title
stringlengths
4
146
text
stringlengths
1
61.2k
category
stringclasses
44 values
title_text
stringlengths
18
61.2k
label
int64
0
43
Exército alemão treina refugiados para reconstrução da Síria
Muitas vezes boas ideias requerem tempo. No início deste ano, a ministra da Defesa alemã, Ursula von der Leyen, aproveitou a abertura da Conferência de Segurança de Munique para anunciar uma iniciativa bastante incomum das Forças Armadas alemãs (Bundeswehr) para a Síria: um programa de treinamento civil. "Em algum dia, entrará em vigor um cessar-fogo e a paz retornará por lá. Não me deixarei perder essa esperança. E, então, os refugiados retornarão às suas casas. Porque eles serão necessários por lá - para uma reconstrução difícil", disse a ministra na ocasião. Sete meses depois, Von der Leyen se reuniu nesta quinta-feira (1º) com o chefe da Agência Federal do Trabalho (BA), Frank-Jürgen Weise, em um local atípico: o centro de formação para pioneiros do Exército na cidade de Ingolstadt, no sul da Alemanha, para a cerimônia da assinatura do contrato. DE OLHO NO FUTURO O projeto visa formar até 120 pessoas que vieram da Síria. Na primeira leva, 45 homens sírios receberão treinamento em Ingolstadt e em várias outras localidades da Bundeswehr. Os requisitos: boa perspectiva para ficar no país e formação num curso de integração oferecido pelo governo. Além disso, a Bundeswehr insistiu numa avaliação de segurança abrangente dos participantes, como explicou à DW o porta-voz da BA, Christoph Möller. Este procedimento atrasou o início para alguns dos participantes. Instrutores da Bundeswehr serão, portanto, uma espécie de tutores para alguns refugiados, que aprenderão competências básicas do trabalho em madeira e concreto, além de alvenaria e soldagem. Os graduados dos cursos receberão um certificado da Bundeswehr. Este deve ajudá-los a reconstruir seu país quando a guerra civil acabar ou até a conseguir um emprego na Alemanha. "Todos sabem que oportunidades podem estar à espera aqui", disse Von der Leyen. LÍNGUA COMO OBSTÁCULO A língua é a principal barreira. A Agência Federal do Trabalho tinha escolhido cerca de cem sírios para o programa da Bundeswehr, já observando as qualificações necessárias de cada participante. "A escrita é o principal obstáculo", disse o chefe-executivo da BA, em Ingolstadt. Weise admitiu que apenas cerca de 10% dos refugiados que chegaram recentemente ao país teriam qualificação suficiente para completar o treinamento rapidamente. A conferência de imprensa com Von der Leyen foi acompanhada por um intérprete, que permanecerá com os sírios após a visita das autoridades. As aulas começaram nesta semana e duram um mês, mas quem quiser pode se inscrever em mais módulos de formação. Durante o curso os participantes recebem o seguro-desemprego, o chamado Arbeitslosengeld 2 - o primeiro passo para sair da inação que tanto atormenta muitos refugiados. Por enquanto, apenas homens estão sendo beneficiados pelo treinamento da Bundeswehr. Ainda em fase de planejamento está um curso para as áreas médicas e de enfermagem em Berlim, para qual se procuram até 30 mulheres. Andrea Schröther, do centro de coordenação para refugiados na Agência Federal do Trabalho, disse não ter certeza se todas as 30 vagas poderão realmente ser preenchidas. Especialmente porque o ambiente na Bundeswehr, com seus membros uniformizados, talvez possa ter um efeito amedrontador sobre alguns refugiados de guerra, conforme admitiu Schröther em entrevista à DW. Von der Leyen, no entanto, está confiante até mesmo quanto a esse ponto. "Desejo a participação de mais mulheres jovens", disse, em Ingolstadt. "E iremos recrutar especificamente pessoas com tais características." Depois de 12 semanas, a ministra pretende fazer um balanço sobre a iniciativa.
mundo
Exército alemão treina refugiados para reconstrução da SíriaMuitas vezes boas ideias requerem tempo. No início deste ano, a ministra da Defesa alemã, Ursula von der Leyen, aproveitou a abertura da Conferência de Segurança de Munique para anunciar uma iniciativa bastante incomum das Forças Armadas alemãs (Bundeswehr) para a Síria: um programa de treinamento civil. "Em algum dia, entrará em vigor um cessar-fogo e a paz retornará por lá. Não me deixarei perder essa esperança. E, então, os refugiados retornarão às suas casas. Porque eles serão necessários por lá - para uma reconstrução difícil", disse a ministra na ocasião. Sete meses depois, Von der Leyen se reuniu nesta quinta-feira (1º) com o chefe da Agência Federal do Trabalho (BA), Frank-Jürgen Weise, em um local atípico: o centro de formação para pioneiros do Exército na cidade de Ingolstadt, no sul da Alemanha, para a cerimônia da assinatura do contrato. DE OLHO NO FUTURO O projeto visa formar até 120 pessoas que vieram da Síria. Na primeira leva, 45 homens sírios receberão treinamento em Ingolstadt e em várias outras localidades da Bundeswehr. Os requisitos: boa perspectiva para ficar no país e formação num curso de integração oferecido pelo governo. Além disso, a Bundeswehr insistiu numa avaliação de segurança abrangente dos participantes, como explicou à DW o porta-voz da BA, Christoph Möller. Este procedimento atrasou o início para alguns dos participantes. Instrutores da Bundeswehr serão, portanto, uma espécie de tutores para alguns refugiados, que aprenderão competências básicas do trabalho em madeira e concreto, além de alvenaria e soldagem. Os graduados dos cursos receberão um certificado da Bundeswehr. Este deve ajudá-los a reconstruir seu país quando a guerra civil acabar ou até a conseguir um emprego na Alemanha. "Todos sabem que oportunidades podem estar à espera aqui", disse Von der Leyen. LÍNGUA COMO OBSTÁCULO A língua é a principal barreira. A Agência Federal do Trabalho tinha escolhido cerca de cem sírios para o programa da Bundeswehr, já observando as qualificações necessárias de cada participante. "A escrita é o principal obstáculo", disse o chefe-executivo da BA, em Ingolstadt. Weise admitiu que apenas cerca de 10% dos refugiados que chegaram recentemente ao país teriam qualificação suficiente para completar o treinamento rapidamente. A conferência de imprensa com Von der Leyen foi acompanhada por um intérprete, que permanecerá com os sírios após a visita das autoridades. As aulas começaram nesta semana e duram um mês, mas quem quiser pode se inscrever em mais módulos de formação. Durante o curso os participantes recebem o seguro-desemprego, o chamado Arbeitslosengeld 2 - o primeiro passo para sair da inação que tanto atormenta muitos refugiados. Por enquanto, apenas homens estão sendo beneficiados pelo treinamento da Bundeswehr. Ainda em fase de planejamento está um curso para as áreas médicas e de enfermagem em Berlim, para qual se procuram até 30 mulheres. Andrea Schröther, do centro de coordenação para refugiados na Agência Federal do Trabalho, disse não ter certeza se todas as 30 vagas poderão realmente ser preenchidas. Especialmente porque o ambiente na Bundeswehr, com seus membros uniformizados, talvez possa ter um efeito amedrontador sobre alguns refugiados de guerra, conforme admitiu Schröther em entrevista à DW. Von der Leyen, no entanto, está confiante até mesmo quanto a esse ponto. "Desejo a participação de mais mulheres jovens", disse, em Ingolstadt. "E iremos recrutar especificamente pessoas com tais características." Depois de 12 semanas, a ministra pretende fazer um balanço sobre a iniciativa.
3
Sri Mulyani Indrawati: A América Latina depende das mulheres
As mulheres latino-americanas se tornaram um instrumento de mudança em seus países. Mais de 70 milhões de mulheres ingressaram no mercado de trabalho nos últimos anos. Dois terços do aumento na participação da mão de obra feminina nas duas últimas décadas podem ser atribuídos a um nível educacional mais elevado e às mudanças na formação familiar, como o casamento tardio e a menor fertilidade. Educação e capacitação econômica estão intimamente ligadas. Ao apoiar a educação de mulheres e meninas, a América Latina conseguiu reduzir a disparidade no ensino, levando mais mulheres do que homens às escolas. Os rendimentos das mulheres contribuíram para a redução de cerca de 30% da pobreza extrema e da desigualdade na região entre 2000 e 2010. Elas desempenham um papel fundamental na condução do crescimento necessário para acabar com a pobreza extrema e na construção de sociedades resilientes. Para que a América Latina faça a transição de uma região de renda média para alta, homens e mulheres precisam empurrar as fronteiras da igualdade de oportunidades. Mas, para chegar lá, é preciso lidar com três questões principais. Primeiro, as taxas de violência e gravidez na adolescência permanecem altas. Quase uma em cada três mulheres da América Latina já sofreu algum tipo de violência perpetrada pelo companheiro. Combater a violência doméstica é vital, tanto pelo dano terrível que causa aos indivíduos quanto pelo impacto sobre famílias, comunidades e na economia. O Brasil perde 1,2% do seu PIB devido a perdas de produtividade ligadas à violência de gênero. No Rio de Janeiro, o Banco Mundial está trabalhando com o governo para melhorar o sistema de transporte urbano e torná-lo mais seguro para as mulheres, oferecendo acesso a serviços como postos de polícia feminina, clínicas para mulheres, varas de família, iluminação mais adequada, construção de banheiros femininos e disponibilização de totens informativos em alguns dos principais terminais. Em segundo lugar, a região encontra dificuldade de fortalecer a capacidade das mulheres para assumir o controle de suas vidas; quer seja a menina boliviana que fala quéchua e se esforça para concluir o ensino médio; a mãe moradora de uma favela nos arredores de Lima que luta para ter acesso à assistência médica; ou uma trabalhadora no Rio que tenta competir em condições de igualdade por empregos com maiores salários. Mesmo possuindo níveis de formação mais elevados, as mulheres no Brasil, Chile, México, ou Peru recebem salários inferiores aos dos homens, especialmente nas profissões mais qualificadas. Finalmente, bons modelos femininos de liderança podem fazer a diferença. A região tem um número recorde de mulheres chefes de Estado e uma média de 26% de mulheres em Parlamentos. No Brasil, o Banco Mundial trabalha em estreita colaboração com a bancada feminina no Congresso para ajudar as mulheres a participar mais ativamente na política. Eu me lembro da primeira reunião com a minha equipe administrativa quando me tornei ministra das Finanças da Indonésia. Eu era a pessoa mais nova e a primeira mulher a ocupar esse cargo. Todos na sala eram homens. Naquele momento, soube que deveria me esforçar mais do que qualquer homem para provar que poderia ocupar o cargo. Tenho certeza de que muitas mulheres na América Latina passaram por experiências semelhantes. Nenhum país pode alcançar o seu potencial até que todos os seus habitantes sejam capazes de fazer o mesmo. A América Latina tem muito a compartilhar sobre suas experiências e deve manter o foco para fechar as lacunas que ainda persistem. A região dispõe dos homens e, certamente, das mulheres para realizar esse trabalho. SRI MULYANI INDRAWATI , doutora em economia pela Universidade de Illinois, é oficial-chefe de Operações do Grupo Banco Mundial * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
Sri Mulyani Indrawati: A América Latina depende das mulheresAs mulheres latino-americanas se tornaram um instrumento de mudança em seus países. Mais de 70 milhões de mulheres ingressaram no mercado de trabalho nos últimos anos. Dois terços do aumento na participação da mão de obra feminina nas duas últimas décadas podem ser atribuídos a um nível educacional mais elevado e às mudanças na formação familiar, como o casamento tardio e a menor fertilidade. Educação e capacitação econômica estão intimamente ligadas. Ao apoiar a educação de mulheres e meninas, a América Latina conseguiu reduzir a disparidade no ensino, levando mais mulheres do que homens às escolas. Os rendimentos das mulheres contribuíram para a redução de cerca de 30% da pobreza extrema e da desigualdade na região entre 2000 e 2010. Elas desempenham um papel fundamental na condução do crescimento necessário para acabar com a pobreza extrema e na construção de sociedades resilientes. Para que a América Latina faça a transição de uma região de renda média para alta, homens e mulheres precisam empurrar as fronteiras da igualdade de oportunidades. Mas, para chegar lá, é preciso lidar com três questões principais. Primeiro, as taxas de violência e gravidez na adolescência permanecem altas. Quase uma em cada três mulheres da América Latina já sofreu algum tipo de violência perpetrada pelo companheiro. Combater a violência doméstica é vital, tanto pelo dano terrível que causa aos indivíduos quanto pelo impacto sobre famílias, comunidades e na economia. O Brasil perde 1,2% do seu PIB devido a perdas de produtividade ligadas à violência de gênero. No Rio de Janeiro, o Banco Mundial está trabalhando com o governo para melhorar o sistema de transporte urbano e torná-lo mais seguro para as mulheres, oferecendo acesso a serviços como postos de polícia feminina, clínicas para mulheres, varas de família, iluminação mais adequada, construção de banheiros femininos e disponibilização de totens informativos em alguns dos principais terminais. Em segundo lugar, a região encontra dificuldade de fortalecer a capacidade das mulheres para assumir o controle de suas vidas; quer seja a menina boliviana que fala quéchua e se esforça para concluir o ensino médio; a mãe moradora de uma favela nos arredores de Lima que luta para ter acesso à assistência médica; ou uma trabalhadora no Rio que tenta competir em condições de igualdade por empregos com maiores salários. Mesmo possuindo níveis de formação mais elevados, as mulheres no Brasil, Chile, México, ou Peru recebem salários inferiores aos dos homens, especialmente nas profissões mais qualificadas. Finalmente, bons modelos femininos de liderança podem fazer a diferença. A região tem um número recorde de mulheres chefes de Estado e uma média de 26% de mulheres em Parlamentos. No Brasil, o Banco Mundial trabalha em estreita colaboração com a bancada feminina no Congresso para ajudar as mulheres a participar mais ativamente na política. Eu me lembro da primeira reunião com a minha equipe administrativa quando me tornei ministra das Finanças da Indonésia. Eu era a pessoa mais nova e a primeira mulher a ocupar esse cargo. Todos na sala eram homens. Naquele momento, soube que deveria me esforçar mais do que qualquer homem para provar que poderia ocupar o cargo. Tenho certeza de que muitas mulheres na América Latina passaram por experiências semelhantes. Nenhum país pode alcançar o seu potencial até que todos os seus habitantes sejam capazes de fazer o mesmo. A América Latina tem muito a compartilhar sobre suas experiências e deve manter o foco para fechar as lacunas que ainda persistem. A região dispõe dos homens e, certamente, das mulheres para realizar esse trabalho. SRI MULYANI INDRAWATI , doutora em economia pela Universidade de Illinois, é oficial-chefe de Operações do Grupo Banco Mundial * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
14
Para CNBB, Congresso 'não estava disposto a dialogar' em CPI da Funai
A CPI da Funai-Incra 2, que pediu o indiciamento de quase cem pessoas ligadas à causa indígena no final de maio, aumentou os atritos da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) com o Congresso Nacional e o governo do presidente Michel Temer (PMDB). A CNBB divulgou nesta quinta-feira (22) nota em que repudia o relatório final da CPI, que pediu que 14 missionários do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) sejam indiciados. Para a entidade, se trata de "uma evidente tentativa de intimidar esta instituição tão importante para os indígenas, e de confundir a opinião pública sobre os direitos dos povos originários". Nesta quarta, em entrevista coletiva, a cúpula reclamou da interlocução com o governo e o Congresso. "Como instituição, o Congresso não estava disposto a dialogar, ela queria chegar a determinadas conclusões prévias [com a CPI]", afirmou dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB. Segundo ele, a entidade encontra dificuldades de tratar da questão indígena também com o Ministério da Justiça, que até o final de maio foi ocupado pelo deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), membro da bancada ruralista da Câmara. Os membros da cúpula do órgão máximo da Igreja Católica no país afirmaram que chegaram a se reunir com o relator da CPI, deputado Nilson Leitão (PSDB-MS), mas que o parlamentar não retomou o contato. "Existe uma dificuldade de fazer compreender a questão indígena, não é pensada como uma questão de pessoas, mas como de direito de terras. Não é pensada como cultura e aí fica muito difícil o diálogo, ou melhor, não existe possibilidade de diálogo", afirmou Steiner. A nota divulgada cita os massacres ocorridos em Mato Grosso e no Pará no início do ano por causa de conflitos agrários, e afirma que "levadas adiante, as propostas da CPI podem agravar ainda mais esses conflitos. É preciso que os parlamentares considerem isso ao votarem qualquer questão que tenha incidência na vida dos povos indígenas e demais populações do campo". Os bispos também afirmaram "estranhar" o fato de o relatório não pedir o indiciamento de nenhum fazendeiro. Além dos missionários, foram citados em pedidos de indiciamento ao menos 30 índios, nove antropólogos, 16 procuradores federais, quatro servidores da Funai e outros nove do Incra. O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo também é um dos listados. De acordo com o presidente da CNBB, o cardeal Sergio da Rocha, é "preocupante o fato de hoje não se dar a devida atenção a políticas públicas voltadas para os mais pobres, os mais fragilizados". "Se percebe facilmente que se falta maior investimento. Às vezes se dá atenção a reformas que são do interesse do mercado e não às políticas públicas voltadas a esses segmentos", afirmou. Dom Sergio Rocha também defendeu mobilizações populares. "A saída da crise não passa só pelo Congresso ou o governo, mas também pelas ruas." A posição da CNBB a respeito das reformas da agenda do governo Temer é conhecida. Em março, a entidade disse em nota que a "reforma da Previdência escolheu o caminho da exclusão". O presidente chegou a se reunir com os arcebispos de São Paulo, dom Odilo Scherer, e do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta.
poder
Para CNBB, Congresso 'não estava disposto a dialogar' em CPI da FunaiA CPI da Funai-Incra 2, que pediu o indiciamento de quase cem pessoas ligadas à causa indígena no final de maio, aumentou os atritos da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) com o Congresso Nacional e o governo do presidente Michel Temer (PMDB). A CNBB divulgou nesta quinta-feira (22) nota em que repudia o relatório final da CPI, que pediu que 14 missionários do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) sejam indiciados. Para a entidade, se trata de "uma evidente tentativa de intimidar esta instituição tão importante para os indígenas, e de confundir a opinião pública sobre os direitos dos povos originários". Nesta quarta, em entrevista coletiva, a cúpula reclamou da interlocução com o governo e o Congresso. "Como instituição, o Congresso não estava disposto a dialogar, ela queria chegar a determinadas conclusões prévias [com a CPI]", afirmou dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB. Segundo ele, a entidade encontra dificuldades de tratar da questão indígena também com o Ministério da Justiça, que até o final de maio foi ocupado pelo deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), membro da bancada ruralista da Câmara. Os membros da cúpula do órgão máximo da Igreja Católica no país afirmaram que chegaram a se reunir com o relator da CPI, deputado Nilson Leitão (PSDB-MS), mas que o parlamentar não retomou o contato. "Existe uma dificuldade de fazer compreender a questão indígena, não é pensada como uma questão de pessoas, mas como de direito de terras. Não é pensada como cultura e aí fica muito difícil o diálogo, ou melhor, não existe possibilidade de diálogo", afirmou Steiner. A nota divulgada cita os massacres ocorridos em Mato Grosso e no Pará no início do ano por causa de conflitos agrários, e afirma que "levadas adiante, as propostas da CPI podem agravar ainda mais esses conflitos. É preciso que os parlamentares considerem isso ao votarem qualquer questão que tenha incidência na vida dos povos indígenas e demais populações do campo". Os bispos também afirmaram "estranhar" o fato de o relatório não pedir o indiciamento de nenhum fazendeiro. Além dos missionários, foram citados em pedidos de indiciamento ao menos 30 índios, nove antropólogos, 16 procuradores federais, quatro servidores da Funai e outros nove do Incra. O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo também é um dos listados. De acordo com o presidente da CNBB, o cardeal Sergio da Rocha, é "preocupante o fato de hoje não se dar a devida atenção a políticas públicas voltadas para os mais pobres, os mais fragilizados". "Se percebe facilmente que se falta maior investimento. Às vezes se dá atenção a reformas que são do interesse do mercado e não às políticas públicas voltadas a esses segmentos", afirmou. Dom Sergio Rocha também defendeu mobilizações populares. "A saída da crise não passa só pelo Congresso ou o governo, mas também pelas ruas." A posição da CNBB a respeito das reformas da agenda do governo Temer é conhecida. Em março, a entidade disse em nota que a "reforma da Previdência escolheu o caminho da exclusão". O presidente chegou a se reunir com os arcebispos de São Paulo, dom Odilo Scherer, e do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta.
0
Conheça a nova Miss Brasil, a gaúcha Marthina Brandt
Em final dominada pelo padrão de beleza europeu, a gaúcha Marthina Brandt, 23, foi eleita a Miss Brasil 2015. Os jurados do evento, que teve patrocínio da Polishop, escolheram Marthina entre as outras 27 representantes dos estados brasileiros e do Distrito Federal. A nova Miss Brasil é natural de Vale Real, uma cidade de 6 mil habitantes no Rio Grande do Sul. Loira, dona de belos olhos verdes e de 54 quilos distribuídos em 1,77m de altura, ela vai representar o país no Miss Universo, que ocorre no dia 20 de dezembro, em Las Vegas. Além do português, Marthina é fluente em inglês, alemão, italiano e espanhol e já estudou teatro e comunicação. Ela tenta uma vaga no concurso desde 2012. Dentre as 27 candidatas, apenas três eram loiras, três eram negras e o restante eram praticamente homogêneas: brancas de cabelo escuro. As três negras foram eliminadas no começo e as três loiras ficaram entre as cinco finalistas. Marthina dividiu a final com Jéssica Vilella, a Miss São Paulo, e Sabrina Meyer, a Miss Santa Catarina. Jéssica foi a terceira colocada, deixando Sabrina em segundo lugar. Na internet, a preferência pelas loiras foi alvo de reclamações e piadas: Miss Brasil Miss Brasil
ilustrada
Conheça a nova Miss Brasil, a gaúcha Marthina BrandtEm final dominada pelo padrão de beleza europeu, a gaúcha Marthina Brandt, 23, foi eleita a Miss Brasil 2015. Os jurados do evento, que teve patrocínio da Polishop, escolheram Marthina entre as outras 27 representantes dos estados brasileiros e do Distrito Federal. A nova Miss Brasil é natural de Vale Real, uma cidade de 6 mil habitantes no Rio Grande do Sul. Loira, dona de belos olhos verdes e de 54 quilos distribuídos em 1,77m de altura, ela vai representar o país no Miss Universo, que ocorre no dia 20 de dezembro, em Las Vegas. Além do português, Marthina é fluente em inglês, alemão, italiano e espanhol e já estudou teatro e comunicação. Ela tenta uma vaga no concurso desde 2012. Dentre as 27 candidatas, apenas três eram loiras, três eram negras e o restante eram praticamente homogêneas: brancas de cabelo escuro. As três negras foram eliminadas no começo e as três loiras ficaram entre as cinco finalistas. Marthina dividiu a final com Jéssica Vilella, a Miss São Paulo, e Sabrina Meyer, a Miss Santa Catarina. Jéssica foi a terceira colocada, deixando Sabrina em segundo lugar. Na internet, a preferência pelas loiras foi alvo de reclamações e piadas: Miss Brasil Miss Brasil
1
Brasileiros relatam caos e medo durante atentados em Paris
Os atentados em Paris desta sexta-feira (13) deixaram mais de cem mortos em diversos locais, incluindo o Stade de France, a casa de shows Bataclan e restaurantes. O presidente da França, François Hollande, declarou estado de emergência no país. Dois brasileiros ficaram feridos nos ataques. Outros brasileiros residentes na capital francesa relataram à Folha o clima de pânico na cidade. * Saímos do estádio com as mãos para cima "Eu e um amigo estávamos no estádio, assistindo ao amistoso entre França e Alemanha. Logo aos 15 minutos do primeiro tempo, ouvimos duas explosões, num intervalo de poucos minutos. Eu achei o barulho mais alto que um rojão e estranhei. Mas as pessoas continuaram torcendo normalmente. Um pouco antes do intervalo, meu amigo recebeu mensagens da mãe contando sobre os atentados. No segundo tempo, algumas pessoas já sabiam o que estava acontecendo e tentaram sair, mas a saída foi bloqueada. Comecei a receber diversas mensagens. Até então eu não achava que era algo grande. O jogo seguiu normalmente. Faltando 15 minutos para o fim, a saída foi liberada, mas deixaram apenas um portão aberto. Tinha muita gente. Os policiais tinham lanterna e observavam a todos pela saída afunilada. Saímos com as mãos para o alto. No metrô, tinha muita gente. Não sabíamos se estava funcionando. Mas aí passou um trem e eu vim para casa, na zona sul, longe dos ataques. Tinha helicóptero, polícia, ambulância. A pior coisa é não saber a gravidade do que está acontecendo. Eu ia vendo que era algo muito maior. Foi muito tenso." João Pedro Lima, 21, estudante de direito em intercâmbio * Foi como no atentado ao Charlie Hebdo "Moro em Paris há 12 anos. Vivo perto da [casa de shows] Bataclan, que também fica bem próximo a sede do jornal Charlie Hebdo. Vi da varanda a rua sendo bloqueada e uma quantidade enorme de carros de polícia. Estava trabalhando e começou sirene de tudo quanto é lado. Liguei a TV e vi o que estava acontecendo. Começou uma rede de amigos se telefonando para saber se estavam bem. Foi como no [atentado ao] Charlie Hebdo. Ninguém esperava outro atentado no mesmo ano. E muito mais violento. Ainda mais em locais super boêmios. A Bataclan é um lugar mítico aqui. Costumo frequentar umas duas vezes por ano. O restaurante Le Petit Cambodge [onde houve outro ataque] é famoso, jantei lá no meu aniversário." Fernando Pinheiro, 37, fotógrafo * Nunca passei tanto medo na vida "Estava no estádio, ouvi duas bombas super altas. Mas ninguém fez nada, o jogo continuou, e eu achei que estava sendo paranoica. Tentei entrar na internet para ver se estava acontecendo alguma coisa, mas não 'pegava'. Quando terminou o jogo, descobrimos a gravidade da situação. Não pude voltar para casa porque o atentado foi na rua ao lado da minha, então viemos para a casa de uma amiga do curso. Nunca passei tanto medo na vida. Tive que voltar de metrô. As pessoas dentro do estádio correram para o gramado, a estação de trem estava lotada, um caos. Estou tremendo até agora." Camila Gomes, 31, jornalista * Ouvi as sirenes e achei melhor ficar em casa "Eu moro no [distrito] 10, na rua Marie-et Louise. O final da minha rua dá de frente para o restaurante Petit Cambodge [onde ocorreu um dos ataques]. Quando cheguei em casa, eu ouvi [um barulho], não sabia se era tiroteio ou bomba, eu não sei identificar. Mas ficou por um tempinho. Na verdade, eu nem dei bola, por que a minha internet já estava ruim, então não consegui pesquisar. Em seguida ouvi muito barulho de sirene de ambulância e uma amiga mandou mensagem dizendo que teve ataque no 10 e no 11 –ela mora no 11– e disse que podia ser aqui perto. Eu ia sair na hora, para um bar perto de onde teve o ataque, mas decidi não ir. Depois vi no noticiário que era aqui perto. Ia passar por lá bem na hora! Tenso! Não desci para ver como estão as coisas na rua. É bem assustador. Achei melhor ficar bem quieta aqui [no apartamento]. Aqui no prédio está tudo quieto e apagado. O telefone do meu vizinho começou a tocar sem parar e os barulhos da sirene não param (tem um hospital aqui do lado). Tem um helicóptero passando também." Tamiris Moraes, 23, estudante da universidade Sorbonne * Ouvimos pessoas gritando no metrô e não entendemos nada "Estou há apenas um dia de férias com minha família em Paris e hoje fomos surpreendidos com esses ataques. Estamos presos no hotel com uma filha de 6 anos que está aterrorizada. Quase fomos aos locais atacados. À tarde decidimos ir ao museu do Louvre, porque hoje era aberto até as 22h e poderíamos ver a Monalisa com tranquilidade. Depois, iríamos à Torre Eiffel, que estava aberta até meia-noite. Por sorte decidimos de última hora não ir, voltamos ao hotel. A casa de show está exatamente entre o Louvre e o hotel e não entendemos porque o metrô não parou nas estações próximas à casa de show. Ouvimos pessoas gritando na estação e pensamos que era brincadeira. Muitos adolescentes que estavam dentro batiam nas portas, que não se abriram. Quando chegamos ao quarto do hotel e ligamos a TV entendemos o que aconteceu! Carolina Nunes, por e-mail à Folha. Clique nos ícones do mapa para mais detalhes: Mapa: Onde foram os ataques
mundo
Brasileiros relatam caos e medo durante atentados em ParisOs atentados em Paris desta sexta-feira (13) deixaram mais de cem mortos em diversos locais, incluindo o Stade de France, a casa de shows Bataclan e restaurantes. O presidente da França, François Hollande, declarou estado de emergência no país. Dois brasileiros ficaram feridos nos ataques. Outros brasileiros residentes na capital francesa relataram à Folha o clima de pânico na cidade. * Saímos do estádio com as mãos para cima "Eu e um amigo estávamos no estádio, assistindo ao amistoso entre França e Alemanha. Logo aos 15 minutos do primeiro tempo, ouvimos duas explosões, num intervalo de poucos minutos. Eu achei o barulho mais alto que um rojão e estranhei. Mas as pessoas continuaram torcendo normalmente. Um pouco antes do intervalo, meu amigo recebeu mensagens da mãe contando sobre os atentados. No segundo tempo, algumas pessoas já sabiam o que estava acontecendo e tentaram sair, mas a saída foi bloqueada. Comecei a receber diversas mensagens. Até então eu não achava que era algo grande. O jogo seguiu normalmente. Faltando 15 minutos para o fim, a saída foi liberada, mas deixaram apenas um portão aberto. Tinha muita gente. Os policiais tinham lanterna e observavam a todos pela saída afunilada. Saímos com as mãos para o alto. No metrô, tinha muita gente. Não sabíamos se estava funcionando. Mas aí passou um trem e eu vim para casa, na zona sul, longe dos ataques. Tinha helicóptero, polícia, ambulância. A pior coisa é não saber a gravidade do que está acontecendo. Eu ia vendo que era algo muito maior. Foi muito tenso." João Pedro Lima, 21, estudante de direito em intercâmbio * Foi como no atentado ao Charlie Hebdo "Moro em Paris há 12 anos. Vivo perto da [casa de shows] Bataclan, que também fica bem próximo a sede do jornal Charlie Hebdo. Vi da varanda a rua sendo bloqueada e uma quantidade enorme de carros de polícia. Estava trabalhando e começou sirene de tudo quanto é lado. Liguei a TV e vi o que estava acontecendo. Começou uma rede de amigos se telefonando para saber se estavam bem. Foi como no [atentado ao] Charlie Hebdo. Ninguém esperava outro atentado no mesmo ano. E muito mais violento. Ainda mais em locais super boêmios. A Bataclan é um lugar mítico aqui. Costumo frequentar umas duas vezes por ano. O restaurante Le Petit Cambodge [onde houve outro ataque] é famoso, jantei lá no meu aniversário." Fernando Pinheiro, 37, fotógrafo * Nunca passei tanto medo na vida "Estava no estádio, ouvi duas bombas super altas. Mas ninguém fez nada, o jogo continuou, e eu achei que estava sendo paranoica. Tentei entrar na internet para ver se estava acontecendo alguma coisa, mas não 'pegava'. Quando terminou o jogo, descobrimos a gravidade da situação. Não pude voltar para casa porque o atentado foi na rua ao lado da minha, então viemos para a casa de uma amiga do curso. Nunca passei tanto medo na vida. Tive que voltar de metrô. As pessoas dentro do estádio correram para o gramado, a estação de trem estava lotada, um caos. Estou tremendo até agora." Camila Gomes, 31, jornalista * Ouvi as sirenes e achei melhor ficar em casa "Eu moro no [distrito] 10, na rua Marie-et Louise. O final da minha rua dá de frente para o restaurante Petit Cambodge [onde ocorreu um dos ataques]. Quando cheguei em casa, eu ouvi [um barulho], não sabia se era tiroteio ou bomba, eu não sei identificar. Mas ficou por um tempinho. Na verdade, eu nem dei bola, por que a minha internet já estava ruim, então não consegui pesquisar. Em seguida ouvi muito barulho de sirene de ambulância e uma amiga mandou mensagem dizendo que teve ataque no 10 e no 11 –ela mora no 11– e disse que podia ser aqui perto. Eu ia sair na hora, para um bar perto de onde teve o ataque, mas decidi não ir. Depois vi no noticiário que era aqui perto. Ia passar por lá bem na hora! Tenso! Não desci para ver como estão as coisas na rua. É bem assustador. Achei melhor ficar bem quieta aqui [no apartamento]. Aqui no prédio está tudo quieto e apagado. O telefone do meu vizinho começou a tocar sem parar e os barulhos da sirene não param (tem um hospital aqui do lado). Tem um helicóptero passando também." Tamiris Moraes, 23, estudante da universidade Sorbonne * Ouvimos pessoas gritando no metrô e não entendemos nada "Estou há apenas um dia de férias com minha família em Paris e hoje fomos surpreendidos com esses ataques. Estamos presos no hotel com uma filha de 6 anos que está aterrorizada. Quase fomos aos locais atacados. À tarde decidimos ir ao museu do Louvre, porque hoje era aberto até as 22h e poderíamos ver a Monalisa com tranquilidade. Depois, iríamos à Torre Eiffel, que estava aberta até meia-noite. Por sorte decidimos de última hora não ir, voltamos ao hotel. A casa de show está exatamente entre o Louvre e o hotel e não entendemos porque o metrô não parou nas estações próximas à casa de show. Ouvimos pessoas gritando na estação e pensamos que era brincadeira. Muitos adolescentes que estavam dentro batiam nas portas, que não se abriram. Quando chegamos ao quarto do hotel e ligamos a TV entendemos o que aconteceu! Carolina Nunes, por e-mail à Folha. Clique nos ícones do mapa para mais detalhes: Mapa: Onde foram os ataques
3
COB mapeia cem medalhistas e tenta traçar 'atleta ideal' para ir a pódio
Proativo, formal, afeito a riscos e determinado. São essas as quatro primeiras constatações de um estudo conduzido pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) que tenta traçar quais são as características de um medalhista em Jogos Olímpicos. O mapeamento, que começou a ser feito em 2015 e foi acelerado a partir da Olimpíada do Rio, também deve servir como referência para definir em quais atletas apostar nos próximos ciclos olímpicos, diante de um cenário de contração econômica. O COB, que operou um orçamento superior a R$ 700 milhões no ciclo até os Jogos do Rio, perdeu patrocinadores e teve de apertar o cinto. "É preciso otimizar o recurso. Eu costumo falar que não adianta nós acreditarmos no atleta, e ele não. Passaremos a ser muito criteriosos, nosso recurso é público e é curto, não infinito", afirmou Sebastian Pereira, 41, gerente de identificação e desenvolvimento de talentos do comitê. Até o momento, o comitê analisou mais de cem atletas que foram ao pódio. Além da Rio-2016, participaram do levantamento vencedores de Londres-2012, Pequim-2008 e Atenas-2004. A obtenção de dados se dá por meio de uma ferramenta de avaliação comportamental muito usada para as áreas de psicologia e recursos humanos e, atualmente, já incorporada ao esporte. Os atletas recebem uma folha de papel separada por colunas. Cada divisão tem tópicos de estímulo –"como você é", "como você se vê", "como outros o veem"– e palavras que devem ser selecionadas para respondê-los. As informações de cada esportista são, então, inseridas em um software, que compila e processa os resultados. Ele ainda mistura as constatações obtidas ao banco de dados já existente e daí tira a média geral. Baseado nas mais de cem análises, o COB verificou que as marcas dos medalhistas são proatividade, formalidade, determinação e tendência a riscos. Segundo Pereira, ele mesmo um ex-judoca, a ideia não é recriar conceitos ou revolucionar. Mas, sim, mesmo que por meio de método sem comprovação científica, identificar parâmetros de um atleta campeão ou medalhista. "Esse perfil não vai se tornar a nossa Bíblia para definir em quem investir. Mas é prático e pode nos dar respostas", afirmou Pereira, bronze no Mundial de 1999, em Birmingham, no Reino Unido. Ele assinalou que as constatações de que um competidor precisa de proatividade e determinação para ser bem-sucedido são óbvias. No entanto, sistematizar o processo com uma metodologia ajudará a definir projetos. "A ferramenta traduz, de forma objetiva, o que vemos no dia a dia de forma subjetiva. Se um atleta se enquadrar nessas características não necessariamente quer dizer que será um medalhista, mas pode dar um indicativo. É mais uma informação que complementa", disse Pereira. Alguns dos esportistas que se adaptam à discrição foram destaques do país nas últimas edições da Olimpíada e se inserem no estereótipo, como o nadador Cesar Cielo, o ginasta Arthur Zanetti e o velejador Robert Scheidt. Todos eles se sagraram campeões olímpicos entre os Jogos de 2004 e 2012. INVESTIMENTO O perfil comportamental deve adquirir uma importância na hora de apoiar atletas. O comitê tem investido há alguns anos diretamente em atletas. Além disso, criou um programa chamado de "vivência olímpica", no qual convoca jovens promissores para integrar a delegação que vai à Olimpíada. Dos 16 talentos que foram a Londres, alguns ganharam medalhas na Rio-2016, como o canoísta Isaquias Queiroz, o atirador Felipe Wu, a velejadora Martine Grael e o saltador Thiago Braz. Pereira afirmou que o mapeamento vai servir de baliza para convocação de atletas para seleções no futuro. "Insisto na questão comportamental porque ela faz a diferença. Nós reclamamos dos americanos, dizemos que às vezes são arrogantes, mas eles se colocam como os melhores. Nós precisamos cada vez mais de uma mentalidade vencedora", comentou. O estudo ainda está em andamento, ou seja, a expectativa é ampliar o leque de características e também auxiliar na identificação de talentos para as Olimpíadas de Paris-2024 e Los Angeles-2028. Por isso, a área de Pereira vai submeter o mesmo questionário aos 149 atletas brasileiros que disputarão, a partir desta sexta-feira (29) os Jogos Sul-Americanos da Juventude, em Santiago, no Chile. O evento é voltado para promessas entre 14 e 17 anos e serve de preparação para os Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires, em 2018. "Para nós, é rico porque, se identificarmos em jovens esse perfil, já é um processo de identificação para o futuro", complementou Pereira.
esporte
COB mapeia cem medalhistas e tenta traçar 'atleta ideal' para ir a pódioProativo, formal, afeito a riscos e determinado. São essas as quatro primeiras constatações de um estudo conduzido pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) que tenta traçar quais são as características de um medalhista em Jogos Olímpicos. O mapeamento, que começou a ser feito em 2015 e foi acelerado a partir da Olimpíada do Rio, também deve servir como referência para definir em quais atletas apostar nos próximos ciclos olímpicos, diante de um cenário de contração econômica. O COB, que operou um orçamento superior a R$ 700 milhões no ciclo até os Jogos do Rio, perdeu patrocinadores e teve de apertar o cinto. "É preciso otimizar o recurso. Eu costumo falar que não adianta nós acreditarmos no atleta, e ele não. Passaremos a ser muito criteriosos, nosso recurso é público e é curto, não infinito", afirmou Sebastian Pereira, 41, gerente de identificação e desenvolvimento de talentos do comitê. Até o momento, o comitê analisou mais de cem atletas que foram ao pódio. Além da Rio-2016, participaram do levantamento vencedores de Londres-2012, Pequim-2008 e Atenas-2004. A obtenção de dados se dá por meio de uma ferramenta de avaliação comportamental muito usada para as áreas de psicologia e recursos humanos e, atualmente, já incorporada ao esporte. Os atletas recebem uma folha de papel separada por colunas. Cada divisão tem tópicos de estímulo –"como você é", "como você se vê", "como outros o veem"– e palavras que devem ser selecionadas para respondê-los. As informações de cada esportista são, então, inseridas em um software, que compila e processa os resultados. Ele ainda mistura as constatações obtidas ao banco de dados já existente e daí tira a média geral. Baseado nas mais de cem análises, o COB verificou que as marcas dos medalhistas são proatividade, formalidade, determinação e tendência a riscos. Segundo Pereira, ele mesmo um ex-judoca, a ideia não é recriar conceitos ou revolucionar. Mas, sim, mesmo que por meio de método sem comprovação científica, identificar parâmetros de um atleta campeão ou medalhista. "Esse perfil não vai se tornar a nossa Bíblia para definir em quem investir. Mas é prático e pode nos dar respostas", afirmou Pereira, bronze no Mundial de 1999, em Birmingham, no Reino Unido. Ele assinalou que as constatações de que um competidor precisa de proatividade e determinação para ser bem-sucedido são óbvias. No entanto, sistematizar o processo com uma metodologia ajudará a definir projetos. "A ferramenta traduz, de forma objetiva, o que vemos no dia a dia de forma subjetiva. Se um atleta se enquadrar nessas características não necessariamente quer dizer que será um medalhista, mas pode dar um indicativo. É mais uma informação que complementa", disse Pereira. Alguns dos esportistas que se adaptam à discrição foram destaques do país nas últimas edições da Olimpíada e se inserem no estereótipo, como o nadador Cesar Cielo, o ginasta Arthur Zanetti e o velejador Robert Scheidt. Todos eles se sagraram campeões olímpicos entre os Jogos de 2004 e 2012. INVESTIMENTO O perfil comportamental deve adquirir uma importância na hora de apoiar atletas. O comitê tem investido há alguns anos diretamente em atletas. Além disso, criou um programa chamado de "vivência olímpica", no qual convoca jovens promissores para integrar a delegação que vai à Olimpíada. Dos 16 talentos que foram a Londres, alguns ganharam medalhas na Rio-2016, como o canoísta Isaquias Queiroz, o atirador Felipe Wu, a velejadora Martine Grael e o saltador Thiago Braz. Pereira afirmou que o mapeamento vai servir de baliza para convocação de atletas para seleções no futuro. "Insisto na questão comportamental porque ela faz a diferença. Nós reclamamos dos americanos, dizemos que às vezes são arrogantes, mas eles se colocam como os melhores. Nós precisamos cada vez mais de uma mentalidade vencedora", comentou. O estudo ainda está em andamento, ou seja, a expectativa é ampliar o leque de características e também auxiliar na identificação de talentos para as Olimpíadas de Paris-2024 e Los Angeles-2028. Por isso, a área de Pereira vai submeter o mesmo questionário aos 149 atletas brasileiros que disputarão, a partir desta sexta-feira (29) os Jogos Sul-Americanos da Juventude, em Santiago, no Chile. O evento é voltado para promessas entre 14 e 17 anos e serve de preparação para os Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires, em 2018. "Para nós, é rico porque, se identificarmos em jovens esse perfil, já é um processo de identificação para o futuro", complementou Pereira.
