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Brasil chama Feijão e anuncia equipe que encara a Argentina na Copa Davis
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Depois de alcançar as semifinais no Aberto do Brasil, em São Paulo, e as quartas no torneio do Rio, João Souza, o Feijão, foi chamado pelo capitão João Zwetsch para integrar a equipe nacional que vai encarar a Argentina pela Copa Davis. O anúncio dos convocados foi feito nesta terça-feira (24). Brasil e Argentina se enfrentam entre os dias 6 e 8 de março em Buenos Aires. Além de Feijão, Thomaz Bellucci, Marcelo Melo e Bruno Soares foram chamados por Zwetsch. Feijão e Bellucci jogarão o torneio de simples, enquanto Melo e Soares farão a dupla nacional. Feijão é o atual 77º do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) e número dois do país, atrás apenas de Bellucci (71º). O tenista de Mogi das Cruzes, porém, ultrapassará o compatriota na semana que vem, já que Bellucci perdeu na estreia do ATP 250 de Buenos Aires, na segunda-feira (23). A Argentina também teve os seus convocados divulgados pelo técnico Daniel Orsanic: Leonardo Mayer, Federico Delbonis, Diego Schwartzman e Carlos Berlocq. O vencedor do confronto entre Brasil e Argentina vai encarar Sérvia ou Croácia nas quartas de final do Grupo Mundial. O perdedor terá de jogar uma repescagem para continuar na elite do tênis em 2016.
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esporte
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Brasil chama Feijão e anuncia equipe que encara a Argentina na Copa DavisDepois de alcançar as semifinais no Aberto do Brasil, em São Paulo, e as quartas no torneio do Rio, João Souza, o Feijão, foi chamado pelo capitão João Zwetsch para integrar a equipe nacional que vai encarar a Argentina pela Copa Davis. O anúncio dos convocados foi feito nesta terça-feira (24). Brasil e Argentina se enfrentam entre os dias 6 e 8 de março em Buenos Aires. Além de Feijão, Thomaz Bellucci, Marcelo Melo e Bruno Soares foram chamados por Zwetsch. Feijão e Bellucci jogarão o torneio de simples, enquanto Melo e Soares farão a dupla nacional. Feijão é o atual 77º do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) e número dois do país, atrás apenas de Bellucci (71º). O tenista de Mogi das Cruzes, porém, ultrapassará o compatriota na semana que vem, já que Bellucci perdeu na estreia do ATP 250 de Buenos Aires, na segunda-feira (23). A Argentina também teve os seus convocados divulgados pelo técnico Daniel Orsanic: Leonardo Mayer, Federico Delbonis, Diego Schwartzman e Carlos Berlocq. O vencedor do confronto entre Brasil e Argentina vai encarar Sérvia ou Croácia nas quartas de final do Grupo Mundial. O perdedor terá de jogar uma repescagem para continuar na elite do tênis em 2016.
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O olho preguiçoso que ignora os refugiados
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No documentário Fogo no Mar (Fuocoammare), que venceu o Urso de Ouro no Festival de Berlim e acaba de estrear no Brasil, o menininho italiano Samuele descobre que tem um "olho preguiçoso" e precisa usar um tampão para "re-ensinar" seu cérebro a enxergar. Samuele vive na ilha de Lampedusa, porta de entrada de milhares de refugiados para o sonho europeu. Ele passa seu tempo atirando com um estilingue contra ninhos de passarinho, aprendendo a enfrentar o mar e seu futuro como pescador e usando rifles imaginários. Em nenhum momento ele se dá conta da tragédia que se desenrola na ilha. Só nos últimos sete dias, 113 pessoas morreram afogadas tentando cruzar da Líbia até Lampedusa. Mulheres, homens e crianças. Um bebê recém-nascido. Desde o início do ano, foram 976 mortos nessa rota (28.563 conseguiram chegar). Para a Itália, vão principalmente refugiados da Nigéria, que sofrem com o Boko Haram, milícia extremista que declarou lealdade ao Estado Islâmico e se notabilizou por sequestrar meninas e transformá-las em mulheres-bomba. Chegam também refugiados de Gâmbia, Guiné, Senegal, Costa do Marfim, Somália e Mali. Mas essa é apenas uma das rotas para entrar na Europa. Em 2016, outras 154.862 pessoas chegaram à Grécia vindas da Turquia - e 376 morreram tentando. A grande maioria veio da Síria, seguidos de Afeganistão, Iraque, Paquistão e Irã. No dia 7 de março, a União Europeia fechou um acordo com a Turquia para "resolver" seu problema de refugiados. Era o chamado "um entra, um sai": para cada sírio devolvido pela Grécia à Turquia, a UE se compromete a receber um sírio que esteja esperando na Turquia. Depois do acordo, o fluxo de refugiados da Turquia para a Grécia praticamente secou. A média de 2056 pessoas chegando por dia em janeiro caiu para 112 em abril. Mas como alertaram diversas ONGs, o acordo não resolve o problema. A média de refugiados chegando diariamente à Itália, vindos da Líbia, subiu de 176 em janeiro para 303 em abril. Em que pese a sazonalidade (os refugiados preferem atravessar nos meses mais quentes), os números provam que o tráfico de pessoas continua em alta. Por enquanto, como aponta a Organização Internacional para Migrações (IOM, na sigla em inglês), o fechamento da rota dos Balcãs pelo acordo UE-Turquia ainda não teve um grande efeito na rota da Líbia - por lá continuam chegando africanos, e não sírios, iraquianos e afegão. Mas os traficantes de pessoas são ardilosos e já se posicionam. "Ainda não há indícios de que as pessoas estão indo para a Líbia, mas dois anos atrás, 42 mil sírios usaram essa rota, e tudo indica que eles irão recorrer novamente a esse caminho", disse Joel Millman, um porta-voz da IOM. Europeus, americanos, brasileiros: está na hora de nós tirarmos o tampão do olho e começarmos a enxergar. Não adianta bloquear a entrada dos imigrantes ou devolvê-los para a Turquia se não forem resolvidos os conflitos e a pobreza na Síria, Nigéria, Iraque, Afeganistão. Parece óbvio, não?
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colunas
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O olho preguiçoso que ignora os refugiadosNo documentário Fogo no Mar (Fuocoammare), que venceu o Urso de Ouro no Festival de Berlim e acaba de estrear no Brasil, o menininho italiano Samuele descobre que tem um "olho preguiçoso" e precisa usar um tampão para "re-ensinar" seu cérebro a enxergar. Samuele vive na ilha de Lampedusa, porta de entrada de milhares de refugiados para o sonho europeu. Ele passa seu tempo atirando com um estilingue contra ninhos de passarinho, aprendendo a enfrentar o mar e seu futuro como pescador e usando rifles imaginários. Em nenhum momento ele se dá conta da tragédia que se desenrola na ilha. Só nos últimos sete dias, 113 pessoas morreram afogadas tentando cruzar da Líbia até Lampedusa. Mulheres, homens e crianças. Um bebê recém-nascido. Desde o início do ano, foram 976 mortos nessa rota (28.563 conseguiram chegar). Para a Itália, vão principalmente refugiados da Nigéria, que sofrem com o Boko Haram, milícia extremista que declarou lealdade ao Estado Islâmico e se notabilizou por sequestrar meninas e transformá-las em mulheres-bomba. Chegam também refugiados de Gâmbia, Guiné, Senegal, Costa do Marfim, Somália e Mali. Mas essa é apenas uma das rotas para entrar na Europa. Em 2016, outras 154.862 pessoas chegaram à Grécia vindas da Turquia - e 376 morreram tentando. A grande maioria veio da Síria, seguidos de Afeganistão, Iraque, Paquistão e Irã. No dia 7 de março, a União Europeia fechou um acordo com a Turquia para "resolver" seu problema de refugiados. Era o chamado "um entra, um sai": para cada sírio devolvido pela Grécia à Turquia, a UE se compromete a receber um sírio que esteja esperando na Turquia. Depois do acordo, o fluxo de refugiados da Turquia para a Grécia praticamente secou. A média de 2056 pessoas chegando por dia em janeiro caiu para 112 em abril. Mas como alertaram diversas ONGs, o acordo não resolve o problema. A média de refugiados chegando diariamente à Itália, vindos da Líbia, subiu de 176 em janeiro para 303 em abril. Em que pese a sazonalidade (os refugiados preferem atravessar nos meses mais quentes), os números provam que o tráfico de pessoas continua em alta. Por enquanto, como aponta a Organização Internacional para Migrações (IOM, na sigla em inglês), o fechamento da rota dos Balcãs pelo acordo UE-Turquia ainda não teve um grande efeito na rota da Líbia - por lá continuam chegando africanos, e não sírios, iraquianos e afegão. Mas os traficantes de pessoas são ardilosos e já se posicionam. "Ainda não há indícios de que as pessoas estão indo para a Líbia, mas dois anos atrás, 42 mil sírios usaram essa rota, e tudo indica que eles irão recorrer novamente a esse caminho", disse Joel Millman, um porta-voz da IOM. Europeus, americanos, brasileiros: está na hora de nós tirarmos o tampão do olho e começarmos a enxergar. Não adianta bloquear a entrada dos imigrantes ou devolvê-los para a Turquia se não forem resolvidos os conflitos e a pobreza na Síria, Nigéria, Iraque, Afeganistão. Parece óbvio, não?
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Alckmin lança portal com boletim de ocorrência, mas sem relato da vítima
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Após perder uma ação na Justiça movida pela Folha, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) lançou na manhã desta segunda-feira (9) um portal para a divulgação dos boletins de ocorrência usados como base nos balanços mensais das estatísticas criminais de São Paulo. Segundo o governo, o portal disponibiliza mais de 64 mil registros policiais de homicídios dolosos (quando há a intenção de matar), latrocínios (roubo seguido de morte) e lesão corporal dolosa seguida de morte –desde 2003– e boletins sobre morte decorrente de oposição à intervenção policial e "mortes suspeitas" –desde 2013. Ainda de acordo com o governo, o site contém tabela de dados referentes às mortes violentas registradas no IML (Instituto Médico Legal) desde 2013. Não será divulgado, porém, o detalhamento do crime nos registros policiais, os chamados BOs (boletins de ocorrência). Essas informações são importantes para indicar, por exemplo, sob quais circunstâncias o corpo de uma vítima foi encontrado, algo fundamental para apontar se o crime foi registrado corretamente como homicídio ou morte suspeita, por exemplo. Dados pessoais, como endereço da vítima, filiação e nome de eventuais testemunhas, também serão excluídos dos boletins de ocorrência disponíveis no portal. De acordo com o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, isso ocorre para evitar o fornecimento de eventuais registros que tragam sigilo judicial ou dados relativos à honra, intimidade ou vida privada. Há, porém, outras forma de proteção às pessoas, sem reduzir a transparência dos dados. Basta divulgá-los, por exemplo, com as eventuais informações comprometedoras borradas, um procedimento simples e comum em outros governos. Quem quiser ter acesso aos históricos dos boletins, ou seja, o relato de vítimas e de testemunhas, por exemplo, terá de pedir via Lei de Acesso à Informação. Sem nenhuma garantia de que os dados serão entregues, o prazo que o governo tem para dar resposta a uma solicitação no Serviço de Informação ao Cidadão é de, pelo menos, 30 dias. "Estamos dando mais um passo extremamente importante na transparência no governo do Estado de São Paulo. Vamos publicar todos os BOs na internet de crimes violentos, que serão atualizados mensalmente. Além de publicar os homicídio por ocorrência policial, vamos publicar também o número de vítimas de homicídio", disse o governador Geraldo Alckmin. Para o secretário da Segurança Pública, "todos os dados sobre os tipos de morte violenta necessários para qualquer pesquisa, cruzamento de informações e para uma auditoria externa estão no portal". Questionado sobre por que não são divulgados os históricos dos registros policiais, Moraes disse "eles não podem ser divulgados quando houver algum dado relacionado à vida privada ou à intimidade de pessoas ou que coloque em risco a segurança [de testemunhas e familiares]". LITÍGIO Em 29 de abril, uma decisão da desembargadora Teresa Ramos Marques, da 10ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, rejeitou pedido da secretaria para suspender os efeitos de decisão liminar (provisória) concedida anteriormente à Folha e que determina a entrega de boletins de ocorrência. O prazo para o cumprimento dessa determinação judicial encerra-se nesta segunda-feira. A liminar havia sido dada no início do mês passado pelo juiz Alberto Alonso Muñoz, da 13ª Vara da Fazenda Pública. Nela, o magistrado determinava à gestão Alckmin a entrega dos dados em um prazo de até cinco dias. O governo descumpriu a determinação, enquanto recorria ao Tribunal de Justiça, o que motivou o juiz Muñoz a intimar o secretário Alexandre de Moraes, cotado para integrar o governo federal em uma eventual gestão Michel Temer (PMDB). O secretário disse que o portal vem para cumprir uma determinação do governador, feita em outubro do ano passado. Números da violência
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cotidiano
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Alckmin lança portal com boletim de ocorrência, mas sem relato da vítimaApós perder uma ação na Justiça movida pela Folha, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) lançou na manhã desta segunda-feira (9) um portal para a divulgação dos boletins de ocorrência usados como base nos balanços mensais das estatísticas criminais de São Paulo. Segundo o governo, o portal disponibiliza mais de 64 mil registros policiais de homicídios dolosos (quando há a intenção de matar), latrocínios (roubo seguido de morte) e lesão corporal dolosa seguida de morte –desde 2003– e boletins sobre morte decorrente de oposição à intervenção policial e "mortes suspeitas" –desde 2013. Ainda de acordo com o governo, o site contém tabela de dados referentes às mortes violentas registradas no IML (Instituto Médico Legal) desde 2013. Não será divulgado, porém, o detalhamento do crime nos registros policiais, os chamados BOs (boletins de ocorrência). Essas informações são importantes para indicar, por exemplo, sob quais circunstâncias o corpo de uma vítima foi encontrado, algo fundamental para apontar se o crime foi registrado corretamente como homicídio ou morte suspeita, por exemplo. Dados pessoais, como endereço da vítima, filiação e nome de eventuais testemunhas, também serão excluídos dos boletins de ocorrência disponíveis no portal. De acordo com o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, isso ocorre para evitar o fornecimento de eventuais registros que tragam sigilo judicial ou dados relativos à honra, intimidade ou vida privada. Há, porém, outras forma de proteção às pessoas, sem reduzir a transparência dos dados. Basta divulgá-los, por exemplo, com as eventuais informações comprometedoras borradas, um procedimento simples e comum em outros governos. Quem quiser ter acesso aos históricos dos boletins, ou seja, o relato de vítimas e de testemunhas, por exemplo, terá de pedir via Lei de Acesso à Informação. Sem nenhuma garantia de que os dados serão entregues, o prazo que o governo tem para dar resposta a uma solicitação no Serviço de Informação ao Cidadão é de, pelo menos, 30 dias. "Estamos dando mais um passo extremamente importante na transparência no governo do Estado de São Paulo. Vamos publicar todos os BOs na internet de crimes violentos, que serão atualizados mensalmente. Além de publicar os homicídio por ocorrência policial, vamos publicar também o número de vítimas de homicídio", disse o governador Geraldo Alckmin. Para o secretário da Segurança Pública, "todos os dados sobre os tipos de morte violenta necessários para qualquer pesquisa, cruzamento de informações e para uma auditoria externa estão no portal". Questionado sobre por que não são divulgados os históricos dos registros policiais, Moraes disse "eles não podem ser divulgados quando houver algum dado relacionado à vida privada ou à intimidade de pessoas ou que coloque em risco a segurança [de testemunhas e familiares]". LITÍGIO Em 29 de abril, uma decisão da desembargadora Teresa Ramos Marques, da 10ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, rejeitou pedido da secretaria para suspender os efeitos de decisão liminar (provisória) concedida anteriormente à Folha e que determina a entrega de boletins de ocorrência. O prazo para o cumprimento dessa determinação judicial encerra-se nesta segunda-feira. A liminar havia sido dada no início do mês passado pelo juiz Alberto Alonso Muñoz, da 13ª Vara da Fazenda Pública. Nela, o magistrado determinava à gestão Alckmin a entrega dos dados em um prazo de até cinco dias. O governo descumpriu a determinação, enquanto recorria ao Tribunal de Justiça, o que motivou o juiz Muñoz a intimar o secretário Alexandre de Moraes, cotado para integrar o governo federal em uma eventual gestão Michel Temer (PMDB). O secretário disse que o portal vem para cumprir uma determinação do governador, feita em outubro do ano passado. Números da violência
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Beto Richa não tem vergonha de fazer trem da alegria?, pergunta leitor
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O governador tucano Beto Richa não tem vergonha de fazer trem da alegria com dinheiro público (Governador tucano estica viagem oficial na França)? Deveria dar exemplo, não mais despesas ao Estado,que está endividado. Um Estado próspero e rico afundado pela incompetência desses políticos corruptos. É isso que dá o continuísmo. Precisamos urgentemente aprender a votar. * * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Beto Richa não tem vergonha de fazer trem da alegria?, pergunta leitorO governador tucano Beto Richa não tem vergonha de fazer trem da alegria com dinheiro público (Governador tucano estica viagem oficial na França)? Deveria dar exemplo, não mais despesas ao Estado,que está endividado. Um Estado próspero e rico afundado pela incompetência desses políticos corruptos. É isso que dá o continuísmo. Precisamos urgentemente aprender a votar. * * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Metódico e centralizador, Doria gosta de cultivar amizade com pessoas importantes
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DANIELA LIMA THAIS BILENKY DE SÃO PAULO Quatro dias antes do primeiro turno, um vídeo de João Doria começou a circular. "Meus amigos, eu sou João Doria, candidato a prefeito da cidade de São Paulo", ele dizia no início. "Estou vindo aqui conversar com você porque quero pedir o seu apoio ao Orlando Morando." A peça não era para a capital, mas para São Bernardo. Era um sintoma. De ilustre desconhecido até dos paulistanos, Doria havia chegado, na reta final da campanha, ao posto de puxador de votos para o PSDB na região metropolitana do Estado. Aos 58 anos, João Agripino da Costa Doria Junior nunca havia disputado uma eleição. Gosta de se apresentar como empresário e jornalista. Usou os dois cartões de visita como ativos para sua eleição. Fez da antipolítica —em especial do antipetismo— sua principal bandeira. Já a experiência como entrevistador e apresentador de um reality show na TV Record, levou para a propaganda na TV. Geraldo Alckmin é ovacionado em festa da vitória de Doria Geraldo Alckmin é ovacionado em festa da vitória de Doria Doria aplicou como poucos o manual de marketing pessoal. Acusado de ser o "candidatos dos ricos" e ridicularizado pelo visual "coxinha", deixou o terno e a gravata nos cabides e passou a desfilar com visual mais casual, ainda que refinado. Abandonou a malha de cashemere nos ombros, que havia se tornado a definição de seu estilo. E para dissipar a pecha, passou a comer coxinha em público. Desenvolveu um discurso para rebater o que inicialmente foi vendido como uma se duas fragilidades. Dizia que, não, não era o candidato dos ricos. Era "o" candidato rico. Com quase R$ 180 milhões em patrimônio declarados à Justiça Eleitoral, passou a afirmar que comprou mansões e bens com o "próprio dinheiro" e que trabalhava "desde os 14 anos". Apesar da fama autoproclamada de gestor eficiente, as nove empresas de Doria empregam, juntas, apenas 112 funcionários. Ele montou e presidiu o grupo Lide, que reúne uma série de empresários em encontros com agentes políticos e personalidades influentes. Há quem defina o que ele faz como lobby, entre eles seus adversários na eleição paulistana. "Eu não sou lobista", rebatia. Com um discurso favorável a privatizações e redução de despesas públicas, recebeu aportes em suas empresas de pelo menos R$ 10,6 milhões de entes estatais desde 2005 —R$ 6 milhões desses vindos das gestões petistas de Lula e Dilma Rousseff. PASSADO POLÍTICO Apesar de se apresentar como um sujeito alheio à política, Doria já foi nomeado para cargos na esfera pública. Foi assim, por exemplo, que conheceu seu principal padrinho político, o governador Geraldo Alckmin. "Conheci o Doria no governo Montoro. Mas foi no governo Covas que convivemos mais intensamente, porque ele ajudava muito a dona Lila [Covas]", contou o governador à Folha. Nessa época, Doria foi secretário de Turismo e presidente da Paulistur. O prefeito eleito é casado com uma artista plástica, Bia Doria. Os dois estão juntos há 29 anos. Se conheceram quando ele chefiava a Embratur, em 1987. Ela era assessora do órgão. Saíram juntos, namoraram e depois de seis anos, casaram-se. Após o primeiro filho, João Doria Neto, hoje com 22 anos, fez a mulher escolher entre a loja de roupas que ela mantinha e o casamento. "Fiquei com o casamento", contou ela à Folha, em julho. Hoje, ele é um dos maiores incentivadores da produção de Bia. Atua para buscar patrocínios às exposições da mulher, inclusive entre dirigentes de órgãos públicos com os quais têm contato, como no caso da Apex (Agência federal de fomento à exportação), ainda durante o governo de Dilma Rousseff. O casal também tem Felipe, 15, e Carolina, 14. Durante toda a eleição, tentou modular o discurso antipolítico usando um exemplo familiar. "Eu respeito os políticos", dizia. "Sou filho de um". Seu pai, João Doria, era deputado federal, amigo próximo do ex-governador André Franco Montoro. Foi cassado pela ditadura e se exilou na França, onde se reencontrou com Montoro. Até hoje as famílias se frequentam, especialmente em Campos do Jordão (SP), onde ambas têm casa. O prefeito eleito gosta de cultivar amizades com gente importante. Costuma organizar visitas à sua casa de campo, com programação que inclui jantar em frente à lareira e visitas a shoppings de luxo. Com Alckmin, desenvolveu laços fortes. Foi Doria, por exemplo, quem disponibilizou uma aeronave para que o governador pudesse chegar até o local onde o filho caçula, Thomaz, morreu após um acidente aéreo, ano passado. Doria trata o governador como um valioso conselheiro político. Descrito como uma pessoa que escuta muito, mas apenas por deferência, teve em Alckmin, em seu marqueteiro, Lula Guimarães, e no cientista político e consultor Antonio Lavareda os principais palpiteiros de sua eleição. A fama de agregador, porém, foi abalada com o racha que a sua candidatura causou no PSDB. O desgaste foi dos momentos mais difíceis para Doria no processo. Da mesma forma, informações que contrariassem a imagem de gestor incomodaram. Quando foi chamado de lobista por um desafeto no Facebook, o tucano entrou com uma ação na Justiça contra o autor das publicações. Doria é centralizador. Na campanha, seguiu seu instinto em boa parte das decisões, as quais tomou em geral sozinho. Opinou até em detalhes miúdos de sua campanha, como o número de santinhos que seriam impressos. Também tem mania de organização. Certa vez, chegou a alinhar o crachá no pescoço do governador durante um discurso. Quem conviveu com ele de perto durante a eleição diz que Doria replica mesmo em ambientes privados a personalidade que exibe na televisão. "Há a percepção de que é um personagem? É um personagem bem feito", disse um aliado, ao confidenciar que chega a ser "irritante" ter de acompanhar o ritmo.
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poder
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Metódico e centralizador, Doria gosta de cultivar amizade com pessoas importantesDANIELA LIMA THAIS BILENKY DE SÃO PAULO Quatro dias antes do primeiro turno, um vídeo de João Doria começou a circular. "Meus amigos, eu sou João Doria, candidato a prefeito da cidade de São Paulo", ele dizia no início. "Estou vindo aqui conversar com você porque quero pedir o seu apoio ao Orlando Morando." A peça não era para a capital, mas para São Bernardo. Era um sintoma. De ilustre desconhecido até dos paulistanos, Doria havia chegado, na reta final da campanha, ao posto de puxador de votos para o PSDB na região metropolitana do Estado. Aos 58 anos, João Agripino da Costa Doria Junior nunca havia disputado uma eleição. Gosta de se apresentar como empresário e jornalista. Usou os dois cartões de visita como ativos para sua eleição. Fez da antipolítica —em especial do antipetismo— sua principal bandeira. Já a experiência como entrevistador e apresentador de um reality show na TV Record, levou para a propaganda na TV. Geraldo Alckmin é ovacionado em festa da vitória de Doria Geraldo Alckmin é ovacionado em festa da vitória de Doria Doria aplicou como poucos o manual de marketing pessoal. Acusado de ser o "candidatos dos ricos" e ridicularizado pelo visual "coxinha", deixou o terno e a gravata nos cabides e passou a desfilar com visual mais casual, ainda que refinado. Abandonou a malha de cashemere nos ombros, que havia se tornado a definição de seu estilo. E para dissipar a pecha, passou a comer coxinha em público. Desenvolveu um discurso para rebater o que inicialmente foi vendido como uma se duas fragilidades. Dizia que, não, não era o candidato dos ricos. Era "o" candidato rico. Com quase R$ 180 milhões em patrimônio declarados à Justiça Eleitoral, passou a afirmar que comprou mansões e bens com o "próprio dinheiro" e que trabalhava "desde os 14 anos". Apesar da fama autoproclamada de gestor eficiente, as nove empresas de Doria empregam, juntas, apenas 112 funcionários. Ele montou e presidiu o grupo Lide, que reúne uma série de empresários em encontros com agentes políticos e personalidades influentes. Há quem defina o que ele faz como lobby, entre eles seus adversários na eleição paulistana. "Eu não sou lobista", rebatia. Com um discurso favorável a privatizações e redução de despesas públicas, recebeu aportes em suas empresas de pelo menos R$ 10,6 milhões de entes estatais desde 2005 —R$ 6 milhões desses vindos das gestões petistas de Lula e Dilma Rousseff. PASSADO POLÍTICO Apesar de se apresentar como um sujeito alheio à política, Doria já foi nomeado para cargos na esfera pública. Foi assim, por exemplo, que conheceu seu principal padrinho político, o governador Geraldo Alckmin. "Conheci o Doria no governo Montoro. Mas foi no governo Covas que convivemos mais intensamente, porque ele ajudava muito a dona Lila [Covas]", contou o governador à Folha. Nessa época, Doria foi secretário de Turismo e presidente da Paulistur. O prefeito eleito é casado com uma artista plástica, Bia Doria. Os dois estão juntos há 29 anos. Se conheceram quando ele chefiava a Embratur, em 1987. Ela era assessora do órgão. Saíram juntos, namoraram e depois de seis anos, casaram-se. Após o primeiro filho, João Doria Neto, hoje com 22 anos, fez a mulher escolher entre a loja de roupas que ela mantinha e o casamento. "Fiquei com o casamento", contou ela à Folha, em julho. Hoje, ele é um dos maiores incentivadores da produção de Bia. Atua para buscar patrocínios às exposições da mulher, inclusive entre dirigentes de órgãos públicos com os quais têm contato, como no caso da Apex (Agência federal de fomento à exportação), ainda durante o governo de Dilma Rousseff. O casal também tem Felipe, 15, e Carolina, 14. Durante toda a eleição, tentou modular o discurso antipolítico usando um exemplo familiar. "Eu respeito os políticos", dizia. "Sou filho de um". Seu pai, João Doria, era deputado federal, amigo próximo do ex-governador André Franco Montoro. Foi cassado pela ditadura e se exilou na França, onde se reencontrou com Montoro. Até hoje as famílias se frequentam, especialmente em Campos do Jordão (SP), onde ambas têm casa. O prefeito eleito gosta de cultivar amizades com gente importante. Costuma organizar visitas à sua casa de campo, com programação que inclui jantar em frente à lareira e visitas a shoppings de luxo. Com Alckmin, desenvolveu laços fortes. Foi Doria, por exemplo, quem disponibilizou uma aeronave para que o governador pudesse chegar até o local onde o filho caçula, Thomaz, morreu após um acidente aéreo, ano passado. Doria trata o governador como um valioso conselheiro político. Descrito como uma pessoa que escuta muito, mas apenas por deferência, teve em Alckmin, em seu marqueteiro, Lula Guimarães, e no cientista político e consultor Antonio Lavareda os principais palpiteiros de sua eleição. A fama de agregador, porém, foi abalada com o racha que a sua candidatura causou no PSDB. O desgaste foi dos momentos mais difíceis para Doria no processo. Da mesma forma, informações que contrariassem a imagem de gestor incomodaram. Quando foi chamado de lobista por um desafeto no Facebook, o tucano entrou com uma ação na Justiça contra o autor das publicações. Doria é centralizador. Na campanha, seguiu seu instinto em boa parte das decisões, as quais tomou em geral sozinho. Opinou até em detalhes miúdos de sua campanha, como o número de santinhos que seriam impressos. Também tem mania de organização. Certa vez, chegou a alinhar o crachá no pescoço do governador durante um discurso. Quem conviveu com ele de perto durante a eleição diz que Doria replica mesmo em ambientes privados a personalidade que exibe na televisão. "Há a percepção de que é um personagem? É um personagem bem feito", disse um aliado, ao confidenciar que chega a ser "irritante" ter de acompanhar o ritmo.
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Negócios que humanizam pets ganham espaço, de padaria a fisioterapia
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Numa esquina da rua Oscar Freire, zona oeste de São Paulo, uma sorveteria gourmet deu lugar a um espaço que vende bolos, bombons, petiscos diet e pratos feitos com carne de cordeiro e coelho, além de opções de cervejas e vinhos. Mas, agora, quem consome no local, a Padaria Pet, são os bichos de estimação. Oferecer produtos e serviços similares aos de consumo humano foi a alternativa encontrada pelos irmãos gêmeos Rodrigo e Ricardo Chen, 36, para crescer num período de crise econômica e desaquecimento do mercado. Eles abriram a primeira unidade, no bairro de Pinheiros, em 2015, ano em que, pela primeira vez desde 2011, o crescimento do setor foi menor que a inflação registrada (7,59% contra 10,67%). Em 2016, o resultado foi o mesmo: 4,94% ante 6,29%. De acordo com Ricardo Calil, gerente regional do Sebrae-SP, a tendência de humanização dos animais é um "caminho sem volta". LATIDOS E MIADOS - Crescimento do mercado para bichos na comparação com a inflação, em % "Num setor que vinha crescendo a passos largos, o modelo padrão de lojinha e banho e tosa começa a estagnar e virar commodity. A decisão de escolha fica baseada apenas em preço e atendimento", diz. "Por isso, as pessoas que inovam têm uma possibilidade muito grande de sair na frente e ter crescimento maior do que a média. Há mercado para isso." Ao lado do amigo Arquelau So, 40, os irmãos Chen investiram R$ 500 mil para a criação dos produtos humanizados e para a reforma do ponto. Foi o início de um negócio que hoje vai além de uma confeitaria para bichos. Desde então, eles franquearam a primeira loja, abriram o espaço conceito nos Jardins e ainda esperam inaugurar outras duas franquias, na Chácara Klabin, em São Paulo, e em Vila Velha (ES), entre outras iniciativas. Ao todo, faturaram cerca de R$ 1,5 milhão em 2016 e há expectativa de crescer 10% em 2017 com a maturação do negócio. "O dono quer que o pet tenha o mesmo estilo de vida dele. Trata o bicho como filho, quer que tenha o melhor alimento, a melhor escola", diz Ricardo Chen. OZÔNIO E OURO Na clínica Fisioanimal, a veterinária Maira Formenton, 33, abriu mão do banho e tosa e investiu em serviços para saúde e bem-estar dos animais, como fisioterapia, acupuntura e tratamentos feitos com aplicação de ozônio, implantes de células-tronco e ouro. Os preços variam entre R$ 95 e R$ 2.500. Com a crise, caiu o número de clientes, diz a veterinária, mas quem ficou está disposto a pagar mais por esses serviços. O resultado: crescimento de 130% no faturamento nos últimos três anos. "Os bichos são entes da família. Quando o assunto é saúde, os donos não poupam recursos", diz Formenton. "Às vezes, o animal recebe um tratamento até melhor que os humanos." Com o mesmo conceito de adaptar comportamentos humanos para cães e gatos, Gaspar Marçal, 37, abriu em 2013 um clube de assinatura voltado para pets, a Maskoto. Por R$ 59,90, o assinante recebe por mês uma caixa surpresa, que tem entre quatro e seis itens, como petiscos e produtos de saúde e beleza. "Em 2013, aconteceu um 'boom' no mercado de assinaturas, mas havia uma lacuna no setor pet", diz Marçal. A empresa começou com 30 assinantes e hoje conta com 1.200. Fechou 2016 com um faturamento de R$ 800 mil e há a expectativa de crescimento de 25% em 2017. Para o presidente da Abinpet (associação da indústria de produtos para pets), José Edson Galvão de França, esses negócios descobriram novos nichos de mercado e, por isso, atingiram números expressivos de crescimento. Segundo França, também há uma tendência de o setor sair da estagnação em 2017. Mas, de modo geral, é preciso cautela na hora de investir no segmento. "Serviços como banho e tosa, adestrador, hotelzinho e creche representavam 20% do negócio há dois anos. Em 2016, o índice caiu para 16,7%." "Quem dava banho semanal passou a dar uma vez por mês."
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Negócios que humanizam pets ganham espaço, de padaria a fisioterapiaNuma esquina da rua Oscar Freire, zona oeste de São Paulo, uma sorveteria gourmet deu lugar a um espaço que vende bolos, bombons, petiscos diet e pratos feitos com carne de cordeiro e coelho, além de opções de cervejas e vinhos. Mas, agora, quem consome no local, a Padaria Pet, são os bichos de estimação. Oferecer produtos e serviços similares aos de consumo humano foi a alternativa encontrada pelos irmãos gêmeos Rodrigo e Ricardo Chen, 36, para crescer num período de crise econômica e desaquecimento do mercado. Eles abriram a primeira unidade, no bairro de Pinheiros, em 2015, ano em que, pela primeira vez desde 2011, o crescimento do setor foi menor que a inflação registrada (7,59% contra 10,67%). Em 2016, o resultado foi o mesmo: 4,94% ante 6,29%. De acordo com Ricardo Calil, gerente regional do Sebrae-SP, a tendência de humanização dos animais é um "caminho sem volta". LATIDOS E MIADOS - Crescimento do mercado para bichos na comparação com a inflação, em % "Num setor que vinha crescendo a passos largos, o modelo padrão de lojinha e banho e tosa começa a estagnar e virar commodity. A decisão de escolha fica baseada apenas em preço e atendimento", diz. "Por isso, as pessoas que inovam têm uma possibilidade muito grande de sair na frente e ter crescimento maior do que a média. Há mercado para isso." Ao lado do amigo Arquelau So, 40, os irmãos Chen investiram R$ 500 mil para a criação dos produtos humanizados e para a reforma do ponto. Foi o início de um negócio que hoje vai além de uma confeitaria para bichos. Desde então, eles franquearam a primeira loja, abriram o espaço conceito nos Jardins e ainda esperam inaugurar outras duas franquias, na Chácara Klabin, em São Paulo, e em Vila Velha (ES), entre outras iniciativas. Ao todo, faturaram cerca de R$ 1,5 milhão em 2016 e há expectativa de crescer 10% em 2017 com a maturação do negócio. "O dono quer que o pet tenha o mesmo estilo de vida dele. Trata o bicho como filho, quer que tenha o melhor alimento, a melhor escola", diz Ricardo Chen. OZÔNIO E OURO Na clínica Fisioanimal, a veterinária Maira Formenton, 33, abriu mão do banho e tosa e investiu em serviços para saúde e bem-estar dos animais, como fisioterapia, acupuntura e tratamentos feitos com aplicação de ozônio, implantes de células-tronco e ouro. Os preços variam entre R$ 95 e R$ 2.500. Com a crise, caiu o número de clientes, diz a veterinária, mas quem ficou está disposto a pagar mais por esses serviços. O resultado: crescimento de 130% no faturamento nos últimos três anos. "Os bichos são entes da família. Quando o assunto é saúde, os donos não poupam recursos", diz Formenton. "Às vezes, o animal recebe um tratamento até melhor que os humanos." Com o mesmo conceito de adaptar comportamentos humanos para cães e gatos, Gaspar Marçal, 37, abriu em 2013 um clube de assinatura voltado para pets, a Maskoto. Por R$ 59,90, o assinante recebe por mês uma caixa surpresa, que tem entre quatro e seis itens, como petiscos e produtos de saúde e beleza. "Em 2013, aconteceu um 'boom' no mercado de assinaturas, mas havia uma lacuna no setor pet", diz Marçal. A empresa começou com 30 assinantes e hoje conta com 1.200. Fechou 2016 com um faturamento de R$ 800 mil e há a expectativa de crescimento de 25% em 2017. Para o presidente da Abinpet (associação da indústria de produtos para pets), José Edson Galvão de França, esses negócios descobriram novos nichos de mercado e, por isso, atingiram números expressivos de crescimento. Segundo França, também há uma tendência de o setor sair da estagnação em 2017. Mas, de modo geral, é preciso cautela na hora de investir no segmento. "Serviços como banho e tosa, adestrador, hotelzinho e creche representavam 20% do negócio há dois anos. Em 2016, o índice caiu para 16,7%." "Quem dava banho semanal passou a dar uma vez por mês."
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Empresa cria 'camisinha inteligente' que conta calorias e detecta doenças
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Atenção, varão: já quis saber qual a circunferência de seu pênis? Sonhou em verificar a tempo se você ou sua companhia têm doenças sexualmente transmissíveis? E buscou uma forma de medir a quantas anda seu desempenho sexual em comparação com o da concorrência? Curiosos ou não, homens de todo o mundo poderão ter essas e outras questões carnais respondidas por um dispositivo de alta tecnologia acessório ao preservativo —ao menos, é o que promete a fabricante britânica i.Con. A empresa lançou no início do mês uma "smart condom" ("camisinha inteligente"), por enquanto disponível para pré-venda apenas no site British Condoms. O preço é de £ 59,99 (cerca de R$ 233). O produto não é exatamente um preservativo, explica a fabricante, mas um anel de tamanho ajustável e reutilizável que segura uma camisinha na base do pênis. Feito de nanochips e sensores e recarregável via USB, o dispositivo armazena e organiza informações para análise após o ato sexual. Os dados, então, podem ser descarregados em um aplicativo via bluetooth, diz a fabricante. Entre outras funcionalidades, a "camisinha inteligente" promete registrar calorias queimadas, frequência e velocidade de relações e de ejaculações, medida de circunferência do pênis e quantidade de posições experimentadas no ato sexual. Segundo a empresa, o produto também permite detectar a presença de proteínas ou antígenos encontrados apenas em doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis e clamídia. Ele tem ainda um recurso de mídia social que possibilita ao usuário comparar seu desempenho sexual com o de outros homens na região onde vive. O anúncio no site de vendas não oferece imagens detalhadas do produto, e a empresa não respondeu aos pedidos de entrevista —as novas atualizações de status, portanto, podem demorar.
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Empresa cria 'camisinha inteligente' que conta calorias e detecta doençasAtenção, varão: já quis saber qual a circunferência de seu pênis? Sonhou em verificar a tempo se você ou sua companhia têm doenças sexualmente transmissíveis? E buscou uma forma de medir a quantas anda seu desempenho sexual em comparação com o da concorrência? Curiosos ou não, homens de todo o mundo poderão ter essas e outras questões carnais respondidas por um dispositivo de alta tecnologia acessório ao preservativo —ao menos, é o que promete a fabricante britânica i.Con. A empresa lançou no início do mês uma "smart condom" ("camisinha inteligente"), por enquanto disponível para pré-venda apenas no site British Condoms. O preço é de £ 59,99 (cerca de R$ 233). O produto não é exatamente um preservativo, explica a fabricante, mas um anel de tamanho ajustável e reutilizável que segura uma camisinha na base do pênis. Feito de nanochips e sensores e recarregável via USB, o dispositivo armazena e organiza informações para análise após o ato sexual. Os dados, então, podem ser descarregados em um aplicativo via bluetooth, diz a fabricante. Entre outras funcionalidades, a "camisinha inteligente" promete registrar calorias queimadas, frequência e velocidade de relações e de ejaculações, medida de circunferência do pênis e quantidade de posições experimentadas no ato sexual. Segundo a empresa, o produto também permite detectar a presença de proteínas ou antígenos encontrados apenas em doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis e clamídia. Ele tem ainda um recurso de mídia social que possibilita ao usuário comparar seu desempenho sexual com o de outros homens na região onde vive. O anúncio no site de vendas não oferece imagens detalhadas do produto, e a empresa não respondeu aos pedidos de entrevista —as novas atualizações de status, portanto, podem demorar.
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Suspeitos de ligação com terror discutiam produção de bomba, diz procurador
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GABRIEL MASCARENHAS GUSTAVO URIBE DE BRASÍLIA BELA MEGALE ENVIADA ESPECIAL A CURITIBA NATUZA NERY EDITORA DO PAINEL Os suspeitos de associação com terrorismo presos durante a Operação Hashtag compartilharam materiais que ensinavam a como construir uma bomba e disseram que a Olimpíada era a oportunidade de irem para o paraíso, de acordo com o procurador responsável pela operação, Rafael Brum Miron. "Todos eram bem agressivos e falavam a mesma coisa: 'Temos que matar infiéis, aproveitar a Olimpíada para irmos para o paraíso'. Também repassaram entre eles instruções e fórmulas para fazer bomba", disse à Folha. Miron contou que o trabalho foi facilitado pela cooperação do FBI (polícia federal norte-americana), que enviou ao Brasil os nomes que os integrantes do grupo usavam na internet. Nesta sexta (22), Valdir Pereira da Rocha, um dos dois suspeitos foragidos, se entregou na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso, na fronteira com a Bolívia (leia texto na pág. B12). Ele se juntará aos outros dez detidos no dia anterior levados para o presídio de segurança máxima no Mato Grosso do Sul. Com isso, resta apenas um foragido, Leonide El Kadre de Melo. LOBOS SOLITÁRIOS Segundo o procurador, em vários momentos, os integrantes do grupo autointitulado Defensores da Sharia (lei islâmica) frisaram a necessidade de atuarem isoladamente, reforçando o perfil de lobos solitários. Três deles chamam mais a atenção dos investigadores: Marco Mario Duarte, Alisson Luan de Oliveira e El Kadre. O trio era o que mais propagandeava ações violentas em prol do Estado Islâmico nas redes sociais, de acordo com as investigações. Outro elemento importante na operação é um e-mail anônimo, contendo diálogos dos suspeitos, que chegou às mãos da Polícia Federal. Parte dos investigados também publicou em sites abertos informações sobre suas relações com o islamismo, entre elas um comunicado de que havia passado pelo chamado batismo virtual. Questionado sobre como avaliou o fato de dois ministros (Justiça e Defesa) terem se referido aos suspeitos como "amadores", Miron não discorda, mas ressalta que isso não significa que não representassem ameaça. "Não existe suicida experiente. Ninguém será preso por 30 dias se não oferecer risco. Quem é profissional disso [terrorismo]? Eles eram muito voluntaristas, diziam 'vamos fazer isso e aquilo." O membro do Ministério Público Federal ponderou, no entanto, que o grupo não possuía poder financeiro e, além disso, as investigações não mostram que eles estavam prontos a agir imediatamente. "Não temos ninguém comprando passagem para Rio, por exemplo. Nenhum deles era rico, não tinham recursos. Queriam viajar para a Síria e não tinham dinheiro", afirmou Miron. ORGANIZAÇÃO De acordo com relatório sigiloso elaborado pela PF que embasou as prisões, buscas e conduções coercitivas na quinta-feira, o grupo manifestou repetidas vezes que "todo muçulmano tem que atacar os alvos da coalizão, onde quer que estejam", fazendo referência ao conjunto de países que combatem o Estado Islâmico, como os Estados Unidos e Israel. O documento contém os nomes de nascimento e os nomes em árabe usados pelos presos -não se sabe ainda se todos eles foram batizados na religião islâmica. Revela também que muitos deles se dizem jihadistas e declaram o desejo de migrar para o califado (território que tem como grande líder o califa, sucessor do profeta Maomé, regido pela lei islâmica) O juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal do Paraná, responsável por autorizar a operação, não quis comentar o conteúdo do relatório da Polícia Federal, que está sob sigilo, mas, para ele, "não há uma organização piramidal esclarecida". "Ainda não é possível mapear a organização desse grupo, o que concluímos é que se comunicavam, mas a estrutura ainda não está bem definida", afirmou.
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esporte
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Suspeitos de ligação com terror discutiam produção de bomba, diz procurador
GABRIEL MASCARENHAS GUSTAVO URIBE DE BRASÍLIA BELA MEGALE ENVIADA ESPECIAL A CURITIBA NATUZA NERY EDITORA DO PAINEL Os suspeitos de associação com terrorismo presos durante a Operação Hashtag compartilharam materiais que ensinavam a como construir uma bomba e disseram que a Olimpíada era a oportunidade de irem para o paraíso, de acordo com o procurador responsável pela operação, Rafael Brum Miron. "Todos eram bem agressivos e falavam a mesma coisa: 'Temos que matar infiéis, aproveitar a Olimpíada para irmos para o paraíso'. Também repassaram entre eles instruções e fórmulas para fazer bomba", disse à Folha. Miron contou que o trabalho foi facilitado pela cooperação do FBI (polícia federal norte-americana), que enviou ao Brasil os nomes que os integrantes do grupo usavam na internet. Nesta sexta (22), Valdir Pereira da Rocha, um dos dois suspeitos foragidos, se entregou na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso, na fronteira com a Bolívia (leia texto na pág. B12). Ele se juntará aos outros dez detidos no dia anterior levados para o presídio de segurança máxima no Mato Grosso do Sul. Com isso, resta apenas um foragido, Leonide El Kadre de Melo. LOBOS SOLITÁRIOS Segundo o procurador, em vários momentos, os integrantes do grupo autointitulado Defensores da Sharia (lei islâmica) frisaram a necessidade de atuarem isoladamente, reforçando o perfil de lobos solitários. Três deles chamam mais a atenção dos investigadores: Marco Mario Duarte, Alisson Luan de Oliveira e El Kadre. O trio era o que mais propagandeava ações violentas em prol do Estado Islâmico nas redes sociais, de acordo com as investigações. Outro elemento importante na operação é um e-mail anônimo, contendo diálogos dos suspeitos, que chegou às mãos da Polícia Federal. Parte dos investigados também publicou em sites abertos informações sobre suas relações com o islamismo, entre elas um comunicado de que havia passado pelo chamado batismo virtual. Questionado sobre como avaliou o fato de dois ministros (Justiça e Defesa) terem se referido aos suspeitos como "amadores", Miron não discorda, mas ressalta que isso não significa que não representassem ameaça. "Não existe suicida experiente. Ninguém será preso por 30 dias se não oferecer risco. Quem é profissional disso [terrorismo]? Eles eram muito voluntaristas, diziam 'vamos fazer isso e aquilo." O membro do Ministério Público Federal ponderou, no entanto, que o grupo não possuía poder financeiro e, além disso, as investigações não mostram que eles estavam prontos a agir imediatamente. "Não temos ninguém comprando passagem para Rio, por exemplo. Nenhum deles era rico, não tinham recursos. Queriam viajar para a Síria e não tinham dinheiro", afirmou Miron. ORGANIZAÇÃO De acordo com relatório sigiloso elaborado pela PF que embasou as prisões, buscas e conduções coercitivas na quinta-feira, o grupo manifestou repetidas vezes que "todo muçulmano tem que atacar os alvos da coalizão, onde quer que estejam", fazendo referência ao conjunto de países que combatem o Estado Islâmico, como os Estados Unidos e Israel. O documento contém os nomes de nascimento e os nomes em árabe usados pelos presos -não se sabe ainda se todos eles foram batizados na religião islâmica. Revela também que muitos deles se dizem jihadistas e declaram o desejo de migrar para o califado (território que tem como grande líder o califa, sucessor do profeta Maomé, regido pela lei islâmica) O juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal do Paraná, responsável por autorizar a operação, não quis comentar o conteúdo do relatório da Polícia Federal, que está sob sigilo, mas, para ele, "não há uma organização piramidal esclarecida". "Ainda não é possível mapear a organização desse grupo, o que concluímos é que se comunicavam, mas a estrutura ainda não está bem definida", afirmou.
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Apostas de SP e do PA acertam dezenas e dividem R$ 7 milhões na Mega-Sena
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Duas apostas, uma feita na cidade de São Paulo e outra em Redenção (PA) acertaram as seis dezenas do concurso 1.689 da Mega-Sena e vão dividir o prêmio de R$ 7 milhões. As dezenas sorteadas na noite desta quarta-feira (25), em Osasco (SP), foram: 02 - 05 - 13 - 27 - 41 - 53. Além do prêmio principal, outras 185 pessoas fizeram a quina e ganharam R$ 11.227,15. Outras 9.634 pessoas fizeram a quadra e ganharam R$ 307,98. A estimativa da Caixa Econômica Federal é que o prêmio do próximo concurso chegue a R$ 19 milhões. O sorteio vai ser realizado no sábado (28). A Mega-Sena realiza sorteios duas vezes por semana, às quartas e aos sábados. As apostas devem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio. A aposta mínima -de seis número- custa R$ 2,50. Acompanhe o resultados das loterias
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cotidiano
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Apostas de SP e do PA acertam dezenas e dividem R$ 7 milhões na Mega-SenaDuas apostas, uma feita na cidade de São Paulo e outra em Redenção (PA) acertaram as seis dezenas do concurso 1.689 da Mega-Sena e vão dividir o prêmio de R$ 7 milhões. As dezenas sorteadas na noite desta quarta-feira (25), em Osasco (SP), foram: 02 - 05 - 13 - 27 - 41 - 53. Além do prêmio principal, outras 185 pessoas fizeram a quina e ganharam R$ 11.227,15. Outras 9.634 pessoas fizeram a quadra e ganharam R$ 307,98. A estimativa da Caixa Econômica Federal é que o prêmio do próximo concurso chegue a R$ 19 milhões. O sorteio vai ser realizado no sábado (28). A Mega-Sena realiza sorteios duas vezes por semana, às quartas e aos sábados. As apostas devem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio. A aposta mínima -de seis número- custa R$ 2,50. Acompanhe o resultados das loterias
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Governo vai discutir proibição de pesca com sindicato de SC, diz entidade
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O protesto de pescadores que fechou por mais de 30 horas o canal de acesso dos portos de Itajaí e Navegantes, em Santa Catarina, e impediu a saída do transatlântico Empress do local, foi encerrado por volta das 16h desta terça (6). A decisão foi tomada depois que o governo federal se comprometeu a incluir o setor pesqueiro do Estado no debate sobre a medida que proíbe a pesca de 475 espécies de peixes e invertebrados aquáticos a partir de 15 de junho, segundo o Sindip (Sindicato dos Armadores e da Indústria da Pesca de Santa Catarina) e a Capitania dos Portos de Santa Catarina. O assessor técnico do sindicato Marco Bailon diz que ficou acordado que, na próxima quinta-feira (8), será realizada uma reunião na sede do Ministério da Pesca, em Brasília, com a presença de cinco representantes da indústria pesqueira e o Ministério do Meio Ambiente. Em nota, Ministério do Meio Ambiente informou que criará um grupo de trabalho para "eventualmente realizar atualizações específicas na lista a partir de dados de monitoramento ou de conhecimentos científicos sobre o estado de conservação da espécie". O grupo deve incluir órgãos da administração pública, especialmente do Ministério da Pesca e Aquicultura, e representantes de universidades e instituições científicas e de pesquisa, ainda segundo a nota. O impasse surgiu após a publicação da portaria de número 445, em 17 de dezembro do ano passado, que reconhece como ameaçadas espécies em quatro categorias (extintas na natureza, criticamente em perigo, em perigo e vulnerável) e estabelece a "proibição de captura, transporte, armazenamento, guarda, manejo, beneficiamento e comercialização" de todas essas. A lista inclui peixes como cação, lambari, pargo, mero, cherne, garoupa, badejo, côngrio, caranha, sargo e bagre, alvos comuns da indústria pesqueira. Segundo armadores e pescadores, não há pesquisas que comprovem que parte desses pescados estão de fato em risco de desaparecer. "A lista será revisada", afirma Bailon, que critica o critério utilizado pelo ministério para definir o que se pode ou não pescar. Segundo ele, a relação foi elaborada com base na opinião da organização não-governamental IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza, em português), que não leva em conta o fato de haver uma atividade econômica em jogo. "O que queremos é que se façam estudos e levantamentos que indiquem de fato a situação das espécies e estoques pesqueiros", diz Bailon. O protesto ganhou força em Santa Catarina porque no Estado está o maior polo de pesca industrial brasileiro, com produção anual de 200 mil toneladas de pescado. A frota regional é de cerca de 800 embarcações, e o segmento emprega em torno de 60 mil pessoas em toda a cadeia produtiva. Além de Itajaí, protestos foram registrados também em outras partes do país. Nesta manhã, pescadores reuniram 30 barcos no Terminal Pesqueiro de Laguna (a cerca de 120 km de Florianópolis) contra a portaria. Na última sexta-feira (2), cerca de 30 embarcações interromperam a circulação das lanchas que auxiliam as manobras dos navios no Porto de Rio Grande (RS). A BORDO Durante o protesto, passageiros que estavam no transatlântico Empress, operado pela empresa espanhola Pullmantur Cruise, demonstraram opiniões divergentes nas redes sociais. Enquanto alguns comemoravam a extensão das férias, outros pareciam preocupados. Beto Soares, de São Luís (MA), publicou no Instagram uma foto de si mesmo em uma espreguiçadeira, à beira da piscina, seguida da frase: "A manifestação tá rolando e eu tô aki..." Já a psicóloga Shirley Stamou não parecia tão relaxada. Na mesma rede social, ela declarou que "foi autorizada a abertura das lojas do navio, mas não há informação alguma sobre o que acontecerá na viagem (se houver)". Stamou afirmou ainda que os passageiros estavam "impedidos de descer do navio" e classificou a situação a bordo como "tensa e de espera". Segundo a Praticagem do Complexo Portuário, o Empress deve deixar Itajaí às 18h15 desta terça. PORTARIA A portaria do Ministério do Meio Ambiente foi expedida em 17 de dezembro de 2014, mesmo dia em que foi divulgada a lista brasileira de espécies ameaçadas de extinção. A lista relaciona 409 peixes, incluindo 13 espécies de cação, 18 de lambari, além de 20 diferentes tubarões. Além dos peixes, está vetada a captura de 66 invertebrados marinhos, dos quais 28 são espécies de caranguejos. A decisão final sobre a lista foi tomada após a avaliação sobre populações selvagens de 4.407 espécies de peixes e 857 de invertebrados marinhos -mais de 15 vezes o número de espécies sondadas na avaliação de uma década atrás. Como consequência, o número de espécies ameaçadas da lista aumentou, independentemente de existirem mais animais de fato em risco. Entre as espécies proibidas que provocaram o protesto dos pescadores catarinenses está, por exemplo, o Mero (Epinephelus itajara), do qual resta menos de 20% da população considerada original. Das 13 espécies de cação incluídas na lista, dez frequentam o litoral catarinense. Algumas delas, como o cação-mangona (Carcharias taurus), têm menos de 10% da população original. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a lista brasileira de espécies ameaçadas envolveu o trabalho de mais de 1.300 especialistas de 200 instituições diferentes. Para cada espécie mencionada, há uma bibliografia da literatura científica usada para subsidiar a decisão. Estimativas de população de peixes em geral são medidas por uma técnica chamada "captura por unidade de esforço". É uma medida indireta –baseada na quantidade de animais pescados num determinado padrão de tempo, distância e técnica de pesca–, mas que pode ser usada para estimar populações absolutas. Os dados produzidos pelo Ministério do Meio Ambiente são posteriormente integrados aos da ONG IUCN, que monitora o status de ameaça à biodiversidade em escala global, em parceria com instituições governamentais de quase todo o mundo. Colaborou RAFAEL GARCIA, de São Paulo
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cotidiano
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Governo vai discutir proibição de pesca com sindicato de SC, diz entidadeO protesto de pescadores que fechou por mais de 30 horas o canal de acesso dos portos de Itajaí e Navegantes, em Santa Catarina, e impediu a saída do transatlântico Empress do local, foi encerrado por volta das 16h desta terça (6). A decisão foi tomada depois que o governo federal se comprometeu a incluir o setor pesqueiro do Estado no debate sobre a medida que proíbe a pesca de 475 espécies de peixes e invertebrados aquáticos a partir de 15 de junho, segundo o Sindip (Sindicato dos Armadores e da Indústria da Pesca de Santa Catarina) e a Capitania dos Portos de Santa Catarina. O assessor técnico do sindicato Marco Bailon diz que ficou acordado que, na próxima quinta-feira (8), será realizada uma reunião na sede do Ministério da Pesca, em Brasília, com a presença de cinco representantes da indústria pesqueira e o Ministério do Meio Ambiente. Em nota, Ministério do Meio Ambiente informou que criará um grupo de trabalho para "eventualmente realizar atualizações específicas na lista a partir de dados de monitoramento ou de conhecimentos científicos sobre o estado de conservação da espécie". O grupo deve incluir órgãos da administração pública, especialmente do Ministério da Pesca e Aquicultura, e representantes de universidades e instituições científicas e de pesquisa, ainda segundo a nota. O impasse surgiu após a publicação da portaria de número 445, em 17 de dezembro do ano passado, que reconhece como ameaçadas espécies em quatro categorias (extintas na natureza, criticamente em perigo, em perigo e vulnerável) e estabelece a "proibição de captura, transporte, armazenamento, guarda, manejo, beneficiamento e comercialização" de todas essas. A lista inclui peixes como cação, lambari, pargo, mero, cherne, garoupa, badejo, côngrio, caranha, sargo e bagre, alvos comuns da indústria pesqueira. Segundo armadores e pescadores, não há pesquisas que comprovem que parte desses pescados estão de fato em risco de desaparecer. "A lista será revisada", afirma Bailon, que critica o critério utilizado pelo ministério para definir o que se pode ou não pescar. Segundo ele, a relação foi elaborada com base na opinião da organização não-governamental IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza, em português), que não leva em conta o fato de haver uma atividade econômica em jogo. "O que queremos é que se façam estudos e levantamentos que indiquem de fato a situação das espécies e estoques pesqueiros", diz Bailon. O protesto ganhou força em Santa Catarina porque no Estado está o maior polo de pesca industrial brasileiro, com produção anual de 200 mil toneladas de pescado. A frota regional é de cerca de 800 embarcações, e o segmento emprega em torno de 60 mil pessoas em toda a cadeia produtiva. Além de Itajaí, protestos foram registrados também em outras partes do país. Nesta manhã, pescadores reuniram 30 barcos no Terminal Pesqueiro de Laguna (a cerca de 120 km de Florianópolis) contra a portaria. Na última sexta-feira (2), cerca de 30 embarcações interromperam a circulação das lanchas que auxiliam as manobras dos navios no Porto de Rio Grande (RS). A BORDO Durante o protesto, passageiros que estavam no transatlântico Empress, operado pela empresa espanhola Pullmantur Cruise, demonstraram opiniões divergentes nas redes sociais. Enquanto alguns comemoravam a extensão das férias, outros pareciam preocupados. Beto Soares, de São Luís (MA), publicou no Instagram uma foto de si mesmo em uma espreguiçadeira, à beira da piscina, seguida da frase: "A manifestação tá rolando e eu tô aki..." Já a psicóloga Shirley Stamou não parecia tão relaxada. Na mesma rede social, ela declarou que "foi autorizada a abertura das lojas do navio, mas não há informação alguma sobre o que acontecerá na viagem (se houver)". Stamou afirmou ainda que os passageiros estavam "impedidos de descer do navio" e classificou a situação a bordo como "tensa e de espera". Segundo a Praticagem do Complexo Portuário, o Empress deve deixar Itajaí às 18h15 desta terça. PORTARIA A portaria do Ministério do Meio Ambiente foi expedida em 17 de dezembro de 2014, mesmo dia em que foi divulgada a lista brasileira de espécies ameaçadas de extinção. A lista relaciona 409 peixes, incluindo 13 espécies de cação, 18 de lambari, além de 20 diferentes tubarões. Além dos peixes, está vetada a captura de 66 invertebrados marinhos, dos quais 28 são espécies de caranguejos. A decisão final sobre a lista foi tomada após a avaliação sobre populações selvagens de 4.407 espécies de peixes e 857 de invertebrados marinhos -mais de 15 vezes o número de espécies sondadas na avaliação de uma década atrás. Como consequência, o número de espécies ameaçadas da lista aumentou, independentemente de existirem mais animais de fato em risco. Entre as espécies proibidas que provocaram o protesto dos pescadores catarinenses está, por exemplo, o Mero (Epinephelus itajara), do qual resta menos de 20% da população considerada original. Das 13 espécies de cação incluídas na lista, dez frequentam o litoral catarinense. Algumas delas, como o cação-mangona (Carcharias taurus), têm menos de 10% da população original. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a lista brasileira de espécies ameaçadas envolveu o trabalho de mais de 1.300 especialistas de 200 instituições diferentes. Para cada espécie mencionada, há uma bibliografia da literatura científica usada para subsidiar a decisão. Estimativas de população de peixes em geral são medidas por uma técnica chamada "captura por unidade de esforço". É uma medida indireta –baseada na quantidade de animais pescados num determinado padrão de tempo, distância e técnica de pesca–, mas que pode ser usada para estimar populações absolutas. Os dados produzidos pelo Ministério do Meio Ambiente são posteriormente integrados aos da ONG IUCN, que monitora o status de ameaça à biodiversidade em escala global, em parceria com instituições governamentais de quase todo o mundo. Colaborou RAFAEL GARCIA, de São Paulo
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Atriz transexual ganha Spirit Award por 'Tangerine'
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A americana Mya Taylor, de "Tangerine", foi a primeira transexual a ganhar um prêmio de atriz coadjuvante no Spirit Award, nesta tarde de sábado (27). "Me sinto tão bem, me sinto missão cumprida", disse Taylor aos jornalistas, completando que está agora desenvolvendo um seriado no momento. "Tangerine", que se passa em Los Angeles, é sobre uma prostituta transgênera que descobre que seu namorado e cafetão está lhe traindo e decide sair em vingança com suas amigas. "O ano de 2015 foi uma longa jornada. Vim de quase nada e consegui este papel, neste filme. Ai, estou até com falta de ar, me sinto tão gorda", disse, em seu discurso, rindo. Taylor concorria com Cynthia Nixon ("James White"), Jennifer Jason Leigh ("Anomalisa"), Marin Ireland ("Glass Chin") e Robin Bartlett ("H.").
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ilustrada
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Atriz transexual ganha Spirit Award por 'Tangerine'A americana Mya Taylor, de "Tangerine", foi a primeira transexual a ganhar um prêmio de atriz coadjuvante no Spirit Award, nesta tarde de sábado (27). "Me sinto tão bem, me sinto missão cumprida", disse Taylor aos jornalistas, completando que está agora desenvolvendo um seriado no momento. "Tangerine", que se passa em Los Angeles, é sobre uma prostituta transgênera que descobre que seu namorado e cafetão está lhe traindo e decide sair em vingança com suas amigas. "O ano de 2015 foi uma longa jornada. Vim de quase nada e consegui este papel, neste filme. Ai, estou até com falta de ar, me sinto tão gorda", disse, em seu discurso, rindo. Taylor concorria com Cynthia Nixon ("James White"), Jennifer Jason Leigh ("Anomalisa"), Marin Ireland ("Glass Chin") e Robin Bartlett ("H.").
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Janot e as ruas
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Collor não tem nenhum motivo para gostar de procuradores-gerais da República. Afinal, não é a primeira vez que lhe pegam no pulo. Ofender a mãe de Rodrigo Janot, da tribuna do Senado, no entanto, dificilmente contribuirá para mudar o seu destino: ser denunciado ao Supremo Tribunal Federal. Além de Collor, outros 12 colegas de Senado, entre os quais o próprio presidente Renan Calheiros, também vêm sendo objeto de investigações por parte da Procuradoria da República. Importante lembrar que apuração é uma coisa, culpa é outra. O problema é que a confirmação de Rodrigo Janot para um período de mais dois anos à frente da Procuradoria Geral da República depende de aprovação do plenário do Senado Federal, após sabatina na Comissão de Constituição e Justiça, onde nada menos do que 8 dos 23 senadores são objeto de investigações do Ministério Público. Isso significa, paradoxalmente, que os investigados e potenciais réus da Lava Jato poderão interferir no destino daquele que os investiga e eventualmente os processará. Não há prazo determinado para a sabatina ou para a deliberação do plenário. Esse modelo de nomeação, inspirado no norte-americano, dá ao Senado uma certa liberdade para postergar a deliberação. Apenas a título de ilustração, o Senado dos Estados Unidos demorou mais de cem dias para deliberar sobre a indicação de Loretta Lynch para o cargo de secretária de Justiça, realizada por Barack Obama. Caso manobras parlamentares busquem retaliar Rodrigo Janot, retardando o processo de confirmação de seu nome, assumirá interinamente Eitel Santiago, subprocurador-geral da República. Impressionante como em momentos de crise o imponderável, a " fortuna", no dizer de Maquiavel, sempre quer desempenhar o papel principal. Os senadores, no entanto, não deveriam se animar muito com a possibilidade de procrastinar o processo de definição do novo procurador-geral. É sempre bom lembrar que um dos poucos temas que alcançaram enorme consenso nas manifestações de junho de 2013 foi o da famosa PEC 37. Para quem não se lembra, a PEC 37 tinha por objetivo restringir os poderes de investigação do Ministério Público. Ficou batizada como "PEC da Impunidade". E foi fulminada após milhares de pessoas irem às ruas para lutar pela prerrogativa do Ministério Público em levar a cabo investigações. Difícil dizer o que ocorreria se o Senado, ou alguns de seus membros, fossem flagrados tentando acuar o procurador-geral ou tolher a continuidade das investigações da operação Lava Jato. A presidente Dilma percebeu muito rapidamente o potencial explosivo de claudicar nessa nomeação e, surpreendentemente, em menos de 24 horas, encaminhou o nome de Janot ao Senado. Dessa forma, não pode ser acusada de embaraçar as investigações. Rodrigo Janot, assim como seus antecessores mais recentes, tem sido um agente público discreto, mas muito eficiente. Se não podemos nem devemos esperar que a polícia, o Ministério Público ou mesmo o Judiciário busquem substituir a autoridade democrática, é reconfortante constatar que estão cumprindo sua função: aplicar a lei.
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colunas
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Janot e as ruasCollor não tem nenhum motivo para gostar de procuradores-gerais da República. Afinal, não é a primeira vez que lhe pegam no pulo. Ofender a mãe de Rodrigo Janot, da tribuna do Senado, no entanto, dificilmente contribuirá para mudar o seu destino: ser denunciado ao Supremo Tribunal Federal. Além de Collor, outros 12 colegas de Senado, entre os quais o próprio presidente Renan Calheiros, também vêm sendo objeto de investigações por parte da Procuradoria da República. Importante lembrar que apuração é uma coisa, culpa é outra. O problema é que a confirmação de Rodrigo Janot para um período de mais dois anos à frente da Procuradoria Geral da República depende de aprovação do plenário do Senado Federal, após sabatina na Comissão de Constituição e Justiça, onde nada menos do que 8 dos 23 senadores são objeto de investigações do Ministério Público. Isso significa, paradoxalmente, que os investigados e potenciais réus da Lava Jato poderão interferir no destino daquele que os investiga e eventualmente os processará. Não há prazo determinado para a sabatina ou para a deliberação do plenário. Esse modelo de nomeação, inspirado no norte-americano, dá ao Senado uma certa liberdade para postergar a deliberação. Apenas a título de ilustração, o Senado dos Estados Unidos demorou mais de cem dias para deliberar sobre a indicação de Loretta Lynch para o cargo de secretária de Justiça, realizada por Barack Obama. Caso manobras parlamentares busquem retaliar Rodrigo Janot, retardando o processo de confirmação de seu nome, assumirá interinamente Eitel Santiago, subprocurador-geral da República. Impressionante como em momentos de crise o imponderável, a " fortuna", no dizer de Maquiavel, sempre quer desempenhar o papel principal. Os senadores, no entanto, não deveriam se animar muito com a possibilidade de procrastinar o processo de definição do novo procurador-geral. É sempre bom lembrar que um dos poucos temas que alcançaram enorme consenso nas manifestações de junho de 2013 foi o da famosa PEC 37. Para quem não se lembra, a PEC 37 tinha por objetivo restringir os poderes de investigação do Ministério Público. Ficou batizada como "PEC da Impunidade". E foi fulminada após milhares de pessoas irem às ruas para lutar pela prerrogativa do Ministério Público em levar a cabo investigações. Difícil dizer o que ocorreria se o Senado, ou alguns de seus membros, fossem flagrados tentando acuar o procurador-geral ou tolher a continuidade das investigações da operação Lava Jato. A presidente Dilma percebeu muito rapidamente o potencial explosivo de claudicar nessa nomeação e, surpreendentemente, em menos de 24 horas, encaminhou o nome de Janot ao Senado. Dessa forma, não pode ser acusada de embaraçar as investigações. Rodrigo Janot, assim como seus antecessores mais recentes, tem sido um agente público discreto, mas muito eficiente. Se não podemos nem devemos esperar que a polícia, o Ministério Público ou mesmo o Judiciário busquem substituir a autoridade democrática, é reconfortante constatar que estão cumprindo sua função: aplicar a lei.
