title
stringlengths 4
146
| text
stringlengths 1
61.2k
| category
stringclasses 44
values | title_text
stringlengths 18
61.2k
| label
int64 0
43
|
---|---|---|---|---|
Dilma! A mandioca tá vencida!
|
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Piada pronta: "Empreiteiras temem que Roberto TROMBETA aceite delação". Eu também temeria! Imagina uma trombeta corneteando! Rarará! E a crise tá braba! Olha esta placa: "Casa das Primas! Passa-se o Ponto!". A porra agora ficou séria! Rarará. Quando até as primas passam o ponto. No lugar vai abrir uma igreja ou uma agência do Bradesco. As duas únicas coisas que abrem no Brasil: igreja e agência do Bradesco. Pelo mesmo motivo! Rarará. E o tuiteiro belluccis disse que tem outro negócio em expansão no Brasil: a rede de lojas "Aluga-se!". Toda rua tem uma faixa "Aluga-se!". Com forte concorrência da rede "Passo o Ponto". Rarará! E a Grande Chefa Toura Sentada? A Dilma parece rabo de cavalo: só cresce pra baixo! A popularidade dela vai acabar dando traço. Porcentagem dos que consideram ótimo e bom: TRAÇO! Traço Sapiens. Rarará. A mandioca da Dilma tá vencida! A Dilma tá com a mandioca vencida! Rarará! Duas coisas pra Dilma recuperar a popularidade: a volta da tomada de dois pinos! E lançar a Bolsa Supermercado. Ela paga o supermercado de todo mundo! É aí que a coisa pega. Não é o TCU nem TSE, é o supermercado. Quem vai acabar derrubando a Dilma é a gôndola do Carrefour! Rarará! E esta: "Em crise, Sabesp fará feirão de dívidas e venderá terrenos". Família Tucana vende tudo! E corre na internet os veículos liberados para andar nas marginais em São Paulo! Pista expressa: velotrol. Pista central: carrinho de pedal. Pista local: andador! E as velocidades permitidas? Pista expressa: Rubinho. Pista central: Ganso. Pista local: Suplicy. E no acostamento: FRED! Rarará! Não adianta fugir pelo acostamento! É mole? É mole, mas sobe! Os Predestinados! Mais dois para a minha série Os Predestinados! Direto de Portugal, o urologista Gabriel BRAÇO FORTE! Vai encarar? Rarará! E direto do Pan, o boxeador colombiano: CAICEDO Sinisterra! Um tem o braço forte e o outro cai cedo! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje, só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
|
colunas
|
Dilma! A mandioca tá vencida!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Piada pronta: "Empreiteiras temem que Roberto TROMBETA aceite delação". Eu também temeria! Imagina uma trombeta corneteando! Rarará! E a crise tá braba! Olha esta placa: "Casa das Primas! Passa-se o Ponto!". A porra agora ficou séria! Rarará. Quando até as primas passam o ponto. No lugar vai abrir uma igreja ou uma agência do Bradesco. As duas únicas coisas que abrem no Brasil: igreja e agência do Bradesco. Pelo mesmo motivo! Rarará. E o tuiteiro belluccis disse que tem outro negócio em expansão no Brasil: a rede de lojas "Aluga-se!". Toda rua tem uma faixa "Aluga-se!". Com forte concorrência da rede "Passo o Ponto". Rarará! E a Grande Chefa Toura Sentada? A Dilma parece rabo de cavalo: só cresce pra baixo! A popularidade dela vai acabar dando traço. Porcentagem dos que consideram ótimo e bom: TRAÇO! Traço Sapiens. Rarará. A mandioca da Dilma tá vencida! A Dilma tá com a mandioca vencida! Rarará! Duas coisas pra Dilma recuperar a popularidade: a volta da tomada de dois pinos! E lançar a Bolsa Supermercado. Ela paga o supermercado de todo mundo! É aí que a coisa pega. Não é o TCU nem TSE, é o supermercado. Quem vai acabar derrubando a Dilma é a gôndola do Carrefour! Rarará! E esta: "Em crise, Sabesp fará feirão de dívidas e venderá terrenos". Família Tucana vende tudo! E corre na internet os veículos liberados para andar nas marginais em São Paulo! Pista expressa: velotrol. Pista central: carrinho de pedal. Pista local: andador! E as velocidades permitidas? Pista expressa: Rubinho. Pista central: Ganso. Pista local: Suplicy. E no acostamento: FRED! Rarará! Não adianta fugir pelo acostamento! É mole? É mole, mas sobe! Os Predestinados! Mais dois para a minha série Os Predestinados! Direto de Portugal, o urologista Gabriel BRAÇO FORTE! Vai encarar? Rarará! E direto do Pan, o boxeador colombiano: CAICEDO Sinisterra! Um tem o braço forte e o outro cai cedo! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje, só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
| 10 |
Dívida brasileira assusta?
|
A dívida brasileira já equivale a 72,5% de tudo que produzimos. E vai crescer mais, sem a menor sombra de dúvida. Isso é inevitável, dado o crescimento anêmico, a taxa de juro real ainda elevada e os resultados primários do governo projetados para os próximos anos: vamos seguir gastando mais (sem incluir o pagamento de juros, vejam bem) do que arrecadamos por um bom tempo. Isso se tudo der certo. Se não tiver reforma fiscal séria, vamos gastar mais do arrecadamos por muitos anos. Antecipando que isso geraria uma crise lá na frente, as pessoas pararão de emprestar para o governo já hoje. E aí, cabum! Crise, vocês sabem, é crise, catástrofe social. Mas mesmo que ela não venha (cenário que vai passando de provável para um mais minguado possível), uma dívida alta para padrões de economias emergentes constitui obstáculo a um crescimento mais pujante da economia. Os motivos são os seguintes: >> Dívida alta é sinônimo de juro alto via risco mais elevado, e juro alto atrapalha investimento. >> Na hora de investir, as pessoas tentam calcular, mais ou menos, quanto precisarão pagar de impostos ao longo da vida útil do seu investimento, para ver se vale a pena. Se o governo tem uma dívida grandalhona, fica no ar a expectativa de que ele precisará aumentar impostos no futuro para pagar as contas, ou... >> Ou vai precisar imprimir grana, gerando inflação e confusão. A outra saída é um calote, que gera uma confusão hipertrofiada com esteroides. Vejam, caros leitores, é possível que a crise nem sequer ocorra. Mas o que importa é a probabilidade que as pessoas atribuem a esse evento megadisruptivo. É bem difícil testar isso nos dados, por causa do velho problema conhecido nos meios literários mais rigorosos como controvérsia "ovo-galinha". Se nos dados noto um padrão do tipo dívida alta e crescimento baixo, seria isso devido a muita dívida causando crescimento menor; ou ao fato de que um crescimento menor gera menos arrecadação e isso faz com que a dívida se eleve? Como dizia o príncipe Siddhartha, a verdade provavelmente está no meio do caminho. Em economês: a causalidade corre nos dois sentidos. A dívida do Brasil é mesmo grande assim de meter medo? Se você compara com a de países ricos, não. Mas é uma comparação meio sem sentido. Primeiro, porque esses aí pagam juro perto de zero ou negativo sobre seu estoque de dívida. Segundo, porque as pessoas têm —e com razão— mais paciência com um rico endividado do que com um país de renda média endividado. E no âmbito desse último grupo, estamos meio mal na foto. O Brasil precisa reequilibrar receitas e despesas (ajuste fiscal) se quiser crescer. Não é papo de ortodoxo isso não; o contrário é que é insanidade. * Quer acessar mais conteúdos do Por Quê? Clique aqui
|
colunas
|
Dívida brasileira assusta?A dívida brasileira já equivale a 72,5% de tudo que produzimos. E vai crescer mais, sem a menor sombra de dúvida. Isso é inevitável, dado o crescimento anêmico, a taxa de juro real ainda elevada e os resultados primários do governo projetados para os próximos anos: vamos seguir gastando mais (sem incluir o pagamento de juros, vejam bem) do que arrecadamos por um bom tempo. Isso se tudo der certo. Se não tiver reforma fiscal séria, vamos gastar mais do arrecadamos por muitos anos. Antecipando que isso geraria uma crise lá na frente, as pessoas pararão de emprestar para o governo já hoje. E aí, cabum! Crise, vocês sabem, é crise, catástrofe social. Mas mesmo que ela não venha (cenário que vai passando de provável para um mais minguado possível), uma dívida alta para padrões de economias emergentes constitui obstáculo a um crescimento mais pujante da economia. Os motivos são os seguintes: >> Dívida alta é sinônimo de juro alto via risco mais elevado, e juro alto atrapalha investimento. >> Na hora de investir, as pessoas tentam calcular, mais ou menos, quanto precisarão pagar de impostos ao longo da vida útil do seu investimento, para ver se vale a pena. Se o governo tem uma dívida grandalhona, fica no ar a expectativa de que ele precisará aumentar impostos no futuro para pagar as contas, ou... >> Ou vai precisar imprimir grana, gerando inflação e confusão. A outra saída é um calote, que gera uma confusão hipertrofiada com esteroides. Vejam, caros leitores, é possível que a crise nem sequer ocorra. Mas o que importa é a probabilidade que as pessoas atribuem a esse evento megadisruptivo. É bem difícil testar isso nos dados, por causa do velho problema conhecido nos meios literários mais rigorosos como controvérsia "ovo-galinha". Se nos dados noto um padrão do tipo dívida alta e crescimento baixo, seria isso devido a muita dívida causando crescimento menor; ou ao fato de que um crescimento menor gera menos arrecadação e isso faz com que a dívida se eleve? Como dizia o príncipe Siddhartha, a verdade provavelmente está no meio do caminho. Em economês: a causalidade corre nos dois sentidos. A dívida do Brasil é mesmo grande assim de meter medo? Se você compara com a de países ricos, não. Mas é uma comparação meio sem sentido. Primeiro, porque esses aí pagam juro perto de zero ou negativo sobre seu estoque de dívida. Segundo, porque as pessoas têm —e com razão— mais paciência com um rico endividado do que com um país de renda média endividado. E no âmbito desse último grupo, estamos meio mal na foto. O Brasil precisa reequilibrar receitas e despesas (ajuste fiscal) se quiser crescer. Não é papo de ortodoxo isso não; o contrário é que é insanidade. * Quer acessar mais conteúdos do Por Quê? Clique aqui
| 10 |
Cunha ameaça ir ao STF caso Senado altere proposta de reoneração da folha
|
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), garantiu nesta quinta-feira (13) que não vai aceitar uma alteração de mérito na proposta de mudança da política de desoneração da folha de pagamento e ameaçou recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para assegurar uma nova análise da Casa. A proposta, último ponto do ajuste fiscal, está no Senado e deve ser apreciada na próxima semana. A intenção de governistas é alterar, por meio de uma emenda de redação, modificações feitas pelos deputados que excluem do pagamento de imposto algumas categorias. A manobra foi usada na votação do reajuste do salário mínimo e permitiria que a presidente Dilma Rousseff vetasse esse trecho do projeto. O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), fez a sugestão na reunião com líderes desta quarta (12), mas não houve acordo sobre a mudança. "A Câmara ingressará no Supremo para determinar liminarmente que venha para a Casa", afirmou o deputado quando questionado sobre a intenção de mudança de Delcídio. Segundo ele, uma modificação nesse sentido altera o mérito da proposta e, portanto, não pode ser considerada emenda de redação e teria que retornar para a Câmara. Ele adiantou, contudo, que os deputados não aceitarão modificações ao texto. "Se for para excluir beneficiários, a Câmara não aprova". De acordo com Eduardo Cunha, todas as alterações feitas pelo Senado serão analisadas separadamente pelos deputados. "Quantas emendas eles fizerem, quantas nós vamos analisar, uma a uma, separadamente".
|
poder
|
Cunha ameaça ir ao STF caso Senado altere proposta de reoneração da folhaO presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), garantiu nesta quinta-feira (13) que não vai aceitar uma alteração de mérito na proposta de mudança da política de desoneração da folha de pagamento e ameaçou recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para assegurar uma nova análise da Casa. A proposta, último ponto do ajuste fiscal, está no Senado e deve ser apreciada na próxima semana. A intenção de governistas é alterar, por meio de uma emenda de redação, modificações feitas pelos deputados que excluem do pagamento de imposto algumas categorias. A manobra foi usada na votação do reajuste do salário mínimo e permitiria que a presidente Dilma Rousseff vetasse esse trecho do projeto. O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), fez a sugestão na reunião com líderes desta quarta (12), mas não houve acordo sobre a mudança. "A Câmara ingressará no Supremo para determinar liminarmente que venha para a Casa", afirmou o deputado quando questionado sobre a intenção de mudança de Delcídio. Segundo ele, uma modificação nesse sentido altera o mérito da proposta e, portanto, não pode ser considerada emenda de redação e teria que retornar para a Câmara. Ele adiantou, contudo, que os deputados não aceitarão modificações ao texto. "Se for para excluir beneficiários, a Câmara não aprova". De acordo com Eduardo Cunha, todas as alterações feitas pelo Senado serão analisadas separadamente pelos deputados. "Quantas emendas eles fizerem, quantas nós vamos analisar, uma a uma, separadamente".
| 0 |
Comissão do Congresso aprova proposta de novo ensino médio
|
Uma comissão formada por deputados e senadores aprovou nesta quarta-feira (30) alterações na medida provisória que propõe um novo modelo de ensino médio no país. A proposta, aprovada por 16 votos a 5, segue agora para discussão nos plenários da Câmara e Senado. O novo texto, apresentado pelo relator Pedro Chaves (PSC-MS), estabelece metas para a ampliação da carga horária do ensino médio e prevê que 40% desse período seja destinado ao aprofundamento dos estudos em áreas específicas, conforme a escolha do aluno. Neste caso, o aluno poderá optar por cinco áreas: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e ensino técnico e profissionalizante. Já o restante, ou cerca de 60%, deve ser destinado ao ensino de disciplinas comuns a todos os alunos, a serem definidas na BNCC (base nacional comum curricular), hoje em discussão no Conselho Nacional de Educação. Reformas no Ensino Médio Proposta original da MP, apresentada em setembro, no entanto, previa que essa divisão fosse equivalente a 50% da carga horária total. Segundo o relator, a mudança acolhe sugestões de emendas apresentadas por parlamentares. Assim, com a previsão de ampliação da carga horária anual de 800 horas para 1.000 horas em até cinco anos, totalizando 3.000 horas em todo o ensino médio, a expectativa é que 1.800 sejam destinadas à base curricular comum, e 1.200 à chamada "flexibilização". O novo texto também retoma a obrigatoriedade da oferta das disciplinas de artes e educação física nesta etapa de ensino. O relatório também abre brecha para que as redes de ensino possam estabelecer convênios com instituições de educação à distância "com notório reconhecimento" para cumprir, em conjunto, parte das exigências do currículo do ensino médio, medida que não estava prevista inicialmente na proposta do governo. Ao todo, foram apresentadas 568 emendas à medida provisória –destas, 90 foram acatadas no parecer aprovado nesta quarta (30). Raio-x do ensino médio 'AVANÇO' E CRÍTICAS Durante a reunião, parlamentares se dividiram em relação à proposta apresentada pelo relator. Ao mesmo tempo em que alguns apontavam avanços em relação ao texto original da medida provisória, como o prazo maior de financiamento das escolas em tempo integral, outros apontavam preocupações. A deputada Maria do Rosário (PT-RS) questionou a maior abertura, no relatório, à contratação de profissionais com "notório saber" e outros graduados sem licenciatura para darem aulas. "As licenciaturas estão em crise a partir da aprovação dessa matéria", afirmou. Alguns deputados e senadores também questionaram a opção por definir que o tempo destinado ao ensino da base nacional curricular comum não poderia passar de 60% da carga horária total do ensino médio -o que, na visão de alguns, traria formação "insuficiente" ou poderia abrir espaço para que escolas reservassem tempo ainda menor às disciplinas comuns a todos os alunos. "A proposta não vem na direção de melhorar o ensino médio. Ela aumenta a carga horária, mas reduz o tempo destinado à formação geral. Teremos uma escola pública que nem assegurará uma formação sólida nem vai garantir especialização consistente", disse a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), uma das que votaram contra a medida. Relator da proposta, o senador Pedro Chaves contestou as críticas. "Como estamos flexibilizando o currículo, se mantiver mais que 60%, volta ao currículo anterior. Pela escola, ofereceriam 100%, porque é mais simples", afirmou. Ele também rebateu críticas sobre a possibilidade das redes fazerem convênios com instituições de ensino à distância para cumprir parte do currículo do ensino médio. "Uma parte do currículo, não mais que 20%, pode ser atribuído a essas instituições credenciadas", disse ele, para quem a medida pode ser uma alternativa para municípios menores. A secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães, disse aprovar a nova proposta de reformulação do ensino médio aprovada na comissão. Mas faz ressalvas em relação à ampliação da carga horária destinada à base nacional curricular. "Sempre defendi que fosse metade da carga horária total para a base e a outra metade para as eletivas, e continuo defendendo. É um ponto que ainda podemos negociar [com o Congresso]", disse.
|
educacao
|
Comissão do Congresso aprova proposta de novo ensino médioUma comissão formada por deputados e senadores aprovou nesta quarta-feira (30) alterações na medida provisória que propõe um novo modelo de ensino médio no país. A proposta, aprovada por 16 votos a 5, segue agora para discussão nos plenários da Câmara e Senado. O novo texto, apresentado pelo relator Pedro Chaves (PSC-MS), estabelece metas para a ampliação da carga horária do ensino médio e prevê que 40% desse período seja destinado ao aprofundamento dos estudos em áreas específicas, conforme a escolha do aluno. Neste caso, o aluno poderá optar por cinco áreas: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e ensino técnico e profissionalizante. Já o restante, ou cerca de 60%, deve ser destinado ao ensino de disciplinas comuns a todos os alunos, a serem definidas na BNCC (base nacional comum curricular), hoje em discussão no Conselho Nacional de Educação. Reformas no Ensino Médio Proposta original da MP, apresentada em setembro, no entanto, previa que essa divisão fosse equivalente a 50% da carga horária total. Segundo o relator, a mudança acolhe sugestões de emendas apresentadas por parlamentares. Assim, com a previsão de ampliação da carga horária anual de 800 horas para 1.000 horas em até cinco anos, totalizando 3.000 horas em todo o ensino médio, a expectativa é que 1.800 sejam destinadas à base curricular comum, e 1.200 à chamada "flexibilização". O novo texto também retoma a obrigatoriedade da oferta das disciplinas de artes e educação física nesta etapa de ensino. O relatório também abre brecha para que as redes de ensino possam estabelecer convênios com instituições de educação à distância "com notório reconhecimento" para cumprir, em conjunto, parte das exigências do currículo do ensino médio, medida que não estava prevista inicialmente na proposta do governo. Ao todo, foram apresentadas 568 emendas à medida provisória –destas, 90 foram acatadas no parecer aprovado nesta quarta (30). Raio-x do ensino médio 'AVANÇO' E CRÍTICAS Durante a reunião, parlamentares se dividiram em relação à proposta apresentada pelo relator. Ao mesmo tempo em que alguns apontavam avanços em relação ao texto original da medida provisória, como o prazo maior de financiamento das escolas em tempo integral, outros apontavam preocupações. A deputada Maria do Rosário (PT-RS) questionou a maior abertura, no relatório, à contratação de profissionais com "notório saber" e outros graduados sem licenciatura para darem aulas. "As licenciaturas estão em crise a partir da aprovação dessa matéria", afirmou. Alguns deputados e senadores também questionaram a opção por definir que o tempo destinado ao ensino da base nacional curricular comum não poderia passar de 60% da carga horária total do ensino médio -o que, na visão de alguns, traria formação "insuficiente" ou poderia abrir espaço para que escolas reservassem tempo ainda menor às disciplinas comuns a todos os alunos. "A proposta não vem na direção de melhorar o ensino médio. Ela aumenta a carga horária, mas reduz o tempo destinado à formação geral. Teremos uma escola pública que nem assegurará uma formação sólida nem vai garantir especialização consistente", disse a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), uma das que votaram contra a medida. Relator da proposta, o senador Pedro Chaves contestou as críticas. "Como estamos flexibilizando o currículo, se mantiver mais que 60%, volta ao currículo anterior. Pela escola, ofereceriam 100%, porque é mais simples", afirmou. Ele também rebateu críticas sobre a possibilidade das redes fazerem convênios com instituições de ensino à distância para cumprir parte do currículo do ensino médio. "Uma parte do currículo, não mais que 20%, pode ser atribuído a essas instituições credenciadas", disse ele, para quem a medida pode ser uma alternativa para municípios menores. A secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães, disse aprovar a nova proposta de reformulação do ensino médio aprovada na comissão. Mas faz ressalvas em relação à ampliação da carga horária destinada à base nacional curricular. "Sempre defendi que fosse metade da carga horária total para a base e a outra metade para as eletivas, e continuo defendendo. É um ponto que ainda podemos negociar [com o Congresso]", disse.
| 11 |
Após Uganda, papa Francisco chega à República Centro-Africana
|
O papa Francisco aterrissou neste domingo (29) no aeroporto de M'Poko em Bangui, capital da República Centro-Africana, última etapa de sua viagem pela África e a mais perigosa devido ao conflito armado. O país está imerso em um conflito armado étnico-religioso entre cristãos e muçulmanos. A expectativa é de que a visita possa diminuir essa tensão para conseguir as condições de segurança necessárias para realizar um referendo constitucional, em 13 de dezembro, e eleições presidenciais, em 27 de dezembro. O pontífice foi recebido entre fortes medidas de segurança por uma delegação governamental e religiosa, liderada pela presidente do governo de transição centro-africano, Catherine Samba-Panza, com quem se reunirá para analisar a situação do país. "Venho à República Centro-Africana como peregrino da paz e me apresento como um apóstolo da esperança", escreveu Francisco em sua conta oficial do Twitter minutos antes da aterrissagem. No aeroporto, o papa foi recebido com grande entusiasmo entre cânticos e músicas tradicionais e no meio de um considerável número de boinas azuis da missão da ONU neste país (Minusca), soldados, policiais locais e helicópteros. A previsão é de que pontífice se desloque a um campo de refugiados e mais tarde celebre uma missa e abra a porta da catedral de Bangui para iniciar o Jubileu da Misericórdia, como gesto para chamara atenção para a importância da reconciliação e do perdão.
|
mundo
|
Após Uganda, papa Francisco chega à República Centro-AfricanaO papa Francisco aterrissou neste domingo (29) no aeroporto de M'Poko em Bangui, capital da República Centro-Africana, última etapa de sua viagem pela África e a mais perigosa devido ao conflito armado. O país está imerso em um conflito armado étnico-religioso entre cristãos e muçulmanos. A expectativa é de que a visita possa diminuir essa tensão para conseguir as condições de segurança necessárias para realizar um referendo constitucional, em 13 de dezembro, e eleições presidenciais, em 27 de dezembro. O pontífice foi recebido entre fortes medidas de segurança por uma delegação governamental e religiosa, liderada pela presidente do governo de transição centro-africano, Catherine Samba-Panza, com quem se reunirá para analisar a situação do país. "Venho à República Centro-Africana como peregrino da paz e me apresento como um apóstolo da esperança", escreveu Francisco em sua conta oficial do Twitter minutos antes da aterrissagem. No aeroporto, o papa foi recebido com grande entusiasmo entre cânticos e músicas tradicionais e no meio de um considerável número de boinas azuis da missão da ONU neste país (Minusca), soldados, policiais locais e helicópteros. A previsão é de que pontífice se desloque a um campo de refugiados e mais tarde celebre uma missa e abra a porta da catedral de Bangui para iniciar o Jubileu da Misericórdia, como gesto para chamara atenção para a importância da reconciliação e do perdão.
| 3 |
Mãe aguarda vaga em creche para filha há quase um ano em São Paulo
|
Na próxima semana Lívia completa dois anos. E, em abril, deve 'comemorar' outra data: um ano de espera na fila por uma vaga em uma creche pública. A mãe da menina, Amanda Ribeiro Silva, 27, conta que quando se inscreveu na lista da prefeitura, em 16 de abril do ano passado, estava em 154º lugar. No início deste ano, ao consultar a fila pela internet, comemorou ao ver que estava na sétima colocação para conseguir uma vaga. "Chamaram muita criança de repente e achei que seríamos chamados em poucos meses, mas nada até agora", diz Amanda, que está sem trabalhar para cuidar da filha. Após comemorar o sétimo lugar na fila, Amanda voltou a consultar a lista e agora está na 12ª posição. "Não acreditei e, ao questionar na creche, fui informada que crianças de famílias que recebem o Bolsa Família passam na frente assim como aquelas que moram em áreas de risco", comenta. "Sei da situação delas, mas eu também preciso trabalhar", relata. A prefeitura diz que essa informação é incorreta e que, por regra, duas de cada dez crianças chamadas devem estar em situação de extrema pobreza. A fila pode ser alterada apenas por decisão judicial ou se uma criança que já estava na frente muda para a região. Amanda diz que o orçamento da casa está ficando apertado e que ela precisa voltar ao mercado de trabalho. "Infelizmente não tenho com quem deixá-la", diz. A dona de casa chegou a ir visitar escolinhas particulares, mas ficou assustada com os preços das mensalidades e as taxas extras que são cobradas. "Ou leva fruta e comida ou cobram à parte. Cobram curso de férias. Tem aquelas que pedem para levar fralda, material de higiene e ainda cobram mensalidade de R$ 800 por poucas horas. É muito caro", comenta. Após visitar as escolas particulares, Amanda diz que notou que a qualidade das públicas muitas vezes supera as da rede privada e que muitos pais, mesmo com condições financeiras, têm optado em matricular seus filhos em escolas públicas. Amanda comenta que pretende procurar a Defensoria Pública para que consiga agilizar uma vaga para Lívia.
|
educacao
|
Mãe aguarda vaga em creche para filha há quase um ano em São PauloNa próxima semana Lívia completa dois anos. E, em abril, deve 'comemorar' outra data: um ano de espera na fila por uma vaga em uma creche pública. A mãe da menina, Amanda Ribeiro Silva, 27, conta que quando se inscreveu na lista da prefeitura, em 16 de abril do ano passado, estava em 154º lugar. No início deste ano, ao consultar a fila pela internet, comemorou ao ver que estava na sétima colocação para conseguir uma vaga. "Chamaram muita criança de repente e achei que seríamos chamados em poucos meses, mas nada até agora", diz Amanda, que está sem trabalhar para cuidar da filha. Após comemorar o sétimo lugar na fila, Amanda voltou a consultar a lista e agora está na 12ª posição. "Não acreditei e, ao questionar na creche, fui informada que crianças de famílias que recebem o Bolsa Família passam na frente assim como aquelas que moram em áreas de risco", comenta. "Sei da situação delas, mas eu também preciso trabalhar", relata. A prefeitura diz que essa informação é incorreta e que, por regra, duas de cada dez crianças chamadas devem estar em situação de extrema pobreza. A fila pode ser alterada apenas por decisão judicial ou se uma criança que já estava na frente muda para a região. Amanda diz que o orçamento da casa está ficando apertado e que ela precisa voltar ao mercado de trabalho. "Infelizmente não tenho com quem deixá-la", diz. A dona de casa chegou a ir visitar escolinhas particulares, mas ficou assustada com os preços das mensalidades e as taxas extras que são cobradas. "Ou leva fruta e comida ou cobram à parte. Cobram curso de férias. Tem aquelas que pedem para levar fralda, material de higiene e ainda cobram mensalidade de R$ 800 por poucas horas. É muito caro", comenta. Após visitar as escolas particulares, Amanda diz que notou que a qualidade das públicas muitas vezes supera as da rede privada e que muitos pais, mesmo com condições financeiras, têm optado em matricular seus filhos em escolas públicas. Amanda comenta que pretende procurar a Defensoria Pública para que consiga agilizar uma vaga para Lívia.
| 11 |
Anatel discute alterar regras de concessão, e teles reagem
|
As teles já se armaram contra a proposta de um conselheiro da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que pretende mudar os contratos de concessão, válidos até 2025, impondo regras que, segundo elas, causarão prejuízos similares ao sofridos pelo setor elétrico. Em 2012, o governo mudou as regras dos contratos de concessão do setor de energia para baixar tarifas e acabou gerando um rombo na contabilidade das empresas. Na telefonia, hoje somente o serviço fixo, que está em franco declínio, é prestado em regime público (concessão). Os demais serviços (celular e internet) são oferecidos em regime privado (autorizações), ou seja, seguem as regras da competição. A Folha apurou que o conselheiro Rodrigo Zerbone quer juntar todos os serviços em uma única autorização, com exceção da TV paga, impondo obrigações como se fossem serviços públicos (concessão). Os bens da União (prédios, redes e equipamentos) repassados a empresas na época da concessão e antes usados na telefonia fixa seriam revertidos, ao longo de nove anos, em investimentos na massificação da internet pelo programa Banda Larga para Todos. As teles vinham negociando com o governo e com a Anatel e já tinham aceitado investir cerca de R$ 20 bilhões –valor estimado desses bens– para transformar a telefonia fixa em autorização e destinar esse investimento para a banda larga. Essa proposta é do conselheiro da Anatel Igor de Freitas. O principal problema para as operadoras é que, ao juntar todos os serviços em uma única autorização, Zerbone calculou que o compromisso em investimentos na banda larga deveria ser de R$ 60 bilhões –os R$ 20 bilhões iniciais mais o fluxo do caixa de todos os serviços até 2025. Só isso já levou as teles a baterem na porta do ministro das Comunicações nesta terça. Elas ameaçam ir à Justiça caso a ideia seja aprovada no conselho da Anatel na reunião desta quinta-feira (31). Mas, ainda segundo apurou a reportagem, a última versão da proposta de Zerbone vai além ao obrigar as teles a se submeterem ao novo modelo. Caso contrário, na prática, ficariam proibidas de operar como hoje. No voto de Zerbone, a Anatel poderá até controlar o preço dos minutos de celular. Mas as teles acreditam que o conselheiro deve aliviar seu voto para que a "intervenção" não chegue a esse ponto. OUTRO LADO O conselheiro não atendeu ao pedido de entrevista. Por meio de sua assessoria, a Anatel informou que o voto do conselheiro está em elaboração e que "as afirmações de terceiros sobre o seu conteúdo são meramente especulativas e em desacordo com o que já foi produzido".
|
mercado
|
Anatel discute alterar regras de concessão, e teles reagemAs teles já se armaram contra a proposta de um conselheiro da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que pretende mudar os contratos de concessão, válidos até 2025, impondo regras que, segundo elas, causarão prejuízos similares ao sofridos pelo setor elétrico. Em 2012, o governo mudou as regras dos contratos de concessão do setor de energia para baixar tarifas e acabou gerando um rombo na contabilidade das empresas. Na telefonia, hoje somente o serviço fixo, que está em franco declínio, é prestado em regime público (concessão). Os demais serviços (celular e internet) são oferecidos em regime privado (autorizações), ou seja, seguem as regras da competição. A Folha apurou que o conselheiro Rodrigo Zerbone quer juntar todos os serviços em uma única autorização, com exceção da TV paga, impondo obrigações como se fossem serviços públicos (concessão). Os bens da União (prédios, redes e equipamentos) repassados a empresas na época da concessão e antes usados na telefonia fixa seriam revertidos, ao longo de nove anos, em investimentos na massificação da internet pelo programa Banda Larga para Todos. As teles vinham negociando com o governo e com a Anatel e já tinham aceitado investir cerca de R$ 20 bilhões –valor estimado desses bens– para transformar a telefonia fixa em autorização e destinar esse investimento para a banda larga. Essa proposta é do conselheiro da Anatel Igor de Freitas. O principal problema para as operadoras é que, ao juntar todos os serviços em uma única autorização, Zerbone calculou que o compromisso em investimentos na banda larga deveria ser de R$ 60 bilhões –os R$ 20 bilhões iniciais mais o fluxo do caixa de todos os serviços até 2025. Só isso já levou as teles a baterem na porta do ministro das Comunicações nesta terça. Elas ameaçam ir à Justiça caso a ideia seja aprovada no conselho da Anatel na reunião desta quinta-feira (31). Mas, ainda segundo apurou a reportagem, a última versão da proposta de Zerbone vai além ao obrigar as teles a se submeterem ao novo modelo. Caso contrário, na prática, ficariam proibidas de operar como hoje. No voto de Zerbone, a Anatel poderá até controlar o preço dos minutos de celular. Mas as teles acreditam que o conselheiro deve aliviar seu voto para que a "intervenção" não chegue a esse ponto. OUTRO LADO O conselheiro não atendeu ao pedido de entrevista. Por meio de sua assessoria, a Anatel informou que o voto do conselheiro está em elaboração e que "as afirmações de terceiros sobre o seu conteúdo são meramente especulativas e em desacordo com o que já foi produzido".
| 2 |
Ex-pedreiro, Maicon Andrade vence britânico e é bronze no taekwondo
|
EDUARDO GERAQUE ENVIADO ESPECIAL AO RIO O brasileiro Maicon Andrade, 23, mineiro de Justinópolis, conquistou neste sábado (20) a medalha de bronze na categoria acima de 80 kg do taekwondo. No combate final, ele derrotou Mahama Cho, que apesar de competir pela Grã-Bretanha, é natural da Costa do Marfim. Ele deu o golpe que lhe deu vantagem no placar a cinco segundos do final. Ao vencer o combate decisivo por 5 a 4, o lutador se enrolou na bandeira do Brasil e ficou assim até sair do ginásio. "O meu clube, a minha família, os meus amigos e todo o país que torceu por mim estão juntos nesta medalha", afirmou Maicon logo após a conquista da medalha de bronze. "Não é a de ouro, é a de bronze, mas para mim tem o mesmo peso", admitiu. Durante todo o dia, que começou para Maicon às 9h15, quando ele lutou pela primeira vez, a mãe dele, dona Vitória, estava no ginásio prestigiando o filho. Ela criou Maicon e mais sete filhos sozinha. Com a derrota nas quartas de final, o brasileiro teve de ficar nos bastidores torcendo para o nigerino Abdoulrazak Alfaga. Se ele passasse pela semifinal e chegasse à final, Maicon teria uma segunda chance. A história de vida do atleta, como ele mesmo disse depois da conquista, é igual a de todo brasileiro. O mineiro Maicon, caçula de oito irmãos, chegou a trabalhar de pedreiro para sustentar a família. É a primeira vez o taekwondo masculino ganha uma medalha de bronze nos Jogos. A brasileira Natália Falavigna também havia ganho o bronze em Pequim-2008. DIA DE MEDALHA Logo após vencer a primeira do luta do dia, às 9h30, Maicon, já trocado, apareceu nas arquibancadas da Arena Carioca 3, com o uniforme da delegação brasileira procurando, ansioso, por alguém. É barrado em uma das passagens do ginásio mas, mesmo assim, consegue avançar. Ele senta ao lado de uma senhora e dá um beijo nela. E conversa com a psicóloga Cristina Nunes. Como não poderia ser diferente, dona Vitória, a mãe do atleta, era uma dos torcedoras do filho que, à noite, entraria na história olímpica. O resto, a partir da conquista, é história. Aos 23 anos, um dos oito filhos da dona Vitória conseguiu subir ao pódio olímpico e pendurar uma medalha de bronze no peito. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo ASCENSÃO Ascensão meteórica é o que melhor define a vida esportiva de Maicon Siqueira. Há pouco mais de três anos, ele foi convidado para mudar de Minas Gerais, deixar a mãe e os irmãos, e ir para São Caetano do Sul. Recebeu apoio da prefeitura local, dos treinadores Clayton e Reginaldo dos Santos, e passou a conquistar vitórias. Começou a fomentar o sonho de ser campeão olímpico. Conquistado, em parte, agora. Mas, em São Caetano, não foi só treinar e treinar. Em 2014, quando os repasses públicos ao time de taekwondo foram interrompidos, nada de voltar para casa. O agora medalhista fez até bico de garçom em um buffet infantil para sobreviver. Nas seletivas do ano passado, o famoso Anderson Silva, lutador de MMA, anunciou que iria buscar uma vaga nos Jogos no Rio-2016. "O taekwondo é aberto para todos. O fato de ele ter anunciado aquilo até deixou o esporte mais conhecido", disse Maicon, hoje. Segundo ele, a expectativa que ele tem também é que essa medalha ajude a trazer mais dinheiro para o esporte. "Já deixamos de ir a competições porque não havia dinheiro", disse ele. Maicon, neste ano, conseguiu passar um mês de intercâmbio no exterior, como preparação para os Jogos do Rio. "A confederação ajuda, mas poderia ajudar ainda mais", disse Maicon, que também agradeceu às Forças Armadas pela conquista do bronze.
|
esporte
|
Ex-pedreiro, Maicon Andrade vence britânico e é bronze no taekwondo
EDUARDO GERAQUE ENVIADO ESPECIAL AO RIO O brasileiro Maicon Andrade, 23, mineiro de Justinópolis, conquistou neste sábado (20) a medalha de bronze na categoria acima de 80 kg do taekwondo. No combate final, ele derrotou Mahama Cho, que apesar de competir pela Grã-Bretanha, é natural da Costa do Marfim. Ele deu o golpe que lhe deu vantagem no placar a cinco segundos do final. Ao vencer o combate decisivo por 5 a 4, o lutador se enrolou na bandeira do Brasil e ficou assim até sair do ginásio. "O meu clube, a minha família, os meus amigos e todo o país que torceu por mim estão juntos nesta medalha", afirmou Maicon logo após a conquista da medalha de bronze. "Não é a de ouro, é a de bronze, mas para mim tem o mesmo peso", admitiu. Durante todo o dia, que começou para Maicon às 9h15, quando ele lutou pela primeira vez, a mãe dele, dona Vitória, estava no ginásio prestigiando o filho. Ela criou Maicon e mais sete filhos sozinha. Com a derrota nas quartas de final, o brasileiro teve de ficar nos bastidores torcendo para o nigerino Abdoulrazak Alfaga. Se ele passasse pela semifinal e chegasse à final, Maicon teria uma segunda chance. A história de vida do atleta, como ele mesmo disse depois da conquista, é igual a de todo brasileiro. O mineiro Maicon, caçula de oito irmãos, chegou a trabalhar de pedreiro para sustentar a família. É a primeira vez o taekwondo masculino ganha uma medalha de bronze nos Jogos. A brasileira Natália Falavigna também havia ganho o bronze em Pequim-2008. DIA DE MEDALHA Logo após vencer a primeira do luta do dia, às 9h30, Maicon, já trocado, apareceu nas arquibancadas da Arena Carioca 3, com o uniforme da delegação brasileira procurando, ansioso, por alguém. É barrado em uma das passagens do ginásio mas, mesmo assim, consegue avançar. Ele senta ao lado de uma senhora e dá um beijo nela. E conversa com a psicóloga Cristina Nunes. Como não poderia ser diferente, dona Vitória, a mãe do atleta, era uma dos torcedoras do filho que, à noite, entraria na história olímpica. O resto, a partir da conquista, é história. Aos 23 anos, um dos oito filhos da dona Vitória conseguiu subir ao pódio olímpico e pendurar uma medalha de bronze no peito. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo ASCENSÃO Ascensão meteórica é o que melhor define a vida esportiva de Maicon Siqueira. Há pouco mais de três anos, ele foi convidado para mudar de Minas Gerais, deixar a mãe e os irmãos, e ir para São Caetano do Sul. Recebeu apoio da prefeitura local, dos treinadores Clayton e Reginaldo dos Santos, e passou a conquistar vitórias. Começou a fomentar o sonho de ser campeão olímpico. Conquistado, em parte, agora. Mas, em São Caetano, não foi só treinar e treinar. Em 2014, quando os repasses públicos ao time de taekwondo foram interrompidos, nada de voltar para casa. O agora medalhista fez até bico de garçom em um buffet infantil para sobreviver. Nas seletivas do ano passado, o famoso Anderson Silva, lutador de MMA, anunciou que iria buscar uma vaga nos Jogos no Rio-2016. "O taekwondo é aberto para todos. O fato de ele ter anunciado aquilo até deixou o esporte mais conhecido", disse Maicon, hoje. Segundo ele, a expectativa que ele tem também é que essa medalha ajude a trazer mais dinheiro para o esporte. "Já deixamos de ir a competições porque não havia dinheiro", disse ele. Maicon, neste ano, conseguiu passar um mês de intercâmbio no exterior, como preparação para os Jogos do Rio. "A confederação ajuda, mas poderia ajudar ainda mais", disse Maicon, que também agradeceu às Forças Armadas pela conquista do bronze.
| 4 |
Dunga confirma Tardelli e chama Marcelo e Robinho para amistosos
|
O técnico Dunga confirmou a convocação do atacante Diego Tardelli, que deixou o Atlético-MG para jogar no Shandong Luneng, da China, mas deixou de fora outros dois jogadores que vinham sendo chamados e foram negociados para mercados não tradicionais do futebol. Os meias Ricardo Goulart, também vendido ao futebol chinês, e Éverton Ribeiro, ao futebol dos Emirados Árabes. Foi a primeira vez que um jogador que atua na China foi convocado para a seleção brasileira. "A situação é única. Eles estão iniciando a pré-temporada e não estão no top da condição física. Não podemos chamar três jogadores de campeonatos que começaram recentemente. Chamamos apenas um [Diego Tardelli] porque tem jogado como titular", disse Dunga. Dunga confirmou que conversou por telefone com Diego Tardelli e que deu seu aval para ele ir para a China. Outras novidades da lista para os amistosos contra a França, dia 26 de março, em Paris, e Chile, dia 29 de março, em Londres, foram o retorno do lateral-esquerdo Marcelo, que havia participado apenas dos dois primeiros jogos da nova Era Dunga, em setembro, contra Colômbia e Equador, o lateral-direito Fabinho, do Mônaco, que também tinha sido chamado para os jogos nos EUA, mas apenas porque Maicon foi cortado por indisciplina. O volante Elias, do Corinthians, e o atacante Robinho, do Santos, foram chamados e confirmaram que estão nos planos do treinador para a Copa América, primeiro torneio oficial de Dunga neste retorno, no Chile, entre junho e julho. Roberto Firmino, do Hoffenheim, que havia sido chamado pela primeira vez para os jogos de novembro, contra Turquia e Áustria, também está na lista. Outro volante, Souza do São Paulo, volta a ser convocado depois de ocupar a vaga de Ramires, cortado por lesão, nos amistosos de outubro na China, contra a Argentina, e em Cingapura frente ao Japão. Na zaga, Thiago Silva foi confirmado na vaga do corintiano Gil. Para a função de auxiliar técnico pontual foi escolhido o ex-atacante Jairzinho, campeão do mundo com a seleção brasileira na Copa de 1970. A função foi criada pelo coordenador de seleções da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Gilmar Rinaldi, ao assumir em julho para ter atletas que tiveram sucesso na seleção ao lado dos atletas mais novos que estão sendo chamados por Dunga.
|
esporte
|
Dunga confirma Tardelli e chama Marcelo e Robinho para amistososO técnico Dunga confirmou a convocação do atacante Diego Tardelli, que deixou o Atlético-MG para jogar no Shandong Luneng, da China, mas deixou de fora outros dois jogadores que vinham sendo chamados e foram negociados para mercados não tradicionais do futebol. Os meias Ricardo Goulart, também vendido ao futebol chinês, e Éverton Ribeiro, ao futebol dos Emirados Árabes. Foi a primeira vez que um jogador que atua na China foi convocado para a seleção brasileira. "A situação é única. Eles estão iniciando a pré-temporada e não estão no top da condição física. Não podemos chamar três jogadores de campeonatos que começaram recentemente. Chamamos apenas um [Diego Tardelli] porque tem jogado como titular", disse Dunga. Dunga confirmou que conversou por telefone com Diego Tardelli e que deu seu aval para ele ir para a China. Outras novidades da lista para os amistosos contra a França, dia 26 de março, em Paris, e Chile, dia 29 de março, em Londres, foram o retorno do lateral-esquerdo Marcelo, que havia participado apenas dos dois primeiros jogos da nova Era Dunga, em setembro, contra Colômbia e Equador, o lateral-direito Fabinho, do Mônaco, que também tinha sido chamado para os jogos nos EUA, mas apenas porque Maicon foi cortado por indisciplina. O volante Elias, do Corinthians, e o atacante Robinho, do Santos, foram chamados e confirmaram que estão nos planos do treinador para a Copa América, primeiro torneio oficial de Dunga neste retorno, no Chile, entre junho e julho. Roberto Firmino, do Hoffenheim, que havia sido chamado pela primeira vez para os jogos de novembro, contra Turquia e Áustria, também está na lista. Outro volante, Souza do São Paulo, volta a ser convocado depois de ocupar a vaga de Ramires, cortado por lesão, nos amistosos de outubro na China, contra a Argentina, e em Cingapura frente ao Japão. Na zaga, Thiago Silva foi confirmado na vaga do corintiano Gil. Para a função de auxiliar técnico pontual foi escolhido o ex-atacante Jairzinho, campeão do mundo com a seleção brasileira na Copa de 1970. A função foi criada pelo coordenador de seleções da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Gilmar Rinaldi, ao assumir em julho para ter atletas que tiveram sucesso na seleção ao lado dos atletas mais novos que estão sendo chamados por Dunga.
| 4 |
Após sair de campo de ambulância, jogador do Joinville recebe alta
|
O meia-atacante Lucas Crispim, 21, do Joinville, recebeu alta no domingo (6) após passar a noite internado no Hospital Marcelino Chmpagnat, em Curitiba, em razão do choque com o zagueiro Cadu, do Atlético-PR, durante jogo do último sábado, na Arena da Baixada, pelo Campeonato Brasileiro. De acordo com o clube catarinense, o jogador realizou exame de tomografia de crânio e coluna cervical e foi avaliado por um neurologista do hospital e nada foi constatado. Lucas Crispim já viajou para Joinville e será avaliado nesta segunda-feira pelo médico do clube, André Vilela, para saber quando retornará aos treinamentos. Revelado nas categorias de base do Santos, Lucas Crispim está emprestado ao clube catarinense. A equipe volta a campo na quarta-feira (9), quando fará o clássico contra a Chapecoense. O Joinville é o penúltimo colocado com 21 pontos —cinco a menos do que o Coritiba, primeiro clube fora da zona da degola.
|
esporte
|
Após sair de campo de ambulância, jogador do Joinville recebe altaO meia-atacante Lucas Crispim, 21, do Joinville, recebeu alta no domingo (6) após passar a noite internado no Hospital Marcelino Chmpagnat, em Curitiba, em razão do choque com o zagueiro Cadu, do Atlético-PR, durante jogo do último sábado, na Arena da Baixada, pelo Campeonato Brasileiro. De acordo com o clube catarinense, o jogador realizou exame de tomografia de crânio e coluna cervical e foi avaliado por um neurologista do hospital e nada foi constatado. Lucas Crispim já viajou para Joinville e será avaliado nesta segunda-feira pelo médico do clube, André Vilela, para saber quando retornará aos treinamentos. Revelado nas categorias de base do Santos, Lucas Crispim está emprestado ao clube catarinense. A equipe volta a campo na quarta-feira (9), quando fará o clássico contra a Chapecoense. O Joinville é o penúltimo colocado com 21 pontos —cinco a menos do que o Coritiba, primeiro clube fora da zona da degola.
| 4 |
Convidado da Flip, autor mexicano tateia o presente em ficção histórica
|
"Morte Súbita", quinto romance do escritor mexicano Álvaro Enrigue, 46, propõe uma mescla de história e ficção usando recursos da tradição literária latino-americana –dos jogos borgeanos ao estilo narrativo de autores como Fernando del Paso, autor de clássicos da novela histórica do continente. Pela falta de linearidade e o trabalho com fragmentos, Enrigue já foi comparado ao chileno Roberto Bolaño (1953-2003), mas o escritor rebate o comentário com uma ironia algo ressentida. "Bolaño é a única coisa que [os americanos] têm lido de literatura latino-americana ultimamente", diz à Folha, por telefone, de Nova York, onde vive. Enrigue estará na próxima edição da Flip, que ocorre entre 29/6 e 3/7, acompanhado da mulher, a também autora mexicana Valeria Luiselli. A obra, que venceu o Prêmio Herralde, inicia com uma inusitada partida de tênis disputada, em 1599, pelo pintor italiano Caravaggio e o poeta espanhol Francisco de Quevedo, em Roma. A bola usada no jogo havia sido fabricada com o cabelo da mulher de Henrique 8º, Ana Bolena, decapitada a seu pedido, em 1536. Numa época em que a literatura mexicana tem se concentrado mais na realidade violenta que vive o país, com o "boom" dos chamados "narco-romances", Enrigue propõe outra abordagem, mas afirma também tratar do presente. "O século 16 foi o ensaio da globalização de hoje. Enquanto na Europa havia embates por questões de poder, religião e filosofia, no Novo Mundo destruíam-se antigas civilizações, e o mundo ia se transformando em algo que já não tinha mais espaço para o desconhecido", afirma. De fato, o conquistador Hernán Cortés (1485-1547) aparece em outro plano do romance, em sua conquista do que hoje é o México. Enrigue crê que Cortés é um tema que sempre volta à tona quando se discute a identidade mexicana, mas a chave está no papel da indígena Malinche. Não há explicação única para o papel da Malinche na conquista, mas o que se popularizou é que ela serviu de intérprete e auxiliou os espanhóis a conquistar e destruir os povos indígenas locais, além de ter sido amante de Cortés. "Mexer com Malinche é mexer com a tradição de interpretação da história mexicana. Mas hoje há uma releitura em que ela é vista menos como a traidora, e mais como uma vítima. Acho que é resultado do fortalecimento do discurso feminista", diz. Morando nos EUA há mais de cinco anos, onde dá aulas nas universidades de Columbia e de Princeton –fato que, diz, lhe oferece uma distância que ajuda a interpretar os acontecimentos em seu próprio país–, Enrigue considera o fenômeno Donald Trump, virtual candidato republicano à Presidência, que propõe construir um muro para impedir imigração ilegal de mexicanos, "uma coisa espantosa". Mas alerta: "Não é a primeira vez que nos confrontamos com maus governantes. No México também estamos acostumados a isso". MORTE SÚBITA AUTOR Álvaro Enrigue TRADUÇÃO Sérgio Molina EDITORA Companhia das Letras QUANTO R$ 44,90 (254 págs.)
|
ilustrada
|
Convidado da Flip, autor mexicano tateia o presente em ficção histórica"Morte Súbita", quinto romance do escritor mexicano Álvaro Enrigue, 46, propõe uma mescla de história e ficção usando recursos da tradição literária latino-americana –dos jogos borgeanos ao estilo narrativo de autores como Fernando del Paso, autor de clássicos da novela histórica do continente. Pela falta de linearidade e o trabalho com fragmentos, Enrigue já foi comparado ao chileno Roberto Bolaño (1953-2003), mas o escritor rebate o comentário com uma ironia algo ressentida. "Bolaño é a única coisa que [os americanos] têm lido de literatura latino-americana ultimamente", diz à Folha, por telefone, de Nova York, onde vive. Enrigue estará na próxima edição da Flip, que ocorre entre 29/6 e 3/7, acompanhado da mulher, a também autora mexicana Valeria Luiselli. A obra, que venceu o Prêmio Herralde, inicia com uma inusitada partida de tênis disputada, em 1599, pelo pintor italiano Caravaggio e o poeta espanhol Francisco de Quevedo, em Roma. A bola usada no jogo havia sido fabricada com o cabelo da mulher de Henrique 8º, Ana Bolena, decapitada a seu pedido, em 1536. Numa época em que a literatura mexicana tem se concentrado mais na realidade violenta que vive o país, com o "boom" dos chamados "narco-romances", Enrigue propõe outra abordagem, mas afirma também tratar do presente. "O século 16 foi o ensaio da globalização de hoje. Enquanto na Europa havia embates por questões de poder, religião e filosofia, no Novo Mundo destruíam-se antigas civilizações, e o mundo ia se transformando em algo que já não tinha mais espaço para o desconhecido", afirma. De fato, o conquistador Hernán Cortés (1485-1547) aparece em outro plano do romance, em sua conquista do que hoje é o México. Enrigue crê que Cortés é um tema que sempre volta à tona quando se discute a identidade mexicana, mas a chave está no papel da indígena Malinche. Não há explicação única para o papel da Malinche na conquista, mas o que se popularizou é que ela serviu de intérprete e auxiliou os espanhóis a conquistar e destruir os povos indígenas locais, além de ter sido amante de Cortés. "Mexer com Malinche é mexer com a tradição de interpretação da história mexicana. Mas hoje há uma releitura em que ela é vista menos como a traidora, e mais como uma vítima. Acho que é resultado do fortalecimento do discurso feminista", diz. Morando nos EUA há mais de cinco anos, onde dá aulas nas universidades de Columbia e de Princeton –fato que, diz, lhe oferece uma distância que ajuda a interpretar os acontecimentos em seu próprio país–, Enrigue considera o fenômeno Donald Trump, virtual candidato republicano à Presidência, que propõe construir um muro para impedir imigração ilegal de mexicanos, "uma coisa espantosa". Mas alerta: "Não é a primeira vez que nos confrontamos com maus governantes. No México também estamos acostumados a isso". MORTE SÚBITA AUTOR Álvaro Enrigue TRADUÇÃO Sérgio Molina EDITORA Companhia das Letras QUANTO R$ 44,90 (254 págs.)
| 1 |
Antes de retorno, Anderson Silva diz que voltar ao topo é uma 'bobagem'
|
Após mais de um ano afastado por doping do UFC, principal circuito de MMA (artes marciais mistas), Anderson "Spider" Silva, 40, será protagonista do UFC Londres, que acontece no sábado (27). A quatro dias do duelo contra o inglês Michael Bisping, na luta principal do evento, o brasileiro diz que não precisa provar nada para ninguém e que voltar ao topo na categoria peso-médio é uma "grande bobagem". Um dos maiores lutadores de todos os tempos da organização, "Spider" passa por momento de superação. Antes de ser suspenso, o brasileiro quebrou a perna em duelo contra o americano Chris Weidman, em dezembro de 2013, e já havia ficado mais de um ano sem lutar. "Encaro essa fase com naturalidade. Acredito que topo e etc. é uma grande bobagem porque são grandes competidores que estão ali e cada um tem o seu momento e a sua passagem. Antes de eu estar ali tinham outros, e antes destes outros. É uma evolução normal do esporte", disse Silva à Folha. "Estou feliz com o que está acontecendo na minha carreira e a oportunidade de voltar a lutar em Londres. Claro que se aparecer outra oportunidade de lutar pelo título eu vou fazer, com certeza", completou. O brasileiro reinou na categoria peso-médio por nove anos, fez dez defesas de cinturão com sucesso, mas caiu duas vezes em 2013 diante do americano Chris Weidman. Atualmente, "Spider" diz que encara a vida de outra forma. "Hoje o meu grande objetivo é ser feliz. Aprendi muita coisa nesses últimos dois anos e meio. Você fica mais velho e vê a vida de outra maneira. A minha filosofia agora é ser feliz e passar o máximo de tempo possível com a minha família e com as pessoas que eu amo", disse. Contra Bisping, "Spider" afirma que não se sente pressionado. Para ele, as cobranças sempre vão existir, mas isso não irá afetar em nada o seu rendimento. Focado no duelo, o brasileiro diz que não mudou a sua preparação e que continua desenvolvendo as suas técnicas. Essa será a primeira luta de "Spider" após ser suspenso por um ano depois de testar positivo em exame antidoping feito no duelo contra o americano Nick Diaz, no UFC 183, em janeiro de 2015. "Nunca perdi a motivação para treinar. É o que eu gosto de fazer e a arte marcial faz parte da minha vida. Diante dos fatos eu continuei focado nos meus objetivos, que é estar sempre bem fisicamente e mentalmente", disse. "Vai ser uma luta muita dura. O Bisping é um grande atleta e bastante perigoso. Vai ser um grande espetáculo", completou.
|
esporte
|
Antes de retorno, Anderson Silva diz que voltar ao topo é uma 'bobagem'Após mais de um ano afastado por doping do UFC, principal circuito de MMA (artes marciais mistas), Anderson "Spider" Silva, 40, será protagonista do UFC Londres, que acontece no sábado (27). A quatro dias do duelo contra o inglês Michael Bisping, na luta principal do evento, o brasileiro diz que não precisa provar nada para ninguém e que voltar ao topo na categoria peso-médio é uma "grande bobagem". Um dos maiores lutadores de todos os tempos da organização, "Spider" passa por momento de superação. Antes de ser suspenso, o brasileiro quebrou a perna em duelo contra o americano Chris Weidman, em dezembro de 2013, e já havia ficado mais de um ano sem lutar. "Encaro essa fase com naturalidade. Acredito que topo e etc. é uma grande bobagem porque são grandes competidores que estão ali e cada um tem o seu momento e a sua passagem. Antes de eu estar ali tinham outros, e antes destes outros. É uma evolução normal do esporte", disse Silva à Folha. "Estou feliz com o que está acontecendo na minha carreira e a oportunidade de voltar a lutar em Londres. Claro que se aparecer outra oportunidade de lutar pelo título eu vou fazer, com certeza", completou. O brasileiro reinou na categoria peso-médio por nove anos, fez dez defesas de cinturão com sucesso, mas caiu duas vezes em 2013 diante do americano Chris Weidman. Atualmente, "Spider" diz que encara a vida de outra forma. "Hoje o meu grande objetivo é ser feliz. Aprendi muita coisa nesses últimos dois anos e meio. Você fica mais velho e vê a vida de outra maneira. A minha filosofia agora é ser feliz e passar o máximo de tempo possível com a minha família e com as pessoas que eu amo", disse. Contra Bisping, "Spider" afirma que não se sente pressionado. Para ele, as cobranças sempre vão existir, mas isso não irá afetar em nada o seu rendimento. Focado no duelo, o brasileiro diz que não mudou a sua preparação e que continua desenvolvendo as suas técnicas. Essa será a primeira luta de "Spider" após ser suspenso por um ano depois de testar positivo em exame antidoping feito no duelo contra o americano Nick Diaz, no UFC 183, em janeiro de 2015. "Nunca perdi a motivação para treinar. É o que eu gosto de fazer e a arte marcial faz parte da minha vida. Diante dos fatos eu continuei focado nos meus objetivos, que é estar sempre bem fisicamente e mentalmente", disse. "Vai ser uma luta muita dura. O Bisping é um grande atleta e bastante perigoso. Vai ser um grande espetáculo", completou.
| 4 |
Temer deu a bênção para propina, diz delator da Odebrecht
|
Mais um ex-executivo da Odebrecht afirmou em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o presidente Michel Temer foi o responsável por chancelar, em 2010, acerto para que a empreiteira destinasse US$ 40 milhões de propina a integrantes do PMDB. Rogério Santos de Araújo, responsável pelo lobby da Odebrecht na Petrobras, afirmou que Temer, em reunião em 15 de julho de 2010, "assentiu" e deu a "bênção" aos termos do acordo previamente tratados por executivos da empreiteira com o então deputado Eduardo Cunha (PMDB) e o lobista do PMDB João Augusto Henriques. Antes dele, Márcio Faria, ex-presidente da Odebrecht Engenharia, também havia mencionado a reunião. De acordo com Araújo, como se tratava de uma propina de valor elevado, a Odebrecht cobrou a aquiescência de peemedebistas de mais expressão do que Cunha. "Essa reunião [com Temer, na época candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff] foi marcada a seu pedido, pelo João Augusto [Henriques], com os líderes do PMDB para dar prosseguimento nas tratativas para confirmar os 5%, foi isso?", questionou um dos procuradores que tomaram o depoimento de Rogério Santos. A resposta do ex-executivo da Odebrecht foi afirmativa: "Isso, era um valor muito alto, né? E [era preciso cobrar] o engajamento do PMDB em toda a sua cadeia, acima do Eduardo Cunha". Temer confirma a existência da reunião, realizada em seu escritório político em São Paulo, mas nega que nela tenham sido discutidos valores ou acertos escusos. Segundo o relato de Araújo, não se falou em valores na reunião mas em todo o momento foi relatado, principalmente por Cunha, o empenho que o partido teria na aprovação do contrato de US$ 825 milhões entre a área internacional da Petrobras, controlada pelo partido, e a Odebrecht. E que os valores já haviam sido definidos em reuniões pretéritas com Cunha e João Augusto Henriques. "Não se falou de valor de propina, mas se falou de todos os compromissos que a gente tinha assumido e que a empresa ia honrar. (...) Não se fala explicitamente [dos 5%], mas fica implicitamente subentendido que a cúpula estava abençoando o processo", disse o delator. "O Michel Temer assentiu, falou, 'Ó, tá bom, feliz aí, a Odebrecht é uma grande empresa, preparada para trabalhar no exterior e tal". Em sua delação, Faria disse que Temer comandou a reunião. O ex-funcionário afirma ter ficado impressionado com a naturalidade com que a propina foi cobrada. "Foi a única vez em que estive com Michel Temer e Henrique Eduardo Alves e fiquei impressionado pela informalidade com que se tratou na reunião do tema 'contribuição partidária', que na realidade era pura propina", escreveu Márcio Faria no termo que entregou aos investigadores. Segundo os dois delatores da Odebrecht, participou também da reunião o então líder da bancada do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Alves nega que tenha ido a essa reunião. O presidente não é alvo de investigação no caso do petrolão pois a Procuradoria-Geral da República argumenta que ele conta com imunidade temporária, não podendo ser investigado por atos alheios ao seu atual mandato. OUTRO LADO A Presidência afirmou que Cunha levou alguns executivos da Odebrecht em 2010 ao escritório de Temer porque "os empresários queriam conhecer o candidato a vice-presidente e estavam dispostos a ajudar em campanhas do partido". Mas que "não se mencionou contratos internacionais" e que a "conversa versou somente sobre política nacional e eleições no país." "O presidente defende que as irregularidades apontadas no contrato devem ser apuradas e, os responsáveis, punidos pelo judiciário. Quanto ao senhor João Augusto Henriques, ele já circulava no meio político de Brasília há anos, sem contudo ter qualquer proximidade com Michel Temer." Em vídeo gravado nesta semana para falar sobre a reunião, Temer afirmou jamais ter tratado de negócios escusos naquela ou em qualquer outra oportunidade.