4
Genial charge de Angeli sobre Alckmin vale por mil palavras, afirma leitor
Genial a charge de Angeli ("O homem que virou suco"). Ao retratar o governador Geraldo Alckmin em uma caixa de suco, denuncia todo o descaso com a educação pública em São Paulo em uma só imagem. Vale por mil palavras. * * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
paineldoleitor
Genial charge de Angeli sobre Alckmin vale por mil palavras, afirma leitorGenial a charge de Angeli ("O homem que virou suco"). Ao retratar o governador Geraldo Alckmin em uma caixa de suco, denuncia todo o descaso com a educação pública em São Paulo em uma só imagem. Vale por mil palavras. * * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
16
FMI eleva previsão para PIB do Brasil em 2018, mas destaca reformas
O FMI (Fundo Monetário Internacional) manteve, em seu novo relatório, a estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 0,2% neste ano. Para 2018, no entanto, a previsão divulgada nesta terça (18) é mais otimista do que anterior: expansão de 1,7% contra os 1,5% estimados em janeiro. Mas para que o país consiga recuperar o crescimento, o fundo destaca a implementação de "ambiciosas reformas" que ataquem despesas "insustentáveis", como na seguridade social –que abarca Previdência, saúde e assistência social. O índice do PIB para 2017 já tinha sido revisado para baixo em janeiro, e apesar do crescimento tímido, há uma melhora em relação à queda dos últimos dois anos: -3,8% em 2015 e -3,6% em 2016. Em março, o Ministério da Fazenda também reduziu sua projeção de crescimento do PIB para este ano -de 1% para 0,48%-, ajustando os números em relação ao mercado. Já o mercado passou a ver expansão de 40% para este ano, segundo o último boletim Focus, do Banco Central. Para 2018, os analistas brasileiros mantêm expectativa de alta de 2,5%. Segundo o relatório Panorama Econômico Global, espera-se que o Brasil saia de uma de suas "mais profundas recessões", com uma recuperação gradual apoiada "numa menor incerteza política, no corte dos juros e no progresso da agenda de reformas". "A projeção é de que o crescimento se recupere gradualmente e permaneça moderado. Neste contexto, as perspectivas macroeconômicas do Brasil dependem da implementação de ambiciosas reformas estruturais, econômicas e fiscais", diz a análise do FMI. Segundo o relatório, para que o Brasil sustente a consolidação fiscal a médio prazo, o foco do governo deve ser as reformas sobre "mandatos de despesa insustentáveis, incluindo no sistema de seguridade social". "Também há mérito em empreender ações para conseguir uma redução mais intensa do deficit fiscal", diz o texto. Para o FMI, para que o Brasil consiga elevar o investimento e a produtividade, deverá lidar com antigos gargalos de infraestrutura, simplificar o código tributário e reduzir barreiras ao comércio. Boletim Focus CHINA E EUA Já a expectativa de crescimento para os EUA nos próximos dois anos também se manteve, com 2,3% para este ano e 2,5% em 2018. No último ano do governo Obama, o país cresceu 1,6%. No relatório, o FMI aumenta a projeção de crescimento global para o ano, que deve agora passar dos 3,1% de 2016 para 3,5%. Em 2018, a expansão será menor, com um crescimento previsto de 3,6%. Segundo o fundo, há a expectativa de que a atividade aumente de forma acentuada nas economias emergentes e em desenvolvimento, considerando a recuperação parcial dos preços das commodities e a manutenção de um crescimento forte na China e em outros importadores de commodities. Para a China, a previsão é de uma leve desaceleração, mas com índices ainda muito expressivos. O crescimento, que foi de 6,7% em 2016, será de 6,6% neste ano, segundo a projeção do FMI. Em 2018, cairá para 6,2%. A Índia, por sua vez, deve atingir um crescimento de 7,7% em dois anos. Nas economias avançadas, a recuperação tem sido impulsionada principalmente pelas projeções de maior crescimento nos Estados Unidos, onde a atividade foi freada em 2016 por ajuste de estoque e fraco investimento. "Desde a eleição nos EUA, a expectativa de uma política mais flexível no país contribuiu para um dólar mais forte e taxas de juros mais altas do Tesouro norte-americano, elevando os rendimentos também em outros países", diz o texto.
mercado
FMI eleva previsão para PIB do Brasil em 2018, mas destaca reformasO FMI (Fundo Monetário Internacional) manteve, em seu novo relatório, a estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 0,2% neste ano. Para 2018, no entanto, a previsão divulgada nesta terça (18) é mais otimista do que anterior: expansão de 1,7% contra os 1,5% estimados em janeiro. Mas para que o país consiga recuperar o crescimento, o fundo destaca a implementação de "ambiciosas reformas" que ataquem despesas "insustentáveis", como na seguridade social –que abarca Previdência, saúde e assistência social. O índice do PIB para 2017 já tinha sido revisado para baixo em janeiro, e apesar do crescimento tímido, há uma melhora em relação à queda dos últimos dois anos: -3,8% em 2015 e -3,6% em 2016. Em março, o Ministério da Fazenda também reduziu sua projeção de crescimento do PIB para este ano -de 1% para 0,48%-, ajustando os números em relação ao mercado. Já o mercado passou a ver expansão de 40% para este ano, segundo o último boletim Focus, do Banco Central. Para 2018, os analistas brasileiros mantêm expectativa de alta de 2,5%. Segundo o relatório Panorama Econômico Global, espera-se que o Brasil saia de uma de suas "mais profundas recessões", com uma recuperação gradual apoiada "numa menor incerteza política, no corte dos juros e no progresso da agenda de reformas". "A projeção é de que o crescimento se recupere gradualmente e permaneça moderado. Neste contexto, as perspectivas macroeconômicas do Brasil dependem da implementação de ambiciosas reformas estruturais, econômicas e fiscais", diz a análise do FMI. Segundo o relatório, para que o Brasil sustente a consolidação fiscal a médio prazo, o foco do governo deve ser as reformas sobre "mandatos de despesa insustentáveis, incluindo no sistema de seguridade social". "Também há mérito em empreender ações para conseguir uma redução mais intensa do deficit fiscal", diz o texto. Para o FMI, para que o Brasil consiga elevar o investimento e a produtividade, deverá lidar com antigos gargalos de infraestrutura, simplificar o código tributário e reduzir barreiras ao comércio. Boletim Focus CHINA E EUA Já a expectativa de crescimento para os EUA nos próximos dois anos também se manteve, com 2,3% para este ano e 2,5% em 2018. No último ano do governo Obama, o país cresceu 1,6%. No relatório, o FMI aumenta a projeção de crescimento global para o ano, que deve agora passar dos 3,1% de 2016 para 3,5%. Em 2018, a expansão será menor, com um crescimento previsto de 3,6%. Segundo o fundo, há a expectativa de que a atividade aumente de forma acentuada nas economias emergentes e em desenvolvimento, considerando a recuperação parcial dos preços das commodities e a manutenção de um crescimento forte na China e em outros importadores de commodities. Para a China, a previsão é de uma leve desaceleração, mas com índices ainda muito expressivos. O crescimento, que foi de 6,7% em 2016, será de 6,6% neste ano, segundo a projeção do FMI. Em 2018, cairá para 6,2%. A Índia, por sua vez, deve atingir um crescimento de 7,7% em dois anos. Nas economias avançadas, a recuperação tem sido impulsionada principalmente pelas projeções de maior crescimento nos Estados Unidos, onde a atividade foi freada em 2016 por ajuste de estoque e fraco investimento. "Desde a eleição nos EUA, a expectativa de uma política mais flexível no país contribuiu para um dólar mais forte e taxas de juros mais altas do Tesouro norte-americano, elevando os rendimentos também em outros países", diz o texto.
2
Governo federal corta 1/3 da ajuda para Estados combaterem violência
Em meio a escalada de violência que tornou o Brasil o país que mais registra homicídios no mundo, o governo federal reduziu seus gastos com segurança pública entre os anos de 2010 e 2014. O valor da ajuda federal enviada a Estados e municípios para auxiliá-los no combate à violência caiu de R$ 12,8 bilhões, em 2010, para R$ 7,9 bilhões, em 2014. Os valores enviados voluntariamente pelo governo federal em 2014 para as políticas de segurança de Estados e prefeituras ficaram 20% abaixo do registrado em 2010. Os dados são de um relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) que aponta que, mesmo com o aumentou dos recursos de Estados e municípios para o setor, a falta de dinheiro, de gestão dos órgãos de segurança e de coordenação entre eles podem ser as causas para o avanço do número de homicídios. Em relação aos gastos, o tribunal mostra que em 2010 o governo federal era responsável pelo maior volume de gastos em segurança pública, com R$ 12,8 bilhões (19% do gasto total daquele ano). Com a redução dessas despesas em 2014, a parcela federal ficou em apenas 10% do total. Isso significa que a União gastou com segurança menos do que São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Gastos com segurança pública - Os gastos da União caíram 38% entre 2010 e 2014 enquanto Estados e municípios aumentaram as despesas Desde o governo do ex-presidente Lula, o diagnóstico para o setor era que os Estados, que são os responsáveis pela segurança pública, não seriam capazes sozinhos de resolver o grave problema. Por isso, foi lançado o Pronasci, um programa em que o governo federal fazia investimentos diretos na área de prevenção e também auxiliava os governos estaduais com verbas para compra de equipamentos, treinamento de servidores, entre outros. O tema da segurança pública foi tratado nas campanhas eleitorais da presidente afastada, Dilma Rousseff, que sempre prometeu mais investimentos e apoio. Na prática orçamentária, não foi o que ocorreu. O governo lançou novos programas, mas o relatório do TCU aponta que os gastos efetivos caíram. O próprio relatório aponta que não há como fazer relação mais direta entre o aumento da violência no país e os gastos. Mas a queda aliada a outros problemas como a falta de gestão das polícias, estatísticas pouco confiáveis e a descoordenação entre os órgãos de segurança, fizeram com que não houvesse avanço no sistema de segurança. O relatório do Tribunal de Contas cita um trecho do artigo de Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em que ela critica a inação do governo federal em relação aos números epidêmicos de mortes violentas no país. "Se 58 mil homicídios por ano não são suficientes para mobilizar o governo federal em torno dessa agenda, pode ser importante lembrar (...) que vidas ceifadas prematuramente significam pessoas que deixam de produzir e consumir", informa o texto lembrando os custos elevados pelas consequências da violência urbana. O relator do processo do TCU, ministro José Múcio, criticou o ministro da Justiça do governo interino, Alexandre de Moraes. Ele disse que pediu audiência para apresentar o diagnóstico do órgão sobre o setor e não foi recebido."Ele afirmou que o assunto não tinha eco", disse o ministro José Múcio. A Folha entrou em contato com as assessorias do Ministério da Justiça e da presidente afastada, mas não obteve resposta.
cotidiano
Governo federal corta 1/3 da ajuda para Estados combaterem violênciaEm meio a escalada de violência que tornou o Brasil o país que mais registra homicídios no mundo, o governo federal reduziu seus gastos com segurança pública entre os anos de 2010 e 2014. O valor da ajuda federal enviada a Estados e municípios para auxiliá-los no combate à violência caiu de R$ 12,8 bilhões, em 2010, para R$ 7,9 bilhões, em 2014. Os valores enviados voluntariamente pelo governo federal em 2014 para as políticas de segurança de Estados e prefeituras ficaram 20% abaixo do registrado em 2010. Os dados são de um relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) que aponta que, mesmo com o aumentou dos recursos de Estados e municípios para o setor, a falta de dinheiro, de gestão dos órgãos de segurança e de coordenação entre eles podem ser as causas para o avanço do número de homicídios. Em relação aos gastos, o tribunal mostra que em 2010 o governo federal era responsável pelo maior volume de gastos em segurança pública, com R$ 12,8 bilhões (19% do gasto total daquele ano). Com a redução dessas despesas em 2014, a parcela federal ficou em apenas 10% do total. Isso significa que a União gastou com segurança menos do que São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Gastos com segurança pública - Os gastos da União caíram 38% entre 2010 e 2014 enquanto Estados e municípios aumentaram as despesas Desde o governo do ex-presidente Lula, o diagnóstico para o setor era que os Estados, que são os responsáveis pela segurança pública, não seriam capazes sozinhos de resolver o grave problema. Por isso, foi lançado o Pronasci, um programa em que o governo federal fazia investimentos diretos na área de prevenção e também auxiliava os governos estaduais com verbas para compra de equipamentos, treinamento de servidores, entre outros. O tema da segurança pública foi tratado nas campanhas eleitorais da presidente afastada, Dilma Rousseff, que sempre prometeu mais investimentos e apoio. Na prática orçamentária, não foi o que ocorreu. O governo lançou novos programas, mas o relatório do TCU aponta que os gastos efetivos caíram. O próprio relatório aponta que não há como fazer relação mais direta entre o aumento da violência no país e os gastos. Mas a queda aliada a outros problemas como a falta de gestão das polícias, estatísticas pouco confiáveis e a descoordenação entre os órgãos de segurança, fizeram com que não houvesse avanço no sistema de segurança. O relatório do Tribunal de Contas cita um trecho do artigo de Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em que ela critica a inação do governo federal em relação aos números epidêmicos de mortes violentas no país. "Se 58 mil homicídios por ano não são suficientes para mobilizar o governo federal em torno dessa agenda, pode ser importante lembrar (...) que vidas ceifadas prematuramente significam pessoas que deixam de produzir e consumir", informa o texto lembrando os custos elevados pelas consequências da violência urbana. O relator do processo do TCU, ministro José Múcio, criticou o ministro da Justiça do governo interino, Alexandre de Moraes. Ele disse que pediu audiência para apresentar o diagnóstico do órgão sobre o setor e não foi recebido."Ele afirmou que o assunto não tinha eco", disse o ministro José Múcio. A Folha entrou em contato com as assessorias do Ministério da Justiça e da presidente afastada, mas não obteve resposta.
6
Cruzeiros internacionais têm Caribe e Mediterrâneo entre principais destinos
FELIPE GIACOMELLI DE SÃO PAULO Com apenas seis navios marítimos nesta temporada de cruzeiros no Brasil, quem busca variedade pode optar por roteiros em outros países, com visitas a cidades badaladas. Um exemplo é o Harmony of the Seas, atual maior navio do mundo, que passa pelo Caribe. Mas é bom correr: ano que vem, ele perderá o posto de grandalhão para o Symphony of the Seas, com 2.775 cabines. Outra opção buscada por brasileiros é o Mediterrâneo, sobretudo a Itália e as ilhas da Grécia. Conheça duas opções. * Principais roteiros Partindo de Fort Lauderdale (EUA), passa por cidades do Caribe como Nassau (Bahamas) e Falmouth (Jamaica) e por Cozumel (México) Passageiros 6.687 Tripulação 2.193 Comprimento 362 m Cabines 2.747 Piscinas 4 Restaurantes 20 R$ 1.511 - Preço por pessoa em cabine interna dupla, para cruzeiro de sete noites com saída em 14/10 de Fort Lauderdale (na Flórida) e passando por Jamaica e México. Refeições estão incluídas. Reservas: r11travel.com.br * Principais roteiros: No Mediterrâneo, com saídas dos portos de Barcelona (Espanha) e Civitavecchia (Itália) Tripulação 1.022 Cabines 1.092 Piscinas 3 Comprimento 294 m Passageiros 2.184 Restaurantes 8 R$ 3.249 - preço por pessoa para cruzeiro de sete noites em cabina interna dupla com saída do porto de Civitavecchia, próximo a Roma, e com passagem por França e Espanha. Saída 23/6/2018. Reservas: r11travel.com.br
saopaulo
Cruzeiros internacionais têm Caribe e Mediterrâneo entre principais destinosFELIPE GIACOMELLI DE SÃO PAULO Com apenas seis navios marítimos nesta temporada de cruzeiros no Brasil, quem busca variedade pode optar por roteiros em outros países, com visitas a cidades badaladas. Um exemplo é o Harmony of the Seas, atual maior navio do mundo, que passa pelo Caribe. Mas é bom correr: ano que vem, ele perderá o posto de grandalhão para o Symphony of the Seas, com 2.775 cabines. Outra opção buscada por brasileiros é o Mediterrâneo, sobretudo a Itália e as ilhas da Grécia. Conheça duas opções. * Principais roteiros Partindo de Fort Lauderdale (EUA), passa por cidades do Caribe como Nassau (Bahamas) e Falmouth (Jamaica) e por Cozumel (México) Passageiros 6.687 Tripulação 2.193 Comprimento 362 m Cabines 2.747 Piscinas 4 Restaurantes 20 R$ 1.511 - Preço por pessoa em cabine interna dupla, para cruzeiro de sete noites com saída em 14/10 de Fort Lauderdale (na Flórida) e passando por Jamaica e México. Refeições estão incluídas. Reservas: r11travel.com.br * Principais roteiros: No Mediterrâneo, com saídas dos portos de Barcelona (Espanha) e Civitavecchia (Itália) Tripulação 1.022 Cabines 1.092 Piscinas 3 Comprimento 294 m Passageiros 2.184 Restaurantes 8 R$ 3.249 - preço por pessoa para cruzeiro de sete noites em cabina interna dupla com saída do porto de Civitavecchia, próximo a Roma, e com passagem por França e Espanha. Saída 23/6/2018. Reservas: r11travel.com.br
17
EUA aprovam primeira fábrica em Cuba desde a revolução de 1959
O governo Barack Obama aprovou a instalação da primeira fábrica norte-americana em Cuba em mais de meio século. Uma pequena empresa do Alabama vai construir uma linha para montar até mil pequenos tratores por ano para vendê-los a agricultores privados na ilha. O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos informou, na semana passada, que os sócios Horace Clemmons e Saul Berenthal estão legalmente autorizados a produzir tratores e outros equipamentos pesados em uma zona econômica especial criada pelo governo cubano para atrair investimento estrangeiro. As autoridades cubanas já haviam endossado o projeto, pública e entusiasticamente. Os sócios declararam que esperam começar a produzir tratores em Cuba no primeiro trimestre de 2017. "Todo mundo quer ir para Cuba vender alguma coisa, mas não é isso que estamos tentando fazer. Estamos estudando os problemas e vendo como ajudar Cuba a resolver os problemas que eles consideram os mais importantes", disse Clemmons. "Acreditamos que no longo prazo os dois lados sairão ganhando se fizermos coisas benéficas para os dois países". A fábrica, um projeto orçado entre US$ 5 milhões e US$ 10 milhões, seria o primeiro investimento de negócios significativo norte-americano em solo cubano desde que Fidel Castro assumiu o poder, em 1959, e estatizou bilhões de dólares em propriedades de empresas e cidadãos norte-americanos. Esse confisco provocou o embargo dos Estados Unidos a Cuba, que proíbe virtualmente todas as formas de comércio entre os dois países e impõe multas de milhões de dólares a companhias norte-americanas que façam negócios com a ilha. Permitir que uma fábrica de tratores norte-americana opere dentro de uma zona econômica controlada pelo governo cubano teria sido inimaginável antes que os presidentes Barack Obama e Raúl Castro declarassem, em 17 de dezembro de 2014, sua intenção de restaurar as relações diplomáticas e normalizar o comércio, viagens e outros aspectos do relacionamento bilateral, há muito rompido. Desde então, Obama vem estabelecendo exceções ao embargo por meio de uma série de ações executivas, e seu governo agora diz que permitirá produção industrial por meio de companhias norte-americanas no porto e na zona econômica especial de Mariel, cerca de 50 quilômetros a oeste de Havana. Uma exceção permite que empresas norte-americanas exportem produtos que beneficiem os agricultores privados e as cooperativas agrícolas de Cuba. Berenthal e Clemmons dizem que só venderão ao setor privado. O governo Obama afirma estar ansioso para tornar a abertura com Cuba irreversível por qualquer futura administração. Desde o começo do ano, Estados Unidos e Cuba realizaram uma série de anúncios que parecem concebidos em parte para criar uma sensação de ímpeto irreversível quanto ao novo relacionamento. Cuba anunciou no final do mês passado que dobraria neste ano o número de pontos públicos de acesso wi-fi no país, para mais de cem em todo o seu território, e que instalaria Internet de banda larga em algumas residências cubanas, para as quais esse tipo de serviço hoje é ilegal. Obama declarou em 2014 que Castro havia prometido ampliar o acesso dos cubanos à internet como parte da reaproximação. No sábado (13), Havana anunciou ter devolvido um míssil Hellfire norte-americano que foi embarcado indevidamente de Paris a Havana em 2014. Nesta terça-feira (16), o ministro dos Transportes de Cuba e o secretário do Transporte dos Estados Unidos assinarão acordo autorizando os primeiros voos comerciais regulares entre os dois países desde pouco depois da Revolução de 1959. ONDE FICA MARIEL A fábrica de tratores, batizada de Oggún –homenagem a uma divindade da Santería, religião sincrética cubana–, montará autopeças já disponíveis comercialmente para produzir um trator durável e de fácil manutenção, com motor de 25 HP, que deve ser vendido por menos de US$ 10 mil, de acordo com Berenthal e Clemmons. Os dois sócios acreditam que vá ser possível vender centenas de tratores ao ano para agricultores cubanos, financiados por parentes desses agricultores que vivem fora do país e por organizações não governamentais que trabalham para melhorar a agricultura de Cuba. A produção agrícola cubana sofre de baixa produtividade, devido, primordialmente, ao controle de insumos e preços por um planejamento ineficiente. "Tenho dois países que por 60 anos mantiveram péssimo relacionamento. E qualquer coisa que eu possa fazer para reaproximar esses países e povos será tremendamente satisfatória", disse Berenthal, engenheiro de software semiaposentado que nasceu em Cuba e deixou o país aos 16 anos. Ele conheceu Clemmons, de Paint Rock, Alabama, quando os dois eram funcionários da IBM, nos anos 70. Os dois deixaram a companhia para criar uma fábrica de caixas registradoras muito bem-sucedida, que chegou a faturar US$ 30 milhões anuais antes que a vendessem em 1995 por uma quantia que Clemmons descreve como "suficiente para que eu pudesse deixar de trabalhar". Somando seu capital pessoal a verbas prometidas por investidores privados, os dois afirmam ter caixa suficiente para construir a Oggún tão logo Cuba os autorize a ir adiante. "Tudo já está definido", disse Clemmons. Berenthal afirmou que os dois estão otimistas quanto a exportar os tratores da Oggún a outros países latino-americanos que têm tarifas baixas ou zero para as exportações cubanas, o que tornaria os veículos competitivos em termos de preço. Eles calculam margem de lucro de entre 10% e 20% para cada trator. Pelos três primeiros anos do projeto, Clemmons e Berenthal dizem que exportarão componentes dos Estados Unidos para a montagem em Cuba. Esperam mais tarde começar a fabricar muitos desses componentes na ilha. Os dois afirmam que esperam começar com 30 empregados cubanos e que, se as coisas seguirem o caminho planejado, pretendem elevar esse total a até 300 em cinco anos. Clemmons e Berenthal divulgarão on-line os projetos técnicos para a montagem de seus tratores, a fim de permitir que os clientes cubanos e de outros países os reparem mais facilmente e desenvolvam projetos para outras máquinas com base no mesmo chassis e motor que serão produzidos pela Oggún, filial da Cleber em Mariel. Os dois já tem planos de produzir escavadeiras, retroescavadeiras e empilhadeiras, equipamentos muito necessários em Cuba, cuja infraestrutura está virtualmente desabando, depois de anos de negligência, má administração e falta de verbas, que o governo imputa ao embargo. "Creio que teremos um impacto tremendo sobre a capacidade [da fábrica] não só de ajudar a economia do país mas de estabelecer um exemplo para o Caribe e América Latina", disse Berenthal. Tradução de PAULO MIGLIACCI
mundo
EUA aprovam primeira fábrica em Cuba desde a revolução de 1959O governo Barack Obama aprovou a instalação da primeira fábrica norte-americana em Cuba em mais de meio século. Uma pequena empresa do Alabama vai construir uma linha para montar até mil pequenos tratores por ano para vendê-los a agricultores privados na ilha. O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos informou, na semana passada, que os sócios Horace Clemmons e Saul Berenthal estão legalmente autorizados a produzir tratores e outros equipamentos pesados em uma zona econômica especial criada pelo governo cubano para atrair investimento estrangeiro. As autoridades cubanas já haviam endossado o projeto, pública e entusiasticamente. Os sócios declararam que esperam começar a produzir tratores em Cuba no primeiro trimestre de 2017. "Todo mundo quer ir para Cuba vender alguma coisa, mas não é isso que estamos tentando fazer. Estamos estudando os problemas e vendo como ajudar Cuba a resolver os problemas que eles consideram os mais importantes", disse Clemmons. "Acreditamos que no longo prazo os dois lados sairão ganhando se fizermos coisas benéficas para os dois países". A fábrica, um projeto orçado entre US$ 5 milhões e US$ 10 milhões, seria o primeiro investimento de negócios significativo norte-americano em solo cubano desde que Fidel Castro assumiu o poder, em 1959, e estatizou bilhões de dólares em propriedades de empresas e cidadãos norte-americanos. Esse confisco provocou o embargo dos Estados Unidos a Cuba, que proíbe virtualmente todas as formas de comércio entre os dois países e impõe multas de milhões de dólares a companhias norte-americanas que façam negócios com a ilha. Permitir que uma fábrica de tratores norte-americana opere dentro de uma zona econômica controlada pelo governo cubano teria sido inimaginável antes que os presidentes Barack Obama e Raúl Castro declarassem, em 17 de dezembro de 2014, sua intenção de restaurar as relações diplomáticas e normalizar o comércio, viagens e outros aspectos do relacionamento bilateral, há muito rompido. Desde então, Obama vem estabelecendo exceções ao embargo por meio de uma série de ações executivas, e seu governo agora diz que permitirá produção industrial por meio de companhias norte-americanas no porto e na zona econômica especial de Mariel, cerca de 50 quilômetros a oeste de Havana. Uma exceção permite que empresas norte-americanas exportem produtos que beneficiem os agricultores privados e as cooperativas agrícolas de Cuba. Berenthal e Clemmons dizem que só venderão ao setor privado. O governo Obama afirma estar ansioso para tornar a abertura com Cuba irreversível por qualquer futura administração. Desde o começo do ano, Estados Unidos e Cuba realizaram uma série de anúncios que parecem concebidos em parte para criar uma sensação de ímpeto irreversível quanto ao novo relacionamento. Cuba anunciou no final do mês passado que dobraria neste ano o número de pontos públicos de acesso wi-fi no país, para mais de cem em todo o seu território, e que instalaria Internet de banda larga em algumas residências cubanas, para as quais esse tipo de serviço hoje é ilegal. Obama declarou em 2014 que Castro havia prometido ampliar o acesso dos cubanos à internet como parte da reaproximação. No sábado (13), Havana anunciou ter devolvido um míssil Hellfire norte-americano que foi embarcado indevidamente de Paris a Havana em 2014. Nesta terça-feira (16), o ministro dos Transportes de Cuba e o secretário do Transporte dos Estados Unidos assinarão acordo autorizando os primeiros voos comerciais regulares entre os dois países desde pouco depois da Revolução de 1959. ONDE FICA MARIEL A fábrica de tratores, batizada de Oggún –homenagem a uma divindade da Santería, religião sincrética cubana–, montará autopeças já disponíveis comercialmente para produzir um trator durável e de fácil manutenção, com motor de 25 HP, que deve ser vendido por menos de US$ 10 mil, de acordo com Berenthal e Clemmons. Os dois sócios acreditam que vá ser possível vender centenas de tratores ao ano para agricultores cubanos, financiados por parentes desses agricultores que vivem fora do país e por organizações não governamentais que trabalham para melhorar a agricultura de Cuba. A produção agrícola cubana sofre de baixa produtividade, devido, primordialmente, ao controle de insumos e preços por um planejamento ineficiente. "Tenho dois países que por 60 anos mantiveram péssimo relacionamento. E qualquer coisa que eu possa fazer para reaproximar esses países e povos será tremendamente satisfatória", disse Berenthal, engenheiro de software semiaposentado que nasceu em Cuba e deixou o país aos 16 anos. Ele conheceu Clemmons, de Paint Rock, Alabama, quando os dois eram funcionários da IBM, nos anos 70. Os dois deixaram a companhia para criar uma fábrica de caixas registradoras muito bem-sucedida, que chegou a faturar US$ 30 milhões anuais antes que a vendessem em 1995 por uma quantia que Clemmons descreve como "suficiente para que eu pudesse deixar de trabalhar". Somando seu capital pessoal a verbas prometidas por investidores privados, os dois afirmam ter caixa suficiente para construir a Oggún tão logo Cuba os autorize a ir adiante. "Tudo já está definido", disse Clemmons. Berenthal afirmou que os dois estão otimistas quanto a exportar os tratores da Oggún a outros países latino-americanos que têm tarifas baixas ou zero para as exportações cubanas, o que tornaria os veículos competitivos em termos de preço. Eles calculam margem de lucro de entre 10% e 20% para cada trator. Pelos três primeiros anos do projeto, Clemmons e Berenthal dizem que exportarão componentes dos Estados Unidos para a montagem em Cuba. Esperam mais tarde começar a fabricar muitos desses componentes na ilha. Os dois afirmam que esperam começar com 30 empregados cubanos e que, se as coisas seguirem o caminho planejado, pretendem elevar esse total a até 300 em cinco anos. Clemmons e Berenthal divulgarão on-line os projetos técnicos para a montagem de seus tratores, a fim de permitir que os clientes cubanos e de outros países os reparem mais facilmente e desenvolvam projetos para outras máquinas com base no mesmo chassis e motor que serão produzidos pela Oggún, filial da Cleber em Mariel. Os dois já tem planos de produzir escavadeiras, retroescavadeiras e empilhadeiras, equipamentos muito necessários em Cuba, cuja infraestrutura está virtualmente desabando, depois de anos de negligência, má administração e falta de verbas, que o governo imputa ao embargo. "Creio que teremos um impacto tremendo sobre a capacidade [da fábrica] não só de ajudar a economia do país mas de estabelecer um exemplo para o Caribe e América Latina", disse Berenthal. Tradução de PAULO MIGLIACCI
3
Veja como ficam os juros ao consumidor com a Selic a 14,25%
Apesar da manutenção da taxa básica de juros da economia em 14,25% ao ano, os consumidores continuarão a ter condições de financiamento mais caras em bancos e no comércio. Conforme levantamento da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), a taxa média mensal cobrada de consumidores foi para 8,06%. Abaixo, veja simulações feitas pela Anefac para a manutenção da Selic para 14,25% nas operações de crédito. TAXA DE JUROS PARA PESSOA FÍSICA EXEMPLOS DE IMPACTO EM EMPRÉSTIMOS Compra de geladeira de R$ 1.500 em 12 parcelas Compra de veículo de R$ 25.000 em 60 parcelas Empréstimo pessoal de R$ 500 em financeira em 12 parcelas Empréstimo pessoal de R$ 5.000 em banco em 12 parcelas Uso de R$ 3.000 no rotativo do cartão de crédito por 30 dias Uso de R$ 1.000 por 20 dias no cheque especial
mercado
Veja como ficam os juros ao consumidor com a Selic a 14,25%Apesar da manutenção da taxa básica de juros da economia em 14,25% ao ano, os consumidores continuarão a ter condições de financiamento mais caras em bancos e no comércio. Conforme levantamento da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), a taxa média mensal cobrada de consumidores foi para 8,06%. Abaixo, veja simulações feitas pela Anefac para a manutenção da Selic para 14,25% nas operações de crédito. TAXA DE JUROS PARA PESSOA FÍSICA EXEMPLOS DE IMPACTO EM EMPRÉSTIMOS Compra de geladeira de R$ 1.500 em 12 parcelas Compra de veículo de R$ 25.000 em 60 parcelas Empréstimo pessoal de R$ 500 em financeira em 12 parcelas Empréstimo pessoal de R$ 5.000 em banco em 12 parcelas Uso de R$ 3.000 no rotativo do cartão de crédito por 30 dias Uso de R$ 1.000 por 20 dias no cheque especial
2
Venezuela investiga morte de homem queimado em manifestação
O Ministério Público da Venezuela anunciou na terça-feira (18) ter aberto uma investigação para apurar as circunstâncias da morte de Héctor Anuel, que teria sido morto queimado durante uma manifestação na cidade de Lechería, localizada a 320 quilômetros a leste de Caracas. O órgão não ofereceu mais detalhes sobre a ocorrência. De acordo com a emissora chavista Telesur, Anuel morreu incendiado na terça após ser atingido, enquanto pilotava uma moto, por um rojão disparado por manifestantes encapuzados contrários ao governo de Nicolás Maduro. Mais de 90 pessoas morreram na onda de saques e protestos contra o governo, iniciada em abril. Dentre as vítimas, há manifestantes opositores e chavistas, além de policiais e pessoas que não participavam diretamente das marchas. A oposição convocou uma "paralisação cívica" para esta quinta-feira (20) e prometeu intensificar os protestos contra Maduro. Os manifestantes exigem a libertação de presos políticos e o cancelamento da Assembleia Constituinte convocada por Maduro em maio. A eleição dos integrantes da Constituinte, marcada para o próximo dia 30, será boicotada pela oposição, que considera que a forma de escolha dos delegados, colegiada, viola o voto direto.
mundo
Venezuela investiga morte de homem queimado em manifestaçãoO Ministério Público da Venezuela anunciou na terça-feira (18) ter aberto uma investigação para apurar as circunstâncias da morte de Héctor Anuel, que teria sido morto queimado durante uma manifestação na cidade de Lechería, localizada a 320 quilômetros a leste de Caracas. O órgão não ofereceu mais detalhes sobre a ocorrência. De acordo com a emissora chavista Telesur, Anuel morreu incendiado na terça após ser atingido, enquanto pilotava uma moto, por um rojão disparado por manifestantes encapuzados contrários ao governo de Nicolás Maduro. Mais de 90 pessoas morreram na onda de saques e protestos contra o governo, iniciada em abril. Dentre as vítimas, há manifestantes opositores e chavistas, além de policiais e pessoas que não participavam diretamente das marchas. A oposição convocou uma "paralisação cívica" para esta quinta-feira (20) e prometeu intensificar os protestos contra Maduro. Os manifestantes exigem a libertação de presos políticos e o cancelamento da Assembleia Constituinte convocada por Maduro em maio. A eleição dos integrantes da Constituinte, marcada para o próximo dia 30, será boicotada pela oposição, que considera que a forma de escolha dos delegados, colegiada, viola o voto direto.
3
HSBC pede desculpas por práticas ilegais em contas do banco na Suíça
O HSBC pediu desculpas aos clientes e investidores neste domingo (15) por práticas do passado em seu banco privado na Suíça depois de alegações de que ajudou centenas de clientes a burlar impostos. O maior banco da Europa disse em anúncios de página inteira em jornais britânicos que a recente cobertura da mídia que focou na operação suíça e em assuntos financeiros de alguns de seus clientes tinham sido uma experiência dolorosa e que as normas em vigor hoje "não estavam universalmente estabelecidas" no passado. "Por isso, oferecemos nossas mais sinceras desculpas", disse a propaganda. O anúncio é dirigido a clientes, acionistas e colaboradores e é assinado pelo presidente-executivo, Stuart Gulliver. A maior parte da mensagem ecoa um e-mail enviado aos funcionários na sexta-feira, quando Gulliver disse que o banco tinha, por vezes, não conseguido fazer jus aos padrões esperados. O HSBC admitiu falhas no cumprimento e controle em seu banco privado suíço, após as alegações da mídia de que a instituição pode ter habilitado clientes a esconderem milhões de dólares em ativos, embora Gulliver tenha dito que muitas pessoas mencionadas como clientes tinham já deixado o banco há muito tempo e que alguns nunca foram clientes. As revelações provocaram uma discussão política na Grã-Bretanha sobre as práticas do HSBC e se as autoridades fiscais tinham feito o suficiente para buscar eventuais infratores. A Comissão do Tesouro da Grã-Bretanha chamou o presidente do banco e o executivo-chefe para prestarem depoimento sobre o assunto em 25 de fevereiro, de acordo com um memorando obtido pela Reuters na sexta-feira (13). EXPLICAÇÃO NECESSÁRIA O ministro de Negócios britânico, Vince Cable, disse que está buscando garantia de que tais práticas ficaram para trás. "Uma coisa é dizer que estas coisas aconteceram há 10 anos, e nós precisamos de uma explicação adequada disso, mas o que é absolutamente essencial é que as práticas não continuem", disse Cable na Sky News, acrescentando que tinha escrito para o HSBC. Cable também disse que as autoridades fiscais têm de adotar uma abordagem mais firme. "O tratamento com pequenas pessoas e pessoas pobres é muito severo, mas os peixes grandes - as empresas e indivíduos ricos não estão sendo tratados a sério", disse o Cable. "Isso está errado e tem que mudar." As revelações foram constrangedoras para um governo que tinha o ex-chefe do HSBC Stephen Green como ministro para o Comércio de 2011 a 2013. "(Green) ainda não se manifestou sobre o seu papel no assunto e eu certamente gostaria que ele fizesse isso", disse Cable no domingo. Green deixou o cargo de presidente do Conselho de Administração do grupo de serviços financeiros TheCityUK no sábado. O banco disse que a grande maioria das 140 pessoas mencionadas nos reportagens como clientes do seu banco suíço tinha deixado o banco e que, desde então, a instituição estabeleceu controles muito mais rigorosos sobre quem aceitaria como clientes. "Nós não temos absolutamente nenhum apetite para fazer negócios com clientes que estão sonegando seus impostos ou que deixam de cumprir com os nossos padrões de conformidade de crime financeiro", disse Gulliver.
mercado
HSBC pede desculpas por práticas ilegais em contas do banco na SuíçaO HSBC pediu desculpas aos clientes e investidores neste domingo (15) por práticas do passado em seu banco privado na Suíça depois de alegações de que ajudou centenas de clientes a burlar impostos. O maior banco da Europa disse em anúncios de página inteira em jornais britânicos que a recente cobertura da mídia que focou na operação suíça e em assuntos financeiros de alguns de seus clientes tinham sido uma experiência dolorosa e que as normas em vigor hoje "não estavam universalmente estabelecidas" no passado. "Por isso, oferecemos nossas mais sinceras desculpas", disse a propaganda. O anúncio é dirigido a clientes, acionistas e colaboradores e é assinado pelo presidente-executivo, Stuart Gulliver. A maior parte da mensagem ecoa um e-mail enviado aos funcionários na sexta-feira, quando Gulliver disse que o banco tinha, por vezes, não conseguido fazer jus aos padrões esperados. O HSBC admitiu falhas no cumprimento e controle em seu banco privado suíço, após as alegações da mídia de que a instituição pode ter habilitado clientes a esconderem milhões de dólares em ativos, embora Gulliver tenha dito que muitas pessoas mencionadas como clientes tinham já deixado o banco há muito tempo e que alguns nunca foram clientes. As revelações provocaram uma discussão política na Grã-Bretanha sobre as práticas do HSBC e se as autoridades fiscais tinham feito o suficiente para buscar eventuais infratores. A Comissão do Tesouro da Grã-Bretanha chamou o presidente do banco e o executivo-chefe para prestarem depoimento sobre o assunto em 25 de fevereiro, de acordo com um memorando obtido pela Reuters na sexta-feira (13). EXPLICAÇÃO NECESSÁRIA O ministro de Negócios britânico, Vince Cable, disse que está buscando garantia de que tais práticas ficaram para trás. "Uma coisa é dizer que estas coisas aconteceram há 10 anos, e nós precisamos de uma explicação adequada disso, mas o que é absolutamente essencial é que as práticas não continuem", disse Cable na Sky News, acrescentando que tinha escrito para o HSBC. Cable também disse que as autoridades fiscais têm de adotar uma abordagem mais firme. "O tratamento com pequenas pessoas e pessoas pobres é muito severo, mas os peixes grandes - as empresas e indivíduos ricos não estão sendo tratados a sério", disse o Cable. "Isso está errado e tem que mudar." As revelações foram constrangedoras para um governo que tinha o ex-chefe do HSBC Stephen Green como ministro para o Comércio de 2011 a 2013. "(Green) ainda não se manifestou sobre o seu papel no assunto e eu certamente gostaria que ele fizesse isso", disse Cable no domingo. Green deixou o cargo de presidente do Conselho de Administração do grupo de serviços financeiros TheCityUK no sábado. O banco disse que a grande maioria das 140 pessoas mencionadas nos reportagens como clientes do seu banco suíço tinha deixado o banco e que, desde então, a instituição estabeleceu controles muito mais rigorosos sobre quem aceitaria como clientes. "Nós não temos absolutamente nenhum apetite para fazer negócios com clientes que estão sonegando seus impostos ou que deixam de cumprir com os nossos padrões de conformidade de crime financeiro", disse Gulliver.
