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Eike nega pagamento de propina a Cunha e Funaro por recursos do FGTS
O empresário Eike Batista negou nesta segunda (17) ter pago propina para obter recursos do FI-FGTS para a LLX, empresa que criou para investir no Porto do Açu, na região norte-fluminense. Eike depôs na Justiça Federal como testemunha do corretor de valores Lúcio Funaro. Os dois foram citados em delação premiada do empresário Alexandre Margotto, segundo quem Eike teria pago a Funaro e ao ex-deputado Eduardo Cunha para a liberação dos recursos. O empresário negou ter relações com Funaro e Cunha, mas admitiu ter dado carona em seu avião ao ex-deputado uma vez, a pedido de um executivo de seu grupo empresarial. "Ele sentou em uma cadeira lá atrás e foi isso", afirmou. Quando questionado se Cunha interferiu para que recebesse os recursos do FI-FGTS disse que "absolutamente não". "Eu era presidente do Conselho de Administração e esses assuntos eram tratados por executivos da companhia", argumentou. Ele não soube informar, porém, qual foi o executivo responsável por negociar os recursos com a Caixa Econômica Federal. Eike e sua defesa não quiseram responder se estão negociando delação premiada com a Justiça. O executivo, porém, já teria preparado anexos de uma proposta de delação em que citará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O empresário foi preso em janeiro deste ano pela Operação Eficiência, da Polícia Federal, acusado de pagar propina ao ex-governador Sergio Cabral. Em abril foi transferido para prisão domiciliar. Ele chegou ao prédio da Justiça Federal no Rio por volta das 14h30 e deixou o edifício às 16h sem dar entrevista.
poder
Eike nega pagamento de propina a Cunha e Funaro por recursos do FGTSO empresário Eike Batista negou nesta segunda (17) ter pago propina para obter recursos do FI-FGTS para a LLX, empresa que criou para investir no Porto do Açu, na região norte-fluminense. Eike depôs na Justiça Federal como testemunha do corretor de valores Lúcio Funaro. Os dois foram citados em delação premiada do empresário Alexandre Margotto, segundo quem Eike teria pago a Funaro e ao ex-deputado Eduardo Cunha para a liberação dos recursos. O empresário negou ter relações com Funaro e Cunha, mas admitiu ter dado carona em seu avião ao ex-deputado uma vez, a pedido de um executivo de seu grupo empresarial. "Ele sentou em uma cadeira lá atrás e foi isso", afirmou. Quando questionado se Cunha interferiu para que recebesse os recursos do FI-FGTS disse que "absolutamente não". "Eu era presidente do Conselho de Administração e esses assuntos eram tratados por executivos da companhia", argumentou. Ele não soube informar, porém, qual foi o executivo responsável por negociar os recursos com a Caixa Econômica Federal. Eike e sua defesa não quiseram responder se estão negociando delação premiada com a Justiça. O executivo, porém, já teria preparado anexos de uma proposta de delação em que citará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O empresário foi preso em janeiro deste ano pela Operação Eficiência, da Polícia Federal, acusado de pagar propina ao ex-governador Sergio Cabral. Em abril foi transferido para prisão domiciliar. Ele chegou ao prédio da Justiça Federal no Rio por volta das 14h30 e deixou o edifício às 16h sem dar entrevista.
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USP fecha laboratório que produzia 'pílula do câncer'
O laboratório do IQSC-USP (Instituto de Química de São Carlos, da USP) no qual estava sendo produzida a fosfoetanolamina, suposta "pílula do câncer", foi fechado nesta sexta-feira. A medida foi tomada pela universidade porque o único funcionário responsável por sintetizar a molécula foi deslocado temporariamente para um laboratório de Cravinhos (SP), onde serão produzidas remessas das pílulas que servirão para testes preliminares de sua eficácia em seres humanos. A Folha apurou que apenas três pessoas conheciam bem o processo de produção da "fosfo", como ficou conhecida a substância: o químico Gilberto Chierice, hoje professor aposentado do IQSC e coordenador dos estudos sobre o tema, e dois técnicos que trabalhavam com ele. Um deles aderiu ao programa de demissões voluntárias da USP e não está mais na universidade. Remédio anticâncer O outro, Salvador Claro Neto, que fez seu doutorado em química sob orientação de Chierice, era o responsável por abastecer a demanda pela molécula gerada pela onda de decisões judiciais que surgiu a partir do ano passado. Diversas liminares passaram a determinar que a USP fornecesse a "fosfo" a pacientes com câncer, mesmo sem dados científicos que corroborassem sua eficácia e segurança como medicamento contra a doença. Desde então, tanto o governo federal quanto o do Estado de São Paulo se mobilizaram para tentar testar cientificamente a ação da pílula. O governo paulista determinou que o Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) conduzisse ensaios clínicos com a molécula num grupo inicial de dez pacientes humanos, que poderá ser ampliado caso haja bons resultados. Para que esses testes possam começar, a Secretaria de Saúde de São Paulo remanejou Claro Neto temporariamente para o laboratório PDT Pharma, em Cravinhos, que ficará responsável por produzir a "fosfo" utilizada nos ensaios clínicos. Segundo a assistência técnico-administrativa do IQSC, depois que o químico auxiliar o laboratório nesse processo, poderá voltar a produzir a molécula em São Carlos. Em entrevista à EPTV, afiliada da Rede Globo no interior do Estado, Claro Neto declarou que deverá passar cerca de um mês fora de São Carlos. "Nós estamos num vácuo. [A ida para Cravinhos equivale a] parar de fazer para 400 pessoas para fazer para 13 mil", disse ele. IMPUREZAS Enquanto isso, porém, a USP não está mais cumprindo as ordens judiciais de fornecer as pílulas aos pacientes. Isso fez com que doentes, seus advogados e familiares tentassem obter a "fosfo" indo diretamente ao laboratório do IQSC nos últimos dias, sem sucesso. Embora Chierice tenha afirmado que o método de produção das pílulas desenvolvido por seu grupo permite obter a "fosfo" com "altíssimo grau de pureza", não foi isso o que mostraram avaliações independentes das pílulas, realizadas por pesquisadores da Unicamp a pedido do governo federal. Segundo tais análises, as pílulas não possuem a massa indicada (supostamente seriam 500 mg, mas a média real fica em torno de 300 mg) e seu conteúdo é uma mistura de componentes –a fosfoetanolamina propriamente dita corresponde a apenas uns 30% do que está presente na pílula. ESCLARECIMENTO Em nota, a USP afirma que a produção da fosfoetanolamina era feita por um técnico (Salvador Claro Neto), que foi cedido para o Estado pra auxiliar na produção da droga para pesquisas sobre sua suposta eficácia. Sem o aval dos detentores da patente, Chierice e Claro Neto, a USP estaria incorrendo em crime contra patente ou invenção (artigo 183 da Lei Federal n. 9279/96). "Por fim, ressaltamos que a USP não é uma indústria química ou farmacêutica e que não tem condições de produzir a substância em larga escala", diz a nota. Fonte: Estudos encomendados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
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USP fecha laboratório que produzia 'pílula do câncer'O laboratório do IQSC-USP (Instituto de Química de São Carlos, da USP) no qual estava sendo produzida a fosfoetanolamina, suposta "pílula do câncer", foi fechado nesta sexta-feira. A medida foi tomada pela universidade porque o único funcionário responsável por sintetizar a molécula foi deslocado temporariamente para um laboratório de Cravinhos (SP), onde serão produzidas remessas das pílulas que servirão para testes preliminares de sua eficácia em seres humanos. A Folha apurou que apenas três pessoas conheciam bem o processo de produção da "fosfo", como ficou conhecida a substância: o químico Gilberto Chierice, hoje professor aposentado do IQSC e coordenador dos estudos sobre o tema, e dois técnicos que trabalhavam com ele. Um deles aderiu ao programa de demissões voluntárias da USP e não está mais na universidade. Remédio anticâncer O outro, Salvador Claro Neto, que fez seu doutorado em química sob orientação de Chierice, era o responsável por abastecer a demanda pela molécula gerada pela onda de decisões judiciais que surgiu a partir do ano passado. Diversas liminares passaram a determinar que a USP fornecesse a "fosfo" a pacientes com câncer, mesmo sem dados científicos que corroborassem sua eficácia e segurança como medicamento contra a doença. Desde então, tanto o governo federal quanto o do Estado de São Paulo se mobilizaram para tentar testar cientificamente a ação da pílula. O governo paulista determinou que o Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) conduzisse ensaios clínicos com a molécula num grupo inicial de dez pacientes humanos, que poderá ser ampliado caso haja bons resultados. Para que esses testes possam começar, a Secretaria de Saúde de São Paulo remanejou Claro Neto temporariamente para o laboratório PDT Pharma, em Cravinhos, que ficará responsável por produzir a "fosfo" utilizada nos ensaios clínicos. Segundo a assistência técnico-administrativa do IQSC, depois que o químico auxiliar o laboratório nesse processo, poderá voltar a produzir a molécula em São Carlos. Em entrevista à EPTV, afiliada da Rede Globo no interior do Estado, Claro Neto declarou que deverá passar cerca de um mês fora de São Carlos. "Nós estamos num vácuo. [A ida para Cravinhos equivale a] parar de fazer para 400 pessoas para fazer para 13 mil", disse ele. IMPUREZAS Enquanto isso, porém, a USP não está mais cumprindo as ordens judiciais de fornecer as pílulas aos pacientes. Isso fez com que doentes, seus advogados e familiares tentassem obter a "fosfo" indo diretamente ao laboratório do IQSC nos últimos dias, sem sucesso. Embora Chierice tenha afirmado que o método de produção das pílulas desenvolvido por seu grupo permite obter a "fosfo" com "altíssimo grau de pureza", não foi isso o que mostraram avaliações independentes das pílulas, realizadas por pesquisadores da Unicamp a pedido do governo federal. Segundo tais análises, as pílulas não possuem a massa indicada (supostamente seriam 500 mg, mas a média real fica em torno de 300 mg) e seu conteúdo é uma mistura de componentes –a fosfoetanolamina propriamente dita corresponde a apenas uns 30% do que está presente na pílula. ESCLARECIMENTO Em nota, a USP afirma que a produção da fosfoetanolamina era feita por um técnico (Salvador Claro Neto), que foi cedido para o Estado pra auxiliar na produção da droga para pesquisas sobre sua suposta eficácia. Sem o aval dos detentores da patente, Chierice e Claro Neto, a USP estaria incorrendo em crime contra patente ou invenção (artigo 183 da Lei Federal n. 9279/96). "Por fim, ressaltamos que a USP não é uma indústria química ou farmacêutica e que não tem condições de produzir a substância em larga escala", diz a nota. Fonte: Estudos encomendados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
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Palmeiras cai diante do Botafogo e tabu na Copa São Paulo continua
Nem mesmo a Arena Barueri com a grande maioria dos torcedores a favor foi suficiente para o Palmeiras bater o Botafogo (SP) na primeira partida das semifinais da Copa São Paulo de Futebol Júnior. A vitória foi do time de Ribeirão Preto por 2 a 1. Com um gol de Mayc, logo aos 15 minutos de jogo, e outro de William, aos 7 da etapa complementar, a equipe comandada por Rodrigo Fonseca garantiu a vaga na final da Copinha. O Palmeiras ainda descontou com Gabriel Jesus, aos 45 do segundo tempo. Esta é a segunda vez que a equipe tricolor chega à decisão. A primeira foi em 1983, oportunidade em que foi superado pelo Atlético-MG por 2 a 1. O Palmeiras se mostrou nervoso durante toda a primeira etapa e só conseguiu chegar em bolas esticadas para a dupla de ataque formata por Gabriel Jesus e Gabriel Leite, além de em chutes de fora da área de Flamarion. No segundo tempo a equipe comandada pelo técnico Diogo Giacomini partiu para o abafa desde o primeiro minuto. Os melhores lances palmeirenses foram pelo lado esquerdo de ataque e contaram com as finalizações de cabeça do atacante Lucas, mas em todas o goleiro Talles apareceu bem para garantir o placar favorável. O time alviverde só conseguiu furar a defesa botafoguense já nos descontos do árbitro, em chute da entrada da área de Gabriel Jesus, o principal jogador palmeirense na partida. Com o triunfo o Botafogo derruba mais um grande do futebol nacional. Nas fases anteriores a equipe já tinha passado por Botafogo (RJ), Fluminense (RJ) e Grêmio (RS). Agora o time do interior do estado espera o vencedor do confronto entre São Paulo e Corinthians, que duelam a partir das 21h em Limeira. Já o Palmeiras prolonga o tabu de nunca ter vencido o principal campeonato de juniores do país. Vice-campeão em 1970 e 2003, o time alviverde é o único grande do estado de São Paulo sem título da competição. Para a grande final no próximo domingo (25) no estádio do Pacaembu, o Botafogo não poderá contar com o volante Lyneker, que foi expulso no jogo de hoje e terá que cumprir a suspensão automática.
esporte
Palmeiras cai diante do Botafogo e tabu na Copa São Paulo continuaNem mesmo a Arena Barueri com a grande maioria dos torcedores a favor foi suficiente para o Palmeiras bater o Botafogo (SP) na primeira partida das semifinais da Copa São Paulo de Futebol Júnior. A vitória foi do time de Ribeirão Preto por 2 a 1. Com um gol de Mayc, logo aos 15 minutos de jogo, e outro de William, aos 7 da etapa complementar, a equipe comandada por Rodrigo Fonseca garantiu a vaga na final da Copinha. O Palmeiras ainda descontou com Gabriel Jesus, aos 45 do segundo tempo. Esta é a segunda vez que a equipe tricolor chega à decisão. A primeira foi em 1983, oportunidade em que foi superado pelo Atlético-MG por 2 a 1. O Palmeiras se mostrou nervoso durante toda a primeira etapa e só conseguiu chegar em bolas esticadas para a dupla de ataque formata por Gabriel Jesus e Gabriel Leite, além de em chutes de fora da área de Flamarion. No segundo tempo a equipe comandada pelo técnico Diogo Giacomini partiu para o abafa desde o primeiro minuto. Os melhores lances palmeirenses foram pelo lado esquerdo de ataque e contaram com as finalizações de cabeça do atacante Lucas, mas em todas o goleiro Talles apareceu bem para garantir o placar favorável. O time alviverde só conseguiu furar a defesa botafoguense já nos descontos do árbitro, em chute da entrada da área de Gabriel Jesus, o principal jogador palmeirense na partida. Com o triunfo o Botafogo derruba mais um grande do futebol nacional. Nas fases anteriores a equipe já tinha passado por Botafogo (RJ), Fluminense (RJ) e Grêmio (RS). Agora o time do interior do estado espera o vencedor do confronto entre São Paulo e Corinthians, que duelam a partir das 21h em Limeira. Já o Palmeiras prolonga o tabu de nunca ter vencido o principal campeonato de juniores do país. Vice-campeão em 1970 e 2003, o time alviverde é o único grande do estado de São Paulo sem título da competição. Para a grande final no próximo domingo (25) no estádio do Pacaembu, o Botafogo não poderá contar com o volante Lyneker, que foi expulso no jogo de hoje e terá que cumprir a suspensão automática.
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Revista sofre ataque hacker após capa com vítimas de Bill Cosby
"@NYMag vai ficar fora do ar por cinco horas", anunciou o perfil do Twitter Vikingdom2016, anunciando o ataque hacker à revista "New York" nesta segunda-feira (27), após a edição em banca da publicação estampar em sua capa 35 mulheres que acusam Bill Cosby de abuso sexual. O site da publicação ficou por mais de sete horas indisponível, e só voltou à ativa por volta das 17h. Segundo a revista "Fortune", que conversou com o grupo Vikingdom2016 pela rede social, o ataque não foi uma retaliação aos relatos publicados pela "New York". Questionados sobre a motivação da ofensiva, os hackers limitaram-se a responder que não gostavam da "New York, incluindo a polícia". Depois, afirmaram que, sim, a ação foi motivada pela história sobre Cosby, mas não porque o grupo não era favorável ao artigo: "Foi só uma pegadinha". Enquanto o site estava fora do ar, a revista divulgou pelo Twitter os relatos que publicou no Instagram, com fotos e vídeos das mulheres ouvidas.
ilustrada
Revista sofre ataque hacker após capa com vítimas de Bill Cosby"@NYMag vai ficar fora do ar por cinco horas", anunciou o perfil do Twitter Vikingdom2016, anunciando o ataque hacker à revista "New York" nesta segunda-feira (27), após a edição em banca da publicação estampar em sua capa 35 mulheres que acusam Bill Cosby de abuso sexual. O site da publicação ficou por mais de sete horas indisponível, e só voltou à ativa por volta das 17h. Segundo a revista "Fortune", que conversou com o grupo Vikingdom2016 pela rede social, o ataque não foi uma retaliação aos relatos publicados pela "New York". Questionados sobre a motivação da ofensiva, os hackers limitaram-se a responder que não gostavam da "New York, incluindo a polícia". Depois, afirmaram que, sim, a ação foi motivada pela história sobre Cosby, mas não porque o grupo não era favorável ao artigo: "Foi só uma pegadinha". Enquanto o site estava fora do ar, a revista divulgou pelo Twitter os relatos que publicou no Instagram, com fotos e vídeos das mulheres ouvidas.
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Dilma e os delatores
Um dos enigmas do comportamento político de Dilma Rousseff está na sua capacidade de viver numa realidade própria. É a essa característica que se deve atribuir parte do descrédito que acompanha sua administração. Diz uma coisa, faz outra e vai em frente. Recuando quase meio século na história do país para manipular os desdobramentos da Operação Lava Jato, a doutora afirmou o seguinte: "Eu não respeito delator, até porque estive presa na ditadura militar e sei o que é. Tentaram me transformar numa delatora. A ditadura fazia isso com as pessoas presas e garanto a vocês que resisti bravamente." Mistificando o presente, associou o comportamento de quem passa pela carceragem de Curitiba com o dos presos do DOI durante a ditadura. Seu paralelo ofende o Ministério Público, o Judiciário e o Supremo Tribunal Federal, que homologa cada um dos acordos onde estão as confissões. Nenhum preso da Lava Jato passou por qualquer constrangimento físico. Até agora, todos os atos praticados pelos investigadores respeitaram o devido processo legal. Deixando-se essa questão de lado, o que não é pouca coisa, vai-se ao coração da fala: "Eu não respeito delator". Num lance de autoexaltação, lembrou que "resisti bravamente". Ela sabe que o comportamento de um preso sob tortura nada tem a ver com sua bravura. Relaciona-se apenas com o caráter do torturador e do regime a que ele serve. Quem fala sob tortura não é delator, é apenas um cidadão torturado e a doutora respeita muitos deles. Dilma Rousseff, a "Wanda" do Comando de Libertação Nacional, sabe que o "Kleber" não foi um delator. Em 1969, depois de ter sido torturado por vários dias, ele indicou para a polícia o endereço de um aparelho da rua Atacarambu, em Belo Horizonte, onde estavam sete de seus companheiros. Dos milhares de presos torturados durante a ditadura, talvez não tenham chegado a uma dezena aqueles que, livres, continuaram colaborando com os agentes da repressão. Se os acusados que estão colaborando com a Lava Jato são mentirosos, não merecem respeito e seus acordos devem ser cancelados. Insultá-los leva a lugar nenhum. Misturar empreiteiros milionários com militantes torturados é um truque que desmerece o estado de Direito e o regime democrático de hoje. Nas palavras de um ministro do governo Médici, referindo-se aos presos de seu tempo, "a delação, para eles, é o supremo opróbrio". Outro hierarca elaborou o lance seguinte: Os presos, tendo delatado, justificavam-se inventando que haviam sido torturados. Donde, não havia tortura, mas delatores. No paralelo de Dilma não haveria roubalheiras, mas delatores que não merecem respeito. Há ainda outra diferença entre os presos que eram torturados nos DOI e os que passam pela Lava Jato. Uns sequestravam diplomatas, assaltavam bancos e roubaram o cofre onde a namorada de um ex-governador de São Paulo guardava dois milhões de dólares, parte dos quais vindos de empreiteiras. Seus alvos faziam parte do arco de interesses que todos, inclusive a doutora, pretendiam destruir. Nenhum deles pensava em aumentar seu patrimônio. Os empreiteiros da Lava Jato buscavam o enriquecimento pessoal e o PT enfiou-se nesse mundo de pixulecos porque quis.
colunas
Dilma e os delatoresUm dos enigmas do comportamento político de Dilma Rousseff está na sua capacidade de viver numa realidade própria. É a essa característica que se deve atribuir parte do descrédito que acompanha sua administração. Diz uma coisa, faz outra e vai em frente. Recuando quase meio século na história do país para manipular os desdobramentos da Operação Lava Jato, a doutora afirmou o seguinte: "Eu não respeito delator, até porque estive presa na ditadura militar e sei o que é. Tentaram me transformar numa delatora. A ditadura fazia isso com as pessoas presas e garanto a vocês que resisti bravamente." Mistificando o presente, associou o comportamento de quem passa pela carceragem de Curitiba com o dos presos do DOI durante a ditadura. Seu paralelo ofende o Ministério Público, o Judiciário e o Supremo Tribunal Federal, que homologa cada um dos acordos onde estão as confissões. Nenhum preso da Lava Jato passou por qualquer constrangimento físico. Até agora, todos os atos praticados pelos investigadores respeitaram o devido processo legal. Deixando-se essa questão de lado, o que não é pouca coisa, vai-se ao coração da fala: "Eu não respeito delator". Num lance de autoexaltação, lembrou que "resisti bravamente". Ela sabe que o comportamento de um preso sob tortura nada tem a ver com sua bravura. Relaciona-se apenas com o caráter do torturador e do regime a que ele serve. Quem fala sob tortura não é delator, é apenas um cidadão torturado e a doutora respeita muitos deles. Dilma Rousseff, a "Wanda" do Comando de Libertação Nacional, sabe que o "Kleber" não foi um delator. Em 1969, depois de ter sido torturado por vários dias, ele indicou para a polícia o endereço de um aparelho da rua Atacarambu, em Belo Horizonte, onde estavam sete de seus companheiros. Dos milhares de presos torturados durante a ditadura, talvez não tenham chegado a uma dezena aqueles que, livres, continuaram colaborando com os agentes da repressão. Se os acusados que estão colaborando com a Lava Jato são mentirosos, não merecem respeito e seus acordos devem ser cancelados. Insultá-los leva a lugar nenhum. Misturar empreiteiros milionários com militantes torturados é um truque que desmerece o estado de Direito e o regime democrático de hoje. Nas palavras de um ministro do governo Médici, referindo-se aos presos de seu tempo, "a delação, para eles, é o supremo opróbrio". Outro hierarca elaborou o lance seguinte: Os presos, tendo delatado, justificavam-se inventando que haviam sido torturados. Donde, não havia tortura, mas delatores. No paralelo de Dilma não haveria roubalheiras, mas delatores que não merecem respeito. Há ainda outra diferença entre os presos que eram torturados nos DOI e os que passam pela Lava Jato. Uns sequestravam diplomatas, assaltavam bancos e roubaram o cofre onde a namorada de um ex-governador de São Paulo guardava dois milhões de dólares, parte dos quais vindos de empreiteiras. Seus alvos faziam parte do arco de interesses que todos, inclusive a doutora, pretendiam destruir. Nenhum deles pensava em aumentar seu patrimônio. Os empreiteiros da Lava Jato buscavam o enriquecimento pessoal e o PT enfiou-se nesse mundo de pixulecos porque quis.
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Moro manda soltar ex-deputado Cândido Vaccarezza
O juiz federal Sergio Moro determinou, nesta terça (22), a soltura do ex-deputado federal Cândido Vaccarezza, que foi líder do PT na Câmara dos Deputados. Ele terá de entregar seu passaporte e pagar R$ 1,5 milhão em fiança, no prazo de dez dias. Vaccarezza foi preso na última fase da Operação Lava Jato, acusado de receber pelo menos US$ 478 mil (cerca de R$ 1,5 milhão, no câmbio atual) por contratos da Petrobras com a Sargeant Marine, empresa norte-americana que fornecia asfalto à estatal. Segundo as investigações, o ex-deputado tinha ascendência em negócios da Petrobras ligados à diretoria de Abastecimento, que estava sob influência do PP, e "apadrinhou" 12 contratos de fornecimento de asfalto. A ordem de Moro contraria o pedido do Ministério Público Federal, que havia solicitado a prisão preventiva do político –citando, inclusive, a apreensão de R$ 120 mil em espécie na casa de Vaccarezza como um "forte indício de que ele recebia e operava dinheiro em espécie". A prisão do ex-deputado, que era temporária, vencia nesta terça (22). O juiz levou em consideração, porém, que as provas sobre o envolvimento de Vaccarezza em outros crimes "ainda são limitadas", e que o ex-deputado não foi reeleito em 2014, o que diminui sua influência política. SAÚDE Moro ainda pondera que o político tem uma alteração na próstata e havia marcado uma biópsia para esta semana, segundo documentos apresentados por sua defesa. "Medidas alternativas [que não a prisão] propiciarão tempo para o esclarecimento da situação de saúde do investigado e para o aprofundamento das investigações", escreveu Moro. O juiz determinou a entrega do passaporte e a proibição de que Vaccarezza exerça cargos na administração pública ou faça contato com demais investigados. O ex-deputado pode ser liberado imediatamente, e só depois pagar a fiança, no prazo de dez dias. Atualmente, Vaccarezza atua como médico ginecologista na rede pública do município de São Paulo. Moro também mandou soltar o ex-gerente da Petrobras Márcio Albuquerque Aché Cordeiro, que havia sido preso na mesma fase da operação. Para ele, foi estabelecida uma fiança de R$ 371 mil. OUTRO LADO O advogado de Vaccarezza, Marcellus Ferreira Pinto, afirmou que a decisão de soltura "não surpreende", e nega que o ex-deputado tenha intermediado negociações entre empresas privadas e a Petrobras. "Estamos convictos da inocência de Vaccarezza, que teve seu nome indevidamente incluído nos fatos investigados", afirmou Pinto. Para ele, não havia motivos para a manutenção da prisão do ex-deputado. "[Vaccarezza] não exerce mais o mandato eletivo, não ocupa cargos na Administração Pública Federal, não mantém contatos com quaisquer dos investigados no presente inquérito. Em resumo, os fatos se referem a período pretérito e envolvem a discussão de mérito, ou seja, se o acusado praticou ou não os crimes que lhe são imputados", escreveu o defensor. Sobre os R$ 120 mil encontrados na casa do ex-deputado, o defensor afirma que eram de um empréstimo feito por um amigo, para o pagamento de um premente tratamento de câncer que não seria coberto pelo plano de saúde de Vaccarezza.
poder
Moro manda soltar ex-deputado Cândido VaccarezzaO juiz federal Sergio Moro determinou, nesta terça (22), a soltura do ex-deputado federal Cândido Vaccarezza, que foi líder do PT na Câmara dos Deputados. Ele terá de entregar seu passaporte e pagar R$ 1,5 milhão em fiança, no prazo de dez dias. Vaccarezza foi preso na última fase da Operação Lava Jato, acusado de receber pelo menos US$ 478 mil (cerca de R$ 1,5 milhão, no câmbio atual) por contratos da Petrobras com a Sargeant Marine, empresa norte-americana que fornecia asfalto à estatal. Segundo as investigações, o ex-deputado tinha ascendência em negócios da Petrobras ligados à diretoria de Abastecimento, que estava sob influência do PP, e "apadrinhou" 12 contratos de fornecimento de asfalto. A ordem de Moro contraria o pedido do Ministério Público Federal, que havia solicitado a prisão preventiva do político –citando, inclusive, a apreensão de R$ 120 mil em espécie na casa de Vaccarezza como um "forte indício de que ele recebia e operava dinheiro em espécie". A prisão do ex-deputado, que era temporária, vencia nesta terça (22). O juiz levou em consideração, porém, que as provas sobre o envolvimento de Vaccarezza em outros crimes "ainda são limitadas", e que o ex-deputado não foi reeleito em 2014, o que diminui sua influência política. SAÚDE Moro ainda pondera que o político tem uma alteração na próstata e havia marcado uma biópsia para esta semana, segundo documentos apresentados por sua defesa. "Medidas alternativas [que não a prisão] propiciarão tempo para o esclarecimento da situação de saúde do investigado e para o aprofundamento das investigações", escreveu Moro. O juiz determinou a entrega do passaporte e a proibição de que Vaccarezza exerça cargos na administração pública ou faça contato com demais investigados. O ex-deputado pode ser liberado imediatamente, e só depois pagar a fiança, no prazo de dez dias. Atualmente, Vaccarezza atua como médico ginecologista na rede pública do município de São Paulo. Moro também mandou soltar o ex-gerente da Petrobras Márcio Albuquerque Aché Cordeiro, que havia sido preso na mesma fase da operação. Para ele, foi estabelecida uma fiança de R$ 371 mil. OUTRO LADO O advogado de Vaccarezza, Marcellus Ferreira Pinto, afirmou que a decisão de soltura "não surpreende", e nega que o ex-deputado tenha intermediado negociações entre empresas privadas e a Petrobras. "Estamos convictos da inocência de Vaccarezza, que teve seu nome indevidamente incluído nos fatos investigados", afirmou Pinto. Para ele, não havia motivos para a manutenção da prisão do ex-deputado. "[Vaccarezza] não exerce mais o mandato eletivo, não ocupa cargos na Administração Pública Federal, não mantém contatos com quaisquer dos investigados no presente inquérito. Em resumo, os fatos se referem a período pretérito e envolvem a discussão de mérito, ou seja, se o acusado praticou ou não os crimes que lhe são imputados", escreveu o defensor. Sobre os R$ 120 mil encontrados na casa do ex-deputado, o defensor afirma que eram de um empréstimo feito por um amigo, para o pagamento de um premente tratamento de câncer que não seria coberto pelo plano de saúde de Vaccarezza.
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Advogado critica mídia brasileira à comissão do impeachment do Senado
O ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Marcelo Lavenère chamou a mídia de "golpista" e defendeu uma regulamentação do setor no Brasil ao falar à comissão do impeachment do Senado nesta terça (3). "Os Estados Unidos e a Inglaterra não aceitariam nunca que a opinião pública de seus países pudesse ficar sujeita a três ou quatro famílias –e três ou quatro famílias de pensamento único. Três ou quatro famílias de um pensamento único, de um pensamento entreguista, golpista", disse. Lavenère foi convidado pela base do governo para defender a presidente Dilma Rousseff das acusações de manobras fiscais contidas na denúncia que pede a abertura de processo de seu impeachment. "Já foi chamada de PIG a imprensa golpista que temos no nosso país. E essa imprensa golpista, infelizmente, conseguiu encucar no povo brasileiro um sentimento de intolerância, um sentimento de raiva, um sentimento de ódio que nunca tivemos", ressaltou. Durante a sessão, o senador Álvaro Dias (PV-PR) criticou a declaração do advogado. "Isso é injusto, irreal, contraditório porque, neste momento, a grande mídia brasileira está levando para todos os brasileiros a palavra de quem acusa a mídia de golpista, e nós assistimos ao esforço diário, e logo mais, à noite, todos estarão nos grandes telejornais do País emitindo a sua opinião para toda a Nação. Que mídia golpista é essa", disse. "A mídia golpista que realiza um esforço diário para dividir os seus espaços entre os que são favoráveis ao impeachment e aqueles que são contrários ao impeachment", frisou o senador. Lavenère então afirmou logo depois: "Com relação à mídia, esse é um problema muito antigo do povo brasileiro. A regulamentação da mídia está na Constituição Federal e é o único capítulo que até hoje não foi regulamentado. Todos os outros foram, menos aquele que prevê que a mídia deva ser democratizada, não deve ser propriedade cruzada, não deve estar nas mãos de três ou quatro famílias", afirmou aos senadores da comissão.
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Advogado critica mídia brasileira à comissão do impeachment do SenadoO ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Marcelo Lavenère chamou a mídia de "golpista" e defendeu uma regulamentação do setor no Brasil ao falar à comissão do impeachment do Senado nesta terça (3). "Os Estados Unidos e a Inglaterra não aceitariam nunca que a opinião pública de seus países pudesse ficar sujeita a três ou quatro famílias –e três ou quatro famílias de pensamento único. Três ou quatro famílias de um pensamento único, de um pensamento entreguista, golpista", disse. Lavenère foi convidado pela base do governo para defender a presidente Dilma Rousseff das acusações de manobras fiscais contidas na denúncia que pede a abertura de processo de seu impeachment. "Já foi chamada de PIG a imprensa golpista que temos no nosso país. E essa imprensa golpista, infelizmente, conseguiu encucar no povo brasileiro um sentimento de intolerância, um sentimento de raiva, um sentimento de ódio que nunca tivemos", ressaltou. Durante a sessão, o senador Álvaro Dias (PV-PR) criticou a declaração do advogado. "Isso é injusto, irreal, contraditório porque, neste momento, a grande mídia brasileira está levando para todos os brasileiros a palavra de quem acusa a mídia de golpista, e nós assistimos ao esforço diário, e logo mais, à noite, todos estarão nos grandes telejornais do País emitindo a sua opinião para toda a Nação. Que mídia golpista é essa", disse. "A mídia golpista que realiza um esforço diário para dividir os seus espaços entre os que são favoráveis ao impeachment e aqueles que são contrários ao impeachment", frisou o senador. Lavenère então afirmou logo depois: "Com relação à mídia, esse é um problema muito antigo do povo brasileiro. A regulamentação da mídia está na Constituição Federal e é o único capítulo que até hoje não foi regulamentado. Todos os outros foram, menos aquele que prevê que a mídia deva ser democratizada, não deve ser propriedade cruzada, não deve estar nas mãos de três ou quatro famílias", afirmou aos senadores da comissão.
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Unicamp divulga lista de aprovados; mais de 50% são de escola pública
A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) divulgou nesta sexta-feira (12) a lista de aprovados no vestibular 2016. Mais de 50% dos aprovados vieram da rede pública. A relação completa foi publicada no site da Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp), responsável pelo vestibular. A consulta pode ser feita pela inscrição, nome do candidato ou pela inicial do nome. Dos 3.320 aprovados na primeira chamada, 1.714 fizeram o ensino médio em escolas da rede pública de ensino, o que representa 51,9% do total de aprovados no vestibular. É o primeiro ano que o número de estudantes do ensino público supera da rede particular. Em cursos de alta demanda, o número de aprovados também superou os 50%. Em medicina foram 88,2%, já em arquitetura e urbanismo 86,7%. BÔNUS A Unicamp não adota o sistema de cotas, mas concede bonificação nas notas da primeira e segunda fases. Até o vestibular do ano passado a pontuação era aplicada somente após a segunda fase. Todos os candidatos que fizeram o ensino médio integralmente em escolas públicas receberam 60 pontos na primeira fase e outros 90 pontos na segunda fase. Os candidatos de escola pública autodeclarados pretos, pardos ou indígenas receberam além desses, outros 20 e 30 pontos respectivamente na primeira e na segunda fases. Além desse, outro índice foi ultrapassado: o de estudantes autodeclarados pretos, pardos ou indígenas. Dos 51,9% de aprovados da rede pública, 43% (738 estudantes) são autodeclarados pretos, pardos ou indígenas. MATRÍCULA Os candidatos selecionados deverão efetuar matrícula não presencial a partir das 8h deste sábado (13) até as 18h de domingo (14), exclusivamente na página da Comvest, utilizando o número de inscrição e senha. Quem não efetuar essa etapa do processo perderá a vaga e estará eliminado do vestibular. Os estudantes convocados na primeira chamada para o curso escolhido como sua segunda opção deverão realizar a matrícula não presencial pela internet e optar ou não por aguardar uma possível vaga para o curso de primeira opção (remanejamento). Os candidatos aprovados deverão efetuar a matrícula presencial após a divulgação de seus nomes na lista da segunda chamada, que será divulgada no dia 16 de fevereiro. A matrícula presencial da segunda chamada será no dia 18 de fevereiro, das 9h às 12h. A Comvest ressalta que a vaga só estará garantida após a matrícula presencial.
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Unicamp divulga lista de aprovados; mais de 50% são de escola públicaA Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) divulgou nesta sexta-feira (12) a lista de aprovados no vestibular 2016. Mais de 50% dos aprovados vieram da rede pública. A relação completa foi publicada no site da Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp), responsável pelo vestibular. A consulta pode ser feita pela inscrição, nome do candidato ou pela inicial do nome. Dos 3.320 aprovados na primeira chamada, 1.714 fizeram o ensino médio em escolas da rede pública de ensino, o que representa 51,9% do total de aprovados no vestibular. É o primeiro ano que o número de estudantes do ensino público supera da rede particular. Em cursos de alta demanda, o número de aprovados também superou os 50%. Em medicina foram 88,2%, já em arquitetura e urbanismo 86,7%. BÔNUS A Unicamp não adota o sistema de cotas, mas concede bonificação nas notas da primeira e segunda fases. Até o vestibular do ano passado a pontuação era aplicada somente após a segunda fase. Todos os candidatos que fizeram o ensino médio integralmente em escolas públicas receberam 60 pontos na primeira fase e outros 90 pontos na segunda fase. Os candidatos de escola pública autodeclarados pretos, pardos ou indígenas receberam além desses, outros 20 e 30 pontos respectivamente na primeira e na segunda fases. Além desse, outro índice foi ultrapassado: o de estudantes autodeclarados pretos, pardos ou indígenas. Dos 51,9% de aprovados da rede pública, 43% (738 estudantes) são autodeclarados pretos, pardos ou indígenas. MATRÍCULA Os candidatos selecionados deverão efetuar matrícula não presencial a partir das 8h deste sábado (13) até as 18h de domingo (14), exclusivamente na página da Comvest, utilizando o número de inscrição e senha. Quem não efetuar essa etapa do processo perderá a vaga e estará eliminado do vestibular. Os estudantes convocados na primeira chamada para o curso escolhido como sua segunda opção deverão realizar a matrícula não presencial pela internet e optar ou não por aguardar uma possível vaga para o curso de primeira opção (remanejamento). Os candidatos aprovados deverão efetuar a matrícula presencial após a divulgação de seus nomes na lista da segunda chamada, que será divulgada no dia 16 de fevereiro. A matrícula presencial da segunda chamada será no dia 18 de fevereiro, das 9h às 12h. A Comvest ressalta que a vaga só estará garantida após a matrícula presencial.
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Cunha 'ficou puto' com nota da oposição e impeachment corre risco, diz Paulinho da Força
A nota divulgada pela oposição, no sábado (10), defendendo que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se afastasse do cargo de presidente da Câmara foi "um erro, uma besteira. Não acrescentou nada e só criou dificuldade para o nosso lado", diz o deputado Paulinho da Força (Solidariedade), um dos líderes do movimento pró-impeachment de Dilma Rousseff. O texto foi assinado por PSDB, DEM, PPS, PSB e até pelo Solidariedade, do próprio Paulinho. As legendas já tinham combinado com Cunha uma forma de fazer o processo de impeachment contra Dilma Rousseff andar na Câmara, mas a iniciativa estaria colocando o plano em risco. "O Eduardo ficou puto", diz Paulinho. "Agora temos que consertar a m. que fizemos." Ele diz que a reação do presidente da Câmara o assustou. "Eu achei que tínhamos jogado a criança fora junto com a água, fiquei com essa impressão", diz. O deputado, no entanto, acha que ainda há tempo de reparar o erro, já que Cunha estaria chateado mas não a ponto de romper com a oposição. "Vamos fazer uma reunião agora, vamos ver como consertar isso." Paulinho credita "o problema" ao PSDB, "que tem medo da opinião pública". Ele diz que assinou a nota porque recebeu um telefonema do deputado tucano Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara. "Eu entendi que os termos já estavam combinados com o próprio Eduardo Cunha", afirma. "Confiei e não era bem assim." Ele revela que conversou nesta segunda (12) com o presidente da Câmara, que afirmou ter sido apenas avisado (e não consultado) pela oposição de que a nota seria publicada. "Ele ia falar o quê [para os deputados de oposição que redigiram o texto]? Mas não foi uma coisa de camaradas", finaliza Paulinho.
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Cunha 'ficou puto' com nota da oposição e impeachment corre risco, diz Paulinho da ForçaA nota divulgada pela oposição, no sábado (10), defendendo que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se afastasse do cargo de presidente da Câmara foi "um erro, uma besteira. Não acrescentou nada e só criou dificuldade para o nosso lado", diz o deputado Paulinho da Força (Solidariedade), um dos líderes do movimento pró-impeachment de Dilma Rousseff. O texto foi assinado por PSDB, DEM, PPS, PSB e até pelo Solidariedade, do próprio Paulinho. As legendas já tinham combinado com Cunha uma forma de fazer o processo de impeachment contra Dilma Rousseff andar na Câmara, mas a iniciativa estaria colocando o plano em risco. "O Eduardo ficou puto", diz Paulinho. "Agora temos que consertar a m. que fizemos." Ele diz que a reação do presidente da Câmara o assustou. "Eu achei que tínhamos jogado a criança fora junto com a água, fiquei com essa impressão", diz. O deputado, no entanto, acha que ainda há tempo de reparar o erro, já que Cunha estaria chateado mas não a ponto de romper com a oposição. "Vamos fazer uma reunião agora, vamos ver como consertar isso." Paulinho credita "o problema" ao PSDB, "que tem medo da opinião pública". Ele diz que assinou a nota porque recebeu um telefonema do deputado tucano Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara. "Eu entendi que os termos já estavam combinados com o próprio Eduardo Cunha", afirma. "Confiei e não era bem assim." Ele revela que conversou nesta segunda (12) com o presidente da Câmara, que afirmou ter sido apenas avisado (e não consultado) pela oposição de que a nota seria publicada. "Ele ia falar o quê [para os deputados de oposição que redigiram o texto]? Mas não foi uma coisa de camaradas", finaliza Paulinho.
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O mapa que promete acabar com '4 séculos de visão colonialista'
Por mais de 400 anos, escolas de todo o mundo usaram mapas com distorções ​​nos tamanhos dos continentes. As representações do mundo usadas ​​atualmente são baseadas na projeção feita em 1569 pelo cartógrafo Gerardo Mercator, destinada aos navegadores da época. Seus gráficos respeitam a forma dos continentes, mas não os tamanhos –neles, a Europa e a América do Norte são vistas maiores do que realmente são e o Alasca ocupa mais espaço que o México, embora seja menor. Um dos erros mais significativos é que a África parece menor do que realmente é, quando na verdade tem o triplo da extensão da América do Norte e é 14 vezes maior do que a Groenlândia. Mas agora algumas salas de aula de escolas públicas de Boston, no nordeste dos Estados Unidos, começaram a usar o mapa de Gall-Peters, projeção batizada em homenagem a James Gall, escocês aficionado por astronomia que a desenhou pela primeira vez em 1855, e ao historiador alemão Arno Peters, que a difundiu na década de 1970. Esse mapa mostra o tamanho e a proporção de países, continentes e oceanos com mais precisão. Na semana passada, cerca de 600 escolas públicas da cidade americana receberam cópias dele, noticiou o jornal "The Boston Globe". Uma das principais mudanças é que a Europa aparece muito menor do que se via antes em comparação com a África, que é muito maior. CONTINENTES DISTORCIDOS Uma das razões para as distorções cartográficas é a dificuldade de se projetar uma esfera como a Terra –de três dimensões– em uma superfície plana, de duas dimensões, como a de um mapa. Mas, para os geógrafos, atrás dos erros de Mercator há também outra razão. "A maioria dos primeiros mapas do mundo foi criada por europeus do norte", disse Vernon Domingo, professor de geografia da Universidade Estadual de Bridgewater e membro da Aliança Geográfica de Massachusetts, em declaração ao "The Boston Globe". "Eles tiveram a perspectiva do hemisfério norte –e também uma perspectiva colonialista." DESCOLONIZAR O CURRÍCULO A troca de mapas responde ao desejo de Boston de "descolonizar o currículo", disse ao mesmo jornal Colin Rose, superintendente-assistente do Escritório de Oportunidades das Escolas Públicas de Boston. "Trata-se de mapas, mas, ao mesmo tempo, não se trata de mapas", disse Rose. "Esta é uma mudança de paradigma. Nós tivemos uma visão que era muito eurocêntrica. E como podemos falar de outros pontos de vista? Esse é um excelente ponto de partida." Para Hayden Frederick-Clarke, diretor de competências culturais das escolas públicas de Boston, o erro mais grave das projeções de Mercator é o tamanho da África. "Dos nossos alunos, 86% não são brancos e têm pais e avós que são de locais que são mostrados menores nos mapas", disse Frederick-Clarke ao programa The World, da PRI (Public Radio International) e da BBC. "Queremos que os alunos se vejam de forma adequada e contestem a narrativa de que muitos desses lugares são pequenos e insignificantes no mundo", disse. "A Groenlândia parece ter o mesmo tamanho da África e dos EUA. Parece de um tamanho comparável, embora sabemos que isso não é uma verdade absoluta. A África é 14 vezes maior do que a Groenlândia. Além disso, no mapa de Mercator, o México é menor que o Alasca, quando na verdade é muito maior", disse o professor. "Também há problemas com o Brasil. A Europa, mais especificamente a Alemanha, aparecem perto do centro do mapa. E sabemos que isso não é verdade." "Da minha experiência como instrutor, sei que as pessoas gostam da verdade e que os professores querem apresentar um produto melhor e mais autêntico", disse Frederick-Clarke. O jornalista da PRI David Leveille diz que os críticos da iniciativa a veem como "mais uma batalha na guerra de culturas" e insistem que "um mapa é apenas um mapa". Segundo Leveille, eles perguntam: "nenhum mapa é perfeito, então porque se preocupar?".
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O mapa que promete acabar com '4 séculos de visão colonialista'Por mais de 400 anos, escolas de todo o mundo usaram mapas com distorções ​​nos tamanhos dos continentes. As representações do mundo usadas ​​atualmente são baseadas na projeção feita em 1569 pelo cartógrafo Gerardo Mercator, destinada aos navegadores da época. Seus gráficos respeitam a forma dos continentes, mas não os tamanhos –neles, a Europa e a América do Norte são vistas maiores do que realmente são e o Alasca ocupa mais espaço que o México, embora seja menor. Um dos erros mais significativos é que a África parece menor do que realmente é, quando na verdade tem o triplo da extensão da América do Norte e é 14 vezes maior do que a Groenlândia. Mas agora algumas salas de aula de escolas públicas de Boston, no nordeste dos Estados Unidos, começaram a usar o mapa de Gall-Peters, projeção batizada em homenagem a James Gall, escocês aficionado por astronomia que a desenhou pela primeira vez em 1855, e ao historiador alemão Arno Peters, que a difundiu na década de 1970. Esse mapa mostra o tamanho e a proporção de países, continentes e oceanos com mais precisão. Na semana passada, cerca de 600 escolas públicas da cidade americana receberam cópias dele, noticiou o jornal "The Boston Globe". Uma das principais mudanças é que a Europa aparece muito menor do que se via antes em comparação com a África, que é muito maior. CONTINENTES DISTORCIDOS Uma das razões para as distorções cartográficas é a dificuldade de se projetar uma esfera como a Terra –de três dimensões– em uma superfície plana, de duas dimensões, como a de um mapa. Mas, para os geógrafos, atrás dos erros de Mercator há também outra razão. "A maioria dos primeiros mapas do mundo foi criada por europeus do norte", disse Vernon Domingo, professor de geografia da Universidade Estadual de Bridgewater e membro da Aliança Geográfica de Massachusetts, em declaração ao "The Boston Globe". "Eles tiveram a perspectiva do hemisfério norte –e também uma perspectiva colonialista." DESCOLONIZAR O CURRÍCULO A troca de mapas responde ao desejo de Boston de "descolonizar o currículo", disse ao mesmo jornal Colin Rose, superintendente-assistente do Escritório de Oportunidades das Escolas Públicas de Boston. "Trata-se de mapas, mas, ao mesmo tempo, não se trata de mapas", disse Rose. "Esta é uma mudança de paradigma. Nós tivemos uma visão que era muito eurocêntrica. E como podemos falar de outros pontos de vista? Esse é um excelente ponto de partida." Para Hayden Frederick-Clarke, diretor de competências culturais das escolas públicas de Boston, o erro mais grave das projeções de Mercator é o tamanho da África. "Dos nossos alunos, 86% não são brancos e têm pais e avós que são de locais que são mostrados menores nos mapas", disse Frederick-Clarke ao programa The World, da PRI (Public Radio International) e da BBC. "Queremos que os alunos se vejam de forma adequada e contestem a narrativa de que muitos desses lugares são pequenos e insignificantes no mundo", disse. "A Groenlândia parece ter o mesmo tamanho da África e dos EUA. Parece de um tamanho comparável, embora sabemos que isso não é uma verdade absoluta. A África é 14 vezes maior do que a Groenlândia. Além disso, no mapa de Mercator, o México é menor que o Alasca, quando na verdade é muito maior", disse o professor. "Também há problemas com o Brasil. A Europa, mais especificamente a Alemanha, aparecem perto do centro do mapa. E sabemos que isso não é verdade." "Da minha experiência como instrutor, sei que as pessoas gostam da verdade e que os professores querem apresentar um produto melhor e mais autêntico", disse Frederick-Clarke. O jornalista da PRI David Leveille diz que os críticos da iniciativa a veem como "mais uma batalha na guerra de culturas" e insistem que "um mapa é apenas um mapa". Segundo Leveille, eles perguntam: "nenhum mapa é perfeito, então porque se preocupar?".
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Veja como consultar saldo e extrato da conta do FGTS pela internet
O governo anunciou nesta quinta-feira (22) que os trabalhadores poderão sacar o valor total depositado em contas inativas do FGTS (Fundo de Garantida do Tempo de Serviço). Para ter direito ao saque, a conta deve ter estado inativa (sem depósitos) em dezembro de 2015. O dinheiro só poderá ser sacado no ano que vem. Em fevereiro, o governo divulgará um calendário para saques com base na data de nascimento do trabalhador, de acordo com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Veja abaixo os canais disponíveis para consultar o saldo da conta do FGTS: 1 - Site da Caixa No site da Caixa é possível consultar o extrato do FGTS. Para isso, o trabalhador precisa informar seu número PIS, que consta na carteira de trabalho, e cadastrar uma senha, caso seja seu primeiro acesso à plataforma. Não é necessário comparecer a uma agência do banco para fazer esse cadastro. 2 - Aplicativo para smartphones Pelo aplicativo FGTS, disponível para Android, iOS e Windows Phone, também é possível consultar o extrato do fundo informando o número PIS e fazendo um cadastro. 3 - Agências da Caixa O trabalhador pode ainda fazer a consulta em terminais de autoatendimento e agências da Caixa, mesmo que não seja cliente do banco. O acesso pode ser feito usando um Cartão Cidadão ou o número PIS. 4 - Internet banking da Caixa Clientes do banco também conseguem consultar seu FGTS por meio do internet banking da Caixa. Trabalhadores que tiverem problemas com os acessos ou dúvidas podem entrar em contato com a Caixa pelo telefone 0800 726 0207.
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Veja como consultar saldo e extrato da conta do FGTS pela internetO governo anunciou nesta quinta-feira (22) que os trabalhadores poderão sacar o valor total depositado em contas inativas do FGTS (Fundo de Garantida do Tempo de Serviço). Para ter direito ao saque, a conta deve ter estado inativa (sem depósitos) em dezembro de 2015. O dinheiro só poderá ser sacado no ano que vem. Em fevereiro, o governo divulgará um calendário para saques com base na data de nascimento do trabalhador, de acordo com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Veja abaixo os canais disponíveis para consultar o saldo da conta do FGTS: 1 - Site da Caixa No site da Caixa é possível consultar o extrato do FGTS. Para isso, o trabalhador precisa informar seu número PIS, que consta na carteira de trabalho, e cadastrar uma senha, caso seja seu primeiro acesso à plataforma. Não é necessário comparecer a uma agência do banco para fazer esse cadastro. 2 - Aplicativo para smartphones Pelo aplicativo FGTS, disponível para Android, iOS e Windows Phone, também é possível consultar o extrato do fundo informando o número PIS e fazendo um cadastro. 3 - Agências da Caixa O trabalhador pode ainda fazer a consulta em terminais de autoatendimento e agências da Caixa, mesmo que não seja cliente do banco. O acesso pode ser feito usando um Cartão Cidadão ou o número PIS. 4 - Internet banking da Caixa Clientes do banco também conseguem consultar seu FGTS por meio do internet banking da Caixa. Trabalhadores que tiverem problemas com os acessos ou dúvidas podem entrar em contato com a Caixa pelo telefone 0800 726 0207.
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O Brasil não pode ser neutro
Faz muito bem o Itamaraty em tentar restabelecer o diálogo entre Colômbia e Venezuela, para superar a crise na fronteira entre os dois países. Mas há três reparos importantes a fazer. A saber: 1 - Foi imperdoável a atitude do governo brasileiro de se abster na votação da proposta colombiana de convocação de uma reunião de chanceleres da Organização de Estados Americanos, destinada a tratar da crise. Não se propunha condenar um ou ambos os países ou de enviar tropas para a fronteira. Pretendia-se apenas fazer o que os diplomatas são pagos para fazer: reunir-se para tentar apagar incêndios. A alegação do Itamaraty para se abster já estava com a data vencida. A posição oficial do Brasil é a de que a crise deveria ser tratada entre as duas partes apenas. Tolice: já houvera uma reunião entre as chanceleres de Colômbia e Venezuela de que nada resultara. 2 - Daí decorre o segundo reparo: o Itamaraty demorou demais para se mexer. O chanceler Mauro Vieira só começou a atuar duas semanas depois do fechamento da fronteira e da consequente deportação de venezuelanos. O estrago humanitário já estava feito: 1.355 colombianos foram deportados, e 15.174 abandonaram voluntariamente a Venezuela temendo a perseguição, de acordo com os mais recentes dados do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários. 3 - O mais relevante reparo é o aparente tratamento igualitário que a missão dos chanceleres do Brasil e da Argentina está dando às duas partes. Não há equivalência no episódio: quem fechou a fronteira foi o governo da Venezuela e quem deportou colombianos foi igualmente o governo Nicolás Maduro. Pior: a motivação de Maduro é claramente eleitoreira, como constata recente editorial do "The New York Times": "A coisa toda é uma crise manufaturada por um presidente crescentemente impopular que está desesperado para assegurar suporte para seu partido nas proximidades de eleições parlamentares marcadas para dezembro". Que Maduro inventou um inimigo externo para uso na política interna fica evidente pelo "timing" da operação: a fronteira é problemática desde sempre, mas só na antevéspera do início da campanha eleitoral o problema é descoberto? A violência é tão pronunciada que, nos últimos dez anos, 30 mil homicídios ocorreram na fronteira, território livre para contrabandistas, traficantes de drogas e guerrilheiros. É claro que não se espera que o Itamaraty diga a Maduro que sabe o que ele está fazendo. Não seria diplomático. Mas seria imperdoável não dizer algo muito parecido com o pronunciamento de Gimena Sánchez, associada-sênior do Washington Office on Latin America, especialmente voltado para direitos humanos: "Embora lidar com grupos criminosos seja um problema importante a ser enfrentado pelo Estado, este deslocamento maciço [de colombianos] é desumano e contrário à lei internacional." Não se trata de intervenção em assuntos internos de outros países, mas de uma posição de princípios aos quais o Brasil não pode renunciar sob pena de ser cúmplice.
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O Brasil não pode ser neutroFaz muito bem o Itamaraty em tentar restabelecer o diálogo entre Colômbia e Venezuela, para superar a crise na fronteira entre os dois países. Mas há três reparos importantes a fazer. A saber: 1 - Foi imperdoável a atitude do governo brasileiro de se abster na votação da proposta colombiana de convocação de uma reunião de chanceleres da Organização de Estados Americanos, destinada a tratar da crise. Não se propunha condenar um ou ambos os países ou de enviar tropas para a fronteira. Pretendia-se apenas fazer o que os diplomatas são pagos para fazer: reunir-se para tentar apagar incêndios. A alegação do Itamaraty para se abster já estava com a data vencida. A posição oficial do Brasil é a de que a crise deveria ser tratada entre as duas partes apenas. Tolice: já houvera uma reunião entre as chanceleres de Colômbia e Venezuela de que nada resultara. 2 - Daí decorre o segundo reparo: o Itamaraty demorou demais para se mexer. O chanceler Mauro Vieira só começou a atuar duas semanas depois do fechamento da fronteira e da consequente deportação de venezuelanos. O estrago humanitário já estava feito: 1.355 colombianos foram deportados, e 15.174 abandonaram voluntariamente a Venezuela temendo a perseguição, de acordo com os mais recentes dados do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários. 3 - O mais relevante reparo é o aparente tratamento igualitário que a missão dos chanceleres do Brasil e da Argentina está dando às duas partes. Não há equivalência no episódio: quem fechou a fronteira foi o governo da Venezuela e quem deportou colombianos foi igualmente o governo Nicolás Maduro. Pior: a motivação de Maduro é claramente eleitoreira, como constata recente editorial do "The New York Times": "A coisa toda é uma crise manufaturada por um presidente crescentemente impopular que está desesperado para assegurar suporte para seu partido nas proximidades de eleições parlamentares marcadas para dezembro". Que Maduro inventou um inimigo externo para uso na política interna fica evidente pelo "timing" da operação: a fronteira é problemática desde sempre, mas só na antevéspera do início da campanha eleitoral o problema é descoberto? A violência é tão pronunciada que, nos últimos dez anos, 30 mil homicídios ocorreram na fronteira, território livre para contrabandistas, traficantes de drogas e guerrilheiros. É claro que não se espera que o Itamaraty diga a Maduro que sabe o que ele está fazendo. Não seria diplomático. Mas seria imperdoável não dizer algo muito parecido com o pronunciamento de Gimena Sánchez, associada-sênior do Washington Office on Latin America, especialmente voltado para direitos humanos: "Embora lidar com grupos criminosos seja um problema importante a ser enfrentado pelo Estado, este deslocamento maciço [de colombianos] é desumano e contrário à lei internacional." Não se trata de intervenção em assuntos internos de outros países, mas de uma posição de princípios aos quais o Brasil não pode renunciar sob pena de ser cúmplice.
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Casal é baleado na cabeça em carro na zona norte de SP e mulher morre
Um casal foi baleado no final da tarde desta quarta-feira (30) após ser abordado por dois homens em uma moto na zona norte de São Paulo. A mulher morreu no local. O crime ocorreu na avenida Joaquina Ramalho, próximo ao cruzamento com a rua Maria Cândida, na Vila Guilherme. O casal estava em um automóvel vermelho de modelo Range Rover, quando foi abordado pelos homens em uma moto azul. Não se sabe ainda o que motivou os criminosos, mas a Polícia Civil desconfia ser um caso de morte por encomenda –aparentemente nada foi levado do veículo. Ambos foram baleados na cabeça; apesar de socorrida, a mulher não resistiu aos ferimentos. O homem foi levado ao pronto-socorro do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, onde segue internado.
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Casal é baleado na cabeça em carro na zona norte de SP e mulher morreUm casal foi baleado no final da tarde desta quarta-feira (30) após ser abordado por dois homens em uma moto na zona norte de São Paulo. A mulher morreu no local. O crime ocorreu na avenida Joaquina Ramalho, próximo ao cruzamento com a rua Maria Cândida, na Vila Guilherme. O casal estava em um automóvel vermelho de modelo Range Rover, quando foi abordado pelos homens em uma moto azul. Não se sabe ainda o que motivou os criminosos, mas a Polícia Civil desconfia ser um caso de morte por encomenda –aparentemente nada foi levado do veículo. Ambos foram baleados na cabeça; apesar de socorrida, a mulher não resistiu aos ferimentos. O homem foi levado ao pronto-socorro do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, onde segue internado.
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Filme narrará vida de J.R.R. Tolkien, autor de 'O Senhor dos Anéis'
Um filme sobre a vida do escritor britânico J.R.R. Tolkien (1892-1973), autor de "O Hobbit" e da trilogia de fantasia "O Senhor dos Anéis", estaria sendo feito, informou o site especializado The Hollywood Reporter. Com direção de James Strong (da série "Downton Abbey"), o longa deve priorizar os anos em que o escritor, então professor da Universidade de Oxford, deixou sua mulher para lutar na Primeira Guerra Mundial. Foram esses quatro anos –sofrendo, fazendo novas amizades e longe da amada Edith Bratt– que teriam inspirado a criação da Terra Média. Já houve anteriormente pelo menos duas tentativas frustradas de apresentar a vida do escritor britânico no cinema.
ilustrada
Filme narrará vida de J.R.R. Tolkien, autor de 'O Senhor dos Anéis'Um filme sobre a vida do escritor britânico J.R.R. Tolkien (1892-1973), autor de "O Hobbit" e da trilogia de fantasia "O Senhor dos Anéis", estaria sendo feito, informou o site especializado The Hollywood Reporter. Com direção de James Strong (da série "Downton Abbey"), o longa deve priorizar os anos em que o escritor, então professor da Universidade de Oxford, deixou sua mulher para lutar na Primeira Guerra Mundial. Foram esses quatro anos –sofrendo, fazendo novas amizades e longe da amada Edith Bratt– que teriam inspirado a criação da Terra Média. Já houve anteriormente pelo menos duas tentativas frustradas de apresentar a vida do escritor britânico no cinema.