|
poder
|
Temer deu a bênção para propina, diz delator da OdebrechtMais um ex-executivo da Odebrecht afirmou em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o presidente Michel Temer foi o responsável por chancelar, em 2010, acerto para que a empreiteira destinasse US$ 40 milhões de propina a integrantes do PMDB. Rogério Santos de Araújo, responsável pelo lobby da Odebrecht na Petrobras, afirmou que Temer, em reunião em 15 de julho de 2010, "assentiu" e deu a "bênção" aos termos do acordo previamente tratados por executivos da empreiteira com o então deputado Eduardo Cunha (PMDB) e o lobista do PMDB João Augusto Henriques. Antes dele, Márcio Faria, ex-presidente da Odebrecht Engenharia, também havia mencionado a reunião. De acordo com Araújo, como se tratava de uma propina de valor elevado, a Odebrecht cobrou a aquiescência de peemedebistas de mais expressão do que Cunha. "Essa reunião [com Temer, na época candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff] foi marcada a seu pedido, pelo João Augusto [Henriques], com os líderes do PMDB para dar prosseguimento nas tratativas para confirmar os 5%, foi isso?", questionou um dos procuradores que tomaram o depoimento de Rogério Santos. A resposta do ex-executivo da Odebrecht foi afirmativa: "Isso, era um valor muito alto, né? E [era preciso cobrar] o engajamento do PMDB em toda a sua cadeia, acima do Eduardo Cunha". Temer confirma a existência da reunião, realizada em seu escritório político em São Paulo, mas nega que nela tenham sido discutidos valores ou acertos escusos. Segundo o relato de Araújo, não se falou em valores na reunião mas em todo o momento foi relatado, principalmente por Cunha, o empenho que o partido teria na aprovação do contrato de US$ 825 milhões entre a área internacional da Petrobras, controlada pelo partido, e a Odebrecht. E que os valores já haviam sido definidos em reuniões pretéritas com Cunha e João Augusto Henriques. "Não se falou de valor de propina, mas se falou de todos os compromissos que a gente tinha assumido e que a empresa ia honrar. (...) Não se fala explicitamente [dos 5%], mas fica implicitamente subentendido que a cúpula estava abençoando o processo", disse o delator. "O Michel Temer assentiu, falou, 'Ó, tá bom, feliz aí, a Odebrecht é uma grande empresa, preparada para trabalhar no exterior e tal". Em sua delação, Faria disse que Temer comandou a reunião. O ex-funcionário afirma ter ficado impressionado com a naturalidade com que a propina foi cobrada. "Foi a única vez em que estive com Michel Temer e Henrique Eduardo Alves e fiquei impressionado pela informalidade com que se tratou na reunião do tema 'contribuição partidária', que na realidade era pura propina", escreveu Márcio Faria no termo que entregou aos investigadores. Segundo os dois delatores da Odebrecht, participou também da reunião o então líder da bancada do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Alves nega que tenha ido a essa reunião. O presidente não é alvo de investigação no caso do petrolão pois a Procuradoria-Geral da República argumenta que ele conta com imunidade temporária, não podendo ser investigado por atos alheios ao seu atual mandato. OUTRO LADO A Presidência afirmou que Cunha levou alguns executivos da Odebrecht em 2010 ao escritório de Temer porque "os empresários queriam conhecer o candidato a vice-presidente e estavam dispostos a ajudar em campanhas do partido". Mas que "não se mencionou contratos internacionais" e que a "conversa versou somente sobre política nacional e eleições no país." "O presidente defende que as irregularidades apontadas no contrato devem ser apuradas e, os responsáveis, punidos pelo judiciário. Quanto ao senhor João Augusto Henriques, ele já circulava no meio político de Brasília há anos, sem contudo ter qualquer proximidade com Michel Temer." Em vídeo gravado nesta semana para falar sobre a reunião, Temer afirmou jamais ter tratado de negócios escusos naquela ou em qualquer outra oportunidade.
| 0 |
Depoimento de terrorista dá impulso a ação contra Arábia Saudita por 11/9
|
Ron Motley parecia um personagem saído de um romance de John Grisham, um advogado sulista carismático dotado de toda a autoconfiança de um homem que apostava grande e geralmente ganhava. Ele conquistou fama e fortuna derrotando sucessivos adversários legais aparentemente imbatíveis. Derrotou a indústria do amianto e depois a indústria dos cigarros. Finalmente Motley voltou sua atenção àquele que talvez tenha sido seu alvo mais temível de todos: a Arábia Saudita, que ele considerou que teria ajudado a financiar os ataques do 11 de setembro de 2001. Em 2002 Motley abriu um processo em um tribunal federal em nome das famílias de vítimas do 11 de setembro contra o governo da Arábia Saudita e membros da elite saudita, incluindo uma grande gama de instituições financeiras sauditas e indivíduos ricos. A ação acusou o governo, bancos, organizações beneficentes e até membros da família real saudita de financiar o terrorismo de Osama bin Laden. Desde então, atolado em inúmeros atrasos processuais e não contando com uma prova inquestionável que evidencie a cumplicidade saudita, a ação movida por Motley está parada nos tribunais, sem chegar perto de qualquer resolução. Na semana passada, porém, após mais de 12 anos de contendas judiciais arrastadas, o processo de repente voltou às manchetes. Advogados que representam as famílias de vítimas do 11 de setembro revelaram que Zacarias Moussaoui, ex-agente da Al Qaeda que está na prisão federal, lhes contou que membros destacados da família real saudita foram os maiores doadores à organização terrorista no final dos anos 1990. As declarações de Moussaoui foram rapidamente contestadas por alguns especialistas em política externa e rejeitadas por autoridades sauditas, mas ajudaram a levar de volta à consciência nacional a questão antes candente do possível envolvimento saudita no 11 de setembro. E geraram atenção ampla para a ação judicial há tanto tempo atolada, que ocupa a pauta da corte federal desde quase o início do século 21. "Quando comecei tudo isso, nunca teria imaginado que passaria uma parte tão grande de minha vida profissional com um único caso", comentou Sean Carter, um dos advogados dos autores da ação. "Há momentos em que é exaustivo, mas todo o mundo quer levar isto até o fim." A atenção chegou tarde demais para Motley, que morreu em 2013, sem ter visto sua briga legal mais ambiciosa chegar a termo. Outros advogados estão levando adiante sua ação e uma série de outras que foram consolidadas em uma só ação gigante que tramita na corte federal de Nova York. Ao longo dos anos essa ação gigante já passou por tantos atrasos e reinícios fracassados, suportou tantos altos e baixos, que chegou a ser comparada à ação Jarndyce vs Jarndyce, o drama legal interminável à base do romance "Bleak House", de Charles Dickens. O caso também já enfrentou perguntas estranhas sobre se alguns investigadores contratados pelos advogados das famílias do 11 de setembro também teriam trabalhado para o governo dos EUA em operações de inteligência não relacionadas, ao mesmo tempo. Essas dúvidas levaram a uma investigação secreta do inspetor geral do Departamento de Justiça sobre a relação entre os investigadores e o FBI. Quando iniciaram sua campanha legal contra os sauditas, na turbulência que se seguiu ao 11 de setembro, Motley e outros advogados citaram centenas de indivíduos e instituições como réus. Hoje alguns advogados envolvidos no caso admitem que essa abordagem foi equivocada porque levou a anos de tempo desperdiçado em disputas processuais, na medida em que muitos réus procuraram ter seus nomes tirados do processo. "Se fosse possível voltar o tempo para trás 13 anos, eu teria preferido uma ação com alvos mais precisos e menos dispersos", disse Jim Kreindler, um dos advogados das famílias das vítimas do 11 de setembro. "Mas a ação não morreu." Muitos dos réus originais conseguiram ser dispensados do caso, incluindo o governo e membros da família real saudita, que puderam argumentar que estão protegidos pela doutrina da imunidade soberana estrangeira. O conceito garante a países reconhecidos como tais a imunidade perante tribunais americanos. Mas, depois de o governo e membros da família real terem sido dispensados em 2005, advogados das famílias das vítimas moveram um recurso, iniciando uma batalha legal prolongada para que fossem readmitidos como réus. Finalmente, em 2013, um tribunal de apelações reverteu sua própria decisão e decretou que as famílias das vítimas podem, sim, levar adiante sua ação contra o governo saudita. A decisão judicial não se estendeu aos membros individuais da família real saudita que tinham sido dispensados como réus. Mesmo assim, deu nova vida e novo foco à ação, com muito menos réus. "Começamos com 500 ou 600 réus, incluindo os governos de vários países", disse Kreindler. "Hoje a ação focaliza principalmente o governo da Arábia Saudita." Mas o governo saudita está reagindo e fazendo o que pode para ser novamente dispensado da ação. As declarações de Moussaoui foram registradas no tribunal por advogados das famílias de vítimas do 11 de setembro como parte da uma reação mais ampla à mais recente petição do governo saudita para deixar de constar como réu. Kreindler estimou que a disputa contínua em torno da permanência ou não do governo saudita como réu no processo pode levar mais três anos, durante os quais a questão vai novamente transitar pelo sistema legal. Ele previu que ela acabe chegando à Suprema Corte, que já tratou do assunto três vezes, tendo duas vezes se negado a analisar recursos dos querelantes e uma vez se negado a ouvir um recurso dos réus, segundo advogados envolvidos no caso. Agora os advogados das famílias esperam que o Congresso abra um atalho para o processo, aprovando legislação que impeça a doutrina da imunidade soberana estrangeira de proteger países que dão apoio ao terrorismo. Depois de várias ações terem sido consolidadas na Corte Distrital americana em Nova York, em 2003, o processo gigante foi confiado ao juiz Richard Conway Casey, o primeiro juiz cego de tribunal federal americano. Após a morte dele, em 2007, foi transferido para o juiz George Daniels. Em 2010, advogados das famílias das vítimas deram entrada num pedido para que Daniels fosse afastado do caso, por operar com muita lentidão, mas a tentativa fracassou. De longe o mais misterioso episódio em todo o caso diz respeito a alguns dos investigadores chamados por Motley para investigar a Arábia Saudita. Trabalhando por meio de uma firma investigativa pequena chamada Rosetta Research and Consulting, formada para trabalhar no caso, alguns dos investigadores também se envolveram em operações com o FBI e, mais tarde, a Drug Enforcement Agency (a agência antidrogas dos EUA). Eles estiveram envolvidos numa operação para atrair um chefão do narcotráfico afegão para os Estados Unidos. Em 2005, persuadiram o afegão, Hadji Bashir Noorzai, a ir para Nova York, onde ele foi preso pela DEA, sendo posteriormente condenado e sentenciado à prisão perpétua. O papel exercido pelos investigadores da ação judicial do 11 de setembro na operação envolvendo Noorzai foi confuso e constrangedor para muitas figuras de alto escalão do governo. Os vínculos entre os investigadores e o FBI levaram à abertura de uma investigação pelo inspetor geral do Departamento de Justiça, que nunca levou suas conclusões a público. Motley e sua firma, a Motley Rice, acabaram cortando relações com os investigadores, e a Rosetta foi fechada. Hoje os advogados das famílias das vítimas do 11 de setembro já passaram por tantas idas e vindas que tomam o cuidado de não descrever as declarações de Moussaoui como avanço. Mas, expressando otimismo cauteloso, dizem que as novas declarações vieram incrementar as provas de que necessitam para fundamentar seus argumentos. Tradução de CLARA ALLAIN
|
mundo
|
Depoimento de terrorista dá impulso a ação contra Arábia Saudita por 11/9Ron Motley parecia um personagem saído de um romance de John Grisham, um advogado sulista carismático dotado de toda a autoconfiança de um homem que apostava grande e geralmente ganhava. Ele conquistou fama e fortuna derrotando sucessivos adversários legais aparentemente imbatíveis. Derrotou a indústria do amianto e depois a indústria dos cigarros. Finalmente Motley voltou sua atenção àquele que talvez tenha sido seu alvo mais temível de todos: a Arábia Saudita, que ele considerou que teria ajudado a financiar os ataques do 11 de setembro de 2001. Em 2002 Motley abriu um processo em um tribunal federal em nome das famílias de vítimas do 11 de setembro contra o governo da Arábia Saudita e membros da elite saudita, incluindo uma grande gama de instituições financeiras sauditas e indivíduos ricos. A ação acusou o governo, bancos, organizações beneficentes e até membros da família real saudita de financiar o terrorismo de Osama bin Laden. Desde então, atolado em inúmeros atrasos processuais e não contando com uma prova inquestionável que evidencie a cumplicidade saudita, a ação movida por Motley está parada nos tribunais, sem chegar perto de qualquer resolução. Na semana passada, porém, após mais de 12 anos de contendas judiciais arrastadas, o processo de repente voltou às manchetes. Advogados que representam as famílias de vítimas do 11 de setembro revelaram que Zacarias Moussaoui, ex-agente da Al Qaeda que está na prisão federal, lhes contou que membros destacados da família real saudita foram os maiores doadores à organização terrorista no final dos anos 1990. As declarações de Moussaoui foram rapidamente contestadas por alguns especialistas em política externa e rejeitadas por autoridades sauditas, mas ajudaram a levar de volta à consciência nacional a questão antes candente do possível envolvimento saudita no 11 de setembro. E geraram atenção ampla para a ação judicial há tanto tempo atolada, que ocupa a pauta da corte federal desde quase o início do século 21. "Quando comecei tudo isso, nunca teria imaginado que passaria uma parte tão grande de minha vida profissional com um único caso", comentou Sean Carter, um dos advogados dos autores da ação. "Há momentos em que é exaustivo, mas todo o mundo quer levar isto até o fim." A atenção chegou tarde demais para Motley, que morreu em 2013, sem ter visto sua briga legal mais ambiciosa chegar a termo. Outros advogados estão levando adiante sua ação e uma série de outras que foram consolidadas em uma só ação gigante que tramita na corte federal de Nova York. Ao longo dos anos essa ação gigante já passou por tantos atrasos e reinícios fracassados, suportou tantos altos e baixos, que chegou a ser comparada à ação Jarndyce vs Jarndyce, o drama legal interminável à base do romance "Bleak House", de Charles Dickens. O caso também já enfrentou perguntas estranhas sobre se alguns investigadores contratados pelos advogados das famílias do 11 de setembro também teriam trabalhado para o governo dos EUA em operações de inteligência não relacionadas, ao mesmo tempo. Essas dúvidas levaram a uma investigação secreta do inspetor geral do Departamento de Justiça sobre a relação entre os investigadores e o FBI. Quando iniciaram sua campanha legal contra os sauditas, na turbulência que se seguiu ao 11 de setembro, Motley e outros advogados citaram centenas de indivíduos e instituições como réus. Hoje alguns advogados envolvidos no caso admitem que essa abordagem foi equivocada porque levou a anos de tempo desperdiçado em disputas processuais, na medida em que muitos réus procuraram ter seus nomes tirados do processo. "Se fosse possível voltar o tempo para trás 13 anos, eu teria preferido uma ação com alvos mais precisos e menos dispersos", disse Jim Kreindler, um dos advogados das famílias das vítimas do 11 de setembro. "Mas a ação não morreu." Muitos dos réus originais conseguiram ser dispensados do caso, incluindo o governo e membros da família real saudita, que puderam argumentar que estão protegidos pela doutrina da imunidade soberana estrangeira. O conceito garante a países reconhecidos como tais a imunidade perante tribunais americanos. Mas, depois de o governo e membros da família real terem sido dispensados em 2005, advogados das famílias das vítimas moveram um recurso, iniciando uma batalha legal prolongada para que fossem readmitidos como réus. Finalmente, em 2013, um tribunal de apelações reverteu sua própria decisão e decretou que as famílias das vítimas podem, sim, levar adiante sua ação contra o governo saudita. A decisão judicial não se estendeu aos membros individuais da família real saudita que tinham sido dispensados como réus. Mesmo assim, deu nova vida e novo foco à ação, com muito menos réus. "Começamos com 500 ou 600 réus, incluindo os governos de vários países", disse Kreindler. "Hoje a ação focaliza principalmente o governo da Arábia Saudita." Mas o governo saudita está reagindo e fazendo o que pode para ser novamente dispensado da ação. As declarações de Moussaoui foram registradas no tribunal por advogados das famílias de vítimas do 11 de setembro como parte da uma reação mais ampla à mais recente petição do governo saudita para deixar de constar como réu. Kreindler estimou que a disputa contínua em torno da permanência ou não do governo saudita como réu no processo pode levar mais três anos, durante os quais a questão vai novamente transitar pelo sistema legal. Ele previu que ela acabe chegando à Suprema Corte, que já tratou do assunto três vezes, tendo duas vezes se negado a analisar recursos dos querelantes e uma vez se negado a ouvir um recurso dos réus, segundo advogados envolvidos no caso. Agora os advogados das famílias esperam que o Congresso abra um atalho para o processo, aprovando legislação que impeça a doutrina da imunidade soberana estrangeira de proteger países que dão apoio ao terrorismo. Depois de várias ações terem sido consolidadas na Corte Distrital americana em Nova York, em 2003, o processo gigante foi confiado ao juiz Richard Conway Casey, o primeiro juiz cego de tribunal federal americano. Após a morte dele, em 2007, foi transferido para o juiz George Daniels. Em 2010, advogados das famílias das vítimas deram entrada num pedido para que Daniels fosse afastado do caso, por operar com muita lentidão, mas a tentativa fracassou. De longe o mais misterioso episódio em todo o caso diz respeito a alguns dos investigadores chamados por Motley para investigar a Arábia Saudita. Trabalhando por meio de uma firma investigativa pequena chamada Rosetta Research and Consulting, formada para trabalhar no caso, alguns dos investigadores também se envolveram em operações com o FBI e, mais tarde, a Drug Enforcement Agency (a agência antidrogas dos EUA). Eles estiveram envolvidos numa operação para atrair um chefão do narcotráfico afegão para os Estados Unidos. Em 2005, persuadiram o afegão, Hadji Bashir Noorzai, a ir para Nova York, onde ele foi preso pela DEA, sendo posteriormente condenado e sentenciado à prisão perpétua. O papel exercido pelos investigadores da ação judicial do 11 de setembro na operação envolvendo Noorzai foi confuso e constrangedor para muitas figuras de alto escalão do governo. Os vínculos entre os investigadores e o FBI levaram à abertura de uma investigação pelo inspetor geral do Departamento de Justiça, que nunca levou suas conclusões a público. Motley e sua firma, a Motley Rice, acabaram cortando relações com os investigadores, e a Rosetta foi fechada. Hoje os advogados das famílias das vítimas do 11 de setembro já passaram por tantas idas e vindas que tomam o cuidado de não descrever as declarações de Moussaoui como avanço. Mas, expressando otimismo cauteloso, dizem que as novas declarações vieram incrementar as provas de que necessitam para fundamentar seus argumentos. Tradução de CLARA ALLAIN
| 3 |
Paciente mente que viajou à Libéria e gera alarme falso de ebola no DF
|
Ao relatar uma recente viagem à Libéria, um dos países mais afetados no início da epidemia do ebola, um paciente de 41 anos despertou temor em uma UPA (unidade de pronto-atendimento) no Distrito Federal, mobilizou cerca de 50 profissionais de saúde e levou o governo local a emitir um alerta ao Ministério da Saúde. A confusão durou cerca de oito horas. Nesse intervalo, o paciente foi isolado em um consultório, e funcionários que atendiam o caso diretamente se muniram de itens de segurança, como luva, máscara e roupas especiais. Até descobrirem que, no último ano, o paciente nem sequer havia saído do país. Agora, o paciente será encaminhado para o Hospital de Base, para avaliação psiquiátrica. "Ele dizia que tinha viajado com um amigo que morreu de ebola em São Paulo", conta José Carlos Valença, subsecretário de vigilância à saúde. Segundo Valença, o homem, um espanhol radicado no Brasil, já havia procurado atendimento na segunda-feira (15), relatando febre e dores no corpo. Na quarta, os sintomas se agravaram, e ele voltou ao local por volta das 16h. O caso começou a ser descartado por volta das 21h, após funcionários notarem que os detalhes sobre a viagem eram contraditórios. Além disso, a Libéria foi declarada livre da doença em maio deste ano. Um contato com a família do paciente acabou por dar fim à suspeita já à meia-noite. O paciente foi diagnosticado com infecção urinária e liberado na manhã desta quinta-feira (18). Para o chefe do núcleo de controle de endemias do DF, Dalcy Albuquerque Filho, apesar do transtorno causado pela viagem "fictícia", o caso ajudou a verificar o funcionamento dos protocolos de segurança. "Se a história dele tivesse o mínimo de coerência, em menos de duas horas ele estaria no HRAN (Hospital Regional da Asa Norte) ou seria enviado ao Rio de Janeiro", disse. "Não temos como descartar uma história fantasiosa imediatamente", completa. Esse não é o primeiro alarme falso da doença no Distrito Federal. Em outubro, um hospital particular foi isolado por cerca de uma hora após um comissário de bordo estrangeiro buscar assistência no local com sintomas de febre e diarréia. O caso foi descartado após o paciente relatar que nunca havia estado na África, um dos continentes mais afetados na época. Atualmente, apenas Guiné e Serra Leoa têm registrado casos de infecção por ebola, segundo Ministério da Saúde.
|
cotidiano
|
Paciente mente que viajou à Libéria e gera alarme falso de ebola no DFAo relatar uma recente viagem à Libéria, um dos países mais afetados no início da epidemia do ebola, um paciente de 41 anos despertou temor em uma UPA (unidade de pronto-atendimento) no Distrito Federal, mobilizou cerca de 50 profissionais de saúde e levou o governo local a emitir um alerta ao Ministério da Saúde. A confusão durou cerca de oito horas. Nesse intervalo, o paciente foi isolado em um consultório, e funcionários que atendiam o caso diretamente se muniram de itens de segurança, como luva, máscara e roupas especiais. Até descobrirem que, no último ano, o paciente nem sequer havia saído do país. Agora, o paciente será encaminhado para o Hospital de Base, para avaliação psiquiátrica. "Ele dizia que tinha viajado com um amigo que morreu de ebola em São Paulo", conta José Carlos Valença, subsecretário de vigilância à saúde. Segundo Valença, o homem, um espanhol radicado no Brasil, já havia procurado atendimento na segunda-feira (15), relatando febre e dores no corpo. Na quarta, os sintomas se agravaram, e ele voltou ao local por volta das 16h. O caso começou a ser descartado por volta das 21h, após funcionários notarem que os detalhes sobre a viagem eram contraditórios. Além disso, a Libéria foi declarada livre da doença em maio deste ano. Um contato com a família do paciente acabou por dar fim à suspeita já à meia-noite. O paciente foi diagnosticado com infecção urinária e liberado na manhã desta quinta-feira (18). Para o chefe do núcleo de controle de endemias do DF, Dalcy Albuquerque Filho, apesar do transtorno causado pela viagem "fictícia", o caso ajudou a verificar o funcionamento dos protocolos de segurança. "Se a história dele tivesse o mínimo de coerência, em menos de duas horas ele estaria no HRAN (Hospital Regional da Asa Norte) ou seria enviado ao Rio de Janeiro", disse. "Não temos como descartar uma história fantasiosa imediatamente", completa. Esse não é o primeiro alarme falso da doença no Distrito Federal. Em outubro, um hospital particular foi isolado por cerca de uma hora após um comissário de bordo estrangeiro buscar assistência no local com sintomas de febre e diarréia. O caso foi descartado após o paciente relatar que nunca havia estado na África, um dos continentes mais afetados na época. Atualmente, apenas Guiné e Serra Leoa têm registrado casos de infecção por ebola, segundo Ministério da Saúde.
| 6 |
Em 1992, impeachment de Collor também foi judicializado no STF
|
A iniciativa da bancada do PT, que foi ao STF (Supremo Tribunal Federal) para anular a tramitação do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, não é inédita na história do Brasil. Fernando Collor de Mello também travou batalha judicial para evitar o seguimento do processo que tirou-o da presidência. Em setembro de 1992, a ação de impeachment contra Collor foi aberta pela Câmara dos Deputados, por 441 votos a 38. A comissão especial que tratava do assunto já havia aprovado a admissibilidade do impedimento por 32 votos a 1. O presidente foi afastado e o caso passou a correr no Senado. A partir daí, Collor entrou com vários mandados de segurança no STF contra a tramitação do processo que iria tirá-lo do poder. Um deles, o MS 21.564, tinha como alvo um ato do então presidente da Câmara dos Deputados, Ibsen Pinheiro, que estabeleceu regras para o procedimento de autorização para o processo de impedimento. O recurso pedia a nulidade do rito estabelecido por Pinheiro, alegando que não foram cumpridas as normas legais e regimentais. A única coisa que Collor conseguiu foi ampliar o prazo da defesa, de cinco para dez sessões. O STF decidiu, na ocasião, pelo voto aberto. Celso de Mello, hoje o ministro que está no STF há mais tempo, participou da decisão e defendeu a modalidade aberta. O mandado seguinte, o 21.623, contestava, além do processo de impedimento, atos do então presidente do STF, Sydney Sanches. O objetivo era declarar a suspeição de diversos senadores, reabrir o prazo para as alegações finais e possibilitar que uma testemunha da defesa fosse ouvida. Foi indeferida pelo tribunal. Collor foi julgado no Senado em 29 de dezembro. Apesar de ter renunciado ao cargo logo após o início da sessão, às 9h34, para escapar da pena de inelegibilidade, a Casa seguiu com a ação e o deixou inelegível por oito anos. No MS 21.689, Collor atacou a resolução do Senado que aplicou a inelegibilidade, a fim de restabelecer seus direitos políticos. O recurso foi julgado um ano depois, no dia 6 de dezembro de 1993. Diante de um empate de quatro a quatro no STF, três ministros do (STJ) Superior Tribunal de Justiça foram convocados e confirmaram a inelegibilidade no dia 16. O político tentou disputar a presidência em 1998, mas seu nome foi excluído da cédula.
|
poder
|
Em 1992, impeachment de Collor também foi judicializado no STFA iniciativa da bancada do PT, que foi ao STF (Supremo Tribunal Federal) para anular a tramitação do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, não é inédita na história do Brasil. Fernando Collor de Mello também travou batalha judicial para evitar o seguimento do processo que tirou-o da presidência. Em setembro de 1992, a ação de impeachment contra Collor foi aberta pela Câmara dos Deputados, por 441 votos a 38. A comissão especial que tratava do assunto já havia aprovado a admissibilidade do impedimento por 32 votos a 1. O presidente foi afastado e o caso passou a correr no Senado. A partir daí, Collor entrou com vários mandados de segurança no STF contra a tramitação do processo que iria tirá-lo do poder. Um deles, o MS 21.564, tinha como alvo um ato do então presidente da Câmara dos Deputados, Ibsen Pinheiro, que estabeleceu regras para o procedimento de autorização para o processo de impedimento. O recurso pedia a nulidade do rito estabelecido por Pinheiro, alegando que não foram cumpridas as normas legais e regimentais. A única coisa que Collor conseguiu foi ampliar o prazo da defesa, de cinco para dez sessões. O STF decidiu, na ocasião, pelo voto aberto. Celso de Mello, hoje o ministro que está no STF há mais tempo, participou da decisão e defendeu a modalidade aberta. O mandado seguinte, o 21.623, contestava, além do processo de impedimento, atos do então presidente do STF, Sydney Sanches. O objetivo era declarar a suspeição de diversos senadores, reabrir o prazo para as alegações finais e possibilitar que uma testemunha da defesa fosse ouvida. Foi indeferida pelo tribunal. Collor foi julgado no Senado em 29 de dezembro. Apesar de ter renunciado ao cargo logo após o início da sessão, às 9h34, para escapar da pena de inelegibilidade, a Casa seguiu com a ação e o deixou inelegível por oito anos. No MS 21.689, Collor atacou a resolução do Senado que aplicou a inelegibilidade, a fim de restabelecer seus direitos políticos. O recurso foi julgado um ano depois, no dia 6 de dezembro de 1993. Diante de um empate de quatro a quatro no STF, três ministros do (STJ) Superior Tribunal de Justiça foram convocados e confirmaram a inelegibilidade no dia 16. O político tentou disputar a presidência em 1998, mas seu nome foi excluído da cédula.
| 0 |
Petrobras responsabiliza ex-diretor por explosão de custos em refinaria
|
A Petrobras responsabilizou neste domingo (18) o ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, pela explosão de custos na refinaria de Abreu e Lima, cujos investimentos previstos saíram de US$ 2,4 bilhões em 2005 para os atuais US$ 18,5 bilhões. Costa é um dos principais delatores do esquema de corrupção na estatal, investigado pela Operação Lava Jato. Segundo nota divulgada à imprensa, Costa propôs ainda em 2007 "a antecipação de diversas obras da refinaria, alterações do projeto e na estratégia de contratação, o que levou a um grande número de aditamentos contratuais". Costa já admitiu que cobrava propina das empreiteiras envolvidas na obra, ficando com uma parte e repassando o restante a políticos. A estatal divulgou a nota por conta de matéria publicada pela Folha que mostrou, com base em relatório da auditoria interna da própria estatal, que a refinaria de Abreu e Lima vai gerar uma perda de US$ 3,2 bilhões para a Petrobras. Os gastos com a construção subiram tanto que as receitas geradas pela refinaria ao longo de sua vida útil, trazidas a valores atuais, não serão capazes de pagar o investimento. Na nota, a Petrobras não nega o valor do prejuízo, nem que seus administradores tinham conhecimento. A diretoria aprovou a fase de execução de Abreu e Lima em novembro de 2009 e o conselho de administração deu aval para a continuidade das obras em junho de 2012 dentro do seu plano de negócios. Segundo a nota, "testes realizados pela companhia até 2013 não indicaram a necessidade de reconhecimento de perdas de investimentos realizados na refinaria de Abreu e Lima". A própria nota esclarece, no entanto, que esses testes são realizados para todas as operações de refinarias, oleodutos e terminais da Petrobras, que teriam resultado positivo no conjunto. A nota não esclarece se foi feito ou qual seria o resultado de um teste apenas para a refinaria de Abreu e Lima. De acordo com a estatal, a diretoria executiva autorizou as obras da refinaria em novembro de 2009 com base em um estudo que apontava que a refinaria geraria um retorno positivo, "que considerou análises complementares, como desoneração tributária e perda de mercado evitada". A reportagem mostrou que pareceres internos da companhia - das áreas de estratégia e tributária - mostravam que essas análises complementares eram de "difícil realização". Segundo fontes ligadas à empresa, houve "maquiagem" dos dados na época, para transformar um prejuízo de quase US$ 2 bilhões em um ganho de US$ 76 milhões. Segundo a Petrobras, "o projeto foi apresentado ao conselho de administração, que orientou a diretoria executivo a envidar esforços para elevar a rentabilidade do projeto". No entanto, a rentabilidade do projeto ficou cada vez mais comprometida, chegando a perda de US$ 3,2 bilhões nos estudos técnicos realizados em junho de 2012. A estatal afirma ainda que "é competência da diretoria executiva aprovar os projetos que compõem o plano de negócios e que cabe ao conselho de administração a aprovação de toda a carteira de investimentos". A nota ressalta, no entanto, "que os conselheiros recebem desde 27 de abril de 2012 os relatórios mensais de acompanhamento dos principais projetos, com os avanços físicos e financeiros, incluindo a refinaria de Abreu e Lima ".
|
poder
|
Petrobras responsabiliza ex-diretor por explosão de custos em refinariaA Petrobras responsabilizou neste domingo (18) o ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, pela explosão de custos na refinaria de Abreu e Lima, cujos investimentos previstos saíram de US$ 2,4 bilhões em 2005 para os atuais US$ 18,5 bilhões. Costa é um dos principais delatores do esquema de corrupção na estatal, investigado pela Operação Lava Jato. Segundo nota divulgada à imprensa, Costa propôs ainda em 2007 "a antecipação de diversas obras da refinaria, alterações do projeto e na estratégia de contratação, o que levou a um grande número de aditamentos contratuais". Costa já admitiu que cobrava propina das empreiteiras envolvidas na obra, ficando com uma parte e repassando o restante a políticos. A estatal divulgou a nota por conta de matéria publicada pela Folha que mostrou, com base em relatório da auditoria interna da própria estatal, que a refinaria de Abreu e Lima vai gerar uma perda de US$ 3,2 bilhões para a Petrobras. Os gastos com a construção subiram tanto que as receitas geradas pela refinaria ao longo de sua vida útil, trazidas a valores atuais, não serão capazes de pagar o investimento. Na nota, a Petrobras não nega o valor do prejuízo, nem que seus administradores tinham conhecimento. A diretoria aprovou a fase de execução de Abreu e Lima em novembro de 2009 e o conselho de administração deu aval para a continuidade das obras em junho de 2012 dentro do seu plano de negócios. Segundo a nota, "testes realizados pela companhia até 2013 não indicaram a necessidade de reconhecimento de perdas de investimentos realizados na refinaria de Abreu e Lima". A própria nota esclarece, no entanto, que esses testes são realizados para todas as operações de refinarias, oleodutos e terminais da Petrobras, que teriam resultado positivo no conjunto. A nota não esclarece se foi feito ou qual seria o resultado de um teste apenas para a refinaria de Abreu e Lima. De acordo com a estatal, a diretoria executiva autorizou as obras da refinaria em novembro de 2009 com base em um estudo que apontava que a refinaria geraria um retorno positivo, "que considerou análises complementares, como desoneração tributária e perda de mercado evitada". A reportagem mostrou que pareceres internos da companhia - das áreas de estratégia e tributária - mostravam que essas análises complementares eram de "difícil realização". Segundo fontes ligadas à empresa, houve "maquiagem" dos dados na época, para transformar um prejuízo de quase US$ 2 bilhões em um ganho de US$ 76 milhões. Segundo a Petrobras, "o projeto foi apresentado ao conselho de administração, que orientou a diretoria executivo a envidar esforços para elevar a rentabilidade do projeto". No entanto, a rentabilidade do projeto ficou cada vez mais comprometida, chegando a perda de US$ 3,2 bilhões nos estudos técnicos realizados em junho de 2012. A estatal afirma ainda que "é competência da diretoria executiva aprovar os projetos que compõem o plano de negócios e que cabe ao conselho de administração a aprovação de toda a carteira de investimentos". A nota ressalta, no entanto, "que os conselheiros recebem desde 27 de abril de 2012 os relatórios mensais de acompanhamento dos principais projetos, com os avanços físicos e financeiros, incluindo a refinaria de Abreu e Lima ".
| 0 |
Hoje na TV: Inter de Milão x Juventus, pelo Italiano
|
7h - Torneio fem. de Roma, tênis, Bandsports 7h - Mundial de surfe, etapa do Rio, ESPN + 8h15 - Norwich x Ipswich, Inglês (2ª divisão), ESPN 8h45 - Southampton x Aston Villa, Inglês, ESPN Brasil e Fox Sports 9h - Masters 1.000 de Roma, tênis, SporTV 2 9h05 - MotoGP, treino classificatório do GP da França, SporTV 10h10 - Canadá x Rep. Tcheca, Mundial de hóquei no gelo, SporTV 3 10h30 - Freiburg x Bayern, Alemão, ESPN 11h - Tottenham x Hull City, Inglês, ESPN Brasil e Fox Sports 11h - West Ham x Everton, Inglês, Fox Sports 2 11h30 - Leicester x Northampton, rúgbi, ESPN + 13h - Inter de Milão x Juventus, Italiano, Fox Sports 2 13h30 - Liverpool x Crystal Palace, Inglês, ESPN Brasil 14h - New York Rangers x Tampa Bay Lightning, hóquei no gelo, ESPN + 14h10 - EUA x Rússia, Mundial de hóquei no gelo, SporTV 3 15h - Masters 1.000 de Roma, tênis, SporTV 2 15h30 - Sampdoria x Lazio, Inglês, ESPN Brasil 15h30 - Novara x Casalmaggiore, Italiano fem. de vôlei, Bandsports 16h - Montpellier x PSG, Francês, ESPN e SporTV 16h30 - PGA Tour, golfe, ESPN + 17h05 - Chicago Cubs x Pittsburgh Pirates, beisebol, Fox Sports 2 17h45 - Indy, treino de classificação para as 500 milhas de Indianápolis, Bandsports 18h - Coritiba x Grêmio, Brasileiro, SporTV 21h30 - Flamengo x Limeira, NBB, SporTV 21h30 - São Paulo x Florianópolis, Liga Futsal, SporTV 2 22h - Nascar, etapa de Charlotte, Fox Sports 2 23h40 - San Jose Earthquakes x Columbus Crew, Americano, SporTV 2
|
esporte
|
Hoje na TV: Inter de Milão x Juventus, pelo Italiano7h - Torneio fem. de Roma, tênis, Bandsports 7h - Mundial de surfe, etapa do Rio, ESPN + 8h15 - Norwich x Ipswich, Inglês (2ª divisão), ESPN 8h45 - Southampton x Aston Villa, Inglês, ESPN Brasil e Fox Sports 9h - Masters 1.000 de Roma, tênis, SporTV 2 9h05 - MotoGP, treino classificatório do GP da França, SporTV 10h10 - Canadá x Rep. Tcheca, Mundial de hóquei no gelo, SporTV 3 10h30 - Freiburg x Bayern, Alemão, ESPN 11h - Tottenham x Hull City, Inglês, ESPN Brasil e Fox Sports 11h - West Ham x Everton, Inglês, Fox Sports 2 11h30 - Leicester x Northampton, rúgbi, ESPN + 13h - Inter de Milão x Juventus, Italiano, Fox Sports 2 13h30 - Liverpool x Crystal Palace, Inglês, ESPN Brasil 14h - New York Rangers x Tampa Bay Lightning, hóquei no gelo, ESPN + 14h10 - EUA x Rússia, Mundial de hóquei no gelo, SporTV 3 15h - Masters 1.000 de Roma, tênis, SporTV 2 15h30 - Sampdoria x Lazio, Inglês, ESPN Brasil 15h30 - Novara x Casalmaggiore, Italiano fem. de vôlei, Bandsports 16h - Montpellier x PSG, Francês, ESPN e SporTV 16h30 - PGA Tour, golfe, ESPN + 17h05 - Chicago Cubs x Pittsburgh Pirates, beisebol, Fox Sports 2 17h45 - Indy, treino de classificação para as 500 milhas de Indianápolis, Bandsports 18h - Coritiba x Grêmio, Brasileiro, SporTV 21h30 - Flamengo x Limeira, NBB, SporTV 21h30 - São Paulo x Florianópolis, Liga Futsal, SporTV 2 22h - Nascar, etapa de Charlotte, Fox Sports 2 23h40 - San Jose Earthquakes x Columbus Crew, Americano, SporTV 2
| 4 |
De olho na Libertadores, Tite escala time misto no Paulista
|
Com a cabeça no duelo contra o Danubio pela Libertadores na próxima quarta-feira (1º), o técnico Tite montou uma equipe mista para enfrentar o Bragantino. O jogo será realizado neste domingo (29), às 16h, fora de casa, pelo Campeonato Paulista. Vagner Love, que raspou o cabelo, começará jogando em Bragança Paulista. Apesar do bom desempenho nas partidas, o atacante que chegou no começo do ano, ainda não conseguiu marcar seu primeiro gol pela equipe. O goleiro Cassio já havia sido colocado no banco de reservas e dará lugar a Walter. O Corinthians deve começar apenas com Danilo como meia. No treino deste sábado, Tite montou a equipe com Walter; Edilson, Edu Dracena, Yago e Petros; Cristian, Bruno Henrique e Danilo; Luciano, Vagner Love e Malcom. Uendel e Felipe apenas correram em volta do gramado, enquanto Renato Augusto e Jadson trabalharam ao lado de outros reservas. Emerson Sheik, de acordo com a assessoria de imprensa do clube, ficou na parte interna do CT. O rodízio na equipe é uma tentativa de amenizar o desgaste da sequência de jogos. A partida contra o Bragantino será a quarta em oito dias. Além do jogo contra o Danubio na quarta, o Corinthians tem pela frente o Santos no domingo seguinte (5). MISSA Antes do treino, os jogadores e funcionários do Centro de Treinamento do Corinthians celebraram uma missa com o Padre Jeferson Mengali, de Bragança Paulista. A visita do sacerdote à capela ecumênica do CT foi uma ideia do técnico Tite. Não foi a primeira vez que padre Jeferson foi ao local. Após o título paulista, conquistado em meio de 2013, o treinador levou o sacerdote e promoveu uma missa para agradecer o título.
|
esporte
|
De olho na Libertadores, Tite escala time misto no PaulistaCom a cabeça no duelo contra o Danubio pela Libertadores na próxima quarta-feira (1º), o técnico Tite montou uma equipe mista para enfrentar o Bragantino. O jogo será realizado neste domingo (29), às 16h, fora de casa, pelo Campeonato Paulista. Vagner Love, que raspou o cabelo, começará jogando em Bragança Paulista. Apesar do bom desempenho nas partidas, o atacante que chegou no começo do ano, ainda não conseguiu marcar seu primeiro gol pela equipe. O goleiro Cassio já havia sido colocado no banco de reservas e dará lugar a Walter. O Corinthians deve começar apenas com Danilo como meia. No treino deste sábado, Tite montou a equipe com Walter; Edilson, Edu Dracena, Yago e Petros; Cristian, Bruno Henrique e Danilo; Luciano, Vagner Love e Malcom. Uendel e Felipe apenas correram em volta do gramado, enquanto Renato Augusto e Jadson trabalharam ao lado de outros reservas. Emerson Sheik, de acordo com a assessoria de imprensa do clube, ficou na parte interna do CT. O rodízio na equipe é uma tentativa de amenizar o desgaste da sequência de jogos. A partida contra o Bragantino será a quarta em oito dias. Além do jogo contra o Danubio na quarta, o Corinthians tem pela frente o Santos no domingo seguinte (5). MISSA Antes do treino, os jogadores e funcionários do Centro de Treinamento do Corinthians celebraram uma missa com o Padre Jeferson Mengali, de Bragança Paulista. A visita do sacerdote à capela ecumênica do CT foi uma ideia do técnico Tite. Não foi a primeira vez que padre Jeferson foi ao local. Após o título paulista, conquistado em meio de 2013, o treinador levou o sacerdote e promoveu uma missa para agradecer o título.
| 4 |
Premiê grego pede voto contra 'chantagem' no plebiscito de domingo
|
O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, reafirmou nesta sexta-feira (3), em breve pronunciamento na televisão, o pedido pelo voto "não" (contra um acordo com credores) no plebiscito de domingo (5). Segundo o premiê, rejeitar a proposta de socorro dos credores é votar contra a "chantagem" e o que ele chama de "ultimato" da outra parte da negociação. "Diga não para aqueles que estão tentando incitar o pânico, tentando evitar que você faça a melhor escolha para seu futuro", afirmou. Tsipras ainda comentou o relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) que destaca, entre outras coisas, a necessidade de um perdão de pelo menos 30% da dívida grega, em 177% do PIB no fim do ano passado. "Esse relatório nunca foi dividido pelas instituições em cinco meses de negociação", afirmou o primeiro-ministro. Do partido de esquerda Syriza, Tsipras deve participar de uma manifestação nesta noite no centro de Atenas a favor do voto "não", enquanto simpatizantes do "sim" marcaram um protesto em outra área da cidade. As Mais: 12 pontos para entender a crise grega
|
mercado
|
Premiê grego pede voto contra 'chantagem' no plebiscito de domingoO primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, reafirmou nesta sexta-feira (3), em breve pronunciamento na televisão, o pedido pelo voto "não" (contra um acordo com credores) no plebiscito de domingo (5). Segundo o premiê, rejeitar a proposta de socorro dos credores é votar contra a "chantagem" e o que ele chama de "ultimato" da outra parte da negociação. "Diga não para aqueles que estão tentando incitar o pânico, tentando evitar que você faça a melhor escolha para seu futuro", afirmou. Tsipras ainda comentou o relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) que destaca, entre outras coisas, a necessidade de um perdão de pelo menos 30% da dívida grega, em 177% do PIB no fim do ano passado. "Esse relatório nunca foi dividido pelas instituições em cinco meses de negociação", afirmou o primeiro-ministro. Do partido de esquerda Syriza, Tsipras deve participar de uma manifestação nesta noite no centro de Atenas a favor do voto "não", enquanto simpatizantes do "sim" marcaram um protesto em outra área da cidade. As Mais: 12 pontos para entender a crise grega
| 2 |
Polícia Federal recebe segundo gravador usado por Joesley Batista
|
A Polícia Federal informou que recebeu na noite desta terça (23) o segundo gravador usado por Joesley Batista, um dos donos da JBS. O aparelho estava nos Estados Unidos. O outro já havia sido entregue na segunda (22). Agora, a PF vai fazer a perícia dos equipamentos, para saber se houve cortes ou edições nos áudios envolvendo o presidente Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). Ao STF (Supremo Tribunal Federal), a polícia afirmou que pode levar até 30 dias para fazer a análise. A defesa de Temer pagou uma perícia particular, que indicou "obscuridades" no material. O perito Ricardo Molina disse em coletiva de imprensa que a gravação não poderia ser usada como prova. O chefe da perícia da PF na Lava Jato em Curitiba (PR), Fabio Salvador, contestou a rapidez com que o laudo contratado ficou pronto.
|
poder
|
Polícia Federal recebe segundo gravador usado por Joesley BatistaA Polícia Federal informou que recebeu na noite desta terça (23) o segundo gravador usado por Joesley Batista, um dos donos da JBS. O aparelho estava nos Estados Unidos. O outro já havia sido entregue na segunda (22). Agora, a PF vai fazer a perícia dos equipamentos, para saber se houve cortes ou edições nos áudios envolvendo o presidente Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). Ao STF (Supremo Tribunal Federal), a polícia afirmou que pode levar até 30 dias para fazer a análise. A defesa de Temer pagou uma perícia particular, que indicou "obscuridades" no material. O perito Ricardo Molina disse em coletiva de imprensa que a gravação não poderia ser usada como prova. O chefe da perícia da PF na Lava Jato em Curitiba (PR), Fabio Salvador, contestou a rapidez com que o laudo contratado ficou pronto.
| 0 |
Filha de pivô do petrolão reclama que aliados do pai a abandonaram
|
Danielle Janene diz que foi criada num conto de fadas. Filha do ex-deputado José Janene (PP-PR), um dos mentores do esquema revelado pela Lava Jato, ela lembra que nunca pagou uma conta, pois o pai não deixava. "Nem no verdureiro." Mas a história mudou em 2010. Com a morte do político naquele ano, após problemas cardíacos, "faltou tudo", lamenta-se. "As pessoas entraram em contato para falar de problemas. Nunca ninguém bateu na porta para falar: 'Olha, tem dinheiro esperando vocês ou alguma coisa boa'", afirma. Hoje, Danielle alega falta de recursos e tenta fazer com que a Defensoria Pública cuide do inventário do pai, abandonado desde 2014. Ex-presidente do PP, Janene é peça central na Lava Jato. O nome dele está presente em quase todos os relatos do Ministério Público Federal e em sentenças do juiz Sergio Moro. Réu do mensalão, o político ajudou a montar o esquema com o doleiro Alberto Youssef na diretoria de Abastecimento da Petrobras, então comandada por Paulo Roberto Costa. Danielle também é ré, acusada de ajudar a lavar cerca de R$ 1 milhão —com estimativa de danos de R$ 10 milhões— e de apropriação indébita da Dunel Indústria, que recebeu aporte do pai. "Fui contratada [da empresa], mas nunca mexi com dinheiro, nunca participei do quadro social", diz Danielle. No processo, parado desde março, ela é defendida pelo mesmo advogado de Youssef. A filha diz não saber onde foi parar a fortuna da Petrobras que teria ficado com o pai, mas afirma que será a primeira a denunciar caso descubra. "Dinheiro não some, muda de mão. Só fiquei com o ônus, não tive o bônus", diz ela, afirmando que na Lava Jato "não há vítimas". Ela se diz grata a quem "puxou seu tapete", o que "a fez abrir os olhos". Nunca estranhou ou questionou o pai sobre seus investimentos ou fontes de renda. "Não acredito que tenha um filho que questione o pai [sobre isso]." 'MORTO NÃO FALA' Hoje, Danielle se diz convencida de que José Janene fazia parte do esquema na Petrobras. "Está difícil dizer o contrário. Mas ele não foi o mentor exclusivo e único beneficiado. Claro que há uma estratégia. Morto não fala." Como filha, o sentimento é outro. "Bom ou mau, herói ou bandido, ele era meu pai. Não sou ingrata", diz, citando a indignação com a CPI da Petrobras ter cogitado exumar o corpo do político para confirmar a morte. Mesmo admitindo a contradição, Danielle defende a Operação Lava Jato, que classifica como um "belo trabalho". Diz guardar mágoas de Youssef, a quem se dirigia como "tio Beto". Segundo ela, quando o doleiro foi preso no escândalo do Banestado, em 2004, Janene ajudou os parentes dele. "Acho que ele não teve essa consideração com a gente", diz, citando problemas financeiros e emocionais. Dedicada à criação dos três filhos, Danielle diz que vive da renda de aluguéis de imóveis, em Londrina, no interior do Paraná. Ela conta que faz terapia e que o processo desestruturou sua família. "Não sei o que aconteceria se ele [Janene] estivesse vivo. Se estivesse preso, a situação estaria complicada, poderia até ser assassinado", diz ela.
|
poder
|
Filha de pivô do petrolão reclama que aliados do pai a abandonaramDanielle Janene diz que foi criada num conto de fadas. Filha do ex-deputado José Janene (PP-PR), um dos mentores do esquema revelado pela Lava Jato, ela lembra que nunca pagou uma conta, pois o pai não deixava. "Nem no verdureiro." Mas a história mudou em 2010. Com a morte do político naquele ano, após problemas cardíacos, "faltou tudo", lamenta-se. "As pessoas entraram em contato para falar de problemas. Nunca ninguém bateu na porta para falar: 'Olha, tem dinheiro esperando vocês ou alguma coisa boa'", afirma. Hoje, Danielle alega falta de recursos e tenta fazer com que a Defensoria Pública cuide do inventário do pai, abandonado desde 2014. Ex-presidente do PP, Janene é peça central na Lava Jato. O nome dele está presente em quase todos os relatos do Ministério Público Federal e em sentenças do juiz Sergio Moro. Réu do mensalão, o político ajudou a montar o esquema com o doleiro Alberto Youssef na diretoria de Abastecimento da Petrobras, então comandada por Paulo Roberto Costa. Danielle também é ré, acusada de ajudar a lavar cerca de R$ 1 milhão —com estimativa de danos de R$ 10 milhões— e de apropriação indébita da Dunel Indústria, que recebeu aporte do pai. "Fui contratada [da empresa], mas nunca mexi com dinheiro, nunca participei do quadro social", diz Danielle. No processo, parado desde março, ela é defendida pelo mesmo advogado de Youssef. A filha diz não saber onde foi parar a fortuna da Petrobras que teria ficado com o pai, mas afirma que será a primeira a denunciar caso descubra. "Dinheiro não some, muda de mão. Só fiquei com o ônus, não tive o bônus", diz ela, afirmando que na Lava Jato "não há vítimas". Ela se diz grata a quem "puxou seu tapete", o que "a fez abrir os olhos". Nunca estranhou ou questionou o pai sobre seus investimentos ou fontes de renda. "Não acredito que tenha um filho que questione o pai [sobre isso]." 'MORTO NÃO FALA' Hoje, Danielle se diz convencida de que José Janene fazia parte do esquema na Petrobras. "Está difícil dizer o contrário. Mas ele não foi o mentor exclusivo e único beneficiado. Claro que há uma estratégia. Morto não fala." Como filha, o sentimento é outro. "Bom ou mau, herói ou bandido, ele era meu pai. Não sou ingrata", diz, citando a indignação com a CPI da Petrobras ter cogitado exumar o corpo do político para confirmar a morte. Mesmo admitindo a contradição, Danielle defende a Operação Lava Jato, que classifica como um "belo trabalho". Diz guardar mágoas de Youssef, a quem se dirigia como "tio Beto". Segundo ela, quando o doleiro foi preso no escândalo do Banestado, em 2004, Janene ajudou os parentes dele. "Acho que ele não teve essa consideração com a gente", diz, citando problemas financeiros e emocionais. Dedicada à criação dos três filhos, Danielle diz que vive da renda de aluguéis de imóveis, em Londrina, no interior do Paraná. Ela conta que faz terapia e que o processo desestruturou sua família. "Não sei o que aconteceria se ele [Janene] estivesse vivo. Se estivesse preso, a situação estaria complicada, poderia até ser assassinado", diz ela.
| 0 |
Leitores escrevem sobre editorial que critica redução da maioridade penal
|
Parabéns pelo excelente editorial "Populismo penal" ("Opinião", 5/4), que mostra o caráter populista e irracional das medidas que o Congresso está tomando sobre a maioridade penal e o aumento de penas. A forma de reduzir a impunidade é investir mais na polícia, como foi feito com a PF. O que leva os jovens a cometer delitos é o baixo índice de crimes solucionados. O índice de assassinatos que receberam punição no Brasil é inferior a 8% contra mais de 80% na Alemanha, por exemplo. Esse dado é tão baixo porque o número de policiais é relativamente pequeno quando comparado ao de países ricos. Luiz Carlos Bresser-Pereira, ex-ministro da Fazenda - governo Sarney e professor emérito da Fundação Getulio Vargas (São Paulo, SP) * Sem preconceitos, a Folha deveria entender melhor as razões dos que querem a redução da maioridade penal. Sabemos que, por si só, ela não vai resolver o problema da violência. Ela significa, porém, atribuir responsabilidade penal à pessoa que pratica o crime deliberadamente. A redução, sobretudo, está baseada num princípio ético, cuja aplicação visa diminuir a sensação de impunidade. Se o Estatuto da Criança e do Adolescente, em 25 anos, demonstrou grande inadequação com a realidade, por que não dar chance à mudança? Jorge Alberto Quadros de Carvalho Silva, juiz de direito (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
|
paineldoleitor
|
Leitores escrevem sobre editorial que critica redução da maioridade penalParabéns pelo excelente editorial "Populismo penal" ("Opinião", 5/4), que mostra o caráter populista e irracional das medidas que o Congresso está tomando sobre a maioridade penal e o aumento de penas. A forma de reduzir a impunidade é investir mais na polícia, como foi feito com a PF. O que leva os jovens a cometer delitos é o baixo índice de crimes solucionados. O índice de assassinatos que receberam punição no Brasil é inferior a 8% contra mais de 80% na Alemanha, por exemplo. Esse dado é tão baixo porque o número de policiais é relativamente pequeno quando comparado ao de países ricos. Luiz Carlos Bresser-Pereira, ex-ministro da Fazenda - governo Sarney e professor emérito da Fundação Getulio Vargas (São Paulo, SP) * Sem preconceitos, a Folha deveria entender melhor as razões dos que querem a redução da maioridade penal. Sabemos que, por si só, ela não vai resolver o problema da violência. Ela significa, porém, atribuir responsabilidade penal à pessoa que pratica o crime deliberadamente. A redução, sobretudo, está baseada num princípio ético, cuja aplicação visa diminuir a sensação de impunidade. Se o Estatuto da Criança e do Adolescente, em 25 anos, demonstrou grande inadequação com a realidade, por que não dar chance à mudança? Jorge Alberto Quadros de Carvalho Silva, juiz de direito (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
| 16 |
Polêmico, corpete para afinar cintura em ginástica vira moda
|
Fotos e vídeos de pessoas malhando com corpetes para afinar a cintura viraram moda nas redes sociais e estão causando controvérsia. As adeptas dessas espécies de espartilhos, ou uma versão moderna dos corseletes vitorianos, usam a peça por longos períodos de tempo na esperança de mudar o formato de seu corpo. Milhares de pessoas estão compartilhando a experiência nas redes, mas também há muitas críticas. Algumas pessoas dizem que o corpete causou uma dor insuportável, e médicos apontam riscos de usar a peça muito apertada. Vídeo-repórter: Neil Meads BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
|
bbc
|
Polêmico, corpete para afinar cintura em ginástica vira modaFotos e vídeos de pessoas malhando com corpetes para afinar a cintura viraram moda nas redes sociais e estão causando controvérsia. As adeptas dessas espécies de espartilhos, ou uma versão moderna dos corseletes vitorianos, usam a peça por longos períodos de tempo na esperança de mudar o formato de seu corpo. Milhares de pessoas estão compartilhando a experiência nas redes, mas também há muitas críticas. Algumas pessoas dizem que o corpete causou uma dor insuportável, e médicos apontam riscos de usar a peça muito apertada. Vídeo-repórter: Neil Meads BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
| 25 |
Em livro, Moby relata como trocou as drogas pela espiritualidade
|
Em 1999, o músico, DJ, compositor e produtor americano Moby lançou o álbum "Play". Tinha então 33 anos e o disco, que venderia mais de 10 milhões de cópias pelo mundo, encerrava uma década de muita batalha para chegar ao sucesso. E é esta década que ele relata em "Porcelain: Memórias", autobiografia lançada neste ano. O livro não se parece em nada com as habituais recordações que artistas resolvem publicar. De origem muito pobre, Richard Melville Hall chegou a ser um morador de rua. Em 1989, ele encontrou refúgio num espaço de 9 m² dentro de uma fábrica de fechaduras abandonada, em Stamford, no Estado americano de Connecticut, numa espécie de condomínio de mendigos. Moby não tem receio de detalhar uma vida barra-pesada. Escreve sobre suplicar drogas a traficantes e ser ameaçado por eles, sobre desastrosos encontros em busca de sexo, sobre morar sem ter água encanada e precisar urinar numa garrafa plástica para depois ir até a rua jogar o conteúdo fora. Falar de tanta coisa nada agradável é difícil? "Não", responde Moby à Folha, falando por telefone de Los Angeles. "Certamente falta no meu cérebro alguma peça que as pessoas têm e que faz com que fiquem constrangidas numa situação dessas." "Não sabia se poderia escrever um bom livro, ainda não sei se escrevi", continua. "Mas tinha a convicção de que escreveria um livro honesto." ANOS 1990 Aos 50, ele afirma que escolheu focar a década de 1990 no livro por ser realmente seu período de transformação. E diz acreditar que esconder detalhes repugnantes seria minimizar essa mudança desde os tempos em que tentava emplacar como DJ em Nova York. Moby conta que já tenta escrever sobre os dez anos seguintes, mas não está fácil. "O que fiz depois de 'Play' foi viajar, tocar, conhecer gente boa e ruim, tomar todas as drogas possíveis, transar com todo mundo disponível, chegar ao fundo do poço e sair dali mais limpo, vegetariano, espiritualista, sóbrio. Enfim, eu sou um clichê, não?" PORCELAIN: MEMÓRIAS AUTOR Moby TRADUÇÃO Alexandre Raposo EDITORA Intrínseca QUANTO R$ 44,90 (416 págs.)
|
ilustrada
|
Em livro, Moby relata como trocou as drogas pela espiritualidadeEm 1999, o músico, DJ, compositor e produtor americano Moby lançou o álbum "Play". Tinha então 33 anos e o disco, que venderia mais de 10 milhões de cópias pelo mundo, encerrava uma década de muita batalha para chegar ao sucesso. E é esta década que ele relata em "Porcelain: Memórias", autobiografia lançada neste ano. O livro não se parece em nada com as habituais recordações que artistas resolvem publicar. De origem muito pobre, Richard Melville Hall chegou a ser um morador de rua. Em 1989, ele encontrou refúgio num espaço de 9 m² dentro de uma fábrica de fechaduras abandonada, em Stamford, no Estado americano de Connecticut, numa espécie de condomínio de mendigos. Moby não tem receio de detalhar uma vida barra-pesada. Escreve sobre suplicar drogas a traficantes e ser ameaçado por eles, sobre desastrosos encontros em busca de sexo, sobre morar sem ter água encanada e precisar urinar numa garrafa plástica para depois ir até a rua jogar o conteúdo fora. Falar de tanta coisa nada agradável é difícil? "Não", responde Moby à Folha, falando por telefone de Los Angeles. "Certamente falta no meu cérebro alguma peça que as pessoas têm e que faz com que fiquem constrangidas numa situação dessas." "Não sabia se poderia escrever um bom livro, ainda não sei se escrevi", continua. "Mas tinha a convicção de que escreveria um livro honesto." ANOS 1990 Aos 50, ele afirma que escolheu focar a década de 1990 no livro por ser realmente seu período de transformação. E diz acreditar que esconder detalhes repugnantes seria minimizar essa mudança desde os tempos em que tentava emplacar como DJ em Nova York. Moby conta que já tenta escrever sobre os dez anos seguintes, mas não está fácil. "O que fiz depois de 'Play' foi viajar, tocar, conhecer gente boa e ruim, tomar todas as drogas possíveis, transar com todo mundo disponível, chegar ao fundo do poço e sair dali mais limpo, vegetariano, espiritualista, sóbrio. Enfim, eu sou um clichê, não?" PORCELAIN: MEMÓRIAS AUTOR Moby TRADUÇÃO Alexandre Raposo EDITORA Intrínseca QUANTO R$ 44,90 (416 págs.)
| 1 |
Holanda transforma prédios e jardins em homenagem a Mondrian
|
Em comemoração ao centenário da primeira publicação da "De Stijl" (O Estilo), revista que deu origem ao movimento posteriormente conhecido como neoplasticismo, instituições culturais por toda a Holanda organizaram a celebração "Mondrian do Dutch Design", que consiste numa série de exposições, intervenções e festivais referentes ao precursor do movimento, Piet Mondrian. As homenagens vão desde flores dispostas como obras do pintor nos Jardins de Keukenhof, em Lisse, até a transformação da prefeitura de Haia em uma tela mondriânica de tamanho arquitetônico. A "De Stijl", criada por Piet e pelo artista plástico, designer gráfico e arquiteto Theo van Doesburg em 1917, publicava artigos de artistas das mais diversas áreas que procuravam redefinir a arte da época na esperança de criar "um mundo de total harmonia e unificar arte e vida", segundo o principal museu de arte contemporânea e design de Amsterdã, o Stedelijk Museum. Num contexto de Primeira Guerra Mundial, o movimento, segundo Van Doesburg, girava em torno da necessidade de "clareza, certeza e ordem", e procurava criar uma nova expressão plástica sem referências figurativas, tendo como base o minimalismo de linhas fortes, retângulos e cores primárias. Mas quem vê os traços formais e calculados do pintor não imagina que Mondrian era um amante de jazz e de muitas mulheres. Rotulado como "degenerado" pelos nazistas, fugiu para os EUA durante a Segunda Guerra Mundial, morrendo aos 71 anos de uma pneumonia na East 59th Street, em Nova York, e deixando pra trás os esboços da sua obra-prima final, a "Victory Boogie Woogie".
|
ilustrada
|
Holanda transforma prédios e jardins em homenagem a MondrianEm comemoração ao centenário da primeira publicação da "De Stijl" (O Estilo), revista que deu origem ao movimento posteriormente conhecido como neoplasticismo, instituições culturais por toda a Holanda organizaram a celebração "Mondrian do Dutch Design", que consiste numa série de exposições, intervenções e festivais referentes ao precursor do movimento, Piet Mondrian. As homenagens vão desde flores dispostas como obras do pintor nos Jardins de Keukenhof, em Lisse, até a transformação da prefeitura de Haia em uma tela mondriânica de tamanho arquitetônico. A "De Stijl", criada por Piet e pelo artista plástico, designer gráfico e arquiteto Theo van Doesburg em 1917, publicava artigos de artistas das mais diversas áreas que procuravam redefinir a arte da época na esperança de criar "um mundo de total harmonia e unificar arte e vida", segundo o principal museu de arte contemporânea e design de Amsterdã, o Stedelijk Museum. Num contexto de Primeira Guerra Mundial, o movimento, segundo Van Doesburg, girava em torno da necessidade de "clareza, certeza e ordem", e procurava criar uma nova expressão plástica sem referências figurativas, tendo como base o minimalismo de linhas fortes, retângulos e cores primárias. Mas quem vê os traços formais e calculados do pintor não imagina que Mondrian era um amante de jazz e de muitas mulheres. Rotulado como "degenerado" pelos nazistas, fugiu para os EUA durante a Segunda Guerra Mundial, morrendo aos 71 anos de uma pneumonia na East 59th Street, em Nova York, e deixando pra trás os esboços da sua obra-prima final, a "Victory Boogie Woogie".