2
Operador de Serra admite repasse da Odebrecht no exterior em 2010
O empresário e ex-deputado federal Ronaldo Cezar Coelho (PSDB) admite que recebeu recursos da empreiteira Odebrecht no exterior relacionados à campanha de 2010 do então candidato a presidente José Serra (PSDB). Os repasses seriam ressarcimento a Coelho por ele ter adiantado o pagamento de despesas da campanha tucana. Segundo o criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado de Coelho, tais valores foram incluídos na adesão do empresário ao recente programa de regularização de ativos no exterior. A Folha revelou, em outubro, que Coelho foi apontado pela Odebrecht em negociações de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato como um dos operadores de R$ 23 milhões repassados pela construtora, via caixa dois, à campanha de Serra. O empresário, integrante da coordenação política do tucano em 2010, foi responsável pelo acerto de uma parte desse valor fora do país, de acordo com a construtora. A Odebrecht afirmou ainda que o dinheiro foi repassado em uma conta na Suíça. José Serra, atual ministro das Relações Exteriores, diz que suas campanhas sempre foram feitas de forma lícita e com as finanças sob a responsabilidade do partido. Em novembro, a colunista da Folha Mônica Bergamo informou que Coelho havia aderido ao programa de regularização de ativos no exterior prevista na chamada Lei de Repatriação. Mariz afirma que essa adesão envolveu os valores recebidos da Odebrecht e dinheiro resultante de investimentos do empresário. Segundo o criminalista, Coelho pagou um montante correspondente a 30% do valor que estava no exterior, a título de impostos e multa. O ex-deputado federal, porém, preferiu não repatriar o dinheiro, o que é uma possibilidade prevista na lei, afirma Mariz. Ao aderir ao programa, os titulares de valores fora do país ficaram isentos da aplicação de punições relativas a sonegação fiscal, apropriação indébita, crimes tributários, evasão de divisas e lavagem de dinheiro relativa a esses delitos. PODE ISSO, RONALDO? - Operador de Serra admitiu que recebeu repasse da Odebrecht no exterior ligado à campanha do tucano A explicação de Coelho para os repasses da Odebrecht relativos à campanha de Serra de 2010 está alinhada a depoimentos de executivos da empreiteira de que as transferências não envolveram o pagamento de propina. CAIXA DOIS A delação da empreiteira indica a prática do crime de caixa dois previsto na legislação eleitoral, que é muito menos grave e tem prazo de prescrição menor que os delitos ligados a corrupção previstos no Código Penal. As pessoas citadas na colaboração premiada da Odebrecht somente poderão ser chamadas a prestar depoimento depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) avaliar se os acordos assinados com executivos da empreiteira cumpriram os requisitos legais. O STF recebeu as delações logo após a construtora fechar em dezembro os termos das colaborações com a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e a Procuradoria-Geral da República. O ministro Teori Zavascki, responsável pelos processos da Lava Jato no STF, afirmou que seu gabinete está trabalhando mesmo no período do recesso do Judiciário, em janeiro, para acelerar a análise dos acordos. Integrantes do Ministério Público Federal estimam que serão necessários pelo menos mais dois meses para a homologação das colaborações premiadas pelo STF. De acordo com os procuradores, cada um dos 77 funcionários da Odebrecht envolvidos nos acordos terá que passar por uma audiência no tribunal para que digam se as colaborações foram isentas de qualquer tipo de coação. OUTRO LADO O ministro das Relações Exteriores, José Serra, diz que suas campanhas eleitorais foram feitas de acordo com a lei e tiveram a contabilidade sob a responsabilidade de seu partido, o PSDB. Nota enviada pela assessoria do tucano aponta que "o ministro José Serra não comenta supostos vazamentos de supostas delações". O texto da assessoria aponta que Serra "reitera que todas as suas campanhas eleitorais foram feitas nos termos da legislação vigente, com as finanças sob a responsabilidade do partido". Também por meio de nota encaminhada por sua assessoria de imprensa, a empreiteira Odebrecht afirma que "não se manifesta sobre o tema, mas reafirma seu compromisso de colaborar com a Justiça". De acordo com a nota, "a empresa está implantando as melhores práticas de compliance, baseadas na ética, transparência e integridade." A construtora e 77 de seus funcionários assinaram acordos de delação premiada para relatar às autoridades atos ilícitos cometidos em favor da companhia em contratos da Petrobras e outros assinados com entes da administração pública federal, estadual e municipal. As colaborações dependem de aprovação do STF.
poder
Operador de Serra admite repasse da Odebrecht no exterior em 2010O empresário e ex-deputado federal Ronaldo Cezar Coelho (PSDB) admite que recebeu recursos da empreiteira Odebrecht no exterior relacionados à campanha de 2010 do então candidato a presidente José Serra (PSDB). Os repasses seriam ressarcimento a Coelho por ele ter adiantado o pagamento de despesas da campanha tucana. Segundo o criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado de Coelho, tais valores foram incluídos na adesão do empresário ao recente programa de regularização de ativos no exterior. A Folha revelou, em outubro, que Coelho foi apontado pela Odebrecht em negociações de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato como um dos operadores de R$ 23 milhões repassados pela construtora, via caixa dois, à campanha de Serra. O empresário, integrante da coordenação política do tucano em 2010, foi responsável pelo acerto de uma parte desse valor fora do país, de acordo com a construtora. A Odebrecht afirmou ainda que o dinheiro foi repassado em uma conta na Suíça. José Serra, atual ministro das Relações Exteriores, diz que suas campanhas sempre foram feitas de forma lícita e com as finanças sob a responsabilidade do partido. Em novembro, a colunista da Folha Mônica Bergamo informou que Coelho havia aderido ao programa de regularização de ativos no exterior prevista na chamada Lei de Repatriação. Mariz afirma que essa adesão envolveu os valores recebidos da Odebrecht e dinheiro resultante de investimentos do empresário. Segundo o criminalista, Coelho pagou um montante correspondente a 30% do valor que estava no exterior, a título de impostos e multa. O ex-deputado federal, porém, preferiu não repatriar o dinheiro, o que é uma possibilidade prevista na lei, afirma Mariz. Ao aderir ao programa, os titulares de valores fora do país ficaram isentos da aplicação de punições relativas a sonegação fiscal, apropriação indébita, crimes tributários, evasão de divisas e lavagem de dinheiro relativa a esses delitos. PODE ISSO, RONALDO? - Operador de Serra admitiu que recebeu repasse da Odebrecht no exterior ligado à campanha do tucano A explicação de Coelho para os repasses da Odebrecht relativos à campanha de Serra de 2010 está alinhada a depoimentos de executivos da empreiteira de que as transferências não envolveram o pagamento de propina. CAIXA DOIS A delação da empreiteira indica a prática do crime de caixa dois previsto na legislação eleitoral, que é muito menos grave e tem prazo de prescrição menor que os delitos ligados a corrupção previstos no Código Penal. As pessoas citadas na colaboração premiada da Odebrecht somente poderão ser chamadas a prestar depoimento depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) avaliar se os acordos assinados com executivos da empreiteira cumpriram os requisitos legais. O STF recebeu as delações logo após a construtora fechar em dezembro os termos das colaborações com a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e a Procuradoria-Geral da República. O ministro Teori Zavascki, responsável pelos processos da Lava Jato no STF, afirmou que seu gabinete está trabalhando mesmo no período do recesso do Judiciário, em janeiro, para acelerar a análise dos acordos. Integrantes do Ministério Público Federal estimam que serão necessários pelo menos mais dois meses para a homologação das colaborações premiadas pelo STF. De acordo com os procuradores, cada um dos 77 funcionários da Odebrecht envolvidos nos acordos terá que passar por uma audiência no tribunal para que digam se as colaborações foram isentas de qualquer tipo de coação. OUTRO LADO O ministro das Relações Exteriores, José Serra, diz que suas campanhas eleitorais foram feitas de acordo com a lei e tiveram a contabilidade sob a responsabilidade de seu partido, o PSDB. Nota enviada pela assessoria do tucano aponta que "o ministro José Serra não comenta supostos vazamentos de supostas delações". O texto da assessoria aponta que Serra "reitera que todas as suas campanhas eleitorais foram feitas nos termos da legislação vigente, com as finanças sob a responsabilidade do partido". Também por meio de nota encaminhada por sua assessoria de imprensa, a empreiteira Odebrecht afirma que "não se manifesta sobre o tema, mas reafirma seu compromisso de colaborar com a Justiça". De acordo com a nota, "a empresa está implantando as melhores práticas de compliance, baseadas na ética, transparência e integridade." A construtora e 77 de seus funcionários assinaram acordos de delação premiada para relatar às autoridades atos ilícitos cometidos em favor da companhia em contratos da Petrobras e outros assinados com entes da administração pública federal, estadual e municipal. As colaborações dependem de aprovação do STF.
0
Odebrecht pagou R$ 35 milhões ilícitos em um só dia, afirma delator
O ex-executivo da Odebrecht Fernando Migliaccio disse em depoimento ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), na última sexta-feira (10), que em apenas um dia a empreiteira distribuiu mais de R$ 35 milhões em dinheiro de propina e caixa dois para campanhas eleitorais. O executivo não detalhou o dia nem o ano em que isso aconteceu. Migliaccio também não identificou para quem foi o dinheiro. Ele disse apenas que o montante foi entregue em dinheiro vivo, pulverizado para várias pessoas. O depoimento foi feito sob sigilo ao ministro Herman Benjamin. Segundo informações obtidas pela Folha, o ex-executivo contou a história desses pagamentos para mostrar a dimensão do fluxo de dinheiro que passava pelo Setor de Operações Estruturadas, conhecido como uma espécie de "departamento de propina" da empreiteira. O ex-executivo era um dos responsáveis por operar contas da empreiteira no exterior usadas para pagamento de propina e caixa dois, tanto de políticos como de executivos que queriam receber bônus fora do país. Peça-chave na fase Acarajé da Operação Lava Jato, que descobriu o setor de propinas do grupo baiano, o ex-executivo é apontado como dono de uma rede de empresas offshore espalhada por diversos países. Nos documentos da operação, os investigadores da PF listam pelo menos cinco empresas controladas por Migliaccio, abertas em locais como Ilhas Virgens Britânicas, Antígua e Panamá e contas em três bancos da Suíça. Entre os suspeitos de receber os pagamentos, estão réus já condenados, como os ex-executivos da Petrobras Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco. Propinas da Odebrecht Os investigadores desconfiam que ele tivesse uma atuação "informal" na empreiteira, embora os documentos o apontem como funcionário contratado desde 1998 –um dos cargos foi o de "diretor financeiro". Migliaccio chegou a ser preso na Suíça por conta da Lava Jato. Após a prisão, fechou acordo de delação premiada separado dos outros 77 delatores da empreiteira. Por conta disso, houve constrangimento quando ele se encontrou com os outros delatores durante o depoimento no TSE. CONTAS O depoimento foi dado no âmbito do processo instaurado pelo TSE para julgar a campanha para presidente de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), seu então companheiro de chapa, em 2014. O processo poderá, em tese, resultar na cassação do mandato de Temer. Pagamentos por ano, segundo o delator - Valor, em US$ milhões
poder
Odebrecht pagou R$ 35 milhões ilícitos em um só dia, afirma delatorO ex-executivo da Odebrecht Fernando Migliaccio disse em depoimento ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), na última sexta-feira (10), que em apenas um dia a empreiteira distribuiu mais de R$ 35 milhões em dinheiro de propina e caixa dois para campanhas eleitorais. O executivo não detalhou o dia nem o ano em que isso aconteceu. Migliaccio também não identificou para quem foi o dinheiro. Ele disse apenas que o montante foi entregue em dinheiro vivo, pulverizado para várias pessoas. O depoimento foi feito sob sigilo ao ministro Herman Benjamin. Segundo informações obtidas pela Folha, o ex-executivo contou a história desses pagamentos para mostrar a dimensão do fluxo de dinheiro que passava pelo Setor de Operações Estruturadas, conhecido como uma espécie de "departamento de propina" da empreiteira. O ex-executivo era um dos responsáveis por operar contas da empreiteira no exterior usadas para pagamento de propina e caixa dois, tanto de políticos como de executivos que queriam receber bônus fora do país. Peça-chave na fase Acarajé da Operação Lava Jato, que descobriu o setor de propinas do grupo baiano, o ex-executivo é apontado como dono de uma rede de empresas offshore espalhada por diversos países. Nos documentos da operação, os investigadores da PF listam pelo menos cinco empresas controladas por Migliaccio, abertas em locais como Ilhas Virgens Britânicas, Antígua e Panamá e contas em três bancos da Suíça. Entre os suspeitos de receber os pagamentos, estão réus já condenados, como os ex-executivos da Petrobras Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco. Propinas da Odebrecht Os investigadores desconfiam que ele tivesse uma atuação "informal" na empreiteira, embora os documentos o apontem como funcionário contratado desde 1998 –um dos cargos foi o de "diretor financeiro". Migliaccio chegou a ser preso na Suíça por conta da Lava Jato. Após a prisão, fechou acordo de delação premiada separado dos outros 77 delatores da empreiteira. Por conta disso, houve constrangimento quando ele se encontrou com os outros delatores durante o depoimento no TSE. CONTAS O depoimento foi dado no âmbito do processo instaurado pelo TSE para julgar a campanha para presidente de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), seu então companheiro de chapa, em 2014. O processo poderá, em tese, resultar na cassação do mandato de Temer. Pagamentos por ano, segundo o delator - Valor, em US$ milhões
0
CPFL pode sair da Bolsa após acordo com empresa da China
A chinesa State Grid se prepara para comprar o controle da CPFL, um dos maiores grupos privados de energia do país, por cerca de R$ 25,5 bilhões. Se confirmado, o negócio pode levar ao fechamento de capital da companhia brasileira, segundo fontes envolvidas na transação. Hoje, a CPFL tem como sócios a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), com 29,4% de participação, a Camargo Corrêa (23,6%) e a Bonaire Participação (15,1%), que reúne fundos de pensão como o Petros (da Petrobras). As demais ações (31,9%) pertencem a acionistas minoritários. Para comprar integralmente a companhia, a State Grid primeiro ofereceu R$ 5,85 bilhões pelas ações da Camargo Corrêa —o contrato deve ser assinado até o final da próxima semana. Em seguida, cópias do contrato serão submetidas às autoridades regulatórias –Cade, CVM e Aneel– e também para Previ e Bonaire. Pelo acordo de acionistas, eles têm direito de preferência na compra da participação da Camargo Corrêa mas, ainda segundo fontes envolvidas nas negociações, não só deverão abrir mão desse direito como venderão sua parte para a State Grid. Representantes do grupo chinês dizem que já conversaram com os dois sócios e prometeram comprar a fatia deles nas mesmas condições da Camargo. Os fundos querem vender sua participação porque têm de cobrir rombos bilionários em suas contas e veem nesse negócio uma oportunidade de lucro. Oficialmente, Previ e Bonaire afirmam que não receberam proposta dos chineses e, por isso, não comentariam. minoritários Caso essa etapa seja vencida, a State Grid fará uma oferta aos acionistas minoritários pagando o mesmo valor por ação –R$ 25. No início de julho, quando a oferta ficou pública, as ações eram negociadas a R$ 20.
mercado
CPFL pode sair da Bolsa após acordo com empresa da ChinaA chinesa State Grid se prepara para comprar o controle da CPFL, um dos maiores grupos privados de energia do país, por cerca de R$ 25,5 bilhões. Se confirmado, o negócio pode levar ao fechamento de capital da companhia brasileira, segundo fontes envolvidas na transação. Hoje, a CPFL tem como sócios a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), com 29,4% de participação, a Camargo Corrêa (23,6%) e a Bonaire Participação (15,1%), que reúne fundos de pensão como o Petros (da Petrobras). As demais ações (31,9%) pertencem a acionistas minoritários. Para comprar integralmente a companhia, a State Grid primeiro ofereceu R$ 5,85 bilhões pelas ações da Camargo Corrêa —o contrato deve ser assinado até o final da próxima semana. Em seguida, cópias do contrato serão submetidas às autoridades regulatórias –Cade, CVM e Aneel– e também para Previ e Bonaire. Pelo acordo de acionistas, eles têm direito de preferência na compra da participação da Camargo Corrêa mas, ainda segundo fontes envolvidas nas negociações, não só deverão abrir mão desse direito como venderão sua parte para a State Grid. Representantes do grupo chinês dizem que já conversaram com os dois sócios e prometeram comprar a fatia deles nas mesmas condições da Camargo. Os fundos querem vender sua participação porque têm de cobrir rombos bilionários em suas contas e veem nesse negócio uma oportunidade de lucro. Oficialmente, Previ e Bonaire afirmam que não receberam proposta dos chineses e, por isso, não comentariam. minoritários Caso essa etapa seja vencida, a State Grid fará uma oferta aos acionistas minoritários pagando o mesmo valor por ação –R$ 25. No início de julho, quando a oferta ficou pública, as ações eram negociadas a R$ 20.
2
ONGs resgatam no Mediterrâneo 688 pessoas que tentavam chegar à Europa
Equipes de resgate retiraram nesta segunda-feira (16) 688 refugiados e imigrantes de embarcações que partiram da Líbia e cruzavam o mar Mediterrâneo em direção à costa da Sicília, na Itália. Segundo a ONG Médicos Sem Fronteiras, que participou do resgate com a organização SOS Mediterrâneo, as pessoas recuperadas estavam em botes de borracha e barcos de madeira em condições precárias. Dentre elas, estavam 89 mulheres e 216 crianças, das quais 61 estavam desacompanhadas. A maioria dos resgatados estava bem, com exceção de um pequeno grupo que sofreu queimaduras provocadas por combustível. A maior parte dos refugiados e imigrantes que estava nestas embarcações vinham de países da África, como Guiné, Mali e Costa do Marfim, origem da maior parte das pessoas que usa esta rota de imigração no Mediterrâneo. A Médicos Sem Fronteiras afirma que deu assistência mais de 23 mil pessoas em resgates no Mediterrâneo Central no ano passado. Nesta rota, 2.892 pessoas morreram a caminho da Europa em 2015. Com o bloqueio da rota entre a Turquia e a Grécia, a expectativa é que o fluxo aumente entre Líbia e Itália. A primeira rota era a mais usada pelos sírios, que formam a maior parte dos estrangeiros a chegar a Europa.
mundo
ONGs resgatam no Mediterrâneo 688 pessoas que tentavam chegar à EuropaEquipes de resgate retiraram nesta segunda-feira (16) 688 refugiados e imigrantes de embarcações que partiram da Líbia e cruzavam o mar Mediterrâneo em direção à costa da Sicília, na Itália. Segundo a ONG Médicos Sem Fronteiras, que participou do resgate com a organização SOS Mediterrâneo, as pessoas recuperadas estavam em botes de borracha e barcos de madeira em condições precárias. Dentre elas, estavam 89 mulheres e 216 crianças, das quais 61 estavam desacompanhadas. A maioria dos resgatados estava bem, com exceção de um pequeno grupo que sofreu queimaduras provocadas por combustível. A maior parte dos refugiados e imigrantes que estava nestas embarcações vinham de países da África, como Guiné, Mali e Costa do Marfim, origem da maior parte das pessoas que usa esta rota de imigração no Mediterrâneo. A Médicos Sem Fronteiras afirma que deu assistência mais de 23 mil pessoas em resgates no Mediterrâneo Central no ano passado. Nesta rota, 2.892 pessoas morreram a caminho da Europa em 2015. Com o bloqueio da rota entre a Turquia e a Grécia, a expectativa é que o fluxo aumente entre Líbia e Itália. A primeira rota era a mais usada pelos sírios, que formam a maior parte dos estrangeiros a chegar a Europa.
3
Passageiros criam estratégias diante da superlotação em trens e metrôs
O acúmulo de atrasos na entrega de novas linhas e estações e a consequente superlotação do sistema de trens e metrôs de São Paulo fazem do uso do transporte sobre trilhos um vale-tudo. Em dez anos, enquanto a extensão da rede do metrô cresceu 36%, o número de usuários subiu 92%. Para enfrentar plataformas, vagões e conexões apinhadas de gente nos horários de pico, os usuários criaram uma série de estratégias –muitas vezes, no mínimo questionáveis– para as viagens ficarem menos longas e espremidas. Vale até apostar corrida antes da abertura das portas para não ficar preso na multidão, como faz todos os dias o estudante Higor Ferraz, 18. "Uso a linha 4-amarela e, quando o trem está chegando na estação da Luz, eu já vou para a porta do vagão. Se você não corre, fica um monte de gente na escada e me dá agonia. Gosto de chegar primeiro para pegar um bom lugar na CPTM", diz. Veja infográfico BLOGUEIROS Vale calcular qual vagão para exatamente em frente à escada de saída ou de conexão que se quer fazer. A tática, de tão corriqueira, ganhou até uma lista, compartilhada em blogs e redes sociais, que promete mapear portas e vagões certos para ganhar tempo. Na estação da Sé, por exemplo, a mais movimentada de todas as do metrô, quem chega pela linha 3-vermelha, sentido Barra Funda, e quer ir para o sentido Tucuruvi da 1-azul procura ficar na última porta do penúltimo carro ou na primeira porta do último carro. "Aprendi com o tempo. Se não fico no vagão certo, perco mais de dez minutos", conta Gabriel Ferreira, 21. Há também quem se arrisque a fazer uma manobra proibida e muito perigosa: saltar da plataforma para o trem, ainda em movimento, grudando na porta para ser o primeiro a entrar. "Tem que dar uma de Homem-Aranha pra conseguir sentar. Não deveria ser assim, mas cada um dá seu jeito. Ficar de pé por 40 minutos depois do serviço é dureza", diz Leonardo Oliveira, 31. Ele é um dos passageiros que adotam a prática na estação Brás da linha 12-safira da CPTM. O objetivo é garantir um lugar sentado. LÓGICA No vale-tudo, vale ainda o que parece pouco lógico: pegar o metrô no sentido contrário ao de casa. A chamada viagem negativa é usada por passageiros que preferem perder tempo em um trajeto extra até mais uma estação para obter um assento vago na composição vazia e viajar sentado. É o caso das atendentes Alexandra Lúcia Silva, 37, e Andréa de Queirós, 33, que trabalham de pé o dia inteiro numa lanchonete e preferem fazer uma viagem ao terminal Barra Funda para encarar o trajeto de volta até Artur Alvim sentadas. "Não ligamos para o tempo, não. Queremos é ir sentadas", diz Alexandra. "De pé é um empurra-empurra danado. Uma cotovelada aqui, um pisão no pé ali. O trecho é longo, isso quando não dá pane. Sentada, fica suave", completa Andrea. Há ainda quem burle o fluxo de entradas e saídas indicado nas placas e utilize as plataformas centrais nas conexões, entrando no vagão pela porta por onde todo mundo sai. "Faz tanto tempo que faço que isso que já é automático. No horário de pico, só consigo embarcar desse lado", conta a estudante Chimene Araújo, 30, que adota a prática na Barra Funda. Em nota, a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos diz que a rede tem normas de uso para garantir a segurança dos passageiros e que eles "devem atentar-se às regras de boa convivência para deslocarem-se com segurança dentro e fora dos trens".
cotidiano
Passageiros criam estratégias diante da superlotação em trens e metrôsO acúmulo de atrasos na entrega de novas linhas e estações e a consequente superlotação do sistema de trens e metrôs de São Paulo fazem do uso do transporte sobre trilhos um vale-tudo. Em dez anos, enquanto a extensão da rede do metrô cresceu 36%, o número de usuários subiu 92%. Para enfrentar plataformas, vagões e conexões apinhadas de gente nos horários de pico, os usuários criaram uma série de estratégias –muitas vezes, no mínimo questionáveis– para as viagens ficarem menos longas e espremidas. Vale até apostar corrida antes da abertura das portas para não ficar preso na multidão, como faz todos os dias o estudante Higor Ferraz, 18. "Uso a linha 4-amarela e, quando o trem está chegando na estação da Luz, eu já vou para a porta do vagão. Se você não corre, fica um monte de gente na escada e me dá agonia. Gosto de chegar primeiro para pegar um bom lugar na CPTM", diz. Veja infográfico BLOGUEIROS Vale calcular qual vagão para exatamente em frente à escada de saída ou de conexão que se quer fazer. A tática, de tão corriqueira, ganhou até uma lista, compartilhada em blogs e redes sociais, que promete mapear portas e vagões certos para ganhar tempo. Na estação da Sé, por exemplo, a mais movimentada de todas as do metrô, quem chega pela linha 3-vermelha, sentido Barra Funda, e quer ir para o sentido Tucuruvi da 1-azul procura ficar na última porta do penúltimo carro ou na primeira porta do último carro. "Aprendi com o tempo. Se não fico no vagão certo, perco mais de dez minutos", conta Gabriel Ferreira, 21. Há também quem se arrisque a fazer uma manobra proibida e muito perigosa: saltar da plataforma para o trem, ainda em movimento, grudando na porta para ser o primeiro a entrar. "Tem que dar uma de Homem-Aranha pra conseguir sentar. Não deveria ser assim, mas cada um dá seu jeito. Ficar de pé por 40 minutos depois do serviço é dureza", diz Leonardo Oliveira, 31. Ele é um dos passageiros que adotam a prática na estação Brás da linha 12-safira da CPTM. O objetivo é garantir um lugar sentado. LÓGICA No vale-tudo, vale ainda o que parece pouco lógico: pegar o metrô no sentido contrário ao de casa. A chamada viagem negativa é usada por passageiros que preferem perder tempo em um trajeto extra até mais uma estação para obter um assento vago na composição vazia e viajar sentado. É o caso das atendentes Alexandra Lúcia Silva, 37, e Andréa de Queirós, 33, que trabalham de pé o dia inteiro numa lanchonete e preferem fazer uma viagem ao terminal Barra Funda para encarar o trajeto de volta até Artur Alvim sentadas. "Não ligamos para o tempo, não. Queremos é ir sentadas", diz Alexandra. "De pé é um empurra-empurra danado. Uma cotovelada aqui, um pisão no pé ali. O trecho é longo, isso quando não dá pane. Sentada, fica suave", completa Andrea. Há ainda quem burle o fluxo de entradas e saídas indicado nas placas e utilize as plataformas centrais nas conexões, entrando no vagão pela porta por onde todo mundo sai. "Faz tanto tempo que faço que isso que já é automático. No horário de pico, só consigo embarcar desse lado", conta a estudante Chimene Araújo, 30, que adota a prática na Barra Funda. Em nota, a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos diz que a rede tem normas de uso para garantir a segurança dos passageiros e que eles "devem atentar-se às regras de boa convivência para deslocarem-se com segurança dentro e fora dos trens".
6
Assembleia continuará fiscalizando o Supremo venezuelano, afirma opositor
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Henry Ramos Allup, disse nesta quarta-feira (2) que a bancada opositora, hoje majoritária, continuará fiscalizando as instituições da república apesar da sentença da corte suprema para esvaziar poderes do Legislativo. Nesta terça (1º), o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) invalidou manobras da oposição para investigar a controversa substituição de juízes da suprema corte em dezembro e suspeitas de irregularidades nas Forças Armadas. "Este ato do TSJ nada mais é do que uma sentença do medo. Nós não saímos do que diz a Constituição. Seguiremos cumprindo com nossas funções porque quem nos elegeu foi o povo. Vamos ver se o TSJ continua com seus atropelos", disse Ramos Allup em declarações à imprensa. Ele afirmou que a Assembleia Nacional mantém planos de investigar todas as suspeitas de irregularidade no governo, inclusive acusações de corrupção na estatal petroleira PDVSA e de envolvimento de militares com o narcotráfico. Os artigos 187, 222 e 223 da Constituição determinam que a Assembleia Nacional tem prerrogativa de "exercer funções de controle sobre o governo e a Administração Pública Nacional" por meio de investigações e convocações de servidores. O alvo mais urgente da oposição é a nomeação, pelo antigo Parlamento chavista, de 13 dos 32 juízes do TSJ em dezembro, na última sessão antes da posse da nova legislatura. Eles ficarão no cargo pelos próximos 12 anos. A oposição diz que a substituição dos magistrados é uma manobra do chavismo para consolidar seu controle sobre a corte no longo prazo. Os novos magistrados substituem antecessores que se aposentaram sem motivação clara em outubro, mais de um ano antes do prazo. Nesta terça, a oposição divulgou vídeo no qual uma das magistradas aposentadas, Carmen Porras, diz ter sido pressionada a sair do TSJ. O tribunal está constitucionalmente incumbido de arbitrar disputas entre poderes, mas jamais emitiu decisão contrária ao governo. O embate entre o Legislativo e os demais poderes da república aumenta à medida em que se acirra a crise econômica no país. A inflação supera 180% e o PIB despencou 5,7%, segundo dados oficiais. A escassez de itens básicos é generalizada. A oposição diz que a única maneira de reerguer o país é destituir Maduro e eliminar o aparelhamento do Estado pelos chavistas. Já os governistas acusam a oposição de golpismo.
mundo
Assembleia continuará fiscalizando o Supremo venezuelano, afirma opositorO presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Henry Ramos Allup, disse nesta quarta-feira (2) que a bancada opositora, hoje majoritária, continuará fiscalizando as instituições da república apesar da sentença da corte suprema para esvaziar poderes do Legislativo. Nesta terça (1º), o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) invalidou manobras da oposição para investigar a controversa substituição de juízes da suprema corte em dezembro e suspeitas de irregularidades nas Forças Armadas. "Este ato do TSJ nada mais é do que uma sentença do medo. Nós não saímos do que diz a Constituição. Seguiremos cumprindo com nossas funções porque quem nos elegeu foi o povo. Vamos ver se o TSJ continua com seus atropelos", disse Ramos Allup em declarações à imprensa. Ele afirmou que a Assembleia Nacional mantém planos de investigar todas as suspeitas de irregularidade no governo, inclusive acusações de corrupção na estatal petroleira PDVSA e de envolvimento de militares com o narcotráfico. Os artigos 187, 222 e 223 da Constituição determinam que a Assembleia Nacional tem prerrogativa de "exercer funções de controle sobre o governo e a Administração Pública Nacional" por meio de investigações e convocações de servidores. O alvo mais urgente da oposição é a nomeação, pelo antigo Parlamento chavista, de 13 dos 32 juízes do TSJ em dezembro, na última sessão antes da posse da nova legislatura. Eles ficarão no cargo pelos próximos 12 anos. A oposição diz que a substituição dos magistrados é uma manobra do chavismo para consolidar seu controle sobre a corte no longo prazo. Os novos magistrados substituem antecessores que se aposentaram sem motivação clara em outubro, mais de um ano antes do prazo. Nesta terça, a oposição divulgou vídeo no qual uma das magistradas aposentadas, Carmen Porras, diz ter sido pressionada a sair do TSJ. O tribunal está constitucionalmente incumbido de arbitrar disputas entre poderes, mas jamais emitiu decisão contrária ao governo. O embate entre o Legislativo e os demais poderes da república aumenta à medida em que se acirra a crise econômica no país. A inflação supera 180% e o PIB despencou 5,7%, segundo dados oficiais. A escassez de itens básicos é generalizada. A oposição diz que a única maneira de reerguer o país é destituir Maduro e eliminar o aparelhamento do Estado pelos chavistas. Já os governistas acusam a oposição de golpismo.
3
Comédia de Shakespeare 'como público gosta' ganha versão crua
Reza a lenda que William Shakespeare, após receber críticas à densidade de suas peças históricas, decidiu fazer um espetáculo do jeito que o público gosta. Assim teria nascido "As You Like It" ("como você gosta"), comédia da fase mais madura do dramaturgo, escrita no fim do século 16. Verdade ou não, a história representa um pouco do espírito do bardo inglês, diz o diretor Vinicius Coimbra. "O trabalho dele atingia tanto as pessoas mais populares quanto as mais sofisticadas", afirma o encenador. Mais conhecido por seu trabalho na televisão –dirigiu as novelas "Insensato Coração" (2011) e "Lado a Lado" (2012)– Coimbra traduziu (junto a Gabriel Falcão), adaptou e dirigiu o texto, que ganhou o título "Como a Gente Gosta". Após uma temporada no Rio, o espetáculo chega a São Paulo nesta sexta (31). Baseada no romance "Rosalinda" (1590), de Thomas Lodge, a comédia de Shakespeare é centrada em Rosalinda (Priscila Steinman), que se apaixona por Orlando (Gabriel Falcão). Mas, como é de praxe em contos românticos, o amor encontra obstáculos: Orlando foge ao saber que seu irmão tem a intenção de matá-lo. Rosalinda é banida da corte –já que seu pai, o duque, foi deposto–, foge na companhia de uma prima e do bobo da corte (papel de Pedro Paulo Rangel) e assume uma identidade masculina, a de Sebastião. Com o disfarce, reencontra Orlando, mas ela não pode se revelar. CENOURAS E REPOLHOS Coimbra diz que buscou uma adaptação mais palatável para o público contemporâneo. Manteve a métrica de Shakespeare, mas deixou a linguagem menos rebuscada. Também cortou cerca de 30% do texto original e incluiu novas cenas (algo como 15% da dramaturgia final), em especial para o papel do bobo da corte –segundo o diretor, com o intuito de ressaltar o caráter irônico do personagem. "Ele traz uma opinião bastante crítica", afirma. "O bobo tem essa função em peças, de dizer as verdades para os poderosos sem correr muitos riscos", continua Rangel. "[O personagem] diz que bobo é aquele que se acha esperto e esperto é aquele que se acha bobo." As alegorias continuam no cenário e no figurino minimalistas. São poucos elementos de cena, e os atores identificam seus personagens com alguns objetos e uma camiseta onde se lê o prenome de quem interpretam. As trocas de roupas são feitas atrás de um biombo ao fundo do palco. Como o seu bobo, Rangel conta que o elenco, sem o apoio de uma grande cenografia, precisa confiar ainda mais na interpretação para cativar o público. "É o puro prazer da representação." "Na época de Shakespeare, as pessoas ficavam lá no Globe [teatro da companhia do dramaturgo] comendo suas alfaces, suas cenouras, seus repolhos e, quando não gostavam da peça, atiravam as comidas nos atores. Então a peça tinha que ser muito boa. E é isso que a gente tenta fazer. " COMO A GENTE GOSTA QUANDO sex., às 21h30, sáb., às 21h, dom., às 19h; até 20/9 ONDE Teatro Nair Bello - shopping Frei Caneca, r. Frei Caneca, 569, tel. (11) 3472-2414 QUANTO R$ 60 CLASSIFICAÇÃO 14 anos
ilustrada
Comédia de Shakespeare 'como público gosta' ganha versão cruaReza a lenda que William Shakespeare, após receber críticas à densidade de suas peças históricas, decidiu fazer um espetáculo do jeito que o público gosta. Assim teria nascido "As You Like It" ("como você gosta"), comédia da fase mais madura do dramaturgo, escrita no fim do século 16. Verdade ou não, a história representa um pouco do espírito do bardo inglês, diz o diretor Vinicius Coimbra. "O trabalho dele atingia tanto as pessoas mais populares quanto as mais sofisticadas", afirma o encenador. Mais conhecido por seu trabalho na televisão –dirigiu as novelas "Insensato Coração" (2011) e "Lado a Lado" (2012)– Coimbra traduziu (junto a Gabriel Falcão), adaptou e dirigiu o texto, que ganhou o título "Como a Gente Gosta". Após uma temporada no Rio, o espetáculo chega a São Paulo nesta sexta (31). Baseada no romance "Rosalinda" (1590), de Thomas Lodge, a comédia de Shakespeare é centrada em Rosalinda (Priscila Steinman), que se apaixona por Orlando (Gabriel Falcão). Mas, como é de praxe em contos românticos, o amor encontra obstáculos: Orlando foge ao saber que seu irmão tem a intenção de matá-lo. Rosalinda é banida da corte –já que seu pai, o duque, foi deposto–, foge na companhia de uma prima e do bobo da corte (papel de Pedro Paulo Rangel) e assume uma identidade masculina, a de Sebastião. Com o disfarce, reencontra Orlando, mas ela não pode se revelar. CENOURAS E REPOLHOS Coimbra diz que buscou uma adaptação mais palatável para o público contemporâneo. Manteve a métrica de Shakespeare, mas deixou a linguagem menos rebuscada. Também cortou cerca de 30% do texto original e incluiu novas cenas (algo como 15% da dramaturgia final), em especial para o papel do bobo da corte –segundo o diretor, com o intuito de ressaltar o caráter irônico do personagem. "Ele traz uma opinião bastante crítica", afirma. "O bobo tem essa função em peças, de dizer as verdades para os poderosos sem correr muitos riscos", continua Rangel. "[O personagem] diz que bobo é aquele que se acha esperto e esperto é aquele que se acha bobo." As alegorias continuam no cenário e no figurino minimalistas. São poucos elementos de cena, e os atores identificam seus personagens com alguns objetos e uma camiseta onde se lê o prenome de quem interpretam. As trocas de roupas são feitas atrás de um biombo ao fundo do palco. Como o seu bobo, Rangel conta que o elenco, sem o apoio de uma grande cenografia, precisa confiar ainda mais na interpretação para cativar o público. "É o puro prazer da representação." "Na época de Shakespeare, as pessoas ficavam lá no Globe [teatro da companhia do dramaturgo] comendo suas alfaces, suas cenouras, seus repolhos e, quando não gostavam da peça, atiravam as comidas nos atores. Então a peça tinha que ser muito boa. E é isso que a gente tenta fazer. " COMO A GENTE GOSTA QUANDO sex., às 21h30, sáb., às 21h, dom., às 19h; até 20/9 ONDE Teatro Nair Bello - shopping Frei Caneca, r. Frei Caneca, 569, tel. (11) 3472-2414 QUANTO R$ 60 CLASSIFICAÇÃO 14 anos
1
Werdum ganha de Velásquez e unifica cinturões dos pesos-pesados do UFC
Fabrício Werdum, 37, colocou o Brasil novamente em destaque no UFC. Na madrugada deste domingo (14), o gaúcho de Porto Alegre derrotou o americano Cain Velásquez por finalização no terceiro round e unificou os cinturões dos pesos-pesados (até 120 kg). "Eu era a zebra, mas isso me deu uma grande motivação no octógono, sabendo que ninguém acreditava que eu poderia vencer. Provavelmente só meu time e minha família", declarou o brasileiro. "É o melhor momento da minha vida, derrotar Cain e me tornar campeão do mundo. Estou feliz em ser o melhor do mundo", completou. Werdum já havia conquistado o cinturão interino dos pesos-pesados em novembro, ao derrotar Mark Hunt em novembro. Na ocasião, ele deveria enfrentar Velásquez, mas o americano estava com o joelho lesionado e cancelou a luta. "Muitas pessoas disseram que era um cinturão falso. Agora eu tenho dois e ninguém pode me questionar", destacou. No primeiro round, Velásquez dominou as ações, levando o combate para a grade. Especialista em jiu-jítsu, Werdum tentava trazer a luta para o chão, o que conseguiu com sucesso no terceiro round. Com uma guilhotina, o brasileiro conseguiu finalizar (vencer por imobilização) o americano. Werdum agora soma seis vitórias consecutivas no UFC desde seu retorno à competição em 2012. Ele já havia participado do evento entre 2007 e 2008.
esporte
Werdum ganha de Velásquez e unifica cinturões dos pesos-pesados do UFCFabrício Werdum, 37, colocou o Brasil novamente em destaque no UFC. Na madrugada deste domingo (14), o gaúcho de Porto Alegre derrotou o americano Cain Velásquez por finalização no terceiro round e unificou os cinturões dos pesos-pesados (até 120 kg). "Eu era a zebra, mas isso me deu uma grande motivação no octógono, sabendo que ninguém acreditava que eu poderia vencer. Provavelmente só meu time e minha família", declarou o brasileiro. "É o melhor momento da minha vida, derrotar Cain e me tornar campeão do mundo. Estou feliz em ser o melhor do mundo", completou. Werdum já havia conquistado o cinturão interino dos pesos-pesados em novembro, ao derrotar Mark Hunt em novembro. Na ocasião, ele deveria enfrentar Velásquez, mas o americano estava com o joelho lesionado e cancelou a luta. "Muitas pessoas disseram que era um cinturão falso. Agora eu tenho dois e ninguém pode me questionar", destacou. No primeiro round, Velásquez dominou as ações, levando o combate para a grade. Especialista em jiu-jítsu, Werdum tentava trazer a luta para o chão, o que conseguiu com sucesso no terceiro round. Com uma guilhotina, o brasileiro conseguiu finalizar (vencer por imobilização) o americano. Werdum agora soma seis vitórias consecutivas no UFC desde seu retorno à competição em 2012. Ele já havia participado do evento entre 2007 e 2008.