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Sauditas resgatam até US$ 70 bi de fundos internacionais, diz jornal
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A Arábia Saudita retirou dezenas de bilhões de dólares investidos por meio de administradores internacionais de ativos, em um esforço do reino petroleiro para reduzir seu deficit cada vez maior e a exposição a mercados voláteis de ações, num momento em que os preços do petróleo não param de cair. Nigel Sillitoe, presidente-executivo da Insight Discovery, uma empresa de informações sobre serviços financeiros, disse que administradores de fundos estimam que o banco central saudita tenha retirado entre US$ 50 bilhões e US$ 70 bilhões dos mercados nas últimas semanas. As reservas cambiais da Agência Monetária da Arábia Saudita (Sama) caíram em cerca de US$ 73 bilhões desde que os preços do petróleo começaram a recuar, no ano passado, enquanto o país continua a gastar pesado para sustentar sua economia e bancar sua campanha militar no Iêmen. "A grande questão é quando eles voltarão, porque os administradores vinham dependendo bastante do dinheiro da Sama nos últimos anos", ele disse. Desde o terceiro trimestre de 2014, as reservas da Sama mantidas em forma de títulos estrangeiros caíram em US$ 71 bilhões, o que responde por praticamente toda a redução de US$ 72,8 bilhões em ativos internacionais do país. Outros executivos do setor dizem que os sauditas retiraram mais de US$ 70 bilhões dos administradores que empregam. Embora parte do dinheiro tenha sido usada para cobrir o deficit, esses executivos dizem que o banco central está também buscando reinvestir em produtos mais líquidos e de menor risco. "Eles não estão confortáveis com sua exposição a ações internacionais", disse outro administrador. Administrares de fundos com fortes vínculos para com os fundos nacionais de investimento do Golfo Pérsico, a exemplo da BlackRock, Franklin Templeton e Legal & General, receberam pedidos de resgate, de acordo com pessoas informadas sobre o assunto. Alguns administradores de fundos registraram bilhões de dólares em resgates, ou o equivalente a entre 20% e 25% dos ativos sauditas que tinham sob administração. Instituições como a State Street, Northern Trust e BNY Mellon têm muitos ativos sob administração e portanto maior probabilidade de sofrer grandes baques com a retirada de fundos pelos governos do Golfo Pérsico, acrescentam as fontes. "Não ficamos muito surpresos", disse outro administrador de fundos. "A Sama está operando com alto risco há algum tempo e estávamos preparados para isso". A Sama ao longo do anos estabeleceu relacionamentos firmes com muitas instituições que administram investimentos para os sauditas, entre as quais Aberdeen Asset Management, Fidelity, Invesco e Goldman Sachs. A BlackRock, que executivos financeiros descrevem como administradora de fundos com maior volume em capital do Golfo Pérsico em suas carteiras, já reportou saída de capitais da Europa, Oriente Médio e África. Seus resultados financeiros no segundo trimestre indicam saída líquida de US$ 24,1 bilhões da Europa, Oriente Médio e África, ante entrada líquida de US$ 17,1 bilhões no primeiro trimestre. Os participantes do mercado dizem que a saída de capitais é explicada em parte por resgates da Arábia Saudita e de outros fundos de investimento nacionais do Golfo Pérsico, como o de Abu Dhabi. A Black Rock e outras administradoras de fundos se recusaram a comentar ou não responderam a pedidos de comentários. A Sama não respondeu a pedidos de comentários. RESERVAS EM QUEDA O banco central saudita também está recorrendo a bancos nacionais para financiar um programa de emissão de títulos que compense a rápida queda nas reservas. Este mês, diversas administradoras de fundos foram atingidas por uma nova onda de resgates, depois de uma rodada inicial de saques este ano, disseram pessoas informadas sobre o assunto. "Foi nossa Segunda-Feira Negra", disse um administrador de fundos, se referindo ao grande volume de ativos retirados pela Arábia Saudita na semana passada. As instituições vinham se beneficiando há anos do volume crescente de ativos dos países ricos em petróleo do Golfo Pérsico que tinham sob administração, mas agora estão sentindo o aperto, depois do colapso dos preços do petróleo no ano passado. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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mercado
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Sauditas resgatam até US$ 70 bi de fundos internacionais, diz jornalA Arábia Saudita retirou dezenas de bilhões de dólares investidos por meio de administradores internacionais de ativos, em um esforço do reino petroleiro para reduzir seu deficit cada vez maior e a exposição a mercados voláteis de ações, num momento em que os preços do petróleo não param de cair. Nigel Sillitoe, presidente-executivo da Insight Discovery, uma empresa de informações sobre serviços financeiros, disse que administradores de fundos estimam que o banco central saudita tenha retirado entre US$ 50 bilhões e US$ 70 bilhões dos mercados nas últimas semanas. As reservas cambiais da Agência Monetária da Arábia Saudita (Sama) caíram em cerca de US$ 73 bilhões desde que os preços do petróleo começaram a recuar, no ano passado, enquanto o país continua a gastar pesado para sustentar sua economia e bancar sua campanha militar no Iêmen. "A grande questão é quando eles voltarão, porque os administradores vinham dependendo bastante do dinheiro da Sama nos últimos anos", ele disse. Desde o terceiro trimestre de 2014, as reservas da Sama mantidas em forma de títulos estrangeiros caíram em US$ 71 bilhões, o que responde por praticamente toda a redução de US$ 72,8 bilhões em ativos internacionais do país. Outros executivos do setor dizem que os sauditas retiraram mais de US$ 70 bilhões dos administradores que empregam. Embora parte do dinheiro tenha sido usada para cobrir o deficit, esses executivos dizem que o banco central está também buscando reinvestir em produtos mais líquidos e de menor risco. "Eles não estão confortáveis com sua exposição a ações internacionais", disse outro administrador. Administrares de fundos com fortes vínculos para com os fundos nacionais de investimento do Golfo Pérsico, a exemplo da BlackRock, Franklin Templeton e Legal & General, receberam pedidos de resgate, de acordo com pessoas informadas sobre o assunto. Alguns administradores de fundos registraram bilhões de dólares em resgates, ou o equivalente a entre 20% e 25% dos ativos sauditas que tinham sob administração. Instituições como a State Street, Northern Trust e BNY Mellon têm muitos ativos sob administração e portanto maior probabilidade de sofrer grandes baques com a retirada de fundos pelos governos do Golfo Pérsico, acrescentam as fontes. "Não ficamos muito surpresos", disse outro administrador de fundos. "A Sama está operando com alto risco há algum tempo e estávamos preparados para isso". A Sama ao longo do anos estabeleceu relacionamentos firmes com muitas instituições que administram investimentos para os sauditas, entre as quais Aberdeen Asset Management, Fidelity, Invesco e Goldman Sachs. A BlackRock, que executivos financeiros descrevem como administradora de fundos com maior volume em capital do Golfo Pérsico em suas carteiras, já reportou saída de capitais da Europa, Oriente Médio e África. Seus resultados financeiros no segundo trimestre indicam saída líquida de US$ 24,1 bilhões da Europa, Oriente Médio e África, ante entrada líquida de US$ 17,1 bilhões no primeiro trimestre. Os participantes do mercado dizem que a saída de capitais é explicada em parte por resgates da Arábia Saudita e de outros fundos de investimento nacionais do Golfo Pérsico, como o de Abu Dhabi. A Black Rock e outras administradoras de fundos se recusaram a comentar ou não responderam a pedidos de comentários. A Sama não respondeu a pedidos de comentários. RESERVAS EM QUEDA O banco central saudita também está recorrendo a bancos nacionais para financiar um programa de emissão de títulos que compense a rápida queda nas reservas. Este mês, diversas administradoras de fundos foram atingidas por uma nova onda de resgates, depois de uma rodada inicial de saques este ano, disseram pessoas informadas sobre o assunto. "Foi nossa Segunda-Feira Negra", disse um administrador de fundos, se referindo ao grande volume de ativos retirados pela Arábia Saudita na semana passada. As instituições vinham se beneficiando há anos do volume crescente de ativos dos países ricos em petróleo do Golfo Pérsico que tinham sob administração, mas agora estão sentindo o aperto, depois do colapso dos preços do petróleo no ano passado. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Em vídeo, Machado diz que Temer falou da 'dificuldade' em campanha
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Em vídeo gravado pela Procuradoria-Geral da República, no âmbito do acordo de delação premiada, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou que a reunião que manteve em 2012 com o atual presidente interino da República, Michel Temer (PMDB-SP), na época vice-presidente, ocorreu em "uma salinha" ao lado da sala de embarque de autoridades da Base Aérea de Brasília, onde o peemedebista falou de "dificuldade" na campanha do partido em São Paulo. De acordo com Machado, Temer negociou com ele o repasse de R$ 1,5 milhão de propina para a campanha de Gabriel Chalita (hoje no PDT) à Prefeitura de São Paulo, em 2012, pelo PMDB. O encontro, segundo Machado, durou de 15 a 20 minutos. O vice-presidente afirmou, em nota oficial divulgada nesta quarta-feira (16), que é "inverídica" a versão de que teria "solicitado recursos ilícitos" a Machado, mas nada falou sobre eventual encontro com o delator na Base Aérea em 2012. Na gravação, produzida em 6 de maio passado na sede da Procuradoria no Rio de Janeiro, Machado afirmou que a princípio foi procurado pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO) para que ajudasse na campanha de Chalita. Segundo o delator, Raupp disse que Temer tinha a intenção de ajudar a campanha de Chalita e precisava falar com Machado. Machado disse que então procurou Temer, com quem se reuniu na Base Aérea e prometeu ajudar a campanha com R$ 1,5 milhão. Os recursos foram enviados, segundo Machado, pela empreiteira Queiroz Galvão para o diretório nacional do PMDB, em Brasília. A seguir, trechos da gravação em que Machado fez menções ao presidente interino Michel Temer. * MACHADO: O próximo é Gabriel Chalita... O senador Valdir Raupp, em 2012, me procurou dizendo que o candidato do vice-presidente Michel Temer estava em dificuldades financeiras, que estava numa situação ruim, e se eu podia... PROCURADOR: [interrompendo] Candidato a quê? MACHADO: Candidato a prefeito de São Paulo. E [Raupp indagou] se eu poderia ajudá-lo. Eu liguei para o vice Michel Temer, marquei um encontro com ele no aeroporto militar de Brasília, na sala vizinha à sala da Presidência... PROCURADOR: [interrompendo] O aeroporto é a Base Aérea? MACHADO: Base Aérea. Acho que em setembro, num início de noite. PROCURADOR: Isso foi em 2012, né? MACHADO: 2012. E ele [Temer] chegando lá, eu conversei com ele, ele falou da dificuldade que estava tendo em São Paulo acerca da campanha do Chalita. Eu disse que ia, podia ajudá-lo em 1 milhão e 500 [mil reais], mas que depois eu informaria a ele a empresa. Telefonei depois a ele informando que essa doação seria feita pelo diretório nacional [do PMDB] através da empresa Queiroz Galvão. PROCURADOR: O encontro foi na Base Aérea, como é que era o ambiente lá que o senhor encontrou com ele? MACHADO: Nós... ele chegando lá, fomos para uma salinha pequena, onde conversamos durante alg... durante uns 15 a 20 minutos. PROCURADOR: Foi naquela sala da Presidência da República? MACHADO: Você tem a sala da Presidência de um lado e você tem a sala onde embarcam as autoridades. Nessa sala onde embarcam as autoridades tem uma salinha e eu fiquei lá reunido com ele. [...] PROCURADOR: Então foram dois pedidos, foi um para o Chalita e outro para ele [Temer] próprio? MACHADO: Não, o Chalita foi o do Michel. PROCURADOR: Ah, tá. MACHADO: Agora, além de ele ter pedido para mim fazer para o Michel, que depois eu falei com ele, ele também pediu, que ele estava com dificuldades nas eleições... PROCURADOR: [interrompendo] O Raupp isso. MACHADO: O Raupp. Em duas vezes. Nessa primeira vez, eu acho que ele foi à Transpetro. Na segunda, não. PROCURADOR: Então peraí, para o Chalita o senhor conseguiu 1 milhão e 500? MACHADO: 1 milhão e 500. PROCURADOR: Via Queiroz, né? MACHADO: Via Queiroz. PROCURADOR: Então quem o senhor procurou na Queiroz para viabilizar essa do Chalita? MACHADO: A conversa era sempre com Ricardo ou Ildefonso, não me lembro. O esquema de Sérgio Machado
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poder
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Em vídeo, Machado diz que Temer falou da 'dificuldade' em campanhaEm vídeo gravado pela Procuradoria-Geral da República, no âmbito do acordo de delação premiada, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou que a reunião que manteve em 2012 com o atual presidente interino da República, Michel Temer (PMDB-SP), na época vice-presidente, ocorreu em "uma salinha" ao lado da sala de embarque de autoridades da Base Aérea de Brasília, onde o peemedebista falou de "dificuldade" na campanha do partido em São Paulo. De acordo com Machado, Temer negociou com ele o repasse de R$ 1,5 milhão de propina para a campanha de Gabriel Chalita (hoje no PDT) à Prefeitura de São Paulo, em 2012, pelo PMDB. O encontro, segundo Machado, durou de 15 a 20 minutos. O vice-presidente afirmou, em nota oficial divulgada nesta quarta-feira (16), que é "inverídica" a versão de que teria "solicitado recursos ilícitos" a Machado, mas nada falou sobre eventual encontro com o delator na Base Aérea em 2012. Na gravação, produzida em 6 de maio passado na sede da Procuradoria no Rio de Janeiro, Machado afirmou que a princípio foi procurado pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO) para que ajudasse na campanha de Chalita. Segundo o delator, Raupp disse que Temer tinha a intenção de ajudar a campanha de Chalita e precisava falar com Machado. Machado disse que então procurou Temer, com quem se reuniu na Base Aérea e prometeu ajudar a campanha com R$ 1,5 milhão. Os recursos foram enviados, segundo Machado, pela empreiteira Queiroz Galvão para o diretório nacional do PMDB, em Brasília. A seguir, trechos da gravação em que Machado fez menções ao presidente interino Michel Temer. * MACHADO: O próximo é Gabriel Chalita... O senador Valdir Raupp, em 2012, me procurou dizendo que o candidato do vice-presidente Michel Temer estava em dificuldades financeiras, que estava numa situação ruim, e se eu podia... PROCURADOR: [interrompendo] Candidato a quê? MACHADO: Candidato a prefeito de São Paulo. E [Raupp indagou] se eu poderia ajudá-lo. Eu liguei para o vice Michel Temer, marquei um encontro com ele no aeroporto militar de Brasília, na sala vizinha à sala da Presidência... PROCURADOR: [interrompendo] O aeroporto é a Base Aérea? MACHADO: Base Aérea. Acho que em setembro, num início de noite. PROCURADOR: Isso foi em 2012, né? MACHADO: 2012. E ele [Temer] chegando lá, eu conversei com ele, ele falou da dificuldade que estava tendo em São Paulo acerca da campanha do Chalita. Eu disse que ia, podia ajudá-lo em 1 milhão e 500 [mil reais], mas que depois eu informaria a ele a empresa. Telefonei depois a ele informando que essa doação seria feita pelo diretório nacional [do PMDB] através da empresa Queiroz Galvão. PROCURADOR: O encontro foi na Base Aérea, como é que era o ambiente lá que o senhor encontrou com ele? MACHADO: Nós... ele chegando lá, fomos para uma salinha pequena, onde conversamos durante alg... durante uns 15 a 20 minutos. PROCURADOR: Foi naquela sala da Presidência da República? MACHADO: Você tem a sala da Presidência de um lado e você tem a sala onde embarcam as autoridades. Nessa sala onde embarcam as autoridades tem uma salinha e eu fiquei lá reunido com ele. [...] PROCURADOR: Então foram dois pedidos, foi um para o Chalita e outro para ele [Temer] próprio? MACHADO: Não, o Chalita foi o do Michel. PROCURADOR: Ah, tá. MACHADO: Agora, além de ele ter pedido para mim fazer para o Michel, que depois eu falei com ele, ele também pediu, que ele estava com dificuldades nas eleições... PROCURADOR: [interrompendo] O Raupp isso. MACHADO: O Raupp. Em duas vezes. Nessa primeira vez, eu acho que ele foi à Transpetro. Na segunda, não. PROCURADOR: Então peraí, para o Chalita o senhor conseguiu 1 milhão e 500? MACHADO: 1 milhão e 500. PROCURADOR: Via Queiroz, né? MACHADO: Via Queiroz. PROCURADOR: Então quem o senhor procurou na Queiroz para viabilizar essa do Chalita? MACHADO: A conversa era sempre com Ricardo ou Ildefonso, não me lembro. O esquema de Sérgio Machado
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Quem não tem estrelas ataca com trabalhadores; pode dar certo e errado
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A SELEÇÃO brasileira de 1970 tinha Carlos Alberto Torres, Gérson, Tostão, Pelé e Rivellino e foi esplendorosa. A de 2006 tinha o "quarteto mágico", Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Kaká, além de Roberto Carlos, e levou inesquecível baile de uma estrela só, Zinedine Zidane. O Flamengo de 1981 com Leandro, Júnior, Andrade, Adílio e Zico era um espetáculo, mas o de 1995, com o "ataque dos sonhos", Romário, Edmundo e Sávio redundou em tremendo fiasco. Às vezes um time de operário dá melhores resultados ou alguém apostaria que uma defesa com Cássio, Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos, com Ralf de cabeça de área, seria campeã mundial de clubes de 2012? Em 1984/85, a "SeleCorinthians" com Carlos, Édson, De Léon, Juninho, Wladimir, Dunga, Zenon, Serginho Chulapa, Casagrande, não deu liga. Assim é e sempre foi no futebol. Mais estrelado que o Cruzeiro, sem trocadilhos, de Raul, Piazza, Zé Carlos, Dirceus Lopes e Tostão só mesmo o Santos de Gylmar, Mauro Ramos de Oliveira, Zito, Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Duas constelações pra lá de bem-sucedidas. Tudo isso para dizer que temos de tudo nos quatro grandes paulistas neste início de temporada. As estrelas alviverdes, os operários corintianos, o equilíbrio santista e o trio tricolor Rogério Ceni&Cueva&Pratto disposto a fazer barulho. Qual time irá mais longe? Se for para apostar no óbvio, não há dúvida, a aposta é o Palmeiras, agora que Borja chegou para completar o que pode perfeitamente vir a ser uma terceira Academia. O azarão é o Alvinegro paulistano com um grupo coeso, aparentemente disposto a morrer em campo e cujo maior destaque é o goleiro, único remanescente do bicampeonato do Mundial de Clubes Fifa. Já o Alvinegro santista está pronto e quem dele duvidar no atual panorama do nosso futebol quebrará a cara, porque sabe o que quer e não precisa ter pressa. Finalmente, o São Paulo. Falta muito? Falta. Mas já apresenta claramente uma ideia de jogo e a ideia é boa. Está tomando todos os gols que pode tomar em fins de jogos agora para não tomá-los adiante. E o adiante não é a sequência do Paulistinha. Nada que aconteça nele é decisivo para coisa alguma e tamanha obviedade não pode se limitar ao discurso do bom senso, mas precisa ser exercitado pela cartolagem sempre disposta a sucumbir diante da pressão tresloucada de torcedores que entendem tanto de futebol quanto de plantação de ovo. AINDA O CENTENÁRIO Raras leitoras e raros leitores querem saber as seleções da coluna para o portentoso caderno sobre os 100 anos do Dérbi. A do Corinthians, sempre lembrando que me limito aos que vi jogar: Gylmar, Zé Maria, Gamarra, Amaral e Roberto Belangero; Dino Sani, Rivellino e Sócrates; Cláudio, Ronaldo e Tévez, com Tite como técnico. A do Palmeiras: Marcos, Djalma Santos, Luís Pereira, Djalma Dias e Roberto Carlos; Dudu, Ademir da Guia e Rivaldo; Julinho, Artime e Djalminha, sob Vanderlei Luxemburgo. A seleção mista: Gylmar, Djalma Santos, Luís Pereira, Gamarra e Roberto Carlos; Dino Sani, Rivellino e Sócrates; Cláudio, Ronaldo e Rivaldo, com Tite de treinador.
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Quem não tem estrelas ataca com trabalhadores; pode dar certo e erradoA SELEÇÃO brasileira de 1970 tinha Carlos Alberto Torres, Gérson, Tostão, Pelé e Rivellino e foi esplendorosa. A de 2006 tinha o "quarteto mágico", Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Kaká, além de Roberto Carlos, e levou inesquecível baile de uma estrela só, Zinedine Zidane. O Flamengo de 1981 com Leandro, Júnior, Andrade, Adílio e Zico era um espetáculo, mas o de 1995, com o "ataque dos sonhos", Romário, Edmundo e Sávio redundou em tremendo fiasco. Às vezes um time de operário dá melhores resultados ou alguém apostaria que uma defesa com Cássio, Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos, com Ralf de cabeça de área, seria campeã mundial de clubes de 2012? Em 1984/85, a "SeleCorinthians" com Carlos, Édson, De Léon, Juninho, Wladimir, Dunga, Zenon, Serginho Chulapa, Casagrande, não deu liga. Assim é e sempre foi no futebol. Mais estrelado que o Cruzeiro, sem trocadilhos, de Raul, Piazza, Zé Carlos, Dirceus Lopes e Tostão só mesmo o Santos de Gylmar, Mauro Ramos de Oliveira, Zito, Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Duas constelações pra lá de bem-sucedidas. Tudo isso para dizer que temos de tudo nos quatro grandes paulistas neste início de temporada. As estrelas alviverdes, os operários corintianos, o equilíbrio santista e o trio tricolor Rogério Ceni&Cueva&Pratto disposto a fazer barulho. Qual time irá mais longe? Se for para apostar no óbvio, não há dúvida, a aposta é o Palmeiras, agora que Borja chegou para completar o que pode perfeitamente vir a ser uma terceira Academia. O azarão é o Alvinegro paulistano com um grupo coeso, aparentemente disposto a morrer em campo e cujo maior destaque é o goleiro, único remanescente do bicampeonato do Mundial de Clubes Fifa. Já o Alvinegro santista está pronto e quem dele duvidar no atual panorama do nosso futebol quebrará a cara, porque sabe o que quer e não precisa ter pressa. Finalmente, o São Paulo. Falta muito? Falta. Mas já apresenta claramente uma ideia de jogo e a ideia é boa. Está tomando todos os gols que pode tomar em fins de jogos agora para não tomá-los adiante. E o adiante não é a sequência do Paulistinha. Nada que aconteça nele é decisivo para coisa alguma e tamanha obviedade não pode se limitar ao discurso do bom senso, mas precisa ser exercitado pela cartolagem sempre disposta a sucumbir diante da pressão tresloucada de torcedores que entendem tanto de futebol quanto de plantação de ovo. AINDA O CENTENÁRIO Raras leitoras e raros leitores querem saber as seleções da coluna para o portentoso caderno sobre os 100 anos do Dérbi. A do Corinthians, sempre lembrando que me limito aos que vi jogar: Gylmar, Zé Maria, Gamarra, Amaral e Roberto Belangero; Dino Sani, Rivellino e Sócrates; Cláudio, Ronaldo e Tévez, com Tite como técnico. A do Palmeiras: Marcos, Djalma Santos, Luís Pereira, Djalma Dias e Roberto Carlos; Dudu, Ademir da Guia e Rivaldo; Julinho, Artime e Djalminha, sob Vanderlei Luxemburgo. A seleção mista: Gylmar, Djalma Santos, Luís Pereira, Gamarra e Roberto Carlos; Dino Sani, Rivellino e Sócrates; Cláudio, Ronaldo e Rivaldo, com Tite de treinador.
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Com gols de Luis Fabiano e Ceni, São Paulo vence e mantém 100%
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Com gols de Luis Fabiano, que retornava ao time titular, e do goleiro Rogério Ceni, de pênalti, o São Paulo conseguiu a sua terceira vitória no Campeonato Paulista ao derrotar o XV de Piracicaba por 2 a 0, na noite deste sábado (7), no estádio do Pacaembu, pela 3ª rodada da competição. O resultado fez a equipe do Morumbi manter os 100% de aproveitamento no Estadual ao chegar aos nove pontos, na liderança do Grupo A do torneio. Já o time do interior, do técnico Roque Júnior, continuou na lanterna da Chave D após ser derrotado pela terceira vez. O volante Maicon, vaiado pela torcida no meio de semana, começou o jogo entre os 11 titulares e foi até capitão no São Paulo na partida, depois do goleiro Rogério Ceni ceder a faixa ao companheiro. Desta vez, no entanto, teve atuação discreta. Alexandre Pato, outro que ganhou a preferência do técnico Muricy Ramalho em detrimento de Alan Kardec, também foi irregular e chegou até ser substituído na etapa final. Veja vídeo Isso porque, de forma surpreendente, o XV de Piracicaba começou melhor o jogo e dominou boa parte do primeiro tempo. Com mais posse de bola e forte marcação pressão, a equipe do interior tinha boa troca de passes no campo de ataque e rondava a área são-paulina com frequência. No entanto, faltava qualidade ao setor ofensivo do time de Piracicaba, que até criou boas jogadas, mas ora errava nas finalizações ora no último passe. Mesmo assim, aos 11min, Wander chutou da entrada da área e exigiu excelente defesa do goleiro Rogério Ceni, que conseguiu espalmar a bola para escanteio após um desvio na zaga são-paulina. Acuado, o São Paulo abusou da ligação direta da defesa para o ataque. E só ameaçava a defesa adversária em jogadas de contra-ataque, principalmente, com Michel Bastos. Porém, em uma jogada isolada no campo de ataque, a equipe do Morumbi abriu o placar. Aos 29min, após cobrança de escanteio, Ganso recebeu lançamento nas costas da defesa e deu belo passe para Luis Fabiano chutar cruzado na saída do goleiro Diogo Silva e fazer 1 a 0. O gol tranquilizou os são-paulinos, que melhoraram e começaram a encontrar espaços na zaga visitante para ampliar o marcador antes do intervalo. Pato, em rápido contragolpe aos 32min, parou no goleiro adversário, e Ganso quase acertou belo chute de fora da área aos 37min. Em novo contra-ataque, o time da Capital chegou ao seu segundo gol logo aos 12min do segundo tempo. Michel Bastos lançou Luis Fabiano, que foi derrubado ao driblar o goleiro Diogo Silva dentro da grande área. Rogério Ceni cobrou o pênalti no canto direito rasteiro e fez 2 a 0. Com a boa vantagem, o time são-paulino diminuiu o ritmo, optando por recuar e administrar o resultado até o apito final. Com isso, a equipe de Piracicaba voltou a ter mais presença ofensiva e pressionou o São Paulo, mas sem sucesso.
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esporte
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Com gols de Luis Fabiano e Ceni, São Paulo vence e mantém 100% Com gols de Luis Fabiano, que retornava ao time titular, e do goleiro Rogério Ceni, de pênalti, o São Paulo conseguiu a sua terceira vitória no Campeonato Paulista ao derrotar o XV de Piracicaba por 2 a 0, na noite deste sábado (7), no estádio do Pacaembu, pela 3ª rodada da competição. O resultado fez a equipe do Morumbi manter os 100% de aproveitamento no Estadual ao chegar aos nove pontos, na liderança do Grupo A do torneio. Já o time do interior, do técnico Roque Júnior, continuou na lanterna da Chave D após ser derrotado pela terceira vez. O volante Maicon, vaiado pela torcida no meio de semana, começou o jogo entre os 11 titulares e foi até capitão no São Paulo na partida, depois do goleiro Rogério Ceni ceder a faixa ao companheiro. Desta vez, no entanto, teve atuação discreta. Alexandre Pato, outro que ganhou a preferência do técnico Muricy Ramalho em detrimento de Alan Kardec, também foi irregular e chegou até ser substituído na etapa final. Veja vídeo Isso porque, de forma surpreendente, o XV de Piracicaba começou melhor o jogo e dominou boa parte do primeiro tempo. Com mais posse de bola e forte marcação pressão, a equipe do interior tinha boa troca de passes no campo de ataque e rondava a área são-paulina com frequência. No entanto, faltava qualidade ao setor ofensivo do time de Piracicaba, que até criou boas jogadas, mas ora errava nas finalizações ora no último passe. Mesmo assim, aos 11min, Wander chutou da entrada da área e exigiu excelente defesa do goleiro Rogério Ceni, que conseguiu espalmar a bola para escanteio após um desvio na zaga são-paulina. Acuado, o São Paulo abusou da ligação direta da defesa para o ataque. E só ameaçava a defesa adversária em jogadas de contra-ataque, principalmente, com Michel Bastos. Porém, em uma jogada isolada no campo de ataque, a equipe do Morumbi abriu o placar. Aos 29min, após cobrança de escanteio, Ganso recebeu lançamento nas costas da defesa e deu belo passe para Luis Fabiano chutar cruzado na saída do goleiro Diogo Silva e fazer 1 a 0. O gol tranquilizou os são-paulinos, que melhoraram e começaram a encontrar espaços na zaga visitante para ampliar o marcador antes do intervalo. Pato, em rápido contragolpe aos 32min, parou no goleiro adversário, e Ganso quase acertou belo chute de fora da área aos 37min. Em novo contra-ataque, o time da Capital chegou ao seu segundo gol logo aos 12min do segundo tempo. Michel Bastos lançou Luis Fabiano, que foi derrubado ao driblar o goleiro Diogo Silva dentro da grande área. Rogério Ceni cobrou o pênalti no canto direito rasteiro e fez 2 a 0. Com a boa vantagem, o time são-paulino diminuiu o ritmo, optando por recuar e administrar o resultado até o apito final. Com isso, a equipe de Piracicaba voltou a ter mais presença ofensiva e pressionou o São Paulo, mas sem sucesso.
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Conheça Lisa, protagonista deprê de animação indicada ao Oscar
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"Anomalisa", animação nem tão animada assim, é um dos filmes que disputam com o nacional "O Menino e o Mundo", de Alê Abreu, o Oscar de melhor do gênero. O longa estreia no próximo dia 28 no Brasil, mas terá sua primeira exibição pública na próxima sexta (22), no Caixa Belas Artes, em São Paulo. A produção em stop-motion narra o encontro de Michael, um desmotivado palestrante motivacional, com Lisa, funcionária de telemarketing sem muito traquejo social e com baixíssima autoestima. "Ela é bem comum, incrivelmente autodepreciativa e um pouco tímida. Ela sabe quem é e aceita seu mundo", diz, em vídeo de apresentação da personagem, a atriz Jennifer Jason Leigh, que dubla a estrela deprê do longa. "Ela esta em paz com tudo que pensa sobre si mesma", acrescenta. assista Para Michael, todas as pessoas ao redor têm os mesmos rostos e mesmas vozes -no filme, são fantoches dublados pelo mesmo ator. Todos, menos Lisa. Vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cinema de Veneza, em setembro do ano passado, a animação é dirigida pelos americanos Duke Johnson ("Marrying God") e Charlie Kaufman, vencedor do Oscar pelo roteiro de "Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças" (2004). O universo existencialista de personagens desamparados é comum na obra de Kaufman. Diretor de "Sinédoque Nova York" (2008), ele é mais conhecido como roteirista de "Quero Ser John Malkovich" (1999) e "Adaptação" (2002), além de "Brilho Eterno". "Anomalisa" era originalmente um projeto de leitura dramática e ganhou apoio via campanha de financiamento coletivo para se tornar a primeira animação do diretor. O filme consumiu mais de mil figurinos e objetos de cena, teve 118 mil quadros filmados e foi realizado em três anos (veja making of abaixo). assista NOITÃO CHARLIE KAUFMAN QUANDO sexta (22/1) ONDE Caixa Belas Artes (r. da Consolação, 2423, tel. 11 2894 5781) QUANTO R$ 34 INFORMAÇÕES www.caixabelasartes.com.br
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ilustrada
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Conheça Lisa, protagonista deprê de animação indicada ao Oscar"Anomalisa", animação nem tão animada assim, é um dos filmes que disputam com o nacional "O Menino e o Mundo", de Alê Abreu, o Oscar de melhor do gênero. O longa estreia no próximo dia 28 no Brasil, mas terá sua primeira exibição pública na próxima sexta (22), no Caixa Belas Artes, em São Paulo. A produção em stop-motion narra o encontro de Michael, um desmotivado palestrante motivacional, com Lisa, funcionária de telemarketing sem muito traquejo social e com baixíssima autoestima. "Ela é bem comum, incrivelmente autodepreciativa e um pouco tímida. Ela sabe quem é e aceita seu mundo", diz, em vídeo de apresentação da personagem, a atriz Jennifer Jason Leigh, que dubla a estrela deprê do longa. "Ela esta em paz com tudo que pensa sobre si mesma", acrescenta. assista Para Michael, todas as pessoas ao redor têm os mesmos rostos e mesmas vozes -no filme, são fantoches dublados pelo mesmo ator. Todos, menos Lisa. Vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cinema de Veneza, em setembro do ano passado, a animação é dirigida pelos americanos Duke Johnson ("Marrying God") e Charlie Kaufman, vencedor do Oscar pelo roteiro de "Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças" (2004). O universo existencialista de personagens desamparados é comum na obra de Kaufman. Diretor de "Sinédoque Nova York" (2008), ele é mais conhecido como roteirista de "Quero Ser John Malkovich" (1999) e "Adaptação" (2002), além de "Brilho Eterno". "Anomalisa" era originalmente um projeto de leitura dramática e ganhou apoio via campanha de financiamento coletivo para se tornar a primeira animação do diretor. O filme consumiu mais de mil figurinos e objetos de cena, teve 118 mil quadros filmados e foi realizado em três anos (veja making of abaixo). assista NOITÃO CHARLIE KAUFMAN QUANDO sexta (22/1) ONDE Caixa Belas Artes (r. da Consolação, 2423, tel. 11 2894 5781) QUANTO R$ 34 INFORMAÇÕES www.caixabelasartes.com.br
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Sou Fla em SP: Flamenguista na zona leste, me acostumei a ser minoria
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- Você nasceu no Rio? - Não. - O seu pai é carioca? - Também não. - Por que o Flamengo? Pela vida toda, me habituei a responder a curiosos em saber por que um paulistano escolheu um time do Rio. Faz sentido: estamos em São Paulo e aqui, muito pela rivalidade fomentada anos a fio, (quase) ninguém torce para "time carioca". Virei Flamengo aos sete anos, com o título brasileiro de 1987, contra o Inter, 1 a 0. Não lembro exatamente se foram o time, as cores do uniforme, a torcida, o título, mas aquilo tudo me encantou. Certamente não foi a opção mais confortável: nasci na zona leste de São Paulo. Meu pai é santista, minha mãe não tem time, meus tios são corintianos, tal qual a maioria dos amigos da rua à época. Acostumei a ser minoria, o que, quando se é criança ou adolescente, nunca é bom. Me lembro de um Flamengo e Corinthians, em 1991, em que perdemos por 1 a 0, com um golaço de falta do Neto. Nesse dia, sofri de corintianos o que só seria classificado anos depois –bullying. Tudo conspirava contra: imagine caçar notícias de um time de outro Estado em uma era sem internet, celular e televisão a cabo?! A sensação de pertencimento que o futebol dá, de ir ao estádio e ficar junto a quem torce para o mesmo time, só tive adulto, nos jogos no Rio –o mesmo vale para conseguir maioria no estádio. Mas, pela primeira vez em SP, neste domingo tudo será diferente. Estaremos eu e minha filha Helena, 3 (já doutrinada), de rubro-negro. A-ha, u-hu, o Pacaembu é nosso!
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esporte
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Sou Fla em SP: Flamenguista na zona leste, me acostumei a ser minoria- Você nasceu no Rio? - Não. - O seu pai é carioca? - Também não. - Por que o Flamengo? Pela vida toda, me habituei a responder a curiosos em saber por que um paulistano escolheu um time do Rio. Faz sentido: estamos em São Paulo e aqui, muito pela rivalidade fomentada anos a fio, (quase) ninguém torce para "time carioca". Virei Flamengo aos sete anos, com o título brasileiro de 1987, contra o Inter, 1 a 0. Não lembro exatamente se foram o time, as cores do uniforme, a torcida, o título, mas aquilo tudo me encantou. Certamente não foi a opção mais confortável: nasci na zona leste de São Paulo. Meu pai é santista, minha mãe não tem time, meus tios são corintianos, tal qual a maioria dos amigos da rua à época. Acostumei a ser minoria, o que, quando se é criança ou adolescente, nunca é bom. Me lembro de um Flamengo e Corinthians, em 1991, em que perdemos por 1 a 0, com um golaço de falta do Neto. Nesse dia, sofri de corintianos o que só seria classificado anos depois –bullying. Tudo conspirava contra: imagine caçar notícias de um time de outro Estado em uma era sem internet, celular e televisão a cabo?! A sensação de pertencimento que o futebol dá, de ir ao estádio e ficar junto a quem torce para o mesmo time, só tive adulto, nos jogos no Rio –o mesmo vale para conseguir maioria no estádio. Mas, pela primeira vez em SP, neste domingo tudo será diferente. Estaremos eu e minha filha Helena, 3 (já doutrinada), de rubro-negro. A-ha, u-hu, o Pacaembu é nosso!
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Campeã mundial de snowboard morre em avalanche aos 21 anos
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A suíça Estelle Balet, campeã do mundo de snowboard extreme, morreu nesta terça-feira (19) em uma avalanche nos Alpes suíços durante a produção de um vídeo, informou a polícia do lugar que é conhecido como cantão de Valais. Estelle, de 21 anos, descia em grande velocidade com sua prancha quando uma avalanche de neve a atingiu e provocou sua morte. A jovem atleta havia conquistado o título mundial de sua especialidade (Freeride World Tour) pela segunda vez consecutiva no início de abril em Verbier, na Suíça. "Era um verdadeiro raio de sol, sempre muito atenta com os demais. Viveu sua vida com paixão. Foi tudo muito rápido", disse o pai de Estelle, Eric Balet.
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esporte
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Campeã mundial de snowboard morre em avalanche aos 21 anosA suíça Estelle Balet, campeã do mundo de snowboard extreme, morreu nesta terça-feira (19) em uma avalanche nos Alpes suíços durante a produção de um vídeo, informou a polícia do lugar que é conhecido como cantão de Valais. Estelle, de 21 anos, descia em grande velocidade com sua prancha quando uma avalanche de neve a atingiu e provocou sua morte. A jovem atleta havia conquistado o título mundial de sua especialidade (Freeride World Tour) pela segunda vez consecutiva no início de abril em Verbier, na Suíça. "Era um verdadeiro raio de sol, sempre muito atenta com os demais. Viveu sua vida com paixão. Foi tudo muito rápido", disse o pai de Estelle, Eric Balet.
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Mortes: A despedida quase simultânea de Joca e Goinha
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Sob neve, Joaquim chegou à porta da casa de Glória. Decidira pedir a mão da namorada, mas o pai dela, teimoso, se recusava a deixá-lo entrar. O jovem camponês fincou os pés ali por quatro horas, até que o velho cedesse. Joaquim e Glória namoravam como se namorava na pequenina Girabolhos, em Portugal, no final da década de 1940. Nada de mãos dadas. No sofá da sala, sentavam-se à distância um do outro. Casaram-se em janeiro de 1950. Pouco depois, embarcariam na terceira classe de um navio que rumava ao Brasil. Fizeram a vida em Guarulhos. Ele, personalidade forte, meio turrão; ela, amorosa, paciente, mas também decidida. Joaquim foi marceneiro antes de ter o sonhado mercadinho, já aos 45. Trabalharia ali, ao lado da mulher, por 30 anos. A casmurrice era logo despida quando Joca se achegava a Glória –para ele, Goinha. "Meu pai idolatrava minha mãe", conta a filha, Madalena. Já velhinhos, se acaso se esbarrassem pela casa, davam beijinhos como namorados. Aos 85, com Alzheimer, Glória deixou de reconhecer Joca. Ele, contudo, insistia. Fazia perguntas e, sem resposta, respondia-as ele mesmo. A saúde dela piorou ano passado, após cinco pneumonias. Em um quarto adaptado na casa, era paparicada pelo marido, também debilitado. "Goinha, você tá bem? Como você tá linda! Quer tomar café comigo?", perguntava Joca. Glória morreu dia 6 de abril, após uma embolia. Internado com pneumonia, Joaquim iria nove dias depois, sem saber da morte de Goinha. Ele tinha 92; ela, 89. Permanecem juntos no jazigo da família. Deixam dois filhos e duas netas.
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cotidiano
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Mortes: A despedida quase simultânea de Joca e GoinhaSob neve, Joaquim chegou à porta da casa de Glória. Decidira pedir a mão da namorada, mas o pai dela, teimoso, se recusava a deixá-lo entrar. O jovem camponês fincou os pés ali por quatro horas, até que o velho cedesse. Joaquim e Glória namoravam como se namorava na pequenina Girabolhos, em Portugal, no final da década de 1940. Nada de mãos dadas. No sofá da sala, sentavam-se à distância um do outro. Casaram-se em janeiro de 1950. Pouco depois, embarcariam na terceira classe de um navio que rumava ao Brasil. Fizeram a vida em Guarulhos. Ele, personalidade forte, meio turrão; ela, amorosa, paciente, mas também decidida. Joaquim foi marceneiro antes de ter o sonhado mercadinho, já aos 45. Trabalharia ali, ao lado da mulher, por 30 anos. A casmurrice era logo despida quando Joca se achegava a Glória –para ele, Goinha. "Meu pai idolatrava minha mãe", conta a filha, Madalena. Já velhinhos, se acaso se esbarrassem pela casa, davam beijinhos como namorados. Aos 85, com Alzheimer, Glória deixou de reconhecer Joca. Ele, contudo, insistia. Fazia perguntas e, sem resposta, respondia-as ele mesmo. A saúde dela piorou ano passado, após cinco pneumonias. Em um quarto adaptado na casa, era paparicada pelo marido, também debilitado. "Goinha, você tá bem? Como você tá linda! Quer tomar café comigo?", perguntava Joca. Glória morreu dia 6 de abril, após uma embolia. Internado com pneumonia, Joaquim iria nove dias depois, sem saber da morte de Goinha. Ele tinha 92; ela, 89. Permanecem juntos no jazigo da família. Deixam dois filhos e duas netas.
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Liga dos Campeões pagará até 11 vezes mais que a Libertadores ao vencedor
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Nesta terça-feira (31), a Uefa divulgou novo sistema de distribuição de premiações para os clubes participantes da Liga dos Campeões. A instância máxima do futebol europeu distribuirá €1,257 bilhão (R$ 4,3 bilhões aproximadamente) por temporada entre os participantes de 2015 a 2018, sendo que o vencedor ganhará até €54,5 milhões (cerca de R$188 milhões), caso vença todas suas partidas na fase de grupos. Em sua edição atual, a Libertadores premiará seu campeão com no máximo US$ 5,3 milhões (R$17 milhões aproximadamente), mesmo valor máximo de 2014, o que causou insatisfação de alguns clubes participantes no início da temporada. Cada um dos 32 clubes da fase de grupos da Liga dos Campeões ganhará €12 milhões (cerca de R$ 41 milhões), sendo que cada vitória dará €1,5 milhão (cerca de R$5,2 milhões) e cada empate pagará €500 mil (R$1,7 milhão). Nas oitavas de final, cada clube receberá €5,5 milhões (R$19 milhões); nas quartas, €6 milhões (R$ 21 milhões); nas semifinais, €7 milhões (R$ 24 milhões). O vice-campeão receberá €10,5 milhões (R$ 36,2 milhões). No caso da Libertadores, os valores são muito mais modestos. Os clubes recebem valores correspondentes às partidas em que são mandantes. Na primeira fase, conhecida como "pré-Libertadores", paga-se US$ 250 mil (R$ 802 mil). Na fase de grupos, o valor é de US$ 900 mil (R$ 2,9 milhões). Nas oitavas de final, o valor diminui para US$ 550 mil (R$ 1,8 milhão). Nas quartas, aumenta para US$ 650 mil (R$ 2,1 milhões). Nas semifinais, o valor é de US$ 700 mil (R$ 2,2 milhões). Por fim, o campeão recebe US$ 2,3 milhões (R$ 7,4 milhões), e o vice-campeão fica com US$ 1 milhão (R$ 3,2 milhões).
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esporte
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Liga dos Campeões pagará até 11 vezes mais que a Libertadores ao vencedorNesta terça-feira (31), a Uefa divulgou novo sistema de distribuição de premiações para os clubes participantes da Liga dos Campeões. A instância máxima do futebol europeu distribuirá €1,257 bilhão (R$ 4,3 bilhões aproximadamente) por temporada entre os participantes de 2015 a 2018, sendo que o vencedor ganhará até €54,5 milhões (cerca de R$188 milhões), caso vença todas suas partidas na fase de grupos. Em sua edição atual, a Libertadores premiará seu campeão com no máximo US$ 5,3 milhões (R$17 milhões aproximadamente), mesmo valor máximo de 2014, o que causou insatisfação de alguns clubes participantes no início da temporada. Cada um dos 32 clubes da fase de grupos da Liga dos Campeões ganhará €12 milhões (cerca de R$ 41 milhões), sendo que cada vitória dará €1,5 milhão (cerca de R$5,2 milhões) e cada empate pagará €500 mil (R$1,7 milhão). Nas oitavas de final, cada clube receberá €5,5 milhões (R$19 milhões); nas quartas, €6 milhões (R$ 21 milhões); nas semifinais, €7 milhões (R$ 24 milhões). O vice-campeão receberá €10,5 milhões (R$ 36,2 milhões). No caso da Libertadores, os valores são muito mais modestos. Os clubes recebem valores correspondentes às partidas em que são mandantes. Na primeira fase, conhecida como "pré-Libertadores", paga-se US$ 250 mil (R$ 802 mil). Na fase de grupos, o valor é de US$ 900 mil (R$ 2,9 milhões). Nas oitavas de final, o valor diminui para US$ 550 mil (R$ 1,8 milhão). Nas quartas, aumenta para US$ 650 mil (R$ 2,1 milhões). Nas semifinais, o valor é de US$ 700 mil (R$ 2,2 milhões). Por fim, o campeão recebe US$ 2,3 milhões (R$ 7,4 milhões), e o vice-campeão fica com US$ 1 milhão (R$ 3,2 milhões).
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Caminho da lama
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O rompimento de barragem da mineradora Samarco em Mariana (MG), no dia 5 de novembro, causou enxurrada de lama e mortes em Minas. O acidente se espalhou pelas águas do rio Doce, até Espírito Santo, e deverá atingir uma área de 9 km de mar ao longo do litoral. Infográfico: Caminho da lama
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cotidiano
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Caminho da lamaO rompimento de barragem da mineradora Samarco em Mariana (MG), no dia 5 de novembro, causou enxurrada de lama e mortes em Minas. O acidente se espalhou pelas águas do rio Doce, até Espírito Santo, e deverá atingir uma área de 9 km de mar ao longo do litoral. Infográfico: Caminho da lama
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Conservadores nos EUA protagonizam escândalos sexuais
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Duas lideranças evangélicas –uma política, outra televisiva– enfrentam acusações de tentar acobertar escândalos sexuais nos EUA. O ex-presidente da Câmara dos Deputados americana Dennis Hastert, do Partido Republicano, declarou-se inocente nesta terça (9) das acusações de que pagou US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 11 milhões) a um homem que o acusava de ter cometido abuso sexual décadas atrás. Nas duas semanas desde que foi aberto um inquérito sobre o caso, o político de 73 anos permaneceu escondido em sua fazenda em Wisconsin (norte dos EUA). Nesse período, surgiram testemunhas acusando Hastert, que foi professor de educação física e técnico de luta livre numa escola nos anos 70 e 80, de manter relações sexuais com alunos de 14 anos. Hastert, que é evangélico, foi um dos líderes do movimento pelo impeachment do democrata Bill Clinton –o então presidente havia mentido sobre um caso extraconjugal com a estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky. No meio dessa crise política, em 1999, foi alçado à presidência da Câmara, cargo que manteria até 2007, já sob George W. Bush (2001-2009). O escândalo Hastert ocorre quase simultaneamente ao de uma das famílias evangélicas mais populares do país, que protagoniza há dez temporadas o reality show "19 Kids and Counting" (algo como "19 filhos e mais por vir"). No programa, o de maior audiência no canal pago TLC, Michelle, 48, e Jim Bob Duggar, 49, pregam contra anticoncepcionais, aborto e casamento gay. O casal virou ícone dos conservadores no país. O filho mais velho de Michelle e Jim Bob, Josh, 27, molestou as irmãs adolescentes e uma amiga enquanto dormiam, quando ele tinha 15 anos. Um boletim de ocorrência foi aberto na época, mas a família abafou o caso. Jim Bob foi deputado estadual por 12 anos no Arkansas. Ele e a mulher são presença frequente no palanque de correligionários republicanos, simbolizando os valores familiares do interior dos EUA. Mesmo após as revelações, o pré-candidato republicano à Casa Branca Mike Huckabee, ex-pastor evangélico e ex-governador de Arkansas, apoiou a família. "Eles são uma família de Deus, e todos erramos alguma vez", disse. BATALHAS MORAIS As polêmicas com Hastert e os Duggar são acompanhadas diariamente pelas TVs, relembrando batalhas pela moral e pelos bons costumes nos anos Clinton e Bush. Hastert foi descoberto por causa de saques irregulares de suas contas bancárias, e a investigação levou ao escândalo sexual. O processo contra o ex-deputado, que já foi o segundo homem na linha sucessória para a Casa Branca, está apenas no começo. Mas a faculdade onde se formou, a universidade evangélica Wheaton, já retirou seu nome do seu Centro de Estudos de Economia e Governo. O programa dos Duggar foi suspenso, e não se sabe se o canal TLC vai retomá-lo. Três dos patrocinadores –Virgin, Geico e State Farm–cancelaram seus anúncios.
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mundo
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Conservadores nos EUA protagonizam escândalos sexuaisDuas lideranças evangélicas –uma política, outra televisiva– enfrentam acusações de tentar acobertar escândalos sexuais nos EUA. O ex-presidente da Câmara dos Deputados americana Dennis Hastert, do Partido Republicano, declarou-se inocente nesta terça (9) das acusações de que pagou US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 11 milhões) a um homem que o acusava de ter cometido abuso sexual décadas atrás. Nas duas semanas desde que foi aberto um inquérito sobre o caso, o político de 73 anos permaneceu escondido em sua fazenda em Wisconsin (norte dos EUA). Nesse período, surgiram testemunhas acusando Hastert, que foi professor de educação física e técnico de luta livre numa escola nos anos 70 e 80, de manter relações sexuais com alunos de 14 anos. Hastert, que é evangélico, foi um dos líderes do movimento pelo impeachment do democrata Bill Clinton –o então presidente havia mentido sobre um caso extraconjugal com a estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky. No meio dessa crise política, em 1999, foi alçado à presidência da Câmara, cargo que manteria até 2007, já sob George W. Bush (2001-2009). O escândalo Hastert ocorre quase simultaneamente ao de uma das famílias evangélicas mais populares do país, que protagoniza há dez temporadas o reality show "19 Kids and Counting" (algo como "19 filhos e mais por vir"). No programa, o de maior audiência no canal pago TLC, Michelle, 48, e Jim Bob Duggar, 49, pregam contra anticoncepcionais, aborto e casamento gay. O casal virou ícone dos conservadores no país. O filho mais velho de Michelle e Jim Bob, Josh, 27, molestou as irmãs adolescentes e uma amiga enquanto dormiam, quando ele tinha 15 anos. Um boletim de ocorrência foi aberto na época, mas a família abafou o caso. Jim Bob foi deputado estadual por 12 anos no Arkansas. Ele e a mulher são presença frequente no palanque de correligionários republicanos, simbolizando os valores familiares do interior dos EUA. Mesmo após as revelações, o pré-candidato republicano à Casa Branca Mike Huckabee, ex-pastor evangélico e ex-governador de Arkansas, apoiou a família. "Eles são uma família de Deus, e todos erramos alguma vez", disse. BATALHAS MORAIS As polêmicas com Hastert e os Duggar são acompanhadas diariamente pelas TVs, relembrando batalhas pela moral e pelos bons costumes nos anos Clinton e Bush. Hastert foi descoberto por causa de saques irregulares de suas contas bancárias, e a investigação levou ao escândalo sexual. O processo contra o ex-deputado, que já foi o segundo homem na linha sucessória para a Casa Branca, está apenas no começo. Mas a faculdade onde se formou, a universidade evangélica Wheaton, já retirou seu nome do seu Centro de Estudos de Economia e Governo. O programa dos Duggar foi suspenso, e não se sabe se o canal TLC vai retomá-lo. Três dos patrocinadores –Virgin, Geico e State Farm–cancelaram seus anúncios.
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Almanaque do Pan mostra grandes astros e curiosidades dos Jogos
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Principal competição das Américas, o Pan de Toronto será uma espécie de ensaio geral para os Jogos do Rio em 2016. A 17ª "Olimpíada das Américas" começa nesta semana, com abertura oficial na sexta (10), e pela terceira vez será no Canadá. Se nem sempre tem os principais astros, o Pan costuma exibir novas e promissoras faces. Os EUA, que só perderam a classificação geral uma vez, em 1951, já tiveram até Michael Jordan. Para o Brasil, o Pan sempre valeu muito, ainda mais agora. É o último grande teste para atingir a meta de ficar entre as dez melhores nações em 2016.
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esporte
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Almanaque do Pan mostra grandes astros e curiosidades dos JogosPrincipal competição das Américas, o Pan de Toronto será uma espécie de ensaio geral para os Jogos do Rio em 2016. A 17ª "Olimpíada das Américas" começa nesta semana, com abertura oficial na sexta (10), e pela terceira vez será no Canadá. Se nem sempre tem os principais astros, o Pan costuma exibir novas e promissoras faces. Os EUA, que só perderam a classificação geral uma vez, em 1951, já tiveram até Michael Jordan. Para o Brasil, o Pan sempre valeu muito, ainda mais agora. É o último grande teste para atingir a meta de ficar entre as dez melhores nações em 2016.
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Quinta com previsão de chuva tem Andrea Bocelli no Allianz Parque e São Paulo no Pacaembu
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BRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO São Paulo, 13 de outubro de 2016. Quinta-feira. Bom dia para você que vai olhar para o seu lanche "light" de hoje e sentir saudade da fartura descomedida que foi o almoço de ontem! Veja o que você precisa saber para tocar e aproveitar o seu dia: * PARA CURTIR A CIDADE Andrea Bocelli | Com mais de 80 milhões de discos vendidos em todo o mundo, o tenor, compositor e produtor musical italiano mostra faixas de seu disco mais recente, "Cinema" (2015), que traz canções que ficaram famosas nas grandes telas. Acompanhado de músicos internacionais, do Coral e Orquestra Jovem do Estado de SP e do Coral Juvenil do Guri, ele recebe a cantora Paula Fernandes, na quinta (13). Veja mais aqui. Batucada | Um dos principais nomes do samba paulistano, Germano Mathias se embrenha no universo do forró e lança, em parceria com Manu Lafer, o disco "Forrós Pé de Serra". Em apresentação no Itaú Cultural, o trabalho traz canções de nomes como Jackson do Pandeiro, Jacinto Silva e Genival Lacerda. A cantora Bruna Prado faz participação especial. Veja mais informações aqui. Cinemas | Dez anos depois do fenômeno "O Código Da Vinci", o diretor Ron Howard tenta recriar o sucesso do professor Robert Langdon em "Inferno". Com Tom Hanks e Felicity Jones no elenco, filme chega aos cinemas paulistanos nesta quinta (13). Leia mais sobre o longa-metragem aqui. * PARA TER ASSUNTO Execução penal | O governo Michel Temer quer aumentar o tempo de cumprimento de pena em regime fechado de condenados por corrupção ativa e passiva e por crimes praticados com violência ou que representem grave ameaça. O Ministério da Justiça prepara proposta que altera a Lei de Execuções Penais para endurecer a progressão da pena. Acusação | Duas mulheres acusaram Donald Trump, candidato republicano à Presidência dos EUA, de assédio sexual. Em reportagem publicada pelo jornal "The New York Times", uma delas disse que três décadas atrás o bilionário agarrou seus seios em uma viagem de avião. Outra, que ele tentou beijá-la em um elevador, há 11 anos. Esporte | Principais candidatos ao título, Palmeiras e Flamengo terão uma sequência de adversários praticamente opostos nas próximas cinco rodadas do Campeonato Brasileiro, o que pode determinar o futuro das equipes na competição, principalmente para o clube carioca. Os jogos do Palmeiras são mais fáceis que os do Flamengo nessa luta pelo campeonato. * A POLÍTICA DO DIA A DIA Estado | A Comissão de Transportes e Comunicações da Assembleia Legislativa de SP se reúne a partir das 15h para discutir pauta com 13 itens a serem avaliados. Veja a agenda completa da casa aqui. * É MELHOR SE PREVENIR... Tempo | A previsão do Inmet para esta quinta é de dia quente e com pancadas de chuva e trovoadas. A temperatura máxima prevista é de 28ºC, enquanto a mínima é de 19ºC. A manhã deve ser nublada com pancadas de chuva. À tarde, pode haver trovoadas. À noite, chuvas isoladas. Futebol | O Pacaembu recebe jogo entre São Paulo e Santos pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida tem início previsto para as 21h. O trânsito será monitorado pela CET e deve se intensificar no local. Zona leste | A av. Sapopemba tem trecho do sentido centro interditado entre as ruas Milton da Cruz e Francisca Marinho das 23h desta quinta às 5h de sexta devido à realização de obras da linha 15 do monotrilho do metrô. Zona sul | A rua Pedro de Toledo também fica interditada entre as ruas Domingos de Morais e Tenente Gomes Ribeiro para a continuação de obras da linha 5-lilás do metrô. O bloqueio segue até fevereiro de 2018. A rua José Guerra fica fechada entre as ruas da Paz e Alexandre Dumas até 30 de outubro para obras de extensão na av. Dr. Chucri Zaidan. Zona oeste | A rua José Gomes Falcão, na Barra Funda, fica parcialmente interditada até março de 2018.
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saopaulo
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Quinta com previsão de chuva tem Andrea Bocelli no Allianz Parque e São Paulo no PacaembuBRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO São Paulo, 13 de outubro de 2016. Quinta-feira. Bom dia para você que vai olhar para o seu lanche "light" de hoje e sentir saudade da fartura descomedida que foi o almoço de ontem! Veja o que você precisa saber para tocar e aproveitar o seu dia: * PARA CURTIR A CIDADE Andrea Bocelli | Com mais de 80 milhões de discos vendidos em todo o mundo, o tenor, compositor e produtor musical italiano mostra faixas de seu disco mais recente, "Cinema" (2015), que traz canções que ficaram famosas nas grandes telas. Acompanhado de músicos internacionais, do Coral e Orquestra Jovem do Estado de SP e do Coral Juvenil do Guri, ele recebe a cantora Paula Fernandes, na quinta (13). Veja mais aqui. Batucada | Um dos principais nomes do samba paulistano, Germano Mathias se embrenha no universo do forró e lança, em parceria com Manu Lafer, o disco "Forrós Pé de Serra". Em apresentação no Itaú Cultural, o trabalho traz canções de nomes como Jackson do Pandeiro, Jacinto Silva e Genival Lacerda. A cantora Bruna Prado faz participação especial. Veja mais informações aqui. Cinemas | Dez anos depois do fenômeno "O Código Da Vinci", o diretor Ron Howard tenta recriar o sucesso do professor Robert Langdon em "Inferno". Com Tom Hanks e Felicity Jones no elenco, filme chega aos cinemas paulistanos nesta quinta (13). Leia mais sobre o longa-metragem aqui. * PARA TER ASSUNTO Execução penal | O governo Michel Temer quer aumentar o tempo de cumprimento de pena em regime fechado de condenados por corrupção ativa e passiva e por crimes praticados com violência ou que representem grave ameaça. O Ministério da Justiça prepara proposta que altera a Lei de Execuções Penais para endurecer a progressão da pena. Acusação | Duas mulheres acusaram Donald Trump, candidato republicano à Presidência dos EUA, de assédio sexual. Em reportagem publicada pelo jornal "The New York Times", uma delas disse que três décadas atrás o bilionário agarrou seus seios em uma viagem de avião. Outra, que ele tentou beijá-la em um elevador, há 11 anos. Esporte | Principais candidatos ao título, Palmeiras e Flamengo terão uma sequência de adversários praticamente opostos nas próximas cinco rodadas do Campeonato Brasileiro, o que pode determinar o futuro das equipes na competição, principalmente para o clube carioca. Os jogos do Palmeiras são mais fáceis que os do Flamengo nessa luta pelo campeonato. * A POLÍTICA DO DIA A DIA Estado | A Comissão de Transportes e Comunicações da Assembleia Legislativa de SP se reúne a partir das 15h para discutir pauta com 13 itens a serem avaliados. Veja a agenda completa da casa aqui. * É MELHOR SE PREVENIR... Tempo | A previsão do Inmet para esta quinta é de dia quente e com pancadas de chuva e trovoadas. A temperatura máxima prevista é de 28ºC, enquanto a mínima é de 19ºC. A manhã deve ser nublada com pancadas de chuva. À tarde, pode haver trovoadas. À noite, chuvas isoladas. Futebol | O Pacaembu recebe jogo entre São Paulo e Santos pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida tem início previsto para as 21h. O trânsito será monitorado pela CET e deve se intensificar no local. Zona leste | A av. Sapopemba tem trecho do sentido centro interditado entre as ruas Milton da Cruz e Francisca Marinho das 23h desta quinta às 5h de sexta devido à realização de obras da linha 15 do monotrilho do metrô. Zona sul | A rua Pedro de Toledo também fica interditada entre as ruas Domingos de Morais e Tenente Gomes Ribeiro para a continuação de obras da linha 5-lilás do metrô. O bloqueio segue até fevereiro de 2018. A rua José Guerra fica fechada entre as ruas da Paz e Alexandre Dumas até 30 de outubro para obras de extensão na av. Dr. Chucri Zaidan. Zona oeste | A rua José Gomes Falcão, na Barra Funda, fica parcialmente interditada até março de 2018.
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Com pouca adesão, Passe Livre faz novas passeatas contra a tarifa em SP
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Com um número de pessoas bem inferior ao de protestos anteriores, o MPL (Movimento Passe Livre) realizou na noite desta terça-feira (3) três passeatas contra o aumento das passagens de ônibus, metrô e trem na cidade de São Paulo. O ato com maior número de pessoas acontece na região de São Miguel Paulista (zona leste), reunindo em torno de cem pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar. O grupo se reuniu na praça do Forró e seguiu em direção a estação Itaim Paulista da CPTM. Segundo Marcelo Hotimsky, do MPL, a adesão menor era esperada porque levar a luta pela tarifa zero à periferia ainda é uma ideia recente. Não é a primeira vez que o movimento faz atos nos extremos da cidade. "Mas não eram atos contra a tarifa, tinham pautas específicas, como a extensão do metrô, volta de linhas retiradas e melhorias nos transportes", disse ele. Com o clima tranquilo, comerciantes da região saíram nas calçadas para fotografar o ato. Nos protestos anteriores, comerciantes fechavam as portas com a passagem da manifestação. Outro protesto aconteceu, na noite desta terça-feira, na região de Pirituba (zona norte), e reuniu em torno de 40 pessoas, seguindo a PM. O ato saiu da estação Pirituba da CPTM e percorreu ruas da região. O terceiro ato aconteceu no Campo Limpo (zona sul). A Polícia Militar informou não ter informações do protesto, mas a prefeitura informou que a manifestação estava no interior do terminal por volta das 20h30. O MPL já marcou para a próxima sexta-feira (6) um novo protesto contra o aumento das tarifas. O ato deve começar no final tarde na frente da prefeitura, no viaduto do Chá, região central de São Paulo. Sem contar os protestos desta terça, a manifestação de sexta será o sétimo ato contra as tarifas desde o reajuste, ocorrido em 5 de janeiro. A maior parte dos protestos anteriores terminaram em confrontos, vandalismo e com pessoas detidas. O último ato, ocorrido na quinta (29), terminou com pichação no monumento às Bandeiras e duas pessoas detidas.
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cotidiano
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Com pouca adesão, Passe Livre faz novas passeatas contra a tarifa em SPCom um número de pessoas bem inferior ao de protestos anteriores, o MPL (Movimento Passe Livre) realizou na noite desta terça-feira (3) três passeatas contra o aumento das passagens de ônibus, metrô e trem na cidade de São Paulo. O ato com maior número de pessoas acontece na região de São Miguel Paulista (zona leste), reunindo em torno de cem pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar. O grupo se reuniu na praça do Forró e seguiu em direção a estação Itaim Paulista da CPTM. Segundo Marcelo Hotimsky, do MPL, a adesão menor era esperada porque levar a luta pela tarifa zero à periferia ainda é uma ideia recente. Não é a primeira vez que o movimento faz atos nos extremos da cidade. "Mas não eram atos contra a tarifa, tinham pautas específicas, como a extensão do metrô, volta de linhas retiradas e melhorias nos transportes", disse ele. Com o clima tranquilo, comerciantes da região saíram nas calçadas para fotografar o ato. Nos protestos anteriores, comerciantes fechavam as portas com a passagem da manifestação. Outro protesto aconteceu, na noite desta terça-feira, na região de Pirituba (zona norte), e reuniu em torno de 40 pessoas, seguindo a PM. O ato saiu da estação Pirituba da CPTM e percorreu ruas da região. O terceiro ato aconteceu no Campo Limpo (zona sul). A Polícia Militar informou não ter informações do protesto, mas a prefeitura informou que a manifestação estava no interior do terminal por volta das 20h30. O MPL já marcou para a próxima sexta-feira (6) um novo protesto contra o aumento das tarifas. O ato deve começar no final tarde na frente da prefeitura, no viaduto do Chá, região central de São Paulo. Sem contar os protestos desta terça, a manifestação de sexta será o sétimo ato contra as tarifas desde o reajuste, ocorrido em 5 de janeiro. A maior parte dos protestos anteriores terminaram em confrontos, vandalismo e com pessoas detidas. O último ato, ocorrido na quinta (29), terminou com pichação no monumento às Bandeiras e duas pessoas detidas.
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Boicote ao Oscar é 'racismo contra os brancos', diz indicada a melhor atriz
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A atriz britânica Charlotte Rampling, 69, indicada ao Oscar de melhor atriz por "45 anos", disse nesta sexta-feira (22) que o protesto do diretor Spike Lee contra a falta de diversidade entre os concorrentes às estatuetas é "racista contra os brancos". "Não dá para saber, mas talvez alguns atores negros não merecessem estar na reta final", afirmou à rádio francesa Europe 1. A atriz também rejeitou a ideia, proposta por Lee, de estabelecer cotas a minorias na premiação. "Por que classificar as pessoas?", questionou. "Sempre haverá alguém para dizer: 'Você é negro demais, branco demais, bonito demais...' Vamos classificar todos para criar minorias em toda a parte?" Este é o segundo ano consecutivo que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas não inclui atores negros entre os concorrentes ao prêmio. Após o anúncio da lista de nomeados deste ano, a hashtag #OscarsStillSoWhite (Oscar ainda muito branco) começou a circular na internet. O movimento ganhou força quando Lee ("Malcom X", "Faça a Coisa Certa", ambos sobre conflitos raciais nos EUA) anunciou, em um texto publicado no Facebook na segunda (18), que não irá à premiação em 28 de fevereiro. "Nós não podemos apoiar isso", escreveu. No "Good Morning America", o cineasta, que recebeu um Oscar honorário em novembro do ano passado, negou nesta quarta (20) ter convocado um boicote à cerimônia. Mas sua atitude ecoou entre os membros da mais poderosa indústria cinematográfica do mundo e, desde o início da semana, outras estrelas têm demonstrado apoio ao protesto. Spike Lee Will Smith, que era cotado a uma indicação por "Um Homem entre Gigantes" mas não entrou na lista, se juntou a sua mulher, Jada Pinkett, e ao diretor de documentários Michael Moore ao optar por também não comparecer à cerimônia. Mark Ruffalo, que concorre na categoria melhor ator coadjuvante por "Spotlight", e George Clooney, vencedor de dois Oscar, declararam apoio à iniciativa, apesar de não anunciarem boicote. A presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA, Cheryl Boone Isaacs, que é negra, se disse "triste e frustrada" pela situação, em um comunicado divulgado na terça (19).
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ilustrada
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Boicote ao Oscar é 'racismo contra os brancos', diz indicada a melhor atrizA atriz britânica Charlotte Rampling, 69, indicada ao Oscar de melhor atriz por "45 anos", disse nesta sexta-feira (22) que o protesto do diretor Spike Lee contra a falta de diversidade entre os concorrentes às estatuetas é "racista contra os brancos". "Não dá para saber, mas talvez alguns atores negros não merecessem estar na reta final", afirmou à rádio francesa Europe 1. A atriz também rejeitou a ideia, proposta por Lee, de estabelecer cotas a minorias na premiação. "Por que classificar as pessoas?", questionou. "Sempre haverá alguém para dizer: 'Você é negro demais, branco demais, bonito demais...' Vamos classificar todos para criar minorias em toda a parte?" Este é o segundo ano consecutivo que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas não inclui atores negros entre os concorrentes ao prêmio. Após o anúncio da lista de nomeados deste ano, a hashtag #OscarsStillSoWhite (Oscar ainda muito branco) começou a circular na internet. O movimento ganhou força quando Lee ("Malcom X", "Faça a Coisa Certa", ambos sobre conflitos raciais nos EUA) anunciou, em um texto publicado no Facebook na segunda (18), que não irá à premiação em 28 de fevereiro. "Nós não podemos apoiar isso", escreveu. No "Good Morning America", o cineasta, que recebeu um Oscar honorário em novembro do ano passado, negou nesta quarta (20) ter convocado um boicote à cerimônia. Mas sua atitude ecoou entre os membros da mais poderosa indústria cinematográfica do mundo e, desde o início da semana, outras estrelas têm demonstrado apoio ao protesto. Spike Lee Will Smith, que era cotado a uma indicação por "Um Homem entre Gigantes" mas não entrou na lista, se juntou a sua mulher, Jada Pinkett, e ao diretor de documentários Michael Moore ao optar por também não comparecer à cerimônia. Mark Ruffalo, que concorre na categoria melhor ator coadjuvante por "Spotlight", e George Clooney, vencedor de dois Oscar, declararam apoio à iniciativa, apesar de não anunciarem boicote. A presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA, Cheryl Boone Isaacs, que é negra, se disse "triste e frustrada" pela situação, em um comunicado divulgado na terça (19).
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Diante de disparada do dólar, governo avalia que mercado testa BC
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A ordem dentro do governo Dilma é "sangue frio" diante da disparada do preço do dólar nesta sexta-feira (13). Na avaliação de assessores presidenciais, o mercado está "testando" o governo para checar se a equipe econômica aciona algum tipo de medida emergencial para segurar o valor da moeda norte-americana. Segundo auxiliares, o governo não vai "piscar" e só tomará medidas em caso de avaliar que o quadro vai além de uma forte volatilidade provocada pelo momento de instabilidade política no Brasil e por fatores externos. Dentro da equipe econômica, já é visto como certo que o dólar ficará acima de R$ 3 daqui para a frente. Tentar segurar esse movimento de alta da moeda americana, segundo técnicos, seria um erro e só levaria o mercado a ficar testando cada vez mais o governo. Não significa, porém, que o Banco Central ficará totalmente parado. Em caso de necessidade, o BC pode sinalizar que irá oferecer mais proteção cambial ao mercado, com leilões de contratos de swap cambial (que equivalem a uma venda futura de dólares). Ou seja, a forte alta desta sexta-feira, se for mantida nos próximos dias, pode levar o banco a manter os leilões em vez de interrompê-los, como planejava o BC.
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Diante de disparada do dólar, governo avalia que mercado testa BCA ordem dentro do governo Dilma é "sangue frio" diante da disparada do preço do dólar nesta sexta-feira (13). Na avaliação de assessores presidenciais, o mercado está "testando" o governo para checar se a equipe econômica aciona algum tipo de medida emergencial para segurar o valor da moeda norte-americana. Segundo auxiliares, o governo não vai "piscar" e só tomará medidas em caso de avaliar que o quadro vai além de uma forte volatilidade provocada pelo momento de instabilidade política no Brasil e por fatores externos. Dentro da equipe econômica, já é visto como certo que o dólar ficará acima de R$ 3 daqui para a frente. Tentar segurar esse movimento de alta da moeda americana, segundo técnicos, seria um erro e só levaria o mercado a ficar testando cada vez mais o governo. Não significa, porém, que o Banco Central ficará totalmente parado. Em caso de necessidade, o BC pode sinalizar que irá oferecer mais proteção cambial ao mercado, com leilões de contratos de swap cambial (que equivalem a uma venda futura de dólares). Ou seja, a forte alta desta sexta-feira, se for mantida nos próximos dias, pode levar o banco a manter os leilões em vez de interrompê-los, como planejava o BC.