| 1 |
Djokovic e Federer vencem com facilidade e fazem final nos EUA
|
O sérvio Novak Djokovic, número um do mundo, venceu com facilidade a semifinal contra o croata Marin Cilic (9º), nesta sexta-feira (11), e está na final do Aberto dos EUA. Em uma hora e 25 minutos de partida, ele derrotou o atual campeão do torneio por três sets a zero (6/0, 6/1 e 6/2), com direito a pneu (termo utilizado no tênis quando o set é vencido sem que o adversário ganhe games). Nos confrontos anteriores, o sérvio teve mais trabalho. Ele chegou a perder sets para os espanhóis Bautista Agut e Feliciano Lopez, nas oitavas e quartas de final, respectivamente. Mais tarde, o suíço Roger Federer também confirmou o favoritismo e derrotou o compatriota Stan Wawrinka, por três sets a zero (64/, 6/3 e 6/1), em uma hora e 32 minutos de jogo. Ele ainda não perdeu sets no torneio. Djokovic e Federer farão a final no domingo (13), repetindo o confronto do último Grand Slam, em Wimbledon, quando sérvio saiu vencedor. O retrospecto do confronto é equilibrado. O líder do ranking venceu 20 vezes, enquanto o suíço levou a melhor em 21 duelos.
|
esporte
|
Djokovic e Federer vencem com facilidade e fazem final nos EUAO sérvio Novak Djokovic, número um do mundo, venceu com facilidade a semifinal contra o croata Marin Cilic (9º), nesta sexta-feira (11), e está na final do Aberto dos EUA. Em uma hora e 25 minutos de partida, ele derrotou o atual campeão do torneio por três sets a zero (6/0, 6/1 e 6/2), com direito a pneu (termo utilizado no tênis quando o set é vencido sem que o adversário ganhe games). Nos confrontos anteriores, o sérvio teve mais trabalho. Ele chegou a perder sets para os espanhóis Bautista Agut e Feliciano Lopez, nas oitavas e quartas de final, respectivamente. Mais tarde, o suíço Roger Federer também confirmou o favoritismo e derrotou o compatriota Stan Wawrinka, por três sets a zero (64/, 6/3 e 6/1), em uma hora e 32 minutos de jogo. Ele ainda não perdeu sets no torneio. Djokovic e Federer farão a final no domingo (13), repetindo o confronto do último Grand Slam, em Wimbledon, quando sérvio saiu vencedor. O retrospecto do confronto é equilibrado. O líder do ranking venceu 20 vezes, enquanto o suíço levou a melhor em 21 duelos.
| 4 |
'Vamos sair fazendo barulho', afirma diretora do Paço das Artes em festa
|
"Está de arrasar", dizia Priscila Arantes, a diretora do Paço das Artes, enquanto puxava o repórter pelo braço para dentro do museu que em março será despejado de sua sede na Cidade Universitária. "Vamos sair daqui, mas vamos sair fazendo barulho." No último vernissage do lugar, nesta quinta, o clima era de despedida. Mas foi um velório elétrico -da blusa prateada de Arantes que cintilava entre os convidados à performance da dupla Maurício Dias e Walter Riedweg. Mascarados, eles declamavam contos do esquizofrênico suíço Robert Walser enquanto mostravam cartazes com frases -infelizes e reais- de políticos e celebridades. Entre elas, "se me virem dançando com mulher feia, é porque a campanha já começou", "só confio nas estatísticas que manipulo" e "quando se tem de matar um homem, não custa nada ser educado". Nas palavras de Dias, a ação foi uma "sobreposição de realidade política e poética louca". Não é difícil, aliás, ver nesse discurso um eco da situação do museu -o Instituto Butantan vai usar seu espaço para criar uma fábrica de vacinas contra a dengue. Enquanto isso, a instituição levará mostras para endereços alternativos até encontrar uma casa nova. Na última leva de exposições no Paço, além de uma seleção de trabalhos do artista alemão Harun Farocki, estão obras de jovens artistas como Anaisa Franco, Clara Ianni, Deyson Gilbert e Lucas Simões. Esse último remontou ali uma instalação que simula um piso de concreto que racha sob os pés de quem caminha -crianças eufóricas sapateavam em cima da coisa observadas pelo artista. "É uma coincidência meio triste, mas essa obra é um comentário sobre o que acontece quando muda o uso de uma arquitetura", dizia Simões. "Tem essa instabilidade." Outra instabilidade é o abalo que o meio artístico deve sofrer com o fim do Paço. Nos catálogos das bienais mais influentes do mundo, estão nomes que despontaram ali -toda abertura no museu, aliás, sempre teve olheiros de galerias atrás de novas estrelas do circuito. "Está escrevendo o obituário?", perguntou o artista Deyson Gilbert ao repórter. Minutos depois, um abaixo-assinado começou a circular pedindo que o governo do Estado dê uma nova sede ao museu. Ninguém deixou de assinar.
|
ilustrada
|
'Vamos sair fazendo barulho', afirma diretora do Paço das Artes em festa"Está de arrasar", dizia Priscila Arantes, a diretora do Paço das Artes, enquanto puxava o repórter pelo braço para dentro do museu que em março será despejado de sua sede na Cidade Universitária. "Vamos sair daqui, mas vamos sair fazendo barulho." No último vernissage do lugar, nesta quinta, o clima era de despedida. Mas foi um velório elétrico -da blusa prateada de Arantes que cintilava entre os convidados à performance da dupla Maurício Dias e Walter Riedweg. Mascarados, eles declamavam contos do esquizofrênico suíço Robert Walser enquanto mostravam cartazes com frases -infelizes e reais- de políticos e celebridades. Entre elas, "se me virem dançando com mulher feia, é porque a campanha já começou", "só confio nas estatísticas que manipulo" e "quando se tem de matar um homem, não custa nada ser educado". Nas palavras de Dias, a ação foi uma "sobreposição de realidade política e poética louca". Não é difícil, aliás, ver nesse discurso um eco da situação do museu -o Instituto Butantan vai usar seu espaço para criar uma fábrica de vacinas contra a dengue. Enquanto isso, a instituição levará mostras para endereços alternativos até encontrar uma casa nova. Na última leva de exposições no Paço, além de uma seleção de trabalhos do artista alemão Harun Farocki, estão obras de jovens artistas como Anaisa Franco, Clara Ianni, Deyson Gilbert e Lucas Simões. Esse último remontou ali uma instalação que simula um piso de concreto que racha sob os pés de quem caminha -crianças eufóricas sapateavam em cima da coisa observadas pelo artista. "É uma coincidência meio triste, mas essa obra é um comentário sobre o que acontece quando muda o uso de uma arquitetura", dizia Simões. "Tem essa instabilidade." Outra instabilidade é o abalo que o meio artístico deve sofrer com o fim do Paço. Nos catálogos das bienais mais influentes do mundo, estão nomes que despontaram ali -toda abertura no museu, aliás, sempre teve olheiros de galerias atrás de novas estrelas do circuito. "Está escrevendo o obituário?", perguntou o artista Deyson Gilbert ao repórter. Minutos depois, um abaixo-assinado começou a circular pedindo que o governo do Estado dê uma nova sede ao museu. Ninguém deixou de assinar.
| 1 |
Ministro tucano diz que Fux 'zombou' de Aécio ao votar por seu afastamento
|
O ministro tucano Aloysio Nunes (Relações Exteriores) disse que o ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), "zombou" do senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao proferir seu voto no sentido de impor a ele medidas restritivas de liberdade. Aécio foi afastado do cargo de senador na terça-feira (26) por decisão do Supremo. A Corte determinou ainda o recolhimento noturno do tucano. "O ministro Fux permitiu-se zombar do senador Aécio na conclusão do voto que lhe impôs penalidade não prevista no direito brasileiro", escreveu Nunes em suas redes sociais. "Esqueceu-se de observar um princípio dos magistrados da Roma antiga zelosos do decoro do tribunal: a pessoa do réu é sagrada", completou, em mensagem postada na madrugada desta quarta-feira (27). Aloysio O voto de Fux foi decisivo para desempatar o julgamento. A primeira turma do STF analisou na terça novo pedido de prisão do senador, mas decidiu por impor a ele apenas cautelares que restringem sua liberdade, como a exigência de que ele permaneça em casa à noite. Ao votar, Fux disse que Aécio não teve "grandeza" por não ter se afastado voluntariamente do mandato. "Já que ele não teve esse gesto de grandeza, nós vamos auxiliá-lo exatamente a que ele se porte tal como ele deveria se portar. Pedir não só para sair da presidência do PSDB, mas sair do Senado Federal para poder comprovar à sociedade a sua ausência de toda e qualquer culpa nesse episódio", disse. O vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), também fez coro às críticas ao Supremo. "O STF fez um ativismo judicial muito forte e é preciso que a Constituição seja respeitada para que nós possamos evitar que outros casos semelhantes possam acontecer a partir de precedentes", disse o tucano. "Por mais que se tenha uma imagem pública desgastada, nosso limite será sempre a Constituição. E a Constituição não prevê afastamento temporário. Só permite prisão em flagrante delito de crime inafiançável, e essas hipóteses não se caracterizam no caso que está sendo hoje discutido", acrescentou. Aécio é acusado pelo Ministério Público Federal de tentar obstruir a Justiça e por corrupção. Em maio, quando veio a público gravação em que ele pede R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, o político chegou a ser afastado do Senado por determinação do Supremo. O tucano retomou as atividades em julho, quando o ministro Marco Aurélio Mello reformou a decisão anterior. SENADO A expectativa é de que o plenário do Senado se manifeste nesta quarta-feira (27) sobre a decisão do STF. No entendimento de alguns senadores, por se tratar de medida análoga à prisão, a decisão da Justiça precisa de um aval colegiado. Um dispositivo da Constituição determina que parlamentares em exercício da função só podem ser presos em flagrante e após análise da Casa correspondente. No caso de Aécio, o plenário do Senado. Além de Cunha Lima, Paulo Bauer (SC), líder do PSDB no Senado, saiu na terça em defesa de um posicionamento da Casa. Ambos se disseram "surpresos" com a decisão tomada pelo STF e esperam que o Senado se manifeste sobre o resultado do julgamento. Eles alegam ainda que não há previsão legal para que a Justiça decida afastar um senador da República. Ao defender um referendo político sobre a decisão do STF, tucanos relembram o caso do ex-senador Delcídio do Amaral. Preso em novembro de 2015 por determinação da Justiça, o ex-petista teve sua prisão confirmada pelo Senado, que se manifestou em menos de 24h após a decisão da Corte.
|
poder
|
Ministro tucano diz que Fux 'zombou' de Aécio ao votar por seu afastamentoO ministro tucano Aloysio Nunes (Relações Exteriores) disse que o ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), "zombou" do senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao proferir seu voto no sentido de impor a ele medidas restritivas de liberdade. Aécio foi afastado do cargo de senador na terça-feira (26) por decisão do Supremo. A Corte determinou ainda o recolhimento noturno do tucano. "O ministro Fux permitiu-se zombar do senador Aécio na conclusão do voto que lhe impôs penalidade não prevista no direito brasileiro", escreveu Nunes em suas redes sociais. "Esqueceu-se de observar um princípio dos magistrados da Roma antiga zelosos do decoro do tribunal: a pessoa do réu é sagrada", completou, em mensagem postada na madrugada desta quarta-feira (27). Aloysio O voto de Fux foi decisivo para desempatar o julgamento. A primeira turma do STF analisou na terça novo pedido de prisão do senador, mas decidiu por impor a ele apenas cautelares que restringem sua liberdade, como a exigência de que ele permaneça em casa à noite. Ao votar, Fux disse que Aécio não teve "grandeza" por não ter se afastado voluntariamente do mandato. "Já que ele não teve esse gesto de grandeza, nós vamos auxiliá-lo exatamente a que ele se porte tal como ele deveria se portar. Pedir não só para sair da presidência do PSDB, mas sair do Senado Federal para poder comprovar à sociedade a sua ausência de toda e qualquer culpa nesse episódio", disse. O vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), também fez coro às críticas ao Supremo. "O STF fez um ativismo judicial muito forte e é preciso que a Constituição seja respeitada para que nós possamos evitar que outros casos semelhantes possam acontecer a partir de precedentes", disse o tucano. "Por mais que se tenha uma imagem pública desgastada, nosso limite será sempre a Constituição. E a Constituição não prevê afastamento temporário. Só permite prisão em flagrante delito de crime inafiançável, e essas hipóteses não se caracterizam no caso que está sendo hoje discutido", acrescentou. Aécio é acusado pelo Ministério Público Federal de tentar obstruir a Justiça e por corrupção. Em maio, quando veio a público gravação em que ele pede R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, o político chegou a ser afastado do Senado por determinação do Supremo. O tucano retomou as atividades em julho, quando o ministro Marco Aurélio Mello reformou a decisão anterior. SENADO A expectativa é de que o plenário do Senado se manifeste nesta quarta-feira (27) sobre a decisão do STF. No entendimento de alguns senadores, por se tratar de medida análoga à prisão, a decisão da Justiça precisa de um aval colegiado. Um dispositivo da Constituição determina que parlamentares em exercício da função só podem ser presos em flagrante e após análise da Casa correspondente. No caso de Aécio, o plenário do Senado. Além de Cunha Lima, Paulo Bauer (SC), líder do PSDB no Senado, saiu na terça em defesa de um posicionamento da Casa. Ambos se disseram "surpresos" com a decisão tomada pelo STF e esperam que o Senado se manifeste sobre o resultado do julgamento. Eles alegam ainda que não há previsão legal para que a Justiça decida afastar um senador da República. Ao defender um referendo político sobre a decisão do STF, tucanos relembram o caso do ex-senador Delcídio do Amaral. Preso em novembro de 2015 por determinação da Justiça, o ex-petista teve sua prisão confirmada pelo Senado, que se manifestou em menos de 24h após a decisão da Corte.
| 0 |
Atentado em Londres pode ser início de temporada de ataques no ramadã
|
Poucos dias após o início do ramadã, o atentado a Londres pode ter inaugurado mais uma dura temporada. Este mês, sagrado aos muçulmanos, é utilizado por organizações terroristas para incentivar mais ataques. Existe uma teoria, segundo essa interpretação radical do islã, de que as recompensas religiosas são ainda mais fartas a quem luta nestes dias. Essa ideia –sem o apoio da imensa maioria dos muçulmanos– tem sido reforçada durante os últimos anos por organizações terroristas como o Estado Islâmico e a Al Qaeda, com pedidos específicos de seus líderes para que militantes aproveitem o período sagrado para agir. O ex-porta-voz do Estado Islâmico, Abu Mohammed al-Adnani, instruiu expressamente no ano passado que seus membros atacassem durante o mês sagrado, marcando dias especialmente violentos tanto no Oriente Médio quanto nos EUA e na Europa. Adnani foi mais tarde morto por um ataque da coalizão internacional. Foi no ramadã de 2016, por exemplo, que um atirador matou 49 pessoas em uma boate gay de Orlando. Foi também o período de um ataque ao aeroporto internacional de Istambul, com 45 mortos. Foram registradas 421 mortes naquele mês. REVELAÇÃO O ramadã começou neste ano no dia 26 de maio, inaugurando um período de jejum e reflexão entre muçulmanos. O mês não coincide com o calendário gregoriano —utilizado em países como o Brasil– e se encerra no dia 24. Essas celebrações marcam a revelação do Alcorão, livro sagrado do islã, ao profeta Maomé durante o século 7. O ritual lembra os fiéis das agruras vividas por outras pessoas e tem como um de seus objetivos aproximar os membros da comunidade uns dos outros. O momento mais importante do mês é o jejum, considerado um dos cinco pilares do islã. Muçulmanos praticantes não comem entre o nascer e o pôr do Sol.
|
mundo
|
Atentado em Londres pode ser início de temporada de ataques no ramadãPoucos dias após o início do ramadã, o atentado a Londres pode ter inaugurado mais uma dura temporada. Este mês, sagrado aos muçulmanos, é utilizado por organizações terroristas para incentivar mais ataques. Existe uma teoria, segundo essa interpretação radical do islã, de que as recompensas religiosas são ainda mais fartas a quem luta nestes dias. Essa ideia –sem o apoio da imensa maioria dos muçulmanos– tem sido reforçada durante os últimos anos por organizações terroristas como o Estado Islâmico e a Al Qaeda, com pedidos específicos de seus líderes para que militantes aproveitem o período sagrado para agir. O ex-porta-voz do Estado Islâmico, Abu Mohammed al-Adnani, instruiu expressamente no ano passado que seus membros atacassem durante o mês sagrado, marcando dias especialmente violentos tanto no Oriente Médio quanto nos EUA e na Europa. Adnani foi mais tarde morto por um ataque da coalizão internacional. Foi no ramadã de 2016, por exemplo, que um atirador matou 49 pessoas em uma boate gay de Orlando. Foi também o período de um ataque ao aeroporto internacional de Istambul, com 45 mortos. Foram registradas 421 mortes naquele mês. REVELAÇÃO O ramadã começou neste ano no dia 26 de maio, inaugurando um período de jejum e reflexão entre muçulmanos. O mês não coincide com o calendário gregoriano —utilizado em países como o Brasil– e se encerra no dia 24. Essas celebrações marcam a revelação do Alcorão, livro sagrado do islã, ao profeta Maomé durante o século 7. O ritual lembra os fiéis das agruras vividas por outras pessoas e tem como um de seus objetivos aproximar os membros da comunidade uns dos outros. O momento mais importante do mês é o jejum, considerado um dos cinco pilares do islã. Muçulmanos praticantes não comem entre o nascer e o pôr do Sol.
| 3 |
A (quase) confissão de culpa de Putin
|
A reação do presidente russo, Vladimir Putin, ao escândalo da Fifa é quase uma confissão de culpa, a respeito da concessão da Copa do Mundo de 2018 à Rússia. Diz Putin sobre as investigações lançadas conjuntamente pelas autoridades norte-americanas e suíças: "É outra tentativa clara dos Estados Unidos de disseminar sua jurisdição sobre outros Estados". O normal, em chefes de Estado/governo, é que festejem o fato de ter sido lancetada uma ferida purulenta como é a corrupção no futebol. Putin prefere, ao contrário de outros governantes, usar o caso Fifa para sua guerra aos Estados Unidos, como parte do renascido nacionalismo russo. Usa, para tanto, um alvo geopolítico, talvez para desviar a atenção das suspeitas sobre a escolha da Rússia para a Copa de 2018 (e do Qatar para a seguinte). É uma espécie de habeas-corpus preventivo para a possibilidade de que a concessão à Rússia seja revista, o que seria uma verdadeira declaração de guerra ao orgulho nacional. Putin usou, primeiro, os Jogos Olímpicos de Inverno, realizados em Sochi, em 2014, como propaganda do renascimento russo. Não poupou gastos para dar brilho à competição, que foi de fato um êxito. Sediar a Copa de 2018 seria o momento seguinte nessa estratégia. No intervalo entre uma e outra competição, a Rússia anexou a Crimeia, território ucraniano, e usa interpostas pessoas para ocupar a região, também ucraniana, conhecida como Donbas. Essas ações levaram a um conflito com as potências ocidentais, lideradas pelos Estados Unidos. É por isso que Putin não pode permitir que a outorga à Rússia da Copa-2018 seja posta sob suspeição - e, menos ainda, possa ser cancelada.
|
colunas
|
A (quase) confissão de culpa de PutinA reação do presidente russo, Vladimir Putin, ao escândalo da Fifa é quase uma confissão de culpa, a respeito da concessão da Copa do Mundo de 2018 à Rússia. Diz Putin sobre as investigações lançadas conjuntamente pelas autoridades norte-americanas e suíças: "É outra tentativa clara dos Estados Unidos de disseminar sua jurisdição sobre outros Estados". O normal, em chefes de Estado/governo, é que festejem o fato de ter sido lancetada uma ferida purulenta como é a corrupção no futebol. Putin prefere, ao contrário de outros governantes, usar o caso Fifa para sua guerra aos Estados Unidos, como parte do renascido nacionalismo russo. Usa, para tanto, um alvo geopolítico, talvez para desviar a atenção das suspeitas sobre a escolha da Rússia para a Copa de 2018 (e do Qatar para a seguinte). É uma espécie de habeas-corpus preventivo para a possibilidade de que a concessão à Rússia seja revista, o que seria uma verdadeira declaração de guerra ao orgulho nacional. Putin usou, primeiro, os Jogos Olímpicos de Inverno, realizados em Sochi, em 2014, como propaganda do renascimento russo. Não poupou gastos para dar brilho à competição, que foi de fato um êxito. Sediar a Copa de 2018 seria o momento seguinte nessa estratégia. No intervalo entre uma e outra competição, a Rússia anexou a Crimeia, território ucraniano, e usa interpostas pessoas para ocupar a região, também ucraniana, conhecida como Donbas. Essas ações levaram a um conflito com as potências ocidentais, lideradas pelos Estados Unidos. É por isso que Putin não pode permitir que a outorga à Rússia da Copa-2018 seja posta sob suspeição - e, menos ainda, possa ser cancelada.
| 10 |
Tour virtual permite visita à cela onde Mandela esteve preso
|
A cela onde o líder rebelde e mais tarde presidente sul-africano Nelson Mandela (1918-2013) ficou preso por 18 anos, na ilha de Robben, perto da Cidade do Cabo, poderá ser visitada virtualmente partir desta quarta (22) após acordo entre o Google e o museu histórico da ilha. O tour virtual guiado pela ilha, que inclui áudio com comentários históricos, é lançado a poucos dias de o país comemorar o Dia da Liberdade, em 27 de abril. Ahmed Kathrada, que também foi prisioneiro na ilha por 20 anos, diz que o mais difícil de suportar naquele período foi ficar sem contato com crianças e sem poder interagir com elas. "Faz-se agora uma justiça poética com as crianças nas salas de aula de todo o mundo, que podem visitar a ilha de Robben utilizando a tecnologia", afirma. Como parte do projeto, o Google Maps também desenvolveu notas informativas para que professores possam utilizar o tour interativo como ferramenta educacional. Situada a cerca de 10 km do continente, a ilha de Robben foi declarada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1999.
|
mundo
|
Tour virtual permite visita à cela onde Mandela esteve presoA cela onde o líder rebelde e mais tarde presidente sul-africano Nelson Mandela (1918-2013) ficou preso por 18 anos, na ilha de Robben, perto da Cidade do Cabo, poderá ser visitada virtualmente partir desta quarta (22) após acordo entre o Google e o museu histórico da ilha. O tour virtual guiado pela ilha, que inclui áudio com comentários históricos, é lançado a poucos dias de o país comemorar o Dia da Liberdade, em 27 de abril. Ahmed Kathrada, que também foi prisioneiro na ilha por 20 anos, diz que o mais difícil de suportar naquele período foi ficar sem contato com crianças e sem poder interagir com elas. "Faz-se agora uma justiça poética com as crianças nas salas de aula de todo o mundo, que podem visitar a ilha de Robben utilizando a tecnologia", afirma. Como parte do projeto, o Google Maps também desenvolveu notas informativas para que professores possam utilizar o tour interativo como ferramenta educacional. Situada a cerca de 10 km do continente, a ilha de Robben foi declarada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1999.
| 3 |
Por que algumas obras de arte são tão estranhas?
|
Você sabe explicar por que algumas obras de arte não têm pé nem cabeça? O cartunista Adão dá seu palpite nas tirinhas da "Folhinha" desta semana. Veja abaixo também os quadrinhos de Laerte e as aventuras de Armandinho. *
|
folhinha
|
Por que algumas obras de arte são tão estranhas?Você sabe explicar por que algumas obras de arte não têm pé nem cabeça? O cartunista Adão dá seu palpite nas tirinhas da "Folhinha" desta semana. Veja abaixo também os quadrinhos de Laerte e as aventuras de Armandinho. *
| 27 |
Sabesp planeja instalar mini-hidrelétricas em canos de água
|
A Sabesp quer aproveitar a pressão hidráulica dos canos de água para reduzir seus gastos com energia elétrica na região metropolitana de São Paulo, que chegam a R$ 500 milhões por ano. O plano é instalar "mini-hidrelétricas" em 200 pontos do sistema de saneamento da cidade. A energia será transmitida para a Eletropaulo, em troca de abatimento de 3,2% dos gastos da Sabesp (R$ 16 milhões). A distribuidora já está de acordo com a ideia. A empresa procura um investidor do mercado de energia para patrocinar as obras. "O negócio da Sabesp não é energia, é claro, então estamos estudando uma sociedade com alguma empresa do setor", diz o superintendente Aurélio Fiorindo, responsável pelo projeto. Enquanto isso, a empresa está montando um "piloto" em Barueri, na Grande São Paulo, que deve começar a funcionar no início de 2018. A fornecedora do equipamento, de custo aproximado de R$ 200 mil, é a alemã KSB, que já participou de projetos de mini-hidrelétricas no sistema de saneamento na Europa. Há dois anos, foi instalado um sistema parecido nos canos de Portland (EUA). No Brasil, a ideia é inédita e se torna possível porque a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) editou, em 2015, uma resolução permitindo instalar sistemas pequenos de geração de energia sem necessidade de assinar contratos com o órgão. Somente em Barueri, a Sabesp estima economizar R$ 300 mil por ano, o suficiente para suprir o consumo de 450 casas com três moradores. COMO FUNCIONA É possível gerar energia a partir dos canos porque, ao entrar em reservatórios ou estações de tratamento, muitas vezes a água chega com mais pressão do que o necessário. "O sistema leva a água até o ponto mais alto do relevo. Na maioria dos pontos mais baixos, há energia [hidráulica] excedente", diz Fiorindo. Essa pressão de água será transformada em eletricidade com turbinas, com a mesma tecnologia de uma hidrelétrica comum, mas em pequena escala. Com os 200 pontos construídos, devem ser gerados 28 mil MWh anuais, segundo a empresa. A Aneel permite "microgeração" de energia de até 75 kW, desde que seja de fonte renovável ou sustentável, e introduz regras para a compensação de energia elétrica. Em acordo com a distribuidora, qualquer consumidor pode participar de uma compensação, e o crédito deve ser utilizado em até 60 meses. A Sabesp gasta energia principalmente com estações de tratamento e para bombear água dos reservatórios para casas e estabelecimentos.
|
mercado
|
Sabesp planeja instalar mini-hidrelétricas em canos de águaA Sabesp quer aproveitar a pressão hidráulica dos canos de água para reduzir seus gastos com energia elétrica na região metropolitana de São Paulo, que chegam a R$ 500 milhões por ano. O plano é instalar "mini-hidrelétricas" em 200 pontos do sistema de saneamento da cidade. A energia será transmitida para a Eletropaulo, em troca de abatimento de 3,2% dos gastos da Sabesp (R$ 16 milhões). A distribuidora já está de acordo com a ideia. A empresa procura um investidor do mercado de energia para patrocinar as obras. "O negócio da Sabesp não é energia, é claro, então estamos estudando uma sociedade com alguma empresa do setor", diz o superintendente Aurélio Fiorindo, responsável pelo projeto. Enquanto isso, a empresa está montando um "piloto" em Barueri, na Grande São Paulo, que deve começar a funcionar no início de 2018. A fornecedora do equipamento, de custo aproximado de R$ 200 mil, é a alemã KSB, que já participou de projetos de mini-hidrelétricas no sistema de saneamento na Europa. Há dois anos, foi instalado um sistema parecido nos canos de Portland (EUA). No Brasil, a ideia é inédita e se torna possível porque a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) editou, em 2015, uma resolução permitindo instalar sistemas pequenos de geração de energia sem necessidade de assinar contratos com o órgão. Somente em Barueri, a Sabesp estima economizar R$ 300 mil por ano, o suficiente para suprir o consumo de 450 casas com três moradores. COMO FUNCIONA É possível gerar energia a partir dos canos porque, ao entrar em reservatórios ou estações de tratamento, muitas vezes a água chega com mais pressão do que o necessário. "O sistema leva a água até o ponto mais alto do relevo. Na maioria dos pontos mais baixos, há energia [hidráulica] excedente", diz Fiorindo. Essa pressão de água será transformada em eletricidade com turbinas, com a mesma tecnologia de uma hidrelétrica comum, mas em pequena escala. Com os 200 pontos construídos, devem ser gerados 28 mil MWh anuais, segundo a empresa. A Aneel permite "microgeração" de energia de até 75 kW, desde que seja de fonte renovável ou sustentável, e introduz regras para a compensação de energia elétrica. Em acordo com a distribuidora, qualquer consumidor pode participar de uma compensação, e o crédito deve ser utilizado em até 60 meses. A Sabesp gasta energia principalmente com estações de tratamento e para bombear água dos reservatórios para casas e estabelecimentos.
| 2 |
Moradores do Alemão protestam após morte de mulher baleada em sua casa
|
Moradores do complexo de favelas do Alemão estendem panos, lenços e camisas brancas em varandas, janelas e ruas, na tarde desta sexta-feira (20) para pedir paz –em protesto pela morte de Vanessa Aparecida de Abicassis, 38. A moradora morreu por volta das 15h de quinta ao ser atingida por um tiro dentro de sua própria casa. Horas depois, por volta das 22h, um novo confronto no Alemão deixou dois soldados da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) feridos. Eles foram levados para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha (zona norte). Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, um policial foi baleado na perna e o outro foi atingido por estilhaços de tiros, mas o estado deles é estável. O primeiro ainda deve ficar internado em observação. Já o segundo deve receber alta ainda nesta sexta. Os PMs da UPP do Alemão disseram à Polícia Civil que apenas ouviram disparos da base da unidade, pouco antes das 14h de quinta, mas não conseguiram identificar de onde partiram os tiros. "Em seguida, moradores procuraram os agentes e informaram que uma moradora da localidade do Areal havia sido baleada", informou a coordenadoria das UPPs, em nota. A vítima foi levada de carro pelos policiais até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Alemão. Um procedimento interno foi aberto pela PM para apurar as circunstâncias do crime e a Divisão de Homicídios da capital investiga o caso. Já no confronto da noite, que aconteceu por volta das 22h, os policiais disseram que revidaram com tiros quando criminosos iniciaram confronto na rua Canitar, no interior da favela. O Comando de Operações Especiais (COE) foi acionado e o policiamento segue reforçado na região. Até as 15h, no entanto, não havia informações sobre prisões ou apreensões. ARMAS RECOLHIDAS Os 18 policiais militares que trabalhavam na região onde a moradora Vanessa Abicassis foi morta tiveram suas armas apreendidas pela Polícia Civil para perícia. Investigadores querem saber se os PMs chegaram a efetuar algum disparo naquela tarde.
|
cotidiano
|
Moradores do Alemão protestam após morte de mulher baleada em sua casaMoradores do complexo de favelas do Alemão estendem panos, lenços e camisas brancas em varandas, janelas e ruas, na tarde desta sexta-feira (20) para pedir paz –em protesto pela morte de Vanessa Aparecida de Abicassis, 38. A moradora morreu por volta das 15h de quinta ao ser atingida por um tiro dentro de sua própria casa. Horas depois, por volta das 22h, um novo confronto no Alemão deixou dois soldados da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) feridos. Eles foram levados para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha (zona norte). Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, um policial foi baleado na perna e o outro foi atingido por estilhaços de tiros, mas o estado deles é estável. O primeiro ainda deve ficar internado em observação. Já o segundo deve receber alta ainda nesta sexta. Os PMs da UPP do Alemão disseram à Polícia Civil que apenas ouviram disparos da base da unidade, pouco antes das 14h de quinta, mas não conseguiram identificar de onde partiram os tiros. "Em seguida, moradores procuraram os agentes e informaram que uma moradora da localidade do Areal havia sido baleada", informou a coordenadoria das UPPs, em nota. A vítima foi levada de carro pelos policiais até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Alemão. Um procedimento interno foi aberto pela PM para apurar as circunstâncias do crime e a Divisão de Homicídios da capital investiga o caso. Já no confronto da noite, que aconteceu por volta das 22h, os policiais disseram que revidaram com tiros quando criminosos iniciaram confronto na rua Canitar, no interior da favela. O Comando de Operações Especiais (COE) foi acionado e o policiamento segue reforçado na região. Até as 15h, no entanto, não havia informações sobre prisões ou apreensões. ARMAS RECOLHIDAS Os 18 policiais militares que trabalhavam na região onde a moradora Vanessa Abicassis foi morta tiveram suas armas apreendidas pela Polícia Civil para perícia. Investigadores querem saber se os PMs chegaram a efetuar algum disparo naquela tarde.
| 6 |
'Ex-maldito', Carneiro é favorito à ABL e minimiza bolor da academia
|
O cabelo comprido e a irreverência farta de Geraldo Carneiro parecem não caber no fardão da Academia Brasileira de Letras. Mas ele já pode se imaginar com a vetusta veste verde. Único inscrito, por enquanto, para a cadeira 24, o poeta de 64 anos é tido como eleito. Se a votação –ainda sem data marcada– confirmar seu favoritismo, ele ocupará a vaga aberta com a morte do crítico teatral Sábato Magaldi, em 14 de julho. Dentre os escritores que o instigavam a entrar para a ABL estava seu grande amigo João Ubaldo Ribeiro. Por acaso, Carneiro deu uma conferência sobre Shakespeare (paixão dos dois) na Academia uma semana após a morte do romancista baiano, em julho de 2014. Aproveitou para homenageá-lo e comoveu a plateia. A candidatura agora não é tão casual. "Já tive tantas perdas de amigos queridos que sinto falta de estar com gente que tenha um lastro de informação. Na Academia há pessoas que eu costumo pegar na estante", diz ele, vendo vantagens no chá dos imortais às quintas-feiras. "Como o meu fígado já virou abóbora, chá é um luxo." Outro grande amigo, Millôr Fernandes (1923-2012), dedicava à ABL o melhor (ou o pior) de seu sarcasmo. "Millôr era irreverente, anti-institucional. Mas tolerava nossas diferenças. Não sei se concordaria [com a candidatura], mas poderia compreender." Geraldinho, como é chamado pelos amigos de fé e até por quem só o reconhece pelo cabelo, nasceu em Belo Horizonte. Mudou-se para o Rio com três anos, quando seu pai, Geraldo Andrade Carneiro, aceitou ser secretário particular do então presidente Juscelino Kubitschek. A família recebia desde o médico e indigenista comunista Noel Nutels até o conservador Jânio Quadros ("mistura de Muammar Gaddafi [ditador líbio] com Chacrinha"). Ele invoca a infância para minimizar o conservadorismo atribuído à ABL e a uma parcela dos acadêmicos, como alguns políticos. "Aprendi a conviver com as diferenças. Meu pai era um democrata. Tinha horror ao meu cabelo, mas aceitou. Sou pouco preconceituoso." Também tradutor, compositor, dramaturgo e roteirista de cinema e TV, Carneiro estreou na poesia na antologia "26 Poetas Hoje", organizada por Heloísa Buarque de Hollanda em 1976 e que virou ícone da dita "poesia marginal". "A Helô me proibiu de falar isso, mas sempre achei estranha essa história de poesia marginal feita por privilegiados de classe média. Marginal da pesada era Rimbaud, que traficou armas e acabou com a vida conjugal do Verlaine." Para marcar os 40 anos de carreira, ele publicou no fim de 2015 "Subúrbios da Galáxia", que lança em São Paulo na próxima segunda (1º). Neste sábado (30) e no domingo, ele recita poemas e conta histórias ao lado do cantor Danilo Caymmi, amigo há quase 50 anos, em espetáculos no Sesc Bom Retiro. SUBÚRBIOS DA GALÁXIA AUTOR Geraldo Carneiro EDITORA Nova Fronteira QUANTO R$ 24,90 (brochura) e R$ 39,90 (capa dura), 200 págs. LANÇAMENTO Segunda (1º), às 19h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, av. Paulista, 2073 SHOW FALANDO DE AMOR QUANDO Sáb. (30), às 21h, e dom. (31), às 18h ONDE Sesc Bom Retiro, al. Nothman, 185, tel. (11) 3332-3600 QUANTO R$ 15 a R$ 30
|
ilustrada
|
'Ex-maldito', Carneiro é favorito à ABL e minimiza bolor da academiaO cabelo comprido e a irreverência farta de Geraldo Carneiro parecem não caber no fardão da Academia Brasileira de Letras. Mas ele já pode se imaginar com a vetusta veste verde. Único inscrito, por enquanto, para a cadeira 24, o poeta de 64 anos é tido como eleito. Se a votação –ainda sem data marcada– confirmar seu favoritismo, ele ocupará a vaga aberta com a morte do crítico teatral Sábato Magaldi, em 14 de julho. Dentre os escritores que o instigavam a entrar para a ABL estava seu grande amigo João Ubaldo Ribeiro. Por acaso, Carneiro deu uma conferência sobre Shakespeare (paixão dos dois) na Academia uma semana após a morte do romancista baiano, em julho de 2014. Aproveitou para homenageá-lo e comoveu a plateia. A candidatura agora não é tão casual. "Já tive tantas perdas de amigos queridos que sinto falta de estar com gente que tenha um lastro de informação. Na Academia há pessoas que eu costumo pegar na estante", diz ele, vendo vantagens no chá dos imortais às quintas-feiras. "Como o meu fígado já virou abóbora, chá é um luxo." Outro grande amigo, Millôr Fernandes (1923-2012), dedicava à ABL o melhor (ou o pior) de seu sarcasmo. "Millôr era irreverente, anti-institucional. Mas tolerava nossas diferenças. Não sei se concordaria [com a candidatura], mas poderia compreender." Geraldinho, como é chamado pelos amigos de fé e até por quem só o reconhece pelo cabelo, nasceu em Belo Horizonte. Mudou-se para o Rio com três anos, quando seu pai, Geraldo Andrade Carneiro, aceitou ser secretário particular do então presidente Juscelino Kubitschek. A família recebia desde o médico e indigenista comunista Noel Nutels até o conservador Jânio Quadros ("mistura de Muammar Gaddafi [ditador líbio] com Chacrinha"). Ele invoca a infância para minimizar o conservadorismo atribuído à ABL e a uma parcela dos acadêmicos, como alguns políticos. "Aprendi a conviver com as diferenças. Meu pai era um democrata. Tinha horror ao meu cabelo, mas aceitou. Sou pouco preconceituoso." Também tradutor, compositor, dramaturgo e roteirista de cinema e TV, Carneiro estreou na poesia na antologia "26 Poetas Hoje", organizada por Heloísa Buarque de Hollanda em 1976 e que virou ícone da dita "poesia marginal". "A Helô me proibiu de falar isso, mas sempre achei estranha essa história de poesia marginal feita por privilegiados de classe média. Marginal da pesada era Rimbaud, que traficou armas e acabou com a vida conjugal do Verlaine." Para marcar os 40 anos de carreira, ele publicou no fim de 2015 "Subúrbios da Galáxia", que lança em São Paulo na próxima segunda (1º). Neste sábado (30) e no domingo, ele recita poemas e conta histórias ao lado do cantor Danilo Caymmi, amigo há quase 50 anos, em espetáculos no Sesc Bom Retiro. SUBÚRBIOS DA GALÁXIA AUTOR Geraldo Carneiro EDITORA Nova Fronteira QUANTO R$ 24,90 (brochura) e R$ 39,90 (capa dura), 200 págs. LANÇAMENTO Segunda (1º), às 19h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, av. Paulista, 2073 SHOW FALANDO DE AMOR QUANDO Sáb. (30), às 21h, e dom. (31), às 18h ONDE Sesc Bom Retiro, al. Nothman, 185, tel. (11) 3332-3600 QUANTO R$ 15 a R$ 30
| 1 |
As chances perdidas na pesquisa clínica
|
Nas últimas décadas, a ciência conseguiu importantes avanços na pesquisa básica, aquela que ocorre nas bancadas dos laboratórios. Esses progressos, no entanto, não se traduziram em grandes benefícios, conforme se imaginava, em particular para os pacientes com câncer. Hoje já podemos realizar o sequenciamento genético de todo o DNA humano, analisar células individualmente, desvendar o complexo funcionamento do sistema de defesa do corpo e identificar as principais proteínas responsáveis pela sobrevivência das células tumorais. Era de se esperar, então, que tivéssemos alcançado melhorias mais expressivas em prevenção e tratamento dos tumores. O período de desenvolvimento de uma droga, que contempla desde a sua descoberta até o uso na clínica, variava entre 15 e 20 anos. Hoje, em muitos casos, esse período já caiu pela metade. Com isso, muitos pacientes já podem se beneficiar dessas novas drogas em estudos clínicos antes de sua aprovação. Mas esse cenário não se repete no Brasil. A morosidade na aprovação de estudos inviabiliza que o país participe de pesquisas que dariam acesso aos pacientes a tratamentos que poderiam permitir a cura, maior sobrevida ou qualidade de vida. Muitas vezes os responsáveis pela pesquisa nem sequer contemplam os centros nacionais para participar de estudos globais pelo simples fato de que esses estudos competitivos terminariam antes de serem iniciados no Brasil. No centro do problema está o requerimento de aprovação pela Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), bem como a admissão pelos comitês de ética em hospitais e universidades. Esse processo duplica a necessidade de aprovação ética e, assim, deixa o Brasil de fora de importantes inovações terapêuticas, tornando-o um mero importador de informações científicas. Outro ponto é que os pacientes que já não respondem mais aos tratamentos convencionais perdem a chance de ter acesso aos medicamentos mais inovadores, que poderiam fazer uma diferença significativa no prognóstico. Portadores de tumores muito agressivos, cujas respostas aos tratamentos existentes são baixas, poderiam se beneficiar de medicamentos promissores. Por falta de acesso aos protocolos clínicos, perdemos a chance de aprender novas possibilidades terapêuticas, prejudicando a formação e atualização do profissional. A falta de experiência se aplica também ao conhecimento científico, uma vez que o médico deixa de ter acesso aos novos dados, que poderiam levar à geração de novas ideias, novas soluções para quadros clínicos hoje sem resposta. A própria experiência administrativa na organização de estudos desse porte no Brasil acaba sendo perdida por falta da participação do país em pesquisas globais. Uma consequência desse cenário é a baixa produção científica clínica. Para agravar, os entraves burocráticos e alfandegários na importação de medicamentos e insumos sem priorização atrasam ainda mais o início de estudos no Brasil. No afã de se mostrar mais rigorosa em seus controles, a Conep permitiu que estudos tramitassem às vezes por mais de ano, impossibilitando o acesso a novas pesquisas clínicas no Brasil. Este período de análise pela Conep é da ordem de dez vezes o observado em vários países europeus, por exemplo. A atuação dessa comissão necessita urgentemente de uma revisão de comportamento funcional, se quiser reverter esse cenário. O tempo de todo o processo de aprovação das pesquisas de protocolos clínicos no Brasil não deveria passar de dois a três meses. Para isso, basta haver vontade política e uma profunda reestruturação. Sociedade e paciente brasileiro merecem mais e o câncer merece ser estudado e tratado de frente. FERNANDO COTAIT MALUF, 44, é chefe da oncologia clínica do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes do hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo PHILLIP SCHEINBERG, 44, onco-hematologista do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
|
opiniao
|
As chances perdidas na pesquisa clínicaNas últimas décadas, a ciência conseguiu importantes avanços na pesquisa básica, aquela que ocorre nas bancadas dos laboratórios. Esses progressos, no entanto, não se traduziram em grandes benefícios, conforme se imaginava, em particular para os pacientes com câncer. Hoje já podemos realizar o sequenciamento genético de todo o DNA humano, analisar células individualmente, desvendar o complexo funcionamento do sistema de defesa do corpo e identificar as principais proteínas responsáveis pela sobrevivência das células tumorais. Era de se esperar, então, que tivéssemos alcançado melhorias mais expressivas em prevenção e tratamento dos tumores. O período de desenvolvimento de uma droga, que contempla desde a sua descoberta até o uso na clínica, variava entre 15 e 20 anos. Hoje, em muitos casos, esse período já caiu pela metade. Com isso, muitos pacientes já podem se beneficiar dessas novas drogas em estudos clínicos antes de sua aprovação. Mas esse cenário não se repete no Brasil. A morosidade na aprovação de estudos inviabiliza que o país participe de pesquisas que dariam acesso aos pacientes a tratamentos que poderiam permitir a cura, maior sobrevida ou qualidade de vida. Muitas vezes os responsáveis pela pesquisa nem sequer contemplam os centros nacionais para participar de estudos globais pelo simples fato de que esses estudos competitivos terminariam antes de serem iniciados no Brasil. No centro do problema está o requerimento de aprovação pela Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), bem como a admissão pelos comitês de ética em hospitais e universidades. Esse processo duplica a necessidade de aprovação ética e, assim, deixa o Brasil de fora de importantes inovações terapêuticas, tornando-o um mero importador de informações científicas. Outro ponto é que os pacientes que já não respondem mais aos tratamentos convencionais perdem a chance de ter acesso aos medicamentos mais inovadores, que poderiam fazer uma diferença significativa no prognóstico. Portadores de tumores muito agressivos, cujas respostas aos tratamentos existentes são baixas, poderiam se beneficiar de medicamentos promissores. Por falta de acesso aos protocolos clínicos, perdemos a chance de aprender novas possibilidades terapêuticas, prejudicando a formação e atualização do profissional. A falta de experiência se aplica também ao conhecimento científico, uma vez que o médico deixa de ter acesso aos novos dados, que poderiam levar à geração de novas ideias, novas soluções para quadros clínicos hoje sem resposta. A própria experiência administrativa na organização de estudos desse porte no Brasil acaba sendo perdida por falta da participação do país em pesquisas globais. Uma consequência desse cenário é a baixa produção científica clínica. Para agravar, os entraves burocráticos e alfandegários na importação de medicamentos e insumos sem priorização atrasam ainda mais o início de estudos no Brasil. No afã de se mostrar mais rigorosa em seus controles, a Conep permitiu que estudos tramitassem às vezes por mais de ano, impossibilitando o acesso a novas pesquisas clínicas no Brasil. Este período de análise pela Conep é da ordem de dez vezes o observado em vários países europeus, por exemplo. A atuação dessa comissão necessita urgentemente de uma revisão de comportamento funcional, se quiser reverter esse cenário. O tempo de todo o processo de aprovação das pesquisas de protocolos clínicos no Brasil não deveria passar de dois a três meses. Para isso, basta haver vontade política e uma profunda reestruturação. Sociedade e paciente brasileiro merecem mais e o câncer merece ser estudado e tratado de frente. FERNANDO COTAIT MALUF, 44, é chefe da oncologia clínica do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes do hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo PHILLIP SCHEINBERG, 44, onco-hematologista do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
| 14 |
Último movimento
|
No espaço de uma semana, a música perdeu dois de seus ícones. No campo erudito, Pierre Boulez; no rock, David Bowie. Deixo o cantor inglês para André Barcinski, que assina a versão "Pop" desta coluna, e convido o leitor a ver com ouvidos bem abertos o DVD "Boulez +", lançado no fim de 2015 em homenagem aos 90 anos do compositor francês. A gravação faz parte de uma série que justapõe nomes fundamentais da música moderna a brasileiros que com eles dialogam, como nos CDs "Ligeti +" e "Berio +". Aqui, o suporte é um DVD duplo em que os diferentes registros musicais são acompanhados de imagens elaboradas pelo videomaker Raimo Benedetti. São pulsações gráficas e morfologias do espectro sonoro, indicando a seara estética que adentramos: a música eletroacústica e tudo que a ela associamos –experimentação e cerebralismo, com o material sonoro (timbres acústicos processados ou produzidos eletronicamente) se sobrepondo a melodia, harmonia e ritmo. No entanto, este "Boulez +" mostra justamente como o mestre francês conseguiu dotar as asperezas da música especulativa –que busca sempre ampliar o campo do possível no âmbito da técnica e da estrutura– de uma expressividade que, se não corresponde a nossos padrões de eufonia, também contraria expectativas de uma frieza laboratorial. A exemplo do primeiro poeta moderno, Baudelaire, que identificou uma nova sensibilidade e uma nova percepção estética na experiência de choque da nascente metrópole, Boulez, o último compositor moderno, produz nas duas peças para violino aqui gravadas uma estranha beleza, em que deslizamentos melódicos são entrecortados por uma série de tensas figuras que ao mesmo tempo materializam e perturbam o estupor pós-moderno. O primeiro DVD abre com "Anthèmes 1" (1991) e o segundo fecha com "Anthèmes 2" (1997), peças que carregam no título a negação da ideia tradicional de "tema" musical e explicam por que Boulez seria, como dito acima, o último moderno: quando até a música –arte que deveria tender ao absoluto, à autonomia radical como reação e resistência às linguagens que reproduzem o mundo– sucumbiu a um ecletismo aquiescente com o que já está assimilado, Boulez persevera na invenção do novo e faz da música um ponto de fuga que inocula forma na experiência amorfa. E se, de uma obra a outra, incorporam-se elementos eletroacústicos, as peças dos compositores brasileiros (Sergio Kafejian, Tiago Gati, Marcus Siqueira, Martin Herraiz, Alexandre Lunsqui e Flo Menezes, organizador do DVD) fazem largo uso de timbres pré-gravados ou produzidos no tempo real das interpretações do violinista Claudio Cruz. São peças que, aqui reunidas, celebram a influência de um compositor que recorreu à alta modernidade de Debussy, Webern e Messiaen para escrever seu último movimento. Conexões DISCOS BOULEZ + QUANTO: R$ 40 AUTOR: VÁRIOS GRAVADORA: SESC SP BOULEZ: LE MARTEAU SANS MAÎTRE Obra de 1954 se baseia em versos do surrealista René Char e, no pós-guerra, teve importância semelhante à de "Pierrot Lunaire" (1912), de Schoenberg. QUANTO: R$ 79,90 - IMPORTADO AUTOR: ENSEMBLE INTER CONTEMPORAIN GRAVADORA: DEUTSCHE GRAMMOPHON * FILME MAHLER: SYMPHONY Nº 2 Regente que privilegiou compositores modernos como Mahler, Stravinsky e Bartók, Boulez pode ser visto aqui em seu estilo contido e preciso. QUANTO: DVD - 2010, R$ 49,90 AUTOR: STAATSKAPELLE BERLIN DISTRIBUIDORA: MUSIC BROKERSFILME
|
colunas
|
Último movimentoNo espaço de uma semana, a música perdeu dois de seus ícones. No campo erudito, Pierre Boulez; no rock, David Bowie. Deixo o cantor inglês para André Barcinski, que assina a versão "Pop" desta coluna, e convido o leitor a ver com ouvidos bem abertos o DVD "Boulez +", lançado no fim de 2015 em homenagem aos 90 anos do compositor francês. A gravação faz parte de uma série que justapõe nomes fundamentais da música moderna a brasileiros que com eles dialogam, como nos CDs "Ligeti +" e "Berio +". Aqui, o suporte é um DVD duplo em que os diferentes registros musicais são acompanhados de imagens elaboradas pelo videomaker Raimo Benedetti. São pulsações gráficas e morfologias do espectro sonoro, indicando a seara estética que adentramos: a música eletroacústica e tudo que a ela associamos –experimentação e cerebralismo, com o material sonoro (timbres acústicos processados ou produzidos eletronicamente) se sobrepondo a melodia, harmonia e ritmo. No entanto, este "Boulez +" mostra justamente como o mestre francês conseguiu dotar as asperezas da música especulativa –que busca sempre ampliar o campo do possível no âmbito da técnica e da estrutura– de uma expressividade que, se não corresponde a nossos padrões de eufonia, também contraria expectativas de uma frieza laboratorial. A exemplo do primeiro poeta moderno, Baudelaire, que identificou uma nova sensibilidade e uma nova percepção estética na experiência de choque da nascente metrópole, Boulez, o último compositor moderno, produz nas duas peças para violino aqui gravadas uma estranha beleza, em que deslizamentos melódicos são entrecortados por uma série de tensas figuras que ao mesmo tempo materializam e perturbam o estupor pós-moderno. O primeiro DVD abre com "Anthèmes 1" (1991) e o segundo fecha com "Anthèmes 2" (1997), peças que carregam no título a negação da ideia tradicional de "tema" musical e explicam por que Boulez seria, como dito acima, o último moderno: quando até a música –arte que deveria tender ao absoluto, à autonomia radical como reação e resistência às linguagens que reproduzem o mundo– sucumbiu a um ecletismo aquiescente com o que já está assimilado, Boulez persevera na invenção do novo e faz da música um ponto de fuga que inocula forma na experiência amorfa. E se, de uma obra a outra, incorporam-se elementos eletroacústicos, as peças dos compositores brasileiros (Sergio Kafejian, Tiago Gati, Marcus Siqueira, Martin Herraiz, Alexandre Lunsqui e Flo Menezes, organizador do DVD) fazem largo uso de timbres pré-gravados ou produzidos no tempo real das interpretações do violinista Claudio Cruz. São peças que, aqui reunidas, celebram a influência de um compositor que recorreu à alta modernidade de Debussy, Webern e Messiaen para escrever seu último movimento. Conexões DISCOS BOULEZ + QUANTO: R$ 40 AUTOR: VÁRIOS GRAVADORA: SESC SP BOULEZ: LE MARTEAU SANS MAÎTRE Obra de 1954 se baseia em versos do surrealista René Char e, no pós-guerra, teve importância semelhante à de "Pierrot Lunaire" (1912), de Schoenberg. QUANTO: R$ 79,90 - IMPORTADO AUTOR: ENSEMBLE INTER CONTEMPORAIN GRAVADORA: DEUTSCHE GRAMMOPHON * FILME MAHLER: SYMPHONY Nº 2 Regente que privilegiou compositores modernos como Mahler, Stravinsky e Bartók, Boulez pode ser visto aqui em seu estilo contido e preciso. QUANTO: DVD - 2010, R$ 49,90 AUTOR: STAATSKAPELLE BERLIN DISTRIBUIDORA: MUSIC BROKERSFILME
| 10 |
Autores nunca foram tão influentes, diz CEO da editora HarperCollins
|
O executivo americano Brian Murray está há 20 anos na HarperCollins –um décimo da idade da editora, uma das cinco maiores do mundo, que completa agora seu bicentenário. Desde janeiro, a empresa dos EUA detém o controle total de sua operação no Brasil, depois de comprar a participação da Ediouro (25%). Em São Paulo, o CEO da empresa concedeu entrevista à Folha. Ele reconhece a importância do mercado audiovisual para as contas das editoras, mas nega uma perda de influência da palavra escrita. Também comentou a recente falta de um grande filão que estimule o mercado internacional, uma vez que as principais séries infantojuvenis chegaram ao fim. Para ele, os ciclos desse tipo ocorrem a cada cinco anos. Leia abaixo trechos da entrevista à Folha. Quando surgiram rumores de que a HarperCollins viria ao Brasil, o país estava em um momento de prosperidade. Diante da crise, vocês se arrependem de ter vindo para cá? Atravessamos guerras, recessões, altos e baixos de todo tipo no mercado de língua inglesa. Nosso investimento tem um horizonte largo adiante. Não estamos pensando em dois anos. O Brasil é um país, jovem e grande. Há dois anos não surge uma grande tendência no mercado editorial no mundo. Séries infantojuvenis como "Crepúsculo" e "Divergente" chegaram ao fim. Há algo no horizonte? Adoraria saber a próxima. Posso falar sobre os EUA. Depois de "A Garota no Trem", surgiram vários livros com "garota" no título. Agora, surgiram vários com "órfão", mas não sei se isso vai dar certo. Surgirão outras séries. Minha experiência mostra que surgem em ciclos de cinco anos. Precisar tanto do mercado de cinema e TV para vender não é um sinal de que os livros já não são tão influentes? Acho que é um bom sinal. Há um investimento em narrar histórias. Como cresceu muito a demanda por televisão, [os estúdios] estão buscando os livros porque houve um esgotamento de personagens adaptados. Quando acabaram as franquias de super-heróis, eles vieram atrás das editoras. Para mim, é um sinal de que os autores nunca foram tão influentes como agora. O mercado audiovisual trabalha com muitos autores em linha de produção, com uma série de fórmulas. Isso vai ser reproduzido nos livros? Há o James Patterson [autor americano, que escreve com uma equipe de autores], mas ele é único. Tem autores que escrevem o primeiro livro sozinhos e para o segundo chamam um co-autor. Acho que esse modelo do cinema só funciona na autopublicação, onde o autor vai publicando capítulo a capítulo e testando assim a reação dos leitores. O Brasil discute há alguns anos a possibilidade de haver uma lei do preço fixo do livro, que limitaria os descontos dados por livrarias. Como você avalia a adoção de leis desse tipo? Nos mercados em que há preço fixo, vejo maior estabilidade no varejo, o que gera mais investimentos no mercado editorial. Toda a cadeia tem segurança sobre qual será a margem [de lucro] em cada elo da corrente. O preço fixo oferece isso, e o dinheiro flui. Em países onde isso não existe, a maior editora do mercado faz investimentos e costuma ter uma perda no curto prazo, mas conquistando uma fatia maior do mercado no longo prazo. É bom para o mercado se desenvolver. O mercado de língua inglesa não tem [preço fixo], e o europeu [continental] quase todo tem. E na Europa ele é mais estável. Acho que o preço fixo no Brasil poderia encorajar investimentos no setor.
|
ilustrada
|
Autores nunca foram tão influentes, diz CEO da editora HarperCollinsO executivo americano Brian Murray está há 20 anos na HarperCollins –um décimo da idade da editora, uma das cinco maiores do mundo, que completa agora seu bicentenário. Desde janeiro, a empresa dos EUA detém o controle total de sua operação no Brasil, depois de comprar a participação da Ediouro (25%). Em São Paulo, o CEO da empresa concedeu entrevista à Folha. Ele reconhece a importância do mercado audiovisual para as contas das editoras, mas nega uma perda de influência da palavra escrita. Também comentou a recente falta de um grande filão que estimule o mercado internacional, uma vez que as principais séries infantojuvenis chegaram ao fim. Para ele, os ciclos desse tipo ocorrem a cada cinco anos. Leia abaixo trechos da entrevista à Folha. Quando surgiram rumores de que a HarperCollins viria ao Brasil, o país estava em um momento de prosperidade. Diante da crise, vocês se arrependem de ter vindo para cá? Atravessamos guerras, recessões, altos e baixos de todo tipo no mercado de língua inglesa. Nosso investimento tem um horizonte largo adiante. Não estamos pensando em dois anos. O Brasil é um país, jovem e grande. Há dois anos não surge uma grande tendência no mercado editorial no mundo. Séries infantojuvenis como "Crepúsculo" e "Divergente" chegaram ao fim. Há algo no horizonte? Adoraria saber a próxima. Posso falar sobre os EUA. Depois de "A Garota no Trem", surgiram vários livros com "garota" no título. Agora, surgiram vários com "órfão", mas não sei se isso vai dar certo. Surgirão outras séries. Minha experiência mostra que surgem em ciclos de cinco anos. Precisar tanto do mercado de cinema e TV para vender não é um sinal de que os livros já não são tão influentes? Acho que é um bom sinal. Há um investimento em narrar histórias. Como cresceu muito a demanda por televisão, [os estúdios] estão buscando os livros porque houve um esgotamento de personagens adaptados. Quando acabaram as franquias de super-heróis, eles vieram atrás das editoras. Para mim, é um sinal de que os autores nunca foram tão influentes como agora. O mercado audiovisual trabalha com muitos autores em linha de produção, com uma série de fórmulas. Isso vai ser reproduzido nos livros? Há o James Patterson [autor americano, que escreve com uma equipe de autores], mas ele é único. Tem autores que escrevem o primeiro livro sozinhos e para o segundo chamam um co-autor. Acho que esse modelo do cinema só funciona na autopublicação, onde o autor vai publicando capítulo a capítulo e testando assim a reação dos leitores. O Brasil discute há alguns anos a possibilidade de haver uma lei do preço fixo do livro, que limitaria os descontos dados por livrarias. Como você avalia a adoção de leis desse tipo? Nos mercados em que há preço fixo, vejo maior estabilidade no varejo, o que gera mais investimentos no mercado editorial. Toda a cadeia tem segurança sobre qual será a margem [de lucro] em cada elo da corrente. O preço fixo oferece isso, e o dinheiro flui. Em países onde isso não existe, a maior editora do mercado faz investimentos e costuma ter uma perda no curto prazo, mas conquistando uma fatia maior do mercado no longo prazo. É bom para o mercado se desenvolver. O mercado de língua inglesa não tem [preço fixo], e o europeu [continental] quase todo tem. E na Europa ele é mais estável. Acho que o preço fixo no Brasil poderia encorajar investimentos no setor.
