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Para religiosos, crise política brasileira tem origem na ausência de limites éticos
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As religiões precisam ampliar sua participação no debate político para ajudar o país a sair da crise. Mas é preciso que façam uma autocrítica para evitar que os discursos sejam apropriados para fins eleitorais antiéticos. A afirmação é do reverendo Davi Charles Gomes, chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, feita no debate "O Papel das Religiões na Crise do Brasil", promovido pela Folha nesta terça (29), no teatro Eva Herz. Para os religiosos, a crise política brasileira tem origem na ausência de limites éticos. Por isso, as instituições religiosas deveriam agir para promover um resgate dos princípios morais. A mesa-redonda reuniu, além do reverendo, o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, o xeque Houssam el Boustani, do Instituto Futuro da Comunidade Muçulmana, e o rabino Michel Schlesinger, da Congregação Israelita Paulista. A conversa foi mediada por Reinaldo José Lopes, da Folha. "Omitir-se da participação na política é um grande equívoco e até um pecado, porque faltamos com nosso dever", disse o cardeal Scherer. ESTADO LAICO Para ele, é importante que essa participação não seja uma interferência direta, pois seria um retrocesso ferir a laicidade do Estado. "Existem franjas na Igreja Católica que gostariam que a igreja assumisse o poder civil, o poder maior, mas esse não é o entendimento da instituição", disse. O xeque el Boustani apontou que o islã tem pleno respeito pela decisão do povo. "O mundo está avançando. Isso não deve afastar a participação dos nossos religiosos", disse. Para o rabino Schlesinger, é preciso conciliar um Estado laico, que foi "uma conquista preciosa", com a ampliação da participação das instituições no debate político atual. "Não deveríamos ser chamados para o debate somente quando o assunto é eutanásia, aborto ou células-tronco. Nós, religiosos, temos não só o direito, mas o dever de participar do debate", disse. "Precisamos fazer com que nossas vozes sejam ouvidas também no campo da ética." Durante a mesa, a plateia perguntou sobre políticos que utilizam discursos religiosos como o ex-deputado Eduardo Cunha, preso desde outubro do ano passado pela Lava Jato. Segundo o reverendo Gomes, Cunha é um exemplo de como a mistura entre igreja e Estado pode ter um impacto negativo na sociedade. "Se o uso da religião é uma deturpação da própria religião, da ética, ele precisa ser denunciado".
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poder
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Para religiosos, crise política brasileira tem origem na ausência de limites éticosAs religiões precisam ampliar sua participação no debate político para ajudar o país a sair da crise. Mas é preciso que façam uma autocrítica para evitar que os discursos sejam apropriados para fins eleitorais antiéticos. A afirmação é do reverendo Davi Charles Gomes, chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, feita no debate "O Papel das Religiões na Crise do Brasil", promovido pela Folha nesta terça (29), no teatro Eva Herz. Para os religiosos, a crise política brasileira tem origem na ausência de limites éticos. Por isso, as instituições religiosas deveriam agir para promover um resgate dos princípios morais. A mesa-redonda reuniu, além do reverendo, o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, o xeque Houssam el Boustani, do Instituto Futuro da Comunidade Muçulmana, e o rabino Michel Schlesinger, da Congregação Israelita Paulista. A conversa foi mediada por Reinaldo José Lopes, da Folha. "Omitir-se da participação na política é um grande equívoco e até um pecado, porque faltamos com nosso dever", disse o cardeal Scherer. ESTADO LAICO Para ele, é importante que essa participação não seja uma interferência direta, pois seria um retrocesso ferir a laicidade do Estado. "Existem franjas na Igreja Católica que gostariam que a igreja assumisse o poder civil, o poder maior, mas esse não é o entendimento da instituição", disse. O xeque el Boustani apontou que o islã tem pleno respeito pela decisão do povo. "O mundo está avançando. Isso não deve afastar a participação dos nossos religiosos", disse. Para o rabino Schlesinger, é preciso conciliar um Estado laico, que foi "uma conquista preciosa", com a ampliação da participação das instituições no debate político atual. "Não deveríamos ser chamados para o debate somente quando o assunto é eutanásia, aborto ou células-tronco. Nós, religiosos, temos não só o direito, mas o dever de participar do debate", disse. "Precisamos fazer com que nossas vozes sejam ouvidas também no campo da ética." Durante a mesa, a plateia perguntou sobre políticos que utilizam discursos religiosos como o ex-deputado Eduardo Cunha, preso desde outubro do ano passado pela Lava Jato. Segundo o reverendo Gomes, Cunha é um exemplo de como a mistura entre igreja e Estado pode ter um impacto negativo na sociedade. "Se o uso da religião é uma deturpação da própria religião, da ética, ele precisa ser denunciado".
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Veja o primeiro trailer do último filme da franquia 'Jogos Vorazes'
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Os Jogos estão chegando ao fim. O quarto e último filme da franquia "Jogos Vorazes" teve seu primeiro trailer completo divulgado nesta quinta (23). Repleto de cortes de batalhas e explosões, o vídeo mostra Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) e os rebeldes estão prontos para atacar a Capital e seu perverso presidente Snow (Donald Sutherland). Dirigido por Francis Lawrence, que esteve à frente dos dois últimos filmes, "A Esperança - O Final" também traz no elenco os atores Liam Hemsworth, Josh Hutcherson, Woody Harrelson e Elizabeth Banks —o filme ainda conta com uma participação de Philip Seymour Hoffman, que morreu antes do lançamento de "A Esperança - Parte 1" e deixou algumas cenas gravadas. "Jogos Vorazes: A Esperança - O Final" estreia no Brasil em 19 de novembro, um dia antes da estreia no mercado americano. Veja imagens da primeira parte de "Jogos Vorazes: A Esperança":
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ilustrada
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Veja o primeiro trailer do último filme da franquia 'Jogos Vorazes'Os Jogos estão chegando ao fim. O quarto e último filme da franquia "Jogos Vorazes" teve seu primeiro trailer completo divulgado nesta quinta (23). Repleto de cortes de batalhas e explosões, o vídeo mostra Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) e os rebeldes estão prontos para atacar a Capital e seu perverso presidente Snow (Donald Sutherland). Dirigido por Francis Lawrence, que esteve à frente dos dois últimos filmes, "A Esperança - O Final" também traz no elenco os atores Liam Hemsworth, Josh Hutcherson, Woody Harrelson e Elizabeth Banks —o filme ainda conta com uma participação de Philip Seymour Hoffman, que morreu antes do lançamento de "A Esperança - Parte 1" e deixou algumas cenas gravadas. "Jogos Vorazes: A Esperança - O Final" estreia no Brasil em 19 de novembro, um dia antes da estreia no mercado americano. Veja imagens da primeira parte de "Jogos Vorazes: A Esperança":
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Rival do Palmeiras, time uruguaio está longe da tradição de xará argentino
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O nome e as cores vermelha e branca predominantes no uniforme até lembram o tradicional time argentino, mas o uruguaio River Plate, primeiro rival do Palmeiras na Libertadores, está bem longe em termos de conquistas e popularidade do que o seu xará. Fundado em 11 de maio de 1932, em Montevidéu, o River Plate atingiu pela primeira vez a frase de grupos do principal torneio sul-americano após eliminar a Universidad do Chile na noite de terça-feira (9). Na primeira partida, os uruguaios fizeram o dever de casa e venceram por 2 a 0. No jogo de volta, a equipe conseguiu segurar o empate por 0 a 0. A melhor participação do clube em um torneio organizado pela Conmebol foi em 2009, quando parou na semifinal da Copa Sul-Americana –foi eliminado pela LDU. Já o River argentino conquistou a Libertadores três vezes. Um dos destaques do time uruguaio é o zagueiro brasileiro Ronaldo Conceição, 28, que já atuou pelo Internacional. A equipe tem outro brasileiro no elenco, Emilton Pedroso, 22, que está no clube desde o ano passado. O time é dirigido pelo uruguaio Juan Ramon Carrasco, que comandou o Atlético-PR em 2012. O primeiro jogo contra o Palmeiras está marcado para a próxima terça-feira (16), às 21h45 (horário de Brasília), fora de casa. As duas equipes se enfrentarão pela primeira vez em uma partida oficial. Em janeiro deste ano, o time alviverde venceu o rival por 4 a 0 em jogo-treino realizado no Uruguai. Além de Palmeiras e River Plate, o argentino Rosario Central e o também uruguaio Nacional fazem parte do Grupo 2 da Libertadores. Os dois primeiros colocados da chave avançam às oitavas de final.
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esporte
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Rival do Palmeiras, time uruguaio está longe da tradição de xará argentinoO nome e as cores vermelha e branca predominantes no uniforme até lembram o tradicional time argentino, mas o uruguaio River Plate, primeiro rival do Palmeiras na Libertadores, está bem longe em termos de conquistas e popularidade do que o seu xará. Fundado em 11 de maio de 1932, em Montevidéu, o River Plate atingiu pela primeira vez a frase de grupos do principal torneio sul-americano após eliminar a Universidad do Chile na noite de terça-feira (9). Na primeira partida, os uruguaios fizeram o dever de casa e venceram por 2 a 0. No jogo de volta, a equipe conseguiu segurar o empate por 0 a 0. A melhor participação do clube em um torneio organizado pela Conmebol foi em 2009, quando parou na semifinal da Copa Sul-Americana –foi eliminado pela LDU. Já o River argentino conquistou a Libertadores três vezes. Um dos destaques do time uruguaio é o zagueiro brasileiro Ronaldo Conceição, 28, que já atuou pelo Internacional. A equipe tem outro brasileiro no elenco, Emilton Pedroso, 22, que está no clube desde o ano passado. O time é dirigido pelo uruguaio Juan Ramon Carrasco, que comandou o Atlético-PR em 2012. O primeiro jogo contra o Palmeiras está marcado para a próxima terça-feira (16), às 21h45 (horário de Brasília), fora de casa. As duas equipes se enfrentarão pela primeira vez em uma partida oficial. Em janeiro deste ano, o time alviverde venceu o rival por 4 a 0 em jogo-treino realizado no Uruguai. Além de Palmeiras e River Plate, o argentino Rosario Central e o também uruguaio Nacional fazem parte do Grupo 2 da Libertadores. Os dois primeiros colocados da chave avançam às oitavas de final.
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Deus dos estádios é cruel
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Em 2014 já foi aquela maldade, nos acréscimos, no Estádio da Luz, em Lisboa, quando Sergio Ramos empatou o jogo que os colchoneros venciam e levou para a prorrogação em que os madridistas massacraram os rivais e transformaram o injusto 1 a 1 em irretocáveis 4 a 1. Trinta anos antes, em 1974, no tristemente célebre Estádio de Heysel, em Bruxelas, o Atlético de Madrid já havia chegado à final, contra o Bayern Munique, ambos atrás de seu primeiro título europeu. A decisão também foi à prorrogação, os espanhóis fizeram 1 a 0 e sofreram o empate no fim. Outro jogo foi marcado. E terminou em goleada alemã, por 4 a 0. Pois não é que na terceira chance, ontem, em Milão, outra vez o Atlético chegou à prorrogação e acabou derrotado, desta vez nos pênaltis, com seu símbolo Juanfran batendo o dele na trave do Real? E isso depois de ter tomado novo gol de Sergio Ramos, não só no jogo como nos penais, num embate em que foi ligeiramente superior e que poderia perfeitamente lhe dar a primeira "Orelhuda", como é chamada a taça da Liga dos Campeões da Europa. É claro que o Real Madrid não chegou ao espantoso 11º título à toa, quatro a mais que o Milan, como é óbvio que a chave de ouro do título tinha de estar nos pés do atacante Cristiano Ronaldo. O português jogou no sacrifício e só apareceu mesmo na hora de fechar, ou de abrir, a festa. Mas que os deuses dos estádios poderiam ser mais generosos com os operários atleticanos, ah, poderiam. Não se discute a superioridade do time madridista, recheado de craques e comandado por outro, Zinédine Zidane, de estreia real como treinador. Apenas dói ver o empenho e a frustração de Diego Simeone, que pelo menos uma vez na vida merece comemorar um título de tamanha grandeza. Parece até que isso é inatingível para um time que vive no limite máximo como o Atlético. A RODADA Os cinco times paulistas da Série A jogam hoje: Corinthians e Ponte Preta logo pela manhã e os demais à tarde. O Corinthians seria o favorito contra o Sport, mesmo no Recife, não fosse o calorão que enfrentará, com previsão de sol e 29 graus, além do rubro-negro pernambucano. Se o Corinthians jogar como no primeiro tempo diante do Vitória e como se apresentou contra a Ponte Preta tem ótimas chances de vencer. A Ponte Preta é a favorita contra o Flamengo, porque em Campinas e porque o rubro-negro carioca está numa crise tremenda. Prevê-se temperatura amena, 22 graus, com possibilidade de chuva, mas terá de ser a Ponte que venceu o Palmeiras, não a que não fez frente ao Corinthians. No Morumbi, Choque-Rei, São Paulo e Palmeiras. Sai de baixo. Pena que sob a estupidez da torcida única. O redivivo Tricolor contra o promissor Alviverde, ambos vindo de atuações convincentes contra Coritiba e Fluminense. Finalmente, na Vila Belmiro, o Santos recebe o Inter. Completará o Santos 30 jogos de invencibilidade em casa? O Colorado acaba de quebrar a série invicta do São Paulo em 2016 no Morumbi... O LOBISTA DA CBF Vandenberg Machado é diretor da CBF, homem de confiança de Renan Calheiros e pai de quem advogou para Delcídio do Amaral no Comitê de Ética do Senado. Futebol$Política=Promiscuidade.
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colunas
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Deus dos estádios é cruelEm 2014 já foi aquela maldade, nos acréscimos, no Estádio da Luz, em Lisboa, quando Sergio Ramos empatou o jogo que os colchoneros venciam e levou para a prorrogação em que os madridistas massacraram os rivais e transformaram o injusto 1 a 1 em irretocáveis 4 a 1. Trinta anos antes, em 1974, no tristemente célebre Estádio de Heysel, em Bruxelas, o Atlético de Madrid já havia chegado à final, contra o Bayern Munique, ambos atrás de seu primeiro título europeu. A decisão também foi à prorrogação, os espanhóis fizeram 1 a 0 e sofreram o empate no fim. Outro jogo foi marcado. E terminou em goleada alemã, por 4 a 0. Pois não é que na terceira chance, ontem, em Milão, outra vez o Atlético chegou à prorrogação e acabou derrotado, desta vez nos pênaltis, com seu símbolo Juanfran batendo o dele na trave do Real? E isso depois de ter tomado novo gol de Sergio Ramos, não só no jogo como nos penais, num embate em que foi ligeiramente superior e que poderia perfeitamente lhe dar a primeira "Orelhuda", como é chamada a taça da Liga dos Campeões da Europa. É claro que o Real Madrid não chegou ao espantoso 11º título à toa, quatro a mais que o Milan, como é óbvio que a chave de ouro do título tinha de estar nos pés do atacante Cristiano Ronaldo. O português jogou no sacrifício e só apareceu mesmo na hora de fechar, ou de abrir, a festa. Mas que os deuses dos estádios poderiam ser mais generosos com os operários atleticanos, ah, poderiam. Não se discute a superioridade do time madridista, recheado de craques e comandado por outro, Zinédine Zidane, de estreia real como treinador. Apenas dói ver o empenho e a frustração de Diego Simeone, que pelo menos uma vez na vida merece comemorar um título de tamanha grandeza. Parece até que isso é inatingível para um time que vive no limite máximo como o Atlético. A RODADA Os cinco times paulistas da Série A jogam hoje: Corinthians e Ponte Preta logo pela manhã e os demais à tarde. O Corinthians seria o favorito contra o Sport, mesmo no Recife, não fosse o calorão que enfrentará, com previsão de sol e 29 graus, além do rubro-negro pernambucano. Se o Corinthians jogar como no primeiro tempo diante do Vitória e como se apresentou contra a Ponte Preta tem ótimas chances de vencer. A Ponte Preta é a favorita contra o Flamengo, porque em Campinas e porque o rubro-negro carioca está numa crise tremenda. Prevê-se temperatura amena, 22 graus, com possibilidade de chuva, mas terá de ser a Ponte que venceu o Palmeiras, não a que não fez frente ao Corinthians. No Morumbi, Choque-Rei, São Paulo e Palmeiras. Sai de baixo. Pena que sob a estupidez da torcida única. O redivivo Tricolor contra o promissor Alviverde, ambos vindo de atuações convincentes contra Coritiba e Fluminense. Finalmente, na Vila Belmiro, o Santos recebe o Inter. Completará o Santos 30 jogos de invencibilidade em casa? O Colorado acaba de quebrar a série invicta do São Paulo em 2016 no Morumbi... O LOBISTA DA CBF Vandenberg Machado é diretor da CBF, homem de confiança de Renan Calheiros e pai de quem advogou para Delcídio do Amaral no Comitê de Ética do Senado. Futebol$Política=Promiscuidade.
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As referências à Star Wars em 'O Despertar da Força'
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A caminho de se tornar o filme mais bem sucedido da história do cinema, é praticamente certo afirmar que o mundo inteiro já assistiu "Star Wars: O Despertar da Força". Um dos grandes motivos para tamanho apelo é o enorme número de referências à Trilogia Original em pouco mais de duas horas de filme.Há os que gostaram (eu) e os que odiaram (um cara na minha frente na fila do cinema) ver tanto Star Wars dentro de um único Star Wars. Assim, para facilitar a vida dos que não pescaram tudo, mas que não querem ficar fora de uma boa briga de internet, segue um compilado com tudo que eu consegui lembrar após três sessões do filme.Divirtam-se.Leia mais em http://surtonerd.blogfolha.uol.com.br/
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tv
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As referências à Star Wars em 'O Despertar da Força'A caminho de se tornar o filme mais bem sucedido da história do cinema, é praticamente certo afirmar que o mundo inteiro já assistiu "Star Wars: O Despertar da Força". Um dos grandes motivos para tamanho apelo é o enorme número de referências à Trilogia Original em pouco mais de duas horas de filme.Há os que gostaram (eu) e os que odiaram (um cara na minha frente na fila do cinema) ver tanto Star Wars dentro de um único Star Wars. Assim, para facilitar a vida dos que não pescaram tudo, mas que não querem ficar fora de uma boa briga de internet, segue um compilado com tudo que eu consegui lembrar após três sessões do filme.Divirtam-se.Leia mais em http://surtonerd.blogfolha.uol.com.br/
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Governo Alckmin cria comissão para rever sigilos de documentos públicos
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O governador Geraldo Alckmin (PSDB) vai criar uma comissão para rever os pedidos que pedem o sigilo de informações do setor público de São Paulo. O tucano vai assinar na tarde desta quinta-feira (15) um decreto em que revoga os pedidos de sigilos solicitados pelos secretários de sua gestão . Os documentos, dados e informações classificados como secretos ou ultrassecretos devem passar, primeiramente, pelos secretários da gestão tucana, antes de serem encaminhados à Comissão Estadual de Acesso à informação. A comissão, ligada ao Arquivo Público do Estado, vai analisar o pedido e decidirá se os documentos se tornarão secretos, ultrassecretos ou reservados. O carimbo de "secreto", que bloqueia o acesso por 15 anos, se refere ao grau de sigilo previsto na Lei de Acesso à Informação, que entrou em vigor em 2012 e permite a qualquer cidadão requisitar documentos do setor público. Já os "ultrassecretos" o prazo é de 25 anos e "reservado" é de 5 anos. Esses prazos de sigilo ainda podem ser prorrogados por uma vez. A decisão acontece após a gestão Geraldo Alckmin aparecer envolvida em três casos de mau uso da noção de sigilo. Um dos casos refere-se aos documentos sobre atrasos e falhas do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Conforme revelou a Folha, a Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos, subordinada a Alckmin, tornou sigilosos por 25 anos centenas de documentos, que também incluem dados da EMTU (ônibus intermunicipais). A medida, que foi revogada na semana passada, tornava ultrassecretos 157 conjuntos de documentos (cada um pode conter até milhares de páginas) incluía estudos de viabilidade, relatórios de acompanhamento de obras, projetos, boletins de ocorrência da polícia e até vídeos do programa "Arte no Metrô", que expõe obras de arte nas estações. Infográfico: Linha do tempo O segundo foi produzido pelo portal iG, que em março havia solicitado à Sabesp, estatal de água de São Paulo, a lista dos locais que seriam preservados de corte em caso de racionamento de água. O pedido foi negado em abril e, após recurso à Ouvidoria Geral do Estado, a empresa manteve a negativa e decretou, em maio, sigilo de 15 anos sobre dados operacionais. A alegação da Sabesp é que o sigilo serviria para evitar "ameaça ao sistema de abastecimento público de água", além de "enorme prejuízo à sociedade, podendo ensejar inclusive depredações e violência contra os órgãos do Estado".. Depois do bloqueio aos documentos vir à tona, o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, afirmou que haveria reavaliação do período de sigilo de alguns dados operacionais da empresa. Depois do bloqueio aos documentos vir à tona, o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, afirmou que haveria reavaliação do período de sigilo de alguns dados operacionais da empresa. Nesta quinta (14), a Sabesp recuou do sigilo e divulgou os nomes das entidades que receberam intervenções para ficarem de fora de um eventual rodízio em São Paulo –que tem possibilidade baixa de ocorrer atualmente. Locais que ficarão fora do racionamento O terceiro caso refere-se à obtenção de documentos da Polícia Militar, conforme revelou o jornal "O Estado de São Paulo". A gestão tucana impôs sigilo de até 15 anos para 26 assuntos da PM –com a citação específica de 87 documentos. A restrição não vale só para papéis que poderiam expor a população a riscos, o que é previsto na Lei de Acesso à Informação, mas para informações administrativas e financeiras da PM.
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cotidiano
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Governo Alckmin cria comissão para rever sigilos de documentos públicosO governador Geraldo Alckmin (PSDB) vai criar uma comissão para rever os pedidos que pedem o sigilo de informações do setor público de São Paulo. O tucano vai assinar na tarde desta quinta-feira (15) um decreto em que revoga os pedidos de sigilos solicitados pelos secretários de sua gestão . Os documentos, dados e informações classificados como secretos ou ultrassecretos devem passar, primeiramente, pelos secretários da gestão tucana, antes de serem encaminhados à Comissão Estadual de Acesso à informação. A comissão, ligada ao Arquivo Público do Estado, vai analisar o pedido e decidirá se os documentos se tornarão secretos, ultrassecretos ou reservados. O carimbo de "secreto", que bloqueia o acesso por 15 anos, se refere ao grau de sigilo previsto na Lei de Acesso à Informação, que entrou em vigor em 2012 e permite a qualquer cidadão requisitar documentos do setor público. Já os "ultrassecretos" o prazo é de 25 anos e "reservado" é de 5 anos. Esses prazos de sigilo ainda podem ser prorrogados por uma vez. A decisão acontece após a gestão Geraldo Alckmin aparecer envolvida em três casos de mau uso da noção de sigilo. Um dos casos refere-se aos documentos sobre atrasos e falhas do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Conforme revelou a Folha, a Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos, subordinada a Alckmin, tornou sigilosos por 25 anos centenas de documentos, que também incluem dados da EMTU (ônibus intermunicipais). A medida, que foi revogada na semana passada, tornava ultrassecretos 157 conjuntos de documentos (cada um pode conter até milhares de páginas) incluía estudos de viabilidade, relatórios de acompanhamento de obras, projetos, boletins de ocorrência da polícia e até vídeos do programa "Arte no Metrô", que expõe obras de arte nas estações. Infográfico: Linha do tempo O segundo foi produzido pelo portal iG, que em março havia solicitado à Sabesp, estatal de água de São Paulo, a lista dos locais que seriam preservados de corte em caso de racionamento de água. O pedido foi negado em abril e, após recurso à Ouvidoria Geral do Estado, a empresa manteve a negativa e decretou, em maio, sigilo de 15 anos sobre dados operacionais. A alegação da Sabesp é que o sigilo serviria para evitar "ameaça ao sistema de abastecimento público de água", além de "enorme prejuízo à sociedade, podendo ensejar inclusive depredações e violência contra os órgãos do Estado".. Depois do bloqueio aos documentos vir à tona, o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, afirmou que haveria reavaliação do período de sigilo de alguns dados operacionais da empresa. Depois do bloqueio aos documentos vir à tona, o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, afirmou que haveria reavaliação do período de sigilo de alguns dados operacionais da empresa. Nesta quinta (14), a Sabesp recuou do sigilo e divulgou os nomes das entidades que receberam intervenções para ficarem de fora de um eventual rodízio em São Paulo –que tem possibilidade baixa de ocorrer atualmente. Locais que ficarão fora do racionamento O terceiro caso refere-se à obtenção de documentos da Polícia Militar, conforme revelou o jornal "O Estado de São Paulo". A gestão tucana impôs sigilo de até 15 anos para 26 assuntos da PM –com a citação específica de 87 documentos. A restrição não vale só para papéis que poderiam expor a população a riscos, o que é previsto na Lei de Acesso à Informação, mas para informações administrativas e financeiras da PM.
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Bairros da Grande São Paulo ainda sofrem com falta de água
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O abastecimento de água deve ser completamente normalizado na região metropolitana de São Paulo na madrugada deste sábado (24) depois de mais de 33 horas de o fornecimento de energia elétrica ter sido interrompido em duas estações elevatórias. A interrupção elétrica aconteceu por volta das 4h quando uma árvore com altura de cerca de 20 metros caiu sobre a rede elétrica e afetou o fornecimento de água a cerca de 1,2 milhão de clientes nas zonas oeste e sul de São Paulo, parte de Cotia e todos os bairros de Taboão da Serra, ambas na Grande São Paulo. Segundo a Eletropaulo, a energia foi restabelecida totalmente às 5h e não houve oscilação de tensão na rede,segundo os registros de medição no sistema da empresa. Contudo, o abastecimento de água aos moradores de Taboão da Serra, Embu, Itapecerica da Serra, parte de Cotia e da região do Jardim Arpoador, em São Paulo, só deve ocorrer por completo na madrugada deste sábado. Com isso, a água deve chegar às casas aos poucos e haverá maior demora nas que ficam em áreas mais elevadas e distantes das estações. Já a estação do Jardim São Luiz, na zona sul da capital paulista, também teve energia interrompida por volta das 4h. Segundo a Sabesp, o fornecimento de energia foi restabelecido às 10h e o abastecimento de água já foi completamente normalizado para os moradores. A companhia pede que os moradores evitem o desperdício e usem de forma consciente o volume de suas caixas-d'água.
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cotidiano
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Bairros da Grande São Paulo ainda sofrem com falta de águaO abastecimento de água deve ser completamente normalizado na região metropolitana de São Paulo na madrugada deste sábado (24) depois de mais de 33 horas de o fornecimento de energia elétrica ter sido interrompido em duas estações elevatórias. A interrupção elétrica aconteceu por volta das 4h quando uma árvore com altura de cerca de 20 metros caiu sobre a rede elétrica e afetou o fornecimento de água a cerca de 1,2 milhão de clientes nas zonas oeste e sul de São Paulo, parte de Cotia e todos os bairros de Taboão da Serra, ambas na Grande São Paulo. Segundo a Eletropaulo, a energia foi restabelecida totalmente às 5h e não houve oscilação de tensão na rede,segundo os registros de medição no sistema da empresa. Contudo, o abastecimento de água aos moradores de Taboão da Serra, Embu, Itapecerica da Serra, parte de Cotia e da região do Jardim Arpoador, em São Paulo, só deve ocorrer por completo na madrugada deste sábado. Com isso, a água deve chegar às casas aos poucos e haverá maior demora nas que ficam em áreas mais elevadas e distantes das estações. Já a estação do Jardim São Luiz, na zona sul da capital paulista, também teve energia interrompida por volta das 4h. Segundo a Sabesp, o fornecimento de energia foi restabelecido às 10h e o abastecimento de água já foi completamente normalizado para os moradores. A companhia pede que os moradores evitem o desperdício e usem de forma consciente o volume de suas caixas-d'água.
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Pedidos de asilo na Europa em 2015 mais que dobram em relação a 2014
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O número de pedidos de asilo nos países da União Europeia chegou a 1,25 milhão em 2015, mais que o dobro das 562 mil solicitações do ano anterior, segundo relatório divulgado nesta sexta-feira (4) pela Eurostat, agência de estatísticas da UE. A cifra põe ainda mais pressão sobre os líderes europeus para uma política coordenada de ajuda aos refugiados, em especial sobre a chanceler alemã, Angela Merkel. Nesta sexta, ela se reuniu em Paris com o presidente francês, François Hollande, para buscar uma cooperação maior do país vizinho sobre o tema. A Alemanha foi o país que mais recebeu solicitações no ano passado: 441,8 mil, o equivalente a 35% do total do bloco. Em seguida aparecem Hungria (174,4 mil), Suécia (156,1 mil) e Áustria (85,5 mil). Assolada por uma guerra civil desde 2011, a Síria é a origem de quase um terço dos refugiados que buscam permanência na UE. Em 2015, foram 362,7 mil pedidos (29% do total). Também atingidos por conflitos internos, os afegãos responderam por 178,2 mil solicitações (14%), e os iraquianos, 121,5 mil (10%). O principal desafio das autoridades europeias tem sido dar resposta rápida a um fluxo migratório tão intenso. O relatório da Eurostat diz que as solicitações ainda pendentes somaram 922,8 mil em 2015, 88,5% a mais que em 2014. O encontro desta sexta entre Merkel e Hollande foi uma preparação para uma cúpula extraordinária da UE sobre refugiados na próxima segunda-feira (7), em Bruxelas, com participação da Turquia. O pais não faz parte da UE, mas tem sido cobrado para reforçar o controle em suas fronteiras por ser a principal rota de passagem dos sírios rumo à Europa. CRISE DOS REFUGIADOS - Número de pedidos de asilo na UE alcança 1,25 milhão em 2015 Origem dos solicitantes de asilo em 2015 - Em %
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mundo
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Pedidos de asilo na Europa em 2015 mais que dobram em relação a 2014O número de pedidos de asilo nos países da União Europeia chegou a 1,25 milhão em 2015, mais que o dobro das 562 mil solicitações do ano anterior, segundo relatório divulgado nesta sexta-feira (4) pela Eurostat, agência de estatísticas da UE. A cifra põe ainda mais pressão sobre os líderes europeus para uma política coordenada de ajuda aos refugiados, em especial sobre a chanceler alemã, Angela Merkel. Nesta sexta, ela se reuniu em Paris com o presidente francês, François Hollande, para buscar uma cooperação maior do país vizinho sobre o tema. A Alemanha foi o país que mais recebeu solicitações no ano passado: 441,8 mil, o equivalente a 35% do total do bloco. Em seguida aparecem Hungria (174,4 mil), Suécia (156,1 mil) e Áustria (85,5 mil). Assolada por uma guerra civil desde 2011, a Síria é a origem de quase um terço dos refugiados que buscam permanência na UE. Em 2015, foram 362,7 mil pedidos (29% do total). Também atingidos por conflitos internos, os afegãos responderam por 178,2 mil solicitações (14%), e os iraquianos, 121,5 mil (10%). O principal desafio das autoridades europeias tem sido dar resposta rápida a um fluxo migratório tão intenso. O relatório da Eurostat diz que as solicitações ainda pendentes somaram 922,8 mil em 2015, 88,5% a mais que em 2014. O encontro desta sexta entre Merkel e Hollande foi uma preparação para uma cúpula extraordinária da UE sobre refugiados na próxima segunda-feira (7), em Bruxelas, com participação da Turquia. O pais não faz parte da UE, mas tem sido cobrado para reforçar o controle em suas fronteiras por ser a principal rota de passagem dos sírios rumo à Europa. CRISE DOS REFUGIADOS - Número de pedidos de asilo na UE alcança 1,25 milhão em 2015 Origem dos solicitantes de asilo em 2015 - Em %
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Fechado por 20 anos, hotel projetado por Oscar Niemeyer é reaberto no Rio
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Se o verdadeiro luxo está na localização, o renascido Hotel Nacional é nababesco. Colado ao morro Dois Irmãos, com vista desimpedida para a Pedra da Gávea, está a passos da praia de São Conrado, no Rio. Para quem está no topo do cilindro de 33 andares, inaugurado em 1972, até o Cristo Redentor comparece.Já o arquiteto Oscar Niemeyer e o empresário José Tjurs viam espaço como privilégio para o então mais alto hotel do país, em um terreno de 15 mil m². O saguão, sem colunas, com vista para o mar, tem 3.000 m². Os jardins de Burle Marx, 2.500 m². "Ninguém mais constrói algo tão amplo e generoso", diz Rui Manuel Oliveira, vice-presidente da rede Meliá no Brasil, que vai operar o recém-reaberto cinco estrelas. Leia mais
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tv
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Fechado por 20 anos, hotel projetado por Oscar Niemeyer é reaberto no RioSe o verdadeiro luxo está na localização, o renascido Hotel Nacional é nababesco. Colado ao morro Dois Irmãos, com vista desimpedida para a Pedra da Gávea, está a passos da praia de São Conrado, no Rio. Para quem está no topo do cilindro de 33 andares, inaugurado em 1972, até o Cristo Redentor comparece.Já o arquiteto Oscar Niemeyer e o empresário José Tjurs viam espaço como privilégio para o então mais alto hotel do país, em um terreno de 15 mil m². O saguão, sem colunas, com vista para o mar, tem 3.000 m². Os jardins de Burle Marx, 2.500 m². "Ninguém mais constrói algo tão amplo e generoso", diz Rui Manuel Oliveira, vice-presidente da rede Meliá no Brasil, que vai operar o recém-reaberto cinco estrelas. Leia mais
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Barack Obama se encontra com Eddie Vedder no Havaí
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Barack Obama, presidente dos EUA, e Eddie Vedder, vocalista da banda Pearl Jam, passaram parte deste sábado (3) juntos no Havaí, de acordo com o jornal americano "The Washington Post". De férias em sua terra natal, Obama, acompanhado das filhas, Malia, 16, e Sasha, 13, aproveitou o tempo livre para visitar o cantor, que costuma passar alguns meses do ano no Havaí e é partidário do presidente. Segundo a agência de notícias italiana Ansa, o encontro durou cerca de 30 minutos. Durante os dias em que esteve no Havaí, Obama fez visitas a parente e passeou com sua família. O presidente americano retornará a Washington ainda neste domingo (4).
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mundo
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Barack Obama se encontra com Eddie Vedder no HavaíBarack Obama, presidente dos EUA, e Eddie Vedder, vocalista da banda Pearl Jam, passaram parte deste sábado (3) juntos no Havaí, de acordo com o jornal americano "The Washington Post". De férias em sua terra natal, Obama, acompanhado das filhas, Malia, 16, e Sasha, 13, aproveitou o tempo livre para visitar o cantor, que costuma passar alguns meses do ano no Havaí e é partidário do presidente. Segundo a agência de notícias italiana Ansa, o encontro durou cerca de 30 minutos. Durante os dias em que esteve no Havaí, Obama fez visitas a parente e passeou com sua família. O presidente americano retornará a Washington ainda neste domingo (4).
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Melhor defesa do Brasileiro pode dar título ao Palmeiras
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Dono da melhor defesa do Campeonato Brasileiro com 31 gols sofridos, o Palmeiras pode ser campeão neste domingo (27) apenas com a força de sua zaga. Se não levar gol diante da Chapecoense, às 17h, no Allianz Parque, o clube poderá comemorar o seu nono título da maior competição do futebol do Brasil. Isso porque um empate garante a taça para a equipe após 22 anos, e caso o jogo termine 0 a 0, o Palmeiras se consagra campeão. A boa fase do setor defensivo passa muito pelas boas atuações do goleiro Jaílson, 35, e dos zagueiros Vitor Hugo,25, e Yerry Mina,22. Desde que passou a defender a meta alviverde após a lesão de Fernando Prass, o goleiro palmeirense está invicto no Brasileiro. Seu primeiro jogo foi na 19ª rodada, diante do Vitória. A atuação, que marcou sua estreia na Série A, empolgou os torcedores e desde então ele virou um símbolo de segurança no gol palmeirense. Desde o triunfo sobre os baianos até a 36ª rodada, foram 19 jogos, 11 vitórias, cinco empates e nenhuma derrota. A única vez que o Palmeiras perdeu nessa sequência foi para o Santos, mas Jaílson cumpria suspensão após levar o terceiro cartão amarelo. O zagueiro Mina também iniciou a campanha com o Brasileiro já em andamento. Após disputar o Campeonato Colombiano pelo Santa Fé, o jogador fez sua primeira partida pelo clube paulista somente em julho, na 13ª rodada. No segundo confronto mostrou seu cartão de visitas com um gol de cabeça sobre o rival Santos e caiu nas graças da torcida com suas danças irreverentes depois de balançar as redes. Apesar de fazer apenas 12 jogos no Nacional, o aproveitamento do time com ele é excepcional. Foram nove vitórias, dois empates e uma derrota para um desempenho de 80,5%. O Palmeiras tem no torneio 68,5%. Diferentemente dos seus companheiros, Vitor Hugo já é um velho conhecido da equipe. No Palmeiras desde o início de 2015, o paranaense virou unanimidade na zaga após um bom Brasileiro na temporada passada e ao faturar a Copa do Brasil com atuações decisivas. O jogador é um dos que mais entraram em campo com a camisa alviverde neste campeonato. Dos 36 jogos disputados até então, ele foi titular em 34 ocasiões. DÚVIDA Uma das principais peças do setor defensivo, Mina corre risco de não participar do jogo que pode garantir o título para o Palmeiras. O colombiano saiu com dores na coxa após uma contratura muscular no último confronto contra o Botafogo, ainda no primeiro tempo, e pode ser uma baixa. Ele foi relacionado pelo técnico Cuca, mas pode ser preservado. Caso seja confirmado o desfalque, Edu Dracena e Thiago Martins brigam pela vaga. Quando foram acionados, ambos não decepcionaram. Com 16 jogos cada, os zagueiros, inclusive, têm mais partidas que Mina.
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esporte
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Melhor defesa do Brasileiro pode dar título ao PalmeirasDono da melhor defesa do Campeonato Brasileiro com 31 gols sofridos, o Palmeiras pode ser campeão neste domingo (27) apenas com a força de sua zaga. Se não levar gol diante da Chapecoense, às 17h, no Allianz Parque, o clube poderá comemorar o seu nono título da maior competição do futebol do Brasil. Isso porque um empate garante a taça para a equipe após 22 anos, e caso o jogo termine 0 a 0, o Palmeiras se consagra campeão. A boa fase do setor defensivo passa muito pelas boas atuações do goleiro Jaílson, 35, e dos zagueiros Vitor Hugo,25, e Yerry Mina,22. Desde que passou a defender a meta alviverde após a lesão de Fernando Prass, o goleiro palmeirense está invicto no Brasileiro. Seu primeiro jogo foi na 19ª rodada, diante do Vitória. A atuação, que marcou sua estreia na Série A, empolgou os torcedores e desde então ele virou um símbolo de segurança no gol palmeirense. Desde o triunfo sobre os baianos até a 36ª rodada, foram 19 jogos, 11 vitórias, cinco empates e nenhuma derrota. A única vez que o Palmeiras perdeu nessa sequência foi para o Santos, mas Jaílson cumpria suspensão após levar o terceiro cartão amarelo. O zagueiro Mina também iniciou a campanha com o Brasileiro já em andamento. Após disputar o Campeonato Colombiano pelo Santa Fé, o jogador fez sua primeira partida pelo clube paulista somente em julho, na 13ª rodada. No segundo confronto mostrou seu cartão de visitas com um gol de cabeça sobre o rival Santos e caiu nas graças da torcida com suas danças irreverentes depois de balançar as redes. Apesar de fazer apenas 12 jogos no Nacional, o aproveitamento do time com ele é excepcional. Foram nove vitórias, dois empates e uma derrota para um desempenho de 80,5%. O Palmeiras tem no torneio 68,5%. Diferentemente dos seus companheiros, Vitor Hugo já é um velho conhecido da equipe. No Palmeiras desde o início de 2015, o paranaense virou unanimidade na zaga após um bom Brasileiro na temporada passada e ao faturar a Copa do Brasil com atuações decisivas. O jogador é um dos que mais entraram em campo com a camisa alviverde neste campeonato. Dos 36 jogos disputados até então, ele foi titular em 34 ocasiões. DÚVIDA Uma das principais peças do setor defensivo, Mina corre risco de não participar do jogo que pode garantir o título para o Palmeiras. O colombiano saiu com dores na coxa após uma contratura muscular no último confronto contra o Botafogo, ainda no primeiro tempo, e pode ser uma baixa. Ele foi relacionado pelo técnico Cuca, mas pode ser preservado. Caso seja confirmado o desfalque, Edu Dracena e Thiago Martins brigam pela vaga. Quando foram acionados, ambos não decepcionaram. Com 16 jogos cada, os zagueiros, inclusive, têm mais partidas que Mina.
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Com animais em risco, zoológico de Buenos Aires é fechado
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Após denúncias de maus tratos e de que animais corriam risco de morte, o governo da cidade de Buenos Aires anunciou nesta semana o fechamento do zoológico da cidade e a abertura de um parque ecológico no local. Os 1.500 animais serão transferidos a reservas ecológicas do país e do exterior. Deverão ficar em Buenos Aires apenas aqueles cujo transporte signifique um risco à saúde. Onze animais do zoológico estão em situação crítica, como um urso e um leão. O debate sobre zoológicos no país aumentou neste ano quando o governo da província de Mendoza tornou pública a informação de que vários animais estavam morrendo em decorrência de problemas que vão desde consanguinidade à falta de instalações para abrigar todos no inverno. Ali, 70 animais morreram nos cinco primeiros meses deste ano. O governo anunciou que irá leiloar os animais não exóticos em julho. Em La Plata, o zoológico também será transformado em um parque. Há 15 dias, o governo de Buenos Aires já havia informado à Folha que estudava uma nova proposta para o zoológico porque a atual não cumpria com as demandas da sociedade. Será aberto um concurso para definir o novo modelo de parque, que deverá ter espaço para educação ambiental com suportes tecnológicos e uma clínica para atender animais que foram vítimas de tráfico. O contrato que a cidade tinha com uma concessionária para administração do zoológico foi quebrado pelo governo porque a empresa não paga, desde o começo deste ano, a tarifa mensal de um milhão de pesos (R$ 230 mil). Com isso, o local voltou a ser estatizado. O zoológico estava aberto desde 1888 e tem 52 edificações que copiam a arquiteturas das regiões naturais dos animais. Consideradas patrimônio da cidade, elas serão mantidas.
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mundo
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Com animais em risco, zoológico de Buenos Aires é fechadoApós denúncias de maus tratos e de que animais corriam risco de morte, o governo da cidade de Buenos Aires anunciou nesta semana o fechamento do zoológico da cidade e a abertura de um parque ecológico no local. Os 1.500 animais serão transferidos a reservas ecológicas do país e do exterior. Deverão ficar em Buenos Aires apenas aqueles cujo transporte signifique um risco à saúde. Onze animais do zoológico estão em situação crítica, como um urso e um leão. O debate sobre zoológicos no país aumentou neste ano quando o governo da província de Mendoza tornou pública a informação de que vários animais estavam morrendo em decorrência de problemas que vão desde consanguinidade à falta de instalações para abrigar todos no inverno. Ali, 70 animais morreram nos cinco primeiros meses deste ano. O governo anunciou que irá leiloar os animais não exóticos em julho. Em La Plata, o zoológico também será transformado em um parque. Há 15 dias, o governo de Buenos Aires já havia informado à Folha que estudava uma nova proposta para o zoológico porque a atual não cumpria com as demandas da sociedade. Será aberto um concurso para definir o novo modelo de parque, que deverá ter espaço para educação ambiental com suportes tecnológicos e uma clínica para atender animais que foram vítimas de tráfico. O contrato que a cidade tinha com uma concessionária para administração do zoológico foi quebrado pelo governo porque a empresa não paga, desde o começo deste ano, a tarifa mensal de um milhão de pesos (R$ 230 mil). Com isso, o local voltou a ser estatizado. O zoológico estava aberto desde 1888 e tem 52 edificações que copiam a arquiteturas das regiões naturais dos animais. Consideradas patrimônio da cidade, elas serão mantidas.
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Fatos e factoides
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O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), demonstra em seu começo de mandato uma grande preocupação com a imagem. Vestido de gari, varreu alguns metros de rua por poucos segundos para muitas dezenas de fotos. Instituiu multas para secretários que se atrasem para compromissos oficiais. Mandou pintar salas da prefeitura com paredes sujas. A atenção a providências comezinhas e midiáticas lembra a vassoura e os bilhetinhos de Jânio Quadros, presidente, governador e duas vezes prefeito de São Paulo (1953-55 e 1986-88). Tais gestos terão tanto menos importância quanto melhor for o desempenho de Doria. Espera-se que, em breve, o tucano dê mais notícias de seus projetos de fôlego do que de factoides. Espera-se também que passe o tempo dos malabarismos das primeiras medidas, que tentam equilibrar promessas eleitorais com os primeiros choques de realidade. O preço das tarifas de ônibus não seria reajustado; teve de sê-lo em parte, em uma equação complexa, pois os cofres públicos não dão mais conta de subsídios. A promessa de rever as velocidades máximas na cidade teve de ser maquiada. Marquetagem à parte, não são maus os prognósticos. Doria escolheu um secretariado de bom nível. Tem dado ênfase a problemas sociais graves da cidade, como escassez de vagas em creches e filas para exames médicos. Algumas de suas primeiras medidas são corretas, embora o anúncio das providências não tenha sido acompanhado de explicações práticas, como no caso do corte de despesas com fornecedores e outras medidas de contenção de gastos. Mais importante, os moradores de São Paulo esperam saber de grandes decisões e planos que Doria terá de anunciar caso pretenda dar rumo maior a sua gestão. Haverá reforma na educação municipal? O que será feito das licitações do transporte por ônibus? Será recalculada e redesenhada a distribuição de linhas? Como lidará com a previdência dos servidores e seu deficit crescente? Haverá um plano de previdência privada ou outras medidas? O que se vai fazer a fim de reorganizar as unidades básicas de atendimento do SUS e conciliá-las com as unidades do Estado? Vai expor de modo detalhado os gastos com saúde, em parte realizados por organizações privadas, de modo que os cidadãos possam avaliar custos e benefícios do sistema? Essas são questões cruciais de governo. Não os factoides dos primeiros dias —futilidades que serão esquecidas se a administração tiver êxito, mas que brilharão como lantejoulas do marketing vulgar caso o governo Doria seja apagado. [email protected]
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opiniao
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Fatos e factoidesO prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), demonstra em seu começo de mandato uma grande preocupação com a imagem. Vestido de gari, varreu alguns metros de rua por poucos segundos para muitas dezenas de fotos. Instituiu multas para secretários que se atrasem para compromissos oficiais. Mandou pintar salas da prefeitura com paredes sujas. A atenção a providências comezinhas e midiáticas lembra a vassoura e os bilhetinhos de Jânio Quadros, presidente, governador e duas vezes prefeito de São Paulo (1953-55 e 1986-88). Tais gestos terão tanto menos importância quanto melhor for o desempenho de Doria. Espera-se que, em breve, o tucano dê mais notícias de seus projetos de fôlego do que de factoides. Espera-se também que passe o tempo dos malabarismos das primeiras medidas, que tentam equilibrar promessas eleitorais com os primeiros choques de realidade. O preço das tarifas de ônibus não seria reajustado; teve de sê-lo em parte, em uma equação complexa, pois os cofres públicos não dão mais conta de subsídios. A promessa de rever as velocidades máximas na cidade teve de ser maquiada. Marquetagem à parte, não são maus os prognósticos. Doria escolheu um secretariado de bom nível. Tem dado ênfase a problemas sociais graves da cidade, como escassez de vagas em creches e filas para exames médicos. Algumas de suas primeiras medidas são corretas, embora o anúncio das providências não tenha sido acompanhado de explicações práticas, como no caso do corte de despesas com fornecedores e outras medidas de contenção de gastos. Mais importante, os moradores de São Paulo esperam saber de grandes decisões e planos que Doria terá de anunciar caso pretenda dar rumo maior a sua gestão. Haverá reforma na educação municipal? O que será feito das licitações do transporte por ônibus? Será recalculada e redesenhada a distribuição de linhas? Como lidará com a previdência dos servidores e seu deficit crescente? Haverá um plano de previdência privada ou outras medidas? O que se vai fazer a fim de reorganizar as unidades básicas de atendimento do SUS e conciliá-las com as unidades do Estado? Vai expor de modo detalhado os gastos com saúde, em parte realizados por organizações privadas, de modo que os cidadãos possam avaliar custos e benefícios do sistema? Essas são questões cruciais de governo. Não os factoides dos primeiros dias —futilidades que serão esquecidas se a administração tiver êxito, mas que brilharão como lantejoulas do marketing vulgar caso o governo Doria seja apagado. [email protected]
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Câmara de SP aprova em primeira votação orçamento para 2016
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A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na noite desta quarta-feira (2), em primeira votação, a proposta de orçamento da gestão Fernando Haddad (PT) para 2016. O projeto ainda poderá receber emendas parlamentares e deverá passar por segunda votação em plenário antes de ser encaminhado para a sanção do prefeito. A previsão é que a prefeitura tenha creca de R$ 54,4 bilhões para gastos e investimentos no próximo ano, um aumento de 5,9% em relação ao orçamento fixado para 2015. O projeto original do Executivo sofreu mudanças feitas pelos vereadores, que aprovaram um substitutivo na Comissão de Finanças e Orçamento na terça-feira (1). No plenário, o texto recebeu 35 votos favoráveis e 9 votos contrários. Uma das principais alterações do substitutivo foi na pasta de Subprefeituras, responsável por ações de zeladoria como limpeza e manutenção de áreas públicas. No projeto original a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras teria um orçamento de cerca de R$ 655 milhões, mas os vereadores elevaram o valor em cerca de R$ 20 milhões. O conjunto das 32 subprefeituras, que receberiam R$ 1,1 bilhão, tiveram acréscimo de R$ 126 milhões. Essa é a área onde os vereadores eles exercem maior ingerência, já que ali estão seus redutos eleitorais. Por outro lado, a verba do TCM (Tribunal de Contas do Município), responsável por fiscalizar a prefeitura, foi encolhida. Dos cerca de R$ 285 milhões originais, foram retirados R$ 68 milhões.
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cotidiano
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Câmara de SP aprova em primeira votação orçamento para 2016A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na noite desta quarta-feira (2), em primeira votação, a proposta de orçamento da gestão Fernando Haddad (PT) para 2016. O projeto ainda poderá receber emendas parlamentares e deverá passar por segunda votação em plenário antes de ser encaminhado para a sanção do prefeito. A previsão é que a prefeitura tenha creca de R$ 54,4 bilhões para gastos e investimentos no próximo ano, um aumento de 5,9% em relação ao orçamento fixado para 2015. O projeto original do Executivo sofreu mudanças feitas pelos vereadores, que aprovaram um substitutivo na Comissão de Finanças e Orçamento na terça-feira (1). No plenário, o texto recebeu 35 votos favoráveis e 9 votos contrários. Uma das principais alterações do substitutivo foi na pasta de Subprefeituras, responsável por ações de zeladoria como limpeza e manutenção de áreas públicas. No projeto original a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras teria um orçamento de cerca de R$ 655 milhões, mas os vereadores elevaram o valor em cerca de R$ 20 milhões. O conjunto das 32 subprefeituras, que receberiam R$ 1,1 bilhão, tiveram acréscimo de R$ 126 milhões. Essa é a área onde os vereadores eles exercem maior ingerência, já que ali estão seus redutos eleitorais. Por outro lado, a verba do TCM (Tribunal de Contas do Município), responsável por fiscalizar a prefeitura, foi encolhida. Dos cerca de R$ 285 milhões originais, foram retirados R$ 68 milhões.
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Dólar comercial fecha em queda com política e juro americano no radar
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Depois de ter começado o dia em alta, com dados fortes do mercado de trabalho americano reforçando a expectativa de aumento de juros nos Estados Unidos ainda neste mês, o dólar inverteu a tendência no início da tarde desta sexta-feira (4) e fechou a sessão em queda em relação ao real. O movimento refletiu em partes a notícia de que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou na última quarta-feira (2) o pedido de abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A medida fez o dólar recuar mais de 2% na véspera, para seu menor valor em um mês. A reação do mercado à decisão de Cunha espelha uma expectativa otimista de mudança na política econômica do país, caso ocorra uma troca de governo. A avaliação é que a falta de apoio político do governo torna muito difícil o resgate da confiança dos investidores, especialmente depois da prisão de um importante articulador do PT, Delcídio Amaral, no âmbito da Operação Lava Jato da Polícia Federal, na semana passada. No exterior, 11 das 24 principais moedas emergentes do mundo perderam força sobre o dólar. A divisa americana também subiu em relação a sete das dez moedas globais mais importantes, entre elas o euro e a libra esterlina. O dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, cedeu 0,29% sobre o real, cotado em R$ 3,738 na venda. A moeda chegou a atingir máxima de R$ 3,790 durante o dia. Na semana, houve baixa de 2,25%. Já dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve leve valorização de 0,10% sobre o real, cotado em R$ 3,7748 na venda. Na semana, houve recuo de 1,29%. A criação de postos de trabalho nos Estados Unidos em novembro perdeu velocidade, mas não a ponto de frustrar expectativas de elevação dos juros ainda neste mês. O país gerou 211 mil vagas e manteve o desemprego em 5%, nível considerado suficiente por economistas para uma taxa básica de juros superior à praticada desde a crise de 2008, próxima de zero. As sinalizações sobre o futuro dos juros americanos têm sido acompanhadas de perto pelos investidores, uma vez que a alta da taxa provocaria fuga de recursos aplicados em países emergentes para os EUA, encarecendo o dólar. Isso porque a mudança deixaria os títulos do Tesouro americano, cuja remuneração reflete a taxa de juros, mais atraentes que aplicações em mercados emergentes, considerados de maior risco. O Banco Central do Brasil deu continuidade nesta sessão aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou US$ 545,4 milhões. No mercado de juros futuros, os principais contratos fecharam com sinais opostos na BM&FBovespa. O DI para janeiro de 2016 caiu de 14,160% para 14,159%, enquanto o DI para fevereiro de 2016 subiu de 14,210% a 14,225%. Já o contrato para janeiro de 2021 apontou taxa de 15,680%, ante 15,720% na sessão anterior. BOLSA EM QUEDA No mercado de ações, o principal índice da Bolsa brasileira fechou em queda nesta sexta-feira, devolvendo parte do forte ganho de mais de 3% registrado na véspera. O Ibovespa teve desvalorização de 2,23%, para 45.360 pontos. O volume financeiro foi de R$ 6 bilhões. A forte baixa das ações de Petrobras, Vale e bancos empurrou o desempenho do Ibovespa para baixo. Esses papéis se ajustaram aos expressivos ganhos registrados na sessão anterior, reflexo da euforia inicial após Cunha ter acatado o pedido de abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma. Os papéis preferenciais da Petrobras, mais negociados e sem direito a voto, cederam 5,76%, para R$ 7,52 cada um. Já os ordinários, com direito a voto, tiveram perda de 6,84%, a R$ 9,13. A Vale viu sua ação preferencial cair 2,73%, para R$ 9,99. É o menor valor desde 6 de julho de 2004, quando valia R$ 9,842. Já a ordinária recuou 4,04%, a R$ 12,35 —menor cotação desde 13 de julho de 2004, quando valia R$ 12,343. No setor bancário, o Itaú recuou 2,22%, enquanto o Bradesco teve desvalorização de 1,37% e o Banco do Brasil registrou baixa de 2,70%. Este é o segmento com maior peso dentro do Ibovespa. As ações da BM&FBovespa perderam 2,03%, para R$ 11,56 cada uma. O conselho de administração da Cetip rejeitou a oferta de compra da empresa de R$ 39,00 por ação, argumentando que o preço não representa um valor justo. A ação da Cetip subia 1,20%, a R$ 37,05. Fora do Ibovespa, as units (conjunto de ações) do BTG Pactual caíram 3,86%, para R$ 19,42. As ações da rede de drogarias Brasil Pharma, cujo maior acionista é o BTG Pactual, tiveram desvalorização de 6,04%, para R$ 13,39 cada uma. A agência de classificação de risco Fitch Ratings anunciou após o fechamento do mercado o corte na nota de crédito do banco BTG Pactual de "BBB-" para "BB-". Com a medida, a empresa perdeu o grau de investimento (selo de bom pagador) concedido pela agência. A decisão ocorre na semana seguinte à prisão de André Esteves, ex-presidente do banco, no âmbito da Operação Lava Jato da Polícia Federal.
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mercado
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Dólar comercial fecha em queda com política e juro americano no radarDepois de ter começado o dia em alta, com dados fortes do mercado de trabalho americano reforçando a expectativa de aumento de juros nos Estados Unidos ainda neste mês, o dólar inverteu a tendência no início da tarde desta sexta-feira (4) e fechou a sessão em queda em relação ao real. O movimento refletiu em partes a notícia de que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou na última quarta-feira (2) o pedido de abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A medida fez o dólar recuar mais de 2% na véspera, para seu menor valor em um mês. A reação do mercado à decisão de Cunha espelha uma expectativa otimista de mudança na política econômica do país, caso ocorra uma troca de governo. A avaliação é que a falta de apoio político do governo torna muito difícil o resgate da confiança dos investidores, especialmente depois da prisão de um importante articulador do PT, Delcídio Amaral, no âmbito da Operação Lava Jato da Polícia Federal, na semana passada. No exterior, 11 das 24 principais moedas emergentes do mundo perderam força sobre o dólar. A divisa americana também subiu em relação a sete das dez moedas globais mais importantes, entre elas o euro e a libra esterlina. O dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, cedeu 0,29% sobre o real, cotado em R$ 3,738 na venda. A moeda chegou a atingir máxima de R$ 3,790 durante o dia. Na semana, houve baixa de 2,25%. Já dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve leve valorização de 0,10% sobre o real, cotado em R$ 3,7748 na venda. Na semana, houve recuo de 1,29%. A criação de postos de trabalho nos Estados Unidos em novembro perdeu velocidade, mas não a ponto de frustrar expectativas de elevação dos juros ainda neste mês. O país gerou 211 mil vagas e manteve o desemprego em 5%, nível considerado suficiente por economistas para uma taxa básica de juros superior à praticada desde a crise de 2008, próxima de zero. As sinalizações sobre o futuro dos juros americanos têm sido acompanhadas de perto pelos investidores, uma vez que a alta da taxa provocaria fuga de recursos aplicados em países emergentes para os EUA, encarecendo o dólar. Isso porque a mudança deixaria os títulos do Tesouro americano, cuja remuneração reflete a taxa de juros, mais atraentes que aplicações em mercados emergentes, considerados de maior risco. O Banco Central do Brasil deu continuidade nesta sessão aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou US$ 545,4 milhões. No mercado de juros futuros, os principais contratos fecharam com sinais opostos na BM&FBovespa. O DI para janeiro de 2016 caiu de 14,160% para 14,159%, enquanto o DI para fevereiro de 2016 subiu de 14,210% a 14,225%. Já o contrato para janeiro de 2021 apontou taxa de 15,680%, ante 15,720% na sessão anterior. BOLSA EM QUEDA No mercado de ações, o principal índice da Bolsa brasileira fechou em queda nesta sexta-feira, devolvendo parte do forte ganho de mais de 3% registrado na véspera. O Ibovespa teve desvalorização de 2,23%, para 45.360 pontos. O volume financeiro foi de R$ 6 bilhões. A forte baixa das ações de Petrobras, Vale e bancos empurrou o desempenho do Ibovespa para baixo. Esses papéis se ajustaram aos expressivos ganhos registrados na sessão anterior, reflexo da euforia inicial após Cunha ter acatado o pedido de abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma. Os papéis preferenciais da Petrobras, mais negociados e sem direito a voto, cederam 5,76%, para R$ 7,52 cada um. Já os ordinários, com direito a voto, tiveram perda de 6,84%, a R$ 9,13. A Vale viu sua ação preferencial cair 2,73%, para R$ 9,99. É o menor valor desde 6 de julho de 2004, quando valia R$ 9,842. Já a ordinária recuou 4,04%, a R$ 12,35 —menor cotação desde 13 de julho de 2004, quando valia R$ 12,343. No setor bancário, o Itaú recuou 2,22%, enquanto o Bradesco teve desvalorização de 1,37% e o Banco do Brasil registrou baixa de 2,70%. Este é o segmento com maior peso dentro do Ibovespa. As ações da BM&FBovespa perderam 2,03%, para R$ 11,56 cada uma. O conselho de administração da Cetip rejeitou a oferta de compra da empresa de R$ 39,00 por ação, argumentando que o preço não representa um valor justo. A ação da Cetip subia 1,20%, a R$ 37,05. Fora do Ibovespa, as units (conjunto de ações) do BTG Pactual caíram 3,86%, para R$ 19,42. As ações da rede de drogarias Brasil Pharma, cujo maior acionista é o BTG Pactual, tiveram desvalorização de 6,04%, para R$ 13,39 cada uma. A agência de classificação de risco Fitch Ratings anunciou após o fechamento do mercado o corte na nota de crédito do banco BTG Pactual de "BBB-" para "BB-". Com a medida, a empresa perdeu o grau de investimento (selo de bom pagador) concedido pela agência. A decisão ocorre na semana seguinte à prisão de André Esteves, ex-presidente do banco, no âmbito da Operação Lava Jato da Polícia Federal.
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OCDE mostra sinais de fraqueza nas economias dos EUA e Brasil
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O crescimento econômico dos Estados Unidos está mostrando mais sinais de enfraquecimento enquanto uma recuperação está ganhando tração em países da zona do euro como França e Itália, disse a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) nesta segunda-feira (8). O indicador mensal da OCDE, um medidor desenvolvido para marcar pontos de virada na economia internacional, mostrou quedas para os EUA e outras economias importantes como China e Brasil. O indicador, um índice sintético onde 100 é a média de longo prazo, permaneceu em 100,7 na zona do euro, mas nos EUA recuou para 99,5 ante 99,7 em março, tendo caído para baixo dos 100 em fevereiro. A leitura para o Brasil caiu para 99,0 ante 99,1, e a da China recuou a 97,5 ante 97,7. A leitura do índice de abril subiu no Japão para 100,0 ante 99,9 enquanto caiu na Grã-Bretanha para 100,0 ante 100,1. Dentro da zona do euro, o indicador subiu para França a 100,8 ante 100,7, e na Itália para 101,0 ante 100,9. A leitura para a Alemanha, a maior economia do bloco, avançou a 99,9 ante 99,8 um mês antes.
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OCDE mostra sinais de fraqueza nas economias dos EUA e BrasilO crescimento econômico dos Estados Unidos está mostrando mais sinais de enfraquecimento enquanto uma recuperação está ganhando tração em países da zona do euro como França e Itália, disse a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) nesta segunda-feira (8). O indicador mensal da OCDE, um medidor desenvolvido para marcar pontos de virada na economia internacional, mostrou quedas para os EUA e outras economias importantes como China e Brasil. O indicador, um índice sintético onde 100 é a média de longo prazo, permaneceu em 100,7 na zona do euro, mas nos EUA recuou para 99,5 ante 99,7 em março, tendo caído para baixo dos 100 em fevereiro. A leitura para o Brasil caiu para 99,0 ante 99,1, e a da China recuou a 97,5 ante 97,7. A leitura do índice de abril subiu no Japão para 100,0 ante 99,9 enquanto caiu na Grã-Bretanha para 100,0 ante 100,1. Dentro da zona do euro, o indicador subiu para França a 100,8 ante 100,7, e na Itália para 101,0 ante 100,9. A leitura para a Alemanha, a maior economia do bloco, avançou a 99,9 ante 99,8 um mês antes.
