais. Em vez de liderar o chamado mundo livre com vigor, andaria a reboque dos eventos. O problema é a Síria. Lá, Obama teria protelado de forma irresponsável a decisão a respeito de uma eventual intervenção militar. Em vez de alavancar a superioridade militar americana para pôr o regime Assad na defensiva, ele teria se acovardado, temendo um desastre análogo ao das últimas incursões americanas no Iraque e no Afeganistão. Segundo essa versão da história, a inépcia da Casa Branca estaria revertendo o equilíbrio de poder no Oriente Médio: por causa do declínio americano, Putin estaria galgando posições em toda a região. A irritação com o estilo reflexivo de Obama é palpável. "Há coisas que não dá para ficar discutindo", diz um assessor de Jeb Bush. "Tem de fazer." Essas ideias fazem parte de uma guinada cultural mais ampla em Washington. Sua melhor ilustração é a recém-lançada biografia de Henry Kissinger, escrita pelo historiador Niall Ferguson. Diplomata-mor dos Estados Unidos entre 1969 e 1976, Kissinger foi uma das personagens mais influentes da Guerra Fria. Ele carrega alguns crimes e muita coisa ruim nas costas, de Camboja a Laos, do Vietnã a Timor Leste, de Bangladesh ao Chile e à Argentina. Mas Ferguson oferece uma visão fundamentalmente positiva nesse best-seller. Qual a principal virtude desse estadista? A capacidade de tomar decisões com firmeza, mesmo quando os efeitos de sua ação permanecem desconhecidos. É do próprio Kissinger a tese segundo a qual demonstrações de força, por si sós, geram poder e autoridade para o país que as promove. O resultado disso, claro, é o uso indiscriminado da violência, como ocorreu quando Kissinger esteve à frente da guerra do Vietnã. Ferguson foi grande defensor da diplomacia de George W. Bush. Em seu livro sobre Kissinger, ajuda a justificar as palavras do ex-vice presidente Dick Cheney a respeito do Iraque: "Se passarmos o tempo debatendo o que aconteceu 11 ou 12 anos atrás, terminaremos ignorando as ameaças de hoje". Dessa perspectiva, pouco importa que a intervenção americana no Iraque tenha causado o fenômeno do Estado Islâmico. Se esse consenso a respeito do governo Obama pegar, o mundo deve se preparar para uma diplomacia americana mais assertiva e possivelmente mais violenta.
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colunas
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Consenso novoUm novo consenso ganha força entre as candidaturas presidenciais de Hillary Clinton, Marco Rubio e Jeb Bush. Segundo a perspectiva emergente, Obama seria responsável por um perigoso vácuo de liderança americana no mundo. Fraco e hesitante, o presidente teria patinado na condução das relações internacionais. Em vez de liderar o chamado mundo livre com vigor, andaria a reboque dos eventos. O problema é a Síria. Lá, Obama teria protelado de forma irresponsável a decisão a respeito de uma eventual intervenção militar. Em vez de alavancar a superioridade militar americana para pôr o regime Assad na defensiva, ele teria se acovardado, temendo um desastre análogo ao das últimas incursões americanas no Iraque e no Afeganistão. Segundo essa versão da história, a inépcia da Casa Branca estaria revertendo o equilíbrio de poder no Oriente Médio: por causa do declínio americano, Putin estaria galgando posições em toda a região. A irritação com o estilo reflexivo de Obama é palpável. "Há coisas que não dá para ficar discutindo", diz um assessor de Jeb Bush. "Tem de fazer." Essas ideias fazem parte de uma guinada cultural mais ampla em Washington. Sua melhor ilustração é a recém-lançada biografia de Henry Kissinger, escrita pelo historiador Niall Ferguson. Diplomata-mor dos Estados Unidos entre 1969 e 1976, Kissinger foi uma das personagens mais influentes da Guerra Fria. Ele carrega alguns crimes e muita coisa ruim nas costas, de Camboja a Laos, do Vietnã a Timor Leste, de Bangladesh ao Chile e à Argentina. Mas Ferguson oferece uma visão fundamentalmente positiva nesse best-seller. Qual a principal virtude desse estadista? A capacidade de tomar decisões com firmeza, mesmo quando os efeitos de sua ação permanecem desconhecidos. É do próprio Kissinger a tese segundo a qual demonstrações de força, por si sós, geram poder e autoridade para o país que as promove. O resultado disso, claro, é o uso indiscriminado da violência, como ocorreu quando Kissinger esteve à frente da guerra do Vietnã. Ferguson foi grande defensor da diplomacia de George W. Bush. Em seu livro sobre Kissinger, ajuda a justificar as palavras do ex-vice presidente Dick Cheney a respeito do Iraque: "Se passarmos o tempo debatendo o que aconteceu 11 ou 12 anos atrás, terminaremos ignorando as ameaças de hoje". Dessa perspectiva, pouco importa que a intervenção americana no Iraque tenha causado o fenômeno do Estado Islâmico. Se esse consenso a respeito do governo Obama pegar, o mundo deve se preparar para uma diplomacia americana mais assertiva e possivelmente mais violenta.
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CBF quer testar uso de árbitro de vídeo no Brasileiro deste ano
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No Brasil, a comissão da CBF encarregada da implantação da tecnologia de vídeo no futebol nacional estabeleceu o primeiro semestre de 2018 como meta para a utilização contínua da tecnologia de vídeo. No entanto, a entidade quer iniciar os testes on-line, ou seja, aqueles em que o árbitro é comunicado de infrações durante as partidas, já no segundo semestre de 2017, durante a segunda metade do Brasileiro. "Nesse ponto, temos um probleminha jurídico. Utilizaríamos a tecnologia somente na segunda parte do Brasileiro, o que poderia gerar reclamações dos clubes na Justiça, alegando que os dois turnos foram disputados a partir de critérios diferentes", explica Sérgio Corrêa, que coordena o projeto de uso de vídeo na CBF. Ele explica que, em conversas com os clubes nos próximos meses, tentará convencê-los a assinar termos de concordância com os testes de tecnologia de vídeo ainda em 2017. Todos os 20 participantes da Série A precisarão firmar o documento para que a tecnologia possa ser utilizada. Mudanças na arbitragem Nos próximos dias, a CBF pedirá à Fifa para que possa executar testes do modelo brasileiro, que é diferente do holandês colocado em prática no Mundial de Clubes. A principal distinção é que aqui o árbitro não deverá se dirigir a uma cabine para rever lances. Para Corrêa, as reclamações dos jogadores no percurso do árbitro tiram o dinamismo dos jogos. Em maio de 2016, nas duas partidas da final do Campeonato Carioca entre Vasco e Botafogo, foram feitos os primeiros e únicos testes off-line -quando não há comunicação entre o juiz em campo e o árbitro de vídeo e, portanto, não existe na prática interferência nas decisões. Atualmente, ao menos 12 países realizam testes do tipo em jogos de futebol. O modelo usado na Holanda é o que está sendo adotado pela Fifa no Mundial de Clubes. Novas regras
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esporte
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CBF quer testar uso de árbitro de vídeo no Brasileiro deste anoNo Brasil, a comissão da CBF encarregada da implantação da tecnologia de vídeo no futebol nacional estabeleceu o primeiro semestre de 2018 como meta para a utilização contínua da tecnologia de vídeo. No entanto, a entidade quer iniciar os testes on-line, ou seja, aqueles em que o árbitro é comunicado de infrações durante as partidas, já no segundo semestre de 2017, durante a segunda metade do Brasileiro. "Nesse ponto, temos um probleminha jurídico. Utilizaríamos a tecnologia somente na segunda parte do Brasileiro, o que poderia gerar reclamações dos clubes na Justiça, alegando que os dois turnos foram disputados a partir de critérios diferentes", explica Sérgio Corrêa, que coordena o projeto de uso de vídeo na CBF. Ele explica que, em conversas com os clubes nos próximos meses, tentará convencê-los a assinar termos de concordância com os testes de tecnologia de vídeo ainda em 2017. Todos os 20 participantes da Série A precisarão firmar o documento para que a tecnologia possa ser utilizada. Mudanças na arbitragem Nos próximos dias, a CBF pedirá à Fifa para que possa executar testes do modelo brasileiro, que é diferente do holandês colocado em prática no Mundial de Clubes. A principal distinção é que aqui o árbitro não deverá se dirigir a uma cabine para rever lances. Para Corrêa, as reclamações dos jogadores no percurso do árbitro tiram o dinamismo dos jogos. Em maio de 2016, nas duas partidas da final do Campeonato Carioca entre Vasco e Botafogo, foram feitos os primeiros e únicos testes off-line -quando não há comunicação entre o juiz em campo e o árbitro de vídeo e, portanto, não existe na prática interferência nas decisões. Atualmente, ao menos 12 países realizam testes do tipo em jogos de futebol. O modelo usado na Holanda é o que está sendo adotado pela Fifa no Mundial de Clubes. Novas regras
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Após Jogos, linha do Metrô do Rio abre sem integração de tarifas com BRT
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A primeira manhã de funcionamento da linha 4 do Metrô do Rio transcorreu sem problemas graves nesta segunda-feira (19), mas a falta de integração tarifária com o BRT (corredor de ônibus) frustrou usuários. A Folha testou o serviço nesta manhã. A linha 4 foi construída para a Olimpíada e inaugurada no dia 1° de agosto, mas até esta manhã atendia apenas a pessoas que tinham ingressos para os Jogos.A linha liga a estação General Osório, em Ipanema, na zona sul, à estação Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, zona oeste. A estação Jardim Oceânico tem integração física com o sistema BRT, mas não tarifária. Ao embarcar no BRT, o usuário é obrigado a comprar novo bilhete. A falta de integração pegou alguns usuários de surpresa. "Como na Olimpíada havia integração, não sabia que teria que passar de novo na catraca. Hoje estou fazendo um teste. Vou ver se a economia de tempo compensa esse bilhete a mais que vou pagar. Vai dar mais de R$300 por mês", diz o garçom Cláudio Santos, 40. Ele mora na zona oeste, e trabalha em Copacabana, na zona sul. O usuário que pegar BRT e metrô gastará R$ 316 por mês com o transporte –valor que é cerca de 36% do salário mínimo. A conta considera passagens de ida e volta. Até hoje, Santos gastava R$ 3,80 por viagem, pegava um ônibus e levava duas horas para chegar ao trabalho. Ao todo, gastava R$ 7,60 por dia. A partir de agora, ele espera reduzir o tempo de viagem para a metade, mas vai pagar R$ 7,90 (R$ 4,10 pelo metrô e R$ 3,80 pelo BRT) para chegar ao trabalho –R$ 15,80 por dia. Segundo o secretário estadual de Transporte, Rodrigo Vieira, não há previsão concreta para que essa integração tarifária aconteça. "Estamos estudando essa integração com a prefeitura. Apoiamos essa integração e a consideramos necessária. Mas é uma negociação privada entre BRT e MetrôRio, não depende de dinheiro público", diz. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou que a crise econômica dificulta a negociação sobre o responsável por subsidiar a integração tarifária. "Não é uma tarefa simples porque nesse momento de crise econômica, ninguém quer abrir mão de receita. O Estado não tem condições de aportar recursos para subsidiar. Não temos uma decisão", disse Paes. Usuários também aguardam para poder fazer o trajeto Barra-Centro sem ter que fazer baldeação na estação General Osório –o intervalo entre viagens da linha 4 será de seis minutos e meio até o fim do ano. Segundo o secretário, a extensão estará disponível em 2017. "Precisamos atingir uma maturidade operacional na linha 4 e igualar o tempo de intervalo entre viagens ao da linha 1, que opera com cerca de quatro minutos de intervalo", diz Vieira. A linha 4 do Metrô do Rio foi inaugurada incompleta, com apenas cinco das seis estações previstas, pois a da Gávea não foi concluída. Segundo o secretário, a estação tem 42% dos serviços de escavação concluídos e falta 1,2 quilômetro de escavação do túnel entre o Alto Leblon e a Gávea. São necessários R$ 489 milhões para a conclusão da obra. A previsão é que a estação seja pronta em 2018, mas a secretaria ainda busca os recursos necessários. Por ora, a linha 4 vai funcionar das 6h às 21h de segunda a sexta-feira. Até o final de 2016 passará a operar de forma plena, das 5h à meia-noite. As linhas 1 e 2 funcionam de segunda a sábado nesse horário e, aos domingos, das 7h as 23h. A viagem da Barra a Ipanema dura 15 minutos e da Barra ao Centro, 34 minutos. Nesta manhã o fluxo de passageiros foi grande, mas não chegava a lotar os trens. ACIDENTE Um ônibus do BRT se envolveu em um acidente por volta das 5h10 desta segunda com um ônibus comum, na Taquara, zona oeste do Rio. O ônibus teria sido atingido na lateral ao cruzar a pista exclusiva do BRT. Segundo o Corpo de Bombeiros do Rio, dez pessoas tiveram ferimentos leves. Parte foi atendida no Hospital Lourenço Jorge, na Barra, e parte foi liberada após atendimento no local. Procurado, o BRT confirmou o acidente e informou que o serviço ficou paralisado até as 7h30, quando as pistas foram liberadas.
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cotidiano
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Após Jogos, linha do Metrô do Rio abre sem integração de tarifas com BRTA primeira manhã de funcionamento da linha 4 do Metrô do Rio transcorreu sem problemas graves nesta segunda-feira (19), mas a falta de integração tarifária com o BRT (corredor de ônibus) frustrou usuários. A Folha testou o serviço nesta manhã. A linha 4 foi construída para a Olimpíada e inaugurada no dia 1° de agosto, mas até esta manhã atendia apenas a pessoas que tinham ingressos para os Jogos.A linha liga a estação General Osório, em Ipanema, na zona sul, à estação Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, zona oeste. A estação Jardim Oceânico tem integração física com o sistema BRT, mas não tarifária. Ao embarcar no BRT, o usuário é obrigado a comprar novo bilhete. A falta de integração pegou alguns usuários de surpresa. "Como na Olimpíada havia integração, não sabia que teria que passar de novo na catraca. Hoje estou fazendo um teste. Vou ver se a economia de tempo compensa esse bilhete a mais que vou pagar. Vai dar mais de R$300 por mês", diz o garçom Cláudio Santos, 40. Ele mora na zona oeste, e trabalha em Copacabana, na zona sul. O usuário que pegar BRT e metrô gastará R$ 316 por mês com o transporte –valor que é cerca de 36% do salário mínimo. A conta considera passagens de ida e volta. Até hoje, Santos gastava R$ 3,80 por viagem, pegava um ônibus e levava duas horas para chegar ao trabalho. Ao todo, gastava R$ 7,60 por dia. A partir de agora, ele espera reduzir o tempo de viagem para a metade, mas vai pagar R$ 7,90 (R$ 4,10 pelo metrô e R$ 3,80 pelo BRT) para chegar ao trabalho –R$ 15,80 por dia. Segundo o secretário estadual de Transporte, Rodrigo Vieira, não há previsão concreta para que essa integração tarifária aconteça. "Estamos estudando essa integração com a prefeitura. Apoiamos essa integração e a consideramos necessária. Mas é uma negociação privada entre BRT e MetrôRio, não depende de dinheiro público", diz. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou que a crise econômica dificulta a negociação sobre o responsável por subsidiar a integração tarifária. "Não é uma tarefa simples porque nesse momento de crise econômica, ninguém quer abrir mão de receita. O Estado não tem condições de aportar recursos para subsidiar. Não temos uma decisão", disse Paes. Usuários também aguardam para poder fazer o trajeto Barra-Centro sem ter que fazer baldeação na estação General Osório –o intervalo entre viagens da linha 4 será de seis minutos e meio até o fim do ano. Segundo o secretário, a extensão estará disponível em 2017. "Precisamos atingir uma maturidade operacional na linha 4 e igualar o tempo de intervalo entre viagens ao da linha 1, que opera com cerca de quatro minutos de intervalo", diz Vieira. A linha 4 do Metrô do Rio foi inaugurada incompleta, com apenas cinco das seis estações previstas, pois a da Gávea não foi concluída. Segundo o secretário, a estação tem 42% dos serviços de escavação concluídos e falta 1,2 quilômetro de escavação do túnel entre o Alto Leblon e a Gávea. São necessários R$ 489 milhões para a conclusão da obra. A previsão é que a estação seja pronta em 2018, mas a secretaria ainda busca os recursos necessários. Por ora, a linha 4 vai funcionar das 6h às 21h de segunda a sexta-feira. Até o final de 2016 passará a operar de forma plena, das 5h à meia-noite. As linhas 1 e 2 funcionam de segunda a sábado nesse horário e, aos domingos, das 7h as 23h. A viagem da Barra a Ipanema dura 15 minutos e da Barra ao Centro, 34 minutos. Nesta manhã o fluxo de passageiros foi grande, mas não chegava a lotar os trens. ACIDENTE Um ônibus do BRT se envolveu em um acidente por volta das 5h10 desta segunda com um ônibus comum, na Taquara, zona oeste do Rio. O ônibus teria sido atingido na lateral ao cruzar a pista exclusiva do BRT. Segundo o Corpo de Bombeiros do Rio, dez pessoas tiveram ferimentos leves. Parte foi atendida no Hospital Lourenço Jorge, na Barra, e parte foi liberada após atendimento no local. Procurado, o BRT confirmou o acidente e informou que o serviço ficou paralisado até as 7h30, quando as pistas foram liberadas.
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Faculdades reagem após governo cortar subsídio do Fies
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Uma medida provisória anunciada nesta sexta (15) pelo governo do presidente interino, Michel Temer (PMDB), alterou a forma de remuneração dos bancos ligados ao Fies (Fundo Financiamento Estudantil) e gerou preocupação em entidades que representam as faculdades privadas. Para o Semesp (Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior de São Paulo), a mudança, que prevê mais custos às instituições de ensino, pode ter impacto nos reajustes das mensalidades para 2017. A nova medida estabelece que parte da remuneração aos bancos, o equivalente às taxas administrativas, seja custeada pelas faculdades que participam do programa. Antes, era o próprio governo federal quem pagava por essas despesas. Com a mudança, a estimativa é que haja economia –para a União– de R$ 400 milhões por ano. A medida foi publicada no "Diário Oficial" da União. Segundo o texto, que altera a lei do Fies, de 2001, o valor mensal a ser pago será de 2% sobre o saldo do crédito liberado às instituições de ensino. Para o ministro da Educação, Mendonça Filho, a medida era necessária para manter o programa, ameaçado pelas restrições orçamentárias. "Sem isso, teríamos o colapso do sistema. As 75 mil novas vagas oferecidas [neste semestre] seriam inviabilizadas." Ele admite que o anúncio não ganhou a simpatia das associações que representam as faculdades, avisadas um dia antes do anúncio oficial. "Evidentemente que um adicional de custos nem sempre é bem recebido", afirma. MAIS ENCARGOS As entidades alegam que a medida deve trazer mais encargos às faculdades, que já oferecem 5% de desconto obrigatório a alunos do Fies e destinam 6,25% das mensalidades a um fundo que garante o crédito educativo. "Isso passa a ser um custo. É mais um dos impactos que podem levar a um ajuste de mensalidade no ano que vem", diz José Roberto Covac, diretor jurídico do Semesp. "A lei estabelece que anualmente as instituições façam um reajuste baseado nos custos. Não vai acontecer neste ano, porque o valor já está fixado. Ele vale só para 2017. Pode não ser no percentual de 2%, mas o que impactar nas despesas a instituição pode incluir dentro da planilha", completa o diretor. O sindicato diz que pretende discutir o tema no Congresso –após a edição da medida provisória, que entra em vigor imediatamente, parlamentares têm 60 dias para aprová-la, prorrogáveis por mais 60. Entenda o Fies Já Sólon Caldas, diretor-executivo da Abmes (Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior), nega que possa haver reajuste nas mensalidades. Mas ele diz esperar que a mudança seja apenas "transitória" diante da perspectiva de revisão no Fies em 2017. Para ele, o argumento do governo em preservar o programa minimizou o impacto da medida. "Estamos abrindo mão desses 2% por entender que precisamos manter o programa", disse. Em 2015, a taxa de inadimplência no ensino superior privado no país chegou a 8,8% das matrículas –maior patamar desde 2010. 'FIES TURBO' O ministro Mendonça Filho também nega impacto nas mensalidades. Segundo ele, o governo deve fazer uma "revisão profunda" do Fies, o que deve permitir a ampliação dos contratos já em 2017 –para além dos 220 mil financiamentos ofertados neste ano. Para fazer a reformulação, a pasta já estuda a participação também de bancos privados no financiamento –hoje, o Fies tem participação da Caixa e do Banco do Brasil. "Estamos já construindo esse novo Fies, 'um Fies turbo', ampliado, para termos mais vagas", disse ele, que fez críticas ao modelo atual. O novo modelo deve ser finalizado em até oito meses.
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educacao
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Faculdades reagem após governo cortar subsídio do FiesUma medida provisória anunciada nesta sexta (15) pelo governo do presidente interino, Michel Temer (PMDB), alterou a forma de remuneração dos bancos ligados ao Fies (Fundo Financiamento Estudantil) e gerou preocupação em entidades que representam as faculdades privadas. Para o Semesp (Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior de São Paulo), a mudança, que prevê mais custos às instituições de ensino, pode ter impacto nos reajustes das mensalidades para 2017. A nova medida estabelece que parte da remuneração aos bancos, o equivalente às taxas administrativas, seja custeada pelas faculdades que participam do programa. Antes, era o próprio governo federal quem pagava por essas despesas. Com a mudança, a estimativa é que haja economia –para a União– de R$ 400 milhões por ano. A medida foi publicada no "Diário Oficial" da União. Segundo o texto, que altera a lei do Fies, de 2001, o valor mensal a ser pago será de 2% sobre o saldo do crédito liberado às instituições de ensino. Para o ministro da Educação, Mendonça Filho, a medida era necessária para manter o programa, ameaçado pelas restrições orçamentárias. "Sem isso, teríamos o colapso do sistema. As 75 mil novas vagas oferecidas [neste semestre] seriam inviabilizadas." Ele admite que o anúncio não ganhou a simpatia das associações que representam as faculdades, avisadas um dia antes do anúncio oficial. "Evidentemente que um adicional de custos nem sempre é bem recebido", afirma. MAIS ENCARGOS As entidades alegam que a medida deve trazer mais encargos às faculdades, que já oferecem 5% de desconto obrigatório a alunos do Fies e destinam 6,25% das mensalidades a um fundo que garante o crédito educativo. "Isso passa a ser um custo. É mais um dos impactos que podem levar a um ajuste de mensalidade no ano que vem", diz José Roberto Covac, diretor jurídico do Semesp. "A lei estabelece que anualmente as instituições façam um reajuste baseado nos custos. Não vai acontecer neste ano, porque o valor já está fixado. Ele vale só para 2017. Pode não ser no percentual de 2%, mas o que impactar nas despesas a instituição pode incluir dentro da planilha", completa o diretor. O sindicato diz que pretende discutir o tema no Congresso –após a edição da medida provisória, que entra em vigor imediatamente, parlamentares têm 60 dias para aprová-la, prorrogáveis por mais 60. Entenda o Fies Já Sólon Caldas, diretor-executivo da Abmes (Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior), nega que possa haver reajuste nas mensalidades. Mas ele diz esperar que a mudança seja apenas "transitória" diante da perspectiva de revisão no Fies em 2017. Para ele, o argumento do governo em preservar o programa minimizou o impacto da medida. "Estamos abrindo mão desses 2% por entender que precisamos manter o programa", disse. Em 2015, a taxa de inadimplência no ensino superior privado no país chegou a 8,8% das matrículas –maior patamar desde 2010. 'FIES TURBO' O ministro Mendonça Filho também nega impacto nas mensalidades. Segundo ele, o governo deve fazer uma "revisão profunda" do Fies, o que deve permitir a ampliação dos contratos já em 2017 –para além dos 220 mil financiamentos ofertados neste ano. Para fazer a reformulação, a pasta já estuda a participação também de bancos privados no financiamento –hoje, o Fies tem participação da Caixa e do Banco do Brasil. "Estamos já construindo esse novo Fies, 'um Fies turbo', ampliado, para termos mais vagas", disse ele, que fez críticas ao modelo atual. O novo modelo deve ser finalizado em até oito meses.
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Artefatos do campo de Auschwitz serão exibidos em mostra itinerante
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Mais de 72 anos depois da libertação de Auschwitz, a primeira exposição itinerante sobre o campo de extermínio nazista iniciará, dentro de algumas semanas, sua jornada por 14 cidades da Europa e da América do Norte, mostrando artefatos dolorosos a multidões que jamais viram horrores como aqueles de tão perto. A empreitada é um dos esforços mais visíveis para educar e informar jovens para quem o Holocausto é um evento histórico distante e pouco compreendido. Museus como a Casa de Anne Frank, o Museu Judaico de Berlim, o Museu Memorial do Holocausto, nos Estados Unidos, e outros se veem em dificuldades para exibir uma parte sombria do passado a um mundo cada vez mais desatento. Mas qualquer coisa que possa ser descrita como colocar Auschwitz em excursão desperta objeções instantâneas. Os dirigentes do Museu Estatal de Auschwitz-Birkenau e da empresa que está encarregada da mostra itinerante afirmam que sua intenção não é fazer do sofrimento de milhões de vítimas do nazismo uma fonte de dinheiro. Diversos líderes judaicos conhecidos expressaram apoio à ideia de expor peças oriundas de Auschwitz a pessoas que de outra forma talvez não pudessem ver esse pedaço da história. Eles disseram que a cobrança de ingressos não os preocupa demais; os organizadores afirmaram que solicitariam que o preço fosse baixo, nos locais em que seja decidido cobrar entrada, e que estudantes possam visitar a mostra gratuitamente. "Se você estivesse dizendo que alguém organizou essa mostra para ganhar milhões, eu objetaria a ela", disse o rabino Marvin Hier, fundador do Centro Simon Wiesenthal, uma organização judaica de defesa dos direitos humanos. "Mas se eles realizarem um lucro que normalmente seria considerado justo, e tendo em vista que o objetivo da mostra é que centenas de milhares de pessoas em todo o mundo possam vê-la, acho que seria legítimo". A mostra –anunciada na quarta-feira pelo Museu Estatal de Auschwitz-Birkenau e pela Musealia, a companhia espanhola encarregada de organizá-la– incluirá peças do museu como um galpão dormitório; um vagão de trem do mesmo tipo usado para transportar os prisioneiros ao campo; cartas e depoimentos; e uma máscara de gás, uma lata que continha o gás Zyklon B e outras lembranças mórbidas das câmaras de gás do complexo. A exposição, que começou a ser preparada sete anos atrás, é uma resposta ao crescente antissemitismo na Europa e em outras regiões, disseram as pessoas envolvidas. "Jamais fizemos algo parecido, e é o primeiro projeto dessa magnitude em nossa história", disse Pyotr Cywinski, diretor do museu estatal, que fica no local do antigo campo de extermínio, no sul da Polônia. "Vínhamos pensando sobre isso há muito tempo, mas não dispúnhamos do know-how necessário". Ainda que o Holocausto continue a ser tema importante de estudo para historiadores e seja parte dos currículos escolares de muitos países, o conhecimento sobre os campos de extermínio está desaparecendo, nas gerações mais novas, ele disse. A mostra fará sua primeira parada em Madri, e deve estrear em dezembro; depois, circulará por diversos países durante sete anos. As datas e locais exatos serão anunciados dentro de um mês. Não basta "sentar entre quatro paredes, contemplar a porta e esperar que os visitantes nos procurem", disse Cywinski, e por isso os dirigentes do museu decidiram sair em busca de uma audiência mais internacional. A ideia de uma mostra itinerante surgiu em 2010, quando a Musealia, uma empresa familiar cujas mostras incluem artefatos do Titanic, entrou em contato com o museu. Luis Ferreiro, o diretor da companhia, disse que a ideia lhe ocorreu quando estava de luto pela morte de seu irmão, aos 25 anos. Ele disse que encontrou consolo em "O Homem e a Busca de Um Sentido", de Viktor Frankl, sobre suas experiências em quatro campos de extermínio nazistas nos quais esteve aprisionado, depois que sua mulher grávida, seus pais e seu irmão foram executados. Inspirado pelas lições de sobrevivência espiritual do livro, Ferreiro disse que decidiu tentar aproximar o tema do Holocausto de pessoas que talvez jamais tivessem a chance de visitar o museu de Auschwitz. Foi necessário algum tempo para que Ferreiro conquistasse a confiança do conselho do museu de Auschwitz, que reagiu com surpresa à proposta, vinda de uma companhia que organiza exposições fora do mundo dos museus. O museu exigiu que a segurança dos artefatos fosse garantida a cada momento, e que a Musealia respeitasse as normas severas de conservação adotadas pelo museu, entre as quais garantir transporte e armazenagem adequados, e selecionar espaços de exposição com iluminação suficiente e clima controlado. O museu também exigiu que os artefatos fossem apresentados no contexto histórico, especialmente porque muitos aspectos da Segunda Guerra Mundial são compreendidos de modo muito vago pelas gerações mais jovens. Por exemplo, perguntar sobre a história e a posição dos judeus na Europa ao público espanhol "provavelmente resultaria em algumas respostas estranhas". A exposição vai mostrar que a Espanha –que durante a guerra era liderada pelo ditador Francisco Fraco, aliado de Hitler– não abrigava grandes comunidades judaicas e não teve elos fortes com o Holocausto, ainda que haja exceções notáveis, como o diplomata espanhol Ángel Sanz Briz, que salvou mais de cinco mil judeus húngaros de uma deportação a Auschwitz. "Em outras palavras, queríamos mostrar que o regime de Franco era muito simpático ao nazismo", disse Robert Jan van Pelt, professor de História na Universidade de Waterloo, Canadá, e pesquisador sobre o Holocausto que trabalha na organização da mostra. "Mas indivíduos espanhóis podem ter agido de outro modo, e agiram". O museu de Auschwitz receberá uma quantia fixa anual para cobrir quaisquer despesas geradas pelo projeto, ainda que nem dirigentes do museu e nem a Musealia tenham especificado o valor. Se a exposição gerar lucro, o montante que o museu receberá aumentará, disse Ferreiro. A história de Auschwitz tal qual contada por meio de artefatos vai cobrir a localização física dos campos e seu papel como símbolos do ódio e da barbárie. A mostra começará pela história de Oswiecim, a cidade polonesa que abrigou os campos alemães e tinha população 60% judaica antes da guerra. Depois haverá uma seção sobre as origens do nazismo, pós-Primeira Guerra Mundial. Das 1,15 mil peças que serão exibidas, 835 virão do museu de Auschwitz. As demais foram emprestadas por outras instituições, como o museu Yad Vashem, em Israel, ou diretamente por sobreviventes e suas famílias. Muitos desses objetos não foram expostos até hoje. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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mundo
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Artefatos do campo de Auschwitz serão exibidos em mostra itineranteMais de 72 anos depois da libertação de Auschwitz, a primeira exposição itinerante sobre o campo de extermínio nazista iniciará, dentro de algumas semanas, sua jornada por 14 cidades da Europa e da América do Norte, mostrando artefatos dolorosos a multidões que jamais viram horrores como aqueles de tão perto. A empreitada é um dos esforços mais visíveis para educar e informar jovens para quem o Holocausto é um evento histórico distante e pouco compreendido. Museus como a Casa de Anne Frank, o Museu Judaico de Berlim, o Museu Memorial do Holocausto, nos Estados Unidos, e outros se veem em dificuldades para exibir uma parte sombria do passado a um mundo cada vez mais desatento. Mas qualquer coisa que possa ser descrita como colocar Auschwitz em excursão desperta objeções instantâneas. Os dirigentes do Museu Estatal de Auschwitz-Birkenau e da empresa que está encarregada da mostra itinerante afirmam que sua intenção não é fazer do sofrimento de milhões de vítimas do nazismo uma fonte de dinheiro. Diversos líderes judaicos conhecidos expressaram apoio à ideia de expor peças oriundas de Auschwitz a pessoas que de outra forma talvez não pudessem ver esse pedaço da história. Eles disseram que a cobrança de ingressos não os preocupa demais; os organizadores afirmaram que solicitariam que o preço fosse baixo, nos locais em que seja decidido cobrar entrada, e que estudantes possam visitar a mostra gratuitamente. "Se você estivesse dizendo que alguém organizou essa mostra para ganhar milhões, eu objetaria a ela", disse o rabino Marvin Hier, fundador do Centro Simon Wiesenthal, uma organização judaica de defesa dos direitos humanos. "Mas se eles realizarem um lucro que normalmente seria considerado justo, e tendo em vista que o objetivo da mostra é que centenas de milhares de pessoas em todo o mundo possam vê-la, acho que seria legítimo". A mostra –anunciada na quarta-feira pelo Museu Estatal de Auschwitz-Birkenau e pela Musealia, a companhia espanhola encarregada de organizá-la– incluirá peças do museu como um galpão dormitório; um vagão de trem do mesmo tipo usado para transportar os prisioneiros ao campo; cartas e depoimentos; e uma máscara de gás, uma lata que continha o gás Zyklon B e outras lembranças mórbidas das câmaras de gás do complexo. A exposição, que começou a ser preparada sete anos atrás, é uma resposta ao crescente antissemitismo na Europa e em outras regiões, disseram as pessoas envolvidas. "Jamais fizemos algo parecido, e é o primeiro projeto dessa magnitude em nossa história", disse Pyotr Cywinski, diretor do museu estatal, que fica no local do antigo campo de extermínio, no sul da Polônia. "Vínhamos pensando sobre isso há muito tempo, mas não dispúnhamos do know-how necessário". Ainda que o Holocausto continue a ser tema importante de estudo para historiadores e seja parte dos currículos escolares de muitos países, o conhecimento sobre os campos de extermínio está desaparecendo, nas gerações mais novas, ele disse. A mostra fará sua primeira parada em Madri, e deve estrear em dezembro; depois, circulará por diversos países durante sete anos. As datas e locais exatos serão anunciados dentro de um mês. Não basta "sentar entre quatro paredes, contemplar a porta e esperar que os visitantes nos procurem", disse Cywinski, e por isso os dirigentes do museu decidiram sair em busca de uma audiência mais internacional. A ideia de uma mostra itinerante surgiu em 2010, quando a Musealia, uma empresa familiar cujas mostras incluem artefatos do Titanic, entrou em contato com o museu. Luis Ferreiro, o diretor da companhia, disse que a ideia lhe ocorreu quando estava de luto pela morte de seu irmão, aos 25 anos. Ele disse que encontrou consolo em "O Homem e a Busca de Um Sentido", de Viktor Frankl, sobre suas experiências em quatro campos de extermínio nazistas nos quais esteve aprisionado, depois que sua mulher grávida, seus pais e seu irmão foram executados. Inspirado pelas lições de sobrevivência espiritual do livro, Ferreiro disse que decidiu tentar aproximar o tema do Holocausto de pessoas que talvez jamais tivessem a chance de visitar o museu de Auschwitz. Foi necessário algum tempo para que Ferreiro conquistasse a confiança do conselho do museu de Auschwitz, que reagiu com surpresa à proposta, vinda de uma companhia que organiza exposições fora do mundo dos museus. O museu exigiu que a segurança dos artefatos fosse garantida a cada momento, e que a Musealia respeitasse as normas severas de conservação adotadas pelo museu, entre as quais garantir transporte e armazenagem adequados, e selecionar espaços de exposição com iluminação suficiente e clima controlado. O museu também exigiu que os artefatos fossem apresentados no contexto histórico, especialmente porque muitos aspectos da Segunda Guerra Mundial são compreendidos de modo muito vago pelas gerações mais jovens. Por exemplo, perguntar sobre a história e a posição dos judeus na Europa ao público espanhol "provavelmente resultaria em algumas respostas estranhas". A exposição vai mostrar que a Espanha –que durante a guerra era liderada pelo ditador Francisco Fraco, aliado de Hitler– não abrigava grandes comunidades judaicas e não teve elos fortes com o Holocausto, ainda que haja exceções notáveis, como o diplomata espanhol Ángel Sanz Briz, que salvou mais de cinco mil judeus húngaros de uma deportação a Auschwitz. "Em outras palavras, queríamos mostrar que o regime de Franco era muito simpático ao nazismo", disse Robert Jan van Pelt, professor de História na Universidade de Waterloo, Canadá, e pesquisador sobre o Holocausto que trabalha na organização da mostra. "Mas indivíduos espanhóis podem ter agido de outro modo, e agiram". O museu de Auschwitz receberá uma quantia fixa anual para cobrir quaisquer despesas geradas pelo projeto, ainda que nem dirigentes do museu e nem a Musealia tenham especificado o valor. Se a exposição gerar lucro, o montante que o museu receberá aumentará, disse Ferreiro. A história de Auschwitz tal qual contada por meio de artefatos vai cobrir a localização física dos campos e seu papel como símbolos do ódio e da barbárie. A mostra começará pela história de Oswiecim, a cidade polonesa que abrigou os campos alemães e tinha população 60% judaica antes da guerra. Depois haverá uma seção sobre as origens do nazismo, pós-Primeira Guerra Mundial. Das 1,15 mil peças que serão exibidas, 835 virão do museu de Auschwitz. As demais foram emprestadas por outras instituições, como o museu Yad Vashem, em Israel, ou diretamente por sobreviventes e suas famílias. Muitos desses objetos não foram expostos até hoje. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Turismo e cerveja se misturam em Munique, capital da Baviera
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Sabe aquela imagem dos catálogos de agências de turismo com um alemão de rosto corado, em trajes típicos, segurando uma enorme caneca de cerveja? É um estereótipo alemão, mas muitas pessoas são vistas desse jeito mesmo na Oktoberfest, que acontece até domingo (4), em Munique, a capital do Estado da Baviera. A festa da cerveja, entretanto, é apenas uma das atrações da cidade. Em tempos de Oktoberfest ou não, entre um gole e outro, vale percorrer a Marienplatz, a praça central, o Parque Olímpico, os jardins de cerveja e as tradicionais cervejarias, além de conhecer o castelo de Nymphenburg, museus e pinacotecas. Ficar hospedado perto da Marienplatz facilita a vida. É o lugar de maior muvuca de Munique, mas também o mais bem servido de lojas, cafés, restaurantes e cervejarias. Dois dos prédios que mais aparecem em cartões postais estão bem ali: o edifício da prefeitura, com seu carrilhão de mais de 40 sinos e figuras de cobre, e a catedral de Nossa Senhora, uma igreja gótica com duas torres visíveis de boa parte da cidade. Ali também estão duas cervejarias obrigatórias: a Hofbräuhaus e a Augustiner Brau. Da Marienplatz, uma caminhada de 15 minutos leva à Hauptbahnhof, a lotada estação central de Munique. Bateu a dúvida sobre qual metrô pegar, qual a vantagem dos trens de superfície ou qual o pacote família mais em conta? Fique na fila de informações para turistas estrangeiros. Um atendente dará todas as dicas (em inglês) e você já sai com a passagem comprada. A estação também concentra uma infinidade de mercadinhos, casas de câmbio e cafeterias que ficam abertos até mais tarde. Se a fome apertar, tem sempre um lugar que vende um pretzel gigante e salgado, uma garrafa de cerveja ou um copo de café. Outro ícone do local é o Bayern, time sensação entre os jovens do mundo todo. Suas lojas de produtos oficiais (e caros) estão espalhadas por toda a parte. Se ainda estiver difícil suportar a traumática derrota do Brasil para a Alemanha, na Copa, por 7 a 1, pare em um Biergärten (espaços abertos e arborizados em que são servidas comidas e bebidas). Como dizem os alemães, não há espaço para tristezas quando se está em um "jardim de cerveja".
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turismo
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Turismo e cerveja se misturam em Munique, capital da BavieraSabe aquela imagem dos catálogos de agências de turismo com um alemão de rosto corado, em trajes típicos, segurando uma enorme caneca de cerveja? É um estereótipo alemão, mas muitas pessoas são vistas desse jeito mesmo na Oktoberfest, que acontece até domingo (4), em Munique, a capital do Estado da Baviera. A festa da cerveja, entretanto, é apenas uma das atrações da cidade. Em tempos de Oktoberfest ou não, entre um gole e outro, vale percorrer a Marienplatz, a praça central, o Parque Olímpico, os jardins de cerveja e as tradicionais cervejarias, além de conhecer o castelo de Nymphenburg, museus e pinacotecas. Ficar hospedado perto da Marienplatz facilita a vida. É o lugar de maior muvuca de Munique, mas também o mais bem servido de lojas, cafés, restaurantes e cervejarias. Dois dos prédios que mais aparecem em cartões postais estão bem ali: o edifício da prefeitura, com seu carrilhão de mais de 40 sinos e figuras de cobre, e a catedral de Nossa Senhora, uma igreja gótica com duas torres visíveis de boa parte da cidade. Ali também estão duas cervejarias obrigatórias: a Hofbräuhaus e a Augustiner Brau. Da Marienplatz, uma caminhada de 15 minutos leva à Hauptbahnhof, a lotada estação central de Munique. Bateu a dúvida sobre qual metrô pegar, qual a vantagem dos trens de superfície ou qual o pacote família mais em conta? Fique na fila de informações para turistas estrangeiros. Um atendente dará todas as dicas (em inglês) e você já sai com a passagem comprada. A estação também concentra uma infinidade de mercadinhos, casas de câmbio e cafeterias que ficam abertos até mais tarde. Se a fome apertar, tem sempre um lugar que vende um pretzel gigante e salgado, uma garrafa de cerveja ou um copo de café. Outro ícone do local é o Bayern, time sensação entre os jovens do mundo todo. Suas lojas de produtos oficiais (e caros) estão espalhadas por toda a parte. Se ainda estiver difícil suportar a traumática derrota do Brasil para a Alemanha, na Copa, por 7 a 1, pare em um Biergärten (espaços abertos e arborizados em que são servidas comidas e bebidas). Como dizem os alemães, não há espaço para tristezas quando se está em um "jardim de cerveja".
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Tropas sírias tentam retomar controle de Palmira, sob domínio do EI
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Com respaldo de bombardeios russos, forças do governo da Síria tentam retomar o controle da cidade histórica de Palmira, sob domínio do Estado Islâmico desde maio do ano passado, segundo informou uma TV estatal síria e um observatório de direitos humanos. De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, baseado no Reino Unido, as forças armadas sírias avançaram, nesta quinta-feira (24), por um distrito no sudoeste da cidade e alcançaram uma área residencial. Tropas também teriam feito avanços no norte da cidade, informou a entidade e a TV estatal Ikhbariya. Há relatos, no entanto, de que as forças não conseguiram ainda entrar na cidade. O ativista Osama al-Khatib, baseado na Turquia e original de Palmira, afirmou que as tropas ainda estão nos arredores da cidade. Uma ofensiva para retomar Palmira foi iniciada no início deste mês. Esta semana, as tropas conseguiram avançar sobre colinas ao redor da cidade, considerada patrimônio mundial pela Unesco. A tomada de Palmira pelo Estado Islâmico, no ano passado, preocupou o mundo de maneira especial, já que os extremistas destruíram pelo menos parte do patrimônio mundial existente na região. Recapturar a cidade seria uma vitória significativa tanto para as forças sírias quanto para a Rússia, que anunciou, no início do mês, a retirada de parte de suas forças do território sírio, depois de meses de bombardeios que conseguiram favorecer o lado do ditador Bashar al-Assad na guerra civil que o país enfrenta há cinco anos.
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Tropas sírias tentam retomar controle de Palmira, sob domínio do EICom respaldo de bombardeios russos, forças do governo da Síria tentam retomar o controle da cidade histórica de Palmira, sob domínio do Estado Islâmico desde maio do ano passado, segundo informou uma TV estatal síria e um observatório de direitos humanos. De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, baseado no Reino Unido, as forças armadas sírias avançaram, nesta quinta-feira (24), por um distrito no sudoeste da cidade e alcançaram uma área residencial. Tropas também teriam feito avanços no norte da cidade, informou a entidade e a TV estatal Ikhbariya. Há relatos, no entanto, de que as forças não conseguiram ainda entrar na cidade. O ativista Osama al-Khatib, baseado na Turquia e original de Palmira, afirmou que as tropas ainda estão nos arredores da cidade. Uma ofensiva para retomar Palmira foi iniciada no início deste mês. Esta semana, as tropas conseguiram avançar sobre colinas ao redor da cidade, considerada patrimônio mundial pela Unesco. A tomada de Palmira pelo Estado Islâmico, no ano passado, preocupou o mundo de maneira especial, já que os extremistas destruíram pelo menos parte do patrimônio mundial existente na região. Recapturar a cidade seria uma vitória significativa tanto para as forças sírias quanto para a Rússia, que anunciou, no início do mês, a retirada de parte de suas forças do território sírio, depois de meses de bombardeios que conseguiram favorecer o lado do ditador Bashar al-Assad na guerra civil que o país enfrenta há cinco anos.
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Argentina suspende Odebrecht de licitação de obra pública por 12 meses
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O governo da Argentina anunciou nesta segunda-feira (3) ter proibido a Odebrecht de participar de licitações de obras públicas no país por 12 meses. Para justificar a decisão, o Conselho de Registro de Construtoras, órgão técnico subordinado ao Ministério do Interior, citou as investigações contra a empreiteira que correm na Justiça argentina e no âmbito da Lava Jato, no Brasil. Em nota, a construtora brasileira afirmou que não foi notificada oficialmente da medida e que, quando isso for feito, "vai buscar que seus direitos sejam preservados". A Odebrecht é alvo de ações em três tribunais no país vizinho por suspeita de superfaturamento de obras e pagamento de propinas. De acordo com relatório do Departamento de Justiça dos EUA, baseado em informações fornecidas pela própria empresa, a Odebrecht pagou US$ 35 milhões em propinas a políticos argentinos de 2007 a 2014, mas a imprensa local estima os subornos em US$ 100 milhões. Em maio, a construtora anunciou a disposição de colaborar com a Argentina para revelar os políticos do país que teriam recebido propinas. A legislação local, porém, não prevê acordos de leniência em casos de corrupção. Na semana passada, a empresa vendeu sua participação em sua principal obra no país, para aterrar os trilhos da linha de trens Sarmiento, em Buenos Aires.
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mundo
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Argentina suspende Odebrecht de licitação de obra pública por 12 mesesO governo da Argentina anunciou nesta segunda-feira (3) ter proibido a Odebrecht de participar de licitações de obras públicas no país por 12 meses. Para justificar a decisão, o Conselho de Registro de Construtoras, órgão técnico subordinado ao Ministério do Interior, citou as investigações contra a empreiteira que correm na Justiça argentina e no âmbito da Lava Jato, no Brasil. Em nota, a construtora brasileira afirmou que não foi notificada oficialmente da medida e que, quando isso for feito, "vai buscar que seus direitos sejam preservados". A Odebrecht é alvo de ações em três tribunais no país vizinho por suspeita de superfaturamento de obras e pagamento de propinas. De acordo com relatório do Departamento de Justiça dos EUA, baseado em informações fornecidas pela própria empresa, a Odebrecht pagou US$ 35 milhões em propinas a políticos argentinos de 2007 a 2014, mas a imprensa local estima os subornos em US$ 100 milhões. Em maio, a construtora anunciou a disposição de colaborar com a Argentina para revelar os políticos do país que teriam recebido propinas. A legislação local, porém, não prevê acordos de leniência em casos de corrupção. Na semana passada, a empresa vendeu sua participação em sua principal obra no país, para aterrar os trilhos da linha de trens Sarmiento, em Buenos Aires.
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Figura-chave em crise dos reféns no Irã, embaixador morre aos 81
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Ken Taylor, embaixador do Canadá no Irã que abrigou americanos em sua casa durante a crise dos reféns em Teerã, em 1979, morreu nesta quinta-feira (15), em Toronto, aos 81 anos. Segundo sua mulher, Pat, Taylor lutava havia dois meses contra um câncer no intestino. Em novembro de 1979, durante o governo de Jimmy Carter na Casa Branca, estudantes iranianos invadiram a embaixada americana em Teerã para pressionar Washington a extraditar o xá Reza Pahlavi, abrigado nos EUA após ser derrubado pela Revolução Islâmica. O embaixador canadense conseguiu abrigar seis diplomatas americanos em sua casa na capital iraniana e na de seu vice, John Sheardown, por três meses. Depois facilitou sua fuga, obtendo bilhetes de avião e convencendo o governo do Canadá a emitir passaportes falsos. Outros 52 americanos, porém, ficaram presos por 444 dias –só foram libertados em 1981, após a posse do sucessor de Carter, Ronald Reagan. Elogiado como herói por americanos e canadenses, Taylor teve sua história contada em "Argo", dirigido por Ben Affleck, que ganhou o Oscar de melhor filme em 2013. O diplomata sempre procurou minimizar o seu papel e o do Canadá na crise dos reféns. "Ele deixou um legado de generosidade –fez tudo por todos, sem nenhuma expectativa de receber algo de volta", declarou sua viúva. Ken Taylor foi homenageado por Reagan na Casa Branca, nomeado cônsul-geral do Canadá e recebeu a chave da cidade de Nova York. Ainda no início deste ano, ele foi reconhecido e aplaudido de pé em um jogo de hóquei dos New York Rangers. O atual secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse em sua conta no Twitter que as ações do embaixador foram de "pura coragem" e ressaltou a profundidade dos laços entre EUA e Canadá.
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Figura-chave em crise dos reféns no Irã, embaixador morre aos 81Ken Taylor, embaixador do Canadá no Irã que abrigou americanos em sua casa durante a crise dos reféns em Teerã, em 1979, morreu nesta quinta-feira (15), em Toronto, aos 81 anos. Segundo sua mulher, Pat, Taylor lutava havia dois meses contra um câncer no intestino. Em novembro de 1979, durante o governo de Jimmy Carter na Casa Branca, estudantes iranianos invadiram a embaixada americana em Teerã para pressionar Washington a extraditar o xá Reza Pahlavi, abrigado nos EUA após ser derrubado pela Revolução Islâmica. O embaixador canadense conseguiu abrigar seis diplomatas americanos em sua casa na capital iraniana e na de seu vice, John Sheardown, por três meses. Depois facilitou sua fuga, obtendo bilhetes de avião e convencendo o governo do Canadá a emitir passaportes falsos. Outros 52 americanos, porém, ficaram presos por 444 dias –só foram libertados em 1981, após a posse do sucessor de Carter, Ronald Reagan. Elogiado como herói por americanos e canadenses, Taylor teve sua história contada em "Argo", dirigido por Ben Affleck, que ganhou o Oscar de melhor filme em 2013. O diplomata sempre procurou minimizar o seu papel e o do Canadá na crise dos reféns. "Ele deixou um legado de generosidade –fez tudo por todos, sem nenhuma expectativa de receber algo de volta", declarou sua viúva. Ken Taylor foi homenageado por Reagan na Casa Branca, nomeado cônsul-geral do Canadá e recebeu a chave da cidade de Nova York. Ainda no início deste ano, ele foi reconhecido e aplaudido de pé em um jogo de hóquei dos New York Rangers. O atual secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse em sua conta no Twitter que as ações do embaixador foram de "pura coragem" e ressaltou a profundidade dos laços entre EUA e Canadá.
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Justiça derruba decisão que vetava aumento de velocidade nas marginais
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O Tribunal de Justiça de São Paulo acolheu nesta terça-feira (24) o recurso da gestão João Doria (PSDB) contra decisão liminar que vetava o aumento das velocidades nas marginais Tietê e Pinheiros. Com isso, a prefeitura vai restabelecer, a partir da 0h desta quarta (25), os antigos limites máximos para essas vias, promessa do tucano na campanha eleitoral –alvo de críticas de especialistas e entidades ligadas ao transporte. As velocidades máximas serão reajustadas de 70 km/h para 90 km/h (pista expressa), de 60 km/h para 70 km/h (central), e 50 km/h para 60 km/h (local). A exceção é a faixa mais à direita da pista local, que permanece com o antigo limite de 50 km/h, implementado durante o mandato de Fernando Haddad (PT), em julho de 2015. As primeiras placas com as novas velocidades começaram a ser ajustadas na noite desta terça e deverão seguir pela madrugada. O discurso da gestão Doria é de que a extensão completa das duas marginais somadas possa significar uma economia de até 15 minutos. Na decisão que liberou a gestão Doria para implantar a mudança, a desembargadora Flora Maria Nesi Tossi Silva afirmou que "não é possível atribuir a redução de acidentes e mortes nas marginais única e exclusivamente à redução da velocidade nas mencionadas vias públicas". De acordo com a magistrada, "é cediço que a segurança no trânsito não deriva exclusivamente da velocidade imposta [...], mas também, e essencialmente, da educação de seus usuários, bem como da fiscalização exercida pelo poder público [...] e ainda de outras medidas que sejam necessárias para tanto". A prefeitura afirma que a elevação dos limites será acompanhada de outras medidas para a segurança viária, como parte do projeto batizado de Marginal Segura. No anúncio do programa, Doria disse contar com apoio majoritário da opinião pública para elevar as velocidades e prometeu um amplo pacote de sinalização, orientação e fiscalização para combater os problemas dessas vias. Com vítimas nos veículos - Atropelamentos - Em visita às marginais Pinheiros e Tietê nos últimos dias, a Folha presenciou ambulantes, alagamentos, buracos, fabricantes de casinhas de cachorros e pistas com tinta quase apagada e favelas nas margens das vias. O secretário de Transportes, Sérgio Avelleda, comentou a questão dos ambulantes. Disse que a presença desses comerciantes nas pistas será "intolerável" e foco de intensa fiscalização. Avelleda afirmou que a equipe da prefeitura realizou mais de 180 apreensões de mercadorias nas marginais apenas nesta segunda-feira (23). O processo judicial sobre os novos limites de velocidade começou na semana passada, quando a Ciclocidade (Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo) pediu a suspensão da medida. Na sexta-feira (20), um juiz de primeira instância proferiu liminar favorável à associação, decisão derrubada em segunda instância. Em nota, a Ciclocidade já afirmou que recorrerá da decisão do Tribunal de Justiça ainda nesta semana. O sistema Infosiga, ligado à gestão Geraldo Alckmin (PSDB), aponta que a capital paulista teve 950 mortes no trânsito em 2016, uma redução de 15,1% em relação às 1.119 mortes registradas pelo sistema no ano anterior. No Estado, a queda foi de 5,6%. Considerando só as marginais antes e após a redução de velocidade, os acidentes fatais tiveram redução ainda mais significativa –quase 50%. De agosto de 2015 (primeiro mês completo com os limites mais baixos) a outubro de 2016, foram 39 acidentes com mortos– 38 a menos que nos 15 meses anteriores. A marginal Tietê completou 19 meses sem morte por atropelamento.
