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Fernão Dias é liberada após acidente com caminhões deixar dois mortos
Um acidente envolvendo dois caminhões deixou duas pessoas mortas e uma ferida na manhã desta sexta-feira (17) na rodovia Fernão Dias, na região de Mairiporã (a 37 km de São Paulo). A Autopista Fernão Dias, concessionária que administra a rodovia, informou que houve uma batida entre os dois caminhões na altura do km 63, sentido São Paulo. Com a batida, o caminhão da frente tombou sobre a mureta e despejou a carga de granito nos dois sentidos. De acordo com Polícia Rodoviária Federal, o acidente aconteceu por volta das 6h40 e os dois passageiros do caminhão de trás morreram no local. Já o motorista do caminhão da frente teve ferimentos leve e foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros. A faixa da esquerda, sentido São Paulo, e as duas faixas sentido Belo Horizonte ficaram interditadas até as 14h40 desta sexta. Com isso, a rodovia ficou com lentidão durante todo o período da manhã. Às 10h, a concessionária registrava 12 km de congestionamento nos dois sentidos. Às 14h50, os motoristas enfrentavam três quilômetros de lentidão em direção à capital paulista e dois quilômetros no sentido Belo Horizonte. Equipes da concessionária realizaram a limpeza da pista para a retirada dos destroços e da carga, que ficou espalhada pela rodovia. O local também foi periciado. As causas do acidente ainda serão investigadas.
cotidiano
Fernão Dias é liberada após acidente com caminhões deixar dois mortosUm acidente envolvendo dois caminhões deixou duas pessoas mortas e uma ferida na manhã desta sexta-feira (17) na rodovia Fernão Dias, na região de Mairiporã (a 37 km de São Paulo). A Autopista Fernão Dias, concessionária que administra a rodovia, informou que houve uma batida entre os dois caminhões na altura do km 63, sentido São Paulo. Com a batida, o caminhão da frente tombou sobre a mureta e despejou a carga de granito nos dois sentidos. De acordo com Polícia Rodoviária Federal, o acidente aconteceu por volta das 6h40 e os dois passageiros do caminhão de trás morreram no local. Já o motorista do caminhão da frente teve ferimentos leve e foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros. A faixa da esquerda, sentido São Paulo, e as duas faixas sentido Belo Horizonte ficaram interditadas até as 14h40 desta sexta. Com isso, a rodovia ficou com lentidão durante todo o período da manhã. Às 10h, a concessionária registrava 12 km de congestionamento nos dois sentidos. Às 14h50, os motoristas enfrentavam três quilômetros de lentidão em direção à capital paulista e dois quilômetros no sentido Belo Horizonte. Equipes da concessionária realizaram a limpeza da pista para a retirada dos destroços e da carga, que ficou espalhada pela rodovia. O local também foi periciado. As causas do acidente ainda serão investigadas.
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Líder democrata judeu votará contra acordo com Irã no Congresso dos EUA
O senador Chuck Schumer, um dos principais líderes democratas de origem judaica, declarou nesta quinta-feira (6) que votará contra o acordo nuclear com o Irã no Congresso dos Estados Unidos. Embora prevista pela Casa Branca, a oposição do senador judaico prejudica a articulação política de Barack Obama, correligionário de Schumer, para conseguir derrubar uma moção de repúdio ao pacto. A decisão foi anunciada em um texto publicado no site Medium. Nele, o parlamentar justificou sua decisão dizendo que não é sua intenção provocar uma guerra, mas não acredita no comprometimento do Irã. "É porque eu acredito que o Irã não vai mudar e, sob este acordo, será capaz de atingir seus dois objetivos, que é eliminar as sanções mantendo seus poderes nuclear e não nuclear." Desde que foi aprovado o acordo, em julho, Schumer era observado de perto pelos aliados de Obama. Ele analisou todo o documento e teve encontros com o presidente e membros da negociação antes de tomar a decisão. Após o anúncio do senador, o deputado Eliot Engel, representante democrata na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, também declarou sua oposição. Outros parlamentares judaicos deverão fazer o mesmo. Irã GARANTIA DE VOTOS A Casa Branca já previa a contrariedade de senadores judaicos. Membros do governo disseram à CNN que o anúncio de Schumer veio depois que Obama já havia conseguido o apoio suficiente para deixar a moção sem efeito. Para aprovar qualquer mudança, os opositores ao acordo nuclear precisariam de dois terços dos votos em cada uma das Casas do Congresso. Isso significaria ter os votos de 290 deputados na Câmara e de 67 senadores. Os republicanos têm maioria simples no Congresso, mas, mesmo com os democratas judaicos, não são capazes de derrubar a medida. Ambos consideram que o acordo não impedirá que o Irã obtenha uma bomba atômica. Durante todo o mês de julho, Obama fez intensa campanha para conseguir o apoio de seus correligionários no Congresso. Ele delegou a missão à líder democrata no Senado, Nancy Pelosi. Integrantes do Partido Democrata disseram que a iniciativa deu certo. O lobby democrata ocorreu ao mesmo tempo em que Israel realizava uma nova ofensiva contrária ao acordo, pressionando principalmente os judaicos. O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu chegou a criticar o lobby de Obama, embora ele mesmo tenha feito um discurso no Congresso americano em março para defender a rejeição ao pacto com o Irã.
mundo
Líder democrata judeu votará contra acordo com Irã no Congresso dos EUAO senador Chuck Schumer, um dos principais líderes democratas de origem judaica, declarou nesta quinta-feira (6) que votará contra o acordo nuclear com o Irã no Congresso dos Estados Unidos. Embora prevista pela Casa Branca, a oposição do senador judaico prejudica a articulação política de Barack Obama, correligionário de Schumer, para conseguir derrubar uma moção de repúdio ao pacto. A decisão foi anunciada em um texto publicado no site Medium. Nele, o parlamentar justificou sua decisão dizendo que não é sua intenção provocar uma guerra, mas não acredita no comprometimento do Irã. "É porque eu acredito que o Irã não vai mudar e, sob este acordo, será capaz de atingir seus dois objetivos, que é eliminar as sanções mantendo seus poderes nuclear e não nuclear." Desde que foi aprovado o acordo, em julho, Schumer era observado de perto pelos aliados de Obama. Ele analisou todo o documento e teve encontros com o presidente e membros da negociação antes de tomar a decisão. Após o anúncio do senador, o deputado Eliot Engel, representante democrata na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, também declarou sua oposição. Outros parlamentares judaicos deverão fazer o mesmo. Irã GARANTIA DE VOTOS A Casa Branca já previa a contrariedade de senadores judaicos. Membros do governo disseram à CNN que o anúncio de Schumer veio depois que Obama já havia conseguido o apoio suficiente para deixar a moção sem efeito. Para aprovar qualquer mudança, os opositores ao acordo nuclear precisariam de dois terços dos votos em cada uma das Casas do Congresso. Isso significaria ter os votos de 290 deputados na Câmara e de 67 senadores. Os republicanos têm maioria simples no Congresso, mas, mesmo com os democratas judaicos, não são capazes de derrubar a medida. Ambos consideram que o acordo não impedirá que o Irã obtenha uma bomba atômica. Durante todo o mês de julho, Obama fez intensa campanha para conseguir o apoio de seus correligionários no Congresso. Ele delegou a missão à líder democrata no Senado, Nancy Pelosi. Integrantes do Partido Democrata disseram que a iniciativa deu certo. O lobby democrata ocorreu ao mesmo tempo em que Israel realizava uma nova ofensiva contrária ao acordo, pressionando principalmente os judaicos. O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu chegou a criticar o lobby de Obama, embora ele mesmo tenha feito um discurso no Congresso americano em março para defender a rejeição ao pacto com o Irã.
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Santos bate o Vitória na Vila e mantém vivo sonho do título brasileiro
O Santos venceu o Vitória por 3 a 2 nesta quinta-feira, na Vila Belmiro, em jogo válido pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro, e manteve o sonho do título vivo. Os gols santistas foram marcados por Copete, que abriu e fechou o placar, e Ricardo Oliveira, de pênalti. Marinho, também de pênalti, e Serginho, nos descontos da partida, marcaram para o time baiano. A vitória contra os baianos faz o Santos voltar para a segunda colocação do Brasileiro, com 67 pontos ganhos, ultrapassando novamente o Flamengo, que na quarta havia batido o América-MG. O Vitória, por sua vez, entra na zona de rebaixamento, na 17ª colocação, com 39 pontos ganhos. O Santos aguarda agora o jogo do Palmeiras contra o Atlético-MG para saber como ficará a diferença para o líder. Ao conquistar os três pontos contra o Vitória, o Santos enfrenta o Cruzeiro, neste domingo, às 17h (de Brasília), no Mineirão, em jogo válido pela antepenúltima rodada do Campeonato Brasileiro. O Vitória recebe o Figueirense, no Barradão, no mesmo dia e horário.
esporte
Santos bate o Vitória na Vila e mantém vivo sonho do título brasileiroO Santos venceu o Vitória por 3 a 2 nesta quinta-feira, na Vila Belmiro, em jogo válido pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro, e manteve o sonho do título vivo. Os gols santistas foram marcados por Copete, que abriu e fechou o placar, e Ricardo Oliveira, de pênalti. Marinho, também de pênalti, e Serginho, nos descontos da partida, marcaram para o time baiano. A vitória contra os baianos faz o Santos voltar para a segunda colocação do Brasileiro, com 67 pontos ganhos, ultrapassando novamente o Flamengo, que na quarta havia batido o América-MG. O Vitória, por sua vez, entra na zona de rebaixamento, na 17ª colocação, com 39 pontos ganhos. O Santos aguarda agora o jogo do Palmeiras contra o Atlético-MG para saber como ficará a diferença para o líder. Ao conquistar os três pontos contra o Vitória, o Santos enfrenta o Cruzeiro, neste domingo, às 17h (de Brasília), no Mineirão, em jogo válido pela antepenúltima rodada do Campeonato Brasileiro. O Vitória recebe o Figueirense, no Barradão, no mesmo dia e horário.
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Hoje na TV: Palmeiras x Sampaio Corrêa pela Copa do Brasil
7h - Master 1.000 de Roma; tênis; SporTV 2 15h15 - Finlândia x Rússia; Mundial de hóquei no gelo; SporTV 3 15h45 - Bayern de Munique x Barcelona; Liga dos Campeões; Band, Globo e ESPN Brasil 19h30 - América-MG x Ceará; Copa do Brasil; Fox Sports 2 e SporTV 20h - Cleveland Cavaliers x Chicago Bulls; NBA; SporTV 3 21h - Bauru x Mogi das Cruzes; NBB; SporTV 2 21h - Santa Fé x Estudiantes; Libertadores; Fox Sports 21h50 - Palmeiras x Sampaio Corrêa; Copa do Brasil; ESPN Brasil e SporTV 21h50 - Luverdense x Bahia; Copa do Brasil; Fox Sports 2 22h30 - Houston Rockets x Los Angeles Clippers; NBA; ESPN
esporte
Hoje na TV: Palmeiras x Sampaio Corrêa pela Copa do Brasil7h - Master 1.000 de Roma; tênis; SporTV 2 15h15 - Finlândia x Rússia; Mundial de hóquei no gelo; SporTV 3 15h45 - Bayern de Munique x Barcelona; Liga dos Campeões; Band, Globo e ESPN Brasil 19h30 - América-MG x Ceará; Copa do Brasil; Fox Sports 2 e SporTV 20h - Cleveland Cavaliers x Chicago Bulls; NBA; SporTV 3 21h - Bauru x Mogi das Cruzes; NBB; SporTV 2 21h - Santa Fé x Estudiantes; Libertadores; Fox Sports 21h50 - Palmeiras x Sampaio Corrêa; Copa do Brasil; ESPN Brasil e SporTV 21h50 - Luverdense x Bahia; Copa do Brasil; Fox Sports 2 22h30 - Houston Rockets x Los Angeles Clippers; NBA; ESPN
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Especialistas citam obstrução da Justiça; outros contestam gravação
Especialistas em direito ouvidos pela Folha divergem sobre os efeitos jurídicos da conversa que mostra a presidente Dilma falando da entrega do termo de posse de ministro ao ex-presidente Lula. Parte deles considera haver elementos que configuram um crime de responsabilidade cometido pela presidente da República. Outros questionam a legalidade das gravações e pedem cautela. Ao defender que Dilma estaria obstruindo a atuação da Justiça, advogados constitucionalistas afirmam que ela infringiu dois incisos do artigo 85 da Constituição, que classificam como crime de responsabilidade atos da presidente da República contra o livre exercício do Legislativo, do Judiciário, do Ministério Público e dos poderes constitucionais das unidades da Federação; e contra a probidade na administração. Eles avaliam ainda que a presidente também desrespeitou um dos artigos da lei 1.079, de 1950, que diz ser crime de responsabilidade "opor-se diretamente e por fatos ao livre exercício do Poder Judiciário, ou obstar, por meios violentos, ao efeito dos seus atos, mandados ou sentenças". Citando a Constituição e a lei de 1950, o professor de direito constitucional Ricardo Glasenapp considera que Dilma "cometeu crime de responsabilidade duas vezes". "Quando a presidente nomeia Lula no momento em que ele pode se tornar réu em um processo, ela também está cometendo crime de improbidade administrativa." O jurista Ives Gandra Martins vai na mesma linha. "É um desvio de finalidade fundamental, mostra que você administra o serviço público para os amigos", disse. Como ministro, Lula teria foro privilegiado, e só poderia ser julgado pelo STF. "No Supremo tudo anda mais lentamente. Ela está dando uma proteção maior", afirmou. Os investigadores da Lava Jato interpretaram o diálogo como uma tentativa de Dilma de evitar eventual prisão de Lula. Se houvesse um mandado do juiz, de acordo com essa interpretação, o ex-presidente apresentaria o termo de posse como ministro e, em tese, ficaria livre da prisão. O ex-ministro do Supremo Carlos Velloso disse ver indícios de que "há uma obstrução em curso", embora defenda que a conversa seja analisada "com vagar" pelo Ministério Público. "Por que um termo de posse seria assinado sem a presença do empossado? Está me parecendo muito irregular", disse. O professor de direito da FGV Rio Joaquim Falcão também diz que a presidente mostrou na gravação estar atuando pela "obstrução de Justiça" e com "falta de decoro". "A presunção de inocência era a favor de Dilma, ela não teria até então cometido nenhum ato que justificasse o impeachment. Agora, não existe mais. Existem indícios que derrubam essa presunção de inocência. Encontraram o fato", disse Falcão. PROVA ILÍCITA Na contramão dos argumentos de crime de responsabilidade, outros especialistas em direito questionam a legalidade das gravações. "Quem teria determinado esse grampo? Começamos por aí, seria uma prova ilícita?", questionou o ministro do STF Marco Aurélio Mello. "Temos que aguardar primeiro para constatar a veracidade desses áudios e, segundo, as instituições atuarem e percebermos as consequências, se foi um fato verídico." O constitucionalista Pedro Serrano disse que, a partir do momento em que a interceptação telefônica "pega" a presidente, o juiz Sergio Moro "deveria enviar tudo imediatamente ao STF e nada mais despachar no processo". "Ele não poderia liberar o sigilo. Quem tinha que decidir isso era o Supremo." Serrano considera "grave" o fato de as gravações atingirem o advogado de Lula. "Vulnerabilizaram a defesa do Lula, acabaram com qualquer possibilidade de defesa. A acusação ouviu a defesa dele, todas as estratégias. Não dá mais para reconhecer esse processo como legítimo." O jurista Gilson Dipp não quis se manifestar sobre a gravação. Afirmou, contudo, que "em tese, a interceptação telefônica é obtenção de prova através de um meio altamente invasivo" e enxerga a divulgação da gravação como "preocupante". "Deve ser usada com a cautela devida." Maurício Vasques, criminalista que atua Lava Jato, classifica o grampo como irregular. "Depois de tudo que fizeram com Lula nos últimos dias, gravar ele agora, me parece muito mais para produzir novas provas do que para ter elementos na investigação." * O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS A gravação mostra que Dilma cometeu crime? Sim > Dilma teria infringido os incisos 2 e 5 do artigo 85 da Constituição, que classificam como crime de responsabilidade: - atos da presidente da República contra o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; - a probidade na administração > Alguns especialistas em direito também afirmam que Dilma teria descumprido o artigo 6º da lei nº 1.079/1950, que classifica como crime de responsabilidade "opor-se diretamente e por fatos ao livre exercício do Poder Judiciário, ou obstar, por meios violentos, ao efeito dos seus atos, mandados ou sentenças" Não Outros especialistas afirmam que, como no momento do áudio o convite para Lula ser ministro já havia sido feito e aceito, não há como se falar em fraude A abertura do sigilo da gravação pode comprometer a investigação? Sim > Advogados afirmam que, assim que uma pessoa com foro privilegiado surgiu nas interceptações telefônicas, o juiz Sergio Moro deveria ter encaminhado o material em sigilo ao Supremo > Profissionais ouvidos pela Folha lembram ainda que um dos advogados de Lula, Roberto Teixeira, também foi grampeado, o que fere o amplo direito à defesa do ex-presidente > O ministro do STF Marco Aurélio Mello colocou em dúvida a própria existência do grampo: "Quem teria determinado esse grampo? Começamos por aí, seria uma prova ilícita?" Não > Outros dizem, porém, que uma coisa é a prova ser obtida por meio ilegal; outra, diferente, é divulgar ilegalmente uma prova obtida de forma legal
poder
Especialistas citam obstrução da Justiça; outros contestam gravaçãoEspecialistas em direito ouvidos pela Folha divergem sobre os efeitos jurídicos da conversa que mostra a presidente Dilma falando da entrega do termo de posse de ministro ao ex-presidente Lula. Parte deles considera haver elementos que configuram um crime de responsabilidade cometido pela presidente da República. Outros questionam a legalidade das gravações e pedem cautela. Ao defender que Dilma estaria obstruindo a atuação da Justiça, advogados constitucionalistas afirmam que ela infringiu dois incisos do artigo 85 da Constituição, que classificam como crime de responsabilidade atos da presidente da República contra o livre exercício do Legislativo, do Judiciário, do Ministério Público e dos poderes constitucionais das unidades da Federação; e contra a probidade na administração. Eles avaliam ainda que a presidente também desrespeitou um dos artigos da lei 1.079, de 1950, que diz ser crime de responsabilidade "opor-se diretamente e por fatos ao livre exercício do Poder Judiciário, ou obstar, por meios violentos, ao efeito dos seus atos, mandados ou sentenças". Citando a Constituição e a lei de 1950, o professor de direito constitucional Ricardo Glasenapp considera que Dilma "cometeu crime de responsabilidade duas vezes". "Quando a presidente nomeia Lula no momento em que ele pode se tornar réu em um processo, ela também está cometendo crime de improbidade administrativa." O jurista Ives Gandra Martins vai na mesma linha. "É um desvio de finalidade fundamental, mostra que você administra o serviço público para os amigos", disse. Como ministro, Lula teria foro privilegiado, e só poderia ser julgado pelo STF. "No Supremo tudo anda mais lentamente. Ela está dando uma proteção maior", afirmou. Os investigadores da Lava Jato interpretaram o diálogo como uma tentativa de Dilma de evitar eventual prisão de Lula. Se houvesse um mandado do juiz, de acordo com essa interpretação, o ex-presidente apresentaria o termo de posse como ministro e, em tese, ficaria livre da prisão. O ex-ministro do Supremo Carlos Velloso disse ver indícios de que "há uma obstrução em curso", embora defenda que a conversa seja analisada "com vagar" pelo Ministério Público. "Por que um termo de posse seria assinado sem a presença do empossado? Está me parecendo muito irregular", disse. O professor de direito da FGV Rio Joaquim Falcão também diz que a presidente mostrou na gravação estar atuando pela "obstrução de Justiça" e com "falta de decoro". "A presunção de inocência era a favor de Dilma, ela não teria até então cometido nenhum ato que justificasse o impeachment. Agora, não existe mais. Existem indícios que derrubam essa presunção de inocência. Encontraram o fato", disse Falcão. PROVA ILÍCITA Na contramão dos argumentos de crime de responsabilidade, outros especialistas em direito questionam a legalidade das gravações. "Quem teria determinado esse grampo? Começamos por aí, seria uma prova ilícita?", questionou o ministro do STF Marco Aurélio Mello. "Temos que aguardar primeiro para constatar a veracidade desses áudios e, segundo, as instituições atuarem e percebermos as consequências, se foi um fato verídico." O constitucionalista Pedro Serrano disse que, a partir do momento em que a interceptação telefônica "pega" a presidente, o juiz Sergio Moro "deveria enviar tudo imediatamente ao STF e nada mais despachar no processo". "Ele não poderia liberar o sigilo. Quem tinha que decidir isso era o Supremo." Serrano considera "grave" o fato de as gravações atingirem o advogado de Lula. "Vulnerabilizaram a defesa do Lula, acabaram com qualquer possibilidade de defesa. A acusação ouviu a defesa dele, todas as estratégias. Não dá mais para reconhecer esse processo como legítimo." O jurista Gilson Dipp não quis se manifestar sobre a gravação. Afirmou, contudo, que "em tese, a interceptação telefônica é obtenção de prova através de um meio altamente invasivo" e enxerga a divulgação da gravação como "preocupante". "Deve ser usada com a cautela devida." Maurício Vasques, criminalista que atua Lava Jato, classifica o grampo como irregular. "Depois de tudo que fizeram com Lula nos últimos dias, gravar ele agora, me parece muito mais para produzir novas provas do que para ter elementos na investigação." * O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS A gravação mostra que Dilma cometeu crime? Sim > Dilma teria infringido os incisos 2 e 5 do artigo 85 da Constituição, que classificam como crime de responsabilidade: - atos da presidente da República contra o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; - a probidade na administração > Alguns especialistas em direito também afirmam que Dilma teria descumprido o artigo 6º da lei nº 1.079/1950, que classifica como crime de responsabilidade "opor-se diretamente e por fatos ao livre exercício do Poder Judiciário, ou obstar, por meios violentos, ao efeito dos seus atos, mandados ou sentenças" Não Outros especialistas afirmam que, como no momento do áudio o convite para Lula ser ministro já havia sido feito e aceito, não há como se falar em fraude A abertura do sigilo da gravação pode comprometer a investigação? Sim > Advogados afirmam que, assim que uma pessoa com foro privilegiado surgiu nas interceptações telefônicas, o juiz Sergio Moro deveria ter encaminhado o material em sigilo ao Supremo > Profissionais ouvidos pela Folha lembram ainda que um dos advogados de Lula, Roberto Teixeira, também foi grampeado, o que fere o amplo direito à defesa do ex-presidente > O ministro do STF Marco Aurélio Mello colocou em dúvida a própria existência do grampo: "Quem teria determinado esse grampo? Começamos por aí, seria uma prova ilícita?" Não > Outros dizem, porém, que uma coisa é a prova ser obtida por meio ilegal; outra, diferente, é divulgar ilegalmente uma prova obtida de forma legal
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Morta na onda de frio de SP, Fabíola, 32, queria liberdade ao deixar interior
Aos 13 anos, Fabíola vive cercada de amigos. Filha de uma professora, suas notas estão entre as melhores da classe. Quando não está na escola, passa o tempo com o irmão mais velho andando de patins na frente de casa. A família mora em um sobrado simples, mas espaçoso, em Santa Bárbara D'Oeste, a 140 km da capital. Dezenove anos depois, Fabíola é o corpo de uma moradora de rua estendido sobre um pedaço de papelão na avenida Cruzeiro do Sul. Aos 32 anos, foi encontrada em frente à rodoviária do Tietê, em uma noite em que os termômetros chegaram a 7ºC, em Santana, na zona norte. Um mês após sua morte, o IML (Instituto Médico Legal) ainda não tem resposta para a causa do óbito. A Secretaria da Segurança Pública diz que "o prazo para emissão de laudos é de aproximadamente 30 dias, prorrogáveis conforme a necessidade de exames adicionais ou de acordo com a complexidade dos trabalhos". De concreto, por enquanto, só se sabe que Fabíola Alvino de Oliveira é uma entre os cinco sem-teto que perderam a vida nas ruas de SP em meio à onda de frio que atingiu a cidade no último mês. Após as mortes, a Promotoria anunciou que investigaria eventual omissão da gestão Fernando Haddad (PT). "Não aceito. Simplesmente não aceito que minha irmã tenha morrido dessa forma, na rua, de frio", desabafa Everaldo Alvino de Oliveira, 34. Dessas cinco pessoas, duas morreram por bronco-pneumonia e uma por infarto. Ainda falta outro atestado de óbito, assim como o de Fabíola. Médicos ouvidos pela Folha apontam que as duas principais causas de morte de pessoas expostas a baixas temperaturas por períodos prolongados são a pneumonia e a arritmia cardíaca. PRIMEIRA COMUNHÃO Aos 13, a menina de sorriso fácil é uma das mais altas da turma da sétima série da escola prof. Antonieta Ghizini Lenhare. De família católica, ela se prepara para a primeira comunhão. Com um vestido branco rendado e laço prendendo os cabelos cacheados, em breve irá comungar na igreja do bairro. Do início da adolescência na vizinhança simples do interior paulista ao fim da vida na zona norte da capital, o caminho foi longo e acidentado. Aos 14, Fabíola dá os primeiros sinais de que algo não vai bem. Sem aviso prévio, as drogas já fazem parte da vida da garota."Foi por essa época que começou a dar problema. Cansei de sentar com ela bem aqui e dizer que merecia uma vida melhor", diz uma das tias à Folha. Entre broncas e conselhos, a menina cresce cercada de atenção da família. "Tudo o que você imagina que um adolescente poderia ter, ela teve", afirma Everaldo. Aos 17, Fabíola passa a trabalhar em uma loja de paisagismo na sua cidade. Não está contente, tem a ânsia de conhecer o mundo. Saia rodada, rasteirinha, artesanato, o universo hippie a fascina. Não demora muito, deixa a casa da família em direção à estrada. "Ela foi embora com um namorado. Só deixou uma carta dizendo que aqui não era o lugar dela." Depois de alguns meses, ela telefona. Quando volta, traz um companheiro e um bebê de seis meses. Entre idas e vindas, complicações mais sérias começam a surgir. Em 2002, aos 18, seu nome aparece pela primeira vez em um jornal local. De acordo com a reportagem, uma tentativa de furto. O mesmo acontece dez anos depois, em 2012, em Campinas: porte de cocaína. Do tempo que ela passou em casa, o irmão guarda a recordação dos conflitos nascidos da "falta de regras". "Eles saíam falando que iam 'trampar.' Só que saíam cedo e voltavam drogados, bêbados, com a menina no colo", diz. A saída foi sempre a mesma: a estrada. Levou a filha. Voltou, deixou a criança com a avó, sumiu de novo. Vez por outra, telefonemas com o paradeiro. Belém, Fortaleza e Cuiabá, lembra o irmão. SÃO PAULO Aos 23, Fabíola é mãe de duas crianças. Aos 29, são três. Ao contrário dos dois mais velhos, a guarda do mais novo não ficou com a família –estaria adotado, seguindo o irmão. "São meu sangue. Quero cuidar deles, dos três." Aos 32, no Carnaval deste ano, pouco tempo depois de reaparecer, ela some de novo. No entanto, não vai sozinha, leva o filho do meio. São dois meses até Everaldo conseguir encontrá-la em São Paulo, embaixo do viaduto Santa Efigênia, com o menino. "Estava magra, debilitada, suja. E ela era linda, linda", repete, soluçando. A conselheira tutelar Lualinda Toledo, 36, recorda-se de ter recebido Everaldo em busca do sobrinho e da irmã e de como a encontraram. "Um dia antes a UBS do local enviou um comunicado sobre uma mulher com filho embaixo do viaduto", diz. O menino volta para casa. Fabíola, porém, quer ficar. O mesmo se repete no final de maio. Há pouco tempo, Fabíola foi atropelada. Passou uma semana internada. Dessa vez, o irmão a encontra no terminal Tietê, dormindo na rua. A conversa é rápida. "Vamos embora, a mãe quer te ver, os meninos querem te ver. Vamos te internar, cuidar de você." Mas Fabíola resiste. Pede para ele tomar conta dos meninos. "Ela saiu em uma viagem sem volta", diz Everaldo. Da próxima vez que recebe notícias da irmã, ela já está morta há dez dias. Aos 32, Fabíola está em um sepultura sem nome, na quadra 83 do cemitério de Vila Formosa.
cotidiano
Morta na onda de frio de SP, Fabíola, 32, queria liberdade ao deixar interiorAos 13 anos, Fabíola vive cercada de amigos. Filha de uma professora, suas notas estão entre as melhores da classe. Quando não está na escola, passa o tempo com o irmão mais velho andando de patins na frente de casa. A família mora em um sobrado simples, mas espaçoso, em Santa Bárbara D'Oeste, a 140 km da capital. Dezenove anos depois, Fabíola é o corpo de uma moradora de rua estendido sobre um pedaço de papelão na avenida Cruzeiro do Sul. Aos 32 anos, foi encontrada em frente à rodoviária do Tietê, em uma noite em que os termômetros chegaram a 7ºC, em Santana, na zona norte. Um mês após sua morte, o IML (Instituto Médico Legal) ainda não tem resposta para a causa do óbito. A Secretaria da Segurança Pública diz que "o prazo para emissão de laudos é de aproximadamente 30 dias, prorrogáveis conforme a necessidade de exames adicionais ou de acordo com a complexidade dos trabalhos". De concreto, por enquanto, só se sabe que Fabíola Alvino de Oliveira é uma entre os cinco sem-teto que perderam a vida nas ruas de SP em meio à onda de frio que atingiu a cidade no último mês. Após as mortes, a Promotoria anunciou que investigaria eventual omissão da gestão Fernando Haddad (PT). "Não aceito. Simplesmente não aceito que minha irmã tenha morrido dessa forma, na rua, de frio", desabafa Everaldo Alvino de Oliveira, 34. Dessas cinco pessoas, duas morreram por bronco-pneumonia e uma por infarto. Ainda falta outro atestado de óbito, assim como o de Fabíola. Médicos ouvidos pela Folha apontam que as duas principais causas de morte de pessoas expostas a baixas temperaturas por períodos prolongados são a pneumonia e a arritmia cardíaca. PRIMEIRA COMUNHÃO Aos 13, a menina de sorriso fácil é uma das mais altas da turma da sétima série da escola prof. Antonieta Ghizini Lenhare. De família católica, ela se prepara para a primeira comunhão. Com um vestido branco rendado e laço prendendo os cabelos cacheados, em breve irá comungar na igreja do bairro. Do início da adolescência na vizinhança simples do interior paulista ao fim da vida na zona norte da capital, o caminho foi longo e acidentado. Aos 14, Fabíola dá os primeiros sinais de que algo não vai bem. Sem aviso prévio, as drogas já fazem parte da vida da garota."Foi por essa época que começou a dar problema. Cansei de sentar com ela bem aqui e dizer que merecia uma vida melhor", diz uma das tias à Folha. Entre broncas e conselhos, a menina cresce cercada de atenção da família. "Tudo o que você imagina que um adolescente poderia ter, ela teve", afirma Everaldo. Aos 17, Fabíola passa a trabalhar em uma loja de paisagismo na sua cidade. Não está contente, tem a ânsia de conhecer o mundo. Saia rodada, rasteirinha, artesanato, o universo hippie a fascina. Não demora muito, deixa a casa da família em direção à estrada. "Ela foi embora com um namorado. Só deixou uma carta dizendo que aqui não era o lugar dela." Depois de alguns meses, ela telefona. Quando volta, traz um companheiro e um bebê de seis meses. Entre idas e vindas, complicações mais sérias começam a surgir. Em 2002, aos 18, seu nome aparece pela primeira vez em um jornal local. De acordo com a reportagem, uma tentativa de furto. O mesmo acontece dez anos depois, em 2012, em Campinas: porte de cocaína. Do tempo que ela passou em casa, o irmão guarda a recordação dos conflitos nascidos da "falta de regras". "Eles saíam falando que iam 'trampar.' Só que saíam cedo e voltavam drogados, bêbados, com a menina no colo", diz. A saída foi sempre a mesma: a estrada. Levou a filha. Voltou, deixou a criança com a avó, sumiu de novo. Vez por outra, telefonemas com o paradeiro. Belém, Fortaleza e Cuiabá, lembra o irmão. SÃO PAULO Aos 23, Fabíola é mãe de duas crianças. Aos 29, são três. Ao contrário dos dois mais velhos, a guarda do mais novo não ficou com a família –estaria adotado, seguindo o irmão. "São meu sangue. Quero cuidar deles, dos três." Aos 32, no Carnaval deste ano, pouco tempo depois de reaparecer, ela some de novo. No entanto, não vai sozinha, leva o filho do meio. São dois meses até Everaldo conseguir encontrá-la em São Paulo, embaixo do viaduto Santa Efigênia, com o menino. "Estava magra, debilitada, suja. E ela era linda, linda", repete, soluçando. A conselheira tutelar Lualinda Toledo, 36, recorda-se de ter recebido Everaldo em busca do sobrinho e da irmã e de como a encontraram. "Um dia antes a UBS do local enviou um comunicado sobre uma mulher com filho embaixo do viaduto", diz. O menino volta para casa. Fabíola, porém, quer ficar. O mesmo se repete no final de maio. Há pouco tempo, Fabíola foi atropelada. Passou uma semana internada. Dessa vez, o irmão a encontra no terminal Tietê, dormindo na rua. A conversa é rápida. "Vamos embora, a mãe quer te ver, os meninos querem te ver. Vamos te internar, cuidar de você." Mas Fabíola resiste. Pede para ele tomar conta dos meninos. "Ela saiu em uma viagem sem volta", diz Everaldo. Da próxima vez que recebe notícias da irmã, ela já está morta há dez dias. Aos 32, Fabíola está em um sepultura sem nome, na quadra 83 do cemitério de Vila Formosa.
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Preparador Nuno Cobra deixará prisão
O preparador físico Nuno Cobra deve deixar a carceragem da Polícia Federal de São Paulo, onde está preso desde a segunda (11), nas próximas horas. A defesa dele conseguiu uma liminar de soltura no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, com três condições: pagar uma fiança de 45 salários mínimos, entregar o passaporte e se recolher ao domicílio fora do horário de trabalho. Segundo seu advogado, Sergei Cobra Arbex, a fiança já foi paga. "Não faz sentido uma prisão preventiva contra alguém que teve como condenação em primeira instância a prestação de serviços para a comunidade", diz o defensor. Cobra, que foi preparador físico de Ayrton Senna, foi condenado por crime sexual na quarta (6). A vítima foi uma mulher que se sentou ao lado dele durante um voo de Curitiba a São Paulo em janeiro de 2015. A pena de 3 anos e 9 meses de prisão poderia ser convertida em serviços comunitários. Mas, em agosto, o Ministério Público Federal o acusou por um novo episódio. Diante da nova suspeita, foi decretada sua prisão preventiva.
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Preparador Nuno Cobra deixará prisãoO preparador físico Nuno Cobra deve deixar a carceragem da Polícia Federal de São Paulo, onde está preso desde a segunda (11), nas próximas horas. A defesa dele conseguiu uma liminar de soltura no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, com três condições: pagar uma fiança de 45 salários mínimos, entregar o passaporte e se recolher ao domicílio fora do horário de trabalho. Segundo seu advogado, Sergei Cobra Arbex, a fiança já foi paga. "Não faz sentido uma prisão preventiva contra alguém que teve como condenação em primeira instância a prestação de serviços para a comunidade", diz o defensor. Cobra, que foi preparador físico de Ayrton Senna, foi condenado por crime sexual na quarta (6). A vítima foi uma mulher que se sentou ao lado dele durante um voo de Curitiba a São Paulo em janeiro de 2015. A pena de 3 anos e 9 meses de prisão poderia ser convertida em serviços comunitários. Mas, em agosto, o Ministério Público Federal o acusou por um novo episódio. Diante da nova suspeita, foi decretada sua prisão preventiva.
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Doria bloqueia críticos no Twitter, e sua equipe aponta conteúdo 'de baixo calão'
:( Foi com esse emote de uma carinha triste que o DJ João Laion, 29, finalizou uma mensagem compartilhada com seus 56 seguidores no Twitter: "Doria me bloqueou". Para acompanhar o lamento irônico, a reprodução do notificado enviado pela rede social. Banido do perfil do prefeito João Doria (PSDB), ficou "impedido de seguir @jdoriajr e ver os tweets de @jdoriajr". Como ele, outras vozes críticas ao tucano foram obstruídas pela equipe responsável por gerir suas redes sociais. No Twitter, o veto alcançou 32 perfis desde agosto de 2015, quando o prefeito ainda era candidato ao cargo, segundo seu coordenador de comunicação, Daniel Braga. Doria tem 600 mil seguidores em sua conta pessoal, e é a ela que recorre para amplificar sua mensagem política. Todo dia recebe uma enxurrada de comentários negativos, mas só aqueles com linguagem ofensiva são enquadrados, afirma Braga. "Ofensa, discurso de ódio e palavra de baixa calão eu bloqueio mesmo." O critério "é igual" ao que veículos de comunicação como a Folha usam para filtrar comentários nos sites, diz. "Se alguém entrar numa matéria sua e escrever 'esta repórter é tendenciosa, é petista', aposto que não vão bloquear. Se falar 'vaca filha da puta', vão." É aí que começa uma guerra de versões. A reportagem conversou com três atingidos pelo índex digital (um deles não quis ter o nome exposto). Eles negam ter ultrapassado os limites apontados pelo time de Doria. "Sou uma pessoa educada. Não gosto de usar palavras de baixo calão, gosto de atacar pelas ideias", diz o veterinário Magal Melo, 39. Ele afirma não lembrar o tuíte exato que o fez ser excluído. Especula: "Possivelmente o tenha chamado de 'prefake'. Só". Trata-se da junção de "prefeito" com "fake" (falso, em inglês). "Nunca xinguei", diz o DJ Laion. "Sempre marcava Doria em reportagens [críticas ao governo]. Se puderem provar [que ele se valeu de linguagem abusiva]... Não zoei nem a ovada [que o prefeito levou em Salvador], pois acho isso zoado também." Os bloqueados que negam a postura agressiva "são mentirosos", rebate Braga. Basta ver, diz, o mundaréu de opiniões discordantes que povoa Facebook, Instagram e Twitter de Doria. "Vou te falar que adoro quando tem discussão, mas se ela for sadia. Se não envolve palavrão, não tem problema." Quem está com razão? Não há como saber, já que o Twitter, além de impedir o acesso do usuário à conta que o denunciou, deleta todas as interações entre os dois perfis. CAIU NA REDE... Nos últimos meses, Laion e Melo postaram vários comentários de viés esquerdista e anti-PSDB em geral, mas nenhum de baixo calão. No dia em que foi bloqueado, Laion marcou Janaina Paschoal (autora do impeachment de Dilma Rousseff), reproduziu a reportagem da Folha secretário de Doria denunciou suposto esquema ilegal antes de ser demitido e questionou: "E sobre este prefeito aqui, @JanainaDoBrasil? O que dizer desses milionários corruptos?". Dias antes, replicou um tuíte que o então empresário Doria escreveu em junho de 2012, quatro anos e meio antes de chegar à Prefeitura: "Envie suas frases e participe do Concurso Cultural CAVIAR. Não deixe de usar a hashtag #LuxoParaMimÉ...". Os palavrões na página do DJ e produtor existem, mas em outros contextos. Ele, por exemplo, reproduziu o comentário de um internauta que reclamava da HBO Espanha ter exibido o episódio errado de "Game of Thrones": "Puta que pariu, eu tô muito fora de mim!". O veterinário Melo tem predileção por tuítes pró-Lula e PT. Já definiu como "trio malvadeza" os presidentes Michel Temer (do país), Rodrigo Maia (da Câmara) e Gilmar Mendes (do Tribunal Superior Eleitoral). No dia 8 de agosto, comunicou aos 727 seguidores que havia sido expulso do perfil de Doria. "Que legal. Não vou ficar sabendo mais da relação dele com um ovo que ele conheceu em Salvador." Para Fábio Malini, coordenador do Laboratório de Imagem e Cibercultura da Universidade Federal do Espírito Santo, bloquear só é um expediente "legítimo" se o usuário for um encrenqueiro "que não sabe conviver de modo tolerante com a diferença política" –sobretudo no Twitter, "onde a porradaria corre mais solta" e "há uma produção enorme de perfis 'robôs' focados em notificar sem parar outro perfil". Caso contrário, vira "censura", diz. À MODA TRUMP Aparentemente, é o caso dos EUA. Reportagem de junho da CNN: "Não precisa de muito para que Donald Trump o bloqueie no Twitter". O presidente, mostrou a rede de TV, fechou seu perfil a vários seguidores, entre eles uma mulher que postou a foto do papa Francisco lançando um olhar cético a ele. Seguia a legenda: "É assim que o mundo todo o vê...". A equipe de comunicação de Trump já informara que seu Twitter pessoal deveria ser considerado um canal para a Casa Branca. Logo, para especialistas consultados pela CNN, bloquear desafetos seria um atropelo à primeira emenda da Constituição americana, que garante o direito à liberdade de expressão. Segundo Ronaldo Lemos, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade e colunista da Folha, o Brasil não possui regulamentação específica para tratar do tema. "No entanto, meu entendimento é que todo post e comentários anexados a ele feitos por gestores públicos em conta oficial utilizada em nome do cargo devem ser preservados. Não há nada na lei que autorize a remoção desses conteúdos. Ao contrário, existe um interesse público em ver preservados os comentários que forem feitos em contas oficiais, mesmo que sejam ofensivos, desde que sejam lícitos." Os principais canais digitais de comunicação de Doria são suas páginas pessoais no Twitter e no Facebook (2,8 milhões de curtidas). Em maio, na Arena do Marketing, seu coordenador Braga receitou um "novo marketing político" baseado na presença constante nas redes sociais, sempre que possível de forma espontânea e bem-humorada.
poder
Doria bloqueia críticos no Twitter, e sua equipe aponta conteúdo 'de baixo calão':( Foi com esse emote de uma carinha triste que o DJ João Laion, 29, finalizou uma mensagem compartilhada com seus 56 seguidores no Twitter: "Doria me bloqueou". Para acompanhar o lamento irônico, a reprodução do notificado enviado pela rede social. Banido do perfil do prefeito João Doria (PSDB), ficou "impedido de seguir @jdoriajr e ver os tweets de @jdoriajr". Como ele, outras vozes críticas ao tucano foram obstruídas pela equipe responsável por gerir suas redes sociais. No Twitter, o veto alcançou 32 perfis desde agosto de 2015, quando o prefeito ainda era candidato ao cargo, segundo seu coordenador de comunicação, Daniel Braga. Doria tem 600 mil seguidores em sua conta pessoal, e é a ela que recorre para amplificar sua mensagem política. Todo dia recebe uma enxurrada de comentários negativos, mas só aqueles com linguagem ofensiva são enquadrados, afirma Braga. "Ofensa, discurso de ódio e palavra de baixa calão eu bloqueio mesmo." O critério "é igual" ao que veículos de comunicação como a Folha usam para filtrar comentários nos sites, diz. "Se alguém entrar numa matéria sua e escrever 'esta repórter é tendenciosa, é petista', aposto que não vão bloquear. Se falar 'vaca filha da puta', vão." É aí que começa uma guerra de versões. A reportagem conversou com três atingidos pelo índex digital (um deles não quis ter o nome exposto). Eles negam ter ultrapassado os limites apontados pelo time de Doria. "Sou uma pessoa educada. Não gosto de usar palavras de baixo calão, gosto de atacar pelas ideias", diz o veterinário Magal Melo, 39. Ele afirma não lembrar o tuíte exato que o fez ser excluído. Especula: "Possivelmente o tenha chamado de 'prefake'. Só". Trata-se da junção de "prefeito" com "fake" (falso, em inglês). "Nunca xinguei", diz o DJ Laion. "Sempre marcava Doria em reportagens [críticas ao governo]. Se puderem provar [que ele se valeu de linguagem abusiva]... Não zoei nem a ovada [que o prefeito levou em Salvador], pois acho isso zoado também." Os bloqueados que negam a postura agressiva "são mentirosos", rebate Braga. Basta ver, diz, o mundaréu de opiniões discordantes que povoa Facebook, Instagram e Twitter de Doria. "Vou te falar que adoro quando tem discussão, mas se ela for sadia. Se não envolve palavrão, não tem problema." Quem está com razão? Não há como saber, já que o Twitter, além de impedir o acesso do usuário à conta que o denunciou, deleta todas as interações entre os dois perfis. CAIU NA REDE... Nos últimos meses, Laion e Melo postaram vários comentários de viés esquerdista e anti-PSDB em geral, mas nenhum de baixo calão. No dia em que foi bloqueado, Laion marcou Janaina Paschoal (autora do impeachment de Dilma Rousseff), reproduziu a reportagem da Folha secretário de Doria denunciou suposto esquema ilegal antes de ser demitido e questionou: "E sobre este prefeito aqui, @JanainaDoBrasil? O que dizer desses milionários corruptos?". Dias antes, replicou um tuíte que o então empresário Doria escreveu em junho de 2012, quatro anos e meio antes de chegar à Prefeitura: "Envie suas frases e participe do Concurso Cultural CAVIAR. Não deixe de usar a hashtag #LuxoParaMimÉ...". Os palavrões na página do DJ e produtor existem, mas em outros contextos. Ele, por exemplo, reproduziu o comentário de um internauta que reclamava da HBO Espanha ter exibido o episódio errado de "Game of Thrones": "Puta que pariu, eu tô muito fora de mim!". O veterinário Melo tem predileção por tuítes pró-Lula e PT. Já definiu como "trio malvadeza" os presidentes Michel Temer (do país), Rodrigo Maia (da Câmara) e Gilmar Mendes (do Tribunal Superior Eleitoral). No dia 8 de agosto, comunicou aos 727 seguidores que havia sido expulso do perfil de Doria. "Que legal. Não vou ficar sabendo mais da relação dele com um ovo que ele conheceu em Salvador." Para Fábio Malini, coordenador do Laboratório de Imagem e Cibercultura da Universidade Federal do Espírito Santo, bloquear só é um expediente "legítimo" se o usuário for um encrenqueiro "que não sabe conviver de modo tolerante com a diferença política" –sobretudo no Twitter, "onde a porradaria corre mais solta" e "há uma produção enorme de perfis 'robôs' focados em notificar sem parar outro perfil". Caso contrário, vira "censura", diz. À MODA TRUMP Aparentemente, é o caso dos EUA. Reportagem de junho da CNN: "Não precisa de muito para que Donald Trump o bloqueie no Twitter". O presidente, mostrou a rede de TV, fechou seu perfil a vários seguidores, entre eles uma mulher que postou a foto do papa Francisco lançando um olhar cético a ele. Seguia a legenda: "É assim que o mundo todo o vê...". A equipe de comunicação de Trump já informara que seu Twitter pessoal deveria ser considerado um canal para a Casa Branca. Logo, para especialistas consultados pela CNN, bloquear desafetos seria um atropelo à primeira emenda da Constituição americana, que garante o direito à liberdade de expressão. Segundo Ronaldo Lemos, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade e colunista da Folha, o Brasil não possui regulamentação específica para tratar do tema. "No entanto, meu entendimento é que todo post e comentários anexados a ele feitos por gestores públicos em conta oficial utilizada em nome do cargo devem ser preservados. Não há nada na lei que autorize a remoção desses conteúdos. Ao contrário, existe um interesse público em ver preservados os comentários que forem feitos em contas oficiais, mesmo que sejam ofensivos, desde que sejam lícitos." Os principais canais digitais de comunicação de Doria são suas páginas pessoais no Twitter e no Facebook (2,8 milhões de curtidas). Em maio, na Arena do Marketing, seu coordenador Braga receitou um "novo marketing político" baseado na presença constante nas redes sociais, sempre que possível de forma espontânea e bem-humorada.
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Assim como personagens, 'Festa' fica resignado com injustiças
"Festa" (1989, 14 anos, Cultura, 24h) é talvez a última grande obra da era Embrafilme. Grande, embora modesta. E embora seja uma antifesta, na verdade. Ali, Ugo Giorgetti dispôs três profissionais para animar uma festa de mansão. Existe um jogador de bilhar (Adriano Stuart), um músico (Jorge Mautner) e um terceiro (Antônio Abujamra). Não importa o que fazem: importa que esperam ser chamados para exercer o seu papel. Um pouco como se espera Godot. Há, porém, outro aspecto no filme de Giorgetti: entre a festa e os profissionais existe uma divisão não só de andar, mas de classe. O filme não observa essa distância com revolta: como os artistas, parece resignado com as injustiças do mundo. Com o lugar subalterno destinado, afinal, aos artistas. A quem está em cena, claro, mas também aos cineastas. Logo depois, aliás, Collor os tiraria da festa.
ilustrada
Assim como personagens, 'Festa' fica resignado com injustiças"Festa" (1989, 14 anos, Cultura, 24h) é talvez a última grande obra da era Embrafilme. Grande, embora modesta. E embora seja uma antifesta, na verdade. Ali, Ugo Giorgetti dispôs três profissionais para animar uma festa de mansão. Existe um jogador de bilhar (Adriano Stuart), um músico (Jorge Mautner) e um terceiro (Antônio Abujamra). Não importa o que fazem: importa que esperam ser chamados para exercer o seu papel. Um pouco como se espera Godot. Há, porém, outro aspecto no filme de Giorgetti: entre a festa e os profissionais existe uma divisão não só de andar, mas de classe. O filme não observa essa distância com revolta: como os artistas, parece resignado com as injustiças do mundo. Com o lugar subalterno destinado, afinal, aos artistas. A quem está em cena, claro, mas também aos cineastas. Logo depois, aliás, Collor os tiraria da festa.
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Governo de SP adia decisão sobre obra da 'linha das universidades' do metrô
A secretaria dos transportes metropolitanos do governo Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta segunda-feira (3) que está analisando informações repassadas pelo consórcio Move SP para a retomada das obras da linha 6-laranja, conhecida como a "linha das universidade". O empreendimento deverá ligar o bairro da Brasilândia (na periferia da zona norte) à estação São Joaquim da linha 1-azul (no centro). O consórcio vencedor da licitação ocorrida em 2013 está com obras paradas desde setembro do ano passado por falta de recursos. As empreiteiras tinham até a última sexta-feira (30) para apresentar dados financeiros que garantissem a volta aos trabalhos. Caso não conseguissem, o contrato com o Governo do Estado poderia ser cancelado e uma nova licitação teria que ser feita para a conclusão da linha. Neste caso, há risco de alongamento do prazo de entrega das estações, atualmente prevista para 2020, e de encarecimento da obra orçada em R$ 9,6 bilhões. Três das empreiteiras do consórcio Move SP (Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia) estão sendo investigadas pela Lava Jato pelo pagamento de propinas a políticos, o que inviabilizou a obtenção de financiamento para continuar as obras. Desde setembro, o governo do Estado tem prorrogado prazos para que o consórcio Move SP conseguisse financiamento e voltasse a tocar o empreendimento. Mas as empreiteiras não conseguiram solucionar a falta de recursos. Embora ainda não tenha obtido empréstimos, na última semana o consórcio informou ao governo que está tentando financiamento de longo prazo. Agora, na prática, a análise que está sendo conduzida pelo governo do Estado adia o impasse sobre a volta das obras. Prometida durante a campanha de Alckmin, a linha 6-laranja é apenas uma das seis obras de expansão do Metrô. Todas elas estão atrasadas. ATRASO Com 15 km de extensão e 15 estações, a linha 6-foi apelidada de linha das universidades, por ter em seu trajeto sedes de instituições de ensino como PUC, Mackenzie e FAAP. O anúncio da linha foi feito ainda na gestão José Serra (PSDB), em 2008. Na época, a promessa era de que a linha já estaria em operação em 2012. Na época, moradores de Higienópolis se organizaram para protestar pela presença do metrô. O termo "gente diferenciada" chegou a ser usado para descrever as pessoas que seriam atraídas por uma estação no tradicional bairro paulistano. A assinatura do contrato de PPP (parceria público privada) só ocorreu em dezembro de 2013, quando a estimativa era de que a linha poderia funcionar parcialmente até 2018. O contrato foi comemorado por ser a primeira PPP plena do Brasil. Ou seja, o consórcio vencedor não apenas faria a obra, como seria responsável pela operação da linha por 25 anos. A expectativa é de que isso tornaria o projeto mais atrativo à iniciativa privada, além de incentivar o término das obras. O custo total do empreendimento é de R$ 9,6 bilhões, dos quais R$ 8,9 bilhões serão divididos entre governo e o consórcio. TRANSPORTE ESTAGNADO - Metrô atrasa novas linhas e extensão de atuais ramais OUTRAS LINHAS Ramais previstos no planejamento da Secretaria de Transportes Metropolitanos em 2013, mas que não tiveram nem as obras iniciadas Linha 19-celeste (Campo Belo - Guarulhos) Linha 20-rosa (Limão - Santo André) Linha 23-magenta (Lapa - Dutra)
cotidiano
Governo de SP adia decisão sobre obra da 'linha das universidades' do metrôA secretaria dos transportes metropolitanos do governo Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta segunda-feira (3) que está analisando informações repassadas pelo consórcio Move SP para a retomada das obras da linha 6-laranja, conhecida como a "linha das universidade". O empreendimento deverá ligar o bairro da Brasilândia (na periferia da zona norte) à estação São Joaquim da linha 1-azul (no centro). O consórcio vencedor da licitação ocorrida em 2013 está com obras paradas desde setembro do ano passado por falta de recursos. As empreiteiras tinham até a última sexta-feira (30) para apresentar dados financeiros que garantissem a volta aos trabalhos. Caso não conseguissem, o contrato com o Governo do Estado poderia ser cancelado e uma nova licitação teria que ser feita para a conclusão da linha. Neste caso, há risco de alongamento do prazo de entrega das estações, atualmente prevista para 2020, e de encarecimento da obra orçada em R$ 9,6 bilhões. Três das empreiteiras do consórcio Move SP (Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia) estão sendo investigadas pela Lava Jato pelo pagamento de propinas a políticos, o que inviabilizou a obtenção de financiamento para continuar as obras. Desde setembro, o governo do Estado tem prorrogado prazos para que o consórcio Move SP conseguisse financiamento e voltasse a tocar o empreendimento. Mas as empreiteiras não conseguiram solucionar a falta de recursos. Embora ainda não tenha obtido empréstimos, na última semana o consórcio informou ao governo que está tentando financiamento de longo prazo. Agora, na prática, a análise que está sendo conduzida pelo governo do Estado adia o impasse sobre a volta das obras. Prometida durante a campanha de Alckmin, a linha 6-laranja é apenas uma das seis obras de expansão do Metrô. Todas elas estão atrasadas. ATRASO Com 15 km de extensão e 15 estações, a linha 6-foi apelidada de linha das universidades, por ter em seu trajeto sedes de instituições de ensino como PUC, Mackenzie e FAAP. O anúncio da linha foi feito ainda na gestão José Serra (PSDB), em 2008. Na época, a promessa era de que a linha já estaria em operação em 2012. Na época, moradores de Higienópolis se organizaram para protestar pela presença do metrô. O termo "gente diferenciada" chegou a ser usado para descrever as pessoas que seriam atraídas por uma estação no tradicional bairro paulistano. A assinatura do contrato de PPP (parceria público privada) só ocorreu em dezembro de 2013, quando a estimativa era de que a linha poderia funcionar parcialmente até 2018. O contrato foi comemorado por ser a primeira PPP plena do Brasil. Ou seja, o consórcio vencedor não apenas faria a obra, como seria responsável pela operação da linha por 25 anos. A expectativa é de que isso tornaria o projeto mais atrativo à iniciativa privada, além de incentivar o término das obras. O custo total do empreendimento é de R$ 9,6 bilhões, dos quais R$ 8,9 bilhões serão divididos entre governo e o consórcio. TRANSPORTE ESTAGNADO - Metrô atrasa novas linhas e extensão de atuais ramais OUTRAS LINHAS Ramais previstos no planejamento da Secretaria de Transportes Metropolitanos em 2013, mas que não tiveram nem as obras iniciadas Linha 19-celeste (Campo Belo - Guarulhos) Linha 20-rosa (Limão - Santo André) Linha 23-magenta (Lapa - Dutra)
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Organização leva água potável com custo acessível a escolas em Uganda
Quando a organização sem fins lucrativos Impact Carbon (o impacto do carbono, em tradução livre) começou a operar em Uganda, buscava maneiras de melhorar a produção e a qualidade de fornos de cozinha de baixa poluição, como maneira de mitigar as emissões de carbono e reduzir a poluição do ar em ambientes fechados. Com o progresso das operações da Impact Carbon, surgiu a compreensão da necessidade de introduzir, ao mesmo tempo, sistemas de purificação de água. "Descobrimos que também podíamos pensar na introdução de sistemas de purificação de água como canal para reduzir o uso da madeira como combustível, de modo que em lugar de ferver água, com uso pesado de lenha, que tem impacto negativo sobre o ambiente, os domicílios e instituições pudessem usar sistemas de purificação", disse Mark Turgesen, diretor da Impact Carbon e da Impact Water (o impacto da água, em tradução livre) em Uganda. Em 2012, a Impact Carbon conduziu um estudo piloto para identificar de que maneira poderia ajudar as escolas, especialmente, porque isso permitiria que a organização lidasse com uma grande população que precisa de água potável segura, principalmente porque as crianças são uma das parcelas mais vulneráveis da sociedade. Estatísticas da Water.org, uma organização que oferece soluções de água em larga escala e opera em 14 países de todo o mundo, indicam que cerca de oito milhões de ugandenses não têm acesso a água limpa. De acordo com Turgesen, as crianças têm direito a sobreviver, e parte da sobrevivência é comida adequada, água adequada e abrigo adequado. "Isso deveria ser acessível não só para as crianças, para satisfazer os seus direitos básicos, mas também por conta das implicações de saúde que podem afetar a presença na escola e o nível de atenção na sala de aula, ele diz. O Programa de Água e Saneamento na Região da África (WSP-AF) reporta que 440 crianças morrem por semana em Uganda devido a doenças transmissíveis pela água. A Impact Carbon estima que 40% dos casos de diarreia são atribuíveis à água consumida nas escolas. No entanto, em meio a tudo isso, uma ideia persistia nas mentes da equipe da Impact Carbon. "Será que podemos oferecer sistemas de purificação de água para as escolas? Será que isso é sustentável? O que poderíamos fazer que exerça impacto profundo e assegure que, quando tivermos introduzido esses sistemas, seremos capazes de mantê-los?", a equipe questionava. A solução encontrada foi operar o projeto como um negócio. Além de tudo, a compra dos sistemas encorajaria as escolas a assumir a responsabilidade pelo uso cuidadoso e manutenção deles. A ideia deu origem à Impact Water, registrada em 2015, uma empresa social que oferece água potável confiável a instituições em Uganda O PROCESSO A água passa por um processo em três estágios. Para a primeira parte da purificação, a Impact Water conecta seu sistema de purificação ultravioleta às fontes de água existentes, tais como torneiras da rede nacional de água, poços naturais, poços artesianos e água de chuva armazenada. A água é filtrada para remoção de sujeira e de patógenos de grande porte. Para criar um sabor fresco, a purificação com carvão ativado remove substâncias dissolvidas e melhora o odor. A água em seguida é tratada em uma câmara ultravioleta para matar todas as bactérias e vírus que passam pelos filtros. A água filtrada, por fim, é armazenada em tanques de aço inoxidável projetados para uso escolar. RESPOSTA Turgesen diz que a resposta das escolas foi a mesma, quando o Impact Water foi criado, em 2015: "'Quando podemos começar?' As escolas estavam procurando uma solução para isso porque sabem que é um problema", ele aponta. Foi exatamente o que aconteceu no caso de Adam Kakembo, professor e diretor de saneamento na Escola Secundária Muçulmana Kawempe, em Kampala. A escola agora conta com três sistemas da Impact Water, e consome cerca de 4,5 mil litros de água ao dia. Kakembo explica que antes da instalação dos sistemas de purificação, "fervíamos 300 litros de água por dia para os meninos e 200 litros de água por dia para as meninas, nas cozinhas da escola. Consumíamos entre três ou quatro caminhões de lenha por semana". Kakembo afirma que, além das implicações de custo, a água fervida desse modo é inadequada, demonstra baixa confiabilidade e supri-la é um processo trabalhoso. Os alunos "só recebiam água no período do almoço. Às vezes a lenha ficava úmida e passávamos três dias sem poder ferver água. E a água era armazenada em panelas, o que a expunha a contaminação", ele diz. Hoje a história da escola é semelhante à da Escola Secundária Kibuli, outra beneficiária do projeto em Kampala. Hajjati Masitula, diretor assistente de ensino, diz que o sistema é conveniente e oferece acesso fácil a água segura. Kakembo diz que água potável segura está sempre disponível agora, que o sistema tem preço acessível e bom custo/benefício energético e que os custos podem ser cobertos com as verbas regulares do orçamento escolar. Além disso, houve redução dos casos de febre tifoide. "Qualquer escola pode arcar com o custo. A barreira entre ter e não ter o sistema é a falta de informação", afirma Kakembo. Isso é possível porque, quando o sistema foi criado, a Impact Water buscou uma maneira de tornar seu custo acessível para as escolas. A empresa oferece uma linha de crédito que permite que as escolas paguem pelo sistema de purificação água em prazo de dois a cinco anos, e cada criança paga em média 800 xelins ugandeses (22 centavos de dólar) por ano letivo pelo serviço. Desde que o Impact Water foi criado, 650 mil alunos em 1,3 mil escolas ugandenses ganharam acesso a água potável segura graças aos sistemas fornecidos pela empresa. A Impact Water quer se expandir mais em instituições como centros de saúde, oferecer compras em larga escala a ONGs e criar parcerias com associações de escolas. Por enquanto, a empresa espera levar água potável segura a um milhão de pessoas a cada dia, até o final de 2017, atingir cinco mil escolas em Uganda até o final de 2018, e atender a 10 mil escolas em todo o mundo pelo final de 2020. "Dentro de cinco a dez anos, espero que esses engajamentos significativos –por exemplo com organizações escolares– passem a garantir água potável em todas as escolas, e que, quando um pai levar o filho à escola, poderá ter certeza de que haverá água potável disponível, assim como comida segura", disse Turgesen. Tradução de PAULO MIGLIACCI
ciencia
Organização leva água potável com custo acessível a escolas em UgandaQuando a organização sem fins lucrativos Impact Carbon (o impacto do carbono, em tradução livre) começou a operar em Uganda, buscava maneiras de melhorar a produção e a qualidade de fornos de cozinha de baixa poluição, como maneira de mitigar as emissões de carbono e reduzir a poluição do ar em ambientes fechados. Com o progresso das operações da Impact Carbon, surgiu a compreensão da necessidade de introduzir, ao mesmo tempo, sistemas de purificação de água. "Descobrimos que também podíamos pensar na introdução de sistemas de purificação de água como canal para reduzir o uso da madeira como combustível, de modo que em lugar de ferver água, com uso pesado de lenha, que tem impacto negativo sobre o ambiente, os domicílios e instituições pudessem usar sistemas de purificação", disse Mark Turgesen, diretor da Impact Carbon e da Impact Water (o impacto da água, em tradução livre) em Uganda. Em 2012, a Impact Carbon conduziu um estudo piloto para identificar de que maneira poderia ajudar as escolas, especialmente, porque isso permitiria que a organização lidasse com uma grande população que precisa de água potável segura, principalmente porque as crianças são uma das parcelas mais vulneráveis da sociedade. Estatísticas da Water.org, uma organização que oferece soluções de água em larga escala e opera em 14 países de todo o mundo, indicam que cerca de oito milhões de ugandenses não têm acesso a água limpa. De acordo com Turgesen, as crianças têm direito a sobreviver, e parte da sobrevivência é comida adequada, água adequada e abrigo adequado. "Isso deveria ser acessível não só para as crianças, para satisfazer os seus direitos básicos, mas também por conta das implicações de saúde que podem afetar a presença na escola e o nível de atenção na sala de aula, ele diz. O Programa de Água e Saneamento na Região da África (WSP-AF) reporta que 440 crianças morrem por semana em Uganda devido a doenças transmissíveis pela água. A Impact Carbon estima que 40% dos casos de diarreia são atribuíveis à água consumida nas escolas. No entanto, em meio a tudo isso, uma ideia persistia nas mentes da equipe da Impact Carbon. "Será que podemos oferecer sistemas de purificação de água para as escolas? Será que isso é sustentável? O que poderíamos fazer que exerça impacto profundo e assegure que, quando tivermos introduzido esses sistemas, seremos capazes de mantê-los?", a equipe questionava. A solução encontrada foi operar o projeto como um negócio. Além de tudo, a compra dos sistemas encorajaria as escolas a assumir a responsabilidade pelo uso cuidadoso e manutenção deles. A ideia deu origem à Impact Water, registrada em 2015, uma empresa social que oferece água potável confiável a instituições em Uganda O PROCESSO A água passa por um processo em três estágios. Para a primeira parte da purificação, a Impact Water conecta seu sistema de purificação ultravioleta às fontes de água existentes, tais como torneiras da rede nacional de água, poços naturais, poços artesianos e água de chuva armazenada. A água é filtrada para remoção de sujeira e de patógenos de grande porte. Para criar um sabor fresco, a purificação com carvão ativado remove substâncias dissolvidas e melhora o odor. A água em seguida é tratada em uma câmara ultravioleta para matar todas as bactérias e vírus que passam pelos filtros. A água filtrada, por fim, é armazenada em tanques de aço inoxidável projetados para uso escolar. RESPOSTA Turgesen diz que a resposta das escolas foi a mesma, quando o Impact Water foi criado, em 2015: "'Quando podemos começar?' As escolas estavam procurando uma solução para isso porque sabem que é um problema", ele aponta. Foi exatamente o que aconteceu no caso de Adam Kakembo, professor e diretor de saneamento na Escola Secundária Muçulmana Kawempe, em Kampala. A escola agora conta com três sistemas da Impact Water, e consome cerca de 4,5 mil litros de água ao dia. Kakembo explica que antes da instalação dos sistemas de purificação, "fervíamos 300 litros de água por dia para os meninos e 200 litros de água por dia para as meninas, nas cozinhas da escola. Consumíamos entre três ou quatro caminhões de lenha por semana". Kakembo afirma que, além das implicações de custo, a água fervida desse modo é inadequada, demonstra baixa confiabilidade e supri-la é um processo trabalhoso. Os alunos "só recebiam água no período do almoço. Às vezes a lenha ficava úmida e passávamos três dias sem poder ferver água. E a água era armazenada em panelas, o que a expunha a contaminação", ele diz. Hoje a história da escola é semelhante à da Escola Secundária Kibuli, outra beneficiária do projeto em Kampala. Hajjati Masitula, diretor assistente de ensino, diz que o sistema é conveniente e oferece acesso fácil a água segura. Kakembo diz que água potável segura está sempre disponível agora, que o sistema tem preço acessível e bom custo/benefício energético e que os custos podem ser cobertos com as verbas regulares do orçamento escolar. Além disso, houve redução dos casos de febre tifoide. "Qualquer escola pode arcar com o custo. A barreira entre ter e não ter o sistema é a falta de informação", afirma Kakembo. Isso é possível porque, quando o sistema foi criado, a Impact Water buscou uma maneira de tornar seu custo acessível para as escolas. A empresa oferece uma linha de crédito que permite que as escolas paguem pelo sistema de purificação água em prazo de dois a cinco anos, e cada criança paga em média 800 xelins ugandeses (22 centavos de dólar) por ano letivo pelo serviço. Desde que o Impact Water foi criado, 650 mil alunos em 1,3 mil escolas ugandenses ganharam acesso a água potável segura graças aos sistemas fornecidos pela empresa. A Impact Water quer se expandir mais em instituições como centros de saúde, oferecer compras em larga escala a ONGs e criar parcerias com associações de escolas. Por enquanto, a empresa espera levar água potável segura a um milhão de pessoas a cada dia, até o final de 2017, atingir cinco mil escolas em Uganda até o final de 2018, e atender a 10 mil escolas em todo o mundo pelo final de 2020. "Dentro de cinco a dez anos, espero que esses engajamentos significativos –por exemplo com organizações escolares– passem a garantir água potável em todas as escolas, e que, quando um pai levar o filho à escola, poderá ter certeza de que haverá água potável disponível, assim como comida segura", disse Turgesen. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Obras e testes afetam linhas 15-prata do Metrô e 11-coral da CPTM
As linhas 15-prata do Metrô e 11-coral da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) têm alteração na circulação de trens para a realização de testes e obras, nesta sexta-feira (21). As estações Vila Prudente e Oratório da linha 15-prata ficam fechadas para testes no sistema de controle de trens. A manutenção começou nesta madrugada e termina por volta das 16h, de acordo com o Metrô. Durante a interdição, foram colocados ônibus gratuitos para atender os usuários no trecho interditado. A circulação de trens da linha 11-coral está interrompida entre as estações Brás e Corinthians-Itaquera devido a obras. Os passageiros poderão fazer gratuitamente o percurso utilizando o metrô. Os usuários da linha 7-rubi da CPTM também enfrentam problemas devido a serviços de manutenção. Com isso, os trens circulam com maiores intervalos entre as estações Luz e Francisco Morato.
cotidiano
Obras e testes afetam linhas 15-prata do Metrô e 11-coral da CPTMAs linhas 15-prata do Metrô e 11-coral da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) têm alteração na circulação de trens para a realização de testes e obras, nesta sexta-feira (21). As estações Vila Prudente e Oratório da linha 15-prata ficam fechadas para testes no sistema de controle de trens. A manutenção começou nesta madrugada e termina por volta das 16h, de acordo com o Metrô. Durante a interdição, foram colocados ônibus gratuitos para atender os usuários no trecho interditado. A circulação de trens da linha 11-coral está interrompida entre as estações Brás e Corinthians-Itaquera devido a obras. Os passageiros poderão fazer gratuitamente o percurso utilizando o metrô. Os usuários da linha 7-rubi da CPTM também enfrentam problemas devido a serviços de manutenção. Com isso, os trens circulam com maiores intervalos entre as estações Luz e Francisco Morato.