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Nova fase da Operação Zelotes atinge banco Itaú Unibanco em caso Boston
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O Itaú Unibanco foi alvo de buscas da Polícia Federal nesta quinta-feira (1) por causa de pagamentos feitos a um escritório de consultoria contratado para ajudar o antigo BankBoston a resolver uma pendência com a Receita Federal. Os pagamentos são investigados pela Operação Zelotes, que desde o ano passado apura suspeitas de que bancos e empresas pagaram propina a lobistas e funcionários públicos para se livrar de multas impostas pela Receita. O Itaú, que assumiu as operações do BankBoston no Brasil em 2006, disse ter feito os pagamentos apenas para honrar obrigação assumida na época da aquisição com os antigos controladores da instituição, o Bank of America. O banco brasileiro afirmou que não acompanhou os processos em que as pendências do BankBoston com o fisco foram discutidas, e informou ter sido ressarcido pelo Bank of America dos pagamentos. De acordo com as investigações, o BankBoston contratou o escritório de um consultor chamado Mário Pagnozzi para ajudá-lo em três processos no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão do Ministério da Fazenda ao qual os contribuintes recorrem para contestar punições impostas pela Receita. De acordo com despacho do juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, que conduz os processos associados à Operação Zelotes em Brasília, Pagnozzi recebeu "elevadas quantias" do Itaú "sem prova da prestação dos serviços". Segundo o jornal "Valor Econômico", relatórios da investigação mostram que o banco fez 21 pagamentos à consultoria entre 2009 e 2015, incluindo um no valor de R$ 1,5 milhão em abril de 2013. Conforme o despacho do juiz Vallisney, Pagnozzi associou-se a outra consultoria, do ex-conselheiro do Carf Edison Pereira Rodrigues, para cuidar dos processos de interesse do BankBoston no Carf. O banco teria feito pagamentos também a três conselheiros que participaram do julgamento dos processos, José Ricardo da Silva, Valmir Sandri e Valmar Fonseca Menezes, todos hoje afastados. Os processos no Carf tiveram início antes da aquisição do BankBoston pelo Itaú, assim como a contratação dos consultores que ajudaram a resolver as pendências. Uma empresa sem relação com o Itaú, chamada Boston Negócios e Participações, administrou as pendências do banco americano após a aquisição. Apontado pelo Itaú como responsável pelo acompanhamento dos processos, o Bank of America, que também foi alvo de buscas nesta quinta, limitou-se a dizer que coopera com as investigações. A Operação Zelotes foi deflagrada em março de 2015 e atingiu empresas como a siderúrgica Gerdau e bancos como o Bradesco e o Safra. Em julho, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e outros três altos funcionários do banco tornaram-se réus em um dos processos, acusados de oferecer propina em troca de ajuda no Carf. Segundo o Ministério Público Federal, o líder dos lobistas contatado pelo Bradesco era Pagnozzi, o mesmo que ajudou o BankBoston. Ele também é réu no processo em que Trabuco será julgado. O Bradesco, que nega ter praticado irregularidades, desistiu de contratar os lobistas depois da deflagração da Zelotes e perdeu as suas disputas com a Receita no Carf. Oito pessoas investigadas pela Zelotes já foram condenadas à prisão, incluindo o ex-conselheiro José Ricardo, que pegou 11 anos, e o advogado Mauro Marcondes, com pena de 11 anos e oito meses. 8ª fase da Operacão Zelotes - Mais de 100 policiais federais cumprem 34 mandados OUTRO LADO O Itaú Unibanco apontou o Bank of America como responsável pelo acompanhamento dos processos do antigo BankBoston no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) que despertaram suspeitas dos investigadores da Operação Zelotes. O Itaú, que adquiriu o controle do BankBoston no Brasil em 2006, afirmou que pendências como essa continuaram sob responsabilidade dos antigos controladores. "Na data de aquisição do BankBoston, existiam diversos processos tributários contra o CNPJ do banco adquirido pelo Itaú. Os processos eram formalmente contra o BankBoston e a execução dos pagamentos cabia obrigatoriamente ao Itaú Unibanco", disse o banco nesta quinta, em nota divulgada à imprensa após as buscas da polícia. "O Itaú Unibanco realizava os pagamentos e era imediatamente ressarcido dos valores pagos pelo Bank of America", acrescentou o Itaú. "Importante reforçar que, conforme o contrato de compra e venda [do BankBoston], a responsabilidade dos processos, incluindo o impacto financeiro e a condução jurídica, cabe exclusivamente ao Bank of America." Em nota divulgada após as buscas realizadas pela Polícia Federal em seu escritório em São Paulo, o Bank of America evitou discutir detalhes das investigações e limitou-se a dizer que coopera com a Zelotes: "Estamos cooperando integralmente com a documentação requerida pelas autoridades brasileiras." A Folha não conseguiu localizar representantes do consultor Mário Pagnozzi e dos ex-conselheiros do Carf que, de acordo com os investigadores da Operação Zelotes, teriam ajudado o BankBoston a resolver suas pendências no conselho, Edison Pereira Rodrigues, José Ricardo da Silva e Valmar Fonseca Menezes. Por meio de advogados, o ex-conselheiro Valmir Sandri afirmou que "jamais recebeu qualquer recurso do Bank of Boston e/ou empresas do grupo, bem como se declarou impedido em todos os processos dessas empresas a partir da contratação pelo Banco do escritório do qual participava". Operação Zelotes e fraudes no Carf * Banqueiros e empresários atingidos pelas investigações Itaú Unibanco Foi alvo de buscas na quinta (1º), por pagamentos feitos a consultoria para resolver pendências do antigo BankBoston, cujas operações no país foram adquiridas pelo Itaú em 2006 OUTRO LADO O banco diz que cumpriu obrigação contratual com os antigos controladores do BankBoston, e que não acompanhou os processos no Carf Bradesco O presidente do banco, Luiz Trabuco, e outros três executivos são réus num processo em que o banco foi acusado de oferecer propina a lobistas para se livrar de cobranças no valor de R$ 4 bi OUTRO LADO O banco, que desistiu de contratar os lobistas e perdeu no Carf, nega irregularidades. Trabuco diz que só cumprimentou um lobista numa reunião Safra O banqueiro Joseph Safra é réu num processo em que é acusado de autorizar pagamentos de R$ 15,3 mi para que servidores trabalhassem a favor do banco numa disputa com a Receita OUTRO LADO Safra e seu banco negam ter praticado irregularidades e disseram que as suspeitas são "infundadas" Gerdau O empresário André Gerdau, principal executivo do grupo siderúrgico criado por seu pai, foi indiciado pela PF por suspeita de ter pago lobistas para se livrar de uma multa de R$ 1,5 bilhão OUTRO LADO A empresa diz que seus executivos jamais ofereceram propina em troca de favorecimento no Carf, onde a Gerdau perdeu sua disputa com o fisco
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Nova fase da Operação Zelotes atinge banco Itaú Unibanco em caso BostonO Itaú Unibanco foi alvo de buscas da Polícia Federal nesta quinta-feira (1) por causa de pagamentos feitos a um escritório de consultoria contratado para ajudar o antigo BankBoston a resolver uma pendência com a Receita Federal. Os pagamentos são investigados pela Operação Zelotes, que desde o ano passado apura suspeitas de que bancos e empresas pagaram propina a lobistas e funcionários públicos para se livrar de multas impostas pela Receita. O Itaú, que assumiu as operações do BankBoston no Brasil em 2006, disse ter feito os pagamentos apenas para honrar obrigação assumida na época da aquisição com os antigos controladores da instituição, o Bank of America. O banco brasileiro afirmou que não acompanhou os processos em que as pendências do BankBoston com o fisco foram discutidas, e informou ter sido ressarcido pelo Bank of America dos pagamentos. De acordo com as investigações, o BankBoston contratou o escritório de um consultor chamado Mário Pagnozzi para ajudá-lo em três processos no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão do Ministério da Fazenda ao qual os contribuintes recorrem para contestar punições impostas pela Receita. De acordo com despacho do juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, que conduz os processos associados à Operação Zelotes em Brasília, Pagnozzi recebeu "elevadas quantias" do Itaú "sem prova da prestação dos serviços". Segundo o jornal "Valor Econômico", relatórios da investigação mostram que o banco fez 21 pagamentos à consultoria entre 2009 e 2015, incluindo um no valor de R$ 1,5 milhão em abril de 2013. Conforme o despacho do juiz Vallisney, Pagnozzi associou-se a outra consultoria, do ex-conselheiro do Carf Edison Pereira Rodrigues, para cuidar dos processos de interesse do BankBoston no Carf. O banco teria feito pagamentos também a três conselheiros que participaram do julgamento dos processos, José Ricardo da Silva, Valmir Sandri e Valmar Fonseca Menezes, todos hoje afastados. Os processos no Carf tiveram início antes da aquisição do BankBoston pelo Itaú, assim como a contratação dos consultores que ajudaram a resolver as pendências. Uma empresa sem relação com o Itaú, chamada Boston Negócios e Participações, administrou as pendências do banco americano após a aquisição. Apontado pelo Itaú como responsável pelo acompanhamento dos processos, o Bank of America, que também foi alvo de buscas nesta quinta, limitou-se a dizer que coopera com as investigações. A Operação Zelotes foi deflagrada em março de 2015 e atingiu empresas como a siderúrgica Gerdau e bancos como o Bradesco e o Safra. Em julho, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e outros três altos funcionários do banco tornaram-se réus em um dos processos, acusados de oferecer propina em troca de ajuda no Carf. Segundo o Ministério Público Federal, o líder dos lobistas contatado pelo Bradesco era Pagnozzi, o mesmo que ajudou o BankBoston. Ele também é réu no processo em que Trabuco será julgado. O Bradesco, que nega ter praticado irregularidades, desistiu de contratar os lobistas depois da deflagração da Zelotes e perdeu as suas disputas com a Receita no Carf. Oito pessoas investigadas pela Zelotes já foram condenadas à prisão, incluindo o ex-conselheiro José Ricardo, que pegou 11 anos, e o advogado Mauro Marcondes, com pena de 11 anos e oito meses. 8ª fase da Operacão Zelotes - Mais de 100 policiais federais cumprem 34 mandados OUTRO LADO O Itaú Unibanco apontou o Bank of America como responsável pelo acompanhamento dos processos do antigo BankBoston no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) que despertaram suspeitas dos investigadores da Operação Zelotes. O Itaú, que adquiriu o controle do BankBoston no Brasil em 2006, afirmou que pendências como essa continuaram sob responsabilidade dos antigos controladores. "Na data de aquisição do BankBoston, existiam diversos processos tributários contra o CNPJ do banco adquirido pelo Itaú. Os processos eram formalmente contra o BankBoston e a execução dos pagamentos cabia obrigatoriamente ao Itaú Unibanco", disse o banco nesta quinta, em nota divulgada à imprensa após as buscas da polícia. "O Itaú Unibanco realizava os pagamentos e era imediatamente ressarcido dos valores pagos pelo Bank of America", acrescentou o Itaú. "Importante reforçar que, conforme o contrato de compra e venda [do BankBoston], a responsabilidade dos processos, incluindo o impacto financeiro e a condução jurídica, cabe exclusivamente ao Bank of America." Em nota divulgada após as buscas realizadas pela Polícia Federal em seu escritório em São Paulo, o Bank of America evitou discutir detalhes das investigações e limitou-se a dizer que coopera com a Zelotes: "Estamos cooperando integralmente com a documentação requerida pelas autoridades brasileiras." A Folha não conseguiu localizar representantes do consultor Mário Pagnozzi e dos ex-conselheiros do Carf que, de acordo com os investigadores da Operação Zelotes, teriam ajudado o BankBoston a resolver suas pendências no conselho, Edison Pereira Rodrigues, José Ricardo da Silva e Valmar Fonseca Menezes. Por meio de advogados, o ex-conselheiro Valmir Sandri afirmou que "jamais recebeu qualquer recurso do Bank of Boston e/ou empresas do grupo, bem como se declarou impedido em todos os processos dessas empresas a partir da contratação pelo Banco do escritório do qual participava". Operação Zelotes e fraudes no Carf * Banqueiros e empresários atingidos pelas investigações Itaú Unibanco Foi alvo de buscas na quinta (1º), por pagamentos feitos a consultoria para resolver pendências do antigo BankBoston, cujas operações no país foram adquiridas pelo Itaú em 2006 OUTRO LADO O banco diz que cumpriu obrigação contratual com os antigos controladores do BankBoston, e que não acompanhou os processos no Carf Bradesco O presidente do banco, Luiz Trabuco, e outros três executivos são réus num processo em que o banco foi acusado de oferecer propina a lobistas para se livrar de cobranças no valor de R$ 4 bi OUTRO LADO O banco, que desistiu de contratar os lobistas e perdeu no Carf, nega irregularidades. Trabuco diz que só cumprimentou um lobista numa reunião Safra O banqueiro Joseph Safra é réu num processo em que é acusado de autorizar pagamentos de R$ 15,3 mi para que servidores trabalhassem a favor do banco numa disputa com a Receita OUTRO LADO Safra e seu banco negam ter praticado irregularidades e disseram que as suspeitas são "infundadas" Gerdau O empresário André Gerdau, principal executivo do grupo siderúrgico criado por seu pai, foi indiciado pela PF por suspeita de ter pago lobistas para se livrar de uma multa de R$ 1,5 bilhão OUTRO LADO A empresa diz que seus executivos jamais ofereceram propina em troca de favorecimento no Carf, onde a Gerdau perdeu sua disputa com o fisco
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Alalaô: Carnaval do Recife terá mais de 1.600 atrações; confira
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A edição 2015 do Carnaval do Recife começa em 13 de fevereiro, com mais de 1.600 atrações, mas os foliões não precisam esperar tanto. Neste sábado (31), a partir das 15h, o bloco Amantes de Glória faz uma prévia da ... Leia post completo no blog
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cotidiano
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Alalaô: Carnaval do Recife terá mais de 1.600 atrações; confiraA edição 2015 do Carnaval do Recife começa em 13 de fevereiro, com mais de 1.600 atrações, mas os foliões não precisam esperar tanto. Neste sábado (31), a partir das 15h, o bloco Amantes de Glória faz uma prévia da ... Leia post completo no blog
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Em reunião, Aidar diz que é vítima e que renuncia para preservar empresa
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O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, desabafou com aqueles que eram seus principais aliados durante a sua gestão, em reunião neste domingo (11). O encontro aconteceu no Morumbi, com a presença de alguns de seus ex-vice-presidentes e ex-diretores, entre eles Antonio Donizetti Gonçalves, vice social. Segundo relatos dos que estiveram na conversa, o presidente do São Paulo disse ser vítima em todo o processo de denúncias e acusações que o envolve. Aidar também lamentou ter "confiado demais nas pessoas" e afirmou estar decepcionado. "Ele disse que é vítima. O nosso grupo perdeu toda a confiança nele. Não tem mais como confiar. Vamos esperar a carta de renúncia e reconstruir o São Paulo", declarou Antonio Donizetti, conhecido no clube como Dedé, em contato com a Folha. "Aidar disse que confiou muito em algumas pessoas que não deveria, como o caso do Ataíde [Gil Guerreiro, ex-vice de futebol]. Mas o Ataíde tem uma outra versão sobre isso", completou. Na reunião, Aidar também falou sobre sua renúncia. Disse que vai entregar a carta de despedida nesta terça-feira (13), às 18h, e que só tomou essa decisão por causa da pressão de seus sócios no escritório de advocacia. Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do Conselho Deliberativo, é quem vai assumir o cargo do presidente assim que ele sair. Depois, tem 30 dias para chamar uma nova eleição. A expectativa era que ele fosse candidato único, mas ex-aliados de Aidar já tentam viabilizar uma chapa para concorrer no processo. A reportagem tentou entrar em contato com Aidar, mas não conseguiu. Eduardo Alfano, ex-diretor de relações internacionais, afirmou à Folha que não fez parte da reunião, como havia sido informado pela matéria inicialmente. E-MAIL Na última semana, Ataíde Gil Guerreiro enviou um e-mail para Carlos Miguel Aidar dizendo ter gravações que comprovam a forma como o presidente ganhava dinheiro nas negociações de jogadores e também da participação da namorada do mandatário, Cinira Maturana, em comissões. Dos diversos escândalos apontados na atual gestão, poucos foram explicados. Crise política no São Paulo
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esporte
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Em reunião, Aidar diz que é vítima e que renuncia para preservar empresaO presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, desabafou com aqueles que eram seus principais aliados durante a sua gestão, em reunião neste domingo (11). O encontro aconteceu no Morumbi, com a presença de alguns de seus ex-vice-presidentes e ex-diretores, entre eles Antonio Donizetti Gonçalves, vice social. Segundo relatos dos que estiveram na conversa, o presidente do São Paulo disse ser vítima em todo o processo de denúncias e acusações que o envolve. Aidar também lamentou ter "confiado demais nas pessoas" e afirmou estar decepcionado. "Ele disse que é vítima. O nosso grupo perdeu toda a confiança nele. Não tem mais como confiar. Vamos esperar a carta de renúncia e reconstruir o São Paulo", declarou Antonio Donizetti, conhecido no clube como Dedé, em contato com a Folha. "Aidar disse que confiou muito em algumas pessoas que não deveria, como o caso do Ataíde [Gil Guerreiro, ex-vice de futebol]. Mas o Ataíde tem uma outra versão sobre isso", completou. Na reunião, Aidar também falou sobre sua renúncia. Disse que vai entregar a carta de despedida nesta terça-feira (13), às 18h, e que só tomou essa decisão por causa da pressão de seus sócios no escritório de advocacia. Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do Conselho Deliberativo, é quem vai assumir o cargo do presidente assim que ele sair. Depois, tem 30 dias para chamar uma nova eleição. A expectativa era que ele fosse candidato único, mas ex-aliados de Aidar já tentam viabilizar uma chapa para concorrer no processo. A reportagem tentou entrar em contato com Aidar, mas não conseguiu. Eduardo Alfano, ex-diretor de relações internacionais, afirmou à Folha que não fez parte da reunião, como havia sido informado pela matéria inicialmente. E-MAIL Na última semana, Ataíde Gil Guerreiro enviou um e-mail para Carlos Miguel Aidar dizendo ter gravações que comprovam a forma como o presidente ganhava dinheiro nas negociações de jogadores e também da participação da namorada do mandatário, Cinira Maturana, em comissões. Dos diversos escândalos apontados na atual gestão, poucos foram explicados. Crise política no São Paulo
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A ponte
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"Uma ponte para o futuro" é um programa que se destina "a preservar a economia brasileira", estancar seu processo de deterioração e "tornar viável o desenvolvimento". O documento aponta um caminho que rompe com o impasse do nada propositivo. Tem a preocupação de incentivar a livre iniciativa e de devolver ao Estado a capacidade de executar políticas sociais com sustentabilidade. A proposta inicia diagnosticando a situação de recessão, a seriedade da crise brasileira e a possibilidade de esta continuar em 2016. Para evitar que a crise se agrave ainda mais, numa espécie de colapso anunciado, o PMDB, corajosamente, propõe mudanças e afirma que "só mudando a forma de administrar o país, leis e até mesmo normas constitucionais" sairemos da difícil situação na qual estamos. Como registrou o "Jornal Nacional" de 29/10, o documento "traz uma mensagem clara: o PMDB tem um caminho próprio e daqui pra frente vai segui-lo". "A ponte", que consultou inúmeros especialistas e políticos, abre agora um debate na sociedade, e dia 17, em Brasília, no Congresso da Fundação Ulysses Guimarães, com filiados e simpatizantes. Serão debatidas alternativas econômicas e apontadas soluções para a situação que tanto angustia e está levando milhões de pessoas a despencar dos novos patamares que se encontravam, isso quando não ao desemprego. O Brasil parou. E o destravamento implica uma ação política de diálogo em cima da pauta econômica, documento apresentado. Sem os dois ingredientes não avançaremos. "Nesta hora da verdade, em que o que está em jogo é nada menos que o futuro da nação, impõe-se a formação de uma maioria política, mesmo que transitória ou circunstancial, capaz de num prazo curto produzir todas essas decisões na sociedade e no Congresso Nacional", diz o documento, traduzindo o sentimento de um país em busca de soluções. Por mais difícil que pareça, por toda discussão acirrada e oposição que possa desencadear, não chegaremos a uma ação que produza mudanças estruturais sem um documento forte, que discuta pontos "imexíveis" e que seja apresentado por um partido. Sendo ele o maior partido do país e com líderes que se propõem a discutir a fundo novos rumos, o momento de travar essa discussão chegou. A Fundação Ulysses Guimarães convida seus filiados e simpatizantes (inscrição no site) para discutir o documento. Queremos caminhar para uma proposta clara sobre as mudanças necessárias que gerarão uma repactuação política, ampla e consistente, que reconstrua a credibilidade perdida. Só assim poderemos ter de volta a esperança em dias melhores.
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colunas
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A ponte"Uma ponte para o futuro" é um programa que se destina "a preservar a economia brasileira", estancar seu processo de deterioração e "tornar viável o desenvolvimento". O documento aponta um caminho que rompe com o impasse do nada propositivo. Tem a preocupação de incentivar a livre iniciativa e de devolver ao Estado a capacidade de executar políticas sociais com sustentabilidade. A proposta inicia diagnosticando a situação de recessão, a seriedade da crise brasileira e a possibilidade de esta continuar em 2016. Para evitar que a crise se agrave ainda mais, numa espécie de colapso anunciado, o PMDB, corajosamente, propõe mudanças e afirma que "só mudando a forma de administrar o país, leis e até mesmo normas constitucionais" sairemos da difícil situação na qual estamos. Como registrou o "Jornal Nacional" de 29/10, o documento "traz uma mensagem clara: o PMDB tem um caminho próprio e daqui pra frente vai segui-lo". "A ponte", que consultou inúmeros especialistas e políticos, abre agora um debate na sociedade, e dia 17, em Brasília, no Congresso da Fundação Ulysses Guimarães, com filiados e simpatizantes. Serão debatidas alternativas econômicas e apontadas soluções para a situação que tanto angustia e está levando milhões de pessoas a despencar dos novos patamares que se encontravam, isso quando não ao desemprego. O Brasil parou. E o destravamento implica uma ação política de diálogo em cima da pauta econômica, documento apresentado. Sem os dois ingredientes não avançaremos. "Nesta hora da verdade, em que o que está em jogo é nada menos que o futuro da nação, impõe-se a formação de uma maioria política, mesmo que transitória ou circunstancial, capaz de num prazo curto produzir todas essas decisões na sociedade e no Congresso Nacional", diz o documento, traduzindo o sentimento de um país em busca de soluções. Por mais difícil que pareça, por toda discussão acirrada e oposição que possa desencadear, não chegaremos a uma ação que produza mudanças estruturais sem um documento forte, que discuta pontos "imexíveis" e que seja apresentado por um partido. Sendo ele o maior partido do país e com líderes que se propõem a discutir a fundo novos rumos, o momento de travar essa discussão chegou. A Fundação Ulysses Guimarães convida seus filiados e simpatizantes (inscrição no site) para discutir o documento. Queremos caminhar para uma proposta clara sobre as mudanças necessárias que gerarão uma repactuação política, ampla e consistente, que reconstrua a credibilidade perdida. Só assim poderemos ter de volta a esperança em dias melhores.
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São Paulo terá aplicativo que orienta quem quer viver sem carro
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O projeto "Como Viver em São Paulo Sem Carro", do colunista da Folha Leão Serva, e o Instituto de Engenharia lançam nesta quarta (28) o aplicativo SP Sem Carro. A ferramenta orienta o deslocamento pela cidade de São Paulo daqueles que não utilizam automóvel, calculando o tempo de trajeto e oferecendo estimativa precisa de tarifa para os serviços que são pagos, como ônibus, metrô e táxi. O SP Sem Carro estará disponível para download gratuito para usuários iOS a partir desta quarta, na App Store. A versão para Android deve ser finalizada em meados de dezembro. O aplicativo será lançado em versão básica e melhorias serão feitas a partir do feedback dos usuários. "Pedimos paras pessoas enviarem comentários sobre o 'app' e darem sugestões. Vamos fazer melhorias a partir do uso das pessoas. Até janeiro devemos ter vários novos incrementos", diz Serva. O lançamento acontece nesta quarta às 9h30, no Instituto de Engenharia (av. Dr. Dante Pazzanese, 120, Vila Mariana, São Paulo). Na ocasião, o urbanista colombiano Ricardo Montezuma falará sobre mobilidade urbana e a sua experiência em Bogotá. Montezuma é ex-assessor da prefeitura da capital colombiana e criador da ONG Cidade Humana, que trabalha na promoção de soluções para cidades mais sustentáveis e participativas. Também participarão do debate Daniel Guth, presidente da Associação Ciclo Cidade, José Ignácio Sequeira de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Pedestres em São Paulo, Ivan Whately, diretor do Departamento de Mobilidade e Logística do Instituto de Engenharia, e Ana Odila de Paiva Souza, diretora de Planejamento da SPTrans. O evento é aberto ao público. Para participar, basta preencher uma ficha disponível nesta página.
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cotidiano
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São Paulo terá aplicativo que orienta quem quer viver sem carroO projeto "Como Viver em São Paulo Sem Carro", do colunista da Folha Leão Serva, e o Instituto de Engenharia lançam nesta quarta (28) o aplicativo SP Sem Carro. A ferramenta orienta o deslocamento pela cidade de São Paulo daqueles que não utilizam automóvel, calculando o tempo de trajeto e oferecendo estimativa precisa de tarifa para os serviços que são pagos, como ônibus, metrô e táxi. O SP Sem Carro estará disponível para download gratuito para usuários iOS a partir desta quarta, na App Store. A versão para Android deve ser finalizada em meados de dezembro. O aplicativo será lançado em versão básica e melhorias serão feitas a partir do feedback dos usuários. "Pedimos paras pessoas enviarem comentários sobre o 'app' e darem sugestões. Vamos fazer melhorias a partir do uso das pessoas. Até janeiro devemos ter vários novos incrementos", diz Serva. O lançamento acontece nesta quarta às 9h30, no Instituto de Engenharia (av. Dr. Dante Pazzanese, 120, Vila Mariana, São Paulo). Na ocasião, o urbanista colombiano Ricardo Montezuma falará sobre mobilidade urbana e a sua experiência em Bogotá. Montezuma é ex-assessor da prefeitura da capital colombiana e criador da ONG Cidade Humana, que trabalha na promoção de soluções para cidades mais sustentáveis e participativas. Também participarão do debate Daniel Guth, presidente da Associação Ciclo Cidade, José Ignácio Sequeira de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Pedestres em São Paulo, Ivan Whately, diretor do Departamento de Mobilidade e Logística do Instituto de Engenharia, e Ana Odila de Paiva Souza, diretora de Planejamento da SPTrans. O evento é aberto ao público. Para participar, basta preencher uma ficha disponível nesta página.
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Domingos viveria seu primeiro vilão, mas acabou ganhando papel de herói
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Domingos Montagner não estava escalado inicialmente para viver o protagonista herói Santo dos Anjos, de "Velho Chico". Ele seria um político inescrupuloso em "A Lei do Amor", novela de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, que estrearia antes de "Velho Chico", mas que foi adiada pela Globo. Em setembro do ano passado, durante o lançamento da série "Romance Policial - Espinosa", do GNT, na qual interpretou o detetive homônimo dos livros de Garcia-Roza, Montagner comentou com a Folha que estava animado para fazer o seu primeiro vilão na televisão. Principalmente por causa do contexto político do Brasil. Um mês depois, com a inversão da ordem das novelas na Globo, uma surpresa. Domingos foi tirado do elenco de "A Lei do Amor" para virar o protagonista de "Velho Chico". "Seria bacana fazer meu primeiro vilão, mas também nunca tinha feito um herói e estou achando tão interessante quanto", disse ele à Folha, em abril. Para ele, interpretar o herói carismático nos dias atuais era algo complicado. "Não falo pelos atores, mas pela dramaturgia. É difícil ver um herói bem construído, passar credibilidade." O ator contou que para o trabalho de composição de Santo dentro desse arquétipo do herói, o diretor Luiz Fernando Carvalho havia passado a orientação para o personagem ser de um caminho de luz. "Ele leva a importância do amor para qualquer conflito. É o amor que conduz o Santo", disse Domingos. Na festa de lançamento de "Velho Chico", um mês antes desse encontro com a reportagem, Domingos já mostrava seu grau de envolvimento com a trama de Benedito Ruy Barbosa. Ao ouvir o autor falar sobre a importância do amor ao ver as primeiras imagens do folhetim, a Folha presenciou Domingos indo às lágrimas. Leia também: Atores de 'Velho Chico', nova novela da Globo, fazem experiências em galpão A novela foi a primeira de Benedito da qual ele participava. "Ele tem um escrita que busca a ancestralidade, é uma escrita de raiz", falou, ressaltando o caráter épico da trama. O épico é uma coisa que sempre encanta as pessoas porque leva para o aspecto da superação. Para o país é uma coisa boa da gente falar." Para o ator, a crítica social em "Velho Chico" era inteligente porque escolhia o afeto. "Falamos de questões importantes do país que precisam ser vistas de maneira urgente, mas isso é feito por meio do amor, não do rancor. É um caminho mais eficiente até o coração do público."
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ilustrada
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Domingos viveria seu primeiro vilão, mas acabou ganhando papel de heróiDomingos Montagner não estava escalado inicialmente para viver o protagonista herói Santo dos Anjos, de "Velho Chico". Ele seria um político inescrupuloso em "A Lei do Amor", novela de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, que estrearia antes de "Velho Chico", mas que foi adiada pela Globo. Em setembro do ano passado, durante o lançamento da série "Romance Policial - Espinosa", do GNT, na qual interpretou o detetive homônimo dos livros de Garcia-Roza, Montagner comentou com a Folha que estava animado para fazer o seu primeiro vilão na televisão. Principalmente por causa do contexto político do Brasil. Um mês depois, com a inversão da ordem das novelas na Globo, uma surpresa. Domingos foi tirado do elenco de "A Lei do Amor" para virar o protagonista de "Velho Chico". "Seria bacana fazer meu primeiro vilão, mas também nunca tinha feito um herói e estou achando tão interessante quanto", disse ele à Folha, em abril. Para ele, interpretar o herói carismático nos dias atuais era algo complicado. "Não falo pelos atores, mas pela dramaturgia. É difícil ver um herói bem construído, passar credibilidade." O ator contou que para o trabalho de composição de Santo dentro desse arquétipo do herói, o diretor Luiz Fernando Carvalho havia passado a orientação para o personagem ser de um caminho de luz. "Ele leva a importância do amor para qualquer conflito. É o amor que conduz o Santo", disse Domingos. Na festa de lançamento de "Velho Chico", um mês antes desse encontro com a reportagem, Domingos já mostrava seu grau de envolvimento com a trama de Benedito Ruy Barbosa. Ao ouvir o autor falar sobre a importância do amor ao ver as primeiras imagens do folhetim, a Folha presenciou Domingos indo às lágrimas. Leia também: Atores de 'Velho Chico', nova novela da Globo, fazem experiências em galpão A novela foi a primeira de Benedito da qual ele participava. "Ele tem um escrita que busca a ancestralidade, é uma escrita de raiz", falou, ressaltando o caráter épico da trama. O épico é uma coisa que sempre encanta as pessoas porque leva para o aspecto da superação. Para o país é uma coisa boa da gente falar." Para o ator, a crítica social em "Velho Chico" era inteligente porque escolhia o afeto. "Falamos de questões importantes do país que precisam ser vistas de maneira urgente, mas isso é feito por meio do amor, não do rancor. É um caminho mais eficiente até o coração do público."
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Com gol impedido de Ricardo Oliveira, Santos empata com o Sport
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Em duelo equilibrado, Sport e Santos empataram por 1 a 1 na Ilha do Retiro, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em posição irregular, Ricardo Oliveira abriu o placar para o time paulista aos 20min da etapa inicial. Seis minutos depois, André anotou para os pernambucanos. Com o empate, o Santos completou 12 jogos sem perder. Desde a chegada do técnico Dorival Júnior, o time da Vila Belmiro tem seis vitórias, três empates e apenas uma derrota. Já o time de Recife vive momento oposto. São nove partidas sem vitória. O último triunfo aconteceu diante do São Paulo, na Arena Pernambuco, em 19 de julho. O resultado deixou os santistas com 34 pontos, em oitavo lugar, enquanto os pernambucanos ocupam a décima posição, com 33 –mesma pontuação do Fluminense, mas os cariocas levam vantagem no número de vitórias: 10 a 7. Na próxima rodada, o Santos recebe o São Paulo na Vila Belmiro, às 22h de quarta-feira (9). Já o Sport enfrenta o Goiás no estádio Serra Dourada, em Goiânia, às 19h30 de quinta (10). Veja vídeo O JOGO Desfalcado de Geuvânio, lesionado, e Lucas Lima –com a seleção brasileira nos Estados Unidos–, Dorival Júnior armou o Santos no 4-4-2, com Marquinhos Gabriel e Rafael Longuine responsáveis pela armação. No Sport, Eduardo Baptista optou pela forte pressão na saída de bola do rival. A decisão fez os pernambucanos dominarem a posse de bola, mas ainda assim foram os santistas que chegaram com mais perigo ao gol adversário. Aos 19min, Renê e Durval se atrapalham para cortar lançamento pelo alto. Ricardo Oliveira ficou com a sobra e obrigou Danilo Fernandes a se esticar para tocar com a ponta dos dedos para a linha de fundo. Logo em seguida, após cobrança de escanteio de Marquinhos Gabriel, Gustavo Henrique desviou de cabeça, o goleiro do Sport defendeu e Ricardo Oliveira –em posição irregular– aproveitou o rebote para colocar a bola no canto direito. Em desvantagem, Baptista retirou Wendel para a entrada de Renê. Assim, Diego Souza passou a atuar mais recuado, qualificando o passe no meio-campo. O empate aconteceu imediatamente. Aos 26min, Marlone arrancou em velocidade e fez lançamento. David Braz não conseguiu cortar e André chutou de direita na saída de Vanderlei para igualar o placar. No segundo tempo, o Sport aumentou a pressão, impulsionado pela maior parte dos 7.308 torcedores presentes na Ilha do Retiro. A primeira oportunidade, entretanto, foi dos visitantes. Aos 12min, Gabriel invadiu a área pela direita e, após grande jogada individual, bateu rente ao poste esquerdo de Danilo Fernandes. Aos 24min, o santista Thiago Maia evitou gol do rival ao desviar chute de Régis quase sobre a linha. Sete minutos depois, o meia do Sport jogou a bola sobra defesa do time alvinegro e encontrou André. Na sequência, o atacante carimbou o travessão de Vanderlei. A chance derradeira foi dos visitantes. Após Renê cortar passe errado de Serginho, Ricardo Oliveira entrou sem marcação e finalizou em cima do goleiro do Sport.
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esporte
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Com gol impedido de Ricardo Oliveira, Santos empata com o SportEm duelo equilibrado, Sport e Santos empataram por 1 a 1 na Ilha do Retiro, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em posição irregular, Ricardo Oliveira abriu o placar para o time paulista aos 20min da etapa inicial. Seis minutos depois, André anotou para os pernambucanos. Com o empate, o Santos completou 12 jogos sem perder. Desde a chegada do técnico Dorival Júnior, o time da Vila Belmiro tem seis vitórias, três empates e apenas uma derrota. Já o time de Recife vive momento oposto. São nove partidas sem vitória. O último triunfo aconteceu diante do São Paulo, na Arena Pernambuco, em 19 de julho. O resultado deixou os santistas com 34 pontos, em oitavo lugar, enquanto os pernambucanos ocupam a décima posição, com 33 –mesma pontuação do Fluminense, mas os cariocas levam vantagem no número de vitórias: 10 a 7. Na próxima rodada, o Santos recebe o São Paulo na Vila Belmiro, às 22h de quarta-feira (9). Já o Sport enfrenta o Goiás no estádio Serra Dourada, em Goiânia, às 19h30 de quinta (10). Veja vídeo O JOGO Desfalcado de Geuvânio, lesionado, e Lucas Lima –com a seleção brasileira nos Estados Unidos–, Dorival Júnior armou o Santos no 4-4-2, com Marquinhos Gabriel e Rafael Longuine responsáveis pela armação. No Sport, Eduardo Baptista optou pela forte pressão na saída de bola do rival. A decisão fez os pernambucanos dominarem a posse de bola, mas ainda assim foram os santistas que chegaram com mais perigo ao gol adversário. Aos 19min, Renê e Durval se atrapalham para cortar lançamento pelo alto. Ricardo Oliveira ficou com a sobra e obrigou Danilo Fernandes a se esticar para tocar com a ponta dos dedos para a linha de fundo. Logo em seguida, após cobrança de escanteio de Marquinhos Gabriel, Gustavo Henrique desviou de cabeça, o goleiro do Sport defendeu e Ricardo Oliveira –em posição irregular– aproveitou o rebote para colocar a bola no canto direito. Em desvantagem, Baptista retirou Wendel para a entrada de Renê. Assim, Diego Souza passou a atuar mais recuado, qualificando o passe no meio-campo. O empate aconteceu imediatamente. Aos 26min, Marlone arrancou em velocidade e fez lançamento. David Braz não conseguiu cortar e André chutou de direita na saída de Vanderlei para igualar o placar. No segundo tempo, o Sport aumentou a pressão, impulsionado pela maior parte dos 7.308 torcedores presentes na Ilha do Retiro. A primeira oportunidade, entretanto, foi dos visitantes. Aos 12min, Gabriel invadiu a área pela direita e, após grande jogada individual, bateu rente ao poste esquerdo de Danilo Fernandes. Aos 24min, o santista Thiago Maia evitou gol do rival ao desviar chute de Régis quase sobre a linha. Sete minutos depois, o meia do Sport jogou a bola sobra defesa do time alvinegro e encontrou André. Na sequência, o atacante carimbou o travessão de Vanderlei. A chance derradeira foi dos visitantes. Após Renê cortar passe errado de Serginho, Ricardo Oliveira entrou sem marcação e finalizou em cima do goleiro do Sport.
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Percepções sombrias
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Uma imagem de despreocupação, otimismo e efusividade popular costuma associar-se ao Brasil. Do velho ditado, segundo o qual "Deus é brasileiro", até algumas pesquisas internacionais sobre índices de felicidade, são vários os sinais que reiteram essa impressão. No "Relatório Mundial de Felicidade", veiculado pela ONU neste ano, ponderam-se dados de diversas naturezas, como a expectativa de vida ou a possibilidade de contar com o apoio de conhecidos. Do 24º lugar em 2013, passamos para a 17ª colocação, acima de 140 outras nações. Tais resultados contrastam, embora não entrem em contradição, com os de um levantamento do instituto Ipsos, intitulado "O Que Preocupa o Mundo". Divulgado nesta quinta-feira (13), agrega informações recolhidas há pouco mais de um mês sobre 25 países —e situa os brasileiros no terceiro posto entre os mais pessimistas. São 84% dos entrevistados os que dizem que o país "está na direção errada", superados apenas, por pequena margem, pelos franceses (88%) e mexicanos (85%). Evidentemente, esse tipo de pergunta dirige as atenções de quem responde muito mais para o campo da avaliação política de um governo do que para o âmbito de suas emoções subjetivas e da vida pessoal. Ao lado das implícitas avaliações sobre o desempenho dos governantes, também as expectativas de crescimento econômico e de poder internacional impõem sua marca na pesquisa. Desse modo, China, Rússia, Índia e Peru contam com uma maioria chancelando as direções de seus respectivos países. Em meio a uma crise econômica sem precedentes, e na sequência de um impeachment, o Brasil não teria por que alcançar pontuação diversa. Observe-se que, de julho a setembro, o pessimismo dos brasileiros caiu levemente (de 88% para 84%), sem dúvida em decorrência da mudança de governo. Se as propostas econômicas do presidente Michel Temer (PMDB) são necessárias, é duvidoso que, dado seu caráter amargo, possam reverter a curto prazo o predomínio de percepções sombrias a respeito do futuro. É o preço de todo conjunto de medidas desse tipo. Os brasileiros se mostram mais preocupados com o sistema de saúde (50%) do que com a violência (48%). Nesses mesmos dois tópicos, entretanto, os índices chegaram, respectivamente, a 70% em 2014 e a perto de 60% em 2012. Sinal, talvez, de que algum otimismo não deva ser descartado —apesar de tudo. [email protected]
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opiniao
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Percepções sombriasUma imagem de despreocupação, otimismo e efusividade popular costuma associar-se ao Brasil. Do velho ditado, segundo o qual "Deus é brasileiro", até algumas pesquisas internacionais sobre índices de felicidade, são vários os sinais que reiteram essa impressão. No "Relatório Mundial de Felicidade", veiculado pela ONU neste ano, ponderam-se dados de diversas naturezas, como a expectativa de vida ou a possibilidade de contar com o apoio de conhecidos. Do 24º lugar em 2013, passamos para a 17ª colocação, acima de 140 outras nações. Tais resultados contrastam, embora não entrem em contradição, com os de um levantamento do instituto Ipsos, intitulado "O Que Preocupa o Mundo". Divulgado nesta quinta-feira (13), agrega informações recolhidas há pouco mais de um mês sobre 25 países —e situa os brasileiros no terceiro posto entre os mais pessimistas. São 84% dos entrevistados os que dizem que o país "está na direção errada", superados apenas, por pequena margem, pelos franceses (88%) e mexicanos (85%). Evidentemente, esse tipo de pergunta dirige as atenções de quem responde muito mais para o campo da avaliação política de um governo do que para o âmbito de suas emoções subjetivas e da vida pessoal. Ao lado das implícitas avaliações sobre o desempenho dos governantes, também as expectativas de crescimento econômico e de poder internacional impõem sua marca na pesquisa. Desse modo, China, Rússia, Índia e Peru contam com uma maioria chancelando as direções de seus respectivos países. Em meio a uma crise econômica sem precedentes, e na sequência de um impeachment, o Brasil não teria por que alcançar pontuação diversa. Observe-se que, de julho a setembro, o pessimismo dos brasileiros caiu levemente (de 88% para 84%), sem dúvida em decorrência da mudança de governo. Se as propostas econômicas do presidente Michel Temer (PMDB) são necessárias, é duvidoso que, dado seu caráter amargo, possam reverter a curto prazo o predomínio de percepções sombrias a respeito do futuro. É o preço de todo conjunto de medidas desse tipo. Os brasileiros se mostram mais preocupados com o sistema de saúde (50%) do que com a violência (48%). Nesses mesmos dois tópicos, entretanto, os índices chegaram, respectivamente, a 70% em 2014 e a perto de 60% em 2012. Sinal, talvez, de que algum otimismo não deva ser descartado —apesar de tudo. [email protected]
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Venda de jogadores e direitos de TV fazem receita de clubes crescer 19%
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O espectro da crise econômica tem rondado o Brasil, mas os maiores clubes de futebol do país têm conseguido conjurá-lo com boa dose de sucesso. Levantamento dos balanços financeiros de 2015 dos 20 clubes de maior receita feito pelo especialista em marketing esportivo Amir Somoggi aponta crescimento de 19% no faturamento conjunto das agremiações. Ao todo, o valor chegou a R$ 3,7 bilhões. O principal fator para tal crescimento foi o aumento das receitas advindas de transferências de atletas, que passou de R$ 406 milhões em 2014 para R$ 643 milhões na última temporada, registrando diferença de 57%. Em 2015, elas representaram 17% das receitas dos clubes, três pontos percentuais a mais que na temporada anterior. Mais que o aumento quantitativo das transferências de jogadores brasileiros para o exterior (689 em 2014, contra 774 em 2015), as generosas cifras pagas por novos mercados, especialmente o chinês, inflacionaram os valores. É o caso do Cruzeiro, clube com a maior receita em 2015, com quase R$ 364 milhões, que levantou cerca de € 24 milhões (R$ 96,5 milhões em valores atuais) apenas com a venda de dois jogadores, Everton Ribeiro e Ricardo Goulart, para times da China. "Os picos de crescimento do futebol brasileiro coincidem com a venda de jogadores. Em 2005, foi o Robinho, do Santos; depois 2007, foi o Pato, do Inter, e o Breno, do São Paulo", analisa Somoggi. Evolução da receita total dos 20 maiores clubes do Brasil* - Em milhões de R$ Os valores referentes a direitos de TV, que cresceram 28% em relação ao ano passado, agregaram R$ 1,39 bilhão aos cofres dos clubes, e seguem como principais fontes de receitas, respondendo por 38% do total. Além das parcelas previstas em contrato que cada clube ganha, que variam de R$ 27 milhões a R$ 110 milhões no atual ciclo, Somoggi acredita que o aumento significativo dos valores em 2015 pode se referir a adiantamentos de receita e luvas pagas por acordos futuros de direitos de transmissão. "Não vejo outra explicação a não ser adiantamentos e luvas, porque os direitos de TV só deveriam subir de acordo com o IPCA [10,7%]. As negociações por direitos de TV têm sido agitadas nos bastidores, houve a entrada da Primeira Liga, do Esporte Interativo, e isso já está impactando no balanço de 2015", analisa. Distribuição das fontes de receitas - Em % Os casos que chamam mais atenção são os de Cruzeiro, Atlético-MG e Vasco da Gama, respectivamente primeiro, quarto e quinto no ranking de arrecadação com direitos de TV. No atual contrato, os times mineiros recebem cerca de R$ 60 mi anuais da Globo, ao passo que Corinthians e Flamengo levam R$ 170 mi. Procurado pela Folha, o Cruzeiro disse que não comenta o assunto devido à cláusula de confidencialidade em seu contrato de TV. O Atlético-MG não se pronunciou até o fechamento da edição. PROFUT Segundo o levantamento de Somoggi, os 20 clubes tiveram superávit de R$ 147 milhões em 2015, valor significativamente superior ao déficit de R$ 626,4 milhões do ano anterior. O estudo mostra que grande parte do resultado se deve à adesão de alguns clubes ao Profut, a lei de responsabilidade fiscal do esporte que permite o refinanciamento das dívidas em troca do compromisso de se adequarem a diretrizes de responsabilidade, como não adiantar receitas e regularizar as ações trabalhistas. O valor de R$ 685 milhões entrou como "receitas financeiras" no balanço dos clubes. Sem ele, diz Somoggi, "os déficits teriam chegado a R$ 538 milhões". Desde 2003, os clubes tiveram superávits somente em 2005 e 2012. As dez maiores receitas em 2015 - Em R$ milhões Colaborou MARCEL RIZZO, de São Paulo
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esporte
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Venda de jogadores e direitos de TV fazem receita de clubes crescer 19%O espectro da crise econômica tem rondado o Brasil, mas os maiores clubes de futebol do país têm conseguido conjurá-lo com boa dose de sucesso. Levantamento dos balanços financeiros de 2015 dos 20 clubes de maior receita feito pelo especialista em marketing esportivo Amir Somoggi aponta crescimento de 19% no faturamento conjunto das agremiações. Ao todo, o valor chegou a R$ 3,7 bilhões. O principal fator para tal crescimento foi o aumento das receitas advindas de transferências de atletas, que passou de R$ 406 milhões em 2014 para R$ 643 milhões na última temporada, registrando diferença de 57%. Em 2015, elas representaram 17% das receitas dos clubes, três pontos percentuais a mais que na temporada anterior. Mais que o aumento quantitativo das transferências de jogadores brasileiros para o exterior (689 em 2014, contra 774 em 2015), as generosas cifras pagas por novos mercados, especialmente o chinês, inflacionaram os valores. É o caso do Cruzeiro, clube com a maior receita em 2015, com quase R$ 364 milhões, que levantou cerca de € 24 milhões (R$ 96,5 milhões em valores atuais) apenas com a venda de dois jogadores, Everton Ribeiro e Ricardo Goulart, para times da China. "Os picos de crescimento do futebol brasileiro coincidem com a venda de jogadores. Em 2005, foi o Robinho, do Santos; depois 2007, foi o Pato, do Inter, e o Breno, do São Paulo", analisa Somoggi. Evolução da receita total dos 20 maiores clubes do Brasil* - Em milhões de R$ Os valores referentes a direitos de TV, que cresceram 28% em relação ao ano passado, agregaram R$ 1,39 bilhão aos cofres dos clubes, e seguem como principais fontes de receitas, respondendo por 38% do total. Além das parcelas previstas em contrato que cada clube ganha, que variam de R$ 27 milhões a R$ 110 milhões no atual ciclo, Somoggi acredita que o aumento significativo dos valores em 2015 pode se referir a adiantamentos de receita e luvas pagas por acordos futuros de direitos de transmissão. "Não vejo outra explicação a não ser adiantamentos e luvas, porque os direitos de TV só deveriam subir de acordo com o IPCA [10,7%]. As negociações por direitos de TV têm sido agitadas nos bastidores, houve a entrada da Primeira Liga, do Esporte Interativo, e isso já está impactando no balanço de 2015", analisa. Distribuição das fontes de receitas - Em % Os casos que chamam mais atenção são os de Cruzeiro, Atlético-MG e Vasco da Gama, respectivamente primeiro, quarto e quinto no ranking de arrecadação com direitos de TV. No atual contrato, os times mineiros recebem cerca de R$ 60 mi anuais da Globo, ao passo que Corinthians e Flamengo levam R$ 170 mi. Procurado pela Folha, o Cruzeiro disse que não comenta o assunto devido à cláusula de confidencialidade em seu contrato de TV. O Atlético-MG não se pronunciou até o fechamento da edição. PROFUT Segundo o levantamento de Somoggi, os 20 clubes tiveram superávit de R$ 147 milhões em 2015, valor significativamente superior ao déficit de R$ 626,4 milhões do ano anterior. O estudo mostra que grande parte do resultado se deve à adesão de alguns clubes ao Profut, a lei de responsabilidade fiscal do esporte que permite o refinanciamento das dívidas em troca do compromisso de se adequarem a diretrizes de responsabilidade, como não adiantar receitas e regularizar as ações trabalhistas. O valor de R$ 685 milhões entrou como "receitas financeiras" no balanço dos clubes. Sem ele, diz Somoggi, "os déficits teriam chegado a R$ 538 milhões". Desde 2003, os clubes tiveram superávits somente em 2005 e 2012. As dez maiores receitas em 2015 - Em R$ milhões Colaborou MARCEL RIZZO, de São Paulo
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Especialistas veem deslizes e acertos de Moro em sentença contra Lula
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Na avaliação de professores de direito ouvidos pela Folha, o juiz Sergio Moro cometeu deslizes na sentença em que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá (SP). Primeiro, ao recriminar o petista e sua defesa por criticarem a Justiça, Moro extrapolou as suas funções, afirmam os especialistas. Depois, eles apontam, o juiz se contradisse quando afirmou que todos são iguais perante a lei, mas que, por se tratar de ex-presidente, delegaria a decretação da prisão à segunda instância. Por fim, a fixação da pena levou em consideração critérios, além de subjetivos, alheios ao caso julgado, o que configura erro técnico, segundo Thiago Bottino, da Fundação Getulio Vargas no Rio. Ainda que não haja prova inquestionável que incrimine Lula, a interpretação do juiz se baseou não apenas em depoimentos, mas também em documentos, afirmou Rafael Mafei, da USP. "A sentença, em si, me parece absolutamente adequada, ainda que você possa ter divergência aqui ou ali na interpretação da lei ou dos fatos", afirmou o professor. Para o jurista Ives Gandra da Silva Martins, a peça é "muito bem fundamentada" e apresenta "matéria fática importante", com provas. Martins acrescentou que Moro "foi extremamente cauteloso em afastar os argumentos dos advogados do Lula de suspeição de condução". 'TÁTICAS QUESTIONÁVEIS' Na sentença, o juiz disse que "até caberia cogitar a decretação da prisão preventiva" do ex-presidente, dadas as "táticas bastante questionáveis como de intimidação do julgador" e "de outros agentes da lei" com ações de indenização e declarações "no mínimo inadequadas". Mafei criticou a observação. "É absolutamente equivocada e fora de lugar", disse. "Lula tem o direito de denunciar o que ele entende ser um processo injusto, não pode ser amordaçado, e a defesa não pode ser impedida de invocar essa tese porque incomoda Moro ou elimina, no seu entender, o prestígio e a autoridade moral do processo." O juiz, então, escreve que, "considerando que a prisão cautelar de um ex-presidente não deixa de envolver certos traumas, a prudência recomenda que se aguarde o julgamento pela corte de apelação antes de se extrair as consequências próprias da condenação [a prisão]". "Ora, ele mesmo diz na própria sentença que a lei é igual pra todos, mas, nesse caso, deixa de prender porque causaria comoção. É contraditório", reagiu Bottino. "O critério pode ser qualquer coisa, menos jurídico." O professor questionou o cálculo da pena. Ao fixar cinco anos de reclusão por crime de corrupção passiva, cuja pena pode variar de 2 a 12 anos de prisão, Moro argumentou que a prática se insere em "esquema de corrupção sistêmica na Petrobras", do qual o PT teria obtido R$ 16 milhões. Ao considerar o "contexto mais amplo", em vez de se restringir ao montante que supostamente coube a Lula, Moro cometeu "um erro técnico", disse Bottino. O professor observou que, ao ampliar a pena pelo cargo que o condenado ocupou, Moro foi subjetivo. "Se fosse governador, seria menos grave?" Para Mafei, o que faz com que a imparcialidade de Moro seja debatida são episódios como o do vazamento de áudios de conversas do ex-presidente, em que o juiz "violou seu dever legal".
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poder
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Especialistas veem deslizes e acertos de Moro em sentença contra LulaNa avaliação de professores de direito ouvidos pela Folha, o juiz Sergio Moro cometeu deslizes na sentença em que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá (SP). Primeiro, ao recriminar o petista e sua defesa por criticarem a Justiça, Moro extrapolou as suas funções, afirmam os especialistas. Depois, eles apontam, o juiz se contradisse quando afirmou que todos são iguais perante a lei, mas que, por se tratar de ex-presidente, delegaria a decretação da prisão à segunda instância. Por fim, a fixação da pena levou em consideração critérios, além de subjetivos, alheios ao caso julgado, o que configura erro técnico, segundo Thiago Bottino, da Fundação Getulio Vargas no Rio. Ainda que não haja prova inquestionável que incrimine Lula, a interpretação do juiz se baseou não apenas em depoimentos, mas também em documentos, afirmou Rafael Mafei, da USP. "A sentença, em si, me parece absolutamente adequada, ainda que você possa ter divergência aqui ou ali na interpretação da lei ou dos fatos", afirmou o professor. Para o jurista Ives Gandra da Silva Martins, a peça é "muito bem fundamentada" e apresenta "matéria fática importante", com provas. Martins acrescentou que Moro "foi extremamente cauteloso em afastar os argumentos dos advogados do Lula de suspeição de condução". 'TÁTICAS QUESTIONÁVEIS' Na sentença, o juiz disse que "até caberia cogitar a decretação da prisão preventiva" do ex-presidente, dadas as "táticas bastante questionáveis como de intimidação do julgador" e "de outros agentes da lei" com ações de indenização e declarações "no mínimo inadequadas". Mafei criticou a observação. "É absolutamente equivocada e fora de lugar", disse. "Lula tem o direito de denunciar o que ele entende ser um processo injusto, não pode ser amordaçado, e a defesa não pode ser impedida de invocar essa tese porque incomoda Moro ou elimina, no seu entender, o prestígio e a autoridade moral do processo." O juiz, então, escreve que, "considerando que a prisão cautelar de um ex-presidente não deixa de envolver certos traumas, a prudência recomenda que se aguarde o julgamento pela corte de apelação antes de se extrair as consequências próprias da condenação [a prisão]". "Ora, ele mesmo diz na própria sentença que a lei é igual pra todos, mas, nesse caso, deixa de prender porque causaria comoção. É contraditório", reagiu Bottino. "O critério pode ser qualquer coisa, menos jurídico." O professor questionou o cálculo da pena. Ao fixar cinco anos de reclusão por crime de corrupção passiva, cuja pena pode variar de 2 a 12 anos de prisão, Moro argumentou que a prática se insere em "esquema de corrupção sistêmica na Petrobras", do qual o PT teria obtido R$ 16 milhões. Ao considerar o "contexto mais amplo", em vez de se restringir ao montante que supostamente coube a Lula, Moro cometeu "um erro técnico", disse Bottino. O professor observou que, ao ampliar a pena pelo cargo que o condenado ocupou, Moro foi subjetivo. "Se fosse governador, seria menos grave?" Para Mafei, o que faz com que a imparcialidade de Moro seja debatida são episódios como o do vazamento de áudios de conversas do ex-presidente, em que o juiz "violou seu dever legal".
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Jogaram pedra na Geni
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BRASÍLIA - A notícia foi divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral: uma beneficiária do Bolsa Família doou R$ 75 milhões a uma campanha política. Com ar de escândalo, a corte listou o caso entre os "indícios de irregularidades mais relevantes" do primeiro turno. Ao avisar a imprensa, o TSE informou que "compartilhou imediatamente o material com o Ministério Público Eleitoral". A corte também acionou o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário para a abertura de uma investigação. Rapidamente, vazou-se o nome da suspeita: Maria Geni do Nascimento. Ela se candidatou a vereadora pelo PDT em Santa Cruz da Baixa Verde, no sertão de Pernambuco. É lavradora, tem 56 anos e não completou o ensino médio. Segundo o banco de dados da Justiça Eleitoral, Geni teria recebido, e não doado, os R$ 75 milhões. Mesmo assim, seu caso parecia perfeito para confirmar duas teses em voga: o cadastro do Bolsa Família é uma bagunça e o veto às doações de empresas levaria o caos às eleições. O presidente do TSE, Gilmar Mendes, declarou em setembro que doações de beneficiários de programas sociais indicavam fraudes e crimes eleitorais. "Ou essa pessoa não deveria estar recebendo o Bolsa Família ou ocorre o fenômeno que chamamos de 'caça-CPF', que é a ideia de se manipular o CPF de alguém que está inocente", disse o ministro. Nesta terça (18), descobriu-se que Geni não era fraudadora nem laranja. Ela apenas errou ao preencher o sistema eletrônico e informar sua única ajuda de campanha: R$ 750, doados por um estudante que recebe auxílio-alimentação da universidade pública. "Ela digitou zeros demais", explicou Raquel Salazar, da corregedoria do TRE de Pernambuco, ao "Jornal do Commercio". A assessoria do TSE me disse que cabe à candidata, e não ao tribunal, providenciar uma correção. Até aqui, nenhuma autoridade se desculpou com Geni. Ela levou pedradas de todos os lados, mas não se elegeu. Teve apenas 13 votos.
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Jogaram pedra na GeniBRASÍLIA - A notícia foi divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral: uma beneficiária do Bolsa Família doou R$ 75 milhões a uma campanha política. Com ar de escândalo, a corte listou o caso entre os "indícios de irregularidades mais relevantes" do primeiro turno. Ao avisar a imprensa, o TSE informou que "compartilhou imediatamente o material com o Ministério Público Eleitoral". A corte também acionou o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário para a abertura de uma investigação. Rapidamente, vazou-se o nome da suspeita: Maria Geni do Nascimento. Ela se candidatou a vereadora pelo PDT em Santa Cruz da Baixa Verde, no sertão de Pernambuco. É lavradora, tem 56 anos e não completou o ensino médio. Segundo o banco de dados da Justiça Eleitoral, Geni teria recebido, e não doado, os R$ 75 milhões. Mesmo assim, seu caso parecia perfeito para confirmar duas teses em voga: o cadastro do Bolsa Família é uma bagunça e o veto às doações de empresas levaria o caos às eleições. O presidente do TSE, Gilmar Mendes, declarou em setembro que doações de beneficiários de programas sociais indicavam fraudes e crimes eleitorais. "Ou essa pessoa não deveria estar recebendo o Bolsa Família ou ocorre o fenômeno que chamamos de 'caça-CPF', que é a ideia de se manipular o CPF de alguém que está inocente", disse o ministro. Nesta terça (18), descobriu-se que Geni não era fraudadora nem laranja. Ela apenas errou ao preencher o sistema eletrônico e informar sua única ajuda de campanha: R$ 750, doados por um estudante que recebe auxílio-alimentação da universidade pública. "Ela digitou zeros demais", explicou Raquel Salazar, da corregedoria do TRE de Pernambuco, ao "Jornal do Commercio". A assessoria do TSE me disse que cabe à candidata, e não ao tribunal, providenciar uma correção. Até aqui, nenhuma autoridade se desculpou com Geni. Ela levou pedradas de todos os lados, mas não se elegeu. Teve apenas 13 votos.
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Criadores de 'Westworld' e 'Game of Thrones' debatem vínculo entre séries
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Emplacada como uma possível sucessora de "Game of Thrones" na audiência da HBO, a ficção científica "Westworld" pode homenagear a série de fantasia baseada nos livros de George R. R. Martin. A nova produção, inspirada em "Westworld - Onde Ninguém Tem Alma", de 1973, se passa em um parque temático onde os visitantes interagem com robôs hiper-realistas num cenário de faroeste. Uma ideia lançada por fãs das séries sugere que Westeros, reino fictício de "Game of Thrones", sirva de inspiração para um novo parque temático de "Westworld", já que no filme original de Crichton existia também uma ambientação medieval. Lançada inicialmente pelos fãs, a teoria de um "crossover" (interação entre as séries) ganhou força com declarações de seus próprios criadores. Ao site Entertainment Weekly, os criadores da nova produção, Jonathan Nolan e Lisa Joy, revelaram que Martin chegou a mencionar a ideia durante um jantar. "Ele é um cara adorável e um escritor impressionante e é lisonjeiro ele incentivar um 'crossover'. Nós seríamos tão sortudos", disse Nolan. Joy levantou uma questão que poderia barrar a a ideia. "Preciso acreditar que dragões são reais", disse. "Quero que eles sejam uma coisa real. Então por mais que eu ame o George, não posso abrir mão disso para mim!".
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Criadores de 'Westworld' e 'Game of Thrones' debatem vínculo entre sériesEmplacada como uma possível sucessora de "Game of Thrones" na audiência da HBO, a ficção científica "Westworld" pode homenagear a série de fantasia baseada nos livros de George R. R. Martin. A nova produção, inspirada em "Westworld - Onde Ninguém Tem Alma", de 1973, se passa em um parque temático onde os visitantes interagem com robôs hiper-realistas num cenário de faroeste. Uma ideia lançada por fãs das séries sugere que Westeros, reino fictício de "Game of Thrones", sirva de inspiração para um novo parque temático de "Westworld", já que no filme original de Crichton existia também uma ambientação medieval. Lançada inicialmente pelos fãs, a teoria de um "crossover" (interação entre as séries) ganhou força com declarações de seus próprios criadores. Ao site Entertainment Weekly, os criadores da nova produção, Jonathan Nolan e Lisa Joy, revelaram que Martin chegou a mencionar a ideia durante um jantar. "Ele é um cara adorável e um escritor impressionante e é lisonjeiro ele incentivar um 'crossover'. Nós seríamos tão sortudos", disse Nolan. Joy levantou uma questão que poderia barrar a a ideia. "Preciso acreditar que dragões são reais", disse. "Quero que eles sejam uma coisa real. Então por mais que eu ame o George, não posso abrir mão disso para mim!".
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Temer! Palácio do Crepúsculo!
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Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Bafo da semana: os áudios do PMDB! Jucá, Renan e Sarney! O Jucá fez cocô na sala. Uma cagada romérica. Rarará! Por isso que ele era o ministro do Planejamento: tava planejando tudo. E tudo correu como planejado. Impicharam a Dilma. Magra e com aquelas olheiras tá parecendo a Noiva Cadáver. Rarará! E o melhor do áudio: "O Aécio vai ser o primeiro a ser comido". Quem se candidata? O Ronaldo! O Frota tá na fila. E o Temer: "Se o Aécio aparecer aqui, comê-lo-ei". O Frankstemer é o rei da mesóclise! Saiu a turma do "pobrema" e do "Pranalto" e entrou a turma do "lo-ei". O PT vai pedir o impeachment da mesóclise! Rarará! E o Temer com aquela cara de Drácula não pode morar no Palácio da Alvorada. Tem que mudar pra Crepúsculo! Palácio do Crepúsculo. E o avião presidencial é o Sarcófago One! E o Meirelles assumiu o Banco de Sangue Central. Vai chupar o sangue da gente! Rarará! E a Marcela Temer é a Princesa da Disney. Vai morar num castelo de Lego! Novo casal real: Drácula e Princesa da Disney! E esse Machado grampeou o Renan e o Sarney! Não é Machado, é Serra Elétrica! O Renan Escandalheiros quer barrar a delação premiada. Só quer negação premiada. E como o Machado conseguiu gravar o Sarney? Voz do além! O Sarney tá mais vivo do que a gente pensa! Finado vivo! Moribundo de Fogo! Todos contra a Lava Jato. O impeachment não foi pra acabar com a corrupção, foi pra defender a corrupção! Troca de quadrilha! Troca de corruptos! E acabou Corpus Christi e começou o Corpus Alegres! Parada Gay! E o Boçalnaro vai? Não, o Boçalnaro foi pescar com o Ricky Martin e o Elton John. Rarará! A Marta não vai porque ela é ex-gay! Rarará! E recado aos homofóbicos: todo pit bull é uma Lassie enrustida! Rarará! E o Zé Dirceu precisa de umas quatro vidas pra cumprir todas as penas. E, quando voltar da quarta vida, vai direto pra cadeia. Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Temer! Palácio do Crepúsculo!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Bafo da semana: os áudios do PMDB! Jucá, Renan e Sarney! O Jucá fez cocô na sala. Uma cagada romérica. Rarará! Por isso que ele era o ministro do Planejamento: tava planejando tudo. E tudo correu como planejado. Impicharam a Dilma. Magra e com aquelas olheiras tá parecendo a Noiva Cadáver. Rarará! E o melhor do áudio: "O Aécio vai ser o primeiro a ser comido". Quem se candidata? O Ronaldo! O Frota tá na fila. E o Temer: "Se o Aécio aparecer aqui, comê-lo-ei". O Frankstemer é o rei da mesóclise! Saiu a turma do "pobrema" e do "Pranalto" e entrou a turma do "lo-ei". O PT vai pedir o impeachment da mesóclise! Rarará! E o Temer com aquela cara de Drácula não pode morar no Palácio da Alvorada. Tem que mudar pra Crepúsculo! Palácio do Crepúsculo. E o avião presidencial é o Sarcófago One! E o Meirelles assumiu o Banco de Sangue Central. Vai chupar o sangue da gente! Rarará! E a Marcela Temer é a Princesa da Disney. Vai morar num castelo de Lego! Novo casal real: Drácula e Princesa da Disney! E esse Machado grampeou o Renan e o Sarney! Não é Machado, é Serra Elétrica! O Renan Escandalheiros quer barrar a delação premiada. Só quer negação premiada. E como o Machado conseguiu gravar o Sarney? Voz do além! O Sarney tá mais vivo do que a gente pensa! Finado vivo! Moribundo de Fogo! Todos contra a Lava Jato. O impeachment não foi pra acabar com a corrupção, foi pra defender a corrupção! Troca de quadrilha! Troca de corruptos! E acabou Corpus Christi e começou o Corpus Alegres! Parada Gay! E o Boçalnaro vai? Não, o Boçalnaro foi pescar com o Ricky Martin e o Elton John. Rarará! A Marta não vai porque ela é ex-gay! Rarará! E recado aos homofóbicos: todo pit bull é uma Lassie enrustida! Rarará! E o Zé Dirceu precisa de umas quatro vidas pra cumprir todas as penas. E, quando voltar da quarta vida, vai direto pra cadeia. Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Livro mostra como Roosevelt enfrentou banqueiros e monetaristas
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Quando o oficial de justiça colocou em leilão o silo de milho de J. F. Shields, começou o barulho forte. Em caminhões e carros, centenas de agricultores chegaram gritando. Eram agricultores vizinhos, inconformados com a execução judicial que acontecia naquele momento em mais uma propriedade de Iowa. Armados com paus, os lavradores dos arredores da cidadezinha de Denison saíram batendo em policiais e oficiais de justiça. Botaram todos para correr e acabaram com o leilão. Quase ao mesmo tempo, perto dali, em LeMars, outro grupo de agricultores invadia um tribunal e dizia ao juiz C. C. Bradley que ele estava proibido de decretar mais falências de lavradores. O magistrado se recusou a seguir a ordem. Pego pela massa, foi levado para fora da corte. Uma cabine telefônica serviu para improvisar uma forca. Com a corda no pescoço, Bradley já começava a sufocar quando alguns resolveram poupá-lo. Coberto de graxa e de sujeira, pode ir para casa. As cenas aconteceram nos Estados Unidos em abril de 1933. O preço do milho havia caído para um terço do patamar de anos atrás. Sem poder pagar suas dívidas, dois terços dos agricultores tinham quebrado e estavam vendo suas propriedades serem tomadas pelos bancos credores. Os protestos começavam a se espalhar. Os rebeldes eram homens de família de meia idade que até pouco tempo tinham sua fazendinha e respeitavam as leis e as instituições. Agora estavam em combate desesperado para sobreviver. Enquanto isso, em Washington, Franklin Delano Roosevelt, recém-empossado, lutava contra banqueiros e grandes empresários para impor uma mudança radical na política econômica dos EUA, ainda combalidos pelos efeitos da crise desencadeada em 1929. Roosevelt desamarrava os Estados Unidos do padrão ouro e agia para que aumentos de preços reativassem a economia e tirassem o país da rota da rebelião. Em seu gabinete, enfrentava o debate entre monetaristas que colocavam o controle da inflação como prioridade maior e keynesianos, que advogavam a necessidade urgente de retomada do crescimento com mais oferta de emprego, mesmo que às custas de alguma inflação. "Se continuássemos por mais uma semana ou duas sem a minha decisão sobre a saída do padrão ouro, poderíamos ter tido uma revolução agrária neste país", desabafou Roosevelt mais tarde. Os bastidores desse jogo de pressões são descritos com habilidade pelo historiador Eric Rauchway em "The Money Makers, How Roosevelt and Keynes Ended the Depression, Defeated Fascism, and Secured a Prosperous Peace" [criadores de dinheiro, como Roosevelt e Keynes acabaram com a depressão, derrotaram o fascismo e asseguraram uma paz próspera]. Quem gosta de "House of Cards", das discussões em torno do impeachment ou do permanente confronto entre monetaristas e desenvolvimentistas no Brasil vai gostar do livro. Professor de história da Universidade da Califórnia em Davis, Rauchway detalha conversas de gabinete, troca de cartas, articulações políticas, sabotagens. O autor mostra como Roosevelt e seus adversários do mercado financeiro agiram para estruturar as batalhas de mídia. Relata as estratégias do presidente para responder recorrentes questões sobre o equilíbrio orçamentário. Entre contas públicas balanceadas e recuperação, a decisão foi priorizar a segunda. O livro trata de como o presidente conviveu com auxiliares que divergiam de suas ideias progressistas —até que se livrou de todos eles e avançou no sentido que achava correto. "Tive aulas de economia e tudo que foi ensinado estava errado", disse ele. Rauchway, que escreveu também "The Great Depression and the New Deal", expõe a ligação de Roosevelt (1882-1945) com o economista britânico John Maynard Keynes (1883-1946), que também enfrentava resistência feroz dos rentistas às políticas de intervenção estatal para a recuperação econômica. Ao relatar os bastidores da conferência de Bretton Woods, em 1944, o historiador aponta as disputas em torno do nascedouro do FMI e do Banco Mundial. Como quando do rompimento com o padrão ouro, grandes bancos e grandes jornais de alinharam no combate ao que era classificado como um New Deal para o mundo. Pavimentando a ascensão do dólar como moeda internacional e solidificando o poder dos EUA, a conferência abriu espaço para a expansão do capitalismo liderado pelos EUA, o que beneficiaria seus bancos nas décadas seguintes. Mas, naquele momento, houve resistência das finanças, sempre focadas no curto prazo, no controle da inflação e do orçamento. O governo pensou a longo prazo e foi em frente na estratégia de exportar o seu modelo, fazendo contraposição ao avanço soviético. Mesmo sem esmiuçar as medidas do New Deal nem apresentar uma visão multifacetada do jogo diplomático durante a Segunda Guerra, o livro recupera a memória de embates e traz lições ainda atuais. Basta ler o noticiário.