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cotidiano
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Justiça derruba decisão que vetava aumento de velocidade nas marginaisO Tribunal de Justiça de São Paulo acolheu nesta terça-feira (24) o recurso da gestão João Doria (PSDB) contra decisão liminar que vetava o aumento das velocidades nas marginais Tietê e Pinheiros. Com isso, a prefeitura vai restabelecer, a partir da 0h desta quarta (25), os antigos limites máximos para essas vias, promessa do tucano na campanha eleitoral –alvo de críticas de especialistas e entidades ligadas ao transporte. As velocidades máximas serão reajustadas de 70 km/h para 90 km/h (pista expressa), de 60 km/h para 70 km/h (central), e 50 km/h para 60 km/h (local). A exceção é a faixa mais à direita da pista local, que permanece com o antigo limite de 50 km/h, implementado durante o mandato de Fernando Haddad (PT), em julho de 2015. As primeiras placas com as novas velocidades começaram a ser ajustadas na noite desta terça e deverão seguir pela madrugada. O discurso da gestão Doria é de que a extensão completa das duas marginais somadas possa significar uma economia de até 15 minutos. Na decisão que liberou a gestão Doria para implantar a mudança, a desembargadora Flora Maria Nesi Tossi Silva afirmou que "não é possível atribuir a redução de acidentes e mortes nas marginais única e exclusivamente à redução da velocidade nas mencionadas vias públicas". De acordo com a magistrada, "é cediço que a segurança no trânsito não deriva exclusivamente da velocidade imposta [...], mas também, e essencialmente, da educação de seus usuários, bem como da fiscalização exercida pelo poder público [...] e ainda de outras medidas que sejam necessárias para tanto". A prefeitura afirma que a elevação dos limites será acompanhada de outras medidas para a segurança viária, como parte do projeto batizado de Marginal Segura. No anúncio do programa, Doria disse contar com apoio majoritário da opinião pública para elevar as velocidades e prometeu um amplo pacote de sinalização, orientação e fiscalização para combater os problemas dessas vias. Com vítimas nos veículos - Atropelamentos - Em visita às marginais Pinheiros e Tietê nos últimos dias, a Folha presenciou ambulantes, alagamentos, buracos, fabricantes de casinhas de cachorros e pistas com tinta quase apagada e favelas nas margens das vias. O secretário de Transportes, Sérgio Avelleda, comentou a questão dos ambulantes. Disse que a presença desses comerciantes nas pistas será "intolerável" e foco de intensa fiscalização. Avelleda afirmou que a equipe da prefeitura realizou mais de 180 apreensões de mercadorias nas marginais apenas nesta segunda-feira (23). O processo judicial sobre os novos limites de velocidade começou na semana passada, quando a Ciclocidade (Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo) pediu a suspensão da medida. Na sexta-feira (20), um juiz de primeira instância proferiu liminar favorável à associação, decisão derrubada em segunda instância. Em nota, a Ciclocidade já afirmou que recorrerá da decisão do Tribunal de Justiça ainda nesta semana. O sistema Infosiga, ligado à gestão Geraldo Alckmin (PSDB), aponta que a capital paulista teve 950 mortes no trânsito em 2016, uma redução de 15,1% em relação às 1.119 mortes registradas pelo sistema no ano anterior. No Estado, a queda foi de 5,6%. Considerando só as marginais antes e após a redução de velocidade, os acidentes fatais tiveram redução ainda mais significativa –quase 50%. De agosto de 2015 (primeiro mês completo com os limites mais baixos) a outubro de 2016, foram 39 acidentes com mortos– 38 a menos que nos 15 meses anteriores. A marginal Tietê completou 19 meses sem morte por atropelamento.
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Projeto para mudar Lei Maria da Penha avança e divide entidades
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Após dez anos da Lei Maria da Penha, um projeto que altera parte do trâmite de atendimento e proteção às mulheres vítimas de violência doméstica tem avançado no Congresso e despertado polêmica no país. O impasse está no trecho que autoriza delegados de polícia a concederem medidas de proteção às vítimas –como a proibição do agressor de se aproximar, por exemplo. Hoje, essa prerrogativa cabe apenas ao juiz. Segundo o projeto, a possibilidade ocorreria diante de situações de "risco iminente" à vida e integridade física e psicológica da mulher. Nesses casos, o delegado poderia conceder a medida, desde que o juiz seja comunicado em até 24 horas. Em seguida, caberia ao magistrado manter ou rever a decisão. Aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado na última semana, o projeto está na pauta do plenário da Casa, mas ainda não há data prevista de votação. Números da agressão contra a mulher - Tipo de violência sofrida, em %* Associações de defesa dos direitos das mulheres, no entanto, dizem não terem sido consultadas e têm feito pressão para que haja mais tempo para discutir a proposta. "A lei foi criada de maneira democrática, ouvindo a todos. Essa mudança está sendo feita de forma totalmente inversa", diz Michele Savicki, coordenadora de projetos da Themis, organização que atuou na elaboração da lei. Para essas entidades, a proposta é inconstitucional e pode gerar questionamentos na Justiça. Pela Constituição, só o Judiciário pode decidir sobre medidas que tratam de direitos, como o de ir e vir. Além do debate sobre a interferência no papel dos juízes, Ana Paula Lewin, do núcleo da mulher da Defensoria Pública de São Paulo, também tem dúvidas de como a mudança seria efetivada. "Como vai ser cumprida? A delegacia tem equipes suficientes?", questiona. Para Lewin, a proposta acaba por afastar a violência doméstica de uma resolução conjunta entre várias instituições. "Quando trazem a discussão só para dentro da delegacia, só se pensa em criminalizar a questão." O projeto também foi alvo de resistência de um grupo de senadoras na última semana, que defendiam ampliar a discussão. Elas argumentavam que a medida é "corporativa travestida de protetiva" e citavam a preocupação com a qualidade do atendimento policial nas delegacias. Números da agressão contra a mulher - Local da agressão, em % SEM ACESSO Delegados contestam e dizem que muitas mulheres hoje sofrem para ter acesso a medidas de proteção e acabam mais tempo sob risco de uma nova agressão. "Somos a ponta da linha. O que temos observado é uma demora em conceder essas medidas. Não por demora do Judiciário, mas por questão de demanda", diz Marilda Pinheiro, da Adpesp (associação dos delegados de São Paulo). "A delegacia está aberta, mas o Judiciário, não. A sensação é de impotência." Pelo texto atual da Lei Maria da Penha, delegados têm até 48 horas para enviar o pedido das mulheres à Justiça. Em seguida, os juízes têm o mesmo prazo para conceder as medidas protetivas. A associação que representa os juízes contesta a demora. "A mulher procura a delegacia, e a delegacia não envia [o caso] ao juiz em medida de urgência", afirma Rayanne Alencar, vice-presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros). "A falha está nas delegacias que estão desestruturadas para resolver esse trabalho." Alencar diz ainda que a proposta não está de acordo com a realidade do país. "Nas cidades do interior, boa parte das delegacias ainda está sob responsabilidade da Polícia Militar por falta de delegados. Por mais bem intencionado que seja, o preparo não é o indicado. Isso coloca em risco a efetividade da medida [de proteção]." Números da agressão contra a mulher - Relação com o agressor, em %*
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cotidiano
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Projeto para mudar Lei Maria da Penha avança e divide entidadesApós dez anos da Lei Maria da Penha, um projeto que altera parte do trâmite de atendimento e proteção às mulheres vítimas de violência doméstica tem avançado no Congresso e despertado polêmica no país. O impasse está no trecho que autoriza delegados de polícia a concederem medidas de proteção às vítimas –como a proibição do agressor de se aproximar, por exemplo. Hoje, essa prerrogativa cabe apenas ao juiz. Segundo o projeto, a possibilidade ocorreria diante de situações de "risco iminente" à vida e integridade física e psicológica da mulher. Nesses casos, o delegado poderia conceder a medida, desde que o juiz seja comunicado em até 24 horas. Em seguida, caberia ao magistrado manter ou rever a decisão. Aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado na última semana, o projeto está na pauta do plenário da Casa, mas ainda não há data prevista de votação. Números da agressão contra a mulher - Tipo de violência sofrida, em %* Associações de defesa dos direitos das mulheres, no entanto, dizem não terem sido consultadas e têm feito pressão para que haja mais tempo para discutir a proposta. "A lei foi criada de maneira democrática, ouvindo a todos. Essa mudança está sendo feita de forma totalmente inversa", diz Michele Savicki, coordenadora de projetos da Themis, organização que atuou na elaboração da lei. Para essas entidades, a proposta é inconstitucional e pode gerar questionamentos na Justiça. Pela Constituição, só o Judiciário pode decidir sobre medidas que tratam de direitos, como o de ir e vir. Além do debate sobre a interferência no papel dos juízes, Ana Paula Lewin, do núcleo da mulher da Defensoria Pública de São Paulo, também tem dúvidas de como a mudança seria efetivada. "Como vai ser cumprida? A delegacia tem equipes suficientes?", questiona. Para Lewin, a proposta acaba por afastar a violência doméstica de uma resolução conjunta entre várias instituições. "Quando trazem a discussão só para dentro da delegacia, só se pensa em criminalizar a questão." O projeto também foi alvo de resistência de um grupo de senadoras na última semana, que defendiam ampliar a discussão. Elas argumentavam que a medida é "corporativa travestida de protetiva" e citavam a preocupação com a qualidade do atendimento policial nas delegacias. Números da agressão contra a mulher - Local da agressão, em % SEM ACESSO Delegados contestam e dizem que muitas mulheres hoje sofrem para ter acesso a medidas de proteção e acabam mais tempo sob risco de uma nova agressão. "Somos a ponta da linha. O que temos observado é uma demora em conceder essas medidas. Não por demora do Judiciário, mas por questão de demanda", diz Marilda Pinheiro, da Adpesp (associação dos delegados de São Paulo). "A delegacia está aberta, mas o Judiciário, não. A sensação é de impotência." Pelo texto atual da Lei Maria da Penha, delegados têm até 48 horas para enviar o pedido das mulheres à Justiça. Em seguida, os juízes têm o mesmo prazo para conceder as medidas protetivas. A associação que representa os juízes contesta a demora. "A mulher procura a delegacia, e a delegacia não envia [o caso] ao juiz em medida de urgência", afirma Rayanne Alencar, vice-presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros). "A falha está nas delegacias que estão desestruturadas para resolver esse trabalho." Alencar diz ainda que a proposta não está de acordo com a realidade do país. "Nas cidades do interior, boa parte das delegacias ainda está sob responsabilidade da Polícia Militar por falta de delegados. Por mais bem intencionado que seja, o preparo não é o indicado. Isso coloca em risco a efetividade da medida [de proteção]." Números da agressão contra a mulher - Relação com o agressor, em %*
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STF abre novo inquérito sobre Renan, agora por suspeitas no Postalis
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O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou neste mês de agosto a abertura de mais um inquérito sobre o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), desta vez por suspeitas de irregularidades no Postalis, o fundo de pensão dos servidores dos Correios. Com esse, Renan é alvo de 17 inquéritos no Supremo –13 deles no âmbito da Operação Lava Jato, além de ser réu em uma ação penal após a corte receber denúncia sob acusação de peculato em dezembro do ano passado. Os indícios de irregularidades no Postalis surgiram durante as investigações da Lava Jato e foram enviados em maio ao ministro Edson Fachin, relator dos casos relacionados à operação no STF. Fachin entendeu que as suspeitas não tinham conexão com os esquemas apurados na Lava Jato e determinou sua redistribuição. No início deste mês, o caso foi sorteado para Barroso, que autorizou a instauração do inquérito no último dia 9. Na quarta-feira (23), Barroso retirou o sigilo e determinou que a Polícia Federal faça diligências. Conforme o pedido de abertura do inquérito feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República), o foco da investigação são operações milionárias realizadas pelo Postalis com a compra de papéis de empresas de fachada que seriam geridas por Milton Lyra e Arthur Machado –o primeiro, um lobista ligado ao PMDB e a Renan, segundo as apurações. Algumas dessas operações consistiam na criação de empresas com o objetivo de emitir debêntures que seriam integralmente adquiridas pelo Postalis. Os investigados Lyra e Machado teriam captado R$ 570 milhões do fundo em investimentos que, segundo a PGR, "nunca saíram do papel". Entre os indícios que constam do despacho de Barroso, há menção a um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que aponta movimentação atípica nas supostas empresas de fachada dos operadores Lyra e Machado, trechos da delação do ex-senador Delcídio do Amaral sobre a influência de Lyra no Postalis e partes da delação do doleiro Alberto Youssef sobre a relação de Renan com o fundo previdenciário. "No presente caso, um primeiro exame dos autos revela elementos de participação direta do Parlamentar [Renan] nos fatos narrados. Não se está diante de notícia sem qualquer apoio indiciário ou de notícia fundada somente em denúncia anônima, devendo-se dar prevalência, diante disso, ao interesse da sociedade em ver esclarecidos os fatos", escreveu Barroso. OURO LADO O senador Renan Calheiros disse, por meio de nota de sua assessoria, que essa é "mais uma acusação sem provas". "Essa é uma história requentada e mais uma acusação do procurador sem provas. O ministro Teori [Zavascki, antigo relator da Lava Jato no STF] devolveu uma denúncia contra mim considerando-a inepta e outra já foi arquivada. Essa também será porque nunca tive lobista ou operador. Nunca autorizei que falassem em meu nome em nenhum lugar, muito menos na Postalis", afirmou Renan. A assessoria de Milton Lyra afirmou, em nota, que ele não é e nunca foi intermediário de repasse de qualquer quantia a congressistas. "O empresário jamais teve qualquer tipo de negócio com o fundo Postalis e tampouco é verdadeira a afirmação de que ele seja gestor de 'empresas de fachada'. Milton Lyra é o principal interessado na conclusão das investigações, para o que colabora integralmente no esclarecimento das falsas acusações, como essas, das quais tem sido vítima", diz a nota. A reportagem não conseguiu localizar Arthur Machado na tarde desta segunda-feira (28).
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poder
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STF abre novo inquérito sobre Renan, agora por suspeitas no PostalisO ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou neste mês de agosto a abertura de mais um inquérito sobre o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), desta vez por suspeitas de irregularidades no Postalis, o fundo de pensão dos servidores dos Correios. Com esse, Renan é alvo de 17 inquéritos no Supremo –13 deles no âmbito da Operação Lava Jato, além de ser réu em uma ação penal após a corte receber denúncia sob acusação de peculato em dezembro do ano passado. Os indícios de irregularidades no Postalis surgiram durante as investigações da Lava Jato e foram enviados em maio ao ministro Edson Fachin, relator dos casos relacionados à operação no STF. Fachin entendeu que as suspeitas não tinham conexão com os esquemas apurados na Lava Jato e determinou sua redistribuição. No início deste mês, o caso foi sorteado para Barroso, que autorizou a instauração do inquérito no último dia 9. Na quarta-feira (23), Barroso retirou o sigilo e determinou que a Polícia Federal faça diligências. Conforme o pedido de abertura do inquérito feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República), o foco da investigação são operações milionárias realizadas pelo Postalis com a compra de papéis de empresas de fachada que seriam geridas por Milton Lyra e Arthur Machado –o primeiro, um lobista ligado ao PMDB e a Renan, segundo as apurações. Algumas dessas operações consistiam na criação de empresas com o objetivo de emitir debêntures que seriam integralmente adquiridas pelo Postalis. Os investigados Lyra e Machado teriam captado R$ 570 milhões do fundo em investimentos que, segundo a PGR, "nunca saíram do papel". Entre os indícios que constam do despacho de Barroso, há menção a um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que aponta movimentação atípica nas supostas empresas de fachada dos operadores Lyra e Machado, trechos da delação do ex-senador Delcídio do Amaral sobre a influência de Lyra no Postalis e partes da delação do doleiro Alberto Youssef sobre a relação de Renan com o fundo previdenciário. "No presente caso, um primeiro exame dos autos revela elementos de participação direta do Parlamentar [Renan] nos fatos narrados. Não se está diante de notícia sem qualquer apoio indiciário ou de notícia fundada somente em denúncia anônima, devendo-se dar prevalência, diante disso, ao interesse da sociedade em ver esclarecidos os fatos", escreveu Barroso. OURO LADO O senador Renan Calheiros disse, por meio de nota de sua assessoria, que essa é "mais uma acusação sem provas". "Essa é uma história requentada e mais uma acusação do procurador sem provas. O ministro Teori [Zavascki, antigo relator da Lava Jato no STF] devolveu uma denúncia contra mim considerando-a inepta e outra já foi arquivada. Essa também será porque nunca tive lobista ou operador. Nunca autorizei que falassem em meu nome em nenhum lugar, muito menos na Postalis", afirmou Renan. A assessoria de Milton Lyra afirmou, em nota, que ele não é e nunca foi intermediário de repasse de qualquer quantia a congressistas. "O empresário jamais teve qualquer tipo de negócio com o fundo Postalis e tampouco é verdadeira a afirmação de que ele seja gestor de 'empresas de fachada'. Milton Lyra é o principal interessado na conclusão das investigações, para o que colabora integralmente no esclarecimento das falsas acusações, como essas, das quais tem sido vítima", diz a nota. A reportagem não conseguiu localizar Arthur Machado na tarde desta segunda-feira (28).
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Furacão Patricia chega à costa oeste do território mexicano
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O furacão Patricia atingiu o território mexicano nesta sexta (23) às 19h15, no horário local (22h15 em Brasília), cerca de 90 quilômetros a noroeste da cidade de Manzanillo. A tempestade trazia ventos de 265 km/h quando atingiu o continente e era classificado como um furacão de categoria 5 na escala Saffir Simpson, mas ele perdeu força e já foi reclassificado para a categoria 4. Nesta sexta, o México entrou em alerta máximo após autoridades informarem que o furacão Patricia poderia chegar à costa com ventos de 325 km/h. Este é o mais poderoso já registrado, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA. A categoria 5 é a última da escala e inclui furacões com ventos acima de 248 km/h. O único outro furacão de categoria 5 no Pacífico a atingir a terra também chegou ao continente perto de Manzanillo, que está no caminho do Patricia. Em 1959, um furacão sem nome atingiu a região, causando a morte de cerca de 1.800 pessoas. CATEGORIA 6 Com os 325 km/h, o Patrícia superou os 315 km/h do Haiyan, que devastou as Filipinas em novembro de 2013. "Estamos diante de um fenômeno da natureza, uma força nunca vista antes no mundo. Advirto que teremos de enfrentar momentos difíceis", disse o presidente do México, Enrique Peña Nieto, a uma rádio local. "Todos os furacões que nos atingiram no passado, Gilberto, Wilma..., não chegaram aos 300 km/h. Se houvesse uma categoria 6 [na escala Saffir Simpson], este furacão estaria nessa categoria", acrescentou Peña Nieto, pedindo em seguida que as pessoas nas zonas de risco buscassem abrigo e seguissem a orientação dos funcionários do governo. CARROS, CASAS, PESSOAS Autoridades alertaram a população de que um furacão com tal intensidade é capaz de levantar automóveis, destruir casas que não estejam cimentadas com aço e arrastar pessoas nas ruas. O governo mexicano declarou estado de emergência e ordenou a evacuação de pequenas populações costeiras, o fechamento de alguns portos em alguns Estados, o corte preventivo de energia, a suspensão de aulas em várias áreas de risco e a retirada de milhares de turistas. DEVASTADOR Segundo o ministro do Interior, Miguel Ángel Osorio, a situação é especialmente preocupante na região turística de Puerto Vallarta (Jalisco), onde poucas pessoas procuraram os abrigos disponibilizados. "As pessoas precisam entender a magnitude desse furacão, ele será devastador, o maior já registrado", disse na manhã de sexta. Nos hotéis da cidade, dezenas de pessoas faziam check-out temendo a chegada do Patricia. "O hotel nos disse que nada vai acontecer, mas é a natureza. Tudo pode acontecer", disse Sandra Rojas, turista costa-riquenha. Segundo o jornal "El Universal", já foram retirados ao menos 10 mil turistas da costa do Estado de Jalisco. No Twitter, Peña Nieto lançou apelo para que a população seguisse as recomendações da Conagua (Comissão Nacional da Água), o serviço meteorológico do México.
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Furacão Patricia chega à costa oeste do território mexicanoO furacão Patricia atingiu o território mexicano nesta sexta (23) às 19h15, no horário local (22h15 em Brasília), cerca de 90 quilômetros a noroeste da cidade de Manzanillo. A tempestade trazia ventos de 265 km/h quando atingiu o continente e era classificado como um furacão de categoria 5 na escala Saffir Simpson, mas ele perdeu força e já foi reclassificado para a categoria 4. Nesta sexta, o México entrou em alerta máximo após autoridades informarem que o furacão Patricia poderia chegar à costa com ventos de 325 km/h. Este é o mais poderoso já registrado, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA. A categoria 5 é a última da escala e inclui furacões com ventos acima de 248 km/h. O único outro furacão de categoria 5 no Pacífico a atingir a terra também chegou ao continente perto de Manzanillo, que está no caminho do Patricia. Em 1959, um furacão sem nome atingiu a região, causando a morte de cerca de 1.800 pessoas. CATEGORIA 6 Com os 325 km/h, o Patrícia superou os 315 km/h do Haiyan, que devastou as Filipinas em novembro de 2013. "Estamos diante de um fenômeno da natureza, uma força nunca vista antes no mundo. Advirto que teremos de enfrentar momentos difíceis", disse o presidente do México, Enrique Peña Nieto, a uma rádio local. "Todos os furacões que nos atingiram no passado, Gilberto, Wilma..., não chegaram aos 300 km/h. Se houvesse uma categoria 6 [na escala Saffir Simpson], este furacão estaria nessa categoria", acrescentou Peña Nieto, pedindo em seguida que as pessoas nas zonas de risco buscassem abrigo e seguissem a orientação dos funcionários do governo. CARROS, CASAS, PESSOAS Autoridades alertaram a população de que um furacão com tal intensidade é capaz de levantar automóveis, destruir casas que não estejam cimentadas com aço e arrastar pessoas nas ruas. O governo mexicano declarou estado de emergência e ordenou a evacuação de pequenas populações costeiras, o fechamento de alguns portos em alguns Estados, o corte preventivo de energia, a suspensão de aulas em várias áreas de risco e a retirada de milhares de turistas. DEVASTADOR Segundo o ministro do Interior, Miguel Ángel Osorio, a situação é especialmente preocupante na região turística de Puerto Vallarta (Jalisco), onde poucas pessoas procuraram os abrigos disponibilizados. "As pessoas precisam entender a magnitude desse furacão, ele será devastador, o maior já registrado", disse na manhã de sexta. Nos hotéis da cidade, dezenas de pessoas faziam check-out temendo a chegada do Patricia. "O hotel nos disse que nada vai acontecer, mas é a natureza. Tudo pode acontecer", disse Sandra Rojas, turista costa-riquenha. Segundo o jornal "El Universal", já foram retirados ao menos 10 mil turistas da costa do Estado de Jalisco. No Twitter, Peña Nieto lançou apelo para que a população seguisse as recomendações da Conagua (Comissão Nacional da Água), o serviço meteorológico do México.
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Metrô de São Paulo perde passageiros pela primeira vez em 12 anos
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Pela primeira vez desde 2004, o Metrô de São Paulo registrou diminuição no número total de passageiros transportados em um ano. Dados obtidos pela Folha mostram que, no ano passado, a companhia ligada ao governo Geraldo Alckmin (PSDB) transportou 1,107 bilhão de passageiros –10 milhões a menos que em 2015. Interrompeu-se, com essa queda de 0,9%, um aumento contínuo de mais de uma década na demanda do Metrô. A principal explicação para esse resultado é a crise econômica, que reduz os deslocamentos diários por motivos diversos, como desemprego. Mas a lentidão na expansão da rede (que não ganhou nenhuma nova estação em 2016) também dificulta a migração de usuários de outros transportes, como carros e ônibus, para a rede sobre trilhos. Queda similar ocorreu na CPTM (companhia de trens), que perdeu 12 milhões de passageiros na comparação entre 2015 e 2016. No ano passado, foram 819,4 milhões de usuários, redução de 1,4%. MENOS PASSAGEIROS - Metrô tem primeira queda no volume total de passageiros transportados desde 2004 Com menos usuários, a arrecadação do Metrô é diretamente afetada. Se os 10 milhões de passageiros perdidos utilizassem o bilhete unitário, cuja tarifa é de R$ 3,80, significaria R$ 38 milhões a mais no caixa da empresa. Esse cenário prejudica os serviços oferecidos. Como a Folha revelou no mês passado, o Metrô reduziu em quase 60% os gastos com investimentos em operação e manutenção de linhas, trens e estações nos últimos dois anos. Além da queda de passageiros, a companhia enfrenta os efeitos do número crescente de viagens com passe livre oferecido pelo Estado a determinadas categorias, como estudantes de baixa renda, pessoas com deficiência e idosos acima dos 60 anos. Com isso, aumenta a dependência do Metrô quanto aos repasses do governo para custear tais viagens. No ano passado, foram mais de R$ 600 milhões. Em 2015, quando previa desembolsar R$ 330 milhões com gratuidades, o Estado acabou dando um calote de R$ 66 milhões na companhia. Outro problema para o equilíbrio financeiro em 2017 é a manutenção dos preços dos bilhetes unitários em R$ 3,80. A gestão Alckmin tomou a decisão mesmo após recomendações da companhia contra o congelamento. Com a decisão da Justiça de vetar o aumento nos bilhetes temporais e de integração, o Estado estima uma arrecadação de R$ 16 milhões a menos por mês. A gestão Alckmin aguarda julgamento de recurso interposto no Superior Tribunal de Justiça para definir seus próximos passos. DESEMPREGO A queda de passageiros no sistema de trilhos ocorre "muito em virtude do desemprego", que faz com que as pessoas se desloquem menos pela Grande São Paulo. A opinião é de Clodoaldo Pelissioni, secretário de Transportes Metropolitanos da gestão de Geraldo Alckmin (PSDB). Especialistas consultados pela reportagem concordam com essa análise quanto aos efeitos da crise econômica. Na avaliação de Luiz Carlos Mantovani Néspoli, superintendente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), "a economia derrubou tudo. Como não houve migração de usuários do sistema metroviário para carros ou motos, então essas pessoas realmente reduziram seus deslocamentos". Horácio Figueira, consultor em transportes e mestre pela USP, pondera que esta ainda é uma queda pequena. "Estamos falando de algo como 27 mil passageiros a menos por dia em um sistema que transporta 4 milhões." Um fator destacado pelo especialista na estabilização da demanda é a falta de abertura de novas estações. "Novas estações tendem a somar passageiros ao sistema. Com as inaugurações previstas para este ano, 2017 certamente vai ter um número maior de usuários", diz Figueira. O governo Alckmin promete entregar nove novas estações da extensão da linha 5-lilás até o fim deste ano. A última estação aberta ao público foi a Fradique Coutinho (linha 4-amarela), inaugurada em novembro de 2014. RECEITAS EM 2017 O secretário avalia que o Metrô não sofrerá problemas neste ano. "O importante é que, na proposta orçamentária deste ano, a companhia paga suas contas, e estamos com um trabalho para incrementar as receitas não tarifárias", afirma Pelissioni. Há, no entanto, uma questão importante a ser resolvida para manter o equilíbrio financeiro da empresa em 2017: a decisão sobre o preço dos bilhetes. A gestão Alckmin congelou em R$ 3,80 a tarifa unitária, mesmo após ouvir recomendações feitas pela direção da companhia contra o congelamento das tarifas. Com a decisão da Justiça paulista de vetar o aumento nos bilhetes temporais e de integração, o Estado estima uma arrecadação de R$ 16 milhões a menos por mês. A gestão Alckmin aguarda agora o julgamento do STJ (Superior Tribunal de Justiça). "De todo modo, vamos ter que cobrir os R$ 32 milhões [do primeiro bimestre] com economias", diz Pelissioni.
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cotidiano
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Metrô de São Paulo perde passageiros pela primeira vez em 12 anosPela primeira vez desde 2004, o Metrô de São Paulo registrou diminuição no número total de passageiros transportados em um ano. Dados obtidos pela Folha mostram que, no ano passado, a companhia ligada ao governo Geraldo Alckmin (PSDB) transportou 1,107 bilhão de passageiros –10 milhões a menos que em 2015. Interrompeu-se, com essa queda de 0,9%, um aumento contínuo de mais de uma década na demanda do Metrô. A principal explicação para esse resultado é a crise econômica, que reduz os deslocamentos diários por motivos diversos, como desemprego. Mas a lentidão na expansão da rede (que não ganhou nenhuma nova estação em 2016) também dificulta a migração de usuários de outros transportes, como carros e ônibus, para a rede sobre trilhos. Queda similar ocorreu na CPTM (companhia de trens), que perdeu 12 milhões de passageiros na comparação entre 2015 e 2016. No ano passado, foram 819,4 milhões de usuários, redução de 1,4%. MENOS PASSAGEIROS - Metrô tem primeira queda no volume total de passageiros transportados desde 2004 Com menos usuários, a arrecadação do Metrô é diretamente afetada. Se os 10 milhões de passageiros perdidos utilizassem o bilhete unitário, cuja tarifa é de R$ 3,80, significaria R$ 38 milhões a mais no caixa da empresa. Esse cenário prejudica os serviços oferecidos. Como a Folha revelou no mês passado, o Metrô reduziu em quase 60% os gastos com investimentos em operação e manutenção de linhas, trens e estações nos últimos dois anos. Além da queda de passageiros, a companhia enfrenta os efeitos do número crescente de viagens com passe livre oferecido pelo Estado a determinadas categorias, como estudantes de baixa renda, pessoas com deficiência e idosos acima dos 60 anos. Com isso, aumenta a dependência do Metrô quanto aos repasses do governo para custear tais viagens. No ano passado, foram mais de R$ 600 milhões. Em 2015, quando previa desembolsar R$ 330 milhões com gratuidades, o Estado acabou dando um calote de R$ 66 milhões na companhia. Outro problema para o equilíbrio financeiro em 2017 é a manutenção dos preços dos bilhetes unitários em R$ 3,80. A gestão Alckmin tomou a decisão mesmo após recomendações da companhia contra o congelamento. Com a decisão da Justiça de vetar o aumento nos bilhetes temporais e de integração, o Estado estima uma arrecadação de R$ 16 milhões a menos por mês. A gestão Alckmin aguarda julgamento de recurso interposto no Superior Tribunal de Justiça para definir seus próximos passos. DESEMPREGO A queda de passageiros no sistema de trilhos ocorre "muito em virtude do desemprego", que faz com que as pessoas se desloquem menos pela Grande São Paulo. A opinião é de Clodoaldo Pelissioni, secretário de Transportes Metropolitanos da gestão de Geraldo Alckmin (PSDB). Especialistas consultados pela reportagem concordam com essa análise quanto aos efeitos da crise econômica. Na avaliação de Luiz Carlos Mantovani Néspoli, superintendente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), "a economia derrubou tudo. Como não houve migração de usuários do sistema metroviário para carros ou motos, então essas pessoas realmente reduziram seus deslocamentos". Horácio Figueira, consultor em transportes e mestre pela USP, pondera que esta ainda é uma queda pequena. "Estamos falando de algo como 27 mil passageiros a menos por dia em um sistema que transporta 4 milhões." Um fator destacado pelo especialista na estabilização da demanda é a falta de abertura de novas estações. "Novas estações tendem a somar passageiros ao sistema. Com as inaugurações previstas para este ano, 2017 certamente vai ter um número maior de usuários", diz Figueira. O governo Alckmin promete entregar nove novas estações da extensão da linha 5-lilás até o fim deste ano. A última estação aberta ao público foi a Fradique Coutinho (linha 4-amarela), inaugurada em novembro de 2014. RECEITAS EM 2017 O secretário avalia que o Metrô não sofrerá problemas neste ano. "O importante é que, na proposta orçamentária deste ano, a companhia paga suas contas, e estamos com um trabalho para incrementar as receitas não tarifárias", afirma Pelissioni. Há, no entanto, uma questão importante a ser resolvida para manter o equilíbrio financeiro da empresa em 2017: a decisão sobre o preço dos bilhetes. A gestão Alckmin congelou em R$ 3,80 a tarifa unitária, mesmo após ouvir recomendações feitas pela direção da companhia contra o congelamento das tarifas. Com a decisão da Justiça paulista de vetar o aumento nos bilhetes temporais e de integração, o Estado estima uma arrecadação de R$ 16 milhões a menos por mês. A gestão Alckmin aguarda agora o julgamento do STJ (Superior Tribunal de Justiça). "De todo modo, vamos ter que cobrir os R$ 32 milhões [do primeiro bimestre] com economias", diz Pelissioni.
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Agência S&P rebaixa nota da Vale, mas empresa mantém selo de bom pagador
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A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou nesta sexta-feira (29) a nota de crédito da Vale de "BBB" para "BBB-", o que significa que a empresa manteve o selo de bom pagador. A perspectiva, porém, é negativa, ou seja, a mineradora pode sofrer novo rebaixamento em próximas avaliações. A S&P afirma que a queda dos preços de metais e significativos investimentos devem piorar os indicadores de crédito da mineradora em 2016 e 2017. Classificação de risco Em comunicado, a S&P informou que pode rebaixar novamente a companhia —o que implicaria perda do grau de investimento– se, entre outros fatores, a relação entre a dívida e o Ebitda permanecer acima de cinco vezes nos próximos dois anos. Segundo a agência, isso poderia acontecer caso os preços do minério recuarem abaixo de US$ 40 por tonelada ou se a Vale tiver dificuldades para vender ativos não essenciais. Além da crise na China, que afeta os preços do minério de ferro, a Vale vive um verdadeiro inferno astral desencadeado pela tragédia em Mariana (MG). Uma das acionistas (ao lado da anglo-australiana BHP Billiton) da Samarco, responsável pela barragem que se rompeu causando um tsunami de lama, a Vale utilizava a área para despejar rejeitos de minério de ferro de suas atividades na região. Por causa do problema ambiental a mineradora ficou de fora do índice de sustentabilidade empresarial da Bolsa pela primeira vez desde a carteira que vigorou entre dezembro de 2009 e dezembro de 2010. Na época, a Bolsa não especificou o motivo pelo qual os papéis da mineradora não farão parte do ISE em 2016. Sonia Favaretto, presidente do conselho deliberativo do ISE e diretora de imprensa e sustentabilidade da BM&FBovespa, se limitou a dizer que "as duas possibilidades para a empresa não estar no ISE são a companhia não ter participado do processo para ser incluída no índice ou não ter se qualificado para compor a carteira". GRAU DE INVESTIMENTO O grau de investimento é uma condição atribuída por agências internacionais de classificação de risco a papéis, empresas ou países para definir que se trata de um investimento seguro –ou seja, com baixo risco de calote. As três agências risco de maior visibilidade no mundo são a Standard & Poor's, a Moody's e a Fitch Ratings. As notas de crédito têm impacto sobre o custo da dívida de empresas e países. Quanto melhor a classificação, menor tende a ser o desembolso com os juros dos financiamentos, e vice-versa. Para investidores estrangeiros, a avaliação das agências serve como termômetro para saber se a remuneração de um papel está adequada ao risco do investimento. As notas de crédito também são importantes para os fundos: muitos deles são impedidos de aplicar em papéis sem grau de investimento. Se um emissor de dívida (país ou empresa) é rebaixado, esses fundos são obrigados a tirar os títulos com grau especulativo da carteira. As empresas de avaliação de risco são contratadas para fazer essa análise, que é uma opinião. Apesar disso, argumentam que, mesmo sendo atribuída mediante encomenda de agentes financeiros, a nota de risco é uma avaliação independente e confiável porque há preocupação com a credibilidade da própria agência. Vale destacar, porém, que, na quebra do mercado imobiliário americano que esteve no epicentro da crise global desencadeada em 2008, papéis do setor que se mostraram "ativos podres" tinham nota máxima das agências de classificação de risco com grau de investimento. Com agências
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Agência S&P rebaixa nota da Vale, mas empresa mantém selo de bom pagadorA agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou nesta sexta-feira (29) a nota de crédito da Vale de "BBB" para "BBB-", o que significa que a empresa manteve o selo de bom pagador. A perspectiva, porém, é negativa, ou seja, a mineradora pode sofrer novo rebaixamento em próximas avaliações. A S&P afirma que a queda dos preços de metais e significativos investimentos devem piorar os indicadores de crédito da mineradora em 2016 e 2017. Classificação de risco Em comunicado, a S&P informou que pode rebaixar novamente a companhia —o que implicaria perda do grau de investimento– se, entre outros fatores, a relação entre a dívida e o Ebitda permanecer acima de cinco vezes nos próximos dois anos. Segundo a agência, isso poderia acontecer caso os preços do minério recuarem abaixo de US$ 40 por tonelada ou se a Vale tiver dificuldades para vender ativos não essenciais. Além da crise na China, que afeta os preços do minério de ferro, a Vale vive um verdadeiro inferno astral desencadeado pela tragédia em Mariana (MG). Uma das acionistas (ao lado da anglo-australiana BHP Billiton) da Samarco, responsável pela barragem que se rompeu causando um tsunami de lama, a Vale utilizava a área para despejar rejeitos de minério de ferro de suas atividades na região. Por causa do problema ambiental a mineradora ficou de fora do índice de sustentabilidade empresarial da Bolsa pela primeira vez desde a carteira que vigorou entre dezembro de 2009 e dezembro de 2010. Na época, a Bolsa não especificou o motivo pelo qual os papéis da mineradora não farão parte do ISE em 2016. Sonia Favaretto, presidente do conselho deliberativo do ISE e diretora de imprensa e sustentabilidade da BM&FBovespa, se limitou a dizer que "as duas possibilidades para a empresa não estar no ISE são a companhia não ter participado do processo para ser incluída no índice ou não ter se qualificado para compor a carteira". GRAU DE INVESTIMENTO O grau de investimento é uma condição atribuída por agências internacionais de classificação de risco a papéis, empresas ou países para definir que se trata de um investimento seguro –ou seja, com baixo risco de calote. As três agências risco de maior visibilidade no mundo são a Standard & Poor's, a Moody's e a Fitch Ratings. As notas de crédito têm impacto sobre o custo da dívida de empresas e países. Quanto melhor a classificação, menor tende a ser o desembolso com os juros dos financiamentos, e vice-versa. Para investidores estrangeiros, a avaliação das agências serve como termômetro para saber se a remuneração de um papel está adequada ao risco do investimento. As notas de crédito também são importantes para os fundos: muitos deles são impedidos de aplicar em papéis sem grau de investimento. Se um emissor de dívida (país ou empresa) é rebaixado, esses fundos são obrigados a tirar os títulos com grau especulativo da carteira. As empresas de avaliação de risco são contratadas para fazer essa análise, que é uma opinião. Apesar disso, argumentam que, mesmo sendo atribuída mediante encomenda de agentes financeiros, a nota de risco é uma avaliação independente e confiável porque há preocupação com a credibilidade da própria agência. Vale destacar, porém, que, na quebra do mercado imobiliário americano que esteve no epicentro da crise global desencadeada em 2008, papéis do setor que se mostraram "ativos podres" tinham nota máxima das agências de classificação de risco com grau de investimento. Com agências
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Samsung Galaxy S8 chega ao Brasil em maio com preço a partir de R$ 3.999
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O Samsung Galaxy S8 começa ser vendido a partir de 12 de maio no Brasil, anunciou a empresa nesta segunda (17). A novidade da gigante sul-coreana chega em duas versões: S8 (R$ 3.999) e o S8 Plus (R$ 4.399). Umas das principais inovações do aparelho é a tela Infinita, que praticamente eliminou as bordas do aparelho, com 5.8" no S8 e 6.2" na versão Plus, ambas Quad HD+, com resolução 2960x1440. O lançamento é o primeiro top de linha apresentado depois dos incidentes com o Note 7, cujas baterias explodiram e causaram danos à imagem da empresa. Além da tela maior, o dispositivo eliminou o botão home, sempre presente nos aparelhos da linha. A funcionalidade se mantém ativa apenas com toque na tela. A câmera também foi aprimorada. A frontal deve aparecer na linha com 8 MP, autofoco inteligente e abertura de 1.7, a mesma da câmera traseira, que tem tecnologia Dualpixel e 12 MP. Com 4 GB de RAM e processador octacore, ele promete ser até 10% mais rápido que o S7. De acordo com a fabricante, esse aperfeiçoamento ajuda na captura de imagens em situações com pouca luz. Outro recurso com destaque é o Bixby, um assistente pessoal baseado em voz e toque. Ele promete entender o contexto do pedido do usuário, que deve ser confirmado com um toque na tela. O assistente é acionado por um botão na lateral do aparelho e é capaz de acionar câmera, contatos, configurações, fazer pesquisas e traduções. A versão em português ainda está em desenvolvimento. SEGURANÇA Para se recuperar do desastre das baterias do Galaxy Note 7, que não chegou a ser vendido no Brasil, a palavra "segurança" foi destacada na apresentação das baterias, de 3.000mAh no S8 e 3.500 no Plus. Em termos de segurança de dados, o S8 também tem inovações. Além do leitor de impressão digital, na traseira do aparelho, traz desbloqueio de telas e aplicativos usando reconhecimento facial e de íris. Com a câmera frontal, o aparelho é capaz de reconhecer o dono fotografando os olhos. O reconhecimento facial também pode ser usado para sair do modo descanso e desbloquear a tela. "Você mesmo é a sua senha. É a forma mais segura que já criamos", diz André Varga, diretor de produto da Samsung. A empresa destaca que esse recurso poderá ser usados em substituição às senhas nos aplicativos de bancos parceiros e do Samsung Pay, seu próprio sistema de pagamentos. GEAR 360 E GEAR VR A Samsung também mostrou a segunda geração da câmera Gear 360. Com o dispositivo, com preço anunciado de R$ 1.999, agora é possível fazer vídeo em 4K e fotos com 15 megapixels. Segundo a fabricante, o dispositivo é compatível com os principais aparelhos da marca. A empresa também apresentou o Gear 360, novo óculos de realidade virtual, a partir de R$ 799. Essa novidade juntamente com a tela de alta qualidade indica a busca da marca na produção de conteúdo mais imersivo. FICHA TÉCNICA Galaxy S8 OS Android 7.0 Rede LTE Cat. 16* Dimensões 148.9 x 68.1 x 8.0 mm, 155g Processador Octa core (2.3 GHz Quad + 1.7 GHz Quad), 64 bit, 10 nm Memória 4 GB RAM Tela 5.8" (146.5 mm)1 Quad HD+(2960×1440), (570 ppi) Câmera Traseira: Dual Pixel 12 MP OIS (F1.7), Frontal: 8 MP AF (F1.7) Bateria 3,000 mAh Galaxy S8+ OS Android 7.0 Rede LTE Cat. 16* Dimensões 159.5 x 73.4 x 8.1 mm, 173 g Processador Processador Octa core (2.35 GHz Quad + 1.9 GHz Quad), 64 bit, 10 nm Memória 4 GB RAM Tela 6.2" (158.1 mm)1 Quad HD+(2960×1440), (529 ppi) Câmera Traseira: Dual Pixel 12 MP OIS (F1.7), Frontal: 8 MP AF (F1.7) Bateria 3,500 mAh
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Samsung Galaxy S8 chega ao Brasil em maio com preço a partir de R$ 3.999O Samsung Galaxy S8 começa ser vendido a partir de 12 de maio no Brasil, anunciou a empresa nesta segunda (17). A novidade da gigante sul-coreana chega em duas versões: S8 (R$ 3.999) e o S8 Plus (R$ 4.399). Umas das principais inovações do aparelho é a tela Infinita, que praticamente eliminou as bordas do aparelho, com 5.8" no S8 e 6.2" na versão Plus, ambas Quad HD+, com resolução 2960x1440. O lançamento é o primeiro top de linha apresentado depois dos incidentes com o Note 7, cujas baterias explodiram e causaram danos à imagem da empresa. Além da tela maior, o dispositivo eliminou o botão home, sempre presente nos aparelhos da linha. A funcionalidade se mantém ativa apenas com toque na tela. A câmera também foi aprimorada. A frontal deve aparecer na linha com 8 MP, autofoco inteligente e abertura de 1.7, a mesma da câmera traseira, que tem tecnologia Dualpixel e 12 MP. Com 4 GB de RAM e processador octacore, ele promete ser até 10% mais rápido que o S7. De acordo com a fabricante, esse aperfeiçoamento ajuda na captura de imagens em situações com pouca luz. Outro recurso com destaque é o Bixby, um assistente pessoal baseado em voz e toque. Ele promete entender o contexto do pedido do usuário, que deve ser confirmado com um toque na tela. O assistente é acionado por um botão na lateral do aparelho e é capaz de acionar câmera, contatos, configurações, fazer pesquisas e traduções. A versão em português ainda está em desenvolvimento. SEGURANÇA Para se recuperar do desastre das baterias do Galaxy Note 7, que não chegou a ser vendido no Brasil, a palavra "segurança" foi destacada na apresentação das baterias, de 3.000mAh no S8 e 3.500 no Plus. Em termos de segurança de dados, o S8 também tem inovações. Além do leitor de impressão digital, na traseira do aparelho, traz desbloqueio de telas e aplicativos usando reconhecimento facial e de íris. Com a câmera frontal, o aparelho é capaz de reconhecer o dono fotografando os olhos. O reconhecimento facial também pode ser usado para sair do modo descanso e desbloquear a tela. "Você mesmo é a sua senha. É a forma mais segura que já criamos", diz André Varga, diretor de produto da Samsung. A empresa destaca que esse recurso poderá ser usados em substituição às senhas nos aplicativos de bancos parceiros e do Samsung Pay, seu próprio sistema de pagamentos. GEAR 360 E GEAR VR A Samsung também mostrou a segunda geração da câmera Gear 360. Com o dispositivo, com preço anunciado de R$ 1.999, agora é possível fazer vídeo em 4K e fotos com 15 megapixels. Segundo a fabricante, o dispositivo é compatível com os principais aparelhos da marca. A empresa também apresentou o Gear 360, novo óculos de realidade virtual, a partir de R$ 799. Essa novidade juntamente com a tela de alta qualidade indica a busca da marca na produção de conteúdo mais imersivo. FICHA TÉCNICA Galaxy S8 OS Android 7.0 Rede LTE Cat. 16* Dimensões 148.9 x 68.1 x 8.0 mm, 155g Processador Octa core (2.3 GHz Quad + 1.7 GHz Quad), 64 bit, 10 nm Memória 4 GB RAM Tela 5.8" (146.5 mm)1 Quad HD+(2960×1440), (570 ppi) Câmera Traseira: Dual Pixel 12 MP OIS (F1.7), Frontal: 8 MP AF (F1.7) Bateria 3,000 mAh Galaxy S8+ OS Android 7.0 Rede LTE Cat. 16* Dimensões 159.5 x 73.4 x 8.1 mm, 173 g Processador Processador Octa core (2.35 GHz Quad + 1.9 GHz Quad), 64 bit, 10 nm Memória 4 GB RAM Tela 6.2" (158.1 mm)1 Quad HD+(2960×1440), (529 ppi) Câmera Traseira: Dual Pixel 12 MP OIS (F1.7), Frontal: 8 MP AF (F1.7) Bateria 3,500 mAh
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Carro adaptado para cães tem rampa de acesso, ducha e secador embutidos
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DE SÃO PAULO A Nissan apresentou, no Reino Unido, um utilitário de luxo com porta-malas adaptado para o transporte de cães. O X-Trail 4Dogs é equipado com ducha, secador com ar quente, cama e uma rampa de acesso embutidos no porta-malas. O motorista pode acompanhar o que os pets estão fazendo por meio de um sistema de câmeras. Há também uma tela de 10 polegadas na parte de trás do carro, que permite aos cachorros verem seus donos. Alto-falantes completam o sistema, sendo possível ao condutor tentar acalmar os bichos. Os acessórios de lavagem e secagem ficam em uma gaveta na base do porta-malas. Os espaços laterais foram projetados para guardar alimentos, sacos de lixo e guias. O revestimento é feito de couro de fácil limpeza, segundo a Nissan. A montadora se baseou em um estudo feito no Reino Unido. De acordo com a pesquisa, 98,7% dos donos de cães os transportam no automóvel, e 89% desses afirmam que comprariam um veículo adaptado para o transporte dos pets. "A pesquisa deixa claro que as pessoas consideram que seus cães são parte da família. Por isso, satisfazer as necessidades dos cachorros é tão importante como garantir o conforto das crianças", disse, por meio de comunicado, Ryan Gains, gerente de marketing da linha X-Trail. A Nissan já vendeu o X-Trail no Brasil e estuda trazer o modelo de volta ao mercado. A reestreia ocorrerá quando o setor automotivo der sinais de melhora, segundo fontes ligadas à marca.
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Carro adaptado para cães tem rampa de acesso, ducha e secador embutidos
DE SÃO PAULO A Nissan apresentou, no Reino Unido, um utilitário de luxo com porta-malas adaptado para o transporte de cães. O X-Trail 4Dogs é equipado com ducha, secador com ar quente, cama e uma rampa de acesso embutidos no porta-malas. O motorista pode acompanhar o que os pets estão fazendo por meio de um sistema de câmeras. Há também uma tela de 10 polegadas na parte de trás do carro, que permite aos cachorros verem seus donos. Alto-falantes completam o sistema, sendo possível ao condutor tentar acalmar os bichos. Os acessórios de lavagem e secagem ficam em uma gaveta na base do porta-malas. Os espaços laterais foram projetados para guardar alimentos, sacos de lixo e guias. O revestimento é feito de couro de fácil limpeza, segundo a Nissan. A montadora se baseou em um estudo feito no Reino Unido. De acordo com a pesquisa, 98,7% dos donos de cães os transportam no automóvel, e 89% desses afirmam que comprariam um veículo adaptado para o transporte dos pets. "A pesquisa deixa claro que as pessoas consideram que seus cães são parte da família. Por isso, satisfazer as necessidades dos cachorros é tão importante como garantir o conforto das crianças", disse, por meio de comunicado, Ryan Gains, gerente de marketing da linha X-Trail. A Nissan já vendeu o X-Trail no Brasil e estuda trazer o modelo de volta ao mercado. A reestreia ocorrerá quando o setor automotivo der sinais de melhora, segundo fontes ligadas à marca.
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Associação de shoppings sugere ponto facultativo no domingo
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A Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce) sugeriu ponto facultativo para as lojas de shoppings no domingo (17), dia da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara. Em nota, a Abrasce disse que a recomendação se justifica pela "grave crise política e econômica do país que tem promovido o aumento do desemprego, diversos pedidos de recuperação judicial, o fechamento de empresas, com consequentes efeitos colaterais no setor de serviços e industrial". O objetivo da iniciativa, segundo a entidade, é autorizar os lojistas que quiserem liberar seus funcionários para participar "desse momento histórico da democracia brasileira". A ação conta ainda com o apoio da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) e da ABF (Associação Brasileira de Franchising). A Abrasce tem 300 shoppings filiados em todo o país. Hoje, o Brasil conta com 538 centros de compras, e o setor R$ 151,5 bilhões em 2015. Um estudo recente encomendado pela Alshop mostra que a vacância média nos shopping centers brasileiros inaugurados entre 2013 e 2015, em número de lojas, é de 45%. Nos empreendimentos inaugurados até 2012, a situação é melhor, com esse valor em 9,1% em número de lojas.