4
Mortes: Uma professora dedicada ao ensino público
Therezinha demorou a descobrir sua vocação. Não por não saber o que fazer ou por ter escolhido a profissão errada, mas porque precisou tomar um sacode da vida antes de se encontrar no mundo. Dona de casa, só foi trabalhar fora no começo dos anos 1980, já depois de mais velha, quando o marido perdeu o emprego em meio à recessão econômica que atingia o país. Segurou as pontas em casa, mesmo com a doença que acometeu o marido após o desemprego, e cuidou dos quatro filhos praticamente sozinha, conta um deles, Sérgio. Fez magistério e começou a dar aula para o ensino primário em 1981. "Ela entrou por necessidade, mas se apaixonou", afirma o filho. Gostou tanto da profissão que fez vestibular e entrou no curso de ciências sociais da USP (Universidade de São Paulo) dois anos depois, aos 46 anos, mesmo depois de décadas sem estudar. Não deixou de dar aulas no primário, sempre em escolas públicas, sua grande preocupação. Era rigorosa no ensino, mas brincalhona e cuidadosa com os alunos, diz Sérgio. Como agradecimento pela dedicação ao ensino, chegou a ganhar uma placa em sua homenagem na escola municipal Olavo Pezzotti, última instituição em que lecionou, até se aposentar em 2000. Apaixonada por animais, costumava adotar gatos e batizou seu cachorro, da raça São Bernardo, de Frederico d'Aosta Valle –"com nome e sobrenome, como se fosse um nobre", como conta o filho. Morreu em 29 de setembro, aos 79, após uma pneumonia. Deixa quatro filhos, três netos, irmã e sobrinhos. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
cotidiano
Mortes: Uma professora dedicada ao ensino públicoTherezinha demorou a descobrir sua vocação. Não por não saber o que fazer ou por ter escolhido a profissão errada, mas porque precisou tomar um sacode da vida antes de se encontrar no mundo. Dona de casa, só foi trabalhar fora no começo dos anos 1980, já depois de mais velha, quando o marido perdeu o emprego em meio à recessão econômica que atingia o país. Segurou as pontas em casa, mesmo com a doença que acometeu o marido após o desemprego, e cuidou dos quatro filhos praticamente sozinha, conta um deles, Sérgio. Fez magistério e começou a dar aula para o ensino primário em 1981. "Ela entrou por necessidade, mas se apaixonou", afirma o filho. Gostou tanto da profissão que fez vestibular e entrou no curso de ciências sociais da USP (Universidade de São Paulo) dois anos depois, aos 46 anos, mesmo depois de décadas sem estudar. Não deixou de dar aulas no primário, sempre em escolas públicas, sua grande preocupação. Era rigorosa no ensino, mas brincalhona e cuidadosa com os alunos, diz Sérgio. Como agradecimento pela dedicação ao ensino, chegou a ganhar uma placa em sua homenagem na escola municipal Olavo Pezzotti, última instituição em que lecionou, até se aposentar em 2000. Apaixonada por animais, costumava adotar gatos e batizou seu cachorro, da raça São Bernardo, de Frederico d'Aosta Valle –"com nome e sobrenome, como se fosse um nobre", como conta o filho. Morreu em 29 de setembro, aos 79, após uma pneumonia. Deixa quatro filhos, três netos, irmã e sobrinhos. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
6
Rede critica falta de prontidão de Temer em apoiar Lava Jato
A Rede, partido criado pela ex-ministra Marina Silva, voltou nesta terça-feira (19) a fazer críticas ao vice-presidente Michel Temer. Em nota pública, o partido afirma que o peemedebista não demonstrou prontidão em apoiar a Operação Lava Jato e não há registro de que tenha condenado "a relação de chantagem" entre o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e o Palácio do Planalto. No domingo (17), Marina afirmou que o eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff e sua substituição por Temer poderia causar uma paralisação nas investigações da Polícia Federal. No dia seguinte, em resposta a Marina, o vice-presidente disse ter ficado preocupado com a "manifestação de desconhecimento institucional" por uma pessoa que foi candidata a presidente. Segundo ele, nenhum presidente tem poder de ingerência nos assuntos de outro Poder da República. "É curioso observar a agilidade demonstrada pelo vice-presidente Michel Temer em criticar o posicionamento da Rede", rebateu o partido."Ele não demonstrou a mesma prontidão, por exemplo, para apoiar a Operação Lava Jato, especialmente diante do noticiário sobre as articulações e pressões de seus parceiros do PMDB para coibir essas investigações", acrescentou. Para o partido, o vice-presidente ainda cometeu um ato falho. Segundo ele, Marina não fez nenhuma referência a ingerência em assuntos de outro Poder da República. "É preocupante o fato de que o vice-presidente tenha compreendido outra coisa e vestido a carapuça de maneira tão apressada", criticou. OUTRO LADO Em uma tréplica, a assessoria de imprensa de Temer ressaltou em nota que em agosto do ano passado ele defendeu as investigações da Operação Lava Jato e negou que o vice-presidente tenha cometido um ato falho ao responder às declarações de Marina. Segundo o texto, o peemedebista "apenas transmitiu algumas informações básicas sobre a Constituição" a Marina. "É um gesto que ele pratica de bom grado para diminuir a desinformação de alguns setores da política brasileira."
poder
Rede critica falta de prontidão de Temer em apoiar Lava JatoA Rede, partido criado pela ex-ministra Marina Silva, voltou nesta terça-feira (19) a fazer críticas ao vice-presidente Michel Temer. Em nota pública, o partido afirma que o peemedebista não demonstrou prontidão em apoiar a Operação Lava Jato e não há registro de que tenha condenado "a relação de chantagem" entre o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e o Palácio do Planalto. No domingo (17), Marina afirmou que o eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff e sua substituição por Temer poderia causar uma paralisação nas investigações da Polícia Federal. No dia seguinte, em resposta a Marina, o vice-presidente disse ter ficado preocupado com a "manifestação de desconhecimento institucional" por uma pessoa que foi candidata a presidente. Segundo ele, nenhum presidente tem poder de ingerência nos assuntos de outro Poder da República. "É curioso observar a agilidade demonstrada pelo vice-presidente Michel Temer em criticar o posicionamento da Rede", rebateu o partido."Ele não demonstrou a mesma prontidão, por exemplo, para apoiar a Operação Lava Jato, especialmente diante do noticiário sobre as articulações e pressões de seus parceiros do PMDB para coibir essas investigações", acrescentou. Para o partido, o vice-presidente ainda cometeu um ato falho. Segundo ele, Marina não fez nenhuma referência a ingerência em assuntos de outro Poder da República. "É preocupante o fato de que o vice-presidente tenha compreendido outra coisa e vestido a carapuça de maneira tão apressada", criticou. OUTRO LADO Em uma tréplica, a assessoria de imprensa de Temer ressaltou em nota que em agosto do ano passado ele defendeu as investigações da Operação Lava Jato e negou que o vice-presidente tenha cometido um ato falho ao responder às declarações de Marina. Segundo o texto, o peemedebista "apenas transmitiu algumas informações básicas sobre a Constituição" a Marina. "É um gesto que ele pratica de bom grado para diminuir a desinformação de alguns setores da política brasileira."
0
Vaticano debate papel da mulher e diz que plásticas são "burca de carne"
Uma nova iniciativa do Vaticano para alcançar o público feminino azedou antes mesmo de sair do chão: a modelo sexy do vídeo promocional postado pela Igreja Católica em dezembro foi tão ridicularizada que o vídeo rapidamente foi tirado do ar. Mas o programa continua, e uma reunião inaugural que ocorre nesta semana vai estudar questões femininas em maneiras completamente novas para a Santa Sé. Não, debater a questão da ordenação de mulheres como sacerdotisas, nem pensar. Mas o documento para discussão da plenária do Pontifício Conselho de Cultura sobre "Culturas Femininas: Igualdade e Diferença" fala em abrir as portas da Igreja para as mulheres, para que possam oferecer suas habilidades em "plena colaboração e integração" com os homens. O texto denuncia a cirurgia plástica como uma forma de "agressão" contra o corpo feminino, "como uma burca feita de carne". E reconhece que, durante séculos, a Igreja ofereceu às mulheres "migalhas ideológicas e arcaicas". É um terreno pantanoso para a hierarquia completamente masculina da Igreja Católica, e até o papa Francisco já foi criticado por errar o tom quando fala nas mulheres. O pontífice, um mestre da comunicação, já elogiou com sinceridade o "gênio feminino". Mas também já foi criticado, quando elogiou as mulheres da mais prestigiosa comissão teológica da Igreja como "as cerejas do bolo". Quando foi questionado sobre se uma mulher um dia lideraria um escritório do Vaticano, ele brincou que "os pastores muitas vezes se rendem à autoridade da empregada." Poucos duvidam da seriedade de Francisco quando prometeu nomear mulheres a cargos-chave do Vaticano ao final de sua reforma burocrática. Ninguém também questiona sua sinceridade quando diz que "as mulheres podem levantar questões que nós, homens, não entendemos". Mas, como recentemente apontou o comentarista David Gibson, Francisco também soa muito fortemente como o religioso argentino de 78 anos de idade que ele é - "usando analogias que soam ora condescendentes, ora pouco políticas, mesmo que bem intencionadas". O Vaticano fez progresso recentemente. Depois de ter uma mulher na liderança da delegação do Vaticano às conferências populacionais da ONU na década de 1990, há hoje uma mulher leiga no terceiro cargo do escritório de justiça e paz do Vaticano. Outra lidera o departamento feminino do escritório do Vaticano para os leigos. As questões femininas como um todo estão mais visíveis graças ao caderno mensal sobre mulheres no jornal oficial da Igreja, "L'Osservatore Romano". A mais nova iniciativa vem como cortesia do cardeal Gianfranco Ravasi, um acadêmico que cita com a mesma facilidade Nietzsche e Amy Winehouse e não tem medo da polêmica ao elevar o reconhecimento do Vaticano nos círculos do esporte, da arte e até dos ateus, à frente do ministério da Cultura do Vaticano. Sua primeira iniciativa no terreno das questões femininas, porém, foi um 'mico' - ao menos para a fatia do mundo que entende inglês. Pouco antes do Natal, seu gabinete lançou a iniciativa #lifeofwomen nas mídias sociais, para promover a reunião plenária que ocorre de 4 a 7 de fevereiro. A ideia era que mulheres do mundo inteiro enviassem um vídeo de 60 segundos sobre suas vidas para possível inclusão numa montagem que seria apresentada no "grande encontro de cardeais e bispos" na próxima semana. No vídeo, a atriz italiana Nancy Brilli - loura e curvilínea, apesar das roupas modestas no vídeo - perguntava seriamente às espectadoras quantas vezes elas se perguntavam "quem é você? O que você faz? O que você pensa sobre si mesma enquanto mulher?" Veja vídeo A critica veio rápida e dura. "O que estão pensando no Vaticano?", escreveu Phyllis Zagano, da Universidade de Hofstra, no site liberal "National Catholic Reporter". "Além do óbvio - o uso de mulheres sexy para chamar atenção há muito tempo já passou do limite nos países desenvolvidos e é completamente inaceitável em países predominantemente muçulmanos - o fato é que chamar a atenção para uma porta-voz estereotipada não é a melhor maneira de pedir colaboração das mulhres". Os críticos observaram que as mulheres de quem o Vaticano mais deve querer ouvir relatos - as que sofrem com a pobreza, a violência e a guerra - podem não ter um smartphone à mão para enviar um vídeo. Outros dizem que o prazo de duas semanas, justamente no meio dos feriados de fim de ano, trabalharam contra qualquer resposta mais ampla. A versão em inglês do vídeo de Brilli foi sumariamente tirada do ar, embora a versão em italiano permaneça no website do ministério. Ao final, cerca de 250 vídeos foram enviados. Boa parte veio de ativistas pedindo a ordenação de mulheres. Consuela Corradi, socióloga da universidade católica Lumsa, em Roma, foi uma das 15 mulheres que assessoraram Ravasi na iniciativa. Ela queixou-se de que as críticas ao vídeo foram injustas. "Se tivéssemos escolhido uma modelo feia, isso mudaria a mensagem? Acho que não", ela disse. Segundo ela, as mulheres consultoras foram inteiramente responsáveis pela redação do documento de trabalho, sem interferência do ministério, embora ela tenha dito que o documento foi editado para ficar mais conciso. Não é claro, porém, o que resultará disso. Muitas vezes esses rascunhos tornam-se a base de um documento final adotado por todos os membros de um departamento do Vaticano ao final de uma plenária. Ravasi, porém, não disse o que fará com ele. Helen Alvare, professora de Direito na Universidade George Mason e consultora no escritório do Vaticano para os leigos, disse que o palavreado usado no documento do Vaticano é notável porque fala em "colaboração e integração" com os homens dentro da Igreja. Segundo ela, isso reflete conclusões de grandes consultorias empresariais, segundo as quais as empresas trabalham melhor quando homens e mulheres colaboram em todos os níveis. "Essa declaração é o mais forte endosso que já vi num documento da Igreja para algo que às vezes chamamos de complementaridade dentro da Igreja", disse ela.
mundo
Vaticano debate papel da mulher e diz que plásticas são "burca de carne"Uma nova iniciativa do Vaticano para alcançar o público feminino azedou antes mesmo de sair do chão: a modelo sexy do vídeo promocional postado pela Igreja Católica em dezembro foi tão ridicularizada que o vídeo rapidamente foi tirado do ar. Mas o programa continua, e uma reunião inaugural que ocorre nesta semana vai estudar questões femininas em maneiras completamente novas para a Santa Sé. Não, debater a questão da ordenação de mulheres como sacerdotisas, nem pensar. Mas o documento para discussão da plenária do Pontifício Conselho de Cultura sobre "Culturas Femininas: Igualdade e Diferença" fala em abrir as portas da Igreja para as mulheres, para que possam oferecer suas habilidades em "plena colaboração e integração" com os homens. O texto denuncia a cirurgia plástica como uma forma de "agressão" contra o corpo feminino, "como uma burca feita de carne". E reconhece que, durante séculos, a Igreja ofereceu às mulheres "migalhas ideológicas e arcaicas". É um terreno pantanoso para a hierarquia completamente masculina da Igreja Católica, e até o papa Francisco já foi criticado por errar o tom quando fala nas mulheres. O pontífice, um mestre da comunicação, já elogiou com sinceridade o "gênio feminino". Mas também já foi criticado, quando elogiou as mulheres da mais prestigiosa comissão teológica da Igreja como "as cerejas do bolo". Quando foi questionado sobre se uma mulher um dia lideraria um escritório do Vaticano, ele brincou que "os pastores muitas vezes se rendem à autoridade da empregada." Poucos duvidam da seriedade de Francisco quando prometeu nomear mulheres a cargos-chave do Vaticano ao final de sua reforma burocrática. Ninguém também questiona sua sinceridade quando diz que "as mulheres podem levantar questões que nós, homens, não entendemos". Mas, como recentemente apontou o comentarista David Gibson, Francisco também soa muito fortemente como o religioso argentino de 78 anos de idade que ele é - "usando analogias que soam ora condescendentes, ora pouco políticas, mesmo que bem intencionadas". O Vaticano fez progresso recentemente. Depois de ter uma mulher na liderança da delegação do Vaticano às conferências populacionais da ONU na década de 1990, há hoje uma mulher leiga no terceiro cargo do escritório de justiça e paz do Vaticano. Outra lidera o departamento feminino do escritório do Vaticano para os leigos. As questões femininas como um todo estão mais visíveis graças ao caderno mensal sobre mulheres no jornal oficial da Igreja, "L'Osservatore Romano". A mais nova iniciativa vem como cortesia do cardeal Gianfranco Ravasi, um acadêmico que cita com a mesma facilidade Nietzsche e Amy Winehouse e não tem medo da polêmica ao elevar o reconhecimento do Vaticano nos círculos do esporte, da arte e até dos ateus, à frente do ministério da Cultura do Vaticano. Sua primeira iniciativa no terreno das questões femininas, porém, foi um 'mico' - ao menos para a fatia do mundo que entende inglês. Pouco antes do Natal, seu gabinete lançou a iniciativa #lifeofwomen nas mídias sociais, para promover a reunião plenária que ocorre de 4 a 7 de fevereiro. A ideia era que mulheres do mundo inteiro enviassem um vídeo de 60 segundos sobre suas vidas para possível inclusão numa montagem que seria apresentada no "grande encontro de cardeais e bispos" na próxima semana. No vídeo, a atriz italiana Nancy Brilli - loura e curvilínea, apesar das roupas modestas no vídeo - perguntava seriamente às espectadoras quantas vezes elas se perguntavam "quem é você? O que você faz? O que você pensa sobre si mesma enquanto mulher?" Veja vídeo A critica veio rápida e dura. "O que estão pensando no Vaticano?", escreveu Phyllis Zagano, da Universidade de Hofstra, no site liberal "National Catholic Reporter". "Além do óbvio - o uso de mulheres sexy para chamar atenção há muito tempo já passou do limite nos países desenvolvidos e é completamente inaceitável em países predominantemente muçulmanos - o fato é que chamar a atenção para uma porta-voz estereotipada não é a melhor maneira de pedir colaboração das mulhres". Os críticos observaram que as mulheres de quem o Vaticano mais deve querer ouvir relatos - as que sofrem com a pobreza, a violência e a guerra - podem não ter um smartphone à mão para enviar um vídeo. Outros dizem que o prazo de duas semanas, justamente no meio dos feriados de fim de ano, trabalharam contra qualquer resposta mais ampla. A versão em inglês do vídeo de Brilli foi sumariamente tirada do ar, embora a versão em italiano permaneça no website do ministério. Ao final, cerca de 250 vídeos foram enviados. Boa parte veio de ativistas pedindo a ordenação de mulheres. Consuela Corradi, socióloga da universidade católica Lumsa, em Roma, foi uma das 15 mulheres que assessoraram Ravasi na iniciativa. Ela queixou-se de que as críticas ao vídeo foram injustas. "Se tivéssemos escolhido uma modelo feia, isso mudaria a mensagem? Acho que não", ela disse. Segundo ela, as mulheres consultoras foram inteiramente responsáveis pela redação do documento de trabalho, sem interferência do ministério, embora ela tenha dito que o documento foi editado para ficar mais conciso. Não é claro, porém, o que resultará disso. Muitas vezes esses rascunhos tornam-se a base de um documento final adotado por todos os membros de um departamento do Vaticano ao final de uma plenária. Ravasi, porém, não disse o que fará com ele. Helen Alvare, professora de Direito na Universidade George Mason e consultora no escritório do Vaticano para os leigos, disse que o palavreado usado no documento do Vaticano é notável porque fala em "colaboração e integração" com os homens dentro da Igreja. Segundo ela, isso reflete conclusões de grandes consultorias empresariais, segundo as quais as empresas trabalham melhor quando homens e mulheres colaboram em todos os níveis. "Essa declaração é o mais forte endosso que já vi num documento da Igreja para algo que às vezes chamamos de complementaridade dentro da Igreja", disse ela.
3
Grupo Tenco vai investir R$ 540 mi na construção de quatro shoppings
O grupo mineiro Tenco planeja investir R$ 540 milhões no ano que vem, com a construção de quatro shopping centers em três Estados. Dos futuros empreendimentos, dois têm data de abertura prevista ainda para 2016: um em Itaquaquecetuba (a 36 km da capital paulista) e outro em Guarapuava, no interior do Paraná. Os outros dois shoppings deverão ficar prontos no primeiro semestre de 2017. Há uma inauguração prevista para Garanhuns (PE) e uma para Bragança Paulista, distante 85 km de São Paulo. Em 2016, a perspectiva é que a empresa também foque na aquisição de centros comerciais prontos, diz Eduardo Gribel, presidente da Tenco. "A estratégia de investimento é implantar novos centros de compras em cidades com mais de 180 mil habitantes -e, de preferência, que o nosso seja o primeiro shopping daquele município." Essa opção por cidades menores, segundo Gribel, facilitou a comercialização das lojas, pois os varejistas que reduziram inaugurações em 2015 optaram por abrir unidades em locais onde ainda não estavam presentes. O freio no consumo também leva mais tempo para ser sentido pelo setor, segundo a Abrasce. "As obras são de longo prazo e o que é inaugurado hoje foi pensado em 2010. A crise impactará os projetos de 2018", diz Glauco Humai, presidente da entidade. 8 é o número de shoppings da Tenco em funcionamento R$ 540 milhões é o investimento previsto pela empresa em 2016 * Escritório na Escola A construtura Mozak, do Rio, planeja lançar um edifício no terreno onde funcionou um colégio tradicional no Leblon, o St Patrick's, que está vazio desde 2012. O prédio da escola faz parte da área de proteção ao ambiente cultural do bairro, o que dificultou o negócio. Quando a construtora garantir a autorização da prefeitura, prevista para outubro, vai erguer um prédio comercial, mas a fachada do colégio será mantida. "A ideia é preservar a arquitetura antiga e misturar com uma nova", diz Isaac Elehep, sócio da Mozak. * Janela para Alugar A Vitacon planeja investir R$ 400 milhões em novos projetos no próximo ano, sobretudo em empreendimentos para locação. "É uma estratégia mais de longo prazo. O mercado deverá ir por esse caminho. As pessoas não vão mais querer mobilizar capital nesse momento de crise", diz Alexandre Frankel, CEO da empresa. Em 2015, a companhia fechou uma parceria com a ESPM para instalar um edifício próximo à faculdade com dormitórios para os alunos. Um projeto semelhante deverá ser lançado em 2016 com outra instituição de ensino. Apesar de continuar com investimentos, a incorporadora sentiu a crise do setor imobiliário em 2015. No início deste ano, Frankel projetava uma alta no faturamento, que deverá ficar no patamar de 2014. As margens foram reduzidas em 15% para manter as vendas. * Entre janeiro e novembro deste ano, o mercado de previdência privada teve captação líquida de R$ 38,1 bilhões, segundo a plataforma Quantum Axis, que compara dados financeiros. A Brasilprev, do Banco do Brasil, captou cerca de R$ 20,1 bilhões nesse mesmo intervalo, uma alta de 13% na comparação com igual período do ano passado. "O brasileiro já faz mais investimentos de longo prazo", diz Werner Suffert, da BB Seguridade. "Essa nova visão faz com que produtos como a previdência privada tenham performance positiva." Na Bradesco Seguros, por sua vez, a captação líquida dos fundos atingiu R$ 6,8 bilhões de janeiro até o dia 11 de dezembro deste ano -alta de 45,4% em relação ao mesmo período de 2016. Apenas neste mês, a seguradora registrou aumento de 11,3% de captação. * Economia Primeiro Para os CFOs brasileiros, economia (47%), maior confiança entre os empregadores (34%) e clima político (29%) são os fatores de grande impacto para impulsionar o mercado de trabalho, segundo levantamento da Robert Half. Quando se leva em conta a média global, situação econômica (37%), confiança entre os empregadores (30%) e maior segurança entre os trabalhadores (29%) são as condicionantes mais expressivas. A pesquisa ouviu 2.425 diretores financeiros de 16 países, sendo cem do Brasil. * Mais Coelhos na Páscoa O número de trabalhadores temporários contratados pelas fabricantes de chocolates para a Páscoa cresceu 9,4%. Cerca de 29 mil pessoas foram contratadas para a data de 2016. No mesmo período do ano passado, haviam sido 26,5 mil, segundo a Abicab (associação do setor). "Esse aumento não está ligado à produção, que tem diminuído, mas aos pontos de venda. As empresas estão colocando mais funcionários para promover os produtos e abordar os consumidores", diz Ubiracy Fonseca, vice-presidente da entidade. O que Estou Lendo As leituras da economista Zeina Latif, da XP Investimentos, entre a angústia e a tristeza, parecem combinar com a economia brasileira. Zeina está terminando de ler "Judas", de Amós Oz. "Há um curioso paralelo entre Judas e um personagem crítico à criação de um Estado judeu. Pela minha origem palestina, o livro causou-me uma certa angústia. Ouvir as razões da discordância é o primeiro passo para o diálogo entre judeus e palestinos." Ela lê também "Brasil: uma Biografia", de Lilia Schwarcz e Heloisa Starling. "Retrata uma democracia tardia e ainda frágil, um país violento, com uma sociedade heterogênea e pouco generosa. Uma dose de tristeza na leitura, outra reflexão necessária." * Hora do Café com LUCIANA DYNIEWICZ, FELIPE GUTIERREZ e DOUGLAS GAVRAS
colunas
Grupo Tenco vai investir R$ 540 mi na construção de quatro shoppingsO grupo mineiro Tenco planeja investir R$ 540 milhões no ano que vem, com a construção de quatro shopping centers em três Estados. Dos futuros empreendimentos, dois têm data de abertura prevista ainda para 2016: um em Itaquaquecetuba (a 36 km da capital paulista) e outro em Guarapuava, no interior do Paraná. Os outros dois shoppings deverão ficar prontos no primeiro semestre de 2017. Há uma inauguração prevista para Garanhuns (PE) e uma para Bragança Paulista, distante 85 km de São Paulo. Em 2016, a perspectiva é que a empresa também foque na aquisição de centros comerciais prontos, diz Eduardo Gribel, presidente da Tenco. "A estratégia de investimento é implantar novos centros de compras em cidades com mais de 180 mil habitantes -e, de preferência, que o nosso seja o primeiro shopping daquele município." Essa opção por cidades menores, segundo Gribel, facilitou a comercialização das lojas, pois os varejistas que reduziram inaugurações em 2015 optaram por abrir unidades em locais onde ainda não estavam presentes. O freio no consumo também leva mais tempo para ser sentido pelo setor, segundo a Abrasce. "As obras são de longo prazo e o que é inaugurado hoje foi pensado em 2010. A crise impactará os projetos de 2018", diz Glauco Humai, presidente da entidade. 8 é o número de shoppings da Tenco em funcionamento R$ 540 milhões é o investimento previsto pela empresa em 2016 * Escritório na Escola A construtura Mozak, do Rio, planeja lançar um edifício no terreno onde funcionou um colégio tradicional no Leblon, o St Patrick's, que está vazio desde 2012. O prédio da escola faz parte da área de proteção ao ambiente cultural do bairro, o que dificultou o negócio. Quando a construtora garantir a autorização da prefeitura, prevista para outubro, vai erguer um prédio comercial, mas a fachada do colégio será mantida. "A ideia é preservar a arquitetura antiga e misturar com uma nova", diz Isaac Elehep, sócio da Mozak. * Janela para Alugar A Vitacon planeja investir R$ 400 milhões em novos projetos no próximo ano, sobretudo em empreendimentos para locação. "É uma estratégia mais de longo prazo. O mercado deverá ir por esse caminho. As pessoas não vão mais querer mobilizar capital nesse momento de crise", diz Alexandre Frankel, CEO da empresa. Em 2015, a companhia fechou uma parceria com a ESPM para instalar um edifício próximo à faculdade com dormitórios para os alunos. Um projeto semelhante deverá ser lançado em 2016 com outra instituição de ensino. Apesar de continuar com investimentos, a incorporadora sentiu a crise do setor imobiliário em 2015. No início deste ano, Frankel projetava uma alta no faturamento, que deverá ficar no patamar de 2014. As margens foram reduzidas em 15% para manter as vendas. * Entre janeiro e novembro deste ano, o mercado de previdência privada teve captação líquida de R$ 38,1 bilhões, segundo a plataforma Quantum Axis, que compara dados financeiros. A Brasilprev, do Banco do Brasil, captou cerca de R$ 20,1 bilhões nesse mesmo intervalo, uma alta de 13% na comparação com igual período do ano passado. "O brasileiro já faz mais investimentos de longo prazo", diz Werner Suffert, da BB Seguridade. "Essa nova visão faz com que produtos como a previdência privada tenham performance positiva." Na Bradesco Seguros, por sua vez, a captação líquida dos fundos atingiu R$ 6,8 bilhões de janeiro até o dia 11 de dezembro deste ano -alta de 45,4% em relação ao mesmo período de 2016. Apenas neste mês, a seguradora registrou aumento de 11,3% de captação. * Economia Primeiro Para os CFOs brasileiros, economia (47%), maior confiança entre os empregadores (34%) e clima político (29%) são os fatores de grande impacto para impulsionar o mercado de trabalho, segundo levantamento da Robert Half. Quando se leva em conta a média global, situação econômica (37%), confiança entre os empregadores (30%) e maior segurança entre os trabalhadores (29%) são as condicionantes mais expressivas. A pesquisa ouviu 2.425 diretores financeiros de 16 países, sendo cem do Brasil. * Mais Coelhos na Páscoa O número de trabalhadores temporários contratados pelas fabricantes de chocolates para a Páscoa cresceu 9,4%. Cerca de 29 mil pessoas foram contratadas para a data de 2016. No mesmo período do ano passado, haviam sido 26,5 mil, segundo a Abicab (associação do setor). "Esse aumento não está ligado à produção, que tem diminuído, mas aos pontos de venda. As empresas estão colocando mais funcionários para promover os produtos e abordar os consumidores", diz Ubiracy Fonseca, vice-presidente da entidade. O que Estou Lendo As leituras da economista Zeina Latif, da XP Investimentos, entre a angústia e a tristeza, parecem combinar com a economia brasileira. Zeina está terminando de ler "Judas", de Amós Oz. "Há um curioso paralelo entre Judas e um personagem crítico à criação de um Estado judeu. Pela minha origem palestina, o livro causou-me uma certa angústia. Ouvir as razões da discordância é o primeiro passo para o diálogo entre judeus e palestinos." Ela lê também "Brasil: uma Biografia", de Lilia Schwarcz e Heloisa Starling. "Retrata uma democracia tardia e ainda frágil, um país violento, com uma sociedade heterogênea e pouco generosa. Uma dose de tristeza na leitura, outra reflexão necessária." * Hora do Café com LUCIANA DYNIEWICZ, FELIPE GUTIERREZ e DOUGLAS GAVRAS
10
Desemprego nas metrópoles vai a 8,2% e é o maior desde maio de 2009
Com o aumento da dispensa de trabalhadores, a taxa de desemprego cresceu de 7,6% em janeiro para 8,2% em fevereiro nas seis maiores regiões metropolitanas do país, informou o IBGE nesta quarta-feira (23). Trata-se da maior taxa desde maio de 2009 (8,8%). Os dados são da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), que acompanha o mercado de trabalho em seis regiões metropolitanas do país (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre). O resultado ficou ligeiramente acima do esperado. Os economistas consultados pela agência internacional Bloomberg previam um aumento para 8,1% no mês, considerando o centro (mediana) das projeções. O mercado cortou fortemente postos de trabalho em fevereiro. A população ocupada (empregada) era de 22,55 milhões em fevereiro, 1,9% menos que no mês anterior. Isso significa 428 mil pessoas a menos com emprego. O mês de fevereiro costuma ser marcado pelas dispensas de trabalhadores temporários contratados no fim do ano anterior. Desta vez, porém, isso ocorreu de maneira mais intensa. "Houve uma intensificação dessa redução da população ocupada, que é uma características do mês. Essa queda foi a maior registrada para meses de março desde 2003", disse Adriana Beringuy, técnica do IBGE. Frente a um ano antes, essa queda é ainda mais intensa, de 3,6%, ou 842 mil trabalhadores empregados a menos nas seis metrópoles pesquisadas pelo IBGE. Desemprego - Taxa de desocupação, em % Na passagem de janeiro para fevereiro, as demissões foram maiores no setor de comércio, com o corte de 177 mil empregos, uma queda de 3,9%. Foi o maior corte do setor para o mês desde 2003. O grupo chamado outros serviços (que inclui alimentação, transporte e serviços pessoais) cortou 174 mil postos, uma queda de 4% no número de empregos. "Esse corte do comércio veio sobretudo da região metropolitana de São Paulo, com cortes de 100 mil vagas na comparação a janeiro", disse a técnica do IBGE. Com isso, a população desempregada (desocupada) em fevereiro chegou a 2 milhões de pessoas, 7,2% acima de janeiro deste ano, ou 136 mil pessoas a mais. E 39% acima do mesmo mês do ano passado. O crescimento da taxa de desemprego não foi ainda maior porque muitos dos demitidos não procuraram emprego no período e, portanto, não foram considerados desempregados. Pela metodologia do IBGE, só é desempregado quem procura emprego. O número de pessoas não economicamente ativas cresceu 1,4% de janeiro para fevereiro, o que representa 281 mil pessoas. Frente a fevereiro do ano passado, o aumento foi de 4,5%, um avanço em 903 mil pessoas. Esse movimento ocorreu em todas as regiões metropolitanas, mas foi especialmente mais intenso no Rio de Janeiro. Na cidade, 105 mil pessoas foram para a inatividade, um aumento de 2% frente a janeiro deste ano. Já o rendimento real (que já desconta a inflação) dos trabalhadores foi de R$ 2.227,50 em fevereiro, uma queda de 1,5% frente ao mês anterior e de 7,5% na comparação a fevereiro do ano passado, segundo informou o IBGE. Rendimento real habitual - Em R$ "Essa queda no intervalo de um ano reflete as dispensas de empregados e também a dificuldade de negociação de reajustres salariais acima da inflação", disse Beringuy. Esta é a última vez que a PME é calculada pelo IBGE. A partir de agora, o mercado de trabalho será medido pela Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), de abrangência nacional.
mercado
Desemprego nas metrópoles vai a 8,2% e é o maior desde maio de 2009Com o aumento da dispensa de trabalhadores, a taxa de desemprego cresceu de 7,6% em janeiro para 8,2% em fevereiro nas seis maiores regiões metropolitanas do país, informou o IBGE nesta quarta-feira (23). Trata-se da maior taxa desde maio de 2009 (8,8%). Os dados são da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), que acompanha o mercado de trabalho em seis regiões metropolitanas do país (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre). O resultado ficou ligeiramente acima do esperado. Os economistas consultados pela agência internacional Bloomberg previam um aumento para 8,1% no mês, considerando o centro (mediana) das projeções. O mercado cortou fortemente postos de trabalho em fevereiro. A população ocupada (empregada) era de 22,55 milhões em fevereiro, 1,9% menos que no mês anterior. Isso significa 428 mil pessoas a menos com emprego. O mês de fevereiro costuma ser marcado pelas dispensas de trabalhadores temporários contratados no fim do ano anterior. Desta vez, porém, isso ocorreu de maneira mais intensa. "Houve uma intensificação dessa redução da população ocupada, que é uma características do mês. Essa queda foi a maior registrada para meses de março desde 2003", disse Adriana Beringuy, técnica do IBGE. Frente a um ano antes, essa queda é ainda mais intensa, de 3,6%, ou 842 mil trabalhadores empregados a menos nas seis metrópoles pesquisadas pelo IBGE. Desemprego - Taxa de desocupação, em % Na passagem de janeiro para fevereiro, as demissões foram maiores no setor de comércio, com o corte de 177 mil empregos, uma queda de 3,9%. Foi o maior corte do setor para o mês desde 2003. O grupo chamado outros serviços (que inclui alimentação, transporte e serviços pessoais) cortou 174 mil postos, uma queda de 4% no número de empregos. "Esse corte do comércio veio sobretudo da região metropolitana de São Paulo, com cortes de 100 mil vagas na comparação a janeiro", disse a técnica do IBGE. Com isso, a população desempregada (desocupada) em fevereiro chegou a 2 milhões de pessoas, 7,2% acima de janeiro deste ano, ou 136 mil pessoas a mais. E 39% acima do mesmo mês do ano passado. O crescimento da taxa de desemprego não foi ainda maior porque muitos dos demitidos não procuraram emprego no período e, portanto, não foram considerados desempregados. Pela metodologia do IBGE, só é desempregado quem procura emprego. O número de pessoas não economicamente ativas cresceu 1,4% de janeiro para fevereiro, o que representa 281 mil pessoas. Frente a fevereiro do ano passado, o aumento foi de 4,5%, um avanço em 903 mil pessoas. Esse movimento ocorreu em todas as regiões metropolitanas, mas foi especialmente mais intenso no Rio de Janeiro. Na cidade, 105 mil pessoas foram para a inatividade, um aumento de 2% frente a janeiro deste ano. Já o rendimento real (que já desconta a inflação) dos trabalhadores foi de R$ 2.227,50 em fevereiro, uma queda de 1,5% frente ao mês anterior e de 7,5% na comparação a fevereiro do ano passado, segundo informou o IBGE. Rendimento real habitual - Em R$ "Essa queda no intervalo de um ano reflete as dispensas de empregados e também a dificuldade de negociação de reajustres salariais acima da inflação", disse Beringuy. Esta é a última vez que a PME é calculada pelo IBGE. A partir de agora, o mercado de trabalho será medido pela Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), de abrangência nacional.