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Torcida única atesta ineficiência do Estado
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo determinou que, até 31/12/16, todos os clássicos envolvendo os maiores clubes do Estado -Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos- disputados dentro do Estado de São Paulo terão torcida única nos estádios -no caso, a torcida do clube mandante. O futebol é uma paixão nacional que movimenta milhões de pessoas, famílias inteiras, trabalhadores e pessoas de bem. Sabemos que, entre 50 ou 60 mil expectadores em um clássico, é possível encontrarmos pequenos grupos pertencentes a gangues ou bandos, travestidos de torcedores, mas é tarefa das autoridades identificar e punir essas pessoas. A medida anunciada representada uma vitória da violência, em que a população paga pela ineficiência do Estado. Quando falamos de torcida única, deixamos de nos atentar para as causas envolvidas e confessamos a impotência de nossas autoridades, algo inconcebível diante do fato de que a polícia paulista é uma das mais bem treinadas e equipadas do país. Faz-se necessário um aprofundamento da questão, e é fato que ela envolve o trabalho das organizações dos clubes, federações, mas, sobretudo, a utilização da inteligência da Polícia Militar e Civil para identificar os torcedores organizados que causam problemas. Sabemos que os confrontos acontecem fora dos estádios, frequentemente envolvem as mesmas pessoas, são brigas combinadas previamente, muitas vezes utilizando a internet. Portanto, se faz necessária a utilização da inteligência da polícia, monitorando mídias sociais, identificando perfis de torcedores que causam problemas, antecipando situações de risco de confronto, trabalhando a prevenção. Posteriormente, também é importante que a justiça faça a sua parte, prendendo aqueles que atentem à ordem pública e que representem risco para a sociedade, banindo-os inclusive do convívio social. A torcida é componente fundamental no espetáculo, empurrando seu clube. Por isso, se alguns elementos participam de atos ilícitos, estes devem ser banidos dos estádios, sem que haja prejuízo para a maioria. Em função de alguns poucos, não podemos responsabilizar e punir a todos. A medida é uma forma de segregação, contrária ao que versa a Constituição, além de ser uma clara declaração da falência do Estado em sua função de manter e garantir a tranquilidade social. Devemos extirpar a doença, mas sem matar o doente. Essa medida faz exatamente o contrário, prejudica e muito o nosso futebol. Trata-se de uma afronta aos torcedores e também aos clubes, que precisam de receita para manter seu funcionamento. A maior parte dessa receita é proveniente do público dos jogos, principalmente dos clássicos. A referida medida nos demonstra que a Secretaria de Segurança Pública tem dificuldades para enfrentar alguns membros de torcidas organizadas causadores de problemas, o que nos faz questionar sobre sua capacidade de confrontar o crime organizado. São Paulo tem perdido essa luta, mas não vamos nos calar, em nome dessa paixão nacional que é o futebol, nem aceitar a covardia de nossas autoridades, que demonstraram falta de capacidade e competência para agir contra a violência nos estádios. LUIZ FERNANDO TEIXEIRA, deputado estadual (PT-SP), é presidente do São Bernardo FC PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected].
opiniao
Torcida única atesta ineficiência do EstadoA Secretaria de Segurança Pública de São Paulo determinou que, até 31/12/16, todos os clássicos envolvendo os maiores clubes do Estado -Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos- disputados dentro do Estado de São Paulo terão torcida única nos estádios -no caso, a torcida do clube mandante. O futebol é uma paixão nacional que movimenta milhões de pessoas, famílias inteiras, trabalhadores e pessoas de bem. Sabemos que, entre 50 ou 60 mil expectadores em um clássico, é possível encontrarmos pequenos grupos pertencentes a gangues ou bandos, travestidos de torcedores, mas é tarefa das autoridades identificar e punir essas pessoas. A medida anunciada representada uma vitória da violência, em que a população paga pela ineficiência do Estado. Quando falamos de torcida única, deixamos de nos atentar para as causas envolvidas e confessamos a impotência de nossas autoridades, algo inconcebível diante do fato de que a polícia paulista é uma das mais bem treinadas e equipadas do país. Faz-se necessário um aprofundamento da questão, e é fato que ela envolve o trabalho das organizações dos clubes, federações, mas, sobretudo, a utilização da inteligência da Polícia Militar e Civil para identificar os torcedores organizados que causam problemas. Sabemos que os confrontos acontecem fora dos estádios, frequentemente envolvem as mesmas pessoas, são brigas combinadas previamente, muitas vezes utilizando a internet. Portanto, se faz necessária a utilização da inteligência da polícia, monitorando mídias sociais, identificando perfis de torcedores que causam problemas, antecipando situações de risco de confronto, trabalhando a prevenção. Posteriormente, também é importante que a justiça faça a sua parte, prendendo aqueles que atentem à ordem pública e que representem risco para a sociedade, banindo-os inclusive do convívio social. A torcida é componente fundamental no espetáculo, empurrando seu clube. Por isso, se alguns elementos participam de atos ilícitos, estes devem ser banidos dos estádios, sem que haja prejuízo para a maioria. Em função de alguns poucos, não podemos responsabilizar e punir a todos. A medida é uma forma de segregação, contrária ao que versa a Constituição, além de ser uma clara declaração da falência do Estado em sua função de manter e garantir a tranquilidade social. Devemos extirpar a doença, mas sem matar o doente. Essa medida faz exatamente o contrário, prejudica e muito o nosso futebol. Trata-se de uma afronta aos torcedores e também aos clubes, que precisam de receita para manter seu funcionamento. A maior parte dessa receita é proveniente do público dos jogos, principalmente dos clássicos. A referida medida nos demonstra que a Secretaria de Segurança Pública tem dificuldades para enfrentar alguns membros de torcidas organizadas causadores de problemas, o que nos faz questionar sobre sua capacidade de confrontar o crime organizado. São Paulo tem perdido essa luta, mas não vamos nos calar, em nome dessa paixão nacional que é o futebol, nem aceitar a covardia de nossas autoridades, que demonstraram falta de capacidade e competência para agir contra a violência nos estádios. LUIZ FERNANDO TEIXEIRA, deputado estadual (PT-SP), é presidente do São Bernardo FC PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected].
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Planos para a Europa
O presidente Emmanuel Macron, da França, pretendia apresentar sua visão para a integração europeia depois de assegurada uma consagradora vitória eleitoral da chanceler alemã, Angela Merkel. Em vez de um resultado triunfante, porém, a recondução de Merkel para um quarto mandato foi tisnada pela ascensão do partido de direita radical AfD, que conquistou 12,6% dos votos e se tornou a terceira maior força no Parlamento. Com o enfraquecimento dos socialistas, sócios menores da coalizão que governou o país nos últimos anos, resta à CDU, legenda democrata-cristã da chanceler, tentar a formação de uma aliança inédita com liberais e verdes, distantes entre si ideologicamente. A margem de manobra de Merkel para avançar numa parceria com Macron se estreitou, ademais, em razão da posição contrária dos liberais e até de algumas alas de seu partido ao aprofundamento da integração continental. Por outro lado, os dois líderes sabem que há uma oportunidade a ser aproveitada para ampliar a cooperação. Depois de quase uma década de crise, a economia na zona do euro passa por um bom momento, com crescimento próximo a 2,5% e queda do desemprego. Num passo que demonstra intenção de maior protagonismo, Macron expôs seu plano ambicioso para a União Europeia em longo discurso na Universidade Sorbonne, sem aguardar a configuração política que emergirá das complicadas conversas partidárias na Alemanha —que devem se prolongar por várias semanas. Na economia, reafirmou a posição francesa favorável à criação de um orçamento comum, sob direção de um ministro de Finanças com jurisdição sobre toda a zona do euro. Tal passo é tido como essencial para fortalecer os pilares da moeda única a longo prazo. O presidente francês adota posição cautelosa, porém, ao dizer que não pretende partilhar recursos com governos perdulários, a grande preocupação dos alemães. A estratégia seria criar condições para minorar o sofrimento social em momentos de crise e desemprego e, com isso, enfraquecer plataformas populistas. Merkel, de sua parte, mostrou-se receptiva às propostas, pois entende que a janela de oportunidade para consolidar seu legado pró-europeu não permanecerá aberta por muito mais tempo. Se o populismo foi derrotado na Holanda e na França, o avanço da AfD na Alemanha e o crescente nacionalismo verificado em países do Leste Europeu são lembretes de que o vírus permanece ativo. [email protected]
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Planos para a EuropaO presidente Emmanuel Macron, da França, pretendia apresentar sua visão para a integração europeia depois de assegurada uma consagradora vitória eleitoral da chanceler alemã, Angela Merkel. Em vez de um resultado triunfante, porém, a recondução de Merkel para um quarto mandato foi tisnada pela ascensão do partido de direita radical AfD, que conquistou 12,6% dos votos e se tornou a terceira maior força no Parlamento. Com o enfraquecimento dos socialistas, sócios menores da coalizão que governou o país nos últimos anos, resta à CDU, legenda democrata-cristã da chanceler, tentar a formação de uma aliança inédita com liberais e verdes, distantes entre si ideologicamente. A margem de manobra de Merkel para avançar numa parceria com Macron se estreitou, ademais, em razão da posição contrária dos liberais e até de algumas alas de seu partido ao aprofundamento da integração continental. Por outro lado, os dois líderes sabem que há uma oportunidade a ser aproveitada para ampliar a cooperação. Depois de quase uma década de crise, a economia na zona do euro passa por um bom momento, com crescimento próximo a 2,5% e queda do desemprego. Num passo que demonstra intenção de maior protagonismo, Macron expôs seu plano ambicioso para a União Europeia em longo discurso na Universidade Sorbonne, sem aguardar a configuração política que emergirá das complicadas conversas partidárias na Alemanha —que devem se prolongar por várias semanas. Na economia, reafirmou a posição francesa favorável à criação de um orçamento comum, sob direção de um ministro de Finanças com jurisdição sobre toda a zona do euro. Tal passo é tido como essencial para fortalecer os pilares da moeda única a longo prazo. O presidente francês adota posição cautelosa, porém, ao dizer que não pretende partilhar recursos com governos perdulários, a grande preocupação dos alemães. A estratégia seria criar condições para minorar o sofrimento social em momentos de crise e desemprego e, com isso, enfraquecer plataformas populistas. Merkel, de sua parte, mostrou-se receptiva às propostas, pois entende que a janela de oportunidade para consolidar seu legado pró-europeu não permanecerá aberta por muito mais tempo. Se o populismo foi derrotado na Holanda e na França, o avanço da AfD na Alemanha e o crescente nacionalismo verificado em países do Leste Europeu são lembretes de que o vírus permanece ativo. [email protected]
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Alalaô: Região central e Pinheiros concentram blocos deste sábado em SP; veja
A região central e a de Pinheiros (zona oeste) devem ser as mais movimentadas da capital paulista nesse primeiro fim de semana de desfiles de rua do Carnaval deste ano. Um esquema de segurança e logística foi montado para minimizar ... Leia post completo no blog
cotidiano
Alalaô: Região central e Pinheiros concentram blocos deste sábado em SP; vejaA região central e a de Pinheiros (zona oeste) devem ser as mais movimentadas da capital paulista nesse primeiro fim de semana de desfiles de rua do Carnaval deste ano. Um esquema de segurança e logística foi montado para minimizar ... Leia post completo no blog
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Juiz nega acesso a iPhone em investigação sobre drogas
Um juiz federal de Nova York rejeitou, nesta segunda-feira (29), um pedido do governo americano para que a Apple desbloqueie o iPhone usado por um homem envolvido no tráfico de drogas. A decisão, provocada por um pedido feito à Justiça em outubro, sai em um momento de crise entre o FBI (polícia federal americana) e a empresa justamente a respeito do desbloqueio de iPhones. O governo tenta conseguir, também pela via judicial, que a Apple drible o sistema de bloqueio do iPhone 5C usado pelo terrorista Syed Rizwan Farook, um dos responsáveis pela morte de 14 pessoas no ataque a San Bernardino (Califórnia), em dezembro. A Apple se nega a criar a ferramenta que permitiria o desbloqueio, alegando que trata-se de um precedente perigoso que colocaria em risco a privacidade do usuário. No caso da investigação de drogas em Nova York, no entanto, a tecnologia para a retirada dos dados desejados pelo governo já existe —o telefone utiliza um sistema operacional antigo— e foi usada em investigações do passado cerca de 70 vezes. Apesar de valer apenas para o caso específico das drogas, a argumentação do o juiz James Orenstein, de Nova York, acaba apoiando a Apple no outro caso. O juiz afirmou que rejeitou a crítica de que a empresa só estaria preocupada com sua imagem e afirmou que não via um limite até onde o governo iria para demandar que uma empresa ou pessoa violasse valores importantes. Para Orenstein, o lado do governo americano tenta aproveitar uma lei antiga "para produzir resultados absurdos e não permitidos". Enquanto a discussão se desenrola, a Apple já desenvolve um novo mecanismo que impediria de qualquer forma o desbloqueio do seu telefone, informou o jornal "The New York Times", na semana passada.
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Juiz nega acesso a iPhone em investigação sobre drogasUm juiz federal de Nova York rejeitou, nesta segunda-feira (29), um pedido do governo americano para que a Apple desbloqueie o iPhone usado por um homem envolvido no tráfico de drogas. A decisão, provocada por um pedido feito à Justiça em outubro, sai em um momento de crise entre o FBI (polícia federal americana) e a empresa justamente a respeito do desbloqueio de iPhones. O governo tenta conseguir, também pela via judicial, que a Apple drible o sistema de bloqueio do iPhone 5C usado pelo terrorista Syed Rizwan Farook, um dos responsáveis pela morte de 14 pessoas no ataque a San Bernardino (Califórnia), em dezembro. A Apple se nega a criar a ferramenta que permitiria o desbloqueio, alegando que trata-se de um precedente perigoso que colocaria em risco a privacidade do usuário. No caso da investigação de drogas em Nova York, no entanto, a tecnologia para a retirada dos dados desejados pelo governo já existe —o telefone utiliza um sistema operacional antigo— e foi usada em investigações do passado cerca de 70 vezes. Apesar de valer apenas para o caso específico das drogas, a argumentação do o juiz James Orenstein, de Nova York, acaba apoiando a Apple no outro caso. O juiz afirmou que rejeitou a crítica de que a empresa só estaria preocupada com sua imagem e afirmou que não via um limite até onde o governo iria para demandar que uma empresa ou pessoa violasse valores importantes. Para Orenstein, o lado do governo americano tenta aproveitar uma lei antiga "para produzir resultados absurdos e não permitidos". Enquanto a discussão se desenrola, a Apple já desenvolve um novo mecanismo que impediria de qualquer forma o desbloqueio do seu telefone, informou o jornal "The New York Times", na semana passada.
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Associação reúne 'cartas de amor' para distribuir a moradores de rua no Natal
Em um pedaço de papel, adornado com imagens de estrelas, flores e o desenho de um coração com a inscrição "esperança", uma mensagem escrita à mão: "Espalhe os sentimentos mais bonitos que tocam sua alma. Recebemos aquilo que ofertamos: respeito, compreensão, amor, cooperação". A mensagem acima é parte de uma das 2.000 "cartas de amor" que uma associação beneficente de São Paulo planeja entregar a moradores de rua, pessoas que vivem em abrigos e em casas de repouso no Natal, com presentes e alimentos. "As cartas podem ser assinadas ou anônimas. Não existe nenhuma exigência de linguagem e queremos incentivar as crianças a participarem do projeto, para despertar nelas sentimentos de solidariedade e fraternidade", diz Kitty Balieiro, da coordenação da Associação Beneficente Fraternitas Nosso Lar. À MÃO Aos voluntários, porém, são feitos dois pedidos: as cartas precisam ser manuscritas –para "jogar toda a atenção e boas vibrações"– e conter uma mensagem positiva, amorosa, de incentivo a quem vier a recebê-las. "Não temos intenção de fazer leituras prévias para avaliação, porque acreditamos que quem se dispõe a escrever uma carta de amor, certamente, vai escrever apenas isso, uma carta de amor", declara Balieiro. O garoto Marcos Santa Bárbara Corujo de Oliveira, 9, escreveu dez mensagens, mas pretende chegar a 50 até o final da campanha. Para ele, o objetivo das missivas é tentar despertar um sentimento novo em dependentes químicos da cracolândia, na região central de São Paulo, um dos locais onde haverá a ação beneficente. "Existem pessoas na cracolândia que se esqueceram que foram crianças, que já tiveram várias comemorações na vida ao lado de suas famílias. Escrevi para inspirá-las a terem uma vida nova, para se motivarem a sair daquele lugar horrível", disse. As entregas natalinas também serão feitas nos arredores da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais), na Vila Leopoldina, zona oeste, e dos viadutos Bresser, na Mooca, e Alcântara Machado, no Brás, ambos na zona leste. Na avaliação da psicóloga Karla Garcia Luiz, do Instituto Federal de Santa Catarina, é difícil avaliar o efeito da iniciativa em curto prazo. "É muito subjetivo o efeito que isso [o recebimento das cartas] causará em cada um. É preciso analisar com mais profundidade. Mas, de modo geral, a iniciativa é válida e sempre atinge as pessoas positivamente", declarou. Para contribuir, é preciso enviar ou entregar o manuscrito até 10 de dezembro no endereço r. Rui Amaral Lemos, 571, Vila Dalva, CEP: 05388-070 - São Paulo - SP.
cotidiano
Associação reúne 'cartas de amor' para distribuir a moradores de rua no NatalEm um pedaço de papel, adornado com imagens de estrelas, flores e o desenho de um coração com a inscrição "esperança", uma mensagem escrita à mão: "Espalhe os sentimentos mais bonitos que tocam sua alma. Recebemos aquilo que ofertamos: respeito, compreensão, amor, cooperação". A mensagem acima é parte de uma das 2.000 "cartas de amor" que uma associação beneficente de São Paulo planeja entregar a moradores de rua, pessoas que vivem em abrigos e em casas de repouso no Natal, com presentes e alimentos. "As cartas podem ser assinadas ou anônimas. Não existe nenhuma exigência de linguagem e queremos incentivar as crianças a participarem do projeto, para despertar nelas sentimentos de solidariedade e fraternidade", diz Kitty Balieiro, da coordenação da Associação Beneficente Fraternitas Nosso Lar. À MÃO Aos voluntários, porém, são feitos dois pedidos: as cartas precisam ser manuscritas –para "jogar toda a atenção e boas vibrações"– e conter uma mensagem positiva, amorosa, de incentivo a quem vier a recebê-las. "Não temos intenção de fazer leituras prévias para avaliação, porque acreditamos que quem se dispõe a escrever uma carta de amor, certamente, vai escrever apenas isso, uma carta de amor", declara Balieiro. O garoto Marcos Santa Bárbara Corujo de Oliveira, 9, escreveu dez mensagens, mas pretende chegar a 50 até o final da campanha. Para ele, o objetivo das missivas é tentar despertar um sentimento novo em dependentes químicos da cracolândia, na região central de São Paulo, um dos locais onde haverá a ação beneficente. "Existem pessoas na cracolândia que se esqueceram que foram crianças, que já tiveram várias comemorações na vida ao lado de suas famílias. Escrevi para inspirá-las a terem uma vida nova, para se motivarem a sair daquele lugar horrível", disse. As entregas natalinas também serão feitas nos arredores da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais), na Vila Leopoldina, zona oeste, e dos viadutos Bresser, na Mooca, e Alcântara Machado, no Brás, ambos na zona leste. Na avaliação da psicóloga Karla Garcia Luiz, do Instituto Federal de Santa Catarina, é difícil avaliar o efeito da iniciativa em curto prazo. "É muito subjetivo o efeito que isso [o recebimento das cartas] causará em cada um. É preciso analisar com mais profundidade. Mas, de modo geral, a iniciativa é válida e sempre atinge as pessoas positivamente", declarou. Para contribuir, é preciso enviar ou entregar o manuscrito até 10 de dezembro no endereço r. Rui Amaral Lemos, 571, Vila Dalva, CEP: 05388-070 - São Paulo - SP.
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Filme sobre Plano Real dá prejuízo e só arrecada 10% dos R$ 8 milhões gastos
O Plano Real fracassou. Nas telas. Lançado no fim de maio, "Real - O Plano por Trás da História", de Rodrigo Bittencourt, levou menos de 50 mil pessoas aos cinemas –mais precisamente, 46.484 até terça (4), de acordo com o FilmeB. Até agora, o valor arrecadado foi de pouco menos de R$ 800 mil, cerca de 10% dos R$ 8 milhões do orçamento (obtidos por meio de Lei do Audiovisual, Proac e "crowdfunding"). "Decidi não captar em empresas estatais ou empreiteiras", afirma o produtor Ricardo Fadel Rihan. O produtor concorda que o resultado ficou "abaixo da expectativa". O lançamento de um longa com figuras políticas conhecidas em meio à crise em todas as instâncias do poder também não ajudou. "A Ancine atrasou o lançamento em um ano. Talvez o filme teria um público maior se tivéssemos lançado após as eleições do ano passado", analisa Rihan, referindo-se às eleições municipais. O filme ainda foi pivô de uma crise no Cine PE, quando sete cineastas se retiraram do festival por considerarem a inclusão de "Real" um "discurso alinhado à direita". Agora o filme busca outras mídias para recuperar o prejuízo. A partir do dia 20 de julho, estará disponível em plataformas sob demanda, como Net Now, Apple TV e Vivo Play, entre outras. Também há negociações em andamento para venda para outros países. "Real" segue em cartaz, só no Reserval Cultural, no sábado, às 23h.
ilustrada
Filme sobre Plano Real dá prejuízo e só arrecada 10% dos R$ 8 milhões gastosO Plano Real fracassou. Nas telas. Lançado no fim de maio, "Real - O Plano por Trás da História", de Rodrigo Bittencourt, levou menos de 50 mil pessoas aos cinemas –mais precisamente, 46.484 até terça (4), de acordo com o FilmeB. Até agora, o valor arrecadado foi de pouco menos de R$ 800 mil, cerca de 10% dos R$ 8 milhões do orçamento (obtidos por meio de Lei do Audiovisual, Proac e "crowdfunding"). "Decidi não captar em empresas estatais ou empreiteiras", afirma o produtor Ricardo Fadel Rihan. O produtor concorda que o resultado ficou "abaixo da expectativa". O lançamento de um longa com figuras políticas conhecidas em meio à crise em todas as instâncias do poder também não ajudou. "A Ancine atrasou o lançamento em um ano. Talvez o filme teria um público maior se tivéssemos lançado após as eleições do ano passado", analisa Rihan, referindo-se às eleições municipais. O filme ainda foi pivô de uma crise no Cine PE, quando sete cineastas se retiraram do festival por considerarem a inclusão de "Real" um "discurso alinhado à direita". Agora o filme busca outras mídias para recuperar o prejuízo. A partir do dia 20 de julho, estará disponível em plataformas sob demanda, como Net Now, Apple TV e Vivo Play, entre outras. Também há negociações em andamento para venda para outros países. "Real" segue em cartaz, só no Reserval Cultural, no sábado, às 23h.
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Veto a incentivo trava novas obras de saneamento básico no Brasil
O presidente interino, Michel Temer, vetou um subsídio destinado ao setor de saneamento básico que poderia adicionar R$ 2 bilhões por ano para construção de novas obras de água e esgoto. O país tem um plano para universalizar o saneamento básico a partir de 2033, mas sua execução está atrasada e, pelo andamento até 2015, poderá demorar 20 anos além do previsto, de acordo com estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Dos domicílios do país, 40% ainda não são atendidos por rede de esgoto. Nos Estados do Norte e do Nordeste, esse índice chega a 70%. Projeto de lei apresentado pelo senador José Serra (PSDB-SP), agora ministro das Relações Exteriores do governo interino, aprovado pelo Congresso no ano passado, criou um plano de incentivo ao saneamento. Um artigo da proposta previa desconto na alíquota de PIS/Cofins cobrada de empresas de saneamento em troca de obras novas no setor nos próximos dez anos. Saneamento, a espera - Dos domicílios do país, 40% ainda estão sem rede coletora de esgoto Os ministérios da Fazenda e do Planejamento recomendaram a Temer o veto deste artigo. O argumento foi a perda de receita sem determinação de outra fonte para compensação, além de problemas técnicos que levaram à não incorporação do projeto na previsão orçamentária para este ano. Com o veto, no entanto, o plano se tornou inviável. Em 2007, o Congresso aprovou projeto de lei com texto semelhante, e ele também foi vetado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com os mesmos argumentos. Para o advogado Gustavo Magalhães, especialista no setor de saneamento, o governo levou em consideração apenas a perda de arrecadação ao vetar a criação do subsídio. "O projeto não foi tratado como um incentivo. Para carro, geladeira não teve veto. Isso é investimento em saúde, porque uma série de doenças é causada pela falta de saneamento", afirmou. As informações oficiais mais recentes sobre investimentos no setor apontam que o país vinha gastando cerca de R$ 10 bilhões por ano no setor, em média, até 2015. Esses valores já não seriam suficientes para alcançar as metas do plano de universalização: 2023, no caso dos serviços de água (100%), e 2033, para esgoto (cerca de 90%). Mantidos os R$ 10 bilhões, em média, o atraso para alcançar as metas seria de 20 anos. Mas em 2015 os investimentos no setor caíram. Com o subsídio previsto no projeto aprovado pelo Congresso, a expectativa era que as empresas de saneamento pudessem investir recursos destinados aos dois tributos federais em obras novas a serem realizadas nos próximos dez anos. Gastos com saneamento - Em R$ bilhões Ilana Ferreira, analista de políticas e indústria da CNI, afirma que são necessários R$ 14 bilhões por ano para investimentos em saneamento. Apesar do veto do presidente interino ao incentivo proposto por Serra, a parte da lei que cria o programa de investimentos no setor e suas metas foi mantida. Para Ilana, isso permite que o regime tributário do setor seja revisto e o subsídio vetado seja recriado. "Há estudos mostrando que R$ 1 investido em saneamento economiza R$ 4 em outros setores", disse Ilana, lembrando que o veto não levou em conta outros impactos na arrecadação, como o aumento do volume de obras e empregos, por exemplo. Questionada pela Folha, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto não se manifestou sobre o veto.
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Veto a incentivo trava novas obras de saneamento básico no BrasilO presidente interino, Michel Temer, vetou um subsídio destinado ao setor de saneamento básico que poderia adicionar R$ 2 bilhões por ano para construção de novas obras de água e esgoto. O país tem um plano para universalizar o saneamento básico a partir de 2033, mas sua execução está atrasada e, pelo andamento até 2015, poderá demorar 20 anos além do previsto, de acordo com estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Dos domicílios do país, 40% ainda não são atendidos por rede de esgoto. Nos Estados do Norte e do Nordeste, esse índice chega a 70%. Projeto de lei apresentado pelo senador José Serra (PSDB-SP), agora ministro das Relações Exteriores do governo interino, aprovado pelo Congresso no ano passado, criou um plano de incentivo ao saneamento. Um artigo da proposta previa desconto na alíquota de PIS/Cofins cobrada de empresas de saneamento em troca de obras novas no setor nos próximos dez anos. Saneamento, a espera - Dos domicílios do país, 40% ainda estão sem rede coletora de esgoto Os ministérios da Fazenda e do Planejamento recomendaram a Temer o veto deste artigo. O argumento foi a perda de receita sem determinação de outra fonte para compensação, além de problemas técnicos que levaram à não incorporação do projeto na previsão orçamentária para este ano. Com o veto, no entanto, o plano se tornou inviável. Em 2007, o Congresso aprovou projeto de lei com texto semelhante, e ele também foi vetado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com os mesmos argumentos. Para o advogado Gustavo Magalhães, especialista no setor de saneamento, o governo levou em consideração apenas a perda de arrecadação ao vetar a criação do subsídio. "O projeto não foi tratado como um incentivo. Para carro, geladeira não teve veto. Isso é investimento em saúde, porque uma série de doenças é causada pela falta de saneamento", afirmou. As informações oficiais mais recentes sobre investimentos no setor apontam que o país vinha gastando cerca de R$ 10 bilhões por ano no setor, em média, até 2015. Esses valores já não seriam suficientes para alcançar as metas do plano de universalização: 2023, no caso dos serviços de água (100%), e 2033, para esgoto (cerca de 90%). Mantidos os R$ 10 bilhões, em média, o atraso para alcançar as metas seria de 20 anos. Mas em 2015 os investimentos no setor caíram. Com o subsídio previsto no projeto aprovado pelo Congresso, a expectativa era que as empresas de saneamento pudessem investir recursos destinados aos dois tributos federais em obras novas a serem realizadas nos próximos dez anos. Gastos com saneamento - Em R$ bilhões Ilana Ferreira, analista de políticas e indústria da CNI, afirma que são necessários R$ 14 bilhões por ano para investimentos em saneamento. Apesar do veto do presidente interino ao incentivo proposto por Serra, a parte da lei que cria o programa de investimentos no setor e suas metas foi mantida. Para Ilana, isso permite que o regime tributário do setor seja revisto e o subsídio vetado seja recriado. "Há estudos mostrando que R$ 1 investido em saneamento economiza R$ 4 em outros setores", disse Ilana, lembrando que o veto não levou em conta outros impactos na arrecadação, como o aumento do volume de obras e empregos, por exemplo. Questionada pela Folha, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto não se manifestou sobre o veto.
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Meu batismo na forma única de jornalismo inaugurado pela 'New Yorker'
O telefone tocou pouco depois da meia-noite - e eu já sabia quem era. Ele nunca ligava antes de o dia virar. A voz - inconfundível desde os tempos em que eu era um simples revisor do seus textos, com a tarefa inglória de sugerir pequenas alterações práticas (nunca de estilo ou de informação) ao original - era sempre convidativa, mas naquela madrugava tinha algo de inquisitório: "Você leu a última 'New Yorker'?", me perguntou Paulo Francis. E foi por causa deste telefonema que eu assinei pela primeira vez a revista. Eu morava em Nova York em 1989 - quando a revista somava tenros 64 anos. Era correspondente "júnior" desta "Folha", uma vez que Francis era o "sênior". Como ele fez com todos os correspondentes da minha geração, fui imediatamente adotado por ele - e por sua viúva, Sônia Nolasco. Uma adoção afetiva, mas também intelectual - e aquela ligação no meio da noite era mais uma prova disso. O artigo que Francis me perguntava se eu havia lido era assinado por Janet Malcolm e tornou-se um clássico do jornalismo mesmo antes de ser publicado num formato de livro. Chamava-se "O jornalista e o assassino" - e examinava a estranha relação entre um repórter e o objeto de sua reportagem: um assassino convicto que acabou por processar o autor que escreveu sobre ele. Eu não tinha lido aquela "New Yorker". Até então, eu era leitor esporádico da revista, que comprava mais por uma bela capa - ou um eventual artigo sobre cinema ou música - do que pelas suas reportagens de fôlego. Francis recebeu minha negativa com uma decepção contida, mas logo tratou de reparar a minha falta. "Vou ler o artigo para você", disse ele sem nenhum tom de pergunta. Era algo imperativo: ele ia ler e eu iria escutar! Mais de duas horas depois, absolutamente fascinado pelo que tinha ouvido - Francis tinha lido, claro, no original em inglês, com sua entonação peculiar -, ouvi a primeira interrupção: "Gostou?". Respondi imediatamente que sim, e ele então disse para eu me acomodar que ele leria então a segunda parte do artigo. Foi uma das madrugadas mais fascinantes da minha formação como jornalista. Este artigo (lançado no Brasil pela Companhia das Letras) foi meu batismo nessa forma tão única de jornalismo que a "New Yorker inaugurou há 90 anos, sob o comando - e a tutela - de Harold Ross. Preciso, cheio de detalhes, inspirador, sedutor, inquisitório, perspicaz, eventualmente bem-humorado, e acima de tudo inteligente. Resumindo em um só elogio, um texto bem-escrito. Desde então, não me lembro se passei uma semana sequer sem a companhia da "New Yorker". Olhando para seu 90 anos, comemorados da última edição, sou relativamente novato nessa leitura - e talvez, como o próprio Francis diria, eu não tenha pego a "época de ouro" da revista. Mas, como Woody Allen nos ensina em "Meia-noite em Paris", olhar para um passado procurando algo mais interessante que nosso presente é um exercício não apenas frustrante como fútil. Esses anos que acompanhei então religiosamente a revista, me trouxeram prazeres tão grandes - ou ainda maiores - do que os que descobri com Janet Malcolm em 89. Ela mesma me deixaria totalmente hipnotizado com outras reportagens - por exemplo, uma outra investigação sobre um crime, também lançada no Brasil, com o título "Anatomia de um julgamento - Ifigênia em Forest Hill" (Companhia das Letras). Mas para citar outros favoritos, tenho que lembrar aqui do artigo mais incrível que já li naquelas páginas: "Random family" (ou "Uma família qualquer"), assinado pela jornalista Adrian Nicole LeBlanc. Este era um trecho de um livro lançado em 2003 (que infelizmente nunca ganhou uma tradução para o português) que, apesar de não ter sido escrito especificamente para a revista, só poderia ter sido publicado em primeira mão por ela. Trata-se de uma reportagem desenvolvida ao longo de mais de dez anos com duas mulheres de uma família com problemas no Bronx nova-iorquino. O nível de intimidade é impressionante, bem como a clareza com que essas vidas - tão distantes dos leitores da própria "New Yorker" - são expostas. Também foi na "New Yorker" que eu li o melhor artigo já escrito sobre o impeachment de Fernando Collor de Mello: "Obsessed in Rio", escrito por Alma Guillermoprieto. Publicado na edição de 16 de agosto de 1993, o texto entrelaça de forma brilhante e original a nossa crise política da época com um crime que parou o Brasil no início dos anos 90: o assassinato de Daniela Perez. O resultado é um retrato bizarro da nossa cultura e como nós, de uma maneira excepcional, temos a capacidade de misturar realidade e ficção. Esse texto sobre o Brasil é típico também da "New Yorker" no sentido em que ele joga uma luz sobre um assunto complicado, cuja cobertura cotidiana da mídia muitas vezes mais confunde do que elucida. Só fui entender a recente crise financeira da Islândia quando li o artigo de Ian Parker, "Lost" (publicado em 9 de março de 2009). E mesmo aquele "nó cego" que foi a catástrofe imobiliária americana dos últimos anos, só fez sentido para mim depois de ler "The Ponzi state", de George Pecker (9 de fevereiro de 2009). Para dar um exemplo mais recente, se você também faz parte do grupo de espectadores indignado com "American sniper", o último filme de Clint Eastwood, recomendo aqui a leitura de "In the crosshairs", de Nicholas Schmidle (3 de junho de 2013). Mas eu estaria blefando se dissesse que abracei a "New Yorker" nesses últimos anos apenas para poder ler esses artigos de profundidade. Eu gosto mesmo é dos cartoons! Ou melhor, é pelos perfis de música pop de Sasha Frere-Jones! Quer dizer, é pelas descobertas literárias que James Wood me proporciona. Ou talvez pela acessível erudição dos textos do crítico de arte Peter Schjeldahl. Espera, honestamente, eu só leio a "New Yorker" para ter o prazer de gargalhar com os primeiros parágrafos - e todos os seguintes - das críticas de filmes de Anthony Lane... Eu mesmo já nem sei se é só por um motivo que eu tenho a "New Yorker" como uma referência tão forte. Mas sei que tenho que agradecer a Paulo Francis pelo seu longo telefonema naquela madrugada de 1989. Com medo de ser pego de surpresa novamente, assinei no dia seguinte a revista - que desde aqueles tempos até hoje é a melhor coleção de bons textos que alguém já conseguiu juntar. E seguirá sendo pelos próximos 90 anos - seja num tablet como o que escrevo este texto ou num suporte que a tecnologia ainda vai criar até 2105... Veja fotos
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Meu batismo na forma única de jornalismo inaugurado pela 'New Yorker'O telefone tocou pouco depois da meia-noite - e eu já sabia quem era. Ele nunca ligava antes de o dia virar. A voz - inconfundível desde os tempos em que eu era um simples revisor do seus textos, com a tarefa inglória de sugerir pequenas alterações práticas (nunca de estilo ou de informação) ao original - era sempre convidativa, mas naquela madrugava tinha algo de inquisitório: "Você leu a última 'New Yorker'?", me perguntou Paulo Francis. E foi por causa deste telefonema que eu assinei pela primeira vez a revista. Eu morava em Nova York em 1989 - quando a revista somava tenros 64 anos. Era correspondente "júnior" desta "Folha", uma vez que Francis era o "sênior". Como ele fez com todos os correspondentes da minha geração, fui imediatamente adotado por ele - e por sua viúva, Sônia Nolasco. Uma adoção afetiva, mas também intelectual - e aquela ligação no meio da noite era mais uma prova disso. O artigo que Francis me perguntava se eu havia lido era assinado por Janet Malcolm e tornou-se um clássico do jornalismo mesmo antes de ser publicado num formato de livro. Chamava-se "O jornalista e o assassino" - e examinava a estranha relação entre um repórter e o objeto de sua reportagem: um assassino convicto que acabou por processar o autor que escreveu sobre ele. Eu não tinha lido aquela "New Yorker". Até então, eu era leitor esporádico da revista, que comprava mais por uma bela capa - ou um eventual artigo sobre cinema ou música - do que pelas suas reportagens de fôlego. Francis recebeu minha negativa com uma decepção contida, mas logo tratou de reparar a minha falta. "Vou ler o artigo para você", disse ele sem nenhum tom de pergunta. Era algo imperativo: ele ia ler e eu iria escutar! Mais de duas horas depois, absolutamente fascinado pelo que tinha ouvido - Francis tinha lido, claro, no original em inglês, com sua entonação peculiar -, ouvi a primeira interrupção: "Gostou?". Respondi imediatamente que sim, e ele então disse para eu me acomodar que ele leria então a segunda parte do artigo. Foi uma das madrugadas mais fascinantes da minha formação como jornalista. Este artigo (lançado no Brasil pela Companhia das Letras) foi meu batismo nessa forma tão única de jornalismo que a "New Yorker inaugurou há 90 anos, sob o comando - e a tutela - de Harold Ross. Preciso, cheio de detalhes, inspirador, sedutor, inquisitório, perspicaz, eventualmente bem-humorado, e acima de tudo inteligente. Resumindo em um só elogio, um texto bem-escrito. Desde então, não me lembro se passei uma semana sequer sem a companhia da "New Yorker". Olhando para seu 90 anos, comemorados da última edição, sou relativamente novato nessa leitura - e talvez, como o próprio Francis diria, eu não tenha pego a "época de ouro" da revista. Mas, como Woody Allen nos ensina em "Meia-noite em Paris", olhar para um passado procurando algo mais interessante que nosso presente é um exercício não apenas frustrante como fútil. Esses anos que acompanhei então religiosamente a revista, me trouxeram prazeres tão grandes - ou ainda maiores - do que os que descobri com Janet Malcolm em 89. Ela mesma me deixaria totalmente hipnotizado com outras reportagens - por exemplo, uma outra investigação sobre um crime, também lançada no Brasil, com o título "Anatomia de um julgamento - Ifigênia em Forest Hill" (Companhia das Letras). Mas para citar outros favoritos, tenho que lembrar aqui do artigo mais incrível que já li naquelas páginas: "Random family" (ou "Uma família qualquer"), assinado pela jornalista Adrian Nicole LeBlanc. Este era um trecho de um livro lançado em 2003 (que infelizmente nunca ganhou uma tradução para o português) que, apesar de não ter sido escrito especificamente para a revista, só poderia ter sido publicado em primeira mão por ela. Trata-se de uma reportagem desenvolvida ao longo de mais de dez anos com duas mulheres de uma família com problemas no Bronx nova-iorquino. O nível de intimidade é impressionante, bem como a clareza com que essas vidas - tão distantes dos leitores da própria "New Yorker" - são expostas. Também foi na "New Yorker" que eu li o melhor artigo já escrito sobre o impeachment de Fernando Collor de Mello: "Obsessed in Rio", escrito por Alma Guillermoprieto. Publicado na edição de 16 de agosto de 1993, o texto entrelaça de forma brilhante e original a nossa crise política da época com um crime que parou o Brasil no início dos anos 90: o assassinato de Daniela Perez. O resultado é um retrato bizarro da nossa cultura e como nós, de uma maneira excepcional, temos a capacidade de misturar realidade e ficção. Esse texto sobre o Brasil é típico também da "New Yorker" no sentido em que ele joga uma luz sobre um assunto complicado, cuja cobertura cotidiana da mídia muitas vezes mais confunde do que elucida. Só fui entender a recente crise financeira da Islândia quando li o artigo de Ian Parker, "Lost" (publicado em 9 de março de 2009). E mesmo aquele "nó cego" que foi a catástrofe imobiliária americana dos últimos anos, só fez sentido para mim depois de ler "The Ponzi state", de George Pecker (9 de fevereiro de 2009). Para dar um exemplo mais recente, se você também faz parte do grupo de espectadores indignado com "American sniper", o último filme de Clint Eastwood, recomendo aqui a leitura de "In the crosshairs", de Nicholas Schmidle (3 de junho de 2013). Mas eu estaria blefando se dissesse que abracei a "New Yorker" nesses últimos anos apenas para poder ler esses artigos de profundidade. Eu gosto mesmo é dos cartoons! Ou melhor, é pelos perfis de música pop de Sasha Frere-Jones! Quer dizer, é pelas descobertas literárias que James Wood me proporciona. Ou talvez pela acessível erudição dos textos do crítico de arte Peter Schjeldahl. Espera, honestamente, eu só leio a "New Yorker" para ter o prazer de gargalhar com os primeiros parágrafos - e todos os seguintes - das críticas de filmes de Anthony Lane... Eu mesmo já nem sei se é só por um motivo que eu tenho a "New Yorker" como uma referência tão forte. Mas sei que tenho que agradecer a Paulo Francis pelo seu longo telefonema naquela madrugada de 1989. Com medo de ser pego de surpresa novamente, assinei no dia seguinte a revista - que desde aqueles tempos até hoje é a melhor coleção de bons textos que alguém já conseguiu juntar. E seguirá sendo pelos próximos 90 anos - seja num tablet como o que escrevo este texto ou num suporte que a tecnologia ainda vai criar até 2105... Veja fotos
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Após recusar o Corinthians, Sylvinho será auxiliar de Tite na seleção
Ex-lateral do Corinthians, Sylvinho será auxiliar de Tite na seleção brasileira. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (20) por Edu Gaspar, coordenador da equipe nacional. Na Inter de Milão atualmente, o ex-lateral deverá trabalhar apenas durante o período de treinamento. Sylvinho chega à seleção brasileira depois de recusar o Corinthians. Em junho, depois de perder Tite, o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, admitiu que Sylvinho era a primeira opção para o cargo de treinador do clube, mas contratou Cristóvão Borges porque o ex-lateral esquerdo recusou a proposta. Tite manteve três integrantes da comissão técnica de Dunga: o preparador físico Fábio Mahseredjian, o médico Rodrigo Lasmar e Taffarel, que permanecerá como preparador de goleiros. Nesta quarta, o treinador visitou pela primeira vez a Granja Comary, centro de treinamento da seleção. Ele almoçou com os atletas da seleção olímpica e se reuniu com o técnico Rogério Micale. O treinador já havia dito que pretendia usar Tite como seu conselheiro nos Jogos. "A minha presença com o Micale é dizer que estamos juntos. Estamos comprometidos, estarei observando e acompanhando, dentro do meu conhecimento, preparação, lado humano e técnico. Serei parceiro, dentro da necessidade que o Micale entender ser importante", disse Tite, que assumiu o cargo de técnico da seleção principal no mês passado após Dunga ter sido demitido. No próximo mês, ele vai convocar os jogadores para a sua estreia no cargo. No dia 1º de setembro, a seleção enfrenta o Equador, em Quito. Em seguida, o time jogará contra a Colômbia, em Manaus. As duas partidas serão válidas pelas eliminatórias da Copa do Mundo. O Brasil está fora da zona de classificação, com nove pontos. A CBF negocia com a Fifa para anunciar a lista no dia 22, um dia após o encerramento dos Jogos Olímpicos. Pelas regras da entidade mundial, a convocação tem que ser feita 15 dias antes da partida. Esquemas táticos
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Após recusar o Corinthians, Sylvinho será auxiliar de Tite na seleçãoEx-lateral do Corinthians, Sylvinho será auxiliar de Tite na seleção brasileira. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (20) por Edu Gaspar, coordenador da equipe nacional. Na Inter de Milão atualmente, o ex-lateral deverá trabalhar apenas durante o período de treinamento. Sylvinho chega à seleção brasileira depois de recusar o Corinthians. Em junho, depois de perder Tite, o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, admitiu que Sylvinho era a primeira opção para o cargo de treinador do clube, mas contratou Cristóvão Borges porque o ex-lateral esquerdo recusou a proposta. Tite manteve três integrantes da comissão técnica de Dunga: o preparador físico Fábio Mahseredjian, o médico Rodrigo Lasmar e Taffarel, que permanecerá como preparador de goleiros. Nesta quarta, o treinador visitou pela primeira vez a Granja Comary, centro de treinamento da seleção. Ele almoçou com os atletas da seleção olímpica e se reuniu com o técnico Rogério Micale. O treinador já havia dito que pretendia usar Tite como seu conselheiro nos Jogos. "A minha presença com o Micale é dizer que estamos juntos. Estamos comprometidos, estarei observando e acompanhando, dentro do meu conhecimento, preparação, lado humano e técnico. Serei parceiro, dentro da necessidade que o Micale entender ser importante", disse Tite, que assumiu o cargo de técnico da seleção principal no mês passado após Dunga ter sido demitido. No próximo mês, ele vai convocar os jogadores para a sua estreia no cargo. No dia 1º de setembro, a seleção enfrenta o Equador, em Quito. Em seguida, o time jogará contra a Colômbia, em Manaus. As duas partidas serão válidas pelas eliminatórias da Copa do Mundo. O Brasil está fora da zona de classificação, com nove pontos. A CBF negocia com a Fifa para anunciar a lista no dia 22, um dia após o encerramento dos Jogos Olímpicos. Pelas regras da entidade mundial, a convocação tem que ser feita 15 dias antes da partida. Esquemas táticos
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Exportações impulsionam crescimento do PIB dos EUA no 3°trimestre
A economia dos Estados Unidos cresceu no ritmo mais rápido em dois anos no terceiro trimestre, com a alta nas exportações e a recuperação do investimento em estoques compensando a desaceleração nos gastos do consumidor. O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu a uma taxa anual de 2,9%, após expansão de 1,4% no segundo trimestre, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira (28) em sua primeira leitura. Essa foi a taxa de crescimento mais forte desde o terceiro trimestre de 2014. Economistas consultados pela Reuters esperavam crescimento a uma taxa anual de 2,5% no terceiro trimestre. A segunda leitura, com dados mais completos, será divulgada em 29 de novembro. Apesar da moderação nos gastos do consumidor, o crescimento no terceiro trimestre poderia ajudar a dissipar quaisquer preocupações de que a economia corre o risco de estagnar. Ao longo do primeiro semestre do ano, o crescimento teve média de apenas 1,1%. Embora o Federal Reserve (Fed, banco central americano) esteja principalmente focado no emprego e na inflação, sinais de força econômica darão suporte ao aumento da taxa de juros em dezembro. O banco central norte-americano elevou seus juros em dezembro passado pela primeira vez em quase uma década. Os gastos do consumidor continuaram sustentando a economia no terceiro trimestre, mesmo que o ritmo tenha desacelerado ante os 4,3% no segundo trimestre. Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, subiram a uma taxa de 2,1%. Um aumento nas exportações de soja ajudou a diminuir o déficit comercial no terceiro trimestre. As exportações cresceram a uma taxa de 10%, o maior aumento desde o quarto trimestre de 2013. Como resultado, o comércio contribuiu com 0,83 ponto percentual ao crescimento do PIB, após somar apenas 0,18 ponto percentual no trimestre entre abril e junho. As empresas elevaram os gastos para refazer os estoques. Elas acumularam estoques a uma taxa de US$ 12,6 bilhões no último trimestre, contribuindo com 0,61 ponto para a expansão do PIB.
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Exportações impulsionam crescimento do PIB dos EUA no 3°trimestreA economia dos Estados Unidos cresceu no ritmo mais rápido em dois anos no terceiro trimestre, com a alta nas exportações e a recuperação do investimento em estoques compensando a desaceleração nos gastos do consumidor. O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu a uma taxa anual de 2,9%, após expansão de 1,4% no segundo trimestre, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira (28) em sua primeira leitura. Essa foi a taxa de crescimento mais forte desde o terceiro trimestre de 2014. Economistas consultados pela Reuters esperavam crescimento a uma taxa anual de 2,5% no terceiro trimestre. A segunda leitura, com dados mais completos, será divulgada em 29 de novembro. Apesar da moderação nos gastos do consumidor, o crescimento no terceiro trimestre poderia ajudar a dissipar quaisquer preocupações de que a economia corre o risco de estagnar. Ao longo do primeiro semestre do ano, o crescimento teve média de apenas 1,1%. Embora o Federal Reserve (Fed, banco central americano) esteja principalmente focado no emprego e na inflação, sinais de força econômica darão suporte ao aumento da taxa de juros em dezembro. O banco central norte-americano elevou seus juros em dezembro passado pela primeira vez em quase uma década. Os gastos do consumidor continuaram sustentando a economia no terceiro trimestre, mesmo que o ritmo tenha desacelerado ante os 4,3% no segundo trimestre. Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, subiram a uma taxa de 2,1%. Um aumento nas exportações de soja ajudou a diminuir o déficit comercial no terceiro trimestre. As exportações cresceram a uma taxa de 10%, o maior aumento desde o quarto trimestre de 2013. Como resultado, o comércio contribuiu com 0,83 ponto percentual ao crescimento do PIB, após somar apenas 0,18 ponto percentual no trimestre entre abril e junho. As empresas elevaram os gastos para refazer os estoques. Elas acumularam estoques a uma taxa de US$ 12,6 bilhões no último trimestre, contribuindo com 0,61 ponto para a expansão do PIB.
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Leitores debatem manifestações contra o governo Dilma
Seria oportuno que, neste momento em que pede o sacrifício do povo ("Dilma propõe trégua e diz que país rejeita 'golpismo'"), o governo começasse fazendo sua parte, diminuindo os ministérios pela metade. É curioso que, apesar de toda a instabilidade causada por medidas erradas, uma decisão como essa não seja nem pensada no Planalto. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * Por mais ridículo e improvável que seja qualquer ideia de golpe no nosso contexto, faz sentido dar migalhas ao monstro? Relatar que houve gente pedindo golpe pode ser um serviço jornalístico ("'Impeachment não vai adiantar', diz líder pró-intervenção militar"), mas avisar que vai haver protesto de grupos pró-golpe é uma forma de ajudá-los a divulgar uma bandeira horrenda. E mais: para que publicar notícias cada vez mais frequentes do Clube Militar? Qual é a relevância desse grupo? Não me lembro de vê-lo nas páginas do jornal nos últimos anos. ROGÉRIO SOUZA (Recife, PE) * Que bom que Vladimir Safatle levantou a questão dessa minoria que participou da passeata pedindo a intervenção militar. Quando os vi no domingo, comecei a gritar "assassinos, torturadores, ditadura nunca mais" e, de repente, me vi cercado por uma multidão repetindo o bordão. Que viva a liberdade de expressão, porém dentro da legalidade. CARLOS EDUARDO LEITE GIMENEZ, arquiteto (São Paulo,SP) * Abusando da ironia e da retórica, Safatle tenta desmerecer as manifestações de 15 de março ao pinçar a minoria de extrema direita como se fosse o todo. Entendo a incompreensão do articulista diante do sucesso de uma manifestação da burguesia, normalmente abúlica e comodista, mas haveria uma análise muito mais profunda a ser feita neste momento, dirigida não aos manifestantes, mas ao objeto de seus protestos e aos motivos de uma mobilização inédita. Neste momento histórico, espera-se mais da inteligência de um Safatle do que sarcasmos e sofismas. ALBERTO DWEK (São Paulo, SP) * Os métodos apresentados pelo Datafolha suscitam mais a dúvida quanto aos números apresentados, pois –saindo do mérito de especulações de manipulação dos dados e analisando imparcialmente a situação– acredito que a estimativa de um pesquisador por meio de um método empírico produz um erro muito maior do que a análise de imagens. Se compararmos com o da PM, a diferença ainda leva a crer que ou existe manipulação de uma das partes, ou podemos jogar fora todos os manuais e métodos de contagem de multidões existentes no país. PABLO LUIZ DE MOURA SANTOS ROCHA (Curitiba, PR) * Ao desqualificar o numero de pessoas que foram às ruas protestar, o ministro escalado pelo governo para falar em nome da presidente lembrou-me um outro ministro da Justiça do passado.No último governo militar, o ministro Ibrahin Abi-ackel manifestou indiferença a voz que vinha das ruas pedindo "Diretas-Já'" e qualificou as primeiras manifestações como meros showmicios. As ruas se encheram e as eleições diretas puseram fim ao ciclo militar. Fica a lição da historia que mostra que a surdez oficial não impede o fim dos ciclos de poder carcomidos pelo tempo, sejam eles impostos ou eleitos. MARIA DE FATIMA BRITO (Belo Horizonte, BH) * Efetivamente, a manifestação de domingo teve o combate a corrupção como tema prioritário, porém não desvinculado da responsabilidade da presidente ("fora Dilma"), de modo que o título dado pela Folha ('Fora, Dilma' reúne 210 mil em São Paulo e multidões no país) não fecha: as manifestações foram contra a corrupção, e não contra Dilma. A inclinação governista do Instituto Datafolha, a exemplo da avaliação do número de participantes, em nada auxilia a conservação de sua credibilidade histórica. AMADEU R. GARRIDO DE PAULA (SÃO PAULO, SP) * Há mais de 30 anos minha família assina a Folha, por confiar no seu discernimento e isenção ao noticiar e comentar fatos e problemas do nosso país e do mundo. Qual não foi minha surpresa ao pegar o jornal e deparar-me com a ridícula manchete de que 210 mil pessoas estiveram na avenida Paulista. O jornal jogou fora, com uma simples e infeliz manchete, anos de confiabilidade e respeito de seus leitores. Estão ganhando quanto por isso? MARILI PENTEADO (Rio Claro, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores debatem manifestações contra o governo DilmaSeria oportuno que, neste momento em que pede o sacrifício do povo ("Dilma propõe trégua e diz que país rejeita 'golpismo'"), o governo começasse fazendo sua parte, diminuindo os ministérios pela metade. É curioso que, apesar de toda a instabilidade causada por medidas erradas, uma decisão como essa não seja nem pensada no Planalto. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * Por mais ridículo e improvável que seja qualquer ideia de golpe no nosso contexto, faz sentido dar migalhas ao monstro? Relatar que houve gente pedindo golpe pode ser um serviço jornalístico ("'Impeachment não vai adiantar', diz líder pró-intervenção militar"), mas avisar que vai haver protesto de grupos pró-golpe é uma forma de ajudá-los a divulgar uma bandeira horrenda. E mais: para que publicar notícias cada vez mais frequentes do Clube Militar? Qual é a relevância desse grupo? Não me lembro de vê-lo nas páginas do jornal nos últimos anos. ROGÉRIO SOUZA (Recife, PE) * Que bom que Vladimir Safatle levantou a questão dessa minoria que participou da passeata pedindo a intervenção militar. Quando os vi no domingo, comecei a gritar "assassinos, torturadores, ditadura nunca mais" e, de repente, me vi cercado por uma multidão repetindo o bordão. Que viva a liberdade de expressão, porém dentro da legalidade. CARLOS EDUARDO LEITE GIMENEZ, arquiteto (São Paulo,SP) * Abusando da ironia e da retórica, Safatle tenta desmerecer as manifestações de 15 de março ao pinçar a minoria de extrema direita como se fosse o todo. Entendo a incompreensão do articulista diante do sucesso de uma manifestação da burguesia, normalmente abúlica e comodista, mas haveria uma análise muito mais profunda a ser feita neste momento, dirigida não aos manifestantes, mas ao objeto de seus protestos e aos motivos de uma mobilização inédita. Neste momento histórico, espera-se mais da inteligência de um Safatle do que sarcasmos e sofismas. ALBERTO DWEK (São Paulo, SP) * Os métodos apresentados pelo Datafolha suscitam mais a dúvida quanto aos números apresentados, pois –saindo do mérito de especulações de manipulação dos dados e analisando imparcialmente a situação– acredito que a estimativa de um pesquisador por meio de um método empírico produz um erro muito maior do que a análise de imagens. Se compararmos com o da PM, a diferença ainda leva a crer que ou existe manipulação de uma das partes, ou podemos jogar fora todos os manuais e métodos de contagem de multidões existentes no país. PABLO LUIZ DE MOURA SANTOS ROCHA (Curitiba, PR) * Ao desqualificar o numero de pessoas que foram às ruas protestar, o ministro escalado pelo governo para falar em nome da presidente lembrou-me um outro ministro da Justiça do passado.No último governo militar, o ministro Ibrahin Abi-ackel manifestou indiferença a voz que vinha das ruas pedindo "Diretas-Já'" e qualificou as primeiras manifestações como meros showmicios. As ruas se encheram e as eleições diretas puseram fim ao ciclo militar. Fica a lição da historia que mostra que a surdez oficial não impede o fim dos ciclos de poder carcomidos pelo tempo, sejam eles impostos ou eleitos. MARIA DE FATIMA BRITO (Belo Horizonte, BH) * Efetivamente, a manifestação de domingo teve o combate a corrupção como tema prioritário, porém não desvinculado da responsabilidade da presidente ("fora Dilma"), de modo que o título dado pela Folha ('Fora, Dilma' reúne 210 mil em São Paulo e multidões no país) não fecha: as manifestações foram contra a corrupção, e não contra Dilma. A inclinação governista do Instituto Datafolha, a exemplo da avaliação do número de participantes, em nada auxilia a conservação de sua credibilidade histórica. AMADEU R. GARRIDO DE PAULA (SÃO PAULO, SP) * Há mais de 30 anos minha família assina a Folha, por confiar no seu discernimento e isenção ao noticiar e comentar fatos e problemas do nosso país e do mundo. Qual não foi minha surpresa ao pegar o jornal e deparar-me com a ridícula manchete de que 210 mil pessoas estiveram na avenida Paulista. O jornal jogou fora, com uma simples e infeliz manchete, anos de confiabilidade e respeito de seus leitores. Estão ganhando quanto por isso? MARILI PENTEADO (Rio Claro, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Sábado tem ensaios de escolas de samba e shows gratuitos no Sesc
O QUE AFETA SUA VIDA Neste sábado (9), a CET monitora o trânsito ao redor do Anhembi, onde ocorrem os ensaios técnicos das escolas de samba Nenê de Vila Matilde, Pérola Negra, Camisa Verde e Branco, e Vai-Vai das 18h às 0h40. Por conta da Feira da Madrugada, duas linhas do centro da cidade mudam seu trajeto. O itinerário noturno N733/11 Term. Jd Ângela — Vila Gilda tem sua rota alterada em definitivo. Em São Miguel Paulista, as ruas Torixoréu e Félix de Oliveira têm alteração de circulação. As vias que dão acesso à avenida Pires do Rio passam a ter sentido único em toda a extensão. * TEMPO As temperaturas ficam entre os 20ºC e 30ºC, com pancadas de chuva à tarde e à noite. Os dados são do Inmet. * CULTURA E LAZER No Sesc Campo Limpo, a rapper Flora Matos faz uma apresentação gratuita. No repertório, estão sucessso como "Cada Flash é um CEP" e "Vish Gang - Damigang". Já na unidade da Vila Mariana, Nanny Soul entoa canções da black music às 13h30. A entrada também é franca. No último fim de semana da mostra sobre Frida Kahlo, o Instituto Tomie Ohtake abre suas portas mais cedo, às 9h, com o intuito de diminuir as filas. * AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas às 21h. Coordenação: Ricardo Ampudia Reportagem: Rafael Bahia
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Sábado tem ensaios de escolas de samba e shows gratuitos no SescO QUE AFETA SUA VIDA Neste sábado (9), a CET monitora o trânsito ao redor do Anhembi, onde ocorrem os ensaios técnicos das escolas de samba Nenê de Vila Matilde, Pérola Negra, Camisa Verde e Branco, e Vai-Vai das 18h às 0h40. Por conta da Feira da Madrugada, duas linhas do centro da cidade mudam seu trajeto. O itinerário noturno N733/11 Term. Jd Ângela — Vila Gilda tem sua rota alterada em definitivo. Em São Miguel Paulista, as ruas Torixoréu e Félix de Oliveira têm alteração de circulação. As vias que dão acesso à avenida Pires do Rio passam a ter sentido único em toda a extensão. * TEMPO As temperaturas ficam entre os 20ºC e 30ºC, com pancadas de chuva à tarde e à noite. Os dados são do Inmet. * CULTURA E LAZER No Sesc Campo Limpo, a rapper Flora Matos faz uma apresentação gratuita. No repertório, estão sucessso como "Cada Flash é um CEP" e "Vish Gang - Damigang". Já na unidade da Vila Mariana, Nanny Soul entoa canções da black music às 13h30. A entrada também é franca. No último fim de semana da mostra sobre Frida Kahlo, o Instituto Tomie Ohtake abre suas portas mais cedo, às 9h, com o intuito de diminuir as filas. * AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas às 21h. Coordenação: Ricardo Ampudia Reportagem: Rafael Bahia
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Bilionário George Soros prevê queda vertiginosa da libra caso 'Brexit' vença
O magnata George Soros, 85, que enriqueceu apostando contra a libra esterlina em 1992, prevê uma queda vertiginosa da moeda britânica em caso de vitória do "Brexit" no plebiscito desta quinta (23). "Caso o Reino Unido abandone a União Europeia, haverá um efeito claríssimo e imediato que afetará cada casa: o valor da libra cairá de forma vertiginosa", disse o bilionário americano em artigo publicado no jornal britânico "The Guardian" na segunda-feira (20). Segundo Soros, a libra deverá cair ao menos 15%. "A ironia, neste caso, é que a libra passaria a valer o mesmo que o euro, uma forma de equiparar as moedas, o que ninguém deseja no Reino Unido." O magnata de origem húngara prevê ainda que o abandono da União Europeia reduzirá o preço das moradias, mas também provocará perda de postos de trabalho e, eventualmente, recessão. "Um voto a favor do 'Brexit' tornaria algumas pessoas muito ricas, mas a maioria dos eleitores empobrecerá consideravelmente", avalia Soros, o 23º homem mais rico do planeta, com uma fortuna de US$ 24,9 bilhões, segundo a revista "Forbes". "O voto pela saída da UE pode fechar a semana com uma sexta-feira negra, com graves consequências para as pessoas comuns." 'QUARTA-FEIRA NEGRA' Soros fez uma referência à "Quarta-Feira Negra" de 16 de setembro de 1992, quando o magnata "quebrou" a libra esterlina. Naquele mês, o aumento de juros pelos alemães iniciou um ataque especulativo às moedas europeias. Ao apostar na insustentabilidade da libra nesse cenário, Soros realizou sucessivas operações de compra e venda da moeda. Em um dia, ele teria ganhado cerca de US$ 1 bilhão. A manobra forçou o premiê britânico à época, John Major, a tirar a libra do Mecanismo Europeu de Taxas de Câmbio (ERM, na sigla em inglês) e foi um dos fatores que levaram o Reino Unido a rejeitar o euro em 2002, quando a maioria dos países-membros da UE adotaram a moeda única. Cotação da libra, em relação ao dólar -
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Bilionário George Soros prevê queda vertiginosa da libra caso 'Brexit' vençaO magnata George Soros, 85, que enriqueceu apostando contra a libra esterlina em 1992, prevê uma queda vertiginosa da moeda britânica em caso de vitória do "Brexit" no plebiscito desta quinta (23). "Caso o Reino Unido abandone a União Europeia, haverá um efeito claríssimo e imediato que afetará cada casa: o valor da libra cairá de forma vertiginosa", disse o bilionário americano em artigo publicado no jornal britânico "The Guardian" na segunda-feira (20). Segundo Soros, a libra deverá cair ao menos 15%. "A ironia, neste caso, é que a libra passaria a valer o mesmo que o euro, uma forma de equiparar as moedas, o que ninguém deseja no Reino Unido." O magnata de origem húngara prevê ainda que o abandono da União Europeia reduzirá o preço das moradias, mas também provocará perda de postos de trabalho e, eventualmente, recessão. "Um voto a favor do 'Brexit' tornaria algumas pessoas muito ricas, mas a maioria dos eleitores empobrecerá consideravelmente", avalia Soros, o 23º homem mais rico do planeta, com uma fortuna de US$ 24,9 bilhões, segundo a revista "Forbes". "O voto pela saída da UE pode fechar a semana com uma sexta-feira negra, com graves consequências para as pessoas comuns." 'QUARTA-FEIRA NEGRA' Soros fez uma referência à "Quarta-Feira Negra" de 16 de setembro de 1992, quando o magnata "quebrou" a libra esterlina. Naquele mês, o aumento de juros pelos alemães iniciou um ataque especulativo às moedas europeias. Ao apostar na insustentabilidade da libra nesse cenário, Soros realizou sucessivas operações de compra e venda da moeda. Em um dia, ele teria ganhado cerca de US$ 1 bilhão. A manobra forçou o premiê britânico à época, John Major, a tirar a libra do Mecanismo Europeu de Taxas de Câmbio (ERM, na sigla em inglês) e foi um dos fatores que levaram o Reino Unido a rejeitar o euro em 2002, quando a maioria dos países-membros da UE adotaram a moeda única. Cotação da libra, em relação ao dólar -
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Equipe de Dilma faz devassa em contas da candidatura de Aécio à Presidência
A assessoria jurídica da campanha da presidente Dilma Rousseff deverá entrar com representações contra o comitê eleitoral da candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência. Coordenador jurídico da campanha de Dilma, Flávio Caetano afirmou nesta terça-feira (1) que fará uma "análise detalhada" da prestação de contas de Aécio. A equipe de Dilma entrará com representações no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) caso encontre irregularidades. A assessoria técnica do tribunal já identificou indícios de irregularidades na prestação de contas do tucano. No pedido de informação enviado ao senador, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora do processo, lista infrações e inconsistências, como omissão de despesas registradas na base do tribunal e divergências entre as datas e valores de doações declaradas pelo candidato e as apresentadas pelos doadores. Em nota, a assessoria de imprensa do PSDB afirmou que todas as questões levantadas pelos técnicos da Justiça Eleitoral já foram corrigidas e são "exclusivamente de conteúdo formal". Flávio Caetano, por sua vez, afirma que o fato de o TSE ter identificado 15 inconsistências "não quer dizer que não sejam apontadas novas irregularidades". "Estamos fazendo um exame detalhado dessa prestação de contas para possíveis representações", afirmou Caetano. Ele disse que, por ter sido vitoriosa, a campanha de Dilma teve que apresentar sua prestação antes de Aécio, mas que agora é o momento de análise das contas da candidatura do PSDB. O secretário nacional de organização do PT, Florilvaldo Souza, criticou a regra eleitoral que faz com que as contas de Aécio só estejam sendo analisadas agora. "É assim que funciona o sistema político brasileiro", reclamou. "É um sistema que necessita de reforma. Inclusive do Judiciário" A prestação de contas do tucano ainda não foi julgada pela Justiça Eleitoral e também não tem prazo de análise. RIGOR Presidente do PT de São Paulo, o vereador Paulo Fiorillo afirmou que esses indícios devem ser apurados "com o mesmo rigor destinado a seus adversários". Segundo o relatório do TSE enviado a Aécio, foram declarados, por exemplo, repasses de diretórios estaduais do PSDB ao candidato que totalizam R$ 4,08 milhões em valores estimados. As doações, apesar de registradas, não constam na prestação apresentada pelos respectivos doadores. O documento mostra ainda que foram omitidas na prestação de contas doações que somam R$ 750 mil feitas por empresas como Rossi Residencial e Ticket Serviços e divergência em relação a repasse feito pela empresa Construbase Engenharia. De acordo com a Justiça Eleitoral, a equipe repassou R$ 500 mil que foram originalmente doados pela Construbase Engenharia a outros comitês financeiros, valor incompatível com o recebido pela campanha presidencial do tucano. Em nota, a Rossi Residencial disse que o valor está dentro do limite legal e que os documentos pertinentes estão à disposição para consulta. A Justiça Eleitoral aponta também que o comitê financeiro do PSDB para a disputa presidencial registrou o recebimento em nome de Aécio Neves de doação de R$ 2 milhões, valor originalmente doado pela construtora Odebrecht. Em sua prestação de contas, no entanto, o candidato não apontou a transferência do referido valor. JUSTIFICATIVAS Em evento em Minas Gerais, o senador tucano disse nesta segunda-feira (31) que já foram apresentadas as justificativas sobre a sua prestação de contas à Justiça Eleitoral. Ele lembrou que não há investigação sobre as contas de seu partido. "Não há denúncia, diferente do que ocorre em relação às contas da presidente da República, de utilização de empresas fantasmas, de pagamentos indevidos sem a correspondente prestação do serviço", disse. Em nota, o PSDB afirmou que "o processo de prestação de contas está na fase de instrução do órgão técnico da Justiça Eleitoral e a intimação determinada pela ministra Maria Tereza de Assis Moura visou tão somente o esclarecimento de alguns pontos que já foram devidamente detalhados à Justiça Eleitoral". Segundo o PSDB, os equívocos existentes eram erros de digitação, de preenchimento e de informações de contas parciais.