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Associação de shoppings sugere ponto facultativo no domingoA Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce) sugeriu ponto facultativo para as lojas de shoppings no domingo (17), dia da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara. Em nota, a Abrasce disse que a recomendação se justifica pela "grave crise política e econômica do país que tem promovido o aumento do desemprego, diversos pedidos de recuperação judicial, o fechamento de empresas, com consequentes efeitos colaterais no setor de serviços e industrial". O objetivo da iniciativa, segundo a entidade, é autorizar os lojistas que quiserem liberar seus funcionários para participar "desse momento histórico da democracia brasileira". A ação conta ainda com o apoio da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) e da ABF (Associação Brasileira de Franchising). A Abrasce tem 300 shoppings filiados em todo o país. Hoje, o Brasil conta com 538 centros de compras, e o setor R$ 151,5 bilhões em 2015. Um estudo recente encomendado pela Alshop mostra que a vacância média nos shopping centers brasileiros inaugurados entre 2013 e 2015, em número de lojas, é de 45%. Nos empreendimentos inaugurados até 2012, a situação é melhor, com esse valor em 9,1% em número de lojas.
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Arcebispo do Rio abandona carro para se proteger de tiros em Santa Teresa
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Vítima de dois assaltos em menos de um ano, o arcebispo do Rio, cardeal dom Orani João Tempesta, foi surpreendido na manhã desta sexta (10) por um tiroteio no bairro de Santa Teresa, na região central da cidade. Ele foi obrigado a abandonar o carro para buscar abrigo. O cardeal ficou sentado na calçada, abaixado ao lado do veículo. O mesmo procedimento foi adotado por passageiros de um ônibus que parou na frente do carro do arcebispo. "Tadinho do dom Orani, ele não tem sorte. Já é a terceira vez que acontece isso com ele. Foi assaltado duas vez e agora isso", disse um dos passageiros que registrou em vídeo o momento em que o religioso buscou proteção. Arcebispo do Rio abandona carro para se proteger de tiros em Santa Teresa Durante a gravação, não se chega a ouvir os sons de tiros. Dom Orani havia deixado o santuário do Cristo Redentor e seguia para o aeroporto Santos Dumont, quando o trânsito parou na rua Almirante Alexandrino em função do tiroteio. "Ficamos uns dez minutos. Quando amainou um pouco, demos marcha a ré e pegamos outra rua. Os ônibus à frente continuaram parados. Não sei como terminou", contou, em relato publicado no site da Arquidiocese do Rio. Segundo ao comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), houve confronto entre policiais e bandidos na comunidade Fallet/ Fogueteiro. Até o momento, não há registro de feridos, prisões ou apreensões. O policiamento foi reforçado na região. Em julho de 2015, dom Orani foi asssaltado em Quintino, na zona norte, após um evento com fiéis da Paróquia Nossa Senhora da Paz, na Serrinha, em Campo Grande, zona oeste da cidade. Os bandidos levaram seu celular, relógio, paramentos sacros e uma cruz de prata que dom Orani ganhou de presente do papa João Paulo 2º. Em setembro do ano passado, o arcebispo foi roubado no trajeto entre o Centro de Estudos do Sumaré, no Alto da Boa Vista, e a sede da arquidiocese na Glória (zona sul do Rio). Na ocasião, um dos assaltantes reconheceu o arcebispo e pediu perdão ao religioso. "Vão em paz", abençoou dom Orani, em resposta ao criminoso. Ainda assim, o sujeito roubou um anel, um crucifixo e o celular do religioso. Em uma rede social, um assessor da arquidiocese do Rio reproduziu nesta sexta o comentário do cônego Leandro Câmara sobre o incidente no caminho de dom Orani: "É a comunhão do pastor com os dramas do seu povo. Não somente está com, mas sofre com ele."
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cotidiano
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Arcebispo do Rio abandona carro para se proteger de tiros em Santa TeresaVítima de dois assaltos em menos de um ano, o arcebispo do Rio, cardeal dom Orani João Tempesta, foi surpreendido na manhã desta sexta (10) por um tiroteio no bairro de Santa Teresa, na região central da cidade. Ele foi obrigado a abandonar o carro para buscar abrigo. O cardeal ficou sentado na calçada, abaixado ao lado do veículo. O mesmo procedimento foi adotado por passageiros de um ônibus que parou na frente do carro do arcebispo. "Tadinho do dom Orani, ele não tem sorte. Já é a terceira vez que acontece isso com ele. Foi assaltado duas vez e agora isso", disse um dos passageiros que registrou em vídeo o momento em que o religioso buscou proteção. Arcebispo do Rio abandona carro para se proteger de tiros em Santa Teresa Durante a gravação, não se chega a ouvir os sons de tiros. Dom Orani havia deixado o santuário do Cristo Redentor e seguia para o aeroporto Santos Dumont, quando o trânsito parou na rua Almirante Alexandrino em função do tiroteio. "Ficamos uns dez minutos. Quando amainou um pouco, demos marcha a ré e pegamos outra rua. Os ônibus à frente continuaram parados. Não sei como terminou", contou, em relato publicado no site da Arquidiocese do Rio. Segundo ao comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), houve confronto entre policiais e bandidos na comunidade Fallet/ Fogueteiro. Até o momento, não há registro de feridos, prisões ou apreensões. O policiamento foi reforçado na região. Em julho de 2015, dom Orani foi asssaltado em Quintino, na zona norte, após um evento com fiéis da Paróquia Nossa Senhora da Paz, na Serrinha, em Campo Grande, zona oeste da cidade. Os bandidos levaram seu celular, relógio, paramentos sacros e uma cruz de prata que dom Orani ganhou de presente do papa João Paulo 2º. Em setembro do ano passado, o arcebispo foi roubado no trajeto entre o Centro de Estudos do Sumaré, no Alto da Boa Vista, e a sede da arquidiocese na Glória (zona sul do Rio). Na ocasião, um dos assaltantes reconheceu o arcebispo e pediu perdão ao religioso. "Vão em paz", abençoou dom Orani, em resposta ao criminoso. Ainda assim, o sujeito roubou um anel, um crucifixo e o celular do religioso. Em uma rede social, um assessor da arquidiocese do Rio reproduziu nesta sexta o comentário do cônego Leandro Câmara sobre o incidente no caminho de dom Orani: "É a comunhão do pastor com os dramas do seu povo. Não somente está com, mas sofre com ele."
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Parece Caribe, mas é Brasil; veja praias paradisíacas para conhecer em 2017
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Praias de areia branquinha e águas translúcidas, que misturam impressionantes tonalidades de verde e azul, não existem só no Caribe. O Brasil, com seus mais de 8 mil quilômetros de costa, também oferece opções deslumbrantes. O litoral de Alagoas é um exemplo disso, com destaque para as piscinas naturais de Maragogi. Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, também impressiona com suas areias claras e seu mar azul-bebê. Confira cinco destinos paradisíacos para conhecer em 2017 no Brasil. * MARAGOGI (AL) Ao norte do Estado de Alagoas, fica a cerca de 130 km do Recife (PE) e a mesma distância da capital, Maceió. Seu mar tem raros tons de verde e azul, em razão dos recifes, a 6 km da costa, que protegem o litoral. A barreira também forma as belas piscinas naturais de Galés, Taocas, Barra Grande e Barreira de Peroba, para onde partem dezenas de catamarãs quase todos os dias –dependendo da maré. ARRAIAL DO CABO (RJ) Com águas cristalinas e geladas, Arraial do Cabo, a 170 km do Rio, é considerada a capital brasileira do mergulho. Um dos principais pontos para a prática é a praia do Forno, acessível por uma trilha a partir do píer da praia dos Anjos. Depois de cerca de 10 minutos de subida, a recompensa é poder se banhar no mar esverdeado, cercado por mata preservada. Outro destaque é o Pontal do Atalaia, que é dividido em duas "prainhas", separadas por rochas. TAIPU DE FORA (BA) É o principal atrativo da península de Maraú, que faz parte da chamada Costa do Dendê, região que compreende um espaço que vai da ilha de Itaparica até as principais cidades produtoras do fruto-símbolo da Bahia. Na praia de Taipu de Fora, há a formação de piscinas naturais de quase um quilômetro de largura. A água azul-turquesa reflete os coqueirais que fazem fronteira entre a areia e a mata. O ideal é visitar a região durante o período de luas cheia e nova, quando a variação das marés é maior. ILHA DAS COUVES (SP) Localizada em Ubatuba, está entre as últimas ilhas do litoral paulista antes da divisa com o Rio de Janeiro. Nela, há duas pequenas faixas de areia branca e fofa, que estão dividas por uma trilha de cerca de cinco minutos pela mata. Nas praias, é possível avistar o fundo do mar e nadar junto aos peixes. O percurso de barco até a ilha dura aproximadamente 15 minutos, a partir da praia de Picinguaba. FERNANDO DE NORONHA (PE) O arquipélago é formado por 21 ilhas, que se espalham por uma área de 26 km². Com águas translúcidas, a visibilidade dentro do mar chega a 50 metros, ideal para a prática de mergulho. A região é habitat de várias espécies de peixes, tartarugas, tubarões e golfinhos. Um dos destinos mais cobiçados é a praia do Sancho, sempre presente nas listas das mais bonitas do Brasil.
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turismo
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Parece Caribe, mas é Brasil; veja praias paradisíacas para conhecer em 2017Praias de areia branquinha e águas translúcidas, que misturam impressionantes tonalidades de verde e azul, não existem só no Caribe. O Brasil, com seus mais de 8 mil quilômetros de costa, também oferece opções deslumbrantes. O litoral de Alagoas é um exemplo disso, com destaque para as piscinas naturais de Maragogi. Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, também impressiona com suas areias claras e seu mar azul-bebê. Confira cinco destinos paradisíacos para conhecer em 2017 no Brasil. * MARAGOGI (AL) Ao norte do Estado de Alagoas, fica a cerca de 130 km do Recife (PE) e a mesma distância da capital, Maceió. Seu mar tem raros tons de verde e azul, em razão dos recifes, a 6 km da costa, que protegem o litoral. A barreira também forma as belas piscinas naturais de Galés, Taocas, Barra Grande e Barreira de Peroba, para onde partem dezenas de catamarãs quase todos os dias –dependendo da maré. ARRAIAL DO CABO (RJ) Com águas cristalinas e geladas, Arraial do Cabo, a 170 km do Rio, é considerada a capital brasileira do mergulho. Um dos principais pontos para a prática é a praia do Forno, acessível por uma trilha a partir do píer da praia dos Anjos. Depois de cerca de 10 minutos de subida, a recompensa é poder se banhar no mar esverdeado, cercado por mata preservada. Outro destaque é o Pontal do Atalaia, que é dividido em duas "prainhas", separadas por rochas. TAIPU DE FORA (BA) É o principal atrativo da península de Maraú, que faz parte da chamada Costa do Dendê, região que compreende um espaço que vai da ilha de Itaparica até as principais cidades produtoras do fruto-símbolo da Bahia. Na praia de Taipu de Fora, há a formação de piscinas naturais de quase um quilômetro de largura. A água azul-turquesa reflete os coqueirais que fazem fronteira entre a areia e a mata. O ideal é visitar a região durante o período de luas cheia e nova, quando a variação das marés é maior. ILHA DAS COUVES (SP) Localizada em Ubatuba, está entre as últimas ilhas do litoral paulista antes da divisa com o Rio de Janeiro. Nela, há duas pequenas faixas de areia branca e fofa, que estão dividas por uma trilha de cerca de cinco minutos pela mata. Nas praias, é possível avistar o fundo do mar e nadar junto aos peixes. O percurso de barco até a ilha dura aproximadamente 15 minutos, a partir da praia de Picinguaba. FERNANDO DE NORONHA (PE) O arquipélago é formado por 21 ilhas, que se espalham por uma área de 26 km². Com águas translúcidas, a visibilidade dentro do mar chega a 50 metros, ideal para a prática de mergulho. A região é habitat de várias espécies de peixes, tartarugas, tubarões e golfinhos. Um dos destinos mais cobiçados é a praia do Sancho, sempre presente nas listas das mais bonitas do Brasil.
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Meirelles é fervido por Temer, pelo Congresso e pela própria parolagem
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Não se diga que estão fritando Henrique Meirelles. Ele é um queridinho do mercado, entende-se bem com Michel Temer e vocaliza as ortodoxias de gênios que sabem como consertar o Brasil, mas não conseguem conviver bem com seu povo. Meirelles está sendo fervido. A fervura de um ministro difere da fritura porque enquanto a frigideira é desconfortável desde o primeiro momento, inicialmente o panelão oferece um calorzinho agradável. Depois é que são elas. Desde o amanhecer do governo, Michel Temer flertava com a abertura de um balcão no Planalto. O ministro da Fazenda conseguiu contê-lo, até que surgiu o grampo de Joesley Batista. Para salvar seu mandato, o presidente abriu os cofres para os piores interesses predatórios instalados no Congresso. Não se deve esquecer que Meirelles foi levado para a Fazenda numa equipe em que estavam o senador Romero Jucá e o deputado Geddel Vieira Lima. Temer deu a Meirelles quase toda a autonomia que ele pediu, mas o ministro não entregou os empregos e a perspectiva de crescimento que prometeu. Entrou no governo oferecendo um aumento de 1,6% para este ano e elevou o balão para 2%. Tudo fantasia, hoje o FMI espera 0,3%. Na segunda-feira, ao ser indagado sobre a possibilidade de um novo aumento de impostos, ele informou: "Tudo é possível, se necessário". Frase típica das serpentes encantadas pelos refletores. Não quer dizer absolutamente nada. Enuncia um dilema que exige a definição de "possível" e de "necessário". Atravessar uma rua com o sinal fechado, por exemplo, pode parecer necessário, mas deixa de ser possível se o cidadão é atropelado. O Visconde de Barbacena achava que a derrama era necessária. Descobriu que não era possível. Todos os ministros da Fazenda desempenham o papel da animadores do auditório. Alguns fazem isso com elegância, como Pedro Malan, outros, de forma patética, como Guido Mantega. Meirelles distanciou-se de Malan e caminha para o modelo de Mantega, num governo onde estão Michel Temer e seu mundo de bichos fantásticos. Em fevereiro Meirelles anunciou pela primeira vez: "A mensagem importante é que essa recessão já terminou". Atrás dele veio uma charanga comemorativa. No mundo real, seu teto de gastos estourou, a reforma da Previdência será diluída e benza-se aos céus se o piso dos 65 anos for preservado. No caso da reforma trabalhista fingiu-se que acabou o imposto sindical, ao mesmo tempo em que o governo negocia uma nova tunga. Antes, os trabalhadores formais pagavam um dia de trabalho a uma máquina infiltrada pela pelegagem e trabalhadores e patrões. Pelo que se negocia, algumas categorias serão mordidas em mais que um dia. O remédio de Meirelles foi aumentar um imposto. Faça-se justiça ao doutor registrando que ele nunca se comprometeu a não aumentá-los. O seu problema é outro, Ele lida com essas taxações como se fossem uma arma para punir uma sociedade que é obrigada a pagar porque ele e seu presidente não fazem o serviço que prometem. Um dia Meirelles deve dar uma olhada na galeria de doutores que o antecederam. Nos últimos vinte anos foram catorze. Pelo menos sete foram fritos. Antonio Palocci está na cadeia, uns três deveriam ter ido para o hospício. Inteiros, saíram só dois, Malan e Fernando Henrique Cardoso, mas todos foram homenageados pela mesma orquestra que hoje ensaboa Meirelles.
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colunas
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Meirelles é fervido por Temer, pelo Congresso e pela própria parolagemNão se diga que estão fritando Henrique Meirelles. Ele é um queridinho do mercado, entende-se bem com Michel Temer e vocaliza as ortodoxias de gênios que sabem como consertar o Brasil, mas não conseguem conviver bem com seu povo. Meirelles está sendo fervido. A fervura de um ministro difere da fritura porque enquanto a frigideira é desconfortável desde o primeiro momento, inicialmente o panelão oferece um calorzinho agradável. Depois é que são elas. Desde o amanhecer do governo, Michel Temer flertava com a abertura de um balcão no Planalto. O ministro da Fazenda conseguiu contê-lo, até que surgiu o grampo de Joesley Batista. Para salvar seu mandato, o presidente abriu os cofres para os piores interesses predatórios instalados no Congresso. Não se deve esquecer que Meirelles foi levado para a Fazenda numa equipe em que estavam o senador Romero Jucá e o deputado Geddel Vieira Lima. Temer deu a Meirelles quase toda a autonomia que ele pediu, mas o ministro não entregou os empregos e a perspectiva de crescimento que prometeu. Entrou no governo oferecendo um aumento de 1,6% para este ano e elevou o balão para 2%. Tudo fantasia, hoje o FMI espera 0,3%. Na segunda-feira, ao ser indagado sobre a possibilidade de um novo aumento de impostos, ele informou: "Tudo é possível, se necessário". Frase típica das serpentes encantadas pelos refletores. Não quer dizer absolutamente nada. Enuncia um dilema que exige a definição de "possível" e de "necessário". Atravessar uma rua com o sinal fechado, por exemplo, pode parecer necessário, mas deixa de ser possível se o cidadão é atropelado. O Visconde de Barbacena achava que a derrama era necessária. Descobriu que não era possível. Todos os ministros da Fazenda desempenham o papel da animadores do auditório. Alguns fazem isso com elegância, como Pedro Malan, outros, de forma patética, como Guido Mantega. Meirelles distanciou-se de Malan e caminha para o modelo de Mantega, num governo onde estão Michel Temer e seu mundo de bichos fantásticos. Em fevereiro Meirelles anunciou pela primeira vez: "A mensagem importante é que essa recessão já terminou". Atrás dele veio uma charanga comemorativa. No mundo real, seu teto de gastos estourou, a reforma da Previdência será diluída e benza-se aos céus se o piso dos 65 anos for preservado. No caso da reforma trabalhista fingiu-se que acabou o imposto sindical, ao mesmo tempo em que o governo negocia uma nova tunga. Antes, os trabalhadores formais pagavam um dia de trabalho a uma máquina infiltrada pela pelegagem e trabalhadores e patrões. Pelo que se negocia, algumas categorias serão mordidas em mais que um dia. O remédio de Meirelles foi aumentar um imposto. Faça-se justiça ao doutor registrando que ele nunca se comprometeu a não aumentá-los. O seu problema é outro, Ele lida com essas taxações como se fossem uma arma para punir uma sociedade que é obrigada a pagar porque ele e seu presidente não fazem o serviço que prometem. Um dia Meirelles deve dar uma olhada na galeria de doutores que o antecederam. Nos últimos vinte anos foram catorze. Pelo menos sete foram fritos. Antonio Palocci está na cadeia, uns três deveriam ter ido para o hospício. Inteiros, saíram só dois, Malan e Fernando Henrique Cardoso, mas todos foram homenageados pela mesma orquestra que hoje ensaboa Meirelles.
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Afogados em vírus
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O Brasil anda encafifado com três vírus do mal: zika, dengue e chikungunya. Mal sabem todos que há muito, MUITO mais dessas criaturinhas por aí –com o perdão das maiúsculas, que pretendo demonstrar serem justificadas. O diminutivo também se explica. Há vírus de várias formas e vários tamanhos, mas não se conhecem exemplares muito maiores do que 1,5 micrômetro (milésimo de milímetro), e os menores estão na casa de 0,3 micrômetro (300 nanômetros, ou milionésimos de milímetro). Difícil até imaginar. Com 0,3 micrômetro, um centésimo do porte de uma célula da pele humana, você poderia enfileirar mil vírus numa face de um grão de sal refinado, já comparou o jornalista Carl Zimmer. Se alguém quiser parar de pensar em vírus e espairecer com um banho de mar, por exemplo, melhor não continuar a leitura deste texto. Em cada litro de água do oceano, afinal, a pessoa poderia encontrar 100 bilhões de vírus. Foi o que descobriu em 1986 uma estudante de doutorado, Lisa Proctor, da Universidade de Nova York em Stony Brook. Mais uma vez, fiquei sabendo da história por intermédio de Zimmer. Ninguém achava antes que houvesse tamanha quantidade de vírus no mar. Era crença comum que os presentes chegavam ali só com o despejo de esgotos pelos emissários submarinos. Não foi o que Proctor constatou. Após examinar amostras do mar de Sargaços com microscópio eletrônico, ela estimou os tais 100 bilhões. Nos oceanos todos da Terra, a quantidade dessas partículas seria algo da ordem do número 10 seguido de 30 zeros. Outras comparações: há 14 vezes mais vírus no oceano do que qualquer outro organismo; seu peso total equivaleria a 75 milhões de baleias azuis (existem menos de 10 mil delas vivas); alinhados um atrás do outro, esses vírus todos do oceano se estenderiam por 42 milhões de anos-luz. Anos-luz?! Esses dados estonteantes estão no livro "A Planet of Virus" (um planeta de vírus), de Zimmer. Recomenda-se a leitura para quem não escolheu parar de pensar nesses microrganismos ou de preocupar-se com eles. Alguns especialistas estranharão chamar vírus de microrganismos. Serão provavelmente os partidários da noção de que eles não se encaixam na definição de seres vivos. Afinal, essas partículas só conseguem reproduzir-se porque sequestram o metabolismo de células vivas –de organismos unicelulares como bactérias a seres complexos como primatas humanos. Esse sequestro é o que chamamos de infecção viral, contra a qual nossos corpos reagem, produzindo os sintomas das viroses. Existe também, contudo, o partido dos que consideram os vírus muito vivos, no sentido literal da palavra. As partículas infecciosas transportadas por mosquitos, por exemplo, eles chamam de vírions. O vírus propriamente dito seria o complexo de moléculas montado dentro da célula para a própria replicação viral. É um debate um tanto semântico, quanto chamar ou não de "passageiros" ratos clandestinos que furtam comida e se reproduzem no bojo de um navio. Para alguns, sem os vírus não haveria nem mesmo vida. Por sua teoria, eles se formaram na sopa primordial de moléculas e foram evoluindo até se tornarem parecidos com células e ocuparem toda a Terra –e também seus oceanos.
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Afogados em vírusO Brasil anda encafifado com três vírus do mal: zika, dengue e chikungunya. Mal sabem todos que há muito, MUITO mais dessas criaturinhas por aí –com o perdão das maiúsculas, que pretendo demonstrar serem justificadas. O diminutivo também se explica. Há vírus de várias formas e vários tamanhos, mas não se conhecem exemplares muito maiores do que 1,5 micrômetro (milésimo de milímetro), e os menores estão na casa de 0,3 micrômetro (300 nanômetros, ou milionésimos de milímetro). Difícil até imaginar. Com 0,3 micrômetro, um centésimo do porte de uma célula da pele humana, você poderia enfileirar mil vírus numa face de um grão de sal refinado, já comparou o jornalista Carl Zimmer. Se alguém quiser parar de pensar em vírus e espairecer com um banho de mar, por exemplo, melhor não continuar a leitura deste texto. Em cada litro de água do oceano, afinal, a pessoa poderia encontrar 100 bilhões de vírus. Foi o que descobriu em 1986 uma estudante de doutorado, Lisa Proctor, da Universidade de Nova York em Stony Brook. Mais uma vez, fiquei sabendo da história por intermédio de Zimmer. Ninguém achava antes que houvesse tamanha quantidade de vírus no mar. Era crença comum que os presentes chegavam ali só com o despejo de esgotos pelos emissários submarinos. Não foi o que Proctor constatou. Após examinar amostras do mar de Sargaços com microscópio eletrônico, ela estimou os tais 100 bilhões. Nos oceanos todos da Terra, a quantidade dessas partículas seria algo da ordem do número 10 seguido de 30 zeros. Outras comparações: há 14 vezes mais vírus no oceano do que qualquer outro organismo; seu peso total equivaleria a 75 milhões de baleias azuis (existem menos de 10 mil delas vivas); alinhados um atrás do outro, esses vírus todos do oceano se estenderiam por 42 milhões de anos-luz. Anos-luz?! Esses dados estonteantes estão no livro "A Planet of Virus" (um planeta de vírus), de Zimmer. Recomenda-se a leitura para quem não escolheu parar de pensar nesses microrganismos ou de preocupar-se com eles. Alguns especialistas estranharão chamar vírus de microrganismos. Serão provavelmente os partidários da noção de que eles não se encaixam na definição de seres vivos. Afinal, essas partículas só conseguem reproduzir-se porque sequestram o metabolismo de células vivas –de organismos unicelulares como bactérias a seres complexos como primatas humanos. Esse sequestro é o que chamamos de infecção viral, contra a qual nossos corpos reagem, produzindo os sintomas das viroses. Existe também, contudo, o partido dos que consideram os vírus muito vivos, no sentido literal da palavra. As partículas infecciosas transportadas por mosquitos, por exemplo, eles chamam de vírions. O vírus propriamente dito seria o complexo de moléculas montado dentro da célula para a própria replicação viral. É um debate um tanto semântico, quanto chamar ou não de "passageiros" ratos clandestinos que furtam comida e se reproduzem no bojo de um navio. Para alguns, sem os vírus não haveria nem mesmo vida. Por sua teoria, eles se formaram na sopa primordial de moléculas e foram evoluindo até se tornarem parecidos com células e ocuparem toda a Terra –e também seus oceanos.
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Bon Iver disponibiliza novo álbum, '22, A Million', para streaming
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Bon Iver disponibilizou, nesta sexta (30) seu novo álbum, intitulado "22, A Million", em plataformas de streaming de música Spotify e Apple Music. O álbum é composto por dez faixas nomeadas com símbolos, incluindo os singles "33 'GOD", "22 (OVER S∞∞N)" e "10 d E A T h b R E a s T ⊠ ⊠ ", lançados previamente. Sucessor de um álbum auto-intitulado, "22, A Million" quebra um hiato de cinco anos da banda de Justin Vernon sem novos trabalhos. Em junho, a banda revelou a íntegra do trabalho durante uma apresentação no festival Eaux Claires Music, no Estado americano de Wisconsin. Desde então, fãs se reuniam em murais promocionais do álbum, espalhados em diversas cidades ao redor do mundo, para ouvi-lo e pegar exemplares de um jornal customizado que acompanha o disco. As canções exibem vozes alteradas e os conhecidos falsetes do vocalista, além alternar elementos acústicos e eletrônicos. O álbum "é em parte uma carta de amor, e em parte um lugar de descanso para duas décadas de busca pelo autoconhecimento, como religiosidade", escreveu Trever Hagen, amigo de Vernon, em um manifesto sobre o novo trabalho no site da banda. "Se [o álbum] 'Bon Iver, Bon Iver' construiu um habitat enraizado em lugares físicos, então '22, A Million' é o desapegar desse vínculo com um lugar", escreveu Hagen. Ouça no spotify
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Bon Iver disponibiliza novo álbum, '22, A Million', para streamingBon Iver disponibilizou, nesta sexta (30) seu novo álbum, intitulado "22, A Million", em plataformas de streaming de música Spotify e Apple Music. O álbum é composto por dez faixas nomeadas com símbolos, incluindo os singles "33 'GOD", "22 (OVER S∞∞N)" e "10 d E A T h b R E a s T ⊠ ⊠ ", lançados previamente. Sucessor de um álbum auto-intitulado, "22, A Million" quebra um hiato de cinco anos da banda de Justin Vernon sem novos trabalhos. Em junho, a banda revelou a íntegra do trabalho durante uma apresentação no festival Eaux Claires Music, no Estado americano de Wisconsin. Desde então, fãs se reuniam em murais promocionais do álbum, espalhados em diversas cidades ao redor do mundo, para ouvi-lo e pegar exemplares de um jornal customizado que acompanha o disco. As canções exibem vozes alteradas e os conhecidos falsetes do vocalista, além alternar elementos acústicos e eletrônicos. O álbum "é em parte uma carta de amor, e em parte um lugar de descanso para duas décadas de busca pelo autoconhecimento, como religiosidade", escreveu Trever Hagen, amigo de Vernon, em um manifesto sobre o novo trabalho no site da banda. "Se [o álbum] 'Bon Iver, Bon Iver' construiu um habitat enraizado em lugares físicos, então '22, A Million' é o desapegar desse vínculo com um lugar", escreveu Hagen. Ouça no spotify
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Para merecer 2016
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É inacreditável, mas no apagar das luzes de 2015, vimos reprisado um velho filme que a nação não suporta mais assistir. Estamos falando de mais um ataque frontal à legislação em vigor no país. Vamos aos fatos. O governo federal violou de forma deliberada e intencional os princípios da Lei de Responsabilidade Fiscal, fraudando ostensivamente o Orçamento da União, o que levou ao descalabro das contas públicas em 2015. Quem assim atestou, por unanimidade, foi o Tribunal de Contas da União, entendendo que as contas fiscais do governo federal de 2014 continham irregularidades que feriram preceitos constitucionais, a Lei Orçamentária e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Esta é a realidade nua e crua que a nação conhece muito bem. O parecer do relator da Comissão Mista do Orçamento, ao recomendar ao Congresso a aprovação das contas da presidente, contraria o parecer técnico do TCU, que mostra, com clareza, que o governo federal cometeu diversos atos ilegais, inclusive contra a Constituição. É um retrocesso com o qual não podemos compactuar. O quadro de aparente contradição criado pelo parecer em questão é propício ao governo que acaba de empreender mais uma de suas piruetas. Para quitar a conta em atraso das pedaladas fiscais –manobras em que os bancos públicos foram utilizados para pagar despesas orçamentárias, criando uma ilusão contábil que mascara o déficit nas contas públicas– o comando petista vem a campo com os seus velhos artifícios. No vácuo do recesso parlamentar e das festas de fim de ano, o governo editou uma medida provisória autorizando o uso do saldo financeiro da conta única do Tesouro Nacional para pagar despesas primárias em atraso, o que viola o artigo 8º da LRF. Este saldo deveria ser usado apenas para o pagamento de dívida pública. Sei que esse tema soa secundário para muitos. Afinal, diante do drama da saúde pública do país, diante da realidade que esmaga diariamente o sonho de milhões de brasileiros, questões como essa podem parecer sem importância, afeitas apenas ao mundo político. Não são. Na mesma semana em que tenta sinalizar responsabilidade e transparência ao país e ao mundo, o governo patrocinou nova manobra que tem como consequência imediata o aumento da desconfiança dos investidores e da sociedade. Continuamos tendo dois governos: o do discurso e o da realidade. Esse foi um ano especialmente difícil. Para merecermos um ano melhor, é imprescindível que sejamos capazes de preservar e aperfeiçoar tudo o que assegura a qualidade da nossa democracia. Isso significa defender o cumprimento das leis. Meu compromisso com o Brasil não se curva. Torço para que o seu também não. Com muita esperança, Feliz 2016!
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Para merecer 2016É inacreditável, mas no apagar das luzes de 2015, vimos reprisado um velho filme que a nação não suporta mais assistir. Estamos falando de mais um ataque frontal à legislação em vigor no país. Vamos aos fatos. O governo federal violou de forma deliberada e intencional os princípios da Lei de Responsabilidade Fiscal, fraudando ostensivamente o Orçamento da União, o que levou ao descalabro das contas públicas em 2015. Quem assim atestou, por unanimidade, foi o Tribunal de Contas da União, entendendo que as contas fiscais do governo federal de 2014 continham irregularidades que feriram preceitos constitucionais, a Lei Orçamentária e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Esta é a realidade nua e crua que a nação conhece muito bem. O parecer do relator da Comissão Mista do Orçamento, ao recomendar ao Congresso a aprovação das contas da presidente, contraria o parecer técnico do TCU, que mostra, com clareza, que o governo federal cometeu diversos atos ilegais, inclusive contra a Constituição. É um retrocesso com o qual não podemos compactuar. O quadro de aparente contradição criado pelo parecer em questão é propício ao governo que acaba de empreender mais uma de suas piruetas. Para quitar a conta em atraso das pedaladas fiscais –manobras em que os bancos públicos foram utilizados para pagar despesas orçamentárias, criando uma ilusão contábil que mascara o déficit nas contas públicas– o comando petista vem a campo com os seus velhos artifícios. No vácuo do recesso parlamentar e das festas de fim de ano, o governo editou uma medida provisória autorizando o uso do saldo financeiro da conta única do Tesouro Nacional para pagar despesas primárias em atraso, o que viola o artigo 8º da LRF. Este saldo deveria ser usado apenas para o pagamento de dívida pública. Sei que esse tema soa secundário para muitos. Afinal, diante do drama da saúde pública do país, diante da realidade que esmaga diariamente o sonho de milhões de brasileiros, questões como essa podem parecer sem importância, afeitas apenas ao mundo político. Não são. Na mesma semana em que tenta sinalizar responsabilidade e transparência ao país e ao mundo, o governo patrocinou nova manobra que tem como consequência imediata o aumento da desconfiança dos investidores e da sociedade. Continuamos tendo dois governos: o do discurso e o da realidade. Esse foi um ano especialmente difícil. Para merecermos um ano melhor, é imprescindível que sejamos capazes de preservar e aperfeiçoar tudo o que assegura a qualidade da nossa democracia. Isso significa defender o cumprimento das leis. Meu compromisso com o Brasil não se curva. Torço para que o seu também não. Com muita esperança, Feliz 2016!
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Leitora questiona reportagem sobre números de homicídios em SP
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Quando o governo do Estado consegue o recorde negativo de homicídios de toda a série histórica, a Folha opta por colocar um "especialista em segurança" com uma tese ridícula de que isso se deve ao fortalecimento do PCC ("Alckmin altera divulgação para exaltar queda de crime", "Cotidiano", 25/7). Jornalismo sério precisa reconhecer também os bons feitos dos governantes quando eles aparecem. Infográfico Homicídios dolosos * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitora questiona reportagem sobre números de homicídios em SPQuando o governo do Estado consegue o recorde negativo de homicídios de toda a série histórica, a Folha opta por colocar um "especialista em segurança" com uma tese ridícula de que isso se deve ao fortalecimento do PCC ("Alckmin altera divulgação para exaltar queda de crime", "Cotidiano", 25/7). Jornalismo sério precisa reconhecer também os bons feitos dos governantes quando eles aparecem. Infográfico Homicídios dolosos * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Não há prova de que houve extorsão em vez de corrupção, afirma juiz
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"Não há nenhuma prova de que houve extorsão ao invés de corrupção" escreveu o juiz federal Sergio Moro na sentença que condenou ex-executivos da Camargo Corrêa. O magistrado não se convenceu com argumentos da defesa de executivos denunciados na Lava Jato, segundo os quais propinas foram pagas mediante ameaça de negócios prejudicados. A tese foi mais notoriamente usada por Erton Medeiros Fonseca, da construtora Galvão Engenharia, em depoimento à Polícia Federal, e pelo advogado Marcelo Leonardo, que defende Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente da Mendes Júnior. Tanto Mendes quanto Fonseca são réus em outras duas ações que estão sendo julgadas por Sergio Moro. A acusação de corrupção figura entre os crimes pelos quais eles foram denunciados. De acordo com seus relatos, o doleiro Alberto Youssef teria ameaçado prejudicar as empresas em contratos em andamento com a Petrobras. Em seus depoimentos, os executivos da Camargo Corrêa Dalton Avancini e Eduardo Leite –ambos delatores– relataram cobranças incisivas ou ameaças relacionadas a propinas atrasadas, não às negociações iniciais. Moro argumentou que quem é vítima de extorsão não fica anos pagando propina sem procurar autoridades. "Quem é extorquido procura a Polícia e não o mundo das sombras", escreveu. O juiz citou ainda o caso de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, que continuou recebendo propina pendente da Camargo Corrêa –por meio de contratos fictícios com sua empresa de consultoria– mesmo após ter saído da estatal e, consequentemente, ter perdido qualquer poder de retaliação contra a empreiteira. "Ora, quem é vítima de extorsão não honra compromissos de pagamentos de propinas a seu algoz", concluiu o magistrado.
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Não há prova de que houve extorsão em vez de corrupção, afirma juiz"Não há nenhuma prova de que houve extorsão ao invés de corrupção" escreveu o juiz federal Sergio Moro na sentença que condenou ex-executivos da Camargo Corrêa. O magistrado não se convenceu com argumentos da defesa de executivos denunciados na Lava Jato, segundo os quais propinas foram pagas mediante ameaça de negócios prejudicados. A tese foi mais notoriamente usada por Erton Medeiros Fonseca, da construtora Galvão Engenharia, em depoimento à Polícia Federal, e pelo advogado Marcelo Leonardo, que defende Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente da Mendes Júnior. Tanto Mendes quanto Fonseca são réus em outras duas ações que estão sendo julgadas por Sergio Moro. A acusação de corrupção figura entre os crimes pelos quais eles foram denunciados. De acordo com seus relatos, o doleiro Alberto Youssef teria ameaçado prejudicar as empresas em contratos em andamento com a Petrobras. Em seus depoimentos, os executivos da Camargo Corrêa Dalton Avancini e Eduardo Leite –ambos delatores– relataram cobranças incisivas ou ameaças relacionadas a propinas atrasadas, não às negociações iniciais. Moro argumentou que quem é vítima de extorsão não fica anos pagando propina sem procurar autoridades. "Quem é extorquido procura a Polícia e não o mundo das sombras", escreveu. O juiz citou ainda o caso de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, que continuou recebendo propina pendente da Camargo Corrêa –por meio de contratos fictícios com sua empresa de consultoria– mesmo após ter saído da estatal e, consequentemente, ter perdido qualquer poder de retaliação contra a empreiteira. "Ora, quem é vítima de extorsão não honra compromissos de pagamentos de propinas a seu algoz", concluiu o magistrado.
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Avião faz pouso de emergência em rodovia movimentada nos EUA
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A polícia do estado americano de Nova Jersey divulgou um vídeo que mostra um avião fazendo um pouso de emergência em um rodovia movimentada. A avião, que supostamente pertence a uma escola de paraquedismo, aparece pousando na via com carros em movimento e parando no canteiro central. O acidente ocorreu no domingo (12) e foi registrado por uma câmera de controle de tráfego. Saiba Mais
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Avião faz pouso de emergência em rodovia movimentada nos EUAA polícia do estado americano de Nova Jersey divulgou um vídeo que mostra um avião fazendo um pouso de emergência em um rodovia movimentada. A avião, que supostamente pertence a uma escola de paraquedismo, aparece pousando na via com carros em movimento e parando no canteiro central. O acidente ocorreu no domingo (12) e foi registrado por uma câmera de controle de tráfego. Saiba Mais
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Prepare-se: domingo é última chance para assistir a sete peças de teatro
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DE SÃO PAULO PERSONAGEM DO DIA "Corra atrás das suas vontades. Ame a finco quem merece o seu amor. Tente fazer o que te faça bem. Felicidade é fazer do seu jeito e acreditar em si mesmo." Luiz Zimmermmann, 39, vendedor responsável, Tatuapé * TEMPO O domingo (1º) será nublado com chance de chuva durante a madrugada. A temperatura mínima será de 18ºC e, a máxima, de 24ºC * O QUE AFETA SUA VIDA * CULTURA E ENTRETENIMENTO AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Wesley Klimpel Edição: Fabiana Seragusa Reportagem: Carolina Dantas (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
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saopaulo
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Prepare-se: domingo é última chance para assistir a sete peças de teatroDE SÃO PAULO PERSONAGEM DO DIA "Corra atrás das suas vontades. Ame a finco quem merece o seu amor. Tente fazer o que te faça bem. Felicidade é fazer do seu jeito e acreditar em si mesmo." Luiz Zimmermmann, 39, vendedor responsável, Tatuapé * TEMPO O domingo (1º) será nublado com chance de chuva durante a madrugada. A temperatura mínima será de 18ºC e, a máxima, de 24ºC * O QUE AFETA SUA VIDA * CULTURA E ENTRETENIMENTO AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Wesley Klimpel Edição: Fabiana Seragusa Reportagem: Carolina Dantas (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
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Eleição de 2018 não ocorrerá nas condições de hoje
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SÃO PAULO - Muitas avaliações sobre o futuro político do Brasil pecam por simular o que seriam eleições federais e estaduais travadas nas condições de hoje. Menosprezam o fato de que variáveis fundamentais vão mudar ao longo dos 18 meses até o pleito de 7 de outubro de 2018. No atual abismo da depressão econômica e do descrédito com políticos tradicionais, a taxa de renovação e surpresas no certame eleitoral seria provavelmente alta. O ambiente tenderia a selecionar um alienígena, relativo como João Doria ou absoluto como o apresentador Luciano Huck, para rivalizar com Lula, o mais popular, porque sustentado num sebastianismo nordestino, dos candidatos tradicionais. A comparação entre o novo e o velho seria barreira difícil de superar para o petista. A política tradicional, entretanto, ainda governa. A maioria de centro-direita no Congresso, em certos temas de sobrevivência associada à centro-esquerda, dispõe de instrumentos capazes de, no ano e meio até a eleição, evitar que a disputa ocorra nos extremos da incerteza de hoje. A trajetória da economia, já em fase de recuperação cíclica, poderá ser catalisada pela aprovação do núcleo da reforma previdenciária. As regras da eleição, se forem alteradas, tendem a ser ainda mais favoráveis aos oligarcas que chefiam as legendas e aos detentores de mandato. A ansiedade com a iminente divulgação das delações da Odebrecht em poucos meses se converterá em cinismo crônico, diante da percepção de que será longo e singular, embora inevitável, o caminho até a etapa decisiva de cada processo. Quanto mais coordenada for a resposta da maioria legislativa, mais o jogo eleitoral de 2018 parecerá "business as usual". Hoje Michel Temer exerce o papel de coordenador dessa turma. Se for cassado no TSE, a turma conserva o poder de determinar, em eleição indireta, quem será o sucessor para terminar o mandato.
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Eleição de 2018 não ocorrerá nas condições de hojeSÃO PAULO - Muitas avaliações sobre o futuro político do Brasil pecam por simular o que seriam eleições federais e estaduais travadas nas condições de hoje. Menosprezam o fato de que variáveis fundamentais vão mudar ao longo dos 18 meses até o pleito de 7 de outubro de 2018. No atual abismo da depressão econômica e do descrédito com políticos tradicionais, a taxa de renovação e surpresas no certame eleitoral seria provavelmente alta. O ambiente tenderia a selecionar um alienígena, relativo como João Doria ou absoluto como o apresentador Luciano Huck, para rivalizar com Lula, o mais popular, porque sustentado num sebastianismo nordestino, dos candidatos tradicionais. A comparação entre o novo e o velho seria barreira difícil de superar para o petista. A política tradicional, entretanto, ainda governa. A maioria de centro-direita no Congresso, em certos temas de sobrevivência associada à centro-esquerda, dispõe de instrumentos capazes de, no ano e meio até a eleição, evitar que a disputa ocorra nos extremos da incerteza de hoje. A trajetória da economia, já em fase de recuperação cíclica, poderá ser catalisada pela aprovação do núcleo da reforma previdenciária. As regras da eleição, se forem alteradas, tendem a ser ainda mais favoráveis aos oligarcas que chefiam as legendas e aos detentores de mandato. A ansiedade com a iminente divulgação das delações da Odebrecht em poucos meses se converterá em cinismo crônico, diante da percepção de que será longo e singular, embora inevitável, o caminho até a etapa decisiva de cada processo. Quanto mais coordenada for a resposta da maioria legislativa, mais o jogo eleitoral de 2018 parecerá "business as usual". Hoje Michel Temer exerce o papel de coordenador dessa turma. Se for cassado no TSE, a turma conserva o poder de determinar, em eleição indireta, quem será o sucessor para terminar o mandato.
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Leitores comentam crisa hídrica no Estado de São Paulo
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Concordo com a especialista Newsha Ajami, segundo a qual a Sabesp precisa implementar obras a curto prazo e, ao mesmo tempo, acabar com os absurdos vazamentos nas tubulações, que desperdiçam quase 45% dos mananciais. Ela também aconselha que as águas das chuvas sejam armazenadas e tratadas antes que sejam misturadas às águas sujas. Ou seja, os brasileiros, que tanto se orgulham de serem criativos, vão acabar passando sede por absoluta falta de providências. Querem mandar em São Pedro, para que ele faça chover em cima dos mananciais, como se ele fosse mais um servidor público do governo de São Paulo. Ora, ora, é preciso captar as águas da chuvas onde quer que elas caiam e impedir que se misturem às águas sujas. É preciso descentralizar a captação, pelo menos em tempo de crise. JAIME PEREIRA DA SILVA (São Paulo,SP) * Um diagnóstico nacional sobre saneamento recém-divulgado pelo Ministério das Cidades revela que cariocas consumiram 75% mais água do que paulistanos em 2013. Enquanto os paulistanos gastaram 188 litros diários, os cariocas consumiram 329 litros por dia. A ONU determina que uma pessoa consuma 110 litros de água por dia. Mas essa cota não está sendo respeitada por ninguém. Os reservatórios estão secando, a água acabando e, consequentemente, a luz fica mais cara e também vai escassear. Tristes tempos esses em que não se tem nem água, nem luz, e daqui a pouco vai faltar alimentos, pois sem água impossível plantar. Quando é que o ser humano vai se dar conta de que o assunto é sério? Quando a fonte secar? IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP) * Um estrangeiro recém chegado a São Paulo poderia perguntar por que não se usa a água do grande rio Tietê, que corta a cidade, para resolver o problema da falta de água. Nossos governantes teriam que explicar ao desavisado estrangeiro que sempre foi mais fácil e barato jogar todo o esgoto da cidade no rio, junto com todo o resíduo industrial de todas as grandes fábricas. O ingênuo estrangeiro poderia perguntar por que foram construídas tantas favelas em volta das represas que serviriam para abastecer a cidade. Nossos governantes diriam que as áreas em volta das represas eram áreas de proteção de mananciais, e que era proibido construir legalmente por lá, por isso surgiram as gigantescas favelas que lançam seu esgoto nos mananciais que deveriam ser protegidos. O tal estrangeiro poderia então perguntar por que existe governo no Brasil, e essa pergunta ficaria sem resposta. MÁRIO BARILÁ FILHO (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores comentam crisa hídrica no Estado de São PauloConcordo com a especialista Newsha Ajami, segundo a qual a Sabesp precisa implementar obras a curto prazo e, ao mesmo tempo, acabar com os absurdos vazamentos nas tubulações, que desperdiçam quase 45% dos mananciais. Ela também aconselha que as águas das chuvas sejam armazenadas e tratadas antes que sejam misturadas às águas sujas. Ou seja, os brasileiros, que tanto se orgulham de serem criativos, vão acabar passando sede por absoluta falta de providências. Querem mandar em São Pedro, para que ele faça chover em cima dos mananciais, como se ele fosse mais um servidor público do governo de São Paulo. Ora, ora, é preciso captar as águas da chuvas onde quer que elas caiam e impedir que se misturem às águas sujas. É preciso descentralizar a captação, pelo menos em tempo de crise. JAIME PEREIRA DA SILVA (São Paulo,SP) * Um diagnóstico nacional sobre saneamento recém-divulgado pelo Ministério das Cidades revela que cariocas consumiram 75% mais água do que paulistanos em 2013. Enquanto os paulistanos gastaram 188 litros diários, os cariocas consumiram 329 litros por dia. A ONU determina que uma pessoa consuma 110 litros de água por dia. Mas essa cota não está sendo respeitada por ninguém. Os reservatórios estão secando, a água acabando e, consequentemente, a luz fica mais cara e também vai escassear. Tristes tempos esses em que não se tem nem água, nem luz, e daqui a pouco vai faltar alimentos, pois sem água impossível plantar. Quando é que o ser humano vai se dar conta de que o assunto é sério? Quando a fonte secar? IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP) * Um estrangeiro recém chegado a São Paulo poderia perguntar por que não se usa a água do grande rio Tietê, que corta a cidade, para resolver o problema da falta de água. Nossos governantes teriam que explicar ao desavisado estrangeiro que sempre foi mais fácil e barato jogar todo o esgoto da cidade no rio, junto com todo o resíduo industrial de todas as grandes fábricas. O ingênuo estrangeiro poderia perguntar por que foram construídas tantas favelas em volta das represas que serviriam para abastecer a cidade. Nossos governantes diriam que as áreas em volta das represas eram áreas de proteção de mananciais, e que era proibido construir legalmente por lá, por isso surgiram as gigantescas favelas que lançam seu esgoto nos mananciais que deveriam ser protegidos. O tal estrangeiro poderia então perguntar por que existe governo no Brasil, e essa pergunta ficaria sem resposta. MÁRIO BARILÁ FILHO (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Governo vai colocar larvicida em água distribuída em carro-pipa no Nordeste
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Diante do surto de microcefalia e de sua relação com o vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o governo federal decidiu usar larvicida na água distribuída em carros-pipa no Nordeste, região que concentra maior número de casos suspeitos e enfrenta forte seca. "As pessoas acumulam água em vasilhames para utilizar e esses vasilhames estão sendo o principal criatório dos mosquitos. Vamos colocar o larvicida na água transportada nos carros-pipa, para quando a agua for distribuída ela já estar preparada para destruir as larvas", afirmou o ministro Marcelo Castro (Saúde) em coletiva de imprensa, nesta terça-feira (8). Ele participou, na tarde de hoje, de reunião da presidente Dilma Rousseff com 21 governadores e 4 vices para tratar de ações de combate ao mosquito. Segundo o Ministério da Saúde, o produto não interfere no consumo humano. O ministro demonstrou preocupação com o aumento da proliferação do mosquito, nos primeiros meses do ano. "Temos várias tecnologias novas que estão sendo desenvolvidas com grande sucesso, mas que não estão ainda a ossa disposição para o surto que vem agora", disse. "No Brasil, não existe problema maior do que este que estamos enfrentando", reconheceu. Ele citou como exemplo a própria decisão do governo de decretar emergência sanitária no país. "A última vez que foi decretado Estado de emergência em saúde pública foi em 1917, quando da gripe espanhola." Na tarde de hoje, o governo federal divulgou um novo balanço sobre casos de microcefalia no país: até aqui, são 1.761 recém-nascidos suspeitos de ter a má-formação cerebral. A maior parte dos registros estão na região Nordeste, concentrados em Pernambuco (804), Paraíba (316) e Bahia (180). Os governadores dos três Estados participaram da reunião no Palácio do Planalto. O ministro da Saúde ponderou, no entanto, que os casos tendem a se espalhar pelo país. "É um caso de extrema gravidade, está essencialmente restrito ao nordeste brasileiro, mas todo os estudioso, pesquisadores, especialistas afirmam com segurança que ele não ficará restrito aos Estados do nordeste", afirmou. O ministro disse, ainda que homens se protegem melhor do que mulheres contra o mosquito. "Eu percebo que os homens se protegem melhor do que as mulheres. As mulheres normalmente ficam com pernas de fora e quando usam calça comprida, não usam meiam, usam sandália e os pés ficam descobertos. E o mosquito da adengue, segundo os estudiosos, é um tanto tímido, não é tao agressivo quanto pernilongo, que faz aquela zoada e pica a pessoa. Ele chega devagar e gosta das extremidades." RAIO-DO ZIKA
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cotidiano
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Governo vai colocar larvicida em água distribuída em carro-pipa no NordesteDiante do surto de microcefalia e de sua relação com o vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o governo federal decidiu usar larvicida na água distribuída em carros-pipa no Nordeste, região que concentra maior número de casos suspeitos e enfrenta forte seca. "As pessoas acumulam água em vasilhames para utilizar e esses vasilhames estão sendo o principal criatório dos mosquitos. Vamos colocar o larvicida na água transportada nos carros-pipa, para quando a agua for distribuída ela já estar preparada para destruir as larvas", afirmou o ministro Marcelo Castro (Saúde) em coletiva de imprensa, nesta terça-feira (8). Ele participou, na tarde de hoje, de reunião da presidente Dilma Rousseff com 21 governadores e 4 vices para tratar de ações de combate ao mosquito. Segundo o Ministério da Saúde, o produto não interfere no consumo humano. O ministro demonstrou preocupação com o aumento da proliferação do mosquito, nos primeiros meses do ano. "Temos várias tecnologias novas que estão sendo desenvolvidas com grande sucesso, mas que não estão ainda a ossa disposição para o surto que vem agora", disse. "No Brasil, não existe problema maior do que este que estamos enfrentando", reconheceu. Ele citou como exemplo a própria decisão do governo de decretar emergência sanitária no país. "A última vez que foi decretado Estado de emergência em saúde pública foi em 1917, quando da gripe espanhola." Na tarde de hoje, o governo federal divulgou um novo balanço sobre casos de microcefalia no país: até aqui, são 1.761 recém-nascidos suspeitos de ter a má-formação cerebral. A maior parte dos registros estão na região Nordeste, concentrados em Pernambuco (804), Paraíba (316) e Bahia (180). Os governadores dos três Estados participaram da reunião no Palácio do Planalto. O ministro da Saúde ponderou, no entanto, que os casos tendem a se espalhar pelo país. "É um caso de extrema gravidade, está essencialmente restrito ao nordeste brasileiro, mas todo os estudioso, pesquisadores, especialistas afirmam com segurança que ele não ficará restrito aos Estados do nordeste", afirmou. O ministro disse, ainda que homens se protegem melhor do que mulheres contra o mosquito. "Eu percebo que os homens se protegem melhor do que as mulheres. As mulheres normalmente ficam com pernas de fora e quando usam calça comprida, não usam meiam, usam sandália e os pés ficam descobertos. E o mosquito da adengue, segundo os estudiosos, é um tanto tímido, não é tao agressivo quanto pernilongo, que faz aquela zoada e pica a pessoa. Ele chega devagar e gosta das extremidades." RAIO-DO ZIKA
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Renan quer deixar para agosto votação de projeto das desonerações
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Após reunir-se nesta segunda-feira (13) com o ministro Joaquim Levy (Fazenda), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que pretende deixar para agosto a votação do projeto que reduz a desoneração da folha de salários –uma das principais medidas do ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff. Renan afirmou que "talvez seja mais prudente" deixar a votação para o segundo semestre, depois do recesso parlamentar do Congresso que tem início no dia 18 de julho. "Vamos decidir o que fazer com a desoneração da folha de pessoal. Nós estamos muito preocupados. O desemprego tem aumentado, o custo de produção também, a indústria tem perdido competitividade. Talvez seja mais prudente deixar a votação desse projeto para o próximo semestre", afirmou. Líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS) defendeu que o Senado vote o texto aprovado na Câmara e, posteriormente, o governo poderia enviar novo projeto ou medida provisória com mudanças na questão da desoneração. O governo tem pressa porque, se o projeto passar por mudanças no Senado, terá que retornar para nova votação na Câmara. Isso significa que terá efeitos práticos somente em 2016, uma vez que as novas regras entram em vigor em 90 dias, segundo o texto. O texto eleva em mais de 100% a taxação para a maioria dos 56 setores beneficiados com o programa de desoneração da folha, mas abre exceções para alguns segmentos, com um aumento mais brando de tributação. O PMDB e diversos senadores defendem um aumento da tributação para todos os setores, sem privilégios, mas em patamares mais brandos -o que deve estar contemplado, segundo Delcídio, na nova proposta do governo. A alternativa permitiria chegar ao mesmo patamar de arrecadação possível no texto aprovado pelos deputados. Líder do PT, Humberto Costa (PE) apresentou solução semelhante para a proposta das desonerações. "O que acordamos foi votar a desoneração como está, do jeito que veio da Câmara, garantindo que o governo vai, o mais breve possível, produzir uma negociação com o Congresso, para que pensemos um processo de desoneração mais linear, que possa valer para o ano que vem", afirmou o senador. Costa disse ser importante garantir a aprovação da proposta para que pelo menos R$ 2 bilhões possam "entrar na caixa do governo" ainda este ano. Renan disse que conversou com Levy sobre a "conjuntura nacional" e propostas de interesse do governo que tramitam no Congresso, como o projeto das desonerações e o chamado "pacto federativo", que inclui a reforma do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). LDO O presidente do Senado afirmou que vai fazer um "esforço" para que o Congresso vote, esta semana, a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2016. Pelas regras do Legislativo, os deputados e senadores só podem entrar em recesso após a análise da LDO. Na prática, porém, é tradição se fixar um "recesso branco" mesmo sem a aprovação da lei, liberando os congressistas para o recesso. Renan se reuniu com a presidente da Comissão de Orçamento do Congresso, Rose de Freitas (PMDB-ES), que disse estar otimista para a votação esta semana. "É o que eu quero, nós trabalhamos para isso. E acho que, se não fizermos isso, estamos colaborando pouco para ajudar na crise nacional. As sinalizações que o Orçamento dá, elas ajudam a melhorar a política e sair dessa crise", afirmou a senadora.