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Em reunião com líderes partidários, Cunha diz que não se afasta do cargo
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Sob suspeita nas investigações da Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teve seu afastamento cobrado pelo PSOL na reunião com os líderes partidários na tarde desta terça-feira (4). O peemedebista, porém, foi defendido por quase todas as outras legendas e, segundo relatos, disse que não se afastará nem se licenciará do cargo. A reunião, feita a portas fechadas, confirma cenário detectado pela Folha –de que Cunha ainda conta com sólido apoio entre seus pares, apesar das suspeitas que pesam contra ele. Enquete feita pelo jornal mostrou que, com exceção do PSOL e do PPS, as outras legendas dizem não ver motivo para que Cunha se afaste mesmo que seja denunciado pelo Ministério Público Federal e se torne réu no caso de corrupção na Petrobras. O assunto foi abordado na reunião desta terça pelo líder da bancada do PSOL, Chico Alencar (RJ). "Me surpreendi com essa enorme unidade entre o governo e parte da oposição", ironizou o deputado sobre a defesa de Cunha feita por outros líderes partidários. Ele ressaltou que não estava fazendo antecipação de julgamento, já que, em sua visão, um afastamento não significa reconhecimento de culpa. Partidos como o PMDB, PTB, DEM, PSDB, PC do B, PR e PRB saíram em defesa do peemedebista, sob o argumento de que é preciso que seja respeitada a presunção da inocência. Segundo relatos, Cunha disse que não abrirá mão do mandato de presidente concedido a ele por seus pares. FORA DA PAUTA À imprensa, o presidente da Câmara se negou a falar sobre o assunto, dizendo apenas que esse tema, o seu afastamento, não está em pauta. Embora não tenha defendido Cunha na reunião, o PT também não é favorável publicamente a seu afastamento. Dois partidos, que não foram localizados ou não quiseram opinar na enquete da Folha, manifestaram apoio a Cunha, na reunião a portas fechadas: o PC do B e o PSDB. Cunha é apontado por dois delatores da Lava Jato como destinatário de propina do esquema de corrupção na Petrobras. Seu nome aparece também em requerimentos que, segundo esses delatores, foram usados na Câmara para achacar fornecedores da estatal. O Ministério Público Federal deve apresentar denúncia contra ele nos próximos dias. Caberá ao Supremo Tribunal Federal decidir se aceita a denúncia, abrindo o processo e transformando Cunha em réu, ou se a arquiva.
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Em reunião com líderes partidários, Cunha diz que não se afasta do cargoSob suspeita nas investigações da Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teve seu afastamento cobrado pelo PSOL na reunião com os líderes partidários na tarde desta terça-feira (4). O peemedebista, porém, foi defendido por quase todas as outras legendas e, segundo relatos, disse que não se afastará nem se licenciará do cargo. A reunião, feita a portas fechadas, confirma cenário detectado pela Folha –de que Cunha ainda conta com sólido apoio entre seus pares, apesar das suspeitas que pesam contra ele. Enquete feita pelo jornal mostrou que, com exceção do PSOL e do PPS, as outras legendas dizem não ver motivo para que Cunha se afaste mesmo que seja denunciado pelo Ministério Público Federal e se torne réu no caso de corrupção na Petrobras. O assunto foi abordado na reunião desta terça pelo líder da bancada do PSOL, Chico Alencar (RJ). "Me surpreendi com essa enorme unidade entre o governo e parte da oposição", ironizou o deputado sobre a defesa de Cunha feita por outros líderes partidários. Ele ressaltou que não estava fazendo antecipação de julgamento, já que, em sua visão, um afastamento não significa reconhecimento de culpa. Partidos como o PMDB, PTB, DEM, PSDB, PC do B, PR e PRB saíram em defesa do peemedebista, sob o argumento de que é preciso que seja respeitada a presunção da inocência. Segundo relatos, Cunha disse que não abrirá mão do mandato de presidente concedido a ele por seus pares. FORA DA PAUTA À imprensa, o presidente da Câmara se negou a falar sobre o assunto, dizendo apenas que esse tema, o seu afastamento, não está em pauta. Embora não tenha defendido Cunha na reunião, o PT também não é favorável publicamente a seu afastamento. Dois partidos, que não foram localizados ou não quiseram opinar na enquete da Folha, manifestaram apoio a Cunha, na reunião a portas fechadas: o PC do B e o PSDB. Cunha é apontado por dois delatores da Lava Jato como destinatário de propina do esquema de corrupção na Petrobras. Seu nome aparece também em requerimentos que, segundo esses delatores, foram usados na Câmara para achacar fornecedores da estatal. O Ministério Público Federal deve apresentar denúncia contra ele nos próximos dias. Caberá ao Supremo Tribunal Federal decidir se aceita a denúncia, abrindo o processo e transformando Cunha em réu, ou se a arquiva.
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Serena Williams e australiana Daria Gavrilova disputam ponto do ano
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Após quase um minuto de intensa troca de bola, o lance de Serena Williams parou na rede. A torcida vibrou muito com a entrega em quadra das duas tenistas. Gavrilova foi ao chão após o fim do ponto. A americana sacava para fechar o game e a australiana tentava quebrar o serviço adversário para se manter viva na disputa do set. Com o ponto, Gavrilova levou o jogo para 5-4 e sacava para empatar a partida porém Serena Williams, líder do ranking da WTA, quebrou o serviço da adversária e fechou o set em 6-4. A americana acabou vencendo o jogo por dois sets a zero com parciais de 6-4, 6-2. 0:58 http://thumb.mais.uol.com.br/15953910-large.jpg?ver=1
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esporte
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Serena Williams e australiana Daria Gavrilova disputam ponto do ano
Após quase um minuto de intensa troca de bola, o lance de Serena Williams parou na rede. A torcida vibrou muito com a entrega em quadra das duas tenistas. Gavrilova foi ao chão após o fim do ponto. A americana sacava para fechar o game e a australiana tentava quebrar o serviço adversário para se manter viva na disputa do set. Com o ponto, Gavrilova levou o jogo para 5-4 e sacava para empatar a partida porém Serena Williams, líder do ranking da WTA, quebrou o serviço da adversária e fechou o set em 6-4. A americana acabou vencendo o jogo por dois sets a zero com parciais de 6-4, 6-2. 0:58 http://thumb.mais.uol.com.br/15953910-large.jpg?ver=1
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FHC discutiu sua sucessão com Emílio Odebrecht
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No início de seu segundo mandato, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) discutiu sua sucessão na Presidência com Emílio Odebrecht, à época no comando da empresa que leva seu sobrenome –e hoje, delator da Lava Jato. No terceiro volume dos "Diários da Presidência - 1999 a 2000" (Companhia das Letras), lançado neste sábado (25), FHC cita Emílio nove vezes. A mais demorada delas, que ocupa mais de duas páginas, ocorreu em julho de 1999. A conversa foi da sucessão na Presidência e nas empresas nacionais à situação de países latino-americanos. "Tanto ele quanto eu achamos que o [então governador de SP, Mário] Covas, com saúde, será o melhor candidato", narra o ex-presidente. "Mas o que está pintando por aí é Ciro [Gomes] e [Anthony] Garotinho. Garotinho esperto, Emílio me pareceu simpático ao que ele tem feito na área dos empresários." FHC respondeu que "nenhum deles tem a visão do mundo necessária para dirigir o Brasil". Covas morreu dois anos depois, e o candidato do PSDB foi José Serra, que perdeu para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Garotinho, então no PSB, ficou em terceiro. À Folha, o ex-presidente disse que "não tem nada que eu tenha que esconder". "Não é fácil você governar oito anos –na verdade, dez anos, desde que fui ministro da Fazenda– e poder dizer 'fiz isso por isso'. 'Recebi tal pessoa, falei tal coisa'", afirmou. Fernando Henrique gravava comentários de sua rotina no calor do momento. Transcritos, os depoimentos foram divididos em quatro volumes dos "Diários da Presidência". O último deve chegar às livrarias no ano que vem. "Esse livro não é fruto de uma reflexão, é fruto de uma reação momentânea. O valor dele não é um julgamento das pessoas, da história", notou. O tucano afirmou que a influência dos grandes empresários no governo, "na minha época, era menor do que pensavam. A briga é com os partidos". Ele observa que pressão havia de toda parte, dos sindicatos, do MST ao Fundo Monetário Internacional. Mas, nos diários, o ex-presidente fazia questão de pontuar a sua independência. Falando de Emílio Odebrecht, relatou: "A ideia de nomear Clóvis [Carvalho na Casa Civil] não foi bem-aceita, o que não quer dizer nada". E continuou: "É a visão parcial de um empresário. Eles não têm que opinar nessas questões, têm é que se ajustar às nossas decisões de políticas econômicas. Na verdade, o Emílio nunca chia". Hoje, FHC nota que é natural no presidencialismo fazer alianças e nomear ministros com base no número de votos que ele entrega no Congresso. "Nomear para roubar é que não é normal", reage. "Não é sempre assim. Quando é, apodreceu o sistema. Em vários momentos, apodrece." Passados 18 anos, ele sorri ao lembrar episódios que o irritaram. O contato estreito com o FMI, na crise cambial, por exemplo, motivava críticas por suposta submissão do Brasil ao organismo. "A certa altura, veio o diretor do Fundo aqui. Saiu na imprensa que ele veio me dar ordens. Sabe o que ele veio fazer? Me agradecer. Porque eu fui importante na eleição dele", recorda-se FHC.
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FHC discutiu sua sucessão com Emílio OdebrechtNo início de seu segundo mandato, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) discutiu sua sucessão na Presidência com Emílio Odebrecht, à época no comando da empresa que leva seu sobrenome –e hoje, delator da Lava Jato. No terceiro volume dos "Diários da Presidência - 1999 a 2000" (Companhia das Letras), lançado neste sábado (25), FHC cita Emílio nove vezes. A mais demorada delas, que ocupa mais de duas páginas, ocorreu em julho de 1999. A conversa foi da sucessão na Presidência e nas empresas nacionais à situação de países latino-americanos. "Tanto ele quanto eu achamos que o [então governador de SP, Mário] Covas, com saúde, será o melhor candidato", narra o ex-presidente. "Mas o que está pintando por aí é Ciro [Gomes] e [Anthony] Garotinho. Garotinho esperto, Emílio me pareceu simpático ao que ele tem feito na área dos empresários." FHC respondeu que "nenhum deles tem a visão do mundo necessária para dirigir o Brasil". Covas morreu dois anos depois, e o candidato do PSDB foi José Serra, que perdeu para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Garotinho, então no PSB, ficou em terceiro. À Folha, o ex-presidente disse que "não tem nada que eu tenha que esconder". "Não é fácil você governar oito anos –na verdade, dez anos, desde que fui ministro da Fazenda– e poder dizer 'fiz isso por isso'. 'Recebi tal pessoa, falei tal coisa'", afirmou. Fernando Henrique gravava comentários de sua rotina no calor do momento. Transcritos, os depoimentos foram divididos em quatro volumes dos "Diários da Presidência". O último deve chegar às livrarias no ano que vem. "Esse livro não é fruto de uma reflexão, é fruto de uma reação momentânea. O valor dele não é um julgamento das pessoas, da história", notou. O tucano afirmou que a influência dos grandes empresários no governo, "na minha época, era menor do que pensavam. A briga é com os partidos". Ele observa que pressão havia de toda parte, dos sindicatos, do MST ao Fundo Monetário Internacional. Mas, nos diários, o ex-presidente fazia questão de pontuar a sua independência. Falando de Emílio Odebrecht, relatou: "A ideia de nomear Clóvis [Carvalho na Casa Civil] não foi bem-aceita, o que não quer dizer nada". E continuou: "É a visão parcial de um empresário. Eles não têm que opinar nessas questões, têm é que se ajustar às nossas decisões de políticas econômicas. Na verdade, o Emílio nunca chia". Hoje, FHC nota que é natural no presidencialismo fazer alianças e nomear ministros com base no número de votos que ele entrega no Congresso. "Nomear para roubar é que não é normal", reage. "Não é sempre assim. Quando é, apodreceu o sistema. Em vários momentos, apodrece." Passados 18 anos, ele sorri ao lembrar episódios que o irritaram. O contato estreito com o FMI, na crise cambial, por exemplo, motivava críticas por suposta submissão do Brasil ao organismo. "A certa altura, veio o diretor do Fundo aqui. Saiu na imprensa que ele veio me dar ordens. Sabe o que ele veio fazer? Me agradecer. Porque eu fui importante na eleição dele", recorda-se FHC.
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Medicamentos podem ter reajuste de até 12,5% neste ano, diz indústria
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O índice de reajuste no preço dos medicamentos pode chegar a até 12,5% neste ano, valor acima da inflação, segundo estimativas da indústria farmacêutica. O percentual oficial de reajuste máximo permitido deve ser divulgado pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) em 31 de março. A previsão do setor, no entanto, é que haja pouca variação em relação à estimativa divulgada nesta quarta-feira (9). O índice foi calculado com base nos critérios que, junto com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), compõem o cálculo adotado pelo governo para fixar o reajuste máximo do preço dos remédios. Para a Interfarma, que divulgou a estimativa, a perspectiva é que esse valor seja alterado apenas se houver uma mudança nos critérios utilizados pelo Ministério da Saúde para o cálculo. Pesam nessa conta fatores como a produtividade da indústria, a concorrência no setor farmacêutico e o custo dos insumos. "As oscilações do câmbio e o aumento expressivo da energia elétrica tiveram grande influência na mudança", diz a Interfarma, em nota. Diferentemente do ano anterior, a indústria diz que a anulação dos fatores de produtividade e concorrência devem fazer com que haja apenas um índice de reajuste máximo permitido para todas as categorias de medicamentos. Em 2015, os índices foram de 5%, 6,35% e 7,7%. Ao todo, 19 mil produtos estão sujeitos ao novo reajuste. O aumento, no entanto, não deve chegar imediatamente às farmácias. Segundo a indústria, a previsão é que as primeiras variações de preço ocorram daqui a três meses, com a reposição dos estoques. Indústria e varejo também podem optar por praticar um reajuste menor do que o permitido, principalmente nos casos de produtos de maior concorrência no setor e mais procurados pelos pacientes. OUTRO LADO Em nota, o Ministério da Saúde diz que o ajuste anual médio do preço máximo dos medicamentos ainda não está definido e deve ser divulgado até o dia 31 de março. "Cabe destacar, no entanto, que a resolução [que estabelece os critérios para o cálculo] define o possível índice máximo de aumento e que a indústria farmacêutica pode regular os preços, inclusive para menos do percentual previsto", informa.
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Medicamentos podem ter reajuste de até 12,5% neste ano, diz indústriaO índice de reajuste no preço dos medicamentos pode chegar a até 12,5% neste ano, valor acima da inflação, segundo estimativas da indústria farmacêutica. O percentual oficial de reajuste máximo permitido deve ser divulgado pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) em 31 de março. A previsão do setor, no entanto, é que haja pouca variação em relação à estimativa divulgada nesta quarta-feira (9). O índice foi calculado com base nos critérios que, junto com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), compõem o cálculo adotado pelo governo para fixar o reajuste máximo do preço dos remédios. Para a Interfarma, que divulgou a estimativa, a perspectiva é que esse valor seja alterado apenas se houver uma mudança nos critérios utilizados pelo Ministério da Saúde para o cálculo. Pesam nessa conta fatores como a produtividade da indústria, a concorrência no setor farmacêutico e o custo dos insumos. "As oscilações do câmbio e o aumento expressivo da energia elétrica tiveram grande influência na mudança", diz a Interfarma, em nota. Diferentemente do ano anterior, a indústria diz que a anulação dos fatores de produtividade e concorrência devem fazer com que haja apenas um índice de reajuste máximo permitido para todas as categorias de medicamentos. Em 2015, os índices foram de 5%, 6,35% e 7,7%. Ao todo, 19 mil produtos estão sujeitos ao novo reajuste. O aumento, no entanto, não deve chegar imediatamente às farmácias. Segundo a indústria, a previsão é que as primeiras variações de preço ocorram daqui a três meses, com a reposição dos estoques. Indústria e varejo também podem optar por praticar um reajuste menor do que o permitido, principalmente nos casos de produtos de maior concorrência no setor e mais procurados pelos pacientes. OUTRO LADO Em nota, o Ministério da Saúde diz que o ajuste anual médio do preço máximo dos medicamentos ainda não está definido e deve ser divulgado até o dia 31 de março. "Cabe destacar, no entanto, que a resolução [que estabelece os critérios para o cálculo] define o possível índice máximo de aumento e que a indústria farmacêutica pode regular os preços, inclusive para menos do percentual previsto", informa.
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Estigmas e preconceito silenciam mães e grávidas presas, diz pesquisadora
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Jovem, sem ensino fundamental completo, negra, ré primária, respondendo por tráfico de drogas e cumprindo prisão provisória. Esse foi o perfil das presas grávidas e mães de filhos pequenos entrevistadas por pesquisadores da UFRJ (Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro) em duas unidades prisionais da região metropolitana do Rio. Coordenadora da pesquisa e presidente do Conselho Penitenciário do Estado do Rio, Maíra Fernandes destaca que essas mulheres sofrem uma série de estigmas. "Elas são completamente silenciadas. Sofrem estigma e preconceito em todas as suas representações. São, em sua maioria, pobres, em sua maioria, negras ou pardas e, em sua maioria, de baixa escolaridade", afirma. "Ela incorpora todos os preconceitos, de todas as formas, o que a torna ainda mais invisível", acrescenta. A pesquisa, divulgada nesta terça-feira (24), teve o apoio do Conselho Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro e do Instituto dos Advogados do Brasil em duas unidades do Complexo Penitenciário de Gericinó, o Presídio Talavera Bruce, onde ficam presas grávidas, e a Unidade Materno-Infantil (UMI), que recebe as que entram em trabalho de parto até que os filhos completem seis meses. As mulheres ouvidas –41 presas entre junho e agosto– pelos pesquisadores têm, na maioria, menos de 27 anos (78%). O nível de escolaridade é baixo –com 75,6% sem nível fundamental completo e 9,8% sem saber ler e escrever. As grávidas e puérperas (que deram à luz em até 45 dias) cumpriam prisões cautelares em 73,2% dos casos. A maioria das grávidas encontradas foi presa já em gestação, e 16 delas, segundo os pesquisadores, já estavam entre o sexto e o nono mês de gestação. TRÁFICO Do total de entrevistadas, 70% eram rés primárias e um terço tinha sido condenada a penas de até quatro anos de prisão. A maioria foi presa por crimes ligados ao tráfico de drogas. Um percentual de 46,3% respondem por tráfico de drogas, 12,2%, por tráfico de drogas e associação ao tráfico de drogas, e 4,9%, apenas por associação ao tráfico de drogas. Nesses casos em que a acusação ou condenação é ligada ao tráfico de drogas, um terço das mulheres era "mula", pessoa que transporta a droga. Para Maíra, é inaceitável que mulheres que são rés primárias e cumprem penas pequenas estejam encarceradas nessa situação de gravidez ou de maternidade. "Essas mulheres não tinham que estar lá dentro", diz. "É inaceitável que essa mulher tenha sido colocada no sistema." A maior parte das mulheres mães de filhos pequenos ou grávidas que estão na prisão tem mais de um filho: 31,7% têm dois filhos e 26,8% têm três, e a maioria delas não teve oportunidade de entrar em contato com a família no momento da prisão para saber com quem os filhos ficariam - o que é previsto em tratados internacionais. POPULAÇÃO CARCERÁRIA No Brasil, a população prisional feminina corresponde a 6,4% do total, segundo dados do relatório Infopen Mulher, elaborado pelo Departamento Penitenciário Nacional em 2014. No Rio de Janeiro, as mulheres são 10,5% da população prisional. Além de ter um percentual maior em relação ao total de presos, a população feminina que cumpre pena no Rio de Janeiro também é mais negra. Enquanto no Brasil as negras são 68% da população prisional, no Rio de Janeiro o percentual sobe para 86%. Por raça/etnia - Em %
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cotidiano
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Estigmas e preconceito silenciam mães e grávidas presas, diz pesquisadoraJovem, sem ensino fundamental completo, negra, ré primária, respondendo por tráfico de drogas e cumprindo prisão provisória. Esse foi o perfil das presas grávidas e mães de filhos pequenos entrevistadas por pesquisadores da UFRJ (Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro) em duas unidades prisionais da região metropolitana do Rio. Coordenadora da pesquisa e presidente do Conselho Penitenciário do Estado do Rio, Maíra Fernandes destaca que essas mulheres sofrem uma série de estigmas. "Elas são completamente silenciadas. Sofrem estigma e preconceito em todas as suas representações. São, em sua maioria, pobres, em sua maioria, negras ou pardas e, em sua maioria, de baixa escolaridade", afirma. "Ela incorpora todos os preconceitos, de todas as formas, o que a torna ainda mais invisível", acrescenta. A pesquisa, divulgada nesta terça-feira (24), teve o apoio do Conselho Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro e do Instituto dos Advogados do Brasil em duas unidades do Complexo Penitenciário de Gericinó, o Presídio Talavera Bruce, onde ficam presas grávidas, e a Unidade Materno-Infantil (UMI), que recebe as que entram em trabalho de parto até que os filhos completem seis meses. As mulheres ouvidas –41 presas entre junho e agosto– pelos pesquisadores têm, na maioria, menos de 27 anos (78%). O nível de escolaridade é baixo –com 75,6% sem nível fundamental completo e 9,8% sem saber ler e escrever. As grávidas e puérperas (que deram à luz em até 45 dias) cumpriam prisões cautelares em 73,2% dos casos. A maioria das grávidas encontradas foi presa já em gestação, e 16 delas, segundo os pesquisadores, já estavam entre o sexto e o nono mês de gestação. TRÁFICO Do total de entrevistadas, 70% eram rés primárias e um terço tinha sido condenada a penas de até quatro anos de prisão. A maioria foi presa por crimes ligados ao tráfico de drogas. Um percentual de 46,3% respondem por tráfico de drogas, 12,2%, por tráfico de drogas e associação ao tráfico de drogas, e 4,9%, apenas por associação ao tráfico de drogas. Nesses casos em que a acusação ou condenação é ligada ao tráfico de drogas, um terço das mulheres era "mula", pessoa que transporta a droga. Para Maíra, é inaceitável que mulheres que são rés primárias e cumprem penas pequenas estejam encarceradas nessa situação de gravidez ou de maternidade. "Essas mulheres não tinham que estar lá dentro", diz. "É inaceitável que essa mulher tenha sido colocada no sistema." A maior parte das mulheres mães de filhos pequenos ou grávidas que estão na prisão tem mais de um filho: 31,7% têm dois filhos e 26,8% têm três, e a maioria delas não teve oportunidade de entrar em contato com a família no momento da prisão para saber com quem os filhos ficariam - o que é previsto em tratados internacionais. POPULAÇÃO CARCERÁRIA No Brasil, a população prisional feminina corresponde a 6,4% do total, segundo dados do relatório Infopen Mulher, elaborado pelo Departamento Penitenciário Nacional em 2014. No Rio de Janeiro, as mulheres são 10,5% da população prisional. Além de ter um percentual maior em relação ao total de presos, a população feminina que cumpre pena no Rio de Janeiro também é mais negra. Enquanto no Brasil as negras são 68% da população prisional, no Rio de Janeiro o percentual sobe para 86%. Por raça/etnia - Em %
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Belo Monte quer repassar energia extra à Eletrobras
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Os acionistas da concessionária de Belo Monte, a Norte Energia, estudam maneiras de forçar a Eletrobras a comprar a energia excedente da usina hidrelétrica, o que pode custar à estatal R$ 1,2 bilhão por ano até 2045. Um contrato entre a Eletrobras e a Norte Energia prevê preferência de compra e venda caso a concessionária não consiga vender essa sobra (que representa 20% do total da energia) para o mercado livre –segmento em que as empresas compram e vendem eletricidade diretamente, sem a necessidade de leilões. A reunião dos acionistas de Belo Monte, na qual eles irão discutir o chamado "Contrato Eletrobras", está marcada para esta quinta-feira (14). No acordo firmado em 13 de abril de 2011, a Eletrobras se compromete a comprar a energia por R$ 130 por megawatt-hora, cerca de 65% acima do que foi negociado à época do leilão, em 2010. Em preços atualizados, corrigidos pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), esse valor está próximo de R$ 180 por MWh. As cláusulas desse contrato determinam que essa preferência poderá ser exercida pela Norte Energia desde que a Eletrobras seja notificada com 180 dias de antecedência. O principal entrave é que o contrato só é válido até a entrada em operação comercial da usina. PRÉ-OPERAÇÃO Atualmente, nenhuma turbina entrou em operação comercial, mas apenas na chamada "pré-operação comercial". Nessa fase, uma das etapas de teste, a empresa gera energia e é paga por isso, mas não tem validade para o cumprimento dos contratos de fornecimento. Caso a Norte Energia consiga exercer o "Contrato Eletrobras", a estatal se compromete a comprar o restante de energia por todo o período de concessão da usina. EXIGÊNCIA DO BNDES A concessionária precisa dar um destino para esses 20% de eletricidade restante para conseguir destravar R$ 2 bilhões do financiamento que mantém com o BNDES. O banco exige novas garantias financeiras, pois entende que a usina pode não se sustentar economicamente. Nos últimos meses, os diretores de Belo Monte conseguiram uma brecha para poder vender esse volume no mercado regulado –o segmento das distribuidoras de energia, no qual as comercializações são feitas por meio de leilões. Em uma articulação com o Congresso Nacional, conseguiram que o MME (Ministério de Minas e Energia) permitisse sua participação em um novo leilão, mas o preço-limite fixado para a usina no pleito, de R$ 115 por MWh, ficou abaixo das exigências do BNDES para liberar os recursos. Procurada, a Norte Energia afirmou que não irá comentar a reunião de acionistas. A Eletrobras, por sua vez, não respondeu aos questionamentos da reportagem até a conclusão desta edição.
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mercado
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Belo Monte quer repassar energia extra à EletrobrasOs acionistas da concessionária de Belo Monte, a Norte Energia, estudam maneiras de forçar a Eletrobras a comprar a energia excedente da usina hidrelétrica, o que pode custar à estatal R$ 1,2 bilhão por ano até 2045. Um contrato entre a Eletrobras e a Norte Energia prevê preferência de compra e venda caso a concessionária não consiga vender essa sobra (que representa 20% do total da energia) para o mercado livre –segmento em que as empresas compram e vendem eletricidade diretamente, sem a necessidade de leilões. A reunião dos acionistas de Belo Monte, na qual eles irão discutir o chamado "Contrato Eletrobras", está marcada para esta quinta-feira (14). No acordo firmado em 13 de abril de 2011, a Eletrobras se compromete a comprar a energia por R$ 130 por megawatt-hora, cerca de 65% acima do que foi negociado à época do leilão, em 2010. Em preços atualizados, corrigidos pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), esse valor está próximo de R$ 180 por MWh. As cláusulas desse contrato determinam que essa preferência poderá ser exercida pela Norte Energia desde que a Eletrobras seja notificada com 180 dias de antecedência. O principal entrave é que o contrato só é válido até a entrada em operação comercial da usina. PRÉ-OPERAÇÃO Atualmente, nenhuma turbina entrou em operação comercial, mas apenas na chamada "pré-operação comercial". Nessa fase, uma das etapas de teste, a empresa gera energia e é paga por isso, mas não tem validade para o cumprimento dos contratos de fornecimento. Caso a Norte Energia consiga exercer o "Contrato Eletrobras", a estatal se compromete a comprar o restante de energia por todo o período de concessão da usina. EXIGÊNCIA DO BNDES A concessionária precisa dar um destino para esses 20% de eletricidade restante para conseguir destravar R$ 2 bilhões do financiamento que mantém com o BNDES. O banco exige novas garantias financeiras, pois entende que a usina pode não se sustentar economicamente. Nos últimos meses, os diretores de Belo Monte conseguiram uma brecha para poder vender esse volume no mercado regulado –o segmento das distribuidoras de energia, no qual as comercializações são feitas por meio de leilões. Em uma articulação com o Congresso Nacional, conseguiram que o MME (Ministério de Minas e Energia) permitisse sua participação em um novo leilão, mas o preço-limite fixado para a usina no pleito, de R$ 115 por MWh, ficou abaixo das exigências do BNDES para liberar os recursos. Procurada, a Norte Energia afirmou que não irá comentar a reunião de acionistas. A Eletrobras, por sua vez, não respondeu aos questionamentos da reportagem até a conclusão desta edição.
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Nem toda roubalheira é do Cabral
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O Rio estava precisando de notícia tão boa. O juiz Marcelo Bretas botou na cadeia Jacob Barata Filho, o "Rei dos Ônibus", e o doutor Lelis Marcos Teixeira, presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio. Falta trancar o empresário José Carlos Lavoura, presidente do conselho da Fetranspor, que está em Portugal, mas prometeu se entregar. Junto com a boa notícia veio a informação de que Sérgio Cabral embolsou pelo menos R$ 122 milhões. O Magnífico Cabral mamava na Fetranspor desde quando era um pobre deputado estadual e continuou sugando até pouco antes da chegada da Policia Federal ao seu apartamento. Até 2012 existia um Sérgio Cabral "gestor", modernizante, moralizante, divertido até quando andava de bicicleta em Paris num dos seus ternos de Ermenegildo Zegna. Era tudo mentira. Agora, Cabral é um simples detento na tranca de Benfica e encarna todas as corrupções do governo do Rio de Janeiro, caixa de todas as propinas. Pra cima de quem? As acusações que levaram Barata e Lelis para a cadeia repetem um modelo antigo, centenário: aumentos de tarifas, concessões renovadas na lábia, incentivos fiscais e perdões tributários. Como diria o próprio Cabral, ele exagerou, mas não foi o primeiro governador a morder a turma dos ônibus, nem no Rio eles são mordidos apenas pelo governador. A cidade tem uma operosa prefeitura. A prefeita paulistana Marta Suplicy instituiu o bilhete único em 2004. Apesar de essa modalidade de tarifa ter sido prometida por Sérgio Cabral e por Eduardo Paes nas suas campanhas eleitorais, o bilhete só chegou ao Rio em 2009. O sistema de transportes do Rio entrou para a história em 2007 quando a Fetranspor lançou o seu Riocard Expresso, custando R$ 40, dando direito a R$ 40 em tarifas. Era o único do mundo que recebia o dinheiro da freguesia adiantado, sem dar qualquer desconto. A Fetranspor parece-se com uma dessas entidades que servem de biombo para cartéis, mas é mais que isso. Seu presidente, o doutor Lelis, é o arquimandrita de uma seita. Ele, bem como seus aliados, disseminou a ideia de que o Rio estava no futuro porque evitava políticas de subsídios para o transporte público. Nova York, Londres e Paris subsidiam. O Rio está no passado, a caminho do século 19, tempo do pavor da rebelião dos escravos. O conto de fadas da Fetranspor encantava economistas e adoradores do mercado que astuciosamente fingiam esquecer a estrutura do negócio dos ônibus do Rio. Ontem esses sábios não sabiam o que havia em torno do Magnífico Cabral; hoje, preferem pensar que era tudo coisa do Cabral e de sua turma de mordedores. (Como os petistas dizem que o apartamento não é de Lula, o jogo fica empatado.) As primeiras notícias da Operação Ponto Final têm um aspecto inquietante. Jacob Barata foi preso no aeroporto, a caminho de Lisboa, só com passagem de ida. Logo, não voltaria. A suspeita não fazia sentido: um bilhete Rio-Lisboa-Rio, custa praticamente a mesma coisa que o da perna Rio-Lisboa. (Horas depois a assessoria de Barata exibiu a passagem de volta.) Pode-se não gostar do Rei dos Ônibus, mas satanizações vulgares repetem o erro do doutor Lelis com seus sermões.
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Nem toda roubalheira é do CabralO Rio estava precisando de notícia tão boa. O juiz Marcelo Bretas botou na cadeia Jacob Barata Filho, o "Rei dos Ônibus", e o doutor Lelis Marcos Teixeira, presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio. Falta trancar o empresário José Carlos Lavoura, presidente do conselho da Fetranspor, que está em Portugal, mas prometeu se entregar. Junto com a boa notícia veio a informação de que Sérgio Cabral embolsou pelo menos R$ 122 milhões. O Magnífico Cabral mamava na Fetranspor desde quando era um pobre deputado estadual e continuou sugando até pouco antes da chegada da Policia Federal ao seu apartamento. Até 2012 existia um Sérgio Cabral "gestor", modernizante, moralizante, divertido até quando andava de bicicleta em Paris num dos seus ternos de Ermenegildo Zegna. Era tudo mentira. Agora, Cabral é um simples detento na tranca de Benfica e encarna todas as corrupções do governo do Rio de Janeiro, caixa de todas as propinas. Pra cima de quem? As acusações que levaram Barata e Lelis para a cadeia repetem um modelo antigo, centenário: aumentos de tarifas, concessões renovadas na lábia, incentivos fiscais e perdões tributários. Como diria o próprio Cabral, ele exagerou, mas não foi o primeiro governador a morder a turma dos ônibus, nem no Rio eles são mordidos apenas pelo governador. A cidade tem uma operosa prefeitura. A prefeita paulistana Marta Suplicy instituiu o bilhete único em 2004. Apesar de essa modalidade de tarifa ter sido prometida por Sérgio Cabral e por Eduardo Paes nas suas campanhas eleitorais, o bilhete só chegou ao Rio em 2009. O sistema de transportes do Rio entrou para a história em 2007 quando a Fetranspor lançou o seu Riocard Expresso, custando R$ 40, dando direito a R$ 40 em tarifas. Era o único do mundo que recebia o dinheiro da freguesia adiantado, sem dar qualquer desconto. A Fetranspor parece-se com uma dessas entidades que servem de biombo para cartéis, mas é mais que isso. Seu presidente, o doutor Lelis, é o arquimandrita de uma seita. Ele, bem como seus aliados, disseminou a ideia de que o Rio estava no futuro porque evitava políticas de subsídios para o transporte público. Nova York, Londres e Paris subsidiam. O Rio está no passado, a caminho do século 19, tempo do pavor da rebelião dos escravos. O conto de fadas da Fetranspor encantava economistas e adoradores do mercado que astuciosamente fingiam esquecer a estrutura do negócio dos ônibus do Rio. Ontem esses sábios não sabiam o que havia em torno do Magnífico Cabral; hoje, preferem pensar que era tudo coisa do Cabral e de sua turma de mordedores. (Como os petistas dizem que o apartamento não é de Lula, o jogo fica empatado.) As primeiras notícias da Operação Ponto Final têm um aspecto inquietante. Jacob Barata foi preso no aeroporto, a caminho de Lisboa, só com passagem de ida. Logo, não voltaria. A suspeita não fazia sentido: um bilhete Rio-Lisboa-Rio, custa praticamente a mesma coisa que o da perna Rio-Lisboa. (Horas depois a assessoria de Barata exibiu a passagem de volta.) Pode-se não gostar do Rei dos Ônibus, mas satanizações vulgares repetem o erro do doutor Lelis com seus sermões.
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Aumenta concentração na indústria de café no Brasil
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Mais uma indústria de café genuinamente brasileira pode estar mudando de mãos. Pelo menos parte dela. Se concretizada a operação, as novas decisões virão do outro lado do Atlântico. A holandesa JED (Jacobs Douwe Egberts), uma das gigantes mundiais do setor de café e chás, anunciou nesta segunda-feira (23) intenção de adquirir no Brasil o portfólio de marcas locais de café torrado e moído da Cacique. A empresa brasileira manterá os negócios com o café solúvel. Entre as marcas estão o tradicional café Pelé, o Graníssimo e o Tropical, segundo comunicado das empresas. A compra de indústrias brasileiras por estrangeiros se acentuou nos últimos anos. Entre as seis principais empresas do setor, apenas uma é de capital nacional, a Maratá, que atua no Norte e no Nordeste. Os negócios mais recentes se concentram em empresas brasileiras que atuam no Sul do país, onde está a Cacique. O apetite estrangeiro pelo mercado brasileiro tem um bom motivo. É no Brasil que há um dos maiores crescimentos de consumo da bebida. No ano passado, a evolução foi de 3%. Esse cenário não deverá se repetir neste ano. A renda do consumidor caiu devido à recessão econômica, e o preço do café teve alta média de 19% no varejo. Mesmo que o setor não volte a obter crescimento próximo ao de 2016, a evolução nacional tem sido superior à da média mundial. O Brasil é o maior produtor e exportador de café, além de ocupar a segunda posição em consumo. A alta de preços do café para o consumidor em 2016 ocorreu devido à elevação dos valores da matéria-prima. A quebra na produção de café conilon, importante na mistura com o arábica para a formação do blend final da bebida, provocou aumento dos dois tipos de café. Essas aquisições mostram a importância do mercado brasileiro de café. As indústrias colocaram um produto no valor de R$ 8 bilhões nas gôndolas do varejo em 2016. Além do crescimento no mercado tradicional de café, a indústria de cápsulas é crescente no pais. A Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) estima em pelo menos 150 o número de indústrias atuando no setor. O volume produzido é pequeno, mas o valor agregado é bem superior ao do café torrado e moído tradicional. Isso mostra o quanto o mercado brasileiro ainda não está maduro, o que abre muitas possibilidades para as indústrias atuantes no país. Apesar da concentração em grandes empresas, o setor ainda dá espaço a pequenas indústrias, desde que seu produto tenha qualidade. EMPRESAS A holandesa JDE ocupa a primeira ou a segunda posição em 27 países da centena em que atua. A empresa já detém as marcas Pilão, Damasco, Café do Ponto, L'OR, Caboclo e Seleto no mercado brasileiro. A Cacique, maior exportadora de café solúvel, sai do setor de café torrado e moído e agora se dedica apenas à produção de café solúvel. A operação está sujeita à aprovação das autoridades regulatórias brasileiras. * Perdas - Os argentinos fazem as contas, e as perdas na produção de grãos poderão atingir US$ 1 bilhão neste ano, conforme estimativas da Bolsa de Rosário. Volume - A produção total de grãos do país vizinho, estimada em 125 milhões, deverá recuar para 120 milhões. Chuvas em excesso em algumas regiões e seca em outras provocam essa queda. Política europeia - Produtores rurais da União Europeia começam a levar para os ministros da Agricultura dos países do bloco sugestões para o PAC (instrumento de política agrícola para o bloco). Medidas - Entre as sugestões, a Copa e a Cogeca, que congregam produtores do bloco, sugerem a manutenção dos pagamentos diretos aos agricultores, medidas na área de comercialização e seguro de risco. Apoio - Os produtores pedem que os mecanismos de apoio para evitar riscos incluam medidas não apenas para os efeitos climáticos mas também para os de mercado. Soja - A antecipação da safra possibilitou uma aceleração das exportações brasileiras. Até a terceira semana deste mês, o país exportou 51% mais soja em volume do que em janeiro de 2016.
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Aumenta concentração na indústria de café no BrasilMais uma indústria de café genuinamente brasileira pode estar mudando de mãos. Pelo menos parte dela. Se concretizada a operação, as novas decisões virão do outro lado do Atlântico. A holandesa JED (Jacobs Douwe Egberts), uma das gigantes mundiais do setor de café e chás, anunciou nesta segunda-feira (23) intenção de adquirir no Brasil o portfólio de marcas locais de café torrado e moído da Cacique. A empresa brasileira manterá os negócios com o café solúvel. Entre as marcas estão o tradicional café Pelé, o Graníssimo e o Tropical, segundo comunicado das empresas. A compra de indústrias brasileiras por estrangeiros se acentuou nos últimos anos. Entre as seis principais empresas do setor, apenas uma é de capital nacional, a Maratá, que atua no Norte e no Nordeste. Os negócios mais recentes se concentram em empresas brasileiras que atuam no Sul do país, onde está a Cacique. O apetite estrangeiro pelo mercado brasileiro tem um bom motivo. É no Brasil que há um dos maiores crescimentos de consumo da bebida. No ano passado, a evolução foi de 3%. Esse cenário não deverá se repetir neste ano. A renda do consumidor caiu devido à recessão econômica, e o preço do café teve alta média de 19% no varejo. Mesmo que o setor não volte a obter crescimento próximo ao de 2016, a evolução nacional tem sido superior à da média mundial. O Brasil é o maior produtor e exportador de café, além de ocupar a segunda posição em consumo. A alta de preços do café para o consumidor em 2016 ocorreu devido à elevação dos valores da matéria-prima. A quebra na produção de café conilon, importante na mistura com o arábica para a formação do blend final da bebida, provocou aumento dos dois tipos de café. Essas aquisições mostram a importância do mercado brasileiro de café. As indústrias colocaram um produto no valor de R$ 8 bilhões nas gôndolas do varejo em 2016. Além do crescimento no mercado tradicional de café, a indústria de cápsulas é crescente no pais. A Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) estima em pelo menos 150 o número de indústrias atuando no setor. O volume produzido é pequeno, mas o valor agregado é bem superior ao do café torrado e moído tradicional. Isso mostra o quanto o mercado brasileiro ainda não está maduro, o que abre muitas possibilidades para as indústrias atuantes no país. Apesar da concentração em grandes empresas, o setor ainda dá espaço a pequenas indústrias, desde que seu produto tenha qualidade. EMPRESAS A holandesa JDE ocupa a primeira ou a segunda posição em 27 países da centena em que atua. A empresa já detém as marcas Pilão, Damasco, Café do Ponto, L'OR, Caboclo e Seleto no mercado brasileiro. A Cacique, maior exportadora de café solúvel, sai do setor de café torrado e moído e agora se dedica apenas à produção de café solúvel. A operação está sujeita à aprovação das autoridades regulatórias brasileiras. * Perdas - Os argentinos fazem as contas, e as perdas na produção de grãos poderão atingir US$ 1 bilhão neste ano, conforme estimativas da Bolsa de Rosário. Volume - A produção total de grãos do país vizinho, estimada em 125 milhões, deverá recuar para 120 milhões. Chuvas em excesso em algumas regiões e seca em outras provocam essa queda. Política europeia - Produtores rurais da União Europeia começam a levar para os ministros da Agricultura dos países do bloco sugestões para o PAC (instrumento de política agrícola para o bloco). Medidas - Entre as sugestões, a Copa e a Cogeca, que congregam produtores do bloco, sugerem a manutenção dos pagamentos diretos aos agricultores, medidas na área de comercialização e seguro de risco. Apoio - Os produtores pedem que os mecanismos de apoio para evitar riscos incluam medidas não apenas para os efeitos climáticos mas também para os de mercado. Soja - A antecipação da safra possibilitou uma aceleração das exportações brasileiras. Até a terceira semana deste mês, o país exportou 51% mais soja em volume do que em janeiro de 2016.
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Espetáculo documental usa casos reais para debater a fome no mundo
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FOME.DOC QUANDO: sex. e sáb., às 21h; dom., às 20h; até 20/8 ONDE: Centro Cultural Sp, R. Vergueiro, 1.000, Tel. (11) 3397-4002 QUANTO: R$ 10 CLASSIFICAÇÃO: 14 anos * Para retratar uma realidade tão comum quanto violenta –o problema da fome no mundo–, a Kiwi Companhia de Teatro foi buscar aspectos da linguagem documental. "Fome.Doc", espetáculo que o grupo estreia nesta sexta-feira (14) no Centro Cultural São Paulo, pinça de acontecimentos reais exemplos de como a sociedade por vezes passar por processos de "desumanização", ou seja, de relegar pessoas a condições precárias de vida. A montagem, roteirizada e dirigida por Fernando Kinas, transita pelo extermínio de populações indígenas nas Américas, pela escravidão no Brasil, pelo Holocausto na Europa e por formas de colonialismo no Oriente Médio, na África e na América Latina. Em cena, os atores Fernanda Azevedo e Renan Rovida passam pelos acontecimentos (acompanhados de vídeos e fotos) e discutem aspectos relacionados à terra e às formas de produção de alimentos. A companhia, que se debruçou durante a pesquisa sobre "Brevíssima Relação da Destruição das Índias", do frade dominicano Bartolomé de las Casas, também faz referências a obras de autores como Kafka, Shakespeare, Beethoven, João Cabral de Melo Neto, Mahmud Darwich e Carolina Maria de Jesus.
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Espetáculo documental usa casos reais para debater a fome no mundoFOME.DOC QUANDO: sex. e sáb., às 21h; dom., às 20h; até 20/8 ONDE: Centro Cultural Sp, R. Vergueiro, 1.000, Tel. (11) 3397-4002 QUANTO: R$ 10 CLASSIFICAÇÃO: 14 anos * Para retratar uma realidade tão comum quanto violenta –o problema da fome no mundo–, a Kiwi Companhia de Teatro foi buscar aspectos da linguagem documental. "Fome.Doc", espetáculo que o grupo estreia nesta sexta-feira (14) no Centro Cultural São Paulo, pinça de acontecimentos reais exemplos de como a sociedade por vezes passar por processos de "desumanização", ou seja, de relegar pessoas a condições precárias de vida. A montagem, roteirizada e dirigida por Fernando Kinas, transita pelo extermínio de populações indígenas nas Américas, pela escravidão no Brasil, pelo Holocausto na Europa e por formas de colonialismo no Oriente Médio, na África e na América Latina. Em cena, os atores Fernanda Azevedo e Renan Rovida passam pelos acontecimentos (acompanhados de vídeos e fotos) e discutem aspectos relacionados à terra e às formas de produção de alimentos. A companhia, que se debruçou durante a pesquisa sobre "Brevíssima Relação da Destruição das Índias", do frade dominicano Bartolomé de las Casas, também faz referências a obras de autores como Kafka, Shakespeare, Beethoven, João Cabral de Melo Neto, Mahmud Darwich e Carolina Maria de Jesus.
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Ueba! Lula foge de pedalinho!
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Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Pensamento do dia: "Eu Moro e não vejo tudo". Rarará! Breaking News! Depoimento do Lula: "A casa caiu mas não é minha". Rarará! Se eu fosse o Lula, eu fugia! De pedalinho! O Lula vai fugir de pedalinho! Rarará! E o Delcídio? Delcídio, não! Deu Merda! Deu Ruim! Deu Ruim do Amaral! Lula e Dilma no ventilador! Como disse o Helio de La Peña: "Quando o Delcídio foi preso, ninguém do PT foi levar nem um maço de cigarro pro cara, deu nisso". Ops, Delcídio. O clone do Cid Moreira. Delcídio Moreira! E corre na internet que delcídio é quando você mata um governo inteiro! Definição de delcídio: matar um governo inteiro! Rarará! E a Dilma virou presidente daquele bloco carnavalesco: "O negócio tá feio e o teu nome tá no meio!". Rarará! E a manchete do "Piauí Herald": "Alexandre Frota topa delação premiada". Ferrou! Diz que ele vai fazer delação, felação, relação e tudo que termina em "ão"! Agora a República cai de vez! Rarará! Piada pronta direto da Flórida: "Mulher é presa após bater em marido que não parava de peidar na cama". Lei Maria do Peido! Rarará! Ele pumluia o ambiente. Era um PUMluidor! E o Dunga convocando a seleção: "Dois meia, dois zagueiro e seje". O "Seje"ele convoca sempre. O "Seje" é titular! Rarará! O Dunga erra na concordância porque ninguém concorda com ele! É uma discordância! Rarará! E o Cunha Chikuncunha é réu e reincidente! Réu-incidente! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! O Brasileiro é cordial! Olha essa placa no portão duma casa em São Paulo: "Proibido jogar lixo! Raça do cão gerada no inferno". Rarará! Medo! Pânico! A situação tá ficando psicodélica! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje, só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Ueba! Lula foge de pedalinho!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Pensamento do dia: "Eu Moro e não vejo tudo". Rarará! Breaking News! Depoimento do Lula: "A casa caiu mas não é minha". Rarará! Se eu fosse o Lula, eu fugia! De pedalinho! O Lula vai fugir de pedalinho! Rarará! E o Delcídio? Delcídio, não! Deu Merda! Deu Ruim! Deu Ruim do Amaral! Lula e Dilma no ventilador! Como disse o Helio de La Peña: "Quando o Delcídio foi preso, ninguém do PT foi levar nem um maço de cigarro pro cara, deu nisso". Ops, Delcídio. O clone do Cid Moreira. Delcídio Moreira! E corre na internet que delcídio é quando você mata um governo inteiro! Definição de delcídio: matar um governo inteiro! Rarará! E a Dilma virou presidente daquele bloco carnavalesco: "O negócio tá feio e o teu nome tá no meio!". Rarará! E a manchete do "Piauí Herald": "Alexandre Frota topa delação premiada". Ferrou! Diz que ele vai fazer delação, felação, relação e tudo que termina em "ão"! Agora a República cai de vez! Rarará! Piada pronta direto da Flórida: "Mulher é presa após bater em marido que não parava de peidar na cama". Lei Maria do Peido! Rarará! Ele pumluia o ambiente. Era um PUMluidor! E o Dunga convocando a seleção: "Dois meia, dois zagueiro e seje". O "Seje"ele convoca sempre. O "Seje" é titular! Rarará! O Dunga erra na concordância porque ninguém concorda com ele! É uma discordância! Rarará! E o Cunha Chikuncunha é réu e reincidente! Réu-incidente! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! O Brasileiro é cordial! Olha essa placa no portão duma casa em São Paulo: "Proibido jogar lixo! Raça do cão gerada no inferno". Rarará! Medo! Pânico! A situação tá ficando psicodélica! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje, só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Fazenda indica que aceitará baixar valor de entrada para o Refis
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O Ministério da Fazenda indicou que aceitará baixar o valor da entrada para adesão ao Refis, programa de financiamento de dívidas tributárias. Na proposta inicial da área econômica, a entrada para débitos acima de R$ 15 milhões era de 20%. No texto que está sendo finalizado, a entrada deverá ser menor, porém para dívidas de até R$ 30 milhões. Essa é a terceira tentativa de chegar a uma versão final para o programa de parcelamento de dívidas tributárias. A ideia da Fazenda era, com o programa, arrecadar mais de R$ 13 bilhões neste ano. A proposta do Refis, porém, foi alterada no Congresso e, com o desenho atual, a arrecadação cairia para menos de R$ 500 milhões. Além disso, as multas e juros seriam reduzidas em 99%. O impasse levou a Fazenda e a área política do governo a preparar uma nova versão, para tentar aprovar a medida no Congresso. Além da entrada, a Fazenda também indicou que aceitará ampliar o prazo de adesão de 31 de agosto para 31 de outubro, mas não abre mão de juros e multas. Se o texto prosperar, a arrecadação neste ano com o Refis alcançaria R$ 8 bilhões, o que ajuda o governo a cumprir a meta de R$ 159 bilhões de deficit orçamentário, como propõe o Executivo. A previsão de deficit, revista para cima nesta semana, também precisa da aprovação do Congresso. A Fazenda também já mandou sinais à equipe política e a parlamentares de que essa deverá ser a última tentativa de acordo pelo Refis e que este é o limite da negociação. As conversas devem prosseguir neste fim de semana, para apresentar a proposta ao Congresso na semana que vem.
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Fazenda indica que aceitará baixar valor de entrada para o RefisO Ministério da Fazenda indicou que aceitará baixar o valor da entrada para adesão ao Refis, programa de financiamento de dívidas tributárias. Na proposta inicial da área econômica, a entrada para débitos acima de R$ 15 milhões era de 20%. No texto que está sendo finalizado, a entrada deverá ser menor, porém para dívidas de até R$ 30 milhões. Essa é a terceira tentativa de chegar a uma versão final para o programa de parcelamento de dívidas tributárias. A ideia da Fazenda era, com o programa, arrecadar mais de R$ 13 bilhões neste ano. A proposta do Refis, porém, foi alterada no Congresso e, com o desenho atual, a arrecadação cairia para menos de R$ 500 milhões. Além disso, as multas e juros seriam reduzidas em 99%. O impasse levou a Fazenda e a área política do governo a preparar uma nova versão, para tentar aprovar a medida no Congresso. Além da entrada, a Fazenda também indicou que aceitará ampliar o prazo de adesão de 31 de agosto para 31 de outubro, mas não abre mão de juros e multas. Se o texto prosperar, a arrecadação neste ano com o Refis alcançaria R$ 8 bilhões, o que ajuda o governo a cumprir a meta de R$ 159 bilhões de deficit orçamentário, como propõe o Executivo. A previsão de deficit, revista para cima nesta semana, também precisa da aprovação do Congresso. A Fazenda também já mandou sinais à equipe política e a parlamentares de que essa deverá ser a última tentativa de acordo pelo Refis e que este é o limite da negociação. As conversas devem prosseguir neste fim de semana, para apresentar a proposta ao Congresso na semana que vem.