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mercado
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Livro mostra como Roosevelt enfrentou banqueiros e monetaristasQuando o oficial de justiça colocou em leilão o silo de milho de J. F. Shields, começou o barulho forte. Em caminhões e carros, centenas de agricultores chegaram gritando. Eram agricultores vizinhos, inconformados com a execução judicial que acontecia naquele momento em mais uma propriedade de Iowa. Armados com paus, os lavradores dos arredores da cidadezinha de Denison saíram batendo em policiais e oficiais de justiça. Botaram todos para correr e acabaram com o leilão. Quase ao mesmo tempo, perto dali, em LeMars, outro grupo de agricultores invadia um tribunal e dizia ao juiz C. C. Bradley que ele estava proibido de decretar mais falências de lavradores. O magistrado se recusou a seguir a ordem. Pego pela massa, foi levado para fora da corte. Uma cabine telefônica serviu para improvisar uma forca. Com a corda no pescoço, Bradley já começava a sufocar quando alguns resolveram poupá-lo. Coberto de graxa e de sujeira, pode ir para casa. As cenas aconteceram nos Estados Unidos em abril de 1933. O preço do milho havia caído para um terço do patamar de anos atrás. Sem poder pagar suas dívidas, dois terços dos agricultores tinham quebrado e estavam vendo suas propriedades serem tomadas pelos bancos credores. Os protestos começavam a se espalhar. Os rebeldes eram homens de família de meia idade que até pouco tempo tinham sua fazendinha e respeitavam as leis e as instituições. Agora estavam em combate desesperado para sobreviver. Enquanto isso, em Washington, Franklin Delano Roosevelt, recém-empossado, lutava contra banqueiros e grandes empresários para impor uma mudança radical na política econômica dos EUA, ainda combalidos pelos efeitos da crise desencadeada em 1929. Roosevelt desamarrava os Estados Unidos do padrão ouro e agia para que aumentos de preços reativassem a economia e tirassem o país da rota da rebelião. Em seu gabinete, enfrentava o debate entre monetaristas que colocavam o controle da inflação como prioridade maior e keynesianos, que advogavam a necessidade urgente de retomada do crescimento com mais oferta de emprego, mesmo que às custas de alguma inflação. "Se continuássemos por mais uma semana ou duas sem a minha decisão sobre a saída do padrão ouro, poderíamos ter tido uma revolução agrária neste país", desabafou Roosevelt mais tarde. Os bastidores desse jogo de pressões são descritos com habilidade pelo historiador Eric Rauchway em "The Money Makers, How Roosevelt and Keynes Ended the Depression, Defeated Fascism, and Secured a Prosperous Peace" [criadores de dinheiro, como Roosevelt e Keynes acabaram com a depressão, derrotaram o fascismo e asseguraram uma paz próspera]. Quem gosta de "House of Cards", das discussões em torno do impeachment ou do permanente confronto entre monetaristas e desenvolvimentistas no Brasil vai gostar do livro. Professor de história da Universidade da Califórnia em Davis, Rauchway detalha conversas de gabinete, troca de cartas, articulações políticas, sabotagens. O autor mostra como Roosevelt e seus adversários do mercado financeiro agiram para estruturar as batalhas de mídia. Relata as estratégias do presidente para responder recorrentes questões sobre o equilíbrio orçamentário. Entre contas públicas balanceadas e recuperação, a decisão foi priorizar a segunda. O livro trata de como o presidente conviveu com auxiliares que divergiam de suas ideias progressistas —até que se livrou de todos eles e avançou no sentido que achava correto. "Tive aulas de economia e tudo que foi ensinado estava errado", disse ele. Rauchway, que escreveu também "The Great Depression and the New Deal", expõe a ligação de Roosevelt (1882-1945) com o economista britânico John Maynard Keynes (1883-1946), que também enfrentava resistência feroz dos rentistas às políticas de intervenção estatal para a recuperação econômica. Ao relatar os bastidores da conferência de Bretton Woods, em 1944, o historiador aponta as disputas em torno do nascedouro do FMI e do Banco Mundial. Como quando do rompimento com o padrão ouro, grandes bancos e grandes jornais de alinharam no combate ao que era classificado como um New Deal para o mundo. Pavimentando a ascensão do dólar como moeda internacional e solidificando o poder dos EUA, a conferência abriu espaço para a expansão do capitalismo liderado pelos EUA, o que beneficiaria seus bancos nas décadas seguintes. Mas, naquele momento, houve resistência das finanças, sempre focadas no curto prazo, no controle da inflação e do orçamento. O governo pensou a longo prazo e foi em frente na estratégia de exportar o seu modelo, fazendo contraposição ao avanço soviético. Mesmo sem esmiuçar as medidas do New Deal nem apresentar uma visão multifacetada do jogo diplomático durante a Segunda Guerra, o livro recupera a memória de embates e traz lições ainda atuais. Basta ler o noticiário.
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Favoritos em eleição da Fifa têm laços com escândalos da entidade
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Com a Fifa mergulhada em sucessivos escândalos de corrupção desde maio de 2015, representantes de 207 países vão eleger nesta sexta (26) o novo presidente para os próximos quatro anos. O vencedor terá o desafio de refundar a entidade. Apesar do discurso de transparência e moralização dos envolvidos, o cenário não é nada animador. A maioria dos eleitores é remanescente da estrutura apontada pelo FBI como corrupta. Além disso, os candidatos favoritos –o suíço Gianni Infantino, 45, e o xeque Salman bin al-Khalifa, 50, do Bahrein– têm laços com os últimos escândalos protagonizados pela Fifa. Presidente da Federação Asiática de Futebol, o xeque foi um dos principais cabos eleitorais da escolha da Copa do Qatar, alvo de denúncias de compra de votos. Já Infantino é "criatura" de Michel Platini, vice da Fifa e presidente da Uefa (entidade que comanda o futebol na Europa) até o final do ano. Platini foi banido por seis anos de atividades ligadas ao futebol juntamente com Joseph Blatter, que foi presidente da Fifa por 18 anos. A decisão de afastá-los foi da própria entidade. Os dois foram punidos por conta de um pagamento autorizado por Blatter para o francês no valor de R$ 8 milhões por um trabalho realizado no fim de 1999 e no início dos anos 2000, mas com o pagamento efetuado apenas em 2011. Secretário-geral da Uefa, Infantino lançou a sua candidatura justamente após a suspensão de Platini. Candidatos à presidência da Fifa ACORDÃO Em campanha, os dois prometem reformular a entidade. Nos bastidores, contudo, apontam para alterações sem traumas, como um acordão. Caso o novo presidente adote mesmo esse estilo, avesso a nova investigações, ele pode fazer com que aumente a pressão por parte da Justiça dos EUA. Também há risco de intervenção da governo da Suíça na Fifa. Desde maio, mais de uma dezena de dirigentes da Fifa já foram presos por corrupção em investigação comandada pelo FBI. José Maria Marin, ex-presidente da CBF, é um deles. Ele cumpre prisão domiciliar nos EUA por participar de um esquema de recebimento de propina na venda de direitos comerciais de torneios no país e no exterior. Sucessor de Marin na CBF, Marco Polo Del Nero também está afastado do futebol. É investigado por FBI e Fifa por supostamente participar do esquema de corrupção. Nem Blatter resistiu. Ele venceu a eleição do ano passado e anunciou sua renúncia cinco dias depois da operação deflagrada pelo FBI. Por causa dos escândalos de corrupção, a Fifa já perdeu cinco patrocinadores desde o encerramento do Mundial do Brasil e amargou um prejuízo de cerca de US$ 100 milhões no ano passado. "O problema [a corrupção] não vai desaparecer [com o novo presidente]. Se uma reforma acontecer, novos casos provavelmente virão à tona", afirmou o economista inglês Stefan Szymasnki, autor do livro "Soccernomics". "Porém, sem uma reforma, a credibilidade da Fifa não melhorará e outras organizações podem se afastar." COMO É A ELEIÇÃO 1. Os eleitores serão chamados por ordem alfabética para irem às cabines de votação, onde haverá cédulas em papel e canetas. 2. Para vencer em primeiro turno, um candidato precisa ter dois terços dos votos (138). Caso não consiga, o último colocado é eliminado e outro turno é disputado com os quatro candidatos restantes. 3. A partir do segundo turno, vence o candidato que tiver 50% dos votos mais um do colégio eleitoral. Se ninguém conseguir, novamente, o último colocado é eliminado e novo turno é disputado com os candidatos restantes. Pode haver até quatro turnos Distribuição de votos por continente
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esporte
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Favoritos em eleição da Fifa têm laços com escândalos da entidadeCom a Fifa mergulhada em sucessivos escândalos de corrupção desde maio de 2015, representantes de 207 países vão eleger nesta sexta (26) o novo presidente para os próximos quatro anos. O vencedor terá o desafio de refundar a entidade. Apesar do discurso de transparência e moralização dos envolvidos, o cenário não é nada animador. A maioria dos eleitores é remanescente da estrutura apontada pelo FBI como corrupta. Além disso, os candidatos favoritos –o suíço Gianni Infantino, 45, e o xeque Salman bin al-Khalifa, 50, do Bahrein– têm laços com os últimos escândalos protagonizados pela Fifa. Presidente da Federação Asiática de Futebol, o xeque foi um dos principais cabos eleitorais da escolha da Copa do Qatar, alvo de denúncias de compra de votos. Já Infantino é "criatura" de Michel Platini, vice da Fifa e presidente da Uefa (entidade que comanda o futebol na Europa) até o final do ano. Platini foi banido por seis anos de atividades ligadas ao futebol juntamente com Joseph Blatter, que foi presidente da Fifa por 18 anos. A decisão de afastá-los foi da própria entidade. Os dois foram punidos por conta de um pagamento autorizado por Blatter para o francês no valor de R$ 8 milhões por um trabalho realizado no fim de 1999 e no início dos anos 2000, mas com o pagamento efetuado apenas em 2011. Secretário-geral da Uefa, Infantino lançou a sua candidatura justamente após a suspensão de Platini. Candidatos à presidência da Fifa ACORDÃO Em campanha, os dois prometem reformular a entidade. Nos bastidores, contudo, apontam para alterações sem traumas, como um acordão. Caso o novo presidente adote mesmo esse estilo, avesso a nova investigações, ele pode fazer com que aumente a pressão por parte da Justiça dos EUA. Também há risco de intervenção da governo da Suíça na Fifa. Desde maio, mais de uma dezena de dirigentes da Fifa já foram presos por corrupção em investigação comandada pelo FBI. José Maria Marin, ex-presidente da CBF, é um deles. Ele cumpre prisão domiciliar nos EUA por participar de um esquema de recebimento de propina na venda de direitos comerciais de torneios no país e no exterior. Sucessor de Marin na CBF, Marco Polo Del Nero também está afastado do futebol. É investigado por FBI e Fifa por supostamente participar do esquema de corrupção. Nem Blatter resistiu. Ele venceu a eleição do ano passado e anunciou sua renúncia cinco dias depois da operação deflagrada pelo FBI. Por causa dos escândalos de corrupção, a Fifa já perdeu cinco patrocinadores desde o encerramento do Mundial do Brasil e amargou um prejuízo de cerca de US$ 100 milhões no ano passado. "O problema [a corrupção] não vai desaparecer [com o novo presidente]. Se uma reforma acontecer, novos casos provavelmente virão à tona", afirmou o economista inglês Stefan Szymasnki, autor do livro "Soccernomics". "Porém, sem uma reforma, a credibilidade da Fifa não melhorará e outras organizações podem se afastar." COMO É A ELEIÇÃO 1. Os eleitores serão chamados por ordem alfabética para irem às cabines de votação, onde haverá cédulas em papel e canetas. 2. Para vencer em primeiro turno, um candidato precisa ter dois terços dos votos (138). Caso não consiga, o último colocado é eliminado e outro turno é disputado com os quatro candidatos restantes. 3. A partir do segundo turno, vence o candidato que tiver 50% dos votos mais um do colégio eleitoral. Se ninguém conseguir, novamente, o último colocado é eliminado e novo turno é disputado com os candidatos restantes. Pode haver até quatro turnos Distribuição de votos por continente
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Instagram impulsiona mercado de arte e vira ferramenta de casas de leilão
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Quem participa do mercado de arte e não vinha dando a devida atenção à rede social Instagram precisou rever suas posições em abril, quando o ator Pierce Brosnan visitou o espaço expositivo da casa de leilões Phillips em Londres. Brosnan fez uma selfie diante da "Lockheed Lounge", espreguiçadeira futurística criada pelo designer industrial Marc Newson. Acrescentou uma legenda ("Que comecem os lances") e postou a imagem para seus 164 mil seguidores no Instagram. Então, a Phillips bateu o recorde mundial para um objeto de design, vendendo a peça por £ 2,4 milhões (cerca de R$ 13,6 milhões). "É difícil fazer uma correlação direta entre a postagem de Pierce sobre nós no Instagram e o recorde mundial, mas certamente tornou a espreguiçadeira mais desejável", disse Megan Newcome, diretora de estratégia digital da Phillips, em Nova York. Nos últimos anos, o Instagram se tornou a mídia social preferida de muitos artistas contemporâneos, galerias, casas de leilão e colecionadores de arte, que o usam para promover as obras à venda e para apresentar os bastidores dos ateliês, casas de leilão e feiras de arte. No entanto, ainda não está claro até que ponto isso se traduz em vendas. Christie's e Sotheby's, as duas maiores casas de leilão do mundo, usam seus feeds oficiais do Instagram (com 96.700 e 120 mil seguidores, respectivamente) para postar imagens de alguns itens incluídos em seus próximos leilões. Outros adeptos do Instagram que usam a rede para manter os fãs atualizados sobre seu trabalho incluem o artista chinês Ai Weiwei (com 127 mil seguidores), o artista plástico e designer de brinquedos americano Gary Baseman (84.700) e o fotógrafo francês JR (627 mil). "Quando você vê no Instagram alguma coisa que está pendurada numa galeria por aí e que você quer comprar, você pode acessar instantaneamente a galeria", disse o leiloeiro Simon de Pury, cujo feed @simondepury tem 131 mil seguidores. "Tenho certeza de que várias transações estão ocorrendo por causa da exibição das obras no Instagram." O mundo da arte, no entanto, está fascinado em tentar descobrir até que ponto isso é comum. Neste ano, sites especializados, como o artnet.com e o hyperallergic.com, ficaram alvoroçados com a notícia de que o ator Leonardo DiCaprio, ávido colecionador de arte, havia adquirido por US$ 15 mil, num lance dado por telefone, uma tela chamada "Nachlass", do artista emergente Jean-Pierre Roy, depois de supostamente ver a obra no Instagram. O marchand de Roy, Morten Poulsen, de Copenhague, confirmou que o artista havia postado uma imagem da tela no Instagram. No entanto, Lisa Schiff, consultora de arte de DiCaprio em Nova York, nega que ele tenha se decidido pela compra por causa da imagem na rede. Ela confirmou, porém, que DiCaprio comprou de fato uma tela de Roy por meio do escritório dela. Newcome disse que, por enquanto, o Instagram parece ser usado basicamente como uma ferramenta promocional, mas acrescentou: "Você pode literalmente postar algo no Instagram e poucos minutos depois ter alguém pedindo para comprar. São lendas que já estão se desenvolvendo em torno do Instagram."
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Instagram impulsiona mercado de arte e vira ferramenta de casas de leilãoQuem participa do mercado de arte e não vinha dando a devida atenção à rede social Instagram precisou rever suas posições em abril, quando o ator Pierce Brosnan visitou o espaço expositivo da casa de leilões Phillips em Londres. Brosnan fez uma selfie diante da "Lockheed Lounge", espreguiçadeira futurística criada pelo designer industrial Marc Newson. Acrescentou uma legenda ("Que comecem os lances") e postou a imagem para seus 164 mil seguidores no Instagram. Então, a Phillips bateu o recorde mundial para um objeto de design, vendendo a peça por £ 2,4 milhões (cerca de R$ 13,6 milhões). "É difícil fazer uma correlação direta entre a postagem de Pierce sobre nós no Instagram e o recorde mundial, mas certamente tornou a espreguiçadeira mais desejável", disse Megan Newcome, diretora de estratégia digital da Phillips, em Nova York. Nos últimos anos, o Instagram se tornou a mídia social preferida de muitos artistas contemporâneos, galerias, casas de leilão e colecionadores de arte, que o usam para promover as obras à venda e para apresentar os bastidores dos ateliês, casas de leilão e feiras de arte. No entanto, ainda não está claro até que ponto isso se traduz em vendas. Christie's e Sotheby's, as duas maiores casas de leilão do mundo, usam seus feeds oficiais do Instagram (com 96.700 e 120 mil seguidores, respectivamente) para postar imagens de alguns itens incluídos em seus próximos leilões. Outros adeptos do Instagram que usam a rede para manter os fãs atualizados sobre seu trabalho incluem o artista chinês Ai Weiwei (com 127 mil seguidores), o artista plástico e designer de brinquedos americano Gary Baseman (84.700) e o fotógrafo francês JR (627 mil). "Quando você vê no Instagram alguma coisa que está pendurada numa galeria por aí e que você quer comprar, você pode acessar instantaneamente a galeria", disse o leiloeiro Simon de Pury, cujo feed @simondepury tem 131 mil seguidores. "Tenho certeza de que várias transações estão ocorrendo por causa da exibição das obras no Instagram." O mundo da arte, no entanto, está fascinado em tentar descobrir até que ponto isso é comum. Neste ano, sites especializados, como o artnet.com e o hyperallergic.com, ficaram alvoroçados com a notícia de que o ator Leonardo DiCaprio, ávido colecionador de arte, havia adquirido por US$ 15 mil, num lance dado por telefone, uma tela chamada "Nachlass", do artista emergente Jean-Pierre Roy, depois de supostamente ver a obra no Instagram. O marchand de Roy, Morten Poulsen, de Copenhague, confirmou que o artista havia postado uma imagem da tela no Instagram. No entanto, Lisa Schiff, consultora de arte de DiCaprio em Nova York, nega que ele tenha se decidido pela compra por causa da imagem na rede. Ela confirmou, porém, que DiCaprio comprou de fato uma tela de Roy por meio do escritório dela. Newcome disse que, por enquanto, o Instagram parece ser usado basicamente como uma ferramenta promocional, mas acrescentou: "Você pode literalmente postar algo no Instagram e poucos minutos depois ter alguém pedindo para comprar. São lendas que já estão se desenvolvendo em torno do Instagram."
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Homem é vítima de cheia, árvore e falta de luz no mesmo dia em SP
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O comerciante Marcos Cavichioli, 51, voltava para casa em 20 de outubro passado, uma tarde de quinta-feira que parecia como uma outra qualquer em São Paulo. Perto das 17h, quando entrou no carro, na Vila Leopoldina (zona oeste), chovia fraco. Porém, no meio do caminho para casa, o tempo virou. Era a primeira grande chuva da temporada, e Cavichioli ficou preso em um alagamento na rua Cuevas, já na Lapa, onde mora. A enxurrada era tamanha que levou a placa de seu carro –encontrada por uma criança, guardada e recuperada dias depois. O trânsito era caótico e parte dos semáforos estava apagada. Cidade dos alagamentos Quando superou o caos do trânsito e chegou à porta de casa, mais surpresas: uma árvore havia desabado em cima de seu outro carro, estacionado na entrada do prédio. O veículo estava amassado e com vidros quebrados. Do outro lado da rua, um poste soltava faíscas, após um curto-circuito que deixou toda a região sem luz. Dentro do prédio, uma janela e um vidro do hall haviam quebrado com as rajadas de vento. "Mas eu nem liguei para o carro. Só pensava na minha filha, que tem autismo e que estava em casa", diz o comerciante. Desorientada com o cenário caótico e a falta de energia elétrica, a menina chegou a ter convulsões. "Vira tudo uma bagunça: árvore, energia, alagamento", resume o comerciante. Não é como se os problemas tivessem se resolvido depois do fim da chuva: ele ficou sem luz por mais de 24 h. Sequer conseguia falar com a Eletropaulo para resolver o problema ou ouvir uma explicação –naquela quinta, a empresa recebeu mais de 29 mil chamadas por hora (um dia comum de chuva registra cerca de 7.000 por hora). Além disso, a prefeitura demorou uma semana para retirar o tronco da árvore da calçada, o que impedia a passagem e até o acesso à sala de controle de gás do prédio. Fora o prejuízo com o carro, Cavichioli estuda processar a prefeitura, pois já tinha pedido a remoção da árvore. A 350 metros dali, morreu o funcionário de uma oficina, alvo de uma descarga elétrica. FIOS ELÉTRICOS Na mesma rua Cuevas, onde o comerciante ficou preso em uma enchente, a queda de uma árvore destruiu o muro da frente da casa do aposentado Luciano Valdo, 74. O tronco atingiu até o teto da casa, amassando-o. "Estava aqui dentro com minha neta, ficamos apavorados. Achava que ia cair a casa", diz ele, que ficou sem energia e até sem água nos dias seguintes. Com a casa aberta, ele teve que contratar um vigia e montar um tapume quando a prefeitura levou a árvore caída, cinco dias depois. Na casa da frente, o problema foi outro: a queda de uma árvore (também já alertada à prefeitura, dizem os vizinhos), interrompeu por cinco dias a entrada da garagem do aposentado Rubens Ragazzo, 80. "A árvore estava oca por dentro. A gente chama, chama e não vem podar. Depois cai e o prejuízo é nosso", diz ele, que ainda reclama da bagunça dos cabos elétricos. Ele mesmo chegou a enrolar um fio solto em um poste, para evitar acidentes, uma vez que a Eletropaulo não atendia o seu pedido.
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cotidiano
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Homem é vítima de cheia, árvore e falta de luz no mesmo dia em SPO comerciante Marcos Cavichioli, 51, voltava para casa em 20 de outubro passado, uma tarde de quinta-feira que parecia como uma outra qualquer em São Paulo. Perto das 17h, quando entrou no carro, na Vila Leopoldina (zona oeste), chovia fraco. Porém, no meio do caminho para casa, o tempo virou. Era a primeira grande chuva da temporada, e Cavichioli ficou preso em um alagamento na rua Cuevas, já na Lapa, onde mora. A enxurrada era tamanha que levou a placa de seu carro –encontrada por uma criança, guardada e recuperada dias depois. O trânsito era caótico e parte dos semáforos estava apagada. Cidade dos alagamentos Quando superou o caos do trânsito e chegou à porta de casa, mais surpresas: uma árvore havia desabado em cima de seu outro carro, estacionado na entrada do prédio. O veículo estava amassado e com vidros quebrados. Do outro lado da rua, um poste soltava faíscas, após um curto-circuito que deixou toda a região sem luz. Dentro do prédio, uma janela e um vidro do hall haviam quebrado com as rajadas de vento. "Mas eu nem liguei para o carro. Só pensava na minha filha, que tem autismo e que estava em casa", diz o comerciante. Desorientada com o cenário caótico e a falta de energia elétrica, a menina chegou a ter convulsões. "Vira tudo uma bagunça: árvore, energia, alagamento", resume o comerciante. Não é como se os problemas tivessem se resolvido depois do fim da chuva: ele ficou sem luz por mais de 24 h. Sequer conseguia falar com a Eletropaulo para resolver o problema ou ouvir uma explicação –naquela quinta, a empresa recebeu mais de 29 mil chamadas por hora (um dia comum de chuva registra cerca de 7.000 por hora). Além disso, a prefeitura demorou uma semana para retirar o tronco da árvore da calçada, o que impedia a passagem e até o acesso à sala de controle de gás do prédio. Fora o prejuízo com o carro, Cavichioli estuda processar a prefeitura, pois já tinha pedido a remoção da árvore. A 350 metros dali, morreu o funcionário de uma oficina, alvo de uma descarga elétrica. FIOS ELÉTRICOS Na mesma rua Cuevas, onde o comerciante ficou preso em uma enchente, a queda de uma árvore destruiu o muro da frente da casa do aposentado Luciano Valdo, 74. O tronco atingiu até o teto da casa, amassando-o. "Estava aqui dentro com minha neta, ficamos apavorados. Achava que ia cair a casa", diz ele, que ficou sem energia e até sem água nos dias seguintes. Com a casa aberta, ele teve que contratar um vigia e montar um tapume quando a prefeitura levou a árvore caída, cinco dias depois. Na casa da frente, o problema foi outro: a queda de uma árvore (também já alertada à prefeitura, dizem os vizinhos), interrompeu por cinco dias a entrada da garagem do aposentado Rubens Ragazzo, 80. "A árvore estava oca por dentro. A gente chama, chama e não vem podar. Depois cai e o prejuízo é nosso", diz ele, que ainda reclama da bagunça dos cabos elétricos. Ele mesmo chegou a enrolar um fio solto em um poste, para evitar acidentes, uma vez que a Eletropaulo não atendia o seu pedido.
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Mortes: Um jornalista que parecia ter rodinhas nos pés
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Deixar um emprego pode significar um momento de recomeçar, mas para Felipe Vanini Bruning essa também era uma boa hora para viajar. Quando tinha um período livre e um pouco de dinheiro no bolso, não hesitava em colocar o pé na estrada. O destino era sempre variado e muitas vezes vinha associado a outra paixão, o esporte. No dia a dia, não dispensava a bicicleta, mas também gostava de escalar, surfar e até esquiar. "Minha mãe costumava brincar que ele tinha rodinha nos pés", conta a irmã mais velha, Juliana. Formado em jornalismo, deixou Curitiba para fazer um curso de trainee em São Paulo. Ficou mais de cinco anos na capital paulista, onde trabalhou na Folha, no jornal "O Estado de S. Paulo", na revista Exame, entre outros. Voltou para Curitiba apenas no ano passado para ficar mais perto da família, mas ainda tinha a ideia de retornar para São Paulo no futuro. Apesar de uma postura as vezes tímida, tinha opiniões fortes e sabia defendê-las seja em casa ou na redação do jornal. "Não tinha um assunto sobre o qual não tinha uma opinião forte", brinca a irmã. Com a experiência, acabou se encantando por jornalismo econômico, mas isso não o impedia de escrever ótimos textos sobre outros assuntos. Estava sempre se atualizando, lendo. Podiam ser livros de história, biografias, jornais ou revistas. Adorava ler. Recentemente, fazia mestrado em desenvolvimento econômico na Universidade Federal do Paraná e trabalhava no portal NovaCana.com. Morreu no dia 19, aos 30 anos. Deixa pai, mãe, dois irmãos e dois sobrinhos. [email protected] - MORTES Eugenie Mahfuz Farat - Aos 91, viúva. Deixa as filhas Marina e Dora. Cemitério São Paulo. José Carlos del Nero - Aos 61, casado com Solange. Deixa a mãe, Antonia, irmão e os filhos Juliano e André. Cemitério Primaveras, em Guarulhos, SP. Tatiana Grinfeld - Aos 37. Deixa os pais e irmãos. Cemitério Israelita do Butantã. Vicente Massini - Aos 89, viúvo de Laura Elvia Salinas Martini. Deixa dois filhos e um neto. Crematório da Vila Alpina. * 7º DIA Elza Raphaelli Menezes - Hoje (23/9), às 18h30, na igreja N. S. Aparecida, largo de Moema, Moema. * 1º ANO Aurora Vieira Ribeiro - Hoje (23/9), às 20h, na igreja São Domingos, r. Caiubi, 164, Perdizes. Maria Cecília Amorim Campos da Silva - Hoje (23/9), às 20h, na igreja São Domingos, r. Caiubi, 164, Perdizes. Ricardo Rodrigues Melillo - Amanhã (24/9), às 19h, na igreja N. S. do Carmo, r. Flores do Piauí, 170, Itaquera. * 2º ANO Maria Ivone Ferreira da Silva - Amanhã (24/9), às 19h, na igreja N. S. de Fátima, av. Imirim, 1.410, Imirim. * 64º MÊS Gilberto Teixeira da Silva (gibe) - Amanhã (24/9), às 19h, na paróquia Santo Antonio, av. dos Pássaros, 31, Aldeia da Serra. 209º MÊS Norma Vasques Dominguez - Amanhã (24/9), às 20h, na igreja N. S. da Saúde, r. Domingos de Moraes, 2.387, Vila Mariana. * 100º ANIVERSÁRIO Maria Carnicelli Brandileone - Amanhã (24/9), às 18h30, na igreja São Gabriel, av. São Gabriel, 108, Jd. Paulista.
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cotidiano
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Mortes: Um jornalista que parecia ter rodinhas nos pésDeixar um emprego pode significar um momento de recomeçar, mas para Felipe Vanini Bruning essa também era uma boa hora para viajar. Quando tinha um período livre e um pouco de dinheiro no bolso, não hesitava em colocar o pé na estrada. O destino era sempre variado e muitas vezes vinha associado a outra paixão, o esporte. No dia a dia, não dispensava a bicicleta, mas também gostava de escalar, surfar e até esquiar. "Minha mãe costumava brincar que ele tinha rodinha nos pés", conta a irmã mais velha, Juliana. Formado em jornalismo, deixou Curitiba para fazer um curso de trainee em São Paulo. Ficou mais de cinco anos na capital paulista, onde trabalhou na Folha, no jornal "O Estado de S. Paulo", na revista Exame, entre outros. Voltou para Curitiba apenas no ano passado para ficar mais perto da família, mas ainda tinha a ideia de retornar para São Paulo no futuro. Apesar de uma postura as vezes tímida, tinha opiniões fortes e sabia defendê-las seja em casa ou na redação do jornal. "Não tinha um assunto sobre o qual não tinha uma opinião forte", brinca a irmã. Com a experiência, acabou se encantando por jornalismo econômico, mas isso não o impedia de escrever ótimos textos sobre outros assuntos. Estava sempre se atualizando, lendo. Podiam ser livros de história, biografias, jornais ou revistas. Adorava ler. Recentemente, fazia mestrado em desenvolvimento econômico na Universidade Federal do Paraná e trabalhava no portal NovaCana.com. Morreu no dia 19, aos 30 anos. Deixa pai, mãe, dois irmãos e dois sobrinhos. [email protected] - MORTES Eugenie Mahfuz Farat - Aos 91, viúva. Deixa as filhas Marina e Dora. Cemitério São Paulo. José Carlos del Nero - Aos 61, casado com Solange. Deixa a mãe, Antonia, irmão e os filhos Juliano e André. Cemitério Primaveras, em Guarulhos, SP. Tatiana Grinfeld - Aos 37. Deixa os pais e irmãos. Cemitério Israelita do Butantã. Vicente Massini - Aos 89, viúvo de Laura Elvia Salinas Martini. Deixa dois filhos e um neto. Crematório da Vila Alpina. * 7º DIA Elza Raphaelli Menezes - Hoje (23/9), às 18h30, na igreja N. S. Aparecida, largo de Moema, Moema. * 1º ANO Aurora Vieira Ribeiro - Hoje (23/9), às 20h, na igreja São Domingos, r. Caiubi, 164, Perdizes. Maria Cecília Amorim Campos da Silva - Hoje (23/9), às 20h, na igreja São Domingos, r. Caiubi, 164, Perdizes. Ricardo Rodrigues Melillo - Amanhã (24/9), às 19h, na igreja N. S. do Carmo, r. Flores do Piauí, 170, Itaquera. * 2º ANO Maria Ivone Ferreira da Silva - Amanhã (24/9), às 19h, na igreja N. S. de Fátima, av. Imirim, 1.410, Imirim. * 64º MÊS Gilberto Teixeira da Silva (gibe) - Amanhã (24/9), às 19h, na paróquia Santo Antonio, av. dos Pássaros, 31, Aldeia da Serra. 209º MÊS Norma Vasques Dominguez - Amanhã (24/9), às 20h, na igreja N. S. da Saúde, r. Domingos de Moraes, 2.387, Vila Mariana. * 100º ANIVERSÁRIO Maria Carnicelli Brandileone - Amanhã (24/9), às 18h30, na igreja São Gabriel, av. São Gabriel, 108, Jd. Paulista.
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Lei que pune clientes de prostitutas recebe apoio e críticas na França
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O parlamento francês deve aprovar nesta quarta-feira (6) a nova lei sobre prostituição na França, que prevê punição para clientes flagrados pagando pela prática. O texto é elogiado por ONGs, mas criticado por profissionais do sexo e sindicatos de policiais, de acordo com os jornais franceses. "Le Parisien", que ilustra sua manchete com uma prostituta de rua sendo abordada por um motorista não identificado, afirma que o cliente, a partir de agora, será tratado como um "delinquente". A "compra do ato sexual", como define o texto da nova lei, será punida com uma multa de 1.500 euros (cerca de R$ 6.200) caso o cliente seja pego em flagrante, informa o diário. Os defensores da nova lei, proposta pelos socialistas, falam de uma "revolução" e de um "momento histórico" na luta contra redes de prostituição. A proposta tira o cliente "invisível" das sombras e vai evitar que a prostituta seja criminalizada, como é caso atualmente. Citada pelo jornal, a deputada Maud Olivier explica que o texto muda a relação de forças. Para o cliente, vai permitir que ele tenha consciência de que o dinheiro pago pelo sexo alimenta uma rede criminosa. Por outro lado, segundo a parlamentar, a lei irá proteger as prostitutas, porque elas serão consideradas "vítimas de uma espécie de escravidão ou de uma situação econômica, e não mais tratadas como uma simples mercadoria". O texto da nova lei prevê ainda uma série de medidas para acompanhar as pessoas que queiram sair da prostituição. Mas os detalhes deverão ser definidos por decretos. Um responsável por uma ONG ouvido pelo jornal celebra essa "inversão de valores", na qual a prostituta, vista como "alguém que perturba a ordem pública", será tratada agora como "uma pessoa que precisa de proteção". "Le Parisien" lembra que o principal objetivo é dissuadir os que recorrem a essa prática. Olivier espera que a aplicação de multas iniba muitos clientes. "Na França, as pessoas costumam ter medo dos policiais", diz. O jornal ainda ouviu especialistas que dizem ser difícil comprovar esse delito, e duvidam que no momento em que a França luta contra o terrorismo, o governo irá enviar policiais para as ruas à caça de clientes de prostitutas. Uma prostituta búlgara de 30 anos, ouvida pelo jornal, diz que será complicado comprovar o delito, porque ela leva os clientes para casa. Outra prostituta ouvida pelo diário reclama que o governo teria que "concentrar suas ações contra redes criminosas" e deixá-las em paz para fazer o que quiserem com seus corpos. Já "Le Figaro" lembra que, em caso de reincidência, um cliente de prostitutas poderá pagar uma multa mais salgada, de até 3.750 euros (R$ 15.700). Entrevistado pelo jornal, o secretário-geral do sindicato de policiais Synergie Officiers, Patrice Ribeiro, estima que a "abordagem ideológica e social sobre a prostituição está desconectada da realidade". Cético quanto à aplicação da lei, ele prevê que, no começo, as operações serão realizadas em áreas de prostituição para "agradar aos promotores de justiça", mas, logo depois, tudo voltará ao normal. Um dos pontos mais delicados, segundo Ribeiro, será comprovar a "compra do ato sexual", como definida na nova lei.
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mundo
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Lei que pune clientes de prostitutas recebe apoio e críticas na FrançaO parlamento francês deve aprovar nesta quarta-feira (6) a nova lei sobre prostituição na França, que prevê punição para clientes flagrados pagando pela prática. O texto é elogiado por ONGs, mas criticado por profissionais do sexo e sindicatos de policiais, de acordo com os jornais franceses. "Le Parisien", que ilustra sua manchete com uma prostituta de rua sendo abordada por um motorista não identificado, afirma que o cliente, a partir de agora, será tratado como um "delinquente". A "compra do ato sexual", como define o texto da nova lei, será punida com uma multa de 1.500 euros (cerca de R$ 6.200) caso o cliente seja pego em flagrante, informa o diário. Os defensores da nova lei, proposta pelos socialistas, falam de uma "revolução" e de um "momento histórico" na luta contra redes de prostituição. A proposta tira o cliente "invisível" das sombras e vai evitar que a prostituta seja criminalizada, como é caso atualmente. Citada pelo jornal, a deputada Maud Olivier explica que o texto muda a relação de forças. Para o cliente, vai permitir que ele tenha consciência de que o dinheiro pago pelo sexo alimenta uma rede criminosa. Por outro lado, segundo a parlamentar, a lei irá proteger as prostitutas, porque elas serão consideradas "vítimas de uma espécie de escravidão ou de uma situação econômica, e não mais tratadas como uma simples mercadoria". O texto da nova lei prevê ainda uma série de medidas para acompanhar as pessoas que queiram sair da prostituição. Mas os detalhes deverão ser definidos por decretos. Um responsável por uma ONG ouvido pelo jornal celebra essa "inversão de valores", na qual a prostituta, vista como "alguém que perturba a ordem pública", será tratada agora como "uma pessoa que precisa de proteção". "Le Parisien" lembra que o principal objetivo é dissuadir os que recorrem a essa prática. Olivier espera que a aplicação de multas iniba muitos clientes. "Na França, as pessoas costumam ter medo dos policiais", diz. O jornal ainda ouviu especialistas que dizem ser difícil comprovar esse delito, e duvidam que no momento em que a França luta contra o terrorismo, o governo irá enviar policiais para as ruas à caça de clientes de prostitutas. Uma prostituta búlgara de 30 anos, ouvida pelo jornal, diz que será complicado comprovar o delito, porque ela leva os clientes para casa. Outra prostituta ouvida pelo diário reclama que o governo teria que "concentrar suas ações contra redes criminosas" e deixá-las em paz para fazer o que quiserem com seus corpos. Já "Le Figaro" lembra que, em caso de reincidência, um cliente de prostitutas poderá pagar uma multa mais salgada, de até 3.750 euros (R$ 15.700). Entrevistado pelo jornal, o secretário-geral do sindicato de policiais Synergie Officiers, Patrice Ribeiro, estima que a "abordagem ideológica e social sobre a prostituição está desconectada da realidade". Cético quanto à aplicação da lei, ele prevê que, no começo, as operações serão realizadas em áreas de prostituição para "agradar aos promotores de justiça", mas, logo depois, tudo voltará ao normal. Um dos pontos mais delicados, segundo Ribeiro, será comprovar a "compra do ato sexual", como definida na nova lei.
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Mundo vive onda xenofóbica, diz professor de Columbia
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Há uma onda global de isolamento, xenofobia e atitudes desumanas com imigrantes, diz Christopher Sabatini, professor de relações internacionais na Universidade Columbia. Especializado em América Latina, ele diz que a região sofreu um golpe com a saída do Reino Unido da UE. "Com o risco de parecer fatalista", afirma, "podemos estar diante do desgaste de uma ordem internacional que orienta o mundo livre desde o fim da Segunda Guerra". * Folha - Donald Trump é um entusiasta do Brexit. A decisão na Europa pode ecoar na campanha americana? Christopher Sabatini - Entre a retórica de Trump e a decisão da Suprema Corte [de manter a suspensão a um plano de Barack Obama que impediria a deportação de quase 5 milhões de imigrantes], como pode piorar? Os EUA chegaram a um ponto em que não só o Congresso falha em racionalizar a política imigratória. Agora o presidente não pode proteger crianças trazidas para cá. O Brexit, a decisão do Judiciário e Trump indicam que há uma onda global de isolamento, xenofobia e atitudes desumanas com imigrantes. Qual o impacto do Brexit na América Latina? Vejo três efeitos, dois mais concretos e um simbólico. México e Chile têm acordos comerciais com a UE. Eles perderam o mercado britânico, o segundo mais rico do bloco? Argentina, Uruguai e até alguns setores do Brasil falam sobre fechar um acordo com a UE. Isso está em suspenso? No curto prazo, certamente será mais difícil para esses governos pró-mercado na América Latina agilizarem esse processo, enquanto os europeus lidam com seus problemas. Essa janela de oportunidade pode fechar. Mesmo que esses países [mais liberais] estejam se saindo melhor do que outros com a queda no preço das commodities, [o Brexit] certamente é um golpe simbólico para a noção de livre comércio. Como uma nação pode convencer seu povo e seu Congresso a aderirem a um acordo se nem a segunda maior economia da Europa quer fazer parte dele? Governos latino-americanos podem se dar bem com acordos bilaterais com o Reino Unido? Sim, mas a Grã-Bretanha, apesar do tamanho, não será tão atrativa quanto a UE. Seria um mercado sedutor para produtos agrícolas caso corte seus laços de livre comércio com os ex-companheiros europeus –mas isso é um longo caminho, e não tão apelativo à UE. Para o Brasil, o Brexit é ruim para os negócios? É ruim para o futuro. O agronegócio pode se beneficiar em longo prazo, mas no curto prazo a turbulência monetária e a incerteza não ajudam ninguém. Imigrantes brasileiros podem ter problemas? Não acho. O gatilho para os britânicos foi a imigração do Leste Europeu e de partes da África. Para o resto do mundo, não significa que o Reino Unido esteja fechando as portas.
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mundo
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Mundo vive onda xenofóbica, diz professor de ColumbiaHá uma onda global de isolamento, xenofobia e atitudes desumanas com imigrantes, diz Christopher Sabatini, professor de relações internacionais na Universidade Columbia. Especializado em América Latina, ele diz que a região sofreu um golpe com a saída do Reino Unido da UE. "Com o risco de parecer fatalista", afirma, "podemos estar diante do desgaste de uma ordem internacional que orienta o mundo livre desde o fim da Segunda Guerra". * Folha - Donald Trump é um entusiasta do Brexit. A decisão na Europa pode ecoar na campanha americana? Christopher Sabatini - Entre a retórica de Trump e a decisão da Suprema Corte [de manter a suspensão a um plano de Barack Obama que impediria a deportação de quase 5 milhões de imigrantes], como pode piorar? Os EUA chegaram a um ponto em que não só o Congresso falha em racionalizar a política imigratória. Agora o presidente não pode proteger crianças trazidas para cá. O Brexit, a decisão do Judiciário e Trump indicam que há uma onda global de isolamento, xenofobia e atitudes desumanas com imigrantes. Qual o impacto do Brexit na América Latina? Vejo três efeitos, dois mais concretos e um simbólico. México e Chile têm acordos comerciais com a UE. Eles perderam o mercado britânico, o segundo mais rico do bloco? Argentina, Uruguai e até alguns setores do Brasil falam sobre fechar um acordo com a UE. Isso está em suspenso? No curto prazo, certamente será mais difícil para esses governos pró-mercado na América Latina agilizarem esse processo, enquanto os europeus lidam com seus problemas. Essa janela de oportunidade pode fechar. Mesmo que esses países [mais liberais] estejam se saindo melhor do que outros com a queda no preço das commodities, [o Brexit] certamente é um golpe simbólico para a noção de livre comércio. Como uma nação pode convencer seu povo e seu Congresso a aderirem a um acordo se nem a segunda maior economia da Europa quer fazer parte dele? Governos latino-americanos podem se dar bem com acordos bilaterais com o Reino Unido? Sim, mas a Grã-Bretanha, apesar do tamanho, não será tão atrativa quanto a UE. Seria um mercado sedutor para produtos agrícolas caso corte seus laços de livre comércio com os ex-companheiros europeus –mas isso é um longo caminho, e não tão apelativo à UE. Para o Brasil, o Brexit é ruim para os negócios? É ruim para o futuro. O agronegócio pode se beneficiar em longo prazo, mas no curto prazo a turbulência monetária e a incerteza não ajudam ninguém. Imigrantes brasileiros podem ter problemas? Não acho. O gatilho para os britânicos foi a imigração do Leste Europeu e de partes da África. Para o resto do mundo, não significa que o Reino Unido esteja fechando as portas.
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Após disparo de míssil, EUA pedem sanções fortes contra a Coreia do Norte
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Os Estados Unidos pediram neste domingo (14) sanções mais fortes contra a Coreia do Norte após o lançamento de um novo míssil, o primeiro teste balístico do regime comunista desde a posse de um novo presidente na Coreia do Sul. O míssil, lançado da estação de Kusong, no noroeste do país, foi disparado às 17h30 (horário de Brasília) deste sábado (13) e percorreu cerca de 700 quilômetros antes de cair no mar do Japão, indicou o Estado-Maior Conjunto de Seul. "Que esta última provocação sirva de chamado a todas as nações para implementar sanções muito mais fortes contra a Coreia do Norte", disse a Casa Branca em comunicado. O míssil caiu "tão perto do solo russo (...) que o presidente não pode imaginar que a Rússia esteja feliz", acrescentou a Casa Branca. No entanto, o ministério da Defesa russo afirmou mais tarde que o míssil havia caído a 500 km de sua fronteira e que "não representa nenhum perigo" para o país, segundo um comunicado divulgado pelas agências de notícias russas. Pouco antes, o Kremlin afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder chinês, Xi Jinping, expressaram sua preocupação "pela escalada de tensões" durante uma reunião em Pequim. A China reagiu pedindo moderação e lembrou que "se opõe à violação por parte da Coreia do Norte das resoluções do Conselho de Segurança", indicou o ministério das Relações Exteriores em comunicado. Após o lançamento, o novo presidente sul-coreano, Moon Jae-In, investido no cargo esta semana, convocou uma reunião de emergência com seu gabinete de segurança. "O presidente expressou seu profundo pesar depois da provocação insensata do Norte, lançada apenas dias depois do início de um novo governo no Sul", disse um porta-voz presidencial. "O Comando do Pacífico dos Estados Unidos detectou e rastreou um lançamento de míssil da Coreia do Norte", explico com nota, acrescentando que o tipo de míssil ainda está sendo avaliado. Trata-se do segundo lançamento de um míssil em cerca de duas semanas e do primeiro desde que Moon Jae-In chegou ao poder. Em fevereiro, Pyongyang lançou um míssil da mesma posição que conseguiu percorrer cerca de 500 quilômetros. 'GRAVE AMEAÇA' PARA O JAPÃO O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, classificou o lançamento deste domingo como "totalmente inaceitável" e de "grave ameaça" para Tóquio. O míssil permaneceu no ar durante meia hora, antes de cair no mar do Japão, situado entre os dois países, informou o porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga. Em abril, a Coreia do Norte lançou um míssil balístico sobre o Mar do Japão, dias antes da visita do presidente chinês, Xi Jinping, aos Estados Unidos e colocou os americanos, a Coreia do Sul e o Japão em alerta. Desde o ano passado, a Coreia do Norte realizou dois testes nucleares e dezenas de testes de mísseis balísticos, em sua tentativa de desenvolver armamento que possa alcançar o território dos Estados Unidos. Washington advertiu que todas as "opções estão a mesa", embora recentemente Donald Trump tenha suavizado seu discurso e dito que ficaria honrado em se reunir com o líder norte-coreano, Kim Jong-un. Em seu discurso de posse, Moon, que diferentemente de seus antecessores é favorável ao diálogo com o Norte, disse estar disposto a visitar Pyongyang se existirem as circunstâncias adequadas. Mas neste domingo o novo presidente advertiu que o diálogo só será possível se "o Norte mudar de atitude".
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Após disparo de míssil, EUA pedem sanções fortes contra a Coreia do NorteOs Estados Unidos pediram neste domingo (14) sanções mais fortes contra a Coreia do Norte após o lançamento de um novo míssil, o primeiro teste balístico do regime comunista desde a posse de um novo presidente na Coreia do Sul. O míssil, lançado da estação de Kusong, no noroeste do país, foi disparado às 17h30 (horário de Brasília) deste sábado (13) e percorreu cerca de 700 quilômetros antes de cair no mar do Japão, indicou o Estado-Maior Conjunto de Seul. "Que esta última provocação sirva de chamado a todas as nações para implementar sanções muito mais fortes contra a Coreia do Norte", disse a Casa Branca em comunicado. O míssil caiu "tão perto do solo russo (...) que o presidente não pode imaginar que a Rússia esteja feliz", acrescentou a Casa Branca. No entanto, o ministério da Defesa russo afirmou mais tarde que o míssil havia caído a 500 km de sua fronteira e que "não representa nenhum perigo" para o país, segundo um comunicado divulgado pelas agências de notícias russas. Pouco antes, o Kremlin afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder chinês, Xi Jinping, expressaram sua preocupação "pela escalada de tensões" durante uma reunião em Pequim. A China reagiu pedindo moderação e lembrou que "se opõe à violação por parte da Coreia do Norte das resoluções do Conselho de Segurança", indicou o ministério das Relações Exteriores em comunicado. Após o lançamento, o novo presidente sul-coreano, Moon Jae-In, investido no cargo esta semana, convocou uma reunião de emergência com seu gabinete de segurança. "O presidente expressou seu profundo pesar depois da provocação insensata do Norte, lançada apenas dias depois do início de um novo governo no Sul", disse um porta-voz presidencial. "O Comando do Pacífico dos Estados Unidos detectou e rastreou um lançamento de míssil da Coreia do Norte", explico com nota, acrescentando que o tipo de míssil ainda está sendo avaliado. Trata-se do segundo lançamento de um míssil em cerca de duas semanas e do primeiro desde que Moon Jae-In chegou ao poder. Em fevereiro, Pyongyang lançou um míssil da mesma posição que conseguiu percorrer cerca de 500 quilômetros. 'GRAVE AMEAÇA' PARA O JAPÃO O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, classificou o lançamento deste domingo como "totalmente inaceitável" e de "grave ameaça" para Tóquio. O míssil permaneceu no ar durante meia hora, antes de cair no mar do Japão, situado entre os dois países, informou o porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga. Em abril, a Coreia do Norte lançou um míssil balístico sobre o Mar do Japão, dias antes da visita do presidente chinês, Xi Jinping, aos Estados Unidos e colocou os americanos, a Coreia do Sul e o Japão em alerta. Desde o ano passado, a Coreia do Norte realizou dois testes nucleares e dezenas de testes de mísseis balísticos, em sua tentativa de desenvolver armamento que possa alcançar o território dos Estados Unidos. Washington advertiu que todas as "opções estão a mesa", embora recentemente Donald Trump tenha suavizado seu discurso e dito que ficaria honrado em se reunir com o líder norte-coreano, Kim Jong-un. Em seu discurso de posse, Moon, que diferentemente de seus antecessores é favorável ao diálogo com o Norte, disse estar disposto a visitar Pyongyang se existirem as circunstâncias adequadas. Mas neste domingo o novo presidente advertiu que o diálogo só será possível se "o Norte mudar de atitude".
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Dever de ingratidão
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SÃO PAULO - Michel Temer já deveria ter se livrado de Geddel Vieira Lima. É verdade que o ministro é um articulador político valioso para o Planalto. É igualmente certo que a suspeita que pesa contra o titular da Secretaria de Governo não o classificaria para disputar nem as oitavas de final do brasileirão da corrupção. Ainda assim, me parece um erro manter Geddel no posto. Temer precisa pensar exclusivamente na governabilidade, mesmo que isso implique ir contra seus instintos e trair amizades. Se Geddel fosse o único ministro com chance de sofrer algum tipo de contestação, talvez o presidente pudesse bancá-lo no cargo. Esse, porém, está longe de ser o caso. Vários dos auxiliares de Temer —e talvez até o próprio presidente— correm o risco de ver-se enredados nas delações premiadas da Lava Jato. É preciso criar um padrão para lidar com essas situações. E a resposta que mais convém ao Planalto é afastar qualquer ministro ao primeiro sinal de encrenca, afirmando que o faz para deixá-lo inteiramente livre para defender-se. Se não for assim, o governo logo estará obrigado a passar a maior parte do tempo a dar explicações sobre o envolvimento de ministros em histórias complicadas, o que o condenaria a um imobilismo maior que o atual. A Lava Jato não vai acabar tão cedo. E ela gera uma instabilidade política que não facilita a vida do Planalto. Não será fácil fazer com que o Congresso aprove medidas necessárias, mas impopulares, quando boa parte dos parlamentares está em pânico, temendo ir para a cadeia. Para piorar um pouco o quadro, as perspectivas de melhora da economia, que poderiam servir de boia para o governo, parecem agora mais frágeis do que poucas semanas atrás. Essa, porém, é a realidade com a qual Temer terá de lidar. Tudo o que ele não precisa é trazer crises pessoais de seus ministros para o seu colo. Como dizia Charles de Gaulle, a ingratidão é um dever do político.
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Dever de ingratidãoSÃO PAULO - Michel Temer já deveria ter se livrado de Geddel Vieira Lima. É verdade que o ministro é um articulador político valioso para o Planalto. É igualmente certo que a suspeita que pesa contra o titular da Secretaria de Governo não o classificaria para disputar nem as oitavas de final do brasileirão da corrupção. Ainda assim, me parece um erro manter Geddel no posto. Temer precisa pensar exclusivamente na governabilidade, mesmo que isso implique ir contra seus instintos e trair amizades. Se Geddel fosse o único ministro com chance de sofrer algum tipo de contestação, talvez o presidente pudesse bancá-lo no cargo. Esse, porém, está longe de ser o caso. Vários dos auxiliares de Temer —e talvez até o próprio presidente— correm o risco de ver-se enredados nas delações premiadas da Lava Jato. É preciso criar um padrão para lidar com essas situações. E a resposta que mais convém ao Planalto é afastar qualquer ministro ao primeiro sinal de encrenca, afirmando que o faz para deixá-lo inteiramente livre para defender-se. Se não for assim, o governo logo estará obrigado a passar a maior parte do tempo a dar explicações sobre o envolvimento de ministros em histórias complicadas, o que o condenaria a um imobilismo maior que o atual. A Lava Jato não vai acabar tão cedo. E ela gera uma instabilidade política que não facilita a vida do Planalto. Não será fácil fazer com que o Congresso aprove medidas necessárias, mas impopulares, quando boa parte dos parlamentares está em pânico, temendo ir para a cadeia. Para piorar um pouco o quadro, as perspectivas de melhora da economia, que poderiam servir de boia para o governo, parecem agora mais frágeis do que poucas semanas atrás. Essa, porém, é a realidade com a qual Temer terá de lidar. Tudo o que ele não precisa é trazer crises pessoais de seus ministros para o seu colo. Como dizia Charles de Gaulle, a ingratidão é um dever do político.
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Erramos: Sem ruídos
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Um trecho do artigo "Sem ruídos" (Opinião - 21/01/2015 - 02h00), de Antonio Delfim Netto, saiu truncado. O trecho correto é o seguinte: "o poder incumbente eleito pela maioria só pode transferir para os cidadãos que o elegeram o que por todos já foi produzido ou o que ganhou como 'doação' externa...". O texto foi corrigido.
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Erramos: Sem ruídosUm trecho do artigo "Sem ruídos" (Opinião - 21/01/2015 - 02h00), de Antonio Delfim Netto, saiu truncado. O trecho correto é o seguinte: "o poder incumbente eleito pela maioria só pode transferir para os cidadãos que o elegeram o que por todos já foi produzido ou o que ganhou como 'doação' externa...". O texto foi corrigido.
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Donald Trump diz que situação atual da Venezuela é 'uma desgraça'
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O presidente dos EUA, Donald Trump, usou palavras muito duras para definir a situação atual da Venezuela, que considera ser atualmente "uma desgraça". Em encontro com seu homólogo colombiano, Juan Manuel Santos, nesta quinta (18) em Washington, Trump declarou ser inexplicável que um país "que era tão rico chegasse nessa situação". E emendou, sobre seu presidente, Nicolás Maduro: "a Venezuela está em más mãos, esperamos que isso mude". Mais cedo, havia sido divulgado que os EUA avaliam divulgar um pacote de sanções ao país caribenho por violação aos direitos humanos. Na conversa com Santos, Trump disse que foram discutidos mecanismos que poderiam ser usados para evitar o "retrocesso democrático" venezuelano. Ele, porém, não deu detalhes de que iniciativas seriam essas. TRÁFICO DE DROGAS O combate ao tráfico de drogas foi outro dos temas abordados. Trump se disse preocupado com o aumento da área de produção de coca na Colômbia, que praticamente dobrou em dois anos, mas se mostrou satisfeito com a resposta de Santos. O presidente colombiano disse que o "acordo de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) permitiu que o governo se aproximasse dos cultivos e, assim, propor um programa de substituição de produção aos camponeses". Acrescentou, ainda, que continua o processo de erradicação manual. O método é muito criticado pela oposição colombiana, principalmente por Álvaro Uribe, que o considera lento e ineficaz. O ex-presidente defende o retorno da fumigação aérea, procedimento interrompido por Santos no ano passado devido aos danos à saúde dos agricultores da região provocados pelo produto químico usado na destruição. Alguns republicanos concordam com Uribe. O senador Marco Rubio considera que a ajuda dos EUA para a implementação do acordo de paz deveria ser atrelada ao compromisso pela redução da produção de cocaína. Mesmo assim, o Congresso aprovou o envio de US$ 450 milhões para o plano, chamado de Paz Colômbia. Os recursos haviam sido prometidos por Barack Obama para recuperar a infraestrutura destruída pelo conflito e tirar minas terrestres. Santos deu uma resposta evasiva ao ser perguntado sobre o muro na fronteira com o México. Ele disse que o tráfico de drogas deve ser atacado em conjunto pelos países. De modo jocoso, Trump disse que Santos respondia de maneira diplomática. "De um modo curto, eu respondo: muros funcionam".
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Donald Trump diz que situação atual da Venezuela é 'uma desgraça'O presidente dos EUA, Donald Trump, usou palavras muito duras para definir a situação atual da Venezuela, que considera ser atualmente "uma desgraça". Em encontro com seu homólogo colombiano, Juan Manuel Santos, nesta quinta (18) em Washington, Trump declarou ser inexplicável que um país "que era tão rico chegasse nessa situação". E emendou, sobre seu presidente, Nicolás Maduro: "a Venezuela está em más mãos, esperamos que isso mude". Mais cedo, havia sido divulgado que os EUA avaliam divulgar um pacote de sanções ao país caribenho por violação aos direitos humanos. Na conversa com Santos, Trump disse que foram discutidos mecanismos que poderiam ser usados para evitar o "retrocesso democrático" venezuelano. Ele, porém, não deu detalhes de que iniciativas seriam essas. TRÁFICO DE DROGAS O combate ao tráfico de drogas foi outro dos temas abordados. Trump se disse preocupado com o aumento da área de produção de coca na Colômbia, que praticamente dobrou em dois anos, mas se mostrou satisfeito com a resposta de Santos. O presidente colombiano disse que o "acordo de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) permitiu que o governo se aproximasse dos cultivos e, assim, propor um programa de substituição de produção aos camponeses". Acrescentou, ainda, que continua o processo de erradicação manual. O método é muito criticado pela oposição colombiana, principalmente por Álvaro Uribe, que o considera lento e ineficaz. O ex-presidente defende o retorno da fumigação aérea, procedimento interrompido por Santos no ano passado devido aos danos à saúde dos agricultores da região provocados pelo produto químico usado na destruição. Alguns republicanos concordam com Uribe. O senador Marco Rubio considera que a ajuda dos EUA para a implementação do acordo de paz deveria ser atrelada ao compromisso pela redução da produção de cocaína. Mesmo assim, o Congresso aprovou o envio de US$ 450 milhões para o plano, chamado de Paz Colômbia. Os recursos haviam sido prometidos por Barack Obama para recuperar a infraestrutura destruída pelo conflito e tirar minas terrestres. Santos deu uma resposta evasiva ao ser perguntado sobre o muro na fronteira com o México. Ele disse que o tráfico de drogas deve ser atacado em conjunto pelos países. De modo jocoso, Trump disse que Santos respondia de maneira diplomática. "De um modo curto, eu respondo: muros funcionam".
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Ato em SP atrai 500 mil, supera Diretas-Já e impulsiona impeachment
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O protesto na avenida Paulista pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff foi o maior ato político já registrado pelo Datafolha, superando inclusive o famoso comício pelas Diretas-Já no vale do Anhangabaú, em 16 de abril de 1984. Segundo medição do instituto, participaram cerca de 500 mil pessoas na avenida e suas adjacências, mais do que o dobro do maior ato anterior contra Dilma, de março do ano passado, que reuniu 210 mil manifestantes. No meio da tarde, a Polícia Militar viu-se obrigada a limitar o acesso à região. A PM estimou em 1,4 milhão os participantes, mesmo número divulgado pelo Movimento Brasil Livre, um dos organizadores do ato. Nas demais capitais, houve 1,1 milhão de manifestantes somados, segundo estimativas das polícias locais. Ao todo, concentrações foram registradas em pelo menos 121 cidades. Houve também alguns atos isolados em defesa do PT e do governo. Excetuando-se confrontos pontuais, os protestos foram de forma geral pacíficos. O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, foi saudado como herói em praticamente todos os locais. Em nota, agradeceu dizendo ter ficado "tocado" pelas homenagens. Houve também críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alvo de ação da Polícia Federal no último dia 4. Referências aos pedalinhos do sítio que ele frequenta em Atibaia (SP) e a jararacas, animal com o qual se comparou no dia em que sofreu condução coercitiva, foram constantes. Em São Paulo, as principais lideranças da oposição, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador Geraldo Alckmin foram à Paulista pela primeira vez, mas acabaram sendo recebidos com hostilidade por alguns dos presentes. O governo avaliou que os protestos mudam a crise de patamar e dão impulso à tramitação do pedido de impeachment no Congresso. Nesta semana, o Supremo deve dar a palavra final sobre a forma como deve ser composta a comissão especial na Câmara dos Deputados que dará prosseguimento ao processo.
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Ato em SP atrai 500 mil, supera Diretas-Já e impulsiona impeachmentO protesto na avenida Paulista pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff foi o maior ato político já registrado pelo Datafolha, superando inclusive o famoso comício pelas Diretas-Já no vale do Anhangabaú, em 16 de abril de 1984. Segundo medição do instituto, participaram cerca de 500 mil pessoas na avenida e suas adjacências, mais do que o dobro do maior ato anterior contra Dilma, de março do ano passado, que reuniu 210 mil manifestantes. No meio da tarde, a Polícia Militar viu-se obrigada a limitar o acesso à região. A PM estimou em 1,4 milhão os participantes, mesmo número divulgado pelo Movimento Brasil Livre, um dos organizadores do ato. Nas demais capitais, houve 1,1 milhão de manifestantes somados, segundo estimativas das polícias locais. Ao todo, concentrações foram registradas em pelo menos 121 cidades. Houve também alguns atos isolados em defesa do PT e do governo. Excetuando-se confrontos pontuais, os protestos foram de forma geral pacíficos. O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, foi saudado como herói em praticamente todos os locais. Em nota, agradeceu dizendo ter ficado "tocado" pelas homenagens. Houve também críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alvo de ação da Polícia Federal no último dia 4. Referências aos pedalinhos do sítio que ele frequenta em Atibaia (SP) e a jararacas, animal com o qual se comparou no dia em que sofreu condução coercitiva, foram constantes. Em São Paulo, as principais lideranças da oposição, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador Geraldo Alckmin foram à Paulista pela primeira vez, mas acabaram sendo recebidos com hostilidade por alguns dos presentes. O governo avaliou que os protestos mudam a crise de patamar e dão impulso à tramitação do pedido de impeachment no Congresso. Nesta semana, o Supremo deve dar a palavra final sobre a forma como deve ser composta a comissão especial na Câmara dos Deputados que dará prosseguimento ao processo.
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Cirurgião americano inventa técnica que aumenta os seios por 24 horas
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Incomodado com a falta de opções para que suas pacientes pudessem prever os resultados de implantes nos seios, o cirurgião plástico nova-iorquino Norman Rowe decidiu criar uma alternativa: um "test-drive". O Instabreast, como batizou o procedimento, permite que as mulheres passeiem pelas ruas com seios temporariamente aumentados. Como no conto de fadas "Cinderela", eles voltam à realidade após um determinado tempo –neste caso, 24 horas. "Geralmente, para mostrar à paciente qual seria o resultado, nós colocamos implantes no sutiã ou tiramos uma foto e usamos o computador para ver como ficará. Elas são boas, mas não dão à paciente uma ideia real de como será ter seios maiores", afirma. A técnica criada por Rowe é razoavelmente simples: ele escolhe uma região perto de cada um dos mamilos, aplica anestesia local e injeta solução salina nos seios até que eles cheguem ao tamanho desejado. O líquido é naturalmente reabsorvido pelo corpo com o decorrer das horas. O procedimento dura 20 minutos e, segundo Rowe, "ninguém nunca desistiu por causa da dor", que é mínima. "Não doeu nada e eu adorei ter 'instaseios'. Queria que o efeito durasse mais de 24 horas", diz Mery, 25, que passou pelo procedimento para testar o tamanho de seus implantes no consultório da cirurgiã Jennifer Capla, que também aplica a técnica. Mery diz que a redução no tamanho dos seios ao longo das horas é imperceptível, mas as idas ao banheiro aumentaram significativamente, por causa da reabsorção da solução salina pelo corpo. Embora tenha sido criado para auxiliar pacientes em busca de implantes, o Instabreast tem uma potencial óbvio de atração para mulheres que querem ter seios maiores por um dia –para ir a uma festa ou à praia, por exemplo. Em seu consultório no Upper East Side, área nobre de Manhattan, Rowe faz entre oito e dez aplicações do Instabreast por semana, praticamente todas na sexta-feira. Ele desencoraja, no entanto a aplicação frequente da técnica. Tanto Rowe quanto Capla dizem que decidiram cobrar preços altos para evitar o uso repetido: US$ 2.500 (R$ 7.775). O valor é descontado do total da cirurgia para aumentar os seios, cerca de US$ 9.000 (R$ 27.990). "Não é algo que eu faça com frequência em uma pessoa que queira ficar bonita para um evento, é para determinar se ela é candidata para o implante", diz Capla. "Há mulheres que vêm aqui para fazer isso porque têm um evento no tapete vermelho ou uma festa e não têm interesse em passar por uma cirurgia. E eu as desencorajo, embora não as mande embora", afirma Rowe. Ainda assim, ele está desenvolvendo uma nova técnica, chamada de "Vacation Breasts" (Seios de Férias, na tradução literal). A ideia é aumentar a duração do Instabreast, de 24 horas para cerca de três semanas. CONTROVÉRSIA Mas a aplicação não é unanimidade entre os médicos e uma versão que dure mais deve aumentar a controvérsia em torno da técnica. "Por que uma mulher gastaria milhares de dólares em um procedimento que estica o tecido mamário e tem potenciais complicações?", diz o presidente da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica, Michael Edwards. Os riscos, afirma, envolvem infecções, distorção dos seios e até danos a tecidos mais profundos. Rowe rechaça as críticas. "Qualquer médico que diga que isso pode esticar a pele está sendo tolo. Você precisaria usar isso por muito mais tempo para algo assim acontecer." Ele admite, no entanto, que pode haver hematomas após a procedimento. Além disso, afirma que o risco de infecção sempre existe ao perfurar a pele.
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equilibrioesaude
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Cirurgião americano inventa técnica que aumenta os seios por 24 horasIncomodado com a falta de opções para que suas pacientes pudessem prever os resultados de implantes nos seios, o cirurgião plástico nova-iorquino Norman Rowe decidiu criar uma alternativa: um "test-drive". O Instabreast, como batizou o procedimento, permite que as mulheres passeiem pelas ruas com seios temporariamente aumentados. Como no conto de fadas "Cinderela", eles voltam à realidade após um determinado tempo –neste caso, 24 horas. "Geralmente, para mostrar à paciente qual seria o resultado, nós colocamos implantes no sutiã ou tiramos uma foto e usamos o computador para ver como ficará. Elas são boas, mas não dão à paciente uma ideia real de como será ter seios maiores", afirma. A técnica criada por Rowe é razoavelmente simples: ele escolhe uma região perto de cada um dos mamilos, aplica anestesia local e injeta solução salina nos seios até que eles cheguem ao tamanho desejado. O líquido é naturalmente reabsorvido pelo corpo com o decorrer das horas. O procedimento dura 20 minutos e, segundo Rowe, "ninguém nunca desistiu por causa da dor", que é mínima. "Não doeu nada e eu adorei ter 'instaseios'. Queria que o efeito durasse mais de 24 horas", diz Mery, 25, que passou pelo procedimento para testar o tamanho de seus implantes no consultório da cirurgiã Jennifer Capla, que também aplica a técnica. Mery diz que a redução no tamanho dos seios ao longo das horas é imperceptível, mas as idas ao banheiro aumentaram significativamente, por causa da reabsorção da solução salina pelo corpo. Embora tenha sido criado para auxiliar pacientes em busca de implantes, o Instabreast tem uma potencial óbvio de atração para mulheres que querem ter seios maiores por um dia –para ir a uma festa ou à praia, por exemplo. Em seu consultório no Upper East Side, área nobre de Manhattan, Rowe faz entre oito e dez aplicações do Instabreast por semana, praticamente todas na sexta-feira. Ele desencoraja, no entanto a aplicação frequente da técnica. Tanto Rowe quanto Capla dizem que decidiram cobrar preços altos para evitar o uso repetido: US$ 2.500 (R$ 7.775). O valor é descontado do total da cirurgia para aumentar os seios, cerca de US$ 9.000 (R$ 27.990). "Não é algo que eu faça com frequência em uma pessoa que queira ficar bonita para um evento, é para determinar se ela é candidata para o implante", diz Capla. "Há mulheres que vêm aqui para fazer isso porque têm um evento no tapete vermelho ou uma festa e não têm interesse em passar por uma cirurgia. E eu as desencorajo, embora não as mande embora", afirma Rowe. Ainda assim, ele está desenvolvendo uma nova técnica, chamada de "Vacation Breasts" (Seios de Férias, na tradução literal). A ideia é aumentar a duração do Instabreast, de 24 horas para cerca de três semanas. CONTROVÉRSIA Mas a aplicação não é unanimidade entre os médicos e uma versão que dure mais deve aumentar a controvérsia em torno da técnica. "Por que uma mulher gastaria milhares de dólares em um procedimento que estica o tecido mamário e tem potenciais complicações?", diz o presidente da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica, Michael Edwards. Os riscos, afirma, envolvem infecções, distorção dos seios e até danos a tecidos mais profundos. Rowe rechaça as críticas. "Qualquer médico que diga que isso pode esticar a pele está sendo tolo. Você precisaria usar isso por muito mais tempo para algo assim acontecer." Ele admite, no entanto, que pode haver hematomas após a procedimento. Além disso, afirma que o risco de infecção sempre existe ao perfurar a pele.