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Equipe de Dilma faz devassa em contas da candidatura de Aécio à PresidênciaA assessoria jurídica da campanha da presidente Dilma Rousseff deverá entrar com representações contra o comitê eleitoral da candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência. Coordenador jurídico da campanha de Dilma, Flávio Caetano afirmou nesta terça-feira (1) que fará uma "análise detalhada" da prestação de contas de Aécio. A equipe de Dilma entrará com representações no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) caso encontre irregularidades. A assessoria técnica do tribunal já identificou indícios de irregularidades na prestação de contas do tucano. No pedido de informação enviado ao senador, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora do processo, lista infrações e inconsistências, como omissão de despesas registradas na base do tribunal e divergências entre as datas e valores de doações declaradas pelo candidato e as apresentadas pelos doadores. Em nota, a assessoria de imprensa do PSDB afirmou que todas as questões levantadas pelos técnicos da Justiça Eleitoral já foram corrigidas e são "exclusivamente de conteúdo formal". Flávio Caetano, por sua vez, afirma que o fato de o TSE ter identificado 15 inconsistências "não quer dizer que não sejam apontadas novas irregularidades". "Estamos fazendo um exame detalhado dessa prestação de contas para possíveis representações", afirmou Caetano. Ele disse que, por ter sido vitoriosa, a campanha de Dilma teve que apresentar sua prestação antes de Aécio, mas que agora é o momento de análise das contas da candidatura do PSDB. O secretário nacional de organização do PT, Florilvaldo Souza, criticou a regra eleitoral que faz com que as contas de Aécio só estejam sendo analisadas agora. "É assim que funciona o sistema político brasileiro", reclamou. "É um sistema que necessita de reforma. Inclusive do Judiciário" A prestação de contas do tucano ainda não foi julgada pela Justiça Eleitoral e também não tem prazo de análise. RIGOR Presidente do PT de São Paulo, o vereador Paulo Fiorillo afirmou que esses indícios devem ser apurados "com o mesmo rigor destinado a seus adversários". Segundo o relatório do TSE enviado a Aécio, foram declarados, por exemplo, repasses de diretórios estaduais do PSDB ao candidato que totalizam R$ 4,08 milhões em valores estimados. As doações, apesar de registradas, não constam na prestação apresentada pelos respectivos doadores. O documento mostra ainda que foram omitidas na prestação de contas doações que somam R$ 750 mil feitas por empresas como Rossi Residencial e Ticket Serviços e divergência em relação a repasse feito pela empresa Construbase Engenharia. De acordo com a Justiça Eleitoral, a equipe repassou R$ 500 mil que foram originalmente doados pela Construbase Engenharia a outros comitês financeiros, valor incompatível com o recebido pela campanha presidencial do tucano. Em nota, a Rossi Residencial disse que o valor está dentro do limite legal e que os documentos pertinentes estão à disposição para consulta. A Justiça Eleitoral aponta também que o comitê financeiro do PSDB para a disputa presidencial registrou o recebimento em nome de Aécio Neves de doação de R$ 2 milhões, valor originalmente doado pela construtora Odebrecht. Em sua prestação de contas, no entanto, o candidato não apontou a transferência do referido valor. JUSTIFICATIVAS Em evento em Minas Gerais, o senador tucano disse nesta segunda-feira (31) que já foram apresentadas as justificativas sobre a sua prestação de contas à Justiça Eleitoral. Ele lembrou que não há investigação sobre as contas de seu partido. "Não há denúncia, diferente do que ocorre em relação às contas da presidente da República, de utilização de empresas fantasmas, de pagamentos indevidos sem a correspondente prestação do serviço", disse. Em nota, o PSDB afirmou que "o processo de prestação de contas está na fase de instrução do órgão técnico da Justiça Eleitoral e a intimação determinada pela ministra Maria Tereza de Assis Moura visou tão somente o esclarecimento de alguns pontos que já foram devidamente detalhados à Justiça Eleitoral". Segundo o PSDB, os equívocos existentes eram erros de digitação, de preenchimento e de informações de contas parciais.
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Grupo acha cadáver em decomposição em casa alugada perto de Paris
Um grupo de amigos que iria passar o fim de semana em uma casa de campo alugada em Palaiseau, cerca de 25 km ao sul de Paris, encontrou no sábado (27) à tarde um cadáver em decomposição de uma mulher, segundo informou o jornal "Le Parisien". O corpo foi achado no quintal da propriedade, sob galhos de árvores. O corpo, com roupas, mas sem sapatos, "estava com o rosto voltado para o solo, em um lugar que foi escavado, coberto de folhas e de galhos", disse um policial da cidade envolvido na investigação. "Os locatários, que fizeram a terrível descoberta, me telefonaram no sábado à noite. Fiquei espantado. Segundo eles, é o corpo de uma mulher de idade avançada", disse ao jornal francês o proprietário da casa, Emmanuel L.. "O corpo foi achado em um local 'organizado', o que parece indicar que não foi um acaso, mas um ato criminoso", disse um funcionário da Justiça que participa da investigação. "Ele estava em um buraco que foi cavado, mas não profundo o bastante para servir de cova", completou. O proprietário da casa acredita que alguém tenha deixado o corpo no local, a 80 metros da residência. "Meu terreno vai até o caminho que passa por trás, mas o limite não é claro, porque não há cerca", disse ao "Le Parisien", surpreso por não ter visto nada. "Tenho cinco filhos, e como o menor tem 5 anos, raramente saímos da casa. Estou viajando há um mês. Acho que isso não deve ter ocorrido há muito tempo", completou. Ele disse que já houve várias invasões em seu terreno pela parte dos fundos, "onde há uma casa que estava sendo erguida pelo antigo proprietário". "Ali está cheio de mato, e várias vezes encontramos garrafas por ali." ONDE FICA PALAISEAU
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Grupo acha cadáver em decomposição em casa alugada perto de ParisUm grupo de amigos que iria passar o fim de semana em uma casa de campo alugada em Palaiseau, cerca de 25 km ao sul de Paris, encontrou no sábado (27) à tarde um cadáver em decomposição de uma mulher, segundo informou o jornal "Le Parisien". O corpo foi achado no quintal da propriedade, sob galhos de árvores. O corpo, com roupas, mas sem sapatos, "estava com o rosto voltado para o solo, em um lugar que foi escavado, coberto de folhas e de galhos", disse um policial da cidade envolvido na investigação. "Os locatários, que fizeram a terrível descoberta, me telefonaram no sábado à noite. Fiquei espantado. Segundo eles, é o corpo de uma mulher de idade avançada", disse ao jornal francês o proprietário da casa, Emmanuel L.. "O corpo foi achado em um local 'organizado', o que parece indicar que não foi um acaso, mas um ato criminoso", disse um funcionário da Justiça que participa da investigação. "Ele estava em um buraco que foi cavado, mas não profundo o bastante para servir de cova", completou. O proprietário da casa acredita que alguém tenha deixado o corpo no local, a 80 metros da residência. "Meu terreno vai até o caminho que passa por trás, mas o limite não é claro, porque não há cerca", disse ao "Le Parisien", surpreso por não ter visto nada. "Tenho cinco filhos, e como o menor tem 5 anos, raramente saímos da casa. Estou viajando há um mês. Acho que isso não deve ter ocorrido há muito tempo", completou. Ele disse que já houve várias invasões em seu terreno pela parte dos fundos, "onde há uma casa que estava sendo erguida pelo antigo proprietário". "Ali está cheio de mato, e várias vezes encontramos garrafas por ali." ONDE FICA PALAISEAU
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Análise: Pratchett era o deus de pequenas piadas e grandes absurdos
É preciso um tipo muito peculiar de imaginação para inventar um mundo cujo maior matemático é um camelo - sério, um camelo - chamado Seu Desgraçado. Ou para teorizar que toda fita cassete largada por muito tempo dentro de um carro (a teoria, como se vê, é da época em que as tais fitas ainda existiam) acaba se metamorfoseando espontaneamente numa coletânea de grandes sucessos do Queen. Assim era a mente do britânico Terry Pratchett, cujas atividades foram encerradas pelo mal de Alzheimer nesta quinta (12), quando ele contava 66 anos de idade. Um dos mais de 70 livros escritos por Sir Terry (sim, ele também era cavaleiro de Sua Majestade) leva o título de "Pequenos Deuses", e não seria grande exagero aplicar a expressão ao próprio romancista. Pratchett era o deus das pequenas piadas e dos grandes absurdos, capaz de transformar gêneros muitas vezes ossificados por clichês (como a fantasia medieval, o horror e as histórias policiais em monstrinhos hilariantes) que, ao mesmo tempo, podiam ser mortalmente sérios. Embora sempre ambicionasse se tornar escritor, Pratchett atuou como jornalista dos 17 anos aos 39 anos, primeiro como repórter em jornais do interior da Inglaterra e depois como assessor de imprensa da CEGB, estatal britânica da área de eletricidade. Foi nesse emprego aparentemente enfadonho que Pratchett bolou sua principal criação, o universo ficcional do Discworld (Mundo do Disco). SHOW DE PARÓDIA À primeira vista, o Discworld é só uma paródia da cosmologia do tipo "Terra plana" dos povos antigos, com o potencial de absurdo elevado à enésima potência. O planeta em forma de pizza é sustentado por quatro elefantes, os quais, por sua vez, estão encarapitados no casco da colossal Grande A'Tuin, "a única tartaruga que aparece no Diagrama Hertzprung-Russell" (referência nerd: trata-se de um mapa real da luminosidade e temperatura das estrelas). O Mundo do Disco é povoado por magos picaretas, bárbaros analfabetos e até versões amalucadas do antigo Egito (terra natal de Seu Desgraçado) e da Grécia clássica. As dezenas de livros da série satirizam os clichês da literatura fantástica de uma maneira que faz o leitor rolar de rir da capa à contracapa, ao mesmo tempo em que Pratchett aborda temas como a natureza do poder e da justiça. Sua obra-prima, no entanto, talvez tenha sido "Belas Maldições", que escreveu em parceria com o também britânico Neil Gaiman - uma trama que se passa no nosso mundo, na qual um anjo e um demônio se unem para evitar o Apocalipse. Calcula-se que seus livros tenham vendido 85 milhões de exemplares - ele conseguiu concluir mais um da série Discworld no ano passado. Pratchett deixa sua mulher, Lyn, e uma filha, Rhianna.
ilustrada
Análise: Pratchett era o deus de pequenas piadas e grandes absurdosÉ preciso um tipo muito peculiar de imaginação para inventar um mundo cujo maior matemático é um camelo - sério, um camelo - chamado Seu Desgraçado. Ou para teorizar que toda fita cassete largada por muito tempo dentro de um carro (a teoria, como se vê, é da época em que as tais fitas ainda existiam) acaba se metamorfoseando espontaneamente numa coletânea de grandes sucessos do Queen. Assim era a mente do britânico Terry Pratchett, cujas atividades foram encerradas pelo mal de Alzheimer nesta quinta (12), quando ele contava 66 anos de idade. Um dos mais de 70 livros escritos por Sir Terry (sim, ele também era cavaleiro de Sua Majestade) leva o título de "Pequenos Deuses", e não seria grande exagero aplicar a expressão ao próprio romancista. Pratchett era o deus das pequenas piadas e dos grandes absurdos, capaz de transformar gêneros muitas vezes ossificados por clichês (como a fantasia medieval, o horror e as histórias policiais em monstrinhos hilariantes) que, ao mesmo tempo, podiam ser mortalmente sérios. Embora sempre ambicionasse se tornar escritor, Pratchett atuou como jornalista dos 17 anos aos 39 anos, primeiro como repórter em jornais do interior da Inglaterra e depois como assessor de imprensa da CEGB, estatal britânica da área de eletricidade. Foi nesse emprego aparentemente enfadonho que Pratchett bolou sua principal criação, o universo ficcional do Discworld (Mundo do Disco). SHOW DE PARÓDIA À primeira vista, o Discworld é só uma paródia da cosmologia do tipo "Terra plana" dos povos antigos, com o potencial de absurdo elevado à enésima potência. O planeta em forma de pizza é sustentado por quatro elefantes, os quais, por sua vez, estão encarapitados no casco da colossal Grande A'Tuin, "a única tartaruga que aparece no Diagrama Hertzprung-Russell" (referência nerd: trata-se de um mapa real da luminosidade e temperatura das estrelas). O Mundo do Disco é povoado por magos picaretas, bárbaros analfabetos e até versões amalucadas do antigo Egito (terra natal de Seu Desgraçado) e da Grécia clássica. As dezenas de livros da série satirizam os clichês da literatura fantástica de uma maneira que faz o leitor rolar de rir da capa à contracapa, ao mesmo tempo em que Pratchett aborda temas como a natureza do poder e da justiça. Sua obra-prima, no entanto, talvez tenha sido "Belas Maldições", que escreveu em parceria com o também britânico Neil Gaiman - uma trama que se passa no nosso mundo, na qual um anjo e um demônio se unem para evitar o Apocalipse. Calcula-se que seus livros tenham vendido 85 milhões de exemplares - ele conseguiu concluir mais um da série Discworld no ano passado. Pratchett deixa sua mulher, Lyn, e uma filha, Rhianna.
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Brasil goleia México e está na final do futebol feminino no Pan de Toronto
A seleção feminina de futebol derrotou a equipe mexicana nas semifinais do Pan de Toronto e vai disputar a medalha de ouro na categoria. Com a vitória por 4 a 2, na partida que ocorreu no início da noite desta quarta-feira (22), o Brasil se classificou para as finais. O time disputa o ouro com a Colômbia no sábado (25), às 19h35.. As brasileiras dominaram o jogo na maior parte do tempo e tiveram a posse de bola 60% do tempo. O time terminou a fase de grupos invicto. Venceu a Costa Rica por 3 a 0, golearam o Equador por 7 a 1 e derrotou o Canadá por 2 a 0. CONFIRA AS MEDALHAS DO BRASIL NO PAN-2015 Crédito: Editoria de Arte/Folhapress
esporte
Brasil goleia México e está na final do futebol feminino no Pan de TorontoA seleção feminina de futebol derrotou a equipe mexicana nas semifinais do Pan de Toronto e vai disputar a medalha de ouro na categoria. Com a vitória por 4 a 2, na partida que ocorreu no início da noite desta quarta-feira (22), o Brasil se classificou para as finais. O time disputa o ouro com a Colômbia no sábado (25), às 19h35.. As brasileiras dominaram o jogo na maior parte do tempo e tiveram a posse de bola 60% do tempo. O time terminou a fase de grupos invicto. Venceu a Costa Rica por 3 a 0, golearam o Equador por 7 a 1 e derrotou o Canadá por 2 a 0. CONFIRA AS MEDALHAS DO BRASIL NO PAN-2015 Crédito: Editoria de Arte/Folhapress
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Charlottesville luta contra legado escravocrata dos EUA e atrai radicais
Um mês após um comício da Ku Klux Klan terminar com a polícia usando gás lacrimogêneo para conter os manifestantes e seus oponentes, Charlottesville, uma cidade universitária calma no meio do Estado americano da Virgínia, parece sitiada. Centenas de pessoas acorreram para o protesto convocado por ultranacionalistas brancos contra a decisão de retirar de um parque local a estátua do general Robert E. Lee, que comandou os Estados Confederados contra o Norte abolicionista na Guerra Civil (1861-65), ou para se manifestar contra ele. Charlottesville, que tem como peça central a Universidade da Virgínia, fundada em 1819 pelo presidente Thomas Jefferson (1801-09), é uma cidade de perfil progressista onde quase 80% do eleitorado votou na democrata Hillary Clinton nas eleições presidenciais do ano passado. Mas é, também, uma cidade entranhada na história do Sul dos EUA que ainda luta contra o legado escravocrata. Segundo Jalane Schmidt, professora de estudos religiosos na universidade, 52% dos moradores de Charlottesville e do condado onde ela está, ou 14 mil pessoas, foram escravos na Guerra Civil. Jefferson, cuja propriedade rural ficava a poucos quilômetros dali e ainda é adorado pela população da cidade, também tinha escravos. Hoje os afro-americanos perfazem 19% da população, e a gentrificação —que traz pessoas de maior renda para áreas antes degradadas ou esquecidas, empurrando os preços dos imóveis para cima— tem expulsado vários da cidade, diz Schmidt. O embate sobre a estátua de Lee em um parque que levava seu nome e foi recentemente rebatizado como Parque da Emancipação reabriu velhas feridas e trouxe à tona a tensão racial latente. Eugene Williams, 89, ex-líder do braço local na Associação Americana para o Progresso das Pessoas de Cor, um dos mais tradicionais grupos ativistas do país, ainda se lembra de quando não podia comer nos restaurantes da cidade. Ele é a favor da manutenção da estátua para que as pessoas se lembrem da segregação racial que vigorou ali. "Esta estátua tem uma lição a nos ensinar", diz. O embate atraiu a atenção de dois ultranacionalistas brancos que estudam na Universidade da Virgínia, Richard Spencer e Jason Kessler. Em maio, Spencer, que ganhou notoriedade após a eleição de Donald Trump, liderou uma manifestação com tochas em punho, um símbolo da perseguição aos negros, em torno da estátua equestre. No protesto da Ku Klux Klan em 8 de julho, a polícia estadual usou gás-pimenta para dispersar a multidão. Kessler, que organizou o ato deste sábado e se intitula um "defensor dos brancos", afirmou em entrevista que seu objetivo é "desestigmatizar a defesa das pessoas brancas para que elas possam lutar por seus interesses assim como qualquer outro grupo". As autoridades municipais haviam negado permissão para o ato no parque. A Associação Americana para as Liberdades Civis (Aclu), porém, entrou com uma queixa em nome de Kessler para que ele pudesse manter sua manifestação conforme planejado.
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Charlottesville luta contra legado escravocrata dos EUA e atrai radicaisUm mês após um comício da Ku Klux Klan terminar com a polícia usando gás lacrimogêneo para conter os manifestantes e seus oponentes, Charlottesville, uma cidade universitária calma no meio do Estado americano da Virgínia, parece sitiada. Centenas de pessoas acorreram para o protesto convocado por ultranacionalistas brancos contra a decisão de retirar de um parque local a estátua do general Robert E. Lee, que comandou os Estados Confederados contra o Norte abolicionista na Guerra Civil (1861-65), ou para se manifestar contra ele. Charlottesville, que tem como peça central a Universidade da Virgínia, fundada em 1819 pelo presidente Thomas Jefferson (1801-09), é uma cidade de perfil progressista onde quase 80% do eleitorado votou na democrata Hillary Clinton nas eleições presidenciais do ano passado. Mas é, também, uma cidade entranhada na história do Sul dos EUA que ainda luta contra o legado escravocrata. Segundo Jalane Schmidt, professora de estudos religiosos na universidade, 52% dos moradores de Charlottesville e do condado onde ela está, ou 14 mil pessoas, foram escravos na Guerra Civil. Jefferson, cuja propriedade rural ficava a poucos quilômetros dali e ainda é adorado pela população da cidade, também tinha escravos. Hoje os afro-americanos perfazem 19% da população, e a gentrificação —que traz pessoas de maior renda para áreas antes degradadas ou esquecidas, empurrando os preços dos imóveis para cima— tem expulsado vários da cidade, diz Schmidt. O embate sobre a estátua de Lee em um parque que levava seu nome e foi recentemente rebatizado como Parque da Emancipação reabriu velhas feridas e trouxe à tona a tensão racial latente. Eugene Williams, 89, ex-líder do braço local na Associação Americana para o Progresso das Pessoas de Cor, um dos mais tradicionais grupos ativistas do país, ainda se lembra de quando não podia comer nos restaurantes da cidade. Ele é a favor da manutenção da estátua para que as pessoas se lembrem da segregação racial que vigorou ali. "Esta estátua tem uma lição a nos ensinar", diz. O embate atraiu a atenção de dois ultranacionalistas brancos que estudam na Universidade da Virgínia, Richard Spencer e Jason Kessler. Em maio, Spencer, que ganhou notoriedade após a eleição de Donald Trump, liderou uma manifestação com tochas em punho, um símbolo da perseguição aos negros, em torno da estátua equestre. No protesto da Ku Klux Klan em 8 de julho, a polícia estadual usou gás-pimenta para dispersar a multidão. Kessler, que organizou o ato deste sábado e se intitula um "defensor dos brancos", afirmou em entrevista que seu objetivo é "desestigmatizar a defesa das pessoas brancas para que elas possam lutar por seus interesses assim como qualquer outro grupo". As autoridades municipais haviam negado permissão para o ato no parque. A Associação Americana para as Liberdades Civis (Aclu), porém, entrou com uma queixa em nome de Kessler para que ele pudesse manter sua manifestação conforme planejado.
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Sob pressão de taxistas, SP promete cerco a aplicativo de 'carona paga'
Sob pressão de taxistas, a gestão Fernando Haddad (PT) e a Câmara Municipal prometem manter uma ofensiva contra um aplicativo de "caronas pagas" implantado há nove meses em São Paulo -e considerado pelo poder público um táxi ilegal. O Uber, que existe também em outros 56 países e em Belo Horizonte, Rio e Brasília, virou alvo da fiscalização municipal, que já apreendeu 17 de carros do serviço. Vereadores preparam ainda um projeto específico para barrá-lo. A empresa não revela quantos carros existem, mas taxistas, que fizeram protesto contra eles nesta quarta (8), reunindo 2.500 profissionais, estimam em 1.200. O aplicativo, de origem americana, disponibiliza carros de luxo com motoristas que cobram tarifa 5% superior à de um táxi no período diurno. O pagamento é feito só com cartão de crédito. Para a prefeitura, é um transporte remunerado sem alvará. O Uber alega que só concentra uma tecnologia para conectar motoristas a interessados no transporte. O serviço já foi proibido na Alemanha e Espanha, mas ganhou espaço nos EUA. Em São Paulo, é alvo de inquérito policial e investigação preliminar do Ministério Público Federal. Daniel Telles, diretor do Departamento de Transportes Públicos da prefeitura, diz esperar que a Justiça tire o Uber do ar. "Não é possível que um aplicativo que fere leis federais continue operando na internet", disse. O presidente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), Ailton Brasiliense Pires, também afirmou que o Uber é ilegal e faz concorrência com o serviço de táxi. "A prefeitura tem que ter controle para poder cobrar condições de bom uso". Presidente do Instituto Brasileiro de Direito Digital, o promotor de Justiça Frederico Ceroy diz não ver ilegalidade e que comparar o Uber a um táxi é o mesmo que dizer que a Netflix concorre com a Blockbuster. "O negócio do Uber é a economia compartilhada, ao contrário da concessão para taxistas. O motorista do aplicativo ainda passa por triagem, vistoria e tem seguro que cobre o passageiro". Procurado pela reportagem, o porta-voz da Uber no Brasil afirma que o serviço é legal e precisa ser regulamentado
cotidiano
Sob pressão de taxistas, SP promete cerco a aplicativo de 'carona paga'Sob pressão de taxistas, a gestão Fernando Haddad (PT) e a Câmara Municipal prometem manter uma ofensiva contra um aplicativo de "caronas pagas" implantado há nove meses em São Paulo -e considerado pelo poder público um táxi ilegal. O Uber, que existe também em outros 56 países e em Belo Horizonte, Rio e Brasília, virou alvo da fiscalização municipal, que já apreendeu 17 de carros do serviço. Vereadores preparam ainda um projeto específico para barrá-lo. A empresa não revela quantos carros existem, mas taxistas, que fizeram protesto contra eles nesta quarta (8), reunindo 2.500 profissionais, estimam em 1.200. O aplicativo, de origem americana, disponibiliza carros de luxo com motoristas que cobram tarifa 5% superior à de um táxi no período diurno. O pagamento é feito só com cartão de crédito. Para a prefeitura, é um transporte remunerado sem alvará. O Uber alega que só concentra uma tecnologia para conectar motoristas a interessados no transporte. O serviço já foi proibido na Alemanha e Espanha, mas ganhou espaço nos EUA. Em São Paulo, é alvo de inquérito policial e investigação preliminar do Ministério Público Federal. Daniel Telles, diretor do Departamento de Transportes Públicos da prefeitura, diz esperar que a Justiça tire o Uber do ar. "Não é possível que um aplicativo que fere leis federais continue operando na internet", disse. O presidente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), Ailton Brasiliense Pires, também afirmou que o Uber é ilegal e faz concorrência com o serviço de táxi. "A prefeitura tem que ter controle para poder cobrar condições de bom uso". Presidente do Instituto Brasileiro de Direito Digital, o promotor de Justiça Frederico Ceroy diz não ver ilegalidade e que comparar o Uber a um táxi é o mesmo que dizer que a Netflix concorre com a Blockbuster. "O negócio do Uber é a economia compartilhada, ao contrário da concessão para taxistas. O motorista do aplicativo ainda passa por triagem, vistoria e tem seguro que cobre o passageiro". Procurado pela reportagem, o porta-voz da Uber no Brasil afirma que o serviço é legal e precisa ser regulamentado
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Menina de 8 anos luta contra raro tipo de câncer de mama nos EUA
O caso de uma menina de oito anos diagnosticada com um tipo raro de câncer de mama vem intrigando médicos e provocando uma campanha de solidariedade nos Estados Unidos. A pouca idade de Chrissy Turner, que mora na cidade de Centerville, no Estado de Utah, já seria suficiente para fazer dela uma paciente incomum quando se trata de câncer de mama. Mas além disso, a forma da doença que ela desenvolveu, chamada de carcinoma secretor, é raramente encontrada mesmo em adultos. Acredita-se que Chrissy seja uma das pacientes mais jovens no mundo a receber esse diagnóstico. "O caso de Chrissy é muito, muito raro", disse à BBC Brasil seu médico, Brian Bucher, cirurgião pediatra do Primary Children's Hospital, no Estado de Utah. CHOQUE Mesmo em adultos, o carcinoma secretor responde por menos de 0,15% dos cânceres de mama. Em crianças, é mais raro ainda. "Quando se olha a literatura médica, você talvez encontre um ou dois casos (de crianças com essa doença) em um período de 20 ou 30 anos", afirma o médico. Segundo Bucher, a paciente mais jovem já diagnosticada com a doença foi uma menina de três anos de idade. O diagnóstico de Chrissy veio no mês passado, depois que a descoberta de um caroço no peito da menina levou a uma bateria de exames. "Eu fiquei um pouco assustada ao descobrir o que era", disse Chrissy em entrevista ao canal de TV ABC. "Foi um choque muito grande", desabafou sua mãe, Annette. "Nenhuma criança deveria ter de enfrentar um câncer." Nas próximas semanas, a menina será submetida a uma mastectomia. "Vamos remover todo o tecido mamário remanescente", disse Bucher, O médico afirma que o prognóstico é positivo. "De acordo com relatos na literatura médica, a maioria das crianças com esse tipo de câncer se recuperou bem. É definitivamente curável", salienta. CAMPANHA O drama da família é agravado pelo fato de Annette e o marido, Troy, também já terem lutado contra o câncer. Ela se recuperou de um câncer de colo do útero. Troy enfrenta o retorno de um linfoma não-hodgkin, diagnosticado inicialmente em 2008. Comovidos com a situação enfrentada pelos Turner, amigos da família lançaram uma página no Facebook e uma campanha no site de financiamento coletivo GoFundMe para ajudar nas despesas médicas. "Chrissy está prestes a entrar na maior luta de sua vida, e a família Turner precisa de toda a ajuda que conseguir", escreveu a autora da campanha, Melissa Papaj. A amiga lembra que a família ainda sofre para pagar as despesas médicas do tratamento de Troy, um veterano militar. Em sete dias, a campanha já arrecadou mais de US$ 50 mil e mensagens de apoio de várias partes do mundo. RARIDADE Apesar da comoção causada pelo caso de Chrissy, médicos salientam que cânceres de mama são raríssimos em crianças e não há motivo para pânico entre os pais. "Antes de Chrissy, eu nunca havia visto outro caso de câncer de mama em uma criança tão jovem", ressalta Bucher. "Vejo muitas crianças com massa mamária e são quase sempre tumores benignos", conclui. O presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Ruffo de Freitas Junior, disse que a paciente mais jovem que já tratou tinha 17 anos. Segundo o médico brasileiro, de maneira geral o câncer de mama se manifesta depois dos 20 anos de idade. CHANCES Há vários tipos e subtipos de câncer de mama, alguns mais agressivos que outros. "Tumores menos agressivos costumam incidir em mulheres acima de 50 anos", diz Freitas Junior. "Em mulheres mais jovens, eles costumam ser mais agressivos, principalmente abaixo dos 40 anos. De forma geral, são tumores que surgem em decorrência de alterações germinativas", observa. "São erros herdados do pai ou da mãe, e como esse indivíduo já nasceu com esse erro, o corpo tem menos habilidade de se defender." O médico brasileiro ressalta que vários fatores afetam as chances de cura, entre eles o estadiamento - o tamanho em que o tumor foi descoberto. Também deve ser considerada a presença ou ausência de proteínas. Entre os tumores de bom prognóstico, Freitas Junior cita o carcinoma mucinoso, com cerca de 90% a 95% de chance de cura. No caso de tumores metaplásicos, as chances de cura costumam girar entre 60% e 70%, diz.
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Menina de 8 anos luta contra raro tipo de câncer de mama nos EUAO caso de uma menina de oito anos diagnosticada com um tipo raro de câncer de mama vem intrigando médicos e provocando uma campanha de solidariedade nos Estados Unidos. A pouca idade de Chrissy Turner, que mora na cidade de Centerville, no Estado de Utah, já seria suficiente para fazer dela uma paciente incomum quando se trata de câncer de mama. Mas além disso, a forma da doença que ela desenvolveu, chamada de carcinoma secretor, é raramente encontrada mesmo em adultos. Acredita-se que Chrissy seja uma das pacientes mais jovens no mundo a receber esse diagnóstico. "O caso de Chrissy é muito, muito raro", disse à BBC Brasil seu médico, Brian Bucher, cirurgião pediatra do Primary Children's Hospital, no Estado de Utah. CHOQUE Mesmo em adultos, o carcinoma secretor responde por menos de 0,15% dos cânceres de mama. Em crianças, é mais raro ainda. "Quando se olha a literatura médica, você talvez encontre um ou dois casos (de crianças com essa doença) em um período de 20 ou 30 anos", afirma o médico. Segundo Bucher, a paciente mais jovem já diagnosticada com a doença foi uma menina de três anos de idade. O diagnóstico de Chrissy veio no mês passado, depois que a descoberta de um caroço no peito da menina levou a uma bateria de exames. "Eu fiquei um pouco assustada ao descobrir o que era", disse Chrissy em entrevista ao canal de TV ABC. "Foi um choque muito grande", desabafou sua mãe, Annette. "Nenhuma criança deveria ter de enfrentar um câncer." Nas próximas semanas, a menina será submetida a uma mastectomia. "Vamos remover todo o tecido mamário remanescente", disse Bucher, O médico afirma que o prognóstico é positivo. "De acordo com relatos na literatura médica, a maioria das crianças com esse tipo de câncer se recuperou bem. É definitivamente curável", salienta. CAMPANHA O drama da família é agravado pelo fato de Annette e o marido, Troy, também já terem lutado contra o câncer. Ela se recuperou de um câncer de colo do útero. Troy enfrenta o retorno de um linfoma não-hodgkin, diagnosticado inicialmente em 2008. Comovidos com a situação enfrentada pelos Turner, amigos da família lançaram uma página no Facebook e uma campanha no site de financiamento coletivo GoFundMe para ajudar nas despesas médicas. "Chrissy está prestes a entrar na maior luta de sua vida, e a família Turner precisa de toda a ajuda que conseguir", escreveu a autora da campanha, Melissa Papaj. A amiga lembra que a família ainda sofre para pagar as despesas médicas do tratamento de Troy, um veterano militar. Em sete dias, a campanha já arrecadou mais de US$ 50 mil e mensagens de apoio de várias partes do mundo. RARIDADE Apesar da comoção causada pelo caso de Chrissy, médicos salientam que cânceres de mama são raríssimos em crianças e não há motivo para pânico entre os pais. "Antes de Chrissy, eu nunca havia visto outro caso de câncer de mama em uma criança tão jovem", ressalta Bucher. "Vejo muitas crianças com massa mamária e são quase sempre tumores benignos", conclui. O presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Ruffo de Freitas Junior, disse que a paciente mais jovem que já tratou tinha 17 anos. Segundo o médico brasileiro, de maneira geral o câncer de mama se manifesta depois dos 20 anos de idade. CHANCES Há vários tipos e subtipos de câncer de mama, alguns mais agressivos que outros. "Tumores menos agressivos costumam incidir em mulheres acima de 50 anos", diz Freitas Junior. "Em mulheres mais jovens, eles costumam ser mais agressivos, principalmente abaixo dos 40 anos. De forma geral, são tumores que surgem em decorrência de alterações germinativas", observa. "São erros herdados do pai ou da mãe, e como esse indivíduo já nasceu com esse erro, o corpo tem menos habilidade de se defender." O médico brasileiro ressalta que vários fatores afetam as chances de cura, entre eles o estadiamento - o tamanho em que o tumor foi descoberto. Também deve ser considerada a presença ou ausência de proteínas. Entre os tumores de bom prognóstico, Freitas Junior cita o carcinoma mucinoso, com cerca de 90% a 95% de chance de cura. No caso de tumores metaplásicos, as chances de cura costumam girar entre 60% e 70%, diz.
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Taís Gasparian: Dia Mundial da Imprensa e Judiciário
Os últimos anos foram essenciais para o estabelecimento de parâmetros mais seguros e perenes no que diz respeito à garantia e à efetividade da liberdade de expressão no Brasil. A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), revogando a Lei de Imprensa, em 2009, a promulgação da Lei de Acesso à Informação, em 2011, e o Marco Civil da Internet, no ano passado, são importantes documentos que justificam otimismo com relação ao tema. A discussão sobre a liberdade de expressão é recente no país. Embora a Constituição Federal adote princípios de plena liberdade desde sua promulgação, em 1988, esses mesmos princípios coexistiram no Brasil durante mais de 20 anos, com uma Lei de Imprensa da época da ditadura militar. Por ocasião do julgamento que afastou a aplicação da Lei de Imprensa, o Supremo, na voz do então ministro Carlos Ayres Britto, manifestou o entendimento de que as liberdades de pensamento, criação, expressão, informação e imprensa não comportam qualquer restrição ao seu exercício e não se sujeitam a outras disposições que não aquelas previstas na própria Constituição. Vale lembrar que a decisão do STF foi provocada por uma ação assinada pelo advogado e deputado federal Miro Teixeira, inspirado na avalanche de ações propostas contra a Folha e contra a jornalista Elvira Lobato por dezenas de fiéis de uma igreja, em razão de uma reportagem. O jornal não perdeu nenhum processo, e a decisão do Supremo é referência para diversas outras decisões judiciais no país. Essas são questões que merecem ser lembradas no Dia Mundial da Imprensa, comemorado neste domingo (3), e que refletem o amadurecimento democrático do país. Em homenagem a essa mesma data, a Universidade Columbia, em Nova York, colocará na internet um repertório de decisões judiciais de diversos países, relativas à liberdade de expressão. Trata-se do Global FoE Database Website (globalfree domofexpression.org), que reúne jurisprudência de mais de 30 nações. Construído com o apoio de juristas, advogados e professores, esse banco de dados permitirá o conhecimento de casos críticos, o exame comparativo de jurisprudência e a pesquisa por tendências regionais e globais. Interessante notar que as decisões judiciais mais recentes relativas à liberdade de expressão no Brasil aproximam-se muito das proferidas em países com forte tradição democrática. Tanto aqui como nesses países, os assuntos mais marcantes são os relativos às violações à honra, ao direito ao esquecimento e ao discurso do ódio. Estão praticamente fora da nossa agenda, por exemplo, os temas relativos à censura política e ideológica, que ainda são temas preocupantes em outros países. Mesmo em uma democracia relativamente jovem como a brasileira, as decisões dos tribunais têm acompanhado a consolidação dos princípios democráticos de publicidade dos atos da administração pública e de liberdade de expressão. Afinal, à imprensa também cabe o papel de controlar e revelar atos relativos ao Estado, além de constituir uma alternativa à versão oficial dos fatos. TAÍS GASPARIAN, 56, advogada, é sócia do escritório Rodrigues Barbosa, Mac Dowell de Figueiredo, Gasparian "" Advogados e integrante da Comissão Especial de Defesa da Liberdade de Expressão da OAB * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Taís Gasparian: Dia Mundial da Imprensa e JudiciárioOs últimos anos foram essenciais para o estabelecimento de parâmetros mais seguros e perenes no que diz respeito à garantia e à efetividade da liberdade de expressão no Brasil. A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), revogando a Lei de Imprensa, em 2009, a promulgação da Lei de Acesso à Informação, em 2011, e o Marco Civil da Internet, no ano passado, são importantes documentos que justificam otimismo com relação ao tema. A discussão sobre a liberdade de expressão é recente no país. Embora a Constituição Federal adote princípios de plena liberdade desde sua promulgação, em 1988, esses mesmos princípios coexistiram no Brasil durante mais de 20 anos, com uma Lei de Imprensa da época da ditadura militar. Por ocasião do julgamento que afastou a aplicação da Lei de Imprensa, o Supremo, na voz do então ministro Carlos Ayres Britto, manifestou o entendimento de que as liberdades de pensamento, criação, expressão, informação e imprensa não comportam qualquer restrição ao seu exercício e não se sujeitam a outras disposições que não aquelas previstas na própria Constituição. Vale lembrar que a decisão do STF foi provocada por uma ação assinada pelo advogado e deputado federal Miro Teixeira, inspirado na avalanche de ações propostas contra a Folha e contra a jornalista Elvira Lobato por dezenas de fiéis de uma igreja, em razão de uma reportagem. O jornal não perdeu nenhum processo, e a decisão do Supremo é referência para diversas outras decisões judiciais no país. Essas são questões que merecem ser lembradas no Dia Mundial da Imprensa, comemorado neste domingo (3), e que refletem o amadurecimento democrático do país. Em homenagem a essa mesma data, a Universidade Columbia, em Nova York, colocará na internet um repertório de decisões judiciais de diversos países, relativas à liberdade de expressão. Trata-se do Global FoE Database Website (globalfree domofexpression.org), que reúne jurisprudência de mais de 30 nações. Construído com o apoio de juristas, advogados e professores, esse banco de dados permitirá o conhecimento de casos críticos, o exame comparativo de jurisprudência e a pesquisa por tendências regionais e globais. Interessante notar que as decisões judiciais mais recentes relativas à liberdade de expressão no Brasil aproximam-se muito das proferidas em países com forte tradição democrática. Tanto aqui como nesses países, os assuntos mais marcantes são os relativos às violações à honra, ao direito ao esquecimento e ao discurso do ódio. Estão praticamente fora da nossa agenda, por exemplo, os temas relativos à censura política e ideológica, que ainda são temas preocupantes em outros países. Mesmo em uma democracia relativamente jovem como a brasileira, as decisões dos tribunais têm acompanhado a consolidação dos princípios democráticos de publicidade dos atos da administração pública e de liberdade de expressão. Afinal, à imprensa também cabe o papel de controlar e revelar atos relativos ao Estado, além de constituir uma alternativa à versão oficial dos fatos. TAÍS GASPARIAN, 56, advogada, é sócia do escritório Rodrigues Barbosa, Mac Dowell de Figueiredo, Gasparian "" Advogados e integrante da Comissão Especial de Defesa da Liberdade de Expressão da OAB * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Leitor critica reportagem sobre intervenção russa na Síria
Não entendo por que dar mais destaque ao ministro da Defesa de Israel, que teria "revelado"a entrada de militares da Rússia na Síria, se o próprio ministro russo Sergei Lavrov afirma que isso não é segredo. A notícia não mostra o ponto de vista russo, que justifica o apoio a Bashar al-Assad baseado na situação em que se encontram o Iraque e a Líbia —antes regimes estáveis, hoje, pós-intervenção ocidental, fonte de refugiados vulneráveis ao Estado Islâmico. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor critica reportagem sobre intervenção russa na SíriaNão entendo por que dar mais destaque ao ministro da Defesa de Israel, que teria "revelado"a entrada de militares da Rússia na Síria, se o próprio ministro russo Sergei Lavrov afirma que isso não é segredo. A notícia não mostra o ponto de vista russo, que justifica o apoio a Bashar al-Assad baseado na situação em que se encontram o Iraque e a Líbia —antes regimes estáveis, hoje, pós-intervenção ocidental, fonte de refugiados vulneráveis ao Estado Islâmico. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Pioneiro entre populares, Uno Mille não vinha com encostos de cabeça
EDUARDO SODRÉ COLUNISTA DA FOLHA Os parcos 48 cv de potência não impediram o Uno Mille de ultrapassar boa parte da concorrência em 1990 e se tornar o pioneiro entre os carros populares no Brasil. Naquele ano, o imposto para modelos com motores de 800 cc a 1.000 cc caía de 37% para 20%, provocando correria nas montadoras. Em dois meses, a Fiat aproveitou o que tinha e lançou seu 1.0. Em outubro de 1990, o primeiro Mille custava 625 mil cruzeiros, que equivalem a R$ 39,8 mil nos dias de hoje. A correção de valores foi feita com base no IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado). O primeiro popular era simples a ponto de não trazer encostos de cabeça entre os itens de série, e o sistema de ventilação tinha saídas de ar apenas na parte central do painel. Ao longo dos anos, os carros "mil" ganharam espaço e mais equipamentos.
sobretudo
Pioneiro entre populares, Uno Mille não vinha com encostos de cabeça EDUARDO SODRÉ COLUNISTA DA FOLHA Os parcos 48 cv de potência não impediram o Uno Mille de ultrapassar boa parte da concorrência em 1990 e se tornar o pioneiro entre os carros populares no Brasil. Naquele ano, o imposto para modelos com motores de 800 cc a 1.000 cc caía de 37% para 20%, provocando correria nas montadoras. Em dois meses, a Fiat aproveitou o que tinha e lançou seu 1.0. Em outubro de 1990, o primeiro Mille custava 625 mil cruzeiros, que equivalem a R$ 39,8 mil nos dias de hoje. A correção de valores foi feita com base no IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado). O primeiro popular era simples a ponto de não trazer encostos de cabeça entre os itens de série, e o sistema de ventilação tinha saídas de ar apenas na parte central do painel. Ao longo dos anos, os carros "mil" ganharam espaço e mais equipamentos.
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Haddad quer mudar nome de vias que homenageiam a ditadura; veja lista
O prefeito Fernando Haddad (PT) encaminhou para a Câmara Municipal, nesta quinta-feira (13), um projeto para alterar o nome do viaduto 31 de Março, localizado na região da Liberdade, centro de São Paulo. A ideia é que a data do golpe de 1964 seja trocada para viaduto Therezinha Zerbini, que lutou pela aprovação da anistia, ao final da ditadura. Se aprovada na Câmara, essa deverá ser a primeira de uma série de mudanças de nomes de ruas, praças e viadutos. A ideia da Prefeitura de São Paulo é alterar os logradouros que homenageiam datas e pessoas ligadas à repressão do regime militar (1964-1985). A Secretaria de Direitos Humanos já identificou 22 vias que poderão sofrer a alteração. Um segundo projeto também foi encaminhado pela gestão Haddad à Câmara para que se impeça novas nomeações de vias ou prédios públicos com referências ao período militar. "Esse projeto 'Ruas de Memória' visa celebrar a vida daqueles que se dedicaram à democracia, que lutaram pelas liberdades individuais no nosso país. Substituindo os nomes daquelas ruas associadas ao período de arbítrio, período da violência, que reinou em nosso país por mais de 20 anos", afirmou Haddad. Em caso de vias residenciais, a mudança das ruas será feita em discussão com os moradores, segundo o prefeito. Além das ruas, a administração também já listou 15 escolas e cinco ginásios esportivos que poderão ter os nomes alterados de acordo com o projeto. O levantamento, no entanto, ainda está em andamento. "Um povo que não preserva a sua memória, que não tem direito à verdade, não consegue sequer construir um presente que garanta a democracia, respeite os direitos humanos e melhore as condições de vida para todo o seu povo. E esse projeto tem essa grande virtude: buscar a verdade, preservar a memória", disse o ministro-chefe da secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Pepe Vargas, que participou do lançamento. Veja ruas e praças listados pela prefeitura:
cotidiano
Haddad quer mudar nome de vias que homenageiam a ditadura; veja listaO prefeito Fernando Haddad (PT) encaminhou para a Câmara Municipal, nesta quinta-feira (13), um projeto para alterar o nome do viaduto 31 de Março, localizado na região da Liberdade, centro de São Paulo. A ideia é que a data do golpe de 1964 seja trocada para viaduto Therezinha Zerbini, que lutou pela aprovação da anistia, ao final da ditadura. Se aprovada na Câmara, essa deverá ser a primeira de uma série de mudanças de nomes de ruas, praças e viadutos. A ideia da Prefeitura de São Paulo é alterar os logradouros que homenageiam datas e pessoas ligadas à repressão do regime militar (1964-1985). A Secretaria de Direitos Humanos já identificou 22 vias que poderão sofrer a alteração. Um segundo projeto também foi encaminhado pela gestão Haddad à Câmara para que se impeça novas nomeações de vias ou prédios públicos com referências ao período militar. "Esse projeto 'Ruas de Memória' visa celebrar a vida daqueles que se dedicaram à democracia, que lutaram pelas liberdades individuais no nosso país. Substituindo os nomes daquelas ruas associadas ao período de arbítrio, período da violência, que reinou em nosso país por mais de 20 anos", afirmou Haddad. Em caso de vias residenciais, a mudança das ruas será feita em discussão com os moradores, segundo o prefeito. Além das ruas, a administração também já listou 15 escolas e cinco ginásios esportivos que poderão ter os nomes alterados de acordo com o projeto. O levantamento, no entanto, ainda está em andamento. "Um povo que não preserva a sua memória, que não tem direito à verdade, não consegue sequer construir um presente que garanta a democracia, respeite os direitos humanos e melhore as condições de vida para todo o seu povo. E esse projeto tem essa grande virtude: buscar a verdade, preservar a memória", disse o ministro-chefe da secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Pepe Vargas, que participou do lançamento. Veja ruas e praças listados pela prefeitura:
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Após surto de microcefalia, médicos desaconselham a engravidar agora
Com a forte suspeita de que o zika vírus está associado à epidemia de microcefalia no Nordeste, médicos estão recomendando que as mulheres evitem a gravidez. Em pouco mais de três meses, o Ministério da Saúde registrou 399 casos de recém-nascidos com a má-formação do cérebro que pode levar a problemas graves no desenvolvimento da criança. Amostras coletadas do líquido amniótico de duas gestantes cujos fetos foram diagnosticados com microcefalia confirmaram a infecção por zika, vírus identificado no Brasil neste ano e transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti. Para o infectologista Artur Timerman, presidente da recém-criada Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses, as mulheres devem prevenir a gravidez por ora, mesmo aquelas que vivem em regiões sem surtos de zika. "Ainda não sabemos a real dimensão do problema. Ninguém está sendo testado para zika como rotina. Então, não dá para garantir que as mulheres que vivem em São Paulo, por exemplo, estejam em segurança", afirma. Ele diz ter aconselhado a sua filha, que mora no Rio de Janeiro [onde não há surto de zika], a esperar mais um pouco para engravidar. "E olha que eu estou louco para ser avô de novo", brinca. O ginecologista Thomas Gollop, especialista em medicina fetal, compartilha a mesma opinião. "O bom senso recomenda prevenir a gravidez. Todo cuidado é pouco. Do contrário, colocaremos gestantes e fetos em risco", diz. Para Cesar Fernandes, presidente eleito da Febrasgo (federação dos ginecologistas e obstetras), as mulheres que vivem nas regiões endêmicas para zika devem adotar "uma anticoncepção efetiva". Já as que estão em outras regiões devem avaliar o risco junto com os seus médicos. "O princípio da precaução deve ser adotado. Na dúvida, é melhor ser cauteloso e proteger a paciente." Ao mesmo tempo, ele se preocupa em não criar pânico. "Temos que ser transparentes e reconhecer nosso despreparo em lidar com algo muito novo e muito sério." Nesta quarta-feira (18), o ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse que mulheres que desejam engravidar devem analisar os riscos com a família e médicos antes de tomar uma decisão. As secretarias estaduais de saúde do Rio de Janeiro e de Pernambuco já tomaram medidas para tornar obrigatória a notificação de grávidas com sintomas da infecção. LIMITE Cesar Fernandes lembra que muitas mulheres estão no limite da vida reprodutiva (acima dos 35 anos) e podem não querer esperar mais tempo para engravidar. Nesses casos, o ginecologista Artur Dzik, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina Reprodutiva, diz estar aconselhando as pacientes a usar repelente e a evitar viagens às regiões endêmicas. "Até o momento, não há uma recomendação oficial para se evitar a gravidez." A advogada Karin Lúcia, 36, que está grávida de 12 semanas após cinco anos fazendo tratamento para engravidar, afirma ter ligado "desesperada" para o seu médico temendo ser infectada pelo zika vírus durante a gestação. "Ele me tranquilizou, aconselhou a usar repelente, mas mandou eu ficar atenta a qualquer sintoma." SURTO Segundo o ministro, se o zika for confirmado como a causa do surto, conforme a hipótese investigada, a situação pode se estender para outros Estados além do Nordeste e "até outros países". "O zika era tratado como dengue mais branda. Se for confirmado que é o causador, isso o torna o mais perigoso dos vírus transmitidos pelo Aedes aegypti", afirmou. Infográfico: Entenda a microcefalia
cotidiano
Após surto de microcefalia, médicos desaconselham a engravidar agoraCom a forte suspeita de que o zika vírus está associado à epidemia de microcefalia no Nordeste, médicos estão recomendando que as mulheres evitem a gravidez. Em pouco mais de três meses, o Ministério da Saúde registrou 399 casos de recém-nascidos com a má-formação do cérebro que pode levar a problemas graves no desenvolvimento da criança. Amostras coletadas do líquido amniótico de duas gestantes cujos fetos foram diagnosticados com microcefalia confirmaram a infecção por zika, vírus identificado no Brasil neste ano e transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti. Para o infectologista Artur Timerman, presidente da recém-criada Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses, as mulheres devem prevenir a gravidez por ora, mesmo aquelas que vivem em regiões sem surtos de zika. "Ainda não sabemos a real dimensão do problema. Ninguém está sendo testado para zika como rotina. Então, não dá para garantir que as mulheres que vivem em São Paulo, por exemplo, estejam em segurança", afirma. Ele diz ter aconselhado a sua filha, que mora no Rio de Janeiro [onde não há surto de zika], a esperar mais um pouco para engravidar. "E olha que eu estou louco para ser avô de novo", brinca. O ginecologista Thomas Gollop, especialista em medicina fetal, compartilha a mesma opinião. "O bom senso recomenda prevenir a gravidez. Todo cuidado é pouco. Do contrário, colocaremos gestantes e fetos em risco", diz. Para Cesar Fernandes, presidente eleito da Febrasgo (federação dos ginecologistas e obstetras), as mulheres que vivem nas regiões endêmicas para zika devem adotar "uma anticoncepção efetiva". Já as que estão em outras regiões devem avaliar o risco junto com os seus médicos. "O princípio da precaução deve ser adotado. Na dúvida, é melhor ser cauteloso e proteger a paciente." Ao mesmo tempo, ele se preocupa em não criar pânico. "Temos que ser transparentes e reconhecer nosso despreparo em lidar com algo muito novo e muito sério." Nesta quarta-feira (18), o ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse que mulheres que desejam engravidar devem analisar os riscos com a família e médicos antes de tomar uma decisão. As secretarias estaduais de saúde do Rio de Janeiro e de Pernambuco já tomaram medidas para tornar obrigatória a notificação de grávidas com sintomas da infecção. LIMITE Cesar Fernandes lembra que muitas mulheres estão no limite da vida reprodutiva (acima dos 35 anos) e podem não querer esperar mais tempo para engravidar. Nesses casos, o ginecologista Artur Dzik, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina Reprodutiva, diz estar aconselhando as pacientes a usar repelente e a evitar viagens às regiões endêmicas. "Até o momento, não há uma recomendação oficial para se evitar a gravidez." A advogada Karin Lúcia, 36, que está grávida de 12 semanas após cinco anos fazendo tratamento para engravidar, afirma ter ligado "desesperada" para o seu médico temendo ser infectada pelo zika vírus durante a gestação. "Ele me tranquilizou, aconselhou a usar repelente, mas mandou eu ficar atenta a qualquer sintoma." SURTO Segundo o ministro, se o zika for confirmado como a causa do surto, conforme a hipótese investigada, a situação pode se estender para outros Estados além do Nordeste e "até outros países". "O zika era tratado como dengue mais branda. Se for confirmado que é o causador, isso o torna o mais perigoso dos vírus transmitidos pelo Aedes aegypti", afirmou. Infográfico: Entenda a microcefalia
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Empresa ligada a Doria pede dinheiro a empresários por palestra de prefeito
O Lide, empresa fundada pelo prefeito João Doria (PSDB) e conhecida por pedir contribuições de empresários para organizar palestras com políticos, agora está passando o chapéu para solicitar recursos que vão bancar uma palestra do próprio Doria. A Folha teve acesso a um e-mail que o Lide enviou a empresários na semana passada pedindo dinheiro para financiar o "almoço-debate" com líderes empresariais no dia 6 de março, no hotel Grand Hyatt, na capital paulista, com apresentação do prefeito recém-empossado. O tema da palestra será: "O impacto de uma gestão eficiente na cidade de São Paulo". Conforme o e-mail, os presidentes das empresas que pagarem uma cota de "copatrocínio" de R$ 50 mil terão o direito de se sentar à mesa principal com Doria. As companhias parceiras também poderão exibir seus logotipos em banners no palco do evento, além de outras aparições das marcas. O Lide não informa quantas são as cotas de patrocínio destinadas ao almoço com Doria. Ele nega que haja conflito de interesses sob o argumento de que o prefeito já não tem mais ações da empresa. Questionada pela Folha, a assessoria de imprensa da Prefeitura de São Paulo afirma que não há nenhuma restrição para que o tucano faça palestras em evento promovido por empresas ou entidades. FILHOS Para evitar acusações de conflito de interesse, Doria começou a tomar algumas medidas desde 2015, antes de se tornar candidato. O empresário, que costumava ser mestre de cerimônia dos almoços, cedeu espaço para que outro fundador, o ex-ministro Luiz Fernando Furlan, fortalecesse seu papel à frente da instituição. Durante a campanha, anunciou que passaria o comando acionário das empresas do Grupo Doria a seus filhos. Para especialistas ouvidos pela reportagem, no entanto, apesar de o prefeito ter se afastado das empresas, a captação de dinheiro privado por parte do Lide para financiar sua palestra ainda se enquadra em um caso delicado. "Existe um flagrante conflito de interesse na medida em que ele é o prefeito da cidade, e as empresas podem se sentir intimidadas e temerosas de sofrer retaliações do poder público caso não contribuam", afirma Rafael Alcadipani, professor de estudos organizacionais da FGV (Fundação Getulio Vargas) Eaesp. "É preciso tomar cuidado para que esses financiadores não sejam fornecedores da prefeitura no futuro", diz Jaime Crozatti, professor da USP (Universidade de São Paulo) especializado em gestão de políticas públicas. Empresários relatam que a estratégia da equipe do Lide para captar recursos é insistente. Enquanto Doria ainda chefiava o Lide, não era raro que ele próprio ligasse para reiterar o pedido de patrocínio quando algum dono de empresa negava o apoio. OUTRO LADO A gestão João Doria (PSDB) disse que não há nenhuma restrição para que o prefeito ou outra autoridade municipal façam palestras em eventos promovidos por empresas ou entidades empresariais. "O fato de um evento receber patrocínios do setor privado é irrelevante para o município, uma vez que não há nenhuma vedação para que autoridades municipais ministrem palestras." Pelo código de conduta da alta administração federal, configura conflito de interesses praticar ato em benefício de empresas das quais fazem parte os parentes do agente público. Gustavo Ene, CEO do Lide, também nega que haja conflito de interesse porque o prefeito já não tem mais ações da empresa. "O controle acionário [da empresa] foi passado aos filhos." Ene diz que o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) também já fora convidado para dar palestras, assim como outros prefeitos e governadores. A insistência da equipe do Lide nos pedidos de patrocínio, segundo o executivo, é sinal da eficiência da organização na busca por recursos. DOAÇÕES No ano passado, um jantar beneficente denominado Natal do Bem, do Lide, arrecadou R$ 1,81 milhão. A maior doação do evento foi feita pelo empresário Ivo Wohnrath, que arrematou uma palestra do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) por R$ 254 mil.
cotidiano
Empresa ligada a Doria pede dinheiro a empresários por palestra de prefeitoO Lide, empresa fundada pelo prefeito João Doria (PSDB) e conhecida por pedir contribuições de empresários para organizar palestras com políticos, agora está passando o chapéu para solicitar recursos que vão bancar uma palestra do próprio Doria. A Folha teve acesso a um e-mail que o Lide enviou a empresários na semana passada pedindo dinheiro para financiar o "almoço-debate" com líderes empresariais no dia 6 de março, no hotel Grand Hyatt, na capital paulista, com apresentação do prefeito recém-empossado. O tema da palestra será: "O impacto de uma gestão eficiente na cidade de São Paulo". Conforme o e-mail, os presidentes das empresas que pagarem uma cota de "copatrocínio" de R$ 50 mil terão o direito de se sentar à mesa principal com Doria. As companhias parceiras também poderão exibir seus logotipos em banners no palco do evento, além de outras aparições das marcas. O Lide não informa quantas são as cotas de patrocínio destinadas ao almoço com Doria. Ele nega que haja conflito de interesses sob o argumento de que o prefeito já não tem mais ações da empresa. Questionada pela Folha, a assessoria de imprensa da Prefeitura de São Paulo afirma que não há nenhuma restrição para que o tucano faça palestras em evento promovido por empresas ou entidades. FILHOS Para evitar acusações de conflito de interesse, Doria começou a tomar algumas medidas desde 2015, antes de se tornar candidato. O empresário, que costumava ser mestre de cerimônia dos almoços, cedeu espaço para que outro fundador, o ex-ministro Luiz Fernando Furlan, fortalecesse seu papel à frente da instituição. Durante a campanha, anunciou que passaria o comando acionário das empresas do Grupo Doria a seus filhos. Para especialistas ouvidos pela reportagem, no entanto, apesar de o prefeito ter se afastado das empresas, a captação de dinheiro privado por parte do Lide para financiar sua palestra ainda se enquadra em um caso delicado. "Existe um flagrante conflito de interesse na medida em que ele é o prefeito da cidade, e as empresas podem se sentir intimidadas e temerosas de sofrer retaliações do poder público caso não contribuam", afirma Rafael Alcadipani, professor de estudos organizacionais da FGV (Fundação Getulio Vargas) Eaesp. "É preciso tomar cuidado para que esses financiadores não sejam fornecedores da prefeitura no futuro", diz Jaime Crozatti, professor da USP (Universidade de São Paulo) especializado em gestão de políticas públicas. Empresários relatam que a estratégia da equipe do Lide para captar recursos é insistente. Enquanto Doria ainda chefiava o Lide, não era raro que ele próprio ligasse para reiterar o pedido de patrocínio quando algum dono de empresa negava o apoio. OUTRO LADO A gestão João Doria (PSDB) disse que não há nenhuma restrição para que o prefeito ou outra autoridade municipal façam palestras em eventos promovidos por empresas ou entidades empresariais. "O fato de um evento receber patrocínios do setor privado é irrelevante para o município, uma vez que não há nenhuma vedação para que autoridades municipais ministrem palestras." Pelo código de conduta da alta administração federal, configura conflito de interesses praticar ato em benefício de empresas das quais fazem parte os parentes do agente público. Gustavo Ene, CEO do Lide, também nega que haja conflito de interesse porque o prefeito já não tem mais ações da empresa. "O controle acionário [da empresa] foi passado aos filhos." Ene diz que o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) também já fora convidado para dar palestras, assim como outros prefeitos e governadores. A insistência da equipe do Lide nos pedidos de patrocínio, segundo o executivo, é sinal da eficiência da organização na busca por recursos. DOAÇÕES No ano passado, um jantar beneficente denominado Natal do Bem, do Lide, arrecadou R$ 1,81 milhão. A maior doação do evento foi feita pelo empresário Ivo Wohnrath, que arrematou uma palestra do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) por R$ 254 mil.