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A história da Brasileirinhas, a maior produtora de filmes pornográficos do Brasil (parte 1)
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Uma garota aparentando 20 e poucos anos entrou na cozinha com olhar entediado. Seu porte é pequeno, curvilíneo, e a primeira coisa que chama atenção é seu cabelo liso e preto azulado descendo displicentemente até a bunda. O look casual, composto por um shortinho e uma baby look com a expressão "Brasileirinhas" escrita em letras garrafais, denota um momento de tranquilidade. "Vem almoçar", chama uma senhora. A jovem me olha e dá um imperceptível "Oi" antes de começar a comer seu PF (arroz, feijão, bife e salada) servido pela mulher encarregada do rango. Um homem próximo à mesa ativa uma webcam montada em frente à garota e olha para ela como se desse aval para começar. Notando que eu estava dividindo minha atenção entre a moça e a câmera, o homem me manda um sorriso e me avisa: "Aqui todo mundo quer ver tudo". Esse foi meu primeiro contato com a Brasileirinhas, possivelmente a maior produtora pornô do Brasil. Escondida em um condomínio de alto padrão nos arredores de Cotia, a Casa das Brasileirinhas está cercada de portões, paredes e cercas vivas altas para não chamar a atenção dos vizinhos. Os próprios funcionários evitam conversar alto e tomam cuidado para que o nome "Brasileirinhas" não escape para as suntuosas casas que dividem a rua. "Para não dar dor de cabeça", explica um deles. A Brasileirinhas é um espectro onipresente no imaginário sexual do país. Não importa a idade, classe social ou origem, se você alguma vez viu pornô nacional, escutou o nome da produtora. Eu mesma, ainda criança, antes de sequer sonhar em me interessar por pornografia, conheci a produtora em canais de putaria pay-per-view de TV a cabo. Não lembro o nome do filme, porém lembro com uma clareza a imagem de uma bunda gigantesca em zoom na tela revelando pequenas espinhas. Talvez isso não seja uma lembrança agradável, mas me impressionei por estar assistindo a um filme de sexo falado em português. Nos créditos finais, o nome que ficou fixado nos confins da minha pré-adolescência: Brasileirinhas. Não é um mistério que a indústria brasileira de filmes adultos seja uma versão "gambiarra" da que existe nos EUA. Estamos falando de pouca grana movimentada, quase nada de fiscalização de conteúdo (exceto para zoofilia, pedofilia e outras parafilias consideradas crimes no Código Penal nacional) e pouquíssima informação sobre a história das produtoras que fizeram história. A ida à Casa das Brasileirinhas foi programada para conversar com o porta-voz oficial da produtora, o diretor de marketing Fábio Dias, conhecido na internet como Fabão Pornô. 'O EMPREGO DOS SONHOS' Enquanto aguardava a chegada de Fábio Dias, os funcionários me deixaram no jardim. Além da atriz de cabelos compridos perambulando pela casa cheia de câmeras, Angel Lima (ganhadora do prêmio de Melhor Atriz na edição do Prêmio Sexy Hot de 2015) circulou algumas vezes por ali com um olhar de quem procurava por alguém. No outro lado da piscina, havia um quiosque reservado para churrascos, o que me pareceu uma possibilidade bastante remota até eu ver o lançamento recente da produtora, "Entre Picas e Picanhas", dividindo o espaço com uma academia improvisada. Agora, a mesma garota de cabelos pretos (depois, descobri que seu nome é Bruna) estava com um shortinho mais curto do que o anterior, fazendo uma série simples de musculação. A câmera da casa estava montada no quiosque, onde a atriz começava a rotina de exercícios para os assinantes que estavam on-line a observando. A música "Piradinha" tocava em repeat e em um volume próximo à turbina de um Boeing 747. Depois de alguns minutos de espera e sofrimento, Fábio Dias apareceu. Após se servir de vodca com energético e acender um Marlboro vermelho, sentou em uma das esteiras para curar os efeitos da ressaca da noite anterior e começar a entrevista. Com quase 67 mil seguidores no Twitter, Fabão alimenta a imagem de detentor da "melhor profissão do mundo" ao publicar fotos com as performers ostentando próteses generosas de silicone, bebidas "masculinas" como Jack Daniel's e cervejas, muito futebol e eventualmente algum comentário político criticando o governo Dilma. É mais comum para ele ver uma transa durante o horário de trabalho do que fazer um relatório ou uma planilha no Excel. Fabão ainda coordena toda a imagem visual da produtora, além de ser o porta-voz oficial para a grande mídia. "Meu herói" é uma afirmação bastante comum vinda dos seus seguidores, a maioria pertencente ao público masculino e muito jovem —na adolescência ou saindo dela, no máximo. "Mas isso, para a empresa, é muito bom, especialmente por causa da exposição na televisão e também porque, quando querem falar com a gente, vão direto pra mim." "A única coisa ruim é quando estou com meu filho", reclama o diretor de marketing. "Uma vez, [eu] estava na Comic-Con com ele, e veio gente falar comigo coisas tipo 'Bati muita punheta por sua causa, Fabão' do lado de um menino de seis anos. Com criança do lado é foda, né?" Em contraponto à sua persona online, ao vivo Fábio rapidamente se mostra uma pessoa muito diferente. Estatura baixa, portando um bronzeado paulista (adquirido na luz fria de escritório) e com um pequeno foco de calvície no topo da cabeça, ele é uma pessoa tímida, talvez até um pouco desconfortável com a atenção recebida. A tremedeira nas mãos revela certo grau de alcoolismo, que imediatamente é mencionado por ele, como se quisesse deixar tudo claro. Ele também adianta alguns detalhes que devem ser tópicos constantes de qualquer conversa inicial sobre sua função: "Não sou comedor, não sou desrespeitoso, e isso é só um trabalho como qualquer outro". Separado duas vezes (uma oficial e outra não oficialmente), Fábio conta que o "emprego não ajudou" nas relações. "Eu até tinha cuidado de levá-las [as mulheres] pro escritório e nas festas pra mostrar que é trampo mesmo, mas, nas filmagens de carnaval, quando você chega com 30 tipos de perfume diferentes e com lantejoula no seu corpo, até explicar isso já era". Solteiro há três anos, Fábio é esclarecido quanto a relacionamentos. "Eu não me namoraria", admite, "assim como não namoraria uma mulher que posta todo dia fotos com homens sem camisa. Eu sou muito ciumento." Paulistano de nascença, Fabão foi o típico moleque adolescente de classe média-alta. Estudou em um colégio tradicional nos Jardins, teve mãe dona de casa e um pai ausente no lar, focado no negócio de concessionárias de carros. "Eu sempre fui da pá virada", conta Fábio. O padrão de vida polpudo terminou aos 15 anos graças a alguns investimentos errados do pai. Passou de estudante de colégio tradicional com uma garagem recheada de Mercedes a frequentador de colégio público junto a uma série de dificuldades financeiras que permeavam a vida familiar. "Foi quando eu descobri onde ficava o ponto de ônibus", relembra. Nas conversas sobre sua família, é notável a admiração pelo pai, que morreu há poucos anos. O peso da ausência do pai é notável, embora não chegue a prejudicar a admiração pelo seu velho que, assim como o filho, mantinha um gosto pela farra. Fábio se formou em Marketing na Anhembi com 20 anos. Chegou a cursar outra faculdade, mas acabou largando. Além disso, só trabalhou em agência "top", porém odiava o ambiente publicitário. "Quando falo que o pornô é melhor que a publicidade, ninguém acredita, mas é. Muita droga, muito estresse —e todo mundo quer foder com todo mundo." A má experiência no meio publicitário —que rendeu uma porrada no diretor de arte da agência onde trabalhava— foi a porta de entrada dele para a indústria de filmes adultos. "Conheci o antigo dono da Brasileirinhas numa loja de carro onde meu pai trabalhava. Eu estava com o portfólio na mão para procurar emprego como assistente de arte. O dono me perguntou se eu sabia tratar imagem, tirar celulite, estrias, e me pediu para fazer o teste." "Eu não pirava em pornô," relembra Fábio. "Fui pra uma locadora e fiquei lá duas horas olhando as capas para entender o padrão visual que eles queriam. Assim, fui pra casa e fiz. Lembro até hoje que a capa era para o filme 'Copacabana Girls'." O trabalho não era fácil. "No começo, eu só fazia [filmes pornô de] dog, travesti e gay, até que o diretor de arte —que era meio louco— surtou de vez e eu assumi o cargo, ganhando mais e realizando o triplo do trabalho." Fábio acompanhou praticamente todas as épocas gloriosas da produtora, sempre como diretor de arte, até que, em 2013, começou a aparecer na internet para dar uma cara à produtora. "E foi assim que surgiu a figura do Fabão Pornô. "Todo mundo fica decepcionado porque eu sou baixinho", diverte-se. "Eu gosto da exposição, sou educado com todo mundo e tento desmitificar o mundo pornô do jeito que posso, mostrando que é um trabalho como qualquer outro, com funcionários e obrigações", completa. A conversa começa a dar indícios de que vai terminar quando observamos a atriz de cabelos pretos malhando, agora completamente pelada. "A gente costumava colocar banhos sensuais nas atividades das meninas, mas levamos uma comida de rabo dos assinantes por causa da crise hídrica", relata. As cenas de banho acabaram vetadas. DISCOS, ZOOFILIA, CLAYTON NUNES E A INTERNET O escritório principal da produtora, perto do surrealismo da casa, é um retorno ao mundo real. O local é arejado, sóbrio, com direito a sala de espera, mesas dividas em pequenas baias e uma agradável laje para onde Fabão escapa a fim de fumar. A única evidência de pornografia são as pastas de documentos da produtora, organizadas meticulosamente por nomes como "Carnaval" ou "Anal". Cerca de 30 funcionários trabalham ali. Grande parte deles são mulheres, uma surpresa, já que a voz da produtora é exclusivamente masculina. Entretanto, elas não querem falar comigo. Minha suspeita é que a exposição negativa de trabalhar na indústria pornográfica atinja qualquer mulher, mesmo ela não sendo uma performer —o estigma no Brasil persiste. Resolvi respeitar minhas suspeitas e me restringi a apenas observar, quieta, os computadores das funcionárias, de onde eventualmente saltavam bundas, peitos, cus e vaginas nas telas. "Começou com um erro", conta Fabão. O antigo dono, Luis Alvarenga, era dono de uma loja de discos que estava quase falindo na segunda metade dos anos 1990. Na época, a produção de sacanagem nacional ainda flertava com os restos deixados com o fim da Boca do Lixo, embora nem sonhasse com uma produção de larga escala. A pedido de um amigo, Luis começou a vender fitas VHS de pornografia. "Vendeu todos os pornôs, mas nada de discos." Como um bom homem de negócios, Luis percebeu uma oportunidade crescendo em suas mãos. "Ele alugou ou comprou uma filmadora, uma coisa muito cara para época, e falou: 'Vamos continuar fazendo isso'." A primeira oportunidade de gravar veio com o convite da Band para cobrir as gloriosas festas de carnaval que salpicavam a imaginação de qualquer moleque espinhento nas madrugadas de folia. O nome da produtora era "100% Nacional", e o primeiro escritório, uma casa alugada na Vila Mariana, se dedicava ao telemarketing para vender as fitas VHS dos carnavais. Foi um pulo para começar a produzir filmes. "Era muito difícil copiar VHS na época; então, a pirataria ainda era uma realidade muito distante." A virada do DVD foi essencial para o sucesso da produtora. No início, prensar DVD era caro e não vendia. "O aparelho era caro; e, quando alguém tinha, era na sala de casa. Quem vai ver um DVD pornô na sala de casa?" Assim que seu uso popularizou, os lucros dispararam. Grande parte da produção das capas feitas por Fabão, desde que começou a trabalhar na produtora em 2002, era de filmes de zoofilia, um hit nacional e internacional de vendas da Brasileirinhas. "O que financiou a produtora no começo eram os filmes de dog. Vendemos para muita gente. Especialmente para o Leste Europeu." A procura pelos vídeos de zoofilia era farta. "Ninguém queria produzir, mas sempre vinham uns caras pedindo, encomendando mesmo. Colocávamos um preço alto para não aceitarem, mas eles pagavam. E a gente fazia." A produção por trás de um vídeo de zoofilia, segundo Fabão, era uma merda. Dava trabalho, era preciso achar gente disposta a fazer e animais como pôneis, cavalos, répteis e cachorros para participar. "A única morte que aconteceu na Brasileirinhas foi de uma pobre cobrinha d'água que tinha de ser colocada e tirada da vagina da atriz." Ele conta que a performer colocava e tirava a cobra d'água do corpo para uma bacia cheia de água repetidas vezes, tentando evitar o estresse do réptil e o deixando respirar. Eventualmente, a cobra parou de se mexer. "Nós paramos com os filmes de zoofilia depois que ficamos ricos", confessa o diretor de marketing. Somada também à engenhosidade de produzir os filmes (a maioria era feita no Nordeste), a tipificação do crime de zoofilia —além do desgosto da mulher de Alvarenga pelo gênero— fez com que as produções cessassem no começo dos anos 00. A vinda da Blockbuster foi uma das grandes tempestades às quais a produtora sobreviveu. A rede de franquias norte-americana derrubou praticamente todas as locadoras de bairro que compravam as cópias de DVDs da produtora —e, para piorar, ela não permitia filmes pornográficos nas prateleiras. Alvarenga encerrou de vez suas atividades na produtora em 2010. Esgotado graças ao impedimento de distribuir filmes pornográficos para locadoras menores (que garantia uma fatia generosa do lucro), à pirataria desenfreada dos conteúdos nos camelôs e à sua própria desconfiança com a internet, ele começou a passar a tocha para Clayton Nunes em 2007, à época editor do Sexsites. Clayton teve a grande sacada de começar a distribuição dos DVDs pornôs a preços populares em bancas de jornal e postos de gasolina, o que foi importante para eliminar o estoque excedente de DVDs que empoeiravam em um armazém situado na Grande São Paulo. Além disso, foi um dos pioneiros na indústria de filmes adultos nacionais a acreditar que o futuro da sacanagem estava na rede mundial de computadores. Antes de comprar a produtora, Nunes já nutria um relacionamento com a Brasileirinhas. Em 2001, ele começou a distribuir os filmes da produtora em bancas de jornal e, posteriormente, montou o primeiro site da produtora. Assumir o controle da empresa foi "natural", segundo ele, que conseguiu que a receita do conteúdo online superasse a venda de cópias físicas. Administrador de empresas e "nerd", como ele mesmo se define, Clayton Nunes é um homem articulado e sorridente. Carregada por um sotaque paulista empresarial, sua fala consegue preencher todo o escritório da produtora. A imagem de Nunes reúne as características para que nossas mães e tias denominassem alguém como "um pão". Dentes brancos, barba por fazer, cabelos chegando aos poucos no grisalho e uma postura meio de bronco. O relógio brilhante, que pode ou não custar uma fortuna, repousava em um dos braços bronzeados. Teoricamente, Clayton não gosta de aparecer e muito menos de dar entrevistas, porém ele não se incomodou com a presença do gravador ligado há quase uma hora e contou alegremente sobre as suas atividades profissionais. Há anos, a tática de Nunes é comprar pequenos sites pornôs brasileiros que estão capengas. A Buttman Brasil, filial local da produtora de John Stagliano coordenada pelo pornógrafo Stanlay Miranda, foi uma das maiores compras da produtora em 2008. Em seguida, ele trouxe a Planet Sex e a Sexxxy pra dentro do monopólio. "Hoje, o que o consumidor brasileiro procurar do Brasil, é nosso", resume Clayton. Em 2013, a produtora anunciou que pararia de produzir cópias de DVDs e iria se concentrar apenas no conteúdo online. O site da produtora conta com mais de 10 braços focados em diferentes conteúdos (amador, anal, transex e afins) e tem um acervo de mais de 2 mil cenas e 500 filmes. "São 5 milhões de acessos por mês", comemora o dono. Como uma fênix capenga e depenada, renascendo das cinzas a cada crise com um membro a menos que não se recuperou do baque, a Brasileirinhas conta com 20 anos de existência em um mercado incipiente e muito pouco valorizado pelo público. Ela faz jus ao nome e não desiste nunca. CELEBRIDADES Os filmes pornôs de celebridades foram a época mais especial para a Brasileirinhas. Começou em 2004 com a atuação sofrível de Alexandre Frota, o pitboy carioca, à época ex-"Casa dos Artistas", no filme "Obsessão", dirigido por José Gaspar, e também com o filme "Sedução", lançado no mesmo ano, estrelando a "rainha dos presídios" Rita Cadillac. Ao contrário dos EUA, onde um famoso pode se tornar um performer pornô quando sua sex tape amadora vaza para a mídia (propositalmente ou não), no Brasil o pornô conseguiu atingir o sonho molhado da indústria, sendo capaz de fechar contratos de verdade para ter celebridades atuando em cenas pornográficas de verdade. Graças ao sucesso absoluto na estreia de Frota e Cadillac no mercado pornô, o gênero acabou se tornando a "Santa Trindade da Brasileirinhas". "Os distribuidores compravam em toneladas, porque vendia que nem água. Tinha muito mês [em] que a gente batia a Disney na venda de DVDs", relembra Fabão. No mesmo perfil de ex-celebridades que buscavam retomar os holofotes da fama, outros frequentadores das páginas de Caras e ex-participantes do BBB também estrelaram no catálogo de obras da produtora, incluindo nomes como Gretchen, Marcos Oliver, Matheus Carierri, André Cowboy e Leila Lopes. Graças aos filmes de celebridades que vendiam que nem água no mercado, a Brasileirinhas passou pela fase de vacas gordas, quando cerca de 35 longas eram rodados em um mês. "Grandes produções", frisa Fábio. Hoje, a produtora lança dois títulos por mês, sempre online —e olhe lá. Em 2008, a atriz ex-global Leila Lopes foi um dos grandes anúncios da produtora no seu catálogo de celebridades. O título "Pecados & Tentações", também dirigido por José Gaspar, foi um sucesso de vendas e colocou-a novamente dentro dos circuitos midiáticos. O sucesso rendeu mais duas películas com a produtora em seguida. "Apesar da idade, mostrou-se inteira e incansável na hora da foda!", descreve o índice de performers da produtora. Em uma profunda depressão, Leila Lopes se matou em 2009 ingerindo veneno de rato. A atriz deixou uma carta de suicídio agradecendo à família, aos amigos e a algumas pessoas da imprensa. Nada foi mencionado sobre a Brasileirinhas. "Não foi por causa do pornô que ela se matou", Fabão faz questão de afirmar. "A Leila Lopes não queria grana, ela queria ser reconhecida. O que a matava era estar fora da mídia. Quando ela fez o filme, acabou voltando para todos os programas, mas isso caiu rapidamente", relembra. Para a produtora, qualquer hora é hora de fazer negócio. Com a atenção voltada ao suicídio de Leila, o filme foi colocado à venda novamente no mercado para descolar alguma grana. Não vendeu nada, e acabou pegando mal. "Tivemos de tirar correndo tudo de circulação. Foi com a Leila Lopes que aprendemos a nunca mais mexer com morte", completa Fabão, profético. De qualquer forma, em 2009 a era de ouro das celebridades estava começando a mostrar sinais de perecimento. Hoje, o retorno com esses vídeos não é nem próximo do que foi outrora. "As pessoas têm na cabeça que a gente ainda paga R$ 500 mil de cachê; hoje, não existe mais isso. Esquece. Só faríamos algo com uma celebridade se ela topasse fazer um esquema de royalties." Além disso, alguns pastores evangélicos começaram a se incomodar com o fato de que os DVDs que eles vendiam com seus sermões vinham da mesma fábrica que fazia os DVDs da Brasileirinhas. Logo começou um boicote para a produtora sair da Videolar, indústria que prensava os DVDs —e essa foi apenas a primeira das tretas que fizeram a Brasileirinhas começar a investir pesado na internet. Nunes também conta que as grandes produções feitas com celebridades eram alvo de críticas dos consumidores. "Quem consome pornografia mesmo não gosta disso: eles preferem muito mais um Loupan ou um Ed Júnior da vida do que ver uma celebridade trepando na frente das câmeras. A verdade é que a maioria dos bons atores pornôs são feios", encerra. Ainda assim, foram as celebridades que garantiram a existência prolongada da Brasileirinhas até hoje. "Ganhamos muito dinheiro com isso", destaca Fabão. "Só que hoje não tem mais como: brasileiro é filho da puta e, em vez de pagar, vai ver tudo no Xvideos. Não tem jeito." OS 'PUNHETEIROS' Nada diferente do que o mercado externo de filmes adultos vem vivenciando. A Brasileirinhas sofre pela falta de costume do assinante em pagar pelo conteúdo. É uma questão complicada. Imagine como deve ser difícil para um cara com o Xvideos aberto e o pau na mão associar o seu entretenimento com uma cadeia de pessoas que precisam ser pagas porque são responsáveis pelo mesmo conteúdo que o consumidor está se vangloriando de poder ver sem pagar. Não são só as atrizes e os atores que precisam do cachê. Tem também a maquiadora, o cara que faz a iluminação, o diretor, a edição, e até quem faz o cafezinho dos funcionários depende da grana para pagar as contas de casa. Ainda assim, a Brasileirinhas consegue contar com uma certa quantidade de fiéis assinantes que pagam e acompanham a evolução da produtora há muito tempo. Eles são apelidados carinhosamente pela empresa de "punheteiros". "Tem muito assinante que paga religiosamente o site e reclama se não tiver o que ele quer nas cenas", afirma Fabão. "Uma vez, colocamos uma mulher tatuada, meio Suicide Girl, na Casa das Brasileirinhas, e eles detestaram." Os consumidores da Brasileirinhas são homens dotados de prazeres simples: mulheres com bunda, peitos e coxas grandes, marquinha de biquíni e muito sexo anal. "As centauras", como o próprio Fabão se refere às atrizes, são versões superlativas de "panicats" e musas fitness do Instagram, formando o padrão oficial do Brasil, capitaneado por performers como Angel Lima e Vivi Fernandes. A fidelidade do assinante da Brasileirinhas é uma questão interessante para explicar por que todos os conteúdos produzidos são muito parecidos. Ninguém quer perder o freguês, enquanto esse não quer perder a punheta de maneira alguma. Assim como a regra da diversão é futebol na quarta e no sábado mais churrasco no domingo, o pornô também tem de ser encaixado na rotina do punheteiro. Ai de quem tentar ousar um pouco. Em outras palavras: o cliente tem sempre razão. E como são poucos fazendo questão de pagar pelo seu pornô, o conteúdo da produtora acaba se tornando refém deles. Não que isso seja um problema para Clayton. O dinheiro continua entrando, e os funcionários da empresa são pagos por causa desses caras e, eventualmente, dos direitos de algum filme que entrou novamente em circulação no mercado. A própria visão sexista do dono mostra que não há um horizonte de grandes mudanças na pornografia brasileira à frente. "Mulher não precisa assistir a filme pornô também, né?", Clayton pergunta retoricamente. Ele chega até a vislumbrar seus filmes como educação sexual, embora não veja problema algum no fato de a maioria dos títulos da produtora não se ater ao prazer feminino. "Olha, ninguém vai gozar muito quando tá casado. Homem e mulher. Eu não gozo muito quando tô casado", justifica. Embora cada vez mais o público feminino comece a se interessar em ver pornografia, o próprio dono da maior produtora pornográfica do Brasil parece ainda relacionar o conceito "filme para mulheres" a grandes produções com atuação de celebridades. "Normalmente, existe filme pornô pra homem e para a mulher, essa que é a diferença. Hoje, a gente nem faz muito esse tipo de filme. Tem de ter celebridade ou um cara com aptidão com mulher", explica. Fábio se mostra mais disposto a mudanças, mas a própria falta de conhecimento dele sobre as possibilidades da sexualidade não deixa suas vontades passarem da primeira página. "Uma amiga minha que é feminista me falou pra gente começar a fazer pornô feminista, mas nem sei por onde começar. Talvez chamar uma mulher para dirigir um filme?", ele me olha, confuso. Decido deixar a pergunta sem resposta. CASA DAS BRASILEIRINHAS Na internet, A Casa das Brasileirinhas é uma junção de caming, pornô convencional e "Big Brother Brasil". Desde 2013, é a atividade principal da produtora. O site transmite conteúdo 24 horas por dia e o valor da assinatura é acessível. São três meninas por mês (quem ganhar a votação dos assinantes repete a última semana) que precisam interagir de verdade com os usuários, seja falando ou por escrito. Durante a semana, elas transam com outros atores, se masturbam, malham e comem sob os olhos famintos dos assinantes. O cachê não é altíssimo, mas também não é ruim; além disso, o custo das filmagens também não é alto, e daí é que sai muito material para poder ser reutilizado em novos filmes. Colocando tudo no papel, todo mundo sai feliz de lá. A parte do 24/7 não é exagero. As atrizes ficam à mostra aos usuários durante todo o período que permanecerem na casa. Não só nas cenas em que ela precise transar com um ator ou fazer uma cena lesbo com outra menina —a câmera também está ligada quando ela come, toma banho e vai dormir. "Teve uma vez que um dos assinantes perguntou para a atriz da semana no chat o que ela comia tanto, porque ela peidava muito quando estava dormindo", conta Fabão. Esse conceito foi concebido conjuntamente entre o diretor Gil Bendazon e o Clayton Nunes. Foi um casamento feliz: Clayton tinha a infraestrutura e a pressão de vender conteúdo online, enquanto Gil era um dos melhores diretores de filmes adultos do Brasil. "Padrão gringo", esse é o comentário geral sobre o seu trabalho. Bendazon trabalha na indústria desde 1995, quando começou na falecida Buttman Brasil duplicando VHS. A curiosidade e a disposição de aprender todas as possibilidades da pornografia o levaram a, em 2005, dirigir seu primeiro filme e também ser um dos donos da produtora Red Angel, junto com um brasileiro e dois norte-americanos. Sabendo que, em comparação com os EUA e a Europa, o mercado daqui é pífio, ele foi fazer inúmeros trabalhos para o mercado externo, o que lhe rendeu alguns prêmios em cerimônias, como o AVN e o Xbiz. A relação de Gil com a Brasileirinhas começou em 2010, quando o esboço da casa começou a ser feito. Três anos depois, houve a estreia do reality, hoje a principal atração do site principal da produtora, que conta com 11 mil assinantes e 5 milhões de acessos mensais. A agilidade do diretor e sua baixa tolerância com falta de profissionalismo o fazem ser um perfeito coordenador do reality show. Tudo pode acontecer em uma semana na qual a câmera nunca é desligada. Cocô acidental durante uma cena de sexo anal, atriz que fica doente, menstruada ou simplesmente indisposta, falta de internet, etc. Gil mostra uma capacidade de desdobramento muito certeira para fazer tudo funcionar. E funciona. Tanto é que diariamente ele bate cartão em Cotia para mais uma jornada de sexo ao vivo. Bendazon compartilha com Clayton a aversão em mostrar seu rosto para as câmeras. A balaclava acabou sendo uma opção para esconder o rosto quando necessário, o que lhe rendeu o apelido de "Ninja do Pornô". Antes de mais nada, Gil gosta de deixar muito claro que sua profissão é séria. "Não é putaria, é trabalho." A entrevista aconteceu numa segunda visita à casa. Bendazon me colocou em uma sala de jantar decorada em um estilo que eu chamaria de "motel caro". Uma foto de uma mulher sensual com algumas rosas e pérolas me observava próximo à mesa que estava montada com pratos, talheres e copos que jamais foram usados. Todos eles ainda estavam com as etiquetas de preço. Gil ligou a câmera, apontou para si, sentou à mesa e começamos a conversar ao vivo para os assinantes da casa. Ele estava com a famosa balaclava e uma camiseta preta, deixando apenas seus olhos claros em destaque. Combinando as informações do cenário e o rosto coberto de Gil, tudo parecia um vídeo caseiro feito pelo Estado Islâmico. Pornô, segundo ele, dá dinheiro sim e dá para viver. Até pouco tempo atrás, Gil ainda fazia publicidade em paralelo ao pornô; hoje, ele só trabalha na casa. O meio publicitário, também para ele, é mais podre do que o próprio pornô. "No pornô, a putaria é ao vivo, e na publicidade a putaria acontece nos bastidores", diferencia o diretor. O preconceito contra a indústria é um dos maiores motivos para o diretor manter sua face sempre coberta para o público. "Nunca escondi o que eu faço, minha família sabe, meus amigos. Quem interessa, sabe. As pessoas julgam, mas não querem ser julgadas." A aversão pela publicidade vai além da máscara. São raras as aparições de Gil para receber prêmios da indústria; além disso, ele não dá muitas entrevistas, atitudes que contribuem (junto com a seriedade) para fazer do diretor uma pessoa muito respeitada no meio. "Todo meio tem o bom, o ruim e o péssimo. Você vai ter uma pessoa pilantra, a drogada, a fofoqueira, o alcoólatra, o vagabundo e uma prostituta. É tipo uma empresa. Existem pessoas que querem a profissão, e existem outras que querem curtir", termina o diretor. Uma vez por semana, a Casa das Brasileirinhas oferece a oportunidade para um dos seus assinantes de visitar o local e poder transar com uma das atrizes. Mesmo que, a cada semana, a caixa de e-mails da produtora lote com pedidos masculinos para se tornarem atores, a média dos amadores calculada por Fabão, Gil e Clayton é pacífica: 90% broxam na hora do show, isso quando eles aceitam o convite e nunca aparecem. "Entre quatro paredes, todos nós somos heróis, mas, na hora [em] que você liga a luz, o cara fica mole", aponta Gil. "O cara pergunta pra mim 'Vocês vão ficar aqui?', e eu respondo 'Claro que sim'. Depois disso, esquece." Fabão vai mais além e filosofa que essa atividade dos assinantes é tão adorada porque há um prazer sádico de ver o cara broxando. "Quando vai um cara que consegue, os assinantes on-line metem o pau. Odeiam." Algumas atrizes também não gostam de lidar com amadores e dão uma zoada no cara. Tipo apontar para o pau murcho do cara e perguntar "E aí, vai demorar pra acontecer?". As idas dos assinantes, obviamente, não são pagas. "É um privilégio, na verdade", afirma o diretor de marketing. "Todo mundo chega com o cu na mão. Uma vez, um amigo meu veio fazer uma cena, e o chamei de canto pra avisar que era melhor ele tomar Viagra." CONCORRÊNCIA Num oceano em que a regra é ser um peixinho dourado com baixa expectativa de vida, a Brasileirinhas lidera tranquilamente um mercado cheio de amadores e experimentações na pornografia. Todos os anos, produtoras novas abrem, enquanto outras fecham as portas por não terem capital para competir com a pirataria e os dilemas que a própria indústria evoca. No caso, estou mencionando especificamente as produtoras que também fazem conteúdo para o público hétero. O caso da produção de filmes LGBTT, que engloba todo o mercado de "bonecas" (travestis e transex) e pornografia homossexual masculina, é uma história à parte, pois essas obras especificamente têm uma constante demanda de consumidores de fora do país. O próprio Fabão, ao relembrar a história da produtora, conta que o Brasil continua sendo um dos maiores exportadores de pornô transex. Outra tendência na indústria local são os filmes customizados, em que consumidores podem encomendar um filme particular, criando o roteiro e escolhendo até as performers —não muito diferente do início do trabalho da Brasileirinhas com zoofilia. A saudosa história do "2 Girls 1 Cup" é um exemplo clássico do mercado customizado. A película de scat foi feita no Brasil e, teoricamente, era para ser algo restrito a grupos apreciadores de coprofilia. Vazou, virou piada e caso de polícia (um dos funcionários da produtora foi preso nos EUA ), porém a empresa ainda existe e oferece um catálogo de atrizes e variados temas para facilitar a personalização de suas obras cinematográficas. Com isso, o monopólio do segmento hétero, construído graças à manobra de Nunes na compra de pequenas produtoras falidas, pertence quase que exclusivamente à Brasileirinhas."Que fique bem claro: espero muito que chegue o dia [em] que teremos uma concorrente à altura para se preocupar", diz Fábio. Os inimigos, portanto, são poucos. E, quando existem, aparecem à base de fofocas inevitáveis que correm pela indústria, na qual todo mundo se conhece. PRÊMIO SEXY HOT Embora a receita gerada pelo conteúdo online segure as pontas da produtora, há um outro modo empresarial de venda de conteúdo que funciona: os filmes on demand oferecidos nos canais adultos de televisão a cabo. Quem abocanha essa parte é a Globosat, dona do canal Sexy Hot (reservado às produções nacionais), a Playboy TV, For Man (LGBTT), Private (uma mistura de soft porn e explícito), Sextreme (reservado às produções hardcore com toques de fetiches), Venus (mais voltado às produções europeias) e Brazzers (reservado exclusivamente ao conteúdo da produtora norte-americana). Ou seja, se você quer ver pornografia na televisão (pagando o pacote especial, claro), é a Globosat que você precisa procurar. Para vender seu conteúdo, a Brasileirinhas precisa comer na mão da Globosat para conseguir que seu conteúdo seja exibido na grade. Não que isso represente um grande desafio, visto que a produção deles é superior ao resto do mercado local. Só que Nunes é um capitalista que quer ter o controle de seu mercado; assim, ele se sentiu em uma posição de desvantagem em relação ao que está acostumado. De acordo com ele, a Sexy Hot também percebeu que estava refém da produtora na questão de conteúdo. A saída foi investir na concorrência a fim de colocar a Brasileirinhas para escanteio. "Quer a verdade nua e crua do PIP [Prêmio da Indústria Pornô]? O Sexy Hot tava na minha mão. E cheguei pra eles com o pau na mesa, dizendo 'Ou vocês me pagam tanta grana, ou vocês que se fodam', e a solução deles foi dar dinheiro para pequenas produtoras para criar uma concorrência. Assim, nasceu o PIP", revela Nunes. Na época da entrevista, apenas a primeira premiação havia rolado e não se sabia ao certo como seria o esquema da próxima edição. Nunes afirma que, de um dia para outro, por causa da existência do prêmio, muitos atores correram para abrir pequenas produtoras a fim de poder vender conteúdo para a Sexy Hot —a qual, segundo Clayton, "estava comprando tudo". "Na época, começou a aparecer um monte de gente. Já existiam algumas, como a Red Angel, a Xplastic, uma tal de Erógena, que produz soft-porn, mas o resto era tudo [empresa] de ator que montou uma produtora para participar", aponta Nunes. O desconforto de Fábio e Nunes com a existência do prêmio é algo palpável. Nenhum deles gosta da premiação, porém ambos reconhecem que ela é uma coisa importante para as atrizes e os atores que trabalham na indústria. "Foi meio que pra inglês ver. Foi legal, porque as atrizes se empenham mais para fazer os filmes. Elas se importam demais por causa disso, tá quase mais importante do que dinheiro", brinca Fábio. Embora Nunes e Fábio afirmem que a premiação estava toda combinada para todo mundo levar o prêmio e sair feliz da primeira edição, eles também não negam que brigar com a Globosat não é uma jogada saudável para a produtora. "Pra que eu vou me indispor com a Globo? 70% do lucro da NET é dos canais Globosat. Eu preciso dela pra sobreviver, e, além disso, o NOW tá na mão da Globosat também. Eu vou fazer o quê? Tenho de fazer cara de bosta mesmo e pagar meus funcionários", admite Nunes. O GÊNERO 'BRASILEIRINHAS' Além dos "punheteiros", que formatam o conteúdo pela demanda, a Brasileirinhas carrega outro aspecto que é tanto uma vantagem quanto uma desvantagem. A vantagem é que, quando se pensa em pornografia no Brasil, a primeira coisa que vem em mente é o nome da produtora. O que nos leva para a desvantagem: o nome é tão genérico que acabou se tornando um termo para qualquer obra pornográfica fabricada no Brasil. Isso é algo equivalente a você chamar qualquer lâmina de barbear de Gilette ou qualquer absorvente interno de O.B. No pornô, isso significa menos dinheiro e mais dor de cabeça. Pense que todo dia surgem sites que usam o nome "brasileirinhas" sem autorização e que eles são indexados à primeira página do Google, às vezes aparecendo à frente da página oficial. Existe, claro, o DMCA, que já comentei em outra reportagem para o Motherboard. Graças a duas funcionárias que trabalham diariamente, segundo o próprio Clayton Nunes, "secando o gelo", o Google recebe cerca de 1.500 relatórios de DMCA por dia da Brasileirinhas. Tudo para conseguir retirar do sistema de busca essas páginas que usam conteúdo da produtora sem autorização. "Minha luta é tirar os piratas da primeira página do Google e só deixar minhas coisas lá", conta Clayton. "A segunda, terceira página, foda-se, porque, se o cara chegou até lá, é porque ele não vai mesmo pagar pelo meu conteúdo." No entanto, é preciso lembrar que a Brasileirinhas não tem grana suficiente para conseguir endurecer a eficácia do regime de direitos autorais no campo pornográfico online, e o Google só se importa de verdade se tem pornografia infantil na jogada. "Você quer saber quem é nosso maior inimigo?", pergunta Nunes. "É o Xvideos. Eu odeio essa merda." A segunda parte da reportagem será publicada em breve. Siga a VICE Brasil no Facebook, Twitter e Instagram. Leia no site da VICE: ​A História da Brasileirinhas, a Maior Produtora de Filmes Pornográficos do Brasil - Parte 1
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A história da Brasileirinhas, a maior produtora de filmes pornográficos do Brasil (parte 1)Uma garota aparentando 20 e poucos anos entrou na cozinha com olhar entediado. Seu porte é pequeno, curvilíneo, e a primeira coisa que chama atenção é seu cabelo liso e preto azulado descendo displicentemente até a bunda. O look casual, composto por um shortinho e uma baby look com a expressão "Brasileirinhas" escrita em letras garrafais, denota um momento de tranquilidade. "Vem almoçar", chama uma senhora. A jovem me olha e dá um imperceptível "Oi" antes de começar a comer seu PF (arroz, feijão, bife e salada) servido pela mulher encarregada do rango. Um homem próximo à mesa ativa uma webcam montada em frente à garota e olha para ela como se desse aval para começar. Notando que eu estava dividindo minha atenção entre a moça e a câmera, o homem me manda um sorriso e me avisa: "Aqui todo mundo quer ver tudo". Esse foi meu primeiro contato com a Brasileirinhas, possivelmente a maior produtora pornô do Brasil. Escondida em um condomínio de alto padrão nos arredores de Cotia, a Casa das Brasileirinhas está cercada de portões, paredes e cercas vivas altas para não chamar a atenção dos vizinhos. Os próprios funcionários evitam conversar alto e tomam cuidado para que o nome "Brasileirinhas" não escape para as suntuosas casas que dividem a rua. "Para não dar dor de cabeça", explica um deles. A Brasileirinhas é um espectro onipresente no imaginário sexual do país. Não importa a idade, classe social ou origem, se você alguma vez viu pornô nacional, escutou o nome da produtora. Eu mesma, ainda criança, antes de sequer sonhar em me interessar por pornografia, conheci a produtora em canais de putaria pay-per-view de TV a cabo. Não lembro o nome do filme, porém lembro com uma clareza a imagem de uma bunda gigantesca em zoom na tela revelando pequenas espinhas. Talvez isso não seja uma lembrança agradável, mas me impressionei por estar assistindo a um filme de sexo falado em português. Nos créditos finais, o nome que ficou fixado nos confins da minha pré-adolescência: Brasileirinhas. Não é um mistério que a indústria brasileira de filmes adultos seja uma versão "gambiarra" da que existe nos EUA. Estamos falando de pouca grana movimentada, quase nada de fiscalização de conteúdo (exceto para zoofilia, pedofilia e outras parafilias consideradas crimes no Código Penal nacional) e pouquíssima informação sobre a história das produtoras que fizeram história. A ida à Casa das Brasileirinhas foi programada para conversar com o porta-voz oficial da produtora, o diretor de marketing Fábio Dias, conhecido na internet como Fabão Pornô. 'O EMPREGO DOS SONHOS' Enquanto aguardava a chegada de Fábio Dias, os funcionários me deixaram no jardim. Além da atriz de cabelos compridos perambulando pela casa cheia de câmeras, Angel Lima (ganhadora do prêmio de Melhor Atriz na edição do Prêmio Sexy Hot de 2015) circulou algumas vezes por ali com um olhar de quem procurava por alguém. No outro lado da piscina, havia um quiosque reservado para churrascos, o que me pareceu uma possibilidade bastante remota até eu ver o lançamento recente da produtora, "Entre Picas e Picanhas", dividindo o espaço com uma academia improvisada. Agora, a mesma garota de cabelos pretos (depois, descobri que seu nome é Bruna) estava com um shortinho mais curto do que o anterior, fazendo uma série simples de musculação. A câmera da casa estava montada no quiosque, onde a atriz começava a rotina de exercícios para os assinantes que estavam on-line a observando. A música "Piradinha" tocava em repeat e em um volume próximo à turbina de um Boeing 747. Depois de alguns minutos de espera e sofrimento, Fábio Dias apareceu. Após se servir de vodca com energético e acender um Marlboro vermelho, sentou em uma das esteiras para curar os efeitos da ressaca da noite anterior e começar a entrevista. Com quase 67 mil seguidores no Twitter, Fabão alimenta a imagem de detentor da "melhor profissão do mundo" ao publicar fotos com as performers ostentando próteses generosas de silicone, bebidas "masculinas" como Jack Daniel's e cervejas, muito futebol e eventualmente algum comentário político criticando o governo Dilma. É mais comum para ele ver uma transa durante o horário de trabalho do que fazer um relatório ou uma planilha no Excel. Fabão ainda coordena toda a imagem visual da produtora, além de ser o porta-voz oficial para a grande mídia. "Meu herói" é uma afirmação bastante comum vinda dos seus seguidores, a maioria pertencente ao público masculino e muito jovem —na adolescência ou saindo dela, no máximo. "Mas isso, para a empresa, é muito bom, especialmente por causa da exposição na televisão e também porque, quando querem falar com a gente, vão direto pra mim." "A única coisa ruim é quando estou com meu filho", reclama o diretor de marketing. "Uma vez, [eu] estava na Comic-Con com ele, e veio gente falar comigo coisas tipo 'Bati muita punheta por sua causa, Fabão' do lado de um menino de seis anos. Com criança do lado é foda, né?" Em contraponto à sua persona online, ao vivo Fábio rapidamente se mostra uma pessoa muito diferente. Estatura baixa, portando um bronzeado paulista (adquirido na luz fria de escritório) e com um pequeno foco de calvície no topo da cabeça, ele é uma pessoa tímida, talvez até um pouco desconfortável com a atenção recebida. A tremedeira nas mãos revela certo grau de alcoolismo, que imediatamente é mencionado por ele, como se quisesse deixar tudo claro. Ele também adianta alguns detalhes que devem ser tópicos constantes de qualquer conversa inicial sobre sua função: "Não sou comedor, não sou desrespeitoso, e isso é só um trabalho como qualquer outro". Separado duas vezes (uma oficial e outra não oficialmente), Fábio conta que o "emprego não ajudou" nas relações. "Eu até tinha cuidado de levá-las [as mulheres] pro escritório e nas festas pra mostrar que é trampo mesmo, mas, nas filmagens de carnaval, quando você chega com 30 tipos de perfume diferentes e com lantejoula no seu corpo, até explicar isso já era". Solteiro há três anos, Fábio é esclarecido quanto a relacionamentos. "Eu não me namoraria", admite, "assim como não namoraria uma mulher que posta todo dia fotos com homens sem camisa. Eu sou muito ciumento." Paulistano de nascença, Fabão foi o típico moleque adolescente de classe média-alta. Estudou em um colégio tradicional nos Jardins, teve mãe dona de casa e um pai ausente no lar, focado no negócio de concessionárias de carros. "Eu sempre fui da pá virada", conta Fábio. O padrão de vida polpudo terminou aos 15 anos graças a alguns investimentos errados do pai. Passou de estudante de colégio tradicional com uma garagem recheada de Mercedes a frequentador de colégio público junto a uma série de dificuldades financeiras que permeavam a vida familiar. "Foi quando eu descobri onde ficava o ponto de ônibus", relembra. Nas conversas sobre sua família, é notável a admiração pelo pai, que morreu há poucos anos. O peso da ausência do pai é notável, embora não chegue a prejudicar a admiração pelo seu velho que, assim como o filho, mantinha um gosto pela farra. Fábio se formou em Marketing na Anhembi com 20 anos. Chegou a cursar outra faculdade, mas acabou largando. Além disso, só trabalhou em agência "top", porém odiava o ambiente publicitário. "Quando falo que o pornô é melhor que a publicidade, ninguém acredita, mas é. Muita droga, muito estresse —e todo mundo quer foder com todo mundo." A má experiência no meio publicitário —que rendeu uma porrada no diretor de arte da agência onde trabalhava— foi a porta de entrada dele para a indústria de filmes adultos. "Conheci o antigo dono da Brasileirinhas numa loja de carro onde meu pai trabalhava. Eu estava com o portfólio na mão para procurar emprego como assistente de arte. O dono me perguntou se eu sabia tratar imagem, tirar celulite, estrias, e me pediu para fazer o teste." "Eu não pirava em pornô," relembra Fábio. "Fui pra uma locadora e fiquei lá duas horas olhando as capas para entender o padrão visual que eles queriam. Assim, fui pra casa e fiz. Lembro até hoje que a capa era para o filme 'Copacabana Girls'." O trabalho não era fácil. "No começo, eu só fazia [filmes pornô de] dog, travesti e gay, até que o diretor de arte —que era meio louco— surtou de vez e eu assumi o cargo, ganhando mais e realizando o triplo do trabalho." Fábio acompanhou praticamente todas as épocas gloriosas da produtora, sempre como diretor de arte, até que, em 2013, começou a aparecer na internet para dar uma cara à produtora. "E foi assim que surgiu a figura do Fabão Pornô. "Todo mundo fica decepcionado porque eu sou baixinho", diverte-se. "Eu gosto da exposição, sou educado com todo mundo e tento desmitificar o mundo pornô do jeito que posso, mostrando que é um trabalho como qualquer outro, com funcionários e obrigações", completa. A conversa começa a dar indícios de que vai terminar quando observamos a atriz de cabelos pretos malhando, agora completamente pelada. "A gente costumava colocar banhos sensuais nas atividades das meninas, mas levamos uma comida de rabo dos assinantes por causa da crise hídrica", relata. As cenas de banho acabaram vetadas. DISCOS, ZOOFILIA, CLAYTON NUNES E A INTERNET O escritório principal da produtora, perto do surrealismo da casa, é um retorno ao mundo real. O local é arejado, sóbrio, com direito a sala de espera, mesas dividas em pequenas baias e uma agradável laje para onde Fabão escapa a fim de fumar. A única evidência de pornografia são as pastas de documentos da produtora, organizadas meticulosamente por nomes como "Carnaval" ou "Anal". Cerca de 30 funcionários trabalham ali. Grande parte deles são mulheres, uma surpresa, já que a voz da produtora é exclusivamente masculina. Entretanto, elas não querem falar comigo. Minha suspeita é que a exposição negativa de trabalhar na indústria pornográfica atinja qualquer mulher, mesmo ela não sendo uma performer —o estigma no Brasil persiste. Resolvi respeitar minhas suspeitas e me restringi a apenas observar, quieta, os computadores das funcionárias, de onde eventualmente saltavam bundas, peitos, cus e vaginas nas telas. "Começou com um erro", conta Fabão. O antigo dono, Luis Alvarenga, era dono de uma loja de discos que estava quase falindo na segunda metade dos anos 1990. Na época, a produção de sacanagem nacional ainda flertava com os restos deixados com o fim da Boca do Lixo, embora nem sonhasse com uma produção de larga escala. A pedido de um amigo, Luis começou a vender fitas VHS de pornografia. "Vendeu todos os pornôs, mas nada de discos." Como um bom homem de negócios, Luis percebeu uma oportunidade crescendo em suas mãos. "Ele alugou ou comprou uma filmadora, uma coisa muito cara para época, e falou: 'Vamos continuar fazendo isso'." A primeira oportunidade de gravar veio com o convite da Band para cobrir as gloriosas festas de carnaval que salpicavam a imaginação de qualquer moleque espinhento nas madrugadas de folia. O nome da produtora era "100% Nacional", e o primeiro escritório, uma casa alugada na Vila Mariana, se dedicava ao telemarketing para vender as fitas VHS dos carnavais. Foi um pulo para começar a produzir filmes. "Era muito difícil copiar VHS na época; então, a pirataria ainda era uma realidade muito distante." A virada do DVD foi essencial para o sucesso da produtora. No início, prensar DVD era caro e não vendia. "O aparelho era caro; e, quando alguém tinha, era na sala de casa. Quem vai ver um DVD pornô na sala de casa?" Assim que seu uso popularizou, os lucros dispararam. Grande parte da produção das capas feitas por Fabão, desde que começou a trabalhar na produtora em 2002, era de filmes de zoofilia, um hit nacional e internacional de vendas da Brasileirinhas. "O que financiou a produtora no começo eram os filmes de dog. Vendemos para muita gente. Especialmente para o Leste Europeu." A procura pelos vídeos de zoofilia era farta. "Ninguém queria produzir, mas sempre vinham uns caras pedindo, encomendando mesmo. Colocávamos um preço alto para não aceitarem, mas eles pagavam. E a gente fazia." A produção por trás de um vídeo de zoofilia, segundo Fabão, era uma merda. Dava trabalho, era preciso achar gente disposta a fazer e animais como pôneis, cavalos, répteis e cachorros para participar. "A única morte que aconteceu na Brasileirinhas foi de uma pobre cobrinha d'água que tinha de ser colocada e tirada da vagina da atriz." Ele conta que a performer colocava e tirava a cobra d'água do corpo para uma bacia cheia de água repetidas vezes, tentando evitar o estresse do réptil e o deixando respirar. Eventualmente, a cobra parou de se mexer. "Nós paramos com os filmes de zoofilia depois que ficamos ricos", confessa o diretor de marketing. Somada também à engenhosidade de produzir os filmes (a maioria era feita no Nordeste), a tipificação do crime de zoofilia —além do desgosto da mulher de Alvarenga pelo gênero— fez com que as produções cessassem no começo dos anos 00. A vinda da Blockbuster foi uma das grandes tempestades às quais a produtora sobreviveu. A rede de franquias norte-americana derrubou praticamente todas as locadoras de bairro que compravam as cópias de DVDs da produtora —e, para piorar, ela não permitia filmes pornográficos nas prateleiras. Alvarenga encerrou de vez suas atividades na produtora em 2010. Esgotado graças ao impedimento de distribuir filmes pornográficos para locadoras menores (que garantia uma fatia generosa do lucro), à pirataria desenfreada dos conteúdos nos camelôs e à sua própria desconfiança com a internet, ele começou a passar a tocha para Clayton Nunes em 2007, à época editor do Sexsites. Clayton teve a grande sacada de começar a distribuição dos DVDs pornôs a preços populares em bancas de jornal e postos de gasolina, o que foi importante para eliminar o estoque excedente de DVDs que empoeiravam em um armazém situado na Grande São Paulo. Além disso, foi um dos pioneiros na indústria de filmes adultos nacionais a acreditar que o futuro da sacanagem estava na rede mundial de computadores. Antes de comprar a produtora, Nunes já nutria um relacionamento com a Brasileirinhas. Em 2001, ele começou a distribuir os filmes da produtora em bancas de jornal e, posteriormente, montou o primeiro site da produtora. Assumir o controle da empresa foi "natural", segundo ele, que conseguiu que a receita do conteúdo online superasse a venda de cópias físicas. Administrador de empresas e "nerd", como ele mesmo se define, Clayton Nunes é um homem articulado e sorridente. Carregada por um sotaque paulista empresarial, sua fala consegue preencher todo o escritório da produtora. A imagem de Nunes reúne as características para que nossas mães e tias denominassem alguém como "um pão". Dentes brancos, barba por fazer, cabelos chegando aos poucos no grisalho e uma postura meio de bronco. O relógio brilhante, que pode ou não custar uma fortuna, repousava em um dos braços bronzeados. Teoricamente, Clayton não gosta de aparecer e muito menos de dar entrevistas, porém ele não se incomodou com a presença do gravador ligado há quase uma hora e contou alegremente sobre as suas atividades profissionais. Há anos, a tática de Nunes é comprar pequenos sites pornôs brasileiros que estão capengas. A Buttman Brasil, filial local da produtora de John Stagliano coordenada pelo pornógrafo Stanlay Miranda, foi uma das maiores compras da produtora em 2008. Em seguida, ele trouxe a Planet Sex e a Sexxxy pra dentro do monopólio. "Hoje, o que o consumidor brasileiro procurar do Brasil, é nosso", resume Clayton. Em 2013, a produtora anunciou que pararia de produzir cópias de DVDs e iria se concentrar apenas no conteúdo online. O site da produtora conta com mais de 10 braços focados em diferentes conteúdos (amador, anal, transex e afins) e tem um acervo de mais de 2 mil cenas e 500 filmes. "São 5 milhões de acessos por mês", comemora o dono. Como uma fênix capenga e depenada, renascendo das cinzas a cada crise com um membro a menos que não se recuperou do baque, a Brasileirinhas conta com 20 anos de existência em um mercado incipiente e muito pouco valorizado pelo público. Ela faz jus ao nome e não desiste nunca. CELEBRIDADES Os filmes pornôs de celebridades foram a época mais especial para a Brasileirinhas. Começou em 2004 com a atuação sofrível de Alexandre Frota, o pitboy carioca, à época ex-"Casa dos Artistas", no filme "Obsessão", dirigido por José Gaspar, e também com o filme "Sedução", lançado no mesmo ano, estrelando a "rainha dos presídios" Rita Cadillac. Ao contrário dos EUA, onde um famoso pode se tornar um performer pornô quando sua sex tape amadora vaza para a mídia (propositalmente ou não), no Brasil o pornô conseguiu atingir o sonho molhado da indústria, sendo capaz de fechar contratos de verdade para ter celebridades atuando em cenas pornográficas de verdade. Graças ao sucesso absoluto na estreia de Frota e Cadillac no mercado pornô, o gênero acabou se tornando a "Santa Trindade da Brasileirinhas". "Os distribuidores compravam em toneladas, porque vendia que nem água. Tinha muito mês [em] que a gente batia a Disney na venda de DVDs", relembra Fabão. No mesmo perfil de ex-celebridades que buscavam retomar os holofotes da fama, outros frequentadores das páginas de Caras e ex-participantes do BBB também estrelaram no catálogo de obras da produtora, incluindo nomes como Gretchen, Marcos Oliver, Matheus Carierri, André Cowboy e Leila Lopes. Graças aos filmes de celebridades que vendiam que nem água no mercado, a Brasileirinhas passou pela fase de vacas gordas, quando cerca de 35 longas eram rodados em um mês. "Grandes produções", frisa Fábio. Hoje, a produtora lança dois títulos por mês, sempre online —e olhe lá. Em 2008, a atriz ex-global Leila Lopes foi um dos grandes anúncios da produtora no seu catálogo de celebridades. O título "Pecados & Tentações", também dirigido por José Gaspar, foi um sucesso de vendas e colocou-a novamente dentro dos circuitos midiáticos. O sucesso rendeu mais duas películas com a produtora em seguida. "Apesar da idade, mostrou-se inteira e incansável na hora da foda!", descreve o índice de performers da produtora. Em uma profunda depressão, Leila Lopes se matou em 2009 ingerindo veneno de rato. A atriz deixou uma carta de suicídio agradecendo à família, aos amigos e a algumas pessoas da imprensa. Nada foi mencionado sobre a Brasileirinhas. "Não foi por causa do pornô que ela se matou", Fabão faz questão de afirmar. "A Leila Lopes não queria grana, ela queria ser reconhecida. O que a matava era estar fora da mídia. Quando ela fez o filme, acabou voltando para todos os programas, mas isso caiu rapidamente", relembra. Para a produtora, qualquer hora é hora de fazer negócio. Com a atenção voltada ao suicídio de Leila, o filme foi colocado à venda novamente no mercado para descolar alguma grana. Não vendeu nada, e acabou pegando mal. "Tivemos de tirar correndo tudo de circulação. Foi com a Leila Lopes que aprendemos a nunca mais mexer com morte", completa Fabão, profético. De qualquer forma, em 2009 a era de ouro das celebridades estava começando a mostrar sinais de perecimento. Hoje, o retorno com esses vídeos não é nem próximo do que foi outrora. "As pessoas têm na cabeça que a gente ainda paga R$ 500 mil de cachê; hoje, não existe mais isso. Esquece. Só faríamos algo com uma celebridade se ela topasse fazer um esquema de royalties." Além disso, alguns pastores evangélicos começaram a se incomodar com o fato de que os DVDs que eles vendiam com seus sermões vinham da mesma fábrica que fazia os DVDs da Brasileirinhas. Logo começou um boicote para a produtora sair da Videolar, indústria que prensava os DVDs —e essa foi apenas a primeira das tretas que fizeram a Brasileirinhas começar a investir pesado na internet. Nunes também conta que as grandes produções feitas com celebridades eram alvo de críticas dos consumidores. "Quem consome pornografia mesmo não gosta disso: eles preferem muito mais um Loupan ou um Ed Júnior da vida do que ver uma celebridade trepando na frente das câmeras. A verdade é que a maioria dos bons atores pornôs são feios", encerra. Ainda assim, foram as celebridades que garantiram a existência prolongada da Brasileirinhas até hoje. "Ganhamos muito dinheiro com isso", destaca Fabão. "Só que hoje não tem mais como: brasileiro é filho da puta e, em vez de pagar, vai ver tudo no Xvideos. Não tem jeito." OS 'PUNHETEIROS' Nada diferente do que o mercado externo de filmes adultos vem vivenciando. A Brasileirinhas sofre pela falta de costume do assinante em pagar pelo conteúdo. É uma questão complicada. Imagine como deve ser difícil para um cara com o Xvideos aberto e o pau na mão associar o seu entretenimento com uma cadeia de pessoas que precisam ser pagas porque são responsáveis pelo mesmo conteúdo que o consumidor está se vangloriando de poder ver sem pagar. Não são só as atrizes e os atores que precisam do cachê. Tem também a maquiadora, o cara que faz a iluminação, o diretor, a edição, e até quem faz o cafezinho dos funcionários depende da grana para pagar as contas de casa. Ainda assim, a Brasileirinhas consegue contar com uma certa quantidade de fiéis assinantes que pagam e acompanham a evolução da produtora há muito tempo. Eles são apelidados carinhosamente pela empresa de "punheteiros". "Tem muito assinante que paga religiosamente o site e reclama se não tiver o que ele quer nas cenas", afirma Fabão. "Uma vez, colocamos uma mulher tatuada, meio Suicide Girl, na Casa das Brasileirinhas, e eles detestaram." Os consumidores da Brasileirinhas são homens dotados de prazeres simples: mulheres com bunda, peitos e coxas grandes, marquinha de biquíni e muito sexo anal. "As centauras", como o próprio Fabão se refere às atrizes, são versões superlativas de "panicats" e musas fitness do Instagram, formando o padrão oficial do Brasil, capitaneado por performers como Angel Lima e Vivi Fernandes. A fidelidade do assinante da Brasileirinhas é uma questão interessante para explicar por que todos os conteúdos produzidos são muito parecidos. Ninguém quer perder o freguês, enquanto esse não quer perder a punheta de maneira alguma. Assim como a regra da diversão é futebol na quarta e no sábado mais churrasco no domingo, o pornô também tem de ser encaixado na rotina do punheteiro. Ai de quem tentar ousar um pouco. Em outras palavras: o cliente tem sempre razão. E como são poucos fazendo questão de pagar pelo seu pornô, o conteúdo da produtora acaba se tornando refém deles. Não que isso seja um problema para Clayton. O dinheiro continua entrando, e os funcionários da empresa são pagos por causa desses caras e, eventualmente, dos direitos de algum filme que entrou novamente em circulação no mercado. A própria visão sexista do dono mostra que não há um horizonte de grandes mudanças na pornografia brasileira à frente. "Mulher não precisa assistir a filme pornô também, né?", Clayton pergunta retoricamente. Ele chega até a vislumbrar seus filmes como educação sexual, embora não veja problema algum no fato de a maioria dos títulos da produtora não se ater ao prazer feminino. "Olha, ninguém vai gozar muito quando tá casado. Homem e mulher. Eu não gozo muito quando tô casado", justifica. Embora cada vez mais o público feminino comece a se interessar em ver pornografia, o próprio dono da maior produtora pornográfica do Brasil parece ainda relacionar o conceito "filme para mulheres" a grandes produções com atuação de celebridades. "Normalmente, existe filme pornô pra homem e para a mulher, essa que é a diferença. Hoje, a gente nem faz muito esse tipo de filme. Tem de ter celebridade ou um cara com aptidão com mulher", explica. Fábio se mostra mais disposto a mudanças, mas a própria falta de conhecimento dele sobre as possibilidades da sexualidade não deixa suas vontades passarem da primeira página. "Uma amiga minha que é feminista me falou pra gente começar a fazer pornô feminista, mas nem sei por onde começar. Talvez chamar uma mulher para dirigir um filme?", ele me olha, confuso. Decido deixar a pergunta sem resposta. CASA DAS BRASILEIRINHAS Na internet, A Casa das Brasileirinhas é uma junção de caming, pornô convencional e "Big Brother Brasil". Desde 2013, é a atividade principal da produtora. O site transmite conteúdo 24 horas por dia e o valor da assinatura é acessível. São três meninas por mês (quem ganhar a votação dos assinantes repete a última semana) que precisam interagir de verdade com os usuários, seja falando ou por escrito. Durante a semana, elas transam com outros atores, se masturbam, malham e comem sob os olhos famintos dos assinantes. O cachê não é altíssimo, mas também não é ruim; além disso, o custo das filmagens também não é alto, e daí é que sai muito material para poder ser reutilizado em novos filmes. Colocando tudo no papel, todo mundo sai feliz de lá. A parte do 24/7 não é exagero. As atrizes ficam à mostra aos usuários durante todo o período que permanecerem na casa. Não só nas cenas em que ela precise transar com um ator ou fazer uma cena lesbo com outra menina —a câmera também está ligada quando ela come, toma banho e vai dormir. "Teve uma vez que um dos assinantes perguntou para a atriz da semana no chat o que ela comia tanto, porque ela peidava muito quando estava dormindo", conta Fabão. Esse conceito foi concebido conjuntamente entre o diretor Gil Bendazon e o Clayton Nunes. Foi um casamento feliz: Clayton tinha a infraestrutura e a pressão de vender conteúdo online, enquanto Gil era um dos melhores diretores de filmes adultos do Brasil. "Padrão gringo", esse é o comentário geral sobre o seu trabalho. Bendazon trabalha na indústria desde 1995, quando começou na falecida Buttman Brasil duplicando VHS. A curiosidade e a disposição de aprender todas as possibilidades da pornografia o levaram a, em 2005, dirigir seu primeiro filme e também ser um dos donos da produtora Red Angel, junto com um brasileiro e dois norte-americanos. Sabendo que, em comparação com os EUA e a Europa, o mercado daqui é pífio, ele foi fazer inúmeros trabalhos para o mercado externo, o que lhe rendeu alguns prêmios em cerimônias, como o AVN e o Xbiz. A relação de Gil com a Brasileirinhas começou em 2010, quando o esboço da casa começou a ser feito. Três anos depois, houve a estreia do reality, hoje a principal atração do site principal da produtora, que conta com 11 mil assinantes e 5 milhões de acessos mensais. A agilidade do diretor e sua baixa tolerância com falta de profissionalismo o fazem ser um perfeito coordenador do reality show. Tudo pode acontecer em uma semana na qual a câmera nunca é desligada. Cocô acidental durante uma cena de sexo anal, atriz que fica doente, menstruada ou simplesmente indisposta, falta de internet, etc. Gil mostra uma capacidade de desdobramento muito certeira para fazer tudo funcionar. E funciona. Tanto é que diariamente ele bate cartão em Cotia para mais uma jornada de sexo ao vivo. Bendazon compartilha com Clayton a aversão em mostrar seu rosto para as câmeras. A balaclava acabou sendo uma opção para esconder o rosto quando necessário, o que lhe rendeu o apelido de "Ninja do Pornô". Antes de mais nada, Gil gosta de deixar muito claro que sua profissão é séria. "Não é putaria, é trabalho." A entrevista aconteceu numa segunda visita à casa. Bendazon me colocou em uma sala de jantar decorada em um estilo que eu chamaria de "motel caro". Uma foto de uma mulher sensual com algumas rosas e pérolas me observava próximo à mesa que estava montada com pratos, talheres e copos que jamais foram usados. Todos eles ainda estavam com as etiquetas de preço. Gil ligou a câmera, apontou para si, sentou à mesa e começamos a conversar ao vivo para os assinantes da casa. Ele estava com a famosa balaclava e uma camiseta preta, deixando apenas seus olhos claros em destaque. Combinando as informações do cenário e o rosto coberto de Gil, tudo parecia um vídeo caseiro feito pelo Estado Islâmico. Pornô, segundo ele, dá dinheiro sim e dá para viver. Até pouco tempo atrás, Gil ainda fazia publicidade em paralelo ao pornô; hoje, ele só trabalha na casa. O meio publicitário, também para ele, é mais podre do que o próprio pornô. "No pornô, a putaria é ao vivo, e na publicidade a putaria acontece nos bastidores", diferencia o diretor. O preconceito contra a indústria é um dos maiores motivos para o diretor manter sua face sempre coberta para o público. "Nunca escondi o que eu faço, minha família sabe, meus amigos. Quem interessa, sabe. As pessoas julgam, mas não querem ser julgadas." A aversão pela publicidade vai além da máscara. São raras as aparições de Gil para receber prêmios da indústria; além disso, ele não dá muitas entrevistas, atitudes que contribuem (junto com a seriedade) para fazer do diretor uma pessoa muito respeitada no meio. "Todo meio tem o bom, o ruim e o péssimo. Você vai ter uma pessoa pilantra, a drogada, a fofoqueira, o alcoólatra, o vagabundo e uma prostituta. É tipo uma empresa. Existem pessoas que querem a profissão, e existem outras que querem curtir", termina o diretor. Uma vez por semana, a Casa das Brasileirinhas oferece a oportunidade para um dos seus assinantes de visitar o local e poder transar com uma das atrizes. Mesmo que, a cada semana, a caixa de e-mails da produtora lote com pedidos masculinos para se tornarem atores, a média dos amadores calculada por Fabão, Gil e Clayton é pacífica: 90% broxam na hora do show, isso quando eles aceitam o convite e nunca aparecem. "Entre quatro paredes, todos nós somos heróis, mas, na hora [em] que você liga a luz, o cara fica mole", aponta Gil. "O cara pergunta pra mim 'Vocês vão ficar aqui?', e eu respondo 'Claro que sim'. Depois disso, esquece." Fabão vai mais além e filosofa que essa atividade dos assinantes é tão adorada porque há um prazer sádico de ver o cara broxando. "Quando vai um cara que consegue, os assinantes on-line metem o pau. Odeiam." Algumas atrizes também não gostam de lidar com amadores e dão uma zoada no cara. Tipo apontar para o pau murcho do cara e perguntar "E aí, vai demorar pra acontecer?". As idas dos assinantes, obviamente, não são pagas. "É um privilégio, na verdade", afirma o diretor de marketing. "Todo mundo chega com o cu na mão. Uma vez, um amigo meu veio fazer uma cena, e o chamei de canto pra avisar que era melhor ele tomar Viagra." CONCORRÊNCIA Num oceano em que a regra é ser um peixinho dourado com baixa expectativa de vida, a Brasileirinhas lidera tranquilamente um mercado cheio de amadores e experimentações na pornografia. Todos os anos, produtoras novas abrem, enquanto outras fecham as portas por não terem capital para competir com a pirataria e os dilemas que a própria indústria evoca. No caso, estou mencionando especificamente as produtoras que também fazem conteúdo para o público hétero. O caso da produção de filmes LGBTT, que engloba todo o mercado de "bonecas" (travestis e transex) e pornografia homossexual masculina, é uma história à parte, pois essas obras especificamente têm uma constante demanda de consumidores de fora do país. O próprio Fabão, ao relembrar a história da produtora, conta que o Brasil continua sendo um dos maiores exportadores de pornô transex. Outra tendência na indústria local são os filmes customizados, em que consumidores podem encomendar um filme particular, criando o roteiro e escolhendo até as performers —não muito diferente do início do trabalho da Brasileirinhas com zoofilia. A saudosa história do "2 Girls 1 Cup" é um exemplo clássico do mercado customizado. A película de scat foi feita no Brasil e, teoricamente, era para ser algo restrito a grupos apreciadores de coprofilia. Vazou, virou piada e caso de polícia (um dos funcionários da produtora foi preso nos EUA ), porém a empresa ainda existe e oferece um catálogo de atrizes e variados temas para facilitar a personalização de suas obras cinematográficas. Com isso, o monopólio do segmento hétero, construído graças à manobra de Nunes na compra de pequenas produtoras falidas, pertence quase que exclusivamente à Brasileirinhas."Que fique bem claro: espero muito que chegue o dia [em] que teremos uma concorrente à altura para se preocupar", diz Fábio. Os inimigos, portanto, são poucos. E, quando existem, aparecem à base de fofocas inevitáveis que correm pela indústria, na qual todo mundo se conhece. PRÊMIO SEXY HOT Embora a receita gerada pelo conteúdo online segure as pontas da produtora, há um outro modo empresarial de venda de conteúdo que funciona: os filmes on demand oferecidos nos canais adultos de televisão a cabo. Quem abocanha essa parte é a Globosat, dona do canal Sexy Hot (reservado às produções nacionais), a Playboy TV, For Man (LGBTT), Private (uma mistura de soft porn e explícito), Sextreme (reservado às produções hardcore com toques de fetiches), Venus (mais voltado às produções europeias) e Brazzers (reservado exclusivamente ao conteúdo da produtora norte-americana). Ou seja, se você quer ver pornografia na televisão (pagando o pacote especial, claro), é a Globosat que você precisa procurar. Para vender seu conteúdo, a Brasileirinhas precisa comer na mão da Globosat para conseguir que seu conteúdo seja exibido na grade. Não que isso represente um grande desafio, visto que a produção deles é superior ao resto do mercado local. Só que Nunes é um capitalista que quer ter o controle de seu mercado; assim, ele se sentiu em uma posição de desvantagem em relação ao que está acostumado. De acordo com ele, a Sexy Hot também percebeu que estava refém da produtora na questão de conteúdo. A saída foi investir na concorrência a fim de colocar a Brasileirinhas para escanteio. "Quer a verdade nua e crua do PIP [Prêmio da Indústria Pornô]? O Sexy Hot tava na minha mão. E cheguei pra eles com o pau na mesa, dizendo 'Ou vocês me pagam tanta grana, ou vocês que se fodam', e a solução deles foi dar dinheiro para pequenas produtoras para criar uma concorrência. Assim, nasceu o PIP", revela Nunes. Na época da entrevista, apenas a primeira premiação havia rolado e não se sabia ao certo como seria o esquema da próxima edição. Nunes afirma que, de um dia para outro, por causa da existência do prêmio, muitos atores correram para abrir pequenas produtoras a fim de poder vender conteúdo para a Sexy Hot —a qual, segundo Clayton, "estava comprando tudo". "Na época, começou a aparecer um monte de gente. Já existiam algumas, como a Red Angel, a Xplastic, uma tal de Erógena, que produz soft-porn, mas o resto era tudo [empresa] de ator que montou uma produtora para participar", aponta Nunes. O desconforto de Fábio e Nunes com a existência do prêmio é algo palpável. Nenhum deles gosta da premiação, porém ambos reconhecem que ela é uma coisa importante para as atrizes e os atores que trabalham na indústria. "Foi meio que pra inglês ver. Foi legal, porque as atrizes se empenham mais para fazer os filmes. Elas se importam demais por causa disso, tá quase mais importante do que dinheiro", brinca Fábio. Embora Nunes e Fábio afirmem que a premiação estava toda combinada para todo mundo levar o prêmio e sair feliz da primeira edição, eles também não negam que brigar com a Globosat não é uma jogada saudável para a produtora. "Pra que eu vou me indispor com a Globo? 70% do lucro da NET é dos canais Globosat. Eu preciso dela pra sobreviver, e, além disso, o NOW tá na mão da Globosat também. Eu vou fazer o quê? Tenho de fazer cara de bosta mesmo e pagar meus funcionários", admite Nunes. O GÊNERO 'BRASILEIRINHAS' Além dos "punheteiros", que formatam o conteúdo pela demanda, a Brasileirinhas carrega outro aspecto que é tanto uma vantagem quanto uma desvantagem. A vantagem é que, quando se pensa em pornografia no Brasil, a primeira coisa que vem em mente é o nome da produtora. O que nos leva para a desvantagem: o nome é tão genérico que acabou se tornando um termo para qualquer obra pornográfica fabricada no Brasil. Isso é algo equivalente a você chamar qualquer lâmina de barbear de Gilette ou qualquer absorvente interno de O.B. No pornô, isso significa menos dinheiro e mais dor de cabeça. Pense que todo dia surgem sites que usam o nome "brasileirinhas" sem autorização e que eles são indexados à primeira página do Google, às vezes aparecendo à frente da página oficial. Existe, claro, o DMCA, que já comentei em outra reportagem para o Motherboard. Graças a duas funcionárias que trabalham diariamente, segundo o próprio Clayton Nunes, "secando o gelo", o Google recebe cerca de 1.500 relatórios de DMCA por dia da Brasileirinhas. Tudo para conseguir retirar do sistema de busca essas páginas que usam conteúdo da produtora sem autorização. "Minha luta é tirar os piratas da primeira página do Google e só deixar minhas coisas lá", conta Clayton. "A segunda, terceira página, foda-se, porque, se o cara chegou até lá, é porque ele não vai mesmo pagar pelo meu conteúdo." No entanto, é preciso lembrar que a Brasileirinhas não tem grana suficiente para conseguir endurecer a eficácia do regime de direitos autorais no campo pornográfico online, e o Google só se importa de verdade se tem pornografia infantil na jogada. "Você quer saber quem é nosso maior inimigo?", pergunta Nunes. "É o Xvideos. Eu odeio essa merda." A segunda parte da reportagem será publicada em breve. Siga a VICE Brasil no Facebook, Twitter e Instagram. Leia no site da VICE: ​A História da Brasileirinhas, a Maior Produtora de Filmes Pornográficos do Brasil - Parte 1
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Crítica: Obra-prima, 'Ninfomaníaca' está longe de ser filme pornô
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Se o volume um de "Ninfomaníaca" é uma boa preparação, "Ninfomaníaca "" Volume 2" ("Nymphomaniac: Vol. II", 2013, 14 anos, TC Cult, 0h15) é o perfeito acabamento de uma obra de integridade irretocável. Lembrete: apesar do apelo publicitário lançado por Lars von Trier, não se trata de um filme pornográfico. É mesmo seu oposto. Ali, Joe (Charlotte Gainsbourg, atriz rara) é recolhida à morte pelo assexuado Seligman (Stellan Skarsgård). Aliás, são dois assexuados, pois toda a existência de Joe resume-se às tentativas de reencontrar sua sexualidade. De encontrar, talvez, a si mesma. Seligman, ao contrário, nada busca. Essa oposição favorece o diálogo entre os dois. Um filme pornô? Nada mais distante. Para Von Trier "o sexo é sombrio". É com ideias assim que somos confrontados nessa belíssima e terrível obra-prima.
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ilustrada
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Crítica: Obra-prima, 'Ninfomaníaca' está longe de ser filme pornôSe o volume um de "Ninfomaníaca" é uma boa preparação, "Ninfomaníaca "" Volume 2" ("Nymphomaniac: Vol. II", 2013, 14 anos, TC Cult, 0h15) é o perfeito acabamento de uma obra de integridade irretocável. Lembrete: apesar do apelo publicitário lançado por Lars von Trier, não se trata de um filme pornográfico. É mesmo seu oposto. Ali, Joe (Charlotte Gainsbourg, atriz rara) é recolhida à morte pelo assexuado Seligman (Stellan Skarsgård). Aliás, são dois assexuados, pois toda a existência de Joe resume-se às tentativas de reencontrar sua sexualidade. De encontrar, talvez, a si mesma. Seligman, ao contrário, nada busca. Essa oposição favorece o diálogo entre os dois. Um filme pornô? Nada mais distante. Para Von Trier "o sexo é sombrio". É com ideias assim que somos confrontados nessa belíssima e terrível obra-prima.
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Veja as mortes e missas publicadas nesta terça-feira
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MORTES Cássio Maximiano Cardoso de Mello - Aos 98, casado com Vilma Macedo Cardoso de Mello. Deixa filhos, netos e bisnetos. Cemitério da Consolação. Zaim Cardoso (Jair Carroceiro) - Aos 84, viúvo de Ignês Mendes Cardoso. Deixa os filhos Ercilia, Neuza, Maria Inês, Edna Tereza, Roseli Aparecida e Pedro Sergio. Cemitério Municipal de Bebedouro. carlos antonio medauar - Aos 100, viúvo. Deixa filhos, netos e bisnetos. Crematório Vila Alpina. Antonio Monteiro Pinheiro (Gueis) - Aos 69, casado com Lúcia. Deixa filhos e netos. Cemitério Parque Jaraguá. * 7º DIA Carlos José Gonçalves Carinha - Hoje (6/1), às 17h, na paróquia São José, rua Dinamarca, 32, Jd. Europa. Ayres Manoel Martins Torres - Hoje (6/1), às 17h30, na igreja Nossa Senhora do Rosário de Fátima, av. Doutor Arnaldo, 1.831, Sumaré. Mariuche Muniz Marinho de Azevedo - Amanhã (7/1), às 12h45, na paróquia de Nossa Senhora do Brasil, praça Nossa Senhora do Brasil, Jd. Paulista. Sergio Bresciani - Amanhã (7/1), às 19h, na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, rua Honório Líbero, 100, Jd. Paulistano. Margarida Davina Andreatta - Amanhã (7/1), às 19h, na paróquia Nossa Senhora da Consolação, rua da Consolação, 585, Consolação.
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cotidiano
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Veja as mortes e missas publicadas nesta terça-feiraMORTES Cássio Maximiano Cardoso de Mello - Aos 98, casado com Vilma Macedo Cardoso de Mello. Deixa filhos, netos e bisnetos. Cemitério da Consolação. Zaim Cardoso (Jair Carroceiro) - Aos 84, viúvo de Ignês Mendes Cardoso. Deixa os filhos Ercilia, Neuza, Maria Inês, Edna Tereza, Roseli Aparecida e Pedro Sergio. Cemitério Municipal de Bebedouro. carlos antonio medauar - Aos 100, viúvo. Deixa filhos, netos e bisnetos. Crematório Vila Alpina. Antonio Monteiro Pinheiro (Gueis) - Aos 69, casado com Lúcia. Deixa filhos e netos. Cemitério Parque Jaraguá. * 7º DIA Carlos José Gonçalves Carinha - Hoje (6/1), às 17h, na paróquia São José, rua Dinamarca, 32, Jd. Europa. Ayres Manoel Martins Torres - Hoje (6/1), às 17h30, na igreja Nossa Senhora do Rosário de Fátima, av. Doutor Arnaldo, 1.831, Sumaré. Mariuche Muniz Marinho de Azevedo - Amanhã (7/1), às 12h45, na paróquia de Nossa Senhora do Brasil, praça Nossa Senhora do Brasil, Jd. Paulista. Sergio Bresciani - Amanhã (7/1), às 19h, na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, rua Honório Líbero, 100, Jd. Paulistano. Margarida Davina Andreatta - Amanhã (7/1), às 19h, na paróquia Nossa Senhora da Consolação, rua da Consolação, 585, Consolação.
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Ataque a hotel na capital da Somália deixa pelo menos 13 mortos
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Forças de segurança combateram por várias horas na capital da Somália neste domingo (1) para expulsar de um hotel militantes armados do grupo Al Shabbab que invadiram o local após a explosão de duas bombas, disseram a polícia e testemunhas. Ao menos 13 pessoas morreram. O Al Shabaab, que tem com frequência lançado ataques na tentativa de derrubar o governo apoiado pelo Ocidente, assumiu a responsabilidade pelo atentado contra o hotel Sahafi, onde se hospedavam autoridades de governo e parlamentares. "Mujahideen (militantes) entraram e assumiram o controle do hotel Sahafi, onde viviam os inimigos", disse à Reuters o xeque Abdiasis Abu Musab, porta-voz de operações militares do Al Shabaab. O ataque foi similar a táticas já usadas anteriormente pelo Al Shabaab, em que o grupo detona bombas para atravessar os esquemas de segurança em torno dos alvos e depois invade o local com militantes. O major Ahmed Nur, um policial, disse à Reuters que um carro bomba foi detonado contra a entrada do hotel, sendo seguido por uma segunda explosão e de disparos, embora se desconheça a origem, acrescentaram as testemunhas citadas pela "Al Jazeera". Após a batalha, que durou várias horas, ele disse que os homens armados foram expulsos do hotel. "O hotel está totalmente seguro", disse Nur, colocando o número de mortos em 13 até agora. A polícia disse que entre os mortos estão o proprietário do hotel, um parlamentar, um ex-comandante militar, um jornalista de rádio e outros civis.
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mundo
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Ataque a hotel na capital da Somália deixa pelo menos 13 mortosForças de segurança combateram por várias horas na capital da Somália neste domingo (1) para expulsar de um hotel militantes armados do grupo Al Shabbab que invadiram o local após a explosão de duas bombas, disseram a polícia e testemunhas. Ao menos 13 pessoas morreram. O Al Shabaab, que tem com frequência lançado ataques na tentativa de derrubar o governo apoiado pelo Ocidente, assumiu a responsabilidade pelo atentado contra o hotel Sahafi, onde se hospedavam autoridades de governo e parlamentares. "Mujahideen (militantes) entraram e assumiram o controle do hotel Sahafi, onde viviam os inimigos", disse à Reuters o xeque Abdiasis Abu Musab, porta-voz de operações militares do Al Shabaab. O ataque foi similar a táticas já usadas anteriormente pelo Al Shabaab, em que o grupo detona bombas para atravessar os esquemas de segurança em torno dos alvos e depois invade o local com militantes. O major Ahmed Nur, um policial, disse à Reuters que um carro bomba foi detonado contra a entrada do hotel, sendo seguido por uma segunda explosão e de disparos, embora se desconheça a origem, acrescentaram as testemunhas citadas pela "Al Jazeera". Após a batalha, que durou várias horas, ele disse que os homens armados foram expulsos do hotel. "O hotel está totalmente seguro", disse Nur, colocando o número de mortos em 13 até agora. A polícia disse que entre os mortos estão o proprietário do hotel, um parlamentar, um ex-comandante militar, um jornalista de rádio e outros civis.
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Bolsonaro escolhe o PEN para se lançar à Presidência em 2018
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O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) escolheu o PEN (Partido Ecológico Nacional) para lançar sua candidatura à Presidência em 2018. De acordo com Adilson Barroso, presidente nacional da sigla, o acerto depende apenas da assinatura final, que só poderá ser feita durante a janela partidária —ou seja, o período de 30 dias em que os parlamentares podem trocar de legenda sem perder o mandato. "Está 99,9% fechado, estamos só esperando a assinatura do 'casamento partidário', por isso o 0,1%", afirmou Barroso à Folha. A assessoria do deputado também confirmou que a troca está acertada, mas ainda não concluída. A janela partidária deve ocorrer em março de 2018, mas pode ser antecipada pela reforma política. Segundo o presidente nacional do PEN, o partido conversa com o grupo de Bolsonaro há cerca de seis meses para acertar a troca de partido. "A gente chegou à conclusão que ele é o candidato que mais queremos", afirmou. Na última pesquisa Datafolha, em junho, o pré-candidato apareceu com 16% de intenção de voto. A saída de Bolsonaro do PSC já era dada com certa desde o começo de 2017, embora o parlamentar ainda não tivesse acertado com nenhum partido. O deputado se diz decepcionado com a aliança do PSC com o governador do Maranhão, Flávio Dino, do PC do B, em 2016. TROCA DE NOME Com a ida de Bolsonaro par a sigla, o PEN também acertou uma troca de nome. Barroso afirma que a mudança já estava sendo discutida. "Há quem ache que a ideologia do PEN por ter 'ecológico' no nome defende só isso, e não é verdade", afirmou. O partido —que precisa de autorização do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para se renomear— ainda não decidiu qual deve ser seu novo nome. Em uma enquete na página de Facebook do partido, por enquanto vence o nome "Patriota". Em segundo lugar, a opção "Prona", nome do antigo partido de Enéas Carneiro (1938-2007), que se fundiu ao PL em 2006 para se tornar o PR.
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Bolsonaro escolhe o PEN para se lançar à Presidência em 2018O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) escolheu o PEN (Partido Ecológico Nacional) para lançar sua candidatura à Presidência em 2018. De acordo com Adilson Barroso, presidente nacional da sigla, o acerto depende apenas da assinatura final, que só poderá ser feita durante a janela partidária —ou seja, o período de 30 dias em que os parlamentares podem trocar de legenda sem perder o mandato. "Está 99,9% fechado, estamos só esperando a assinatura do 'casamento partidário', por isso o 0,1%", afirmou Barroso à Folha. A assessoria do deputado também confirmou que a troca está acertada, mas ainda não concluída. A janela partidária deve ocorrer em março de 2018, mas pode ser antecipada pela reforma política. Segundo o presidente nacional do PEN, o partido conversa com o grupo de Bolsonaro há cerca de seis meses para acertar a troca de partido. "A gente chegou à conclusão que ele é o candidato que mais queremos", afirmou. Na última pesquisa Datafolha, em junho, o pré-candidato apareceu com 16% de intenção de voto. A saída de Bolsonaro do PSC já era dada com certa desde o começo de 2017, embora o parlamentar ainda não tivesse acertado com nenhum partido. O deputado se diz decepcionado com a aliança do PSC com o governador do Maranhão, Flávio Dino, do PC do B, em 2016. TROCA DE NOME Com a ida de Bolsonaro par a sigla, o PEN também acertou uma troca de nome. Barroso afirma que a mudança já estava sendo discutida. "Há quem ache que a ideologia do PEN por ter 'ecológico' no nome defende só isso, e não é verdade", afirmou. O partido —que precisa de autorização do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para se renomear— ainda não decidiu qual deve ser seu novo nome. Em uma enquete na página de Facebook do partido, por enquanto vence o nome "Patriota". Em segundo lugar, a opção "Prona", nome do antigo partido de Enéas Carneiro (1938-2007), que se fundiu ao PL em 2006 para se tornar o PR.
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Recoberta de ouro, estátua volta ao topo do monte Saint-Michel, na França
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A estátua do arcanjo do monte Saint-Michel, um dos mais conhecidos monumentos franceses, voltou a ser exposta no alto da abadia, colocada por um helicóptero na manhã desta quinta-feira (26). Dezenas de turistas presentes na sacada da abadia, sob um sol radiante, aplaudiram quando a estátua foi recebida por operários sobre uma estrutura de andaimes construída ao redor da agulha na torre do edifício religioso. A estátua do arcanjo levantara voo dez minutos antes, pendurada em um helicóptero, dos pôlderes (áreas baixas cercadas por diques) que envolvem o monte –onde ela se encontrava desde quarta-feira. O topo do edifício está 160 metros acima do nível do mar. A peça pôde reencontrar seu brilho ofuscante sob o sol depois de dois meses e meio de restauro. A operação custou € 450 mil (R$ 1,8 milhão) ao Centro de Monumentos Nacionais, órgão público francês que administra a abadia. O objetivo era proteger o arcanjo da corrosão e de fazer pequenos ajustes, já que suas asas servem de para-raios. A estátua já havia sido restaurada em 1987, mas a cobertura de ouro havia praticamente desaparecido por causa do efeito de ventos carregados de areia. "Com duas vezes mais ouro do que foi colocado no restauro anterior, o arcanjo deve poder lutar contra os caprichos de meteorologia por mais ao menos 50 anos", disse Philippe Belaval, presidente do CMN na última quarta-feira. Instalada em 1897, a peça de cobra pesa 520 quilos e mede 4,5 metros (contando as asas). Ela representa são Miguel (saint-Michel) ameaçando com sua espada um dragão, que encarna o mal. O monte Saint-Michel é um dos monumentos mais visitados da França: recebe entre 2 e 3 milhões de turistas. A abadia e a baía são patrimônios mundiais da Unesco.