| 1 |
Quatro em dez professores fazem jornada extra para completar renda
|
Kassyus Lages, 38, aproveita os intervalos das aulas como professor de história, em Teresina, para alavancar a venda de roupas e sapatos. Andrea Almeida, 35, dividia-se entre as atividades de manicure e professora de matemática em uma rede municipal do interior do Maranhão até ser aprovada em um concurso estadual –agora, concilia os dois turnos de aula. Kelly Naves, 40, chegou a trabalhar por três turnos na educação em Belo Horizonte. Ainda hoje, deixa de almoçar enquanto gasta cerca de uma hora para ir de uma escola a outra na capital mineira. Moradores de diferentes pontos do país, os três exemplos fazem parte de uma estatística de professores que têm recorrido à jornada dupla (ou até tripla) de trabalho. E sentem os efeitos disso. Hoje, quatro em cada dez docentes da rede básica no país, ou 41% do total, fazem atividades dentro e fora da educação para complementar a renda. Desse universo, 10% chegam a atuar em atividades fora da educação. "Se eu tiver que dar uma lista, é mais fácil dizer quem não vive disso [renda extra]", afirma Kassyus, que cresceu ajudando a mãe, também professora, a vender bolos para completar a renda. Os dados, tabulados pela organização Todos pela Educação a pedido da Folha, são de questionário do Inep (órgão do Ministério da Educação) preenchido por 225 mil professores da rede pública do 5º e 9º ano do ensino fundamental, amostra que compreende os principais anos dessa etapa de ensino. Ao todo, o fundamental reúne 1,4 milhão de professores. A cada dois anos, o instituto avalia conhecimentos de português e matemática desses alunos - a chamada Prova Brasil. Ao mesmo tempo, a avaliação coleta informações sobre alunos, diretores e professores. Além da remuneração dos profissionais, o questionário dos docentes, por exemplo, traz questões sobre nível de escolaridade, utilização de recursos didáticos e integração da equipe escolar. Em 16 Estados, o índice supera a média nacional. Rio Grande do Norte (55%) e Roraima (54%) lideram. Na outra ponta, estão Tocantins e Distrito Federal, com 22,6% e 12,7%, respectivamente. Em São Paulo, cerca de 41% dos professores do ensino fundamental aderem a atividades extras. O levantamento mostra ainda que cerca de 30% dos professores que atuam em uma escola por 40 horas ou mais por semana também arranjam tempo para complementar a renda com outras atividades. DO IDEAL AO REAL "Em algumas redes, a própria carreira não está desenhada para o professor se fixar na sala de aula", afirma a coordenadora da Todos pela Educação, Alejandra Velasco. Para ela, além de trazer dificuldades ao professor, a rotina pode afetar o projeto pedagógico e a qualidade de ensino. "O professor que não participa totalmente da vida da escola vai ter um desapego maior à escola, vai participar menos das decisões." Gestores da educação em Estados e municípios reconhecem que a dedicação exclusiva, com jornada de 40 horas semanais, é o ideal para um melhor resultado. Mas ponderam que essa situação nem sempre é possível. "Do ideal para o real temos várias situações: somos muitas redes municipais, e cada um tem uma forma de contratar", diz Alessio Costa Lima, presidente da Undime (entidade que reúne dirigentes municipais de educação). "Vai depender da escola, do número de alunos e de turmas", completa Eduardo Deschamps, do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação). "É natural que professores com carga horária mais baixa tenham mais de um trabalho", diz. É o caso de Christian Sousa, 35, de Belo Horizonte, que se divide entre aulas de educação física, dança de salão e atividades extras como personal trainer. Pela primeira atividade, como docente em meio período, recebe R$ 2.200. Com a jornada extra, ele atinge R$ 5.700. "Se o professor fosse mais valorizado, teria somente tempo para investir na docência, e com certeza as aulas teriam melhor qualidade", afirma. TETO SALARIAL A atividade extra tem peso importante no orçamento doméstico dos professores: apenas com a docência, 50% dos profissionais recebem valor menor ou igual a R$ 2.035. Com a jornada adicional, seja em outra rede ou fora da educação, esse percentual diminui para 36%. Ao mesmo tempo, o número de professores que ganha na faixa acima de R$ 2.035 e até R$ 6.780 sobe de 46% para 58%. Para Guilherme Prado, da Faculdade de Educação da Unicamp, essa condição degradada de trabalho acaba por repercutir no ingresso de estudantes nos cursos de licenciatura ou no afastamento desses graduandos da sala de aula. "Em vez de optarem pela docência, vão para outras áreas, que do ponto de vista financeiro são mais rentáveis", afirma o professor da Unicamp, para quem o problema afeta principalmente áreas de física, química e matemática, com mercados mais amplos. GREVES PELO PAÍS Secretários de educação alegam que esse valor, em grande parte, está atrelado a uma jornada parcial de trabalho, inferior a 40 horas semanais. Os dados, porém, indicam que 34% dos professores com carga horária de 40 horas ou mais ganham até R$ 2.035. As condições de trabalho e a remuneração do profissional motivaram, neste ano, uma onda de paralisações em diversos Estados do país. "O quadro que temos é de muita tensão", afirmou recentemente o secretário de articulação com os sistemas de Ensino do MEC, Binho Marques, diante das greves na rede pública. Em Alagoas, onde 60% dos professores ganham até R$ 2.000 (é o maior percentual até essa faixa), a categoria ameaça parar as atividades em julho. "Os salários estão muito aquém da nossa qualificação profissional. Ninguém mais quer ser professor", afirma Consuelo Correia, presidente do Sinteal, sindicato dos trabalhadores em educação de Alagoas. "Isso mostra uma baixa valorização da carreira. Estão atraindo pessoas menos qualificadas", afirma. Segundo a presidente do sindicato, uma mudança no salário pode não ter efeito imediato, mas tornará a carreira mais atraente. QUALIDADE DE VIDA Professores afirmam que a dupla jornada interfere na qualidade de vida e traz impactos para o desempenho em sala de aula. Kelly Naves, professora da rede pública municipal em Belo Horizonte (de anos iniciais do fundamental e de inglês para outras turmas), lamenta não ter tempo livre para se dedicar a um mestrado, por exemplo. "Amamos a profissão. Mas o salário é tão baixo que sempre chega o momento em que pensamos em tentar outra atividade. O cansaço é inevitável", diz. Editoria de Arte/Folhapress
|
cotidiano
|
Quatro em dez professores fazem jornada extra para completar rendaKassyus Lages, 38, aproveita os intervalos das aulas como professor de história, em Teresina, para alavancar a venda de roupas e sapatos. Andrea Almeida, 35, dividia-se entre as atividades de manicure e professora de matemática em uma rede municipal do interior do Maranhão até ser aprovada em um concurso estadual –agora, concilia os dois turnos de aula. Kelly Naves, 40, chegou a trabalhar por três turnos na educação em Belo Horizonte. Ainda hoje, deixa de almoçar enquanto gasta cerca de uma hora para ir de uma escola a outra na capital mineira. Moradores de diferentes pontos do país, os três exemplos fazem parte de uma estatística de professores que têm recorrido à jornada dupla (ou até tripla) de trabalho. E sentem os efeitos disso. Hoje, quatro em cada dez docentes da rede básica no país, ou 41% do total, fazem atividades dentro e fora da educação para complementar a renda. Desse universo, 10% chegam a atuar em atividades fora da educação. "Se eu tiver que dar uma lista, é mais fácil dizer quem não vive disso [renda extra]", afirma Kassyus, que cresceu ajudando a mãe, também professora, a vender bolos para completar a renda. Os dados, tabulados pela organização Todos pela Educação a pedido da Folha, são de questionário do Inep (órgão do Ministério da Educação) preenchido por 225 mil professores da rede pública do 5º e 9º ano do ensino fundamental, amostra que compreende os principais anos dessa etapa de ensino. Ao todo, o fundamental reúne 1,4 milhão de professores. A cada dois anos, o instituto avalia conhecimentos de português e matemática desses alunos - a chamada Prova Brasil. Ao mesmo tempo, a avaliação coleta informações sobre alunos, diretores e professores. Além da remuneração dos profissionais, o questionário dos docentes, por exemplo, traz questões sobre nível de escolaridade, utilização de recursos didáticos e integração da equipe escolar. Em 16 Estados, o índice supera a média nacional. Rio Grande do Norte (55%) e Roraima (54%) lideram. Na outra ponta, estão Tocantins e Distrito Federal, com 22,6% e 12,7%, respectivamente. Em São Paulo, cerca de 41% dos professores do ensino fundamental aderem a atividades extras. O levantamento mostra ainda que cerca de 30% dos professores que atuam em uma escola por 40 horas ou mais por semana também arranjam tempo para complementar a renda com outras atividades. DO IDEAL AO REAL "Em algumas redes, a própria carreira não está desenhada para o professor se fixar na sala de aula", afirma a coordenadora da Todos pela Educação, Alejandra Velasco. Para ela, além de trazer dificuldades ao professor, a rotina pode afetar o projeto pedagógico e a qualidade de ensino. "O professor que não participa totalmente da vida da escola vai ter um desapego maior à escola, vai participar menos das decisões." Gestores da educação em Estados e municípios reconhecem que a dedicação exclusiva, com jornada de 40 horas semanais, é o ideal para um melhor resultado. Mas ponderam que essa situação nem sempre é possível. "Do ideal para o real temos várias situações: somos muitas redes municipais, e cada um tem uma forma de contratar", diz Alessio Costa Lima, presidente da Undime (entidade que reúne dirigentes municipais de educação). "Vai depender da escola, do número de alunos e de turmas", completa Eduardo Deschamps, do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação). "É natural que professores com carga horária mais baixa tenham mais de um trabalho", diz. É o caso de Christian Sousa, 35, de Belo Horizonte, que se divide entre aulas de educação física, dança de salão e atividades extras como personal trainer. Pela primeira atividade, como docente em meio período, recebe R$ 2.200. Com a jornada extra, ele atinge R$ 5.700. "Se o professor fosse mais valorizado, teria somente tempo para investir na docência, e com certeza as aulas teriam melhor qualidade", afirma. TETO SALARIAL A atividade extra tem peso importante no orçamento doméstico dos professores: apenas com a docência, 50% dos profissionais recebem valor menor ou igual a R$ 2.035. Com a jornada adicional, seja em outra rede ou fora da educação, esse percentual diminui para 36%. Ao mesmo tempo, o número de professores que ganha na faixa acima de R$ 2.035 e até R$ 6.780 sobe de 46% para 58%. Para Guilherme Prado, da Faculdade de Educação da Unicamp, essa condição degradada de trabalho acaba por repercutir no ingresso de estudantes nos cursos de licenciatura ou no afastamento desses graduandos da sala de aula. "Em vez de optarem pela docência, vão para outras áreas, que do ponto de vista financeiro são mais rentáveis", afirma o professor da Unicamp, para quem o problema afeta principalmente áreas de física, química e matemática, com mercados mais amplos. GREVES PELO PAÍS Secretários de educação alegam que esse valor, em grande parte, está atrelado a uma jornada parcial de trabalho, inferior a 40 horas semanais. Os dados, porém, indicam que 34% dos professores com carga horária de 40 horas ou mais ganham até R$ 2.035. As condições de trabalho e a remuneração do profissional motivaram, neste ano, uma onda de paralisações em diversos Estados do país. "O quadro que temos é de muita tensão", afirmou recentemente o secretário de articulação com os sistemas de Ensino do MEC, Binho Marques, diante das greves na rede pública. Em Alagoas, onde 60% dos professores ganham até R$ 2.000 (é o maior percentual até essa faixa), a categoria ameaça parar as atividades em julho. "Os salários estão muito aquém da nossa qualificação profissional. Ninguém mais quer ser professor", afirma Consuelo Correia, presidente do Sinteal, sindicato dos trabalhadores em educação de Alagoas. "Isso mostra uma baixa valorização da carreira. Estão atraindo pessoas menos qualificadas", afirma. Segundo a presidente do sindicato, uma mudança no salário pode não ter efeito imediato, mas tornará a carreira mais atraente. QUALIDADE DE VIDA Professores afirmam que a dupla jornada interfere na qualidade de vida e traz impactos para o desempenho em sala de aula. Kelly Naves, professora da rede pública municipal em Belo Horizonte (de anos iniciais do fundamental e de inglês para outras turmas), lamenta não ter tempo livre para se dedicar a um mestrado, por exemplo. "Amamos a profissão. Mas o salário é tão baixo que sempre chega o momento em que pensamos em tentar outra atividade. O cansaço é inevitável", diz. Editoria de Arte/Folhapress
| 6 |
Corpo de Teori e outras 4 vítimas da queda de avião são resgatados no Rio
|
As equipes de socorro resgataram os corpos de todas as vítimas do acidente com um avião em Paraty (RJ), nesta quinta (19). Na madrugada desta sexta-feira (20), foram retirados dos destroços os corpos do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, do empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono do hotel Emiliano, e de uma mulher que também estava na aeronave. Os corpos das outras duas vítimas foram resgatados na manhã desta sexta. Todos foram levados ao IML (Instituto Médico Legal) de Angra dos Reis, onde devem ser reconhecidos por parentes. Também morreram o o piloto Osmar Rodrigues, 56, Maíra Lidiane Panas Helatczuk, 23, e sua mãe, Maria Hilda Panas, 55. Os mergulhadores caíram no mar em busca de sobreviventes cerca de 40 minutos depois do acidente. Uma mulher que estava no avião com o ministro do STF Teori Zavascki, que caiu em Paraty (RJ), sobreviveu ao desastre, mas morreu afogada. A mulher estava viva e bateu no vidro. Os bombeiros não conseguiram socorrê-la a tempo. Vítimas do acidente Um dos mergulhadores contou à Folha ter quebrado o vidro do avião para tentar salvar a mulher –que aparentava, segundo ele, aproximadamente 20 anos. Chegou a colocar uma mangueira de oxigênio na boca dela, sem resultado. Juiz da corte desde 2012, Teori era responsável pelos casos da Lava Jato que envolvem pessoas com foro privilegiado, como congressistas e ministros. Ele trabalhava na fase final da análise da homologação da delação da Odebrecht, o maior acordo de colaboração da operação. A reportagem da Folha foi de barco à área. Os destroços estão a 400 metros ao norte da ilha Rasa, terceira ilha de Paraty em relação ao continente. É um local de intensa movimentação turística. A rota das escunas que levam visitantes para passeios a ilhas e praias da região fica a poucos metros dos destroços –que estão a cerca de 1,5 km do centro histórico de Paraty. Vídeo mostra sobrevoo em local de acidente Segundo bombeiros, a profundidade do mar na área onde caiu o avião é de cerca de 4 a 5 metros, com a maré alta –aproximadamente 3 metros com a maré baixa. A região de Paraty foi atingida por uma forte tempestade na noite de quarta (18). A chuva parou um pouco pela manhã e recomeçou com força por volta das 13h30 desta quinta –voltando a diminuir do meio para o final da tarde. Segundo o pescador Wallace da Guarda Castro, 23, o acidente aconteceu no início da tarde. Um barco de pesca que passava perto da ilha Rasa viu a aeronave com o bico para fora e acionou a Marinha. As testemunhas disseram que dois barcos pesqueiros içaram o que restou do avião, que ficou para fora da água. Mas a Aeronáutica em seguida orientou que os destroços fossem devolvidos à água, para não atrapalhar na perícia. O ACIDENTE O bimotor King Air C-90, de fabricação americana com prefixo PR-SOM, havia saído do Campo de Marte, em São Paulo, às 13h01. Segundo a Infraero e Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), ela pertence à Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras, dona do hotel Emiliano. A Capitania dos Portos teria sido acionada às 13h45 desta quinta. Logo, militares da Marinha, Bombeiros e até barcos pesqueiros iniciaram o trabalho de buscas pela aeronave. Onde foi o acidente
|
poder
|
Corpo de Teori e outras 4 vítimas da queda de avião são resgatados no RioAs equipes de socorro resgataram os corpos de todas as vítimas do acidente com um avião em Paraty (RJ), nesta quinta (19). Na madrugada desta sexta-feira (20), foram retirados dos destroços os corpos do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, do empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono do hotel Emiliano, e de uma mulher que também estava na aeronave. Os corpos das outras duas vítimas foram resgatados na manhã desta sexta. Todos foram levados ao IML (Instituto Médico Legal) de Angra dos Reis, onde devem ser reconhecidos por parentes. Também morreram o o piloto Osmar Rodrigues, 56, Maíra Lidiane Panas Helatczuk, 23, e sua mãe, Maria Hilda Panas, 55. Os mergulhadores caíram no mar em busca de sobreviventes cerca de 40 minutos depois do acidente. Uma mulher que estava no avião com o ministro do STF Teori Zavascki, que caiu em Paraty (RJ), sobreviveu ao desastre, mas morreu afogada. A mulher estava viva e bateu no vidro. Os bombeiros não conseguiram socorrê-la a tempo. Vítimas do acidente Um dos mergulhadores contou à Folha ter quebrado o vidro do avião para tentar salvar a mulher –que aparentava, segundo ele, aproximadamente 20 anos. Chegou a colocar uma mangueira de oxigênio na boca dela, sem resultado. Juiz da corte desde 2012, Teori era responsável pelos casos da Lava Jato que envolvem pessoas com foro privilegiado, como congressistas e ministros. Ele trabalhava na fase final da análise da homologação da delação da Odebrecht, o maior acordo de colaboração da operação. A reportagem da Folha foi de barco à área. Os destroços estão a 400 metros ao norte da ilha Rasa, terceira ilha de Paraty em relação ao continente. É um local de intensa movimentação turística. A rota das escunas que levam visitantes para passeios a ilhas e praias da região fica a poucos metros dos destroços –que estão a cerca de 1,5 km do centro histórico de Paraty. Vídeo mostra sobrevoo em local de acidente Segundo bombeiros, a profundidade do mar na área onde caiu o avião é de cerca de 4 a 5 metros, com a maré alta –aproximadamente 3 metros com a maré baixa. A região de Paraty foi atingida por uma forte tempestade na noite de quarta (18). A chuva parou um pouco pela manhã e recomeçou com força por volta das 13h30 desta quinta –voltando a diminuir do meio para o final da tarde. Segundo o pescador Wallace da Guarda Castro, 23, o acidente aconteceu no início da tarde. Um barco de pesca que passava perto da ilha Rasa viu a aeronave com o bico para fora e acionou a Marinha. As testemunhas disseram que dois barcos pesqueiros içaram o que restou do avião, que ficou para fora da água. Mas a Aeronáutica em seguida orientou que os destroços fossem devolvidos à água, para não atrapalhar na perícia. O ACIDENTE O bimotor King Air C-90, de fabricação americana com prefixo PR-SOM, havia saído do Campo de Marte, em São Paulo, às 13h01. Segundo a Infraero e Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), ela pertence à Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras, dona do hotel Emiliano. A Capitania dos Portos teria sido acionada às 13h45 desta quinta. Logo, militares da Marinha, Bombeiros e até barcos pesqueiros iniciaram o trabalho de buscas pela aeronave. Onde foi o acidente
| 0 |
Super Bowl pode selar aposentadoria do quarterback Peyton Manning
|
Em pesquisa divulgada no início de janeiro deste ano pelo Harris Institute, Joe Montana, 66, quarterback (lançador) do San Francisco 49ers entre 1979 e 1992 -jogou ainda duas temporada pelo Kansas City Chiefs-, foi apontado como melhor jogador de todos os tempos do futebol americano. Em segundo e terceiro lugares, quase empatados, vieram Tom Brady, 38, do New England Patriots, e Peyton Manning, 39, do Denver Broncos, que disputa neste domingo, contra o Carolina Panthers, o Super Bowl 50. Se a pesquisa tivesse sido conduzida um pouco depois, o resultado talvez fosse outro. Afinal, refletiria o placar da final da conferência americana de 24 de janeiro, que opôs justamente Brady e Manning, tendo o segundo como vencedor. Detalhes numéricos à parte, o fato é que o Super Bowl 50 pode ser o capitulo final da carreira daquele que, para muita gente, é o maior jogador da história da modalidade. Outra coisa também é certa: a despeito do fato de Brady, com quatro conquistas, ter ganhado mais Super Bowls que Manning, é o camisa 18 de Denver quem chegou mais longe na corrida pela adoração do público. Tanto é assim que a fama de bom moço do cristão e republicano Peyton Manning não sofreu nenhum abalo com as acusações de que ele teria feito uso de hormônios de crescimento para se recuperar mais rapidamente da cirurgia nas vértebras a que foi submetido em 2011. A acusação veio no fim de 2015, após extensa reportagem da rede de TV Al Jazira nos EUA. Petyon negou, a NFL acreditou e pouco se fala no assunto hoje em dia. Já quando o assunto é a acusação de que Tom Brady teria propositalmente pedido para que as bolas de jogo fossem murchadas nos playoffs da última temporada, até hoje piadas são feitas a respeito. FOCO Os rumores de que Manning pode se aposentar no fim desta temporada, especialmente se os Broncos ficarem com o troféu, são recorrentes. Mas ninguém sabe ao certo o que vai acontecer. "Eu não discuti isso (a aposentadoria) com ele e, para ser sincero, não sei o que ele vai fazer. Acho que ele só está pensando nesse jogo (o Super Bowl) e na possibilidade de conquista para o time dele", disse à Folha Eli Manning, durante evento da NFL em São Francisco, na última sexta (5). O quarterback do New York Giants é o irmão mais novo e menos brilhante de Peyton. Mas, com dois títulos (2008 e 2011), Eli também venceu mais finais de campeonato que o irmão mais velho, que só ganhou a temporada de 2007, com o Indianapolis Colts. LINHAGEM Antes de Peyton e Eli, porém, havia Archie. Pai da dupla, Archie foi o primeiro do clã Manning a se tornar lenda, ainda nos anos 1960, na faculdade, no Mississipi. Também jogador de beisebol, ele foi quatro vezes selecionado para praticar o esporte profissionalmente. Mas Manning preferia o futebol americano. No futebol universitário, o quarterback virou ídolo. A ponto de o limite de velocidade dos automóveis no campus da faculdade onde ele estudou ser até hoje de 18 milhas por hora, em referência ao número da camisa usada à época pelo patriarca Manning. Foi em 1971, dois anos após seu pai Buddy cometer suicídio, que Archie assinou contrato com o New Orleans Saints. Individualmente, Archie de destacou nas 13 temporadas em que atuou na NFL. Mas deixou a liga sem títulos –passou em branco também pelo Houston Oilers (hoje Texans) e pelo Minessota Vikings. Cooper Manning, o filho mais velho de Archie, começou a jogar futebol americano no colégio, em Mississipi, e parecia que também teria futuro promissor. Recebedor, brilhou especialmente quando o irmão mais novo Peyton passou a ser seu colega de time. Mas sua carreira durou pouco. Diagnosticado com um grave problema na coluna, Cooper teve de parar a jogar aos 18 anos. Peyton seguiu jogando. Assim como o pai, fez grande sucesso na universidade, no Estado do Tennessee. E, na NFL, foi muito além, primeiro pelo Indianapolis Colts (1998 a 2011) e, desde 2012, pelo Denver Broncos. A conquista única de Peyton no Super Bowl 46 não faz justiça à sua qualidade como atleta. Peyton foi cinco vezes apontado como melhor jogador da liga. É o recordista histórico de passes para touchdowns, com 539, e também o jogador com mais vitórias na carreira como titular: 186, empatado com Brett Favre, que se aposentou em 2008. Eli Manning diz não saber ao certo porque os homens da família Manning conseguem tanto sucesso no futebol americano. "Eu acredito que se deva ao profissionalismo, ao desejo de trabalhar muito e de de sempre fazer o melhor, com muito caráter e disciplina", disse ele. "Isso é algo que veio do meu pai e que pretendemos passar para as nossas próxima gerações", afirma. É preciso convir que o legado Marshall, filho de Peyton, e de Heid e Arch Manning, filhos de Cooper, está entre os maiores do mundo do esporte. O jornalista viajou a convite dos canais ESPN
|
esporte
|
Super Bowl pode selar aposentadoria do quarterback Peyton ManningEm pesquisa divulgada no início de janeiro deste ano pelo Harris Institute, Joe Montana, 66, quarterback (lançador) do San Francisco 49ers entre 1979 e 1992 -jogou ainda duas temporada pelo Kansas City Chiefs-, foi apontado como melhor jogador de todos os tempos do futebol americano. Em segundo e terceiro lugares, quase empatados, vieram Tom Brady, 38, do New England Patriots, e Peyton Manning, 39, do Denver Broncos, que disputa neste domingo, contra o Carolina Panthers, o Super Bowl 50. Se a pesquisa tivesse sido conduzida um pouco depois, o resultado talvez fosse outro. Afinal, refletiria o placar da final da conferência americana de 24 de janeiro, que opôs justamente Brady e Manning, tendo o segundo como vencedor. Detalhes numéricos à parte, o fato é que o Super Bowl 50 pode ser o capitulo final da carreira daquele que, para muita gente, é o maior jogador da história da modalidade. Outra coisa também é certa: a despeito do fato de Brady, com quatro conquistas, ter ganhado mais Super Bowls que Manning, é o camisa 18 de Denver quem chegou mais longe na corrida pela adoração do público. Tanto é assim que a fama de bom moço do cristão e republicano Peyton Manning não sofreu nenhum abalo com as acusações de que ele teria feito uso de hormônios de crescimento para se recuperar mais rapidamente da cirurgia nas vértebras a que foi submetido em 2011. A acusação veio no fim de 2015, após extensa reportagem da rede de TV Al Jazira nos EUA. Petyon negou, a NFL acreditou e pouco se fala no assunto hoje em dia. Já quando o assunto é a acusação de que Tom Brady teria propositalmente pedido para que as bolas de jogo fossem murchadas nos playoffs da última temporada, até hoje piadas são feitas a respeito. FOCO Os rumores de que Manning pode se aposentar no fim desta temporada, especialmente se os Broncos ficarem com o troféu, são recorrentes. Mas ninguém sabe ao certo o que vai acontecer. "Eu não discuti isso (a aposentadoria) com ele e, para ser sincero, não sei o que ele vai fazer. Acho que ele só está pensando nesse jogo (o Super Bowl) e na possibilidade de conquista para o time dele", disse à Folha Eli Manning, durante evento da NFL em São Francisco, na última sexta (5). O quarterback do New York Giants é o irmão mais novo e menos brilhante de Peyton. Mas, com dois títulos (2008 e 2011), Eli também venceu mais finais de campeonato que o irmão mais velho, que só ganhou a temporada de 2007, com o Indianapolis Colts. LINHAGEM Antes de Peyton e Eli, porém, havia Archie. Pai da dupla, Archie foi o primeiro do clã Manning a se tornar lenda, ainda nos anos 1960, na faculdade, no Mississipi. Também jogador de beisebol, ele foi quatro vezes selecionado para praticar o esporte profissionalmente. Mas Manning preferia o futebol americano. No futebol universitário, o quarterback virou ídolo. A ponto de o limite de velocidade dos automóveis no campus da faculdade onde ele estudou ser até hoje de 18 milhas por hora, em referência ao número da camisa usada à época pelo patriarca Manning. Foi em 1971, dois anos após seu pai Buddy cometer suicídio, que Archie assinou contrato com o New Orleans Saints. Individualmente, Archie de destacou nas 13 temporadas em que atuou na NFL. Mas deixou a liga sem títulos –passou em branco também pelo Houston Oilers (hoje Texans) e pelo Minessota Vikings. Cooper Manning, o filho mais velho de Archie, começou a jogar futebol americano no colégio, em Mississipi, e parecia que também teria futuro promissor. Recebedor, brilhou especialmente quando o irmão mais novo Peyton passou a ser seu colega de time. Mas sua carreira durou pouco. Diagnosticado com um grave problema na coluna, Cooper teve de parar a jogar aos 18 anos. Peyton seguiu jogando. Assim como o pai, fez grande sucesso na universidade, no Estado do Tennessee. E, na NFL, foi muito além, primeiro pelo Indianapolis Colts (1998 a 2011) e, desde 2012, pelo Denver Broncos. A conquista única de Peyton no Super Bowl 46 não faz justiça à sua qualidade como atleta. Peyton foi cinco vezes apontado como melhor jogador da liga. É o recordista histórico de passes para touchdowns, com 539, e também o jogador com mais vitórias na carreira como titular: 186, empatado com Brett Favre, que se aposentou em 2008. Eli Manning diz não saber ao certo porque os homens da família Manning conseguem tanto sucesso no futebol americano. "Eu acredito que se deva ao profissionalismo, ao desejo de trabalhar muito e de de sempre fazer o melhor, com muito caráter e disciplina", disse ele. "Isso é algo que veio do meu pai e que pretendemos passar para as nossas próxima gerações", afirma. É preciso convir que o legado Marshall, filho de Peyton, e de Heid e Arch Manning, filhos de Cooper, está entre os maiores do mundo do esporte. O jornalista viajou a convite dos canais ESPN
| 4 |
Alemanha vai crescer apesar de riscos maiores após 'brexit', diz ministério
|
A economia alemã permanece em um caminho sólido de crescimento, apesar da recente desaceleração no segundo trimestre, mas os riscos externos aumentaram após a decisão britânica de deixar a União Europeia, informou o Ministério das Finanças nesta sexta-feira (19). O crescimento na maior economia da Europa desacelerou menos que o esperado nos três meses até junho. Aumento das exportações, forte consumo privado e crescimento nos gastos públicos compensaram o investimento mais fraco em construção e maquinário. A taxa de crescimento de 0,4% foi o dobro do esperado em pesquisa Reuters e a desaceleração era amplamente prevista, depois que o inverno (Hemisfério Norte) mais ameno ajudou a economia alemã a crescer 0,7% nos primeiros três meses do ano, a taxa trimestral mais forte em dois anos. Em seu relatório mensal, o Ministério das Finanças disse que a economia continuará a crescer devido à forte demanda doméstica que é impulsionada por máxima recorde de emprego, aumento real de salários, baixa inflação e preços relativamente baixos de energia. "O bom estado da economia alemã indica continuação do bom momento econômico nos próximos meses, embora os riscos externos tenham aumentado com o referendo sobre o brexit", disse o documento. A forte atividade econômica doméstica está elevando a arrecadação, com as receitas do governo federal e dos Estados subindo 4,6% no ano nos primeiros sete meses de 2016, informou o ministério. O número é maior do que a alta esperada de 3,0% para o ano inteiro.
|
mercado
|
Alemanha vai crescer apesar de riscos maiores após 'brexit', diz ministérioA economia alemã permanece em um caminho sólido de crescimento, apesar da recente desaceleração no segundo trimestre, mas os riscos externos aumentaram após a decisão britânica de deixar a União Europeia, informou o Ministério das Finanças nesta sexta-feira (19). O crescimento na maior economia da Europa desacelerou menos que o esperado nos três meses até junho. Aumento das exportações, forte consumo privado e crescimento nos gastos públicos compensaram o investimento mais fraco em construção e maquinário. A taxa de crescimento de 0,4% foi o dobro do esperado em pesquisa Reuters e a desaceleração era amplamente prevista, depois que o inverno (Hemisfério Norte) mais ameno ajudou a economia alemã a crescer 0,7% nos primeiros três meses do ano, a taxa trimestral mais forte em dois anos. Em seu relatório mensal, o Ministério das Finanças disse que a economia continuará a crescer devido à forte demanda doméstica que é impulsionada por máxima recorde de emprego, aumento real de salários, baixa inflação e preços relativamente baixos de energia. "O bom estado da economia alemã indica continuação do bom momento econômico nos próximos meses, embora os riscos externos tenham aumentado com o referendo sobre o brexit", disse o documento. A forte atividade econômica doméstica está elevando a arrecadação, com as receitas do governo federal e dos Estados subindo 4,6% no ano nos primeiros sete meses de 2016, informou o ministério. O número é maior do que a alta esperada de 3,0% para o ano inteiro.
| 2 |
Deputada protocola PEC que pode impedir volta de Lula à Presidência
|
Além do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, os deputados também pretendem atingir os planos do ex-presidente Lula, o provável candidato do PT à Presidência da República em 2018. Pelo menos é essa a intenção de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) protocolada no início de setembro, de autoria da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do delator do mensalão, Roberto Jefferson. "O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente, sendo proibida, a reeleição por períodos descontínuos", destaca o texto. A Câmara dos Deputados aprovou, em maio, uma PEC que acaba com a reeleição. Contudo, a nova proposta é proibir "a reeleição para períodos descontinuados", ou seja, só se pode ocupar o cargo uma única vez. A ampliação da proibição para governadores e prefeitos é o ponto que deve gerar mais polêmica ao longo das discussões da PEC, que não tem prazo para começar a tramitar. Com esse teor, a proposta pode prejudicar planos de reeleição de senadores que já governaram seus estados, por exemplo, ou até mesmo de deputados que pretendem voltar às prefeituras de suas cidades. A proposta foi assinada por deputados tanto de oposição quanto da base aliada. Quatro parlamentares petistas apoiaram o teor da PEC. Ainda em fase inicial de tramitação, a PEC precisa passar por comissões e por dois turnos de votação em plenário, com dois terços de aprovação. Segue, na sequência, para o Senado, onde passa pelo mesmo rito.
|
poder
|
Deputada protocola PEC que pode impedir volta de Lula à PresidênciaAlém do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, os deputados também pretendem atingir os planos do ex-presidente Lula, o provável candidato do PT à Presidência da República em 2018. Pelo menos é essa a intenção de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) protocolada no início de setembro, de autoria da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do delator do mensalão, Roberto Jefferson. "O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente, sendo proibida, a reeleição por períodos descontínuos", destaca o texto. A Câmara dos Deputados aprovou, em maio, uma PEC que acaba com a reeleição. Contudo, a nova proposta é proibir "a reeleição para períodos descontinuados", ou seja, só se pode ocupar o cargo uma única vez. A ampliação da proibição para governadores e prefeitos é o ponto que deve gerar mais polêmica ao longo das discussões da PEC, que não tem prazo para começar a tramitar. Com esse teor, a proposta pode prejudicar planos de reeleição de senadores que já governaram seus estados, por exemplo, ou até mesmo de deputados que pretendem voltar às prefeituras de suas cidades. A proposta foi assinada por deputados tanto de oposição quanto da base aliada. Quatro parlamentares petistas apoiaram o teor da PEC. Ainda em fase inicial de tramitação, a PEC precisa passar por comissões e por dois turnos de votação em plenário, com dois terços de aprovação. Segue, na sequência, para o Senado, onde passa pelo mesmo rito.
| 0 |
Cai a ficha do aquecimento além de 2°C
|
A meta de conter o aquecimento global a um acréscimo menor que 2°C –o limite que se convencionou chamar de "perigoso"– já está saindo do escopo de esperança dos cientistas. Esse processo de desilusão lento e doloroso, que dura no mínimo desde 2009, começa a tomar uma forma mais nítida agora, com a aproximação da cúpula do clima de Paris, a ser realizada em dezembro deste ano. Um dos elementos que levam a essa constatação era algo que todos já esperavam: as promessas que os governos nacionais levarão ao ao encontro são insuficientes para colocar o planeta numa trajetória que desacelere suficientemente a temperatura antes de os 2°C se tornarem inevitáveis. Em um relatório publicado nesta semana pela LSE (London School of Economics), um trio de pesquisadores encabeçados pelo economista Nicholas Stern mostra que as promessas com que países estão acenando às vésperas do encontro de Paris não está nem perto de ser aquela necessária para evitar que o limite "perigoso" seja atingido neste século. Fazendo as contas usando uma série de aproximações, Stern leva em conta que as emissões atuais de CO2 precisam cair dos 48.5 bilhões de toneladas registrados em 2010 para 35 bilhões de toneladas até 2030, se quisermos ter uma chance razoável (66%) de ficar abaixo dos 2°C. As promessas de desaceleração no crescimento de emissões, porém, nem sequer levarão a uma redução. Em escala global, somadas as promessas ou tendências de todos os países, seguimos rumo a um aumento das emissões anuais para algo entre 57,5 bilhões e 59 bilhões de toneladas de CO2 em 2030. Mesmo que a humanidade prefira decidir o futuro do planeta no cara-ou-coroa –ou seja, ter uma chance de 50% de evitar o aumento perigoso de temperatura– será preciso que as emissões não ultrapassem os 50 bilhões de toneladas em 2050. O cálculo é baseado sobretudo nas promessas (formais ou informais) feitas até agora por Estados Unidos, União Europeia e China, juntos responsáveis por 45% das emissões atuais (tomando 2010 como base). Enquanto EUA e UE prometem cortes tímidos diante da parcela histórica de culpa desses países, que jogam CO2 no ar desde o início da Revolução Industrial, a China promete apenas atingir o pico de suas emissões (parar de crescer) entre 2025 e 2030. Nada de corte até lá. Isso significa que esse bloco de países, aquele que tem peso geopolítico para tentar pressionar o resto do mundo a fazer sua parte, não está ele próprio fazendo a lição de casa. O montante de emissões atribuído ao trio EUA-UE-China cairia apenas de 21,1 bilhões toneladas de CO2 para 20,9 bilhões em 2030, na melhor das hipóteses. O mais provável é que suba até pelo menos 22,3 bilhões. O ÚLTIMO A CHEGAR PAGA A CONTA? Essa situação só se encaixa num cenário otimista se o resto do mundo somado derrubar suas emissões de 26,2 bilhões para cerca de 15 bilhões de toneladas de gás carbônico até 2030. É de uma esperança ingênua, para não dizer risível, que as promessas a serem apresentadas pelos outros grandes emissores antes da cúpula de Paris sejam o bastante para fechar a conta. O encontro seria crucial para colocar o planeta numa trajetória adequada de controle da temperatura, porque um acordo internacional de redução de emissões deve ser assinado ali. Países em desenvolvimento têm uma clara tendência de aumento das emissões. O Brasil, por exemplo, que ainda não disse o que pretende fazer no período pós-2020, tem uma trajetória de aumento de 1,6 bilhão de toneladas (2010) para 2,3 bilhão (2030), conforme estimativa de Stern. Se a diplomacia do governo Dilma pretendesse alguma coisa mais ousada que isso, provavelmente já teria se antecipado em declarar. Os países que ainda estão escondendo as cartas sobre o que pretendem para a cúpula de Paris, se não provarem o contrário logo, são aqueles em situação politico-econômica mais desfavorável para desacelerar emissões. Segundo Stern, numa trajetória econômica inercial, só a Índia veria suas emissões subindo de 2,8 bilhões para 5,1 bilhões de toneladas de 2010 até 2030. DOURANDO A PÍLULA Esse cenário global deprimente está deixando alguns cientistas impacientes com o discurso de que a meta dos 2°C ainda está ao alcance. Para Oliver Geden, especialista em política climática do Instituto Alemão de Relações Internacionais e Segurança, os cientistas precisam parar de traçar cenários implausíveis e têm de dizer aos políticos que eles falharam em atingir a meta. "O quarto relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudança Climática), publicado em 2007, declarou que as emissões deveria começara a cair em 2015 para que o limite de 2°C permanecesse ao alcance", escreveu o pesquisador nesta semana, em artigo na revista "Nature". "Mas o quinto relatório do IPCC, divulgado no ano passado, menciona níveis de emissões em 2030 mais altos que o de hoje e que ainda estariam compatíveis com o limite." Geden é duro nas críticas sobretudo com cenários que incluem a possibilidade de usar "emissões negativas" no futuro para compensar o atraso na redução de emissões, algo que iria requerer o uso de CCS, uma tecnologia ainda não consolidada para captura e armazenamento de carbono, ou o plantio de uma floresta maior que a Índia. JOGAMOS A TOALHA? Se a humanidade já falhou em conter o aquecimento a 2°C, então, é hora de desistir de cortar emissões e liberar os combustíveis fósseis? Nesse caso, vale a máxima de que nada é tão ruim que nunca possa piorar. O teto de 2°C, claro, foi estabelecido com uma certa arbitrariedade. Ele foi concebido na década de 1990, quando ficou claro que um aquecimento limitado a isso deixaria a humanidade dentro de um escopo de temperatura que tinha precedente ao menos nos últimos 12 mil anos. Isso evitaria alguns impactos mais temidos com eventos climáticos extremos como secas e tempestades, além de manter o aumento do nível do mar a um mínimo manejável. Talvez seja agora o caso de estabelecer como nova meta um aquecimento de 3°C, para evitar que o planeta volte a ser como era no Plioceno, há 3 milhões de anos. Naquela época, não existiam geleiras no hemisfério norte, o nível do mar era 25 metros maior e o clima era regido por um "El Niño" permanente. Um cenário assim pode ser mais convincente na hora de convencer governos a fazerem alguma coisa, mas seria otimismo esperar isso. O mais provável é que uma meta de 3°C sirva de desculpa para a humanidade passar mais duas décadas procrastinando, sem empreender os cortes de emissões necessários para atingi-la.
|
colunas
|
Cai a ficha do aquecimento além de 2°CA meta de conter o aquecimento global a um acréscimo menor que 2°C –o limite que se convencionou chamar de "perigoso"– já está saindo do escopo de esperança dos cientistas. Esse processo de desilusão lento e doloroso, que dura no mínimo desde 2009, começa a tomar uma forma mais nítida agora, com a aproximação da cúpula do clima de Paris, a ser realizada em dezembro deste ano. Um dos elementos que levam a essa constatação era algo que todos já esperavam: as promessas que os governos nacionais levarão ao ao encontro são insuficientes para colocar o planeta numa trajetória que desacelere suficientemente a temperatura antes de os 2°C se tornarem inevitáveis. Em um relatório publicado nesta semana pela LSE (London School of Economics), um trio de pesquisadores encabeçados pelo economista Nicholas Stern mostra que as promessas com que países estão acenando às vésperas do encontro de Paris não está nem perto de ser aquela necessária para evitar que o limite "perigoso" seja atingido neste século. Fazendo as contas usando uma série de aproximações, Stern leva em conta que as emissões atuais de CO2 precisam cair dos 48.5 bilhões de toneladas registrados em 2010 para 35 bilhões de toneladas até 2030, se quisermos ter uma chance razoável (66%) de ficar abaixo dos 2°C. As promessas de desaceleração no crescimento de emissões, porém, nem sequer levarão a uma redução. Em escala global, somadas as promessas ou tendências de todos os países, seguimos rumo a um aumento das emissões anuais para algo entre 57,5 bilhões e 59 bilhões de toneladas de CO2 em 2030. Mesmo que a humanidade prefira decidir o futuro do planeta no cara-ou-coroa –ou seja, ter uma chance de 50% de evitar o aumento perigoso de temperatura– será preciso que as emissões não ultrapassem os 50 bilhões de toneladas em 2050. O cálculo é baseado sobretudo nas promessas (formais ou informais) feitas até agora por Estados Unidos, União Europeia e China, juntos responsáveis por 45% das emissões atuais (tomando 2010 como base). Enquanto EUA e UE prometem cortes tímidos diante da parcela histórica de culpa desses países, que jogam CO2 no ar desde o início da Revolução Industrial, a China promete apenas atingir o pico de suas emissões (parar de crescer) entre 2025 e 2030. Nada de corte até lá. Isso significa que esse bloco de países, aquele que tem peso geopolítico para tentar pressionar o resto do mundo a fazer sua parte, não está ele próprio fazendo a lição de casa. O montante de emissões atribuído ao trio EUA-UE-China cairia apenas de 21,1 bilhões toneladas de CO2 para 20,9 bilhões em 2030, na melhor das hipóteses. O mais provável é que suba até pelo menos 22,3 bilhões. O ÚLTIMO A CHEGAR PAGA A CONTA? Essa situação só se encaixa num cenário otimista se o resto do mundo somado derrubar suas emissões de 26,2 bilhões para cerca de 15 bilhões de toneladas de gás carbônico até 2030. É de uma esperança ingênua, para não dizer risível, que as promessas a serem apresentadas pelos outros grandes emissores antes da cúpula de Paris sejam o bastante para fechar a conta. O encontro seria crucial para colocar o planeta numa trajetória adequada de controle da temperatura, porque um acordo internacional de redução de emissões deve ser assinado ali. Países em desenvolvimento têm uma clara tendência de aumento das emissões. O Brasil, por exemplo, que ainda não disse o que pretende fazer no período pós-2020, tem uma trajetória de aumento de 1,6 bilhão de toneladas (2010) para 2,3 bilhão (2030), conforme estimativa de Stern. Se a diplomacia do governo Dilma pretendesse alguma coisa mais ousada que isso, provavelmente já teria se antecipado em declarar. Os países que ainda estão escondendo as cartas sobre o que pretendem para a cúpula de Paris, se não provarem o contrário logo, são aqueles em situação politico-econômica mais desfavorável para desacelerar emissões. Segundo Stern, numa trajetória econômica inercial, só a Índia veria suas emissões subindo de 2,8 bilhões para 5,1 bilhões de toneladas de 2010 até 2030. DOURANDO A PÍLULA Esse cenário global deprimente está deixando alguns cientistas impacientes com o discurso de que a meta dos 2°C ainda está ao alcance. Para Oliver Geden, especialista em política climática do Instituto Alemão de Relações Internacionais e Segurança, os cientistas precisam parar de traçar cenários implausíveis e têm de dizer aos políticos que eles falharam em atingir a meta. "O quarto relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudança Climática), publicado em 2007, declarou que as emissões deveria começara a cair em 2015 para que o limite de 2°C permanecesse ao alcance", escreveu o pesquisador nesta semana, em artigo na revista "Nature". "Mas o quinto relatório do IPCC, divulgado no ano passado, menciona níveis de emissões em 2030 mais altos que o de hoje e que ainda estariam compatíveis com o limite." Geden é duro nas críticas sobretudo com cenários que incluem a possibilidade de usar "emissões negativas" no futuro para compensar o atraso na redução de emissões, algo que iria requerer o uso de CCS, uma tecnologia ainda não consolidada para captura e armazenamento de carbono, ou o plantio de uma floresta maior que a Índia. JOGAMOS A TOALHA? Se a humanidade já falhou em conter o aquecimento a 2°C, então, é hora de desistir de cortar emissões e liberar os combustíveis fósseis? Nesse caso, vale a máxima de que nada é tão ruim que nunca possa piorar. O teto de 2°C, claro, foi estabelecido com uma certa arbitrariedade. Ele foi concebido na década de 1990, quando ficou claro que um aquecimento limitado a isso deixaria a humanidade dentro de um escopo de temperatura que tinha precedente ao menos nos últimos 12 mil anos. Isso evitaria alguns impactos mais temidos com eventos climáticos extremos como secas e tempestades, além de manter o aumento do nível do mar a um mínimo manejável. Talvez seja agora o caso de estabelecer como nova meta um aquecimento de 3°C, para evitar que o planeta volte a ser como era no Plioceno, há 3 milhões de anos. Naquela época, não existiam geleiras no hemisfério norte, o nível do mar era 25 metros maior e o clima era regido por um "El Niño" permanente. Um cenário assim pode ser mais convincente na hora de convencer governos a fazerem alguma coisa, mas seria otimismo esperar isso. O mais provável é que uma meta de 3°C sirva de desculpa para a humanidade passar mais duas décadas procrastinando, sem empreender os cortes de emissões necessários para atingi-la.
| 10 |
Dólar recua a R$ 3,993 após ação do BC chinês
|
O dólar voltou a fechar abaixo de R$ 4 nesta terça (5) após o banco central chinês injetar cerca de US$ 20 bilhões para segurar os preços das ações e reduzir a apreensão dos mercados globais com a desaceleração da economia da China. Foi a maior intervenção ocorrida desde 8 de setembro. A Bolsa de Xangai terminou o dia com alta de 0,28%. Na véspera, havia mergulhado 7%, acionando o mecanismo de "circuit breaker" pelo restante do dia, depois do recuo inesperado na produção industrial em dezembro. Também há relatos de que os bancos estatais compraram ações e venderam dólares para segurar o valor do yuan. A moeda chinesa varia de acordo com uma banda cambial, que leva em consideração o volume de negócios com moedas. A Bolsa chinesa, que virou uma espécie de termômetro sobre a tendência do desempenho da economia do país, motivou a desvalorização de moedas, ações e de matérias-primas na segunda. O país importa insumos e alimentos de países emergentes, como o Brasil, para suprir o mercado interno e fabricar produtos para exportação. No Brasil, o dólar comercial (importação e exportação) recuou 1,01% e terminou o dia em R$ 3,993. Já o dólar à vista (mercado financeiro) cedeu 1,03% e voltou a R$ 4,012. Pela manhã, a moeda chegou a subir até R$ 4,05. No exterior, o dólar continuou subindo em relação à maioria das moedas emergentes com o temor de que surjam novos indicadores mostrando a fraqueza da economia chinesa. Entre as 24 principais divisas emergentes, o dólar subiu em relação a 14. Na segunda, o real havia sido a moeda que mais recuou em relação ao dólar. Além dos movimentos globais, o dólar tem subido no Brasil devido à crise política e à perspectiva menor de aprovação de medidas para equilibrar as contas públicas após o recesso parlamentar. A Bolsa também recuperou parte da baixa do dia anterior. O Ibovespa, principal termômetro dos negócios com ações, subiu 0,66% e voltou a somar 42.419 pontos. FATOR CHINA A apreensão dos mercados globais com a desaceleração da economia chinesa ocorre poucas semanas antes de o país divulgar se conseguiu atingir a meta de crescimento de 7% prevista para 2015. Mesmo que tenha cumprido, será o menor ritmo em 25 anos. A expectativa é que a China reduza para 6,5% a meta de crescimento em 2016. Os investidores aguardam novas medidas do governo chinês para restringir a venda de ações por executivos de empresas na Bolsa.
|
mercado
|
Dólar recua a R$ 3,993 após ação do BC chinêsO dólar voltou a fechar abaixo de R$ 4 nesta terça (5) após o banco central chinês injetar cerca de US$ 20 bilhões para segurar os preços das ações e reduzir a apreensão dos mercados globais com a desaceleração da economia da China. Foi a maior intervenção ocorrida desde 8 de setembro. A Bolsa de Xangai terminou o dia com alta de 0,28%. Na véspera, havia mergulhado 7%, acionando o mecanismo de "circuit breaker" pelo restante do dia, depois do recuo inesperado na produção industrial em dezembro. Também há relatos de que os bancos estatais compraram ações e venderam dólares para segurar o valor do yuan. A moeda chinesa varia de acordo com uma banda cambial, que leva em consideração o volume de negócios com moedas. A Bolsa chinesa, que virou uma espécie de termômetro sobre a tendência do desempenho da economia do país, motivou a desvalorização de moedas, ações e de matérias-primas na segunda. O país importa insumos e alimentos de países emergentes, como o Brasil, para suprir o mercado interno e fabricar produtos para exportação. No Brasil, o dólar comercial (importação e exportação) recuou 1,01% e terminou o dia em R$ 3,993. Já o dólar à vista (mercado financeiro) cedeu 1,03% e voltou a R$ 4,012. Pela manhã, a moeda chegou a subir até R$ 4,05. No exterior, o dólar continuou subindo em relação à maioria das moedas emergentes com o temor de que surjam novos indicadores mostrando a fraqueza da economia chinesa. Entre as 24 principais divisas emergentes, o dólar subiu em relação a 14. Na segunda, o real havia sido a moeda que mais recuou em relação ao dólar. Além dos movimentos globais, o dólar tem subido no Brasil devido à crise política e à perspectiva menor de aprovação de medidas para equilibrar as contas públicas após o recesso parlamentar. A Bolsa também recuperou parte da baixa do dia anterior. O Ibovespa, principal termômetro dos negócios com ações, subiu 0,66% e voltou a somar 42.419 pontos. FATOR CHINA A apreensão dos mercados globais com a desaceleração da economia chinesa ocorre poucas semanas antes de o país divulgar se conseguiu atingir a meta de crescimento de 7% prevista para 2015. Mesmo que tenha cumprido, será o menor ritmo em 25 anos. A expectativa é que a China reduza para 6,5% a meta de crescimento em 2016. Os investidores aguardam novas medidas do governo chinês para restringir a venda de ações por executivos de empresas na Bolsa.
| 2 |
Conjuntura econômica do Brasil é tema de ciclo de debates em SP
|
O Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) e a Folha iniciam na segunda-feira (16) um novo ciclo de debates da série Diálogos. Esta edição terá como tema a conjuntura econômica do Brasil. Os seminários, que serão realizados até o final de 2016, têm como objetivo discutir os dilemas econômicos do país do ponto de vista técnico e considerando as influências políticas e sociais que os envolvem. No primeiro deles, Hélcio Tokeshi, ex-secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Gesner Oliveira, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas), e Paulo Mattos, pesquisador do Cebrap e diretor do FGV Management, discutirão a infraestrutura do país. O debate tem entrada gratuita e não é preciso se inscrever. O segundo seminário acontece em dezembro. - Tema: Infraestrutura Convidados: Hélcio Tokeshi, ex-secretário do Ministério da Fazenda, Gesner Oliveira (FGV) e Paulo Mattos (Cebrap/FGV) Quando: segunda (16), das 9h30 às 11h30 Onde: auditório do Cebrap (r. Morgado de Mateus, 615, Vila Mariana, São Paulo) Entrada Gratuita
|
mercado
|
Conjuntura econômica do Brasil é tema de ciclo de debates em SPO Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) e a Folha iniciam na segunda-feira (16) um novo ciclo de debates da série Diálogos. Esta edição terá como tema a conjuntura econômica do Brasil. Os seminários, que serão realizados até o final de 2016, têm como objetivo discutir os dilemas econômicos do país do ponto de vista técnico e considerando as influências políticas e sociais que os envolvem. No primeiro deles, Hélcio Tokeshi, ex-secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Gesner Oliveira, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas), e Paulo Mattos, pesquisador do Cebrap e diretor do FGV Management, discutirão a infraestrutura do país. O debate tem entrada gratuita e não é preciso se inscrever. O segundo seminário acontece em dezembro. - Tema: Infraestrutura Convidados: Hélcio Tokeshi, ex-secretário do Ministério da Fazenda, Gesner Oliveira (FGV) e Paulo Mattos (Cebrap/FGV) Quando: segunda (16), das 9h30 às 11h30 Onde: auditório do Cebrap (r. Morgado de Mateus, 615, Vila Mariana, São Paulo) Entrada Gratuita
| 2 |
Governo quer 'puxar' conteúdo do ensino médio para o fundamental
|
Parte do conteúdo previsto para o ensino médio nas discussões sobre a nova Base Nacional Comum Curricular será "adiantado" para os anos finais do ensino fundamental. A iniciativa, diz a secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, 69, facilitará a reformulação do ensino médio. A reforma foi anunciada pelo governo Michel Temer (PMDB) na última semana. A ideia central é fazer com que metade das aulas sejam iguais para todos os estudantes, a partir dos conteúdos descritos pela base curricular, que vai definir o que os alunos devem aprender em toda educação básica. O restante poderá ser escolhido pelos estudantes entre as áreas de linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e ensino profissional. Também como aposta para melhorar indicadores como evasão e aprendizado na etapa, o governo quer colocar 500 mil alunos em escolas de tempo integral. Em entrevista à Folha, Maria Helena diz que todo o processo de flexibilização deve demorar ao menos cinco anos para ser consolidado nas redes pública e privada do país. * Flexibilização Dificilmente essa proposta vai aumentar a desigualdade, acredito que vai reduzir. Hoje há a tendência de reprovação e péssimo aproveitamento de aprendizagem. E as principais causas estão na falta de interesse pelo currículo. Quando tivermos uma escola mais interessante, projetos de vida que façam mais sentido, integração das áreas, vai diminuir esse problema. É impossível defender o atual ensino médio que há anos está em crise. Responsabilidades Os Estados terão um papel importante, mas gradativamente as redes vão se aperfeiçoar. Precisamos acompanhar e fazer formações de professores. Estamos iniciando uma reforma estrutural. Para fazer direito, com boa formação, materiais, levará no mínimo cinco anos. Até porque a base curricular [da etapa] só estará aprovada no ano que vem. Recursos Não obrigatoriamente precisaremos de mais recursos. Os Estados podem começar a implementar por uma das áreas de aprofundamento, enquanto se preparam para as outras. O ensino técnico custa mais caro, mas devemos fazer parcerias. O próprio MEC está reorganizando o Pronatec. Aprofundamentos Não será tão complicado a oferta dos blocos de aprofundamento. O maior problema é a estrutura de organização das carreiras, não a falta de professor. Terá que ter adaptação nas carreiras de ensino médio para maior flexibilidade do corpo docente. Os professores de matemática, por exemplo, poderão ter trabalho de complementação pedagógica para atuar na área de física, por exemplo. As redes têm condição de se adequar. Adiantamento Vários componentes de conteúdo que, na segunda versão da base curricular, estavam previstos no ensino médio, estão sendo puxados para o ensino fundamental, principalmente para o 8º e 9º anos. Seja na área de ciências, linguagens ou matemática. Ainda estamos em fase de revisão e só em outubro teremos detalhes sobre quais conteúdos. Mas isso vai reforçar o aprofundamento no ensino médio. Conteúdo Não discutimos ainda se haverá uma base do MEC para as áreas de aprofundamento, pode ser que seja uma demanda dos Estados. O Consed [conselho que reúne secretários estaduais de Educação] fará seminários sobre o ensino médio e a base curricular. Se houver essa decisão, faremos. Artes e educação física Educação física e artes permanecem e estão mantidas como diretrizes curriculares até a elaboração da Base Nacional. Esses componentes devem entrar na base, mas não sei ainda que peso terão [o documento não está pronto]. A base não define carga horária, isso serão os Estados. A minha percepção é que arte pode ser integrada também a áreas de aprofundamento, como linguagens, humanidades e até nas ciências exatas. Ensino integral A ideia é começar com número pequeno de escolas, que será supervisionado e avaliado para fazer correções ao longo do tempo. Vamos abrir um edital para as redes aderirem a partir dos critérios [escolas mais vulneráveis devem ter prioridade]. Haverá diretrizes a seguir, mas elas vão permitir modelos diferentes de ensino integral. REFORMAS NO ENSINO MÉDIO - Principais mudanças propostas pela medida provisória do governo Temer
|
educacao
|
Governo quer 'puxar' conteúdo do ensino médio para o fundamentalParte do conteúdo previsto para o ensino médio nas discussões sobre a nova Base Nacional Comum Curricular será "adiantado" para os anos finais do ensino fundamental. A iniciativa, diz a secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, 69, facilitará a reformulação do ensino médio. A reforma foi anunciada pelo governo Michel Temer (PMDB) na última semana. A ideia central é fazer com que metade das aulas sejam iguais para todos os estudantes, a partir dos conteúdos descritos pela base curricular, que vai definir o que os alunos devem aprender em toda educação básica. O restante poderá ser escolhido pelos estudantes entre as áreas de linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e ensino profissional. Também como aposta para melhorar indicadores como evasão e aprendizado na etapa, o governo quer colocar 500 mil alunos em escolas de tempo integral. Em entrevista à Folha, Maria Helena diz que todo o processo de flexibilização deve demorar ao menos cinco anos para ser consolidado nas redes pública e privada do país. * Flexibilização Dificilmente essa proposta vai aumentar a desigualdade, acredito que vai reduzir. Hoje há a tendência de reprovação e péssimo aproveitamento de aprendizagem. E as principais causas estão na falta de interesse pelo currículo. Quando tivermos uma escola mais interessante, projetos de vida que façam mais sentido, integração das áreas, vai diminuir esse problema. É impossível defender o atual ensino médio que há anos está em crise. Responsabilidades Os Estados terão um papel importante, mas gradativamente as redes vão se aperfeiçoar. Precisamos acompanhar e fazer formações de professores. Estamos iniciando uma reforma estrutural. Para fazer direito, com boa formação, materiais, levará no mínimo cinco anos. Até porque a base curricular [da etapa] só estará aprovada no ano que vem. Recursos Não obrigatoriamente precisaremos de mais recursos. Os Estados podem começar a implementar por uma das áreas de aprofundamento, enquanto se preparam para as outras. O ensino técnico custa mais caro, mas devemos fazer parcerias. O próprio MEC está reorganizando o Pronatec. Aprofundamentos Não será tão complicado a oferta dos blocos de aprofundamento. O maior problema é a estrutura de organização das carreiras, não a falta de professor. Terá que ter adaptação nas carreiras de ensino médio para maior flexibilidade do corpo docente. Os professores de matemática, por exemplo, poderão ter trabalho de complementação pedagógica para atuar na área de física, por exemplo. As redes têm condição de se adequar. Adiantamento Vários componentes de conteúdo que, na segunda versão da base curricular, estavam previstos no ensino médio, estão sendo puxados para o ensino fundamental, principalmente para o 8º e 9º anos. Seja na área de ciências, linguagens ou matemática. Ainda estamos em fase de revisão e só em outubro teremos detalhes sobre quais conteúdos. Mas isso vai reforçar o aprofundamento no ensino médio. Conteúdo Não discutimos ainda se haverá uma base do MEC para as áreas de aprofundamento, pode ser que seja uma demanda dos Estados. O Consed [conselho que reúne secretários estaduais de Educação] fará seminários sobre o ensino médio e a base curricular. Se houver essa decisão, faremos. Artes e educação física Educação física e artes permanecem e estão mantidas como diretrizes curriculares até a elaboração da Base Nacional. Esses componentes devem entrar na base, mas não sei ainda que peso terão [o documento não está pronto]. A base não define carga horária, isso serão os Estados. A minha percepção é que arte pode ser integrada também a áreas de aprofundamento, como linguagens, humanidades e até nas ciências exatas. Ensino integral A ideia é começar com número pequeno de escolas, que será supervisionado e avaliado para fazer correções ao longo do tempo. Vamos abrir um edital para as redes aderirem a partir dos critérios [escolas mais vulneráveis devem ter prioridade]. Haverá diretrizes a seguir, mas elas vão permitir modelos diferentes de ensino integral. REFORMAS NO ENSINO MÉDIO - Principais mudanças propostas pela medida provisória do governo Temer
| 11 |
Luis Fabiano diz que fez sua última partida pelo São Paulo
|
Luis Fabiano afirmou, ainda no gramado no Morumbi para as emissoras de TV, que fez neste sábado (28) sua última partida com a camisa do São Paulo. Ele fez um gol na vitória emocionante de 3 a 2 sobre o Figueirense e, apesar de o São Paulo ter mais uma partida para sacramentar a vaga na Libertadores, domingo que vem, contra o Goiás, no Serra Dourada, ele disse ter um acordo com a diretoria para ter feito seu último jogo pelo time dentro do Morumbi. "Hoje, o meu último jogo fica marcado pela determinação e pela luta. Já deu para mim, não vou mais (jogar), acredito que o São Paulo vai classificar. Saio e fica essa marca. Meu último jogo é no Morumbi, vai ser. É uma decisão em conjunto. Foi combinado, se tivéssemos uma vitória, eu não jogaria mais", disse Luis Fabiano. Questionado se caso a direção o procurasse agora, tentando renovar o contrato que acaba em dezembro, se ele conversaria, Luis Fabiano foi claro. "Agora é tarde demais, já conversamos", disse o jogador, que deve ir atuar no futebol da China. Ele prometeu que até quinta-feira, já que não atuará mais pelo clube, poderá anunciar seu destino. Veja vídeo Luis Fabiano tem 212 gols em 352 jogos pelo São Paulo, destes 125 no Morumbi, em 171 partidas. É o segundo maior artilheiro são-paulino no estádio, atrás apenas de Serginho, que fez 135. "Sofrida, mas no final perfeita. Valeu pela vitória, pela luta, pelos três pontos. Uma emoção muito grande, muitos anos de dedicação. Muitos anos da minha vida dedicado a esse time, muito amor envolvido. Foi bom enquanto durou. Foi sofrido, entre amor e ódio. O que vale são as lembranças boas, é o que vai ficar. Agradeço a todo torcedor pelo carinho, pelos anos que demonstraram de lealdade", disse o jogador. O técnico interino do São Paulo, Milton Cruz, disse que conversou com Luis Fabiano, que o jogador tem sentido dores e tinha pedido para, talvez, não jogar no Serra Dourada. Mas o treinador quer o atleta contra o Goiás. "Disse para ele que se estivesse tudo decidido, encaminhado, poderíamos liberá-lo. Mas ele vai ficar com essa imagem do Morumbi, da despedida, mesmo se jogar lá [em Goiânia]. Se ele estiver bem das dores, conto com ele", afirmou Milton Cruz. MUDANÇA DE PLANOS Na saída do estádio do Morumbi, o atacante, no entanto, mudou de ideia e passou a pensar na possibilidade de encarar o Goiás. O atacante disse que dependendo do resultado do Internacional ele pode ir sim para o Serra Dourada e encerrar sua passagem pelo clube do Morumbi fora de casa. Caso o Inter vença o Fluminense neste sábado (28), o time gaúcho chega aos mesmos 59 pontos do São Paulo, o que obrigará a equipe paulista vencer na última rodada para garantir a vaga na Libertadores 2016.
|
esporte
|
Luis Fabiano diz que fez sua última partida pelo São PauloLuis Fabiano afirmou, ainda no gramado no Morumbi para as emissoras de TV, que fez neste sábado (28) sua última partida com a camisa do São Paulo. Ele fez um gol na vitória emocionante de 3 a 2 sobre o Figueirense e, apesar de o São Paulo ter mais uma partida para sacramentar a vaga na Libertadores, domingo que vem, contra o Goiás, no Serra Dourada, ele disse ter um acordo com a diretoria para ter feito seu último jogo pelo time dentro do Morumbi. "Hoje, o meu último jogo fica marcado pela determinação e pela luta. Já deu para mim, não vou mais (jogar), acredito que o São Paulo vai classificar. Saio e fica essa marca. Meu último jogo é no Morumbi, vai ser. É uma decisão em conjunto. Foi combinado, se tivéssemos uma vitória, eu não jogaria mais", disse Luis Fabiano. Questionado se caso a direção o procurasse agora, tentando renovar o contrato que acaba em dezembro, se ele conversaria, Luis Fabiano foi claro. "Agora é tarde demais, já conversamos", disse o jogador, que deve ir atuar no futebol da China. Ele prometeu que até quinta-feira, já que não atuará mais pelo clube, poderá anunciar seu destino. Veja vídeo Luis Fabiano tem 212 gols em 352 jogos pelo São Paulo, destes 125 no Morumbi, em 171 partidas. É o segundo maior artilheiro são-paulino no estádio, atrás apenas de Serginho, que fez 135. "Sofrida, mas no final perfeita. Valeu pela vitória, pela luta, pelos três pontos. Uma emoção muito grande, muitos anos de dedicação. Muitos anos da minha vida dedicado a esse time, muito amor envolvido. Foi bom enquanto durou. Foi sofrido, entre amor e ódio. O que vale são as lembranças boas, é o que vai ficar. Agradeço a todo torcedor pelo carinho, pelos anos que demonstraram de lealdade", disse o jogador. O técnico interino do São Paulo, Milton Cruz, disse que conversou com Luis Fabiano, que o jogador tem sentido dores e tinha pedido para, talvez, não jogar no Serra Dourada. Mas o treinador quer o atleta contra o Goiás. "Disse para ele que se estivesse tudo decidido, encaminhado, poderíamos liberá-lo. Mas ele vai ficar com essa imagem do Morumbi, da despedida, mesmo se jogar lá [em Goiânia]. Se ele estiver bem das dores, conto com ele", afirmou Milton Cruz. MUDANÇA DE PLANOS Na saída do estádio do Morumbi, o atacante, no entanto, mudou de ideia e passou a pensar na possibilidade de encarar o Goiás. O atacante disse que dependendo do resultado do Internacional ele pode ir sim para o Serra Dourada e encerrar sua passagem pelo clube do Morumbi fora de casa. Caso o Inter vença o Fluminense neste sábado (28), o time gaúcho chega aos mesmos 59 pontos do São Paulo, o que obrigará a equipe paulista vencer na última rodada para garantir a vaga na Libertadores 2016.