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Muita gente fala em estado mínimo e gosta de ter contas pagas pelo governo
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Uma das poucas ideias a orientar as ações do dito "governo" Temer é desmontar, o mais rápido possível, toda a estrutura de direitos trabalhistas e serviços públicos do Estado em nome da "austeridade". O jogo é velho como a roda e consiste em vender à população a ideia de que a manutenção de serviços públicos e direitos é sinônimo de gastança, de abuso e de privilégio . Nisso, o governo recebe aplausos de pé dos setores da imprensa que fazem de tudo para jogar o Brasil de volta ao capitalismo do século 19, este mesmo capitalismo onde trabalhar 44 horas por semana é pouco, já que é sempre possível esfolar trabalhadores, obrigando-os a jornadas de 60 horas, como sonha o presidente da Confederação Nacional da Indústria, arauto da nova modernidade nacional. Na semana passada, um jornal de grande circulação chegou ao cúmulo de assinar editorial afirmando que, agora, garantir universidades públicas era simplesmente "injusto". É verdade que isso não devia nos surpreender. Em um país no qual a elite conseguiu proezas inacreditáveis na arte de suspender o princípio de não contradição, como ser, ao mesmo tempo, liberal e escravocrata, oligarca e republicana, não é nada estranho que um jornal diga que educação pública é algo injusto. Os argumentos, como sempre, são pedestres. O raciocínio de base consiste em dizer que as universidades públicas brasileiras financiam a elite econômica do país. No entanto, não há número algum que corrobore esta leitura. Por exemplo, no caso da USP, 60% de seus alunos são egressos de famílias que ganham até dez salários mínimos. Um família que ganha até dez salários mínimos não é elite nem aqui nem em lugar algum. As outras universidades federais tem números ainda mais expressivos, basta ter o interesse em procurá-los. Da mesma forma, são primários os argumentos daqueles que se aproveitam do momento para dizer que a universalização do sistema público de saúde não é mais possível. Notem que essas pessoas não estão preocupadas em aumentar a participação dos setores mais pobres nas universidades públicas nem procurar vias alternativas para financiamento público da saúde. Elas querem simplesmente desresponsabilizar o Estado de fornecer serviços a seus cidadãos para que elas possam pilhar melhor o dinheiro dos seus impostos. Pois não se engane: o projeto é criar um Estado mínimo apenas para você. Porque, enquanto o Estado é mínimo para você, ele é generoso com aqueles que usam as leis para defender seus patrimônios e investimentos. Os mesmos bancos que pagam seus consultores para falar contra seus direitos não temem em recorrer ao Estado quando os negócios vão mal. Citibank, BNP/Paribas, Deutsche Bank que o digam. Por exemplo, no mesmo momento em que seu jornal estava repleto de defensores dessa versão singular de nova justiça social, o governo brasileiro deu um aumento salarial de mais de R$ 40 bilhões para funcionários, em especial do judiciário com seus cargos nababescos. Uma maneira de comprar o silêncio e a governabilidade depois do golpe. Enquanto o governo de São Paulo aprimorava-se no jogo de fechar escolas sem fazer alarde, ele perdoava R$ 116 milhões de dívidas da empresa francesa Alstom, por coincidência a mesma empresa envolvida nos escândalos do metrô. Pergunte quantas escolas poderiam funcionar melhor com este dinheiro. Enquanto o ministro da Saúde sai todos os dias com uma afirmação de que o SUS não pode mais existir como tal, o governo brasileiro paga R$ 600 bilhões por ano em serviços da dívida pública. Uma dívida que nunca foi auditada, mesmo que exista lei constitucional desde 1988 obrigando o Estado a tanto. Agora, procure saber por que ela nunca foi auditada. Não seria devido ao fato de grande parte dela ter sido resultante de socialização de dívidas de entes privados, ou seja, em bom português, uso de dinheiro público para pagar dívida de empresário e banqueiro? E que tal falar do imposto sobre grandes fortunas, que daria ao governo ao menos R$ 70 bilhões por ano? Como você pode ver, o embate não é sobre o tamanho do Estado, mas sobre para onde vai o dinheiro, se para seus cidadãos ou se para a casta especializada em viver às custas das benesses auferidas pelo dinheiro público. O mais engraçado disso tudo é ver esse tipo de espoliação sendo vendida sob o nome de "ideias liberais".
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Muita gente fala em estado mínimo e gosta de ter contas pagas pelo governoUma das poucas ideias a orientar as ações do dito "governo" Temer é desmontar, o mais rápido possível, toda a estrutura de direitos trabalhistas e serviços públicos do Estado em nome da "austeridade". O jogo é velho como a roda e consiste em vender à população a ideia de que a manutenção de serviços públicos e direitos é sinônimo de gastança, de abuso e de privilégio . Nisso, o governo recebe aplausos de pé dos setores da imprensa que fazem de tudo para jogar o Brasil de volta ao capitalismo do século 19, este mesmo capitalismo onde trabalhar 44 horas por semana é pouco, já que é sempre possível esfolar trabalhadores, obrigando-os a jornadas de 60 horas, como sonha o presidente da Confederação Nacional da Indústria, arauto da nova modernidade nacional. Na semana passada, um jornal de grande circulação chegou ao cúmulo de assinar editorial afirmando que, agora, garantir universidades públicas era simplesmente "injusto". É verdade que isso não devia nos surpreender. Em um país no qual a elite conseguiu proezas inacreditáveis na arte de suspender o princípio de não contradição, como ser, ao mesmo tempo, liberal e escravocrata, oligarca e republicana, não é nada estranho que um jornal diga que educação pública é algo injusto. Os argumentos, como sempre, são pedestres. O raciocínio de base consiste em dizer que as universidades públicas brasileiras financiam a elite econômica do país. No entanto, não há número algum que corrobore esta leitura. Por exemplo, no caso da USP, 60% de seus alunos são egressos de famílias que ganham até dez salários mínimos. Um família que ganha até dez salários mínimos não é elite nem aqui nem em lugar algum. As outras universidades federais tem números ainda mais expressivos, basta ter o interesse em procurá-los. Da mesma forma, são primários os argumentos daqueles que se aproveitam do momento para dizer que a universalização do sistema público de saúde não é mais possível. Notem que essas pessoas não estão preocupadas em aumentar a participação dos setores mais pobres nas universidades públicas nem procurar vias alternativas para financiamento público da saúde. Elas querem simplesmente desresponsabilizar o Estado de fornecer serviços a seus cidadãos para que elas possam pilhar melhor o dinheiro dos seus impostos. Pois não se engane: o projeto é criar um Estado mínimo apenas para você. Porque, enquanto o Estado é mínimo para você, ele é generoso com aqueles que usam as leis para defender seus patrimônios e investimentos. Os mesmos bancos que pagam seus consultores para falar contra seus direitos não temem em recorrer ao Estado quando os negócios vão mal. Citibank, BNP/Paribas, Deutsche Bank que o digam. Por exemplo, no mesmo momento em que seu jornal estava repleto de defensores dessa versão singular de nova justiça social, o governo brasileiro deu um aumento salarial de mais de R$ 40 bilhões para funcionários, em especial do judiciário com seus cargos nababescos. Uma maneira de comprar o silêncio e a governabilidade depois do golpe. Enquanto o governo de São Paulo aprimorava-se no jogo de fechar escolas sem fazer alarde, ele perdoava R$ 116 milhões de dívidas da empresa francesa Alstom, por coincidência a mesma empresa envolvida nos escândalos do metrô. Pergunte quantas escolas poderiam funcionar melhor com este dinheiro. Enquanto o ministro da Saúde sai todos os dias com uma afirmação de que o SUS não pode mais existir como tal, o governo brasileiro paga R$ 600 bilhões por ano em serviços da dívida pública. Uma dívida que nunca foi auditada, mesmo que exista lei constitucional desde 1988 obrigando o Estado a tanto. Agora, procure saber por que ela nunca foi auditada. Não seria devido ao fato de grande parte dela ter sido resultante de socialização de dívidas de entes privados, ou seja, em bom português, uso de dinheiro público para pagar dívida de empresário e banqueiro? E que tal falar do imposto sobre grandes fortunas, que daria ao governo ao menos R$ 70 bilhões por ano? Como você pode ver, o embate não é sobre o tamanho do Estado, mas sobre para onde vai o dinheiro, se para seus cidadãos ou se para a casta especializada em viver às custas das benesses auferidas pelo dinheiro público. O mais engraçado disso tudo é ver esse tipo de espoliação sendo vendida sob o nome de "ideias liberais".
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País já registra 71 mortes por H1N1; destas, 55 ocorreram em SP
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O Brasil já registra 71 mortes por complicações pelo vírus da gripe A (H1N1), segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (4). Deste total, 55 ocorreram em São Paulo, Estado que registra um avanço de casos graves ligados ao vírus ainda antes do inverno, segundo autoridades de saúde. Os dados foram contabilizados até o dia 26 de março. O número de mortes por H1N1 neste ano já é quase o dobro do registrado em todo o ano de 2015, quando houve 36 óbitos após complicações dos sintomas. Em 2014, foram 163. Além de São Paulo, também houve mortes registradas em Santa Catarina (três casos), além de Ceará, Bahia e Minas Gerais (dois casos cada). Também houve mortes no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e Pará (um registro cada). Em nota, o Ministério da Saúde diz que está monitorando os casos de H1N1 nestes Estados junto com as vigilâncias locais. H1N1 CASOS GRAVES Ao todo, o país já registra 444 casos de Srag (síndrome respiratória aguda grave) ligada ao H1N1, que ocorre quando há complicações dos sintomas da gripe, como falta de ar. O número representa um aumento de 45% em relação ao último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, com dados até 19 de março, quando havia 305 registros. No país, São Paulo concentra o maior número de registros destes atendimentos na rede de saúde -foram 372 pacientes até 26 de março. A notificação dos casos de gripe no país é feita por meio de dois tipos de monitoramento. Um deles é a vigilância sentinela, modelo que monitora os tipos de vírus da gripe em circulação por meio de amostras coletadas de uma parte dos pacientes atendidos em hospitais de referência. Hoje, não há uma notificação obrigatória de casos de gripe no país, devido à impossibilidade de registrar todos os casos, segundo o governo. Um segundo monitoramento, assim, ocorre apenas para os casos graves, a chamada Srag, quando o paciente é internado com complicações dos sintomas. A orientação é que todas as internações por esse motivo sejam informadas pelos hospitais às secretarias de saúde. Além de São Paulo, há registros de casos graves por H1N1 em outros 13 Estados e no Distrito Federal. São eles: Santa Catarina (22), Bahia (9), Paraná (7), Pernambuco (5), Goiás (5), Distrito Federal (5), Minas Gerais (3), Ceará (3), Pará (3), Rio de Janeiro (3), Rio Grande do Norte (2), Mato Grosso (2), Mato Grosso do Sul (1) e Espírito Santo (1). VACINAÇÃO Apesar dos registros, ainda não é possível falar em uma situação de avanço do H1N1 em todo o país, segundo o Ministério da Saúde. Em entrevista à Folha na quinta-feira (31), o diretor de doenças transmissíveis da pasta,Cláudio Maierovitch, lembra que há casos e mortes registradas por H1N1 todos os anos. "A questão é observarmos um aumento na quantidade de casos [nos Estados]", afirma. Entre os Estados que já confirmam esse aumento está São Paulo e Santa Catarina, por exemplo. O Distrito Federal também informa estar em "alerta" para um possível aumento de casos. Neste ano, a campanha de vacinação contra a gripe está programa para ocorrer entre 30 de abril e 20 de maio no país. Em São Paulo, a vacinação será antecipada e inicia nesta segunda-feira, com a imunização de profissionais de saúde. Em seguida, devem ser vacinados a partir do dia 11 outros grupos prioritários: crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos, gestantes e idosos. Para prevenir os casos, o Ministério da Saúde recomenda que sejam adotadas medidas de higiene como lavar as mãos com frequência e evitar locais com aglomeração de pessoas.
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cotidiano
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País já registra 71 mortes por H1N1; destas, 55 ocorreram em SPO Brasil já registra 71 mortes por complicações pelo vírus da gripe A (H1N1), segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (4). Deste total, 55 ocorreram em São Paulo, Estado que registra um avanço de casos graves ligados ao vírus ainda antes do inverno, segundo autoridades de saúde. Os dados foram contabilizados até o dia 26 de março. O número de mortes por H1N1 neste ano já é quase o dobro do registrado em todo o ano de 2015, quando houve 36 óbitos após complicações dos sintomas. Em 2014, foram 163. Além de São Paulo, também houve mortes registradas em Santa Catarina (três casos), além de Ceará, Bahia e Minas Gerais (dois casos cada). Também houve mortes no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e Pará (um registro cada). Em nota, o Ministério da Saúde diz que está monitorando os casos de H1N1 nestes Estados junto com as vigilâncias locais. H1N1 CASOS GRAVES Ao todo, o país já registra 444 casos de Srag (síndrome respiratória aguda grave) ligada ao H1N1, que ocorre quando há complicações dos sintomas da gripe, como falta de ar. O número representa um aumento de 45% em relação ao último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, com dados até 19 de março, quando havia 305 registros. No país, São Paulo concentra o maior número de registros destes atendimentos na rede de saúde -foram 372 pacientes até 26 de março. A notificação dos casos de gripe no país é feita por meio de dois tipos de monitoramento. Um deles é a vigilância sentinela, modelo que monitora os tipos de vírus da gripe em circulação por meio de amostras coletadas de uma parte dos pacientes atendidos em hospitais de referência. Hoje, não há uma notificação obrigatória de casos de gripe no país, devido à impossibilidade de registrar todos os casos, segundo o governo. Um segundo monitoramento, assim, ocorre apenas para os casos graves, a chamada Srag, quando o paciente é internado com complicações dos sintomas. A orientação é que todas as internações por esse motivo sejam informadas pelos hospitais às secretarias de saúde. Além de São Paulo, há registros de casos graves por H1N1 em outros 13 Estados e no Distrito Federal. São eles: Santa Catarina (22), Bahia (9), Paraná (7), Pernambuco (5), Goiás (5), Distrito Federal (5), Minas Gerais (3), Ceará (3), Pará (3), Rio de Janeiro (3), Rio Grande do Norte (2), Mato Grosso (2), Mato Grosso do Sul (1) e Espírito Santo (1). VACINAÇÃO Apesar dos registros, ainda não é possível falar em uma situação de avanço do H1N1 em todo o país, segundo o Ministério da Saúde. Em entrevista à Folha na quinta-feira (31), o diretor de doenças transmissíveis da pasta,Cláudio Maierovitch, lembra que há casos e mortes registradas por H1N1 todos os anos. "A questão é observarmos um aumento na quantidade de casos [nos Estados]", afirma. Entre os Estados que já confirmam esse aumento está São Paulo e Santa Catarina, por exemplo. O Distrito Federal também informa estar em "alerta" para um possível aumento de casos. Neste ano, a campanha de vacinação contra a gripe está programa para ocorrer entre 30 de abril e 20 de maio no país. Em São Paulo, a vacinação será antecipada e inicia nesta segunda-feira, com a imunização de profissionais de saúde. Em seguida, devem ser vacinados a partir do dia 11 outros grupos prioritários: crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos, gestantes e idosos. Para prevenir os casos, o Ministério da Saúde recomenda que sejam adotadas medidas de higiene como lavar as mãos com frequência e evitar locais com aglomeração de pessoas.
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Diante da vingança
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A Venezuela entra, rapidamente, na lista de Estados falidos, em meio a sinais de uma guerra civil de baixa intensidade. Uma maioria esmagadora pede o fim do regime violento, mafioso, de Maduro. A camarilha chavista, porém, engaja-se no golpe da "Constituinte comunal", a desvairada tentativa de implantar um poder absoluto. Por que, face à catástrofe, Maduro recusa uma transição constitucional, por meio do referendo revogatório ou da antecipação de eleições presidenciais? A resposta não tem mistério: os chavistas temem o espectro da vingança. O sistema democrático assegura a alternância pacífica de poder porque elimina da cena o medo da vingança. Contados os votos, o perdedor congratula o vencedor, reconhece publicamente o resultado e transita para a oposição. Mesmo em episódios de crise aguda, como o impeachment, a lei é cumprida: a presença de um Judiciário independente garante que o novo governo não ameaçará a liberdade, ou a vida, dos derrotados. No Brasil, o PT gritou "golpe!", mas circunscreveu sua irresponsabilidade ao palco do teatro político: Dilma, afinal, não chamou os militares para proteger um governo legal ameaçado, nem (ufa!) acorrentou-se ao Planalto, em gesto dramático de resistência cívica. Nas tiranias, o medo da vingança complica as transições políticas. Hitler só adotou a "Solução Final" quando concluiu que rumava para a derrota militar. O extermínio de todos os judeus do Reich aparecia, aos olhos dos nazistas, como a realização de um objetivo nacional supremo e como uma apólice de seguro contra a retaliação. Longe desse caso extremo, regimes autoritários só cedem pacificamente o poder mediante acordos de transição capazes de dissolver a sombra da revanche. Da "anistia irrestrita" brasileira à "comissão da verdade" sul-africana, contratos de impunidade total ou condicional persuadiram os ditadores a renunciar ao Palácio. O chavismo jamais abdicará sem algo assim. Circula, na Europa e América Latina, um inédito manifesto de "intelectuais de esquerda" que denuncia, com anos de atraso, o "caráter autoritário" do regime de Maduro. O texto destina-se a sanitizar as preciosas biografias dos signatários, entre os quais encontram-se antigos adoradores da "revolução bolivariana", como o português Boaventura de Sousa Santos, o brasileiro Chico Whitaker e o peruano Anibal Quijano. Contudo, cumpre involuntariamente uma função útil, acelerando a divisão nas fileiras chavistas. Nicmer Evans, líder da Maré Socialista, corrente dissidente desde a morte do caudilho, assina o manifesto internacional. A procuradora-geral Luisa Ortega, uma fiel histórica, rompeu com o regime. Olly Millán, Hector Navarro e Ana Osorio, ex-ministros de Hugo Chávez, saltaram para a dissidência. A cisão interna é um elemento crucial na transição, pois dela emergem interlocutores viáveis para um acordo. Maduro descreve seu regime como um "movimento cívico-militar". A cúpula das Forças Armadas, componente vital do chavismo, mantém-se leal porque extrai rendas milionárias do negócio da distribuição de alimentos importados e, especialmente, pelo temor da vindita. Mas, refletindo a inquietação na oficialidade e entre os soldados, o general Alexis Ramírez renunciou à chefia do Conselho de Defesa Nacional. Sair agora é uma forma de comprar segurança no mercado futuro. Desenham-se as condições para a negociação da transição. De fato, ao conservar encarcerados líderes relevantes da oposição, o regime opera sob a lógica da troca de reféns, visualizando a hipótese de um intercâmbio político. A saída, que depende de um acordo entre os atores venezuelanos, não prescinde da mediação diplomática. É hora de dissipar o espectro da vingança, garantindo aos chavistas um lugar seguro no jogo da democracia. Se o Brasil tivesse um governo, não seria missão impossível.
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colunas
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Diante da vingançaA Venezuela entra, rapidamente, na lista de Estados falidos, em meio a sinais de uma guerra civil de baixa intensidade. Uma maioria esmagadora pede o fim do regime violento, mafioso, de Maduro. A camarilha chavista, porém, engaja-se no golpe da "Constituinte comunal", a desvairada tentativa de implantar um poder absoluto. Por que, face à catástrofe, Maduro recusa uma transição constitucional, por meio do referendo revogatório ou da antecipação de eleições presidenciais? A resposta não tem mistério: os chavistas temem o espectro da vingança. O sistema democrático assegura a alternância pacífica de poder porque elimina da cena o medo da vingança. Contados os votos, o perdedor congratula o vencedor, reconhece publicamente o resultado e transita para a oposição. Mesmo em episódios de crise aguda, como o impeachment, a lei é cumprida: a presença de um Judiciário independente garante que o novo governo não ameaçará a liberdade, ou a vida, dos derrotados. No Brasil, o PT gritou "golpe!", mas circunscreveu sua irresponsabilidade ao palco do teatro político: Dilma, afinal, não chamou os militares para proteger um governo legal ameaçado, nem (ufa!) acorrentou-se ao Planalto, em gesto dramático de resistência cívica. Nas tiranias, o medo da vingança complica as transições políticas. Hitler só adotou a "Solução Final" quando concluiu que rumava para a derrota militar. O extermínio de todos os judeus do Reich aparecia, aos olhos dos nazistas, como a realização de um objetivo nacional supremo e como uma apólice de seguro contra a retaliação. Longe desse caso extremo, regimes autoritários só cedem pacificamente o poder mediante acordos de transição capazes de dissolver a sombra da revanche. Da "anistia irrestrita" brasileira à "comissão da verdade" sul-africana, contratos de impunidade total ou condicional persuadiram os ditadores a renunciar ao Palácio. O chavismo jamais abdicará sem algo assim. Circula, na Europa e América Latina, um inédito manifesto de "intelectuais de esquerda" que denuncia, com anos de atraso, o "caráter autoritário" do regime de Maduro. O texto destina-se a sanitizar as preciosas biografias dos signatários, entre os quais encontram-se antigos adoradores da "revolução bolivariana", como o português Boaventura de Sousa Santos, o brasileiro Chico Whitaker e o peruano Anibal Quijano. Contudo, cumpre involuntariamente uma função útil, acelerando a divisão nas fileiras chavistas. Nicmer Evans, líder da Maré Socialista, corrente dissidente desde a morte do caudilho, assina o manifesto internacional. A procuradora-geral Luisa Ortega, uma fiel histórica, rompeu com o regime. Olly Millán, Hector Navarro e Ana Osorio, ex-ministros de Hugo Chávez, saltaram para a dissidência. A cisão interna é um elemento crucial na transição, pois dela emergem interlocutores viáveis para um acordo. Maduro descreve seu regime como um "movimento cívico-militar". A cúpula das Forças Armadas, componente vital do chavismo, mantém-se leal porque extrai rendas milionárias do negócio da distribuição de alimentos importados e, especialmente, pelo temor da vindita. Mas, refletindo a inquietação na oficialidade e entre os soldados, o general Alexis Ramírez renunciou à chefia do Conselho de Defesa Nacional. Sair agora é uma forma de comprar segurança no mercado futuro. Desenham-se as condições para a negociação da transição. De fato, ao conservar encarcerados líderes relevantes da oposição, o regime opera sob a lógica da troca de reféns, visualizando a hipótese de um intercâmbio político. A saída, que depende de um acordo entre os atores venezuelanos, não prescinde da mediação diplomática. É hora de dissipar o espectro da vingança, garantindo aos chavistas um lugar seguro no jogo da democracia. Se o Brasil tivesse um governo, não seria missão impossível.
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Após ataques no Réveillon, Colônia reforça policiamento para o Carnaval
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Autoridades da cidade de Colônia, no oeste da Alemanha, anunciaram nesta segunda-feira (1º) que vão mobilizar até 2.000 policiais para o Carnaval na cidade, cujas celebrações vão desta quinta (4) até a terça da semana que vem (9). As medidas de segurança, que incluem iluminação de áreas escuras e instalação de câmeras de vigilância, visam evitar a repetição dos incidentes do Réveillon na cidade, quando centenas de mulheres relataram casos de roubo, assédio e agressão sexual em festa realizada na estação de trens. Testemunhas disseram à polícia que a maioria dos agressores parecia ser de origem árabe ou norte-africana. O caso, que chocou a Alemanha, intensificou as críticas à decisão da chanceler Angela Merkel de abrir as portas do país para mais de 1 milhão de refugiados. A prefeita de Colônia, Henriette Reker, disse que as autoridades da cidade farão todo o possível para que as pessoas se sintam seguras durante o Carnaval, mas a segurança nunca poderá ser 100% garantida. "Vamos comemorar nosso Carnaval tradicional e mundialmente famoso, como sempre fizemos, e reagir aos acontecimentos da véspera de Ano-Novo com medidas específicas", afirmou a prefeita. Nomeado chefe de polícia de Colônia após a destituição de Wolfgang Albers em razão dos crimes no Réveillon, Jürgen Mathies disse que os cerca de 2.000 agentes a postos para a Weiberfastnacht (Quinta-Feira Gorda), primeiro grande dia de festa, equivalem ao dobro do efetivo escalado no ano passado, e o total de policiais em serviço regular crescerá significativamente. Também serão usadas câmeras de vídeo para monitorar possíveis problemas. Na véspera de Ano-Novo, não havia nenhuma câmera na praça perto da estação de trem –em parte porque, na Alemanha, a vigilância exercida pela Gestapo na época do nazismo e pela Stasi, a polícia política da Alemanha Oriental comunista, tornou impopular esse tipo de ferramenta. O chefe de polícia afirmou ainda que 38 pessoas foram proibidas de entrar em algumas regiões de Colônia e da cidade vizinha de Leverkusen. As autoridades da cidade também prometeram iluminar 30 áreas escuras e vetar o acesso a uma praça de difícil iluminação, e as empresas de transporte anunciaram reforço de pessoal em seus trens e nas estações para aumentar a segurança. Ao todo, Colônia deve gastar com essas medidas € 478 mil (R$ 2,1 milhões) a mais que no ano passado. MAIS CAUTELA O chefe de polícia, porém, advertiu que o consumo de álcool e o grande número de pessoas –o Carnaval de Colônia, um dos mais tradicionais da Europa, atraiu 1,5 milhão de pessoas em 2015– tornam difícil garantir totalmente a segurança. "Não podemos descartar que crimes aconteçam neste ano. Temos de ser realistas", declarou Matheis, ressaltando que a polícia tomará medidas firmes contra acusados de agressão sexual. Alguns foliões ouvidos pela agência de notícias Reuters disseram que serão mais cautelosos. "Eu vou, mas ficarei sempre perto dos meus amigos e prestando atenção ao redor", disse a estudante de arqueologia Hanna, 19. Outra estudante, Jana, 18, decidiu ir a uma festa menor fora da cidade. "Levarei meu spray de pimenta comigo. Costumava ir ao Carnaval de Colônia, mas, depois do que aconteceu na véspera do Ano-Novo, eu não me arriscaria." Além do anúncio das medidas de segurança, para atrair mais pessoas à festa na cidade, a comissão do Carnaval de Colônia imprimiu panfletos para migrantes. Escritos em alemão, inglês e árabe, eles explicam como é a festa e convidam os interessados a participar.
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mundo
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Após ataques no Réveillon, Colônia reforça policiamento para o CarnavalAutoridades da cidade de Colônia, no oeste da Alemanha, anunciaram nesta segunda-feira (1º) que vão mobilizar até 2.000 policiais para o Carnaval na cidade, cujas celebrações vão desta quinta (4) até a terça da semana que vem (9). As medidas de segurança, que incluem iluminação de áreas escuras e instalação de câmeras de vigilância, visam evitar a repetição dos incidentes do Réveillon na cidade, quando centenas de mulheres relataram casos de roubo, assédio e agressão sexual em festa realizada na estação de trens. Testemunhas disseram à polícia que a maioria dos agressores parecia ser de origem árabe ou norte-africana. O caso, que chocou a Alemanha, intensificou as críticas à decisão da chanceler Angela Merkel de abrir as portas do país para mais de 1 milhão de refugiados. A prefeita de Colônia, Henriette Reker, disse que as autoridades da cidade farão todo o possível para que as pessoas se sintam seguras durante o Carnaval, mas a segurança nunca poderá ser 100% garantida. "Vamos comemorar nosso Carnaval tradicional e mundialmente famoso, como sempre fizemos, e reagir aos acontecimentos da véspera de Ano-Novo com medidas específicas", afirmou a prefeita. Nomeado chefe de polícia de Colônia após a destituição de Wolfgang Albers em razão dos crimes no Réveillon, Jürgen Mathies disse que os cerca de 2.000 agentes a postos para a Weiberfastnacht (Quinta-Feira Gorda), primeiro grande dia de festa, equivalem ao dobro do efetivo escalado no ano passado, e o total de policiais em serviço regular crescerá significativamente. Também serão usadas câmeras de vídeo para monitorar possíveis problemas. Na véspera de Ano-Novo, não havia nenhuma câmera na praça perto da estação de trem –em parte porque, na Alemanha, a vigilância exercida pela Gestapo na época do nazismo e pela Stasi, a polícia política da Alemanha Oriental comunista, tornou impopular esse tipo de ferramenta. O chefe de polícia afirmou ainda que 38 pessoas foram proibidas de entrar em algumas regiões de Colônia e da cidade vizinha de Leverkusen. As autoridades da cidade também prometeram iluminar 30 áreas escuras e vetar o acesso a uma praça de difícil iluminação, e as empresas de transporte anunciaram reforço de pessoal em seus trens e nas estações para aumentar a segurança. Ao todo, Colônia deve gastar com essas medidas € 478 mil (R$ 2,1 milhões) a mais que no ano passado. MAIS CAUTELA O chefe de polícia, porém, advertiu que o consumo de álcool e o grande número de pessoas –o Carnaval de Colônia, um dos mais tradicionais da Europa, atraiu 1,5 milhão de pessoas em 2015– tornam difícil garantir totalmente a segurança. "Não podemos descartar que crimes aconteçam neste ano. Temos de ser realistas", declarou Matheis, ressaltando que a polícia tomará medidas firmes contra acusados de agressão sexual. Alguns foliões ouvidos pela agência de notícias Reuters disseram que serão mais cautelosos. "Eu vou, mas ficarei sempre perto dos meus amigos e prestando atenção ao redor", disse a estudante de arqueologia Hanna, 19. Outra estudante, Jana, 18, decidiu ir a uma festa menor fora da cidade. "Levarei meu spray de pimenta comigo. Costumava ir ao Carnaval de Colônia, mas, depois do que aconteceu na véspera do Ano-Novo, eu não me arriscaria." Além do anúncio das medidas de segurança, para atrair mais pessoas à festa na cidade, a comissão do Carnaval de Colônia imprimiu panfletos para migrantes. Escritos em alemão, inglês e árabe, eles explicam como é a festa e convidam os interessados a participar.
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Erramos: Ex-funcionário diz que associação influenciava normas da Petrobras
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O sobrenome de Fernando de Castro Sá, ex-gerente jurídico da área de Abastecimento da Petrobras, saiu grafado com erro (como "Costa Sá") em três parágrafos da reportagem "Ex-funcionário diz que associação influenciava normas da Petrobras" (Poder - 09/02/2015 - 23h03). O texto foi corrigido.
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Erramos: Ex-funcionário diz que associação influenciava normas da PetrobrasO sobrenome de Fernando de Castro Sá, ex-gerente jurídico da área de Abastecimento da Petrobras, saiu grafado com erro (como "Costa Sá") em três parágrafos da reportagem "Ex-funcionário diz que associação influenciava normas da Petrobras" (Poder - 09/02/2015 - 23h03). O texto foi corrigido.
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TCU cria força-tarefa para antecipar julgamento de operações da J&F
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O TCU (Tribunal de Contas da União) criou uma força-tarefa para julgar os casos envolvendo operações financeiras do grupo J&F com fundos de investimento, bancos públicos e fundos de pensão estatais que somam, pelo menos, R$ 21,2 bilhões. A decisão foi tomada pelo presidente do tribunal, Raimundo Carreiro, e aprovada em plenário pelos ministros nesta quarta-feira (24). Carreiro deu prazo de um mês para que as equipes definam prioridades nas operações do grupo J&F com BNDES, Caixa Econômica Federal, FI-FGTS e os fundos de pensão Petros (da Petrobras) e Funcef (da Caixa). A ideia é julgá-los o quanto antes. Carreiro abriu ainda uma nova porta para investigações do TCU, uma vez que a força-tarefa também poderá fazer auditorias e fiscalizações em outras estatais que fizeram negócios com a J&F. "É preocupante a eventual repetição do modus operandi praticado pelo grupo JBS em operações similares de outras jurisdicionadas bem como a provável prática dessas ilegalidades nos negócios de outros grupos econômicos", escreveu Carreiro em seu comunicado aos ministros. O motivo que levou Carreiro a propor a criação da força-tarefa foram os depoimentos de Joesley Batista e Wesley Batista, donos da J&F, que controla outras empresas como JBS, Vigor, Alpargatas, Eldorado Celulose e o Banco Original. De acordo com os depoimentos, os empresários pagaram cerca de R$ 800 milhões em propinas a políticos e funcionários públicos em troca de financiamentos em bancos estatais e fundos de pensão. No BNDES, as empresas do grupo J&F angariam R$ 14,79 bilhões: R$ 11,9 bilhões em investimentos e empréstimos para a JBS, R$ 2,7 bilhões em financiamentos para uma fábrica da Eldorado Celulose e R$ 200 milhões de crédito para os laticínios Vigor e Itambé. São recursos liberados desde 2005 e, segundo a assessoria do BNDES, o banco já desinvestiu R$ 2,2 bilhões da JBS. Na Caixa, a J&F obteve R$ 5,5 bilhões. A maior parte (R$ 2,7 bilhões) foi destinada para o financiamento da compra da Alpargatas, em 2015, numa operação que já é alvo do TCU desde o ano passado. Do FI-FGTS, foram R$ 940 milhões em empréstimo para a Eldorado. PRÓXIMOS PASSOS A força tarefa vai solicitar todos os documentos das delações dos executivos à PGR (Procuradoria-Geral da República) para ajudar na apuração de eventuais danos causados pela corrupção na obtenção dos empréstimos. Boa parte desses recursos é subsidiada pelo Tesouro Nacional. A partir daí, os auditores decidirão de que forma a J&F e servidores poderão devolver recursos que eventualmente foram desviados dos cofres públicos.
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mercado
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TCU cria força-tarefa para antecipar julgamento de operações da J&FO TCU (Tribunal de Contas da União) criou uma força-tarefa para julgar os casos envolvendo operações financeiras do grupo J&F com fundos de investimento, bancos públicos e fundos de pensão estatais que somam, pelo menos, R$ 21,2 bilhões. A decisão foi tomada pelo presidente do tribunal, Raimundo Carreiro, e aprovada em plenário pelos ministros nesta quarta-feira (24). Carreiro deu prazo de um mês para que as equipes definam prioridades nas operações do grupo J&F com BNDES, Caixa Econômica Federal, FI-FGTS e os fundos de pensão Petros (da Petrobras) e Funcef (da Caixa). A ideia é julgá-los o quanto antes. Carreiro abriu ainda uma nova porta para investigações do TCU, uma vez que a força-tarefa também poderá fazer auditorias e fiscalizações em outras estatais que fizeram negócios com a J&F. "É preocupante a eventual repetição do modus operandi praticado pelo grupo JBS em operações similares de outras jurisdicionadas bem como a provável prática dessas ilegalidades nos negócios de outros grupos econômicos", escreveu Carreiro em seu comunicado aos ministros. O motivo que levou Carreiro a propor a criação da força-tarefa foram os depoimentos de Joesley Batista e Wesley Batista, donos da J&F, que controla outras empresas como JBS, Vigor, Alpargatas, Eldorado Celulose e o Banco Original. De acordo com os depoimentos, os empresários pagaram cerca de R$ 800 milhões em propinas a políticos e funcionários públicos em troca de financiamentos em bancos estatais e fundos de pensão. No BNDES, as empresas do grupo J&F angariam R$ 14,79 bilhões: R$ 11,9 bilhões em investimentos e empréstimos para a JBS, R$ 2,7 bilhões em financiamentos para uma fábrica da Eldorado Celulose e R$ 200 milhões de crédito para os laticínios Vigor e Itambé. São recursos liberados desde 2005 e, segundo a assessoria do BNDES, o banco já desinvestiu R$ 2,2 bilhões da JBS. Na Caixa, a J&F obteve R$ 5,5 bilhões. A maior parte (R$ 2,7 bilhões) foi destinada para o financiamento da compra da Alpargatas, em 2015, numa operação que já é alvo do TCU desde o ano passado. Do FI-FGTS, foram R$ 940 milhões em empréstimo para a Eldorado. PRÓXIMOS PASSOS A força tarefa vai solicitar todos os documentos das delações dos executivos à PGR (Procuradoria-Geral da República) para ajudar na apuração de eventuais danos causados pela corrupção na obtenção dos empréstimos. Boa parte desses recursos é subsidiada pelo Tesouro Nacional. A partir daí, os auditores decidirão de que forma a J&F e servidores poderão devolver recursos que eventualmente foram desviados dos cofres públicos.
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Discurso de Arquette é estímulo a outras manifestações, diz leitora
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A cerimônia do Oscar tradicionalmente é esperada com vistas aos belos corpos e vestimentas de luxo que dão o tom dos próximos pomposos eventos sociais. No entanto, no último domingo a atriz Patricia Arquette, com sua fala em favor da igualdade entre os sexos (Pergunte mais a ela), tentou desviar o olhar para temas até então nunca levados àquela tribuna. Ainda não é possível crer que a atitude da premiada possa estar delineando uma nova postura no universo daquela academia, uma vez que pouco se pode esperar de uma indústria cinematográfica ávida pelo retorno de seus dólares nas produções –a menos que temas como este e afins possam significar divisas aos seus ricos cofres. Não deixa de se um estímulo a outras manifestações. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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paineldoleitor
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Discurso de Arquette é estímulo a outras manifestações, diz leitoraA cerimônia do Oscar tradicionalmente é esperada com vistas aos belos corpos e vestimentas de luxo que dão o tom dos próximos pomposos eventos sociais. No entanto, no último domingo a atriz Patricia Arquette, com sua fala em favor da igualdade entre os sexos (Pergunte mais a ela), tentou desviar o olhar para temas até então nunca levados àquela tribuna. Ainda não é possível crer que a atitude da premiada possa estar delineando uma nova postura no universo daquela academia, uma vez que pouco se pode esperar de uma indústria cinematográfica ávida pelo retorno de seus dólares nas produções –a menos que temas como este e afins possam significar divisas aos seus ricos cofres. Não deixa de se um estímulo a outras manifestações. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Governo e centrais vão discutir mudanças na legislação trabalhista
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Quatro das seis maiores centrais sindicais do país já aceitaram negociar mudanças na legislação trabalhista junto com o Ministério do Trabalho. O ministro Ronaldo Nogueira (Trabalho) se reuniu nesta quarta-feira (27) com representantes da Força Sindical, Nova Central, UGT (União Geral dos Trabalhadores) e da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) e anunciou a criação de um grupo de trabalho para tratar da questão. CUT e CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil) não estiveram presentes ao encontro, mas disseram às outras centrais que aceitariam negociar após o fim do processo de impeachment. Nogueira reafirmou que pretende enviar ao Congresso até o final do ano três propostas na área trabalhista: uma atualização da CLT, a regulamentação da terceirização e a transformação do PPE (Programa de Proteção ao Emprego) em algo permanente. "Esse grupo vai tratar da atualização da legislação trabalhista, bem como propor medidas para combater o desemprego", afirmou o ministro. "A necessidade de atualizar a legislação é comentada pelo próprio trabalhador. Em que termos, esse grupo é que vai definir." Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), afirmou que cada central tem uma posição diferente em relação a essas três questões, mas concordam com a preservação de direitos dos trabalhadores. "Vamos negociar. Temos obrigação de, no momento em que temos mais de 12 milhões de desempregados, de discutir e tentar juntos superar essa adversidade", afirmou. "A CLT é bastante atual, mas aceitamos aprimorar." "Estamos abertos à negociação. Reconhecemos que em outros países não há a CLT, mas aqui temos de pensar alguma coisa no lugar se for tirar. Mas não aceitamos a retirada de direitos", afirmou João Carlos Gonçalves Juruna, secretário-geral da Força Sindical. CLT Sobre a CLT, a ideia é prestigiar a negociação coletiva, com abertura da possibilidade de flexibilização de jornada e salário, e uma simplificação da lei para evitar interpretações diversas. "A tese do acordado sobre o legislado dá a atender que não precisa lei. Vamos definir na legislação quais os pontos que daquele acordo terá força de lei", afirmou o ministro. José Calixto Ramos, da Nova Central, afirmou ser contra esse ponto específico. "Em uma situação como hoje, com 12 milhões de desempregados, é muito fácil o patrão fazer um acordo para evitar demissões sem levar em conta o que diz a lei. Não podemos aceitar isso tranquilamente. Um acordo da nossa parte não existirá." TERCEIRIZAÇÃO Na terceirização, Nogueira disse que a proposta deve incorporar ideias de vários projetos no Congresso, incluindo aquele já aprovado na Câmara no ano passado, mas que não será liberada a terceirização de qualquer atividade, mas somente de alguns serviços especializados. "Vamos definir dentro de cada cadeia econômica quais atividades podem ser objetos desse contrato de serviço especializado." No PPE, será enviado um projeto de lei para torná-lo uma política permanente. Hoje, o PPE tem prazo de adesão até o final de 2016 e acaba em 2017. Nogueira disse que, se for necessário, o envio dos projetos pode ser adiado, mas que não é possível esperar por muito tempo. Sobre o resultado do Caged divulgado nesta quarta-feira, o ministro destacou que o número negativo de junho deste ano foi menor que o do ano passado, tendência que deve se manter nos próximos meses. "A economia está num processo de recuperação lento. Mês a mês o estoque negativo de desemprego vem reduzindo. Se você compara o mês de junho [deste ano] com o mês de junho de 2015, nós podemos comemorar."
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mercado
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Governo e centrais vão discutir mudanças na legislação trabalhistaQuatro das seis maiores centrais sindicais do país já aceitaram negociar mudanças na legislação trabalhista junto com o Ministério do Trabalho. O ministro Ronaldo Nogueira (Trabalho) se reuniu nesta quarta-feira (27) com representantes da Força Sindical, Nova Central, UGT (União Geral dos Trabalhadores) e da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) e anunciou a criação de um grupo de trabalho para tratar da questão. CUT e CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil) não estiveram presentes ao encontro, mas disseram às outras centrais que aceitariam negociar após o fim do processo de impeachment. Nogueira reafirmou que pretende enviar ao Congresso até o final do ano três propostas na área trabalhista: uma atualização da CLT, a regulamentação da terceirização e a transformação do PPE (Programa de Proteção ao Emprego) em algo permanente. "Esse grupo vai tratar da atualização da legislação trabalhista, bem como propor medidas para combater o desemprego", afirmou o ministro. "A necessidade de atualizar a legislação é comentada pelo próprio trabalhador. Em que termos, esse grupo é que vai definir." Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), afirmou que cada central tem uma posição diferente em relação a essas três questões, mas concordam com a preservação de direitos dos trabalhadores. "Vamos negociar. Temos obrigação de, no momento em que temos mais de 12 milhões de desempregados, de discutir e tentar juntos superar essa adversidade", afirmou. "A CLT é bastante atual, mas aceitamos aprimorar." "Estamos abertos à negociação. Reconhecemos que em outros países não há a CLT, mas aqui temos de pensar alguma coisa no lugar se for tirar. Mas não aceitamos a retirada de direitos", afirmou João Carlos Gonçalves Juruna, secretário-geral da Força Sindical. CLT Sobre a CLT, a ideia é prestigiar a negociação coletiva, com abertura da possibilidade de flexibilização de jornada e salário, e uma simplificação da lei para evitar interpretações diversas. "A tese do acordado sobre o legislado dá a atender que não precisa lei. Vamos definir na legislação quais os pontos que daquele acordo terá força de lei", afirmou o ministro. José Calixto Ramos, da Nova Central, afirmou ser contra esse ponto específico. "Em uma situação como hoje, com 12 milhões de desempregados, é muito fácil o patrão fazer um acordo para evitar demissões sem levar em conta o que diz a lei. Não podemos aceitar isso tranquilamente. Um acordo da nossa parte não existirá." TERCEIRIZAÇÃO Na terceirização, Nogueira disse que a proposta deve incorporar ideias de vários projetos no Congresso, incluindo aquele já aprovado na Câmara no ano passado, mas que não será liberada a terceirização de qualquer atividade, mas somente de alguns serviços especializados. "Vamos definir dentro de cada cadeia econômica quais atividades podem ser objetos desse contrato de serviço especializado." No PPE, será enviado um projeto de lei para torná-lo uma política permanente. Hoje, o PPE tem prazo de adesão até o final de 2016 e acaba em 2017. Nogueira disse que, se for necessário, o envio dos projetos pode ser adiado, mas que não é possível esperar por muito tempo. Sobre o resultado do Caged divulgado nesta quarta-feira, o ministro destacou que o número negativo de junho deste ano foi menor que o do ano passado, tendência que deve se manter nos próximos meses. "A economia está num processo de recuperação lento. Mês a mês o estoque negativo de desemprego vem reduzindo. Se você compara o mês de junho [deste ano] com o mês de junho de 2015, nós podemos comemorar."
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Estreia de Bellucci em Roland Garros mobiliza brasileiros em Paris
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A quadra número 17 de Roland Garros foi ponto de encontro entre brasileiros neste domingo (28), em Paris. Sem bandeiras ou batuque, estavam em menor número diante de franceses e sérvios, mas fizeram mais barulho com a vitória de virada do número 1 do tênis nacional e 61º do mundo, Thomaz Bellucci, sobre o sérvio Dusan Lajovic, por 3 a 1, com parciais de 4/6, 7/5, 6/4 e 6/4. O empresário Leandro de Oliveira, de Brasília, era um dos mais animados. "Sou pé-quente. Assim que cheguei à quadra, Thomaz começou a virar o jogo", disse. Ele e a mulher, a artista plástica Elka Cascão de Oliveira, estão em Roland Garros pela décima vez. "Assistimos às três vitórias de Guga (Gustavo Kuerten) aqui", conta Leandro. Felipe Borgain, carioca que está em Paris há dois anos fazendo mestrado em Tecnologia da Informação, viu Bellucci jogar ao vivo pela primeira vez. Adorou a experiência, mas reclamou muito do calor na cidade. "No Rio não é seco como aqui." Após o confronto, que durou quase três horas, o tenista brasileiro confessou que a temperatura na França, acima de 30 graus, influenciou em seu desempenho. "Em muitos momentos, achei que não ia dar para ganhar o jogo. Eu estava muito cansado", concluiu Bellucci. "Foi a vitória da superação", completou o brasileiro. Isa Casado, o filho André e o casal de amigos Fernanda Lima e Gustavo Rocha, todos do Rio, engrossaram a torcida por Bellucci. Os quatro estavam estreando no Grand Slam francês. Isa também reclamou bastante do calor. "Vim aqui para sentir frio." Pela manhã, ela estava assistindo ao jogo em que o espanhol Pablo Carreño Busta venceu o alemão Florian Mayer (6/4, 6/2 e 6/2), mas desistiu após um set e buscou uma sombra. Fernanda foi outra a lamentar o calor forte. "O torneio é muito charmoso, mas só agora entendi por que usam chapéu na torcida." Gustavo elogiou tudo, mas afirmou que a parte que mais lhe interessa em Roland Garros é a estética, especialmente no jogo feminino. André, apesar de gostar da experiência no torneio francês, reclamou do aperto nos corredores do complexo. Cinco jovens tenistas brasileiros de 17 anos que estão na cidade para disputar o torneio juvenil de Roland Garros se juntaram à torcida por Bellucci. Para Tiago Wild, Gilberto Klee, Cristian de Oliveira (que treinam no Rio), Natalia Volpe, do Paraná, e Gabriel de Camps, de São Paulo, o compatriota é sempre uma inspiração para que eles avancem na carreira. Na próxima rodada, Bellucci enfrentará o francês Lucas Pouille (17º). Ele também jogará a chave de duplas, ao lado do argentino Carlos Berlocq. O público brasileiro terá mais motivos para se reunir em Roland Garros.
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esporte
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Estreia de Bellucci em Roland Garros mobiliza brasileiros em ParisA quadra número 17 de Roland Garros foi ponto de encontro entre brasileiros neste domingo (28), em Paris. Sem bandeiras ou batuque, estavam em menor número diante de franceses e sérvios, mas fizeram mais barulho com a vitória de virada do número 1 do tênis nacional e 61º do mundo, Thomaz Bellucci, sobre o sérvio Dusan Lajovic, por 3 a 1, com parciais de 4/6, 7/5, 6/4 e 6/4. O empresário Leandro de Oliveira, de Brasília, era um dos mais animados. "Sou pé-quente. Assim que cheguei à quadra, Thomaz começou a virar o jogo", disse. Ele e a mulher, a artista plástica Elka Cascão de Oliveira, estão em Roland Garros pela décima vez. "Assistimos às três vitórias de Guga (Gustavo Kuerten) aqui", conta Leandro. Felipe Borgain, carioca que está em Paris há dois anos fazendo mestrado em Tecnologia da Informação, viu Bellucci jogar ao vivo pela primeira vez. Adorou a experiência, mas reclamou muito do calor na cidade. "No Rio não é seco como aqui." Após o confronto, que durou quase três horas, o tenista brasileiro confessou que a temperatura na França, acima de 30 graus, influenciou em seu desempenho. "Em muitos momentos, achei que não ia dar para ganhar o jogo. Eu estava muito cansado", concluiu Bellucci. "Foi a vitória da superação", completou o brasileiro. Isa Casado, o filho André e o casal de amigos Fernanda Lima e Gustavo Rocha, todos do Rio, engrossaram a torcida por Bellucci. Os quatro estavam estreando no Grand Slam francês. Isa também reclamou bastante do calor. "Vim aqui para sentir frio." Pela manhã, ela estava assistindo ao jogo em que o espanhol Pablo Carreño Busta venceu o alemão Florian Mayer (6/4, 6/2 e 6/2), mas desistiu após um set e buscou uma sombra. Fernanda foi outra a lamentar o calor forte. "O torneio é muito charmoso, mas só agora entendi por que usam chapéu na torcida." Gustavo elogiou tudo, mas afirmou que a parte que mais lhe interessa em Roland Garros é a estética, especialmente no jogo feminino. André, apesar de gostar da experiência no torneio francês, reclamou do aperto nos corredores do complexo. Cinco jovens tenistas brasileiros de 17 anos que estão na cidade para disputar o torneio juvenil de Roland Garros se juntaram à torcida por Bellucci. Para Tiago Wild, Gilberto Klee, Cristian de Oliveira (que treinam no Rio), Natalia Volpe, do Paraná, e Gabriel de Camps, de São Paulo, o compatriota é sempre uma inspiração para que eles avancem na carreira. Na próxima rodada, Bellucci enfrentará o francês Lucas Pouille (17º). Ele também jogará a chave de duplas, ao lado do argentino Carlos Berlocq. O público brasileiro terá mais motivos para se reunir em Roland Garros.
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Idealizador da Ficha Limpa diz que impeachment não deveria ser cogitado
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Idealizador da Lei da Ficha Limpa, que só nas eleições de 2014 impugnou 500 candidaturas no país, o juiz maranhense Márlon Reis considera incabível o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O magistrado argumenta que um pedido baseado em falhas administrativas, a despeito da sua gravidade, não justifica a perda do mandato. Para o juiz, a melhor solução é o julgamento da chapa de Dilma e Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral, não importando o resultado. À Folha, o magistrado diz ainda concordar com a atuação do juiz Sergio Moro na condução da Operação Lava Jato e elogia o instrumento da delação premiada. * Folha - No atual cenário, cabe o impeachment da presidente Dilma Rousseff? Márlon Reis - Eu vejo dois graves problemas. Do ponto de vista constitucional, não há cabimento para o pedido, porque se baseia numa falha administrativa, que apesar de considerável, jamais poderia autorizar a destituição da titular do mais alto cargo da estrutura da República. Não há fundamentos para que possa ser sequer cogitado. Na perspectiva política, há evidentemente a intenção de, através do impeachment, dar resposta à crise política retirando do poder apenas a presidente, quando na verdade a Presidência foi conquistada por um grupo político, uma chapa do PT e PMDB. Não é possível acreditar que se resolverá o problema político cindindo uma relação que é unitária e indissolúvel. As ações em andamento no TSE contra Dilma e Temer têm guarida jurídica? O Brasil inaugurou um tempo em que a Justiça passou a ser cobrada em relação ao comportamento dos candidatos em campanha. Foi um trabalho histórico da sociedade. São conquistas como o movimento contra a compra de votos no final da década de 90 e mais recentemente a Lei da Ficha Limpa. A sociedade reconhece e legitima os tribunais eleitorais, para que eles decidam sobre os temas relacionados à maneira como os candidatos se comportam nas campanhas eleitorais e que eventualmente desrespeitaram alguma norma. Por isso, o TSE tem legitimidade para decidir com relação à candidatura da presidente, dos atos que a campanha dela possa ter praticado. O TSE seria o caminho para um eventual impeachment? Quando eu afirmo que o impeachment é incabível tanto constitucional quando politicamente, eu digo que o TSE deverá se pronunciar sobre as alegações graves que pairam sobre como a maneira como a chapa Dilma-Temer saiu vitoriosa. Elas são da mais alta gravidade, do possível uso de recursos indevidos na campanha. Se isso ocorreu, competirá ao TSE decidir. O que quero dizer é que o TSE tem toda a legitimidade institucional para tomar uma decisão, que deverá ser respeitada, qualquer que seja ela. Como o senhor avalia as medidas do Ministério Público Federal de combate à corrupção? Vi com muita simpatia. É possível questionar, ainda mais quando se apresenta um grande número de medidas, mas a iniciativa é excelente porque pauta o assunto das mudanças das normas sobre corrupção. O Brasil, quando toca nesse assunto, é incapaz de andar porque o Congresso não dá o menor respaldo para os projetos de lei em andamento sobre o tema. Então, o Ministério Público Federal acertou porque pode pautar o assunto. O senhor vê no cenário atual efeitos da Lei da Ficha Limpa? A lei tem efeitos na política atual, como o de barrar os casos mais grosseiros, escandalosos, de pessoas envolvidas com práticas ilícitas. A prova é que alguns candidatos que concorreram nas eleições passadas e foram barrados na Ficha Limpa já estão agora comprometidos em ações penais, alguns até foram presos. Isso terá uma grande incidência nas eleições de 2016, porque a maior clientela da Lei da Ficha Limpa está entre os candidatos a prefeito. Quantas candidaturas foram até hoje impugnadas pela lei? Eu conduzi pesquisas até 2009. Até então, eram 675 cassados, cerca de 500 só entre prefeitos e vice, mais de uma centena de vereadores, foram cinco governadores, alguns senadores, deputados estaduais e federais. O que o senhor pensa sobre a delação premiada? É um instrumento moderno que tem permitido chegar a informações que jamais seriam alcançadas sem isso. Há muita falta de dados sobre ela, que por si só nada representa. O réu se dispõe a apresentar provas, expandindo a investigação, e ela só é válida se essas provas forem encontradas. Há uma 'mitificação' do juiz Sérgio Moro? A sociedade é sedenta por líderes. As pesquisas mostram que o maior problema percebido pelos brasileiros é a corrupção. Então aparece um juiz que toma decisões baseadas na sua convicção pessoal, e a demanda que ele preside gera essa vontade de identificá-lo como apto a solucionar a corrupção. Eu acredito que ele não buscou tamanha visibilidade. Ele tem feito o seu trabalho com muita prudência. De forma geral, o que mais precisa ser aperfeiçoado para se combater a corrupção no Brasil? Insisto na necessidade da reforma política. Nós não fizemos reforma política alguma. No passado, votou-se um arremedo mais uma vez, com mudanças até importantes, como a proibição de doações empresariais. Também teremos mais instrumentos de transparência. Pela primeira vez teremos a fixação de limites para gastos de campanha. Precisamos mudar muito a maneira como votamos, especialmente na composição das casas parlamentares. Elas fulanizam o debate político, e isso pode ser mudado com o redesenho da estrutura das eleições brasileiras. Quais seriam os três itens mais urgentes da reforma política? Nós propomos que por exemplo que nas eleições parlamentares, o voto dado ao partido seja separado do voto dado ao candidato. Hoje o eleitor vê apenas o candidato, não sabe que bancada ele comporá, que ideias ele defenderá, sequer sabe se o seu candidato será de oposição ou de situação. Se trata de uma proposta que defendemos de eleições parlamentares em dois turnos, aproveitando os dois turnos que já existem para o Executivo, em regra. Votar primeiro no partido e compor uma bancada partidária, para só depois voltar às urnas e dizer qual candidato preencherá cada uma das vagas. Isso é uma medida simples e extremamente pedagógica. Além disso, a necessidade de uma participação mais efetiva da mulher na política, que não se dá no modelo atual. A mulher precisa ser integrada no Parlamento não por uma questão de favor ou de benemerência, mas porque se trata de uma parcela da população que está gravemente subrepresentada. O terceiro item é uma redução ainda mais drástica e um aumento da transparência nas contas das campanhas. Elas precisam ser baratas, a eleição não pode ser uma disputa financeira.
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Idealizador da Ficha Limpa diz que impeachment não deveria ser cogitadoIdealizador da Lei da Ficha Limpa, que só nas eleições de 2014 impugnou 500 candidaturas no país, o juiz maranhense Márlon Reis considera incabível o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O magistrado argumenta que um pedido baseado em falhas administrativas, a despeito da sua gravidade, não justifica a perda do mandato. Para o juiz, a melhor solução é o julgamento da chapa de Dilma e Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral, não importando o resultado. À Folha, o magistrado diz ainda concordar com a atuação do juiz Sergio Moro na condução da Operação Lava Jato e elogia o instrumento da delação premiada. * Folha - No atual cenário, cabe o impeachment da presidente Dilma Rousseff? Márlon Reis - Eu vejo dois graves problemas. Do ponto de vista constitucional, não há cabimento para o pedido, porque se baseia numa falha administrativa, que apesar de considerável, jamais poderia autorizar a destituição da titular do mais alto cargo da estrutura da República. Não há fundamentos para que possa ser sequer cogitado. Na perspectiva política, há evidentemente a intenção de, através do impeachment, dar resposta à crise política retirando do poder apenas a presidente, quando na verdade a Presidência foi conquistada por um grupo político, uma chapa do PT e PMDB. Não é possível acreditar que se resolverá o problema político cindindo uma relação que é unitária e indissolúvel. As ações em andamento no TSE contra Dilma e Temer têm guarida jurídica? O Brasil inaugurou um tempo em que a Justiça passou a ser cobrada em relação ao comportamento dos candidatos em campanha. Foi um trabalho histórico da sociedade. São conquistas como o movimento contra a compra de votos no final da década de 90 e mais recentemente a Lei da Ficha Limpa. A sociedade reconhece e legitima os tribunais eleitorais, para que eles decidam sobre os temas relacionados à maneira como os candidatos se comportam nas campanhas eleitorais e que eventualmente desrespeitaram alguma norma. Por isso, o TSE tem legitimidade para decidir com relação à candidatura da presidente, dos atos que a campanha dela possa ter praticado. O TSE seria o caminho para um eventual impeachment? Quando eu afirmo que o impeachment é incabível tanto constitucional quando politicamente, eu digo que o TSE deverá se pronunciar sobre as alegações graves que pairam sobre como a maneira como a chapa Dilma-Temer saiu vitoriosa. Elas são da mais alta gravidade, do possível uso de recursos indevidos na campanha. Se isso ocorreu, competirá ao TSE decidir. O que quero dizer é que o TSE tem toda a legitimidade institucional para tomar uma decisão, que deverá ser respeitada, qualquer que seja ela. Como o senhor avalia as medidas do Ministério Público Federal de combate à corrupção? Vi com muita simpatia. É possível questionar, ainda mais quando se apresenta um grande número de medidas, mas a iniciativa é excelente porque pauta o assunto das mudanças das normas sobre corrupção. O Brasil, quando toca nesse assunto, é incapaz de andar porque o Congresso não dá o menor respaldo para os projetos de lei em andamento sobre o tema. Então, o Ministério Público Federal acertou porque pode pautar o assunto. O senhor vê no cenário atual efeitos da Lei da Ficha Limpa? A lei tem efeitos na política atual, como o de barrar os casos mais grosseiros, escandalosos, de pessoas envolvidas com práticas ilícitas. A prova é que alguns candidatos que concorreram nas eleições passadas e foram barrados na Ficha Limpa já estão agora comprometidos em ações penais, alguns até foram presos. Isso terá uma grande incidência nas eleições de 2016, porque a maior clientela da Lei da Ficha Limpa está entre os candidatos a prefeito. Quantas candidaturas foram até hoje impugnadas pela lei? Eu conduzi pesquisas até 2009. Até então, eram 675 cassados, cerca de 500 só entre prefeitos e vice, mais de uma centena de vereadores, foram cinco governadores, alguns senadores, deputados estaduais e federais. O que o senhor pensa sobre a delação premiada? É um instrumento moderno que tem permitido chegar a informações que jamais seriam alcançadas sem isso. Há muita falta de dados sobre ela, que por si só nada representa. O réu se dispõe a apresentar provas, expandindo a investigação, e ela só é válida se essas provas forem encontradas. Há uma 'mitificação' do juiz Sérgio Moro? A sociedade é sedenta por líderes. As pesquisas mostram que o maior problema percebido pelos brasileiros é a corrupção. Então aparece um juiz que toma decisões baseadas na sua convicção pessoal, e a demanda que ele preside gera essa vontade de identificá-lo como apto a solucionar a corrupção. Eu acredito que ele não buscou tamanha visibilidade. Ele tem feito o seu trabalho com muita prudência. De forma geral, o que mais precisa ser aperfeiçoado para se combater a corrupção no Brasil? Insisto na necessidade da reforma política. Nós não fizemos reforma política alguma. No passado, votou-se um arremedo mais uma vez, com mudanças até importantes, como a proibição de doações empresariais. Também teremos mais instrumentos de transparência. Pela primeira vez teremos a fixação de limites para gastos de campanha. Precisamos mudar muito a maneira como votamos, especialmente na composição das casas parlamentares. Elas fulanizam o debate político, e isso pode ser mudado com o redesenho da estrutura das eleições brasileiras. Quais seriam os três itens mais urgentes da reforma política? Nós propomos que por exemplo que nas eleições parlamentares, o voto dado ao partido seja separado do voto dado ao candidato. Hoje o eleitor vê apenas o candidato, não sabe que bancada ele comporá, que ideias ele defenderá, sequer sabe se o seu candidato será de oposição ou de situação. Se trata de uma proposta que defendemos de eleições parlamentares em dois turnos, aproveitando os dois turnos que já existem para o Executivo, em regra. Votar primeiro no partido e compor uma bancada partidária, para só depois voltar às urnas e dizer qual candidato preencherá cada uma das vagas. Isso é uma medida simples e extremamente pedagógica. Além disso, a necessidade de uma participação mais efetiva da mulher na política, que não se dá no modelo atual. A mulher precisa ser integrada no Parlamento não por uma questão de favor ou de benemerência, mas porque se trata de uma parcela da população que está gravemente subrepresentada. O terceiro item é uma redução ainda mais drástica e um aumento da transparência nas contas das campanhas. Elas precisam ser baratas, a eleição não pode ser uma disputa financeira.