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mercado
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Renan quer deixar para agosto votação de projeto das desoneraçõesApós reunir-se nesta segunda-feira (13) com o ministro Joaquim Levy (Fazenda), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que pretende deixar para agosto a votação do projeto que reduz a desoneração da folha de salários –uma das principais medidas do ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff. Renan afirmou que "talvez seja mais prudente" deixar a votação para o segundo semestre, depois do recesso parlamentar do Congresso que tem início no dia 18 de julho. "Vamos decidir o que fazer com a desoneração da folha de pessoal. Nós estamos muito preocupados. O desemprego tem aumentado, o custo de produção também, a indústria tem perdido competitividade. Talvez seja mais prudente deixar a votação desse projeto para o próximo semestre", afirmou. Líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS) defendeu que o Senado vote o texto aprovado na Câmara e, posteriormente, o governo poderia enviar novo projeto ou medida provisória com mudanças na questão da desoneração. O governo tem pressa porque, se o projeto passar por mudanças no Senado, terá que retornar para nova votação na Câmara. Isso significa que terá efeitos práticos somente em 2016, uma vez que as novas regras entram em vigor em 90 dias, segundo o texto. O texto eleva em mais de 100% a taxação para a maioria dos 56 setores beneficiados com o programa de desoneração da folha, mas abre exceções para alguns segmentos, com um aumento mais brando de tributação. O PMDB e diversos senadores defendem um aumento da tributação para todos os setores, sem privilégios, mas em patamares mais brandos -o que deve estar contemplado, segundo Delcídio, na nova proposta do governo. A alternativa permitiria chegar ao mesmo patamar de arrecadação possível no texto aprovado pelos deputados. Líder do PT, Humberto Costa (PE) apresentou solução semelhante para a proposta das desonerações. "O que acordamos foi votar a desoneração como está, do jeito que veio da Câmara, garantindo que o governo vai, o mais breve possível, produzir uma negociação com o Congresso, para que pensemos um processo de desoneração mais linear, que possa valer para o ano que vem", afirmou o senador. Costa disse ser importante garantir a aprovação da proposta para que pelo menos R$ 2 bilhões possam "entrar na caixa do governo" ainda este ano. Renan disse que conversou com Levy sobre a "conjuntura nacional" e propostas de interesse do governo que tramitam no Congresso, como o projeto das desonerações e o chamado "pacto federativo", que inclui a reforma do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). LDO O presidente do Senado afirmou que vai fazer um "esforço" para que o Congresso vote, esta semana, a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2016. Pelas regras do Legislativo, os deputados e senadores só podem entrar em recesso após a análise da LDO. Na prática, porém, é tradição se fixar um "recesso branco" mesmo sem a aprovação da lei, liberando os congressistas para o recesso. Renan se reuniu com a presidente da Comissão de Orçamento do Congresso, Rose de Freitas (PMDB-ES), que disse estar otimista para a votação esta semana. "É o que eu quero, nós trabalhamos para isso. E acho que, se não fizermos isso, estamos colaborando pouco para ajudar na crise nacional. As sinalizações que o Orçamento dá, elas ajudam a melhorar a política e sair dessa crise", afirmou a senadora.
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Edmar Bacha é eleito para cadeira de Evaristo de Moraes Filho na ABL
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A Academia Brasileira de Letras elegeu, nesta quinta-feira (3), o economista e escritor Edmar Bacha para a cadeira anteriormente ocupada pelo jurista Evaristo de Moraes Filho, morto em julho deste ano. Bacha, um dos nomes da equipe econômica que concebeu e implantou o Plano Real, recebeu 18 votos, contra 15 recebidos pelo ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Eros Grau, sua principal concorrência na disputa pelo posto de imortal. Nascido em Lambari (MG), em uma família de escritores, políticos e comerciantes, Bacha formou-se economista e foi pesquisador no IPEA, presidente do IBGE e presidente do BNDES. Como escritor, lançou livros e artigos em revistas acadêmicas, como "Belíndia 2.0: Fábulas e Ensaios sobre o País dos Contrastes" (Civilização Brasileira). A ABL surgiu em 1897, com Machado de Assis como seu primeiro presidente, mas a ideia de criar uma instituição do tipo vinha desde o império. A casa dos imortais foi criado nos moldes da Academia Francesa de Letras, que surgiu no século 17, durante o reinado de Luiz 13. Ainda seguindo o modelo da instituição francesa, a ABL conta com 40 membros. Além de Machado, o primeiro time de imortais contava com Inglês de Sousa, José do Patrocínio, Coelho Neto e Artur Azevedo, entre outros. Há outras instituições do tipo pelo mundo, como a Academia de Ciências de Lisboa, em Portugal, ou a British Academy, no Reino Unido.
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ilustrada
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Edmar Bacha é eleito para cadeira de Evaristo de Moraes Filho na ABLA Academia Brasileira de Letras elegeu, nesta quinta-feira (3), o economista e escritor Edmar Bacha para a cadeira anteriormente ocupada pelo jurista Evaristo de Moraes Filho, morto em julho deste ano. Bacha, um dos nomes da equipe econômica que concebeu e implantou o Plano Real, recebeu 18 votos, contra 15 recebidos pelo ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Eros Grau, sua principal concorrência na disputa pelo posto de imortal. Nascido em Lambari (MG), em uma família de escritores, políticos e comerciantes, Bacha formou-se economista e foi pesquisador no IPEA, presidente do IBGE e presidente do BNDES. Como escritor, lançou livros e artigos em revistas acadêmicas, como "Belíndia 2.0: Fábulas e Ensaios sobre o País dos Contrastes" (Civilização Brasileira). A ABL surgiu em 1897, com Machado de Assis como seu primeiro presidente, mas a ideia de criar uma instituição do tipo vinha desde o império. A casa dos imortais foi criado nos moldes da Academia Francesa de Letras, que surgiu no século 17, durante o reinado de Luiz 13. Ainda seguindo o modelo da instituição francesa, a ABL conta com 40 membros. Além de Machado, o primeiro time de imortais contava com Inglês de Sousa, José do Patrocínio, Coelho Neto e Artur Azevedo, entre outros. Há outras instituições do tipo pelo mundo, como a Academia de Ciências de Lisboa, em Portugal, ou a British Academy, no Reino Unido.
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Eles endoidaram
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SÃO PAULO - Sempre que leio o noticiário jurídico-futebolístico fico com a sensação de ter voltado para os tempos de Gengis Khan. E não falo apenas da violência das torcidas. Fiquei quase atônito quando li, na semana passada, que o Ministério Público recomendara e a Federação Paulista de Futebol acatara a proibição da venda de ingressos a corintianos. A ideia era que, para evitar brigas entre as organizadas, o jogo entre Palmeiras e Corinthians tivesse apenas torcedores alviverdes. Somos quase todos contra a violência e isso às vezes nos faz perder a perspectiva. A proposta do MP porém, ao contrário do que pode parecer, não é moralmente neutra. Para constatá-lo, basta substituir o "corintianos" por "judeus" ou "comunistas". Não é preciso mais para perceber que é errado vetar a entrada de alguém num espetáculo público em função de suas convicções pessoais. Esse não é o primeiro flerte do pessoal do esporte com o consequencialismo sem rédeas. Os próprios códigos esportivos trazem a previsão, por vezes utilizada, de coibir o mau comportamento de alguns excluindo todos os torcedores, a imensa maioria dos quais não fez nada de errado, de partidas futuras. Pode até ser que funcione, mas o nome disso, em português claro, é punição coletiva, instituto rejeitado com veemência pelo direito contemporâneo. A comparação cabível aqui é com a legião romana. Quando os soldados faziam algo de que os generais não gostavam, mostrando-se covardes, por exemplo, o castigo padrão era matar cada décimo legionário, independentemente do que aquele homem em particular tivesse feito. É daí que veio a palavra "dizimar". Funcionava –e com a vantagem de comprometer apenas 10% da força. O ponto nevrálgico é que nem tudo que funciona deve ser aplicado. Sou fã do consequencialismo, mas, sem temperá-lo com alguns princípios deontológicos, acabamos criando verdadeiros monstros.
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colunas
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Eles endoidaramSÃO PAULO - Sempre que leio o noticiário jurídico-futebolístico fico com a sensação de ter voltado para os tempos de Gengis Khan. E não falo apenas da violência das torcidas. Fiquei quase atônito quando li, na semana passada, que o Ministério Público recomendara e a Federação Paulista de Futebol acatara a proibição da venda de ingressos a corintianos. A ideia era que, para evitar brigas entre as organizadas, o jogo entre Palmeiras e Corinthians tivesse apenas torcedores alviverdes. Somos quase todos contra a violência e isso às vezes nos faz perder a perspectiva. A proposta do MP porém, ao contrário do que pode parecer, não é moralmente neutra. Para constatá-lo, basta substituir o "corintianos" por "judeus" ou "comunistas". Não é preciso mais para perceber que é errado vetar a entrada de alguém num espetáculo público em função de suas convicções pessoais. Esse não é o primeiro flerte do pessoal do esporte com o consequencialismo sem rédeas. Os próprios códigos esportivos trazem a previsão, por vezes utilizada, de coibir o mau comportamento de alguns excluindo todos os torcedores, a imensa maioria dos quais não fez nada de errado, de partidas futuras. Pode até ser que funcione, mas o nome disso, em português claro, é punição coletiva, instituto rejeitado com veemência pelo direito contemporâneo. A comparação cabível aqui é com a legião romana. Quando os soldados faziam algo de que os generais não gostavam, mostrando-se covardes, por exemplo, o castigo padrão era matar cada décimo legionário, independentemente do que aquele homem em particular tivesse feito. É daí que veio a palavra "dizimar". Funcionava –e com a vantagem de comprometer apenas 10% da força. O ponto nevrálgico é que nem tudo que funciona deve ser aplicado. Sou fã do consequencialismo, mas, sem temperá-lo com alguns princípios deontológicos, acabamos criando verdadeiros monstros.
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Pior da epidemia de zika já pode ter passado no Brasil, diz pesquisador
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Apesar de ter sido o primeiro país do hemisfério ocidental a registrar uma epidemia do vírus zika –que também está sendo associada a um aumento expressivo de casos de microcefalia–, o Brasil pode não ser, atualmente, o país mais perigoso para viajantes, segundo um pesquisador do Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano (CDC). "O Brasil foi o país do continente que primeiro teve uma epidemia de zika. Mas pode ser razoável assumir que o pior já tenha passado, enquanto que em outros países, ainda pode estar começando", disse Lyle Petersen, o diretor da Divisão de doenças transmitidas por vetores do CDC –principal agência voltada para proteção da saúde pública nos Estados Unidos. "O que tende a acontecer em surtos desse tipo é que um número muito grande de pessoas é infectada na primeira onda, quando o vírus atinge a população. Depois disso, o nível de transmissão pode tornar-se bem menor. Os dados que temos mostram que o maior número de casos de zika, especialmente no nordeste do Brasil, aconteceu no começo de 2015. Por isso estamos vendo os casos de microcefalia agora", disse. "Então é possível que o nível de transmissão já tenha atingido seu pico ao menos nessa parte do país." Nesta sexta-feira (14), o CDC deve divulgar um alerta para que viajantes dos Estados Unidos evitem países da América Latina e do Caribe onde há a possibilidade de contrair o vírus. Petersen não quis adiantar detalhes sobre o alerta do CDC. O jornal New York Times disse que este poderia trazer recomendações específicas para que mulheres grávidas não viajassem "ao Brasil e outros países da região em que mosquitos estavam espalhando o zika vírus, ligado à má-formação de cérebros em recém-nascidos". O jornal diz que esta poderá ser a primeira vez que o CDC recomenda que mulheres grávidas evitem uma região específica durante um surto. Além da epidemia no Brasil, já foram registrados casos de zika em Colômbia, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Porto Rico, Paraguai, Suriname e Venezuela. Petersen afirma, no entanto, que ainda não se sabe em qual desses países pode haver uma epidemia com a proporção da brasileira, por causa da dificuldade em diagnosticar a doença. "Não há uma boa vigilância para a zika nas Américas neste momento. A doença se parece com outras, como a dengue. Então sem muita capacidade de fazer testes de laboratório é difícil determinar quantas infecções pelo zika vírus estão acontecendo nos países." VÍRUS NOS EUA Na última quarta-feira, a confirmação de que uma mulher de Harris County, no Texas, estava com zika após uma viagem a El Salvador preocupou as autoridades americanas.No final de dezembro, a chegada do vírus a Porto Rico também soou o alarme na imprensa, que especula a possibilidade de uma epidemia associada à microcefalia semelhante à brasileira no país. Petersen, no entanto, diz que o caso do Texas não foi o primeiro registrado da presença zika vírus - do tipo asiático, como o que estaria presente no Brasil –nos EUA. "Há alguns anos identificamos pessoas que chegam aos Estados Unidos infectadas com o vírus, principalmente da região do Pacífico. É uma doença que se espalha por viajantes, então casos 'importados' assim são esperados e esse número deve crescer", afirma. "Identificamos 11 pessoas que chegaram ao país com zika entre 2010 e 2014. E como muitas pessoas não têm sintomas, o número dos que vêm com a virose deve ser bem maior." Segundo o pesquisador, a explicação para que a presença do vírus nos EUA - e possivelmente em outros países do continente americano - não tenha causado epidemias até então não é simples. "O vírus pode ser introduzido em uma área muitas e muitas vezes antes de a infecção local começar. É um caso de má sorte, de certo modo. Se a pessoa infectada entra no país e não é picada por um mosquito, nada acontece. Então o vírus provavelmente entrou nas Américas muitas e muitas vezes antes de as condições serem as ideais para uma epidemia." Mas Petersen acredita que, a julgar pelo histórico de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que só está presente nas regiões mais ao sul dos Estados Unidos, é menos provável que o problema lá tome a mesma proporção que tem no Brasil. "Ainda não detectamos transmissão local aqui. Estamos preocupados com essa possibilidade, mas se o vírus seguir o mesmo padrão da dengue, poderemos ter transmissão local e surtos menores, mas não uma epidemia gigante como a que se vê no Brasil ou em outras regiões tropicais", afirma. "Foi exatamente o que aconteceu com a chikungunya. Houve milhões de casos nas Américas, mas nos Estados Unidos tivemos cerca de uma dúzia." BOATOS Após confirmar que o zika vírus foi encontrado em bebês brasileiros com microcefalia mortos após o nascimento, o CDC acredita estar mais perto de comprovar a conexão entre a doença e a má-formação, segundo o cientista. "Eu diria que a chance de a microcefalia não ter sido causada pelo zika vírus é extremamente pequena." Um grupo de patologistas do CDC examinou quatro amostras coletadas no Rio Grande do Norte e enviadas ao centro americano pelo Ministério da Saúde. Duas delas eram de bebês microcéfalos que morreram 24 horas depois de nascer. As outras duas eram de placentas de mulheres que tiveram abortos espontâneos de fetos com microcefalia. Os testes encontraram o vírus tanto no tecido cerebral dos bebês quanto nas placentas das mães. Para o pesquisador, os dados já reunidos deixam pouco espaço para teorias como a de que vacinas ministradas em gestantes ou contato com agrotóxicos poderiam ter causado o aumento de casos da má-formação. O Ministério da Saúde já negou ambas as possibilidades, mas as teses ainda circulam nas redes sociais brasileiras. "Acho que a chance disso é bastante pequena por algumas razões. A primeira é que nenhuma vacina ministrada em mulheres hoje foi associada a nada do tipo. Temos anos de experiência e milhões de pessoas testadas. E eu nunca vi algo assim com nenhuma vacina", afirma Petersen. "A segunda razão é que, dado o fato de que o aumento de casos também aconteceu na Polinésia Francesa após um surto de zika, a ideia de que algum agrotóxico local possa ter causado isso não faz muito sentido. Teria que ser um químico presente nos dois países e que tenha agido ao mesmo período da epidemia do zika vírus." "Além disso, quando você examina imagens dos cérebros das crianças, elas têm semelhanças com o que se vê em casos de infecções como a rubéola. Por isso, parece mesmo ser uma má-formação causada por infecção." Mesmo assim, ele diz que mais estudos serão necessários para estabelecer definitivamente a relação entre o vírus e o sintoma nos bebês. "Ainda não podemos falar em 100% de certeza, mas estamos chegando lá. O Ministério da Saúde brasileiro está certo, mas ainda queremos ver mais evidências como esta que acabamos de encontrar. Estes são alguns casos no meio de mais de 3.500 bebês (com suspeita de microcefalia) no país." O CDC vai colaborar com pesquisadores brasileiros em novos estudos que tentarão dimensionar os riscos de mães que tiveram o zika vírus na gravidez de terem bebês com microcefalia. "Esses estudos poderão responder a perguntas como: 'Quão grande é a chance de o bebê ter microcefalia se a mãe teve zika? É certeza que isso acontecerá ou é uma chance em 100?", diz.
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Pior da epidemia de zika já pode ter passado no Brasil, diz pesquisadorApesar de ter sido o primeiro país do hemisfério ocidental a registrar uma epidemia do vírus zika –que também está sendo associada a um aumento expressivo de casos de microcefalia–, o Brasil pode não ser, atualmente, o país mais perigoso para viajantes, segundo um pesquisador do Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano (CDC). "O Brasil foi o país do continente que primeiro teve uma epidemia de zika. Mas pode ser razoável assumir que o pior já tenha passado, enquanto que em outros países, ainda pode estar começando", disse Lyle Petersen, o diretor da Divisão de doenças transmitidas por vetores do CDC –principal agência voltada para proteção da saúde pública nos Estados Unidos. "O que tende a acontecer em surtos desse tipo é que um número muito grande de pessoas é infectada na primeira onda, quando o vírus atinge a população. Depois disso, o nível de transmissão pode tornar-se bem menor. Os dados que temos mostram que o maior número de casos de zika, especialmente no nordeste do Brasil, aconteceu no começo de 2015. Por isso estamos vendo os casos de microcefalia agora", disse. "Então é possível que o nível de transmissão já tenha atingido seu pico ao menos nessa parte do país." Nesta sexta-feira (14), o CDC deve divulgar um alerta para que viajantes dos Estados Unidos evitem países da América Latina e do Caribe onde há a possibilidade de contrair o vírus. Petersen não quis adiantar detalhes sobre o alerta do CDC. O jornal New York Times disse que este poderia trazer recomendações específicas para que mulheres grávidas não viajassem "ao Brasil e outros países da região em que mosquitos estavam espalhando o zika vírus, ligado à má-formação de cérebros em recém-nascidos". O jornal diz que esta poderá ser a primeira vez que o CDC recomenda que mulheres grávidas evitem uma região específica durante um surto. Além da epidemia no Brasil, já foram registrados casos de zika em Colômbia, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Porto Rico, Paraguai, Suriname e Venezuela. Petersen afirma, no entanto, que ainda não se sabe em qual desses países pode haver uma epidemia com a proporção da brasileira, por causa da dificuldade em diagnosticar a doença. "Não há uma boa vigilância para a zika nas Américas neste momento. A doença se parece com outras, como a dengue. Então sem muita capacidade de fazer testes de laboratório é difícil determinar quantas infecções pelo zika vírus estão acontecendo nos países." VÍRUS NOS EUA Na última quarta-feira, a confirmação de que uma mulher de Harris County, no Texas, estava com zika após uma viagem a El Salvador preocupou as autoridades americanas.No final de dezembro, a chegada do vírus a Porto Rico também soou o alarme na imprensa, que especula a possibilidade de uma epidemia associada à microcefalia semelhante à brasileira no país. Petersen, no entanto, diz que o caso do Texas não foi o primeiro registrado da presença zika vírus - do tipo asiático, como o que estaria presente no Brasil –nos EUA. "Há alguns anos identificamos pessoas que chegam aos Estados Unidos infectadas com o vírus, principalmente da região do Pacífico. É uma doença que se espalha por viajantes, então casos 'importados' assim são esperados e esse número deve crescer", afirma. "Identificamos 11 pessoas que chegaram ao país com zika entre 2010 e 2014. E como muitas pessoas não têm sintomas, o número dos que vêm com a virose deve ser bem maior." Segundo o pesquisador, a explicação para que a presença do vírus nos EUA - e possivelmente em outros países do continente americano - não tenha causado epidemias até então não é simples. "O vírus pode ser introduzido em uma área muitas e muitas vezes antes de a infecção local começar. É um caso de má sorte, de certo modo. Se a pessoa infectada entra no país e não é picada por um mosquito, nada acontece. Então o vírus provavelmente entrou nas Américas muitas e muitas vezes antes de as condições serem as ideais para uma epidemia." Mas Petersen acredita que, a julgar pelo histórico de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que só está presente nas regiões mais ao sul dos Estados Unidos, é menos provável que o problema lá tome a mesma proporção que tem no Brasil. "Ainda não detectamos transmissão local aqui. Estamos preocupados com essa possibilidade, mas se o vírus seguir o mesmo padrão da dengue, poderemos ter transmissão local e surtos menores, mas não uma epidemia gigante como a que se vê no Brasil ou em outras regiões tropicais", afirma. "Foi exatamente o que aconteceu com a chikungunya. Houve milhões de casos nas Américas, mas nos Estados Unidos tivemos cerca de uma dúzia." BOATOS Após confirmar que o zika vírus foi encontrado em bebês brasileiros com microcefalia mortos após o nascimento, o CDC acredita estar mais perto de comprovar a conexão entre a doença e a má-formação, segundo o cientista. "Eu diria que a chance de a microcefalia não ter sido causada pelo zika vírus é extremamente pequena." Um grupo de patologistas do CDC examinou quatro amostras coletadas no Rio Grande do Norte e enviadas ao centro americano pelo Ministério da Saúde. Duas delas eram de bebês microcéfalos que morreram 24 horas depois de nascer. As outras duas eram de placentas de mulheres que tiveram abortos espontâneos de fetos com microcefalia. Os testes encontraram o vírus tanto no tecido cerebral dos bebês quanto nas placentas das mães. Para o pesquisador, os dados já reunidos deixam pouco espaço para teorias como a de que vacinas ministradas em gestantes ou contato com agrotóxicos poderiam ter causado o aumento de casos da má-formação. O Ministério da Saúde já negou ambas as possibilidades, mas as teses ainda circulam nas redes sociais brasileiras. "Acho que a chance disso é bastante pequena por algumas razões. A primeira é que nenhuma vacina ministrada em mulheres hoje foi associada a nada do tipo. Temos anos de experiência e milhões de pessoas testadas. E eu nunca vi algo assim com nenhuma vacina", afirma Petersen. "A segunda razão é que, dado o fato de que o aumento de casos também aconteceu na Polinésia Francesa após um surto de zika, a ideia de que algum agrotóxico local possa ter causado isso não faz muito sentido. Teria que ser um químico presente nos dois países e que tenha agido ao mesmo período da epidemia do zika vírus." "Além disso, quando você examina imagens dos cérebros das crianças, elas têm semelhanças com o que se vê em casos de infecções como a rubéola. Por isso, parece mesmo ser uma má-formação causada por infecção." Mesmo assim, ele diz que mais estudos serão necessários para estabelecer definitivamente a relação entre o vírus e o sintoma nos bebês. "Ainda não podemos falar em 100% de certeza, mas estamos chegando lá. O Ministério da Saúde brasileiro está certo, mas ainda queremos ver mais evidências como esta que acabamos de encontrar. Estes são alguns casos no meio de mais de 3.500 bebês (com suspeita de microcefalia) no país." O CDC vai colaborar com pesquisadores brasileiros em novos estudos que tentarão dimensionar os riscos de mães que tiveram o zika vírus na gravidez de terem bebês com microcefalia. "Esses estudos poderão responder a perguntas como: 'Quão grande é a chance de o bebê ter microcefalia se a mãe teve zika? É certeza que isso acontecerá ou é uma chance em 100?", diz.
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Olimpíada domina primeiro debate no Rio; Flávio Bolsonaro passa mal
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BRUNO VILLAS BÔAS LUCAS VETTORAZZO LUISA BUSTAMANTE DO RIO Os Jogos Olímpicos dominaram o primeiro debate de TV da eleição do Rio, realizado pela Band nesta quinta-feira (25), desde seu impacto sobre a finança da cidade até denúncia de corrupção envolvendo o deputado Eduardo Cunha (PMDB). Pedro Paulo, candidato do PMDB à sucessão do prefeito do Rio, Eduardo Paes, foi o primeiro a mencionar a Olimpíada do Rio no debate, numa tentativa de "capitalizar" sobre o evento esportivo. "Vivemos um momento sonhado há muitos anos no Rio. Tenho orgulho de ter participado dessa transformação. Muitos diziam que isso não seria possível. Que ia atrasar, o Rio ia quebrar, mas mostramos que é possível", disse o Pedro Paulo. O candidato Alessandro Molon (Rede) disse que o aumento da segurança na cidade durante o evento esportivo –houve aumento de efetivo policial– deveria ser uma realidade permanente. "Todos adoramos ver as ruas cheias e seguras, mas esse deveria ser o Rio de Janeiro durante quatro anos, e não apenas por 20 dias", disse o candidato, que defendeu mais atuação da guarda municipal. O deputado Flávio Bolsonaro (PSC), filho do deputado federal Jair Bolsonaro, foi além e prometeu armar a guarda municipal, além de mais integração municipal com as forças de segurança estaduais. "Municipalização da segurança pública é uma tendência mundial", disse Bolsonaro, que foi saudado como "mito", como costuma ser chamado seu pai. Depois, teve queda de pressão e precisou deixar o debate. Molon rebateu uma afirmação do candidato peemedebista, de que o evento foi realizado no Rio sem nenhum escândalo de corrupção: "Ele não viu o escândalo do deputado Eduardo Cunha, que nós conseguimos afastar da presidência da Câmara. O escândalo do Porto Maravilha, no qual o deputado Cunha é acusado de receber R$ 52 milhões para desviar dinheiro da Caixa Econômica. É do PMDB, dele", disse. Líder das intenções de voto, com 27%, o senador e bispo licenciado da Universal Marcelo Crivella (PRB) disse que a Prefeitura "gastou demais" com a Olimpíada, afetando gastos com educação e saúde. "Se você comparar os valores reais que a prefeitura gastou nos quatro primeiros anos e comparar com os três do segundo mandato, a Prefeitura deixou de aplicar R$ 700 milhões na saúde para fazer obras para as Olimpíadas", disse Crivella. Pedro Paulo negou que a educação tenha problema de custeio no Rio. Ele prometeu construir 314 escolas se eleito prefeito, além de colocar todas os alunos do município estudando em horário integral. Mas a situação financeira da Prefeitura foi um tema constante dos candidatos. O deputado federal Índio da Costa (PSD) disse que para tirar o programa sugerido pelo candidato peemedebista do papel custaria "uma outra Olimpíada". "Paes quebrou Previdência, deixou escolas públicas sem manutenção. Hospitais são uma calamidade", disse Índio da Costa Carlos Osório (PSDB) concordou que a Olimpíada vai ficar "na memória por muito tempo", mas também bateu na tecla que o Rio vive um problema de queda na qualidade dos serviços e que a receita municipal teve baixa de 6% no ano passado. Já a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) recorreu aos Jogos Olímpicos em sua defesa do mandato da presidente afastada Dilma Rousseff. Vaiada, ela disse que a vaia seriam "democrática" e que "golpistas são assim mesmo". "Além de mim e de você [Molon], todos votaram pelo golpe, um golpe. Aqui é também um palco da traição. Os governos Lula e Dilma colocaram aqui R$ 376 bilhões. Quando se fala da Olimpíada, em nenhum momento citaram aqui que foi bancada com recursos federais. Isso é traição", disse. AGRESSÃO Coube a Jandira tocar no assunto da agressão envolvendo Pedro Paulo. O candidato foi investigado em caso de agressão a sua ex-mulher. O caso foi arquivado pelo STF. Ela havia perguntado, no segundo bloco, sobre a ajuda do governo federal na revitalização da zona portuária do Rio. Ela classificou de traição a votação de Pedro Paulo (PMDB) pelo afastamento de Dilma Rousseff depois da parceria de longa data no Rio. "Eu não votaria em quem trai mulher e quem bate em mulher", disse Jandira. A plateia reagiu com aplausos e vaias. Até aquele momento ninguém havia tocado no assunto. Pedro Paulo disse que "é muito triste você levantar isso", para a reação geral da plateia. O apresentador da Band Sérgio Costa tentava em vão conter as manifestações. Pedro Paulo lembrou que o STF arquivou o processo a pedido da PGR (Procuradora Geral da República). "Você sabe que a procuradoria me inocentou. Você vai passar por isso, de ser acusada de crime que não cometeu", disse, ao que Jandira reagiu balançando a cabeça negativamente. Crivella sorria discretamente enquanto os candidatos trocavam acusações. "Você é acusada de receber propina", disse Pedro Paulo. Jandira pediu direito de resposta, ainda não concedido pela direção da emissora. PASSOU MAL Flávio Bolsonaro sofreu uma queda de pressão e precisou abandonar o debate. Bolsonaro se preparava para responder a uma pergunta feita por internauta no segundo bloco do programa quando, pálido, começou a enxugar o suor, se sentiu mal e precisou de atendimento. Bolsonaro passa mal em debate Houve pedidos vindos da plateia para a deputada federal Jandira Feghali, candidata pelo PCdoB, socorrer o concorrente. "A Jandira é médica, ajuda ele", gritavam. A deputada chegou a amparar Bolsonaro, com ajuda do candidato Carlos Osório (PSDB), mas logo se afastou e deixou que a equipe médica realizasse o atendimento, sendo vaiada pela plateia. O debate foi interrompido para atendimento. Quando voltou ao ar, Jandira disse que o pai de Bolsonaro, Jair, que não permitiu que ela realizasse o atendimento. Ela ainda bateu boca com apoiadores de Bolsonaro na plateia, ao vivo. Mais cedo, na chegada ao programa, Flávio Bolsonaro foi saudado como "mito", como costumam chamar seu pai, o deputado federal Jair Bolsonaro. Flávio Bolsonaro não voltou para o debate. Segundo o programa, ele ficou de forma "por orientações médicas", mas passa bem. Em nota, o candidato afirmou que o mal-estar deveu-se a uma intoxicação alimentar que também "vitimou inclusive um de seus assessores, devido a uma refeição na tarde de quarta-feira (24)". Ainda segundo o texto, ele foi atendido em hospital e foi liberado no início da madrugada. "Flávio Bolsonaro pede desculpas a todos os seus concorrentes pela ausência no restante do debate; o candidato agradece publicamente aos concorrentes Jandira Feghali e Carlos Osório pelos gestos de solidariedade ao socorrê-lo", diz a nota. "O candidato também pede desculpas a todos os cariocas e assegura que haverá novas oportunidades para mostrar à população seus projetos para fazer do Rio de Janeiro uma cidade mais segura e próspera", completa o texto. Apesar de aparecer em segundo lugar na pesquisa Ibope, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) não participou do debate por causa da nova legislação eleitoral.
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Olimpíada domina primeiro debate no Rio; Flávio Bolsonaro passa malBRUNO VILLAS BÔAS LUCAS VETTORAZZO LUISA BUSTAMANTE DO RIO Os Jogos Olímpicos dominaram o primeiro debate de TV da eleição do Rio, realizado pela Band nesta quinta-feira (25), desde seu impacto sobre a finança da cidade até denúncia de corrupção envolvendo o deputado Eduardo Cunha (PMDB). Pedro Paulo, candidato do PMDB à sucessão do prefeito do Rio, Eduardo Paes, foi o primeiro a mencionar a Olimpíada do Rio no debate, numa tentativa de "capitalizar" sobre o evento esportivo. "Vivemos um momento sonhado há muitos anos no Rio. Tenho orgulho de ter participado dessa transformação. Muitos diziam que isso não seria possível. Que ia atrasar, o Rio ia quebrar, mas mostramos que é possível", disse o Pedro Paulo. O candidato Alessandro Molon (Rede) disse que o aumento da segurança na cidade durante o evento esportivo –houve aumento de efetivo policial– deveria ser uma realidade permanente. "Todos adoramos ver as ruas cheias e seguras, mas esse deveria ser o Rio de Janeiro durante quatro anos, e não apenas por 20 dias", disse o candidato, que defendeu mais atuação da guarda municipal. O deputado Flávio Bolsonaro (PSC), filho do deputado federal Jair Bolsonaro, foi além e prometeu armar a guarda municipal, além de mais integração municipal com as forças de segurança estaduais. "Municipalização da segurança pública é uma tendência mundial", disse Bolsonaro, que foi saudado como "mito", como costuma ser chamado seu pai. Depois, teve queda de pressão e precisou deixar o debate. Molon rebateu uma afirmação do candidato peemedebista, de que o evento foi realizado no Rio sem nenhum escândalo de corrupção: "Ele não viu o escândalo do deputado Eduardo Cunha, que nós conseguimos afastar da presidência da Câmara. O escândalo do Porto Maravilha, no qual o deputado Cunha é acusado de receber R$ 52 milhões para desviar dinheiro da Caixa Econômica. É do PMDB, dele", disse. Líder das intenções de voto, com 27%, o senador e bispo licenciado da Universal Marcelo Crivella (PRB) disse que a Prefeitura "gastou demais" com a Olimpíada, afetando gastos com educação e saúde. "Se você comparar os valores reais que a prefeitura gastou nos quatro primeiros anos e comparar com os três do segundo mandato, a Prefeitura deixou de aplicar R$ 700 milhões na saúde para fazer obras para as Olimpíadas", disse Crivella. Pedro Paulo negou que a educação tenha problema de custeio no Rio. Ele prometeu construir 314 escolas se eleito prefeito, além de colocar todas os alunos do município estudando em horário integral. Mas a situação financeira da Prefeitura foi um tema constante dos candidatos. O deputado federal Índio da Costa (PSD) disse que para tirar o programa sugerido pelo candidato peemedebista do papel custaria "uma outra Olimpíada". "Paes quebrou Previdência, deixou escolas públicas sem manutenção. Hospitais são uma calamidade", disse Índio da Costa Carlos Osório (PSDB) concordou que a Olimpíada vai ficar "na memória por muito tempo", mas também bateu na tecla que o Rio vive um problema de queda na qualidade dos serviços e que a receita municipal teve baixa de 6% no ano passado. Já a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) recorreu aos Jogos Olímpicos em sua defesa do mandato da presidente afastada Dilma Rousseff. Vaiada, ela disse que a vaia seriam "democrática" e que "golpistas são assim mesmo". "Além de mim e de você [Molon], todos votaram pelo golpe, um golpe. Aqui é também um palco da traição. Os governos Lula e Dilma colocaram aqui R$ 376 bilhões. Quando se fala da Olimpíada, em nenhum momento citaram aqui que foi bancada com recursos federais. Isso é traição", disse. AGRESSÃO Coube a Jandira tocar no assunto da agressão envolvendo Pedro Paulo. O candidato foi investigado em caso de agressão a sua ex-mulher. O caso foi arquivado pelo STF. Ela havia perguntado, no segundo bloco, sobre a ajuda do governo federal na revitalização da zona portuária do Rio. Ela classificou de traição a votação de Pedro Paulo (PMDB) pelo afastamento de Dilma Rousseff depois da parceria de longa data no Rio. "Eu não votaria em quem trai mulher e quem bate em mulher", disse Jandira. A plateia reagiu com aplausos e vaias. Até aquele momento ninguém havia tocado no assunto. Pedro Paulo disse que "é muito triste você levantar isso", para a reação geral da plateia. O apresentador da Band Sérgio Costa tentava em vão conter as manifestações. Pedro Paulo lembrou que o STF arquivou o processo a pedido da PGR (Procuradora Geral da República). "Você sabe que a procuradoria me inocentou. Você vai passar por isso, de ser acusada de crime que não cometeu", disse, ao que Jandira reagiu balançando a cabeça negativamente. Crivella sorria discretamente enquanto os candidatos trocavam acusações. "Você é acusada de receber propina", disse Pedro Paulo. Jandira pediu direito de resposta, ainda não concedido pela direção da emissora. PASSOU MAL Flávio Bolsonaro sofreu uma queda de pressão e precisou abandonar o debate. Bolsonaro se preparava para responder a uma pergunta feita por internauta no segundo bloco do programa quando, pálido, começou a enxugar o suor, se sentiu mal e precisou de atendimento. Bolsonaro passa mal em debate Houve pedidos vindos da plateia para a deputada federal Jandira Feghali, candidata pelo PCdoB, socorrer o concorrente. "A Jandira é médica, ajuda ele", gritavam. A deputada chegou a amparar Bolsonaro, com ajuda do candidato Carlos Osório (PSDB), mas logo se afastou e deixou que a equipe médica realizasse o atendimento, sendo vaiada pela plateia. O debate foi interrompido para atendimento. Quando voltou ao ar, Jandira disse que o pai de Bolsonaro, Jair, que não permitiu que ela realizasse o atendimento. Ela ainda bateu boca com apoiadores de Bolsonaro na plateia, ao vivo. Mais cedo, na chegada ao programa, Flávio Bolsonaro foi saudado como "mito", como costumam chamar seu pai, o deputado federal Jair Bolsonaro. Flávio Bolsonaro não voltou para o debate. Segundo o programa, ele ficou de forma "por orientações médicas", mas passa bem. Em nota, o candidato afirmou que o mal-estar deveu-se a uma intoxicação alimentar que também "vitimou inclusive um de seus assessores, devido a uma refeição na tarde de quarta-feira (24)". Ainda segundo o texto, ele foi atendido em hospital e foi liberado no início da madrugada. "Flávio Bolsonaro pede desculpas a todos os seus concorrentes pela ausência no restante do debate; o candidato agradece publicamente aos concorrentes Jandira Feghali e Carlos Osório pelos gestos de solidariedade ao socorrê-lo", diz a nota. "O candidato também pede desculpas a todos os cariocas e assegura que haverá novas oportunidades para mostrar à população seus projetos para fazer do Rio de Janeiro uma cidade mais segura e próspera", completa o texto. Apesar de aparecer em segundo lugar na pesquisa Ibope, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) não participou do debate por causa da nova legislação eleitoral.
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Barroso foge de polêmicas nos EUA e se diz 'vítima de vazamento'
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Duas semanas após lamentar o PMDB como "a alternativa de poder" no horizonte, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso se esquivou de novas polêmicas no evento "Brazil: Looking Beyond the Crisis" (Brasil: olhando além da crise), na Escola de Direito da Universidade de Nova York (NYU), na manhã desta segunda-feira (11). Barroso explicou que pularia toda uma parte de sua apresentação –dedicada a falar sobre a barafunda política no país– pois "tudo o que disser pode ser muito problemático". Ele se disse "vítima de vazamento" no dia 31 de março, quando conversou com alunos da Fundação Lemann. Na ocasião, contou que lera sobre a decisão do PMDB em desembarcar do governo Dilma Rousseff. "[O jornal] mostrava as pessoas que erguiam as mãos, eu olhei e: meu Deus do céu! Essa é a nossa alternativa de poder", disse então. Dias antes, os principais jornais do país, Folha inclusa, publicaram fotos que destacavam o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o senador Valdir Raupp (PDMB-RO) e o ex-ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil), entre outros peemedebistas. À Folha ele afirmou que, "nas circunstâncias brasileiras atuais, mesmo em um ambiente acadêmico", não lhe pareceu próprio "fazer uma análise da crise em curso". "Penso que este é, para nós do Supremo, um momento de reserva e autocontenção". CRISE Nesta segunda, em conferência organizada pelo Brazilian Legal Society (grupo de estudantes de direito da NYU), Barroso preferiu esquecer o "durante" e focar o "antes" e o "depois". Para ele, o Brasil vive uma crise "política, econômica e moral", mas "não institucional". Na primeira parte de seu discurso, ele elogiou três décadas de solidez institucional, fortalecidas por estabilidade financeira (com FHC) e inclusão social (com Lula). Na segunda, elencou dez soluções para o Brasil se recuperar nesta "estrada longa e tortuosa" ("The Long and Winding Road" no original, referência à música do Beatles que usou para titular sua palestra). Barroso defendeu uma reforma política que proíba coligações em eleições majoritárias e adote o sistema distrital misto, "inspirado no modelo alemão". Nele, metade das cadeiras da Câmara seria preenchida por voto distrital, e a outra por voto no partido. O ministro também atacou o "preconceito e a desconfiança com a iniciativa privada", fruto de uma cultura "dependente do Estado para tudo". Ele citou dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) para criticar o inchaço estatal: no Brasil teríamos 23,5 mil cargos comissionados no governo federal, em contraste com países como Alemanha (500), França (550) e Estados Unidos (9.000). PROGRESSISTA Barroso, que também pleiteou mudanças na educação e no saneamento básico, começou a fala lembrando de suas credenciais progressistas. Certa vez, lembrou, foi apresentado assim num evento: era o "advogado que defendeu o casamento gay" e, depois, o "ministro favorável à descriminalização da maconha". Como o Supremo tem na fila um processo sobre poligamia (união entre mais de duas pessoas), Barroso brincou que temia o que estava por vir. "Bom, já sou convidado para a Parada Gay e para a Marcha da Maconha. Temo pelo tipo de evento para o qual vou ser chamado agora."
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Barroso foge de polêmicas nos EUA e se diz 'vítima de vazamento'Duas semanas após lamentar o PMDB como "a alternativa de poder" no horizonte, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso se esquivou de novas polêmicas no evento "Brazil: Looking Beyond the Crisis" (Brasil: olhando além da crise), na Escola de Direito da Universidade de Nova York (NYU), na manhã desta segunda-feira (11). Barroso explicou que pularia toda uma parte de sua apresentação –dedicada a falar sobre a barafunda política no país– pois "tudo o que disser pode ser muito problemático". Ele se disse "vítima de vazamento" no dia 31 de março, quando conversou com alunos da Fundação Lemann. Na ocasião, contou que lera sobre a decisão do PMDB em desembarcar do governo Dilma Rousseff. "[O jornal] mostrava as pessoas que erguiam as mãos, eu olhei e: meu Deus do céu! Essa é a nossa alternativa de poder", disse então. Dias antes, os principais jornais do país, Folha inclusa, publicaram fotos que destacavam o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o senador Valdir Raupp (PDMB-RO) e o ex-ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil), entre outros peemedebistas. À Folha ele afirmou que, "nas circunstâncias brasileiras atuais, mesmo em um ambiente acadêmico", não lhe pareceu próprio "fazer uma análise da crise em curso". "Penso que este é, para nós do Supremo, um momento de reserva e autocontenção". CRISE Nesta segunda, em conferência organizada pelo Brazilian Legal Society (grupo de estudantes de direito da NYU), Barroso preferiu esquecer o "durante" e focar o "antes" e o "depois". Para ele, o Brasil vive uma crise "política, econômica e moral", mas "não institucional". Na primeira parte de seu discurso, ele elogiou três décadas de solidez institucional, fortalecidas por estabilidade financeira (com FHC) e inclusão social (com Lula). Na segunda, elencou dez soluções para o Brasil se recuperar nesta "estrada longa e tortuosa" ("The Long and Winding Road" no original, referência à música do Beatles que usou para titular sua palestra). Barroso defendeu uma reforma política que proíba coligações em eleições majoritárias e adote o sistema distrital misto, "inspirado no modelo alemão". Nele, metade das cadeiras da Câmara seria preenchida por voto distrital, e a outra por voto no partido. O ministro também atacou o "preconceito e a desconfiança com a iniciativa privada", fruto de uma cultura "dependente do Estado para tudo". Ele citou dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) para criticar o inchaço estatal: no Brasil teríamos 23,5 mil cargos comissionados no governo federal, em contraste com países como Alemanha (500), França (550) e Estados Unidos (9.000). PROGRESSISTA Barroso, que também pleiteou mudanças na educação e no saneamento básico, começou a fala lembrando de suas credenciais progressistas. Certa vez, lembrou, foi apresentado assim num evento: era o "advogado que defendeu o casamento gay" e, depois, o "ministro favorável à descriminalização da maconha". Como o Supremo tem na fila um processo sobre poligamia (união entre mais de duas pessoas), Barroso brincou que temia o que estava por vir. "Bom, já sou convidado para a Parada Gay e para a Marcha da Maconha. Temo pelo tipo de evento para o qual vou ser chamado agora."
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Dificuldades
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Olhado com algum cuidado, o "novo" plano de ajustamento fiscal que promete gerar um superavit primário de 0,7% do PIB (0,55% da União e 0,15% dos entes federados), parece ser mais uma não-solução. Foi a insensatez de apresentar ao Congresso Nacional um orçamento com um deficit primário de R$ 30,5 bilhões que levou a Standard & Poor's, surpresa, perplexa e arrependida por ter dado um voto de confiança ao ministro Joaquim Levy, a acelerar o seu passo: tomou-nos o grau de investimento, o que deteriorou dramaticamente, a imagem externa do país. É claro que as agências de risco, como aliás, todos os críticos da política econômica só são oráculos confiáveis quando apoiam o governo. Caso contrário, não têm importância! Mas isso é irrelevante. Graças ao "lobbyism", elas cavaram há algum tempo uma decisão administrativa nos EUA que proíbe suas aplicações em empresas que não tenham grau de investimento em pelo menos duas delas. A presidente Dilma tem dado demonstrações que começa a introjetar a crise fiscal a que nos levou a política voluntarista e tumultuada de 2012-2014. Infelizmente, entretanto, os seus recentes movimentos não indicam um objetivo estratégico bem definido, conscientemente apoiado por ágeis movimentos táticos. O mínimo que se pode dizer do "novo" projeto de "ajuste", enviado com o Orçamento para 2016, é que eles negam a disposição de um olhar de longo prazo para enfrentar os gravíssimos problemas em que estamos metidos. No tumulto de sua apresentação, deu-se a impressão que o exigido sacrifício do Executivo seria atendido com um "corte" de R$ 24,7 bilhões, somado a um aumento de receita de R$ 40,2 bilhões, para cobrir o deficit de R$ 30,5 bilhões somado ao superavit primário de R$ 34,4 bilhões (64,9): para cada real "cortado na carne" o Executivo pedia à sociedade R$ 1,6 de imposto. Mas a realidade é bem outra. O "corte", se acontecer (tem contra o "sindicato" dos funcionários públicos: o PT) será de apenas R$ 12,5 bilhões (19% do total do ajuste). O aumento de impostos será de R$ 35,7 bilhões (55% do ajuste). A diferença, R$ 16,7 bilhões (26% do ajuste), é mera transferência de recursos de fontes cuja produtividade, na origem, seria, certamente, maior do que na nova aplicação. No final, pede-se, para cada "imaginado" corte de um real, uma receita "real" de R$ 4! Ele é, paradoxalmente, inflacionário e recessivo. Pela estupefação da sociedade e do Congresso, a probabilidade de seu sucesso parece muito pequena. Talvez tenhamos perdido mais uma oportunidade para começar a corrigir a tragédia fiscal que nos devora.
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colunas
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DificuldadesOlhado com algum cuidado, o "novo" plano de ajustamento fiscal que promete gerar um superavit primário de 0,7% do PIB (0,55% da União e 0,15% dos entes federados), parece ser mais uma não-solução. Foi a insensatez de apresentar ao Congresso Nacional um orçamento com um deficit primário de R$ 30,5 bilhões que levou a Standard & Poor's, surpresa, perplexa e arrependida por ter dado um voto de confiança ao ministro Joaquim Levy, a acelerar o seu passo: tomou-nos o grau de investimento, o que deteriorou dramaticamente, a imagem externa do país. É claro que as agências de risco, como aliás, todos os críticos da política econômica só são oráculos confiáveis quando apoiam o governo. Caso contrário, não têm importância! Mas isso é irrelevante. Graças ao "lobbyism", elas cavaram há algum tempo uma decisão administrativa nos EUA que proíbe suas aplicações em empresas que não tenham grau de investimento em pelo menos duas delas. A presidente Dilma tem dado demonstrações que começa a introjetar a crise fiscal a que nos levou a política voluntarista e tumultuada de 2012-2014. Infelizmente, entretanto, os seus recentes movimentos não indicam um objetivo estratégico bem definido, conscientemente apoiado por ágeis movimentos táticos. O mínimo que se pode dizer do "novo" projeto de "ajuste", enviado com o Orçamento para 2016, é que eles negam a disposição de um olhar de longo prazo para enfrentar os gravíssimos problemas em que estamos metidos. No tumulto de sua apresentação, deu-se a impressão que o exigido sacrifício do Executivo seria atendido com um "corte" de R$ 24,7 bilhões, somado a um aumento de receita de R$ 40,2 bilhões, para cobrir o deficit de R$ 30,5 bilhões somado ao superavit primário de R$ 34,4 bilhões (64,9): para cada real "cortado na carne" o Executivo pedia à sociedade R$ 1,6 de imposto. Mas a realidade é bem outra. O "corte", se acontecer (tem contra o "sindicato" dos funcionários públicos: o PT) será de apenas R$ 12,5 bilhões (19% do total do ajuste). O aumento de impostos será de R$ 35,7 bilhões (55% do ajuste). A diferença, R$ 16,7 bilhões (26% do ajuste), é mera transferência de recursos de fontes cuja produtividade, na origem, seria, certamente, maior do que na nova aplicação. No final, pede-se, para cada "imaginado" corte de um real, uma receita "real" de R$ 4! Ele é, paradoxalmente, inflacionário e recessivo. Pela estupefação da sociedade e do Congresso, a probabilidade de seu sucesso parece muito pequena. Talvez tenhamos perdido mais uma oportunidade para começar a corrigir a tragédia fiscal que nos devora.