| 4 |
Dólar fecha abaixo de R$ 3,10 pela primeira vez em 20 meses; Bolsa cai
|
O dólar fechou nesta terça-feira (14) abaixo de R$ 3,10 pela primeira vez desde junho de 2015, após o Banco Central decidir retomar as intervenções no mercado cambial e com os investidores digerindo as declarações da presidente do banco central americano sobre o ritmo de alta de juros nos Estados Unidos. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, recuou 0,54%, para R$ 3,097, menor patamar desde 24 de junho de 2015. O dólar comercial caiu 0,48%, também a R$ 3,097, nível mais baixo desde 2 de julho de 2015. No exterior, o dólar fechou sem direção definida em relação à cesta de principais moedas do mundo, mas se valorizou ante 16 das 31 maiores divisas globais. As atenções ficaram voltadas para as declarações da presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Janet Yellen, no Senado dos Estados Unidos. Ela indicou que o comitê de política monetária pode adotar novos aumentos de juros se o crescimento da economia americana superar as expectativas do Fed sobre inflação e melhora do mercado de trabalho. Segundo Yellen, adiar uma elevação dos juros seria "insensato". Ela destacou, porém, as incertezas com as políticas fiscais a serem adotadas pelo republicano Donald Trump e ressaltou que a falta de clareza do cenário dificulta medir eventuais impactos no crescimento econômico do país. "Ela sinalizou que o Fed está pronto para agir, mesmo no curto prazo, mas ressaltou que qualquer definição depende da questão fiscal e do Congresso", afirma Jason Vieira, economista-chefe da Infinity. "Ainda há uma expectativa em relação ao que vai ser o futuro da política econômica adotada por Trump, mas ele próprio continua não deixando isso claro. Aí o Fed não tem como fazer projeções." A retomada das intervenções do Banco Central no câmbio também ajudou a manter a moeda americano no menor patamar em quase 20 meses. A autoridade monetária voltou a fazer leilão de swap tradicional —equivalentes à venda de dólares no mercado futuro— para rolar os contratos que vencem em março. O BC vendeu 6.000 contratos pelo equivalente a US$ 300 milhões. A última vez que o BC tinha atuado no mercado de câmbio havia sido em 30 de janeiro. No mercado de juros futuros, a maioria dos contratos fechou em baixa nesta terça. O contrato com vencimento em abril de 2017 recuou de 12,285% para 12,270%. O DI com vencimento em janeiro de 2018 caiu de 10,655% para 10,650%. O contrato com vencimento em janeiro de 2021 teve queda de 10,240% para 10,220%. O CDS (credit default swap) de cinco anos brasileiro, espécie de seguro contra calote e termômetro de risco, recuou pelo quinto dia. Nesta terça, a queda foi de 0,71%, para 215,592 pontos. BOLSA O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, interrompeu sequência de cinco altas e caiu 0,38% nesta terça-feira, para 66.712 pontos. O volume financeiro negociado no pregão foi de R$ 8,79 bilhões, acima da média diária do ano, que é de R$ 7,1 bilhões. Após acumular ganhos de mais de 40% no ano, as ações da Vale devolveram parte da disparada do pregão anterior e fecharam em baixa de mais de 3%. Os papéis preferenciais da mineradora caíram 3,36%, para R$ 32,23. As ações ordinárias da empresa tiveram queda de 3,94%, para R$ 34,40. As ações da Petrobras aproveitaram a alta dos preços do petróleo no exterior e emendaram a terceira sessão seguida de ganhos. Os papéis preferenciais da estatal subiram 1,28%, para R$ 15,82. As ações ordinárias tiveram avanço de 1,51%, para R$ 16,81 As ações da Gol subiram 2,95%, impulsionadas pela indicação de que o governo teria voltado a conversar com empresas estrangeiras para permitir uma maior participação dessas companhias no capital de aéreas brasileiras. No setor financeiro, os papéis fecharam com sinais mistos. As ações do Itaú Unibanco subiram 0,33% e o Banco do Brasil teve avanço de 0,32%. Os papéis preferenciais do Bradesco recuaram 0,61%, e os ordinários tiveram queda de 0,79%. As units —conjunto de ações— do Santander Brasil recuaram 3,68%, após acumularem ganho de quase 14% em fevereiro. Veja o vídeo
|
mercado
|
Dólar fecha abaixo de R$ 3,10 pela primeira vez em 20 meses; Bolsa caiO dólar fechou nesta terça-feira (14) abaixo de R$ 3,10 pela primeira vez desde junho de 2015, após o Banco Central decidir retomar as intervenções no mercado cambial e com os investidores digerindo as declarações da presidente do banco central americano sobre o ritmo de alta de juros nos Estados Unidos. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, recuou 0,54%, para R$ 3,097, menor patamar desde 24 de junho de 2015. O dólar comercial caiu 0,48%, também a R$ 3,097, nível mais baixo desde 2 de julho de 2015. No exterior, o dólar fechou sem direção definida em relação à cesta de principais moedas do mundo, mas se valorizou ante 16 das 31 maiores divisas globais. As atenções ficaram voltadas para as declarações da presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Janet Yellen, no Senado dos Estados Unidos. Ela indicou que o comitê de política monetária pode adotar novos aumentos de juros se o crescimento da economia americana superar as expectativas do Fed sobre inflação e melhora do mercado de trabalho. Segundo Yellen, adiar uma elevação dos juros seria "insensato". Ela destacou, porém, as incertezas com as políticas fiscais a serem adotadas pelo republicano Donald Trump e ressaltou que a falta de clareza do cenário dificulta medir eventuais impactos no crescimento econômico do país. "Ela sinalizou que o Fed está pronto para agir, mesmo no curto prazo, mas ressaltou que qualquer definição depende da questão fiscal e do Congresso", afirma Jason Vieira, economista-chefe da Infinity. "Ainda há uma expectativa em relação ao que vai ser o futuro da política econômica adotada por Trump, mas ele próprio continua não deixando isso claro. Aí o Fed não tem como fazer projeções." A retomada das intervenções do Banco Central no câmbio também ajudou a manter a moeda americano no menor patamar em quase 20 meses. A autoridade monetária voltou a fazer leilão de swap tradicional —equivalentes à venda de dólares no mercado futuro— para rolar os contratos que vencem em março. O BC vendeu 6.000 contratos pelo equivalente a US$ 300 milhões. A última vez que o BC tinha atuado no mercado de câmbio havia sido em 30 de janeiro. No mercado de juros futuros, a maioria dos contratos fechou em baixa nesta terça. O contrato com vencimento em abril de 2017 recuou de 12,285% para 12,270%. O DI com vencimento em janeiro de 2018 caiu de 10,655% para 10,650%. O contrato com vencimento em janeiro de 2021 teve queda de 10,240% para 10,220%. O CDS (credit default swap) de cinco anos brasileiro, espécie de seguro contra calote e termômetro de risco, recuou pelo quinto dia. Nesta terça, a queda foi de 0,71%, para 215,592 pontos. BOLSA O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, interrompeu sequência de cinco altas e caiu 0,38% nesta terça-feira, para 66.712 pontos. O volume financeiro negociado no pregão foi de R$ 8,79 bilhões, acima da média diária do ano, que é de R$ 7,1 bilhões. Após acumular ganhos de mais de 40% no ano, as ações da Vale devolveram parte da disparada do pregão anterior e fecharam em baixa de mais de 3%. Os papéis preferenciais da mineradora caíram 3,36%, para R$ 32,23. As ações ordinárias da empresa tiveram queda de 3,94%, para R$ 34,40. As ações da Petrobras aproveitaram a alta dos preços do petróleo no exterior e emendaram a terceira sessão seguida de ganhos. Os papéis preferenciais da estatal subiram 1,28%, para R$ 15,82. As ações ordinárias tiveram avanço de 1,51%, para R$ 16,81 As ações da Gol subiram 2,95%, impulsionadas pela indicação de que o governo teria voltado a conversar com empresas estrangeiras para permitir uma maior participação dessas companhias no capital de aéreas brasileiras. No setor financeiro, os papéis fecharam com sinais mistos. As ações do Itaú Unibanco subiram 0,33% e o Banco do Brasil teve avanço de 0,32%. Os papéis preferenciais do Bradesco recuaram 0,61%, e os ordinários tiveram queda de 0,79%. As units —conjunto de ações— do Santander Brasil recuaram 3,68%, após acumularem ganho de quase 14% em fevereiro. Veja o vídeo
| 2 |
Microsoft vai abandonar marca Internet Explorer
|
A Microsoft confirmou que o seu novo navegador, chamado internamente de Spartan, não vai ter a marca Internet Explorer –o que aponta para o fim do browser, lançado originalmente em 1995. "Nós estamos pesquisando qual nova marca, ou novo nome, nosso navegador deve ter no Windows 10", afirmou Chris Capossela, diretor de marketing da companhia, durante a conferência Microsoft Convergence, segundo o site "The Verge". "Nós continuaremos a ter o Internet Explorer, mas também teremos um novo navegador, que tem o codinome de projeto Spartan. Nós temos que dar nome à coisa." Algumas versões do sistema operacional Windows 10 ainda devem ter o antigo browser, por razões de compatibilidade com sites antigos, e também o novo, que será o principal. A mudança de marca tem a intenção de melhorar a reputação da companhia no mercado de navegadores, já que o Internet Explorer é constantemente relacionado a falhas e lentidão. A empresa crê que, apesar de ter melhorado o programa, as pessoas ainda o relacionam a versões anteriores problemáticas. De acordo com o serviço Statcounter, que rastreia o uso de 3 milhões de sites no mundo, o Chrome, do Google, é usado em 65,6% dos acessos no Brasil, mais de três vezes mais que o Internet Explorer, que tem 18,27%, que se mantém à frente do Firefox (10,8%). No mundo, o Chrome, que assumiu a liderança em meados de 2012, tem participação de 48,9%, contra 18,2 do programa da Microsoft e 16,8 do Firefox. Capossela disse que, nos testes com consumidores no Reino Unido, os nomes com maior apelo eram aqueles com "Microsoft" no começo, então é provável que a nova marca tenha a palavra no começo.
|
tec
|
Microsoft vai abandonar marca Internet ExplorerA Microsoft confirmou que o seu novo navegador, chamado internamente de Spartan, não vai ter a marca Internet Explorer –o que aponta para o fim do browser, lançado originalmente em 1995. "Nós estamos pesquisando qual nova marca, ou novo nome, nosso navegador deve ter no Windows 10", afirmou Chris Capossela, diretor de marketing da companhia, durante a conferência Microsoft Convergence, segundo o site "The Verge". "Nós continuaremos a ter o Internet Explorer, mas também teremos um novo navegador, que tem o codinome de projeto Spartan. Nós temos que dar nome à coisa." Algumas versões do sistema operacional Windows 10 ainda devem ter o antigo browser, por razões de compatibilidade com sites antigos, e também o novo, que será o principal. A mudança de marca tem a intenção de melhorar a reputação da companhia no mercado de navegadores, já que o Internet Explorer é constantemente relacionado a falhas e lentidão. A empresa crê que, apesar de ter melhorado o programa, as pessoas ainda o relacionam a versões anteriores problemáticas. De acordo com o serviço Statcounter, que rastreia o uso de 3 milhões de sites no mundo, o Chrome, do Google, é usado em 65,6% dos acessos no Brasil, mais de três vezes mais que o Internet Explorer, que tem 18,27%, que se mantém à frente do Firefox (10,8%). No mundo, o Chrome, que assumiu a liderança em meados de 2012, tem participação de 48,9%, contra 18,2 do programa da Microsoft e 16,8 do Firefox. Capossela disse que, nos testes com consumidores no Reino Unido, os nomes com maior apelo eram aqueles com "Microsoft" no começo, então é provável que a nova marca tenha a palavra no começo.
| 5 |
Veja o perfil dos 13 suspeitos identificados pela PF por associação com terrorismo
|
DE SÃO PAULO Na última semana, a Polícia Federal, através da operação Hashtag, prendeu 11 pessoas suspeitas de ligação com organizações terroristas. Veja, abaixo, perfis dos suspeitos já identificados pela PF. SUSPEITOS Alisson Luan de Oliveira, 19 Local da prisão: Saquarema (RJ) Adepto do islamismo há dois anos, trabalhava com reciclagem de computadores; é considerado um rapaz introspectivo Antonio Andrade dos Santos Junior, 34 Nome de batismo islâmico: Antonio Ahmed Andrade Local da prisão: João Pessoa (PB) Converteu-se ao islamismo em 2000, treinou boxe e é considerado um homem com interpretações radicais do Islã Daniel Freitas Baltazar Pseudônimo: Caio Pereira Hortencio Yoshitake Pseudônimo: Teo Yoshi Israel Pedra Mesquita Local de nascimento: Pelotas (RS) Local da prisão: Morro Redondo (RS) Criou animais para venda e consumo próprio durante toda a vida; mudous-se para Morro Redondo há cerca de 20 dias Leonid El Kadre de Melo Nome de batismo islâmico ou pseudônimo: Abu Khalled Local de nascimento: Campo Grande (MS) Não foi preso Cumpriu pena de seis anos por roubo e homicídio; estava morando em Vila Bela da Santíssima Trindade (MT) e se sustentava com "bicos" de pedreiro Levi Ribeiro Fernandes de Jesus, 21 Nome de batismo islâmico ou pseudônimo: Muhammad Ali Huraia Local de nascimento: Guarulhos (SP) Local da prisão: Colombo (PR) Morador de Colombo, trabalha em um supermercado de Curitiba. Foi apontado pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, como líder do grupo Leandro França de Oliveira Marco Mario Duarte, 42 Nome de batismo islâmico ou pseudônimo: Zaid Duarte Local de nascimento: São Luís (MA) Local da prisão: Amparo (SP) Trabalhou em um restaurante e é praticante de rúgbi e paintball; é ligado ao blog Ilam Maranhão Mohamad Mounir Zakaria Local de nascimento: Líbano Local da prisão: São Paulo (SP) Separado e pai de três filhos, foi proprietário de uma confecção no Brás; trabalhava como representante comercial e era frequentador da Mesquita do Pari Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo, 27 Nome de batismo islâmico ou pseudônimo: Ali Lundi Local de nascimento: Manaus (AM) Local da prisão: Manaus (AM) Morador de Manaus, trabalhou pouco mais de dois anos no Centro Integrado de Operações de Segurança da Amazônia; deixou o trabalho em abril deste ano Valdir Pereira da Rocha Nome de batismo islâmico ou pseudônimo: Mahmoud Local da prisão: Vila Bela da Santíssima Trindade (MT) Amigo de Leonid de Melo, também cumpriu pena de seis anos por roubo e homicídio Vitor Barbosa Magalhães, 23 Pseudônimo: Vitor Abdullah Local da prisão: Guarulhos (SP) Funileiro, trabalha em uma oficina mecânica com o pai; aprendeu árabe em uma viagem ao Egito, feita em 2012, e dava aulas do idioma Estado Islâmico - Entenda a facção terrorista
|
esporte
|
Veja o perfil dos 13 suspeitos identificados pela PF por associação com terrorismo
DE SÃO PAULO Na última semana, a Polícia Federal, através da operação Hashtag, prendeu 11 pessoas suspeitas de ligação com organizações terroristas. Veja, abaixo, perfis dos suspeitos já identificados pela PF. SUSPEITOS Alisson Luan de Oliveira, 19 Local da prisão: Saquarema (RJ) Adepto do islamismo há dois anos, trabalhava com reciclagem de computadores; é considerado um rapaz introspectivo Antonio Andrade dos Santos Junior, 34 Nome de batismo islâmico: Antonio Ahmed Andrade Local da prisão: João Pessoa (PB) Converteu-se ao islamismo em 2000, treinou boxe e é considerado um homem com interpretações radicais do Islã Daniel Freitas Baltazar Pseudônimo: Caio Pereira Hortencio Yoshitake Pseudônimo: Teo Yoshi Israel Pedra Mesquita Local de nascimento: Pelotas (RS) Local da prisão: Morro Redondo (RS) Criou animais para venda e consumo próprio durante toda a vida; mudous-se para Morro Redondo há cerca de 20 dias Leonid El Kadre de Melo Nome de batismo islâmico ou pseudônimo: Abu Khalled Local de nascimento: Campo Grande (MS) Não foi preso Cumpriu pena de seis anos por roubo e homicídio; estava morando em Vila Bela da Santíssima Trindade (MT) e se sustentava com "bicos" de pedreiro Levi Ribeiro Fernandes de Jesus, 21 Nome de batismo islâmico ou pseudônimo: Muhammad Ali Huraia Local de nascimento: Guarulhos (SP) Local da prisão: Colombo (PR) Morador de Colombo, trabalha em um supermercado de Curitiba. Foi apontado pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, como líder do grupo Leandro França de Oliveira Marco Mario Duarte, 42 Nome de batismo islâmico ou pseudônimo: Zaid Duarte Local de nascimento: São Luís (MA) Local da prisão: Amparo (SP) Trabalhou em um restaurante e é praticante de rúgbi e paintball; é ligado ao blog Ilam Maranhão Mohamad Mounir Zakaria Local de nascimento: Líbano Local da prisão: São Paulo (SP) Separado e pai de três filhos, foi proprietário de uma confecção no Brás; trabalhava como representante comercial e era frequentador da Mesquita do Pari Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo, 27 Nome de batismo islâmico ou pseudônimo: Ali Lundi Local de nascimento: Manaus (AM) Local da prisão: Manaus (AM) Morador de Manaus, trabalhou pouco mais de dois anos no Centro Integrado de Operações de Segurança da Amazônia; deixou o trabalho em abril deste ano Valdir Pereira da Rocha Nome de batismo islâmico ou pseudônimo: Mahmoud Local da prisão: Vila Bela da Santíssima Trindade (MT) Amigo de Leonid de Melo, também cumpriu pena de seis anos por roubo e homicídio Vitor Barbosa Magalhães, 23 Pseudônimo: Vitor Abdullah Local da prisão: Guarulhos (SP) Funileiro, trabalha em uma oficina mecânica com o pai; aprendeu árabe em uma viagem ao Egito, feita em 2012, e dava aulas do idioma Estado Islâmico - Entenda a facção terrorista
| 4 |
'Estou otimista', afirma Oswaldo de Oliveira sobre Palmeiras no Brasileiro
|
Oswaldo de Oliveira foi vice-campeão do Paulista pelo segundo ano seguido, novamente nos pênaltis –no ano passado, pelo Santos, caiu diante do Ituano. Apesar de chateado, evitou lamentar a perda do título pelo Palmeiras e focou o Brasileiro, que começa na próxima semana. "Estou motivado e otimista com a resposta do grupo." Para o Brasileiro, a diretoria deve reforçar o elenco. A posição prioritária é a de centroavante. Já o futuro do meia Valdivia continua incerto. A diretoria ofereceu um valor fixo mensal com ganhos por participação em jogo. O chileno não gostou. Neste domingo (3), ele fez apenas o quinto jogo pelo Palmeiras em 2015. Recuperado de lesão no joelho, foi titular e deu o passe para o gol. "É possível que tenha uma definição nesta semana [sobre a permanência dele]", disse Oswaldo.
|
esporte
|
'Estou otimista', afirma Oswaldo de Oliveira sobre Palmeiras no BrasileiroOswaldo de Oliveira foi vice-campeão do Paulista pelo segundo ano seguido, novamente nos pênaltis –no ano passado, pelo Santos, caiu diante do Ituano. Apesar de chateado, evitou lamentar a perda do título pelo Palmeiras e focou o Brasileiro, que começa na próxima semana. "Estou motivado e otimista com a resposta do grupo." Para o Brasileiro, a diretoria deve reforçar o elenco. A posição prioritária é a de centroavante. Já o futuro do meia Valdivia continua incerto. A diretoria ofereceu um valor fixo mensal com ganhos por participação em jogo. O chileno não gostou. Neste domingo (3), ele fez apenas o quinto jogo pelo Palmeiras em 2015. Recuperado de lesão no joelho, foi titular e deu o passe para o gol. "É possível que tenha uma definição nesta semana [sobre a permanência dele]", disse Oswaldo.
| 4 |
Modelo de Lula e Dilma está errado, diz empresário que apoiava PT
|
Um dos primeiros empresários a apoiar o PT, nos anos 1980, Lawrence Pih, 72, diz que, na época, não imaginou que o "modus operandi" de se fazer política fosse universal. Hoje, ele avalia que, embora Lula tenha maior talento político e seja mais pragmático do que Dilma, ambos representam um mesmo modelo, que está errado. Pih, que acaba de vender o Moinho Pacífico (um dos maiores importadores de trigo e processadores do cereal do país), diz que, no momento, não vislumbra solução definitiva para a crise econômica do Brasil e que é preciso cortar gastos e melhorar a eficiência da máquina estatal. * Folha - O caminho que está sendo adotado para solucionar a crise é o correto? Lawrence Pih - Atualmente, não há um caminho. O que está havendo é uma tentativa de equacionar um problema enorme com medidas paliativas. Não se vislumbra solução definitiva —nem a possibilidade de uma. O sr. concorda com o ajuste como está colocado? Mudaria? O que o Joaquim Levy [ministro da Fazenda] está fazendo não é suficiente. Reconheço que politicamente já é difícil, mas eu faria algo mais drástico. O ônus que o setor público impõe à Previdência é muito alto. Há tantos lugares em que é possível cortar gastos. Como é possível a nossa carga tributária bruta ser quase igual à de países desenvolvidos da Europa? O que mais o governo Dilma deveria fazer? Cortar gasto. Apertar o cinto, tornar a máquina eficiente. Já que gastamos mais do que poderíamos, agora é a hora de consertar nosso balanço como país. O investimento no Brasil é baixo. Se você não investir e tiver um universo de consumidores aumentando, vai preencher a distância entre produção e demanda pela importação, ou seja, gerando empregos fora do país. O governo pode impor qualquer custo sobre as empresas. Aí, o empresário vai fazer o cálculo de custo, margem, risco do país e preço de venda. Ele pensa: tem demanda? Não. Segurança jurídica, previsibilidade, estabilidade cambial? Não. Tem juros estratosféricos? Tem. Custo trabalhista? Enorme. Conclusão: não vou investir. Como se chegou a tal crise? Dois fatores possibilitaram o crescimento do Brasil desde que o PT assumiu o governo. Houve a explosão dos preços de commodities e o país conseguiu equacionar a dívida externa. Depois disso, o mundo estava crescendo em média 5% ou 6% ao ano. Tudo isso possibilitou investimento externo no Brasil. Também teve muito mérito do governo FHC, que estabilizou a moeda. O Brasil entrou no vácuo do crescimento mundial e possibilitou o aumento do crédito. Com desemprego caindo e economia crescendo, a população se sentiu confortável em assumir mais dívida. O Estado começou a gastar mais do que podia e sua participação no PIB cresceu muito, com gastos maiores do que o crescimento do PIB. E o que é essa participação? Imposto. A carga tributária, que nos últimos anos do governo FHC estava em torno de 28% ou 29% do PIB, hoje está em 36% ou 37%. No cenário atual, é insustentável. Não estou analisando qualidade de gastos e importância da questão social. É importante ajudar os mais carentes. Entretanto, tem que lembrar se o auxílio é sustentável. É tudo culpa da gestão Dilma ou tem raízes no passado? Não é questão de culpa. A população escolheu Lula em 2002 porque o governo de FHC não era popular naquele momento. Houve uma mudança de modelo, do Fernando Henrique, um pouco mais ortodoxo, para o modelo mais heterodoxo do PT. Esse modelo novo seguiu um pouco a linha do antigo para depois começar a implantar aquilo que lhe é caro ideologicamente e ter um tipo de socialismo keynesiano. Os petistas têm admiração pela China. De fato, a China tirou centenas de milhões de pessoas da pobreza, é a segunda maior economia do mundo. Só que o modelo de lá é totalmente diferente. Na China não tem greve, não é democracia. É um partido só. O povo chinês está disposto a trabalhar 14 horas por dia. Aqui, achamos que oito horas é muito. O Brasil quer adotar algumas coisas do modelo chinês e outras do americano. Não funciona. O que mudou de 2002 para cá? Surfamos uma onda de crescimento mundial, tiramos milhões da pobreza, gastamos mais do que podíamos para perpetuar o modelo socialista keynesiano. Dilma chegou à Presidência simplesmente pela escolha de Lula. Imagino que Palocci e Dirceu eram candidatos antes do mensalão. Lula achou que o gestor eficiente, como era a imagem que se projetava da Dilma, seria adequado. Mas a história dela é um pouco diferente da do Lula. Ele é um sindicalista, negocia com o setor patronal e entende um pouco do outro lado do balcão. Lula tem um talento político raro. E se ele voltasse depois dela? Voltar ou não voltar não é o caso. Eu acho que o modelo está errado. O Lula é esse modelo. É um pouco mais pragmático, mas é esse modelo. Ele andou falando em baixar a taxa de juros. Você não baixa juro por decreto. A Dilma fez isso. E deu no que deu. Economia tem lógica própria. Não se sujeita à vontade de um político ou outro. O mercado é soberano. Ele determina o sucesso ou o fracasso de uma economia. Foram essas intervenções na economia que nos levaram à situação em que estamos? Exatamente. Você não pode rasgar, decretar a inexistência das leis da economia. Você até pode baixar os juros. O Tombini baixou para 7,25% a pedido da Dilma. Agora está em 14,25% e vai subir mais. A saída de Dilma é o caminho? Impeachment é traumático. Pensam que se remove presidente do dia para a noite, mas não é tão simples. Não sou especialista, mas dizem que pode haver afastamento devido a pedaladas ou financiamento irregular de campanha. Essas coisas ocorreram no passado, mas nunca foi apurado. Os dois pontos são suficientemente graves? Essa primeira pergunta é técnica. A segunda é política: ela tem condições de continuar governando sem levar o país ao caos? Quando o câmbio quase dobra em um ano, está instalado um grau de confusão grande. Com ela na Presidência até 2018, como ficará o país? Se as coisas começam a se deteriorar no ritmo em que isso acontece desde janeiro, estamos em maus lençóis. Não é só uma questão técnica. É também política, sob o aspecto da governabilidade. O sr. foi um dos primeiros empresários a apoiar o PT nos anos 1980. O que pensa hoje? Naquele momento, eu era visceralmente contra a ditadura. Via na elite brasileira um atraso, sentia que ela precisava de uma chacoalhada. E acreditei que o PT seria um caminho. Eu acreditava que eles tinham uma ideologia, consistência. Eram o único partido que tinha plataforma. Eu achei que um novo modelo tinha de ser instituído. Não percebi que esse novo modelo tinha um viés tão fortemente socialista. Acreditei quando o Lula disse que tem 300 picaretas no Congresso. Não imaginei que o "modus operandi" fosse universal. Com Aécio Neves estaríamos em melhor situação? É provável, porque o mercado o aceitaria melhor. E o Aécio perdeu por muito pouco. Se o PT não tivesse feito o marketing que a gente chama de "propaganda enganosa", o Aécio teria vencido. Quem deve ser o próximo candidato do PT? Fora o Lula, não há neste momento outro candidato, a meu ver. O andamento das questões que poderiam ou não envolver o ex-presidente Lula vai determinar se eles têm ainda fôlego para ressuscitar. Mas fico lembrando do Fernando Collor, que foi afastado e voltou como senador. E o Paulo Maluf? Está aí. O eleitor tem memória curta. O sr. acaba de se desfazer de um investimento histórico no país. Quer investir de novo? Meu destino é no Brasil. Já enfrentei muitas crises aqui. O país é muito maior que essa crise e que o governo. Governo é transitório. Quando as coisas vão de mal a pior, mudam o governo e a orientação política. Neste momento, precisamos fazer reformas estruturais: trabalhista, tributária, previdenciária, encolher o Estado, tornar o setor público mais eficiente. Ou fazemos conscientemente ou o mercado determinará que o façamos. A Grécia é um bom exemplo. Não adianta essa ideologia socialista populista porque o modelo socialista populista, mais tempo menos tempo, começa a degringolar para um autoritarismo. O modelo perfeito disso é a Venezuela, que, como o Brasil, tem recursos naturais enormes. Pretende mesmo investir aqui? É teimosia ou resiliência? Sempre há oportunidade. Tenho três setores em foco: educação, saúde e infraestrutura. A população está envelhecendo e não vai parar de crescer. Vai demandar saúde, educação, moradia. Precisa de infraestrutura. O Brasil não vai desaparecer. O sr. pensa em atrair investidores estrangeiros? É possível. Teremos caixa robusto. Eu te garanto: os investidores estrangeiros vão olhar risco e retorno. Os ativos no Brasil estão depreciados e vão se depreciar mais ainda. É atrativo para o investidor entrar no Brasil com o dólar a R$ 4,22. O risco já é bem menor agora. Não que o risco de a situação piorar não exista. Existe. Mas boa parte já está precificada no câmbio. - CARGO Presidente do Grupo Pacífico FORMAÇÃO Graduado em filosofia pelo Lafayette College (EUA). Mestre em filosofia pelo Four-College PhD Program, pela University of Massachusetts LIVRO Autor de "Réquiem para um Capitalismo em Agonia"
|
mercado
|
Modelo de Lula e Dilma está errado, diz empresário que apoiava PTUm dos primeiros empresários a apoiar o PT, nos anos 1980, Lawrence Pih, 72, diz que, na época, não imaginou que o "modus operandi" de se fazer política fosse universal. Hoje, ele avalia que, embora Lula tenha maior talento político e seja mais pragmático do que Dilma, ambos representam um mesmo modelo, que está errado. Pih, que acaba de vender o Moinho Pacífico (um dos maiores importadores de trigo e processadores do cereal do país), diz que, no momento, não vislumbra solução definitiva para a crise econômica do Brasil e que é preciso cortar gastos e melhorar a eficiência da máquina estatal. * Folha - O caminho que está sendo adotado para solucionar a crise é o correto? Lawrence Pih - Atualmente, não há um caminho. O que está havendo é uma tentativa de equacionar um problema enorme com medidas paliativas. Não se vislumbra solução definitiva —nem a possibilidade de uma. O sr. concorda com o ajuste como está colocado? Mudaria? O que o Joaquim Levy [ministro da Fazenda] está fazendo não é suficiente. Reconheço que politicamente já é difícil, mas eu faria algo mais drástico. O ônus que o setor público impõe à Previdência é muito alto. Há tantos lugares em que é possível cortar gastos. Como é possível a nossa carga tributária bruta ser quase igual à de países desenvolvidos da Europa? O que mais o governo Dilma deveria fazer? Cortar gasto. Apertar o cinto, tornar a máquina eficiente. Já que gastamos mais do que poderíamos, agora é a hora de consertar nosso balanço como país. O investimento no Brasil é baixo. Se você não investir e tiver um universo de consumidores aumentando, vai preencher a distância entre produção e demanda pela importação, ou seja, gerando empregos fora do país. O governo pode impor qualquer custo sobre as empresas. Aí, o empresário vai fazer o cálculo de custo, margem, risco do país e preço de venda. Ele pensa: tem demanda? Não. Segurança jurídica, previsibilidade, estabilidade cambial? Não. Tem juros estratosféricos? Tem. Custo trabalhista? Enorme. Conclusão: não vou investir. Como se chegou a tal crise? Dois fatores possibilitaram o crescimento do Brasil desde que o PT assumiu o governo. Houve a explosão dos preços de commodities e o país conseguiu equacionar a dívida externa. Depois disso, o mundo estava crescendo em média 5% ou 6% ao ano. Tudo isso possibilitou investimento externo no Brasil. Também teve muito mérito do governo FHC, que estabilizou a moeda. O Brasil entrou no vácuo do crescimento mundial e possibilitou o aumento do crédito. Com desemprego caindo e economia crescendo, a população se sentiu confortável em assumir mais dívida. O Estado começou a gastar mais do que podia e sua participação no PIB cresceu muito, com gastos maiores do que o crescimento do PIB. E o que é essa participação? Imposto. A carga tributária, que nos últimos anos do governo FHC estava em torno de 28% ou 29% do PIB, hoje está em 36% ou 37%. No cenário atual, é insustentável. Não estou analisando qualidade de gastos e importância da questão social. É importante ajudar os mais carentes. Entretanto, tem que lembrar se o auxílio é sustentável. É tudo culpa da gestão Dilma ou tem raízes no passado? Não é questão de culpa. A população escolheu Lula em 2002 porque o governo de FHC não era popular naquele momento. Houve uma mudança de modelo, do Fernando Henrique, um pouco mais ortodoxo, para o modelo mais heterodoxo do PT. Esse modelo novo seguiu um pouco a linha do antigo para depois começar a implantar aquilo que lhe é caro ideologicamente e ter um tipo de socialismo keynesiano. Os petistas têm admiração pela China. De fato, a China tirou centenas de milhões de pessoas da pobreza, é a segunda maior economia do mundo. Só que o modelo de lá é totalmente diferente. Na China não tem greve, não é democracia. É um partido só. O povo chinês está disposto a trabalhar 14 horas por dia. Aqui, achamos que oito horas é muito. O Brasil quer adotar algumas coisas do modelo chinês e outras do americano. Não funciona. O que mudou de 2002 para cá? Surfamos uma onda de crescimento mundial, tiramos milhões da pobreza, gastamos mais do que podíamos para perpetuar o modelo socialista keynesiano. Dilma chegou à Presidência simplesmente pela escolha de Lula. Imagino que Palocci e Dirceu eram candidatos antes do mensalão. Lula achou que o gestor eficiente, como era a imagem que se projetava da Dilma, seria adequado. Mas a história dela é um pouco diferente da do Lula. Ele é um sindicalista, negocia com o setor patronal e entende um pouco do outro lado do balcão. Lula tem um talento político raro. E se ele voltasse depois dela? Voltar ou não voltar não é o caso. Eu acho que o modelo está errado. O Lula é esse modelo. É um pouco mais pragmático, mas é esse modelo. Ele andou falando em baixar a taxa de juros. Você não baixa juro por decreto. A Dilma fez isso. E deu no que deu. Economia tem lógica própria. Não se sujeita à vontade de um político ou outro. O mercado é soberano. Ele determina o sucesso ou o fracasso de uma economia. Foram essas intervenções na economia que nos levaram à situação em que estamos? Exatamente. Você não pode rasgar, decretar a inexistência das leis da economia. Você até pode baixar os juros. O Tombini baixou para 7,25% a pedido da Dilma. Agora está em 14,25% e vai subir mais. A saída de Dilma é o caminho? Impeachment é traumático. Pensam que se remove presidente do dia para a noite, mas não é tão simples. Não sou especialista, mas dizem que pode haver afastamento devido a pedaladas ou financiamento irregular de campanha. Essas coisas ocorreram no passado, mas nunca foi apurado. Os dois pontos são suficientemente graves? Essa primeira pergunta é técnica. A segunda é política: ela tem condições de continuar governando sem levar o país ao caos? Quando o câmbio quase dobra em um ano, está instalado um grau de confusão grande. Com ela na Presidência até 2018, como ficará o país? Se as coisas começam a se deteriorar no ritmo em que isso acontece desde janeiro, estamos em maus lençóis. Não é só uma questão técnica. É também política, sob o aspecto da governabilidade. O sr. foi um dos primeiros empresários a apoiar o PT nos anos 1980. O que pensa hoje? Naquele momento, eu era visceralmente contra a ditadura. Via na elite brasileira um atraso, sentia que ela precisava de uma chacoalhada. E acreditei que o PT seria um caminho. Eu acreditava que eles tinham uma ideologia, consistência. Eram o único partido que tinha plataforma. Eu achei que um novo modelo tinha de ser instituído. Não percebi que esse novo modelo tinha um viés tão fortemente socialista. Acreditei quando o Lula disse que tem 300 picaretas no Congresso. Não imaginei que o "modus operandi" fosse universal. Com Aécio Neves estaríamos em melhor situação? É provável, porque o mercado o aceitaria melhor. E o Aécio perdeu por muito pouco. Se o PT não tivesse feito o marketing que a gente chama de "propaganda enganosa", o Aécio teria vencido. Quem deve ser o próximo candidato do PT? Fora o Lula, não há neste momento outro candidato, a meu ver. O andamento das questões que poderiam ou não envolver o ex-presidente Lula vai determinar se eles têm ainda fôlego para ressuscitar. Mas fico lembrando do Fernando Collor, que foi afastado e voltou como senador. E o Paulo Maluf? Está aí. O eleitor tem memória curta. O sr. acaba de se desfazer de um investimento histórico no país. Quer investir de novo? Meu destino é no Brasil. Já enfrentei muitas crises aqui. O país é muito maior que essa crise e que o governo. Governo é transitório. Quando as coisas vão de mal a pior, mudam o governo e a orientação política. Neste momento, precisamos fazer reformas estruturais: trabalhista, tributária, previdenciária, encolher o Estado, tornar o setor público mais eficiente. Ou fazemos conscientemente ou o mercado determinará que o façamos. A Grécia é um bom exemplo. Não adianta essa ideologia socialista populista porque o modelo socialista populista, mais tempo menos tempo, começa a degringolar para um autoritarismo. O modelo perfeito disso é a Venezuela, que, como o Brasil, tem recursos naturais enormes. Pretende mesmo investir aqui? É teimosia ou resiliência? Sempre há oportunidade. Tenho três setores em foco: educação, saúde e infraestrutura. A população está envelhecendo e não vai parar de crescer. Vai demandar saúde, educação, moradia. Precisa de infraestrutura. O Brasil não vai desaparecer. O sr. pensa em atrair investidores estrangeiros? É possível. Teremos caixa robusto. Eu te garanto: os investidores estrangeiros vão olhar risco e retorno. Os ativos no Brasil estão depreciados e vão se depreciar mais ainda. É atrativo para o investidor entrar no Brasil com o dólar a R$ 4,22. O risco já é bem menor agora. Não que o risco de a situação piorar não exista. Existe. Mas boa parte já está precificada no câmbio. - CARGO Presidente do Grupo Pacífico FORMAÇÃO Graduado em filosofia pelo Lafayette College (EUA). Mestre em filosofia pelo Four-College PhD Program, pela University of Massachusetts LIVRO Autor de "Réquiem para um Capitalismo em Agonia"
| 2 |
Sai de Baixo! Queda de Ministro!
|
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Cuidado Sai de Baixo! BUM! Caiu mais um ministro do Frankstemer. O ministério do Temer parece um pé de manga: você só ouve o barulho das mangas caindo! Bum! Bum! Placa em Brasília: "Sai de Baixo! Queda de Ministro". Piso escorregadio! "Ministro da Transparência flagrado ensinando Renan e Machado a escapar da Lava Jato". Ministro Embaçado! O ministério do Temer parece Matte Leão, já vem queimado! Mas eu tenho pena do Temer: como ele vai conseguir achar um honesto entre os aliados? Rarará! E o Michelzinho bombou! Foi parar nos Trending Topics da internet! O Twitter enlouqueceu com essa: "Filho de Michel Temer de sete anos tem R$ 2 milhões em imóveis". O Michelzinho tá melhor que eu. O Michelzinho aos sete tá melhor que eu aos 77! Rarará! Aos sete anos eu tinha bola de gude! E o tuiteiro Júnior Costa: "A minha filha de seis anos também tem duas casas, uma da Barbie e outra da Polly". E o tuiteiro Caíque de Souza: "Eu, com sete anos, comia terra!". Rarará! E aos sete anos eu tinha piolho! Rarará! E um outro ainda perguntou: "Mas os imóveis eram de lego ou alvenaria?". E essa: "PF vai deflagrar duas operações que abalarão o mundo político: Senatus e Do Barba". Do Barba? Xiii, sujou prum certo alguém! O Lula tá indo pro Odebrejo! O Lula está entre o foro e o Moro! Rarará! E esse ex-ministro da Transparência era tão transparente que dava pra ver quem estava por trás dele: o Renan. O Renan Escandalheiros! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! O Brasil é Lúdico! Olha a placa no supermercado em Osasco: "Oferta! Sabonete de xereca Dermacyd, R$ 9,98". Mais direto impossível. Se escrevesse "íntimo" no lugar de "xereca", ninguém ia comprar, é isso? Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
|
colunas
|
Sai de Baixo! Queda de Ministro!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Cuidado Sai de Baixo! BUM! Caiu mais um ministro do Frankstemer. O ministério do Temer parece um pé de manga: você só ouve o barulho das mangas caindo! Bum! Bum! Placa em Brasília: "Sai de Baixo! Queda de Ministro". Piso escorregadio! "Ministro da Transparência flagrado ensinando Renan e Machado a escapar da Lava Jato". Ministro Embaçado! O ministério do Temer parece Matte Leão, já vem queimado! Mas eu tenho pena do Temer: como ele vai conseguir achar um honesto entre os aliados? Rarará! E o Michelzinho bombou! Foi parar nos Trending Topics da internet! O Twitter enlouqueceu com essa: "Filho de Michel Temer de sete anos tem R$ 2 milhões em imóveis". O Michelzinho tá melhor que eu. O Michelzinho aos sete tá melhor que eu aos 77! Rarará! Aos sete anos eu tinha bola de gude! E o tuiteiro Júnior Costa: "A minha filha de seis anos também tem duas casas, uma da Barbie e outra da Polly". E o tuiteiro Caíque de Souza: "Eu, com sete anos, comia terra!". Rarará! E aos sete anos eu tinha piolho! Rarará! E um outro ainda perguntou: "Mas os imóveis eram de lego ou alvenaria?". E essa: "PF vai deflagrar duas operações que abalarão o mundo político: Senatus e Do Barba". Do Barba? Xiii, sujou prum certo alguém! O Lula tá indo pro Odebrejo! O Lula está entre o foro e o Moro! Rarará! E esse ex-ministro da Transparência era tão transparente que dava pra ver quem estava por trás dele: o Renan. O Renan Escandalheiros! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! O Brasil é Lúdico! Olha a placa no supermercado em Osasco: "Oferta! Sabonete de xereca Dermacyd, R$ 9,98". Mais direto impossível. Se escrevesse "íntimo" no lugar de "xereca", ninguém ia comprar, é isso? Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
| 10 |
Facção islâmica teria queimado 45 pessoas em cidade do Iraque
|
Um chefe da polícia de Al-Baghdadi, no Iraque, informou nesta terça-feira (17) que jihadistas da facção terrorista Estado Islâmico (EI) queimaram até a morte 45 pessoas na cidade. O coronel Qasim al-Obeidi não informou quem eram os mortos, mas disse acreditar que alguns eram membros das forças de segurança da região. Na semana passada, o EI capturou grande parte da cidade, que fica perto da base aérea deAin al-Asad. Obeidi disse que um complexo que abriga famílias do pessoal de segurança e funcionários locais estava sob ataque da facção e pediu ajuda ao governo iraquiano e à comunidade internacional. Os combates e a dificuldade de comunicação na área tornam difícil a confirmação dessas informações. Al-Baghdadi esteve sitiada durante meses antes de ser tomada pelos combatentes do Estado Islâmico na quinta-feira.
|
mundo
|
Facção islâmica teria queimado 45 pessoas em cidade do IraqueUm chefe da polícia de Al-Baghdadi, no Iraque, informou nesta terça-feira (17) que jihadistas da facção terrorista Estado Islâmico (EI) queimaram até a morte 45 pessoas na cidade. O coronel Qasim al-Obeidi não informou quem eram os mortos, mas disse acreditar que alguns eram membros das forças de segurança da região. Na semana passada, o EI capturou grande parte da cidade, que fica perto da base aérea deAin al-Asad. Obeidi disse que um complexo que abriga famílias do pessoal de segurança e funcionários locais estava sob ataque da facção e pediu ajuda ao governo iraquiano e à comunidade internacional. Os combates e a dificuldade de comunicação na área tornam difícil a confirmação dessas informações. Al-Baghdadi esteve sitiada durante meses antes de ser tomada pelos combatentes do Estado Islâmico na quinta-feira.
| 3 |
Vegetarianos levam desvantagem no esporte?
|
O número de vegetarianos no mundo aumenta gradativamente, com cada vez mais adeptos do veganismo. Alguns alegam motivos religiosos ou morais. Há ainda aqueles que simplesmente dizem ser mais saudável ou mesmo não gostam do sabor da carne. O problema é que os nutricionistas alertam que os seres humanos devem ingerir de forma equilibrada carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais e água. A ausência de um desses grupos de nutrientes pode gerar um efeito negativo sobre a saúde. As carnes vermelhas oferecem proteínas de alta qualidade, especialmente se o objetivo é fazer exercícios físicos e melhorar o rendimento atlético. Neste sentido, as carnes geralmente têm um papel predominante graças ao número de nutrientes importantes que contêm, tais como proteínas em alta quantidade e qualidade, ferro, vitamina B12 e zinco. Mas o que acontece com quem não come carne? Vegetarianos ou veganos (aqueles que não consomem nenhum produto de origem animal) conseguem obter o mesmo desempenho físico dos carnívoros? Nutrientes A presença de atletas de elite em diferentes modalidades que se dizem vegetarianos ou veganos sugere que a resposta é 'sim'. Fiona Oakes é um deles. Vegana desde os seis anos de idade, Oakes completou sete maratonas em sete dias, entre outubro e novembro deste ano, além de ganhar a maratona do Polo Norte em 2013, enfrentando temperaturas de -28 °C. "As consequências de correr sob estas temperaturas são muita técnicas e isso logicamente requer um equilíbrio muito fino", diz Oakes. "Há problemas nutricionais a depender de quando se come e o que se come. É necessário uma operação quase militar." Seja um maratonista, um ciclista ou um triatleta, cada atividade física exige diferentes tipos de dieta, explica a nutricionista esportiva Jo Scott-Dalgleish. "Tudo se resume a um bom equilíbrio entre carboidratos, proteínas e gorduras. Todos os três são necessários para compensar o uso de energia. Os carboidratos fornecem energia, enquanto as proteínas e as gorduras ajudam a recuperação dos músculos após o esforço. Também é preciso uma boa seleção de micronutrientes e vitaminas", diz. Atletas vegetarianos ou veganos não são novos no esporte. O "finlandês voador" Paavo Nurmie, o campeão dos 400 metros com barreiras Edwin Moses, o esquiador Bode Miller e a tenista Martina Navratilova são alguns dos nomes mais conhecidos. O médico Norman MacMillan, atleta amador e autor do livro Nutrição Esportiva, disse em uma de suas obras publicadas que "os atletas veganos são o grupo de maior risco e devem melhorar os seus conhecimentos sobre nutrição". "A maioria das proteínas vegetais não têm pelo menos um dos aminoácidos essenciais. Ao associar alimentos de origem vegetal, como, por exemplo, um cereal com um legume (arroz e lentilhas ou arroz e soja), é possível obter uma combinação de aminoácidos com a qualidade de um produto de origem animal", diz MacMillan. Oakes, que também participou na Maratona das Areias (na qual se percorrem 247 km através do deserto do Saara em seis dias), admitiu que tende a comer "muitas nozes, massas, arroz, legumes e alimentos frescos, obtendo proteínas de fontes naturais". Se nenhum tipo de carne é consumido, as proteínas podem ser obtidas a partir de produtos lácteos e ovos, mas se esses alimentos também não são consumidos, a dica é procurar alternativas em grãos, como feijão, grão de bico ou lentilha, que podem ser combinados com macarrão ou pão feito de farinha integral. Nozes e outras sementes também são boas fontes de proteína. As vitaminas e os minerais Sam Calvert, da Vegan Society, no Reino Unido, acredita que os requisitos para atletas veganos são os mesmos para os não-atletas e o resto da população. "Proteínas não são um problema em uma dieta vegana bem planejada, ao contrário do que as pessoas pensam", diz Calvert. A recomendação é encontrar o equilíbrio certo de cada grupo de alimentos para atender a todas as necessidades do corpo. "Mas todo mundo deveria ter o cuidado de consumir proteína da maior variedade de alimentos possível e não ingeri-la demasiadamente, pois isso pode causar problemas de saúde", acrescenta Calvert. Para MacMillan, que já trabalhou com várias federações esportivas do Chile, "entre vitaminas e minerais que normalmente faltam na dieta dos vegetarianos ou veganos, merece destaque o ferro (abundante nas carnes vermelhas) e que pode ser substituído por fontes vegetais como algumas massas, cereais, legumes ou pão integral". A Vegan Society recomenda, por exemplo, reforçar a dieta com vitamina B-12. A conclusão dos nutricionistas é que todos, atletas e não-atletas, devem seguir as recomendações básicas de uma dieta saudável e equilibrada. A partir daí, cada um decide a melhor combinação para seus objetivos.
|
bbc
|
Vegetarianos levam desvantagem no esporte?O número de vegetarianos no mundo aumenta gradativamente, com cada vez mais adeptos do veganismo. Alguns alegam motivos religiosos ou morais. Há ainda aqueles que simplesmente dizem ser mais saudável ou mesmo não gostam do sabor da carne. O problema é que os nutricionistas alertam que os seres humanos devem ingerir de forma equilibrada carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais e água. A ausência de um desses grupos de nutrientes pode gerar um efeito negativo sobre a saúde. As carnes vermelhas oferecem proteínas de alta qualidade, especialmente se o objetivo é fazer exercícios físicos e melhorar o rendimento atlético. Neste sentido, as carnes geralmente têm um papel predominante graças ao número de nutrientes importantes que contêm, tais como proteínas em alta quantidade e qualidade, ferro, vitamina B12 e zinco. Mas o que acontece com quem não come carne? Vegetarianos ou veganos (aqueles que não consomem nenhum produto de origem animal) conseguem obter o mesmo desempenho físico dos carnívoros? Nutrientes A presença de atletas de elite em diferentes modalidades que se dizem vegetarianos ou veganos sugere que a resposta é 'sim'. Fiona Oakes é um deles. Vegana desde os seis anos de idade, Oakes completou sete maratonas em sete dias, entre outubro e novembro deste ano, além de ganhar a maratona do Polo Norte em 2013, enfrentando temperaturas de -28 °C. "As consequências de correr sob estas temperaturas são muita técnicas e isso logicamente requer um equilíbrio muito fino", diz Oakes. "Há problemas nutricionais a depender de quando se come e o que se come. É necessário uma operação quase militar." Seja um maratonista, um ciclista ou um triatleta, cada atividade física exige diferentes tipos de dieta, explica a nutricionista esportiva Jo Scott-Dalgleish. "Tudo se resume a um bom equilíbrio entre carboidratos, proteínas e gorduras. Todos os três são necessários para compensar o uso de energia. Os carboidratos fornecem energia, enquanto as proteínas e as gorduras ajudam a recuperação dos músculos após o esforço. Também é preciso uma boa seleção de micronutrientes e vitaminas", diz. Atletas vegetarianos ou veganos não são novos no esporte. O "finlandês voador" Paavo Nurmie, o campeão dos 400 metros com barreiras Edwin Moses, o esquiador Bode Miller e a tenista Martina Navratilova são alguns dos nomes mais conhecidos. O médico Norman MacMillan, atleta amador e autor do livro Nutrição Esportiva, disse em uma de suas obras publicadas que "os atletas veganos são o grupo de maior risco e devem melhorar os seus conhecimentos sobre nutrição". "A maioria das proteínas vegetais não têm pelo menos um dos aminoácidos essenciais. Ao associar alimentos de origem vegetal, como, por exemplo, um cereal com um legume (arroz e lentilhas ou arroz e soja), é possível obter uma combinação de aminoácidos com a qualidade de um produto de origem animal", diz MacMillan. Oakes, que também participou na Maratona das Areias (na qual se percorrem 247 km através do deserto do Saara em seis dias), admitiu que tende a comer "muitas nozes, massas, arroz, legumes e alimentos frescos, obtendo proteínas de fontes naturais". Se nenhum tipo de carne é consumido, as proteínas podem ser obtidas a partir de produtos lácteos e ovos, mas se esses alimentos também não são consumidos, a dica é procurar alternativas em grãos, como feijão, grão de bico ou lentilha, que podem ser combinados com macarrão ou pão feito de farinha integral. Nozes e outras sementes também são boas fontes de proteína. As vitaminas e os minerais Sam Calvert, da Vegan Society, no Reino Unido, acredita que os requisitos para atletas veganos são os mesmos para os não-atletas e o resto da população. "Proteínas não são um problema em uma dieta vegana bem planejada, ao contrário do que as pessoas pensam", diz Calvert. A recomendação é encontrar o equilíbrio certo de cada grupo de alimentos para atender a todas as necessidades do corpo. "Mas todo mundo deveria ter o cuidado de consumir proteína da maior variedade de alimentos possível e não ingeri-la demasiadamente, pois isso pode causar problemas de saúde", acrescenta Calvert. Para MacMillan, que já trabalhou com várias federações esportivas do Chile, "entre vitaminas e minerais que normalmente faltam na dieta dos vegetarianos ou veganos, merece destaque o ferro (abundante nas carnes vermelhas) e que pode ser substituído por fontes vegetais como algumas massas, cereais, legumes ou pão integral". A Vegan Society recomenda, por exemplo, reforçar a dieta com vitamina B-12. A conclusão dos nutricionistas é que todos, atletas e não-atletas, devem seguir as recomendações básicas de uma dieta saudável e equilibrada. A partir daí, cada um decide a melhor combinação para seus objetivos.
| 25 |
Prazo para microempreendedor declarar Simples termina nesta terça
|
O prazo para o microempreendedor que optou pelo Simples Nacional declarar seus rendimentos relativos ao ano-calendário de 2015 termina nesta terça-feira (31). O MEI (Microempreendedor Individual) é a pessoa que trabalha por conta própria e se legaliza como pequeno empresário. Para ser um empresário individual, é necessário faturar até R$ 60 mil por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular. O MEI também pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria. A declaração deve conter informações detalhadas sobre receitas e se o MEI possuiu funcionário. No caso de extinção, o MEI deverá entregar a declaração de "Situação Especial" até o dia 30 de junho, se a extinção ocorreu no primeiro quadrimestre do ano-calendário, ou até 31 de julho nos demais casos. Mais informações podem ser obtidas no site do Simples Nacional Se perder o prazo de entrega, o contribuinte fica sujeito a multa de 2% ao mês, limitada a 20%, sobre o valor total dos tributos declarados, ou o mínimo de R$ 50,00. A multa é emitida automaticamente e estará disponível com o recibo da Declaração.
|
mercado
|
Prazo para microempreendedor declarar Simples termina nesta terçaO prazo para o microempreendedor que optou pelo Simples Nacional declarar seus rendimentos relativos ao ano-calendário de 2015 termina nesta terça-feira (31). O MEI (Microempreendedor Individual) é a pessoa que trabalha por conta própria e se legaliza como pequeno empresário. Para ser um empresário individual, é necessário faturar até R$ 60 mil por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular. O MEI também pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria. A declaração deve conter informações detalhadas sobre receitas e se o MEI possuiu funcionário. No caso de extinção, o MEI deverá entregar a declaração de "Situação Especial" até o dia 30 de junho, se a extinção ocorreu no primeiro quadrimestre do ano-calendário, ou até 31 de julho nos demais casos. Mais informações podem ser obtidas no site do Simples Nacional Se perder o prazo de entrega, o contribuinte fica sujeito a multa de 2% ao mês, limitada a 20%, sobre o valor total dos tributos declarados, ou o mínimo de R$ 50,00. A multa é emitida automaticamente e estará disponível com o recibo da Declaração.
| 2 |
Sinéad O'Connor fará turnê no Brasil em junho deste ano
|
A cantora irlandesa Sinéad O'Connor, pela primeira vez no Brasil, fará quatro shows no país no mês de junho. Na capital paulista, ela se apresenta em 15 e 16 de junho, às 21h, no Teatro Bradesco. No Rio, o show será também no Teatro Bradesco, no dia 18, às 21h. Por último, se apresenta em Porto Alegre, no dia 20, às 21h, no auditório Araújo Vianna. Os ingressos –já à venda para SP e Rio– saem entre R$ 160 e R$ 375. A turnê promove o seu disco mais recente, "I'm Not Bossy, I'm the Boss" (em português, algo como "não sou sou mandona, sou quem manda"), o décimo da carreira, lançado em agosto passado. O sucesso "Nothing Compares 2 You" não deve, porém, entrar no repertório. Na última semana, a artista anunciou em sua página oficial no Facebook que não vai mais cantar a música, composta por Prince. Sinéad diz que falta identificação emocional com a canção. "Chegou a hora de deixar de cantar 'Nothing Compares 2 You'. O primeiro princípio que aprendi como cantora é nunca cantar uma música com a qual você não se identifica emocionalmente", escreveu na última segunda (16). A irlandesa disse que resolveu comunicar a decisão aos fãs para evitar decepções àqueles que esperam ouvir a canção em algum de seus shows. "Se eu cantasse apenas para agradar às pessoas, eu não estaria fazendo meu trabalho direito, estaria mentindo. Meu trabalho é lhes trazer honestidade", acrescentou ela, que contou ainda ter deixado de cantar outras músicas pelo mesmo motivo.
|
ilustrada
|
Sinéad O'Connor fará turnê no Brasil em junho deste anoA cantora irlandesa Sinéad O'Connor, pela primeira vez no Brasil, fará quatro shows no país no mês de junho. Na capital paulista, ela se apresenta em 15 e 16 de junho, às 21h, no Teatro Bradesco. No Rio, o show será também no Teatro Bradesco, no dia 18, às 21h. Por último, se apresenta em Porto Alegre, no dia 20, às 21h, no auditório Araújo Vianna. Os ingressos –já à venda para SP e Rio– saem entre R$ 160 e R$ 375. A turnê promove o seu disco mais recente, "I'm Not Bossy, I'm the Boss" (em português, algo como "não sou sou mandona, sou quem manda"), o décimo da carreira, lançado em agosto passado. O sucesso "Nothing Compares 2 You" não deve, porém, entrar no repertório. Na última semana, a artista anunciou em sua página oficial no Facebook que não vai mais cantar a música, composta por Prince. Sinéad diz que falta identificação emocional com a canção. "Chegou a hora de deixar de cantar 'Nothing Compares 2 You'. O primeiro princípio que aprendi como cantora é nunca cantar uma música com a qual você não se identifica emocionalmente", escreveu na última segunda (16). A irlandesa disse que resolveu comunicar a decisão aos fãs para evitar decepções àqueles que esperam ouvir a canção em algum de seus shows. "Se eu cantasse apenas para agradar às pessoas, eu não estaria fazendo meu trabalho direito, estaria mentindo. Meu trabalho é lhes trazer honestidade", acrescentou ela, que contou ainda ter deixado de cantar outras músicas pelo mesmo motivo.