2
Em peça adaptada do conto de fadas, Cinderela sonha ser estilista
DE SÃO PAULO Todas as semanas, os convidados da sãopaulo indicam, na coluna "Folhinha", passeios, peças e livros para curtir com as crianças. Veja abaixo as sugestões desta semana. * Gabriela Romeu, jornalista especializada em infância, destaca a peça "Cinderela Lá Lá Lá" indicação: acima de 5 anos Nesta comédia musical adaptada a partir do conto da menina do borralho, a companhia Le Plat du Jour traz uma princesa batalhadora, que sonha ser estilista, enfrenta uma madrasta viciada em shopping e tem duas irmãs que almejam ser atrizes. O trio em cena, que se reveza entre muitos papéis, canta músicas que ajudam a narrar a saga de Cinderela. Os figurinos, cheios de referências de diferentes épocas, dão um show à parte. Teatro Alfa - sala B. R. Bento Branco de Andrade Filho, 722, Jardim Dom Bosco, tel. 5693-4000. 204 lugares. Sáb. e dom.: 17h30. Até 16/4. 50 min. Livre. Ingr.: R$ 30. * Bruno Molinero, do blog "Era Outra Vez", indica o livro "A Libélula e a Tartaruga" Indicação: acima de 8 anos Na fábula do escritor Rubem Alves, a diferença entre adultos e crianças surge em dois bichos: a tartaruga e a libélula. A primeira é pesada, segura, com um casco que parece uma armadura. A outra é leve, frágil e serelepe. "Quando as crianças deixam de ser libélulas para se tornarem tartarugas, os adultos dizem que ficaram maduras", diz a cascuda. O livro integra uma coleção com fábulas do premiado autor. Autor: Rubem Alves. Ilustradora: Veridiana Scarpelli. Editora: FTD (2016, 32 págs., R$ 37) * Mônica Rodrigues da Costa, jornalista especializada em infância, sugere a peça "O Menino e a Cerejeira" Indicação: acima de 6 anos Mais uma vez em cartaz, o premiado espetáculo atrai o público pela cenografia e figurinos delicados, à moda oriental, interpretação convincente e mensagem otimista de paz. Conta a história de um menino e um velho que se juntam para salvar uma cerejeira que sobrevive à destruição da guerra. Direção de Stella Tobar, com texto adaptado do livro homônimo de Daisaku Ikeda. Teatro Municipal da Mooca Arthur Azevedo. Av. Paes de Barros, 955, Mooca, tel. 2604-5558. 319 lugares. Sáb. e dom.: 16h. Até 26/2. 50 min. Livre. Ingr.: R$ 7,50 a R$ 15. - ESPECIAL Maratona Infantil - Ritmo de Festa A edição pré-Carnaval do evento, neste domingo (19), terá oficinas de fantasias e de um lançador caseiro de confetes. Espetáculos como "Carnaval dos Bichos" (Cia. Evoé) também fazem parte da programação, além da intervenção "É Ritmo de Festa", em que a Cia. Porto de Luanda manipula bonecos ao som de marchinhas de Silvio Santos -o museu abriga uma mostra sobre o apresentador. A área externa do MIS ainda recebe "Mamulengo", nova peça da Cia. Buzum!. MIS. Av. Europa, 158, Jardim Europa, tel. 2117-4777. Dom. (19): 10h às 17h. Livre. Valet R$ 18. Retirar ingresso com antecedência de uma hora. GRÁTIS * CONTADORES DE HISTÓRIAS Encontro de Partilhas O Coletivo Cafuzas faz a mediação de leitura desta atividade, que integra a programação da Mostra Motumbá. Os encontros procuram compartilhar com o público infantil narrativas e jogos referentes às culturas indígenas e africanas por meio, entre outras coisas, da leitura de livros com esses temas. Sesc Belenzinho - biblioteca. R. Pe. Adelino, 1.000, Quarta Parada, tel. 2076-9700. Sáb. e dom.: 14h às 16h. Até 2/3. 120 min. Livre. Estac. a partir de R$ 5,50. GRÁTIS * MUSEU E CIÊNCIA Museu da Imaginação O espaço, recém-inaugurado, abriga uma exposição em que todas as obras podem ser tocadas pelas crianças. No andar de baixo, há várias brincadeiras que estimulam a imaginação e as atividades em grupo, como casa na árvore e uma instalação de cordas para escalar e se pendurar. As visitas, que duram três horas, são monitoradas. R. Ricardo Cavatton, 251, Lapa de Baixo, tel. 2645-7590. 130 vagas p/ período. Seg. a sex.: 10h às 13h e 14h às 17h. Sáb.: 10h às 13h. Livre. Estac. R$ 20 (n° 125). Ingresso: R$ 160. De 3 a 12 anos: R$ 80. Pais c/ menor pagante: R$ 50. Menores de 2 anos: grátis. * TEATRO INFANTIL O Aprendiz de Feiticeiro A montagem é inspirada no poema de Goethe (1749-1832). Dono de uma imaginação excepcional, Arthur é alvo de bullying na escola por ser considerado nerd. Depois de uma agressão, ele é salvo por Jane, com quem inicia uma aventura repleta de bruxas, dragões e feiticeiros. Direção: Eduardo Figueiredo. Com: Maurício Machado, Vitor Thiré, Giovanna Grigio e Julio Oliveira. 75 min. Livre. Teatro J. Safra. R. Josef Kryss, 318, Parque Ind. Tomas Edson, tel. 3611-3042. 627 lugares. Sáb. e dom.: 16h. Até 26/3. 75 min. Livre. Ingr.: R$ 20 a R$ 50.
saopaulo
Em peça adaptada do conto de fadas, Cinderela sonha ser estilistaDE SÃO PAULO Todas as semanas, os convidados da sãopaulo indicam, na coluna "Folhinha", passeios, peças e livros para curtir com as crianças. Veja abaixo as sugestões desta semana. * Gabriela Romeu, jornalista especializada em infância, destaca a peça "Cinderela Lá Lá Lá" indicação: acima de 5 anos Nesta comédia musical adaptada a partir do conto da menina do borralho, a companhia Le Plat du Jour traz uma princesa batalhadora, que sonha ser estilista, enfrenta uma madrasta viciada em shopping e tem duas irmãs que almejam ser atrizes. O trio em cena, que se reveza entre muitos papéis, canta músicas que ajudam a narrar a saga de Cinderela. Os figurinos, cheios de referências de diferentes épocas, dão um show à parte. Teatro Alfa - sala B. R. Bento Branco de Andrade Filho, 722, Jardim Dom Bosco, tel. 5693-4000. 204 lugares. Sáb. e dom.: 17h30. Até 16/4. 50 min. Livre. Ingr.: R$ 30. * Bruno Molinero, do blog "Era Outra Vez", indica o livro "A Libélula e a Tartaruga" Indicação: acima de 8 anos Na fábula do escritor Rubem Alves, a diferença entre adultos e crianças surge em dois bichos: a tartaruga e a libélula. A primeira é pesada, segura, com um casco que parece uma armadura. A outra é leve, frágil e serelepe. "Quando as crianças deixam de ser libélulas para se tornarem tartarugas, os adultos dizem que ficaram maduras", diz a cascuda. O livro integra uma coleção com fábulas do premiado autor. Autor: Rubem Alves. Ilustradora: Veridiana Scarpelli. Editora: FTD (2016, 32 págs., R$ 37) * Mônica Rodrigues da Costa, jornalista especializada em infância, sugere a peça "O Menino e a Cerejeira" Indicação: acima de 6 anos Mais uma vez em cartaz, o premiado espetáculo atrai o público pela cenografia e figurinos delicados, à moda oriental, interpretação convincente e mensagem otimista de paz. Conta a história de um menino e um velho que se juntam para salvar uma cerejeira que sobrevive à destruição da guerra. Direção de Stella Tobar, com texto adaptado do livro homônimo de Daisaku Ikeda. Teatro Municipal da Mooca Arthur Azevedo. Av. Paes de Barros, 955, Mooca, tel. 2604-5558. 319 lugares. Sáb. e dom.: 16h. Até 26/2. 50 min. Livre. Ingr.: R$ 7,50 a R$ 15. - ESPECIAL Maratona Infantil - Ritmo de Festa A edição pré-Carnaval do evento, neste domingo (19), terá oficinas de fantasias e de um lançador caseiro de confetes. Espetáculos como "Carnaval dos Bichos" (Cia. Evoé) também fazem parte da programação, além da intervenção "É Ritmo de Festa", em que a Cia. Porto de Luanda manipula bonecos ao som de marchinhas de Silvio Santos -o museu abriga uma mostra sobre o apresentador. A área externa do MIS ainda recebe "Mamulengo", nova peça da Cia. Buzum!. MIS. Av. Europa, 158, Jardim Europa, tel. 2117-4777. Dom. (19): 10h às 17h. Livre. Valet R$ 18. Retirar ingresso com antecedência de uma hora. GRÁTIS * CONTADORES DE HISTÓRIAS Encontro de Partilhas O Coletivo Cafuzas faz a mediação de leitura desta atividade, que integra a programação da Mostra Motumbá. Os encontros procuram compartilhar com o público infantil narrativas e jogos referentes às culturas indígenas e africanas por meio, entre outras coisas, da leitura de livros com esses temas. Sesc Belenzinho - biblioteca. R. Pe. Adelino, 1.000, Quarta Parada, tel. 2076-9700. Sáb. e dom.: 14h às 16h. Até 2/3. 120 min. Livre. Estac. a partir de R$ 5,50. GRÁTIS * MUSEU E CIÊNCIA Museu da Imaginação O espaço, recém-inaugurado, abriga uma exposição em que todas as obras podem ser tocadas pelas crianças. No andar de baixo, há várias brincadeiras que estimulam a imaginação e as atividades em grupo, como casa na árvore e uma instalação de cordas para escalar e se pendurar. As visitas, que duram três horas, são monitoradas. R. Ricardo Cavatton, 251, Lapa de Baixo, tel. 2645-7590. 130 vagas p/ período. Seg. a sex.: 10h às 13h e 14h às 17h. Sáb.: 10h às 13h. Livre. Estac. R$ 20 (n° 125). Ingresso: R$ 160. De 3 a 12 anos: R$ 80. Pais c/ menor pagante: R$ 50. Menores de 2 anos: grátis. * TEATRO INFANTIL O Aprendiz de Feiticeiro A montagem é inspirada no poema de Goethe (1749-1832). Dono de uma imaginação excepcional, Arthur é alvo de bullying na escola por ser considerado nerd. Depois de uma agressão, ele é salvo por Jane, com quem inicia uma aventura repleta de bruxas, dragões e feiticeiros. Direção: Eduardo Figueiredo. Com: Maurício Machado, Vitor Thiré, Giovanna Grigio e Julio Oliveira. 75 min. Livre. Teatro J. Safra. R. Josef Kryss, 318, Parque Ind. Tomas Edson, tel. 3611-3042. 627 lugares. Sáb. e dom.: 16h. Até 26/3. 75 min. Livre. Ingr.: R$ 20 a R$ 50.
17
Irmã de Romero Britto escreve livro e acusa artista de desleixo com a mãe
Ele a chama de Beta, ela o chama de Melo. Há quem os tome por gêmeos, tamanha a semelhança física (brinque de jogo dos sete erros na foto desta página, com Demi Moore). "Sou a musa do meu irmão", diz a pernambucana Roberta Britto, 49 anos, dois a menos que Romero. "Ele só me pinta. Estou em várias telas." Melo tira Beta do sério às vezes. "Tenho raiva dele porque é minha família, e famílias brigam", ela diz à Folha sentada numa poltrona Romero Britto, à venda por R$ 7.000 na galeria Roberta Britto, na rua Oscar Freire, em São Paulo. Lá vende obras do irmão e de artistas que trabalham com material orgânico e pop art. Em livro ainda sem título, a caçula de nove irmãos (entre 49 e 69 anos) narra a história do clã Britto –e não poupa passagens mais cinzentas do que a obra do familiar famoso. Nas 200 páginas já escritas, inseriu críticas a um suposto descaso de Romero com o câncer que matou a mãe em 2012, aos 89 anos. "Não foi só ele. Nenhum irmão trouxe uma fralda sequer pra nossa mãe", ela reclama de José Antônio, Romulo, Rosemiro, Robson, Roberval, Risoleta e Romero. O nono irmão, Austriclinio, já morreu. Por meio de porta-voz, o artista responde: "É muito triste quando as pessoas sugerem o contrário, mas tenho sido sempre generoso com a minha família, e, enquanto puder, continuarei a sê-lo". É DE FAMÍLIA Romero Britto teve a quem puxar, diz Roberta. "Nossa mãe era uma mulher à frente do tempo. Na verdade, ela que tinha a veia artística. Era manicure, uma arte não valorizada. Fazia crochê, boneca de pano, cocada. Foi empregada doméstica, criava porcos até eles ficaram bem gordos." Quando menino, sem poder comprar materiais adequados, Romero usava os esmaltes da dona Maria para pintar, na base do "não tem tu, vai tu mesmo", lembra a irmã. Improvisava telas em paredes e caixas de papelão. Maria de Lourdes Marques dos Santos Rosemiro da Silva Brito era filha bastarda de um latifundiário. O marido tinha outras famílias e não era tão presente, Roberta diz do pai. Em 2009,os médicos lhe diagnosticaram um câncer no peritônio. "É o mesmo que pegou a Hebe [Camargo], deixa o estômago inflado, parece que a pessoa comeu demais." A conta no hospital Santa Catarina, na avenida Paulista, foi salgada –sem especificar o valor, sinaliza algo em torno de R$ 100 mil. "Não ia colocar minha mãe no SUS." A dívida, diz ela, ainda existe, daí a cobrança com o irmão famoso. "Estamos num impasse." Ao mesmo tempo em que cuidava da matriarca, ela descobriu que também estava com câncer -removeu a mama esquerda e 33 linfonodos. Não que Romero não ligue. Após operar os seios, por exemplo, Roberta acordou, e lá estava ele, com champanhe e duas taças. "Pra celebrar." O problema, diz, é que ele trabalha demais. Se visitava mãe e irmã doentes no Brasil, aproveitava e fazia uma agenda profissional. Risco de morte corria Beta, mas era Melo quem não tinha vida. "Romero é muito generoso, dá dinheiro pra caridade. Mas não pode esquecer nunca que tem uma real família. Uma vez estava em Florianópolis e vi o Cauã [Reymond] com a mãe. Quanto carinho... É isso!" FAZ-TUDO Apesar de desavenças pontuais, a família é unida, segundo Roberta. Conta que o irmão a levou em 1989 para morar em Miami. Ela aprendeu inglês com canções dos Bee Gees e ficou duas décadas. Virou uma "faz-tudo" na galeria Romero Britto: de faxina a ajudar a pintar as várias demãos de tinta nos quadros. Também foi modelo por um dia: em 1990, desfilou com um maiô cavado para a Absolut Vodca quando ele fez uma campanha para a marca. Gostou dos EUA. "No Brasil as pessoas são mais aculturadas. Lá gostam de arte, colecionam brindes do McDonald's, cartas de beisebol." Mas voltou. Roberta, que se descobriu gay aos 27 anos, mora com "uma companheira maravilhosa" e vai de bicicleta para sua galeria na Oscar Freire. "Todos nós temos um pouco de gay, até os animais", opina, sem querer falar da sexualidade do irmão (casado e com um filho de 25 anos, o Brendan). "Não me diz respeito." O que lhe diz respeito, isso sim, é o "desprezo" que a crítica local reserva a Romero. Cita Tom Jobim ("no Brasil, fazer sucesso é ofensa pessoal") e Nelson Rodrigues ("toda unanimidade é burra"). Na biografia em andamento, escreveu: "Quando falo que arte tem que ser usufruída que nem uma Coca-Cola é porque vejo que um Romero consegue ser acessível a todos". Mas crê que às vezes falta critério. "Esse Bom Ar [aromatizante com ilustrações de Romero], por exemplo. O logo é muito maior do que as imagens. Desvalorizou a ideia."
ilustrada
Irmã de Romero Britto escreve livro e acusa artista de desleixo com a mãeEle a chama de Beta, ela o chama de Melo. Há quem os tome por gêmeos, tamanha a semelhança física (brinque de jogo dos sete erros na foto desta página, com Demi Moore). "Sou a musa do meu irmão", diz a pernambucana Roberta Britto, 49 anos, dois a menos que Romero. "Ele só me pinta. Estou em várias telas." Melo tira Beta do sério às vezes. "Tenho raiva dele porque é minha família, e famílias brigam", ela diz à Folha sentada numa poltrona Romero Britto, à venda por R$ 7.000 na galeria Roberta Britto, na rua Oscar Freire, em São Paulo. Lá vende obras do irmão e de artistas que trabalham com material orgânico e pop art. Em livro ainda sem título, a caçula de nove irmãos (entre 49 e 69 anos) narra a história do clã Britto –e não poupa passagens mais cinzentas do que a obra do familiar famoso. Nas 200 páginas já escritas, inseriu críticas a um suposto descaso de Romero com o câncer que matou a mãe em 2012, aos 89 anos. "Não foi só ele. Nenhum irmão trouxe uma fralda sequer pra nossa mãe", ela reclama de José Antônio, Romulo, Rosemiro, Robson, Roberval, Risoleta e Romero. O nono irmão, Austriclinio, já morreu. Por meio de porta-voz, o artista responde: "É muito triste quando as pessoas sugerem o contrário, mas tenho sido sempre generoso com a minha família, e, enquanto puder, continuarei a sê-lo". É DE FAMÍLIA Romero Britto teve a quem puxar, diz Roberta. "Nossa mãe era uma mulher à frente do tempo. Na verdade, ela que tinha a veia artística. Era manicure, uma arte não valorizada. Fazia crochê, boneca de pano, cocada. Foi empregada doméstica, criava porcos até eles ficaram bem gordos." Quando menino, sem poder comprar materiais adequados, Romero usava os esmaltes da dona Maria para pintar, na base do "não tem tu, vai tu mesmo", lembra a irmã. Improvisava telas em paredes e caixas de papelão. Maria de Lourdes Marques dos Santos Rosemiro da Silva Brito era filha bastarda de um latifundiário. O marido tinha outras famílias e não era tão presente, Roberta diz do pai. Em 2009,os médicos lhe diagnosticaram um câncer no peritônio. "É o mesmo que pegou a Hebe [Camargo], deixa o estômago inflado, parece que a pessoa comeu demais." A conta no hospital Santa Catarina, na avenida Paulista, foi salgada –sem especificar o valor, sinaliza algo em torno de R$ 100 mil. "Não ia colocar minha mãe no SUS." A dívida, diz ela, ainda existe, daí a cobrança com o irmão famoso. "Estamos num impasse." Ao mesmo tempo em que cuidava da matriarca, ela descobriu que também estava com câncer -removeu a mama esquerda e 33 linfonodos. Não que Romero não ligue. Após operar os seios, por exemplo, Roberta acordou, e lá estava ele, com champanhe e duas taças. "Pra celebrar." O problema, diz, é que ele trabalha demais. Se visitava mãe e irmã doentes no Brasil, aproveitava e fazia uma agenda profissional. Risco de morte corria Beta, mas era Melo quem não tinha vida. "Romero é muito generoso, dá dinheiro pra caridade. Mas não pode esquecer nunca que tem uma real família. Uma vez estava em Florianópolis e vi o Cauã [Reymond] com a mãe. Quanto carinho... É isso!" FAZ-TUDO Apesar de desavenças pontuais, a família é unida, segundo Roberta. Conta que o irmão a levou em 1989 para morar em Miami. Ela aprendeu inglês com canções dos Bee Gees e ficou duas décadas. Virou uma "faz-tudo" na galeria Romero Britto: de faxina a ajudar a pintar as várias demãos de tinta nos quadros. Também foi modelo por um dia: em 1990, desfilou com um maiô cavado para a Absolut Vodca quando ele fez uma campanha para a marca. Gostou dos EUA. "No Brasil as pessoas são mais aculturadas. Lá gostam de arte, colecionam brindes do McDonald's, cartas de beisebol." Mas voltou. Roberta, que se descobriu gay aos 27 anos, mora com "uma companheira maravilhosa" e vai de bicicleta para sua galeria na Oscar Freire. "Todos nós temos um pouco de gay, até os animais", opina, sem querer falar da sexualidade do irmão (casado e com um filho de 25 anos, o Brendan). "Não me diz respeito." O que lhe diz respeito, isso sim, é o "desprezo" que a crítica local reserva a Romero. Cita Tom Jobim ("no Brasil, fazer sucesso é ofensa pessoal") e Nelson Rodrigues ("toda unanimidade é burra"). Na biografia em andamento, escreveu: "Quando falo que arte tem que ser usufruída que nem uma Coca-Cola é porque vejo que um Romero consegue ser acessível a todos". Mas crê que às vezes falta critério. "Esse Bom Ar [aromatizante com ilustrações de Romero], por exemplo. O logo é muito maior do que as imagens. Desvalorizou a ideia."
1
PSDB prolonga apoio a Temer por aliança com PMDB em eleição indireta
Dirigentes do PSDB querem prolongar o apoio do partido a Michel Temer para tentar manter uma aliança com o PMDB na eleição indireta que pode suceder a eventual queda do presidente. Desde a revelação das acusações feitas contra Temer pelo empresário Joesley Batista, a cúpula tucana discute reservadamente a proposta de deixar o governo. Optou, entretanto, por evitar um rompimento imediato com o partido de Temer. A avaliação do PSDB é a de que o PMDB será um ator imprescindível da aliança que vai eleger o novo presidente em caso de eleição indireta e, principalmente, funcionará como "centro moderador" da nova gestão no Congresso. Nesse cenário, afirmam tucanos, o PMDB seria inclusive contemplado na formação de um novo governo envolvendo a negociação da manutenção de ministros e a participação em postos-chave na Câmara e no Senado. Os principais integrantes da cúpula do PSDB concordam com esse entendimento. Defendem uma conversa com dirigentes do PMDB para selar esse entendimento antes que a crise política se deteriore e o desembarque tucano do governo se torne irreversível. A ideia é manter, em uma possível nova gestão, boa parte da coalizão que atualmente sustenta Michel Temer. O "núcleo" da aliança seria formado por PSDB, PMDB e DEM, com apoio de siglas como PSD, PP e PR, entre outras. Os tucanos dizem ter convicção de que seu rompimento imediato com Temer teria força suficiente para desestabilizar e derrubar o governo. Apontam, entretanto, que esse movimento fragmentaria a coalizão que dá sustentação a Temer a ponto de inviabilizar uma composição para a eleição indireta. A negociação com o PMDB e a manutenção da aliança entre as duas siglas seria um gesto para chegar a um acordo negociado para a instabilidade provocada pelas delações da JBS. MOVIMENTAÇÃO TUCANA O presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), deve se reunir nesta terça-feira (23), com a bancada do partido na Câmara –que desde os primeiros momentos da crise defende o rompimento imediato e a entrega dos cargos que a sigla indicou para o governo. A cúpula tucana quer tentar acalmar os ânimos dos deputados, expor a necessidade de manter uma estabilidade temporária e de costurar um acordo para a sucessão de Temer antes que ele seja pressionado a deixar o poder. Nas conversas internas, o PSDB acredita que a conclusão do julgamento do pedido de cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em junho, será a melhor saída para a crise. Diante da resistência de Temer em renunciar, acreditam que a corte eleitoral poderia tirá-lo do poder para encerrar a instabilidade provocada pelas delações.
poder
PSDB prolonga apoio a Temer por aliança com PMDB em eleição indiretaDirigentes do PSDB querem prolongar o apoio do partido a Michel Temer para tentar manter uma aliança com o PMDB na eleição indireta que pode suceder a eventual queda do presidente. Desde a revelação das acusações feitas contra Temer pelo empresário Joesley Batista, a cúpula tucana discute reservadamente a proposta de deixar o governo. Optou, entretanto, por evitar um rompimento imediato com o partido de Temer. A avaliação do PSDB é a de que o PMDB será um ator imprescindível da aliança que vai eleger o novo presidente em caso de eleição indireta e, principalmente, funcionará como "centro moderador" da nova gestão no Congresso. Nesse cenário, afirmam tucanos, o PMDB seria inclusive contemplado na formação de um novo governo envolvendo a negociação da manutenção de ministros e a participação em postos-chave na Câmara e no Senado. Os principais integrantes da cúpula do PSDB concordam com esse entendimento. Defendem uma conversa com dirigentes do PMDB para selar esse entendimento antes que a crise política se deteriore e o desembarque tucano do governo se torne irreversível. A ideia é manter, em uma possível nova gestão, boa parte da coalizão que atualmente sustenta Michel Temer. O "núcleo" da aliança seria formado por PSDB, PMDB e DEM, com apoio de siglas como PSD, PP e PR, entre outras. Os tucanos dizem ter convicção de que seu rompimento imediato com Temer teria força suficiente para desestabilizar e derrubar o governo. Apontam, entretanto, que esse movimento fragmentaria a coalizão que dá sustentação a Temer a ponto de inviabilizar uma composição para a eleição indireta. A negociação com o PMDB e a manutenção da aliança entre as duas siglas seria um gesto para chegar a um acordo negociado para a instabilidade provocada pelas delações da JBS. MOVIMENTAÇÃO TUCANA O presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), deve se reunir nesta terça-feira (23), com a bancada do partido na Câmara –que desde os primeiros momentos da crise defende o rompimento imediato e a entrega dos cargos que a sigla indicou para o governo. A cúpula tucana quer tentar acalmar os ânimos dos deputados, expor a necessidade de manter uma estabilidade temporária e de costurar um acordo para a sucessão de Temer antes que ele seja pressionado a deixar o poder. Nas conversas internas, o PSDB acredita que a conclusão do julgamento do pedido de cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em junho, será a melhor saída para a crise. Diante da resistência de Temer em renunciar, acreditam que a corte eleitoral poderia tirá-lo do poder para encerrar a instabilidade provocada pelas delações.
0
Corinthians abre semifinais no sábado; clássico será no domingo
O Corinthians vai abrir as semifinais do Campeonato Paulista. Em reunião realizada nesta terça-feira (19) na sede da FPF (Federação Paulista de Futebol), ficou definido que o time de Tite vai enfrentar o Audax, no sábado (23), às 18h30, no Itaquerão. O jogo terá transmissão do pay-per-view. A equipe alvinegra eliminou o Red Bull, enquanto o clube de Osasco passou pelo São Paulo. Já o clássico entre Santos e Palmeiras será realizado no domingo (24), às 16h, na Vila Belmiro. O confronto terá transmissão da TV aberta e do SporTV. A equipe de Dorival Júnior ganhou do São Bento nas quartas de final, enquanto o Palmeiras despachou o São Bernardo. Antes do duelo contra o Palmeiras, o Santos enfrenta o seu xará do Amapá na próxima quinta-feira (21), pela primeira fase da Copa do Brasil. Corinthians e Santos têm a vantagem de decidir em casa por terem a melhor campanha na somatória das duas fases disputadas até agora. Se a partida terminar empatada, o classificado será conhecido nas cobranças de pênaltis. Logo após a definição das datas, a FPF confirmou que o clássico será realizado com torcida única
esporte
Corinthians abre semifinais no sábado; clássico será no domingoO Corinthians vai abrir as semifinais do Campeonato Paulista. Em reunião realizada nesta terça-feira (19) na sede da FPF (Federação Paulista de Futebol), ficou definido que o time de Tite vai enfrentar o Audax, no sábado (23), às 18h30, no Itaquerão. O jogo terá transmissão do pay-per-view. A equipe alvinegra eliminou o Red Bull, enquanto o clube de Osasco passou pelo São Paulo. Já o clássico entre Santos e Palmeiras será realizado no domingo (24), às 16h, na Vila Belmiro. O confronto terá transmissão da TV aberta e do SporTV. A equipe de Dorival Júnior ganhou do São Bento nas quartas de final, enquanto o Palmeiras despachou o São Bernardo. Antes do duelo contra o Palmeiras, o Santos enfrenta o seu xará do Amapá na próxima quinta-feira (21), pela primeira fase da Copa do Brasil. Corinthians e Santos têm a vantagem de decidir em casa por terem a melhor campanha na somatória das duas fases disputadas até agora. Se a partida terminar empatada, o classificado será conhecido nas cobranças de pênaltis. Logo após a definição das datas, a FPF confirmou que o clássico será realizado com torcida única
4
Com indicação de Neymar, Tite 'incha' equipe técnica para a Copa da Rússia
Tite comandou uma reação impressionante da seleção brasileira nas eliminatórias. Desde que o treinador assumiu o cargo, o time deixou a sexta colocação, está invicto há dez partidas no torneio e foi o primeiro a garantir dentro de campo a vaga para a Copa do Mundo. O excelente retrospecto deu garantia e segurança ao treinador para montar a sua comissão técnica ideal, maior do que a dos seus antecessores no cargo. O técnico do Brasil conta atualmente com 25 auxiliares– uma média superior a um profissional por atleta. Nesta semana, ele trabalha com 23 jogadores para os dois últimos jogos das eliminatórias do Mundial. Dunga, que o antecedeu no cargo, tinha na sua comissão 21 profissionais. Nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2006, Carlos Alberto Parreira tinha 15 auxiliares. O inchaço da comissão técnica é uma tendência mundial. No Barcelona de Pep Guardiola, o time também tinha um auxiliar para cada jogador. Em Teresópolis, a seleção brasileira conta desde segunda-feira (2) com dois estreantes na comissão técnica: o preparador físico Ricardo Rosa e o fisioterapeuta Caio Mello. Rosa trabalha no Paris Saint Germain, da França. Já Mello é do Corinthians. O preparador físico é um dos profissionais de confiança de Neymar, artilheiro da equipe de Tite. Eles trabalharam juntos no Santos e no Barcelona. O atacante incluiu a contratação do profissional nas exigências que fez ao PSG. Na Catalunha, o preparador era bancado pelo brasileiro. Neste pouco mais de um ano de trabalho, Tite colocou mais quatro profissionais na comissão técnica. Além de Ricardo Rosa, o técnico pediu e a confederação contratou um auxiliar (Sylvinho), um analista tecnológico e um analista de desempenho. Filho do treinador, Matheus Bachi é o analistas tecnológico. Ele é responsável por uma série de aparelhos que monitoram o treinamento, como câmeras e drones. Mello, por sua vez, entrou na comissão técnica para substituir Anderson Paixão, morto em novembro do ano passado na queda do avião da Chapecoense na Colômbia. No treino desta terça-feira, pelo menos cinco profissionais ajudavam Tite no ensaio da defesa contra o ataque. Bachi e Fernando Lázaro, analista de desempenho, eram uma espécie de sparrings. Lázaro é filho de Zé Maria, ex-jogador da seleção e ex-lateral do Corinthians. Até o Mundial da Rússia, a comissão pode aumentar. A seleção não conta com um psicólogo, por exemplo. O emocional dos jogadores da foi um tema questionado pela própria comissão técnica da última Copa do Mundo, comandada por Luiz Felipe Scolari. Durante o torneio realizado no Brasil, a psicóloga Regina Brandão trabalhou para o treinador. Tite ainda não definiu se a equipe terá um psicólogo antes e durante a Copa do Mundo de 2018.
esporte
Com indicação de Neymar, Tite 'incha' equipe técnica para a Copa da RússiaTite comandou uma reação impressionante da seleção brasileira nas eliminatórias. Desde que o treinador assumiu o cargo, o time deixou a sexta colocação, está invicto há dez partidas no torneio e foi o primeiro a garantir dentro de campo a vaga para a Copa do Mundo. O excelente retrospecto deu garantia e segurança ao treinador para montar a sua comissão técnica ideal, maior do que a dos seus antecessores no cargo. O técnico do Brasil conta atualmente com 25 auxiliares– uma média superior a um profissional por atleta. Nesta semana, ele trabalha com 23 jogadores para os dois últimos jogos das eliminatórias do Mundial. Dunga, que o antecedeu no cargo, tinha na sua comissão 21 profissionais. Nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2006, Carlos Alberto Parreira tinha 15 auxiliares. O inchaço da comissão técnica é uma tendência mundial. No Barcelona de Pep Guardiola, o time também tinha um auxiliar para cada jogador. Em Teresópolis, a seleção brasileira conta desde segunda-feira (2) com dois estreantes na comissão técnica: o preparador físico Ricardo Rosa e o fisioterapeuta Caio Mello. Rosa trabalha no Paris Saint Germain, da França. Já Mello é do Corinthians. O preparador físico é um dos profissionais de confiança de Neymar, artilheiro da equipe de Tite. Eles trabalharam juntos no Santos e no Barcelona. O atacante incluiu a contratação do profissional nas exigências que fez ao PSG. Na Catalunha, o preparador era bancado pelo brasileiro. Neste pouco mais de um ano de trabalho, Tite colocou mais quatro profissionais na comissão técnica. Além de Ricardo Rosa, o técnico pediu e a confederação contratou um auxiliar (Sylvinho), um analista tecnológico e um analista de desempenho. Filho do treinador, Matheus Bachi é o analistas tecnológico. Ele é responsável por uma série de aparelhos que monitoram o treinamento, como câmeras e drones. Mello, por sua vez, entrou na comissão técnica para substituir Anderson Paixão, morto em novembro do ano passado na queda do avião da Chapecoense na Colômbia. No treino desta terça-feira, pelo menos cinco profissionais ajudavam Tite no ensaio da defesa contra o ataque. Bachi e Fernando Lázaro, analista de desempenho, eram uma espécie de sparrings. Lázaro é filho de Zé Maria, ex-jogador da seleção e ex-lateral do Corinthians. Até o Mundial da Rússia, a comissão pode aumentar. A seleção não conta com um psicólogo, por exemplo. O emocional dos jogadores da foi um tema questionado pela própria comissão técnica da última Copa do Mundo, comandada por Luiz Felipe Scolari. Durante o torneio realizado no Brasil, a psicóloga Regina Brandão trabalhou para o treinador. Tite ainda não definiu se a equipe terá um psicólogo antes e durante a Copa do Mundo de 2018.
4
Governo federal infla receitas para conseguir fechar as contas
Diante da resistência do Congresso em aprovar medidas que reforçarão o caixa do governo e do risco de a máquina pública parar em agosto, a equipe econômica saiu à procura de dinheiro extra para tentar liberar cerca de R$ 4 bilhões para gastos bloqueados desde março. Uma das soluções foi elevar a previsão de receita com precatórios, de R$ 8,6 bilhões para cerca de R$ 12 bilhões. O aumento se deve a um novo cálculo do Conselho de Justiça Federal para os precatórios –dívidas do poder público decorrentes de sentenças judiciais– não sacados pelo beneficiário há mais de dois anos. Outros R$ 800 milhões poderão sair da edição de uma medida provisória que permitirá ao governo resgatar automaticamente as aposentadorias que continuam sendo pagas pelo INSS para beneficiários que já morreram. Muitas vezes, a União só fica sabendo da morte de um beneficiário meses depois e não consegue recuperar o dinheiro que foi depositado. Até a conclusão desta edição, a equipe econômica ainda buscava outras fontes de receita extraordinária para fechar a conta. Isso porque, mesmo com R$ 12 bilhões a mais em precatórios no caixa, ainda será preciso tomar outras medidas para garantir a liberação de despesas que estão represadas desde março. O dinheiro dos precatórios não poderá ser usado diretamente em despesas futuras porque hoje existe um buraco nas receitas praticamente do mesmo valor, de acordo com técnicos que acompanham os cálculos. A revisão orçamentária está prevista para quinta-feira (20), e até lá o governo precisará apresentar novas fontes de receita para garantir o desbloqueio de despesas. PASSAPORTES A máquina pública já dá sinais de que está parando por falta de recursos. A Polícia Federal paralisou a emissão de passaportes, e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) está fazendo "fiscalizações seletivas". A situação está ruim nesse momento porque muitas medidas enviadas pelo governo ao Congresso Nacional não foram aprovadas. O Refis, por exemplo, virou uma frente de disputa entre a equipe econômica e congressistas que querem oferecer mais vantagens para as empresas refinanciarem suas dívidas tributárias. A nova fase da repatriação de recursos também não foi decidida. Apesar disso, a situação deve melhorar nos próximos meses. A arrecadação tributária federal aumentou em junho e continua dando sinais de retomada. No entanto, caso as receitas necessárias não surjam nos próximos meses, o governo poderá elevar a alíquota de PIS e Cofins ou passar a cobrar o Imposto de Importação sobre combustíveis. Cálculos iniciais indicam que, para cada centavo a mais no preço do litro dos combustíveis com o aumento de PIS e Cofins, seria possível gerar R$ 400 milhões a mais em arrecadação por ano. Esse valor também poderia ser obtido com a cobrança do Imposto de Importação, com uma alíquota de 3%.
mercado
Governo federal infla receitas para conseguir fechar as contasDiante da resistência do Congresso em aprovar medidas que reforçarão o caixa do governo e do risco de a máquina pública parar em agosto, a equipe econômica saiu à procura de dinheiro extra para tentar liberar cerca de R$ 4 bilhões para gastos bloqueados desde março. Uma das soluções foi elevar a previsão de receita com precatórios, de R$ 8,6 bilhões para cerca de R$ 12 bilhões. O aumento se deve a um novo cálculo do Conselho de Justiça Federal para os precatórios –dívidas do poder público decorrentes de sentenças judiciais– não sacados pelo beneficiário há mais de dois anos. Outros R$ 800 milhões poderão sair da edição de uma medida provisória que permitirá ao governo resgatar automaticamente as aposentadorias que continuam sendo pagas pelo INSS para beneficiários que já morreram. Muitas vezes, a União só fica sabendo da morte de um beneficiário meses depois e não consegue recuperar o dinheiro que foi depositado. Até a conclusão desta edição, a equipe econômica ainda buscava outras fontes de receita extraordinária para fechar a conta. Isso porque, mesmo com R$ 12 bilhões a mais em precatórios no caixa, ainda será preciso tomar outras medidas para garantir a liberação de despesas que estão represadas desde março. O dinheiro dos precatórios não poderá ser usado diretamente em despesas futuras porque hoje existe um buraco nas receitas praticamente do mesmo valor, de acordo com técnicos que acompanham os cálculos. A revisão orçamentária está prevista para quinta-feira (20), e até lá o governo precisará apresentar novas fontes de receita para garantir o desbloqueio de despesas. PASSAPORTES A máquina pública já dá sinais de que está parando por falta de recursos. A Polícia Federal paralisou a emissão de passaportes, e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) está fazendo "fiscalizações seletivas". A situação está ruim nesse momento porque muitas medidas enviadas pelo governo ao Congresso Nacional não foram aprovadas. O Refis, por exemplo, virou uma frente de disputa entre a equipe econômica e congressistas que querem oferecer mais vantagens para as empresas refinanciarem suas dívidas tributárias. A nova fase da repatriação de recursos também não foi decidida. Apesar disso, a situação deve melhorar nos próximos meses. A arrecadação tributária federal aumentou em junho e continua dando sinais de retomada. No entanto, caso as receitas necessárias não surjam nos próximos meses, o governo poderá elevar a alíquota de PIS e Cofins ou passar a cobrar o Imposto de Importação sobre combustíveis. Cálculos iniciais indicam que, para cada centavo a mais no preço do litro dos combustíveis com o aumento de PIS e Cofins, seria possível gerar R$ 400 milhões a mais em arrecadação por ano. Esse valor também poderia ser obtido com a cobrança do Imposto de Importação, com uma alíquota de 3%.
2
Currículo brasileiro de história é 'insuficiente', diz ministro da Educação
O ministro Aloizio Mercadante (Educação) afirmou nesta segunda-feira (11) que o conteúdo do currículo de história proposto na base nacional comum é "insuficiente" e, portanto, deve sofrer alterações, como defendem especialistas. "Não podemos ter um currículo que não valorize a história ocidental, a democracia, a separação de poderes, os direito e garantias individuais (...). São todos valores da cultura ocidental, que é a cultura predominante na nossa matriz", afirmou após coletiva de imprensa. A disciplina foi alvo de fortes críticas, diante da maior ênfase na história das Américas e África em detrimento da "visão europeia", por exemplo. Mercadante ponderou, entretanto, que essa ressalva não deve "servir de pretexto" para deixar de fora um conteúdo que é "excluído historicamente". Em setembro, uma primeira proposta de um currículo nacional foi divulgada pelo MEC e desde então está em consulta pública. Na semana passada, a Anpuh (Associação Nacional de História) foi convidada a participar do debate. Até aqui, a proposta de um currículo para toda a educação básica recebeu 9,4 milhões de sugestões. "A UnB [Universidade de Brasília] vai fazer uma triagem para ver a qualidade e a natureza das contribuições", disse o ministro.
educacao
Currículo brasileiro de história é 'insuficiente', diz ministro da EducaçãoO ministro Aloizio Mercadante (Educação) afirmou nesta segunda-feira (11) que o conteúdo do currículo de história proposto na base nacional comum é "insuficiente" e, portanto, deve sofrer alterações, como defendem especialistas. "Não podemos ter um currículo que não valorize a história ocidental, a democracia, a separação de poderes, os direito e garantias individuais (...). São todos valores da cultura ocidental, que é a cultura predominante na nossa matriz", afirmou após coletiva de imprensa. A disciplina foi alvo de fortes críticas, diante da maior ênfase na história das Américas e África em detrimento da "visão europeia", por exemplo. Mercadante ponderou, entretanto, que essa ressalva não deve "servir de pretexto" para deixar de fora um conteúdo que é "excluído historicamente". Em setembro, uma primeira proposta de um currículo nacional foi divulgada pelo MEC e desde então está em consulta pública. Na semana passada, a Anpuh (Associação Nacional de História) foi convidada a participar do debate. Até aqui, a proposta de um currículo para toda a educação básica recebeu 9,4 milhões de sugestões. "A UnB [Universidade de Brasília] vai fazer uma triagem para ver a qualidade e a natureza das contribuições", disse o ministro.
11
Advogados tentam convencer Palocci a não desistir de habeas corpus
Advogados vão tentar convencer nesta segunda (15) o ex-ministro Antonio Palocci a não retirar o habeas corpus em que pede ao STF para ser libertado. A iniciativa enfraqueceria a posição dele para negociar delação premiada com o Ministério Público Federal. Leia a coluna completa aqui.
colunas
Advogados tentam convencer Palocci a não desistir de habeas corpusAdvogados vão tentar convencer nesta segunda (15) o ex-ministro Antonio Palocci a não retirar o habeas corpus em que pede ao STF para ser libertado. A iniciativa enfraqueceria a posição dele para negociar delação premiada com o Ministério Público Federal. Leia a coluna completa aqui.
10
Rio aumenta em R$ 15 milhões valor da obra de arena de tênis
A obra do Centro Olímpico de Tênis ficou R$ 15,4 milhões mais cara. A Prefeitura do Rio autorizou nesta terça (10) o aumento de 8%, que agora chega a R$ 190,8 milhões. Trata-se do primeiro aditivo em obras de arenas da Olimpíada 2016. O contrato de R$ 175,4 mi havia sido assinado em outubro de 2013. De acordo com o município, o aumento de custo se deve a alteração no método construtivo da arena. Segundo a Riourbe (Empresa Municipal de Urbanização), responsável pela obra, o método foi alterado de moldado "in loco" para pré-moldado. "No primeiro método, as estruturas de concreto são feitas no local da obra com uso de moldes. No segundo as peças chegam prontas da fábrica para linha de montagem, o que permite celeridade", diz a nota da Riourbe. Técnicos do TCM (Tribunal de Contas do Município) já haviam identificado em abril a necessidade de alteração no método construtivo. O relatório afirmou que havia indícios de "falha no planejamento da obra, bem como deficiência nos projetos apresentados". PROJETO Antes de fazer a licitação da obra, a Riourbe contratou em 2012 uma empresa para desenvolver os projetos de arquitetura e engenharia para a construção do Centro Olímpico de Tênis. Foram gastos R$ 9,2 milhões com o serviço. De acordo com o órgão, a obra da arena começou tendo como referência um projeto básico. O novo orçamento ocorreu após a conclusão do projeto executivo. "Não houve falha de projeto. A mudança do método construtivo é uma opção válida e consistente na evolução do projeto executivo", disse a Riourbe em nota. O órgão afirmou que o centro de tênis está 40% concluído. Ele terá 16 quadras permanentes ou temporárias. A capacidade de público das arenas é de 10 mil, 5 mil, 3 mil e 250 lugares. Há ainda seis quadras de aquecimento. De acordo com a última atualização da Matriz de Responsabilidades, divulgada pela APO (Autoridade Pública Olímpica), os equipamentos esportivos e suas estruturas de apoio para a Rio-2016 vão custar R$ 5,6 bilhões.
esporte
Rio aumenta em R$ 15 milhões valor da obra de arena de tênisA obra do Centro Olímpico de Tênis ficou R$ 15,4 milhões mais cara. A Prefeitura do Rio autorizou nesta terça (10) o aumento de 8%, que agora chega a R$ 190,8 milhões. Trata-se do primeiro aditivo em obras de arenas da Olimpíada 2016. O contrato de R$ 175,4 mi havia sido assinado em outubro de 2013. De acordo com o município, o aumento de custo se deve a alteração no método construtivo da arena. Segundo a Riourbe (Empresa Municipal de Urbanização), responsável pela obra, o método foi alterado de moldado "in loco" para pré-moldado. "No primeiro método, as estruturas de concreto são feitas no local da obra com uso de moldes. No segundo as peças chegam prontas da fábrica para linha de montagem, o que permite celeridade", diz a nota da Riourbe. Técnicos do TCM (Tribunal de Contas do Município) já haviam identificado em abril a necessidade de alteração no método construtivo. O relatório afirmou que havia indícios de "falha no planejamento da obra, bem como deficiência nos projetos apresentados". PROJETO Antes de fazer a licitação da obra, a Riourbe contratou em 2012 uma empresa para desenvolver os projetos de arquitetura e engenharia para a construção do Centro Olímpico de Tênis. Foram gastos R$ 9,2 milhões com o serviço. De acordo com o órgão, a obra da arena começou tendo como referência um projeto básico. O novo orçamento ocorreu após a conclusão do projeto executivo. "Não houve falha de projeto. A mudança do método construtivo é uma opção válida e consistente na evolução do projeto executivo", disse a Riourbe em nota. O órgão afirmou que o centro de tênis está 40% concluído. Ele terá 16 quadras permanentes ou temporárias. A capacidade de público das arenas é de 10 mil, 5 mil, 3 mil e 250 lugares. Há ainda seis quadras de aquecimento. De acordo com a última atualização da Matriz de Responsabilidades, divulgada pela APO (Autoridade Pública Olímpica), os equipamentos esportivos e suas estruturas de apoio para a Rio-2016 vão custar R$ 5,6 bilhões.