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Pressionada por alimentos, inflação acelera para 0,52% em julho
Pressionada por alimentos, a inflação acelerou em julho e fechou o mês com avanço de 0,52%, acima das previsões do mercado, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (10). O resultado veio acima do centro de expectativas de analistas ouvidos pela agência internacional Bloomberg, que estimavam o avanço em 0,45%. No ano, o IPCA, o indicador oficial de inflação do país, é de 4,96%, patamar menor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foi de 6,83%. Inflação - Variação do IPCA, em % Em 12 meses, o avanço é de 8,74% —acima do teto da meta do governo, que é de 6,5%. O resultado ficou ligeiramente acima do previsto por analistas (8,66%), mas abaixo do acumulado nos 12 meses até junho (8,84%). GRUPOS O principal grupo responsável pelo aumento em julho foi alimentos, que avançou 1,32% no mês passado. Foi a maior alta para julho desde 2000, quando o segmento avançou 1,78%. O leite foi o maior vilão do mês, com preços que dispararam 17,58% e tiveram impacto de 0,19 ponto percentual. Em seguida veio o feijão-carioca, com alta de 32,42% e respondeu por 0,13 ponto percentual. O feijão-preto teve aumento de 41,59%, o mulatinho ficou 18,89% mais caro e o fradinho, 14,72%. Inflação - Por grupos, em % No sentido contrário, a cebola ficou mais barata em julho, com queda de 28,37%, assim como a batata-inglesa, cujos preços caíram 20%. Além de alimentos, o grupo despesas pessoais também pressionou a inflação em julho, ao acelerar de 0,35% para 0,70%. Artigos de residência avançaram para 0,53% e transportes teve alta de 0,40%. Saúde e cuidados pessoais desacelerou a alta para 0,61%. Educação (0,04%) e Comunicação (0,02%) ficaram praticamente estáveis ante junho. Influenciado pela energia elétrica, o grupo habitação recuou 0,29%. Já vestuário teve queda de 0,38%. Por regiões, o maior avanço do IPCA foi registrado pela região metropolitana de Salvador, com 0,92%, com pressão de combustíveis. A menor inflação foi observada em Curitiba (0,10%), com queda de 11,17% no item energia elétrica. Inflação nas regiões - Em %
mercado
Pressionada por alimentos, inflação acelera para 0,52% em julhoPressionada por alimentos, a inflação acelerou em julho e fechou o mês com avanço de 0,52%, acima das previsões do mercado, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (10). O resultado veio acima do centro de expectativas de analistas ouvidos pela agência internacional Bloomberg, que estimavam o avanço em 0,45%. No ano, o IPCA, o indicador oficial de inflação do país, é de 4,96%, patamar menor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foi de 6,83%. Inflação - Variação do IPCA, em % Em 12 meses, o avanço é de 8,74% —acima do teto da meta do governo, que é de 6,5%. O resultado ficou ligeiramente acima do previsto por analistas (8,66%), mas abaixo do acumulado nos 12 meses até junho (8,84%). GRUPOS O principal grupo responsável pelo aumento em julho foi alimentos, que avançou 1,32% no mês passado. Foi a maior alta para julho desde 2000, quando o segmento avançou 1,78%. O leite foi o maior vilão do mês, com preços que dispararam 17,58% e tiveram impacto de 0,19 ponto percentual. Em seguida veio o feijão-carioca, com alta de 32,42% e respondeu por 0,13 ponto percentual. O feijão-preto teve aumento de 41,59%, o mulatinho ficou 18,89% mais caro e o fradinho, 14,72%. Inflação - Por grupos, em % No sentido contrário, a cebola ficou mais barata em julho, com queda de 28,37%, assim como a batata-inglesa, cujos preços caíram 20%. Além de alimentos, o grupo despesas pessoais também pressionou a inflação em julho, ao acelerar de 0,35% para 0,70%. Artigos de residência avançaram para 0,53% e transportes teve alta de 0,40%. Saúde e cuidados pessoais desacelerou a alta para 0,61%. Educação (0,04%) e Comunicação (0,02%) ficaram praticamente estáveis ante junho. Influenciado pela energia elétrica, o grupo habitação recuou 0,29%. Já vestuário teve queda de 0,38%. Por regiões, o maior avanço do IPCA foi registrado pela região metropolitana de Salvador, com 0,92%, com pressão de combustíveis. A menor inflação foi observada em Curitiba (0,10%), com queda de 11,17% no item energia elétrica. Inflação nas regiões - Em %
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Paulistano 'VIP' fotografa mais de 300 espetáculos em uma década
RAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO Em dez anos, o fotógrafo Bob Souza foi de um extremo a outro: deixou de ser barrado nas peças de teatro da cidade por "não ser da imprensa" para ser convidado VIP. Formado em publicidade, Bob se tornou um dos principais fotógrafos teatrais da cidade depois de fazer um curso no Sesc e insistir bastante. Em vez de fazer as fotos apenas para venda, ele criou um acervo pessoal de imagens que já registra mais de 300 espetáculos. De seu portfólio, 50 imagens de cenas integram a exposição "Retratos do Teatro", aberta até ⅖ no Espaço Cult, na Vila Madalena. Seu trabalho fotográfico se transformou em mestrado na Unesp e o seu plano agora é fazer uma pesquisa de doutorado que mapeie todos os gruops teatrais da cidade. * sãopaulo - Nesses dez anos, qual a principal mudança que viu no teatro paulistano? Bob Souza - A chegada dos grupos, que são mais de 300 na cidade. Aquele teatro do diretor que contrata atores para fazer determinado texto continua, mas a lei de fomento a grupos e pesquisas fez pipocar muitos grupos, na cidade toda. De onde eles vêm? A maioria vem de universidades. Os próprios grupos criam formações com a comunidade, daí surgem novos artistas e atores, que ficam naquele grupo ou procuram outras coisas. Esses grupos não estão ocupando mais os espaços teatrais, mas a rua, espaços alternativos, como casarões desocupados. O que mais presenciou nos palcos? Houve muita experimentação. Teatro-dança, teatro de formas animadas, bonecos, de tudo quanto é jeito. As pesquisas de formatos só vem aumentando. O teatro acabou precisando muito da academia nesse processo. O público mudou? O público está mais disponível a viver uma experiência, e não ficar só parado esperando que seja digo alguma coisa que vá mudar sua vida. Ele tá a fim de ir pra rua, entrar numa experiência, caminhar onde ele não caminharia sozinho. Que trabalhos mais te marcaram nesse período? Todas as do teatro Oficina, do [diretor] Antunes Filho e do grupo Ornitorrinco, do Cacá Rosset. E grupos de fora também, como a Cia. dos Atores (RJ), O Galpão (MG) e Sutil Cia (PR). O que muda ao fotografar peças? É difícil. Tem um ritual. O fotógrafo não pode ficar em pé, não pode circular, fazer barulho, ligar os aparelhos, usar flash nem ligar o visor da câmera para conferir como ficou a imagem. Ele não pode interferir em nada. Tem que ser invisível. Presenciou o ressurgimento dos musicais? Fiz fotos só dos pequenos. Para alguns musicais grandes, o fotógrafo do Brasil tem que reproduzir as imagens das produções internacionais, então isso nunca me interessou e também nunca se interessaram por mim. Chegou a atuar? Já entrei em peças como fotógrafo-personagem. e foi péssimo. Sou acostumado a ser o invisivel. Quando você passa a fazer parte da cena, é muito constrangedor. Como dividir a atenção entre fazer a foto e ver a peça? Não consigo mais ver espetáculos sem a câmera. Me forjei a fotografar com pouca luz, parado e sentado, invisível, e com a câmera na mão. Me concentro, vou vendo o espetáculo, acompanhando, querendo entender o texto. A minha fotografia não se propõe a ser a representação da cena, com imagens abertas. Tenho a minha linguagem por cima da linguagem teatral. Um exemplo bobo: um carteiro entra em cena. Não quero fotografar o carteiro, mas a mão do carteiro com a carta. Isso já representa uma imagem do espetáculo. Então tenho que me concentrar bastante na cena para extrair esses símbolos. Perdeu a concentração alguma vez? Uma vez, numa peça da Marisa Orth. A produção me falou que ela ia tacar um cinzeiro de madeira no espelho. Fiquei na expectativa de que horas isso acontecer e não consegui fotografar essa cena.
saopaulo
Paulistano 'VIP' fotografa mais de 300 espetáculos em uma décadaRAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO Em dez anos, o fotógrafo Bob Souza foi de um extremo a outro: deixou de ser barrado nas peças de teatro da cidade por "não ser da imprensa" para ser convidado VIP. Formado em publicidade, Bob se tornou um dos principais fotógrafos teatrais da cidade depois de fazer um curso no Sesc e insistir bastante. Em vez de fazer as fotos apenas para venda, ele criou um acervo pessoal de imagens que já registra mais de 300 espetáculos. De seu portfólio, 50 imagens de cenas integram a exposição "Retratos do Teatro", aberta até ⅖ no Espaço Cult, na Vila Madalena. Seu trabalho fotográfico se transformou em mestrado na Unesp e o seu plano agora é fazer uma pesquisa de doutorado que mapeie todos os gruops teatrais da cidade. * sãopaulo - Nesses dez anos, qual a principal mudança que viu no teatro paulistano? Bob Souza - A chegada dos grupos, que são mais de 300 na cidade. Aquele teatro do diretor que contrata atores para fazer determinado texto continua, mas a lei de fomento a grupos e pesquisas fez pipocar muitos grupos, na cidade toda. De onde eles vêm? A maioria vem de universidades. Os próprios grupos criam formações com a comunidade, daí surgem novos artistas e atores, que ficam naquele grupo ou procuram outras coisas. Esses grupos não estão ocupando mais os espaços teatrais, mas a rua, espaços alternativos, como casarões desocupados. O que mais presenciou nos palcos? Houve muita experimentação. Teatro-dança, teatro de formas animadas, bonecos, de tudo quanto é jeito. As pesquisas de formatos só vem aumentando. O teatro acabou precisando muito da academia nesse processo. O público mudou? O público está mais disponível a viver uma experiência, e não ficar só parado esperando que seja digo alguma coisa que vá mudar sua vida. Ele tá a fim de ir pra rua, entrar numa experiência, caminhar onde ele não caminharia sozinho. Que trabalhos mais te marcaram nesse período? Todas as do teatro Oficina, do [diretor] Antunes Filho e do grupo Ornitorrinco, do Cacá Rosset. E grupos de fora também, como a Cia. dos Atores (RJ), O Galpão (MG) e Sutil Cia (PR). O que muda ao fotografar peças? É difícil. Tem um ritual. O fotógrafo não pode ficar em pé, não pode circular, fazer barulho, ligar os aparelhos, usar flash nem ligar o visor da câmera para conferir como ficou a imagem. Ele não pode interferir em nada. Tem que ser invisível. Presenciou o ressurgimento dos musicais? Fiz fotos só dos pequenos. Para alguns musicais grandes, o fotógrafo do Brasil tem que reproduzir as imagens das produções internacionais, então isso nunca me interessou e também nunca se interessaram por mim. Chegou a atuar? Já entrei em peças como fotógrafo-personagem. e foi péssimo. Sou acostumado a ser o invisivel. Quando você passa a fazer parte da cena, é muito constrangedor. Como dividir a atenção entre fazer a foto e ver a peça? Não consigo mais ver espetáculos sem a câmera. Me forjei a fotografar com pouca luz, parado e sentado, invisível, e com a câmera na mão. Me concentro, vou vendo o espetáculo, acompanhando, querendo entender o texto. A minha fotografia não se propõe a ser a representação da cena, com imagens abertas. Tenho a minha linguagem por cima da linguagem teatral. Um exemplo bobo: um carteiro entra em cena. Não quero fotografar o carteiro, mas a mão do carteiro com a carta. Isso já representa uma imagem do espetáculo. Então tenho que me concentrar bastante na cena para extrair esses símbolos. Perdeu a concentração alguma vez? Uma vez, numa peça da Marisa Orth. A produção me falou que ela ia tacar um cinzeiro de madeira no espelho. Fiquei na expectativa de que horas isso acontecer e não consegui fotografar essa cena.
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A importância do jornalismo profissional num mundo 'pós-verdade'
Numa das cenas principais de "The Front Page" (A Primeira Página), o repórter veterano Hildy Johnson dá sua definição de jornalista: um bando de intrometidos que incomoda os outros enquanto corre atrás da notícia para que as pessoas saibam o que está acontecendo. Ele usa palavras menos edificantes que as acima, como pode ser conferido na montagem mais recente da comédia de 1928, que estreou há três semanas na Broadway, em Nova York, com John Slattery como Hildy e Nathan Lane como seu editor. Ambos trabalham para o fictício jornal "Chicago Examiner" e desvendam um escândalo que envolve o prefeito da cidade, seu xerife e um condenado à morte. A peça é hilariante e tem ingressos esgotados pelos próximos meses. Muitos consideram "The Front Page" a pedra de Rosetta do jornalismo, referindo-se à descoberta arqueológica que permitiu que os hieróglifos egípcios fossem decifrados. Todos os vícios e virtudes da profissão estariam representados naquela comédia. De fato, 88 anos depois, sua atualidade é assustadora. Na corrida presidencial norte-americana, foram intrometidos incômodos como os definidos por Hildy —chamemos de jornalistas profissionais, de títulos como "The New York Times" e "Washington Post"— que descobriram os principais desmandos da candidata democrata, Hillary Clinton, e de seu oponente, o republicano Donald Trump. Numa era definida pela revista "The Economist" como da "pós-verdade", em que políticos do mundo inteiro dizem o que querem sem se preocupar com a realidade e em que a censura não se dá mais da maneira tradicional, com supressão de conteúdo, mas pela meticulosa publicação de mentiras nas redes sociais, cabe aos jornalistas profissionais ajudar a separar fato de boato. Nesse sentido, viraram ferramentas cívicas as equipes de checagem de fatos, que atuam principalmente durante as eleições, como fazem os já citados "Times" e "Post" e como vem fazendo esta Folha, entre outros jornais brasileiros. Investigar com rigor, usando técnicas consagradas e seguindo preceitos éticos —uma das definições do jornalismo profissional—não só é vital para a democracia como economiza dinheiro. É isso o que conclui o economista Jay Hamilton, de Stanford, em seu livro recém-lançado "Democracy's Detectives" (Detetives da Democracia, Harvard Press). Com base em 150 casos do premiado repórter Pat Stith, do "News and Observer", de Raleigh, na Carolina do Norte, ele conclui que cada dólar gasto com jornalismo investigativo pode gerar centenas de dólares em benefícios sociais, seja por mudança de leis, seja por interromper casos contínuos de corrupção, seja por ajudar a evolução da vida em sociedade.
colunas
A importância do jornalismo profissional num mundo 'pós-verdade'Numa das cenas principais de "The Front Page" (A Primeira Página), o repórter veterano Hildy Johnson dá sua definição de jornalista: um bando de intrometidos que incomoda os outros enquanto corre atrás da notícia para que as pessoas saibam o que está acontecendo. Ele usa palavras menos edificantes que as acima, como pode ser conferido na montagem mais recente da comédia de 1928, que estreou há três semanas na Broadway, em Nova York, com John Slattery como Hildy e Nathan Lane como seu editor. Ambos trabalham para o fictício jornal "Chicago Examiner" e desvendam um escândalo que envolve o prefeito da cidade, seu xerife e um condenado à morte. A peça é hilariante e tem ingressos esgotados pelos próximos meses. Muitos consideram "The Front Page" a pedra de Rosetta do jornalismo, referindo-se à descoberta arqueológica que permitiu que os hieróglifos egípcios fossem decifrados. Todos os vícios e virtudes da profissão estariam representados naquela comédia. De fato, 88 anos depois, sua atualidade é assustadora. Na corrida presidencial norte-americana, foram intrometidos incômodos como os definidos por Hildy —chamemos de jornalistas profissionais, de títulos como "The New York Times" e "Washington Post"— que descobriram os principais desmandos da candidata democrata, Hillary Clinton, e de seu oponente, o republicano Donald Trump. Numa era definida pela revista "The Economist" como da "pós-verdade", em que políticos do mundo inteiro dizem o que querem sem se preocupar com a realidade e em que a censura não se dá mais da maneira tradicional, com supressão de conteúdo, mas pela meticulosa publicação de mentiras nas redes sociais, cabe aos jornalistas profissionais ajudar a separar fato de boato. Nesse sentido, viraram ferramentas cívicas as equipes de checagem de fatos, que atuam principalmente durante as eleições, como fazem os já citados "Times" e "Post" e como vem fazendo esta Folha, entre outros jornais brasileiros. Investigar com rigor, usando técnicas consagradas e seguindo preceitos éticos —uma das definições do jornalismo profissional—não só é vital para a democracia como economiza dinheiro. É isso o que conclui o economista Jay Hamilton, de Stanford, em seu livro recém-lançado "Democracy's Detectives" (Detetives da Democracia, Harvard Press). Com base em 150 casos do premiado repórter Pat Stith, do "News and Observer", de Raleigh, na Carolina do Norte, ele conclui que cada dólar gasto com jornalismo investigativo pode gerar centenas de dólares em benefícios sociais, seja por mudança de leis, seja por interromper casos contínuos de corrupção, seja por ajudar a evolução da vida em sociedade.
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Após duas vitórias seguidas, Liverpool é derrotado pelo Newcastle
Sem o brasileiro Philippe Coutinho, o Liverpool foi derrotado pelo Newcastle, neste domingo (6), por 2 a 0, e perdeu a oportunidade de se aproximar dos líderes do Campeonato Inglês. O time comandado por Jurgen Klopp permaneceu com 23 pontos, mas caiu para a sétima colocação no torneio. Já a equipe de Newcastle se recuperou e subiu para a 18ª posição, com 13 pontos ganhos. O primeiro gol do confronto saiu apenas no segundo tempo. Aos 23 min, Wijnaldum chutou, a bola bateu em Skrtel,e o zagueiro do Liverpool marcou contra. Aos 48 min, Wijnaldum fechou placar. Na próxima rodada o Newcastle visita o Tottenham, no sábado (12). No mesmo dia, o Liverpool recebe o West Bromwich.
esporte
Após duas vitórias seguidas, Liverpool é derrotado pelo NewcastleSem o brasileiro Philippe Coutinho, o Liverpool foi derrotado pelo Newcastle, neste domingo (6), por 2 a 0, e perdeu a oportunidade de se aproximar dos líderes do Campeonato Inglês. O time comandado por Jurgen Klopp permaneceu com 23 pontos, mas caiu para a sétima colocação no torneio. Já a equipe de Newcastle se recuperou e subiu para a 18ª posição, com 13 pontos ganhos. O primeiro gol do confronto saiu apenas no segundo tempo. Aos 23 min, Wijnaldum chutou, a bola bateu em Skrtel,e o zagueiro do Liverpool marcou contra. Aos 48 min, Wijnaldum fechou placar. Na próxima rodada o Newcastle visita o Tottenham, no sábado (12). No mesmo dia, o Liverpool recebe o West Bromwich.
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Garoto de Ipanema
Ontem foi noticiado que o senador Aécio Neves (PSDB) utilizou aeronave oficial para ir 124 vezes ao Rio de Janeiro, quando era governador de Minas Gerais. A maioria das viagens ocorreu, curiosamente, entre as quintas-feiras e os domingos. Que Aécio goste da zona sul carioca e até mesmo que se recuse a fazer o teste do bafômetro por lá - como em 2011, quando parado numa blitz - é uma questão dele. Agora, que use dinheiro e patrimônio públicos para fazer suas andanças nas noites de Ipanema já é outra coisa. É ato de improbidade administrativa, que poderia levar a perda das funções públicas e suspensão dos direitos políticos. Poderia, é claro, pois tratando-se do PSDB - partido de Aécio - as punições da lei ficam sempre no futuro do pretérito. Imaginem se fosse o Lula viajando para Garanhuns duas vezes ao mês com aeronaves da FAB. O ministro Gilmar Mendes já o teria chamado "às falas" e a turma dos Jardins faria panelaço todo domingo contra a imoralidade pública. Já Aécio, o garoto de Ipanema, pode viajar à vontade com aeronaves do governo de Minas, pode até dar um aeroporto de presente para o tio, e nada acontece. É impressionante a blindagem judicial e midiática dos tucanos neste país. Além das questões de Aécio com aeronaves e aeroportos - que logo serão esquecidas - quem se lembra ainda do mensalão de Minas, a caminho da completa prescrição? E do escândalo dos trens em São Paulo? Sem falar de tantos e tantos casos do governo FHC, sendo os mais emblemáticos deles a notória compra de votos parlamentares para a emenda da reeleição e as privatizações feitas "no limite da irresponsabilidade", de acordo com as palavras de um ministro tucano à época. Ninguém indiciado, nenhum preso. Posam ainda como paladinos da moralidade. A cumplicidade de setores do Ministério Público, do judiciário e da mídia com o PSDB é um câncer que corrói a credibilidade das instituições brasileiras. HORDA FASCISTA O dirigente do MST João Pedro Stédile foi cercado e hostilizado no aeroporto de Fortaleza na última terça-feira (22) por uma horda de fascistas raivosos. Entoaram cantos e ameaçaram covardemente Stédile e a professora que o acompanhava. Mais uma expressão da escalada de intolerância da direita nacional, incentivada por colunistas e "lideranças" tão irresponsáveis quanto acéfalos. Estão plantando no Brasil as sementes do fascismo e criando uma situação que poderá fugir do controle. Deixar passar sem mais episódios como este é silenciar ante o perigo destas atitudes para o futuro. Toda solidariedade ao MST, a Stédile e aos que têm sido alvos da covardia fascista.
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Garoto de IpanemaOntem foi noticiado que o senador Aécio Neves (PSDB) utilizou aeronave oficial para ir 124 vezes ao Rio de Janeiro, quando era governador de Minas Gerais. A maioria das viagens ocorreu, curiosamente, entre as quintas-feiras e os domingos. Que Aécio goste da zona sul carioca e até mesmo que se recuse a fazer o teste do bafômetro por lá - como em 2011, quando parado numa blitz - é uma questão dele. Agora, que use dinheiro e patrimônio públicos para fazer suas andanças nas noites de Ipanema já é outra coisa. É ato de improbidade administrativa, que poderia levar a perda das funções públicas e suspensão dos direitos políticos. Poderia, é claro, pois tratando-se do PSDB - partido de Aécio - as punições da lei ficam sempre no futuro do pretérito. Imaginem se fosse o Lula viajando para Garanhuns duas vezes ao mês com aeronaves da FAB. O ministro Gilmar Mendes já o teria chamado "às falas" e a turma dos Jardins faria panelaço todo domingo contra a imoralidade pública. Já Aécio, o garoto de Ipanema, pode viajar à vontade com aeronaves do governo de Minas, pode até dar um aeroporto de presente para o tio, e nada acontece. É impressionante a blindagem judicial e midiática dos tucanos neste país. Além das questões de Aécio com aeronaves e aeroportos - que logo serão esquecidas - quem se lembra ainda do mensalão de Minas, a caminho da completa prescrição? E do escândalo dos trens em São Paulo? Sem falar de tantos e tantos casos do governo FHC, sendo os mais emblemáticos deles a notória compra de votos parlamentares para a emenda da reeleição e as privatizações feitas "no limite da irresponsabilidade", de acordo com as palavras de um ministro tucano à época. Ninguém indiciado, nenhum preso. Posam ainda como paladinos da moralidade. A cumplicidade de setores do Ministério Público, do judiciário e da mídia com o PSDB é um câncer que corrói a credibilidade das instituições brasileiras. HORDA FASCISTA O dirigente do MST João Pedro Stédile foi cercado e hostilizado no aeroporto de Fortaleza na última terça-feira (22) por uma horda de fascistas raivosos. Entoaram cantos e ameaçaram covardemente Stédile e a professora que o acompanhava. Mais uma expressão da escalada de intolerância da direita nacional, incentivada por colunistas e "lideranças" tão irresponsáveis quanto acéfalos. Estão plantando no Brasil as sementes do fascismo e criando uma situação que poderá fugir do controle. Deixar passar sem mais episódios como este é silenciar ante o perigo destas atitudes para o futuro. Toda solidariedade ao MST, a Stédile e aos que têm sido alvos da covardia fascista.
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Festival confirma reunião de Axl Rose e Slash em show do Guns N' Roses
O grupo Guns N' Roses voltará aos palcos em abril, no festival Coachella, anunciou a organização do evento nesta terça-feira (5). Os shows estão programados para os dias 16 e 23. Serão os primeiros do Guns N' Roses com uma de suas formações mais famosas, que inclui o vocalista Axl Rose (que nunca largou a banda) e o guitarrista Slash. Desde o fim da turnê "Use Your Illusion", em 1993, os dois não tocam juntos num show do grupo. Não ficou claro quais serão os outros músicos do novo/velho Guns: o baterista Steven Adler, de quem Axl não gostava, foi substituído logo em 1990. O guitarrista Izzy Stradlin saiu em 1991. Já o baixista Duff McKagan durou até 1997, mas já estaria confirmado nesta volta da banda. TACO BELL A notícia sobre a volta do Guns já havia sido divulgada no final do ano pela revista americana "Billboard", em meio a boatos. No entanto, Axl usou sua conta no Twitter na sexta-feira (1º) para ironizar o possível retorno. "A única coisa que está 'confirmada' é meu amor por Taco Bell!", escreveu o cantor, desejando também um feliz Ano-Novo a seus seguidores na rede social. Nas últimas décadas, o Guns N' Roses continuou com shows intermitentes, mas sem a presença de Slash e contando apenas com Axl Rose como integrante original. O guitarrista deixou o grupo em 1996 e, desde então, nunca fez questão de esconder a tensão com Axl. Em 2012, disse à "Rolling Stone" que uma reunião da banda era impossível porque o vocalista "o odiava". A banda, responsável por hinos como "Welcome to the Jungle" e "Sweet Child o' Mine", reinou no cenário do hard rock de 1987 a 1993 A festa, que ocorre no deserto californiano a 200 km de Los Angeles, também divulgou a escalação completa de artistas que se apresentarão entre os fins de semana dos dias 15 a 17 de abril e, depois, de 22 a 24 do mesmo mês. Entre os outros destaques, estão o retorno do LCD Soundsystem, o DJ Calvin Harris, o grupo de dream pop Beach House e o quarteto punk dos anos 1990 Rancid. O LCD Soundsystem, grupo de Nova York com grande influência na cena de música eletrônica dos anos 2000, tem apresentações programadas para 15 e 22 de abril. O grupo havia anunciado seu fim em 2011, com um show no Madison Square Garden, após turnê do álbum "This is Happening" (2010). A volta da banda já era especulada desde o lançamento, no Natal, do single "Christmas Will Break Your Heart". Fundada e liderada por James Murphy, a banda ganhou reconhecimento logo em sua estreia, em 2005, com disco que leva o nome da banda, do qual se destaca o hit "Daft Punk Is Playing at My House". Murphy também é um dos criadores da influente gravadora DFA –sigla para Death From Above–, responsável pelo lançamento de discos de bandas como Rapture, Hot Chip, Hercules and the Love Affair e Yacht.
ilustrada
Festival confirma reunião de Axl Rose e Slash em show do Guns N' RosesO grupo Guns N' Roses voltará aos palcos em abril, no festival Coachella, anunciou a organização do evento nesta terça-feira (5). Os shows estão programados para os dias 16 e 23. Serão os primeiros do Guns N' Roses com uma de suas formações mais famosas, que inclui o vocalista Axl Rose (que nunca largou a banda) e o guitarrista Slash. Desde o fim da turnê "Use Your Illusion", em 1993, os dois não tocam juntos num show do grupo. Não ficou claro quais serão os outros músicos do novo/velho Guns: o baterista Steven Adler, de quem Axl não gostava, foi substituído logo em 1990. O guitarrista Izzy Stradlin saiu em 1991. Já o baixista Duff McKagan durou até 1997, mas já estaria confirmado nesta volta da banda. TACO BELL A notícia sobre a volta do Guns já havia sido divulgada no final do ano pela revista americana "Billboard", em meio a boatos. No entanto, Axl usou sua conta no Twitter na sexta-feira (1º) para ironizar o possível retorno. "A única coisa que está 'confirmada' é meu amor por Taco Bell!", escreveu o cantor, desejando também um feliz Ano-Novo a seus seguidores na rede social. Nas últimas décadas, o Guns N' Roses continuou com shows intermitentes, mas sem a presença de Slash e contando apenas com Axl Rose como integrante original. O guitarrista deixou o grupo em 1996 e, desde então, nunca fez questão de esconder a tensão com Axl. Em 2012, disse à "Rolling Stone" que uma reunião da banda era impossível porque o vocalista "o odiava". A banda, responsável por hinos como "Welcome to the Jungle" e "Sweet Child o' Mine", reinou no cenário do hard rock de 1987 a 1993 A festa, que ocorre no deserto californiano a 200 km de Los Angeles, também divulgou a escalação completa de artistas que se apresentarão entre os fins de semana dos dias 15 a 17 de abril e, depois, de 22 a 24 do mesmo mês. Entre os outros destaques, estão o retorno do LCD Soundsystem, o DJ Calvin Harris, o grupo de dream pop Beach House e o quarteto punk dos anos 1990 Rancid. O LCD Soundsystem, grupo de Nova York com grande influência na cena de música eletrônica dos anos 2000, tem apresentações programadas para 15 e 22 de abril. O grupo havia anunciado seu fim em 2011, com um show no Madison Square Garden, após turnê do álbum "This is Happening" (2010). A volta da banda já era especulada desde o lançamento, no Natal, do single "Christmas Will Break Your Heart". Fundada e liderada por James Murphy, a banda ganhou reconhecimento logo em sua estreia, em 2005, com disco que leva o nome da banda, do qual se destaca o hit "Daft Punk Is Playing at My House". Murphy também é um dos criadores da influente gravadora DFA –sigla para Death From Above–, responsável pelo lançamento de discos de bandas como Rapture, Hot Chip, Hercules and the Love Affair e Yacht.
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Opinião: Amazônia devastada não é, necessariamente, causa da seca em SP
Com a seca que se abatia sobre a Grande São Paulo e boa parte do Sudeste até a chegada de fevereiro, disseminou-se a noção de que sua causa imediata era o desmatamento da Amazônia. Outra explicação a fincar raízes no senso comum punha a culpa na mudança do clima mundial. A segunda ideia foi devidamente desidratada -com perdão pelo trocadilho- por vários especialistas. Entre eles, o climatologista Carlos Nobre, que em entrevista à Folha em 26 de janeiro afirmou ser difícil atribuir ao aquecimento global um extremo climático isolado como a estiagem no Sudeste. Secas como essa já aconteceram muito antes que se começasse a falar em aquecimento global. Ou seja, não são incompatíveis com as variações naturais do clima. Mas também são compatíveis, se sua frequência aumentar (como parece ser o caso), com as predições dos modelos climáticos com a temperatura média da atmosfera em elevação. Veja imagens Dito de outra maneira, o júri ainda não alcançou um veredicto. Quando o moroso tribunal da ciência chegar a uma decisão, poderá ser tarde demais para fazer alguma coisa a respeito. A explicação mais popular, contudo, parece ser a do desmatamento da Amazônia. Ela tem dois pés na ciência, mas só chegou aonde chegou impulsionada pela prevenção e pela precipitação (sem trocadilho), as principais fontes do erro, segundo Descartes. A primeira pegada científica se encontra na noção de "rios voadores", uma metáfora feliz cunhada por outro climatologista, José Marengo. É o apelido das correntes de ventos úmidos que, no mundo da meteorologia, são conhecidos como jatos de baixos níveis. As cabeceiras dos rios voadores estão no oceano Atlântico. A água do mar evapora e, carregada pelos ventos alísios, chega à Amazônia oriental, onde cai na forma de chuva. A própria floresta amazônica se encarrega de reciclá-la continuamente, por meio da evapotranspiração (água extraída do solo pelas raízes e liberada nas folhas). Forma-se uma coluna móvel de vapor com três quilômetros de altura e milhares de extensão, com fluxo de 3,2 milhões de litros por segundo (cem vezes a capacidade de produção do sistema Cantareira com as represas cheias). Essa massa úmida se desloca mais ou menos no sentido leste-oeste e, ao dar com a barreira da cordilheira dos Andes, se desvia para a parte central da América do Sul, Centro-Oeste e Sudeste brasileiros incluídos. A contribuição desses rios voadores para as chuvas na região, contudo, mal começa a ser estudada e medida. A segunda pegada científica é a bem estabelecida relação entre a perda de cobertura florestal e a diminuição das chuvas. Isso foi medido em vários locais, naqueles 18% da Amazônia brasileira já devastados. Modelos climáticos indicam que a perda de precipitação na própria região amazônica ficaria entre 15% e 30%. Há também estudos apontando que, se o desmatamento ultrapassar o limiar de 40% da floresta, ela poderá entrar em colapso irreversível e se transformar numa espécie de cerrado, bem menos denso e úmido. Junte-se à receita a previsão de que o aquecimento global pode reduzir as chuvas na Amazônia, independentemente do grau de devastação, em 40% a 45% até o final deste século. Misture-se tudo com a ânsia por encontrar a arma fumegante capaz de convencer todos de que a mudança do clima já está em curso, e tem-se aí o caldo de cultura perfeito para concluir que os rios voadores secaram e deixaram a Grande São Paulo à míngua. Pode bem ser verdadeiro, mas não está provado. O nexo causal, quando ainda carece de comprovação empírica, é uma boa hipótese de pesquisa. Se afirmado sem o apoio de dados, está no mesmo patamar das crenças e lendas -e foi por água abaixo com as chuvas torrenciais de fevereiro.
cotidiano
Opinião: Amazônia devastada não é, necessariamente, causa da seca em SPCom a seca que se abatia sobre a Grande São Paulo e boa parte do Sudeste até a chegada de fevereiro, disseminou-se a noção de que sua causa imediata era o desmatamento da Amazônia. Outra explicação a fincar raízes no senso comum punha a culpa na mudança do clima mundial. A segunda ideia foi devidamente desidratada -com perdão pelo trocadilho- por vários especialistas. Entre eles, o climatologista Carlos Nobre, que em entrevista à Folha em 26 de janeiro afirmou ser difícil atribuir ao aquecimento global um extremo climático isolado como a estiagem no Sudeste. Secas como essa já aconteceram muito antes que se começasse a falar em aquecimento global. Ou seja, não são incompatíveis com as variações naturais do clima. Mas também são compatíveis, se sua frequência aumentar (como parece ser o caso), com as predições dos modelos climáticos com a temperatura média da atmosfera em elevação. Veja imagens Dito de outra maneira, o júri ainda não alcançou um veredicto. Quando o moroso tribunal da ciência chegar a uma decisão, poderá ser tarde demais para fazer alguma coisa a respeito. A explicação mais popular, contudo, parece ser a do desmatamento da Amazônia. Ela tem dois pés na ciência, mas só chegou aonde chegou impulsionada pela prevenção e pela precipitação (sem trocadilho), as principais fontes do erro, segundo Descartes. A primeira pegada científica se encontra na noção de "rios voadores", uma metáfora feliz cunhada por outro climatologista, José Marengo. É o apelido das correntes de ventos úmidos que, no mundo da meteorologia, são conhecidos como jatos de baixos níveis. As cabeceiras dos rios voadores estão no oceano Atlântico. A água do mar evapora e, carregada pelos ventos alísios, chega à Amazônia oriental, onde cai na forma de chuva. A própria floresta amazônica se encarrega de reciclá-la continuamente, por meio da evapotranspiração (água extraída do solo pelas raízes e liberada nas folhas). Forma-se uma coluna móvel de vapor com três quilômetros de altura e milhares de extensão, com fluxo de 3,2 milhões de litros por segundo (cem vezes a capacidade de produção do sistema Cantareira com as represas cheias). Essa massa úmida se desloca mais ou menos no sentido leste-oeste e, ao dar com a barreira da cordilheira dos Andes, se desvia para a parte central da América do Sul, Centro-Oeste e Sudeste brasileiros incluídos. A contribuição desses rios voadores para as chuvas na região, contudo, mal começa a ser estudada e medida. A segunda pegada científica é a bem estabelecida relação entre a perda de cobertura florestal e a diminuição das chuvas. Isso foi medido em vários locais, naqueles 18% da Amazônia brasileira já devastados. Modelos climáticos indicam que a perda de precipitação na própria região amazônica ficaria entre 15% e 30%. Há também estudos apontando que, se o desmatamento ultrapassar o limiar de 40% da floresta, ela poderá entrar em colapso irreversível e se transformar numa espécie de cerrado, bem menos denso e úmido. Junte-se à receita a previsão de que o aquecimento global pode reduzir as chuvas na Amazônia, independentemente do grau de devastação, em 40% a 45% até o final deste século. Misture-se tudo com a ânsia por encontrar a arma fumegante capaz de convencer todos de que a mudança do clima já está em curso, e tem-se aí o caldo de cultura perfeito para concluir que os rios voadores secaram e deixaram a Grande São Paulo à míngua. Pode bem ser verdadeiro, mas não está provado. O nexo causal, quando ainda carece de comprovação empírica, é uma boa hipótese de pesquisa. Se afirmado sem o apoio de dados, está no mesmo patamar das crenças e lendas -e foi por água abaixo com as chuvas torrenciais de fevereiro.
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Debate público deveria sair do tribalismo
Não sei vocês, mas a minha vida nas redes sociais está cada dia mais infernal. A polarização não dá trégua. Para cada novo tema –que não dura mais do que três dias– uma torrente de textos para os dois lados. O tema da vez é a manifestação das "Diretas-Já" (ou seria "Volta Lula"?) no Rio. Foi sucesso ou fracasso? Ninguém sabe e todos têm certeza. Não chegamos aos excessos partidários de nossos vizinhos hispânicos e nem somos como os EUA, em que a divisão é tão profunda que muitos eleitores nem sequer conhecem alguém do partido rival. Mas deu para sentir que o clima mudou e segue se acirrando. Eu gostaria de ver o debate público sair do tribalismo e desconfio que não sou o único. É o que indica, por exemplo, a Diretoria de Análises de Políticas Públicas (DAPP) da FGV-SP : há um grande contingente de usuários de redes sociais (cerca de 32%) que compartilham temas políticos mas não se alinham a um dos dois lados. E isso para não falar daqueles que não discutem política nas redes. Nem só de eleição vive o homem. O grosso da população brasileira não é ideológico e tem pouca fidelidade partidária. Por isso sempre escapamos de guerras civis e revoluções. Estamos é fartos dos políticos e partidos de sempre. A maioria não é socialista nem liberal. Quer, simplesmente, um Brasil que funcione. Em outras palavras, quer o exato oposto do que temos: um Estado ingerente, corrupto e mandão, que escolhia campeões nacionais (Odebrecht, Grupo X, Oi, JBS"¦) e os subsidiava com crédito barato e isenções fiscais, enquanto o resto vivia em um inferno fiscal, trabalhista e burocrático. Que fez obras faraônicas que destruíram a economia e o meio ambiente, mas na educação e no saneamento básico nem tocou. Quebrou gastando mal. Para além das mistificações, o Estado é um prestador de serviços. Ele não precisa responder a nossos anseios existenciais; precisa fazer valer o dinheiro dos nossos impostos. E aqui há consenso: recebemos muito menos do que pagamos. O tamanho ideal do Estado é algo a se discutir; o indiscutível é que daria para fazer muito mais com o que se tem. Para isso, temos que focar recursos na base de nossa pirâmide social e acabar com transferências de renda que beneficiam os mais ricos: bolsa empresário e isenções fiscais, funcionalismo público privilegiado, universidade de graça para os filhos da elite econômica etc. Nossos impostos –mantendo a carga atual– poderiam ser mais simples (o Brasil é o recordista mundial no tempo que uma empresa gasta para calcular e pagar seus impostos) e mais bem distribuídos: não é aceitável que os ricos paguem uma parcela menor da sua renda em impostos do que os pobres. Corrigir isso por si só já traria ganhos sociais e econômicos. Ao mesmo tempo, é preciso crescer. E, para isso, a economia precisa ser mais dinâmica e aberta ao mundo, a propriedade privada mais bem assegurada e a criação de valor menos sabotada por regulamentações e incerteza jurídica. Um Estado eficiente, que foque recursos em quem precisa e que mantenha um ambiente livre para a geração de valor, reconhecendo a primazia dos indivíduos na construção de seu próprio destino e fazendo jus, finalmente, ao caráter empreendedor de nossa população. Aí sim teremos um Brasil maior do que coxinhas e petralhas.
colunas
Debate público deveria sair do tribalismoNão sei vocês, mas a minha vida nas redes sociais está cada dia mais infernal. A polarização não dá trégua. Para cada novo tema –que não dura mais do que três dias– uma torrente de textos para os dois lados. O tema da vez é a manifestação das "Diretas-Já" (ou seria "Volta Lula"?) no Rio. Foi sucesso ou fracasso? Ninguém sabe e todos têm certeza. Não chegamos aos excessos partidários de nossos vizinhos hispânicos e nem somos como os EUA, em que a divisão é tão profunda que muitos eleitores nem sequer conhecem alguém do partido rival. Mas deu para sentir que o clima mudou e segue se acirrando. Eu gostaria de ver o debate público sair do tribalismo e desconfio que não sou o único. É o que indica, por exemplo, a Diretoria de Análises de Políticas Públicas (DAPP) da FGV-SP : há um grande contingente de usuários de redes sociais (cerca de 32%) que compartilham temas políticos mas não se alinham a um dos dois lados. E isso para não falar daqueles que não discutem política nas redes. Nem só de eleição vive o homem. O grosso da população brasileira não é ideológico e tem pouca fidelidade partidária. Por isso sempre escapamos de guerras civis e revoluções. Estamos é fartos dos políticos e partidos de sempre. A maioria não é socialista nem liberal. Quer, simplesmente, um Brasil que funcione. Em outras palavras, quer o exato oposto do que temos: um Estado ingerente, corrupto e mandão, que escolhia campeões nacionais (Odebrecht, Grupo X, Oi, JBS"¦) e os subsidiava com crédito barato e isenções fiscais, enquanto o resto vivia em um inferno fiscal, trabalhista e burocrático. Que fez obras faraônicas que destruíram a economia e o meio ambiente, mas na educação e no saneamento básico nem tocou. Quebrou gastando mal. Para além das mistificações, o Estado é um prestador de serviços. Ele não precisa responder a nossos anseios existenciais; precisa fazer valer o dinheiro dos nossos impostos. E aqui há consenso: recebemos muito menos do que pagamos. O tamanho ideal do Estado é algo a se discutir; o indiscutível é que daria para fazer muito mais com o que se tem. Para isso, temos que focar recursos na base de nossa pirâmide social e acabar com transferências de renda que beneficiam os mais ricos: bolsa empresário e isenções fiscais, funcionalismo público privilegiado, universidade de graça para os filhos da elite econômica etc. Nossos impostos –mantendo a carga atual– poderiam ser mais simples (o Brasil é o recordista mundial no tempo que uma empresa gasta para calcular e pagar seus impostos) e mais bem distribuídos: não é aceitável que os ricos paguem uma parcela menor da sua renda em impostos do que os pobres. Corrigir isso por si só já traria ganhos sociais e econômicos. Ao mesmo tempo, é preciso crescer. E, para isso, a economia precisa ser mais dinâmica e aberta ao mundo, a propriedade privada mais bem assegurada e a criação de valor menos sabotada por regulamentações e incerteza jurídica. Um Estado eficiente, que foque recursos em quem precisa e que mantenha um ambiente livre para a geração de valor, reconhecendo a primazia dos indivíduos na construção de seu próprio destino e fazendo jus, finalmente, ao caráter empreendedor de nossa população. Aí sim teremos um Brasil maior do que coxinhas e petralhas.
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Temer e a hora da verdade
Dilma colheu o que plantou. O clima na Câmara era de vingança pelos anos de maus tratos. Era possível notar que os deputados, principalmente governistas, não queriam perder a oportunidade de dar o troco na presidente. Temer também colhe o que semeou nos últimos meses. Desde o final do ano passado sentiu que Dilma poderia cair e atuou para isto. Agora, herdará da petista um cenário de terra arrasada no país. Petistas apostam no seu fracasso, afinal sabem muito bem o tamanho da crise deixada por Dilma. Não por outro motivo o vice-presidente quer assumir, daqui a vinte dias, como se definitivo fosse, e não interino. Até lá, o mercado vai celebrar sua vitória. Isto mesmo, a votação de ontem foi como se fosse uma eleição indireta entre Dilma e Temer, vencida pelo peemedebista. O dólar deve cair, a Bolsa vai subir e haverá uma expectativa de melhoras no país. Daí que Michel Temer sabe que não pode decepcionar e precisa dizer a que veio logo no primeiro dia de governo. Vai entrar com toda equipe nova já montada e também com as principais medidas na área econômica e social preparadas. Nos cálculos do peemedebista, ele precisa mostrar logo no início de seu governo interino que tem mais condições de governar do que Dilma. E, com isto, sinalizar que não há nenhum espaço para um retorno da petista depois do julgamento no Senado, algo acalentado por seus aliados diante da fragilidade dos argumentos jurídicos do impeachment. A ideia é mostrar que Dilma é página virada na política brasileira, usar o capital político da vitória deste domingo para mostrar ao Congresso, mercado, empresariado e até trabalhadores que a vida vai, sim, melhorar sem a presidente petista. O PT prometem tentar atrapalhar os planos de Temer e infernizar sua vida. Só que o país pode estar cansado de tudo e, se sentir que a vida vai melhorar, isolar os petistas e dizer: segue a vida sem Dilma.
colunas
Temer e a hora da verdadeDilma colheu o que plantou. O clima na Câmara era de vingança pelos anos de maus tratos. Era possível notar que os deputados, principalmente governistas, não queriam perder a oportunidade de dar o troco na presidente. Temer também colhe o que semeou nos últimos meses. Desde o final do ano passado sentiu que Dilma poderia cair e atuou para isto. Agora, herdará da petista um cenário de terra arrasada no país. Petistas apostam no seu fracasso, afinal sabem muito bem o tamanho da crise deixada por Dilma. Não por outro motivo o vice-presidente quer assumir, daqui a vinte dias, como se definitivo fosse, e não interino. Até lá, o mercado vai celebrar sua vitória. Isto mesmo, a votação de ontem foi como se fosse uma eleição indireta entre Dilma e Temer, vencida pelo peemedebista. O dólar deve cair, a Bolsa vai subir e haverá uma expectativa de melhoras no país. Daí que Michel Temer sabe que não pode decepcionar e precisa dizer a que veio logo no primeiro dia de governo. Vai entrar com toda equipe nova já montada e também com as principais medidas na área econômica e social preparadas. Nos cálculos do peemedebista, ele precisa mostrar logo no início de seu governo interino que tem mais condições de governar do que Dilma. E, com isto, sinalizar que não há nenhum espaço para um retorno da petista depois do julgamento no Senado, algo acalentado por seus aliados diante da fragilidade dos argumentos jurídicos do impeachment. A ideia é mostrar que Dilma é página virada na política brasileira, usar o capital político da vitória deste domingo para mostrar ao Congresso, mercado, empresariado e até trabalhadores que a vida vai, sim, melhorar sem a presidente petista. O PT prometem tentar atrapalhar os planos de Temer e infernizar sua vida. Só que o país pode estar cansado de tudo e, se sentir que a vida vai melhorar, isolar os petistas e dizer: segue a vida sem Dilma.
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Fotógrafa registra o dia de trabalho do Mickey na Disney; veja imagens
A fotógrafa Flávia Junqueira resolveu fazer um registro diferente em sua visita à Disney. Durante um dia inteiro, ela acompanhou o trabalho do Mickey Mouse: posar para fotos com turistas que aguardam em filas gigantescas pelo momento de encontrar o personagem. "As pessoas vão para a Disney porque estão de férias e querem se divertir, mas gastam tempo em muitas filas cansativas pelo parque", diz. "Quis inverter a ideia de férias registrando o trabalho envolvido nas fotos." O resultado foi um conjunto de cerca de 400 imagens que capturam diferentes reações do personagem e dos visitantes, que, segundo Junqueira, passavam em média apenas dois minutos com o Mickey –os horários em que as fotos foram tiradas estão indicados em cada imagem. Embora para os turistas o personagem sempre parecesse o mesmo, o ator era trocado em intervalos de 15 minutos. "Busquei retratar esse elemento da ficção que representa a festa e a felicidade em uma situação de trabalho. É uma maneira de desmistificar a ficção", encerra.
turismo
Fotógrafa registra o dia de trabalho do Mickey na Disney; veja imagensA fotógrafa Flávia Junqueira resolveu fazer um registro diferente em sua visita à Disney. Durante um dia inteiro, ela acompanhou o trabalho do Mickey Mouse: posar para fotos com turistas que aguardam em filas gigantescas pelo momento de encontrar o personagem. "As pessoas vão para a Disney porque estão de férias e querem se divertir, mas gastam tempo em muitas filas cansativas pelo parque", diz. "Quis inverter a ideia de férias registrando o trabalho envolvido nas fotos." O resultado foi um conjunto de cerca de 400 imagens que capturam diferentes reações do personagem e dos visitantes, que, segundo Junqueira, passavam em média apenas dois minutos com o Mickey –os horários em que as fotos foram tiradas estão indicados em cada imagem. Embora para os turistas o personagem sempre parecesse o mesmo, o ator era trocado em intervalos de 15 minutos. "Busquei retratar esse elemento da ficção que representa a festa e a felicidade em uma situação de trabalho. É uma maneira de desmistificar a ficção", encerra.
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Etiene é 1ª brasileira campeã mundial de natação em piscina olímpica
A pernambucana Etiene Medeiros, 26, conquistou nesta quarta-feira (27) a medalha de ouro nos 50 m costas no Mundial de Budapeste, na Hungria. É a primeira vez na história que uma nadadora do país conquista um título mundial em piscina longa (50 m). A vitória veio com a marca de 27s14, a melhor de sua carreira. Etiene bateu no placar somente um centésimo à frente de chinesa Yanhui Fu, que brigava pelo bicampeonato mundial. Aliaksandra Herasimenia, de Belarus, completou o pódio. Os 50 m costas não fazem parte da programação da natação nos Jogos Olímpicos. "Foi uma temporada diferente, estava relaxada desde o início do ano. Fiquei um pouco nervosa na hora, mas foi engraçado, que todas as nadadoras me desejavam boa sorte. Estou muito feliz! Foi por pouco, ela (chinesa) é uma ótima adversária. Muito obrigado mesmo", afirmou a nadadora em entrevista ao SporTV. No Mundial anterior, em Kazan-2015, ela já havia se tornado a primeira mulher do país a subir ao pódio, com uma prata na mesma prova. Em piscina curta (25 m), ela já detinha dois títulos mundiais, das edições de Doha (QAT), em 2014, e Windsor (CAN), em 2016. Ela também detém o recorde mundial da distância em piscina curta, com 25s67. "Foi um mega resultado para mim e para o Brasil. Minha família não está aqui, meu pai está na Bahia, mas a esposa do meu técnico e o filho deles vieram. E são minha família também. Muito feliz com meu técnico Fernando Vanzella poder me acompanhar nesse Mundial, ele é muito importante", complementou a medalhista, também ao SporTV. Etiene protagonizou uma polêmica no ano passado ao ser pega no antidoping com a substância fenoterol, um antiasmático que atua como broncodilatador. O fenoterol também estimula a produção do hormônio eritropoietina e de anabolizantes. Ela acabou absolvida por um tribunal e pôde participar dos Jogos Olímpicos do Rio, onde obteve como melhor resultado a final nos 50 m livre. Além do ouro de Etiene, a natação brasileira tem outras três medalhas em Budapeste, todas de prata: com o revezamento 4 x 100 m livre, Nicholas Santos nos 50 m borboleta e João Gomes Júnior nos 50 m peito. Nas provas de maratona aquática, Ana Marcela Cunha faturou um ouro (nos 25 km) e dois bronzes (nos 5 km e 10 km). NO QUASE Marcelo Chierighini, 26, terminou na quinta posição a final dos 100 m livre nesta quinta, com 48s11 –igualou sua melhor marca pessoal. O ouro ficou com o norte-americano Caeleb Dressel, que bateu o recorde de seu país com o tempo de 47s17. A prata ficou com outro american, Nathan Adrian, campeão olímpico da distância nos Jogos de Londres-2012, que cravou 47s87. O francês Mehdy Metella terminou com o bronze (47s89). Chierighini foi às finais dos 100 m livre nos Mundiais de Barcelona-2013, Kazan-2015 e agora em Budapeste. Ele também foi finalista nos Jogos Olímpicos do Rio. Porém, nunca conseguiu ir ao pódio. Entretanto, ele integrou o revezamento 4 x 100 m livre que conquistou a medalha de prata na Hungria, no último domingo (23).
esporte
Etiene é 1ª brasileira campeã mundial de natação em piscina olímpicaA pernambucana Etiene Medeiros, 26, conquistou nesta quarta-feira (27) a medalha de ouro nos 50 m costas no Mundial de Budapeste, na Hungria. É a primeira vez na história que uma nadadora do país conquista um título mundial em piscina longa (50 m). A vitória veio com a marca de 27s14, a melhor de sua carreira. Etiene bateu no placar somente um centésimo à frente de chinesa Yanhui Fu, que brigava pelo bicampeonato mundial. Aliaksandra Herasimenia, de Belarus, completou o pódio. Os 50 m costas não fazem parte da programação da natação nos Jogos Olímpicos. "Foi uma temporada diferente, estava relaxada desde o início do ano. Fiquei um pouco nervosa na hora, mas foi engraçado, que todas as nadadoras me desejavam boa sorte. Estou muito feliz! Foi por pouco, ela (chinesa) é uma ótima adversária. Muito obrigado mesmo", afirmou a nadadora em entrevista ao SporTV. No Mundial anterior, em Kazan-2015, ela já havia se tornado a primeira mulher do país a subir ao pódio, com uma prata na mesma prova. Em piscina curta (25 m), ela já detinha dois títulos mundiais, das edições de Doha (QAT), em 2014, e Windsor (CAN), em 2016. Ela também detém o recorde mundial da distância em piscina curta, com 25s67. "Foi um mega resultado para mim e para o Brasil. Minha família não está aqui, meu pai está na Bahia, mas a esposa do meu técnico e o filho deles vieram. E são minha família também. Muito feliz com meu técnico Fernando Vanzella poder me acompanhar nesse Mundial, ele é muito importante", complementou a medalhista, também ao SporTV. Etiene protagonizou uma polêmica no ano passado ao ser pega no antidoping com a substância fenoterol, um antiasmático que atua como broncodilatador. O fenoterol também estimula a produção do hormônio eritropoietina e de anabolizantes. Ela acabou absolvida por um tribunal e pôde participar dos Jogos Olímpicos do Rio, onde obteve como melhor resultado a final nos 50 m livre. Além do ouro de Etiene, a natação brasileira tem outras três medalhas em Budapeste, todas de prata: com o revezamento 4 x 100 m livre, Nicholas Santos nos 50 m borboleta e João Gomes Júnior nos 50 m peito. Nas provas de maratona aquática, Ana Marcela Cunha faturou um ouro (nos 25 km) e dois bronzes (nos 5 km e 10 km). NO QUASE Marcelo Chierighini, 26, terminou na quinta posição a final dos 100 m livre nesta quinta, com 48s11 –igualou sua melhor marca pessoal. O ouro ficou com o norte-americano Caeleb Dressel, que bateu o recorde de seu país com o tempo de 47s17. A prata ficou com outro american, Nathan Adrian, campeão olímpico da distância nos Jogos de Londres-2012, que cravou 47s87. O francês Mehdy Metella terminou com o bronze (47s89). Chierighini foi às finais dos 100 m livre nos Mundiais de Barcelona-2013, Kazan-2015 e agora em Budapeste. Ele também foi finalista nos Jogos Olímpicos do Rio. Porém, nunca conseguiu ir ao pódio. Entretanto, ele integrou o revezamento 4 x 100 m livre que conquistou a medalha de prata na Hungria, no último domingo (23).