| 1 |
Colombianos miram cultivo e exportação legal de maconha
|
Como muitos barões das drogas na Colômbia, Federico Cock-Correa quer vender seu produto globalmente. Ele está pensando em substituir os hectares de flores que cultiva em sua fazenda a 25 km de Medellín por pés de maconha, com planos de exportar o que colher. Porém, diferentemente do tráfico brutal de heroína e cocaína que antes corria solto nas proximidades, sua operação conta com a aprovação do governo. No ano passado, o presidente Juan Manuel Santos liderou uma revisão da legislação colombiana sobre drogas, promulgada 30 anos atrás, legalizando formalmente a produção de maconha medicinal para consumo doméstico. A nova lei também autorizou o cultivo comercial, o processamento e a exportação de produtos medicinais a base de maconha, como óleos e cremes –mas não da flor, a parte da planta que normalmente é fumada em forma de baseado. As autoridades esperam que a iniciativa enfraqueça o narcotráfico colombiano, ao criar uma oportunidade legal em um setor historicamente controlado pelo mercado negro. Elas acreditam que a nova lei vai ajudar a atrair investimentos e dar um incentivo à economia, apesar de que será preciso esperar alguns anos para que os retornos sobre os investimentos fiquem claros. "É saúde, é ciência, é a oportunidade de redimir o nome do país", falou Cock-Correa, que dirige a divisão colombiana da PharmaCielo, uma empresa que quer capitalizar sobre a nova legislação. "Entre produzir uma planta que mata e uma que cura, a diferença é grande." Empresas como a PharmaCielo presentes na Colômbia acreditam que poderão fincar raízes na indústria farmacêutica, assim como fizeram suas contrapartes ilegais no passado. Nos Estados Unidos, o setor da maconha legalizada ainda sofre empecilhos devido ao conflito entre regulamentações locais e federais. Embora alguns Estados tenham legalizado a droga nos últimos anos, o governo federal atualmente proíbe a importação de produtos à base de maconha. "Achamos que a Colômbia poderá criar uma indústria internacional bem-sucedida em torno da exportação de maconha medicinal", disse em e-mail o ministro da Saúde colombiano, Alejandro Gaviria. "O país está preparado para participar desse mercado global emergente." Sediada em Toronto, a PharmaCielo foi fundada em 2014 e em junho tornou-se a primeira empresa na Colômbia a receber uma licença do governo para manufaturar produtos à base de maconha. Ela ainda aguarda a licença para cultivar a planta. MERCADO INTERNO Outras firmas já estão seguindo seu exemplo. Em julho o governo concedeu licença de produção a outra empresa canadense, a Cannavida, e a uma companhia colombiana, a Labfarve-Ecomedics. Diferentemente da PharmaCielo, a Labfarve-Ecomedics vai concentrar sua atuação no mercado interno, o que talvez lhe permita entrar em atividade em menos tempo, já que não precisará de licença de exportação. Assim que receber a aprovação, a PharmaCielo vai começar a cultivar maconha e então processar o material para fabricar produtos médicos que poderão ser exportados ao Canadá e a outros países que autorizam a importação da maconha para fins medicinais. A perspectiva de exportar para os Estados Unidos ainda está no futuro distante. "O potencial mercado global pode valer bilhões", disse o investidor canadense Anthony Wile, que aposta na PharmaCielo. Outro investidor na empresa é Jim Rogers, co-fundador, ao lado de George Soros, do Fundo Quantum. CLIMA E SOLO Entrevistado num terreno de 130 mil metros quadrados que será o local inicial de cultivo da PharmaCielo, Cock-Correa explicou por que a Colômbia é ideal para a produção de maconha, citando o clima e o solo propícios. Não foi por acaso que o colombiano Pablo Escobar se lançou no mundo das drogas traficando maconha. Há mais de 50 anos, a região de Rionegro, nos Andes colombianos, onde a PharmaCielo tem suas terras, é um dos pontos principais de produção de flores exportadas para os Estados Unidos e Europa. A região concentra um quarto das exportações colombianas de flores e é a maior fornecedora de flores cortadas para os Estados Unidos. Grandes estufas feitas de lonas plásticas simples estendidas sobre suportes se espalham pelos morros da região. O solo vulcânico fértil possibilita o cultivo de flores como crisântemos e cravos o ano inteiro. Mas o que está no cerne dos planos da empresa são as finanças. Quando a produção estiver a pleno vapor, a PharmaCielo prevê produzir um grama de flores de maconha por cerca de US$0,05, um décimo do custo de produção nos Estados Unidos e no Canadá. Os plantadores de maconha na América do Norte geralmente têm duas opções: cultivar a planta ao ar livre, produzindo apenas uma safra por ano, ou em espaços fechados, numa produção que envolve alto consumo de energia. Mas as empresas que estão investindo na Colômbia pretendem lançar mão dos atributos naturais do país para fugir desse modelo. "Nosso crescimento decorre da luz solar", disse Marcelo Siqueira, executivo operacional chefe da PharmaCielo Colômbia. Assim, a empresa prevê fazer quatro colheitas por ano, a um custo substancialmente mais baixo que suas rivais norte-americanas. Ao mesmo tempo, uma rede de açudes ajuda a conservar água e, por extensão, controlar os custos. Graças à fertilidade do solo, a empresa será menos dependente de produtos como musgo de turfa e fibras de coco desfiadas para ajudar as plantas a crescer. Com isso, vai poupar dinheiro e reduzir o desperdício. ESPERA Mas a PharmaCielo ainda está em compasso de espera. Enquanto aguarda as licenças necessárias, Cock-Correa cultiva flores nos 130 mil metros quadrados da companhia. O empresário, que trabalha no ramo das flores há 30 anos, diz que o processo de mudar do cultivo de flores para o de maconha será simples. Já existe uma força de trabalho treinada, a infraestrutura está presente e o solo está pronto para ser semeado. A partir do momento que obtiver as licenças, a empresa estima que no prazo de dois anos poderá estar com 2,4 quilômetros quadrados de maconha em cultivo ativo. Cock-Correa quer fechar contratos com fazendas vizinhas que hoje cultivam flores. Numa visita à área de plantio inicial, em maio, os canteiros ainda estavam plantados com flores. Trabalhadores estavam correndo para terminar de cortar e embalar as flores a tempo para o Dia das Mães. Cock-Correa disse: "Daqui a um ano, isto tudo vai ser maconha." Tradução de CLARA ALLAIN
|
mundo
|
Colombianos miram cultivo e exportação legal de maconhaComo muitos barões das drogas na Colômbia, Federico Cock-Correa quer vender seu produto globalmente. Ele está pensando em substituir os hectares de flores que cultiva em sua fazenda a 25 km de Medellín por pés de maconha, com planos de exportar o que colher. Porém, diferentemente do tráfico brutal de heroína e cocaína que antes corria solto nas proximidades, sua operação conta com a aprovação do governo. No ano passado, o presidente Juan Manuel Santos liderou uma revisão da legislação colombiana sobre drogas, promulgada 30 anos atrás, legalizando formalmente a produção de maconha medicinal para consumo doméstico. A nova lei também autorizou o cultivo comercial, o processamento e a exportação de produtos medicinais a base de maconha, como óleos e cremes –mas não da flor, a parte da planta que normalmente é fumada em forma de baseado. As autoridades esperam que a iniciativa enfraqueça o narcotráfico colombiano, ao criar uma oportunidade legal em um setor historicamente controlado pelo mercado negro. Elas acreditam que a nova lei vai ajudar a atrair investimentos e dar um incentivo à economia, apesar de que será preciso esperar alguns anos para que os retornos sobre os investimentos fiquem claros. "É saúde, é ciência, é a oportunidade de redimir o nome do país", falou Cock-Correa, que dirige a divisão colombiana da PharmaCielo, uma empresa que quer capitalizar sobre a nova legislação. "Entre produzir uma planta que mata e uma que cura, a diferença é grande." Empresas como a PharmaCielo presentes na Colômbia acreditam que poderão fincar raízes na indústria farmacêutica, assim como fizeram suas contrapartes ilegais no passado. Nos Estados Unidos, o setor da maconha legalizada ainda sofre empecilhos devido ao conflito entre regulamentações locais e federais. Embora alguns Estados tenham legalizado a droga nos últimos anos, o governo federal atualmente proíbe a importação de produtos à base de maconha. "Achamos que a Colômbia poderá criar uma indústria internacional bem-sucedida em torno da exportação de maconha medicinal", disse em e-mail o ministro da Saúde colombiano, Alejandro Gaviria. "O país está preparado para participar desse mercado global emergente." Sediada em Toronto, a PharmaCielo foi fundada em 2014 e em junho tornou-se a primeira empresa na Colômbia a receber uma licença do governo para manufaturar produtos à base de maconha. Ela ainda aguarda a licença para cultivar a planta. MERCADO INTERNO Outras firmas já estão seguindo seu exemplo. Em julho o governo concedeu licença de produção a outra empresa canadense, a Cannavida, e a uma companhia colombiana, a Labfarve-Ecomedics. Diferentemente da PharmaCielo, a Labfarve-Ecomedics vai concentrar sua atuação no mercado interno, o que talvez lhe permita entrar em atividade em menos tempo, já que não precisará de licença de exportação. Assim que receber a aprovação, a PharmaCielo vai começar a cultivar maconha e então processar o material para fabricar produtos médicos que poderão ser exportados ao Canadá e a outros países que autorizam a importação da maconha para fins medicinais. A perspectiva de exportar para os Estados Unidos ainda está no futuro distante. "O potencial mercado global pode valer bilhões", disse o investidor canadense Anthony Wile, que aposta na PharmaCielo. Outro investidor na empresa é Jim Rogers, co-fundador, ao lado de George Soros, do Fundo Quantum. CLIMA E SOLO Entrevistado num terreno de 130 mil metros quadrados que será o local inicial de cultivo da PharmaCielo, Cock-Correa explicou por que a Colômbia é ideal para a produção de maconha, citando o clima e o solo propícios. Não foi por acaso que o colombiano Pablo Escobar se lançou no mundo das drogas traficando maconha. Há mais de 50 anos, a região de Rionegro, nos Andes colombianos, onde a PharmaCielo tem suas terras, é um dos pontos principais de produção de flores exportadas para os Estados Unidos e Europa. A região concentra um quarto das exportações colombianas de flores e é a maior fornecedora de flores cortadas para os Estados Unidos. Grandes estufas feitas de lonas plásticas simples estendidas sobre suportes se espalham pelos morros da região. O solo vulcânico fértil possibilita o cultivo de flores como crisântemos e cravos o ano inteiro. Mas o que está no cerne dos planos da empresa são as finanças. Quando a produção estiver a pleno vapor, a PharmaCielo prevê produzir um grama de flores de maconha por cerca de US$0,05, um décimo do custo de produção nos Estados Unidos e no Canadá. Os plantadores de maconha na América do Norte geralmente têm duas opções: cultivar a planta ao ar livre, produzindo apenas uma safra por ano, ou em espaços fechados, numa produção que envolve alto consumo de energia. Mas as empresas que estão investindo na Colômbia pretendem lançar mão dos atributos naturais do país para fugir desse modelo. "Nosso crescimento decorre da luz solar", disse Marcelo Siqueira, executivo operacional chefe da PharmaCielo Colômbia. Assim, a empresa prevê fazer quatro colheitas por ano, a um custo substancialmente mais baixo que suas rivais norte-americanas. Ao mesmo tempo, uma rede de açudes ajuda a conservar água e, por extensão, controlar os custos. Graças à fertilidade do solo, a empresa será menos dependente de produtos como musgo de turfa e fibras de coco desfiadas para ajudar as plantas a crescer. Com isso, vai poupar dinheiro e reduzir o desperdício. ESPERA Mas a PharmaCielo ainda está em compasso de espera. Enquanto aguarda as licenças necessárias, Cock-Correa cultiva flores nos 130 mil metros quadrados da companhia. O empresário, que trabalha no ramo das flores há 30 anos, diz que o processo de mudar do cultivo de flores para o de maconha será simples. Já existe uma força de trabalho treinada, a infraestrutura está presente e o solo está pronto para ser semeado. A partir do momento que obtiver as licenças, a empresa estima que no prazo de dois anos poderá estar com 2,4 quilômetros quadrados de maconha em cultivo ativo. Cock-Correa quer fechar contratos com fazendas vizinhas que hoje cultivam flores. Numa visita à área de plantio inicial, em maio, os canteiros ainda estavam plantados com flores. Trabalhadores estavam correndo para terminar de cortar e embalar as flores a tempo para o Dia das Mães. Cock-Correa disse: "Daqui a um ano, isto tudo vai ser maconha." Tradução de CLARA ALLAIN
| 3 |
Faz mal colocar plantas no quarto? Paisagista responde e dá dicas
|
DE SÃO PAULO Para a pessoa não faz mal nenhum. O vegetal libera gás carbônico à noite, mas a quantidade não é suficiente para prejudicar o sono de ninguém. Humanos liberam uma quantidade de gás oito vezes maior que as plantas. Se não é fatal para o homem, pode ser para o vegetal. Como a maioria dos quartos passa o dia fechado, com pouca luz e ventilação, esse não é o melhor ambiente para as plantas, que precisam de luz para fazer a fotossíntese. Quem quiser muito trazer um pouco de verde para o quarto pode apostar em plantas que encaram bem ambientes fechados, como a espada-de-são-jorge, samambaias, jiboia, filodendro e zamioculca, todas folhagens. Para que as plantas do quarto se mantenham saudáveis, a dica é fazer um rodízio de ambientes, deixando-as alguns dias da semana na sala e na varanda, para aproveitarem o ar fresco e a luminosidade. Fonte: Catê Poli, paisagista
|
sobretudo
|
Faz mal colocar plantas no quarto? Paisagista responde e dá dicas
DE SÃO PAULO Para a pessoa não faz mal nenhum. O vegetal libera gás carbônico à noite, mas a quantidade não é suficiente para prejudicar o sono de ninguém. Humanos liberam uma quantidade de gás oito vezes maior que as plantas. Se não é fatal para o homem, pode ser para o vegetal. Como a maioria dos quartos passa o dia fechado, com pouca luz e ventilação, esse não é o melhor ambiente para as plantas, que precisam de luz para fazer a fotossíntese. Quem quiser muito trazer um pouco de verde para o quarto pode apostar em plantas que encaram bem ambientes fechados, como a espada-de-são-jorge, samambaias, jiboia, filodendro e zamioculca, todas folhagens. Para que as plantas do quarto se mantenham saudáveis, a dica é fazer um rodízio de ambientes, deixando-as alguns dias da semana na sala e na varanda, para aproveitarem o ar fresco e a luminosidade. Fonte: Catê Poli, paisagista
| 9 |
Investigação do FBI envolve 'filha' de Hillary e 'predador sexual'
|
"Homem de meia-idade perpetuamente com tesão." Assim se definiu o ex-deputado democrata Anthony Weiner, 52, protagonista de escândalos sexuais em que mandou fotos íntimas a admiradoras pela internet. Uma investigação sobre o apelidado "predador sexual" conturbou a campanha da favorita para suceder Barack Obama na Casa Branca, Hillary Clinton. Weiner era casado até agosto com Huma Abedin, 40, chamada de "filha adotiva" por Hillary, e sua assessora pessoal há 20 anos. Na sexta (28), o FBI anunciou que uma apuração sobre e-mails entre os cônjuges pode estar ligada à investigação do uso de um servidor privado por Hillary enquanto era secretária de Estado —assunto que a candidata tenta enterrar, pela acusação de mandar material confidencial em e-mail pessoal, infringindo a lei. Não se sabe se o teor das mensagens a prejudica. Ambos têm fascinado os americanos muito antes da campanha. O ex-presidente Bill Clinton oficiou o casamento do casal. A muçulmana Huma, filha de indiano e paquistanesa que cresceu na Arábia Saudita, e o jovial político judeu de Nova York viraram dupla badalada na mídia. Mas, em 2011, numa paquera on-line com uma fã, ele acabou postando uma foto do pênis em uma rede social, quando queria enviá-la como mensagem privada. O caso virou sensação. Veio a renúncia de Weiner do cargo de deputado federal e a cara de arrependimento. Huma era vice-chefe de gabinete de Hillary no Departamento de Estado. O ex-deputado foi perdoado e era favorito para ser o novo prefeito de Nova York em 2013. Surge nova troca picante de mensagens com outra mulher e ele abandona a campanha. Huma continuou com ele —e com Hillary. No novo capítulo, Huma falou à imprensa que o tinha "perdoado" e que continuariam juntos. Outra conexão desconfortável para Hillary sobre perdão a infidelidades conjugais. Em agosto, repeteco: Weiner manda para outra mulher uma foto em close da cueca. Pior: o filho de quatro anos aparece adormecido ao lado dele na foto. A moça que recebeu a investida tem 15 anos. Agora a investigação do FBI sobre Weiner, por conta da menor envolvida, se entrelaça ao servidor de Hillary —reforçando a desconfiança e o secretismo que afetam a imagem da candidata. Por outro lado, o diretor do FBI, o republicano James Comey, foi acusado de querer interferir na campanha ao enviar um comunicado vago sobre a investigação ao Congresso. O comediante John Oliver, em seu popular programa na HBO resumiu o show: "Esta eleição infernal está em jogo agora porque Anthony Weiner mandou mensagens sexuais para uma menina de 15 anos. Não estamos só cavando até o fundo do poço, já chegamos ao coração da Terra!". Para o cientista político Robert Erikson, da Universidade Columbia, "os próximos dias devem ser decisivos para se medir o impacto dessa história toda nas pesquisas. Ninguém ainda sabe o que há naquele computador".
|
mundo
|
Investigação do FBI envolve 'filha' de Hillary e 'predador sexual'"Homem de meia-idade perpetuamente com tesão." Assim se definiu o ex-deputado democrata Anthony Weiner, 52, protagonista de escândalos sexuais em que mandou fotos íntimas a admiradoras pela internet. Uma investigação sobre o apelidado "predador sexual" conturbou a campanha da favorita para suceder Barack Obama na Casa Branca, Hillary Clinton. Weiner era casado até agosto com Huma Abedin, 40, chamada de "filha adotiva" por Hillary, e sua assessora pessoal há 20 anos. Na sexta (28), o FBI anunciou que uma apuração sobre e-mails entre os cônjuges pode estar ligada à investigação do uso de um servidor privado por Hillary enquanto era secretária de Estado —assunto que a candidata tenta enterrar, pela acusação de mandar material confidencial em e-mail pessoal, infringindo a lei. Não se sabe se o teor das mensagens a prejudica. Ambos têm fascinado os americanos muito antes da campanha. O ex-presidente Bill Clinton oficiou o casamento do casal. A muçulmana Huma, filha de indiano e paquistanesa que cresceu na Arábia Saudita, e o jovial político judeu de Nova York viraram dupla badalada na mídia. Mas, em 2011, numa paquera on-line com uma fã, ele acabou postando uma foto do pênis em uma rede social, quando queria enviá-la como mensagem privada. O caso virou sensação. Veio a renúncia de Weiner do cargo de deputado federal e a cara de arrependimento. Huma era vice-chefe de gabinete de Hillary no Departamento de Estado. O ex-deputado foi perdoado e era favorito para ser o novo prefeito de Nova York em 2013. Surge nova troca picante de mensagens com outra mulher e ele abandona a campanha. Huma continuou com ele —e com Hillary. No novo capítulo, Huma falou à imprensa que o tinha "perdoado" e que continuariam juntos. Outra conexão desconfortável para Hillary sobre perdão a infidelidades conjugais. Em agosto, repeteco: Weiner manda para outra mulher uma foto em close da cueca. Pior: o filho de quatro anos aparece adormecido ao lado dele na foto. A moça que recebeu a investida tem 15 anos. Agora a investigação do FBI sobre Weiner, por conta da menor envolvida, se entrelaça ao servidor de Hillary —reforçando a desconfiança e o secretismo que afetam a imagem da candidata. Por outro lado, o diretor do FBI, o republicano James Comey, foi acusado de querer interferir na campanha ao enviar um comunicado vago sobre a investigação ao Congresso. O comediante John Oliver, em seu popular programa na HBO resumiu o show: "Esta eleição infernal está em jogo agora porque Anthony Weiner mandou mensagens sexuais para uma menina de 15 anos. Não estamos só cavando até o fundo do poço, já chegamos ao coração da Terra!". Para o cientista político Robert Erikson, da Universidade Columbia, "os próximos dias devem ser decisivos para se medir o impacto dessa história toda nas pesquisas. Ninguém ainda sabe o que há naquele computador".
| 3 |
Mão coleciona gestos em espetáculo que tem dança e luz negra; veja vídeo
|
Muitas crianças colecionam carrinhos, bonecas ou figurinhas, mas você já viu alguém que coleciona gestos? Esse é o enredo de "A Mão do Meio", que será encenado pela Companhia de Danças de Diadema no dia 1º de fevereiro, no Sesc Vila Mariana. As vendas começaram na quarta-feira (21), nas bilheterias de todas as unidades do Sesc. O espetáculo conta a história de uma mão que quer descobrir e explorar o próprio corpo e, pouco a pouco, torna-se uma colecionadora de movimentos. Através de danças, sons e luzes –algumas cenas usam luz negra–, a peça explora a mímica e os gestos do cotidiano. A coreografia é de Michael Bugdahn e Denise Namura, casal que mantém uma companhia de dança em Paris, e a direção é de Ana Bottoso. "A Mão do Meio" é a segunda montagem do grupo voltada ao público infantil. Em 2010, a companhia produziu "Meio em Jogo". Veja parte do show. Veja vídeo PARA CONFERIR "A Mão do Meio" no Sesc ONDE Sesc Vila Mariana - Rua Pelotas, 141 QUANDO 1º de fevereiro, às 15h30 QUANTO ingressos de R$ 5 a R$ 17, grátis para crianças de até 12 anos Mais informações (11) 5080-3000 ou no site
|
folhinha
|
Mão coleciona gestos em espetáculo que tem dança e luz negra; veja vídeoMuitas crianças colecionam carrinhos, bonecas ou figurinhas, mas você já viu alguém que coleciona gestos? Esse é o enredo de "A Mão do Meio", que será encenado pela Companhia de Danças de Diadema no dia 1º de fevereiro, no Sesc Vila Mariana. As vendas começaram na quarta-feira (21), nas bilheterias de todas as unidades do Sesc. O espetáculo conta a história de uma mão que quer descobrir e explorar o próprio corpo e, pouco a pouco, torna-se uma colecionadora de movimentos. Através de danças, sons e luzes –algumas cenas usam luz negra–, a peça explora a mímica e os gestos do cotidiano. A coreografia é de Michael Bugdahn e Denise Namura, casal que mantém uma companhia de dança em Paris, e a direção é de Ana Bottoso. "A Mão do Meio" é a segunda montagem do grupo voltada ao público infantil. Em 2010, a companhia produziu "Meio em Jogo". Veja parte do show. Veja vídeo PARA CONFERIR "A Mão do Meio" no Sesc ONDE Sesc Vila Mariana - Rua Pelotas, 141 QUANDO 1º de fevereiro, às 15h30 QUANTO ingressos de R$ 5 a R$ 17, grátis para crianças de até 12 anos Mais informações (11) 5080-3000 ou no site
| 27 |
Serra visita Cabo Verde em primeira viagem à África como chanceler
|
O Ministério de Relações Exteriores divulgou uma nota informando que o chanceler José Serra vai realizar uma visita oficial a Cabo Verde neste sábado (28). Esta é a primeira visita do ministro à África desde que assumiu o Itamaraty, no último dia 18. Segundo a nota divulgada pelo ministério, trata-se de uma "demonstração de que as relações com o continente continuam prioritárias na política externa brasileira". Em Cabo Verde, Serra manterá reuniões de trabalho com seu homólogo, Luis Filipe Tavares, com o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva e com o presidente Jorge Carlos Fonseca. Segundo o Itamaraty,Cabo Verde é um dos grandes parceiros de cooperação brasileira, e o principal beneficiário do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G). Desde 2000, este programa possibilitou o envio de quase 3.000 estudantes de Cabo Verde a universidades brasileiras.
|
mundo
|
Serra visita Cabo Verde em primeira viagem à África como chancelerO Ministério de Relações Exteriores divulgou uma nota informando que o chanceler José Serra vai realizar uma visita oficial a Cabo Verde neste sábado (28). Esta é a primeira visita do ministro à África desde que assumiu o Itamaraty, no último dia 18. Segundo a nota divulgada pelo ministério, trata-se de uma "demonstração de que as relações com o continente continuam prioritárias na política externa brasileira". Em Cabo Verde, Serra manterá reuniões de trabalho com seu homólogo, Luis Filipe Tavares, com o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva e com o presidente Jorge Carlos Fonseca. Segundo o Itamaraty,Cabo Verde é um dos grandes parceiros de cooperação brasileira, e o principal beneficiário do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G). Desde 2000, este programa possibilitou o envio de quase 3.000 estudantes de Cabo Verde a universidades brasileiras.
| 3 |
Secretário André Sturm é vaiado em abertura de festival de cinema; assista
|
O secretário municipal de Cultura de São Paulo, André Sturm, foi intensamente vaiado na abertura do Festival de Cinema Latino Americano de São Paulo na noite desta quarta (26), no Memorial da América Latina. Chamado ao palco, ele foi vaiado por mais de 15 minutos e quase não conseguiu discursar. Sturm foi recebido por berros de "golpista" e "descongela a cultura" pelo público que lotava o pátio do Memorial da América Latina. O secretário permaneceu de braços cruzados enquanto ouvia as vaias. Organizador da mostra, Francisco César Filho tentou argumentar. "Não acho isso democrático", disse. Mas a plateia não parou de gritar, emendando o protesto com gritos "Sturm, quebra a minha a cara". O público também mostrava o dedo do meio sobre a projeção. A organização ameaçou não exibir o filme de estreia, "Corpo Elétrico", caso os protestos não parassem. Depois de 15 minutos, Sturm tomou o microfone e elogiou a trajetória do festival, mas quase não foi ouvido em meio a tantos gritos. Assista ao vídeo
|
ilustrada
|
Secretário André Sturm é vaiado em abertura de festival de cinema; assistaO secretário municipal de Cultura de São Paulo, André Sturm, foi intensamente vaiado na abertura do Festival de Cinema Latino Americano de São Paulo na noite desta quarta (26), no Memorial da América Latina. Chamado ao palco, ele foi vaiado por mais de 15 minutos e quase não conseguiu discursar. Sturm foi recebido por berros de "golpista" e "descongela a cultura" pelo público que lotava o pátio do Memorial da América Latina. O secretário permaneceu de braços cruzados enquanto ouvia as vaias. Organizador da mostra, Francisco César Filho tentou argumentar. "Não acho isso democrático", disse. Mas a plateia não parou de gritar, emendando o protesto com gritos "Sturm, quebra a minha a cara". O público também mostrava o dedo do meio sobre a projeção. A organização ameaçou não exibir o filme de estreia, "Corpo Elétrico", caso os protestos não parassem. Depois de 15 minutos, Sturm tomou o microfone e elogiou a trajetória do festival, mas quase não foi ouvido em meio a tantos gritos. Assista ao vídeo
| 1 |
Segundo turno deve consolidar triunfo do PSDB
|
JOÃO PEDRO PITOMBO DE SALVADOR No ano em que o PT deixou o governo federal com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o PSDB deve sair das urnas neste domingo (30) como protagonista nas capitas brasileiras. Os tucanos, que venceram em São Paulo e Teresina no primeiro turno, disputam o segundo turno em outras oito capitais. São favoritos em, pelo menos, quatro: Porto Alegre, Manaus, Maceió e Porto Velho. Também têm chances em Belo Horizonte e Belém, segundo pesquisas Datafolha e Ibope que apontam, respectivamente, João Leite e Zenaldo Coutinho em empate técnico com os seus adversários. Caso os candidatos que lideram as pesquisas confirmem o favoritismo, os tucanos repetirão o desempenho de 2004, melhor resultado de sua história, com a conquista de seis capitais. "O segundo turno deve consolidar uma liderança do PSDB no país, sobretudo no número de habitantes que o partido passa a governar. É um resultado que se projeta para 2018, não temos nenhuma dúvida disso", diz o deputado Sílvio Torres, secretário-geral do PSDB. Os tucanos, no primeiro turno, venceram em cidades com população conjunta de 37 milhões de habitantes e receita de R$ 136 bilhões, de longe o partido líder nesses quesitos. O PMDB, partido do presidente Michel Temer, deve sair das urnas com um resultado aquém de suas pretensões. 2º turno nas capitais - Intenções de votos válidos, em % O partido lançou candidatos em 18 capitais com o objetivo de vencer nas maiores metrópoles do país e ganhar musculatura para as eleições presidenciais de 2018. Mas não deve levar nenhuma das dez maiores capitais do país. Os peemedebistas venceram em Boa Vista no primeiro turno e são favoritos em Goiânia, Cuiabá e Florianópolis. Mas amargaram derrotas em São Paulo, no Rio de Janeiro e podem perder uma eleição que foi dada como certa em Porto Alegre. Candidatos de caciques como Jader Barbalho e Valdir Raupp perderam no primeiro turno em Belém e Porto Velho. Em Maceió, o candidato do presidente do Senado, Renan Calheiros, Cícero Almeida, chega ao fim do segundo turno atrás nas pesquisas. Entre os outros partidos da base de Temer, o PSD é o que deve ter melhor desempenho: elegeu o prefeito de João Pessoa, é favorito em Campo Grande e pode levar Curitiba. O PSB deve ter resultado semelhante: venceu em Palmas, é favorito no Recife e chega às urnas no segundo turno para uma disputa acirrada em Aracaju, onde o seu candidato é Valadares Filho. O PRB deve eleger Marcelo Crivela no Rio e o PPS, Luciano Rezende em Vitória. Já partidos como PP, PTB e SD devem sair das urnas sem nenhum gestor de capital. Professora da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Silvana Krause destaca o crescimento de partidos médios e diz que o desempenho do PSDB nas capitais não necessariamente se refletirá em capital eleitoral para 2018. "É preciso avaliar com cautela. A vitória do João Doria em São Paulo foi fenômeno que vai além do eleitorado tradicional tucano. E uma possível derrota em Belo Horizonte vai demonstrar uma fragilidade do Aécio Neves e do PSDB em Minas", afirma. OPOSIÇÃO Os partidos de oposição a Temer tendem a sair das urnas enfraquecidos. O PT, que chegou a eleger oito prefeitos de capital em 2004, primeira eleição municipal com Lula na Presidência, deve ficar apenas com Rio Branco (AC). O partido disputa o segundo turno no Recife, mas pesquisas apontam para a reeleição de Geraldo Júlio (PSB). O PDT venceu em Natal e deve levar Fortaleza, com a reeleição de Roberto Cláudio, apoiado pelos ex-governadores Cid e Ciro Gomes. O partido ainda tem chance de reeleger o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda, apoiado pelo governador Flávio Dino (PCdoB). Mas Eduardo Braide (PMN) chega às urnas como favorito. O PCdoB tem chance em Aracaju, com o ex-prefeito Edvaldo Nogueira, mas também chega à eleição atrás. Partidos que atuam conjuntamente no Congresso Nacional, a Rede Sustentabilidade e o PSOL vivem cenários distintos. O partido da ex-senadora Marina Silva chega como favorito em Macapá para reeleger o prefeito Clécio Luis. O PSOL tem chances em Belém.
|
poder
|
Segundo turno deve consolidar triunfo do PSDBJOÃO PEDRO PITOMBO DE SALVADOR No ano em que o PT deixou o governo federal com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o PSDB deve sair das urnas neste domingo (30) como protagonista nas capitas brasileiras. Os tucanos, que venceram em São Paulo e Teresina no primeiro turno, disputam o segundo turno em outras oito capitais. São favoritos em, pelo menos, quatro: Porto Alegre, Manaus, Maceió e Porto Velho. Também têm chances em Belo Horizonte e Belém, segundo pesquisas Datafolha e Ibope que apontam, respectivamente, João Leite e Zenaldo Coutinho em empate técnico com os seus adversários. Caso os candidatos que lideram as pesquisas confirmem o favoritismo, os tucanos repetirão o desempenho de 2004, melhor resultado de sua história, com a conquista de seis capitais. "O segundo turno deve consolidar uma liderança do PSDB no país, sobretudo no número de habitantes que o partido passa a governar. É um resultado que se projeta para 2018, não temos nenhuma dúvida disso", diz o deputado Sílvio Torres, secretário-geral do PSDB. Os tucanos, no primeiro turno, venceram em cidades com população conjunta de 37 milhões de habitantes e receita de R$ 136 bilhões, de longe o partido líder nesses quesitos. O PMDB, partido do presidente Michel Temer, deve sair das urnas com um resultado aquém de suas pretensões. 2º turno nas capitais - Intenções de votos válidos, em % O partido lançou candidatos em 18 capitais com o objetivo de vencer nas maiores metrópoles do país e ganhar musculatura para as eleições presidenciais de 2018. Mas não deve levar nenhuma das dez maiores capitais do país. Os peemedebistas venceram em Boa Vista no primeiro turno e são favoritos em Goiânia, Cuiabá e Florianópolis. Mas amargaram derrotas em São Paulo, no Rio de Janeiro e podem perder uma eleição que foi dada como certa em Porto Alegre. Candidatos de caciques como Jader Barbalho e Valdir Raupp perderam no primeiro turno em Belém e Porto Velho. Em Maceió, o candidato do presidente do Senado, Renan Calheiros, Cícero Almeida, chega ao fim do segundo turno atrás nas pesquisas. Entre os outros partidos da base de Temer, o PSD é o que deve ter melhor desempenho: elegeu o prefeito de João Pessoa, é favorito em Campo Grande e pode levar Curitiba. O PSB deve ter resultado semelhante: venceu em Palmas, é favorito no Recife e chega às urnas no segundo turno para uma disputa acirrada em Aracaju, onde o seu candidato é Valadares Filho. O PRB deve eleger Marcelo Crivela no Rio e o PPS, Luciano Rezende em Vitória. Já partidos como PP, PTB e SD devem sair das urnas sem nenhum gestor de capital. Professora da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Silvana Krause destaca o crescimento de partidos médios e diz que o desempenho do PSDB nas capitais não necessariamente se refletirá em capital eleitoral para 2018. "É preciso avaliar com cautela. A vitória do João Doria em São Paulo foi fenômeno que vai além do eleitorado tradicional tucano. E uma possível derrota em Belo Horizonte vai demonstrar uma fragilidade do Aécio Neves e do PSDB em Minas", afirma. OPOSIÇÃO Os partidos de oposição a Temer tendem a sair das urnas enfraquecidos. O PT, que chegou a eleger oito prefeitos de capital em 2004, primeira eleição municipal com Lula na Presidência, deve ficar apenas com Rio Branco (AC). O partido disputa o segundo turno no Recife, mas pesquisas apontam para a reeleição de Geraldo Júlio (PSB). O PDT venceu em Natal e deve levar Fortaleza, com a reeleição de Roberto Cláudio, apoiado pelos ex-governadores Cid e Ciro Gomes. O partido ainda tem chance de reeleger o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda, apoiado pelo governador Flávio Dino (PCdoB). Mas Eduardo Braide (PMN) chega às urnas como favorito. O PCdoB tem chance em Aracaju, com o ex-prefeito Edvaldo Nogueira, mas também chega à eleição atrás. Partidos que atuam conjuntamente no Congresso Nacional, a Rede Sustentabilidade e o PSOL vivem cenários distintos. O partido da ex-senadora Marina Silva chega como favorito em Macapá para reeleger o prefeito Clécio Luis. O PSOL tem chances em Belém.
| 0 |
Pensei que Nobel de literatura era 'fake news', diz Kazuo Ishiguro
|
O escritor nipo-britânico Kazuo Ishiguro, anunciado na manhã desta quinta (5) como o ganhador do prêmio Nobel de literatura, disse ter pensado que a notícia era "fake news" —uma das notícias falsas que costumam circular pela internet. Ele deu a declaração em uma entrevista à imprensa, em sua casa, em Londres, na manhã desta quinta. Ele foi avisado por sua agência literária da premiação. "Pensei que era boato", afirmou, sentado em um banco no seu quintal. "Uma hora, uma moça muito gentil da Suécia me ligou e perguntou, antes de tudo, se eu aceitaria o prêmio. Fiquei surpreso com como eles [da Academia Sueca] foram modestos. Era como se eles estivessem me convidando para uma festa e tivessem medo que eu recusasse o convite."
|
ilustrada
|
Pensei que Nobel de literatura era 'fake news', diz Kazuo IshiguroO escritor nipo-britânico Kazuo Ishiguro, anunciado na manhã desta quinta (5) como o ganhador do prêmio Nobel de literatura, disse ter pensado que a notícia era "fake news" —uma das notícias falsas que costumam circular pela internet. Ele deu a declaração em uma entrevista à imprensa, em sua casa, em Londres, na manhã desta quinta. Ele foi avisado por sua agência literária da premiação. "Pensei que era boato", afirmou, sentado em um banco no seu quintal. "Uma hora, uma moça muito gentil da Suécia me ligou e perguntou, antes de tudo, se eu aceitaria o prêmio. Fiquei surpreso com como eles [da Academia Sueca] foram modestos. Era como se eles estivessem me convidando para uma festa e tivessem medo que eu recusasse o convite."
| 1 |
Níveis de obesidade e sobrepeso no Brasil são preocupantes, diz ONU
|
O Brasil registrou nos últimos anos um aumento nos índices de obesidade e sobrepeso, condição que já atinge mais da metade da população e que representa uma tendência mais premente que a desnutrição, apontou um relatório divulgado nesta terça-feira (24). "Ao mesmo tempo em que o Brasil conseguiu superar a fome –alcançando níveis inferiores a 5% desde 2014, quando o país saiu do mapa da fome da ONU–, vêm aumentando nos últimos anos os índices de sobrepeso e obesidade", afirmou o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic, citado por um comunicado das Nações Unidas sobre o relatório. "Essa situação gera impactos importantes na saúde e deve ser um tema prioritário nas agendas das famílias e das autoridades", acrescentou Bojanic. O sobrepeso entre adultos brasileiros passou de 51,1% em 2010 para 54,1% em 2014, de acordo com um relatório sobre segurança alimentar na América Latina realizado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS). O documento aponta a mesma tendência em relação à obesidade, que passou de 17,8% da população adulta em 2010 para 20% em 2014, com uma maior prevalência entre as mulheres, de 22,7%. Assim como no Brasil, o sobrepeso afeta mais da metade dos adultos na maioria dos países da América Latina e o Caribe, como Chile (63%) e México (64%). Em média, 58% da população da região está acima do peso. De acordo com o relatório, a tendência de sobrepeso e obesidade em crianças menores de cinco anos vem mostrando um aumento constante nas últimas décadas em toda a região. No Brasil, estima-se que 7,3% das crianças dessa faixa etária estão acima do peso, sendo as meninas as mais afetadas, com 7,7%. PADRÕES ALIMENTARES Um dos motores do aumento do sobrepeso na América Latina é cultural, e diz respeito a uma mudança generalizada nos padrões de consumo, afirma o relatório. Segundo o texto, muitas famílias vêm trocando os pratos tradicionais, preparados em casa com alimentos frescos, por alimentos ultraprocessados e de baixa qualidade nutricional, com alto conteúdo de açúcares, sódio e gorduras. Nos últimos anos, porém, esta tendência foi acelerada pela queda do crescimento econômico na região, o desemprego e o aumento da inflação. O Brasil foi onde a perda de poder aquisitivo das famílias se mostrou mais acentuada, com uma queda de 3,3% do valor do salário médio real em 2015. "O aumento do desemprego" –que no Brasil passou de 8% em 2013 para 9,3% em 2015– "põe em risco a segurança alimentar e nutricional das famílias", destaca o relatório. O comunicado das Nações Unidas aponta que, para combater essa realidade, deve-se adotar sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis que unam agricultura, alimentação, nutrição e saúde. "É necessário fomentar a produção sustentável de alimentos frescos, seguros e nutritivos, garantir a oferta, a diversidade e o acesso, principalmente da população mais vulnerável", afirma o texto, acrescentando que isso "deve ser complementado com educação nutricional e advertências para os consumidores sobre a composição nutricional dos alimentos".
|
equilibrioesaude
|
Níveis de obesidade e sobrepeso no Brasil são preocupantes, diz ONUO Brasil registrou nos últimos anos um aumento nos índices de obesidade e sobrepeso, condição que já atinge mais da metade da população e que representa uma tendência mais premente que a desnutrição, apontou um relatório divulgado nesta terça-feira (24). "Ao mesmo tempo em que o Brasil conseguiu superar a fome –alcançando níveis inferiores a 5% desde 2014, quando o país saiu do mapa da fome da ONU–, vêm aumentando nos últimos anos os índices de sobrepeso e obesidade", afirmou o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic, citado por um comunicado das Nações Unidas sobre o relatório. "Essa situação gera impactos importantes na saúde e deve ser um tema prioritário nas agendas das famílias e das autoridades", acrescentou Bojanic. O sobrepeso entre adultos brasileiros passou de 51,1% em 2010 para 54,1% em 2014, de acordo com um relatório sobre segurança alimentar na América Latina realizado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS). O documento aponta a mesma tendência em relação à obesidade, que passou de 17,8% da população adulta em 2010 para 20% em 2014, com uma maior prevalência entre as mulheres, de 22,7%. Assim como no Brasil, o sobrepeso afeta mais da metade dos adultos na maioria dos países da América Latina e o Caribe, como Chile (63%) e México (64%). Em média, 58% da população da região está acima do peso. De acordo com o relatório, a tendência de sobrepeso e obesidade em crianças menores de cinco anos vem mostrando um aumento constante nas últimas décadas em toda a região. No Brasil, estima-se que 7,3% das crianças dessa faixa etária estão acima do peso, sendo as meninas as mais afetadas, com 7,7%. PADRÕES ALIMENTARES Um dos motores do aumento do sobrepeso na América Latina é cultural, e diz respeito a uma mudança generalizada nos padrões de consumo, afirma o relatório. Segundo o texto, muitas famílias vêm trocando os pratos tradicionais, preparados em casa com alimentos frescos, por alimentos ultraprocessados e de baixa qualidade nutricional, com alto conteúdo de açúcares, sódio e gorduras. Nos últimos anos, porém, esta tendência foi acelerada pela queda do crescimento econômico na região, o desemprego e o aumento da inflação. O Brasil foi onde a perda de poder aquisitivo das famílias se mostrou mais acentuada, com uma queda de 3,3% do valor do salário médio real em 2015. "O aumento do desemprego" –que no Brasil passou de 8% em 2013 para 9,3% em 2015– "põe em risco a segurança alimentar e nutricional das famílias", destaca o relatório. O comunicado das Nações Unidas aponta que, para combater essa realidade, deve-se adotar sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis que unam agricultura, alimentação, nutrição e saúde. "É necessário fomentar a produção sustentável de alimentos frescos, seguros e nutritivos, garantir a oferta, a diversidade e o acesso, principalmente da população mais vulnerável", afirma o texto, acrescentando que isso "deve ser complementado com educação nutricional e advertências para os consumidores sobre a composição nutricional dos alimentos".
| 8 |
Sem tumulto, galinhada de Alex Atala atraiu fãs do chef à praça Roosevelt
|
Três anos depois de provocar tumulto no Minhocão, a famosa galinhada de Alex Atala, desta vez na praça Roosevelt, atraiu fãs do chef, mas com poucas filas. Ele disse à Folha que erros da primeira vez ajudaram a evitar problemas agora. "A trombada que aconteceu na outra Virada deixou clara a demanda por eventos de comida de rua", diz o chef do D.O.M., responsável pelos eventos de gastronomia na Virada deste ano. "Em uma cidade como São Paulo, a comida tem que ser protagonista." Virada Cultural toma ruas de SP com mais de 1.500 atrações; veja destaques Atala também disse que se continuar envolvido com a Virada tentará incluir outros pratos além da galinhada no evento, mas frisou que a escolha do prato se deu por ele ser "folclórico e democrático". Além da barraca de Atala, a única com fila de até 70 pessoas, a Roosevelt abrigava outras dez tendas, entre elas as dos restaurantes Dona Onça e Consulado Mineiro. Nem mesmo um homem vestido de galinha pôde ofuscar Atala, que tirava fotos com fãs. Anderson Luís Pereira dos Santos, 36, era o fantasiado contratado pelo Santa Ana Bistrô, mas não foi capaz de desviar o fluxo do chef famoso para a sua barraca. A publicitária Jaqueline Asmir, 24, comemorava o feito de conseguir um prato da galinhada de Atala. "Escolhi porque ele é o nono melhor do mundo", dizia. "Estou me sentindo muito rica!", brincou, ao dar a primeira garfada na caixinha com a comida.
|
ilustrada
|
Sem tumulto, galinhada de Alex Atala atraiu fãs do chef à praça RooseveltTrês anos depois de provocar tumulto no Minhocão, a famosa galinhada de Alex Atala, desta vez na praça Roosevelt, atraiu fãs do chef, mas com poucas filas. Ele disse à Folha que erros da primeira vez ajudaram a evitar problemas agora. "A trombada que aconteceu na outra Virada deixou clara a demanda por eventos de comida de rua", diz o chef do D.O.M., responsável pelos eventos de gastronomia na Virada deste ano. "Em uma cidade como São Paulo, a comida tem que ser protagonista." Virada Cultural toma ruas de SP com mais de 1.500 atrações; veja destaques Atala também disse que se continuar envolvido com a Virada tentará incluir outros pratos além da galinhada no evento, mas frisou que a escolha do prato se deu por ele ser "folclórico e democrático". Além da barraca de Atala, a única com fila de até 70 pessoas, a Roosevelt abrigava outras dez tendas, entre elas as dos restaurantes Dona Onça e Consulado Mineiro. Nem mesmo um homem vestido de galinha pôde ofuscar Atala, que tirava fotos com fãs. Anderson Luís Pereira dos Santos, 36, era o fantasiado contratado pelo Santa Ana Bistrô, mas não foi capaz de desviar o fluxo do chef famoso para a sua barraca. A publicitária Jaqueline Asmir, 24, comemorava o feito de conseguir um prato da galinhada de Atala. "Escolhi porque ele é o nono melhor do mundo", dizia. "Estou me sentindo muito rica!", brincou, ao dar a primeira garfada na caixinha com a comida.
| 1 |
O dia em que Zito apresentou um campeão do mundo a Robinho
|
Santos, 21 de agosto de 2005. A Vila Belmiro se prepara para uma grande festa. Que nada tem a ver com o Figueirense, adversário do time da casa naquela tarde de domingo. Toda a badalação é para um garoto de 21 anos que está indo embora para a Europa, vendido por US$ 30 milhões para o estelar Real Madrid, comandado por Vanderlei Luxemburgo. Poucas horas antes do jogo, no hotel Parque Balneário, onde a equipe se concentra, todos querem ver Robinho. Acompanhado de amigos santistas, eu acabo por entrar no andar onde estavam os jogadores, levado por ninguém menos que Dino Sani. Ídolo no Brasil e na Itália, Dino Sani é daqueles personagens que encarnam várias passagens lendárias do futebol. Em um desses episódios, antes do terceiro jogo do Brasil na Copa de 1958, contra a União Soviética, ele se contundiu e cedeu o lugar no meio-campo a Zito. Com Zito, foram também escalados outros dois jogadores: Pelé e Garrincha. Nenhum deles sairia mais nem do time titular nem da história. Pois naquela tarde Dino Sani estava em Santos reencontrando seu velho companheiro do Mundial da Suécia. Zito era um dos dirigentes do clube, respeitado pelo trabalho nas categorias de base, onde revelava gente como Robinho. Os dois veteranos da Copa de 1958 conversavam numa rodinha num canto do hotel quando Robinho passou batido, entretido com alguma coisa –a memória não me entrega se ele falava ao celular ou ouvia música. Foi naquele momento que entendi muito do que havia lido sobre Zito. Sua famosa capacidade de impor respeito, a autoridade que recebia do técnico para mudar o time dentro de campo, a fama de ser o homem com coragem para dar broncas em Pelé. Ele chamou a atenção de Robinho, e a estrela do dia se dirigiu à rodinha. As palavras que se seguiram nunca mais saíram da minha cabeça. "Não vai cumprimentá-lo?", Zito perguntou ao atacante, apontando Dino Sani. "Quem é ele?", devolveu Robinho do alto da nuvem que parecia cercá-lo naquele dia. Zito respondeu demarcando o chão: "Ele é uma coisa que você não é e não sei se vai ser algum dia: campeão do mundo". Nos dez anos que se passaram desde aquele diálogo, Robinho jogou duas Copas do Mundo, sem chegar nem à semifinal.
|
esporte
|
O dia em que Zito apresentou um campeão do mundo a RobinhoSantos, 21 de agosto de 2005. A Vila Belmiro se prepara para uma grande festa. Que nada tem a ver com o Figueirense, adversário do time da casa naquela tarde de domingo. Toda a badalação é para um garoto de 21 anos que está indo embora para a Europa, vendido por US$ 30 milhões para o estelar Real Madrid, comandado por Vanderlei Luxemburgo. Poucas horas antes do jogo, no hotel Parque Balneário, onde a equipe se concentra, todos querem ver Robinho. Acompanhado de amigos santistas, eu acabo por entrar no andar onde estavam os jogadores, levado por ninguém menos que Dino Sani. Ídolo no Brasil e na Itália, Dino Sani é daqueles personagens que encarnam várias passagens lendárias do futebol. Em um desses episódios, antes do terceiro jogo do Brasil na Copa de 1958, contra a União Soviética, ele se contundiu e cedeu o lugar no meio-campo a Zito. Com Zito, foram também escalados outros dois jogadores: Pelé e Garrincha. Nenhum deles sairia mais nem do time titular nem da história. Pois naquela tarde Dino Sani estava em Santos reencontrando seu velho companheiro do Mundial da Suécia. Zito era um dos dirigentes do clube, respeitado pelo trabalho nas categorias de base, onde revelava gente como Robinho. Os dois veteranos da Copa de 1958 conversavam numa rodinha num canto do hotel quando Robinho passou batido, entretido com alguma coisa –a memória não me entrega se ele falava ao celular ou ouvia música. Foi naquele momento que entendi muito do que havia lido sobre Zito. Sua famosa capacidade de impor respeito, a autoridade que recebia do técnico para mudar o time dentro de campo, a fama de ser o homem com coragem para dar broncas em Pelé. Ele chamou a atenção de Robinho, e a estrela do dia se dirigiu à rodinha. As palavras que se seguiram nunca mais saíram da minha cabeça. "Não vai cumprimentá-lo?", Zito perguntou ao atacante, apontando Dino Sani. "Quem é ele?", devolveu Robinho do alto da nuvem que parecia cercá-lo naquele dia. Zito respondeu demarcando o chão: "Ele é uma coisa que você não é e não sei se vai ser algum dia: campeão do mundo". Nos dez anos que se passaram desde aquele diálogo, Robinho jogou duas Copas do Mundo, sem chegar nem à semifinal.
| 4 |
Seis ônibus são alvos de ataques na zona oeste de São Paulo
|
Ao menos um ônibus foi incendiado e outros cinco depredados na rodovia Raposo Tavares, na região do Jardim Bonfiglioli, zona oeste de São Paulo, na noite de quarta-feira (1º). Nenhum suspeito de participar dos ataques foi preso. Segundo a PRE (Polícia Rodoviária Estadual), o grupo invadiu a rodovia, próximo ao km 15, e começou a jogar pedras contra carros e ônibus que seguiam pela pista no sentido São Paulo. Motoristas conseguiram furar o bloqueio e fugir, mas um ônibus da Viação Osasco foi parado pelos vândalos. Eles obrigaram todos a desembarcarem do coletivo, jogaram combustível e atearam fogo. O veículo ficou destruído. Após a ação, o grupo depredou outros cinco coletivos da Viação Transpass que passavam pelo local. A empresa informou que os ônibus circulam normalmente nesta quinta-feira (2). Com a chegada da PRE, o grupo se dispersou e nenhum suspeito foi preso. Também não há informações de feridos. Os ataques aos ônibus ocorreram após um suspeito de roubo ter sido morto por policiais militares em uma rua próxima ao Shopping Raposo.
|
cotidiano
|
Seis ônibus são alvos de ataques na zona oeste de São PauloAo menos um ônibus foi incendiado e outros cinco depredados na rodovia Raposo Tavares, na região do Jardim Bonfiglioli, zona oeste de São Paulo, na noite de quarta-feira (1º). Nenhum suspeito de participar dos ataques foi preso. Segundo a PRE (Polícia Rodoviária Estadual), o grupo invadiu a rodovia, próximo ao km 15, e começou a jogar pedras contra carros e ônibus que seguiam pela pista no sentido São Paulo. Motoristas conseguiram furar o bloqueio e fugir, mas um ônibus da Viação Osasco foi parado pelos vândalos. Eles obrigaram todos a desembarcarem do coletivo, jogaram combustível e atearam fogo. O veículo ficou destruído. Após a ação, o grupo depredou outros cinco coletivos da Viação Transpass que passavam pelo local. A empresa informou que os ônibus circulam normalmente nesta quinta-feira (2). Com a chegada da PRE, o grupo se dispersou e nenhum suspeito foi preso. Também não há informações de feridos. Os ataques aos ônibus ocorreram após um suspeito de roubo ter sido morto por policiais militares em uma rua próxima ao Shopping Raposo.
| 6 |
Dólar sobe pelo terceiro dia, diante de cautela com juro americano
|
O dólar voltou a subir nesta quarta-feira (20), com os investidores à espera da divulgação da ata do Fomc (comitê de política monetária do banco central americano), às 15h (de Brasília), em busca de sinalizações sobre quando a autoridade monetária dos Estados Unidos começará a subir os juros naquele país. Às 11h30, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha valorização de 0,62% sobre o real, cotado em R$ 3,038 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, usado no comércio exterior, operava praticamente estável, com ligeira baixa de 0,06%, para R$ 3,039. A avaliação de operadores é que a moeda americana deverá manter a trajetória de alta, caso as expectativas sobre o documento do Fomc se confirmem. O mercado ainda está dividido em relação a quando a autoridade americana aumentará os juros nos EUA, especialmente porque os resultados dos indicadores econômicos naquele país têm sido mistos. Uma alta do juro americano deixaria os títulos do Tesouro dos EUA -que são remunerados por essa taxa e considerados de baixíssimo risco- mais atraentes do que aplicações em mercados emergentes, provocando uma saída de recursos dessas economias. A menor oferta de dólares tenderia a pressionar a cotação da moeda americana para cima. A Fed Funds Rate (taxa de juro americana) está em seu menor patamar histórico desde 2008, entre 0% e 0,25%, numa medida do Fed (BC dos EUA) para tentar amenizar os efeitos negativos da crise financeira. Internamente, o otimismo em relação ao ajuste fiscal ameniza um pouco a valorização do dólar. A Câmara dos Deputados aprovou na véspera o texto-base da medida provisória 668, que eleva as alíquotas de PIS e Cofins para produtos importados. Outros destaques da MP devem ser analisados nesta quarta-feira. Somente após a análise da emendas, a matéria será encaminhada para apreciação do Senado Federal. As atuações do Banco Central do Brasil no mercado de câmbio também seguem no radar dos investidores. Nesta quarta, a autoridade monetária brasileira vai rolar para 2016 os vencimentos de 8,1 mil contratos que estão previstos para o início de junho, em um leilão que pode movimentar até US$ 400 milhões. A operação é equivalente à venda futura de dólares. Se mantiver esse ritmo até o final de maio, o BC rolará apenas 80% do lote total de contratos de swap com vencimento no início do próximo mês, que corresponde a US$ 9,656 bilhões. Nos meses anteriores, a rolagem estava sendo de 100% dos contratos. BOLSA EM BAIXA No mercado de ações, o principal índice da Bolsa brasileira opera em queda nesta quarta-feira, influenciado pelas ações de bancos, que têm desvalorização de mais de 1%, e da mineradora Vale. Às 11h30, o Ibovespa cedia 0,43%, para 55.257 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 900 milhões. O índice fechou os últimos dois pregões no vermelho, influenciado pelo tombo de mais de 8% das ações da Petrobras no período. Nesta quarta, os papéis da estatal continuam em baixa, embora um pouco mais amena. Às 11h30, os preferenciais, sem direito a voto, cediam 0,46%, para R$ 12,85 cada um. Já os ordinários, com direito a voto, mostravam ligeiro recuo de 0,07%, para R$ 13,74. Na véspera, ambos caíram mais de 6% cada um. Entre os bancos, o Itaú perdia 1,10%, para R$ 36,75, enquanto a ação preferencial do Bradesco sofria baixa de 1,57%, para R$ 30,54. Os bancos são o setor com maior peso dentro do Ibovespa. A Vale via seu papel preferencial ceder 1,06%, para R$ 16,71. A mineradora brasileira tem sofrido com a baixa nos preços do minério de ferro negociado no mercado à vista da China, que é o principal destino de suas exportações. Com Reuters
|
mercado
|
Dólar sobe pelo terceiro dia, diante de cautela com juro americanoO dólar voltou a subir nesta quarta-feira (20), com os investidores à espera da divulgação da ata do Fomc (comitê de política monetária do banco central americano), às 15h (de Brasília), em busca de sinalizações sobre quando a autoridade monetária dos Estados Unidos começará a subir os juros naquele país. Às 11h30, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha valorização de 0,62% sobre o real, cotado em R$ 3,038 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, usado no comércio exterior, operava praticamente estável, com ligeira baixa de 0,06%, para R$ 3,039. A avaliação de operadores é que a moeda americana deverá manter a trajetória de alta, caso as expectativas sobre o documento do Fomc se confirmem. O mercado ainda está dividido em relação a quando a autoridade americana aumentará os juros nos EUA, especialmente porque os resultados dos indicadores econômicos naquele país têm sido mistos. Uma alta do juro americano deixaria os títulos do Tesouro dos EUA -que são remunerados por essa taxa e considerados de baixíssimo risco- mais atraentes do que aplicações em mercados emergentes, provocando uma saída de recursos dessas economias. A menor oferta de dólares tenderia a pressionar a cotação da moeda americana para cima. A Fed Funds Rate (taxa de juro americana) está em seu menor patamar histórico desde 2008, entre 0% e 0,25%, numa medida do Fed (BC dos EUA) para tentar amenizar os efeitos negativos da crise financeira. Internamente, o otimismo em relação ao ajuste fiscal ameniza um pouco a valorização do dólar. A Câmara dos Deputados aprovou na véspera o texto-base da medida provisória 668, que eleva as alíquotas de PIS e Cofins para produtos importados. Outros destaques da MP devem ser analisados nesta quarta-feira. Somente após a análise da emendas, a matéria será encaminhada para apreciação do Senado Federal. As atuações do Banco Central do Brasil no mercado de câmbio também seguem no radar dos investidores. Nesta quarta, a autoridade monetária brasileira vai rolar para 2016 os vencimentos de 8,1 mil contratos que estão previstos para o início de junho, em um leilão que pode movimentar até US$ 400 milhões. A operação é equivalente à venda futura de dólares. Se mantiver esse ritmo até o final de maio, o BC rolará apenas 80% do lote total de contratos de swap com vencimento no início do próximo mês, que corresponde a US$ 9,656 bilhões. Nos meses anteriores, a rolagem estava sendo de 100% dos contratos. BOLSA EM BAIXA No mercado de ações, o principal índice da Bolsa brasileira opera em queda nesta quarta-feira, influenciado pelas ações de bancos, que têm desvalorização de mais de 1%, e da mineradora Vale. Às 11h30, o Ibovespa cedia 0,43%, para 55.257 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 900 milhões. O índice fechou os últimos dois pregões no vermelho, influenciado pelo tombo de mais de 8% das ações da Petrobras no período. Nesta quarta, os papéis da estatal continuam em baixa, embora um pouco mais amena. Às 11h30, os preferenciais, sem direito a voto, cediam 0,46%, para R$ 12,85 cada um. Já os ordinários, com direito a voto, mostravam ligeiro recuo de 0,07%, para R$ 13,74. Na véspera, ambos caíram mais de 6% cada um. Entre os bancos, o Itaú perdia 1,10%, para R$ 36,75, enquanto a ação preferencial do Bradesco sofria baixa de 1,57%, para R$ 30,54. Os bancos são o setor com maior peso dentro do Ibovespa. A Vale via seu papel preferencial ceder 1,06%, para R$ 16,71. A mineradora brasileira tem sofrido com a baixa nos preços do minério de ferro negociado no mercado à vista da China, que é o principal destino de suas exportações. Com Reuters
| 2 |
Moro decreta prisão preventiva de lobista ligado ao PMDB
|
O juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, transformou nesta sexta-feira (25) a prisão temporária do lobista ligado ao PMDB, João Augusto Rezende Henriques, em preventiva, portanto sem prazo para ser libertado. O Ministério Público Federal já havia pedido a prisão preventiva de Henriques na última fase da Operação Lava Jato, mas Moro só permitiu a prisão temporária na ocasião. O engenheiro é acusado de ser operador do partido na diretoria Internacional da Petrobras. Ele foi preso temporariamente na última segunda (21). Um dos delatores da Lava Jato, Eduardo Musa, disse que Henriques era ligado ao PMDB e atribuía a si a indicação de Jorge Zelada ao posto de diretor. O lobista teria dito a Musa que a palavra final cabia ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Moro citou a existência de contas secretas no exterior como um dos motivos para decretar a preventiva. "O acusado vinha mantendo escondida a própria existência de contas secretas no exterior e nas quais manteria ativos decorrentes de pagamentos de propinas. Apenas a busca e apreensão realizada no dia 21/09 revelou a existência dessas contas, em seguida parcialmente admitida pelo acusado", diz o despacho do juiz.
|
poder
|
Moro decreta prisão preventiva de lobista ligado ao PMDBO juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, transformou nesta sexta-feira (25) a prisão temporária do lobista ligado ao PMDB, João Augusto Rezende Henriques, em preventiva, portanto sem prazo para ser libertado. O Ministério Público Federal já havia pedido a prisão preventiva de Henriques na última fase da Operação Lava Jato, mas Moro só permitiu a prisão temporária na ocasião. O engenheiro é acusado de ser operador do partido na diretoria Internacional da Petrobras. Ele foi preso temporariamente na última segunda (21). Um dos delatores da Lava Jato, Eduardo Musa, disse que Henriques era ligado ao PMDB e atribuía a si a indicação de Jorge Zelada ao posto de diretor. O lobista teria dito a Musa que a palavra final cabia ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Moro citou a existência de contas secretas no exterior como um dos motivos para decretar a preventiva. "O acusado vinha mantendo escondida a própria existência de contas secretas no exterior e nas quais manteria ativos decorrentes de pagamentos de propinas. Apenas a busca e apreensão realizada no dia 21/09 revelou a existência dessas contas, em seguida parcialmente admitida pelo acusado", diz o despacho do juiz.