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Acidente com carro de luxo de neto de aiatolá desata indignação no Irã
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Às 5h de uma manhã recente, um automóvel Porsche amarelo-canário corria em alta velocidade pela avenida Shariati, em Teerã. Como viria à tona mais tarde, a jovem ao volante vinha da zona sul da cidade, mais pobre. O rapaz sentado ao lado dela, neto novo-rico de um aiatolá, tinha comprado o carro dois dias antes. O Boxter GTS acelerou para 190 km/h em menos de dez segundos, e o rugido de seus seis cilindros reverberou nas ruas vazias. A cena poderia ser vista como normal na zona norte de Teerã, onde cada vez mais filhos de pais com bons contatos vivem sus vidas como se as leis islâmicas não tivessem sido escritas para eles. Seus carros de luxo tornaram-se símbolos da desigualdade no Irã, onde os novos-ricos estocam dinheiro, lucrando com as sanções e suas relações influentes. Era a primeira vez que Parivash Akbarzadeh, 20, dirigia um Porsche. Ela perdeu controle do carro, chocou-se com o meio-fio e bateu o carro contra uma árvore. Morreu instantaneamente, e o dono do veículo, Mohammad Hossein Rabbani-Shirazi, 21, morreu horas depois em decorrência de seus ferimentos, divulgou o "Afkarnews" em 23 de abril. Pouco depois, fotos dos destroços do carro esporte apareceram nas mídias sociais. Quase ao mesmo tempo veio à tona a identidade das duas vítimas: uma beldade jovem, de olhos grandes, e o neto de um clérigo destacado. O rapaz era noivo, mas não de Akbarzadeh. No Irã, onde a mídia estatal se apressa a divulgar a desigualdade crescente de renda -mas sempre omite informações pessoais sobre os ricos-, o acidente desencadeou uma tempestade de comentários nas mídias sociais, em sua maioria altamente negativos. "Bem feito", alguém escreveu na página de Instagram de Akbarzadeh, debaixo de uma imagem da moça com um anel de diamantes no formato de um cifrão. O que deixou muitas pessoas indignadas não foi o fato de Akbarzadeh ter estado em um carro com um homem prestes a se casar, embora isso seja ilegal pelas leis islâmicas vigentes no Irã, que preveem a segregação de homens e mulheres não casados, mas são aplicadas de modo seletivo. O que mais irritou as pessoas foram os dois pesos e duas medidas exemplificados pela tragédia, especialmente as questões interligadas da corrupção e desigualdade crescentes. Durante o governo do presidente de Mahmoud Ahmadinejad, algumas pessoas enriqueceram muitíssimo depois de ser autorizadas a vender petróleo e dinheiro. Os filhos desses chamados "intermediários", que hoje se lançaram em outros negócios, fazem compras em Dubai e dirigem carros de luxo em um país onde os preços ao consumidor triplicaram ou mais e muitas pessoas não têm mais condições de adquirir um carro novo, mesmo nacional. Quase 100 mil carros de luxo teriam sido importados desde 2009, apesar do imposto de 140% sobre esses veículos. Assim, um Porsche como o Boxster GTS ano 2015, destruído na colisão, custaria pelo menos US$178 mil no Irã. Segundo o jornal "Shahrvand", muitos dos donos desses carros andam pela cidade em seus automóveis, paquerando mulheres. "Os novos-ricos se vestem, falam e agem de modo diferente, desprezando normas urbanas e sociais", comentou o jornalista Nader Karimi Joni. "Eles exibem sua situação privilegiada e têm prazer em humilhar os outros." Até o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, comentou o caso. "Alguns jovens, orgulhosos de sua riqueza, tomam conta das ruas com seus carros caros", ele disse. Isso "cria insegurança psicológica na sociedade." Khamenei pediu ação por parte da polícia. Vários empresários foram presos nos últimos dois dias, e o bilionário Mahafarid Amir Khosravi foi executado por apropriação indevida de fundos. Entre os milhares de comentários deixados sob uma das fotos de Akbarzadeh no Instagram, as pessoas a criticaram por ser "arrivista" e "oportunista", destacando sua origem em um bairro de classe média baixa. Outros a defenderam, dizendo que, "infelizmente", andar na companhia de jovens de família rica é a única maneira de uma moça atraente se casar, já que os casamentos custam muito no Irã. A família de Rabbani-Shirazi negou que o veículo acidentado fosse dele, dizendo que ele não tinha "nem sequer uma bicicleta". Mas o veredicto do público é inequívoco. "Agradeço a Deus porque, mesmo quando não há justiça na distribuição de dinheiro e riqueza neste mundo, há justiça na morte", escreveu no Instagram uma usuária, Lili.asayesh22. "Gosto da justiça de Deus, em que pessoas jovens e ricas também morrem como os pobres miseráveis que não têm mais esperanças na vida." Tradução de CLARA ALLAIN
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mundo
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Acidente com carro de luxo de neto de aiatolá desata indignação no IrãÀs 5h de uma manhã recente, um automóvel Porsche amarelo-canário corria em alta velocidade pela avenida Shariati, em Teerã. Como viria à tona mais tarde, a jovem ao volante vinha da zona sul da cidade, mais pobre. O rapaz sentado ao lado dela, neto novo-rico de um aiatolá, tinha comprado o carro dois dias antes. O Boxter GTS acelerou para 190 km/h em menos de dez segundos, e o rugido de seus seis cilindros reverberou nas ruas vazias. A cena poderia ser vista como normal na zona norte de Teerã, onde cada vez mais filhos de pais com bons contatos vivem sus vidas como se as leis islâmicas não tivessem sido escritas para eles. Seus carros de luxo tornaram-se símbolos da desigualdade no Irã, onde os novos-ricos estocam dinheiro, lucrando com as sanções e suas relações influentes. Era a primeira vez que Parivash Akbarzadeh, 20, dirigia um Porsche. Ela perdeu controle do carro, chocou-se com o meio-fio e bateu o carro contra uma árvore. Morreu instantaneamente, e o dono do veículo, Mohammad Hossein Rabbani-Shirazi, 21, morreu horas depois em decorrência de seus ferimentos, divulgou o "Afkarnews" em 23 de abril. Pouco depois, fotos dos destroços do carro esporte apareceram nas mídias sociais. Quase ao mesmo tempo veio à tona a identidade das duas vítimas: uma beldade jovem, de olhos grandes, e o neto de um clérigo destacado. O rapaz era noivo, mas não de Akbarzadeh. No Irã, onde a mídia estatal se apressa a divulgar a desigualdade crescente de renda -mas sempre omite informações pessoais sobre os ricos-, o acidente desencadeou uma tempestade de comentários nas mídias sociais, em sua maioria altamente negativos. "Bem feito", alguém escreveu na página de Instagram de Akbarzadeh, debaixo de uma imagem da moça com um anel de diamantes no formato de um cifrão. O que deixou muitas pessoas indignadas não foi o fato de Akbarzadeh ter estado em um carro com um homem prestes a se casar, embora isso seja ilegal pelas leis islâmicas vigentes no Irã, que preveem a segregação de homens e mulheres não casados, mas são aplicadas de modo seletivo. O que mais irritou as pessoas foram os dois pesos e duas medidas exemplificados pela tragédia, especialmente as questões interligadas da corrupção e desigualdade crescentes. Durante o governo do presidente de Mahmoud Ahmadinejad, algumas pessoas enriqueceram muitíssimo depois de ser autorizadas a vender petróleo e dinheiro. Os filhos desses chamados "intermediários", que hoje se lançaram em outros negócios, fazem compras em Dubai e dirigem carros de luxo em um país onde os preços ao consumidor triplicaram ou mais e muitas pessoas não têm mais condições de adquirir um carro novo, mesmo nacional. Quase 100 mil carros de luxo teriam sido importados desde 2009, apesar do imposto de 140% sobre esses veículos. Assim, um Porsche como o Boxster GTS ano 2015, destruído na colisão, custaria pelo menos US$178 mil no Irã. Segundo o jornal "Shahrvand", muitos dos donos desses carros andam pela cidade em seus automóveis, paquerando mulheres. "Os novos-ricos se vestem, falam e agem de modo diferente, desprezando normas urbanas e sociais", comentou o jornalista Nader Karimi Joni. "Eles exibem sua situação privilegiada e têm prazer em humilhar os outros." Até o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, comentou o caso. "Alguns jovens, orgulhosos de sua riqueza, tomam conta das ruas com seus carros caros", ele disse. Isso "cria insegurança psicológica na sociedade." Khamenei pediu ação por parte da polícia. Vários empresários foram presos nos últimos dois dias, e o bilionário Mahafarid Amir Khosravi foi executado por apropriação indevida de fundos. Entre os milhares de comentários deixados sob uma das fotos de Akbarzadeh no Instagram, as pessoas a criticaram por ser "arrivista" e "oportunista", destacando sua origem em um bairro de classe média baixa. Outros a defenderam, dizendo que, "infelizmente", andar na companhia de jovens de família rica é a única maneira de uma moça atraente se casar, já que os casamentos custam muito no Irã. A família de Rabbani-Shirazi negou que o veículo acidentado fosse dele, dizendo que ele não tinha "nem sequer uma bicicleta". Mas o veredicto do público é inequívoco. "Agradeço a Deus porque, mesmo quando não há justiça na distribuição de dinheiro e riqueza neste mundo, há justiça na morte", escreveu no Instagram uma usuária, Lili.asayesh22. "Gosto da justiça de Deus, em que pessoas jovens e ricas também morrem como os pobres miseráveis que não têm mais esperanças na vida." Tradução de CLARA ALLAIN
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O Aviso de Recebimento serve para proteger o devedor
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O artigo "Aviso de recebimento é nefasto para SP" ("Tendências/Debates", 22/6) induz os deputados paulistas e toda a sociedade a uma leitura distorcida da realidade. O PL 874/2016, encaminhado pelo governador Geraldo Alckmin à Assembleia, altera radicalmente a Lei 15.659/2015, conhecida como Lei Paulista do Consumidor, que marcou um avanço da legislação que protege os direitos dos consumidores. Ainda vigente, a lei se encontra ameaçada hoje pelo aludido PL. Queremos alertar sobre inverdades em torno da matéria. Não é verdade que o Aviso de Recebimento seja um empecilho à cobrança de dívidas ou fator de estímulo à inadimplência. A lei atual não estabelece obstáculos à cobrança de dívidas. Tão somente protege o cidadão comum de práticas ilegais no que tange ao que é popularmente conhecido como "ter o nome sujo", ou seja, ao registro em um cadastro de devedores. Não é verdade que o AR precise ser assinado pelo devedor. O documento precisa ser assinado no endereço do recebimento, não necessariamente pelo devedor. Quando segmentos financeiros e empresariais dizem o contrário, o único sentido é ludibriar a população. A notificação é imprescindível. Garante ao consumidor saber o que está acontecendo com o seu nome. No Senado, tramita matéria similar (PLC 85/2009). Os efeitos jurídicos e os prejuízos causados aos consumidores pela divulgação de seus nomes em "listas sujas" exigem do legislador redobrada atenção sobre esse mecanismo. Multiplicam-se vitórias de consumidores na Justiça por fraudes, casos de homônimos e até mortos que seguem com o nome "sujo". O PL 874/2016 irá inverter o ônus da prova, que passará a ser do próprio consumidor. Ele só terá oportunidade de questionar a origem das dívidas depois de ser adicionado a um cadastro de devedores. Os cidadãos aprovam a preservação dos dispositivos da Lei Paulista do Consumidor, de autoria do então deputado Rui Falcão. Pesquisa Datafolha revelou que, no Estado de São Paulo, 60% dos consumidores avaliam que o aviso de recebimento é a melhor maneira de ser notificado a respeito de um débito. Em algumas cidades, como São Paulo (63%), Santos (66%), Araraquara e Presidente Prudente (67%), a porcentagem é ainda superior. Bauru ostenta a maior marca (71%). A pesquisa constatou ainda que é elevado o contingente que só descobre no ato da compra estar com o nome "sujo". Eram 28% dos entrevistados na média do Estado. Em Campinas e São José do Rio Preto, a taxa chegava a 36%. Outra pesquisa reforça o constatado pelo Datafolha. Levantamento do IDEC (Instituto de Defesa do Consumidor) apontou que 87% dos consumidores paulistas querem ser avisados antes da inserção de seus nomes em cadastros de devedores. Entendemos que a Assembleia estará em sintonia com as aspirações, interesses e direitos do povo de São Paulo quando rejeitar definitivamente um projeto de lei que faz triunfar o capitalismo selvagem. Consolidar direitos dos consumidores é essencial para fortalecer a democracia e estimular a prosperidade. RUI FALCÃO, jornalista e ex-deputado federal e estadual pelo PT-SP, é autor da Lei 15.659/2015. Foi presidente do PT MARCO AURÉLIO DE CARVALHO é advogado da CM Advogados TIAGO DE LIMA ALMEIDA é advogado da CM Advogados PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected] Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamentos contemporâneo.
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opiniao
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O Aviso de Recebimento serve para proteger o devedorO artigo "Aviso de recebimento é nefasto para SP" ("Tendências/Debates", 22/6) induz os deputados paulistas e toda a sociedade a uma leitura distorcida da realidade. O PL 874/2016, encaminhado pelo governador Geraldo Alckmin à Assembleia, altera radicalmente a Lei 15.659/2015, conhecida como Lei Paulista do Consumidor, que marcou um avanço da legislação que protege os direitos dos consumidores. Ainda vigente, a lei se encontra ameaçada hoje pelo aludido PL. Queremos alertar sobre inverdades em torno da matéria. Não é verdade que o Aviso de Recebimento seja um empecilho à cobrança de dívidas ou fator de estímulo à inadimplência. A lei atual não estabelece obstáculos à cobrança de dívidas. Tão somente protege o cidadão comum de práticas ilegais no que tange ao que é popularmente conhecido como "ter o nome sujo", ou seja, ao registro em um cadastro de devedores. Não é verdade que o AR precise ser assinado pelo devedor. O documento precisa ser assinado no endereço do recebimento, não necessariamente pelo devedor. Quando segmentos financeiros e empresariais dizem o contrário, o único sentido é ludibriar a população. A notificação é imprescindível. Garante ao consumidor saber o que está acontecendo com o seu nome. No Senado, tramita matéria similar (PLC 85/2009). Os efeitos jurídicos e os prejuízos causados aos consumidores pela divulgação de seus nomes em "listas sujas" exigem do legislador redobrada atenção sobre esse mecanismo. Multiplicam-se vitórias de consumidores na Justiça por fraudes, casos de homônimos e até mortos que seguem com o nome "sujo". O PL 874/2016 irá inverter o ônus da prova, que passará a ser do próprio consumidor. Ele só terá oportunidade de questionar a origem das dívidas depois de ser adicionado a um cadastro de devedores. Os cidadãos aprovam a preservação dos dispositivos da Lei Paulista do Consumidor, de autoria do então deputado Rui Falcão. Pesquisa Datafolha revelou que, no Estado de São Paulo, 60% dos consumidores avaliam que o aviso de recebimento é a melhor maneira de ser notificado a respeito de um débito. Em algumas cidades, como São Paulo (63%), Santos (66%), Araraquara e Presidente Prudente (67%), a porcentagem é ainda superior. Bauru ostenta a maior marca (71%). A pesquisa constatou ainda que é elevado o contingente que só descobre no ato da compra estar com o nome "sujo". Eram 28% dos entrevistados na média do Estado. Em Campinas e São José do Rio Preto, a taxa chegava a 36%. Outra pesquisa reforça o constatado pelo Datafolha. Levantamento do IDEC (Instituto de Defesa do Consumidor) apontou que 87% dos consumidores paulistas querem ser avisados antes da inserção de seus nomes em cadastros de devedores. Entendemos que a Assembleia estará em sintonia com as aspirações, interesses e direitos do povo de São Paulo quando rejeitar definitivamente um projeto de lei que faz triunfar o capitalismo selvagem. Consolidar direitos dos consumidores é essencial para fortalecer a democracia e estimular a prosperidade. RUI FALCÃO, jornalista e ex-deputado federal e estadual pelo PT-SP, é autor da Lei 15.659/2015. Foi presidente do PT MARCO AURÉLIO DE CARVALHO é advogado da CM Advogados TIAGO DE LIMA ALMEIDA é advogado da CM Advogados PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected] Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamentos contemporâneo.
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Brasil e Uruguai se reúnem e buscam plano para flexibilizar Mercosul
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Os países do Mercosul estão dispostos a flexibilizar o bloco de forma a permitir que cada um de seus integrantes possa fazer acordos comerciais com outras nações sem que todos os sócios tenham que participar. Atualmente, qualquer negociação comercial com terceiros países tem que ser feita com a participação de todos os quatro sócios fundadores (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai). Em condições normais, também o quinto sócio, a Venezuela, deve participar, mas no momento, como o país está virtualmente suspenso do bloco, não toma parte nos entendimentos. A decisão de buscar a flexibilização foi a maior novidade anunciada após o encontro entre os presidentes Michel Temer (Brasil) e Tabaré Vázquez (Uruguai) na segunda-feira (19) em Nova York, onde ambos participaram da Assembleia Geral da ONU. "Avançamos em estudar um processo de integração mais aberto, que permita aos integrantes buscar acordos bilaterais por fora do bloco", informou Vázquez ao jornal uruguaio "El Observador". PRAGMATISMO O encontro entre Vázquez e Temer serviu também para dar por superado o mal-estar entre os dois países causado pelo impeachment de Dilma Rousseff, que o governo uruguaio considerou "uma grande injustiça". Não que o Uruguai tenha mudado de opinião, mas prevaleceu o pragmatismo: "Negócios são negócios", disse o presidente uruguaio ao "Observador", antes mesmo de se reunir com o brasileiro. Depois explicou melhor: "O Brasil é nosso principal comprador junto com a China. E, se nos damos mal com o Brasil, onde vamos vender o que vendemos a eles? À parte discrepâncias políticas momentâneas, temos que olhar para a frente no relacionamento com o Brasil". O encontro entre os dois mandatários serviu também para confirmar o que estava acertado há algum tempo sobre as negociações Mercosul/União Europeia: o Uruguai continuará coordenando os entendimentos, apesar de não ser mais o presidente de turno do bloco sul-americano. O acordo com os europeus é prioridade para todos os países do Mercosul. Em outubro, haverá nova reunião negociadora, em Bruxelas, a primeira sob a presidência de Temer. Servirá para medir a temperatura das negociações, lançadas há 15 anos, mas que registraram poucos avanços nesse período. VENEZUELA Vázquez comentou também que a coalizão de que faz parte, a esquerdista Frente Ampla, acabou aceitando a solução encontrada pelos chanceleres do Mercosul de dar prazo até dezembro para que a Venezuela incorpore à sua legislação interna o conjunto de normas do conglomerado, conforme se comprometeu ao ser admitida há quatro anos. Se não o fizer, será suspensa, o que parece inevitável, já que, na profunda crise em que vive, a Venezuela não terá condições de adotar medidas de grande alcance. Setores da Frente Ampla se opunham ao veto à presidência de turno da Venezuela, neste segundo semestre, mas, tão pragmaticamente como Vázquez, acabaram se rendendo, ante a evidência de que não havia como o Uruguai enfrentar sozinho a resistência conjunta de Argentina, Brasil e Paraguai. Para selar a normalização das relações bilaterais, Vázquez aceitou o convite de Temer para visitar o Brasil, o que, no entanto, só acontecerá no ano que vem.
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Brasil e Uruguai se reúnem e buscam plano para flexibilizar MercosulOs países do Mercosul estão dispostos a flexibilizar o bloco de forma a permitir que cada um de seus integrantes possa fazer acordos comerciais com outras nações sem que todos os sócios tenham que participar. Atualmente, qualquer negociação comercial com terceiros países tem que ser feita com a participação de todos os quatro sócios fundadores (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai). Em condições normais, também o quinto sócio, a Venezuela, deve participar, mas no momento, como o país está virtualmente suspenso do bloco, não toma parte nos entendimentos. A decisão de buscar a flexibilização foi a maior novidade anunciada após o encontro entre os presidentes Michel Temer (Brasil) e Tabaré Vázquez (Uruguai) na segunda-feira (19) em Nova York, onde ambos participaram da Assembleia Geral da ONU. "Avançamos em estudar um processo de integração mais aberto, que permita aos integrantes buscar acordos bilaterais por fora do bloco", informou Vázquez ao jornal uruguaio "El Observador". PRAGMATISMO O encontro entre Vázquez e Temer serviu também para dar por superado o mal-estar entre os dois países causado pelo impeachment de Dilma Rousseff, que o governo uruguaio considerou "uma grande injustiça". Não que o Uruguai tenha mudado de opinião, mas prevaleceu o pragmatismo: "Negócios são negócios", disse o presidente uruguaio ao "Observador", antes mesmo de se reunir com o brasileiro. Depois explicou melhor: "O Brasil é nosso principal comprador junto com a China. E, se nos damos mal com o Brasil, onde vamos vender o que vendemos a eles? À parte discrepâncias políticas momentâneas, temos que olhar para a frente no relacionamento com o Brasil". O encontro entre os dois mandatários serviu também para confirmar o que estava acertado há algum tempo sobre as negociações Mercosul/União Europeia: o Uruguai continuará coordenando os entendimentos, apesar de não ser mais o presidente de turno do bloco sul-americano. O acordo com os europeus é prioridade para todos os países do Mercosul. Em outubro, haverá nova reunião negociadora, em Bruxelas, a primeira sob a presidência de Temer. Servirá para medir a temperatura das negociações, lançadas há 15 anos, mas que registraram poucos avanços nesse período. VENEZUELA Vázquez comentou também que a coalizão de que faz parte, a esquerdista Frente Ampla, acabou aceitando a solução encontrada pelos chanceleres do Mercosul de dar prazo até dezembro para que a Venezuela incorpore à sua legislação interna o conjunto de normas do conglomerado, conforme se comprometeu ao ser admitida há quatro anos. Se não o fizer, será suspensa, o que parece inevitável, já que, na profunda crise em que vive, a Venezuela não terá condições de adotar medidas de grande alcance. Setores da Frente Ampla se opunham ao veto à presidência de turno da Venezuela, neste segundo semestre, mas, tão pragmaticamente como Vázquez, acabaram se rendendo, ante a evidência de que não havia como o Uruguai enfrentar sozinho a resistência conjunta de Argentina, Brasil e Paraguai. Para selar a normalização das relações bilaterais, Vázquez aceitou o convite de Temer para visitar o Brasil, o que, no entanto, só acontecerá no ano que vem.
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Corinthians e Palmeiras colocam defesas à prova no clássico
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O clássico desta quarta-feira no Itaquerão valerá muito mais que a tranquilidade e os três pontos na tabela de classificação em caso de vitória. O duelo também colocará à prova as defesas de Corinthians e Palmeiras, setores que receberam elogios até agora. Desde que assumiu o comando corintiano, Fábio Carille deixou claro que seu primeiro objetivo era acertar o sistema defensivo. "Com o tempo, vamos ajustando para ter uma equipe equilibrada atrás e no ataque. A primeira ideia é parar de tomar gols, coisa que aumentou muito no ano passado", disse Carille logo após o jogo contra o São Bento, o primeiro do Paulista. A preocupação era ainda maior em virtude das alterações que o setor sofreu. Dos cinco jogadores da linha de defesa e dos dois volantes que terminaram como titulares no Brasileiro-2016, apenas Fagner e Balbuena começarão o clássico. Recém-contratado, Pablo ganhou a posição de Vilson, enquanto Arana ou Moisés devem atuar na lateral esquerda. O antigo dono da posição era Uendel, negociado com o Internacional. No gol, Cássio será o titular -Walter está machucado. A dupla de volantes que terminou o Nacional também não estará em campo. Cristian não foi inscrito e Camacho foi liberado do jogo em virtude da morte do seu pai. Cem anos do Derbi A princípio, a estratégia deu certo. Em cinco jogos oficiais na temporada -quatro pelo Estadual e um pela Copa do Brasil–, a equipe sofreu apenas dois gols —justamente na derrota para o Santo André, a única no Estadual. Já o técnico do Palmeiras, Eduardo Baptista, não teve que se preocupar tanto com os desfalques no setor, mas sim com o novo modelo de jogo. Ele escolheu o 4-1-4-1 para substituir uma variação do 4-3-3, utilizado por Cuca. As mudanças foram poucas. Jailson deu lugar a Prass, que se recuperou de contusão e já vinha sendo titular. Jean, Vitor Hugo e Zé Roberto foram mantidos. A única alteração nos primeiros jogos foi a presença de Edu Dracena na vaga de Mina, que fazia reforço muscular. No meio, Felipe Melo ganhou a posição. "O 4-1-4-1 é uma disposição melhor pra mim. Eu não gosto de jogar com dois volantes por trás. Eu consigo jogar e marcar bem com um volante por trás. Eu gosto de dois meias avançados e chegando lá. Por isso, o 4-1-4-1 é um sistema que eu gosto, que deu certo", explicou. Em quatro jogos até agora, o Palmeiras sofreu apenas um gol -de bola parada contra o Ituano. Os adversários, porém, foram Botafogo, São Bernardo e Linense, além do time de Itu.
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esporte
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Corinthians e Palmeiras colocam defesas à prova no clássicoO clássico desta quarta-feira no Itaquerão valerá muito mais que a tranquilidade e os três pontos na tabela de classificação em caso de vitória. O duelo também colocará à prova as defesas de Corinthians e Palmeiras, setores que receberam elogios até agora. Desde que assumiu o comando corintiano, Fábio Carille deixou claro que seu primeiro objetivo era acertar o sistema defensivo. "Com o tempo, vamos ajustando para ter uma equipe equilibrada atrás e no ataque. A primeira ideia é parar de tomar gols, coisa que aumentou muito no ano passado", disse Carille logo após o jogo contra o São Bento, o primeiro do Paulista. A preocupação era ainda maior em virtude das alterações que o setor sofreu. Dos cinco jogadores da linha de defesa e dos dois volantes que terminaram como titulares no Brasileiro-2016, apenas Fagner e Balbuena começarão o clássico. Recém-contratado, Pablo ganhou a posição de Vilson, enquanto Arana ou Moisés devem atuar na lateral esquerda. O antigo dono da posição era Uendel, negociado com o Internacional. No gol, Cássio será o titular -Walter está machucado. A dupla de volantes que terminou o Nacional também não estará em campo. Cristian não foi inscrito e Camacho foi liberado do jogo em virtude da morte do seu pai. Cem anos do Derbi A princípio, a estratégia deu certo. Em cinco jogos oficiais na temporada -quatro pelo Estadual e um pela Copa do Brasil–, a equipe sofreu apenas dois gols —justamente na derrota para o Santo André, a única no Estadual. Já o técnico do Palmeiras, Eduardo Baptista, não teve que se preocupar tanto com os desfalques no setor, mas sim com o novo modelo de jogo. Ele escolheu o 4-1-4-1 para substituir uma variação do 4-3-3, utilizado por Cuca. As mudanças foram poucas. Jailson deu lugar a Prass, que se recuperou de contusão e já vinha sendo titular. Jean, Vitor Hugo e Zé Roberto foram mantidos. A única alteração nos primeiros jogos foi a presença de Edu Dracena na vaga de Mina, que fazia reforço muscular. No meio, Felipe Melo ganhou a posição. "O 4-1-4-1 é uma disposição melhor pra mim. Eu não gosto de jogar com dois volantes por trás. Eu consigo jogar e marcar bem com um volante por trás. Eu gosto de dois meias avançados e chegando lá. Por isso, o 4-1-4-1 é um sistema que eu gosto, que deu certo", explicou. Em quatro jogos até agora, o Palmeiras sofreu apenas um gol -de bola parada contra o Ituano. Os adversários, porém, foram Botafogo, São Bernardo e Linense, além do time de Itu.
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Cientistas dizem ter achado abismo gigantesco sob o gelo da Antártida
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Um vasto e desconhecido sistema de cânions pode estar escondido embaixo das geleiras da Antártida. Sinais de sua presença foram encontrados nas formações da superfície do continente gelado, em uma região inexplorada chamada Terra da Princesa Elizabeth. Se confirmada, em uma pesquisa geofísica formal que está em andamento, a rede sinuosa de cânions teria cerca de mil quilômetros de comprimento e, em alguns trechos, até 1 km de profundidade. Essas dimensões fariam da formação algo maior que o famoso Grand Canyon, nos Estados Unidos. "Sabemos, com base em outras áreas da Antártida, que as formas que o gelo assume na superfície são obviamente dependentes do que existe abaixo dele. Isso porque o gelo flui a partir dessas formações", explicou o pesquisador Stewart Jamieson, da Universidade de Durham, no Reino Unido. "Quando olhamos para a Terra da Princesa Elizabeth a partir de dados de satélite, há aparentemente algumas características na superfície gelada que, para nós, lembram muito a existência de um cânion", continua o especialista. "Nós rastreamos formações rochosas do centro da Terra da Princesa Elizabeth até a costa, no sentido norte. Trata-se de um sistema bastante substancial", afirmou ele à BBC. Há ainda suspeitas de que a rede de cânions seja conectada a um lago subglacial, também desconhecido, que cobriria uma área de até 1,25 mil quilômetros quadrados. A interpretação inicial que aponta a existência do sistema de cânions é baseada em informações de radar, colhidas em dois locais. Esses radares conseguem ver através das camadas de gelo, chegando à cama de rochas abaixo deles. A suspeita é consistente, afirma o professor do Imperial College London (Reino Unido), um dos integrantes da equipe. "Descobrir um novo abismo gigantesco, que supera o Grand Canyon, é uma perspectiva tentadora", afirmou. "Geocientistas na Antártida estão fazendo experimentos para confirmar o que nós estamos vendo nos dados iniciais, e esperamos anunciar nossas descobertas em um encontro do ICECAP2 (grupo de colaboração internacional que explora a área centro-leste da Antártida) no fim de 2016." PESQUISAS A maior parte da Antártida é alvo de pesquisas geofísicas que têm registrado a topografia do continente. Mas ainda há duas áreas ainda muito desconhecidas: a Terra da Princesa Elizabeth, onde se encontraria o cânion, e a Recovery Basin ("Bacia de recuperação", em tradução literal). Ambas ficam no leste da Antártida e são agora alvo de intenso estudo. Equipes internacionais –compostas por cientistas de Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, China e outros países - estão usando aeronaves com sensores para sobrevoar centenas de quilômetros quadrados da superfície gelada. Quando o rastreamento estiver completo, os pesquisadores terão uma visão abrangente de como a paisagem da Antártida realmente é debaixo de todo o gelo. Esse conhecimento é fundamental para tentar entender como o continente gelado pode reagir em um mundo mais quente, por exemplo.
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Cientistas dizem ter achado abismo gigantesco sob o gelo da AntártidaUm vasto e desconhecido sistema de cânions pode estar escondido embaixo das geleiras da Antártida. Sinais de sua presença foram encontrados nas formações da superfície do continente gelado, em uma região inexplorada chamada Terra da Princesa Elizabeth. Se confirmada, em uma pesquisa geofísica formal que está em andamento, a rede sinuosa de cânions teria cerca de mil quilômetros de comprimento e, em alguns trechos, até 1 km de profundidade. Essas dimensões fariam da formação algo maior que o famoso Grand Canyon, nos Estados Unidos. "Sabemos, com base em outras áreas da Antártida, que as formas que o gelo assume na superfície são obviamente dependentes do que existe abaixo dele. Isso porque o gelo flui a partir dessas formações", explicou o pesquisador Stewart Jamieson, da Universidade de Durham, no Reino Unido. "Quando olhamos para a Terra da Princesa Elizabeth a partir de dados de satélite, há aparentemente algumas características na superfície gelada que, para nós, lembram muito a existência de um cânion", continua o especialista. "Nós rastreamos formações rochosas do centro da Terra da Princesa Elizabeth até a costa, no sentido norte. Trata-se de um sistema bastante substancial", afirmou ele à BBC. Há ainda suspeitas de que a rede de cânions seja conectada a um lago subglacial, também desconhecido, que cobriria uma área de até 1,25 mil quilômetros quadrados. A interpretação inicial que aponta a existência do sistema de cânions é baseada em informações de radar, colhidas em dois locais. Esses radares conseguem ver através das camadas de gelo, chegando à cama de rochas abaixo deles. A suspeita é consistente, afirma o professor do Imperial College London (Reino Unido), um dos integrantes da equipe. "Descobrir um novo abismo gigantesco, que supera o Grand Canyon, é uma perspectiva tentadora", afirmou. "Geocientistas na Antártida estão fazendo experimentos para confirmar o que nós estamos vendo nos dados iniciais, e esperamos anunciar nossas descobertas em um encontro do ICECAP2 (grupo de colaboração internacional que explora a área centro-leste da Antártida) no fim de 2016." PESQUISAS A maior parte da Antártida é alvo de pesquisas geofísicas que têm registrado a topografia do continente. Mas ainda há duas áreas ainda muito desconhecidas: a Terra da Princesa Elizabeth, onde se encontraria o cânion, e a Recovery Basin ("Bacia de recuperação", em tradução literal). Ambas ficam no leste da Antártida e são agora alvo de intenso estudo. Equipes internacionais –compostas por cientistas de Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, China e outros países - estão usando aeronaves com sensores para sobrevoar centenas de quilômetros quadrados da superfície gelada. Quando o rastreamento estiver completo, os pesquisadores terão uma visão abrangente de como a paisagem da Antártida realmente é debaixo de todo o gelo. Esse conhecimento é fundamental para tentar entender como o continente gelado pode reagir em um mundo mais quente, por exemplo.
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Justiça suspende regra de Haddad que eleva taxa para aplicativos como Uber
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A Justiça suspendeu nesta quarta-feira (19) medida da gestão Fernando Haddad (PT) de aumentar o valor por quilômetro rodado das empresas de aplicativos de transporte que conectam motoristas particulares a passageiros, como o Uber. A proposta da prefeitura aumenta, de forma gradativa, de acordo com a quantidade de carros que as empresas colocam nas ruas e quanto eles rodam. As empresas pagariam R$ 0,10 por km somente até o limite de 7.541,67 quilômetros rodados numa hora. Acima disso, o valor sobe progressivamente, em seis faixas de cobrança, podendo chegar a R$ 0,40, caso passe dos 37.708,33 km por hora. Por exemplo, se 2.000 carros do Uber circulassem quatro quilômetros cada um em uma hora, já seria paga sobretaxa de 10%, ou R$ 0,01 –o número de carros aumenta nos horários de pico (entrada e saída do trabalho). Como funciona a regulamentação De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, o aumento dos custos de serviços de transporte individual privado vai contra o princípio constitucional da livre concorrência. Segundo o juiz Antônio Augusto Hristov, da 4ª vara da Fazenda Pública de São Paulo, o "município instituiu tabela progressiva de preços com o intuito de 'incentivar a concorrência', entretanto, a cobrança de sobretaxa embasada em tal argumento atenta contra o principio da livre concorrência, previsto no artigo 170, IV, da Constituição Federal". Na ocasião, o prefeito Fernando Haddad afirmou que a medida inibiria a "empresa a jogar seu preço para cima, para que, no futuro, não paguemos [um preço] com o fim da concorrência". A prefeitura estima que em um ano é possível obter receita de até R$ 70 milhões com a cobrança. A Prefeitura de São Paulo diz que respeita a decisão judicial, mas que irá recorrer para esclarecer que a "cobrança de outorga variável se constitui em forma legal e eficaz para regular o uso do viário na cidade". Em evento de agenda nesta quinta-feira (20), Haddad disse que é papel do Estado garantir a competição em igualdade de condições. "Quando uma empresa com o poder econômico que tem coloca em risco outras atividades tão importantes para a cidade, o poder público tem que incidir e regular de maneira tal a garantir espaço para todos", afirmou o prefeito. Sem citar nominalmente o Uber, o petista falou em "concorrência predatória" e reiterou que irá recorrer. "Entendemos que é um equívoco conceitual, você não poder incidir sobre concorrência predatória, sobretudo porque o viário é da cidade. A malha viária não é do aplicativo A, B ou C, é do cidadão", disse Haddad. TAXAS DO UBER - Como é calculada a tarifa que os aplicativos de transporte têm que pagar à Prefeitura de São Paulo Colaborou PAULO GOMES
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cotidiano
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Justiça suspende regra de Haddad que eleva taxa para aplicativos como UberA Justiça suspendeu nesta quarta-feira (19) medida da gestão Fernando Haddad (PT) de aumentar o valor por quilômetro rodado das empresas de aplicativos de transporte que conectam motoristas particulares a passageiros, como o Uber. A proposta da prefeitura aumenta, de forma gradativa, de acordo com a quantidade de carros que as empresas colocam nas ruas e quanto eles rodam. As empresas pagariam R$ 0,10 por km somente até o limite de 7.541,67 quilômetros rodados numa hora. Acima disso, o valor sobe progressivamente, em seis faixas de cobrança, podendo chegar a R$ 0,40, caso passe dos 37.708,33 km por hora. Por exemplo, se 2.000 carros do Uber circulassem quatro quilômetros cada um em uma hora, já seria paga sobretaxa de 10%, ou R$ 0,01 –o número de carros aumenta nos horários de pico (entrada e saída do trabalho). Como funciona a regulamentação De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, o aumento dos custos de serviços de transporte individual privado vai contra o princípio constitucional da livre concorrência. Segundo o juiz Antônio Augusto Hristov, da 4ª vara da Fazenda Pública de São Paulo, o "município instituiu tabela progressiva de preços com o intuito de 'incentivar a concorrência', entretanto, a cobrança de sobretaxa embasada em tal argumento atenta contra o principio da livre concorrência, previsto no artigo 170, IV, da Constituição Federal". Na ocasião, o prefeito Fernando Haddad afirmou que a medida inibiria a "empresa a jogar seu preço para cima, para que, no futuro, não paguemos [um preço] com o fim da concorrência". A prefeitura estima que em um ano é possível obter receita de até R$ 70 milhões com a cobrança. A Prefeitura de São Paulo diz que respeita a decisão judicial, mas que irá recorrer para esclarecer que a "cobrança de outorga variável se constitui em forma legal e eficaz para regular o uso do viário na cidade". Em evento de agenda nesta quinta-feira (20), Haddad disse que é papel do Estado garantir a competição em igualdade de condições. "Quando uma empresa com o poder econômico que tem coloca em risco outras atividades tão importantes para a cidade, o poder público tem que incidir e regular de maneira tal a garantir espaço para todos", afirmou o prefeito. Sem citar nominalmente o Uber, o petista falou em "concorrência predatória" e reiterou que irá recorrer. "Entendemos que é um equívoco conceitual, você não poder incidir sobre concorrência predatória, sobretudo porque o viário é da cidade. A malha viária não é do aplicativo A, B ou C, é do cidadão", disse Haddad. TAXAS DO UBER - Como é calculada a tarifa que os aplicativos de transporte têm que pagar à Prefeitura de São Paulo Colaborou PAULO GOMES
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STJ autoriza quebra de sigilo telefônico de Sérgio Cabral e Pezão
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O STJ (Superior Tribunal de Justiça) autorizou a quebra do sigilo telefônico do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), do seu antecessor, Sérgio Cabral (PMDB), e do ex-secretário estadual da Casa Civil Regis Fichtner. Citados em depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos principais delatores da Operação Lava Jato, os três são investigados sob suspeita de terem sido beneficiados pelo esquema de corrupção descoberto na Petrobras. A decisão foi assinada pelo ministro Luís Felipe Salomão, relator dos inquéritos relacionados à Operação Lava Jato que tramitam no STJ. A medida, solicitada pela Polícia Federal, tem como objetivo acessar registros telefônicos anteriores à campanha de Cabral ao governo do Rio de 2010 e verificar se houve contato com outros participantes do esquema. Em depoimento, Paulo Roberto Costa afirmou ter articulado uma doação de R$ 30 milhões para a campanha de Cabral em 2010, quando Pezão concorreu como seu vice. Os recursos, segundo Costa, teriam sido repassados clandestinamente por fornecedores da Petrobras, e não por meio de doações oficiais. Segundo Paulo Roberto Costa, que confessou seus crimes e passou a colaborar com as investigações do caso para obter uma pena menor, o valor foi acertado em uma reunião com as presenças de Cabral, Pezão e Fichtner. Em março, o atual governador do Rio enviou sua defesa ao STJ. Ele negou que o encontro mencionado por Costa tenha ocorrido e disse que a acusação não tem sentido. Pezão argumentou que, em 2010, ele e Cabral travaram um embate público com o governo e a Petrobras por causa da ameaça de mudança na divisão dos royalties do petróleo, que prejudicaria a arrecadação do Estado do Rio. Paulo Roberto Costa também acusou o governador do Acre, Tião Viana (PT), de ter recebido R$ 300 mil, pagos pelo doleiro Alberto Youssef, durante sua campanha ao Senado, em 2010. Viana, que também é investigado no STJ, nega a acusação, e afirma que todas as doações recebidas foram declaradas em sua prestação de contas à Justiça Eleitoral. OUTRO LADO O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse que a acusação de Paulo Roberto Costa é "falsa". O ex-governador Sérgio Cabral manifestou "repúdio" contra as "mentiras ditas pelo delator". O ex-secretário Regis Fichtner disse que a investigação vai provar que ele nunca falou por telefone com Costa.
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STJ autoriza quebra de sigilo telefônico de Sérgio Cabral e PezãoO STJ (Superior Tribunal de Justiça) autorizou a quebra do sigilo telefônico do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), do seu antecessor, Sérgio Cabral (PMDB), e do ex-secretário estadual da Casa Civil Regis Fichtner. Citados em depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos principais delatores da Operação Lava Jato, os três são investigados sob suspeita de terem sido beneficiados pelo esquema de corrupção descoberto na Petrobras. A decisão foi assinada pelo ministro Luís Felipe Salomão, relator dos inquéritos relacionados à Operação Lava Jato que tramitam no STJ. A medida, solicitada pela Polícia Federal, tem como objetivo acessar registros telefônicos anteriores à campanha de Cabral ao governo do Rio de 2010 e verificar se houve contato com outros participantes do esquema. Em depoimento, Paulo Roberto Costa afirmou ter articulado uma doação de R$ 30 milhões para a campanha de Cabral em 2010, quando Pezão concorreu como seu vice. Os recursos, segundo Costa, teriam sido repassados clandestinamente por fornecedores da Petrobras, e não por meio de doações oficiais. Segundo Paulo Roberto Costa, que confessou seus crimes e passou a colaborar com as investigações do caso para obter uma pena menor, o valor foi acertado em uma reunião com as presenças de Cabral, Pezão e Fichtner. Em março, o atual governador do Rio enviou sua defesa ao STJ. Ele negou que o encontro mencionado por Costa tenha ocorrido e disse que a acusação não tem sentido. Pezão argumentou que, em 2010, ele e Cabral travaram um embate público com o governo e a Petrobras por causa da ameaça de mudança na divisão dos royalties do petróleo, que prejudicaria a arrecadação do Estado do Rio. Paulo Roberto Costa também acusou o governador do Acre, Tião Viana (PT), de ter recebido R$ 300 mil, pagos pelo doleiro Alberto Youssef, durante sua campanha ao Senado, em 2010. Viana, que também é investigado no STJ, nega a acusação, e afirma que todas as doações recebidas foram declaradas em sua prestação de contas à Justiça Eleitoral. OUTRO LADO O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse que a acusação de Paulo Roberto Costa é "falsa". O ex-governador Sérgio Cabral manifestou "repúdio" contra as "mentiras ditas pelo delator". O ex-secretário Regis Fichtner disse que a investigação vai provar que ele nunca falou por telefone com Costa.
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Crítica de Lula a governo Temer gravada para programa eleitoral de Haddad é suspensa pelo PT
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CATIA SEABRA GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO Com foco no governo Temer, a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no programa de TV de Fernando Haddad (PT) foi suspensa e terá de ser refeita. O secretário de Relações Institucionais da Prefeitura, José Américo Dias, disse, nesta quarta-feira (28), que o próprio Lula sugeriu que sua presença fosse revista. A sugestão foi feita pelo ex-presidente na noite de terça-feira (27), durante ato de campanha com Haddad. Segundo Zé Américo, Lula afirmou que o texto de sua fala estava desatualizado. Lula argumentou que o discurso dessa reta final deveria ser dedicada à cidade, não ao cenário nacional. O ex-presidente fez essa avaliação após as pesquisas apontarem um crescimento de Haddad. O secretário municipal afirmou que a peça não foi submetida à pesquisa qualitativa porque a campanha não tem dinheiro para contratar equipes responsáveis para sua realização. "O problema foi de embocadura. O texto estava desfocado. Infelizmente, não temos dinheiro para fazer qualitativa", disse Zé Américo, que acompanhou a produção do programa. Como só há dois dias para exibição do programa de rádio e TV, Lula poderá gravar nesta quinta-feira (29) para que sua fala seja levada ao ar na sexta-feira. Sua participação será, porém, objeto de nova avaliação da equipe de Haddad antes da veiculação. VOTO DO FUNK A cinco dias da eleição, Haddad saiu em busca de votos entre jovens de periferia na tarde desta quarta-feira (28). Durante encontro com grupos de funkeiros na região central, Haddad disse que foi acusado por opositores de patrocinar os pancadões só porque dialogou com MCs durante seu mandato. Ele se reuniu com DJs e MCs da Liga do Funk, movimento que inclui artistas de periferia que se reúne MCs numa ONG na Vila Buarque (zona oeste). Para dialogar com os jovens, Haddad mudou até o linguajar, usando verbos como "rolou" e termos como "grande barato", "cara" e "lance". O prefeito esteve ali acompanhado do ex-senador Eduardo Suplicy (PT) e candidatas a vereador, entre eles Claudia Baronesa, mãe do MC Gui, que tem milhares de seguidores no Facebook. Durante sua gestão, Haddad tornou lei a proibição de bailes funk, que reuniam até 10 mil pessoas nos bairros em cerca de 600 pontos da periferia. Por outro lado, logo no início da gestão, Haddad se reuniu com os jovens para discutir políticas públicas de lazer na periferia quando houve a proliferação dos rolezinhos. Eram encontros de jovens em shoppings, que sofreram repressão da polícia e fizeram shoppings entrarem na Justiça contra os eventos organizados pelas redes sociais. "O que a posição fez? Disse: "o Haddad está patrocinando os pancadões", disse o prefeito. Haddad anunciou aos participantes que comprou uma área privada que vai virar um parque na área do Jardim Angela. "Podemos organizar um baile funk lá". PRIVATIZAÇÃO Durante a manhã, Haddad atacou seu rival João Doria (PSDB), primeiro colocado nas pesquisas. Durante caminhada no bairro de Perus, o prefeito disse que irá ao segundo turno com propostas voltadas à cidade, "sem privatizações", como vem sugerindo Doria. "Hoje temos dois projetos completamente diferentes. O candidato do PSDB quer vender tudo e nós queremos abrir os espaços para as pessoas ocuparem. São Paulo não está à venda", afirmou. "Quando as pessoas perceberem que existem dois projetos, um de uma cidade para as pessoas, aberta e democrática, e outro de cidade privatizada, uma cidade dos carros, acho que elas vão se posicionar, independentemente de legenda", afirmou.
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Crítica de Lula a governo Temer gravada para programa eleitoral de Haddad é suspensa pelo PTCATIA SEABRA GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO Com foco no governo Temer, a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no programa de TV de Fernando Haddad (PT) foi suspensa e terá de ser refeita. O secretário de Relações Institucionais da Prefeitura, José Américo Dias, disse, nesta quarta-feira (28), que o próprio Lula sugeriu que sua presença fosse revista. A sugestão foi feita pelo ex-presidente na noite de terça-feira (27), durante ato de campanha com Haddad. Segundo Zé Américo, Lula afirmou que o texto de sua fala estava desatualizado. Lula argumentou que o discurso dessa reta final deveria ser dedicada à cidade, não ao cenário nacional. O ex-presidente fez essa avaliação após as pesquisas apontarem um crescimento de Haddad. O secretário municipal afirmou que a peça não foi submetida à pesquisa qualitativa porque a campanha não tem dinheiro para contratar equipes responsáveis para sua realização. "O problema foi de embocadura. O texto estava desfocado. Infelizmente, não temos dinheiro para fazer qualitativa", disse Zé Américo, que acompanhou a produção do programa. Como só há dois dias para exibição do programa de rádio e TV, Lula poderá gravar nesta quinta-feira (29) para que sua fala seja levada ao ar na sexta-feira. Sua participação será, porém, objeto de nova avaliação da equipe de Haddad antes da veiculação. VOTO DO FUNK A cinco dias da eleição, Haddad saiu em busca de votos entre jovens de periferia na tarde desta quarta-feira (28). Durante encontro com grupos de funkeiros na região central, Haddad disse que foi acusado por opositores de patrocinar os pancadões só porque dialogou com MCs durante seu mandato. Ele se reuniu com DJs e MCs da Liga do Funk, movimento que inclui artistas de periferia que se reúne MCs numa ONG na Vila Buarque (zona oeste). Para dialogar com os jovens, Haddad mudou até o linguajar, usando verbos como "rolou" e termos como "grande barato", "cara" e "lance". O prefeito esteve ali acompanhado do ex-senador Eduardo Suplicy (PT) e candidatas a vereador, entre eles Claudia Baronesa, mãe do MC Gui, que tem milhares de seguidores no Facebook. Durante sua gestão, Haddad tornou lei a proibição de bailes funk, que reuniam até 10 mil pessoas nos bairros em cerca de 600 pontos da periferia. Por outro lado, logo no início da gestão, Haddad se reuniu com os jovens para discutir políticas públicas de lazer na periferia quando houve a proliferação dos rolezinhos. Eram encontros de jovens em shoppings, que sofreram repressão da polícia e fizeram shoppings entrarem na Justiça contra os eventos organizados pelas redes sociais. "O que a posição fez? Disse: "o Haddad está patrocinando os pancadões", disse o prefeito. Haddad anunciou aos participantes que comprou uma área privada que vai virar um parque na área do Jardim Angela. "Podemos organizar um baile funk lá". PRIVATIZAÇÃO Durante a manhã, Haddad atacou seu rival João Doria (PSDB), primeiro colocado nas pesquisas. Durante caminhada no bairro de Perus, o prefeito disse que irá ao segundo turno com propostas voltadas à cidade, "sem privatizações", como vem sugerindo Doria. "Hoje temos dois projetos completamente diferentes. O candidato do PSDB quer vender tudo e nós queremos abrir os espaços para as pessoas ocuparem. São Paulo não está à venda", afirmou. "Quando as pessoas perceberem que existem dois projetos, um de uma cidade para as pessoas, aberta e democrática, e outro de cidade privatizada, uma cidade dos carros, acho que elas vão se posicionar, independentemente de legenda", afirmou.
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Folha, UOL e SBT sabatinam pré-candidatos em São Paulo
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Folha, UOL e SBT vão sabatinar pré-candidatos a prefeito de São Paulo durante as duas próximas semanas. Foram convidados os sete pré-candidatos com mais intenção de voto no principal cenário da última pesquisa do Datafolha, divulgada na sexta (15). São eles: 1 - Celso Russomanno (PRB), com 25% das intenções de voto 2 - Marta Suplicy (PMDB), com 16% 3 - Luiza Erundina (PSOL), com 10% 4 - Fernando Haddad (PT), com 8% 5 - João Doria (PSDB), com 6% 6 - Marco Feliciano (PSC), com 4% 7 - Andrea Matarazzo (PSD), com 3% A pesquisa ouviu 1.092 pessoas na terça (12) e na quarta-feira (13). A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral sob número SP-02963/2016. Além dos citados acima, a pesquisa mostrou ainda que 2% dos paulistanos pretendem votar em Levy Fidelix (PRTB) e outros 2% no Major Olímpio (SD). Marlene Campos Machado (PTB) e Ricardo Young (Rede) apareceram com 1% cada. Branco, nulo e nenhum pré-candidato somaram 19%, e 4% disseram não saber em quem votar. As sabatinas estão agendadas para as 10h, no estúdio do UOL, e terão duração de uma hora. Os pré-candidatos serão entrevistados por três jornalistas: Fernando Canzian, da Folha, Luís Indriunas, do UOL, e Kennedy Alencar, do SBT. O primeiro sabatinado será Andrea Matarazzo, nesta segunda (18), a partir de 10h. Na quarta (20) é a vez de João Doria (PSDB), no mesmo horário. A definição das datas dos demais pré-candidatos depende ainda de acerto de agenda, segundo as opções oferecidas pelos promotores das sabatinas. Folha, UOL e SBT devem organizar também um debate com os pré-candidatos paulistanos antes do primeiro turno. A previsão é que ele ocorra em 23 de setembro.
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Folha, UOL e SBT sabatinam pré-candidatos em São PauloFolha, UOL e SBT vão sabatinar pré-candidatos a prefeito de São Paulo durante as duas próximas semanas. Foram convidados os sete pré-candidatos com mais intenção de voto no principal cenário da última pesquisa do Datafolha, divulgada na sexta (15). São eles: 1 - Celso Russomanno (PRB), com 25% das intenções de voto 2 - Marta Suplicy (PMDB), com 16% 3 - Luiza Erundina (PSOL), com 10% 4 - Fernando Haddad (PT), com 8% 5 - João Doria (PSDB), com 6% 6 - Marco Feliciano (PSC), com 4% 7 - Andrea Matarazzo (PSD), com 3% A pesquisa ouviu 1.092 pessoas na terça (12) e na quarta-feira (13). A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral sob número SP-02963/2016. Além dos citados acima, a pesquisa mostrou ainda que 2% dos paulistanos pretendem votar em Levy Fidelix (PRTB) e outros 2% no Major Olímpio (SD). Marlene Campos Machado (PTB) e Ricardo Young (Rede) apareceram com 1% cada. Branco, nulo e nenhum pré-candidato somaram 19%, e 4% disseram não saber em quem votar. As sabatinas estão agendadas para as 10h, no estúdio do UOL, e terão duração de uma hora. Os pré-candidatos serão entrevistados por três jornalistas: Fernando Canzian, da Folha, Luís Indriunas, do UOL, e Kennedy Alencar, do SBT. O primeiro sabatinado será Andrea Matarazzo, nesta segunda (18), a partir de 10h. Na quarta (20) é a vez de João Doria (PSDB), no mesmo horário. A definição das datas dos demais pré-candidatos depende ainda de acerto de agenda, segundo as opções oferecidas pelos promotores das sabatinas. Folha, UOL e SBT devem organizar também um debate com os pré-candidatos paulistanos antes do primeiro turno. A previsão é que ele ocorra em 23 de setembro.
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Revelação de plano para impeachment abala credibilidade, diz 'Guardian'
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O jornal britânico "The Guardian" afirmou que a queda do ministro Romero Jucá e a revelação de uma "trama maquiavélica" para derrubar o governo Dilma Rousseff abalaram a credibilidade do governo de Michel Temer. "A credibilidade do governo interino foi abalada na segunda-feira (23) quando um ministro foi forçado a se afastar em meio a revelações sobre a trama maquiavélica para levar ao impeachment da presidente Dilma Rousseff", diz trecho da publicação. O ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), se afastou na segunda após a Folha divulgar áudios em que ele diz que a mudança de governo poderia "estancar a sangria" da Lava Jato. O "Guardian" diz que "as motivações dúbias e natureza maquiavélica da trama para retirar Dilma Rousseff do poder ficam aparentes na transcrição da conversa". Afirma ainda que este não deve ser o "último golpe" contra Michel Temer, já que seu gabinete inclui "sete ministros implicados na Lava Jato." A publicação afirma ainda que o governo interino, até o momento, mostrou "poucos sinais de reduzir a tensão e restaurar a credibilidade" no país. "Seu gabinete todo branco e todo masculino foi duramente criticado por não ser representativo do país, suas medidas de austeridade são impopulares e seu líder já voltou atrás da decisão de tirar da Cultura o status de ministério após protestos de artistas, músicos e cineastas." ECONOMIA O "Financial Times", principal jornal de economia e finanças da Grã-Bretanha, também disse que a saída de Jucá pode prejudicar o governo Temer, "bem quando ele está tentando lançar um plano econômico ambicioso que visa equilibrar as contas do Brasil e lançar as bases para uma recuperação econômica." Segundo analistas ouvidos pelo jornal, porém, a decisão de Jucá de se afastar rapidamente pode "limitar os danos políticos" da crise. Já o americano "New York Times" disse que as "transcrições sugerem um plano por trás do esforço de afastar a presidente do Brasil". "O presidente interino do Brasil, Michel Temer, sofreu um grande revés em sua campanha para 'conquistar' o país" com o surgimento de gravações que sugerem "que um de seus ministros tramou para parar a investigação na Petrobras ao buscar o impeachment de Dilma Rousseff." O jornal diz que Temer substituiu todos os ministros para "ganhar a confiança dos brasileiros e dos investidores", mas que mesmo assim nomeou ministros já implicados nas investigações de corrupção. Segundo a reportagem, as novas acusações devem "levantar mais questões sobre os motivos por trás do ímpeto de promover o impeachment de Dilma". Também poderiam, segundo o jornal, aumentar o escrutínio sobre outros ministros que enfrentam problemas legais.
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Revelação de plano para impeachment abala credibilidade, diz 'Guardian'O jornal britânico "The Guardian" afirmou que a queda do ministro Romero Jucá e a revelação de uma "trama maquiavélica" para derrubar o governo Dilma Rousseff abalaram a credibilidade do governo de Michel Temer. "A credibilidade do governo interino foi abalada na segunda-feira (23) quando um ministro foi forçado a se afastar em meio a revelações sobre a trama maquiavélica para levar ao impeachment da presidente Dilma Rousseff", diz trecho da publicação. O ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), se afastou na segunda após a Folha divulgar áudios em que ele diz que a mudança de governo poderia "estancar a sangria" da Lava Jato. O "Guardian" diz que "as motivações dúbias e natureza maquiavélica da trama para retirar Dilma Rousseff do poder ficam aparentes na transcrição da conversa". Afirma ainda que este não deve ser o "último golpe" contra Michel Temer, já que seu gabinete inclui "sete ministros implicados na Lava Jato." A publicação afirma ainda que o governo interino, até o momento, mostrou "poucos sinais de reduzir a tensão e restaurar a credibilidade" no país. "Seu gabinete todo branco e todo masculino foi duramente criticado por não ser representativo do país, suas medidas de austeridade são impopulares e seu líder já voltou atrás da decisão de tirar da Cultura o status de ministério após protestos de artistas, músicos e cineastas." ECONOMIA O "Financial Times", principal jornal de economia e finanças da Grã-Bretanha, também disse que a saída de Jucá pode prejudicar o governo Temer, "bem quando ele está tentando lançar um plano econômico ambicioso que visa equilibrar as contas do Brasil e lançar as bases para uma recuperação econômica." Segundo analistas ouvidos pelo jornal, porém, a decisão de Jucá de se afastar rapidamente pode "limitar os danos políticos" da crise. Já o americano "New York Times" disse que as "transcrições sugerem um plano por trás do esforço de afastar a presidente do Brasil". "O presidente interino do Brasil, Michel Temer, sofreu um grande revés em sua campanha para 'conquistar' o país" com o surgimento de gravações que sugerem "que um de seus ministros tramou para parar a investigação na Petrobras ao buscar o impeachment de Dilma Rousseff." O jornal diz que Temer substituiu todos os ministros para "ganhar a confiança dos brasileiros e dos investidores", mas que mesmo assim nomeou ministros já implicados nas investigações de corrupção. Segundo a reportagem, as novas acusações devem "levantar mais questões sobre os motivos por trás do ímpeto de promover o impeachment de Dilma". Também poderiam, segundo o jornal, aumentar o escrutínio sobre outros ministros que enfrentam problemas legais.
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Kevin Costner cria anti-herói irresistível em trama de ação
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Kevin Costner é o cara. Tudo bem que sua carreira é uma gangorra de sucesso e fracasso, mas ele tem sempre uma presença magnética na tela. Essa coisa que se chama "astro de cinema". E é por ele, principalmente, que "Mente Criminosa" é um grande filme. Depois de emplacar como galã nos anos 1980 e ganhar uma bandeja de prêmios no Oscar ao dirigir o insuportável quase faroeste "Dança com Lobos", Costner tem feito papeis interessantes nos últimos anos. Mas este Jericho Stewart é sem dúvida o melhor. É bom parar um pouco e respirar pausadamente antes de travar contato com o roteiro de "Mente Criminosa". Ryan Reynolds, de "Deadpool", é um agente da CIA morto em ação. Bem, quase morto. É mantido em coma induzido, porque carrega na memória a localização de um hacker holandês que tomou o controle de todo o sistema de defesa do governo americano. O chefe do agente, interpretado por Gary Oldman, quer essas informações. Para isso, convoca um cientista maluco, papel de Tommy Lee Jones, que afirma poder jogar a memória de uma pessoa no cérebro de outra. O chefão é histérico, o médico é cético. Oldman e Jones são bons nisso. Mas o receptor precisa ser alguém com uma síndrome rara, que deixa o sujeito com uma parte do cérebro não desenvolvida. E o candidato disponível é Jericho, assassino do tipo que a Justiça encarcerou e jogou a chave fora. Um sociopata cruel, que mata por qualquer coisa. Depois da cirurgia, Jericho escapa e vaga por Londres, enquanto as memórias do agente se confundem com as suas. Perseguido pela CIA e também por bandidos interessados no hacker, Jericho encontra pessoas e distribui mais socos na cara do que diz "bom dia". E aí entra em cena a viúva do agente, papel da bela Gal Gadot, a Mulher Maravilha de "Batman vs. Superman: A Origem da Justiça". Costner não exagera. Acerta o tom de quem não se abala nem um pouco ao cometer a pior atrocidade. O espectador acaba se surpreendendo quando percebe estar na torcida por um personagem tão ignóbil. Um anti-herói para ser colocado ao lado de Hannibal Lecter. MENTE CRIMINOSA (Criminal) DIREÇÃO: Ariel Vromen ELENCO: Kevin Costner, Tommy Lee Jones, Gal Gadot, Ryan Reynolds PRODUÇÃO: Reino Unido/EUA, 2016, 14 anos QUANDO: estreia nesta quinta (14)
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Kevin Costner cria anti-herói irresistível em trama de açãoKevin Costner é o cara. Tudo bem que sua carreira é uma gangorra de sucesso e fracasso, mas ele tem sempre uma presença magnética na tela. Essa coisa que se chama "astro de cinema". E é por ele, principalmente, que "Mente Criminosa" é um grande filme. Depois de emplacar como galã nos anos 1980 e ganhar uma bandeja de prêmios no Oscar ao dirigir o insuportável quase faroeste "Dança com Lobos", Costner tem feito papeis interessantes nos últimos anos. Mas este Jericho Stewart é sem dúvida o melhor. É bom parar um pouco e respirar pausadamente antes de travar contato com o roteiro de "Mente Criminosa". Ryan Reynolds, de "Deadpool", é um agente da CIA morto em ação. Bem, quase morto. É mantido em coma induzido, porque carrega na memória a localização de um hacker holandês que tomou o controle de todo o sistema de defesa do governo americano. O chefe do agente, interpretado por Gary Oldman, quer essas informações. Para isso, convoca um cientista maluco, papel de Tommy Lee Jones, que afirma poder jogar a memória de uma pessoa no cérebro de outra. O chefão é histérico, o médico é cético. Oldman e Jones são bons nisso. Mas o receptor precisa ser alguém com uma síndrome rara, que deixa o sujeito com uma parte do cérebro não desenvolvida. E o candidato disponível é Jericho, assassino do tipo que a Justiça encarcerou e jogou a chave fora. Um sociopata cruel, que mata por qualquer coisa. Depois da cirurgia, Jericho escapa e vaga por Londres, enquanto as memórias do agente se confundem com as suas. Perseguido pela CIA e também por bandidos interessados no hacker, Jericho encontra pessoas e distribui mais socos na cara do que diz "bom dia". E aí entra em cena a viúva do agente, papel da bela Gal Gadot, a Mulher Maravilha de "Batman vs. Superman: A Origem da Justiça". Costner não exagera. Acerta o tom de quem não se abala nem um pouco ao cometer a pior atrocidade. O espectador acaba se surpreendendo quando percebe estar na torcida por um personagem tão ignóbil. Um anti-herói para ser colocado ao lado de Hannibal Lecter. MENTE CRIMINOSA (Criminal) DIREÇÃO: Ariel Vromen ELENCO: Kevin Costner, Tommy Lee Jones, Gal Gadot, Ryan Reynolds PRODUÇÃO: Reino Unido/EUA, 2016, 14 anos QUANDO: estreia nesta quinta (14)
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LG lança relógio inteligente que dispensa celular e tem conexão 4G
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A LG apresentou neste domingo (1º) dois novos modelos de relógios inteligentes, que têm a marca Urbane Watch. Os produtos mantém o formato circular de outros aparelhos da LG. Os relógios foram apresentados no primeiro dia da Mobile World Congress, mais importante evento de telefonia do mundo, que acontece em Barcelona (Espanha). A principal novidade é que um deles, chamado Watch Urbane LTE, dispensa o Android Wear, sistema operacional desenvolvido pelo Google para aparelhos vestíveis, em favor de uma plataforma própria. Embora a informação não tenha sido confirmada, é possível que se trate do webOS, sistema operacional criado pela finada Palm agora usado nas TV da LG. O relógio permite fazer e atender ligações e enviar mensagens de textos sem precisar estar conectado a um telefone. Esse modelo também apresenta conexão 4G, o que faz dele o primeiro aparelho do tipo. Mas sua venda está programada apenas para a Coreia do Sul. O outro relógio apresentado, mais básico, conta com o sistema operacional Android e design circular. É feito de metal polido, mas não tem sistema GPS ou NFC (para transmissão de dados entre dispositivos próximos), presentes na versão mais adiantada. A chinesa Huawei também começou a semana em Barcelona com relógios inteligentes, seu primeiro lançamento no segmento. O design é circular, com tela de 1,4 polegada. A memória é de 512 Mbytes e o armazenamento, de 4 Gbytes. Ele se conectará a qualquer celular Android via Bluetooth. O jornalista BRUNO ROMANI viajou a convite da Samsung
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LG lança relógio inteligente que dispensa celular e tem conexão 4GA LG apresentou neste domingo (1º) dois novos modelos de relógios inteligentes, que têm a marca Urbane Watch. Os produtos mantém o formato circular de outros aparelhos da LG. Os relógios foram apresentados no primeiro dia da Mobile World Congress, mais importante evento de telefonia do mundo, que acontece em Barcelona (Espanha). A principal novidade é que um deles, chamado Watch Urbane LTE, dispensa o Android Wear, sistema operacional desenvolvido pelo Google para aparelhos vestíveis, em favor de uma plataforma própria. Embora a informação não tenha sido confirmada, é possível que se trate do webOS, sistema operacional criado pela finada Palm agora usado nas TV da LG. O relógio permite fazer e atender ligações e enviar mensagens de textos sem precisar estar conectado a um telefone. Esse modelo também apresenta conexão 4G, o que faz dele o primeiro aparelho do tipo. Mas sua venda está programada apenas para a Coreia do Sul. O outro relógio apresentado, mais básico, conta com o sistema operacional Android e design circular. É feito de metal polido, mas não tem sistema GPS ou NFC (para transmissão de dados entre dispositivos próximos), presentes na versão mais adiantada. A chinesa Huawei também começou a semana em Barcelona com relógios inteligentes, seu primeiro lançamento no segmento. O design é circular, com tela de 1,4 polegada. A memória é de 512 Mbytes e o armazenamento, de 4 Gbytes. Ele se conectará a qualquer celular Android via Bluetooth. O jornalista BRUNO ROMANI viajou a convite da Samsung
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Tucano de Pernambuco dá voto decisivo pelo impeachment de Dilma
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Coube ao tucano Bruno Cavalcanti de Araújo (PSDB-PE) o voto decisivo a favor da abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). "Quanta honra o destino me reservou de poder sair da minha voz o grito de esperança de milhões de brasileiros", afirmou o responsável pelo 342º voto a favor do impedimento da Presidente da República. Quem é quem Afilhado de Sérgio Guerra (1947-2014), advogado e ex-presidente do PSDB em Pernambuco, o deputado federal foi o líder da bancada do PSDB na Câmara em 2012. Em seu terceiro mandato na Câmara, ganhou notoriedade por bater panelas na tribuna da Câmara em março de 2015, no rebote dos primeiros protestos massivos contra a gestão petista. Em sua atuação parlamentar, destacou-se por propor a obrigação de as administradoras de cartão de crédito disponibilizarem comprovante negativo da operação. No momento de proferir seu voto, às 23h07, Araújo se emocionou e foi às lágrimas. "Senhoras e senhores, Pernambuco nunca faltou ao Brasil. Carrego comigo nossa história de luta pela liberdade e pela democracia. Por isso eu digo sim!", completou. Ouvindo gritos de "golpista" clamados pelos governistas, o tucano desencadeou a comemoração dos deputados oposicionistas, que entoaram "eu sou brasileiro com muito orgulho com muito amor".
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Tucano de Pernambuco dá voto decisivo pelo impeachment de DilmaCoube ao tucano Bruno Cavalcanti de Araújo (PSDB-PE) o voto decisivo a favor da abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). "Quanta honra o destino me reservou de poder sair da minha voz o grito de esperança de milhões de brasileiros", afirmou o responsável pelo 342º voto a favor do impedimento da Presidente da República. Quem é quem Afilhado de Sérgio Guerra (1947-2014), advogado e ex-presidente do PSDB em Pernambuco, o deputado federal foi o líder da bancada do PSDB na Câmara em 2012. Em seu terceiro mandato na Câmara, ganhou notoriedade por bater panelas na tribuna da Câmara em março de 2015, no rebote dos primeiros protestos massivos contra a gestão petista. Em sua atuação parlamentar, destacou-se por propor a obrigação de as administradoras de cartão de crédito disponibilizarem comprovante negativo da operação. No momento de proferir seu voto, às 23h07, Araújo se emocionou e foi às lágrimas. "Senhoras e senhores, Pernambuco nunca faltou ao Brasil. Carrego comigo nossa história de luta pela liberdade e pela democracia. Por isso eu digo sim!", completou. Ouvindo gritos de "golpista" clamados pelos governistas, o tucano desencadeou a comemoração dos deputados oposicionistas, que entoaram "eu sou brasileiro com muito orgulho com muito amor".
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Campeões (só que não)
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Parecia cena de filme de espiões. Sentado em uma mesa da praça de alimentação do aeroporto de Atlanta, em frente a um restaurante chinês, Adam Nelson esperava por um homem que não conhecia. O estranho chegou, sentou-se, colocou uma caixa sobre a mesa e a empurrou em sua direção. Nelson fez o mesmo, sacou sua caixa da mochila e a entregou ao homem. Estava feito: Adam Nelson acabara de se tornar oficialmente um campeão olímpico. Pediu uma porção de batatas fritas para celebrar. Foi assim que o ex-atleta norte-americano finalmente conseguiu a medalha de ouro que lhe pertencia. Nos Jogos de Atenas-2004, ele havia terminado na segunda colocação no arremesso de peso. O ucraniano que o derrotou, no entanto, estava dopado. Com a descoberta tardia, a injustiça só foi corrigida nove anos depois. É claro que Nelson esperava se tornar campeão olímpico de outra maneira. Em sua cerimônia de premiação não foi tocado o hino nacional nem hasteada a bandeira. Não houve choro no pódio nem foram ouvidos os aplausos da torcida. Mais difícil ainda do que receber o ouro na praça de alimentação de um aeroporto foi ter consciência de tudo o que havia perdido antes disso. O ex-atleta estima ter deixado de ganhar US$ 2 milhões em contratos publicitários, patrocínios e outros negócios que surgiriam a reboque da conquista olímpica. A medalha de ouro é um símbolo poderoso. Mas não é o objeto que transforma a vida de um campeão. Ao subir ao topo do pódio, sob o olhar de bilhões de pessoas ao redor do mundo, o esportista ganha um novo status. As empresas passam a querer associar suas marcas a ele. Convites para eventos e programas de TV disparam. Vencer uma Olimpíada pode ser o divisor de águas de uma carreira. O revezamento brasileiro 4 x 100 m medalhista de prata nos Jogos de Sydney-2000 conhece bem esse sentimento. A equipe foi derrotada pelos EUA. Mais tarde, foi descoberto que Tim Montgomery havia corrido dopado. Ele participou apenas das eliminatórias da prova, e o time norte-americano não perdeu o ouro. Mesmo que tivessem recebido a medalha dourada após o doping, os brasileiros já sabiam o que haviam perdido. Em 2008, após assistir à festa da saltadora Maurren Maggi ao se tornar campeã na Olimpíada de Pequim, Edson Luciano, um dos integrantes do quarteto, resumiu o sentimento dos atletas: "Esse ouro seria na hora errada". Com o incremento da cruzada contra o doping, casos como o do revezamento brasileiro e o de Nelson devem se tornar cada vez mais comuns. As entidades de controle têm mantido amostras de urina e sangue de atletas na geladeira para serem examinadas anos depois. A ideia é aproveitar a evolução dos testes para flagrar trapaceiros que escaparam ilesos no passado. Em 2015, por exemplo, a federação internacional de atletismo refez exames dos Mundiais de 2005 e 2007 e encontrou resultados adversos em 32 deles. Em 2012, já havia reexaminado outras amostras e suspendido seis competidores. Se há dopados que não foram punidos, há medalhistas que não subiram ao pódio. E boa parte deles têm de esperar um longo processo para tentar receber seu prêmio. Apenas o símbolo. As oportunidades que chegam com a medalha, infelizmente, já terão ficado no passado.