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Muricy culpa federação por não lançar garotos da base do São Paulo
Apesar da vitória tranquila por 3 a 0 sobre o lanterna Marília, neste domingo (22), no Morumbi, o técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, voltou a reclamar do regulamento do Campeonato Paulista que permite a inscrição de somente 28 jogadores por clube. Para o treinador são-paulino, a regra estabelecida pela Federação Paulista para esta temporada tem prejudicado a escalação dos jovens formados nas categorias de base do time paulista, como planejava a diretoria e a comissão técnica. "É isso que lamentamos. Tenho certeza de que vocês são contra o regulamento. Era a oportunidade de lançar alguém. Eu não tinha lateral esquerdo aqui, mas tinha na base. Perderam a chance de ver alguém aparecer. Tinha um que treina sempre com a gente. Bloquearam isso", reclamou o comandante. "Não precisava ter mais profissional na lista, mas abrir para jogador da base, ser livre. Poderia ter posto mais três meninos do banco, meninos que eu conheço de treinar com a gente. O futebol perdeu uma oportunidade. É importante revelar para sobreviver. Infelizmente, isso está acontecendo. Vários times não conseguem revelar jogador por isso", apontou. Veja vídeo Devido ao baixo número de inscritos, Muricy Ramalho teve de sacrificar alguns atletas que poderiam descansar no jogo, como o zagueiro Lucão e o meia-atacante Centurión. Outros titulares, como Rafael Toloi e Denilson, foram ao Morumbi, mas ficaram somente no banco. Já Michel Bastos jogou alguns minutos na vaga do atacante Ewandro, enquanto os laterais Bruno e Carlinhos, Ganso e Luis Fabiano sequer foram relacionados para a partida. "De um time que não tem entrosamento, está bom demais. No primeiro tempo eu gostei de todo mundo. No segundo eu não gostei de ninguém. Até que foi legal o primeiro mesmo. E eu prefiro não falar de alguém especificamente, porque posso esquecer outros", finalizou. Com Lancepress
esporte
Muricy culpa federação por não lançar garotos da base do São PauloApesar da vitória tranquila por 3 a 0 sobre o lanterna Marília, neste domingo (22), no Morumbi, o técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, voltou a reclamar do regulamento do Campeonato Paulista que permite a inscrição de somente 28 jogadores por clube. Para o treinador são-paulino, a regra estabelecida pela Federação Paulista para esta temporada tem prejudicado a escalação dos jovens formados nas categorias de base do time paulista, como planejava a diretoria e a comissão técnica. "É isso que lamentamos. Tenho certeza de que vocês são contra o regulamento. Era a oportunidade de lançar alguém. Eu não tinha lateral esquerdo aqui, mas tinha na base. Perderam a chance de ver alguém aparecer. Tinha um que treina sempre com a gente. Bloquearam isso", reclamou o comandante. "Não precisava ter mais profissional na lista, mas abrir para jogador da base, ser livre. Poderia ter posto mais três meninos do banco, meninos que eu conheço de treinar com a gente. O futebol perdeu uma oportunidade. É importante revelar para sobreviver. Infelizmente, isso está acontecendo. Vários times não conseguem revelar jogador por isso", apontou. Veja vídeo Devido ao baixo número de inscritos, Muricy Ramalho teve de sacrificar alguns atletas que poderiam descansar no jogo, como o zagueiro Lucão e o meia-atacante Centurión. Outros titulares, como Rafael Toloi e Denilson, foram ao Morumbi, mas ficaram somente no banco. Já Michel Bastos jogou alguns minutos na vaga do atacante Ewandro, enquanto os laterais Bruno e Carlinhos, Ganso e Luis Fabiano sequer foram relacionados para a partida. "De um time que não tem entrosamento, está bom demais. No primeiro tempo eu gostei de todo mundo. No segundo eu não gostei de ninguém. Até que foi legal o primeiro mesmo. E eu prefiro não falar de alguém especificamente, porque posso esquecer outros", finalizou. Com Lancepress
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Bayern de Munique confirma contratação do chileno Vidal
O Bayern de Munique chegou a um acordo com a Juventus e confirmou nesta quinta-feira (23) a contratação do volante chileno Arturo Vidal. No começo de julho, o jogador foi campeão da Copa América pela seleção de seu país. "Posso confirmar que chegamos a um acordo com as duas partes, a Juventus e o jogador. O que falta são os exames médicos e a assinatura do contrato", disse o Karl Rummenigge, CEO do clube alemão. Vidal já atuou na Alemanha pelo Bayer Leverkusen por quatro temporadas até 2011. Na Itália, ele ganhou quatro Campeonatos Italianos pela Juventus e ajudou o time a chegar à final da Liga dos Campeões, etapa em que perderam para o Barcelona. O jogador de 28 anos vai se juntar a seus companheiros do Bayern no começo da próxima semana, disse Rummenigge. Vidal deve se tornar a segunda maior contratação do Bayern nesta janela de transferências. O brasileiro Douglas Costa foi anunciado no começo de julho.
esporte
Bayern de Munique confirma contratação do chileno VidalO Bayern de Munique chegou a um acordo com a Juventus e confirmou nesta quinta-feira (23) a contratação do volante chileno Arturo Vidal. No começo de julho, o jogador foi campeão da Copa América pela seleção de seu país. "Posso confirmar que chegamos a um acordo com as duas partes, a Juventus e o jogador. O que falta são os exames médicos e a assinatura do contrato", disse o Karl Rummenigge, CEO do clube alemão. Vidal já atuou na Alemanha pelo Bayer Leverkusen por quatro temporadas até 2011. Na Itália, ele ganhou quatro Campeonatos Italianos pela Juventus e ajudou o time a chegar à final da Liga dos Campeões, etapa em que perderam para o Barcelona. O jogador de 28 anos vai se juntar a seus companheiros do Bayern no começo da próxima semana, disse Rummenigge. Vidal deve se tornar a segunda maior contratação do Bayern nesta janela de transferências. O brasileiro Douglas Costa foi anunciado no começo de julho.
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Mortes: Um médico defensor do tratamento humanizado a bebês
A forma como recém-nascidos são tratados em hospitais indignava o pediatra Douglas Gomes. O que parecia óbvio precisava ser lembrado por ele com frequência: bebês também são pessoas e merecem atendimento digno. "Se hoje existe uma preocupação com o tratamento humanizado de recém-nascidos, devemos muito ao Douglas, que foi pioneiro na área aqui em São Paulo", lembra a amiga e colega de profissão Honorina de Almeida. Sua preocupação ia do bem estar da gestante até o cuidado para não medicar em excesso o bebê, passando por colocar mãe e filho em contato logo após o parto. Nascido em Natal, foi a atenção com o outro que encorajou Douglas a estudar medicina. Veio a São Paulo exercer a profissão nos anos 1990 e não saiu mais. Trabalhar na saúde pública era o que o motivava –chegou a fazer especializações na área na USP e na Unicamp. Começou a se dedicar mais ao atendimento privado por volta de 2006. No começo, mostrava-se preocupado em "não trair seus ideais", lembra Honorina. Depois, convenceu-se de que seu trabalho poderia ser importante para todos, fosse no setor público ou no setor privado. Não gostava de superficialidade e tinha relações intensas com qualquer um com quem se relacionasse, recorda a amiga, de familiares a pacientes atendidos. A proximidade era tamanha que os pais da criança que atendeu por último, cerca de três dias antes de morrer, foram ao seu velório. Morreu no último dia 18, em São Paulo. Ele deixa a mãe, uma irmã e amigos. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
cotidiano
Mortes: Um médico defensor do tratamento humanizado a bebêsA forma como recém-nascidos são tratados em hospitais indignava o pediatra Douglas Gomes. O que parecia óbvio precisava ser lembrado por ele com frequência: bebês também são pessoas e merecem atendimento digno. "Se hoje existe uma preocupação com o tratamento humanizado de recém-nascidos, devemos muito ao Douglas, que foi pioneiro na área aqui em São Paulo", lembra a amiga e colega de profissão Honorina de Almeida. Sua preocupação ia do bem estar da gestante até o cuidado para não medicar em excesso o bebê, passando por colocar mãe e filho em contato logo após o parto. Nascido em Natal, foi a atenção com o outro que encorajou Douglas a estudar medicina. Veio a São Paulo exercer a profissão nos anos 1990 e não saiu mais. Trabalhar na saúde pública era o que o motivava –chegou a fazer especializações na área na USP e na Unicamp. Começou a se dedicar mais ao atendimento privado por volta de 2006. No começo, mostrava-se preocupado em "não trair seus ideais", lembra Honorina. Depois, convenceu-se de que seu trabalho poderia ser importante para todos, fosse no setor público ou no setor privado. Não gostava de superficialidade e tinha relações intensas com qualquer um com quem se relacionasse, recorda a amiga, de familiares a pacientes atendidos. A proximidade era tamanha que os pais da criança que atendeu por último, cerca de três dias antes de morrer, foram ao seu velório. Morreu no último dia 18, em São Paulo. Ele deixa a mãe, uma irmã e amigos. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
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Mudanças na varanda ou janela do apartamento precisam de autorização
CAROLINA MUNIZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Por dentro de um prédio, nenhum apartamento é exatamente igual ao outro. Do lado de fora, porém, a unidade visual deve prevalecer –a despeito dos gostos e interesses de cada morador. De acordo com o Código Civil, os condôminos estão proibidos de "alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias externas". No entanto, a lei não especifica o que pode ou não ser feito nem deixa claro o que são essas "partes" externas. É aí que a confusão começa. Há quase sete anos, o engenheiro Roberto (nome fictício), 68, espera o desfecho de uma ação judicial movida contra ele pelo condomínio em que mora, no bairro da Bela Vista, na região central da capital paulista. Quando se mudou para o imóvel, comprado na planta, interligou a sala à varanda: fechou o espaço com vidro, retirou a porta divisória e nivelou o piso dos dois ambientes. A mudança, porém, não passou despercebida. Em assembleia, o modelo de envidraçamento foi aprovado pelos moradores, mas ficou decidido que Roberto deveria devolver à sacada sua configuração original. "Me senti invadido", diz. Segundo ele, a obra teve a supervisão de um arquiteto e nunca ofereceu nenhum dano estético ou estrutural ao edifício. "Desde o início, a síndica agiu com truculência, enviando multas. Não houve diálogo", conta. No caso da fotógrafa Cristina Bonato, 29, que mora em um condomínio no Ipiranga (zona sul de São Paulo), uma conversa com o síndico bastou para convencê-la a reinstalar redes de proteção nas janelas. Ela tinha colocado a tela para fora do batente –deveria ser para dentro. "Não fiz por má-fé, não sabia que existia um padrão a ser seguido", afirma. Para o síndico, André Fernandes, 43, padronização é a palavra de ordem. Ele também já pediu para outros moradores retirarem diversos objetos da varanda, como varais de roupa, vasos de plantas e gaiolas de pássaros. "O aspecto visual compromete o valor do imóvel. Se abro uma exceção, dou margem para que cada um faça de um jeito", avalia. DENTRO DO PADRÃO Pintar a parede externa de uma cor diferente, mesmo que dentro da sacada, ou trocar materiais de acabamento, alterando o projeto arquitetônico, é terminantemente proibido, de acordo com especialistas. "Desde que não vá contra a lei, a assembleia é soberana para regular sobre o uso de janelas e varandas", diz Fábio Kurbhi, vice-presidente da AABIC (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios). Em geral, é possível aprovar o fechamento da sacada com vidro transparente por maioria simples, estabelecendo um modelo, explica o advogado Rodrigo Karpat, especialista em condomínios. Feito isso, deve-se decidir sobre a instalação de cortinas, retirada de portas e nivelamento de piso –o que ainda requer um laudo técnico para avaliar possíveis danos à estrutura do prédio. Quem não seguir o padrão corre o risco de ter que voltar atrás. "Ao comprar um apartamento, automaticamente ganhamos vários sócios, que podem exigir uma correção", diz Hubert Gebara, engenheiro civil e membro do Secovi-SP (sindicato do setor). Segundo ele, o melhor mesmo é consultar a assembleia antes de fazer qualquer modificação no imóvel. Do outro lado, o síndico também deve agir com bom senso. "Sempre que possível, deve-se evitar ações judiciais, que são custosas e morosas e ainda tiram a paz do condomínio", afirma Karpat. BELEZA INTERIOR Fachada não é só do lado de fora. Dentro do prédio, nos corredores dos apartamentos, a padronização também deve reinar. Para fazer alterações nesses espaços, em primeiro lugar é preciso haver consenso entre os moradores de um mesmo andar. Se um deles quiser trocar o modelo ou a cor da porta, mas os vizinhos não concordarem com a mudança, o assunto se encerra ali. "Se um discordar, já não pode", diz o engenheiro civil Hubert Gebara, membro do Secovi-SP (sindicato do setor). Porém, se naquele andar houver um desejo comum de mudança da decoração, o passo seguinte é submeter o projeto –que deve respeitar as normas de incêndio– à avaliação da assembleia. No caso de edifícios com um apartamento por andar, a aprovação também é necessária. A tendência é que a alteração seja autorizada porque é um espaço privativo. "A vida em condomínio impõe determinadas normas. Não dá para agir como se você morasse em uma casa", afirma Gebara. * RELACIONAMENTO DE FACHADA Conheça as regras para modificações no lado externo do condomínio 1. REVESTIMENTO É proibido mudar qualquer material do acabamento ou a cor da parede externa, mesmo que dentro da sacada 2. ILUMINAÇÃO Condomínios mais detalhistas podem vetar alterações na cor das lâmpadas ou na posição dos spots no teto da varanda 3. PLANTAS Vasos colocados acima do peitoril podem gerar problemas, seja por razões estéticas ou de segurança 4. PROTEÇÃO Redes são permitidas, mas devem seguir um mesmo padrão e ser instaladas sempre para dentro do batente. Grades precisam de aprovação em assembleia 5. VIDRO Fechar a sacada requer aval da maioria dos moradores. Deve-se estabelecer um modelo. O mesmo serve para a colocação de cortinas 6. AMPLIAÇÃO Para retirar a porta divisória da sala e nivelar o piso da sacada, é preciso autorização em assembleia e laudo técnico 7. REFRIGERAÇÃO A assembleia deve decidir sobre a instalação de ar-condicionado. Além da parte estética, questões elétricas devem ser avaliadas 8. ROUPAS A maioria dos condomínios não permite pendurar objetos para fora do prédio nem instalar varais na sacada
sobretudo
Mudanças na varanda ou janela do apartamento precisam de autorização CAROLINA MUNIZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Por dentro de um prédio, nenhum apartamento é exatamente igual ao outro. Do lado de fora, porém, a unidade visual deve prevalecer –a despeito dos gostos e interesses de cada morador. De acordo com o Código Civil, os condôminos estão proibidos de "alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias externas". No entanto, a lei não especifica o que pode ou não ser feito nem deixa claro o que são essas "partes" externas. É aí que a confusão começa. Há quase sete anos, o engenheiro Roberto (nome fictício), 68, espera o desfecho de uma ação judicial movida contra ele pelo condomínio em que mora, no bairro da Bela Vista, na região central da capital paulista. Quando se mudou para o imóvel, comprado na planta, interligou a sala à varanda: fechou o espaço com vidro, retirou a porta divisória e nivelou o piso dos dois ambientes. A mudança, porém, não passou despercebida. Em assembleia, o modelo de envidraçamento foi aprovado pelos moradores, mas ficou decidido que Roberto deveria devolver à sacada sua configuração original. "Me senti invadido", diz. Segundo ele, a obra teve a supervisão de um arquiteto e nunca ofereceu nenhum dano estético ou estrutural ao edifício. "Desde o início, a síndica agiu com truculência, enviando multas. Não houve diálogo", conta. No caso da fotógrafa Cristina Bonato, 29, que mora em um condomínio no Ipiranga (zona sul de São Paulo), uma conversa com o síndico bastou para convencê-la a reinstalar redes de proteção nas janelas. Ela tinha colocado a tela para fora do batente –deveria ser para dentro. "Não fiz por má-fé, não sabia que existia um padrão a ser seguido", afirma. Para o síndico, André Fernandes, 43, padronização é a palavra de ordem. Ele também já pediu para outros moradores retirarem diversos objetos da varanda, como varais de roupa, vasos de plantas e gaiolas de pássaros. "O aspecto visual compromete o valor do imóvel. Se abro uma exceção, dou margem para que cada um faça de um jeito", avalia. DENTRO DO PADRÃO Pintar a parede externa de uma cor diferente, mesmo que dentro da sacada, ou trocar materiais de acabamento, alterando o projeto arquitetônico, é terminantemente proibido, de acordo com especialistas. "Desde que não vá contra a lei, a assembleia é soberana para regular sobre o uso de janelas e varandas", diz Fábio Kurbhi, vice-presidente da AABIC (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios). Em geral, é possível aprovar o fechamento da sacada com vidro transparente por maioria simples, estabelecendo um modelo, explica o advogado Rodrigo Karpat, especialista em condomínios. Feito isso, deve-se decidir sobre a instalação de cortinas, retirada de portas e nivelamento de piso –o que ainda requer um laudo técnico para avaliar possíveis danos à estrutura do prédio. Quem não seguir o padrão corre o risco de ter que voltar atrás. "Ao comprar um apartamento, automaticamente ganhamos vários sócios, que podem exigir uma correção", diz Hubert Gebara, engenheiro civil e membro do Secovi-SP (sindicato do setor). Segundo ele, o melhor mesmo é consultar a assembleia antes de fazer qualquer modificação no imóvel. Do outro lado, o síndico também deve agir com bom senso. "Sempre que possível, deve-se evitar ações judiciais, que são custosas e morosas e ainda tiram a paz do condomínio", afirma Karpat. BELEZA INTERIOR Fachada não é só do lado de fora. Dentro do prédio, nos corredores dos apartamentos, a padronização também deve reinar. Para fazer alterações nesses espaços, em primeiro lugar é preciso haver consenso entre os moradores de um mesmo andar. Se um deles quiser trocar o modelo ou a cor da porta, mas os vizinhos não concordarem com a mudança, o assunto se encerra ali. "Se um discordar, já não pode", diz o engenheiro civil Hubert Gebara, membro do Secovi-SP (sindicato do setor). Porém, se naquele andar houver um desejo comum de mudança da decoração, o passo seguinte é submeter o projeto –que deve respeitar as normas de incêndio– à avaliação da assembleia. No caso de edifícios com um apartamento por andar, a aprovação também é necessária. A tendência é que a alteração seja autorizada porque é um espaço privativo. "A vida em condomínio impõe determinadas normas. Não dá para agir como se você morasse em uma casa", afirma Gebara. * RELACIONAMENTO DE FACHADA Conheça as regras para modificações no lado externo do condomínio 1. REVESTIMENTO É proibido mudar qualquer material do acabamento ou a cor da parede externa, mesmo que dentro da sacada 2. ILUMINAÇÃO Condomínios mais detalhistas podem vetar alterações na cor das lâmpadas ou na posição dos spots no teto da varanda 3. PLANTAS Vasos colocados acima do peitoril podem gerar problemas, seja por razões estéticas ou de segurança 4. PROTEÇÃO Redes são permitidas, mas devem seguir um mesmo padrão e ser instaladas sempre para dentro do batente. Grades precisam de aprovação em assembleia 5. VIDRO Fechar a sacada requer aval da maioria dos moradores. Deve-se estabelecer um modelo. O mesmo serve para a colocação de cortinas 6. AMPLIAÇÃO Para retirar a porta divisória da sala e nivelar o piso da sacada, é preciso autorização em assembleia e laudo técnico 7. REFRIGERAÇÃO A assembleia deve decidir sobre a instalação de ar-condicionado. Além da parte estética, questões elétricas devem ser avaliadas 8. ROUPAS A maioria dos condomínios não permite pendurar objetos para fora do prédio nem instalar varais na sacada
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Fim de doações de empresas diminui custos e renovação
A proibição de doações empresariais a campanhas, decidida pelo STF (Supremo Tribunal Federal) nesta semana, deve diminuir o custo das campanhas, mas também pode diminuir a capacidade de renovação. Novos candidatos terão dificuldade em arrecadar de pessoas físicas. Com o fim do dinheiro de empresas nas campanhas eleitorais, os partidos serão forçados a realizar campanhas mais modestas. "A gente pode voltar a um padrão TV Tupi", resume o cientista político Jairo Nicolau, professor da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Ele se refere aos gastos com programas de televisão, um dos principais custos de campanhas eleitorais. Nos últimos pleitos, os gastos das corridas vinham aumentando sistematicamente. "Os gastos vinham crescendo não porque os custos cresceram, mas porque os intermediários perceberam que podem ganhar dinheiro", afirma o marqueteiro Chico Malfitani, que participou de diversas campanhas do PT. No ano passado, a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff custou, de acordo com os dados repassados ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), R$ 318 milhões –valor 13% superior, descontada a inflação, do gasto por ela na campanha de 2010. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), principal adversário da petista, declarou ter gasto R$ 217 milhões em sua campanha ao Planalto. Uma diminuição de custos, independentemente da decisão do STF, era esperada, afirma o cientista político Luiz Felipe Miguel, professor da UnB. "Já era previsível, por causa dos escândalos", defende Miguel. "O Brasil mudou. Há muitos empresários que não querem participar [de campanhas políticas], que cansaram de ser achacados", afirma Nicolau. O corte de gastos, entretanto, não significa que os partidos deixarão de realizar caixa dois de campanha. "Os ratos sempre vão encontrar um caminho", afirma Malfitani. "Nenhum sistema é ideal, existem sempre custos e benefícios", diz o cientista político Carlos Pereira, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) no Rio de Janeiro. RENOVAÇÃO Se o fim das doações empresariais de campanha pode ajudar a diminuir os custos de campanha, a renovação de partidos e candidatos pode ser prejudicada pela medida, segundo os especialistas entrevistados. "É difícil para um candidato novo arrecadar de muitas pessoas [físicas]", justifica Pereira. "Esse é um grande risco de um financiamento 100% público, por exemplo", conclui. "Os partidos que são mais estruturados, que têm uma máquina mais organizada, tendem a se sair melhor." Desse modo, partidos e candidatos ligados a grupos sociais –como igrejas ou movimentos sociais organizados, por exemplo– tendem a ter mais facilidade para arrecadar de pessoas físicas. "Se fosse em outro momento da história brasileira, eu diria que o partido mais beneficiado seria o PT", diz Luiz Felipe Miguel. Ele ressalva que, em meio aos escândalos de corrupção dos últimos anos, é improvável que a sigla se destaque nesse sentido. Os cientistas políticos também argumentam que a proibição só é efetiva caso seja acompanhada de um teto absoluto –e não definido a partir de renda familiar– de doações a pessoas físicas. Nicolau cita o caso da França, que aboliu as doações de empresas e tem um limite de doações relativamente baixo. Evolução das receitas eleitorais (em R$ bilhões) Maiores financiadoras em 2014 (em R$ milhões) Divisão das despesas por partido em 2014 (em R$ milhões) Principais gastos das campanhas em 2014 (em R$ milhões) Como é no mundo
poder
Fim de doações de empresas diminui custos e renovaçãoA proibição de doações empresariais a campanhas, decidida pelo STF (Supremo Tribunal Federal) nesta semana, deve diminuir o custo das campanhas, mas também pode diminuir a capacidade de renovação. Novos candidatos terão dificuldade em arrecadar de pessoas físicas. Com o fim do dinheiro de empresas nas campanhas eleitorais, os partidos serão forçados a realizar campanhas mais modestas. "A gente pode voltar a um padrão TV Tupi", resume o cientista político Jairo Nicolau, professor da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Ele se refere aos gastos com programas de televisão, um dos principais custos de campanhas eleitorais. Nos últimos pleitos, os gastos das corridas vinham aumentando sistematicamente. "Os gastos vinham crescendo não porque os custos cresceram, mas porque os intermediários perceberam que podem ganhar dinheiro", afirma o marqueteiro Chico Malfitani, que participou de diversas campanhas do PT. No ano passado, a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff custou, de acordo com os dados repassados ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), R$ 318 milhões –valor 13% superior, descontada a inflação, do gasto por ela na campanha de 2010. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), principal adversário da petista, declarou ter gasto R$ 217 milhões em sua campanha ao Planalto. Uma diminuição de custos, independentemente da decisão do STF, era esperada, afirma o cientista político Luiz Felipe Miguel, professor da UnB. "Já era previsível, por causa dos escândalos", defende Miguel. "O Brasil mudou. Há muitos empresários que não querem participar [de campanhas políticas], que cansaram de ser achacados", afirma Nicolau. O corte de gastos, entretanto, não significa que os partidos deixarão de realizar caixa dois de campanha. "Os ratos sempre vão encontrar um caminho", afirma Malfitani. "Nenhum sistema é ideal, existem sempre custos e benefícios", diz o cientista político Carlos Pereira, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) no Rio de Janeiro. RENOVAÇÃO Se o fim das doações empresariais de campanha pode ajudar a diminuir os custos de campanha, a renovação de partidos e candidatos pode ser prejudicada pela medida, segundo os especialistas entrevistados. "É difícil para um candidato novo arrecadar de muitas pessoas [físicas]", justifica Pereira. "Esse é um grande risco de um financiamento 100% público, por exemplo", conclui. "Os partidos que são mais estruturados, que têm uma máquina mais organizada, tendem a se sair melhor." Desse modo, partidos e candidatos ligados a grupos sociais –como igrejas ou movimentos sociais organizados, por exemplo– tendem a ter mais facilidade para arrecadar de pessoas físicas. "Se fosse em outro momento da história brasileira, eu diria que o partido mais beneficiado seria o PT", diz Luiz Felipe Miguel. Ele ressalva que, em meio aos escândalos de corrupção dos últimos anos, é improvável que a sigla se destaque nesse sentido. Os cientistas políticos também argumentam que a proibição só é efetiva caso seja acompanhada de um teto absoluto –e não definido a partir de renda familiar– de doações a pessoas físicas. Nicolau cita o caso da França, que aboliu as doações de empresas e tem um limite de doações relativamente baixo. Evolução das receitas eleitorais (em R$ bilhões) Maiores financiadoras em 2014 (em R$ milhões) Divisão das despesas por partido em 2014 (em R$ milhões) Principais gastos das campanhas em 2014 (em R$ milhões) Como é no mundo
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Presidente do STJ negociou para libertar réus da Lava Jato, diz Delcídio
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) afirmou que o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Francisco Falcão, negociou a indicação de novo ministro no tribunal em troca de controlar a maioria do colegiado que julga casos da Lava Jato. A informação consta no termo de delação premiada do senador, homologada nesta terça (15) pelo ministro Teori Zavaski. Em depoimento de dez páginas, Delcídio dá detalhes de como a presidente Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo (então ministro da Justiça) e Falcão articularam para indicar Marcelo Navarro a uma vaga de ministro do STJ no ano passado. O objetivo, diz o senador, era que Navarro assumisse a relatoria da Lava Jato na 5ª Turma do tribunal (formada por cinco ministros) e liberasse presos da investigação, entre eles Marcelo Odebrecht. Segundo o depoimento de Delcídio, "ao longo das tratativas, inclusive, Francisco Falcão disse a José Eduardo Cardozo que, com essa indicação, poderia garantir a maioria na turma, ou seja, se conseguissem um relator, Falcão poderia controlar o posicionamento da turma; que o depoente tinha contato com Navarro, mas o contato de Eduardo Cardozo neste tema era com Falcão". Navarro acabou nomeado ao STJ. Trechos da delação de Delcídio sobre este episódio já tinham vindo à tona por meio da revista "IstoÉ", inclusive a história de que Dilma teria pedido pessoalmente ao senador para conversar com Navarro sobre sua escolha em troca de "compromissos". Na época, o ministro do STJ e o presidente do tribunal negaram qualquer envolvimento numa articulação com o governo em torno da Lava Jato. Agora, com a abertura do sigilo da delação de Delcídio, mais detalhes aparecem da versão dada por ele. Segundo o senador, Navarro reconheceu que, para ser indicado ao STJ, deveria assumir o tal "compromisso". "O senhor sabe o compromisso que tem, em sendo ministro do STJ, na relatoria", disse Delcídio, em conversa com Navarro numa sala do Palácio do Planalto, de acordo com o depoimento. "Eu tenho ciência disso, não tenho medo dos desafios e eu não tenho medo da imprensa", respondeu Navarro, segundo o documento. Delcídio acrescentou: "Navarro já estava, inclusive 'pautado', e sabia do 'compromisso' que existia e o depoente tem certeza que foi Francisco Falcão quem passou este compromisso a ele; que Falcão era quem afiançava o nome de Marcelo Navarro". Segundo o senador, Navarro era 'muito ligado" ao presidente do STJ. "Falcão é de Pernambuco, onde Navarro era desembargador e o depoente sabe que ambos eram muito próximos e tinham intimidade".
poder
Presidente do STJ negociou para libertar réus da Lava Jato, diz DelcídioO senador Delcídio do Amaral (PT-MS) afirmou que o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Francisco Falcão, negociou a indicação de novo ministro no tribunal em troca de controlar a maioria do colegiado que julga casos da Lava Jato. A informação consta no termo de delação premiada do senador, homologada nesta terça (15) pelo ministro Teori Zavaski. Em depoimento de dez páginas, Delcídio dá detalhes de como a presidente Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo (então ministro da Justiça) e Falcão articularam para indicar Marcelo Navarro a uma vaga de ministro do STJ no ano passado. O objetivo, diz o senador, era que Navarro assumisse a relatoria da Lava Jato na 5ª Turma do tribunal (formada por cinco ministros) e liberasse presos da investigação, entre eles Marcelo Odebrecht. Segundo o depoimento de Delcídio, "ao longo das tratativas, inclusive, Francisco Falcão disse a José Eduardo Cardozo que, com essa indicação, poderia garantir a maioria na turma, ou seja, se conseguissem um relator, Falcão poderia controlar o posicionamento da turma; que o depoente tinha contato com Navarro, mas o contato de Eduardo Cardozo neste tema era com Falcão". Navarro acabou nomeado ao STJ. Trechos da delação de Delcídio sobre este episódio já tinham vindo à tona por meio da revista "IstoÉ", inclusive a história de que Dilma teria pedido pessoalmente ao senador para conversar com Navarro sobre sua escolha em troca de "compromissos". Na época, o ministro do STJ e o presidente do tribunal negaram qualquer envolvimento numa articulação com o governo em torno da Lava Jato. Agora, com a abertura do sigilo da delação de Delcídio, mais detalhes aparecem da versão dada por ele. Segundo o senador, Navarro reconheceu que, para ser indicado ao STJ, deveria assumir o tal "compromisso". "O senhor sabe o compromisso que tem, em sendo ministro do STJ, na relatoria", disse Delcídio, em conversa com Navarro numa sala do Palácio do Planalto, de acordo com o depoimento. "Eu tenho ciência disso, não tenho medo dos desafios e eu não tenho medo da imprensa", respondeu Navarro, segundo o documento. Delcídio acrescentou: "Navarro já estava, inclusive 'pautado', e sabia do 'compromisso' que existia e o depoente tem certeza que foi Francisco Falcão quem passou este compromisso a ele; que Falcão era quem afiançava o nome de Marcelo Navarro". Segundo o senador, Navarro era 'muito ligado" ao presidente do STJ. "Falcão é de Pernambuco, onde Navarro era desembargador e o depoente sabe que ambos eram muito próximos e tinham intimidade".
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Justiça eleitoral propõe 'RG único e inteligente'
Em alguns anos, cada brasileiro terá um cartão inteligente com um número de identificação que reunirá, ao mesmo tempo, dados como RG, CPF, título de eleitor e até antecedentes criminais. O documento único está previsto em projeto de lei elaborado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que será encaminhado pela presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira (28) ao Congresso Nacional. A Folha teve acesso à minuta da proposta. Ela cria o RCN (Registro Civil Nacional), documento que identifica o cidadão nato ou naturalizado a partir de suas digitais e biometria facial (mapeamento da geometria do rosto e das proporções da face). O recurso tecnológico deverá eliminar a possibilidade de emissão de múltiplas carteiras de identidade, conforme a Folha revelou em reportagem de outubro de 2013. Previsto em lei desde 1997 para corrigir essa falha, um cadastro nacional de identidades, que deveria armazenar eletronicamente dados de todas as pessoas, nunca saiu do papel, embora tenha sido anunciado pelo ex-presidente Lula em dezembro de 2010. "Com o RCN, uma pessoa não poderá mais se passar por outra", disse o presidente do TSE, José Antonio Dias Toffoli. "Haverá maior segurança, pois impede que pessoas tenham cinco, seis, 10 identidades. Evita fraudes nos benefícios como Previdência Social, Bolsa Família, FGTS e na própria Receita Federal", acrescentou o ministro. Hoje, como as secretarias de Segurança Pública são autônomas e não se comunicam, um cidadão pode tirar até 27 RGs usando sua própria certidão de nascimento. Para começar a valer, o projeto de lei precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional. A regra passa a valer assim que a lei for regulamentada, o que pode ocorrer ainda este ano. CARTÃO COM CHIP A cédula de identidade inteligente, com uso de chip, poderá, no futuro, incluir dados biográficos dos mais variados, como multas de trânsitos e condenações da Justiça. "A adoção do registro economizará bilhões. Hoje, só as fraudes no sistema financeiro por pessoas que se passam por outras é em torno de R$ 2 bilhões", diz Toffoli. No passado, o Ministério da Justiça havia feito uma tentativa de criar o RIC, Registro de Identidade do Cidadão, mas a iniciativa não foi adiante por dificuldade do Estado brasileiro de unificar diferentes bancos de dados. Mas, como a Justiça Eleitoral já está coletando informações biométricas dos eleitores (o que já fez com 24,5 milhões de brasileiros), o governo pegará carona na iniciativa e no orçamento do TSE. Nos próximos anos, todos os 142 milhões de eleitores terão suas digitais guardadas em um único banco de dados. O RCN, portanto, sairá daí. O custo dessa operação é de menos de R$ 10 por eleitor. Se aprovado por deputados e senadores, o RCN terá validade em todo o território nacional. A ideia é que tudo o que se passar na vida burocrática do cidadão seja armazenada nesse registro. Com os dados biométricos, fica difícil haver duplicidade de cadastros no sistema da Justiça Eleitoral. Um programa específico faz o chamado "batimento" de digitais antes de aprovar a inclusão de uma pessoa.
cotidiano
Justiça eleitoral propõe 'RG único e inteligente'Em alguns anos, cada brasileiro terá um cartão inteligente com um número de identificação que reunirá, ao mesmo tempo, dados como RG, CPF, título de eleitor e até antecedentes criminais. O documento único está previsto em projeto de lei elaborado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que será encaminhado pela presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira (28) ao Congresso Nacional. A Folha teve acesso à minuta da proposta. Ela cria o RCN (Registro Civil Nacional), documento que identifica o cidadão nato ou naturalizado a partir de suas digitais e biometria facial (mapeamento da geometria do rosto e das proporções da face). O recurso tecnológico deverá eliminar a possibilidade de emissão de múltiplas carteiras de identidade, conforme a Folha revelou em reportagem de outubro de 2013. Previsto em lei desde 1997 para corrigir essa falha, um cadastro nacional de identidades, que deveria armazenar eletronicamente dados de todas as pessoas, nunca saiu do papel, embora tenha sido anunciado pelo ex-presidente Lula em dezembro de 2010. "Com o RCN, uma pessoa não poderá mais se passar por outra", disse o presidente do TSE, José Antonio Dias Toffoli. "Haverá maior segurança, pois impede que pessoas tenham cinco, seis, 10 identidades. Evita fraudes nos benefícios como Previdência Social, Bolsa Família, FGTS e na própria Receita Federal", acrescentou o ministro. Hoje, como as secretarias de Segurança Pública são autônomas e não se comunicam, um cidadão pode tirar até 27 RGs usando sua própria certidão de nascimento. Para começar a valer, o projeto de lei precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional. A regra passa a valer assim que a lei for regulamentada, o que pode ocorrer ainda este ano. CARTÃO COM CHIP A cédula de identidade inteligente, com uso de chip, poderá, no futuro, incluir dados biográficos dos mais variados, como multas de trânsitos e condenações da Justiça. "A adoção do registro economizará bilhões. Hoje, só as fraudes no sistema financeiro por pessoas que se passam por outras é em torno de R$ 2 bilhões", diz Toffoli. No passado, o Ministério da Justiça havia feito uma tentativa de criar o RIC, Registro de Identidade do Cidadão, mas a iniciativa não foi adiante por dificuldade do Estado brasileiro de unificar diferentes bancos de dados. Mas, como a Justiça Eleitoral já está coletando informações biométricas dos eleitores (o que já fez com 24,5 milhões de brasileiros), o governo pegará carona na iniciativa e no orçamento do TSE. Nos próximos anos, todos os 142 milhões de eleitores terão suas digitais guardadas em um único banco de dados. O RCN, portanto, sairá daí. O custo dessa operação é de menos de R$ 10 por eleitor. Se aprovado por deputados e senadores, o RCN terá validade em todo o território nacional. A ideia é que tudo o que se passar na vida burocrática do cidadão seja armazenada nesse registro. Com os dados biométricos, fica difícil haver duplicidade de cadastros no sistema da Justiça Eleitoral. Um programa específico faz o chamado "batimento" de digitais antes de aprovar a inclusão de uma pessoa.
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Vídeo 360º mostra cotidiano de aldeia indígena na periferia de Manaus
Na periferia de Manaus, os índios da aldeia caruara lutam pela preservação de sua cultura e dos rios locais. "As gerações de índios que nascem nas cidades deixam desvalorizar a cultura", diz o cacique Val Kokama. "O índio é o coração da floresta." Entre os costumes milenares do povo está a pesca do jaraqui –peixe que, como lembra o cacique, traz na cauda as cores amarela e negra do encontro dos rios Negro e Solimões. "O sangue dos meus antepassados corre nesse rio", diz Val Kokama. O vídeo "Jaraqui", que mostra cenas do cotidiano dos caruara em 360º, tem codireção de Eric Bergeri e Carolina Fernandes e é desenvolvido em parceria de Emotion 360 e Banksia. A produção pode ser visto no player acima ou no app Folha 360º. Lançado em março de 2017, ele é um aplicativo grátis de realidade virtual. A chamada VR (do inglês "virtual reality") permite que o espectador tenha uma experiência interativa ao acompanhar as imagens com os olhos do câmera, em 360º. Uma vez dentro do aplicativo, que permite uma interação maior com o vídeo acima, é possível explorar as imagens de duas maneiras. Com os óculos de realidade virtual, o que amplia a sensação de imersão, e na tela do celular (basta fazer o download). Também é possível acessar uma versão mais leve, disponível no YouTube. O leitor também poderá acessar outros vídeos em 360º produzidos pela Folha: um tour pela Antártida, onde cientistas brasileiros reconstroem a Estação Comandante Ferraz, uma volta na pista do autódromo de Interlagos, passeios pela Baía de Guanabara e ao Cristo Redentor e a exploração de uma rara casa modernista no Pacaembu. Para baixar o app, desenvolvido em parceria com a Beenoculus, basta fazer o download do Folha 360º na loja Google Play (usuários de aparelhos com Android que tenham sensor giroscópio) ou na App Store (usuário da Apple, com modelos de iPhone a partir do 5C). - REALIDADE VIRTUAL COM OS ÓCULOS > A experiência é mais rica com o uso de óculos especialmente desenvolvidos para o 360º > Eles interagem em sincronia com o movimento da cabeça e a imagem acompanha o movimento do usuário > A maioria dos óculos existentes no mercado tem um compartimento para inserir o celular > Eles podem ser feitos de plástico ou de papelão > Uma vez com os óculos, a sugestão é sentar numa cadeira giratória para usufruir melhor da experiência - SÓ COM O CELULAR > Também dá para assistir aos vídeos somente com o uso do celular. Dessa maneira, a imersão não é tão completa, mas ainda é possível interagir com a cena movimentando o aparelho em todas as direções
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Vídeo 360º mostra cotidiano de aldeia indígena na periferia de ManausNa periferia de Manaus, os índios da aldeia caruara lutam pela preservação de sua cultura e dos rios locais. "As gerações de índios que nascem nas cidades deixam desvalorizar a cultura", diz o cacique Val Kokama. "O índio é o coração da floresta." Entre os costumes milenares do povo está a pesca do jaraqui –peixe que, como lembra o cacique, traz na cauda as cores amarela e negra do encontro dos rios Negro e Solimões. "O sangue dos meus antepassados corre nesse rio", diz Val Kokama. O vídeo "Jaraqui", que mostra cenas do cotidiano dos caruara em 360º, tem codireção de Eric Bergeri e Carolina Fernandes e é desenvolvido em parceria de Emotion 360 e Banksia. A produção pode ser visto no player acima ou no app Folha 360º. Lançado em março de 2017, ele é um aplicativo grátis de realidade virtual. A chamada VR (do inglês "virtual reality") permite que o espectador tenha uma experiência interativa ao acompanhar as imagens com os olhos do câmera, em 360º. Uma vez dentro do aplicativo, que permite uma interação maior com o vídeo acima, é possível explorar as imagens de duas maneiras. Com os óculos de realidade virtual, o que amplia a sensação de imersão, e na tela do celular (basta fazer o download). Também é possível acessar uma versão mais leve, disponível no YouTube. O leitor também poderá acessar outros vídeos em 360º produzidos pela Folha: um tour pela Antártida, onde cientistas brasileiros reconstroem a Estação Comandante Ferraz, uma volta na pista do autódromo de Interlagos, passeios pela Baía de Guanabara e ao Cristo Redentor e a exploração de uma rara casa modernista no Pacaembu. Para baixar o app, desenvolvido em parceria com a Beenoculus, basta fazer o download do Folha 360º na loja Google Play (usuários de aparelhos com Android que tenham sensor giroscópio) ou na App Store (usuário da Apple, com modelos de iPhone a partir do 5C). - REALIDADE VIRTUAL COM OS ÓCULOS > A experiência é mais rica com o uso de óculos especialmente desenvolvidos para o 360º > Eles interagem em sincronia com o movimento da cabeça e a imagem acompanha o movimento do usuário > A maioria dos óculos existentes no mercado tem um compartimento para inserir o celular > Eles podem ser feitos de plástico ou de papelão > Uma vez com os óculos, a sugestão é sentar numa cadeira giratória para usufruir melhor da experiência - SÓ COM O CELULAR > Também dá para assistir aos vídeos somente com o uso do celular. Dessa maneira, a imersão não é tão completa, mas ainda é possível interagir com a cena movimentando o aparelho em todas as direções
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Leitores comentam coluna sobre maioridade penal
Oportuno o artigo Ódio de gente grande, de Luiz Fernando Vianna. A maioridade penal é erradamente vista como a solução para redução da violência, quando as estatísticas mostram que os adolescentes são muito mais vítimas do que autores de delitos. Tirá-los do alcance dos olhos parece ser um desejo da grande maioria da sociedade, mas é preciso lembrar que esses adolescentes, na grande maioria pobres e negros, sofreram o descaso da família e do Estado. INES VIEIRA LOPES PIRES, cientista social (Campinas, SP) * A cadeia não conserta ninguém, a função principal da cadeia é colocar medo nas pessoas de ir para lá. A cadeia é um mal necessário à civilização, pois inibe muitos crimes. JAIME FLORENCIO MARTINS, professor do ensino superior (Ouro Preto, MG) * Julgo um desaforo e repudio, energicamente, os argumentos do colunista Luiz Fernando Vianna definindo como "ódio de gente grande" os brasileiros que defendem, com toda razão, a  redução da maioridade penal. Quem é contra a medida, espero que o açodado e irado Luiz Fernando seja um deles, é porque jamais  teve a tristeza e a infelicidade de ver algum familiar ser molestado, sequestrado, assaltado, espancado ou até assassinado por um dos milhares desses delinquentes que tiram diariamente o sossego da população. Aqueles que se dizem indignados com a possibilidade da redução da idade penal vir a ser aprovada poderiam, então, desde já, adotar, cobrir de beijos e levar para suas casas algumas dessas fofuras e gracinhas grotescamente chamados  "de menor", cuja maioria esmagadora já nasceu com índole para o crime.  VICENTE LIMONGI NETTO (Brasilia, DF) * Cumprimento ao professor Silas Leite. A sociedade que semeia bandidos e quer colher cidadãos é muito pobre de razão ou muito rica de cinismo. Pior, seu Parlamento é o seu espelho. Que se d eficácia ao artigo 1 do ECA: proteção integral a criança e ao adolescente . Antes disso, falece ao Estado legitimidade para cobrar responsabilidade penal. Teríamos adolescentes criminosos condenados por um Estado delinquente, para o delírio de uma sociedade farisaica manipulada por uma "mídia amoral". JAIRO FONSECA, advogado ex-conselheiro da OAB/SP e ex-presidente da CDH/OAB (Belo Horizonte, MG) * Luiz Fernando Vianna parece defender a impunidade. Em primeiro lugar, se cadeia não conserta ninguém, as ruas, muito menos. Mas enquanto o menor estiver preso, não vai matar, roubar ou estuprar um inocente nas ruas. Será que os defensores dos "coitadinhos" não conseguem enxergar isso? Sobre as estatísticas (o que seria dos tecnocratas se essa ciência não existisse?), gostaria de saber quantos são os menores envolvidos com roubos, furtos e tráfico de drogas –dados não citados. Será possível que o autor acha que 500 mortes por ano é pouco? Diga isso à família do estudante Victor Hugo Deppman, morto por um menor, mesmo sem reagir a um roubo. Ou da família da dentista Cinthya Moutinho de Souza, estupidamente queimada por um assassino de 17 anos, devido a ela ter apenas R$ 30 em sua conta bancária. LUCIANO NOGUEIRA MARMONTEL (Pouso Alegre, MG) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
paineldoleitor
Leitores comentam coluna sobre maioridade penalOportuno o artigo Ódio de gente grande, de Luiz Fernando Vianna. A maioridade penal é erradamente vista como a solução para redução da violência, quando as estatísticas mostram que os adolescentes são muito mais vítimas do que autores de delitos. Tirá-los do alcance dos olhos parece ser um desejo da grande maioria da sociedade, mas é preciso lembrar que esses adolescentes, na grande maioria pobres e negros, sofreram o descaso da família e do Estado. INES VIEIRA LOPES PIRES, cientista social (Campinas, SP) * A cadeia não conserta ninguém, a função principal da cadeia é colocar medo nas pessoas de ir para lá. A cadeia é um mal necessário à civilização, pois inibe muitos crimes. JAIME FLORENCIO MARTINS, professor do ensino superior (Ouro Preto, MG) * Julgo um desaforo e repudio, energicamente, os argumentos do colunista Luiz Fernando Vianna definindo como "ódio de gente grande" os brasileiros que defendem, com toda razão, a  redução da maioridade penal. Quem é contra a medida, espero que o açodado e irado Luiz Fernando seja um deles, é porque jamais  teve a tristeza e a infelicidade de ver algum familiar ser molestado, sequestrado, assaltado, espancado ou até assassinado por um dos milhares desses delinquentes que tiram diariamente o sossego da população. Aqueles que se dizem indignados com a possibilidade da redução da idade penal vir a ser aprovada poderiam, então, desde já, adotar, cobrir de beijos e levar para suas casas algumas dessas fofuras e gracinhas grotescamente chamados  "de menor", cuja maioria esmagadora já nasceu com índole para o crime.  VICENTE LIMONGI NETTO (Brasilia, DF) * Cumprimento ao professor Silas Leite. A sociedade que semeia bandidos e quer colher cidadãos é muito pobre de razão ou muito rica de cinismo. Pior, seu Parlamento é o seu espelho. Que se d eficácia ao artigo 1 do ECA: proteção integral a criança e ao adolescente . Antes disso, falece ao Estado legitimidade para cobrar responsabilidade penal. Teríamos adolescentes criminosos condenados por um Estado delinquente, para o delírio de uma sociedade farisaica manipulada por uma "mídia amoral". JAIRO FONSECA, advogado ex-conselheiro da OAB/SP e ex-presidente da CDH/OAB (Belo Horizonte, MG) * Luiz Fernando Vianna parece defender a impunidade. Em primeiro lugar, se cadeia não conserta ninguém, as ruas, muito menos. Mas enquanto o menor estiver preso, não vai matar, roubar ou estuprar um inocente nas ruas. Será que os defensores dos "coitadinhos" não conseguem enxergar isso? Sobre as estatísticas (o que seria dos tecnocratas se essa ciência não existisse?), gostaria de saber quantos são os menores envolvidos com roubos, furtos e tráfico de drogas –dados não citados. Será possível que o autor acha que 500 mortes por ano é pouco? Diga isso à família do estudante Victor Hugo Deppman, morto por um menor, mesmo sem reagir a um roubo. Ou da família da dentista Cinthya Moutinho de Souza, estupidamente queimada por um assassino de 17 anos, devido a ela ter apenas R$ 30 em sua conta bancária. LUCIANO NOGUEIRA MARMONTEL (Pouso Alegre, MG) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor critica rapper Mano Brown
Lamentável tanta movimentação e divulgação sobre a resistência de um rapper que desrespeitou a autoridade militar. Pior ainda é a participação do secretário municipal de Direitos Humanos, que foi até a delegacia intervir a favor do rapper. A lei é para ser cumprida por todos e não pode privilegiar aqueles que ganharam notoriedade pelos seus atributos artísticos. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor critica rapper Mano BrownLamentável tanta movimentação e divulgação sobre a resistência de um rapper que desrespeitou a autoridade militar. Pior ainda é a participação do secretário municipal de Direitos Humanos, que foi até a delegacia intervir a favor do rapper. A lei é para ser cumprida por todos e não pode privilegiar aqueles que ganharam notoriedade pelos seus atributos artísticos. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Festas pós-ceia são opção para estender o Natal; conheça três
MARIANA AGUNZI DE SÃO PAULO NOITE FELIZ A balada é organizada pela agência de entretenimento Multicase e começa um minuto antes de o Natal ser celebrado. Neste ano, o palco da festa é a Villa Jockey -salão de eventos e restaurante do Jockey Club, que recentemente foram restaurados. A noite será embalada por música eletrônica, house e pop, sob o comando dos DJs 3Peat, The Juns, Rick Glaz, Leo Ruas, Live Sax Sessions e o duo AZ Project, formado por Gabriel Salvia e Ivan Arcuschin. Open bar de vodca Belvedere e um lounge com prosecco Martini complementam a diversão. Jockey Club de São Paulo - Villa Jockey. Av. Lineu de Paula Machado, 1.263, Jardim Everest, região sul, tel. 2659-5898. 1.500 pessoas. 18 anos. Qui. (24): a partir das 23h59. Ingr.: R$ 150 e R$ 250 (c/ open bar). Valet (R$ 40). Ingr. p/ 2959-5898 ou ingresse.com/noitefeliz. * NATAL DO BAR AURORA Para quem quiser prolongar as comemorações natalinas, o bar prepara sua festa. O comando do som fica a cargo de Rodrigo Reys, de Tony Francis e do projeto Beats Tie DJs, que deve embalar a noite com hits de house e de rock. O valor do ingresso inclui open bar com cerveja, energético, tequila e coquetéis variados, além de um bufê de café da manhã que será servido no fim da noitada. Bar Aurora. R. Prof. Atílio Innocenti, 277, Vila Nova Conceição, região sul, tel. 2337-9648. 180 pessoas.18 anos. Qui.: a partir da 0h30. Ingr.: R$ 70 (mulher) e R$ 120 (homem). CC: AE, D, E, M e V. Valet (R$ 25). Ingr. p/ sympla.com.br. * NATAL DO CLUB YACHT A balada de música pop, que tem paredes simulando cascos de um navio e garçons vestidos de marinheiros, também realiza festa pós-ceia. O comando do som fica sob responsabilidade de alguns dos DJs residentes da casa: Roque Castro, Lily Scott, Fernando Moreno e William Pimenta. Club Yacht. R. 13 de Maio, 703, Bela Vista, região central, tel. 3104-7157. 500 pessoas.18 anos. Ingr.: R$ 40 (antecipado) e R$ 50. CC: D, E, M e V. Valet (R$ 30). Ingr. p/ sympla.com.br.
saopaulo
Festas pós-ceia são opção para estender o Natal; conheça trêsMARIANA AGUNZI DE SÃO PAULO NOITE FELIZ A balada é organizada pela agência de entretenimento Multicase e começa um minuto antes de o Natal ser celebrado. Neste ano, o palco da festa é a Villa Jockey -salão de eventos e restaurante do Jockey Club, que recentemente foram restaurados. A noite será embalada por música eletrônica, house e pop, sob o comando dos DJs 3Peat, The Juns, Rick Glaz, Leo Ruas, Live Sax Sessions e o duo AZ Project, formado por Gabriel Salvia e Ivan Arcuschin. Open bar de vodca Belvedere e um lounge com prosecco Martini complementam a diversão. Jockey Club de São Paulo - Villa Jockey. Av. Lineu de Paula Machado, 1.263, Jardim Everest, região sul, tel. 2659-5898. 1.500 pessoas. 18 anos. Qui. (24): a partir das 23h59. Ingr.: R$ 150 e R$ 250 (c/ open bar). Valet (R$ 40). Ingr. p/ 2959-5898 ou ingresse.com/noitefeliz. * NATAL DO BAR AURORA Para quem quiser prolongar as comemorações natalinas, o bar prepara sua festa. O comando do som fica a cargo de Rodrigo Reys, de Tony Francis e do projeto Beats Tie DJs, que deve embalar a noite com hits de house e de rock. O valor do ingresso inclui open bar com cerveja, energético, tequila e coquetéis variados, além de um bufê de café da manhã que será servido no fim da noitada. Bar Aurora. R. Prof. Atílio Innocenti, 277, Vila Nova Conceição, região sul, tel. 2337-9648. 180 pessoas.18 anos. Qui.: a partir da 0h30. Ingr.: R$ 70 (mulher) e R$ 120 (homem). CC: AE, D, E, M e V. Valet (R$ 25). Ingr. p/ sympla.com.br. * NATAL DO CLUB YACHT A balada de música pop, que tem paredes simulando cascos de um navio e garçons vestidos de marinheiros, também realiza festa pós-ceia. O comando do som fica sob responsabilidade de alguns dos DJs residentes da casa: Roque Castro, Lily Scott, Fernando Moreno e William Pimenta. Club Yacht. R. 13 de Maio, 703, Bela Vista, região central, tel. 3104-7157. 500 pessoas.18 anos. Ingr.: R$ 40 (antecipado) e R$ 50. CC: D, E, M e V. Valet (R$ 30). Ingr. p/ sympla.com.br.
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Acidente de ônibus no Nepal deixa ao menos 33 mortos e outros 28 feridos
Um funcionário do governo do Nepal disse que ao menos 33 pessoas morreram e outras 28 ficaram feridas nesta segunda-feira (15) após um acidente envolvendo um ônibus na estrada de montanha de Arniko. O ministro do Interior do país, Chiranjivi Nepal, afirmou que os feridos foram levados de helicóptero para a capital Katmandu e estão sendo tratados em dois hospitais. A polícia ainda não determinou a causa do acidente. O ônibus desviou da estrada de Arniko –com largura suficiente para a passagem de dois veículos, mas sem proteção nas beiras das pistas, embora tenha curvas fechadas– e caiu cerca de 150 metros. Corpos, partes do veículo e bagagens se espalharam pelas encostas da floresta. O Exército e a polícia ainda estão vasculhando a região próxima à vila de Deurali, a 80 quilômetros da capital. No Nepal, acidentes de ônibus geralmente ocorrem devido às condições precárias de manutenção de estradas e veículos. Muitas das colisões acontecem durante a temporada de chuvas, que começa em junho e termina em setembro. Katmandu, Nepal
mundo
Acidente de ônibus no Nepal deixa ao menos 33 mortos e outros 28 feridosUm funcionário do governo do Nepal disse que ao menos 33 pessoas morreram e outras 28 ficaram feridas nesta segunda-feira (15) após um acidente envolvendo um ônibus na estrada de montanha de Arniko. O ministro do Interior do país, Chiranjivi Nepal, afirmou que os feridos foram levados de helicóptero para a capital Katmandu e estão sendo tratados em dois hospitais. A polícia ainda não determinou a causa do acidente. O ônibus desviou da estrada de Arniko –com largura suficiente para a passagem de dois veículos, mas sem proteção nas beiras das pistas, embora tenha curvas fechadas– e caiu cerca de 150 metros. Corpos, partes do veículo e bagagens se espalharam pelas encostas da floresta. O Exército e a polícia ainda estão vasculhando a região próxima à vila de Deurali, a 80 quilômetros da capital. No Nepal, acidentes de ônibus geralmente ocorrem devido às condições precárias de manutenção de estradas e veículos. Muitas das colisões acontecem durante a temporada de chuvas, que começa em junho e termina em setembro. Katmandu, Nepal
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Dilma diz que irá liberar R$ 1,2 bilhões em quatro anos para combater aedes
O governo federal anunciou nesta quarta-feira (23) a liberação de R$ 1,2 bilhões ao longo dos próximos quatro anos para o combate ao Aedes aegypti e para pesquisas e fomento à produção de meios de combate ao vírus da zika e às outras doenças transmitidas pelo mosquito, como a chikungunya e a dengue. Em evento no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff afirmou que, mesmo diante de um cenário de ajuste fiscal e crise econômica, o governo irá garantir os recursos para que haja avanço nas pesquisas e nas ações de extermínio do mosquito. "Queremos aprimorar os testes para tornar mais rápido o diagnóstico e as medidas de atenção às pessoas contaminadas", disse. No total, os ministérios da Saúde, Educação e Ciência e Tecnologia liberarão R$ 650 milhões. O restante será complementado por recursos do BNDES (R$350 milhões) e do Finep (R$ 200 milhões). Segundo o ministro Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), serão destinados R$ 304 milhões neste ano, R$ 162 milhões em 2017, R$ 136 milhões em 2018, e R$ 45 milhões para os anos seguintes. Os investimentos fazem parte do Eixo de Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à microcefalia. "Sabemos que a transmissão do zika se dá pelo mosquito aedes mas o restante do nosso conhecimento ainda está aquém do necessário. Estamos todos nós correndo contra o tempo para conhecer melhor esse vírus que se espalhou com uma velocidade verdadeiramente surpreendente, extraordinária e espantosa pelo mundo", afirmou Dilma. IMPORTÂNCIA Para a presidente, a liberação de recursos é "de extrema importância" neste momento para que o combate às doenças relacionadas ao aedes sejam de fato combatidas. O cronograma de liberação dos recursos, porém, ainda não foi divulgado pelo governo. Segundo a presidente, a verba irá custear a produção de vacinas, testes de diagnóstico mais rápidos e estratégias mais eficazes de combate ao mosquito transmissor. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti Durante o evento, os ministros Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Marcelo Castro (Saúde) elogiaram o empenho do governo em relação aos problemas advindos do surto de zika no país e enfatizaram que agora o país atingirá outro patamar. Dilma afirmou ainda a importância de colocar a população também como responsável pelo combate ao mosquito em suas casas e outros ambientes em que as pessoas frequentam. "Reitero o pedido de 15 minutos por semana para que as pessoas façam a vistoria em suas próprias casas para exterminar os criadouros. Eliminá-los é eliminar a possibilidade de uma criancinha brasileira nascer com microcefalia."
cotidiano
Dilma diz que irá liberar R$ 1,2 bilhões em quatro anos para combater aedesO governo federal anunciou nesta quarta-feira (23) a liberação de R$ 1,2 bilhões ao longo dos próximos quatro anos para o combate ao Aedes aegypti e para pesquisas e fomento à produção de meios de combate ao vírus da zika e às outras doenças transmitidas pelo mosquito, como a chikungunya e a dengue. Em evento no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff afirmou que, mesmo diante de um cenário de ajuste fiscal e crise econômica, o governo irá garantir os recursos para que haja avanço nas pesquisas e nas ações de extermínio do mosquito. "Queremos aprimorar os testes para tornar mais rápido o diagnóstico e as medidas de atenção às pessoas contaminadas", disse. No total, os ministérios da Saúde, Educação e Ciência e Tecnologia liberarão R$ 650 milhões. O restante será complementado por recursos do BNDES (R$350 milhões) e do Finep (R$ 200 milhões). Segundo o ministro Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), serão destinados R$ 304 milhões neste ano, R$ 162 milhões em 2017, R$ 136 milhões em 2018, e R$ 45 milhões para os anos seguintes. Os investimentos fazem parte do Eixo de Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à microcefalia. "Sabemos que a transmissão do zika se dá pelo mosquito aedes mas o restante do nosso conhecimento ainda está aquém do necessário. Estamos todos nós correndo contra o tempo para conhecer melhor esse vírus que se espalhou com uma velocidade verdadeiramente surpreendente, extraordinária e espantosa pelo mundo", afirmou Dilma. IMPORTÂNCIA Para a presidente, a liberação de recursos é "de extrema importância" neste momento para que o combate às doenças relacionadas ao aedes sejam de fato combatidas. O cronograma de liberação dos recursos, porém, ainda não foi divulgado pelo governo. Segundo a presidente, a verba irá custear a produção de vacinas, testes de diagnóstico mais rápidos e estratégias mais eficazes de combate ao mosquito transmissor. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti Durante o evento, os ministros Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Marcelo Castro (Saúde) elogiaram o empenho do governo em relação aos problemas advindos do surto de zika no país e enfatizaram que agora o país atingirá outro patamar. Dilma afirmou ainda a importância de colocar a população também como responsável pelo combate ao mosquito em suas casas e outros ambientes em que as pessoas frequentam. "Reitero o pedido de 15 minutos por semana para que as pessoas façam a vistoria em suas próprias casas para exterminar os criadouros. Eliminá-los é eliminar a possibilidade de uma criancinha brasileira nascer com microcefalia."