| 0 |
Robôs e códigos de barra ajudam a evitar erros e desperdício de remédios
|
No terceiro subsolo de um hospital paulistano, Menina empacota cada unidade de comprimido ou ampola e aplica um código de barra. Depois envia o remédio ao setor em que está o paciente a quem ele foi prescrito. Por hora, ela é capaz de processar 453 unidades. Num mês, mais de 320 mil. Menina é PillPick, um dos dois robôs de um sistema de R$ 8 milhões que gerencia remédios e suprimentos no Sírio Libanês, no centro de SP. O outro é BoxPicker. Quando os 462 pacientes internados precisam de xarope, gotas ou pomadas, ele os localiza no estoque e libera na quantidade indicada. Para a equipe da farmácia central, ele é o Menino, porque "só pega e guarda" -já Menina "é capaz de fazer várias coisas ao mesmo tempo". Quando o remédio chegar ao quarto, será preciso escanear o código de barras do remédio, a pulseira de identificação do paciente e o crachá do auxiliar de enfermagem. Esse controle desde a caixa de medicamento até o paciente, chamado de beira-leito, é a etapa mais completa de um conjunto de máquinas, softwares e processos que evita perdas de remédio e insumos. Sem ele, o desperdício pode chegar a 20%, segundo a consultoria McKinsey. A economia pode representar 1,4% do faturamento, segundo a mesma consultoria. Num hospital de 200 leitos no Brasil sem unidade de oncologia, empresas do setor calculam uma economia anual de R$ 2,9 milhões. REDE PÚBLICA O impacto é ainda maior nas redes públicas: 4 em cada 10 hospitais pesquisados pelo TCU em 2014 relatam desperdício de remédios por má gestão ou negligência. Como o processo de compra é mais complexo e lento, é preciso formar estoques para muitos meses, o que também amplia as perdas por prazo de validade vencido, manipulação errada e furto. Redes de saúde estaduais e municipais, que podem ganhar com a escala -em vez de dez operações para 50 leitos cada, fazem apenas uma para os 500-, são outro cliente promissor para o serviço terceirizado de logística. Com alta regulação, forte investimento em tecnologia, sistema de segurança complexo e, principalmente, necessidade de know-how, o segmento tem "só uma meia dúzia" de empresas, diz Mayuli Fonseca, diretora de novos negócios da UniHealth, uma das maiores no país. Os fornecedores de soluções costumam ser grupos que ganharam experiência com logística para a indústria farmacêutica. Com o crescimento da competição no setor de transportes, eles encontraram uma opção mais especializada e mais lucrativa na logística hospitalar. A UniHealth vendeu sua transportadora e hoje opera só com soluções, para cem clientes. As concorrentes ainda conciliam as duas atividades, como a RV Ímola, que controla remédios e insumos para 5 de seus 80 clientes Um deles é o hospital estadual de Vila Penteado (SP), com 198 leitos, que ganhou eficiência e agilidade, segundo o chefe da farmácia, Celso Vicente de Almeida. Segundo a McKinsey, a digitalização economiza até 40% das horas de trabalho das equipes técnicas, o que permite ao hospital concentrar profissionais nos atendimentos a pacientes. Boa parte desse tempo era perdida com recalls de produtos feitos pela Anvisa -segundo a agência, todos os dias há suspensão provisória ou definitiva de lotes de produtos ligados a saúde. Com o controle digital, é possível saber exatamente onde está cada lote e, dependendo do caso, acompanhar pacientes que tenham recebido os medicamentos. MENOS ERROS Para os pacientes, o benefício mais relevante é que os controles digitais reduzem os erros de medicação, que não são incomuns. Podem ocorrer em até 80% dos procedimentos, segundo pesquisa da Northwestern University, de 2002, e afetar 20% dos pacientes, segundo a McKinsey. Há pelo menos 12 tipos de falhas identificadas por vários estudos médicos: receitas erradas ou mal interpretadas, falta de prevenção a alergias ou interação medicamentosa, dosagens maiores ou menores, dadas em horário incorreto, por menos ou mais tempo que o prescrito. Remédios ministrados na hora errada são o erro mais comum, e o sistema beira-leito -que registra quem foi o auxiliar de enfermagem que deu o remédio ao paciente- faz essa falha cair em 90%, segundo a UniHealth. [REDUÇÃO ESTIMADA EM ERROS DE MEDICAÇÃO ] - Pacientes que deixam de ser afetados após maior controle, por ano Não é necessário, porém, que o rastreamento dos remédios até o paciente seja digital para que o hospital receba um selo de qualidade das entidades acreditadoras. O Brasil tem hoje 131 instituições particulares e públicas com notas máximas nas acreditações, segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde). Contam-se nos dedos das mãos, porém, os que implantaram o sistema completo. Um dos principais hospitais do país, por exemplo, o Albert Einstein (São Paulo), é acreditado desde 1998, mesmo sem beira-leito -que planeja implantar até o final deste ano- ou separação robotizada -prevista para 2017. "O que se ganha com a informatização é agilidade", diz Nilson Malta, gerente de automação da instituição, que desde 2005 controla digitalmente o estoque de remédios. O hospital também investirá nos crachás com chip e trocará todo o sistema de prontuário eletrônico, com investimento total de R$ 180 milhões. A meta é implantar o controle completo não apenas nos leitos de internação, mas em todas as unidades, incluindo pronto atendimento e centro cirúrgico. PÍLULAS Impacto na segurança do paciente Impacto na economia Impacto na eficiência Números sobre os sistemas
|
mercado
|
Robôs e códigos de barra ajudam a evitar erros e desperdício de remédiosNo terceiro subsolo de um hospital paulistano, Menina empacota cada unidade de comprimido ou ampola e aplica um código de barra. Depois envia o remédio ao setor em que está o paciente a quem ele foi prescrito. Por hora, ela é capaz de processar 453 unidades. Num mês, mais de 320 mil. Menina é PillPick, um dos dois robôs de um sistema de R$ 8 milhões que gerencia remédios e suprimentos no Sírio Libanês, no centro de SP. O outro é BoxPicker. Quando os 462 pacientes internados precisam de xarope, gotas ou pomadas, ele os localiza no estoque e libera na quantidade indicada. Para a equipe da farmácia central, ele é o Menino, porque "só pega e guarda" -já Menina "é capaz de fazer várias coisas ao mesmo tempo". Quando o remédio chegar ao quarto, será preciso escanear o código de barras do remédio, a pulseira de identificação do paciente e o crachá do auxiliar de enfermagem. Esse controle desde a caixa de medicamento até o paciente, chamado de beira-leito, é a etapa mais completa de um conjunto de máquinas, softwares e processos que evita perdas de remédio e insumos. Sem ele, o desperdício pode chegar a 20%, segundo a consultoria McKinsey. A economia pode representar 1,4% do faturamento, segundo a mesma consultoria. Num hospital de 200 leitos no Brasil sem unidade de oncologia, empresas do setor calculam uma economia anual de R$ 2,9 milhões. REDE PÚBLICA O impacto é ainda maior nas redes públicas: 4 em cada 10 hospitais pesquisados pelo TCU em 2014 relatam desperdício de remédios por má gestão ou negligência. Como o processo de compra é mais complexo e lento, é preciso formar estoques para muitos meses, o que também amplia as perdas por prazo de validade vencido, manipulação errada e furto. Redes de saúde estaduais e municipais, que podem ganhar com a escala -em vez de dez operações para 50 leitos cada, fazem apenas uma para os 500-, são outro cliente promissor para o serviço terceirizado de logística. Com alta regulação, forte investimento em tecnologia, sistema de segurança complexo e, principalmente, necessidade de know-how, o segmento tem "só uma meia dúzia" de empresas, diz Mayuli Fonseca, diretora de novos negócios da UniHealth, uma das maiores no país. Os fornecedores de soluções costumam ser grupos que ganharam experiência com logística para a indústria farmacêutica. Com o crescimento da competição no setor de transportes, eles encontraram uma opção mais especializada e mais lucrativa na logística hospitalar. A UniHealth vendeu sua transportadora e hoje opera só com soluções, para cem clientes. As concorrentes ainda conciliam as duas atividades, como a RV Ímola, que controla remédios e insumos para 5 de seus 80 clientes Um deles é o hospital estadual de Vila Penteado (SP), com 198 leitos, que ganhou eficiência e agilidade, segundo o chefe da farmácia, Celso Vicente de Almeida. Segundo a McKinsey, a digitalização economiza até 40% das horas de trabalho das equipes técnicas, o que permite ao hospital concentrar profissionais nos atendimentos a pacientes. Boa parte desse tempo era perdida com recalls de produtos feitos pela Anvisa -segundo a agência, todos os dias há suspensão provisória ou definitiva de lotes de produtos ligados a saúde. Com o controle digital, é possível saber exatamente onde está cada lote e, dependendo do caso, acompanhar pacientes que tenham recebido os medicamentos. MENOS ERROS Para os pacientes, o benefício mais relevante é que os controles digitais reduzem os erros de medicação, que não são incomuns. Podem ocorrer em até 80% dos procedimentos, segundo pesquisa da Northwestern University, de 2002, e afetar 20% dos pacientes, segundo a McKinsey. Há pelo menos 12 tipos de falhas identificadas por vários estudos médicos: receitas erradas ou mal interpretadas, falta de prevenção a alergias ou interação medicamentosa, dosagens maiores ou menores, dadas em horário incorreto, por menos ou mais tempo que o prescrito. Remédios ministrados na hora errada são o erro mais comum, e o sistema beira-leito -que registra quem foi o auxiliar de enfermagem que deu o remédio ao paciente- faz essa falha cair em 90%, segundo a UniHealth. [REDUÇÃO ESTIMADA EM ERROS DE MEDICAÇÃO ] - Pacientes que deixam de ser afetados após maior controle, por ano Não é necessário, porém, que o rastreamento dos remédios até o paciente seja digital para que o hospital receba um selo de qualidade das entidades acreditadoras. O Brasil tem hoje 131 instituições particulares e públicas com notas máximas nas acreditações, segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde). Contam-se nos dedos das mãos, porém, os que implantaram o sistema completo. Um dos principais hospitais do país, por exemplo, o Albert Einstein (São Paulo), é acreditado desde 1998, mesmo sem beira-leito -que planeja implantar até o final deste ano- ou separação robotizada -prevista para 2017. "O que se ganha com a informatização é agilidade", diz Nilson Malta, gerente de automação da instituição, que desde 2005 controla digitalmente o estoque de remédios. O hospital também investirá nos crachás com chip e trocará todo o sistema de prontuário eletrônico, com investimento total de R$ 180 milhões. A meta é implantar o controle completo não apenas nos leitos de internação, mas em todas as unidades, incluindo pronto atendimento e centro cirúrgico. PÍLULAS Impacto na segurança do paciente Impacto na economia Impacto na eficiência Números sobre os sistemas
| 2 |
LeBron James sofre lesão e desfalca os Cavaliers por duas semanas
|
O Cleveland Cavaliers anunciou que seu astro norte-americano, LeBron James, ficará afastado das quadras por pelo menos duas semanas. O jogador foi submetido a exames na quarta-feira (31), em Cleveland, e foram detectadas lesões no joelho esquerdo e na parte inferior das costas. Além de LeBron, a equipe não poderá contar nos próximos jogos com o brasileiro Anderson Varejão, que rompeu o tendão de Aquiles e está de fora de toda a temporada. RODADA Na rodada regular da NBA realizada na madrugada desta sexta-feira (em Brasília), o Chicago Bulls venceu o Denver Nuggets por 106 a 101 em casa e chegou a sua 23ª vitória na competição. O norte-americano Jimmy Butler, da equipe da casa, foi o cestinha da partida com 26 pontos. Os Bulls estão na quarta colocação da Conferência Leste e o próximo confronto será contra o Boston Celtics, em casa. Já o Denver Nugget, em 12º lugar da Conferência Oeste, terá pela frente o Memphis Grizzlies também em casa. Na outra partida da noite, o Sacramento Kings venceu fora de casa o Minnesota Timberwolves por 110 a 107. Os Kings estão na 11ª colocação da Conferência Oeste. Já os Timberwolves estão na última colocação da mesma conferência. RESULTADOS DA NBA Chicago Bulls 106 x 101 Denver Nuggets Minnesota Timberwolves 110 x 113 Sacramento Kings
|
esporte
|
LeBron James sofre lesão e desfalca os Cavaliers por duas semanasO Cleveland Cavaliers anunciou que seu astro norte-americano, LeBron James, ficará afastado das quadras por pelo menos duas semanas. O jogador foi submetido a exames na quarta-feira (31), em Cleveland, e foram detectadas lesões no joelho esquerdo e na parte inferior das costas. Além de LeBron, a equipe não poderá contar nos próximos jogos com o brasileiro Anderson Varejão, que rompeu o tendão de Aquiles e está de fora de toda a temporada. RODADA Na rodada regular da NBA realizada na madrugada desta sexta-feira (em Brasília), o Chicago Bulls venceu o Denver Nuggets por 106 a 101 em casa e chegou a sua 23ª vitória na competição. O norte-americano Jimmy Butler, da equipe da casa, foi o cestinha da partida com 26 pontos. Os Bulls estão na quarta colocação da Conferência Leste e o próximo confronto será contra o Boston Celtics, em casa. Já o Denver Nugget, em 12º lugar da Conferência Oeste, terá pela frente o Memphis Grizzlies também em casa. Na outra partida da noite, o Sacramento Kings venceu fora de casa o Minnesota Timberwolves por 110 a 107. Os Kings estão na 11ª colocação da Conferência Oeste. Já os Timberwolves estão na última colocação da mesma conferência. RESULTADOS DA NBA Chicago Bulls 106 x 101 Denver Nuggets Minnesota Timberwolves 110 x 113 Sacramento Kings
| 4 |
Devemos procurar entrar no mundo das crianças autistas, diz leitora
|
Parabéns ao pai do menino autista que, levando um balanço para que ele faça seus movimentos repetitivos, encontrou uma maneira de viajar com seu filho, sem privá-lo da companhia da família. Nós, pais de filhos com alguma deficiência mental, devemos, sim, procurar entrar no mundo dessas crianças, e não forçá-las, insistir para que elas entrem no nosso, a custa de muito sofrimento para ambos os lados. A foto da Primeira Página foi tocante e acredito que tenha mexido com o emocional de muitos leitores . Balanço sem rotina * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
|
paineldoleitor
|
Devemos procurar entrar no mundo das crianças autistas, diz leitoraParabéns ao pai do menino autista que, levando um balanço para que ele faça seus movimentos repetitivos, encontrou uma maneira de viajar com seu filho, sem privá-lo da companhia da família. Nós, pais de filhos com alguma deficiência mental, devemos, sim, procurar entrar no mundo dessas crianças, e não forçá-las, insistir para que elas entrem no nosso, a custa de muito sofrimento para ambos os lados. A foto da Primeira Página foi tocante e acredito que tenha mexido com o emocional de muitos leitores . Balanço sem rotina * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
| 16 |
Protesto de grupo xenófobo alemão reúne um terço do público esperado
|
O movimento xenófobo alemão Pegida (Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente) deu novo sinal de declínio nesta segunda-feira (13), em uma manifestação em Dresden que contou com a presença do deputado holandês populista Geert Wilders. Os organizadores esperavam que o convidado, uma das estrelas da extrema direita europeia, fosse atrair um público recorde, mas apenas um terço dos participantes previstos compareceu. Falando para uma plateia pouco entusiasmada, Wilders convocou uma união dos povos alemão e holandês contra a presença crescente de muçulmanos nos dois países. "Estamos diante de uma catástrofe", disse. "Nem todos os muçulmanos são terroristas, mas a maioria dos terroristas é muçulmano". Wilders respondeu a uma recente declaração da chanceler Angela Merkel de que o islã também é parte da Alemanha. "Senhora Merkel, a Holanda, a Alemanha e as outras nações ocidentais não são países islâmicos. Queremos continuar o que somos", afirmou. Cerca de 10 mil pessoas compareceram ao evento, em um terreno próximo ao centro de Dresden. Os organizadores esperavam 30 mil participantes e montaram uma estrutura com telão e banheiros químicos. As autoridades se prepararam para eventuais confrontos e convocaram 3.000 policiais, mas nenhum incidente grave foi registrado. Até mesmo os protestos anti-Pegida, que costumam ocorrer paralelamente ao do movimento, estavam esvaziados e dispersos. A imprensa alemã classificou o evento desta segunda-feira como um fiasco para os planos dos organizadores do Pegida de criar uma ponte entre movimentos similares na Europa. Depois de registrar até 25 mil pessoas em seus protestos no ano passado, o Pegida tem encontrado dificuldade para igualar os números em 2015. Na última semana, um protesto, que também contou com bastante divulgação por parte do movimento, reuniu apenas 7.000. A manifestação que estava prevista para 20 de abril foi cancelada. Entre o público que compareceu nesta segunda-feira, vários agitavam bandeiras de outros países, como Rússia, Holanda e Israel. Wilders chegou a louvar o Estado israelense como "uma ilha em meio à barbárie islâmica". Com bandeiras de Portugal e da Alemanha, o zelador português José Antônio Sousa, 40, defendeu o Pegida. "Quem faz porcaria tem que ser expulso", disse o imigrante, que afirmou viver na Alemanha há 19 anos e ter aderido à causa após um centro de acolhida para refugiados ter sido aberto perto da escola dos seus filhos, em Leipzig. Além de Wilders, o protesto contou com Lutz Bachmann, que havia se afastado do movimento em janeiro após o vazamento de fotos suas imitando o ditador Adolf Hitler, mas voltou recentemente a coordenar o Pegida. Em seu discurso, ele instou a multidão a apoiar Tatjana Festerling, que foi lançada na semana passada como candidata do Pegida à Prefeitura de Dresden, no que foi a primeira ação organizada do movimento para conseguir representação política.
|
mundo
|
Protesto de grupo xenófobo alemão reúne um terço do público esperadoO movimento xenófobo alemão Pegida (Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente) deu novo sinal de declínio nesta segunda-feira (13), em uma manifestação em Dresden que contou com a presença do deputado holandês populista Geert Wilders. Os organizadores esperavam que o convidado, uma das estrelas da extrema direita europeia, fosse atrair um público recorde, mas apenas um terço dos participantes previstos compareceu. Falando para uma plateia pouco entusiasmada, Wilders convocou uma união dos povos alemão e holandês contra a presença crescente de muçulmanos nos dois países. "Estamos diante de uma catástrofe", disse. "Nem todos os muçulmanos são terroristas, mas a maioria dos terroristas é muçulmano". Wilders respondeu a uma recente declaração da chanceler Angela Merkel de que o islã também é parte da Alemanha. "Senhora Merkel, a Holanda, a Alemanha e as outras nações ocidentais não são países islâmicos. Queremos continuar o que somos", afirmou. Cerca de 10 mil pessoas compareceram ao evento, em um terreno próximo ao centro de Dresden. Os organizadores esperavam 30 mil participantes e montaram uma estrutura com telão e banheiros químicos. As autoridades se prepararam para eventuais confrontos e convocaram 3.000 policiais, mas nenhum incidente grave foi registrado. Até mesmo os protestos anti-Pegida, que costumam ocorrer paralelamente ao do movimento, estavam esvaziados e dispersos. A imprensa alemã classificou o evento desta segunda-feira como um fiasco para os planos dos organizadores do Pegida de criar uma ponte entre movimentos similares na Europa. Depois de registrar até 25 mil pessoas em seus protestos no ano passado, o Pegida tem encontrado dificuldade para igualar os números em 2015. Na última semana, um protesto, que também contou com bastante divulgação por parte do movimento, reuniu apenas 7.000. A manifestação que estava prevista para 20 de abril foi cancelada. Entre o público que compareceu nesta segunda-feira, vários agitavam bandeiras de outros países, como Rússia, Holanda e Israel. Wilders chegou a louvar o Estado israelense como "uma ilha em meio à barbárie islâmica". Com bandeiras de Portugal e da Alemanha, o zelador português José Antônio Sousa, 40, defendeu o Pegida. "Quem faz porcaria tem que ser expulso", disse o imigrante, que afirmou viver na Alemanha há 19 anos e ter aderido à causa após um centro de acolhida para refugiados ter sido aberto perto da escola dos seus filhos, em Leipzig. Além de Wilders, o protesto contou com Lutz Bachmann, que havia se afastado do movimento em janeiro após o vazamento de fotos suas imitando o ditador Adolf Hitler, mas voltou recentemente a coordenar o Pegida. Em seu discurso, ele instou a multidão a apoiar Tatjana Festerling, que foi lançada na semana passada como candidata do Pegida à Prefeitura de Dresden, no que foi a primeira ação organizada do movimento para conseguir representação política.
| 3 |
Macacadas com dinheiro
|
Nós humanos gostamos de pensar que somente um cérebro tão avantajado como o nosso deve ser capaz de lidar com conceitos abstratos como dividendos e debêntures, necessários para transações financeiras complexas. Até o conceito de dinheiro –um objeto que só tem valor se houver um consenso arbitrário sobre ele– deve ser elaborado demais para donos de cérebros menores. Ou não? A psicóloga Laurie Santos, da Universidade Yale, há alguns anos instituiu um "mercado macacal" para estudar que tipos de decisões macacos tomariam com dinheiro nas mãos. A resposta? Macacos tomam decisões financeiras surpreendentemente semelhantes às que nós tomamos. Vamos começar do começo. Macacos aprendem o conceito de dinheiro entregando fichas não comestíveis e nada interessantes a mãos humanas para serem trocadas por pedaços de frutas secas. Eles preferem entregar suas fichas a humanos que oferecem "promoções" do tipo 2-por-1; roubam fichas uns dos outros e até dos pesquisadores; e também trocam fichas entre si por... sexo. Mais surpreendente, no entanto, são as decisões econômicas mais complexas, envolvendo riscos, tomadas pelos macacos. Face a um humano que entrega sempre uma uva pela ficha, e um segundo humano que metade das vezes entrega duas uvas e metade das vezes, nenhuma, os macacos preferem entregar suas fichas ao primeiro "vendedor" –embora o retorno econômico, no fim das contas, seja o mesmo em total de uvas. Um ganho certo é preferível ao risco de não ganhar nada. Mas, ao contrário, os macacos preferem o risco de uma perda maior à certeza de perder só um pouquinho: entregam suas fichas ao "vendedor" incerto, que oferece duas uvas mas ora entrega as duas, ora nenhuma, e não ao vendedor consistente que oferece duas e sempre entrega apenas uma. Em todos os casos, o retorno é semelhante: em média, fica-se sempre com uma uva por transação. Se não faz sentido preferir um vendedor ao outro, faz ainda menos sentido preferir a segurança do ganho mas o risco da perda. Irracional, certo? Sim –e exatamente tão irracional quanto nós. O comportamento econômico dos macacos é uma reprodução fiel do comportamento econômico humano, movido por avidez por recompensas, mas repulsa por perdas. Para o cérebro, perder e ganhar não são dois lados da mesma moeda, e sim duas balanças diferentes.
|
colunas
|
Macacadas com dinheiroNós humanos gostamos de pensar que somente um cérebro tão avantajado como o nosso deve ser capaz de lidar com conceitos abstratos como dividendos e debêntures, necessários para transações financeiras complexas. Até o conceito de dinheiro –um objeto que só tem valor se houver um consenso arbitrário sobre ele– deve ser elaborado demais para donos de cérebros menores. Ou não? A psicóloga Laurie Santos, da Universidade Yale, há alguns anos instituiu um "mercado macacal" para estudar que tipos de decisões macacos tomariam com dinheiro nas mãos. A resposta? Macacos tomam decisões financeiras surpreendentemente semelhantes às que nós tomamos. Vamos começar do começo. Macacos aprendem o conceito de dinheiro entregando fichas não comestíveis e nada interessantes a mãos humanas para serem trocadas por pedaços de frutas secas. Eles preferem entregar suas fichas a humanos que oferecem "promoções" do tipo 2-por-1; roubam fichas uns dos outros e até dos pesquisadores; e também trocam fichas entre si por... sexo. Mais surpreendente, no entanto, são as decisões econômicas mais complexas, envolvendo riscos, tomadas pelos macacos. Face a um humano que entrega sempre uma uva pela ficha, e um segundo humano que metade das vezes entrega duas uvas e metade das vezes, nenhuma, os macacos preferem entregar suas fichas ao primeiro "vendedor" –embora o retorno econômico, no fim das contas, seja o mesmo em total de uvas. Um ganho certo é preferível ao risco de não ganhar nada. Mas, ao contrário, os macacos preferem o risco de uma perda maior à certeza de perder só um pouquinho: entregam suas fichas ao "vendedor" incerto, que oferece duas uvas mas ora entrega as duas, ora nenhuma, e não ao vendedor consistente que oferece duas e sempre entrega apenas uma. Em todos os casos, o retorno é semelhante: em média, fica-se sempre com uma uva por transação. Se não faz sentido preferir um vendedor ao outro, faz ainda menos sentido preferir a segurança do ganho mas o risco da perda. Irracional, certo? Sim –e exatamente tão irracional quanto nós. O comportamento econômico dos macacos é uma reprodução fiel do comportamento econômico humano, movido por avidez por recompensas, mas repulsa por perdas. Para o cérebro, perder e ganhar não são dois lados da mesma moeda, e sim duas balanças diferentes.
| 10 |
Bairrismo da moda esmagou a criatividade, diz criador do Dragão Fashion
|
Rio, Minas Gerais e São Paulo são os Estados que mais conseguem colar suas etiquetas nos consumidores de moda nacional. Para o empresário e produtor de eventos cearense Claudio Silveira, 55, o motivo para isso é um só: "O desprezo da indústria para com a moda nordestina". Fundador do Dragão Fashion Brasil, segundo maior evento de desfiles do país e o único de grandes proporções a centrar sua programação nos pequenos ateliês, há 18 anos ele levanta a bandeira da moda autoral e diz tentar desfazer a imagem de "Colômbia brasileira" que o Ceará teria no cenário da confecção –incentivos fiscais fizeram do Estado o chão de fábrica de marcas do Sul e do Sudeste. A organização da última edição do DFB, no mês passado, estima que 45 mil pessoas tenham passado pelo Terminal Marítimo de Fortaleza para ver os 22 desfiles de estilistas e marcas nordestinas. Em entrevista, Silveira critica o "bairrismo da moda brasileira, que esmagou a criatividade e produziu marcas fechadas em um 'mundinho' que não existe mais", e defende a união entre a indústria têxtil e os pequenos criadores como saída para a crise criativa da moda. Folha - Por que é necessário um evento de moda localizado no Nordeste? Claudio Silveira - Porque existe um bairrismo muito sério no país, que dividiu os Estados e produziu uma ideia de que o melhor da moda está em São Paulo. O Rio perdeu o prumo [não há mais eventos de desfiles na cidade] e o Ceará é visto como a "Colômbia brasileira", que só serve para produzir roupa, e não criatividade. Esse bairrismo da moda brasileira esmagou a criatividade, produziu marcas fechadas em um "mundinho" que não existe mais. Muito por causa disso, os eventos de moda não se sustentam como estão hoje, com um viés comercial, até porque a indústria como um todo está quebrada. Há estilistas de outros Estados em eventos como SPFW e Minas Trend. Mas falta respeito com o que vem do Nordeste, com a questão artesanal da moda, a identidade brasileira. Isso é conjuntural. Quando busco patrocínio para o evento, os departamentos de marketing das grandes varejistas dizem que "não há dinheiro para o Nordeste". Para as empresas, os nordestinos são a "massa", que não consome moda. Acha que a moda nordestina é consumida localmente? Não tanto quanto poderia. A maioria dos estilistas que desfilam aqui tem ateliês não trabalha com coleções sazonais. Acredito que esse é o modelo da moda que funcionará a partir de agora, em que a pessoa pode usar uma roupa de "fast fashion" e misturar com um acessório ou uma peça personalizada. Conseguimos trazer a elite local para dentro do evento quando colocamos palcos para shows de bandas do circuito alternativo, quando trouxemos os artesãos e os restaurantes para dentro do evento. Só o desfile não segura mais um evento? Segura, se você não for mostrar apenas jeans e camiseta, como muita gente faz por aí. A passarela autoral sempre será importante. Não seria o caso de aproximar a indústria têxtil dos estilistas? Essa é a única solução para a crise de identidade da moda nacional. Há algumas empresas que já se abriram para isso, como o Grupo Lunelli [dono das marcas Lez a Lez e Hangar 33] e AMC [da Colcci e da Triton]. Mas vejo que, no geral, há um egoísmo grande por parte dos empresários, que não enxergam o design como uma questão de rendimento e um projeto longo prazo. Mas há muitas empresas de grande porte que fazem parcerias com estilistas. Mas essas parcerias não são perenes, não duram. É claro que a indústria local tem de vender para sobreviver, mas isso não significa não ter sensibilidade alguma para o design de moda. Muitas confecções estão fechando no Brasil. Como a indústria não tem para quem vender, precisa investir em um "pool" de marcas próprias, uma moda renovada, para sobreviver.
|
ilustrada
|
Bairrismo da moda esmagou a criatividade, diz criador do Dragão FashionRio, Minas Gerais e São Paulo são os Estados que mais conseguem colar suas etiquetas nos consumidores de moda nacional. Para o empresário e produtor de eventos cearense Claudio Silveira, 55, o motivo para isso é um só: "O desprezo da indústria para com a moda nordestina". Fundador do Dragão Fashion Brasil, segundo maior evento de desfiles do país e o único de grandes proporções a centrar sua programação nos pequenos ateliês, há 18 anos ele levanta a bandeira da moda autoral e diz tentar desfazer a imagem de "Colômbia brasileira" que o Ceará teria no cenário da confecção –incentivos fiscais fizeram do Estado o chão de fábrica de marcas do Sul e do Sudeste. A organização da última edição do DFB, no mês passado, estima que 45 mil pessoas tenham passado pelo Terminal Marítimo de Fortaleza para ver os 22 desfiles de estilistas e marcas nordestinas. Em entrevista, Silveira critica o "bairrismo da moda brasileira, que esmagou a criatividade e produziu marcas fechadas em um 'mundinho' que não existe mais", e defende a união entre a indústria têxtil e os pequenos criadores como saída para a crise criativa da moda. Folha - Por que é necessário um evento de moda localizado no Nordeste? Claudio Silveira - Porque existe um bairrismo muito sério no país, que dividiu os Estados e produziu uma ideia de que o melhor da moda está em São Paulo. O Rio perdeu o prumo [não há mais eventos de desfiles na cidade] e o Ceará é visto como a "Colômbia brasileira", que só serve para produzir roupa, e não criatividade. Esse bairrismo da moda brasileira esmagou a criatividade, produziu marcas fechadas em um "mundinho" que não existe mais. Muito por causa disso, os eventos de moda não se sustentam como estão hoje, com um viés comercial, até porque a indústria como um todo está quebrada. Há estilistas de outros Estados em eventos como SPFW e Minas Trend. Mas falta respeito com o que vem do Nordeste, com a questão artesanal da moda, a identidade brasileira. Isso é conjuntural. Quando busco patrocínio para o evento, os departamentos de marketing das grandes varejistas dizem que "não há dinheiro para o Nordeste". Para as empresas, os nordestinos são a "massa", que não consome moda. Acha que a moda nordestina é consumida localmente? Não tanto quanto poderia. A maioria dos estilistas que desfilam aqui tem ateliês não trabalha com coleções sazonais. Acredito que esse é o modelo da moda que funcionará a partir de agora, em que a pessoa pode usar uma roupa de "fast fashion" e misturar com um acessório ou uma peça personalizada. Conseguimos trazer a elite local para dentro do evento quando colocamos palcos para shows de bandas do circuito alternativo, quando trouxemos os artesãos e os restaurantes para dentro do evento. Só o desfile não segura mais um evento? Segura, se você não for mostrar apenas jeans e camiseta, como muita gente faz por aí. A passarela autoral sempre será importante. Não seria o caso de aproximar a indústria têxtil dos estilistas? Essa é a única solução para a crise de identidade da moda nacional. Há algumas empresas que já se abriram para isso, como o Grupo Lunelli [dono das marcas Lez a Lez e Hangar 33] e AMC [da Colcci e da Triton]. Mas vejo que, no geral, há um egoísmo grande por parte dos empresários, que não enxergam o design como uma questão de rendimento e um projeto longo prazo. Mas há muitas empresas de grande porte que fazem parcerias com estilistas. Mas essas parcerias não são perenes, não duram. É claro que a indústria local tem de vender para sobreviver, mas isso não significa não ter sensibilidade alguma para o design de moda. Muitas confecções estão fechando no Brasil. Como a indústria não tem para quem vender, precisa investir em um "pool" de marcas próprias, uma moda renovada, para sobreviver.
| 1 |
Petrobras e Total ampliam parceria em exploração, gás e energia
|
O primeiro acordo entre a Petrobras e a francesa Total –anunciado nesta segunda (24), durante o congresso Rio Oil & Gas– pode sair até o fim do ano, disseram os presidentes das duas empresas, Pedro Parente e Patrick Pouyanné. O acordo busca "consolidar" uma aliança estratégica nos segmentos de Exploração e Produção (E&P) e Gás e Energia (G&E). "Em um par de meses podemos anunciar acordos concretos com a Total", disse o presidente da Petrobras, Pedro Parente, ressaltando que eventuais negócios não incluiriam a área de refino da Petrobras. "O memorando tem dois anos de validade e estamos conversando desde o início do ano, e já há algumas discussões sobre possíveis ativos que não foram concluídas ainda...", acrescentou o presidente da Petrobras. Já presidente-executivo da companhia europeia, Patrick Pouyanné, acrescentou que o primeiro negócio pode ocorrer "antes do Natal". O executivo da empresa brasileira explicou que o memorando assinado com a Total prevê a possibilidade de negociação de ativos na área de exploração e produção no Brasil e no exterior, "dependendo do foco de interesse das empresas". Essa parceria pode incluir tanto parcerias em ativos já existentes quanto em futuros leilões de áreas de petróleo. Atualmente, a Petrobras e a Total são parceiras em 15 consórcios de exploração e produção, sendo nove no Brasil e seis no exterior. A Total é uma das sócias da Petrobras na mega reserva de Libra, primeiro contrato pelo regime de partilha de produção, localizada no pré-sal da Bacia de Santos. No exterior, as companhias são parceiras no campo de Chinook, no Golfo do México nos EUA, no campo de águas profundas Akpo, na Nigéria, e nos campos de gás de San Alberto e SanAntonio/Itau, na Bolívia, além de serem sócias no gasodutoBolívia-Brasil. A Total é uma empresa integrada de energia, sendo uma das principais empresas internacionais do setor de óleo e gás natural e a segunda maior operadora de energia solar do mundo, com a SunPower, informou a Petrobras em nota. DISTRIBUIÇÃO A petroleira francesa Total vê o mercado de combustíveis do Brasil como interessante e não descarta que a parceria com a Petrobras avance para o setor de distribuição, disse o CEO da empresa. O executivo da Total, no entanto, ressaltou que uma eventual aquisição de participação na BR Distribuidora, que a Petrobras colocou à venda, não faz parte da primeira fase da parceira assinada entre as empresas. "O mercado brasileiro é grande e a BR faria sentido, mas é uma questão de alocação de capital, mas não na primeira fase", disse a jornalistas o CEO da Total. A BR Distribuidora, formalmente conhecida como Petrobras Distribuidora, é um dos principais ativos envolvidos no processo de desinvestimento da petroleira estatal, cuja meta é obter US$ 34,6 bilhões por meio de venda de ativos entre 2015 e 2018. O executivo da Total comentou que a parceria começou a ser costurada entre as duas empresas este ano e alguns ativos que podem ser alvo de um futuro acordo já foram mapeados. Pouyanné revelou o interesse da Total em ativos na área de gás e de energia. O ACORDO A Petrobras e a Total anunciaram um memorando de entendimento para a "consolidação" de uma aliança estratégica nos segmentos de Exploração e Produção (E&P) e Gás e Energia (G&E). No acordo, as empresas se comprometem a avaliar conjuntamente oportunidades no Brasil e no exterior em áreas chaves de interesse mútuo, "beneficiando-se de suas reconhecidas experiências em todos os segmentos da cadeia de óleo e gás". Na primeira fase do acordo, as companhias pretendem focar nas áreas de E&P e G&E. No segmento de E&P, a Petrobras irá oferecer parcerias em projetos no Brasil, enquanto a Total irá propor oportunidades de parceria no exterior. A estatal informou ainda que as companhias desenvolverão atividades conjuntas na área de gás natural e energia elétrica no Brasil. Numa segunda fase, o memorando prevê, ainda, a extensão da parceria estratégica para todos os segmentos da área de refino e gás natural. A Petrobras planeja apresentar ao Conselho de Administração até o fim deste ano um modelo de venda de participações em refinarias em conjunto com terminais e dutos que façam sentido aos possíveis investidores e agreguem valor aos ativos, afirmou nesta segunda-feira o diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras, Jorge Celestino, em outro evento na conferência. Ele disse que a empresa irá trabalhar sempre em parceria com outras companhias e não vai se desfazer inteiramente dos ativos. Questionado se esses ativos poderiam atrair interesse da Total, o executivo preferiu não comentar.
|
mercado
|
Petrobras e Total ampliam parceria em exploração, gás e energiaO primeiro acordo entre a Petrobras e a francesa Total –anunciado nesta segunda (24), durante o congresso Rio Oil & Gas– pode sair até o fim do ano, disseram os presidentes das duas empresas, Pedro Parente e Patrick Pouyanné. O acordo busca "consolidar" uma aliança estratégica nos segmentos de Exploração e Produção (E&P) e Gás e Energia (G&E). "Em um par de meses podemos anunciar acordos concretos com a Total", disse o presidente da Petrobras, Pedro Parente, ressaltando que eventuais negócios não incluiriam a área de refino da Petrobras. "O memorando tem dois anos de validade e estamos conversando desde o início do ano, e já há algumas discussões sobre possíveis ativos que não foram concluídas ainda...", acrescentou o presidente da Petrobras. Já presidente-executivo da companhia europeia, Patrick Pouyanné, acrescentou que o primeiro negócio pode ocorrer "antes do Natal". O executivo da empresa brasileira explicou que o memorando assinado com a Total prevê a possibilidade de negociação de ativos na área de exploração e produção no Brasil e no exterior, "dependendo do foco de interesse das empresas". Essa parceria pode incluir tanto parcerias em ativos já existentes quanto em futuros leilões de áreas de petróleo. Atualmente, a Petrobras e a Total são parceiras em 15 consórcios de exploração e produção, sendo nove no Brasil e seis no exterior. A Total é uma das sócias da Petrobras na mega reserva de Libra, primeiro contrato pelo regime de partilha de produção, localizada no pré-sal da Bacia de Santos. No exterior, as companhias são parceiras no campo de Chinook, no Golfo do México nos EUA, no campo de águas profundas Akpo, na Nigéria, e nos campos de gás de San Alberto e SanAntonio/Itau, na Bolívia, além de serem sócias no gasodutoBolívia-Brasil. A Total é uma empresa integrada de energia, sendo uma das principais empresas internacionais do setor de óleo e gás natural e a segunda maior operadora de energia solar do mundo, com a SunPower, informou a Petrobras em nota. DISTRIBUIÇÃO A petroleira francesa Total vê o mercado de combustíveis do Brasil como interessante e não descarta que a parceria com a Petrobras avance para o setor de distribuição, disse o CEO da empresa. O executivo da Total, no entanto, ressaltou que uma eventual aquisição de participação na BR Distribuidora, que a Petrobras colocou à venda, não faz parte da primeira fase da parceira assinada entre as empresas. "O mercado brasileiro é grande e a BR faria sentido, mas é uma questão de alocação de capital, mas não na primeira fase", disse a jornalistas o CEO da Total. A BR Distribuidora, formalmente conhecida como Petrobras Distribuidora, é um dos principais ativos envolvidos no processo de desinvestimento da petroleira estatal, cuja meta é obter US$ 34,6 bilhões por meio de venda de ativos entre 2015 e 2018. O executivo da Total comentou que a parceria começou a ser costurada entre as duas empresas este ano e alguns ativos que podem ser alvo de um futuro acordo já foram mapeados. Pouyanné revelou o interesse da Total em ativos na área de gás e de energia. O ACORDO A Petrobras e a Total anunciaram um memorando de entendimento para a "consolidação" de uma aliança estratégica nos segmentos de Exploração e Produção (E&P) e Gás e Energia (G&E). No acordo, as empresas se comprometem a avaliar conjuntamente oportunidades no Brasil e no exterior em áreas chaves de interesse mútuo, "beneficiando-se de suas reconhecidas experiências em todos os segmentos da cadeia de óleo e gás". Na primeira fase do acordo, as companhias pretendem focar nas áreas de E&P e G&E. No segmento de E&P, a Petrobras irá oferecer parcerias em projetos no Brasil, enquanto a Total irá propor oportunidades de parceria no exterior. A estatal informou ainda que as companhias desenvolverão atividades conjuntas na área de gás natural e energia elétrica no Brasil. Numa segunda fase, o memorando prevê, ainda, a extensão da parceria estratégica para todos os segmentos da área de refino e gás natural. A Petrobras planeja apresentar ao Conselho de Administração até o fim deste ano um modelo de venda de participações em refinarias em conjunto com terminais e dutos que façam sentido aos possíveis investidores e agreguem valor aos ativos, afirmou nesta segunda-feira o diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras, Jorge Celestino, em outro evento na conferência. Ele disse que a empresa irá trabalhar sempre em parceria com outras companhias e não vai se desfazer inteiramente dos ativos. Questionado se esses ativos poderiam atrair interesse da Total, o executivo preferiu não comentar.
| 2 |
Palestino é morto na Cisjordânia após esfaquear dois soldados israelenses
|
Um palestino esfaqueou dois soldados israelenses nesta quarta-feira (8), próximo a um assentamento na Cisjordânia, antes de ser morto a tiros por um dos militares, anunciou o exército de Israel. Um dos soldados ficou gravemente ferido no pescoço e o outro teve ferimentos leves antes de atirar contra o agressor, morto no local. Ambos foram levados para o hospital. O ataque aconteceu na estrada 60, a principal via que liga as cidades palestinas de Ramallah e Nablus. Fontes palestinas confirmaram o envio de uma ambulância para recuperar o corpo do agressor, mas afirmaram que não tinham mais informações sobre o incidente porque a área foi isolada. O ministro da Economia de Israel, Naftali Bennet, membro do partido nacionalista Casa Judaica, elogiou a reação do soldado ferido, a qual provocou a morte do agressor. "Este deve ser o destino de todos que fazem mal a judeus inocentes", disse. "Este deve ser o desfecho de um incidente tão sério". No final de 2014, houve uma onda de ataques semelhantes ao desta quarta em Jerusalém e na Cisjordânia. A Cisjordânia é ocupada civil e militarmente pelo Estado de Israel desde 1967. Os palestinos exigem o fim da ocupação, sendo comuns episódios de violência envolvendo palestinos e soldados e colonos israelenses.
|
mundo
|
Palestino é morto na Cisjordânia após esfaquear dois soldados israelensesUm palestino esfaqueou dois soldados israelenses nesta quarta-feira (8), próximo a um assentamento na Cisjordânia, antes de ser morto a tiros por um dos militares, anunciou o exército de Israel. Um dos soldados ficou gravemente ferido no pescoço e o outro teve ferimentos leves antes de atirar contra o agressor, morto no local. Ambos foram levados para o hospital. O ataque aconteceu na estrada 60, a principal via que liga as cidades palestinas de Ramallah e Nablus. Fontes palestinas confirmaram o envio de uma ambulância para recuperar o corpo do agressor, mas afirmaram que não tinham mais informações sobre o incidente porque a área foi isolada. O ministro da Economia de Israel, Naftali Bennet, membro do partido nacionalista Casa Judaica, elogiou a reação do soldado ferido, a qual provocou a morte do agressor. "Este deve ser o destino de todos que fazem mal a judeus inocentes", disse. "Este deve ser o desfecho de um incidente tão sério". No final de 2014, houve uma onda de ataques semelhantes ao desta quarta em Jerusalém e na Cisjordânia. A Cisjordânia é ocupada civil e militarmente pelo Estado de Israel desde 1967. Os palestinos exigem o fim da ocupação, sendo comuns episódios de violência envolvendo palestinos e soldados e colonos israelenses.
| 3 |
Servidores do INSS fazem greve por reajuste de 27% nos salários
|
Uma greve de servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) deflagrada nesta terça-feira (7) atinge unidades do órgão em 19 Estados e no Distrito Federal, de acordo com a federação da categoria. Os servidores pedem reajuste salarial de 27%, incorporação de gratificações e abertura de concurso público. Em alguns dos principais Estados, a mobilização atinge mais de 70% dos funcionários do órgão, segundo os sindicatos. No Paraná, os servidores afirmam que 90% dos funcionários pararam de trabalhar. Em Minas, de acordo com o comando de greve, mais de 20 escritórios do INSS não estão funcionando em todo o Estado. Em Porto Alegre, dezenas de servidores fizeram uma caminhada pelo centro da cidade e fecharam a rua onde funciona a sede regional do órgão. Com um carro de som, fizeram piquete e vaiaram os funcionários que não aderiram ao movimento. Na Bahia, onde a adesão é estimada em 60%, os grevistas também percorrem unidades para pressionar pela paralisação. Os médicos peritos, que são filiados a outro sindicato que não aderiu à greve, também têm o trabalho parcialmente afetado pela paralisação dos servidores. A direção do INSS afirmou que os segurados que tinham atendimento marcado e não foram atendidos terão a consulta reagendada. Também informou que dúvidas podem ser esclarecidas por meio do telefone 135. Em nota, o órgão diz que "mantém as portas abertas" para uma negociação sobre o impasse com os servidores. A orientação é entrar em contato pelo telefone 135 ou pela internet, no site do INSS, para procurar informações e reagendar o atendimento.
|
mercado
|
Servidores do INSS fazem greve por reajuste de 27% nos saláriosUma greve de servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) deflagrada nesta terça-feira (7) atinge unidades do órgão em 19 Estados e no Distrito Federal, de acordo com a federação da categoria. Os servidores pedem reajuste salarial de 27%, incorporação de gratificações e abertura de concurso público. Em alguns dos principais Estados, a mobilização atinge mais de 70% dos funcionários do órgão, segundo os sindicatos. No Paraná, os servidores afirmam que 90% dos funcionários pararam de trabalhar. Em Minas, de acordo com o comando de greve, mais de 20 escritórios do INSS não estão funcionando em todo o Estado. Em Porto Alegre, dezenas de servidores fizeram uma caminhada pelo centro da cidade e fecharam a rua onde funciona a sede regional do órgão. Com um carro de som, fizeram piquete e vaiaram os funcionários que não aderiram ao movimento. Na Bahia, onde a adesão é estimada em 60%, os grevistas também percorrem unidades para pressionar pela paralisação. Os médicos peritos, que são filiados a outro sindicato que não aderiu à greve, também têm o trabalho parcialmente afetado pela paralisação dos servidores. A direção do INSS afirmou que os segurados que tinham atendimento marcado e não foram atendidos terão a consulta reagendada. Também informou que dúvidas podem ser esclarecidas por meio do telefone 135. Em nota, o órgão diz que "mantém as portas abertas" para uma negociação sobre o impasse com os servidores. A orientação é entrar em contato pelo telefone 135 ou pela internet, no site do INSS, para procurar informações e reagendar o atendimento.
| 2 |
Jaqueline joga com tiara de ouro e se emociona com presente da mãe
|
MARCEL MERGUIZO ENVIADO ESPECIAL AO RIO A bicampeã mundial Jaqueline já ganhou seu ouro nos Jogos Olímpicos do Rio. Na verdade, antes mesmo deles começarem. Josiane, mãe da jogadora pernambucana, presenteou a filha com uma tiara que Jaqueline usou na vitória sobre a seleção do Japão, nesta quarta-feira (10). "Foi uma surpresa que ela fez para mim. Muito lindo, representa tudo o que ela sempre fez por mim, na minha vida e no voleibol", afirma Jaqueline, já com os olhos marejados. "Receber uma tiara de ouro como essa... Sabendo que vocês são de ouro, foi o que ela me disse", completou emocionada a ponteira que atualmente é reserva na equipe de José Roberto Guimarães. "Tenha foco, força e fé, estarei sempre com você, mamãe", está escrito na joia que adorna a cabeça de Jaqueline. CALENDÁRIO Nesta sexta (12), às 22h35, a seleção feminina de voleibol vai tentar manter a invencibilidade contra a Coreia do Sul pela fase de grupos. A equipe venceu todos os três confrontos até aqui, contra Camarões, Argentina e Japão. No domingo (14) faz a última partida da fase de grupos, contra a Rússia.
|
esporte
|
Jaqueline joga com tiara de ouro e se emociona com presente da mãe
MARCEL MERGUIZO ENVIADO ESPECIAL AO RIO A bicampeã mundial Jaqueline já ganhou seu ouro nos Jogos Olímpicos do Rio. Na verdade, antes mesmo deles começarem. Josiane, mãe da jogadora pernambucana, presenteou a filha com uma tiara que Jaqueline usou na vitória sobre a seleção do Japão, nesta quarta-feira (10). "Foi uma surpresa que ela fez para mim. Muito lindo, representa tudo o que ela sempre fez por mim, na minha vida e no voleibol", afirma Jaqueline, já com os olhos marejados. "Receber uma tiara de ouro como essa... Sabendo que vocês são de ouro, foi o que ela me disse", completou emocionada a ponteira que atualmente é reserva na equipe de José Roberto Guimarães. "Tenha foco, força e fé, estarei sempre com você, mamãe", está escrito na joia que adorna a cabeça de Jaqueline. CALENDÁRIO Nesta sexta (12), às 22h35, a seleção feminina de voleibol vai tentar manter a invencibilidade contra a Coreia do Sul pela fase de grupos. A equipe venceu todos os três confrontos até aqui, contra Camarões, Argentina e Japão. No domingo (14) faz a última partida da fase de grupos, contra a Rússia.
| 4 |
Governo palestino de unidade pode se dissolver um ano após reconciliação
|
O governo de unidade da Autoridade Nacional Palestina (ANP) pode ser dissolvido, segundo o seu presidente, Mahmoud Abbas, devido a divergências entre os grupos políticos que o compõem. Nesta terça-feira (16), Abbas havia dito à cúpula de seu partido, o Fatah, que o governo iria se dissolver porque o movimento radical Hamas não permitiria a sua operação em Gaza. "O governo vai renunciar nas próximas 24 horas por causa de sua fragilidade e porque não tem nenhuma chance de que o Hamas lhe permita agir na faixa de Gaza", declarou Amin Maqbul, secretário-geral do Conselho Revolucionário do Fatah. Ehab Bseiso, porta-voz do governo de união palestino, não confirmou a renúncia. "Tivemos uma reunião (do governo nesta terça), e esta questão não foi discutida", declarou à AFP. O Hamas, por sua vez, rejeitou nesta quarta (17) a dissolução "unilateral" do governo de unidade "sem o consentimento de todas as partes". "Não fomos informados sobre qualquer decisão de mudar e não fomos consultados sobre alterações no governo de unidade", disse à agência de notícias AFP Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas. RIXA Anunciado em abril de 2014, o governo de unidade é composto por 17 tecnocratas e representa uma tentativa de reconciliação após anos de rixa entre o Fatah, partido moderado e laico que controla partes da Cisjordânia, e o Hamas, movimento radical islamita que controla a faixa de Gaza. A Cisjordânia e a faixa de Gaza são separadas territorialmente pelo Estado de Israel. As divergências entre os dois grupos ficaram mais evidente após a anulação das eleições parlamentares palestinas em 2006, ganhas pelo Hamas. O Fatah manteve o seu controle sobre a ANP e foi expulso de Gaza em 2007 após confrontos com o Hamas. Apesar da formação do governo de unidade em 2014, as diferenças entre os grupos continuam. O Fatah acusa o Hamas de tentar criar um governo independente e islamita em Gaza. O Hamas, por sua fez, diz que o Fatah não convoca novas eleições por medo de ser derrotado. O governo de unidade ficou ainda mais fragilizado após a incursão militar de Israel na faixa de Gaza entre julho e agosto, a qual terminou com mais de 2.000 palestinos e 72 israelenses mortos. Israel recusa qualquer negociação com um governo palestino controlado pelo Hamas, que promete destruir o país judeu. Desde 1967, Israel ocupa civil e militarmente grande parte dos territórios palestinos, o que provoca impasses nas negociações de paz. O país se retirou unilateralmente da faixa de Gaza em 2005, mas mantém bloqueio territorial, aéreo e marítimo sobre o território.
|
mundo
|
Governo palestino de unidade pode se dissolver um ano após reconciliaçãoO governo de unidade da Autoridade Nacional Palestina (ANP) pode ser dissolvido, segundo o seu presidente, Mahmoud Abbas, devido a divergências entre os grupos políticos que o compõem. Nesta terça-feira (16), Abbas havia dito à cúpula de seu partido, o Fatah, que o governo iria se dissolver porque o movimento radical Hamas não permitiria a sua operação em Gaza. "O governo vai renunciar nas próximas 24 horas por causa de sua fragilidade e porque não tem nenhuma chance de que o Hamas lhe permita agir na faixa de Gaza", declarou Amin Maqbul, secretário-geral do Conselho Revolucionário do Fatah. Ehab Bseiso, porta-voz do governo de união palestino, não confirmou a renúncia. "Tivemos uma reunião (do governo nesta terça), e esta questão não foi discutida", declarou à AFP. O Hamas, por sua vez, rejeitou nesta quarta (17) a dissolução "unilateral" do governo de unidade "sem o consentimento de todas as partes". "Não fomos informados sobre qualquer decisão de mudar e não fomos consultados sobre alterações no governo de unidade", disse à agência de notícias AFP Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas. RIXA Anunciado em abril de 2014, o governo de unidade é composto por 17 tecnocratas e representa uma tentativa de reconciliação após anos de rixa entre o Fatah, partido moderado e laico que controla partes da Cisjordânia, e o Hamas, movimento radical islamita que controla a faixa de Gaza. A Cisjordânia e a faixa de Gaza são separadas territorialmente pelo Estado de Israel. As divergências entre os dois grupos ficaram mais evidente após a anulação das eleições parlamentares palestinas em 2006, ganhas pelo Hamas. O Fatah manteve o seu controle sobre a ANP e foi expulso de Gaza em 2007 após confrontos com o Hamas. Apesar da formação do governo de unidade em 2014, as diferenças entre os grupos continuam. O Fatah acusa o Hamas de tentar criar um governo independente e islamita em Gaza. O Hamas, por sua fez, diz que o Fatah não convoca novas eleições por medo de ser derrotado. O governo de unidade ficou ainda mais fragilizado após a incursão militar de Israel na faixa de Gaza entre julho e agosto, a qual terminou com mais de 2.000 palestinos e 72 israelenses mortos. Israel recusa qualquer negociação com um governo palestino controlado pelo Hamas, que promete destruir o país judeu. Desde 1967, Israel ocupa civil e militarmente grande parte dos territórios palestinos, o que provoca impasses nas negociações de paz. O país se retirou unilateralmente da faixa de Gaza em 2005, mas mantém bloqueio territorial, aéreo e marítimo sobre o território.
| 3 |
Após renúncia, Aidar volta ao Morumbi para despedida de Ceni
|
Carlos Miguel Aidar decidiu o dia em que voltará a pisar no Morumbi: 11 de dezembro, quando promete estar no estádio para a despedida de Rogério Ceni. "Vou estar lá para aplaudi-lo", disse o ex-presidente do São Paulo. Desde que renunciou, em 13 de outubro acusado de desvio de dinheiro em contratos, Aidar não esteve mais no clube. Ele ainda pretende participar, no mês que vem (não há o dia), de reunião do Conselho Deliberativo que deve discutir a investigação de seu mandato. Avião. Aidar disse à coluna que não foi à eleição de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, no dia 27 de outubro, porque viajou naquele mesmo dia a Valencia, na Espanha, para participar de um congresso de advogados. Encontro. Depois de 13 de outubro, dia em que entregou a carta de renúncia, Aidar disse que esteve mais uma vez com Leco, para entregar documentos que só ele tinha em mãos, entres eles o de remodelação do Morumbi. Arena. O projeto de modernização do estádio Barradão já está finalizado. Segundo Raimundo Viana, presidente do Vitória, a nova etapa será a busca por patrocinadores para a viabilidade financeira da reforma. Orçada em cerca de R$ 300 milhões, a obra será iniciada em 2016. Opções. Durante o período em que seu campo estará fechado, o Vitória mandará jogos em Pituaçu, mas pode usar também a Fonte Nova, hoje casa do rival Bahia. Vaga. A Argentina exige que a vaga de secretário-geral da Conmebol continue com o país. José Luis Meiszner, que não tem comparecido às reuniões da entidade porque não sai da Argentina, pediu para deixar o cargo. Indicado. A sugestão dos argentinos é por Alejandro Marón, secretário-executivo da AFA e presidente do Lanús, clube do país. Ele tem fama de bom administrador. Futuro. Dirigentes de duas das ligas que pretendem realizar torneios em 2016, a Sul-Minas-Rio e a do interior de São Paulo, ouviram avaliação do governo federal de que a tendência é a CBF, em um curto prazo, não organizar os principais torneios, que ficariam a cargo dos clubes de futebol. Mattos no Rio? Se for vitorioso na eleição de 7 de dezembro no Flamengo, Wallim Vasconcellos pretende contratar para gerenciar o futebol do clube o hoje palmeirense Alexandre Mattos.
|
esporte
|
Após renúncia, Aidar volta ao Morumbi para despedida de CeniCarlos Miguel Aidar decidiu o dia em que voltará a pisar no Morumbi: 11 de dezembro, quando promete estar no estádio para a despedida de Rogério Ceni. "Vou estar lá para aplaudi-lo", disse o ex-presidente do São Paulo. Desde que renunciou, em 13 de outubro acusado de desvio de dinheiro em contratos, Aidar não esteve mais no clube. Ele ainda pretende participar, no mês que vem (não há o dia), de reunião do Conselho Deliberativo que deve discutir a investigação de seu mandato. Avião. Aidar disse à coluna que não foi à eleição de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, no dia 27 de outubro, porque viajou naquele mesmo dia a Valencia, na Espanha, para participar de um congresso de advogados. Encontro. Depois de 13 de outubro, dia em que entregou a carta de renúncia, Aidar disse que esteve mais uma vez com Leco, para entregar documentos que só ele tinha em mãos, entres eles o de remodelação do Morumbi. Arena. O projeto de modernização do estádio Barradão já está finalizado. Segundo Raimundo Viana, presidente do Vitória, a nova etapa será a busca por patrocinadores para a viabilidade financeira da reforma. Orçada em cerca de R$ 300 milhões, a obra será iniciada em 2016. Opções. Durante o período em que seu campo estará fechado, o Vitória mandará jogos em Pituaçu, mas pode usar também a Fonte Nova, hoje casa do rival Bahia. Vaga. A Argentina exige que a vaga de secretário-geral da Conmebol continue com o país. José Luis Meiszner, que não tem comparecido às reuniões da entidade porque não sai da Argentina, pediu para deixar o cargo. Indicado. A sugestão dos argentinos é por Alejandro Marón, secretário-executivo da AFA e presidente do Lanús, clube do país. Ele tem fama de bom administrador. Futuro. Dirigentes de duas das ligas que pretendem realizar torneios em 2016, a Sul-Minas-Rio e a do interior de São Paulo, ouviram avaliação do governo federal de que a tendência é a CBF, em um curto prazo, não organizar os principais torneios, que ficariam a cargo dos clubes de futebol. Mattos no Rio? Se for vitorioso na eleição de 7 de dezembro no Flamengo, Wallim Vasconcellos pretende contratar para gerenciar o futebol do clube o hoje palmeirense Alexandre Mattos.
| 4 |
Adaptação de Beauvoir para as telas carece de originalidade
|
"Autorretrato de uma Filha Obediente" é, em vários sentidos, um filme sobre filiações. O primeiro aparece na tênue trama que gira em torno das decisões que a personagem central, Cristiana, toma ao chegar aos 30 anos. Morar sozinha, comprar um cachorro, libertar-se da dependência afetiva com um cara casado que a trata mal são as ações que dão corpo à personagem. Ao mesmo tempo, sua vontade de autonomia esbarra na falta de grana, na presença de um pai que a mima demais, no desentendimento entre anseios femininos e cinismos masculinos. A diretora romena Ana Lungu organiza essas situações de modo a explicitar o momento de Cristiana como uma sucessão de improvisos. Assim, projeta o sentimento de incertezas que sua protagonista experimenta. A narrativa inarticulada deixa a impressão de pouco avanço no sentido dramático convencional, o que se ajusta bem à ideia de uma existência que gira em círculos. Outra filiação é evocada na referência do título às "Memórias de uma Moça Bem-Comportada", autobiografia da juventude de Simone de Beauvoir, ícone e pioneira do feminismo. As dificuldade da autodeterminação feminina num universo determinado por forças masculinas, do prazer sexual à diferença salarial, dialogam com o que a pensadora francesa chamou de "segundo sexo". UNIVERSAL E ABSTRATA Tal como Beauvoir fez em textos nos quais elabora a reflexão a partir de vivências, a realizadora não pretende representar uma mulher universal e abstrata. Lungu nasceu em 1978, sob o comunismo férreo do ditador Nicolae Ceausescu, e projeta em Cristiana as dúvidas de quem vive agora os conservadorismos da "liberdade" capitalista. É no terceiro sentido de filiação que o filme se torna acanhado. A diretora começou no cinema como parte da equipe de "A Morte do Sr. Lazarescu" (2005), longa que chamou a atenção internacional para a geração romena que atualizou o código realista ao confrontar o passado recente e o presente do país. A câmera fixa, a encenação do banal, a falação contínua foram recursos estilísticos que singularizaram realizadores como Cristi Puiu, Corneliu Porumboiu e Christian Mungiu na década passada, mas que eles próprios já ultrapassaram. Ao filmar segundo o mesmo esquema, Ana Lungu afirma-se como aluna aplicada, mas ainda sem originalidade, uma espécie de filha obediente. AUTORRETRATO DE UMA FILHA OBEDIENTE (Autoportretul unei fete cuminti) DIREÇÃO Ana Lungu ELENCO Elena Popa, Emilian Oprea e Andrei Enache PRODUÇÃO Romênia, 2015, 14 anos QUANDO estreia nesta quinta (24)
|
ilustrada
|
Adaptação de Beauvoir para as telas carece de originalidade"Autorretrato de uma Filha Obediente" é, em vários sentidos, um filme sobre filiações. O primeiro aparece na tênue trama que gira em torno das decisões que a personagem central, Cristiana, toma ao chegar aos 30 anos. Morar sozinha, comprar um cachorro, libertar-se da dependência afetiva com um cara casado que a trata mal são as ações que dão corpo à personagem. Ao mesmo tempo, sua vontade de autonomia esbarra na falta de grana, na presença de um pai que a mima demais, no desentendimento entre anseios femininos e cinismos masculinos. A diretora romena Ana Lungu organiza essas situações de modo a explicitar o momento de Cristiana como uma sucessão de improvisos. Assim, projeta o sentimento de incertezas que sua protagonista experimenta. A narrativa inarticulada deixa a impressão de pouco avanço no sentido dramático convencional, o que se ajusta bem à ideia de uma existência que gira em círculos. Outra filiação é evocada na referência do título às "Memórias de uma Moça Bem-Comportada", autobiografia da juventude de Simone de Beauvoir, ícone e pioneira do feminismo. As dificuldade da autodeterminação feminina num universo determinado por forças masculinas, do prazer sexual à diferença salarial, dialogam com o que a pensadora francesa chamou de "segundo sexo". UNIVERSAL E ABSTRATA Tal como Beauvoir fez em textos nos quais elabora a reflexão a partir de vivências, a realizadora não pretende representar uma mulher universal e abstrata. Lungu nasceu em 1978, sob o comunismo férreo do ditador Nicolae Ceausescu, e projeta em Cristiana as dúvidas de quem vive agora os conservadorismos da "liberdade" capitalista. É no terceiro sentido de filiação que o filme se torna acanhado. A diretora começou no cinema como parte da equipe de "A Morte do Sr. Lazarescu" (2005), longa que chamou a atenção internacional para a geração romena que atualizou o código realista ao confrontar o passado recente e o presente do país. A câmera fixa, a encenação do banal, a falação contínua foram recursos estilísticos que singularizaram realizadores como Cristi Puiu, Corneliu Porumboiu e Christian Mungiu na década passada, mas que eles próprios já ultrapassaram. Ao filmar segundo o mesmo esquema, Ana Lungu afirma-se como aluna aplicada, mas ainda sem originalidade, uma espécie de filha obediente. AUTORRETRATO DE UMA FILHA OBEDIENTE (Autoportretul unei fete cuminti) DIREÇÃO Ana Lungu ELENCO Elena Popa, Emilian Oprea e Andrei Enache PRODUÇÃO Romênia, 2015, 14 anos QUANDO estreia nesta quinta (24)
| 1 |
Acareação mantém dúvida sobre delatores Youssef e Costa
|
Nem mesmo oito horas de acareação entre o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef foram suficientes para eliminar as divergências existentes entre os depoimentos dos dois delatores, que deram impulso às investigações sobre o esquema de corrupção descoberto na Petrobras. Realizada nesta segunda-feira (22), na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, a audiência não dirimiu as principais contradições entre Youssef e Costa, que ficaram frente a frente pela primeira vez num depoimento. O ex-diretor da Petrobras disse que, em 2010, autorizou Youssef a fazer contribuições para as campanhas da então governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e do senador Humberto Costa (PT-PE), mas o doleiro afirma que não entregou dinheiro a eles. Segundo Youssef, é possível que Costa tenha se confundido e os repasses tenham sido feitos por outros operadores do esquema de corrupção. Roseana e Humberto Costa negam as acusações. A divergência entre eles sobre a campanha da presidente Dilma Rousseff ficou para ser esclarecida em outro momento. Costa diz ter autorizado Youssef a repassar R$ 2 milhões à campanha de Dilma a pedido do ex-ministro Antonio Palocci, na época deputado federal e coordenador da campanha, mas o doleiro diz que não feito pagamentos para Dilma e nega ter tratado desse assunto com Palocci. Por decisão dos delegados e procuradores da Operação Lava Jato, a acareação sobre esse tema foi adiada, já que ainda não houve instalação de inquérito sobre o episódio. Segundo os advogados dos dois delatores, não houve tensão durante a acareação. Apenas num determinado momento, de acordo com os advogados, os delatores trocaram farpas, como "Você não está lembrando direito", e "Não, você é que não está". INTERPRETAÇÕES Para os advogados, as discordâncias não anulam nem põem em cheque as delações. "Ter interpretações diferentes a respeito do mesmo fato não significa que alguém esteja mentindo. Não são nem pontos fundamentais da história", afirmou Tracy Reinaldet, que representa Youssef. O advogado João Mestieri, defensor de Paulo Roberto Costa, também minimizou a importância das contradições. "São coisas que aconteceram há cinco, sete anos. É possível que as pessoas se esqueçam de algum ponto." Os dois delatores chegaram a consenso apenas num tópico de menor importância, sobre a época em que a Braskem teria pago propina para o esquema de corrupção. Costa e Youssef dizem que a Braskem, indústria petroquímica controlada pelo grupo Odebrecht, pagava propina para garantir condições favoráveis na negociação do preço da nafta com a Petrobras, única fornecedora da matéria-prima no Brasil. A Braskem nega as acusações. Advogados de empreiteiras e políticos investigados sob suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção planejam explorar as contradições entre os delatores para se defender na Justiça. Se ficar provado que um dos dois mentiu, eles podem perder benefícios que ganharam como colaboradores, como o direito a prisão domiciliar.