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Economista critica liberais e desenvolvimentistas em livro
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O economista brasileiro se forma distante dos problemas do país e é ignorante em relação aos pensadores que teorizaram sobre a realidade nacional. Há uma lobotomia acadêmica. A universidade foi reduzida a mera formadora de mão de obra e a instrumento de colonialismo mental, cultural e científico. O diagnóstico está em "O Colapso do Figurino Francês", de Nildo Ouriques, professor de economia e de relações internacionais e presidente do Instituto de Estudos Latino-americanos na Universidade Federal de Santa Catarina. Coautor de "Crítica à Razão Acadêmica (Insular, 2011), o Ouriques avalia os meandros do ensino universitário e das ideias discutidas pela elite. Faz duros ataques a tucanos, petistas e desenvolvimentistas. Seu alvo principal é a intelectualidade paulista. Para ele, a crise mundial, a partir de 2008, evidencia o desastre das ideias neoliberais, mas elas continuam sendo ensinadas. Professores universitários, mesmo gozando de liberdade acadêmica, "de bom grado se dedicam à 'servidão voluntária' de órgãos nacionais e estrangeiros de financiamento de pesquisa interessada". No livro, o figurino francês, que está em colapso, quer "perpetuar no Brasil o desconhecimento da importante contribuição do pensamento crítico latino-americano no desenvolvimento das nossas ciências sociais". Nomes como Ruy Mauro Marini, André Gunder Frank, Álvaro Vieira Pinto, Alberto Guerreiro Ramos são sistematicamente ignorados do debate –alguns tiveram até suas teses falsificadas, diz. A questão nacional, explorada por esses autores, fica no ostracismo. Hoje, o que vigora na academia é o "figurino gringo", importado dos EUA, berço da enrascada econômica que arrastou o mundo para a maior hecatombe em décadas. "Publicar em inglês, pensar em inglês, escrever em inglês, eis o novo lema!", afirma. Na sua visão, a ditadura militar foi o principal instrumento para a derrota do pensamento crítico no Brasil, sufocando o "compromisso político com as classes subalternas" e submetendo programas de pesquisa a centros metropolitanos. Houve, segundo ele, um exitoso processo de esterilização das ciências sociais no Brasil. Esse "apagão mental" continuou, perpassando governos do PSDB e do PT. Traçando identidades entre os dois grupos (que ele define como partidos siameses), Ouriques opina que "a 'esquerda petista' no governo não passa de continuísmo do tucanato paulista com pitadas de caridade católica". Nesse quadro, as bases para um desenvolvimentismo também estão bloqueadas em razão do virtual desaparecimento de uma burguesia industrial produtora de máquinas e de equipamentos: "O fim das ilusões semeadas pela 'alternativa petista' criada na década de 1980 e o impacto da crise inaugurada em 2007/2008 abalam fortemente o minguado neodesenvolvimentismo", escreve. De acordo com o economista, "qualquer agremiação no poder mantém intactos os interesses da elite paulista". Mas, advoga, o momento é de mudança e será "preciso sair do cativeiro paulista". Ele destaca a importância da volta do movimento de massas no país e considera que "a teoria marxista da dependência voltou a circular com renovada força". Ouriques defende um projeto nacional, popular e socialista. No livro, há poucas pistas para o desenho dessa ideia. A ênfase está na crítica estridente à cultura econômica dominante. Sendo uma coletânea de textos, o conjunto do trabalho por vezes se torna repetitivo e circular. Uma revisão e um acabamento mais cuidadosos, junto com um esforço didático, melhorariam muito a obra. Muitas afirmações carecem de aprofundamento. Por exemplo, quando o autor define a desindustrialização como um "grito da fração industrial destinada a arrancar do Estado compensações e benefícios diante de sua incapacidade de competir com os capitais internacionais". Mesmo com falhas e omissões, o livro traz irreverência e audácia ao modorrento debate sobre economia. O COLAPSO DO FIGURINO FRANCÊs AUTOR Nildo Ouriques EDITORA Insular QUANTO R$ 40 (208 págs.) AVALIAÇÃO Bom
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mercado
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Economista critica liberais e desenvolvimentistas em livroO economista brasileiro se forma distante dos problemas do país e é ignorante em relação aos pensadores que teorizaram sobre a realidade nacional. Há uma lobotomia acadêmica. A universidade foi reduzida a mera formadora de mão de obra e a instrumento de colonialismo mental, cultural e científico. O diagnóstico está em "O Colapso do Figurino Francês", de Nildo Ouriques, professor de economia e de relações internacionais e presidente do Instituto de Estudos Latino-americanos na Universidade Federal de Santa Catarina. Coautor de "Crítica à Razão Acadêmica (Insular, 2011), o Ouriques avalia os meandros do ensino universitário e das ideias discutidas pela elite. Faz duros ataques a tucanos, petistas e desenvolvimentistas. Seu alvo principal é a intelectualidade paulista. Para ele, a crise mundial, a partir de 2008, evidencia o desastre das ideias neoliberais, mas elas continuam sendo ensinadas. Professores universitários, mesmo gozando de liberdade acadêmica, "de bom grado se dedicam à 'servidão voluntária' de órgãos nacionais e estrangeiros de financiamento de pesquisa interessada". No livro, o figurino francês, que está em colapso, quer "perpetuar no Brasil o desconhecimento da importante contribuição do pensamento crítico latino-americano no desenvolvimento das nossas ciências sociais". Nomes como Ruy Mauro Marini, André Gunder Frank, Álvaro Vieira Pinto, Alberto Guerreiro Ramos são sistematicamente ignorados do debate –alguns tiveram até suas teses falsificadas, diz. A questão nacional, explorada por esses autores, fica no ostracismo. Hoje, o que vigora na academia é o "figurino gringo", importado dos EUA, berço da enrascada econômica que arrastou o mundo para a maior hecatombe em décadas. "Publicar em inglês, pensar em inglês, escrever em inglês, eis o novo lema!", afirma. Na sua visão, a ditadura militar foi o principal instrumento para a derrota do pensamento crítico no Brasil, sufocando o "compromisso político com as classes subalternas" e submetendo programas de pesquisa a centros metropolitanos. Houve, segundo ele, um exitoso processo de esterilização das ciências sociais no Brasil. Esse "apagão mental" continuou, perpassando governos do PSDB e do PT. Traçando identidades entre os dois grupos (que ele define como partidos siameses), Ouriques opina que "a 'esquerda petista' no governo não passa de continuísmo do tucanato paulista com pitadas de caridade católica". Nesse quadro, as bases para um desenvolvimentismo também estão bloqueadas em razão do virtual desaparecimento de uma burguesia industrial produtora de máquinas e de equipamentos: "O fim das ilusões semeadas pela 'alternativa petista' criada na década de 1980 e o impacto da crise inaugurada em 2007/2008 abalam fortemente o minguado neodesenvolvimentismo", escreve. De acordo com o economista, "qualquer agremiação no poder mantém intactos os interesses da elite paulista". Mas, advoga, o momento é de mudança e será "preciso sair do cativeiro paulista". Ele destaca a importância da volta do movimento de massas no país e considera que "a teoria marxista da dependência voltou a circular com renovada força". Ouriques defende um projeto nacional, popular e socialista. No livro, há poucas pistas para o desenho dessa ideia. A ênfase está na crítica estridente à cultura econômica dominante. Sendo uma coletânea de textos, o conjunto do trabalho por vezes se torna repetitivo e circular. Uma revisão e um acabamento mais cuidadosos, junto com um esforço didático, melhorariam muito a obra. Muitas afirmações carecem de aprofundamento. Por exemplo, quando o autor define a desindustrialização como um "grito da fração industrial destinada a arrancar do Estado compensações e benefícios diante de sua incapacidade de competir com os capitais internacionais". Mesmo com falhas e omissões, o livro traz irreverência e audácia ao modorrento debate sobre economia. O COLAPSO DO FIGURINO FRANCÊs AUTOR Nildo Ouriques EDITORA Insular QUANTO R$ 40 (208 págs.) AVALIAÇÃO Bom
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Uma transexual não aceita que sua condição seja vista como transtorno
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Você é acusado de um crime que não cometeu e está na prisão na espera do processo. Há uma alternativa. Você pode persistir em se declarar inocente, como de fato você é; neste caso, você será julgado, correndo o risco de perder o processo –e, com ele, o que você mais almeja: sua liberdade. Ou, então, você pode se declarar culpado, admitindo um crime que não cometeu; neste caso, você será liberado porque o Ministério Público, em troca de sua "confissão", garante que sua pena será igual ao tempo que você já passou na prisão até agora. Não é um dilema fácil. Talvez eu escolhesse o segundo caminho, injusto, inglório e aparentemente vantajoso, desistindo de proclamar minha inocência para sair da prisão já. De qualquer forma, admiro quem optar por proclamar sua inocência, por arriscada que seja essa escolha. Uma tocante reportagem de Chico Felitti na Folha de 30/7, apresenta a história de Neon Cunha, 44, transexual. Cunha, que se sente menina desde os dois anos e meio de idade, pede hoje a retificação de seu registro civil –ou seja, a mudança do nome de batismo e do gênero. A decisão jurídica é dificultada por duas razões. Primeiro, Cunha não planeja amputar seu sexo anatômico masculino, que não a incomoda. Isso não constitui um caso raro, mas é uma escolha que pode confundir os magistrados. Segundo, e mais complexo, Cunha recusa o diagnóstico de "disforia de gênero": ela não quer "passar por um processo de patologização". Ela declara: "Eu não tenho essa disforia, nunca tive. Uma mulher pode nascer com um falo e não se incomodar com isso". Em tese, o diagnóstico de disforia de gênero é uma condição para a Justiça autorizar a retificação do registro civil. Ou seja, para mudar de identidade, é necessário ser diagnosticado como portador de um transtorno que é a tal "disforia de gênero". A definição da disforia de gênero (302.85 no DSM V, e F64.1 na Classificação Internacional das Doenças –CID) implica em 1) uma incongruência entre o sexo anatômico do indivíduo e o gênero ao qual ele sente pertencer, 2) angústia e desconforto clinicamente significativos, por causa dessa incongruência. O DSM V, por exemplo, reconhece que, em grande parte, angústia e desconforto têm sua origem nas dificuldades de viver socialmente quando sexo e gênero discordam. Mas, de qualquer forma, por mais que o sofrimento seja causado pela rejeição social, a "disforia de gênero" está na lista dos transtornos mentais. Agora, Neon Cunha poderia dizer "tudo bem, estou doente, mudem minha identidade", mas ela quer poder ser quem ela é, com registro de identidade feminino, mas sem o carimbo de um desvio patológico. Ela se recusa a deixar que sua condição seja reconhecida como um transtorno listado no DSM ou na CID. Neon resiste contra a versão mais opressiva do poder contemporâneo: o biopoder, que, no caso, estabelece normas e molda comportamentos invocando "apenas" a pretensa neutralidade da "ciência". Ora, "The Lancet Psychiatry" acaba de publicar uma pesquisa de campo, de Rebeca Robles e outros, em que os autores se perguntam "se existem provas para sustentar a classificação da incongruência de gênero como uma condição psiquiátrica". Muito parece indicar "que a aflição e a disfunção que numerosos participantes da pesquisa lembram ter experimentado na sua primeira adolescência eram associadas com suas lembranças de rejeição social e violência naquele período da vida, muito mais do que com fatores diretamente relacionados com a incongruência de gênero". A conclusão da pesquisa é que as dificuldades dos indivíduos transgêneros deveriam ser excluídas da lista dos transtornos mentais e de comportamento. Sem isso, os indivíduos transgêneros continuarão sofrendo um duplo estigma: o de ser transgênero e o de ter um diagnóstico de transtorno mental. A conclusão dos autores responde à demanda da maioria dos clínicos, para quem as identidades de gênero dos transgêneros não são psicopatológicas, a não ser pelos efeitos de sua exclusão social. Seria maravilhoso se os magistrados que examinam o pedido de Neon lessem a pesquisa de Robles e, no mesmo número de "The Lancet Psychiatry", o comentário de Griet De Cuypere e Sam Winter (Hospital Universitário de Gante, Bélgica, e da Universidade Curtin, de Perth, Austrália).
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colunas
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Uma transexual não aceita que sua condição seja vista como transtornoVocê é acusado de um crime que não cometeu e está na prisão na espera do processo. Há uma alternativa. Você pode persistir em se declarar inocente, como de fato você é; neste caso, você será julgado, correndo o risco de perder o processo –e, com ele, o que você mais almeja: sua liberdade. Ou, então, você pode se declarar culpado, admitindo um crime que não cometeu; neste caso, você será liberado porque o Ministério Público, em troca de sua "confissão", garante que sua pena será igual ao tempo que você já passou na prisão até agora. Não é um dilema fácil. Talvez eu escolhesse o segundo caminho, injusto, inglório e aparentemente vantajoso, desistindo de proclamar minha inocência para sair da prisão já. De qualquer forma, admiro quem optar por proclamar sua inocência, por arriscada que seja essa escolha. Uma tocante reportagem de Chico Felitti na Folha de 30/7, apresenta a história de Neon Cunha, 44, transexual. Cunha, que se sente menina desde os dois anos e meio de idade, pede hoje a retificação de seu registro civil –ou seja, a mudança do nome de batismo e do gênero. A decisão jurídica é dificultada por duas razões. Primeiro, Cunha não planeja amputar seu sexo anatômico masculino, que não a incomoda. Isso não constitui um caso raro, mas é uma escolha que pode confundir os magistrados. Segundo, e mais complexo, Cunha recusa o diagnóstico de "disforia de gênero": ela não quer "passar por um processo de patologização". Ela declara: "Eu não tenho essa disforia, nunca tive. Uma mulher pode nascer com um falo e não se incomodar com isso". Em tese, o diagnóstico de disforia de gênero é uma condição para a Justiça autorizar a retificação do registro civil. Ou seja, para mudar de identidade, é necessário ser diagnosticado como portador de um transtorno que é a tal "disforia de gênero". A definição da disforia de gênero (302.85 no DSM V, e F64.1 na Classificação Internacional das Doenças –CID) implica em 1) uma incongruência entre o sexo anatômico do indivíduo e o gênero ao qual ele sente pertencer, 2) angústia e desconforto clinicamente significativos, por causa dessa incongruência. O DSM V, por exemplo, reconhece que, em grande parte, angústia e desconforto têm sua origem nas dificuldades de viver socialmente quando sexo e gênero discordam. Mas, de qualquer forma, por mais que o sofrimento seja causado pela rejeição social, a "disforia de gênero" está na lista dos transtornos mentais. Agora, Neon Cunha poderia dizer "tudo bem, estou doente, mudem minha identidade", mas ela quer poder ser quem ela é, com registro de identidade feminino, mas sem o carimbo de um desvio patológico. Ela se recusa a deixar que sua condição seja reconhecida como um transtorno listado no DSM ou na CID. Neon resiste contra a versão mais opressiva do poder contemporâneo: o biopoder, que, no caso, estabelece normas e molda comportamentos invocando "apenas" a pretensa neutralidade da "ciência". Ora, "The Lancet Psychiatry" acaba de publicar uma pesquisa de campo, de Rebeca Robles e outros, em que os autores se perguntam "se existem provas para sustentar a classificação da incongruência de gênero como uma condição psiquiátrica". Muito parece indicar "que a aflição e a disfunção que numerosos participantes da pesquisa lembram ter experimentado na sua primeira adolescência eram associadas com suas lembranças de rejeição social e violência naquele período da vida, muito mais do que com fatores diretamente relacionados com a incongruência de gênero". A conclusão da pesquisa é que as dificuldades dos indivíduos transgêneros deveriam ser excluídas da lista dos transtornos mentais e de comportamento. Sem isso, os indivíduos transgêneros continuarão sofrendo um duplo estigma: o de ser transgênero e o de ter um diagnóstico de transtorno mental. A conclusão dos autores responde à demanda da maioria dos clínicos, para quem as identidades de gênero dos transgêneros não são psicopatológicas, a não ser pelos efeitos de sua exclusão social. Seria maravilhoso se os magistrados que examinam o pedido de Neon lessem a pesquisa de Robles e, no mesmo número de "The Lancet Psychiatry", o comentário de Griet De Cuypere e Sam Winter (Hospital Universitário de Gante, Bélgica, e da Universidade Curtin, de Perth, Austrália).
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Menores fazem rebelião em unidade socioeducativa em Bangu, no Rio
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Menores infratores iniciaram uma rebelião no ESE (Educandário Santo Expedito), em Bangu, zona oeste do Rio, por volta das 16h30 da tarde desta terça-feira (24). No início da noite, porém, a situação já estava controlada no local. Os adolescentes queimaram colchões, e alguns, com rostos cobertos com camisetas, chegaram a escalar os muros e jogaram pedaços de madeira e ferro para fora do local. Um deles escalou uma guarita e fez ameaças aos policiais. Segundo a PM, policiais militares foram acionados para o local e enfileiraram alguns menores que não quiseram participar da rebelião, que ficaram sentados do lado de fora da unidade. Ao todo, há cerca de 350 adolescentes na unidade. A Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) cedeu agentes do GIT (Grupo de Intervenção Tática) e do GTM (Grupamento Tático Móvel) para ajudar na contenção do perímetro. Os agentes, porém, não entraram na unidade, segundo a pasta. Já policiais do Batalhão de Choque informaram que foram deixados de sobreaviso para uma possível ajuda na intervenção da unidade, que fica ao lado do Complexo Penitenciário de Bangu, principal centro prisional do Estado do Rio. Por volta das 19h, o Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas) ainda não tinha informado oficialmente se a rebelião tinha terminado, mas policiais militares que estavam no entorno da unidade foram orientados a desfazer o cordão de segurança feito para conter alguma possível fuga. Os policiais também foram informados de que, apesar da contagem dos internos não ter terminado, a princípio não houve fuga, feridos ou mortos. De acordo com informações de agentes penitenciários, uma briga entre internos de facções rivais teria iniciado a rebelião. A unidade é responsável por ressocializar menores infratores pertencentes a três diferentes facções –Comando Vermelho, Terceiro Comando Puro e Amigos dos Amigos.
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cotidiano
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Menores fazem rebelião em unidade socioeducativa em Bangu, no RioMenores infratores iniciaram uma rebelião no ESE (Educandário Santo Expedito), em Bangu, zona oeste do Rio, por volta das 16h30 da tarde desta terça-feira (24). No início da noite, porém, a situação já estava controlada no local. Os adolescentes queimaram colchões, e alguns, com rostos cobertos com camisetas, chegaram a escalar os muros e jogaram pedaços de madeira e ferro para fora do local. Um deles escalou uma guarita e fez ameaças aos policiais. Segundo a PM, policiais militares foram acionados para o local e enfileiraram alguns menores que não quiseram participar da rebelião, que ficaram sentados do lado de fora da unidade. Ao todo, há cerca de 350 adolescentes na unidade. A Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) cedeu agentes do GIT (Grupo de Intervenção Tática) e do GTM (Grupamento Tático Móvel) para ajudar na contenção do perímetro. Os agentes, porém, não entraram na unidade, segundo a pasta. Já policiais do Batalhão de Choque informaram que foram deixados de sobreaviso para uma possível ajuda na intervenção da unidade, que fica ao lado do Complexo Penitenciário de Bangu, principal centro prisional do Estado do Rio. Por volta das 19h, o Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas) ainda não tinha informado oficialmente se a rebelião tinha terminado, mas policiais militares que estavam no entorno da unidade foram orientados a desfazer o cordão de segurança feito para conter alguma possível fuga. Os policiais também foram informados de que, apesar da contagem dos internos não ter terminado, a princípio não houve fuga, feridos ou mortos. De acordo com informações de agentes penitenciários, uma briga entre internos de facções rivais teria iniciado a rebelião. A unidade é responsável por ressocializar menores infratores pertencentes a três diferentes facções –Comando Vermelho, Terceiro Comando Puro e Amigos dos Amigos.
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Assim como os bebês, cães usam olhar para despertar amor nos humanos
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Se você acha absurdo esse negócio de tratar cachorro como filho, talvez seja hora de rever seus conceitos. Uma nova pesquisa sugere que o elo entre um cão e seu dono é forjado, em parte, graças ao mesmo mecanismo bioquímico que fortalece a união entre as mães humanas e seus bebês. Trata-se de um sistema orquestrado pela oxitocina, hormônio liberado pelo cérebro dos mamíferos em situações como o parto, a amamentação, o cuidado com a prole e as relações sexuais. Sabe-se que, na nossa espécie, trocas de olhares entre genitoras e bebês criam um "círculo virtuoso" de produção de oxitocina. Os níveis da substância aumentam no organismo dos recém-nascidos, levando-os a se apegar às mamães; nelas, por sua vez, a oxitocina também sobe, incentivando ainda mais os cuidados com o nenê. Foi mais ou menos isso o que a equipe de Takefumi Kikusui, da Universidade Azabu, no Japão, demonstrou ao estudar 30 donos de cães e seus animais. Os resultados estão em artigo na revista "Science". Não, gatos não têm um mecanismo similar. OLHO NO OLHO Já havia pistas de que algo especial ocorre quando um cão e seu dono se olham. Uma das peculiaridades dos cachorros domésticos é que, diferentemente de quase todas as demais espécies de animais, eles buscam o contato visual com seres humanos e seguem naturalmente o olhar das pessoas, a exemplo do que a maioria dos bebês da nossa espécie faz desde o nascimento. Outros mamíferos, como os lobos (parentes mais próximos dos cachorros na natureza), costumam interpretar o "olho no olho" como sinal de desafio, e não como um convite à interação social. Levando em conta tais dados, a equipe decidiu incluir no estudo também lobos criados como animais domésticos. Kikusui recolheu duas amostras de urina de canídeos e humanos, antes e depois de um período durante o qual os bichos e seus donos ficaram interagindo. A urina serviu para estimar quanta oxitocina estava no organismo. O resultado: donos e cães que buscavam contato visual uns com os outros tiveram um grande aumento dos níveis do hormônio –de cerca de 400% e 150%, respectivamente. A frequência de olhares mostrou ter relação direta com esse resultado, que não apareceu no caso dos lobos. BEBEZÕES Numa análise da pesquisa escrita para a "Science", Evan MacLean e Brian Hare, especialistas em comportamento animal da Universidade Duke (EUA), afirmam que os dados fortalecem a ideia de uma "sobrevivência dos mais bonzinhos" como ponto central da domesticação dos cães no passado remoto. Segundo a hipótese, os primeiros humanos teriam selecionado os ancestrais dos cães domésticos com base em sua docilidade. Tal característica está ligada a traços mais infantis, que incluem tanto detalhes físicos –as orelhas caídas e olhos maiores, inexistentes entre lobos adultos– quanto comportamentais, como a menor agressividade. Se isso for verdade, faz todo o sentido que os cães tenham "hackeado" os sistemas emocionais humanos ligados ao cuidado com a prole, já que eles tendem a se comportar como filhotes e a se parecer com eles mesmo depois de adultos. Isso os ajuda a conquistar os corações de seus amos, mas também faz bastante bem para os seres humanos, cuja qualidade de vida costuma aumentar quando há um cachorro em casa.
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ciencia
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Assim como os bebês, cães usam olhar para despertar amor nos humanosSe você acha absurdo esse negócio de tratar cachorro como filho, talvez seja hora de rever seus conceitos. Uma nova pesquisa sugere que o elo entre um cão e seu dono é forjado, em parte, graças ao mesmo mecanismo bioquímico que fortalece a união entre as mães humanas e seus bebês. Trata-se de um sistema orquestrado pela oxitocina, hormônio liberado pelo cérebro dos mamíferos em situações como o parto, a amamentação, o cuidado com a prole e as relações sexuais. Sabe-se que, na nossa espécie, trocas de olhares entre genitoras e bebês criam um "círculo virtuoso" de produção de oxitocina. Os níveis da substância aumentam no organismo dos recém-nascidos, levando-os a se apegar às mamães; nelas, por sua vez, a oxitocina também sobe, incentivando ainda mais os cuidados com o nenê. Foi mais ou menos isso o que a equipe de Takefumi Kikusui, da Universidade Azabu, no Japão, demonstrou ao estudar 30 donos de cães e seus animais. Os resultados estão em artigo na revista "Science". Não, gatos não têm um mecanismo similar. OLHO NO OLHO Já havia pistas de que algo especial ocorre quando um cão e seu dono se olham. Uma das peculiaridades dos cachorros domésticos é que, diferentemente de quase todas as demais espécies de animais, eles buscam o contato visual com seres humanos e seguem naturalmente o olhar das pessoas, a exemplo do que a maioria dos bebês da nossa espécie faz desde o nascimento. Outros mamíferos, como os lobos (parentes mais próximos dos cachorros na natureza), costumam interpretar o "olho no olho" como sinal de desafio, e não como um convite à interação social. Levando em conta tais dados, a equipe decidiu incluir no estudo também lobos criados como animais domésticos. Kikusui recolheu duas amostras de urina de canídeos e humanos, antes e depois de um período durante o qual os bichos e seus donos ficaram interagindo. A urina serviu para estimar quanta oxitocina estava no organismo. O resultado: donos e cães que buscavam contato visual uns com os outros tiveram um grande aumento dos níveis do hormônio –de cerca de 400% e 150%, respectivamente. A frequência de olhares mostrou ter relação direta com esse resultado, que não apareceu no caso dos lobos. BEBEZÕES Numa análise da pesquisa escrita para a "Science", Evan MacLean e Brian Hare, especialistas em comportamento animal da Universidade Duke (EUA), afirmam que os dados fortalecem a ideia de uma "sobrevivência dos mais bonzinhos" como ponto central da domesticação dos cães no passado remoto. Segundo a hipótese, os primeiros humanos teriam selecionado os ancestrais dos cães domésticos com base em sua docilidade. Tal característica está ligada a traços mais infantis, que incluem tanto detalhes físicos –as orelhas caídas e olhos maiores, inexistentes entre lobos adultos– quanto comportamentais, como a menor agressividade. Se isso for verdade, faz todo o sentido que os cães tenham "hackeado" os sistemas emocionais humanos ligados ao cuidado com a prole, já que eles tendem a se comportar como filhotes e a se parecer com eles mesmo depois de adultos. Isso os ajuda a conquistar os corações de seus amos, mas também faz bastante bem para os seres humanos, cuja qualidade de vida costuma aumentar quando há um cachorro em casa.
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Mortes: Psicanalista, estudou o autismo em crianças
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Toda vez que o grupo de amigos de Silvana Rabello marcava algum programa, a psicóloga dava um jeito de levar a turma para sua casa. Seu programa preferido era receber os amigos. "Chega aí", era seu bordão, conta a amiga Silvia Meirelles, e ela fazia de tudo para deixar os convidados confortáveis. A preocupação com o bem-estar alheio ia muito além da vida pessoal: Silvana foi uma das coordenadoras da Rede Sampa, programa da Prefeitura de SP de atenção à saúde mental, e professora de psicologia da PUC de São Paulo. Sua pesquisa em torno da linguagem foi fundamental para entender o autismo em crianças e adolescentes, lembra a amiga Adela Stoppel, que dividiu com ela um consultório de psicanálise. "Teve um trabalho importante não só com as crianças ou com as mães, mas também com os médicos, para ensiná-los a importância de tratar, além do corpo do bebê, sua saúde mental", diz a colega. Apaixonada por música, costumava organizar saraus em casa para receber os amigos e frequentava a Sala São Paulo, espaço de música clássica da capital paulista. O piano foi um dos refúgios que encontrou para ajudá-la na luta contra o câncer, diagnosticado há dois anos. No hospital, pediu que uma amiga violonista tocasse "Gabriela", de Tom Jobim. Mas não teve tempo de ouvir. Morreu no último dia 24, depois de cinco dias em coma, deixando a mãe, irmão, sobrinho e incontáveis amigos. "Gabriela" será tocada na missa de sétimo dia de Silvana, que acontecerá nesta segunda (3), às 19h30, na capela da PUC, em SP. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
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cotidiano
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Mortes: Psicanalista, estudou o autismo em criançasToda vez que o grupo de amigos de Silvana Rabello marcava algum programa, a psicóloga dava um jeito de levar a turma para sua casa. Seu programa preferido era receber os amigos. "Chega aí", era seu bordão, conta a amiga Silvia Meirelles, e ela fazia de tudo para deixar os convidados confortáveis. A preocupação com o bem-estar alheio ia muito além da vida pessoal: Silvana foi uma das coordenadoras da Rede Sampa, programa da Prefeitura de SP de atenção à saúde mental, e professora de psicologia da PUC de São Paulo. Sua pesquisa em torno da linguagem foi fundamental para entender o autismo em crianças e adolescentes, lembra a amiga Adela Stoppel, que dividiu com ela um consultório de psicanálise. "Teve um trabalho importante não só com as crianças ou com as mães, mas também com os médicos, para ensiná-los a importância de tratar, além do corpo do bebê, sua saúde mental", diz a colega. Apaixonada por música, costumava organizar saraus em casa para receber os amigos e frequentava a Sala São Paulo, espaço de música clássica da capital paulista. O piano foi um dos refúgios que encontrou para ajudá-la na luta contra o câncer, diagnosticado há dois anos. No hospital, pediu que uma amiga violonista tocasse "Gabriela", de Tom Jobim. Mas não teve tempo de ouvir. Morreu no último dia 24, depois de cinco dias em coma, deixando a mãe, irmão, sobrinho e incontáveis amigos. "Gabriela" será tocada na missa de sétimo dia de Silvana, que acontecerá nesta segunda (3), às 19h30, na capela da PUC, em SP. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
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Complicar não é preciso
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A evolução no futebol, nos últimos anos, tem sido diminuir a importância dos jogadores que atuam em pequenos espaços, embora, às vezes, eles sejam decisivos, e valorizar mais os que fazem mais de uma função, desde que tenham talento. Não adianta correr sem pensar. Mas não se deve confundir os atletas que, durante um jogo, fazem mais de uma função com os que atuam em várias posições em partidas diferentes. Quando o atacante Rooney, um ótimo finalizador, volta para receber a bola em seu campo para, depois, chegar ao ataque, não significa que ele possa fazer, com a mesma eficiência, o sentido inverso, ou seja, atuar de volante para, depois, chegar à frente, como tem sido escalado por Van Gaal, no Manchester United. Rooney, por ser um jogador inteligente, joga bem também de volante, mas não é seu lugar. Isso o prejudica e ao time. Os moderninhos adoram elogiar o técnico que muda a posição dos jogadores, mesmo sem motivo, como se isso fosse moderno. Tenho muita admiração pelo criativo Guardiola, mas discordo quando ele exagera em suas invencionices, ao colocar dois excepcionais laterais, Alaba e, especialmente, Lahm, no meio-campo ou na zaga, como algumas vezes joga Alaba. Pior, os laterais escalados são fracos para o nível do Bayern. Lahm está contundido. O técnico da seleção alemã fez o mesmo na Copa, percebeu o erro, voltou Lahm para a lateral, e o time ficou muito melhor. Mourinho, o "number one", apelido dado por ele próprio, improvisa o lateral-direito Azpilicueta, apenas um bom marcador, pela esquerda e deixa na reserva Filipe Luís, muito bom na marcação e no apoio. Dunga está certo em escalá-lo na seleção, mas erra ao não convocar Marcelo, excelente opção, em algumas situações, por ser um excepcional apoiador. Ancelotti não tem a fama de Mourinho nem de Guardiola, mas é um técnico que executa muito bem tudo o que é essencial, no momento certo. Entre vários motivos, critico os técnicos brasileiros por terem, durante os últimos tempos, contribuído para a queda do nosso futebol, mas colocar jogadores nos lugares errados não é uma de suas deficiências. Além disso, muitos têm evoluído. De vez em quando, vejo equipes com ótima qualidade coletiva. É preciso que isso se torne quase uma rotina. Prêmio Sei que colunista não deveria falar de si mesmo. Porém, como tenho minhas fraquezas e preciso esclarecer, informo que recebi o prêmio, anual e tradicional em toda a Espanha, "Manuel Vázquez Montalbán", concedido pelo colégio de jornalistas da Catalunha, com apoio da Fundação Barcelona. Fiquei orgulhoso, contente, principalmente pela enorme surpresa. Para quem não sabe, Manuel Vázquez Montalbán foi um grande escritor espanhol, especialmente, de ficção policial. José Trajano adora seus personagens, como o Detetive Pepe Carvalho. Manuel Vázquez Montalbán é o Rubem Fonseca da Espanha. Esclareço, ainda, que não é um prêmio de melhor colunista, como foi noticiado. É para qualquer profissional que, com seus textos, tenha contribuído, de alguma forma, com o futebol.
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colunas
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Complicar não é precisoA evolução no futebol, nos últimos anos, tem sido diminuir a importância dos jogadores que atuam em pequenos espaços, embora, às vezes, eles sejam decisivos, e valorizar mais os que fazem mais de uma função, desde que tenham talento. Não adianta correr sem pensar. Mas não se deve confundir os atletas que, durante um jogo, fazem mais de uma função com os que atuam em várias posições em partidas diferentes. Quando o atacante Rooney, um ótimo finalizador, volta para receber a bola em seu campo para, depois, chegar ao ataque, não significa que ele possa fazer, com a mesma eficiência, o sentido inverso, ou seja, atuar de volante para, depois, chegar à frente, como tem sido escalado por Van Gaal, no Manchester United. Rooney, por ser um jogador inteligente, joga bem também de volante, mas não é seu lugar. Isso o prejudica e ao time. Os moderninhos adoram elogiar o técnico que muda a posição dos jogadores, mesmo sem motivo, como se isso fosse moderno. Tenho muita admiração pelo criativo Guardiola, mas discordo quando ele exagera em suas invencionices, ao colocar dois excepcionais laterais, Alaba e, especialmente, Lahm, no meio-campo ou na zaga, como algumas vezes joga Alaba. Pior, os laterais escalados são fracos para o nível do Bayern. Lahm está contundido. O técnico da seleção alemã fez o mesmo na Copa, percebeu o erro, voltou Lahm para a lateral, e o time ficou muito melhor. Mourinho, o "number one", apelido dado por ele próprio, improvisa o lateral-direito Azpilicueta, apenas um bom marcador, pela esquerda e deixa na reserva Filipe Luís, muito bom na marcação e no apoio. Dunga está certo em escalá-lo na seleção, mas erra ao não convocar Marcelo, excelente opção, em algumas situações, por ser um excepcional apoiador. Ancelotti não tem a fama de Mourinho nem de Guardiola, mas é um técnico que executa muito bem tudo o que é essencial, no momento certo. Entre vários motivos, critico os técnicos brasileiros por terem, durante os últimos tempos, contribuído para a queda do nosso futebol, mas colocar jogadores nos lugares errados não é uma de suas deficiências. Além disso, muitos têm evoluído. De vez em quando, vejo equipes com ótima qualidade coletiva. É preciso que isso se torne quase uma rotina. Prêmio Sei que colunista não deveria falar de si mesmo. Porém, como tenho minhas fraquezas e preciso esclarecer, informo que recebi o prêmio, anual e tradicional em toda a Espanha, "Manuel Vázquez Montalbán", concedido pelo colégio de jornalistas da Catalunha, com apoio da Fundação Barcelona. Fiquei orgulhoso, contente, principalmente pela enorme surpresa. Para quem não sabe, Manuel Vázquez Montalbán foi um grande escritor espanhol, especialmente, de ficção policial. José Trajano adora seus personagens, como o Detetive Pepe Carvalho. Manuel Vázquez Montalbán é o Rubem Fonseca da Espanha. Esclareço, ainda, que não é um prêmio de melhor colunista, como foi noticiado. É para qualquer profissional que, com seus textos, tenha contribuído, de alguma forma, com o futebol.
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Latifúndio só desapareceu no 'juridiquês'
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No critério estritamente jurídico, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, tem razão : o latifúndio deixou de existir no Brasil. Esse termo aparece no Estatuto da Terra, promulgado em novembro de 1964, no começo da ditadura militar. Mas, desde 1993, o tamanho de propriedades rurais é definido pela lei 8.629, que regulamenta a reforma agrária prevista na Carta de 1988. A legislação em vigor menciona "pequena propriedade", entre um e quatro módulos fiscais; e "média propriedade", de quatro a 15 módulos fiscais. Por exclusão, qualquer fazenda acima de 15 módulos fiscais é uma grande propriedade. E qualquer área menor que um módulo é um minifúndio. O tamanho do módulo fiscal varia de acordo com o município. Em São Paulo é de 5 hectares; em Santarém (PA), de 75 hectares. No Cadastro de Imóveis Rurais do Incra, há 130.299 grandes propriedades privadas. Apesar de serem 2,3% do total de imóveis rurais, representam 47,2% da área total cadastrada. O Incra vem decretando a desapropriação de grandes propriedades improdutivas –definição de latifúndio, segundo o Dicionário Houaiss. Em 2014, por exemplo, o Incra decretou a desapropriação de uma fazenda de 26,5 mil hectares em Presidente Vargas (MA). A área equivale a 168 parques do Ibirapuera. Embora usando uma metodologia diferente, o Censo Agropecuário do IBGE também aponta concentração fundiária.
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poder
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Latifúndio só desapareceu no 'juridiquês'No critério estritamente jurídico, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, tem razão : o latifúndio deixou de existir no Brasil. Esse termo aparece no Estatuto da Terra, promulgado em novembro de 1964, no começo da ditadura militar. Mas, desde 1993, o tamanho de propriedades rurais é definido pela lei 8.629, que regulamenta a reforma agrária prevista na Carta de 1988. A legislação em vigor menciona "pequena propriedade", entre um e quatro módulos fiscais; e "média propriedade", de quatro a 15 módulos fiscais. Por exclusão, qualquer fazenda acima de 15 módulos fiscais é uma grande propriedade. E qualquer área menor que um módulo é um minifúndio. O tamanho do módulo fiscal varia de acordo com o município. Em São Paulo é de 5 hectares; em Santarém (PA), de 75 hectares. No Cadastro de Imóveis Rurais do Incra, há 130.299 grandes propriedades privadas. Apesar de serem 2,3% do total de imóveis rurais, representam 47,2% da área total cadastrada. O Incra vem decretando a desapropriação de grandes propriedades improdutivas –definição de latifúndio, segundo o Dicionário Houaiss. Em 2014, por exemplo, o Incra decretou a desapropriação de uma fazenda de 26,5 mil hectares em Presidente Vargas (MA). A área equivale a 168 parques do Ibirapuera. Embora usando uma metodologia diferente, o Censo Agropecuário do IBGE também aponta concentração fundiária.
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Saiba como poupar em programas de fidelidade que oferecem descontos
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Grandes companhias de aviação e cadeias de hotéis mudaram seus programas de fidelidade recentemente ou estão prestes a fazê-lo –caso da potencial combinação entre os programas de fidelidade das redes hoteleiras Starwood e Marriott. Mas o setor de viagens está repleto de outros programas de recompensas e fidelidade –que não recebem muita atenção, mas podem tornar uma viagem mais barata e fácil. HOTÉIS Leaders Club: o programa do grupo Leading Hotels of the World, formado por mais de 375 hotéis de luxo em 75 países, incluindo o Brasil, custa US$ 150 (R$ 550) por ano para adesão à categoria básica. Inclui café da manhã para duas pessoas a cada dia de estadia, acesso à internet, possibilidade de troca por um quarto superior, check-in mais cedo e check-out mais tarde e uma diária grátis nos hotéis a cada cinco viagens. Alguns estabelecimentos de luxo fazem parte do programa, como o Le Bristol Paris e o Ciragan Palace Kempinski, em Istambul (mais em lhw.com/leaders-club ). Stash Hotel Rewards: é um programa menor que inclui diversos hotéis independentes nos Estados Unidos, no Caribe e no Panamá, como o Beach House, nas ilhas Turks and Caicos, e o Honua Kai Resort & Spa, no Havaí. A adesão é gratuita, e os membros ganham cinco pontos por dólar gasto, que eles podem usar para conseguir diárias grátis nos hotéis participantes. Um quarto no Sunset Marquis, em Los Angeles, para um sábado em maio, tinha diária de US$ 315 (R$ 1.160) ou 29,1 mil pontos Stash. Brasileiros podem se inscrever (stashrewards.com ). iPrefer: os membros desse programa da rede Preferred Hotels and Resorts recebem vantagens nos mais de 600 hotéis participantes, em mais de 85 países, incluindo o Brasil. Trata-se de um dos maiores programas do tipo, e a adesão é grátis. Os benefícios incluem internet grátis, troca de quarto, check-in mais cedo e check-out mais tarde e pontos por viagens. Os membros recebem dez pontos por dólar gasto em uma estadia. A categoria elite (dos que acumulam 50 mil pontos ou mais por ano) ganha 15 pontos por dólar gasto em uma viagem (preferredhotels.com/iprefer ). Hotels.com Rewards: quando o assunto são programas de recompensa associados a serviços on-line de reservas, muitos viajantes pensam na Expedia e na Priceline. A Hotels.com também tem um programa, que inclui cerca de 235 mil hotéis, alguns deles no Brasil. A adesão é grátis, e os membros recebem uma "noite de recompensa" para cada diária paga. Quando acumulam dez delas, recebem uma diária grátis em um dos hotéis elegíveis. O valor da diária grátis equivale à media das dez que o cliente pagou para ganhá-la (hotels.com ). VIAGENS DE AVIÃO Priority Pass: é um programa independente de fidelidade de aeroporto que oferece acesso a mais de 850 lounges em todo o mundo –não importa qual companhia aérea esteja usando para seus voos. O custo padrão é de US$ 99 (R$ 365) por ano, mais US$ 27 (R$ 100) por visita. Na categoria mais alta, o valor é de US$ 399 (R$ 1.470) ao ano e não há cobranças adicionais. Embora o preço possa parecer alto, é baixo se comparado ao custo de adesão a apenas um dos clubes das companhias aéreas (mais em: prioritypass.com ). CARROS Uber: o serviço de carros tem parceria com a rede de hotéis Starwood. Depois de vincular suas contas no app e na companhia hoteleira, o cliente recebe um ponto para cada dólar gasto usando o Uber (usar o aplicativo durante uma estadia rende bonificação ainda maior). Há também uma parceria com o programa de fidelidade da American Airlines, cujos associados têm prazo limitado para acumular pontos. Se você tiver um cartão AAdvantage Aviator MasterCard e usá-lo para pagar suas jornadas com o Uber, pode ganhar quilômetros adicionais de bonificação até 31 de julho (uber.com ). Tradução de PAULO MIGLIACCI
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turismo
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Saiba como poupar em programas de fidelidade que oferecem descontosGrandes companhias de aviação e cadeias de hotéis mudaram seus programas de fidelidade recentemente ou estão prestes a fazê-lo –caso da potencial combinação entre os programas de fidelidade das redes hoteleiras Starwood e Marriott. Mas o setor de viagens está repleto de outros programas de recompensas e fidelidade –que não recebem muita atenção, mas podem tornar uma viagem mais barata e fácil. HOTÉIS Leaders Club: o programa do grupo Leading Hotels of the World, formado por mais de 375 hotéis de luxo em 75 países, incluindo o Brasil, custa US$ 150 (R$ 550) por ano para adesão à categoria básica. Inclui café da manhã para duas pessoas a cada dia de estadia, acesso à internet, possibilidade de troca por um quarto superior, check-in mais cedo e check-out mais tarde e uma diária grátis nos hotéis a cada cinco viagens. Alguns estabelecimentos de luxo fazem parte do programa, como o Le Bristol Paris e o Ciragan Palace Kempinski, em Istambul (mais em lhw.com/leaders-club ). Stash Hotel Rewards: é um programa menor que inclui diversos hotéis independentes nos Estados Unidos, no Caribe e no Panamá, como o Beach House, nas ilhas Turks and Caicos, e o Honua Kai Resort & Spa, no Havaí. A adesão é gratuita, e os membros ganham cinco pontos por dólar gasto, que eles podem usar para conseguir diárias grátis nos hotéis participantes. Um quarto no Sunset Marquis, em Los Angeles, para um sábado em maio, tinha diária de US$ 315 (R$ 1.160) ou 29,1 mil pontos Stash. Brasileiros podem se inscrever (stashrewards.com ). iPrefer: os membros desse programa da rede Preferred Hotels and Resorts recebem vantagens nos mais de 600 hotéis participantes, em mais de 85 países, incluindo o Brasil. Trata-se de um dos maiores programas do tipo, e a adesão é grátis. Os benefícios incluem internet grátis, troca de quarto, check-in mais cedo e check-out mais tarde e pontos por viagens. Os membros recebem dez pontos por dólar gasto em uma estadia. A categoria elite (dos que acumulam 50 mil pontos ou mais por ano) ganha 15 pontos por dólar gasto em uma viagem (preferredhotels.com/iprefer ). Hotels.com Rewards: quando o assunto são programas de recompensa associados a serviços on-line de reservas, muitos viajantes pensam na Expedia e na Priceline. A Hotels.com também tem um programa, que inclui cerca de 235 mil hotéis, alguns deles no Brasil. A adesão é grátis, e os membros recebem uma "noite de recompensa" para cada diária paga. Quando acumulam dez delas, recebem uma diária grátis em um dos hotéis elegíveis. O valor da diária grátis equivale à media das dez que o cliente pagou para ganhá-la (hotels.com ). VIAGENS DE AVIÃO Priority Pass: é um programa independente de fidelidade de aeroporto que oferece acesso a mais de 850 lounges em todo o mundo –não importa qual companhia aérea esteja usando para seus voos. O custo padrão é de US$ 99 (R$ 365) por ano, mais US$ 27 (R$ 100) por visita. Na categoria mais alta, o valor é de US$ 399 (R$ 1.470) ao ano e não há cobranças adicionais. Embora o preço possa parecer alto, é baixo se comparado ao custo de adesão a apenas um dos clubes das companhias aéreas (mais em: prioritypass.com ). CARROS Uber: o serviço de carros tem parceria com a rede de hotéis Starwood. Depois de vincular suas contas no app e na companhia hoteleira, o cliente recebe um ponto para cada dólar gasto usando o Uber (usar o aplicativo durante uma estadia rende bonificação ainda maior). Há também uma parceria com o programa de fidelidade da American Airlines, cujos associados têm prazo limitado para acumular pontos. Se você tiver um cartão AAdvantage Aviator MasterCard e usá-lo para pagar suas jornadas com o Uber, pode ganhar quilômetros adicionais de bonificação até 31 de julho (uber.com ). Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Desmatamento na Amazônia cresce pelo segundo ano consecutivo
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O desmatamento voltou a crescer na Amazônia e foi o maior desde 2011. A taxa de aumento registrada é a mais alta, junto a de 2013, desde o início dos anos 2000. Foi o segundo ano consecutivo de crescimento do desmatamento. Os dados são derivados do Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite) e foram divulgados na terça-feira (29) pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Entre agosto de 2015 e julho deste ano, houve um crescimento de 29% da derrubada da floresta amazônica. Foram devastados 7.989 km² de mata. A área equivale a pouco mais de cinco municípios de São Paulo. Os dados do período anterior, entre agosto de 2014 e julho de 2015, já apresentavam crescimento de 24%. Isso representa o segundo maior crescimento registrado desde o ano 2000. Entre os Estados com presença da floresta (Amazônia Legal), o Amazonas foi o que apresentou o maior crescimento da taxa, de 54%. Na região, foram devastados 1.099 km² de mata. Na sequência, os maiores aumentos aconteceram no Acre (47%), Pará (41%) e Tocantis (40%). No Mato Grosso, a taxa caiu 6%, mas, em compensação, em valores absolutos, o Estado ocupa a inglória 2ª posição, com 1.508 km², atrás apenas do líder Pará, com 3.025 km² de desmate. Desde o início do acompanhamento do Prodes, em 1988, cerca de 421.871 km² de Amazônia Legal foram devastados no Brasil.
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ambiente
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Desmatamento na Amazônia cresce pelo segundo ano consecutivoO desmatamento voltou a crescer na Amazônia e foi o maior desde 2011. A taxa de aumento registrada é a mais alta, junto a de 2013, desde o início dos anos 2000. Foi o segundo ano consecutivo de crescimento do desmatamento. Os dados são derivados do Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite) e foram divulgados na terça-feira (29) pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Entre agosto de 2015 e julho deste ano, houve um crescimento de 29% da derrubada da floresta amazônica. Foram devastados 7.989 km² de mata. A área equivale a pouco mais de cinco municípios de São Paulo. Os dados do período anterior, entre agosto de 2014 e julho de 2015, já apresentavam crescimento de 24%. Isso representa o segundo maior crescimento registrado desde o ano 2000. Entre os Estados com presença da floresta (Amazônia Legal), o Amazonas foi o que apresentou o maior crescimento da taxa, de 54%. Na região, foram devastados 1.099 km² de mata. Na sequência, os maiores aumentos aconteceram no Acre (47%), Pará (41%) e Tocantis (40%). No Mato Grosso, a taxa caiu 6%, mas, em compensação, em valores absolutos, o Estado ocupa a inglória 2ª posição, com 1.508 km², atrás apenas do líder Pará, com 3.025 km² de desmate. Desde o início do acompanhamento do Prodes, em 1988, cerca de 421.871 km² de Amazônia Legal foram devastados no Brasil.
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Confira lista dos oito países menos visitados do mundo
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Que tal fugir dos destinos lotados e ir para um lugar tranquilo e que poucos visitaram? Confira a lista do site Skyscanner 1. Liechtenstein 2. Butão 3. Moldávia 4. Tuvalu 5. Antártida 6. República de Belarus 7. San Marino 8. São Tomé e Príncipe
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asmais
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Técnico vê cenário de 'terrorismo' após deixar seleção de basquete
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O ex-técnico da seleção brasileira feminina de basquete Luiz Augusto Zanon, 52, diz que a renúncia ao cargo nesta sexta-feira (11) aconteceu em meio a um "cenário de terrorismo". A crise entre os seis clubes da Liga de Basquete Feminino (LFB) e a Confederação Brasileira de Basquete (CBB), instaurada nas últimas semanas, rendeu até ameaça de boicote à seleção por parte das atletas que atuam no país e pedido de troca de Zanon por um colegiado dos seis treinadores desses times. A principal crítica era que Zanon, que fez carreira no basquete masculino, era incapacitado para o cargo. O técnico, que estava à frente da seleção desde 2013, disse à Folha que pediu afastamento por uma questão de saúde. "Tive crise de hérnia há um mês. Passei três dias no hospital, tomei morfina. Minha perna treme, os dedos ficam adormecidos. Faço fisioterapia duas vezes por dia pois não sei se vou operar", descreve Zanon, que não tinha contrato com a CBB. Ele entregou o pedido na quinta (10) à entidade, que não anunciou o substituto para o evento-teste da Olimpíada, de 15 a 17 de janeiro, no Rio. A seleção se apresenta dia 6. "O problema de saúde me debilitou. O que os clubes falam não me atinge. Eles têm outros interesses. Eu não sou oportunista. Prova disso é que abri mão de disputar uma Olimpíada", afirma Zanon. Por meio da assessoria de imprensa, os clubes da LBF (América de Recife, Corinthians/Americana, Maranhão, Presidente Venceslau, Sampaio Correa e Santo André) disseram que não vão comentar o assunto. No comunicado divulgado pela CBB, Zanon diz que a entidade foi contrária à sua saída e que ele deixou "em aberto", na conversa com o diretor técnico Vanderlei Mazzuchini, uma possível volta à seleção no futuro. "Eu visava um trabalho a longo prazo, mas no Brasil não entendem isso. E, em tudo o que acontecia, era eu o errado", reclama Zanon. Sobre a expectativa para a seleção nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, Zanon diz que seu plano era "levar um grupo para amadurecer, aproveitar a experiência da [pivô] Érika, 33, e da [armadora] Adrianinha, 37, para fazer o maior número de jogos possíveis, seja para ficar entre as oito ou as quatro melhores". Os problemas enfrentados pela equipe feminina, segundo o ex-treinador, não são a falta de apoio da CBB, que, segundo ele, são iguais (inclusive financeiramente) para homens e mulheres. Para Zanon, faltam mais jogos internacionais, principalmente contra as europeias, além de paciência com a nova geração de atletas. "Não temos talento hoje, então precisamos que apareçam. Mas qual nosso projeto? Cadê a base? É um problema que existe há 20 anos. Deixo um legado, que talvez entendam com o tempo", conclui.