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Objetivo é o brasileiro progredir
Em pouco mais de um ano, o governo Michel Temer conquistou avanços sociais expressivos, esvaziando o discurso de que somente o PT se preocupa com os pobres. Num artigo eivado de equívocos, publicado nesta Folha em 28 de setembro, o vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) repete esse mantra. E erra mais uma vez. O governo Temer valorizou e deu o maior reajuste anual ao Bolsa Família desde a criação do programa. Foram 12,5% no valor médio do benefício. As políticas de transferência de renda mais importantes no Brasil não são um monopólio petista. A aposentadoria do trabalhador rural, estruturada no governo Itamar Franco -que repassa dez vezes mais do que arrecada-, e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) -constituído ainda no primeiro governo Fernando Henrique- transferem juntos, para os mais pobres, um volume de recursos cinco vezes maior do que o Bolsa Família. São R$ 110 bilhões e R$ 50 bilhões por ano, respectivamente, frente aos R$ 29 bilhões do Bolsa Família. Além disso, a transferência de renda pura e simples do Bolsa Família não reduziu a pobreza como prega o artigo 3º, inciso III, da Constituição Federal. Se isso tivesse acontecido, o número de famílias necessitadas teria reduzido e não aumentado, como o vereador orgulhosamente constata. Entre 2003 e 2015, no governo do PT, o número de famílias beneficiárias do programa ou na fila para entrar saltou de 3,6 milhões para 15 milhões. Onde está a redução da pobreza se mais de 50 milhões de brasileiros necessitam de R$ 180, valor médio mensal do Bolsa Família, para não cair na pobreza extrema? Segundo o World Wealth and Income Database, instituto codirigido pelo economista neomarxista Thomas Piketty, a desigualdade entre os 10% mais ricos, que já ficam com mais da metade da riqueza do país, comparando com os 50% mais pobres, é maior hoje do que há 15 anos. E uma das razões disso -as desonerações fiscais no governo do PT para empresas-, o próprio vereador aponta no seu texto. Elas somam dez vezes mais recursos do que o valor repassado ao Bolsa Família. Foi na gestão de Dilma Rousseff que o programa ficou dois anos sem reajuste, justamente no período mais violento da recessão. O poder de compra de alimentos caiu, então, 25%. Portanto, o vereador não tem como falar em descumprimento da Constituição. Também temos que considerar que não há ofensa maior ao país do que bater o recorde de recessão da história econômica brasileira, com 14 milhões de desempregados -este foi o legado que recebemos dos governos petistas. Quando assumimos o governo, a média histórica era de quase um 1 milhão de famílias aguardando para receber o Bolsa Família. Nós zeramos a fila graças a um esforço para identificar inconsistências nos cadastros de beneficiários. E isso possibilitou a inclusão de quase 2 milhões de famílias este ano. Neste mês, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) repassará mais de R$ 2,4 bilhões a quase 13,5 milhões de famílias. Para promover a autonomia da população mais pobre, lançamos o Plano Progredir - Qualificação, Emprego e Renda para Quem Mais Precisa. É a maior proposta de inclusão produtiva já feita, com o objetivo de reforçar e fortalecer a inclusão dos brasileiros mais pobres. Antecipando o que os nossos adversários vão tentar dizer, o Progredir não vai acabar com o Bolsa Família. Pelo contrário. A ideia é dar o peixe e ensinar a pescar. Será oferecida assistência técnica para 1,7 milhão de autônomos em todo o país, além de ações de inclusão digital e educação financeira. Também serão disponibilizadas mais de 1 milhão de vagas em cursos profissionalizantes, e está prevista a oferta de até R$ 3 bilhões anuais em microcrédito. Vamos continuar dando o peixe, mas ensinando a pescar. O Brasil mudou. O governo Temer derrotou a recessão. A economia voltou a crescer com números positivos nos últimos quatro meses. Tudo isso é fruto de uma política de responsabilidade fiscal, mas também de grandes e significativos avanços sociais. OSMAR TERRA (PMDB-RS) é ministro do Desenvolvimento Social PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected] Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
Objetivo é o brasileiro progredirEm pouco mais de um ano, o governo Michel Temer conquistou avanços sociais expressivos, esvaziando o discurso de que somente o PT se preocupa com os pobres. Num artigo eivado de equívocos, publicado nesta Folha em 28 de setembro, o vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) repete esse mantra. E erra mais uma vez. O governo Temer valorizou e deu o maior reajuste anual ao Bolsa Família desde a criação do programa. Foram 12,5% no valor médio do benefício. As políticas de transferência de renda mais importantes no Brasil não são um monopólio petista. A aposentadoria do trabalhador rural, estruturada no governo Itamar Franco -que repassa dez vezes mais do que arrecada-, e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) -constituído ainda no primeiro governo Fernando Henrique- transferem juntos, para os mais pobres, um volume de recursos cinco vezes maior do que o Bolsa Família. São R$ 110 bilhões e R$ 50 bilhões por ano, respectivamente, frente aos R$ 29 bilhões do Bolsa Família. Além disso, a transferência de renda pura e simples do Bolsa Família não reduziu a pobreza como prega o artigo 3º, inciso III, da Constituição Federal. Se isso tivesse acontecido, o número de famílias necessitadas teria reduzido e não aumentado, como o vereador orgulhosamente constata. Entre 2003 e 2015, no governo do PT, o número de famílias beneficiárias do programa ou na fila para entrar saltou de 3,6 milhões para 15 milhões. Onde está a redução da pobreza se mais de 50 milhões de brasileiros necessitam de R$ 180, valor médio mensal do Bolsa Família, para não cair na pobreza extrema? Segundo o World Wealth and Income Database, instituto codirigido pelo economista neomarxista Thomas Piketty, a desigualdade entre os 10% mais ricos, que já ficam com mais da metade da riqueza do país, comparando com os 50% mais pobres, é maior hoje do que há 15 anos. E uma das razões disso -as desonerações fiscais no governo do PT para empresas-, o próprio vereador aponta no seu texto. Elas somam dez vezes mais recursos do que o valor repassado ao Bolsa Família. Foi na gestão de Dilma Rousseff que o programa ficou dois anos sem reajuste, justamente no período mais violento da recessão. O poder de compra de alimentos caiu, então, 25%. Portanto, o vereador não tem como falar em descumprimento da Constituição. Também temos que considerar que não há ofensa maior ao país do que bater o recorde de recessão da história econômica brasileira, com 14 milhões de desempregados -este foi o legado que recebemos dos governos petistas. Quando assumimos o governo, a média histórica era de quase um 1 milhão de famílias aguardando para receber o Bolsa Família. Nós zeramos a fila graças a um esforço para identificar inconsistências nos cadastros de beneficiários. E isso possibilitou a inclusão de quase 2 milhões de famílias este ano. Neste mês, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) repassará mais de R$ 2,4 bilhões a quase 13,5 milhões de famílias. Para promover a autonomia da população mais pobre, lançamos o Plano Progredir - Qualificação, Emprego e Renda para Quem Mais Precisa. É a maior proposta de inclusão produtiva já feita, com o objetivo de reforçar e fortalecer a inclusão dos brasileiros mais pobres. Antecipando o que os nossos adversários vão tentar dizer, o Progredir não vai acabar com o Bolsa Família. Pelo contrário. A ideia é dar o peixe e ensinar a pescar. Será oferecida assistência técnica para 1,7 milhão de autônomos em todo o país, além de ações de inclusão digital e educação financeira. Também serão disponibilizadas mais de 1 milhão de vagas em cursos profissionalizantes, e está prevista a oferta de até R$ 3 bilhões anuais em microcrédito. Vamos continuar dando o peixe, mas ensinando a pescar. O Brasil mudou. O governo Temer derrotou a recessão. A economia voltou a crescer com números positivos nos últimos quatro meses. Tudo isso é fruto de uma política de responsabilidade fiscal, mas também de grandes e significativos avanços sociais. OSMAR TERRA (PMDB-RS) é ministro do Desenvolvimento Social PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected] Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Bomba em latinha derrubou avião russo, afirma Estado Islâmico
Um dia após o governo russo afirmar que o avião derrubado no deserto do Sinai foi alvo de um atentado a bomba, o Estado Islâmico divulgou nesta quarta-feira (18) uma foto do que pode ser o explosivo utilizado na ação terrorista. A imagem -publicada na revista oficial da organização- mostra uma lata de alumínio, como a de um refrigerante, e outros dois objetos que parecem fazer parte de um mecanismo detonador. A bomba poderia, assim, ter sido ativada por um dos passageiros. Robert Morris, especialista nesse tipo de artefato, afirmou à Folha que a princípio é possível que o dispositivo tenha sido o responsável pela queda do avião. Morris, militar americano aposentado, é fundador e líder de uma campanha de conscientização contra os chamados IED -sigla em inglês para artefato explosivo improvisado. Como parece se tratar de uma bomba de dimensões reduzidas, ele afirma que o efeito dependeria, por exemplo, da posição em que ela estivesse dentro do avião. Morris falou à reportagem apenas como uma hipótese, já que até agora as informações sobre o avião russo são bastante limitadas. "O explosivo poderia estar próximo a uma janela do avião, pressionado por uma mala bastante densa, o que direcionaria a explosão para fora da aeronave", diz. Como a potência dessas bombas improvisadas depende do tempo em que elas permanecem contidas antes de explodir, Morris afirma que em geral são utilizados materiais como uma panela de pressão. Uma latinha de alumínio, com paredes finas e maleáveis, teria uma capacidade destrutiva menor. "O que me preocupa é que alguém tenha conseguido embarcar em um avião com sua a própria lata", diz Morris. "Além disso, se o objeto foi escaneado, a segurança do aeroporto deveria ter percebido que não era uma latinha de refrigerante." Ataques do Estado Islâmico PUBLICAÇÃO A fotografia do suposto explosivo foi publicada na edição mais recente da revista"Dabiq", a publicação oficial do Estado Islâmico. Em suas páginas, o Estado Islâmico relacionou o ataque às intervenções russas na Síria. "Uma bomba foi contrabandeada para dentro do avião, levando à morte de 219 russos e outros cinco cruzados, apenas um mês depois da decisão inconsciente [de atacar essa organização terrorista]", segundo o texto. A revista "Dabiq" circula desde o ano passado, quando o Estado Islâmico declarou seu califado em um território que inclui partes de Síria e Iraque. A publicação, de produção sofisticada, tem edição em inglês -facilmente encontrada na internet. O Estado Islâmico frequentemente utiliza a revista "Dabiq" para publicar informações sobre suas ações terroristas. Foi ali, por exemplo, que essa organização justificou teologicamente a decisão de queimar vivo umpiloto jordaniano, em janeiro. A revista tem uma diagramação profissional, ao contrário do que era feito na "Inspire", a publicação da Al Qaeda. O conteúdo é redigido a partir de uma série de conceitos específicos do islã radical, e dialoga com um público que está familiarizado com essa terminologia. Costuma haver, nas páginas da "Dabiq", uma série de justificações religiosas para as ações do Estado Islâmico, cuidadosamente costuradas com tradições centenares do islã. Há, além disso, páginas com notícias sobre inimigos. A edição número 12 inclui, ainda, uma entrevista com um radical na Somália chamado Abu Muharib, que critica as forças dos "cruzados" na região. Os termos relacionados às batalhas medievais entre cristãos e muçulmanos são recorrentes na revista. Estado Islâmico
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Bomba em latinha derrubou avião russo, afirma Estado IslâmicoUm dia após o governo russo afirmar que o avião derrubado no deserto do Sinai foi alvo de um atentado a bomba, o Estado Islâmico divulgou nesta quarta-feira (18) uma foto do que pode ser o explosivo utilizado na ação terrorista. A imagem -publicada na revista oficial da organização- mostra uma lata de alumínio, como a de um refrigerante, e outros dois objetos que parecem fazer parte de um mecanismo detonador. A bomba poderia, assim, ter sido ativada por um dos passageiros. Robert Morris, especialista nesse tipo de artefato, afirmou à Folha que a princípio é possível que o dispositivo tenha sido o responsável pela queda do avião. Morris, militar americano aposentado, é fundador e líder de uma campanha de conscientização contra os chamados IED -sigla em inglês para artefato explosivo improvisado. Como parece se tratar de uma bomba de dimensões reduzidas, ele afirma que o efeito dependeria, por exemplo, da posição em que ela estivesse dentro do avião. Morris falou à reportagem apenas como uma hipótese, já que até agora as informações sobre o avião russo são bastante limitadas. "O explosivo poderia estar próximo a uma janela do avião, pressionado por uma mala bastante densa, o que direcionaria a explosão para fora da aeronave", diz. Como a potência dessas bombas improvisadas depende do tempo em que elas permanecem contidas antes de explodir, Morris afirma que em geral são utilizados materiais como uma panela de pressão. Uma latinha de alumínio, com paredes finas e maleáveis, teria uma capacidade destrutiva menor. "O que me preocupa é que alguém tenha conseguido embarcar em um avião com sua a própria lata", diz Morris. "Além disso, se o objeto foi escaneado, a segurança do aeroporto deveria ter percebido que não era uma latinha de refrigerante." Ataques do Estado Islâmico PUBLICAÇÃO A fotografia do suposto explosivo foi publicada na edição mais recente da revista"Dabiq", a publicação oficial do Estado Islâmico. Em suas páginas, o Estado Islâmico relacionou o ataque às intervenções russas na Síria. "Uma bomba foi contrabandeada para dentro do avião, levando à morte de 219 russos e outros cinco cruzados, apenas um mês depois da decisão inconsciente [de atacar essa organização terrorista]", segundo o texto. A revista "Dabiq" circula desde o ano passado, quando o Estado Islâmico declarou seu califado em um território que inclui partes de Síria e Iraque. A publicação, de produção sofisticada, tem edição em inglês -facilmente encontrada na internet. O Estado Islâmico frequentemente utiliza a revista "Dabiq" para publicar informações sobre suas ações terroristas. Foi ali, por exemplo, que essa organização justificou teologicamente a decisão de queimar vivo umpiloto jordaniano, em janeiro. A revista tem uma diagramação profissional, ao contrário do que era feito na "Inspire", a publicação da Al Qaeda. O conteúdo é redigido a partir de uma série de conceitos específicos do islã radical, e dialoga com um público que está familiarizado com essa terminologia. Costuma haver, nas páginas da "Dabiq", uma série de justificações religiosas para as ações do Estado Islâmico, cuidadosamente costuradas com tradições centenares do islã. Há, além disso, páginas com notícias sobre inimigos. A edição número 12 inclui, ainda, uma entrevista com um radical na Somália chamado Abu Muharib, que critica as forças dos "cruzados" na região. Os termos relacionados às batalhas medievais entre cristãos e muçulmanos são recorrentes na revista. Estado Islâmico
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Leitora elogia reportagem sobre princesa gay em literatura infantil
Adorei a reportagem Princesa gay, Branca de Neve negra; como publicar um livro infantil assim?. Acho que a literatura LGBT tem crescido no Brasil e sugiro mais matérias sobre esses livros. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitora elogia reportagem sobre princesa gay em literatura infantilAdorei a reportagem Princesa gay, Branca de Neve negra; como publicar um livro infantil assim?. Acho que a literatura LGBT tem crescido no Brasil e sugiro mais matérias sobre esses livros. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Após sofrer goleada, torcida do Santos picha muro da Vila Belmiro
Logo após a goleada sofrida para o Goiás por 4 a 1, na quarta-feira (8), no estádio Serra Dourada, em Goiânia, torcedores do Santos picharam o muro da Vila Belmiro. "Raça; honrem o manto; amor ou terror, escolham", foram as palavras pichadas no estádio. Campeão paulista neste ano, o Santos ocupa a 17ª colocação no Campeonato Brasileiro com 10 pontos -tem três a menos do que o Internacional, primeiro clube fora da zona da degola. A equipe, que perdeu as últimas quatro partidas, volta a campo no sábado (11), quando recebe o Figueirense, às 18h30. Com a derrota para o Goiás, a situação do técnico Marcelo Fernandes fica praticamente insustentável. Ele deverá ser substituído por Dorival Júnior. Outros nomes especulados são Oswaldo de Oliveira, que já foi vetado neste ano, Alexandre Gallo e Doriva.
esporte
Após sofrer goleada, torcida do Santos picha muro da Vila BelmiroLogo após a goleada sofrida para o Goiás por 4 a 1, na quarta-feira (8), no estádio Serra Dourada, em Goiânia, torcedores do Santos picharam o muro da Vila Belmiro. "Raça; honrem o manto; amor ou terror, escolham", foram as palavras pichadas no estádio. Campeão paulista neste ano, o Santos ocupa a 17ª colocação no Campeonato Brasileiro com 10 pontos -tem três a menos do que o Internacional, primeiro clube fora da zona da degola. A equipe, que perdeu as últimas quatro partidas, volta a campo no sábado (11), quando recebe o Figueirense, às 18h30. Com a derrota para o Goiás, a situação do técnico Marcelo Fernandes fica praticamente insustentável. Ele deverá ser substituído por Dorival Júnior. Outros nomes especulados são Oswaldo de Oliveira, que já foi vetado neste ano, Alexandre Gallo e Doriva.
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Barça não me valoriza e estou com um pé e meio fora, diz Daniel Alves
Com contrato até o dia 30 de junho, o lateral direito Daniel Alves criticou o comportamento do Barcelona e afirmou que está com um pé e meio fora do clube. "O clube não me valoriza. Sempre disse que gostaria de ficar no Barça, mas não a qualquer preço. E não é por dinheiro. Mas penso que mereço respeito, porque o que fiz nesta posição ninguém fez. Para mim, não é questão de dinheiro. Creio muito no meu profissionalismo. Não sinto que estou chantageando o clube. Apenas defendo o que é meu", disse Daniel Alves durante entrevista nesta segunda-feira (25). "Fui desrespeitado! Estou 200% com o time, e menos de 10% com o clube. Um pé, um corpo e a cabeça fora do Barcelona", acrescentou. Daniel Alves foi contratado pelo Barcelona em 2008. Neste período, o lateral foi bicampeão da Liga dos Campeões, pentacampeão do Campeonato Espanhol e bicampeão do Mundial de Clubes. Ele ainda tem no currículo com o clube duas Copas do Rei, duas Supercopas da Europa e quatro Supercopas da Espanha. O lateral direito ainda pode conquistar mais dois títulos pelo Barcelona antes do término do seu contrato. No sábado (30), enfrenta o Athletic Bilbao, pela decisão da Copa do Rei. No dia 6, encara a Juventus, pela final da Liga dos Campeões.
esporte
Barça não me valoriza e estou com um pé e meio fora, diz Daniel AlvesCom contrato até o dia 30 de junho, o lateral direito Daniel Alves criticou o comportamento do Barcelona e afirmou que está com um pé e meio fora do clube. "O clube não me valoriza. Sempre disse que gostaria de ficar no Barça, mas não a qualquer preço. E não é por dinheiro. Mas penso que mereço respeito, porque o que fiz nesta posição ninguém fez. Para mim, não é questão de dinheiro. Creio muito no meu profissionalismo. Não sinto que estou chantageando o clube. Apenas defendo o que é meu", disse Daniel Alves durante entrevista nesta segunda-feira (25). "Fui desrespeitado! Estou 200% com o time, e menos de 10% com o clube. Um pé, um corpo e a cabeça fora do Barcelona", acrescentou. Daniel Alves foi contratado pelo Barcelona em 2008. Neste período, o lateral foi bicampeão da Liga dos Campeões, pentacampeão do Campeonato Espanhol e bicampeão do Mundial de Clubes. Ele ainda tem no currículo com o clube duas Copas do Rei, duas Supercopas da Europa e quatro Supercopas da Espanha. O lateral direito ainda pode conquistar mais dois títulos pelo Barcelona antes do término do seu contrato. No sábado (30), enfrenta o Athletic Bilbao, pela decisão da Copa do Rei. No dia 6, encara a Juventus, pela final da Liga dos Campeões.
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Veja dicas para fazer provas do Enem neste fim de semana
A edição 2015 do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que vale vaga na maior parte das universidades públicas do país, acontece neste sábado (24) e domingo (25). Para ajudar quem vai fazer as provas, a Folha separou algumas dicas e informações essenciais. Ao todo, 7,7 milhões de estudantes se inscreveram para participar do exame que é composto por quatro provas objetivas, cada uma com 45 questões, e uma redação. Infográfico: Prepare-se para o Enem Até a manhã desta quinta-feira (22), 6,4 milhões de participantes já haviam acessado, via internet, o cartão de confirmação de participação no exame. "Talvez seja o menor nível de não participantes [nos últimos anos]", afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ao programa "Bom Dia Ministro". O cartão apresenta os dados do participante, além de informar data, hora e local de realização das provas. O documento também confirma a opção de língua estrangeira selecionada pelo candidato para a prova. Para esta edição do Enem, os cartões estão disponíveis apenas pela internet –antes, eram enviados pelos Correios. O gabarito oficial será divulgado até a próxima quarta-feira (28) e ainda não há data para a liberação dos resultados oficiais –embora costumem sair em janeiro. SIMULADO FOLHA Na reta final da preparação, educadores recomendam refazer provas antigas do exame. Isso é importante para o estudante se familiarizar com o tipo de questão e tirar as últimas dúvidas. A Folha também selecionou dez questões de múltipla escolha que caíram nos exames de 2009 a 2014. Todas foram baseadas em reportagens, artigos e charges publicados no jornal. As questões selecionadas são das áreas de linguagens e códigos, ciências humanas e matemática. - Horários (fuso de Brasília) > 12h: abertura dos portões > 13h: fechamento dos portões > 13h30: início das provas 1º dia - sábado (24/10) - Tempo de prova: 4 horas e 30 min > Ciências Humanas e suas Tecnologias: 45 questões > Ciências da Natureza e suas Tecnologias: 45 questões 2º dia - domingo (25/10) - Tempo de prova: 5 horas e 30 min > Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: 45 questões > Matemática e suas Tecnologias: 45 questões Na véspera > Confirme seu local de prova no site enem.inep.gov.br > Faça o trajeto antes do dia do exame > Separe o material obrigatório (documento e caneta) > Durma bem; evite festas, esportes pesados e outras atividades cansativas > Mantenha uma alimentação leve e saudável, sem comidas diferentes No dia da prova > Programe-se para chegar ao local até as 12h, uma hora antes do fechamento dos portões > Alimente-se antes de sair de casa, com comidas leves e sem exageros > Leve água e alimentos leves, como frutas e barrinhas de cereal > Anote dados à medida em que lê o enunciado das questões > Reserve tempo para preencher o gabarito Na redação > Faça um rascunho antes de escrever > Seja preciso nas palavras > Evite repetições > Não faça generalizações > Releia com distanciamento > Gabaritos das provas objetivas serão divulgados no site do Enem até quarta-feira (28) > Os participantes poderão acessar resultados individuais em data a ser divulgada, mediante inserção de CPF e senha Fontes: Inep/MEC, Curso Etapa, Escola 24horas
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Veja dicas para fazer provas do Enem neste fim de semanaA edição 2015 do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que vale vaga na maior parte das universidades públicas do país, acontece neste sábado (24) e domingo (25). Para ajudar quem vai fazer as provas, a Folha separou algumas dicas e informações essenciais. Ao todo, 7,7 milhões de estudantes se inscreveram para participar do exame que é composto por quatro provas objetivas, cada uma com 45 questões, e uma redação. Infográfico: Prepare-se para o Enem Até a manhã desta quinta-feira (22), 6,4 milhões de participantes já haviam acessado, via internet, o cartão de confirmação de participação no exame. "Talvez seja o menor nível de não participantes [nos últimos anos]", afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ao programa "Bom Dia Ministro". O cartão apresenta os dados do participante, além de informar data, hora e local de realização das provas. O documento também confirma a opção de língua estrangeira selecionada pelo candidato para a prova. Para esta edição do Enem, os cartões estão disponíveis apenas pela internet –antes, eram enviados pelos Correios. O gabarito oficial será divulgado até a próxima quarta-feira (28) e ainda não há data para a liberação dos resultados oficiais –embora costumem sair em janeiro. SIMULADO FOLHA Na reta final da preparação, educadores recomendam refazer provas antigas do exame. Isso é importante para o estudante se familiarizar com o tipo de questão e tirar as últimas dúvidas. A Folha também selecionou dez questões de múltipla escolha que caíram nos exames de 2009 a 2014. Todas foram baseadas em reportagens, artigos e charges publicados no jornal. As questões selecionadas são das áreas de linguagens e códigos, ciências humanas e matemática. - Horários (fuso de Brasília) > 12h: abertura dos portões > 13h: fechamento dos portões > 13h30: início das provas 1º dia - sábado (24/10) - Tempo de prova: 4 horas e 30 min > Ciências Humanas e suas Tecnologias: 45 questões > Ciências da Natureza e suas Tecnologias: 45 questões 2º dia - domingo (25/10) - Tempo de prova: 5 horas e 30 min > Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: 45 questões > Matemática e suas Tecnologias: 45 questões Na véspera > Confirme seu local de prova no site enem.inep.gov.br > Faça o trajeto antes do dia do exame > Separe o material obrigatório (documento e caneta) > Durma bem; evite festas, esportes pesados e outras atividades cansativas > Mantenha uma alimentação leve e saudável, sem comidas diferentes No dia da prova > Programe-se para chegar ao local até as 12h, uma hora antes do fechamento dos portões > Alimente-se antes de sair de casa, com comidas leves e sem exageros > Leve água e alimentos leves, como frutas e barrinhas de cereal > Anote dados à medida em que lê o enunciado das questões > Reserve tempo para preencher o gabarito Na redação > Faça um rascunho antes de escrever > Seja preciso nas palavras > Evite repetições > Não faça generalizações > Releia com distanciamento > Gabaritos das provas objetivas serão divulgados no site do Enem até quarta-feira (28) > Os participantes poderão acessar resultados individuais em data a ser divulgada, mediante inserção de CPF e senha Fontes: Inep/MEC, Curso Etapa, Escola 24horas
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'Virada Aunimal' leva playground e spa para cães a shopping
JÚLIA GOUVEIA COLABORAÇÃO PARA A SÃO PAULO É cada vez mais comum ver os donos de cachorros levando seus bichinhos para passear em shoppings, parques, restaurantes e em outros lugares pet-friendly da cidade. Mas, na Virada Aunimal, que será realizada nos dias 6/5 e 7/5 no Iguatemi Alphaville, a história é diferente: são os humanos que "fazem companhia" para os animais, já que o evento é totalmente dedicado a eles. Em sua segunda edição, a Virada traz diversas atrações (e trocadilhos) para divertir o público. O grande destaque será o "parcão", um playground repleto de brinquedos adaptados com rampas, gangorras, passarelas e saltos. Monitores darão orientações de como conduzir os animais pelos obstáculos, que podem ser encarados por cães de todos os portes. Se os bichinhos quiserem relaxar, eles poderão repor as energias no "cãomping", que terá tendas, caminhas e até edredons. No "spacão", a empresa Anima Therapy fará demonstrações de terapias especiais para a saúde dos pets. Lojinhas vendendo artigos caninos e food trucks com comidinhas para humanos (e petiscos para os animais), como sacolé, ração e sorvete, também são esperados. Artistas farão"live painting" com a temática pet para quem quiser levar uma lembrança do evento. A Virada Aunimal também organizará uma feira de adoção de cães e gatos abandonados (interessados devem levar RG e comprovante de residência). Iguatemi Alphaville - doca 2. Alameda Rio Negro, 111, Alphaville, Barueri, tel. 2078-2000. Sáb (6): 11h às 21h. Dom. (7).: 14h às 21h. Livre. Estac. a partir de R$ 13. GRÁTIS - VIAGEM NO TEMPO Exposição Cidades do Mundo Até o dia 28/5, o Frei Caneca recebe uma exposição com 20 obras do artista plástico paulistano Maramgoní. Usando a técnica do hiper-realismo, seus quadros retratam cenas de antigamente de várias cidades no mundo, especialmente da capital paulista e de seus detalhes arquitetônicos. Shopping Frei Caneca - piso 1. R. Frei Caneca, 569, Cerqueira César, região central, tel. 3472-2075. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom. e feriados: 12h às 20h. Até 28/5. Livre. Estac. a partir de R$ 10. GRÁTIS. * SENTINDO NA PELE Experimentando Diferenças Este domingo (30) é o último dia em que o público poderá experimentar a sensação de praticar esportes adaptados no Shopping D. Na arena instalada na praça de eventos é possível praticar cinco modalidades, como basquete em cadeira de roda, futebol com vendas nos olhos ou handbike (bicicleta pedalada com as mãos). A partir das 16h, o velocista Daniel Mendes, ouro no Mundial Paralímpico, estará no shopping para conversar com os visitantes. Shopping D - piso térreo. Av. Cruzeiro do Sul, 1100, Canindé, região norte, tel. 4506-6000. Dom. (30): 14h às 20h. Livre. Estac. a partir de: R$ 6. GRÁTIS. * VOLTA AO MUNDO 2ª Feira Internacional de Artesanato e Decoração Matrioskas (as bonequinhas russas), cerâmicas, luminárias, lenços coloridos e mais de mil peças de artesanatos típicos de 11 países estão à venda na feira que ocorre no Center Norte até 28/5. Nesta segunda edição, será possível encontrar artigos vindos da Turquia, Tunísia, Senegal, Paquistão, Peru e outros países. Center Norte - pça. de eventos. Trav. Casalbuono, 120, Vila Guilherme, região norte, tel. 2224-5959. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Até 28/05. Livre. Estac. a partir de R$ 9. GRÁTIS * SE JOGA! Mar de Bolinhas Quem não resiste a uma piscina de bolinhas gigante deve ir ao Shopping Penha até 15/5. Ali, o Mar de Bolinhas ocupa uma área de 160 metros quadrados. No centro da atração, um farol com sete metros de altura é a porta de entrada para três escorregadores. Um brinquedo em forma de barco é opção para as crianças com menos de quatro anos –há ainda o Ilha Baby, um espaço para os menorzinhos também brincarem. Shopping Penha - pça de eventos. R. Dr. João Ribeiro, 304, Penha, região leste, tel. 4003-7210. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 12h às 20h. Livre. Ingr.: R$ 15 para 15 minutos. Até 15/05. Estac. a partir de R$ 7.
saopaulo
'Virada Aunimal' leva playground e spa para cães a shoppingJÚLIA GOUVEIA COLABORAÇÃO PARA A SÃO PAULO É cada vez mais comum ver os donos de cachorros levando seus bichinhos para passear em shoppings, parques, restaurantes e em outros lugares pet-friendly da cidade. Mas, na Virada Aunimal, que será realizada nos dias 6/5 e 7/5 no Iguatemi Alphaville, a história é diferente: são os humanos que "fazem companhia" para os animais, já que o evento é totalmente dedicado a eles. Em sua segunda edição, a Virada traz diversas atrações (e trocadilhos) para divertir o público. O grande destaque será o "parcão", um playground repleto de brinquedos adaptados com rampas, gangorras, passarelas e saltos. Monitores darão orientações de como conduzir os animais pelos obstáculos, que podem ser encarados por cães de todos os portes. Se os bichinhos quiserem relaxar, eles poderão repor as energias no "cãomping", que terá tendas, caminhas e até edredons. No "spacão", a empresa Anima Therapy fará demonstrações de terapias especiais para a saúde dos pets. Lojinhas vendendo artigos caninos e food trucks com comidinhas para humanos (e petiscos para os animais), como sacolé, ração e sorvete, também são esperados. Artistas farão"live painting" com a temática pet para quem quiser levar uma lembrança do evento. A Virada Aunimal também organizará uma feira de adoção de cães e gatos abandonados (interessados devem levar RG e comprovante de residência). Iguatemi Alphaville - doca 2. Alameda Rio Negro, 111, Alphaville, Barueri, tel. 2078-2000. Sáb (6): 11h às 21h. Dom. (7).: 14h às 21h. Livre. Estac. a partir de R$ 13. GRÁTIS - VIAGEM NO TEMPO Exposição Cidades do Mundo Até o dia 28/5, o Frei Caneca recebe uma exposição com 20 obras do artista plástico paulistano Maramgoní. Usando a técnica do hiper-realismo, seus quadros retratam cenas de antigamente de várias cidades no mundo, especialmente da capital paulista e de seus detalhes arquitetônicos. Shopping Frei Caneca - piso 1. R. Frei Caneca, 569, Cerqueira César, região central, tel. 3472-2075. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom. e feriados: 12h às 20h. Até 28/5. Livre. Estac. a partir de R$ 10. GRÁTIS. * SENTINDO NA PELE Experimentando Diferenças Este domingo (30) é o último dia em que o público poderá experimentar a sensação de praticar esportes adaptados no Shopping D. Na arena instalada na praça de eventos é possível praticar cinco modalidades, como basquete em cadeira de roda, futebol com vendas nos olhos ou handbike (bicicleta pedalada com as mãos). A partir das 16h, o velocista Daniel Mendes, ouro no Mundial Paralímpico, estará no shopping para conversar com os visitantes. Shopping D - piso térreo. Av. Cruzeiro do Sul, 1100, Canindé, região norte, tel. 4506-6000. Dom. (30): 14h às 20h. Livre. Estac. a partir de: R$ 6. GRÁTIS. * VOLTA AO MUNDO 2ª Feira Internacional de Artesanato e Decoração Matrioskas (as bonequinhas russas), cerâmicas, luminárias, lenços coloridos e mais de mil peças de artesanatos típicos de 11 países estão à venda na feira que ocorre no Center Norte até 28/5. Nesta segunda edição, será possível encontrar artigos vindos da Turquia, Tunísia, Senegal, Paquistão, Peru e outros países. Center Norte - pça. de eventos. Trav. Casalbuono, 120, Vila Guilherme, região norte, tel. 2224-5959. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Até 28/05. Livre. Estac. a partir de R$ 9. GRÁTIS * SE JOGA! Mar de Bolinhas Quem não resiste a uma piscina de bolinhas gigante deve ir ao Shopping Penha até 15/5. Ali, o Mar de Bolinhas ocupa uma área de 160 metros quadrados. No centro da atração, um farol com sete metros de altura é a porta de entrada para três escorregadores. Um brinquedo em forma de barco é opção para as crianças com menos de quatro anos –há ainda o Ilha Baby, um espaço para os menorzinhos também brincarem. Shopping Penha - pça de eventos. R. Dr. João Ribeiro, 304, Penha, região leste, tel. 4003-7210. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 12h às 20h. Livre. Ingr.: R$ 15 para 15 minutos. Até 15/05. Estac. a partir de R$ 7.
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Em telefonema, Trump diz a Temer que quer recebê-lo na Casa Branca
Na primeira conversa com o presidente Michel Temer desde que tomou posse nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump disse, em telefonema na tarde deste sábado (18), que tem interesse em receber uma visita do brasileiro em Washington. Os dois presidentes conversaram sobre a importância de "se incentivar o respeito pelos direitos democráticos e humanitários na Venezuela", segundo a Casa Branca. Em nota, o Planalto afirmou que a discussão sobre a crise venezuelana foi iniciativa de Trump. Em fevereiro, o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, havia pedido ao então chanceler José Serra, num encontro na Alemanha, que o Brasil coordenasse os esforços de nações sul-americanas para tentar achar uma saída para a crise na Venezuela. O governo americano disse que os dois presidentes concordaram em "trabalhar juntos para promover o crescimento econômico" no Brasil e nos EUA e que o telefonema foi "longo e muito frutífero". "O presidente Trump enfatizou a importaria da relação bilateral com o Brasil, um dos nossos parceiros chave no Hemisfério Ocidental", disse a assessoria da Casa Branca. Temer teria falado ao republicano sobre a importância da expansão do comércio e do investimento para aprofundar uma agenda bilateral para o crescimento. Ele ressaltou a Trump que, na próxima semana, terá encontros com a Câmara de Comércio Brasil-EUA e com o Conselho das Américas. Segundo o Planalto, os dois presidentes "trocaram impressões sobre as reformas em curso no Brasil e nos EUA", e Trump teria cumprimentado Temer "pelos importantes resultados já alcançados". Ficou acertado que os dois governos vão manter contato "regular" e abertos os canais diretos de diálogo. "[Ficou] estabelecido que voltariam a falar-se a qualquer momento em que se apresente questão de interesse mútuo", diz a nota do Planalto. Desde que assumiu, em 20 de janeiro, Trump já havia falado com os presidentes Mauricio Macri, da Argentina, e Juan Manuel Santos, da Colômbia. Em fevereiro, ele recebeu o presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski na Casa Branca. O governo americano havia afirmado que Trump só não havia conversado com Temer por questão de "agenda". Depois da posse, o interlocutor do brasileiro tinha sido o vice-presidente, Mike Pence. Temer e Trump, no entanto, tinham se falado por telefone após a eleição do republicano, em 13 de dezembro. Naquela ocasião, acertaram que as equipes econômicas se reuniriam depois que o republicano assumisse para elaborar uma "agenda Brasil-EUA para o crescimento". O governo brasileiro rechaça a ideia de que Temer tenha sido preterido entre os líderes sul-americanos após a posse, uma vez que houve uma primeira conversa quando Trump já era o presidente eleito. Para o governo Temer, se o Brasil não estava no radar do republicano nas primeiras semanas, é porque não representa um "problema" para Washington. Na visão de Brasília, como o país não tem nenhum imbróglio político com os EUA, e, no comércio bilateral, o superavit é americano, o país não é uma ameaça para o protecionista Trump. Além disso, o governo brasileiro afirma, nos bastidores, estar em compasso de espera para ver quem serão os interlocutores da administração Trump para a América Latina antes de avançar nas conversas. No Departamento de Estado, por exemplo, ainda não há indicação de quem ocupará o posto de secretário de estado assistente para Assuntos do Hemisfério Ocidental. Desde a posse, o cargo é ocupado interinamente pelo diplomata Paco Palmieri. No Conselho de Segurança Nacional, na Casa Branca, o posto de diretor para a região está vago há um mês, desde que Craig Deare foi demitido após criticar Trump em um evento fechado do Woodrow Wilson Center, em Washington. No último mês, houve ainda a saída de José Serra, que havia, como chanceler, conversado com Tillerson durante reunião de ministros de Relações Exteriores do G20 em Bonn (Alemanha) em fevereiro. Na época, além de Venezuela, Serra e Tillerson falaram ainda sobre possíveis investimentos americanos em infraestrutura no Brasil, sem entrar em detalhes, e de reduzir barreiras fitossanitárias que impedem negócios entre os países. Esse último ponto, no entanto, pode ser afetado diante do escândalo do esquema de corrupção na fiscalização de carnes no Brasil, revelado na última sexta-feira (17). O país começou a exportar no ano passado carne bovina in natura para os EUA -num total que chegou a 846 toneladas em 2016. As exportações de carne bovina processada ultrapassaram 31,6 mil toneladas. Logo após assumir, o novo chanceler brasileiro, Aloysio Nunes Ferreira, criticou à Folha a política de Trump. "A quantidade de trabalhadores mexicanos [nos EUA] é enorme. [Trump] vai brigar com esse povo todo? Espero que essa bola baixe."
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Em telefonema, Trump diz a Temer que quer recebê-lo na Casa BrancaNa primeira conversa com o presidente Michel Temer desde que tomou posse nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump disse, em telefonema na tarde deste sábado (18), que tem interesse em receber uma visita do brasileiro em Washington. Os dois presidentes conversaram sobre a importância de "se incentivar o respeito pelos direitos democráticos e humanitários na Venezuela", segundo a Casa Branca. Em nota, o Planalto afirmou que a discussão sobre a crise venezuelana foi iniciativa de Trump. Em fevereiro, o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, havia pedido ao então chanceler José Serra, num encontro na Alemanha, que o Brasil coordenasse os esforços de nações sul-americanas para tentar achar uma saída para a crise na Venezuela. O governo americano disse que os dois presidentes concordaram em "trabalhar juntos para promover o crescimento econômico" no Brasil e nos EUA e que o telefonema foi "longo e muito frutífero". "O presidente Trump enfatizou a importaria da relação bilateral com o Brasil, um dos nossos parceiros chave no Hemisfério Ocidental", disse a assessoria da Casa Branca. Temer teria falado ao republicano sobre a importância da expansão do comércio e do investimento para aprofundar uma agenda bilateral para o crescimento. Ele ressaltou a Trump que, na próxima semana, terá encontros com a Câmara de Comércio Brasil-EUA e com o Conselho das Américas. Segundo o Planalto, os dois presidentes "trocaram impressões sobre as reformas em curso no Brasil e nos EUA", e Trump teria cumprimentado Temer "pelos importantes resultados já alcançados". Ficou acertado que os dois governos vão manter contato "regular" e abertos os canais diretos de diálogo. "[Ficou] estabelecido que voltariam a falar-se a qualquer momento em que se apresente questão de interesse mútuo", diz a nota do Planalto. Desde que assumiu, em 20 de janeiro, Trump já havia falado com os presidentes Mauricio Macri, da Argentina, e Juan Manuel Santos, da Colômbia. Em fevereiro, ele recebeu o presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski na Casa Branca. O governo americano havia afirmado que Trump só não havia conversado com Temer por questão de "agenda". Depois da posse, o interlocutor do brasileiro tinha sido o vice-presidente, Mike Pence. Temer e Trump, no entanto, tinham se falado por telefone após a eleição do republicano, em 13 de dezembro. Naquela ocasião, acertaram que as equipes econômicas se reuniriam depois que o republicano assumisse para elaborar uma "agenda Brasil-EUA para o crescimento". O governo brasileiro rechaça a ideia de que Temer tenha sido preterido entre os líderes sul-americanos após a posse, uma vez que houve uma primeira conversa quando Trump já era o presidente eleito. Para o governo Temer, se o Brasil não estava no radar do republicano nas primeiras semanas, é porque não representa um "problema" para Washington. Na visão de Brasília, como o país não tem nenhum imbróglio político com os EUA, e, no comércio bilateral, o superavit é americano, o país não é uma ameaça para o protecionista Trump. Além disso, o governo brasileiro afirma, nos bastidores, estar em compasso de espera para ver quem serão os interlocutores da administração Trump para a América Latina antes de avançar nas conversas. No Departamento de Estado, por exemplo, ainda não há indicação de quem ocupará o posto de secretário de estado assistente para Assuntos do Hemisfério Ocidental. Desde a posse, o cargo é ocupado interinamente pelo diplomata Paco Palmieri. No Conselho de Segurança Nacional, na Casa Branca, o posto de diretor para a região está vago há um mês, desde que Craig Deare foi demitido após criticar Trump em um evento fechado do Woodrow Wilson Center, em Washington. No último mês, houve ainda a saída de José Serra, que havia, como chanceler, conversado com Tillerson durante reunião de ministros de Relações Exteriores do G20 em Bonn (Alemanha) em fevereiro. Na época, além de Venezuela, Serra e Tillerson falaram ainda sobre possíveis investimentos americanos em infraestrutura no Brasil, sem entrar em detalhes, e de reduzir barreiras fitossanitárias que impedem negócios entre os países. Esse último ponto, no entanto, pode ser afetado diante do escândalo do esquema de corrupção na fiscalização de carnes no Brasil, revelado na última sexta-feira (17). O país começou a exportar no ano passado carne bovina in natura para os EUA -num total que chegou a 846 toneladas em 2016. As exportações de carne bovina processada ultrapassaram 31,6 mil toneladas. Logo após assumir, o novo chanceler brasileiro, Aloysio Nunes Ferreira, criticou à Folha a política de Trump. "A quantidade de trabalhadores mexicanos [nos EUA] é enorme. [Trump] vai brigar com esse povo todo? Espero que essa bola baixe."
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Se não houver educação de trânsito, teremos mais mortes, diz leitor
O número de motos no interior do Ceará aumentou muito nestes últimos anos. Acontece que os motociclistas, na sua maioria, não possuem habilitação e muitos são menores de idade. No Hospital IJF, em Fortaleza, chegam acidentados de motos do interior e os resultado são mutilações e mortes. Jovens desfilam nas cidades do interior com o capacete no braço. O lugar do capacete é na cabeça, que deveria respeitar as leis do trânsito. Ou educamos esta população, ou teremos mais acidentes fatais e vítimas da falta de fiscalização e educação. Moto não é brinquedo! A lei da ação e reação diz que se plantamos motos e motociclistas sem educação e fiscalização no trânsito, colheremos mortes e choro. A dor da perda é maior que o trabalho na educação para a vida! * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Se não houver educação de trânsito, teremos mais mortes, diz leitorO número de motos no interior do Ceará aumentou muito nestes últimos anos. Acontece que os motociclistas, na sua maioria, não possuem habilitação e muitos são menores de idade. No Hospital IJF, em Fortaleza, chegam acidentados de motos do interior e os resultado são mutilações e mortes. Jovens desfilam nas cidades do interior com o capacete no braço. O lugar do capacete é na cabeça, que deveria respeitar as leis do trânsito. Ou educamos esta população, ou teremos mais acidentes fatais e vítimas da falta de fiscalização e educação. Moto não é brinquedo! A lei da ação e reação diz que se plantamos motos e motociclistas sem educação e fiscalização no trânsito, colheremos mortes e choro. A dor da perda é maior que o trabalho na educação para a vida! * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Autodidata, neto de Chico Buarque faz estreia no disco 'Caravanas' do avô
"Não tem como não se sentir pressionado", diz Chico Brown, 21 anos completados nesta terça (22). É fácil entender: filho de Carlinhos Brown e neto de Chico Buarque, estreia em disco com uma parceria com o avô, a valsa "Massarandupió", uma das inéditas de "Caravanas". "É uma pressão até um pouco maior do que deveria ser, porque eles são referência grande em termos de canção, e meu lado é mais musical, não tenho nem metade do domínio poético deles", diz o baiano, que vive no Rio desde os 12 anos. Músico autodidata e dono de um ouvido absoluto, capaz de reconhecer cada nota que ouve, Chiquinho descobriu a inclinação musical ainda cedo, com a ajuda do ambiente familiar. "Quando eu era bebê, rolou aquele primeiro contato com o batuque", conta o rapaz. "Pegava colher de pau da cozinha para sair batendo, pegava as percussões de meu pai em casa. Me colocavam para bater timbau nos shows da Timbalada ainda bebezinho, eu nem me lembro." Nas visitas aos avós maternos na infância (sua mãe é Helena Buarque, filha de Chico e da atriz Marieta Severo), passou a brincar com um piano "que o próprio Tom [Jobim] escolheu, segundo meu avô me disse". "Sentava no piano para aprender as trilhas sonoras de desenhos animados, tirava de ouvido, achava a coisa mais natural do mundo. A primeira música que eu tirei inteira foi a 'Marcha Imperial' do John Williams, de 'Star Wars'." Quando se mudou para o Rio, em 2008, passou a estudar guitarra e a levar mais a sério a ideia de compor. Hoje diz ter "três dias, quatro horas, 23 minutos e 47 segundos" de material próprio gravado em seu computador. Começou a dar vazão a parte dele montando uma banda com amigos de colégio, com a qual faz apresentações em saraus e festas estudantis. "Massarandupió" surgiu parcialmente num sonho, diz o rapaz. "Fiquei muito tempo tentando terminar, procurando dentro de mim melodias. Fiquei com essa pressão de 'pô, vou fazer uma música com o homem, tenho que colocar uma coisa muito boa'." Confira abaixo o clipe da canção. Massarandupió Além de Chiquinho, sua irmã Clara também aparece em "Caravanas", dividindo os vocais de "Dueto" com o avô, como já havia feito em cena caseira do longa "Chico: Artista Brasileiro" (2015), de Miguel Faria Jr. Confira a participação de Clara no vídeo abaixo. Dueto Chico Buarque e Clara Buarque
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Autodidata, neto de Chico Buarque faz estreia no disco 'Caravanas' do avô"Não tem como não se sentir pressionado", diz Chico Brown, 21 anos completados nesta terça (22). É fácil entender: filho de Carlinhos Brown e neto de Chico Buarque, estreia em disco com uma parceria com o avô, a valsa "Massarandupió", uma das inéditas de "Caravanas". "É uma pressão até um pouco maior do que deveria ser, porque eles são referência grande em termos de canção, e meu lado é mais musical, não tenho nem metade do domínio poético deles", diz o baiano, que vive no Rio desde os 12 anos. Músico autodidata e dono de um ouvido absoluto, capaz de reconhecer cada nota que ouve, Chiquinho descobriu a inclinação musical ainda cedo, com a ajuda do ambiente familiar. "Quando eu era bebê, rolou aquele primeiro contato com o batuque", conta o rapaz. "Pegava colher de pau da cozinha para sair batendo, pegava as percussões de meu pai em casa. Me colocavam para bater timbau nos shows da Timbalada ainda bebezinho, eu nem me lembro." Nas visitas aos avós maternos na infância (sua mãe é Helena Buarque, filha de Chico e da atriz Marieta Severo), passou a brincar com um piano "que o próprio Tom [Jobim] escolheu, segundo meu avô me disse". "Sentava no piano para aprender as trilhas sonoras de desenhos animados, tirava de ouvido, achava a coisa mais natural do mundo. A primeira música que eu tirei inteira foi a 'Marcha Imperial' do John Williams, de 'Star Wars'." Quando se mudou para o Rio, em 2008, passou a estudar guitarra e a levar mais a sério a ideia de compor. Hoje diz ter "três dias, quatro horas, 23 minutos e 47 segundos" de material próprio gravado em seu computador. Começou a dar vazão a parte dele montando uma banda com amigos de colégio, com a qual faz apresentações em saraus e festas estudantis. "Massarandupió" surgiu parcialmente num sonho, diz o rapaz. "Fiquei muito tempo tentando terminar, procurando dentro de mim melodias. Fiquei com essa pressão de 'pô, vou fazer uma música com o homem, tenho que colocar uma coisa muito boa'." Confira abaixo o clipe da canção. Massarandupió Além de Chiquinho, sua irmã Clara também aparece em "Caravanas", dividindo os vocais de "Dueto" com o avô, como já havia feito em cena caseira do longa "Chico: Artista Brasileiro" (2015), de Miguel Faria Jr. Confira a participação de Clara no vídeo abaixo. Dueto Chico Buarque e Clara Buarque
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Os prós e contras da CPMF, aposta do governo contra o deficit em 2016
Em 2015, o governo Dilma Rousseff cortou gastos e subiu impostos, mas as medidas não foram suficientes para equilibrar as contas públicas. Isso porque a retração da economia provocou queda na arrecadação, enquanto despesas obrigatórias, como pagamento de aposentadorias, continuaram crescendo fortemente. O resultado é que a administração federal acumulou um rombo recorde em 2015, até novembro, de R$ 54 bilhões –e o saldo negativo pode ter chegado a até R$ 119 bilhões em dezembro devido ao pagamento de repasses atrasados a bancos, as chamadas pedaladas fiscais. Como parte das medidas para reverter esse quadro, o governo está apostando pesadamente no retorno da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), que vigorou no país entre 1997 e 2007 e era conhecido como "imposto do cheque". A ideia é recriar temporariamente a alíquota de 0,38% sobre transações bancárias, cuja arrecadação seria dividida com Estados e municípios, que também estão enfrentando dificuldade financeira. Estima-se que a CPMF poderia trazer aos cofres públicos cerca de R$ 70 bilhões ao longo de um ano. O governo tem esperança de aprovar o retorno no imposto até maio, o que permitiria recomeçar a cobrança em setembro. A proposta, no entanto, é bastante impopular, principalmente entre empresários, e por isso o Planalto deve enfrentar muita dificuldade para aprová-la no Congresso. Pesquisas encomendadas pelo setor privado (Fiesp e CNT) indicam que mais de 70% da população é contra a volta do imposto. Apesar disso, há economistas que consideram sua recriação necessária nesse momento e veem vantagens na CPMF em comparação com outros formas de arrecadação tributária. Não à toa, "o que é CPMF?" foi a pergunta mais buscada no Google em 2015. A BBC Brasil ouviu cinco economistas especializados em contas públicas para explicar para você quais os pontos positivos e negativos desse tributo. Confira abaixo. VANTAGENS Economistas que defendem a retomada da CPMF veem três vantagens principais: 1) é um imposto que tem uma alíquota baixa, mas, como incide sobre um número grande de operações, gera uma resposta rápida em termos de arrecadação; 2) é fácil de cobrar e pagar, mas difícil de sonegar; 3) seu impacto na inflação tende a ser baixo em comparação com outros tributos que incidem diretamente sobre produtos, como por exemplo a CIDE (taxa cobrada sobre gasolina e diesel). "A CPMF foi considerada que, dentre todas as alternativas de tributos, seria o caminho que traria menores distorções na economia e menor impacto inflacionário. Esse é o imposto mais distribuído, incidindo de maneira equitativa entre todos os setores da economia", argumentou o então ministro da Fazenda Joaquim Levy, em agosto. "O imposto equivale a dois milésimos de uma entrada de cinema paga em cartão de crédito", exemplificou. Um dos principais entusiastas da taxação das transações financeiras é o economista Marcos Cintra, vice-presidente da Fundação Getúlio Vargas (FGV). "A CPMF se revelou um bom tributo. Mostrou excelente produtividade quando comparada sua baixa alíquota com a arrecadação gerada, seu custo administrativo para o governo e para as empresas é muito baixo quando comparado com os tributos tradicionais e foi eficiente no combate à sonegação", argumenta. Idealmente, ele defende a adoção de uma CPMF definitiva, com alíquota mais alta, para substituição de todos os demais tributos. A princípio, Cintra considera ruim recriar um imposto sem eliminar outros, mas diz que, diante da grave situação de desequilíbrio fiscal, não há alternativa no momento. "O governo está de mãos atadas", concorda o economista Mansueto Almeida, especialista em contas públicas. Para Otaviano Canuto –diretor executivo pelo Brasil e mais dez países no FMI (Fundo Monetário Internacional)– a escolha do governo pela CPMF decorre da necessidade de "recuperar a arrecadação no tempo mais rápido possível". "Houve um esforço enorme de redução nos gastos (em 2015), no entanto a arrecadação caiu num ritmo ainda mais forte. Não se trata de elevação da carga tributária, mas recuperação da carga tributária", defende. DESVANTAGENS Para os críticos da CPMF, a grande desvantagem do imposto é que ele é regressivo, ou seja, penaliza mais as classes mais baixas. Isso ocorre porque quem mais faz transações financeiras são as empresas –e elas tendem a repassar esse custo para o preço final dos produtos. As classes mais pobres têm pouco espaço para poupar e, em geral, gastam tudo que ganham. Por isso, impostos indiretos, que incidem sobre produção e consumo, acabam pesando proporcionalmente mais sobre os mais pobres. Enquanto impostos diretos sobre renda e propriedade (IR, IPTU e IPVA, por exemplo) atingem mais os grupos mais abastados. Atualmente o sistema tributário brasileiro já é predominantemente regressivo, e alguns economistas defendem que o melhor é substituir impostos existentes por taxação maior sobre a renda dos mais ricos. "Qualquer imposto indireto, com uma alíquota única, vai taxar proporcionalmente mais as famílias que mais consomem. E, quanto mais pobres, maior parcela de suas rendas gastam em consumo. A CPMF é um caso clássico de impostos regressivo", afirma José Roberto Afonso, pesquisador do IBRE (Instituto Brasileiro de Economia), da FGV. Sérgio Gobetti, pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), defende que uma alternativa melhor seria recriar o imposto sobre lucros e dividendos que empresas distribuem para seus donos e acionistas. Uma alíquota de 15% poderia gerar uma receita de mais de R$ 43 bilhões ao ano. O imposto deixou de ser cobrado em 1995 sob a justificativa de que as empresas já pagam imposto quando auferem seus ganhos, antes de distribuí-los. O problema, argumenta Gobetti, é que isso tornou isenta de tributação boa parte da renda das pessoas mais ricas. "A melhor alternativa de ajuste fiscal seria, sem sombra de dúvida, a retomada da tributação de dividendos, não apenas pelo que geraria de ganho de arrecadação, mas também pelo que não geraria de efeito negativo na economia", defende. "Como os dividendos estão concentrados no topo da pirâmide, sua tributação tende a ter menores impactos sobre o ritmo de atividade econômica", acrescenta. Segundo um levantamento realizado por Gobetti e Rodrigo Orair, também do Ipea, 19 dos 34 países da OCDE (organização que reúne países desenvolvidos e alguns emergentes) elevaram a tributação sobre dividendos entre 2008 e 2015. Entre eles estão Reino Unido, Estados Unidos, Espanha, Portugal, Israel, Islândia, Irlanda, Japão, Coreia, França, Bélgica, Canadá e Austrália, exemplifica. URGÊNCIA X REFORMAS Apesar das divergências, economistas concordam em um ponto: a CPMF não é uma solução definitiva para o problema fiscal e é necessário implantar reformas que reduzam o ritmo de crescimento do deficit ocasionado por despesas obrigatórias –como as aposentadorias. Mansueto Almeida publicou há pouco tempo em seu blog que a despesa primária (sem incluir pagamento de juros da dívida) do governo cresceu R$ 512 bilhões entre 1991 e 2014. Desse total, continua, quase 80% é decorrente da expansão de programas de transferência de renda como seguro-desemprego, abono salarial, Bolsa Família, INSS e aposentadorias de servidores públicos. Segundo reportagem recente do jornal Folha de S.Paulo, dados do TCU (Tribunal de Contas de União) mostram que, em 2016, a soma dos déficits do INSS e da previdência dos servidores federais poderá beirar R$ 200 bilhões, valor que equivale a cerca de 3% do PIB. Estima-se que essa proporção possa dobrar até 2050, chegando a 6% do PIB. O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, já anunciou que umas das suas prioridades é a aprovação de uma reforma da previdência que eleve as idades de aposentadoria no país. A proposta é impopular e tende a sofrer muita resistência para ser aprovada no Congresso.