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Confira o kit de decoração de unhas tetris e outras bugigangas tecnológicas
Toda terça-feira, "Tec" divulga os mais legais itens do mundo da tecnologia que estão à venda, tanto no Brasil quanto lá fora. Confira, na galeria de imagens abaixo, a coletânea das melhores compras tecnológicas desta semana: Compras tecnológicas
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Confira o kit de decoração de unhas tetris e outras bugigangas tecnológicasToda terça-feira, "Tec" divulga os mais legais itens do mundo da tecnologia que estão à venda, tanto no Brasil quanto lá fora. Confira, na galeria de imagens abaixo, a coletânea das melhores compras tecnológicas desta semana: Compras tecnológicas
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A árvore artificial de musgo que se alimenta de poluição
Um bosque concentrado em uma árvore. E não é uma árvore qualquer: é quadrada, sem tronco e com folhas de musgo. Seu nome é "CityTree, a árvore da cidade". É uma estrutura móvel criada por um grupo de designers que tentam combater um dos problemas ambientais mais graves que o planeta sofre: a contaminação do ar. Segundo seus criadores, essa árvore tem a capacidade de absorver dióxido de nitrogênio e partículas microscópicas do ar com a capacidade de 275 árvores naturais. Cada CityTree pode absorver 250 gramas de partículas por dia e armazena 240 toneladas métricas de CO2 por ano, dizem seus criadores. BAIXA MANUTENÇÃO Desenvolvida na Alemanha, essa instalação é na verdade uma parede de musgo, uma planta acostumada a viver sem terra e que funciona naturalmente como um filtro do ar. "O musgo consegue armazenar todas as partículas da poluição e usá-las como nutrientes", afirma Liang Wu, cofundador da Green City Solutions, empresa que criou a CityTree. Atualmente, essas árvores estão em 25 cidades do mundo, como Oslo, Hong Kong, Glasgow e Bruxelas, além de várias cidades alemãs. Sua instalação demora seis horas e sua manutenção é fácil. A árvore tem sensores embutidos que controlam a umidade do solo, a temperatura do ar e a qualidade de água. Eles também conseguem medir a qualidade do ar e avaliar sua eficiência. Tudo isso tem um custo. Plantar e manter uma árvore tradicional custa cerca de R$ 3.000 por década e uma CityTree custa cerca de R$ 90 mil. Muitos se perguntam se não seria melhor investir esses esforços –e dinheiro– em projetos que combatam diretamente a origem da contaminação e não suas consequências.
ambiente
A árvore artificial de musgo que se alimenta de poluiçãoUm bosque concentrado em uma árvore. E não é uma árvore qualquer: é quadrada, sem tronco e com folhas de musgo. Seu nome é "CityTree, a árvore da cidade". É uma estrutura móvel criada por um grupo de designers que tentam combater um dos problemas ambientais mais graves que o planeta sofre: a contaminação do ar. Segundo seus criadores, essa árvore tem a capacidade de absorver dióxido de nitrogênio e partículas microscópicas do ar com a capacidade de 275 árvores naturais. Cada CityTree pode absorver 250 gramas de partículas por dia e armazena 240 toneladas métricas de CO2 por ano, dizem seus criadores. BAIXA MANUTENÇÃO Desenvolvida na Alemanha, essa instalação é na verdade uma parede de musgo, uma planta acostumada a viver sem terra e que funciona naturalmente como um filtro do ar. "O musgo consegue armazenar todas as partículas da poluição e usá-las como nutrientes", afirma Liang Wu, cofundador da Green City Solutions, empresa que criou a CityTree. Atualmente, essas árvores estão em 25 cidades do mundo, como Oslo, Hong Kong, Glasgow e Bruxelas, além de várias cidades alemãs. Sua instalação demora seis horas e sua manutenção é fácil. A árvore tem sensores embutidos que controlam a umidade do solo, a temperatura do ar e a qualidade de água. Eles também conseguem medir a qualidade do ar e avaliar sua eficiência. Tudo isso tem um custo. Plantar e manter uma árvore tradicional custa cerca de R$ 3.000 por década e uma CityTree custa cerca de R$ 90 mil. Muitos se perguntam se não seria melhor investir esses esforços –e dinheiro– em projetos que combatam diretamente a origem da contaminação e não suas consequências.
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Aos 67 anos de carreira, Ângela Maria lança 1º CD a sós com voz e violão
"Centésimo décimo sexto? Não, não, agora é mais. Com esse, são 118 discos", diz a mulher de cabelos esvoaçantes sentada no café da Sala São Paulo, enquanto faz as contas nos dedos devidamente manicurados. Ângela Maria é uma pessoa numérica: 86 são os anos de vida, 67 deles dedicados à música, e 60 são os minutos de atraso para a entrevista, tempo gasto entre o cabeleireiro e o trânsito. Mas sua carreira agora, garante, é regida pelo número um: o instrumento único que a acompanha em "Ângela à Vontade", álbum que lança em agosto e em que pela primeira vez gravou acompanhada somente por um violão, o de Ronaldo Rayol, 61. "Sempre fiz discos com grandes orquestras, sinfônicas, corais, convidados. Muita coisa. Foi a estreia da minha voz a sós com as cordas." Ângela, que preferia boleros e sambas-canção à bossa nova até então, diz ter encontrado no desafio, proposto por um produtor, um novo gosto: o minimalismo. "Eu quero cantar aquilo de que gosto. E é mais fácil fazer isso sozinha." Fácil, sim, mas com algum risco, como gravar canções inéditas em sua voz. É o caso de "Só Louco", de Dorival Caymmi, "uma letra que estava lá e eu não tinha tido coragem para mexer". DISCO EXPRESSO Além das novidades, o disco foi a chance de "mostrar a novas gerações aquilo que elas pre-ci-sam conhecer". Angela passeia pelas notas de "Amendoim Torradinho", eleita música do ano de 1955 na voz de Sylvinha Telles. E mostra ainda ter uma lágrima na voz em "Retalho de Cetim", de Benito di Paula O alcance vocal, que nas palavras de Elza Soares "chega a ser indecente", continua indefectível ao vivo. "Eu já conheço as músicas, é uma coisa de intuição." O disco saiu após três dias enfurnada em um estúdio na Pompeia. "Quer um disco? Gravo pra você agora. Gosto de fazer tudo rápido. Espera. Nem tudo! Depende...", e dá risada. Décadas atrás, conta, rescindiu o contrato com a gravadora Copacabana, para quem "devia" ainda três discos. "Em uma semana, gravei os três. Pá-pá-pá", sonoriza, batendo palmas. "Isso porque ela ainda inventou de gravar três músicas a mais", diz o produtor Thiago Marques Luiz. De dez canções, o repertório acabou com 13 –o número do azar. "Nada de má sorte. Treze, pra mim, é número de sorte!". Foi num dia 13, inclusive, que ela se casou com Daniel D'Ângelo, um ex-fã que foi seu noivo por décadas e agora finalmente ocupa o posto de marido. "Casamos faz um tempinho, sem essa coisa de festona. Não precisa", diz ela. UM CATATAU DE VIDA Nas próximas semanas, é capaz que a cantora dê a sorte de se encontrar estampando capas em livrarias. Está prevista para outubro sua biografia, um catatau de 800 páginas escrito pelo jornalista Rodrigo Faour, que já biografou Cauby Peixoto, 84, e Dolores Duran (1930-1959). "O livro nasceu como a pesquisa para um musical que queriam fazer sobre a Ângela", conta D'Ângelo. O espetáculo foi adiado, mas Faour decidiu ir adiante com o material e transformá-lo numa biografia, "mais ou menos autorizada". O marido lê trechos do manuscrito em voz alta e ela, que perdeu parte da visão do olho esquerdo para a diabetes, comenta. "Em alguns capítulos, como o dos casamentos [foram seis], ela diz: 'Preferia que essa parte não estivesse'." "Não é caso de censura", diz o autor, "mas, se ela estivesse desagradada com algo, não ajudaria na divulgação." Procurado para falar sobre o livro, o biógrafo disse não poder comentar ainda. "Ou a editora me mata!" As páginas devem abordar histórias que parecem inverossímeis, mas de fato aconteceram, como a origem do apelido Sapoti, cunhado por Getúlio Vargas. Ângela se apresentara numa festa na década de 1940 e, enquanto circulava pelo jardim, se deparou com o então presidente sentado em um banco. Vargas a cumprimentou e disse algo na linha de: "Você tem a voz doce e a cor do sapoti", diz a lembrança dela. BABALU Mas o momento de reflexão não quer dizer que Ângela Maria vá virar uma contemplativa. "Quero é gravar o meu segundo CD acústico", diz ela, que até cogita uma versão de "Babalu" à capela. Num show em Santos (SP) na semana passada, um fã de 11 anos desmaiou ao se deparar com a cantora. "Tenho fãs jovens. São mais de 7.000 no Facebook", ostenta ela, usando outra numeralha. A agenda de shows também é matemática: são 18 apresentações até outubro, numa turnê que cobre Norte e Nordeste. "Todo mundo parou. Eu não! Vou até... sei lá. Vou."
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Aos 67 anos de carreira, Ângela Maria lança 1º CD a sós com voz e violão"Centésimo décimo sexto? Não, não, agora é mais. Com esse, são 118 discos", diz a mulher de cabelos esvoaçantes sentada no café da Sala São Paulo, enquanto faz as contas nos dedos devidamente manicurados. Ângela Maria é uma pessoa numérica: 86 são os anos de vida, 67 deles dedicados à música, e 60 são os minutos de atraso para a entrevista, tempo gasto entre o cabeleireiro e o trânsito. Mas sua carreira agora, garante, é regida pelo número um: o instrumento único que a acompanha em "Ângela à Vontade", álbum que lança em agosto e em que pela primeira vez gravou acompanhada somente por um violão, o de Ronaldo Rayol, 61. "Sempre fiz discos com grandes orquestras, sinfônicas, corais, convidados. Muita coisa. Foi a estreia da minha voz a sós com as cordas." Ângela, que preferia boleros e sambas-canção à bossa nova até então, diz ter encontrado no desafio, proposto por um produtor, um novo gosto: o minimalismo. "Eu quero cantar aquilo de que gosto. E é mais fácil fazer isso sozinha." Fácil, sim, mas com algum risco, como gravar canções inéditas em sua voz. É o caso de "Só Louco", de Dorival Caymmi, "uma letra que estava lá e eu não tinha tido coragem para mexer". DISCO EXPRESSO Além das novidades, o disco foi a chance de "mostrar a novas gerações aquilo que elas pre-ci-sam conhecer". Angela passeia pelas notas de "Amendoim Torradinho", eleita música do ano de 1955 na voz de Sylvinha Telles. E mostra ainda ter uma lágrima na voz em "Retalho de Cetim", de Benito di Paula O alcance vocal, que nas palavras de Elza Soares "chega a ser indecente", continua indefectível ao vivo. "Eu já conheço as músicas, é uma coisa de intuição." O disco saiu após três dias enfurnada em um estúdio na Pompeia. "Quer um disco? Gravo pra você agora. Gosto de fazer tudo rápido. Espera. Nem tudo! Depende...", e dá risada. Décadas atrás, conta, rescindiu o contrato com a gravadora Copacabana, para quem "devia" ainda três discos. "Em uma semana, gravei os três. Pá-pá-pá", sonoriza, batendo palmas. "Isso porque ela ainda inventou de gravar três músicas a mais", diz o produtor Thiago Marques Luiz. De dez canções, o repertório acabou com 13 –o número do azar. "Nada de má sorte. Treze, pra mim, é número de sorte!". Foi num dia 13, inclusive, que ela se casou com Daniel D'Ângelo, um ex-fã que foi seu noivo por décadas e agora finalmente ocupa o posto de marido. "Casamos faz um tempinho, sem essa coisa de festona. Não precisa", diz ela. UM CATATAU DE VIDA Nas próximas semanas, é capaz que a cantora dê a sorte de se encontrar estampando capas em livrarias. Está prevista para outubro sua biografia, um catatau de 800 páginas escrito pelo jornalista Rodrigo Faour, que já biografou Cauby Peixoto, 84, e Dolores Duran (1930-1959). "O livro nasceu como a pesquisa para um musical que queriam fazer sobre a Ângela", conta D'Ângelo. O espetáculo foi adiado, mas Faour decidiu ir adiante com o material e transformá-lo numa biografia, "mais ou menos autorizada". O marido lê trechos do manuscrito em voz alta e ela, que perdeu parte da visão do olho esquerdo para a diabetes, comenta. "Em alguns capítulos, como o dos casamentos [foram seis], ela diz: 'Preferia que essa parte não estivesse'." "Não é caso de censura", diz o autor, "mas, se ela estivesse desagradada com algo, não ajudaria na divulgação." Procurado para falar sobre o livro, o biógrafo disse não poder comentar ainda. "Ou a editora me mata!" As páginas devem abordar histórias que parecem inverossímeis, mas de fato aconteceram, como a origem do apelido Sapoti, cunhado por Getúlio Vargas. Ângela se apresentara numa festa na década de 1940 e, enquanto circulava pelo jardim, se deparou com o então presidente sentado em um banco. Vargas a cumprimentou e disse algo na linha de: "Você tem a voz doce e a cor do sapoti", diz a lembrança dela. BABALU Mas o momento de reflexão não quer dizer que Ângela Maria vá virar uma contemplativa. "Quero é gravar o meu segundo CD acústico", diz ela, que até cogita uma versão de "Babalu" à capela. Num show em Santos (SP) na semana passada, um fã de 11 anos desmaiou ao se deparar com a cantora. "Tenho fãs jovens. São mais de 7.000 no Facebook", ostenta ela, usando outra numeralha. A agenda de shows também é matemática: são 18 apresentações até outubro, numa turnê que cobre Norte e Nordeste. "Todo mundo parou. Eu não! Vou até... sei lá. Vou."
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Família diz que Muhammad Ali teve alta de hospital
Um porta-voz da família de Muhammad Ali afirmou que o ex-boxeador deixou o hospital onde estava internado por causa de uma infecção urinária na última terça-feira (6). Bob Gunnell, porta-voz da família, afirmou que o tricampeão dos pesos pesados voltou para a sua casa. Ele sofre do mal de Parkinson há anos e foi hospitalizado em dezembro de 2014 com suspeita de pneumonia. Gunnell afirmou, porém, que depois de exames foi constatada infecção urinária. O hospital onde o ex-boxeador estava internado não foi divulgado pela família. No próximo dia 17, Ali fará 73 anos.
esporte
Família diz que Muhammad Ali teve alta de hospitalUm porta-voz da família de Muhammad Ali afirmou que o ex-boxeador deixou o hospital onde estava internado por causa de uma infecção urinária na última terça-feira (6). Bob Gunnell, porta-voz da família, afirmou que o tricampeão dos pesos pesados voltou para a sua casa. Ele sofre do mal de Parkinson há anos e foi hospitalizado em dezembro de 2014 com suspeita de pneumonia. Gunnell afirmou, porém, que depois de exames foi constatada infecção urinária. O hospital onde o ex-boxeador estava internado não foi divulgado pela família. No próximo dia 17, Ali fará 73 anos.
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Doria prevê construção de torres no terreno do Jockey Club
O prefeito João Doria começou a negociar com o Jockey Club para transformar o espaço em um parque público. A ideia é preservar as arquibancadas, a sede e o prado, que são tombados, e destinar o terreno remanescente para ser explorado pela iniciativa privada, que poderia construir nele, por exemplo, torres corporativas e um hotel. CAROSSEL Doria confirma as conversas e diz que estuda conceder o espaço por "40 ou 50 anos". A empresa que ganhasse a concessão teria que manter o parque, que seria aberto à população. A exploração das torres "paga a implantação do projeto", prevê o prefeito. Seria construído também um centro cultural. A ideia é que corridas continuem ocorrendo no local. CONTA Para efetivar o plano, o prefeito conversa com a associação que administra o hipódromo para que o terreno seja devolvido à administração municipal sem questionamentos jurídicos, como forma de compensar a dívida de IPTU da entidade com a prefeitura. Leia a coluna completa aqui.
colunas
Doria prevê construção de torres no terreno do Jockey ClubO prefeito João Doria começou a negociar com o Jockey Club para transformar o espaço em um parque público. A ideia é preservar as arquibancadas, a sede e o prado, que são tombados, e destinar o terreno remanescente para ser explorado pela iniciativa privada, que poderia construir nele, por exemplo, torres corporativas e um hotel. CAROSSEL Doria confirma as conversas e diz que estuda conceder o espaço por "40 ou 50 anos". A empresa que ganhasse a concessão teria que manter o parque, que seria aberto à população. A exploração das torres "paga a implantação do projeto", prevê o prefeito. Seria construído também um centro cultural. A ideia é que corridas continuem ocorrendo no local. CONTA Para efetivar o plano, o prefeito conversa com a associação que administra o hipódromo para que o terreno seja devolvido à administração municipal sem questionamentos jurídicos, como forma de compensar a dívida de IPTU da entidade com a prefeitura. Leia a coluna completa aqui.
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Overdose de pecinhas diverte, mas franquia 'Lego' revela desgaste
LEGO NINJAGO - O FILME (regular) DIREÇÃO Charlie Bean ELENCO Jackie Chan, Justin Theroux, Dave Franco PRODUÇÃO Estados Unidos QUANDO estreia nesta quinta (28) Veja salas e horários de exibição * Sensação das lojas de brinquedo, as pecinhas de montar Lego deram tão certo nos cinemas que viraram franquia e já estão em seu terceiro longa-metragem. Depois dos sucessos "Uma Aventura Lego" (2014) e "Lego Batman" (2016), a nova investida da Warner leva às telonas os heróis da linha "Lego Ninjago" –mania entre fãs dos bonequinhos em 2011 e que inspirou série animada para a TV na mesma época. Embora a história seja sobre ninjas, as estrelas do filme dirigido por Charlie Bean, Bob Logan e Paul Fisher parecem uma versão genérica e rocambolesca da dupla Darth Vader e Luke Skywalker. Filho de Lord Garmadon, o super-vilão que aterroriza Ninjago, Lloyd lidera um grupo secreto de seis ninjas encarregados de proteger a cidade a bordo de robôs, no estilo Transformers. Mas o verdadeiro desafio do amargurado adolescente de 16 anos, conhecido como ninja verde, é lidar com o fato de ter sido abandonado por um pai negligente e egocêntrico. Da novela familiar surgem os melhores momentos de um roteiro pouco inspirador e mergulhado em excessos. As desdenhadas de Garmadon frente à carência do filho rendem algumas risadas, tal como as espirituosas aparições do Mestre Wu. O tom sarcástico ainda é uma das principais marcas da franquia. Por outro lado, a estratégia de disparar uma piada por diálogo torna o texto repetitivo. A overdose de barulho e ação impressiona e cansa na mesma medida. A cada minuto, uma explosão colorida de pecinhas toma a tela –nada que desagrade o público infantil. Enquanto se concentra no drama de Lloyd, a trama não explora os demais personagens; um monte de bloquinhos figurantes que não servem para muita coisa. Vale dizer também que a abertura com Jackie Chan só se justifica pelo carisma do ator. Ainda assim, "Lego Ninjago" tem mérito. Além de manter o padrão visual e de seguir a ideia de não se levar a sério, traz inúmeras referências que devem entreter os "grandinhos". Quem não se lembra de Jaspion, Power Rangers, Godzilla, Changeman? Mas, sem dúvida, é o filme menos divertido da série, que indica sinais de desgaste. Não conta com a originalidade de "Uma Aventura Lego" nem chega perto da sátira inteligente feita em torno do universo Batman. Serão necessárias pecinhas mais elaboradas para um próximo longa. * Assista ao trailer de 'Lego Ninjago - O Filme' Assista ao trailer de 'Lego Ninjago - O Filme'
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Overdose de pecinhas diverte, mas franquia 'Lego' revela desgasteLEGO NINJAGO - O FILME (regular) DIREÇÃO Charlie Bean ELENCO Jackie Chan, Justin Theroux, Dave Franco PRODUÇÃO Estados Unidos QUANDO estreia nesta quinta (28) Veja salas e horários de exibição * Sensação das lojas de brinquedo, as pecinhas de montar Lego deram tão certo nos cinemas que viraram franquia e já estão em seu terceiro longa-metragem. Depois dos sucessos "Uma Aventura Lego" (2014) e "Lego Batman" (2016), a nova investida da Warner leva às telonas os heróis da linha "Lego Ninjago" –mania entre fãs dos bonequinhos em 2011 e que inspirou série animada para a TV na mesma época. Embora a história seja sobre ninjas, as estrelas do filme dirigido por Charlie Bean, Bob Logan e Paul Fisher parecem uma versão genérica e rocambolesca da dupla Darth Vader e Luke Skywalker. Filho de Lord Garmadon, o super-vilão que aterroriza Ninjago, Lloyd lidera um grupo secreto de seis ninjas encarregados de proteger a cidade a bordo de robôs, no estilo Transformers. Mas o verdadeiro desafio do amargurado adolescente de 16 anos, conhecido como ninja verde, é lidar com o fato de ter sido abandonado por um pai negligente e egocêntrico. Da novela familiar surgem os melhores momentos de um roteiro pouco inspirador e mergulhado em excessos. As desdenhadas de Garmadon frente à carência do filho rendem algumas risadas, tal como as espirituosas aparições do Mestre Wu. O tom sarcástico ainda é uma das principais marcas da franquia. Por outro lado, a estratégia de disparar uma piada por diálogo torna o texto repetitivo. A overdose de barulho e ação impressiona e cansa na mesma medida. A cada minuto, uma explosão colorida de pecinhas toma a tela –nada que desagrade o público infantil. Enquanto se concentra no drama de Lloyd, a trama não explora os demais personagens; um monte de bloquinhos figurantes que não servem para muita coisa. Vale dizer também que a abertura com Jackie Chan só se justifica pelo carisma do ator. Ainda assim, "Lego Ninjago" tem mérito. Além de manter o padrão visual e de seguir a ideia de não se levar a sério, traz inúmeras referências que devem entreter os "grandinhos". Quem não se lembra de Jaspion, Power Rangers, Godzilla, Changeman? Mas, sem dúvida, é o filme menos divertido da série, que indica sinais de desgaste. Não conta com a originalidade de "Uma Aventura Lego" nem chega perto da sátira inteligente feita em torno do universo Batman. Serão necessárias pecinhas mais elaboradas para um próximo longa. * Assista ao trailer de 'Lego Ninjago - O Filme' Assista ao trailer de 'Lego Ninjago - O Filme'
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Após desempenho no Rio, Feijão sonha com vaga na equipe da Copa Davis
Após perder para o austríaco Andreas Haider-Maurer por 2 sets a 1 (7-6, 1-6, 6-4), o brasileiro João Souza, conhecido como Feijão, afirmou que o desempenho no Rio Open, no qual foi eliminado na quartas-de-final, pode ajudá-lo a garantir uma vaga na equipe brasileira que vai disputar a Copa Davis. "Agora é esperar na segunda-feira para ver se vou conseguir ser convocado. Estou na expectativa para a última vaga. A Davis é uma competição complicada, mas que é extremamente importante, e seria ótimo jogá-la." Sobre a rodada na qual todos os brasileiros foram eliminados no Rio Open, Feijão afirmou que serviu como lição para os tenistas. Para ele, em geral o desempenho foi positivo. "Não dá para ficar lamentando. Claro que saímos com um sentimento de que faltou algo, mas em geral deu para ver que o nosso desempenho melhorou. O Brasil foi bem. No meu caso, tive minha chance, mas faltou sorte." Ele ainda comentou as declarações do tenista espanhol Rafael Nadal, que, em entrevista à Folha, criticou a escolha de piso duro para as quadras nos Jogos Olímpicos de 2016. "Realmente também preferiria jogar no saibro. Já ganhei títulos na dura, mas na outra (saibro) seria melhor. Porém, só de possivelmente ter a oportunidade de jogar uma Olimpíada no Brasil já seria fantástico."
esporte
Após desempenho no Rio, Feijão sonha com vaga na equipe da Copa DavisApós perder para o austríaco Andreas Haider-Maurer por 2 sets a 1 (7-6, 1-6, 6-4), o brasileiro João Souza, conhecido como Feijão, afirmou que o desempenho no Rio Open, no qual foi eliminado na quartas-de-final, pode ajudá-lo a garantir uma vaga na equipe brasileira que vai disputar a Copa Davis. "Agora é esperar na segunda-feira para ver se vou conseguir ser convocado. Estou na expectativa para a última vaga. A Davis é uma competição complicada, mas que é extremamente importante, e seria ótimo jogá-la." Sobre a rodada na qual todos os brasileiros foram eliminados no Rio Open, Feijão afirmou que serviu como lição para os tenistas. Para ele, em geral o desempenho foi positivo. "Não dá para ficar lamentando. Claro que saímos com um sentimento de que faltou algo, mas em geral deu para ver que o nosso desempenho melhorou. O Brasil foi bem. No meu caso, tive minha chance, mas faltou sorte." Ele ainda comentou as declarações do tenista espanhol Rafael Nadal, que, em entrevista à Folha, criticou a escolha de piso duro para as quadras nos Jogos Olímpicos de 2016. "Realmente também preferiria jogar no saibro. Já ganhei títulos na dura, mas na outra (saibro) seria melhor. Porém, só de possivelmente ter a oportunidade de jogar uma Olimpíada no Brasil já seria fantástico."
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Restaurante Petí surpreende por localização inusitada e boa cozinha
DE SÃO PAULO Uma loja de materiais artísticos em Perdizes esconde esse restaurante de cozinha de ingredientes comandado pelo chef Victor Dimitrow. O menu, que promete ser renovado a cada 15 dias, é pequeno. São três entradas, três principais e duas sobremesas. Escolhe-se um de cada por R$ 38,50. A apresentação dos pratos é caprichada. Funciona apenas no almoço. Para beber, oferece vinhos em taça. Confira a avaliação do Petí no quadro gastronômico. * Petí Gastronomia R. Cotoxó, 110, Perdizes, região oeste, tel. 3873-0099. 36 lugares. Seg. a sáb.: 12h às 15h. Herdade Av. Brig. Faria Lima, 4.199, Itaim Bibi, região oeste, tel. 3849-0589. Ter. e qua.: 12h às 15h e 19h às 22h. Qui. e sex.: 12h às 15h e 19h às 24h. Sáb.: 12h às 24h. Dom.: 12h às 16h. Ville Du Vin R. Leopoldo Couto de Magalhães Júnior, 490, Itaim Bibi, região oeste, tel. 4063-1355. 64 lugares. Bar: seg. a sex.: 12h às 15h e 19h às 23h. Sáb.: 12h às 17h e 19h às 23h. Dom.: 12h às 17h. Loja: seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 12h às 17h. Tan Tan Noodle Bar R. Aracaju, 239, Higienópolis, região central, tel. 3473-9715. 120 lugares. Ter. a sáb.: 12h às 23h. Dom.: 12h às 17h. Los Molinos R. Vasconcelos Drumond, 526, Vila Monumento, região sul, tel. 3589-3550. 120 lugares. Seg. a qua.: 12h às 16h. Qui.: 12h às 15h e 19h às 22h. Sex.: 12h às 15h e 19h às 23h. Sáb.: 12h às 16h e 19h às 23h. Dom.: 12h às 17h. Lambe-Lambe R. Aracaju, 239, Higienópolis, região central, tel. 3473-9715. 120 lugares. Ter. a sáb.: 12h às 23h. Dom.: 12h às 17h.
saopaulo
Restaurante Petí surpreende por localização inusitada e boa cozinhaDE SÃO PAULO Uma loja de materiais artísticos em Perdizes esconde esse restaurante de cozinha de ingredientes comandado pelo chef Victor Dimitrow. O menu, que promete ser renovado a cada 15 dias, é pequeno. São três entradas, três principais e duas sobremesas. Escolhe-se um de cada por R$ 38,50. A apresentação dos pratos é caprichada. Funciona apenas no almoço. Para beber, oferece vinhos em taça. Confira a avaliação do Petí no quadro gastronômico. * Petí Gastronomia R. Cotoxó, 110, Perdizes, região oeste, tel. 3873-0099. 36 lugares. Seg. a sáb.: 12h às 15h. Herdade Av. Brig. Faria Lima, 4.199, Itaim Bibi, região oeste, tel. 3849-0589. Ter. e qua.: 12h às 15h e 19h às 22h. Qui. e sex.: 12h às 15h e 19h às 24h. Sáb.: 12h às 24h. Dom.: 12h às 16h. Ville Du Vin R. Leopoldo Couto de Magalhães Júnior, 490, Itaim Bibi, região oeste, tel. 4063-1355. 64 lugares. Bar: seg. a sex.: 12h às 15h e 19h às 23h. Sáb.: 12h às 17h e 19h às 23h. Dom.: 12h às 17h. Loja: seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 12h às 17h. Tan Tan Noodle Bar R. Aracaju, 239, Higienópolis, região central, tel. 3473-9715. 120 lugares. Ter. a sáb.: 12h às 23h. Dom.: 12h às 17h. Los Molinos R. Vasconcelos Drumond, 526, Vila Monumento, região sul, tel. 3589-3550. 120 lugares. Seg. a qua.: 12h às 16h. Qui.: 12h às 15h e 19h às 22h. Sex.: 12h às 15h e 19h às 23h. Sáb.: 12h às 16h e 19h às 23h. Dom.: 12h às 17h. Lambe-Lambe R. Aracaju, 239, Higienópolis, região central, tel. 3473-9715. 120 lugares. Ter. a sáb.: 12h às 23h. Dom.: 12h às 17h.
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Mineirinho volta a dar show, elimina sensação e chega à final em Saquarema
Com aproveitamento de 100% e as maiores notas individual (9,83) e coletiva (18,50) da etapa, Adriano de Souza, o Mineirinho, tem feito exibições de gala na etapa de Saquarema do Mundial de Surfe. Nesta quarta-feira (17), após ter eliminado o australiano Joel Parkinson, ele enfrentou o compatriota Yago Dora, 20, nas semifinais e voltou a ser avassalador. Em um mar de poucas ondas no horário, conseguiu notas 9,57 e 8,40, somou 17,97 e eliminou o garoto que foi sensação do campeonato ao eliminar os campeões John John Florence, Gabriel Medina e Mick Fanning. Dora terminou a bateria com 11,97. A experiência de Mineirinho foi fundamental na bateria. Ele escolheu as melhores ondas e fez uso inteligente da prioridade, impedindo o adversário de pegar ondas que possibilitassem reação. Na onda pela qual recebeu 9,57, Mineirinho acertou "rasgada" (quando o surfista vai em direção à crista e muda à direção contrária) e emendou um "floater" (quando desliza sobre a crista da onda) longo, para vibração dos torcedores, que normalmente gritam mais por Dora. Com o mar desfavorável e a tática de Mineirinho, Dora não conseguiu ter a mesma performance das baterias anteriores. Tentou alguns tubos e aéreos, mas todos falharam. O adversário de Mineirinho na final será a "zebra" australiana Adrian "Ace" Buchan, 34, que venceu Matt Wilkinson na semifinal. Buchan venceu apenas duas outras etapas de Mundial ao longo de sua carreira e atualmente ocupa a 24a colocação no ranking. Poucos apostariam em Buchan como finalista da etapa antes do início da etapa, ao longo da qual ele perdeu para o brasileiro Ian Gouveia logo no começo, mas ganhou dos também brasileiros Miguel Pupo e Caio Ibelli, venceu o sul-africano Jordy Smith (duas vezes) e o australiano Matt Wilkinson (duas vezes) para chegar à final. Classificado para a etapa de Saquarema por meio de triagem local, Dora é atualmente o terceiro colocado do Qualifying Series, a divisão de acesso do surfe. Caso se mantenha nessa posição, disputará o Circuito Mundial na próxima temporada. Por sua performance e carisma, Dora entrou no torneio como virtual desconhecido e se tornou o favorito dos torcedores locais, que gritaram seu nome insistentemente e chegaram a levar faixas de apoio.
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Mineirinho volta a dar show, elimina sensação e chega à final em SaquaremaCom aproveitamento de 100% e as maiores notas individual (9,83) e coletiva (18,50) da etapa, Adriano de Souza, o Mineirinho, tem feito exibições de gala na etapa de Saquarema do Mundial de Surfe. Nesta quarta-feira (17), após ter eliminado o australiano Joel Parkinson, ele enfrentou o compatriota Yago Dora, 20, nas semifinais e voltou a ser avassalador. Em um mar de poucas ondas no horário, conseguiu notas 9,57 e 8,40, somou 17,97 e eliminou o garoto que foi sensação do campeonato ao eliminar os campeões John John Florence, Gabriel Medina e Mick Fanning. Dora terminou a bateria com 11,97. A experiência de Mineirinho foi fundamental na bateria. Ele escolheu as melhores ondas e fez uso inteligente da prioridade, impedindo o adversário de pegar ondas que possibilitassem reação. Na onda pela qual recebeu 9,57, Mineirinho acertou "rasgada" (quando o surfista vai em direção à crista e muda à direção contrária) e emendou um "floater" (quando desliza sobre a crista da onda) longo, para vibração dos torcedores, que normalmente gritam mais por Dora. Com o mar desfavorável e a tática de Mineirinho, Dora não conseguiu ter a mesma performance das baterias anteriores. Tentou alguns tubos e aéreos, mas todos falharam. O adversário de Mineirinho na final será a "zebra" australiana Adrian "Ace" Buchan, 34, que venceu Matt Wilkinson na semifinal. Buchan venceu apenas duas outras etapas de Mundial ao longo de sua carreira e atualmente ocupa a 24a colocação no ranking. Poucos apostariam em Buchan como finalista da etapa antes do início da etapa, ao longo da qual ele perdeu para o brasileiro Ian Gouveia logo no começo, mas ganhou dos também brasileiros Miguel Pupo e Caio Ibelli, venceu o sul-africano Jordy Smith (duas vezes) e o australiano Matt Wilkinson (duas vezes) para chegar à final. Classificado para a etapa de Saquarema por meio de triagem local, Dora é atualmente o terceiro colocado do Qualifying Series, a divisão de acesso do surfe. Caso se mantenha nessa posição, disputará o Circuito Mundial na próxima temporada. Por sua performance e carisma, Dora entrou no torneio como virtual desconhecido e se tornou o favorito dos torcedores locais, que gritaram seu nome insistentemente e chegaram a levar faixas de apoio.
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Plataforma on-line conecta designers iniciantes e experientes a clientes
DE SÃO PAULO A plataforma on-line Decoradornet propõe popularizar a venda de projetos de decoração de interiores conectando profissionais iniciantes e experientes a seus clientes. É possível receber um projeto com planta e memorial descritivo de um cômodo da casa por valores a partir de R$ 500, segundo os sócios Mariana Albuquerque, 36, arquiteta, e Guilherme Ommundsen, 44, engenheiro. Os móveis sugeridos podem ser encontrados em lojas virtuais especializadas. Ao se cadastrar, o cliente preenche um questionário e recebe sugestões com referências estéticas semelhantes às dele. Os profissionais pagam R$ 52 mensais, no plano anual, para fazer negócios ali. "Queremos ser um novo canal de venda para decoradores e ter, até o fim do ano, 5.000 deles cadastrados", afirma Albuquerque, que investiu R$ 450 mil na criação do serviço, lançado neste ano.
sobretudo
Plataforma on-line conecta designers iniciantes e experientes a clientes DE SÃO PAULO A plataforma on-line Decoradornet propõe popularizar a venda de projetos de decoração de interiores conectando profissionais iniciantes e experientes a seus clientes. É possível receber um projeto com planta e memorial descritivo de um cômodo da casa por valores a partir de R$ 500, segundo os sócios Mariana Albuquerque, 36, arquiteta, e Guilherme Ommundsen, 44, engenheiro. Os móveis sugeridos podem ser encontrados em lojas virtuais especializadas. Ao se cadastrar, o cliente preenche um questionário e recebe sugestões com referências estéticas semelhantes às dele. Os profissionais pagam R$ 52 mensais, no plano anual, para fazer negócios ali. "Queremos ser um novo canal de venda para decoradores e ter, até o fim do ano, 5.000 deles cadastrados", afirma Albuquerque, que investiu R$ 450 mil na criação do serviço, lançado neste ano.
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Saiba quem são e o que querem os radicais do Estado Islâmico
Criado no meio do conflito que assola a Síria por anos após a Primavera Árabe, o Estado Islâmico reivindica um califado para governar todos os islâmicos do mundo. Com uma linha de pensamento bastante radical e distante da religião islâmica, usam da violência e do terror para conseguir o que querem, e mais, já exportaram o medo para o resto do mundo. Entenda mais sobre o grupo no "Me Explica", da TV Folha.
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Saiba quem são e o que querem os radicais do Estado IslâmicoCriado no meio do conflito que assola a Síria por anos após a Primavera Árabe, o Estado Islâmico reivindica um califado para governar todos os islâmicos do mundo. Com uma linha de pensamento bastante radical e distante da religião islâmica, usam da violência e do terror para conseguir o que querem, e mais, já exportaram o medo para o resto do mundo. Entenda mais sobre o grupo no "Me Explica", da TV Folha.
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Mulher de prefeito, Bia diz que ele é 'supercapacitado' para ser presidente
A primeira-dama do município de São Paulo, Bia Doria, "embrenhou-se na trilha do cangaço", navegou pelo rio São Francisco, viu "senhorinhas sentadas na corda fazendo crochê". Na Ilha do Ferro (AL), povoado ribeirinho com tradição de artesanato, enquanto a estilista Martha Medeiros trabalhava com rendeiras, Bia se ocupou dos maridos. "Os homens não têm profissão. Eu meio que [fiquei] direcionando, convencendo os maridos a fazerem artesanato com design, porque eles fazem um artesanato meio do jeito deles, então é um direcionamento no artesanato." "Lá é maravilhoso! Nós em São Paulo que estamos sofrendo. Quem vive no Nordeste é que é feliz. Tem ar puro, sol o ano inteiro, não tem que vir para São Paulo", disse. Dois meses depois de voltar da viagem, Bia e Martha inauguraram a coleção "Sertões", no hotel Palácio Tangará, cercado pelo parque Burle Marx, em São Paulo, na terça-feira (22), em um desfile para convidados. Do próprio marido, o prefeito João Doria (PSDB), Bia diz que não tem se ocupado —pelo menos não da agenda de viagens e articulações nacionais, com a qual ele tenta se viabilizar para disputar a Presidência em 2018. "João sai para trabalhar, as crianças vão para a escola e eu vou trabalhar. Não existe esse assunto nacional em casa." Mas Bia não se furta a elogiar sua vida política. "Eu acho que o meu marido é supercapacitado, se for [candidato]. O Brasil está precisando realmente de uma pessoa com uma visão de colocar o Brasil para andar." "João tem muita energia e uma capacidade de trabalho muito grande. Com certeza [seria um bom presidente]. João é um líder", afirmou. Inclusive no PSDB, partido do marido que vive crise após crise, Doria é hoje uma referência, segundo a primeira-dama. "Mesmo porque precisa de líder naquele partido, né...", afirmou. "Você quer saber de partido? Fala com ela!", disse Bia apontando para Valéria Perillo, mulher do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e a filha, Ana Luiza, 21, estudante de publicidade, que foram ao desfile. "A exposição das brigas internas é ruim para o partido", lamentou Valéria, filiada ao PSDB. "Eu torço para que todos se unam para vencer as eleições, porque o que a gente não quer é que o PT volte a governar o país." Ana Luiza disse que a "disputa de poder" entre tucanos "não devia acontecer" como na eleição que elegeu Doria, com o governador Geraldo Alckmin ao seu lado, e José Serra e Fernando Henrique Cardoso, de outro lado. A vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti (PP-PR), foi até Bia convidá-la a visitar seu Estado. Se disse encantada com a gestão de seu marido. "No trajeto do aeroporto até aqui, me chamou a atenção a organização da cidade, uma cidade mais limpa. Mas não só isso. Ele tem visão muito ampla", elogiou. Lu Alckmin, mulher do governador, não compareceu. Mas Bia disse que não tem a ver com a disputa silenciosa entre Doria e Alckmin pela candidatura presidencial. "A gente continua falando normalmente, entre nós não existe essa história de candidato, não candidato."
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Mulher de prefeito, Bia diz que ele é 'supercapacitado' para ser presidenteA primeira-dama do município de São Paulo, Bia Doria, "embrenhou-se na trilha do cangaço", navegou pelo rio São Francisco, viu "senhorinhas sentadas na corda fazendo crochê". Na Ilha do Ferro (AL), povoado ribeirinho com tradição de artesanato, enquanto a estilista Martha Medeiros trabalhava com rendeiras, Bia se ocupou dos maridos. "Os homens não têm profissão. Eu meio que [fiquei] direcionando, convencendo os maridos a fazerem artesanato com design, porque eles fazem um artesanato meio do jeito deles, então é um direcionamento no artesanato." "Lá é maravilhoso! Nós em São Paulo que estamos sofrendo. Quem vive no Nordeste é que é feliz. Tem ar puro, sol o ano inteiro, não tem que vir para São Paulo", disse. Dois meses depois de voltar da viagem, Bia e Martha inauguraram a coleção "Sertões", no hotel Palácio Tangará, cercado pelo parque Burle Marx, em São Paulo, na terça-feira (22), em um desfile para convidados. Do próprio marido, o prefeito João Doria (PSDB), Bia diz que não tem se ocupado —pelo menos não da agenda de viagens e articulações nacionais, com a qual ele tenta se viabilizar para disputar a Presidência em 2018. "João sai para trabalhar, as crianças vão para a escola e eu vou trabalhar. Não existe esse assunto nacional em casa." Mas Bia não se furta a elogiar sua vida política. "Eu acho que o meu marido é supercapacitado, se for [candidato]. O Brasil está precisando realmente de uma pessoa com uma visão de colocar o Brasil para andar." "João tem muita energia e uma capacidade de trabalho muito grande. Com certeza [seria um bom presidente]. João é um líder", afirmou. Inclusive no PSDB, partido do marido que vive crise após crise, Doria é hoje uma referência, segundo a primeira-dama. "Mesmo porque precisa de líder naquele partido, né...", afirmou. "Você quer saber de partido? Fala com ela!", disse Bia apontando para Valéria Perillo, mulher do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e a filha, Ana Luiza, 21, estudante de publicidade, que foram ao desfile. "A exposição das brigas internas é ruim para o partido", lamentou Valéria, filiada ao PSDB. "Eu torço para que todos se unam para vencer as eleições, porque o que a gente não quer é que o PT volte a governar o país." Ana Luiza disse que a "disputa de poder" entre tucanos "não devia acontecer" como na eleição que elegeu Doria, com o governador Geraldo Alckmin ao seu lado, e José Serra e Fernando Henrique Cardoso, de outro lado. A vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti (PP-PR), foi até Bia convidá-la a visitar seu Estado. Se disse encantada com a gestão de seu marido. "No trajeto do aeroporto até aqui, me chamou a atenção a organização da cidade, uma cidade mais limpa. Mas não só isso. Ele tem visão muito ampla", elogiou. Lu Alckmin, mulher do governador, não compareceu. Mas Bia disse que não tem a ver com a disputa silenciosa entre Doria e Alckmin pela candidatura presidencial. "A gente continua falando normalmente, entre nós não existe essa história de candidato, não candidato."
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Excepcionalmente hoje a coluna não é publicada.
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Com 120 atletas no país, pentatlo moderno vive 15 min de fama na abertura
PAULO ROBERTO CONDE ENVIADO ESPECIAL AO RIO O pentatlo moderno brasileiro dará uma volta olímpica em sua própria história na noite desta sexta-feira (5), no Maracanã, na abertura da Rio-2016. Pelas mãos de Yane Marques, 32, medalhista de bronze nos Jogos de Londres-2012, um esporte que praticamente inexiste no Brasil terá seus 15 minutos de fama. A pernambucana foi eleita, por votação popular, a porta-bandeira da delegação brasileira. A euforia contrasta com a situação de abandono que vive no Brasil. De acordo o presidente da CBPM (Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno), Helio Meirelles, o país tem apenas cerca de 120 atletas registrados competindo regularmente. A entidade, por exemplo, não tem patrocinadores e sobrevive de verba oriunda da Lei Piva (neste ano, tem previsão de receber R$ 2,6 milhões) e de convênios com o governo federal. Assim sendo, não poderia dar outra: tem apenas quatro funcionários contratados, com salários que variam entre R$ 1.700 e R$ 4.400. "É um esporte complicado e oneroso. Se eu tivesse um patrocinador, eu faria um contrato, e poderia flexibilizar o dinheiro", afirmou Meirelles, que apontou os custos de aquisição de espadas, armas, munição e cavalos como maiores entraves. O esporte compreende cinco modalidades: esgrima, equitação, natação, corrida e tiro. A combinação da pontuação obtida nas provas define as medalhas. O pentatlo foi criado pelo barão Pierre de Coubertin, idealizador dos Jogos Olímpicos modernos, e está no programa do evento desde Estocolmo-1912. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo No Brasil, essa tradição toda não fez a diferença. Segundo o dirigente, não há interessados diretos no pentatlo. A solução é recrutar atletas bons, mas não excepcionais, em outros esportes. Foi exatamente o caso de Yane, que era nadadora. Competidores oriundos do triatlo também são vistos como potenciais pentatletas, por serem versáteis. A CBPM usa duas estruturas no Nordeste como centro de treinamento, mas vive um paradoxo. Meirelles afirmou que é reticente em tentar lançar um programa de disseminação do esporte, basicamente porque não teria como manter o projeto. Falta dinheiro. "Não consigo fazer um trabalho de ampla divulgação do pentatlo. Se eu faço, não tenho dinheiro para dar sequência", contou. "Não temos como sustentar. Se eu enveredar por um caminho de alta complexidade, vou morrer." A entidade chegou a ter um centro de treinamento com cerca de cem atletas em Deodoro, na zona oeste do Rio, mantido por meio de uma parceria. Dois anos depois, a verba acabou e o projeto minguou. Os atletas que estavam sendo desenvolvidos se perderam. A situação é crítica a ponto de a CBPM não ter qualquer ingerência sobre o cotidiano de sua principal atleta. Todo o planejamento e custeio da programação de Yane é bancado pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil). Neste ciclo, a pentatleta já faturou duas medalhas em Mundiais. "A Yane foi um diamante encontrado que nós lapidamos. Mas não tenho condição de bancar, ela levaria 2/3 da minha verba anual, pelo nível em que está hoje", afirmou Meirelles. "Não interfiro em nada na Yane. Deixo ela com o COB. Não pergunto, não ligo, não sei por onde ela anda." A Folha tentou entrar em contato com a porta-bandeira para a reportagem, mas ela não respondeu aos contatos. Segundo o presidente, ela tem sido blindada pelo técnico, Alexandre França. Enquanto anda na direção contrária de potências como Rússia e Hungria, o pentatlo moderno brasileiro terá um raro momento no holofote nesta sexta. Chamada Medalhas
esporte
Com 120 atletas no país, pentatlo moderno vive 15 min de fama na abertura PAULO ROBERTO CONDE ENVIADO ESPECIAL AO RIO O pentatlo moderno brasileiro dará uma volta olímpica em sua própria história na noite desta sexta-feira (5), no Maracanã, na abertura da Rio-2016. Pelas mãos de Yane Marques, 32, medalhista de bronze nos Jogos de Londres-2012, um esporte que praticamente inexiste no Brasil terá seus 15 minutos de fama. A pernambucana foi eleita, por votação popular, a porta-bandeira da delegação brasileira. A euforia contrasta com a situação de abandono que vive no Brasil. De acordo o presidente da CBPM (Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno), Helio Meirelles, o país tem apenas cerca de 120 atletas registrados competindo regularmente. A entidade, por exemplo, não tem patrocinadores e sobrevive de verba oriunda da Lei Piva (neste ano, tem previsão de receber R$ 2,6 milhões) e de convênios com o governo federal. Assim sendo, não poderia dar outra: tem apenas quatro funcionários contratados, com salários que variam entre R$ 1.700 e R$ 4.400. "É um esporte complicado e oneroso. Se eu tivesse um patrocinador, eu faria um contrato, e poderia flexibilizar o dinheiro", afirmou Meirelles, que apontou os custos de aquisição de espadas, armas, munição e cavalos como maiores entraves. O esporte compreende cinco modalidades: esgrima, equitação, natação, corrida e tiro. A combinação da pontuação obtida nas provas define as medalhas. O pentatlo foi criado pelo barão Pierre de Coubertin, idealizador dos Jogos Olímpicos modernos, e está no programa do evento desde Estocolmo-1912. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo No Brasil, essa tradição toda não fez a diferença. Segundo o dirigente, não há interessados diretos no pentatlo. A solução é recrutar atletas bons, mas não excepcionais, em outros esportes. Foi exatamente o caso de Yane, que era nadadora. Competidores oriundos do triatlo também são vistos como potenciais pentatletas, por serem versáteis. A CBPM usa duas estruturas no Nordeste como centro de treinamento, mas vive um paradoxo. Meirelles afirmou que é reticente em tentar lançar um programa de disseminação do esporte, basicamente porque não teria como manter o projeto. Falta dinheiro. "Não consigo fazer um trabalho de ampla divulgação do pentatlo. Se eu faço, não tenho dinheiro para dar sequência", contou. "Não temos como sustentar. Se eu enveredar por um caminho de alta complexidade, vou morrer." A entidade chegou a ter um centro de treinamento com cerca de cem atletas em Deodoro, na zona oeste do Rio, mantido por meio de uma parceria. Dois anos depois, a verba acabou e o projeto minguou. Os atletas que estavam sendo desenvolvidos se perderam. A situação é crítica a ponto de a CBPM não ter qualquer ingerência sobre o cotidiano de sua principal atleta. Todo o planejamento e custeio da programação de Yane é bancado pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil). Neste ciclo, a pentatleta já faturou duas medalhas em Mundiais. "A Yane foi um diamante encontrado que nós lapidamos. Mas não tenho condição de bancar, ela levaria 2/3 da minha verba anual, pelo nível em que está hoje", afirmou Meirelles. "Não interfiro em nada na Yane. Deixo ela com o COB. Não pergunto, não ligo, não sei por onde ela anda." A Folha tentou entrar em contato com a porta-bandeira para a reportagem, mas ela não respondeu aos contatos. Segundo o presidente, ela tem sido blindada pelo técnico, Alexandre França. Enquanto anda na direção contrária de potências como Rússia e Hungria, o pentatlo moderno brasileiro terá um raro momento no holofote nesta sexta. Chamada Medalhas
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Ameaça para parentes voltarem a Cuba assusta profissionais do Mais Médicos
Com medo das ameaças do governo de Cuba para que seus familiares retornem ao país, médicos cubanos que atuam no interior paulista rejeitam até uma bolsa-auxílio oferecida a seus filhos. A Câmara Municipal de Agudos (a 313 km de São Paulo) aprovou no dia 2 um projeto de lei que prevê o pagamento de uma bolsa aos filhos de cubanos do Mais Médicos que atuam na cidade de 35 mil habitantes na região de Bauru. Para receberem R$ 550 por filho, os médicos precisam cadastrar a criança e comprovar sua dependência econômica e a permanência regular em território nacional. Passadas duas semanas da lei já regulamentada, no entanto, nenhum dos profissionais havia se cadastrado para receber o benefício. Reportagem publicada pela Folha na sexta (13) mostrou que o governo de Cuba ameaça substituir os médicos que insistam em manter os familiares no Brasil. A pressão é feita pela vice-ministra da Saúde, Estela Cristina Morales, e por seus assessores, que vêm se reunindo com médicos cubanos em várias cidades brasileiras. O principal argumento de Cuba é que o contrato de trabalho com os profissionais prevê apenas que eles possam receber visitas de parentes –sem menção a moradia. Há o receio de que a vinda de cônjuges e filhos estimule a fixação das famílias no país. Hoje, sete médicos cubanos atuam em Agudos. Um casal levou uma filha para morar com eles e outra médica levou dois filhos. Todo são menores de idade. Em outras cidades paulistas há crianças matriculadas na escola e cônjuges empregados com carteira assinada. A reportagem tentou falar com os médicos de Agudos, mas eles se recusaram a comentar a situação. Um deles disse apenas que não poderá aceitar o auxílio da prefeitura, sem explicar a razão. O prefeito Everton Octaviani (PMDB) afirmou que há "preocupação" entre os médicos em relação à situação dos filhos no Brasil. Ele disse, no entanto, que não mudará o "auxílio-filho". "Para nós nada muda, já que estamos cobertos de legalidade e os familiares dos médicos têm permissão para estar aqui no país." Funcionários da prefeitura, que não quiseram se identificar, disseram que os médicos "estão apavorados". O clima de medo também está presente em outros municípios brasileiros, afirma o clínico Gustavo Gusso, professor da USP e um dos supervisores do Mais Médicos. Segundo ele, outros tutores do programa relataram que, nos últimos dias, médicos tiveram crises de hipertensão e de enxaqueca, tamanho o nervosismo. O Ministério da Saúde tem conhecimento das pressões, mas afirma que o problema está fora de sua alçada, uma vez que o contrato com Cuba foi assinado por intermédio da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). O auxílio oferecido pela prefeitura divide a opinião dos moradores de Agudos. "Já fui atendido quatro vezes pelos cubanos e eles são mais atenciosos. Acredito que devemos incentivar a estadia deles, sim", afirmou o mototaxista Marco Grecco, 29. "Isso é um absurdo. A prefeitura deveria incentivar mais os médicos que são daqui", disse o desempregado João Márcio Albergoni, 38. Atualmente, Agudos investe R$ 10.850 mensais no Mais Médicos. Cada profissional recebe R$ 1.050 de auxílio-moradia e R$ 500 para alimentação. Além dos cubanos, cerca de cem médicos atuam na rede municipal.
cotidiano
Ameaça para parentes voltarem a Cuba assusta profissionais do Mais MédicosCom medo das ameaças do governo de Cuba para que seus familiares retornem ao país, médicos cubanos que atuam no interior paulista rejeitam até uma bolsa-auxílio oferecida a seus filhos. A Câmara Municipal de Agudos (a 313 km de São Paulo) aprovou no dia 2 um projeto de lei que prevê o pagamento de uma bolsa aos filhos de cubanos do Mais Médicos que atuam na cidade de 35 mil habitantes na região de Bauru. Para receberem R$ 550 por filho, os médicos precisam cadastrar a criança e comprovar sua dependência econômica e a permanência regular em território nacional. Passadas duas semanas da lei já regulamentada, no entanto, nenhum dos profissionais havia se cadastrado para receber o benefício. Reportagem publicada pela Folha na sexta (13) mostrou que o governo de Cuba ameaça substituir os médicos que insistam em manter os familiares no Brasil. A pressão é feita pela vice-ministra da Saúde, Estela Cristina Morales, e por seus assessores, que vêm se reunindo com médicos cubanos em várias cidades brasileiras. O principal argumento de Cuba é que o contrato de trabalho com os profissionais prevê apenas que eles possam receber visitas de parentes –sem menção a moradia. Há o receio de que a vinda de cônjuges e filhos estimule a fixação das famílias no país. Hoje, sete médicos cubanos atuam em Agudos. Um casal levou uma filha para morar com eles e outra médica levou dois filhos. Todo são menores de idade. Em outras cidades paulistas há crianças matriculadas na escola e cônjuges empregados com carteira assinada. A reportagem tentou falar com os médicos de Agudos, mas eles se recusaram a comentar a situação. Um deles disse apenas que não poderá aceitar o auxílio da prefeitura, sem explicar a razão. O prefeito Everton Octaviani (PMDB) afirmou que há "preocupação" entre os médicos em relação à situação dos filhos no Brasil. Ele disse, no entanto, que não mudará o "auxílio-filho". "Para nós nada muda, já que estamos cobertos de legalidade e os familiares dos médicos têm permissão para estar aqui no país." Funcionários da prefeitura, que não quiseram se identificar, disseram que os médicos "estão apavorados". O clima de medo também está presente em outros municípios brasileiros, afirma o clínico Gustavo Gusso, professor da USP e um dos supervisores do Mais Médicos. Segundo ele, outros tutores do programa relataram que, nos últimos dias, médicos tiveram crises de hipertensão e de enxaqueca, tamanho o nervosismo. O Ministério da Saúde tem conhecimento das pressões, mas afirma que o problema está fora de sua alçada, uma vez que o contrato com Cuba foi assinado por intermédio da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). O auxílio oferecido pela prefeitura divide a opinião dos moradores de Agudos. "Já fui atendido quatro vezes pelos cubanos e eles são mais atenciosos. Acredito que devemos incentivar a estadia deles, sim", afirmou o mototaxista Marco Grecco, 29. "Isso é um absurdo. A prefeitura deveria incentivar mais os médicos que são daqui", disse o desempregado João Márcio Albergoni, 38. Atualmente, Agudos investe R$ 10.850 mensais no Mais Médicos. Cada profissional recebe R$ 1.050 de auxílio-moradia e R$ 500 para alimentação. Além dos cubanos, cerca de cem médicos atuam na rede municipal.
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O índice Turuna
RIO DE JANEIRO - O Carnaval carioca não seria o mesmo sem a Casa Turuna. É uma loja que vende fantasias há cem anos –o centenário se completa em abril. Fica a um quilômetro do edifício-sede da Petrobras e está sentindo os efeitos do mau momento da economia. No ano passado, para cortar custos, reduziu seu terreno de 450 para 190 m², desfazendo-se do resto. A ampla entrada pela avenida Passos está fechada. Os acessos são laterais, pelas ruas da Alfândega e Senhor dos Passos. Já teve 66 funcionários. Após o Carnaval, terá 15. "Reajustei os preços das fantasias abaixo da inflação, senão ia vender menos. E 90% das compras são com cartão de crédito, parceladas em três vezes sem juros", conta o proprietário, Marcelo Servos. Ele é bisneto dos fundadores, dois imigrantes portugueses que se tornaram uma só família após o filho de um se casar com a filha do outro. Abriram a Casa Turuna no então epicentro do Carnaval carioca, a Praça Onze. Na década de 1940, a praça foi destruída para a passagem da avenida Presidente Vargas. Desde então, a loja está na principal região de comércio popular do Rio, conhecida como Saara. A loja ganhou o nome que tem por causa de um famoso bloco da época, Os Turunas. E um dos sócios era chamado de "Turuna", o que significava ser um valentão. A força do Carnaval de rua do Rio, com seus 456 blocos, mantém a Turuna viva. As fantasias mais procuradas não são as de momento, mas as tradicionais: melindrosa, marinheiro, bailarina, índio, baiana, árabe... Existem cerca de cem tipos. "Máscara de político é bom só para a imprensa. Vende pouco", diz Servos, 46 anos, desde os 15 trabalhando na Turuna. Sem filhos, ele planeja vender a marca daqui a uns dez anos, torcendo para que não acabe a Turuna e uma parte da história da cidade.
colunas
O índice TurunaRIO DE JANEIRO - O Carnaval carioca não seria o mesmo sem a Casa Turuna. É uma loja que vende fantasias há cem anos –o centenário se completa em abril. Fica a um quilômetro do edifício-sede da Petrobras e está sentindo os efeitos do mau momento da economia. No ano passado, para cortar custos, reduziu seu terreno de 450 para 190 m², desfazendo-se do resto. A ampla entrada pela avenida Passos está fechada. Os acessos são laterais, pelas ruas da Alfândega e Senhor dos Passos. Já teve 66 funcionários. Após o Carnaval, terá 15. "Reajustei os preços das fantasias abaixo da inflação, senão ia vender menos. E 90% das compras são com cartão de crédito, parceladas em três vezes sem juros", conta o proprietário, Marcelo Servos. Ele é bisneto dos fundadores, dois imigrantes portugueses que se tornaram uma só família após o filho de um se casar com a filha do outro. Abriram a Casa Turuna no então epicentro do Carnaval carioca, a Praça Onze. Na década de 1940, a praça foi destruída para a passagem da avenida Presidente Vargas. Desde então, a loja está na principal região de comércio popular do Rio, conhecida como Saara. A loja ganhou o nome que tem por causa de um famoso bloco da época, Os Turunas. E um dos sócios era chamado de "Turuna", o que significava ser um valentão. A força do Carnaval de rua do Rio, com seus 456 blocos, mantém a Turuna viva. As fantasias mais procuradas não são as de momento, mas as tradicionais: melindrosa, marinheiro, bailarina, índio, baiana, árabe... Existem cerca de cem tipos. "Máscara de político é bom só para a imprensa. Vende pouco", diz Servos, 46 anos, desde os 15 trabalhando na Turuna. Sem filhos, ele planeja vender a marca daqui a uns dez anos, torcendo para que não acabe a Turuna e uma parte da história da cidade.