|
poder
|
Acareação mantém dúvida sobre delatores Youssef e CostaNem mesmo oito horas de acareação entre o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef foram suficientes para eliminar as divergências existentes entre os depoimentos dos dois delatores, que deram impulso às investigações sobre o esquema de corrupção descoberto na Petrobras. Realizada nesta segunda-feira (22), na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, a audiência não dirimiu as principais contradições entre Youssef e Costa, que ficaram frente a frente pela primeira vez num depoimento. O ex-diretor da Petrobras disse que, em 2010, autorizou Youssef a fazer contribuições para as campanhas da então governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e do senador Humberto Costa (PT-PE), mas o doleiro afirma que não entregou dinheiro a eles. Segundo Youssef, é possível que Costa tenha se confundido e os repasses tenham sido feitos por outros operadores do esquema de corrupção. Roseana e Humberto Costa negam as acusações. A divergência entre eles sobre a campanha da presidente Dilma Rousseff ficou para ser esclarecida em outro momento. Costa diz ter autorizado Youssef a repassar R$ 2 milhões à campanha de Dilma a pedido do ex-ministro Antonio Palocci, na época deputado federal e coordenador da campanha, mas o doleiro diz que não feito pagamentos para Dilma e nega ter tratado desse assunto com Palocci. Por decisão dos delegados e procuradores da Operação Lava Jato, a acareação sobre esse tema foi adiada, já que ainda não houve instalação de inquérito sobre o episódio. Segundo os advogados dos dois delatores, não houve tensão durante a acareação. Apenas num determinado momento, de acordo com os advogados, os delatores trocaram farpas, como "Você não está lembrando direito", e "Não, você é que não está". INTERPRETAÇÕES Para os advogados, as discordâncias não anulam nem põem em cheque as delações. "Ter interpretações diferentes a respeito do mesmo fato não significa que alguém esteja mentindo. Não são nem pontos fundamentais da história", afirmou Tracy Reinaldet, que representa Youssef. O advogado João Mestieri, defensor de Paulo Roberto Costa, também minimizou a importância das contradições. "São coisas que aconteceram há cinco, sete anos. É possível que as pessoas se esqueçam de algum ponto." Os dois delatores chegaram a consenso apenas num tópico de menor importância, sobre a época em que a Braskem teria pago propina para o esquema de corrupção. Costa e Youssef dizem que a Braskem, indústria petroquímica controlada pelo grupo Odebrecht, pagava propina para garantir condições favoráveis na negociação do preço da nafta com a Petrobras, única fornecedora da matéria-prima no Brasil. A Braskem nega as acusações. Advogados de empreiteiras e políticos investigados sob suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção planejam explorar as contradições entre os delatores para se defender na Justiça. Se ficar provado que um dos dois mentiu, eles podem perder benefícios que ganharam como colaboradores, como o direito a prisão domiciliar.
| 0 |
Ainda não há motivos para o impeachment, diz ex-ministro do STF
|
O ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto afirmou nesta nesta segunda-feira (21) que o impeachment da presidente Dilma Rousseff pode produzir insegurança jurídica no país. "Não se pode pular a cerca da Constituição", disse o ex-presidente do Supremo após uma palestra em São Paulo. Ayres Britto disse ainda que a seu ver, "ainda não há motivos para o impeachment" de Dilma. Segundo ele, para que se configure um crime de responsabilidade é necessário provar uma afronta à Constituição. Britto –que prestou consultoria para a campanha de Aécio Neves no ano passada– ressalta, porém, que esse é um julgamento político. O ex-ministro é um dos conselheiros de Michel Temer. Em 2013, o ex-ministro assinou o prefácio do primeiro livro de poesias do vice-presidente intitulado "Anônima Intimidade". INSEGURANÇA O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) se reuniu na noite de quinta com oito grandes empresários e também disse que ainda não vê um motivo concreto para o impeachment da presidente. O tucano mostrou pessimismo com a situação econômica e política e disse não ver saída com Dilma Rousseff no cargo. Ele acha, porém, que, se Dilma cair por uma razão frágil, como as pedaladas fiscais, há risco para a democracia, pois nenhum governo terá mais segurança jurídica de que terminará o mandato.
|
poder
|
Ainda não há motivos para o impeachment, diz ex-ministro do STFO ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto afirmou nesta nesta segunda-feira (21) que o impeachment da presidente Dilma Rousseff pode produzir insegurança jurídica no país. "Não se pode pular a cerca da Constituição", disse o ex-presidente do Supremo após uma palestra em São Paulo. Ayres Britto disse ainda que a seu ver, "ainda não há motivos para o impeachment" de Dilma. Segundo ele, para que se configure um crime de responsabilidade é necessário provar uma afronta à Constituição. Britto –que prestou consultoria para a campanha de Aécio Neves no ano passada– ressalta, porém, que esse é um julgamento político. O ex-ministro é um dos conselheiros de Michel Temer. Em 2013, o ex-ministro assinou o prefácio do primeiro livro de poesias do vice-presidente intitulado "Anônima Intimidade". INSEGURANÇA O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) se reuniu na noite de quinta com oito grandes empresários e também disse que ainda não vê um motivo concreto para o impeachment da presidente. O tucano mostrou pessimismo com a situação econômica e política e disse não ver saída com Dilma Rousseff no cargo. Ele acha, porém, que, se Dilma cair por uma razão frágil, como as pedaladas fiscais, há risco para a democracia, pois nenhum governo terá mais segurança jurídica de que terminará o mandato.
| 0 |
Pode abrir a geladeira na casa dos amigos?
|
A mãe de um garoto de 11 anos e de uma menina de nove reclamou tanto, mas tanto, dos amigos dos filhos que disse estar com vontade de não deixar mais a garotada ir à sua casa para brincar. E sabe por quê? Porque, segundo ela, as crianças fazem um monte de coisas que ela não quer que sejam feitas na casa dela. Eles abrem a geladeira quando têm vontade de beber ou comer alguma coisa, colocam os pés sobre o sofá, deixam cair restos de alimentos no chão, entram até no quarto de todo mundo... Tudo isso sem pedir permissão a ninguém, na maior falta de cerimônia. A mulher disse que, do jeito que eles se comportam, nem parece que são as visitas da residência. Você costuma ir à casa de seus colegas ou recebê-los na sua? Esses encontros são muito legais, mas é preciso saber algumas regras para que tudo dê certo e não chegue ao ponto que a mãe dessas duas crianças viu chegar. As casas das outras pessoas funcionam de jeitos diferentes, sabia? Seus pais podem até não ligar quando você assiste à televisão deitado no sofá, com os pés para cima, por exemplo. Mas tem gente que pode não gostar desse tipo de comportamento. Ou, então, você pode estar acostumado a pegar o que quiser para comer e beber na sua geladeira, sem precisar pedir para ninguém, mas isso não pode acontecer na casa dos outros: é preciso sempre falar com um adulto. Para ser sempre bem recebido na casa de seus colegas, é preciso prestar atenção e perceber como deve se comportar por lá. Com isso, ganha-se duas coisas importantes: você aprende a ser observador e passa a ser querido pelos pais de seus amigos. Quando for sua vez de convidar os colegas, lembre-se de contar para eles do que seus pais não gostam. Afinal, nem toda criança é observadora ou tem a obrigação de adivinhar nada, não é verdade? Estar com colegas e amigos é sempre muito bom. Mas melhor ainda é aprender o melhor jeito de se comportar em cada lugar que você vai. * Escreva para [email protected] com dúvidas, comentários e sugestões para a coluna; coloque nome, idade e "Quebra-Cabeça" na linha de assunto.
|
colunas
|
Pode abrir a geladeira na casa dos amigos?A mãe de um garoto de 11 anos e de uma menina de nove reclamou tanto, mas tanto, dos amigos dos filhos que disse estar com vontade de não deixar mais a garotada ir à sua casa para brincar. E sabe por quê? Porque, segundo ela, as crianças fazem um monte de coisas que ela não quer que sejam feitas na casa dela. Eles abrem a geladeira quando têm vontade de beber ou comer alguma coisa, colocam os pés sobre o sofá, deixam cair restos de alimentos no chão, entram até no quarto de todo mundo... Tudo isso sem pedir permissão a ninguém, na maior falta de cerimônia. A mulher disse que, do jeito que eles se comportam, nem parece que são as visitas da residência. Você costuma ir à casa de seus colegas ou recebê-los na sua? Esses encontros são muito legais, mas é preciso saber algumas regras para que tudo dê certo e não chegue ao ponto que a mãe dessas duas crianças viu chegar. As casas das outras pessoas funcionam de jeitos diferentes, sabia? Seus pais podem até não ligar quando você assiste à televisão deitado no sofá, com os pés para cima, por exemplo. Mas tem gente que pode não gostar desse tipo de comportamento. Ou, então, você pode estar acostumado a pegar o que quiser para comer e beber na sua geladeira, sem precisar pedir para ninguém, mas isso não pode acontecer na casa dos outros: é preciso sempre falar com um adulto. Para ser sempre bem recebido na casa de seus colegas, é preciso prestar atenção e perceber como deve se comportar por lá. Com isso, ganha-se duas coisas importantes: você aprende a ser observador e passa a ser querido pelos pais de seus amigos. Quando for sua vez de convidar os colegas, lembre-se de contar para eles do que seus pais não gostam. Afinal, nem toda criança é observadora ou tem a obrigação de adivinhar nada, não é verdade? Estar com colegas e amigos é sempre muito bom. Mas melhor ainda é aprender o melhor jeito de se comportar em cada lugar que você vai. * Escreva para [email protected] com dúvidas, comentários e sugestões para a coluna; coloque nome, idade e "Quebra-Cabeça" na linha de assunto.
| 10 |
Confira o recarregador USB solar e outras compras tecnológicas
|
Toda terça-feira, "Tec" divulga os mais legais itens do mundo da tecnologia que estão à venda, tanto no Brasil quanto lá fora. Confira, na galeria de imagens abaixo, a coletânea das melhores compras tecnológicas desta semana:
|
tec
|
Confira o recarregador USB solar e outras compras tecnológicasToda terça-feira, "Tec" divulga os mais legais itens do mundo da tecnologia que estão à venda, tanto no Brasil quanto lá fora. Confira, na galeria de imagens abaixo, a coletânea das melhores compras tecnológicas desta semana:
| 5 |
André Vargas declarou à receita valor inferior de imóvel, diz relatório
|
Um relatório da Receita Federal anexado à Operação Lava Jato apontou que o ex-deputado federal André Vargas (sem partido-PR) ocultou do fisco "o real valor" de uma casa adquirida num condomínio residencial em Londrina (PR) no ano de 2011. A divergência, segundo a Receita, foi de R$ 480 mil. A Receita também concluiu pela "falta de constatação da real fonte de recursos ou origem conhecida" da maior parte do valor pago por Vargas e sua mulher, Eidilaira, pela compra do mesmo imóvel. Segundo a Receita, Vargas, até o ano passado um dos principais nomes do PT na Câmara, e sua mulher declararam R$ 500 mil na aquisição do imóvel, mas o vendedor do imóvel, o juiz federal Eduardo Fernando Appio, declarou no seu Imposto de Renda que na verdade vendeu a casa por R$ 980 mil. Em outro ponto do relatório, a Receita levantou dúvidas sobre as receitas obtidas pela empresa de um irmão de Vargas, a LSI Solução em Serviços Empresariais. A firma declarou receita total de R$ 1,49 milhão em 2012, dos quais R$ 1,19 milhão foram declarados como distribuição aos sócios a título de dividendos. A Receita pediu aprofundamento sobre a natureza dos serviços prestados pela empresa. Após a deflagração da Operação Lava Jato, em março de 2014, Vargas passou a ser investigado por suas ligações com o doleiro Alberto Youssef. Em dezembro de 2014, ele teve seu mandato cassado no plenário da Câmara por quebra de decoro parlamentar. O documento da Receita foi produzido em julho de 2014 e desde então permanecia sob sigilo na PGR (Procuradoria Geral da República). Como Vargas, após ser cassado, perdeu o foro privilegiado no STF (Supremo Tribunal Federal), os documentos relativos ao ex-parlamentar foram enviados à Justiça Federal do Paraná. Os papéis foram anexados nesta terça-feira (24) aos autos da Lava Jato por determinação do juiz federal Sergio Moro. A casa adquirida por Vargas é localizada no condomínio Alphaville Jacarandás de Londrina (PR), com 300 m² de área construída e terreno de 610 m². Segundo um acordo assinado entre o juiz e a mulher de Vargas, pelo imóvel seriam pagos R$ 500 mil até maio de 2011, mais R$ 303,5 mil até novembro do mesmo ano e outros R$ 176,4 mil diretamente à empresa construtora do imóvel. Por meio de documentos encaminhados à Receita, o juiz federal Appio comprovou que os depósitos foram feitos conforme o combinado. Porém, ao entregar a declaração de Imposto de Renda à Receita relativo a 2011, o casal Vargas apontou um valor R$ 480 mil inferior ao apontado pelo juiz. Em carta à Receita, Appio afirmou que Eidilaira apresentou-se, durante toda a negociação, como "empresária e solteira" e seu contato com ela deu-se "através dos corretores envolvidos", pois o juiz residia em Itajaí (SC). Appio revelou ainda que partiu de Eidilaira "a exigência" de que a escritura e o contrato particular de venda "englobasse apenas o valor do bem de raiz", o que excluiu "a comissão do corretor, benfeitorias e os móveis da casa". Conforme o magistrado, a decisão de anotar R$ 500 mil "atendia a legislação brasileira da época" e foi pedida por Eidilaira "para fins de ITBI", referência a uma menor cobrança de Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis. O juiz disse que declarou "integralmente o valor do negócio" e se portou "de forma transparente e de boa-fé". A Receita levantou várias dúvidas sobre a origem dos recursos usados por Vargas para a compra do imóvel. "Da análise fiscal efetuada não se verifica mínima correspondência de valores a débito das contas do casal comprador André Vargas e sua cônjuge, que sejam compatíveis com o que teria recebido o vendedor do imóvel, exceção apenas possivelmente ao depósito em cheque de R$ 193 mil", concluiu o relatório da Receita. OUTRO LADO O advogado do ex-deputado, Michel Saliba, disse que seu cliente não havia sido notificado pela Receita sobre a compra do imóvel, até a noite desta terça-feira (24), e por isso "não sabe nem o que poderia estar sendo questionado", mas que "prestará todos os esclarecimentos à Receita assim que for notificado". Saliba disse ter conversado com Vargas sobre o assunto logo após ter sido procurado pela Folha. "O meu cliente está absolutamente tranquilo quanto à negociação", disse Saliba. O advogado afirmou que também não tinha conhecimento do assunto. "Se há alguma dúvida, tudo será esclarecido à Receita", afirmou o defensor.
|
poder
|
André Vargas declarou à receita valor inferior de imóvel, diz relatórioUm relatório da Receita Federal anexado à Operação Lava Jato apontou que o ex-deputado federal André Vargas (sem partido-PR) ocultou do fisco "o real valor" de uma casa adquirida num condomínio residencial em Londrina (PR) no ano de 2011. A divergência, segundo a Receita, foi de R$ 480 mil. A Receita também concluiu pela "falta de constatação da real fonte de recursos ou origem conhecida" da maior parte do valor pago por Vargas e sua mulher, Eidilaira, pela compra do mesmo imóvel. Segundo a Receita, Vargas, até o ano passado um dos principais nomes do PT na Câmara, e sua mulher declararam R$ 500 mil na aquisição do imóvel, mas o vendedor do imóvel, o juiz federal Eduardo Fernando Appio, declarou no seu Imposto de Renda que na verdade vendeu a casa por R$ 980 mil. Em outro ponto do relatório, a Receita levantou dúvidas sobre as receitas obtidas pela empresa de um irmão de Vargas, a LSI Solução em Serviços Empresariais. A firma declarou receita total de R$ 1,49 milhão em 2012, dos quais R$ 1,19 milhão foram declarados como distribuição aos sócios a título de dividendos. A Receita pediu aprofundamento sobre a natureza dos serviços prestados pela empresa. Após a deflagração da Operação Lava Jato, em março de 2014, Vargas passou a ser investigado por suas ligações com o doleiro Alberto Youssef. Em dezembro de 2014, ele teve seu mandato cassado no plenário da Câmara por quebra de decoro parlamentar. O documento da Receita foi produzido em julho de 2014 e desde então permanecia sob sigilo na PGR (Procuradoria Geral da República). Como Vargas, após ser cassado, perdeu o foro privilegiado no STF (Supremo Tribunal Federal), os documentos relativos ao ex-parlamentar foram enviados à Justiça Federal do Paraná. Os papéis foram anexados nesta terça-feira (24) aos autos da Lava Jato por determinação do juiz federal Sergio Moro. A casa adquirida por Vargas é localizada no condomínio Alphaville Jacarandás de Londrina (PR), com 300 m² de área construída e terreno de 610 m². Segundo um acordo assinado entre o juiz e a mulher de Vargas, pelo imóvel seriam pagos R$ 500 mil até maio de 2011, mais R$ 303,5 mil até novembro do mesmo ano e outros R$ 176,4 mil diretamente à empresa construtora do imóvel. Por meio de documentos encaminhados à Receita, o juiz federal Appio comprovou que os depósitos foram feitos conforme o combinado. Porém, ao entregar a declaração de Imposto de Renda à Receita relativo a 2011, o casal Vargas apontou um valor R$ 480 mil inferior ao apontado pelo juiz. Em carta à Receita, Appio afirmou que Eidilaira apresentou-se, durante toda a negociação, como "empresária e solteira" e seu contato com ela deu-se "através dos corretores envolvidos", pois o juiz residia em Itajaí (SC). Appio revelou ainda que partiu de Eidilaira "a exigência" de que a escritura e o contrato particular de venda "englobasse apenas o valor do bem de raiz", o que excluiu "a comissão do corretor, benfeitorias e os móveis da casa". Conforme o magistrado, a decisão de anotar R$ 500 mil "atendia a legislação brasileira da época" e foi pedida por Eidilaira "para fins de ITBI", referência a uma menor cobrança de Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis. O juiz disse que declarou "integralmente o valor do negócio" e se portou "de forma transparente e de boa-fé". A Receita levantou várias dúvidas sobre a origem dos recursos usados por Vargas para a compra do imóvel. "Da análise fiscal efetuada não se verifica mínima correspondência de valores a débito das contas do casal comprador André Vargas e sua cônjuge, que sejam compatíveis com o que teria recebido o vendedor do imóvel, exceção apenas possivelmente ao depósito em cheque de R$ 193 mil", concluiu o relatório da Receita. OUTRO LADO O advogado do ex-deputado, Michel Saliba, disse que seu cliente não havia sido notificado pela Receita sobre a compra do imóvel, até a noite desta terça-feira (24), e por isso "não sabe nem o que poderia estar sendo questionado", mas que "prestará todos os esclarecimentos à Receita assim que for notificado". Saliba disse ter conversado com Vargas sobre o assunto logo após ter sido procurado pela Folha. "O meu cliente está absolutamente tranquilo quanto à negociação", disse Saliba. O advogado afirmou que também não tinha conhecimento do assunto. "Se há alguma dúvida, tudo será esclarecido à Receita", afirmou o defensor.
| 0 |
O futuro é das mulheres
|
Colunismo é serviço público. Um exemplo: se o digníssimo leitor viajar para Portugal, cuidado com as cantadas para conquistar as lusitanas. Sobretudo cantadas com propostas de teor sexual. As cantadas —ou, para usar a terminologia dos nativos, os "piropos"— podem dar cadeia (um ano). Se a ninfa tiver menos de 14 anos, a coisa piora (três anos). Nada a dizer: quem sou eu para perturbar a histeria feminista, que vê no piropo reles ("Ai borracho, era eu por cima e tu por baixo!") um crime hediondo? Apenas suspeito que chegará um dia —não muito distante— em que a Europa, as mulheres da Europa e até as feministas da Europa terão saudades dessas agressões verbais. Será preciso relembrar o que aconteceu em Colônia e outras cidades alemãs (Stuttgart, Hamburgo) na virada do ano? Talvez seja, até porque as notícias demoraram a chegar ao conhecimento geral: um número indeterminado de mulheres (a cifra mais recente aponta para 379) foram vítimas de violência em plena via pública; 120 foram abusadas sexualmente; confirma-se uma violação até ao momento. Autores dos crimes? Centenas, ou talvez um milhar, de homens organizados. E quem foram esses homens? Ó Deus, aqui vamos nós: vítimas e testemunhas falam de uma maioria de agressores do Oriente Médio e do norte de África, o que talvez explique o estado de choque da imprensa "progressista". Mas não apenas da imprensa: a polícia, presente no local, assistiu a tudo da arquibancada, talvez para não perturbar a cultura do Outro e o papel de submissão e castigo que ele reserva para vadias de minissaia. Uma semana depois da selvajaria (que, já agora, também esteve quase para acontecer na Finlândia), o chefe da polícia de Colônia foi demitido. E, no momento em que escrevo, existem 31 suspeitos confirmados (e, desses 31, 18 são refugiados dessas regiões problemáticas, que pediram asilo na Alemanha). Perante a novidade do crime, a velha pergunta leninista impõe-se: que fazer? A primeira opção é silenciar os crimes politicamente desconfortáveis, tentação que deve ter ocorrido aos alemães. Não seria a primeira vez. Na Inglaterra, por exemplo, descobriu-se em 2014 que 1.400 menores da cidade de Roterdã foram abusados sexualmente e traficados pelo país inteiro por uma rede criminosa maioritariamente composta por paquistaneses muçulmanos. Mesmo com o conhecimento das "autoridades"-polícias, políticos, assistentes sociais. A segunda opção é aprender com a Noruega e a Bélgica, que pretendem ministrar a imigrantes de "culturas diferentes" (ah, adoro eufemismos!) aulas de "respeito pelas mulheres". Não sei em que consistem essas aulas, mas imagino o professor, com imaculado espírito multiculturalista, a comunicar à turma: - Eu não estou aqui para vos julgar: se vocês consideram que uma mulher de minissaia merece ser violada, eu respeito. Mas, se me permitem, na Europa nós fazemos as coisas de outra forma porque..." (o professor é interrompido e espancado em plena sessão). E depois existe a terceira opção, que se resume em três letras: lei. Para uma sociedade civilizada, é indiferente saber o que pensam os imigrantes de "culturas diferentes" sobre mulheres com minissaia. O que não é indiferente é a aplicação da lei, com dureza e justeza, sempre que a delinquência mostrar as garras. Será que as feministas que combatem tão arduamente as "agressões verbais" estão prontas para uma batalha maior contra indivíduos de "culturas diferentes" que preferem agressões mais palpáveis (no duplo sentido da palavra)? Faço a pergunta a um colega de ofício, cínico profissional, que me diz: "Tens que ler 'Submissão', do Michel Houellebecq". Agradeço a recomendação, digo que já li e acrescento: "Entendo. Tens medo da islamização da Europa perante a covardia da nossa 'intelligentsia', certo?". Ele olha-me com espanto, ri alto e depois conclui: "Medo? Mas medo por quê? Eu sou homem. Tu és homem. Até os nossos filhos são do sexo masculino. Achas que somos nós que devemos ter medo de alguma coisa?". Ficamos os dois em silêncio. E continuamos em respeitoso silêncio quando uma garota de Ipanema passa na calçada.
|
colunas
|
O futuro é das mulheresColunismo é serviço público. Um exemplo: se o digníssimo leitor viajar para Portugal, cuidado com as cantadas para conquistar as lusitanas. Sobretudo cantadas com propostas de teor sexual. As cantadas —ou, para usar a terminologia dos nativos, os "piropos"— podem dar cadeia (um ano). Se a ninfa tiver menos de 14 anos, a coisa piora (três anos). Nada a dizer: quem sou eu para perturbar a histeria feminista, que vê no piropo reles ("Ai borracho, era eu por cima e tu por baixo!") um crime hediondo? Apenas suspeito que chegará um dia —não muito distante— em que a Europa, as mulheres da Europa e até as feministas da Europa terão saudades dessas agressões verbais. Será preciso relembrar o que aconteceu em Colônia e outras cidades alemãs (Stuttgart, Hamburgo) na virada do ano? Talvez seja, até porque as notícias demoraram a chegar ao conhecimento geral: um número indeterminado de mulheres (a cifra mais recente aponta para 379) foram vítimas de violência em plena via pública; 120 foram abusadas sexualmente; confirma-se uma violação até ao momento. Autores dos crimes? Centenas, ou talvez um milhar, de homens organizados. E quem foram esses homens? Ó Deus, aqui vamos nós: vítimas e testemunhas falam de uma maioria de agressores do Oriente Médio e do norte de África, o que talvez explique o estado de choque da imprensa "progressista". Mas não apenas da imprensa: a polícia, presente no local, assistiu a tudo da arquibancada, talvez para não perturbar a cultura do Outro e o papel de submissão e castigo que ele reserva para vadias de minissaia. Uma semana depois da selvajaria (que, já agora, também esteve quase para acontecer na Finlândia), o chefe da polícia de Colônia foi demitido. E, no momento em que escrevo, existem 31 suspeitos confirmados (e, desses 31, 18 são refugiados dessas regiões problemáticas, que pediram asilo na Alemanha). Perante a novidade do crime, a velha pergunta leninista impõe-se: que fazer? A primeira opção é silenciar os crimes politicamente desconfortáveis, tentação que deve ter ocorrido aos alemães. Não seria a primeira vez. Na Inglaterra, por exemplo, descobriu-se em 2014 que 1.400 menores da cidade de Roterdã foram abusados sexualmente e traficados pelo país inteiro por uma rede criminosa maioritariamente composta por paquistaneses muçulmanos. Mesmo com o conhecimento das "autoridades"-polícias, políticos, assistentes sociais. A segunda opção é aprender com a Noruega e a Bélgica, que pretendem ministrar a imigrantes de "culturas diferentes" (ah, adoro eufemismos!) aulas de "respeito pelas mulheres". Não sei em que consistem essas aulas, mas imagino o professor, com imaculado espírito multiculturalista, a comunicar à turma: - Eu não estou aqui para vos julgar: se vocês consideram que uma mulher de minissaia merece ser violada, eu respeito. Mas, se me permitem, na Europa nós fazemos as coisas de outra forma porque..." (o professor é interrompido e espancado em plena sessão). E depois existe a terceira opção, que se resume em três letras: lei. Para uma sociedade civilizada, é indiferente saber o que pensam os imigrantes de "culturas diferentes" sobre mulheres com minissaia. O que não é indiferente é a aplicação da lei, com dureza e justeza, sempre que a delinquência mostrar as garras. Será que as feministas que combatem tão arduamente as "agressões verbais" estão prontas para uma batalha maior contra indivíduos de "culturas diferentes" que preferem agressões mais palpáveis (no duplo sentido da palavra)? Faço a pergunta a um colega de ofício, cínico profissional, que me diz: "Tens que ler 'Submissão', do Michel Houellebecq". Agradeço a recomendação, digo que já li e acrescento: "Entendo. Tens medo da islamização da Europa perante a covardia da nossa 'intelligentsia', certo?". Ele olha-me com espanto, ri alto e depois conclui: "Medo? Mas medo por quê? Eu sou homem. Tu és homem. Até os nossos filhos são do sexo masculino. Achas que somos nós que devemos ter medo de alguma coisa?". Ficamos os dois em silêncio. E continuamos em respeitoso silêncio quando uma garota de Ipanema passa na calçada.
| 10 |
Maratona de Londres terá duelo entre recordistas e atração do espaço
|
O recordista mundial da maratona, Dennis Kimetto, e seu antecessor, Wilson Kipsang, duelam neste domingo (24) nas ruas de Londres para decidir quem é o mais rápido maratonista do planeta. Para isso, os "coelhos" (marcadores de ritmo) foram orientados a passar a metade da prova em 1h01min45. Essa foi exatamente a passagem de Kimetto na meia maratona quando bateu o recorde mundial em 2014, em Berlim, com marca de 2h02min57. No pelotão de elite, nada menos que oito corredores já completaram a distância em menos de duas horas e seis minutos –feito jamais conseguido por um brasileiro. Nessa constelação de estrelas, até mesmo o brilho do atual campeão mundial fica ofuscado: com 2h07min47 como melhor tempo pessoal, Ghirmay Ghebrselassie, da Eritreia, detém apenas a décima melhor marca entre os competidores em Londres. Na hora da largada, porém, conquistas passadas e posição no ranking perdem importância. Corredores com marcas mais lentas podem se tornar vencedores, como ocorreu no ano passado, quando o queniano Kipsang foi suplantado por seu compatriota Eliud Kipchoge. O campeão volta para defender seu título, tendo ainda como perseguidor o mago das pistas Kenenisa Bekele, etíope que é atual recordista mundial dos 5.000 m e dos 10.000 m, dono de quatro medalhas olímpicas (das quais três de ouro, uma de prata). No feminino, a queniana Mary Keitany, bicampeã em Londres e tida por especialistas como a melhor maratonista da atualidade, tenta dar o troco na campeã Tigist Tufa. Em 2015, a etíope surpreendeu Keitany a cinco quilômetros da chegada. Construiu vantagem que a queniana, então favorita, não superou. Enquanto as rivais se digladiam, outras atletas se aprontam para dar o bote. Campeã mundial, a etíope Mare Dibaba mostrou ser capaz de manter a calma mesmo nas disputas mais acirradas. Sua compatriota Asefelech Mergia, tricampeã de Dubai, abdicou de participar neste ano da rica prova pare se voltar-se aos treinos para Londres. ATRAÇÃO DO ESPAÇO Fora do mundo da elite do atletismo internacional, o destaque vai para o espaço. O astronauta britânico Tim Peake, em órbita na ISS (sigla em inglês para Estação Espacial Internacional), será um dos cerca de 38 mil participantes da maratona. Por causa da microgravidade na estação espacial, pessoas e objetos parecem não ter peso: flutuam no ambiente. Peake terá de ficar amarrado à esteira em que vai correr para se tornar o primeiro homem maratonista do espaço –em 2007, a astronauta norte-americana Sunita Williams fez a maratona de Boston em 4h24min em missão na ISS. Peake, que correu a maratona de Londres em terra firme em 3h18min em 1999, espera completar o desafio em menos de quatro horas. MARATONA DE SP A maratona de São Paulo começa às 6h50 deste domingo (24), com a largada da elite feminina. Às 7h30 será realizada a largada da elite masculina. Tanto a largada quanto a chegada ocorrerão em frente ao obelisco do Parque do Ibirapuera, na zona sul. No masculino, um brasileiro não triunfa no evento desde 2012. No feminino, a seca já perdura desde 2010. NA TV Maratona de Londres 5h10 (domingo) SporTV
|
esporte
|
Maratona de Londres terá duelo entre recordistas e atração do espaçoO recordista mundial da maratona, Dennis Kimetto, e seu antecessor, Wilson Kipsang, duelam neste domingo (24) nas ruas de Londres para decidir quem é o mais rápido maratonista do planeta. Para isso, os "coelhos" (marcadores de ritmo) foram orientados a passar a metade da prova em 1h01min45. Essa foi exatamente a passagem de Kimetto na meia maratona quando bateu o recorde mundial em 2014, em Berlim, com marca de 2h02min57. No pelotão de elite, nada menos que oito corredores já completaram a distância em menos de duas horas e seis minutos –feito jamais conseguido por um brasileiro. Nessa constelação de estrelas, até mesmo o brilho do atual campeão mundial fica ofuscado: com 2h07min47 como melhor tempo pessoal, Ghirmay Ghebrselassie, da Eritreia, detém apenas a décima melhor marca entre os competidores em Londres. Na hora da largada, porém, conquistas passadas e posição no ranking perdem importância. Corredores com marcas mais lentas podem se tornar vencedores, como ocorreu no ano passado, quando o queniano Kipsang foi suplantado por seu compatriota Eliud Kipchoge. O campeão volta para defender seu título, tendo ainda como perseguidor o mago das pistas Kenenisa Bekele, etíope que é atual recordista mundial dos 5.000 m e dos 10.000 m, dono de quatro medalhas olímpicas (das quais três de ouro, uma de prata). No feminino, a queniana Mary Keitany, bicampeã em Londres e tida por especialistas como a melhor maratonista da atualidade, tenta dar o troco na campeã Tigist Tufa. Em 2015, a etíope surpreendeu Keitany a cinco quilômetros da chegada. Construiu vantagem que a queniana, então favorita, não superou. Enquanto as rivais se digladiam, outras atletas se aprontam para dar o bote. Campeã mundial, a etíope Mare Dibaba mostrou ser capaz de manter a calma mesmo nas disputas mais acirradas. Sua compatriota Asefelech Mergia, tricampeã de Dubai, abdicou de participar neste ano da rica prova pare se voltar-se aos treinos para Londres. ATRAÇÃO DO ESPAÇO Fora do mundo da elite do atletismo internacional, o destaque vai para o espaço. O astronauta britânico Tim Peake, em órbita na ISS (sigla em inglês para Estação Espacial Internacional), será um dos cerca de 38 mil participantes da maratona. Por causa da microgravidade na estação espacial, pessoas e objetos parecem não ter peso: flutuam no ambiente. Peake terá de ficar amarrado à esteira em que vai correr para se tornar o primeiro homem maratonista do espaço –em 2007, a astronauta norte-americana Sunita Williams fez a maratona de Boston em 4h24min em missão na ISS. Peake, que correu a maratona de Londres em terra firme em 3h18min em 1999, espera completar o desafio em menos de quatro horas. MARATONA DE SP A maratona de São Paulo começa às 6h50 deste domingo (24), com a largada da elite feminina. Às 7h30 será realizada a largada da elite masculina. Tanto a largada quanto a chegada ocorrerão em frente ao obelisco do Parque do Ibirapuera, na zona sul. No masculino, um brasileiro não triunfa no evento desde 2012. No feminino, a seca já perdura desde 2010. NA TV Maratona de Londres 5h10 (domingo) SporTV
| 4 |
Aumento no preço do gás de cozinha corrige distorção, diz Parente
|
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou nesta terça (1°) que as mudanças no preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP, o gás de cozinha) tem por objetivo eliminar subsídios cruzados que eram concedidos no setor. "Algumas distribuidoras usavam a infraestrutura da Petrobras e pagavam por isso. Outras usavam e não pagavam. E isso é injusto", afirmou o executivo, em entrevista após evento no Rio. Por isso, explicou, a Petrobras decidiu incluir no preço cobrado às distribuidoras os custos logísticos da entrega do gás. São custos referentes ao uso, por exemplo, de tanques de estocagem do combustível. A mudança passou a vigorar nesta terça e provocará aumento no preço do combustível. De acordo com fontes das distribuidoras, a alta será de até 4%, ou cerca de R$ 2 por botijão de 13 quilos. A Petrobras discorda da conta e diz que o aumento médio será de R$ 0,20. O preço final, porém, é livre e dependerá da estratégia comercial de cada distribuidora. Parente afirmou que a mudança torna mais transparente os custos de logística e, por isso, pode ajudar a atrair investimentos para o setor. A estatal já promoveu alteração semelhante nos contratos com as distribuidoras de combustíveis líquidos, como gasolina e diesel, há dois anos. O presidente da Petrobras ressaltou que não houve reajuste no preço do GLP, mas apenas a inclusão dos custos logísticos.
|
mercado
|
Aumento no preço do gás de cozinha corrige distorção, diz ParenteO presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou nesta terça (1°) que as mudanças no preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP, o gás de cozinha) tem por objetivo eliminar subsídios cruzados que eram concedidos no setor. "Algumas distribuidoras usavam a infraestrutura da Petrobras e pagavam por isso. Outras usavam e não pagavam. E isso é injusto", afirmou o executivo, em entrevista após evento no Rio. Por isso, explicou, a Petrobras decidiu incluir no preço cobrado às distribuidoras os custos logísticos da entrega do gás. São custos referentes ao uso, por exemplo, de tanques de estocagem do combustível. A mudança passou a vigorar nesta terça e provocará aumento no preço do combustível. De acordo com fontes das distribuidoras, a alta será de até 4%, ou cerca de R$ 2 por botijão de 13 quilos. A Petrobras discorda da conta e diz que o aumento médio será de R$ 0,20. O preço final, porém, é livre e dependerá da estratégia comercial de cada distribuidora. Parente afirmou que a mudança torna mais transparente os custos de logística e, por isso, pode ajudar a atrair investimentos para o setor. A estatal já promoveu alteração semelhante nos contratos com as distribuidoras de combustíveis líquidos, como gasolina e diesel, há dois anos. O presidente da Petrobras ressaltou que não houve reajuste no preço do GLP, mas apenas a inclusão dos custos logísticos.
| 2 |
UE chega a consenso sobre plano turco para conter fluxo de migrantes
|
Os líderes da União Europeia chegaram a um consenso na noite desta quinta-feira (17) sobre as propostas da Turquia para conter o fluxo de refugiados no continente. A posição do bloco deve ser apresentada ao premiê turco, Ahmet Davutoglu, na manhã desta sexta-feira (18), no segundo dia da cúpula do bloco sobre o tema, em Bruxelas (Bélgica). Os europeus concordam com o principal ponto apresentado por Ancara na reunião anterior, no dia 7 de março: os turcos se dispõem a levar de volta para seu território migrantes e refugiados que tenham chegado a ilhas gregas em travessias ilegais. Em contrapartida, a cada sírio recolhido nessas operações, a UE se compromete a reassentar em um de seus países-membros outro sírio que esteja legalmente vivendo em acampamentos na Turquia. Segundo a imprensa alemã, que teve acesso a trechos do rascunho do acordo costurado na quinta, a troca de migrantes sírios já valeria a partir deste domingo (20). A UE tenta fixar um limite para acolher os reassentados; no rascunho, está o teto de 72 mil, mas a Grécia é contrária à fixação de uma medida desse tipo antes que se consiga desmontar as quadrilhas que fazem as viagens pelo mar Egeu levando os refugiados. O objetivo maior da UE é fechar a chamada "rota balcânica", principal via de entrada dos refugiados que vêm da Turquia rumo à Europa central. Por esse caminho passaram cerca de 1 milhão de pessoas em 2015. € 6 BILHÕES O rascunho da declaração final diz que a UE está disposta a aceitar a reivindicação da Turquia de dobrar para € 6 bilhões (R$ 24,5 bilhões) a ajuda do bloco para Ancara recolher os migrantes e refugiados e abrigá-los em seu território. Em novembro, a UE já havia acertado com a Turquia € 3 bilhões (R$ 12,25 bilhões) para esse fim ao longo de 2016 e 2017. Mas, de acordo com o texto a ser aprovado, a segunda metade só seria liberada durante 2018, quando a primeira parte já houver sido utilizada integralmente e se os "resultados desejados" tiverem sido alcançados. A proposta deve sofrer resistência do governo turco, que pretende controlar o dinheiro de maneira independente. PREMIÊ TURCO Nesta sexta, uma troica formada por Donald Tusk (presidente do Conselho Europeu), Jean-Claude Juncker (presidente da Comissão Europeia, braço executivo da UE) e o premiê holandês, Mark Rutte, se encontra com Davutoglu para tentar finalizar o acordo. O provável pacto com a Turquia tem sido alvo de críticas da ONU e de entidades de defesa dos direitos humanos, que apontam violações às convenções de proteção a refugiados. Dentro da própria UE há resistência sobre negociar com o governo turco, que internamente tem promovido forte repressão à liberdade de expressão, com prisão de jornalistas e tomada de controle de veículos ligados à oposição, como o diário "Zaman".
|
mundo
|
UE chega a consenso sobre plano turco para conter fluxo de migrantesOs líderes da União Europeia chegaram a um consenso na noite desta quinta-feira (17) sobre as propostas da Turquia para conter o fluxo de refugiados no continente. A posição do bloco deve ser apresentada ao premiê turco, Ahmet Davutoglu, na manhã desta sexta-feira (18), no segundo dia da cúpula do bloco sobre o tema, em Bruxelas (Bélgica). Os europeus concordam com o principal ponto apresentado por Ancara na reunião anterior, no dia 7 de março: os turcos se dispõem a levar de volta para seu território migrantes e refugiados que tenham chegado a ilhas gregas em travessias ilegais. Em contrapartida, a cada sírio recolhido nessas operações, a UE se compromete a reassentar em um de seus países-membros outro sírio que esteja legalmente vivendo em acampamentos na Turquia. Segundo a imprensa alemã, que teve acesso a trechos do rascunho do acordo costurado na quinta, a troca de migrantes sírios já valeria a partir deste domingo (20). A UE tenta fixar um limite para acolher os reassentados; no rascunho, está o teto de 72 mil, mas a Grécia é contrária à fixação de uma medida desse tipo antes que se consiga desmontar as quadrilhas que fazem as viagens pelo mar Egeu levando os refugiados. O objetivo maior da UE é fechar a chamada "rota balcânica", principal via de entrada dos refugiados que vêm da Turquia rumo à Europa central. Por esse caminho passaram cerca de 1 milhão de pessoas em 2015. € 6 BILHÕES O rascunho da declaração final diz que a UE está disposta a aceitar a reivindicação da Turquia de dobrar para € 6 bilhões (R$ 24,5 bilhões) a ajuda do bloco para Ancara recolher os migrantes e refugiados e abrigá-los em seu território. Em novembro, a UE já havia acertado com a Turquia € 3 bilhões (R$ 12,25 bilhões) para esse fim ao longo de 2016 e 2017. Mas, de acordo com o texto a ser aprovado, a segunda metade só seria liberada durante 2018, quando a primeira parte já houver sido utilizada integralmente e se os "resultados desejados" tiverem sido alcançados. A proposta deve sofrer resistência do governo turco, que pretende controlar o dinheiro de maneira independente. PREMIÊ TURCO Nesta sexta, uma troica formada por Donald Tusk (presidente do Conselho Europeu), Jean-Claude Juncker (presidente da Comissão Europeia, braço executivo da UE) e o premiê holandês, Mark Rutte, se encontra com Davutoglu para tentar finalizar o acordo. O provável pacto com a Turquia tem sido alvo de críticas da ONU e de entidades de defesa dos direitos humanos, que apontam violações às convenções de proteção a refugiados. Dentro da própria UE há resistência sobre negociar com o governo turco, que internamente tem promovido forte repressão à liberdade de expressão, com prisão de jornalistas e tomada de controle de veículos ligados à oposição, como o diário "Zaman".
| 3 |
Margaret Atwood comenta bases reais do livro e série 'O Conto da Aia'
|
A regra que Margaret Atwood adotou, ao escrever "The Handmaid's Tale" ("O Conto da Aia", de 1985), foi que tudo precisava ter um antecedente real. A adaptação do serviço Hulu TV para seu romance funciona de modo parecido. Mesmo quando a série expande e acrescenta cenas que não eram parte do material original, elas "poderiam ter sido, porque têm precedentes", diz Atwood. Antes de o episódio 10 ir ao ar, encerrando a temporada na quarta (14), ela comentou as bases históricas do livro e elementos desconcertantes da série. CÓDIGOS DE VESTIMENTA (EP. 1) As mulheres de Gilead usam roupas e cores prescritas pela sua posição na sociedade: vermelho para as aias, azul para as mulheres casadas, verde para as Marthas, marrom para as tias. "Organizar pessoas de acordo com o que elas vestem é uma vocação humana muito, muito antiga", diz Atwood. Data do primeiro código legal conhecido, o Código de Hamurabi, que dispunha, por exemplo, que "apenas damas aristocráticas tinham o direito de usar véus". "Se uma escrava fosse apanhada usando um véu, a pena era a morte. Usar o véu significava fingir ser quem ela não era." O traje da aia tem várias fontes (véus e toucas da era vitoriana, capuzes de freiras). A visita de Atwood ao Afeganistão –durante a qual ela usou um chador–, em 1978, também foi uma influência. Todos esses códigos de vestimenta –como o uso da estrela de Davi amarela pelos judeus e de um triângulo rosa pelos homossexuais no nazismo– eram formas de "identificar, controlar pessoas". "É fácil perceber de imediato quem aquela pessoa é." No Canadá, o vermelho das aias foi usado para os uniformes de prisioneiros de guerra, acrescenta Atwood, "porque é bem visível na neve". O vermelho também veio da iconografia cristã do final da era medieval e começo do Renascimento. "A Virgem Maria sempre usava azul, e Maria Madalena, vermelho". CONCEPÇÃO FORÇADA (EP.2) Em Gilead os fins justificam os meios; vemos isso quando Janine tem um bebê e não consegue aceitar que não pode ficar com a criança. "Há muitas utopias e distopias de base econômica, mas essa vai direto à raiz absoluta: quantas pessoas existirão em uma sociedade? Como essas pessoas serão concebidas?" Tiranos como Hitler e Ceausescu ditaram regras para a fertilidade em seus países e trataram como criminosos quem não as cumprissem. "Não foi por acidente que Napoleão proibiu o aborto. Ele desejava que as mulheres tivessem filhos para que não faltassem soldados." As aias são forçadas a ter filhos para outras mulheres. Quando uma junta militar assumiu o poder na Argentina, em 1976, até 500 crianças e recém-nascidos "desapareceram" –foram adotados por militares e policiais. Na Austrália e no Canadá, centenas de milhares de crianças indígenas foram separadas à força de suas famílias. "A situação provavelmente era apresentada como 'nossa, estamos dando uma oportunidade a essas crianças. Elas vão à escola!' Seria algo assim." ESTERILIDADE (EP. 4) Ao considerar seus problemas de fertilidade, a República de Gilead não leva em conta a outra metade da equação: os homens. "A tia Lydia diz que as mulheres é que são estéreis. Por séculos e séculos, era isso que as pessoas achavam." Henrique 8º não parava de trocar de mulher (e de religião de Estado), aponta Atwood. Na série, o médico que ajuda Offred sabe que as coisas não são assim. Serena Joy também, e decide que Offred [encarregada de engravidar por ela] pode se servir de um amante. "É uma das coisas de que Ana Bolena foi acusada –fazer sexo com seu irmão para gerar uma criança", diz. A EMBAIXADORA (EP. 6) "A Offred da série é mais ativa. Em parte porque se trata de uma série de TV americana." No romance, Offred nunca pediria a ajuda de um emissário estrangeiro. No romance, Offred encontra turistas japoneses que presume serem enviados comerciais, mas não consegue responder de forma honesta quando lhe perguntam: "Você é feliz?". Na série, ela conversa com a embaixadora mexicana, a sra. Castillo (Zabryna Guevara) –e envia um bilhete ao mundo exterior. Atwood recorda o papel histórico de intermediários. Na Segunda Guerra, o jornalista italiano Curzio Malaparte descobriu um meio de divulgar o que os alemães estavam fazendo na União Soviética. "Ele carregava páginas costuradas ao forro do casaco e nas solas dos sapatos, e as contrabandeava com a ajuda de embaixadores neutros. "É preciso confiar muito em alguém para fazer isso!" A RESISTÊNCIA DE MAYDAY (EP.9) Atwood pesquisou movimentos de resistência na Segunda Guerra Mundial. Um amigo seu foi da Resistência francesa e ajudou a tirar da França britânicos que haviam escapado de aviões abatidos. "O trabalho dele era entrevistá-los para garantir que não fossem alemães se fazendo passar por britânicos. Ele lhes perguntava de onde vinham, resultados de futebol, coisas assim. Se considerasse que eram alemães, eram fuzilados. Sem mais". Ela também conversou com resistentes da Holanda e da Polônia. "Muita gente não sobreviveu." Ela menciona as integrantes do grupo Rosa Branca, pegas distribuindo panfletos contra o nazismo e executadas, e as espiãs britânicas, que às vezes operavam também como assassinas. Ter mulheres como agentes, diz Atwood, é uma técnica usada por movimentos de resistência e extremistas islâmicos, e os trajes das aias são convenientes: "Veja quantos lugares onde esconder coisas. Mangas largas! Meias! Ninguém vai olhar."
|
ilustrada
|
Margaret Atwood comenta bases reais do livro e série 'O Conto da Aia'A regra que Margaret Atwood adotou, ao escrever "The Handmaid's Tale" ("O Conto da Aia", de 1985), foi que tudo precisava ter um antecedente real. A adaptação do serviço Hulu TV para seu romance funciona de modo parecido. Mesmo quando a série expande e acrescenta cenas que não eram parte do material original, elas "poderiam ter sido, porque têm precedentes", diz Atwood. Antes de o episódio 10 ir ao ar, encerrando a temporada na quarta (14), ela comentou as bases históricas do livro e elementos desconcertantes da série. CÓDIGOS DE VESTIMENTA (EP. 1) As mulheres de Gilead usam roupas e cores prescritas pela sua posição na sociedade: vermelho para as aias, azul para as mulheres casadas, verde para as Marthas, marrom para as tias. "Organizar pessoas de acordo com o que elas vestem é uma vocação humana muito, muito antiga", diz Atwood. Data do primeiro código legal conhecido, o Código de Hamurabi, que dispunha, por exemplo, que "apenas damas aristocráticas tinham o direito de usar véus". "Se uma escrava fosse apanhada usando um véu, a pena era a morte. Usar o véu significava fingir ser quem ela não era." O traje da aia tem várias fontes (véus e toucas da era vitoriana, capuzes de freiras). A visita de Atwood ao Afeganistão –durante a qual ela usou um chador–, em 1978, também foi uma influência. Todos esses códigos de vestimenta –como o uso da estrela de Davi amarela pelos judeus e de um triângulo rosa pelos homossexuais no nazismo– eram formas de "identificar, controlar pessoas". "É fácil perceber de imediato quem aquela pessoa é." No Canadá, o vermelho das aias foi usado para os uniformes de prisioneiros de guerra, acrescenta Atwood, "porque é bem visível na neve". O vermelho também veio da iconografia cristã do final da era medieval e começo do Renascimento. "A Virgem Maria sempre usava azul, e Maria Madalena, vermelho". CONCEPÇÃO FORÇADA (EP.2) Em Gilead os fins justificam os meios; vemos isso quando Janine tem um bebê e não consegue aceitar que não pode ficar com a criança. "Há muitas utopias e distopias de base econômica, mas essa vai direto à raiz absoluta: quantas pessoas existirão em uma sociedade? Como essas pessoas serão concebidas?" Tiranos como Hitler e Ceausescu ditaram regras para a fertilidade em seus países e trataram como criminosos quem não as cumprissem. "Não foi por acidente que Napoleão proibiu o aborto. Ele desejava que as mulheres tivessem filhos para que não faltassem soldados." As aias são forçadas a ter filhos para outras mulheres. Quando uma junta militar assumiu o poder na Argentina, em 1976, até 500 crianças e recém-nascidos "desapareceram" –foram adotados por militares e policiais. Na Austrália e no Canadá, centenas de milhares de crianças indígenas foram separadas à força de suas famílias. "A situação provavelmente era apresentada como 'nossa, estamos dando uma oportunidade a essas crianças. Elas vão à escola!' Seria algo assim." ESTERILIDADE (EP. 4) Ao considerar seus problemas de fertilidade, a República de Gilead não leva em conta a outra metade da equação: os homens. "A tia Lydia diz que as mulheres é que são estéreis. Por séculos e séculos, era isso que as pessoas achavam." Henrique 8º não parava de trocar de mulher (e de religião de Estado), aponta Atwood. Na série, o médico que ajuda Offred sabe que as coisas não são assim. Serena Joy também, e decide que Offred [encarregada de engravidar por ela] pode se servir de um amante. "É uma das coisas de que Ana Bolena foi acusada –fazer sexo com seu irmão para gerar uma criança", diz. A EMBAIXADORA (EP. 6) "A Offred da série é mais ativa. Em parte porque se trata de uma série de TV americana." No romance, Offred nunca pediria a ajuda de um emissário estrangeiro. No romance, Offred encontra turistas japoneses que presume serem enviados comerciais, mas não consegue responder de forma honesta quando lhe perguntam: "Você é feliz?". Na série, ela conversa com a embaixadora mexicana, a sra. Castillo (Zabryna Guevara) –e envia um bilhete ao mundo exterior. Atwood recorda o papel histórico de intermediários. Na Segunda Guerra, o jornalista italiano Curzio Malaparte descobriu um meio de divulgar o que os alemães estavam fazendo na União Soviética. "Ele carregava páginas costuradas ao forro do casaco e nas solas dos sapatos, e as contrabandeava com a ajuda de embaixadores neutros. "É preciso confiar muito em alguém para fazer isso!" A RESISTÊNCIA DE MAYDAY (EP.9) Atwood pesquisou movimentos de resistência na Segunda Guerra Mundial. Um amigo seu foi da Resistência francesa e ajudou a tirar da França britânicos que haviam escapado de aviões abatidos. "O trabalho dele era entrevistá-los para garantir que não fossem alemães se fazendo passar por britânicos. Ele lhes perguntava de onde vinham, resultados de futebol, coisas assim. Se considerasse que eram alemães, eram fuzilados. Sem mais". Ela também conversou com resistentes da Holanda e da Polônia. "Muita gente não sobreviveu." Ela menciona as integrantes do grupo Rosa Branca, pegas distribuindo panfletos contra o nazismo e executadas, e as espiãs britânicas, que às vezes operavam também como assassinas. Ter mulheres como agentes, diz Atwood, é uma técnica usada por movimentos de resistência e extremistas islâmicos, e os trajes das aias são convenientes: "Veja quantos lugares onde esconder coisas. Mangas largas! Meias! Ninguém vai olhar."
| 1 |
Duas explosões com carros-bomba matam ao menos 13 na Somália
|
Ao menos 13 pessoas, incluindo sete criminosos, morreram neste domingo em dois atentados com carro-bomba contra o quartel-general do departamento de investigação da polícia em Mogadíscio, capital da Somália, na África, indicou uma fonte oficial. "Um dos veículos se chocou contra uma lateral do edifício e o outro perto da porta de entrada. Havia fumaça e poeira, era um caos", explicou uma testemunha, Abukar Osman. O centro de investigação, situado perto de um cruzamento chamado KM4, um lugar muito movimentado no centro de Mogadíscio, abriga com frequência detidos acusados de pertencer a grupos islamitas radicais. "Os sete homens armados foram abatidos. Alguns foram mortos pelas forças de segurança e outros se imolaram", declarou em uma coletiva de imprensa o ministro da Segurança somali, Abdirasak Omar Mohamed. "Cinco civis morreram na estrada e um policial, o que deixa um balanço geral de treze mortos", acrescentou. O ataque não foi reivindicado, mas o Al-Shabaab, afiliado a Al-Qaeda, costumam realizar este tipo de operações na capital somali. Trata-se do segundo atentado importante nesta semana em Mogadíscio. Na terça-feira, ao menos 13 pessoas morreram perto do aeroporto em um duplo atentado suicida com carro-bomba, reivindicado pelo Al-Shabaab. O grupo utiliza com frequência carros-bomba. Primeiro os detonam e depois costuma entrar em ação um comando armado para deixar o maior número de vítimas possível. Nos últimos meses os insurgentes utilizaram este modus operandi em ataques contra vários hotéis da capital somali. O último deles ocorreu em 25 de junho contra o hotel Naasa Hablood, também situado perto do cruzamento KM4, e deixou ao menos 11 mortos. No início de junho um ataque similar contra o hotel Ambassador, no mesmo bairro, deixou dez mortos após mais de 12 horas de confrontos entre os criminosos e as forças de segurança. O Al-Shabaab foi expulso de Mogadíscio em agosto de 2011 pelas forças somalis, apoiadas pela força da União Africana na Somália (Amisom), mobilizada desde 2007 e que conta com 22 mil homens. Depois os islamitas perderam a maioria de seus redutos, mas seguem controlando amplas zonas rurais, de onde lançam suas operações de guerrilha e atentados suicidas, muitas vezes na capital.
|
mundo
|
Duas explosões com carros-bomba matam ao menos 13 na SomáliaAo menos 13 pessoas, incluindo sete criminosos, morreram neste domingo em dois atentados com carro-bomba contra o quartel-general do departamento de investigação da polícia em Mogadíscio, capital da Somália, na África, indicou uma fonte oficial. "Um dos veículos se chocou contra uma lateral do edifício e o outro perto da porta de entrada. Havia fumaça e poeira, era um caos", explicou uma testemunha, Abukar Osman. O centro de investigação, situado perto de um cruzamento chamado KM4, um lugar muito movimentado no centro de Mogadíscio, abriga com frequência detidos acusados de pertencer a grupos islamitas radicais. "Os sete homens armados foram abatidos. Alguns foram mortos pelas forças de segurança e outros se imolaram", declarou em uma coletiva de imprensa o ministro da Segurança somali, Abdirasak Omar Mohamed. "Cinco civis morreram na estrada e um policial, o que deixa um balanço geral de treze mortos", acrescentou. O ataque não foi reivindicado, mas o Al-Shabaab, afiliado a Al-Qaeda, costumam realizar este tipo de operações na capital somali. Trata-se do segundo atentado importante nesta semana em Mogadíscio. Na terça-feira, ao menos 13 pessoas morreram perto do aeroporto em um duplo atentado suicida com carro-bomba, reivindicado pelo Al-Shabaab. O grupo utiliza com frequência carros-bomba. Primeiro os detonam e depois costuma entrar em ação um comando armado para deixar o maior número de vítimas possível. Nos últimos meses os insurgentes utilizaram este modus operandi em ataques contra vários hotéis da capital somali. O último deles ocorreu em 25 de junho contra o hotel Naasa Hablood, também situado perto do cruzamento KM4, e deixou ao menos 11 mortos. No início de junho um ataque similar contra o hotel Ambassador, no mesmo bairro, deixou dez mortos após mais de 12 horas de confrontos entre os criminosos e as forças de segurança. O Al-Shabaab foi expulso de Mogadíscio em agosto de 2011 pelas forças somalis, apoiadas pela força da União Africana na Somália (Amisom), mobilizada desde 2007 e que conta com 22 mil homens. Depois os islamitas perderam a maioria de seus redutos, mas seguem controlando amplas zonas rurais, de onde lançam suas operações de guerrilha e atentados suicidas, muitas vezes na capital.
| 3 |
Sharapova bate chinesa e vai às quartas no Aberto da Austrália
|
A tenista russa Maria Sharapova, segunda colocada do ranking mundial, venceu com facilidade a chinesa Peng Shuai, número 22 do mundo, por 2 sets a 0, com parciais de 6/4 e 6/0, e avançou para as quartas de final do Aberto da Austrália. A russa enfrentará na próxima fase a canadense Eugenie Bouchard, 7ª do ranking da WTA, que bateu a romena Irina-Camelia Begu (42ª) por 2 sets a 1 (6/1, 5/7 e 6/2). No masculino, o espanhol Rafael Nadal, número três do mundo, também passou para as quartas de final do Grand Slam após vencer o sul-africano Kevin Anderson por 3 sets a 0, com parciais de 7/5, 6/1 e 6/4. Ele enfrenta o tcheco Tomas Berdych (7º do ranking mundial), que eliminou o australiano Bernard Tomic (AUS) também por 3 sets a 0, com parciais de 6/2, 7/6 e 6/2.
|
esporte
|
Sharapova bate chinesa e vai às quartas no Aberto da AustráliaA tenista russa Maria Sharapova, segunda colocada do ranking mundial, venceu com facilidade a chinesa Peng Shuai, número 22 do mundo, por 2 sets a 0, com parciais de 6/4 e 6/0, e avançou para as quartas de final do Aberto da Austrália. A russa enfrentará na próxima fase a canadense Eugenie Bouchard, 7ª do ranking da WTA, que bateu a romena Irina-Camelia Begu (42ª) por 2 sets a 1 (6/1, 5/7 e 6/2). No masculino, o espanhol Rafael Nadal, número três do mundo, também passou para as quartas de final do Grand Slam após vencer o sul-africano Kevin Anderson por 3 sets a 0, com parciais de 7/5, 6/1 e 6/4. Ele enfrenta o tcheco Tomas Berdych (7º do ranking mundial), que eliminou o australiano Bernard Tomic (AUS) também por 3 sets a 0, com parciais de 6/2, 7/6 e 6/2.
| 4 |
CNJ cobra explicações de juiz sobre operação Zelotes
|
A corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, determinou que o juiz Ricardo Augusto Soares Leite, titular da 10ª Vara Federal de Brasília, preste esclarecimento até o próximo dia 18 sobre sua conduta no processo referente à Operação Zelotes. Deflagrada no fim de março e com origem em uma carta anônima entregue num envelope pardo, a Operação Zelotes da Polícia Federal investiga um dos maiores esquemas de sonegação fiscal já descobertos no país. Suspeita-se que quadrilhas atuavam junto ao Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão ligado ao Ministério da Fazenda, revertendo ou anulando multas. A entidade é um tribunal administrativo formado por representantes da Fazenda e dos contribuintes (empresas) que julga hoje processos que correspondem a R$ 580 bilhões. A ministra do Superior Tribunal de Justiça, que comanda a corregedoria ligada ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça), acolheu representação de caráter administrativo feita pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS), relator da subcomissão da Câmara dos Deputados que acompanha as investigações sobre um esquema de corrupção no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), pedindo que seja apurada a atuação do juiz no processo. Na representação, o petista cita que o juiz foi criticado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal por prejudicar a apuração dos fatos, tendo indeferido os pedidos de prisão temporária de 26 investigados e não concedido a prorrogação do monitoramento das escutas telefônicas e de e-mail dos envolvidos. Outro ato questionado é que o juiz determinou sigilo das investigações, pois, segundo ele, "provocaria desnecessária exposição da intimidade dos investigados perante os meios de comunicação". Em maio, a Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 1ª região já tinha acolhido representação do Ministério Público Federal contra o magistrado.
|
mercado
|
CNJ cobra explicações de juiz sobre operação ZelotesA corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, determinou que o juiz Ricardo Augusto Soares Leite, titular da 10ª Vara Federal de Brasília, preste esclarecimento até o próximo dia 18 sobre sua conduta no processo referente à Operação Zelotes. Deflagrada no fim de março e com origem em uma carta anônima entregue num envelope pardo, a Operação Zelotes da Polícia Federal investiga um dos maiores esquemas de sonegação fiscal já descobertos no país. Suspeita-se que quadrilhas atuavam junto ao Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão ligado ao Ministério da Fazenda, revertendo ou anulando multas. A entidade é um tribunal administrativo formado por representantes da Fazenda e dos contribuintes (empresas) que julga hoje processos que correspondem a R$ 580 bilhões. A ministra do Superior Tribunal de Justiça, que comanda a corregedoria ligada ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça), acolheu representação de caráter administrativo feita pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS), relator da subcomissão da Câmara dos Deputados que acompanha as investigações sobre um esquema de corrupção no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), pedindo que seja apurada a atuação do juiz no processo. Na representação, o petista cita que o juiz foi criticado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal por prejudicar a apuração dos fatos, tendo indeferido os pedidos de prisão temporária de 26 investigados e não concedido a prorrogação do monitoramento das escutas telefônicas e de e-mail dos envolvidos. Outro ato questionado é que o juiz determinou sigilo das investigações, pois, segundo ele, "provocaria desnecessária exposição da intimidade dos investigados perante os meios de comunicação". Em maio, a Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 1ª região já tinha acolhido representação do Ministério Público Federal contra o magistrado.
| 2 |
Bellucci perde nas quartas e está fora de torneio na Turquia
|
O paulista Thomaz Bellucci foi eliminado nas quartas de final do ATP 250 de Istambul, na Turquia. Nesta sexta-feira (1º), o brasileiro perdeu para o uruguaio Pablo Cuevas por 2 sets a 0, com parciais de 7/5 e 6/3, em uma hora e 29 minutos de partida. Foi a terceira vitória de Cuevas sobre Bellucci, em quatro confrontos disputados. Com o resultado, o uruguaio enfrenta o búlgaro Grigor Dimitrov na semifinal. O outro confronto reúne o suíço Roger Federer e o argentino Diego Schwartzman.
|
esporte
|
Bellucci perde nas quartas e está fora de torneio na TurquiaO paulista Thomaz Bellucci foi eliminado nas quartas de final do ATP 250 de Istambul, na Turquia. Nesta sexta-feira (1º), o brasileiro perdeu para o uruguaio Pablo Cuevas por 2 sets a 0, com parciais de 7/5 e 6/3, em uma hora e 29 minutos de partida. Foi a terceira vitória de Cuevas sobre Bellucci, em quatro confrontos disputados. Com o resultado, o uruguaio enfrenta o búlgaro Grigor Dimitrov na semifinal. O outro confronto reúne o suíço Roger Federer e o argentino Diego Schwartzman.
| 4 |
Subsets and Splits
No community queries yet
The top public SQL queries from the community will appear here once available.