4
Mais de 4.000 imigrantes são resgatados no canal da Sicília
Mais de 4.000 imigrantes foram resgatados nas últimas 24 horas no canal da Sicília, que separa o norte da África do sul da Itália. Entre eles, havia 17 mortos, informou neste sábado (30) a Guarda Costeira italiana. Nesta sexta-feira (29), a Guarda Costeira comunicou que 3.330 pessoas já tinham sido resgatadas. Durante a noite de ontem, no entanto, ocorreram novas operações de resgate nas quais foram localizadas nove embarcações e 13 lanchas pneumáticas. Em uma delas, a Marinha encontrou 17 corpos entre os cerca de 200 imigrantes que estavam a bordo de um bote inflável. A Marinha explicou que não se tratou de um naufrágio, como em outras ocasiões, mas os corpos dos imigrantes foram encontrados durante a operação de resgate da lancha. Ainda não se sabe a razão dessas mortes. A operação de resgate foi realizada pela embarcação "Fenice", da Marinha, que recebeu um pedido de socorro de um telefone via satélite informando sobre a lancha, que estava à deriva.
mundo
Mais de 4.000 imigrantes são resgatados no canal da SicíliaMais de 4.000 imigrantes foram resgatados nas últimas 24 horas no canal da Sicília, que separa o norte da África do sul da Itália. Entre eles, havia 17 mortos, informou neste sábado (30) a Guarda Costeira italiana. Nesta sexta-feira (29), a Guarda Costeira comunicou que 3.330 pessoas já tinham sido resgatadas. Durante a noite de ontem, no entanto, ocorreram novas operações de resgate nas quais foram localizadas nove embarcações e 13 lanchas pneumáticas. Em uma delas, a Marinha encontrou 17 corpos entre os cerca de 200 imigrantes que estavam a bordo de um bote inflável. A Marinha explicou que não se tratou de um naufrágio, como em outras ocasiões, mas os corpos dos imigrantes foram encontrados durante a operação de resgate da lancha. Ainda não se sabe a razão dessas mortes. A operação de resgate foi realizada pela embarcação "Fenice", da Marinha, que recebeu um pedido de socorro de um telefone via satélite informando sobre a lancha, que estava à deriva.
3
Magnificamente bem narrada, tragédia escaneia China atual
É em 1999 que os destinos de três amigos se definem em "As Montanhas se Separam": o novo rico Jinsheng e o mineiro Liangzi distanciam-se inexoravelmente devido ao amor de ambos pela bela Shen Tao. Sim, trata-se de um melodrama. Mas, acima do gênero, é a China contemporânea que, mais uma vez, Jia Zhang-ke vem escanear. Estamos num momento crucial: a passagem da tirania maoista a uma espécie de neocapitalismo estrambótico. Jinsheng é o próprio representante dessa elite de novos ricos: sujeitos que emergem não se sabe bem como e, com rapidez, se desenraizam. Apesar da arrogância e da prepotência que acompanham o dinheiro de Jinsheng, é com ele que Tao decide ficar. O filme prossegue em 2014. Liangzi mostra seu caráter: não aceita migalhas do amigo bilionário, continua a trabalhar em minas de carvão, tem um casamento aparentemente triste. Shen Tao já está divorciada. Seu filho, Doele, vive com o pai e estuda em um colégio internacional. O terceiro e surpreendente movimento nos leva a 2025 e terá como protagonista o filho, que chama a si mesmo Dollar. Ele mora com o pai na Austrália. O desenraizamento é o assunto de que se tratará a partir dele. Esses três tempos e movimentos servem para Jia trazer a nós uma China em contínua mutação, desigual porém cheia de vitalidade. De vitalidade e poluição por todo lado: cresce-se e paga-se o preço brutal por isso. A própria paisagem parece envenenada pelos sinais do progresso insensato. O segundo tempo, 2014, é o do pagamento das contas. Mais pesada para LIangzi, pobre e enfermo por conta do trabalho nas minas. Um pouco mais suave para Tao, que afinal tem seu dinheiro e seu posto de gasolina, mas perdeu a guarda do filho. Jinsheng prepara-se para morar na Austrália: a nova elite chinesa não parece tão diferente, na visão de Jia, dos novos ricos daqui. Para 2025 "As Montanhas se Separam" projeta um futuro inteiramente desfuncional. Ninguém imagine, por esse apanhado, conhecer a intriga do filme. Mesmo porque é nas entrelinhas que Jia tece sua visão de uma China ao mesmo tempo muito particular em seu caminho de nação emergente. A real surpresa que se pode sentir é perceber o quanto essa narrativa, passada num país distante, corre tão familiar diante de nossos olhos. Sim, o que Jia nos mostra é a China. Mas o que vemos podia se dar essencialmente, com alguns detalhes diferentes, apenas, em qualquer parte do mundo. Nos reconhecemos nessas imagens que deviam ser exóticas. E que nome, afinal, poderia Jinshing dar ao filho senão Dollar? É o único valor que conhece, o único que cultua: o dinheiro. "As Montanhas se Separam" é uma tragédia íntima chinesa, sem dúvida. Mais que isso, é a tragédia magnificamente bem narrada, da civilização neoliberal. AS MONTANHAS SE SEPARAM (Shan he gu ren) DIREÇÃO: Jia Zhang-ke ELENCO: Tao Zhao, Yi Zhang e Jing Dong PRODUÇÃO: China, França e Japão, 2015, 12 anos QUANDO: estreia nesta quinta (23)
ilustrada
Magnificamente bem narrada, tragédia escaneia China atualÉ em 1999 que os destinos de três amigos se definem em "As Montanhas se Separam": o novo rico Jinsheng e o mineiro Liangzi distanciam-se inexoravelmente devido ao amor de ambos pela bela Shen Tao. Sim, trata-se de um melodrama. Mas, acima do gênero, é a China contemporânea que, mais uma vez, Jia Zhang-ke vem escanear. Estamos num momento crucial: a passagem da tirania maoista a uma espécie de neocapitalismo estrambótico. Jinsheng é o próprio representante dessa elite de novos ricos: sujeitos que emergem não se sabe bem como e, com rapidez, se desenraizam. Apesar da arrogância e da prepotência que acompanham o dinheiro de Jinsheng, é com ele que Tao decide ficar. O filme prossegue em 2014. Liangzi mostra seu caráter: não aceita migalhas do amigo bilionário, continua a trabalhar em minas de carvão, tem um casamento aparentemente triste. Shen Tao já está divorciada. Seu filho, Doele, vive com o pai e estuda em um colégio internacional. O terceiro e surpreendente movimento nos leva a 2025 e terá como protagonista o filho, que chama a si mesmo Dollar. Ele mora com o pai na Austrália. O desenraizamento é o assunto de que se tratará a partir dele. Esses três tempos e movimentos servem para Jia trazer a nós uma China em contínua mutação, desigual porém cheia de vitalidade. De vitalidade e poluição por todo lado: cresce-se e paga-se o preço brutal por isso. A própria paisagem parece envenenada pelos sinais do progresso insensato. O segundo tempo, 2014, é o do pagamento das contas. Mais pesada para LIangzi, pobre e enfermo por conta do trabalho nas minas. Um pouco mais suave para Tao, que afinal tem seu dinheiro e seu posto de gasolina, mas perdeu a guarda do filho. Jinsheng prepara-se para morar na Austrália: a nova elite chinesa não parece tão diferente, na visão de Jia, dos novos ricos daqui. Para 2025 "As Montanhas se Separam" projeta um futuro inteiramente desfuncional. Ninguém imagine, por esse apanhado, conhecer a intriga do filme. Mesmo porque é nas entrelinhas que Jia tece sua visão de uma China ao mesmo tempo muito particular em seu caminho de nação emergente. A real surpresa que se pode sentir é perceber o quanto essa narrativa, passada num país distante, corre tão familiar diante de nossos olhos. Sim, o que Jia nos mostra é a China. Mas o que vemos podia se dar essencialmente, com alguns detalhes diferentes, apenas, em qualquer parte do mundo. Nos reconhecemos nessas imagens que deviam ser exóticas. E que nome, afinal, poderia Jinshing dar ao filho senão Dollar? É o único valor que conhece, o único que cultua: o dinheiro. "As Montanhas se Separam" é uma tragédia íntima chinesa, sem dúvida. Mais que isso, é a tragédia magnificamente bem narrada, da civilização neoliberal. AS MONTANHAS SE SEPARAM (Shan he gu ren) DIREÇÃO: Jia Zhang-ke ELENCO: Tao Zhao, Yi Zhang e Jing Dong PRODUÇÃO: China, França e Japão, 2015, 12 anos QUANDO: estreia nesta quinta (23)
1
Protesto de professores tem confusão em frente à Assembleia do Rio
Professores da rede estadual de ensino do Rio fizeram, na tarde desta quarta-feira (30), um protesto por melhores condições de trabalho e salários em frente à Assembleia Legislativa do Estado (Alerj). O ato foi marcado por confusão. Um grupo chegou a forçar os portões do Palácio Tiradentes, onde funciona a Alerj, no centro do Rio. Seguranças da casa usaram spray de pimenta contra os servidores. O objetivo dos professores era impedir a votação, marcada para esta tarde, de projeto de lei que muda a contribuição previdenciária dos servidores do Estado. Segundo o Sepe (Sindicado Estatual dos Profissionais de Educação), que convocou a manifestação, a lei sugere que a contribuição dos profissionais da educação aumente de 11% para 14%. O protesto ocorreu no momento em que o governador em exercício, Francisco Dornelles (PP), visitava a casa. Dornelles assumiu o posto na última segunda-feira, já que o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) se afastou por 30 dias para o tratamento de um câncer no sistema linfático, chamado linfoma não-Hodgkin. Os professores estão em greve desde 2 de março. O sindicato pede, além de aumento salarial e da questão previdenciária, a melhoria nas condições de trabalho. São bandeiras que já foram levantadas em outras ocasiões, como reajuste de acordo com formação acadêmica, eleição para a direção de escolas e um terço do tempo pedagógico para formação profissional.
cotidiano
Protesto de professores tem confusão em frente à Assembleia do RioProfessores da rede estadual de ensino do Rio fizeram, na tarde desta quarta-feira (30), um protesto por melhores condições de trabalho e salários em frente à Assembleia Legislativa do Estado (Alerj). O ato foi marcado por confusão. Um grupo chegou a forçar os portões do Palácio Tiradentes, onde funciona a Alerj, no centro do Rio. Seguranças da casa usaram spray de pimenta contra os servidores. O objetivo dos professores era impedir a votação, marcada para esta tarde, de projeto de lei que muda a contribuição previdenciária dos servidores do Estado. Segundo o Sepe (Sindicado Estatual dos Profissionais de Educação), que convocou a manifestação, a lei sugere que a contribuição dos profissionais da educação aumente de 11% para 14%. O protesto ocorreu no momento em que o governador em exercício, Francisco Dornelles (PP), visitava a casa. Dornelles assumiu o posto na última segunda-feira, já que o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) se afastou por 30 dias para o tratamento de um câncer no sistema linfático, chamado linfoma não-Hodgkin. Os professores estão em greve desde 2 de março. O sindicato pede, além de aumento salarial e da questão previdenciária, a melhoria nas condições de trabalho. São bandeiras que já foram levantadas em outras ocasiões, como reajuste de acordo com formação acadêmica, eleição para a direção de escolas e um terço do tempo pedagógico para formação profissional.
6
É correta a decisão da USP de adotar sistema de reserva de vagas pelo Enem? Sim
PLUTOCRACIA E CONCESSÃO Em 13 de maio de 1996, o Comitê Pró-Cotas na Universidade de São Paulo, que havia sido criado meses antes por um pequeno grupo de estudantes e candidatos ao ingresso na USP, realizou o seu primeiro ato público visando persuadir o Conselho Universitário da instituição a abrir o debate sobre o tema. Passaram-se 19 anos. Depois de se tornar majoritário o apoio da sociedade e da opinião pública nacionais às políticas compensatórias de ação afirmativa –entre as quais a de cotas para acesso às universidades públicas–, eis que o egrégio Conselho Universitário dá o primeiro passo, ainda que amedrontado e tímido, no sentido de romper o anacronismo de sua postura ultraconservadora nesse tema. A proposta agora adotada, a partir da necessidade de integrar-se ao Sisu (Sistema de Seleção Unificada, do governo federal), aceita o resultado do Enem, não somente a prova da Fuvest, como instrumento válido de disputa às 11.057 vagas nos cursos de graduação que a USP oferece a cada ano. Assim, 10,5% delas ficam reservadas a alunos do ensino médio público aprovados no Enem. Não universalmente. Congregações de alguns dos cursos –como medicina e engenharias da Escola Politécnica– ainda resistem à medida. Daquele total, apenas o percentual de 2% ficará reservado à concorrência pelos três grupos de raça/cor categorizados pelo IBGE como pardos, pretos e índios. Sabe-se que no conjunto da população brasileira pardos somam 43,1%, pretos 7,6% e índios 0,5%. No censo de 2010, 29,1% dos residentes em São Paulo se declaram pardos, 5,5% pretos e 0,1% índios. Os 2% reservados para essas populações pode ser considerado um cala-boca. O apartheid já acabou na África do Sul, o Muro de Berlim já foi abaixo, mas a USP ainda hoje, em pleno século 21, continua uma universidade em que há segregação, que é frequentada quase que exclusivamente por brancos. O argumento comum –comum no sentido de banal– contra as cotas é o da meritocracia. Por ele, só merece entrar, passar e fazer carreira na universidade pública aquele que teve o mérito de ingressar via concurso vestibular. Fossem "neutros" –aqui no sentido matemático puro– os sistemas que selecionam quem manda e quem obedece no Brasil, quem pode estar nesse ou naquele lugar, aí, de fato, o mérito poderia ser a única medida de valor a ser aplicada. Ocorre que a USP, mantida por recursos públicos –sendo São Paulo a unidade mais rica e produtiva da federação– similar a instituições congêneres, é o reino não apenas do mérito, mas de uma plutocracia que se quer exclusiva e perpétua. Essa plutocracia funda-se em princípios etnocêntricos de superioridade sobre as demais gentes. Que na democracia tem o direito à equidade, não por meio de favores, mas por concorrência. Toda uma teleologia é encetada para manter os privilégios de cor e de raça, que no Brasil é o mesmo que dizer de classe. De 1995 para cá, as cotas vieram sendo adotadas paulatina e autonomamente por universidades em todo o país. Questionada, a sua constitucionalidade foi amplamente reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal em 2012 e se tornou a lei federal nº 12.711/12. Os estudos científicos publicados comprovam o acerto dessa importante política de democratização do acesso a uma instituição tão cara, que não pode permanecer como exclusivo feudo de uma casta. É o começo, não o fim. FERNANDO CONCEIÇÃO, 55, doutor pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, foi um dos fundadores do Comitê Pró-Cotas da USP. É professor na Faculdade de Comunicação da UFBA - Universidade Federal da Bahia * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
É correta a decisão da USP de adotar sistema de reserva de vagas pelo Enem? SimPLUTOCRACIA E CONCESSÃO Em 13 de maio de 1996, o Comitê Pró-Cotas na Universidade de São Paulo, que havia sido criado meses antes por um pequeno grupo de estudantes e candidatos ao ingresso na USP, realizou o seu primeiro ato público visando persuadir o Conselho Universitário da instituição a abrir o debate sobre o tema. Passaram-se 19 anos. Depois de se tornar majoritário o apoio da sociedade e da opinião pública nacionais às políticas compensatórias de ação afirmativa –entre as quais a de cotas para acesso às universidades públicas–, eis que o egrégio Conselho Universitário dá o primeiro passo, ainda que amedrontado e tímido, no sentido de romper o anacronismo de sua postura ultraconservadora nesse tema. A proposta agora adotada, a partir da necessidade de integrar-se ao Sisu (Sistema de Seleção Unificada, do governo federal), aceita o resultado do Enem, não somente a prova da Fuvest, como instrumento válido de disputa às 11.057 vagas nos cursos de graduação que a USP oferece a cada ano. Assim, 10,5% delas ficam reservadas a alunos do ensino médio público aprovados no Enem. Não universalmente. Congregações de alguns dos cursos –como medicina e engenharias da Escola Politécnica– ainda resistem à medida. Daquele total, apenas o percentual de 2% ficará reservado à concorrência pelos três grupos de raça/cor categorizados pelo IBGE como pardos, pretos e índios. Sabe-se que no conjunto da população brasileira pardos somam 43,1%, pretos 7,6% e índios 0,5%. No censo de 2010, 29,1% dos residentes em São Paulo se declaram pardos, 5,5% pretos e 0,1% índios. Os 2% reservados para essas populações pode ser considerado um cala-boca. O apartheid já acabou na África do Sul, o Muro de Berlim já foi abaixo, mas a USP ainda hoje, em pleno século 21, continua uma universidade em que há segregação, que é frequentada quase que exclusivamente por brancos. O argumento comum –comum no sentido de banal– contra as cotas é o da meritocracia. Por ele, só merece entrar, passar e fazer carreira na universidade pública aquele que teve o mérito de ingressar via concurso vestibular. Fossem "neutros" –aqui no sentido matemático puro– os sistemas que selecionam quem manda e quem obedece no Brasil, quem pode estar nesse ou naquele lugar, aí, de fato, o mérito poderia ser a única medida de valor a ser aplicada. Ocorre que a USP, mantida por recursos públicos –sendo São Paulo a unidade mais rica e produtiva da federação– similar a instituições congêneres, é o reino não apenas do mérito, mas de uma plutocracia que se quer exclusiva e perpétua. Essa plutocracia funda-se em princípios etnocêntricos de superioridade sobre as demais gentes. Que na democracia tem o direito à equidade, não por meio de favores, mas por concorrência. Toda uma teleologia é encetada para manter os privilégios de cor e de raça, que no Brasil é o mesmo que dizer de classe. De 1995 para cá, as cotas vieram sendo adotadas paulatina e autonomamente por universidades em todo o país. Questionada, a sua constitucionalidade foi amplamente reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal em 2012 e se tornou a lei federal nº 12.711/12. Os estudos científicos publicados comprovam o acerto dessa importante política de democratização do acesso a uma instituição tão cara, que não pode permanecer como exclusivo feudo de uma casta. É o começo, não o fim. FERNANDO CONCEIÇÃO, 55, doutor pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, foi um dos fundadores do Comitê Pró-Cotas da USP. É professor na Faculdade de Comunicação da UFBA - Universidade Federal da Bahia * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
14
Como escolher um carro? Consumidor deve sempre avaliar o próprio perfil
KARINA CRAVEIRO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O Brasil tem diversas opções de carros novos à disposição de compradores. Há 36 marcas vendendo seus produtos no país, de acordo com associações que representam fabricantes e importadores. Só em 2016 foram lançados cerca de cem diferentes veículos entre versões e modelos completamente inéditos. "Eu não faço ideia de qual escolher, entendo muito pouco sobre automóveis e me perco entre tantas marcas, modelos e versões", diz a designer de moda Giulia Guirro, 25, que está prestes a trocar de carro pela primeira vez. Dona de uma perua Fiat Palio Weekend 2002, que comprou usada, ela quer um modelo com bom espaço na cabine e no porta-malas. A descrição contempla um sedã Honda City DX (R$ 60,9 mil), uma minivan Chevrolet Spin LS (R$ 58,9 mil) ou até uma picape Renault Duster Oroch (R$ 70 mil). Todas completamente diferentes entre si. Para organizar as ideias, o primeiro passo é definir o quanto se pretende pagar. "Depois vem a análise do momento de vida, se a pessoa tem filhos ou se pretende ter e isso vai influir na necessidade por espaço", diz o empresário Rafael Spitaletti, da Car Hunter's, empresa que presta consultoria a consumidores que estão à procura de um novo carro. "É preciso ainda avaliar como será o uso cotidiano, se mais urbano ou rodoviário", completa Spilatelli. Definir qual é a necessidade a partir de seu próprio perfil, porém, é só o começo. "A compra de um zero-quilômetro envolve coisas que não estão a cargo das lojas, como condições e taxas de financiamento. Esse negócio jamais pode ser definido em um dia", diz o diretor de operações da consultoria J.D. Power, Fabio Braga. Os passos seguintes são escolher as marcas que oferecem modelos de acordo com as necessidades e ir às lojas. É preciso ver o veículo de perto e entender seu funcionamento, além de pedir para fazer test drives. Nessa hora, tudo pode mudar. "Não há uma receita predefinida, cada cliente é único em suas expectativas, necessidades e desejos. A família também faz parte dessa decisão", diz o gerente-geral de comércio da Honda, Marcos Martins de Oliveira. Todo esse trabalho de pesquisa serve para evitar arrependimentos como o da empresária Isabel Pereira, 56. Ela resolveu trocar sua minivan Chevrolet Meriva por um sedã da mesma marca, o Cobalt. A empresária foi à loja, olhou o carro e o levou para casa sem fazer o test drive. A ideia era que o veículo servisse para toda a família, mas meses depois, com os filhos fora de casa, já não precisava de um automóvel tão grande. "Tinha problemas todas as vezes em que ia estacionar, achava a traseira alta demais. Era um veículo grande que só serviria para o meu uso e o do meu marido, não fazia mais sentido", relembra ela, que recentemente comprou um Honda Fit, que tem 50 cm a menos de comprimento que o seu antigo Cobalt. * A fartura de opções em um mesmo segmento automotivo pode confundir os compradores: só o de carros populares, por exemplo, oferece mais de 80 configurações. O consultor automotivo Fabio Arruda, especializado em analisar perfis de clientes e indicar opções de compra, sugere que seja feita uma planilha para comparar os dois ou três automóveis que melhor atendem às necessidades. "O consumidor deve escrever ali os itens de série de cada veículo, a motorização, o valor do IPVA e o valor do seguro, itens importantes de desempate. Assim, ele terá um gráfico em que pode visualizar a escolha mais racional", afirma o consultor. Ao chegar à loja para definir o negócio, o interessado pode se deparar com uma oferta tentadora de outro modelo. É comum que isso ocorra: marcas fazem promoções constantes para reduzir estoques. Porém, a mudança no plano de compra não deve se basear apenas no preço. É hora de fazer um novo test drive. Caso o automóvel oferecido com desconto não esteja disponível para a avaliação dinâmica, o melhor é evitar a compra. "Muitas lojas diminuíram as unidades disponíveis para teste, por corte de custos. Mas o consumidor deve ir atrás, não pode aceitar testar um carro diferente do que quer comprar", afirma o diretor de operações da consultoria J.D. Power, Fabio Braga. O publicitário Rodrigo Oliveira, 40, está na fase de testes. Ele tem R$ 95 mil para gastar e está na dúvida entre adquirir um sedã médio ou um SUV. "Topo fazer test drive em todas as opções. Às vezes, a gente se apaixona pelo carro, mas uma coisa é a ficha técnica, outra é a experiência ao dirigir. Um carro diferente do imaginado pode surpreender", diz o publicitário. * Garantia Os períodos de cobertura de fábrica estão maiores: a maior parte das montadoras oferece três anos de garantia sem limite de quilometragem, mas o prazo pode chegar a cinco anos. No entanto, o consumidor precisa calcular os custos das revisões programadas. Todas precisam ser feitas na autorizada para que o plano de assistência seja mantido. Cadeirinha Quem tem filhos pequenos precisa, além de espaço, de um bom sistema de fixação para cadeirinhas. Já há no mercado assentos com engate tipo Isofix, o mais seguro disponível, mas nem todos os carros são equipados com os ganchos compatíveis. Essa informação está disponível nas concessionárias e nos sites das montadoras. 25% Dos proprietários de carros citaram confiabilidade, experiência anterior com a marca e tecnologia como principais razões para compra de um veículo. 4 anos e 11 meses É o tempo que um brasileiro passará dentro de um carro ao longo de toda sua vida. Serão 3 anos dirigindo e 1 ano e 11 meses como passageiro, de acordo com estudo divulgado neste ano pela Citroën. 6,9 anos É a idade média da frota nacional de carros 2,8 anos É a média de tempo que o brasileiro troca de carro * Só na cidade Veículos compactos de baixa cilindrada serão quase sempre recomendados para quem usa o carro diariamente na cidade e prioriza a economia de combustível. Uso misto Se o deslocamento inclui trechos rodoviários frequentes com três ocupantes (ou mais) e bagagens, vale investir em sedãs com motores mais potentes. Automáticos O trânsito está levando o motorista à exaustão? Um modelo automático pode ajudar. As opções mais acessíveis do mercado são Fiat Mobi 1.0 GSR (R$ 44,8 mil) e Toyota Etios 1.3 (R$ R$ 51 mil).
sobretudo
Como escolher um carro? Consumidor deve sempre avaliar o próprio perfil KARINA CRAVEIRO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O Brasil tem diversas opções de carros novos à disposição de compradores. Há 36 marcas vendendo seus produtos no país, de acordo com associações que representam fabricantes e importadores. Só em 2016 foram lançados cerca de cem diferentes veículos entre versões e modelos completamente inéditos. "Eu não faço ideia de qual escolher, entendo muito pouco sobre automóveis e me perco entre tantas marcas, modelos e versões", diz a designer de moda Giulia Guirro, 25, que está prestes a trocar de carro pela primeira vez. Dona de uma perua Fiat Palio Weekend 2002, que comprou usada, ela quer um modelo com bom espaço na cabine e no porta-malas. A descrição contempla um sedã Honda City DX (R$ 60,9 mil), uma minivan Chevrolet Spin LS (R$ 58,9 mil) ou até uma picape Renault Duster Oroch (R$ 70 mil). Todas completamente diferentes entre si. Para organizar as ideias, o primeiro passo é definir o quanto se pretende pagar. "Depois vem a análise do momento de vida, se a pessoa tem filhos ou se pretende ter e isso vai influir na necessidade por espaço", diz o empresário Rafael Spitaletti, da Car Hunter's, empresa que presta consultoria a consumidores que estão à procura de um novo carro. "É preciso ainda avaliar como será o uso cotidiano, se mais urbano ou rodoviário", completa Spilatelli. Definir qual é a necessidade a partir de seu próprio perfil, porém, é só o começo. "A compra de um zero-quilômetro envolve coisas que não estão a cargo das lojas, como condições e taxas de financiamento. Esse negócio jamais pode ser definido em um dia", diz o diretor de operações da consultoria J.D. Power, Fabio Braga. Os passos seguintes são escolher as marcas que oferecem modelos de acordo com as necessidades e ir às lojas. É preciso ver o veículo de perto e entender seu funcionamento, além de pedir para fazer test drives. Nessa hora, tudo pode mudar. "Não há uma receita predefinida, cada cliente é único em suas expectativas, necessidades e desejos. A família também faz parte dessa decisão", diz o gerente-geral de comércio da Honda, Marcos Martins de Oliveira. Todo esse trabalho de pesquisa serve para evitar arrependimentos como o da empresária Isabel Pereira, 56. Ela resolveu trocar sua minivan Chevrolet Meriva por um sedã da mesma marca, o Cobalt. A empresária foi à loja, olhou o carro e o levou para casa sem fazer o test drive. A ideia era que o veículo servisse para toda a família, mas meses depois, com os filhos fora de casa, já não precisava de um automóvel tão grande. "Tinha problemas todas as vezes em que ia estacionar, achava a traseira alta demais. Era um veículo grande que só serviria para o meu uso e o do meu marido, não fazia mais sentido", relembra ela, que recentemente comprou um Honda Fit, que tem 50 cm a menos de comprimento que o seu antigo Cobalt. * A fartura de opções em um mesmo segmento automotivo pode confundir os compradores: só o de carros populares, por exemplo, oferece mais de 80 configurações. O consultor automotivo Fabio Arruda, especializado em analisar perfis de clientes e indicar opções de compra, sugere que seja feita uma planilha para comparar os dois ou três automóveis que melhor atendem às necessidades. "O consumidor deve escrever ali os itens de série de cada veículo, a motorização, o valor do IPVA e o valor do seguro, itens importantes de desempate. Assim, ele terá um gráfico em que pode visualizar a escolha mais racional", afirma o consultor. Ao chegar à loja para definir o negócio, o interessado pode se deparar com uma oferta tentadora de outro modelo. É comum que isso ocorra: marcas fazem promoções constantes para reduzir estoques. Porém, a mudança no plano de compra não deve se basear apenas no preço. É hora de fazer um novo test drive. Caso o automóvel oferecido com desconto não esteja disponível para a avaliação dinâmica, o melhor é evitar a compra. "Muitas lojas diminuíram as unidades disponíveis para teste, por corte de custos. Mas o consumidor deve ir atrás, não pode aceitar testar um carro diferente do que quer comprar", afirma o diretor de operações da consultoria J.D. Power, Fabio Braga. O publicitário Rodrigo Oliveira, 40, está na fase de testes. Ele tem R$ 95 mil para gastar e está na dúvida entre adquirir um sedã médio ou um SUV. "Topo fazer test drive em todas as opções. Às vezes, a gente se apaixona pelo carro, mas uma coisa é a ficha técnica, outra é a experiência ao dirigir. Um carro diferente do imaginado pode surpreender", diz o publicitário. * Garantia Os períodos de cobertura de fábrica estão maiores: a maior parte das montadoras oferece três anos de garantia sem limite de quilometragem, mas o prazo pode chegar a cinco anos. No entanto, o consumidor precisa calcular os custos das revisões programadas. Todas precisam ser feitas na autorizada para que o plano de assistência seja mantido. Cadeirinha Quem tem filhos pequenos precisa, além de espaço, de um bom sistema de fixação para cadeirinhas. Já há no mercado assentos com engate tipo Isofix, o mais seguro disponível, mas nem todos os carros são equipados com os ganchos compatíveis. Essa informação está disponível nas concessionárias e nos sites das montadoras. 25% Dos proprietários de carros citaram confiabilidade, experiência anterior com a marca e tecnologia como principais razões para compra de um veículo. 4 anos e 11 meses É o tempo que um brasileiro passará dentro de um carro ao longo de toda sua vida. Serão 3 anos dirigindo e 1 ano e 11 meses como passageiro, de acordo com estudo divulgado neste ano pela Citroën. 6,9 anos É a idade média da frota nacional de carros 2,8 anos É a média de tempo que o brasileiro troca de carro * Só na cidade Veículos compactos de baixa cilindrada serão quase sempre recomendados para quem usa o carro diariamente na cidade e prioriza a economia de combustível. Uso misto Se o deslocamento inclui trechos rodoviários frequentes com três ocupantes (ou mais) e bagagens, vale investir em sedãs com motores mais potentes. Automáticos O trânsito está levando o motorista à exaustão? Um modelo automático pode ajudar. As opções mais acessíveis do mercado são Fiat Mobi 1.0 GSR (R$ 44,8 mil) e Toyota Etios 1.3 (R$ R$ 51 mil).
9
São Paulo perde para Chapecoense e completa nove jogos sem ganhar
O martírio do São Paulo prossegue na temporada 2017. Na zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro com apenas 12 pontos somados em 14 partidas, o Tricolor completou neste domingo nove partidas sem saber o que é vencer. Desta vez, a equipe do treinador Dorival Júnior perdeu para a Chapecoense por 2 a 0, na Arena Condá, em Chapecó. Os gols foram marcados por Túlio de Melo, que entrou no segundo tempo, e Lucas Marques. Esta era a segunda partida em sequência do Tricolor contra um rival direto na luta contra o rebaixamento –na jornada anterior o time empatou por 2 a 2 com o lanterna Atlético-GO. Pela próxima rodada do nacional, o São Paulo volta a jogar na quarta-feira (19), no Morumbi, contra o Vasco. Já a Chapecoense encara o Santos, no mesmo dia, na Vila Belmiro. Eliminado da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana, o São Paulo disputa apenas o Brasileiro neste segundo semestre. A equipe ainda tenta se adaptar ao sistema de trabalho de Dorival Júnior, que assumiu o cargo na última semana no lugar do demitido Rogério Ceni. Ídolo da torcida, Lugano nem sequer viajou com a delegação do São Paulo para Chapecó. De acordo com o regulamento do Campeonato Brasileiro, Dorival Júnior pode relacionar, no máximo, cinco estrangeiros por jogo. O treinador escolheu o peruano Cueva, o equatoriano Arboleda e os argentinos Buffarini, Gómez e Lucas Pratto. Desta maneira, o zagueiro uruguaio não foi inscrito. O São Paulo corre contra o tempo para conseguir se adaptar ao estilo de jogo de Dorival Júnior. Apesar de ainda não estar longe do ideal e de repetir algumas falhas dos tempos em que era comandada por Rogério Ceni, a equipe tricolor já mostrou alguma evolução em Chapecó. Cueva teve alguns raros momentos de inspiração e até mesmo uma jogada ensaiada foi executada. Na ocasião, no primeiro tempo, o meia peruano cobrou uma falta, Lucas Pratto recebeu dentro da área e tocou para Gómez, que chutou. Porém, o time ainda sentia dificuldade para ser mais objetivo e com o rendimento abaixo do esperado de Gómez e Wellington Nem.
esporte
São Paulo perde para Chapecoense e completa nove jogos sem ganharO martírio do São Paulo prossegue na temporada 2017. Na zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro com apenas 12 pontos somados em 14 partidas, o Tricolor completou neste domingo nove partidas sem saber o que é vencer. Desta vez, a equipe do treinador Dorival Júnior perdeu para a Chapecoense por 2 a 0, na Arena Condá, em Chapecó. Os gols foram marcados por Túlio de Melo, que entrou no segundo tempo, e Lucas Marques. Esta era a segunda partida em sequência do Tricolor contra um rival direto na luta contra o rebaixamento –na jornada anterior o time empatou por 2 a 2 com o lanterna Atlético-GO. Pela próxima rodada do nacional, o São Paulo volta a jogar na quarta-feira (19), no Morumbi, contra o Vasco. Já a Chapecoense encara o Santos, no mesmo dia, na Vila Belmiro. Eliminado da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana, o São Paulo disputa apenas o Brasileiro neste segundo semestre. A equipe ainda tenta se adaptar ao sistema de trabalho de Dorival Júnior, que assumiu o cargo na última semana no lugar do demitido Rogério Ceni. Ídolo da torcida, Lugano nem sequer viajou com a delegação do São Paulo para Chapecó. De acordo com o regulamento do Campeonato Brasileiro, Dorival Júnior pode relacionar, no máximo, cinco estrangeiros por jogo. O treinador escolheu o peruano Cueva, o equatoriano Arboleda e os argentinos Buffarini, Gómez e Lucas Pratto. Desta maneira, o zagueiro uruguaio não foi inscrito. O São Paulo corre contra o tempo para conseguir se adaptar ao estilo de jogo de Dorival Júnior. Apesar de ainda não estar longe do ideal e de repetir algumas falhas dos tempos em que era comandada por Rogério Ceni, a equipe tricolor já mostrou alguma evolução em Chapecó. Cueva teve alguns raros momentos de inspiração e até mesmo uma jogada ensaiada foi executada. Na ocasião, no primeiro tempo, o meia peruano cobrou uma falta, Lucas Pratto recebeu dentro da área e tocou para Gómez, que chutou. Porém, o time ainda sentia dificuldade para ser mais objetivo e com o rendimento abaixo do esperado de Gómez e Wellington Nem.
4
Empregos piores
Uma particularidade da atual recessão é a velocidade com que se degradou o mercado de trabalho. Deixada para trás uma conjuntura historicamente favorável, as proporções da queda do emprego neste ano superam as observadas nas duas retrações econômicas anteriores, em 2003 e 2009. No mês de agosto, 7,6% dos interessados em uma ocupação nas seis principais metrópoles do país não obtiveram sucesso, conforme divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (24). Em igual período de 2014, essa taxa limitava-se a 5%. O número de desempregados, portanto, já cresceu mais de 50%. E o processo segue em andamento. Reverteu-se desde janeiro uma trajetória de melhora contínua que, iniciada em 2010, contribuiu para a eleição e a recondução da presidente Dilma Rousseff (PT) –ela própria associa o atual colapso orçamentário às políticas adotadas para estimular a criação de vagas. Se é verdade que desonerações tributárias, programas sociais e crédito subsidiado nos bancos públicos sustentaram a demanda e as contratações, os ajustes convenientemente procrastinados até o segundo mandato cobram agora seu preço com juros de mora. Empregos caem em quantidade e qualidade. Nota-se que, entre as pessoas que permanecem ocupadas, a renda média declinou 3,5% em um ano, descontada a inflação do período. Trata-se de uma perda superior à projetada para a economia nacional neste ano, de 2,7%. A média encobre situações mais dramáticas. Para os empregados sem carteira de trabalho assinada, o exemplo mais eloquente, a queda atinge 12,6%. Além de contar com os menores rendimentos, esse segmento, que representa 13% dos ocupados, acumula a vulnerabilidade de não contar com benefícios como o seguro-desemprego. São visíveis, ademais, as tendências de redução do contingente de assalariados com carteira assinada e de aumento dos que trabalham por conta própria –o que, descontado o formalismo das classificações, revela haver mais gente obrigada a trocar empregos por bicos. [email protected]
opiniao
Empregos pioresUma particularidade da atual recessão é a velocidade com que se degradou o mercado de trabalho. Deixada para trás uma conjuntura historicamente favorável, as proporções da queda do emprego neste ano superam as observadas nas duas retrações econômicas anteriores, em 2003 e 2009. No mês de agosto, 7,6% dos interessados em uma ocupação nas seis principais metrópoles do país não obtiveram sucesso, conforme divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (24). Em igual período de 2014, essa taxa limitava-se a 5%. O número de desempregados, portanto, já cresceu mais de 50%. E o processo segue em andamento. Reverteu-se desde janeiro uma trajetória de melhora contínua que, iniciada em 2010, contribuiu para a eleição e a recondução da presidente Dilma Rousseff (PT) –ela própria associa o atual colapso orçamentário às políticas adotadas para estimular a criação de vagas. Se é verdade que desonerações tributárias, programas sociais e crédito subsidiado nos bancos públicos sustentaram a demanda e as contratações, os ajustes convenientemente procrastinados até o segundo mandato cobram agora seu preço com juros de mora. Empregos caem em quantidade e qualidade. Nota-se que, entre as pessoas que permanecem ocupadas, a renda média declinou 3,5% em um ano, descontada a inflação do período. Trata-se de uma perda superior à projetada para a economia nacional neste ano, de 2,7%. A média encobre situações mais dramáticas. Para os empregados sem carteira de trabalho assinada, o exemplo mais eloquente, a queda atinge 12,6%. Além de contar com os menores rendimentos, esse segmento, que representa 13% dos ocupados, acumula a vulnerabilidade de não contar com benefícios como o seguro-desemprego. São visíveis, ademais, as tendências de redução do contingente de assalariados com carteira assinada e de aumento dos que trabalham por conta própria –o que, descontado o formalismo das classificações, revela haver mais gente obrigada a trocar empregos por bicos. [email protected]
14
Corte Suprema da Venezuela ratifica condenação de Leopoldo López
O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela ratificou nesta quinta-feira (16) a condenação em primeira instância do líder opositor Leopoldo López por incitação à violência durante os protestos contra o presidente Nicolás Maduro, em 2014. A sentença é anunciada horas depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, deu apoio à soltura do adversário do chavismo, que cumpre pena de 13 anos e 9 meses de prisão desde setembro de 2015. Segundo a corte, cuja maioria dos integrantes é ligada ao governo, os recursos apresentados pela defesa são infundados. Outros três opositores tiveram suas penas confirmadas. Com a decisão final, o opositor fica legalmente impedido de disputar a eleição presidencial de 2018, como desejava antes de ser preso, há três anos. O advogado de López, Juan Carlos Gutiérrez, afirma que levará o processo à ONU. A mulher do opositor, Lilian Tintori, disse que o TSJ cometeu um crime contra a humanidade."Qualquer sentença da ditadura [como a maioria da oposição chama o governo chavista] é nula. É uma injustiça." A declaração foi dada ao chegar a Caracas, após ser recebida na quarta (15) por Trump na Casa Branca. O encontro foi intermediado pelo senador Marco Rubio, próximo aos dissidentes venezuelanos. Em resposta à visita, a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, criticou o republicano por ter cedido ao que chamou "lobby das máfias de Miami e da oposição violenta."
mundo
Corte Suprema da Venezuela ratifica condenação de Leopoldo LópezO Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela ratificou nesta quinta-feira (16) a condenação em primeira instância do líder opositor Leopoldo López por incitação à violência durante os protestos contra o presidente Nicolás Maduro, em 2014. A sentença é anunciada horas depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, deu apoio à soltura do adversário do chavismo, que cumpre pena de 13 anos e 9 meses de prisão desde setembro de 2015. Segundo a corte, cuja maioria dos integrantes é ligada ao governo, os recursos apresentados pela defesa são infundados. Outros três opositores tiveram suas penas confirmadas. Com a decisão final, o opositor fica legalmente impedido de disputar a eleição presidencial de 2018, como desejava antes de ser preso, há três anos. O advogado de López, Juan Carlos Gutiérrez, afirma que levará o processo à ONU. A mulher do opositor, Lilian Tintori, disse que o TSJ cometeu um crime contra a humanidade."Qualquer sentença da ditadura [como a maioria da oposição chama o governo chavista] é nula. É uma injustiça." A declaração foi dada ao chegar a Caracas, após ser recebida na quarta (15) por Trump na Casa Branca. O encontro foi intermediado pelo senador Marco Rubio, próximo aos dissidentes venezuelanos. Em resposta à visita, a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, criticou o republicano por ter cedido ao que chamou "lobby das máfias de Miami e da oposição violenta."