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Líder petista diz que PF cometeu 'abuso de poder' em prisão de Dirceu
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (AC), afirmou na manhã desta segunda-feira (3) que há "abuso de poder" por parte da Polícia Federal na prisão do ex-ministro José Dirceu. "A PF está se metendo em assunto político, prendendo por mera suspeita, lidando com indícios e puxando o Brasil inteiro para uma situação perigosa. Daqui a pouco não existe mais direito", disse. Dirceu foi preso nesta segunda na 17ª fase da Operação Lava Jato, denominada Pixuleco. Para os investigadores, Dirceu foi um dos responsáveis por criar e comandar o esquema de corrupção na Petrobras quando era ministro da Casa Civil, no primeiro governo Lula. O líder petista no Senado, Humberto Costa (PE), preferiu não se manifestar por enquanto. Procurado, o Instituto Lula não se manifestou. A assessoria de imprensa do presidente do PT, Rui Falcão, ainda não sabe se ele irá se manifestar. Está marcada para a tarde desta segunda, em Brasília, uma reunião da maior corrente do PT, Construindo um Novo Brasil (CNB). Também hoje, a presidente Dilma Rousseff convidou lideranças da base aliada para um jantar no Palácio da Alvorada –esse encontro já estava previsto. Petistas acreditam que a prisão de Dirceu deve dominar a pauta de ambos os encontros. Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão e sócio de Dirceu na JD Consultoria, também foi detido. Outro detido é Roberto Marques, ex-assessor do petista. Eles estão na superintendência da PF em Brasília e devem ser transferidos para Curitiba, onde ficarão à disposição da 13ª Vara da Justiça Federal. As investigações apontam que o ex-ministro repetiu, na Petrobras, o mesmo esquema criado no mensalão. Segundo o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, Dirceu tinha "responsabilidade de indicar nomes" no primeiro governo Lula. "Ele aceitou a indicação de Renato Duque para a diretoria de Serviços na Petrobras, e essa diretoria começou todo um trabalho de cooptação de empreiteiras, dando início ao esquema na estatal", disse o procurador.
poder
Líder petista diz que PF cometeu 'abuso de poder' em prisão de DirceuO líder do PT na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (AC), afirmou na manhã desta segunda-feira (3) que há "abuso de poder" por parte da Polícia Federal na prisão do ex-ministro José Dirceu. "A PF está se metendo em assunto político, prendendo por mera suspeita, lidando com indícios e puxando o Brasil inteiro para uma situação perigosa. Daqui a pouco não existe mais direito", disse. Dirceu foi preso nesta segunda na 17ª fase da Operação Lava Jato, denominada Pixuleco. Para os investigadores, Dirceu foi um dos responsáveis por criar e comandar o esquema de corrupção na Petrobras quando era ministro da Casa Civil, no primeiro governo Lula. O líder petista no Senado, Humberto Costa (PE), preferiu não se manifestar por enquanto. Procurado, o Instituto Lula não se manifestou. A assessoria de imprensa do presidente do PT, Rui Falcão, ainda não sabe se ele irá se manifestar. Está marcada para a tarde desta segunda, em Brasília, uma reunião da maior corrente do PT, Construindo um Novo Brasil (CNB). Também hoje, a presidente Dilma Rousseff convidou lideranças da base aliada para um jantar no Palácio da Alvorada –esse encontro já estava previsto. Petistas acreditam que a prisão de Dirceu deve dominar a pauta de ambos os encontros. Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão e sócio de Dirceu na JD Consultoria, também foi detido. Outro detido é Roberto Marques, ex-assessor do petista. Eles estão na superintendência da PF em Brasília e devem ser transferidos para Curitiba, onde ficarão à disposição da 13ª Vara da Justiça Federal. As investigações apontam que o ex-ministro repetiu, na Petrobras, o mesmo esquema criado no mensalão. Segundo o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, Dirceu tinha "responsabilidade de indicar nomes" no primeiro governo Lula. "Ele aceitou a indicação de Renato Duque para a diretoria de Serviços na Petrobras, e essa diretoria começou todo um trabalho de cooptação de empreiteiras, dando início ao esquema na estatal", disse o procurador.
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Partido da Mulher Brasileira oferece fundo para atrair deputados
Trigésima quinta sigla brasileira criada, o PMB (Partido da Mulher Brasileira) já forma a 10ª maior bancada da Câmara dos Deputados –com 20 integrantes, 18 deles homens–, superando em menos de dois meses de existência o peso de partidos históricos da política brasileira como PC do B, PPS e PV. Longe de possíveis afinidades com bandeiras de gênero, deputados migraram para a nova sigla por divergências com as anteriores e atraídos por uma oferta rara no mundo político: o repasse aos diretórios regionais, que os congressistas irão comandar, de 50% do dinheiro do fundo partidário que a sigla terá direito devido à votação que cada um deles teve em 2014. O fundo partidário é dinheiro público e é a maior fonte de receita dos partidos, que o usa prioritariamente para gastos eleitorais. O fundo deve distribuir em 2016 R$ 911 milhões às 35 siglas. A maior parte do valor que cada uma delas recebe é proporcional aos votos que os candidatos a deputado federal desses partidos receberam nas últimas eleições. O PMB não existia em 2014. Logo, não teve candidatos. Mas aqueles que agora migrarem para a nova sigla levam para ela o fundo partidário que as suas votações proporcionaram. Tome-se o exemplo do novo líder da bancada do PMB, Domingos Neto (CE), que rompeu com sua antiga legenda, o Pros. Ele obteve na eleição do ano passado 185 mil votos, o que deve render para o Partido da Mulher R$ 1,8 milhão em 2016. Pela regra estabelecida no estatuto do novo partido, R$ 900 mil irão para o diretório do Ceará, que será comandado por Neto. O Pros, em comparação, estabelece em seu estatuto repasse aos diretórios de apenas 5% do fundo. O partido diz que prefere montar e oferecer infraestrutura aos Estados em vez de dinheiro. O objetivo de Neto era ir para o Partido Liberal, do ministro Gilberto Kassab (Cidades), mas a sigla ainda não conseguiu sair do papel. Os 20 parlamentares do Partido da Mulher -a meta é chegar a 25 até a primeira quinzena de dezembro- vieram majoritariamente de legendas nanicas: entre elas o PMN, que estabelece repasse zero do fundo aos Estados em seu estatuto. PASSE LIVRE Além da promessa de controlar metade da verba do fundo partidário, alguns dos deputados que ingressaram no PMB também conseguiram passe livre para deixar a sigla daqui a dois anos. Pela reforma eleitoral recentemente aprovada, em março de 2018 será aberta uma janela para a troca de deputados entre as siglas sem o risco de cassação por infidelidade partidária. Alguns deputados já se comprometeram a ir para outras legendas nessa data, o que não podem fazer agora devido às regras de fidelidade partidária -hoje só novas legendas podem receber livremente filiações, por um prazo de 30 dias. Toninho Wandscheer (PR), ex-PT, é evangélico e disse que tinha divergências com algumas bandeiras progressistas da ex-legenda. Ele nega ter conversado sobre fundo partidário, mas afirma considerar justo que o PMB tenha como base de sua relação os deputados federais. "Se houve ou se não houve [a proposta], não vejo problema", disse o deputado. Ele afirma ter compromisso de ir para o Pros em 2018, mas que irá avaliar até lá sua situação. Valtenir Pereira (MT), outro ex-Pros, afirma que o diálogo com o novo partido envolveu a necessidade de apoio à direção estadual, sem estabelecimento de valores. "É para a gente poder construir o partido, uma vez que é um partido novo. Vai precisar [de recurso] para divulgar seu programa, vai precisar bastante de fazer formação política, dos quadros, e tudo mais", declara. Valtenir afirma ter conversa adiantada com o PR para 2018, mas que irá avaliar até lá o que é melhor para o seu grupo político. Alguns parlamentares relataram à Folha que colegas estariam pressionando seus atuais partidos a "cobrir" a oferta do PMB, sob a ameaça de debandada. O Pros, que agora está com 10 deputados, seria um desses alvos. OUTRO LADO A maranhense Suêd Haidar, 50, presidente nacional do Partido da Mulher Brasileira (PMB), declara que o generoso repasse aos diretórios regionais tem o objetivo de fortalecer a formação política do partido. "O que nós estamos trabalhando é para que o Fundo Partidário seja realmente aplicado para se fazer política, vamos construir escolas de política em todos os Estados. Entendemos que a atração [para os deputados], na realidade, é todo o material que vamos desenvolver e aplicar dentro dos Estados aonde tem deputados federais", afirma ela. Haidar diz que a predominância de parlamentares homens na nova agremiação não é problema. O importante, segundo ela, é a defesa de bandeiras. "A avaliação é a de que os homens que estão vindo e que ainda virão são pessoas que vieram com o propósito de defender nossas bandeiras e nosso projeto em conjunto", declara. PORTAS ABERTAS Uma das duas mulheres da bancada de deputados federais, Brunny (MG), egressa do PTC, também diz não ver inconveniente em uma bancada que é quase totalmente masculina. "O PMB é um partido que representa as mulheres, mas que está com portas abertas para todos, inclusive os homens, que se disponham a batalhar pelos nossos direitos", diz ela. Já o líder da bancada na Câmara dos Deputados, Domingos Neto (CE), afirmou desconhecer a existência de conversas sobre repasse do fundo partidário para atrair deputados. Questionado se havia deputados cobrando tratamento similar na distribuição de recursos do Fundo Partidário, sob ameaça de deixar a legenda, o Pros não quis se manifestar.
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Partido da Mulher Brasileira oferece fundo para atrair deputadosTrigésima quinta sigla brasileira criada, o PMB (Partido da Mulher Brasileira) já forma a 10ª maior bancada da Câmara dos Deputados –com 20 integrantes, 18 deles homens–, superando em menos de dois meses de existência o peso de partidos históricos da política brasileira como PC do B, PPS e PV. Longe de possíveis afinidades com bandeiras de gênero, deputados migraram para a nova sigla por divergências com as anteriores e atraídos por uma oferta rara no mundo político: o repasse aos diretórios regionais, que os congressistas irão comandar, de 50% do dinheiro do fundo partidário que a sigla terá direito devido à votação que cada um deles teve em 2014. O fundo partidário é dinheiro público e é a maior fonte de receita dos partidos, que o usa prioritariamente para gastos eleitorais. O fundo deve distribuir em 2016 R$ 911 milhões às 35 siglas. A maior parte do valor que cada uma delas recebe é proporcional aos votos que os candidatos a deputado federal desses partidos receberam nas últimas eleições. O PMB não existia em 2014. Logo, não teve candidatos. Mas aqueles que agora migrarem para a nova sigla levam para ela o fundo partidário que as suas votações proporcionaram. Tome-se o exemplo do novo líder da bancada do PMB, Domingos Neto (CE), que rompeu com sua antiga legenda, o Pros. Ele obteve na eleição do ano passado 185 mil votos, o que deve render para o Partido da Mulher R$ 1,8 milhão em 2016. Pela regra estabelecida no estatuto do novo partido, R$ 900 mil irão para o diretório do Ceará, que será comandado por Neto. O Pros, em comparação, estabelece em seu estatuto repasse aos diretórios de apenas 5% do fundo. O partido diz que prefere montar e oferecer infraestrutura aos Estados em vez de dinheiro. O objetivo de Neto era ir para o Partido Liberal, do ministro Gilberto Kassab (Cidades), mas a sigla ainda não conseguiu sair do papel. Os 20 parlamentares do Partido da Mulher -a meta é chegar a 25 até a primeira quinzena de dezembro- vieram majoritariamente de legendas nanicas: entre elas o PMN, que estabelece repasse zero do fundo aos Estados em seu estatuto. PASSE LIVRE Além da promessa de controlar metade da verba do fundo partidário, alguns dos deputados que ingressaram no PMB também conseguiram passe livre para deixar a sigla daqui a dois anos. Pela reforma eleitoral recentemente aprovada, em março de 2018 será aberta uma janela para a troca de deputados entre as siglas sem o risco de cassação por infidelidade partidária. Alguns deputados já se comprometeram a ir para outras legendas nessa data, o que não podem fazer agora devido às regras de fidelidade partidária -hoje só novas legendas podem receber livremente filiações, por um prazo de 30 dias. Toninho Wandscheer (PR), ex-PT, é evangélico e disse que tinha divergências com algumas bandeiras progressistas da ex-legenda. Ele nega ter conversado sobre fundo partidário, mas afirma considerar justo que o PMB tenha como base de sua relação os deputados federais. "Se houve ou se não houve [a proposta], não vejo problema", disse o deputado. Ele afirma ter compromisso de ir para o Pros em 2018, mas que irá avaliar até lá sua situação. Valtenir Pereira (MT), outro ex-Pros, afirma que o diálogo com o novo partido envolveu a necessidade de apoio à direção estadual, sem estabelecimento de valores. "É para a gente poder construir o partido, uma vez que é um partido novo. Vai precisar [de recurso] para divulgar seu programa, vai precisar bastante de fazer formação política, dos quadros, e tudo mais", declara. Valtenir afirma ter conversa adiantada com o PR para 2018, mas que irá avaliar até lá o que é melhor para o seu grupo político. Alguns parlamentares relataram à Folha que colegas estariam pressionando seus atuais partidos a "cobrir" a oferta do PMB, sob a ameaça de debandada. O Pros, que agora está com 10 deputados, seria um desses alvos. OUTRO LADO A maranhense Suêd Haidar, 50, presidente nacional do Partido da Mulher Brasileira (PMB), declara que o generoso repasse aos diretórios regionais tem o objetivo de fortalecer a formação política do partido. "O que nós estamos trabalhando é para que o Fundo Partidário seja realmente aplicado para se fazer política, vamos construir escolas de política em todos os Estados. Entendemos que a atração [para os deputados], na realidade, é todo o material que vamos desenvolver e aplicar dentro dos Estados aonde tem deputados federais", afirma ela. Haidar diz que a predominância de parlamentares homens na nova agremiação não é problema. O importante, segundo ela, é a defesa de bandeiras. "A avaliação é a de que os homens que estão vindo e que ainda virão são pessoas que vieram com o propósito de defender nossas bandeiras e nosso projeto em conjunto", declara. PORTAS ABERTAS Uma das duas mulheres da bancada de deputados federais, Brunny (MG), egressa do PTC, também diz não ver inconveniente em uma bancada que é quase totalmente masculina. "O PMB é um partido que representa as mulheres, mas que está com portas abertas para todos, inclusive os homens, que se disponham a batalhar pelos nossos direitos", diz ela. Já o líder da bancada na Câmara dos Deputados, Domingos Neto (CE), afirmou desconhecer a existência de conversas sobre repasse do fundo partidário para atrair deputados. Questionado se havia deputados cobrando tratamento similar na distribuição de recursos do Fundo Partidário, sob ameaça de deixar a legenda, o Pros não quis se manifestar.
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Carta com plano original de autor para 'Game of Thrones' é revelada
Uma carta do escritor George R.R. Martin para seu agente, enviada em outubro de 1993, foi publicada na internet revelando seus planos para a saga "As Crônicas de Gelo e Fogo", que inspiram a série "Game of Thrones", da HBO. Muita coisa mudou. (Atenção: essa reportagem contém spoilers tanto dos livros quanto da série televisiva.) Em 1993, Martin planejava fazer uma trilogia. Por enquanto, foram lançados cinco volumes —o sexto não deve ser publicado neste ano segundo a editora HarperCollins, que publica seus livros em inglês. Desde o início o plano era matar Ned Stark e sua mulher, Catelyn. Enquanto a morte de Ned se desenrolou como previsto, a de Catelyn seria bastante diferente. Após a morte do marido, ela fugiria para o norte, para além da Muralha, e seria capturada por Mance Rayder, morrendo pelas mãos de seu grupo. Sansa Stark iria se casar com Joffrey e teria um filho com ele. Joffrey, por sua vez, encontraria Robb Stark em uma batalha, na qual este seria derrotado e morto por Jaime e Tyrion Lannister. A trajetória de Arya Stark é a mais diferente do plano inicial. Ela e Jon Snow iriam se apaixonar e seriam atormentados pelo fato de que Jon fez votos de castidade e de que são meio-irmãos —pelo menos "até o segredo da verdadeira paternidade de Jon ser revelado no último livro". Tyrion também deveria se apaixonar por Arya. Seu irmão, Jaime, mataria todos os postulantes ao Trono de Ferro e culparia Tyrion pelos assassinatos. Exilado, ele se uniria aos Stark para derrubar Jamie, encantando-se por Arya. Khal Drogo também já estava fadado a morrer, mas de um modo diferente: ressentida pelo fato de o marido ter matado seu irmão, Daenerys o assassinaria, chegando a Westeros no segundo volume da trilogia.
ilustrada
Carta com plano original de autor para 'Game of Thrones' é reveladaUma carta do escritor George R.R. Martin para seu agente, enviada em outubro de 1993, foi publicada na internet revelando seus planos para a saga "As Crônicas de Gelo e Fogo", que inspiram a série "Game of Thrones", da HBO. Muita coisa mudou. (Atenção: essa reportagem contém spoilers tanto dos livros quanto da série televisiva.) Em 1993, Martin planejava fazer uma trilogia. Por enquanto, foram lançados cinco volumes —o sexto não deve ser publicado neste ano segundo a editora HarperCollins, que publica seus livros em inglês. Desde o início o plano era matar Ned Stark e sua mulher, Catelyn. Enquanto a morte de Ned se desenrolou como previsto, a de Catelyn seria bastante diferente. Após a morte do marido, ela fugiria para o norte, para além da Muralha, e seria capturada por Mance Rayder, morrendo pelas mãos de seu grupo. Sansa Stark iria se casar com Joffrey e teria um filho com ele. Joffrey, por sua vez, encontraria Robb Stark em uma batalha, na qual este seria derrotado e morto por Jaime e Tyrion Lannister. A trajetória de Arya Stark é a mais diferente do plano inicial. Ela e Jon Snow iriam se apaixonar e seriam atormentados pelo fato de que Jon fez votos de castidade e de que são meio-irmãos —pelo menos "até o segredo da verdadeira paternidade de Jon ser revelado no último livro". Tyrion também deveria se apaixonar por Arya. Seu irmão, Jaime, mataria todos os postulantes ao Trono de Ferro e culparia Tyrion pelos assassinatos. Exilado, ele se uniria aos Stark para derrubar Jamie, encantando-se por Arya. Khal Drogo também já estava fadado a morrer, mas de um modo diferente: ressentida pelo fato de o marido ter matado seu irmão, Daenerys o assassinaria, chegando a Westeros no segundo volume da trilogia.
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Não vou ficar agradecendo o governo Dilma, diz nova presidente da UNE
Entre o retrocesso e o avanço, a pauta da primeira semana da nova presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) Carina Vitral foi, no mínimo, agitada. Aluna do sexto período de economia na PUC-SP, a santista, de 26 anos, esteve na Câmara na quarta-feira (10) onde diz ter ouvido do ministro da Educação Renato Janine Ribeiro que a entidade será ouvida sobre os rumos do Fies (programa de financiamento universitário). No mesmo dia, Carina acompanhou a reunião da comissão que votaria o projeto de emenda à Constituição que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos. Saiu de lá sob o efeito de spray de pimenta, retirada por policiais. A votação acabou adiada. Ante aos problemas causados pela redução de verbas para o setor neste ano, como no Fies (programa oficial de financiamento universitário), ela reconhece os avanços dos programas educacionais nas gestões do PT, mas cobra mais transparência nessa área. "Eu não vou ficar agradecendo o resto da vida por um direito." * Folha - Qual a diferença de ter um presidente da UNE de faculdade particular? Carina Vitral - Isso se deve a uma mudança de composição da UNE. Hoje, o desafio é formular uma agenda para quem já teve alguns direitos [garantidos]. Além do Prouni, por exemplo, que é uma conquista também da UNE, mas que já faz dez anos, qual outro direito? Jovem é assim. Eu não vou ficar agradecendo o resto da vida por um direito. Eu quero mais. O que, por exemplo? Passe livre, por exemplo. Bandejão em universidades privadas... Como a UNE acompanha os problemas no Fies? O início do semestre foi muito conturbado e prejudicou muito os estudantes. No geral, algumas propostas foram positivas e beneficiaram os alunos como o teto para o reajuste das mensalidades. O problema é que isso foi feito da noite para o dia, sem avisar, muito próximo do período de abertura dos contratos. Vemos com preocupação algumas propostas, como o aumento de juros. Se você já baixou a renda, vai aumentar o juros justamente para a baixa renda? Nossa régua é o direito dos estudantes. A UNE está sendo ouvida pelo MEC? O ministro nos disse que quer nos ouvir sobre o Fies. Estamos para marcar uma semana exclusivamente sobre isso. Não dá para ter pequenas mudanças. É preciso uma reformulação completa. Qual o problema do Fies? Transparência. É o único programa educacional cujo controle está na mão dos empresários. Por exemplo, por que [as vagas para] o Fies não é selecionado pelo Sisu? Hoje o aluno passa no vestibular, vai na comissão interna da faculdade e entrega os documentos. Fazer um Fies na PUC, por exemplo, que não tem fins lucrativos, é muito mais rígido que em outras universidades [que querem mais contratos]. Faltou discussão sobre os rumos do programa? Estamos em um período em que esses programas precisam de um balanço. Todo programa é assim, passam uns dez anos é preciso avaliar o que está dando certo, o que está dando errado, o que é demais, de menos. O Fies é um deles que precisamos entender, existiu exagero por parte das universidades, um certo descontrole. A transparência vai beneficiar os estudantes. Hoje, o aluno entra na faculdade e vai assinar o contrato no final de junho, se não conseguir está endividado em seis meses. Você entra contando com esse contrato. Como eram quase que ilimitados, todo mundo conseguia. Neste ano, muitos não conseguiram e estão endividados, vão ficar inadimplentes. De quem partiu a reação na Câmara que acabou com policiais usando gás de pimenta? O presidente da comissão iria encaminhar a votação. Ele não ia nem apreciar o relatório e iria mandar direto para a votação. Sob o protesto de alguns deputados começamos a entoar palavras de ordem. Os deputados conservadores começaram a nos ofender. Alberto Fraga (DEM-DF), principalmente. O mesmo que bateu boca com a Jandira Feghali (PC do B), o do 'Se bate como homem, mulher tem que apanhar como homem'. Falavam coisas como: 'isso aqui virou um antro de piranhas e viadinhos'. Por que a maioridade penal está na pauta da UNE? Porque reduzir é um retrocesso para toda a juventude. A UNE, além de ser representativa para todos os estudantes, que é um ponto de partida que não deve perder, sempre foi chamada para opinar sobre diversas questões. Ao longo da história, seja na resistência à ditadura, ou na reconstrução da democracia, a UNE participa de tudo. Os movimentos sociais vivem um momento de repressão? A crise econômica uniu alguns setores que eram fragmentados. A direita, os conservadores, os reacionários. Tem muita gente saindo do armário –no mau sentido– a eleição do Eduardo Cunha para a presidência da Câmara é um símbolo disso. Hoje em dia fazemos manifestação no Congresso e a repressão é com gás de pimenta. Você é filiada ao PCdoB. Como analisa a atuação dos aliados do governo, e do Congresso? Um bom amigo não fala só o que você quer ouvir. Quando preciso, tem que falar o que não quer ouvir também. Na última eleição [para presidente], a direita caiu, mais caiu atirando, como diz o "capitão Nascimento". O Congresso reflete isso, mas também é o fruto de um sistema de financiamento privado. O que é o Eduardo Cunha (PMDB) se não a expressão do financiamento privado de campanhas? Existe resistência a esse conservadorismo? Sim, acho que nem tudo se perdeu. Qual a autocritica você faz em relação à atuação dos movimentos sociais e, da UNE especificamente, no cenário que levou a essa radicalização? Ainda não é a direita que 'emociona' os jovens no Brasil. Se você comparar duas manifestações recentes como Junho de 2013, que foi essencialmente jovem, com uma pauta progressista, luta pelo transporte público e pela redução das tarifas, com a do dia 15 de maio, do Fora Dilma, da direita, essa foi uma manifestação absolutamente envelhecida. Como analisa lideranças jovens, como Kim Kataguiri, do Movimento Brasil Livre? Não acho que isso cole dentro da universidade. O jovem não é de direita. Nossa geração é mais contraditória do que conservadora. Por que digo isso? Do ponto de vista dos direitos civis, como o casamento homoafetivo, inclusão social, a própria mudança cultural, não é um jovem conservador. Mas há o 'prounista' que é contra as cotas, é reflexo de uma geração que ascendeu a direitos, mas que debateu pouco sobre esses direitos. Muitos pensam que essas conquistas são individuais, e quando você não percebe isso como vitórias coletivas, não consegue ter um ganho de consciência. Mas fale sobre a retirada desses direitos, esses jovens lutam com unhas e dentes contra. A UNE ainda os representa? Sim, vivemos um processo de adaptação da composição, 60% dos delegados no congresso da UNE eram 'prounistas', estudantes com Fies ou cotistas. Também estamos adaptando nossas pautas. - RAIO-X CARINA VITRAL, 26 - Natural de Santos (SP) - Presidente da UNE - Presidente da UEE (União Estadual dos Estudantes de São Paulo) - Aluna do sexto período de economia na PUC-SP
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Não vou ficar agradecendo o governo Dilma, diz nova presidente da UNEEntre o retrocesso e o avanço, a pauta da primeira semana da nova presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) Carina Vitral foi, no mínimo, agitada. Aluna do sexto período de economia na PUC-SP, a santista, de 26 anos, esteve na Câmara na quarta-feira (10) onde diz ter ouvido do ministro da Educação Renato Janine Ribeiro que a entidade será ouvida sobre os rumos do Fies (programa de financiamento universitário). No mesmo dia, Carina acompanhou a reunião da comissão que votaria o projeto de emenda à Constituição que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos. Saiu de lá sob o efeito de spray de pimenta, retirada por policiais. A votação acabou adiada. Ante aos problemas causados pela redução de verbas para o setor neste ano, como no Fies (programa oficial de financiamento universitário), ela reconhece os avanços dos programas educacionais nas gestões do PT, mas cobra mais transparência nessa área. "Eu não vou ficar agradecendo o resto da vida por um direito." * Folha - Qual a diferença de ter um presidente da UNE de faculdade particular? Carina Vitral - Isso se deve a uma mudança de composição da UNE. Hoje, o desafio é formular uma agenda para quem já teve alguns direitos [garantidos]. Além do Prouni, por exemplo, que é uma conquista também da UNE, mas que já faz dez anos, qual outro direito? Jovem é assim. Eu não vou ficar agradecendo o resto da vida por um direito. Eu quero mais. O que, por exemplo? Passe livre, por exemplo. Bandejão em universidades privadas... Como a UNE acompanha os problemas no Fies? O início do semestre foi muito conturbado e prejudicou muito os estudantes. No geral, algumas propostas foram positivas e beneficiaram os alunos como o teto para o reajuste das mensalidades. O problema é que isso foi feito da noite para o dia, sem avisar, muito próximo do período de abertura dos contratos. Vemos com preocupação algumas propostas, como o aumento de juros. Se você já baixou a renda, vai aumentar o juros justamente para a baixa renda? Nossa régua é o direito dos estudantes. A UNE está sendo ouvida pelo MEC? O ministro nos disse que quer nos ouvir sobre o Fies. Estamos para marcar uma semana exclusivamente sobre isso. Não dá para ter pequenas mudanças. É preciso uma reformulação completa. Qual o problema do Fies? Transparência. É o único programa educacional cujo controle está na mão dos empresários. Por exemplo, por que [as vagas para] o Fies não é selecionado pelo Sisu? Hoje o aluno passa no vestibular, vai na comissão interna da faculdade e entrega os documentos. Fazer um Fies na PUC, por exemplo, que não tem fins lucrativos, é muito mais rígido que em outras universidades [que querem mais contratos]. Faltou discussão sobre os rumos do programa? Estamos em um período em que esses programas precisam de um balanço. Todo programa é assim, passam uns dez anos é preciso avaliar o que está dando certo, o que está dando errado, o que é demais, de menos. O Fies é um deles que precisamos entender, existiu exagero por parte das universidades, um certo descontrole. A transparência vai beneficiar os estudantes. Hoje, o aluno entra na faculdade e vai assinar o contrato no final de junho, se não conseguir está endividado em seis meses. Você entra contando com esse contrato. Como eram quase que ilimitados, todo mundo conseguia. Neste ano, muitos não conseguiram e estão endividados, vão ficar inadimplentes. De quem partiu a reação na Câmara que acabou com policiais usando gás de pimenta? O presidente da comissão iria encaminhar a votação. Ele não ia nem apreciar o relatório e iria mandar direto para a votação. Sob o protesto de alguns deputados começamos a entoar palavras de ordem. Os deputados conservadores começaram a nos ofender. Alberto Fraga (DEM-DF), principalmente. O mesmo que bateu boca com a Jandira Feghali (PC do B), o do 'Se bate como homem, mulher tem que apanhar como homem'. Falavam coisas como: 'isso aqui virou um antro de piranhas e viadinhos'. Por que a maioridade penal está na pauta da UNE? Porque reduzir é um retrocesso para toda a juventude. A UNE, além de ser representativa para todos os estudantes, que é um ponto de partida que não deve perder, sempre foi chamada para opinar sobre diversas questões. Ao longo da história, seja na resistência à ditadura, ou na reconstrução da democracia, a UNE participa de tudo. Os movimentos sociais vivem um momento de repressão? A crise econômica uniu alguns setores que eram fragmentados. A direita, os conservadores, os reacionários. Tem muita gente saindo do armário –no mau sentido– a eleição do Eduardo Cunha para a presidência da Câmara é um símbolo disso. Hoje em dia fazemos manifestação no Congresso e a repressão é com gás de pimenta. Você é filiada ao PCdoB. Como analisa a atuação dos aliados do governo, e do Congresso? Um bom amigo não fala só o que você quer ouvir. Quando preciso, tem que falar o que não quer ouvir também. Na última eleição [para presidente], a direita caiu, mais caiu atirando, como diz o "capitão Nascimento". O Congresso reflete isso, mas também é o fruto de um sistema de financiamento privado. O que é o Eduardo Cunha (PMDB) se não a expressão do financiamento privado de campanhas? Existe resistência a esse conservadorismo? Sim, acho que nem tudo se perdeu. Qual a autocritica você faz em relação à atuação dos movimentos sociais e, da UNE especificamente, no cenário que levou a essa radicalização? Ainda não é a direita que 'emociona' os jovens no Brasil. Se você comparar duas manifestações recentes como Junho de 2013, que foi essencialmente jovem, com uma pauta progressista, luta pelo transporte público e pela redução das tarifas, com a do dia 15 de maio, do Fora Dilma, da direita, essa foi uma manifestação absolutamente envelhecida. Como analisa lideranças jovens, como Kim Kataguiri, do Movimento Brasil Livre? Não acho que isso cole dentro da universidade. O jovem não é de direita. Nossa geração é mais contraditória do que conservadora. Por que digo isso? Do ponto de vista dos direitos civis, como o casamento homoafetivo, inclusão social, a própria mudança cultural, não é um jovem conservador. Mas há o 'prounista' que é contra as cotas, é reflexo de uma geração que ascendeu a direitos, mas que debateu pouco sobre esses direitos. Muitos pensam que essas conquistas são individuais, e quando você não percebe isso como vitórias coletivas, não consegue ter um ganho de consciência. Mas fale sobre a retirada desses direitos, esses jovens lutam com unhas e dentes contra. A UNE ainda os representa? Sim, vivemos um processo de adaptação da composição, 60% dos delegados no congresso da UNE eram 'prounistas', estudantes com Fies ou cotistas. Também estamos adaptando nossas pautas. - RAIO-X CARINA VITRAL, 26 - Natural de Santos (SP) - Presidente da UNE - Presidente da UEE (União Estadual dos Estudantes de São Paulo) - Aluna do sexto período de economia na PUC-SP
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Haddad demite indicados pelo PMDB a cargos na Prefeitura de São Paulo
A entrada da senadora Marta Suplicy (SP) no PMDB provocou demissões de indicados do partido a cargos na Prefeitura de São Paulo. Embora o prefeito Fernando Haddad (PT) negue motivação política, ao menos 30 afilhados do PMDB foram exonerados após a filiação da senadora, no fim de setembro. A queixa parte dos responsáveis pelas indicações, como o vereador Ricardo Nunes. "Foi traumático", diz ele. Marta e Haddad podem vir a se enfrentar pela Prefeitura em 2016. Para alguns petistas, o prefeito daria munição à rival se mantivesse os indicados, em condição de atuarem como cabos eleitorais. Por isso, os secretários Chico Macena (Subprefeituras) e José Américo (Relações Governamentais) fizeram uma lista de demissíveis, como conta um dos secretários que a receberam. No último dia 8, o "Diário Oficial" listou 27 exonerados da Secretaria de Educação, chefiada por Gabriel Chalita, peemedebista que se mantém fiel a Haddad. No dia 17, outros 19, como a diretora de Programas Especiais da Capela do Socorro, Ana Paula Ciampi, indicada por vereadores do PMDB. No dia 21, Francisco Canindé, outro indicado, perdeu a supervisão de cultura da subprefeitura de Santo Amaro. As exonerações começaram em outubro, com a demissão de um secretário, seu adjunto e dois subprefeitos. Três supervisoras estão entre os demitidos da pasta da Assistência Social, chefiada por Luciana Temer, filha do vice-presidente, Michel Temer. No dia 16, foi a vez de Marianne Pinotti (Pessoa com Deficiência) exonerar o chefe de gabinete, Bruno Gabriel Mesquita, presidente da Juventude do PMDB. Apoiador de Marta, foi substituído por João Paulo de Freitas, que foi secretário de Chalita quando este era deputado federal. Chalita é apontado por peemedebistas como coautor da lista de demissíveis. Sua assessoria diz que as decisões obedecem a critérios técnicos e que as secretarias têm autonomia para tomá-las. Os cortes continuarão em 2016. Em janeiro será oficializada a exoneração do diretor regional de Educação da Capela do Socorro, Marivaldo Santos Souza. Sua saída foi anunciada após Marta participar do aniversário do CEU de Parelheiros (sob jurisdição dele) no último dia 5. A assessoria de Haddad afirma que as demissões obedecem a critérios técnicos. Colaboraram REYNALDO TUROLLO JR. e THAIS ARBEX, de São Paulo
poder
Haddad demite indicados pelo PMDB a cargos na Prefeitura de São PauloA entrada da senadora Marta Suplicy (SP) no PMDB provocou demissões de indicados do partido a cargos na Prefeitura de São Paulo. Embora o prefeito Fernando Haddad (PT) negue motivação política, ao menos 30 afilhados do PMDB foram exonerados após a filiação da senadora, no fim de setembro. A queixa parte dos responsáveis pelas indicações, como o vereador Ricardo Nunes. "Foi traumático", diz ele. Marta e Haddad podem vir a se enfrentar pela Prefeitura em 2016. Para alguns petistas, o prefeito daria munição à rival se mantivesse os indicados, em condição de atuarem como cabos eleitorais. Por isso, os secretários Chico Macena (Subprefeituras) e José Américo (Relações Governamentais) fizeram uma lista de demissíveis, como conta um dos secretários que a receberam. No último dia 8, o "Diário Oficial" listou 27 exonerados da Secretaria de Educação, chefiada por Gabriel Chalita, peemedebista que se mantém fiel a Haddad. No dia 17, outros 19, como a diretora de Programas Especiais da Capela do Socorro, Ana Paula Ciampi, indicada por vereadores do PMDB. No dia 21, Francisco Canindé, outro indicado, perdeu a supervisão de cultura da subprefeitura de Santo Amaro. As exonerações começaram em outubro, com a demissão de um secretário, seu adjunto e dois subprefeitos. Três supervisoras estão entre os demitidos da pasta da Assistência Social, chefiada por Luciana Temer, filha do vice-presidente, Michel Temer. No dia 16, foi a vez de Marianne Pinotti (Pessoa com Deficiência) exonerar o chefe de gabinete, Bruno Gabriel Mesquita, presidente da Juventude do PMDB. Apoiador de Marta, foi substituído por João Paulo de Freitas, que foi secretário de Chalita quando este era deputado federal. Chalita é apontado por peemedebistas como coautor da lista de demissíveis. Sua assessoria diz que as decisões obedecem a critérios técnicos e que as secretarias têm autonomia para tomá-las. Os cortes continuarão em 2016. Em janeiro será oficializada a exoneração do diretor regional de Educação da Capela do Socorro, Marivaldo Santos Souza. Sua saída foi anunciada após Marta participar do aniversário do CEU de Parelheiros (sob jurisdição dele) no último dia 5. A assessoria de Haddad afirma que as demissões obedecem a critérios técnicos. Colaboraram REYNALDO TUROLLO JR. e THAIS ARBEX, de São Paulo
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'Muppets' volta à TV com roteiro de um dos criadores de 'Big Bang Theory'
Chegou a vez dos Muppets: a rede de TV americana ABC planeja voltar a exibir o programa em sua programação ainda em 2015. A emissora encomendou um episódio piloto a Bill Prady, um dos criadores de "The Big Bang Theory", e a Bob Kunshell, de "Tratamento de Choque". Mais detalhes sobre o roteiro, porém, ainda não foram divulgados. Exibido nos EUA de 1976 a 1981, o programa foi ganhou um especial em 1996 com dez novos episódios. A volta à TV acontece após duas adaptações de sucesso de "Muppets" para o cinema, em 2013 e em 2011. Segundo fontes ouvidas pelo site "The Hollywood Reporter", há grandes chances de a trama ser uma referência à própria série, em que Caco e seus amigos vão aos estúdios da ABC reunir-se com os executivos do canal sobre um novo show dos Muppets. O contrato, porém, dependerá do consentimento de Piggy e de uma reaproximação dela com Caco.
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'Muppets' volta à TV com roteiro de um dos criadores de 'Big Bang Theory'Chegou a vez dos Muppets: a rede de TV americana ABC planeja voltar a exibir o programa em sua programação ainda em 2015. A emissora encomendou um episódio piloto a Bill Prady, um dos criadores de "The Big Bang Theory", e a Bob Kunshell, de "Tratamento de Choque". Mais detalhes sobre o roteiro, porém, ainda não foram divulgados. Exibido nos EUA de 1976 a 1981, o programa foi ganhou um especial em 1996 com dez novos episódios. A volta à TV acontece após duas adaptações de sucesso de "Muppets" para o cinema, em 2013 e em 2011. Segundo fontes ouvidas pelo site "The Hollywood Reporter", há grandes chances de a trama ser uma referência à própria série, em que Caco e seus amigos vão aos estúdios da ABC reunir-se com os executivos do canal sobre um novo show dos Muppets. O contrato, porém, dependerá do consentimento de Piggy e de uma reaproximação dela com Caco.
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Flip anuncia autora que escreveu sobre genocídio de Ruanda como convidada
A Flip anunciou, nesta segunda-feira (17), que terá em sua programação Scholastique Mukasonga, autora nascida em Ruanda e radicada na França. Ganhadora de vários prêmios, ela é uma das principais vozes da literatura de seu país. Inédita no Brasil, Mukasonga terá os livros "Nossa Senhora do Nilo" e "A Mulher dos Pés Descalços" publicados aqui, pela editora Nós, com tradução da poeta Marília Garcia. De origem tutsi —a etnia massacrada no genocídio de Ruanda, em 1994—, a autora fugiu do país dois anos antes do crime humanitário. Ela cruzou a fronteira de Ruanda com o Burundi a pé. Mukasonga tematiza o genocídio em seus livros. "Nossa Senhora do Nilo", por exemplo, se passa pouco antes dele. A Flip, que neste ano homenageia o escritor Lima Barreto, acontecerá entre 26 e 30 de julho.
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Flip anuncia autora que escreveu sobre genocídio de Ruanda como convidadaA Flip anunciou, nesta segunda-feira (17), que terá em sua programação Scholastique Mukasonga, autora nascida em Ruanda e radicada na França. Ganhadora de vários prêmios, ela é uma das principais vozes da literatura de seu país. Inédita no Brasil, Mukasonga terá os livros "Nossa Senhora do Nilo" e "A Mulher dos Pés Descalços" publicados aqui, pela editora Nós, com tradução da poeta Marília Garcia. De origem tutsi —a etnia massacrada no genocídio de Ruanda, em 1994—, a autora fugiu do país dois anos antes do crime humanitário. Ela cruzou a fronteira de Ruanda com o Burundi a pé. Mukasonga tematiza o genocídio em seus livros. "Nossa Senhora do Nilo", por exemplo, se passa pouco antes dele. A Flip, que neste ano homenageia o escritor Lima Barreto, acontecerá entre 26 e 30 de julho.
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Evidências e versões
A história é tão trágica quanto nebulosa. Na noite da última quinta-feira (2), dois garotos, de 10 e de 11 anos, furtaram um veículo na zona sul de São Paulo. Deu-se uma perseguição policial; o carro perdeu o controle e bateu. Na abordagem que se seguiu, o mais jovem levou um tiro na cabeça e morreu. Esses são os fatos. Por enquanto, há três versões para o caso. Na mais recente, o menor afirma que nem ele nem o seu colega estavam armados e que apenas os PMs atiraram. O revólver encontrado na cena do crime teria sido ali colocado pela polícia para justificar a ação. Segundo os agentes de segurança, porém, a criança baleada disparou duas vezes durante a perseguição e outra depois que o veículo estava parado. Essa explicação inclusive chegou a ser confirmada pelo menino de 11 anos; depois, contudo, ele afirmou que só o fez porque assim foi orientado pela polícia —e que obedeceu por medo. Entre uma e outra, o garoto contou uma terceira história: os três disparos teriam ocorrido durante a perseguição, e nenhum após o carro parar no meio da rua. Embora o episódio ainda envolva mais dúvidas que certezas, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) sentiu-se confiante para, na segunda-feira, declarar: "É evidente que os menores estavam armados". Pode ser verdade, mas evidente não é —não pelos fatos conhecidos. A estes, aliás, acrescente-se outro, que recomendaria ainda maior ceticismo: no Brasil, a polícia mata muito mais do que o aceitável. No primeiro trimestre, policiais militares do Estado de São Paulo mataram 141 pessoas durante operações. No total, são quase duas vítimas por dia. Em que pese uma redução de 23% nos óbitos com relação ao mesmo período de 2015, o número permanece muito alto. Recomenda-se internacionalmente que, para cada policial morto, sejam registradas até 15 vítimas. Números maiores evidenciariam um uso desproporcional da força, quando não um padrão de extermínio. Em São Paulo, há 47 óbitos para cada agente morto. Geraldo Alckmin se gaba de ter levado o índice de homicídios abaixo do patamar de 10 por 100 mil habitantes (cerca de um terço da média nacional), façanha que deve ser louvada. Deveria, entretanto, aplicar a mesma eficiência para reduzir a letalidade de sua polícia. [email protected]
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Evidências e versõesA história é tão trágica quanto nebulosa. Na noite da última quinta-feira (2), dois garotos, de 10 e de 11 anos, furtaram um veículo na zona sul de São Paulo. Deu-se uma perseguição policial; o carro perdeu o controle e bateu. Na abordagem que se seguiu, o mais jovem levou um tiro na cabeça e morreu. Esses são os fatos. Por enquanto, há três versões para o caso. Na mais recente, o menor afirma que nem ele nem o seu colega estavam armados e que apenas os PMs atiraram. O revólver encontrado na cena do crime teria sido ali colocado pela polícia para justificar a ação. Segundo os agentes de segurança, porém, a criança baleada disparou duas vezes durante a perseguição e outra depois que o veículo estava parado. Essa explicação inclusive chegou a ser confirmada pelo menino de 11 anos; depois, contudo, ele afirmou que só o fez porque assim foi orientado pela polícia —e que obedeceu por medo. Entre uma e outra, o garoto contou uma terceira história: os três disparos teriam ocorrido durante a perseguição, e nenhum após o carro parar no meio da rua. Embora o episódio ainda envolva mais dúvidas que certezas, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) sentiu-se confiante para, na segunda-feira, declarar: "É evidente que os menores estavam armados". Pode ser verdade, mas evidente não é —não pelos fatos conhecidos. A estes, aliás, acrescente-se outro, que recomendaria ainda maior ceticismo: no Brasil, a polícia mata muito mais do que o aceitável. No primeiro trimestre, policiais militares do Estado de São Paulo mataram 141 pessoas durante operações. No total, são quase duas vítimas por dia. Em que pese uma redução de 23% nos óbitos com relação ao mesmo período de 2015, o número permanece muito alto. Recomenda-se internacionalmente que, para cada policial morto, sejam registradas até 15 vítimas. Números maiores evidenciariam um uso desproporcional da força, quando não um padrão de extermínio. Em São Paulo, há 47 óbitos para cada agente morto. Geraldo Alckmin se gaba de ter levado o índice de homicídios abaixo do patamar de 10 por 100 mil habitantes (cerca de um terço da média nacional), façanha que deve ser louvada. Deveria, entretanto, aplicar a mesma eficiência para reduzir a letalidade de sua polícia. [email protected]
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Empresas já valorizam quem faz MBA on-line; método exige disciplina
NÁDIA PONTES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Logo que aceitou trocar a área operacional pela gestão financeira de projetos na empresa onde trabalhava, Marfiza Lemos, 29, buscou uma formação extra. Graduada em engenharia de produção, a área financeira era uma desconhecida: "Senti a necessidade de me especializar para dar conta do desafio". A primeira opção foi fazer um MBA de controladoria aos sábados, mas o cansaço e a dificuldade em conciliar o curso com as viagens de trabalho levaram Lemos a tentar algo diferente. "Após um ano, optei por migrar para o MBA on-line. Posso dizer que gostei mais do que o presencial, podia estudar de qualquer lugar do mundo, e isso me dava uma grande flexibilidade. Só precisava de uma boa conexão com a internet." Como Lemos, a estimativa é de que 400 mil alunos se matricularam num curso de pós-graduação a distância em 2015, segundo a ABED (Associação Brasileira de Educação à Distância). "À medida que a qualidade da internet melhora e as pessoas se tornam mais afeitas às novas tecnologias, a oferta de cursos aumenta, o que ajuda a diminuir o preconceito", afirma Luciano Sathler, diretor da ABED. Mary Murashima, diretora da área de soluções educacionais da FGV (Fundação Getulio Vargas) acompanhou a aceitação do mercado. "Havia uma apreensão no início", afirma. A FGV oferece MBA on-line desde 2003. Nos dias de hoje, o mercado valoriza o profissional que dá conta de fazer curso a distância, afirma Murashima. "É porque ele desenvolve uma competência que não é reforçada com um aluno de MBA presencial: disciplina, autocontrole, domínio de ferramentas virtuais. Ou seja, tem perfil mais condizente com o mercado atual", completa. MAIS PUXADO Disciplina, dedicação e responsabilidade não podem faltar a quem opta por um MBA on-line. "É mais puxado que o presencial. Temos que escrever artigos e avaliações mais longas e complexas. Não tem como acumular matéria e estudar só para a prova", diz Lemos. Aos novos ingressantes, o Ibmec, que oferece a modalidade desde 2009, reserva a parte inicial do curso para explicar como o sucesso depende do compromisso do aluno. "Ele tem que contribuir nos fóruns e encaminhar as tarefas dentro do prazo. Para ajudá-lo a cumprir as metas, oferecemos um plano de estudos", diz Juliana Tenorio, coordenadora acadêmica. Embora os cursos remotos ofereçam flexibilidade, os estudantes precisam comparecer algumas vezes na instituição para fazer provas e apresentar o trabalho final, como a lei exige. É este o momento ideal para o networking. Para Tenorio, o MBA a distância contribui para a expansão das relações interpessoais. "O curso on-line não tem fronteiras, permite uma interação muito além do espaço físico", afirma. A FGV pegou emprestado um conceito usado em jogos conhecido como ARG (Alternate Reality Game) para incentivar seus alunos. "Criamos uma empresa virtual em que equipes multidisciplinares e de diferentes localidades são desafiadas a resolver problemas", diz Murashima. A participação é opcional, mas há recompensa para os que, apesar de virem de diferentes áreas, trabalham em harmonia para vencer a competição: ganham uma bolsa de estudos para fazer outros cursos na instituição. Entenda o MBA * ONDE FAZER MBA EXECUTIVO ONDE Insper DURAÇÃO 24 meses VALOR R$ 58.147,70 (à vista) MBA EM ESTRATÉGIA DE MARKETING ONDE BSP (Business School São Paulo) DURAÇÃO 24 meses VALOR R$ 39.900 (à vista) MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE NEGÓCIOS ONDE FIAP DURAÇÃO 360 horas VALOR R$ 27.072,00 (divididos em 24 parcelas) INTERNATIONAL MBA ONDE FIA (Fundação Instituto de Administração) DURAÇÃO 18 meses VALOR R$ 59.600,00 (à vista)
sobretudo
Empresas já valorizam quem faz MBA on-line; método exige disciplina NÁDIA PONTES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Logo que aceitou trocar a área operacional pela gestão financeira de projetos na empresa onde trabalhava, Marfiza Lemos, 29, buscou uma formação extra. Graduada em engenharia de produção, a área financeira era uma desconhecida: "Senti a necessidade de me especializar para dar conta do desafio". A primeira opção foi fazer um MBA de controladoria aos sábados, mas o cansaço e a dificuldade em conciliar o curso com as viagens de trabalho levaram Lemos a tentar algo diferente. "Após um ano, optei por migrar para o MBA on-line. Posso dizer que gostei mais do que o presencial, podia estudar de qualquer lugar do mundo, e isso me dava uma grande flexibilidade. Só precisava de uma boa conexão com a internet." Como Lemos, a estimativa é de que 400 mil alunos se matricularam num curso de pós-graduação a distância em 2015, segundo a ABED (Associação Brasileira de Educação à Distância). "À medida que a qualidade da internet melhora e as pessoas se tornam mais afeitas às novas tecnologias, a oferta de cursos aumenta, o que ajuda a diminuir o preconceito", afirma Luciano Sathler, diretor da ABED. Mary Murashima, diretora da área de soluções educacionais da FGV (Fundação Getulio Vargas) acompanhou a aceitação do mercado. "Havia uma apreensão no início", afirma. A FGV oferece MBA on-line desde 2003. Nos dias de hoje, o mercado valoriza o profissional que dá conta de fazer curso a distância, afirma Murashima. "É porque ele desenvolve uma competência que não é reforçada com um aluno de MBA presencial: disciplina, autocontrole, domínio de ferramentas virtuais. Ou seja, tem perfil mais condizente com o mercado atual", completa. MAIS PUXADO Disciplina, dedicação e responsabilidade não podem faltar a quem opta por um MBA on-line. "É mais puxado que o presencial. Temos que escrever artigos e avaliações mais longas e complexas. Não tem como acumular matéria e estudar só para a prova", diz Lemos. Aos novos ingressantes, o Ibmec, que oferece a modalidade desde 2009, reserva a parte inicial do curso para explicar como o sucesso depende do compromisso do aluno. "Ele tem que contribuir nos fóruns e encaminhar as tarefas dentro do prazo. Para ajudá-lo a cumprir as metas, oferecemos um plano de estudos", diz Juliana Tenorio, coordenadora acadêmica. Embora os cursos remotos ofereçam flexibilidade, os estudantes precisam comparecer algumas vezes na instituição para fazer provas e apresentar o trabalho final, como a lei exige. É este o momento ideal para o networking. Para Tenorio, o MBA a distância contribui para a expansão das relações interpessoais. "O curso on-line não tem fronteiras, permite uma interação muito além do espaço físico", afirma. A FGV pegou emprestado um conceito usado em jogos conhecido como ARG (Alternate Reality Game) para incentivar seus alunos. "Criamos uma empresa virtual em que equipes multidisciplinares e de diferentes localidades são desafiadas a resolver problemas", diz Murashima. A participação é opcional, mas há recompensa para os que, apesar de virem de diferentes áreas, trabalham em harmonia para vencer a competição: ganham uma bolsa de estudos para fazer outros cursos na instituição. Entenda o MBA * ONDE FAZER MBA EXECUTIVO ONDE Insper DURAÇÃO 24 meses VALOR R$ 58.147,70 (à vista) MBA EM ESTRATÉGIA DE MARKETING ONDE BSP (Business School São Paulo) DURAÇÃO 24 meses VALOR R$ 39.900 (à vista) MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE NEGÓCIOS ONDE FIAP DURAÇÃO 360 horas VALOR R$ 27.072,00 (divididos em 24 parcelas) INTERNATIONAL MBA ONDE FIA (Fundação Instituto de Administração) DURAÇÃO 18 meses VALOR R$ 59.600,00 (à vista)
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Atualmente no Barça, Mascherano reencontra time que o projetou
Dois gigantes do futebol mundial, Barcelona e River Plate entram em campo para conquistar o mundo neste domingo (20), às 8h30 (de Brasília), no Japão, na decisão do Mundial de Clubes. Sem a presença confirmada dos dois grandes astros da equipe catalã, Neymar e Messi –o primeiro se recupera de lesão muscular, e o segundo sentiu uma cólica renal que também o afastou da semifinal–, o defensor Javier Mascherano será uma das principais peças do confronto. Revelado pelo River Plate, o argentino chegou à equipe com 15 anos e é ídolo da torcida. Hoje no Barça, enfrenta o ex-clube pela segunda vez, mas não esconde que não se sente à vontade –a primeira foi pela Libertadores em 2006, quando defendia o Corinthians (ele foi expulso no primeiro jogo das oitavas). "Preferia que nós tivéssemos outro adversário no Mundial", disse Mascherano. Em campo, são três títulos mundiais: Barcelona em 2009 e 2011 e River em 1986. * FICHA TÉCNICA BARCELONA C. Bravo; Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Alba; Rakitic, Busquets e Iniesta; Messi (Sergi Roberto); Neymar (Munir) e Luis Suárez. Técnico: Luis Enrique RIVER PLATE Barovero; Mercado, Maidana, Balanta e Vangioni; Kranevitter, Ponzio, C. Sánchez e Pisculichi; R. Mora e L. Alario.Técnico: Marcelo Gallardo Local: Estádio Internacional de Yokohama, no Japão Horário: 8h30 (domingo) TV: Globo, Fox Sports e SporTV
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Atualmente no Barça, Mascherano reencontra time que o projetouDois gigantes do futebol mundial, Barcelona e River Plate entram em campo para conquistar o mundo neste domingo (20), às 8h30 (de Brasília), no Japão, na decisão do Mundial de Clubes. Sem a presença confirmada dos dois grandes astros da equipe catalã, Neymar e Messi –o primeiro se recupera de lesão muscular, e o segundo sentiu uma cólica renal que também o afastou da semifinal–, o defensor Javier Mascherano será uma das principais peças do confronto. Revelado pelo River Plate, o argentino chegou à equipe com 15 anos e é ídolo da torcida. Hoje no Barça, enfrenta o ex-clube pela segunda vez, mas não esconde que não se sente à vontade –a primeira foi pela Libertadores em 2006, quando defendia o Corinthians (ele foi expulso no primeiro jogo das oitavas). "Preferia que nós tivéssemos outro adversário no Mundial", disse Mascherano. Em campo, são três títulos mundiais: Barcelona em 2009 e 2011 e River em 1986. * FICHA TÉCNICA BARCELONA C. Bravo; Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Alba; Rakitic, Busquets e Iniesta; Messi (Sergi Roberto); Neymar (Munir) e Luis Suárez. Técnico: Luis Enrique RIVER PLATE Barovero; Mercado, Maidana, Balanta e Vangioni; Kranevitter, Ponzio, C. Sánchez e Pisculichi; R. Mora e L. Alario.Técnico: Marcelo Gallardo Local: Estádio Internacional de Yokohama, no Japão Horário: 8h30 (domingo) TV: Globo, Fox Sports e SporTV
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Depois dos EUA, Facebook lança recurso de vídeos ao vivo no Brasil
O Facebook anunciou nesta quarta-feira (17) a chegada dos vídeos ao vivo no Brasil, para usuários de iPhone. A possibilidade de fazer transmissões diretamente do feed da rede social já havia sido implementada nos Estados Unidos, em janeiro. Para usar o recurso Live, basta clicar na atualização de status e selecionar o ícone de vídeos. Pode-se escrever uma breve descrição e escolher a audiência com que se quer compartilhar a transmissão. Ao final, ela será arquivada para visualizações futuras (há a opção de apagá-la). Facebook Também receberam o recurso de transmissão ao vivo África do Sul, Alemanha, Áustria, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Holanda, Hong Kong, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Kuwait, Letônia, Luxemburgo, México, Rússia, Suíça e Taiwan.
tec
Depois dos EUA, Facebook lança recurso de vídeos ao vivo no BrasilO Facebook anunciou nesta quarta-feira (17) a chegada dos vídeos ao vivo no Brasil, para usuários de iPhone. A possibilidade de fazer transmissões diretamente do feed da rede social já havia sido implementada nos Estados Unidos, em janeiro. Para usar o recurso Live, basta clicar na atualização de status e selecionar o ícone de vídeos. Pode-se escrever uma breve descrição e escolher a audiência com que se quer compartilhar a transmissão. Ao final, ela será arquivada para visualizações futuras (há a opção de apagá-la). Facebook Também receberam o recurso de transmissão ao vivo África do Sul, Alemanha, Áustria, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Holanda, Hong Kong, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Kuwait, Letônia, Luxemburgo, México, Rússia, Suíça e Taiwan.
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Não conseguirão parar o país, diz Michel Temer
O presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira (30) que o país não vai parar e que aqueles que querem paralisá-lo não terão êxito. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o peemedebista fez um balanço da semana, ignorando denúncia apresentada contra ele pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por corrupção passiva. "O Brasil está caminhando, apesar de alguns pretenderem parar nosso país. Não conseguirão", disse. Na gravação, o peemedebista tentou demonstrar otimismo, apesar de sua permanência no cargo estar em risco. Segundo ele, foram aprovadas "medidas importantes", como a proposta de regularização fundiária e a redução da meta de inflação. De acordo com ele, o país "continuará avançando" e "logo" o crescimento econômico será restabelecido, assim como a geração de emprego. "A inflação vem caindo fortemente e vai continuar caindo cada vez mais, colocando o país ao lado das economias mais avançadas e modernas do mundo", disse. A partir da semana que vem, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) analisará a denúncia. Caso o plenário da Câmara não a barre e o STF (Supremo Tribunal Federal) a aceite, o presidente ficará afastado por até 180 dias. O presidente mobiliza a base aliada a garantir quórum mínimo de segunda a sexta nas próximas duas semanas para conseguir votar denúncia contra ele na Câmara antes do início do recesso parlamentar, a partir de 18 de julho. Pelo calendário esboçado pelo Palácio do Planalto, a defesa do peemedebista utilizaria no máximo três sessões para se pronunciar na CCJ, permitindo que já na quinta-feira (6) começasse o prazo de discussão e aprovação do parecer. O esforço é que a votação em plenário ocorra no dia 13 ou 14 de julho. A ideia do presidente era tentar adiar o início do recesso parlamentar, mas a proposta tem encontrado resistência até mesmo na base aliada. Para garantir a presença de deputados governistas nas segundas-feiras, o peemedebista convocará reuniões com líderes aliados nos domingos à noite, no Palácio da Alvorada.
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Não conseguirão parar o país, diz Michel TemerO presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira (30) que o país não vai parar e que aqueles que querem paralisá-lo não terão êxito. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o peemedebista fez um balanço da semana, ignorando denúncia apresentada contra ele pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por corrupção passiva. "O Brasil está caminhando, apesar de alguns pretenderem parar nosso país. Não conseguirão", disse. Na gravação, o peemedebista tentou demonstrar otimismo, apesar de sua permanência no cargo estar em risco. Segundo ele, foram aprovadas "medidas importantes", como a proposta de regularização fundiária e a redução da meta de inflação. De acordo com ele, o país "continuará avançando" e "logo" o crescimento econômico será restabelecido, assim como a geração de emprego. "A inflação vem caindo fortemente e vai continuar caindo cada vez mais, colocando o país ao lado das economias mais avançadas e modernas do mundo", disse. A partir da semana que vem, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) analisará a denúncia. Caso o plenário da Câmara não a barre e o STF (Supremo Tribunal Federal) a aceite, o presidente ficará afastado por até 180 dias. O presidente mobiliza a base aliada a garantir quórum mínimo de segunda a sexta nas próximas duas semanas para conseguir votar denúncia contra ele na Câmara antes do início do recesso parlamentar, a partir de 18 de julho. Pelo calendário esboçado pelo Palácio do Planalto, a defesa do peemedebista utilizaria no máximo três sessões para se pronunciar na CCJ, permitindo que já na quinta-feira (6) começasse o prazo de discussão e aprovação do parecer. O esforço é que a votação em plenário ocorra no dia 13 ou 14 de julho. A ideia do presidente era tentar adiar o início do recesso parlamentar, mas a proposta tem encontrado resistência até mesmo na base aliada. Para garantir a presença de deputados governistas nas segundas-feiras, o peemedebista convocará reuniões com líderes aliados nos domingos à noite, no Palácio da Alvorada.
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Argentina fecha acordo com fundos abutres para pagamento da dívida
O governo da Argentina chegou a um acordo com quatro dos chamados fundos abutres, em um passo decisivo para pôr fim à disputa de quase 15 anos sobre o pagamento da dívida do país, que entrou em moratória em 2002 e, de novo, em 2014, levando a sua exclusão do mercado internacional de crédito. De acordo com o mediador extrajudicial Daniel Pollack, o acordo de princípios, assinado na noite de domingo (28), prevê o pagamento de cerca de US$ 4,653 bilhões para os fundos NML Capital, da Eliott, Aurelius, Davidson Kempner e Bracebridge. Em negociações anteriores, o governo do presidente Mauricio Macri havia se comprometido com o pagamento de US$ 6 bilhões do total de US$ 9 bilhões, e apenas dois fundos concordaram com os termos. "É um passo gigante, mas não o final", disse Pollack, em comunicado, nesta segunda-feira (29). O acordo precisa ser aprovado pelo Congresso argentino e precedido da suspensão de uma lei imposta pelo governo anterior, de Cristina Kirchner, que garantia a moratória. Depois, a Argentina deverá levantar capital no mercado internacional para financiar o pagamento aos fundos, que se comprometeram a não influenciar esse processo de captação. Se o pagamento for efetivado, o juiz Thomas Griesa, do tribunal em Nova York, onde corre o litígio, deve retirar a liminar que exclui a Argentina do mercado internacional. A expectativa entre as partes é que todas as etapas sejam concluídas em seis semanas. De acordo com Pollack, com o valor acordado, a Argentina contemplaria 75% do total pedido pelos quatro fundos, além de reivindicações feitas fora do tribunal do distrito sul de Nova York e despesas judiciais dos 15 anos de litígio. O mediador disse ainda que o acordo de domingo e os anteriores, somados, respondem por mais de 85% das reivindicações dos abutres.