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esporte
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Técnico vê cenário de 'terrorismo' após deixar seleção de basqueteO ex-técnico da seleção brasileira feminina de basquete Luiz Augusto Zanon, 52, diz que a renúncia ao cargo nesta sexta-feira (11) aconteceu em meio a um "cenário de terrorismo". A crise entre os seis clubes da Liga de Basquete Feminino (LFB) e a Confederação Brasileira de Basquete (CBB), instaurada nas últimas semanas, rendeu até ameaça de boicote à seleção por parte das atletas que atuam no país e pedido de troca de Zanon por um colegiado dos seis treinadores desses times. A principal crítica era que Zanon, que fez carreira no basquete masculino, era incapacitado para o cargo. O técnico, que estava à frente da seleção desde 2013, disse à Folha que pediu afastamento por uma questão de saúde. "Tive crise de hérnia há um mês. Passei três dias no hospital, tomei morfina. Minha perna treme, os dedos ficam adormecidos. Faço fisioterapia duas vezes por dia pois não sei se vou operar", descreve Zanon, que não tinha contrato com a CBB. Ele entregou o pedido na quinta (10) à entidade, que não anunciou o substituto para o evento-teste da Olimpíada, de 15 a 17 de janeiro, no Rio. A seleção se apresenta dia 6. "O problema de saúde me debilitou. O que os clubes falam não me atinge. Eles têm outros interesses. Eu não sou oportunista. Prova disso é que abri mão de disputar uma Olimpíada", afirma Zanon. Por meio da assessoria de imprensa, os clubes da LBF (América de Recife, Corinthians/Americana, Maranhão, Presidente Venceslau, Sampaio Correa e Santo André) disseram que não vão comentar o assunto. No comunicado divulgado pela CBB, Zanon diz que a entidade foi contrária à sua saída e que ele deixou "em aberto", na conversa com o diretor técnico Vanderlei Mazzuchini, uma possível volta à seleção no futuro. "Eu visava um trabalho a longo prazo, mas no Brasil não entendem isso. E, em tudo o que acontecia, era eu o errado", reclama Zanon. Sobre a expectativa para a seleção nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, Zanon diz que seu plano era "levar um grupo para amadurecer, aproveitar a experiência da [pivô] Érika, 33, e da [armadora] Adrianinha, 37, para fazer o maior número de jogos possíveis, seja para ficar entre as oito ou as quatro melhores". Os problemas enfrentados pela equipe feminina, segundo o ex-treinador, não são a falta de apoio da CBB, que, segundo ele, são iguais (inclusive financeiramente) para homens e mulheres. Para Zanon, faltam mais jogos internacionais, principalmente contra as europeias, além de paciência com a nova geração de atletas. "Não temos talento hoje, então precisamos que apareçam. Mas qual nosso projeto? Cadê a base? É um problema que existe há 20 anos. Deixo um legado, que talvez entendam com o tempo", conclui.
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Símbolo 'low cost', empresa aérea Ryanair supera 100 mi de passageiros
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A companhia aérea irlandesa Ryanair, um dos maiores símbolos das empresas aéreas "low cost" (de baixo custo), transportou no ano passado 101,4 milhões de passageiros. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (7). Foi a primeira vez que a empresa passou a marca de 100 milhões de clientes em um ano –em 2014, haviam sido 86,4 milhões de passageiros. No mesmo ano, como referência, só três empresas (as americanas Delta e Southwest e a chinesa China Southern) haviam transportado mais de 100 milhões de pessoas. A Ryanair é conhecida pela política de cobrar passagens muito baratas (por vezes por € 10 ou menos) em troca de um serviço, digamos, enxuto –e a processos como marcação de poltronas, direito de despachar bagagens e impressão do cartão de embarque são cobradas multas e taxas extras. Além da empresa irlandesa, outra "low cost" europeia registrou aumento no número de passageiros em 2015: a britânica Easyjet transportou 69,8 milhões de pessoas, 7% mais que no ano anterior. Segundo a agência Bloomberg, as duas companhias tiveram, em média, mais de 90% de ocupação média em seus voos.
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turismo
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Símbolo 'low cost', empresa aérea Ryanair supera 100 mi de passageirosA companhia aérea irlandesa Ryanair, um dos maiores símbolos das empresas aéreas "low cost" (de baixo custo), transportou no ano passado 101,4 milhões de passageiros. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (7). Foi a primeira vez que a empresa passou a marca de 100 milhões de clientes em um ano –em 2014, haviam sido 86,4 milhões de passageiros. No mesmo ano, como referência, só três empresas (as americanas Delta e Southwest e a chinesa China Southern) haviam transportado mais de 100 milhões de pessoas. A Ryanair é conhecida pela política de cobrar passagens muito baratas (por vezes por € 10 ou menos) em troca de um serviço, digamos, enxuto –e a processos como marcação de poltronas, direito de despachar bagagens e impressão do cartão de embarque são cobradas multas e taxas extras. Além da empresa irlandesa, outra "low cost" europeia registrou aumento no número de passageiros em 2015: a britânica Easyjet transportou 69,8 milhões de pessoas, 7% mais que no ano anterior. Segundo a agência Bloomberg, as duas companhias tiveram, em média, mais de 90% de ocupação média em seus voos.
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Bicampeãs, Fabiana e Sheilla se despedem das redes sociais antes dos Jogos
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MARCEL MERGUIZO ENVIADO ESPECIAL AO RIO Primeiro foi a capitã Fabiana. Depois, a oposta Sheilla. E assim, na noite desta segunda (1), duas das bicampeãs olímpicas da seleção brasileira de vôlei se despediram das redes sociais. Fabiana e Sheilla, líderes da equipe que tenta o tri olímpico a partir de sábado (6), deixaram mensagens no Instagram dizendo que não acessarão suas contas durante a disputa da Olimpíada Fabiana posta no Instagram A orientação não partiu da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) ou do técnico José Roberto Guimarães, mas de opções pessoais. O mesmo ocorre com outras modalidades, sem regra que restrinja o uso das redes sociais durante o período dos Jogos. Segundo o COB (Comitê Olímpico do Brasil), não há qualquer restrição pré-estabelecida. As jogadoras do vôlei foram as primeiras da delegação brasileira a tomar tal atitude. Sheilla posta no Instagram "Boa noite, Brasil! Estou aqui para falar que a partir de amanhã [terça-feira] até o fim dos Jogos vou me ausentar das redes sociais. O grande dia está chegando e será uma grande luta para todas nós. Acredito que nesse momento preciso colocar toda a minha concentração, meu foco e força nas coisas que me cercam e me levam até meus objetivos, que é o de trazer mais uma medalha para o nosso Brasil e coroar este grupo que tanto trabalhou duro. Quero fechar mais esse ciclo Olímpico da melhor maneira possível para o voleibol, para os nossos familiares, amigos e para todos vocês que torcem e nos acompanham sempre. Conto com a força de cada um, com as orações, energia positiva e torcida! Conto também com a compreensão de todos de que essa é a melhor solução agora. Deixo minha equipe cuidando das redes sociais para que vocês se mantenham informados e tudo será passado depois para mim. O importante é que saibam que estamos juntos nesse sonho e vamos juntos buscar isso!!!! Um grande beijo!", escreveu a capitã Fabiana. "Oi pessoal, está chegando a hora! Vamos disputar a Olimpíada na nossa casa!!! Os treinos têm sido duros, mas estamos preparadas. O coração está a mil e a cabeça totalmente focada. E por isso precisei tomar uma difícil decisão. Ficarei fora das redes sociais no período olímpico. O pessoal da Ocean Digital vai seguir postando e me ajudando neste período, para que vocês continuem bem informados. Agradeço imensamente a todos os meus fãs por todo o carinho e incentivo. Sei que todos vocês estarão torcendo por mim, mas neste momento é preciso me ausentar para não perder o foco. O espírito olímpico é exatamente este, ficar isolada de tudo para viver apenas este momento mágico. Torçam por mim!!! Torçam por nós!!!", publicou Sheilla. Brasileiros na Rio-2016
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esporte
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Bicampeãs, Fabiana e Sheilla se despedem das redes sociais antes dos Jogos
MARCEL MERGUIZO ENVIADO ESPECIAL AO RIO Primeiro foi a capitã Fabiana. Depois, a oposta Sheilla. E assim, na noite desta segunda (1), duas das bicampeãs olímpicas da seleção brasileira de vôlei se despediram das redes sociais. Fabiana e Sheilla, líderes da equipe que tenta o tri olímpico a partir de sábado (6), deixaram mensagens no Instagram dizendo que não acessarão suas contas durante a disputa da Olimpíada Fabiana posta no Instagram A orientação não partiu da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) ou do técnico José Roberto Guimarães, mas de opções pessoais. O mesmo ocorre com outras modalidades, sem regra que restrinja o uso das redes sociais durante o período dos Jogos. Segundo o COB (Comitê Olímpico do Brasil), não há qualquer restrição pré-estabelecida. As jogadoras do vôlei foram as primeiras da delegação brasileira a tomar tal atitude. Sheilla posta no Instagram "Boa noite, Brasil! Estou aqui para falar que a partir de amanhã [terça-feira] até o fim dos Jogos vou me ausentar das redes sociais. O grande dia está chegando e será uma grande luta para todas nós. Acredito que nesse momento preciso colocar toda a minha concentração, meu foco e força nas coisas que me cercam e me levam até meus objetivos, que é o de trazer mais uma medalha para o nosso Brasil e coroar este grupo que tanto trabalhou duro. Quero fechar mais esse ciclo Olímpico da melhor maneira possível para o voleibol, para os nossos familiares, amigos e para todos vocês que torcem e nos acompanham sempre. Conto com a força de cada um, com as orações, energia positiva e torcida! Conto também com a compreensão de todos de que essa é a melhor solução agora. Deixo minha equipe cuidando das redes sociais para que vocês se mantenham informados e tudo será passado depois para mim. O importante é que saibam que estamos juntos nesse sonho e vamos juntos buscar isso!!!! Um grande beijo!", escreveu a capitã Fabiana. "Oi pessoal, está chegando a hora! Vamos disputar a Olimpíada na nossa casa!!! Os treinos têm sido duros, mas estamos preparadas. O coração está a mil e a cabeça totalmente focada. E por isso precisei tomar uma difícil decisão. Ficarei fora das redes sociais no período olímpico. O pessoal da Ocean Digital vai seguir postando e me ajudando neste período, para que vocês continuem bem informados. Agradeço imensamente a todos os meus fãs por todo o carinho e incentivo. Sei que todos vocês estarão torcendo por mim, mas neste momento é preciso me ausentar para não perder o foco. O espírito olímpico é exatamente este, ficar isolada de tudo para viver apenas este momento mágico. Torçam por mim!!! Torçam por nós!!!", publicou Sheilla. Brasileiros na Rio-2016
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Leitor e professor divergem sobre cobertura de protesto de docentes
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Se a foto estampada na "Primeira Página" da Folha nesta quinta-feira (4/6) realmente mostra professores, é melhor tirar as crianças da escola. Nas ruas, elas poderão encontrar alguns referenciais melhores. CELSO FRANCISCO ÁLVARES LEITE (Limeira, SP) * Lamentável a postura da Folha. Assim como deu destaque quando alguns exaltados tentaram invadir a Secretaria da Educação, o jornal estampou na "Primeira Página" a briga entre professores durante a manifestação de quarta. A Folha poderia dar espaço às reivindicações dos professores que são fundamentais para a melhora das escolas. Poderia deixar o governo mentir só. Nos 45% concedidos de 2011 a 2014, não há um centavo que represente incorporação de gratificações. Os 45% corrigiram os salários da inflação acumulada até 2010 . JOSÉ LUIZ RODRIGUES VASCONCELLOS, professor (São Caetano do Sul, SP) * Sobre o Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), pela forma como foi proposto e pelos seus fundamentos, já sabíamos que nascia com cara de morto, mas nem mesmo o MEC quer saber de seus resultados ("Radicalizar o pacto pelas crianças do Brasil", Tendências/Debates, 3/6). As redes locais precisam de mais apoio para melhorar seus índices, programas de mais qualidade, não pensar que apenas com um ano de formação o professor dará conta desse tema tão fundamental que é a alfabetização. VALQUIRIA APARECIDA PEREIRA DA SILVA, pedagoga e alfabetizadora (São Paulo, SP) * No texto "Obscurantismo ou identidade" (Tendências/Debates, 2/6), o autor transforma a vítima em algoz. Citado no início, Vladimir Safatle não lamenta o obscurantismo da PUC-SP, mas sim de "um dos conselhos dirigentes da PUC-SP". Trata-se do Conselho Superior da Fundação São Paulo, que é uma parcela minúscula (poderosa, decerto) da instituição. A PUC-SP real, aquela que estuda, dá aulas, paga mensalidades e recebe salários, é inteiramente favorável à cátedra e sabe quem é Michel Foucault. Que vive aqui. JORGE CLAUDIO N. RIBEIRO JR., professor titular de Ciência da Religião da PUC-SP (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor e professor divergem sobre cobertura de protesto de docentesSe a foto estampada na "Primeira Página" da Folha nesta quinta-feira (4/6) realmente mostra professores, é melhor tirar as crianças da escola. Nas ruas, elas poderão encontrar alguns referenciais melhores. CELSO FRANCISCO ÁLVARES LEITE (Limeira, SP) * Lamentável a postura da Folha. Assim como deu destaque quando alguns exaltados tentaram invadir a Secretaria da Educação, o jornal estampou na "Primeira Página" a briga entre professores durante a manifestação de quarta. A Folha poderia dar espaço às reivindicações dos professores que são fundamentais para a melhora das escolas. Poderia deixar o governo mentir só. Nos 45% concedidos de 2011 a 2014, não há um centavo que represente incorporação de gratificações. Os 45% corrigiram os salários da inflação acumulada até 2010 . JOSÉ LUIZ RODRIGUES VASCONCELLOS, professor (São Caetano do Sul, SP) * Sobre o Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), pela forma como foi proposto e pelos seus fundamentos, já sabíamos que nascia com cara de morto, mas nem mesmo o MEC quer saber de seus resultados ("Radicalizar o pacto pelas crianças do Brasil", Tendências/Debates, 3/6). As redes locais precisam de mais apoio para melhorar seus índices, programas de mais qualidade, não pensar que apenas com um ano de formação o professor dará conta desse tema tão fundamental que é a alfabetização. VALQUIRIA APARECIDA PEREIRA DA SILVA, pedagoga e alfabetizadora (São Paulo, SP) * No texto "Obscurantismo ou identidade" (Tendências/Debates, 2/6), o autor transforma a vítima em algoz. Citado no início, Vladimir Safatle não lamenta o obscurantismo da PUC-SP, mas sim de "um dos conselhos dirigentes da PUC-SP". Trata-se do Conselho Superior da Fundação São Paulo, que é uma parcela minúscula (poderosa, decerto) da instituição. A PUC-SP real, aquela que estuda, dá aulas, paga mensalidades e recebe salários, é inteiramente favorável à cátedra e sabe quem é Michel Foucault. Que vive aqui. JORGE CLAUDIO N. RIBEIRO JR., professor titular de Ciência da Religião da PUC-SP (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Doria defende viagem e diz que busca ritmo 'menos provinciano' para SP
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O prefeito de São Paulo, João Doria, disse na manhã desta quinta-feira (14), ao chegar à residência da Embaixada do Brasil, que veio visitar a capital argentina como "prefeito de uma cidade global". "São Paulo tinha uma visão muito apequenada e estamos tentando buscar um ritmo menos provinciano", disse a jornalistas. Acrescentou que, em reunião com empresários locais, apresentará "oportunidades de investimento em diversas áreas, dentro de nosso projeto de desestatização". A agenda de Doria inclui, na sequência deste encontro, uma reunião com almoço com o chefe de governo de Buenos Aires (que tem status de Província), Horacio Rodríguez Larreta. Depois, passará pela Casa Rosada, sede do governo argentino, para cumprimentar o presidente Mauricio Macri. "Houve uma manifestação do próprio Macri, por meio do (chefe de governo) Larreta", afirmou. Sobre o tema do encontro, declarou que falariam "sobre o desenvolvimento das relações bilaterais". E acrescentou que, "não é o meu tema, mas se puder ajudar a melhorar as relações econômicas entre os dois pois países na relação direta ou por meio do Mercosul, o farei". Indagado sobre se esta seria uma agenda internacional de um provável candidato à Presidência, Doria negou. Já sobre a nova denúncia contra o presidente Michel Temer, o prefeito afirmou que "é necessário aguardar".
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Doria defende viagem e diz que busca ritmo 'menos provinciano' para SPO prefeito de São Paulo, João Doria, disse na manhã desta quinta-feira (14), ao chegar à residência da Embaixada do Brasil, que veio visitar a capital argentina como "prefeito de uma cidade global". "São Paulo tinha uma visão muito apequenada e estamos tentando buscar um ritmo menos provinciano", disse a jornalistas. Acrescentou que, em reunião com empresários locais, apresentará "oportunidades de investimento em diversas áreas, dentro de nosso projeto de desestatização". A agenda de Doria inclui, na sequência deste encontro, uma reunião com almoço com o chefe de governo de Buenos Aires (que tem status de Província), Horacio Rodríguez Larreta. Depois, passará pela Casa Rosada, sede do governo argentino, para cumprimentar o presidente Mauricio Macri. "Houve uma manifestação do próprio Macri, por meio do (chefe de governo) Larreta", afirmou. Sobre o tema do encontro, declarou que falariam "sobre o desenvolvimento das relações bilaterais". E acrescentou que, "não é o meu tema, mas se puder ajudar a melhorar as relações econômicas entre os dois pois países na relação direta ou por meio do Mercosul, o farei". Indagado sobre se esta seria uma agenda internacional de um provável candidato à Presidência, Doria negou. Já sobre a nova denúncia contra o presidente Michel Temer, o prefeito afirmou que "é necessário aguardar".
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Atriz de 'A Noviça Rebelde', Charmian Carr morre aos 73 nos Estados Unidos
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Atriz que interpretou a filha mais velha da família Trapp no clássico "A Noviça Rebelde", Charmian Carr morreu neste sábado (18), aos 73, em Los Angeles. Ela sofria de um caso raro de demência. Mesmo com uma carreira curta no cinema —Carr só fez o clássico de Rogers & Hammerstein—, a atriz entrou para a história por seu número musical no filme, em que cantava "Sixteen Going On Seventeen". Mais tarde, ela atuou com Anthony Perkins na série musical "Evening Primrose", criada por Stephen Sondheim para a televisão. Carr depois se tornou uma designer de interiores no sul da Califórnia, tendo entre seus clientes celebridades como Michael Jackson e o roteirista de "A Noviça Rebelde", Ernest Lehman. Filha de uma atriz e de um músico, ela nasceu em Chicago, em 1942. Ela deixa dois filhos e quatro netos.
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Atriz de 'A Noviça Rebelde', Charmian Carr morre aos 73 nos Estados UnidosAtriz que interpretou a filha mais velha da família Trapp no clássico "A Noviça Rebelde", Charmian Carr morreu neste sábado (18), aos 73, em Los Angeles. Ela sofria de um caso raro de demência. Mesmo com uma carreira curta no cinema —Carr só fez o clássico de Rogers & Hammerstein—, a atriz entrou para a história por seu número musical no filme, em que cantava "Sixteen Going On Seventeen". Mais tarde, ela atuou com Anthony Perkins na série musical "Evening Primrose", criada por Stephen Sondheim para a televisão. Carr depois se tornou uma designer de interiores no sul da Califórnia, tendo entre seus clientes celebridades como Michael Jackson e o roteirista de "A Noviça Rebelde", Ernest Lehman. Filha de uma atriz e de um músico, ela nasceu em Chicago, em 1942. Ela deixa dois filhos e quatro netos.
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Oposição denunciará Cristina Kirchner por tentar encobrir morte de promotor
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Principal política da Coalização Cívica, a deputada argentina Elisa Carrió afirmou nesta quinta-feira (5) que vai denunciar a presidente Cristina Kirchner e funcionários do governo por tentar encobrir a morte do promotor Alberto Nisman. Adversária política do kirchnerismo, Carrió disse que apresentará nesta sexta (6) uma denúncia contra a presidente, o secretário-geral Aníbal Fernández, a procuradora Alejandra Gils Garbó e o comandante do Exército, general César Milani (atualmente responsável informal pelas operações de espionagem do governo). Carrió afirma que era responsabilidade da procuradora a guarda de Nisman e acusa Garbó de "inadmissível pressão sobre a promotora encarregada da investigação, Viviana Fein". O anúncio foi feito pela deputada nas redes sociais, prática comum entre os políticos argentinos. Carrió disse que prestará denúncia por trabalho ilegal de inteligência, abuso de autoridade, intromissões no Poder Judiciário e por pressionar promotores, inclusive Nisman. "Está cada vez mais próxima a hipótese de assassinato em uma operação de inteligência do atual governo", afirmou a deputada na rede social.
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Oposição denunciará Cristina Kirchner por tentar encobrir morte de promotorPrincipal política da Coalização Cívica, a deputada argentina Elisa Carrió afirmou nesta quinta-feira (5) que vai denunciar a presidente Cristina Kirchner e funcionários do governo por tentar encobrir a morte do promotor Alberto Nisman. Adversária política do kirchnerismo, Carrió disse que apresentará nesta sexta (6) uma denúncia contra a presidente, o secretário-geral Aníbal Fernández, a procuradora Alejandra Gils Garbó e o comandante do Exército, general César Milani (atualmente responsável informal pelas operações de espionagem do governo). Carrió afirma que era responsabilidade da procuradora a guarda de Nisman e acusa Garbó de "inadmissível pressão sobre a promotora encarregada da investigação, Viviana Fein". O anúncio foi feito pela deputada nas redes sociais, prática comum entre os políticos argentinos. Carrió disse que prestará denúncia por trabalho ilegal de inteligência, abuso de autoridade, intromissões no Poder Judiciário e por pressionar promotores, inclusive Nisman. "Está cada vez mais próxima a hipótese de assassinato em uma operação de inteligência do atual governo", afirmou a deputada na rede social.
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Instituto em Cambridge ganha patentes de edição de genes
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O Instituto Broad em Cambridge ficará com os potenciais direitos lucrativos de uma técnica de edição de genes que pode levar a grandes avanços na medicina e na agricultura, segundo decisão do órgão federal americano Patent and Trademark Office desta quarta (15). A decisão, tomada em meio a uma disputa feroz, assistida de perto por cientistas e pela indústria de biotecnologia, significou um duro golpe para a Universidade da Califórnia. A instituição é comumente considerada o local de nascimento da técnica conhecida como Crispr-Cas9. Um tribunal de apelação de patentes afirmou que as invenções, reivindicadas pelas duas instituições, relacionadas a edição de genes eram separadas e não se sobrepunham. Com isso, o Instituto Broad, um centro de pesquisa afiliado ao MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e a Harvard, passa a ter domínio sobre mais de uma dúzia de patentes utilizadas na técnica de Crispr, destinada à modificação do DNA em células humanas, animais e de plantas. "É uma vitória importante para o Instituto Broad", disse Jacob S. Sherkow, professor associado na Escola de Direito de Nova York, que acompanhou de perto o caso. Em nota, o Instituto Broad disse que concorda com a decisão. Enquanto isso, membros da Universidade da Califórnia já levantam a hipótese de um pedido de apelação. Contudo, eles afirmam que a decisão deixou uma brecha para que a universidade obtenha patentes próprias que poderiam ser utilizadas para realização do Crispr. "Eles patentearam as bolas de tênis esverdeadas. Nós vamos patentear todas as bolas", disse Jeniffer Doudna, professora da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Ela tem sido extensamente creditada como uma das inventoras da técnica. Em resumo, empresas que quiserem usar a Crispr na medicina, agricultura ou outros campos precisarão de licenças tanto do Instituto Broad quanto da Universidade da Califórnia, afirmou um advogado da universidade. Contudo, o professor Sherkow, considerando o que consta na decisão desta quarta, declarou ter dúvidas quanto à possibilidade da universidade obter uma patente mais abrangente. Se a Crispr sobreviver à expectativa que se construiu ao seu redor, a técnica poderá gerar centenas de milhões de dólares. Por outro lado, terapias gênicas e métodos de interferência em RNA, também descritas como grandes promessas, resultaram em nada ou quase nada no campo de tratamentos médicos.
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Instituto em Cambridge ganha patentes de edição de genesO Instituto Broad em Cambridge ficará com os potenciais direitos lucrativos de uma técnica de edição de genes que pode levar a grandes avanços na medicina e na agricultura, segundo decisão do órgão federal americano Patent and Trademark Office desta quarta (15). A decisão, tomada em meio a uma disputa feroz, assistida de perto por cientistas e pela indústria de biotecnologia, significou um duro golpe para a Universidade da Califórnia. A instituição é comumente considerada o local de nascimento da técnica conhecida como Crispr-Cas9. Um tribunal de apelação de patentes afirmou que as invenções, reivindicadas pelas duas instituições, relacionadas a edição de genes eram separadas e não se sobrepunham. Com isso, o Instituto Broad, um centro de pesquisa afiliado ao MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e a Harvard, passa a ter domínio sobre mais de uma dúzia de patentes utilizadas na técnica de Crispr, destinada à modificação do DNA em células humanas, animais e de plantas. "É uma vitória importante para o Instituto Broad", disse Jacob S. Sherkow, professor associado na Escola de Direito de Nova York, que acompanhou de perto o caso. Em nota, o Instituto Broad disse que concorda com a decisão. Enquanto isso, membros da Universidade da Califórnia já levantam a hipótese de um pedido de apelação. Contudo, eles afirmam que a decisão deixou uma brecha para que a universidade obtenha patentes próprias que poderiam ser utilizadas para realização do Crispr. "Eles patentearam as bolas de tênis esverdeadas. Nós vamos patentear todas as bolas", disse Jeniffer Doudna, professora da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Ela tem sido extensamente creditada como uma das inventoras da técnica. Em resumo, empresas que quiserem usar a Crispr na medicina, agricultura ou outros campos precisarão de licenças tanto do Instituto Broad quanto da Universidade da Califórnia, afirmou um advogado da universidade. Contudo, o professor Sherkow, considerando o que consta na decisão desta quarta, declarou ter dúvidas quanto à possibilidade da universidade obter uma patente mais abrangente. Se a Crispr sobreviver à expectativa que se construiu ao seu redor, a técnica poderá gerar centenas de milhões de dólares. Por outro lado, terapias gênicas e métodos de interferência em RNA, também descritas como grandes promessas, resultaram em nada ou quase nada no campo de tratamentos médicos.
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Métodos explicam divergência entre o Datafolha e a PM
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A diferença nos números de pessoas aferidos pelo Datafolha e pela Polícia Militar –210 mil e 1 milhão, respectivamente–, no ato contra o governo na Paulista, domingo (15), pode ser explicada por divergências de método. O instituto divide uma aglomeração em setores, a fim de calcular a densidade de pessoas por metro quadrado em cada um. Esse trabalho é feito por pesquisadores, que estimam a quantidade a cada hora, com o objetivo de determinar também o fluxo. A divisão por setores refina o cálculo da densidade, uma vez que áreas mais concorridas –como próximas a carros de som– têm maior densidade. Os números são multiplicados pela área. A PM, por sua vez, utiliza fotos aéreas para estimar a densidade. No domingo, a corporação disse que determinou o parâmetro de cinco pessoas por metro quadrado. Se não é produzida de modo adequado, com lentes que distorcem menos e perpendicularmente ao chão, a foto pode ser enganosa, levando a uma estimativa errada. Além disso, ao determinar uma única densidade para uma área grande –como a Paulista–, a margem de erro aumenta. Na segunda (16), a Folha requisitou à PM acesso às imagens que embasaram o cálculo de cinco pessoas por metro quadrado, mas teve o pedido negado. O manual para estimativa de multidões do CEPD (Centro de Estudos e Pesquisas de Desastres) da Prefeitura do Rio de Janeiro, referência no assunto, explica que a densidade de cinco pessoas por metro quadrado é muito rara e "ocorre em eventos concorridos, porém somente no perímetro privilegiado adjacente ao cinturão de pessoas que cerca o acontecimento". A densidade média mais comum em grandes concentrações, diz o manual, é de três pessoas por metro quadrado.
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Métodos explicam divergência entre o Datafolha e a PMA diferença nos números de pessoas aferidos pelo Datafolha e pela Polícia Militar –210 mil e 1 milhão, respectivamente–, no ato contra o governo na Paulista, domingo (15), pode ser explicada por divergências de método. O instituto divide uma aglomeração em setores, a fim de calcular a densidade de pessoas por metro quadrado em cada um. Esse trabalho é feito por pesquisadores, que estimam a quantidade a cada hora, com o objetivo de determinar também o fluxo. A divisão por setores refina o cálculo da densidade, uma vez que áreas mais concorridas –como próximas a carros de som– têm maior densidade. Os números são multiplicados pela área. A PM, por sua vez, utiliza fotos aéreas para estimar a densidade. No domingo, a corporação disse que determinou o parâmetro de cinco pessoas por metro quadrado. Se não é produzida de modo adequado, com lentes que distorcem menos e perpendicularmente ao chão, a foto pode ser enganosa, levando a uma estimativa errada. Além disso, ao determinar uma única densidade para uma área grande –como a Paulista–, a margem de erro aumenta. Na segunda (16), a Folha requisitou à PM acesso às imagens que embasaram o cálculo de cinco pessoas por metro quadrado, mas teve o pedido negado. O manual para estimativa de multidões do CEPD (Centro de Estudos e Pesquisas de Desastres) da Prefeitura do Rio de Janeiro, referência no assunto, explica que a densidade de cinco pessoas por metro quadrado é muito rara e "ocorre em eventos concorridos, porém somente no perímetro privilegiado adjacente ao cinturão de pessoas que cerca o acontecimento". A densidade média mais comum em grandes concentrações, diz o manual, é de três pessoas por metro quadrado.
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Lula tem 500 motivos para ser punido pela Justiça
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RIO DE JANEIRO - Assim como Lula afirmou que o tríplex de Guarujá (SP) tem 500 defeitos, podemos dizer que Lula tem 500 motivos para ser punido pela Justiça brasileira (e talvez internacional). Digamos que o tríplex tenha mesmo 500 defeitos, ainda que Lula tenha culpa em apenas metade das acusações feitas a ele. É muita coisa, tanto na hipótese dos 500 como na metade dela. Pessoalmente, não tenho condições nem vontade de acusá-lo, mas admito que ele está purgando 500 ou 250 razões para passar pelo que está passando. Contudo, lembro o direito romano, que estabelece: o réu é coisa sagrada ("res sacra reus"). Mesmo nos casos em que os criminosos são condenados à morte, a dignidade do preso deve ser respeitada pelos carrascos de circunstância. Que, provados os crimes, Lula seja preso e pague a maior multa estipulada pela Justiça brasileira, mas não precisa ser odiado ou humilhado pela mídia e por grande parte da sociedade. O divertido circo montado em Curitiba podia ser evitado. A própria Justiça determina que certos processos sejam sigilosos. Muitos brasileiros têm a certeza de que ele merece o que está passando. O discutível mérito da vergonha que Lula está sofrendo servirá de advertência, no futuro, para que possíveis lulas não repitam os erros (ou crimes) de uma autoridade tão condenável. Na Operação Mãos Limpas, da Itália, o primeiro-ministro foi responsabilizado pelas Guerras Púnicas. Lula não deve ser condenado pelos 7x1 da Alemanha no último campeonato mundial. Nisso tudo, surgiu um juiz como Sergio Moro, que está lavando uma grande mancha na história nacional. Mas o maior crime de Lula foi ter escolhido Dilma Rousseff para sucedê-lo. Citei acima um ditado latino. Citarei outro: "asinus asinum fricat" —um burro coça o outro (com o devido respeito).
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Lula tem 500 motivos para ser punido pela JustiçaRIO DE JANEIRO - Assim como Lula afirmou que o tríplex de Guarujá (SP) tem 500 defeitos, podemos dizer que Lula tem 500 motivos para ser punido pela Justiça brasileira (e talvez internacional). Digamos que o tríplex tenha mesmo 500 defeitos, ainda que Lula tenha culpa em apenas metade das acusações feitas a ele. É muita coisa, tanto na hipótese dos 500 como na metade dela. Pessoalmente, não tenho condições nem vontade de acusá-lo, mas admito que ele está purgando 500 ou 250 razões para passar pelo que está passando. Contudo, lembro o direito romano, que estabelece: o réu é coisa sagrada ("res sacra reus"). Mesmo nos casos em que os criminosos são condenados à morte, a dignidade do preso deve ser respeitada pelos carrascos de circunstância. Que, provados os crimes, Lula seja preso e pague a maior multa estipulada pela Justiça brasileira, mas não precisa ser odiado ou humilhado pela mídia e por grande parte da sociedade. O divertido circo montado em Curitiba podia ser evitado. A própria Justiça determina que certos processos sejam sigilosos. Muitos brasileiros têm a certeza de que ele merece o que está passando. O discutível mérito da vergonha que Lula está sofrendo servirá de advertência, no futuro, para que possíveis lulas não repitam os erros (ou crimes) de uma autoridade tão condenável. Na Operação Mãos Limpas, da Itália, o primeiro-ministro foi responsabilizado pelas Guerras Púnicas. Lula não deve ser condenado pelos 7x1 da Alemanha no último campeonato mundial. Nisso tudo, surgiu um juiz como Sergio Moro, que está lavando uma grande mancha na história nacional. Mas o maior crime de Lula foi ter escolhido Dilma Rousseff para sucedê-lo. Citei acima um ditado latino. Citarei outro: "asinus asinum fricat" —um burro coça o outro (com o devido respeito).
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Rússia promete 'dura resposta' a ordem de fechamento de consulado
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O ministro de relações exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, declarou que o país responderá duramente à ordem americana de fechamento do consulado russo em San Francisco. Em anúncio na quinta-feira (31), o Departamento de Estado americano exigiu também o fechamento de dois escritórios de apoio, um na capital Washington e outro em Nova York. Moscou tem até o próximo sábado (2) para cumprir as exigências. Lavrov afirmou que "a troca de sanções olho por olho não foi iniciada pela Rússia" para uma plateia de estudantes da principal escola de diplomacia do país. Segundo o ministro, a deterioração das relações bilaterais entre Rússia e Estados Unidos foi causada pela iniciativa do governo do ex-presidente Barack Obama de tentar impedir que Donald Trump pudesse cumprir suas promessas de campanha, que incluíam uma aproximação com o Kremlin. Em dezembro de 2016, o então presidente Obama expulsou 35 diplomatas russos após suposta interferência russa nas eleições americanas que teriam prejudicado Hillary Clinton, a adversária democrata de Trump. Neste ano, o Congresso americano aprovou sanções contra a Rússia citando como justificativas a atividade militar russa no leste da Ucrânia e a anexação da Crimeia em 2014, além da alegada interferência. Entre as medidas aprovadas, está uma limitação à capacidade do Executivo de decidir sobre a aplicação de sanções, limitando assim a atuação do presidente Trump. O pacote de sanções foi criticado por Lavrov nesta sexta (1º). Para ele, trata-se de uma tentativa de "atar as mãos de Trump e não deixá-lo usar seus poderes constitucionais de forma plena na condução das relações internacionais". Em retaliação às sanções, o governo russo ordenou que os Estados Unidos reduzissem sua equipe diplomática para 455 pessoas, o que representou um corte de quase metade dos funcionários. O Departamento de Estado informou que a decisão de fechar o consulado em San Francisco e os escritórios de apoio foi adotada "no espírito de paridade" com a redução de pessoal exigida pela Rússia. Por esse motivo, Moscou deveria se abster de qualquer medida retaliatória, afirmaram autoridades americanas. Após o cumprimento da ordem pela Rússia, cada país terá três consulados no território do outro e praticamente o mesmo número de funcionários.
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Rússia promete 'dura resposta' a ordem de fechamento de consuladoO ministro de relações exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, declarou que o país responderá duramente à ordem americana de fechamento do consulado russo em San Francisco. Em anúncio na quinta-feira (31), o Departamento de Estado americano exigiu também o fechamento de dois escritórios de apoio, um na capital Washington e outro em Nova York. Moscou tem até o próximo sábado (2) para cumprir as exigências. Lavrov afirmou que "a troca de sanções olho por olho não foi iniciada pela Rússia" para uma plateia de estudantes da principal escola de diplomacia do país. Segundo o ministro, a deterioração das relações bilaterais entre Rússia e Estados Unidos foi causada pela iniciativa do governo do ex-presidente Barack Obama de tentar impedir que Donald Trump pudesse cumprir suas promessas de campanha, que incluíam uma aproximação com o Kremlin. Em dezembro de 2016, o então presidente Obama expulsou 35 diplomatas russos após suposta interferência russa nas eleições americanas que teriam prejudicado Hillary Clinton, a adversária democrata de Trump. Neste ano, o Congresso americano aprovou sanções contra a Rússia citando como justificativas a atividade militar russa no leste da Ucrânia e a anexação da Crimeia em 2014, além da alegada interferência. Entre as medidas aprovadas, está uma limitação à capacidade do Executivo de decidir sobre a aplicação de sanções, limitando assim a atuação do presidente Trump. O pacote de sanções foi criticado por Lavrov nesta sexta (1º). Para ele, trata-se de uma tentativa de "atar as mãos de Trump e não deixá-lo usar seus poderes constitucionais de forma plena na condução das relações internacionais". Em retaliação às sanções, o governo russo ordenou que os Estados Unidos reduzissem sua equipe diplomática para 455 pessoas, o que representou um corte de quase metade dos funcionários. O Departamento de Estado informou que a decisão de fechar o consulado em San Francisco e os escritórios de apoio foi adotada "no espírito de paridade" com a redução de pessoal exigida pela Rússia. Por esse motivo, Moscou deveria se abster de qualquer medida retaliatória, afirmaram autoridades americanas. Após o cumprimento da ordem pela Rússia, cada país terá três consulados no território do outro e praticamente o mesmo número de funcionários.
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Pontos polêmicos da reforma da Previdência são defensáveis, diz Maia
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Após reunião no Ministério da Fazenda, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse nesta sexta (3) que mesmo os pontos polêmicos da reforma da Previdência, que ele estimou que será votada na segunda quinzena de abril, são "totalmente defensáveis". "Os pontos mais polêmicos colocados em debate no Congresso são perfeitamente defensáveis. Cabe a cada um de nós dar clareza a isso no Congresso e na sociedade e enfrentar algumas falsas informações que são graves e precisam ser combatidas", disse. Maia afirmou ter sido convencido pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e pelo secretário de Previdência, Marcelo Caetano, com quem se reuniu pela manhã, da necessidade de defender pontos delicados do projeto enviado pelo governo à Câmara, como a aposentadoria rural e a regra de transição. "A regra de transição vai ser polêmica sempre. Qualquer ponto de referência que você tome, alguém vai ficar de fora", disse. "Eu mesmo defendi que a transição em tese poderia ser ampliada. Mas hoje fui convencido pelo secretário Marcelo Caetano que não é necessário. A regra de transição é um ponto de referência para que a gente possa entender aqueles que vão ter o benefício de participar da transição ou não". Ele declarou ainda que a inclusão da aposentadoria rural da reforma, outro ponto fortemente questionado por centrais sindicais e uma parte dos parlamentares, é uma pequena contribuição. "Da forma como foi explicado hoje, estou muito convencido que esses pontos são totalmente defensáveis. Não tem solução que passe por não discutir a aposentadoria rural", disse. O que está se propondo nada mais é que uma pequena participação. É uma taxação mínima, a pessoa irá contribuir por 15 meses, ou seja, em um ano cobre quase tudo o que ele pagou", completou. Reforma da previdência
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mercado
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Pontos polêmicos da reforma da Previdência são defensáveis, diz MaiaApós reunião no Ministério da Fazenda, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse nesta sexta (3) que mesmo os pontos polêmicos da reforma da Previdência, que ele estimou que será votada na segunda quinzena de abril, são "totalmente defensáveis". "Os pontos mais polêmicos colocados em debate no Congresso são perfeitamente defensáveis. Cabe a cada um de nós dar clareza a isso no Congresso e na sociedade e enfrentar algumas falsas informações que são graves e precisam ser combatidas", disse. Maia afirmou ter sido convencido pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e pelo secretário de Previdência, Marcelo Caetano, com quem se reuniu pela manhã, da necessidade de defender pontos delicados do projeto enviado pelo governo à Câmara, como a aposentadoria rural e a regra de transição. "A regra de transição vai ser polêmica sempre. Qualquer ponto de referência que você tome, alguém vai ficar de fora", disse. "Eu mesmo defendi que a transição em tese poderia ser ampliada. Mas hoje fui convencido pelo secretário Marcelo Caetano que não é necessário. A regra de transição é um ponto de referência para que a gente possa entender aqueles que vão ter o benefício de participar da transição ou não". Ele declarou ainda que a inclusão da aposentadoria rural da reforma, outro ponto fortemente questionado por centrais sindicais e uma parte dos parlamentares, é uma pequena contribuição. "Da forma como foi explicado hoje, estou muito convencido que esses pontos são totalmente defensáveis. Não tem solução que passe por não discutir a aposentadoria rural", disse. O que está se propondo nada mais é que uma pequena participação. É uma taxação mínima, a pessoa irá contribuir por 15 meses, ou seja, em um ano cobre quase tudo o que ele pagou", completou. Reforma da previdência
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Polícia divulga retrato falado de suspeito de ataques com seringa em SP
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A Polícia Civil divulgou o retrato falado de um homem acusado de atacar pessoas com seringas na região da avenida Paulista, em São Paulo. Em junho, uma médica peruana registrou queixa por lesão corporal e relatou ter sido atacada por um desconhecido e perfurada por uma agulha na região. Ela afirmou que viu outra mulher sendo atacada. O 78ºDP (Jardins) abriu um inquérito para apurar os casos. A Secretaria de Segurança informou que a polícia mantém contato com o hospital Emílio Ribas, que atende casos de infecções, para obter informações de eventuais novas ocorrências. "É importante que qualquer pessoa que seja vítima dessa prática registre boletim de ocorrência", afirmou o governo em nota. À época, a médica, que não quis se identificar, relatou à Folha que caminhava pela rua Pamplona, na altura do shopping Cidade São Paulo, quando sentiu uma pressão nas costas. "Parecia a ponta de uma caneta", disse. A médica afirmou que achou ser algum conhecido que tentava chamar sua atenção. "Passou na minha frente um homem alto, magro, moreno, de moletom verde com listras brancas", afirmou na ocasião, sem ter visto o que ele segurava. Um pouco à frente, na esquina com a avenida Paulista, a mulher contou que viu o homem perfurando outra mulher, e, ao parar para ajudar, viu que também tinha sido atingida pela agulha. A médica foi atendida no instituto Emílio Ribas e recebeu a PEP (Profilaxia pós-exposição), coquetel de medicamentos que reduzem as chances de infecção por HIV. Em outro hospital, ela fez testes para HIV, sífilis, hepatite B e hepatite C. Os resultados preliminares de HIV e sífilis deram negativos, mas a médica ressalta que os exames mostram que ela não tinha as doenças antes de ser perfurada, e que é preciso fazer novas análises periodicamente. RISCO BAIXO "As chances de acontecer uma infecção por furada de agulha são muito baixas. Mas, de qualquer maneira, tem que tomar essas medidas de prevenção", disse a médica. Ela relata que não sentiu qualquer fluido na agulha. "Não senti nenhuma substância sendo injetada na minha pele, até porque não daria tempo. Acredito que foi só a furada", afirmou. O Instituto Emilio Ribas disse, em nota, que "casos como esse são raros" e que "os riscos de transmissão de doenças infecciosas são considerados mínimos, não havendo necessidade de pânico para a população". O hospital recomendou que, caso alguém seja atingido, "mantenha a calma, lave o ferimento com água e sabão, não use álcool ou solução que machuque a pele e procure um serviço de saúde para avaliação". "Importante salientar que existe disponível na rede pública de saúde a PEP (Profilaxia Pós-Exposição), medicação que previne a transmissão do vírus HIV, caso seja tomada no máximo até 72 horas após uma situação de exposição. A PEP está disponível nas unidades de emergência ou de atendimento especializado em DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis)", disse o instituto na ocasião.
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Polícia divulga retrato falado de suspeito de ataques com seringa em SPA Polícia Civil divulgou o retrato falado de um homem acusado de atacar pessoas com seringas na região da avenida Paulista, em São Paulo. Em junho, uma médica peruana registrou queixa por lesão corporal e relatou ter sido atacada por um desconhecido e perfurada por uma agulha na região. Ela afirmou que viu outra mulher sendo atacada. O 78ºDP (Jardins) abriu um inquérito para apurar os casos. A Secretaria de Segurança informou que a polícia mantém contato com o hospital Emílio Ribas, que atende casos de infecções, para obter informações de eventuais novas ocorrências. "É importante que qualquer pessoa que seja vítima dessa prática registre boletim de ocorrência", afirmou o governo em nota. À época, a médica, que não quis se identificar, relatou à Folha que caminhava pela rua Pamplona, na altura do shopping Cidade São Paulo, quando sentiu uma pressão nas costas. "Parecia a ponta de uma caneta", disse. A médica afirmou que achou ser algum conhecido que tentava chamar sua atenção. "Passou na minha frente um homem alto, magro, moreno, de moletom verde com listras brancas", afirmou na ocasião, sem ter visto o que ele segurava. Um pouco à frente, na esquina com a avenida Paulista, a mulher contou que viu o homem perfurando outra mulher, e, ao parar para ajudar, viu que também tinha sido atingida pela agulha. A médica foi atendida no instituto Emílio Ribas e recebeu a PEP (Profilaxia pós-exposição), coquetel de medicamentos que reduzem as chances de infecção por HIV. Em outro hospital, ela fez testes para HIV, sífilis, hepatite B e hepatite C. Os resultados preliminares de HIV e sífilis deram negativos, mas a médica ressalta que os exames mostram que ela não tinha as doenças antes de ser perfurada, e que é preciso fazer novas análises periodicamente. RISCO BAIXO "As chances de acontecer uma infecção por furada de agulha são muito baixas. Mas, de qualquer maneira, tem que tomar essas medidas de prevenção", disse a médica. Ela relata que não sentiu qualquer fluido na agulha. "Não senti nenhuma substância sendo injetada na minha pele, até porque não daria tempo. Acredito que foi só a furada", afirmou. O Instituto Emilio Ribas disse, em nota, que "casos como esse são raros" e que "os riscos de transmissão de doenças infecciosas são considerados mínimos, não havendo necessidade de pânico para a população". O hospital recomendou que, caso alguém seja atingido, "mantenha a calma, lave o ferimento com água e sabão, não use álcool ou solução que machuque a pele e procure um serviço de saúde para avaliação". "Importante salientar que existe disponível na rede pública de saúde a PEP (Profilaxia Pós-Exposição), medicação que previne a transmissão do vírus HIV, caso seja tomada no máximo até 72 horas após uma situação de exposição. A PEP está disponível nas unidades de emergência ou de atendimento especializado em DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis)", disse o instituto na ocasião.
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Dilma liberou créditos, mas não agiu em pedaladas, diz perícia do Senado
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Perícia feita a pedido da comissão do impeachment do Senado diz que não há "controvérsia" sobre o fato de a presidente afastada Dilma Rousseff ter agido para liberar créditos suplementares sem o aval do Congresso através de decretos. Por outro lado, o laudo afirma que não foi identificada ação dela nas chamadas pedaladas fiscais. Segundo o documento, assinado por três técnicos do Senado e entregue na manhã desta segunda (27) à comissão, três dos quatro decretos de crédito, que são objetos da denúncia contra Dilma, eram "incompatíveis" com a meta fiscal do ano passado. A perícia afirma: "Há ato comissivo da exma. Sra. Presidente da República na edição dos decretos, sem controvérsia sobre sua autoria". Ao todo, 99 perguntas foram feitas pela defesa da petista, pela acusação contra ela, e pelo relator do processo, Antonio Anastasia (PSDB-MG). Dilma sofre duas acusações na denúncia que a afastou do cargo: a edição desses decretos sem aval do Congresso e de ter cometido "pedalada fiscal" com o atraso do repasse de R$ 3,5 bilhões do Tesouro ao Banco do Brasil para o Plano Safra. Segundo a perícia, de 223 páginas, três decretos "promoveram alterações na programação orçamentária incompatíveis com a obtenção da meta de resultado primário vigente à época da edição". São eles: os de 27 de junho de 2015, nos valores de R$ 1,7 bilhão e de R$ 29 milhões, e o decreto de 20 de agosto de 2015, no valor de R$ 600 milhões. De acordo com o laudo, esses créditos deveriam ter tido autorização prévia do Congresso. AS ACUSAÇÕES CONTRA DILMA - O que dizem os peritos sobre os fatos que embasam o processo de impeachment OS DECRETOS CITADOS - Valor liberado, em R$ bilhões PEDALADA O laudo diz que não identificou ação de Dilma no episódio das pedaladas no Plano Safra: "Pela análise dos dados, dos documentos e das informações relativos ao Plano Safra, não foi identificado ato comissivo da Exma. Sra. Presidente da República que tenha contribuído direta ou imediatamente para que ocorressem os atrasos nos pagamentos". A conclusão diz, no entanto, que a demora no pagamento do plano agrícola viola a Lei de Responsabilidade Fiscal: "Os atrasos nos pagamentos devidos ao Banco do Brasil constituem operação de crédito, tendo União como devedora, o que afronta ao disposto no art. 36 da LRF". O laudo, sobretudo em relação às pedaladas, deve ser usado pela defesa de Dilma para reforçar o argumento de que ela não cometeu crime de responsabilidade. CRONOGRAMA A comissão ouvirá nesta segunda mais três testemunhas de defesa de Dilma, entre elas o ex-ministro Patrus Ananias. A fase de oitiva das pessoas arroladas pela presidente afastada acaba na quarta (29). Pelo cronograma, o plenário do Senado fará no dia 9 de agosto a votação do parecer prévio (chamada de "pronúncia") da comissão sobre as acusações contra a petista. A partir desta data, se a maioria simples dos presentes aprovar o parecer, há um prazo de até 48 horas para que a acusação apresente o chamado libelo acusatório, e outras 48 horas para que a defesa de Dilma se pronuncie. Depois o julgamento final tem de ocorrer em até dez dias. Ou seja, mantido o plano, senadores avaliam que Dilma deve ser julgada a partir da semana do dia 22 de agosto –nesta etapa, são necessários ao menos 54 votos para a petista ser afastada definitivamente. De acordo com o calendário, Dilma poderá depor no dia 6 de julho na comissão. Ela não é obrigada a comparecer. O advogado da petista, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, disse que ainda está em análise qual caminho será adotado Impeachment - Base jurídica
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Dilma liberou créditos, mas não agiu em pedaladas, diz perícia do SenadoPerícia feita a pedido da comissão do impeachment do Senado diz que não há "controvérsia" sobre o fato de a presidente afastada Dilma Rousseff ter agido para liberar créditos suplementares sem o aval do Congresso através de decretos. Por outro lado, o laudo afirma que não foi identificada ação dela nas chamadas pedaladas fiscais. Segundo o documento, assinado por três técnicos do Senado e entregue na manhã desta segunda (27) à comissão, três dos quatro decretos de crédito, que são objetos da denúncia contra Dilma, eram "incompatíveis" com a meta fiscal do ano passado. A perícia afirma: "Há ato comissivo da exma. Sra. Presidente da República na edição dos decretos, sem controvérsia sobre sua autoria". Ao todo, 99 perguntas foram feitas pela defesa da petista, pela acusação contra ela, e pelo relator do processo, Antonio Anastasia (PSDB-MG). Dilma sofre duas acusações na denúncia que a afastou do cargo: a edição desses decretos sem aval do Congresso e de ter cometido "pedalada fiscal" com o atraso do repasse de R$ 3,5 bilhões do Tesouro ao Banco do Brasil para o Plano Safra. Segundo a perícia, de 223 páginas, três decretos "promoveram alterações na programação orçamentária incompatíveis com a obtenção da meta de resultado primário vigente à época da edição". São eles: os de 27 de junho de 2015, nos valores de R$ 1,7 bilhão e de R$ 29 milhões, e o decreto de 20 de agosto de 2015, no valor de R$ 600 milhões. De acordo com o laudo, esses créditos deveriam ter tido autorização prévia do Congresso. AS ACUSAÇÕES CONTRA DILMA - O que dizem os peritos sobre os fatos que embasam o processo de impeachment OS DECRETOS CITADOS - Valor liberado, em R$ bilhões PEDALADA O laudo diz que não identificou ação de Dilma no episódio das pedaladas no Plano Safra: "Pela análise dos dados, dos documentos e das informações relativos ao Plano Safra, não foi identificado ato comissivo da Exma. Sra. Presidente da República que tenha contribuído direta ou imediatamente para que ocorressem os atrasos nos pagamentos". A conclusão diz, no entanto, que a demora no pagamento do plano agrícola viola a Lei de Responsabilidade Fiscal: "Os atrasos nos pagamentos devidos ao Banco do Brasil constituem operação de crédito, tendo União como devedora, o que afronta ao disposto no art. 36 da LRF". O laudo, sobretudo em relação às pedaladas, deve ser usado pela defesa de Dilma para reforçar o argumento de que ela não cometeu crime de responsabilidade. CRONOGRAMA A comissão ouvirá nesta segunda mais três testemunhas de defesa de Dilma, entre elas o ex-ministro Patrus Ananias. A fase de oitiva das pessoas arroladas pela presidente afastada acaba na quarta (29). Pelo cronograma, o plenário do Senado fará no dia 9 de agosto a votação do parecer prévio (chamada de "pronúncia") da comissão sobre as acusações contra a petista. A partir desta data, se a maioria simples dos presentes aprovar o parecer, há um prazo de até 48 horas para que a acusação apresente o chamado libelo acusatório, e outras 48 horas para que a defesa de Dilma se pronuncie. Depois o julgamento final tem de ocorrer em até dez dias. Ou seja, mantido o plano, senadores avaliam que Dilma deve ser julgada a partir da semana do dia 22 de agosto –nesta etapa, são necessários ao menos 54 votos para a petista ser afastada definitivamente. De acordo com o calendário, Dilma poderá depor no dia 6 de julho na comissão. Ela não é obrigada a comparecer. O advogado da petista, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, disse que ainda está em análise qual caminho será adotado Impeachment - Base jurídica
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Eu sempre confiei no Michel Temer, afirma presidente Dilma
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Em reunião com o ministro Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social) nesta segunda-feira (7), a presidente Dilma Rousseff disse que não só sempre confiou em Michel Temer como "continua confiando". O comentário da petista foi feito a propósito de avaliações feitas pelo vice-presidente a amigos de que a presidente nunca confiou nele. No domingo (6), depois das afirmações da presidente em Pernambuco no dia anterior dizendo que "espero integral confiança do Michel Temer e tenho certeza que ele a dará", o peemedebista comentou com interlocutores: "Ela nunca confiou em mim". A avaliação do grupo de Michel Temer é que o Palácio do Planalto busca constranger o vice-presidente a fazer declarações públicas de apoio a ela e de condenação ao pedido de impeachment contra petista. Amigos de Temer dizem que não cabe a ele nem ser advogado de acusação nem de defesa da presidente e que sua posição é que Dilma deveria buscar uma estratégia de unificação nacional e não de confronto. Nesta segunda-feira (7), assessores presidenciais avaliaram que é preciso distensionar a relação com o vice-presidente e buscar evitar conflitos com o peemedebista. Daí o comentário da presidente, buscando dizer que "sempre confiou no Michel". UNIFICAÇÃO Na conversa com interlocutores, Temer disse que não cabe a ele fazer oposição à presidente nem liderar movimentos para tirá-la do Palácio do Planalto, mas não demonstrou nenhuma disposição em responder a seus apelos. "Por que agora ela quer minha confiança?", indagou o vice. Para aliados, Temer não pode nem virar advogado de defesa nem de condenação da presidente, tem de seguir defendendo uma saída que leve à unificação do país. Em suas conversas neste domingo (7), o vice-presidente afirmou que a presidente deveria assumir esse papel de pacificação nacional, fazer gestos nesse sentido, no que os dois estariam de acordo, mas até aqui ela tem preferido partir para o confronto. O peemedebista voltou a ser aconselhado a atuar como observador e de voltar a submergir, como fez em setembro depois de afirmar que seria difícil a presidente petista concluir o mandato se seguisse com popularidade tão baixa. O vice está preocupado com as repercussões de seu posicionamento, que estariam passando a imagem de que ele estaria "conspirando". Um interlocutor diz que Temer não pode impedir que amigos defensores do afastamento da petista façam suas articulações, mas ele pessoalmente não pode, nem vai comandar nenhuma operação neste sentido. Temer, nesta segunda-feira (7), não participará da reunião de coordenação política com a presidente. Estará em São Paulo, onde vai se encontrar novamente com o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), em um evento do Grupo Lide. Os dois já estiveram juntos no sábado (5), na casa de um amigo comum. Nos bastidores, líderes tucanos admitem que não poderão "se furtar" a apoiar um eventual governo Temer, caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada do cargo. Na noite deste domingo (6), Temer se reuniu com integrantes do PC do B em São Paulo.