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Recoberta de ouro, estátua volta ao topo do monte Saint-Michel, na FrançaA estátua do arcanjo do monte Saint-Michel, um dos mais conhecidos monumentos franceses, voltou a ser exposta no alto da abadia, colocada por um helicóptero na manhã desta quinta-feira (26). Dezenas de turistas presentes na sacada da abadia, sob um sol radiante, aplaudiram quando a estátua foi recebida por operários sobre uma estrutura de andaimes construída ao redor da agulha na torre do edifício religioso. A estátua do arcanjo levantara voo dez minutos antes, pendurada em um helicóptero, dos pôlderes (áreas baixas cercadas por diques) que envolvem o monte –onde ela se encontrava desde quarta-feira. O topo do edifício está 160 metros acima do nível do mar. A peça pôde reencontrar seu brilho ofuscante sob o sol depois de dois meses e meio de restauro. A operação custou € 450 mil (R$ 1,8 milhão) ao Centro de Monumentos Nacionais, órgão público francês que administra a abadia. O objetivo era proteger o arcanjo da corrosão e de fazer pequenos ajustes, já que suas asas servem de para-raios. A estátua já havia sido restaurada em 1987, mas a cobertura de ouro havia praticamente desaparecido por causa do efeito de ventos carregados de areia. "Com duas vezes mais ouro do que foi colocado no restauro anterior, o arcanjo deve poder lutar contra os caprichos de meteorologia por mais ao menos 50 anos", disse Philippe Belaval, presidente do CMN na última quarta-feira. Instalada em 1897, a peça de cobra pesa 520 quilos e mede 4,5 metros (contando as asas). Ela representa são Miguel (saint-Michel) ameaçando com sua espada um dragão, que encarna o mal. O monte Saint-Michel é um dos monumentos mais visitados da França: recebe entre 2 e 3 milhões de turistas. A abadia e a baía são patrimônios mundiais da Unesco.
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Brasileiro tem alta confiança em medicamentos genéricos e similares
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A maior parte dos brasileiros confia nos medicamentos genéricos, mostra pesquisa Datafolha encomendada pelo ICTQ (instituto de pesquisa para o mercado farmacêutico) e realizada entre 24 e 27 de setembro de 2014. Em 2012, o índice de confiança era de 70%. Em 2014, passou para 73%. Os mais confiantes nesse tipo de remédio são os idosos, a partir dos 60 anos. Entre eles, a taxa de confiança sobe para 78%. A população do Sudeste apresenta o maior índice de confiança, de 76%. Já no Centro-Oeste, região que sedia um dos maiores polos de fabricação de genéricos no país (Anápolis, GO), apresentou o menor índice, de 67%. Foram realizadas 2.162 entrevistas em todo o país, distribuídas em 134 municípios, de forma a representar todas as regiões. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Segundo Marcus Vinicius Andrade, diretor-executivo do ICTQ, o objetivo foi avaliar o grau de confiança da população aos medicamentos . Entre os remédios similares, o grau de confiança foi o que mais subiu: de 35%, em 2012, para 54%, em 2014. Para Andrade, isso pode ser reflexo de um mudanças determinadas pela Anvisa. A agência passou a exigir das indústrias a existência de testes que comprovam a qualidade e a equivalência terapêutica de um remédio similar em relação ao de marca. "Geralmente, os similares não eram recomendados pelos médicos, que tinham um certa desconfiança antes dessas novas regras da Anvisa", diz. Já os medicamentos de marca continuam na liderança no grau de confiança do consumidor brasileiro. Em 2012, o índice era de 79%. Em 2014, de 78%. Mas considerando a margem de erro, não houve mudança.
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equilibrioesaude
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Brasileiro tem alta confiança em medicamentos genéricos e similaresA maior parte dos brasileiros confia nos medicamentos genéricos, mostra pesquisa Datafolha encomendada pelo ICTQ (instituto de pesquisa para o mercado farmacêutico) e realizada entre 24 e 27 de setembro de 2014. Em 2012, o índice de confiança era de 70%. Em 2014, passou para 73%. Os mais confiantes nesse tipo de remédio são os idosos, a partir dos 60 anos. Entre eles, a taxa de confiança sobe para 78%. A população do Sudeste apresenta o maior índice de confiança, de 76%. Já no Centro-Oeste, região que sedia um dos maiores polos de fabricação de genéricos no país (Anápolis, GO), apresentou o menor índice, de 67%. Foram realizadas 2.162 entrevistas em todo o país, distribuídas em 134 municípios, de forma a representar todas as regiões. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Segundo Marcus Vinicius Andrade, diretor-executivo do ICTQ, o objetivo foi avaliar o grau de confiança da população aos medicamentos . Entre os remédios similares, o grau de confiança foi o que mais subiu: de 35%, em 2012, para 54%, em 2014. Para Andrade, isso pode ser reflexo de um mudanças determinadas pela Anvisa. A agência passou a exigir das indústrias a existência de testes que comprovam a qualidade e a equivalência terapêutica de um remédio similar em relação ao de marca. "Geralmente, os similares não eram recomendados pelos médicos, que tinham um certa desconfiança antes dessas novas regras da Anvisa", diz. Já os medicamentos de marca continuam na liderança no grau de confiança do consumidor brasileiro. Em 2012, o índice era de 79%. Em 2014, de 78%. Mas considerando a margem de erro, não houve mudança.
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Economia pode aliviar "usina de más notícias" de Temer
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Embora o governo Michel Temer venha se revelando uma "usina de más notícias" na política, com a demissão de ministros e pedidos de prisão de caciques do PMDB, a qualidade da equipe econômica e a expectativa de melhora nessa área poderão dar sustentação ao presidente interino. O assunto foi debatido na "TV Folha" entre o cientista político Carlos Pereira (FGV-Rio), o editor de "Poder" da Folha, Fábio Zanini, e o repórter especial Fernando Canzian. Ainda dependendo da votação final no Senado para concluir o processo de impeachment, o governo Temer segue também ameaçado pelo imponderável da Operação Lava Jato. Principalmente em relação ao que pode ser revelado pela delação premiada em negociação de Marcelo Odebrecht, presidente afastado da maior empreiteira do país.
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Economia pode aliviar "usina de más notícias" de TemerEmbora o governo Michel Temer venha se revelando uma "usina de más notícias" na política, com a demissão de ministros e pedidos de prisão de caciques do PMDB, a qualidade da equipe econômica e a expectativa de melhora nessa área poderão dar sustentação ao presidente interino. O assunto foi debatido na "TV Folha" entre o cientista político Carlos Pereira (FGV-Rio), o editor de "Poder" da Folha, Fábio Zanini, e o repórter especial Fernando Canzian. Ainda dependendo da votação final no Senado para concluir o processo de impeachment, o governo Temer segue também ameaçado pelo imponderável da Operação Lava Jato. Principalmente em relação ao que pode ser revelado pela delação premiada em negociação de Marcelo Odebrecht, presidente afastado da maior empreiteira do país.
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Violento confronto entre Estado Islâmico e regime sírio deixa 150 mortos
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Violentos confrontos entre a milícia terrorista Estado Islâmico e as forças do regime de Damasco no centro da Síria mataram mais de 150 pessoas em 24 horas, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos. Há vários dias, as tropas de Bashar al-Assad enfrentaram os jihadistas em Ouqayribat, uma pequena cidade na província de Hama. Com o apoio dos ataques aéreos do regime e de seu aliado russo, conseguiram, neste domingo (3), reconquistar a cidade, que era o último reduto estratégico do EI nesta província, de acordo com o OSDH. Na sexta-feira (1º), as forças do governo tomaram o controle de Ouqayribat pela primeira vez, antes de perdê-lo no dia seguinte em uma contra-ofensiva dos jihadistas. "Nas últimas 24 horas, 120 elementos do EI foram mortos nos combates em Ouqayribat e seus arredores, enquanto 35 soldados do regime e combatentes aliados morreram", indicou o diretor da OSDH, Rami Abdel Rahmane. Com a perda da cidade, os jihadistas controlam apenas algumas pequenas aldeias ao redor na província oriental de Hama. O EI controlava Ouqayribat desde 2014 e utilizava a localidade como base para "lançar ataques em áreas controladas pelo regime" na província de Hama, incluindo uma estrada "crucial" que liga a província de Aleppo ao centro e ao sul do país.
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Violento confronto entre Estado Islâmico e regime sírio deixa 150 mortosViolentos confrontos entre a milícia terrorista Estado Islâmico e as forças do regime de Damasco no centro da Síria mataram mais de 150 pessoas em 24 horas, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos. Há vários dias, as tropas de Bashar al-Assad enfrentaram os jihadistas em Ouqayribat, uma pequena cidade na província de Hama. Com o apoio dos ataques aéreos do regime e de seu aliado russo, conseguiram, neste domingo (3), reconquistar a cidade, que era o último reduto estratégico do EI nesta província, de acordo com o OSDH. Na sexta-feira (1º), as forças do governo tomaram o controle de Ouqayribat pela primeira vez, antes de perdê-lo no dia seguinte em uma contra-ofensiva dos jihadistas. "Nas últimas 24 horas, 120 elementos do EI foram mortos nos combates em Ouqayribat e seus arredores, enquanto 35 soldados do regime e combatentes aliados morreram", indicou o diretor da OSDH, Rami Abdel Rahmane. Com a perda da cidade, os jihadistas controlam apenas algumas pequenas aldeias ao redor na província oriental de Hama. O EI controlava Ouqayribat desde 2014 e utilizava a localidade como base para "lançar ataques em áreas controladas pelo regime" na província de Hama, incluindo uma estrada "crucial" que liga a província de Aleppo ao centro e ao sul do país.
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Leitores debatem 'panelaço' do último domingo (8)
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Diferentemente do que quer fazer parecer o governo petista, não é apenas a elite que anda descontente com Dilma. Por enquanto, o pessoal assistido pelos programas sociais –parte significativa da população que elegeu a presidente– ainda não se manifestou. É questão de tempo. WALTER DE SOUZA SILVA (Belo Horizonte, MG) * Moro em São Paulo, próximo a três estações de metrô. Atesto que, ao redor de minha casa, em prédios de apartamento de R$ 3 milhões a R$ 4 milhões, se ouviram panelinhas batucando e luzes acendendo e apagando. Nos demais e nas casas, nada. Nítido fenômeno de classe. ANA MARIA FREITAS (São Paulo, SP) * Fica muito difícil para um governante que é constantemente desmoralizado, como é o caso da presidente, continuar governando. Panelaço, buzinaço, o Brasil não sairá do atoleiro. O mais saudável e prudente, devido à sua falta de condição ética, política e moral, é que Dilma renuncie. MYRIAN MACEDO (São Paulo, SP) * Sobre a reportagem "Grupos contra Dilma esperam levar 100 mil às ruas no dia 15", esclareço que, diferentemente da declaração de Renan Santos ("Os caras do VPR são mais velhos, mais ricos e têm o PSDB por trás"), o movimento Vem pra Rua é suprapartidário, não está ligado ao PSDB, tampouco recebe recursos do partido. ROGERIO CHEQUER, líder do grupo Vem pra Rua (São Paulo, SP) * Patético o artigo "Leviatã agonizante". Ver nossos adolescentes deixarem os estudos para se tornarem radicais fundamentalistas é muito triste. Esse movimento, que quer derrubar um partido reconduzido ao poder pelo voto legítimo, prega golpe de Estado. Aconselho ao pessoal voltar à faculdade. Dizer que os professores eram incompetentes é desculpa. MARIA JOSÉ MESQUITA, professora da Unicamp (Campinas, SP) * Sobre a coluna "A hora das instituições", o senador e colunista Aécio Neves diz já se sabia, notoriamente, antes das eleições. Porque ele e o PSDB se calaram e permitiram que Dilma Rousseff se elegesse cavalgando falácias? CARLOS ALBERTO BELLOZI (Belo Horizonte, MG) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores debatem 'panelaço' do último domingo (8)Diferentemente do que quer fazer parecer o governo petista, não é apenas a elite que anda descontente com Dilma. Por enquanto, o pessoal assistido pelos programas sociais –parte significativa da população que elegeu a presidente– ainda não se manifestou. É questão de tempo. WALTER DE SOUZA SILVA (Belo Horizonte, MG) * Moro em São Paulo, próximo a três estações de metrô. Atesto que, ao redor de minha casa, em prédios de apartamento de R$ 3 milhões a R$ 4 milhões, se ouviram panelinhas batucando e luzes acendendo e apagando. Nos demais e nas casas, nada. Nítido fenômeno de classe. ANA MARIA FREITAS (São Paulo, SP) * Fica muito difícil para um governante que é constantemente desmoralizado, como é o caso da presidente, continuar governando. Panelaço, buzinaço, o Brasil não sairá do atoleiro. O mais saudável e prudente, devido à sua falta de condição ética, política e moral, é que Dilma renuncie. MYRIAN MACEDO (São Paulo, SP) * Sobre a reportagem "Grupos contra Dilma esperam levar 100 mil às ruas no dia 15", esclareço que, diferentemente da declaração de Renan Santos ("Os caras do VPR são mais velhos, mais ricos e têm o PSDB por trás"), o movimento Vem pra Rua é suprapartidário, não está ligado ao PSDB, tampouco recebe recursos do partido. ROGERIO CHEQUER, líder do grupo Vem pra Rua (São Paulo, SP) * Patético o artigo "Leviatã agonizante". Ver nossos adolescentes deixarem os estudos para se tornarem radicais fundamentalistas é muito triste. Esse movimento, que quer derrubar um partido reconduzido ao poder pelo voto legítimo, prega golpe de Estado. Aconselho ao pessoal voltar à faculdade. Dizer que os professores eram incompetentes é desculpa. MARIA JOSÉ MESQUITA, professora da Unicamp (Campinas, SP) * Sobre a coluna "A hora das instituições", o senador e colunista Aécio Neves diz já se sabia, notoriamente, antes das eleições. Porque ele e o PSDB se calaram e permitiram que Dilma Rousseff se elegesse cavalgando falácias? CARLOS ALBERTO BELLOZI (Belo Horizonte, MG) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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'Turistas devem ir além de roteiros óbvios', diz fotógrafo sobre o RN
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O engenheiro e fotógrafo francês Patrick Muller, 63, costuma viajar todos os meses para destinos brasileiros fora do eixo turístico convencional. Mas seu ponto de partida não é a França: ele vive há 30 anos no nordeste do Brasil, onde se divide entre Natal (RN) e Fernando de Noronha (PE). No fim de 2016 e início deste ano, decidiu sair da capital e desbravar o Rio Grande do Norte. "Os turistas devem procurar ir além dos roteiros de praia óbvios e explorar outras regiões, como as dunas ao norte do Estado e o sertão", diz ele. Entre as dunas visitadas, ele destaca as de Galinhos, no litoral norte, e do Rosado, na cidade de Areia Branca –estas últimas ficam próximas ao vilarejo de Ponta do Mel, onde o sertão encontra o mar. Muller também foi até os municípios de Cerro Corá, São Rafael e Passa e Fica, mais para o interior do Estado. "Gosto muito da cultura do nordeste, é muito autêntica. Especialmente do sertão, onde há um grande misticismo", afirma o fotógrafo. * Veja outras edições do Álbum de Viagem: 'Fábrica de icebergs na Groenlândia, por Érico Hiller Cores e os sabores de Belém do Pará, por Gabriel Cabral Israel e Jordânia, por Thays Bittar Astrofotógrafo registra céus pelo mundo Fotógrafo registra paisagem 'alienígena' do Atacama Castelos da França, por Fernando Bianchi Cidade de Uyuni, na Bolívia, por Johnson Barros Viña del Mar, por Alexandre Moreira Parques nacionais do Brasil, por Príamo Melo Animais da África, por Ana Zinger
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turismo
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'Turistas devem ir além de roteiros óbvios', diz fotógrafo sobre o RNO engenheiro e fotógrafo francês Patrick Muller, 63, costuma viajar todos os meses para destinos brasileiros fora do eixo turístico convencional. Mas seu ponto de partida não é a França: ele vive há 30 anos no nordeste do Brasil, onde se divide entre Natal (RN) e Fernando de Noronha (PE). No fim de 2016 e início deste ano, decidiu sair da capital e desbravar o Rio Grande do Norte. "Os turistas devem procurar ir além dos roteiros de praia óbvios e explorar outras regiões, como as dunas ao norte do Estado e o sertão", diz ele. Entre as dunas visitadas, ele destaca as de Galinhos, no litoral norte, e do Rosado, na cidade de Areia Branca –estas últimas ficam próximas ao vilarejo de Ponta do Mel, onde o sertão encontra o mar. Muller também foi até os municípios de Cerro Corá, São Rafael e Passa e Fica, mais para o interior do Estado. "Gosto muito da cultura do nordeste, é muito autêntica. Especialmente do sertão, onde há um grande misticismo", afirma o fotógrafo. * Veja outras edições do Álbum de Viagem: 'Fábrica de icebergs na Groenlândia, por Érico Hiller Cores e os sabores de Belém do Pará, por Gabriel Cabral Israel e Jordânia, por Thays Bittar Astrofotógrafo registra céus pelo mundo Fotógrafo registra paisagem 'alienígena' do Atacama Castelos da França, por Fernando Bianchi Cidade de Uyuni, na Bolívia, por Johnson Barros Viña del Mar, por Alexandre Moreira Parques nacionais do Brasil, por Príamo Melo Animais da África, por Ana Zinger
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Após ser esfaqueada, candidata vence eleição municipal na Alemanha
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Um dia após ser esfaqueada enquanto fazia campanha, Henriette Rekker, 58, foi eleita neste domingo (18) prefeita da cidade alemã de Colônia. A candidata independente, que conta com o apoio da União Democrata Cristã (CDU), dos Verdes e do Partido Liberal (FDP), obteve 52,66% dos votos. Henriette Reker e um assessor foram gravemente feridos pelo agressor, um homem de 44 anos, segundo a polícia. Três outras pessoas que foram ajudar também ficaram feridas, embora não gravemente. O autor do ataque, que teve motivação xenófoba , foi preso no local. Reker é a funcionária da prefeitura responsável pelo alojamento de refugiados na cidade. Durante a campanha, ela se manifestou a favor da integração de requerentes de asilo. Segundo a revista alemã Der Spiegel, o autor do atentado fazia parte da cena neonazista há mais de 20 anos e, durante o interrogatório, teria culpado Reker por supostos erros na política de imigração. A polícia, porém, não confirmou essa informação e divulgou apenas que o homem é alemão e estava desempregado.
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Após ser esfaqueada, candidata vence eleição municipal na AlemanhaUm dia após ser esfaqueada enquanto fazia campanha, Henriette Rekker, 58, foi eleita neste domingo (18) prefeita da cidade alemã de Colônia. A candidata independente, que conta com o apoio da União Democrata Cristã (CDU), dos Verdes e do Partido Liberal (FDP), obteve 52,66% dos votos. Henriette Reker e um assessor foram gravemente feridos pelo agressor, um homem de 44 anos, segundo a polícia. Três outras pessoas que foram ajudar também ficaram feridas, embora não gravemente. O autor do ataque, que teve motivação xenófoba , foi preso no local. Reker é a funcionária da prefeitura responsável pelo alojamento de refugiados na cidade. Durante a campanha, ela se manifestou a favor da integração de requerentes de asilo. Segundo a revista alemã Der Spiegel, o autor do atentado fazia parte da cena neonazista há mais de 20 anos e, durante o interrogatório, teria culpado Reker por supostos erros na política de imigração. A polícia, porém, não confirmou essa informação e divulgou apenas que o homem é alemão e estava desempregado.
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Relembre 10 grandes greves que marcaram o Brasil desde 1917
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Desde 1996, há 21 anos, o Brasil não vê uma tentativa consistente de realizar uma greve geral. No entanto, houve diversas paralisações de grandes proporções ao longo do último século, especialmente na década de 1980. Leia a seguir um resumo sobre as principais delas. * 1917 - A PRIMEIRA GREVE GERAL Considerado o primeiro grande movimento de paralisação de atividades do país, a greve geral de julho de 1917, iniciativa de operários de diversas categorias, em São Paulo, paralisa a capital e se espalha por outras cidades do Estado. Um dos motivos para o estopim das paralisações é o assassinato de um trabalhador de uma fábrica de tecidos no Brás. Na época, qualquer reunião de trabalhadores era reprimida com violência pela polícia. O cortejo fúnebre reúne um mar de gente e, após o enterro da vítima, motiva dois comícios. Um na praça da Sé e outro próximo à casa da família do morto, no Brás. Durante o comício, uma agitação na avenida Rangel Pestana resulta no roubo de uma carrocinha de pães. "Essa ocorrência [a greve] teve efeito de chispa de pólvora. Parece ter servido como exemplo para outras parecidas em várias partes da cidade", diz o jornalista e um dos principais militantes anarquistas do Brasil durante a República Velha Edgard Leuenroth (1881-1968), em carta ao jornal "O Estado de S.Paulo", publicada no dia 27 de março de 1966. Leuenroth é preso e processado sob a acusação de ser um dos líderes da greve. Na época ele era diretor do jornal "A Plebe" e secretário do Comitê da Defesa Proletária, que surgiu de forma clandestina em meio à agitação grevista e foi fundamental na organização e exposição das reivindicações. Entre as principais demandas estão o aumento de salários, a jornada de oito horas, melhores condições de trabalho, o direito de reunião e organização e a libertação imediata de todos os operários presos. Durante a greve, comércios são fechados para evitar saques e o transporte paulistano é interrompido. Rapidamente a paralisação atinge outras cidades paulistas. A greve é combatida pelo Estado com violência. Há registro de prisões e até mortes, estas tanto pelo lado dos trabalhadores quanto da polícia. Em alguns dias, conforme os patrões cedem reajustes, a adesão ao movimento diminui, até chegar ao fim. A greve geral de 1917 é considerada marco trabalhista no Brasil e estimula greves posteriores no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. - 1968 - METALÚRGICOS DESAFIAM REGIME MILITAR Minas Gerais e São Paulo registram as primeiras grandes greves do período da ditadura militar no Brasil. Entre as reivindicações estão melhores salários e condições de trabalho. Na época, os reajustes salariais não acompanham a alta dos preços dos alimentos. Sem resultados considerados satisfatórios na prática, o movimento representa a resistência dos trabalhadores em um período de grande repressão. Em Contagem (MG), a mobilização começa em 16 de abril e conta com cerca de 16 mil metalúrgicos, que pedem reajuste de 25% em seus vencimentos. Recebem apenas 10%, aceitos somente após intervenção policial-militar. Já os metalúrgicos de Osasco (Grande São Paulo) decidem parar no dia 16 de julho. A maior reivindicação dos cerca de 12 mil operários é o aumento dos salários em 35%. Na ocasião, o Ministério do Trabalho intervém na Cobrasma, uma das fábricas paralisadas pela greve, e os trabalhadores acabam expulsos pela Força Pública, que também atua no Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco. A repressão ao movimento aumenta quando, após ordem do governador de São Paulo, Abreu Sodré, dezenas de trabalhadores e alguns dirigentes sindicais são presos e levados ao Dops. Um dos detidos é o militante de esquerda José Campos Barreto, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade paulista. Em 1971, Zequinha, como era conhecido, é morto pela ditadura no sertão baiano, ao lado de Carlos Lamarca, líder do VPR/MR-8. - 1979 - LULA LIDERA TRABALHADORES DO ABC Liderados pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Inácio Lula da Silva, cerca de 80 mil trabalhadores decidem cruzar os braços após recusarem contraproposta patronal de 63% e 57% de reajuste salarial, em assembleia realizada no estádio da Vila Euclides (São Bernardo do Campo). Estima-se, de acordo com números do sindicato, que 113 mil trabalhadores da região aderiram ao movimento. De acordo com Lula, a greve não trata apenas de "aumentar o índice de reajustes salariais", mas sim de dar melhores condições para "fazer sindicalismo". Na comemoração de 1º de Maio daquele ano, durante período de trégua da greve, outra vez o estádio da Vila Euclides se torna palco de grande aglomeração de trabalhadores. Desta vez, 150 mil pessoas se reúnem no local. No dia 13 de maio, os trabalhadores decidem em assembleia aceitar a proposta de 63% oferecida pelos patrões. Mas, durante a votação, Lula frisa que a proposição "não é boa". Em fevereiro de 1980, o PT é fundado, e, menos de dois meses depois, uma nova greve tem início. - 1980 - ABC PAULISTA SE LEVANTA NOVAMENTE Após oito horas de negociações na Delegacia Regional do Trabalho, 140 mil metalúrgicos do ABC paulista, liderados por Lula, e de diversas cidades do interior, decidem em 1º de abril de 1980 entrar em greve quando empresários recusam contraproposta dos trabalhadores. Estes rebaixam pedida inicial de 15% de produtividade para 7% (escalonados por faixas salariais), condicionada à estabilidade no emprego por 12 meses. O governo intervém, e Lula é preso em sua casa. O então sindicalista permanece na sede do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) de 19 de abril a 20 de maio (31 dias). A greve chega ao fim em 11 de maio, após 41 dias de paralisação. Em assembleia geral, os metalúrgicos decidem pelo fim do movimento grevista e pelo início de um boicote à produção, até que as negociações sejam reabertas. - 1986 - GREVE GERAL FRACASSA O presidente José Sarney lança o Plano Cruzado para combater a inflação. A ideia basicamente consiste em congelar salários e preços e eliminar a correção monetária e a indexação. A euforia das pessoas com o momento gera o aumento do consumo, que, em um primeiro momento, faz a inflação despencar. Porém este aquecimento provoca a escassez de produtos, como a carne bovina. Criadores alegam que os preços estão defasados e seguram o boi no pasto. O governo tenta intervir, com o confisco de animais e a importação de carne, mas as medidas não funcionam. Em meio a um ano eleitoral, o governo espera o fim do pleito para anunciar o Plano Cruzado 2, que corrige preços em até 120%. A ação corrói os salários já arrochados pelo primeiro plano, e a inflação volta a disparar. Em 12 de dezembro começa a greve geral convocada pelas centrais sindicais de trabalhadores. Porém a baixa adesão -20% entre 53,2 milhões de trabalhadores, segundo o Serviço Nacional de Informações- provoca troca de acusações entre dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central Geral dos Trabalhadores (CGT). Líderes da CGT dizem que a CUT é responsável pela não paralisação dos bancos e das indústrias químicas, e esta segunda argumenta que o insucesso da paralisação se deve à primeira, por não ter tirado os ônibus de circulação. - 1987 - GREVE CONTRA PLANO BRESSER TEM BAIXA PARTICIPAÇÃO Assim como a paralisação do ano anterior, a greve geral convocada por CUT e CGT, desta vez para combater o plano econômico de Luiz Carlos Bresser Pereira (Fazenda), que também tem o objetivo de conter a inflação, tem baixa adesão. No Rio e em Porto Alegre, os transportes são paralisados parcialmente. Na Bahia, de acordo com a Polícia Militar, 30% dos trabalhadores cruzam os braços. Mas os Estados de São Paulo e Minas Gerais registram apenas uma tímida participação de seus trabalhadores. - 1989 - GREVE PARA 12 CAPITAIS E CAUSA PREJUÍZO DE US$ 1,6 BI Em um ano no qual a inflação acumulada chega a 1.782,9%, a maior taxa registrada na história do Brasil, e diante da perda do poder aquisitivo do trabalhador, em decorrência do Plano Verão de José Sarney, que congela preços e salários, CUT e CGT convocam greve geral. Nos dias 14 e 15 de março, o movimento grevista paralisa Maceió (AL), Manaus (AM), Salvador (BA), Vitória (ES), São Luís (MA), Belém (PA), João Pessoa (PB), Curitiba (PR), Recife (PE), Porto Alegre (RS), Aracaju (SE) e Rio (RJ). Nas outras 14 capitais, várias categorias cruzam os braços, em greve parcial. Na cidade de São Paulo, os ônibus da CMTC (Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo) não circulam nos dois dias de paralisação. Por outro lado, o metrô funciona sob ameaça do então governador Orestes Quércia (PMDB). Já o comércio e os bancos abrem parcialmente. O comando unificado da greve estima os prejuízos causados pelo movimento paredista em US$ 1,6 bilhão (valores da época). No segundo dia da greve, Sarney cede e aceita negociar as perdas salariais dos trabalhadores. - 1991 - ÊXITO APENAS NA PARAÍBA Sem a adesão dos metalúrgicos do ABC, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) tenta viabilizar a greve geral convocada para os dias 22 e 23 de maio. Na pauta está a reposição mensal da inflação e das perdas salariais, e a tática adotada para garantir o sucesso da paralisação é parar o transporte público. Em São Paulo, a petista Luiza Erundina diz apoiar a greve como cidadã, mas que, "como prefeita", irá até as últimas consequências para garantir a normalidade, como cortar o ponto de funcionários públicos grevistas. Já o presidente Fernando Collor pouco se importa com as reivindicações. O movimento grevista consegue bloquear parte do transporte no primeiro dia. Cerca de 11,5 milhões de pessoas ficam sem condução —em SP, apenas 15% dos ônibus circulam—, mas o trabalho é normal para quase todas as categorias. A paralisação total só tem êxito em João Pessoa (PB). O fracasso da greve geral é ratificado em seu segundo dia. Na capital paulista, 541 ônibus são depredados, e um tumulto na USP (Universidade de São Paulo) entre cem estudantes e funcionários e 150 PMs deixa 9 feridos e cinco presos. Um fotógrafo da Folha e jornalistas são agredidos com cassetetes. - 1996 - A ÚLTIMA GREVE GERAL A paralisação do dia 21 de junho, conhecida como a última greve geral, começa com o objetivo combater a política econômica do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O movimento, porém, fracassa em quase todo o país. Sucesso apenas entre trabalhadores de setores organizados, como metalúrgicos do ABC paulista. As centrais sindicais afirmam que o movimento atingiu 12 milhões de trabalhadores -então 19% da população economicamente ativa do país. Para o Planalto, a baixa adesão representa aprovação ao governo.
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Relembre 10 grandes greves que marcaram o Brasil desde 1917Desde 1996, há 21 anos, o Brasil não vê uma tentativa consistente de realizar uma greve geral. No entanto, houve diversas paralisações de grandes proporções ao longo do último século, especialmente na década de 1980. Leia a seguir um resumo sobre as principais delas. * 1917 - A PRIMEIRA GREVE GERAL Considerado o primeiro grande movimento de paralisação de atividades do país, a greve geral de julho de 1917, iniciativa de operários de diversas categorias, em São Paulo, paralisa a capital e se espalha por outras cidades do Estado. Um dos motivos para o estopim das paralisações é o assassinato de um trabalhador de uma fábrica de tecidos no Brás. Na época, qualquer reunião de trabalhadores era reprimida com violência pela polícia. O cortejo fúnebre reúne um mar de gente e, após o enterro da vítima, motiva dois comícios. Um na praça da Sé e outro próximo à casa da família do morto, no Brás. Durante o comício, uma agitação na avenida Rangel Pestana resulta no roubo de uma carrocinha de pães. "Essa ocorrência [a greve] teve efeito de chispa de pólvora. Parece ter servido como exemplo para outras parecidas em várias partes da cidade", diz o jornalista e um dos principais militantes anarquistas do Brasil durante a República Velha Edgard Leuenroth (1881-1968), em carta ao jornal "O Estado de S.Paulo", publicada no dia 27 de março de 1966. Leuenroth é preso e processado sob a acusação de ser um dos líderes da greve. Na época ele era diretor do jornal "A Plebe" e secretário do Comitê da Defesa Proletária, que surgiu de forma clandestina em meio à agitação grevista e foi fundamental na organização e exposição das reivindicações. Entre as principais demandas estão o aumento de salários, a jornada de oito horas, melhores condições de trabalho, o direito de reunião e organização e a libertação imediata de todos os operários presos. Durante a greve, comércios são fechados para evitar saques e o transporte paulistano é interrompido. Rapidamente a paralisação atinge outras cidades paulistas. A greve é combatida pelo Estado com violência. Há registro de prisões e até mortes, estas tanto pelo lado dos trabalhadores quanto da polícia. Em alguns dias, conforme os patrões cedem reajustes, a adesão ao movimento diminui, até chegar ao fim. A greve geral de 1917 é considerada marco trabalhista no Brasil e estimula greves posteriores no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. - 1968 - METALÚRGICOS DESAFIAM REGIME MILITAR Minas Gerais e São Paulo registram as primeiras grandes greves do período da ditadura militar no Brasil. Entre as reivindicações estão melhores salários e condições de trabalho. Na época, os reajustes salariais não acompanham a alta dos preços dos alimentos. Sem resultados considerados satisfatórios na prática, o movimento representa a resistência dos trabalhadores em um período de grande repressão. Em Contagem (MG), a mobilização começa em 16 de abril e conta com cerca de 16 mil metalúrgicos, que pedem reajuste de 25% em seus vencimentos. Recebem apenas 10%, aceitos somente após intervenção policial-militar. Já os metalúrgicos de Osasco (Grande São Paulo) decidem parar no dia 16 de julho. A maior reivindicação dos cerca de 12 mil operários é o aumento dos salários em 35%. Na ocasião, o Ministério do Trabalho intervém na Cobrasma, uma das fábricas paralisadas pela greve, e os trabalhadores acabam expulsos pela Força Pública, que também atua no Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco. A repressão ao movimento aumenta quando, após ordem do governador de São Paulo, Abreu Sodré, dezenas de trabalhadores e alguns dirigentes sindicais são presos e levados ao Dops. Um dos detidos é o militante de esquerda José Campos Barreto, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade paulista. Em 1971, Zequinha, como era conhecido, é morto pela ditadura no sertão baiano, ao lado de Carlos Lamarca, líder do VPR/MR-8. - 1979 - LULA LIDERA TRABALHADORES DO ABC Liderados pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Inácio Lula da Silva, cerca de 80 mil trabalhadores decidem cruzar os braços após recusarem contraproposta patronal de 63% e 57% de reajuste salarial, em assembleia realizada no estádio da Vila Euclides (São Bernardo do Campo). Estima-se, de acordo com números do sindicato, que 113 mil trabalhadores da região aderiram ao movimento. De acordo com Lula, a greve não trata apenas de "aumentar o índice de reajustes salariais", mas sim de dar melhores condições para "fazer sindicalismo". Na comemoração de 1º de Maio daquele ano, durante período de trégua da greve, outra vez o estádio da Vila Euclides se torna palco de grande aglomeração de trabalhadores. Desta vez, 150 mil pessoas se reúnem no local. No dia 13 de maio, os trabalhadores decidem em assembleia aceitar a proposta de 63% oferecida pelos patrões. Mas, durante a votação, Lula frisa que a proposição "não é boa". Em fevereiro de 1980, o PT é fundado, e, menos de dois meses depois, uma nova greve tem início. - 1980 - ABC PAULISTA SE LEVANTA NOVAMENTE Após oito horas de negociações na Delegacia Regional do Trabalho, 140 mil metalúrgicos do ABC paulista, liderados por Lula, e de diversas cidades do interior, decidem em 1º de abril de 1980 entrar em greve quando empresários recusam contraproposta dos trabalhadores. Estes rebaixam pedida inicial de 15% de produtividade para 7% (escalonados por faixas salariais), condicionada à estabilidade no emprego por 12 meses. O governo intervém, e Lula é preso em sua casa. O então sindicalista permanece na sede do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) de 19 de abril a 20 de maio (31 dias). A greve chega ao fim em 11 de maio, após 41 dias de paralisação. Em assembleia geral, os metalúrgicos decidem pelo fim do movimento grevista e pelo início de um boicote à produção, até que as negociações sejam reabertas. - 1986 - GREVE GERAL FRACASSA O presidente José Sarney lança o Plano Cruzado para combater a inflação. A ideia basicamente consiste em congelar salários e preços e eliminar a correção monetária e a indexação. A euforia das pessoas com o momento gera o aumento do consumo, que, em um primeiro momento, faz a inflação despencar. Porém este aquecimento provoca a escassez de produtos, como a carne bovina. Criadores alegam que os preços estão defasados e seguram o boi no pasto. O governo tenta intervir, com o confisco de animais e a importação de carne, mas as medidas não funcionam. Em meio a um ano eleitoral, o governo espera o fim do pleito para anunciar o Plano Cruzado 2, que corrige preços em até 120%. A ação corrói os salários já arrochados pelo primeiro plano, e a inflação volta a disparar. Em 12 de dezembro começa a greve geral convocada pelas centrais sindicais de trabalhadores. Porém a baixa adesão -20% entre 53,2 milhões de trabalhadores, segundo o Serviço Nacional de Informações- provoca troca de acusações entre dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central Geral dos Trabalhadores (CGT). Líderes da CGT dizem que a CUT é responsável pela não paralisação dos bancos e das indústrias químicas, e esta segunda argumenta que o insucesso da paralisação se deve à primeira, por não ter tirado os ônibus de circulação. - 1987 - GREVE CONTRA PLANO BRESSER TEM BAIXA PARTICIPAÇÃO Assim como a paralisação do ano anterior, a greve geral convocada por CUT e CGT, desta vez para combater o plano econômico de Luiz Carlos Bresser Pereira (Fazenda), que também tem o objetivo de conter a inflação, tem baixa adesão. No Rio e em Porto Alegre, os transportes são paralisados parcialmente. Na Bahia, de acordo com a Polícia Militar, 30% dos trabalhadores cruzam os braços. Mas os Estados de São Paulo e Minas Gerais registram apenas uma tímida participação de seus trabalhadores. - 1989 - GREVE PARA 12 CAPITAIS E CAUSA PREJUÍZO DE US$ 1,6 BI Em um ano no qual a inflação acumulada chega a 1.782,9%, a maior taxa registrada na história do Brasil, e diante da perda do poder aquisitivo do trabalhador, em decorrência do Plano Verão de José Sarney, que congela preços e salários, CUT e CGT convocam greve geral. Nos dias 14 e 15 de março, o movimento grevista paralisa Maceió (AL), Manaus (AM), Salvador (BA), Vitória (ES), São Luís (MA), Belém (PA), João Pessoa (PB), Curitiba (PR), Recife (PE), Porto Alegre (RS), Aracaju (SE) e Rio (RJ). Nas outras 14 capitais, várias categorias cruzam os braços, em greve parcial. Na cidade de São Paulo, os ônibus da CMTC (Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo) não circulam nos dois dias de paralisação. Por outro lado, o metrô funciona sob ameaça do então governador Orestes Quércia (PMDB). Já o comércio e os bancos abrem parcialmente. O comando unificado da greve estima os prejuízos causados pelo movimento paredista em US$ 1,6 bilhão (valores da época). No segundo dia da greve, Sarney cede e aceita negociar as perdas salariais dos trabalhadores. - 1991 - ÊXITO APENAS NA PARAÍBA Sem a adesão dos metalúrgicos do ABC, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) tenta viabilizar a greve geral convocada para os dias 22 e 23 de maio. Na pauta está a reposição mensal da inflação e das perdas salariais, e a tática adotada para garantir o sucesso da paralisação é parar o transporte público. Em São Paulo, a petista Luiza Erundina diz apoiar a greve como cidadã, mas que, "como prefeita", irá até as últimas consequências para garantir a normalidade, como cortar o ponto de funcionários públicos grevistas. Já o presidente Fernando Collor pouco se importa com as reivindicações. O movimento grevista consegue bloquear parte do transporte no primeiro dia. Cerca de 11,5 milhões de pessoas ficam sem condução —em SP, apenas 15% dos ônibus circulam—, mas o trabalho é normal para quase todas as categorias. A paralisação total só tem êxito em João Pessoa (PB). O fracasso da greve geral é ratificado em seu segundo dia. Na capital paulista, 541 ônibus são depredados, e um tumulto na USP (Universidade de São Paulo) entre cem estudantes e funcionários e 150 PMs deixa 9 feridos e cinco presos. Um fotógrafo da Folha e jornalistas são agredidos com cassetetes. - 1996 - A ÚLTIMA GREVE GERAL A paralisação do dia 21 de junho, conhecida como a última greve geral, começa com o objetivo combater a política econômica do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O movimento, porém, fracassa em quase todo o país. Sucesso apenas entre trabalhadores de setores organizados, como metalúrgicos do ABC paulista. As centrais sindicais afirmam que o movimento atingiu 12 milhões de trabalhadores -então 19% da população economicamente ativa do país. Para o Planalto, a baixa adesão representa aprovação ao governo.
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Chef abre casa nos Jardins com suas receitas favoritas de sanduíche
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MAGÊ FLORES DE SÃO PAULO Irônico, mas quem trabalha na cozinha come muito sanduíche. Tanto que, com o tempo, pode acumular boas receitas —e até abrir uma outra casa. Pois o chef Gustavo Rozzino, do Tonton, inaugurou neste mês o Sandoui, também nos Jardins. Ele, que fazia em casa "hamburgadas" e "pastramadas", montou um cardápio com boas fritas, bem fininhas, sanduíches, espumantes e cervejas. A terrine de porco que servia no restaurante, por exemplo, foi adaptada e, à milanesa, compõe a receita com kimchi (acelga fermentada e condimentada) e maionese (R$ 21). A versão com pastrami (foto) tem queijo e coleslaw (R$ 33). Há também um sanduíche com camarões crocantes, maionese de wasabi e rúcula (R$ 35) e um com polvo, alface, vinagrete e gengibre (R$ 33). Em homenagem ao "jeito paulistano de comer cachorro-quente", Rozzino preparou um com aligot, purê de batata com bastante queijo (R$ 20). Para acompanhar, há milk-shake de pêssego, com purê da fruta e pedaços em calda, e de chocolate, com ganache e brownie (ambos R$ 22). Os espumantes, vários deles brasileiros, custam de R$ 62 a R$ 160. Sandoui. Al. Joaquim Eugênio de Lima, 1.537, Jd. Paulista, tel. (11) 3051-4750. Ter. a sáb., das 12h às 23h. Dom., das 13h às 22h
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Chef abre casa nos Jardins com suas receitas favoritas de sanduícheMAGÊ FLORES DE SÃO PAULO Irônico, mas quem trabalha na cozinha come muito sanduíche. Tanto que, com o tempo, pode acumular boas receitas —e até abrir uma outra casa. Pois o chef Gustavo Rozzino, do Tonton, inaugurou neste mês o Sandoui, também nos Jardins. Ele, que fazia em casa "hamburgadas" e "pastramadas", montou um cardápio com boas fritas, bem fininhas, sanduíches, espumantes e cervejas. A terrine de porco que servia no restaurante, por exemplo, foi adaptada e, à milanesa, compõe a receita com kimchi (acelga fermentada e condimentada) e maionese (R$ 21). A versão com pastrami (foto) tem queijo e coleslaw (R$ 33). Há também um sanduíche com camarões crocantes, maionese de wasabi e rúcula (R$ 35) e um com polvo, alface, vinagrete e gengibre (R$ 33). Em homenagem ao "jeito paulistano de comer cachorro-quente", Rozzino preparou um com aligot, purê de batata com bastante queijo (R$ 20). Para acompanhar, há milk-shake de pêssego, com purê da fruta e pedaços em calda, e de chocolate, com ganache e brownie (ambos R$ 22). Os espumantes, vários deles brasileiros, custam de R$ 62 a R$ 160. Sandoui. Al. Joaquim Eugênio de Lima, 1.537, Jd. Paulista, tel. (11) 3051-4750. Ter. a sáb., das 12h às 23h. Dom., das 13h às 22h
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Renan quer chamar Moro para falar de proposta de abuso de autoridade
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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou na noite desta quarta-feira (9) que pretende chamar o juiz Sergio Moro, responsável pela operação Lava Jato, em Curitiba, para falar da proposta de abuso de autoridade em tramitação no Senado. Renan, que é investigado na Lava Jato, é um dos defensores do tema e o trouxe novamente à tona após a Operação Métis, da Polícia Federal, que prendeu policiais legislativos no fim de outubro. No início do julho, Renan reinstalou uma comissão no Senado, da Consolidação da Legislação Federal e Regulamentação da Constituição, somente para apreciar a proposta sobre abuso de autoridade. Renan tem afirmado, desde então, que a atual legislação que trata do assunto é anacrônica, de 1965, e precisa de atualização. Após o retorno do recesso, não havia tocado no assunto publicamente, até a prisão dos policiais. O projeto que tramita no Senado define os crimes cometidos por integrantes da administração pública, inclusive do Ministério Público, e prevê punições, que podem ser pagamentos de indenizações às vítimas de abusos ou perda do cargo. A proposta ainda determina penas para autoridades que divulgarem, antes da instalação da ação penal, qualquer tipo de relatório, documento ou papel obtido que sejam "resultado de interceptação telefônica, de fluxo de informática ou telemática [] de escuta ambiental". Moro já se manifestou sobre o tema em algumas oportunidades, classificando-o como "preocupante".
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Renan quer chamar Moro para falar de proposta de abuso de autoridadeO presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou na noite desta quarta-feira (9) que pretende chamar o juiz Sergio Moro, responsável pela operação Lava Jato, em Curitiba, para falar da proposta de abuso de autoridade em tramitação no Senado. Renan, que é investigado na Lava Jato, é um dos defensores do tema e o trouxe novamente à tona após a Operação Métis, da Polícia Federal, que prendeu policiais legislativos no fim de outubro. No início do julho, Renan reinstalou uma comissão no Senado, da Consolidação da Legislação Federal e Regulamentação da Constituição, somente para apreciar a proposta sobre abuso de autoridade. Renan tem afirmado, desde então, que a atual legislação que trata do assunto é anacrônica, de 1965, e precisa de atualização. Após o retorno do recesso, não havia tocado no assunto publicamente, até a prisão dos policiais. O projeto que tramita no Senado define os crimes cometidos por integrantes da administração pública, inclusive do Ministério Público, e prevê punições, que podem ser pagamentos de indenizações às vítimas de abusos ou perda do cargo. A proposta ainda determina penas para autoridades que divulgarem, antes da instalação da ação penal, qualquer tipo de relatório, documento ou papel obtido que sejam "resultado de interceptação telefônica, de fluxo de informática ou telemática [] de escuta ambiental". Moro já se manifestou sobre o tema em algumas oportunidades, classificando-o como "preocupante".
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Polícia Federal precisa se dissociar do Poder Executivo, diz leitor
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OPERAÇÃO LAVA JATO Tudo me faz supor que o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, monitora dia e noite as operações da Polícia Federal — e com um olho enorme na Lava Jato. Quer ser o primeiro a informar ao chefe quando os atingidos forem os amigos. Fico supondo também o quanto esse pessoal influencia as operações quando se referem aos governos estaduais, que não têm a mesma visibilidade e monitoramento da imprensa. Dá para imaginar quanta sujeira foi jogada para baixo do tapete. MAURO TADEU ALMEIDA MORAES (Curitiba, PR) * Para o bem do Brasil, a PF deveria ser desvinculada do Poder Executivo, e, se possível, da politicagem. Isso, sim! Força, Lava Jato! Limpem o país! ROGER BEGGIATO (Florianópolis, SC) * Se ainda havia alguma dúvida de que a Operação Lava Jato está a serviço do golpe, ela se dissipou completamente com a prisão do ex-ministro Antonio Palocci depois da "dica" do atual ministro da Justiça aos integrantes do MBL. Parece que já nem é preciso mais disfarçar quem são os patrões do juiz Sergio Moro. MÁRCIO FONSECA (São Paulo, SP) * Palocci já devia ter sido preso quando tentou incriminar o funcionário do seu sítio. PEDRO PEREIRA (Curitiba, PR) - NOVO ENSINO MÉDIO Chegamos ao ponto de ser necessário o desabafo de Fausto Silva para que se ouça o estrago educacional promovido pelo governo que se instalou em Brasília. A Folha ainda tenta defender as mudanças em um confuso editorial, que mescla ação necessária com maneira inoportuna. Uma medida provisória para algo que será implementado ao longo de anos, ignorando a discussão necessária, é rasgar, não resgatar, o ensino. ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Campinas, SP) - PAZ NA COLÔMBIA Estranho o acordo de paz entre as Farc e o governo colombiano. Os narcoguerrilheiros sequestraram, mataram, roubaram, cometeram atos terroristas e agora simplesmente querem que tudo isso seja esquecido e que eles se transformem em um partido político. Se a moda pega, logo a Lava Jato vai receber propostas de "acordo de paz" de uma turminha que aprontou poucas e boas. JOSUÉ LUIZ HENTZ (São João da Boa Vista, SP) - IMPEACHMENT O artigo de Pablo Holmes diz que o procedimento foi amplamente contestado no Brasil e no exterior, referindo-se às manifestações de poucos artistas e de poucos black blocs. Por outro lado, omite que o Congresso agiu pressionado por grandes manifestações populares pelo impeachment, em contraposição a pífios desfiles vermelhos "em defesa da democracia". ROBERTO DOGLIA AZAMBUJA (Brasília, DF) - 'AQUARIUS' O artigo "Aquarius", de Samuel Pessôa, desconstrói com lições de realidade a personagem Clara, de "Aquarius", mostrando seus privilégios e o quanto a denúncia pretendida pelo filme é vazia. VICTOR HARGRAVE (Campinas, SP) * O que Samuel Pessôa parece cobrar de Clara, de "Aquarius", é o altruísmo para com empreendedores, ex-moradores do edifício, a Prefeitura do Recife e trabalhadores da construção civil. Clara vivia num apartamento sem ostentação, sem varanda gourmet, num prédio velho e sem elevador. O valor de Clara está em não se deixar intimidar pela ganância das incorporadoras. Clara não é responsável pelas distorções apontadas pelo colunista. Ele poderia ter aproveitado sua coluna para criticar os gestores públicos pelos descalabros que impedem que o Brasil seja um país sadio. WALDIR CALDEIRA (São Paulo, SP) - TRÍPLICE FRONTEIRA Parabenizo o repórter Marcelo Toledo, que retratou a realidade da Tríplice Fronteira. A reportagem "Sacoleiro 'evapora' na fronteira paraguaia" mostra um retrato fidedigno da realidade na região. Paralelamente, há que se destacar, no entanto, o crescimento exponencial de turistas, com a inauguração de hotéis, bares e restaurantes que se destinam a atender tal segmento. Para nós, de Foz do Iguaçu, a situação melhorou bastante, pois houve diminuição da violência e a substituição de empregos informais por formais. JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR) - TESTES COM ANIMAIS A Natura esclarece que desde 2006 não faz testes em animais e que defende a sua substituição na indústria cosmética por métodos alternativos ("Pesquisa com bichos passa por reavaliação" ). Acreditamos que o fim dos testes em animais pode estimular a inovação, desde que acompanhado de incentivo financeiro para o desenvolvimento científico e tecnológico da indústria brasileira, sobretudo de pequenas empresas do setor. MICHEL BLANCO, gerente de relações com a mídia da Natura (São Paulo, SP) - COLUNISTAS O artigo de Gregorio Duviver é, no mínimo, risível. Como artista, ele devia saber que há um escândalo que envolve, sim, a prefeitura e o prefeito Fernando Haddad: o escândalo do Theatro Municipal. Dinheiro roubado da cultura. Mas parece que isso não tem importância para o ator e humorista. WELBI MAIA BRITO (São Paulo, SP) * Com sua característica superficialidade, Ruy Castro falseia dados de suposta conversa ocorrida há mais de 60 anos e já comprovadamente refutados por mim. Quer dar uma de engraçadinho para me atingir, porque pus a nu a mediocridade e a venalidade de suas ambições literárias. Mas dá também uma medida da confiabilidade de seus escritos e dos métodos de pesquisa que usa em suas biografias, mais vocacionadas para a gracinha e para a grana do que para a veracidade. AUGUSTO DE CAMPOS, POETA (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Polícia Federal precisa se dissociar do Poder Executivo, diz leitorOPERAÇÃO LAVA JATO Tudo me faz supor que o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, monitora dia e noite as operações da Polícia Federal — e com um olho enorme na Lava Jato. Quer ser o primeiro a informar ao chefe quando os atingidos forem os amigos. Fico supondo também o quanto esse pessoal influencia as operações quando se referem aos governos estaduais, que não têm a mesma visibilidade e monitoramento da imprensa. Dá para imaginar quanta sujeira foi jogada para baixo do tapete. MAURO TADEU ALMEIDA MORAES (Curitiba, PR) * Para o bem do Brasil, a PF deveria ser desvinculada do Poder Executivo, e, se possível, da politicagem. Isso, sim! Força, Lava Jato! Limpem o país! ROGER BEGGIATO (Florianópolis, SC) * Se ainda havia alguma dúvida de que a Operação Lava Jato está a serviço do golpe, ela se dissipou completamente com a prisão do ex-ministro Antonio Palocci depois da "dica" do atual ministro da Justiça aos integrantes do MBL. Parece que já nem é preciso mais disfarçar quem são os patrões do juiz Sergio Moro. MÁRCIO FONSECA (São Paulo, SP) * Palocci já devia ter sido preso quando tentou incriminar o funcionário do seu sítio. PEDRO PEREIRA (Curitiba, PR) - NOVO ENSINO MÉDIO Chegamos ao ponto de ser necessário o desabafo de Fausto Silva para que se ouça o estrago educacional promovido pelo governo que se instalou em Brasília. A Folha ainda tenta defender as mudanças em um confuso editorial, que mescla ação necessária com maneira inoportuna. Uma medida provisória para algo que será implementado ao longo de anos, ignorando a discussão necessária, é rasgar, não resgatar, o ensino. ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Campinas, SP) - PAZ NA COLÔMBIA Estranho o acordo de paz entre as Farc e o governo colombiano. Os narcoguerrilheiros sequestraram, mataram, roubaram, cometeram atos terroristas e agora simplesmente querem que tudo isso seja esquecido e que eles se transformem em um partido político. Se a moda pega, logo a Lava Jato vai receber propostas de "acordo de paz" de uma turminha que aprontou poucas e boas. JOSUÉ LUIZ HENTZ (São João da Boa Vista, SP) - IMPEACHMENT O artigo de Pablo Holmes diz que o procedimento foi amplamente contestado no Brasil e no exterior, referindo-se às manifestações de poucos artistas e de poucos black blocs. Por outro lado, omite que o Congresso agiu pressionado por grandes manifestações populares pelo impeachment, em contraposição a pífios desfiles vermelhos "em defesa da democracia". ROBERTO DOGLIA AZAMBUJA (Brasília, DF) - 'AQUARIUS' O artigo "Aquarius", de Samuel Pessôa, desconstrói com lições de realidade a personagem Clara, de "Aquarius", mostrando seus privilégios e o quanto a denúncia pretendida pelo filme é vazia. VICTOR HARGRAVE (Campinas, SP) * O que Samuel Pessôa parece cobrar de Clara, de "Aquarius", é o altruísmo para com empreendedores, ex-moradores do edifício, a Prefeitura do Recife e trabalhadores da construção civil. Clara vivia num apartamento sem ostentação, sem varanda gourmet, num prédio velho e sem elevador. O valor de Clara está em não se deixar intimidar pela ganância das incorporadoras. Clara não é responsável pelas distorções apontadas pelo colunista. Ele poderia ter aproveitado sua coluna para criticar os gestores públicos pelos descalabros que impedem que o Brasil seja um país sadio. WALDIR CALDEIRA (São Paulo, SP) - TRÍPLICE FRONTEIRA Parabenizo o repórter Marcelo Toledo, que retratou a realidade da Tríplice Fronteira. A reportagem "Sacoleiro 'evapora' na fronteira paraguaia" mostra um retrato fidedigno da realidade na região. Paralelamente, há que se destacar, no entanto, o crescimento exponencial de turistas, com a inauguração de hotéis, bares e restaurantes que se destinam a atender tal segmento. Para nós, de Foz do Iguaçu, a situação melhorou bastante, pois houve diminuição da violência e a substituição de empregos informais por formais. JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR) - TESTES COM ANIMAIS A Natura esclarece que desde 2006 não faz testes em animais e que defende a sua substituição na indústria cosmética por métodos alternativos ("Pesquisa com bichos passa por reavaliação" ). Acreditamos que o fim dos testes em animais pode estimular a inovação, desde que acompanhado de incentivo financeiro para o desenvolvimento científico e tecnológico da indústria brasileira, sobretudo de pequenas empresas do setor. MICHEL BLANCO, gerente de relações com a mídia da Natura (São Paulo, SP) - COLUNISTAS O artigo de Gregorio Duviver é, no mínimo, risível. Como artista, ele devia saber que há um escândalo que envolve, sim, a prefeitura e o prefeito Fernando Haddad: o escândalo do Theatro Municipal. Dinheiro roubado da cultura. Mas parece que isso não tem importância para o ator e humorista. WELBI MAIA BRITO (São Paulo, SP) * Com sua característica superficialidade, Ruy Castro falseia dados de suposta conversa ocorrida há mais de 60 anos e já comprovadamente refutados por mim. Quer dar uma de engraçadinho para me atingir, porque pus a nu a mediocridade e a venalidade de suas ambições literárias. Mas dá também uma medida da confiabilidade de seus escritos e dos métodos de pesquisa que usa em suas biografias, mais vocacionadas para a gracinha e para a grana do que para a veracidade. AUGUSTO DE CAMPOS, POETA (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Mistério de 'Uma Mulher Fantástica' fascina o espectador
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UMA MULHER FANTÁSTICA (muito bom) (Una Mujer Fantástica) DIREÇÃO Sebastián Lelio PRODUÇÃO Alemanha, 2017, 14 anos ELENCO Daniela Vega, Francisco Reyes, Luis Gnecco Veja salas e horários de exibição * É inquietante olhar para a Marina de "Uma Mulher Fantástica": conforme o ângulo, o que vemos é uma mulher, conforme o ângulo (ou a expressão corporal, ou arranjo dos cabelos), uma mulher. O certo é que esse perfeito andrógino, ou transexual, desperta nossa atenção como objeto (o que é?) antes, bem antes, de nos perguntarmos por ele como sujeito (quem é?). É desse mistério, no mais, que se ocupa o filme do chileno Sebastián Lelio. Mistério que fascina o espectador, diga-se. Um dos melhores momentos do filme, a esse propósito, está no final. Vemos, à distância e pela primeira vez, o corpo nu de Marina. E nos perguntamos sobre como serão seus órgãos genitais. À distância, não se pode saber. Mas haverá um plano próximo? Sim, ele vem logo em seguida. Porém não como se poderia esperar. Vemos as pernas de Marina, mas, entre elas, há um espelho redondo. Ou seja, em vez do mistério resolvido, o que vemos é o rosto de Marina, sempre ambíguo, refletido no espelho. De certa forma é a nós mesmos que a reflexão remete. À nossa curiosidade, à nossa inquietação, às nossas dúvidas e angústias sobre a sexualidade. A questão do filme é desenvolvida ao longo de uma trama razoavelmente convencional, e que poderia dizer respeito a qualquer pessoa, transexual ou não: Marina vive com Orlando, bem-sucedido empresário que morre de modo repentino. Começa então o sofrimento de Marina, não apenas pela perda de uma pessoa querida como pelas suspeitas da polícia de assassinato (não são tão fortes assim, mas a forçam a uma série de procedimentos humilhantes). Não só: a família de Orlando não demora a explicitar toda a reserva que tem em relação a Marina e à opção de Orlando de abandonar a mulher. Esta, aliás, dará a melhor definição de Marina: uma quimera, quer dizer, um ser imaginário. Eis o que, entre agressões e humilhações de Marina, recentra a trama: é com a ficção que estamos envolvidos. Talvez seja essa a paixão de Orlando: a percepção de que nenhum homem passa de uma quimera, de um ato de imaginação. A Marina cabe ser a quimera absoluta: homem e mulher, masculino e feminino. O imaginário tornado real pela ciência contemporânea. O triunfo do fictício num mundo que já pouco acredita em sua própria imaginação. A hipótese desenvolvida por Lelio não é apenas contemporânea. É, ainda, muito interessante, na medida em que coloca em questão o que somos e sugere, até, aquela resposta da personagem de uma peça de Fernando Pessoa: "De resto, fomos nós alguma coisa?". Assista ao trailer de 'Uma Mulher Fantástica"
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ilustrada
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Mistério de 'Uma Mulher Fantástica' fascina o espectadorUMA MULHER FANTÁSTICA (muito bom) (Una Mujer Fantástica) DIREÇÃO Sebastián Lelio PRODUÇÃO Alemanha, 2017, 14 anos ELENCO Daniela Vega, Francisco Reyes, Luis Gnecco Veja salas e horários de exibição * É inquietante olhar para a Marina de "Uma Mulher Fantástica": conforme o ângulo, o que vemos é uma mulher, conforme o ângulo (ou a expressão corporal, ou arranjo dos cabelos), uma mulher. O certo é que esse perfeito andrógino, ou transexual, desperta nossa atenção como objeto (o que é?) antes, bem antes, de nos perguntarmos por ele como sujeito (quem é?). É desse mistério, no mais, que se ocupa o filme do chileno Sebastián Lelio. Mistério que fascina o espectador, diga-se. Um dos melhores momentos do filme, a esse propósito, está no final. Vemos, à distância e pela primeira vez, o corpo nu de Marina. E nos perguntamos sobre como serão seus órgãos genitais. À distância, não se pode saber. Mas haverá um plano próximo? Sim, ele vem logo em seguida. Porém não como se poderia esperar. Vemos as pernas de Marina, mas, entre elas, há um espelho redondo. Ou seja, em vez do mistério resolvido, o que vemos é o rosto de Marina, sempre ambíguo, refletido no espelho. De certa forma é a nós mesmos que a reflexão remete. À nossa curiosidade, à nossa inquietação, às nossas dúvidas e angústias sobre a sexualidade. A questão do filme é desenvolvida ao longo de uma trama razoavelmente convencional, e que poderia dizer respeito a qualquer pessoa, transexual ou não: Marina vive com Orlando, bem-sucedido empresário que morre de modo repentino. Começa então o sofrimento de Marina, não apenas pela perda de uma pessoa querida como pelas suspeitas da polícia de assassinato (não são tão fortes assim, mas a forçam a uma série de procedimentos humilhantes). Não só: a família de Orlando não demora a explicitar toda a reserva que tem em relação a Marina e à opção de Orlando de abandonar a mulher. Esta, aliás, dará a melhor definição de Marina: uma quimera, quer dizer, um ser imaginário. Eis o que, entre agressões e humilhações de Marina, recentra a trama: é com a ficção que estamos envolvidos. Talvez seja essa a paixão de Orlando: a percepção de que nenhum homem passa de uma quimera, de um ato de imaginação. A Marina cabe ser a quimera absoluta: homem e mulher, masculino e feminino. O imaginário tornado real pela ciência contemporânea. O triunfo do fictício num mundo que já pouco acredita em sua própria imaginação. A hipótese desenvolvida por Lelio não é apenas contemporânea. É, ainda, muito interessante, na medida em que coloca em questão o que somos e sugere, até, aquela resposta da personagem de uma peça de Fernando Pessoa: "De resto, fomos nós alguma coisa?". Assista ao trailer de 'Uma Mulher Fantástica"
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Tucanos recuam e dizem que reforma trabalhista vai continuar no Senado
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O PSDB do Senado anunciou nesta segunda-feira (22) que vai manter o cronograma da reforma trabalhista na Casa. De acordo com os tucanos, o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) será apresentado e lido nesta terça-feira (23) na Comissão de Assuntos Econômicos. O anúncio feito pelo relator é um recuo em relação a nota divulgada por ele na última quinta (18). Logo após terem sido reveladas as acusações do empresário Joesley Batista contra o presidente Michel Temer, Ferraço disse por meio da nota que a reforma era assunto "secundário" diante da crise. "A crise institucional que estamos enfrentando é devastadora e precisamos priorizar a sua solução, para depois darmos desdobramento ao debate relacionado à reforma trabalhista", disse o senador na semana passada. O senador mudou o discurso após uma reunião de lideranças do PSDB. Agora, afirmou que mudou de ideia porque "não se pode misturar uma crise do governo com o funcionamento do país". A fala de Ferraço foi endossada pelo presidente interino do PSDB e presidente da CAE, senador Tasso Jereissati (CE). "Nosso compromisso é com país e estamos trabalhando normalmente. Os acontecimentos políticos independem do nosso trabalho aqui e o Brasil depende que nós continuemos a trabalhar e dar seguimento", disse Jereissati. Questionado sobre se o PSDB seguirá na base do governo, o presidente do PSDB disse que é preciso "aguardar". "Estamos vendo isso [apoio ao governo] com muita responsabilidade e cuidado. Existem desdobramentos como o julgamento do STF e, em seguida do TSE, vamos aguardar", disse.
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mercado
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Tucanos recuam e dizem que reforma trabalhista vai continuar no SenadoO PSDB do Senado anunciou nesta segunda-feira (22) que vai manter o cronograma da reforma trabalhista na Casa. De acordo com os tucanos, o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) será apresentado e lido nesta terça-feira (23) na Comissão de Assuntos Econômicos. O anúncio feito pelo relator é um recuo em relação a nota divulgada por ele na última quinta (18). Logo após terem sido reveladas as acusações do empresário Joesley Batista contra o presidente Michel Temer, Ferraço disse por meio da nota que a reforma era assunto "secundário" diante da crise. "A crise institucional que estamos enfrentando é devastadora e precisamos priorizar a sua solução, para depois darmos desdobramento ao debate relacionado à reforma trabalhista", disse o senador na semana passada. O senador mudou o discurso após uma reunião de lideranças do PSDB. Agora, afirmou que mudou de ideia porque "não se pode misturar uma crise do governo com o funcionamento do país". A fala de Ferraço foi endossada pelo presidente interino do PSDB e presidente da CAE, senador Tasso Jereissati (CE). "Nosso compromisso é com país e estamos trabalhando normalmente. Os acontecimentos políticos independem do nosso trabalho aqui e o Brasil depende que nós continuemos a trabalhar e dar seguimento", disse Jereissati. Questionado sobre se o PSDB seguirá na base do governo, o presidente do PSDB disse que é preciso "aguardar". "Estamos vendo isso [apoio ao governo] com muita responsabilidade e cuidado. Existem desdobramentos como o julgamento do STF e, em seguida do TSE, vamos aguardar", disse.
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Doria volta a dizer que aumentará velocidades nas marginais em SP
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O prefeito eleito João Doria (PSDB) afirmou nesta terça-feira (11) que apenas alguns pontos poderão ter o limite de velocidade mantido em 50 km/h nas marginais Tietê e Pinheiros, próximo a vias de acesso. "Nossa decisão foi muito madura, estudada e avaliada tecnicamente, as velocidades vão sim ser alteradas para 90 km/h, 70 km/h e 60 km/h", disse. "Apenas em alguns pontos específicos onde existirem pesquisas que indiquem claramente riscos de atropelamento nas vias de acesso nós poderemos ali naquele local manter a 50 km/h". Doria reafirmou que nas demais ruas da cidade os limites atuais serão mantidos. As afirmações foram dadas em São Bernardo do Campo, na Grande SP, onde o candidato tucano Orlando Morando disputará o segundo turno com Alex Manente (PPS). Doria disse que foi chamado para apoiar candidatos de 25 cidades. "Aqui tem uma simbologia. Aqui foi berço do PT e é importante ficar muito claro que o PT deixou essa prefeitura e não deixou bem, foi derrotado como foi derrotado em São Paulo". No palanque de Morando, Doria adotou o mesmo discurso de "gestor" que o elegeu, atribuindo ao colega tucano a mesma característica. Ele também usou o discurso antipetista, ao repetir que "nossa bandeira nunca será vermelha". VAIVÉM NAS MARGINAIS
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cotidiano
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Doria volta a dizer que aumentará velocidades nas marginais em SPO prefeito eleito João Doria (PSDB) afirmou nesta terça-feira (11) que apenas alguns pontos poderão ter o limite de velocidade mantido em 50 km/h nas marginais Tietê e Pinheiros, próximo a vias de acesso. "Nossa decisão foi muito madura, estudada e avaliada tecnicamente, as velocidades vão sim ser alteradas para 90 km/h, 70 km/h e 60 km/h", disse. "Apenas em alguns pontos específicos onde existirem pesquisas que indiquem claramente riscos de atropelamento nas vias de acesso nós poderemos ali naquele local manter a 50 km/h". Doria reafirmou que nas demais ruas da cidade os limites atuais serão mantidos. As afirmações foram dadas em São Bernardo do Campo, na Grande SP, onde o candidato tucano Orlando Morando disputará o segundo turno com Alex Manente (PPS). Doria disse que foi chamado para apoiar candidatos de 25 cidades. "Aqui tem uma simbologia. Aqui foi berço do PT e é importante ficar muito claro que o PT deixou essa prefeitura e não deixou bem, foi derrotado como foi derrotado em São Paulo". No palanque de Morando, Doria adotou o mesmo discurso de "gestor" que o elegeu, atribuindo ao colega tucano a mesma característica. Ele também usou o discurso antipetista, ao repetir que "nossa bandeira nunca será vermelha". VAIVÉM NAS MARGINAIS
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Governo publica decreto com mudanças no Conselhinho
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A presidente Dilma Rousseff publicou decreto com mudanças no regimento do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, o Conselhinho. Conforme antecipou o Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, as mudanças têm como objetivo acelerar o julgamento das punições administrativas aplicadas pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que hoje levam três anos e meio para serem concluídas. O decreto publicado nesta sexta-feira (29) no "Diário Oficial da União", afirma que o Conselhinho tem por finalidade julgar, em última instância, decisões do Banco Central que aplicarem medidas cautelares referentes à desclassificação e à descaracterização de operações de crédito rural, e relacionadas à retificação de informações, à aplicação de multas e custos financeiros associados a recolhimento compulsório, ao encaixe obrigatório e ao direcionamento obrigatório de recursos. O Conselhinho julga ainda decisões do BC que "aplicarem penalidades em sede de processo administrativo sancionador instaurado em razão do descumprimento de normas legais e regulamentares que lhe caiba fiscalizar". O órgão julgará também as sanções para crimes de lavagem ou ocultação de bens previstos na lei nº 9.613, de 1998. O decreto determina que as sessões de julgamento e as decisões serão públicas. A composição, a organização e o funcionamento do Conselhinho serão fixados em regimento interno aprovado pelo Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.
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Governo publica decreto com mudanças no ConselhinhoA presidente Dilma Rousseff publicou decreto com mudanças no regimento do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, o Conselhinho. Conforme antecipou o Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, as mudanças têm como objetivo acelerar o julgamento das punições administrativas aplicadas pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que hoje levam três anos e meio para serem concluídas. O decreto publicado nesta sexta-feira (29) no "Diário Oficial da União", afirma que o Conselhinho tem por finalidade julgar, em última instância, decisões do Banco Central que aplicarem medidas cautelares referentes à desclassificação e à descaracterização de operações de crédito rural, e relacionadas à retificação de informações, à aplicação de multas e custos financeiros associados a recolhimento compulsório, ao encaixe obrigatório e ao direcionamento obrigatório de recursos. O Conselhinho julga ainda decisões do BC que "aplicarem penalidades em sede de processo administrativo sancionador instaurado em razão do descumprimento de normas legais e regulamentares que lhe caiba fiscalizar". O órgão julgará também as sanções para crimes de lavagem ou ocultação de bens previstos na lei nº 9.613, de 1998. O decreto determina que as sessões de julgamento e as decisões serão públicas. A composição, a organização e o funcionamento do Conselhinho serão fixados em regimento interno aprovado pelo Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.