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Argentina fecha acordo com fundos abutres para pagamento da dívidaO governo da Argentina chegou a um acordo com quatro dos chamados fundos abutres, em um passo decisivo para pôr fim à disputa de quase 15 anos sobre o pagamento da dívida do país, que entrou em moratória em 2002 e, de novo, em 2014, levando a sua exclusão do mercado internacional de crédito. De acordo com o mediador extrajudicial Daniel Pollack, o acordo de princípios, assinado na noite de domingo (28), prevê o pagamento de cerca de US$ 4,653 bilhões para os fundos NML Capital, da Eliott, Aurelius, Davidson Kempner e Bracebridge. Em negociações anteriores, o governo do presidente Mauricio Macri havia se comprometido com o pagamento de US$ 6 bilhões do total de US$ 9 bilhões, e apenas dois fundos concordaram com os termos. "É um passo gigante, mas não o final", disse Pollack, em comunicado, nesta segunda-feira (29). O acordo precisa ser aprovado pelo Congresso argentino e precedido da suspensão de uma lei imposta pelo governo anterior, de Cristina Kirchner, que garantia a moratória. Depois, a Argentina deverá levantar capital no mercado internacional para financiar o pagamento aos fundos, que se comprometeram a não influenciar esse processo de captação. Se o pagamento for efetivado, o juiz Thomas Griesa, do tribunal em Nova York, onde corre o litígio, deve retirar a liminar que exclui a Argentina do mercado internacional. A expectativa entre as partes é que todas as etapas sejam concluídas em seis semanas. De acordo com Pollack, com o valor acordado, a Argentina contemplaria 75% do total pedido pelos quatro fundos, além de reivindicações feitas fora do tribunal do distrito sul de Nova York e despesas judiciais dos 15 anos de litígio. O mediador disse ainda que o acordo de domingo e os anteriores, somados, respondem por mais de 85% das reivindicações dos abutres.
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Andrade Gutierrez e UTC vão pagar R$ 195 milhões por cartel na Lava Jato
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) informou que as construtoras Andrade Gutierrez e UTC vão pagar R$ 195 milhões ao governo federal por formação de cartel em licitações investigadas na Operação Lava Jato. O cartel admitido pelas empresas foi em licitações da Petrobras e da Eletronuclear. Cada construtora assinou nesta quarta (18) dois acordos, um para cada estatal. Os acordos foram homologados pelo tribunal do Cade na sessão de julgamento desta quarta. "Por meio dos acordos foi estabelecido, ao total, o pagamento de R$ 195.160.775,95 em contribuições pecuniárias", informa o Cade por meio de nota. No caso da Petrobras, as licitações apontam cartel no mercado de serviços de engenharia, construção e montagem industrial "onshore". Já no caso da Eletronuclear, o conluio foi em licitações de obras de montagem eletronuclear da Usina Angra 3. As informações serão juntadas aos acordos de leniência e às demais evidências analisadas pelo Cade, que ao fim do processo "emitirá parecer opinativo pela condenação ou pelo arquivamento do caso em relação a cada acusado", informa o órgão em nota. MAIOR ACORDO O Cade afirma que o acordo com a UTC é o maior já firmado pelo órgão. "Destaca-se que o valor fixado no termo de cessação assinado pela UTC no âmbito do processo de cartel em licitações da Petrobras, que corresponde a R$ 129.232.142,71, representa a maior contribuição pecuniária individual já negociada com uma empresa na história do Cade", diz a nota do Cade. O valor abrange o que será pago por empresa, funcionários e ex-funcionários da UTC. No total, a UTC vai desembolsar R$ 139,1 milhões. Já a Andrade Gutierrez pagará, no total, R$ 56 milhões – sendo R$ 49,85 milhões por causa das licitações na Petrobras. A construtora teve um desconto adicional no valor da contribuição pecuniária porque reportou ao Cade formação de cartel em estádios da Copa de 2014. PETROBRAS O processo administrativo que gerou as investigação de cartel nessas licitações da Petrobras foi instaurado em 22 de dezembro de 2015. A UTC e a Andrade Gutierrez apresentaram informações e documentos que ampliaram o escopo das investigações que estavam sendo tocadas pela força-tarefa da Operação Lava Jato. A UTC levou ao Cade "aproximadamente trinta novos documentos que evidenciam a conduta anticompetitiva", informa a nota. Com isso, o órgão identificou dez novas licitações afetadas pelo cartel. Já a Andrade Gutierrez apresentou vinte novos documentos que permitiram ao órgão identificar seis novas licitações como afetadas pelo cartel. ELETRONUCLEAR A investigação relativa à Eletronuclear foi instaurada em novembro de 2015. A Andrade Gutierrez - primeira empresa a firmar acordo neste processo - apresentou documentos que sugerem que as condutas ilícitas teriam começado em 2010. A contribuição pecuniária total da Andrade Gutierrez foi de R$ 6,15 milhões. A empresa conseguiu desconto porque já havia reportado cartel na usina de Belo Monte, no Pará. Já a UTC confirmou informações apresentadas nos autos do processo administrativo e apresentou documentos e informações que ampliam o escopo da investigação em cinco anos - remontando o início dos crimes a 2008. A contribuição pecuniária total da empresa é de R$ 9,9 milhões. MUDANÇAS A Camargo Corrêa foi a primeira empresa a celebrar acordo com o Cade na Operação Lava Jato, em 19 de agosto de 2015, no qual foi estabelecida contribuição pecuniária de mais de R$ 104 milhões. A UTC se tornou a segunda e a Andrade Gutierrez a terceira empresa a celebrarem acordo de cessação de conduta no processo administrativo que apura cartel em licitações da Petrobras. A celebração de acordos em casos de cartel "exige que os compromissários cessem seu envolvimento no ilícito, reconheçam participação na conduta investigada, colaborem de forma efetiva com as investigações e recolham contribuição pecuniária ao Fundo de Direito Difusos - FDD", informa o Cade. Os benefícios às empresas e indivíduos se restringem aos processos administrativos que tramitam no órgão e não estão conferem benefícios na esfera criminal. OUTRO LADO A Andrade Gutierrez informou em nota que o acordo está em linha com sua postura, desde o fechamento do acordo de leniência com o Ministério Público, de continuar colaborando com as investigações em curso. "Além disso, a empresa afirma ainda que continuará realizando auditorias internas no intuito de esclarecer fatos do passado que possam ser do interesse da Justiça e dos órgãos competentes. A Andrade Gutierrez afirma ainda que acredita ser esse o melhor caminho para a construção de uma relação cada vez mais transparente entre os setores público e privado." A UTC informou que, como parte do processo de aprimoramento e implantação de um novo código de ética e conduta, a empresa pretende, em breve, firmar novos acordos no setor público. A empresa disse ainda que, pelos acordos, se comprometeu a cessar seu envolvimento no ilícito, reconhecer participação na conduta investigada, colaborar de forma efetiva com as investigações, como já vem fazendo, e pagar contribuições pecuniárias no valor R$ 139,1 milhões.
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Andrade Gutierrez e UTC vão pagar R$ 195 milhões por cartel na Lava JatoO Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) informou que as construtoras Andrade Gutierrez e UTC vão pagar R$ 195 milhões ao governo federal por formação de cartel em licitações investigadas na Operação Lava Jato. O cartel admitido pelas empresas foi em licitações da Petrobras e da Eletronuclear. Cada construtora assinou nesta quarta (18) dois acordos, um para cada estatal. Os acordos foram homologados pelo tribunal do Cade na sessão de julgamento desta quarta. "Por meio dos acordos foi estabelecido, ao total, o pagamento de R$ 195.160.775,95 em contribuições pecuniárias", informa o Cade por meio de nota. No caso da Petrobras, as licitações apontam cartel no mercado de serviços de engenharia, construção e montagem industrial "onshore". Já no caso da Eletronuclear, o conluio foi em licitações de obras de montagem eletronuclear da Usina Angra 3. As informações serão juntadas aos acordos de leniência e às demais evidências analisadas pelo Cade, que ao fim do processo "emitirá parecer opinativo pela condenação ou pelo arquivamento do caso em relação a cada acusado", informa o órgão em nota. MAIOR ACORDO O Cade afirma que o acordo com a UTC é o maior já firmado pelo órgão. "Destaca-se que o valor fixado no termo de cessação assinado pela UTC no âmbito do processo de cartel em licitações da Petrobras, que corresponde a R$ 129.232.142,71, representa a maior contribuição pecuniária individual já negociada com uma empresa na história do Cade", diz a nota do Cade. O valor abrange o que será pago por empresa, funcionários e ex-funcionários da UTC. No total, a UTC vai desembolsar R$ 139,1 milhões. Já a Andrade Gutierrez pagará, no total, R$ 56 milhões – sendo R$ 49,85 milhões por causa das licitações na Petrobras. A construtora teve um desconto adicional no valor da contribuição pecuniária porque reportou ao Cade formação de cartel em estádios da Copa de 2014. PETROBRAS O processo administrativo que gerou as investigação de cartel nessas licitações da Petrobras foi instaurado em 22 de dezembro de 2015. A UTC e a Andrade Gutierrez apresentaram informações e documentos que ampliaram o escopo das investigações que estavam sendo tocadas pela força-tarefa da Operação Lava Jato. A UTC levou ao Cade "aproximadamente trinta novos documentos que evidenciam a conduta anticompetitiva", informa a nota. Com isso, o órgão identificou dez novas licitações afetadas pelo cartel. Já a Andrade Gutierrez apresentou vinte novos documentos que permitiram ao órgão identificar seis novas licitações como afetadas pelo cartel. ELETRONUCLEAR A investigação relativa à Eletronuclear foi instaurada em novembro de 2015. A Andrade Gutierrez - primeira empresa a firmar acordo neste processo - apresentou documentos que sugerem que as condutas ilícitas teriam começado em 2010. A contribuição pecuniária total da Andrade Gutierrez foi de R$ 6,15 milhões. A empresa conseguiu desconto porque já havia reportado cartel na usina de Belo Monte, no Pará. Já a UTC confirmou informações apresentadas nos autos do processo administrativo e apresentou documentos e informações que ampliam o escopo da investigação em cinco anos - remontando o início dos crimes a 2008. A contribuição pecuniária total da empresa é de R$ 9,9 milhões. MUDANÇAS A Camargo Corrêa foi a primeira empresa a celebrar acordo com o Cade na Operação Lava Jato, em 19 de agosto de 2015, no qual foi estabelecida contribuição pecuniária de mais de R$ 104 milhões. A UTC se tornou a segunda e a Andrade Gutierrez a terceira empresa a celebrarem acordo de cessação de conduta no processo administrativo que apura cartel em licitações da Petrobras. A celebração de acordos em casos de cartel "exige que os compromissários cessem seu envolvimento no ilícito, reconheçam participação na conduta investigada, colaborem de forma efetiva com as investigações e recolham contribuição pecuniária ao Fundo de Direito Difusos - FDD", informa o Cade. Os benefícios às empresas e indivíduos se restringem aos processos administrativos que tramitam no órgão e não estão conferem benefícios na esfera criminal. OUTRO LADO A Andrade Gutierrez informou em nota que o acordo está em linha com sua postura, desde o fechamento do acordo de leniência com o Ministério Público, de continuar colaborando com as investigações em curso. "Além disso, a empresa afirma ainda que continuará realizando auditorias internas no intuito de esclarecer fatos do passado que possam ser do interesse da Justiça e dos órgãos competentes. A Andrade Gutierrez afirma ainda que acredita ser esse o melhor caminho para a construção de uma relação cada vez mais transparente entre os setores público e privado." A UTC informou que, como parte do processo de aprimoramento e implantação de um novo código de ética e conduta, a empresa pretende, em breve, firmar novos acordos no setor público. A empresa disse ainda que, pelos acordos, se comprometeu a cessar seu envolvimento no ilícito, reconhecer participação na conduta investigada, colaborar de forma efetiva com as investigações, como já vem fazendo, e pagar contribuições pecuniárias no valor R$ 139,1 milhões.
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Petistas cobram mais viagens, e Dilma decide fazer vaquinha para pagar voos
Em reunião nesta terça (28) no Palácio da Alvorada, a presidente afastada, Dilma Rousseff, foi cobrada por petistas a viajar mais pelo país e decidiu adotar uma plataforma digital como forma de arrecadar dinheiro para pagar seus voos em aviões da FAB (Força Aérea Brasileira). O primeiro trecho que será custeado por Dilma está previsto para esta quinta-feira (30), quando a petista deve ir a Belém (PA) para participar de um evento com simpatizantes de seu governo. Depois que a Justiça Federal do Rio Grande do Sul autorizou, na semana passada, que Dilma utilize os jatos da FAB para além do percurso Brasília-Porto Alegre, desde que arque com os custos da viagem, ela resolveu encampar a ideia do financiamento coletivo. Intitulada "Jornadas pela Democracia", a ferramenta na internet, ou crowdfunding, será organizada por algumas amigas da petista da época da ditadura. A ideia de fazer um financiamento coletivo foi antecipada pela coluna Mônica Bergamo. A assessoria de Dilma não sabe dizer quando a plataforma vai entrar no ar e, portanto, não está claro se a viagem de quinta poderá ser paga com esses recursos. Procurada pela Folha, a FAB informou que não pode divulgar o custo logístico das horas de voo por questões "estratégicas" da aviação militar. AMPLIAR AGENDA Durante a reunião com a executiva nacional do PT, nesta terça, a presidente afastada se comprometeu a intensificar sua agenda e, em exposição aos colegas de partido, afirmou que, após a divulgação da perícia do Senado nesta segunda (27), "ficou claro que está cada vez mais difícil sustentar que houve crime" ao justificar seu processo de impeachment. De acordo com a perícia feita por técnicos do Senado, Dilma agiu diretamente para liberar créditos suplementares por meio de decretos, sem aval do Congresso, mas não há como provar atuação da então presidente nas pedaladas fiscais –empréstimos de bancos federais ao Tesouro. Além dos parlamentares e dirigentes petistas, estavam presentes no Alvorada os ex-ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e o assessor especial de Dilma, Giles Azevedo. Wagner divulgou nas redes sociais uma declaração em que a presidente afastada diz que seu maior erro foi ter ser aliado "com um traidor e usurpador". O ex-ministro postou ainda um reconhecimento dos erros cometidos pelo governo. "É importante reconhecer que nosso governo cometeu erros. Erramos na condução da economia e na condução da política", publicou. A executiva do PT havia pedido uma conversa com a presidente afastada para debater "o cenário político" e as "estratégias" do partido até o julgamento final do impeachment, previsto para agosto. NOVAS ELEIÇÕES Ao traçar cenários futuros, Dilma reconheceu a possibilidade de não voltar ao cargo. Segundo participantes da reunião, a petista afirmou que seus opositores trabalharão para que ocorra uma nova eleição caso Temer não resista às investigações da Operação Lava Jato. Outro tópico discutido na reunião desta terça (28) foi a possibilidade de Dilma convocar um plebiscito para novas eleições presidenciais caso volte ao Palácio do Planalto. A petista já topou a ideia, mas quer o apoio dos movimentos sociais e a unificação de seu partido, o PT, em torno da tese. Havia resistência entre os próprios petistas e também no MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e na CUT (Central Única dos Trabalhadores). Segundo a Folha apurou, porém, houve uma sinalização, no encontro desta terça, que pelo menos PT e CUT estão dispostos a fechar questão e apoiar a ideia. O MST, por sua, vez, ainda resiste. "Há uma posição da Frente Brasil Popular de que é possível conviver com a posição de fazer um plebiscito com a posição do 'Fora, Temer'. Isso ficou equacionado", disse à Folha o senador Humberto Costa (PT-PE). Para ele, convencer os senadores de que Dilma está disposta a fazer uma consulta popular para novas eleições presidenciais é "a única maneira" de fazer com que ela consiga pelo menos 27 votos no Senado para retomar o cargo.
poder
Petistas cobram mais viagens, e Dilma decide fazer vaquinha para pagar voosEm reunião nesta terça (28) no Palácio da Alvorada, a presidente afastada, Dilma Rousseff, foi cobrada por petistas a viajar mais pelo país e decidiu adotar uma plataforma digital como forma de arrecadar dinheiro para pagar seus voos em aviões da FAB (Força Aérea Brasileira). O primeiro trecho que será custeado por Dilma está previsto para esta quinta-feira (30), quando a petista deve ir a Belém (PA) para participar de um evento com simpatizantes de seu governo. Depois que a Justiça Federal do Rio Grande do Sul autorizou, na semana passada, que Dilma utilize os jatos da FAB para além do percurso Brasília-Porto Alegre, desde que arque com os custos da viagem, ela resolveu encampar a ideia do financiamento coletivo. Intitulada "Jornadas pela Democracia", a ferramenta na internet, ou crowdfunding, será organizada por algumas amigas da petista da época da ditadura. A ideia de fazer um financiamento coletivo foi antecipada pela coluna Mônica Bergamo. A assessoria de Dilma não sabe dizer quando a plataforma vai entrar no ar e, portanto, não está claro se a viagem de quinta poderá ser paga com esses recursos. Procurada pela Folha, a FAB informou que não pode divulgar o custo logístico das horas de voo por questões "estratégicas" da aviação militar. AMPLIAR AGENDA Durante a reunião com a executiva nacional do PT, nesta terça, a presidente afastada se comprometeu a intensificar sua agenda e, em exposição aos colegas de partido, afirmou que, após a divulgação da perícia do Senado nesta segunda (27), "ficou claro que está cada vez mais difícil sustentar que houve crime" ao justificar seu processo de impeachment. De acordo com a perícia feita por técnicos do Senado, Dilma agiu diretamente para liberar créditos suplementares por meio de decretos, sem aval do Congresso, mas não há como provar atuação da então presidente nas pedaladas fiscais –empréstimos de bancos federais ao Tesouro. Além dos parlamentares e dirigentes petistas, estavam presentes no Alvorada os ex-ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e o assessor especial de Dilma, Giles Azevedo. Wagner divulgou nas redes sociais uma declaração em que a presidente afastada diz que seu maior erro foi ter ser aliado "com um traidor e usurpador". O ex-ministro postou ainda um reconhecimento dos erros cometidos pelo governo. "É importante reconhecer que nosso governo cometeu erros. Erramos na condução da economia e na condução da política", publicou. A executiva do PT havia pedido uma conversa com a presidente afastada para debater "o cenário político" e as "estratégias" do partido até o julgamento final do impeachment, previsto para agosto. NOVAS ELEIÇÕES Ao traçar cenários futuros, Dilma reconheceu a possibilidade de não voltar ao cargo. Segundo participantes da reunião, a petista afirmou que seus opositores trabalharão para que ocorra uma nova eleição caso Temer não resista às investigações da Operação Lava Jato. Outro tópico discutido na reunião desta terça (28) foi a possibilidade de Dilma convocar um plebiscito para novas eleições presidenciais caso volte ao Palácio do Planalto. A petista já topou a ideia, mas quer o apoio dos movimentos sociais e a unificação de seu partido, o PT, em torno da tese. Havia resistência entre os próprios petistas e também no MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e na CUT (Central Única dos Trabalhadores). Segundo a Folha apurou, porém, houve uma sinalização, no encontro desta terça, que pelo menos PT e CUT estão dispostos a fechar questão e apoiar a ideia. O MST, por sua, vez, ainda resiste. "Há uma posição da Frente Brasil Popular de que é possível conviver com a posição de fazer um plebiscito com a posição do 'Fora, Temer'. Isso ficou equacionado", disse à Folha o senador Humberto Costa (PT-PE). Para ele, convencer os senadores de que Dilma está disposta a fazer uma consulta popular para novas eleições presidenciais é "a única maneira" de fazer com que ela consiga pelo menos 27 votos no Senado para retomar o cargo.
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Precisa de persiana ou lençol? Veja dez sugestões de produtos para a sua casa em liquidação
DE SÃO PAULO Veja abaixo dez sugestões de produtos para a casa que entraram nas liquidações. Jogo de jantar e chá com 30 peças. De R$ 621 por R$ 558,90, da Schmidt, no Ponto da Porcelana. pontodaporcelana.com.br Persiana de alumínio. De R$ 1.062,50 por R$ 850, na Uniflex. Tel. 0800-771-5922 (uniflex.com.br ). Almofada estampada em azul. De R$ 289,90 por R$ 173,94, na Le Lis Blanc Casa. Tel. 3809-8950. lelis.com.br Sofá com base em aço, de 2,05 m x 0,94 cm. De R$ 4.424 por R$ 2.685 (15 x R$ 179), na Dunelli. Tel. 3062-0593. dunelli.com.br Jogo de lençol 100% algodão tamanho queen. De 371,40 por R$ 249, na MMartan. mmartan.com.br Rack Líbia turquesa. De R$ 1.999,99 por R$ 999,99, na Oppa. oppa.com.br Cadeira de madeira estofada. De R$ 4.464,47 por R$ 2.656,36, na Artefacto. Tel. 5105-7777. artefacto.com.br Aparador de madeira. De R$ 10.809,54 por R$ 6.431,67, na Artefacto. Tel. 5105-7777. artefacto.com.br Tapete estampado de 3,5 m por 2,5 m. De R$ 14.459 por R$ 8.675,40. Na Punto e Filo. Tel. 2893-9191. puntoefilo.com.br Donzela para vela. De R$ 399,90 por R$ 239,94, na Le Lis Blanc Casa. Tel. 3809-8950. lelis.com.br
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Precisa de persiana ou lençol? Veja dez sugestões de produtos para a sua casa em liquidaçãoDE SÃO PAULO Veja abaixo dez sugestões de produtos para a casa que entraram nas liquidações. Jogo de jantar e chá com 30 peças. De R$ 621 por R$ 558,90, da Schmidt, no Ponto da Porcelana. pontodaporcelana.com.br Persiana de alumínio. De R$ 1.062,50 por R$ 850, na Uniflex. Tel. 0800-771-5922 (uniflex.com.br ). Almofada estampada em azul. De R$ 289,90 por R$ 173,94, na Le Lis Blanc Casa. Tel. 3809-8950. lelis.com.br Sofá com base em aço, de 2,05 m x 0,94 cm. De R$ 4.424 por R$ 2.685 (15 x R$ 179), na Dunelli. Tel. 3062-0593. dunelli.com.br Jogo de lençol 100% algodão tamanho queen. De 371,40 por R$ 249, na MMartan. mmartan.com.br Rack Líbia turquesa. De R$ 1.999,99 por R$ 999,99, na Oppa. oppa.com.br Cadeira de madeira estofada. De R$ 4.464,47 por R$ 2.656,36, na Artefacto. Tel. 5105-7777. artefacto.com.br Aparador de madeira. De R$ 10.809,54 por R$ 6.431,67, na Artefacto. Tel. 5105-7777. artefacto.com.br Tapete estampado de 3,5 m por 2,5 m. De R$ 14.459 por R$ 8.675,40. Na Punto e Filo. Tel. 2893-9191. puntoefilo.com.br Donzela para vela. De R$ 399,90 por R$ 239,94, na Le Lis Blanc Casa. Tel. 3809-8950. lelis.com.br
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Acordo com a Alstom beneficia o Metrô, diz Secretaria dos Transportes
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos nega que tenha havido prejuízo para o Estado em razão do acordo feito com a Alstom e defende que a decisão foi benéfica ao Metrô. A Alstom não quis se pronunciar. Segundo nota da secretaria, "a reportagem da Folha não pode comparar multas aplicadas pelo Metrô a uma solicitação de reequilíbrio contratual pela empresa porque os valores foram tratados como referência para discussão em arbitragem, algo natural nesse tipo de litígio". Prossegue a nota: "Ao contrário do que sugerem as perguntas, não é possível afirmar que houve perdas justamente porque parte das sanções aplicadas pela Secretaria dos Transportes foram usadas como instrumento de gestão contratual, cujo teto foi fixado em 10% do valor do contrato. As multas foram repactuadas, bem como os cronogramas". O prazo de entrega foi mudado inicialmente de 2011 para 2012 e, após o acordo celebrado na arbitragem, para 2021. Parte dos programas começaram a ser implantados em fevereiro deste ano, logo após a assinatura do acordo arbitral. "A secretaria tem convicção de que assinar um acordo numa câmara de arbitragem foi a melhor opção porque evitou a rescisão de um contrato com mais de 60% de execução e que implicaria na busca e contratação de uma nova ferramenta com os mesmos requisitos técnicos". FERRAMENTA MODERNA O órgão afirma que assinou o acordo "por entender que a medida garantirá a efetiva instalação de uma ferramenta moderna e usada no mundo todo que garante menor intervalo entre trens, economia no consumo de energia e a segurança do usuário". Ainda de acordo com a nota, o acordo destravou a entrega do sistema da Alstom: "A empresa responsável pelo CTBC avançou com o sistema na Linha 2-verde, que hoje funciona com o software do sistema de sinalização de tecnologia em tempo integral e em todos os dias da semana, desde fevereiro de 2016. As linhas 1-azul e 3-vermelha já têm cerca de 60% da parte física do sistema instalado". A nota diz ainda que a complexidade tecnológica do sistema "provocou discussões que exigiram que a Secretaria dos Transportes Metropolitanos envolvesse profissionais da Procuradoria Geral do Estado". O acordo só foi assinado, de acordo com a secretaria, "após rigorosa análise técnica de uma junta de procuradores da PGE". Como exemplo de melhora na operação do sistema, a secretaria afirma que, quando o CTBC (Controle de Trens Baseado em Comunicação) estiver implantado na linha 3-vermelha, o intervalo entre os trens será reduzido de 124 segundos para 75 segundos em horário de pico.
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Acordo com a Alstom beneficia o Metrô, diz Secretaria dos TransportesA Secretaria dos Transportes Metropolitanos nega que tenha havido prejuízo para o Estado em razão do acordo feito com a Alstom e defende que a decisão foi benéfica ao Metrô. A Alstom não quis se pronunciar. Segundo nota da secretaria, "a reportagem da Folha não pode comparar multas aplicadas pelo Metrô a uma solicitação de reequilíbrio contratual pela empresa porque os valores foram tratados como referência para discussão em arbitragem, algo natural nesse tipo de litígio". Prossegue a nota: "Ao contrário do que sugerem as perguntas, não é possível afirmar que houve perdas justamente porque parte das sanções aplicadas pela Secretaria dos Transportes foram usadas como instrumento de gestão contratual, cujo teto foi fixado em 10% do valor do contrato. As multas foram repactuadas, bem como os cronogramas". O prazo de entrega foi mudado inicialmente de 2011 para 2012 e, após o acordo celebrado na arbitragem, para 2021. Parte dos programas começaram a ser implantados em fevereiro deste ano, logo após a assinatura do acordo arbitral. "A secretaria tem convicção de que assinar um acordo numa câmara de arbitragem foi a melhor opção porque evitou a rescisão de um contrato com mais de 60% de execução e que implicaria na busca e contratação de uma nova ferramenta com os mesmos requisitos técnicos". FERRAMENTA MODERNA O órgão afirma que assinou o acordo "por entender que a medida garantirá a efetiva instalação de uma ferramenta moderna e usada no mundo todo que garante menor intervalo entre trens, economia no consumo de energia e a segurança do usuário". Ainda de acordo com a nota, o acordo destravou a entrega do sistema da Alstom: "A empresa responsável pelo CTBC avançou com o sistema na Linha 2-verde, que hoje funciona com o software do sistema de sinalização de tecnologia em tempo integral e em todos os dias da semana, desde fevereiro de 2016. As linhas 1-azul e 3-vermelha já têm cerca de 60% da parte física do sistema instalado". A nota diz ainda que a complexidade tecnológica do sistema "provocou discussões que exigiram que a Secretaria dos Transportes Metropolitanos envolvesse profissionais da Procuradoria Geral do Estado". O acordo só foi assinado, de acordo com a secretaria, "após rigorosa análise técnica de uma junta de procuradores da PGE". Como exemplo de melhora na operação do sistema, a secretaria afirma que, quando o CTBC (Controle de Trens Baseado em Comunicação) estiver implantado na linha 3-vermelha, o intervalo entre os trens será reduzido de 124 segundos para 75 segundos em horário de pico.
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Casos confirmados de bebês com microcefalia chegam a 1.616 no país
O Brasil já registra 1.616 casos confirmados de bebês com microcefalia, quadro geralmente associado à ocorrência de uma má-formação no cérebro durante a gestação. O número representa um crescimento de 2% em relação aos dados divulgados na última semana, quando havia 1.581 confirmações. Desde outubro, quando o aumento de casos de microcefalia começou a ser investigado no país, até 18 de junho, data dos dados mais recentes disponíveis, já foram notificados 8.049 casos de bebês com suspeita da má-formação. O alerta ocorre quando o perímetro da cabeça do bebê é menor do que o esperado. Destes, 62,5% já passaram por exames para confirmar ou descartar o quadro. Após a avaliação, 1.616 foram confirmados e outros 3.416 foram descartados –situação que ocorre quando os exames não apresentam alterações no cérebro do bebê ou apontam para um quadro de microcefalia não relacionado a infecções. Os demais casos ainda estão em investigação. Casos de microcefalia no Brasil - Casos notificados e sua relação com o virus da zika. Até 11.jun.2016 Em nota, o Ministério da Saúde diz que está investigando "todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central informados pelos estados, além da possível relação com o vírus zika e outras infecções congênitas". Identificado no Brasil no início de 2015, o vírus da zika já foi confirmado em exames realizados em 233 bebês confirmados para o quadro de microcefalia, o que sugere uma infecção congênita -de mãe para filho. A pasta, no entanto, diz considerar que houve infecção pelo zika "na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia". Casos de microcefalia e relação com zika - Notificações até 11.jun.2016 Zika e microcefalia Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
cotidiano
Casos confirmados de bebês com microcefalia chegam a 1.616 no paísO Brasil já registra 1.616 casos confirmados de bebês com microcefalia, quadro geralmente associado à ocorrência de uma má-formação no cérebro durante a gestação. O número representa um crescimento de 2% em relação aos dados divulgados na última semana, quando havia 1.581 confirmações. Desde outubro, quando o aumento de casos de microcefalia começou a ser investigado no país, até 18 de junho, data dos dados mais recentes disponíveis, já foram notificados 8.049 casos de bebês com suspeita da má-formação. O alerta ocorre quando o perímetro da cabeça do bebê é menor do que o esperado. Destes, 62,5% já passaram por exames para confirmar ou descartar o quadro. Após a avaliação, 1.616 foram confirmados e outros 3.416 foram descartados –situação que ocorre quando os exames não apresentam alterações no cérebro do bebê ou apontam para um quadro de microcefalia não relacionado a infecções. Os demais casos ainda estão em investigação. Casos de microcefalia no Brasil - Casos notificados e sua relação com o virus da zika. Até 11.jun.2016 Em nota, o Ministério da Saúde diz que está investigando "todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central informados pelos estados, além da possível relação com o vírus zika e outras infecções congênitas". Identificado no Brasil no início de 2015, o vírus da zika já foi confirmado em exames realizados em 233 bebês confirmados para o quadro de microcefalia, o que sugere uma infecção congênita -de mãe para filho. A pasta, no entanto, diz considerar que houve infecção pelo zika "na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia". Casos de microcefalia e relação com zika - Notificações até 11.jun.2016 Zika e microcefalia Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
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Centrais estudam ir à Justiça pelo reajuste do mínimo com o novo PIB
As centrais sindicais já estudam medidas jurídicas para pedir ao governo a correção do salário mínimo a partir da revisão do PIB (Produto Interno Bruto), feita pelo IBGE e divulgado nesta semana. A política de elevação do salário mínimo, prevista em lei desde 2011 e aplicada por meio de medidas provisórias editadas desde 2007, prevê que o reajuste seja feito combinando a inflação medida pelo INPC do ano anterior e o PIB de dois anos antes. Como o IBGE revisou os resultados do PIB de 2001 a 2011, as centrais querem que a diferença entre o percentual concedido pelo governo e o percentual revisado pelo IBGE seja aplicada no salário mínimo de trabalhadores da ativa e aposentados. Força Sindical e UGT vão tentar, a partir da semana que vem, abrir negociação com o governo. Mas seus departamentos jurídicos já avaliam a possibilidade de entrar com ações coletivas. "Como sabemos que será muito difícil negociar com o governo neste momento de crise na economia e arrecadação em queda, um grupo de juristas está sendo consultado para saber o que pode ser feito para beneficiar trabalhadores do setor privado e aposentados", diz Miguel Torres, presidente da Força Sindical. A UGT reúne sua direção-executiva na segunda para avaliar os caminhos que pretende adotar. ESPERAR A HORA CERTA O índice total de correção só poderá ser calculado após o IBGE revisar os cálculos do PIB de 2012 a 2014, diz o diretor do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. "Não é correto divulgar um índice de correção agora porque é preciso esperar as demais revisões." Oo PIB foi revisado de 7,5% para 7,6% em 2010 e de 2,7% para 3,9% em 2011. O advogado Decio Scaravaglione, especializado em direito previdenciário, entende que a revisão do PIB abre espaço para pedido de correção para os últimos cinco anos. "O problema será o tamanho do impacto que isso trará ao caixa da Previdência. A revisão pode não ser significativa em valores para o beneficiário individualmente. Mas, no coletivo, a conta será alta", diz o especialista. Hoje, 70% dos benefícios pagos pela Previdência têm valor até um salário mínimo. Em janeiro, por exemplo, a folha total de pagamentos foi de R$ 32,2 bilhões, para 32 milhões de beneficiários. Só com o reajuste concedido para o salário mínimo neste ano, o impacto anual foi calculado em R$ 14,6 bilhões, segundo dados do ministério. Para a advogada Fabíola Marques, especializada em direito trabalhista, a tendência é que os trabalhadores tenham decisões favoráveis em primeira instância. "Quando essas ações chegam aos tribunais superiores, podem ficar paradas anos, como ocorreu com a correção do FGTS."
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Centrais estudam ir à Justiça pelo reajuste do mínimo com o novo PIBAs centrais sindicais já estudam medidas jurídicas para pedir ao governo a correção do salário mínimo a partir da revisão do PIB (Produto Interno Bruto), feita pelo IBGE e divulgado nesta semana. A política de elevação do salário mínimo, prevista em lei desde 2011 e aplicada por meio de medidas provisórias editadas desde 2007, prevê que o reajuste seja feito combinando a inflação medida pelo INPC do ano anterior e o PIB de dois anos antes. Como o IBGE revisou os resultados do PIB de 2001 a 2011, as centrais querem que a diferença entre o percentual concedido pelo governo e o percentual revisado pelo IBGE seja aplicada no salário mínimo de trabalhadores da ativa e aposentados. Força Sindical e UGT vão tentar, a partir da semana que vem, abrir negociação com o governo. Mas seus departamentos jurídicos já avaliam a possibilidade de entrar com ações coletivas. "Como sabemos que será muito difícil negociar com o governo neste momento de crise na economia e arrecadação em queda, um grupo de juristas está sendo consultado para saber o que pode ser feito para beneficiar trabalhadores do setor privado e aposentados", diz Miguel Torres, presidente da Força Sindical. A UGT reúne sua direção-executiva na segunda para avaliar os caminhos que pretende adotar. ESPERAR A HORA CERTA O índice total de correção só poderá ser calculado após o IBGE revisar os cálculos do PIB de 2012 a 2014, diz o diretor do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. "Não é correto divulgar um índice de correção agora porque é preciso esperar as demais revisões." Oo PIB foi revisado de 7,5% para 7,6% em 2010 e de 2,7% para 3,9% em 2011. O advogado Decio Scaravaglione, especializado em direito previdenciário, entende que a revisão do PIB abre espaço para pedido de correção para os últimos cinco anos. "O problema será o tamanho do impacto que isso trará ao caixa da Previdência. A revisão pode não ser significativa em valores para o beneficiário individualmente. Mas, no coletivo, a conta será alta", diz o especialista. Hoje, 70% dos benefícios pagos pela Previdência têm valor até um salário mínimo. Em janeiro, por exemplo, a folha total de pagamentos foi de R$ 32,2 bilhões, para 32 milhões de beneficiários. Só com o reajuste concedido para o salário mínimo neste ano, o impacto anual foi calculado em R$ 14,6 bilhões, segundo dados do ministério. Para a advogada Fabíola Marques, especializada em direito trabalhista, a tendência é que os trabalhadores tenham decisões favoráveis em primeira instância. "Quando essas ações chegam aos tribunais superiores, podem ficar paradas anos, como ocorreu com a correção do FGTS."
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Senado dá posse a 27 novos senadores
Os 27 senadores eleitos em outubro do ano passado tomaram posse neste domingo (1) para cumprirem mandatos de oito anos, que terminam em 2023. Os demais 57 senadores, eleitos em 2010, têm mais quatro anos de mandato ao lado dos novos congressistas. Como determina a Constituição Federal, o Senado renova em 2015 apenas um terço de suas cadeiras. Os outros dois terços serão substituídos nas eleições de 2018. Presidente do Senado e candidato à reeleição, Renan Calheiros (PMDB-AL) presidiu a sessão. O senador mais antigo da Casa, José Maranhão (PMDB-PB), fez o juramento em nome dos novos congressistas. Acompanhados de familiares, que lotaram as galerias do plenário, os 27 novos senadores foram chamados nominalmente e prometeram respeitar e cumprir a Constituição durante o mandato, seguindo o juramento. Renan fez um rápido discurso para saudar os novos senadores e disse que a Casa é responsável por construir a "unidade nacional". Em campanha para ser reeleito presidente do Senado, Renan desejou um "vibrante mandato" para os congressistas. "O Brasil nasceu no Senado Federal. Todos os historiadores são uníssonos em dizer que a unidade nacional foi construída aqui no Senado. O povo concedeu a honra e o orgulho de pertencer a esta Casa, fazendo parte da história do Brasil", disse Renan. Vários senadores foram reeleitos, como Fernando Collor de Mello (PTB-AL), Kátia Abreu (PMDB-TO) e Álvaro Dias (PSDB-PR), o senador proporcionalmente mais votado do país. Kátia Abreu se licenciou do Ministério da Agricultura para assumir seu mandato no Senado, mas vai entregar o pedido de afastamento logo após a posse para retornar ao ministério ainda nesta semana. O ex-governador José Serra (PSDB-SP), empossado nesta tarde, vai integrar a bancada de São Paulo no Senado ao lado dos já senadores Marta Suplicy (PT) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) —ambos com mandato de mais quatro anos. Os senadores escolhem ainda neste domingo no novo presidente da Casa. Além de Renan, o peemedebista Luiz Henrique da Silveira (SC) está na disputa pelo cargo. Também serão escolhidos os demais membros da Mesa Diretora do Senado. BANCADAS O PSB foi o partido que ganhou proporcionalmente o maior número de cadeiras no Senado nas eleições de outubro. O partido passa de três para seis vagas na Casa a partir de 2015, um crescimento de 100% em relação à bancada de 2010. Apesar do crescimento, o PSB está longe de ameaçar a hegemonia do PMDB, sigla que permanecerá com o maior número de senadores: 19 no total. O PT seguirá como segundo maior partido na Casa, com uma bancada de 13 senadores em 2015 —um a menos que nas eleições de 2010. Na nova composição do Senado, o PSDB permanecerá como a terceira maior bancada, com 10 senadores no total —o mesmo tamanho das eleições de 2010. Os tucanos conseguiram eleger nomes históricos da sigla, como Serra, Antonio Anastasia (MG), Tasso Jereissati (CE) e Álvaro Dias (PR). Tasso, escolhido por 2,3 milhões de eleitores, volta ao Senado após deixar a Casa em 2010 como uma das principais vozes da oposição a Lula. Serra desbancou Eduardo Suplicy (PT). No Rio, Romário (PSB) também se elegeu com mais de 63% dos votos. O Rio Grande do Sul elegeu o jornalista Lasier Martins (PDT) ao Senado, que ficou conhecido após levar um choque durante um reportagem. Veja os senadores empossados neste domingo: Acre: Gladson Camelli (PP) Alagoas: Fernando Collor (PTB) Amazonas: Omar Aziz (PSD) Amapá: Davi Acolumbre (DEM) Bahia: Otto Alencar (PSD) Ceará: Tasso Jereissati (PSDB) Distrito Federal: Reguffe (PDT) Espírito Santo: Rose de Freitas (PMDB) Goiás: Ronaldo Caiado (DEM) Maranhão: Roberto Rocha (PSB) Mato Grosso: Wellington Fagundes (PR) Minas Gerais: Antonio Anastasia (PSDB) Mato Grosso do Sul: Simone Tebet (PMDB) Pará: Paulo Rocha (PT) Paraíba: José Maranhão (PMDB) Paraná: Álvaro Dias (PSDB) Pernambuco: Fernando Bezerra Coelho (PSB) Piauí: Elmano Férrer (PTB) Rio de Janeiro: Romário (PSB) Rio Grande do Norte: Fátima Bezerra (PT) Rio Grande do Sul: Lasier Martins (PDT) Rondônia: Acir Gurgacz (PDT) Roraima: Telmário Mota (PDT) Santa Catarina: Dário Berger (PMDB) São Paulo: José Serra (PSDB) Sergipe: Maria do Carmo (DEM) Tocantins: Kátia Abreu (PMDB)
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Senado dá posse a 27 novos senadoresOs 27 senadores eleitos em outubro do ano passado tomaram posse neste domingo (1) para cumprirem mandatos de oito anos, que terminam em 2023. Os demais 57 senadores, eleitos em 2010, têm mais quatro anos de mandato ao lado dos novos congressistas. Como determina a Constituição Federal, o Senado renova em 2015 apenas um terço de suas cadeiras. Os outros dois terços serão substituídos nas eleições de 2018. Presidente do Senado e candidato à reeleição, Renan Calheiros (PMDB-AL) presidiu a sessão. O senador mais antigo da Casa, José Maranhão (PMDB-PB), fez o juramento em nome dos novos congressistas. Acompanhados de familiares, que lotaram as galerias do plenário, os 27 novos senadores foram chamados nominalmente e prometeram respeitar e cumprir a Constituição durante o mandato, seguindo o juramento. Renan fez um rápido discurso para saudar os novos senadores e disse que a Casa é responsável por construir a "unidade nacional". Em campanha para ser reeleito presidente do Senado, Renan desejou um "vibrante mandato" para os congressistas. "O Brasil nasceu no Senado Federal. Todos os historiadores são uníssonos em dizer que a unidade nacional foi construída aqui no Senado. O povo concedeu a honra e o orgulho de pertencer a esta Casa, fazendo parte da história do Brasil", disse Renan. Vários senadores foram reeleitos, como Fernando Collor de Mello (PTB-AL), Kátia Abreu (PMDB-TO) e Álvaro Dias (PSDB-PR), o senador proporcionalmente mais votado do país. Kátia Abreu se licenciou do Ministério da Agricultura para assumir seu mandato no Senado, mas vai entregar o pedido de afastamento logo após a posse para retornar ao ministério ainda nesta semana. O ex-governador José Serra (PSDB-SP), empossado nesta tarde, vai integrar a bancada de São Paulo no Senado ao lado dos já senadores Marta Suplicy (PT) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) —ambos com mandato de mais quatro anos. Os senadores escolhem ainda neste domingo no novo presidente da Casa. Além de Renan, o peemedebista Luiz Henrique da Silveira (SC) está na disputa pelo cargo. Também serão escolhidos os demais membros da Mesa Diretora do Senado. BANCADAS O PSB foi o partido que ganhou proporcionalmente o maior número de cadeiras no Senado nas eleições de outubro. O partido passa de três para seis vagas na Casa a partir de 2015, um crescimento de 100% em relação à bancada de 2010. Apesar do crescimento, o PSB está longe de ameaçar a hegemonia do PMDB, sigla que permanecerá com o maior número de senadores: 19 no total. O PT seguirá como segundo maior partido na Casa, com uma bancada de 13 senadores em 2015 —um a menos que nas eleições de 2010. Na nova composição do Senado, o PSDB permanecerá como a terceira maior bancada, com 10 senadores no total —o mesmo tamanho das eleições de 2010. Os tucanos conseguiram eleger nomes históricos da sigla, como Serra, Antonio Anastasia (MG), Tasso Jereissati (CE) e Álvaro Dias (PR). Tasso, escolhido por 2,3 milhões de eleitores, volta ao Senado após deixar a Casa em 2010 como uma das principais vozes da oposição a Lula. Serra desbancou Eduardo Suplicy (PT). No Rio, Romário (PSB) também se elegeu com mais de 63% dos votos. O Rio Grande do Sul elegeu o jornalista Lasier Martins (PDT) ao Senado, que ficou conhecido após levar um choque durante um reportagem. Veja os senadores empossados neste domingo: Acre: Gladson Camelli (PP) Alagoas: Fernando Collor (PTB) Amazonas: Omar Aziz (PSD) Amapá: Davi Acolumbre (DEM) Bahia: Otto Alencar (PSD) Ceará: Tasso Jereissati (PSDB) Distrito Federal: Reguffe (PDT) Espírito Santo: Rose de Freitas (PMDB) Goiás: Ronaldo Caiado (DEM) Maranhão: Roberto Rocha (PSB) Mato Grosso: Wellington Fagundes (PR) Minas Gerais: Antonio Anastasia (PSDB) Mato Grosso do Sul: Simone Tebet (PMDB) Pará: Paulo Rocha (PT) Paraíba: José Maranhão (PMDB) Paraná: Álvaro Dias (PSDB) Pernambuco: Fernando Bezerra Coelho (PSB) Piauí: Elmano Férrer (PTB) Rio de Janeiro: Romário (PSB) Rio Grande do Norte: Fátima Bezerra (PT) Rio Grande do Sul: Lasier Martins (PDT) Rondônia: Acir Gurgacz (PDT) Roraima: Telmário Mota (PDT) Santa Catarina: Dário Berger (PMDB) São Paulo: José Serra (PSDB) Sergipe: Maria do Carmo (DEM) Tocantins: Kátia Abreu (PMDB)
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Pressa, sem atropelo
Para usar uma expressão popular, partidos de oposição e movimentos contra a presidente Dilma Rousseff (PT) atiraram no que viram, acertaram no que não viram. No final do ano passado, mesmo antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) botar freios no rito de impeachment adotado pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, líderes oposicionistas mostravam-se dispostos a, de forma temporária, diminuir a pressão sobre o governo. Calculavam que três meses de inevitável paralisia provocariam o agravamento da crise econômica; o apoio ao afastamento de Dilma, que parecia refluir em dezembro, voltaria com toda a força em março. Por motivos muito diversos, os dias que antecedem as manifestações do próximo dia 13 têm sido marcados por grande agitação política. O combustível, entretanto, não veio exatamente da divulgação do PIB ou dos dados sobre a inflação e o desemprego, mas das frentes investigativa e judicial. À recente prisão de João Santana, marqueteiro das campanhas de Dilma, somou-se a notícia, conhecida na quinta-feira (3), de que Delcídio do Amaral (PT-MS) fechara acordo de delação premiada. Um dia depois, o ex-presidente Lula viu-se obrigado a comparecer perante a autoridade policial. Seguiram-se, e ainda não cessaram, discursos inflamados acerca da condução coercitiva de Lula. Num exagero retórico, Dilma a classificou como "violência injustificável"; o ex-presidente aproveitou a ocasião para assumir o papel de vítima e atiçar a militância. Por coincidência, Michel Temer (PMDB) tinha agenda pública no domingo (6). Tietê, cidade do interior paulista onde o vice-presidente nasceu, comemorava 174 anos. Na solenidade, sem transparecer a mesma ânsia de agosto ou dezembro, Temer novamente defendeu a união para tirar o país da crise, num esforço para o qual contribuiria "a iniciativa privada, prestigiada pelo poder público". A jogada estava feita; o vice quer soar como a voz ponderada num ambiente cada vez mais conflagrado. Parte do PMDB também se mexeu. Alguns diretórios planejam discutir, no próximo final de semana, a ruptura com o PT. Enquanto isso, vendo o governo acuado, oposicionistas abandonam qualquer compromisso com a responsabilidade e anunciam a intenção de bloquear a pauta do Congresso até que se constitua a comissão especial para discutir o impeachment de Dilma na Câmara. Nesta segunda-feira (7), dois novos lances abriram o tabuleiro. Eduardo Cunha, cuja presença tem contaminado o processo de impeachment, foi notificado do processo de cassação no Conselho de Ética. O STF, por sua vez, começou a liberar os votos que definiram o rito do afastamento presidencial. Em ritmo frenético, as peças se movem. Desde que não haja atropelos, é melhor assim. Seja qual for o desenlace, o Brasil não pode continuar refém da crise política. [email protected]
opiniao
Pressa, sem atropeloPara usar uma expressão popular, partidos de oposição e movimentos contra a presidente Dilma Rousseff (PT) atiraram no que viram, acertaram no que não viram. No final do ano passado, mesmo antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) botar freios no rito de impeachment adotado pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, líderes oposicionistas mostravam-se dispostos a, de forma temporária, diminuir a pressão sobre o governo. Calculavam que três meses de inevitável paralisia provocariam o agravamento da crise econômica; o apoio ao afastamento de Dilma, que parecia refluir em dezembro, voltaria com toda a força em março. Por motivos muito diversos, os dias que antecedem as manifestações do próximo dia 13 têm sido marcados por grande agitação política. O combustível, entretanto, não veio exatamente da divulgação do PIB ou dos dados sobre a inflação e o desemprego, mas das frentes investigativa e judicial. À recente prisão de João Santana, marqueteiro das campanhas de Dilma, somou-se a notícia, conhecida na quinta-feira (3), de que Delcídio do Amaral (PT-MS) fechara acordo de delação premiada. Um dia depois, o ex-presidente Lula viu-se obrigado a comparecer perante a autoridade policial. Seguiram-se, e ainda não cessaram, discursos inflamados acerca da condução coercitiva de Lula. Num exagero retórico, Dilma a classificou como "violência injustificável"; o ex-presidente aproveitou a ocasião para assumir o papel de vítima e atiçar a militância. Por coincidência, Michel Temer (PMDB) tinha agenda pública no domingo (6). Tietê, cidade do interior paulista onde o vice-presidente nasceu, comemorava 174 anos. Na solenidade, sem transparecer a mesma ânsia de agosto ou dezembro, Temer novamente defendeu a união para tirar o país da crise, num esforço para o qual contribuiria "a iniciativa privada, prestigiada pelo poder público". A jogada estava feita; o vice quer soar como a voz ponderada num ambiente cada vez mais conflagrado. Parte do PMDB também se mexeu. Alguns diretórios planejam discutir, no próximo final de semana, a ruptura com o PT. Enquanto isso, vendo o governo acuado, oposicionistas abandonam qualquer compromisso com a responsabilidade e anunciam a intenção de bloquear a pauta do Congresso até que se constitua a comissão especial para discutir o impeachment de Dilma na Câmara. Nesta segunda-feira (7), dois novos lances abriram o tabuleiro. Eduardo Cunha, cuja presença tem contaminado o processo de impeachment, foi notificado do processo de cassação no Conselho de Ética. O STF, por sua vez, começou a liberar os votos que definiram o rito do afastamento presidencial. Em ritmo frenético, as peças se movem. Desde que não haja atropelos, é melhor assim. Seja qual for o desenlace, o Brasil não pode continuar refém da crise política. [email protected]
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Guarulhos está no top 3 dos grandes aeroportos mais pontuais do mundo
O aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, foi considerado o terceiro mais pontual do mundo entre os terminais de grande porte pela consultoria britânica OAG, que monitora viagens aéreas. O ranking de pontualidade de 2015, divulgado nesta quinta-feira (7), foi liderado pelo aeroporto de Haneda, em Tóquio (Japão), com média de 91,25% da chamada OTP ("on-time performance", ou desempenho pontual). Em seguida, vieram os terminais de Munique (Alemanha), com 87,71%, e de Guarulhos, com 87,47%. Também tiveram destaque duas companhias aéreas brasileiras: Azul e Gol ficaram no top 3 de pontualidade entre as empresas consideradas de baixo custo ("low cost") pela OAG. A Azul liderou o ranking, com média de OTP de 91,03%, seguida pela norueguesa Norwegian Air Shuttle (86,67%) e pela Gol (86,45%). Entre as grandes companhias, a airBaltic, da Letônia, foi a mais pontual: 94,39% de OTP. Em segundo e terceiro lugares, respectivamente, vieram Copa Airlines (91,69%), que opera no Brasil, e Japan Airlines (90,,44%). A brasileira TAM ficou em 7o lugar nessa lista. MAIS ESTATÍSTICAS A lista da OAG não é a única a medir a pontualidade de voos no mundo. A FlightStats, organização que faz serviço semelhante, também divulgou, nesta quarta (6), seu ranking de 2015. A japonesa Japan Airlines (JAL) liderou o ranking entre as maiores companhias, com 89,44% dos voos "on-time", seguida por Iberia e ANA –a brasileira TAM repetiu o 7o lugar. Nos dados segmentados para a América Latina, a Copa foi a mais bem avaliada, à frente de TAM e Avianca. Entre os grandes aeroportos, Haneda (Tóquio, Japão), Doha (Qatar) e Istambul (Turquia) foram os destaques, nos dados da FlightStats.
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Guarulhos está no top 3 dos grandes aeroportos mais pontuais do mundoO aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, foi considerado o terceiro mais pontual do mundo entre os terminais de grande porte pela consultoria britânica OAG, que monitora viagens aéreas. O ranking de pontualidade de 2015, divulgado nesta quinta-feira (7), foi liderado pelo aeroporto de Haneda, em Tóquio (Japão), com média de 91,25% da chamada OTP ("on-time performance", ou desempenho pontual). Em seguida, vieram os terminais de Munique (Alemanha), com 87,71%, e de Guarulhos, com 87,47%. Também tiveram destaque duas companhias aéreas brasileiras: Azul e Gol ficaram no top 3 de pontualidade entre as empresas consideradas de baixo custo ("low cost") pela OAG. A Azul liderou o ranking, com média de OTP de 91,03%, seguida pela norueguesa Norwegian Air Shuttle (86,67%) e pela Gol (86,45%). Entre as grandes companhias, a airBaltic, da Letônia, foi a mais pontual: 94,39% de OTP. Em segundo e terceiro lugares, respectivamente, vieram Copa Airlines (91,69%), que opera no Brasil, e Japan Airlines (90,,44%). A brasileira TAM ficou em 7o lugar nessa lista. MAIS ESTATÍSTICAS A lista da OAG não é a única a medir a pontualidade de voos no mundo. A FlightStats, organização que faz serviço semelhante, também divulgou, nesta quarta (6), seu ranking de 2015. A japonesa Japan Airlines (JAL) liderou o ranking entre as maiores companhias, com 89,44% dos voos "on-time", seguida por Iberia e ANA –a brasileira TAM repetiu o 7o lugar. Nos dados segmentados para a América Latina, a Copa foi a mais bem avaliada, à frente de TAM e Avianca. Entre os grandes aeroportos, Haneda (Tóquio, Japão), Doha (Qatar) e Istambul (Turquia) foram os destaques, nos dados da FlightStats.
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Roberta Sudbrack é eleita a melhor chef mulher da América Latina
Tomo emprestada, aqui, a frase que o sociólogo Carlos Alberto Dória destacou em seu último livro ao rememorar a ocasião em que Carlos Drummond de Andrade foi chamado de maior poeta do Brasil. Eis que Drummond perguntava: "Como você sabe? Por acaso saiu com uma fita métrica, medindo os poetas?". Pois bem. E o que viria a ser a melhor chef mulher da América Latina? Um pouco do que é Roberta Sudbrack, que acaba de ser alçada ao posto pelo 50 Best, premiação da revista inglesa "Restaurant". Para ela, quem ganha é o Brasil. Afora o machismo, tão démodé, que envolve um prêmio que aparta homens e mulheres, o reconhecimento tem a ver "com o momento da gastronomia brasileira". Uma gastronomia que ainda engatinha, em sua avaliação, mas já conquistou "constância e coerência". Que já é capaz de se comunicar com o resto do mundo por meio de uma "linguagem universal, moderna". "A cozinha brasileira está vivendo uma tranquilidade porque tem consistência, substância. A gente não precisa criar um fato, ser exótico, a nossa cozinha é rica porque tem expressões das mais diferentes e das mais fortes de Norte a Sul. Todas as cozinhas queriam ter essa força." Pois no trabalho de Sudbrack, fincado nas memórias afetivas, nas histórias do dia a dia e nas "cozinheiras de forno e fogão", fica explícita a potência do que se chama hoje de moderna cozinha brasileira. "Não existe a nova cozinha brasileira. Isso é uma cilada, não se deve abandonar as raízes." É antagônico. A chef que vai contra toda sorte de tecnologias, que se firma no calor da brasa, na "baixa temperatura caseira", aquela que simulou um cozimento moderno, mas com o controle humano, capaz de preservar umidade, sabor, volume, mostra uma conexão tão visceral com a vanguardista cozinha do catalão Ferran Adrià. Por caminhos opostos, buscam algo singular: a ousadia, o novo. "Quero mostrar que faço uma cozinha moderníssima só com a inteligência, as mãos e o ingrediente." Pois há dez anos, quando abriu seu restaurante, Sudbrack estava a propor algo extremamente revolucionário para a cena carioca à época -e até mesmo brasileira. Um menu-degustação que mudava todos os dias, de acordo com o que a natureza lhe oferecia de melhor. Era o futuro. E qual é o futuro, hoje? "É principalmente isso, ouvir a natureza, estar perto dos produtores." Algo tão primitivo? "O futuro é primitivo, modernidade e tradição convivem." Algo na filosofia de Santi Santamaría (1957-2011), o maior rival de Adrià, que bradava pela manutenção da cozinha tradicional, parece traduzir as construções de Sudbrack. Disse o chef espanhol: "Amar a cozinha é aceitar o legado histórico que é patrimônio coletivo e transmiti-lo às futuras gerações totalmente renovado e vivo, reconhecível e atual". A chef se aventurou a celebrar ingredientes vulgarizados (e tão simples) como o quiabo, o milho, a jaca, em experimentações e pesquisas profundas, nas quais busca extrair tudo o que um produto pode oferecer e a essência de seus sabores. (Eis que a baba do quiabo, por exemplo, surge soberana em seu restaurante estrelado até pelo guia "Michelin"). Roberta Sudbrack é uma cozinheira "atormentada, inquieta, com um desassossego permanente". Conta que sua forma mais enfática de elogiar é dizer que algo ficou "quase perfeito". "Você está lidando com seres humanos. Não pode ter a pretensão de que fez algo perfeito." Ame ou odeie. A jornalista Luiza Fecarotta é jurada do 50 Best América Latina RAIO-X Roberta Sudbrack, 46, nasceu em Porto Alegre, viveu em Brasília e está há dez anos no Rio de Janeiro Formação Cursou veterinária em Washington e trocou o ofício pela cozinha, na qual é autodidata. "Aprendi lendo os livros do Carême [um dos mais relevantes cozinheiros franceses do século 19, conhecido como "o rei dos cozinheiros e o cozinheiro dos reis"] em francês, embora eu nem falasse francês [risos]" Carreira Aos 17 anos começou a vender cachorro-quente nas ruas por necessidade, foi cozinheira de Fernando Henrique Cardoso no Palácio da Alvorada e, em 2005 abriu o restaurante que leva seu nome no Rio; também comanda o SudTruck, caminhão no qual vende cachorro-quente Novidade No final de setembro deve inaugurar o restaurante Da Roberta, em uma antiga borracharia no Leblon, no qual exercerá uma espécie de volta ao passado, para explorar o que ela entende por comida de rua, "uma comida que está conectada com o produtor, com o artesanato". Servirá pastrami, linguiças e salsichas -estas, feitas em parceria com uma pequena produtora do interior de São Paulo-, vinhos naturais e cervejas artesanais brasileiras Prêmios 2015 É eleita a melhor chef mulher no 50 Best América Latina O restaurante recebe uma estrela no primeiro guia "Michelin" brasileiro 2014 O restaurante é o 13º na lista dos 50 melhores da América Latina 2013 80ª casa no ranking dos 100 melhores restaurantes do mundo, da revista "Restaurant" e 10ª na lista latino-americana 2012 71ª colocada na lista dos 100 melhores restaurantes do mundo, da revista "Restaurant"
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Roberta Sudbrack é eleita a melhor chef mulher da América LatinaTomo emprestada, aqui, a frase que o sociólogo Carlos Alberto Dória destacou em seu último livro ao rememorar a ocasião em que Carlos Drummond de Andrade foi chamado de maior poeta do Brasil. Eis que Drummond perguntava: "Como você sabe? Por acaso saiu com uma fita métrica, medindo os poetas?". Pois bem. E o que viria a ser a melhor chef mulher da América Latina? Um pouco do que é Roberta Sudbrack, que acaba de ser alçada ao posto pelo 50 Best, premiação da revista inglesa "Restaurant". Para ela, quem ganha é o Brasil. Afora o machismo, tão démodé, que envolve um prêmio que aparta homens e mulheres, o reconhecimento tem a ver "com o momento da gastronomia brasileira". Uma gastronomia que ainda engatinha, em sua avaliação, mas já conquistou "constância e coerência". Que já é capaz de se comunicar com o resto do mundo por meio de uma "linguagem universal, moderna". "A cozinha brasileira está vivendo uma tranquilidade porque tem consistência, substância. A gente não precisa criar um fato, ser exótico, a nossa cozinha é rica porque tem expressões das mais diferentes e das mais fortes de Norte a Sul. Todas as cozinhas queriam ter essa força." Pois no trabalho de Sudbrack, fincado nas memórias afetivas, nas histórias do dia a dia e nas "cozinheiras de forno e fogão", fica explícita a potência do que se chama hoje de moderna cozinha brasileira. "Não existe a nova cozinha brasileira. Isso é uma cilada, não se deve abandonar as raízes." É antagônico. A chef que vai contra toda sorte de tecnologias, que se firma no calor da brasa, na "baixa temperatura caseira", aquela que simulou um cozimento moderno, mas com o controle humano, capaz de preservar umidade, sabor, volume, mostra uma conexão tão visceral com a vanguardista cozinha do catalão Ferran Adrià. Por caminhos opostos, buscam algo singular: a ousadia, o novo. "Quero mostrar que faço uma cozinha moderníssima só com a inteligência, as mãos e o ingrediente." Pois há dez anos, quando abriu seu restaurante, Sudbrack estava a propor algo extremamente revolucionário para a cena carioca à época -e até mesmo brasileira. Um menu-degustação que mudava todos os dias, de acordo com o que a natureza lhe oferecia de melhor. Era o futuro. E qual é o futuro, hoje? "É principalmente isso, ouvir a natureza, estar perto dos produtores." Algo tão primitivo? "O futuro é primitivo, modernidade e tradição convivem." Algo na filosofia de Santi Santamaría (1957-2011), o maior rival de Adrià, que bradava pela manutenção da cozinha tradicional, parece traduzir as construções de Sudbrack. Disse o chef espanhol: "Amar a cozinha é aceitar o legado histórico que é patrimônio coletivo e transmiti-lo às futuras gerações totalmente renovado e vivo, reconhecível e atual". A chef se aventurou a celebrar ingredientes vulgarizados (e tão simples) como o quiabo, o milho, a jaca, em experimentações e pesquisas profundas, nas quais busca extrair tudo o que um produto pode oferecer e a essência de seus sabores. (Eis que a baba do quiabo, por exemplo, surge soberana em seu restaurante estrelado até pelo guia "Michelin"). Roberta Sudbrack é uma cozinheira "atormentada, inquieta, com um desassossego permanente". Conta que sua forma mais enfática de elogiar é dizer que algo ficou "quase perfeito". "Você está lidando com seres humanos. Não pode ter a pretensão de que fez algo perfeito." Ame ou odeie. A jornalista Luiza Fecarotta é jurada do 50 Best América Latina RAIO-X Roberta Sudbrack, 46, nasceu em Porto Alegre, viveu em Brasília e está há dez anos no Rio de Janeiro Formação Cursou veterinária em Washington e trocou o ofício pela cozinha, na qual é autodidata. "Aprendi lendo os livros do Carême [um dos mais relevantes cozinheiros franceses do século 19, conhecido como "o rei dos cozinheiros e o cozinheiro dos reis"] em francês, embora eu nem falasse francês [risos]" Carreira Aos 17 anos começou a vender cachorro-quente nas ruas por necessidade, foi cozinheira de Fernando Henrique Cardoso no Palácio da Alvorada e, em 2005 abriu o restaurante que leva seu nome no Rio; também comanda o SudTruck, caminhão no qual vende cachorro-quente Novidade No final de setembro deve inaugurar o restaurante Da Roberta, em uma antiga borracharia no Leblon, no qual exercerá uma espécie de volta ao passado, para explorar o que ela entende por comida de rua, "uma comida que está conectada com o produtor, com o artesanato". Servirá pastrami, linguiças e salsichas -estas, feitas em parceria com uma pequena produtora do interior de São Paulo-, vinhos naturais e cervejas artesanais brasileiras Prêmios 2015 É eleita a melhor chef mulher no 50 Best América Latina O restaurante recebe uma estrela no primeiro guia "Michelin" brasileiro 2014 O restaurante é o 13º na lista dos 50 melhores da América Latina 2013 80ª casa no ranking dos 100 melhores restaurantes do mundo, da revista "Restaurant" e 10ª na lista latino-americana 2012 71ª colocada na lista dos 100 melhores restaurantes do mundo, da revista "Restaurant"
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Um saldo de traumas em 2016 e sinais preocupantes para 2017
BRASÍLIA - Fica um saldo de feridas políticas e econômicas do ano que termina daqui a uma semana. É impossível esquecer 2016, mesmo que se queira. Os traumas vão perdurar. A presidente da República sofreu um impeachment com menos de dois anos de mandato sob acusação de crime de responsabilidade por meio de manobras fiscais. O presidente da Câmara caiu na Lava Jato, renunciou, foi cassado pelos pares e passará o Natal em um presídio. O presidente do Senado vai encerrar sua gestão na condição de réu pelo crime de peculato, denunciado em outro caso por lavagem e corrupção, e investigado em inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal. O STF, aliás, entrou em férias com as togas carimbadas pelo acordão que manteve Renan Calheiros no cargo. São estranhos tempos em que integrantes do tribunal mais importante do país julgam para ficar bem na foto, não se inibem em discutir voto por trás das cortinas e desferem ataques públicos a colegas simplesmente porque discordam deles. Em sete meses, o governo do substituto da presidente da República afastada não conseguiu tirar a economia do buraco. Enquanto lá fora há mostras de otimismo para 2017, aqui dentro temos de nos contentar com medidas paliativas anunciadas de última hora pelo Planalto. Alguns Estados, por exemplo, começam janeiro sem saber se pagarão o salário do mês de seus servidores. O balanço do sombrio ano que finda logo mais deveria servir para possíveis mudanças de comportamento dos protagonistas dos três Poderes. Mas as perspectivas são preocupantes. Os primeiros sinais vêm do Congresso. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o "Botafogo" na delação da Odebrecht, busca um jeitinho jurídico de atropelar as regras e se reeleger para o cargo em fevereiro. E o favorito para comandar o Senado, Eunício Oliveira, o "Índio" na planilha da empreiteira, é acusado de receber R$ 2,1 milhões em troca da aprovação de medida provisória.
colunas
Um saldo de traumas em 2016 e sinais preocupantes para 2017BRASÍLIA - Fica um saldo de feridas políticas e econômicas do ano que termina daqui a uma semana. É impossível esquecer 2016, mesmo que se queira. Os traumas vão perdurar. A presidente da República sofreu um impeachment com menos de dois anos de mandato sob acusação de crime de responsabilidade por meio de manobras fiscais. O presidente da Câmara caiu na Lava Jato, renunciou, foi cassado pelos pares e passará o Natal em um presídio. O presidente do Senado vai encerrar sua gestão na condição de réu pelo crime de peculato, denunciado em outro caso por lavagem e corrupção, e investigado em inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal. O STF, aliás, entrou em férias com as togas carimbadas pelo acordão que manteve Renan Calheiros no cargo. São estranhos tempos em que integrantes do tribunal mais importante do país julgam para ficar bem na foto, não se inibem em discutir voto por trás das cortinas e desferem ataques públicos a colegas simplesmente porque discordam deles. Em sete meses, o governo do substituto da presidente da República afastada não conseguiu tirar a economia do buraco. Enquanto lá fora há mostras de otimismo para 2017, aqui dentro temos de nos contentar com medidas paliativas anunciadas de última hora pelo Planalto. Alguns Estados, por exemplo, começam janeiro sem saber se pagarão o salário do mês de seus servidores. O balanço do sombrio ano que finda logo mais deveria servir para possíveis mudanças de comportamento dos protagonistas dos três Poderes. Mas as perspectivas são preocupantes. Os primeiros sinais vêm do Congresso. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o "Botafogo" na delação da Odebrecht, busca um jeitinho jurídico de atropelar as regras e se reeleger para o cargo em fevereiro. E o favorito para comandar o Senado, Eunício Oliveira, o "Índio" na planilha da empreiteira, é acusado de receber R$ 2,1 milhões em troca da aprovação de medida provisória.