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Campeões (só que não)Parecia cena de filme de espiões. Sentado em uma mesa da praça de alimentação do aeroporto de Atlanta, em frente a um restaurante chinês, Adam Nelson esperava por um homem que não conhecia. O estranho chegou, sentou-se, colocou uma caixa sobre a mesa e a empurrou em sua direção. Nelson fez o mesmo, sacou sua caixa da mochila e a entregou ao homem. Estava feito: Adam Nelson acabara de se tornar oficialmente um campeão olímpico. Pediu uma porção de batatas fritas para celebrar. Foi assim que o ex-atleta norte-americano finalmente conseguiu a medalha de ouro que lhe pertencia. Nos Jogos de Atenas-2004, ele havia terminado na segunda colocação no arremesso de peso. O ucraniano que o derrotou, no entanto, estava dopado. Com a descoberta tardia, a injustiça só foi corrigida nove anos depois. É claro que Nelson esperava se tornar campeão olímpico de outra maneira. Em sua cerimônia de premiação não foi tocado o hino nacional nem hasteada a bandeira. Não houve choro no pódio nem foram ouvidos os aplausos da torcida. Mais difícil ainda do que receber o ouro na praça de alimentação de um aeroporto foi ter consciência de tudo o que havia perdido antes disso. O ex-atleta estima ter deixado de ganhar US$ 2 milhões em contratos publicitários, patrocínios e outros negócios que surgiriam a reboque da conquista olímpica. A medalha de ouro é um símbolo poderoso. Mas não é o objeto que transforma a vida de um campeão. Ao subir ao topo do pódio, sob o olhar de bilhões de pessoas ao redor do mundo, o esportista ganha um novo status. As empresas passam a querer associar suas marcas a ele. Convites para eventos e programas de TV disparam. Vencer uma Olimpíada pode ser o divisor de águas de uma carreira. O revezamento brasileiro 4 x 100 m medalhista de prata nos Jogos de Sydney-2000 conhece bem esse sentimento. A equipe foi derrotada pelos EUA. Mais tarde, foi descoberto que Tim Montgomery havia corrido dopado. Ele participou apenas das eliminatórias da prova, e o time norte-americano não perdeu o ouro. Mesmo que tivessem recebido a medalha dourada após o doping, os brasileiros já sabiam o que haviam perdido. Em 2008, após assistir à festa da saltadora Maurren Maggi ao se tornar campeã na Olimpíada de Pequim, Edson Luciano, um dos integrantes do quarteto, resumiu o sentimento dos atletas: "Esse ouro seria na hora errada". Com o incremento da cruzada contra o doping, casos como o do revezamento brasileiro e o de Nelson devem se tornar cada vez mais comuns. As entidades de controle têm mantido amostras de urina e sangue de atletas na geladeira para serem examinadas anos depois. A ideia é aproveitar a evolução dos testes para flagrar trapaceiros que escaparam ilesos no passado. Em 2015, por exemplo, a federação internacional de atletismo refez exames dos Mundiais de 2005 e 2007 e encontrou resultados adversos em 32 deles. Em 2012, já havia reexaminado outras amostras e suspendido seis competidores. Se há dopados que não foram punidos, há medalhistas que não subiram ao pódio. E boa parte deles têm de esperar um longo processo para tentar receber seu prêmio. Apenas o símbolo. As oportunidades que chegam com a medalha, infelizmente, já terão ficado no passado.
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Kiss faz encerramento pirotécnico para festival Monsters of Rock
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O show do Kiss que encerrou a sexta edição do Festival Monsters of Rock neste domingo (26) agradou aos fãs de todas as idades. E eles estavam lá: eram 35 mil deles, que assistiram a uma hora e meia de show. Foram 47 minutos de atraso –a banda abriu o show às 23h17. Mas tudo foi perdoado. Mais do que uma banda de rock, o Kiss é um show para os olhos, sem novidades, mas sempre exuberante. Uma espécie de "Holiday on Ice" do rock pesado. O grupo liderado por Paul Stanley e Gene Simmons se tornou um refém de seu espetáculo pirotécnico e barulhento. Se as labaredas não subirem no palco ao som das músicas que todos na plateia escutam desde adolescentes, a decepção pode ser geral. Então o Kiss faz tudo certo, para só restar correr para o abraco. Abre o show com "Detroit Rock City", com todas as explosões esperadas, faz declarações de fidelidade ao público paulistano e começa a passear pelo repertorio de quase todos os álbuns. Os brasileiros se sentem diante de um "greatest hits" ao vivo. De "Deuce"', do álbum de estreia, de 1974, a "Psycho Circus", de 1998, passando por "Lick It Up"', de 1983, a banda vai e volta no tempo, mostrando como um repertório matador vale mais do que qualquer coisa. Para o público, a sensação que fica é a de ter visto seus heróis de perto. Gene Simmons está no mesmo status de um Capitão America ou um Luke Skywalker. Enfim, show do Kiss é aquela coisa boa de sempre. Mais ainda começa com "Detroit Rock City" e termina com "Rock and Roll All Nite".
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Kiss faz encerramento pirotécnico para festival Monsters of RockO show do Kiss que encerrou a sexta edição do Festival Monsters of Rock neste domingo (26) agradou aos fãs de todas as idades. E eles estavam lá: eram 35 mil deles, que assistiram a uma hora e meia de show. Foram 47 minutos de atraso –a banda abriu o show às 23h17. Mas tudo foi perdoado. Mais do que uma banda de rock, o Kiss é um show para os olhos, sem novidades, mas sempre exuberante. Uma espécie de "Holiday on Ice" do rock pesado. O grupo liderado por Paul Stanley e Gene Simmons se tornou um refém de seu espetáculo pirotécnico e barulhento. Se as labaredas não subirem no palco ao som das músicas que todos na plateia escutam desde adolescentes, a decepção pode ser geral. Então o Kiss faz tudo certo, para só restar correr para o abraco. Abre o show com "Detroit Rock City", com todas as explosões esperadas, faz declarações de fidelidade ao público paulistano e começa a passear pelo repertorio de quase todos os álbuns. Os brasileiros se sentem diante de um "greatest hits" ao vivo. De "Deuce"', do álbum de estreia, de 1974, a "Psycho Circus", de 1998, passando por "Lick It Up"', de 1983, a banda vai e volta no tempo, mostrando como um repertório matador vale mais do que qualquer coisa. Para o público, a sensação que fica é a de ter visto seus heróis de perto. Gene Simmons está no mesmo status de um Capitão America ou um Luke Skywalker. Enfim, show do Kiss é aquela coisa boa de sempre. Mais ainda começa com "Detroit Rock City" e termina com "Rock and Roll All Nite".
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Após prisão de Cunha, Câmara adia votação de mudança no pré-sal
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A base aliada de Michel Temer não conseguiu nesta quarta-feira (19) reunir o quorum de 257 dos 513 deputados para concluir a votação do projeto que altera as regras de exploração do pré-sal, uma das prioridades do governo para 2016. O cronograma do Palácio do Planalto previa a conclusão desta votação no início de outubro. Agora, a tendência é a de que isso ocorra só em novembro, após o segundo turno das eleições. O texto-base da votação foi aprovado no dia 5, mas restaram emendas a serem analisadas pelos deputados. O projeto acaba com a obrigatoriedade de a Petrobras ser sócia e operadora única do pré-sal, o que ampliará a participação privada na exploração dos campos. A proposta foi apresentada pelo senador e hoje ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB). A expectativa de especialistas é a de que o investimento no setor de petróleo possa subir dos atuais US$ 20 bilhões anuais para cerca de US$ 50 bilhões com a aprovação das alterações. "Pode votar a qualquer época, mas o Brasil tem pressa. No momento em que adia a votação, adiam-se os investimentos, adia-se a recuperação econômica. É um erro o governo não ter mobilizado a sua base para essa votação", disse o relator da proposta, o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA). A sessão desta quarta (19) foi marcada pelo impacto político da prisão do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que presidiu a Câmara de fevereiro de 2015 a maio de 2016. Pouco antes das 15h, verificou-se que não havia em plenário o mínimo de 257 deputados. A oposição, que é contra as alterações, não registrou presença. Após a conclusão da votação na Câmara o projeto segue para a sanção de Michel Temer, caso não sofra alterações.
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Após prisão de Cunha, Câmara adia votação de mudança no pré-salA base aliada de Michel Temer não conseguiu nesta quarta-feira (19) reunir o quorum de 257 dos 513 deputados para concluir a votação do projeto que altera as regras de exploração do pré-sal, uma das prioridades do governo para 2016. O cronograma do Palácio do Planalto previa a conclusão desta votação no início de outubro. Agora, a tendência é a de que isso ocorra só em novembro, após o segundo turno das eleições. O texto-base da votação foi aprovado no dia 5, mas restaram emendas a serem analisadas pelos deputados. O projeto acaba com a obrigatoriedade de a Petrobras ser sócia e operadora única do pré-sal, o que ampliará a participação privada na exploração dos campos. A proposta foi apresentada pelo senador e hoje ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB). A expectativa de especialistas é a de que o investimento no setor de petróleo possa subir dos atuais US$ 20 bilhões anuais para cerca de US$ 50 bilhões com a aprovação das alterações. "Pode votar a qualquer época, mas o Brasil tem pressa. No momento em que adia a votação, adiam-se os investimentos, adia-se a recuperação econômica. É um erro o governo não ter mobilizado a sua base para essa votação", disse o relator da proposta, o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA). A sessão desta quarta (19) foi marcada pelo impacto político da prisão do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que presidiu a Câmara de fevereiro de 2015 a maio de 2016. Pouco antes das 15h, verificou-se que não havia em plenário o mínimo de 257 deputados. A oposição, que é contra as alterações, não registrou presença. Após a conclusão da votação na Câmara o projeto segue para a sanção de Michel Temer, caso não sofra alterações.
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Aposentadoria de único porta-aviões mostra limites dos militares
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A aposentadoria do único porta-aviões do Hemisfério Sul, o brasileiro São Paulo, é um exemplo das ambições e dos limites dos planejadores militares do país. Comprado em 2000 da França a preço simbólico de US$ 12 milhões (pouco menos de R$ 24 milhões no câmbio da época), o navio já tinha 37 anos de uso. Segundo a Marinha, 17 anos depois o São Paulo consumiu R$ 287 milhões em operação e reparos. Incêndios a bordo deixaram quatro mortos e diversos feridos. O navio ficou cinco anos parado por ter chegado com seu eixo empenado, e mal saiu do estaleiro nesta década. A Força defende a energia despendida. "Esse investimento permitiu que o navio cumprisse bem sua missão, possibilitando à Marinha adquirir a capacitação para operar aeronaves de alta performance embarcadas, realizando 566 lançamentos e ganchos [pousos] de aeronaves", disse o Centro de Comunicação Social da Marinha. Até 2000, aeronaves navais eram operadas pela FAB no antigo Minas Gerais, garantindo aos pilotos embarcados o nada elogioso apelido de "praga azul", referência à cor de seus uniformes. Comprado em 1956, o Minas já era problemático, tendo recebido um pouso apenas nove anos depois. A partir do São Paulo, a Marinha passou a pilotar seus aviões, adquirindo uma frota de caças de segunda mão. Apenas seis países, Brasil incluído, operam porta-aviões capazes de lançar e receber aparelhos de asa fixa, além de helicópteros. Os EUA são líderes incontestes, com dez supernavios nucleares e nove modelos menores. Com eles, o país pode projetar poder e agressão a vários pontos do mundo, apoiados por uma esquadra. O Brasil precisava disso? A resposta é ambígua. O Brasil nunca teve a pretensão de fazer tal projeção. Seu objetivo era o de se capacitar para esse tipo de operação, o que condiz com a tradição de buscar o máximo de autossuficiência em tecnologias militares. E havia, dissimulada, a questão do status. Mas o custo da operação, que demandaria investimentos de até R$ 1 bilhão para manter o barco no mar, e a inviabilidade de construir um novo modelo, algo na casa dos R$ 3 bilhões, forçaram a opção racional pelo descomissionamento do navio. A Força aposta tudo em outra arma ofensiva, o submarino nuclear, e uma frota de modelos convencionais mais adequados para a defesa da costa e das áreas do pré-sal. Para críticos, o modelo nuclear é uma obsessão análoga à que manteve um porta-aviões tentando navegar. O domínio da tecnologia, sustenta o argumento favorável ao investimento, é uma garantia contra eventuais ameaças hoje inexistentes. "Elas surgem", diz o ministro Raul Jungmann (Defesa). Sem porta-aviões, segue o programa de modernização dos caças navais Skyhawk, que nunca estiveram aptos a combate, ao custo aproximado de R$ 430 milhões. A frota de 12 unidades é baseada em São Pedro da Aldeia (RJ). O porta-aviões já está no Rio, e, em junho, começará o processo de três anos para realocar seus 1.920 tripulantes e sistemas de bordo reaproveitáveis. Depois deverá virar sucata. E O RESTO DO MUNDO? - Orçamentos militares em 2015
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Aposentadoria de único porta-aviões mostra limites dos militaresA aposentadoria do único porta-aviões do Hemisfério Sul, o brasileiro São Paulo, é um exemplo das ambições e dos limites dos planejadores militares do país. Comprado em 2000 da França a preço simbólico de US$ 12 milhões (pouco menos de R$ 24 milhões no câmbio da época), o navio já tinha 37 anos de uso. Segundo a Marinha, 17 anos depois o São Paulo consumiu R$ 287 milhões em operação e reparos. Incêndios a bordo deixaram quatro mortos e diversos feridos. O navio ficou cinco anos parado por ter chegado com seu eixo empenado, e mal saiu do estaleiro nesta década. A Força defende a energia despendida. "Esse investimento permitiu que o navio cumprisse bem sua missão, possibilitando à Marinha adquirir a capacitação para operar aeronaves de alta performance embarcadas, realizando 566 lançamentos e ganchos [pousos] de aeronaves", disse o Centro de Comunicação Social da Marinha. Até 2000, aeronaves navais eram operadas pela FAB no antigo Minas Gerais, garantindo aos pilotos embarcados o nada elogioso apelido de "praga azul", referência à cor de seus uniformes. Comprado em 1956, o Minas já era problemático, tendo recebido um pouso apenas nove anos depois. A partir do São Paulo, a Marinha passou a pilotar seus aviões, adquirindo uma frota de caças de segunda mão. Apenas seis países, Brasil incluído, operam porta-aviões capazes de lançar e receber aparelhos de asa fixa, além de helicópteros. Os EUA são líderes incontestes, com dez supernavios nucleares e nove modelos menores. Com eles, o país pode projetar poder e agressão a vários pontos do mundo, apoiados por uma esquadra. O Brasil precisava disso? A resposta é ambígua. O Brasil nunca teve a pretensão de fazer tal projeção. Seu objetivo era o de se capacitar para esse tipo de operação, o que condiz com a tradição de buscar o máximo de autossuficiência em tecnologias militares. E havia, dissimulada, a questão do status. Mas o custo da operação, que demandaria investimentos de até R$ 1 bilhão para manter o barco no mar, e a inviabilidade de construir um novo modelo, algo na casa dos R$ 3 bilhões, forçaram a opção racional pelo descomissionamento do navio. A Força aposta tudo em outra arma ofensiva, o submarino nuclear, e uma frota de modelos convencionais mais adequados para a defesa da costa e das áreas do pré-sal. Para críticos, o modelo nuclear é uma obsessão análoga à que manteve um porta-aviões tentando navegar. O domínio da tecnologia, sustenta o argumento favorável ao investimento, é uma garantia contra eventuais ameaças hoje inexistentes. "Elas surgem", diz o ministro Raul Jungmann (Defesa). Sem porta-aviões, segue o programa de modernização dos caças navais Skyhawk, que nunca estiveram aptos a combate, ao custo aproximado de R$ 430 milhões. A frota de 12 unidades é baseada em São Pedro da Aldeia (RJ). O porta-aviões já está no Rio, e, em junho, começará o processo de três anos para realocar seus 1.920 tripulantes e sistemas de bordo reaproveitáveis. Depois deverá virar sucata. E O RESTO DO MUNDO? - Orçamentos militares em 2015
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PSOL entra com ação no STF para derrubar reforma da educação
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O PSOL entrou com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) nesta terça (27) para pedir que a corte declare inconstitucionais as mudanças propostas na reforma do sistema educacional brasileiro proposta pelo governo federal. O partido argumenta que o plano, se aprovado, acarretará na perda de qualidade do ensino, promoverá o aumento das diferenças sociais e o descompasso entre os alunos dos ensinos médio e fundamental. Um dos pontos criticados é o que retira a obrigatoriedade de o currículo escolar conter Artes e Educação Física. "Com a [...] não obrigatoriedade de oferecer todo o conteúdo em cada escola, é evidente que as escolas públicas, já sem muitos recursos, serão obrigadas a oferecer apenas o mínimo. Enquanto isso, a classe social mais privilegiada será exposta aos mais variados conteúdos. É uma norma que não se coaduna com a relação intrínseca entre a isonomia e o direito à educação", afirma. A peça afirma que a admissão de profissionais sem formação na área de educação ou pedagogia, como permite reforma permite, afronta o "princípio constitucional da garantia do padrão de qualidade do ensino público". A ação direta de constitucionalidade, assinada pelo presidente do PSOL, Raimundo Silva de Araújo, sustenta que a jornada de 7 horas de aula, imposta pela reforma, pode afastar das escolas alunos que se dividem entre trabalho e estudos. "A não ser que o Estado esteja disposto a incrementar políticas públicas que favoreçam o comparecimento de adolescentes às escolas por 7 horas a dentro, podendo ir para casa e reforçar seu aprendizado em seguida, a proposta é elitista e voltada apenas aos estudantes que têm o privilégio de não trabalhar enquanto estudam", acusa. Além disso, a sigla diz que a projeto não poderia ser apresentado por meio de uma medida provisória, como fez o Palácio do Planalto. O instrumento obriga o Congresso a apreciar a matéria com maior celeridade do que precisaria fazer com um projeto de lei. As MPs têm prazo de validade e perdem o efeito quando não são analisadas até a data de vencimento. "Dispor por medida provisória sobre tema tão complexo, que claramente não reclama urgência, é temerário e pouco democrático, por impor prazo extremamente exíguo para debate que já está ocorrendo nos meios educacionais e, sobretudo, no Congresso Nacional", diz o partido, depois de fazer referência a um projeto de lei sobre o mesmo tema que já está em tramitação na Câmara. A ação está sob a relatoria do ministro Edson Fachin. Outro processo, com o mesmo pleito, já havia chegado ao tribunal. Um advogado de São Paulo requereu que o Supremo torne a MP sem efeitos. RECUO Após pressão de professores e entidades, o governo Michel Temer (PMDB) recuou, ao menos por ora, da decisão de acabar com a obrigatoriedade de aulas de artes e educação física no ensino médio. Na quinta-feira (22), ao anunciar o plano, o Ministério da Educação distribuiu texto do que seria a medida provisória encaminhada ao Congresso. Segundo esse documento, as duas disciplinas somente seriam obrigatórias a partir de agora nos ensinos infantil e fundamental, definição seguida de uma série de críticas. Nesta sexta (23), porém, ao publicar a versão oficial da MP no "Diário Oficial" da União, o governo manteve o fim da obrigatoriedade de artes, educação física, sociologia e fisiologia, mas apontou que essa regra somente passará a valer a partir do segundo ano letivo posterior à aprovação da BNCC (Base Nacional Comum Curricular). A base nacional definirá os conteúdos para as diferentes etapas da educação básica e ainda está em discussão, sem prazo de conclusão. Na prática, a presença ou não dessas disciplinas no ensino médio será decidida pelo conteúdo da base nacional, e não mais pela medida provisória assinada por Temer e que agora será avaliada e até modificada por deputados e senadores. O Ministério da Educação diz que nunca houve a intenção de eliminar as disciplinas, e que a versão divulgada na quinta ainda não havia passado por revisões. Em nenhum momento, porém, o ministério comandado por Mendonça Filho (DEM-PE) anunciou esse ajuste de um texto para o outro.
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PSOL entra com ação no STF para derrubar reforma da educaçãoO PSOL entrou com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) nesta terça (27) para pedir que a corte declare inconstitucionais as mudanças propostas na reforma do sistema educacional brasileiro proposta pelo governo federal. O partido argumenta que o plano, se aprovado, acarretará na perda de qualidade do ensino, promoverá o aumento das diferenças sociais e o descompasso entre os alunos dos ensinos médio e fundamental. Um dos pontos criticados é o que retira a obrigatoriedade de o currículo escolar conter Artes e Educação Física. "Com a [...] não obrigatoriedade de oferecer todo o conteúdo em cada escola, é evidente que as escolas públicas, já sem muitos recursos, serão obrigadas a oferecer apenas o mínimo. Enquanto isso, a classe social mais privilegiada será exposta aos mais variados conteúdos. É uma norma que não se coaduna com a relação intrínseca entre a isonomia e o direito à educação", afirma. A peça afirma que a admissão de profissionais sem formação na área de educação ou pedagogia, como permite reforma permite, afronta o "princípio constitucional da garantia do padrão de qualidade do ensino público". A ação direta de constitucionalidade, assinada pelo presidente do PSOL, Raimundo Silva de Araújo, sustenta que a jornada de 7 horas de aula, imposta pela reforma, pode afastar das escolas alunos que se dividem entre trabalho e estudos. "A não ser que o Estado esteja disposto a incrementar políticas públicas que favoreçam o comparecimento de adolescentes às escolas por 7 horas a dentro, podendo ir para casa e reforçar seu aprendizado em seguida, a proposta é elitista e voltada apenas aos estudantes que têm o privilégio de não trabalhar enquanto estudam", acusa. Além disso, a sigla diz que a projeto não poderia ser apresentado por meio de uma medida provisória, como fez o Palácio do Planalto. O instrumento obriga o Congresso a apreciar a matéria com maior celeridade do que precisaria fazer com um projeto de lei. As MPs têm prazo de validade e perdem o efeito quando não são analisadas até a data de vencimento. "Dispor por medida provisória sobre tema tão complexo, que claramente não reclama urgência, é temerário e pouco democrático, por impor prazo extremamente exíguo para debate que já está ocorrendo nos meios educacionais e, sobretudo, no Congresso Nacional", diz o partido, depois de fazer referência a um projeto de lei sobre o mesmo tema que já está em tramitação na Câmara. A ação está sob a relatoria do ministro Edson Fachin. Outro processo, com o mesmo pleito, já havia chegado ao tribunal. Um advogado de São Paulo requereu que o Supremo torne a MP sem efeitos. RECUO Após pressão de professores e entidades, o governo Michel Temer (PMDB) recuou, ao menos por ora, da decisão de acabar com a obrigatoriedade de aulas de artes e educação física no ensino médio. Na quinta-feira (22), ao anunciar o plano, o Ministério da Educação distribuiu texto do que seria a medida provisória encaminhada ao Congresso. Segundo esse documento, as duas disciplinas somente seriam obrigatórias a partir de agora nos ensinos infantil e fundamental, definição seguida de uma série de críticas. Nesta sexta (23), porém, ao publicar a versão oficial da MP no "Diário Oficial" da União, o governo manteve o fim da obrigatoriedade de artes, educação física, sociologia e fisiologia, mas apontou que essa regra somente passará a valer a partir do segundo ano letivo posterior à aprovação da BNCC (Base Nacional Comum Curricular). A base nacional definirá os conteúdos para as diferentes etapas da educação básica e ainda está em discussão, sem prazo de conclusão. Na prática, a presença ou não dessas disciplinas no ensino médio será decidida pelo conteúdo da base nacional, e não mais pela medida provisória assinada por Temer e que agora será avaliada e até modificada por deputados e senadores. O Ministério da Educação diz que nunca houve a intenção de eliminar as disciplinas, e que a versão divulgada na quinta ainda não havia passado por revisões. Em nenhum momento, porém, o ministério comandado por Mendonça Filho (DEM-PE) anunciou esse ajuste de um texto para o outro.
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Cunha diz que Janot tenta antecipar condenação com afastamento
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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusa o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de tentar antecipar os efeitos de uma "hipotética condenação" na Operação Lava Jato ao pedir que o STF (Supremo Tribunal Federal) determine seu afastamento do Congresso com base em acusações das quais, ele ressalta, ainda sequer é réu. O argumento abre a peça de defesa apresentada pelos advogados de Cunha ao Supremo na última sexta (26), à qual a Folha teve acesso. Na manifestação de 36 páginas, os advogados de Cunha rebatem os 11 atos elencados por Janot para justificar o pedido de afastamento do peemedebista do mandato e do comando da Câmara. A defesa afirma que a solicitação feita pelo procurador-geral é baseada em ilações ou notícias de jornal sem comprovação e que despreza "respeitáveis princípios constitucionais". Para os advogados, tal medida só poderia ser eventualmente requisitada após uma condenação e sem chances de recurso. "O que se pretende como medida cautelar [urgente] é a adoção de uma providência que substancialmente equivale à antecipação dos efeitos de uma hipotética decisão condenatória", diz o texto. "A simples existência de uma denúncia criminal ou de uma investigação criminal jamais pode acarretar a perda de mandato. Tal consequência somente pode advir ao final do processo penal, de uma decisão condenatória penal transitada em julgado. Ademais, a denúncia pode não ser recebida, ou se recebida, o réu pode ser inocentado",completou. Para a defesa, o pedido de afastamento mostra, mais uma vez, que Janot age politicamente. "É evidente que não compete ao procurador-geral atuar judicialmente para impedir ou reduzir "instabilidade política", mormente utilizando-se de processo cautelar criminal". Na quarta (2), o STF julga se aceita ou não a denúncia oferecida pela Procuradoria contra Cunha por supostamente ter recebido US$ 5 milhões em propina da Petrobras. Se a acusação for admitida, ele virá réu e passa a responder pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Para solicitar o afastamento de Cunha, Janot sustenta que o peemedebista utiliza o cargo para evitar que as investigações contra ele avancem. No pedido, apresentado no fim de dezembro ao STF, o procurador-geral se referiu a Cunha como "delinquente" e disse que ele transformou a Câmara em um "balcão de negócios", utilizando de forma "criminosa as prerrogativas parlamentares". A defesa de Cunha, por sua vez, disse que Janot não consegue comprovar a participação direta do peemedebista em nenhum dos episódios nos quais o acusa de manobrar para minar apurações ou constranger delatores da Lava Jato. Os advogados do peemedebista ainda sugerem que Janot age de maneira seletiva e, para sustentar a acusação, detalharam a atuação do PGR no caso do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Ex-líder do governo Dilma Rosseff no Senado, Delcídio foi preso depois de ser gravado tramando a fuga de um delator da Lava Jato. No grampo, o petista ainda citava nominalmente ministros do STF que, disse na época, acreditava poder dissuadir de decisões desfavoráveis no curso da investigação. Cunha usa do caso para dizer que, com Delcídio, que foi preso por "comprovada [tentativa] de interferência direta" no andamento da Lava Jato no Supremo "se noticia que o procurador-geral da República, ao se manifestar acerca do pedido de revogação da prisão, não só opinou pela libertação do citado parlamentar, como também teria concordado com o seu retorno ao Senado Federal, e ainda com a possibilidade de exercer em plenitude as funções inerentes à atividade parlamentar". "Tal fato, caso verdadeiro, configuraria uma inaceitável seletividade na atuação do procurador-geral da República, se comparado com os fatos elencados na inicial da presente cautelar e as graves providências que foram requeridas", conclui. Cunha ainda acusa a Procuradoria de ter manipulado conversas obtidas pela Lava Jato para imputar conduta ilegal a ele. Ele se refere a mensagens obtidas pela Lava Jato no celular do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS. Para Janot, os textos mostram conversa na qual Cunha negocia um projeto de interesse do dona da OAS e pede propina. A defesa rechaça que ele tenha pedido vantagens indevidas e alega que a Procuradoria misturou as mensagens, imputando equivocadamente a ele acertos sobre pagamentos de valores. O presidente da Câmara negou que manobras para adiar a análise de seu processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara tenham sido arquitetadas por ele. A defesa tenta ainda desqualificar a acusação de que Cunha usa aliados para, por meio de requerimentos apresentados por colegas do parlamento, achacar empresas e pessoas. "O requerido, para sua atuação parlamentar, nunca precisou e jamais se utilizou dos serviços de quem quer que seja", sustenta. "A se crer nas suposições descritas em diversas passagens da petição inicial [de Janot], a Câmara de Deputados, ao longo de vários anos, estaria ocupada por um número significativo de fantoches manipulados por Eduardo Cunha. O procurador-geral da República não quer enxergar que Eduardo Cunha é apenas um num colegiado de 513 parlamentares". Os defensores dizem que não há prova de que o peemedebista teria usado o mandato, o cargo de presidente e aliados "para constranger e intimidar testemunhas, colaboradores, advogados e agentes públicos para dificultar a investigação contra si". Janot cita a advogada Beatriz Beatriz Catta Preta, o doleiro Alberto Youssef e o deputado Fausto Pinato (PRB-SP), que relatou o processo contra Cunha no Conselho de Ética da Câmara, como personagens que se sentiram ameaçados pelo peemedebista e seus aliados. Sobre Pinato, a defesa de Cunha tenta desqualificar a acusação lembrando que o deputado responde a acusação no Supremo de denunciação caluniosa. "Aqui não se afirma em hipótese alguma que o referido parlamentar tem por hábito formular acusações falsas, mas tal fato, é inegável, vem corroborar a falta de idoneidade do seu relato", ironiza.
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Cunha diz que Janot tenta antecipar condenação com afastamentoO presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusa o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de tentar antecipar os efeitos de uma "hipotética condenação" na Operação Lava Jato ao pedir que o STF (Supremo Tribunal Federal) determine seu afastamento do Congresso com base em acusações das quais, ele ressalta, ainda sequer é réu. O argumento abre a peça de defesa apresentada pelos advogados de Cunha ao Supremo na última sexta (26), à qual a Folha teve acesso. Na manifestação de 36 páginas, os advogados de Cunha rebatem os 11 atos elencados por Janot para justificar o pedido de afastamento do peemedebista do mandato e do comando da Câmara. A defesa afirma que a solicitação feita pelo procurador-geral é baseada em ilações ou notícias de jornal sem comprovação e que despreza "respeitáveis princípios constitucionais". Para os advogados, tal medida só poderia ser eventualmente requisitada após uma condenação e sem chances de recurso. "O que se pretende como medida cautelar [urgente] é a adoção de uma providência que substancialmente equivale à antecipação dos efeitos de uma hipotética decisão condenatória", diz o texto. "A simples existência de uma denúncia criminal ou de uma investigação criminal jamais pode acarretar a perda de mandato. Tal consequência somente pode advir ao final do processo penal, de uma decisão condenatória penal transitada em julgado. Ademais, a denúncia pode não ser recebida, ou se recebida, o réu pode ser inocentado",completou. Para a defesa, o pedido de afastamento mostra, mais uma vez, que Janot age politicamente. "É evidente que não compete ao procurador-geral atuar judicialmente para impedir ou reduzir "instabilidade política", mormente utilizando-se de processo cautelar criminal". Na quarta (2), o STF julga se aceita ou não a denúncia oferecida pela Procuradoria contra Cunha por supostamente ter recebido US$ 5 milhões em propina da Petrobras. Se a acusação for admitida, ele virá réu e passa a responder pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Para solicitar o afastamento de Cunha, Janot sustenta que o peemedebista utiliza o cargo para evitar que as investigações contra ele avancem. No pedido, apresentado no fim de dezembro ao STF, o procurador-geral se referiu a Cunha como "delinquente" e disse que ele transformou a Câmara em um "balcão de negócios", utilizando de forma "criminosa as prerrogativas parlamentares". A defesa de Cunha, por sua vez, disse que Janot não consegue comprovar a participação direta do peemedebista em nenhum dos episódios nos quais o acusa de manobrar para minar apurações ou constranger delatores da Lava Jato. Os advogados do peemedebista ainda sugerem que Janot age de maneira seletiva e, para sustentar a acusação, detalharam a atuação do PGR no caso do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Ex-líder do governo Dilma Rosseff no Senado, Delcídio foi preso depois de ser gravado tramando a fuga de um delator da Lava Jato. No grampo, o petista ainda citava nominalmente ministros do STF que, disse na época, acreditava poder dissuadir de decisões desfavoráveis no curso da investigação. Cunha usa do caso para dizer que, com Delcídio, que foi preso por "comprovada [tentativa] de interferência direta" no andamento da Lava Jato no Supremo "se noticia que o procurador-geral da República, ao se manifestar acerca do pedido de revogação da prisão, não só opinou pela libertação do citado parlamentar, como também teria concordado com o seu retorno ao Senado Federal, e ainda com a possibilidade de exercer em plenitude as funções inerentes à atividade parlamentar". "Tal fato, caso verdadeiro, configuraria uma inaceitável seletividade na atuação do procurador-geral da República, se comparado com os fatos elencados na inicial da presente cautelar e as graves providências que foram requeridas", conclui. Cunha ainda acusa a Procuradoria de ter manipulado conversas obtidas pela Lava Jato para imputar conduta ilegal a ele. Ele se refere a mensagens obtidas pela Lava Jato no celular do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS. Para Janot, os textos mostram conversa na qual Cunha negocia um projeto de interesse do dona da OAS e pede propina. A defesa rechaça que ele tenha pedido vantagens indevidas e alega que a Procuradoria misturou as mensagens, imputando equivocadamente a ele acertos sobre pagamentos de valores. O presidente da Câmara negou que manobras para adiar a análise de seu processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara tenham sido arquitetadas por ele. A defesa tenta ainda desqualificar a acusação de que Cunha usa aliados para, por meio de requerimentos apresentados por colegas do parlamento, achacar empresas e pessoas. "O requerido, para sua atuação parlamentar, nunca precisou e jamais se utilizou dos serviços de quem quer que seja", sustenta. "A se crer nas suposições descritas em diversas passagens da petição inicial [de Janot], a Câmara de Deputados, ao longo de vários anos, estaria ocupada por um número significativo de fantoches manipulados por Eduardo Cunha. O procurador-geral da República não quer enxergar que Eduardo Cunha é apenas um num colegiado de 513 parlamentares". Os defensores dizem que não há prova de que o peemedebista teria usado o mandato, o cargo de presidente e aliados "para constranger e intimidar testemunhas, colaboradores, advogados e agentes públicos para dificultar a investigação contra si". Janot cita a advogada Beatriz Beatriz Catta Preta, o doleiro Alberto Youssef e o deputado Fausto Pinato (PRB-SP), que relatou o processo contra Cunha no Conselho de Ética da Câmara, como personagens que se sentiram ameaçados pelo peemedebista e seus aliados. Sobre Pinato, a defesa de Cunha tenta desqualificar a acusação lembrando que o deputado responde a acusação no Supremo de denunciação caluniosa. "Aqui não se afirma em hipótese alguma que o referido parlamentar tem por hábito formular acusações falsas, mas tal fato, é inegável, vem corroborar a falta de idoneidade do seu relato", ironiza.
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No Quênia, papa pede diálogo entre religiões para combater o terrorismo
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Durante visita ao Quênia, o papa Francisco disse a líderes religiosos que eles devem atuar como "profetas da paz" e promover um diálogo entre as crenças para se proteger dos "bárbaros" ataques de terroristas no país africano. "Muitas vezes, jovens têm se radicalizado em nome da religião para semear a discórdia e o medo, e para rasgar o próprio tecido da sociedade", disse Francisco nesta quinta-feira (26) a representantes cristãos, muçulmanos, judeus, animistas, dentre outras religiões. O pontífice condenou os ataques da facção islâmica somali Al Shabaab, ligada à Al Qaeda, que nos últimos anos, mataram cerca de 400 pessoas no Quênia. Em abril, milicianos invadiram uma universidade e mataram 148 estudantes cristãos. "Nossa convicção comum é que o Deus a que buscamos servir é um Deus de paz. Seu santo nome não pode ser utilizado nunca para justificar o ódio e a violência", acrescentou o papa. MISSA O encontro ecumênico aconteceu pouco antes de Francisco ir de papamóvel ao campus da Universidade de Nairóbi, onde celebrou uma missa diante de centenas de milhares de fiéis. Na cerimônia, o papa apelou aos jovens para que "rejeitem tudo o que leva ao preconceito e à discriminação" e denunciou a violência contra as mulheres. "Somos convocados a resistir às práticas que favorecem a arrogância dos homens, que ferem ou desprezam as mulheres, que não cuidam dos idosos e ameaçam a vida do inocente que ainda não nasceu", declarou Francisco. Alguns fiéis disseram ter chegado às duas da manhã ao campus para garantir sua presença, apesar das fortes chuvas na capital queniana durante a madrugada. Para muitos, este era um "momento histórico" que não poderia ser perdido. A missa foi protegida por cerca de 10 mil agentes de segurança. Ainda na quinta-feira, o papa deve fazer um discurso na sede da Organização das Nações Unidas em Nairóbi. Francisco desembarcou no Quênia nesta quarta-feira (25), iniciando sua primeira visita ao continente africano. Nos próximos dias, ele deve passar pela República Centro-Africana e por Uganda. Onde fica Quênia
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No Quênia, papa pede diálogo entre religiões para combater o terrorismoDurante visita ao Quênia, o papa Francisco disse a líderes religiosos que eles devem atuar como "profetas da paz" e promover um diálogo entre as crenças para se proteger dos "bárbaros" ataques de terroristas no país africano. "Muitas vezes, jovens têm se radicalizado em nome da religião para semear a discórdia e o medo, e para rasgar o próprio tecido da sociedade", disse Francisco nesta quinta-feira (26) a representantes cristãos, muçulmanos, judeus, animistas, dentre outras religiões. O pontífice condenou os ataques da facção islâmica somali Al Shabaab, ligada à Al Qaeda, que nos últimos anos, mataram cerca de 400 pessoas no Quênia. Em abril, milicianos invadiram uma universidade e mataram 148 estudantes cristãos. "Nossa convicção comum é que o Deus a que buscamos servir é um Deus de paz. Seu santo nome não pode ser utilizado nunca para justificar o ódio e a violência", acrescentou o papa. MISSA O encontro ecumênico aconteceu pouco antes de Francisco ir de papamóvel ao campus da Universidade de Nairóbi, onde celebrou uma missa diante de centenas de milhares de fiéis. Na cerimônia, o papa apelou aos jovens para que "rejeitem tudo o que leva ao preconceito e à discriminação" e denunciou a violência contra as mulheres. "Somos convocados a resistir às práticas que favorecem a arrogância dos homens, que ferem ou desprezam as mulheres, que não cuidam dos idosos e ameaçam a vida do inocente que ainda não nasceu", declarou Francisco. Alguns fiéis disseram ter chegado às duas da manhã ao campus para garantir sua presença, apesar das fortes chuvas na capital queniana durante a madrugada. Para muitos, este era um "momento histórico" que não poderia ser perdido. A missa foi protegida por cerca de 10 mil agentes de segurança. Ainda na quinta-feira, o papa deve fazer um discurso na sede da Organização das Nações Unidas em Nairóbi. Francisco desembarcou no Quênia nesta quarta-feira (25), iniciando sua primeira visita ao continente africano. Nos próximos dias, ele deve passar pela República Centro-Africana e por Uganda. Onde fica Quênia
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Drinques, tapas e bombons de queijo de cabra brilham no Recreo Bar, em SP
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MARIANA AGUNZI DE SÃO PAULO Desde meados de agosto, a badalada rua Padre João Manuel, na região oeste, ganhou um novo bar. Trata-se do Recreo, dos mesmos sócios da casa vizinha, Brasserie des Arts. Logo na entrada, na varanda, um suntuoso balcão já indica: é dali que saem os drinques do talentoso mixologista Marcelo Serrano, que também assina a carta do Brasserie. Entre as opções, vale provar o Spicy Mule (R$ 29), que leva rum, limão, bitter e espuma de gengibre. Para acompanhar os goles, a casa investe nas tapas, petiscos de origem espanhola. O cardápio fica a cargo do francês Christophe Deparday, ex-Chef Rouge, que não raro surge no salão para dar um "bonjour" aos seus clientes. Não saia sem provar a porção de bombons de queijo de cabra com pistache (R$ 26), que vale a pedida. Recreo Bar. R. Pe. João Manuel, 1.249, Cerqueira César, região oeste, tel. 3068-0169. 60 lugares. Ter. e qua.: 19h às 24h. Qui.: 19h à 1h. Sex.: 18h à 1h30. Sáb.: 13h à 1h. Dom.: 13h às 23h. Preço: R$ 15 (cerveja Stella Artois - 275 ml).
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saopaulo
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Drinques, tapas e bombons de queijo de cabra brilham no Recreo Bar, em SPMARIANA AGUNZI DE SÃO PAULO Desde meados de agosto, a badalada rua Padre João Manuel, na região oeste, ganhou um novo bar. Trata-se do Recreo, dos mesmos sócios da casa vizinha, Brasserie des Arts. Logo na entrada, na varanda, um suntuoso balcão já indica: é dali que saem os drinques do talentoso mixologista Marcelo Serrano, que também assina a carta do Brasserie. Entre as opções, vale provar o Spicy Mule (R$ 29), que leva rum, limão, bitter e espuma de gengibre. Para acompanhar os goles, a casa investe nas tapas, petiscos de origem espanhola. O cardápio fica a cargo do francês Christophe Deparday, ex-Chef Rouge, que não raro surge no salão para dar um "bonjour" aos seus clientes. Não saia sem provar a porção de bombons de queijo de cabra com pistache (R$ 26), que vale a pedida. Recreo Bar. R. Pe. João Manuel, 1.249, Cerqueira César, região oeste, tel. 3068-0169. 60 lugares. Ter. e qua.: 19h às 24h. Qui.: 19h à 1h. Sex.: 18h à 1h30. Sáb.: 13h à 1h. Dom.: 13h às 23h. Preço: R$ 15 (cerveja Stella Artois - 275 ml).
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Rússia detém novo suspeito de organizar ataque em metrô
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As autoridades de segurança da Rússia detiveram nesta segunda-feira (17) um novo suspeito relacionado ao atentado a bomba contra o metrô de São Petersburgo, que deixou ao menos 14 mortos há duas semanas. O suspeito foi identificado como Abror Azimov, nascido em 1990 e originário da Ásia Central. Ele teria colaborado com o homem-bomba Akbarzhon Jalilov, nascido no Quirguistão e responsável pelo ataque no último dia 3. Segundo a agência de notícias RIA, Azimov foi detido em Odintsovo, na região metropolitana de Moscou. Além de Azimov, ao menos oito outros suspeitos foram detidos nas últimas semanas em conexão com o atentado. A Rússia trata a explosão no metrô –que coincidiu com uma visita do presidente Vladimir Putin a São Petersburgo– como um atentado terrorista. Os países da Ásia Central, predominantemente muçulmanos e pobres, são considerados um terreno fértil para extremistas islâmicos. Acredita-se que milhares de cidadãos de países da região tenham se juntado às fileiras da organização terrorista Estado Islâmico, que controla territórios no Iraque e na Síria.
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Rússia detém novo suspeito de organizar ataque em metrôAs autoridades de segurança da Rússia detiveram nesta segunda-feira (17) um novo suspeito relacionado ao atentado a bomba contra o metrô de São Petersburgo, que deixou ao menos 14 mortos há duas semanas. O suspeito foi identificado como Abror Azimov, nascido em 1990 e originário da Ásia Central. Ele teria colaborado com o homem-bomba Akbarzhon Jalilov, nascido no Quirguistão e responsável pelo ataque no último dia 3. Segundo a agência de notícias RIA, Azimov foi detido em Odintsovo, na região metropolitana de Moscou. Além de Azimov, ao menos oito outros suspeitos foram detidos nas últimas semanas em conexão com o atentado. A Rússia trata a explosão no metrô –que coincidiu com uma visita do presidente Vladimir Putin a São Petersburgo– como um atentado terrorista. Os países da Ásia Central, predominantemente muçulmanos e pobres, são considerados um terreno fértil para extremistas islâmicos. Acredita-se que milhares de cidadãos de países da região tenham se juntado às fileiras da organização terrorista Estado Islâmico, que controla territórios no Iraque e na Síria.
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Relator da Lava Jato diz ser contra foro privilegiado
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O relator das ações oriundas da Operação Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Edson Fachin, disse nesta sexta-feira (17) ser contra o foro privilegiado. "Eu, já de muito tempo, tenho subscrito uma visão crítica do chamado foro privilegiado por entendê-lo incompatível com o princípio republicano, que é o programa normativo que está na base da Constituição brasileira", disse Fachin após um evento no STF nesta manhã. O ministro também disse que o Supremo precisará verificar se o debate sobre esta questão se dará na Corte ou no Congresso. "A questão, todavia, que se coloca é saber se essa alteração pode ser feita por uma mudança de interpretação constitucional ou se ela demanda, da parte do Poder Legislativo, uma alteração própria do Poder Legislativo", afirmou o ministro. O ministro Luís Roberto Barroso enviou nesta quarta (15) ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) um processo para discutir a redução do alcance da prerrogativa de foro de deputados, senadores e ministros, conforme revelado pela Folha.. Para Barroso, os demais ministros devem se manifestar sobre a possibilidade de restringir o foro a casos relacionados a acusações por crimes cometidos durante e em razão do exercício do cargo. O documento de Barroso não faz relação com a recente nomeação de Moreira Franco a ministro do governo de Michel Temer. No entanto, indiretamente, se a tese for levada adiante pelo Supremo, pode ter efeito na hipótese de abertura de investigações sobre fatos referentes a um período em que ele não tinha foro no Supremo. A nomeação de Moreira, citado em delações da Lava Jato, foi contestada por partidos de oposição, mas uma liminar do ministro Celso de Mello na terça (14) confirmou a decisão de Temer de nomeá-lo ministro. Na interpretação de Barroso, seria mantido o entendimento do STF de que um caso deve ser transferido a instâncias inferiores se o seu alvo perder o cargo que lhe dá o foro -é o caso das ações contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Lava Jato. A nomeação de Moreira Franco a ministro do governo de Michel Temer foi contestada por partidos políticos. Moreira é citado em delação da Lava Jato.
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Relator da Lava Jato diz ser contra foro privilegiadoO relator das ações oriundas da Operação Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Edson Fachin, disse nesta sexta-feira (17) ser contra o foro privilegiado. "Eu, já de muito tempo, tenho subscrito uma visão crítica do chamado foro privilegiado por entendê-lo incompatível com o princípio republicano, que é o programa normativo que está na base da Constituição brasileira", disse Fachin após um evento no STF nesta manhã. O ministro também disse que o Supremo precisará verificar se o debate sobre esta questão se dará na Corte ou no Congresso. "A questão, todavia, que se coloca é saber se essa alteração pode ser feita por uma mudança de interpretação constitucional ou se ela demanda, da parte do Poder Legislativo, uma alteração própria do Poder Legislativo", afirmou o ministro. O ministro Luís Roberto Barroso enviou nesta quarta (15) ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) um processo para discutir a redução do alcance da prerrogativa de foro de deputados, senadores e ministros, conforme revelado pela Folha.. Para Barroso, os demais ministros devem se manifestar sobre a possibilidade de restringir o foro a casos relacionados a acusações por crimes cometidos durante e em razão do exercício do cargo. O documento de Barroso não faz relação com a recente nomeação de Moreira Franco a ministro do governo de Michel Temer. No entanto, indiretamente, se a tese for levada adiante pelo Supremo, pode ter efeito na hipótese de abertura de investigações sobre fatos referentes a um período em que ele não tinha foro no Supremo. A nomeação de Moreira, citado em delações da Lava Jato, foi contestada por partidos de oposição, mas uma liminar do ministro Celso de Mello na terça (14) confirmou a decisão de Temer de nomeá-lo ministro. Na interpretação de Barroso, seria mantido o entendimento do STF de que um caso deve ser transferido a instâncias inferiores se o seu alvo perder o cargo que lhe dá o foro -é o caso das ações contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Lava Jato. A nomeação de Moreira Franco a ministro do governo de Michel Temer foi contestada por partidos políticos. Moreira é citado em delação da Lava Jato.
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Alta do dólar coloca em xeque a era das megaexposições no país
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A disparada do dólar em relação ao real ameaça o cenário cultural do país, aumentando a dificuldade para trazer montagens teatrais e até filmes estrangeiros para festivais realizados no país. Nas artes visuais, a valorização do dólar –que chegou a R$ 3,31 na semana passada– ameaça pôr fim à era das megaexposições de estrelas internacionais, como as dedicadas a Ron Mueck e Salvador Dalí, que levaram multidões a museus do país. Mostras que já vinham sendo preparadas para estrear no Brasil neste ano e no ano que vem, entre elas uma retrospectiva do norte-americano Edward Hopper, uma mostra com obras vindas do Louvre, em Paris, e outra com fósseis do Museu de História Natural de Nova York podem ser canceladas ou adiadas. Um dos problemas apontados por produtores é que exposições com recursos captados via Lei Rouanet, a grande maioria delas, têm seus contratos fechados em reais com até um ano de antecedência e agora eles estão defasados. Patrocinadores, como o Banco do Brasil, vêm orientando produtores a estimar uma variação cambial ao submeter seus projetos à aprovação do governo, mas ninguém previa alta tão acentuada. "Se recebi o dinheiro no câmbio do ano passado, já é um problema", diz Bruno Assami, produtor de mostras como a de Mueck e da libanesa Mona Hatoum, que passaram pela Pinacoteca, em SP. "Não há planejamento que aguente com essa alta do dólar." É o caso da mostra de Edward Hopper, que chegou a ser anunciada pelo Centro Cultural Banco do Brasil, mas depois saiu da programação. Segundo sua produção, a tentativa para viabilizar a mostra é aumentar o número de cidades que a recebem, já que o custo do seguro e empréstimo das obras é diluído entre os locais. Produtores vêm negociando com o museu Whitney, de Nova York, de onde vêm as peças, para chegar a um possível acordo. O mesmo acontece com a mostra sobre dinossauros, com peças do Museu de História Natural de Nova York, prevista para o fim do ano no Catavento, em São Paulo. Segundo produtores, o museu nova-iorquino faz conferências por telefone a cada semana com a equipe local para avaliar a piora na economia. ATRASO Outra vítima da crise, o Instituto Inhotim, do magnata Bernardo Paz, atrasou a construção de dois pavilhões, galerias dedicadas à obra da fotógrafa Claudia Andujar e à do dinamarquês Olafur Eliasson que seriam inauguradas no ano passado e agora não têm uma data para ser abertas. Um terço do orçamento anual de R$ 40 milhões do museu mineiro vem de recursos do empresário. Outra patrocinadora do Inhotim, a Vale, também vem sofrendo com o cenário econômico por causa da queda no preço do minério de ferro. "Essa situação afasta as empresas", diz Antônio Grassi, diretor-executivo do complexo de museus. O setor automobilístico também revê planos de patrocínio. Segundo produtores, a Casa Fiat de Cultura, nos arredores de Belo Horizonte, tem dificuldades para trazer ao país uma mostra de Orazio e Artemisia Gentileschi, mestres do barroco italiano.
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Alta do dólar coloca em xeque a era das megaexposições no paísA disparada do dólar em relação ao real ameaça o cenário cultural do país, aumentando a dificuldade para trazer montagens teatrais e até filmes estrangeiros para festivais realizados no país. Nas artes visuais, a valorização do dólar –que chegou a R$ 3,31 na semana passada– ameaça pôr fim à era das megaexposições de estrelas internacionais, como as dedicadas a Ron Mueck e Salvador Dalí, que levaram multidões a museus do país. Mostras que já vinham sendo preparadas para estrear no Brasil neste ano e no ano que vem, entre elas uma retrospectiva do norte-americano Edward Hopper, uma mostra com obras vindas do Louvre, em Paris, e outra com fósseis do Museu de História Natural de Nova York podem ser canceladas ou adiadas. Um dos problemas apontados por produtores é que exposições com recursos captados via Lei Rouanet, a grande maioria delas, têm seus contratos fechados em reais com até um ano de antecedência e agora eles estão defasados. Patrocinadores, como o Banco do Brasil, vêm orientando produtores a estimar uma variação cambial ao submeter seus projetos à aprovação do governo, mas ninguém previa alta tão acentuada. "Se recebi o dinheiro no câmbio do ano passado, já é um problema", diz Bruno Assami, produtor de mostras como a de Mueck e da libanesa Mona Hatoum, que passaram pela Pinacoteca, em SP. "Não há planejamento que aguente com essa alta do dólar." É o caso da mostra de Edward Hopper, que chegou a ser anunciada pelo Centro Cultural Banco do Brasil, mas depois saiu da programação. Segundo sua produção, a tentativa para viabilizar a mostra é aumentar o número de cidades que a recebem, já que o custo do seguro e empréstimo das obras é diluído entre os locais. Produtores vêm negociando com o museu Whitney, de Nova York, de onde vêm as peças, para chegar a um possível acordo. O mesmo acontece com a mostra sobre dinossauros, com peças do Museu de História Natural de Nova York, prevista para o fim do ano no Catavento, em São Paulo. Segundo produtores, o museu nova-iorquino faz conferências por telefone a cada semana com a equipe local para avaliar a piora na economia. ATRASO Outra vítima da crise, o Instituto Inhotim, do magnata Bernardo Paz, atrasou a construção de dois pavilhões, galerias dedicadas à obra da fotógrafa Claudia Andujar e à do dinamarquês Olafur Eliasson que seriam inauguradas no ano passado e agora não têm uma data para ser abertas. Um terço do orçamento anual de R$ 40 milhões do museu mineiro vem de recursos do empresário. Outra patrocinadora do Inhotim, a Vale, também vem sofrendo com o cenário econômico por causa da queda no preço do minério de ferro. "Essa situação afasta as empresas", diz Antônio Grassi, diretor-executivo do complexo de museus. O setor automobilístico também revê planos de patrocínio. Segundo produtores, a Casa Fiat de Cultura, nos arredores de Belo Horizonte, tem dificuldades para trazer ao país uma mostra de Orazio e Artemisia Gentileschi, mestres do barroco italiano.
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Ingressos para show de Paul McCartney em São Paulo esgotam
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Os ingressos para o show de Paul McCartney em São Paulo, no Allianz Parque, esgotaram nesta terça-feira (9). A venda havia sido disponibilizada à meia-noite desta segunda (8). Ainda é possível comprar ingressos para os shows em Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador no site do Tickets For Fun. As entradas vão de R$ 190 a R$ 850. Em outubro, McCartney se apresenta em quatro cidades brasileiras. O primeiro show será no dia 13 em Porto Alegre, no Beira-Rio, depois McCartney segue para São Paulo no dia 15. Em seguida, ele fará um show em Belo Horizonte, no dia 17 no Mineirão, e em Salvador, no Estádio da Fonte Nova no dia 20, o ex-beatle finaliza sua passagem pelo Brasil. As apresentações são parte da turnê One on One. Além disso, este ano é comemorado os 50 anos do lançamento do disco "Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band" (1967). Ouça o álbum "Sgt Pepper Lonely Hearts Club Band (1967)": Ouça no deezer
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Ingressos para show de Paul McCartney em São Paulo esgotamOs ingressos para o show de Paul McCartney em São Paulo, no Allianz Parque, esgotaram nesta terça-feira (9). A venda havia sido disponibilizada à meia-noite desta segunda (8). Ainda é possível comprar ingressos para os shows em Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador no site do Tickets For Fun. As entradas vão de R$ 190 a R$ 850. Em outubro, McCartney se apresenta em quatro cidades brasileiras. O primeiro show será no dia 13 em Porto Alegre, no Beira-Rio, depois McCartney segue para São Paulo no dia 15. Em seguida, ele fará um show em Belo Horizonte, no dia 17 no Mineirão, e em Salvador, no Estádio da Fonte Nova no dia 20, o ex-beatle finaliza sua passagem pelo Brasil. As apresentações são parte da turnê One on One. Além disso, este ano é comemorado os 50 anos do lançamento do disco "Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band" (1967). Ouça o álbum "Sgt Pepper Lonely Hearts Club Band (1967)": Ouça no deezer
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Renato Augusto desabafa e diz que achou que não jogaria em alto nível
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O jogo em São Januário nem tinha acabado e o meia Renato Augusto já chorava no banco de reservas -tinha dado lugar a Rodriguinho no segundo tempo. Quando foi confirmada a vitória do São Paulo sobre o Atlético-MG (4 a 2), e o título estava garantido, o jogador pulava com outros atletas no banco, sempre chorando. Aos 27 anos, o meia revelado pelo Flamengo, com passagem pelo Bayer Leverkusen e histórico de lesões, admitiu que pensou que nunca mais jogaria futebol em alto nível. As boas atuações neste ano o levaram de volta à seleção. Na terça, fez o seu primeiro gol com a camisa nacional na vitória contra o Peru, por 3 a 0, na Bahia. "A vida é uma roda gigante. Já fiquei muito tempo lá em baixo. Quero agora ficar muito tempo aqui em cima", afirmou o meia. "Achei que teria que jogar em um mercado mais abaixo, que não conseguiria mais atuar em alto nível. Mas graças ao Bruno [Mazziotti, fisioterapeuta], ao doutor Joaquim [Grava, médico], a todos os fisioterapeutas, consegui voltar para a seleção", afirmou. O jogador classificou Tite como um "pai". "Ensinou muito a todos, é um cara espetacular", disse.
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esporte
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Renato Augusto desabafa e diz que achou que não jogaria em alto nívelO jogo em São Januário nem tinha acabado e o meia Renato Augusto já chorava no banco de reservas -tinha dado lugar a Rodriguinho no segundo tempo. Quando foi confirmada a vitória do São Paulo sobre o Atlético-MG (4 a 2), e o título estava garantido, o jogador pulava com outros atletas no banco, sempre chorando. Aos 27 anos, o meia revelado pelo Flamengo, com passagem pelo Bayer Leverkusen e histórico de lesões, admitiu que pensou que nunca mais jogaria futebol em alto nível. As boas atuações neste ano o levaram de volta à seleção. Na terça, fez o seu primeiro gol com a camisa nacional na vitória contra o Peru, por 3 a 0, na Bahia. "A vida é uma roda gigante. Já fiquei muito tempo lá em baixo. Quero agora ficar muito tempo aqui em cima", afirmou o meia. "Achei que teria que jogar em um mercado mais abaixo, que não conseguiria mais atuar em alto nível. Mas graças ao Bruno [Mazziotti, fisioterapeuta], ao doutor Joaquim [Grava, médico], a todos os fisioterapeutas, consegui voltar para a seleção", afirmou. O jogador classificou Tite como um "pai". "Ensinou muito a todos, é um cara espetacular", disse.
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Novo advogado de Palocci também negocia delação de Renato Duque
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O advogado Adriano Bretas, recém-contratado pelo ex-ministro Antonio Palocci (PT-SP) para negociar um acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato, também advoga para outro colaborador: o ex-diretor da Petrobras Renato Duque. Os dois, juntos, teriam munição para tentar envolver o ex-presidente Lula de forma definitiva no escândalo da Petrobras. Parte das informações que Palocci pretende prestar aos investigadores poderiam ser confirmadas por Duque, segundo o ex-ministro disse a interlocutores. O jornal "Valor Econômico" publicou nesta terça-feira (25) que Palocci pode falar, por exemplo, que um terço das propinas pagas na criação da empresa Sete Brasil, em 2010, teria sido destinada a ele e a Lula. Duque saberia detalhes do episódio e poderia confirmar tudo aos procuradores.
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colunas
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Novo advogado de Palocci também negocia delação de Renato DuqueO advogado Adriano Bretas, recém-contratado pelo ex-ministro Antonio Palocci (PT-SP) para negociar um acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato, também advoga para outro colaborador: o ex-diretor da Petrobras Renato Duque. Os dois, juntos, teriam munição para tentar envolver o ex-presidente Lula de forma definitiva no escândalo da Petrobras. Parte das informações que Palocci pretende prestar aos investigadores poderiam ser confirmadas por Duque, segundo o ex-ministro disse a interlocutores. O jornal "Valor Econômico" publicou nesta terça-feira (25) que Palocci pode falar, por exemplo, que um terço das propinas pagas na criação da empresa Sete Brasil, em 2010, teria sido destinada a ele e a Lula. Duque saberia detalhes do episódio e poderia confirmar tudo aos procuradores.