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Passagem de ônibus em BH sobe pela 3ª vez em um ano e cinco dias
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Em pouco mais de um ano, a principal tarifa de ônibus de Belo Horizonte subirá de R$ 2,85 para R$ 3,70. A nova tarifa foi anunciada pela BHTrans na noite desta quarta (30) e passa a vigorar a partir de domingo (3). Em 29 de dezembro de 2014, o preço da maioria das linhas passou de R$ 2,85 a R$ 3,10. Em julho, sem aviso prévio, foi publicado no "Diário Oficial" que as passagens passariam a custar R$ 3,40. A medida gerou protestos e ações da Defensoria Pública na Justiça, que provocaram o retorno do preço, temporariamente, para R$ 3,10. No fim de outubro, elas voltaram a ficar 30 centavos mais caras. De acordo com a BHTrans, para o novo preço da passagem, com reajuste de 8,2%, foi levado em conta a variação anual dos preços de cinco grandes itens de custo do sistema de transporte (óleo diesel, rodagem, veículos, mão de obra operacional e despesas administrativas). Entre o reajuste de R$ 3,10 do fim do ano passado e o anunciado no fim deste ano, o aumento para a maior parte das linhas chegará a 19% —acima da inflação do período, de aproximadamente 10,5%, segundo o IPCA. Neste fim de ano, além de BH, São Paulo e outras sete capitais também aumentaram o valor das passagens de transportes coletivos. Duas delas (Aracaju e Rio Branco) já começaram a aplicar a nova tarifa. Nas outras cinco (Salvador, Florianópolis, Cuiabá, Teresina e Boa Vista), o reajuste deve valer a partir de janeiro de 2016. Outras capitais ainda poderão aumentar as passagens entre janeiro e fevereiro, meses em que está previsto o reajuste contratual com as empresas de transporte. É o caso do Rio de Janeiro, Recife, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, Manaus e Maceió.
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cotidiano
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Passagem de ônibus em BH sobe pela 3ª vez em um ano e cinco diasEm pouco mais de um ano, a principal tarifa de ônibus de Belo Horizonte subirá de R$ 2,85 para R$ 3,70. A nova tarifa foi anunciada pela BHTrans na noite desta quarta (30) e passa a vigorar a partir de domingo (3). Em 29 de dezembro de 2014, o preço da maioria das linhas passou de R$ 2,85 a R$ 3,10. Em julho, sem aviso prévio, foi publicado no "Diário Oficial" que as passagens passariam a custar R$ 3,40. A medida gerou protestos e ações da Defensoria Pública na Justiça, que provocaram o retorno do preço, temporariamente, para R$ 3,10. No fim de outubro, elas voltaram a ficar 30 centavos mais caras. De acordo com a BHTrans, para o novo preço da passagem, com reajuste de 8,2%, foi levado em conta a variação anual dos preços de cinco grandes itens de custo do sistema de transporte (óleo diesel, rodagem, veículos, mão de obra operacional e despesas administrativas). Entre o reajuste de R$ 3,10 do fim do ano passado e o anunciado no fim deste ano, o aumento para a maior parte das linhas chegará a 19% —acima da inflação do período, de aproximadamente 10,5%, segundo o IPCA. Neste fim de ano, além de BH, São Paulo e outras sete capitais também aumentaram o valor das passagens de transportes coletivos. Duas delas (Aracaju e Rio Branco) já começaram a aplicar a nova tarifa. Nas outras cinco (Salvador, Florianópolis, Cuiabá, Teresina e Boa Vista), o reajuste deve valer a partir de janeiro de 2016. Outras capitais ainda poderão aumentar as passagens entre janeiro e fevereiro, meses em que está previsto o reajuste contratual com as empresas de transporte. É o caso do Rio de Janeiro, Recife, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, Manaus e Maceió.
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Ganso diz que fica no São Paulo, mas não fecha portas para outros clubes
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O meia Paulo Henrique Ganso disse nesta quinta-feira (5) que fica no São Paulo para a próxima temporada. "Eu continuo no ano que vem e até 2017, quando acaba meu contrato [em setembro]. Fico tranquilo porque tenho um contrato e porque o presidente [Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco] e a diretoria querem formar um time forte para o ano que vem. Não dá para falar de propostas agora que não há nada para discutir", afirmou. Perguntado se só jogaria pelo São Paulo no futebol brasileiro, o meia não quis entrar em detalhes sobre o tema e deixou aberta a possibilidade de mudar de ares, tanto no Brasil quanto em outro país. "Quando chegar alguma proposta realmente, e se chegar, aí sentam [os interessados] com o presidente Leco e ele fala se precisa me negociar ou se querem que eu fique. Não dá para falar que só jogo no São Paulo e fechar as portas para outros clubes. Nem aqui e nem em nenhum lugar do mundo eu posso fechar as portas", ponderou. Ao longo desta temporada, Ganso recebeu duas propostas concretas para deixar o Morumbi: do Orlando City (EUA) e do Flamengo. Os americanos tentaram envolver o meia em um negócio para forçar o São Paulo a pagar uma dívida referente ao tempo em que Kaká esteve no time tricolor durante o ano passado. Já os cariocas não conseguiram chegar perto dos R$ 22 milhões exigidos pelos paulistas, na época presididos por Carlos Miguel Aidar, que renunciou no dia 13 de outubro.
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esporte
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Ganso diz que fica no São Paulo, mas não fecha portas para outros clubesO meia Paulo Henrique Ganso disse nesta quinta-feira (5) que fica no São Paulo para a próxima temporada. "Eu continuo no ano que vem e até 2017, quando acaba meu contrato [em setembro]. Fico tranquilo porque tenho um contrato e porque o presidente [Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco] e a diretoria querem formar um time forte para o ano que vem. Não dá para falar de propostas agora que não há nada para discutir", afirmou. Perguntado se só jogaria pelo São Paulo no futebol brasileiro, o meia não quis entrar em detalhes sobre o tema e deixou aberta a possibilidade de mudar de ares, tanto no Brasil quanto em outro país. "Quando chegar alguma proposta realmente, e se chegar, aí sentam [os interessados] com o presidente Leco e ele fala se precisa me negociar ou se querem que eu fique. Não dá para falar que só jogo no São Paulo e fechar as portas para outros clubes. Nem aqui e nem em nenhum lugar do mundo eu posso fechar as portas", ponderou. Ao longo desta temporada, Ganso recebeu duas propostas concretas para deixar o Morumbi: do Orlando City (EUA) e do Flamengo. Os americanos tentaram envolver o meia em um negócio para forçar o São Paulo a pagar uma dívida referente ao tempo em que Kaká esteve no time tricolor durante o ano passado. Já os cariocas não conseguiram chegar perto dos R$ 22 milhões exigidos pelos paulistas, na época presididos por Carlos Miguel Aidar, que renunciou no dia 13 de outubro.
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Dólar fecha perto da estabilidade com preocupação fiscal e leilões do BC
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Nova atuação do Banco Central no câmbio trouxe alívio à cotação do dólar nesta terça-feira (17), mas preocupações com o ajuste fiscal no Brasil amenizaram a queda da moeda americana no final do dia. O dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, teve leve recuo de 0,02%, para R$ 3,817 na venda. Já o dólar à vista, referência no mercado financeiro, cedeu 0,43%, para R$ 3,809. Entre as 24 principais moedas emergentes do mundo, o dólar perdeu força sobre 11. O Banco Central vendeu nesta tarde US$ 500 milhões com compromisso de recompra em 4 de abril e 5 de julho de 2016. A operação ocorreu em duas etapas: um primeiro leilão entre 15h15 e 15h20, e um segundo entre 15h30 e 15h35. Leilões deste tipo fazem parte da estratégia do BC de fornecer recursos para a demanda sazonal de fim de ano, quando aumenta o valor enviado ao exterior para pagamento de dívidas e remessas de lucros, por exemplo. A autoridade também deu continuidade aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou R$ 582 milhões. No mercado de juros futuros, as taxas dos contratos acompanharam o câmbio e fecharam majoritariamente em queda na BM&FBovespa. O contrato de janeiro de 2016 caiu de 14,210% a 14,190%. Já o DI para janeiro de 2021 apontou taxa de 15,590%, ante 15,570% na sessão anterior. CENÁRIO POLÍTICO Internamente, os olhos seguem voltados ao cenário político do Brasil. Em entrevista à Folha, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga afirmou que, com ou sem Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, o Brasil caminha para o "caos profundo" se não mudar de rota. O mercado monitorou com apreensão a votação da mudança na meta de superavit primário de 2015, que foi aprovada no final da tarde pela Comissão Mista de Orçamento. A medida permite que o governo possa mostrar deficit primário de até R$ 117 bilhões em 2015. Ainda está prevista para esta terça-feira a análise pelo Congresso dos vetos presidenciais às chamadas "pautas-bomba", com destaque para o reajuste dos servidores do Judiciário. Ainda no cenário fiscal, os investidores digeriram a notícia de recuo de 11,3% na arrecadação federal em outubro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. O resultado levanta mais dúvidas sobre a capacidade do governo de controlar suas contas. JURO AMERICANO No exterior, dados mistos da economia americana voltaram acrescentaram cautela sobre uma possível elevação dos juros nos EUA na próxima reunião de política monetária do Federal Reserve (banco central americano), em dezembro. A expectativa é que a alta dos juros provoque uma fuga de recursos aplicados em países emergentes para os Estados Unidos, encarecendo o dólar. Isso porque a mudança deixaria os títulos do Tesouro americano, cuja remuneração reflete a taxa, mais atraentes que aplicações em emergentes, considerados de maior risco. O índice de preços ao consumidor americano cresceu pela primeira vez em três meses em outubro, com alta de 0,2%, ante recuo de 0,2% em setembro. O resultado veio em linha com o esperado. Já a produção industrial dos EUA surpreendeu negativamente ao cair pelo segundo mês consecutivo em outubro, com recuo de 0,2%, depois da baixa de 0,2% em setembro. AÇÕES EM ALTA O principal índice da Bolsa brasileira acompanhou o bom humor visto nos mercados acionários europeus e americanos e fechou no azul. O Ibovespa subiu 0,86%, para 47.247 pontos. O volume financeiro foi de R$ 5,6 bilhões. O ganho do Ibovespa foi sustentado pela alta das ações de bancos —setor com maior participação no índice. O Itaú viu suas ações subirem 0,70%, para R$ 28,61 cada uma, enquanto o Bradesco registrou valorização de 3,73%, a R$ 22,50. Já o Banco do Brasil teve alta de 1,79%, para R$ 17,61. O desempenho positivo da Petrobras também colaborou para sustentar o avanço do Ibovespa. A estatal viu sua ação preferencial, mais negociada e sem direito a voto, avançar 0,78%, para R$ 7,76. A ordinária, com direito a voto, subiu 0,43%, para R$ 9,42. Em sentido oposto, as ações preferenciais da Vale recuaram 3,44%, para R$ 12,07, na esteira da queda nos preços do minério de ferro no mercado internacional. Os papéis ordinários da companhia tiveram baixa de 3,52%, para R$ 14,52 cada um. A empresa também continua sendo afetada negativamente pelo rompimento de barragens da mineradora Samarco, joint venture da Vale com a australiana BHP. A tragédia paralisou a unidade da empresa em Mariana (MG), além de ter deixado mortos e desaparecidos.
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Dólar fecha perto da estabilidade com preocupação fiscal e leilões do BCNova atuação do Banco Central no câmbio trouxe alívio à cotação do dólar nesta terça-feira (17), mas preocupações com o ajuste fiscal no Brasil amenizaram a queda da moeda americana no final do dia. O dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, teve leve recuo de 0,02%, para R$ 3,817 na venda. Já o dólar à vista, referência no mercado financeiro, cedeu 0,43%, para R$ 3,809. Entre as 24 principais moedas emergentes do mundo, o dólar perdeu força sobre 11. O Banco Central vendeu nesta tarde US$ 500 milhões com compromisso de recompra em 4 de abril e 5 de julho de 2016. A operação ocorreu em duas etapas: um primeiro leilão entre 15h15 e 15h20, e um segundo entre 15h30 e 15h35. Leilões deste tipo fazem parte da estratégia do BC de fornecer recursos para a demanda sazonal de fim de ano, quando aumenta o valor enviado ao exterior para pagamento de dívidas e remessas de lucros, por exemplo. A autoridade também deu continuidade aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou R$ 582 milhões. No mercado de juros futuros, as taxas dos contratos acompanharam o câmbio e fecharam majoritariamente em queda na BM&FBovespa. O contrato de janeiro de 2016 caiu de 14,210% a 14,190%. Já o DI para janeiro de 2021 apontou taxa de 15,590%, ante 15,570% na sessão anterior. CENÁRIO POLÍTICO Internamente, os olhos seguem voltados ao cenário político do Brasil. Em entrevista à Folha, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga afirmou que, com ou sem Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, o Brasil caminha para o "caos profundo" se não mudar de rota. O mercado monitorou com apreensão a votação da mudança na meta de superavit primário de 2015, que foi aprovada no final da tarde pela Comissão Mista de Orçamento. A medida permite que o governo possa mostrar deficit primário de até R$ 117 bilhões em 2015. Ainda está prevista para esta terça-feira a análise pelo Congresso dos vetos presidenciais às chamadas "pautas-bomba", com destaque para o reajuste dos servidores do Judiciário. Ainda no cenário fiscal, os investidores digeriram a notícia de recuo de 11,3% na arrecadação federal em outubro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. O resultado levanta mais dúvidas sobre a capacidade do governo de controlar suas contas. JURO AMERICANO No exterior, dados mistos da economia americana voltaram acrescentaram cautela sobre uma possível elevação dos juros nos EUA na próxima reunião de política monetária do Federal Reserve (banco central americano), em dezembro. A expectativa é que a alta dos juros provoque uma fuga de recursos aplicados em países emergentes para os Estados Unidos, encarecendo o dólar. Isso porque a mudança deixaria os títulos do Tesouro americano, cuja remuneração reflete a taxa, mais atraentes que aplicações em emergentes, considerados de maior risco. O índice de preços ao consumidor americano cresceu pela primeira vez em três meses em outubro, com alta de 0,2%, ante recuo de 0,2% em setembro. O resultado veio em linha com o esperado. Já a produção industrial dos EUA surpreendeu negativamente ao cair pelo segundo mês consecutivo em outubro, com recuo de 0,2%, depois da baixa de 0,2% em setembro. AÇÕES EM ALTA O principal índice da Bolsa brasileira acompanhou o bom humor visto nos mercados acionários europeus e americanos e fechou no azul. O Ibovespa subiu 0,86%, para 47.247 pontos. O volume financeiro foi de R$ 5,6 bilhões. O ganho do Ibovespa foi sustentado pela alta das ações de bancos —setor com maior participação no índice. O Itaú viu suas ações subirem 0,70%, para R$ 28,61 cada uma, enquanto o Bradesco registrou valorização de 3,73%, a R$ 22,50. Já o Banco do Brasil teve alta de 1,79%, para R$ 17,61. O desempenho positivo da Petrobras também colaborou para sustentar o avanço do Ibovespa. A estatal viu sua ação preferencial, mais negociada e sem direito a voto, avançar 0,78%, para R$ 7,76. A ordinária, com direito a voto, subiu 0,43%, para R$ 9,42. Em sentido oposto, as ações preferenciais da Vale recuaram 3,44%, para R$ 12,07, na esteira da queda nos preços do minério de ferro no mercado internacional. Os papéis ordinários da companhia tiveram baixa de 3,52%, para R$ 14,52 cada um. A empresa também continua sendo afetada negativamente pelo rompimento de barragens da mineradora Samarco, joint venture da Vale com a australiana BHP. A tragédia paralisou a unidade da empresa em Mariana (MG), além de ter deixado mortos e desaparecidos.
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Parabéns
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Surgem, lá e cá, notícias positivas sobre a economia brasileira. Não é correto omiti-las porque elas podem influir na volta da confiança, fator decisivo para a recuperação. Vamos lembrar algumas. A produção da indústria ficou estável em maio, e pela primeira vez desde 2012 passou um trimestre sem encolher –havia crescido 1,4% em março e 0,2% em abril. Quem prefere destacar os números negativos dirá que a queda de produção em 12 meses até maio ainda atinge 9,5%. Mas prefiro lembrar a frase do filósofo chinês Lao Tse: "Uma longa caminhada começa com o primeiro passo". Há outros sinais de que o país pode estar no início de uma nova caminhada. Na própria indústria, os índices de confiança subiram pelo terceiro mês seguido. Melhorou também a confiança do comércio, dos serviços e dos consumidores. Até o mercado interno de veículos, sufocado pela queda de demanda, mostra estabilização de vendas em torno de 8.000 unidades/dia. É um nível 25% inferior aos do ano passado, mas indica que as vendas pararam de cair, uma boa novidade. E a produção de veículos em junho cresceu 4,2% em relação a maio. Puxado pela desvalorização do real, o comércio exterior vai bem. Em junho, a balança comercial deu superavit de US$ 4 bilhões, e, no primeiro semestre, de US$ 23,6 bilhões, um recorde. Indicador importante, o valor das exportações da indústria comparado com a produção total, que era de 11,4% em 2010, subiu para quase 17% agora em abril. Também são bem-vindos sinais de que o governo não vai adotar o neoliberalismo radical. Já anunciou, por exemplo, o aumento de 12,5% para os benefícios do Bolsa Família, que atende às camadas menos favorecidas da população e ajuda a estimular o consumo. O desemprego está elevado, atinge 11 milhões de brasileiros, mas também aqui há resultados que dão esperança. O índice de desemprego médio está praticamente estabilizado um pouco acima de 11%. Claro que a situação ainda é bem ruim para desempregados e para milhares de empresas que estão em dificuldades. Em cada índice desses citados, o leitor mais pessimista poderá facilmente encontrar dados negativos. Prefiro destacar fatos positivos, que podem ajudar o país a superar o baixo-astral. Os sinais de recuperação mostram que a economia brasileira, mesmo combalida, tem força para se recuperar. Mas será quase impossível o país retomar o crescimento de forma duradoura sem corrigir algumas aberrações brasileiras, como o desarranjo fiscal e, mais grave, a ideia dominante de que os juros internos precisam ser sempre absurdamente elevados, mesmo com a inflação em queda, como agora –o índice anual já caiu para 8,8%. Taxa básica de 14,25% ao ano, num mundo de juros negativos, índices de mais de 300% ao ano para crédito ao consumo e de 70% ao ano para empresas, em média, são anomalias insuportáveis. E, infelizmente, o pensamento dominante faz com que quase ninguém mais se preocupe com isso, ainda que a Selic tropical vá arrancar dos cofres públicos R$ 400 bilhões neste ano. Uma grata exceção foi a de Michel Temer, que defendeu a redução "responsável" dos juros ainda neste ano. A uma pergunta sobre se contava com a queda dos juros, ele respondeu: "Espero que sim, grife o espero". Temer observou que a redução terá efeito concreto e psicológico para a retomada da confiança. Parabéns.
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ParabénsSurgem, lá e cá, notícias positivas sobre a economia brasileira. Não é correto omiti-las porque elas podem influir na volta da confiança, fator decisivo para a recuperação. Vamos lembrar algumas. A produção da indústria ficou estável em maio, e pela primeira vez desde 2012 passou um trimestre sem encolher –havia crescido 1,4% em março e 0,2% em abril. Quem prefere destacar os números negativos dirá que a queda de produção em 12 meses até maio ainda atinge 9,5%. Mas prefiro lembrar a frase do filósofo chinês Lao Tse: "Uma longa caminhada começa com o primeiro passo". Há outros sinais de que o país pode estar no início de uma nova caminhada. Na própria indústria, os índices de confiança subiram pelo terceiro mês seguido. Melhorou também a confiança do comércio, dos serviços e dos consumidores. Até o mercado interno de veículos, sufocado pela queda de demanda, mostra estabilização de vendas em torno de 8.000 unidades/dia. É um nível 25% inferior aos do ano passado, mas indica que as vendas pararam de cair, uma boa novidade. E a produção de veículos em junho cresceu 4,2% em relação a maio. Puxado pela desvalorização do real, o comércio exterior vai bem. Em junho, a balança comercial deu superavit de US$ 4 bilhões, e, no primeiro semestre, de US$ 23,6 bilhões, um recorde. Indicador importante, o valor das exportações da indústria comparado com a produção total, que era de 11,4% em 2010, subiu para quase 17% agora em abril. Também são bem-vindos sinais de que o governo não vai adotar o neoliberalismo radical. Já anunciou, por exemplo, o aumento de 12,5% para os benefícios do Bolsa Família, que atende às camadas menos favorecidas da população e ajuda a estimular o consumo. O desemprego está elevado, atinge 11 milhões de brasileiros, mas também aqui há resultados que dão esperança. O índice de desemprego médio está praticamente estabilizado um pouco acima de 11%. Claro que a situação ainda é bem ruim para desempregados e para milhares de empresas que estão em dificuldades. Em cada índice desses citados, o leitor mais pessimista poderá facilmente encontrar dados negativos. Prefiro destacar fatos positivos, que podem ajudar o país a superar o baixo-astral. Os sinais de recuperação mostram que a economia brasileira, mesmo combalida, tem força para se recuperar. Mas será quase impossível o país retomar o crescimento de forma duradoura sem corrigir algumas aberrações brasileiras, como o desarranjo fiscal e, mais grave, a ideia dominante de que os juros internos precisam ser sempre absurdamente elevados, mesmo com a inflação em queda, como agora –o índice anual já caiu para 8,8%. Taxa básica de 14,25% ao ano, num mundo de juros negativos, índices de mais de 300% ao ano para crédito ao consumo e de 70% ao ano para empresas, em média, são anomalias insuportáveis. E, infelizmente, o pensamento dominante faz com que quase ninguém mais se preocupe com isso, ainda que a Selic tropical vá arrancar dos cofres públicos R$ 400 bilhões neste ano. Uma grata exceção foi a de Michel Temer, que defendeu a redução "responsável" dos juros ainda neste ano. A uma pergunta sobre se contava com a queda dos juros, ele respondeu: "Espero que sim, grife o espero". Temer observou que a redução terá efeito concreto e psicológico para a retomada da confiança. Parabéns.
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Avião cai, atinge Kombi e mata seis em Londrina (PR)
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Um monomotor atingiu uma Kombi que passava pela rodovia Carlos João Strass (PR-545), em Londrina (a 378 km de Curitiba), no final da tarde desta quarta-feira (20). Seis pessoas morreram e três ficaram feridas no acidente. O avião decolou por volta das 17h do aeroporto 14 Bis, que fica às margens da rodovia, com destino ao interior de São Paulo. Segundo a PRE (Polícia Rodoviária Estadual), a aeronave apresentou problemas e o piloto Bruno Nobre da Costa, 28, tentou retornar para a pista. Testemunhas disseram aos policiais rodoviários que o monomotor começou a perder altitude e atingiu a Kombi que passava pela rodovia. O piloto ainda tentou desviar do carro, mas não conseguiu. Com o impacto da batida, a aeronave incendiou e ficou destruída. O veículo, que pertence a uma empresa de pintura e transportava trabalhadores rurais, também ficou danificado pelo fogo. Rodolfo Florêncio Fagundes, 26, Renan Florêncio Fagundes, 18, que eram irmãos, além de Flávio Tosi, 43, Cleverson Henrique Pereira, 36, e Odirley de Oliveira Inácio morreram no local. Luis Carlos da Silva, 54, foi encaminhado à Santa Casa de Londrina e morreu na noite desta quarta. Já Diógenes Gomes Fagundes, 45, motorista da Kombi, está internado no hospital Evangélico de Londrina, enquanto Alex Carlos de Brito, 35, outro ocupante do veículo, foi levado ao Hospital Universitário de Londrina. O piloto da aeronave também sobreviveu ao acidente e está internado no Hospital Universitário. Os técnicos do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) chegam na manhã desta quinta (21) à cidade para investigar o acidente.
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cotidiano
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Avião cai, atinge Kombi e mata seis em Londrina (PR)Um monomotor atingiu uma Kombi que passava pela rodovia Carlos João Strass (PR-545), em Londrina (a 378 km de Curitiba), no final da tarde desta quarta-feira (20). Seis pessoas morreram e três ficaram feridas no acidente. O avião decolou por volta das 17h do aeroporto 14 Bis, que fica às margens da rodovia, com destino ao interior de São Paulo. Segundo a PRE (Polícia Rodoviária Estadual), a aeronave apresentou problemas e o piloto Bruno Nobre da Costa, 28, tentou retornar para a pista. Testemunhas disseram aos policiais rodoviários que o monomotor começou a perder altitude e atingiu a Kombi que passava pela rodovia. O piloto ainda tentou desviar do carro, mas não conseguiu. Com o impacto da batida, a aeronave incendiou e ficou destruída. O veículo, que pertence a uma empresa de pintura e transportava trabalhadores rurais, também ficou danificado pelo fogo. Rodolfo Florêncio Fagundes, 26, Renan Florêncio Fagundes, 18, que eram irmãos, além de Flávio Tosi, 43, Cleverson Henrique Pereira, 36, e Odirley de Oliveira Inácio morreram no local. Luis Carlos da Silva, 54, foi encaminhado à Santa Casa de Londrina e morreu na noite desta quarta. Já Diógenes Gomes Fagundes, 45, motorista da Kombi, está internado no hospital Evangélico de Londrina, enquanto Alex Carlos de Brito, 35, outro ocupante do veículo, foi levado ao Hospital Universitário de Londrina. O piloto da aeronave também sobreviveu ao acidente e está internado no Hospital Universitário. Os técnicos do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) chegam na manhã desta quinta (21) à cidade para investigar o acidente.
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Odebrecht tinha 'departamento' de propina no Brasil, diz Lava Jato
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Com base em planilhas e cruzamento de dados, investigadores da Operação Lava Jato afirmam que a Odebrecht montou uma "estrutura profissional" de pagamentos sistemáticos de propina no Brasil e no exterior. Somente em duas contas ligadas a esse setor paralelo estima-se R$ 91 milhões em pagamentos suspeitos de serem ilícitos. O "sistema estruturado" de corrupção, nas palavras do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, envolvia funcionários com divisão clara de atribuições, um sistema informatizado para controle da entrada e saída de milhões de reais e toda uma estrutura de contabilidade clandestina. Segundo ele, os pagamentos se referiam a obras públicas do governo federal e de governos dos Estados. Segundo os investigadores, a estrutura incluía até uma área específica na empreiteira, chamado de "Setor de Operações Estruturadas", que operava as práticas ilegais. A empreiteira foi alvo de nova etapa da Lava Jato nesta terça (22), denominada "Xepa". Entre os contratos suspeitos de propina, além da Petrobras, estão o aeroporto de Goiânia, as obras do Trensurb (trem metropolitano de Porto Alegre), estradas, o Porto Maravilha, no Rio, e o estádio do Corinthians, em São Paulo. "Era uma estrutura profissional de pagamento de propina, não se limitava a casos esporádicos, mas a pagamentos sistemáticos", disse a procuradora Laura Tessler, uma das integrantes da força-tarefa do Ministério Público Federal, do Paraná. Apenas em uma das planilhas, a Polícia Federal identificou o que seriam pagamentos ilegais de R$ 65 milhões. Doleiros providenciavam dinheiro vivo e os repasses foram feitos pelo menos até novembro de 2015. "Isto é assustador porque, mesmo após a prisão de Marcelo Odebrecht, tiveram a ousadia de prosseguir com o esquema", disse a procuradora. As prisões de Marcelo Bahia Odebrecht, hoje ex-presidente do grupo, e da cúpula do conglomerado ocorreram em junho do ano passado. CONHECIMENTO DE MARCELO ODEBRECHT Segundo ela, Marcelo Odebrecht não "só tinha conhecimento como solicitava o pagamento de vantagens indevidas". A afirmação dela se baseia na existência da sigla MBO em planilhas de pagamento e o cruzamento dos dados novos da investigação com as anotações encontradas no celular do executivo. As investigações sobre os recebedores do recursos ainda estão em estágio inicial. A PF cruzou, por exemplo, dados existentes nas planilhas intituladas "paulistinha" e "carioquinha" –espécie de extratos clandestinos de contas de pagamento de propina– com os dados dos destinatários. Em alguns casos, disse o delegado Márcio Anselmo, dados dos destinatários, como prenomes e nomes de hotéis, números de quartos e datas, coincidiram com informações sobre os hóspedes registrados nos hotéis no mesmo dia. OUTRO LADO Por meio de nota, a Odebrecht "confirma que a Polícia Federal cumpriu hoje mandados de prisão, condução coercitiva e busca e apreensão em escritórios e residências de integrantes em algumas cidades no Brasil". "A empresa tem prestado todo o auxílio nas investigações em curso, colaborando com os esclarecimentos necessários", completa. A SECRETÁRIA-BOMBA Como a Folha revelou, a secretária Maria Lúcia Tavares, que trabalhava na Odebrecht em Salvador, fechou acordo de delação premiada e passou a colaborar com as autoridades. A principal colaboração dela foi a de "traduzir" o significado das iniciais contidas nas planilhas que a Lava Jato atribui ao pagamento de propinas em larga escala. Abaixo a relação dos executivos da Odebrecht e as respectivas suspeitas que surgiram a partir dos depoimentos de Maria Lúcia: Roberto Prisco Paraíso Ramos, chefe da Odebrecht Óleo e Gás, figura em troca de mensagens com o executivo Hilberto Silva sobre a entrega de "acarajés" no Rio de Janeiro, em referência à entrega de valores em espécie. Paul Elie Altit, chefe da Odebrecht Realizações Imobiliárias e tem por subordinados Rodrigo Costa Melo e Antônio Pessoa de Souza Couto. Os três figuram na referida troca de mensagens com Maria Lúcia Tavares acerca da entrega de um milhão de reais em espécie para pessoa identificada com o codinome "Turquesa #2" e que está relacionada à obra do "Projeto Porto Maravilha". Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, chefe da Odebrecht Ambiental e tem por subordinado Eduardo José Mortani Barbosa. Figuram em troca de mensagens entre o executivo Fernando Migliaccio e da secretária Maria Lúcia Tavares para entrega em espécie em 17 de junho de 2015 de R$ 550 mil para pessoa identificada pelo codinome "Cobra", e que estaria relacionada a "Fremerc - Fre - Mercado" Eduardo Barbosa, identificado pela sigla "EB", consta nas planilhas apreendidas por solicitações de pagamento de R$ 1 milhão em 23 de outubro 2014 à pessoa identificada como "Cabeça Chata", de R$ 150 mil em 23 de outubro de 2014 a "Baixinho" e de R$ 1 milhão, no mesmo dia, a "Galego". Benedicto Barbosa Júnior, chefe da Odebrecht Infraestrutura. Tem como subordinados o diretor-superintendente Sergio Luiz Neves, e o diretor de desenvolvimento de negócios, Claudio Melo Filho. Eles figuram em trocas de mensagens com Fernando Migliaccio e Maria Lúcia Tavares para solicitações de pagamento para pessoa identificada apenas como "Mineirinho" - suposto destinatário de R$ 15,5 milhões entre 1 de outubro e 19 de dezembro de 2014. João Alberto Lovera, executivo da Odebrecht Realizações Imobiliárias. Figura em em trocas de mensagens com a secretária Maria Lúcia Tavares para entrega em espécie, em março de 2015, de R$ 200 mil em Brasília para pessoa identificada pelo codinome "Grama", relacionado à obra identificada como "J.Mangueiral". Antônio Carlos Daiha Blando, diretor-superintendente da Odebrecht Infraestrutura responsável por negócios na África, Emirados Árabes e Portugal. Aparece identificado pela sigla DS ACDB em planilhas como solicitante US$ 335 mil em julho de 2014 para pagamento a pessoa identificada como "PSA (2008)". Alexandre Biselli, diretor do contrato do Canal do Sertão pela Odebrecht. Segundo planilha, solicitou pagamento de R$ 150 mil em 19/ de novembro de 2014 para pagamento a pessoa identificada como "Bobão". Carlos José Vieira Machado da Cunha, diretor-superintendente da Supervias, na Odebrecht Transporte. Aparece em planilha como solicitante de pagamento de R$ 100 mil em 18 de novembro 2014 para pagamento a pessoa não identificada (fls. 38-39 da representação). Em outra planilha, está vinculado a pagamento de R$ 300 mil, em dinheiro vivo, entre 18 de novembro a 16 de dezembro de 2014, a pessoa identificada pelo codinome "Plataformas" novamente vinculado à obra "Plataforma". Ricardo Ferraz, diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura, responsável por obras do Aeroporto de Goiânia. Aparece em planilhas como responsável por solicitação de pagamentos em espécie de R$ 1 milhão para alguém com apelido de "Padeiro" e de R$ 400 mil para alguém identificado como "Comprido". Pagamentos teriam ocorrido em 2014. Nilton Coelho de Andrade Júnior, diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura, responsável por obras da extensão do Trensurb, no Rio Grande do Sul, figura em planilhas como responsável por solicitação de pagamentos em espécie de R$ 10.000,00 para pessoa identificada pelo codinome "Varejão2" e de R$ 100.000,00 "Encostado2". Repasses teriam sido pagos em outubro de 2014. Antônio Roberto Gavioli, diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura, responsável pela obra da Arena do Corinthias, figura em planilhas como responsável por solicitação de pagamentos em espécie de R$ 500.000,00 em data não identificada para pessoa identificada pelo codinome "Timão". Luciano Cruz, diretor financeiro da Odebrecht Estruturas: suspeito de solicitar pagamentos em espécie de R$ 300 mil em 24 de outubro de 2014 para pessoa identificada como "Fórmula K". Flávio de Bento Faria, ex-diretor da Odebrecht na Argentina. Teria pedido repasses de US$ 115 mil a Festança" e "Duvidoso". Fábio Andreani Gandolfo, diretor-superintendente da Odebrecht Infraestrutura no Rio. Suspeito de levantar R$ 1 milhão para pessoa identificada "Amiga", em outubro de 2014. - Operação Lava Lato investiga estrutura der pagamentos da Odebrecht A empreiteira mantinha uma área específica, chamada Setor de Operações Estruturadas, para realizar pagamentos ilícitos relacionados a obras públicas Os repasses eram registrados em planilhas, com siglas ou codinomes de destinatários, valores, locais de entrega e projetos a que se referiam. Os pagamentos eram aprovados por e-mail Essas planilhas eram mantidas pela funcionária Maria Lúcia Tavares, espécie de gerente de contabilidade do esquema. Presa, ela ajudou a PF a traduzir os relatórios e levantar os nomes suspeitos OS PRESOS DA XEPA - Dos 13 mandados de prisão temporária e preventiva, apenas um ainda não foi cumprido nesta terça (22) Dados de 2014, os mais recentes
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Odebrecht tinha 'departamento' de propina no Brasil, diz Lava JatoCom base em planilhas e cruzamento de dados, investigadores da Operação Lava Jato afirmam que a Odebrecht montou uma "estrutura profissional" de pagamentos sistemáticos de propina no Brasil e no exterior. Somente em duas contas ligadas a esse setor paralelo estima-se R$ 91 milhões em pagamentos suspeitos de serem ilícitos. O "sistema estruturado" de corrupção, nas palavras do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, envolvia funcionários com divisão clara de atribuições, um sistema informatizado para controle da entrada e saída de milhões de reais e toda uma estrutura de contabilidade clandestina. Segundo ele, os pagamentos se referiam a obras públicas do governo federal e de governos dos Estados. Segundo os investigadores, a estrutura incluía até uma área específica na empreiteira, chamado de "Setor de Operações Estruturadas", que operava as práticas ilegais. A empreiteira foi alvo de nova etapa da Lava Jato nesta terça (22), denominada "Xepa". Entre os contratos suspeitos de propina, além da Petrobras, estão o aeroporto de Goiânia, as obras do Trensurb (trem metropolitano de Porto Alegre), estradas, o Porto Maravilha, no Rio, e o estádio do Corinthians, em São Paulo. "Era uma estrutura profissional de pagamento de propina, não se limitava a casos esporádicos, mas a pagamentos sistemáticos", disse a procuradora Laura Tessler, uma das integrantes da força-tarefa do Ministério Público Federal, do Paraná. Apenas em uma das planilhas, a Polícia Federal identificou o que seriam pagamentos ilegais de R$ 65 milhões. Doleiros providenciavam dinheiro vivo e os repasses foram feitos pelo menos até novembro de 2015. "Isto é assustador porque, mesmo após a prisão de Marcelo Odebrecht, tiveram a ousadia de prosseguir com o esquema", disse a procuradora. As prisões de Marcelo Bahia Odebrecht, hoje ex-presidente do grupo, e da cúpula do conglomerado ocorreram em junho do ano passado. CONHECIMENTO DE MARCELO ODEBRECHT Segundo ela, Marcelo Odebrecht não "só tinha conhecimento como solicitava o pagamento de vantagens indevidas". A afirmação dela se baseia na existência da sigla MBO em planilhas de pagamento e o cruzamento dos dados novos da investigação com as anotações encontradas no celular do executivo. As investigações sobre os recebedores do recursos ainda estão em estágio inicial. A PF cruzou, por exemplo, dados existentes nas planilhas intituladas "paulistinha" e "carioquinha" –espécie de extratos clandestinos de contas de pagamento de propina– com os dados dos destinatários. Em alguns casos, disse o delegado Márcio Anselmo, dados dos destinatários, como prenomes e nomes de hotéis, números de quartos e datas, coincidiram com informações sobre os hóspedes registrados nos hotéis no mesmo dia. OUTRO LADO Por meio de nota, a Odebrecht "confirma que a Polícia Federal cumpriu hoje mandados de prisão, condução coercitiva e busca e apreensão em escritórios e residências de integrantes em algumas cidades no Brasil". "A empresa tem prestado todo o auxílio nas investigações em curso, colaborando com os esclarecimentos necessários", completa. A SECRETÁRIA-BOMBA Como a Folha revelou, a secretária Maria Lúcia Tavares, que trabalhava na Odebrecht em Salvador, fechou acordo de delação premiada e passou a colaborar com as autoridades. A principal colaboração dela foi a de "traduzir" o significado das iniciais contidas nas planilhas que a Lava Jato atribui ao pagamento de propinas em larga escala. Abaixo a relação dos executivos da Odebrecht e as respectivas suspeitas que surgiram a partir dos depoimentos de Maria Lúcia: Roberto Prisco Paraíso Ramos, chefe da Odebrecht Óleo e Gás, figura em troca de mensagens com o executivo Hilberto Silva sobre a entrega de "acarajés" no Rio de Janeiro, em referência à entrega de valores em espécie. Paul Elie Altit, chefe da Odebrecht Realizações Imobiliárias e tem por subordinados Rodrigo Costa Melo e Antônio Pessoa de Souza Couto. Os três figuram na referida troca de mensagens com Maria Lúcia Tavares acerca da entrega de um milhão de reais em espécie para pessoa identificada com o codinome "Turquesa #2" e que está relacionada à obra do "Projeto Porto Maravilha". Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, chefe da Odebrecht Ambiental e tem por subordinado Eduardo José Mortani Barbosa. Figuram em troca de mensagens entre o executivo Fernando Migliaccio e da secretária Maria Lúcia Tavares para entrega em espécie em 17 de junho de 2015 de R$ 550 mil para pessoa identificada pelo codinome "Cobra", e que estaria relacionada a "Fremerc - Fre - Mercado" Eduardo Barbosa, identificado pela sigla "EB", consta nas planilhas apreendidas por solicitações de pagamento de R$ 1 milhão em 23 de outubro 2014 à pessoa identificada como "Cabeça Chata", de R$ 150 mil em 23 de outubro de 2014 a "Baixinho" e de R$ 1 milhão, no mesmo dia, a "Galego". Benedicto Barbosa Júnior, chefe da Odebrecht Infraestrutura. Tem como subordinados o diretor-superintendente Sergio Luiz Neves, e o diretor de desenvolvimento de negócios, Claudio Melo Filho. Eles figuram em trocas de mensagens com Fernando Migliaccio e Maria Lúcia Tavares para solicitações de pagamento para pessoa identificada apenas como "Mineirinho" - suposto destinatário de R$ 15,5 milhões entre 1 de outubro e 19 de dezembro de 2014. João Alberto Lovera, executivo da Odebrecht Realizações Imobiliárias. Figura em em trocas de mensagens com a secretária Maria Lúcia Tavares para entrega em espécie, em março de 2015, de R$ 200 mil em Brasília para pessoa identificada pelo codinome "Grama", relacionado à obra identificada como "J.Mangueiral". Antônio Carlos Daiha Blando, diretor-superintendente da Odebrecht Infraestrutura responsável por negócios na África, Emirados Árabes e Portugal. Aparece identificado pela sigla DS ACDB em planilhas como solicitante US$ 335 mil em julho de 2014 para pagamento a pessoa identificada como "PSA (2008)". Alexandre Biselli, diretor do contrato do Canal do Sertão pela Odebrecht. Segundo planilha, solicitou pagamento de R$ 150 mil em 19/ de novembro de 2014 para pagamento a pessoa identificada como "Bobão". Carlos José Vieira Machado da Cunha, diretor-superintendente da Supervias, na Odebrecht Transporte. Aparece em planilha como solicitante de pagamento de R$ 100 mil em 18 de novembro 2014 para pagamento a pessoa não identificada (fls. 38-39 da representação). Em outra planilha, está vinculado a pagamento de R$ 300 mil, em dinheiro vivo, entre 18 de novembro a 16 de dezembro de 2014, a pessoa identificada pelo codinome "Plataformas" novamente vinculado à obra "Plataforma". Ricardo Ferraz, diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura, responsável por obras do Aeroporto de Goiânia. Aparece em planilhas como responsável por solicitação de pagamentos em espécie de R$ 1 milhão para alguém com apelido de "Padeiro" e de R$ 400 mil para alguém identificado como "Comprido". Pagamentos teriam ocorrido em 2014. Nilton Coelho de Andrade Júnior, diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura, responsável por obras da extensão do Trensurb, no Rio Grande do Sul, figura em planilhas como responsável por solicitação de pagamentos em espécie de R$ 10.000,00 para pessoa identificada pelo codinome "Varejão2" e de R$ 100.000,00 "Encostado2". Repasses teriam sido pagos em outubro de 2014. Antônio Roberto Gavioli, diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura, responsável pela obra da Arena do Corinthias, figura em planilhas como responsável por solicitação de pagamentos em espécie de R$ 500.000,00 em data não identificada para pessoa identificada pelo codinome "Timão". Luciano Cruz, diretor financeiro da Odebrecht Estruturas: suspeito de solicitar pagamentos em espécie de R$ 300 mil em 24 de outubro de 2014 para pessoa identificada como "Fórmula K". Flávio de Bento Faria, ex-diretor da Odebrecht na Argentina. Teria pedido repasses de US$ 115 mil a Festança" e "Duvidoso". Fábio Andreani Gandolfo, diretor-superintendente da Odebrecht Infraestrutura no Rio. Suspeito de levantar R$ 1 milhão para pessoa identificada "Amiga", em outubro de 2014. - Operação Lava Lato investiga estrutura der pagamentos da Odebrecht A empreiteira mantinha uma área específica, chamada Setor de Operações Estruturadas, para realizar pagamentos ilícitos relacionados a obras públicas Os repasses eram registrados em planilhas, com siglas ou codinomes de destinatários, valores, locais de entrega e projetos a que se referiam. Os pagamentos eram aprovados por e-mail Essas planilhas eram mantidas pela funcionária Maria Lúcia Tavares, espécie de gerente de contabilidade do esquema. Presa, ela ajudou a PF a traduzir os relatórios e levantar os nomes suspeitos OS PRESOS DA XEPA - Dos 13 mandados de prisão temporária e preventiva, apenas um ainda não foi cumprido nesta terça (22) Dados de 2014, os mais recentes
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No 2º trimestre, 11 das 13 maiores incorporadoras têm queda nas vendas
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Com menos crédito na praça e consumidores mais ressabiados com a economia, as incorporadoras amargaram perdas no segundo trimestre. Onze das 13 maiores companhias de capital aberto do país tiveram redução nas vendas líquidas, a diferença entre os contratos firmados e os cancelados, frente ao mesmo período de 2014. E 12 delas registraram queda no lucro ou aumento no prejuízo no período. A queda no desempenho é resultado da combinação de demanda desaquecida e o número ainda alto de distratos. "O fator mais relevante é a deterioração da confiança. Sem ter certeza se terá emprego e se a economia vai piorar, você não embarca numa operação que bloqueia sua poupança e lima 30% da sua renda mensal", diz João da Rocha Lima Júnior, diretor do Núcleo de Real Estate (setor imobiliário) da Poli-USP. Está difícil fechar negócio O alto índice de distratos começou a ser observado no ano passado. Segundo relatório da agência de risco Fitch, contratos no valor de R$ 6,8 bilhões foram rescindidos em 2014. No ano anterior, haviam sido 5,6 bilhões. Algumas incorporadoras sinalizam melhora neste quesito de março a junho ante o ano anterior. Mas, sem alta expressiva nos novos contratos, os cancelamentos seguiram minando os resultados. Na Direcional, o índice de rescisão caiu de 41% no segundo trimestre de 2014 para 30,4% no mesmo período deste ano. Com menos contratos firmados, o resultado mesmo assim piorou. E a empresa acredita que nos próximos meses os cancelamentos podem subir novamente. Diante disso, vem tentando acelerar a rescisão com quem não tem financiamento garantido. A ideia é revender as unidades para quem tenha condição de pagar. Na Brookfield, tal política fez com que o distratos superassem os novos negócios fechados em R$ 104 milhões. As incorporadoras que melhoraram os resultados, Rossi e Gafisa, compensaram a redução da procura com a queda nos cancelamentos. A Rossi cortou pela metade as rescisões frente ao segundo trimestre do ano passado. A incorporadora fez um grande movimento em 2014 para cancelar contratos de consumidores em situação frágil e passou a dar descontos aos que ficaram para garantir o recebimento. Já a Gafisa foi beneficiada pelo desempenho da Tenda, sua divisão de imóveis populares. Após mudar sua política de vendas e cortar despesas em 2014, a empresa atraiu clientes com melhor capacidade de pagamento e voltou a lançar imóveis. NOVAS UNIDADES Além da Gafisa, só MRV, Cyrela e Eztec ampliaram os lançamentos no trimestre. Cinco incorporadoras (Brookfield, Rossi, Tecnisa, João Fortes e PDG) decidiram não colocar nada novo no mercado, repetindo um movimento já visto no três primeiros meses do ano. Na região metropolitana de São Paulo, o número de novas unidades lançadas caiu 14% de janeiro a junho frente ao primeiro semestre de 2014, segundo o Secovi-SP. Um dos efeitos da diminuição de obras são as demissões. Na PDG, por exemplo, quase 1.300 funcionários já foram cortados este ano.
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mercado
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No 2º trimestre, 11 das 13 maiores incorporadoras têm queda nas vendasCom menos crédito na praça e consumidores mais ressabiados com a economia, as incorporadoras amargaram perdas no segundo trimestre. Onze das 13 maiores companhias de capital aberto do país tiveram redução nas vendas líquidas, a diferença entre os contratos firmados e os cancelados, frente ao mesmo período de 2014. E 12 delas registraram queda no lucro ou aumento no prejuízo no período. A queda no desempenho é resultado da combinação de demanda desaquecida e o número ainda alto de distratos. "O fator mais relevante é a deterioração da confiança. Sem ter certeza se terá emprego e se a economia vai piorar, você não embarca numa operação que bloqueia sua poupança e lima 30% da sua renda mensal", diz João da Rocha Lima Júnior, diretor do Núcleo de Real Estate (setor imobiliário) da Poli-USP. Está difícil fechar negócio O alto índice de distratos começou a ser observado no ano passado. Segundo relatório da agência de risco Fitch, contratos no valor de R$ 6,8 bilhões foram rescindidos em 2014. No ano anterior, haviam sido 5,6 bilhões. Algumas incorporadoras sinalizam melhora neste quesito de março a junho ante o ano anterior. Mas, sem alta expressiva nos novos contratos, os cancelamentos seguiram minando os resultados. Na Direcional, o índice de rescisão caiu de 41% no segundo trimestre de 2014 para 30,4% no mesmo período deste ano. Com menos contratos firmados, o resultado mesmo assim piorou. E a empresa acredita que nos próximos meses os cancelamentos podem subir novamente. Diante disso, vem tentando acelerar a rescisão com quem não tem financiamento garantido. A ideia é revender as unidades para quem tenha condição de pagar. Na Brookfield, tal política fez com que o distratos superassem os novos negócios fechados em R$ 104 milhões. As incorporadoras que melhoraram os resultados, Rossi e Gafisa, compensaram a redução da procura com a queda nos cancelamentos. A Rossi cortou pela metade as rescisões frente ao segundo trimestre do ano passado. A incorporadora fez um grande movimento em 2014 para cancelar contratos de consumidores em situação frágil e passou a dar descontos aos que ficaram para garantir o recebimento. Já a Gafisa foi beneficiada pelo desempenho da Tenda, sua divisão de imóveis populares. Após mudar sua política de vendas e cortar despesas em 2014, a empresa atraiu clientes com melhor capacidade de pagamento e voltou a lançar imóveis. NOVAS UNIDADES Além da Gafisa, só MRV, Cyrela e Eztec ampliaram os lançamentos no trimestre. Cinco incorporadoras (Brookfield, Rossi, Tecnisa, João Fortes e PDG) decidiram não colocar nada novo no mercado, repetindo um movimento já visto no três primeiros meses do ano. Na região metropolitana de São Paulo, o número de novas unidades lançadas caiu 14% de janeiro a junho frente ao primeiro semestre de 2014, segundo o Secovi-SP. Um dos efeitos da diminuição de obras são as demissões. Na PDG, por exemplo, quase 1.300 funcionários já foram cortados este ano.
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'Reforços' e erros do técnico afundam o Fluminense no Brasileiro
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O ano de 2015 prometia ser doloroso para o Fluminense, depois da interrupção de um contrato de 15 anos com seu patrocinador —um plano de saúde— e a saída de jogadores como Conca, Rafael Sóbis, Carlinhos, Bruno, Valencia e Wagner. Mesmo com todos os problemas, a diretoria conseguiu manter alguns nomes importantes do time campeão brasileiro de 2012, como Fred, Jean, Diego Cavalieri e Gum. Somados a jovens talentos como Gerson, Marlon e Gustavo Scarpa, formados nas divisões de base do clube, esse elenco surpreendeu, terminando o primeiro turno em quarto lugar, com 33 pontos. Não era um Fluminense brilhante, mas o time brigava muito e defendia-se bem. A chegada de três jogadores de renome —Ronaldinho Gaúcho, Cícero e Osvaldo— fez a torcida sonhar alto. Mas a verdade é que a coisa desandou depois da chegada desses "reforços". Ronaldinho jogou apenas seis jogos, com três vitórias e três empates. Osvaldo se lesionou, ficou de fora de jogos importantes e não conseguiu acertar uma jogada até agora. E Cícero, apesar de ter marcado alguns gols decisivos, irrita a torcida com sua apatia e lerdeza. E aquele time raçudo e voluntarioso do primeiro turno evaporou. O Fluminense é o lanterninha do segundo turno do Campeonato Brasileiro, com apenas um ponto em sete jogos. Foram seis derrotas e um empate. Claro que a culpa pela queda de rendimento não pode ser creditada apenas aos três. Fred, o principal jogador do time, andou machucado e voltou muito mal. E a contratação de outros veteranos —Antônio Carlos, Wellington Paulista e Magno Alves— também foi um fiasco. Some isso à incapacidade do técnico Enderson Moreira em mexer no time durante jogos, a teimosia em improvisar jogadores fora de suas posições de origem e a alguns erros absurdos de arbitragem ocorridos nos jogos contra Corinthians, Flamengo e Sport, e a receita para a piora do time está completa. Que o novo técnico, Eduardo Baptista, consiga arrumar as coisas e montar um time brigador, misturando os talentos de uma ótima geração de jovens tricolores a veteranos que ainda tenham gás. O jornalista ANDRÉ BARCINSKI, 47, é torcedor do Fluminense
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esporte
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'Reforços' e erros do técnico afundam o Fluminense no BrasileiroO ano de 2015 prometia ser doloroso para o Fluminense, depois da interrupção de um contrato de 15 anos com seu patrocinador —um plano de saúde— e a saída de jogadores como Conca, Rafael Sóbis, Carlinhos, Bruno, Valencia e Wagner. Mesmo com todos os problemas, a diretoria conseguiu manter alguns nomes importantes do time campeão brasileiro de 2012, como Fred, Jean, Diego Cavalieri e Gum. Somados a jovens talentos como Gerson, Marlon e Gustavo Scarpa, formados nas divisões de base do clube, esse elenco surpreendeu, terminando o primeiro turno em quarto lugar, com 33 pontos. Não era um Fluminense brilhante, mas o time brigava muito e defendia-se bem. A chegada de três jogadores de renome —Ronaldinho Gaúcho, Cícero e Osvaldo— fez a torcida sonhar alto. Mas a verdade é que a coisa desandou depois da chegada desses "reforços". Ronaldinho jogou apenas seis jogos, com três vitórias e três empates. Osvaldo se lesionou, ficou de fora de jogos importantes e não conseguiu acertar uma jogada até agora. E Cícero, apesar de ter marcado alguns gols decisivos, irrita a torcida com sua apatia e lerdeza. E aquele time raçudo e voluntarioso do primeiro turno evaporou. O Fluminense é o lanterninha do segundo turno do Campeonato Brasileiro, com apenas um ponto em sete jogos. Foram seis derrotas e um empate. Claro que a culpa pela queda de rendimento não pode ser creditada apenas aos três. Fred, o principal jogador do time, andou machucado e voltou muito mal. E a contratação de outros veteranos —Antônio Carlos, Wellington Paulista e Magno Alves— também foi um fiasco. Some isso à incapacidade do técnico Enderson Moreira em mexer no time durante jogos, a teimosia em improvisar jogadores fora de suas posições de origem e a alguns erros absurdos de arbitragem ocorridos nos jogos contra Corinthians, Flamengo e Sport, e a receita para a piora do time está completa. Que o novo técnico, Eduardo Baptista, consiga arrumar as coisas e montar um time brigador, misturando os talentos de uma ótima geração de jovens tricolores a veteranos que ainda tenham gás. O jornalista ANDRÉ BARCINSKI, 47, é torcedor do Fluminense
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Cinema romeno traz mais uma obra equilibrada em 'Aferim!'
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O cinema romeno contemporâneo foi supervalorizado por muitos críticos. É certo que filmes interessantes surgiram nos últimos anos, alguns até bons, mas nada que mereça maior entusiasmo. Mais um bom filme é "Aferim!", de Radu Jude, premiado com o Urso de Prata de melhor diretor no último Festival de Berlim, e o escolhido pela Romênia para disputar uma indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Filmado em preto e branco e no formato super horizontal do scope (a tela inteira é ocupada), este é o quarto longa de Jude, e o primeiro dele a ser exibido na Mostra de SP. Na década de 1830, o policial Costadin é contratado por um nobre local para capturar um escravo cigano foragido. Seu crime: dormiu com a esposa do nobre e se mandou. Costadin tem a ajuda de seu filho, que durante a perseguição aprende bastante sobre as injustiças da vida e os preconceitos da sociedade (a escravidão será abolida na Romênia alguns anos depois). O filme pode passar a impressão de rigor formal, com planos longos e a composição de suas imagens contrastadas, mas creio não ser bem isso que melhor o caracterize. Trata-se, na verdade, de uma direção equilibrada, com a câmera perseguindo os atores na maior parte do tempo, ou descrevendo um cenário pelo qual eles irão passar. "Aferim!" nos ensina algumas coisas sobre a vida na Romênia da primeira metade do século retrasado (quando o feudalismo parecia ainda prevalecer) e sobre a relação entre os povos do país. Há espaço também para o humor, presente em alguns diálogos entre pai e filho e num encontro de ambos com um padre que, de maneira hilária, discorre sobre as diferenças entre os povos. Muitas falas, segundo um letreiro no final do filme, são provenientes de documentos históricos. Radu Jude foi assistente de direção de Costa-Gavras em "Amém" e também trabalhou com Cristi Puiu em "A Morte do Sr. Lazarescu" –este, sim, um filme romeno contemporâneo supervalorizado. AFERIM! DIREÇÃO Radu Jude PRODUÇÃO Romênia, Bulgária e República Tcheca, 2015, 12 anos MOSTRA quinta (22), às 17h45 (Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca 2); sábado (24), às 13h30 (Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca 1); terça (27), às 21h20 (Cinesala); segunda (2), às 20h (Espaço Itaú de Cinema - Augusta 1); quarta (4), às 21h45 (Cinearte 1)
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Cinema romeno traz mais uma obra equilibrada em 'Aferim!'O cinema romeno contemporâneo foi supervalorizado por muitos críticos. É certo que filmes interessantes surgiram nos últimos anos, alguns até bons, mas nada que mereça maior entusiasmo. Mais um bom filme é "Aferim!", de Radu Jude, premiado com o Urso de Prata de melhor diretor no último Festival de Berlim, e o escolhido pela Romênia para disputar uma indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Filmado em preto e branco e no formato super horizontal do scope (a tela inteira é ocupada), este é o quarto longa de Jude, e o primeiro dele a ser exibido na Mostra de SP. Na década de 1830, o policial Costadin é contratado por um nobre local para capturar um escravo cigano foragido. Seu crime: dormiu com a esposa do nobre e se mandou. Costadin tem a ajuda de seu filho, que durante a perseguição aprende bastante sobre as injustiças da vida e os preconceitos da sociedade (a escravidão será abolida na Romênia alguns anos depois). O filme pode passar a impressão de rigor formal, com planos longos e a composição de suas imagens contrastadas, mas creio não ser bem isso que melhor o caracterize. Trata-se, na verdade, de uma direção equilibrada, com a câmera perseguindo os atores na maior parte do tempo, ou descrevendo um cenário pelo qual eles irão passar. "Aferim!" nos ensina algumas coisas sobre a vida na Romênia da primeira metade do século retrasado (quando o feudalismo parecia ainda prevalecer) e sobre a relação entre os povos do país. Há espaço também para o humor, presente em alguns diálogos entre pai e filho e num encontro de ambos com um padre que, de maneira hilária, discorre sobre as diferenças entre os povos. Muitas falas, segundo um letreiro no final do filme, são provenientes de documentos históricos. Radu Jude foi assistente de direção de Costa-Gavras em "Amém" e também trabalhou com Cristi Puiu em "A Morte do Sr. Lazarescu" –este, sim, um filme romeno contemporâneo supervalorizado. AFERIM! DIREÇÃO Radu Jude PRODUÇÃO Romênia, Bulgária e República Tcheca, 2015, 12 anos MOSTRA quinta (22), às 17h45 (Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca 2); sábado (24), às 13h30 (Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca 1); terça (27), às 21h20 (Cinesala); segunda (2), às 20h (Espaço Itaú de Cinema - Augusta 1); quarta (4), às 21h45 (Cinearte 1)
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'Não foi ruim', diz Dunga sobre atuação da seleção contra o Chile
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Apesar da derrota por 2 a 0 para o Chile, na quinta-feira (8), pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, o técnico Dunga disse que o time brasileiro não teve uma má atuação em Santiago. Segundo ele, a equipe fez uma partida equilibrada, mas falhou nos detalhes. "O jogo estava igual. Não foi ruim. Foi equilibrado", disse o treinador brasileiro. "Nem sempre quando se perde as coisas são ruins. Fizemos um bom primeiro tempo", acrescentou. Dunga disse que o time não "precisa mudar, mas melhorar". "Um pequeno detalhe muda totalmente o jogo. É claro que o resultado é importante, mas seria fatal se tivéssemos tomado a decisão certa nos contra-ataques", disse o técnico. Ele lamentou a ausência de Neymar que, suspenso, volta em novembro contra a Argentina, em Buenos Aires. "Faltou caprichar para matar o jogo. A confiança existe e vamos recuperar o resultado em casa", disse Ricardo Oliveira, que entrou no lugar de Hulk quando o time já perdia a partida.
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'Não foi ruim', diz Dunga sobre atuação da seleção contra o ChileApesar da derrota por 2 a 0 para o Chile, na quinta-feira (8), pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, o técnico Dunga disse que o time brasileiro não teve uma má atuação em Santiago. Segundo ele, a equipe fez uma partida equilibrada, mas falhou nos detalhes. "O jogo estava igual. Não foi ruim. Foi equilibrado", disse o treinador brasileiro. "Nem sempre quando se perde as coisas são ruins. Fizemos um bom primeiro tempo", acrescentou. Dunga disse que o time não "precisa mudar, mas melhorar". "Um pequeno detalhe muda totalmente o jogo. É claro que o resultado é importante, mas seria fatal se tivéssemos tomado a decisão certa nos contra-ataques", disse o técnico. Ele lamentou a ausência de Neymar que, suspenso, volta em novembro contra a Argentina, em Buenos Aires. "Faltou caprichar para matar o jogo. A confiança existe e vamos recuperar o resultado em casa", disse Ricardo Oliveira, que entrou no lugar de Hulk quando o time já perdia a partida.
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Pérola negra da MPB, Luiz Melodia morre aos 66; leia entrevista inédita
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Uma das vozes mais singulares da MPB, o cantor e compositor carioca Luiz Melodia não resistiu às sessões de quimioterapia que fazia para combater um câncer na medula óssea e morreu na madrugada desta sexta (4), aos 66 anos, no hospital Quinta d'Or, no Rio. "É uma doença muito traiçoeira", afirmou a mulher do cantor, Jane Reis. O autor de sucessos como "Pérola Negra" e "Estácio Holly Estácio" lutava havia meses contra um mieloma múltiplo e chegou a fazer um transplante de medula. Cria do morro de São Carlos, no Estácio, Luiz Carlos dos Santos conviveu com a música desde seu nascimento, graças a seu pai, Oswaldo, que era violonista e compositor e já tinha o apelido que o filho herdaria, Melodia. "Nesse contato, não só ele, mas com toda a vizinhança do morro, do largo do Estácio, eu fui absorvendo. O rádio também foi muito importante, família humilde, foi o primeiro meio de comunicação que entrou na minha casa", disse o cantor à Folha, em entrevista em 2013. Ciente do preconceito que vitimava os sambistas à época, Oswaldo não estimulou a veia artística do filho –preferia que ele lhe imitasse a carreira de funcionário público. Melodia, no entanto, começou a compor e a cantar ainda na adolescência, apresentando-se com sucesso em festas no morro e em concursos de calouros nas rádios. Fez parte de duas bandas de garotos –Filhos do Sol e Os Instantâneos– que tocavam em bailes, mas, àquela altura, já alternava trabalhos como tipógrafo, vendedor e caixeiro. "Eu tinha um sonho, como todo menino que tocava violão, mas não era uma coisa 'vou viver de música, vou gravar amanhã'. Eu não tinha a fissura de ser artista. Primeiro, ia estudar, tinha parado os estudos, estava no ginásio." Sua sorte virou no início dos anos 1970, quando conheceu Rose, uma garota cuja família morava no Estácio e se mudou para o São Carlos. Amiga do poeta e agitador cultural Waly Salomão (1943-2003), ela o levou ao morro e o apresentou a Melodia, que já tinha inúmeras composições prontas –entre elas, algumas que virariam clássicos, como "Pérola Negra" e "Farrapo Humano". "O Waly ficou encantado com meu trabalho. Outras pessoas da zona sul vieram saber, vira e volta descia o morro para tocar em reuniões na casa da Suzana de Moraes [filha de Vinicius] ou do [Jards] Macalé." Salomão apresentou o cantor à sua trupe tropicalista, incluindo o poeta e jornalista Torquato Neto (1944-1972), que usou sua coluna no jornal "Última Hora" para divulgar o "negro magrinho com composições interessantes, do morro do São Carlos". Também sugeriu a Gal Costa que gravasse "Pérola Negra", o que a cantora fez com grande sucesso, jogando luz sobre o compositor, que passou a ser empresariado pelo poderoso Guilherme Araújo (1937-2007). Foi com essas "costas quentes", como dizia, que Melodia lançou seu primeiro disco, em 1973, aos 22 anos. Com dez canções em 28 minutos, misturando choro samba, rock, blues, soul, e até foxtrote e forró, "Pérola Negra" tornou-se um clássico instantâneo. A crítica da Folha à época definiu o cantor como "um dos fenômenos mais inquietantes da música popular brasileira, um estreante que foge a qualquer rotulação de consumo", e disse que ele era um "boêmio lírico, como Noel Rosa". Pressionado pela gravadora (Phillips) a lançar logo um segundo LP, Melodia começou a se indispor –também porque os ex ecutivos lhe sugeriram um álbum só com sambas, para poder vendê-lo com o rótulo de "sambista". "O lance fonográfico era barra. Se pudessem, eles te usavam de maneira que você não mostrava sua arte. Queriam só números, e eu não estava viajando naquela onda." Mesmo iniciante, Melodia marcou posição –e pagou por isso. "Começou uma coisa maluca de os caras não entenderem o que eu queria e começarem a me ver como difícil. Fiquei anos sem gravar." Seu segundo disco, "Maravilhas Contemporâneas" (1976), saiu pela Som Livre e ajudou a consolidar seu nome, com sucessos como "Juventude Transviada" –que entrou na trilha sonora da novela "Pecado Capital", da Globo– e "Congênito". Ao longo dos anos 1980 e 1990, passaria a compor menos e lançaria uma série de discos de pouca repercussão –seu grande sucesso no período foi a regravação "Codinome Beija-Flor", de Cazuza, para a trilha da novela "O Dono do Mundo" (1991). REDESCOBERTA Na virada do século, um bem-sucedido projeto acústico ao lado do violonista Renato Piau, seu amigo e parceiro de longa data, fez com que suas canções fossem revalorizadas e seu nome, descoberto por uma nova geração. Seguiria fazendo shows e gravando discos regularmente –lançou seu último álbum de estúdio ("Zerima") em 2014. Até o fim, manteria a característica elegância no palco e a voz poderosa, levemente rouca e anasalada, com que interpretava sucessos seus e alheios. Melodia deixa a mulher, Jane, com quem foi casado por quatro décadas e teve seu segundo filho, Mahal. Também deixa Iran, do primeiro casamento.
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Pérola negra da MPB, Luiz Melodia morre aos 66; leia entrevista inéditaUma das vozes mais singulares da MPB, o cantor e compositor carioca Luiz Melodia não resistiu às sessões de quimioterapia que fazia para combater um câncer na medula óssea e morreu na madrugada desta sexta (4), aos 66 anos, no hospital Quinta d'Or, no Rio. "É uma doença muito traiçoeira", afirmou a mulher do cantor, Jane Reis. O autor de sucessos como "Pérola Negra" e "Estácio Holly Estácio" lutava havia meses contra um mieloma múltiplo e chegou a fazer um transplante de medula. Cria do morro de São Carlos, no Estácio, Luiz Carlos dos Santos conviveu com a música desde seu nascimento, graças a seu pai, Oswaldo, que era violonista e compositor e já tinha o apelido que o filho herdaria, Melodia. "Nesse contato, não só ele, mas com toda a vizinhança do morro, do largo do Estácio, eu fui absorvendo. O rádio também foi muito importante, família humilde, foi o primeiro meio de comunicação que entrou na minha casa", disse o cantor à Folha, em entrevista em 2013. Ciente do preconceito que vitimava os sambistas à época, Oswaldo não estimulou a veia artística do filho –preferia que ele lhe imitasse a carreira de funcionário público. Melodia, no entanto, começou a compor e a cantar ainda na adolescência, apresentando-se com sucesso em festas no morro e em concursos de calouros nas rádios. Fez parte de duas bandas de garotos –Filhos do Sol e Os Instantâneos– que tocavam em bailes, mas, àquela altura, já alternava trabalhos como tipógrafo, vendedor e caixeiro. "Eu tinha um sonho, como todo menino que tocava violão, mas não era uma coisa 'vou viver de música, vou gravar amanhã'. Eu não tinha a fissura de ser artista. Primeiro, ia estudar, tinha parado os estudos, estava no ginásio." Sua sorte virou no início dos anos 1970, quando conheceu Rose, uma garota cuja família morava no Estácio e se mudou para o São Carlos. Amiga do poeta e agitador cultural Waly Salomão (1943-2003), ela o levou ao morro e o apresentou a Melodia, que já tinha inúmeras composições prontas –entre elas, algumas que virariam clássicos, como "Pérola Negra" e "Farrapo Humano". "O Waly ficou encantado com meu trabalho. Outras pessoas da zona sul vieram saber, vira e volta descia o morro para tocar em reuniões na casa da Suzana de Moraes [filha de Vinicius] ou do [Jards] Macalé." Salomão apresentou o cantor à sua trupe tropicalista, incluindo o poeta e jornalista Torquato Neto (1944-1972), que usou sua coluna no jornal "Última Hora" para divulgar o "negro magrinho com composições interessantes, do morro do São Carlos". Também sugeriu a Gal Costa que gravasse "Pérola Negra", o que a cantora fez com grande sucesso, jogando luz sobre o compositor, que passou a ser empresariado pelo poderoso Guilherme Araújo (1937-2007). Foi com essas "costas quentes", como dizia, que Melodia lançou seu primeiro disco, em 1973, aos 22 anos. Com dez canções em 28 minutos, misturando choro samba, rock, blues, soul, e até foxtrote e forró, "Pérola Negra" tornou-se um clássico instantâneo. A crítica da Folha à época definiu o cantor como "um dos fenômenos mais inquietantes da música popular brasileira, um estreante que foge a qualquer rotulação de consumo", e disse que ele era um "boêmio lírico, como Noel Rosa". Pressionado pela gravadora (Phillips) a lançar logo um segundo LP, Melodia começou a se indispor –também porque os ex ecutivos lhe sugeriram um álbum só com sambas, para poder vendê-lo com o rótulo de "sambista". "O lance fonográfico era barra. Se pudessem, eles te usavam de maneira que você não mostrava sua arte. Queriam só números, e eu não estava viajando naquela onda." Mesmo iniciante, Melodia marcou posição –e pagou por isso. "Começou uma coisa maluca de os caras não entenderem o que eu queria e começarem a me ver como difícil. Fiquei anos sem gravar." Seu segundo disco, "Maravilhas Contemporâneas" (1976), saiu pela Som Livre e ajudou a consolidar seu nome, com sucessos como "Juventude Transviada" –que entrou na trilha sonora da novela "Pecado Capital", da Globo– e "Congênito". Ao longo dos anos 1980 e 1990, passaria a compor menos e lançaria uma série de discos de pouca repercussão –seu grande sucesso no período foi a regravação "Codinome Beija-Flor", de Cazuza, para a trilha da novela "O Dono do Mundo" (1991). REDESCOBERTA Na virada do século, um bem-sucedido projeto acústico ao lado do violonista Renato Piau, seu amigo e parceiro de longa data, fez com que suas canções fossem revalorizadas e seu nome, descoberto por uma nova geração. Seguiria fazendo shows e gravando discos regularmente –lançou seu último álbum de estúdio ("Zerima") em 2014. Até o fim, manteria a característica elegância no palco e a voz poderosa, levemente rouca e anasalada, com que interpretava sucessos seus e alheios. Melodia deixa a mulher, Jane, com quem foi casado por quatro décadas e teve seu segundo filho, Mahal. Também deixa Iran, do primeiro casamento.