3
Fla vê jogo em SP como 'gol de placa' e pede transparência da federação
O presidente do Flamengo, Eduardo Carvalho Bandeira de Mello, convidou os torcedores de São Paulo e do Rio de Janeiro para acompanhar o "gol de placa" que será clássico entre Flamengo e Fluminense. A partida válida pelo Estadual do Rio será realizada no domingo, no Pacaembu, às 16h. É a segunda vez na história que a partida será realizada em São Paulo. O primeiro foi realizado há 74 anos, em 1942. "É o clássico mais charmoso do futebol brasileiro. No estádio mais charmoso do futebol brasileiro. O torcedor pode almoçar em São Paulo, visitar o Museu do Futebol [que ficará aberto neste domingo, até as 13h] e, de sobremesa, acompanhar o jogo. Vai ser um gol de placa", disse Bandeira em entrevista à "TV Folha", nesta quinta-feira (17). Durante a entrevista, o presidente também cobrou transparência na gestão da Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro). "Cerca de 70%, 80% dos recursos da federação saem do bolso dos torcedores do Flamengo e não sabemos para onde vai o dinheiro, quais clubes recebem empréstimos da federação", disse Bandeira. O dirigente também criticou a taxa cobrada pela Ferj sobre os clubes grandes. "É algo que tem que ser profundamente mudado", declarou. Com o Maracanã e o Engenhão em obras para a Rio-2016, a equipe tem enfrentado dificuldades para mandar seus jogos. Nesse período itinerante, o Flamengo já atuou nos estádios Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, e Moacyrzão, em Macaé, ambos no Estado do Rio. Neste domingo, o clube rubro-negro enfrenta o Fluminense no Pacaembu, em São Paulo. Mesmo com a partida fora do Rio, a Ferj não vai abrir mão da cobrança de 10% da renda bruta. A Federação Paulista de Futebol terá direito a 5% da renda bruta, por organizar a partida em seu estado. "Estamos em uma época em que a ética e a transparência ganham mais importância. Gostaria que o futebol carioca fizesse parte disso", complementou. Bandeira reconheceu que a torcida flamenguista vem sendo prejudicada ao longo dos anos pela falta de um estádio próprio. "A situação atual não nos agrada. Estamos aguardando se faremos do Maracanã nossa própria casa, através de uma nova licitação para administração do estádio junto com parceiros. Ou outro contrato com a administração atual, mas que fosse bom para todos". "Fomos obrigados a assinar por falta de opção em 2013. Ou ficamos no Maracanã ou discutiremos a construção de um estádio próprio em um espaço a ser decidido ainda", completou. Atualmente, o estádio é operado pelo Consórcio Maracanã, administrado pela Odebrecht e AEG. CBF Sobre a eleição do Coronel Antônio Carlos Nunes à presidência interina da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Bandeira deixou claro que o clube não votou no atual mandatário. "Enviamos uma lista de tudo o que queríamos fosse mudado no futebol brasileiro e na CBF. Tem uma agenda de mudanças de governança corporativa tentando ser implementado por uma auditoria e agora temos que acompanhar e cobrar", destacou. Sobre a disputa pelo reconhecimento do título de Campeão Brasileiro de 1987, o presidente do Flamengo disse que, para os torcedores, não há dúvida de que o Flamengo é o campeão. "O que está sendo discutido é se a CBF pode oficializar o reconhecimento do título. Mas o Flamengo é o campeão, isso não há dúvida. No início do mês, o clube foi derrotado o Supremo Tribunal Federal (STF), que negou o recurso do clube carioca que pedia o reconhecimento do título de campeão brasileiro de 1987. Uma sentença de 1994 estabeleceu o Sport como campeão daquele ano. A CBF, entretanto, reconheceu, em 2011, o Flamengo também como campeão, mas acabou desautorizada pela Justiça.
esporte
Fla vê jogo em SP como 'gol de placa' e pede transparência da federaçãoO presidente do Flamengo, Eduardo Carvalho Bandeira de Mello, convidou os torcedores de São Paulo e do Rio de Janeiro para acompanhar o "gol de placa" que será clássico entre Flamengo e Fluminense. A partida válida pelo Estadual do Rio será realizada no domingo, no Pacaembu, às 16h. É a segunda vez na história que a partida será realizada em São Paulo. O primeiro foi realizado há 74 anos, em 1942. "É o clássico mais charmoso do futebol brasileiro. No estádio mais charmoso do futebol brasileiro. O torcedor pode almoçar em São Paulo, visitar o Museu do Futebol [que ficará aberto neste domingo, até as 13h] e, de sobremesa, acompanhar o jogo. Vai ser um gol de placa", disse Bandeira em entrevista à "TV Folha", nesta quinta-feira (17). Durante a entrevista, o presidente também cobrou transparência na gestão da Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro). "Cerca de 70%, 80% dos recursos da federação saem do bolso dos torcedores do Flamengo e não sabemos para onde vai o dinheiro, quais clubes recebem empréstimos da federação", disse Bandeira. O dirigente também criticou a taxa cobrada pela Ferj sobre os clubes grandes. "É algo que tem que ser profundamente mudado", declarou. Com o Maracanã e o Engenhão em obras para a Rio-2016, a equipe tem enfrentado dificuldades para mandar seus jogos. Nesse período itinerante, o Flamengo já atuou nos estádios Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, e Moacyrzão, em Macaé, ambos no Estado do Rio. Neste domingo, o clube rubro-negro enfrenta o Fluminense no Pacaembu, em São Paulo. Mesmo com a partida fora do Rio, a Ferj não vai abrir mão da cobrança de 10% da renda bruta. A Federação Paulista de Futebol terá direito a 5% da renda bruta, por organizar a partida em seu estado. "Estamos em uma época em que a ética e a transparência ganham mais importância. Gostaria que o futebol carioca fizesse parte disso", complementou. Bandeira reconheceu que a torcida flamenguista vem sendo prejudicada ao longo dos anos pela falta de um estádio próprio. "A situação atual não nos agrada. Estamos aguardando se faremos do Maracanã nossa própria casa, através de uma nova licitação para administração do estádio junto com parceiros. Ou outro contrato com a administração atual, mas que fosse bom para todos". "Fomos obrigados a assinar por falta de opção em 2013. Ou ficamos no Maracanã ou discutiremos a construção de um estádio próprio em um espaço a ser decidido ainda", completou. Atualmente, o estádio é operado pelo Consórcio Maracanã, administrado pela Odebrecht e AEG. CBF Sobre a eleição do Coronel Antônio Carlos Nunes à presidência interina da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Bandeira deixou claro que o clube não votou no atual mandatário. "Enviamos uma lista de tudo o que queríamos fosse mudado no futebol brasileiro e na CBF. Tem uma agenda de mudanças de governança corporativa tentando ser implementado por uma auditoria e agora temos que acompanhar e cobrar", destacou. Sobre a disputa pelo reconhecimento do título de Campeão Brasileiro de 1987, o presidente do Flamengo disse que, para os torcedores, não há dúvida de que o Flamengo é o campeão. "O que está sendo discutido é se a CBF pode oficializar o reconhecimento do título. Mas o Flamengo é o campeão, isso não há dúvida. No início do mês, o clube foi derrotado o Supremo Tribunal Federal (STF), que negou o recurso do clube carioca que pedia o reconhecimento do título de campeão brasileiro de 1987. Uma sentença de 1994 estabeleceu o Sport como campeão daquele ano. A CBF, entretanto, reconheceu, em 2011, o Flamengo também como campeão, mas acabou desautorizada pela Justiça.
4
Noivos substituem alianças tradicionais por tatuagens no dedo
HELOÍSA NEGRÃO DE SÃO PAULO "No que depender de mim, farei o possível para não existir uma separação." Declara-se Rubens Kley, 27, que marcou na pele o seu casamento com Raquel Lira Lacerda, 29, e prefere não pensar se terá de apagar o desenho um dia. Eles se casaram em 2013 e acumulam tatuagens iguais (coração, símbolo do infinito e uma frase). Casado há sete anos, o tatuador Rodrigo Soares, 37, tem a data do casamento escrita no dedo ao invés da aliança. O cadeado-coração com a chave, o naipe de rei e rainha de copas também "saem bem" entre casais. A tattoo no dedo virou febre em 2015 e ainda bomba na internet, principalmente no Pinterest. Os especialistas não recomendam. "É uma área com muito atrito, o desenho pode ficar desgastado", diz Henri Jean Loch. SERVIÇO Tatto You - R$ 350 - tattooyou.com.br Gelly Tatto - R$ 250 - gellystatoo.com.br Henri J. Loch - R$ 200 - [email protected]
saopaulo
Noivos substituem alianças tradicionais por tatuagens no dedoHELOÍSA NEGRÃO DE SÃO PAULO "No que depender de mim, farei o possível para não existir uma separação." Declara-se Rubens Kley, 27, que marcou na pele o seu casamento com Raquel Lira Lacerda, 29, e prefere não pensar se terá de apagar o desenho um dia. Eles se casaram em 2013 e acumulam tatuagens iguais (coração, símbolo do infinito e uma frase). Casado há sete anos, o tatuador Rodrigo Soares, 37, tem a data do casamento escrita no dedo ao invés da aliança. O cadeado-coração com a chave, o naipe de rei e rainha de copas também "saem bem" entre casais. A tattoo no dedo virou febre em 2015 e ainda bomba na internet, principalmente no Pinterest. Os especialistas não recomendam. "É uma área com muito atrito, o desenho pode ficar desgastado", diz Henri Jean Loch. SERVIÇO Tatto You - R$ 350 - tattooyou.com.br Gelly Tatto - R$ 250 - gellystatoo.com.br Henri J. Loch - R$ 200 - [email protected]
17
Polícia prende seis suspeitos de roubar carro-forte na zona leste de SP
Policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) prenderam seis homens suspeitos de participar de um roubo a uma empresa de transporte de valores na noite desta quarta-feira (10) no bairro Jardim São Paulo, em Guaianases, na zona leste de São Paulo. A Secretaria da Segurança Pública informou que a prisão aconteceu na madrugada desta quinta-feira (11) na Cidade Tiradentes, também na zona leste. No local, a Polícia Civil apreendeu R$ 66 mil, explosivos, diversos fuzis, uma metralhadora calibre 50, munições, calças e blusas táticas, toucas do tipo ninja e rádios comunicadores. A polícia não informou se ainda procura por mais suspeitos nem o valor exato da quantia roubada. Os homens detidos foram presos em flagrante e permanecem à disposição da Justiça. Sobre a agilidade na prisão dos criminosos, a polícia informou que policiais da 6ª Patrimônio (Delegacia de Investigações sobre Facções Criminosas e Lavagem de Dinheiro), do Deic, investigavam as atividades dos suspeitos há cerca de três meses. A ação aconteceu, segundo a Polícia Militar, por volta das 18h50, quando o grupo atravessou um caminhão e jogou pregos na rua Jerônimo Dias Ribeiro para bloquear o carro-forte da empresa Protege e impedir a chegada dos policiais. Os bandidos realizam diversos disparos contra o carro-forte e, depois, renderam os vigilantes. Os criminosos usaram explosivos para arrombar o carro-forte e fugiram do local em dois carros –um Chevrolet Captiva e um Fiat Strada– em direção à Cidade Tiradentes, na zona leste. A Protege confirmou o roubo a um de seus carros de transporte de valores e informou, em nota, que não teve registro de feridos e que aguarda a apuração dos fatos. A empresa também reforçou que colabora com as autoridades policiais em sua investigação. ROUBO A TRANSPORTADORAS Nos últimos oito meses, além de Ribeirão Preto, Campinas e Santos sofreram mega-assaltos que resultaram em pelo menos R$ 135 milhões roubados, além de cinco mortes e quatro pessoas feridas. Em Ribeirão, cujo assalto completou um mês na última sexta (5), a Promotoria decidiu investigar, na área cível, a legalidade da instalação das empresas na zona urbana. Um dos focos é saber os critérios usados para a liberação de alvarás para elas. Há ao menos 34 bases de grandes empresas de transporte de valores instaladas no Estado, 26 delas no interior e no litoral. Em Campinas há quatro bases e, em Bauru, Ribeirão Preto, Santos, São José do Rio Preto e São José dos Campos, três cada uma. TRANSPORTE DE VALORES - Seis cidades do interior de SP têm ao menos três empresas do setor A ABTV (Associação Brasileira das Empresas de Transporte de Valores) afirma que a saída das bases dos locais em que estão só transferirá esse problema de lugar. "Pode construir um bunker, um forte, que não vai resistir ao impacto das armas e dos explosivos usados nos ataques", afirma Marcos Emanuel Torres de Paiva, presidente da associação. Para Marcos Emanuel Torres de Paiva, presidente da associação, o principal problema enfrentado pelas empresas não é a guarda do dinheiro, mas as armas usadas pelos criminosos, capazes de derrubar aeronaves. A solução, segundo ele, também não passa pela ampliação do poder de fogo utilizado pelos vigilantes, mas sim por um melhor controle das fronteiras do país. "Os ladrões migram para onde está o dinheiro. Antes, eram as agências bancárias e, agora, as transportadoras. Se tirar a empresa do centro da cidade, não vai adiantar muita coisa", disse Paiva. Mega Assaltos em SP
cotidiano
Polícia prende seis suspeitos de roubar carro-forte na zona leste de SPPoliciais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) prenderam seis homens suspeitos de participar de um roubo a uma empresa de transporte de valores na noite desta quarta-feira (10) no bairro Jardim São Paulo, em Guaianases, na zona leste de São Paulo. A Secretaria da Segurança Pública informou que a prisão aconteceu na madrugada desta quinta-feira (11) na Cidade Tiradentes, também na zona leste. No local, a Polícia Civil apreendeu R$ 66 mil, explosivos, diversos fuzis, uma metralhadora calibre 50, munições, calças e blusas táticas, toucas do tipo ninja e rádios comunicadores. A polícia não informou se ainda procura por mais suspeitos nem o valor exato da quantia roubada. Os homens detidos foram presos em flagrante e permanecem à disposição da Justiça. Sobre a agilidade na prisão dos criminosos, a polícia informou que policiais da 6ª Patrimônio (Delegacia de Investigações sobre Facções Criminosas e Lavagem de Dinheiro), do Deic, investigavam as atividades dos suspeitos há cerca de três meses. A ação aconteceu, segundo a Polícia Militar, por volta das 18h50, quando o grupo atravessou um caminhão e jogou pregos na rua Jerônimo Dias Ribeiro para bloquear o carro-forte da empresa Protege e impedir a chegada dos policiais. Os bandidos realizam diversos disparos contra o carro-forte e, depois, renderam os vigilantes. Os criminosos usaram explosivos para arrombar o carro-forte e fugiram do local em dois carros –um Chevrolet Captiva e um Fiat Strada– em direção à Cidade Tiradentes, na zona leste. A Protege confirmou o roubo a um de seus carros de transporte de valores e informou, em nota, que não teve registro de feridos e que aguarda a apuração dos fatos. A empresa também reforçou que colabora com as autoridades policiais em sua investigação. ROUBO A TRANSPORTADORAS Nos últimos oito meses, além de Ribeirão Preto, Campinas e Santos sofreram mega-assaltos que resultaram em pelo menos R$ 135 milhões roubados, além de cinco mortes e quatro pessoas feridas. Em Ribeirão, cujo assalto completou um mês na última sexta (5), a Promotoria decidiu investigar, na área cível, a legalidade da instalação das empresas na zona urbana. Um dos focos é saber os critérios usados para a liberação de alvarás para elas. Há ao menos 34 bases de grandes empresas de transporte de valores instaladas no Estado, 26 delas no interior e no litoral. Em Campinas há quatro bases e, em Bauru, Ribeirão Preto, Santos, São José do Rio Preto e São José dos Campos, três cada uma. TRANSPORTE DE VALORES - Seis cidades do interior de SP têm ao menos três empresas do setor A ABTV (Associação Brasileira das Empresas de Transporte de Valores) afirma que a saída das bases dos locais em que estão só transferirá esse problema de lugar. "Pode construir um bunker, um forte, que não vai resistir ao impacto das armas e dos explosivos usados nos ataques", afirma Marcos Emanuel Torres de Paiva, presidente da associação. Para Marcos Emanuel Torres de Paiva, presidente da associação, o principal problema enfrentado pelas empresas não é a guarda do dinheiro, mas as armas usadas pelos criminosos, capazes de derrubar aeronaves. A solução, segundo ele, também não passa pela ampliação do poder de fogo utilizado pelos vigilantes, mas sim por um melhor controle das fronteiras do país. "Os ladrões migram para onde está o dinheiro. Antes, eram as agências bancárias e, agora, as transportadoras. Se tirar a empresa do centro da cidade, não vai adiantar muita coisa", disse Paiva. Mega Assaltos em SP
6
BC deve reduzir intervenção no mercado de câmbio em julho
O Banco Central indicou que vai reduzir sua atuação no mercado de câmbio em julho. A instituição anunciou nesta segunda-feira (29) que iniciará na quarta-feira (1º) as operações de renovação dos contratos de câmbio que vencem no começo de agosto. A oferta no dia será de US$ 340 milhões. Se mantiver esse ritmo ao longo do mês, a instituição vai renovar menos de 70% do vencimento, que soma US$ 10,675 bilhões Em junho, o BC iniciou o mês indicando a renovação de 80% dos contratos, mas reduziu o ritmo ao longo das semanas e acabou por rolar cerca de 70%. Com isso, a instituição tirou do mercado cerca de US$ 2,5 bilhões. Em agosto, a primeira sinalização indica uma redução de US$ 3,5 bilhões no estoque atual de contratos, que soma hoje US$ 110,8 bilhões. Esses contratos equivalem à venda futura de dólares e são o principal instrumento de intervenção cambial do governo. Nos contratos de swap cambial, o BC oferece ao mercado proteção contra a valorização do dólar. Quando a moeda norte-americana tem alta, o investidor é remunerado. Se o dólar cai, o BC tem ganho com a operação.
mercado
BC deve reduzir intervenção no mercado de câmbio em julhoO Banco Central indicou que vai reduzir sua atuação no mercado de câmbio em julho. A instituição anunciou nesta segunda-feira (29) que iniciará na quarta-feira (1º) as operações de renovação dos contratos de câmbio que vencem no começo de agosto. A oferta no dia será de US$ 340 milhões. Se mantiver esse ritmo ao longo do mês, a instituição vai renovar menos de 70% do vencimento, que soma US$ 10,675 bilhões Em junho, o BC iniciou o mês indicando a renovação de 80% dos contratos, mas reduziu o ritmo ao longo das semanas e acabou por rolar cerca de 70%. Com isso, a instituição tirou do mercado cerca de US$ 2,5 bilhões. Em agosto, a primeira sinalização indica uma redução de US$ 3,5 bilhões no estoque atual de contratos, que soma hoje US$ 110,8 bilhões. Esses contratos equivalem à venda futura de dólares e são o principal instrumento de intervenção cambial do governo. Nos contratos de swap cambial, o BC oferece ao mercado proteção contra a valorização do dólar. Quando a moeda norte-americana tem alta, o investidor é remunerado. Se o dólar cai, o BC tem ganho com a operação.
2
A arca dos vencedores
A votação de domingo passado uniu extenso e variado bloco com o propósito de expulsar o lulismo do poder e, talvez até, do próprio jogo político, se possível por bom tempo. Para chegar aos 367 deputados que derrotaram o projeto de reformas graduais lulistas, foi necessário juntar da extrema-direita ao centro, passando por toda a gama ideológica intermediária. Resta saber se a fauna amalgamada contra Dilma Rousseff continuará sob o mesmo teto em caso de o Senado repetir a decisão da Câmara. Aos que acham a pergunta irrelevante em face do caráter despolitizado de muitos sufrágios, convém não se deixar levar pelas aparências. É verdade que a maioria dos parlamentares responde a interesses fisiológicos, mas isso não significa ausência de posição. As frequentes menções a Deus, pátria e família durante a decisiva sessão dominical expressam certa visão de mundo, própria e da base que cerca o declarante. A fala propositadamente radical do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), ao enaltecer famoso torturador, dialoga com o conservadorismo difuso em setores da sociedade. Com 8% das intenções de voto para presidente da República na última pesquisa Datafolha (8/4), o ex-militar carioca encontra-se em quarto lugar na preferência do eleitorado e nada menos que 20% dos entrevistados com renda acima de 10 salários mínimos familiares mensais declararam adesão a ele. Aliás, para que se tenha ideia, na mesma faixa, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) obteve singelos 13% e a ex-senadora Marina Silva, 12%. Em outras palavras, cresceu a inclinação de setores médios pelo fascismo. No sentido contrário, opções tradicionais de direita e centro-direita parecem murchar. Considerado o eleitorado em geral, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) aparece na mesma pesquisa com irrelevantes 1%. Os tucanos, por sua vez, declinaram nesta última e decisiva fase da trama a favor do impedimento. O neto de Tancredo, hoje com 17%, perdeu 10 pontos percentuais entre o levantamento de dezembro e o atual. Pesa contra os pessedebistas o mesmo fantasma que assombra os líderes do golpe constitucional, Eduardo Cunha e Michel Temer. Sobre uns e outros pairam inúmeras denúncias surgidas no bojo da Operação Lava Jato. Temer, o futuro presidente em caso de vitória golpista, conta com apenas 2% das intenções de voto, tecnicamente empatado com Caiado no fim da fila. A espécie eleitoralmente forte dentre as que subiram à arca do impedimento é a da líder da Rede, Marina, neste momento sem mandato, et pour cause. Partindo de 19% das intenções de voto, constitui opção de centro sem envolvimento com maracutaias. Aceitará navegar em companhia de Bolsonaro, Caiado, Neves, Cunha e Temer? [email protected]
colunas
A arca dos vencedoresA votação de domingo passado uniu extenso e variado bloco com o propósito de expulsar o lulismo do poder e, talvez até, do próprio jogo político, se possível por bom tempo. Para chegar aos 367 deputados que derrotaram o projeto de reformas graduais lulistas, foi necessário juntar da extrema-direita ao centro, passando por toda a gama ideológica intermediária. Resta saber se a fauna amalgamada contra Dilma Rousseff continuará sob o mesmo teto em caso de o Senado repetir a decisão da Câmara. Aos que acham a pergunta irrelevante em face do caráter despolitizado de muitos sufrágios, convém não se deixar levar pelas aparências. É verdade que a maioria dos parlamentares responde a interesses fisiológicos, mas isso não significa ausência de posição. As frequentes menções a Deus, pátria e família durante a decisiva sessão dominical expressam certa visão de mundo, própria e da base que cerca o declarante. A fala propositadamente radical do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), ao enaltecer famoso torturador, dialoga com o conservadorismo difuso em setores da sociedade. Com 8% das intenções de voto para presidente da República na última pesquisa Datafolha (8/4), o ex-militar carioca encontra-se em quarto lugar na preferência do eleitorado e nada menos que 20% dos entrevistados com renda acima de 10 salários mínimos familiares mensais declararam adesão a ele. Aliás, para que se tenha ideia, na mesma faixa, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) obteve singelos 13% e a ex-senadora Marina Silva, 12%. Em outras palavras, cresceu a inclinação de setores médios pelo fascismo. No sentido contrário, opções tradicionais de direita e centro-direita parecem murchar. Considerado o eleitorado em geral, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) aparece na mesma pesquisa com irrelevantes 1%. Os tucanos, por sua vez, declinaram nesta última e decisiva fase da trama a favor do impedimento. O neto de Tancredo, hoje com 17%, perdeu 10 pontos percentuais entre o levantamento de dezembro e o atual. Pesa contra os pessedebistas o mesmo fantasma que assombra os líderes do golpe constitucional, Eduardo Cunha e Michel Temer. Sobre uns e outros pairam inúmeras denúncias surgidas no bojo da Operação Lava Jato. Temer, o futuro presidente em caso de vitória golpista, conta com apenas 2% das intenções de voto, tecnicamente empatado com Caiado no fim da fila. A espécie eleitoralmente forte dentre as que subiram à arca do impedimento é a da líder da Rede, Marina, neste momento sem mandato, et pour cause. Partindo de 19% das intenções de voto, constitui opção de centro sem envolvimento com maracutaias. Aceitará navegar em companhia de Bolsonaro, Caiado, Neves, Cunha e Temer? [email protected]
10
País vende ação do Banco Brasil para reforçar contas públicas
Diante da frustração na arrecadação e da demora do Congresso em aprovar medidas que gerem recursos para a União, a equipe do ministro Joaquim Levy (Fazenda) decidiu recorrer à venda de papéis do Fundo Soberano –criado em 2008 e vinculado ao Ministério da Fazenda. O objetivo é melhorar as contas do governo neste ano, já que o Senado decidiu adiar para agosto a votação de projetos com os quais Levy contava para arrecadar mais recursos: o que regulariza a repatriação de dinheiro não declarado á Receita –sob multa de 35%– e o que unifica as alíquotas de ICMS. Segundo a Folha apurou, a orientação é usar o Fundo Soberano para tentar obter a menor redução possível na meta fiscal deste ano, fixada em 1,1% do PIB. O Fundo Soberano já vendeu cerca de 1 milhão de ações do Banco do Brasil, no valor de R$ 23,86 milhões, como um "teste" para verificar o impacto da operação nos papéis do banco. Ao todo, o fundo tem cerca R$ 2,561 bilhões em ações do banco. As vendas começaram no dia 29 de junho, mas só foram percebidas nesta quinta (16), após reportagem da agência Bloomberg de notícias. Com a informação, os papéis do BB recuaram 3,3%. No fim de junho, o Fundo Soberano ainda tinha 109,650 milhões de papéis do BB, que representavam quase 80% do patrimônio líquido de um total de R$ 3,36 bilhões. A fatia do fundo no BB somava 3,86% do capital do banco no dia 24 de junho. Segundo o Tesouro Nacional, que confirmou a operação, as vendas dos papéis do BB têm por objetivo uma "readequação técnica" das aplicações do Fundo Soberano e são uma "medida prudencial" no contexto fiscal atual. A venda das ações do BB deve significar na prática o fim do Fundo Soberano. Criado com patrimônio de R$ 14,2 bilhões, ele tinha por objetivo rentabilizar a poupança do governo federal, como ocorre nos países asiáticos. Desde então o fundo aplicou majoritariamente em títulos da dívida pública brasileira, ações da Petrobras (depois repassadas ao BNDES com valor menor) e papéis do BB –R$ 12,4 bilhões foram sacados para fechar as contas do governo em 2012. No ano passado, o então ministro da Fazenda Guido Mantega já tinha falado que poderia vender aplicações do fundo para engordar o superavit primário (saldo das receitas e despesas antes do pagamento dos juros), a economia feita para evitar o descontrole da dívida pública. SENADO Na quarta (15), o governo não conseguiu aprovar urgência para votar no Senado o projeto da repatriação dos recursos. A estratégia esbarrou no baixo quórum de aliados do governo. Dos 41 senadores necessários, só 35 estavam presentes. Entre os ausentes, estava o líder do governo, José Pimentel (CE). A aprovação ocorreu nesta quinta, após acordo com a oposição, sob condição de que o mérito será analisado em agosto. * AJUSTE SOB ATAQUE ECONOMIA Governo fixou para este ano meta fiscal de 1,1% do PIB, ou R$ 66,3 bi. Até maio, havia cumprido apenas 12% dessa meta, para evitar o crescimento da dívida pública CORTES DE GASTOS Derrotas no Congresso impediram que o governo cortasse benefícios previdenciários equivalentes a bilhões de reais RECEITAS Falta de apoio parlamentar também barrou medidas para elevar a arrecadação ainda neste ano. No primeiro semestre, a arrecadação caiu quase 3%, já descontada a inflação
mercado
País vende ação do Banco Brasil para reforçar contas públicasDiante da frustração na arrecadação e da demora do Congresso em aprovar medidas que gerem recursos para a União, a equipe do ministro Joaquim Levy (Fazenda) decidiu recorrer à venda de papéis do Fundo Soberano –criado em 2008 e vinculado ao Ministério da Fazenda. O objetivo é melhorar as contas do governo neste ano, já que o Senado decidiu adiar para agosto a votação de projetos com os quais Levy contava para arrecadar mais recursos: o que regulariza a repatriação de dinheiro não declarado á Receita –sob multa de 35%– e o que unifica as alíquotas de ICMS. Segundo a Folha apurou, a orientação é usar o Fundo Soberano para tentar obter a menor redução possível na meta fiscal deste ano, fixada em 1,1% do PIB. O Fundo Soberano já vendeu cerca de 1 milhão de ações do Banco do Brasil, no valor de R$ 23,86 milhões, como um "teste" para verificar o impacto da operação nos papéis do banco. Ao todo, o fundo tem cerca R$ 2,561 bilhões em ações do banco. As vendas começaram no dia 29 de junho, mas só foram percebidas nesta quinta (16), após reportagem da agência Bloomberg de notícias. Com a informação, os papéis do BB recuaram 3,3%. No fim de junho, o Fundo Soberano ainda tinha 109,650 milhões de papéis do BB, que representavam quase 80% do patrimônio líquido de um total de R$ 3,36 bilhões. A fatia do fundo no BB somava 3,86% do capital do banco no dia 24 de junho. Segundo o Tesouro Nacional, que confirmou a operação, as vendas dos papéis do BB têm por objetivo uma "readequação técnica" das aplicações do Fundo Soberano e são uma "medida prudencial" no contexto fiscal atual. A venda das ações do BB deve significar na prática o fim do Fundo Soberano. Criado com patrimônio de R$ 14,2 bilhões, ele tinha por objetivo rentabilizar a poupança do governo federal, como ocorre nos países asiáticos. Desde então o fundo aplicou majoritariamente em títulos da dívida pública brasileira, ações da Petrobras (depois repassadas ao BNDES com valor menor) e papéis do BB –R$ 12,4 bilhões foram sacados para fechar as contas do governo em 2012. No ano passado, o então ministro da Fazenda Guido Mantega já tinha falado que poderia vender aplicações do fundo para engordar o superavit primário (saldo das receitas e despesas antes do pagamento dos juros), a economia feita para evitar o descontrole da dívida pública. SENADO Na quarta (15), o governo não conseguiu aprovar urgência para votar no Senado o projeto da repatriação dos recursos. A estratégia esbarrou no baixo quórum de aliados do governo. Dos 41 senadores necessários, só 35 estavam presentes. Entre os ausentes, estava o líder do governo, José Pimentel (CE). A aprovação ocorreu nesta quinta, após acordo com a oposição, sob condição de que o mérito será analisado em agosto. * AJUSTE SOB ATAQUE ECONOMIA Governo fixou para este ano meta fiscal de 1,1% do PIB, ou R$ 66,3 bi. Até maio, havia cumprido apenas 12% dessa meta, para evitar o crescimento da dívida pública CORTES DE GASTOS Derrotas no Congresso impediram que o governo cortasse benefícios previdenciários equivalentes a bilhões de reais RECEITAS Falta de apoio parlamentar também barrou medidas para elevar a arrecadação ainda neste ano. No primeiro semestre, a arrecadação caiu quase 3%, já descontada a inflação
2
Janot pede inquérito contra Henrique Alves e Cunha por repasses da OAS
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a abertura de um novo inquérito contra o ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sob suspeita de corrupção no recebimento de valores da OAS. A investigação, que está oculta e sigilosa no Supremo Tribunal Federal, tem como base as trocas de mensagens apreendidas no celular do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro. Nas mensagens, Cunha faz diversas cobranças a Pinheiro por repasses à campanha de Henrique ao governo do Rio Grande do Norte. O procurador-geral da República Rodrigo Janot suspeita que os pagamentos da OAS fossem propina disfarçada de doação oficial para que os parlamentares atuassem em favor dos interesses da empresa no Legislativo. Sobre a relação entre os dois peemedebistas, Léo Pinheiro chega a escrever em uma mensagem que "Eduardo Cunha é o grande articulador de Henrique Alves". Segundo a Procuradoria, há ao menos oito solicitações de doação feitas por Cunha para Henrique Alves. Uma mensagem foi interpretada por Janot como o próprio Henrique cobrando os valores: "Amigo, como Cunha falou, na expectativa aqui. Abs e obrigado!". Caso o ministro do Supremo Teori Zavascki determine a abertura do inquérito, será o sétimo contra Cunha e o primeiro contra Henrique Alves. Além disso, Janot pediu a inclusão deles como investigados no inquérito-mãe da Operação Lava Jato, que apura a formação de uma organização criminosa na Petrobras, mas ainda não há decisão. Sobre os novos inquéritos contra si, Cunha já afirmou que está sendo perseguido por Janot e nega o recebimento de propina. Henrique Alves também já comentou que as doações da OAS foram legais, registradas na Justiça Eleitoral, e disse refutar "qualquer ilação".
poder
Janot pede inquérito contra Henrique Alves e Cunha por repasses da OASO procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a abertura de um novo inquérito contra o ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sob suspeita de corrupção no recebimento de valores da OAS. A investigação, que está oculta e sigilosa no Supremo Tribunal Federal, tem como base as trocas de mensagens apreendidas no celular do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro. Nas mensagens, Cunha faz diversas cobranças a Pinheiro por repasses à campanha de Henrique ao governo do Rio Grande do Norte. O procurador-geral da República Rodrigo Janot suspeita que os pagamentos da OAS fossem propina disfarçada de doação oficial para que os parlamentares atuassem em favor dos interesses da empresa no Legislativo. Sobre a relação entre os dois peemedebistas, Léo Pinheiro chega a escrever em uma mensagem que "Eduardo Cunha é o grande articulador de Henrique Alves". Segundo a Procuradoria, há ao menos oito solicitações de doação feitas por Cunha para Henrique Alves. Uma mensagem foi interpretada por Janot como o próprio Henrique cobrando os valores: "Amigo, como Cunha falou, na expectativa aqui. Abs e obrigado!". Caso o ministro do Supremo Teori Zavascki determine a abertura do inquérito, será o sétimo contra Cunha e o primeiro contra Henrique Alves. Além disso, Janot pediu a inclusão deles como investigados no inquérito-mãe da Operação Lava Jato, que apura a formação de uma organização criminosa na Petrobras, mas ainda não há decisão. Sobre os novos inquéritos contra si, Cunha já afirmou que está sendo perseguido por Janot e nega o recebimento de propina. Henrique Alves também já comentou que as doações da OAS foram legais, registradas na Justiça Eleitoral, e disse refutar "qualquer ilação".