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Como Nicole Kidman coloca as mulheres à frente em Hollywood
Na manhã seguinte à cerimônia do Globo de Ouro, na qual Meryl Streep fez seu apaixonado discurso contra Donald Trump, em um momento no qual as estrelas visitantes estavam devolvendo seus vestidos e se preparando para deixar a cidade, Nicole Kidman estava no escritório da HBO, fazendo uma última reunião antes de voltar a Nashville. O tema era "Big Little Lies", minissérie em sete episódios que ela coproduziu e coestrelou com Reese Witherspoon, com estreia prevista para o dia 19 de fevereiro na HBO. Baseada no best-seller homônimo de Liane Moriarty, a série gira em torno de cinco mulheres —as três outras são interpretadas por Shailene Woodley, Zoe Kravitz e Laura Dern— de um bairro rico de Monterey, Califórnia, que serve como perfeito cenário para sátira social. Quando a história começa, uma guerra entre pais ameaça irromper por conta de um incidente desagradável na escola primária local. O primeiro item da agenda era como promover "Big Little Lies" de maneira a refletir tanto o humor da série quanto seu aspecto dramático e até melodramático. Uma campanha preliminar já estava em circulação. Anúncios foram publicados em revistas. Na avenida Sunset Boulevard, outdoors proclamavam que "é uma vida maravilhosa", com o "f" de life [vida], como que caindo da imagem, deixando a palavra "lie" [mentira]. Trailers enfatizando aspectos diferentes da história haviam começado a circular na televisão e na mídia digital. Kidman disse que desejava garantir que a violência doméstica (talvez o mais sombrio tema da trama - sem considerar o homicídio, claro) recebesse a devida atenção pública e não ficasse perdida em meio aos exageros histriônicos. "Queremos mostrá-la da maneira certa, e instigar discussão sobre ela por conta da série", ela disse. Len Amato, presidente da HBO, disse que encontrar o equilíbrio certo era difícil. "Se você vê apenas um pouco disso, pode ser uma experiência redutiva", e acrescentou que "não estamos repetindo 'Desperate Housewives', aqui. Nada contra 'Desperate Housewives', mas esse não era o ponto focal para que as pessoas quisessem fazer a série". Kidman está participando de muitas reuniões parecidas, hoje em dia. Em 2010, sua produtora, a Blossom Films, foi responsável por "Reencontrando a Felicidade", um filme de baixo orçamento no qual ela interpreta uma mãe de luto pela morte do filho. O sucesso que surgiu foi inesperado. "Pensei que fazer algo assim era realmente possível", disse Kidman em entrevista mais tarde. O filme abriu novas possibilidades para ela em um setor conhecido como nada hospitaleiro para com atrizes que tenham atingido a infortunada idade de 40 anos, mesmo que elas tenham conquistado o Oscar de melhor atriz (Kidman, 49, ficou com o prêmio por "As Horas", de 2003). Desde "Reencontrando a Felicidade", a Blossom produziu a comédia romântica "Monte Carlo" e o infeliz drama familiar "The Family Fang", e recentemente acelerou seu ritmo de aquisição de opções para a produção de livros e peças. Na Hollywood atual, a melhor maneira de interpretar papéis interessantes, ou de garantir que histórias complicadas sobre mulheres adultas cheguem às telas (de cinema ou TV) é assumir o controle criativo e financeiro dos projetos. "Isso permitiu que eu direcionasse minha carreira, em termos de poder encontrar coisas que de outra forma talvez não me fossem oferecidas, ou que eu não teria a oportunidade de fazer", disse Kidman em entrevista depois da reunião. Naquela segunda-feira de janeiro, Kidman estava no comando, embora se mostrasse relaxada e, em dados momentos, brincalhona (ao introduzir Per Saari, seu sócio na produtora, ela disse que os dois eram tão próximos que "estamos casados há 14 anos"). Usando uma calça azul marinho e uma impecável blusa branca, ela parecia mais alta em pessoa, e seu sotaque australiano surpreende, porque os sotaques não australianos que ela adota em seu trabalho são muito mais familiares para um espectador. Kidman disse não ter um plano de carreira, e que se limita a buscar material que a interesse e a buscar diretores e roteiristas talentosos mas desconhecidos. A Blossom compra roteiros e paga adiantado, para minimizar o que Kidman define como "burocracia". Ela continua a atuar em projetos que não produz, e vice-versa. "Só faço coisas que me apaixonam", disse. "De outra forma, prefiro ficar em casa em Nashville e cuidar das minhas filhas e ser muito feliz", ela disse, em referência às duas filhas pequenas que tem com o marido, o cantor country Keith Urban. No mês passado, Kidman se envolveu em uma briga quando uma declaração que ela fez à BBC sobre a necessidade de os norte-americanos se unirem em apoio ao novo presidente foi entendida como expressão de admiração ao presidente Donald Trump. Kidman disse mais tarde que estava "simplesmente tentando enfatizar que acredita na democracia e na constituição dos Estados Unidos". Enquanto isso, ela mantém uma agenda sobrecarregada de trabalho como atriz. Em 2015, 17 anos depois de estrelar em "The Blue Room", Kidman voltou ao teatro, em Londres, para "Photograph 51", uma peça na qual ela interpreta a química britânica Rosalind Franklin, cujo trabalho nunca recebeu o apreço merecido. Seu trabalho lhe valeu o prêmio London Evening Standards como melhor atriz da temporada. Ainda este mês, ela descobrirá se ganhou um Oscar como atriz coadjuvante por seu papel como mãe adotiva de um menino indiano perdido no filme "Lion - Uma Jornada para Casa". No ano passado, ela trabalhou em "O Estranho que Nós Amamos", um western passado na época da guerra civil dos Estados Unidos e dirigido por Sofia Coppola, e "The Killing of the Sacred Deer", seu filme mais recente, que está em pós-produção, um projeto dirigido pelo cineasta Yorgos Lanthimos, de "O Lagosta". "Sinto estar em um lugar muito seguro em minha vida agora, um lugar em que me sinto muito mais confortável comigo mesma e posso ser mais extrovertida", ela disse. "Também significa que posso trabalhar com pessoas de que gosto". Faz sentido que "Big Little Lies" tenha se tornado uma série da HBO no lugar de um filme de um grande estúdio. Já que filmes sobre super-heróis e outras grandes produções dominam a escala de lançamentos dos grandes estúdios, astros de cinema de primeira grandeza como Natalie Portman, Daniel Craig e Bradley Cooper estão levando seus projetos a empresas como a HBO, Showtime, Amazon e Netflix. "Não existe mais uma separação tão grande", disse Witherspoon em entrevista por telefone. "O espaço para trabalho agora é maior, a base de talentos muito maior, e as coisas se tornaram menos definidas - o que é televisão, o que é um filme?" Apenas 30 meses se passaram entre a concepção do projeto e sua conclusão. No segundo trimestre de 2014, Bruna Pappandrea, antiga sócia de Witherspoon em sua produtora (Pacific Standard) e também amiga de Kidman, leu as provas de "Big Little Lies" ainda antes da publicação do livro, gostou muito da história e ligou para Witherspoon, que estava em em Nova Orleans filmando "Belas e Perseguidas". Encantada com o livro, Witherspoon procurou Kidman, sua velha amiga, e pediu que ela o lesse. Kidman disse que se sentiu atraída pelos diferentes climas do livro, pelos personagens femininos fortes e que "embora boa parte dele trate de mulheres que estão brigando, tentando se destruir, o livro também é sobre a amizade". O personagem que ela interpreta, Celeste, parece ter uma vida perfeita, o que inclui um marido sarado e mais jovem, interpretado por Alexander Skarsgard, mas é tudo uma fachada que começa a se desfazer com o avanço da série. Ela ligou para Witherspoon ao terminar a leitura e disse "estou nessa, se você também estiver". Kidman recorda que a amiga respondeu "estou nessa. Agora temos só de garantir o livro". Isso significava persuadir a autora, Moriarty, que é australiana, a lhes vender os direitos exclusivos sobre o projeto. Kidman estava a caminho da Austrália, de férias, e ela e Moriarty se encontraram em um café em Sydney. "Opções sobre alguns dos meus outros livros já haviam sido adquiridas, e amigos escritores me aconselharam a só me empolgar quando a filmagem começasse", ela disse, por telefone. "Mas Nicole disse que, se ela adquirisse uma opção, eu deveria me empolgar, porque ela não adquire opções só pelo prazer de tê-las". Witherspoon então convocou Jean-Marc Vallee, que a dirigiu em "Livre" - "e então Reese mandou um e-mail a Jean-Marc", é como Kidman descreve a situação, e as duas contrataram David Kelley ("Ally McBeal", "The Practice") para escrever o roteiro. No começo, elas não estavam certas sobre que rede de TV seria o lar ideal para a ideia. Mas Kidman já havia trabalhado com a HBO, quando estrelou "Hemingway and Gelhorn". "Sabia o que eles tinham a oferecer em termos de permitir que um projeto crescesse e se desenvolvesse", ela disse. O que veio a seguir foi uma onda de networking entre mulheres que Kidman comparou à maneira pela qual os amigos e astros de cinema envolvidos com a série de filmes "Onze Homens e um Segredo" conduzem seus negócios. Ela e Witherspoon começaram a contatar amigas. "Quando Reese e eu decidimos ir adiante, não demoramos a convencer Shai Woodley. "Ela aceitou porque Laura Dern, uma de suas melhores amigas, topou o projeto e disse que a convenceria", conta Kidman. A experiência foi tão compensadora que sua produtora e a de Witherspoon adquiriram uma opção sobre o mais recente livro de Moriarty ("Truly Madly Guilty"), no ano passado. A produtora de Kidman também adquiriu uma opção sobre "The Expatriates", que ela diz conter "três papéis maravilhosos para mulheres" e se passa em Hong Kong. Kidman também está trabalhando com a HBO na dramatização de outro romance para o qual ela adquiriu uma opção de adaptação, "Reconstructing Amelia", sobre uma mãe que tenta descobrir por que sua filha se suicidou. (Naomi Watts está negociando para interpretar o papel principal, disse Amato.) Kidman disse que sua intuição é de que o projeto deveria ser um filme e não uma minissérie, e a HBO parece aceitar a ideia. "O balanço de como você faz essas coisas é delicado", disse Kidman, sobre decidir entre produzir uma série ou um filme. Tradução de PAULO MIGLIACCI
ilustrada
Como Nicole Kidman coloca as mulheres à frente em HollywoodNa manhã seguinte à cerimônia do Globo de Ouro, na qual Meryl Streep fez seu apaixonado discurso contra Donald Trump, em um momento no qual as estrelas visitantes estavam devolvendo seus vestidos e se preparando para deixar a cidade, Nicole Kidman estava no escritório da HBO, fazendo uma última reunião antes de voltar a Nashville. O tema era "Big Little Lies", minissérie em sete episódios que ela coproduziu e coestrelou com Reese Witherspoon, com estreia prevista para o dia 19 de fevereiro na HBO. Baseada no best-seller homônimo de Liane Moriarty, a série gira em torno de cinco mulheres —as três outras são interpretadas por Shailene Woodley, Zoe Kravitz e Laura Dern— de um bairro rico de Monterey, Califórnia, que serve como perfeito cenário para sátira social. Quando a história começa, uma guerra entre pais ameaça irromper por conta de um incidente desagradável na escola primária local. O primeiro item da agenda era como promover "Big Little Lies" de maneira a refletir tanto o humor da série quanto seu aspecto dramático e até melodramático. Uma campanha preliminar já estava em circulação. Anúncios foram publicados em revistas. Na avenida Sunset Boulevard, outdoors proclamavam que "é uma vida maravilhosa", com o "f" de life [vida], como que caindo da imagem, deixando a palavra "lie" [mentira]. Trailers enfatizando aspectos diferentes da história haviam começado a circular na televisão e na mídia digital. Kidman disse que desejava garantir que a violência doméstica (talvez o mais sombrio tema da trama - sem considerar o homicídio, claro) recebesse a devida atenção pública e não ficasse perdida em meio aos exageros histriônicos. "Queremos mostrá-la da maneira certa, e instigar discussão sobre ela por conta da série", ela disse. Len Amato, presidente da HBO, disse que encontrar o equilíbrio certo era difícil. "Se você vê apenas um pouco disso, pode ser uma experiência redutiva", e acrescentou que "não estamos repetindo 'Desperate Housewives', aqui. Nada contra 'Desperate Housewives', mas esse não era o ponto focal para que as pessoas quisessem fazer a série". Kidman está participando de muitas reuniões parecidas, hoje em dia. Em 2010, sua produtora, a Blossom Films, foi responsável por "Reencontrando a Felicidade", um filme de baixo orçamento no qual ela interpreta uma mãe de luto pela morte do filho. O sucesso que surgiu foi inesperado. "Pensei que fazer algo assim era realmente possível", disse Kidman em entrevista mais tarde. O filme abriu novas possibilidades para ela em um setor conhecido como nada hospitaleiro para com atrizes que tenham atingido a infortunada idade de 40 anos, mesmo que elas tenham conquistado o Oscar de melhor atriz (Kidman, 49, ficou com o prêmio por "As Horas", de 2003). Desde "Reencontrando a Felicidade", a Blossom produziu a comédia romântica "Monte Carlo" e o infeliz drama familiar "The Family Fang", e recentemente acelerou seu ritmo de aquisição de opções para a produção de livros e peças. Na Hollywood atual, a melhor maneira de interpretar papéis interessantes, ou de garantir que histórias complicadas sobre mulheres adultas cheguem às telas (de cinema ou TV) é assumir o controle criativo e financeiro dos projetos. "Isso permitiu que eu direcionasse minha carreira, em termos de poder encontrar coisas que de outra forma talvez não me fossem oferecidas, ou que eu não teria a oportunidade de fazer", disse Kidman em entrevista depois da reunião. Naquela segunda-feira de janeiro, Kidman estava no comando, embora se mostrasse relaxada e, em dados momentos, brincalhona (ao introduzir Per Saari, seu sócio na produtora, ela disse que os dois eram tão próximos que "estamos casados há 14 anos"). Usando uma calça azul marinho e uma impecável blusa branca, ela parecia mais alta em pessoa, e seu sotaque australiano surpreende, porque os sotaques não australianos que ela adota em seu trabalho são muito mais familiares para um espectador. Kidman disse não ter um plano de carreira, e que se limita a buscar material que a interesse e a buscar diretores e roteiristas talentosos mas desconhecidos. A Blossom compra roteiros e paga adiantado, para minimizar o que Kidman define como "burocracia". Ela continua a atuar em projetos que não produz, e vice-versa. "Só faço coisas que me apaixonam", disse. "De outra forma, prefiro ficar em casa em Nashville e cuidar das minhas filhas e ser muito feliz", ela disse, em referência às duas filhas pequenas que tem com o marido, o cantor country Keith Urban. No mês passado, Kidman se envolveu em uma briga quando uma declaração que ela fez à BBC sobre a necessidade de os norte-americanos se unirem em apoio ao novo presidente foi entendida como expressão de admiração ao presidente Donald Trump. Kidman disse mais tarde que estava "simplesmente tentando enfatizar que acredita na democracia e na constituição dos Estados Unidos". Enquanto isso, ela mantém uma agenda sobrecarregada de trabalho como atriz. Em 2015, 17 anos depois de estrelar em "The Blue Room", Kidman voltou ao teatro, em Londres, para "Photograph 51", uma peça na qual ela interpreta a química britânica Rosalind Franklin, cujo trabalho nunca recebeu o apreço merecido. Seu trabalho lhe valeu o prêmio London Evening Standards como melhor atriz da temporada. Ainda este mês, ela descobrirá se ganhou um Oscar como atriz coadjuvante por seu papel como mãe adotiva de um menino indiano perdido no filme "Lion - Uma Jornada para Casa". No ano passado, ela trabalhou em "O Estranho que Nós Amamos", um western passado na época da guerra civil dos Estados Unidos e dirigido por Sofia Coppola, e "The Killing of the Sacred Deer", seu filme mais recente, que está em pós-produção, um projeto dirigido pelo cineasta Yorgos Lanthimos, de "O Lagosta". "Sinto estar em um lugar muito seguro em minha vida agora, um lugar em que me sinto muito mais confortável comigo mesma e posso ser mais extrovertida", ela disse. "Também significa que posso trabalhar com pessoas de que gosto". Faz sentido que "Big Little Lies" tenha se tornado uma série da HBO no lugar de um filme de um grande estúdio. Já que filmes sobre super-heróis e outras grandes produções dominam a escala de lançamentos dos grandes estúdios, astros de cinema de primeira grandeza como Natalie Portman, Daniel Craig e Bradley Cooper estão levando seus projetos a empresas como a HBO, Showtime, Amazon e Netflix. "Não existe mais uma separação tão grande", disse Witherspoon em entrevista por telefone. "O espaço para trabalho agora é maior, a base de talentos muito maior, e as coisas se tornaram menos definidas - o que é televisão, o que é um filme?" Apenas 30 meses se passaram entre a concepção do projeto e sua conclusão. No segundo trimestre de 2014, Bruna Pappandrea, antiga sócia de Witherspoon em sua produtora (Pacific Standard) e também amiga de Kidman, leu as provas de "Big Little Lies" ainda antes da publicação do livro, gostou muito da história e ligou para Witherspoon, que estava em em Nova Orleans filmando "Belas e Perseguidas". Encantada com o livro, Witherspoon procurou Kidman, sua velha amiga, e pediu que ela o lesse. Kidman disse que se sentiu atraída pelos diferentes climas do livro, pelos personagens femininos fortes e que "embora boa parte dele trate de mulheres que estão brigando, tentando se destruir, o livro também é sobre a amizade". O personagem que ela interpreta, Celeste, parece ter uma vida perfeita, o que inclui um marido sarado e mais jovem, interpretado por Alexander Skarsgard, mas é tudo uma fachada que começa a se desfazer com o avanço da série. Ela ligou para Witherspoon ao terminar a leitura e disse "estou nessa, se você também estiver". Kidman recorda que a amiga respondeu "estou nessa. Agora temos só de garantir o livro". Isso significava persuadir a autora, Moriarty, que é australiana, a lhes vender os direitos exclusivos sobre o projeto. Kidman estava a caminho da Austrália, de férias, e ela e Moriarty se encontraram em um café em Sydney. "Opções sobre alguns dos meus outros livros já haviam sido adquiridas, e amigos escritores me aconselharam a só me empolgar quando a filmagem começasse", ela disse, por telefone. "Mas Nicole disse que, se ela adquirisse uma opção, eu deveria me empolgar, porque ela não adquire opções só pelo prazer de tê-las". Witherspoon então convocou Jean-Marc Vallee, que a dirigiu em "Livre" - "e então Reese mandou um e-mail a Jean-Marc", é como Kidman descreve a situação, e as duas contrataram David Kelley ("Ally McBeal", "The Practice") para escrever o roteiro. No começo, elas não estavam certas sobre que rede de TV seria o lar ideal para a ideia. Mas Kidman já havia trabalhado com a HBO, quando estrelou "Hemingway and Gelhorn". "Sabia o que eles tinham a oferecer em termos de permitir que um projeto crescesse e se desenvolvesse", ela disse. O que veio a seguir foi uma onda de networking entre mulheres que Kidman comparou à maneira pela qual os amigos e astros de cinema envolvidos com a série de filmes "Onze Homens e um Segredo" conduzem seus negócios. Ela e Witherspoon começaram a contatar amigas. "Quando Reese e eu decidimos ir adiante, não demoramos a convencer Shai Woodley. "Ela aceitou porque Laura Dern, uma de suas melhores amigas, topou o projeto e disse que a convenceria", conta Kidman. A experiência foi tão compensadora que sua produtora e a de Witherspoon adquiriram uma opção sobre o mais recente livro de Moriarty ("Truly Madly Guilty"), no ano passado. A produtora de Kidman também adquiriu uma opção sobre "The Expatriates", que ela diz conter "três papéis maravilhosos para mulheres" e se passa em Hong Kong. Kidman também está trabalhando com a HBO na dramatização de outro romance para o qual ela adquiriu uma opção de adaptação, "Reconstructing Amelia", sobre uma mãe que tenta descobrir por que sua filha se suicidou. (Naomi Watts está negociando para interpretar o papel principal, disse Amato.) Kidman disse que sua intuição é de que o projeto deveria ser um filme e não uma minissérie, e a HBO parece aceitar a ideia. "O balanço de como você faz essas coisas é delicado", disse Kidman, sobre decidir entre produzir uma série ou um filme. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Doria cresce e se aproxima de Marta em nova pesquisa Ibope; Russomanno segue na frente
DE SÃO PAULO O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, João Doria, teve o maior crescimento nas intenções de voto em pesquisa realizada pelo Ibope e divulgada nesta quarta-feira (14). O tucano cresceu de 9% para 17%, ficando em empate técnico com Marta Suplicy (PMDB) na segunda colocação ao se considerar a margem de erro de três pontos percentuais. A peemedebista também teve leve evolução, de 17% para 20%. O líder da pesquisa continua sendo Celso Russomanno (PRB), embora tenha sofrido oscilação nas intenções de voto. Em comparação com a consulta anterior, divulgada em 23 de agosto, o deputado federal foi de 33% para 30%. O atual prefeito e candidato à reeleição pelo PT, Fernando Haddad, se manteve estagnado com 9%. Ele é também o candidato com maior reprovação, rejeitado por 48% dos entrevistados. Luiza Erundina (PSOL) foi a única entre os cinco candidatos principais a apresentar queda. Atualmente tem 5% das intenções de voto segundo o Ibope, depois de chegar a 9% em agosto. Dos 1.001 entrevistados entre 10 e 13 de setembro, 13% manifestaram intenção de anular ou de votar em branco, enquanto 4% não sabiam ou não responderam à pesquisa. Os candidatos Levy Fidelix (PRTB), João Bico (PSDC) e Major Olímpio (SD) tiveram 1% das intenções. Ricardo Young (Rede), Henrique Áreas (PCO) e Altino Prazeres (PSTU) não chegaram a 1%. O crescimento de Doria e a diminuição da vantagem de Russomanno tinham sido verificados por pesquisa do Datafolha na semana passada. SEGUNDO TURNO Pelas simulações divulgadas pelo Ibope, Celso Russomanno seria eleito em qualquer cenário num eventual segundo turno. Contra Marta, o candidato pelo PRB teria 44% dos votos, enquanto a senadora teria 33%. Já contra João Doria, Russomanno chegaria a 49% contra 28% do tucano. Um embate no segundo turno entre Marta e Doria, empatados tecnicamente na vice-liderança, resultaria na vitória da peemedebista. Segundo o Ibope, ela venceria com 41% das intenções de voto. O candidato pelo PSDB chegaria a 34%. Haddad perderia em todos os cenários traçados para o segundo turno, inclusive contra Luiza Erundina, atrás dele nas intenções de voto. No índice de rejeição, os candidatos que mais se aproximam do petista são Levy Fidelix (31%), Luiza Erundina (29%) e Marta (27%). Celso Russomanno tem rejeição de 22%, e João Doria de 18%. Pesquisa Ibope - Prefeitura de SP - Intenção de voto - estimulado e único, em %
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Doria cresce e se aproxima de Marta em nova pesquisa Ibope; Russomanno segue na frenteDE SÃO PAULO O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, João Doria, teve o maior crescimento nas intenções de voto em pesquisa realizada pelo Ibope e divulgada nesta quarta-feira (14). O tucano cresceu de 9% para 17%, ficando em empate técnico com Marta Suplicy (PMDB) na segunda colocação ao se considerar a margem de erro de três pontos percentuais. A peemedebista também teve leve evolução, de 17% para 20%. O líder da pesquisa continua sendo Celso Russomanno (PRB), embora tenha sofrido oscilação nas intenções de voto. Em comparação com a consulta anterior, divulgada em 23 de agosto, o deputado federal foi de 33% para 30%. O atual prefeito e candidato à reeleição pelo PT, Fernando Haddad, se manteve estagnado com 9%. Ele é também o candidato com maior reprovação, rejeitado por 48% dos entrevistados. Luiza Erundina (PSOL) foi a única entre os cinco candidatos principais a apresentar queda. Atualmente tem 5% das intenções de voto segundo o Ibope, depois de chegar a 9% em agosto. Dos 1.001 entrevistados entre 10 e 13 de setembro, 13% manifestaram intenção de anular ou de votar em branco, enquanto 4% não sabiam ou não responderam à pesquisa. Os candidatos Levy Fidelix (PRTB), João Bico (PSDC) e Major Olímpio (SD) tiveram 1% das intenções. Ricardo Young (Rede), Henrique Áreas (PCO) e Altino Prazeres (PSTU) não chegaram a 1%. O crescimento de Doria e a diminuição da vantagem de Russomanno tinham sido verificados por pesquisa do Datafolha na semana passada. SEGUNDO TURNO Pelas simulações divulgadas pelo Ibope, Celso Russomanno seria eleito em qualquer cenário num eventual segundo turno. Contra Marta, o candidato pelo PRB teria 44% dos votos, enquanto a senadora teria 33%. Já contra João Doria, Russomanno chegaria a 49% contra 28% do tucano. Um embate no segundo turno entre Marta e Doria, empatados tecnicamente na vice-liderança, resultaria na vitória da peemedebista. Segundo o Ibope, ela venceria com 41% das intenções de voto. O candidato pelo PSDB chegaria a 34%. Haddad perderia em todos os cenários traçados para o segundo turno, inclusive contra Luiza Erundina, atrás dele nas intenções de voto. No índice de rejeição, os candidatos que mais se aproximam do petista são Levy Fidelix (31%), Luiza Erundina (29%) e Marta (27%). Celso Russomanno tem rejeição de 22%, e João Doria de 18%. Pesquisa Ibope - Prefeitura de SP - Intenção de voto - estimulado e único, em %
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No Rio, Argentina consegue melhor resultado em Olimpíada desde 1948
LUCIANA DYNIEWICZ DE BUENOS AIRES Contrariando as estatísticas, a Argentina deve fechar os Jogos Olímpicos com três ouros e uma prata. São apenas quatro medalhas, mas que garantiram o melhor resultado do país em 68 anos. A última vez que os argentinos haviam visto tanto ouro foi em Londres-1948, quando conseguiram dois primeiros lugares no boxe e um na maratona, além de três pratas e um bronze. De lá para cá, foi uma grande decadência, que incluiu nove edições dos Jogos sem ouro e que só começou a se reverter em 2004, em Atenas, com dois primeiros lugares. Antes do início da Rio-2016, o principal jornalista de coberturas olímpicas da Argentina, Gonzalo Bonadeo, chegou a dizer à Folha que não seria "loucura" se o país voltasse sem medalhas. Na melhor das hipóteses, porém, levaria seis. Impulsionados por uma das maiores torcidas (os argentinos estão entre os estrangeiros que mais compraram ingressos, atrás apenas de americanos e franceses), os atletas da Argentina chegaram perto do melhor panorama imaginado por Bonadeo. Para especialistas, a criação do Ente Nacional de Alto Rendimento Esportivo, em 2009, no governo de Cristina Kirchner, é o principal desencadeador da melhora do desempenho do país. O organismo misto (público e privado) recebe 1% do valor pago pelos consumidores às empresas de telefonia celular. O recurso serve para bancar viagens e salários de atletas. A maior remuneração é de 20 mil pesos (R$ 4.300). Um dos que recebem esse salário é Santiago Lange, que, ao lado de Cecilia Carranza Caroli, levou a medalha de ouro na vela classe Nacra 1. "Nesse esporte, sempre temos expectativa, porque historicamente costumamos conseguir alguma medalha, mas não o ouro", diz o jornalista argentino Guido Bercovic, especialista em esportes olímpicos. A surpresa foi ainda maior porque, há menos de um ano, Lange, 54, retirou um pulmão após ser diagnosticado com câncer. "Em novembro de 2015, ganhar a medalha era impensável. Não sabia como seria minha evolução física. Em junho, comecei a pensar que poderia chegar à final e, só na semana anterior ao início dos Jogos, vi que estava muito bem preparado", contou à Folha. Lange afirma acreditar que as bolsas para os atletas foram essenciais para que o país conseguisse levar ao Rio a maior delegação de sua história, com 213 competidores. Além de Lange e Caroli, também subiram no degrau mais alto do pódio a judoca Paula Pareto e o time de hóquei sobre grama masculino. Dessa equipe, já se esperava um bom resultado, pois no último mundial ela ficou em terceiro, mas o ouro parecia ser demais, segundo Bercovic. Houve, porém, algumas derrotas de quem se esperava grandes conquistas –o rúgbi caiu nas quartas de final, as meninas do hóquei sobre grama foram eliminadas na mesma fase e o vôlei masculino foi derrotado pelo Brasil.
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No Rio, Argentina consegue melhor resultado em Olimpíada desde 1948 LUCIANA DYNIEWICZ DE BUENOS AIRES Contrariando as estatísticas, a Argentina deve fechar os Jogos Olímpicos com três ouros e uma prata. São apenas quatro medalhas, mas que garantiram o melhor resultado do país em 68 anos. A última vez que os argentinos haviam visto tanto ouro foi em Londres-1948, quando conseguiram dois primeiros lugares no boxe e um na maratona, além de três pratas e um bronze. De lá para cá, foi uma grande decadência, que incluiu nove edições dos Jogos sem ouro e que só começou a se reverter em 2004, em Atenas, com dois primeiros lugares. Antes do início da Rio-2016, o principal jornalista de coberturas olímpicas da Argentina, Gonzalo Bonadeo, chegou a dizer à Folha que não seria "loucura" se o país voltasse sem medalhas. Na melhor das hipóteses, porém, levaria seis. Impulsionados por uma das maiores torcidas (os argentinos estão entre os estrangeiros que mais compraram ingressos, atrás apenas de americanos e franceses), os atletas da Argentina chegaram perto do melhor panorama imaginado por Bonadeo. Para especialistas, a criação do Ente Nacional de Alto Rendimento Esportivo, em 2009, no governo de Cristina Kirchner, é o principal desencadeador da melhora do desempenho do país. O organismo misto (público e privado) recebe 1% do valor pago pelos consumidores às empresas de telefonia celular. O recurso serve para bancar viagens e salários de atletas. A maior remuneração é de 20 mil pesos (R$ 4.300). Um dos que recebem esse salário é Santiago Lange, que, ao lado de Cecilia Carranza Caroli, levou a medalha de ouro na vela classe Nacra 1. "Nesse esporte, sempre temos expectativa, porque historicamente costumamos conseguir alguma medalha, mas não o ouro", diz o jornalista argentino Guido Bercovic, especialista em esportes olímpicos. A surpresa foi ainda maior porque, há menos de um ano, Lange, 54, retirou um pulmão após ser diagnosticado com câncer. "Em novembro de 2015, ganhar a medalha era impensável. Não sabia como seria minha evolução física. Em junho, comecei a pensar que poderia chegar à final e, só na semana anterior ao início dos Jogos, vi que estava muito bem preparado", contou à Folha. Lange afirma acreditar que as bolsas para os atletas foram essenciais para que o país conseguisse levar ao Rio a maior delegação de sua história, com 213 competidores. Além de Lange e Caroli, também subiram no degrau mais alto do pódio a judoca Paula Pareto e o time de hóquei sobre grama masculino. Dessa equipe, já se esperava um bom resultado, pois no último mundial ela ficou em terceiro, mas o ouro parecia ser demais, segundo Bercovic. Houve, porém, algumas derrotas de quem se esperava grandes conquistas –o rúgbi caiu nas quartas de final, as meninas do hóquei sobre grama foram eliminadas na mesma fase e o vôlei masculino foi derrotado pelo Brasil.
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Vereadora que vestiu 'fora, Temer' não quer ter que repetir camiseta na posse
A vereadora eleita Sâmia Bomfim (PSOL) diz que espera não ter que ir com sua camiseta escrito "fora, Temer" à posse na Câmara Municipal de São Paulo, em 1º de janeiro. "Espero que até lá ele já tenha caído e que não seja mais necessário", afirma. Ela usou a peça na diplomação do prefeito e dos vereadores eleitos, na segunda (19). Leia a coluna completa aqui.
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Vereadora que vestiu 'fora, Temer' não quer ter que repetir camiseta na posseA vereadora eleita Sâmia Bomfim (PSOL) diz que espera não ter que ir com sua camiseta escrito "fora, Temer" à posse na Câmara Municipal de São Paulo, em 1º de janeiro. "Espero que até lá ele já tenha caído e que não seja mais necessário", afirma. Ela usou a peça na diplomação do prefeito e dos vereadores eleitos, na segunda (19). Leia a coluna completa aqui.
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Diante de possível derrota de Picciani, Planalto se aproxima de Hugo Motta
Ciente de que Leonardo Picciani (RJ) pode perder a liderança do PMDB na Câmara, o Palácio do Planalto decidiu abrir a porta para uma eventual composição com o deputado Hugo Motta (PB). Último nome a se apresentar na disputa marcada para fevereiro, Motta esteve com dois ministros do núcleo próximo à presidente Dilma Rousseff para dizer que adotará "posição de neutralidade" caso fique com o cargo. Ele se reuniu com Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Edinho Silva (Comunicação Social) e espera retorno de Jaques Wagner (Casa Civil) e de Giles Azevedo (Assessor Especial). No aceno mais explícitos nesses encontros, Motta se comprometeu a, caso eleito, não indicar para a comissão especial do impeachment apenas deputados favoráveis ao afastamento de Dilma. "A composição obedecerá a proporcionalidade da bancada do PMDB, que é eclética, com vários posicionamentos", disse Motta à Folha. A candidatura do deputado é vista como resultado da articulação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), para impedir a recondução de Picciani ao cargo. Cunha e Picciani eram aliados até o deputado decidir se alinhar ao Planalto, o que irritou o presidente da Câmara. A associação ao governo rendeu a Picciani a indicação de dois ministros no segundo mandato de Dilma. A escolha de Motta, no entanto, foi calculada por Cunha para embaralhar a leitura do governo sobre a disputa dentro do PMDB. Apesar de aliado do presidente da Câmara, que é inimigo declarado do Planalto, Motta honrou acordos que fez com o PT e com o governo quando foi presidente da CPI da Petrobras, por exemplo. Foi ele o responsável por pautar e, depois, enterrar a convocação do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, à comissão. Esse gesto deu a ele um "trunfo" nas conversas com integrantes da ala dilmista da sigla, que não podem acusá-lo de traição ou deslealdade. O vínculo com duas alas do PMDB —a que apoia Cunha e a que apoia Dilma— será a pedra fundamental do discurso de Motta contra Picciani. Aliados da presidente afirmam que a principal aposta do Planalto continua sendo Picciani. Num primeiro momento, auxiliares de Dilma chegaram a oferecer um ministério (Aviação Civil) para um deputado do PMDB de Minas na tentativa de dividir o partido e favorecer Picciani. Agora, porém, o governo decidiu suspender as negociações em torno da pasta até o desfecho da eleição interna. Segundo um interlocutor de Dilma, Motta "se dispôs a conversar e mostrar que não é inimigo" e o Planalto "não vai tratá-lo" como opositor neste momento. Entre Picciani e Motta, há ainda na disputa Leonardo Quintão (PMDB-MG). Este sim tem a candidatura rechaçada pelo governo e é visto como o que, entre os três, tem menos chance de vitória.
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Diante de possível derrota de Picciani, Planalto se aproxima de Hugo MottaCiente de que Leonardo Picciani (RJ) pode perder a liderança do PMDB na Câmara, o Palácio do Planalto decidiu abrir a porta para uma eventual composição com o deputado Hugo Motta (PB). Último nome a se apresentar na disputa marcada para fevereiro, Motta esteve com dois ministros do núcleo próximo à presidente Dilma Rousseff para dizer que adotará "posição de neutralidade" caso fique com o cargo. Ele se reuniu com Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Edinho Silva (Comunicação Social) e espera retorno de Jaques Wagner (Casa Civil) e de Giles Azevedo (Assessor Especial). No aceno mais explícitos nesses encontros, Motta se comprometeu a, caso eleito, não indicar para a comissão especial do impeachment apenas deputados favoráveis ao afastamento de Dilma. "A composição obedecerá a proporcionalidade da bancada do PMDB, que é eclética, com vários posicionamentos", disse Motta à Folha. A candidatura do deputado é vista como resultado da articulação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), para impedir a recondução de Picciani ao cargo. Cunha e Picciani eram aliados até o deputado decidir se alinhar ao Planalto, o que irritou o presidente da Câmara. A associação ao governo rendeu a Picciani a indicação de dois ministros no segundo mandato de Dilma. A escolha de Motta, no entanto, foi calculada por Cunha para embaralhar a leitura do governo sobre a disputa dentro do PMDB. Apesar de aliado do presidente da Câmara, que é inimigo declarado do Planalto, Motta honrou acordos que fez com o PT e com o governo quando foi presidente da CPI da Petrobras, por exemplo. Foi ele o responsável por pautar e, depois, enterrar a convocação do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, à comissão. Esse gesto deu a ele um "trunfo" nas conversas com integrantes da ala dilmista da sigla, que não podem acusá-lo de traição ou deslealdade. O vínculo com duas alas do PMDB —a que apoia Cunha e a que apoia Dilma— será a pedra fundamental do discurso de Motta contra Picciani. Aliados da presidente afirmam que a principal aposta do Planalto continua sendo Picciani. Num primeiro momento, auxiliares de Dilma chegaram a oferecer um ministério (Aviação Civil) para um deputado do PMDB de Minas na tentativa de dividir o partido e favorecer Picciani. Agora, porém, o governo decidiu suspender as negociações em torno da pasta até o desfecho da eleição interna. Segundo um interlocutor de Dilma, Motta "se dispôs a conversar e mostrar que não é inimigo" e o Planalto "não vai tratá-lo" como opositor neste momento. Entre Picciani e Motta, há ainda na disputa Leonardo Quintão (PMDB-MG). Este sim tem a candidatura rechaçada pelo governo e é visto como o que, entre os três, tem menos chance de vitória.
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Only 50 Days from Opening, Rio-2016 Is Facing Four Major Problems
ITALO NOGUEIRA FROM RIO CAMILA MATTOSO SPECIAL ENVOY TO RIO 50 days from the start of the Olympic Games, the event organizer has four major problems to resolve: delay in the temporary installations for the Arena Amazônia, construction of the Velódromo and the National Equestrian Center, and energy capacity augmentation for the arenas. The greatest of all of these concerns is the Manaus stadium, which may even be have to be cancelled as a football venue. The problem is with the temporary installations, which are the responsibility of the state government. Six matches are schedules to take place in the Arena Amazônia - four games of men's football and 2 of women's, one with the Brazilian National Team. The cancellation of Manaus as a venue was one of the principal themes of a Project Review meeting which took place this Wednesday the 15th between representatives of the IOC (International Olympic Committee), the Rio-2016 Organizing Committee and governmental representatives. Temporary installations are already being set up at five other football stadiums. They are very important for providing security protocols, serving as the entry point for public security inspections Other installations are also behind schedule in the Amazonian Capital, including the TV tents, the stadium's energy infrastructure and transportation for the matches. Folha has learned that the Rio-2016 technical area has defended cancelling Manaus. A political discussion will be held to define the question If the cancellation is confirmed, the committee will have to reimburse fans that have already purchased tickets and reorganize the competition schedule. Wednesday's meeting also dealt with three other major problems. The IOC has requested the reinforcement of the electric circuits for several arenas, as well as an increase in their energy capacity, after energy failures in test events at the Olympic Water Sports Center Arena and at the Olympic Arena. The Equestrian Center is also a concern. The principal delay is in the competition floor, and the IOC isn't satisfied with the progress of the construction. The Rio City Government rescinded the contract with the construction company that was doing the work and had to contract another one. Construction of the Handler Village as well as the stables is also behind schedule. The slow progress of the construction at the Velódromo was responsible for the cancellation of the cycling test event, and is also a major cause for concern. The evaluation training session was rescheduled for the 25th of July, whether or not the arena is fully ready. Translated by LLOYD HARDER Read the article in the original language +Latest news in English *Judge Accepts Accusation and Congressman Cunha's Wife Becomes a Defendant in Lava Jato *Bus Crash Kills 18 Students *Environmental Study Finds New Bird Species
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Only 50 Days from Opening, Rio-2016 Is Facing Four Major Problems ITALO NOGUEIRA FROM RIO CAMILA MATTOSO SPECIAL ENVOY TO RIO 50 days from the start of the Olympic Games, the event organizer has four major problems to resolve: delay in the temporary installations for the Arena Amazônia, construction of the Velódromo and the National Equestrian Center, and energy capacity augmentation for the arenas. The greatest of all of these concerns is the Manaus stadium, which may even be have to be cancelled as a football venue. The problem is with the temporary installations, which are the responsibility of the state government. Six matches are schedules to take place in the Arena Amazônia - four games of men's football and 2 of women's, one with the Brazilian National Team. The cancellation of Manaus as a venue was one of the principal themes of a Project Review meeting which took place this Wednesday the 15th between representatives of the IOC (International Olympic Committee), the Rio-2016 Organizing Committee and governmental representatives. Temporary installations are already being set up at five other football stadiums. They are very important for providing security protocols, serving as the entry point for public security inspections Other installations are also behind schedule in the Amazonian Capital, including the TV tents, the stadium's energy infrastructure and transportation for the matches. Folha has learned that the Rio-2016 technical area has defended cancelling Manaus. A political discussion will be held to define the question If the cancellation is confirmed, the committee will have to reimburse fans that have already purchased tickets and reorganize the competition schedule. Wednesday's meeting also dealt with three other major problems. The IOC has requested the reinforcement of the electric circuits for several arenas, as well as an increase in their energy capacity, after energy failures in test events at the Olympic Water Sports Center Arena and at the Olympic Arena. The Equestrian Center is also a concern. The principal delay is in the competition floor, and the IOC isn't satisfied with the progress of the construction. The Rio City Government rescinded the contract with the construction company that was doing the work and had to contract another one. Construction of the Handler Village as well as the stables is also behind schedule. The slow progress of the construction at the Velódromo was responsible for the cancellation of the cycling test event, and is also a major cause for concern. The evaluation training session was rescheduled for the 25th of July, whether or not the arena is fully ready. Translated by LLOYD HARDER Read the article in the original language +Latest news in English *Judge Accepts Accusation and Congressman Cunha's Wife Becomes a Defendant in Lava Jato *Bus Crash Kills 18 Students *Environmental Study Finds New Bird Species
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Doação da Andrade Gutierrez foi legal, afirma comitê de Dilma
O comando da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014 negou, em nota encaminhada à Folha, qualquer irregularidade nas doações feitas à petista em sua campanha da reeleição. Segundo a delação premiada do ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo, a empresa fez doações legais às campanhas de Dilma e de seus aliados em 2010 e 2014 utilizando propinas oriundas de obras superfaturadas da Petrobras e do sistema elétrico. Assinada pelo coordenador jurídico da campanha presidencial, Flávio Caetano, a nota diz que "toda a arrecadação da campanha da presidenta de 2014 foi feita de acordo com a legislação eleitoral em vigor". Acrescenta que "jamais a campanha impôs exigências ou fixou valores" para as empresas que doaram recursos para a petista em sua última eleição. "Aliás, a empresa fez doações legais e voluntárias para a campanha de 2014 em valores inferiores à quantia doada ao candidato adversário", afirma Flavio Caetano. O texto diz ainda que "em nenhum momento, nos diálogos mantidos com o tesoureiro da campanha sobre doações eleitorais, o representante da Andrade Gutierrez mencionou obras ou contratos da referida empresa com o governo federal". O coordenador-jurídico encerra a nota afirmando ser "lamentável que o instrumento da delação premiada seja, mais uma vez, utilizado politicamente por meio de vazamentos seletivos", e que "a afirmação em tela é inverídica e serve apenas, na atual conjuntura, para alimentar argumentos daqueles que querem instaurar um golpe contra um mandato legitimamente eleito pelo povo brasileiro". Tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, o ministro Edinho Silva (Comunicação Social) fez o seguinte questionamento: "A pergunta que não cala é: por que as doações para a candidatura adversária, que foram superiores à nossa, não são questionadas e as nossas são, sendo que todas saíram do mesmo caixa e, ambas, estão declaradas ao TSE?". A campanha de 2014 de Aécio Neves (PSDB), derrotada no segundo turno, auferiu R$ 200 mil a mais do que a de Dilma (R$ 20,2 milhões, ante R$ 20 milhões da petista). Os delatores não citaram o tucano em seus depoimentos. A defesa da Andrade não se pronunciou sobre o caso. O ex-ministro Antonio Palocci negou, em nota, ter participado de qualquer negociação envolvendo a montagem do consórcio de Belo Monte, "ocorrido em período que exercia mandato de deputado federal e não participativa de decisões de governo". Disse também não ter participado da arrecadação da campanha presidencial de 2010. Palocci manifestou "estranheza que um suposto pedido de doação para a campanha de 2010 tenha sido feito por uma empresa contratada para participar da obra apenas no ano seguinte, fato este que é público e disponível por simples acesso ao noticiário da época". O advogado da ex-ministra Erenice Guerra, Mário de Oliveira Filho, disse que não vai se manifestar até ter conhecimento dos termos da delação dos ex-executivos da Andrade. Doações da Andrade Gutierrez
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Doação da Andrade Gutierrez foi legal, afirma comitê de DilmaO comando da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014 negou, em nota encaminhada à Folha, qualquer irregularidade nas doações feitas à petista em sua campanha da reeleição. Segundo a delação premiada do ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo, a empresa fez doações legais às campanhas de Dilma e de seus aliados em 2010 e 2014 utilizando propinas oriundas de obras superfaturadas da Petrobras e do sistema elétrico. Assinada pelo coordenador jurídico da campanha presidencial, Flávio Caetano, a nota diz que "toda a arrecadação da campanha da presidenta de 2014 foi feita de acordo com a legislação eleitoral em vigor". Acrescenta que "jamais a campanha impôs exigências ou fixou valores" para as empresas que doaram recursos para a petista em sua última eleição. "Aliás, a empresa fez doações legais e voluntárias para a campanha de 2014 em valores inferiores à quantia doada ao candidato adversário", afirma Flavio Caetano. O texto diz ainda que "em nenhum momento, nos diálogos mantidos com o tesoureiro da campanha sobre doações eleitorais, o representante da Andrade Gutierrez mencionou obras ou contratos da referida empresa com o governo federal". O coordenador-jurídico encerra a nota afirmando ser "lamentável que o instrumento da delação premiada seja, mais uma vez, utilizado politicamente por meio de vazamentos seletivos", e que "a afirmação em tela é inverídica e serve apenas, na atual conjuntura, para alimentar argumentos daqueles que querem instaurar um golpe contra um mandato legitimamente eleito pelo povo brasileiro". Tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, o ministro Edinho Silva (Comunicação Social) fez o seguinte questionamento: "A pergunta que não cala é: por que as doações para a candidatura adversária, que foram superiores à nossa, não são questionadas e as nossas são, sendo que todas saíram do mesmo caixa e, ambas, estão declaradas ao TSE?". A campanha de 2014 de Aécio Neves (PSDB), derrotada no segundo turno, auferiu R$ 200 mil a mais do que a de Dilma (R$ 20,2 milhões, ante R$ 20 milhões da petista). Os delatores não citaram o tucano em seus depoimentos. A defesa da Andrade não se pronunciou sobre o caso. O ex-ministro Antonio Palocci negou, em nota, ter participado de qualquer negociação envolvendo a montagem do consórcio de Belo Monte, "ocorrido em período que exercia mandato de deputado federal e não participativa de decisões de governo". Disse também não ter participado da arrecadação da campanha presidencial de 2010. Palocci manifestou "estranheza que um suposto pedido de doação para a campanha de 2010 tenha sido feito por uma empresa contratada para participar da obra apenas no ano seguinte, fato este que é público e disponível por simples acesso ao noticiário da época". O advogado da ex-ministra Erenice Guerra, Mário de Oliveira Filho, disse que não vai se manifestar até ter conhecimento dos termos da delação dos ex-executivos da Andrade. Doações da Andrade Gutierrez
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Iraque avança para retomar oeste de Mossul do Estado Islâmico
Forças militares iraquianas anunciaram nova ofensiva contra a facção terrorista Estado Islâmico (EI) neste domingo (19). Segundo autoridades, o Exército conseguiu retomar vários bairros enquanto avançava do sul para o lado ocidental de Mossul, cidade que ainda está sob controle da milícia. O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, no início deste domingo anunciou o início formal da ofensiva terrestre na região, pedindo para as forças iraquianas "respeitarem os direitos humanos" durante a batalha. Os combatentes do EI estão sob cerco no oeste de Mossul, juntamente com cerca de 650 mil civis, depois que uma ofensiva apoiada pelos EUA cercou a cidade no mês passado e os forçou a migrar do leste. "Mossul seria uma luta dura para qualquer Exército no mundo", disse o comandante das forças das coalizões lideradas pelos EUA, tenente general Stephen Townsend, em um comunicado. Os aviões iraquianos deixaram cair milhões de panfletos no lado oeste de Mossul alertando os moradores que a batalha para desalojar o EI era iminente, disse o Ministério da Defesa iraquiano no sábado. Neste domingo, ataques com homens-bomba deixaram ao menos cinco mortos e 12 feridos em bairros recentemente retomados do EI na parte oriental de Mossul. As autoridades suspeitam que os terroristas responsáveis pelos ataques tenham vindo de áreas controladas pela milícia. Embora seja apoiada pela comunidade internacional, a operação para expulsar o EI de Mossul tem sido alvo de críticas devido à circulação de vídeos que mostram forças iraquianas realizando torturas e assassinatos na cidade. Além disso, ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos EUA, que visam enfraquecer a milícia, têm atingido civis. Iniciada em outubro do ano passado, a batalha por Mossul é estratégica para enfraquecer o EI. Quando a facção terrorista tomou controle da cidade, em junho de 2014, enfrentando pouca resistência das forças de segurança, ganhou acesso a armas abandonadas pelo Exército e aumentou sua capacidade de recrutar combatentes e arrecadar finanças. Com 1,5 milhão de habitantes, Mossul é a segunda maior cidade do Iraque. Teme-se que a ofensiva sobre a cidade deixe milhares de civis vulneráveis a deslocamentos forçados e a serem usados como escudos humanos pelos terroristas do EI.
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Iraque avança para retomar oeste de Mossul do Estado IslâmicoForças militares iraquianas anunciaram nova ofensiva contra a facção terrorista Estado Islâmico (EI) neste domingo (19). Segundo autoridades, o Exército conseguiu retomar vários bairros enquanto avançava do sul para o lado ocidental de Mossul, cidade que ainda está sob controle da milícia. O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, no início deste domingo anunciou o início formal da ofensiva terrestre na região, pedindo para as forças iraquianas "respeitarem os direitos humanos" durante a batalha. Os combatentes do EI estão sob cerco no oeste de Mossul, juntamente com cerca de 650 mil civis, depois que uma ofensiva apoiada pelos EUA cercou a cidade no mês passado e os forçou a migrar do leste. "Mossul seria uma luta dura para qualquer Exército no mundo", disse o comandante das forças das coalizões lideradas pelos EUA, tenente general Stephen Townsend, em um comunicado. Os aviões iraquianos deixaram cair milhões de panfletos no lado oeste de Mossul alertando os moradores que a batalha para desalojar o EI era iminente, disse o Ministério da Defesa iraquiano no sábado. Neste domingo, ataques com homens-bomba deixaram ao menos cinco mortos e 12 feridos em bairros recentemente retomados do EI na parte oriental de Mossul. As autoridades suspeitam que os terroristas responsáveis pelos ataques tenham vindo de áreas controladas pela milícia. Embora seja apoiada pela comunidade internacional, a operação para expulsar o EI de Mossul tem sido alvo de críticas devido à circulação de vídeos que mostram forças iraquianas realizando torturas e assassinatos na cidade. Além disso, ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos EUA, que visam enfraquecer a milícia, têm atingido civis. Iniciada em outubro do ano passado, a batalha por Mossul é estratégica para enfraquecer o EI. Quando a facção terrorista tomou controle da cidade, em junho de 2014, enfrentando pouca resistência das forças de segurança, ganhou acesso a armas abandonadas pelo Exército e aumentou sua capacidade de recrutar combatentes e arrecadar finanças. Com 1,5 milhão de habitantes, Mossul é a segunda maior cidade do Iraque. Teme-se que a ofensiva sobre a cidade deixe milhares de civis vulneráveis a deslocamentos forçados e a serem usados como escudos humanos pelos terroristas do EI.
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Aliados de Temer querem instalação de CPMI da JBS até quinta-feira
Aliados que estiveram com o presidente Michel Temer nesta terça-feira (6) defenderam que a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da JBS seja instalada até esta quinta-feira (8). A comissão, formada por deputadas e senadores, é destinada a investigar denúncias referentes ao grupo J&F, controlador da JBS. Governistas já começaram a desenhar a estratégia jurídica a ser adotada na CPMI, que deve ter o Ministério Público e até o STF (Supremo Tribunal Federal) como alvo. Um aliado do Planalto disse em reserva à Folha, por exemplo, que não descarta a convocação do ministro Edson Fachin para explicar sua relação com a cúpula da JBS quando estava em campanha para ingressar na Suprema Corte. A base governista já apresentou à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) questionamentos ao ministro. Ele não é obrigado a responder à CCJ, mas precisa comparecer se convocado por uma comissão parlamentar de inquérito.
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Aliados de Temer querem instalação de CPMI da JBS até quinta-feiraAliados que estiveram com o presidente Michel Temer nesta terça-feira (6) defenderam que a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da JBS seja instalada até esta quinta-feira (8). A comissão, formada por deputadas e senadores, é destinada a investigar denúncias referentes ao grupo J&F, controlador da JBS. Governistas já começaram a desenhar a estratégia jurídica a ser adotada na CPMI, que deve ter o Ministério Público e até o STF (Supremo Tribunal Federal) como alvo. Um aliado do Planalto disse em reserva à Folha, por exemplo, que não descarta a convocação do ministro Edson Fachin para explicar sua relação com a cúpula da JBS quando estava em campanha para ingressar na Suprema Corte. A base governista já apresentou à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) questionamentos ao ministro. Ele não é obrigado a responder à CCJ, mas precisa comparecer se convocado por uma comissão parlamentar de inquérito.
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BMW deve se aliar a empresas de tecnologia para fazer carro autônomo
A BMW está preparada para anunciar uma aliança para o desenvolvimento de carros autônomos com a especialista em detecção de colisões Mobileye e a fabricante de chips Intel, afirmou uma fonte com conhecimento do assunto. A aliança provavelmente vai ter como foco tecnologia sendo desenvolvida pela Mobileye que dá a veículos guiados por computadores mais reflexos sem intervenção de um motorista. As três companhias afirmaram que vão promover uma entrevista coletiva na sexta-feira, mas não deram detalhes. A entrevista será concedida pelo presidente-executivo da BMW, Harald Krueger, pelo presidente-executivo da Intel, Brian Krzanich, e pelo presidente do conselho da Mobileye, Amnon Shashua. Montadoras de veículos e empresas de tecnologia estão promovendo alianças para comercializar carros autônomos depois que foram pegas desprevenidas por grandes investimentos sendo realizados por companhias do Vale do Silício como Google, Tesla e Apple na área. Nesta semana, montadoras alemãs de veículos, fornecedores de autopeças e as empresas de mapas digitais Here e TomTom anunciaram a criação de um padrão que vai determinar como os dados de rua e performance dos veículos serão transmitidos de carros conectados à Internet para serviços de computação em nuvem. A expectativa é que o padrão ajude na administração de tráfego de veículos autônomos e serviços de frota de veículos. No início de junho, a BMW, maior montadora de carros de luxo, informou que vai lançar um novo modelo com capacidade de condução autônoma em 2021.