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Os prós e contras da CPMF, aposta do governo contra o deficit em 2016Em 2015, o governo Dilma Rousseff cortou gastos e subiu impostos, mas as medidas não foram suficientes para equilibrar as contas públicas. Isso porque a retração da economia provocou queda na arrecadação, enquanto despesas obrigatórias, como pagamento de aposentadorias, continuaram crescendo fortemente. O resultado é que a administração federal acumulou um rombo recorde em 2015, até novembro, de R$ 54 bilhões –e o saldo negativo pode ter chegado a até R$ 119 bilhões em dezembro devido ao pagamento de repasses atrasados a bancos, as chamadas pedaladas fiscais. Como parte das medidas para reverter esse quadro, o governo está apostando pesadamente no retorno da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), que vigorou no país entre 1997 e 2007 e era conhecido como "imposto do cheque". A ideia é recriar temporariamente a alíquota de 0,38% sobre transações bancárias, cuja arrecadação seria dividida com Estados e municípios, que também estão enfrentando dificuldade financeira. Estima-se que a CPMF poderia trazer aos cofres públicos cerca de R$ 70 bilhões ao longo de um ano. O governo tem esperança de aprovar o retorno no imposto até maio, o que permitiria recomeçar a cobrança em setembro. A proposta, no entanto, é bastante impopular, principalmente entre empresários, e por isso o Planalto deve enfrentar muita dificuldade para aprová-la no Congresso. Pesquisas encomendadas pelo setor privado (Fiesp e CNT) indicam que mais de 70% da população é contra a volta do imposto. Apesar disso, há economistas que consideram sua recriação necessária nesse momento e veem vantagens na CPMF em comparação com outros formas de arrecadação tributária. Não à toa, "o que é CPMF?" foi a pergunta mais buscada no Google em 2015. A BBC Brasil ouviu cinco economistas especializados em contas públicas para explicar para você quais os pontos positivos e negativos desse tributo. Confira abaixo. VANTAGENS Economistas que defendem a retomada da CPMF veem três vantagens principais: 1) é um imposto que tem uma alíquota baixa, mas, como incide sobre um número grande de operações, gera uma resposta rápida em termos de arrecadação; 2) é fácil de cobrar e pagar, mas difícil de sonegar; 3) seu impacto na inflação tende a ser baixo em comparação com outros tributos que incidem diretamente sobre produtos, como por exemplo a CIDE (taxa cobrada sobre gasolina e diesel). "A CPMF foi considerada que, dentre todas as alternativas de tributos, seria o caminho que traria menores distorções na economia e menor impacto inflacionário. Esse é o imposto mais distribuído, incidindo de maneira equitativa entre todos os setores da economia", argumentou o então ministro da Fazenda Joaquim Levy, em agosto. "O imposto equivale a dois milésimos de uma entrada de cinema paga em cartão de crédito", exemplificou. Um dos principais entusiastas da taxação das transações financeiras é o economista Marcos Cintra, vice-presidente da Fundação Getúlio Vargas (FGV). "A CPMF se revelou um bom tributo. Mostrou excelente produtividade quando comparada sua baixa alíquota com a arrecadação gerada, seu custo administrativo para o governo e para as empresas é muito baixo quando comparado com os tributos tradicionais e foi eficiente no combate à sonegação", argumenta. Idealmente, ele defende a adoção de uma CPMF definitiva, com alíquota mais alta, para substituição de todos os demais tributos. A princípio, Cintra considera ruim recriar um imposto sem eliminar outros, mas diz que, diante da grave situação de desequilíbrio fiscal, não há alternativa no momento. "O governo está de mãos atadas", concorda o economista Mansueto Almeida, especialista em contas públicas. Para Otaviano Canuto –diretor executivo pelo Brasil e mais dez países no FMI (Fundo Monetário Internacional)– a escolha do governo pela CPMF decorre da necessidade de "recuperar a arrecadação no tempo mais rápido possível". "Houve um esforço enorme de redução nos gastos (em 2015), no entanto a arrecadação caiu num ritmo ainda mais forte. Não se trata de elevação da carga tributária, mas recuperação da carga tributária", defende. DESVANTAGENS Para os críticos da CPMF, a grande desvantagem do imposto é que ele é regressivo, ou seja, penaliza mais as classes mais baixas. Isso ocorre porque quem mais faz transações financeiras são as empresas –e elas tendem a repassar esse custo para o preço final dos produtos. As classes mais pobres têm pouco espaço para poupar e, em geral, gastam tudo que ganham. Por isso, impostos indiretos, que incidem sobre produção e consumo, acabam pesando proporcionalmente mais sobre os mais pobres. Enquanto impostos diretos sobre renda e propriedade (IR, IPTU e IPVA, por exemplo) atingem mais os grupos mais abastados. Atualmente o sistema tributário brasileiro já é predominantemente regressivo, e alguns economistas defendem que o melhor é substituir impostos existentes por taxação maior sobre a renda dos mais ricos. "Qualquer imposto indireto, com uma alíquota única, vai taxar proporcionalmente mais as famílias que mais consomem. E, quanto mais pobres, maior parcela de suas rendas gastam em consumo. A CPMF é um caso clássico de impostos regressivo", afirma José Roberto Afonso, pesquisador do IBRE (Instituto Brasileiro de Economia), da FGV. Sérgio Gobetti, pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), defende que uma alternativa melhor seria recriar o imposto sobre lucros e dividendos que empresas distribuem para seus donos e acionistas. Uma alíquota de 15% poderia gerar uma receita de mais de R$ 43 bilhões ao ano. O imposto deixou de ser cobrado em 1995 sob a justificativa de que as empresas já pagam imposto quando auferem seus ganhos, antes de distribuí-los. O problema, argumenta Gobetti, é que isso tornou isenta de tributação boa parte da renda das pessoas mais ricas. "A melhor alternativa de ajuste fiscal seria, sem sombra de dúvida, a retomada da tributação de dividendos, não apenas pelo que geraria de ganho de arrecadação, mas também pelo que não geraria de efeito negativo na economia", defende. "Como os dividendos estão concentrados no topo da pirâmide, sua tributação tende a ter menores impactos sobre o ritmo de atividade econômica", acrescenta. Segundo um levantamento realizado por Gobetti e Rodrigo Orair, também do Ipea, 19 dos 34 países da OCDE (organização que reúne países desenvolvidos e alguns emergentes) elevaram a tributação sobre dividendos entre 2008 e 2015. Entre eles estão Reino Unido, Estados Unidos, Espanha, Portugal, Israel, Islândia, Irlanda, Japão, Coreia, França, Bélgica, Canadá e Austrália, exemplifica. URGÊNCIA X REFORMAS Apesar das divergências, economistas concordam em um ponto: a CPMF não é uma solução definitiva para o problema fiscal e é necessário implantar reformas que reduzam o ritmo de crescimento do deficit ocasionado por despesas obrigatórias –como as aposentadorias. Mansueto Almeida publicou há pouco tempo em seu blog que a despesa primária (sem incluir pagamento de juros da dívida) do governo cresceu R$ 512 bilhões entre 1991 e 2014. Desse total, continua, quase 80% é decorrente da expansão de programas de transferência de renda como seguro-desemprego, abono salarial, Bolsa Família, INSS e aposentadorias de servidores públicos. Segundo reportagem recente do jornal Folha de S.Paulo, dados do TCU (Tribunal de Contas de União) mostram que, em 2016, a soma dos déficits do INSS e da previdência dos servidores federais poderá beirar R$ 200 bilhões, valor que equivale a cerca de 3% do PIB. Estima-se que essa proporção possa dobrar até 2050, chegando a 6% do PIB. O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, já anunciou que umas das suas prioridades é a aprovação de uma reforma da previdência que eleve as idades de aposentadoria no país. A proposta é impopular e tende a sofrer muita resistência para ser aprovada no Congresso.
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MEC questiona eficácia de novo certificado para médicos
O Ministério da Educação diz que acha "louvável" a iniciativa das entidades médicas de debater a qualidade dos cursos da área, mas aponta limites para a atuação de um mecanismo paralelo ao sistema federal de avaliação. Em nota, a Sesu (Secretaria de Educação Superior), do ministério, diz que há risco de o novo sistema bancado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) não ter o rigor técnico e educacional para um processo "eficaz e propositivo". Outra limitação, segundo a secretaria, é o fato de o CFM "não ter nenhum poder regulatório sobre o sistema educacional brasileiro." "As conclusões não terão implicações práticas, visto que [a entidade] não tem o poder de supervisionar cursos, tomar medidas regulatórias corretivas e nem impedir a diplomação de egressos dos cursos", diz a nota. A Sesu afirma também que o sistema federal de avaliação tem reconhecimento internacional e que as análises dos cursos de medicina ocorrem no início e no fim do curso. As escolas com nota inferior a 3 são reavaliadas e podem sofrer redução ou suspensão da oferta de vagas e, em casos graves, até o fechamento de cursos é possível. A secretaria diz ainda que, desde 2013, foram reforçadas as exigências para a abertura de cursos de medicina. Por exemplo, o número de leitos do SUS para treinamento acadêmico deve ser maior ou igual a cinco por aluno, e a escola deve ter ao menos três programas de residência em áreas prioritárias.
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MEC questiona eficácia de novo certificado para médicosO Ministério da Educação diz que acha "louvável" a iniciativa das entidades médicas de debater a qualidade dos cursos da área, mas aponta limites para a atuação de um mecanismo paralelo ao sistema federal de avaliação. Em nota, a Sesu (Secretaria de Educação Superior), do ministério, diz que há risco de o novo sistema bancado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) não ter o rigor técnico e educacional para um processo "eficaz e propositivo". Outra limitação, segundo a secretaria, é o fato de o CFM "não ter nenhum poder regulatório sobre o sistema educacional brasileiro." "As conclusões não terão implicações práticas, visto que [a entidade] não tem o poder de supervisionar cursos, tomar medidas regulatórias corretivas e nem impedir a diplomação de egressos dos cursos", diz a nota. A Sesu afirma também que o sistema federal de avaliação tem reconhecimento internacional e que as análises dos cursos de medicina ocorrem no início e no fim do curso. As escolas com nota inferior a 3 são reavaliadas e podem sofrer redução ou suspensão da oferta de vagas e, em casos graves, até o fechamento de cursos é possível. A secretaria diz ainda que, desde 2013, foram reforçadas as exigências para a abertura de cursos de medicina. Por exemplo, o número de leitos do SUS para treinamento acadêmico deve ser maior ou igual a cinco por aluno, e a escola deve ter ao menos três programas de residência em áreas prioritárias.
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Oposição aposta em convocar Dirceu e Vaccari para depor à CPI da Petrobras
O plano de trabalho traçado pela oposição para o início da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara dos Deputados que vai investigar irregularidades na Petrobras não tem previsão de convocação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nem do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça). Os oposicionistas apostam na presença do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), do tesoureiro do PT, João Vaccari, e do ex-gerente da estatal Pedro Barusco para o começo das investigações, numa tentativa de constranger o Planalto. Dirceu foi citado na delação premiada do doleiro Alberto Youssef como um dos destinatário do dinheiro desviado de contratos da Petrobras. Segundo o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), há outras prioridades para os trabalhos do que a convocação do ex-presidente Lula ou de Cardozo, que teriam mantido conversas com pessoas ligadas as empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) disse que não terá uma iniciativa para levar Lula para a comissão. "Não vou tomar iniciativa individual nessa direção. A CPMI deve estar aberta a todas as possibilidades. Vamos atuar em conjunto com os partidos de oposição, no sentido de termos uma ação coordenada, conjunta e estratégia bem traçada", disse. O PSDB prepara requerimentos pedindo quebras de sigilo e convocações, além de reivindicar a criação de subrelatorias para tentar ditar o ritmo de parte das investigações. Pelo roteiro, seriam três subrelatorias: Sistematização, com o objetivo de organizar todo o acervo probatório da comissão; Operacional, para conduzir a investigação propriamente dita e Núcleo Político, para investigar a atuação de agentes políticos na organização criminosa que se instalou na Petrobras. O PSDB vai sugerir ainda que a investigação siga seis núcleos, conforme o âmbito das denúncias: público, privado, operacional, político, externo e estratégico. A comissão está marcada para começar a trabalhar na próxima quinta-feira (26). Os partidos da base aliada são maioria e terão o controle das investigações.
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Oposição aposta em convocar Dirceu e Vaccari para depor à CPI da PetrobrasO plano de trabalho traçado pela oposição para o início da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara dos Deputados que vai investigar irregularidades na Petrobras não tem previsão de convocação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nem do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça). Os oposicionistas apostam na presença do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), do tesoureiro do PT, João Vaccari, e do ex-gerente da estatal Pedro Barusco para o começo das investigações, numa tentativa de constranger o Planalto. Dirceu foi citado na delação premiada do doleiro Alberto Youssef como um dos destinatário do dinheiro desviado de contratos da Petrobras. Segundo o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), há outras prioridades para os trabalhos do que a convocação do ex-presidente Lula ou de Cardozo, que teriam mantido conversas com pessoas ligadas as empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) disse que não terá uma iniciativa para levar Lula para a comissão. "Não vou tomar iniciativa individual nessa direção. A CPMI deve estar aberta a todas as possibilidades. Vamos atuar em conjunto com os partidos de oposição, no sentido de termos uma ação coordenada, conjunta e estratégia bem traçada", disse. O PSDB prepara requerimentos pedindo quebras de sigilo e convocações, além de reivindicar a criação de subrelatorias para tentar ditar o ritmo de parte das investigações. Pelo roteiro, seriam três subrelatorias: Sistematização, com o objetivo de organizar todo o acervo probatório da comissão; Operacional, para conduzir a investigação propriamente dita e Núcleo Político, para investigar a atuação de agentes políticos na organização criminosa que se instalou na Petrobras. O PSDB vai sugerir ainda que a investigação siga seis núcleos, conforme o âmbito das denúncias: público, privado, operacional, político, externo e estratégico. A comissão está marcada para começar a trabalhar na próxima quinta-feira (26). Os partidos da base aliada são maioria e terão o controle das investigações.
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Palmeiras corre risco de perder mando por briga em Montevidéu
A pancadaria generalizada em Montevidéu após a vitória por 3 a 2 do Palmeiras sobre o Peñarol, na quarta-feira (26), pode custar caro aos brasileiros. Segundo os artigos do "Regulamento Disciplinar" da Conmebol e com base no histórico recente de punições da entidade, o time corre risco de perder mandos de campo no Allianz Parque, ainda que a confusão tenha acontecido no estádio Campeón del Siglo, no Uruguai. Além disso, o volante Felipe Melo foi flagrado dando um soco no jogador Matias Mier e pode ser suspenso até o fim desta Libertadores. À Folha, a assessoria de imprensa da Conmebol disse que o relatório do jogo elaborado pela arbitragem já está em posse do tribunal de disciplina da entidade. Segundo o presidente do órgão, o brasileiro Caio Cesar Rocha, será instaurado um processo, as partes terão prazos específicos para elaborarem suas defesas e o tribunal, então, julgará o ocorrido. De acordo com ele, o processo todo deve durar entre 20 e 30 dias. Com isso, as possíveis penas só serão definidas após a próxima rodada da Libertadores. Na quarta-feira (3), o Palmeiras enfrentará o Jorge Wilstermann, da Bolívia. O time brasileiro tem interesse em acelerar o andamento do processo, já que está praticamente classificado para a próxima fase e, em caso de punições, gostaria de cumpri-las já na fase de grupos. O regulamento da Conmebol diz que "em casos de agressão coletiva ou tumulto em que não seja possível identificar os autores, o órgão disciplinar sancionará a associação ou o clube ao qual pertencem os agressores". Nesse caso, as possíveis punições são radicais: jogar uma ou mais partidas de portões fechados, a proibição de jogar em determinado estádio, a cessão dos pontos da partida, entre outras. Batalha de Montevidéu Com base no histórico da entidade, é pouco provável que o Palmeiras seja punido. Por outro lado, a entidade está sob nova direção, o que pode implicar em um entendimento mais rigoroso. Já Felipe Melo pode ser enquadrado no artigo 10 do primeiro capítulo do "Regulamento Disciplinar", que prevê punição de no mínimo três partidas para comportamentos como "agredir jogadores ou quaisquer outras pessoas em campo". Caso o tribunal disciplinar considere "grave" a agressão, a pena mínima subirá para cinco jogos. Há também a possibilidade de que ele seja punido por um período determinado, o que poderia resultar em uma suspensão superior a cinco jogos. Ainda no Uruguai, o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, o diretor de futebol, Alexandre Mattos, e outros diretores do clube definiram uma estratégia de defesa de Melo: o time foi alvo de uma "tocaia" orquestrada pelo Peñarol e o volante apenas se defendeu quando foi acuado por agressores. O mesmo plano será adotado para explicar o comportamento de seus torcedores na arquibancada. Como evidência, o clube deve apresentar um vídeo que mostra o início da confusão. Nele, é possível ver um jogador do Peñarol indo até Felipe Melo para puxá-lo após o fim do jogo. Outros uruguaios se aproximam e o volante se afasta. A confusão aumenta quando outros palmeirenses tentam protegê-lo. video Nesta quinta (27), centenas de palmeirenses foram ao aeroporto de Guarulhos para recepcionar como heróis os jogadores do clube. Felipe Melo, Willian e Alexandre Mattos foram bastante festejados. "Foi premeditado: pouca polícia, fecharam os portões, sem segurança. Queriam que a gente ficasse exposto em campo para agredirem. Corri para perto do Felipe e tomei um soco", disse Willian, com o rosto machucado. VIOLÊNCIA Ao fim do jogo, jogadores de Palmeiras e Peñarol trocaram agressões. O volante Felipe Melo, que no passado deu declaração polêmica sobre uruguaios, deu um soco no rosto de jogador adversário. Segundo informações do canal SporTV, o goleiro Fernando Prass saiu de campo com a boca sangrando e Willian teve ferimentos no rosto. Nas arquibancadas, torcedores uruguaios tentaram invadir o setor em que estavam os palmeirenses e atiraram objetos como latas de lixo e pedaços de metal. Briga
esporte
Palmeiras corre risco de perder mando por briga em MontevidéuA pancadaria generalizada em Montevidéu após a vitória por 3 a 2 do Palmeiras sobre o Peñarol, na quarta-feira (26), pode custar caro aos brasileiros. Segundo os artigos do "Regulamento Disciplinar" da Conmebol e com base no histórico recente de punições da entidade, o time corre risco de perder mandos de campo no Allianz Parque, ainda que a confusão tenha acontecido no estádio Campeón del Siglo, no Uruguai. Além disso, o volante Felipe Melo foi flagrado dando um soco no jogador Matias Mier e pode ser suspenso até o fim desta Libertadores. À Folha, a assessoria de imprensa da Conmebol disse que o relatório do jogo elaborado pela arbitragem já está em posse do tribunal de disciplina da entidade. Segundo o presidente do órgão, o brasileiro Caio Cesar Rocha, será instaurado um processo, as partes terão prazos específicos para elaborarem suas defesas e o tribunal, então, julgará o ocorrido. De acordo com ele, o processo todo deve durar entre 20 e 30 dias. Com isso, as possíveis penas só serão definidas após a próxima rodada da Libertadores. Na quarta-feira (3), o Palmeiras enfrentará o Jorge Wilstermann, da Bolívia. O time brasileiro tem interesse em acelerar o andamento do processo, já que está praticamente classificado para a próxima fase e, em caso de punições, gostaria de cumpri-las já na fase de grupos. O regulamento da Conmebol diz que "em casos de agressão coletiva ou tumulto em que não seja possível identificar os autores, o órgão disciplinar sancionará a associação ou o clube ao qual pertencem os agressores". Nesse caso, as possíveis punições são radicais: jogar uma ou mais partidas de portões fechados, a proibição de jogar em determinado estádio, a cessão dos pontos da partida, entre outras. Batalha de Montevidéu Com base no histórico da entidade, é pouco provável que o Palmeiras seja punido. Por outro lado, a entidade está sob nova direção, o que pode implicar em um entendimento mais rigoroso. Já Felipe Melo pode ser enquadrado no artigo 10 do primeiro capítulo do "Regulamento Disciplinar", que prevê punição de no mínimo três partidas para comportamentos como "agredir jogadores ou quaisquer outras pessoas em campo". Caso o tribunal disciplinar considere "grave" a agressão, a pena mínima subirá para cinco jogos. Há também a possibilidade de que ele seja punido por um período determinado, o que poderia resultar em uma suspensão superior a cinco jogos. Ainda no Uruguai, o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, o diretor de futebol, Alexandre Mattos, e outros diretores do clube definiram uma estratégia de defesa de Melo: o time foi alvo de uma "tocaia" orquestrada pelo Peñarol e o volante apenas se defendeu quando foi acuado por agressores. O mesmo plano será adotado para explicar o comportamento de seus torcedores na arquibancada. Como evidência, o clube deve apresentar um vídeo que mostra o início da confusão. Nele, é possível ver um jogador do Peñarol indo até Felipe Melo para puxá-lo após o fim do jogo. Outros uruguaios se aproximam e o volante se afasta. A confusão aumenta quando outros palmeirenses tentam protegê-lo. video Nesta quinta (27), centenas de palmeirenses foram ao aeroporto de Guarulhos para recepcionar como heróis os jogadores do clube. Felipe Melo, Willian e Alexandre Mattos foram bastante festejados. "Foi premeditado: pouca polícia, fecharam os portões, sem segurança. Queriam que a gente ficasse exposto em campo para agredirem. Corri para perto do Felipe e tomei um soco", disse Willian, com o rosto machucado. VIOLÊNCIA Ao fim do jogo, jogadores de Palmeiras e Peñarol trocaram agressões. O volante Felipe Melo, que no passado deu declaração polêmica sobre uruguaios, deu um soco no rosto de jogador adversário. Segundo informações do canal SporTV, o goleiro Fernando Prass saiu de campo com a boca sangrando e Willian teve ferimentos no rosto. Nas arquibancadas, torcedores uruguaios tentaram invadir o setor em que estavam os palmeirenses e atiraram objetos como latas de lixo e pedaços de metal. Briga
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Leve Leite é fóssil de teoria ultrapassada
SÃO PAULO - O Leve Leite, cujo escopo foi agora reduzido pela Prefeitura de São Paulo, é um fóssil das teorias de combate à pobreza que prevaleceram na virada do século 20 para o 21. Elas culpavam a desnutrição pela chaga da renda baixa. Sem as calorias mínimas necessárias, as pessoas não conseguem desempenhar um trabalho produtivo o suficiente para alimentar-se melhor no dia seguinte. Ficam, desse modo, presas numa arapuca que as condena à indigência vitalícia. A teoria é elegante e inatacável, mas na prática poucas situações de "armadilha da pobreza" foram identificadas, mesmo nas regiões mais empobrecidas do planeta. Enquanto a renda dos mais pobres cresceu fortemente na Índia nas últimas décadas, o consumo de calorias per capita caiu. Numa pesquisa controlada no Quênia, famílias que receberam um incremento em sua renda não elevaram seu consumo de alimentos na mesma proporção. As ações mais eficazes de combate à pobreza, à luz do acúmulo sem precedentes de estudos desse tipo, parecem hoje mais associadas a intervenções contextualizadas de precisão. Que as crianças recebam profilaxia contra vermes na escola, que gestantes e filhos pequenos obtenham nutrientes, como ferro, vitais para o pleno desenvolvimento físico e intelectual. Nas políticas de largo espectro, reduzir as faltas de professores e agentes de saúde é crucial. Consagraram-se os repasses diretos de renda aos mais pobres, inclusive os que não condicionam o dinheiro a frequência escolar ou visitas ao médico. Saneamento é como sangue nas veias. O Brasil ainda tem problemas associados à etapa básica do desenvolvimento humano, mas seu principal desafio é a superação de uma outra armadilha, a da renda média. Nesse caso, infelizmente, teoria e prática coincidem ao apontar que a maioria das nações não consegue chegar ao estágio superior.
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Leve Leite é fóssil de teoria ultrapassadaSÃO PAULO - O Leve Leite, cujo escopo foi agora reduzido pela Prefeitura de São Paulo, é um fóssil das teorias de combate à pobreza que prevaleceram na virada do século 20 para o 21. Elas culpavam a desnutrição pela chaga da renda baixa. Sem as calorias mínimas necessárias, as pessoas não conseguem desempenhar um trabalho produtivo o suficiente para alimentar-se melhor no dia seguinte. Ficam, desse modo, presas numa arapuca que as condena à indigência vitalícia. A teoria é elegante e inatacável, mas na prática poucas situações de "armadilha da pobreza" foram identificadas, mesmo nas regiões mais empobrecidas do planeta. Enquanto a renda dos mais pobres cresceu fortemente na Índia nas últimas décadas, o consumo de calorias per capita caiu. Numa pesquisa controlada no Quênia, famílias que receberam um incremento em sua renda não elevaram seu consumo de alimentos na mesma proporção. As ações mais eficazes de combate à pobreza, à luz do acúmulo sem precedentes de estudos desse tipo, parecem hoje mais associadas a intervenções contextualizadas de precisão. Que as crianças recebam profilaxia contra vermes na escola, que gestantes e filhos pequenos obtenham nutrientes, como ferro, vitais para o pleno desenvolvimento físico e intelectual. Nas políticas de largo espectro, reduzir as faltas de professores e agentes de saúde é crucial. Consagraram-se os repasses diretos de renda aos mais pobres, inclusive os que não condicionam o dinheiro a frequência escolar ou visitas ao médico. Saneamento é como sangue nas veias. O Brasil ainda tem problemas associados à etapa básica do desenvolvimento humano, mas seu principal desafio é a superação de uma outra armadilha, a da renda média. Nesse caso, infelizmente, teoria e prática coincidem ao apontar que a maioria das nações não consegue chegar ao estágio superior.
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Mercado vê impeachment menos provável, mas crê em saída de Dilma
A probabilidade de saída antecipada da presidente Dilma Rousseff da Presidência via impeachment perdeu fôlego entre os investidores, consultores e analistas do mercado financeiro. A ficha desse novo cenário vem caindo desde a semana passada, na esteira das negociações do governo com os demais partidos que compõem a base aliada (PP, PR, PSD e PTN) em troca de cargos que foram abertos com a saída do PMDB. Nesta terça (5), a consultoria estrangeira Eurasia Group, que é fonte de análise de boa parte dos bancos e gestoras do país, reduziu a probabilidade de impeachment de um intervalo entre 60% e 70% para o piso da projeção: 60%. Mas isso não significa que a aposta pela saída precoce de Dilma tenha virado. Tanto a Eurasia como outras casas preveem, como mais provável, a perda do cargo pela presidente. O que entrou nas previsões é um misto de possibilidade de convocação de eleição com uma complicação –maior do que a prevista anteriormente– de impeachment. "O mercado dava como certo o impeachment, mas o processo político para isso ainda não se concretou", diz o cientista político Rafael Cortez, da consultoria Tendências, referindo-se a indefinições políticas e jurídicas. VARIAÇÃO DO IBOVESPA EM 2016 - EM PONTOS A nomeação do ex-presidente Lula para a Casa Civil, que foi suspensa pelo STF (Supremo Tribunal Federal), poderia aumentar as chances de Dilma em permanecer no cargo e ajudá-la na votação contra o impedimento. A dúvida é se o STF vai analisar o caso antes do pleito, marcado para o fim da próxima semana. Por outro lado, as delações do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) e de outros empresários presos pela Lava Jato poderiam suscitar a abertura de um inquérito contra Dilma, por obstrução de Justiça e outros crimes, no STF, o que afetaria a sobrevivência de seu mandato. As projeções do analista da Tendências são de 70% de afastamento da presidente, dos quais 40% por impeachment e 30% por nova eleição. Dólar - Variação da moeda americana à vista, em R$ Na Eurasia, que vê 75% de probabilidade de saída precoce de Dilma, há 40% de chance de o vice Michel Temer chegar ao fim do mandato e 35% de haver nova eleição. DIAS DECISIVOS José Márcio Camargo, sócio da gestora Opus, vê probabilidade entre 70% e 80% para o impeachment. Para ele, os últimos dias antes da votação serão decisivos. "No próximo fim de semana os políticos vão para as suas bases e sua decisão será influenciada pela pressão que receberem ali, tanto pelo lado político quanto pelo lado econômico [aumento do desemprego, por exemplo]." Segundo Camargo, porém, a estratégia do governo para atrair os partidos menores parece estar surtindo resultado. "Não será tarefa fácil reunir os 343 votos necessários [para o afastamento de Dilma]." Na opinião de Tiago Berriel, analista de macroeconomia da gestora Pacífico e professor da PUC-Rio, os investidores estão se movendo de maneira receosa, para evitar grandes perdas em caso de um ou de outro cenário. À ESPERA "Os preços dos ativos são totalmente diferentes em caso de saída ou de permanência da presidente, o que leva a movimentos pequenos à espera de definições", disse. "Há muita incerteza, pois se trata de assuntos e de processos de que os investidores têm pouco conhecimento." Por isso, mesmo que o cenário de impeachment tenha se reduzido desde a última semana, o dólar não acelerou tanto, nem a Bolsa sofreu um revés mais forte. Para Cortez, o dólar se movimenta (para cima) tentando captar essas novas tendências –convocação de eleições, impeachment mais dificultado–, porém ainda de maneira pouco organizada. "Essas novas teses começam aparecer no mercado mas ainda não estão no preço", disse, usando o jargão que significa estar dentro das expectativas dos investidores. "O que está ficando claro é que não há bala de prata para o impeachment." * Linha do tempo Set.2015 - 40% de chance que ela não termine o mandato Aprofundamento da crise e expectativa da saída de Levy da Fazenda 28.fev - 40% de chance que ela não termine o mandato Prisão de João Santana e especulação sobre acordo de leniência de Delcídio do Amaral 3.mar.2016 - 50% de chance que ela não termine o mandato A consultoria revê probabilidade após a condução coercitiva de Lula 15.mar.2016 - 65% de chance que ela não termine o mandato Declarações do senador Delcídio do Amaral e manifestações pró-impeachment 21.mar.2016 - 65% de chance que ela não termine o mandato Telefonemas entre Lula e Dilma e criação da comissão do impeachment 28.mar.2016 - 75% de chance que ela não termine o mandato Sinalização de que o PMDB deve deixar a coalizão governista 31.mar.2016 - 75% de chance que ela não termine o mandato Eurasia mantém expectativa após saída do PMDB da base e negociação de cargos 5.abr.2016 - 75% de chance que ela não termine o mandato Nova fase da Lava Jato, que liga Petrobras ao Mensalão. Eurasia vê 60% de chances de que o mandato seja encerrado por impeachment
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Mercado vê impeachment menos provável, mas crê em saída de DilmaA probabilidade de saída antecipada da presidente Dilma Rousseff da Presidência via impeachment perdeu fôlego entre os investidores, consultores e analistas do mercado financeiro. A ficha desse novo cenário vem caindo desde a semana passada, na esteira das negociações do governo com os demais partidos que compõem a base aliada (PP, PR, PSD e PTN) em troca de cargos que foram abertos com a saída do PMDB. Nesta terça (5), a consultoria estrangeira Eurasia Group, que é fonte de análise de boa parte dos bancos e gestoras do país, reduziu a probabilidade de impeachment de um intervalo entre 60% e 70% para o piso da projeção: 60%. Mas isso não significa que a aposta pela saída precoce de Dilma tenha virado. Tanto a Eurasia como outras casas preveem, como mais provável, a perda do cargo pela presidente. O que entrou nas previsões é um misto de possibilidade de convocação de eleição com uma complicação –maior do que a prevista anteriormente– de impeachment. "O mercado dava como certo o impeachment, mas o processo político para isso ainda não se concretou", diz o cientista político Rafael Cortez, da consultoria Tendências, referindo-se a indefinições políticas e jurídicas. VARIAÇÃO DO IBOVESPA EM 2016 - EM PONTOS A nomeação do ex-presidente Lula para a Casa Civil, que foi suspensa pelo STF (Supremo Tribunal Federal), poderia aumentar as chances de Dilma em permanecer no cargo e ajudá-la na votação contra o impedimento. A dúvida é se o STF vai analisar o caso antes do pleito, marcado para o fim da próxima semana. Por outro lado, as delações do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) e de outros empresários presos pela Lava Jato poderiam suscitar a abertura de um inquérito contra Dilma, por obstrução de Justiça e outros crimes, no STF, o que afetaria a sobrevivência de seu mandato. As projeções do analista da Tendências são de 70% de afastamento da presidente, dos quais 40% por impeachment e 30% por nova eleição. Dólar - Variação da moeda americana à vista, em R$ Na Eurasia, que vê 75% de probabilidade de saída precoce de Dilma, há 40% de chance de o vice Michel Temer chegar ao fim do mandato e 35% de haver nova eleição. DIAS DECISIVOS José Márcio Camargo, sócio da gestora Opus, vê probabilidade entre 70% e 80% para o impeachment. Para ele, os últimos dias antes da votação serão decisivos. "No próximo fim de semana os políticos vão para as suas bases e sua decisão será influenciada pela pressão que receberem ali, tanto pelo lado político quanto pelo lado econômico [aumento do desemprego, por exemplo]." Segundo Camargo, porém, a estratégia do governo para atrair os partidos menores parece estar surtindo resultado. "Não será tarefa fácil reunir os 343 votos necessários [para o afastamento de Dilma]." Na opinião de Tiago Berriel, analista de macroeconomia da gestora Pacífico e professor da PUC-Rio, os investidores estão se movendo de maneira receosa, para evitar grandes perdas em caso de um ou de outro cenário. À ESPERA "Os preços dos ativos são totalmente diferentes em caso de saída ou de permanência da presidente, o que leva a movimentos pequenos à espera de definições", disse. "Há muita incerteza, pois se trata de assuntos e de processos de que os investidores têm pouco conhecimento." Por isso, mesmo que o cenário de impeachment tenha se reduzido desde a última semana, o dólar não acelerou tanto, nem a Bolsa sofreu um revés mais forte. Para Cortez, o dólar se movimenta (para cima) tentando captar essas novas tendências –convocação de eleições, impeachment mais dificultado–, porém ainda de maneira pouco organizada. "Essas novas teses começam aparecer no mercado mas ainda não estão no preço", disse, usando o jargão que significa estar dentro das expectativas dos investidores. "O que está ficando claro é que não há bala de prata para o impeachment." * Linha do tempo Set.2015 - 40% de chance que ela não termine o mandato Aprofundamento da crise e expectativa da saída de Levy da Fazenda 28.fev - 40% de chance que ela não termine o mandato Prisão de João Santana e especulação sobre acordo de leniência de Delcídio do Amaral 3.mar.2016 - 50% de chance que ela não termine o mandato A consultoria revê probabilidade após a condução coercitiva de Lula 15.mar.2016 - 65% de chance que ela não termine o mandato Declarações do senador Delcídio do Amaral e manifestações pró-impeachment 21.mar.2016 - 65% de chance que ela não termine o mandato Telefonemas entre Lula e Dilma e criação da comissão do impeachment 28.mar.2016 - 75% de chance que ela não termine o mandato Sinalização de que o PMDB deve deixar a coalizão governista 31.mar.2016 - 75% de chance que ela não termine o mandato Eurasia mantém expectativa após saída do PMDB da base e negociação de cargos 5.abr.2016 - 75% de chance que ela não termine o mandato Nova fase da Lava Jato, que liga Petrobras ao Mensalão. Eurasia vê 60% de chances de que o mandato seja encerrado por impeachment
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Carta do presidente dos EUA à viúva de Martin Luther King vai a leilão
Uma carta de condolências enviada pelo presidente dos Estados Unidos Lyndon Johnson à viúva do reverendo Martin Luther King Jr, líder da luta pelos direitos civis dos negros, após o assassinato dele em 1968, deverá ser leiloada nesta quinta-feira, depois de uma batalha legal. A carta datilografada de Johnson para Coretta Scott King é datada de 5 de abril de 1968, um dia depois do assassinato de King a tiros em Memphis, Estado do Tennessee, por um supremacista branco, o que provocou distúrbios por todo os Estados Unidos. "Nós vamos superar esta calamidade e continuar o trabalho da justiça e do amor que é o legado, e também a confiança, de Martin Luther King para nós", disse Johnson, que foi presidente de 1963 a 1969, na carta escrita em papel timbrado da Casa Branca. A Quinn's Auction Galleries, da cidade de Falls Church, Estado da Virgínia, vai leiloar a carta. A galeria estabeleceu o preço mínimo de US$ 60 mil (R$ 186,6 mil), e espera que a carta seja vendida por um valor entre US$ 120 mil e US$ 180 mil (R$ 373,2 mil e R$ 559,8 mil), de acordo com o site da empresa. O leiloeiro Matthew Quinn disse que a carta tem impacto especial em razão do 50º aniversário neste mês de março do "Domingo Sangrento", na cidade de Selma, Estado do Alabama, um ponto de virada no movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos, e pelo lançamento do filme "Selma", centrado em King. "Nós vendemos itens de alto valor o tempo todo. Mas raramente temos um pedaço da história, e tem sido comovente", disse Quinn à Reuters Television. Coretta Scott King guardou a carta de condolências até 2003, quando a deu ao cantor e ativista social Harry Belafonte. Ela morreu em 2006. Quando Belafonte tentou vendê-la por meio de leilões da Sotheby's, em 2008, os filhos de King se opuseram e a venda foi cancelada. Os dois lados se envolveram em uma batalha legal. Um acordo em 2014 autorizou Belafonte a manter a carta e outros itens, e Belafonte a deu à sua meia-irmã Shirley Cooks. Ela e seu marido, Stoney Cooks, que era um membro da equipe da Conferência da Liderança Cristã do Sul, de King, puseram o documento à venda, com outros artigos. Stoney Cooks disse que a carta é notável porque Johnson, que assinou a lei que foi um marco dos direitos civis, a escreveu quando enfrentava uma onda de tumultos e incêndios criminosos provocados pelo assassinato de King, inclusive nas ruas da capital do país. "Acho que a resposta rápida mostrou algo sobre a natureza da relação entre os dois homens", disse ele à Reuters Television.
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Carta do presidente dos EUA à viúva de Martin Luther King vai a leilãoUma carta de condolências enviada pelo presidente dos Estados Unidos Lyndon Johnson à viúva do reverendo Martin Luther King Jr, líder da luta pelos direitos civis dos negros, após o assassinato dele em 1968, deverá ser leiloada nesta quinta-feira, depois de uma batalha legal. A carta datilografada de Johnson para Coretta Scott King é datada de 5 de abril de 1968, um dia depois do assassinato de King a tiros em Memphis, Estado do Tennessee, por um supremacista branco, o que provocou distúrbios por todo os Estados Unidos. "Nós vamos superar esta calamidade e continuar o trabalho da justiça e do amor que é o legado, e também a confiança, de Martin Luther King para nós", disse Johnson, que foi presidente de 1963 a 1969, na carta escrita em papel timbrado da Casa Branca. A Quinn's Auction Galleries, da cidade de Falls Church, Estado da Virgínia, vai leiloar a carta. A galeria estabeleceu o preço mínimo de US$ 60 mil (R$ 186,6 mil), e espera que a carta seja vendida por um valor entre US$ 120 mil e US$ 180 mil (R$ 373,2 mil e R$ 559,8 mil), de acordo com o site da empresa. O leiloeiro Matthew Quinn disse que a carta tem impacto especial em razão do 50º aniversário neste mês de março do "Domingo Sangrento", na cidade de Selma, Estado do Alabama, um ponto de virada no movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos, e pelo lançamento do filme "Selma", centrado em King. "Nós vendemos itens de alto valor o tempo todo. Mas raramente temos um pedaço da história, e tem sido comovente", disse Quinn à Reuters Television. Coretta Scott King guardou a carta de condolências até 2003, quando a deu ao cantor e ativista social Harry Belafonte. Ela morreu em 2006. Quando Belafonte tentou vendê-la por meio de leilões da Sotheby's, em 2008, os filhos de King se opuseram e a venda foi cancelada. Os dois lados se envolveram em uma batalha legal. Um acordo em 2014 autorizou Belafonte a manter a carta e outros itens, e Belafonte a deu à sua meia-irmã Shirley Cooks. Ela e seu marido, Stoney Cooks, que era um membro da equipe da Conferência da Liderança Cristã do Sul, de King, puseram o documento à venda, com outros artigos. Stoney Cooks disse que a carta é notável porque Johnson, que assinou a lei que foi um marco dos direitos civis, a escreveu quando enfrentava uma onda de tumultos e incêndios criminosos provocados pelo assassinato de King, inclusive nas ruas da capital do país. "Acho que a resposta rápida mostrou algo sobre a natureza da relação entre os dois homens", disse ele à Reuters Television.
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Frio volta, e temperatura na capital paulista vai cair para menos de 10°C
O frio volta à capital paulista nesta quinta-feira (7). De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), os termômetros vão marcar por volta de 10°C à noite. A manhã de sexta-feira (8) será ainda mais gelada. A previsão indica que algumas áreas da cidade poderão ter temperaturas entre 6°C e 9°C. Na região de Campos de Jordão, no alto da Mantiqueira, podem ocorrer geadas entre quinta e sábado. Existe a possibilidade de que as temperaturas fiquem ao redor do zero grau na região. Apesar da chegada da frente fria ao Estado de São Paulo, a chuva deve ser apenas fraca entre a noite desta quarta-feira (6) e quinta em alguns pontos do Estado. Existe a possibilidade de chuva também na capital. Passada a chuva, o ar deve voltar a ficar seco nos próximos três dias, o que dificulta a vida das pessoas que sofrem de problemas respiratórios. No fim de semana, o sábado ainda deve ter frio nas primeiras horas da manhã e durante a noite. No domingo, a temperatura sobe um pouco –mas o ar continua seco.
cotidiano
Frio volta, e temperatura na capital paulista vai cair para menos de 10°CO frio volta à capital paulista nesta quinta-feira (7). De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), os termômetros vão marcar por volta de 10°C à noite. A manhã de sexta-feira (8) será ainda mais gelada. A previsão indica que algumas áreas da cidade poderão ter temperaturas entre 6°C e 9°C. Na região de Campos de Jordão, no alto da Mantiqueira, podem ocorrer geadas entre quinta e sábado. Existe a possibilidade de que as temperaturas fiquem ao redor do zero grau na região. Apesar da chegada da frente fria ao Estado de São Paulo, a chuva deve ser apenas fraca entre a noite desta quarta-feira (6) e quinta em alguns pontos do Estado. Existe a possibilidade de chuva também na capital. Passada a chuva, o ar deve voltar a ficar seco nos próximos três dias, o que dificulta a vida das pessoas que sofrem de problemas respiratórios. No fim de semana, o sábado ainda deve ter frio nas primeiras horas da manhã e durante a noite. No domingo, a temperatura sobe um pouco –mas o ar continua seco.
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Candido e seus prefácios generosos
O primeiro contato que tive com o mestre Antonio Candido –que outro tratamento poderia designá-lo sem cair na "idolatria" que muitos de nós amantes da literatura lhe dedicavam?– foi em meados de 2004, quando a Confraria dos Bibliófilos do Brasil estava planejando uma edição especial do livro "Os Ratos", do gaúcho Dyonélio Machado, com ilustrações do artista plástico Enio Squeff. Espantei-me quando consegui o número do seu telefone com facilidade e fui prontamente atendido por ele com uma atenção e gentileza que só os homens públicos de espírito elevado possuem. Após identificar-me, de forma objetiva, mas muita educada, ele perguntou: "No que posso ajudá-lo?". Eu, pego de surpresa, pois antes queria lhe falar sobre a edição, o autor, o ilustrador do livro, disse meio encabulado que buscava obter dele um prefácio para um livro da confraria. Ele de imediato falou que não era muito aficionado dos prefácios e que ademais estava com algumas atividades que lhe ocupavam todo o tempo que ainda dedicava a trabalhar. Respirei fundo e pedi que me escutasse por não mais que dois minutos, e ele, com uma voz pacienciosa, disse-me –nunca esqueço da expressão que usou: "Todos nós devemos ter alguns minutos para ouvir aqueles que nos procuram". Expliquei o que era a confraria, com os livros compostos em linotipia, impressão em tipografia, encadernação manual e, finalizando, falei do autor, do título do livro e também do ilustrador. Ele escutou tudo pacientemente, talvez por mais que os dois minutos que eu prometera, e de pronto me falou algo como: "Bem, mudou de figura. Primeiro, eu não sabia que ainda se faziam livros com tal tecnologia de antanho. Segundo, em se tratando de Dyonélio Machado e dos seus ratos, eu até gostaria de escrever algo a respeito, para esclarecer coisas que estão na minha cabeça há anos. Terceiro, parece-me que a sua edição vai ficar muito bonita com as ilustrações do Squeff, que sempre admirei, e eu tenho lá minhas vaidades, como qualquer outro". O diálogo é fruto da minha memória, mas posso afirmar que está bem próximo daquilo que o crítico falou. Em seguida, pediu um prazo um bocado dilatado para as minhas pretensões, mas que obviamente acatei, e assim ficamos. Em uns dez dias (o prazo que ele pedira era de 60), recebi pelos Correios, sem nenhum bilhete, um magnífico prefácio em três laudas, preparado em máquina datilográfica, com algumas emendas a caneta. Quando ele recebeu os dois exemplares do livro a que fazia jus, ligou-me para elogiar a edição, mas fez um reparo quanto à reprodução de uma das ilustrações (em serigrafia), que, na opinião dele, tinha ficado muito reticulada. Ele tinha razão. Isso mostrou como era atento a tudo o que via. Nosso segundo contato aconteceu em meados de 2013, quando de novo telefonei e mais uma vez fui por ele diretamente atendido. Antes que eu entrasse em qualquer assunto, informou-me que estava chegando do hospital, onde se submetera a uma cirurgia. Pediu desculpas e orientou-me a ligar dali a uns dez dias. Telefono duas semanas depois, e ele, mais disposto, mostra que está com a memória afiada apesar dos seus 95 anos: lembra de tudo, do prefácio para "Os Ratos" e das características da edição de 2004. E, como era seu costume, pareceu-me, perguntou em que poderia ajudar-me. Falei que era sobre uma nova apresentação em outra edição da confraria. Do outro lado, certamente com uma expressão de resignada paciência, falou-me (desse diálogo eu me lembro bem): "Meu filho, eu não estou mais escrevendo, estou adoentado, a vista está muito ruim". Num exagero que hoje reconheço, falei: "Professor Antonio Candido, dessa vez é um escritor mais importante para você que o Dyonélio Machado". E ele, sem conseguir conter a curiosidade natural do homem de letras, perguntou o nome. Respondi, exclamando para valorizar a informação: "É o Jurandir Ferreira, de Poços de Caldas!". E ele, com voz ainda resignada: "É a segunda vez que você me encurrala, agora mais fortemente. Pelo Jurandir eu levantaria da cova para escrever seja lá o que fosse. Passe-me seu endereço e em 30 dias eu lhe envio uma breve apresentação". E frisou, finalizando a conversa: "Breve". Não passou uma semana e, num pequeno envelope, igualmente datilografada e com emendas, estava a breve, em uma lauda, apresentação para a edição do livro "Um Ladrão de Guarda-Chuvas"; com o romance, Jurandir, aos 89 anos, vencera o concurso literário Guimarães Rosa, do governo de Minas Gerais, em 1994. JOSÉ SALLES NETO, 68, é presidente da Confraria dos Bibliófilos do Brasil.
ilustrissima
Candido e seus prefácios generososO primeiro contato que tive com o mestre Antonio Candido –que outro tratamento poderia designá-lo sem cair na "idolatria" que muitos de nós amantes da literatura lhe dedicavam?– foi em meados de 2004, quando a Confraria dos Bibliófilos do Brasil estava planejando uma edição especial do livro "Os Ratos", do gaúcho Dyonélio Machado, com ilustrações do artista plástico Enio Squeff. Espantei-me quando consegui o número do seu telefone com facilidade e fui prontamente atendido por ele com uma atenção e gentileza que só os homens públicos de espírito elevado possuem. Após identificar-me, de forma objetiva, mas muita educada, ele perguntou: "No que posso ajudá-lo?". Eu, pego de surpresa, pois antes queria lhe falar sobre a edição, o autor, o ilustrador do livro, disse meio encabulado que buscava obter dele um prefácio para um livro da confraria. Ele de imediato falou que não era muito aficionado dos prefácios e que ademais estava com algumas atividades que lhe ocupavam todo o tempo que ainda dedicava a trabalhar. Respirei fundo e pedi que me escutasse por não mais que dois minutos, e ele, com uma voz pacienciosa, disse-me –nunca esqueço da expressão que usou: "Todos nós devemos ter alguns minutos para ouvir aqueles que nos procuram". Expliquei o que era a confraria, com os livros compostos em linotipia, impressão em tipografia, encadernação manual e, finalizando, falei do autor, do título do livro e também do ilustrador. Ele escutou tudo pacientemente, talvez por mais que os dois minutos que eu prometera, e de pronto me falou algo como: "Bem, mudou de figura. Primeiro, eu não sabia que ainda se faziam livros com tal tecnologia de antanho. Segundo, em se tratando de Dyonélio Machado e dos seus ratos, eu até gostaria de escrever algo a respeito, para esclarecer coisas que estão na minha cabeça há anos. Terceiro, parece-me que a sua edição vai ficar muito bonita com as ilustrações do Squeff, que sempre admirei, e eu tenho lá minhas vaidades, como qualquer outro". O diálogo é fruto da minha memória, mas posso afirmar que está bem próximo daquilo que o crítico falou. Em seguida, pediu um prazo um bocado dilatado para as minhas pretensões, mas que obviamente acatei, e assim ficamos. Em uns dez dias (o prazo que ele pedira era de 60), recebi pelos Correios, sem nenhum bilhete, um magnífico prefácio em três laudas, preparado em máquina datilográfica, com algumas emendas a caneta. Quando ele recebeu os dois exemplares do livro a que fazia jus, ligou-me para elogiar a edição, mas fez um reparo quanto à reprodução de uma das ilustrações (em serigrafia), que, na opinião dele, tinha ficado muito reticulada. Ele tinha razão. Isso mostrou como era atento a tudo o que via. Nosso segundo contato aconteceu em meados de 2013, quando de novo telefonei e mais uma vez fui por ele diretamente atendido. Antes que eu entrasse em qualquer assunto, informou-me que estava chegando do hospital, onde se submetera a uma cirurgia. Pediu desculpas e orientou-me a ligar dali a uns dez dias. Telefono duas semanas depois, e ele, mais disposto, mostra que está com a memória afiada apesar dos seus 95 anos: lembra de tudo, do prefácio para "Os Ratos" e das características da edição de 2004. E, como era seu costume, pareceu-me, perguntou em que poderia ajudar-me. Falei que era sobre uma nova apresentação em outra edição da confraria. Do outro lado, certamente com uma expressão de resignada paciência, falou-me (desse diálogo eu me lembro bem): "Meu filho, eu não estou mais escrevendo, estou adoentado, a vista está muito ruim". Num exagero que hoje reconheço, falei: "Professor Antonio Candido, dessa vez é um escritor mais importante para você que o Dyonélio Machado". E ele, sem conseguir conter a curiosidade natural do homem de letras, perguntou o nome. Respondi, exclamando para valorizar a informação: "É o Jurandir Ferreira, de Poços de Caldas!". E ele, com voz ainda resignada: "É a segunda vez que você me encurrala, agora mais fortemente. Pelo Jurandir eu levantaria da cova para escrever seja lá o que fosse. Passe-me seu endereço e em 30 dias eu lhe envio uma breve apresentação". E frisou, finalizando a conversa: "Breve". Não passou uma semana e, num pequeno envelope, igualmente datilografada e com emendas, estava a breve, em uma lauda, apresentação para a edição do livro "Um Ladrão de Guarda-Chuvas"; com o romance, Jurandir, aos 89 anos, vencera o concurso literário Guimarães Rosa, do governo de Minas Gerais, em 1994. JOSÉ SALLES NETO, 68, é presidente da Confraria dos Bibliófilos do Brasil.
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Peça é encenada sobre árvores no largo do Arouche, em SP; veja vídeo
Sobre as árvores do largo do Arouche, no centro de São Paulo, cantam pássaros e também mulheres. Na peça "O Canto das Mulheres do Asfalto", quatro atrizes e dois atores sobem nas árvores do largo e, em coro, vociferam o texto de Carlos Canhameiro (da Cia. Les Commediens Tropicales). Eles interpretam mulheres que decidem não mais ter filhos e, assim, parar com a humanidade. É uma maneira, explica a diretora, Georgette Fadel, de "dar um susto no espectador", para que ele possa entender a nossa realidade e os problemas da sociedade em que vivemos. Estar sobre as copas significa fugir da cidade e buscar um contato com a natureza. "A gente pensou que o asfalto é algo realmente impermeável", conta Georgette, "e que essas mulheres estariam em busca de um solo menos perigoso, menos instável que o asfalto, que não permite um fluxo [com a natureza]." Mas o elenco não se restringe à copa das árvores. Circula pelo largo, brinca no balanço preso em galhos, atravessa a rua. "A gente achou que precisaria ter um pouco de 'perigo' com os automóveis", diz Georgette. "Os carros passam rápido, quase atropelam os atores, e a cena fica muito mais concreta." O Arouche, continua a encenadora, "é um grande centro, muita coisa acontece e muitos tipos circulam, desde o morador de rua à classe média comendo no restaurante. É uma mistura muito rica." A rua é também um desafio. "A gente aprende muito, tem que lidar com o barulho dos carros, e as pessoas interagem com o espetáculo." No dia da estreia, na última sexta (24), choveu muito e a sessão teve que ser adiada em uma hora. Passada a tormenta, o elenco entrou em cena bastante encharcado. "A peça começa com a frase: 'Quando a chuva cai, o asfalto não deixa passar'. De alguma maneira, acho que a gente chamou a chuva", brinca a diretora. "E ela lavou a nossa alma." O CANTO DAS MULHERES DO ASFALTO QUANDO sex., às 19h e às 21h, sáb., às 18h e às 20h; até 29/8 ONDE largo do Arouche, São Paulo QUANTO grátis CLASSIFICAÇÃO livre
ilustrada
Peça é encenada sobre árvores no largo do Arouche, em SP; veja vídeoSobre as árvores do largo do Arouche, no centro de São Paulo, cantam pássaros e também mulheres. Na peça "O Canto das Mulheres do Asfalto", quatro atrizes e dois atores sobem nas árvores do largo e, em coro, vociferam o texto de Carlos Canhameiro (da Cia. Les Commediens Tropicales). Eles interpretam mulheres que decidem não mais ter filhos e, assim, parar com a humanidade. É uma maneira, explica a diretora, Georgette Fadel, de "dar um susto no espectador", para que ele possa entender a nossa realidade e os problemas da sociedade em que vivemos. Estar sobre as copas significa fugir da cidade e buscar um contato com a natureza. "A gente pensou que o asfalto é algo realmente impermeável", conta Georgette, "e que essas mulheres estariam em busca de um solo menos perigoso, menos instável que o asfalto, que não permite um fluxo [com a natureza]." Mas o elenco não se restringe à copa das árvores. Circula pelo largo, brinca no balanço preso em galhos, atravessa a rua. "A gente achou que precisaria ter um pouco de 'perigo' com os automóveis", diz Georgette. "Os carros passam rápido, quase atropelam os atores, e a cena fica muito mais concreta." O Arouche, continua a encenadora, "é um grande centro, muita coisa acontece e muitos tipos circulam, desde o morador de rua à classe média comendo no restaurante. É uma mistura muito rica." A rua é também um desafio. "A gente aprende muito, tem que lidar com o barulho dos carros, e as pessoas interagem com o espetáculo." No dia da estreia, na última sexta (24), choveu muito e a sessão teve que ser adiada em uma hora. Passada a tormenta, o elenco entrou em cena bastante encharcado. "A peça começa com a frase: 'Quando a chuva cai, o asfalto não deixa passar'. De alguma maneira, acho que a gente chamou a chuva", brinca a diretora. "E ela lavou a nossa alma." O CANTO DAS MULHERES DO ASFALTO QUANDO sex., às 19h e às 21h, sáb., às 18h e às 20h; até 29/8 ONDE largo do Arouche, São Paulo QUANTO grátis CLASSIFICAÇÃO livre
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Compras com cartões no Brasil devem crescer 6,5% em 2017, diz associação
As compras com cartões de crédito e débito no Brasil devem aumentar cerca de 6,5% em 2017, movimentando uma cifra recorde de R$ 1,22 trilhão, estimou a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito) em comunicado divulgado nesta sexta-feira (16). Para 2016, a Abecs também projeta crescimento de 6,5% nas transações, que devem somar R$ 1,14 trilhão. No terceiro trimestre, os brasileiros movimentaram R$ 175 bilhões com o uso de cartões de crédito, e R$ 108 bilhões com os de débito, altas de 4% e 8,4%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2015. Ainda de acordo com o levantamento, o saldo da carteira de cartões de crédito atingiu R$ 172,5 bilhões em agosto, superando pela primeira vez na história o estoque de papel moeda em circulação, que naquele mês foi de R$ 170,1 bilhões. A pesquisa da Abecs mostrou ainda que apenas um em cada 10 usuários de cartões de crédito utiliza o rotativo como crédito emergencial, o que "mostra que a grande maioria das pessoas usa o cartão de forma consciente e sabe aproveitar os benefícios sem pagar juros".
mercado
Compras com cartões no Brasil devem crescer 6,5% em 2017, diz associaçãoAs compras com cartões de crédito e débito no Brasil devem aumentar cerca de 6,5% em 2017, movimentando uma cifra recorde de R$ 1,22 trilhão, estimou a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito) em comunicado divulgado nesta sexta-feira (16). Para 2016, a Abecs também projeta crescimento de 6,5% nas transações, que devem somar R$ 1,14 trilhão. No terceiro trimestre, os brasileiros movimentaram R$ 175 bilhões com o uso de cartões de crédito, e R$ 108 bilhões com os de débito, altas de 4% e 8,4%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2015. Ainda de acordo com o levantamento, o saldo da carteira de cartões de crédito atingiu R$ 172,5 bilhões em agosto, superando pela primeira vez na história o estoque de papel moeda em circulação, que naquele mês foi de R$ 170,1 bilhões. A pesquisa da Abecs mostrou ainda que apenas um em cada 10 usuários de cartões de crédito utiliza o rotativo como crédito emergencial, o que "mostra que a grande maioria das pessoas usa o cartão de forma consciente e sabe aproveitar os benefícios sem pagar juros".