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Leitor pede mais espaço para crítica cinematográfica
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Inácio Araújo escreve muito bem sobre cinema, mas seu espaço é muito limitado para divagações, bem interessantes, por sinal. Sugiro que a Folha aumente o espaço de sua coluna ou então que ele se concentre mais na crítica do filme, como fez muito bem ao analisar analisar "As Três Noites de Eva". * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor pede mais espaço para crítica cinematográficaInácio Araújo escreve muito bem sobre cinema, mas seu espaço é muito limitado para divagações, bem interessantes, por sinal. Sugiro que a Folha aumente o espaço de sua coluna ou então que ele se concentre mais na crítica do filme, como fez muito bem ao analisar analisar "As Três Noites de Eva". * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Muricy Ramalho melhora e deixa hospital em São Paulo
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O técnico Muricy Ramalha deixou o hospital São Luiz, em São Paulo, nesta segunda-feira (26), após ficar cinco dias internado. O treinador do São Paulo teve uma crise de diverticulite (inflamação no intestino grosso) na última quinta-feira. "O paciente passa bem e seguirá com tratamento ambulatorial com o médico-cirurgião Alexander Morrel", informou o hospital. Internado no Hospital São Luiz, em São Paulo, desde quinta-feira (22), com diverticulite (inflamação no intestino grosso), Muricy, 59, já havia sido internado com um quadro de diverticulite em abril de 2013, quando dirigia o Santos. Na oportunidade, chegou a dizer que pensava em abreviar sua carreira para evitar problemas de saúde mais sérios. Em 2011, também ficou internado após ter uma crise de hérnia. Ele ficou fora de algumas partidas do Santos e foi substituído pelo auxiliar técnico Tata. No ano passado, Muricy foi diagnosticado com uma arritmia após sentir um mal-estar durante um treino do São Paulo e chegou a ser internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital São Luiz.
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esporte
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Muricy Ramalho melhora e deixa hospital em São PauloO técnico Muricy Ramalha deixou o hospital São Luiz, em São Paulo, nesta segunda-feira (26), após ficar cinco dias internado. O treinador do São Paulo teve uma crise de diverticulite (inflamação no intestino grosso) na última quinta-feira. "O paciente passa bem e seguirá com tratamento ambulatorial com o médico-cirurgião Alexander Morrel", informou o hospital. Internado no Hospital São Luiz, em São Paulo, desde quinta-feira (22), com diverticulite (inflamação no intestino grosso), Muricy, 59, já havia sido internado com um quadro de diverticulite em abril de 2013, quando dirigia o Santos. Na oportunidade, chegou a dizer que pensava em abreviar sua carreira para evitar problemas de saúde mais sérios. Em 2011, também ficou internado após ter uma crise de hérnia. Ele ficou fora de algumas partidas do Santos e foi substituído pelo auxiliar técnico Tata. No ano passado, Muricy foi diagnosticado com uma arritmia após sentir um mal-estar durante um treino do São Paulo e chegou a ser internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital São Luiz.
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Miyazaki deixará aposentadoria por primeiro longa em computação gráfica
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Dois anos após anunciar sua aposentadoria do cinema em carta lida no Festival de Veneza, o animador Hayao Miyazaki, nome mais importante da animação japonesa moderna, disse planejar retorno aos longas. Segundo a revista americana "The Hollywood Reporter", o também diretor e roteirista falou sobre a possibilidade no documentário "Owaranai Hito Miyazaki Hayao", exibido pela emissora japonesa NHK no domingo (13). Miyazaki expressou descontentamento com o curta a que se dedica atualmente, "Kemushi no Boro" ("Boro, a Lagarta", em tradução livre), seu primeiro trabalho com imagens totalmente digitais, feito para o Museu Ghibli, em Mitaka, na região de Tóquio. Agora, o plano é transformá-lo em um longa-metragem. No mesmo documentário, o produtor Toshio Suzuki, parceiro de Miyazaki em filmes como "Princesa Mononoke" e "A Viagem de Chihiro", falou sobre as dificuldades do mestre do desenho à mão em dominar a computação gráfica e o futuro do estúdio Ghibli. "Ghibli continuará enquanto Miyazaki fizer filmes."
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ilustrada
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Miyazaki deixará aposentadoria por primeiro longa em computação gráficaDois anos após anunciar sua aposentadoria do cinema em carta lida no Festival de Veneza, o animador Hayao Miyazaki, nome mais importante da animação japonesa moderna, disse planejar retorno aos longas. Segundo a revista americana "The Hollywood Reporter", o também diretor e roteirista falou sobre a possibilidade no documentário "Owaranai Hito Miyazaki Hayao", exibido pela emissora japonesa NHK no domingo (13). Miyazaki expressou descontentamento com o curta a que se dedica atualmente, "Kemushi no Boro" ("Boro, a Lagarta", em tradução livre), seu primeiro trabalho com imagens totalmente digitais, feito para o Museu Ghibli, em Mitaka, na região de Tóquio. Agora, o plano é transformá-lo em um longa-metragem. No mesmo documentário, o produtor Toshio Suzuki, parceiro de Miyazaki em filmes como "Princesa Mononoke" e "A Viagem de Chihiro", falou sobre as dificuldades do mestre do desenho à mão em dominar a computação gráfica e o futuro do estúdio Ghibli. "Ghibli continuará enquanto Miyazaki fizer filmes."
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'Expulsos' pela chuva, desalojados do RS improvisam tendas em rodovia
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Desde o começo do mês, Marcelo Silva Tavares, 37, veste uma roupa impermeável para enfrentar a água suja que bate na altura do peito e poder chegar até sua casa, na ilha do Pavão, em Porto Alegre. O imóvel, assim como a maior parte da ilha, foi alagado há três semanas, quando começaram as fortes chuvas no Rio Grande do Sul. A roupa custou R$ 170 e foi comprada com o dinheiro de uma vaquinha feita por desabrigados que, como ele, estão acampados à margem da BR-290. Tavares é uma espécie de guardião dos desalojados. Ele verifica se o que restou dentro dos imóveis não foi roubado, dá ração a seus cães e aos dos vizinhos, refugiados nas sacadas, e conta o que viu às dezenas de desabrigados que improvisaram casas com lona e sobras da estrutura de uma unidade abandonada da Polícia Rodoviária. Na capital gaúcha, 10 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas, das quais 1.500 estão fora de casa. A prefeitura abriga 630 pessoas, 230 delas no ginásio municipal Tesourinha. No Estado, há 124 cidades afetadas pelas chuvas e 159 mil pessoas atingidas. MORANDO NA KOMBI Famílias inteiras levaram para a margem da rodovia tudo o que foi possível antes de serem expulsos pela água: algumas roupas e alimentos. Móveis e eletrodomésticos foram perdidos. Galinhas, cães e até cavalos ficaram para trás. Alguns, como a família de Milton Mota, 30, da ilha dos Marinheiros, resolveram morar em uma Kombi. A mulher de Mota, Itajara Figueiró, 31, conseguiu recuperar da água o álbum de fotos da família. Os dois estendiam as fotografias para que secassem em um raro momento de sol. São registros da infância de ambos, de festas familiares e do nascimento dos filhos, uma jovem de 16 e um bebê de dois anos, que também dormem na Kombi. A única água potável disponível é doada por voluntários. O caminhão-pipa da prefeitura não abastece mais o local desde que o fornecimento foi normalizado –depois que as bombas pararam por falta de luz. Mas os moradores não conseguem entrar em casa para usar a água. "Montei uma barraquinha de lona para tomarmos banho com privacidade, de bacia mesmo", conta Itajara. Todos dizem que precisam de doações para os animais e cuidados de veterinários. Tavares ainda tem ração para sua égua, Chiquinha. Mas, perto dali, um cavalo muito magro comia restos de macarrão. Chiquinha estava sendo encilhada para se exercitar, já que não tem percorrido os cinco quilômetros diários com Tavares na coleta de lixo reciclável. Ele perdeu R$ 2.000 em material, armazenado em casa. Como não tem onde guardar o papelão, não está trabalhando. A transexual Alessandra Silveira, 52, cuidava de 40 cães que foram levados por voluntários. Ela e o companheiro ficaram só com uma ninhada de gatos recém-nascidos. Acampada à beira da estrada, ela perdeu todos os móveis. SEM AULAS Crianças e adolescentes acampados têm faltado a algumas aulas desde o início das chuvas. "Eles perderam cadernos e mochilas. Alguns dias chove tanto que eles não saem e algumas escolas suspendem as aulas", conta Andréa Pereira Gomes, 31, mãe de três crianças. As gêmeas de nove meses Aylana e Dyandra estão resfriadas por causa do tempo úmido. Elas moram em uma barraca com a mãe Maíra Woloski de Mello, 24. "Ainda bem que temos recebido doações de fralda", diz ela. Além da chuva, as mães temem pela segurança das crianças, expostas aos riscos da estrada federal, por onde caminhões passam em alta velocidade. Na quinta (22), o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (sem partido), foi recebido pela presidente Dilma Rousseff (PT). Ele pediu para que a situação de emergência fosse reconhecida pelo governo federal, o que facilitaria a reconstrução e a concessão de benefícios para os afetados. Segundo a assessoria do prefeito, o pedido deve ser atendido parcialmente porque os danos calculados pela prefeitura (R$ 59 milhões) não alcançam 2,2% da receita líquida do município, como determina a lei.
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cotidiano
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'Expulsos' pela chuva, desalojados do RS improvisam tendas em rodoviaDesde o começo do mês, Marcelo Silva Tavares, 37, veste uma roupa impermeável para enfrentar a água suja que bate na altura do peito e poder chegar até sua casa, na ilha do Pavão, em Porto Alegre. O imóvel, assim como a maior parte da ilha, foi alagado há três semanas, quando começaram as fortes chuvas no Rio Grande do Sul. A roupa custou R$ 170 e foi comprada com o dinheiro de uma vaquinha feita por desabrigados que, como ele, estão acampados à margem da BR-290. Tavares é uma espécie de guardião dos desalojados. Ele verifica se o que restou dentro dos imóveis não foi roubado, dá ração a seus cães e aos dos vizinhos, refugiados nas sacadas, e conta o que viu às dezenas de desabrigados que improvisaram casas com lona e sobras da estrutura de uma unidade abandonada da Polícia Rodoviária. Na capital gaúcha, 10 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas, das quais 1.500 estão fora de casa. A prefeitura abriga 630 pessoas, 230 delas no ginásio municipal Tesourinha. No Estado, há 124 cidades afetadas pelas chuvas e 159 mil pessoas atingidas. MORANDO NA KOMBI Famílias inteiras levaram para a margem da rodovia tudo o que foi possível antes de serem expulsos pela água: algumas roupas e alimentos. Móveis e eletrodomésticos foram perdidos. Galinhas, cães e até cavalos ficaram para trás. Alguns, como a família de Milton Mota, 30, da ilha dos Marinheiros, resolveram morar em uma Kombi. A mulher de Mota, Itajara Figueiró, 31, conseguiu recuperar da água o álbum de fotos da família. Os dois estendiam as fotografias para que secassem em um raro momento de sol. São registros da infância de ambos, de festas familiares e do nascimento dos filhos, uma jovem de 16 e um bebê de dois anos, que também dormem na Kombi. A única água potável disponível é doada por voluntários. O caminhão-pipa da prefeitura não abastece mais o local desde que o fornecimento foi normalizado –depois que as bombas pararam por falta de luz. Mas os moradores não conseguem entrar em casa para usar a água. "Montei uma barraquinha de lona para tomarmos banho com privacidade, de bacia mesmo", conta Itajara. Todos dizem que precisam de doações para os animais e cuidados de veterinários. Tavares ainda tem ração para sua égua, Chiquinha. Mas, perto dali, um cavalo muito magro comia restos de macarrão. Chiquinha estava sendo encilhada para se exercitar, já que não tem percorrido os cinco quilômetros diários com Tavares na coleta de lixo reciclável. Ele perdeu R$ 2.000 em material, armazenado em casa. Como não tem onde guardar o papelão, não está trabalhando. A transexual Alessandra Silveira, 52, cuidava de 40 cães que foram levados por voluntários. Ela e o companheiro ficaram só com uma ninhada de gatos recém-nascidos. Acampada à beira da estrada, ela perdeu todos os móveis. SEM AULAS Crianças e adolescentes acampados têm faltado a algumas aulas desde o início das chuvas. "Eles perderam cadernos e mochilas. Alguns dias chove tanto que eles não saem e algumas escolas suspendem as aulas", conta Andréa Pereira Gomes, 31, mãe de três crianças. As gêmeas de nove meses Aylana e Dyandra estão resfriadas por causa do tempo úmido. Elas moram em uma barraca com a mãe Maíra Woloski de Mello, 24. "Ainda bem que temos recebido doações de fralda", diz ela. Além da chuva, as mães temem pela segurança das crianças, expostas aos riscos da estrada federal, por onde caminhões passam em alta velocidade. Na quinta (22), o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (sem partido), foi recebido pela presidente Dilma Rousseff (PT). Ele pediu para que a situação de emergência fosse reconhecida pelo governo federal, o que facilitaria a reconstrução e a concessão de benefícios para os afetados. Segundo a assessoria do prefeito, o pedido deve ser atendido parcialmente porque os danos calculados pela prefeitura (R$ 59 milhões) não alcançam 2,2% da receita líquida do município, como determina a lei.
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Empresários juniores de 17 países discutem ideias para mudar o mundo
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Uma nave com cerca de 3.200 passageiros deu partida nesta quarta-feira (20). Lançada pela Jesa (Agência Espacial de Empresários Juniores, na sigla em inglês), em Florianópolis (SC), ela leva um grupo de desistentes, que não acreditam mais no futuro da Terra, para uma jornada de transformação. Com essa ideia, a Fejesc (Federação de Empresas Juniores do Estado de Santa Catarina), que integra a confederação nacional do setor, a Brasil Júnior, chamou a atenção dos milhares de participantes da quinta edição do JEWC (Conferência Mundial de Empresas Juniores, na sigla em inglês) para os problemas enfrentados atualmente. O espírito, no entanto, passou longe do pessimismo. Com a analogia da nave espacial, a ideia não é fazer os jovens, vindos de 17 países, desistirem, mas inspirá-los a fazerem parte da mudança e "serem a transformação que eles querem ver no mundo", explica o presidente da federação catarinense, Yuri Kuzniecow, utilizando a máxima de Gandhi. A presença budista também se deu com uma meditação de 20 minutos organizada pela Monja Coen Sensei, no fim da noite de abertura. "Precisamos nos preparar para sair da Terra. Para qual direção vamos?", questiona. Para a jornada de quatro dias, segundo ela, é preciso estar em um estado de equilíbrio, e a meditação "dá a clareza para conhecermos nossas emoções e aprendermos a lidar com elas", conclui. ELES SÃO O FUTURO Para inspirar os milhares de empresários juniores, o evento começou com uma palestra de Michele Hunt, uma americana negra, pioneira em diversos cargos públicos que chegou a trabalhar diretamente com Al Gore no primeiro mandato de Bill Clinton (1993-1997). "O mundo está quebrado. Nada está funcionando", afirma Michele, que largou tudo em Nova York para ter uma conversa séria com os jovens empreendedores. "Precisamos nos levantar e tomar uma decisão. Não esperem as pessoas de 30, 40, 60 anos fazerem algo. Vocês são a geração mais brilhante, mais apaixonada e com muitas ferramentas para criar um mundo novo." O reconhecimento veio também do presidente da McKinsey para América Latina, Nicola Calicchio. "Esse mundo que eles estão vivendo é fascinante. Tenho inveja dos meus filhos. Essa geração vai viver mais de cem anos", afirma. Apesar do otimismo, o líder alerta: "Precisamos utilizar recursos de forma inteligente. A economia compartilhada é um dos caminhos mais importantes. Não faz sentido ter um carro e usar só poucas horas por dia." Quem também acredita que esta é a geração que irá mudar o mundo é Mary Shuttleworth, uma professora sul-africana que já deu a volta ao mundo 13 vezes e esteve em 80 países. "Ainda temos um longo caminho, mas avançamos", diz. "Temos que continuar. Nós podemos fazer do mundo um lugar melhor." ESCOLHA CATARINENSE Com apoio dos governos do Estado de Santa Catarina e da cidade de Florianópolis, o evento, em sua abertura, teve uma mesa de autoridades, com a presença do governador, Raimundo Colombo, e do prefeito da capital, César Souza Júnior. No Estado, reconhecido polo de tecnologia e inovação, o programa Sinapse da Inovação incentiva ideias empreendedoras vindas tanto da universidade como de qualquer cidadão catarinense, segundo Colombo. "O programa cria um processo de inovação em três pilares: a universidade, o jovem e o setor público que investe a fundo perdido." A escolha de Florianópolis para sediar o evento está também ligada ao histórico de empreendedorismo no Estado. A capital catarinense é a segunda melhor cidade no país para empreender, segundo a pesquisa da Endeavor, parceira do Prêmio Empreendedor Social. Com esse pano de fundo, além das belas praias conhecidas mundialmente, esses empresários juniores iniciaram uma jornada de transformação que não terá apenas palestras. "Eles vão colocar muito a mão na massa e passar o dia inteiro construindo", diz Yuri. A repórter viajou a convite da organização da Conferência Mundial de Empresas Juniores
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empreendedorsocial
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Empresários juniores de 17 países discutem ideias para mudar o mundoUma nave com cerca de 3.200 passageiros deu partida nesta quarta-feira (20). Lançada pela Jesa (Agência Espacial de Empresários Juniores, na sigla em inglês), em Florianópolis (SC), ela leva um grupo de desistentes, que não acreditam mais no futuro da Terra, para uma jornada de transformação. Com essa ideia, a Fejesc (Federação de Empresas Juniores do Estado de Santa Catarina), que integra a confederação nacional do setor, a Brasil Júnior, chamou a atenção dos milhares de participantes da quinta edição do JEWC (Conferência Mundial de Empresas Juniores, na sigla em inglês) para os problemas enfrentados atualmente. O espírito, no entanto, passou longe do pessimismo. Com a analogia da nave espacial, a ideia não é fazer os jovens, vindos de 17 países, desistirem, mas inspirá-los a fazerem parte da mudança e "serem a transformação que eles querem ver no mundo", explica o presidente da federação catarinense, Yuri Kuzniecow, utilizando a máxima de Gandhi. A presença budista também se deu com uma meditação de 20 minutos organizada pela Monja Coen Sensei, no fim da noite de abertura. "Precisamos nos preparar para sair da Terra. Para qual direção vamos?", questiona. Para a jornada de quatro dias, segundo ela, é preciso estar em um estado de equilíbrio, e a meditação "dá a clareza para conhecermos nossas emoções e aprendermos a lidar com elas", conclui. ELES SÃO O FUTURO Para inspirar os milhares de empresários juniores, o evento começou com uma palestra de Michele Hunt, uma americana negra, pioneira em diversos cargos públicos que chegou a trabalhar diretamente com Al Gore no primeiro mandato de Bill Clinton (1993-1997). "O mundo está quebrado. Nada está funcionando", afirma Michele, que largou tudo em Nova York para ter uma conversa séria com os jovens empreendedores. "Precisamos nos levantar e tomar uma decisão. Não esperem as pessoas de 30, 40, 60 anos fazerem algo. Vocês são a geração mais brilhante, mais apaixonada e com muitas ferramentas para criar um mundo novo." O reconhecimento veio também do presidente da McKinsey para América Latina, Nicola Calicchio. "Esse mundo que eles estão vivendo é fascinante. Tenho inveja dos meus filhos. Essa geração vai viver mais de cem anos", afirma. Apesar do otimismo, o líder alerta: "Precisamos utilizar recursos de forma inteligente. A economia compartilhada é um dos caminhos mais importantes. Não faz sentido ter um carro e usar só poucas horas por dia." Quem também acredita que esta é a geração que irá mudar o mundo é Mary Shuttleworth, uma professora sul-africana que já deu a volta ao mundo 13 vezes e esteve em 80 países. "Ainda temos um longo caminho, mas avançamos", diz. "Temos que continuar. Nós podemos fazer do mundo um lugar melhor." ESCOLHA CATARINENSE Com apoio dos governos do Estado de Santa Catarina e da cidade de Florianópolis, o evento, em sua abertura, teve uma mesa de autoridades, com a presença do governador, Raimundo Colombo, e do prefeito da capital, César Souza Júnior. No Estado, reconhecido polo de tecnologia e inovação, o programa Sinapse da Inovação incentiva ideias empreendedoras vindas tanto da universidade como de qualquer cidadão catarinense, segundo Colombo. "O programa cria um processo de inovação em três pilares: a universidade, o jovem e o setor público que investe a fundo perdido." A escolha de Florianópolis para sediar o evento está também ligada ao histórico de empreendedorismo no Estado. A capital catarinense é a segunda melhor cidade no país para empreender, segundo a pesquisa da Endeavor, parceira do Prêmio Empreendedor Social. Com esse pano de fundo, além das belas praias conhecidas mundialmente, esses empresários juniores iniciaram uma jornada de transformação que não terá apenas palestras. "Eles vão colocar muito a mão na massa e passar o dia inteiro construindo", diz Yuri. A repórter viajou a convite da organização da Conferência Mundial de Empresas Juniores
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Economistas
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Há um claro exagero na afirmação de que o desenvolvimento econômico depende basicamente da política microeconômica. Bastaria fornecer aos agentes a oportunidade de operarem livremente num ambiente de mercados bem regulados e que funcionem com estímulos adequados para que o crescimento econômico (a produtividade da mão de obra) seja maximizado. A demonstração dessa proposição é uma joia lógica. Na prática, deixa muito a desejar pelas fantásticas condições econômicas necessárias para obtê-la. Isso para não falar das condições implícitas sobre a estrutura política e de poder de qualquer sociedade concreta. Ainda que a "receita" genérica possa ser parcialmente aceita para uma sociedade onde a eficiência econômica seja compatível com relativa independência e razoável igualdade, não é possível dispensar a macroeconomia. As questões da moeda (que é uma instituição social que condiciona o comportamento dos agentes), do crédito que liga o futuro opaco ao presente, da taxa de juro que é a "ponte" entre eles e do sistema financeiro podem acrescentar ainda mais instabilidade a um sistema produtivo que já tem em si um desequilíbrio permanente. É o reconhecimento da enorme complexidade das inter-relações entre os cidadãos na sua atividade econômica que dá relevância ao economista e torna-o um cientista social "perigoso", se ele não incorporar a diversidade de pontos de vista sobre os problemas. Se é verdade, como disse John Dewey ("The Public and Its Problems", 1927), "que toda ciência do homem deve preocupar-se dos seus efeitos sociais", então nada se compara aos estragos que podem produzir as políticas econômicas inspiradas apenas no pensamento único (sempre ideológico) que dispensa a observação empírica sistemática e cuidadosa. Um sociólogo, um antropólogo, um psicólogo ou um historiador "certos" são aplaudidos e reverenciados por seus pares. "Errados", estimulam ainda mais a pesquisa. Sempre melhoram o entendimento do mundo sem ganhos ou prejuízos de monta. Com o economista o resultado é outro. Suas ideias (estejam certas ou erradas) acabam determinando as políticas econômica e social dos governos: beneficiam ou prejudicam desigualmente milhões de cidadãos! É por isso que é preciso alargar o estudo da economia para inseri-lo num modelo em que a eficiência econômica é submetida ao controle do continuado aumento da relativa igualdade de oportunidades. Isso exige, como temos insistido, a integração das contribuições dos neoclássicos, dos keynesianos e dos marxistas na prática da política econômica.
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colunas
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EconomistasHá um claro exagero na afirmação de que o desenvolvimento econômico depende basicamente da política microeconômica. Bastaria fornecer aos agentes a oportunidade de operarem livremente num ambiente de mercados bem regulados e que funcionem com estímulos adequados para que o crescimento econômico (a produtividade da mão de obra) seja maximizado. A demonstração dessa proposição é uma joia lógica. Na prática, deixa muito a desejar pelas fantásticas condições econômicas necessárias para obtê-la. Isso para não falar das condições implícitas sobre a estrutura política e de poder de qualquer sociedade concreta. Ainda que a "receita" genérica possa ser parcialmente aceita para uma sociedade onde a eficiência econômica seja compatível com relativa independência e razoável igualdade, não é possível dispensar a macroeconomia. As questões da moeda (que é uma instituição social que condiciona o comportamento dos agentes), do crédito que liga o futuro opaco ao presente, da taxa de juro que é a "ponte" entre eles e do sistema financeiro podem acrescentar ainda mais instabilidade a um sistema produtivo que já tem em si um desequilíbrio permanente. É o reconhecimento da enorme complexidade das inter-relações entre os cidadãos na sua atividade econômica que dá relevância ao economista e torna-o um cientista social "perigoso", se ele não incorporar a diversidade de pontos de vista sobre os problemas. Se é verdade, como disse John Dewey ("The Public and Its Problems", 1927), "que toda ciência do homem deve preocupar-se dos seus efeitos sociais", então nada se compara aos estragos que podem produzir as políticas econômicas inspiradas apenas no pensamento único (sempre ideológico) que dispensa a observação empírica sistemática e cuidadosa. Um sociólogo, um antropólogo, um psicólogo ou um historiador "certos" são aplaudidos e reverenciados por seus pares. "Errados", estimulam ainda mais a pesquisa. Sempre melhoram o entendimento do mundo sem ganhos ou prejuízos de monta. Com o economista o resultado é outro. Suas ideias (estejam certas ou erradas) acabam determinando as políticas econômica e social dos governos: beneficiam ou prejudicam desigualmente milhões de cidadãos! É por isso que é preciso alargar o estudo da economia para inseri-lo num modelo em que a eficiência econômica é submetida ao controle do continuado aumento da relativa igualdade de oportunidades. Isso exige, como temos insistido, a integração das contribuições dos neoclássicos, dos keynesianos e dos marxistas na prática da política econômica.
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Haddad libera Uber e permite que táxi ande vazio em faixa de ônibus
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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), irá decretar a legalização de aplicativos como o Uber nesta quarta-feira (11). Como maneira de acalmar os taxistas, que são contra a regulamentação, a prefeitura irá liberar os táxis no corredor exclusivo de ônibus (à esquerda) o dia todo mesmo no horário de pico, desde que esteja com passageiros. Já nas faixas exclusivas à direita, o taxista também poderá rodar o dia todo mesmo sem passageiro. Com a regulamentação, as empresas como o Uber terão que comprar créditos para rodar. Esses créditos vão variar de acordo com o local e o horário --mas o preço médio será R$ 0,10, de acordo com o prefeito.Leia a reportagem
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tv
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Haddad libera Uber e permite que táxi ande vazio em faixa de ônibusO prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), irá decretar a legalização de aplicativos como o Uber nesta quarta-feira (11). Como maneira de acalmar os taxistas, que são contra a regulamentação, a prefeitura irá liberar os táxis no corredor exclusivo de ônibus (à esquerda) o dia todo mesmo no horário de pico, desde que esteja com passageiros. Já nas faixas exclusivas à direita, o taxista também poderá rodar o dia todo mesmo sem passageiro. Com a regulamentação, as empresas como o Uber terão que comprar créditos para rodar. Esses créditos vão variar de acordo com o local e o horário --mas o preço médio será R$ 0,10, de acordo com o prefeito.Leia a reportagem
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Áustria quer erguer cerca na fronteira com a Eslovênia para controlar fluxo
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Devido ao crescente fluxo de migrantes e refugiados entre fronteiras nacionais na Europa, a Áustria avalia construir uma cerca ao longo da fronteira com a Eslovênia. Além disso, a Eslovênia anunciou nesta quarta-feira (28) que está preparada para erguer uma cerca na fronteira com a Croácia, caso seja necessário. A ministra do Interior, Johanna Mikl-Leitner, membro do partido conservador OVP, que integra a coalizão de governo ao lado dos social-democratas (SPO), disse nesta quarta-feira à emissora Oe1 que a medida serviria para "garantir uma entrada ordenada e controlada" no país, e não fechar a fronteira. "Nas últimas semanas vários grupos de imigrantes se mostraram impacientes, agressivos e emotivos. Temos que tomar precauções", disse ela. O ministro da Defesa, Gerald Klug, membro do SPO, também endossou a proposta e afirmou que a cerca serviria "para controlar a chegada de migrantes de maneira organizada". A rota que migrantes e refugiados usam nos Bálcãs para tentar chegar a países do Norte da Europa mudou da Hungria para a Eslovênia depois de o governo húngaro concluir a construção de uma cerca nas fronteiras com a Sérvia e com a Croácia, em setembro. A Eslovênia disse nesta quarta-feira que está pronta para construir uma cerca na fronteira com a Croácia caso a União Europeia falhe em conter o fluxo de pessoas nos Bálcãs. "Se necessário, estamos prontos para colocar a cerca imediatamente", disse o premiê Miro Cerar após um encontro do Conselho Nacional de Segurança. As respostas dos governos à crise de refugiados na Europa parecem pôr em xeque instituições comunitárias, como a livre circulação de pessoas entre os países da área de Schengen. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), mais de 700 mil migrantes e refugiados chegaram à Europa pelo Mediterrâneo neste ano –apenas em outubro foram 170 mil. Mais de 3.210 morreram desde janeiro na tentativa de alcançar o continente. ALEMANHA A Alemanha criticou nesta quarta-feira a Áustria por levar migrantes e refugiados à fronteira entre os dois países durante a noite sem aviso prévio. O ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere, disse que "o comportamento da Áustria nos últimos dias passou dos limites". Ele disse esperar que os dois países comecem "imediatamente" a cooperar mais. Maziere também disse que muitos dos migrantes e refugiados afegãos que buscam acolhimento na Alemanha provavelmente serão deportados. "As pessoas que vêm do Afeganistão não podem esperar que conseguirão ficar", disse. O ministro afirmou que a Alemanha e outros países ocidentais investiram milhões em ajuda para o desenvolvimento do Afeganistão e enviaram tropas para treinar as forças de segurança locais. Ele disse que o governo afegão concorda com Berlim que os cidadãos deveriam ficar no país e ajudar a reconstruí-lo. A Alemanha estima receber cerca de 1 milhão de refugiados ao longo do ano, em especial pessoas que fogem da guerra civil na Síria. Para isso, o governo acelerou o processo de deportação de imigrantes e requerentes de asilo em situação irregular.
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mundo
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Áustria quer erguer cerca na fronteira com a Eslovênia para controlar fluxoDevido ao crescente fluxo de migrantes e refugiados entre fronteiras nacionais na Europa, a Áustria avalia construir uma cerca ao longo da fronteira com a Eslovênia. Além disso, a Eslovênia anunciou nesta quarta-feira (28) que está preparada para erguer uma cerca na fronteira com a Croácia, caso seja necessário. A ministra do Interior, Johanna Mikl-Leitner, membro do partido conservador OVP, que integra a coalizão de governo ao lado dos social-democratas (SPO), disse nesta quarta-feira à emissora Oe1 que a medida serviria para "garantir uma entrada ordenada e controlada" no país, e não fechar a fronteira. "Nas últimas semanas vários grupos de imigrantes se mostraram impacientes, agressivos e emotivos. Temos que tomar precauções", disse ela. O ministro da Defesa, Gerald Klug, membro do SPO, também endossou a proposta e afirmou que a cerca serviria "para controlar a chegada de migrantes de maneira organizada". A rota que migrantes e refugiados usam nos Bálcãs para tentar chegar a países do Norte da Europa mudou da Hungria para a Eslovênia depois de o governo húngaro concluir a construção de uma cerca nas fronteiras com a Sérvia e com a Croácia, em setembro. A Eslovênia disse nesta quarta-feira que está pronta para construir uma cerca na fronteira com a Croácia caso a União Europeia falhe em conter o fluxo de pessoas nos Bálcãs. "Se necessário, estamos prontos para colocar a cerca imediatamente", disse o premiê Miro Cerar após um encontro do Conselho Nacional de Segurança. As respostas dos governos à crise de refugiados na Europa parecem pôr em xeque instituições comunitárias, como a livre circulação de pessoas entre os países da área de Schengen. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), mais de 700 mil migrantes e refugiados chegaram à Europa pelo Mediterrâneo neste ano –apenas em outubro foram 170 mil. Mais de 3.210 morreram desde janeiro na tentativa de alcançar o continente. ALEMANHA A Alemanha criticou nesta quarta-feira a Áustria por levar migrantes e refugiados à fronteira entre os dois países durante a noite sem aviso prévio. O ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere, disse que "o comportamento da Áustria nos últimos dias passou dos limites". Ele disse esperar que os dois países comecem "imediatamente" a cooperar mais. Maziere também disse que muitos dos migrantes e refugiados afegãos que buscam acolhimento na Alemanha provavelmente serão deportados. "As pessoas que vêm do Afeganistão não podem esperar que conseguirão ficar", disse. O ministro afirmou que a Alemanha e outros países ocidentais investiram milhões em ajuda para o desenvolvimento do Afeganistão e enviaram tropas para treinar as forças de segurança locais. Ele disse que o governo afegão concorda com Berlim que os cidadãos deveriam ficar no país e ajudar a reconstruí-lo. A Alemanha estima receber cerca de 1 milhão de refugiados ao longo do ano, em especial pessoas que fogem da guerra civil na Síria. Para isso, o governo acelerou o processo de deportação de imigrantes e requerentes de asilo em situação irregular.
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Indústria solar deve investir até R$ 6 bilhões após leilão
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O setor de energia solar deverá investir de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões em novas usinas com o leilão de energia de reserva marcado para dezembro, projeta a Absolar, que representa a indústria. O volume de contratação necessário para manter uma demanda de produção estável no país é de 2.000 megawatt (MW) por ano, afirma o presidente da associação, Rodrigo Sauaia. "Com o desaquecimento da economia, porém, nossa previsão deste ano é de 1.000 MW a 1.500 MW, no máximo." O preço de contratação deverá cair em relação ao último leilão de 2015, em que o valor médio foi de R$ 297,75 por megawatt-hora, com deságio de 21% em relação ao teto estabelecido. "O setor está em fase de ganho de competitividade, os projetos hoje são mais eficazes. A redução do câmbio também tem um impacto positivo, já que a indústria ainda depende de importação", avalia Sauaia. A saída da Bahia e do Rio Grande do Norte do leilão, por conta dos gargalos de transmissão de energia dos Estados, porém, deverá puxar para cima os preços. "São regiões mais competitivas por terem uma maior irradiação durante o ano. Os projetos que vão participar estão distribuídos pelo país, mas os valores não deverão ter o mesmo nível." Os dois Estados correspondiam a 35,8% da oferta cadastrada no leilão, que está marcado para 16 de dezembro. Projetos cadastrados no leilão de energia de reserva - Oferta (MW), por Estado * Repatriação... Alguns dos clientes mais graúdos devem ter deixado para aderir ao programa de regularização de ativos nos últimos dois dias do prazo -que acaba hoje- segundo executivos de instituições financeiras. ... de tubarões Boa parte dos grandes bancos avisaram que só aceitariam demandas até meados deste mês. Depois, trabalhariam em "regime de exceção", como classificou um deles: "só solicitações maiores, de clientes maiores". * A taxa de vacância dos escritórios de alto padrão em São Paulo atingiu um recorde no terceiro trimestre de 2016. O espaço vago chegou a 1,3 milhões de m² e deve aumentar em 2017, de acordo com a consultoria imobiliária JLL. A projeção é que 358 mil m² adicionais sejam entregues até o ano que vem, área equivalente ao estoque disponível na avenida Paulista, segundo a empresa. "A taxa em 2016 deve ficar perto de 26%", diz Ricardo Hirata, da consultoria. Em um mercado considerado ideal, o índice gira entre 10% e 15%, quando espaços vazios "são tão dispersos que dão sensação de equilíbrio", explica João Rocha Lima Júnior, professor da Poli-USP. A atual recessão e o "efeito manada" após a crise mundial em 2009 levaram à situação de hoje, segundo Hirata. "Incorporadoras receberam capital estrangeiro acima de níveis históricos e lançaram mais empreendimentos na época. Tudo indicava que o Brasil cresceria", afirma. Temos vagas - Taxa de vacância de escritórios de alto padrão em São Paulo, em % * A rede de pet shops Petz prevê investimento de R$ 70 milhões em 2017 para abrir 20 unidades. Neste ano, 12 lojas foram inauguradas e o faturamento estimado é de R$ 500 milhões. "Não é que o preço dos pontos esteja bom, é porque antes não estavam disponíveis", diz Sergio Zimerman, presidente da empresa. Parte das inaugurações será em novas praças, como Porto Alegre e Curitiba. Crescer por franquias, algo cogitado até o primeiro semestre, não consta nos planos atuais. "Não foi descartado, mas deixamos de lado", afirma. É com este modelo que a americana Petland planeja alcançar 55 pontos de venda em 2017. Hoje são 30. "Mercados maduros têm a maior parte operada por rede. No Brasil, o espaço ainda é muito grande", diz Rodrigo Albuquerque, sócio diretor da marca no país. Uma das líderes, a Cobasi quer abrir 23 unidades em 2017, algumas delas previstas de início para 2016, quando estrearam só oito. * O Brasil é o país com mais pessoas dispostas a fornecer dados pessoais como moeda de troca, segundo a multinacional de soluções de pagamento Worldpay. Mais da metade (62%) dos brasileiros consultados disse aceitar o compartilhamento de informações para ter benefícios em serviços digitais, como o uso grátis de aplicativos. O Japão foi o mercado onde mais se rejeitou o fornecimento de dados. A pesquisa foi feita com 7 mil pessoas em oito lugares. "Um motivo é a cultura japonesa, mas há uma ligação direta com a média da idade, muito maior lá do que no Brasil", afirma Juan D'Antiochia, gerente-geral para América Latina da companhia. Débito, crédito ou dados? - Quantidade de pessoas dispostas a compartilhar informações pessoais em troca de benefícios, em % * com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI
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colunas
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Indústria solar deve investir até R$ 6 bilhões após leilãoO setor de energia solar deverá investir de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões em novas usinas com o leilão de energia de reserva marcado para dezembro, projeta a Absolar, que representa a indústria. O volume de contratação necessário para manter uma demanda de produção estável no país é de 2.000 megawatt (MW) por ano, afirma o presidente da associação, Rodrigo Sauaia. "Com o desaquecimento da economia, porém, nossa previsão deste ano é de 1.000 MW a 1.500 MW, no máximo." O preço de contratação deverá cair em relação ao último leilão de 2015, em que o valor médio foi de R$ 297,75 por megawatt-hora, com deságio de 21% em relação ao teto estabelecido. "O setor está em fase de ganho de competitividade, os projetos hoje são mais eficazes. A redução do câmbio também tem um impacto positivo, já que a indústria ainda depende de importação", avalia Sauaia. A saída da Bahia e do Rio Grande do Norte do leilão, por conta dos gargalos de transmissão de energia dos Estados, porém, deverá puxar para cima os preços. "São regiões mais competitivas por terem uma maior irradiação durante o ano. Os projetos que vão participar estão distribuídos pelo país, mas os valores não deverão ter o mesmo nível." Os dois Estados correspondiam a 35,8% da oferta cadastrada no leilão, que está marcado para 16 de dezembro. Projetos cadastrados no leilão de energia de reserva - Oferta (MW), por Estado * Repatriação... Alguns dos clientes mais graúdos devem ter deixado para aderir ao programa de regularização de ativos nos últimos dois dias do prazo -que acaba hoje- segundo executivos de instituições financeiras. ... de tubarões Boa parte dos grandes bancos avisaram que só aceitariam demandas até meados deste mês. Depois, trabalhariam em "regime de exceção", como classificou um deles: "só solicitações maiores, de clientes maiores". * A taxa de vacância dos escritórios de alto padrão em São Paulo atingiu um recorde no terceiro trimestre de 2016. O espaço vago chegou a 1,3 milhões de m² e deve aumentar em 2017, de acordo com a consultoria imobiliária JLL. A projeção é que 358 mil m² adicionais sejam entregues até o ano que vem, área equivalente ao estoque disponível na avenida Paulista, segundo a empresa. "A taxa em 2016 deve ficar perto de 26%", diz Ricardo Hirata, da consultoria. Em um mercado considerado ideal, o índice gira entre 10% e 15%, quando espaços vazios "são tão dispersos que dão sensação de equilíbrio", explica João Rocha Lima Júnior, professor da Poli-USP. A atual recessão e o "efeito manada" após a crise mundial em 2009 levaram à situação de hoje, segundo Hirata. "Incorporadoras receberam capital estrangeiro acima de níveis históricos e lançaram mais empreendimentos na época. Tudo indicava que o Brasil cresceria", afirma. Temos vagas - Taxa de vacância de escritórios de alto padrão em São Paulo, em % * A rede de pet shops Petz prevê investimento de R$ 70 milhões em 2017 para abrir 20 unidades. Neste ano, 12 lojas foram inauguradas e o faturamento estimado é de R$ 500 milhões. "Não é que o preço dos pontos esteja bom, é porque antes não estavam disponíveis", diz Sergio Zimerman, presidente da empresa. Parte das inaugurações será em novas praças, como Porto Alegre e Curitiba. Crescer por franquias, algo cogitado até o primeiro semestre, não consta nos planos atuais. "Não foi descartado, mas deixamos de lado", afirma. É com este modelo que a americana Petland planeja alcançar 55 pontos de venda em 2017. Hoje são 30. "Mercados maduros têm a maior parte operada por rede. No Brasil, o espaço ainda é muito grande", diz Rodrigo Albuquerque, sócio diretor da marca no país. Uma das líderes, a Cobasi quer abrir 23 unidades em 2017, algumas delas previstas de início para 2016, quando estrearam só oito. * O Brasil é o país com mais pessoas dispostas a fornecer dados pessoais como moeda de troca, segundo a multinacional de soluções de pagamento Worldpay. Mais da metade (62%) dos brasileiros consultados disse aceitar o compartilhamento de informações para ter benefícios em serviços digitais, como o uso grátis de aplicativos. O Japão foi o mercado onde mais se rejeitou o fornecimento de dados. A pesquisa foi feita com 7 mil pessoas em oito lugares. "Um motivo é a cultura japonesa, mas há uma ligação direta com a média da idade, muito maior lá do que no Brasil", afirma Juan D'Antiochia, gerente-geral para América Latina da companhia. Débito, crédito ou dados? - Quantidade de pessoas dispostas a compartilhar informações pessoais em troca de benefícios, em % * com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI
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Quinta tem protesto de estudantes contra reorganização escolar
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O QUE AFETA SUA VIDA Estudantes secundaristas da rede pública protestam contra o projeto de reorganização escolar da gestão Alckmin nesta quinta (17), na zona leste. Eles se reúnem no Terminal Sapopemba, a partir das 16h. Fique atento ao trânsito na região. Vale lembrar: não devem circular nesta quinta (17) veículos com placas que terminam em 7 ou 8. O rodízio no centro expandido vale das 7h às 10h e entre 17h e 20h * TEMPO As temperaturas ficam entre 20ºC e 29ºC. O dia segue nublado com pancadas de chuva. * CULTURA E LAZER No CIne Joia, a banda Nação Zumbi o disco homônimo, mais recente, que tem faixas como "Um Sonho" e "Cicatriz". A festa "Quédizê" leva para o Clube Yatch sucessos do funk e pop, com line-up de Nicolas Abe, Renan Martelozzo e Léo Fagherazzi. Já n'A Lanterna, pop, rock nacional, blues e soul dominam a pista na noite "Pop Rock da Vila". A 'sãopaulo' preparou uma seleção de programas natalinos pela cidade, de apresentações de corais a decorações especiais. Programe-se! Cinco boas exposições seguem em cartaz na capital até o fim do ano. Entre elas, "Aquiáfrica", no Sesc Belenzinho, apresenta pinturas, fotografias, desenhos, vídeos e instalações de 13 artistas africanos. * AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas às 21h. Coordenação: Ricardo Ampudia Reportagem: Amanda Massuela
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saopaulo
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Quinta tem protesto de estudantes contra reorganização escolarO QUE AFETA SUA VIDA Estudantes secundaristas da rede pública protestam contra o projeto de reorganização escolar da gestão Alckmin nesta quinta (17), na zona leste. Eles se reúnem no Terminal Sapopemba, a partir das 16h. Fique atento ao trânsito na região. Vale lembrar: não devem circular nesta quinta (17) veículos com placas que terminam em 7 ou 8. O rodízio no centro expandido vale das 7h às 10h e entre 17h e 20h * TEMPO As temperaturas ficam entre 20ºC e 29ºC. O dia segue nublado com pancadas de chuva. * CULTURA E LAZER No CIne Joia, a banda Nação Zumbi o disco homônimo, mais recente, que tem faixas como "Um Sonho" e "Cicatriz". A festa "Quédizê" leva para o Clube Yatch sucessos do funk e pop, com line-up de Nicolas Abe, Renan Martelozzo e Léo Fagherazzi. Já n'A Lanterna, pop, rock nacional, blues e soul dominam a pista na noite "Pop Rock da Vila". A 'sãopaulo' preparou uma seleção de programas natalinos pela cidade, de apresentações de corais a decorações especiais. Programe-se! Cinco boas exposições seguem em cartaz na capital até o fim do ano. Entre elas, "Aquiáfrica", no Sesc Belenzinho, apresenta pinturas, fotografias, desenhos, vídeos e instalações de 13 artistas africanos. * AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas às 21h. Coordenação: Ricardo Ampudia Reportagem: Amanda Massuela
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Em quatro meses, fugas em massa em SP equivalem a uma prisão inteira
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Fugas em massa em prisões no Estado de São Paulo já resultaram, em quatro meses, num saldo de ao menos 704 presos foragidos temporariamente, o equivalente à lotação máxima de unidade prisional inteira. A maioria dos presos acabou sendo recapturada pela Polícia Militar. No entanto, as fugas foram suficientes para causar pânico nas cidades em que ocorreram os casos. A maior das fugas aconteceu em 29 de setembro do ano passado, em Jardinópolis (a 329 km de SP), quando 470 detentos fugiram do Centro de Progressão Penitenciária local. O episódio aconteceu após um motim em protesto à superlotação do local. Designado a abrigar 1.080 presos em regime semiaberto, o CPP tinha 1.861. Dois presos foragidos foram encontrados mortos posteriormente. Três dias depois do caso, 127 ainda continuavam foragidos. Outras duas fugas aconteceram em Franco da Rocha, na Grande São Paulo. No dia 17 de outubro, 55 presos fugiram do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico 1 (HCTP1) de Franco da Rocha –na noite no mesmo dia, 34 haviam sido recapturados. Mais 27 detentos fugiram do CPP (Centro de Progressão Penitenciária) da cidade em 27 de dezembro –na data da fuga, 12 haviam sido presos novamente pela polícia. O último caso aconteceu em Bauru, no interior, onde 152 detentos fugiram. A polícia contabilizava 96 recapturados na tarde desta terça-feira (24). No acumulado dos últimos quatro meses, o total de presos que fugiram é superior à capacidade do centro de detenção de Diadema (613), na Grande São Paulo. O sistema penitenciário paulista enfrentou rebeliões em motins no último ano. Em dos casos, em maio, em São José dos Campos, dois presos acabaram mortos.
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cotidiano
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Em quatro meses, fugas em massa em SP equivalem a uma prisão inteiraFugas em massa em prisões no Estado de São Paulo já resultaram, em quatro meses, num saldo de ao menos 704 presos foragidos temporariamente, o equivalente à lotação máxima de unidade prisional inteira. A maioria dos presos acabou sendo recapturada pela Polícia Militar. No entanto, as fugas foram suficientes para causar pânico nas cidades em que ocorreram os casos. A maior das fugas aconteceu em 29 de setembro do ano passado, em Jardinópolis (a 329 km de SP), quando 470 detentos fugiram do Centro de Progressão Penitenciária local. O episódio aconteceu após um motim em protesto à superlotação do local. Designado a abrigar 1.080 presos em regime semiaberto, o CPP tinha 1.861. Dois presos foragidos foram encontrados mortos posteriormente. Três dias depois do caso, 127 ainda continuavam foragidos. Outras duas fugas aconteceram em Franco da Rocha, na Grande São Paulo. No dia 17 de outubro, 55 presos fugiram do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico 1 (HCTP1) de Franco da Rocha –na noite no mesmo dia, 34 haviam sido recapturados. Mais 27 detentos fugiram do CPP (Centro de Progressão Penitenciária) da cidade em 27 de dezembro –na data da fuga, 12 haviam sido presos novamente pela polícia. O último caso aconteceu em Bauru, no interior, onde 152 detentos fugiram. A polícia contabilizava 96 recapturados na tarde desta terça-feira (24). No acumulado dos últimos quatro meses, o total de presos que fugiram é superior à capacidade do centro de detenção de Diadema (613), na Grande São Paulo. O sistema penitenciário paulista enfrentou rebeliões em motins no último ano. Em dos casos, em maio, em São José dos Campos, dois presos acabaram mortos.
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Segundo ataque do Estado Islâmico em 24 h no Iraque mata 7 e fere 15
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Ao menos sete pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas neste domingo em um ataque contra um posto de controle policial no centro do Iraque, um ato reivindicado pelo grupo Estado Islâmico. O ataque, que ocorreu ao sul da cidade de Najaf, deixou "sete mortos, incluindo cinco policiais, e 15 feridos", disse Saad Man, porta-voz do ministério do Interior, em um comunicado. O general Qais al Rahaima, chefe do exército para o centro do Iraque, informou sobre sete mortos, incluindo quatro policiais, e 11 feridos. Trata-se do segundo ataque reivindicado pelo EI no Iraque em 24 horas. No sábado em Bagdá, um duplo atentado suicida contra um mercado deixou 27 mortos e dezenas de feridos. De acordo com o ministério do Interior, três criminosos que vestiam coletes com explosivos e viajavam a bordo de um carro-bomba atacaram o posto de controle da polícia perto da cidade de Qadisiya. Ao chegar ao local, abriram fogo, mas "as forças de segurança responderam, matando os criminosos e provocando a explosão do carro bomba". "Queriam chegar a Nayaf para detonar os explosivos", afirmou o porta-voz Saad Maan. Qadisiya se encontra 70 km ao sul de Nayaf, cidade santa xiita do centro iraquiano onde se encontra o mausoléu do imã Ali. O ataque foi reivindicado em um comunicado pelo grupo sunita EI, que considera os xiitas hereges.
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mundo
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Segundo ataque do Estado Islâmico em 24 h no Iraque mata 7 e fere 15Ao menos sete pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas neste domingo em um ataque contra um posto de controle policial no centro do Iraque, um ato reivindicado pelo grupo Estado Islâmico. O ataque, que ocorreu ao sul da cidade de Najaf, deixou "sete mortos, incluindo cinco policiais, e 15 feridos", disse Saad Man, porta-voz do ministério do Interior, em um comunicado. O general Qais al Rahaima, chefe do exército para o centro do Iraque, informou sobre sete mortos, incluindo quatro policiais, e 11 feridos. Trata-se do segundo ataque reivindicado pelo EI no Iraque em 24 horas. No sábado em Bagdá, um duplo atentado suicida contra um mercado deixou 27 mortos e dezenas de feridos. De acordo com o ministério do Interior, três criminosos que vestiam coletes com explosivos e viajavam a bordo de um carro-bomba atacaram o posto de controle da polícia perto da cidade de Qadisiya. Ao chegar ao local, abriram fogo, mas "as forças de segurança responderam, matando os criminosos e provocando a explosão do carro bomba". "Queriam chegar a Nayaf para detonar os explosivos", afirmou o porta-voz Saad Maan. Qadisiya se encontra 70 km ao sul de Nayaf, cidade santa xiita do centro iraquiano onde se encontra o mausoléu do imã Ali. O ataque foi reivindicado em um comunicado pelo grupo sunita EI, que considera os xiitas hereges.
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Bolsa recua 1,86% com cenário externo e espera por medidas, mas dólar cai
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O aumento das apostas de alta dos juros americanos mais rápido que o esperado, após dados fortes de inflação e da produção industrial dos EUA em abril, pressionou os mercados de ações. O Ibovespa fechou em queda de 1,86%, abaixo dos 51.000 pontos, seguindo o movimento na Bolsa de Nova York. O dólar comercial fechou em baixa ante o real, influenciado pelo avanço dos preços do petróleo no mercado internacional. Entretanto, os juros futuros e o CDS (credit default swap), indicador da percepção de risco do país, subiram, com os investidores à espera das primeiras medidas econômicas do governo Temer. A nomeação da equipe econômica do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pela manhã, incluindo do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, foi bem recebida pelo mercado, mas foi insuficiente para sustentar o bom humor no mercado doméstico neste pregão. Analistas da Lerosa Investimentos afirmam, em relatório, que os nomes apresentados por Meirelles são "respeitáveis, competentes e experientes". "Cabe agora ao governo apoiar as decisões do time no Congresso Nacional." "A nova equipe econômica agradou ao mercado, embora os nomes não tenham sido uma surpresa", afirma o economista Alfredo Barbutti, da BGC Liquidez. "Mas o que direcionou o mercado nesta sessão foi o cenário externo", acrescenta. O principal índice da Bolsa paulista fechou em baixa de 1,86%, aos 50.839,44 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7 bilhões. No setor financeiro, Banco do Brasil ON recuou 4,82%, Itaú Unibanco PN, -2,13%; Bradesco PN, -3,24%; Santander unit, -1,59%; e BM&FBovespa ON, -4,84%. Apesar da alta do petróleo, as ações PN da Petrobras recuaram 2,56%, a R$ 9,50, enquanto as ON perderam 1,11%, a R$ 12,40. A estatal anunciou nesta terça-feira uma oferta de títulos no mercado internacional com o objetivo de alongar o prazo de sua dívida. As ações PNA da Vale subiram 2,90%, a R$ 12,40, e as ON ganharam 1,33%, a R$ 15,13, beneficiadas pelo avanço do preço do minério de ferro na China. JUROS E CDS No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 subiu de 13,600% para 13,650%; o contrato de DI para janeiro de 2021 avançou de 12,270% para 12,380%. O CDS, espécie de seguro contra calote do país, subia 1,39%, para 332,801 pontos. Para Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos, após o otimismo inicial com o novo governo e a equipe econômica, o mercado se volta para os fundamentos econômicos, que estão deteriorados. "Agora, as expectativas são em relação ao anúncio de medidas efetivas para recuperar a economia." DÓLAR Depois de uma sessão volátil, o dólar comercial fechou em baixa de 0,34%, a R$ 3,4920. A moeda americana à vista avançou 0,14%, para R$ 3,5060. Pela terceira sessão seguida, o BC não realizou leilão de swap cambial reverso, equivalente à compra futura da moeda americana pela autoridade monetária. A alta do petróleo no mercado internacional beneficiou o real. Em Londres, o petróleo tipo Brent subia 0,92%, a US$ 49,42; em Nova York, o WTI ganhava 1,68%, para US$ 48,52 o barril, com as expectativas de redução da oferta global. Apesar de apostas de alta dos juros americanos em breve, o dólar não subiu frente à maior parte moedas globais. EXTERIOR Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 fechou em queda de 0,94%; o Dow Jones, -1,02%; e o Nasdaq, -1,25%, influenciados pelos indicadores divulgados mais cedo. O índice de preços ao consumidor nos EUA subiu 0,4% em abril, a maior alta desde fevereiro de 2013. Além disso, a produção manufatureira nos EUA subiu em abril pela primeira vez em três meses. A alta foi de 0,3%, contra uma queda de 0,3% em março, segundo o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA). A produção industrial total avançou 0,7%, acima do esperado por analistas. Ambos os indicadores ampliaram as apostas de aumento dos juros americanos mais rápido que o esperado. Além disso, dois dirigentes regionais do Fed, Dennis Lockhart, de Atlanta, e John Williams, de São Francisco, declararam que os juros americanos podem subir de duas a três vezes neste ano. Na Europa, as Bolsas fecharam com sinais mistos. Na Ásia, as ações chinesas recuaram, enquanto o índice Nikkei da Bolsa Tóquio avançou 1,13%.
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mercado
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Bolsa recua 1,86% com cenário externo e espera por medidas, mas dólar caiO aumento das apostas de alta dos juros americanos mais rápido que o esperado, após dados fortes de inflação e da produção industrial dos EUA em abril, pressionou os mercados de ações. O Ibovespa fechou em queda de 1,86%, abaixo dos 51.000 pontos, seguindo o movimento na Bolsa de Nova York. O dólar comercial fechou em baixa ante o real, influenciado pelo avanço dos preços do petróleo no mercado internacional. Entretanto, os juros futuros e o CDS (credit default swap), indicador da percepção de risco do país, subiram, com os investidores à espera das primeiras medidas econômicas do governo Temer. A nomeação da equipe econômica do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pela manhã, incluindo do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, foi bem recebida pelo mercado, mas foi insuficiente para sustentar o bom humor no mercado doméstico neste pregão. Analistas da Lerosa Investimentos afirmam, em relatório, que os nomes apresentados por Meirelles são "respeitáveis, competentes e experientes". "Cabe agora ao governo apoiar as decisões do time no Congresso Nacional." "A nova equipe econômica agradou ao mercado, embora os nomes não tenham sido uma surpresa", afirma o economista Alfredo Barbutti, da BGC Liquidez. "Mas o que direcionou o mercado nesta sessão foi o cenário externo", acrescenta. O principal índice da Bolsa paulista fechou em baixa de 1,86%, aos 50.839,44 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7 bilhões. No setor financeiro, Banco do Brasil ON recuou 4,82%, Itaú Unibanco PN, -2,13%; Bradesco PN, -3,24%; Santander unit, -1,59%; e BM&FBovespa ON, -4,84%. Apesar da alta do petróleo, as ações PN da Petrobras recuaram 2,56%, a R$ 9,50, enquanto as ON perderam 1,11%, a R$ 12,40. A estatal anunciou nesta terça-feira uma oferta de títulos no mercado internacional com o objetivo de alongar o prazo de sua dívida. As ações PNA da Vale subiram 2,90%, a R$ 12,40, e as ON ganharam 1,33%, a R$ 15,13, beneficiadas pelo avanço do preço do minério de ferro na China. JUROS E CDS No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 subiu de 13,600% para 13,650%; o contrato de DI para janeiro de 2021 avançou de 12,270% para 12,380%. O CDS, espécie de seguro contra calote do país, subia 1,39%, para 332,801 pontos. Para Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos, após o otimismo inicial com o novo governo e a equipe econômica, o mercado se volta para os fundamentos econômicos, que estão deteriorados. "Agora, as expectativas são em relação ao anúncio de medidas efetivas para recuperar a economia." DÓLAR Depois de uma sessão volátil, o dólar comercial fechou em baixa de 0,34%, a R$ 3,4920. A moeda americana à vista avançou 0,14%, para R$ 3,5060. Pela terceira sessão seguida, o BC não realizou leilão de swap cambial reverso, equivalente à compra futura da moeda americana pela autoridade monetária. A alta do petróleo no mercado internacional beneficiou o real. Em Londres, o petróleo tipo Brent subia 0,92%, a US$ 49,42; em Nova York, o WTI ganhava 1,68%, para US$ 48,52 o barril, com as expectativas de redução da oferta global. Apesar de apostas de alta dos juros americanos em breve, o dólar não subiu frente à maior parte moedas globais. EXTERIOR Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 fechou em queda de 0,94%; o Dow Jones, -1,02%; e o Nasdaq, -1,25%, influenciados pelos indicadores divulgados mais cedo. O índice de preços ao consumidor nos EUA subiu 0,4% em abril, a maior alta desde fevereiro de 2013. Além disso, a produção manufatureira nos EUA subiu em abril pela primeira vez em três meses. A alta foi de 0,3%, contra uma queda de 0,3% em março, segundo o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA). A produção industrial total avançou 0,7%, acima do esperado por analistas. Ambos os indicadores ampliaram as apostas de aumento dos juros americanos mais rápido que o esperado. Além disso, dois dirigentes regionais do Fed, Dennis Lockhart, de Atlanta, e John Williams, de São Francisco, declararam que os juros americanos podem subir de duas a três vezes neste ano. Na Europa, as Bolsas fecharam com sinais mistos. Na Ásia, as ações chinesas recuaram, enquanto o índice Nikkei da Bolsa Tóquio avançou 1,13%.
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O Impeachment já ocorreu
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Podem berrar, espernear, choramingar, esbravejar ou se lamentar. Podem protestar nas ruas, assembleias, Facebook ou WhatsApp. Podem barrar a iniciativa no Congresso, no Senado, no Judiciário e nas reuniões de Centros Acadêmicos. Pouco importa o resultado, ele terá sido meramente burocrático. Da mesma forma que um dia se foram as presidências de João Figueiredo, José Sarney, Itamar Franco e George W. Bush, resta pouco deste mandato presidencial que mal começou. A decisão não pertence mais à ocupante do cargo ou às forças políticas que desejam a sua saída. Basta uma pequena análise da estrutura de redes para se constatar que o poder Executivo, de tão acuado, se tornou transparente. Desde Charles Darwin que se sabe que o mais adaptado - não o mais forte - é aquele que tem a maior probabilidade de sobrevivência. Mas isso não parece passar pela cabeça do governo que, no melhor estilo Maria Antonieta a propor brioches, fala na CPMF como se fosse transitória ou capaz de resolver alguma coisa. Em seu mundo de fantasia parecem não perceber que a paciência se foi. Não há como pedir para uma população que paga mais de 35% de seu salário que ajude um governo perdulário e caótico, que nunca deu praticamente nada em troca. Investigada pelo Supremo, barrada no Congresso, relutante a tributar os ricos, desprovida do apoio dos trabalhadores, empresários, funcionários públicos e movimentos sociais para qualquer novo pacote, a presidência ainda precisa dar ouvidos para seu ex-padrinho, que não tem cargo ou importância outra além de ter criado boa parte do problema. O resultado é uma enorme desorientação, que confunde aliados, irrita bases, enlouquece o setor produtivo e abre rombos ainda maiores no orçamento. No mundo da tecnologia, decisões assim são constantes. Kodak, Nokia e Blackberry são exemplos de empresas cuja prepotência ignorou a demanda por mudança. Como elas, a presidência foi julgada, condenada e executada antes mesmo de ser processada. Da mesma forma que um chefe que logo será demitido, um vereador em debate corporativo, um técnico de futebol que acumula derrotas, um tio chato em reunião de família ou um marido que está prestes a ser dispensado, o Poder Executivo dá claros indícios de ter sido contornado. Ninguém sabe direito o que fazer com ele, até que ponto levá-lo a sério e por quanto tempo suportá-lo. Sua irrelevância chegou a tal ponto que pouco importa quem ocupe o assento. Por mais que os fanáticos de um lado afirmem que o país acabará na eventualidade de um impeachment, ou que os radicais do outro lado acreditem que a crise acabaria por mágica com a troca de comando, a maioria das pessoas com algum bom senso já percebeu que o mais provável é que nada mude. O encolhimento da importância do poder executivo não é fato novo, e tem pouco a ver com a Petrobras. Desde antes das eleições uma disputa de anões era configurada. Quatro não-candidatos, irrelevantes em discurso e importância, se engalfinharam nos debates mais monótonos dos últimos tempos. Ninguém levaria a sério uma candidatura do Aecinho, da Marina ou da Luciana, se seu concorrente não fosse alguém igualmente apático. A situação era tão pobre que nem o José Serra, freguês habitual com vocação para a lanterna, participou. Agora que a situação esquenta e que a presidente pode perder o cargo que se passa a temer a figura do vice, que como Itamar, Alckmim e Sarney, nunca teria carisma para um posto tão importante. Sua irrelevância não termina com a figura manufaturada de uma presidente tão merecedora de seu cargo quanto Celso Pitta o foi da prefeitura de São Paulo. Da mesma forma que ela, seus ministérios raramente são lembrados. Fala-se em reforma ministerial como se boa parte de seus ocupantes, tipo um tal de Mercadante, ainda estivesse em exercício. Em teoria, ele está. Na prática, discute-se a sua saída como se ele não estivesse presente. Quando se fala em ministros, a propósito, a primeira imagem que surge é a dos principais ocupantes do Poder Judiciário, mais impulsivos e grandiloquentes do que aconselharia o decoro do cargo. As redes, digitais ou não, mostram que há espaço para todo tipo de política, com exceção da inexistência. Pior do que uma instituição detestada é uma instituição ignorada. Como acontece frequentemente com a lei ou com figuras de autoridade, nem sempre é possível ser popular. Leis odiadas podem ser contestadas ou, com o tempo, incorporadas à dinâmica social. Leis ignoradas não passam de papéis fictícios. Nessas condições, pouco importa quem vença. Todos perdem.
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colunas
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O Impeachment já ocorreuPodem berrar, espernear, choramingar, esbravejar ou se lamentar. Podem protestar nas ruas, assembleias, Facebook ou WhatsApp. Podem barrar a iniciativa no Congresso, no Senado, no Judiciário e nas reuniões de Centros Acadêmicos. Pouco importa o resultado, ele terá sido meramente burocrático. Da mesma forma que um dia se foram as presidências de João Figueiredo, José Sarney, Itamar Franco e George W. Bush, resta pouco deste mandato presidencial que mal começou. A decisão não pertence mais à ocupante do cargo ou às forças políticas que desejam a sua saída. Basta uma pequena análise da estrutura de redes para se constatar que o poder Executivo, de tão acuado, se tornou transparente. Desde Charles Darwin que se sabe que o mais adaptado - não o mais forte - é aquele que tem a maior probabilidade de sobrevivência. Mas isso não parece passar pela cabeça do governo que, no melhor estilo Maria Antonieta a propor brioches, fala na CPMF como se fosse transitória ou capaz de resolver alguma coisa. Em seu mundo de fantasia parecem não perceber que a paciência se foi. Não há como pedir para uma população que paga mais de 35% de seu salário que ajude um governo perdulário e caótico, que nunca deu praticamente nada em troca. Investigada pelo Supremo, barrada no Congresso, relutante a tributar os ricos, desprovida do apoio dos trabalhadores, empresários, funcionários públicos e movimentos sociais para qualquer novo pacote, a presidência ainda precisa dar ouvidos para seu ex-padrinho, que não tem cargo ou importância outra além de ter criado boa parte do problema. O resultado é uma enorme desorientação, que confunde aliados, irrita bases, enlouquece o setor produtivo e abre rombos ainda maiores no orçamento. No mundo da tecnologia, decisões assim são constantes. Kodak, Nokia e Blackberry são exemplos de empresas cuja prepotência ignorou a demanda por mudança. Como elas, a presidência foi julgada, condenada e executada antes mesmo de ser processada. Da mesma forma que um chefe que logo será demitido, um vereador em debate corporativo, um técnico de futebol que acumula derrotas, um tio chato em reunião de família ou um marido que está prestes a ser dispensado, o Poder Executivo dá claros indícios de ter sido contornado. Ninguém sabe direito o que fazer com ele, até que ponto levá-lo a sério e por quanto tempo suportá-lo. Sua irrelevância chegou a tal ponto que pouco importa quem ocupe o assento. Por mais que os fanáticos de um lado afirmem que o país acabará na eventualidade de um impeachment, ou que os radicais do outro lado acreditem que a crise acabaria por mágica com a troca de comando, a maioria das pessoas com algum bom senso já percebeu que o mais provável é que nada mude. O encolhimento da importância do poder executivo não é fato novo, e tem pouco a ver com a Petrobras. Desde antes das eleições uma disputa de anões era configurada. Quatro não-candidatos, irrelevantes em discurso e importância, se engalfinharam nos debates mais monótonos dos últimos tempos. Ninguém levaria a sério uma candidatura do Aecinho, da Marina ou da Luciana, se seu concorrente não fosse alguém igualmente apático. A situação era tão pobre que nem o José Serra, freguês habitual com vocação para a lanterna, participou. Agora que a situação esquenta e que a presidente pode perder o cargo que se passa a temer a figura do vice, que como Itamar, Alckmim e Sarney, nunca teria carisma para um posto tão importante. Sua irrelevância não termina com a figura manufaturada de uma presidente tão merecedora de seu cargo quanto Celso Pitta o foi da prefeitura de São Paulo. Da mesma forma que ela, seus ministérios raramente são lembrados. Fala-se em reforma ministerial como se boa parte de seus ocupantes, tipo um tal de Mercadante, ainda estivesse em exercício. Em teoria, ele está. Na prática, discute-se a sua saída como se ele não estivesse presente. Quando se fala em ministros, a propósito, a primeira imagem que surge é a dos principais ocupantes do Poder Judiciário, mais impulsivos e grandiloquentes do que aconselharia o decoro do cargo. As redes, digitais ou não, mostram que há espaço para todo tipo de política, com exceção da inexistência. Pior do que uma instituição detestada é uma instituição ignorada. Como acontece frequentemente com a lei ou com figuras de autoridade, nem sempre é possível ser popular. Leis odiadas podem ser contestadas ou, com o tempo, incorporadas à dinâmica social. Leis ignoradas não passam de papéis fictícios. Nessas condições, pouco importa quem vença. Todos perdem.
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Erramos: Djokovic, Serena e Sharapova avançam em Wimbledon; Soares e Melo são eliminados
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Diferentemente do informado na reportagem "Djokovic, Serena e Sharapova avançam em Wimbledon; Soares e Melo são eliminados" (Esporte - 07/07/2015 - 10h41), o tenista Kevin Anderson é sul-africano, não australiano. O texto foi corrigido.
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esporte
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Erramos: Djokovic, Serena e Sharapova avançam em Wimbledon; Soares e Melo são eliminadosDiferentemente do informado na reportagem "Djokovic, Serena e Sharapova avançam em Wimbledon; Soares e Melo são eliminados" (Esporte - 07/07/2015 - 10h41), o tenista Kevin Anderson é sul-africano, não australiano. O texto foi corrigido.