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BMW deve se aliar a empresas de tecnologia para fazer carro autônomoA BMW está preparada para anunciar uma aliança para o desenvolvimento de carros autônomos com a especialista em detecção de colisões Mobileye e a fabricante de chips Intel, afirmou uma fonte com conhecimento do assunto. A aliança provavelmente vai ter como foco tecnologia sendo desenvolvida pela Mobileye que dá a veículos guiados por computadores mais reflexos sem intervenção de um motorista. As três companhias afirmaram que vão promover uma entrevista coletiva na sexta-feira, mas não deram detalhes. A entrevista será concedida pelo presidente-executivo da BMW, Harald Krueger, pelo presidente-executivo da Intel, Brian Krzanich, e pelo presidente do conselho da Mobileye, Amnon Shashua. Montadoras de veículos e empresas de tecnologia estão promovendo alianças para comercializar carros autônomos depois que foram pegas desprevenidas por grandes investimentos sendo realizados por companhias do Vale do Silício como Google, Tesla e Apple na área. Nesta semana, montadoras alemãs de veículos, fornecedores de autopeças e as empresas de mapas digitais Here e TomTom anunciaram a criação de um padrão que vai determinar como os dados de rua e performance dos veículos serão transmitidos de carros conectados à Internet para serviços de computação em nuvem. A expectativa é que o padrão ajude na administração de tráfego de veículos autônomos e serviços de frota de veículos. No início de junho, a BMW, maior montadora de carros de luxo, informou que vai lançar um novo modelo com capacidade de condução autônoma em 2021.
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Força de Blatter em colégio eleitoral deve barrar candidaturas na Fifa
Nem todos os seis pré-candidatos à presidência da Fifa devem concorrer à eleição de maio. A força política do presidente Joseph Blatter, no cargo desde 1998, deve impedir que pelo menos dois dos almejantes a participar do pleito consigam oficializar suas candidaturas. O anúncio do jogador português Luís Figo, 42, eleito o melhor do mundo em 2001, de que pretende participar da eleição foi o quinto de um nome ligado à oposição. Além de Figo, o holandês Michael van Praag, o princípe Ali bin Al-Hussein, da Jordânia, e os franceses David Ginola e Jérôme Champagne também declararam intenção de concorrer contra o suíço. "Vejo a reputação atual da Fifa e não gosto. O futebol merece alguma coisa melhor", afirmou o português. A declaração ajuda a entender por que Blatter tem agora tantos possíveis rivais (na última eleição, em 2011, foi candidato único após Mohammed bin Hammam, do Qatar, deixar a disputa devido a escândalo de corrupção). Os pré-candidatos sabem que o atual presidente da Fifa nunca esteve com a imagem tão fragilizado perante a opinião pública. As suspeitas de corrupção na eleição do Qatar como sede da Copa-2022 e a insistência em não divulgar a íntegra da investigação do caso minaram a credibilidade da entidade. Cinco patrocinadores decidiram deixar de apoiá-la. No entanto, o presidente da Fifa será escolhido pelos votos de representantes de 209 associações nacionais filiadas. E nesse colégio eleitoral, Blatter mostrou força em junho ao derrubar proposta que limitava a idade de candidatos à presidência. Só europeus votaram a favor da medida. E o suíço foi aclamado. A força de Blatter junto às federações torna praticamente impossível que os cinco oposicionistas consigam se tornar candidatos oficiais. Quem deseja participar do pleito precisa enviar até esta quinta (29) à Fifa documento comprovando ter o apoio de cinco associações nacionais –daí o fato de ainda serem pré-candidatos. Figo afirmou ter esse respaldo, mas não revelou quais países estão do seu lado. Van Praag também garantiu estar apto a concorrer e deu nome dos apoiadores: Holanda, Belgica, Suécia, Escócia Romênia e Ilhas Faröe. Além deles e de Blatter, só o príncipe Ali parece ter condições de reunir o apoio necessário. Vice da Fifa, ele preside um órgão que reúne as federações nacionais de 12 países do Oriente Médio. As candidaturas do ex-jogador Ginola e de Champagne, ex-funcionário da Fifa, dificilmente irão decolar. A primeira tem sido encarada como golpe publicitário da Paddy Power, casa de apostas que o financia. O segundo diz que precisará "lutar até o fim" pelas indicações.
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Força de Blatter em colégio eleitoral deve barrar candidaturas na FifaNem todos os seis pré-candidatos à presidência da Fifa devem concorrer à eleição de maio. A força política do presidente Joseph Blatter, no cargo desde 1998, deve impedir que pelo menos dois dos almejantes a participar do pleito consigam oficializar suas candidaturas. O anúncio do jogador português Luís Figo, 42, eleito o melhor do mundo em 2001, de que pretende participar da eleição foi o quinto de um nome ligado à oposição. Além de Figo, o holandês Michael van Praag, o princípe Ali bin Al-Hussein, da Jordânia, e os franceses David Ginola e Jérôme Champagne também declararam intenção de concorrer contra o suíço. "Vejo a reputação atual da Fifa e não gosto. O futebol merece alguma coisa melhor", afirmou o português. A declaração ajuda a entender por que Blatter tem agora tantos possíveis rivais (na última eleição, em 2011, foi candidato único após Mohammed bin Hammam, do Qatar, deixar a disputa devido a escândalo de corrupção). Os pré-candidatos sabem que o atual presidente da Fifa nunca esteve com a imagem tão fragilizado perante a opinião pública. As suspeitas de corrupção na eleição do Qatar como sede da Copa-2022 e a insistência em não divulgar a íntegra da investigação do caso minaram a credibilidade da entidade. Cinco patrocinadores decidiram deixar de apoiá-la. No entanto, o presidente da Fifa será escolhido pelos votos de representantes de 209 associações nacionais filiadas. E nesse colégio eleitoral, Blatter mostrou força em junho ao derrubar proposta que limitava a idade de candidatos à presidência. Só europeus votaram a favor da medida. E o suíço foi aclamado. A força de Blatter junto às federações torna praticamente impossível que os cinco oposicionistas consigam se tornar candidatos oficiais. Quem deseja participar do pleito precisa enviar até esta quinta (29) à Fifa documento comprovando ter o apoio de cinco associações nacionais –daí o fato de ainda serem pré-candidatos. Figo afirmou ter esse respaldo, mas não revelou quais países estão do seu lado. Van Praag também garantiu estar apto a concorrer e deu nome dos apoiadores: Holanda, Belgica, Suécia, Escócia Romênia e Ilhas Faröe. Além deles e de Blatter, só o príncipe Ali parece ter condições de reunir o apoio necessário. Vice da Fifa, ele preside um órgão que reúne as federações nacionais de 12 países do Oriente Médio. As candidaturas do ex-jogador Ginola e de Champagne, ex-funcionário da Fifa, dificilmente irão decolar. A primeira tem sido encarada como golpe publicitário da Paddy Power, casa de apostas que o financia. O segundo diz que precisará "lutar até o fim" pelas indicações.
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Colômbia tem maior produção de café em 89 meses
Editoria de Arte/Folhapress A produção de café da Colômbia atingiu, em junho, o maior pico dos últimos 89 meses. Dados da federação dos produtores indicam que os colombianos conseguiram colher 1,24 milhão de sacas no mês passado, 31% mais do que em igual período do ano passado. Depois da renovação dos cafezais, que estavam velhos e afetados por doenças, a Colômbia vem obtendo uma produtividade maior. Nos seis primeiros meses deste ano, a produção subiu para 6,25 milhões de sacas, acima dos 5,54 milhões de igual período anterior. Com o avanço da produção neste ano, o país já atingiu 12,9 milhões de sacas nos últimos 12 meses. A melhora na produção permitiu aos colombianos exportar mais. Os dados da federação para os primeiros seis meses deste ano indicam vendas externas de 5,86 milhões de sacas, 29% mais do que no primeiro semestre do ano passado. O aumento de produção de café da Colômbia é consequência de investimentos feitos pelo país nos últimos anos. Houve um renovação parcelada dos cafezais. Atualmente o cultivo se dá em 949 mil hectares, considerados como tecnificados. O produto cultivado no sol tem menos de nove anos. Já os que estão na sombra têm menos de 12. Em 2007, o país tinha apenas 500 mil hectares de café considerado como tecnificado. No Brasil As participação das exportações brasileiras de café diferenciado foi de 25%, em relação ao total vendido pelo país. Nos seis primeiros meses deste ano, as exportações desse tipo de café somaram 4,48 milhões de sacas, 5,5% mais do que as de igual período anterior. Segundo informações do Cecafé (conselho dos exportadores), as exportações totais do país somaram 17,7 milhões de sacas no primeiro semestre. Durante a safra 2014/15 -de julho de 2014 a junho de 2015- as vendas externas do país atingiram o recorde de 36,5 milhões de sacas exportadas. Destas, 33 milhões foram de café verde. As receitas totais do setor somaram US$ 6,9 bilhões nos últimos 12 meses, informa o Cecafé.
colunas
Colômbia tem maior produção de café em 89 mesesEditoria de Arte/Folhapress A produção de café da Colômbia atingiu, em junho, o maior pico dos últimos 89 meses. Dados da federação dos produtores indicam que os colombianos conseguiram colher 1,24 milhão de sacas no mês passado, 31% mais do que em igual período do ano passado. Depois da renovação dos cafezais, que estavam velhos e afetados por doenças, a Colômbia vem obtendo uma produtividade maior. Nos seis primeiros meses deste ano, a produção subiu para 6,25 milhões de sacas, acima dos 5,54 milhões de igual período anterior. Com o avanço da produção neste ano, o país já atingiu 12,9 milhões de sacas nos últimos 12 meses. A melhora na produção permitiu aos colombianos exportar mais. Os dados da federação para os primeiros seis meses deste ano indicam vendas externas de 5,86 milhões de sacas, 29% mais do que no primeiro semestre do ano passado. O aumento de produção de café da Colômbia é consequência de investimentos feitos pelo país nos últimos anos. Houve um renovação parcelada dos cafezais. Atualmente o cultivo se dá em 949 mil hectares, considerados como tecnificados. O produto cultivado no sol tem menos de nove anos. Já os que estão na sombra têm menos de 12. Em 2007, o país tinha apenas 500 mil hectares de café considerado como tecnificado. No Brasil As participação das exportações brasileiras de café diferenciado foi de 25%, em relação ao total vendido pelo país. Nos seis primeiros meses deste ano, as exportações desse tipo de café somaram 4,48 milhões de sacas, 5,5% mais do que as de igual período anterior. Segundo informações do Cecafé (conselho dos exportadores), as exportações totais do país somaram 17,7 milhões de sacas no primeiro semestre. Durante a safra 2014/15 -de julho de 2014 a junho de 2015- as vendas externas do país atingiram o recorde de 36,5 milhões de sacas exportadas. Destas, 33 milhões foram de café verde. As receitas totais do setor somaram US$ 6,9 bilhões nos últimos 12 meses, informa o Cecafé.
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Empresário faz sucesso com cerveja própria em bistrô de favela no Rio
"Estava numa feira expondo a cerveja quando um gringo apontou para o rótulo e perguntou: 'Alemão? Munich?'. 'Não, é do Complexo do Alemão, a favela'", contou aos risos Marcelo Ramos, 41, morador do conjunto de favelas na zona norte do Rio. A Complexo do Alemão Lager, da qual o gringo levou três, foi lançada em junho de 2014, no Bistrô Estação R&R, na Nova Brasília, uma das comunidades do conjunto de favelas. A carta de cervejas do estabelecimento, criado em 2012, soma 300 rótulos. A cerveja e o bistrô foram lançados por Marcelo e sua mulher, a ex-analista de recursos humanos Gabriela Romualdo, 35. O bom desempenho do negócio expandiu seu alcance. Há um mês e meio, abriram uma filial no Carioca Shopping, na zona norte. O empreendedorismo de Marcelo começou com uma simples cerveja no horário do antigo emprego, como técnico de telecomunicações. DEGUSTANDO Um dia, depois de fazer a manutenção na linha telefônica de um bistrô na zona sul, ele decidiu experimentar uma cerveja de trigo. Gostou. Passou a degustar em outras casas especializadas e estudar sobre o assunto. Após concluir um curso de sommelier oferecido por uma distribuidora especializada, Marcelo deu início ao projeto de abrir um bistrô na Nova Brasília. O local escolhido foi a garagem do sogro, no térreo do prédio onde mora com Gabriela, que deixou o emprego numa empresa de engenharia para assumir a administração do negócio. Para começar, o casal investiu R$ 12 mil que havia juntado e obteve R$ 5.000 de empréstimo na AgeRio, agência do Estado que fomenta com empréstimos a juros baixos a expansão de empreendimentos em favelas com UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). A primeira preocupação veio da própria família, evangélica. "Para explicar a eles que o bistrô vendia cerveja 'gourmet' e que não teria bagunça, foi complicado", afirmou Marcelo. O preço das cervejas -de R$ 15 a R$ 250- também foi motivo de desconfiança. "Meu sogro perguntou: 'Como você vai vender essas cervejas na favela se o litrão da Antarctica custa R$ 3,80?'." O atendimento também era um ponto caro para Marcelo, que disse ter sido alvo de preconceito racial num restaurante. "Uma vez, fui a um bistrô, sentei na mesa e o garçom ficou olhando para minha cara de um jeito estranho, desconfiado. Falei para mim mesmo: 'Lá na favela isso não vai acontecer'." O espaço da favela é modesto. A decoração, com uma coleção de garrafas e adesivos de cervejarias de vários países, luminárias e teto rebaixado em gesso, foi toda feita pelo casal com a ajuda de amigos. Cabem no máximo quatro mesas, além do balcão. Para compensar, são colocadas cadeiras na rua. Os donos ainda estão se acostumando com o novo empreendimento no shopping. Ali o ambiente é mais espaçoso e sóbrio, ocupa um térreo e mezanino, e os clientes podem se sentar em sofás. Enquanto bebem, podem ler livros especializados. Tudo é feito em família. O casal recebe ajuda dos parentes na cozinha e no atendimento, enquanto tenta equilibrar as atividades para cuidar do filho de dois anos. No bistrô, aos fins de semana, e no shopping, eles contam com três funcionários. "O bistrô bombou. Começou a vir gringo de tudo o que é lugar. Eu comecei a me comunicar falando o estilo de cerveja, porque não falo inglês. Dizia: pilsen, lager, weiss e eles me entendiam." A maré mudou quando o tráfico começou a fazer ofensivas contra as bases da UPP na região. Marcelo afirma que boa parte dos confrontos entre polícia e traficantes não ocorria na Nova Brasília, mas em outras favelas do Alemão. Ainda assim, a violência reduziu significativamente a presença de turistas. CERVEJA PRÓPRIA Para manter a receita, o empresário pôs em prática uma ideia antiga: comercializar a própria cerveja. Ele havia feito um curso de sommelier e mantinha o hobby de fazer cerveja artesanal com amigos na cozinha de casa. Para iniciar as vendas, ele precisava regularizar o negócio. Bateu à porta de algumas cervejarias em busca de parceria, mas as primeiras respostas foram negativas. "Quando a gente dizia o nome da cerveja, ninguém queria. Até nos chamaram de doidos", contou Gabriela. Após a parceria com a cervejaria Allegra, a produção da cerveja tipo lager -de baixa fermentação e 5% de teor alcoólico- chegou a 120 garrafas por semana. Quem vai à favela pode encontrar a garrafa por R$ 15,90. Nos demais locais da cidade, a unidade custa R$ 18,90. O casal também vende chope artesanal por R$ 5, no bistrô, e por R$ 8 no shopping. Marcelo distribui a cerveja para lojas e feiras no centro e na zona sul do Rio na sua Kombi ano 1989, que em breve vai virar um food truck. Em média, o casal fatura com todo o empreendimento R$ 6.000 por semana. Em plena crise, eles projetam ampliar o negócio. No início do mês, os dois conquistaram o prêmio de negócio criativo e empreendedorismo da AgeRio e receberam R$ 18 mil. "Se a pessoa estiver trabalhando, não tem crise. A classe da comunidade é a que mais cresce. A crise está na galera que tem grana. Eles não sabem viver com pouco, mas a gente sabe se adaptar."
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Empresário faz sucesso com cerveja própria em bistrô de favela no Rio"Estava numa feira expondo a cerveja quando um gringo apontou para o rótulo e perguntou: 'Alemão? Munich?'. 'Não, é do Complexo do Alemão, a favela'", contou aos risos Marcelo Ramos, 41, morador do conjunto de favelas na zona norte do Rio. A Complexo do Alemão Lager, da qual o gringo levou três, foi lançada em junho de 2014, no Bistrô Estação R&R, na Nova Brasília, uma das comunidades do conjunto de favelas. A carta de cervejas do estabelecimento, criado em 2012, soma 300 rótulos. A cerveja e o bistrô foram lançados por Marcelo e sua mulher, a ex-analista de recursos humanos Gabriela Romualdo, 35. O bom desempenho do negócio expandiu seu alcance. Há um mês e meio, abriram uma filial no Carioca Shopping, na zona norte. O empreendedorismo de Marcelo começou com uma simples cerveja no horário do antigo emprego, como técnico de telecomunicações. DEGUSTANDO Um dia, depois de fazer a manutenção na linha telefônica de um bistrô na zona sul, ele decidiu experimentar uma cerveja de trigo. Gostou. Passou a degustar em outras casas especializadas e estudar sobre o assunto. Após concluir um curso de sommelier oferecido por uma distribuidora especializada, Marcelo deu início ao projeto de abrir um bistrô na Nova Brasília. O local escolhido foi a garagem do sogro, no térreo do prédio onde mora com Gabriela, que deixou o emprego numa empresa de engenharia para assumir a administração do negócio. Para começar, o casal investiu R$ 12 mil que havia juntado e obteve R$ 5.000 de empréstimo na AgeRio, agência do Estado que fomenta com empréstimos a juros baixos a expansão de empreendimentos em favelas com UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). A primeira preocupação veio da própria família, evangélica. "Para explicar a eles que o bistrô vendia cerveja 'gourmet' e que não teria bagunça, foi complicado", afirmou Marcelo. O preço das cervejas -de R$ 15 a R$ 250- também foi motivo de desconfiança. "Meu sogro perguntou: 'Como você vai vender essas cervejas na favela se o litrão da Antarctica custa R$ 3,80?'." O atendimento também era um ponto caro para Marcelo, que disse ter sido alvo de preconceito racial num restaurante. "Uma vez, fui a um bistrô, sentei na mesa e o garçom ficou olhando para minha cara de um jeito estranho, desconfiado. Falei para mim mesmo: 'Lá na favela isso não vai acontecer'." O espaço da favela é modesto. A decoração, com uma coleção de garrafas e adesivos de cervejarias de vários países, luminárias e teto rebaixado em gesso, foi toda feita pelo casal com a ajuda de amigos. Cabem no máximo quatro mesas, além do balcão. Para compensar, são colocadas cadeiras na rua. Os donos ainda estão se acostumando com o novo empreendimento no shopping. Ali o ambiente é mais espaçoso e sóbrio, ocupa um térreo e mezanino, e os clientes podem se sentar em sofás. Enquanto bebem, podem ler livros especializados. Tudo é feito em família. O casal recebe ajuda dos parentes na cozinha e no atendimento, enquanto tenta equilibrar as atividades para cuidar do filho de dois anos. No bistrô, aos fins de semana, e no shopping, eles contam com três funcionários. "O bistrô bombou. Começou a vir gringo de tudo o que é lugar. Eu comecei a me comunicar falando o estilo de cerveja, porque não falo inglês. Dizia: pilsen, lager, weiss e eles me entendiam." A maré mudou quando o tráfico começou a fazer ofensivas contra as bases da UPP na região. Marcelo afirma que boa parte dos confrontos entre polícia e traficantes não ocorria na Nova Brasília, mas em outras favelas do Alemão. Ainda assim, a violência reduziu significativamente a presença de turistas. CERVEJA PRÓPRIA Para manter a receita, o empresário pôs em prática uma ideia antiga: comercializar a própria cerveja. Ele havia feito um curso de sommelier e mantinha o hobby de fazer cerveja artesanal com amigos na cozinha de casa. Para iniciar as vendas, ele precisava regularizar o negócio. Bateu à porta de algumas cervejarias em busca de parceria, mas as primeiras respostas foram negativas. "Quando a gente dizia o nome da cerveja, ninguém queria. Até nos chamaram de doidos", contou Gabriela. Após a parceria com a cervejaria Allegra, a produção da cerveja tipo lager -de baixa fermentação e 5% de teor alcoólico- chegou a 120 garrafas por semana. Quem vai à favela pode encontrar a garrafa por R$ 15,90. Nos demais locais da cidade, a unidade custa R$ 18,90. O casal também vende chope artesanal por R$ 5, no bistrô, e por R$ 8 no shopping. Marcelo distribui a cerveja para lojas e feiras no centro e na zona sul do Rio na sua Kombi ano 1989, que em breve vai virar um food truck. Em média, o casal fatura com todo o empreendimento R$ 6.000 por semana. Em plena crise, eles projetam ampliar o negócio. No início do mês, os dois conquistaram o prêmio de negócio criativo e empreendedorismo da AgeRio e receberam R$ 18 mil. "Se a pessoa estiver trabalhando, não tem crise. A classe da comunidade é a que mais cresce. A crise está na galera que tem grana. Eles não sabem viver com pouco, mas a gente sabe se adaptar."
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A magia fantasmagórica de espécies noturnas do mar
O fotógrafo submarino Kei Nomiyama captura raras imagens noturnas embaixo d'água para a sua série "Blackwater". As imagens dão uma dimensão da variedade de criaturas que transitam pelos oceano Pacífico durante a noite. "Eu moro em Matsuyama, na ilha de Shikoku, a menor das quatro principais ilhas do Japão", contou Nomiyama. "Eu normalmente tiro essas fotos em uma pequena ilha na província de Yamaguchi." "Esses animais nessas fotos noturnas no oceano são espécies pouco conhecidas - ou totalmente desconhecidas - dos cientistas. O charme e a graça das criaturas oceânicas vão além do que qualquer um de nós possa descrever", diz o fotógrafo.
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A magia fantasmagórica de espécies noturnas do marO fotógrafo submarino Kei Nomiyama captura raras imagens noturnas embaixo d'água para a sua série "Blackwater". As imagens dão uma dimensão da variedade de criaturas que transitam pelos oceano Pacífico durante a noite. "Eu moro em Matsuyama, na ilha de Shikoku, a menor das quatro principais ilhas do Japão", contou Nomiyama. "Eu normalmente tiro essas fotos em uma pequena ilha na província de Yamaguchi." "Esses animais nessas fotos noturnas no oceano são espécies pouco conhecidas - ou totalmente desconhecidas - dos cientistas. O charme e a graça das criaturas oceânicas vão além do que qualquer um de nós possa descrever", diz o fotógrafo.
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Ainda não está clara a relação de zika com microcefalia, diz diretora da OMS
A diretora-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Margaret Chan, afirmou que, embora ainda não esteja clara a relação do vírus da zika com a microcefalia –má-formação do cérebro que pode comprometer o desenvolvimento infanti–, as evidências disso estão cada vez mais fortes. "A relação de causalidade entre o zika e as anormalias neurológicas, incluindo microcefalia e Guillain Barré, não está clara. Mas as evidências estão cada vez mais fortes", disse Chan. "É preciso chegar a fundo nessa questão, que é inusitada. Vejo que estudos [sobre a associação do vírus da zika com a microcefalia] estão sendo feitos no Brasil e em outros países e eles são muito importantes", afirmou. Chan, a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde, Carissa Etienne e o ministro da Saúde, Marcelo Castro, estiveram nesta quarta-feira (24), no Recife, epicentro dos casos de microcefalia. A comitiva conheceu as ações do governo de Pernambuco e o trabalho do Imip (Instituto Materno Infantil Professor Antônio Figueira), um dos centros de referência no atendimento às crianças com a má-formação. Ao todo 150 crianças com suspeita de microcefalia são atendidas no Imip. Dessas, 86 tiveram o problema confirmado por meio de exames de imagem. Segundo informações do hospital, nas crianças com o diagnóstico confirmado foram realizadas 21 análises do LCR (líquido cefalorraquidiano) e em nenhuma amostra foi encontrado o vírus da zika. O Ministério da Saúde passou a considerar o vírus da zika como causa da microcefalia em novembro de 2015, cerca de 40 dias depois das primeiras notificações, quando pesquisadores da Fiocruz encontraram o agente infeccioso no líquido amniótico de duas gestantes que tiveram bebês diagnosticados com a doença por exames de ultrassonografia. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti 'SEM MEDO DO AEDES' A diretora-geral da OMS voltou a elogiar o Brasil pelas ações de combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e do vírus da zika, mas cobrou que o país assuma a liderança na eliminação do mosquito no continente. "Nas décadas de 1950 e 1960 o Brasil conseguiu erradicar o Aedes. Será que vocês são capazes de fazer isso de novo? Não será fácil, mas se o Brasil tomar a liderança dessa erradicação conseguirá mobilizar os outros países da América", disse Chan. Para a diretora, "não devemos ter medo do mosquito, mas é preciso continuar empreendendo todos os esforços para acabar com os criadouros". "Estamos lidando com um inimigo formidável que é o Aedes aegypti. E também com um vírus que não sabemos o que ele vai fazer, é cheio de truques", afirmou. Durante sua sexta passagem pelo Recife desde o início da epidemia de microcefalia, em outubro do ano passado, o ministro Marcelo Castro assinou com o presidente do Imip, Gilliatt Falbo, um protocolo de cooperação técnica para a qualificação dos profissionais de saúde. No fim da manhã, a comitiva visitou o ambulatório infantil do Imip. Margaret Chan conversou com algumas mães e pegou alguns bebês microcéfalos no colo. "Temos que pensar na angústia dessas mulheres e suas famílias. Precisamos, também, entender que tipos de problemas que vamos enfrentar ao longo do desenvolvimento dessas crianças", afirmou a diretora. Chan também se reuniu com as médicas neuropediatras Ana e Vanessa Van der Liden, as primeiras a observar, em outubro do ano passado, o aumento de casos de microcefalia na capital pernambucana. "Fiquei tocada com o que eu ouvi. Elas têm realizado pesquisas e estudado a associação entre o vírus e as anormalidades que tem sido identificadas, bem como desenvolvido importantes protocolos que poderão uma vez aprovado ser disseminados e oferecidos para o mundo", afirmou a diretora.
cotidiano
Ainda não está clara a relação de zika com microcefalia, diz diretora da OMSA diretora-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Margaret Chan, afirmou que, embora ainda não esteja clara a relação do vírus da zika com a microcefalia –má-formação do cérebro que pode comprometer o desenvolvimento infanti–, as evidências disso estão cada vez mais fortes. "A relação de causalidade entre o zika e as anormalias neurológicas, incluindo microcefalia e Guillain Barré, não está clara. Mas as evidências estão cada vez mais fortes", disse Chan. "É preciso chegar a fundo nessa questão, que é inusitada. Vejo que estudos [sobre a associação do vírus da zika com a microcefalia] estão sendo feitos no Brasil e em outros países e eles são muito importantes", afirmou. Chan, a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde, Carissa Etienne e o ministro da Saúde, Marcelo Castro, estiveram nesta quarta-feira (24), no Recife, epicentro dos casos de microcefalia. A comitiva conheceu as ações do governo de Pernambuco e o trabalho do Imip (Instituto Materno Infantil Professor Antônio Figueira), um dos centros de referência no atendimento às crianças com a má-formação. Ao todo 150 crianças com suspeita de microcefalia são atendidas no Imip. Dessas, 86 tiveram o problema confirmado por meio de exames de imagem. Segundo informações do hospital, nas crianças com o diagnóstico confirmado foram realizadas 21 análises do LCR (líquido cefalorraquidiano) e em nenhuma amostra foi encontrado o vírus da zika. O Ministério da Saúde passou a considerar o vírus da zika como causa da microcefalia em novembro de 2015, cerca de 40 dias depois das primeiras notificações, quando pesquisadores da Fiocruz encontraram o agente infeccioso no líquido amniótico de duas gestantes que tiveram bebês diagnosticados com a doença por exames de ultrassonografia. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti 'SEM MEDO DO AEDES' A diretora-geral da OMS voltou a elogiar o Brasil pelas ações de combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e do vírus da zika, mas cobrou que o país assuma a liderança na eliminação do mosquito no continente. "Nas décadas de 1950 e 1960 o Brasil conseguiu erradicar o Aedes. Será que vocês são capazes de fazer isso de novo? Não será fácil, mas se o Brasil tomar a liderança dessa erradicação conseguirá mobilizar os outros países da América", disse Chan. Para a diretora, "não devemos ter medo do mosquito, mas é preciso continuar empreendendo todos os esforços para acabar com os criadouros". "Estamos lidando com um inimigo formidável que é o Aedes aegypti. E também com um vírus que não sabemos o que ele vai fazer, é cheio de truques", afirmou. Durante sua sexta passagem pelo Recife desde o início da epidemia de microcefalia, em outubro do ano passado, o ministro Marcelo Castro assinou com o presidente do Imip, Gilliatt Falbo, um protocolo de cooperação técnica para a qualificação dos profissionais de saúde. No fim da manhã, a comitiva visitou o ambulatório infantil do Imip. Margaret Chan conversou com algumas mães e pegou alguns bebês microcéfalos no colo. "Temos que pensar na angústia dessas mulheres e suas famílias. Precisamos, também, entender que tipos de problemas que vamos enfrentar ao longo do desenvolvimento dessas crianças", afirmou a diretora. Chan também se reuniu com as médicas neuropediatras Ana e Vanessa Van der Liden, as primeiras a observar, em outubro do ano passado, o aumento de casos de microcefalia na capital pernambucana. "Fiquei tocada com o que eu ouvi. Elas têm realizado pesquisas e estudado a associação entre o vírus e as anormalidades que tem sido identificadas, bem como desenvolvido importantes protocolos que poderão uma vez aprovado ser disseminados e oferecidos para o mundo", afirmou a diretora.
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Dólar acompanha otimismo com dados da China e opera abaixo dos R$ 4
O dólar opera em queda em relação ao real nesta quarta-feira (13), após a China divulgar dados melhores que o esperado pelo mercado sobre o comércio do país. A divisa americana operou abaixo dos R$ 4 durante toda a manhã. As exportações e as importações chinesas recuaram menos que o esperado em dezembro. As importações de petróleo marcaram sua máxima recorde e as importações de cobre apresentaram o segundo maior resultado na série histórica, alimentando a demanda por moedas ligadas a commodities. Às 12h (de Brasília), o dólar à vista, referência no mercado financeiro, opera em queda de 1,66%, a R$ 3,975 na venda. Já o dólar comercial, utilizado no comércio exterior, se desvaloriza 1,68%, a R$ 3,979. A queda recente do yuan vinha alimentando preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo e deprimindo o apetite por ativos de países emergentes. O banco central da China deixou estável sua taxa referencial para a moeda nesta quarta-feira (13), mesmo assim as bolsas chinesas novamente recuaram. No mercado brasileiro, operadores ainda aguardam a reunião do Banco Central na semana que vem, que poderá aumentar a taxa básica de juros (Selic), hoje em 14,25%. PETRÓLEO Após chegar a casa dos US$ 30, o preço do petróleo tem alta nesta quarta (13), a primeira em oito dias, também influenciado por um maior apetite chinês. Os contratos do petróleo Brent tinham alta de 2,69%, a US$ 31,69, enquanto que os WIT subiam 2,83%, para US$ 31,31. BOLSA Influenciado pelos dados externos e pela recuperação de Vale e Petrobras, o principal índice acionário do país operava em alta. A terça-feira (12) foi marcada pela queda nas ações das empresas. O mercado se mostrara desconfiado em relação a China e sua demanda por commodities derrubarem a Vale, enquanto que a Petrobras sofreu com a queda nos preços do petróleo e pela divulgação do plano de investimentos da empresa, que prevê retração nas aplicações nos próximos anos. Às 12h05 (de Brasília), o Ibovespa apresentava alta de 0,71%, aos 39.785 pontos. As ações preferenciais da Vale, mais negociadas e sem direito a voto, que caíram na terça (12), subiam 3,85%, a R$ 7,54. Já os papéis ordinários tinham alta de 3,71%, a R$ 9,77. Petrobras também tinha alta, após um dia difícil com a divulgação da redução dos investimentos da estatal. As ações preferenciais da empresa subiam 2,53%, a R$ 5,67, enquanto que os papéis ordinários da Petrobras apresentavam alta de 2,42%, a R$ 7,16.
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Dólar acompanha otimismo com dados da China e opera abaixo dos R$ 4O dólar opera em queda em relação ao real nesta quarta-feira (13), após a China divulgar dados melhores que o esperado pelo mercado sobre o comércio do país. A divisa americana operou abaixo dos R$ 4 durante toda a manhã. As exportações e as importações chinesas recuaram menos que o esperado em dezembro. As importações de petróleo marcaram sua máxima recorde e as importações de cobre apresentaram o segundo maior resultado na série histórica, alimentando a demanda por moedas ligadas a commodities. Às 12h (de Brasília), o dólar à vista, referência no mercado financeiro, opera em queda de 1,66%, a R$ 3,975 na venda. Já o dólar comercial, utilizado no comércio exterior, se desvaloriza 1,68%, a R$ 3,979. A queda recente do yuan vinha alimentando preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo e deprimindo o apetite por ativos de países emergentes. O banco central da China deixou estável sua taxa referencial para a moeda nesta quarta-feira (13), mesmo assim as bolsas chinesas novamente recuaram. No mercado brasileiro, operadores ainda aguardam a reunião do Banco Central na semana que vem, que poderá aumentar a taxa básica de juros (Selic), hoje em 14,25%. PETRÓLEO Após chegar a casa dos US$ 30, o preço do petróleo tem alta nesta quarta (13), a primeira em oito dias, também influenciado por um maior apetite chinês. Os contratos do petróleo Brent tinham alta de 2,69%, a US$ 31,69, enquanto que os WIT subiam 2,83%, para US$ 31,31. BOLSA Influenciado pelos dados externos e pela recuperação de Vale e Petrobras, o principal índice acionário do país operava em alta. A terça-feira (12) foi marcada pela queda nas ações das empresas. O mercado se mostrara desconfiado em relação a China e sua demanda por commodities derrubarem a Vale, enquanto que a Petrobras sofreu com a queda nos preços do petróleo e pela divulgação do plano de investimentos da empresa, que prevê retração nas aplicações nos próximos anos. Às 12h05 (de Brasília), o Ibovespa apresentava alta de 0,71%, aos 39.785 pontos. As ações preferenciais da Vale, mais negociadas e sem direito a voto, que caíram na terça (12), subiam 3,85%, a R$ 7,54. Já os papéis ordinários tinham alta de 3,71%, a R$ 9,77. Petrobras também tinha alta, após um dia difícil com a divulgação da redução dos investimentos da estatal. As ações preferenciais da empresa subiam 2,53%, a R$ 5,67, enquanto que os papéis ordinários da Petrobras apresentavam alta de 2,42%, a R$ 7,16.
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Estrela de basquete dos EUA diz que todos os times são perigosos
ÉDER FANTONI ENVIADO ESPECIAL AO RIO A seleção americana de basquete visitou o Parque Olímpico nesta quinta-feira (4) pela primeira vez desde que chegou ao Rio para a disputa dos Jogos Olímpicos, na quarta (3) pela manhã. Os 12 jogadores foram apresentados para a imprensa e concederam uma entrevista coletiva muito concorrida. Repórteres e cinegrafistas se empurravam para tentar ouvir um atleta da equipe. O jogador mais assediado foi o ala Kevin Durant, 27, principal estrela do time masculino e que recentemente trocou o Oklahoma City Thunder pelo Golden State Warriors na NBA. Uma situação bem diferente da apresentação do time feminino dos Estados Unidos na quarta, quando a sala de imprensa ficou bem menos cheia. Durant disse que esta é a sua primeira vez no Rio e que está curtindo a cidade. Quando perguntado sobre a grande possibilidade de conseguir a medalha de ouro, o ala preferiu ser cauteloso. "Todos os nossos adversários são perigosos. Antes de tudo temos que focar as atenções em nosso primeiro rival [a China]", disse Durant. Os Estados Unidos estão no grupo A, ao lado de França, Sérvia, Austrália, China e Venezuela. Desses rivais, apenas franceses e sérvios estão no top 10 do ranking da Fiba (Federação Internacional de Basquete). O primeiro jogo dos norte-americanos na Olimpíada do Rio, contra a China, é no sábado (6), às 19h (de Brasília), na Arena Carioca 1. Durant também falou sobre a Argentina, a última seleção que conseguiu bater os Estados Unidos em uma Olimpíada –na semifinal dos Jogos de 2004, em Atenas, na Grécia, por 89 a 81. "É um time difícil de ser batido. Tem jogadores como Delfino, Nocioni, Ginóbili, que já jogaram na liga [NBA]. É uma comunidade forte do basquete. Jogam sem medo", afirmou. A Argentina está no grupo B, com Brasil, Espanha, Lituânia, Croácia e Nigéria.
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Estrela de basquete dos EUA diz que todos os times são perigosos ÉDER FANTONI ENVIADO ESPECIAL AO RIO A seleção americana de basquete visitou o Parque Olímpico nesta quinta-feira (4) pela primeira vez desde que chegou ao Rio para a disputa dos Jogos Olímpicos, na quarta (3) pela manhã. Os 12 jogadores foram apresentados para a imprensa e concederam uma entrevista coletiva muito concorrida. Repórteres e cinegrafistas se empurravam para tentar ouvir um atleta da equipe. O jogador mais assediado foi o ala Kevin Durant, 27, principal estrela do time masculino e que recentemente trocou o Oklahoma City Thunder pelo Golden State Warriors na NBA. Uma situação bem diferente da apresentação do time feminino dos Estados Unidos na quarta, quando a sala de imprensa ficou bem menos cheia. Durant disse que esta é a sua primeira vez no Rio e que está curtindo a cidade. Quando perguntado sobre a grande possibilidade de conseguir a medalha de ouro, o ala preferiu ser cauteloso. "Todos os nossos adversários são perigosos. Antes de tudo temos que focar as atenções em nosso primeiro rival [a China]", disse Durant. Os Estados Unidos estão no grupo A, ao lado de França, Sérvia, Austrália, China e Venezuela. Desses rivais, apenas franceses e sérvios estão no top 10 do ranking da Fiba (Federação Internacional de Basquete). O primeiro jogo dos norte-americanos na Olimpíada do Rio, contra a China, é no sábado (6), às 19h (de Brasília), na Arena Carioca 1. Durant também falou sobre a Argentina, a última seleção que conseguiu bater os Estados Unidos em uma Olimpíada –na semifinal dos Jogos de 2004, em Atenas, na Grécia, por 89 a 81. "É um time difícil de ser batido. Tem jogadores como Delfino, Nocioni, Ginóbili, que já jogaram na liga [NBA]. É uma comunidade forte do basquete. Jogam sem medo", afirmou. A Argentina está no grupo B, com Brasil, Espanha, Lituânia, Croácia e Nigéria.
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Bailarina Marilena Ansaldi, 80, ganha prêmio por espetáculo em cartaz
MARIANA AGUNZI DE SÃO PAULO Entro na Studio3 Cia. de Dança e Marilena Ansaldi já está pronta para ensaiar, de collant e batom vermelhos. Somos apresentadas e ela pede que me entreguem seu currículo. "São décadas falando sobre a minha vida, sabe?". Em seguida, abre um sorriso. Com 80 anos completos, a paulistana —que foi primeira bailarina do russo Balé Bolshoi, nos anos 1960— ainda preenche seu portfólio. A atuação em "Paixão e Fúria - Callas, o Mito" rendeu-lhe o Prêmio Governador do Estado para a Cultura. "Ela não está claudicante. A participação no espetáculo é totalmente ativa", ressalta o diretor e roteirista da obra, José Possi Neto. A coroação joga luz a uma fase de penumbra —Ansaldi ficou sete anos longe dos palcos. Foi uma infecção pulmonar que a fez ressurgir. "A gente não se falava havia três anos e meu celular tocou. Era Marilena pedindo ajuda", conta Possi que, com Vera Lafer, fundadora da companhia, internou a artista no Sírio-Libanês. O desfecho foi o convite para integrar o corpo do espetáculo que revisita a soprano grega Maria Callas. Uma feliz coincidência para a bailarina, filha do barítono Paulo Ansaldi. "Meu físico não está igual antes, é verdade. Mas é uma coisa visceral." O corpo de 1,60 metro de altura é, talvez, o caminho mais curto para entendê-la. Ansaldi transborda sentimentos em gestos penetrantes. "Trabalhar com ela é perceber que o corpo tem limites, mas a alma não", elucida o coreógrafo Anselmo Zolla. Em "Callas - O Mito", a veterana dança um solo da ópera "Tosca" —outra realização, já que um dos papéis de seu pai foi o vilão Scarpia, que compõe a récita. Pergunto se ela pensa, novamente, em parar. Qual seria o começo do fim? "Sempre que entro em cena é para ser a última vez. E se for, tudo bem. Eu estarei inteira." Paixão e Fúria - Callas, o Mito. Teatro Sérgio Cardoso R. Rui Barbosa, 153, Bela Vista, região central. Tel.: 3288-0136. Dom. (22): 18h. Ing.: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).
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Bailarina Marilena Ansaldi, 80, ganha prêmio por espetáculo em cartazMARIANA AGUNZI DE SÃO PAULO Entro na Studio3 Cia. de Dança e Marilena Ansaldi já está pronta para ensaiar, de collant e batom vermelhos. Somos apresentadas e ela pede que me entreguem seu currículo. "São décadas falando sobre a minha vida, sabe?". Em seguida, abre um sorriso. Com 80 anos completos, a paulistana —que foi primeira bailarina do russo Balé Bolshoi, nos anos 1960— ainda preenche seu portfólio. A atuação em "Paixão e Fúria - Callas, o Mito" rendeu-lhe o Prêmio Governador do Estado para a Cultura. "Ela não está claudicante. A participação no espetáculo é totalmente ativa", ressalta o diretor e roteirista da obra, José Possi Neto. A coroação joga luz a uma fase de penumbra —Ansaldi ficou sete anos longe dos palcos. Foi uma infecção pulmonar que a fez ressurgir. "A gente não se falava havia três anos e meu celular tocou. Era Marilena pedindo ajuda", conta Possi que, com Vera Lafer, fundadora da companhia, internou a artista no Sírio-Libanês. O desfecho foi o convite para integrar o corpo do espetáculo que revisita a soprano grega Maria Callas. Uma feliz coincidência para a bailarina, filha do barítono Paulo Ansaldi. "Meu físico não está igual antes, é verdade. Mas é uma coisa visceral." O corpo de 1,60 metro de altura é, talvez, o caminho mais curto para entendê-la. Ansaldi transborda sentimentos em gestos penetrantes. "Trabalhar com ela é perceber que o corpo tem limites, mas a alma não", elucida o coreógrafo Anselmo Zolla. Em "Callas - O Mito", a veterana dança um solo da ópera "Tosca" —outra realização, já que um dos papéis de seu pai foi o vilão Scarpia, que compõe a récita. Pergunto se ela pensa, novamente, em parar. Qual seria o começo do fim? "Sempre que entro em cena é para ser a última vez. E se for, tudo bem. Eu estarei inteira." Paixão e Fúria - Callas, o Mito. Teatro Sérgio Cardoso R. Rui Barbosa, 153, Bela Vista, região central. Tel.: 3288-0136. Dom. (22): 18h. Ing.: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).
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Após chuvas fortes, regiões de SP continuam em estado de alerta
As regiões de Perus e de São Mateus, nas zonas norte e leste de São Paulo, permaneciam em estado de alerta na manhã deste sábado (2), um dia depois de fortes chuvas atingirem a cidade. A medida foi adotada pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), ligado à prefeitura, nesta sexta (1º) após dois córregos transbordarem. Segundo a prefeitura, as regiões dos córregos de Perus e Aricanduva seguiam em estado de alerta por conta do trabalho realizado pelas subprefeituras e Defesa Civil nas áreas, como a limpeza dos locais. O nível da água já baixou. Na manhã deste sábado, o CGE registrava garoa e chuva fraca em boa parte da capital. A previsão para o restante do dia é que o tempo permaneça nublado, com temperatura máxima de 24ºC, e chuva entre fraca e moderada. ALAGAMENTO No primeiro dia do ano, as chuvas provocaram alagamentos em ruas do Jardim Iguatemi, na zona leste. Moradores da região chegaram a depredar um ônibus e a Polícia Militar utilizou bombas de gás para dispersá-los. Em São Miguel Paulista, também na zona leste, o Corpo de Bombeiros foi acionado para procurar uma pessoa que teria desaparecido após cair no córrego do Lajeado. Na manhã deste sábado, não havia mais informações sobre o caso. RESERVATÓRIOS A série de chuvas em dezembro contribuiu para a recuperação dos reservatórios de São Paulo. Em quatro deles, caiu mais água no último mês de 2015 em comparação ao registrado em igual período de 2014. Segundo a Sabesp, a média foi superior nas regiões do Cantareira, Rio Claro, Alto Tietê e Cotia. Com a mudança do tempo, o sistema Cantareira, o maior conjunto de represas paulistano, deixou no fim de dezembro de depender da água do volume morto, situação na qual estava desde julho de 2014. arte
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Após chuvas fortes, regiões de SP continuam em estado de alertaAs regiões de Perus e de São Mateus, nas zonas norte e leste de São Paulo, permaneciam em estado de alerta na manhã deste sábado (2), um dia depois de fortes chuvas atingirem a cidade. A medida foi adotada pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), ligado à prefeitura, nesta sexta (1º) após dois córregos transbordarem. Segundo a prefeitura, as regiões dos córregos de Perus e Aricanduva seguiam em estado de alerta por conta do trabalho realizado pelas subprefeituras e Defesa Civil nas áreas, como a limpeza dos locais. O nível da água já baixou. Na manhã deste sábado, o CGE registrava garoa e chuva fraca em boa parte da capital. A previsão para o restante do dia é que o tempo permaneça nublado, com temperatura máxima de 24ºC, e chuva entre fraca e moderada. ALAGAMENTO No primeiro dia do ano, as chuvas provocaram alagamentos em ruas do Jardim Iguatemi, na zona leste. Moradores da região chegaram a depredar um ônibus e a Polícia Militar utilizou bombas de gás para dispersá-los. Em São Miguel Paulista, também na zona leste, o Corpo de Bombeiros foi acionado para procurar uma pessoa que teria desaparecido após cair no córrego do Lajeado. Na manhã deste sábado, não havia mais informações sobre o caso. RESERVATÓRIOS A série de chuvas em dezembro contribuiu para a recuperação dos reservatórios de São Paulo. Em quatro deles, caiu mais água no último mês de 2015 em comparação ao registrado em igual período de 2014. Segundo a Sabesp, a média foi superior nas regiões do Cantareira, Rio Claro, Alto Tietê e Cotia. Com a mudança do tempo, o sistema Cantareira, o maior conjunto de represas paulistano, deixou no fim de dezembro de depender da água do volume morto, situação na qual estava desde julho de 2014. arte
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Ministro da Saúde não conhece o SUS, onde falta o básico, afirma leitor
Percebe-se nitidamente que Marcelo Castro, ministro da Saúde, não conhece o SUS e, se tiver usado algum serviço do sistema, terá sido antes da Constituição de 1988 (Desafios para o SUS ). Sei que antes ele não existia. A saúde agoniza. Dizer que há saúde no Samu ou nas UPAs, nos centros de controle de câncer demonstra uma total miopia do senhor ministro. Basta entrar no INCA ou visitar hospitais federais no Rio que tenham serviços de oncologia. Falta o básico para o atendimento. Medicamentos cruciais para pacientes com câncer de mama estão em falta. A judicialização da saúde vem de encontro a essa política inclusiva que se legou ao SUS, porém sem a estrutura de financiamento por parte do governo federal. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Ministro da Saúde não conhece o SUS, onde falta o básico, afirma leitorPercebe-se nitidamente que Marcelo Castro, ministro da Saúde, não conhece o SUS e, se tiver usado algum serviço do sistema, terá sido antes da Constituição de 1988 (Desafios para o SUS ). Sei que antes ele não existia. A saúde agoniza. Dizer que há saúde no Samu ou nas UPAs, nos centros de controle de câncer demonstra uma total miopia do senhor ministro. Basta entrar no INCA ou visitar hospitais federais no Rio que tenham serviços de oncologia. Falta o básico para o atendimento. Medicamentos cruciais para pacientes com câncer de mama estão em falta. A judicialização da saúde vem de encontro a essa política inclusiva que se legou ao SUS, porém sem a estrutura de financiamento por parte do governo federal. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Quatro suspeitos do vazamento de episódio de 'GoT' são presos na Índia
A polícia indiana prendeu nesta segunda-feira (14) quatro pessoas suspeitas de vazarem o quarto episódio da nova temporada de "Game of Thrones" no último dia 4, dias antes de sua transmissão original. O vazamento veio do canal Star India, um parceiro da HBO cujo logotipo aparece na cópia pirata do episódio, com o texto "apenas para visualização interna". Os suspeitos, cujos nomes não foram divulgados, são funcionários da Prime Focus Technologies, empresa que gerencia dados para a Star India. Eles foram acusados de violação criminosa de confiança e delitos informáticos, e ficarão detidos até o dia 21 devido à investigação. O caso começou a ser apurado após a Star India apresentar queixa na polícia de Mumbai, que atuou com uma equipe de crimes cibernéticos para encontrar os suspeitos. ATAQUES CIBERNÉTICOS A sétima temporada de "Game of Thrones" foi vítima de outros vazamentos e ataques cibernéticos desde que estreou. No dia 31 de julho, a HBO anunciou que seus servidores foram invadidos e que informações e episódios da série foram roubados. No último dia 8, hackers invadiram os servidores da HBO e obtiveram dados pessoais dos astros da série, além do roteiro do quinto episódio, que iria ao ar neste domingo (13). Os hackers exigiram um resgate milionário para que não divulgassem mais arquivos roubados. A série foi vítima de hackers em outras ocasiões. Em 2015, pouco antes da estreia da quinta temporada, os quatro primeiros capítulos da série foram disponibilizados na internet.
ilustrada
Quatro suspeitos do vazamento de episódio de 'GoT' são presos na ÍndiaA polícia indiana prendeu nesta segunda-feira (14) quatro pessoas suspeitas de vazarem o quarto episódio da nova temporada de "Game of Thrones" no último dia 4, dias antes de sua transmissão original. O vazamento veio do canal Star India, um parceiro da HBO cujo logotipo aparece na cópia pirata do episódio, com o texto "apenas para visualização interna". Os suspeitos, cujos nomes não foram divulgados, são funcionários da Prime Focus Technologies, empresa que gerencia dados para a Star India. Eles foram acusados de violação criminosa de confiança e delitos informáticos, e ficarão detidos até o dia 21 devido à investigação. O caso começou a ser apurado após a Star India apresentar queixa na polícia de Mumbai, que atuou com uma equipe de crimes cibernéticos para encontrar os suspeitos. ATAQUES CIBERNÉTICOS A sétima temporada de "Game of Thrones" foi vítima de outros vazamentos e ataques cibernéticos desde que estreou. No dia 31 de julho, a HBO anunciou que seus servidores foram invadidos e que informações e episódios da série foram roubados. No último dia 8, hackers invadiram os servidores da HBO e obtiveram dados pessoais dos astros da série, além do roteiro do quinto episódio, que iria ao ar neste domingo (13). Os hackers exigiram um resgate milionário para que não divulgassem mais arquivos roubados. A série foi vítima de hackers em outras ocasiões. Em 2015, pouco antes da estreia da quinta temporada, os quatro primeiros capítulos da série foram disponibilizados na internet.
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Oposição e Cunha articulam convocação do ministro da Saúde
Com o apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os partidos de oposição vão apresentar nesta terça-feira (16) em plenário requerimento de convocação do ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB), para que ele dê explicações sobre a epidemia do vírus da zika. A ação tem o objetivo de constranger o ministro, que, com o aval de Dilma Rousseff, pode deixar o cargo nesta quarta (17) para reassumir o cargo de deputado federal e votar na eleição do líder da bancada do PMDB. "Esse é o resultado de a Dilma ter entregue o ministério da Saúde para um partido. E agora liberar o ministro, em meio a toda essa crise na saúde, para tratar de um projeto menor", afirmou o líder da bancada do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), após reunião com DEM, PPS e Solidariedade. "Vamos ver o que ele tem a dizer ao plenário da Câmara. Em meio a essa crise, ele deixa o cargo para vir votar em disputa de liderança de partido?", questionou o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), segundo quem o requerimento foi combinado com Cunha. Castro pode reassumir o mandato para votar em Leonardo Picciani (RJ), o candidato do Planalto a líder do PMDB, que trava uma acirrada disputa com Hugo Motta (PB), candidato de Eduardo Cunha. A disputa tem importância que ultrapassa as fronteiras partidárias. Uma vitória de Motta –e, consequentemente, de Cunha–, tende a reforçar o movimento favorável ao impeachment de Dilma Rousseff. PROJETOS A oposição também alinhavou um discurso unificado contra projetos que resultem em aumento de impostos, como o da recriação da CPMF. Mas disse que discutirá caso a caso os temas que entrarem em votação, sinalizando que pontualmente pode haver convergência entre governo e oposição. "Seu aumento de imposto, sem CPMF, qualquer proposta que venha do governo e não seja mera peça de marketing, e que tenha apoio do PT e da base, iremos analisar", afirmou o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM). No encontro, realizado na Liderança do DEM na Câmara, não foi discutida a situação de Cunha. Para impulsionar o impeachment, a oposição mantém o diálogo de bastidor com o peemedebista, embora publicamente defenda seu afastamento do cargo devido à acusação de que ele participou do esquema de corrupção da Petrobras.
poder
Oposição e Cunha articulam convocação do ministro da SaúdeCom o apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os partidos de oposição vão apresentar nesta terça-feira (16) em plenário requerimento de convocação do ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB), para que ele dê explicações sobre a epidemia do vírus da zika. A ação tem o objetivo de constranger o ministro, que, com o aval de Dilma Rousseff, pode deixar o cargo nesta quarta (17) para reassumir o cargo de deputado federal e votar na eleição do líder da bancada do PMDB. "Esse é o resultado de a Dilma ter entregue o ministério da Saúde para um partido. E agora liberar o ministro, em meio a toda essa crise na saúde, para tratar de um projeto menor", afirmou o líder da bancada do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), após reunião com DEM, PPS e Solidariedade. "Vamos ver o que ele tem a dizer ao plenário da Câmara. Em meio a essa crise, ele deixa o cargo para vir votar em disputa de liderança de partido?", questionou o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), segundo quem o requerimento foi combinado com Cunha. Castro pode reassumir o mandato para votar em Leonardo Picciani (RJ), o candidato do Planalto a líder do PMDB, que trava uma acirrada disputa com Hugo Motta (PB), candidato de Eduardo Cunha. A disputa tem importância que ultrapassa as fronteiras partidárias. Uma vitória de Motta –e, consequentemente, de Cunha–, tende a reforçar o movimento favorável ao impeachment de Dilma Rousseff. PROJETOS A oposição também alinhavou um discurso unificado contra projetos que resultem em aumento de impostos, como o da recriação da CPMF. Mas disse que discutirá caso a caso os temas que entrarem em votação, sinalizando que pontualmente pode haver convergência entre governo e oposição. "Seu aumento de imposto, sem CPMF, qualquer proposta que venha do governo e não seja mera peça de marketing, e que tenha apoio do PT e da base, iremos analisar", afirmou o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM). No encontro, realizado na Liderança do DEM na Câmara, não foi discutida a situação de Cunha. Para impulsionar o impeachment, a oposição mantém o diálogo de bastidor com o peemedebista, embora publicamente defenda seu afastamento do cargo devido à acusação de que ele participou do esquema de corrupção da Petrobras.
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Astrologia
Sol e Plutão em guerra no céu abrem semana com mais lutas por território. Lua nova em Aries: 7/4 ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Comece a semana com calma, já que o astral não está dos mais tranquilos. Se você está visualizando uma crise no trabalho ou com patrão, hoje é dia em que caminhará em campo minado. Reflita! TOURO (21 abr. a 20 mai.) Pressa e sensibilidade podem ter consequências problemáticas na área financeira e amorosa hoje. Pondere se é o caso mesmo de enfrentar oposições poderosas agora. Reúna mais condições. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Esta semana você irá ver os frutos de seus últimos esforços. Importante ter a visão de conjunto e o sentido geral. Tendência a se julgar e se subestimar; modere o pessimismo eventual. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) A semana começa bem para você no campo emocional. Estará empático e conectado com as pessoas, o que ajudará no fluir das atividades. Nas parcerias, pressões e manipulações, preserve-se. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Sol e Saturno salvam seu dia hoje –é o senso de limites e o de integridade funcionando juntos. Assim, a tempestade pode ser forte, mas você perdura nas intenções. Dará exemplo. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Altos e baixos neste momento de tensões gerais; se não é com você, é na empresa, ou na família. Para driblar esse peso astral, conte com um amor receptivo. E se não tiver um, apele para um amigo. LIBRA (23 set. a 22 out.) Esteja pronto para alterações de última hora no esquema doméstico, ou com empregados e subalternos. A Lua em Peixes traz muita criatividade para você empregar na vida diária. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) O amor em primeiro lugar hoje! Seu coração está dando as ordens. Pode ser um escape das tensões, ou saída dos problemas. A resposta pode estar na alegria de aceitar um novo desafio. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Alguns gestos são tão seus que ao fazê-los você dá seu testemunho; então nem precisará falar muito hoje! Um astral bom para testar seu autocontrole e seu foco. Que venha o teste, você está pronto. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Entre com leveza nesta semana explosiva: não force, pressione, cobre ou induza alguém. Mesmo sem perceber, alguns mais chegados sentem uma pressão. E isto não o ajuda em nada. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Quem quer manter sua individualidade e dignidade enfrenta hoje a pressão de grupos que não querem largar mão do poder. A experiência o ensinou a lidar com esses grupos, leve em conta. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) A Lua começa seu transito em Peixes hoje. Data especial então para cuidar mais de você e menos do mundo. São dois dias para atender suas necessidades e ouvir seus desejos. Hipersensibilidade.
ilustrada
AstrologiaSol e Plutão em guerra no céu abrem semana com mais lutas por território. Lua nova em Aries: 7/4 ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Comece a semana com calma, já que o astral não está dos mais tranquilos. Se você está visualizando uma crise no trabalho ou com patrão, hoje é dia em que caminhará em campo minado. Reflita! TOURO (21 abr. a 20 mai.) Pressa e sensibilidade podem ter consequências problemáticas na área financeira e amorosa hoje. Pondere se é o caso mesmo de enfrentar oposições poderosas agora. Reúna mais condições. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Esta semana você irá ver os frutos de seus últimos esforços. Importante ter a visão de conjunto e o sentido geral. Tendência a se julgar e se subestimar; modere o pessimismo eventual. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) A semana começa bem para você no campo emocional. Estará empático e conectado com as pessoas, o que ajudará no fluir das atividades. Nas parcerias, pressões e manipulações, preserve-se. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Sol e Saturno salvam seu dia hoje –é o senso de limites e o de integridade funcionando juntos. Assim, a tempestade pode ser forte, mas você perdura nas intenções. Dará exemplo. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Altos e baixos neste momento de tensões gerais; se não é com você, é na empresa, ou na família. Para driblar esse peso astral, conte com um amor receptivo. E se não tiver um, apele para um amigo. LIBRA (23 set. a 22 out.) Esteja pronto para alterações de última hora no esquema doméstico, ou com empregados e subalternos. A Lua em Peixes traz muita criatividade para você empregar na vida diária. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) O amor em primeiro lugar hoje! Seu coração está dando as ordens. Pode ser um escape das tensões, ou saída dos problemas. A resposta pode estar na alegria de aceitar um novo desafio. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Alguns gestos são tão seus que ao fazê-los você dá seu testemunho; então nem precisará falar muito hoje! Um astral bom para testar seu autocontrole e seu foco. Que venha o teste, você está pronto. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Entre com leveza nesta semana explosiva: não force, pressione, cobre ou induza alguém. Mesmo sem perceber, alguns mais chegados sentem uma pressão. E isto não o ajuda em nada. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Quem quer manter sua individualidade e dignidade enfrenta hoje a pressão de grupos que não querem largar mão do poder. A experiência o ensinou a lidar com esses grupos, leve em conta. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) A Lua começa seu transito em Peixes hoje. Data especial então para cuidar mais de você e menos do mundo. São dois dias para atender suas necessidades e ouvir seus desejos. Hipersensibilidade.
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Assalto termina com dois feridos em rua de Laranjeiras, na zona sul do Rio
Uma tentativa de assalto resultou em duas pessoas baleadas na tarde deste sábado (12) em Laranjeiras, no Rio. É o segundo caso de vítimas atingidas por disparos na zona sul. Na noite desta sexta (11), um turista croata foi baleado na Gávea. As vítimas do caso registrado neste sábado (12) foram socorridas por agentes do Corpo de Bombeiros e, em seguida, levadas com vida para o hospital Miguel Couto. De acordo com a corporação, trata-se de Caio Cesário, 29, e Robson Pereira, 47. O crime ocorreu na rua Ipiranga, em Laranjeiras. Segundo informações do 2º BPM (Botafogo), um segurança tentou evitar o assalto, entrou em confronto corporal com um dos suspeitos e foi baleado. Outro homem passava pela rua também foi atingido. Os suspeitos não foram encontrados. A assessoria da PM afirma que policiais continuam realizando buscas na região para tentar identificar os envolvidos. O caso foi registrado na 9ª DP (Catete). De acordo com a Polícia Civil, a perícia foi solicitada para o local e testemunhas já foram ouvidas.
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Assalto termina com dois feridos em rua de Laranjeiras, na zona sul do RioUma tentativa de assalto resultou em duas pessoas baleadas na tarde deste sábado (12) em Laranjeiras, no Rio. É o segundo caso de vítimas atingidas por disparos na zona sul. Na noite desta sexta (11), um turista croata foi baleado na Gávea. As vítimas do caso registrado neste sábado (12) foram socorridas por agentes do Corpo de Bombeiros e, em seguida, levadas com vida para o hospital Miguel Couto. De acordo com a corporação, trata-se de Caio Cesário, 29, e Robson Pereira, 47. O crime ocorreu na rua Ipiranga, em Laranjeiras. Segundo informações do 2º BPM (Botafogo), um segurança tentou evitar o assalto, entrou em confronto corporal com um dos suspeitos e foi baleado. Outro homem passava pela rua também foi atingido. Os suspeitos não foram encontrados. A assessoria da PM afirma que policiais continuam realizando buscas na região para tentar identificar os envolvidos. O caso foi registrado na 9ª DP (Catete). De acordo com a Polícia Civil, a perícia foi solicitada para o local e testemunhas já foram ouvidas.
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