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Nova versão do Android se chama Marshmallow, anuncia Google
O Google anunciou nesta segunda-feira (17) que a próxima versão do sistema operacional para celulares, anteriormente referida como Android M, será intitulada Marshmallow e levará o número 6.0. A atual edição é a 5.1 Lollipop (veja galeria com as versões anteriores abaixo). Uma das principais novidades do sistema, que começará a ser liberado gradualmente, para só alguns aparelhos, até dezembro, é a integração a todos os aplicativos do assistente pessoal Google Now, que poderá ler informações de qualquer app e fazer sugestões de buscas relacionadas ao texto que aparece na tela. Outra diferença é o suporte ao USB tipo C, mais recente padrão de cabos e entradas USB que permite taxas de transferência mais altas e a função de alimentação "de mão dupla" –um celular pode tanto ser carregado quanto funcionar como uma bateria externa para outros aparelhos. O anúncio foi feito por meio do site do Android para desenvolvedores e por um funcionário do Google no Twitter. "E temos Marshmallow, rapaziada!", escreveu o programador, Brandon Jones, junto com uma foto do boneco referente à futura versão na sede do Google, em Mountain View, Califórnia. O sistema, que também equipa tablets e tem edições específicas para carros, relógios inteligentes e outros aparelhos, recebe nomes que se referem a sobremesas, quase sempre populares nos EUA, como o próprio marshmallow e as anteriores Gingerbread (que pode ser traduzido como pão de mel) e Icecream Sandwich (sanduíche de sorvete). O vídeo abaixo, do canal do YouTube Nat and Lo, mostra como são feitas as estátuas referentes a cada versão do Android no Google. "Marshmallow" é o nome da flor Althaea officinalis, também conhecida como malva-branca e pertencente à família da malva. O confeito era originalmente feito com essa planta (agora é geralmente composto de xarope de milho ou açúcar com gelatina ou outro espessante). O termo é a junção das palavras "marsh" (pântano) e "mallow" (malva). Vídeo
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Nova versão do Android se chama Marshmallow, anuncia GoogleO Google anunciou nesta segunda-feira (17) que a próxima versão do sistema operacional para celulares, anteriormente referida como Android M, será intitulada Marshmallow e levará o número 6.0. A atual edição é a 5.1 Lollipop (veja galeria com as versões anteriores abaixo). Uma das principais novidades do sistema, que começará a ser liberado gradualmente, para só alguns aparelhos, até dezembro, é a integração a todos os aplicativos do assistente pessoal Google Now, que poderá ler informações de qualquer app e fazer sugestões de buscas relacionadas ao texto que aparece na tela. Outra diferença é o suporte ao USB tipo C, mais recente padrão de cabos e entradas USB que permite taxas de transferência mais altas e a função de alimentação "de mão dupla" –um celular pode tanto ser carregado quanto funcionar como uma bateria externa para outros aparelhos. O anúncio foi feito por meio do site do Android para desenvolvedores e por um funcionário do Google no Twitter. "E temos Marshmallow, rapaziada!", escreveu o programador, Brandon Jones, junto com uma foto do boneco referente à futura versão na sede do Google, em Mountain View, Califórnia. O sistema, que também equipa tablets e tem edições específicas para carros, relógios inteligentes e outros aparelhos, recebe nomes que se referem a sobremesas, quase sempre populares nos EUA, como o próprio marshmallow e as anteriores Gingerbread (que pode ser traduzido como pão de mel) e Icecream Sandwich (sanduíche de sorvete). O vídeo abaixo, do canal do YouTube Nat and Lo, mostra como são feitas as estátuas referentes a cada versão do Android no Google. "Marshmallow" é o nome da flor Althaea officinalis, também conhecida como malva-branca e pertencente à família da malva. O confeito era originalmente feito com essa planta (agora é geralmente composto de xarope de milho ou açúcar com gelatina ou outro espessante). O termo é a junção das palavras "marsh" (pântano) e "mallow" (malva). Vídeo
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De TV gigante a lavadora conectada, veja 7 produtos prestes a chegar ao mercado
A edição 2016 da CES, uma das feiras de tecnologia mais importantes do mundo, começa oficialmente nesta quarta-feira (6), mas ontem foi um dia cheio de novidades, com apresentações de empresas como Ford, LG e Kia. Veja 7 dos anúncios mais legais antes mesmo de a feira começar. No território das TVs, um dos mais tradicionais da CES, a LG chamou a atenção com um aparelho que mais parece uma tela de cinema: a UH9800 tem 98 polegadas e resolução 8K, muito maior do que as de definição ultra alta, de 4K. A fabricante também anunciou a chegada das séries G6 e E6, que têm menos de três milímetros de espessura e tela OLED com resolução 4k. Se a CES anda bem parecida com uma feira de automóveis é por conta da participação mais e mais comum das montadoras. Em uma parceria com a Amazon, a Ford anunciou um sistema para conectar carros a casas. Será possível, do carro, pedir que a porta da garagem se abra, por exemplo. A montadora também quer carros mais inteligentes e, para isso, revelou um sensor pequeno o suficiente para ser fixado nos retrovisores dos veículos. Vale o ditado que diz que nem tudo que reluz é ouro. O Nexus 6P, novo celular Android projetado pelo Google lançado recentemente, ganhou uma nova cor, dourada. Mas não é feito de ouro, à maneira de uma versão do Apple Watch, que chega a custar R$ 135 mil. As especificações não mudaram, e o aparelho dourado também chega com a versão 6.0 do Android. Como o Apple Watch e o Gear S2, smartwatch da Samsung, chegaram na safra entre a CES 2015 e esta que começa nesta quarta-feira, os outros fabricantes correm a apresentar seus modelos de relógios inteligentes. A Huawei apostou em duas versões para quem faz o tipo glamouroso. Com os nomes Jewel e Elegant, os relógios anunciados ontem vêm com cristais Swarovski e cases de ouro rosa. De olho nas possibilidades trazidas pela realidade virtual, a Nikon anunciou a KeyMission 360, a primeira câmera de ação –categoria inaugurada pela GoPro– da empresa. O dispositivo é o primeiro fabricado por um competidor de peso a oferecer gravação em 360 graus para o mercado amador. Até agora, apenas empresas menores haviam apostado nesse mercado, como a Ricoh. Com tantas montadoras participando da CES, é difícil encontrar alguma que não esteja trabalhando em pelo menos uma dessas duas áreas: carros elétricos e carros que não precisam de motorista. A Kia quer colocar seu veículo completamente autônomo nas ruas até 2030 e para isso está disposta a injetar US$ 2 bilhões em desenvolvimento nos próximos dois anos. A montadora, aliás, anunciou que já conseguiu a licença para carros que dirigem sozinhos no estado de Nevada, onde fica Las Vegas, cidade que sedia a CES. A máquina de lavar da Samsung não é nenhuma Brastemp. Isso porque, diferentemente das tradicionais, a tecnologia embutida nos aparelhos domésticos da empresa sul-coreana ajuda até os mais estabanados a usar a quantidade correta de sabão em pó, por exemplo. E os mais esquecidos a lembrar das compras de supermercado, no caso da geladeira, que também vai se conectar a serviços de streaming. E, sim, há espaço para bilhetinhos e fotos –mas os imãs de geladeira serão dispensáveis. O repórter viajou a convite da Samsung
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De TV gigante a lavadora conectada, veja 7 produtos prestes a chegar ao mercadoA edição 2016 da CES, uma das feiras de tecnologia mais importantes do mundo, começa oficialmente nesta quarta-feira (6), mas ontem foi um dia cheio de novidades, com apresentações de empresas como Ford, LG e Kia. Veja 7 dos anúncios mais legais antes mesmo de a feira começar. No território das TVs, um dos mais tradicionais da CES, a LG chamou a atenção com um aparelho que mais parece uma tela de cinema: a UH9800 tem 98 polegadas e resolução 8K, muito maior do que as de definição ultra alta, de 4K. A fabricante também anunciou a chegada das séries G6 e E6, que têm menos de três milímetros de espessura e tela OLED com resolução 4k. Se a CES anda bem parecida com uma feira de automóveis é por conta da participação mais e mais comum das montadoras. Em uma parceria com a Amazon, a Ford anunciou um sistema para conectar carros a casas. Será possível, do carro, pedir que a porta da garagem se abra, por exemplo. A montadora também quer carros mais inteligentes e, para isso, revelou um sensor pequeno o suficiente para ser fixado nos retrovisores dos veículos. Vale o ditado que diz que nem tudo que reluz é ouro. O Nexus 6P, novo celular Android projetado pelo Google lançado recentemente, ganhou uma nova cor, dourada. Mas não é feito de ouro, à maneira de uma versão do Apple Watch, que chega a custar R$ 135 mil. As especificações não mudaram, e o aparelho dourado também chega com a versão 6.0 do Android. Como o Apple Watch e o Gear S2, smartwatch da Samsung, chegaram na safra entre a CES 2015 e esta que começa nesta quarta-feira, os outros fabricantes correm a apresentar seus modelos de relógios inteligentes. A Huawei apostou em duas versões para quem faz o tipo glamouroso. Com os nomes Jewel e Elegant, os relógios anunciados ontem vêm com cristais Swarovski e cases de ouro rosa. De olho nas possibilidades trazidas pela realidade virtual, a Nikon anunciou a KeyMission 360, a primeira câmera de ação –categoria inaugurada pela GoPro– da empresa. O dispositivo é o primeiro fabricado por um competidor de peso a oferecer gravação em 360 graus para o mercado amador. Até agora, apenas empresas menores haviam apostado nesse mercado, como a Ricoh. Com tantas montadoras participando da CES, é difícil encontrar alguma que não esteja trabalhando em pelo menos uma dessas duas áreas: carros elétricos e carros que não precisam de motorista. A Kia quer colocar seu veículo completamente autônomo nas ruas até 2030 e para isso está disposta a injetar US$ 2 bilhões em desenvolvimento nos próximos dois anos. A montadora, aliás, anunciou que já conseguiu a licença para carros que dirigem sozinhos no estado de Nevada, onde fica Las Vegas, cidade que sedia a CES. A máquina de lavar da Samsung não é nenhuma Brastemp. Isso porque, diferentemente das tradicionais, a tecnologia embutida nos aparelhos domésticos da empresa sul-coreana ajuda até os mais estabanados a usar a quantidade correta de sabão em pó, por exemplo. E os mais esquecidos a lembrar das compras de supermercado, no caso da geladeira, que também vai se conectar a serviços de streaming. E, sim, há espaço para bilhetinhos e fotos –mas os imãs de geladeira serão dispensáveis. O repórter viajou a convite da Samsung
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Sem-teto fazem protesto contra a crise hídrica na zona oeste de São Paulo
Um grupo de sem-teto realiza na noite desta quinta-feira (26) um protesto contra a crise hídrica na zona oeste de São Paulo. Os manifestantes chegaram ao palácio dos Bandeirantes, na região do Morumbi, por volta das 20h20, após cerca de duas horas de caminhada. Uma comissão foi formada para ser recebida por representantes da Casa Civil e da Casa Militar. O movimento diz ter discutido sobre a falta de transparência da Sabesp e do governo sobre a situação dos reservatórios, sobre a população mais pobre ser mais afetada pela falta de água e aumento da tarifa. O coordenador do movimento, Guilherme Boulos, orientou os manifestantes a não esperarem o final do encontro para que pudessem ir embora de transporte público. Com isso, as pessoas dispersaram às 21h20. O ato reuniu em torno de 8.000 pessoas, segundo estimativa da sala de imprensa da Polícia Militar. No local, no entanto, o comando da PM apontou que o número chegava a 10 mil. Já o MTST fiz que chegou a 15 mil. Segundo os sem-teto, o governo se comprometeu a incluir o MTST e outros movimentos sociais no comitê sobre a água, criar uma comissão para identificar locais com falta de água crônica, distribuir caixas d'água na periferia e avaliar os contratos de demanda firme estabelecido com empresas. O grupo se concentrou o largo da Batata ainda à tarde e depois seguiu em direção ao palácio dos Bandeirantes, passando pela av. Brigadeiro Faria Lima, rua Engenheiro Oscar Americano, trecho da ponte Cidade Jardim, até a avenida Morumbi. "Vamos até o palácio dos Bandeirantes para exigir soluções", dizia Boulos. "Na periferia falta água todos os dias, para as empresas que pagam mais barato não falta", afirmou Josué Rocha, também coordenador do movimento. Com a passagem dos manifestantes, o shopping Iguatemi, que fica na avenida Brigadeiro Faria Lima, chegou a baixar as portas. Um caminhão-pipa participou durante parte da manifestação. Membros do movimento fizeram um encenação, escoltando o veículo até a ponte Cidade Jardim, quando ele deixou o ato. Segundo o motorista da empresa Fonte Dracena, Antônio José da Silva, o caminhão trazido por ele tem 5.000 litros de água. O aluguel de um caminhão-pipa deste tipo pode custar até R$ 400, afirmou ele. "O movimento contratou a gente para vir. Mas ninguém vai desperdiçar água", disse. Veja vídeo Além do MTST, também participam do ato partidos políticos como PSOL e PCdo B, além da CUT (Central Únicas dos Trabalhadores), ligada ao PT. Candidata à presidência em 2014, Luciana Genro (PSOL), também participa do ato e faz discursos em que critica Alckmin pela falta de água e a presidente Dilma Rousseff (PT) pela política econômica. Os manifestantes questionam o lucro de acionistas da Sabesp na Bolsa de Valores, além de reivindicar a distribuição de cisternas e construção de poços artesianos para famílias de baixa renda. Eles também questionam a Sabesp por beneficiar grandes empresas, com desconto na conta de água, e a possibilidade de aumento na conta de água. "Se o governador aumente a conta de água, não vamos pagar", dizem. Um boneco com o rosto do governador Geraldo Alckmin (PSDB) dentro de uma banheira é levado pelos manifestantes.
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Sem-teto fazem protesto contra a crise hídrica na zona oeste de São PauloUm grupo de sem-teto realiza na noite desta quinta-feira (26) um protesto contra a crise hídrica na zona oeste de São Paulo. Os manifestantes chegaram ao palácio dos Bandeirantes, na região do Morumbi, por volta das 20h20, após cerca de duas horas de caminhada. Uma comissão foi formada para ser recebida por representantes da Casa Civil e da Casa Militar. O movimento diz ter discutido sobre a falta de transparência da Sabesp e do governo sobre a situação dos reservatórios, sobre a população mais pobre ser mais afetada pela falta de água e aumento da tarifa. O coordenador do movimento, Guilherme Boulos, orientou os manifestantes a não esperarem o final do encontro para que pudessem ir embora de transporte público. Com isso, as pessoas dispersaram às 21h20. O ato reuniu em torno de 8.000 pessoas, segundo estimativa da sala de imprensa da Polícia Militar. No local, no entanto, o comando da PM apontou que o número chegava a 10 mil. Já o MTST fiz que chegou a 15 mil. Segundo os sem-teto, o governo se comprometeu a incluir o MTST e outros movimentos sociais no comitê sobre a água, criar uma comissão para identificar locais com falta de água crônica, distribuir caixas d'água na periferia e avaliar os contratos de demanda firme estabelecido com empresas. O grupo se concentrou o largo da Batata ainda à tarde e depois seguiu em direção ao palácio dos Bandeirantes, passando pela av. Brigadeiro Faria Lima, rua Engenheiro Oscar Americano, trecho da ponte Cidade Jardim, até a avenida Morumbi. "Vamos até o palácio dos Bandeirantes para exigir soluções", dizia Boulos. "Na periferia falta água todos os dias, para as empresas que pagam mais barato não falta", afirmou Josué Rocha, também coordenador do movimento. Com a passagem dos manifestantes, o shopping Iguatemi, que fica na avenida Brigadeiro Faria Lima, chegou a baixar as portas. Um caminhão-pipa participou durante parte da manifestação. Membros do movimento fizeram um encenação, escoltando o veículo até a ponte Cidade Jardim, quando ele deixou o ato. Segundo o motorista da empresa Fonte Dracena, Antônio José da Silva, o caminhão trazido por ele tem 5.000 litros de água. O aluguel de um caminhão-pipa deste tipo pode custar até R$ 400, afirmou ele. "O movimento contratou a gente para vir. Mas ninguém vai desperdiçar água", disse. Veja vídeo Além do MTST, também participam do ato partidos políticos como PSOL e PCdo B, além da CUT (Central Únicas dos Trabalhadores), ligada ao PT. Candidata à presidência em 2014, Luciana Genro (PSOL), também participa do ato e faz discursos em que critica Alckmin pela falta de água e a presidente Dilma Rousseff (PT) pela política econômica. Os manifestantes questionam o lucro de acionistas da Sabesp na Bolsa de Valores, além de reivindicar a distribuição de cisternas e construção de poços artesianos para famílias de baixa renda. Eles também questionam a Sabesp por beneficiar grandes empresas, com desconto na conta de água, e a possibilidade de aumento na conta de água. "Se o governador aumente a conta de água, não vamos pagar", dizem. Um boneco com o rosto do governador Geraldo Alckmin (PSDB) dentro de uma banheira é levado pelos manifestantes.
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Renan diz que pacote do governo tem de 'assentar' antes de avaliar apoio
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira (15) que o Congresso precisa esperar o pacote anunciado pelo governo "assentar" e defendeu que o país precisa estabelecer novos critérios para redistribuir valores arrecadados pela União com Estados e municípios. "As cidades estão sufocadas. É preciso estabelecer novos critérios para repartir o bolo da arrecadação tributária entre União, Estados e municípios", afirmou, durante uma sessão solene em que promulgou duas propostas de emenda à Constituição. Após a cerimônia, o peemedebista disse que é preciso esperar o pacote anunciado pelo governo para recuperar a economia "assentar" antes de avaliar o que poderá ser aprovado pelo Congresso. Grande parte das medidas dependem de aval do Legislativo, como a criação de um novo imposto nos moldes da CPMF. As medidas foram alvo de críticas de aliados, da oposição e de representantes de movimentos sociais."Deixa o pacote assentar. Temos que aguardar que as medidas cheguem ao Congresso e o Congresso vai, como sempre, fazer a sua parte. Melhorar cada uma dessas medidas", disse Renan. DIREITO SOCIAL O Senado promulgou nesta terça-feira (15) a proposta de emenda à Constituição que inclui o transporte no rol de direitos sociais do cidadão estabelecidos pela Constituição. Figuram na lista de direitos sociais a educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados. Na mesma sessão, os senadores promulgaram também a proposta de emenda à Constituição que prorroga por 15 anos o período em que a União deverá continuar aplicando percentuais mínimos dos recursos dos fundos constitucionais para irrigação nas regiões Centro-Oeste e Nordeste. Com o novo texto, a União continua obrigada a investir 20% dos recursos destinados à irrigação no Centro-Oeste e outros 50% no Nordeste, com preferência à região do semiárido.
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Renan diz que pacote do governo tem de 'assentar' antes de avaliar apoioO presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira (15) que o Congresso precisa esperar o pacote anunciado pelo governo "assentar" e defendeu que o país precisa estabelecer novos critérios para redistribuir valores arrecadados pela União com Estados e municípios. "As cidades estão sufocadas. É preciso estabelecer novos critérios para repartir o bolo da arrecadação tributária entre União, Estados e municípios", afirmou, durante uma sessão solene em que promulgou duas propostas de emenda à Constituição. Após a cerimônia, o peemedebista disse que é preciso esperar o pacote anunciado pelo governo para recuperar a economia "assentar" antes de avaliar o que poderá ser aprovado pelo Congresso. Grande parte das medidas dependem de aval do Legislativo, como a criação de um novo imposto nos moldes da CPMF. As medidas foram alvo de críticas de aliados, da oposição e de representantes de movimentos sociais."Deixa o pacote assentar. Temos que aguardar que as medidas cheguem ao Congresso e o Congresso vai, como sempre, fazer a sua parte. Melhorar cada uma dessas medidas", disse Renan. DIREITO SOCIAL O Senado promulgou nesta terça-feira (15) a proposta de emenda à Constituição que inclui o transporte no rol de direitos sociais do cidadão estabelecidos pela Constituição. Figuram na lista de direitos sociais a educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados. Na mesma sessão, os senadores promulgaram também a proposta de emenda à Constituição que prorroga por 15 anos o período em que a União deverá continuar aplicando percentuais mínimos dos recursos dos fundos constitucionais para irrigação nas regiões Centro-Oeste e Nordeste. Com o novo texto, a União continua obrigada a investir 20% dos recursos destinados à irrigação no Centro-Oeste e outros 50% no Nordeste, com preferência à região do semiárido.
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Após dez anos de pesquisas, ralo que recicla calor deve chegar ao mercado
O engenheiro mecânico Fernando Brucoli fundou a Enercycle com o foco inicial em um produto: desenvolver e vender um ralo que recicla o calor da água que sai quente do chuveiro. "A energia que gastamos para esquentar a água para o banho escorre quase toda pelo ralo", diz ele, que teve a ideia de reutilizar esse calor quando ainda era um estudante universitário. Pode vir quente Na potência mais alta, a água sai do chuveiro a uma temperatura de aproximadamente 40 graus. Depois de passar pelo corpo humano e cair no ralo, cai para 36 graus, de acordo com medições do engenheiro. "Cerca de 80% da energia que gastamos para fazer a água passar da temperatura ambiente, que fica perto de 15 graus em média, para os 40 graus do banho, é desperdiçada", conclui Brucoli. Segundo ele, o dispositivo pode economizar até 40% do que um chuveiro elétrico gasta -valor que corresponde a 16% do consumo total de energia em uma residência. A previsão é de que o produto chegue ao mercado até o término de 2018. O preço final estimado do Cycledrain, nome comercial que o dispositivo recebeu, é de R$ 790. "Ele é mais indicado para prédios novos, que podem ser feitos já pensando na implantação do ralo", afirma Brucoli. "Em construções já existentes é necessária uma adaptação que envolve quebrar paredes e chão e pode deixar a instalação mais cara." O engenheiro acrescenta ainda que o dispositivo deve se pagar, com a economia na conta de energia, em até dois anos e meio. INVESTIMENTO Há mais de dez anos Brucoli trabalha com o desenvolvimento do ralo. Em 2011 a Enercycle ganhou novo fôlego ao ser incubada no Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia), ligado ao governo do Estado e a instituições de pesquisa, como a USP, e, aos poucos, os protótipos caseiros foram adquirindo mais consistência. O investimento total até agora, diz o engenheiro, foi de cerca de R$ 180 mil. A versão atual consiste em uma caixa que é instalada no lugar do ralo. Antes de subir para o chuveiro, o cano que carrega a água limpa precisa ser desviado para passar por dentro do Cycledrain, onde fica imerso na água usada quente e dela recebe calor. Dessa maneira, afirma Brucoli, é possível tomar um banho quente usando uma potência menor. "Em vez de esquentar água fria, o chuveiro vai gastar menos energia para esquentar a água morna", explica ele. A empresa foi graduada pelo Cietec em 2016, o que significa que a ideia se tornou, enfim, um produto vendável.
mercado
Após dez anos de pesquisas, ralo que recicla calor deve chegar ao mercadoO engenheiro mecânico Fernando Brucoli fundou a Enercycle com o foco inicial em um produto: desenvolver e vender um ralo que recicla o calor da água que sai quente do chuveiro. "A energia que gastamos para esquentar a água para o banho escorre quase toda pelo ralo", diz ele, que teve a ideia de reutilizar esse calor quando ainda era um estudante universitário. Pode vir quente Na potência mais alta, a água sai do chuveiro a uma temperatura de aproximadamente 40 graus. Depois de passar pelo corpo humano e cair no ralo, cai para 36 graus, de acordo com medições do engenheiro. "Cerca de 80% da energia que gastamos para fazer a água passar da temperatura ambiente, que fica perto de 15 graus em média, para os 40 graus do banho, é desperdiçada", conclui Brucoli. Segundo ele, o dispositivo pode economizar até 40% do que um chuveiro elétrico gasta -valor que corresponde a 16% do consumo total de energia em uma residência. A previsão é de que o produto chegue ao mercado até o término de 2018. O preço final estimado do Cycledrain, nome comercial que o dispositivo recebeu, é de R$ 790. "Ele é mais indicado para prédios novos, que podem ser feitos já pensando na implantação do ralo", afirma Brucoli. "Em construções já existentes é necessária uma adaptação que envolve quebrar paredes e chão e pode deixar a instalação mais cara." O engenheiro acrescenta ainda que o dispositivo deve se pagar, com a economia na conta de energia, em até dois anos e meio. INVESTIMENTO Há mais de dez anos Brucoli trabalha com o desenvolvimento do ralo. Em 2011 a Enercycle ganhou novo fôlego ao ser incubada no Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia), ligado ao governo do Estado e a instituições de pesquisa, como a USP, e, aos poucos, os protótipos caseiros foram adquirindo mais consistência. O investimento total até agora, diz o engenheiro, foi de cerca de R$ 180 mil. A versão atual consiste em uma caixa que é instalada no lugar do ralo. Antes de subir para o chuveiro, o cano que carrega a água limpa precisa ser desviado para passar por dentro do Cycledrain, onde fica imerso na água usada quente e dela recebe calor. Dessa maneira, afirma Brucoli, é possível tomar um banho quente usando uma potência menor. "Em vez de esquentar água fria, o chuveiro vai gastar menos energia para esquentar a água morna", explica ele. A empresa foi graduada pelo Cietec em 2016, o que significa que a ideia se tornou, enfim, um produto vendável.
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Australiano de 21 anos ameaça recorde de Cielo e se garante na Rio-2016
DE SÃO PAULO O australiano Cameron McEvoy, 21, ficou próximo de bater o recorde mundial dos 100 m livre nesta segunda-feira (11), em Adelaide, durante a seletiva olímpica da natação de seu país. Atual vice-campeão mundial da prova, McEvoy venceu a final da distância em 47s04, melhor tempo da história se não forem contabilizadas as marcas obtidas com os trajes tecnológicos (de poliuretano, que foram permitidos entre 2008 e 2009 e banidos a partir de 2010). A marca do australiano ficou a apenas 13 centésimos do recorde de 46s91, que pertence a Cesar Cielo desde 2009. O registro do brasileiro foi conquistador com um traje de poliuretano, que ajudava na flutuação. Com o título, McEvoy garantiu sua classificação para os Jogos Olímpicos do Rio, que ocorrerão de 5 a 21 de agosto. A outra vaga australiana ficou com Kyle Chalmers, 17, campeão mundial junior. Ele terminou a final em 48s03. A surpresa do dia foi a não classificação de James Magnussen, 24, que acabou somente na quarta posição (48s68). Campeão mundial dos 100 m livre em 2011 e 2013, ele também é o atual vice-campeão olímpico. Apesar de fora da disputa individual, Magnussen integrará o revezamento 4 x 100 m australiano no Rio. A seletiva olímpica australiana de natação terminará na próxima quinta-feira (14). CIELO BUSCA VAGA Enquanto vê seus rivais garantindo vaga na Rio-2016, Cielo ainda não conseguiu o índice para classificar-se para os Jogos. O campeão olímpico de 2008 tem a última chance de garantir a vaga nesta semana, na disputa do Troféu Maria Lenk, que começa nesta sexta-feira (15), no Rio.
esporte
Australiano de 21 anos ameaça recorde de Cielo e se garante na Rio-2016 DE SÃO PAULO O australiano Cameron McEvoy, 21, ficou próximo de bater o recorde mundial dos 100 m livre nesta segunda-feira (11), em Adelaide, durante a seletiva olímpica da natação de seu país. Atual vice-campeão mundial da prova, McEvoy venceu a final da distância em 47s04, melhor tempo da história se não forem contabilizadas as marcas obtidas com os trajes tecnológicos (de poliuretano, que foram permitidos entre 2008 e 2009 e banidos a partir de 2010). A marca do australiano ficou a apenas 13 centésimos do recorde de 46s91, que pertence a Cesar Cielo desde 2009. O registro do brasileiro foi conquistador com um traje de poliuretano, que ajudava na flutuação. Com o título, McEvoy garantiu sua classificação para os Jogos Olímpicos do Rio, que ocorrerão de 5 a 21 de agosto. A outra vaga australiana ficou com Kyle Chalmers, 17, campeão mundial junior. Ele terminou a final em 48s03. A surpresa do dia foi a não classificação de James Magnussen, 24, que acabou somente na quarta posição (48s68). Campeão mundial dos 100 m livre em 2011 e 2013, ele também é o atual vice-campeão olímpico. Apesar de fora da disputa individual, Magnussen integrará o revezamento 4 x 100 m australiano no Rio. A seletiva olímpica australiana de natação terminará na próxima quinta-feira (14). CIELO BUSCA VAGA Enquanto vê seus rivais garantindo vaga na Rio-2016, Cielo ainda não conseguiu o índice para classificar-se para os Jogos. O campeão olímpico de 2008 tem a última chance de garantir a vaga nesta semana, na disputa do Troféu Maria Lenk, que começa nesta sexta-feira (15), no Rio.
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Em cadeia nacional, Temer defenderá pacificação do país no 7 de Setembro
O presidente interino, Michel Temer, informou na noite de quarta-feira (17) a senadores tucanos que pretende fazer no 7 de Setembro seu primeiro pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão caso a presidente Dilma Rousseff seja definitivamente afastada do cargo. O peemedebista definiu a data no início desta semana e já começou a discutir com a equipe ministerial o tom do discurso, que deverá ser gravado antes de sua viagem para a reunião do G-20, encontro que será realizado nos dias 4 e 5 de setembro na China. O objetivo do pronunciamento é definir a linha de seu governo a partir do momento em que ele assume definitivamente o cargo. Para isso, a ideia é que o peemedebista defenda a necessidade de uma unidade nacional para superar as crises política e econômica e reforce sua agenda econômica focada no ajuste fiscal e retomada dos investimentos. Segundo a Folha apurou, ele irá também pregar a pacificação do país e a necessidade de uma 'reinstitucionalização', além de pedir que a sociedade brasileira se dedique a superar o atual quadro econômico. No discurso, o presidente interino também pretende antecipar medidas econômicas que adotará, como o lançamento de um pacote de concessões em infraestrutura, e deve falar sobre eventuais acordos comerciais fechados durante viagem à China. Desde que assumiu interinamente o Palácio do Planalto, Temer vinha sendo aconselhado a utilizar a cadeia nacional de televisão e rádio. Ele, no entanto, preferiu agir com precaução para evitar questionamentos judiciais e só utilizá-la caso seja confirmado definitivamente no cargo.
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Em cadeia nacional, Temer defenderá pacificação do país no 7 de SetembroO presidente interino, Michel Temer, informou na noite de quarta-feira (17) a senadores tucanos que pretende fazer no 7 de Setembro seu primeiro pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão caso a presidente Dilma Rousseff seja definitivamente afastada do cargo. O peemedebista definiu a data no início desta semana e já começou a discutir com a equipe ministerial o tom do discurso, que deverá ser gravado antes de sua viagem para a reunião do G-20, encontro que será realizado nos dias 4 e 5 de setembro na China. O objetivo do pronunciamento é definir a linha de seu governo a partir do momento em que ele assume definitivamente o cargo. Para isso, a ideia é que o peemedebista defenda a necessidade de uma unidade nacional para superar as crises política e econômica e reforce sua agenda econômica focada no ajuste fiscal e retomada dos investimentos. Segundo a Folha apurou, ele irá também pregar a pacificação do país e a necessidade de uma 'reinstitucionalização', além de pedir que a sociedade brasileira se dedique a superar o atual quadro econômico. No discurso, o presidente interino também pretende antecipar medidas econômicas que adotará, como o lançamento de um pacote de concessões em infraestrutura, e deve falar sobre eventuais acordos comerciais fechados durante viagem à China. Desde que assumiu interinamente o Palácio do Planalto, Temer vinha sendo aconselhado a utilizar a cadeia nacional de televisão e rádio. Ele, no entanto, preferiu agir com precaução para evitar questionamentos judiciais e só utilizá-la caso seja confirmado definitivamente no cargo.
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Gestora de fundos investe R$ 250 mi em condomínio logístico em MG
A VBI Real Estate, gestora de fundos de investimentos de private equity com sede em São Paulo, planeja um novo complexo logístico em Extrema, em Minas Gerais. O empreendimento terá cerca de 130 mil m² de galpões e receberá um aporte de R$ 250 milhões, incluindo R$ 50 milhões aplicados na compra da área e de um armazém existente no local. A empresa decidiu manter o projeto, mesmo com a crise, porque os recursos necessários para a construção já haviam sido captados. Outra razão envolve a localização do complexo, em uma região onde ainda existe demanda por galpões logísticos de alto padrão, de acordo com Rodrigo Abbud, sócio-fundador da gestora. "O momento é de cautela, por isso nós não estamos olhando para áreas de São Paulo, onde há uma superoferta [de condomínios]", afirma o executivo. "Mas ainda há boas oportunidades em outras regiões", diz. O projeto faz parte de um pacote de R$ 1 bilhão levantado pela VBI com investidores estrangeiros, que inclui um parque logístico em Seropédica (RJ), cuja primeira etapa será entregue pelo grupo nesta semana. "O Rio é outro local que ainda tem demanda nesse segmento, principalmente de empresas que ocupavam galpões de baixa qualidade." A VBI tem investimentos em 27 projetos imobiliários, incluindo edifícios residenciais, torres corporativas e quatro shopping centers. VBI * Televisor e Cuscuz O Grupo Pão de Açúcar ergueu seu primeiro centro de distribuição integrado em Cabo de Santo Agostinho (PE), com investimento de R$ 30 milhões. A unidade atenderá as operações Via Varejo (Pontofrio e Casas Bahia), Multivarejo (supermercados) e Cnova (e-commerce) na região Nordeste e será modelo para as futuras operações logísticas da companhia. O local tem 75 mil m² de área, com capacidade para se expandir para 100 mil m², e comporta 60 mil paletes. "O novo modelo traz eficiência operacional e mais integração entre todos os formatos, um movimento que vínhamos fazendo nos últimos anos", diz Peter Estermann, vice-presidente do Grupo Pão de Açúcar. Além de o Nordeste ser o foco de expansão da companhia, uma vez que há concentração maior de lojas na região Sudeste, a localização do centro de distribuição também privilegia a importação de mercadorias. "A distância menor para Europa e Ásia que o porto de Santos [SP] deixa o frete mais barato", diz Marcelo Arantes, diretor do grupo. R$ 16,1 bilhões foi a receita líquida total do grupo no 2º trimestre de 2015 56 são os centros de distribuição em operação no Brasil, sendo quatro na região Nordeste * Vendas de Livros de Colorir Caem pelo Terceiro Mês Consecutivo Os livros de colorir, que vitaminaram o mercado editorial no primeiro semestre, perderam demanda e já não seguram o resultado do setor. No último mês, as vendas totais foram piores do que no mesmo período de 2014, o que aconteceu pela primeira vez, mostram dados da Snel (sindicato das editoras). "Se não fossem os livros de colorir, a queda teria acontecido antes", diz Vivian Valli, 39, diretora da Nobel. "Eles são bons porque [o dono] não consegue emprestar", diz Marcos Pereira, dono da editora Sextante e presidente da Snel. A empresa tem os dois títulos mais bem sucedidos, ambos da autora Johanna Basford, que venderam 2 milhões de cópias. Os editores esperavam que o fenômeno fosse ter um pouso suave até o fim do ano, ele diz. A queda foi rápida porque a quantidade de títulos lançados foi grande e o mercado saturou. "As livrarias colocaram um pé no freio." "Foi bacana, conseguimos surfar essa onda. Mas essa já deu, agora estamos em busca de novas febres", diz Roberta Machado, diretora comercial da editora Record. livros * Diferencial... Sete em cada dez (68,5%) micro e pequenos empresários no país têm o costume de cobrar um valor mais baixo para quem opta pelo pagamento em dinheiro. ....valioso O estudo, feito pelo SPC Brasil, aponta ainda que o cartão de crédito lidera (39%) como o meio de pagamento mais recebido nas vendas, em especial no comércio. * Hora do Café com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e FELIPE GUTIERREZ*
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Gestora de fundos investe R$ 250 mi em condomínio logístico em MGA VBI Real Estate, gestora de fundos de investimentos de private equity com sede em São Paulo, planeja um novo complexo logístico em Extrema, em Minas Gerais. O empreendimento terá cerca de 130 mil m² de galpões e receberá um aporte de R$ 250 milhões, incluindo R$ 50 milhões aplicados na compra da área e de um armazém existente no local. A empresa decidiu manter o projeto, mesmo com a crise, porque os recursos necessários para a construção já haviam sido captados. Outra razão envolve a localização do complexo, em uma região onde ainda existe demanda por galpões logísticos de alto padrão, de acordo com Rodrigo Abbud, sócio-fundador da gestora. "O momento é de cautela, por isso nós não estamos olhando para áreas de São Paulo, onde há uma superoferta [de condomínios]", afirma o executivo. "Mas ainda há boas oportunidades em outras regiões", diz. O projeto faz parte de um pacote de R$ 1 bilhão levantado pela VBI com investidores estrangeiros, que inclui um parque logístico em Seropédica (RJ), cuja primeira etapa será entregue pelo grupo nesta semana. "O Rio é outro local que ainda tem demanda nesse segmento, principalmente de empresas que ocupavam galpões de baixa qualidade." A VBI tem investimentos em 27 projetos imobiliários, incluindo edifícios residenciais, torres corporativas e quatro shopping centers. VBI * Televisor e Cuscuz O Grupo Pão de Açúcar ergueu seu primeiro centro de distribuição integrado em Cabo de Santo Agostinho (PE), com investimento de R$ 30 milhões. A unidade atenderá as operações Via Varejo (Pontofrio e Casas Bahia), Multivarejo (supermercados) e Cnova (e-commerce) na região Nordeste e será modelo para as futuras operações logísticas da companhia. O local tem 75 mil m² de área, com capacidade para se expandir para 100 mil m², e comporta 60 mil paletes. "O novo modelo traz eficiência operacional e mais integração entre todos os formatos, um movimento que vínhamos fazendo nos últimos anos", diz Peter Estermann, vice-presidente do Grupo Pão de Açúcar. Além de o Nordeste ser o foco de expansão da companhia, uma vez que há concentração maior de lojas na região Sudeste, a localização do centro de distribuição também privilegia a importação de mercadorias. "A distância menor para Europa e Ásia que o porto de Santos [SP] deixa o frete mais barato", diz Marcelo Arantes, diretor do grupo. R$ 16,1 bilhões foi a receita líquida total do grupo no 2º trimestre de 2015 56 são os centros de distribuição em operação no Brasil, sendo quatro na região Nordeste * Vendas de Livros de Colorir Caem pelo Terceiro Mês Consecutivo Os livros de colorir, que vitaminaram o mercado editorial no primeiro semestre, perderam demanda e já não seguram o resultado do setor. No último mês, as vendas totais foram piores do que no mesmo período de 2014, o que aconteceu pela primeira vez, mostram dados da Snel (sindicato das editoras). "Se não fossem os livros de colorir, a queda teria acontecido antes", diz Vivian Valli, 39, diretora da Nobel. "Eles são bons porque [o dono] não consegue emprestar", diz Marcos Pereira, dono da editora Sextante e presidente da Snel. A empresa tem os dois títulos mais bem sucedidos, ambos da autora Johanna Basford, que venderam 2 milhões de cópias. Os editores esperavam que o fenômeno fosse ter um pouso suave até o fim do ano, ele diz. A queda foi rápida porque a quantidade de títulos lançados foi grande e o mercado saturou. "As livrarias colocaram um pé no freio." "Foi bacana, conseguimos surfar essa onda. Mas essa já deu, agora estamos em busca de novas febres", diz Roberta Machado, diretora comercial da editora Record. livros * Diferencial... Sete em cada dez (68,5%) micro e pequenos empresários no país têm o costume de cobrar um valor mais baixo para quem opta pelo pagamento em dinheiro. ....valioso O estudo, feito pelo SPC Brasil, aponta ainda que o cartão de crédito lidera (39%) como o meio de pagamento mais recebido nas vendas, em especial no comércio. * Hora do Café com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e FELIPE GUTIERREZ*
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Prestar contas em rede social é como fazê-lo em site da prefeitura, diz Doria
Um dia após publicar primeiro em seu perfil pessoal em uma rede social os dados de doações de empresas a sua gestão, o prefeito João Doria (PSDB) justificou a escolha dizendo que seu perfil é "tão democrático quanto o da própria prefeitura". Questionado pela reportagem durante visita a Roma sobre a transparência dos dados e o meio de divulgação, o tucano disse que todas as suas "ações, viagens, movimentos e encontros são divulgados no meu Facebook abertamente para acesso de todos. Portanto é tão democrático quanto o da própria prefeitura". O caso foi divulgado pela Folha nesta terça-feira (18). Além de usar canal não oficial, o prefeito divulgou as tabelas em arquivos fotográficos de baixa qualidade. Questionada, a assessoria do prefeito afirmou que o material também foi publicado no site Dados Abertos, canal oficial da prefeitura, o que só foi feito horas depois da publicação do tucano em sua página. Em quase quatro meses de mandato, mais de cem empresas já doaram itens que vão de móveis para o gabinete do prefeito a medicamentos para os postos de saúde. A lista com quase 200 doações divulgada pelo prefeito em sua conta no Facebook apresenta uma série de imprecisões, como doadores não especificados e estimativas aparentemente vagas. Doria negou que os nomes não tenham sido especificados e afirmou que "valores com décimos foram arredondados, mas pequenas diferenças, o que normalmente se faz". PESQUISA DATAFOLHA - A prefeitura tem recebido doações de várias empresas. Na sua opinião as doações são: RESTAURAÇÃO O prefeito disse ainda que irá recuperar três "pontos históricos" da cidade de São Paulo com a ajuda financeira de empresas italianas. Segundo Doria, a praça do Patriarca, ao lado do Theatro Municipal de São Paulo, na região da Sé, a praça Milão, na avenida República do Líbano (região do Parque Ibirapuera), e uma pequena praça dedicada à Memória da Imigração Italiana na avenida 9 de Julho, na região central, serão restauradas com ajuda de capital italiano. "Estamos vendo isso com o apoio da Embaixada da Itália no Brasil, em Brasília. Tivemos uma reunião há duas semanas, liderada pelo embaixador e também pelo cônsul da Itália em São Paulo. Tínhamos acho que 14 empresas italianas nessa reunião. O objetivo foi estabelecer parcerias com essas empresas para programas de recuperação urbana da cidade", contou Doria. No caso da praça do Patriarca, o prefeito informou que os trabalhos de recuperação irão contar com o apoio de restauradores de Roma, mas não citou nomes. O prefeito também não especificou quais são as empresas envolvidas nesses projetos. "Assim que nós terminarmos e pudermos formalizar, vamos anunciar (os nomes). Mas são empresas que atuam no Brasil já há muitos anos." EMPRESAS QUE MAIS DOARAM* - VISITA AO PAPA A viagem de Doria a Itália é a terceira missão internacional do prefeito desde o início de seu mandato. O prefeito contou que possui uma relação profunda com a Itália. Ele morou um ano em Roma, período em que fez um curso na Universidade La Sapienza. "Tempo suficiente para me apaixonar pela cidade e aprender o italiano também." O principal objetivo da visita, no entanto, é o encontro que haverá na quarta (19) com o papa Francisco. Doria participará da audiência pública que o papa realiza todas as quartas na praça São Pedro, no Vaticano. Ele fará parte de uma comitiva de cerca de 50 autoridades de diversas partes do mundo que terão o direito de saudar o papa pessoalmente. Em entrevista, Doria afirmou que sua intenção é pedir ao líder da Igreja Católica que reveja sua decisão e vá a Aparecida (a 180 km de São Paulo) para participar das comemorações dos 300 anos da padroeira do Brasil, em outubro. No entanto, a assessoria de imprensa do Vaticano reafirmou à reportagem da Folha, na manhã desta terça (madrugada no Brasil), que o papa não virá ao país neste ano porque se dedicará às visitas que receberá de bispos de todo o mundo, o que a Igreja chama de "Ad Limina". Após a audiência com o papa, o prefeito de São Paulo segue para Portugal onde participará do 5º Seminário Luso Brasileiro de Direito, na Faculdade de Direito de Lisboa. Doria será um dos palestrantes do evento, ao lado dos ministros da Saúde do Brasil, Ricardo Barros, e de Portugal, do ministro do STJ Luís Felipe Salomão e outras autoridades. ITENS MAIS DOADOS - Em R$ milhões
cotidiano
Prestar contas em rede social é como fazê-lo em site da prefeitura, diz DoriaUm dia após publicar primeiro em seu perfil pessoal em uma rede social os dados de doações de empresas a sua gestão, o prefeito João Doria (PSDB) justificou a escolha dizendo que seu perfil é "tão democrático quanto o da própria prefeitura". Questionado pela reportagem durante visita a Roma sobre a transparência dos dados e o meio de divulgação, o tucano disse que todas as suas "ações, viagens, movimentos e encontros são divulgados no meu Facebook abertamente para acesso de todos. Portanto é tão democrático quanto o da própria prefeitura". O caso foi divulgado pela Folha nesta terça-feira (18). Além de usar canal não oficial, o prefeito divulgou as tabelas em arquivos fotográficos de baixa qualidade. Questionada, a assessoria do prefeito afirmou que o material também foi publicado no site Dados Abertos, canal oficial da prefeitura, o que só foi feito horas depois da publicação do tucano em sua página. Em quase quatro meses de mandato, mais de cem empresas já doaram itens que vão de móveis para o gabinete do prefeito a medicamentos para os postos de saúde. A lista com quase 200 doações divulgada pelo prefeito em sua conta no Facebook apresenta uma série de imprecisões, como doadores não especificados e estimativas aparentemente vagas. Doria negou que os nomes não tenham sido especificados e afirmou que "valores com décimos foram arredondados, mas pequenas diferenças, o que normalmente se faz". PESQUISA DATAFOLHA - A prefeitura tem recebido doações de várias empresas. Na sua opinião as doações são: RESTAURAÇÃO O prefeito disse ainda que irá recuperar três "pontos históricos" da cidade de São Paulo com a ajuda financeira de empresas italianas. Segundo Doria, a praça do Patriarca, ao lado do Theatro Municipal de São Paulo, na região da Sé, a praça Milão, na avenida República do Líbano (região do Parque Ibirapuera), e uma pequena praça dedicada à Memória da Imigração Italiana na avenida 9 de Julho, na região central, serão restauradas com ajuda de capital italiano. "Estamos vendo isso com o apoio da Embaixada da Itália no Brasil, em Brasília. Tivemos uma reunião há duas semanas, liderada pelo embaixador e também pelo cônsul da Itália em São Paulo. Tínhamos acho que 14 empresas italianas nessa reunião. O objetivo foi estabelecer parcerias com essas empresas para programas de recuperação urbana da cidade", contou Doria. No caso da praça do Patriarca, o prefeito informou que os trabalhos de recuperação irão contar com o apoio de restauradores de Roma, mas não citou nomes. O prefeito também não especificou quais são as empresas envolvidas nesses projetos. "Assim que nós terminarmos e pudermos formalizar, vamos anunciar (os nomes). Mas são empresas que atuam no Brasil já há muitos anos." EMPRESAS QUE MAIS DOARAM* - VISITA AO PAPA A viagem de Doria a Itália é a terceira missão internacional do prefeito desde o início de seu mandato. O prefeito contou que possui uma relação profunda com a Itália. Ele morou um ano em Roma, período em que fez um curso na Universidade La Sapienza. "Tempo suficiente para me apaixonar pela cidade e aprender o italiano também." O principal objetivo da visita, no entanto, é o encontro que haverá na quarta (19) com o papa Francisco. Doria participará da audiência pública que o papa realiza todas as quartas na praça São Pedro, no Vaticano. Ele fará parte de uma comitiva de cerca de 50 autoridades de diversas partes do mundo que terão o direito de saudar o papa pessoalmente. Em entrevista, Doria afirmou que sua intenção é pedir ao líder da Igreja Católica que reveja sua decisão e vá a Aparecida (a 180 km de São Paulo) para participar das comemorações dos 300 anos da padroeira do Brasil, em outubro. No entanto, a assessoria de imprensa do Vaticano reafirmou à reportagem da Folha, na manhã desta terça (madrugada no Brasil), que o papa não virá ao país neste ano porque se dedicará às visitas que receberá de bispos de todo o mundo, o que a Igreja chama de "Ad Limina". Após a audiência com o papa, o prefeito de São Paulo segue para Portugal onde participará do 5º Seminário Luso Brasileiro de Direito, na Faculdade de Direito de Lisboa. Doria será um dos palestrantes do evento, ao lado dos ministros da Saúde do Brasil, Ricardo Barros, e de Portugal, do ministro do STJ Luís Felipe Salomão e outras autoridades. ITENS MAIS DOADOS - Em R$ milhões
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Ação de Temer pode ser inócua, mas mostra força da Lava Jato
A decisão do presidente Michel Temer (PMDB) de afastar ministros denunciados no âmbito da Lava Jato demonstra novamente o peso simbólico que a operação ganhou, para bem e para mal. Na prática, o chefe do Executivo dá à Procuradoria-Geral da República um poder discricionário enorme. Se o procurador-geral, Rodrigo Janot, achar que os indícios contra um ministro são suficientes para denunciá-lo, isso significa que o sujeito está fora temporariamente. Se o Supremo concordar com ele e torná-lo um réu, será demissão. Radical num ambiente de moral gelatinosa como o de Brasília, o movimento no entanto conta com a tradicional marcha lenta dos processos nas instâncias superiores. No mês anterior à sua morte em um acidente aéreo, o então relator da Lava Jato, Teori Zavascki, apontava que a lentidão nas investigações era tão ou mais responsável pela morosidade no STF quanto o foro privilegiado em si. Apenas uma fração dos inquéritos que recebera até então havia gerado denúncia pela PGR. Temer pode contar com isso. Seu governo tem pouco menos de 22 meses pela frente, e ministros enrolados que desejem ser candidatos no ano que vem terão de deixar o governo de qualquer jeito em abril de 2018. É um cálculo. Mas o episódio demonstra também que Temer piscou. Foi cristalizada na opinião pública a impressão de que o governo aproveitou a melhoria no cenário político e econômico para avançar contra a Lava Jato. A outorga do foro privilegiado a Moreira Franco, a ida de Edison Lobão para a CCJ do Senado, a indicação de Alexandre de Moraes para a vaga de Teori e a especulação sobre o perfil de quem iria para seu lugar na Justiça formaram um conjunto probatório coeso. Mesmo negando querer interferir na Lava Jato, e descontando com o fato óbvio que tal acordão precisaria da adesão das instâncias de investigação, Temer ficou sem opção. Foi bombardeado na mídia e, ainda contando com o apoio dos agentes econômicos, ouviu sirenes de alerta nos grupos de monitoramento qualitativo da reação ao noticiário. Para piorar, isso ocorre no momento em que policiais federais acusam a chefia da corporação de aderir ao tal acordão contra a Lava Jato. Mesmo que acabe sendo inócua na prática, a medida demonstra que a Lava Jato pode ser atacada, e novos lances são previsíveis, mas que possui vida própria como régua moral residual no país.
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Ação de Temer pode ser inócua, mas mostra força da Lava JatoA decisão do presidente Michel Temer (PMDB) de afastar ministros denunciados no âmbito da Lava Jato demonstra novamente o peso simbólico que a operação ganhou, para bem e para mal. Na prática, o chefe do Executivo dá à Procuradoria-Geral da República um poder discricionário enorme. Se o procurador-geral, Rodrigo Janot, achar que os indícios contra um ministro são suficientes para denunciá-lo, isso significa que o sujeito está fora temporariamente. Se o Supremo concordar com ele e torná-lo um réu, será demissão. Radical num ambiente de moral gelatinosa como o de Brasília, o movimento no entanto conta com a tradicional marcha lenta dos processos nas instâncias superiores. No mês anterior à sua morte em um acidente aéreo, o então relator da Lava Jato, Teori Zavascki, apontava que a lentidão nas investigações era tão ou mais responsável pela morosidade no STF quanto o foro privilegiado em si. Apenas uma fração dos inquéritos que recebera até então havia gerado denúncia pela PGR. Temer pode contar com isso. Seu governo tem pouco menos de 22 meses pela frente, e ministros enrolados que desejem ser candidatos no ano que vem terão de deixar o governo de qualquer jeito em abril de 2018. É um cálculo. Mas o episódio demonstra também que Temer piscou. Foi cristalizada na opinião pública a impressão de que o governo aproveitou a melhoria no cenário político e econômico para avançar contra a Lava Jato. A outorga do foro privilegiado a Moreira Franco, a ida de Edison Lobão para a CCJ do Senado, a indicação de Alexandre de Moraes para a vaga de Teori e a especulação sobre o perfil de quem iria para seu lugar na Justiça formaram um conjunto probatório coeso. Mesmo negando querer interferir na Lava Jato, e descontando com o fato óbvio que tal acordão precisaria da adesão das instâncias de investigação, Temer ficou sem opção. Foi bombardeado na mídia e, ainda contando com o apoio dos agentes econômicos, ouviu sirenes de alerta nos grupos de monitoramento qualitativo da reação ao noticiário. Para piorar, isso ocorre no momento em que policiais federais acusam a chefia da corporação de aderir ao tal acordão contra a Lava Jato. Mesmo que acabe sendo inócua na prática, a medida demonstra que a Lava Jato pode ser atacada, e novos lances são previsíveis, mas que possui vida própria como régua moral residual no país.
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Um mutante agressivo
Na campanha de vacinação contra a gripe que começa na segunda-feira, será usada a vacina trivalente para variantes (cepas) atualmente circulantes dos vírus influenza A H1N1, A H3N2 e do tipo B. Os vírus do tipo A, por apresentarem frequentes mutações, são responsáveis pelas pandemias de grave repercussão. Em 2009, uma variante do A H1N1 provocou a pandemia da gripe suína que atingiu a população de 137 países. Em 1968, a então circulante cepa do H3N2 foi responsável pela pandemia da gripe Hong Kong (foi naquela área a manifestação inicial da virose), com 1 milhão de mortos no mundo por infecções secundárias, principalmente pneumonia. Os vírus da influenza tipo B também circulam e apresentam mutações, mas com menor repercussão. As vacinas atuais são efetivas. A proteção inicia-se em duas semanas, porém sua ação é limitada a não mais de dois anos. Uma vacina com duradoura proteção ainda não está disponível. As alterações genéticas dos vírus explica porque a fabricação da vacina e sua aplicação são anuais. A cada ano, a OMS (Organização Mundial da Saúde) identifica antecipadamente as alterações antigênicas dos vírus da influenza, para fabricação da vacina específica para as cepas circulantes. Na produção dessas vacinas, os vírus são cultivados em ovos embrionados, motivo pelo qual alérgicos a ovos devem consultar um médico.
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Um mutante agressivoNa campanha de vacinação contra a gripe que começa na segunda-feira, será usada a vacina trivalente para variantes (cepas) atualmente circulantes dos vírus influenza A H1N1, A H3N2 e do tipo B. Os vírus do tipo A, por apresentarem frequentes mutações, são responsáveis pelas pandemias de grave repercussão. Em 2009, uma variante do A H1N1 provocou a pandemia da gripe suína que atingiu a população de 137 países. Em 1968, a então circulante cepa do H3N2 foi responsável pela pandemia da gripe Hong Kong (foi naquela área a manifestação inicial da virose), com 1 milhão de mortos no mundo por infecções secundárias, principalmente pneumonia. Os vírus da influenza tipo B também circulam e apresentam mutações, mas com menor repercussão. As vacinas atuais são efetivas. A proteção inicia-se em duas semanas, porém sua ação é limitada a não mais de dois anos. Uma vacina com duradoura proteção ainda não está disponível. As alterações genéticas dos vírus explica porque a fabricação da vacina e sua aplicação são anuais. A cada ano, a OMS (Organização Mundial da Saúde) identifica antecipadamente as alterações antigênicas dos vírus da influenza, para fabricação da vacina específica para as cepas circulantes. Na produção dessas vacinas, os vírus são cultivados em ovos embrionados, motivo pelo qual alérgicos a ovos devem consultar um médico.
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Um time por jogo
Cuca é a diferença exata entre um técnico intuitivo e outro estrategista. Na véspera de sua apresentação ao Palmeiras, ele definia como queria sua equipe: "Nunca fui obsessivo pela posse de bola. Vamos escalar de acordo com cada partida." Escalado pelo lado esquerdo, como ponta, Zé Roberto marcava a saída de Fágner. O lateral do Corinthians não jogou. Os números ainda dizem que Fagner foi quem mais passes certos ofereceu no clássico, mas não conseguiu ultrapassar a linha do meio-de-campo, como faz em todas as melhores apresentações do Corinthians. O plano de Cuca não parou aí. Arouca foi para o lado esquerdo, à frente de Gabriel, para marcar Elias. Gabriel protegeu a cabeça de área e Robinho cuidou dos avanços de Uendel. Quando o Corinthians não tem a saída de bola por seus laterais, o time desaba. Gabriel Jesus na meia direita duelava com Bruno Henrique. Partia da meia direita para criar as melhores jogadas do Palmeiras. Até quando Tite trocou Elias por Maycon e isso obrigou a mudar o lado de Arouca e Gabriel Jesus. Nessa hora, o jovem atacante do Palmeiras caiu pela ponta e criou jogada para Alecsandro. É claro que a vitória e o fim do tabu de 14 dérbis sem vencer no estádio do Pacaembu não teriam acontecido se não fosse a atuação do goleiro Fernando Prass, mais uma vez decisivo numa cobrança de pênalti. Em dois jogos consecutivos, o Corinthians perdeu três pênaltis, com três cobradores diferentes —Rodriguinho, Romero e Lucca. Marcelo Oliveira é o exemplar do treinador intuitivo. É bom e conquistou dois títulos brasileiros e uma Copa do Brasil, mas sempre apostou na capacidade de os jogadores entenderem-se sozinhos. No Cruzeiro, questionado sobre como realizava treinos para aumentar o entendimento entre Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart, explicava com um exemplo: "Eles se conhecem pelo olhar, como Reinaldo e eu nos anos 70." Cuca aposta menos na química, mais no estudo. No pouco tempo de treino nas últimas duas semanas, trabalhou o caminho da bola. Ela agora sai pelos zagueiros, volante e laterais. Na maior parte das vezes pelo chão. Não se angustia por não ter a posse de bola. Incomoda-se mais quando a equipe não reage ao desarme adversário com a imediata tentativa de recuperação. Aos 20 minutos do segundo tempo, Gabriel Jesus foi desarmado na meia direita. Um triângulo vestido de verde partiu em direção ao volante do Corinthians para tomar a bola. O clássico não serve ainda para dizer que o Palmeiras está melhor. Serve para perceber que os valores de Cuca começam a aparecer. Jogar bem e ganhar do Corinthians é uma medida. Vencer o Rio Claro, não. Ainda é necessário um bom resultado contra o Mogi Mirim para garantir a classificação para as quartas-de-final do Campeonato Paulista e vencer o Rosario Central (ARG) para ter chance de avançar na Libertadores. Não é simples. Nas finais da Copa do Brasil, o adiamento equilibrou as forças, porque o Santos piorou. O intervalo da Libertadores pode ter efeito semelhante. O Palmeiras esboça evolução. O Rosario Central não jogou bem suas últimas três partidas do Campeonato Argentino. PELO MEIO Guilherme ainda não se acertou no Corinthians e o time melhorou quando Giovanni Augusto deslocou-se da ponta para o meio. Quando os laterais não jogam, os volantes precisam ousar e a inversão de posições tem de ser a saída. PELA PONTA Muricy ainda não acertou o Flamengo e já mudou o sistema. Seu problema não é só o excesso de jogos e viagens e a consequente falta de treinos. Mas faz parte do cardápio. Nesta semana, dá tempo para treinar.
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Um time por jogoCuca é a diferença exata entre um técnico intuitivo e outro estrategista. Na véspera de sua apresentação ao Palmeiras, ele definia como queria sua equipe: "Nunca fui obsessivo pela posse de bola. Vamos escalar de acordo com cada partida." Escalado pelo lado esquerdo, como ponta, Zé Roberto marcava a saída de Fágner. O lateral do Corinthians não jogou. Os números ainda dizem que Fagner foi quem mais passes certos ofereceu no clássico, mas não conseguiu ultrapassar a linha do meio-de-campo, como faz em todas as melhores apresentações do Corinthians. O plano de Cuca não parou aí. Arouca foi para o lado esquerdo, à frente de Gabriel, para marcar Elias. Gabriel protegeu a cabeça de área e Robinho cuidou dos avanços de Uendel. Quando o Corinthians não tem a saída de bola por seus laterais, o time desaba. Gabriel Jesus na meia direita duelava com Bruno Henrique. Partia da meia direita para criar as melhores jogadas do Palmeiras. Até quando Tite trocou Elias por Maycon e isso obrigou a mudar o lado de Arouca e Gabriel Jesus. Nessa hora, o jovem atacante do Palmeiras caiu pela ponta e criou jogada para Alecsandro. É claro que a vitória e o fim do tabu de 14 dérbis sem vencer no estádio do Pacaembu não teriam acontecido se não fosse a atuação do goleiro Fernando Prass, mais uma vez decisivo numa cobrança de pênalti. Em dois jogos consecutivos, o Corinthians perdeu três pênaltis, com três cobradores diferentes —Rodriguinho, Romero e Lucca. Marcelo Oliveira é o exemplar do treinador intuitivo. É bom e conquistou dois títulos brasileiros e uma Copa do Brasil, mas sempre apostou na capacidade de os jogadores entenderem-se sozinhos. No Cruzeiro, questionado sobre como realizava treinos para aumentar o entendimento entre Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart, explicava com um exemplo: "Eles se conhecem pelo olhar, como Reinaldo e eu nos anos 70." Cuca aposta menos na química, mais no estudo. No pouco tempo de treino nas últimas duas semanas, trabalhou o caminho da bola. Ela agora sai pelos zagueiros, volante e laterais. Na maior parte das vezes pelo chão. Não se angustia por não ter a posse de bola. Incomoda-se mais quando a equipe não reage ao desarme adversário com a imediata tentativa de recuperação. Aos 20 minutos do segundo tempo, Gabriel Jesus foi desarmado na meia direita. Um triângulo vestido de verde partiu em direção ao volante do Corinthians para tomar a bola. O clássico não serve ainda para dizer que o Palmeiras está melhor. Serve para perceber que os valores de Cuca começam a aparecer. Jogar bem e ganhar do Corinthians é uma medida. Vencer o Rio Claro, não. Ainda é necessário um bom resultado contra o Mogi Mirim para garantir a classificação para as quartas-de-final do Campeonato Paulista e vencer o Rosario Central (ARG) para ter chance de avançar na Libertadores. Não é simples. Nas finais da Copa do Brasil, o adiamento equilibrou as forças, porque o Santos piorou. O intervalo da Libertadores pode ter efeito semelhante. O Palmeiras esboça evolução. O Rosario Central não jogou bem suas últimas três partidas do Campeonato Argentino. PELO MEIO Guilherme ainda não se acertou no Corinthians e o time melhorou quando Giovanni Augusto deslocou-se da ponta para o meio. Quando os laterais não jogam, os volantes precisam ousar e a inversão de posições tem de ser a saída. PELA PONTA Muricy ainda não acertou o Flamengo e já mudou o sistema. Seu problema não é só o excesso de jogos e viagens e a consequente falta de treinos. Mas faz parte do cardápio. Nesta semana, dá tempo para treinar.