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Av. Doutor Arnaldo e mais duas vias têm velocidade reduzida nesta sexta
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A CET (Companhia Engenharia de Tráfego) reduz a partir desta sexta-feira (22) o limite de velocidade para 50 km/h em três vias da cidade. As alterações acontecem nas avenidas Doutor Arnaldo, na zona oeste, Jornalista Roberto Marinho e na ponte Estaiada, na zona sul, e na João Simão de Castro, na zona norte. Na próxima quarta-feira (28), a companhia altera o limite de velocidade no corredor formado pelas avenidas Roque Petroni Júnior, Professor Vicente Rao e Vereador João de Luca, rua Juan de La Cruz e avenida Cupecê, na zona sul. Atualmente, a velocidade permitida nessas vias é de até 60 km/h. A medida está inserida no plano de redução de acidentes viários do Programa de Proteção à Vida. A gestão Fernando Haddad (PT) divulga semanalmente um novo cronograma de vias que terão a velocidade alterada. A ideia é que os motoristas fiquem sabendo previamente das mudanças, como já ocorria com a ampliação dos corredores de ônibus. Além da sinalização nova, os relógios de rua também informarão as futuras alterações. "É muito importante esse gesto de São Paulo, que já está sendo seguido por outras cidades do Brasil. Estamos liderando um processo importante para salvar vidas, melhorar as condições de funcionalidade da cidade, com menos acidentes, com mais fluidez e, obviamente, com menos letalidade. Vamos salvar pessoas", afirmou o prefeito. MORTES NO TRÂNSITO Uma das justificativas que a administração municipal usa para reduzir a velocidade máxima em avenidas e ruas é evitar mortes no trânsito. Em 2014, enquanto o número de acidentes caiu 8% em relação ao ano anterior, o número de mortes foi na direção oposta e subiu 8%. Ou seja, mesmo com menos acidentes, mais pessoas perderam a vida nas ruas e avenidas da capital. Nos primeiros seis meses deste ano, a cidade de São Paulo registrou queda de 19% nas mortes em acidentes de trânsito –a maior queda na cidade de São Paulo em ao menos uma década. O novo balanço, divulgado no final de setembro pelo prefeito, apontou uma diminuição de 637 para 519 mortes –na comparação de 2014 e 2015, entre janeiro e junho. A quantidade absoluta de vítimas fatais também foi a menor já registrada em um semestre ao menos desde 2005 –ano em que a CET retomou os registros de mortes no trânsito com os critérios atuais. Infográfico: Mortes no trânsito em São Paulo Para Haddad, a queda é reflexo de ações de sua gestão, como implantação de faixas de pedestres, lombadas eletrônicas, áreas com limite de 40 km/h e a rede de ciclovias -que se expandiu de 65 km para 303 km em um ano, a partir de junho de 2014. "O ciclista está mais seguro. Isso é malha cicloviária", afirmou. Apesar da redução, a taxa de mortes no trânsito da capital paulista –que caiu de 10,5 para 9,5 por 100 mil habitantes– ainda está muito acima da de cidades desenvolvidas como Londres (1,5) ou Nova York (2,9) e longe da meta (6) fixada por SP para 2020. Infográfico: veja todos os tipos de infração previstas no CTB
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cotidiano
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Av. Doutor Arnaldo e mais duas vias têm velocidade reduzida nesta sextaA CET (Companhia Engenharia de Tráfego) reduz a partir desta sexta-feira (22) o limite de velocidade para 50 km/h em três vias da cidade. As alterações acontecem nas avenidas Doutor Arnaldo, na zona oeste, Jornalista Roberto Marinho e na ponte Estaiada, na zona sul, e na João Simão de Castro, na zona norte. Na próxima quarta-feira (28), a companhia altera o limite de velocidade no corredor formado pelas avenidas Roque Petroni Júnior, Professor Vicente Rao e Vereador João de Luca, rua Juan de La Cruz e avenida Cupecê, na zona sul. Atualmente, a velocidade permitida nessas vias é de até 60 km/h. A medida está inserida no plano de redução de acidentes viários do Programa de Proteção à Vida. A gestão Fernando Haddad (PT) divulga semanalmente um novo cronograma de vias que terão a velocidade alterada. A ideia é que os motoristas fiquem sabendo previamente das mudanças, como já ocorria com a ampliação dos corredores de ônibus. Além da sinalização nova, os relógios de rua também informarão as futuras alterações. "É muito importante esse gesto de São Paulo, que já está sendo seguido por outras cidades do Brasil. Estamos liderando um processo importante para salvar vidas, melhorar as condições de funcionalidade da cidade, com menos acidentes, com mais fluidez e, obviamente, com menos letalidade. Vamos salvar pessoas", afirmou o prefeito. MORTES NO TRÂNSITO Uma das justificativas que a administração municipal usa para reduzir a velocidade máxima em avenidas e ruas é evitar mortes no trânsito. Em 2014, enquanto o número de acidentes caiu 8% em relação ao ano anterior, o número de mortes foi na direção oposta e subiu 8%. Ou seja, mesmo com menos acidentes, mais pessoas perderam a vida nas ruas e avenidas da capital. Nos primeiros seis meses deste ano, a cidade de São Paulo registrou queda de 19% nas mortes em acidentes de trânsito –a maior queda na cidade de São Paulo em ao menos uma década. O novo balanço, divulgado no final de setembro pelo prefeito, apontou uma diminuição de 637 para 519 mortes –na comparação de 2014 e 2015, entre janeiro e junho. A quantidade absoluta de vítimas fatais também foi a menor já registrada em um semestre ao menos desde 2005 –ano em que a CET retomou os registros de mortes no trânsito com os critérios atuais. Infográfico: Mortes no trânsito em São Paulo Para Haddad, a queda é reflexo de ações de sua gestão, como implantação de faixas de pedestres, lombadas eletrônicas, áreas com limite de 40 km/h e a rede de ciclovias -que se expandiu de 65 km para 303 km em um ano, a partir de junho de 2014. "O ciclista está mais seguro. Isso é malha cicloviária", afirmou. Apesar da redução, a taxa de mortes no trânsito da capital paulista –que caiu de 10,5 para 9,5 por 100 mil habitantes– ainda está muito acima da de cidades desenvolvidas como Londres (1,5) ou Nova York (2,9) e longe da meta (6) fixada por SP para 2020. Infográfico: veja todos os tipos de infração previstas no CTB
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A Gaiola de Ouro
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RIO DE JANEIRO - Por causa do alto custo de sua construção, realizada entre 1919 e 1923, o Palácio Pedro Ernesto ganhou dos cariocas da época o apelido de Gaiola de Ouro. Foi sede da Câmara dos Deputados e, a partir de 1977, da Câmara dos Vereadores do Rio. O apelido continuou sendo usado, numa alusão às negociatas feitas no local. No primeiro domingo de 2015, a Câmara publicou nos jornais "O Globo" e "O Dia" um encarte de quatro páginas destinado a dar transparência ao que vem fazendo. Mas as transparências enganam. "O Portal da Câmara do Rio foi construído para permitir o acesso dos cidadãos à atividade legislativa, em tempo real", lê-se na capa do encarte. O colunista, então, foi ao portal procurar o custo de publicação do informe. Não encontrou. Abusando do privilégio de ser cidadão-jornalista, perguntou à assessoria de imprensa. "Os dados referentes às despesas no mês de janeiro ainda não estão disponíveis. Temos que aguardar a divulgação por parte da Diretoria de Finanças", respondeu a assessora. Para imprimir as quatro páginas, os jornais certamente receberam para tanto. Logo, a Diretoria de Finanças sabe quanto dinheiro do contribuinte foi gasto. A assessoria ignorou essa argumentação. "Administração austera permitiu economizar R$ 320 milhões em seis anos", destaca o encarte. O colunista pediu auxílio para entender a conta, indisponível no portal. Mas a resposta da assessoria foi econômica em clareza. Os tais seis anos são o período em que Jorge Felippe (PMDB) preside a Câmara. Foi eleito agora para o quarto biênio. Ele e mais 80% de seus colegas não deixam funcionar para valer nenhuma CPI dos Ônibus ou nada que ameace o prefeito e os concessionários de serviços públicos. Não é de ouro a gaiola que muitos vereadores merecem.
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colunas
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A Gaiola de OuroRIO DE JANEIRO - Por causa do alto custo de sua construção, realizada entre 1919 e 1923, o Palácio Pedro Ernesto ganhou dos cariocas da época o apelido de Gaiola de Ouro. Foi sede da Câmara dos Deputados e, a partir de 1977, da Câmara dos Vereadores do Rio. O apelido continuou sendo usado, numa alusão às negociatas feitas no local. No primeiro domingo de 2015, a Câmara publicou nos jornais "O Globo" e "O Dia" um encarte de quatro páginas destinado a dar transparência ao que vem fazendo. Mas as transparências enganam. "O Portal da Câmara do Rio foi construído para permitir o acesso dos cidadãos à atividade legislativa, em tempo real", lê-se na capa do encarte. O colunista, então, foi ao portal procurar o custo de publicação do informe. Não encontrou. Abusando do privilégio de ser cidadão-jornalista, perguntou à assessoria de imprensa. "Os dados referentes às despesas no mês de janeiro ainda não estão disponíveis. Temos que aguardar a divulgação por parte da Diretoria de Finanças", respondeu a assessora. Para imprimir as quatro páginas, os jornais certamente receberam para tanto. Logo, a Diretoria de Finanças sabe quanto dinheiro do contribuinte foi gasto. A assessoria ignorou essa argumentação. "Administração austera permitiu economizar R$ 320 milhões em seis anos", destaca o encarte. O colunista pediu auxílio para entender a conta, indisponível no portal. Mas a resposta da assessoria foi econômica em clareza. Os tais seis anos são o período em que Jorge Felippe (PMDB) preside a Câmara. Foi eleito agora para o quarto biênio. Ele e mais 80% de seus colegas não deixam funcionar para valer nenhuma CPI dos Ônibus ou nada que ameace o prefeito e os concessionários de serviços públicos. Não é de ouro a gaiola que muitos vereadores merecem.
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Terremoto no Nepal de magnitude 7,8 deixa mais de 1.900 mortos
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O Nepal foi atingido neste sábado (25) por um terremoto de magnitude 7,8, o mais devastador no montanhoso país asiático em 81 anos, deixando mais de 1.900 mortos e mais de 4.700 feridos no país. O número foi confirmado pelo porta-voz do Ministério do Interior, Laxmi Dhakal, por volta das 7h30 de domingo (22h45 de sábado em Brasília). A estimativa é de que o número de vítimas seja ainda maior, devido à devastação na região da capital, Katmandu. O forte tremor, registrado às 11h56 locais (3h11 em Brasília), destruiu milhares de casas e prédios históricos. O terremoto também provocou avalanches na base do monte Everest, o pico mais alto do mundo. De acordo com a Associação de Montanhismo do Nepal, pelo menos 17 corpos já foram resgatados no campo de base da montanha e há 61 feridos. Ainda segundo a associação, cerca de 100 montanhistas que estavam nos acampamentos mais elevados, conhecidos como 1 e 2, estão bem. A preocupação agora é com o resgate destas pessoas, uma vez que o caminho que leva de volta para a base está bloqueado. O epicentro foi registrado a 77 km da capital Katmandu e a 15 km da superfície. A baixa profundidade foi crucial para potencializar os danos no país, em que a maioria das construções não é reforçada para grandes tremores. As ruas de Katmandu estão cobertas de escombros de prédios destruídos e de cinco dos sete locais históricos declarados patrimônio da humanidade pela Unesco que foram atingidos. Dentre eles, estão templos, uma das residências da família real do país e a torre Dharahara, de 1832. A construção, com altura de nove andares, foi inteira abaixo durante o tremor. Mais de 60 pessoas foram encontradas mortas nos escombros. Após o primeiro abalo, mais de dez réplicas foram registradas, sendo a maior delas de magnitude 6,6. Todos os tremores foram recebidos com novos gritos de medo e correria. O cenário de caos é completado pela destruição de hospitais e pelo número insuficiente de socorristas. Em alguns bairros, moradores ajudavam as equipes a retirar sobreviventes e corpos dos restos das construções. O terremoto também prejudicou a comunicação e o abastecimento de Katmandu. A maior parte da cidade está sem energia, e telefones e internet funcionam precariamente. Os sobreviventes têm dificuldade para encontrar água e mantimentos. O aeroporto internacional de Katmandu foi fechado. Diante da possibilidade de novos tremores durante a madrugada, moradores e turistas dormiram nas ruas. "Nossa vila foi quase totalmente destruída. A maioria das casas está enterrada por desmoronamentos ou danificada pelo tremor", disse Vim Tamang, da vila de Manglung, perto do epicentro. "Todos estão com medo de que isso se repita. Eu saí de casa quando senti o terremoto. Foi apavorante. Fiquei do lado de fora durante todo o dia", disse Rabin Shakya, 29, morador de Katmandu. As buscas foram retomadas na manhã deste domingo (26). Além do Nepal, o terremoto foi sentido em partes da Índia, da China e do Paquistão e em Bangladesh. Segundo as autoridades indianas, 34 pessoas morreram após o abalo sísmico. Outras seis mortes foram registradas na China e no Tibete e mais uma em Bangladesh. Segundo o Itamaraty, não havia informação de brasileiros entre as vítimas até a conclusão desta edição. AJUDA A dimensão da catástrofe fez com que o Nepal pedisse ajuda internacional e isentasse de visto os estrangeiros que se dirigem ao país para prestar socorro. O governo local aprovou US$ 5 milhões (R$ 15 milhões) para serem usados de forma imediata no resgate. O país também receberá US$ 3,9 milhões da Noruega e US$ 1 milhão dos Estados Unidos. A vizinha Índia enviou aviões sanitários, assim como uma equipe de resgate para auxiliar nas buscas entre os destroços. O Paquistão enviou um hospital de campanha e outros suprimentos médicos. O Japão também anunciou o envio de uma equipe de especialistas em catástrofes formada por 70 policiais, bombeiros e pessoal da Guarda Costeira. Reino Unido, Alemanha, Espanha, França, Israel e a União Europeia também anunciaram o envio de ajuda aos nepaleses. No Brasil, a presidente Dilma Rousseff divulgou nota de pesar pela tragédia no país asiático. "Declaro minha solidariedade aos povos desses países e, em especial, aos brasileiros que estão na região e aos seus familiares." Ela também reiterou que a embaixada do Brasil em Katmandu toma todas as providências para dar apoio aos cidadãos brasileiros.
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mundo
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Terremoto no Nepal de magnitude 7,8 deixa mais de 1.900 mortosO Nepal foi atingido neste sábado (25) por um terremoto de magnitude 7,8, o mais devastador no montanhoso país asiático em 81 anos, deixando mais de 1.900 mortos e mais de 4.700 feridos no país. O número foi confirmado pelo porta-voz do Ministério do Interior, Laxmi Dhakal, por volta das 7h30 de domingo (22h45 de sábado em Brasília). A estimativa é de que o número de vítimas seja ainda maior, devido à devastação na região da capital, Katmandu. O forte tremor, registrado às 11h56 locais (3h11 em Brasília), destruiu milhares de casas e prédios históricos. O terremoto também provocou avalanches na base do monte Everest, o pico mais alto do mundo. De acordo com a Associação de Montanhismo do Nepal, pelo menos 17 corpos já foram resgatados no campo de base da montanha e há 61 feridos. Ainda segundo a associação, cerca de 100 montanhistas que estavam nos acampamentos mais elevados, conhecidos como 1 e 2, estão bem. A preocupação agora é com o resgate destas pessoas, uma vez que o caminho que leva de volta para a base está bloqueado. O epicentro foi registrado a 77 km da capital Katmandu e a 15 km da superfície. A baixa profundidade foi crucial para potencializar os danos no país, em que a maioria das construções não é reforçada para grandes tremores. As ruas de Katmandu estão cobertas de escombros de prédios destruídos e de cinco dos sete locais históricos declarados patrimônio da humanidade pela Unesco que foram atingidos. Dentre eles, estão templos, uma das residências da família real do país e a torre Dharahara, de 1832. A construção, com altura de nove andares, foi inteira abaixo durante o tremor. Mais de 60 pessoas foram encontradas mortas nos escombros. Após o primeiro abalo, mais de dez réplicas foram registradas, sendo a maior delas de magnitude 6,6. Todos os tremores foram recebidos com novos gritos de medo e correria. O cenário de caos é completado pela destruição de hospitais e pelo número insuficiente de socorristas. Em alguns bairros, moradores ajudavam as equipes a retirar sobreviventes e corpos dos restos das construções. O terremoto também prejudicou a comunicação e o abastecimento de Katmandu. A maior parte da cidade está sem energia, e telefones e internet funcionam precariamente. Os sobreviventes têm dificuldade para encontrar água e mantimentos. O aeroporto internacional de Katmandu foi fechado. Diante da possibilidade de novos tremores durante a madrugada, moradores e turistas dormiram nas ruas. "Nossa vila foi quase totalmente destruída. A maioria das casas está enterrada por desmoronamentos ou danificada pelo tremor", disse Vim Tamang, da vila de Manglung, perto do epicentro. "Todos estão com medo de que isso se repita. Eu saí de casa quando senti o terremoto. Foi apavorante. Fiquei do lado de fora durante todo o dia", disse Rabin Shakya, 29, morador de Katmandu. As buscas foram retomadas na manhã deste domingo (26). Além do Nepal, o terremoto foi sentido em partes da Índia, da China e do Paquistão e em Bangladesh. Segundo as autoridades indianas, 34 pessoas morreram após o abalo sísmico. Outras seis mortes foram registradas na China e no Tibete e mais uma em Bangladesh. Segundo o Itamaraty, não havia informação de brasileiros entre as vítimas até a conclusão desta edição. AJUDA A dimensão da catástrofe fez com que o Nepal pedisse ajuda internacional e isentasse de visto os estrangeiros que se dirigem ao país para prestar socorro. O governo local aprovou US$ 5 milhões (R$ 15 milhões) para serem usados de forma imediata no resgate. O país também receberá US$ 3,9 milhões da Noruega e US$ 1 milhão dos Estados Unidos. A vizinha Índia enviou aviões sanitários, assim como uma equipe de resgate para auxiliar nas buscas entre os destroços. O Paquistão enviou um hospital de campanha e outros suprimentos médicos. O Japão também anunciou o envio de uma equipe de especialistas em catástrofes formada por 70 policiais, bombeiros e pessoal da Guarda Costeira. Reino Unido, Alemanha, Espanha, França, Israel e a União Europeia também anunciaram o envio de ajuda aos nepaleses. No Brasil, a presidente Dilma Rousseff divulgou nota de pesar pela tragédia no país asiático. "Declaro minha solidariedade aos povos desses países e, em especial, aos brasileiros que estão na região e aos seus familiares." Ela também reiterou que a embaixada do Brasil em Katmandu toma todas as providências para dar apoio aos cidadãos brasileiros.
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Estreia de David Jung não anuncia nenhum talento especial
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O cinema de terror já foi metafísico, barroco, alegórico, erótico, engajado, fez crítica social e desafiou nossos limites de suportar a violência e o medo. A avalanche recente de produções do gênero parece apenas fascinada pelos dispositivos digitais e se esquece do poder assombroso da imaginação. Em "A Possessão do Mal", por exemplo, estamos diante da enésima variação do "found footage", o filme que simula ser o registro feito por alguém que foi meter o nariz onde não devia e se deu mal. O coitado da vez é um tal Michael King, um jovem documentarista que registra sua felicidade familiar num plácido domingo no parque para ter a certeza de que sempre poderá revivê-la. No instante seguinte, a morte súbita de sua mulher espatifa seus sonhos. A partir daí, ele decide realizar um documentário em primeiro pessoa, um equivalente a "Super Size Me "" A Dieta do Palhaço" (2004), para demonstrar que o espiritualismo e as crenças religiosas não passam de embromações para distrair as almas dos ingênuos. Na primeira parte do filme, o realizador assume uma postura cética e cínica durante entrevistas com uma vidente, um padre exorcista internado num asilo e um casal que se dedica ao ocultismo demonológico. Ao se submeter a um estranho teste de São Tomé, Michael passa a ouvir vozes, mergulha numa insônia permanente e seu transtorno obsessivo-compulsivo só piora. As câmeras e gravadores de que ele se cerca com a confiança de que servem para registrar a realidade passam a ser controlados pelas tais forças do mal, comandam atos que escapam à vontade dele e exigem o sacrifício de Ellie, a pequena filha que Michael venera. Nessa segunda parte, o filme se torna uma sucessão mecânica de torturas físicas, mutilações e sanguinolências na qual falta a substância própria do gênero terror: medo. Numa cena de deformação física de Michael, os efeitos visuais são tão toscos que nossa primeira reação é a de quem assiste a um terror. Mas o filme se leva bem a sério, estica e puxa seus 83 minutos até que Michael, numa variação da duplicidade de "O Médico e o Monstro", encontre Ellie escondida e possa decidir se ainda é o pai bonzinho ou a marionete movida por forças malignas. O roteiro e direção assinados pelo estreante David Jung não anunciam nenhum talento especial, apenas nos deixam prevenidos para evitar um reencontro com seu nome em breve. (CÁSSIO STARLING CARLOS) A POSSESSÃO DO MAL (The Possession Of Michael King) DIREÇÃO David Jung ELENCO Shane Johnson, Ella Anderson, Cara Pifko PRODUÇÃO EUA, 2014, 16 anos QUANDO estreia nesta quinta (1º)
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ilustrada
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Estreia de David Jung não anuncia nenhum talento especialO cinema de terror já foi metafísico, barroco, alegórico, erótico, engajado, fez crítica social e desafiou nossos limites de suportar a violência e o medo. A avalanche recente de produções do gênero parece apenas fascinada pelos dispositivos digitais e se esquece do poder assombroso da imaginação. Em "A Possessão do Mal", por exemplo, estamos diante da enésima variação do "found footage", o filme que simula ser o registro feito por alguém que foi meter o nariz onde não devia e se deu mal. O coitado da vez é um tal Michael King, um jovem documentarista que registra sua felicidade familiar num plácido domingo no parque para ter a certeza de que sempre poderá revivê-la. No instante seguinte, a morte súbita de sua mulher espatifa seus sonhos. A partir daí, ele decide realizar um documentário em primeiro pessoa, um equivalente a "Super Size Me "" A Dieta do Palhaço" (2004), para demonstrar que o espiritualismo e as crenças religiosas não passam de embromações para distrair as almas dos ingênuos. Na primeira parte do filme, o realizador assume uma postura cética e cínica durante entrevistas com uma vidente, um padre exorcista internado num asilo e um casal que se dedica ao ocultismo demonológico. Ao se submeter a um estranho teste de São Tomé, Michael passa a ouvir vozes, mergulha numa insônia permanente e seu transtorno obsessivo-compulsivo só piora. As câmeras e gravadores de que ele se cerca com a confiança de que servem para registrar a realidade passam a ser controlados pelas tais forças do mal, comandam atos que escapam à vontade dele e exigem o sacrifício de Ellie, a pequena filha que Michael venera. Nessa segunda parte, o filme se torna uma sucessão mecânica de torturas físicas, mutilações e sanguinolências na qual falta a substância própria do gênero terror: medo. Numa cena de deformação física de Michael, os efeitos visuais são tão toscos que nossa primeira reação é a de quem assiste a um terror. Mas o filme se leva bem a sério, estica e puxa seus 83 minutos até que Michael, numa variação da duplicidade de "O Médico e o Monstro", encontre Ellie escondida e possa decidir se ainda é o pai bonzinho ou a marionete movida por forças malignas. O roteiro e direção assinados pelo estreante David Jung não anunciam nenhum talento especial, apenas nos deixam prevenidos para evitar um reencontro com seu nome em breve. (CÁSSIO STARLING CARLOS) A POSSESSÃO DO MAL (The Possession Of Michael King) DIREÇÃO David Jung ELENCO Shane Johnson, Ella Anderson, Cara Pifko PRODUÇÃO EUA, 2014, 16 anos QUANDO estreia nesta quinta (1º)
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Embraer reverte prejuízo para lucro no 1º trimestre, mas margens recuam
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A Embraer teve lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 385,7 milhões no primeiro trimestre, revertendo prejuízo de um ano antes. O resultado, porém, foi marcado pelo recuo de margens, informou nesta sexta-feira (29). No primeiro trimestre de 2015, a Embraer havia registrado prejuízo líquido de R$ 196,1 milhões. A empresa, terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, teve entregas mais fortes sobre um ano antes e foi ajudada nos resultados por um crédito de imposto de renda e contribuição social sobre itens não monetários. Em dólares, a Embraer teve lucro líquido de US$ 104 milhões, acima de previsão média de US$ 60 milhões em pesquisa da Reuters. A receita líquida ficou em R$ 5,05 bilhões, alta de 64,6% ante o primeiro trimestre do ano anterior, impulsionada por maior número total de entregas. De janeiro a março, a Embraer entregou 21 aeronaves comerciais e 23 executivas, ante 20 aeronaves comerciais e 12 executivas um ano antes. Contudo, a alta nas entregas foi impulsionada principalmente pelo Legacy 650, modelo executivo menos rentável. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da fabricante de aeronaves somou R$ 643,8 milhões nos três primeiros meses do ano, alta de 50% na comparação anual. A margem Ebitda recuou para 12,8%, ante 14% um ano antes, enquanto a margem bruta caiu para 20%, ante 23,4%, em meio à queda na rentabilidade do segmento de aviação executiva.
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Embraer reverte prejuízo para lucro no 1º trimestre, mas margens recuamA Embraer teve lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 385,7 milhões no primeiro trimestre, revertendo prejuízo de um ano antes. O resultado, porém, foi marcado pelo recuo de margens, informou nesta sexta-feira (29). No primeiro trimestre de 2015, a Embraer havia registrado prejuízo líquido de R$ 196,1 milhões. A empresa, terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, teve entregas mais fortes sobre um ano antes e foi ajudada nos resultados por um crédito de imposto de renda e contribuição social sobre itens não monetários. Em dólares, a Embraer teve lucro líquido de US$ 104 milhões, acima de previsão média de US$ 60 milhões em pesquisa da Reuters. A receita líquida ficou em R$ 5,05 bilhões, alta de 64,6% ante o primeiro trimestre do ano anterior, impulsionada por maior número total de entregas. De janeiro a março, a Embraer entregou 21 aeronaves comerciais e 23 executivas, ante 20 aeronaves comerciais e 12 executivas um ano antes. Contudo, a alta nas entregas foi impulsionada principalmente pelo Legacy 650, modelo executivo menos rentável. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da fabricante de aeronaves somou R$ 643,8 milhões nos três primeiros meses do ano, alta de 50% na comparação anual. A margem Ebitda recuou para 12,8%, ante 14% um ano antes, enquanto a margem bruta caiu para 20%, ante 23,4%, em meio à queda na rentabilidade do segmento de aviação executiva.
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Dono da UTC cogitou acordo antes de ser preso, mas não queria acusar
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Dias antes de ser preso pela Operação Lava Jato, em novembro do ano passado, o dono da UTC, Ricardo Pessoa, discutiu com interlocutores a possibilidade de um acordo entre as empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras, mas afirmou que só toparia se não tivesse que acusar ninguém. A Folha teve acesso a diálogos interceptados pela Polícia Federal que mostram que advogados da UTC discutiram com outras empresas a viabilidade de um acordo com as autoridades, em que todas as empresas pagariam multas, mas ninguém seria responsabilizado individualmente. A ideia não foi levada adiante, entre outras razões, porque dias depois executivos de oito empreiteiras foram presos pela PF, entre eles Ricardo Pessoa, apontado como um dos líderes do grupo. O ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos, que morreu no final do ano passado, era o principal patrocinador da tentativa de acordo. Consultor da Odebrecht e da Camargo Corrêa, Thomaz Bastos atuava como interlocutor das outras empresas. O advogado Alberto Toron, que representava a UTC na época, confirmou que foi a Curitiba para discutir com o Ministério Público Federal a possibilidade de um acordo, mas que não obteve êxito. Pessoa saiu da cadeia em abril deste ano, libertado por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal). Em junho, ele fechou acordo de delação premiada e passou a colaborar com as investigações, implicando ministros e políticos. 'BABOSEIRA' O empreiteiro nunca acreditou em saída indolor para o caso, mas nunca impediu as tratativas dos advogados. No momento, a UTC negocia um acordo administrativo com o governo federal para não ser declarada inidônea e poder continuar fazendo negócios com o setor público. Em conversa com Renato Tai, funcionário do setor jurídico da UTC, em 12 de novembro de 2014 –dois dias antes de ser preso–, Pessoa disse que tinha "restrições" a um acordo entre as empreiteiras e chegou a chamá-lo de "baboseira". "Esse acordo aí não resolve porra nenhuma, viu? Não é assim não. Não acorde nada", recomendou. "Só consigo fazer alguma coisa nesse sentido se eu não tiver que acusar nada", ressaltou. Renato respondeu que as outras empresas concordavam com ele: "Nesse ponto não tem ninguém pensando de forma diferente, não". Depois de uma reunião dos advogados das empresas, Pessoa e Renato voltaram a se falar. "E Toron vai pra onde, Curitiba? Fazer [o quê], meu Deus?", questionou Pessoa. Renato disse que a intenção era ir "mais para ouvir do que falar" e "saber se os caras têm interesse em conversar". Meses depois desses diálogos, o empreiteiro abandonou sua disposição inicial de "não acusar nada" ao fazer o acordo de delação premiada e citar entre os supostos beneficiários do esquema dois ministros da presidente Dilma Rousseff, o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva.
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Dono da UTC cogitou acordo antes de ser preso, mas não queria acusarDias antes de ser preso pela Operação Lava Jato, em novembro do ano passado, o dono da UTC, Ricardo Pessoa, discutiu com interlocutores a possibilidade de um acordo entre as empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras, mas afirmou que só toparia se não tivesse que acusar ninguém. A Folha teve acesso a diálogos interceptados pela Polícia Federal que mostram que advogados da UTC discutiram com outras empresas a viabilidade de um acordo com as autoridades, em que todas as empresas pagariam multas, mas ninguém seria responsabilizado individualmente. A ideia não foi levada adiante, entre outras razões, porque dias depois executivos de oito empreiteiras foram presos pela PF, entre eles Ricardo Pessoa, apontado como um dos líderes do grupo. O ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos, que morreu no final do ano passado, era o principal patrocinador da tentativa de acordo. Consultor da Odebrecht e da Camargo Corrêa, Thomaz Bastos atuava como interlocutor das outras empresas. O advogado Alberto Toron, que representava a UTC na época, confirmou que foi a Curitiba para discutir com o Ministério Público Federal a possibilidade de um acordo, mas que não obteve êxito. Pessoa saiu da cadeia em abril deste ano, libertado por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal). Em junho, ele fechou acordo de delação premiada e passou a colaborar com as investigações, implicando ministros e políticos. 'BABOSEIRA' O empreiteiro nunca acreditou em saída indolor para o caso, mas nunca impediu as tratativas dos advogados. No momento, a UTC negocia um acordo administrativo com o governo federal para não ser declarada inidônea e poder continuar fazendo negócios com o setor público. Em conversa com Renato Tai, funcionário do setor jurídico da UTC, em 12 de novembro de 2014 –dois dias antes de ser preso–, Pessoa disse que tinha "restrições" a um acordo entre as empreiteiras e chegou a chamá-lo de "baboseira". "Esse acordo aí não resolve porra nenhuma, viu? Não é assim não. Não acorde nada", recomendou. "Só consigo fazer alguma coisa nesse sentido se eu não tiver que acusar nada", ressaltou. Renato respondeu que as outras empresas concordavam com ele: "Nesse ponto não tem ninguém pensando de forma diferente, não". Depois de uma reunião dos advogados das empresas, Pessoa e Renato voltaram a se falar. "E Toron vai pra onde, Curitiba? Fazer [o quê], meu Deus?", questionou Pessoa. Renato disse que a intenção era ir "mais para ouvir do que falar" e "saber se os caras têm interesse em conversar". Meses depois desses diálogos, o empreiteiro abandonou sua disposição inicial de "não acusar nada" ao fazer o acordo de delação premiada e citar entre os supostos beneficiários do esquema dois ministros da presidente Dilma Rousseff, o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva.
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Economia brasileira cai 1,7% no 3º trimestre e prolonga recessão
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O PIB (Produto Interno Bruto), medida da produção e da renda do país, caiu 1,7% no terceiro trimestre deste ano, na comparação aos três meses imediatamente anteriores, para R$ 1,481 trilhão, informou o IBGE nesta terça-feira (1º). O resultado é pior do que a expectativa de economistas consultados pela agência internacional Bloomberg, de queda de 1,2% do PIB no período. Trata-se do terceiro trimestre consecutivo de queda do PIB, a mais longa sequência desde o ano de 1990, quando o governo Collor confiscou o dinheiro depositado na caderneta de poupança para tentar conter a hiperinflação. PIB - Tri. x tri. imediatamente anterior, em % O PIB já havia caído 0,8% no primeiro trimestre e 2,1% no segundo trimestre, na comparação com os três meses anteriores, segundo dados revisados pelo IBGE. A economia entra tecnicamente em recessão depois de retrair por dois trimestres seguidos. Segundo Claudia Dionísio, gerente de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, o resultado do PIB reflete a fraqueza da demanda interna brasileira, afetada pela piora do emprego e renda, crédito mais restrito, inflação mais alta. "Estamos vendo assim taxas mais negativas na economia", disse Dionísio. A queda no Brasil é a mais longa e a mais forte de 41 economias globais que já divulgaram dados do PIB referentes ao período de julho a setembro. Pela avaliação da FGV (Fundação Getúlio Vargas), entretanto, a recessão começou há ainda mais tempo, no segundo trimestre de 2014, quando houve uma piora geral dos indicadores econômicos. Segundo a estimativa de economistas consultados pelo Banco Central, o recuo em 2015 como um todo deve ser de 3,2% e, em 2016, de 2% —as previsões têm piorado semanalmente. RECUO DE 4,5% COMPARADO COM 2014 Quando comparado ao mesmo período de 2014, o PIB teve um recuo de 4,5% de julho a setembro. A economia assim recuou 3,2% no ano e 2,5% no acumulado de quatro trimestres (12 meses). Nesta base de comparação, foi a queda mais intensa da série histórica da pesquisa, iniciada em 1996, considerando todos os trimestres. E também a sexta queda consecutiva, a maior sequencia da série histórica. A queda é maior do que aquela esperada para o período por economistas consultados pela agência internacional Bloomberg, de 4,2%. No acumulado do ano, o PIB encolhe 3,2%, a maior queda da série histórica, de 1996. No acumulado de quatro trimestres (12 meses), a economia teve uma queda de 2,5%. A economia brasileira sofre com uma combinação de fatores, desde a perda de dinamismo do crescimento econômico global até a conta de anos de uma política econômica que fragilizou as finanças públicas. A crise política também não dá trégua. Os principais componentes do PIB tiveram queda neste terceiro trimestre. Pelo lado da demanda, o consumo das famílias recuou 1,5% e os investimentos tiveram queda de 4% frente aos três meses anteriores. Pela ótica da oferta, a indústria teve uma baixa de 1,3% no mesmo tipo de comparação. PIB por setor FAMÍLIAS REDUZEM AINDA MAIS O CONSUMO As famílias brasileiras voltaram a reduzir suas compras, pressionadas pela combinação de queda na renda, inflação elevada, crédito mais restrito. O consumo das famílias recuou 1,5% frente ao segundo trimestre e 4,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os setores produtivos também diminuíram seus gastos devido à falta de confiança na economia. Essa resistência em investir deve dificultar ainda mais a retomada do crescimento em 2016. Os investimentos em máquinas, equipamentos e na construção tiveram queda de 4% frente ao segundo trimestre deste ano. Na comparação com o mesmo período de 2014, a queda foi de 15%. Segundo o IBGE, o consumo do governo —o que inclui União, Estados e municípios— continuou crescendo no terceiro trimestre, em 0,3% frente aos três meses anteriores. Frente ao mesmo período de 2014, porém, houve queda de 0,4%. AGRONEGÓCIO TEM QUEDA O setor agropecuário contribuiu negativamente para o PIB, com baixa de 2,4% na passagem do segundo para o terceiro trimestre. Frente ao mesmo período do ano passado, a queda foi de 2%. Os dados revisados também apontam para um recuo ainda maior da agropecuária no segundo trimestre. O valor anterior, de 2,7% de queda, foi ampliado para 3,5%. Segundo Claudia Dionísio, gerente de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, o terceiro trimestre concentrou a colheita de culturas que estão com safra menor neste ano, como café, cana-de-açúcar, laranja e algodão. Ela disse que o setor responde por 5,2% do PIB brasileiro e não foi, portanto, o que mais pesou no resultado. "É preciso portanto também olhar o dado com cuidado porque a soja responde por 34% da agricultura brasileira e está crescendo no ano", afirmou. A atividade industrial, que já vinha tendo quedas, repetiu o mal resultado no trimestre. Com estoques elevados e pouca confiança dos empresários, o setor tem cortado produção e empregados em ritmo intenso desde o ano passado. No terceiro trimestre, o PIB da indústria teve queda de 1,3% na comparação ao três meses imediatamente anteriores, segundo o IBGE. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, a queda foi de 6,7%. Já o setor de serviços, que responde por algo como dois terços do PIB brasileiro, teve uma queda de 1% na passagem do segundo para o terceiro trimestre. Em relação ao mesmo período do ano passado, a queda foi de 2,9%. O QUE É O PIB O PIB, Produto Interno Bruto, é um dos principais indicadores de uma economia. Ele revela o valor adicionado a ela em um determinado período. O cálculo do indicador pode ser feito pela ótica da oferta e da demanda. Os métodos devem apresentar o mesmo resultado. Imagine que o IBGE queira calcular a produção gerada por um artesão que cobra R$ 30 por uma escultura de mármore. Para fazer a escultura, ele usou mármore e martelo e teve que adquiri-los da indústria. O preço de R$ 30 traz embutidos os custos das matérias-primas utilizadas. Se o mármore e o martelo custaram R$ 20, a contribuição do artesão para o PIB foi de R$ 10. Esse tipo cálculo é replicado por toda a economia do país. A soma total da produção é o PIB nacional. Vídeo: entenda o que é o PIB e como é feito seu cálculo
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Economia brasileira cai 1,7% no 3º trimestre e prolonga recessãoO PIB (Produto Interno Bruto), medida da produção e da renda do país, caiu 1,7% no terceiro trimestre deste ano, na comparação aos três meses imediatamente anteriores, para R$ 1,481 trilhão, informou o IBGE nesta terça-feira (1º). O resultado é pior do que a expectativa de economistas consultados pela agência internacional Bloomberg, de queda de 1,2% do PIB no período. Trata-se do terceiro trimestre consecutivo de queda do PIB, a mais longa sequência desde o ano de 1990, quando o governo Collor confiscou o dinheiro depositado na caderneta de poupança para tentar conter a hiperinflação. PIB - Tri. x tri. imediatamente anterior, em % O PIB já havia caído 0,8% no primeiro trimestre e 2,1% no segundo trimestre, na comparação com os três meses anteriores, segundo dados revisados pelo IBGE. A economia entra tecnicamente em recessão depois de retrair por dois trimestres seguidos. Segundo Claudia Dionísio, gerente de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, o resultado do PIB reflete a fraqueza da demanda interna brasileira, afetada pela piora do emprego e renda, crédito mais restrito, inflação mais alta. "Estamos vendo assim taxas mais negativas na economia", disse Dionísio. A queda no Brasil é a mais longa e a mais forte de 41 economias globais que já divulgaram dados do PIB referentes ao período de julho a setembro. Pela avaliação da FGV (Fundação Getúlio Vargas), entretanto, a recessão começou há ainda mais tempo, no segundo trimestre de 2014, quando houve uma piora geral dos indicadores econômicos. Segundo a estimativa de economistas consultados pelo Banco Central, o recuo em 2015 como um todo deve ser de 3,2% e, em 2016, de 2% —as previsões têm piorado semanalmente. RECUO DE 4,5% COMPARADO COM 2014 Quando comparado ao mesmo período de 2014, o PIB teve um recuo de 4,5% de julho a setembro. A economia assim recuou 3,2% no ano e 2,5% no acumulado de quatro trimestres (12 meses). Nesta base de comparação, foi a queda mais intensa da série histórica da pesquisa, iniciada em 1996, considerando todos os trimestres. E também a sexta queda consecutiva, a maior sequencia da série histórica. A queda é maior do que aquela esperada para o período por economistas consultados pela agência internacional Bloomberg, de 4,2%. No acumulado do ano, o PIB encolhe 3,2%, a maior queda da série histórica, de 1996. No acumulado de quatro trimestres (12 meses), a economia teve uma queda de 2,5%. A economia brasileira sofre com uma combinação de fatores, desde a perda de dinamismo do crescimento econômico global até a conta de anos de uma política econômica que fragilizou as finanças públicas. A crise política também não dá trégua. Os principais componentes do PIB tiveram queda neste terceiro trimestre. Pelo lado da demanda, o consumo das famílias recuou 1,5% e os investimentos tiveram queda de 4% frente aos três meses anteriores. Pela ótica da oferta, a indústria teve uma baixa de 1,3% no mesmo tipo de comparação. PIB por setor FAMÍLIAS REDUZEM AINDA MAIS O CONSUMO As famílias brasileiras voltaram a reduzir suas compras, pressionadas pela combinação de queda na renda, inflação elevada, crédito mais restrito. O consumo das famílias recuou 1,5% frente ao segundo trimestre e 4,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os setores produtivos também diminuíram seus gastos devido à falta de confiança na economia. Essa resistência em investir deve dificultar ainda mais a retomada do crescimento em 2016. Os investimentos em máquinas, equipamentos e na construção tiveram queda de 4% frente ao segundo trimestre deste ano. Na comparação com o mesmo período de 2014, a queda foi de 15%. Segundo o IBGE, o consumo do governo —o que inclui União, Estados e municípios— continuou crescendo no terceiro trimestre, em 0,3% frente aos três meses anteriores. Frente ao mesmo período de 2014, porém, houve queda de 0,4%. AGRONEGÓCIO TEM QUEDA O setor agropecuário contribuiu negativamente para o PIB, com baixa de 2,4% na passagem do segundo para o terceiro trimestre. Frente ao mesmo período do ano passado, a queda foi de 2%. Os dados revisados também apontam para um recuo ainda maior da agropecuária no segundo trimestre. O valor anterior, de 2,7% de queda, foi ampliado para 3,5%. Segundo Claudia Dionísio, gerente de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, o terceiro trimestre concentrou a colheita de culturas que estão com safra menor neste ano, como café, cana-de-açúcar, laranja e algodão. Ela disse que o setor responde por 5,2% do PIB brasileiro e não foi, portanto, o que mais pesou no resultado. "É preciso portanto também olhar o dado com cuidado porque a soja responde por 34% da agricultura brasileira e está crescendo no ano", afirmou. A atividade industrial, que já vinha tendo quedas, repetiu o mal resultado no trimestre. Com estoques elevados e pouca confiança dos empresários, o setor tem cortado produção e empregados em ritmo intenso desde o ano passado. No terceiro trimestre, o PIB da indústria teve queda de 1,3% na comparação ao três meses imediatamente anteriores, segundo o IBGE. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, a queda foi de 6,7%. Já o setor de serviços, que responde por algo como dois terços do PIB brasileiro, teve uma queda de 1% na passagem do segundo para o terceiro trimestre. Em relação ao mesmo período do ano passado, a queda foi de 2,9%. O QUE É O PIB O PIB, Produto Interno Bruto, é um dos principais indicadores de uma economia. Ele revela o valor adicionado a ela em um determinado período. O cálculo do indicador pode ser feito pela ótica da oferta e da demanda. Os métodos devem apresentar o mesmo resultado. Imagine que o IBGE queira calcular a produção gerada por um artesão que cobra R$ 30 por uma escultura de mármore. Para fazer a escultura, ele usou mármore e martelo e teve que adquiri-los da indústria. O preço de R$ 30 traz embutidos os custos das matérias-primas utilizadas. Se o mármore e o martelo custaram R$ 20, a contribuição do artesão para o PIB foi de R$ 10. Esse tipo cálculo é replicado por toda a economia do país. A soma total da produção é o PIB nacional. Vídeo: entenda o que é o PIB e como é feito seu cálculo
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Excepcionalmente nesta quarta (2), a coluna não será publicada.
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Quatro cães-guia adolescentes chegam a SP para aposentar idosos
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Há pouco mais de dois meses, quatro peludos norte-americanos da raça labrador, sendo três deles irmãos, desembarcaram no Brasil com nobres missões: guiar com segurança os passos de quatro pessoas com deficiência visual e substituir os velhos parceiros do quarteto, já idosos, com idade de se aposentar.Por mais que se discuta a importância do cão-guia no Brasil, a realidade ainda é de dependência de iniciativas estrangeiras para o oferecimento desse que é um instrumento fundamental de inclusão e mais autonomia para os cegos.Dos estimados extraoficialmente pouco mais de 150 cães-guias abrindo caminhos pelas ruas e calçadas nacionais, 80% deles vêm de parcerias de instituições brasileiras com tradicionais escolas de treinamento dos EUA e da Europa, o que implica gastos de cerca de R$ 35 mil com a logística de fazer o bicho chegar até aqui.Leia a reportagem
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Quatro cães-guia adolescentes chegam a SP para aposentar idososHá pouco mais de dois meses, quatro peludos norte-americanos da raça labrador, sendo três deles irmãos, desembarcaram no Brasil com nobres missões: guiar com segurança os passos de quatro pessoas com deficiência visual e substituir os velhos parceiros do quarteto, já idosos, com idade de se aposentar.Por mais que se discuta a importância do cão-guia no Brasil, a realidade ainda é de dependência de iniciativas estrangeiras para o oferecimento desse que é um instrumento fundamental de inclusão e mais autonomia para os cegos.Dos estimados extraoficialmente pouco mais de 150 cães-guias abrindo caminhos pelas ruas e calçadas nacionais, 80% deles vêm de parcerias de instituições brasileiras com tradicionais escolas de treinamento dos EUA e da Europa, o que implica gastos de cerca de R$ 35 mil com a logística de fazer o bicho chegar até aqui.Leia a reportagem
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Blatter recorre a tribunal de suspensão imposta pela Fifa
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Ex-presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter entrou nesta quinta-feira (17) com um pedido junto ao TAS (Tribunal Arbitral do Esporte) para derrubar o veto imposto pelo Comitê de Apelação da entidade no dia 24 de fevereiro. A informação foi confirmada pelo próprio tribunal. Blatter foi suspenso de todas atividades relacionadas ao futebol por seis anos assim como o francês Michel Platini, que já entrou com um recurso no Tribunal há 15 dias. A princípio, Blatter e Platini foram suspensos preventivamente pelo Comitê de Ética da Fifa por 90 dias em razão da abertura de uma investigação criminal contra o suíço por parte do Ministério Público da Suíça por supostas irregularidades num contrato de direitos de transmissão na América Central e em um pagamento de 2 milhões de francos (R$ 8,3 milhões) a Platini em outubro. Em dezembro, o Comitê de Ética da Fifa suspendeu Blatter e Platini por oito anos. No último dia 24, o Comitê de Apelação da Fifa reduziu a suspensão dos dois dirigentes para seis anos. Dois dias após a redução da pena, Blatter viu o suíço Gianni Infantino ser eleito o novo presidente da Fifa
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Blatter recorre a tribunal de suspensão imposta pela FifaEx-presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter entrou nesta quinta-feira (17) com um pedido junto ao TAS (Tribunal Arbitral do Esporte) para derrubar o veto imposto pelo Comitê de Apelação da entidade no dia 24 de fevereiro. A informação foi confirmada pelo próprio tribunal. Blatter foi suspenso de todas atividades relacionadas ao futebol por seis anos assim como o francês Michel Platini, que já entrou com um recurso no Tribunal há 15 dias. A princípio, Blatter e Platini foram suspensos preventivamente pelo Comitê de Ética da Fifa por 90 dias em razão da abertura de uma investigação criminal contra o suíço por parte do Ministério Público da Suíça por supostas irregularidades num contrato de direitos de transmissão na América Central e em um pagamento de 2 milhões de francos (R$ 8,3 milhões) a Platini em outubro. Em dezembro, o Comitê de Ética da Fifa suspendeu Blatter e Platini por oito anos. No último dia 24, o Comitê de Apelação da Fifa reduziu a suspensão dos dois dirigentes para seis anos. Dois dias após a redução da pena, Blatter viu o suíço Gianni Infantino ser eleito o novo presidente da Fifa
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Robôs que fazem sexo ficam mais reais e até já respondem a carícias
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Joe toca Anita, diz algumas palavras-chave lidas de um cartão e pergunta: "O que acontece agora?". Ela é um robô com feições humanas e responde: "O que você quiser". Eles fazem sexo. A cena é da série "Humans", do canal AMC, que teve a primeira temporada exibida neste ano e imagina como as relações se complicarão quando robôs se tornarem produtos acessíveis. "Humans" não está assim tão longe da realidade –ao menos na questão sexual, o que levanta polêmicas sobre o uso de máquinas "inteligentes" para o prazer. A companhia americana True Companion afirma ser a primeira do mundo a fornecer robôs sexuais. O modelo feminino Roxxxy é vendido desde 2010 (também há uma versão masculina). O aparelho movimenta a cabeça e fala com o usuário ("Estou tão excitada", diz ela quando lhe tocam os seios, de acordo com um vídeo de demonstração). Também pode ter aparência customizada (o cliente escolhe suas características) e cinco opções de personalidade pré-programadas (da mais comportada à ousada). Os orifícios têm sensores e motores para permitir uma experiência mais realista. O preço: US$ 7.000. "Robôs nunca estão aborrecidos e nunca trairão ou trarão doenças aos parceiros. O que nossos clientes querem é amor incondicional", diz à Folha o fundador da companhia, Douglas Hines, que não revela quantos robôs, feitos sob demanda, já vendeu. A empresa Real Doll, também dos EUA, trabalha em uma nova versão de suas bonecas realistas, que já tiveram 8.000 unidades vendidas, inclusive para o Brasil –eles também vendem uma versão masculina. O objetivo é permitir que os aparelhos, feitos em tamanho real de humanos, também respondam com expressões faciais às carícias dos donos. "Tivemos consumidores que se casaram com suas bonecas, afirmando que elas salvaram suas vidas após a morte de um parceiro ou o fim do relacionamento", disse a empresa à Folha, em nota. 'ROBOFILIA' Nem todo mundo vê essas "relações" com bons olhos. Em setembro, Kathleen Richardson, pesquisadora de ética em robótica da Universidade De Montfort (Reino Unido), lançou a campanha "Não Faça Sexo com Robôs". Para ela, o tema está intimamente ligado à transformação de pessoas em objetos –as máquinas, segundo ela, reforçam os estereótipos e transformam as próprias pessoas em objetos. "É perigoso organizar a sociedade em volta da despersonalização de alguns, porque seus corpos atendem aos desejos de outros usando mais poder e recursos", diz. "Aqueles que promovem o sexo com robôs estão dizendo às pessoas que seria igual a ter um relacionamento com uma pessoa. É um absurdo: um robô só imita o comportamento humano." O consultor em tecnologia britânico Ian Pearson, que alardeia ter um índice de acerto de 85% em suas previsões para o futuro, diz que é inevitável que, em algum tempo, transar com robôs seja tão comum quanto com humanos, popularizando a "robofilia". "Pessoas certamente irão se apaixonar pelas máquinas e pela inteligência artificial –que pode, inclusive, retribuir", afirma o pesquisador, autor de um estudo divulgado neste ano sobre o assunto (leia mais abaixo). Para ele, o diferencial das máquinas será a customização e a interatividade, por meio da inteligência artificial. Todo esse desenvolvimento terá impacto na sociedade, levantando questões éticas. "De qualquer modo, não acho que as pessoas vão parar de ter famílias por causa dos robôs. O que pode acontecer é que uma pequena parcela da população, que não tem habilidades sociais, se vicie nessa prática", afirma Pearson. * PREVISÕES PARA O SEXO NO FUTURO A maior parte das pessoas vai fazer alguma forma de sexo usando realidade virtual –com a mesma frequência com que se vê pornografia hoje. Com o desenvolvimento de lentes de contato para a transmissão, a experiência será cada vez mais realista A maioria das pessoas terá seu próprio brinquedo ou dispositivo de sexo (como vibradores) que interage com realidade virtual. Com a 'internet das coisas', nosso sistema nervoso vai se conectar diretamente à rede, nos permitindo experimentar sensações Começaremos a ver o sexo com robôs se popularizar. Isso separará ainda mais o relacionamento amoroso do sexo, tornando comum que parceiros transem com máquinas, sem que considerem isso uma traição Fonte: relatório 'The Future of Sex: The Rise of the Robosexuals' (o futuro do sexo: o surgimento dos robossexuais)
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Robôs que fazem sexo ficam mais reais e até já respondem a caríciasJoe toca Anita, diz algumas palavras-chave lidas de um cartão e pergunta: "O que acontece agora?". Ela é um robô com feições humanas e responde: "O que você quiser". Eles fazem sexo. A cena é da série "Humans", do canal AMC, que teve a primeira temporada exibida neste ano e imagina como as relações se complicarão quando robôs se tornarem produtos acessíveis. "Humans" não está assim tão longe da realidade –ao menos na questão sexual, o que levanta polêmicas sobre o uso de máquinas "inteligentes" para o prazer. A companhia americana True Companion afirma ser a primeira do mundo a fornecer robôs sexuais. O modelo feminino Roxxxy é vendido desde 2010 (também há uma versão masculina). O aparelho movimenta a cabeça e fala com o usuário ("Estou tão excitada", diz ela quando lhe tocam os seios, de acordo com um vídeo de demonstração). Também pode ter aparência customizada (o cliente escolhe suas características) e cinco opções de personalidade pré-programadas (da mais comportada à ousada). Os orifícios têm sensores e motores para permitir uma experiência mais realista. O preço: US$ 7.000. "Robôs nunca estão aborrecidos e nunca trairão ou trarão doenças aos parceiros. O que nossos clientes querem é amor incondicional", diz à Folha o fundador da companhia, Douglas Hines, que não revela quantos robôs, feitos sob demanda, já vendeu. A empresa Real Doll, também dos EUA, trabalha em uma nova versão de suas bonecas realistas, que já tiveram 8.000 unidades vendidas, inclusive para o Brasil –eles também vendem uma versão masculina. O objetivo é permitir que os aparelhos, feitos em tamanho real de humanos, também respondam com expressões faciais às carícias dos donos. "Tivemos consumidores que se casaram com suas bonecas, afirmando que elas salvaram suas vidas após a morte de um parceiro ou o fim do relacionamento", disse a empresa à Folha, em nota. 'ROBOFILIA' Nem todo mundo vê essas "relações" com bons olhos. Em setembro, Kathleen Richardson, pesquisadora de ética em robótica da Universidade De Montfort (Reino Unido), lançou a campanha "Não Faça Sexo com Robôs". Para ela, o tema está intimamente ligado à transformação de pessoas em objetos –as máquinas, segundo ela, reforçam os estereótipos e transformam as próprias pessoas em objetos. "É perigoso organizar a sociedade em volta da despersonalização de alguns, porque seus corpos atendem aos desejos de outros usando mais poder e recursos", diz. "Aqueles que promovem o sexo com robôs estão dizendo às pessoas que seria igual a ter um relacionamento com uma pessoa. É um absurdo: um robô só imita o comportamento humano." O consultor em tecnologia britânico Ian Pearson, que alardeia ter um índice de acerto de 85% em suas previsões para o futuro, diz que é inevitável que, em algum tempo, transar com robôs seja tão comum quanto com humanos, popularizando a "robofilia". "Pessoas certamente irão se apaixonar pelas máquinas e pela inteligência artificial –que pode, inclusive, retribuir", afirma o pesquisador, autor de um estudo divulgado neste ano sobre o assunto (leia mais abaixo). Para ele, o diferencial das máquinas será a customização e a interatividade, por meio da inteligência artificial. Todo esse desenvolvimento terá impacto na sociedade, levantando questões éticas. "De qualquer modo, não acho que as pessoas vão parar de ter famílias por causa dos robôs. O que pode acontecer é que uma pequena parcela da população, que não tem habilidades sociais, se vicie nessa prática", afirma Pearson. * PREVISÕES PARA O SEXO NO FUTURO A maior parte das pessoas vai fazer alguma forma de sexo usando realidade virtual –com a mesma frequência com que se vê pornografia hoje. Com o desenvolvimento de lentes de contato para a transmissão, a experiência será cada vez mais realista A maioria das pessoas terá seu próprio brinquedo ou dispositivo de sexo (como vibradores) que interage com realidade virtual. Com a 'internet das coisas', nosso sistema nervoso vai se conectar diretamente à rede, nos permitindo experimentar sensações Começaremos a ver o sexo com robôs se popularizar. Isso separará ainda mais o relacionamento amoroso do sexo, tornando comum que parceiros transem com máquinas, sem que considerem isso uma traição Fonte: relatório 'The Future of Sex: The Rise of the Robosexuals' (o futuro do sexo: o surgimento dos robossexuais)
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Governo Temer oferece pré-sal em regime de concessão
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Pela primeira vez em 11 anos, o governo vai leiloar blocos com potencial de reservas no pré-sal sob o regime de concessão, que não impõe participação estatal no contrato. As áreas fazem parte da lista de oferta da 14ª rodada de licitações da ANP, prevista para o segundo semestre. Desde 2006, apenas uma área com potencial no pré-sal foi leiloada pelo governo, mas pelo regime de partilha da produção, no qual a União tem direito a uma parte do petróleo produzido e pode influenciar nas decisões de investimento. Foi a área de Libra, arrematada por R$ 15 bilhões por um consórcio liderado pela Petrobras. Na lista de ofertas da 14ª rodada, há seis áreas na Bacia de Campos que estão no limite exterior do chamado polígono do pré-sal, instituído em 2010 e restrito à partilha de produção. Nelas, a ANP identifica 11 estruturas subterrâneas que podem conter reservatórios do pré-sal. A agência estima que pode haver 13 bilhões de barris de petróleo nas áreas —considerando que, em média, 30% podem ser produzidos, as reservas seriam de cerca de 4 bilhões de barris, o equivalente a 1/3 das reservas brasileiras atuais. "Essas áreas chegaram a ser sugeridas no passado, mas o governo não aprovou (sua inclusão nos leilões)", disse o diretor-geral da ANP, Decio Oddone. Segundo ele, o objetivo da inclusão é atrair mais empresas para a 14ª rodada. Os contratos de concessão são mais bem vistos pelas grandes petroleiras internacionais, por não imporem interferência dos governos. Neles, o Estado é compensado com o pagamento de royalties e participações especiais sobre a produção. São assim todos os contratos vigentes no país, à exceção de Libra. Ainda este ano, o governo leiloará oito novas áreas sob o regime de partilha da produção, todas dentro do polígono do pré-sal. A oferta de áreas do pré-sal sob regime de concessão reforça a mudança de direção no setor de petróleo. "No nosso ponto de vista, é muito mais importante licitar logo", disse Oddone. Ele argumentou que a transferência de renda ao Estado via royalties também é relevante nas concessões. Em 2007, a ANP chegou a anunciar leilão com áreas do pré-sal, mas elas foram retiradas às vésperas da disputa pelo governo Lula, sob a justificativa de que o modelo precisaria ser revisto para melhorar os ganhos do país com a produção das reservas gigantes. No leilão de 2006, antes da confirmação do pré-sal, houve farta oferta de áreas dentro da região hoje conhecida como polígono do pré-sal. A disputa, no entanto, foi suspensa por liminar judicial e os contratos nunca foram assinados. Algumas dessas áreas serão leiloadas este ano nas duas rodadas do pré-sal marcadas para 27 de outubro. Ao todo, a 14ª rodada de licitações vai oferecer 287 blocos, localizados entre Sergipe e o Rio Grande do Sul. Esta semana, o governo anunciou algumas medidas para tentar atrair investidores para o leilão, como a redução de royalties em bacias pouco exploradas dos atuais 10% para 5%.
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Governo Temer oferece pré-sal em regime de concessãoPela primeira vez em 11 anos, o governo vai leiloar blocos com potencial de reservas no pré-sal sob o regime de concessão, que não impõe participação estatal no contrato. As áreas fazem parte da lista de oferta da 14ª rodada de licitações da ANP, prevista para o segundo semestre. Desde 2006, apenas uma área com potencial no pré-sal foi leiloada pelo governo, mas pelo regime de partilha da produção, no qual a União tem direito a uma parte do petróleo produzido e pode influenciar nas decisões de investimento. Foi a área de Libra, arrematada por R$ 15 bilhões por um consórcio liderado pela Petrobras. Na lista de ofertas da 14ª rodada, há seis áreas na Bacia de Campos que estão no limite exterior do chamado polígono do pré-sal, instituído em 2010 e restrito à partilha de produção. Nelas, a ANP identifica 11 estruturas subterrâneas que podem conter reservatórios do pré-sal. A agência estima que pode haver 13 bilhões de barris de petróleo nas áreas —considerando que, em média, 30% podem ser produzidos, as reservas seriam de cerca de 4 bilhões de barris, o equivalente a 1/3 das reservas brasileiras atuais. "Essas áreas chegaram a ser sugeridas no passado, mas o governo não aprovou (sua inclusão nos leilões)", disse o diretor-geral da ANP, Decio Oddone. Segundo ele, o objetivo da inclusão é atrair mais empresas para a 14ª rodada. Os contratos de concessão são mais bem vistos pelas grandes petroleiras internacionais, por não imporem interferência dos governos. Neles, o Estado é compensado com o pagamento de royalties e participações especiais sobre a produção. São assim todos os contratos vigentes no país, à exceção de Libra. Ainda este ano, o governo leiloará oito novas áreas sob o regime de partilha da produção, todas dentro do polígono do pré-sal. A oferta de áreas do pré-sal sob regime de concessão reforça a mudança de direção no setor de petróleo. "No nosso ponto de vista, é muito mais importante licitar logo", disse Oddone. Ele argumentou que a transferência de renda ao Estado via royalties também é relevante nas concessões. Em 2007, a ANP chegou a anunciar leilão com áreas do pré-sal, mas elas foram retiradas às vésperas da disputa pelo governo Lula, sob a justificativa de que o modelo precisaria ser revisto para melhorar os ganhos do país com a produção das reservas gigantes. No leilão de 2006, antes da confirmação do pré-sal, houve farta oferta de áreas dentro da região hoje conhecida como polígono do pré-sal. A disputa, no entanto, foi suspensa por liminar judicial e os contratos nunca foram assinados. Algumas dessas áreas serão leiloadas este ano nas duas rodadas do pré-sal marcadas para 27 de outubro. Ao todo, a 14ª rodada de licitações vai oferecer 287 blocos, localizados entre Sergipe e o Rio Grande do Sul. Esta semana, o governo anunciou algumas medidas para tentar atrair investidores para o leilão, como a redução de royalties em bacias pouco exploradas dos atuais 10% para 5%.
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Leitor critica Justiça brasileira
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O ex-presidente da CBF José Maria Marin gastou US$ 1 milhão em fiança para poder ficar em prisão domiciliar nos EUA e gasta R$ 350 mil por mês para custear a sua segurança privada, que o monitora 24 horas por dia. Além disso, custeia a própria tornozeleira eletrônica, mais as câmeras de vigilância. Enquanto isso, aqui no Brasil, o bandido mata e vai para o bar tomar cerveja, já que aguarda o "temido" julgamento em liberdade. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor critica Justiça brasileiraO ex-presidente da CBF José Maria Marin gastou US$ 1 milhão em fiança para poder ficar em prisão domiciliar nos EUA e gasta R$ 350 mil por mês para custear a sua segurança privada, que o monitora 24 horas por dia. Além disso, custeia a própria tornozeleira eletrônica, mais as câmeras de vigilância. Enquanto isso, aqui no Brasil, o bandido mata e vai para o bar tomar cerveja, já que aguarda o "temido" julgamento em liberdade. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Mulher grávida é primeiro caso confirmado de zika em São Paulo
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A Secretaria Municipal de Saúde confirmou, nesta sexta (4), o primeiro caso autóctone (contraído na própria cidade) de zika na cidade de São Paulo. A paciente é uma mulher de 28 anos, moradora da Freguesia do Ó (zona norte), que está grávida de 30 semanas. A notificação foi feita no último dia 3 de fevereiro, diz a prefeitura, por um serviço municipal. Segundo a nota, a mulher começou a apresentar os primeiros sintomas no dia 30 de janeiro. Também segundo o comunicado, o feto apresentou normalidade no desenvolvimento, segundo ultrassom morfológico realizado. A paciente foi encaminhada para o hospital escola Vila Nova Cachoeirinha, onde será dada continuidade ao pré-natal. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) comunicou o resultado positivo para zika no dia 25 de fevereiro —as amostras de sangue e urina haviam sido colhidas no dia 3, após testes darem negativo para dengue. Uma nova coleta de sangue foi realizada no dia 26 para confirmar o primeiro diagnóstico e afastar outras hipóteses. "O material foi encaminhado para o Instituto Adolfo Lutz, que confirmou novamente a positividade", disse a prefeitura. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti Segundo a nota, no dia 11 de fevereiro, agentes visitaram o imóvel onde mora a paciente, entre outros na região —103, no total—, para busca e bloqueio dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor do zika e outras doenças, como dengue e chikungunya. Após a confirmação do diagnóstico, outros 115 imóveis na região foram visitados. "Os agentes também realizaram o bloqueio de nebulização no quarteirão da paciente nos dias 26 e 27 de fevereiro", disse a prefeitura.
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cotidiano
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Mulher grávida é primeiro caso confirmado de zika em São PauloA Secretaria Municipal de Saúde confirmou, nesta sexta (4), o primeiro caso autóctone (contraído na própria cidade) de zika na cidade de São Paulo. A paciente é uma mulher de 28 anos, moradora da Freguesia do Ó (zona norte), que está grávida de 30 semanas. A notificação foi feita no último dia 3 de fevereiro, diz a prefeitura, por um serviço municipal. Segundo a nota, a mulher começou a apresentar os primeiros sintomas no dia 30 de janeiro. Também segundo o comunicado, o feto apresentou normalidade no desenvolvimento, segundo ultrassom morfológico realizado. A paciente foi encaminhada para o hospital escola Vila Nova Cachoeirinha, onde será dada continuidade ao pré-natal. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) comunicou o resultado positivo para zika no dia 25 de fevereiro —as amostras de sangue e urina haviam sido colhidas no dia 3, após testes darem negativo para dengue. Uma nova coleta de sangue foi realizada no dia 26 para confirmar o primeiro diagnóstico e afastar outras hipóteses. "O material foi encaminhado para o Instituto Adolfo Lutz, que confirmou novamente a positividade", disse a prefeitura. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti Segundo a nota, no dia 11 de fevereiro, agentes visitaram o imóvel onde mora a paciente, entre outros na região —103, no total—, para busca e bloqueio dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor do zika e outras doenças, como dengue e chikungunya. Após a confirmação do diagnóstico, outros 115 imóveis na região foram visitados. "Os agentes também realizaram o bloqueio de nebulização no quarteirão da paciente nos dias 26 e 27 de fevereiro", disse a prefeitura.
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Aprovação de Temer cai a 5%, mas cresce apoio a permanência
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A gestão Michel Temer (PMDB) atingiu a maior reprovação já registrada pelo Datafolha desde o início da redemocratização no país. Por outro lado, cresceu a adesão à permanência do presidente no poder até o fim de seu mandato. Consideram o governo Temer ruim ou péssimo 73% dos brasileiros. Com isso, o peemedebista superou a pior taxa de Dilma Rousseff (PT), 71% em agosto de 2015, e tornou-se o presidente mais rejeitado pela população desde o fim da ditadura. Apenas 5% avaliam o governo como ótimo ou bom. Trata-se da aprovação mais baixa desde setembro de 1989, quando José Sarney (PMDB), em meio à crise da hiperinflação, teve o mesmo índice. O Datafolha ouviu 2.772 entrevistados em 194 cidades durante os dias 27 e 28 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais e para menos. Em julho do ano passado, dois meses após Temer assumir a Presidência, sua rejeição era de 31%. Desde então, não parou mais de crescer. Passou para 61% em abril deste ano, 69% em junho e agora 73%. Os que consideram o governo regular somam 20% (eram 23% há três meses). Numa escala de 0 a 10, a nota média hoje do governo é de 2,5. A situação de Temer é pior que a de Dilma às vésperas de ela sofrer impeachment. Em abril de 2016, a petista tinha 13% de aprovação e 63% de reprovação. A despeito desses péssimos resultados, há também algum alívio para o governo. Percebe-se um recuo no grupo que pede a saída de Temer da Presidência. Ainda que majoritário, caiu de 65%, em junho, para 59%. Já os que defendem sua permanência passaram de 30% para 37%. Diante da derrocada ética que atinge indistintamente os principais partidos e da falta de opções viáveis para o Executivo, parcela do eleitorado parece considerar que manter Temer no poder, ainda que malquisto, é a opção menos turbulenta para o país neste momento. O quadro é mais desfavorável a Temer entre as mulheres (76% de ruim ou péssimo), os eleitores de 35 a 44 anos (77%) e aqueles cuja renda familiar varia de dois a cinco salários mínimo (75%). O Nordeste é a região com maior reprovação (84%). O Norte, com a menor (69%). Na divisão por escolaridade, o presidente é igualmente rechaçado por entrevistados de nível fundamental (71%), médio (76%) e superior (73%).
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Aprovação de Temer cai a 5%, mas cresce apoio a permanênciaA gestão Michel Temer (PMDB) atingiu a maior reprovação já registrada pelo Datafolha desde o início da redemocratização no país. Por outro lado, cresceu a adesão à permanência do presidente no poder até o fim de seu mandato. Consideram o governo Temer ruim ou péssimo 73% dos brasileiros. Com isso, o peemedebista superou a pior taxa de Dilma Rousseff (PT), 71% em agosto de 2015, e tornou-se o presidente mais rejeitado pela população desde o fim da ditadura. Apenas 5% avaliam o governo como ótimo ou bom. Trata-se da aprovação mais baixa desde setembro de 1989, quando José Sarney (PMDB), em meio à crise da hiperinflação, teve o mesmo índice. O Datafolha ouviu 2.772 entrevistados em 194 cidades durante os dias 27 e 28 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais e para menos. Em julho do ano passado, dois meses após Temer assumir a Presidência, sua rejeição era de 31%. Desde então, não parou mais de crescer. Passou para 61% em abril deste ano, 69% em junho e agora 73%. Os que consideram o governo regular somam 20% (eram 23% há três meses). Numa escala de 0 a 10, a nota média hoje do governo é de 2,5. A situação de Temer é pior que a de Dilma às vésperas de ela sofrer impeachment. Em abril de 2016, a petista tinha 13% de aprovação e 63% de reprovação. A despeito desses péssimos resultados, há também algum alívio para o governo. Percebe-se um recuo no grupo que pede a saída de Temer da Presidência. Ainda que majoritário, caiu de 65%, em junho, para 59%. Já os que defendem sua permanência passaram de 30% para 37%. Diante da derrocada ética que atinge indistintamente os principais partidos e da falta de opções viáveis para o Executivo, parcela do eleitorado parece considerar que manter Temer no poder, ainda que malquisto, é a opção menos turbulenta para o país neste momento. O quadro é mais desfavorável a Temer entre as mulheres (76% de ruim ou péssimo), os eleitores de 35 a 44 anos (77%) e aqueles cuja renda familiar varia de dois a cinco salários mínimo (75%). O Nordeste é a região com maior reprovação (84%). O Norte, com a menor (69%). Na divisão por escolaridade, o presidente é igualmente rechaçado por entrevistados de nível fundamental (71%), médio (76%) e superior (73%).
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