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Terrorista mata 3, fere 40 e é morto na região do Parlamento em Londres
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Um homem matou ao menos três pessoas e feriu outras 40 após um ataque nos arredores do Parlamento britânico, em Londres, nesta quarta-feira (22). A ação é tratada pelas autoridades como um ato terrorista. O terrorista foi morto pela polícia. O chefe do departamento anti-terrorismo da Grã-Bretanha, Mark Rowley, havia dito na noite de quarta que cinco pessoas morreram, incluindo o terrorista, mas voltou atrás e disse nesta quinta (23) que ocorreram quatro mortes. De acordo com as autoridades, o suspeito avançou com o carro, um Hyundai i40 (vendido no Brasil como New Tucson), na direção de pedestres na ponte de Westminster, na parte de trás da sede do Parlamento, antes de bater em uma grade do prédio. O terrorista saiu do carro e esfaqueou o policial Keith Palmer, 48, na entrada do Parlamento antes de ser morto por outros agentes. O agente esfaqueado e outros dois civis morreram, informou a polícia de Londres. Orientada pelas forças de segurança, a Câmara dos Comuns encerrou suas atividades. Legisladores e jornalistas foram mantidos no prédio por cerca de cinco horas até serem liberados pela polícia. "Eu ouvi gritos e depois uma explosão. Agora sabemos que era o carro invadindo o portão do palácio. Depois disso, um homem pulou a cerca com o que pareciam ser facas. Em seguida, ouvimos uma série de tiros", afirmou à Folha o assessor parlamentar Marcos Gold. - Ataque em Londres O QUE NÃO SE SABE - Gravidade do estado de saúde das 40 pessoas feridas - Identidade do autor da ação, baleado e morto pela polícia - Motivação do ataque - Existência de eventual relação com organização terrorista, embora polícia trabalhe sob o princípio de que autor seja inspirado pelo "terrorismo internacional" ATAQUES ANTERIORES NO REINO UNIDO 7.jul.2005 Quatro terroristas matam 52 pessoas em ataques suicidas no sistema de transporte. Dias depois, o brasileiro Jean Charles de Menezes é morto pela polícia, confundido com autor de atentado a bomba na véspera 22.mai.2013 Soldado é esfaqueado por dois homens perto de uma base militar no sudeste de Londres 5.fev.2015 Homem esfaqueia três pessoas na estação Leytonstone do metrô de Londres - Quarta-feira é o dia da tradicional sessão em que o primeiro-ministro responde a questionamentos dos membros do Parlamento na Câmara dos Comuns. May havia falado no final da manhã, e foi retirada do prédio do Legislativo logo depois do ataque por oito agentes armados. Em seguida, convocou reunião do comitê de segurança do governo. Em pronunciamento à imprensa na noite desta quarta, May condenou o ataque, que chamou de "doentio e imoral". "Nós nunca iremos ceder ao terror", disse a primeira-ministra. "Não foi por acaso que o agressor escolheu o Parlamento, que simboliza a democracia, a liberdade e a lei." O prefeito de Londres, Sadiq Khan, exaltou a "bravura" dos policiais e trabalhadores dos serviços de emergência que atuaram nesta quarta-feira. "Uma grande investigação está em curso", disse Khan. Ele ainda pediu aos moradores da cidade que não se rendam. "Londres é a melhor cidade do mundo e nós ficaremos juntos contra aqueles que buscam nos ferir e destruir nosso estilo de vida. Os londrinos nunca vão se acovardar pelo terrorismo." Em uma rede social, o Parlamento informou que a Câmara dos Comuns e a Câmara dos Lordes realizarão normalmente suas sessões nesta quinta-feira (23). A imprensa britânica saudou como herói o deputado conservador Tobias Ellwood, funcionário do Ministério das Relações Exteriores, que ajudou a socorrer o oficial Palmer. Ex-soldado, Ellwood fez respiração boca a boca em uma tentativa de ressuscitar o agente. No final da noite e pela madrugada, moradores de Londres depositavam flores na grade do Parlamento. Prédios de Tel Aviv, em Israel, e das britânicas Birmingham e Manchester exibiram bandeiras britânicas em sinal de luto, enquanto a torre Eiffel foi apagada à 0h em Paris (20h em Brasília). FERIDOS Dentre os feridos, há três policiais britânicos, três estudantes de ensino médio franceses, dois romenos e cinco turistas sul-coreanos. Autoridades britânicas informaram que uma mulher com ferimentos graves foi retirada do rio Tâmisa após o ataque na ponte de Westminster. Testemunhas afirmam que um grande número de policiais armados chegaram ao Parlamento, alguns deles carregando escudos. Imagens da ponte —um ponto em que turistas se aglomeram para fotografar a icônica torre do Big Ben— mostravam diversas pessoas no chão recebendo socorro. Todos os acessos ao metrô nos arredores do Parlamento e da ponte foram fechados. Em sinal de respeito, o Parlamento da Escócia informou que também suspendeu sua sessão. A Polícia Metropolitana de Londres disse que foi acionada às 14h40 locais (11h40 de Brasília) devido à uma ocorrência com armas de fogo no Parlamento. A polícia pediu a testemunhas que repassem imagens às autoridades caso tenham fotografado ou filmado a ação. Foi pedido "bom senso", por outro lado, no compartilhamento nas redes sociais. REAÇÕES O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ofereceu "total cooperação e apoio" ao Reino Unido. O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, condenou o ataque. "Nós condenamos esses terríveis atos de violência, e se eles foram realizados por indivíduos perturbados ou por terroristas, as vítimas não sabem a diferença." A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou estar "profundamente chocada" pelo ataque. "Ainda que o contexto desses ataques precisem ser esclarecidos, gostaria de enfatizar em nome da Alemanha e de seus cidadãos: nós nos posicionamos resolutamente ao lado do Reino Unido na luta contra qualquer forma de terrorismo", disse Merkel. "O terrorismo afeta a todos nós e a França sabe o que o povo britânico está sofrendo hoje", declarou o presidente francês, François Hollande. "A Europa se posiciona firmemente com o Reino Unido contra o terror e está pronta a ajudar", disse o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. Em nota, o Itamaraty também condenou o ataque e afirmou que não há registro de brasileiros entre as vítimas. A rainha Elizabeth 2ª adiou uma visita que faria nesta quinta-feira (23) à Scotland Yard, informou um porta-voz do Palácio de Buckingham na noite desta quarta. O presidente Michel Temer enviou carta à premiê britânica, Theresa May, prestando solidariedade aos britânicos e às vítimas e seus familiares. "O Brasil associa-se ao Reino Unido e a todos os que compartilham a convicção na força da democracia e repudiam qualquer forma de extremismo violento", afirmou. BRUXELAS Os ataques coincidem com o aniversário de um ano dos atentados a Bruxelas, que deixaram 32 mortos em 2016. O Reino Unido foi alvo de ataques em maio de 2013, quando dois homens esfaquearam o soldado Lee Rigby em uma rua no sudeste da capital. Em julho de 2005, quatro terroristas mataram 52 pessoas em atentados suicidas no sistema de transporte, o pior ataque sofrido por Londres em tempos de paz. Com agências de notícias
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mundo
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Terrorista mata 3, fere 40 e é morto na região do Parlamento em LondresUm homem matou ao menos três pessoas e feriu outras 40 após um ataque nos arredores do Parlamento britânico, em Londres, nesta quarta-feira (22). A ação é tratada pelas autoridades como um ato terrorista. O terrorista foi morto pela polícia. O chefe do departamento anti-terrorismo da Grã-Bretanha, Mark Rowley, havia dito na noite de quarta que cinco pessoas morreram, incluindo o terrorista, mas voltou atrás e disse nesta quinta (23) que ocorreram quatro mortes. De acordo com as autoridades, o suspeito avançou com o carro, um Hyundai i40 (vendido no Brasil como New Tucson), na direção de pedestres na ponte de Westminster, na parte de trás da sede do Parlamento, antes de bater em uma grade do prédio. O terrorista saiu do carro e esfaqueou o policial Keith Palmer, 48, na entrada do Parlamento antes de ser morto por outros agentes. O agente esfaqueado e outros dois civis morreram, informou a polícia de Londres. Orientada pelas forças de segurança, a Câmara dos Comuns encerrou suas atividades. Legisladores e jornalistas foram mantidos no prédio por cerca de cinco horas até serem liberados pela polícia. "Eu ouvi gritos e depois uma explosão. Agora sabemos que era o carro invadindo o portão do palácio. Depois disso, um homem pulou a cerca com o que pareciam ser facas. Em seguida, ouvimos uma série de tiros", afirmou à Folha o assessor parlamentar Marcos Gold. - Ataque em Londres O QUE NÃO SE SABE - Gravidade do estado de saúde das 40 pessoas feridas - Identidade do autor da ação, baleado e morto pela polícia - Motivação do ataque - Existência de eventual relação com organização terrorista, embora polícia trabalhe sob o princípio de que autor seja inspirado pelo "terrorismo internacional" ATAQUES ANTERIORES NO REINO UNIDO 7.jul.2005 Quatro terroristas matam 52 pessoas em ataques suicidas no sistema de transporte. Dias depois, o brasileiro Jean Charles de Menezes é morto pela polícia, confundido com autor de atentado a bomba na véspera 22.mai.2013 Soldado é esfaqueado por dois homens perto de uma base militar no sudeste de Londres 5.fev.2015 Homem esfaqueia três pessoas na estação Leytonstone do metrô de Londres - Quarta-feira é o dia da tradicional sessão em que o primeiro-ministro responde a questionamentos dos membros do Parlamento na Câmara dos Comuns. May havia falado no final da manhã, e foi retirada do prédio do Legislativo logo depois do ataque por oito agentes armados. Em seguida, convocou reunião do comitê de segurança do governo. Em pronunciamento à imprensa na noite desta quarta, May condenou o ataque, que chamou de "doentio e imoral". "Nós nunca iremos ceder ao terror", disse a primeira-ministra. "Não foi por acaso que o agressor escolheu o Parlamento, que simboliza a democracia, a liberdade e a lei." O prefeito de Londres, Sadiq Khan, exaltou a "bravura" dos policiais e trabalhadores dos serviços de emergência que atuaram nesta quarta-feira. "Uma grande investigação está em curso", disse Khan. Ele ainda pediu aos moradores da cidade que não se rendam. "Londres é a melhor cidade do mundo e nós ficaremos juntos contra aqueles que buscam nos ferir e destruir nosso estilo de vida. Os londrinos nunca vão se acovardar pelo terrorismo." Em uma rede social, o Parlamento informou que a Câmara dos Comuns e a Câmara dos Lordes realizarão normalmente suas sessões nesta quinta-feira (23). A imprensa britânica saudou como herói o deputado conservador Tobias Ellwood, funcionário do Ministério das Relações Exteriores, que ajudou a socorrer o oficial Palmer. Ex-soldado, Ellwood fez respiração boca a boca em uma tentativa de ressuscitar o agente. No final da noite e pela madrugada, moradores de Londres depositavam flores na grade do Parlamento. Prédios de Tel Aviv, em Israel, e das britânicas Birmingham e Manchester exibiram bandeiras britânicas em sinal de luto, enquanto a torre Eiffel foi apagada à 0h em Paris (20h em Brasília). FERIDOS Dentre os feridos, há três policiais britânicos, três estudantes de ensino médio franceses, dois romenos e cinco turistas sul-coreanos. Autoridades britânicas informaram que uma mulher com ferimentos graves foi retirada do rio Tâmisa após o ataque na ponte de Westminster. Testemunhas afirmam que um grande número de policiais armados chegaram ao Parlamento, alguns deles carregando escudos. Imagens da ponte —um ponto em que turistas se aglomeram para fotografar a icônica torre do Big Ben— mostravam diversas pessoas no chão recebendo socorro. Todos os acessos ao metrô nos arredores do Parlamento e da ponte foram fechados. Em sinal de respeito, o Parlamento da Escócia informou que também suspendeu sua sessão. A Polícia Metropolitana de Londres disse que foi acionada às 14h40 locais (11h40 de Brasília) devido à uma ocorrência com armas de fogo no Parlamento. A polícia pediu a testemunhas que repassem imagens às autoridades caso tenham fotografado ou filmado a ação. Foi pedido "bom senso", por outro lado, no compartilhamento nas redes sociais. REAÇÕES O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ofereceu "total cooperação e apoio" ao Reino Unido. O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, condenou o ataque. "Nós condenamos esses terríveis atos de violência, e se eles foram realizados por indivíduos perturbados ou por terroristas, as vítimas não sabem a diferença." A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou estar "profundamente chocada" pelo ataque. "Ainda que o contexto desses ataques precisem ser esclarecidos, gostaria de enfatizar em nome da Alemanha e de seus cidadãos: nós nos posicionamos resolutamente ao lado do Reino Unido na luta contra qualquer forma de terrorismo", disse Merkel. "O terrorismo afeta a todos nós e a França sabe o que o povo britânico está sofrendo hoje", declarou o presidente francês, François Hollande. "A Europa se posiciona firmemente com o Reino Unido contra o terror e está pronta a ajudar", disse o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. Em nota, o Itamaraty também condenou o ataque e afirmou que não há registro de brasileiros entre as vítimas. A rainha Elizabeth 2ª adiou uma visita que faria nesta quinta-feira (23) à Scotland Yard, informou um porta-voz do Palácio de Buckingham na noite desta quarta. O presidente Michel Temer enviou carta à premiê britânica, Theresa May, prestando solidariedade aos britânicos e às vítimas e seus familiares. "O Brasil associa-se ao Reino Unido e a todos os que compartilham a convicção na força da democracia e repudiam qualquer forma de extremismo violento", afirmou. BRUXELAS Os ataques coincidem com o aniversário de um ano dos atentados a Bruxelas, que deixaram 32 mortos em 2016. O Reino Unido foi alvo de ataques em maio de 2013, quando dois homens esfaquearam o soldado Lee Rigby em uma rua no sudeste da capital. Em julho de 2005, quatro terroristas mataram 52 pessoas em atentados suicidas no sistema de transporte, o pior ataque sofrido por Londres em tempos de paz. Com agências de notícias
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Aula sobre Hitler bomba em canal da internet com mais de 5 mi de inscritos
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Em três dias, um vídeo de 1h20 sobre Adolf Hitler bateu a marca de 1 milhão de visualizações no YouTube. O material foi divulgado entre vídeos sobre a banda Mamonas Assassinas e o filme Jurassic Park, temas já abordados no Canal Nostalgia. Com 5,8 milhões de inscritos, o site tem como foco a cultura pop de décadas passadas, mas decidiu lançar um produto de viés educativo. "Antigamente não tinha muita escolha para buscar informações. E hoje tem muita gente compartilhando informação errada", diz Felipe Castanhari, 26, dono do canal. Até esta segunda (29), o vídeo sobre Hitler tinha 2,4 milhões de visualizações, marca semelhante à de materiais sobre Star Wars. A maior parte do público tem de 17 a 24 anos, mas os assuntos e a abordagem também atraem os mais jovens. Um dos episódios narrados no vídeo é a vitória do corredor negro Jesse Owens na competição de 100 metros na Olimpíada de Berlim, em 1936. "Você acha que ele [Hitler] foi lá, desceu, foi dar a medalhinha pro cara? Está enganado: Hitler foi bem cuzão e saiu fora do estádio antes mesmo que as pessoas pudessem perceber", narra. Com uma equipe de roteiristas, Castanhari, formado em animação digital, diz que a aula passou pelo crivo de uma historiadora. A iniciativa foi elogiada por quem também trata de conteúdo semelhante na sala de aula. "A ideia de que existe um conteúdo pronto, fixo, que deve ser transmitido por aulas expositivas é algo que está morrendo", avalia Gianpaolo Dorigo, supervisor de história do curso Anglo. Se há dez anos o uso de celular em sala de aula era motivo de irritação do professor, hoje o aparelho já é visto como uma opção de pesquisa entre os alunos, diz. "Às vezes cito de propósito alguma coisa esquisita e já vejo as pessoas se movendo." Vídeo
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cotidiano
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Aula sobre Hitler bomba em canal da internet com mais de 5 mi de inscritosEm três dias, um vídeo de 1h20 sobre Adolf Hitler bateu a marca de 1 milhão de visualizações no YouTube. O material foi divulgado entre vídeos sobre a banda Mamonas Assassinas e o filme Jurassic Park, temas já abordados no Canal Nostalgia. Com 5,8 milhões de inscritos, o site tem como foco a cultura pop de décadas passadas, mas decidiu lançar um produto de viés educativo. "Antigamente não tinha muita escolha para buscar informações. E hoje tem muita gente compartilhando informação errada", diz Felipe Castanhari, 26, dono do canal. Até esta segunda (29), o vídeo sobre Hitler tinha 2,4 milhões de visualizações, marca semelhante à de materiais sobre Star Wars. A maior parte do público tem de 17 a 24 anos, mas os assuntos e a abordagem também atraem os mais jovens. Um dos episódios narrados no vídeo é a vitória do corredor negro Jesse Owens na competição de 100 metros na Olimpíada de Berlim, em 1936. "Você acha que ele [Hitler] foi lá, desceu, foi dar a medalhinha pro cara? Está enganado: Hitler foi bem cuzão e saiu fora do estádio antes mesmo que as pessoas pudessem perceber", narra. Com uma equipe de roteiristas, Castanhari, formado em animação digital, diz que a aula passou pelo crivo de uma historiadora. A iniciativa foi elogiada por quem também trata de conteúdo semelhante na sala de aula. "A ideia de que existe um conteúdo pronto, fixo, que deve ser transmitido por aulas expositivas é algo que está morrendo", avalia Gianpaolo Dorigo, supervisor de história do curso Anglo. Se há dez anos o uso de celular em sala de aula era motivo de irritação do professor, hoje o aparelho já é visto como uma opção de pesquisa entre os alunos, diz. "Às vezes cito de propósito alguma coisa esquisita e já vejo as pessoas se movendo." Vídeo
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Vídeo do Porta dos Fundos que ironiza a PF motiva 'guerra de likes'
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"Foi um senador do PSDB que aceitou a propina. Foram R$ 25 milhões desviados da Vale e R$ 5 milhões da Petrobras", diz o deputado. O investigador da Polícia Federal só boceja e olha o celular. Mais à frente, o delator detalha um jantar na França, "pago com dinheiro público", em que se reuniram políticos "do PSDB e do PMDB", com champanhe e "arroz de lula". Neste momento, o policial se vira e diz: "Machado, pode emitir o mandado de prisão. Avisa lá pro juiz que a gente pegou o Lula". O esquete "Delação", publicado pelo canal Porta dos Fundos no YouTube no último sábado (2), tem gerado grande repercussão –e motivado uma "guerra de 'likes'". A cena, com Fabio Porchat e Gregorio Duvivier, se tornou em poucos dias a mais assistida do canal desde "Amigo Secreto", de 14 de dezembro: até a noite desta segunda (4), eram mais de 3,5 milhões de visualizações; "Amigo Secreto" tinha 5,7 milhões. Em termos de repercussão, no entanto, "Delação" viu um fenômeno diferente para os padrões do Porta dos Fundos: acumulava, até a publicação deste texto, 244 mil cliques no botão "curti" e 435 mil em "não curti". A título de comparação, "Amigo Secreto" tinha, até a noite de segunda, 192 mil curtidas e 3.200 "descurtidas". Esquete mais antigo e com o mesmo volume de visualizações (cerca de 3 milhões), "Bromance" tinha 137 mil "likes" e 1.800 "dislikes". Ocorre que "Delação" motivou uma campanha de boicote nas redes sociais –com a criação, por exemplo da hashtag RIPPorta–, por causa das críticas ao trabalho da Polícia Federal. Nos comentários, muitos usuários chamavam o grupo de "vendidos", citando um financiamento obtido pela Lei Rouanet, e de "defensores de bandidos", entre outros xingamentos. "Delação" Antonio Tabet, sócio e roteirista do grupo, comentou o caso em sua página no Facebook –chamando a polêmica de "revanchismo bobo". "Quem me conhece sabe qual é a minha posição em relação ao atual governo e corruptos em geral. Minha posição, aliás, é compartilhada pela maioria dos meus colegas", escreveu. "Acho que a Polícia Federal faz um trabalho bastante competente, sou #TeamMoro". "Contudo, não abro mão da democracia e da liberdade. Acredito que todos têm o direito de se expressar. Inclusive aqueles que discordo e principalmente nos locais onde trabalho", disse Tabet. O roteirista cita dois outros vídeos, batizados de "Reunião de Emergência" para mostrar que o grupo não tem "um pensamento singular". No mais recente da série, de duas semanas atrás, Tabet interpreta "Michel", negocia a demissão de um ministro para poder nomear um sujeito chamado "linguiceiro de Diadema" e diz que ocupa a vaga de interino porque a presidente "está em posição fetal chorando e babando desde a divulgação dos áudios". A cena teve 2,6 milhões de visualizações –e 4.000 cliques em "não curti", contra 124 mil em "curti". "Incentivar a censura ou a intolerância nada mais é que um recibo de que você pode ser tão fascista quanto os fascistas que critica. Sejam eles imperialistas americanos ou comunistas cubanos", disse Tabet, que finalizou dizendo que ia finalizar um roteiro "zoando a deputada petista Maria do Rosário" –aprovado por Gregorio Duvivier.
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poder
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Vídeo do Porta dos Fundos que ironiza a PF motiva 'guerra de likes'"Foi um senador do PSDB que aceitou a propina. Foram R$ 25 milhões desviados da Vale e R$ 5 milhões da Petrobras", diz o deputado. O investigador da Polícia Federal só boceja e olha o celular. Mais à frente, o delator detalha um jantar na França, "pago com dinheiro público", em que se reuniram políticos "do PSDB e do PMDB", com champanhe e "arroz de lula". Neste momento, o policial se vira e diz: "Machado, pode emitir o mandado de prisão. Avisa lá pro juiz que a gente pegou o Lula". O esquete "Delação", publicado pelo canal Porta dos Fundos no YouTube no último sábado (2), tem gerado grande repercussão –e motivado uma "guerra de 'likes'". A cena, com Fabio Porchat e Gregorio Duvivier, se tornou em poucos dias a mais assistida do canal desde "Amigo Secreto", de 14 de dezembro: até a noite desta segunda (4), eram mais de 3,5 milhões de visualizações; "Amigo Secreto" tinha 5,7 milhões. Em termos de repercussão, no entanto, "Delação" viu um fenômeno diferente para os padrões do Porta dos Fundos: acumulava, até a publicação deste texto, 244 mil cliques no botão "curti" e 435 mil em "não curti". A título de comparação, "Amigo Secreto" tinha, até a noite de segunda, 192 mil curtidas e 3.200 "descurtidas". Esquete mais antigo e com o mesmo volume de visualizações (cerca de 3 milhões), "Bromance" tinha 137 mil "likes" e 1.800 "dislikes". Ocorre que "Delação" motivou uma campanha de boicote nas redes sociais –com a criação, por exemplo da hashtag RIPPorta–, por causa das críticas ao trabalho da Polícia Federal. Nos comentários, muitos usuários chamavam o grupo de "vendidos", citando um financiamento obtido pela Lei Rouanet, e de "defensores de bandidos", entre outros xingamentos. "Delação" Antonio Tabet, sócio e roteirista do grupo, comentou o caso em sua página no Facebook –chamando a polêmica de "revanchismo bobo". "Quem me conhece sabe qual é a minha posição em relação ao atual governo e corruptos em geral. Minha posição, aliás, é compartilhada pela maioria dos meus colegas", escreveu. "Acho que a Polícia Federal faz um trabalho bastante competente, sou #TeamMoro". "Contudo, não abro mão da democracia e da liberdade. Acredito que todos têm o direito de se expressar. Inclusive aqueles que discordo e principalmente nos locais onde trabalho", disse Tabet. O roteirista cita dois outros vídeos, batizados de "Reunião de Emergência" para mostrar que o grupo não tem "um pensamento singular". No mais recente da série, de duas semanas atrás, Tabet interpreta "Michel", negocia a demissão de um ministro para poder nomear um sujeito chamado "linguiceiro de Diadema" e diz que ocupa a vaga de interino porque a presidente "está em posição fetal chorando e babando desde a divulgação dos áudios". A cena teve 2,6 milhões de visualizações –e 4.000 cliques em "não curti", contra 124 mil em "curti". "Incentivar a censura ou a intolerância nada mais é que um recibo de que você pode ser tão fascista quanto os fascistas que critica. Sejam eles imperialistas americanos ou comunistas cubanos", disse Tabet, que finalizou dizendo que ia finalizar um roteiro "zoando a deputada petista Maria do Rosário" –aprovado por Gregorio Duvivier.
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Rio-2016 aceita desculpas de Lochte, mas diz que brasileiro se sentiu humilhado
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CAMILA MATTOSO ENVIADA ESPECIAL AO RIO O Comitê Rio 2016 afirmou que aceita os pedidos de desculpas do nadador Ryan Lochte e do Comitê Olímpico dos Estados Unidos após atletas norte-americanos forjarem um assalto durante os Jogos Olímpicos. Mario Andrada, diretor de comunicação da entidade, disse que não havia uma expectativa dos organizadores nesse sentido, mas que a população brasileira esperava uma manifestação dos atletas. "A gente obviamente aceita as desculpas dele. O que nós achamos é que o povo brasileiro ficou decepcionado com as atitudes deles. Ficou claro que a população se sentiu humilhada pelas mentiras e sentiu que a imagem tinha sido manchada no exterior", disse Andrada. "É como um ditado que a gente tem aqui, sobre o tamanho das pernas. A mentira tem perna curta. A população precisa ter mais orgulho da nossa imagem no exterior", completou, lembrando também do pedido de desculpas do comitê americano. O comitê organizador quer dar o caso como encerrado. Cerca de 2,5% das menções do Twitter usando hashtag da organização nas últimas 24 horas falaram sobre o tema —cerca de 45 mil posts. Mark Adams, porta voz do COI (Comitê Olímpico Internacional), também comentou o assunto, tentando por um ponto final na questão. "Claro que houve mágoa aqui no país. O COI se sente solidário a este sentimento. Ficamos satisfeitos com as desculpas, mas não vamos mais nos concentrar nisso", afirmou. O CASO Os nadadores Ryan Lochte, medalha no ouro no revezamento 4 x 200 m, James Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger disseram ter sido assaltados no trajeto entre o Club France, casa com temática francesa localizada na região sul do Rio de Janeiro, e a Vila Olímpica. Entretanto, a versão foi desmentida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Vídeos de câmeras de segurança mostram os atletas depredando o banheiro de um posto de gasolina na Barra da Tijuca —versão que foi confirmada pelo proprietário do estabelecimento. Nesta sexta (19), pediu desculpas por uma nota publicada em redes sociais.
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esporte
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Rio-2016 aceita desculpas de Lochte, mas diz que brasileiro se sentiu humilhado
CAMILA MATTOSO ENVIADA ESPECIAL AO RIO O Comitê Rio 2016 afirmou que aceita os pedidos de desculpas do nadador Ryan Lochte e do Comitê Olímpico dos Estados Unidos após atletas norte-americanos forjarem um assalto durante os Jogos Olímpicos. Mario Andrada, diretor de comunicação da entidade, disse que não havia uma expectativa dos organizadores nesse sentido, mas que a população brasileira esperava uma manifestação dos atletas. "A gente obviamente aceita as desculpas dele. O que nós achamos é que o povo brasileiro ficou decepcionado com as atitudes deles. Ficou claro que a população se sentiu humilhada pelas mentiras e sentiu que a imagem tinha sido manchada no exterior", disse Andrada. "É como um ditado que a gente tem aqui, sobre o tamanho das pernas. A mentira tem perna curta. A população precisa ter mais orgulho da nossa imagem no exterior", completou, lembrando também do pedido de desculpas do comitê americano. O comitê organizador quer dar o caso como encerrado. Cerca de 2,5% das menções do Twitter usando hashtag da organização nas últimas 24 horas falaram sobre o tema —cerca de 45 mil posts. Mark Adams, porta voz do COI (Comitê Olímpico Internacional), também comentou o assunto, tentando por um ponto final na questão. "Claro que houve mágoa aqui no país. O COI se sente solidário a este sentimento. Ficamos satisfeitos com as desculpas, mas não vamos mais nos concentrar nisso", afirmou. O CASO Os nadadores Ryan Lochte, medalha no ouro no revezamento 4 x 200 m, James Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger disseram ter sido assaltados no trajeto entre o Club France, casa com temática francesa localizada na região sul do Rio de Janeiro, e a Vila Olímpica. Entretanto, a versão foi desmentida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Vídeos de câmeras de segurança mostram os atletas depredando o banheiro de um posto de gasolina na Barra da Tijuca —versão que foi confirmada pelo proprietário do estabelecimento. Nesta sexta (19), pediu desculpas por uma nota publicada em redes sociais.
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Com salários atrasados, Aranha e Mena faltam a treino do Santos
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Não bastasse a crise financeira que o Santos neste início de temporada, o time iniciou a semana com notícias negativas e duas baixas. O goleiro Aranha e o lateral esquerdo Mena não treinaram com o elenco nesta segunda-feira (12). A atividade começou às 17h, no centro de treinamento Rei Pelé, sem a dupla e o volante Arouca, que entrou na Justiça para rescindir o contrato com o Santos e deve defender o Palmeiras. O Santos completou nesta segunda (12) três meses de salários em carteira atrasados. O clube deve ainda o 13º salário e direitos de imagens aos jogadores –alguns somam sete meses. A situação tem irritado o elenco, especialmente porque a diretoria havia se comprometido a quitar parte dos valores atrasados na última sexta (9) e não o fez. Na manhã desta segunda (12), Aranha até compareceu ao CT Rei Pelé, em Santos, mas não treinou. Ele se reuniu com membros da diretoria do Santos para tratar das dívidas que o clube tem com ele. A Folha apurou com pessoas próximas ao goleiro que ele já considera a possibilidade de acionar o clube na Justiça para rescindir contrato. Além dos atrasos salariais, ele ficou irritado ao saber que os dirigentes sondaram o goleiro Jefferson, do Botafogo. O Palmeiras tem interesse em contar com Aranha. Alexandre Mattos, diretor de futebol do clube Alviverde, disse à rádio Jovem Pan, que até sondou o goleiro. "Estamos em busca de um goleiro, e teve uma sondagem com uma pessoa do Aranha, mas ele tem contrato com o Santos. É uma posição ainda carente [no nosso elenco] e que precisamos agregar aos que já temos em nosso elenco", disse Mattos, no domingo (11).
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esporte
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Com salários atrasados, Aranha e Mena faltam a treino do SantosNão bastasse a crise financeira que o Santos neste início de temporada, o time iniciou a semana com notícias negativas e duas baixas. O goleiro Aranha e o lateral esquerdo Mena não treinaram com o elenco nesta segunda-feira (12). A atividade começou às 17h, no centro de treinamento Rei Pelé, sem a dupla e o volante Arouca, que entrou na Justiça para rescindir o contrato com o Santos e deve defender o Palmeiras. O Santos completou nesta segunda (12) três meses de salários em carteira atrasados. O clube deve ainda o 13º salário e direitos de imagens aos jogadores –alguns somam sete meses. A situação tem irritado o elenco, especialmente porque a diretoria havia se comprometido a quitar parte dos valores atrasados na última sexta (9) e não o fez. Na manhã desta segunda (12), Aranha até compareceu ao CT Rei Pelé, em Santos, mas não treinou. Ele se reuniu com membros da diretoria do Santos para tratar das dívidas que o clube tem com ele. A Folha apurou com pessoas próximas ao goleiro que ele já considera a possibilidade de acionar o clube na Justiça para rescindir contrato. Além dos atrasos salariais, ele ficou irritado ao saber que os dirigentes sondaram o goleiro Jefferson, do Botafogo. O Palmeiras tem interesse em contar com Aranha. Alexandre Mattos, diretor de futebol do clube Alviverde, disse à rádio Jovem Pan, que até sondou o goleiro. "Estamos em busca de um goleiro, e teve uma sondagem com uma pessoa do Aranha, mas ele tem contrato com o Santos. É uma posição ainda carente [no nosso elenco] e que precisamos agregar aos que já temos em nosso elenco", disse Mattos, no domingo (11).
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PT tem esperança de que STF garanta a Lula o direito de disputar a Presidência
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O PT tem esperança de que o STF (Supremo Tribunal Federal) garanta a Lula o direito de disputar a eleição presidencial de 2018, ainda que ele vire ficha suja, caso seja condenado em segunda instância. O ex-presidente é réu em cinco ações. ANDAR DE CIMA Dirigentes do partido trabalham com o seguinte cenário: Lula, condenado, recorreria ao STF apontando vícios do processo que hoje já são repisados por sua defesa. Tirá-lo da disputa seria ferir um direito de forma extrema, e irreversível, por causa de uma condenação que poderia no futuro inclusive ser anulada. NA LISTA Diante da repercussão nacional e internacional esperada com um eventual impedimento de Lula de disputar a Presidência, o STF poderia conceder uma liminar garantindo o direito do petista de aparecer na urna eletrônica. ARCO-ÍRIS Esse é o cenário cor-de-rosa considerado por dirigentes do PT. Outra possibilidade, também tida como concreta, é a da inviabilização da candidatura por uma condenação na Justiça que o Supremo acabe respaldando. SENHOR JUIZ As audiências de custódia, consideradas uma das soluções que ajudariam a combater a superlotação penitenciária, levaram a Defensoria Pública a acionar o TJ-SP (Tribunal de Justiça de SP). Os defensores pediram que fossem feitas com efeito retroativo as audiências suspensas na capital durante o recesso do fim de ano. Foram mais de 1.300 presos em flagrante no período. O procedimento garantiria a eles o direito de serem levados a um juiz em até 24 horas. RESPOSTA O TJ-SP, no entanto, negou o pedido. "Fazer retroativo é complicado", diz o presidente da corte, Paulo Dimas. "Os flagrantes já foram encaminhados às respectivas varas e vão passar pela avaliação dos juízes, que verão se é caso de conceder soltura ou manter a prisão. Isso, de certa forma, atende ao pleito da Defensoria para que haja revisão." Dimas afirma que as audiências, suspensas porque o projeto ainda está em implementação, vão ocorrer no próximo recesso. VEJA BEM E o secretário municipal da Juventude do PT em São Paulo, Vitor Marques, reage à fala de Flávia Piovesan, secretária nacional de Direitos Humanos do governo Michel Temer, que defendeu o combate "à cultura do encarceramento" no país. "Embora acertada a declaração", diz ele, "essa cultura não tem vida própria. Em alguns momentos ela é combatida e em outros, reforçada". DISCURSO "No governo Temer assistimos à potencialização máxima dessa cultura, com o presidente afirmando que a solução é construir mais presídios, diz Marques, que foi aluno de Piovesan na PUC-SP e fez campanha para ela recusar o cargo. "O argumento de que lá ela poderia evitar retrocessos, infelizmente, a cada dia se esfacela. Sua permanência legitima o governo golpista e mancha sua trajetória." NOVOS TRAPALHÕES O filme "Os Saltimbancos Trapalhões - Rumo a Hollywood" teve sua pré-estreia no Kinoplex Itaim no sábado (7). Participaram da sessão vários atores que participam do longa, como Renato Aragão, Dedé Santana, Letícia Colin, Marcos Frota, Emilio Dantas e Lívian Aragão. A apresentadora Adriana Colin, tia de Letícia, também esteve no evento. HOLERITE As remunerações de servidores foram o item mais procurado no Portal da Transparência do Estado de São Paulo em 2016. O site, que reúne dados das contas e contratos do governo, teve mais de 1,3 milhão de visitas no ano passado —salto de 12% em relação a 2015. "Como corrupção está no topo da agenda prioritária, é natural que mais pessoas busquem informações e pesquisem", diz o ouvidor-geral do Estado, Gustavo Ungaro, responsável pela página. TABULEIRO Com a saída de André Sturm para ser secretário municipal de Cultura, a cineasta e produtora Isa Castro assumiu a direção executiva do MIS (Museu da Imagem e do Som). Ela esteve à frente da Apaa (Associação Paulista dos Amigos da Arte) de 2007 a 2013. Na nova gestão, que vai dar continuidade às políticas de Sturm, Jacques Kann, diretor financeiro e administrativo, ganha funções e passa a apoiar a área executiva. HACK DO BEM Um das atrações da Campus Party neste ano será uma competição para criar tecnologias que colaborem para o desenvolvimento sustentável. Aqueles que vencerem a disputa terão suas criações divulgadas pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), órgão da ONU que fez parceria com a feira brasileira. SÓ DEU ELA Vera Fischer estreou na sexta (6) a peça "Ela É o Cara!", que ela protagoniza com o ator Edson Fieschi. Passaram pelo Teatro Folha o vereador Eduardo Suplicy e o diretor Jorge Takla. Dirigido por Ary Coslov, o espetáculo fica em cartaz até 26 de fevereiro. CURTO-CIRCUITO A galeria Saphira & Ventura, com unidades em Nova York e Londres, abre filial nesta terça (10) em SP. No Transamérica Classic Ópera, nos Jardins. Thiaguinho e Turma do Pagode cantam nesta terça (10) na Audio. A Cia. Pia Fraus apresenta seu repertório a partir desta terça (10) no Festival de Férias do Teatro MorumbiShopping. Rafael Infante estreia a comédia "Infantaria" na quinta (12), no Teatro J. Safra. com JOELMIR TAVARES (interino), LETÍCIA MORI E BRUNO FÁVERO
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colunas
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PT tem esperança de que STF garanta a Lula o direito de disputar a PresidênciaO PT tem esperança de que o STF (Supremo Tribunal Federal) garanta a Lula o direito de disputar a eleição presidencial de 2018, ainda que ele vire ficha suja, caso seja condenado em segunda instância. O ex-presidente é réu em cinco ações. ANDAR DE CIMA Dirigentes do partido trabalham com o seguinte cenário: Lula, condenado, recorreria ao STF apontando vícios do processo que hoje já são repisados por sua defesa. Tirá-lo da disputa seria ferir um direito de forma extrema, e irreversível, por causa de uma condenação que poderia no futuro inclusive ser anulada. NA LISTA Diante da repercussão nacional e internacional esperada com um eventual impedimento de Lula de disputar a Presidência, o STF poderia conceder uma liminar garantindo o direito do petista de aparecer na urna eletrônica. ARCO-ÍRIS Esse é o cenário cor-de-rosa considerado por dirigentes do PT. Outra possibilidade, também tida como concreta, é a da inviabilização da candidatura por uma condenação na Justiça que o Supremo acabe respaldando. SENHOR JUIZ As audiências de custódia, consideradas uma das soluções que ajudariam a combater a superlotação penitenciária, levaram a Defensoria Pública a acionar o TJ-SP (Tribunal de Justiça de SP). Os defensores pediram que fossem feitas com efeito retroativo as audiências suspensas na capital durante o recesso do fim de ano. Foram mais de 1.300 presos em flagrante no período. O procedimento garantiria a eles o direito de serem levados a um juiz em até 24 horas. RESPOSTA O TJ-SP, no entanto, negou o pedido. "Fazer retroativo é complicado", diz o presidente da corte, Paulo Dimas. "Os flagrantes já foram encaminhados às respectivas varas e vão passar pela avaliação dos juízes, que verão se é caso de conceder soltura ou manter a prisão. Isso, de certa forma, atende ao pleito da Defensoria para que haja revisão." Dimas afirma que as audiências, suspensas porque o projeto ainda está em implementação, vão ocorrer no próximo recesso. VEJA BEM E o secretário municipal da Juventude do PT em São Paulo, Vitor Marques, reage à fala de Flávia Piovesan, secretária nacional de Direitos Humanos do governo Michel Temer, que defendeu o combate "à cultura do encarceramento" no país. "Embora acertada a declaração", diz ele, "essa cultura não tem vida própria. Em alguns momentos ela é combatida e em outros, reforçada". DISCURSO "No governo Temer assistimos à potencialização máxima dessa cultura, com o presidente afirmando que a solução é construir mais presídios, diz Marques, que foi aluno de Piovesan na PUC-SP e fez campanha para ela recusar o cargo. "O argumento de que lá ela poderia evitar retrocessos, infelizmente, a cada dia se esfacela. Sua permanência legitima o governo golpista e mancha sua trajetória." NOVOS TRAPALHÕES O filme "Os Saltimbancos Trapalhões - Rumo a Hollywood" teve sua pré-estreia no Kinoplex Itaim no sábado (7). Participaram da sessão vários atores que participam do longa, como Renato Aragão, Dedé Santana, Letícia Colin, Marcos Frota, Emilio Dantas e Lívian Aragão. A apresentadora Adriana Colin, tia de Letícia, também esteve no evento. HOLERITE As remunerações de servidores foram o item mais procurado no Portal da Transparência do Estado de São Paulo em 2016. O site, que reúne dados das contas e contratos do governo, teve mais de 1,3 milhão de visitas no ano passado —salto de 12% em relação a 2015. "Como corrupção está no topo da agenda prioritária, é natural que mais pessoas busquem informações e pesquisem", diz o ouvidor-geral do Estado, Gustavo Ungaro, responsável pela página. TABULEIRO Com a saída de André Sturm para ser secretário municipal de Cultura, a cineasta e produtora Isa Castro assumiu a direção executiva do MIS (Museu da Imagem e do Som). Ela esteve à frente da Apaa (Associação Paulista dos Amigos da Arte) de 2007 a 2013. Na nova gestão, que vai dar continuidade às políticas de Sturm, Jacques Kann, diretor financeiro e administrativo, ganha funções e passa a apoiar a área executiva. HACK DO BEM Um das atrações da Campus Party neste ano será uma competição para criar tecnologias que colaborem para o desenvolvimento sustentável. Aqueles que vencerem a disputa terão suas criações divulgadas pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), órgão da ONU que fez parceria com a feira brasileira. SÓ DEU ELA Vera Fischer estreou na sexta (6) a peça "Ela É o Cara!", que ela protagoniza com o ator Edson Fieschi. Passaram pelo Teatro Folha o vereador Eduardo Suplicy e o diretor Jorge Takla. Dirigido por Ary Coslov, o espetáculo fica em cartaz até 26 de fevereiro. CURTO-CIRCUITO A galeria Saphira & Ventura, com unidades em Nova York e Londres, abre filial nesta terça (10) em SP. No Transamérica Classic Ópera, nos Jardins. Thiaguinho e Turma do Pagode cantam nesta terça (10) na Audio. A Cia. Pia Fraus apresenta seu repertório a partir desta terça (10) no Festival de Férias do Teatro MorumbiShopping. Rafael Infante estreia a comédia "Infantaria" na quinta (12), no Teatro J. Safra. com JOELMIR TAVARES (interino), LETÍCIA MORI E BRUNO FÁVERO
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Alckmin mantém vazio prédio que já abrigou o banco mais luxuoso de SP
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Há mais de dez anos está vazia a agência bancária mais luxuosa que São Paulo já teve. Inaugurada em 1938 no auge do estilo art déco, pertencia ao antigo Banco de São Paulo, vizinho ao Banespa e à Bolsa de Valores, e a uma quadra do Martinelli. Desde 1973, quando o Banespa comprou esse banco, o prédio é usado pelo governo do Estado, abrigando a Secretaria de Esportes da gestão Geraldo Alckmin (PSDB). Um tímido programa de visitas monitoradas começa nesta quinta (3). Até 25 pessoas, que precisam fazer inscrição prévia por e-mail ([email protected] ), poderão visitar parte do prédio às quintas, das 8h às 10h. De segunda a quarta, o enorme cofre, que ocupa quase todo o subsolo e tem portas de aço Panzer (a mesma fabricante dos tanques alemães), ficará aberto das 8h às 11h. O cofre já abrigou um improvisado museu dedicado a Adoniran Barbosa. Sem divulgação ou visitação, a coleção foi retirada dali há 12 anos, e o espaço nunca mais teve uso. A agência no térreo, com lustres e apliques em alabastro, pisos e portais em mármore e granito, mosaico romano em grés, vitrais artísticos e esculturas, já abrigou de mostras de artesanato do interior do Estado a um telecentro, com mesas e computadores com internet gratuita (o infocentro saiu de lá há uma década). Antigo Banco de São Paulo Acima do hall e do cofre luxuosos, há menos vazio, mas o clima de ociosidade persiste. Em 14,4 mil metros quadrados de área construída, divididos em duas torres, uma de 15 andares, com fachada para a praça Antonio Prado, outra, de 11 andares, com entrada pela rua São Bento, trabalham apenas 300 funcionários, somando-se até os terceirizados. Há andares inteiros com menos de 15 funcionários –a Secretaria de Esportes ocupa sozinha o imóvel, enquanto outras pastas estaduais funcionam em imóveis alugados. O arquiteto Alvaro de Arruda Botelho fez o projeto original para a família Almeida Prado, que controlava o antigo banco. Em alguns andares reservados a aluguel, funcionava a sede social do Jockey Clube de São Paulo, com salões de bilhar e de xadrez. TOMBAMENTO O edifício foi tombado em 1992 pela prefeitura e em 2003 pelo Estado, graças ao "refinamento artístico, aliado ao apuro técnico do projeto", que "conferem um caráter de excepcionalidade em relação ao conjunto de testemunhas dessa corrente [art déco]", segundo a resolução estadual. As esquadrias e portas metálicas foram feitas no Liceu de Artes e Ofícios, e a decoração, pelo "perito-decorador" do Mappin, a maior loja de departamentos da cidade. O processo do Condephaat (órgão estadual do patrimônio) diz se tratar "do mais luxuoso e requintado" entre os exemplares art déco da capital.
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cotidiano
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Alckmin mantém vazio prédio que já abrigou o banco mais luxuoso de SPHá mais de dez anos está vazia a agência bancária mais luxuosa que São Paulo já teve. Inaugurada em 1938 no auge do estilo art déco, pertencia ao antigo Banco de São Paulo, vizinho ao Banespa e à Bolsa de Valores, e a uma quadra do Martinelli. Desde 1973, quando o Banespa comprou esse banco, o prédio é usado pelo governo do Estado, abrigando a Secretaria de Esportes da gestão Geraldo Alckmin (PSDB). Um tímido programa de visitas monitoradas começa nesta quinta (3). Até 25 pessoas, que precisam fazer inscrição prévia por e-mail ([email protected] ), poderão visitar parte do prédio às quintas, das 8h às 10h. De segunda a quarta, o enorme cofre, que ocupa quase todo o subsolo e tem portas de aço Panzer (a mesma fabricante dos tanques alemães), ficará aberto das 8h às 11h. O cofre já abrigou um improvisado museu dedicado a Adoniran Barbosa. Sem divulgação ou visitação, a coleção foi retirada dali há 12 anos, e o espaço nunca mais teve uso. A agência no térreo, com lustres e apliques em alabastro, pisos e portais em mármore e granito, mosaico romano em grés, vitrais artísticos e esculturas, já abrigou de mostras de artesanato do interior do Estado a um telecentro, com mesas e computadores com internet gratuita (o infocentro saiu de lá há uma década). Antigo Banco de São Paulo Acima do hall e do cofre luxuosos, há menos vazio, mas o clima de ociosidade persiste. Em 14,4 mil metros quadrados de área construída, divididos em duas torres, uma de 15 andares, com fachada para a praça Antonio Prado, outra, de 11 andares, com entrada pela rua São Bento, trabalham apenas 300 funcionários, somando-se até os terceirizados. Há andares inteiros com menos de 15 funcionários –a Secretaria de Esportes ocupa sozinha o imóvel, enquanto outras pastas estaduais funcionam em imóveis alugados. O arquiteto Alvaro de Arruda Botelho fez o projeto original para a família Almeida Prado, que controlava o antigo banco. Em alguns andares reservados a aluguel, funcionava a sede social do Jockey Clube de São Paulo, com salões de bilhar e de xadrez. TOMBAMENTO O edifício foi tombado em 1992 pela prefeitura e em 2003 pelo Estado, graças ao "refinamento artístico, aliado ao apuro técnico do projeto", que "conferem um caráter de excepcionalidade em relação ao conjunto de testemunhas dessa corrente [art déco]", segundo a resolução estadual. As esquadrias e portas metálicas foram feitas no Liceu de Artes e Ofícios, e a decoração, pelo "perito-decorador" do Mappin, a maior loja de departamentos da cidade. O processo do Condephaat (órgão estadual do patrimônio) diz se tratar "do mais luxuoso e requintado" entre os exemplares art déco da capital.
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Após liberar Chelsea Manning, Obama planeja novas reduções de pena
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Abraçando seu poder de clemência como nunca antes, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prepara mais comutações de sentenças em seus últimos dias na Presidência, depois da iniciativa de reduzir a pena de Chelsea Manning, condenada por vazar documentos oficiais. Obama se tornou o presidente a ter comutado mais sentenças que qualquer outro quando. Na terça-feira (17), anunciou que Manning será libertada em maio, quase 30 anos antes do término previsto de sua pena. Oficial transexual do Exército, Manning, que vazou mais de 700 mil documentos dos EUA, foi uma de 273 pessoas que receberam clemência em um único dia. Receberam perdões do presidente o general aposentado James Cartwright, condenado por dar declarações falsas em outra investigação de vazamentos, e o jogador de beisebol Willie McCovey, sentenciado em 1996 por sonegação de impostos. A sentença de 55 anos de prisão do nacionalista porto-riquenho Oscar Lopez Rivera foi reduzida. Mas Obama ainda não terminou de perdoar. A Casa Branca disse que o presidente vai anunciar mais indultos na quinta-feira (19), véspera do fim de sua Presidência, se bem que estas devam ser dadas a condenados por envolvimento com drogas e não devam incluir outros nomes famosos. Neil Eggleston, advogado de Obama na Casa Branca, disse que as pessoas estão descobrindo "que nosso país é um país clemente, onde o esforço e o engajamento com a reabilitação podem proporcionar uma segunda chance e onde erros cometidos no passado não privam o indivíduo da oportunidade de avançar". Os atos são permanentes e não poderão ser revogados pelo presidente eleito, Donald Trump. Com a clemência de último minuto estendida a Manning e Cartwright, Obama parece ter abrandado a abordagem de linha dura de sua administração em relação aos responsáveis pelo vazamento de informações sigilosas. Manning cumpre pena de 35 anos de prisão por vazar documentos governamentais e militares sigilosos ao site WikiLeaks, além de vídeos feitos no campo de batalha. Ela foi condenada por um tribunal militar por ter infringido a Lei de Espionagem, além de outros delitos, e passou mais de seis anos atrás das grades. Em novembro passado, ela pediu a Obama que comutasse sua sentença para o tempo que já havia cumprido na prisão. O caso dela opôs ativistas dos direitos LGBT, que citaram sua saúde mental e tratamento como mulher transexual cumprindo pena num presídio masculino, contra representantes da linha dura da segurança nacional para os quais ela causou danos devastadores aos interesses dos EUA. Os primeiros aplaudiram a ação de Obama, enquanto os segundos a descreveram como um ato profundamente errado e que cria um precedente perigoso. Obama não ofereceu perdão a outro responsável famoso por vazamentos de informações, o ex-técnico da Agência de Segurança Nacional (NSA) Edward Snowden, que os EUA não conseguiram extraditar da Rússia. Snowden não deu entrada em um pedido formal de clemência, embora seus apoiadores a tenham pedido. Mas a Casa Branca traçou uma distinção entre Snowden, que nunca pediu desculpas por seus atos, e Chelsea Manning, que já teria expressado remorsos e já cumpriu vários anos de prisão por seu crime. Conhecida como Bradley Manning quando foi presa, em 2010, Manning se assumiu como transexual depois de ser sentenciada. Ficou encarcerada em Forte Leavenworth, no Kansas, onde, segundo seus advogados, tentou o suicídio duas vezes no ano passado. Manning admitiu ter vazado os documentos, mas disse que o fez para conscientizar o público sobre o efeito da guerra sobre a população civil. "Estamos todos em situação melhor por saber que Chelsea Manning vai sair da prisão como mulher livre", disse Chase Strangio, advogada da União Americana de Liberdades Civis (ACLU) que representa Manning, acrescentando que a iniciativa de Obama pode "literalmente salvar a vida de Chelsea. O presidente da Câmara dos Deputados, Paul Ryan, descreveu a clemência dada a Manning como "simplesmente revoltante", dizendo: "A traição de Chelsea Manning colocou vidas americanas em risco e expôs alguns dos segredos mais delicados de nosso país". Manning, Lopez e muitos dos outros serão soltos em maio, em conformidade com o procedimento padrão que prevê um período de tempo para seu reingresso na sociedade. Obama também perdoou o hoteleiro Ian Schrager, sentenciado em 1980 a 20 meses por sonegação de impostos. As comutações reduzem sentenças que estão sendo servidas, mas não apagam as condenações. Os perdões geralmente restauram os direitos civis da pessoa, tais como o direito ao voto, muitas vezes depois de a sentença ter sido servida. Cartwright, ex-vice-presidente do Estado-Maior Conjunto, confessou-se culpado em outubro de dar declarações falsas durante uma investigação sobre o vazamento de informações classificadas sobre um ciberataque sigiloso contra as instalações nucleares do Irã. Promotores disseram que Cartwright mentiu aos investigadores quando disse que não tinha fornecido informações contidas em um artigo e um livro do jornalista David Sanger, do jornal "the New York Times", e que ele enganou os promotores em relação a informações classificadas que compartilhou com outro jornalista, Daniel Klaidman. O Departamento de Justiça pediu uma sentença de dois anos para ele, dizendo que informações classificadas sensíveis são confiadas diariamente a funcionários do governo dos EUA . Os porto-riquenhos reivindicam há anos a soltura de Lopez, condenado a 55 anos de prisão por sua participação em uma luta violenta pela independência do território dos EUA. Lopez fazia parte da organização ultranacionalista Forças Armadas da Libertação Nacional, que já reivindicou mais de cem explosões de bombas em estruturas públicas e comerciais em cidades americanas nas décadas de 1970 e 1980. A Casa Branca observou que, sem a redução de sua sentença, Lopez, 74, provavelmente morreria na prisão. A comutação da pena de Manning também levantou novas perguntas sobre o futuro de outra figura envolvida no caso dela: Julian Assange. O WikiLeaks havia prometido anteriormente no Twitter que seu fundador concordaria em ser extraditado aos EUA se Obama reduzisse a sentença de Manning. Abrigado há mais de quatro anos na embaixada do Equador em Londres, Assange se negou a encontrar promotores na Suécia, onde é procurado para responder a uma investigação de estupro. Ele teme que se deixar a embaixada poderá ser extraditado aos EUA e indiciado por espionagem. Mas o Departamento de Estado nunca anunciou qualquer indiciamento de Assange. Melinda Taylor, advogada do WikiLeaks, disse que as autoridades britânicas e americanas se negam a informar se os EUA pediram sua extradição. Taylor elogiou a comutação da sentença de Manning, mas não mencionou a promessa anterior de Assange de aceitar ser extraditado. Representantes da Casa Branca dizem que nem o destino de Julian Assange nem a preocupação separada sobre o papel do WikiLeaks no grampeamento de dados pela Rússia que influiu sobre a eleição foram levados em conta na decisão de comutar a pena de Chelsea Manning. Os funcionários exigiram anonimato para falar com jornalistas. Tradução de CLARA ALLAIN
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mundo
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Após liberar Chelsea Manning, Obama planeja novas reduções de penaAbraçando seu poder de clemência como nunca antes, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prepara mais comutações de sentenças em seus últimos dias na Presidência, depois da iniciativa de reduzir a pena de Chelsea Manning, condenada por vazar documentos oficiais. Obama se tornou o presidente a ter comutado mais sentenças que qualquer outro quando. Na terça-feira (17), anunciou que Manning será libertada em maio, quase 30 anos antes do término previsto de sua pena. Oficial transexual do Exército, Manning, que vazou mais de 700 mil documentos dos EUA, foi uma de 273 pessoas que receberam clemência em um único dia. Receberam perdões do presidente o general aposentado James Cartwright, condenado por dar declarações falsas em outra investigação de vazamentos, e o jogador de beisebol Willie McCovey, sentenciado em 1996 por sonegação de impostos. A sentença de 55 anos de prisão do nacionalista porto-riquenho Oscar Lopez Rivera foi reduzida. Mas Obama ainda não terminou de perdoar. A Casa Branca disse que o presidente vai anunciar mais indultos na quinta-feira (19), véspera do fim de sua Presidência, se bem que estas devam ser dadas a condenados por envolvimento com drogas e não devam incluir outros nomes famosos. Neil Eggleston, advogado de Obama na Casa Branca, disse que as pessoas estão descobrindo "que nosso país é um país clemente, onde o esforço e o engajamento com a reabilitação podem proporcionar uma segunda chance e onde erros cometidos no passado não privam o indivíduo da oportunidade de avançar". Os atos são permanentes e não poderão ser revogados pelo presidente eleito, Donald Trump. Com a clemência de último minuto estendida a Manning e Cartwright, Obama parece ter abrandado a abordagem de linha dura de sua administração em relação aos responsáveis pelo vazamento de informações sigilosas. Manning cumpre pena de 35 anos de prisão por vazar documentos governamentais e militares sigilosos ao site WikiLeaks, além de vídeos feitos no campo de batalha. Ela foi condenada por um tribunal militar por ter infringido a Lei de Espionagem, além de outros delitos, e passou mais de seis anos atrás das grades. Em novembro passado, ela pediu a Obama que comutasse sua sentença para o tempo que já havia cumprido na prisão. O caso dela opôs ativistas dos direitos LGBT, que citaram sua saúde mental e tratamento como mulher transexual cumprindo pena num presídio masculino, contra representantes da linha dura da segurança nacional para os quais ela causou danos devastadores aos interesses dos EUA. Os primeiros aplaudiram a ação de Obama, enquanto os segundos a descreveram como um ato profundamente errado e que cria um precedente perigoso. Obama não ofereceu perdão a outro responsável famoso por vazamentos de informações, o ex-técnico da Agência de Segurança Nacional (NSA) Edward Snowden, que os EUA não conseguiram extraditar da Rússia. Snowden não deu entrada em um pedido formal de clemência, embora seus apoiadores a tenham pedido. Mas a Casa Branca traçou uma distinção entre Snowden, que nunca pediu desculpas por seus atos, e Chelsea Manning, que já teria expressado remorsos e já cumpriu vários anos de prisão por seu crime. Conhecida como Bradley Manning quando foi presa, em 2010, Manning se assumiu como transexual depois de ser sentenciada. Ficou encarcerada em Forte Leavenworth, no Kansas, onde, segundo seus advogados, tentou o suicídio duas vezes no ano passado. Manning admitiu ter vazado os documentos, mas disse que o fez para conscientizar o público sobre o efeito da guerra sobre a população civil. "Estamos todos em situação melhor por saber que Chelsea Manning vai sair da prisão como mulher livre", disse Chase Strangio, advogada da União Americana de Liberdades Civis (ACLU) que representa Manning, acrescentando que a iniciativa de Obama pode "literalmente salvar a vida de Chelsea. O presidente da Câmara dos Deputados, Paul Ryan, descreveu a clemência dada a Manning como "simplesmente revoltante", dizendo: "A traição de Chelsea Manning colocou vidas americanas em risco e expôs alguns dos segredos mais delicados de nosso país". Manning, Lopez e muitos dos outros serão soltos em maio, em conformidade com o procedimento padrão que prevê um período de tempo para seu reingresso na sociedade. Obama também perdoou o hoteleiro Ian Schrager, sentenciado em 1980 a 20 meses por sonegação de impostos. As comutações reduzem sentenças que estão sendo servidas, mas não apagam as condenações. Os perdões geralmente restauram os direitos civis da pessoa, tais como o direito ao voto, muitas vezes depois de a sentença ter sido servida. Cartwright, ex-vice-presidente do Estado-Maior Conjunto, confessou-se culpado em outubro de dar declarações falsas durante uma investigação sobre o vazamento de informações classificadas sobre um ciberataque sigiloso contra as instalações nucleares do Irã. Promotores disseram que Cartwright mentiu aos investigadores quando disse que não tinha fornecido informações contidas em um artigo e um livro do jornalista David Sanger, do jornal "the New York Times", e que ele enganou os promotores em relação a informações classificadas que compartilhou com outro jornalista, Daniel Klaidman. O Departamento de Justiça pediu uma sentença de dois anos para ele, dizendo que informações classificadas sensíveis são confiadas diariamente a funcionários do governo dos EUA . Os porto-riquenhos reivindicam há anos a soltura de Lopez, condenado a 55 anos de prisão por sua participação em uma luta violenta pela independência do território dos EUA. Lopez fazia parte da organização ultranacionalista Forças Armadas da Libertação Nacional, que já reivindicou mais de cem explosões de bombas em estruturas públicas e comerciais em cidades americanas nas décadas de 1970 e 1980. A Casa Branca observou que, sem a redução de sua sentença, Lopez, 74, provavelmente morreria na prisão. A comutação da pena de Manning também levantou novas perguntas sobre o futuro de outra figura envolvida no caso dela: Julian Assange. O WikiLeaks havia prometido anteriormente no Twitter que seu fundador concordaria em ser extraditado aos EUA se Obama reduzisse a sentença de Manning. Abrigado há mais de quatro anos na embaixada do Equador em Londres, Assange se negou a encontrar promotores na Suécia, onde é procurado para responder a uma investigação de estupro. Ele teme que se deixar a embaixada poderá ser extraditado aos EUA e indiciado por espionagem. Mas o Departamento de Estado nunca anunciou qualquer indiciamento de Assange. Melinda Taylor, advogada do WikiLeaks, disse que as autoridades britânicas e americanas se negam a informar se os EUA pediram sua extradição. Taylor elogiou a comutação da sentença de Manning, mas não mencionou a promessa anterior de Assange de aceitar ser extraditado. Representantes da Casa Branca dizem que nem o destino de Julian Assange nem a preocupação separada sobre o papel do WikiLeaks no grampeamento de dados pela Rússia que influiu sobre a eleição foram levados em conta na decisão de comutar a pena de Chelsea Manning. Os funcionários exigiram anonimato para falar com jornalistas. Tradução de CLARA ALLAIN
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Alckmin decreta cortes e visa desconto mínimo de 15% no valor de contratos
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Em meio à crise orçamentária, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), decretou um corte de despesas dos órgãos e entidades que trabalham para o Poder Executivo. O alvo são os serviços de suporte administrativo. A medida prevê que sejam renegociados 926 contratos que, segundo levantamento preliminar, se encaixam em critérios estabelecidos pelo governo. Estima-se que serão poupados cerca de R$ 200 milhões. As secretarias ficam incumbidas de renegociar contratos com valor igual ou maior que R$ 750 mil para serviços de informática, telefonia, vigilância, limpeza, serviços gráficos, estudos técnicos, auditoria e transporte. A meta estabelecida por Alckmin pede um desconto mínimo de 15% sobre serviços contratados que ainda precisam ser executados. Publicado no Diário Oficial nesta quarta (6), o decreto também veta, no exercício de 2016, a criação de mais despesas, como aquisição ou novas locações de imóveis. Karla Bertocco, subsecretária de Parcerias e Inovação da Secretaria de Governo, explicou que o Comitê Gestor, órgão colegiado à frente dos trabalhos, está fazendo levantamentos para estipular o que é possível manobrar em cada caso. Assim, a ação poderá ser revista em casos de contratos que preveem multas, por exemplo. "Normalmente a gente não faz uma coisa centralizadora, para não tirar algo importante", disse Bertocco. O decreto de Alckmin prevê que os órgãos mantenham o Comitê Gestor informado dos serviços prestados e de como vai a negociação. Além disso, não poderão ser fechados novos contratos de prestação de serviços de técnicos especializados, salvo profissionais de auditoria externa. Também está vetada a contratação de serviços de transporte. Os órgãos do Executivo não poderão prorrogar acordos ou fechar aditivos que impliquem em aumento do custo do serviço. "Não é o momento para começar novas despesas", explica Bertocco. O decreto, que já entrou em vigor, afeta a administração pública direta e indireta. As exceções precisam ser aprovadas pelo Comitê Gestor, que é coordenado pela Secretaria de Governo. CRISE Sobre a crise, Bertocco afirmou que o Comitê Gestor está dando continuidade a um trabalho iniciado no ano passado e que está trabalhando preventivamente para que a situação das contas do Estado não se agrave. "Estamos vendo outros Estados parcelando salários, não queremos chegar a isso", disse, em alusão as contas de Minas Gerais, que já admitiu atraso do depósito dos salários referentes a dezembro e sinalizou novos atrasos. Considerado o período de janeiro a novembro de 2015, houve queda real de 4,7% na arrecadação do Estado. "Hoje já sem tem a percepção de que 2016 será um ano difícil e que a arrecadação vai cair", completou. A crise que atinge o Brasil tem afetado as contas dos governos estaduais, provocando quedas em investimentos e maior endividamento. Levantamento realizado pela Folha em junho mostrou que o volume de investimentos nos 26 Estados e no Distrito Federal caiu de R$ 11,3 bilhões nos quatro primeiros meses de 2014 (valor corrigido pela inflação) para R$ 6,2 bilhões no mesmo período de 2015, uma queda de 46%. Além disso, Estados têm criado tributos para compensar quedas na arrecadação. Em São Paulo, o governo Alckmin elevou as alíquotas de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) da cerveja e do fumo. A arrecadação extra é estimada em R$ 1,38 bilhão -parte deste valor vai para os municípios. O governo sustenta que a alteração compensa a redução de imposto de itens da cesta básica.
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poder
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Alckmin decreta cortes e visa desconto mínimo de 15% no valor de contratosEm meio à crise orçamentária, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), decretou um corte de despesas dos órgãos e entidades que trabalham para o Poder Executivo. O alvo são os serviços de suporte administrativo. A medida prevê que sejam renegociados 926 contratos que, segundo levantamento preliminar, se encaixam em critérios estabelecidos pelo governo. Estima-se que serão poupados cerca de R$ 200 milhões. As secretarias ficam incumbidas de renegociar contratos com valor igual ou maior que R$ 750 mil para serviços de informática, telefonia, vigilância, limpeza, serviços gráficos, estudos técnicos, auditoria e transporte. A meta estabelecida por Alckmin pede um desconto mínimo de 15% sobre serviços contratados que ainda precisam ser executados. Publicado no Diário Oficial nesta quarta (6), o decreto também veta, no exercício de 2016, a criação de mais despesas, como aquisição ou novas locações de imóveis. Karla Bertocco, subsecretária de Parcerias e Inovação da Secretaria de Governo, explicou que o Comitê Gestor, órgão colegiado à frente dos trabalhos, está fazendo levantamentos para estipular o que é possível manobrar em cada caso. Assim, a ação poderá ser revista em casos de contratos que preveem multas, por exemplo. "Normalmente a gente não faz uma coisa centralizadora, para não tirar algo importante", disse Bertocco. O decreto de Alckmin prevê que os órgãos mantenham o Comitê Gestor informado dos serviços prestados e de como vai a negociação. Além disso, não poderão ser fechados novos contratos de prestação de serviços de técnicos especializados, salvo profissionais de auditoria externa. Também está vetada a contratação de serviços de transporte. Os órgãos do Executivo não poderão prorrogar acordos ou fechar aditivos que impliquem em aumento do custo do serviço. "Não é o momento para começar novas despesas", explica Bertocco. O decreto, que já entrou em vigor, afeta a administração pública direta e indireta. As exceções precisam ser aprovadas pelo Comitê Gestor, que é coordenado pela Secretaria de Governo. CRISE Sobre a crise, Bertocco afirmou que o Comitê Gestor está dando continuidade a um trabalho iniciado no ano passado e que está trabalhando preventivamente para que a situação das contas do Estado não se agrave. "Estamos vendo outros Estados parcelando salários, não queremos chegar a isso", disse, em alusão as contas de Minas Gerais, que já admitiu atraso do depósito dos salários referentes a dezembro e sinalizou novos atrasos. Considerado o período de janeiro a novembro de 2015, houve queda real de 4,7% na arrecadação do Estado. "Hoje já sem tem a percepção de que 2016 será um ano difícil e que a arrecadação vai cair", completou. A crise que atinge o Brasil tem afetado as contas dos governos estaduais, provocando quedas em investimentos e maior endividamento. Levantamento realizado pela Folha em junho mostrou que o volume de investimentos nos 26 Estados e no Distrito Federal caiu de R$ 11,3 bilhões nos quatro primeiros meses de 2014 (valor corrigido pela inflação) para R$ 6,2 bilhões no mesmo período de 2015, uma queda de 46%. Além disso, Estados têm criado tributos para compensar quedas na arrecadação. Em São Paulo, o governo Alckmin elevou as alíquotas de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) da cerveja e do fumo. A arrecadação extra é estimada em R$ 1,38 bilhão -parte deste valor vai para os municípios. O governo sustenta que a alteração compensa a redução de imposto de itens da cesta básica.
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Um passeio pelo subúrbio de Lima Barreto, que ganha nova biografia
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O vento frio vem da Serra dos Órgãos, bagunça os cabelos, apaga a chama dos isqueiros, levanta a poeira das esquinas. No século passado, acreditava-se que essa mesma brisa podia curar os tuberculosos. "Estamos aqui na Suíça brasileira! Espera aí que eu vou pegar meu xale!", ri a historiadora e antropóloga Lilia Moritz Schwarcz. A piada dela faz sentido. Estamos em Todos os Santos, no subúrbio do Rio de Janeiro, onde Lima Barreto (1881-1922) viveu. O escritor, homenageado da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) deste ano, é tema de uma biografia escrita pela autora, que chega às livrarias. É o primeiro retrato de fôlego do autor desde a pesquisa de Francisco de Assis Barbosa, nos anos 1950, que volta às prateleiras, pela Autêntica. Mesmo que, em dezembro, o subúrbio seja associado a um terrível calor, chalés em estilo suíço multiplicam-se pelas ruas –aqui era lugar de tempo frio e ar puro. "Lima dizia que o verdadeiro suburbano é o da linha do trem", diz Schwarcz, que usa no livro o conceito de "literatura em trânsito" como uma das definições da obra do autor. A linha férrea que corta o bairro, fundada em 1855, une e separa a província carioca –por ela, as massas de funcionários públicos que serviam à monarquia e, depois, à República iam trabalhar no centro da cidade. Lima, um deles, pegava um trem de segunda classe para ir a seu emprego de amanuense. lima barreto Voltava para cá observando os tipos: trabalhadores, moças soltando suspiros para ver se um cavalheiro cedia o lugar. Observava a paisagem pela janela e achava que no subúrbio nada combinava, mas sentia afeto pelo lugar. "Lima Barreto é sempre um deslocado. Está no subúrbio, mas se sente diferente dos suburbanos. No centro, porém, se sente mais suburbano", afirma a historiadora. A diferença da nova biografia em relação à anterior é tratar amplamente da questão racial. Lima era negro, descendente de escravos. E dedicou-se a retratar os tipos marginais da sociedade, além de denunciar com sua língua ferina os vícios da Primeira República e da vida literária. Assim, o Lima Barreto que surge é o dos direitos civis –o escritor brilhante, mas que não conseguiu ascender por causa de sua cor. Fizemos um recorte na sua biografia para conhecer um Lima específico: o cronista dos subúrbios cariocas. Partimos em uma expedição com a historiadora pela região, para ver as ruas que tomam caminhos inesperados, as calçadas esburacadas, os ladrilhos do casario e as pessoas descritas por Lima. O caminho do autor para casa era longo, não só por causa das ladeiras, mas pelos bares, tomando parati, a cachaça da época. O primeiro que encontramos é o Bar da Loura. BAR DA LOURA "Iaraaaaaaaaaaaaaaaa!" Um homem chama e lá vem a Loura desfilando sua paleta vibrante de cores -cabelo amarelo, avental, brincos e sandália rosas. A Loura é mística e mostra aos visitantes do bar seu altar cheio de ciganos, entidades da umbanda. "Aqui é a parte esotérica. [Em cima], fica Nossa Senhora porque acima de Deus ninguém. Abaixo, estão todas as energias", afirma. Como Lima Barreto, ela se indigna com os vícios da república. Está muito irritada que uma escola em frente ao bar foi fechada sem protestos. Fosse mais jovem e passasse por isso, a Loura seria radical: "Eu subia lá em cima [do estádio de futebol do Engenhão] e dizia que ia me matar! Chamava a Globo, chamava todo mundo!" Ainda bem que ela não fez isso, talvez nem adiantasse. Lima descreveu os cortejos do subúrbio: com as ruas caóticas e com buracos, o defunto vinha sacolejando tanto que só faltava ressuscitar. TENDA AFRICANA É possível conversar com os mortos em Todos os Santos. A religiosidade sincrética dos habitantes do lugar foi descrita por Lima -e permanece tal e qual. Se é para afastar os atrasos da vida, escreve ele, apela-se à "feitiçaria"; para curar doença que não passa, ao espiritismo. Só não diga para ninguém no bairro deixar de batizar as crianças -aqui o filho de ninguém vai morrer pagão. Para ver, basta andar pelas mesmas ruas que Clara dos Anjos, protagonista do romance que leva seu nome, e passar na Tenda Africana. Se o visitante chegar em uma manhã de verão, vai ver a luz do sol entrar pela porta do terreiro de umbanda até iluminar São Sebastião no altar. Com 78 anos, a casa foi fundada pelos caboclos Ventania e Rompe-Mato -entidades que, no corpo dos médiuns, falam pouco e se comportam de forma circunspecta. Para saudar seu Ventania, canta-se assim: "Na raiz da arucáia/ Sua cobra é um segredo/ Ele mora no lajedo/ Sentado na beira-mar". A CASA DO LOUCO Já não se ouvem uivos na rua Elisa de Albuquerque como antigamente. Haja ladeira para chegar a ela. Aqui, Lima viveu com a família depois que o pai passou a sofrer de um transtorno psiquiátrico. Como a numeração da antiga rua Boa Vista mudou, não se sabe mais onde ficava a "casa do louco", onde João Henriques, seu pai, uivava. O que terá acontecido? Ainda bem que todas as portas -todas mesmo- se abrem aos visitantes em Todos os Santos. É assim que encontramos uma pista. "Lima Barreto? Esse era bom de copo!", diz Oswaldo Clapp, 85, depois de mandar os estranhos entrarem em seu casarão na mesma rua. "É tanta história que ouço dele que só consigo pensar: esse Lima Barreto estava era de porre." A surpresa? São duas. Os Clapp vivem na casa há 140 anos e Oswaldo diz que seu pai foi amigo do escritor. A casa dos Lima Barreto, no topo da ladeira, foi destruída por cupins há muito tempo. Ficaríamos céticos não fosse o sobrenome do anfitrião: ele é bisneto de João Clapp, um famoso abolicionista, amigo de Joaquim Nabuco e José do Patrocínio. Era uma família de traficantes negreiros que libertaram seus escravos e aderiram à causa. No fim do século 19, diz Oswaldo, os Clapp tinham um sítio na Gávea, próximo ao lendário quilombo do Leblon, onde se plantavam as camélias que viraram símbolo do abolicionismo. Dizia-se, à época, que a flor era "frágil como a liberdade". "Ele [João Clapp] é um dos que estão próximos da princesa Isabel na foto da Abolição. É uma família muito importante, dá para entender porque os Lima Barreto podiam ser amigos deles", diz a historiadora Lilia Schwarcz. Perto dali, na rua Major Mascarenhas, onde o escritor viveu em duas casas, não damos a mesma sorte: se a numeração estiver correta, a casa de Lima virou um condomínio envidraçado. NA MINHA ILHA Todos os Santos também foi um lugar difícil para Lima Barreto. Com o pai aposentado, o escritor trabalhava para sustentar a família. Foi ali que guardou sua famosa coleção de livros, hoje armazenada na Biblioteca Nacional, e escreveu a maior parte de suas obras. Mas também onde afundou no alcoolismo. Antes disso, porém, Lima foi feliz bem longe dali, na Ilha do Governador. Depois de perder o emprego com a proclamação da República -a família era protegida de um nobre da monarquia-, o pai do autor foi designado para dirigir uma "colônia de alienados" no local. Era um lugar para onde se mandavam os loucos -embora o conceito de loucura, à época, fosse mais elástico do que nos dias de hoje. É lá que fica o sítio de Policarpo Quaresma, personagem do livro que leva seu nome. "Se der zebra aqui, a gente vai voar com asinhas", diz um militar que nos guia pelo local. Lá, funciona o Parque de Material Bélico da Aeronáutica, onde ficam guardados mísseis, minas, bombas (Lima, que era contra o serviço militar, daria uma risadinha de escárnio). A casa da família hoje é um alojamento. Foi ali que o amanuense conheceu uma das figuras mais importantes de sua vida -e para sua formação como escritor preocupado com a condição dos negros. Manuel Cabinda era um escravo que comprou a própria liberdade. Apaixonado por uma escrava, trabalhou duro para pagar também a alforria dela -quando conseguiu, viu a moça ir embora com outro. "O fato abalou o pobre preto em todo o seu ser. Ficou meio pateta", escreveu Lima. Manuel foi parar na colônia e era ele que contava ao menino histórias da Costa da África, de onde viera. Quando os Lima Barreto passaram sufoco,o ex-escravo ainda emprestou cem mil réis ao amigo. O coração de Lima também partiu-se naquela ilha. Durante a Revolta da Armada (1893), que ocupou a região, ele viu seu pai levar o Estrela, boi da colônia, para os rebeldes. Depois, escreveu: "Quando vi que o iam matar [...], corri para casa, sem olhar para trás." DOIS MUNDOS Se a linha de trem, que Lima tanto retratou, dividia o escritor em dois -o dos subúrbios e o crítico da sociedade do centro, a ironia vem no final da vida. Quando morreu, lendo a "Revista dos Dois Mundos", no começo poucos apareceram para seu cortejo. Depois, surgiu uma pequena multidão anônima. Crianças, carregadores, comerciantes -e os bêbados que choravam. O caixão de Lima pegou o trem e foi enterrado em Botafogo, num cemitério de elite, longe dos seus subúrbios.