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Maratona de São Paulo bloqueia vias da cidade; confira alterações
A 21ª Maratona de São Paulo, realizada neste domingo (17), provoca algumas alterações de trânsito nas zonas sul e oeste da cidade. A prova, que teve início às 6h40, terá a participação de 22 mil atletas, que percorrerão 42 km. A previsão é que termine às 15h. Haverá também disputas de 15 milhas (24.140 m), 5 milhas (8.047 m) e caminhada de 2 milhas (3.212 m). As largadas e chegadas serão na Avenida Pedro Álvares Cabral, próximo ao Obelisco, no Ibirapuera. Por causa da prova, algumas vias serão bloqueadas. Confira abaixo: * Bloqueio: Avenida Pedro Álvares Cabral (sentido Pinheiros) Opção: Rua Marechal Maurício Cardoso, Rua Abílio Soares, Avenida Marechal Estênio Albuquerque Lima, Rua Manuel da Nóbrega, Avenida Brasil Bloqueio: Avenida Pedro Álvares Cabral (sentido Vila Mariana), Praça Armando Salles Oliveira e Rua Manuel da Nóbrega Opção: Avenida Brasil, Rua Veneza, Rua Honduras, Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, Rua Jundiaí, Rua Manuel da Nóbrega, Avenida Marechal Estênio de Albuquerque Lima, Rua Abílio Soares, Rua Tutóia, Viaduto Tutóia, Rua Doutor Amâncio de Carvalho, Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, Rua França Pinto e Rua Domingo de Morais. Bloqueio: Avenida Juscelino Kubitscheck (sentido Ibirapuera) Opção: Avenida Brigadeiro Faria Lima, Avenida Doutor Cardoso de Melo, Avenida Santo Amaro Bloqueio: Avenida Juscelino Kubitscheck (sentido Marginal) Opção: Rua Leopoldo Couto de Magalhães, Avenida Brigadeiro Faria Lima, Rua Professor Arthur Ramos e Avenida Cidade Jardim Bloqueio: Avenida República do Líbano (sentido Jabaquara) Opção: Rua Bento de Andrade, Rua Henrique Martins, Avenida Brigadeiro Luís Antônio, Praça Dom Gastão Liberal Pinto e à Avenida Santo Amaro ou Avenida Presidente Juscelino Kubitscheck e a Rua Professor Leopoldo de Magalhães Junior Bloqueio: Avenida República do Líbano (sentido Ibirapuera) Opção: Rua João Lourenço, Avenida Santo Amaro (sentido Centro), Praça Dom Gastão Liberal Pinto e à Avenida Brigadeiro Luís Antônio Bloqueio: Túnel Tribunal de Justiça (sentido Ibirapuera) Opção: Rua Doutor Eduardo Souza Aranha, Avenida Santo Amaro, Praça Dom Gastão Liberal Pinto ou à Avenida Antônio Joaquim de Moura Andrade Bloqueio: Túnel Ayrton Senna (sentido Ibirapuera) Opção: Rua Teviot, Rua Bastos Pereira, Rua Lourenço de Almeida, Rua Afonso Braz, Avenida República do Líbano, Alameda dos Arapanés, Avenida Agami, Avenida Ibirapuera (sentido Centro), Complexo Viário Jorge João Saad e à Avenida Sena Madureira. Bloqueio: Túnel Jânio Quadros (sentido Centro) e Rua Engenheiro Oscar Americano, Avenida dos Tajurás (sentido Centro), Avenida Morumbi e Avenida Professor Francisco Morato e Ponte Engenheiro Roberto Rossi Zuccolo Opção 1: Avenida Morumbi, Avenida Professor Francisco Morato, Ponte Eusébio matoso e Avenida Eusébio matoso, Avenida Brigadeiro Faria Lima. Opção 2: Avenida Morumbi, Avenida Doutor Alberto Penteado, Avenida das Begônias, Avenida das Magnólias, Avenida Alcebiades Delamare, Avenida Magalhães de Castro, Ponte Engenheiro Ary Torres, Avenida dos Bandeirantes, retorno na altura da Rua Ribeiro do Valem Rua Ribeirão Claro, Rua Gomes de Carvalho, Avenida Santo Amaro (sentido Centro) Bloqueio: Praça Panamericana Opção: Avenida Diógenes Ribeiro de Lima ou Marginal Pinheiros. Bloqueio: Avenida Professor Fonseca Rodrigues Opção: Avenida Diógenes Ribeiro de Lima ou Marginal Pinheiros. Bloqueio: Avenida Lineu de Paula Machado Opção: Marginal Pinheiros. Bloqueio: Avenida Escola Politécnica Opção: Avenida Jaguaré Bloqueio: Túnel Ayrton Senna (sentido Marginal) Opção: Avenida Vinte e Três de Maio, Avenida Ibirapuera, Avenida República do Líbano e Rua João Lourenço. Bloqueio: Rua Alvarenga (destino Rodovia Raposo Tavares) Opção 1: Marginal Pinheiros (sentido Interlagos), Rua General Vidal, Avenida Onófrio, Avenida Jaguaré. Opção 2: Marginal Pinheiros (sentido Interlagos), Rua Bento Frias, Ponte Eusébio Matoso (sentido Centro), retornando na Ponte Eusébio Matoso (sentido Bairro), Avenida Professor Francisco Morato, Rua M.M.D.C, Rua Reação e a Rodovia Raposo Tavares. Opção 3: Ponte Eusébio Matoso (sentido Bairro), Rua Gerivatiba, Rua Desembargador Armando Fair Banks, Rua Agostinho Cantú, Rua Murtinho Nobre, Avenida Valdemar Ferreira, Avenida Valentin Gentil e Avenida Magalhães de Castro. Bloqueio: Ponte Cidade Universitária Opção: Ponte Eusébio Matoso ou Ponte do Jaguaré. Bloqueio: Jardins (sentido Aeroporto) Opção: Avenida Santo Amaro e Avenida dos Bandeirantes Bloqueio: Zona Sul (sentido Centro) Opção: Avenida dos Bandeirantes, Avenida Santo Amaro e Avenida nove de Julho Bloqueio: Zona Sul (sentido Região da Paulista) Opção: Avenida Jabaquara, Rua Domingos de Morais
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Maratona de São Paulo bloqueia vias da cidade; confira alteraçõesA 21ª Maratona de São Paulo, realizada neste domingo (17), provoca algumas alterações de trânsito nas zonas sul e oeste da cidade. A prova, que teve início às 6h40, terá a participação de 22 mil atletas, que percorrerão 42 km. A previsão é que termine às 15h. Haverá também disputas de 15 milhas (24.140 m), 5 milhas (8.047 m) e caminhada de 2 milhas (3.212 m). As largadas e chegadas serão na Avenida Pedro Álvares Cabral, próximo ao Obelisco, no Ibirapuera. Por causa da prova, algumas vias serão bloqueadas. Confira abaixo: * Bloqueio: Avenida Pedro Álvares Cabral (sentido Pinheiros) Opção: Rua Marechal Maurício Cardoso, Rua Abílio Soares, Avenida Marechal Estênio Albuquerque Lima, Rua Manuel da Nóbrega, Avenida Brasil Bloqueio: Avenida Pedro Álvares Cabral (sentido Vila Mariana), Praça Armando Salles Oliveira e Rua Manuel da Nóbrega Opção: Avenida Brasil, Rua Veneza, Rua Honduras, Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, Rua Jundiaí, Rua Manuel da Nóbrega, Avenida Marechal Estênio de Albuquerque Lima, Rua Abílio Soares, Rua Tutóia, Viaduto Tutóia, Rua Doutor Amâncio de Carvalho, Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, Rua França Pinto e Rua Domingo de Morais. Bloqueio: Avenida Juscelino Kubitscheck (sentido Ibirapuera) Opção: Avenida Brigadeiro Faria Lima, Avenida Doutor Cardoso de Melo, Avenida Santo Amaro Bloqueio: Avenida Juscelino Kubitscheck (sentido Marginal) Opção: Rua Leopoldo Couto de Magalhães, Avenida Brigadeiro Faria Lima, Rua Professor Arthur Ramos e Avenida Cidade Jardim Bloqueio: Avenida República do Líbano (sentido Jabaquara) Opção: Rua Bento de Andrade, Rua Henrique Martins, Avenida Brigadeiro Luís Antônio, Praça Dom Gastão Liberal Pinto e à Avenida Santo Amaro ou Avenida Presidente Juscelino Kubitscheck e a Rua Professor Leopoldo de Magalhães Junior Bloqueio: Avenida República do Líbano (sentido Ibirapuera) Opção: Rua João Lourenço, Avenida Santo Amaro (sentido Centro), Praça Dom Gastão Liberal Pinto e à Avenida Brigadeiro Luís Antônio Bloqueio: Túnel Tribunal de Justiça (sentido Ibirapuera) Opção: Rua Doutor Eduardo Souza Aranha, Avenida Santo Amaro, Praça Dom Gastão Liberal Pinto ou à Avenida Antônio Joaquim de Moura Andrade Bloqueio: Túnel Ayrton Senna (sentido Ibirapuera) Opção: Rua Teviot, Rua Bastos Pereira, Rua Lourenço de Almeida, Rua Afonso Braz, Avenida República do Líbano, Alameda dos Arapanés, Avenida Agami, Avenida Ibirapuera (sentido Centro), Complexo Viário Jorge João Saad e à Avenida Sena Madureira. Bloqueio: Túnel Jânio Quadros (sentido Centro) e Rua Engenheiro Oscar Americano, Avenida dos Tajurás (sentido Centro), Avenida Morumbi e Avenida Professor Francisco Morato e Ponte Engenheiro Roberto Rossi Zuccolo Opção 1: Avenida Morumbi, Avenida Professor Francisco Morato, Ponte Eusébio matoso e Avenida Eusébio matoso, Avenida Brigadeiro Faria Lima. Opção 2: Avenida Morumbi, Avenida Doutor Alberto Penteado, Avenida das Begônias, Avenida das Magnólias, Avenida Alcebiades Delamare, Avenida Magalhães de Castro, Ponte Engenheiro Ary Torres, Avenida dos Bandeirantes, retorno na altura da Rua Ribeiro do Valem Rua Ribeirão Claro, Rua Gomes de Carvalho, Avenida Santo Amaro (sentido Centro) Bloqueio: Praça Panamericana Opção: Avenida Diógenes Ribeiro de Lima ou Marginal Pinheiros. Bloqueio: Avenida Professor Fonseca Rodrigues Opção: Avenida Diógenes Ribeiro de Lima ou Marginal Pinheiros. Bloqueio: Avenida Lineu de Paula Machado Opção: Marginal Pinheiros. Bloqueio: Avenida Escola Politécnica Opção: Avenida Jaguaré Bloqueio: Túnel Ayrton Senna (sentido Marginal) Opção: Avenida Vinte e Três de Maio, Avenida Ibirapuera, Avenida República do Líbano e Rua João Lourenço. Bloqueio: Rua Alvarenga (destino Rodovia Raposo Tavares) Opção 1: Marginal Pinheiros (sentido Interlagos), Rua General Vidal, Avenida Onófrio, Avenida Jaguaré. Opção 2: Marginal Pinheiros (sentido Interlagos), Rua Bento Frias, Ponte Eusébio Matoso (sentido Centro), retornando na Ponte Eusébio Matoso (sentido Bairro), Avenida Professor Francisco Morato, Rua M.M.D.C, Rua Reação e a Rodovia Raposo Tavares. Opção 3: Ponte Eusébio Matoso (sentido Bairro), Rua Gerivatiba, Rua Desembargador Armando Fair Banks, Rua Agostinho Cantú, Rua Murtinho Nobre, Avenida Valdemar Ferreira, Avenida Valentin Gentil e Avenida Magalhães de Castro. Bloqueio: Ponte Cidade Universitária Opção: Ponte Eusébio Matoso ou Ponte do Jaguaré. Bloqueio: Jardins (sentido Aeroporto) Opção: Avenida Santo Amaro e Avenida dos Bandeirantes Bloqueio: Zona Sul (sentido Centro) Opção: Avenida dos Bandeirantes, Avenida Santo Amaro e Avenida nove de Julho Bloqueio: Zona Sul (sentido Região da Paulista) Opção: Avenida Jabaquara, Rua Domingos de Morais
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'Seria salvar o que não deve ser salvo', diz FHC ao rejeitar pacto com Dilma
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) divulgou nota neste sábado (7) em que rejeita a tese de promover um pacto pela governabilidade com aliados da presidente Dilma Rousseff (PT). No texto, o tucano diz que "qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo". A nota é uma resposta a reportagem publicada pela Folha neste sábado que mostra que, assediado por governistas, o ex-presidente tem admitido a aliados a hipótese de uma aproximação com a presidente petista, na tentativa de ajudar a achar uma saída para as crises política e econômica. Segundo a Folha apurou, FHC tem se reunido com interlocutores do Planalto e discutido os efeitos da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. Em sua resposta, FHC diz que "o momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Este quer antes de mais nada que se passe a limpo o caso do Petrolão". O ex-presidente diz ainda que "cabe sim que as forças sociais, econômicas e políticas se organizem e dialoguem sobre como corrigir os desmandos do lulo-petismo que levaram o país à crise moral e a economia à recessão." Também em nota, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) chamou de "delírio sem qualquer fundamento na realidade" a tese de um acordo pela governabilidade de Dilma. "A condição para tirar o Brasil da crise é tirar o PT do poder", disse. Ele disse ainda que a oposição tem o dever de "travar um combate sem tréguas ao desastre ético e administrativo do lulo-dilmo-petismo para nos credenciarmos cada vez mais a derrotá-los nas ruas e no voto". "Abraço de afogados? Estamos inequivocamente fora", encerra. Leia abaixo a íntegra da nota. O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Este quer antes de mais nada que se passe a limpo o caso do Petrolão: quer ver responsabilidades definidas e contas prestadas à Justiça. Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo. Cabe sim que as forças sociais, econômicas e políticas se organizem e dialoguem sobre como corrigir os desmandos do lulo-petismo que levaram o país à crise moral e a economia à recessão Fernando Henrique Cardoso
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'Seria salvar o que não deve ser salvo', diz FHC ao rejeitar pacto com DilmaO ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) divulgou nota neste sábado (7) em que rejeita a tese de promover um pacto pela governabilidade com aliados da presidente Dilma Rousseff (PT). No texto, o tucano diz que "qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo". A nota é uma resposta a reportagem publicada pela Folha neste sábado que mostra que, assediado por governistas, o ex-presidente tem admitido a aliados a hipótese de uma aproximação com a presidente petista, na tentativa de ajudar a achar uma saída para as crises política e econômica. Segundo a Folha apurou, FHC tem se reunido com interlocutores do Planalto e discutido os efeitos da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. Em sua resposta, FHC diz que "o momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Este quer antes de mais nada que se passe a limpo o caso do Petrolão". O ex-presidente diz ainda que "cabe sim que as forças sociais, econômicas e políticas se organizem e dialoguem sobre como corrigir os desmandos do lulo-petismo que levaram o país à crise moral e a economia à recessão." Também em nota, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) chamou de "delírio sem qualquer fundamento na realidade" a tese de um acordo pela governabilidade de Dilma. "A condição para tirar o Brasil da crise é tirar o PT do poder", disse. Ele disse ainda que a oposição tem o dever de "travar um combate sem tréguas ao desastre ético e administrativo do lulo-dilmo-petismo para nos credenciarmos cada vez mais a derrotá-los nas ruas e no voto". "Abraço de afogados? Estamos inequivocamente fora", encerra. Leia abaixo a íntegra da nota. O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Este quer antes de mais nada que se passe a limpo o caso do Petrolão: quer ver responsabilidades definidas e contas prestadas à Justiça. Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo. Cabe sim que as forças sociais, econômicas e políticas se organizem e dialoguem sobre como corrigir os desmandos do lulo-petismo que levaram o país à crise moral e a economia à recessão Fernando Henrique Cardoso
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Editorial: A dengue no quintal
A dengue é uma moléstia viral de causar calafrios em epidemiologistas: não existe vacina nem terapia específica contra ela; tratam-se apenas seus sintomas, como febre alta e dores no corpo; a prevenção exige que a população colabore de maneira disciplinada no combate ao mosquito transmissor, Aedes aegypti. As larvas do inseto proliferam em água limpa e parada, como a que se acumula em pneus e vasilhames após a chuva. À primeira vista poderia parecer que, numa estiagem como a atual, a transmissão da doença seria menor. Nada disso. O país vive novo surto da enfermidade. Até 14 de fevereiro, houve 103.616 casos registrados, acréscimo de 123% sobre o mesmo intervalo de 2014. Mais da metade das ocorrências (62.689) se deu no Sudeste, região castigada pela seca. No Estado de São Paulo, a progressão foi mais alarmante: eram 5.185 casos nas seis primeiras semanas de 2014, são 51.849 neste ano. Um avanço de 900%. Com isso, a incidência da doença em território paulista (117,7 casos por 100 mil habitantes) tornou-se a terceira maior do Brasil (atrás de Acre e Goiás). Há casos extremos no Estado, como a pequena Trabiju (1.650 moradores), onde 1 em cada 15 moradores foi contaminado. O país convive com a dengue há décadas. Sucessivas campanhas decerto já fixaram na população as noções básicas para evitar a proliferação de larvas do Aedes aegypti: manter lixeiras fechadas, não acumular lixo ao relento, encher com areia pratos debaixo de vasos de plantas, limpar calhas e tampar caixas d'água e tonéis. Com o passar do tempo, contudo, essas providências tendem a ser relaxadas. Aí reside o perigo. De 1990 a 2009, o número anual de casos oscilava ao redor de poucas centenas de milhares (com exceção de 2002 e 2008, quando ultrapassou 600 mil), mas, a partir de 2010, galgou novo patamar, entre 600 mil e 1,5 milhão. O surto das primeiras semanas de 2015 não se revelou especialmente letal. Ocorreram até meados de fevereiro 28 mortes, contra 56 no mesmo período de 2014, com menos da metade dos casos. Dado o comportamento errático da doença, porém, nada impede que os episódios fatais se multipliquem. Desde 1990, pelo menos 3.929 pessoas morreram com a dengue no país, 2.139 das quais (54%) de 2010 a 2013. É fundamental intensificar as campanhas de esclarecimento da população e treinar mais equipes para realizar visitas de porta em porta. Mas as medidas só terão efeito se cada um cuidar do próprio quintal.
opiniao
Editorial: A dengue no quintalA dengue é uma moléstia viral de causar calafrios em epidemiologistas: não existe vacina nem terapia específica contra ela; tratam-se apenas seus sintomas, como febre alta e dores no corpo; a prevenção exige que a população colabore de maneira disciplinada no combate ao mosquito transmissor, Aedes aegypti. As larvas do inseto proliferam em água limpa e parada, como a que se acumula em pneus e vasilhames após a chuva. À primeira vista poderia parecer que, numa estiagem como a atual, a transmissão da doença seria menor. Nada disso. O país vive novo surto da enfermidade. Até 14 de fevereiro, houve 103.616 casos registrados, acréscimo de 123% sobre o mesmo intervalo de 2014. Mais da metade das ocorrências (62.689) se deu no Sudeste, região castigada pela seca. No Estado de São Paulo, a progressão foi mais alarmante: eram 5.185 casos nas seis primeiras semanas de 2014, são 51.849 neste ano. Um avanço de 900%. Com isso, a incidência da doença em território paulista (117,7 casos por 100 mil habitantes) tornou-se a terceira maior do Brasil (atrás de Acre e Goiás). Há casos extremos no Estado, como a pequena Trabiju (1.650 moradores), onde 1 em cada 15 moradores foi contaminado. O país convive com a dengue há décadas. Sucessivas campanhas decerto já fixaram na população as noções básicas para evitar a proliferação de larvas do Aedes aegypti: manter lixeiras fechadas, não acumular lixo ao relento, encher com areia pratos debaixo de vasos de plantas, limpar calhas e tampar caixas d'água e tonéis. Com o passar do tempo, contudo, essas providências tendem a ser relaxadas. Aí reside o perigo. De 1990 a 2009, o número anual de casos oscilava ao redor de poucas centenas de milhares (com exceção de 2002 e 2008, quando ultrapassou 600 mil), mas, a partir de 2010, galgou novo patamar, entre 600 mil e 1,5 milhão. O surto das primeiras semanas de 2015 não se revelou especialmente letal. Ocorreram até meados de fevereiro 28 mortes, contra 56 no mesmo período de 2014, com menos da metade dos casos. Dado o comportamento errático da doença, porém, nada impede que os episódios fatais se multipliquem. Desde 1990, pelo menos 3.929 pessoas morreram com a dengue no país, 2.139 das quais (54%) de 2010 a 2013. É fundamental intensificar as campanhas de esclarecimento da população e treinar mais equipes para realizar visitas de porta em porta. Mas as medidas só terão efeito se cada um cuidar do próprio quintal.
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Eletrobras diz à CVM que não estuda abertura de capital de Furnas
A estatal de energia Eletrobras enviou comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta quinta-feira (14) em que afirma que não estuda neste momento a realização de uma operação de abertura de capital de sua subsidiária Furnas, que investe em geração e transmissão de energia. "Qualquer avaliação que porventura exista sobre a operação é preliminar e inicial, no âmbito exclusivo de Furnas, e trata-se apenas de mais um estudo entre diversas outras alternativas possíveis de captação de recursos pela subsidiária", afirmou a Eletrobras. A estatal disse à CVM que faz o esclarecimento por ter identificado que havia risco de divulgação de informações sobre o assunto na imprensa. "Não há, neste momento, nenhum estudo, avaliação ou aprovação pelos órgãos deliberativos da Eletrobras acerca da operação ou de qualquer outra semelhante envolvendo Furnas, ou qualquer outra subsidiária", afirmou a estatal. "Não há, neste momento, qualquer autorização governamental para a operação." Segundo a Eletrobras, não há "qualquer autorização" do Conselho de Administração de Furnas para essa operação.
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Eletrobras diz à CVM que não estuda abertura de capital de FurnasA estatal de energia Eletrobras enviou comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta quinta-feira (14) em que afirma que não estuda neste momento a realização de uma operação de abertura de capital de sua subsidiária Furnas, que investe em geração e transmissão de energia. "Qualquer avaliação que porventura exista sobre a operação é preliminar e inicial, no âmbito exclusivo de Furnas, e trata-se apenas de mais um estudo entre diversas outras alternativas possíveis de captação de recursos pela subsidiária", afirmou a Eletrobras. A estatal disse à CVM que faz o esclarecimento por ter identificado que havia risco de divulgação de informações sobre o assunto na imprensa. "Não há, neste momento, nenhum estudo, avaliação ou aprovação pelos órgãos deliberativos da Eletrobras acerca da operação ou de qualquer outra semelhante envolvendo Furnas, ou qualquer outra subsidiária", afirmou a estatal. "Não há, neste momento, qualquer autorização governamental para a operação." Segundo a Eletrobras, não há "qualquer autorização" do Conselho de Administração de Furnas para essa operação.
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Eduardo Cunha foi dormir confiante de que Tia Eron o apoiaria
Na véspera da votação de seu destino pela Comissão de Ética, o deputado Eduardo Cunha foi dormir com a garantia de que Tia Eron votaria a seu favor. De lá para cá suas chances de iludir a lâmina diminuíram. Como o direito de sonhar é livre, tudo o que lhe resta é esperar que durante a sessão para discutir o fim de seu mandato não apareçam 257 deputados dispostos a cassá-lo. Em maio, torcendo por Dilma, o comissariado petista fez aposta parecida. Leia a coluna completa aqui
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Eduardo Cunha foi dormir confiante de que Tia Eron o apoiariaNa véspera da votação de seu destino pela Comissão de Ética, o deputado Eduardo Cunha foi dormir com a garantia de que Tia Eron votaria a seu favor. De lá para cá suas chances de iludir a lâmina diminuíram. Como o direito de sonhar é livre, tudo o que lhe resta é esperar que durante a sessão para discutir o fim de seu mandato não apareçam 257 deputados dispostos a cassá-lo. Em maio, torcendo por Dilma, o comissariado petista fez aposta parecida. Leia a coluna completa aqui
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Métodos funerários humanos causam alterações na química do solo
Os humanos não deixam sua marca na natureza só quando estão vivos, mas também depois de mortos, visto que os corpos em decomposição alteram a química do solo, afirmou, nesta quarta-feira (26), um grupo de cientistas. Nossos cadáveres, enterrados ou cremados, vazam ferro, zinco, enxofre, cálcio e fósforo para o solo. São nutrientes essenciais, mas as práticas funerárias humanas fazem com que estes elementos se concentrem em cemitérios, em vez de se repartirem na natureza de maneira uniforme, segundo um novo estudo. Isto significa que em alguns lugares pode haver nutrientes em excesso para as plantas e os animais, enquanto que em outros não há elementos suficientes. Os corpos humanos contém, além disso, elementos prejudiciais, como o mercúrio presente nas obturações dentárias. "Frequentemente os rastros químicos de corpos decompostos podem ser muito bem distinguidos no solo", disse Ladislav Smejda, da Universidade Checa de Ciências da Vida, em Praga, que participou da pesquisa. "Estes vestígios persistem por muito tempo, de séculos a milênios", afirmou. Os efeitos se tornarão mais pronunciados à medida que mais cadáveres forem enterrados, disse Smejda em Viena, onde apresentou a pesquisa em uma reunião da União Europeia de Geociências. "O que fazemos hoje com nossos mortos afetará o meio ambiente por muito, muito tempo", disse. "Talvez não seja um problema na nossa perspectiva atual, mas com uma população crescente a nível mundial, pode vir a ser um problema premente no futuro". Smejda e uma equipe de cientistas usaram espectroscopia de fluorescência de raios-X para analisar os elementos químicos do solo em túmulos e em lugares onde se espalham cinzas. NOVAS FORMAS Também estudaram carcaças de animais para medir o impacto teórico de uma antiga prática denominada "excarnação", na qual os cadáveres são deixados para se decompor ao ar livre. Nos três casos, o solo continha concentrações de elementos químicos "significativamente" mais altas que nos arredores, afirmou Smejda. Se não houvesse cemitérios, os restos humanos, como os de animais, se distribuiriam de forma aleatória, e os nutrientes que liberam poderiam ser reutilizados "repetidas vezes, em todos os lugares", disse o pesquisador à AFP. Mas concentrá-los em determinados lugares "é algo que pode ser considerado não natural. É um impacto humano, estamos mudando os níveis naturais", disse. Agora a pergunta é: "Podemos encontrar uma ideia melhor para repartir esses elementos necessários em espaços mais amplos?", afirmou Smejda. "Certamente há possibilidades de inventar, desenvolver e colocar em prática novas formas de enterros humanos ou novos tratamentos menos prejudiciais para o meio ambiente, mais ecológicos", afirmou. Segundo o cientista, no entanto, o tema é um "tabu" para muitas pessoas, já que as práticas funerárias estão profundamente arraigadas na cultura e na religião.
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Métodos funerários humanos causam alterações na química do soloOs humanos não deixam sua marca na natureza só quando estão vivos, mas também depois de mortos, visto que os corpos em decomposição alteram a química do solo, afirmou, nesta quarta-feira (26), um grupo de cientistas. Nossos cadáveres, enterrados ou cremados, vazam ferro, zinco, enxofre, cálcio e fósforo para o solo. São nutrientes essenciais, mas as práticas funerárias humanas fazem com que estes elementos se concentrem em cemitérios, em vez de se repartirem na natureza de maneira uniforme, segundo um novo estudo. Isto significa que em alguns lugares pode haver nutrientes em excesso para as plantas e os animais, enquanto que em outros não há elementos suficientes. Os corpos humanos contém, além disso, elementos prejudiciais, como o mercúrio presente nas obturações dentárias. "Frequentemente os rastros químicos de corpos decompostos podem ser muito bem distinguidos no solo", disse Ladislav Smejda, da Universidade Checa de Ciências da Vida, em Praga, que participou da pesquisa. "Estes vestígios persistem por muito tempo, de séculos a milênios", afirmou. Os efeitos se tornarão mais pronunciados à medida que mais cadáveres forem enterrados, disse Smejda em Viena, onde apresentou a pesquisa em uma reunião da União Europeia de Geociências. "O que fazemos hoje com nossos mortos afetará o meio ambiente por muito, muito tempo", disse. "Talvez não seja um problema na nossa perspectiva atual, mas com uma população crescente a nível mundial, pode vir a ser um problema premente no futuro". Smejda e uma equipe de cientistas usaram espectroscopia de fluorescência de raios-X para analisar os elementos químicos do solo em túmulos e em lugares onde se espalham cinzas. NOVAS FORMAS Também estudaram carcaças de animais para medir o impacto teórico de uma antiga prática denominada "excarnação", na qual os cadáveres são deixados para se decompor ao ar livre. Nos três casos, o solo continha concentrações de elementos químicos "significativamente" mais altas que nos arredores, afirmou Smejda. Se não houvesse cemitérios, os restos humanos, como os de animais, se distribuiriam de forma aleatória, e os nutrientes que liberam poderiam ser reutilizados "repetidas vezes, em todos os lugares", disse o pesquisador à AFP. Mas concentrá-los em determinados lugares "é algo que pode ser considerado não natural. É um impacto humano, estamos mudando os níveis naturais", disse. Agora a pergunta é: "Podemos encontrar uma ideia melhor para repartir esses elementos necessários em espaços mais amplos?", afirmou Smejda. "Certamente há possibilidades de inventar, desenvolver e colocar em prática novas formas de enterros humanos ou novos tratamentos menos prejudiciais para o meio ambiente, mais ecológicos", afirmou. Segundo o cientista, no entanto, o tema é um "tabu" para muitas pessoas, já que as práticas funerárias estão profundamente arraigadas na cultura e na religião.
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Operação no Senado expõe lado obscuro da Polícia Legislativa
A Polícia Federal não prendeu nesta sexta-feira (21) um policial legislativo qualquer. Prendeu o diretor do órgão no Senado, Pedro Carvalho, homem de extrema confiança do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Carvalho é também muito próximo do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). Nos bastidores, é apontado como uma espécie de "pau-mandado" dos senadores. Um servidor com extremos poderes, designado para agir sempre a favor dos parlamentares e do Senado em qualquer circunstância, mesmo que, para tanto, tenha que atrapalhar investigações externas. Não é nova a suspeita de atuação de policiais legislativos para obstruir trabalho da Polícia Federal. Em 2006, a Polícia do Senado foi acusada de sabotar a Operação Mão-de-Obra, que desbaratou uma quadrilha que fraudava contratos milionários de terceirização na Casa. Na época, o Ministério Público Federal protestou contra uma possível intervenção do Senado para retirar documentos na madrugada de 15 de julho daquele ano e, depois, esconder as câmeras de vigilância. Na ocasião, o presidente também era Renan Calheiros. A "operação abafa" teria sido comandada pelo mesmo Pedro Carvalho, já diretor à época, e pelo então diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, este um dos alvos daquela ação. As gravações do circuito interno jamais apareceram. A operação deflagrada nesta sexta, que levou à prisão de Carvalho e de outros três policiais, parece ser tão ou muito mais grave do que o episódio de dez anos atrás. Segundo a PF, sob ordens do diretor da polícia, um grupo atuou para "criar embaraços" à investigação contra senadores e ex-senadores. "Utilizando-se de equipamentos de inteligência", diz nota da instituição. A prisão de Carvalho representa um duro golpe para Renan e seus aliados dentro do Senado e ao mesmo tempo pode expor e, quem sabe, mudar de vez um lado obscuro da história da Casa.
poder
Operação no Senado expõe lado obscuro da Polícia LegislativaA Polícia Federal não prendeu nesta sexta-feira (21) um policial legislativo qualquer. Prendeu o diretor do órgão no Senado, Pedro Carvalho, homem de extrema confiança do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Carvalho é também muito próximo do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). Nos bastidores, é apontado como uma espécie de "pau-mandado" dos senadores. Um servidor com extremos poderes, designado para agir sempre a favor dos parlamentares e do Senado em qualquer circunstância, mesmo que, para tanto, tenha que atrapalhar investigações externas. Não é nova a suspeita de atuação de policiais legislativos para obstruir trabalho da Polícia Federal. Em 2006, a Polícia do Senado foi acusada de sabotar a Operação Mão-de-Obra, que desbaratou uma quadrilha que fraudava contratos milionários de terceirização na Casa. Na época, o Ministério Público Federal protestou contra uma possível intervenção do Senado para retirar documentos na madrugada de 15 de julho daquele ano e, depois, esconder as câmeras de vigilância. Na ocasião, o presidente também era Renan Calheiros. A "operação abafa" teria sido comandada pelo mesmo Pedro Carvalho, já diretor à época, e pelo então diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, este um dos alvos daquela ação. As gravações do circuito interno jamais apareceram. A operação deflagrada nesta sexta, que levou à prisão de Carvalho e de outros três policiais, parece ser tão ou muito mais grave do que o episódio de dez anos atrás. Segundo a PF, sob ordens do diretor da polícia, um grupo atuou para "criar embaraços" à investigação contra senadores e ex-senadores. "Utilizando-se de equipamentos de inteligência", diz nota da instituição. A prisão de Carvalho representa um duro golpe para Renan e seus aliados dentro do Senado e ao mesmo tempo pode expor e, quem sabe, mudar de vez um lado obscuro da história da Casa.
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Desalento
BRASÍLIA - A divulgação dos números do PIB mostram um quadro que seria desalentador por si só, mas que ganha aspecto de tragédia para um governo de continuidade que não conseguiu começar, passados cinco meses de sua reeleição. O cenário é desesperador porque todas as fichas estão colocadas no ajuste fiscal de Joaquim Levy, última linha de defesa para tentar atravessar o desastre previsto para 2015 e, cada dia mais, também 2016. Só que não estamos em 2003, quando uma grande dificuldade econômica, de resto menor em variáveis do que a atual, encontrava um governo forte e respaldado para tocar a correção de rumo. Dilma está naquela situação do time que precisa de uma combinação de resultados, e não apenas de seus próprios gols, para evitar o rebaixamento no campeonato. O Planalto precisa do PMDB parlamentar se quiser evitar a aprovação de mais dificuldades econômicas pelo Congresso. Depende do "aliado" (aspas compulsórias) para, na mão contrária, aprovar medidas impopulares –algo cada vez mais ilusório. Necessita também encontrar um discurso para ruas cada vez mais inquietas, outra improbabilidade. O que o governo faz? Compra brigas. Ora incentiva o partido do Kassab, irritando o PMDB, ora vê o PT derrubar ministro para tentar impor sua agenda belicista contra a "mídia golpista" (mais aspas exigidas), como se isso tivesse de fato algo a ver com as multidões do 15 de março. Falando nelas, o garrote na vida real se apresenta. Os indicadores de renda e emprego se unem à inflação rediviva no rol de ruínas da gestão Dilma-1, corroendo, como de resto todas as pesquisas mostram, sua popularidade não só entre os ricos e brancos demonizados pelo PT. A resultante é que não há solução política à vista, e a esgarçadura do tecido econômico jogou no colo do ajuste de Levy toda a responsabilidade por uma saída. A coisa está feia.
colunas
DesalentoBRASÍLIA - A divulgação dos números do PIB mostram um quadro que seria desalentador por si só, mas que ganha aspecto de tragédia para um governo de continuidade que não conseguiu começar, passados cinco meses de sua reeleição. O cenário é desesperador porque todas as fichas estão colocadas no ajuste fiscal de Joaquim Levy, última linha de defesa para tentar atravessar o desastre previsto para 2015 e, cada dia mais, também 2016. Só que não estamos em 2003, quando uma grande dificuldade econômica, de resto menor em variáveis do que a atual, encontrava um governo forte e respaldado para tocar a correção de rumo. Dilma está naquela situação do time que precisa de uma combinação de resultados, e não apenas de seus próprios gols, para evitar o rebaixamento no campeonato. O Planalto precisa do PMDB parlamentar se quiser evitar a aprovação de mais dificuldades econômicas pelo Congresso. Depende do "aliado" (aspas compulsórias) para, na mão contrária, aprovar medidas impopulares –algo cada vez mais ilusório. Necessita também encontrar um discurso para ruas cada vez mais inquietas, outra improbabilidade. O que o governo faz? Compra brigas. Ora incentiva o partido do Kassab, irritando o PMDB, ora vê o PT derrubar ministro para tentar impor sua agenda belicista contra a "mídia golpista" (mais aspas exigidas), como se isso tivesse de fato algo a ver com as multidões do 15 de março. Falando nelas, o garrote na vida real se apresenta. Os indicadores de renda e emprego se unem à inflação rediviva no rol de ruínas da gestão Dilma-1, corroendo, como de resto todas as pesquisas mostram, sua popularidade não só entre os ricos e brancos demonizados pelo PT. A resultante é que não há solução política à vista, e a esgarçadura do tecido econômico jogou no colo do ajuste de Levy toda a responsabilidade por uma saída. A coisa está feia.
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Richelieu e o cardeal Kissinger
"Ordem Mundial", de Henry Kissinger, publicado pela Objetiva, faz jus à chatice inerente à literatura diplomática. O seu lugar é a biblioteca das chancelarias, as estantes onde mofa o palavreado que dá forma florida à força bruta e à crua avidez. Para piorar, o nonagenário Nobel da Paz, o ex-secretário de Estado, a figura vetusta da nata americana adota os modos de um sábio ancião. Escreve com bico de pena e punhos de renda. Vê o mundo com o enfado de quem já viveu tudo. A gerontocracia, no entanto, é um preconceito como outro qualquer. Como o culto da juventude, por exemplo: ao longo da carreira, Kissinger sublinhou várias vezes que se tornou conselheiro nacional de segurança com menos de 40 anos. Ele está longe de ser tido como um sábio nos Estados Unidos. É censurado pela extrema direita por adotar uma realpolitik de linhagem europeia, ser o intelectual sem princípios que se acertou com a China sem dar a mínima por ela ser uma ditadura comunista. Para os liberais, o que vale é o seu currículo, escrito com sangue. Combatente gélido da Guerra Fria, mantou matar centenas de milhares de vietnamitas, levou a guerra ao Laos e ao Camboja, patrocinou o golpe de Pinochet no Chile, defendeu o bombardeio de Angola etc. etc. São muitos et ceteras na defesa de interesses materiais do Império. A ambiguidade está no próprio Kissinger, cuja obra escrita oscila entre uma coisa e outra. É uma pena. Porque os livros dos formuladores da política externa americana costumam ser mais verdadeiros do que os escritos por políticos. Para o público interno, o povo, servem-se demagogia e fantasias. Para a elite dominante (corporações, "think tanks", Wall Street, multinacionais, o complexo industrial-militar), os teóricos apresentam a análise de conflitos, mercados em potencial, chances de exploração. Kissinger só é sincero quando dá vazão à vaidade. Em "Ordem Mundial", habilmente se compara ao cardeal de Richelieu, ministro plenipotenciário de Luís 13. Ele sublinha o pragmatismo do dignitário católico que se aliou aos protestantes devido a raisons d'État, conceito que entrou para a história como invenção do cardeal. Há aí uma concepção de mundo implícita: como na Europa do século 17, a comunidade de nações de hoje deve funcionar com base em parâmetros práticos. Kissinger nunca diz, porém, que Richelieu esboçou uma forma histórica, o Estado absolutista, que só se firmou à força do massacre de centenas de revoltas (como as da Fronda, por exemplo). Richelieu entra no livro como Pilatos no credo: como Kissinger quer pontificar sobre as revoltas islâmicas de hoje, ressuscite-se um prelado. A construção soa forçada porque em "Diplomacia", o magnum opus de Kissinger, a religião não é vista como um elemento da política externa. Nem sequer é citada. Internamente, a analogia também enguiça. Kissinger elege Al Qaeda, Boko Haram e Estado Islâmico como os satãs da ordem vigente, o que parece um exagero evidente. Comparados com os inimigos históricos da democracia capitalista, o comunismo e o fascismo, os grupos de fanáticos podem trazer um prejuízo infinitamente menor aos Estados Unidos. O que resta de "Ordem Mundial" é a curiosa reabilitação de Richelieu. O cardeal fez muita gente sofrer para que o Estado absolutista vingasse. Quando morreu, o populacho de Paris soltou fogos para comemorar, enquanto os poderosos do dia lhe deram um enterro glorioso. O veredito final ainda não ocorreu. Em 1793, durante o Terror, o cardeal foi desenterrado para que o seu cadáver fosse decapitado postumamente. O que restou dos seus restos mortais só voltou a ser enterrado décadas depois, numa discreta cerimônia de Estado. Precavido, Kissinger se justifica em vida.
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Richelieu e o cardeal Kissinger"Ordem Mundial", de Henry Kissinger, publicado pela Objetiva, faz jus à chatice inerente à literatura diplomática. O seu lugar é a biblioteca das chancelarias, as estantes onde mofa o palavreado que dá forma florida à força bruta e à crua avidez. Para piorar, o nonagenário Nobel da Paz, o ex-secretário de Estado, a figura vetusta da nata americana adota os modos de um sábio ancião. Escreve com bico de pena e punhos de renda. Vê o mundo com o enfado de quem já viveu tudo. A gerontocracia, no entanto, é um preconceito como outro qualquer. Como o culto da juventude, por exemplo: ao longo da carreira, Kissinger sublinhou várias vezes que se tornou conselheiro nacional de segurança com menos de 40 anos. Ele está longe de ser tido como um sábio nos Estados Unidos. É censurado pela extrema direita por adotar uma realpolitik de linhagem europeia, ser o intelectual sem princípios que se acertou com a China sem dar a mínima por ela ser uma ditadura comunista. Para os liberais, o que vale é o seu currículo, escrito com sangue. Combatente gélido da Guerra Fria, mantou matar centenas de milhares de vietnamitas, levou a guerra ao Laos e ao Camboja, patrocinou o golpe de Pinochet no Chile, defendeu o bombardeio de Angola etc. etc. São muitos et ceteras na defesa de interesses materiais do Império. A ambiguidade está no próprio Kissinger, cuja obra escrita oscila entre uma coisa e outra. É uma pena. Porque os livros dos formuladores da política externa americana costumam ser mais verdadeiros do que os escritos por políticos. Para o público interno, o povo, servem-se demagogia e fantasias. Para a elite dominante (corporações, "think tanks", Wall Street, multinacionais, o complexo industrial-militar), os teóricos apresentam a análise de conflitos, mercados em potencial, chances de exploração. Kissinger só é sincero quando dá vazão à vaidade. Em "Ordem Mundial", habilmente se compara ao cardeal de Richelieu, ministro plenipotenciário de Luís 13. Ele sublinha o pragmatismo do dignitário católico que se aliou aos protestantes devido a raisons d'État, conceito que entrou para a história como invenção do cardeal. Há aí uma concepção de mundo implícita: como na Europa do século 17, a comunidade de nações de hoje deve funcionar com base em parâmetros práticos. Kissinger nunca diz, porém, que Richelieu esboçou uma forma histórica, o Estado absolutista, que só se firmou à força do massacre de centenas de revoltas (como as da Fronda, por exemplo). Richelieu entra no livro como Pilatos no credo: como Kissinger quer pontificar sobre as revoltas islâmicas de hoje, ressuscite-se um prelado. A construção soa forçada porque em "Diplomacia", o magnum opus de Kissinger, a religião não é vista como um elemento da política externa. Nem sequer é citada. Internamente, a analogia também enguiça. Kissinger elege Al Qaeda, Boko Haram e Estado Islâmico como os satãs da ordem vigente, o que parece um exagero evidente. Comparados com os inimigos históricos da democracia capitalista, o comunismo e o fascismo, os grupos de fanáticos podem trazer um prejuízo infinitamente menor aos Estados Unidos. O que resta de "Ordem Mundial" é a curiosa reabilitação de Richelieu. O cardeal fez muita gente sofrer para que o Estado absolutista vingasse. Quando morreu, o populacho de Paris soltou fogos para comemorar, enquanto os poderosos do dia lhe deram um enterro glorioso. O veredito final ainda não ocorreu. Em 1793, durante o Terror, o cardeal foi desenterrado para que o seu cadáver fosse decapitado postumamente. O que restou dos seus restos mortais só voltou a ser enterrado décadas depois, numa discreta cerimônia de Estado. Precavido, Kissinger se justifica em vida.
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Trabalhadores de usinas nucleares aderem à onda de greves na França
Os trabalhadores das usinas nucleares na França se juntaram, nesta quinta-feira (26), à onda de greves contra a reforma trabalhista do governo socialista, que têm provocado uma escassez de combustível e outros problemas econômicos. Os sindicatos convocaram um novo dia de protestos, o oitavo desde o início do movimento, há três meses, que em várias ocasiões acabou em violentos confrontos com as forças policiais. O nono dia será uma manifestação única em Paris, programada para 14 de junho. O primeiro-ministro Manuel Valls, sob pressão, admitiu nesta quinta (26) a possibilidade de "mudanças" ou "melhorias" na proposta, e anunciou que receberá no sábado (28) representantes do setor petrolífero. No entanto, o chefe de governo voltou a descartar a retirada do texto controverso. Nesta quarta (25), Valls afirmou que a CGT, que lidera os protestos, "não dita a lei no país" e, nesta quinta (26), voltou a criticar a "irresponsabilidade" da união sindical. O secretário-geral da CGT, Philippe Martinez, convocou, por sua vez, "uma generalização da greve". Segundo o governo, a reforma vai dar mais flexibilidade às empresas para combater o desemprego. Já os críticos da medida consideram que a proposta vai aumentar a insegurança no trabalho, com o favorecimento de acordos particulares em vez das negociações de sindicatos profissionais, precarizando as condições de trabalho. A reforma divide profundamente a esquerda francesa. O governo precisou recorrer a um instrumento constitucional que permite aprovar a medida sem passar pelo voto no Parlamento, por meio de um voto de confiança. COMBUSTÍVEL O bloqueio de refinarias e depósitos de petróleo forçou o governo a utilizar suas reservas estratégicas de combustível. O Estado havia utilizado até esta quarta (25) três dos 115 dias de reservas disponíveis. "Vamos fazer todo o necessário para garantir o abastecimento dos franceses e da economia", disse o presidente François Hollande. Longas filas se formam há vários dias nos postos de gasolina, que em muitos casos racionam a distribuição. Os depósitos de quase um terço dos postos de combustível estão secos ou quase vazios, enquanto um popular aplicativo para celulares indica onde ainda há combustível disponível. Viviane, uma aposentada que esperava para abastecer seu carro em Allier, compara a atual turbulência com as duas semanas de greves e manifestações das massas em 1968. "Lembro-me de maio de 68 e posso dizer que a escassez não é brincadeira e eu estou tomando precauções", disse a motorista. CENTRAIS NUCLEARES As manifestações subiram um novo degrau nesta quinta (26), com o voto a favor da greve nas 19 usinas nucleares do país. "Entre 50% e 80% dos funcionários estão em greve, de acordo com as centrais", afirmou a porta-voz da CGT desse setor, Marie-Claire Cailletaud, admitindo que, para manter o fluxo, a França "provavelmente será forçada a importar energia" de países vizinhos. O organismo que administra a rede elétrica nacional, RTE, afirmou por sua vez que "a oferta de produção disponível (...) é suficiente para cobrir as necessidades de eletricidade do país". A oferta foi reduzida em 25% na central de energia elétrica de Nogent-sur-Seine, a cerca de 100 km a sudeste de Paris. O movimento de protesto também tem provocado interrupções nos transportes. Em meio a essa onda de descontentamento, no entanto, o governo recebeu a boa notícia de que o desemprego tinha caído pelo segundo mês consecutivo em abril.
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Trabalhadores de usinas nucleares aderem à onda de greves na FrançaOs trabalhadores das usinas nucleares na França se juntaram, nesta quinta-feira (26), à onda de greves contra a reforma trabalhista do governo socialista, que têm provocado uma escassez de combustível e outros problemas econômicos. Os sindicatos convocaram um novo dia de protestos, o oitavo desde o início do movimento, há três meses, que em várias ocasiões acabou em violentos confrontos com as forças policiais. O nono dia será uma manifestação única em Paris, programada para 14 de junho. O primeiro-ministro Manuel Valls, sob pressão, admitiu nesta quinta (26) a possibilidade de "mudanças" ou "melhorias" na proposta, e anunciou que receberá no sábado (28) representantes do setor petrolífero. No entanto, o chefe de governo voltou a descartar a retirada do texto controverso. Nesta quarta (25), Valls afirmou que a CGT, que lidera os protestos, "não dita a lei no país" e, nesta quinta (26), voltou a criticar a "irresponsabilidade" da união sindical. O secretário-geral da CGT, Philippe Martinez, convocou, por sua vez, "uma generalização da greve". Segundo o governo, a reforma vai dar mais flexibilidade às empresas para combater o desemprego. Já os críticos da medida consideram que a proposta vai aumentar a insegurança no trabalho, com o favorecimento de acordos particulares em vez das negociações de sindicatos profissionais, precarizando as condições de trabalho. A reforma divide profundamente a esquerda francesa. O governo precisou recorrer a um instrumento constitucional que permite aprovar a medida sem passar pelo voto no Parlamento, por meio de um voto de confiança. COMBUSTÍVEL O bloqueio de refinarias e depósitos de petróleo forçou o governo a utilizar suas reservas estratégicas de combustível. O Estado havia utilizado até esta quarta (25) três dos 115 dias de reservas disponíveis. "Vamos fazer todo o necessário para garantir o abastecimento dos franceses e da economia", disse o presidente François Hollande. Longas filas se formam há vários dias nos postos de gasolina, que em muitos casos racionam a distribuição. Os depósitos de quase um terço dos postos de combustível estão secos ou quase vazios, enquanto um popular aplicativo para celulares indica onde ainda há combustível disponível. Viviane, uma aposentada que esperava para abastecer seu carro em Allier, compara a atual turbulência com as duas semanas de greves e manifestações das massas em 1968. "Lembro-me de maio de 68 e posso dizer que a escassez não é brincadeira e eu estou tomando precauções", disse a motorista. CENTRAIS NUCLEARES As manifestações subiram um novo degrau nesta quinta (26), com o voto a favor da greve nas 19 usinas nucleares do país. "Entre 50% e 80% dos funcionários estão em greve, de acordo com as centrais", afirmou a porta-voz da CGT desse setor, Marie-Claire Cailletaud, admitindo que, para manter o fluxo, a França "provavelmente será forçada a importar energia" de países vizinhos. O organismo que administra a rede elétrica nacional, RTE, afirmou por sua vez que "a oferta de produção disponível (...) é suficiente para cobrir as necessidades de eletricidade do país". A oferta foi reduzida em 25% na central de energia elétrica de Nogent-sur-Seine, a cerca de 100 km a sudeste de Paris. O movimento de protesto também tem provocado interrupções nos transportes. Em meio a essa onda de descontentamento, no entanto, o governo recebeu a boa notícia de que o desemprego tinha caído pelo segundo mês consecutivo em abril.
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Deficit fiscal puxa o dólar para cima e pressiona inflação em 2016
A trajetória explosiva e sem solução no curto prazo para o deficit público vem sendo seguida de perto pela disparada na cotação do dólar. O movimento tende a levar o repasse da alta da moeda norte-americana para a inflação, com reflexos negativos na popularidade da presidente Dilma Rousseff, especialmente entre os mais pobres. Nos últimos dias, bancos e consultorias revisaram para cima as expectativas de inflação para 2016. Há apostas superiores a 7,5%, percentual maior que o teto da meta do Banco Central (6,5%). Isso apesar da expectativa de uma recessão que pode derrubar o PIB em quase 3% neste ano e mais 1% em 2016. O que se teme é um círculo vicioso: o deficit nominal (que inclui juros da dívida pública) sobe e pressiona o dólar (confira quadro acima). A cotação da moeda americana encarece importados e piora a expectativa de inflação. O BC mantém ou eleva os juros para conter os preços. A dívida sobe, pressionando o dólar e a inflação. Em tese, essa dinâmica poderia ser quebrada por uma forte recessão como a atual, provocada por expectativas negativas de consumidores e empresários e por juros altos. O problema, segundo especialistas, é que não existe um ajuste fiscal do setor público em curso capaz de reduzir a trajetória do deficit. Para esses analistas, Dilma não tem apoio no Congresso para aprovar sequer uma agenda fiscal mínima, quanto mais algo estrutural, com mudanças constitucionais. O temor agora é que a taxa de juro não dê conta, sozinha, de segurar expectativas inflação de uma economia pouco competitiva como a brasileira. E com uma forte memória inflacionária, que tende a mecanismos de indexação como a cotação do dólar. DOMINÂNCIA FISCAL "Estamos às portas da dominância fiscal. Se não fizermos um ajuste nessa área, talvez não faça mais sentido combater a inflação só com os juros", diz o economista Samuel Pessoa, da FGV/Ibre e colunista da Folha. "Seguir com os juros em alta contra a inflação só piora o quadro. O mercado antecipa que o governo vai emitir moeda à frente para rolar a dívida, o que é inflacionário." O chamado deficit público nominal do setor público (que pressiona o dólar) inclui o que o governo gasta com os juros pagos pelo BC para financiar sua dívida. A Selic atual, em 14,25% ao ano, custa quase R$ 500 bilhões anuais ao Tesouro –8% do PIB e 18 vezes o gasto anual do Bolsa Família). "Como já vem ocorrendo, a deterioração fiscal no Brasil será acompanhada pela elevação do dólar, com reflexo na inflação", diz Ramón Aracena, economista-chefe para a América Latina do IIF (Instituto de Finanças Internacionais), de Washington. "O que falta ao país é uma âncora fiscal que corte gastos públicos e que contenha esse ciclo negativo. Não estamos vendo isso acontecer." Para o economista José Márcio Camargo, da PUC-RJ, muitos já pensam: "Nessa trajetória, não tem como pagar a dívida". "Há cada vez mais gente preocupada com o risco de insolvência e considerando sair de papéis do governo e se refugiar no dólar." A busca pela moeda norte-americana não é necessariamente física, mas em contratos futuros referenciados em dólar e garantidos pelo BC. Para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, além do câmbio, outro incentivo à inflação, apesar da recessão, é a atual regra para o reajuste do salário-mínimo (a soma da inflação do ano anterior e da variação do PIB dos últimos dois anos). Além de indexar benefícios da Previdência à inflação, o reajuste impacta muito no preço dos serviços. O setor soma 70% do PIB e não tem concorrência externa. Em janeiro, Dilma desautorizou o ministro Nelson Barbosa (Planejamento) de propor regra que condicionaria o aumento do mínimo a ganhos de produtividade. O economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Lima Gonçalves, também vê, por conta do deficit e do dólar, "muita gente trabalhando com inflação para 2016 entre 1,7 e 2 pontos acima da última previsão" do Boletim Focus do BC (5,7%). "É um círculo vicioso. O fundo disso é muito difícil de imaginar", afirma ele. Deficit
mercado
Deficit fiscal puxa o dólar para cima e pressiona inflação em 2016A trajetória explosiva e sem solução no curto prazo para o deficit público vem sendo seguida de perto pela disparada na cotação do dólar. O movimento tende a levar o repasse da alta da moeda norte-americana para a inflação, com reflexos negativos na popularidade da presidente Dilma Rousseff, especialmente entre os mais pobres. Nos últimos dias, bancos e consultorias revisaram para cima as expectativas de inflação para 2016. Há apostas superiores a 7,5%, percentual maior que o teto da meta do Banco Central (6,5%). Isso apesar da expectativa de uma recessão que pode derrubar o PIB em quase 3% neste ano e mais 1% em 2016. O que se teme é um círculo vicioso: o deficit nominal (que inclui juros da dívida pública) sobe e pressiona o dólar (confira quadro acima). A cotação da moeda americana encarece importados e piora a expectativa de inflação. O BC mantém ou eleva os juros para conter os preços. A dívida sobe, pressionando o dólar e a inflação. Em tese, essa dinâmica poderia ser quebrada por uma forte recessão como a atual, provocada por expectativas negativas de consumidores e empresários e por juros altos. O problema, segundo especialistas, é que não existe um ajuste fiscal do setor público em curso capaz de reduzir a trajetória do deficit. Para esses analistas, Dilma não tem apoio no Congresso para aprovar sequer uma agenda fiscal mínima, quanto mais algo estrutural, com mudanças constitucionais. O temor agora é que a taxa de juro não dê conta, sozinha, de segurar expectativas inflação de uma economia pouco competitiva como a brasileira. E com uma forte memória inflacionária, que tende a mecanismos de indexação como a cotação do dólar. DOMINÂNCIA FISCAL "Estamos às portas da dominância fiscal. Se não fizermos um ajuste nessa área, talvez não faça mais sentido combater a inflação só com os juros", diz o economista Samuel Pessoa, da FGV/Ibre e colunista da Folha. "Seguir com os juros em alta contra a inflação só piora o quadro. O mercado antecipa que o governo vai emitir moeda à frente para rolar a dívida, o que é inflacionário." O chamado deficit público nominal do setor público (que pressiona o dólar) inclui o que o governo gasta com os juros pagos pelo BC para financiar sua dívida. A Selic atual, em 14,25% ao ano, custa quase R$ 500 bilhões anuais ao Tesouro –8% do PIB e 18 vezes o gasto anual do Bolsa Família). "Como já vem ocorrendo, a deterioração fiscal no Brasil será acompanhada pela elevação do dólar, com reflexo na inflação", diz Ramón Aracena, economista-chefe para a América Latina do IIF (Instituto de Finanças Internacionais), de Washington. "O que falta ao país é uma âncora fiscal que corte gastos públicos e que contenha esse ciclo negativo. Não estamos vendo isso acontecer." Para o economista José Márcio Camargo, da PUC-RJ, muitos já pensam: "Nessa trajetória, não tem como pagar a dívida". "Há cada vez mais gente preocupada com o risco de insolvência e considerando sair de papéis do governo e se refugiar no dólar." A busca pela moeda norte-americana não é necessariamente física, mas em contratos futuros referenciados em dólar e garantidos pelo BC. Para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, além do câmbio, outro incentivo à inflação, apesar da recessão, é a atual regra para o reajuste do salário-mínimo (a soma da inflação do ano anterior e da variação do PIB dos últimos dois anos). Além de indexar benefícios da Previdência à inflação, o reajuste impacta muito no preço dos serviços. O setor soma 70% do PIB e não tem concorrência externa. Em janeiro, Dilma desautorizou o ministro Nelson Barbosa (Planejamento) de propor regra que condicionaria o aumento do mínimo a ganhos de produtividade. O economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Lima Gonçalves, também vê, por conta do deficit e do dólar, "muita gente trabalhando com inflação para 2016 entre 1,7 e 2 pontos acima da última previsão" do Boletim Focus do BC (5,7%). "É um círculo vicioso. O fundo disso é muito difícil de imaginar", afirma ele. Deficit
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Petrobras cancela negociações para venda de ativo à PetroRio
Seguindo os passos da Shell, a Petrobras anunciou nesta segunda-feira (29) que estão canceladas as negociações para venda, à PetroRio, de sua fatia nos campos de petróleo Bijupirá e Salema. O negocio havia sido anunciado no ano passado, mas as negociações não foram adiante. Há duas semanas, a Shell já havia anunciado a suspensão da operação. Shell e Petrobras são sócias no projeto, a primeira com 80% e a segunda com 20% de participação. A PetroRio ficaria com 100% das ações. As empresas não informaram o motivo do cancelamento. O prazo para a conclusão das negociações terminou este mês e as partes optaram por não renovar. A PetroRio diz que continua em busca de ativos de produção para ampliar seu portfólio, que hoje tem apenas o campo de Polvo, na Bacia de Campos. A Petrobras, por sua vez, tenta vender ativos para reduzir seu endividamento. O plano é arrecadar até US$ 15,1 bilhões com o programa de desinvestimentos, mas até a empresa vendeu apenas uma fatia de 49% na Gaspetro, subsidiária que opera na distribuição de gás canalizado. Nesta terça (1), a companhia deve receber propostas para a Nova Transportadora Sudeste, empresa que detém a malha de gasodutos das regiões Sul e Sudeste.
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Petrobras cancela negociações para venda de ativo à PetroRioSeguindo os passos da Shell, a Petrobras anunciou nesta segunda-feira (29) que estão canceladas as negociações para venda, à PetroRio, de sua fatia nos campos de petróleo Bijupirá e Salema. O negocio havia sido anunciado no ano passado, mas as negociações não foram adiante. Há duas semanas, a Shell já havia anunciado a suspensão da operação. Shell e Petrobras são sócias no projeto, a primeira com 80% e a segunda com 20% de participação. A PetroRio ficaria com 100% das ações. As empresas não informaram o motivo do cancelamento. O prazo para a conclusão das negociações terminou este mês e as partes optaram por não renovar. A PetroRio diz que continua em busca de ativos de produção para ampliar seu portfólio, que hoje tem apenas o campo de Polvo, na Bacia de Campos. A Petrobras, por sua vez, tenta vender ativos para reduzir seu endividamento. O plano é arrecadar até US$ 15,1 bilhões com o programa de desinvestimentos, mas até a empresa vendeu apenas uma fatia de 49% na Gaspetro, subsidiária que opera na distribuição de gás canalizado. Nesta terça (1), a companhia deve receber propostas para a Nova Transportadora Sudeste, empresa que detém a malha de gasodutos das regiões Sul e Sudeste.
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Caos e xarope de jararaca
Oposição e partidos ainda pendurados no governo recomeçaram a atravancar os trabalhos no Congresso, como previsto e prometido. Alguns desses partidos em tese ainda na coalizão de Dilma Rousseff, eméritos mensaleiros e petroleiros, discutem se abandonam de vez o barco. A presidente, desesperada para manter alguém do seu lado, começa a discutir a postergação "sine die" dos planos de reforma da Previdência, que de resto já vinham sendo rasgados mesmo dentro do Planalto. Assim começa a semana. Dilma Rousseff tropeça nas ruínas da semana passada, que se juntaram aos destroços que fazem a paisagem política de seu governo e entorno. O esboroamento não para por aí. As lideranças do PMDB, senador Renan Calheiros e o vice-presidente Michel Temer, não querem fazer marola até o congresso do partido, no sábado, mas marés sobem contra a nossa vontade. A do impeachment está em alta, de novo, no partido. A fim de evitar novos e precoces arranca-rabos, como os do ano passado, a direção do PMDB deve liberar a manada que, de qualquer modo, já está estourando. Quem quiser votar isso ou aquilo com o governo, pois está com alguma boquinha, cargo, sinta-se à vontade. Quem quiser votar contra, também. A depender do que vier das ruas e de Curitiba, o partido repensa o que fazer, na semana que vem. PP, PTB e PRB podem abandonar o barco do governo. Na prática, já estão jogando contra faz algum tempo: ainda mantêm boas relações com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, PMDB, que, enquanto estrebucha, espuma veneno à sua volta. Um ministro próximo de Dilma Rousseff parecia ontem especialmente desacorçoado. Dizia, como é óbvio, que apoiar as ainda nebulosas reformas de Nelson Barbosa, ministro da Fazenda, vai "acabar com a base" [social do governo] e acabar de afastar o PT; levar o plano adiante é quase causa perdida, pois não vai haver apoio ou clima para ao menos discutir o assunto antes da eleição municipal. Bidu. O problema do ministro é: além de se salvar, qual discurso então sobraria para o governo? "Virada à esquerda"? Não, ninguém nem remotamente pensa nisso, diz o ministro. Parlamentares do PT e outros "mais à esquerda" continuam a sugerir, porém, "medidas de estímulo", "retomada dos investimentos federais" e coisas assim. Esses parlamentares, que andam conversando com a equipe econômica, não chegam a reivindicar a implantação do programa econômico doidivanas que o PT anunciou na semana retrasada. Mas parecem completamente alheios ao que se passa na economia e nas contas públicas, que estão se desmilinguindo, e indiferentes ao que pretende a Fazenda. Na verdade, esses parlamentares acabam de sugerir que o governo aumente o deficit primário em volume suficiente para cobrir o corte dos investimentos federais no ano passado. Na prática, feitas as contas certas, querem que o deficit seja outra vez de 2% do PIB, como em 2015 (que no entanto teve 1% do PIB gasto em pagamento de "pedaladas"). Isso tudo parece decerto desvario e, nesses termos, não merece mínima discussão séria. No entanto, é um retrato do que se passa em Brasília. O governo desmorona; o Congresso para; o restante do apoio político receita xarope de jararaca para curar a economia.