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Eu sempre confiei no Michel Temer, afirma presidente DilmaEm reunião com o ministro Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social) nesta segunda-feira (7), a presidente Dilma Rousseff disse que não só sempre confiou em Michel Temer como "continua confiando". O comentário da petista foi feito a propósito de avaliações feitas pelo vice-presidente a amigos de que a presidente nunca confiou nele. No domingo (6), depois das afirmações da presidente em Pernambuco no dia anterior dizendo que "espero integral confiança do Michel Temer e tenho certeza que ele a dará", o peemedebista comentou com interlocutores: "Ela nunca confiou em mim". A avaliação do grupo de Michel Temer é que o Palácio do Planalto busca constranger o vice-presidente a fazer declarações públicas de apoio a ela e de condenação ao pedido de impeachment contra petista. Amigos de Temer dizem que não cabe a ele nem ser advogado de acusação nem de defesa da presidente e que sua posição é que Dilma deveria buscar uma estratégia de unificação nacional e não de confronto. Nesta segunda-feira (7), assessores presidenciais avaliaram que é preciso distensionar a relação com o vice-presidente e buscar evitar conflitos com o peemedebista. Daí o comentário da presidente, buscando dizer que "sempre confiou no Michel". UNIFICAÇÃO Na conversa com interlocutores, Temer disse que não cabe a ele fazer oposição à presidente nem liderar movimentos para tirá-la do Palácio do Planalto, mas não demonstrou nenhuma disposição em responder a seus apelos. "Por que agora ela quer minha confiança?", indagou o vice. Para aliados, Temer não pode nem virar advogado de defesa nem de condenação da presidente, tem de seguir defendendo uma saída que leve à unificação do país. Em suas conversas neste domingo (7), o vice-presidente afirmou que a presidente deveria assumir esse papel de pacificação nacional, fazer gestos nesse sentido, no que os dois estariam de acordo, mas até aqui ela tem preferido partir para o confronto. O peemedebista voltou a ser aconselhado a atuar como observador e de voltar a submergir, como fez em setembro depois de afirmar que seria difícil a presidente petista concluir o mandato se seguisse com popularidade tão baixa. O vice está preocupado com as repercussões de seu posicionamento, que estariam passando a imagem de que ele estaria "conspirando". Um interlocutor diz que Temer não pode impedir que amigos defensores do afastamento da petista façam suas articulações, mas ele pessoalmente não pode, nem vai comandar nenhuma operação neste sentido. Temer, nesta segunda-feira (7), não participará da reunião de coordenação política com a presidente. Estará em São Paulo, onde vai se encontrar novamente com o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), em um evento do Grupo Lide. Os dois já estiveram juntos no sábado (5), na casa de um amigo comum. Nos bastidores, líderes tucanos admitem que não poderão "se furtar" a apoiar um eventual governo Temer, caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada do cargo. Na noite deste domingo (6), Temer se reuniu com integrantes do PC do B em São Paulo.
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Após tentativa de fuga, Fundação Casa em Campinas tem motim
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Um motim em uma das unidades do complexo da Fundação Casa em Campinas (a 93 km de São Paulo) deixou funcionários feridos e gerou pânico entre moradores da região norte da cidade na tarde desta terça-feira (13). A ação ocorreu após uma tentativa de fuga frustrada em outro prédio do complexo na noite de segunda (12). A assessoria do órgão informou que a Corregedoria abriu sindicância para apurar os fatos. O motim foi iniciado por volta das 15h por adolescentes da unidade transitória, onde ficam por até 45 dias à espera de transferência para uma unidade definitiva, e foi controlado pelos próprios funcionários da unidade. Ao menos dois agentes foram feridos no rosto e socorridos. Familiares de adolescentes compareceram ao complexo para buscar informações. Um helicóptero da Polícia Militar sobrevoou a unidade. Funcionários do local relataram que os adolescentes iniciaram a confusão por temer uma ação disciplinar devido à tentativa de fuga frustrada. A assessoria da Fundação Casa não informou o número de feridos. De acordo com o órgão, os adolescentes envolvidos no motim passarão pela avaliação de uma comissão que irá analisar as sanções disciplinares a serem aplicadas. A Vara da Infância e Juventude deve participar da avaliação. TENTATIVA DE FUGA A tentativa de fuga ocorrida na noite desta segunda envolveu dois homens, sendo um adolescente. Eles pularam o muro de uma das unidades do complexo onde ficam menores reincidentes graves e gravíssimos para ajudá-los na fuga. A ação ocorreu por volta das 21h20. Segundo a assessoria da Fundação Casa, os dois homens desistiram da tentativa de iniciar uma fuga dos adolescentes após notarem a equipe de vigilância. Eles teriam deixado ferramentas no local. A Polícia Militar foi acionada e conseguiu deter o adolescente suspeito. O outro homem não foi localizado. O complexo foi todo cercado. Não houve conflito nem uso da força. FUGA EM SANTOS Quarenta e dois adolescentes fugiram da Fundação Casa, em Santos (72 km de São Paulo), por volta das 21h30 desta segunda-feira (12). A unidade abrigava 64 adolescentes e operava dentro da capacidade, segundo a instituição. A Fundação Casa não informou as circunstâncias da fuga de mais da metade dos internos da unidade. Em janeiro, outros 37 tinham escapado do local após uma rebelião. Segundo a Polícia Militar, que faz buscas em toda a região para tentar recapturar os jovens, parte deles fugiu por uma mata e outra parte furtou barcos de pescadores para utilizar na fuga. Até as 14h, segundo a PM, ninguém havia sido recapturado. Ao menos duas rebeliões foram registradas na semana passada em unidades da Fundação. Na noite última quinta-feira (8), 53 internos de um dos módulos da unidade Pirituba, zona norte de São Paulo, mantiveram quatro servidores reféns durante uma rebelião. Durante o ato, os adolescentes incendiaram colchões e madeiras. Após quatro horas de negociações, os internos liberaram os reféns sem ferimentos na madrugada de sexta (9). Não houve funcionários nem jovens feridos. Outros 39 adolescentes fugiram da unidade da Fundação Casa, em Lorena (a 198 km de São Paulo), no Vale do Paraíba, no dia 4. Segundo a Polícia Militar, houve uma rebelião antes da fuga dos internos. Os bombeiros também foram acionados para combater um incêndio no local, de acordo com a polícia. Não houve feridos.
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cotidiano
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Após tentativa de fuga, Fundação Casa em Campinas tem motimUm motim em uma das unidades do complexo da Fundação Casa em Campinas (a 93 km de São Paulo) deixou funcionários feridos e gerou pânico entre moradores da região norte da cidade na tarde desta terça-feira (13). A ação ocorreu após uma tentativa de fuga frustrada em outro prédio do complexo na noite de segunda (12). A assessoria do órgão informou que a Corregedoria abriu sindicância para apurar os fatos. O motim foi iniciado por volta das 15h por adolescentes da unidade transitória, onde ficam por até 45 dias à espera de transferência para uma unidade definitiva, e foi controlado pelos próprios funcionários da unidade. Ao menos dois agentes foram feridos no rosto e socorridos. Familiares de adolescentes compareceram ao complexo para buscar informações. Um helicóptero da Polícia Militar sobrevoou a unidade. Funcionários do local relataram que os adolescentes iniciaram a confusão por temer uma ação disciplinar devido à tentativa de fuga frustrada. A assessoria da Fundação Casa não informou o número de feridos. De acordo com o órgão, os adolescentes envolvidos no motim passarão pela avaliação de uma comissão que irá analisar as sanções disciplinares a serem aplicadas. A Vara da Infância e Juventude deve participar da avaliação. TENTATIVA DE FUGA A tentativa de fuga ocorrida na noite desta segunda envolveu dois homens, sendo um adolescente. Eles pularam o muro de uma das unidades do complexo onde ficam menores reincidentes graves e gravíssimos para ajudá-los na fuga. A ação ocorreu por volta das 21h20. Segundo a assessoria da Fundação Casa, os dois homens desistiram da tentativa de iniciar uma fuga dos adolescentes após notarem a equipe de vigilância. Eles teriam deixado ferramentas no local. A Polícia Militar foi acionada e conseguiu deter o adolescente suspeito. O outro homem não foi localizado. O complexo foi todo cercado. Não houve conflito nem uso da força. FUGA EM SANTOS Quarenta e dois adolescentes fugiram da Fundação Casa, em Santos (72 km de São Paulo), por volta das 21h30 desta segunda-feira (12). A unidade abrigava 64 adolescentes e operava dentro da capacidade, segundo a instituição. A Fundação Casa não informou as circunstâncias da fuga de mais da metade dos internos da unidade. Em janeiro, outros 37 tinham escapado do local após uma rebelião. Segundo a Polícia Militar, que faz buscas em toda a região para tentar recapturar os jovens, parte deles fugiu por uma mata e outra parte furtou barcos de pescadores para utilizar na fuga. Até as 14h, segundo a PM, ninguém havia sido recapturado. Ao menos duas rebeliões foram registradas na semana passada em unidades da Fundação. Na noite última quinta-feira (8), 53 internos de um dos módulos da unidade Pirituba, zona norte de São Paulo, mantiveram quatro servidores reféns durante uma rebelião. Durante o ato, os adolescentes incendiaram colchões e madeiras. Após quatro horas de negociações, os internos liberaram os reféns sem ferimentos na madrugada de sexta (9). Não houve funcionários nem jovens feridos. Outros 39 adolescentes fugiram da unidade da Fundação Casa, em Lorena (a 198 km de São Paulo), no Vale do Paraíba, no dia 4. Segundo a Polícia Militar, houve uma rebelião antes da fuga dos internos. Os bombeiros também foram acionados para combater um incêndio no local, de acordo com a polícia. Não houve feridos.
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Teto de vidro
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Até agora a principal diretriz anunciada pela equipe econômica é a ideia de um teto para as despesas federais, corrigido pela inflação passada. A mecânica da proposta é simples: o valor do PIB aumenta de acordo com a inflação e com o crescimento real do produto; assim, desde que o segundo componente seja positivo, o teto das despesas cairia relativamente ao PIB. Em particular, caso os números da Lei de Diretrizes Orçamentárias aprovada na semana passada estejam corretos, as despesas atingiriam R$ 1,2 trilhão este ano (18,7% do PIB), enquanto as receitas, líquidas de transferências a estados e municípios, se limitariam a 16% do PIB, ou seja, um déficit primário equivalente a 2,7% do PIB. Neste caso, segue o raciocínio, se o PIB crescer a uma média de, digamos, 2% ao ano, mesmo mantendo a receita líquida na casa de 16% do PIB, em 2020 o governo federal voltaria a produzir um modesto superávit. Já se a receita líquida retornasse ao patamar de 17,5-18,0% do PIB dos últimos anos, seria possível gerar superávits ainda em 2018. No entanto, como deve ter ficado claro na construção do parágrafo anterior, há um bocado de "ses" amparando esta conclusão, alguns deles explícitos ("se o PIB crescer x%"; "se a arrecadação se recuperar"); outros implícitos. Nesta última categoria se enquadra a correção do teto de despesas pela inflação passada. De fato, num cenário de inflação mais ou menos constante (talvez válido no longo prazo) podemos tomar como verdadeiro o raciocínio acima, mas, caso busquemos uma inflação em queda ao longo dos próximos anos, teremos um problema não contemplado pela proposta governamental. Imagine, por exemplo, que as previsões de inflação para este ano (7,1% segundo a pesquisa Focus) e para o próximo (5,5%) se concretizem. Isto significaria que em 2017 o teto seria reajustado em 7,1%, mas a inflação seria apenas 5,5%, ou seja, as despesas teriam autorização para crescer 1,5% acima da inflação. O mesmo fenômeno se repetiria (em menor escala) em 2018, caso a previsão do Focus (5,0%) se verifique. Considerando ademais que o crescimento deverá ser baixo em 2017 (o consenso é 0,5%), o teto de despesas provavelmente aumentaria mais que o PIB no ano que vem. Posto de outra forma, ainda que esta sistemática possa ajudar a conter as despesas ao longo de vários anos, nos próximos dois, precisamente quando mais necessário, sua eficácia seria bastante reduzida caso a inflação retorne, mesmo gradualmente, à meta. Idealmente, portanto, o teto não deveria ser reajustado pela inflação do ano anterior, mas do próprio ano, que, inconvenientemente, insiste em se manter desconhecida até o início do período seguinte. Na prática, portanto, o reajuste deveria seguir a previsão de inflação para o ano. Mas qual? Acredito que esta tarefa deveria recair sobre as projeções já preparadas pelo BC em seus Relatórios de Inflação. O BC não teria incentivo para produzir estimativas exageradas (que elevariam gastos), pois teriam efeitos nefastos sobre expectativas de inflação. Já se forem subestimadas (como normalmente são), sua própria correção ao longo do ano poderá atualizar o reajuste, evitando maiores distorções. O tema ainda merece outros comentários, que, por falta de espaço, ficam para as próximas semanas.
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colunas
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Teto de vidroAté agora a principal diretriz anunciada pela equipe econômica é a ideia de um teto para as despesas federais, corrigido pela inflação passada. A mecânica da proposta é simples: o valor do PIB aumenta de acordo com a inflação e com o crescimento real do produto; assim, desde que o segundo componente seja positivo, o teto das despesas cairia relativamente ao PIB. Em particular, caso os números da Lei de Diretrizes Orçamentárias aprovada na semana passada estejam corretos, as despesas atingiriam R$ 1,2 trilhão este ano (18,7% do PIB), enquanto as receitas, líquidas de transferências a estados e municípios, se limitariam a 16% do PIB, ou seja, um déficit primário equivalente a 2,7% do PIB. Neste caso, segue o raciocínio, se o PIB crescer a uma média de, digamos, 2% ao ano, mesmo mantendo a receita líquida na casa de 16% do PIB, em 2020 o governo federal voltaria a produzir um modesto superávit. Já se a receita líquida retornasse ao patamar de 17,5-18,0% do PIB dos últimos anos, seria possível gerar superávits ainda em 2018. No entanto, como deve ter ficado claro na construção do parágrafo anterior, há um bocado de "ses" amparando esta conclusão, alguns deles explícitos ("se o PIB crescer x%"; "se a arrecadação se recuperar"); outros implícitos. Nesta última categoria se enquadra a correção do teto de despesas pela inflação passada. De fato, num cenário de inflação mais ou menos constante (talvez válido no longo prazo) podemos tomar como verdadeiro o raciocínio acima, mas, caso busquemos uma inflação em queda ao longo dos próximos anos, teremos um problema não contemplado pela proposta governamental. Imagine, por exemplo, que as previsões de inflação para este ano (7,1% segundo a pesquisa Focus) e para o próximo (5,5%) se concretizem. Isto significaria que em 2017 o teto seria reajustado em 7,1%, mas a inflação seria apenas 5,5%, ou seja, as despesas teriam autorização para crescer 1,5% acima da inflação. O mesmo fenômeno se repetiria (em menor escala) em 2018, caso a previsão do Focus (5,0%) se verifique. Considerando ademais que o crescimento deverá ser baixo em 2017 (o consenso é 0,5%), o teto de despesas provavelmente aumentaria mais que o PIB no ano que vem. Posto de outra forma, ainda que esta sistemática possa ajudar a conter as despesas ao longo de vários anos, nos próximos dois, precisamente quando mais necessário, sua eficácia seria bastante reduzida caso a inflação retorne, mesmo gradualmente, à meta. Idealmente, portanto, o teto não deveria ser reajustado pela inflação do ano anterior, mas do próprio ano, que, inconvenientemente, insiste em se manter desconhecida até o início do período seguinte. Na prática, portanto, o reajuste deveria seguir a previsão de inflação para o ano. Mas qual? Acredito que esta tarefa deveria recair sobre as projeções já preparadas pelo BC em seus Relatórios de Inflação. O BC não teria incentivo para produzir estimativas exageradas (que elevariam gastos), pois teriam efeitos nefastos sobre expectativas de inflação. Já se forem subestimadas (como normalmente são), sua própria correção ao longo do ano poderá atualizar o reajuste, evitando maiores distorções. O tema ainda merece outros comentários, que, por falta de espaço, ficam para as próximas semanas.
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CBF muda Comissão de Arbitragem, e Coronel Marinho assume presidência
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A CBF anunciou nesta terça-feira (27) mudanças na Comissão de Arbitragem. Sérgio Corrêa deixa o cargo de presidente e assumirá a coordenação do Projeto de Desenvolvimento e Implementação do Árbitro de Vídeo. Esta não é a primeira vez que Correa deixa o cargo antes do fim do mandato. Em 2012, José Maria Marin, então presidente da CBF, o demitiu após constantes erros no de arbitragem no Campeonato Brasileiro daquele ano. O novo responsável pela arbitragem nos campeonatos nacionais será o Coronel Marcos Marinho, tendo como vice-presidente Alício Pena Júnior. Os ex-árbitros Cláudio Cerdeira e Ana Paula Oliveira também farão parte da Comissão. No início do ano, Marinho foi demitido da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de futebol depois de errar na escala de arbitragem da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Na ocasião, o árbitro Flávio Rodrigues Guerra não podia apitar nenhuma partida durante cem dias após uma suspensão no fim de novembro, mas mesmo assim foi escalado para uma partida do Campeonato Paulista. "Quero deixa bem claro que reconhecemos o trabalho que o Sérgio realizou. O que será feito agora será decidido e anunciado que Marcos Marinho fará amanhã às 15h (de Brasília) aqui na CBF", explicou o secretário geral da entidade, Walter Feldman. "Hoje temos uma comissão independente (para avaliar os erros do Brasileiro). Temos uma avaliação jogo por jogo. O sonho do Marco Polo é ter 40 árbitros preparados para que eles sejam o top de linha dos grandes jogos do nosso futebol. Ainda não é possível a profissionalização, é um custo alto que ainda não podemos arcar". O novo presidente da Comissão de Arbitragem concederá entrevista coletiva às 15h desta quarta-feira (28), no auditório da CBF.
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esporte
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CBF muda Comissão de Arbitragem, e Coronel Marinho assume presidênciaA CBF anunciou nesta terça-feira (27) mudanças na Comissão de Arbitragem. Sérgio Corrêa deixa o cargo de presidente e assumirá a coordenação do Projeto de Desenvolvimento e Implementação do Árbitro de Vídeo. Esta não é a primeira vez que Correa deixa o cargo antes do fim do mandato. Em 2012, José Maria Marin, então presidente da CBF, o demitiu após constantes erros no de arbitragem no Campeonato Brasileiro daquele ano. O novo responsável pela arbitragem nos campeonatos nacionais será o Coronel Marcos Marinho, tendo como vice-presidente Alício Pena Júnior. Os ex-árbitros Cláudio Cerdeira e Ana Paula Oliveira também farão parte da Comissão. No início do ano, Marinho foi demitido da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de futebol depois de errar na escala de arbitragem da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Na ocasião, o árbitro Flávio Rodrigues Guerra não podia apitar nenhuma partida durante cem dias após uma suspensão no fim de novembro, mas mesmo assim foi escalado para uma partida do Campeonato Paulista. "Quero deixa bem claro que reconhecemos o trabalho que o Sérgio realizou. O que será feito agora será decidido e anunciado que Marcos Marinho fará amanhã às 15h (de Brasília) aqui na CBF", explicou o secretário geral da entidade, Walter Feldman. "Hoje temos uma comissão independente (para avaliar os erros do Brasileiro). Temos uma avaliação jogo por jogo. O sonho do Marco Polo é ter 40 árbitros preparados para que eles sejam o top de linha dos grandes jogos do nosso futebol. Ainda não é possível a profissionalização, é um custo alto que ainda não podemos arcar". O novo presidente da Comissão de Arbitragem concederá entrevista coletiva às 15h desta quarta-feira (28), no auditório da CBF.
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Com gols de Douglas e Moreno, Grêmio se reabilita no Gaúcho
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Após ser derrotado pelo Aimoré na última quarta-feira (04), o Grêmio conquistou a reabilitação com uma vitória sobre o Avenida por 3 a 1, fora de casa, pela terceira rodada do Campeonato Gaúcho. Com o resultado, a equipe comandada pelo técnico Felipão chegou a seis pontos, contra cinco do seu principal rival, o Inter-RS, que venceu o Novo Hamburgo por 1 a 0, no sábado. O Grêmio abriu o placar com Douglas, aos 19 minutos, após cobrança de pênalti. O Avenida teve um jogador expulso, mas mesmo assim chegou ao empate na segunda etapa. Aos 14 minutos Paulinho, livre dentro da área, deixou tudo igual. Os donos da casa não suportaram a pressão e, com um gol contra de Carlos Alberto, levaram o segundo. O atacante Marcelo Moreno deu números finais ao jogo ao marcar o terceiro gol de sua equipe. O Grêmio entra em campo na próxima quarta (11) para enfrentar o Brasil de Pelotas. No mesmo dia, o Avenida encara o Lajeadense. CONFIRA OS RESULTADOS DA 3ª RODADA DO CAMPEONATO GAÚCHO Sábado (7) Internacional 1 x 0 Novo Hamburgo Passo Fundo 1 x 1 Caxias Veranópolis 0 x 1 Ypiranga DOMINGO (8) Avenida 1 x 3 Grêmio União Frederiquense 1 x 1 São José Aimoré x Lajeadense Juventude x Cruzeiro-RS Brasil de Pelotas x São Paulo-RS
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esporte
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Com gols de Douglas e Moreno, Grêmio se reabilita no GaúchoApós ser derrotado pelo Aimoré na última quarta-feira (04), o Grêmio conquistou a reabilitação com uma vitória sobre o Avenida por 3 a 1, fora de casa, pela terceira rodada do Campeonato Gaúcho. Com o resultado, a equipe comandada pelo técnico Felipão chegou a seis pontos, contra cinco do seu principal rival, o Inter-RS, que venceu o Novo Hamburgo por 1 a 0, no sábado. O Grêmio abriu o placar com Douglas, aos 19 minutos, após cobrança de pênalti. O Avenida teve um jogador expulso, mas mesmo assim chegou ao empate na segunda etapa. Aos 14 minutos Paulinho, livre dentro da área, deixou tudo igual. Os donos da casa não suportaram a pressão e, com um gol contra de Carlos Alberto, levaram o segundo. O atacante Marcelo Moreno deu números finais ao jogo ao marcar o terceiro gol de sua equipe. O Grêmio entra em campo na próxima quarta (11) para enfrentar o Brasil de Pelotas. No mesmo dia, o Avenida encara o Lajeadense. CONFIRA OS RESULTADOS DA 3ª RODADA DO CAMPEONATO GAÚCHO Sábado (7) Internacional 1 x 0 Novo Hamburgo Passo Fundo 1 x 1 Caxias Veranópolis 0 x 1 Ypiranga DOMINGO (8) Avenida 1 x 3 Grêmio União Frederiquense 1 x 1 São José Aimoré x Lajeadense Juventude x Cruzeiro-RS Brasil de Pelotas x São Paulo-RS
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Site calcula os voos domésticos mais rápidos e mais lentos dos EUA
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Agendar um voo nunca foi tão fácil, mas completá-lo parece estar se provando cada vez mais difícil. "Em 2014, os seis milhões de voos domésticos que o governo dos EUA rastreou precisaram de um extra de 80 milhões de minutos para chegar a seus destinos", Nate Silver o editor do site FiveThirtyEight.com disse em seu website na semana passada. O site de análise de dados estava anunciando sua mais nova ferramente de análise, "Qual voo vai te levar lá mais rápido?" (em tradução livre de "Which Flight Will Get You There Fastest? ), um gráfico interativo que ajuda usuários a encontrar o voo mais rápido de uma cidade norte-americana para outra. A ferramenta, que só funciona para voos domésticos dos EUA, usa um algoritmo desenvolvido por Silver para analisar registros de voos reunidos pelo Departamento de Estáticas do Transporte (Bureau of Transportation Statistics) de cada grande transportadora norte-americana no curso do último ano para determinar quais companhias aéreas, aeroportos e voos tem os melhores e piores registros em levar um passageiro de um aeroporto para o outro pontualmente. Cada voo é classificado como rápido, médio ou lento e recebe a média de minutos normalmente adicionados ao voo por conta de atrasos e cancelamentos. "Nossa análise dos voos mais rápidos tem dois objetivos: primeiro, serve como um jeito mais fácil de encontrar a linha aérea ou uma rota particular mais veloz" escreveu Silver em um detalhado post explicando como a ferramenta funciona. "O segundo objetivo é encontrar os melhores e piores aeroportos e companhias aéreas". Mas o algoritmo faz mais do que considerar médias baseadas nas estáticas do departamento, ele diz. Considerações mais sutis, como a distância a ser viajada, impulsos por correntes de jato –as "jet streams", que são correntes de ar– e a eficiência da chegada e saída dos aeroportos também estão presentes no cálculo. "Nosso método opera pelo mesmo princípio de quando você está irritado porque seu voo atrasou: quer encontrar alguém para culpar", diz Silver. "Por exemplo, ele reconhece que todas as transportadoras obtém performances piores saindo do aeroporto Chicago O'Hare do que saindo de Honolulu. Levar isso em consideração nos ajuda a comparar companhias aéreas em um mesmo nível, algo que as estáticas do governo não fazem". Para alcançar esse patamar neutro, a ferramenta mostra três durações diferentes para cada voo: a primeira é uma média do tempo que aquele voo levou para chegar de portão a portão por uma rota específica; a segunda é o tempo de voo baseado na distância e direção da viagem; e a última, a duração comum do voo, incluindo atrasos normalmente associados a um aeroporto específico. "Nossa medida da performance de uma companhia aérea é se a média do tempo de voo bate a duração mais comum desse voo em uma determinada rota. Nós chamamos a diferença de "tempo adicionado", diz Silver. Os horários de voos fornecidos pelas companhias aéreas, que são comumente exagerados, são praticamente ignorados. Por enquanto, companhias aéreas menores não estão incluídas na central de dados do departamento e, por tanto, não aparecem no gráfico, que será atualizado mensalmente usando os dados estatísticos mais recentes do departamento. Quais companhias obtiveram as melhores e piores notas? De acordo com os cálculos de Silver, United e American Airlines são as mais lentas. Já Virgin, que obteve uma redução média de sete minutos em seus voos em 2014, provou-se a mais rápida.
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turismo
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Site calcula os voos domésticos mais rápidos e mais lentos dos EUAAgendar um voo nunca foi tão fácil, mas completá-lo parece estar se provando cada vez mais difícil. "Em 2014, os seis milhões de voos domésticos que o governo dos EUA rastreou precisaram de um extra de 80 milhões de minutos para chegar a seus destinos", Nate Silver o editor do site FiveThirtyEight.com disse em seu website na semana passada. O site de análise de dados estava anunciando sua mais nova ferramente de análise, "Qual voo vai te levar lá mais rápido?" (em tradução livre de "Which Flight Will Get You There Fastest? ), um gráfico interativo que ajuda usuários a encontrar o voo mais rápido de uma cidade norte-americana para outra. A ferramenta, que só funciona para voos domésticos dos EUA, usa um algoritmo desenvolvido por Silver para analisar registros de voos reunidos pelo Departamento de Estáticas do Transporte (Bureau of Transportation Statistics) de cada grande transportadora norte-americana no curso do último ano para determinar quais companhias aéreas, aeroportos e voos tem os melhores e piores registros em levar um passageiro de um aeroporto para o outro pontualmente. Cada voo é classificado como rápido, médio ou lento e recebe a média de minutos normalmente adicionados ao voo por conta de atrasos e cancelamentos. "Nossa análise dos voos mais rápidos tem dois objetivos: primeiro, serve como um jeito mais fácil de encontrar a linha aérea ou uma rota particular mais veloz" escreveu Silver em um detalhado post explicando como a ferramenta funciona. "O segundo objetivo é encontrar os melhores e piores aeroportos e companhias aéreas". Mas o algoritmo faz mais do que considerar médias baseadas nas estáticas do departamento, ele diz. Considerações mais sutis, como a distância a ser viajada, impulsos por correntes de jato –as "jet streams", que são correntes de ar– e a eficiência da chegada e saída dos aeroportos também estão presentes no cálculo. "Nosso método opera pelo mesmo princípio de quando você está irritado porque seu voo atrasou: quer encontrar alguém para culpar", diz Silver. "Por exemplo, ele reconhece que todas as transportadoras obtém performances piores saindo do aeroporto Chicago O'Hare do que saindo de Honolulu. Levar isso em consideração nos ajuda a comparar companhias aéreas em um mesmo nível, algo que as estáticas do governo não fazem". Para alcançar esse patamar neutro, a ferramenta mostra três durações diferentes para cada voo: a primeira é uma média do tempo que aquele voo levou para chegar de portão a portão por uma rota específica; a segunda é o tempo de voo baseado na distância e direção da viagem; e a última, a duração comum do voo, incluindo atrasos normalmente associados a um aeroporto específico. "Nossa medida da performance de uma companhia aérea é se a média do tempo de voo bate a duração mais comum desse voo em uma determinada rota. Nós chamamos a diferença de "tempo adicionado", diz Silver. Os horários de voos fornecidos pelas companhias aéreas, que são comumente exagerados, são praticamente ignorados. Por enquanto, companhias aéreas menores não estão incluídas na central de dados do departamento e, por tanto, não aparecem no gráfico, que será atualizado mensalmente usando os dados estatísticos mais recentes do departamento. Quais companhias obtiveram as melhores e piores notas? De acordo com os cálculos de Silver, United e American Airlines são as mais lentas. Já Virgin, que obteve uma redução média de sete minutos em seus voos em 2014, provou-se a mais rápida.
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Padilha diz que votação de denúncia contra Temer pode ficar para agosto
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O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta quinta-feira (13) que a votação em plenário da denúncia contra o presidente Michel Temer pode ficar apenas para agosto. O peemedebista disse que o Palácio do Planalto tem de se resignar com a posição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que só quer colocar em votação a acusação com um quórum de 342 parlamentares em plenário. "Pode ser agora ou pode ser agosto, quem quer receber a denúncia é quem tem de colocar o quorum", disse o ministro. "Essa é a posição pessoal do Rodrigo Maia e nós temos de nos resignar com a posição dele, já que é ele quem comanda a pauta", acrescentou. Padilha disse que "possivelmente haverá" mais conversas com Maia, que o governo terá uma "vitória magistral" na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e negou que o arrastamento da votação possa causar desgaste ao presidente. "Sangrar? Estamos tendo vitórias", disse. "O governo está trabalhando e vai continuar", acrescentou. Em uma articulação com a base aliada, Temer vinha tentando convencer Maia a votar a denúncia com um quorum de 257 parlamentares, o que viabilizaria a sua apreciação nesta sexta-feira (14). Sem um acordo, o Palácio do Planalto acredita ter dificuldades para conseguir 342 deputados federais na véspera do início do recesso parlamentar, na terça-feira (18). A base aliada até cogitou segurar a votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), o que impediria o início da folga dos deputados e senadores, mas a avaliação é de que o processo poderia causar desgaste mesmo dentro da base aliada. Padilha participou de evento de anúncio de repasse de R$ 1,7 bilhão para ações na atenção básica em saúde e renovação e compra da frota de ambulâncias. Em entrevista à imprensa, o ministro Ricardo Barros (Saúde) reconheceu que, se for necessário, poderá reassumir temporariamente seu mandato parlamentar para votar contra a denúncia. "Sou um soldado do presidente e é ele quem me nomeia ou me exonera. Sou o PP, que fechou questão contra a denúncia", disse. Vice-líder do governo, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), também afirmou disse que "é possível" que se adie a votação. Ele atribui o revés à oposição, que, segundo ele, está esvaziando a Casa. "É possível [que a votação aconteça só em agosto]. Não está fechado, mas é possível. A responsabilidade é da oposição. Ela está liberando seus deputados [para irem embora e não votarem em plenário]. A oposição foge do voto", afirmou Perondi. Integrante da tropa de choque do governo, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) disse à Folha que o governo ainda está "avaliando", mas que não há uma decisão tomada. Marun está reunido neste momento com os líderes do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e com o líder do PMDB na Casa, Baleia Rossi (SP), justamente tratando do assunto. Já era esperado que a oposição não desse quorum na sessão plenária. Caberia ao governo garantir que seus deputados comparecessem para que a votação tivesse início. A ideia inicial do governo era votar a denúncia em plenário nesta sexta-feira para evitar que o desgaste de Temer se arrastasse ao longo do recesso parlamentar, que começa nesta terça-feira (18).
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poder
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Padilha diz que votação de denúncia contra Temer pode ficar para agostoO ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta quinta-feira (13) que a votação em plenário da denúncia contra o presidente Michel Temer pode ficar apenas para agosto. O peemedebista disse que o Palácio do Planalto tem de se resignar com a posição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que só quer colocar em votação a acusação com um quórum de 342 parlamentares em plenário. "Pode ser agora ou pode ser agosto, quem quer receber a denúncia é quem tem de colocar o quorum", disse o ministro. "Essa é a posição pessoal do Rodrigo Maia e nós temos de nos resignar com a posição dele, já que é ele quem comanda a pauta", acrescentou. Padilha disse que "possivelmente haverá" mais conversas com Maia, que o governo terá uma "vitória magistral" na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e negou que o arrastamento da votação possa causar desgaste ao presidente. "Sangrar? Estamos tendo vitórias", disse. "O governo está trabalhando e vai continuar", acrescentou. Em uma articulação com a base aliada, Temer vinha tentando convencer Maia a votar a denúncia com um quorum de 257 parlamentares, o que viabilizaria a sua apreciação nesta sexta-feira (14). Sem um acordo, o Palácio do Planalto acredita ter dificuldades para conseguir 342 deputados federais na véspera do início do recesso parlamentar, na terça-feira (18). A base aliada até cogitou segurar a votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), o que impediria o início da folga dos deputados e senadores, mas a avaliação é de que o processo poderia causar desgaste mesmo dentro da base aliada. Padilha participou de evento de anúncio de repasse de R$ 1,7 bilhão para ações na atenção básica em saúde e renovação e compra da frota de ambulâncias. Em entrevista à imprensa, o ministro Ricardo Barros (Saúde) reconheceu que, se for necessário, poderá reassumir temporariamente seu mandato parlamentar para votar contra a denúncia. "Sou um soldado do presidente e é ele quem me nomeia ou me exonera. Sou o PP, que fechou questão contra a denúncia", disse. Vice-líder do governo, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), também afirmou disse que "é possível" que se adie a votação. Ele atribui o revés à oposição, que, segundo ele, está esvaziando a Casa. "É possível [que a votação aconteça só em agosto]. Não está fechado, mas é possível. A responsabilidade é da oposição. Ela está liberando seus deputados [para irem embora e não votarem em plenário]. A oposição foge do voto", afirmou Perondi. Integrante da tropa de choque do governo, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) disse à Folha que o governo ainda está "avaliando", mas que não há uma decisão tomada. Marun está reunido neste momento com os líderes do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e com o líder do PMDB na Casa, Baleia Rossi (SP), justamente tratando do assunto. Já era esperado que a oposição não desse quorum na sessão plenária. Caberia ao governo garantir que seus deputados comparecessem para que a votação tivesse início. A ideia inicial do governo era votar a denúncia em plenário nesta sexta-feira para evitar que o desgaste de Temer se arrastasse ao longo do recesso parlamentar, que começa nesta terça-feira (18).
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"Fatozinho"
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Tem razão o presidente Michel Temer ao diagnosticar a extrema sensibilidade da opinião pública e dos investidores internacionais e nacionais a crises políticas que atinjam personagens importantes do governo federal. A tempestade que se abateu sobre o país nos últimos anos, perfeita em sua potência destrutiva e na estreiteza de suas linhas de fuga, aumentou exponencialmente a desconfiança em relação à chamada classe política e à capacidade do país de retomar o crescimento econômico e controlar as finanças públicas. Em meio às chocantes revelações da Lava Jato e de outras operações, não há dúvida de que desvios de conduta e comportamentos antirrepublicanos de autoridades do primeiro escalão federal causarão graves turbulências —ou "instabilidade institucional", como disse o presidente em discurso para uma plateia de empresários nesta segunda (28). Equivoca-se o mandatário, no entanto, ao referir-se à origem da mais recente crise ministerial como um "fatozinho". As evidências que cercam o episódio, como se sabe, apontam para um caso de pressão de um ministro de Estado, experiente e próximo do titular da Presidência, sobre um colega neófito, com o intuito de obter vantagens privadas num empreendimento imobiliário. Que o caso possa parecer menor, comparado ao espetáculo de corrupção em curso —talvez por não envolver desvio de recursos públicos milionários—, apenas expõe a flexibilidade de critérios que predomina hoje no meio político. O "fatozinho" —e note-se que o próprio Temer desculpou-se "en passant" ao dar-se conta da expressão infeliz— acabou transformando-se, associado a movimentações solertes da Câmara, em mais um obstáculo para um clima político-institucional favorável à aprovação das medidas de ajuste econômico indispensáveis para combater a recessão. Antes de minimizar condutas deploráveis de seus assistentes e colocar panos quentes em crises que poderiam perfeitamente ter sido evitadas, melhor faria o presidente se se cercasse de uma equipe capaz ao menos de compreender o clamor ético da população e o momento delicado pelo qual passa o país. Já seria salutar, em meio aos erros políticos em série que se cometem, se o governo, como disse o mandatário de maneira até simplória, ficasse "mais atento" para "logo alcançarmos o crescimento" —objetivo cujo atingimento vai se arrastando. [email protected]
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opiniao
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"Fatozinho"Tem razão o presidente Michel Temer ao diagnosticar a extrema sensibilidade da opinião pública e dos investidores internacionais e nacionais a crises políticas que atinjam personagens importantes do governo federal. A tempestade que se abateu sobre o país nos últimos anos, perfeita em sua potência destrutiva e na estreiteza de suas linhas de fuga, aumentou exponencialmente a desconfiança em relação à chamada classe política e à capacidade do país de retomar o crescimento econômico e controlar as finanças públicas. Em meio às chocantes revelações da Lava Jato e de outras operações, não há dúvida de que desvios de conduta e comportamentos antirrepublicanos de autoridades do primeiro escalão federal causarão graves turbulências —ou "instabilidade institucional", como disse o presidente em discurso para uma plateia de empresários nesta segunda (28). Equivoca-se o mandatário, no entanto, ao referir-se à origem da mais recente crise ministerial como um "fatozinho". As evidências que cercam o episódio, como se sabe, apontam para um caso de pressão de um ministro de Estado, experiente e próximo do titular da Presidência, sobre um colega neófito, com o intuito de obter vantagens privadas num empreendimento imobiliário. Que o caso possa parecer menor, comparado ao espetáculo de corrupção em curso —talvez por não envolver desvio de recursos públicos milionários—, apenas expõe a flexibilidade de critérios que predomina hoje no meio político. O "fatozinho" —e note-se que o próprio Temer desculpou-se "en passant" ao dar-se conta da expressão infeliz— acabou transformando-se, associado a movimentações solertes da Câmara, em mais um obstáculo para um clima político-institucional favorável à aprovação das medidas de ajuste econômico indispensáveis para combater a recessão. Antes de minimizar condutas deploráveis de seus assistentes e colocar panos quentes em crises que poderiam perfeitamente ter sido evitadas, melhor faria o presidente se se cercasse de uma equipe capaz ao menos de compreender o clamor ético da população e o momento delicado pelo qual passa o país. Já seria salutar, em meio aos erros políticos em série que se cometem, se o governo, como disse o mandatário de maneira até simplória, ficasse "mais atento" para "logo alcançarmos o crescimento" —objetivo cujo atingimento vai se arrastando. [email protected]
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Mortes: Amava a medicina e o Corinthians
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Sempre curioso e dedicado aos estudos, Flávio Monteiro de Barros Maciel era descrito por amigos e colegas como uma pessoa que sabia de tudo, menos jogar bola. Ainda pequeno, no Colégio São Luís, na capital paulista, já era considerado um excelente aluno. No futebol, no entanto, não conseguia destaque, apesar da insistência em praticá-lo. Com o tempo, a medicina apareceu como uma opção óbvia após três gerações de médicos na família, enquanto a dedicação ao futebol ficou restrita à fervorosa torcida para o Corinthians. Depois de formado, se especializou em reumatologia e trabalhou em vários hospitais, além de dar aulas na Faculdade de Medicina da USP. "Era um médico à moda antiga. Não se preocupava apenas com o corpo, mas com a alma e o espírito também", conta seu sobrinho Otávio. Bem humorado, chegou a levar os internos a uma casa de batidas perto da universidade para discutir os casos. A paixão pela profissão era tão grande que mesmo internado, já perto do fim, continuou a acompanhar os prontuários dos pacientes do quarto de hospital. Sua grande companheira foi Maria Elisa, conhecida como Billy, com quem ficou casado até a morte, completando mais de 35 anos de união. Juntos, tiveram dois filhos. Descrito como "agregador" pelo sobrinho, mantinha a tradição de almoços com a família aos sábados, sempre na casa da mãe, Lúcia. Morreu no dia 31, aos 61 anos, em decorrência de um câncer. Deixa mulher, dois filhos, mãe e três irmãos. [email protected] - VEJA AS MORTES E MISSAS DESTA TERÇA Maria de Lourdes Gurgel Ribeiro - Aos 87. Deixa a filha, Maria Paula, e o neto, Luis Felipe. Velório e cremação, hoje (8/9), das 8h às 11h, no Crematório Horto da Paz, Rua Horto da Paz, 191, Itapecerica da Serra. * 7º DIA Christine Maria Bratter De Aboim Chaves - Hoje (8/9), ao meio-dia, na capela do cemitério Gethsemâni, pça da Ressureição, 1, Vila Sônia. Giuseppe Maresca - Hoje (8/9), às 17h, na igreja da Imaculada Conceição, av. Brigadeiro Luis Antonio, 2.071, Bela Vista, e às 17h30 na igreja Nossa Senhora do Carmo, r. Brás Cubas, 163, Aclimação. Luiz G. Alca De Sant'anna - Hoje (8/9), ao meio-dia, na igreja Santo Ivo, largo da Batalha, 189, Jd. Luzitânia. Luiz Marchetti - Hoje (8/9), às 19h30, na igreja da Imaculada Conceição, av. Brig. Luis Antonio, 2.071, Bela Vista. Marilena de Carvalho Bottallo - Hoje (8/9), às 19h30, na igreja Sagrado Coração de Jesus, r. das Paineiras, 152, Jardim, Santo André, SP. Ruth Nobre De Godoy - Amanhã (9/9), às 17h, na capela Beneficência Portuguesa, r. Maestro Cardim, 769, Bela Vista. Sergio Palandri - Hoje (8/9), às 18h30, na paróquia Assunção de Nossa Senhora, al. Lorena, 665, Jardim Paulista. Wanya Guerreiro - Hoje (8/9), às 17h30, na igreja N. S. do Brasil, pça N. S. do Brasil, Jd. América. * 1º ANO Adriana Cordeiro Pinotti - Hoje (8/9), às 19h, na capela do colégio N. S. de Sion, av. Higienópolis, 983, Higienópolis. Arnaldo Antônio Egydio Piza - Hoje (8/9), às 19h, na paróquia de São Luís Gonzaga, av. Paulista, 2.378.
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cotidiano
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Mortes: Amava a medicina e o CorinthiansSempre curioso e dedicado aos estudos, Flávio Monteiro de Barros Maciel era descrito por amigos e colegas como uma pessoa que sabia de tudo, menos jogar bola. Ainda pequeno, no Colégio São Luís, na capital paulista, já era considerado um excelente aluno. No futebol, no entanto, não conseguia destaque, apesar da insistência em praticá-lo. Com o tempo, a medicina apareceu como uma opção óbvia após três gerações de médicos na família, enquanto a dedicação ao futebol ficou restrita à fervorosa torcida para o Corinthians. Depois de formado, se especializou em reumatologia e trabalhou em vários hospitais, além de dar aulas na Faculdade de Medicina da USP. "Era um médico à moda antiga. Não se preocupava apenas com o corpo, mas com a alma e o espírito também", conta seu sobrinho Otávio. Bem humorado, chegou a levar os internos a uma casa de batidas perto da universidade para discutir os casos. A paixão pela profissão era tão grande que mesmo internado, já perto do fim, continuou a acompanhar os prontuários dos pacientes do quarto de hospital. Sua grande companheira foi Maria Elisa, conhecida como Billy, com quem ficou casado até a morte, completando mais de 35 anos de união. Juntos, tiveram dois filhos. Descrito como "agregador" pelo sobrinho, mantinha a tradição de almoços com a família aos sábados, sempre na casa da mãe, Lúcia. Morreu no dia 31, aos 61 anos, em decorrência de um câncer. Deixa mulher, dois filhos, mãe e três irmãos. [email protected] - VEJA AS MORTES E MISSAS DESTA TERÇA Maria de Lourdes Gurgel Ribeiro - Aos 87. Deixa a filha, Maria Paula, e o neto, Luis Felipe. Velório e cremação, hoje (8/9), das 8h às 11h, no Crematório Horto da Paz, Rua Horto da Paz, 191, Itapecerica da Serra. * 7º DIA Christine Maria Bratter De Aboim Chaves - Hoje (8/9), ao meio-dia, na capela do cemitério Gethsemâni, pça da Ressureição, 1, Vila Sônia. Giuseppe Maresca - Hoje (8/9), às 17h, na igreja da Imaculada Conceição, av. Brigadeiro Luis Antonio, 2.071, Bela Vista, e às 17h30 na igreja Nossa Senhora do Carmo, r. Brás Cubas, 163, Aclimação. Luiz G. Alca De Sant'anna - Hoje (8/9), ao meio-dia, na igreja Santo Ivo, largo da Batalha, 189, Jd. Luzitânia. Luiz Marchetti - Hoje (8/9), às 19h30, na igreja da Imaculada Conceição, av. Brig. Luis Antonio, 2.071, Bela Vista. Marilena de Carvalho Bottallo - Hoje (8/9), às 19h30, na igreja Sagrado Coração de Jesus, r. das Paineiras, 152, Jardim, Santo André, SP. Ruth Nobre De Godoy - Amanhã (9/9), às 17h, na capela Beneficência Portuguesa, r. Maestro Cardim, 769, Bela Vista. Sergio Palandri - Hoje (8/9), às 18h30, na paróquia Assunção de Nossa Senhora, al. Lorena, 665, Jardim Paulista. Wanya Guerreiro - Hoje (8/9), às 17h30, na igreja N. S. do Brasil, pça N. S. do Brasil, Jd. América. * 1º ANO Adriana Cordeiro Pinotti - Hoje (8/9), às 19h, na capela do colégio N. S. de Sion, av. Higienópolis, 983, Higienópolis. Arnaldo Antônio Egydio Piza - Hoje (8/9), às 19h, na paróquia de São Luís Gonzaga, av. Paulista, 2.378.