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ilustrada
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Um passeio pelo subúrbio de Lima Barreto, que ganha nova biografiaO vento frio vem da Serra dos Órgãos, bagunça os cabelos, apaga a chama dos isqueiros, levanta a poeira das esquinas. No século passado, acreditava-se que essa mesma brisa podia curar os tuberculosos. "Estamos aqui na Suíça brasileira! Espera aí que eu vou pegar meu xale!", ri a historiadora e antropóloga Lilia Moritz Schwarcz. A piada dela faz sentido. Estamos em Todos os Santos, no subúrbio do Rio de Janeiro, onde Lima Barreto (1881-1922) viveu. O escritor, homenageado da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) deste ano, é tema de uma biografia escrita pela autora, que chega às livrarias. É o primeiro retrato de fôlego do autor desde a pesquisa de Francisco de Assis Barbosa, nos anos 1950, que volta às prateleiras, pela Autêntica. Mesmo que, em dezembro, o subúrbio seja associado a um terrível calor, chalés em estilo suíço multiplicam-se pelas ruas –aqui era lugar de tempo frio e ar puro. "Lima dizia que o verdadeiro suburbano é o da linha do trem", diz Schwarcz, que usa no livro o conceito de "literatura em trânsito" como uma das definições da obra do autor. A linha férrea que corta o bairro, fundada em 1855, une e separa a província carioca –por ela, as massas de funcionários públicos que serviam à monarquia e, depois, à República iam trabalhar no centro da cidade. Lima, um deles, pegava um trem de segunda classe para ir a seu emprego de amanuense. lima barreto Voltava para cá observando os tipos: trabalhadores, moças soltando suspiros para ver se um cavalheiro cedia o lugar. Observava a paisagem pela janela e achava que no subúrbio nada combinava, mas sentia afeto pelo lugar. "Lima Barreto é sempre um deslocado. Está no subúrbio, mas se sente diferente dos suburbanos. No centro, porém, se sente mais suburbano", afirma a historiadora. A diferença da nova biografia em relação à anterior é tratar amplamente da questão racial. Lima era negro, descendente de escravos. E dedicou-se a retratar os tipos marginais da sociedade, além de denunciar com sua língua ferina os vícios da Primeira República e da vida literária. Assim, o Lima Barreto que surge é o dos direitos civis –o escritor brilhante, mas que não conseguiu ascender por causa de sua cor. Fizemos um recorte na sua biografia para conhecer um Lima específico: o cronista dos subúrbios cariocas. Partimos em uma expedição com a historiadora pela região, para ver as ruas que tomam caminhos inesperados, as calçadas esburacadas, os ladrilhos do casario e as pessoas descritas por Lima. O caminho do autor para casa era longo, não só por causa das ladeiras, mas pelos bares, tomando parati, a cachaça da época. O primeiro que encontramos é o Bar da Loura. BAR DA LOURA "Iaraaaaaaaaaaaaaaaa!" Um homem chama e lá vem a Loura desfilando sua paleta vibrante de cores -cabelo amarelo, avental, brincos e sandália rosas. A Loura é mística e mostra aos visitantes do bar seu altar cheio de ciganos, entidades da umbanda. "Aqui é a parte esotérica. [Em cima], fica Nossa Senhora porque acima de Deus ninguém. Abaixo, estão todas as energias", afirma. Como Lima Barreto, ela se indigna com os vícios da república. Está muito irritada que uma escola em frente ao bar foi fechada sem protestos. Fosse mais jovem e passasse por isso, a Loura seria radical: "Eu subia lá em cima [do estádio de futebol do Engenhão] e dizia que ia me matar! Chamava a Globo, chamava todo mundo!" Ainda bem que ela não fez isso, talvez nem adiantasse. Lima descreveu os cortejos do subúrbio: com as ruas caóticas e com buracos, o defunto vinha sacolejando tanto que só faltava ressuscitar. TENDA AFRICANA É possível conversar com os mortos em Todos os Santos. A religiosidade sincrética dos habitantes do lugar foi descrita por Lima -e permanece tal e qual. Se é para afastar os atrasos da vida, escreve ele, apela-se à "feitiçaria"; para curar doença que não passa, ao espiritismo. Só não diga para ninguém no bairro deixar de batizar as crianças -aqui o filho de ninguém vai morrer pagão. Para ver, basta andar pelas mesmas ruas que Clara dos Anjos, protagonista do romance que leva seu nome, e passar na Tenda Africana. Se o visitante chegar em uma manhã de verão, vai ver a luz do sol entrar pela porta do terreiro de umbanda até iluminar São Sebastião no altar. Com 78 anos, a casa foi fundada pelos caboclos Ventania e Rompe-Mato -entidades que, no corpo dos médiuns, falam pouco e se comportam de forma circunspecta. Para saudar seu Ventania, canta-se assim: "Na raiz da arucáia/ Sua cobra é um segredo/ Ele mora no lajedo/ Sentado na beira-mar". A CASA DO LOUCO Já não se ouvem uivos na rua Elisa de Albuquerque como antigamente. Haja ladeira para chegar a ela. Aqui, Lima viveu com a família depois que o pai passou a sofrer de um transtorno psiquiátrico. Como a numeração da antiga rua Boa Vista mudou, não se sabe mais onde ficava a "casa do louco", onde João Henriques, seu pai, uivava. O que terá acontecido? Ainda bem que todas as portas -todas mesmo- se abrem aos visitantes em Todos os Santos. É assim que encontramos uma pista. "Lima Barreto? Esse era bom de copo!", diz Oswaldo Clapp, 85, depois de mandar os estranhos entrarem em seu casarão na mesma rua. "É tanta história que ouço dele que só consigo pensar: esse Lima Barreto estava era de porre." A surpresa? São duas. Os Clapp vivem na casa há 140 anos e Oswaldo diz que seu pai foi amigo do escritor. A casa dos Lima Barreto, no topo da ladeira, foi destruída por cupins há muito tempo. Ficaríamos céticos não fosse o sobrenome do anfitrião: ele é bisneto de João Clapp, um famoso abolicionista, amigo de Joaquim Nabuco e José do Patrocínio. Era uma família de traficantes negreiros que libertaram seus escravos e aderiram à causa. No fim do século 19, diz Oswaldo, os Clapp tinham um sítio na Gávea, próximo ao lendário quilombo do Leblon, onde se plantavam as camélias que viraram símbolo do abolicionismo. Dizia-se, à época, que a flor era "frágil como a liberdade". "Ele [João Clapp] é um dos que estão próximos da princesa Isabel na foto da Abolição. É uma família muito importante, dá para entender porque os Lima Barreto podiam ser amigos deles", diz a historiadora Lilia Schwarcz. Perto dali, na rua Major Mascarenhas, onde o escritor viveu em duas casas, não damos a mesma sorte: se a numeração estiver correta, a casa de Lima virou um condomínio envidraçado. NA MINHA ILHA Todos os Santos também foi um lugar difícil para Lima Barreto. Com o pai aposentado, o escritor trabalhava para sustentar a família. Foi ali que guardou sua famosa coleção de livros, hoje armazenada na Biblioteca Nacional, e escreveu a maior parte de suas obras. Mas também onde afundou no alcoolismo. Antes disso, porém, Lima foi feliz bem longe dali, na Ilha do Governador. Depois de perder o emprego com a proclamação da República -a família era protegida de um nobre da monarquia-, o pai do autor foi designado para dirigir uma "colônia de alienados" no local. Era um lugar para onde se mandavam os loucos -embora o conceito de loucura, à época, fosse mais elástico do que nos dias de hoje. É lá que fica o sítio de Policarpo Quaresma, personagem do livro que leva seu nome. "Se der zebra aqui, a gente vai voar com asinhas", diz um militar que nos guia pelo local. Lá, funciona o Parque de Material Bélico da Aeronáutica, onde ficam guardados mísseis, minas, bombas (Lima, que era contra o serviço militar, daria uma risadinha de escárnio). A casa da família hoje é um alojamento. Foi ali que o amanuense conheceu uma das figuras mais importantes de sua vida -e para sua formação como escritor preocupado com a condição dos negros. Manuel Cabinda era um escravo que comprou a própria liberdade. Apaixonado por uma escrava, trabalhou duro para pagar também a alforria dela -quando conseguiu, viu a moça ir embora com outro. "O fato abalou o pobre preto em todo o seu ser. Ficou meio pateta", escreveu Lima. Manuel foi parar na colônia e era ele que contava ao menino histórias da Costa da África, de onde viera. Quando os Lima Barreto passaram sufoco,o ex-escravo ainda emprestou cem mil réis ao amigo. O coração de Lima também partiu-se naquela ilha. Durante a Revolta da Armada (1893), que ocupou a região, ele viu seu pai levar o Estrela, boi da colônia, para os rebeldes. Depois, escreveu: "Quando vi que o iam matar [...], corri para casa, sem olhar para trás." DOIS MUNDOS Se a linha de trem, que Lima tanto retratou, dividia o escritor em dois -o dos subúrbios e o crítico da sociedade do centro, a ironia vem no final da vida. Quando morreu, lendo a "Revista dos Dois Mundos", no começo poucos apareceram para seu cortejo. Depois, surgiu uma pequena multidão anônima. Crianças, carregadores, comerciantes -e os bêbados que choravam. O caixão de Lima pegou o trem e foi enterrado em Botafogo, num cemitério de elite, longe dos seus subúrbios.
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O governo, só, não dá conta
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Eu estava num quarto de hotel em Manaus, quando me ligaram do Itamaraty dizendo que meus planos de carreira se haviam frustrado. "A vaga em Nova York que você queria dançou, mas te mando para a Embaixada em Washington amanhã, se você topar", me disse o chefe do departamento de pessoal. Não era particularmente fã da cidade de Washington e não conhecia o Embaixador para quem ia trabalhar. Pedi um dia para pensar, mas acabei topando, porque seria irrazoável de minha parte recusar uma missão num dos postos mais importantes da diplomacia. A surpresa foi que a cidade da qual eu não era muito fã se tornou uma de minhas favoritas, e o Embaixador Rubens Barbosa, que eu não conhecia, meu deu lições e exemplos de objetividade e de sentido prático que eu trago até hoje e, acho, todo diplomata brasileiro deveria receber. O que, no entanto, me remete ao Embaixador Rubens Barbosa hoje é o fato de que ele anunciou recentemente a criação de um instituto independente para a discussão de temas de política externa e de comércio exterior que afetem o ambiente de negócios para as empresas brasileiras. O instituto, Irice —Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior—, é desvinculado de partidos políticos, e será gerido por um conselho consultivo integrado por lideranças empresariais, políticas e culturais da cidade de São Paulo. Não tem fins lucrativos, porque os envolvidos já estão no lucro. Fiquei contente com a iniciativa do embaixador. Todas as vezes que alguém se queixa de que "ninguém faz nada para resolver a situação deste país", as palavras do poeta inglês John Donne ("não pergunte por quem os sinos dobram, eles dobram por você") me vêm à mente. Até se compreende que as elites brasileiras pensem nesses termos, porque é gente que cresceu acostumada a jogar roupa suja no chão, e a essa mesma roupa reaparecer, limpa, dobrada, na gaveta. Bastava pagar o salário da empregada. No entanto, em uma democracia em formação como a nossa, não é assim que as coisas acontecem. Especialmente na conjuntura de desgoverno em que nos encontramos, fica clara a necessidade de que os setores da sociedade brasileira articulem uma visão crítica e propositiva a respeito das políticas públicas implementadas. O governo deveria ter papel maior e mais consequente nesse processo, mas o que esperar de um governo em que a expertise técnica dos quadros é mero detalhe e no qual órgãos importantes para o desenvolvimento de políticas públicas, como IPEA e IBGE, foram politicamente aparelhados? Não adianta achar que, para o Brasil se resolver, é só pagar imposto, como quem paga o salário de um serviçal. É preciso participação adicional. O Brasil tem carência de centros que galvanizem e sintetizem o pensamento de setores da sociedade sobre temas específicos e que proponham elementos de enriquecimento das políticas públicas em implementação. A iniciativa do Embaixador Rubens Barbosa em sua área de interesse de interesse denota espírito de liderança que outros indivíduos e setores da sociedade deveriam praticar em relação aos temas da vida brasileira que lhes dizem respeito. É importante que o Brasil conte com instituições de pensamento independente, colhendo dados, traçando diagnósticos e propondo receituários, porque este governo, só, não dá conta.
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colunas
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O governo, só, não dá contaEu estava num quarto de hotel em Manaus, quando me ligaram do Itamaraty dizendo que meus planos de carreira se haviam frustrado. "A vaga em Nova York que você queria dançou, mas te mando para a Embaixada em Washington amanhã, se você topar", me disse o chefe do departamento de pessoal. Não era particularmente fã da cidade de Washington e não conhecia o Embaixador para quem ia trabalhar. Pedi um dia para pensar, mas acabei topando, porque seria irrazoável de minha parte recusar uma missão num dos postos mais importantes da diplomacia. A surpresa foi que a cidade da qual eu não era muito fã se tornou uma de minhas favoritas, e o Embaixador Rubens Barbosa, que eu não conhecia, meu deu lições e exemplos de objetividade e de sentido prático que eu trago até hoje e, acho, todo diplomata brasileiro deveria receber. O que, no entanto, me remete ao Embaixador Rubens Barbosa hoje é o fato de que ele anunciou recentemente a criação de um instituto independente para a discussão de temas de política externa e de comércio exterior que afetem o ambiente de negócios para as empresas brasileiras. O instituto, Irice —Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior—, é desvinculado de partidos políticos, e será gerido por um conselho consultivo integrado por lideranças empresariais, políticas e culturais da cidade de São Paulo. Não tem fins lucrativos, porque os envolvidos já estão no lucro. Fiquei contente com a iniciativa do embaixador. Todas as vezes que alguém se queixa de que "ninguém faz nada para resolver a situação deste país", as palavras do poeta inglês John Donne ("não pergunte por quem os sinos dobram, eles dobram por você") me vêm à mente. Até se compreende que as elites brasileiras pensem nesses termos, porque é gente que cresceu acostumada a jogar roupa suja no chão, e a essa mesma roupa reaparecer, limpa, dobrada, na gaveta. Bastava pagar o salário da empregada. No entanto, em uma democracia em formação como a nossa, não é assim que as coisas acontecem. Especialmente na conjuntura de desgoverno em que nos encontramos, fica clara a necessidade de que os setores da sociedade brasileira articulem uma visão crítica e propositiva a respeito das políticas públicas implementadas. O governo deveria ter papel maior e mais consequente nesse processo, mas o que esperar de um governo em que a expertise técnica dos quadros é mero detalhe e no qual órgãos importantes para o desenvolvimento de políticas públicas, como IPEA e IBGE, foram politicamente aparelhados? Não adianta achar que, para o Brasil se resolver, é só pagar imposto, como quem paga o salário de um serviçal. É preciso participação adicional. O Brasil tem carência de centros que galvanizem e sintetizem o pensamento de setores da sociedade sobre temas específicos e que proponham elementos de enriquecimento das políticas públicas em implementação. A iniciativa do Embaixador Rubens Barbosa em sua área de interesse de interesse denota espírito de liderança que outros indivíduos e setores da sociedade deveriam praticar em relação aos temas da vida brasileira que lhes dizem respeito. É importante que o Brasil conte com instituições de pensamento independente, colhendo dados, traçando diagnósticos e propondo receituários, porque este governo, só, não dá conta.
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Cuca confirma Palmeiras com Tchê Tchê e Cleiton Xavier
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O técnico Cuca confirmou a equipe que iniciará a partida contra o Atlético-PR, neste sábado (13), às 16h (de Brasília), pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Sem surpresas, o time será o mesmo utilizado pelo comandante nos treinos em Atibaia, nos últimos dois dias. A diferença é que Tchê Tchê iniciará preenchendo a lateral direita, enquanto o volante Jean ficará no meio-campo. No entanto, os atletas devem inverter posição no decorrer da partida. Desse modo, o Palmeiras estreará no Brasileiro com Fernando Prass, Tchê Tchê, Thiago Martins, Vitor Hugo e Egídio; Matheus Sales e Jean; Róger Guedes, Cleiton Xavier e Gabriel Jesus; Barrios. Cleiton Xavier será titular pela primeira vez desde que sofreu uma série de lesões musculares de grau elevado e ficou oito meses em recuperação. O meia foi acionado nos duelos contra o Santos, pelo Paulistão, e River Plate (URU), pela Libertadoraes, mas ainda não havia estado entre os 11. Desde que voltou ao clube alviverde, em janeiro de 2015, foram apenas 17 partidas, sendo quatro como titular, um gol e duas assistências. Cuca quer que ele ganhe ritmo. "Cleiton está com força, está com confiança, coloquei ele para pegar ritmo de jogo antes", explicou o treinador.
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esporte
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Cuca confirma Palmeiras com Tchê Tchê e Cleiton XavierO técnico Cuca confirmou a equipe que iniciará a partida contra o Atlético-PR, neste sábado (13), às 16h (de Brasília), pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Sem surpresas, o time será o mesmo utilizado pelo comandante nos treinos em Atibaia, nos últimos dois dias. A diferença é que Tchê Tchê iniciará preenchendo a lateral direita, enquanto o volante Jean ficará no meio-campo. No entanto, os atletas devem inverter posição no decorrer da partida. Desse modo, o Palmeiras estreará no Brasileiro com Fernando Prass, Tchê Tchê, Thiago Martins, Vitor Hugo e Egídio; Matheus Sales e Jean; Róger Guedes, Cleiton Xavier e Gabriel Jesus; Barrios. Cleiton Xavier será titular pela primeira vez desde que sofreu uma série de lesões musculares de grau elevado e ficou oito meses em recuperação. O meia foi acionado nos duelos contra o Santos, pelo Paulistão, e River Plate (URU), pela Libertadoraes, mas ainda não havia estado entre os 11. Desde que voltou ao clube alviverde, em janeiro de 2015, foram apenas 17 partidas, sendo quatro como titular, um gol e duas assistências. Cuca quer que ele ganhe ritmo. "Cleiton está com força, está com confiança, coloquei ele para pegar ritmo de jogo antes", explicou o treinador.
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Argentino faz cinco gols mais rápido que Ronaldo, mas perde para polonês
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Em pouco mais de 20 dias, três estrelas do futebol europeu marcaram cinco gols na mesma partida nos campeonatos Espanhol, Alemão e Inglês. Neste sábado (3), o argentino Sérgio Agüero fez cinco gols na goleada do Manchester City sobre o Newcastle por 6 a 1, pela oitava rodada da liga inglesa. O intervalo entre o primeiro e o último gols do atacante foi de 23 minutos, contando os três de acréscimo do primeiro tempo. No quesito velocidade, o recordista é o polonês Robert Lewandowski, que no dia 22 de setembro também fez cinco contra o Wolfsburg em apenas nove minutos. A partida da sexta rodada do Alemão terminou 5 a 1 para o Bayern de Munique. O português Cristiano Ronaldo foi outro que conseguiu a façanha nesta temporada, mas os gols foram distribuídos ao longo do jogo. No dia 12 de setembro, pela terceira rodada do Espanhol, ele balançou as redes cinco vezes na goleada do Real Madrid por 6 a 0 sobre o Espanyol. O primeiro foi marcado aos sete minutos do primeiro tempo e o último aos 36 do segundo. Considerando que a etapa inicial teve um minuto de acréscimo, o intervalo entre os dois foi de 75 minutos. VEJA A DISTRIBUIÇÃO DE GOLS DOS ARTILHEIROS Robert Lewandowski - 9 minutos - Bayern de Munique 5 x 1 Wolfsburg - 22/09 Gols aos 6, 7, 10, 12 e 15 min do segundo tempo Sergio Agüero - 23 minutos - Manchester City 6 x 1 Newcastle - 03/10 Gols aos 42 min do primeiro tempo e aos 4, 6, 15 e 17 min do segundo tempo Cristiano Ronaldo - 75 minutos - Espanyol 0 x 6 Real Madrid - 12/09 Gols aos 7, 17 e 20 min do primeiro tempo e aos 16 e 36 min do segundo tempo
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Argentino faz cinco gols mais rápido que Ronaldo, mas perde para polonêsEm pouco mais de 20 dias, três estrelas do futebol europeu marcaram cinco gols na mesma partida nos campeonatos Espanhol, Alemão e Inglês. Neste sábado (3), o argentino Sérgio Agüero fez cinco gols na goleada do Manchester City sobre o Newcastle por 6 a 1, pela oitava rodada da liga inglesa. O intervalo entre o primeiro e o último gols do atacante foi de 23 minutos, contando os três de acréscimo do primeiro tempo. No quesito velocidade, o recordista é o polonês Robert Lewandowski, que no dia 22 de setembro também fez cinco contra o Wolfsburg em apenas nove minutos. A partida da sexta rodada do Alemão terminou 5 a 1 para o Bayern de Munique. O português Cristiano Ronaldo foi outro que conseguiu a façanha nesta temporada, mas os gols foram distribuídos ao longo do jogo. No dia 12 de setembro, pela terceira rodada do Espanhol, ele balançou as redes cinco vezes na goleada do Real Madrid por 6 a 0 sobre o Espanyol. O primeiro foi marcado aos sete minutos do primeiro tempo e o último aos 36 do segundo. Considerando que a etapa inicial teve um minuto de acréscimo, o intervalo entre os dois foi de 75 minutos. VEJA A DISTRIBUIÇÃO DE GOLS DOS ARTILHEIROS Robert Lewandowski - 9 minutos - Bayern de Munique 5 x 1 Wolfsburg - 22/09 Gols aos 6, 7, 10, 12 e 15 min do segundo tempo Sergio Agüero - 23 minutos - Manchester City 6 x 1 Newcastle - 03/10 Gols aos 42 min do primeiro tempo e aos 4, 6, 15 e 17 min do segundo tempo Cristiano Ronaldo - 75 minutos - Espanyol 0 x 6 Real Madrid - 12/09 Gols aos 7, 17 e 20 min do primeiro tempo e aos 16 e 36 min do segundo tempo
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Executivo alemão chefiará conselho do grupo Camargo Corrêa
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A Camargo Corrêa anunciou nesta segunda-feira (31) que o alemão Heinz-Peter Elstrodt foi contratado como presidente do conselho de administração do grupo. O posto era ocupado interinamente desde agosto por Décio Amaral, que comanda a construtora. Na ocasião, Vitor Hallack, no cargo havia dez anos, deixou a companhia. Com a alteração, a terceira geração da família controladora, agora no comando, tenta dar cara nova ao grupo, que foi atingido pelas investigações da Lava Jato. Executivos da construtora delataram o pagamento de propina para conseguir obras da Petrobras, da Eletrobras e da Eletronuclear. Acuada, a empresa concordou em pagar R$ 700 milhões e ressarci-las. A ideia é que a Camargo Corrêa mude a forma de gerir os negócios. A família quer ter menos voz nas decisões de investimento e no dia a dia das empresas que controla, delegando a responsabilidade a executivos contratados. Segundo comunicado, quer deixar de ser um "grupo empresarial" e se tornar uma "holding gestora de portfólio de empresas investidas". ESPECIALISTA Elstrodt, 59, trabalhou durante 32 anos na McKinsey e foi um dos responsáveis pela vinda da consultoria ao Brasil. O executivo, que chegara a ser presidente da companhia na América Latina, deixou a empresa no ano passado após se aposentar. Desde então, dedicava-se a participar de conselhos de administração, como o da varejista brasileira Renner. O grupo não esclareceu porque escolheu Elstrodt para a vaga. Mas, ele é conhecido por ser especialista em gestão de negócios familiares –caso da Camargo Corrêa. Fundada em 1939 como uma construtora, a Camargo Corrêa transformou-se num conglomerado com braços em construção pesada, desenvolvimento imobiliário, concessões, indústria naval, produção de cimento e têxtil. Apesar de ter sócios nas empresas controladas –como a empreiteira Andrade Gutierrez na CCR e a Queiroz Galvão no Estaleiro Atlântico Sul–, o grupo segue nas mãos dos herdeiros do fundador, Sebastião Camargo. No conselho de administração, há seis membros. Cinco deles são ligados à família. MENOR Um dos maiores grupos do país, a Camargo Corrêa faturou de R$ 21,5 bilhões em 2015 –pior resultado desde 2011. Houve forte queda nas receitas da construtora. A cimenteira Intercement, seguiu como principal negócio. Abalado pela Lava Jato, o grupo vendeu a Alpargatas, dona da marca Havaianas, para a J&F e a CPFL Energia, que era sua segunda maior fonte de receitas, para os chineses da State Grid. No total, levantou R$ 8,6 bilhões.
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mercado
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Executivo alemão chefiará conselho do grupo Camargo CorrêaA Camargo Corrêa anunciou nesta segunda-feira (31) que o alemão Heinz-Peter Elstrodt foi contratado como presidente do conselho de administração do grupo. O posto era ocupado interinamente desde agosto por Décio Amaral, que comanda a construtora. Na ocasião, Vitor Hallack, no cargo havia dez anos, deixou a companhia. Com a alteração, a terceira geração da família controladora, agora no comando, tenta dar cara nova ao grupo, que foi atingido pelas investigações da Lava Jato. Executivos da construtora delataram o pagamento de propina para conseguir obras da Petrobras, da Eletrobras e da Eletronuclear. Acuada, a empresa concordou em pagar R$ 700 milhões e ressarci-las. A ideia é que a Camargo Corrêa mude a forma de gerir os negócios. A família quer ter menos voz nas decisões de investimento e no dia a dia das empresas que controla, delegando a responsabilidade a executivos contratados. Segundo comunicado, quer deixar de ser um "grupo empresarial" e se tornar uma "holding gestora de portfólio de empresas investidas". ESPECIALISTA Elstrodt, 59, trabalhou durante 32 anos na McKinsey e foi um dos responsáveis pela vinda da consultoria ao Brasil. O executivo, que chegara a ser presidente da companhia na América Latina, deixou a empresa no ano passado após se aposentar. Desde então, dedicava-se a participar de conselhos de administração, como o da varejista brasileira Renner. O grupo não esclareceu porque escolheu Elstrodt para a vaga. Mas, ele é conhecido por ser especialista em gestão de negócios familiares –caso da Camargo Corrêa. Fundada em 1939 como uma construtora, a Camargo Corrêa transformou-se num conglomerado com braços em construção pesada, desenvolvimento imobiliário, concessões, indústria naval, produção de cimento e têxtil. Apesar de ter sócios nas empresas controladas –como a empreiteira Andrade Gutierrez na CCR e a Queiroz Galvão no Estaleiro Atlântico Sul–, o grupo segue nas mãos dos herdeiros do fundador, Sebastião Camargo. No conselho de administração, há seis membros. Cinco deles são ligados à família. MENOR Um dos maiores grupos do país, a Camargo Corrêa faturou de R$ 21,5 bilhões em 2015 –pior resultado desde 2011. Houve forte queda nas receitas da construtora. A cimenteira Intercement, seguiu como principal negócio. Abalado pela Lava Jato, o grupo vendeu a Alpargatas, dona da marca Havaianas, para a J&F e a CPFL Energia, que era sua segunda maior fonte de receitas, para os chineses da State Grid. No total, levantou R$ 8,6 bilhões.
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Novo ministro da aviação diz não temer expulsão do PMDB
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O novo ministro da Secretaria de Aviação Civil, o deputado federal Mauro Lopes (PMDB-MG), disse nesta quinta-feira (17) não temer a expulsão de seu partido por ter assumido o cargo. Em entrevista após a transmissão do cargo na sede da Secretaria, Lopes afirmou que não descumpriu a decisão de seu partido, tomada na convenção do sábado anterior, que impedia que seus filiados assumissem novos cargos no governo Dilma Rousseff. Segundo ele, o convite da presidente Dilma Rousseff foi feito antes da decisão e, por isso, ele se sentiu livre para assumir a pasta. "Sempre respeitei as normas como secretário geral do partido. Não tomei posse mesmo convidado há mais de um mês atrás. O presidente Michel Temer já estava ciente de que eu iria assumir", disse Lopes dizendo que moção que aprovou a proibição de assumir cargos foi "precipitada". "Não desobedeci nenhuma autorização do partido". Segundo ele, Michel Temer, presidente do PMDB e vice presidente da República, está sendo pressionado a abrir o processo para sua expulsão pelas alas divergentes do partido e justificou que ele não foi à sua posse para não desagradar a nenhuma ala. No início de sua transmissão, não havia qualquer deputado. Já no meio do evento, chegaram dois parlamentares do PMDB de Minas Gerais. PICCIANI Mauro Lopes foi indicado ao cargo pelo líder do PMDB na Câmara, Jorge Picciani (PMDB-RJ), que não compareceu à cerimônia. Lopes explicou a ausência de deputados afirmando que eles estavam discutindo os membros da comissão do impeachment na Câmara. Ex-diretor da Polícia Rodoviária e ex-secretário de Segurança Pública de Minas Gerais, Lopes está em seu sexto mandato na Câmara. Ele assumiu a pasta e agora terá como uma das tarefas aprovar no Congresso uma lei que permite o aumento do capital estrangeiro nas empresas nacionais. Como deputado, ele fez emenda para modificar a lei proposta pelo governo, restringindo o aumento do capital de estrangeiros a 49% em qualquer caso (o governo havia aberto uma brecha para que o capital fosse maior que 50% para países que permitissem o mesmo para empresas brasileiras). Lopes afirmou que defende a mudança para proteger a soberania nacional e fez a proposta de forma consciente consciente. Mas afirma que a decisão se vai ou não defender sua posição, agora, depende da posição da presidente Dilma Rousseff.
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Novo ministro da aviação diz não temer expulsão do PMDBO novo ministro da Secretaria de Aviação Civil, o deputado federal Mauro Lopes (PMDB-MG), disse nesta quinta-feira (17) não temer a expulsão de seu partido por ter assumido o cargo. Em entrevista após a transmissão do cargo na sede da Secretaria, Lopes afirmou que não descumpriu a decisão de seu partido, tomada na convenção do sábado anterior, que impedia que seus filiados assumissem novos cargos no governo Dilma Rousseff. Segundo ele, o convite da presidente Dilma Rousseff foi feito antes da decisão e, por isso, ele se sentiu livre para assumir a pasta. "Sempre respeitei as normas como secretário geral do partido. Não tomei posse mesmo convidado há mais de um mês atrás. O presidente Michel Temer já estava ciente de que eu iria assumir", disse Lopes dizendo que moção que aprovou a proibição de assumir cargos foi "precipitada". "Não desobedeci nenhuma autorização do partido". Segundo ele, Michel Temer, presidente do PMDB e vice presidente da República, está sendo pressionado a abrir o processo para sua expulsão pelas alas divergentes do partido e justificou que ele não foi à sua posse para não desagradar a nenhuma ala. No início de sua transmissão, não havia qualquer deputado. Já no meio do evento, chegaram dois parlamentares do PMDB de Minas Gerais. PICCIANI Mauro Lopes foi indicado ao cargo pelo líder do PMDB na Câmara, Jorge Picciani (PMDB-RJ), que não compareceu à cerimônia. Lopes explicou a ausência de deputados afirmando que eles estavam discutindo os membros da comissão do impeachment na Câmara. Ex-diretor da Polícia Rodoviária e ex-secretário de Segurança Pública de Minas Gerais, Lopes está em seu sexto mandato na Câmara. Ele assumiu a pasta e agora terá como uma das tarefas aprovar no Congresso uma lei que permite o aumento do capital estrangeiro nas empresas nacionais. Como deputado, ele fez emenda para modificar a lei proposta pelo governo, restringindo o aumento do capital de estrangeiros a 49% em qualquer caso (o governo havia aberto uma brecha para que o capital fosse maior que 50% para países que permitissem o mesmo para empresas brasileiras). Lopes afirmou que defende a mudança para proteger a soberania nacional e fez a proposta de forma consciente consciente. Mas afirma que a decisão se vai ou não defender sua posição, agora, depende da posição da presidente Dilma Rousseff.
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Explosões em funeral no Afeganistão deixam vários mortos
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Uma série de explosões em Cabul, capital do Afeganistão, deixou várias pessoas mortas neste sábado (3) no funeral de uma das vítimas dos confrontos entre policiais e manifestantes ocorrido um dia antes, continuando uma onda de violência que começou na quarta-feira. Segundo autoridades afegãs, ao menos seis pessoas morreram no ataque. Duas testemunhas que estavam no funeral disseram que as explosões deixaram 12 vítimas. TVs do Afeganistão, por sua vez, falam em 18 mortos. Wahid Mujro, porta-voz do Ministério da Saúde Pública, disse que 87 pessoas também foram feridas O chefe-executivo do governo, Abdullah Abdullah, estava no funeral, mas ficou ileso. Vários altos funcionários da segurança foram feridos. Nenhuma facção reivindicou a autoria do ataque até o momento. O Talebã, que muitas vezes realizou ataques com bombas no passado, negou qualquer papel no incidente e culpou milícias rivais, disse o porta-voz do grupo, Zabihullah Mujahid. As explosões ocorreram no funeral de Mohammad Salim Izadyar, filho do vice-presidente do Senado. Ele morreu depois de ser gravemente ferido em confrontos durante o protesto de sexta-feira. Manifestantes foram às ruas de Cabul, capital do Afeganistão para pedir a renúncia do presidente Mohammad Ashraf Ghani após um atentado que deixou ao menos 90 mortos na quarta. O atentado, um dos piores da história recente do país, gerou questionamentos sobre a capacidade do governo de garantir a segurança da população.
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Explosões em funeral no Afeganistão deixam vários mortosUma série de explosões em Cabul, capital do Afeganistão, deixou várias pessoas mortas neste sábado (3) no funeral de uma das vítimas dos confrontos entre policiais e manifestantes ocorrido um dia antes, continuando uma onda de violência que começou na quarta-feira. Segundo autoridades afegãs, ao menos seis pessoas morreram no ataque. Duas testemunhas que estavam no funeral disseram que as explosões deixaram 12 vítimas. TVs do Afeganistão, por sua vez, falam em 18 mortos. Wahid Mujro, porta-voz do Ministério da Saúde Pública, disse que 87 pessoas também foram feridas O chefe-executivo do governo, Abdullah Abdullah, estava no funeral, mas ficou ileso. Vários altos funcionários da segurança foram feridos. Nenhuma facção reivindicou a autoria do ataque até o momento. O Talebã, que muitas vezes realizou ataques com bombas no passado, negou qualquer papel no incidente e culpou milícias rivais, disse o porta-voz do grupo, Zabihullah Mujahid. As explosões ocorreram no funeral de Mohammad Salim Izadyar, filho do vice-presidente do Senado. Ele morreu depois de ser gravemente ferido em confrontos durante o protesto de sexta-feira. Manifestantes foram às ruas de Cabul, capital do Afeganistão para pedir a renúncia do presidente Mohammad Ashraf Ghani após um atentado que deixou ao menos 90 mortos na quarta. O atentado, um dos piores da história recente do país, gerou questionamentos sobre a capacidade do governo de garantir a segurança da população.
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Leonardo é escolhido por Del Nero para comandar nova comissão técnica
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O ex-lateral Leonardo, 46, foi escolhido por Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, para trabalhar na nova comissão técnica da seleção brasileira. O cartola vai oferecer ao ex-jogador do São Paulo e do Flamengo função semelhante à que Gilmar Rinaldi cumpria até esta terça-feira (14), como coordenador de seleções da CBF. Na tarde desta terça, o técnico da seleção, Dunga, foi demitido após a péssima campanha da seleção na Copa América Centenário, disputada nos EUA. O treinador se reuniu com o presidente da CBF na sede da entidade, no Rio, e foi dispensado. Rinaldi também deixou seu cargo. Na nova comissão técnica, Leonardo trabalharia como uma espécie de coordenador das duas seleções. Em agosto, o time brasileiro vai disputar os Jogos Olímpicos do Rio. A equipe contará apenas com atletas sub-23 e três jogadores acima dessa idade. Neymar será um deles. Campeão mundial na Copa dos EUA, em 1994, Leonardo também foi treinador e teve sucesso como dirigente. Ele comandou o Milan e a Inter de Milão como técnico. Leonardo foi o principal dirigente do milionário Paris Saint-Germain entre 2011 e 2013. Fontes próximas a Leonardo dizem que o mais provável, no entanto, é que ele recuse o convite. Del Nero quer também chamar mais ex-atletas para integrar a comissão técnica. O presidente da CBF deseja contar com o técnico do Vasco, Jorginho, mas não sabe se coloca o vascaíno ou Tite no time olímpico. Na noite de segunda (13), Del Nero viajou para São Paulo de forma discreta. Ele se encontrou com representantes de Tite e iniciou a negociação. O técnico do Corinthians é o preferido para substituir Dunga na seleção principal. Ele deverá se reunir na noite desta terça com os representantes da CBF. Del Nero desistiu de Dunga após a eliminação da seleção na Copa América Centenário, no domingo. O time perdeu para o Peru por 1 a 0, em Boston, e não passou da primeira fase do torneio. O desempenho desastroso da seleção na Copa América agravou a situação de Dunga. O time está em sexto lugar nas eliminatórias do Mundial da Rússia. Antes, a equipe comandada por Dunga havia sido eliminada nas quartas da Copa América do Chile, disputada no ano passado. POLÊMICAS Campeão mundial com a seleção na Copa dos EUA-1994 e vice na da França-1998, Leonardo foi lateral-esquerdo, meia, camisa 10 do Brasil, virou técnico e dirigente de futebol. Como jogador, Leonardo destacou-se no São Paulo e no Flamengo, no Brasil, além de ter passagens vitoriosas por Kashima Antlers, do Japão, PSG, da França, e Milan, da Itália. No Flamengo, clube pelo qual torce, o atleta nascido em Niterói atuou ao lado de Zico na conquista do Brasileiro de 1987. No São Paulo, comandado por Telê Santana, ganhou o Mundial de Clubes de 1993. Em sua primeira Copa do Mundo, o então titular da lateral esquerda ficou marcado pela expulsão na partida das oitavas de final, contra os EUA. Naquela vitória brasileira por 1 a 0, Leonardo foi expulso após dar uma cotovelada no americano Tab Ramos. O lateral brasileiro não atuou mais no torneio. Como jogador, ele se despediu da seleção em 2002 (com 60 jogos e 8 gols). No mesmo ano, já no Milan, começou a exercer funções fora de campo também. Foi dirigente até 2009, quando se tornou técnico do time italiano. Ficou apenas uma temporada e, em seguida, foi contratado como treinador da arquirrival Inter de Milão. Novamente uma temporada depois, Leonardo mudou de clube e, desta vez, de país. Ele foi para a França para ser um dos principais dirigentes do PSG. Em Paris, envolveu-se em mais uma polêmica. Por ter empurrado o árbitro depois de uma partida do Campeonato Francês, ele recebeu suspensão de pouco mais de um ano e deixou o clube em 2013. Em seu site oficial, disponível em inglês, português e italiano, Leonardo é assim definido: "Ofensivo e sem preconceitos como treinador (o módulo de referência 4-2-fantasia, inspirado no futebol de Telê Santana), talentoso e genial como jogador, honesto e respeitado como diretor, e um carismático comentarista de televisão. Leo é muito ativo no campo das iniciativas humanitárias (em 1998, no Brasil, deu vida à Fundação Gol de Letra e na Itália foi secretário-geral da Fundação Milan), nas atividades ligadas aos jovens (colabora com universidades), no estudo de tantos conhecimentos que hoje são necessários no mundo do futebol. Leo sempre esteve viajando em conhecimentos e a sua viagem continua." PRESIDENTE DA CBF Segundo o amigo e sócio Raí, Leonardo pretende entrar na disputa pela presidência da CBF em uma das próximas eleições da entidade. A revelação foi feita durante sabatina da Folha no MIS (Museu da Imagem e do Som de São Paulo), em 2014. Segundo Raí, Leonardo é o nome certo para revolucionar a estrutura do futebol brasileiro. "Uma pessoa que tem esse desejo [de presidir a CBF], mas não para agora, porque ele quer uma carreira de técnico, é capaz e inteligente, é o Leonardo. Se a gente quer mudança, precisamos de nomes assim, de coragem. No mínimo, as coisas não ficariam iguais", afirmou.
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Leonardo é escolhido por Del Nero para comandar nova comissão técnicaO ex-lateral Leonardo, 46, foi escolhido por Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, para trabalhar na nova comissão técnica da seleção brasileira. O cartola vai oferecer ao ex-jogador do São Paulo e do Flamengo função semelhante à que Gilmar Rinaldi cumpria até esta terça-feira (14), como coordenador de seleções da CBF. Na tarde desta terça, o técnico da seleção, Dunga, foi demitido após a péssima campanha da seleção na Copa América Centenário, disputada nos EUA. O treinador se reuniu com o presidente da CBF na sede da entidade, no Rio, e foi dispensado. Rinaldi também deixou seu cargo. Na nova comissão técnica, Leonardo trabalharia como uma espécie de coordenador das duas seleções. Em agosto, o time brasileiro vai disputar os Jogos Olímpicos do Rio. A equipe contará apenas com atletas sub-23 e três jogadores acima dessa idade. Neymar será um deles. Campeão mundial na Copa dos EUA, em 1994, Leonardo também foi treinador e teve sucesso como dirigente. Ele comandou o Milan e a Inter de Milão como técnico. Leonardo foi o principal dirigente do milionário Paris Saint-Germain entre 2011 e 2013. Fontes próximas a Leonardo dizem que o mais provável, no entanto, é que ele recuse o convite. Del Nero quer também chamar mais ex-atletas para integrar a comissão técnica. O presidente da CBF deseja contar com o técnico do Vasco, Jorginho, mas não sabe se coloca o vascaíno ou Tite no time olímpico. Na noite de segunda (13), Del Nero viajou para São Paulo de forma discreta. Ele se encontrou com representantes de Tite e iniciou a negociação. O técnico do Corinthians é o preferido para substituir Dunga na seleção principal. Ele deverá se reunir na noite desta terça com os representantes da CBF. Del Nero desistiu de Dunga após a eliminação da seleção na Copa América Centenário, no domingo. O time perdeu para o Peru por 1 a 0, em Boston, e não passou da primeira fase do torneio. O desempenho desastroso da seleção na Copa América agravou a situação de Dunga. O time está em sexto lugar nas eliminatórias do Mundial da Rússia. Antes, a equipe comandada por Dunga havia sido eliminada nas quartas da Copa América do Chile, disputada no ano passado. POLÊMICAS Campeão mundial com a seleção na Copa dos EUA-1994 e vice na da França-1998, Leonardo foi lateral-esquerdo, meia, camisa 10 do Brasil, virou técnico e dirigente de futebol. Como jogador, Leonardo destacou-se no São Paulo e no Flamengo, no Brasil, além de ter passagens vitoriosas por Kashima Antlers, do Japão, PSG, da França, e Milan, da Itália. No Flamengo, clube pelo qual torce, o atleta nascido em Niterói atuou ao lado de Zico na conquista do Brasileiro de 1987. No São Paulo, comandado por Telê Santana, ganhou o Mundial de Clubes de 1993. Em sua primeira Copa do Mundo, o então titular da lateral esquerda ficou marcado pela expulsão na partida das oitavas de final, contra os EUA. Naquela vitória brasileira por 1 a 0, Leonardo foi expulso após dar uma cotovelada no americano Tab Ramos. O lateral brasileiro não atuou mais no torneio. Como jogador, ele se despediu da seleção em 2002 (com 60 jogos e 8 gols). No mesmo ano, já no Milan, começou a exercer funções fora de campo também. Foi dirigente até 2009, quando se tornou técnico do time italiano. Ficou apenas uma temporada e, em seguida, foi contratado como treinador da arquirrival Inter de Milão. Novamente uma temporada depois, Leonardo mudou de clube e, desta vez, de país. Ele foi para a França para ser um dos principais dirigentes do PSG. Em Paris, envolveu-se em mais uma polêmica. Por ter empurrado o árbitro depois de uma partida do Campeonato Francês, ele recebeu suspensão de pouco mais de um ano e deixou o clube em 2013. Em seu site oficial, disponível em inglês, português e italiano, Leonardo é assim definido: "Ofensivo e sem preconceitos como treinador (o módulo de referência 4-2-fantasia, inspirado no futebol de Telê Santana), talentoso e genial como jogador, honesto e respeitado como diretor, e um carismático comentarista de televisão. Leo é muito ativo no campo das iniciativas humanitárias (em 1998, no Brasil, deu vida à Fundação Gol de Letra e na Itália foi secretário-geral da Fundação Milan), nas atividades ligadas aos jovens (colabora com universidades), no estudo de tantos conhecimentos que hoje são necessários no mundo do futebol. Leo sempre esteve viajando em conhecimentos e a sua viagem continua." PRESIDENTE DA CBF Segundo o amigo e sócio Raí, Leonardo pretende entrar na disputa pela presidência da CBF em uma das próximas eleições da entidade. A revelação foi feita durante sabatina da Folha no MIS (Museu da Imagem e do Som de São Paulo), em 2014. Segundo Raí, Leonardo é o nome certo para revolucionar a estrutura do futebol brasileiro. "Uma pessoa que tem esse desejo [de presidir a CBF], mas não para agora, porque ele quer uma carreira de técnico, é capaz e inteligente, é o Leonardo. Se a gente quer mudança, precisamos de nomes assim, de coragem. No mínimo, as coisas não ficariam iguais", afirmou.
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Sequestro-relâmpago em Perdizes acaba em perseguição até Itupeva (SP)
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Um sequestro-relâmpago no bairro de Perdizes, zona oeste da capital, terminou em perseguição policial aos suspeitos com a vítima até a rodovia dos Bandeirantes, na região de Itupeva (a 73 km de São Paulo). Uma mulher foi rendida pelos ladrões na rua Caraíbas, por volta das 21h desta segunda-feira (19). Ela estava no carro falando ao celular com o marido, que percebeu o roubo e ligou para o 190. Os ladrões tomaram a direção do carro e levaram a mulher ao Shopping Bourbon, em Perdizes, para fazer compras com os cartões de crédito. Dois deles ficaram com a mulher no carro, enquanto outros faziam as compras. "Antes de eu fechar a porta, tinha um bandido de cada lado. Tentei descer do carro e eles não deixaram e me empurraram para o banco do passageiro", disse Flávia Donato, em entrevista ao "Bom Dia São Paulo". A medida que os ladrões faziam compras com o cartão, o marido da vítima recebia alertas pelo celular. Ele avisou à polícia o local onde os criminosos estavam. Segundo a Polícia Militar, dois suspeitos foram presos no interior do shopping. Outros dois perceberam que os comparsas tinham sido presos e tentaram fugir. A perseguição terminou no km 72 da rodovia dos Bandeirantes, em Itupeva, onde eles foram cercados pela polícia. Dois suspeitos foram presos e a vítima libertada sem ferimentos.
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cotidiano
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Sequestro-relâmpago em Perdizes acaba em perseguição até Itupeva (SP)Um sequestro-relâmpago no bairro de Perdizes, zona oeste da capital, terminou em perseguição policial aos suspeitos com a vítima até a rodovia dos Bandeirantes, na região de Itupeva (a 73 km de São Paulo). Uma mulher foi rendida pelos ladrões na rua Caraíbas, por volta das 21h desta segunda-feira (19). Ela estava no carro falando ao celular com o marido, que percebeu o roubo e ligou para o 190. Os ladrões tomaram a direção do carro e levaram a mulher ao Shopping Bourbon, em Perdizes, para fazer compras com os cartões de crédito. Dois deles ficaram com a mulher no carro, enquanto outros faziam as compras. "Antes de eu fechar a porta, tinha um bandido de cada lado. Tentei descer do carro e eles não deixaram e me empurraram para o banco do passageiro", disse Flávia Donato, em entrevista ao "Bom Dia São Paulo". A medida que os ladrões faziam compras com o cartão, o marido da vítima recebia alertas pelo celular. Ele avisou à polícia o local onde os criminosos estavam. Segundo a Polícia Militar, dois suspeitos foram presos no interior do shopping. Outros dois perceberam que os comparsas tinham sido presos e tentaram fugir. A perseguição terminou no km 72 da rodovia dos Bandeirantes, em Itupeva, onde eles foram cercados pela polícia. Dois suspeitos foram presos e a vítima libertada sem ferimentos.
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Republicanos superam bloqueio no Senado e marcam voto sobre Supremo
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Menos de uma hora depois de os senadores democratas bloquearem a votação do indicado do presidente dos EUA, Donald Trump, Neil Gorsuch, para a Suprema Corte, a maioria republicana acionou, nesta quinta (6), um mecanismo para mudar as regras da casa e avançar com a confirmação. No fim da manhã, o plenário do Senado votou para encerrar o debate sobre a nomeação e passar para a votação para confirmar Gorsuch. No entanto, os republicanos precisavam de 60 dos cem votos para avançar a próxima etapa -o que os democratas, com 45 votos, não permitiram. Apenas três democratas não apoiaram a extensão do debate por um tempo indefinido, conhecida como "filibuster". Só que não demorou para que a liderança republicana adotasse a controversa "opção nuclear", que muda as regras do Senado, permitindo que uma maioria simples (51 dos cem senadores) encerre o debate e inicie a votação para um indicado à Suprema Corte. Agora, a expectativa é que a votação para a confirmação de Gorsuch ocorra na sexta-feira (8), antes que os senadores deixem Washington por duas semanas para trabalhar em seus Estados. Para ser aprovado, o juiz só precisa depois de 51 senadores, só que os republicanos têm 52 assentos no Senado e não há expectativa de deserção entre os membros do partido. A decisão republicana por mudar as normas, no entanto, estabelece uma regra vista como perigosa por muitos especialistas: a partir da opção nuclear, todos os próximos indicados para a Suprema Corte precisarão apenas de maioria simples em todo o processo para serem confirmados. A expectativa é que isso permita a aprovação de nomes mais controversos e "ideológicos". "Esse será o primeiro e o último filibuster partidário à [indicação à] Suprema Corte", disse o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, após adotar a opção nuclear -que tem esse nome por quebrar radicalmente com as regras do Senado. "Isso [filibuster] não é sobre o indicado. A oposição feita é mais sobre o homem que o nomeou e o partido que ele representa do que sobre o próprio indicado", completou McConnell. O líder da minoria democrata, Chuck Schumer, classificou o movimento republicano como a "medida mais extrema, com as mais extremas consequências". "Em 20, 30 ou 40 anos, vamos lembrar com tristeza de hoje como um ponto de inflexão na história do Senado e da Suprema Corte, um dia em que nos afastamos de forma irreversível dos princípios que nossos fundadores queriam para essas instituições: de bipartidarismo, moderação e consenso", disse Schumer. Em 2013, no entanto, senadores democratas mudaram as regras para acabar com filibusters republicanos sobre indicados por Obama para tribunais de instâncias menores e posições dentro do governo. Na época, mantiveram a necessidade de 60 votos para avançar com o processo para a Suprema Corte. Segundo os republicanos, permitir o filibuster causa mais prejuízo ao país do que mudar as regras para a votação. Os democratas, por sua vez, defendem que, se um indicado à Suprema Corte não consegue 60 votos para iniciar a votação, quem tem que mudar é o nomeado e não as regras do Senado. O posto ao qual Gorsuch foi indicado está vago há 14 meses, desde a morte do juiz Antonin Scalia, em fevereiro de 2016. Hoje, a Suprema Corte tem oito juízes, sendo quatro de tendência mais liberal e quatro, conservadora. Gorsuch penderia a balança para os conservadores. Os republicanos, contudo, não se preocuparam em ocupar a posto rapidamente quando Barack Obama indicou, em março de 2016, um substituto para Scalia, o juiz Merrick B. Garland. A maioria conservadora nem sequer levou o seu nome ao debate no Comitê de Justiça do Senado. Os democratas não esqueceram e trouxeram várias vezes o tema à tona durante o processo de Gorsuch. Ao governo Trump, o que interessa é ver o nome de Gorsuch aprovado o quanto antes. O fato de o juiz ainda não estar na Suprema Corte foi um dos motivos que fez com que Trump desistisse de levar à essa instância a batalha sobre o seu primeiro decreto barrando cidadãos de sete países de maioria muçulmana. O segundo decreto também foi freado por tribunais federais, e o governo esperou duas semanas até recorrer à mesma corte de apelação que havia sustentado a suspensão à primeira ordem executiva. A ideia também era segurar o processo para ganhar até tempo até que Gorsuch fosse confirmado, para o caso de o segundo decreto também ser recusado na Corte de Apelação do Nono Circuito, na Califórnia.
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Republicanos superam bloqueio no Senado e marcam voto sobre SupremoMenos de uma hora depois de os senadores democratas bloquearem a votação do indicado do presidente dos EUA, Donald Trump, Neil Gorsuch, para a Suprema Corte, a maioria republicana acionou, nesta quinta (6), um mecanismo para mudar as regras da casa e avançar com a confirmação. No fim da manhã, o plenário do Senado votou para encerrar o debate sobre a nomeação e passar para a votação para confirmar Gorsuch. No entanto, os republicanos precisavam de 60 dos cem votos para avançar a próxima etapa -o que os democratas, com 45 votos, não permitiram. Apenas três democratas não apoiaram a extensão do debate por um tempo indefinido, conhecida como "filibuster". Só que não demorou para que a liderança republicana adotasse a controversa "opção nuclear", que muda as regras do Senado, permitindo que uma maioria simples (51 dos cem senadores) encerre o debate e inicie a votação para um indicado à Suprema Corte. Agora, a expectativa é que a votação para a confirmação de Gorsuch ocorra na sexta-feira (8), antes que os senadores deixem Washington por duas semanas para trabalhar em seus Estados. Para ser aprovado, o juiz só precisa depois de 51 senadores, só que os republicanos têm 52 assentos no Senado e não há expectativa de deserção entre os membros do partido. A decisão republicana por mudar as normas, no entanto, estabelece uma regra vista como perigosa por muitos especialistas: a partir da opção nuclear, todos os próximos indicados para a Suprema Corte precisarão apenas de maioria simples em todo o processo para serem confirmados. A expectativa é que isso permita a aprovação de nomes mais controversos e "ideológicos". "Esse será o primeiro e o último filibuster partidário à [indicação à] Suprema Corte", disse o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, após adotar a opção nuclear -que tem esse nome por quebrar radicalmente com as regras do Senado. "Isso [filibuster] não é sobre o indicado. A oposição feita é mais sobre o homem que o nomeou e o partido que ele representa do que sobre o próprio indicado", completou McConnell. O líder da minoria democrata, Chuck Schumer, classificou o movimento republicano como a "medida mais extrema, com as mais extremas consequências". "Em 20, 30 ou 40 anos, vamos lembrar com tristeza de hoje como um ponto de inflexão na história do Senado e da Suprema Corte, um dia em que nos afastamos de forma irreversível dos princípios que nossos fundadores queriam para essas instituições: de bipartidarismo, moderação e consenso", disse Schumer. Em 2013, no entanto, senadores democratas mudaram as regras para acabar com filibusters republicanos sobre indicados por Obama para tribunais de instâncias menores e posições dentro do governo. Na época, mantiveram a necessidade de 60 votos para avançar com o processo para a Suprema Corte. Segundo os republicanos, permitir o filibuster causa mais prejuízo ao país do que mudar as regras para a votação. Os democratas, por sua vez, defendem que, se um indicado à Suprema Corte não consegue 60 votos para iniciar a votação, quem tem que mudar é o nomeado e não as regras do Senado. O posto ao qual Gorsuch foi indicado está vago há 14 meses, desde a morte do juiz Antonin Scalia, em fevereiro de 2016. Hoje, a Suprema Corte tem oito juízes, sendo quatro de tendência mais liberal e quatro, conservadora. Gorsuch penderia a balança para os conservadores. Os republicanos, contudo, não se preocuparam em ocupar a posto rapidamente quando Barack Obama indicou, em março de 2016, um substituto para Scalia, o juiz Merrick B. Garland. A maioria conservadora nem sequer levou o seu nome ao debate no Comitê de Justiça do Senado. Os democratas não esqueceram e trouxeram várias vezes o tema à tona durante o processo de Gorsuch. Ao governo Trump, o que interessa é ver o nome de Gorsuch aprovado o quanto antes. O fato de o juiz ainda não estar na Suprema Corte foi um dos motivos que fez com que Trump desistisse de levar à essa instância a batalha sobre o seu primeiro decreto barrando cidadãos de sete países de maioria muçulmana. O segundo decreto também foi freado por tribunais federais, e o governo esperou duas semanas até recorrer à mesma corte de apelação que havia sustentado a suspensão à primeira ordem executiva. A ideia também era segurar o processo para ganhar até tempo até que Gorsuch fosse confirmado, para o caso de o segundo decreto também ser recusado na Corte de Apelação do Nono Circuito, na Califórnia.
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Citado em delação, secretário de Alckmin falta a reunião na Assembleia
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O secretário de Planejamento e Gestão do Estado de São Paulo, Marcos Monteiro, faltou a uma audiência na Assembleia Legislativa, na tarde desta terça-feira (13), em que apresentaria as perspectivas para o orçamento de 2017. Em seu lugar, foi enviado o secretário-adjunto da pasta, José Antonio Parimoschi. A ausência de Monteiro gerou protestos de deputados de oposição ao governo Geraldo Alckmin (PSDB), que preparavam perguntas sobre a delação da Odebrecht em que o secretário foi citado. Como a Folha revelou na última sexta (9), Monteiro foi apontado por executivos da empreiteira como operador de caixa dois para a campanha de Alckmin em 2014. "A regra é clara: o secretário é obrigado a vir aqui, e não o adjunto ou nenhum outro assessor", criticou o deputado João Paulo Rillo (PT), integrante da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Assembleia, onde o secretário seria ouvido. Conforme a Constituição do Estado, secretários estaduais devem comparecer periodicamente à Assembleia para prestar contas das atividades de suas pastas. Segundo os deputados, foi a primeira vez que Monteiro deixou de ir. A audiência com Monteiro havia sido agendada na última quarta (7). Nesta terça, o secretário enviou um ofício ao presidente da comissão, Vaz de Lima (PSDB), informando que não compareceria. "Ele não explicitou [o motivo da ausência], ele tem algum problema. Se alguém não concorda, tem os meios regimentais de buscar isso", disse Lima. Inicialmente, Lima havia decidido manter a audiência sobre o orçamento de 2017 só com o secretário-adjunto. A oposição, então, acusou-o de estar abrindo mão da prerrogativa dos parlamentares de fiscalizar o Executivo. Depois de um intervalo, deputados governistas esvaziaram a audiência, que precisou ser encerrada por falta de quórum. Em nota, a Secretaria de Planejamento e Gestão afirmou que o secretário "não compareceu ao chamado da Assembleia por incompatibilidade de agenda e designou o seu adjunto para responder quaisquer questionamentos sobre a pasta". 'BLINDAGEM' Para a oposição, os governistas da comissão tentaram blindar Monteiro contra perguntas sobre a delação da Odebrecht. "A obrigação de ele vir aqui é justamente para isso, ele presta contas e nós conversamos sobre todos os assuntos. Esse é um assunto que diz respeito à vida pública dele. É óbvio, está claro por que ele não veio: porque vocês [jornalistas] estariam aqui para dialogar com ele sobre a Lava Jato", disse Rillo. O secretário-adjunto rebateu as alegações dos petistas. "Eu vim aqui falar sobre questões macroeconômicas de 2017, a gente não pode fazer essa mistura, eu não vim para comentar noticiário de jornal", disse Parimoschi. "Não existe blindagem, o Marcos Monteiro é uma pessoa extremamente transparente. Talvez a data não tenha sido oportuna, um secretário de Estado tem uma série de atribuições", afirmou.
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Citado em delação, secretário de Alckmin falta a reunião na AssembleiaO secretário de Planejamento e Gestão do Estado de São Paulo, Marcos Monteiro, faltou a uma audiência na Assembleia Legislativa, na tarde desta terça-feira (13), em que apresentaria as perspectivas para o orçamento de 2017. Em seu lugar, foi enviado o secretário-adjunto da pasta, José Antonio Parimoschi. A ausência de Monteiro gerou protestos de deputados de oposição ao governo Geraldo Alckmin (PSDB), que preparavam perguntas sobre a delação da Odebrecht em que o secretário foi citado. Como a Folha revelou na última sexta (9), Monteiro foi apontado por executivos da empreiteira como operador de caixa dois para a campanha de Alckmin em 2014. "A regra é clara: o secretário é obrigado a vir aqui, e não o adjunto ou nenhum outro assessor", criticou o deputado João Paulo Rillo (PT), integrante da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Assembleia, onde o secretário seria ouvido. Conforme a Constituição do Estado, secretários estaduais devem comparecer periodicamente à Assembleia para prestar contas das atividades de suas pastas. Segundo os deputados, foi a primeira vez que Monteiro deixou de ir. A audiência com Monteiro havia sido agendada na última quarta (7). Nesta terça, o secretário enviou um ofício ao presidente da comissão, Vaz de Lima (PSDB), informando que não compareceria. "Ele não explicitou [o motivo da ausência], ele tem algum problema. Se alguém não concorda, tem os meios regimentais de buscar isso", disse Lima. Inicialmente, Lima havia decidido manter a audiência sobre o orçamento de 2017 só com o secretário-adjunto. A oposição, então, acusou-o de estar abrindo mão da prerrogativa dos parlamentares de fiscalizar o Executivo. Depois de um intervalo, deputados governistas esvaziaram a audiência, que precisou ser encerrada por falta de quórum. Em nota, a Secretaria de Planejamento e Gestão afirmou que o secretário "não compareceu ao chamado da Assembleia por incompatibilidade de agenda e designou o seu adjunto para responder quaisquer questionamentos sobre a pasta". 'BLINDAGEM' Para a oposição, os governistas da comissão tentaram blindar Monteiro contra perguntas sobre a delação da Odebrecht. "A obrigação de ele vir aqui é justamente para isso, ele presta contas e nós conversamos sobre todos os assuntos. Esse é um assunto que diz respeito à vida pública dele. É óbvio, está claro por que ele não veio: porque vocês [jornalistas] estariam aqui para dialogar com ele sobre a Lava Jato", disse Rillo. O secretário-adjunto rebateu as alegações dos petistas. "Eu vim aqui falar sobre questões macroeconômicas de 2017, a gente não pode fazer essa mistura, eu não vim para comentar noticiário de jornal", disse Parimoschi. "Não existe blindagem, o Marcos Monteiro é uma pessoa extremamente transparente. Talvez a data não tenha sido oportuna, um secretário de Estado tem uma série de atribuições", afirmou.
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Brasil tem o 3º pior desempenho entre 44 países no 2º trimestre
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A economia brasileira deu novo sinal de recuperação, com o segundo trimestre consecutivo de crescimento, algo que não acontecia desde 2014, mas, na comparação internacional, a alta de 0,2% de abril a junho ficou muito abaixo do resultado dos seus pares. Em uma comparação com 44 países, o desempenho brasileiro só foi superior aos de Taiwan e Cingapura (ambos cresceram 0,1%) e semelhante ao de Portugal. O comportamento da economia mundial no segundo trimestre chama a atenção porque todas as grandes economias cresceram, algo que não era visto desde o fim da década passada, quando estourou a crise global. Ainda que o desempenho não seja de tirar o fôlego (o FMI prevê alta de 3,5% para o PIB global, ante 3,2% no ano passado), é um sinal positivo após quase uma década de retomada desigual Os destaques no período continuaram a ser os países asiáticos, que são beneficiados pelo crescimento chinês —1,7% em relação aos primeiros três meses do ano, resultado suficiente para colocar o país na rota de um avanço de 7% no fim do ano. PIB pelo mundo - 2º.tri.2017 A Indonésia lidera a lista com alta de 4%, seguida por países como Filipinas (1,7%), Tailândia e Malásia —ambas cresceram 1,7%. Os países europeus também registraram um desempenho forte. A Suécia cresceu 1,7%, a Holanda, 1,5%, e a Espanha, 0,9%, por exemplo. Mesmo entre os pares latino-americanos, o Brasil ficou para trás. O México teve o menor crescimento em um ano (0,6%), mas suficiente para que o país encaminhasse o 16º trimestre consecutivo de alta. Chile e Colômbia, os outros dois países que já divulgaram o PIB do segundo trimestre, tiveram resultado ainda melhor: 0,7%.
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mercado
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Brasil tem o 3º pior desempenho entre 44 países no 2º trimestreA economia brasileira deu novo sinal de recuperação, com o segundo trimestre consecutivo de crescimento, algo que não acontecia desde 2014, mas, na comparação internacional, a alta de 0,2% de abril a junho ficou muito abaixo do resultado dos seus pares. Em uma comparação com 44 países, o desempenho brasileiro só foi superior aos de Taiwan e Cingapura (ambos cresceram 0,1%) e semelhante ao de Portugal. O comportamento da economia mundial no segundo trimestre chama a atenção porque todas as grandes economias cresceram, algo que não era visto desde o fim da década passada, quando estourou a crise global. Ainda que o desempenho não seja de tirar o fôlego (o FMI prevê alta de 3,5% para o PIB global, ante 3,2% no ano passado), é um sinal positivo após quase uma década de retomada desigual Os destaques no período continuaram a ser os países asiáticos, que são beneficiados pelo crescimento chinês —1,7% em relação aos primeiros três meses do ano, resultado suficiente para colocar o país na rota de um avanço de 7% no fim do ano. PIB pelo mundo - 2º.tri.2017 A Indonésia lidera a lista com alta de 4%, seguida por países como Filipinas (1,7%), Tailândia e Malásia —ambas cresceram 1,7%. Os países europeus também registraram um desempenho forte. A Suécia cresceu 1,7%, a Holanda, 1,5%, e a Espanha, 0,9%, por exemplo. Mesmo entre os pares latino-americanos, o Brasil ficou para trás. O México teve o menor crescimento em um ano (0,6%), mas suficiente para que o país encaminhasse o 16º trimestre consecutivo de alta. Chile e Colômbia, os outros dois países que já divulgaram o PIB do segundo trimestre, tiveram resultado ainda melhor: 0,7%.
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