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Caos e xarope de jararacaOposição e partidos ainda pendurados no governo recomeçaram a atravancar os trabalhos no Congresso, como previsto e prometido. Alguns desses partidos em tese ainda na coalizão de Dilma Rousseff, eméritos mensaleiros e petroleiros, discutem se abandonam de vez o barco. A presidente, desesperada para manter alguém do seu lado, começa a discutir a postergação "sine die" dos planos de reforma da Previdência, que de resto já vinham sendo rasgados mesmo dentro do Planalto. Assim começa a semana. Dilma Rousseff tropeça nas ruínas da semana passada, que se juntaram aos destroços que fazem a paisagem política de seu governo e entorno. O esboroamento não para por aí. As lideranças do PMDB, senador Renan Calheiros e o vice-presidente Michel Temer, não querem fazer marola até o congresso do partido, no sábado, mas marés sobem contra a nossa vontade. A do impeachment está em alta, de novo, no partido. A fim de evitar novos e precoces arranca-rabos, como os do ano passado, a direção do PMDB deve liberar a manada que, de qualquer modo, já está estourando. Quem quiser votar isso ou aquilo com o governo, pois está com alguma boquinha, cargo, sinta-se à vontade. Quem quiser votar contra, também. A depender do que vier das ruas e de Curitiba, o partido repensa o que fazer, na semana que vem. PP, PTB e PRB podem abandonar o barco do governo. Na prática, já estão jogando contra faz algum tempo: ainda mantêm boas relações com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, PMDB, que, enquanto estrebucha, espuma veneno à sua volta. Um ministro próximo de Dilma Rousseff parecia ontem especialmente desacorçoado. Dizia, como é óbvio, que apoiar as ainda nebulosas reformas de Nelson Barbosa, ministro da Fazenda, vai "acabar com a base" [social do governo] e acabar de afastar o PT; levar o plano adiante é quase causa perdida, pois não vai haver apoio ou clima para ao menos discutir o assunto antes da eleição municipal. Bidu. O problema do ministro é: além de se salvar, qual discurso então sobraria para o governo? "Virada à esquerda"? Não, ninguém nem remotamente pensa nisso, diz o ministro. Parlamentares do PT e outros "mais à esquerda" continuam a sugerir, porém, "medidas de estímulo", "retomada dos investimentos federais" e coisas assim. Esses parlamentares, que andam conversando com a equipe econômica, não chegam a reivindicar a implantação do programa econômico doidivanas que o PT anunciou na semana retrasada. Mas parecem completamente alheios ao que se passa na economia e nas contas públicas, que estão se desmilinguindo, e indiferentes ao que pretende a Fazenda. Na verdade, esses parlamentares acabam de sugerir que o governo aumente o deficit primário em volume suficiente para cobrir o corte dos investimentos federais no ano passado. Na prática, feitas as contas certas, querem que o deficit seja outra vez de 2% do PIB, como em 2015 (que no entanto teve 1% do PIB gasto em pagamento de "pedaladas"). Isso tudo parece decerto desvario e, nesses termos, não merece mínima discussão séria. No entanto, é um retrato do que se passa em Brasília. O governo desmorona; o Congresso para; o restante do apoio político receita xarope de jararaca para curar a economia.
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Brasil pede fim rápido de eleição e consenso entre políticos no Haiti
O Itamaraty defendeu nesta segunda-feira (25) a "breve conclusão do processo eleitoral" no Haiti e pediu "consenso" aos atores políticos dias depois do adiamento do segundo turno da eleição presidencial no país caribenho. O pleito, que deveria ter sido realizado no domingo (24), ainda não tem nova data. A mudança ocorreu devido à onda de protestos da oposição ao presidente Michel Martelly contra as fraudes ocorridas no primeiro turno da eleição. Para os opositores, não é possível que o pleito ocorra com as irregularidades que favoreceram Jovenel Moise, candidato de Martelly. Diante da descoberta da fraude, o opositor Jude Célestin, segundo colocado, boicotou a disputa. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que a crise é observada "com atenção". "O governo brasileiro reafirma sua permanente solidariedade e engajamento com a causa de um Haiti democrático e estável". O governo brasileiro condenou a onda de violência e conclamou o país "a expressar pacificamente suas opiniões e insta as forças políticas haitianas a repudiar, de maneira inequívoca, o emprego da violência". O adiamento da eleição, anunciado na última sexta-feira (22), preocupa o governo brasileiro devido ao risco de mais um período de revolta política no país. O Brasil é o chefe da Missão da ONU para a Estabilização no Haiti. Nesta sexta, governistas e opositores foram às ruas em manifestações. A oposição quer a criação de um governo interino por seis meses, comandado pelo presidente da Suprema Corte, Jules Contaves. Neste período, seriam apuradas as denúncias de fraude e punidos os responsáveis. EUA Além das autoridades brasileiras, os EUA também temem mais uma época de instabilidade. Em entrevista à agência de notícias Reuters, o enviado dos EUA ao país, Kenneth Merten, disse que há a possibilidade de um governo interino. Para Merten, não parece provável haver o segundo turno das eleições antes de 7 de fevereiro, quando Michel Martelly deveria deixar o governo. Ele afirma que a ocorrência do pleito presidencial seria a melhor opção para o país. "Nós deveríamos pensar em uma solução temporária até que se possa dar o poder a um presidente eleito. Nosso medo é que vamos a uma situação em aberto. Na nossa análise, é um lugar perigoso para ir", disse. Para ele, não é aceitável que se use a violência para forçar um novo tipo de eleição. Merten foi embaixador americano em Porto Príncipe na época do terremoto de 2010, que deixou mais de 100 mil mortos.
mundo
Brasil pede fim rápido de eleição e consenso entre políticos no HaitiO Itamaraty defendeu nesta segunda-feira (25) a "breve conclusão do processo eleitoral" no Haiti e pediu "consenso" aos atores políticos dias depois do adiamento do segundo turno da eleição presidencial no país caribenho. O pleito, que deveria ter sido realizado no domingo (24), ainda não tem nova data. A mudança ocorreu devido à onda de protestos da oposição ao presidente Michel Martelly contra as fraudes ocorridas no primeiro turno da eleição. Para os opositores, não é possível que o pleito ocorra com as irregularidades que favoreceram Jovenel Moise, candidato de Martelly. Diante da descoberta da fraude, o opositor Jude Célestin, segundo colocado, boicotou a disputa. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que a crise é observada "com atenção". "O governo brasileiro reafirma sua permanente solidariedade e engajamento com a causa de um Haiti democrático e estável". O governo brasileiro condenou a onda de violência e conclamou o país "a expressar pacificamente suas opiniões e insta as forças políticas haitianas a repudiar, de maneira inequívoca, o emprego da violência". O adiamento da eleição, anunciado na última sexta-feira (22), preocupa o governo brasileiro devido ao risco de mais um período de revolta política no país. O Brasil é o chefe da Missão da ONU para a Estabilização no Haiti. Nesta sexta, governistas e opositores foram às ruas em manifestações. A oposição quer a criação de um governo interino por seis meses, comandado pelo presidente da Suprema Corte, Jules Contaves. Neste período, seriam apuradas as denúncias de fraude e punidos os responsáveis. EUA Além das autoridades brasileiras, os EUA também temem mais uma época de instabilidade. Em entrevista à agência de notícias Reuters, o enviado dos EUA ao país, Kenneth Merten, disse que há a possibilidade de um governo interino. Para Merten, não parece provável haver o segundo turno das eleições antes de 7 de fevereiro, quando Michel Martelly deveria deixar o governo. Ele afirma que a ocorrência do pleito presidencial seria a melhor opção para o país. "Nós deveríamos pensar em uma solução temporária até que se possa dar o poder a um presidente eleito. Nosso medo é que vamos a uma situação em aberto. Na nossa análise, é um lugar perigoso para ir", disse. Para ele, não é aceitável que se use a violência para forçar um novo tipo de eleição. Merten foi embaixador americano em Porto Príncipe na época do terremoto de 2010, que deixou mais de 100 mil mortos.
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PM recupera carga roubada estimada em R$ 500 mil
Policiais militares recuperaram um caminhão baú com carga roubada de medicamentos e fraldas em Carapicuíba (Grande São Paulo), por volta das 23h desta segunda-feira (19). Os produtos têm um valor estimado de R$ 500 mil, de acordo com a polícia. A mercadoria estava escondida em um terreno na rua Palotina, na Vila Cristina. Os policiais chegaram ao local após a central de rastreamento e monitoramento à distância avisar a localização do caminhão. Um suspeito, que estava colocando os produtos em sacos e tambores, foi preso em flagrante. Ele disse aos policiais que tinha sido contratado apenas para fazer o trabalho. Segundo a Polícia Militar, a carga tinha sido roubada horas antes na marginal Pinheiros, em São Paulo. Após a prisão do suspeito, o motorista do caminhão foi libertado em Embu das Artes.
cotidiano
PM recupera carga roubada estimada em R$ 500 milPoliciais militares recuperaram um caminhão baú com carga roubada de medicamentos e fraldas em Carapicuíba (Grande São Paulo), por volta das 23h desta segunda-feira (19). Os produtos têm um valor estimado de R$ 500 mil, de acordo com a polícia. A mercadoria estava escondida em um terreno na rua Palotina, na Vila Cristina. Os policiais chegaram ao local após a central de rastreamento e monitoramento à distância avisar a localização do caminhão. Um suspeito, que estava colocando os produtos em sacos e tambores, foi preso em flagrante. Ele disse aos policiais que tinha sido contratado apenas para fazer o trabalho. Segundo a Polícia Militar, a carga tinha sido roubada horas antes na marginal Pinheiros, em São Paulo. Após a prisão do suspeito, o motorista do caminhão foi libertado em Embu das Artes.
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Grécia não chega a acordo e aumenta risco de calote na zona do euro
Os ministros de Finanças da zona do euro não chegaram a um acordo com a Grécia nesta quinta-feira (18) para evitar um calote aos credores e baixar o risco de o país deixar o bloco da moeda única. Os chefes das 19 economias do grupo reuniram-se por cerca de quatro horas em Luxemburgo para encontrar uma solução que impeça o colapso grego a partir de julho. Esse encontro era considerado decisivo. O presidente do Eurogroup, Jeroen Dijsselbloem, anunciou a falta de um acordo, mas disse que uma solução ainda é viável nos próximos dias. "Pensamos que ainda é possível", afirmou. Dijsselbloem afirmou lamentar a falta de consenso e disse que a Grécia recebeu um "forte sinal" dos ministros para se engajar "seriamente" nas negociações com uma proposta que seja "crível". A presidente do FMI, Christine Lagarde, afirmou ainda que o diálogo com a Grécia precisa ser com "adultos na sala". A Grécia negocia com o BCE (Banco Central Europeu) e o FMI (Fundo Monetário Internacional) o desbloqueio de uma ajuda de € 7,2 bilhões, última parcela do socorro de € 240 bilhões recebido de ambos nos últimos cinco anos. A verba serviria para manter sua recuperação e quitar, até 30 de junho, uma parcela de € 1,6 bilhão da dívida com o FMI. Diante do impasse e do prazo se esgotando, os líderes dos países do bloco marcaram reunião de emergência na próxima segunda-feira (22), em Bruxelas. A informação foi confirmada pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, do partido de esquerda Siryza, diz que sem o dinheiro não tem como pagar o débito. Se não conseguir acesso aos € 7,2 bilhões até o fim do mês, Atenas dará o o calote e poderá ficar, pela primeira vez em cinco anos, sem um suporte financeiro externo, aumentando a pressão para que deixe a zona do euro. A chanceler alemã, Angela Merkel, reafirmou nesta quinta-feira que espera uma sinalização de "vontade" da Grécia em aceitar as condições impostas para receber a parcela de € 7,2 bilhões. "Onde há um desejo, há um caminho", disse. Em troca da liberação da verba, líderes europeus cobram medidas de austeridade consideradas inviáveis por Alexis Tsipras, eleito em janeiro com a bandeira contra os cortes de gastos implementados pelos governos anteriores, de centro-direita. FMI e BCE cobram, entre outras coisas, corte em despesas da Previdência, além do aumento de impostos no setor elétrico. O governo grego acusa os credores de tentaram "estrangular" e "humilhar" o país. O efeito do calote seria imediato, com os bancos gregos tendo de conter os saques para evitar a insolvência. Esse cenário dependeria também de uma ação do governo para limitar as retiradas de dinheiro, causando desgaste político para Tsipras e seu partido. Simpatizantes do Syriza já têm ido às ruas de Atenas defender a postura do seu líder. Tsipras participa nesta quinta de um fórum econômico em São Petersburgo. Ele deve aproveitar a viagem para se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin. Apesar da especulação, seus aliados negam qualquer tipo de pedido de socorro financeiro a Moscou. APELO O Banco Central da Grécia fez um apelo nesta quarta (17) e afirmou que um calote pode levar o país a um "crise incontrolável" e um "curso doloroso", com "grandes riscos" para o sistema bancário e a estabilidade financeira. "Um novo acordo é de extrema importância para afastar os riscos imediatos para a economia, reduzir a incerteza e garantir perspectiva de crescimento sustentável para a Grécia", afirmou, em comunicado. Segundo o BC grego, cerca de € 30 bilhões foram sacados no país entre outubro e abril. A Grécia até indicou uma recuperação econômica no fim de 2014, com um crescimento de 0,8%, mas o desemprego continua o mais alto da Europa, 25%, e a dívida pública ronda os 175% do PIB (era de 129% em 2009) em um país cuja economia encolheu 25% nos últimos cinco anos.
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Grécia não chega a acordo e aumenta risco de calote na zona do euroOs ministros de Finanças da zona do euro não chegaram a um acordo com a Grécia nesta quinta-feira (18) para evitar um calote aos credores e baixar o risco de o país deixar o bloco da moeda única. Os chefes das 19 economias do grupo reuniram-se por cerca de quatro horas em Luxemburgo para encontrar uma solução que impeça o colapso grego a partir de julho. Esse encontro era considerado decisivo. O presidente do Eurogroup, Jeroen Dijsselbloem, anunciou a falta de um acordo, mas disse que uma solução ainda é viável nos próximos dias. "Pensamos que ainda é possível", afirmou. Dijsselbloem afirmou lamentar a falta de consenso e disse que a Grécia recebeu um "forte sinal" dos ministros para se engajar "seriamente" nas negociações com uma proposta que seja "crível". A presidente do FMI, Christine Lagarde, afirmou ainda que o diálogo com a Grécia precisa ser com "adultos na sala". A Grécia negocia com o BCE (Banco Central Europeu) e o FMI (Fundo Monetário Internacional) o desbloqueio de uma ajuda de € 7,2 bilhões, última parcela do socorro de € 240 bilhões recebido de ambos nos últimos cinco anos. A verba serviria para manter sua recuperação e quitar, até 30 de junho, uma parcela de € 1,6 bilhão da dívida com o FMI. Diante do impasse e do prazo se esgotando, os líderes dos países do bloco marcaram reunião de emergência na próxima segunda-feira (22), em Bruxelas. A informação foi confirmada pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, do partido de esquerda Siryza, diz que sem o dinheiro não tem como pagar o débito. Se não conseguir acesso aos € 7,2 bilhões até o fim do mês, Atenas dará o o calote e poderá ficar, pela primeira vez em cinco anos, sem um suporte financeiro externo, aumentando a pressão para que deixe a zona do euro. A chanceler alemã, Angela Merkel, reafirmou nesta quinta-feira que espera uma sinalização de "vontade" da Grécia em aceitar as condições impostas para receber a parcela de € 7,2 bilhões. "Onde há um desejo, há um caminho", disse. Em troca da liberação da verba, líderes europeus cobram medidas de austeridade consideradas inviáveis por Alexis Tsipras, eleito em janeiro com a bandeira contra os cortes de gastos implementados pelos governos anteriores, de centro-direita. FMI e BCE cobram, entre outras coisas, corte em despesas da Previdência, além do aumento de impostos no setor elétrico. O governo grego acusa os credores de tentaram "estrangular" e "humilhar" o país. O efeito do calote seria imediato, com os bancos gregos tendo de conter os saques para evitar a insolvência. Esse cenário dependeria também de uma ação do governo para limitar as retiradas de dinheiro, causando desgaste político para Tsipras e seu partido. Simpatizantes do Syriza já têm ido às ruas de Atenas defender a postura do seu líder. Tsipras participa nesta quinta de um fórum econômico em São Petersburgo. Ele deve aproveitar a viagem para se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin. Apesar da especulação, seus aliados negam qualquer tipo de pedido de socorro financeiro a Moscou. APELO O Banco Central da Grécia fez um apelo nesta quarta (17) e afirmou que um calote pode levar o país a um "crise incontrolável" e um "curso doloroso", com "grandes riscos" para o sistema bancário e a estabilidade financeira. "Um novo acordo é de extrema importância para afastar os riscos imediatos para a economia, reduzir a incerteza e garantir perspectiva de crescimento sustentável para a Grécia", afirmou, em comunicado. Segundo o BC grego, cerca de € 30 bilhões foram sacados no país entre outubro e abril. A Grécia até indicou uma recuperação econômica no fim de 2014, com um crescimento de 0,8%, mas o desemprego continua o mais alto da Europa, 25%, e a dívida pública ronda os 175% do PIB (era de 129% em 2009) em um país cuja economia encolheu 25% nos últimos cinco anos.
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'Queremos ser o exemplo da renovação', diz deputado chileno
Formado em engenharia civil, Giorgio Jackson, 30, cresceu na militância estudantil e foi uma das figuras que se destacaram no contexto das manifestações de 2011. Nas eleições parlamentares de 2013, Jackson foi eleito deputado pelo partido Revolução Democrata, que hoje integra a Frente Ampla. Sem idade para se postular à Presidência, ele participou do convite feito à jornalista Beatriz Sánchez para que ela representasse seu grupo de amigos e ativistas da esquerda. Agora, é um de seus principais apoiadores, e com ele carrega uma ampla militância. "Em certo momento, nós nos demos conta de que, como movimento social e estudantil, estávamos limitados, por isso resolvemos dar esse salto para a vida política, que é criar um partido, mas o caminho é longo. E o fato de já termos alguns deputados no Parlamento é um excelente começo", afirmou Jackson à Folha, em entrevista realizada em Santiago. "A política está se renovando no mundo todo, e queremos ser o exemplo dessa renovação aqui no Chile. Não basta fazer protestos específicos, é preciso ter um projeto de país. E é isso que estamos construindo com Beatriz Sánchez e com as novas forças que se somaram", disse. Jackson nega que Sánchez esteja apenas carregando uma bandeira que é, no fundo, dos movimentos sociais. "Nós coincidimos em muitas coisas, e a escolhemos porque sabemos que ela vê que a esquerda precisa se renovar. Que o modelo de esquerda que foi representado pela Concertação (aliança que reuniu a esquerda depois da ditadura) envelheceu." Jackson concorda que os modelos são a Frente Ampla uruguaia, do ex-presidente José "Pepe" Mujica, e o Podemos espanhol. "No caso do Uruguai, pela variedade de forças que nós compusemos, e no caso da Espanha, porque chegamos para romper com um bipartidarismo muito enraizado", conclui Jackson. A gratuidade do ensino superior era a principal demanda das manifestações que tomaram o Chile em 2011. A proposta de reforma educacional da presidente Michelle Bachelet não agradou ao movimento estudantil, que voltou às ruas chilenas no ano passado.
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'Queremos ser o exemplo da renovação', diz deputado chilenoFormado em engenharia civil, Giorgio Jackson, 30, cresceu na militância estudantil e foi uma das figuras que se destacaram no contexto das manifestações de 2011. Nas eleições parlamentares de 2013, Jackson foi eleito deputado pelo partido Revolução Democrata, que hoje integra a Frente Ampla. Sem idade para se postular à Presidência, ele participou do convite feito à jornalista Beatriz Sánchez para que ela representasse seu grupo de amigos e ativistas da esquerda. Agora, é um de seus principais apoiadores, e com ele carrega uma ampla militância. "Em certo momento, nós nos demos conta de que, como movimento social e estudantil, estávamos limitados, por isso resolvemos dar esse salto para a vida política, que é criar um partido, mas o caminho é longo. E o fato de já termos alguns deputados no Parlamento é um excelente começo", afirmou Jackson à Folha, em entrevista realizada em Santiago. "A política está se renovando no mundo todo, e queremos ser o exemplo dessa renovação aqui no Chile. Não basta fazer protestos específicos, é preciso ter um projeto de país. E é isso que estamos construindo com Beatriz Sánchez e com as novas forças que se somaram", disse. Jackson nega que Sánchez esteja apenas carregando uma bandeira que é, no fundo, dos movimentos sociais. "Nós coincidimos em muitas coisas, e a escolhemos porque sabemos que ela vê que a esquerda precisa se renovar. Que o modelo de esquerda que foi representado pela Concertação (aliança que reuniu a esquerda depois da ditadura) envelheceu." Jackson concorda que os modelos são a Frente Ampla uruguaia, do ex-presidente José "Pepe" Mujica, e o Podemos espanhol. "No caso do Uruguai, pela variedade de forças que nós compusemos, e no caso da Espanha, porque chegamos para romper com um bipartidarismo muito enraizado", conclui Jackson. A gratuidade do ensino superior era a principal demanda das manifestações que tomaram o Chile em 2011. A proposta de reforma educacional da presidente Michelle Bachelet não agradou ao movimento estudantil, que voltou às ruas chilenas no ano passado.
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Mudança metodológica do IBGE superestima salário de doméstico
Após um salto expressivo verificado em janeiro, que pode ter sido decorrente de atualização metodológica feita pelo IBGE, as vendas do varejo no Brasil entraram em uma trajetória de altos e baixos. Desde então, os atritos entre economistas e o instituto de estatística sobre o assunto perderam fôlego. Mas isso não significa que a novela esteja encerrada. Em relatório divulgado a clientes, o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore apontou divergência nos dados do comércio em Santa Catarina, que desde fevereiro se descolaram do comportamento observado no resto do país. Segundo a consultoria do economista, as vendas em Santa Catarina estão 10% acima do nível de 2014, situação que não se repete em nenhum outro Estado. "Não posso dizer se existe um erro, mas, das duas uma, ou Santa Catarina volta para uma média parecida com a do Brasil ou o Brasil sobe e cresce como Santa Catarina, o que seria surpreendente", disse Pastore. O relatório ressalta que, embora o mercado de trabalho catarinense tenha se deteriorado menos do que no resto do país, os salários reais no Estado estão no mesmo nível de 2014 e o volume de crédito continua abaixo do patamar de três anos atrás. Para Bráulio Borges, embora ruídos sejam parte do aprimoramento das pesquisas, se eles se tornam frequentes, "podem gerar desconfiança sobre as estatísticas". O IBGE nega que a qualidade dos dados tenha sido prejudicada nas revisões metodológicas. Mas, após a divergência sobre pesquisas atualizadas recentemente, o instituto informou que vai alterar a maneira como informa os usuários das estatísticas sobre mudanças. Antes, as notas técnicas eram divulgadas 30 dias antes da revisão. Agora, o fará com 60 dias de antecedência. Segundo Claudio Crespo, diretor de pesquisas do instituto, ainda que as notas sejam a maneira mais formal de comunicação, o contato com economistas e acadêmicos é aberto. "Há telefonemas, seminários e reuniões para discussão de temas." INFLAÇÃO Nem sempre a comunicação prévia evita divergências. Uma mudança que tem gerado questionamentos, embora discutida anteriormente, é a forma como as variações dos salários de domésticos é incluída no IPCA, índice oficial de inflação. Antes, os rendimentos da categoria -que representa 3,5% da população ocupada- eram calculados mensalmente a partir da PME (Pesquisa Mensal de Emprego). Mas a Pnad Contínua, que substituiu a PME, é trimestral. O IBGE resolveu a questão passando a considerar na estimativa do IPCA que os salários dos domésticos oscilam todos os meses seguindo a variação do salário mínimo. O problema é que, em meio à crise e ao desemprego elevado, os rendimentos da categoria não subiram tanto assim, e a inflação pode estar sendo superestimada. A oscilação dos salários dos domésticos no IPCA foi de 9% nos 12 meses encerrados em maio, ante 4,93% captados por outro índice de preços calculado pela FGV. Segundo cálculos de Borges, da LCA Consultores, se essa divergência não existisse, o IPCA de 2016 teria subido 6,15% -e não os 6,29% divulgados oficialmente. A questão pode acabar reverberando no próprio cálculo do salário mínimo -baseado na inflação. Isso, por sua vez, tem efeito negativo sobre as contas do governo, que paga aposentadorias e benefícios indexados ao mínimo. O IBGE disse que estuda uma forma de voltar a calcular os salários dos domésticos. Segundo Crespo, com a mudança nas pesquisas, houve uma "limitação pragmática", uma vez que o dado mensal deixou de ser estimado. Mas ele afirma que, com a evolução da Pnad Contínua, prevista para os próximos anos, será possível voltar a produzir a informação necessária para o cálculo da inflação. "Estamos fazendo estudos sobre como captar essa informação", disse. (EF E MC)
mercado
Mudança metodológica do IBGE superestima salário de domésticoApós um salto expressivo verificado em janeiro, que pode ter sido decorrente de atualização metodológica feita pelo IBGE, as vendas do varejo no Brasil entraram em uma trajetória de altos e baixos. Desde então, os atritos entre economistas e o instituto de estatística sobre o assunto perderam fôlego. Mas isso não significa que a novela esteja encerrada. Em relatório divulgado a clientes, o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore apontou divergência nos dados do comércio em Santa Catarina, que desde fevereiro se descolaram do comportamento observado no resto do país. Segundo a consultoria do economista, as vendas em Santa Catarina estão 10% acima do nível de 2014, situação que não se repete em nenhum outro Estado. "Não posso dizer se existe um erro, mas, das duas uma, ou Santa Catarina volta para uma média parecida com a do Brasil ou o Brasil sobe e cresce como Santa Catarina, o que seria surpreendente", disse Pastore. O relatório ressalta que, embora o mercado de trabalho catarinense tenha se deteriorado menos do que no resto do país, os salários reais no Estado estão no mesmo nível de 2014 e o volume de crédito continua abaixo do patamar de três anos atrás. Para Bráulio Borges, embora ruídos sejam parte do aprimoramento das pesquisas, se eles se tornam frequentes, "podem gerar desconfiança sobre as estatísticas". O IBGE nega que a qualidade dos dados tenha sido prejudicada nas revisões metodológicas. Mas, após a divergência sobre pesquisas atualizadas recentemente, o instituto informou que vai alterar a maneira como informa os usuários das estatísticas sobre mudanças. Antes, as notas técnicas eram divulgadas 30 dias antes da revisão. Agora, o fará com 60 dias de antecedência. Segundo Claudio Crespo, diretor de pesquisas do instituto, ainda que as notas sejam a maneira mais formal de comunicação, o contato com economistas e acadêmicos é aberto. "Há telefonemas, seminários e reuniões para discussão de temas." INFLAÇÃO Nem sempre a comunicação prévia evita divergências. Uma mudança que tem gerado questionamentos, embora discutida anteriormente, é a forma como as variações dos salários de domésticos é incluída no IPCA, índice oficial de inflação. Antes, os rendimentos da categoria -que representa 3,5% da população ocupada- eram calculados mensalmente a partir da PME (Pesquisa Mensal de Emprego). Mas a Pnad Contínua, que substituiu a PME, é trimestral. O IBGE resolveu a questão passando a considerar na estimativa do IPCA que os salários dos domésticos oscilam todos os meses seguindo a variação do salário mínimo. O problema é que, em meio à crise e ao desemprego elevado, os rendimentos da categoria não subiram tanto assim, e a inflação pode estar sendo superestimada. A oscilação dos salários dos domésticos no IPCA foi de 9% nos 12 meses encerrados em maio, ante 4,93% captados por outro índice de preços calculado pela FGV. Segundo cálculos de Borges, da LCA Consultores, se essa divergência não existisse, o IPCA de 2016 teria subido 6,15% -e não os 6,29% divulgados oficialmente. A questão pode acabar reverberando no próprio cálculo do salário mínimo -baseado na inflação. Isso, por sua vez, tem efeito negativo sobre as contas do governo, que paga aposentadorias e benefícios indexados ao mínimo. O IBGE disse que estuda uma forma de voltar a calcular os salários dos domésticos. Segundo Crespo, com a mudança nas pesquisas, houve uma "limitação pragmática", uma vez que o dado mensal deixou de ser estimado. Mas ele afirma que, com a evolução da Pnad Contínua, prevista para os próximos anos, será possível voltar a produzir a informação necessária para o cálculo da inflação. "Estamos fazendo estudos sobre como captar essa informação", disse. (EF E MC)
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Após rejeição de editoras, Rafael Gallo leva Prêmio SP com primeiro romance
Rafael Gallo interrompe a leitura de "Anatomia do Paraíso" quando aparece alguém para votar na 24ª seção eleitoral de Bauru, no interior paulista. Confere documentos, pede assinatura e retorna ao livro de Beatriz Bracher, até ser interrompido novamente, e de novo. Apesar do tédio, ele próprio se voluntariara para ser mesário nas eleições de 2016. Sabia que o domingo trabalhado lhe renderia folga do Tribunal de Justiça de São Paulo na cidade, onde é escrevente técnico judiciário. Isso lhe permitira viajar para eventos, algo mais comum depois de ganhar o Prêmio São Paulo de Literatura na categoria estreantes até 40 anos e ser finalista do Jabuti com o romance "Rebentar". Na obra, Ângela é uma mulher cujo filho de cinco anos despareceu há três décadas. Depois de passar a vida em busca da criança perdida, resolve suspender a procura. Gallo diz que não achou que ganharia o prêmio com o livro "sobre uma mulher que tem que simbolicamente matar o filho todos os dias". "Nunca fui o cara mais popular do colégio", afirma o escritor de 35 anos, "e não sou o queridinho da literatura". Ele não preparou agradecimento e, no trajeto até a cerimônia de anúncio dos vencedores, em 10 de outubro, brincava no carro com sua mulher, Lilian Michelan: "Vamos parar num boteco e comer bolovo, que a gente ganha mais". Seu ceticismo é cria do medo de se frustrar, sobretudo após rejeições no começo da carreira. Entre 2010 e 2011, inscreveu contos em mais de 20 concursos, "mesmo esses pequenininhos, fuleiros mesmo, praticamente rifas". Nunca ganhou nada. Também não recebia respostas das editoras às quais enviava textos. Naquele tempo, lembra Michelan, "ele se trancava no estúdio, saía com um conto genuinamente bom e não dava em nada". "Ele sentia que não achava seu local no mundo." Não se encontrar no mundo o levou às artes ainda na adolescência. O caçula do casal Marlene e Mauro Gallo, ambos quietos, não tinha espaço para conversar em casa. Tinha amigos, mas "ninguém com quem falar sobre questões mais profundas". Achava-se compreendido mesmo só se recorria a Drummond, Clarice, Machado. A música foi a primeira forma de tentar diálogo com o mundo. "Tocava guitarra na igreja presbiteriana", diz Gallo, hoje ateu. "E, à noite, tocava em bares de Bauru." O setlist da banda Psique tinha covers de Aerosmith, Whitesnake e outras de hard rock dos anos 1970 e 1980. "Ele também compunha", lembra Fernão de Melo Constanzo, amigo de Gallo desde o ensino médio e contrabaixista da banda. "Cantava em inglês, e a qualidade das letras já dava ideia do escritor que ele viria a se tornar." Em 2004, Gallo entrou em composição e regência da Unesp de São Paulo; os demais integrantes da Psique seguiram seus rumos, e a banda acabou no fim do ano. A carreira na música parecia deslanchar, mas de um jeito que não o satisfazia artisticamente: começou a fazer trilhas para comerciais. Reuniu aqueles textos rejeitados numa obra, que batizou de "Réveillon e Outros Dias", e inscreveu-a no Prêmio Sesc de Literatura em 2011. "Eu ia desistir depois disso", afirma. Mas venceu e, como prêmio, foi publicado pela editora Record. A publicação deixou sua vida "de cabeça para baixo", diz o escritor, que foi finalista do Jabuti em 2013. "Foi a primeira vez que me senti realizado como artista." Quanto à música, seu papel mudou: hoje é somente trilha para a escrita. A cantora polonesa Anna Maria Jopek, por exemplo, embalou "Rebentar", que foi contratado antes de ser avaliado. "Fiz uma proposta [para o romance] às cegas, com base no livro anterior, de contos", afirma Carlos Andreazza, editor de literatura brasileira da Record. "O Rafael é um autor que fará coisas muitos boas pela literatura, que será estudado pela academia."
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Após rejeição de editoras, Rafael Gallo leva Prêmio SP com primeiro romanceRafael Gallo interrompe a leitura de "Anatomia do Paraíso" quando aparece alguém para votar na 24ª seção eleitoral de Bauru, no interior paulista. Confere documentos, pede assinatura e retorna ao livro de Beatriz Bracher, até ser interrompido novamente, e de novo. Apesar do tédio, ele próprio se voluntariara para ser mesário nas eleições de 2016. Sabia que o domingo trabalhado lhe renderia folga do Tribunal de Justiça de São Paulo na cidade, onde é escrevente técnico judiciário. Isso lhe permitira viajar para eventos, algo mais comum depois de ganhar o Prêmio São Paulo de Literatura na categoria estreantes até 40 anos e ser finalista do Jabuti com o romance "Rebentar". Na obra, Ângela é uma mulher cujo filho de cinco anos despareceu há três décadas. Depois de passar a vida em busca da criança perdida, resolve suspender a procura. Gallo diz que não achou que ganharia o prêmio com o livro "sobre uma mulher que tem que simbolicamente matar o filho todos os dias". "Nunca fui o cara mais popular do colégio", afirma o escritor de 35 anos, "e não sou o queridinho da literatura". Ele não preparou agradecimento e, no trajeto até a cerimônia de anúncio dos vencedores, em 10 de outubro, brincava no carro com sua mulher, Lilian Michelan: "Vamos parar num boteco e comer bolovo, que a gente ganha mais". Seu ceticismo é cria do medo de se frustrar, sobretudo após rejeições no começo da carreira. Entre 2010 e 2011, inscreveu contos em mais de 20 concursos, "mesmo esses pequenininhos, fuleiros mesmo, praticamente rifas". Nunca ganhou nada. Também não recebia respostas das editoras às quais enviava textos. Naquele tempo, lembra Michelan, "ele se trancava no estúdio, saía com um conto genuinamente bom e não dava em nada". "Ele sentia que não achava seu local no mundo." Não se encontrar no mundo o levou às artes ainda na adolescência. O caçula do casal Marlene e Mauro Gallo, ambos quietos, não tinha espaço para conversar em casa. Tinha amigos, mas "ninguém com quem falar sobre questões mais profundas". Achava-se compreendido mesmo só se recorria a Drummond, Clarice, Machado. A música foi a primeira forma de tentar diálogo com o mundo. "Tocava guitarra na igreja presbiteriana", diz Gallo, hoje ateu. "E, à noite, tocava em bares de Bauru." O setlist da banda Psique tinha covers de Aerosmith, Whitesnake e outras de hard rock dos anos 1970 e 1980. "Ele também compunha", lembra Fernão de Melo Constanzo, amigo de Gallo desde o ensino médio e contrabaixista da banda. "Cantava em inglês, e a qualidade das letras já dava ideia do escritor que ele viria a se tornar." Em 2004, Gallo entrou em composição e regência da Unesp de São Paulo; os demais integrantes da Psique seguiram seus rumos, e a banda acabou no fim do ano. A carreira na música parecia deslanchar, mas de um jeito que não o satisfazia artisticamente: começou a fazer trilhas para comerciais. Reuniu aqueles textos rejeitados numa obra, que batizou de "Réveillon e Outros Dias", e inscreveu-a no Prêmio Sesc de Literatura em 2011. "Eu ia desistir depois disso", afirma. Mas venceu e, como prêmio, foi publicado pela editora Record. A publicação deixou sua vida "de cabeça para baixo", diz o escritor, que foi finalista do Jabuti em 2013. "Foi a primeira vez que me senti realizado como artista." Quanto à música, seu papel mudou: hoje é somente trilha para a escrita. A cantora polonesa Anna Maria Jopek, por exemplo, embalou "Rebentar", que foi contratado antes de ser avaliado. "Fiz uma proposta [para o romance] às cegas, com base no livro anterior, de contos", afirma Carlos Andreazza, editor de literatura brasileira da Record. "O Rafael é um autor que fará coisas muitos boas pela literatura, que será estudado pela academia."
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Dilma lamenta morte da crítica de teatro Barbara Heliodora
A presidente Dilma Rousseff lamentou nesta sexta-feira (10) a morte da crítica de teatro Barbara Heliodora. Em nota oficial, a presidente, que está no Panamá para participar da Cúpula das Américas, disse ter recebido a notícia "com pesar". "Ela teve um papel fundamental no desenvolvimento e na qualificação do teatro brasileiro nas últimas seis décadas. Suas críticas, mais do que uma análise técnica da arte de encenar, foram declarações de amor ao teatro, sentimento que ela sempre fez questão de ressaltar", afirmou Dilma. A presidente expressou ainda seus sentimentos à família, amigos e à comunidade teatral brasileira. "Aos familiares, amigos e à comunidade teatral brasileira, à qual se destina o legado de Barbara Heliodora, os meus sentimentos, meu abraço de conforto e a minha solidariedade". Barbara Heliodora morreu aos 91 anos, no Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (10). A informação foi confirmada pelo hospital Samaritano, onde ela estava hospitalizada desde 21 de março. A causa da morte ainda não foi divulgada. Quando deixou a crítica, em janeiro de 2014, Barbara Heliodora afirmou ter nascido para ser público. Declarou-se fã do talento criador, acrescentando que ela mesma não tinha, "infelizmente". Não que não tenha tentado, aqui e ali.
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Dilma lamenta morte da crítica de teatro Barbara HeliodoraA presidente Dilma Rousseff lamentou nesta sexta-feira (10) a morte da crítica de teatro Barbara Heliodora. Em nota oficial, a presidente, que está no Panamá para participar da Cúpula das Américas, disse ter recebido a notícia "com pesar". "Ela teve um papel fundamental no desenvolvimento e na qualificação do teatro brasileiro nas últimas seis décadas. Suas críticas, mais do que uma análise técnica da arte de encenar, foram declarações de amor ao teatro, sentimento que ela sempre fez questão de ressaltar", afirmou Dilma. A presidente expressou ainda seus sentimentos à família, amigos e à comunidade teatral brasileira. "Aos familiares, amigos e à comunidade teatral brasileira, à qual se destina o legado de Barbara Heliodora, os meus sentimentos, meu abraço de conforto e a minha solidariedade". Barbara Heliodora morreu aos 91 anos, no Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (10). A informação foi confirmada pelo hospital Samaritano, onde ela estava hospitalizada desde 21 de março. A causa da morte ainda não foi divulgada. Quando deixou a crítica, em janeiro de 2014, Barbara Heliodora afirmou ter nascido para ser público. Declarou-se fã do talento criador, acrescentando que ela mesma não tinha, "infelizmente". Não que não tenha tentado, aqui e ali.
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Órgão do patrimônio estuda tombar áreas da Liberdade e do Cambuci
O Conpresp (órgão do patrimônio histórico da prefeitura) abriu processo para tombar a Liberdade e a região das ruas da Glória e do Lavapés, final do primeiro caminho do litoral para a cidade de SP. Se a ideia vingar, a altura dos prédios, por exemplo, seria limitada a 15 m em quadras próximas. Leia a coluna completa aqui.
colunas
Órgão do patrimônio estuda tombar áreas da Liberdade e do CambuciO Conpresp (órgão do patrimônio histórico da prefeitura) abriu processo para tombar a Liberdade e a região das ruas da Glória e do Lavapés, final do primeiro caminho do litoral para a cidade de SP. Se a ideia vingar, a altura dos prédios, por exemplo, seria limitada a 15 m em quadras próximas. Leia a coluna completa aqui.
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'Está na hora de parar com essa brincadeira', diz Richa sobre escolas ocupadas no Paraná
ESTELITA HASS CARAZZAI DE CURITIBA Ao votar neste domingo (30) em Curitiba, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), fez novo pedido pela desocupação de escolas estaduais por estudantes, e disse que "está na hora de parar". "Está na hora de todos se conscientizarem e pararem com essa brincadeira. Isso não leva a nada", afirmou. Cerca de 800 escolas foram ocupadas por estudantes no Paraná nas últimas três semanas, em protesto contra a reforma do ensino médio proposta pelo governo federal. Cerca de 400 continuam ocupadas, segundo balanço da secretaria da Educação. "Eu fiz a minha parte. Fizemos audiências públicas com alunos e professores, levamos propostas a Brasília, tranquilizei a todos dizendo que não aplicaríamos essas mudanças sem conversar com a comunidade escolar. Não há o menor sentido nessas ocupações." Richa teve o local de votação transferido por causa das ocupações: ele costuma votar no Colégio Estadual Amâncio Moro, que está tomado por alunos. Por causa disso, votou numa escola particular. "Acho muito lamentável todo esse transtorno ao Paraná, e em especial um prejuízo à educação", disse. Richa destacou que há alunos prejudicados, sem aulas e provavelmente sem Enem –o MEC informou que escolas ocupadas até esta segunda (31) teriam a prova cancelada. "É uma minoria que está sendo manipulada politicamente para essas ocupações", disse o governador tucano. REINTEGRAÇÃO Na quinta (27), o governo estadual conseguiu ordens de reintegração de posse de 25 colégios em Curitiba. Parte dos estudantes, porém, inclusive no Colégio Estadual do Paraná (o maior do Estado), se recusa a sair. Richa disse que o governo vai manter o diálogo, "de maneira pacífica". "Vamos tentar o diálogo de todas as formas. O uso da força seria a última alternativa", afirmou, sobre o uso da Polícia Militar no cumprimento das ordens. "Vamos esgotar todas as formas de negociação e pedir também a pais e à comunidade escolar que nos ajudem no convencimento desses alunos para atender à vontade da maioria."
poder
'Está na hora de parar com essa brincadeira', diz Richa sobre escolas ocupadas no ParanáESTELITA HASS CARAZZAI DE CURITIBA Ao votar neste domingo (30) em Curitiba, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), fez novo pedido pela desocupação de escolas estaduais por estudantes, e disse que "está na hora de parar". "Está na hora de todos se conscientizarem e pararem com essa brincadeira. Isso não leva a nada", afirmou. Cerca de 800 escolas foram ocupadas por estudantes no Paraná nas últimas três semanas, em protesto contra a reforma do ensino médio proposta pelo governo federal. Cerca de 400 continuam ocupadas, segundo balanço da secretaria da Educação. "Eu fiz a minha parte. Fizemos audiências públicas com alunos e professores, levamos propostas a Brasília, tranquilizei a todos dizendo que não aplicaríamos essas mudanças sem conversar com a comunidade escolar. Não há o menor sentido nessas ocupações." Richa teve o local de votação transferido por causa das ocupações: ele costuma votar no Colégio Estadual Amâncio Moro, que está tomado por alunos. Por causa disso, votou numa escola particular. "Acho muito lamentável todo esse transtorno ao Paraná, e em especial um prejuízo à educação", disse. Richa destacou que há alunos prejudicados, sem aulas e provavelmente sem Enem –o MEC informou que escolas ocupadas até esta segunda (31) teriam a prova cancelada. "É uma minoria que está sendo manipulada politicamente para essas ocupações", disse o governador tucano. REINTEGRAÇÃO Na quinta (27), o governo estadual conseguiu ordens de reintegração de posse de 25 colégios em Curitiba. Parte dos estudantes, porém, inclusive no Colégio Estadual do Paraná (o maior do Estado), se recusa a sair. Richa disse que o governo vai manter o diálogo, "de maneira pacífica". "Vamos tentar o diálogo de todas as formas. O uso da força seria a última alternativa", afirmou, sobre o uso da Polícia Militar no cumprimento das ordens. "Vamos esgotar todas as formas de negociação e pedir também a pais e à comunidade escolar que nos ajudem no convencimento desses alunos para atender à vontade da maioria."
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Nova equipe herda dívida de quase R$ 15 bilhões com o Banco do Brasil
A nova equipe econômica herdou quase R$ 15 bilhões em dívidas atrasadas com o Banco do Brasil. São valores que não foram pagos nos últimos anos pelo Tesouro Nacional ao banco estatal com objetivo de melhorar o resultado das contas públicas. Essa dívida se refere, principalmente, a subsídios para financiamentos rurais com juros abaixo do custo de mercado. Essa diferença é bancada pelo Tesouro Nacional, que se compromete a repassar os recursos regularmente para as instituições públicas. Os atrasos nos repasses a bancos públicos foram prática comum da equipe anterior no Ministério da Fazenda. Essas manobras estão, aliás, sob investigação do TCU. A operação, chamada de "pedalada", é uma forma de empurrar para a frente essas despesas. Nesse caso, a dívida dificulta a missão da atual equipe econômica de fazer neste ano um superavit de R$ 66 bilhões nas contas públicas e elevar esse resultado nos próximos dois anos. CAIXA O caso de atrasos com maior repercussão envolveu o adiamento no repasse de recursos relativos a despesas com programas sociais para a Caixa Econômica Federal. Em abril, o Banco Central questionou a Caixa, que estaria fazendo o pagamento de benefícios como Bolsa Família com recurso próprio, sem ressarcimento do Tesouro. O banco estatal, para evitar a acusação de que estaria financiando o Tesouro Nacional, um crime de responsabilidade fiscal, pediu à AGU (Advocacia-Geral da União) que arbitrasse a questão. Em setembro, o Tesouro começou a pagar essa dívida para encerrar a disputa. Também pesa sobre o caixa do Tesouro a dívida com o BNDES, responsável por vários programas de empréstimos subsidiados. Até setembro de 2014, eram devidos quase R$ 24 bilhões, praticamente o dobro do verificado no fim de 2012. Como o balanço ainda não foi publicado, não se sabe se a dívida caiu ou aumentou no final do ano passado. Procurados, o Ministério da Fazenda e o Tesouro Nacional não se manifestaram. Além das dívidas com bancos estatais, o governo tem pagamentos atrasados em várias áreas, incluindo fundos com recursos de trabalhadores, como FAT e FGTS. Nesse último caso, chegou-se a um acordo no ano passado para o pagamento de R$ 10 bilhões em 30 meses. O governo deve ainda cerca de R$ 7 bilhões ao fundo referentes a subsídios do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
mercado
Nova equipe herda dívida de quase R$ 15 bilhões com o Banco do BrasilA nova equipe econômica herdou quase R$ 15 bilhões em dívidas atrasadas com o Banco do Brasil. São valores que não foram pagos nos últimos anos pelo Tesouro Nacional ao banco estatal com objetivo de melhorar o resultado das contas públicas. Essa dívida se refere, principalmente, a subsídios para financiamentos rurais com juros abaixo do custo de mercado. Essa diferença é bancada pelo Tesouro Nacional, que se compromete a repassar os recursos regularmente para as instituições públicas. Os atrasos nos repasses a bancos públicos foram prática comum da equipe anterior no Ministério da Fazenda. Essas manobras estão, aliás, sob investigação do TCU. A operação, chamada de "pedalada", é uma forma de empurrar para a frente essas despesas. Nesse caso, a dívida dificulta a missão da atual equipe econômica de fazer neste ano um superavit de R$ 66 bilhões nas contas públicas e elevar esse resultado nos próximos dois anos. CAIXA O caso de atrasos com maior repercussão envolveu o adiamento no repasse de recursos relativos a despesas com programas sociais para a Caixa Econômica Federal. Em abril, o Banco Central questionou a Caixa, que estaria fazendo o pagamento de benefícios como Bolsa Família com recurso próprio, sem ressarcimento do Tesouro. O banco estatal, para evitar a acusação de que estaria financiando o Tesouro Nacional, um crime de responsabilidade fiscal, pediu à AGU (Advocacia-Geral da União) que arbitrasse a questão. Em setembro, o Tesouro começou a pagar essa dívida para encerrar a disputa. Também pesa sobre o caixa do Tesouro a dívida com o BNDES, responsável por vários programas de empréstimos subsidiados. Até setembro de 2014, eram devidos quase R$ 24 bilhões, praticamente o dobro do verificado no fim de 2012. Como o balanço ainda não foi publicado, não se sabe se a dívida caiu ou aumentou no final do ano passado. Procurados, o Ministério da Fazenda e o Tesouro Nacional não se manifestaram. Além das dívidas com bancos estatais, o governo tem pagamentos atrasados em várias áreas, incluindo fundos com recursos de trabalhadores, como FAT e FGTS. Nesse último caso, chegou-se a um acordo no ano passado para o pagamento de R$ 10 bilhões em 30 meses. O governo deve ainda cerca de R$ 7 bilhões ao fundo referentes a subsídios do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
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Copiloto temia perder licença de voo por problemas de saúde, diz jornal
A investigação alemã da tragédia com um avião da Germanwings nos Alpes franceses, na qual morreram 150 pessoas, trabalha com a hipótese de que o copiloto Andreas Lubitz jogou a aeronave contra as montanhas desesperado perante a possibilidade de perder sua licença de voo devido a seus problemas médicos. O jornal alemão "Bild" publica nesta terça-feira (31) declarações de um investigador do caso nas quais reconhece que as investigações apontam que este é o "principal motivo" que levou Lubitz a fazer cair propositalmente o Airbus A320 da companhia alemã de baixo custo, filial da Lufthansa, que viajava entre Barcelona (Espanha) e Düsseldorf (Alemanha). "O principal motivo para nós neste momento é que Lubitz provavelmente tinha medo de perder sua licença de voo por seus problemas de saúde", comentou o investigador, que não é identificado. Segundo essa fonte, por esse motivo, faria sentido que o copiloto ocultasse da empresa as licenças médicas que recebia e que visitasse diferentes médicos na busca de uma segunda opinião. Segundo distintas informações, Lubitz tinha que renovar sua licença de voo no próximo mês de junho. O "Bild" informa ainda que o copiloto do voo 4U 9525, um alemão de 27 anos, esteve em "pelo menos em três ocasiões" na clínica universitária de Düsseldorf entre fevereiro e março deste ano. A procuradoria federal alemã indicou ontem que o copiloto recebeu há anos, e durante um longo período, tratamento psicoterapêutico por "tendências suicidas". Isto se unia à paralisação brusca que o jovem realizou em 2009 durante sua formação como piloto devido a uma depressão. Além disso, o "Bild" publicou no último domingo que Lubitz estava sendo tratado por um possível descolamento de retina.
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Copiloto temia perder licença de voo por problemas de saúde, diz jornalA investigação alemã da tragédia com um avião da Germanwings nos Alpes franceses, na qual morreram 150 pessoas, trabalha com a hipótese de que o copiloto Andreas Lubitz jogou a aeronave contra as montanhas desesperado perante a possibilidade de perder sua licença de voo devido a seus problemas médicos. O jornal alemão "Bild" publica nesta terça-feira (31) declarações de um investigador do caso nas quais reconhece que as investigações apontam que este é o "principal motivo" que levou Lubitz a fazer cair propositalmente o Airbus A320 da companhia alemã de baixo custo, filial da Lufthansa, que viajava entre Barcelona (Espanha) e Düsseldorf (Alemanha). "O principal motivo para nós neste momento é que Lubitz provavelmente tinha medo de perder sua licença de voo por seus problemas de saúde", comentou o investigador, que não é identificado. Segundo essa fonte, por esse motivo, faria sentido que o copiloto ocultasse da empresa as licenças médicas que recebia e que visitasse diferentes médicos na busca de uma segunda opinião. Segundo distintas informações, Lubitz tinha que renovar sua licença de voo no próximo mês de junho. O "Bild" informa ainda que o copiloto do voo 4U 9525, um alemão de 27 anos, esteve em "pelo menos em três ocasiões" na clínica universitária de Düsseldorf entre fevereiro e março deste ano. A procuradoria federal alemã indicou ontem que o copiloto recebeu há anos, e durante um longo período, tratamento psicoterapêutico por "tendências suicidas". Isto se unia à paralisação brusca que o jovem realizou em 2009 durante sua formação como piloto devido a uma depressão. Além disso, o "Bild" publicou no último domingo que Lubitz estava sendo tratado por um possível descolamento de retina.
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DJ Dieter Moebius, pioneiro da música eletrônica, morre aos 71
Membro dos grupos Cluster e Harmonia e colaborador de Brian Eno, o DJ suíço Dieter Moebius morreu na segunda-feira (20), aos 71 anos, segundo seus colegas de banda informaram no Facebook. A causa da morte não foi divulgada. Moebius, considerado um dos pioneiros do gênero, começou a carreira em 1969 com a criação do Cluster, com Hans-Joachim Roedelius e Michael Rother, que fez parte do Kraftwerk. Em 1977, formaram o Harmonia. O último lançamento do DJ foi o álbum solo "Nidemonex", de 2014.
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DJ Dieter Moebius, pioneiro da música eletrônica, morre aos 71Membro dos grupos Cluster e Harmonia e colaborador de Brian Eno, o DJ suíço Dieter Moebius morreu na segunda-feira (20), aos 71 anos, segundo seus colegas de banda informaram no Facebook. A causa da morte não foi divulgada. Moebius, considerado um dos pioneiros do gênero, começou a carreira em 1969 com a criação do Cluster, com Hans-Joachim Roedelius e Michael Rother, que fez parte do Kraftwerk. Em 1977, formaram o Harmonia. O último lançamento do DJ foi o álbum solo "Nidemonex", de 2014.
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Havelange doa acervo com réplica da Jules Rimet para o COB
João Havelange já se desfez do seu acervo. Ele repassou ao COB (Comitê Olímpico do Brasil) comendas, diplomas e centenas de reportagens sobre a sua carreira, como atleta e dirigente. No domingo (8), Havelange completou 100 anos. Ele passou o dia com familiares no Rio. A peça mais valiosa do dirigente em poder agora do COB é uma réplica da Jules Rimet, conquistada em definitivo pela seleção brasileira após a vitória na Copa do Mundo do México, em 1970. Havelange chefiava a então CBD (Confederação Brasileira de Desportos) durante as três conquistas (1958, 1962 e 1970). O troféu original foi roubado em 1983 dentro do antigo edifício João Havelange, que abrigou a sede da CBF até 2002. O acervo ainda está sendo catalogado pelo COB. Os artigos publicados nos jornais já estão disponibilizados no link da biblioteca do comitê, no site da entidade. A ideia do COB é colocar parte do material exposto no futuro Museu Olímpico, que ainda não tem lugar para ser erguido. Presidente da entidade, Carlos Arthur Nuzman ainda é um dos principais aliados do ex-dirigente da Fifa. "João Havelange foi um dirigente à frente do seu tempo. Seu discurso em Copenhagen [onde o Rio foi escolhido sede dos Jogos], convidando todos os membros filiados ao COI para comemorar, em 2016, a realização da primeira Olimpíada organizada na América do Sul, foi fundamental para a vitória da candidatura brasileira. Os Jogos Olímpicos Rio 2016 serão um grande presente para comemorar seu centenário", disse Nuzman. Havelange já decidiu que não vai assistir à abertura dos Jogos Olímpicos. Linha do Tempo João Havelange "Ele não quer contato. Mesmo que seja convidado pelos organizadores, o doutor João não vai ao Maracanã", afirmou Irene Lima, secretária de Havelange. MISSA Na noite desta segunda (9), familiares e amigos vão participar de uma missa em homenagem ao centenário do cartola numa igreja da zona sul do Rio. Ele é aguardado na cerimônia. O centenário de Havelange foi comemorado de forma discreta neste domingo (8) pela Fifa. A entidade, que foi comandada pelo dirigente por 24 anos (1974 até 1998), fez um breve comentário sobre o aniversariante no seu site. A homenagem foi feita no artigo "Happy Birthday for You!" [Feliz Aniversário para Você]. O texto lembrou também de outras seis personalidades do mundo do futebol que vão fazer aniversário nesta semana. O cartola não teve nem uma foto publicada no site da Fifa. No artgo, a foto em destaque foi a do ex-jogador holandês Dennis Bergkamp, que completará 47 anos na terça (10).
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Havelange doa acervo com réplica da Jules Rimet para o COBJoão Havelange já se desfez do seu acervo. Ele repassou ao COB (Comitê Olímpico do Brasil) comendas, diplomas e centenas de reportagens sobre a sua carreira, como atleta e dirigente. No domingo (8), Havelange completou 100 anos. Ele passou o dia com familiares no Rio. A peça mais valiosa do dirigente em poder agora do COB é uma réplica da Jules Rimet, conquistada em definitivo pela seleção brasileira após a vitória na Copa do Mundo do México, em 1970. Havelange chefiava a então CBD (Confederação Brasileira de Desportos) durante as três conquistas (1958, 1962 e 1970). O troféu original foi roubado em 1983 dentro do antigo edifício João Havelange, que abrigou a sede da CBF até 2002. O acervo ainda está sendo catalogado pelo COB. Os artigos publicados nos jornais já estão disponibilizados no link da biblioteca do comitê, no site da entidade. A ideia do COB é colocar parte do material exposto no futuro Museu Olímpico, que ainda não tem lugar para ser erguido. Presidente da entidade, Carlos Arthur Nuzman ainda é um dos principais aliados do ex-dirigente da Fifa. "João Havelange foi um dirigente à frente do seu tempo. Seu discurso em Copenhagen [onde o Rio foi escolhido sede dos Jogos], convidando todos os membros filiados ao COI para comemorar, em 2016, a realização da primeira Olimpíada organizada na América do Sul, foi fundamental para a vitória da candidatura brasileira. Os Jogos Olímpicos Rio 2016 serão um grande presente para comemorar seu centenário", disse Nuzman. Havelange já decidiu que não vai assistir à abertura dos Jogos Olímpicos. Linha do Tempo João Havelange "Ele não quer contato. Mesmo que seja convidado pelos organizadores, o doutor João não vai ao Maracanã", afirmou Irene Lima, secretária de Havelange. MISSA Na noite desta segunda (9), familiares e amigos vão participar de uma missa em homenagem ao centenário do cartola numa igreja da zona sul do Rio. Ele é aguardado na cerimônia. O centenário de Havelange foi comemorado de forma discreta neste domingo (8) pela Fifa. A entidade, que foi comandada pelo dirigente por 24 anos (1974 até 1998), fez um breve comentário sobre o aniversariante no seu site. A homenagem foi feita no artigo "Happy Birthday for You!" [Feliz Aniversário para Você]. O texto lembrou também de outras seis personalidades do mundo do futebol que vão fazer aniversário nesta semana. O cartola não teve nem uma foto publicada no site da Fifa. No artgo, a foto em destaque foi a do ex-jogador holandês Dennis Bergkamp, que completará 47 anos na terça (10).
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'A Cura' tem boa ideias, mas trama prioriza sustos e arrasta desfecho
O trailer de "A Cura" já apontava para um filme que poderia lembrar muito "A Ilha do Medo" (2010), de Martin Scorsese, no qual Leonardo DiCaprio interpreta um policial que investiga um crime num asilo para criminosos insanos, com final surpreendente. Realmente, as duas produções têm muitas semelhanças, no enredo e no clima tenso. Mas "A Cura" exibe três problemas: Gore Verbinski não é Scorsese, Dane DeHaan não é DiCaprio, e ninguém encontrou uma boa saída para encerrar o filme. Na trama, o bilionário Pembroke, presidente de uma megacorporação americana, vai se tratar em um spa isolado na Suíça e resolve não voltar. Manda cartas meio amalucadas para sua diretoria, que necessita da presença dele para concluir uma fusão. O jovem executivo Lockhart é enviado com a missão de trazer o chefão de volta. Ao chegar à clínica, encontra um castelo digno do conde Drácula. Os funcionários são assustadores, e os pacientes são milionários sessentões atrás da "cura", nome dado aos benefícios do tratamento com a água do lugar. O médico-chefe, Volmer, reluta em deixar que ele veja Pembroke no mesmo dia, então Lockhart desce a montanha de carro para voltar no dia seguinte. Mas sofre um acidente e acorda três dias depois, com a perna engessada e já paciente do lugar. O roteiro insere algumas boas cenas de sustos e alucinações, e DeHaan se esforça para dar o tom certo na progressiva desintegração psicológica de Lockhart, outra semelhança clara com o personagem de DiCaprio no outro filme. Não faltam boas intenções em "A Cura". Na verdade, elas sobram. À procura de sustos, o roteiro exagera nos apuros de Lockhart. São tantos desdobramentos que o filme se arrasta por duas horas e meia, perdendo várias oportunidades de fechar a trama. O final, quando chega, deixa várias perguntas no ar. Será que vem aí "A Cura 2"? * A Cura (A Cure for Wellness) QUANDO: em cartaz ELENCO: Dane Dehaan, Mia Goth, Jason Issacs PRODUÇÃO: EUA, 2016, 16 anos DIREÇÃO: Gore Verbinski
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'A Cura' tem boa ideias, mas trama prioriza sustos e arrasta desfechoO trailer de "A Cura" já apontava para um filme que poderia lembrar muito "A Ilha do Medo" (2010), de Martin Scorsese, no qual Leonardo DiCaprio interpreta um policial que investiga um crime num asilo para criminosos insanos, com final surpreendente. Realmente, as duas produções têm muitas semelhanças, no enredo e no clima tenso. Mas "A Cura" exibe três problemas: Gore Verbinski não é Scorsese, Dane DeHaan não é DiCaprio, e ninguém encontrou uma boa saída para encerrar o filme. Na trama, o bilionário Pembroke, presidente de uma megacorporação americana, vai se tratar em um spa isolado na Suíça e resolve não voltar. Manda cartas meio amalucadas para sua diretoria, que necessita da presença dele para concluir uma fusão. O jovem executivo Lockhart é enviado com a missão de trazer o chefão de volta. Ao chegar à clínica, encontra um castelo digno do conde Drácula. Os funcionários são assustadores, e os pacientes são milionários sessentões atrás da "cura", nome dado aos benefícios do tratamento com a água do lugar. O médico-chefe, Volmer, reluta em deixar que ele veja Pembroke no mesmo dia, então Lockhart desce a montanha de carro para voltar no dia seguinte. Mas sofre um acidente e acorda três dias depois, com a perna engessada e já paciente do lugar. O roteiro insere algumas boas cenas de sustos e alucinações, e DeHaan se esforça para dar o tom certo na progressiva desintegração psicológica de Lockhart, outra semelhança clara com o personagem de DiCaprio no outro filme. Não faltam boas intenções em "A Cura". Na verdade, elas sobram. À procura de sustos, o roteiro exagera nos apuros de Lockhart. São tantos desdobramentos que o filme se arrasta por duas horas e meia, perdendo várias oportunidades de fechar a trama. O final, quando chega, deixa várias perguntas no ar. Será que vem aí "A Cura 2"? * A Cura (A Cure for Wellness) QUANDO: em cartaz ELENCO: Dane Dehaan, Mia Goth, Jason Issacs PRODUÇÃO: EUA, 2016, 16 anos DIREÇÃO: Gore Verbinski
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