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Promotoria espanhola pede dois anos de prisão para Neymar por fraude
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O Ministério Público espanhol pediu dois anos de prisão para o jogador Neymar por suposta fraude em sua transferência do Santos para o Barcelona, em 2013. Além da detenção, a Promotoria pede ainda que o jogador pague multa de € 10 milhões. O promotor José Perals solicitou também a prisão por cinco anos de Sandro Rosell (presidente do clube catalão na época da transferência) por corrupção e fraude na assinatura do contrato do atacante com o fundo de investimentos DIS, que era dono de 40% dos direitos econômicos do atacante e se diz prejudicado com o negócio. O julgamento de Neymar na Audiência Nacional, caso o processo seja aceito pelo juiz nos próximos dias, provavelmente ocorreria apenas no ano que vem. Não há uma previsão concreta de data. A Audiência Nacional é um tribunal espanhol especial com jurisdição em todo o território da Espanha. São julgados ali casos como os de terrorismo e de crime organizado. Procurada pela Folha, a corte afirmou que uma possível decisão no caso de Neymar ainda poderia ser apelada em instâncias mais altas, como o Supremo Tribunal. A promotoria pediu um ano de prisão para a mãe de Neymar, Nadine, sócia da N&N (empresa que fez o acordo com o Barcelona). Também nesta quarta, a DIS apresentou sua peça de acusação à Justiça na qual também pede a prisão de todos os envolvidos, incluindo Neymar, Neymar pai, o ex-presidente do Santos, Odilio Rodrigues, e o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell. A DIS alega que a família Neymar agiu de forma corrupta e cobra também indenização ao Barcelona. "O Barcelona e o jogador burlaram as normas da Fifa e alteraram a livre competição no mercado de transferências. Mas, mais que o enfoque legal, devemos nos perguntar que tipo de exemplo dá um esportista que é capaz de trair assim quem confiou e investiu nele, incluindo a assinatura de contratos simulados. São esses valores que queremos transmitir a nossos filhos? São esses os valores do Barcelona? O que pensam os patrocinadores do Barcelona e do jogador? Não podemos consentir que Neymar seja exemplo para nossos filhos", disse o diretor da DIS, Roberto Moreno. Na sua ação, a DIS pede a prisão de Neymar por cinco anos. A empresa solicita ainda que o jogador fique impossibilitado de atuar durante o período da pena. A ação movida na Justiça espanhola havia sido arquivada, mas foi reaberta em setembro e a denúncia foi aceita pelo juiz da Audiência Nacional, José de La Mata. A assessoria de imprensa de NN consultoria, empresa que administra a carreira de Neymar, informou que "as partes ainda não foram notificadas e nem comunicadas sobre a abertura de acusação do Ministério Público e no período certo irão apresentar a defesa". "Continuamos tranquilos porque todos os contratos foram firmados com respeito aos preceitos legais, éticos e morais e com a ciência do Santos Futebol Clube e FC Barcelona. Seguimos seguros que o tempo oferecerá todas as respostas positivas", completa a nota da assessoria de Neymar. DENÚNCIA No dia 7 de novembro, o juiz espanhol José de la Mata havia aceitado denúncia contra Neymar por corrupção entre entes privados, por causa de sua transferência para o Barcelona. Além de Neymar, também foram denunciados por corrupção os pais do jogador. O presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu (que era vice-presidente em 2013), Sandro Rosell e o próprio clube catalão foram denunciados por corrupção e calote, crime pelo qual também terão de responder o Santos e Odílio Rodrigues Filho, comandante do clube alvinegro na época da transferência. Em julho, o juiz De la Mata havia decidido arquivar o processo, mas ele o reabriu em setembro. O juiz se baseou no contrato de 40 milhões de euros (R$ 141,5 milhões, em valores atuais) firmado entre Neymar e o Barcelona em 2011 para aceitar a denúncia. De la Mata afirma que aquele acordo "alterou o livre mercado de contratação de jogadores. Ele impediu que o jogador entrasse no mercado conforme as regras da livre competição, de modo que se obtivesse uma maior quantidade econômica pela transferência". Quando Neymar se transferiu para o Barcelona, foi anunciado que o clube catalão havia pago 17,1 milhões de euros pelo jogador (R$ 60 milhões), mas uma investigação conduzida na Espanha levou à descoberta de que o valor real era de 86, 2 milhões (R$ 305 milhões). O Barcelona admitiu a fraude, e isso resultou na saída de Rosell do clube, em janeiro de 2014. Foi baseado nessa investigação que o DIS, em junho de 2015, apelou à Justiça espanhola, alegando que havia sido passado para trás por Barcelona, Santos e Neymar. Em um comunicado divulgado nesta segunda, o Barcelona se diz inconformado com a denúncia. "A diretoria do clube expressa sua surpresa e desconformidade com essa decisão, especialmente tendo em conta que o mesmo juiz havia decidido arquivar o caso em julho passado e que, no caso do presidente Bartomeu, o Ministério Fiscal (órgão fiscal da Espanha) nem sequer propôs sua acusação." "Não houve calote algum. Houve a contratação de um jogador que queria vir para o Barcelona. Existiu, sim, um erro de planejamento fiscal, mas nunca corrupção e calote", afirmou Josep Vives, porta-voz do Barcelona. Em nota divulgada por sua assessoria de imprensa, Neymar se disse tranquilo. "Todos os contratos foram firmados com respeito aos preceitos legais, éticos e morais e com a ciência do Santos Futebol Clube e do FC Barcelona", diz a nota. Procurado pela Folha, Odílio Rodrigues Filho preferiu não se manifestar. "Não vou falar sobre o caso. Esse assunto será tratado apenas pelos meus advogados." O Santos, por sua vez, não respondeu aos contatos feitos pela reportagem. ENTENDA O CASO - Histórico dos valores de transferência de Neymar
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esporte
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Promotoria espanhola pede dois anos de prisão para Neymar por fraudeO Ministério Público espanhol pediu dois anos de prisão para o jogador Neymar por suposta fraude em sua transferência do Santos para o Barcelona, em 2013. Além da detenção, a Promotoria pede ainda que o jogador pague multa de € 10 milhões. O promotor José Perals solicitou também a prisão por cinco anos de Sandro Rosell (presidente do clube catalão na época da transferência) por corrupção e fraude na assinatura do contrato do atacante com o fundo de investimentos DIS, que era dono de 40% dos direitos econômicos do atacante e se diz prejudicado com o negócio. O julgamento de Neymar na Audiência Nacional, caso o processo seja aceito pelo juiz nos próximos dias, provavelmente ocorreria apenas no ano que vem. Não há uma previsão concreta de data. A Audiência Nacional é um tribunal espanhol especial com jurisdição em todo o território da Espanha. São julgados ali casos como os de terrorismo e de crime organizado. Procurada pela Folha, a corte afirmou que uma possível decisão no caso de Neymar ainda poderia ser apelada em instâncias mais altas, como o Supremo Tribunal. A promotoria pediu um ano de prisão para a mãe de Neymar, Nadine, sócia da N&N (empresa que fez o acordo com o Barcelona). Também nesta quarta, a DIS apresentou sua peça de acusação à Justiça na qual também pede a prisão de todos os envolvidos, incluindo Neymar, Neymar pai, o ex-presidente do Santos, Odilio Rodrigues, e o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell. A DIS alega que a família Neymar agiu de forma corrupta e cobra também indenização ao Barcelona. "O Barcelona e o jogador burlaram as normas da Fifa e alteraram a livre competição no mercado de transferências. Mas, mais que o enfoque legal, devemos nos perguntar que tipo de exemplo dá um esportista que é capaz de trair assim quem confiou e investiu nele, incluindo a assinatura de contratos simulados. São esses valores que queremos transmitir a nossos filhos? São esses os valores do Barcelona? O que pensam os patrocinadores do Barcelona e do jogador? Não podemos consentir que Neymar seja exemplo para nossos filhos", disse o diretor da DIS, Roberto Moreno. Na sua ação, a DIS pede a prisão de Neymar por cinco anos. A empresa solicita ainda que o jogador fique impossibilitado de atuar durante o período da pena. A ação movida na Justiça espanhola havia sido arquivada, mas foi reaberta em setembro e a denúncia foi aceita pelo juiz da Audiência Nacional, José de La Mata. A assessoria de imprensa de NN consultoria, empresa que administra a carreira de Neymar, informou que "as partes ainda não foram notificadas e nem comunicadas sobre a abertura de acusação do Ministério Público e no período certo irão apresentar a defesa". "Continuamos tranquilos porque todos os contratos foram firmados com respeito aos preceitos legais, éticos e morais e com a ciência do Santos Futebol Clube e FC Barcelona. Seguimos seguros que o tempo oferecerá todas as respostas positivas", completa a nota da assessoria de Neymar. DENÚNCIA No dia 7 de novembro, o juiz espanhol José de la Mata havia aceitado denúncia contra Neymar por corrupção entre entes privados, por causa de sua transferência para o Barcelona. Além de Neymar, também foram denunciados por corrupção os pais do jogador. O presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu (que era vice-presidente em 2013), Sandro Rosell e o próprio clube catalão foram denunciados por corrupção e calote, crime pelo qual também terão de responder o Santos e Odílio Rodrigues Filho, comandante do clube alvinegro na época da transferência. Em julho, o juiz De la Mata havia decidido arquivar o processo, mas ele o reabriu em setembro. O juiz se baseou no contrato de 40 milhões de euros (R$ 141,5 milhões, em valores atuais) firmado entre Neymar e o Barcelona em 2011 para aceitar a denúncia. De la Mata afirma que aquele acordo "alterou o livre mercado de contratação de jogadores. Ele impediu que o jogador entrasse no mercado conforme as regras da livre competição, de modo que se obtivesse uma maior quantidade econômica pela transferência". Quando Neymar se transferiu para o Barcelona, foi anunciado que o clube catalão havia pago 17,1 milhões de euros pelo jogador (R$ 60 milhões), mas uma investigação conduzida na Espanha levou à descoberta de que o valor real era de 86, 2 milhões (R$ 305 milhões). O Barcelona admitiu a fraude, e isso resultou na saída de Rosell do clube, em janeiro de 2014. Foi baseado nessa investigação que o DIS, em junho de 2015, apelou à Justiça espanhola, alegando que havia sido passado para trás por Barcelona, Santos e Neymar. Em um comunicado divulgado nesta segunda, o Barcelona se diz inconformado com a denúncia. "A diretoria do clube expressa sua surpresa e desconformidade com essa decisão, especialmente tendo em conta que o mesmo juiz havia decidido arquivar o caso em julho passado e que, no caso do presidente Bartomeu, o Ministério Fiscal (órgão fiscal da Espanha) nem sequer propôs sua acusação." "Não houve calote algum. Houve a contratação de um jogador que queria vir para o Barcelona. Existiu, sim, um erro de planejamento fiscal, mas nunca corrupção e calote", afirmou Josep Vives, porta-voz do Barcelona. Em nota divulgada por sua assessoria de imprensa, Neymar se disse tranquilo. "Todos os contratos foram firmados com respeito aos preceitos legais, éticos e morais e com a ciência do Santos Futebol Clube e do FC Barcelona", diz a nota. Procurado pela Folha, Odílio Rodrigues Filho preferiu não se manifestar. "Não vou falar sobre o caso. Esse assunto será tratado apenas pelos meus advogados." O Santos, por sua vez, não respondeu aos contatos feitos pela reportagem. ENTENDA O CASO - Histórico dos valores de transferência de Neymar
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Seminário discutirá políticas sociais em grandes centros urbanos
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A Folha e a Fundação Tide Setubal realizam, no próximo dia 14 de junho, o seminário internacional Cidades e Territórios: Encontros e Fronteiras na Busca da Equidade. O evento acontece na Fecomercio (rua Dr. Plinio Barreto, 285, São Paulo), das 8h30 às 18h. O seminário busca fomentar o debate sobre políticas públicas, principalmente na esfera social, e discutir meios de atenuar as desigualdades entre os diferentes territórios dos grandes centros urbanos. Serão discutidos temas como participação social, sustentabilidade, violência, cultura nas periferias e protagonismo jovem. A conferência de abertura será da professora Saskia Sassen, da Universidade de Columbia (EUA), referência mundial no tema da globalização e das migrações urbanas. Também participarão Choukri Ben Ayed, especialista em educação da Université de Limoges (França), que encerrará o evento, e Pablo Maturana, que trabalha na agência de cooperação da cidade de Medellín (Colômbia), considerada uma das mais inovadoras do mundo. Entre os especialistas brasileiros, estarão presentes Ricardo Abramovay, professor aposentado da Faculdade de Economia e Administração da USP, Christian Dunker, fundador do Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise da USP, Jailson de Souza e Silva, criador do Observatório de Favelas no Rio de Janeiro, e Regina Novaes, cientista social e ex-presidente do Conselho Nacional da Juventude. O seminário será precedido por uma série de rodas de conversa que ocorrerão em regiões diversas de São Paulo, discutindo diretamente com a comunidade sobre a influência do território na vida de quem habita grandes centros urbanos. A ideia é que esses eventos fomentem reflexões que serão trazidas para as discussões do seminário. A primeira dessas rodas acontece na zona leste, no próximo dia 6 (sexta-feira), seguida por discussões no dia 12, na zona sul, e dia 19, no centro da cidade. As inscrições para o seminário internacional são gratuitas e podem ser feitas no site Eventos Folha. Para se inscrever nas rodas de conversa, veja mais informações aqui.
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Seminário discutirá políticas sociais em grandes centros urbanosA Folha e a Fundação Tide Setubal realizam, no próximo dia 14 de junho, o seminário internacional Cidades e Territórios: Encontros e Fronteiras na Busca da Equidade. O evento acontece na Fecomercio (rua Dr. Plinio Barreto, 285, São Paulo), das 8h30 às 18h. O seminário busca fomentar o debate sobre políticas públicas, principalmente na esfera social, e discutir meios de atenuar as desigualdades entre os diferentes territórios dos grandes centros urbanos. Serão discutidos temas como participação social, sustentabilidade, violência, cultura nas periferias e protagonismo jovem. A conferência de abertura será da professora Saskia Sassen, da Universidade de Columbia (EUA), referência mundial no tema da globalização e das migrações urbanas. Também participarão Choukri Ben Ayed, especialista em educação da Université de Limoges (França), que encerrará o evento, e Pablo Maturana, que trabalha na agência de cooperação da cidade de Medellín (Colômbia), considerada uma das mais inovadoras do mundo. Entre os especialistas brasileiros, estarão presentes Ricardo Abramovay, professor aposentado da Faculdade de Economia e Administração da USP, Christian Dunker, fundador do Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise da USP, Jailson de Souza e Silva, criador do Observatório de Favelas no Rio de Janeiro, e Regina Novaes, cientista social e ex-presidente do Conselho Nacional da Juventude. O seminário será precedido por uma série de rodas de conversa que ocorrerão em regiões diversas de São Paulo, discutindo diretamente com a comunidade sobre a influência do território na vida de quem habita grandes centros urbanos. A ideia é que esses eventos fomentem reflexões que serão trazidas para as discussões do seminário. A primeira dessas rodas acontece na zona leste, no próximo dia 6 (sexta-feira), seguida por discussões no dia 12, na zona sul, e dia 19, no centro da cidade. As inscrições para o seminário internacional são gratuitas e podem ser feitas no site Eventos Folha. Para se inscrever nas rodas de conversa, veja mais informações aqui.
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Fechamento de escolas estaduais no Paraná é alvo de manifestações
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Assim como em São Paulo, a intenção do governo do Paraná de fechar escolas estaduais está provocando protestos de alunos, pais e professores. O governador Beto Richa (PSDB) estuda fechar até 40 unidades, de um total de 2.153, para reduzir custos. Entre os casos analisados estão escolas que funcionam em prédios alugados, unidades de educação de jovens e adultos e rurais. A gestão de Richa argumenta que as escolas rurais têm poucos alunos e que as aulas para adultos ocorrem no período noturno e poderiam ocupar escolas diurnas. O plano de fechamento será concluído em novembro. O sindicato dos trabalhadores em educação pública no PR diz que a quantidade de escolas fechadas pode dobrar, já que algumas receberam ordem para não fazer novas matrículas, em uma plano de fechamento de até três anos. "Está todo mundo em pavor. Como eles não têm a listagem de todas as escolas confirmadas, os diretores são chamados um a um. Ficam todos inseguros", diz Walkíria Mazeto, secretária de assuntos educacionais do sindicato. Protestos ocorreram desde o início do mês, e há cinco agendados para os próximos dias.
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Fechamento de escolas estaduais no Paraná é alvo de manifestaçõesAssim como em São Paulo, a intenção do governo do Paraná de fechar escolas estaduais está provocando protestos de alunos, pais e professores. O governador Beto Richa (PSDB) estuda fechar até 40 unidades, de um total de 2.153, para reduzir custos. Entre os casos analisados estão escolas que funcionam em prédios alugados, unidades de educação de jovens e adultos e rurais. A gestão de Richa argumenta que as escolas rurais têm poucos alunos e que as aulas para adultos ocorrem no período noturno e poderiam ocupar escolas diurnas. O plano de fechamento será concluído em novembro. O sindicato dos trabalhadores em educação pública no PR diz que a quantidade de escolas fechadas pode dobrar, já que algumas receberam ordem para não fazer novas matrículas, em uma plano de fechamento de até três anos. "Está todo mundo em pavor. Como eles não têm a listagem de todas as escolas confirmadas, os diretores são chamados um a um. Ficam todos inseguros", diz Walkíria Mazeto, secretária de assuntos educacionais do sindicato. Protestos ocorreram desde o início do mês, e há cinco agendados para os próximos dias.
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Em 2014, Brasil ultrapassa pela 1ª vez marca de 6 milhões de turistas
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O Brasil superou, em 2014, pela primeira vez, a marca de 6 milhões de visitantes estrangeiros. A informação é do Anuário Estatístico de Turismo 2015, divulgado pelo Ministério do Turismo nesta semana. Segundo a publicação, visitaram o Brasil no ano passado 6,4 milhões de pessoas, uma expansão de 10,6% em relação ao movimento de 2013, quando haviam sido 5,8 milhões de turistas. O ministério avalia que a Copa do Mundo, realizada entre junho e julho de 2014, foi decisiva para o aumento no fluxo de turistas. Em junho, a chegada de visitantes saltou de 350 mil em 2013 para pouco mais de 1 milhão no ano passado. "Megaeventos são excelentes catalisadores do aumento no fluxo turístico dos destinos, mas, para mantermos um crescimento consistente, temos de atacar questões estruturais e encarar o turismo com profissionalismo no Brasil", disse, em comunicado, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves. Ainda que tenha evoluído e ultrapassado a marca de 6 milhões de turistas, o Brasil ainda está longe das primeiras posições no ranking de maiores destinos turísticos do mundo. A França, país que lidera a lista, recebeu quase 84 milhões de pessoas em 2014 –a torre Eiffel, sozinha, foi visitada por 7 milhões. HERMANOS O relatório do Ministério do Turismo especificou ainda os países que mais enviam turistas para o Brasil e as principais portas de entrada do país. A Argentina manteve o primeiro lugar no ranking de emissores de turistas –1,7 milhão de argentinos vieram para cá no ano passado. Em seguida na lista vêm os Estados Unidos (656 mil turistas) e o Chile (336 mil). Em relação ao meio de transporte, 70,6% das pessoas chegaram ao Brasil de avião; outras 27,3% usaram estradas. Como reflexo disso, os Estados que mais serviram de porta de entrada do país foram São Paulo –onde fica o aeroporto de Guarulhos–, que recebeu 2,2 milhões de estrangeiros, Rio, por onde vieram 1,6 milhão de pessoas, e o Rio Grande do Sul, vizinho à Argentina, porta de entrada de 907 mil turistas.
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Em 2014, Brasil ultrapassa pela 1ª vez marca de 6 milhões de turistasO Brasil superou, em 2014, pela primeira vez, a marca de 6 milhões de visitantes estrangeiros. A informação é do Anuário Estatístico de Turismo 2015, divulgado pelo Ministério do Turismo nesta semana. Segundo a publicação, visitaram o Brasil no ano passado 6,4 milhões de pessoas, uma expansão de 10,6% em relação ao movimento de 2013, quando haviam sido 5,8 milhões de turistas. O ministério avalia que a Copa do Mundo, realizada entre junho e julho de 2014, foi decisiva para o aumento no fluxo de turistas. Em junho, a chegada de visitantes saltou de 350 mil em 2013 para pouco mais de 1 milhão no ano passado. "Megaeventos são excelentes catalisadores do aumento no fluxo turístico dos destinos, mas, para mantermos um crescimento consistente, temos de atacar questões estruturais e encarar o turismo com profissionalismo no Brasil", disse, em comunicado, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves. Ainda que tenha evoluído e ultrapassado a marca de 6 milhões de turistas, o Brasil ainda está longe das primeiras posições no ranking de maiores destinos turísticos do mundo. A França, país que lidera a lista, recebeu quase 84 milhões de pessoas em 2014 –a torre Eiffel, sozinha, foi visitada por 7 milhões. HERMANOS O relatório do Ministério do Turismo especificou ainda os países que mais enviam turistas para o Brasil e as principais portas de entrada do país. A Argentina manteve o primeiro lugar no ranking de emissores de turistas –1,7 milhão de argentinos vieram para cá no ano passado. Em seguida na lista vêm os Estados Unidos (656 mil turistas) e o Chile (336 mil). Em relação ao meio de transporte, 70,6% das pessoas chegaram ao Brasil de avião; outras 27,3% usaram estradas. Como reflexo disso, os Estados que mais serviram de porta de entrada do país foram São Paulo –onde fica o aeroporto de Guarulhos–, que recebeu 2,2 milhões de estrangeiros, Rio, por onde vieram 1,6 milhão de pessoas, e o Rio Grande do Sul, vizinho à Argentina, porta de entrada de 907 mil turistas.
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Vida e ideais da bailarina americana Isadora Duncan são tema de peça
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A história da mulher que transformou a dança no Ocidente e desafiou os padrões de comportamento chega ao palco do auditório do Masp com a estreia, neste sábado (21), da peça "Isadora". No início do século 20, a americana Isadora Duncan (1877-1927) era a encarnação do atual lema "meu corpo, minhas regras": dançava com pés descalços e túnicas que revelavam seu corpo, teve filhos fora do casamento e lutou pela emancipação feminina. Sua vida amorosa é lendária. Ela teria tido, entre outros, um romance com Oswald de Andrade, quando esteve em turnê no Brasil, em 1916. Mas os affairs da bailarina não estão na peça. O que interessou os autores do texto, escrito pela atriz Melissa Vettore em colaboração com o ator Daniel Dantas e Elias Andreato, diretor da montagem, foram as ideias da artista. "Ela levantou questões importantes sobre a opressão e a liberdade que ainda não foram superadas", diz Dantas. Na peça, o ator interpreta o editor Henry, que procura Isadora para escrever sua biografia. O personagem é fictício, mas é inserido na cronologia real da biografia de Isadora. Ele encontra a bailarina em Nice, onde, depois de morar na Rússia, ela passou os últimos anos de sua vida. As conversas entre a bailarina e o editor, inspirado no escritor Henry Miller (1891-1980), mostram as ideias de Isadora sobre vida e arte. Esses diálogos, num canto do palco, levam Isadora (Melissa) ao grande círculo no centro da cena, marcado por uma estrutura de tecido em forma de espiral suspensa no teto, onde são projetadas imagens de crianças dançando e cenas da natureza. Ali, Isadora e seus irmãos, interpretados por Patrícia Gasppar e Robero Alencar, encenam e dançam fragmentos da história da bailarina. Os movimentos remetem à dança inspirada na natureza de Isadora, mas não se trata de um espetáculo de dança. "A história me comove mais do que a dança. Sou um artista classe-média: quero fazer um teatro que comova, em vez de fazer uma peça que todo mundo ache muito louca, mas não entenda nada", diz Elias Andreato. ISADORA QUANDO sex. e sáb., às 21h, dom., às 19h30; até 31/7 ONDE Auditório Masp Unilever, av. Paulista, 1578, tel. (11) 3149-5959 QUANTO R$ 40 CLASSIFICAÇÃO 12 anos
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Vida e ideais da bailarina americana Isadora Duncan são tema de peçaA história da mulher que transformou a dança no Ocidente e desafiou os padrões de comportamento chega ao palco do auditório do Masp com a estreia, neste sábado (21), da peça "Isadora". No início do século 20, a americana Isadora Duncan (1877-1927) era a encarnação do atual lema "meu corpo, minhas regras": dançava com pés descalços e túnicas que revelavam seu corpo, teve filhos fora do casamento e lutou pela emancipação feminina. Sua vida amorosa é lendária. Ela teria tido, entre outros, um romance com Oswald de Andrade, quando esteve em turnê no Brasil, em 1916. Mas os affairs da bailarina não estão na peça. O que interessou os autores do texto, escrito pela atriz Melissa Vettore em colaboração com o ator Daniel Dantas e Elias Andreato, diretor da montagem, foram as ideias da artista. "Ela levantou questões importantes sobre a opressão e a liberdade que ainda não foram superadas", diz Dantas. Na peça, o ator interpreta o editor Henry, que procura Isadora para escrever sua biografia. O personagem é fictício, mas é inserido na cronologia real da biografia de Isadora. Ele encontra a bailarina em Nice, onde, depois de morar na Rússia, ela passou os últimos anos de sua vida. As conversas entre a bailarina e o editor, inspirado no escritor Henry Miller (1891-1980), mostram as ideias de Isadora sobre vida e arte. Esses diálogos, num canto do palco, levam Isadora (Melissa) ao grande círculo no centro da cena, marcado por uma estrutura de tecido em forma de espiral suspensa no teto, onde são projetadas imagens de crianças dançando e cenas da natureza. Ali, Isadora e seus irmãos, interpretados por Patrícia Gasppar e Robero Alencar, encenam e dançam fragmentos da história da bailarina. Os movimentos remetem à dança inspirada na natureza de Isadora, mas não se trata de um espetáculo de dança. "A história me comove mais do que a dança. Sou um artista classe-média: quero fazer um teatro que comova, em vez de fazer uma peça que todo mundo ache muito louca, mas não entenda nada", diz Elias Andreato. ISADORA QUANDO sex. e sáb., às 21h, dom., às 19h30; até 31/7 ONDE Auditório Masp Unilever, av. Paulista, 1578, tel. (11) 3149-5959 QUANTO R$ 40 CLASSIFICAÇÃO 12 anos
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Audiência do Globo de Ouro cai 8% em relação a ano passado
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A audiência da premiação do Globo de Ouro, televisionada pela rede NBC nos Estados Unidos, caiu cerca de 8% nesse ano, em relação a 2014 — de 20,9 para 19,3 milhões de espectadores. Segundo o grupo de pesquisa Nielsen, a queda foi de 11% no grupo de pessoas que é alvo do mercado publicitário. Esse ano foi a terceira e última vez que as comediantes e atrizes Tina Fey e Amy Poehler apresentaram a cerimônia, conforme anunciado pela NBC nessa segunda (12). Em 2013, a dupla conseguiu aumentar a audiência em 17% em relação a 2012, chegando no maior número de espectadores desde 2004. Na premiação, o ousado "Boyhood" foi o grande vencedor, faturando três prêmios na cerimônia do Globo de Ouro, realizada no domingo (11). O longa ganhou filme de drama, melhor direção, para Richard Linklater, e atriz coadjuvante, para Patricia Arquette. Outro favorito da noite, "Birdman" levou por melhor roteiro e ator em comédia/musical (para Michael Keaton). "A Teoria de Tudo" também saiu com duas estatuetas: melhor ator em drama (Eddie Redmayne, por seu papel como o cientista Stephen Hawking) e trilha sonora.
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Audiência do Globo de Ouro cai 8% em relação a ano passadoA audiência da premiação do Globo de Ouro, televisionada pela rede NBC nos Estados Unidos, caiu cerca de 8% nesse ano, em relação a 2014 — de 20,9 para 19,3 milhões de espectadores. Segundo o grupo de pesquisa Nielsen, a queda foi de 11% no grupo de pessoas que é alvo do mercado publicitário. Esse ano foi a terceira e última vez que as comediantes e atrizes Tina Fey e Amy Poehler apresentaram a cerimônia, conforme anunciado pela NBC nessa segunda (12). Em 2013, a dupla conseguiu aumentar a audiência em 17% em relação a 2012, chegando no maior número de espectadores desde 2004. Na premiação, o ousado "Boyhood" foi o grande vencedor, faturando três prêmios na cerimônia do Globo de Ouro, realizada no domingo (11). O longa ganhou filme de drama, melhor direção, para Richard Linklater, e atriz coadjuvante, para Patricia Arquette. Outro favorito da noite, "Birdman" levou por melhor roteiro e ator em comédia/musical (para Michael Keaton). "A Teoria de Tudo" também saiu com duas estatuetas: melhor ator em drama (Eddie Redmayne, por seu papel como o cientista Stephen Hawking) e trilha sonora.
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Cristina é livre para mudar de opinião, diz investigadora da morte de Nisman
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Viviana Fein, a encarregada do esclarecimento da morte do promotor Alberto Nisman, declarou que Cristina Kirchner "é livre para pensar, como qualquer cidadão", mas que ela se aterá à investigação e ao que vai conseguir descobrir. A presidente "pode pensar que foi um suicídio, depois pode mudar sua posição, pensar que pode ter sido uma indução ou um homicídio", afirmou no prédio da Promotoria. A declaração foi feita depois de a presidente publicar em seu site uma carta aberta na qual afirma que Nisman, encontrado morto no domingo (18), não cometeu suicídio e que a morte faz parte de um plano para desestabilizar seu governo. Em uma carta prévia, Cristina indicava acreditar na hipótese de suicídio. Fein já declarou que o disparo que matou Nisman foi feito por ele mesmo, apesar de ter dito que não descartava outras hipóteses. Quando revelou o resultado negativo do exame para rastrear se havia resquícios de pólvora nas mãos do promotor morto que podiam indicar que ele efetuou o disparo, ela usou a palavra "lamentavelmente" para descrever o resultado. Além da promotora Fein, o caso também é conduzido pela juíza Fabiana Palmaghini. Em seus perfis em redes sociais, essa magistrada publicou críticas ao governo. A presidente argentina escreveu, no texto que publicou em seu site, que tinha conhecimento dessas críticas. Além disso, no texto, também acusou a juíza de ter aceitado uma versão de um falso suicídio em um outro caso.
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Cristina é livre para mudar de opinião, diz investigadora da morte de NismanViviana Fein, a encarregada do esclarecimento da morte do promotor Alberto Nisman, declarou que Cristina Kirchner "é livre para pensar, como qualquer cidadão", mas que ela se aterá à investigação e ao que vai conseguir descobrir. A presidente "pode pensar que foi um suicídio, depois pode mudar sua posição, pensar que pode ter sido uma indução ou um homicídio", afirmou no prédio da Promotoria. A declaração foi feita depois de a presidente publicar em seu site uma carta aberta na qual afirma que Nisman, encontrado morto no domingo (18), não cometeu suicídio e que a morte faz parte de um plano para desestabilizar seu governo. Em uma carta prévia, Cristina indicava acreditar na hipótese de suicídio. Fein já declarou que o disparo que matou Nisman foi feito por ele mesmo, apesar de ter dito que não descartava outras hipóteses. Quando revelou o resultado negativo do exame para rastrear se havia resquícios de pólvora nas mãos do promotor morto que podiam indicar que ele efetuou o disparo, ela usou a palavra "lamentavelmente" para descrever o resultado. Além da promotora Fein, o caso também é conduzido pela juíza Fabiana Palmaghini. Em seus perfis em redes sociais, essa magistrada publicou críticas ao governo. A presidente argentina escreveu, no texto que publicou em seu site, que tinha conhecimento dessas críticas. Além disso, no texto, também acusou a juíza de ter aceitado uma versão de um falso suicídio em um outro caso.
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Festivais literários tomam São Paulo em novembro; veja programação
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Paulistanos apaixonados por livros podem comemorar: neste mês, a cidade recebe três festivais literários gratuitos. O primeiro é o Encontro Mundial da Invenção Literária - Emil (12 a 15/11). Em sua primeira edição, o evento terá 200 horas de programação em 32 lugares da cidade como bibliotecas, museus e livrarias. As atividades vão de diálogos entre autores a contações de história para crianças. Entre os mais de cem convidados estão Bernando Kucinski, Andrea del Fuego, André Vianco e Cristovão Tezza. Há ainda 12 escritores estrangeiros, como os portugueses José Luís Peixoto e Teolinda Gersão, o inglês Taran Matharu e o argentino Rodrigo Fresán. O Emil terá tambémo Nobel de Literatura de 1986 Wole Soyinka, escritor emprestado do segundo festival no mês, o Flink Sampa - Festa do Conhecimento, Literatura e Cultura Negra (13 e 14/11). Em sua terceira edição, o evento organizado pela Universidade Zumbi dos Palmares traz o angolano Pepetela, a cubana Teresa Cárdenas e os brasileiros Nei Lopes e Paulo Lins, entre outros. Quinze mil pessoas são aguardadas nesta edição –50% a mais que a anterior, que teve cerca de 10 mil participantes. Já a Balada Literária, o mais tradicional dos três festivais –com dez anos de vida–, ocorre na última quinzena do mês (18 a 22/11). Em dez endereços de São Paulo, o festival idealizado pelo escritor Marcelino Freire terá encontros com autores, lançamentos de livros e shows. Entre os destaques estão Marçal Aquino, Ignácio de Loyola Brandão e Lourenço Mutarelli. * OS 10 MAIS Veja seleção de eventos imperdíveis ENCONTRO MUNDIAL DA INVENÇÃO LITERÁRIA - EMIL QUANDO 12 a 15/11, a partir das 8h30 ONDE Diversos lugares de São Paulo INFORMAÇÕES no site do evento > Diálogo Literário** Márcia Tiburi e Mary del Priore QUANDO qui. (12), às 16h ONDE Livraria Saraiva - Shopping Higienópolis (av. Higienópolis, 618, tel. 11-3660-0200) > Diálogo Literário Carola Saavedra e Ana Luisa Escorel QUANDO qui. (12), às 18h ONDE Livraria Martins Fontes - Paulista (av. Paulista, 509, tel. 11-2167-9900) > Diálogo Literário Laerte e Caco Galhardo QUANDO sex. (13), às 17h ONDE Livraria da Vila - Shopping Higienópolis (av. Higienópolis, 618, tel. 11-3661-3300) > Diálogo Literário Bernardo Kucinski e Marcelo Rubens Paiva QUANDO sáb. (14), às 16h30 ONDE Biblioteca São Paulo (av. Cruzeiro do Sul, 2630, tel. 11-2089-0800) FLINK SAMPA QUANDO 13 e 14/11, a partir das 9h ONDE Memorial da América Latina (av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, tel. 11-3823-4600) INFORMAÇÕES no site do evento > Bate-papo - O mito na Construção Literária Caryl Férey (França) QUANDO sex. (13), às 16h > Roda de Conversa - As Duas Margens do Rio: Brasil e África Pepetela (Angola), Luís Fernando (Angola) e Nei Lopes (Brasil) QUANDO sáb. (14), às 16h > Conferência Wole Soyinka QUANDO sáb. (14), às 16h BALADA LITERÁRIA QUANDO 18 a 22/11, a partir das 11h ONDE Diversos lugares de São Paulo INFORMAÇÕES no site do evento > Transmutações Paulo Lins, Hermano Penna, Marçal Aquino e Santiago Nazarian QUANDO qui. (19), às 11h ONDE Livraria da Vila - Fradique (r. Fradique Coutinho, 915, 11-3814-5811) > Em Cima da Hora - A Crônica de Todo Dia Ivana Arruda Leite, Humberto Werneck, Ignácio de Loyola Brandão e Ivan Ângelo QUANDO qui. (19), às 16h30 ONDE Livraria da Vila - Fradique (r. Fradique Coutinho, 915, tel. 11-3814-5811) > Bate-papo Lourenço Mutarelli e Glauco Mattoso QUANDO sáb. (21), às 15h30 ONDE Biblioteca Alceu Amoroso Lima (r. Henrique Schaumann, 777, tel. 11-3082-5023)
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Festivais literários tomam São Paulo em novembro; veja programaçãoPaulistanos apaixonados por livros podem comemorar: neste mês, a cidade recebe três festivais literários gratuitos. O primeiro é o Encontro Mundial da Invenção Literária - Emil (12 a 15/11). Em sua primeira edição, o evento terá 200 horas de programação em 32 lugares da cidade como bibliotecas, museus e livrarias. As atividades vão de diálogos entre autores a contações de história para crianças. Entre os mais de cem convidados estão Bernando Kucinski, Andrea del Fuego, André Vianco e Cristovão Tezza. Há ainda 12 escritores estrangeiros, como os portugueses José Luís Peixoto e Teolinda Gersão, o inglês Taran Matharu e o argentino Rodrigo Fresán. O Emil terá tambémo Nobel de Literatura de 1986 Wole Soyinka, escritor emprestado do segundo festival no mês, o Flink Sampa - Festa do Conhecimento, Literatura e Cultura Negra (13 e 14/11). Em sua terceira edição, o evento organizado pela Universidade Zumbi dos Palmares traz o angolano Pepetela, a cubana Teresa Cárdenas e os brasileiros Nei Lopes e Paulo Lins, entre outros. Quinze mil pessoas são aguardadas nesta edição –50% a mais que a anterior, que teve cerca de 10 mil participantes. Já a Balada Literária, o mais tradicional dos três festivais –com dez anos de vida–, ocorre na última quinzena do mês (18 a 22/11). Em dez endereços de São Paulo, o festival idealizado pelo escritor Marcelino Freire terá encontros com autores, lançamentos de livros e shows. Entre os destaques estão Marçal Aquino, Ignácio de Loyola Brandão e Lourenço Mutarelli. * OS 10 MAIS Veja seleção de eventos imperdíveis ENCONTRO MUNDIAL DA INVENÇÃO LITERÁRIA - EMIL QUANDO 12 a 15/11, a partir das 8h30 ONDE Diversos lugares de São Paulo INFORMAÇÕES no site do evento > Diálogo Literário** Márcia Tiburi e Mary del Priore QUANDO qui. (12), às 16h ONDE Livraria Saraiva - Shopping Higienópolis (av. Higienópolis, 618, tel. 11-3660-0200) > Diálogo Literário Carola Saavedra e Ana Luisa Escorel QUANDO qui. (12), às 18h ONDE Livraria Martins Fontes - Paulista (av. Paulista, 509, tel. 11-2167-9900) > Diálogo Literário Laerte e Caco Galhardo QUANDO sex. (13), às 17h ONDE Livraria da Vila - Shopping Higienópolis (av. Higienópolis, 618, tel. 11-3661-3300) > Diálogo Literário Bernardo Kucinski e Marcelo Rubens Paiva QUANDO sáb. (14), às 16h30 ONDE Biblioteca São Paulo (av. Cruzeiro do Sul, 2630, tel. 11-2089-0800) FLINK SAMPA QUANDO 13 e 14/11, a partir das 9h ONDE Memorial da América Latina (av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, tel. 11-3823-4600) INFORMAÇÕES no site do evento > Bate-papo - O mito na Construção Literária Caryl Férey (França) QUANDO sex. (13), às 16h > Roda de Conversa - As Duas Margens do Rio: Brasil e África Pepetela (Angola), Luís Fernando (Angola) e Nei Lopes (Brasil) QUANDO sáb. (14), às 16h > Conferência Wole Soyinka QUANDO sáb. (14), às 16h BALADA LITERÁRIA QUANDO 18 a 22/11, a partir das 11h ONDE Diversos lugares de São Paulo INFORMAÇÕES no site do evento > Transmutações Paulo Lins, Hermano Penna, Marçal Aquino e Santiago Nazarian QUANDO qui. (19), às 11h ONDE Livraria da Vila - Fradique (r. Fradique Coutinho, 915, 11-3814-5811) > Em Cima da Hora - A Crônica de Todo Dia Ivana Arruda Leite, Humberto Werneck, Ignácio de Loyola Brandão e Ivan Ângelo QUANDO qui. (19), às 16h30 ONDE Livraria da Vila - Fradique (r. Fradique Coutinho, 915, tel. 11-3814-5811) > Bate-papo Lourenço Mutarelli e Glauco Mattoso QUANDO sáb. (21), às 15h30 ONDE Biblioteca Alceu Amoroso Lima (r. Henrique Schaumann, 777, tel. 11-3082-5023)
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Dólar comercial fecha a R$ 3,60 pela primeira vez em 12 anos; Bolsa sobe
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As apreensões políticas ofuscaram o alívio no exterior com as novas medidas adotadas pela China e levaram o dólar comercial a fechar a R$ 3,60 nesta terça-feira (25). A Bolsa brasileira conseguiu fechar em alta, embora tenha reduzido os ganhos no fim da sessão. O dólar comercial subiu 1,54%, para R$ 3,607, o maior valor desde 21 de fevereiro de 2003, quando fechou a R$ 3,62. Corrigido, o valor seria equivalente a R$ 5,76. Na máxima, a cotação chegou a R$ 3,61. O dólar à vista, referência no mercado financeiro e que fecha mais cedo, teve alta de 0,73%, para R$ 3,566. Foi o maior valor desde 26 de fevereiro de 2003, quando encerrou a R$ 3,588 —o equivalente a R$ 5,71, após correção. Dólar O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, subiu 0,47%, para 44.544 pontos. No início dos negócios, o índice chegou a subir mais de 2%, mas a virada de humor nos mercados americanos pesou e reduziu o ganho da Bolsa brasileira. O cenário político brasileiro ofuscou o alívio causado pelas medidas anunciadas pelo governo chinês mais cedo. A decisão do ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), de pedir investigação de uma empresa da campanha da presidente Dilma Rousseff causou apreensão aos investidores. Além disso, a notícia da saída do vice-presidente, Michel Temer, da articulação política causa preocupação em relação a um potencial isolamento do governo, que já enfrenta dificuldades no Congresso para aprovar suas medidas de ajuste fiscal. Soma-se a essa situação o rumor de que o ministro Joaquim Levy deixaria a Fazenda por não conseguir levar à frente seu plano para acertar as contas do país. "Qualquer ruído na área política acaba gerando um impacto nas condições econômicas do país, que já estão fragilizadas", avalia Carlos Pedroso, economista-chefe do Banco de Tokyo-Mitsubishi. Para Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, o mercado perdeu o parâmetro de qual seria a cotação do dólar que refletiria os fundamentos econômicos do país. "A gente nunca sabe se a cotação do dólar está correta no país", avalia. "Nota-se que o mercado está perdido. Nós perdemos o parâmetro da taxa real por causa da precificação que o mercado vem fazendo aleatoriamente, embutindo crise política, especulação, expectativa de aumento de juros nos Estados Unidos, possibilidade de rebaixamento da nota do Brasil. A gente está muito precificado." EUA Dados econômicos nos Estados Unidos também contribuíram para a valorização do dólar nesta sessão. Os preços de novas casas cresceram 0,2% em junho em relação ao mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2014, a alta é de 4,5%. Já o Conference Board informou que seu índice de confiança do consumidor saltou para 101,5 neste mês, leitura mais alta desde janeiro, em meio ao otimismo sobre o mercado de trabalho. O resultado veio mais forte do que os 91,0 apurados em julho. Os números, que se somam a uma leva de dados que têm pintado um quadro favorável para a economia americana em meio a turbulências mundiais, devem ser bem recebidos pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano). "Mas a decisão de aumentar os juros agora está mais dependente de China do que de dados econômicos dos EUA. Enquanto durar a incerteza sobre a saúde da economia chinesa, o Fed deve adiar o aumento dos juros", avalia Pedroso, do Banco de Tokyo-Mitsubishi. ALÍVIO No exterior, as Bolsas europeias conseguiram fechar em alta estimuladas pelas medidas chinesas —que, como foram anunciadas após o fechamento dos mercados locais, não impediram que as Bolsas chinesas desabassem pelo quarto dia seguido. O banco central chinês decidiu cortar os juros no país e flexibilizar as regras de empréstimos aos bancos, em uma tentativa de conter a forte queda que atingiu as Bolsas chinesas e gerou pânico generalizado nos mercados mundiais na "segunda-feira negra". "Ao reduzir os juros e liberar os depósitos compulsórios, o governo tenta reforçar o caixa dos bancos para emprestarem mais, em uma tentativa de reanimar a economia lá", afirma Galhardo, da Treviso Corretora. Na Europa, os principais índices acionários reagiram com otimismo e fecharam em alta. Em Londres, o índice FTSE-100 avançou 3,09%, para 6.081 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 4,97%, para 10.128 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 avançou 4,14%, para 4.564 pontos. Em Milão, o índice FTSE-MIB teve valorização de 5,86%, para 21.649 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 registrou alta de 3,68%, a 10.115 pontos. E em Lisboa o índice PSI-20 se valorizou 4,71%, para 5.215 pontos. Nos Estados Unidos, os índices chegaram a subir com a notícia chinesa, mas fecharam em baixa nesta sessão. O Dow Jones caiu 1,29%, enquanto o S&P 500 teve queda de 1,35% e o índice da Bolsa Nasdaq teve desvalorização de 0,44%. AÇÕES Aqui, as ações da Petrobras se recuperaram do forte tombo de segunda-feira, quando caíram mais de 5%. Os papéis preferenciais -mais negociados e sem direito a voto- da Petrobras subiram 1,80%, para R$ 7,90, e os ordinários -com direito a voto- tiveram alta de 2,07%, para R$ 8,88. No dia anterior, as ações preferenciais fecharam no menor patamar desde 2003. As ações foram beneficiadas pela recuperação dos preços do petróleo. Apesar da valorização, as cotações seguem próximas às mínimas de seis anos e meio, por causa do excedente de oferta e pelas preocupações com a desaceleração da economia da China, maior consumidor global de energia. As ações da Vale, que abriram em alta, fecharam em baixa nesta sessão. Os papéis preferenciais caíram 0,89%, para R$ 12,27, e os ordinários cederam 0,32%, para R$ 15,35. O preço do minério de ferro fechou com leve valorização de 0,32% nesta terça-feira. Com agências - 1- Como é determinado o preço do dólar? Num país de câmbio livre, como o Brasil, o preço do dólar varia de acordo com a oferta e a procura. Quando muita gente quer comprar, o preço sobe, e vice-versa 2- O que faz o dólar subir? O dólar fica mais caro quando mais gente quer comprar do que vender. Exemplos: quando investidores decidem tirar dinheiro do Brasil para aplicar no exterior ou quando importadores precisam da moeda para comprar produtos de fora. Também pode acontecer quando sobe a insegurança em relação à economia ou à política do país: os investidores passam a apostar numa alta cada vez maior da moeda americana e migram para ela 3- O que são dólar livre e dólar comercial? O BC divulga todo dia uma média das taxas praticadas entre bancos, corretoras e agências de turismo, a Ptax, que serve como referência. O dólar comercial é usado no comércio exterior, enquanto o mercado financeiro costuma se basear pelo dólar à vista 4- Por que o dólar que eu compro é sempre mais caro que esses dois? O dólar usado para viagens ao exterior e débitos em moeda estrangeira no cartão de crédito é chamado de dólar turismo, e seu preço é livre nos locais de venda. As instituições podem cobrar taxas diferentes, além do IOF de 0,38% (notas) ou 6,38% (cartões) 5- O que o turista pode fazer? Se puder, deve comprar a moeda aos poucos para se proteger de variações bruscas. E pesquisar bastante antes de comprar
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mercado
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Dólar comercial fecha a R$ 3,60 pela primeira vez em 12 anos; Bolsa sobeAs apreensões políticas ofuscaram o alívio no exterior com as novas medidas adotadas pela China e levaram o dólar comercial a fechar a R$ 3,60 nesta terça-feira (25). A Bolsa brasileira conseguiu fechar em alta, embora tenha reduzido os ganhos no fim da sessão. O dólar comercial subiu 1,54%, para R$ 3,607, o maior valor desde 21 de fevereiro de 2003, quando fechou a R$ 3,62. Corrigido, o valor seria equivalente a R$ 5,76. Na máxima, a cotação chegou a R$ 3,61. O dólar à vista, referência no mercado financeiro e que fecha mais cedo, teve alta de 0,73%, para R$ 3,566. Foi o maior valor desde 26 de fevereiro de 2003, quando encerrou a R$ 3,588 —o equivalente a R$ 5,71, após correção. Dólar O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, subiu 0,47%, para 44.544 pontos. No início dos negócios, o índice chegou a subir mais de 2%, mas a virada de humor nos mercados americanos pesou e reduziu o ganho da Bolsa brasileira. O cenário político brasileiro ofuscou o alívio causado pelas medidas anunciadas pelo governo chinês mais cedo. A decisão do ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), de pedir investigação de uma empresa da campanha da presidente Dilma Rousseff causou apreensão aos investidores. Além disso, a notícia da saída do vice-presidente, Michel Temer, da articulação política causa preocupação em relação a um potencial isolamento do governo, que já enfrenta dificuldades no Congresso para aprovar suas medidas de ajuste fiscal. Soma-se a essa situação o rumor de que o ministro Joaquim Levy deixaria a Fazenda por não conseguir levar à frente seu plano para acertar as contas do país. "Qualquer ruído na área política acaba gerando um impacto nas condições econômicas do país, que já estão fragilizadas", avalia Carlos Pedroso, economista-chefe do Banco de Tokyo-Mitsubishi. Para Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, o mercado perdeu o parâmetro de qual seria a cotação do dólar que refletiria os fundamentos econômicos do país. "A gente nunca sabe se a cotação do dólar está correta no país", avalia. "Nota-se que o mercado está perdido. Nós perdemos o parâmetro da taxa real por causa da precificação que o mercado vem fazendo aleatoriamente, embutindo crise política, especulação, expectativa de aumento de juros nos Estados Unidos, possibilidade de rebaixamento da nota do Brasil. A gente está muito precificado." EUA Dados econômicos nos Estados Unidos também contribuíram para a valorização do dólar nesta sessão. Os preços de novas casas cresceram 0,2% em junho em relação ao mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2014, a alta é de 4,5%. Já o Conference Board informou que seu índice de confiança do consumidor saltou para 101,5 neste mês, leitura mais alta desde janeiro, em meio ao otimismo sobre o mercado de trabalho. O resultado veio mais forte do que os 91,0 apurados em julho. Os números, que se somam a uma leva de dados que têm pintado um quadro favorável para a economia americana em meio a turbulências mundiais, devem ser bem recebidos pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano). "Mas a decisão de aumentar os juros agora está mais dependente de China do que de dados econômicos dos EUA. Enquanto durar a incerteza sobre a saúde da economia chinesa, o Fed deve adiar o aumento dos juros", avalia Pedroso, do Banco de Tokyo-Mitsubishi. ALÍVIO No exterior, as Bolsas europeias conseguiram fechar em alta estimuladas pelas medidas chinesas —que, como foram anunciadas após o fechamento dos mercados locais, não impediram que as Bolsas chinesas desabassem pelo quarto dia seguido. O banco central chinês decidiu cortar os juros no país e flexibilizar as regras de empréstimos aos bancos, em uma tentativa de conter a forte queda que atingiu as Bolsas chinesas e gerou pânico generalizado nos mercados mundiais na "segunda-feira negra". "Ao reduzir os juros e liberar os depósitos compulsórios, o governo tenta reforçar o caixa dos bancos para emprestarem mais, em uma tentativa de reanimar a economia lá", afirma Galhardo, da Treviso Corretora. Na Europa, os principais índices acionários reagiram com otimismo e fecharam em alta. Em Londres, o índice FTSE-100 avançou 3,09%, para 6.081 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 4,97%, para 10.128 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 avançou 4,14%, para 4.564 pontos. Em Milão, o índice FTSE-MIB teve valorização de 5,86%, para 21.649 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 registrou alta de 3,68%, a 10.115 pontos. E em Lisboa o índice PSI-20 se valorizou 4,71%, para 5.215 pontos. Nos Estados Unidos, os índices chegaram a subir com a notícia chinesa, mas fecharam em baixa nesta sessão. O Dow Jones caiu 1,29%, enquanto o S&P 500 teve queda de 1,35% e o índice da Bolsa Nasdaq teve desvalorização de 0,44%. AÇÕES Aqui, as ações da Petrobras se recuperaram do forte tombo de segunda-feira, quando caíram mais de 5%. Os papéis preferenciais -mais negociados e sem direito a voto- da Petrobras subiram 1,80%, para R$ 7,90, e os ordinários -com direito a voto- tiveram alta de 2,07%, para R$ 8,88. No dia anterior, as ações preferenciais fecharam no menor patamar desde 2003. As ações foram beneficiadas pela recuperação dos preços do petróleo. Apesar da valorização, as cotações seguem próximas às mínimas de seis anos e meio, por causa do excedente de oferta e pelas preocupações com a desaceleração da economia da China, maior consumidor global de energia. As ações da Vale, que abriram em alta, fecharam em baixa nesta sessão. Os papéis preferenciais caíram 0,89%, para R$ 12,27, e os ordinários cederam 0,32%, para R$ 15,35. O preço do minério de ferro fechou com leve valorização de 0,32% nesta terça-feira. Com agências - 1- Como é determinado o preço do dólar? Num país de câmbio livre, como o Brasil, o preço do dólar varia de acordo com a oferta e a procura. Quando muita gente quer comprar, o preço sobe, e vice-versa 2- O que faz o dólar subir? O dólar fica mais caro quando mais gente quer comprar do que vender. Exemplos: quando investidores decidem tirar dinheiro do Brasil para aplicar no exterior ou quando importadores precisam da moeda para comprar produtos de fora. Também pode acontecer quando sobe a insegurança em relação à economia ou à política do país: os investidores passam a apostar numa alta cada vez maior da moeda americana e migram para ela 3- O que são dólar livre e dólar comercial? O BC divulga todo dia uma média das taxas praticadas entre bancos, corretoras e agências de turismo, a Ptax, que serve como referência. O dólar comercial é usado no comércio exterior, enquanto o mercado financeiro costuma se basear pelo dólar à vista 4- Por que o dólar que eu compro é sempre mais caro que esses dois? O dólar usado para viagens ao exterior e débitos em moeda estrangeira no cartão de crédito é chamado de dólar turismo, e seu preço é livre nos locais de venda. As instituições podem cobrar taxas diferentes, além do IOF de 0,38% (notas) ou 6,38% (cartões) 5- O que o turista pode fazer? Se puder, deve comprar a moeda aos poucos para se proteger de variações bruscas. E pesquisar bastante antes de comprar
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Trio ofensivo deve ser mantido no Santos diante do Palmeiras
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Os atacantes Gabriel, Geuvânio e Ricardo Oliveira devem formar o ataque do Santos contra o Palmeiras, no próximo domingo (19), no Allianz Parque, pelo Campeonato Brasileiro. O trio está praticamente garantido no jogo apesar de o técnico Dorival Júnior ter focado o trabalho no setor defensivo, durante o treino de quarta-feira (15). Dorival exigiu mais dos jogadores de marcação. Com 21 gols sofridos em 13 jogos, o Santos tem a pior defesa do campeonato ao lado do Vasco da Gama. Ambos estão na zona de rebaixamento. Uma novidade no Santos para o clássico pode ser o volante Renato, que está à disposição após oito jogos em que ficou afastado por lesão.
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esporte
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Trio ofensivo deve ser mantido no Santos diante do PalmeirasOs atacantes Gabriel, Geuvânio e Ricardo Oliveira devem formar o ataque do Santos contra o Palmeiras, no próximo domingo (19), no Allianz Parque, pelo Campeonato Brasileiro. O trio está praticamente garantido no jogo apesar de o técnico Dorival Júnior ter focado o trabalho no setor defensivo, durante o treino de quarta-feira (15). Dorival exigiu mais dos jogadores de marcação. Com 21 gols sofridos em 13 jogos, o Santos tem a pior defesa do campeonato ao lado do Vasco da Gama. Ambos estão na zona de rebaixamento. Uma novidade no Santos para o clássico pode ser o volante Renato, que está à disposição após oito jogos em que ficou afastado por lesão.
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