0
Esporte Interativo fez a Globo elevar suas ofertas, diz fundador da emissora
A temporada do futebol ganhou um protagonista improvável. Aos 47 anos, Edgar Diniz, economista com carreira em bancos como Salomon Brothers e JPMorgan Chase, não tem pinta de boleiro. No entanto, a empresa que que ele fundou em 1999 tem feito um barulho incomum no futebol nacional, comparável ao de uma jovem revelação esportiva. Após surpreender o mercado com aquisição dos direitos de transmissão da Liga dos Campeões em 2015, o Esporte Interativo entrou na disputa pelos direitos de TV fechada do Brasileiro a partir de 2019. Para quem duvidava do potencial de concorrer com o Grupo Globo, ela já fechou contrato com Santos, Inter, Atlético-PR, Coritiba, Bahia, entre outros. Em entrevista à Folha, o vice-presidente de conteúdo esportivo do canal comenta as barreiras à atuação de uma jovem empresa no mercado brasileiro e descreve as dificuldades nas disputas com a Globo. * Folha - Como funciona a relação com o grupo Turner? Qual o tamanho do aporte financeiro? Edgar Diniz - Hoje, o Esporte Interativo é 100% parte do grupo Turner. A aquisição total aconteceu em fevereiro do ano passado. Não tem a definição de um aporte de dinheiro ao Esporte Interativo. Eles compraram a empresa, e nós elaboramos um plano de negócios, com uma previsão de orçamento. Ele também varia de acordo com as oportunidades. Por exemplo, a disputa pelos direitos de TV fechada do Brasileiro a partir de 2019, que não estava prevista inicialmente, mas que foi analisada e vista como uma possibilidade interessante de negociação. Quanto a crise interna brasileira e a consequente valorização do dólar ajudam a atuação de vocês no Brasil e a disputa por direitos de transmissão? Há dois lados. Por um deles, a valorização do dólar pode favorecer do ponto de vista dos investimentos. Por outro, há uma crise no Brasil que faria qualquer interessado em investir ficar mais conservador. A Turner tem um compromisso histórico com o país. Ela está há mais de 20 anos aqui, é líder no segmento de TV paga, à frente nos canais infantis e de filmes e séries, e agora complementa seu portfolio com esportes. A variação cambial tem efeito neutro nos investimentos de longo prazo da Turner, então. Em entrevista à Folha no passado sobre as dificuldades de entrada do Esporte Interativo nas principais operadoras de TV por assinatura, o senhor falava em 'interferências indevidas no mercado'. Recentemente, a emissora tem exaltado o ideal da livre concorrência em comunicados. Quais são os entraves à livre concorrência no mercado brasileiro? A gente defende os princípios da livre concorrência independentemente de nos prejudicarem ou beneficiarem em algum momento. Quem fizer o melhor trabalho, vence. É um princípio que favorece todos os 'players' do mercado, especialmente o consumidor final. Entrando especificamente na questão do futebol, é muito importante que os direitos de transmissão dos clubes sejam negociados em janelas, como foi determinado pelo Cade em 2010. Antes disso, você tinha uma situação onde um grupo como o Globo tinha vantagem competitiva indevida se ele conseguisse fazer com que a comercialização fosse conjunta –a chamada "venda casada" de todos os direitos. Quando o Cade determinou que essas mídias fossem separadas, ele abriu espaço para que surgissem outros players disputando os diferentes direitos de transmissão em TV aberta, fechada, etc.. Isso beneficia os clubes, que poderão escolher a oferta que acharem melhor; e os torcedores, que poderão decidir entre diferentes ofertas de transmissão. Dois exemplos de onde a livre concorrência funciona são os Estados Unidos e o Reino Unido. Não por acaso, são os mercados mais desenvolvidos. Veja o sucesso da NFL: CBS, Fox, ESPN, várias empresas têm os direitos de transmissão. NBA: TNT, ESPN. Sempre tem mais de um canal. Quem transmite a Premier League? A Sky e a BT. Isso assegura que os clubes vão obter o valor de mercado por seus direitos. Outra vantagem é que os clubes conseguem ter direitos super razoáveis respeitados. Por exemplo, podem ter suas arenas chamadas por seus nomes, ou seja, não ter ninguém arbitrariamente rebatizando as arenas por um outro nome por não ter contrato com quem adquiriu os naming rights do estádio. No mercado americano, todas as emissoras chamam as arenas por seus nomes oficiais, independentemente de acordos comerciais. Isso é um pensamento antigo, que a Globo certamente vai reavaliar. A concorrência faz com que isso aconteça. Quais as dificuldades que vocês têm para entrar em uma operadora? Vocês conseguiram depois de muito tempo negociar a entrada na Net, mas ainda estão fora da Sky. Tivemos dificuldades, mas elas ficaram no passado. Acho que resolvemos do ponto de vista da distribuição do Esporte Interativo. Como pessoa física, como cidadão do Brasil, não fico plenamente satisfeito. Não fico feliz em saber que as mesmas barreiras que atrapalharam a entrada do Esporte Interativo na TV paga podem barrar outros canais que queiram entrar nas operadoras no futuro. Que barreiras são essas? Realmente prefiro não entrar especificamente. Todos sabem quais são. Quando Bandsports e Fox Sports entraram no mercado, sofreram essas dificuldades também. São as mesmas. Basta resgatar. Agora vocês concorrem com o Grupo Globo em diferentes frentes. Primeiramente, como canal de TV por assinatura, com o SporTV. Em outro aspecto, competem pelos direitos de transmissão dos clubes. Como disputar com um grupo historicamente tão enraizado no país? Em primeiro lugar, a Globo faz um trabalho extraordinário há muito tempo na área de esportes. Mas acreditamos que há espaço para mais de um 'player'. A concorrência existe em qualquer mercado mais desenvolvido. Não queremos desafiá-los, mas construir nosso próprio espaço. Ficamos muito felizes com a reação que recebemos dos torcedores nesse processo. Por conta de ser um player só há muito tempo, gera essa tensão toda na mídia. Acho que para o bem do futuro, essa disputa vai se tornar muito natural no futuro, com a possibilidade de entrada de ainda mais players na concorrência por direitos, forçando todos a serem mais competentes. Podem entrar Fox, Espn, e isso é mais saudável para o mercado. Outro ponto é a qualificação do futebol brasileiro. Todos sabem que o nosso futebol tem perdido espaço para o europeu. Perdemos nossos principais jogadores para eles, e agora mesmo jogadores intermediários deixam o país. Para trazermos esses jogadores ou talvez até as grandes estrelas de volta, precisamos fortalecer o futebol nacional. E os pilares do fortalecimento são: profissionalização da gestão dos clubes; a concorrência pelos direitos de transmissão, já que eles são a maior fonte de receita dos clubes; e uma cooperação entre grupos de mídia detentores de direitos com os clubes. Com a combinação desses três fatores, os clubes conseguirão encontrar fontes de receitas que permitirão que eles dependam menos dos direitos de transmissão. Por exemplo, negociamos com Palmeiras, Grêmio e Atlético-PR, clubes que têm arenas super modernas. Eles podem gerar receita com naming rights, por exemplo, quando o nome das arenas são falados em transmissão. Além disso, como o Esporte Interativo pode ajudar? Estamos conversando sobre ceder o sinal da nossa transmissão para que os sócios-torcedores possam ver o replay dos lances nos smartphones, para que assistam ao pré-jogo e ao pós-jogo nessas plataformas. Isso valorizaria ainda mais os programas de sócios-torcedores como o Avanti, do Palmeiras, por exemplo, deixando os clubes com mais receitas e menos dependentes da televisão. No longo prazo, dessa forma, os direitos de transmissão vão custar mais caro, obviamente. Mas do ponto de vista do Esporte Interativo, é melhor pagarmos mais caro e ajudar o esporte a se desenvolver do que fazermos o futebol brasileiro nosso refém. É o que diferencia nosso projeto do que vem acontecendo nos últimos 20 anos, quando a dependência exagerada dos clubes da Globo fez com que eles esperassem adiantamentos e não buscassem novas linhas de receita. A gente acredita que há uma oportunidade de tirar o atraso dos últimos 20 anos caso clubes e grupos de mídia pensem no sentido de melhorar o futebol brasileiro. Os clubes receberam uma oferta conjunta de R$ 1,1 bilhão da Globo pelos direitos de transmissão de TV aberta e TV fechada. Você acha que a oferta do Esporte Interativo só pela TV fechada fará com que essa proposta saia da mesa? Li uma entrevista de diretor do Grupo Globo [Pedro Garcia, ao blog do Rodrigo Mattos, no UOL, empresa do Grupo Folha], na qual ele fala que serão respeitadas as determinações do Cade, então acredito que nenhuma oferta do tipo será feita. Gostaria de frisar, no entanto, os efeitos da entrada do Esporte Interativo na disputa pelos direitos de transmissão. Antes de fazermos nossa oferta, a Globo fechou com alguns clubes um contrato em que ela reduzia o valor do contrato vigente em 25% em troca de um empréstimo. Com isso, ainda renovava os direitos por mais dois anos. Um ambiente sem concorrência leva a isso. Quando a gente entrou e fez uma oferta, a Globo voltou e refez a proposta dela, e foi aí que surgiu a proposta à qual você se refere, de R$ 1,1 bilhão, sendo R$ 1 bilhão para aberta e R$ 100 milhões para fechada. Ou seja, ela deixou de propor a redução de 25% e transformou o empréstimo em luvas. A entrada do Esporte Interativo fez com que a Globo melhorasse em cerca de 40% o valor de sua oferta inicial. Qual a maior dificuldade encontrada na negociação com os clubes? No início, tivemos dificuldade em encontrar quem tivesse a coragem de tomar a decisão de fazer uma coisa diferente do que vem sendo feito nos últimos 20 anos. Conseguimos romper essa barreira. Vou fazer uma confidência, nesse ponto. Um dos clubes que não fechou com o EI nos disse o seguinte: "eu não tenho dúvidas de que a proposta de vocês é superior à última da Globo, mas não tenho coragem de tomar essa decisão". O que está embutido nessa falta de coragem? Difícil dizer. Um argumento que surgiu ao longo das negociações foi o de que vocês não teriam estrutura técnica para fazer transmissões do mesmo nível que as atuais da SporTV. O que o senhor pode dizer? Esses foram argumentos que foram criados pela própria Globo para tentarem convencer os clubes [a não fecharem com o EI] e que bastaram cinco minutos de conversa com os clubes, mostrando a qualidade das nossas transmissões internacionais e da Copa do Nordeste, para resolver. Aliás, vou desmistificar um ponto: contratamos as mesmas produtoras que o SporTV para fazer nossos jogos. Essa tentativa de criar um mito em torno da qualidade de produção só tem fundo comercial. Também surgiu o argumento de que os patrocinadores dos clubes estariam mais interessados que eles fechassem com o Grupo Globo, já que se trata de um espaço de exibição já consolidado. Acho que houve uma confusão que já foi desfeita, creio. O grande espaço de exibição dos clubes é na TV aberta, na Globo. Uma vez que entenderam que estamos falando só de TV fechada, os clubes ficaram absolutamente tranquilos. Além disso, nossas recentes audiências da Liga dos Campeões, com liderança de audiência entre todos os canais de TV por assinatura, mostram que a visibilidade seria mantida. Entre pessoas nas redes sociais e críticos de TV, há reclamações quanto ao estilo das transmissões do EI, apontando certo exagero e gritaria. Como o senhor vê isso? Temos críticas de críticos de TV, mas temos pessoas apaixonadas por nossas transmissões. Nós fazemos de coração. O EI nasceu da paixão de pessoas por esporte e porque queriam trabalhar com isso pelo resto da vida. As transmissões refletem o nível de paixão das pessoas que participam do projeto. Se às vezes a gente exagera, o torcedor também exagera. Não temos vergonha de sermos torcedores. Não no sentido de torcer por um time, mas de dividir a emoção e a paixão daquele momento. Cito um momento em que sofremos críticas. Nossa repórter, Monique Danello, estava cobrindo as quartas de final do mundial feminino de handebol. Quando ficou claro que o Brasil ia conseguir a classificação inédita para a semifinal, ela apareceu na TV aos prantos. Há duas maneiras de ver isso: uma crítica pela falta de profissionalismo; e outra de que aquilo é a emoção do esporte. A gente deixa a repórter demonstrar sua emoção verdadeira. De acordo com a Lei Pelé, uma emissora só pode transmitir uma partida de que tenha os direitos de transmissão de ambos os clubes. A partir de 2019, desenha-se um cenário no qual a clubes fechados com a SporTV enfrentarão clubes que assinaram com o EI. Esses jogos ficarão fora da TV fechada ou o senhor vê a possibilidade de um acordo entre as emissoras? Hoje, só dois jogos por rodada são transmitidos na TV fechada. E isso não vai mudar. O número não será reduzido, em hipótese alguma. A maioria dos jogos já passa no pay-per-view, e continuará assim. Por rodada, continuaremos com três jogos na TV aberta, a maioria no pay-per-view e no mínimo dois na TV fechada. Portanto, não precisaremos de nenhum acordo entre emissoras. ESPN e Fox Sports também têm multinacionais fortes por trás de suas empreitadas. Na sua visão, por que elas ainda não entraram nessa disputa? Nós temos uma história no futebol brasileiro, criamos a Liga do Nordeste, e depois a Copa Verde... Acho que eles ficaram mais concentrados em produtos internacionais. Acredito que as emissoras davam de barato a chance de disputar esses direitos, algo como "não interessa a oferta, não vamos conseguir levar". Acredito que isso vai mudar daqui em diante. OUTRO LADO Procurado pela reportagem, o Grupo Globo respondeu que não vai comentar as avaliações de Edgar Diniz sobre a concorrência pelos direitos de transmissão do Brasileiro a partir de 2019. Até o momento, o São Paulo foi o único clube que anunciou publicamente ter fechado contrato com a Globo, mas Cruzeiro, Grêmio, Botafogo e Fluminense estão com negociações encaminhadas com a emissora. O Corinthians assinou contrato com a Globo em novembro de 2015. Do lado do Esporte Interativo estão Atlético-PR, Bahia, Coritiba, Internacional, Santos, Santa Cruz, Ceará, Figueirense e Ponte Preta, com contratos assinados. A disputa deve seguir até 2018, prazo final para definição dos acordos.
esporte
Esporte Interativo fez a Globo elevar suas ofertas, diz fundador da emissoraA temporada do futebol ganhou um protagonista improvável. Aos 47 anos, Edgar Diniz, economista com carreira em bancos como Salomon Brothers e JPMorgan Chase, não tem pinta de boleiro. No entanto, a empresa que que ele fundou em 1999 tem feito um barulho incomum no futebol nacional, comparável ao de uma jovem revelação esportiva. Após surpreender o mercado com aquisição dos direitos de transmissão da Liga dos Campeões em 2015, o Esporte Interativo entrou na disputa pelos direitos de TV fechada do Brasileiro a partir de 2019. Para quem duvidava do potencial de concorrer com o Grupo Globo, ela já fechou contrato com Santos, Inter, Atlético-PR, Coritiba, Bahia, entre outros. Em entrevista à Folha, o vice-presidente de conteúdo esportivo do canal comenta as barreiras à atuação de uma jovem empresa no mercado brasileiro e descreve as dificuldades nas disputas com a Globo. * Folha - Como funciona a relação com o grupo Turner? Qual o tamanho do aporte financeiro? Edgar Diniz - Hoje, o Esporte Interativo é 100% parte do grupo Turner. A aquisição total aconteceu em fevereiro do ano passado. Não tem a definição de um aporte de dinheiro ao Esporte Interativo. Eles compraram a empresa, e nós elaboramos um plano de negócios, com uma previsão de orçamento. Ele também varia de acordo com as oportunidades. Por exemplo, a disputa pelos direitos de TV fechada do Brasileiro a partir de 2019, que não estava prevista inicialmente, mas que foi analisada e vista como uma possibilidade interessante de negociação. Quanto a crise interna brasileira e a consequente valorização do dólar ajudam a atuação de vocês no Brasil e a disputa por direitos de transmissão? Há dois lados. Por um deles, a valorização do dólar pode favorecer do ponto de vista dos investimentos. Por outro, há uma crise no Brasil que faria qualquer interessado em investir ficar mais conservador. A Turner tem um compromisso histórico com o país. Ela está há mais de 20 anos aqui, é líder no segmento de TV paga, à frente nos canais infantis e de filmes e séries, e agora complementa seu portfolio com esportes. A variação cambial tem efeito neutro nos investimentos de longo prazo da Turner, então. Em entrevista à Folha no passado sobre as dificuldades de entrada do Esporte Interativo nas principais operadoras de TV por assinatura, o senhor falava em 'interferências indevidas no mercado'. Recentemente, a emissora tem exaltado o ideal da livre concorrência em comunicados. Quais são os entraves à livre concorrência no mercado brasileiro? A gente defende os princípios da livre concorrência independentemente de nos prejudicarem ou beneficiarem em algum momento. Quem fizer o melhor trabalho, vence. É um princípio que favorece todos os 'players' do mercado, especialmente o consumidor final. Entrando especificamente na questão do futebol, é muito importante que os direitos de transmissão dos clubes sejam negociados em janelas, como foi determinado pelo Cade em 2010. Antes disso, você tinha uma situação onde um grupo como o Globo tinha vantagem competitiva indevida se ele conseguisse fazer com que a comercialização fosse conjunta –a chamada "venda casada" de todos os direitos. Quando o Cade determinou que essas mídias fossem separadas, ele abriu espaço para que surgissem outros players disputando os diferentes direitos de transmissão em TV aberta, fechada, etc.. Isso beneficia os clubes, que poderão escolher a oferta que acharem melhor; e os torcedores, que poderão decidir entre diferentes ofertas de transmissão. Dois exemplos de onde a livre concorrência funciona são os Estados Unidos e o Reino Unido. Não por acaso, são os mercados mais desenvolvidos. Veja o sucesso da NFL: CBS, Fox, ESPN, várias empresas têm os direitos de transmissão. NBA: TNT, ESPN. Sempre tem mais de um canal. Quem transmite a Premier League? A Sky e a BT. Isso assegura que os clubes vão obter o valor de mercado por seus direitos. Outra vantagem é que os clubes conseguem ter direitos super razoáveis respeitados. Por exemplo, podem ter suas arenas chamadas por seus nomes, ou seja, não ter ninguém arbitrariamente rebatizando as arenas por um outro nome por não ter contrato com quem adquiriu os naming rights do estádio. No mercado americano, todas as emissoras chamam as arenas por seus nomes oficiais, independentemente de acordos comerciais. Isso é um pensamento antigo, que a Globo certamente vai reavaliar. A concorrência faz com que isso aconteça. Quais as dificuldades que vocês têm para entrar em uma operadora? Vocês conseguiram depois de muito tempo negociar a entrada na Net, mas ainda estão fora da Sky. Tivemos dificuldades, mas elas ficaram no passado. Acho que resolvemos do ponto de vista da distribuição do Esporte Interativo. Como pessoa física, como cidadão do Brasil, não fico plenamente satisfeito. Não fico feliz em saber que as mesmas barreiras que atrapalharam a entrada do Esporte Interativo na TV paga podem barrar outros canais que queiram entrar nas operadoras no futuro. Que barreiras são essas? Realmente prefiro não entrar especificamente. Todos sabem quais são. Quando Bandsports e Fox Sports entraram no mercado, sofreram essas dificuldades também. São as mesmas. Basta resgatar. Agora vocês concorrem com o Grupo Globo em diferentes frentes. Primeiramente, como canal de TV por assinatura, com o SporTV. Em outro aspecto, competem pelos direitos de transmissão dos clubes. Como disputar com um grupo historicamente tão enraizado no país? Em primeiro lugar, a Globo faz um trabalho extraordinário há muito tempo na área de esportes. Mas acreditamos que há espaço para mais de um 'player'. A concorrência existe em qualquer mercado mais desenvolvido. Não queremos desafiá-los, mas construir nosso próprio espaço. Ficamos muito felizes com a reação que recebemos dos torcedores nesse processo. Por conta de ser um player só há muito tempo, gera essa tensão toda na mídia. Acho que para o bem do futuro, essa disputa vai se tornar muito natural no futuro, com a possibilidade de entrada de ainda mais players na concorrência por direitos, forçando todos a serem mais competentes. Podem entrar Fox, Espn, e isso é mais saudável para o mercado. Outro ponto é a qualificação do futebol brasileiro. Todos sabem que o nosso futebol tem perdido espaço para o europeu. Perdemos nossos principais jogadores para eles, e agora mesmo jogadores intermediários deixam o país. Para trazermos esses jogadores ou talvez até as grandes estrelas de volta, precisamos fortalecer o futebol nacional. E os pilares do fortalecimento são: profissionalização da gestão dos clubes; a concorrência pelos direitos de transmissão, já que eles são a maior fonte de receita dos clubes; e uma cooperação entre grupos de mídia detentores de direitos com os clubes. Com a combinação desses três fatores, os clubes conseguirão encontrar fontes de receitas que permitirão que eles dependam menos dos direitos de transmissão. Por exemplo, negociamos com Palmeiras, Grêmio e Atlético-PR, clubes que têm arenas super modernas. Eles podem gerar receita com naming rights, por exemplo, quando o nome das arenas são falados em transmissão. Além disso, como o Esporte Interativo pode ajudar? Estamos conversando sobre ceder o sinal da nossa transmissão para que os sócios-torcedores possam ver o replay dos lances nos smartphones, para que assistam ao pré-jogo e ao pós-jogo nessas plataformas. Isso valorizaria ainda mais os programas de sócios-torcedores como o Avanti, do Palmeiras, por exemplo, deixando os clubes com mais receitas e menos dependentes da televisão. No longo prazo, dessa forma, os direitos de transmissão vão custar mais caro, obviamente. Mas do ponto de vista do Esporte Interativo, é melhor pagarmos mais caro e ajudar o esporte a se desenvolver do que fazermos o futebol brasileiro nosso refém. É o que diferencia nosso projeto do que vem acontecendo nos últimos 20 anos, quando a dependência exagerada dos clubes da Globo fez com que eles esperassem adiantamentos e não buscassem novas linhas de receita. A gente acredita que há uma oportunidade de tirar o atraso dos últimos 20 anos caso clubes e grupos de mídia pensem no sentido de melhorar o futebol brasileiro. Os clubes receberam uma oferta conjunta de R$ 1,1 bilhão da Globo pelos direitos de transmissão de TV aberta e TV fechada. Você acha que a oferta do Esporte Interativo só pela TV fechada fará com que essa proposta saia da mesa? Li uma entrevista de diretor do Grupo Globo [Pedro Garcia, ao blog do Rodrigo Mattos, no UOL, empresa do Grupo Folha], na qual ele fala que serão respeitadas as determinações do Cade, então acredito que nenhuma oferta do tipo será feita. Gostaria de frisar, no entanto, os efeitos da entrada do Esporte Interativo na disputa pelos direitos de transmissão. Antes de fazermos nossa oferta, a Globo fechou com alguns clubes um contrato em que ela reduzia o valor do contrato vigente em 25% em troca de um empréstimo. Com isso, ainda renovava os direitos por mais dois anos. Um ambiente sem concorrência leva a isso. Quando a gente entrou e fez uma oferta, a Globo voltou e refez a proposta dela, e foi aí que surgiu a proposta à qual você se refere, de R$ 1,1 bilhão, sendo R$ 1 bilhão para aberta e R$ 100 milhões para fechada. Ou seja, ela deixou de propor a redução de 25% e transformou o empréstimo em luvas. A entrada do Esporte Interativo fez com que a Globo melhorasse em cerca de 40% o valor de sua oferta inicial. Qual a maior dificuldade encontrada na negociação com os clubes? No início, tivemos dificuldade em encontrar quem tivesse a coragem de tomar a decisão de fazer uma coisa diferente do que vem sendo feito nos últimos 20 anos. Conseguimos romper essa barreira. Vou fazer uma confidência, nesse ponto. Um dos clubes que não fechou com o EI nos disse o seguinte: "eu não tenho dúvidas de que a proposta de vocês é superior à última da Globo, mas não tenho coragem de tomar essa decisão". O que está embutido nessa falta de coragem? Difícil dizer. Um argumento que surgiu ao longo das negociações foi o de que vocês não teriam estrutura técnica para fazer transmissões do mesmo nível que as atuais da SporTV. O que o senhor pode dizer? Esses foram argumentos que foram criados pela própria Globo para tentarem convencer os clubes [a não fecharem com o EI] e que bastaram cinco minutos de conversa com os clubes, mostrando a qualidade das nossas transmissões internacionais e da Copa do Nordeste, para resolver. Aliás, vou desmistificar um ponto: contratamos as mesmas produtoras que o SporTV para fazer nossos jogos. Essa tentativa de criar um mito em torno da qualidade de produção só tem fundo comercial. Também surgiu o argumento de que os patrocinadores dos clubes estariam mais interessados que eles fechassem com o Grupo Globo, já que se trata de um espaço de exibição já consolidado. Acho que houve uma confusão que já foi desfeita, creio. O grande espaço de exibição dos clubes é na TV aberta, na Globo. Uma vez que entenderam que estamos falando só de TV fechada, os clubes ficaram absolutamente tranquilos. Além disso, nossas recentes audiências da Liga dos Campeões, com liderança de audiência entre todos os canais de TV por assinatura, mostram que a visibilidade seria mantida. Entre pessoas nas redes sociais e críticos de TV, há reclamações quanto ao estilo das transmissões do EI, apontando certo exagero e gritaria. Como o senhor vê isso? Temos críticas de críticos de TV, mas temos pessoas apaixonadas por nossas transmissões. Nós fazemos de coração. O EI nasceu da paixão de pessoas por esporte e porque queriam trabalhar com isso pelo resto da vida. As transmissões refletem o nível de paixão das pessoas que participam do projeto. Se às vezes a gente exagera, o torcedor também exagera. Não temos vergonha de sermos torcedores. Não no sentido de torcer por um time, mas de dividir a emoção e a paixão daquele momento. Cito um momento em que sofremos críticas. Nossa repórter, Monique Danello, estava cobrindo as quartas de final do mundial feminino de handebol. Quando ficou claro que o Brasil ia conseguir a classificação inédita para a semifinal, ela apareceu na TV aos prantos. Há duas maneiras de ver isso: uma crítica pela falta de profissionalismo; e outra de que aquilo é a emoção do esporte. A gente deixa a repórter demonstrar sua emoção verdadeira. De acordo com a Lei Pelé, uma emissora só pode transmitir uma partida de que tenha os direitos de transmissão de ambos os clubes. A partir de 2019, desenha-se um cenário no qual a clubes fechados com a SporTV enfrentarão clubes que assinaram com o EI. Esses jogos ficarão fora da TV fechada ou o senhor vê a possibilidade de um acordo entre as emissoras? Hoje, só dois jogos por rodada são transmitidos na TV fechada. E isso não vai mudar. O número não será reduzido, em hipótese alguma. A maioria dos jogos já passa no pay-per-view, e continuará assim. Por rodada, continuaremos com três jogos na TV aberta, a maioria no pay-per-view e no mínimo dois na TV fechada. Portanto, não precisaremos de nenhum acordo entre emissoras. ESPN e Fox Sports também têm multinacionais fortes por trás de suas empreitadas. Na sua visão, por que elas ainda não entraram nessa disputa? Nós temos uma história no futebol brasileiro, criamos a Liga do Nordeste, e depois a Copa Verde... Acho que eles ficaram mais concentrados em produtos internacionais. Acredito que as emissoras davam de barato a chance de disputar esses direitos, algo como "não interessa a oferta, não vamos conseguir levar". Acredito que isso vai mudar daqui em diante. OUTRO LADO Procurado pela reportagem, o Grupo Globo respondeu que não vai comentar as avaliações de Edgar Diniz sobre a concorrência pelos direitos de transmissão do Brasileiro a partir de 2019. Até o momento, o São Paulo foi o único clube que anunciou publicamente ter fechado contrato com a Globo, mas Cruzeiro, Grêmio, Botafogo e Fluminense estão com negociações encaminhadas com a emissora. O Corinthians assinou contrato com a Globo em novembro de 2015. Do lado do Esporte Interativo estão Atlético-PR, Bahia, Coritiba, Internacional, Santos, Santa Cruz, Ceará, Figueirense e Ponte Preta, com contratos assinados. A disputa deve seguir até 2018, prazo final para definição dos acordos.
4
Conheça as praias do sul de Floripa e escolha onde passar as férias
Ainda pouco explorado, o lado sul da ilha de Florianópolis tem piscinas naturais com água azul-bebê, mar com ondas fortes, faixas de areia extensas e trilhas no meio da mata atlântica. Veja abaixo opções de praias nessa região da capital catarinense para planejar as próximas férias. * Surfistas e kitesurfistas adoram essa praia, com cerca de 3,5 km de extensão, mas seria injusto limitar o Campeche a essas tribos. Entre a areia e as casas, há dunas, patrimônio natural e paisagístico do município, com sua vegetação de restinga. A orla fica de frente para a ilha de mesmo nome, a cerca de 1,5 km da costa, dona da cor de mar azul-bebê mais imbatível de Floripa, bem caribenha: a Ilha do Campeche. Das praias da Armação, Barra da Lagoa e, é claro, Campeche partem passeios de barco e escuna para a ilha, onde existem sítios arqueológicos com inscrições rupestres com mais de 4.500 anos e trilhas. Sem contar os pontos de mergulho. O mar do Campeche é grosso, com águas frias, de salinidade geralmente elevada, com ondas fortes. - É você, o mar e os costões cobertos de mata. A praia do Saquinho fica numa área de preservação ambiental e possui uma pequenina faixa de areia com ondas que saciam a galera do surfe. Na parte alta, há famílias de pescadores. Para alcançá-la, siga a trilha calçada que sai da praia da Solidão, com uma das vistas mais deslumbrantes do sul de Floripa -ali, um pequeno rio desemboca no mar, em uma praia cercada por morros ainda intactos. Há uma piscina natural formada por uma cascata que fica pertinho. No meio da semana, o lugar é deserto. - Encravada entre as praias do Pântano do Sul e da Solidão, é mais tranquila, bem familiar, ideal para curtir um sossego. A praia tem faixa de areia clara não muito estreita, com águas azuis e frias e ondas medianas. É possível ver as ilhas Três Irmãs e a Moleques do Sul. Há ainda morros como do Pântano, da Costa de Dentro, do Trombudo e do Córrego dos Naufragados, que oferecem trilhas ecológicas em meio à mata atlântica. - No extremo sul da ilha, a praia de areia batida e escura é um convite para fazer longas caminhadas em meio à natureza e dar de cara com o mar bravo. A região conta apenas com a natureza e alguns bares de moradores locais. Não é recomendada para crianças. A trilha, com trajetos acentuados, que sai da Caieira da Barra do Sul é a mais indicada. Demora cerca de uma hora de caminhada. Há um farol no canto direito, com vista para a baía da Palhoça. Também é possível, em dias de mar calmo, ir de barco (cerca de 25 minutos). - A dificuldade de se chegar à praia mais bela da ilha de Santa Catarina é o principal fator que ajuda a preservá-la praticamente intocável. Há três modos de se chegar até lá: duas opções de trilha, uma saindo da praia do Matadeiro, com cerca de três horas de caminhada e paisagens incríveis pelo caminho, porém de maior dificuldade, e outra partindo do Pântano do Sul, com cerca de uma hora, passando pelo meio do mato e dos morros. É o acesso mais utilizado. Dá para ir também, a depender da maré, de barco, que sai do Pântano do Sul. Faixa de areia fofa, branquinha e quase sempre sossegada separa o mar de ondas fortes do riacho que forma um lago para banho. Por causa disso, ganhou esse nome. Vá como puder, mas não deixe de ir! - Lá pelo lado do sul da ilha se diz "pãdussu". É de lá que sai a trilha, com cerca de 4 km de extensão, até a mais selvagem das praias selvagens de Floripa: Lagoinha do Leste. Maior e mais tradicional praia de pesca de Santa Catarina, com colônias de pescadores que praticam os cercos de tainha com arrastões, Pântano do Sul, não à toa, é repleta de barcos, principalmente do lado esquerdo. Aquele pedaço com cerca de 3 km de extensão, habitado pelos autênticos manezinhos, abriga um dos bares mais tradicionais da cidade, o Bar do Arante, que é famoso pelos bilhetinhos escritos pelos frequentadores. - Se existe uma praia em Floripa onde não há resquícios da chamada civilização essa praia é a do Matadeiro -vale lembrar que o nome se deve ao fato de que era ali que se fazia o abate de baleias. Não há carros, nem hotéis ou pousadas -nem ambulantes, muito menos a barulheira típica das cidades. A natureza, essa diva, se faz soberana. Atenção quanto ao mar: as águas, cristalinas, formam ondas fortes. Aos aventureiros, uma trilha que parte dali leva até a praia da Lagoinha do Leste, um dos destinos de Florianópolis que sofreram menor intervenção humana. Na maré baixa, dá para atravessar caminhando pelo rio. Mas há uma ponte para os transeuntes. - Maior lagoa de água doce potável da costa catarinense, ela tem 5 km² de espelho d'água, com pontos de profundidade que superam dez metros, e fica dentro do Parque Municipal da Lagoa do Peri, reserva com muita sombra, que ajuda a embolar uma soneca debaixo das árvores. A lagoa é abastecida por um conjunto de mananciais hídricos que nascem nas encostas do sul da ilha. Menos explorada que a lagoa da Conceição, a do Peri ainda guarda mata atlântica primária. Suas águas não são afetadas pelas oscilações da maré, pois está a cerca de 3 metros acima do nível do mar. Em volta do local, belas trilhas conduzem o visitante a, acredite, cachoeiras e a antigos engenhos coloniais. - Essa aqui é para mergulhar no clima de vilarejo de pescadores. A antiga igreja de Sant'Ana é o núcleo centralizador da região e virou um marco desde a época da caça a baleias, no século 18. No lugar, há uma boa estrutura de bares, restaurantes e empresas que promovem o turismo no sul da ilha. Fora das temporadas de veraneio, a Armação ainda conserva recantos de silêncio e tranquilidade. Com cerca de três quilômetros de extensão, há tanto trechos com ondas calmas quanto pedaços com mar agitado. Faz limite ao sul com a ilha das Campanhas. Um rio divide o espaço com a praia do Matadeiro. O nome vem da época em que eram instaladas ali armações para a pesca de baleias. Era na igreja que os arpoadores e tripulantes de baleeiras se confessavam e ouviam a missa antes de se lançarem ao mar. Em seguida, o sacerdote descia à areia para benzer as embarcações que estavam prontas para partir, rotina essa que ocorreu até meados dos anos 1920. - A praia aqui é mais para ver e menos para se jogar. Pare o carro nos arredores da igreja Nossa Senhora da Lapa, que começou a ser construída em 1760, símbolo do lugar. Caminhe para observar resquícios dos traços arquitetônicos dos séculos 18 e 19 e prosear com seus simpáticos moradores. O Ribeirão da Ilha é a segunda colônia a se desenvolver na antiga vila de Desterro, atual Florianópolis. Traços herdados dos açorianos ainda permanecem por ali, com uma pitadinha de embalagem turística, é claro. Por causa do cultivo de moluscos, a região se tornou um polo gastronômico: ostras e frutos do mar são a base da culinária local. * PACOTES PARA FLORIANÓPOLIS R$ 644 Valor por pessoa, sem aéreo, para quatro noites em novembro em Florianópolis. Inclui no pacote passeios a praias do sul. Na Agaxtur: (11) 3067-0900; agaxturviagens.com.br R$ 888 Pacote de quatro noites na ilha, com saída em 4 de dezembro. Inclusos aéreo e passeio aos principais pontos turísticos. Por pessoa. Na CVC: (11) 3003-9282; cvc.com.br R$ 950 Três noites na capital de Santa Catarina, em hotel na praia do Campeche, com café da manhã. Preço por pessoa, com aéreo. Na RCA: (11) 3017-8700; rcaturismo.com.br R$ 961 Valor para uma semana na pousada Santa Ana, com aéreo incluso. Sem taxas nem passeios inclusos. Por pessoa. Na Decolar.com R$ 1.002 Pacote de quatro noites na pousada Natur Campeche, com café da manhã. Sem aéreo nem passeios. Por pessoa. Na Flot: (11) 4504-4544; flot.com.br R$ 1.200 Hospedagem de seis noites no Ibis Florianópolis para duas pessoas, com café da manhã incluso. Reservas: (48) 3216-0000; ibis.com R$ 1.300 Com aéreo incluso, três noites em Florianópolis, com city tour e visita às praias do Rosa e Guarda do Embaú. Na Abreu: (11) 2860-1840; abreutur.com.br R$ 1.450 Três noites em Florianópolis, com hospedagem e passeio ciclístico pela ilha incluso em todos os dias do roteiro –no último, o turista explora a parte sul da região. Sem aéreo. Na Ahoba: (11) 5594 2023; ahobaviagens.com.br R$ 2.800 Pacote de sete noites para o Réveillon no Floripa Lodge Pousada, que fica no sul da ilha, em Açores. Reservas: (48) 3364-7458; floripalodge.com.br R$ 4.800 Estadia de quatro noites no resort Ponta dos Ganchos, que tem 80 mil m² e fica na região conhecida como Costa Esmeralda. Por pessoa, sem aéreo. Na Adventure Club: (11) 5573 - 4142; adventureclub.com.br
turismo
Conheça as praias do sul de Floripa e escolha onde passar as fériasAinda pouco explorado, o lado sul da ilha de Florianópolis tem piscinas naturais com água azul-bebê, mar com ondas fortes, faixas de areia extensas e trilhas no meio da mata atlântica. Veja abaixo opções de praias nessa região da capital catarinense para planejar as próximas férias. * Surfistas e kitesurfistas adoram essa praia, com cerca de 3,5 km de extensão, mas seria injusto limitar o Campeche a essas tribos. Entre a areia e as casas, há dunas, patrimônio natural e paisagístico do município, com sua vegetação de restinga. A orla fica de frente para a ilha de mesmo nome, a cerca de 1,5 km da costa, dona da cor de mar azul-bebê mais imbatível de Floripa, bem caribenha: a Ilha do Campeche. Das praias da Armação, Barra da Lagoa e, é claro, Campeche partem passeios de barco e escuna para a ilha, onde existem sítios arqueológicos com inscrições rupestres com mais de 4.500 anos e trilhas. Sem contar os pontos de mergulho. O mar do Campeche é grosso, com águas frias, de salinidade geralmente elevada, com ondas fortes. - É você, o mar e os costões cobertos de mata. A praia do Saquinho fica numa área de preservação ambiental e possui uma pequenina faixa de areia com ondas que saciam a galera do surfe. Na parte alta, há famílias de pescadores. Para alcançá-la, siga a trilha calçada que sai da praia da Solidão, com uma das vistas mais deslumbrantes do sul de Floripa -ali, um pequeno rio desemboca no mar, em uma praia cercada por morros ainda intactos. Há uma piscina natural formada por uma cascata que fica pertinho. No meio da semana, o lugar é deserto. - Encravada entre as praias do Pântano do Sul e da Solidão, é mais tranquila, bem familiar, ideal para curtir um sossego. A praia tem faixa de areia clara não muito estreita, com águas azuis e frias e ondas medianas. É possível ver as ilhas Três Irmãs e a Moleques do Sul. Há ainda morros como do Pântano, da Costa de Dentro, do Trombudo e do Córrego dos Naufragados, que oferecem trilhas ecológicas em meio à mata atlântica. - No extremo sul da ilha, a praia de areia batida e escura é um convite para fazer longas caminhadas em meio à natureza e dar de cara com o mar bravo. A região conta apenas com a natureza e alguns bares de moradores locais. Não é recomendada para crianças. A trilha, com trajetos acentuados, que sai da Caieira da Barra do Sul é a mais indicada. Demora cerca de uma hora de caminhada. Há um farol no canto direito, com vista para a baía da Palhoça. Também é possível, em dias de mar calmo, ir de barco (cerca de 25 minutos). - A dificuldade de se chegar à praia mais bela da ilha de Santa Catarina é o principal fator que ajuda a preservá-la praticamente intocável. Há três modos de se chegar até lá: duas opções de trilha, uma saindo da praia do Matadeiro, com cerca de três horas de caminhada e paisagens incríveis pelo caminho, porém de maior dificuldade, e outra partindo do Pântano do Sul, com cerca de uma hora, passando pelo meio do mato e dos morros. É o acesso mais utilizado. Dá para ir também, a depender da maré, de barco, que sai do Pântano do Sul. Faixa de areia fofa, branquinha e quase sempre sossegada separa o mar de ondas fortes do riacho que forma um lago para banho. Por causa disso, ganhou esse nome. Vá como puder, mas não deixe de ir! - Lá pelo lado do sul da ilha se diz "pãdussu". É de lá que sai a trilha, com cerca de 4 km de extensão, até a mais selvagem das praias selvagens de Floripa: Lagoinha do Leste. Maior e mais tradicional praia de pesca de Santa Catarina, com colônias de pescadores que praticam os cercos de tainha com arrastões, Pântano do Sul, não à toa, é repleta de barcos, principalmente do lado esquerdo. Aquele pedaço com cerca de 3 km de extensão, habitado pelos autênticos manezinhos, abriga um dos bares mais tradicionais da cidade, o Bar do Arante, que é famoso pelos bilhetinhos escritos pelos frequentadores. - Se existe uma praia em Floripa onde não há resquícios da chamada civilização essa praia é a do Matadeiro -vale lembrar que o nome se deve ao fato de que era ali que se fazia o abate de baleias. Não há carros, nem hotéis ou pousadas -nem ambulantes, muito menos a barulheira típica das cidades. A natureza, essa diva, se faz soberana. Atenção quanto ao mar: as águas, cristalinas, formam ondas fortes. Aos aventureiros, uma trilha que parte dali leva até a praia da Lagoinha do Leste, um dos destinos de Florianópolis que sofreram menor intervenção humana. Na maré baixa, dá para atravessar caminhando pelo rio. Mas há uma ponte para os transeuntes. - Maior lagoa de água doce potável da costa catarinense, ela tem 5 km² de espelho d'água, com pontos de profundidade que superam dez metros, e fica dentro do Parque Municipal da Lagoa do Peri, reserva com muita sombra, que ajuda a embolar uma soneca debaixo das árvores. A lagoa é abastecida por um conjunto de mananciais hídricos que nascem nas encostas do sul da ilha. Menos explorada que a lagoa da Conceição, a do Peri ainda guarda mata atlântica primária. Suas águas não são afetadas pelas oscilações da maré, pois está a cerca de 3 metros acima do nível do mar. Em volta do local, belas trilhas conduzem o visitante a, acredite, cachoeiras e a antigos engenhos coloniais. - Essa aqui é para mergulhar no clima de vilarejo de pescadores. A antiga igreja de Sant'Ana é o núcleo centralizador da região e virou um marco desde a época da caça a baleias, no século 18. No lugar, há uma boa estrutura de bares, restaurantes e empresas que promovem o turismo no sul da ilha. Fora das temporadas de veraneio, a Armação ainda conserva recantos de silêncio e tranquilidade. Com cerca de três quilômetros de extensão, há tanto trechos com ondas calmas quanto pedaços com mar agitado. Faz limite ao sul com a ilha das Campanhas. Um rio divide o espaço com a praia do Matadeiro. O nome vem da época em que eram instaladas ali armações para a pesca de baleias. Era na igreja que os arpoadores e tripulantes de baleeiras se confessavam e ouviam a missa antes de se lançarem ao mar. Em seguida, o sacerdote descia à areia para benzer as embarcações que estavam prontas para partir, rotina essa que ocorreu até meados dos anos 1920. - A praia aqui é mais para ver e menos para se jogar. Pare o carro nos arredores da igreja Nossa Senhora da Lapa, que começou a ser construída em 1760, símbolo do lugar. Caminhe para observar resquícios dos traços arquitetônicos dos séculos 18 e 19 e prosear com seus simpáticos moradores. O Ribeirão da Ilha é a segunda colônia a se desenvolver na antiga vila de Desterro, atual Florianópolis. Traços herdados dos açorianos ainda permanecem por ali, com uma pitadinha de embalagem turística, é claro. Por causa do cultivo de moluscos, a região se tornou um polo gastronômico: ostras e frutos do mar são a base da culinária local. * PACOTES PARA FLORIANÓPOLIS R$ 644 Valor por pessoa, sem aéreo, para quatro noites em novembro em Florianópolis. Inclui no pacote passeios a praias do sul. Na Agaxtur: (11) 3067-0900; agaxturviagens.com.br R$ 888 Pacote de quatro noites na ilha, com saída em 4 de dezembro. Inclusos aéreo e passeio aos principais pontos turísticos. Por pessoa. Na CVC: (11) 3003-9282; cvc.com.br R$ 950 Três noites na capital de Santa Catarina, em hotel na praia do Campeche, com café da manhã. Preço por pessoa, com aéreo. Na RCA: (11) 3017-8700; rcaturismo.com.br R$ 961 Valor para uma semana na pousada Santa Ana, com aéreo incluso. Sem taxas nem passeios inclusos. Por pessoa. Na Decolar.com R$ 1.002 Pacote de quatro noites na pousada Natur Campeche, com café da manhã. Sem aéreo nem passeios. Por pessoa. Na Flot: (11) 4504-4544; flot.com.br R$ 1.200 Hospedagem de seis noites no Ibis Florianópolis para duas pessoas, com café da manhã incluso. Reservas: (48) 3216-0000; ibis.com R$ 1.300 Com aéreo incluso, três noites em Florianópolis, com city tour e visita às praias do Rosa e Guarda do Embaú. Na Abreu: (11) 2860-1840; abreutur.com.br R$ 1.450 Três noites em Florianópolis, com hospedagem e passeio ciclístico pela ilha incluso em todos os dias do roteiro –no último, o turista explora a parte sul da região. Sem aéreo. Na Ahoba: (11) 5594 2023; ahobaviagens.com.br R$ 2.800 Pacote de sete noites para o Réveillon no Floripa Lodge Pousada, que fica no sul da ilha, em Açores. Reservas: (48) 3364-7458; floripalodge.com.br R$ 4.800 Estadia de quatro noites no resort Ponta dos Ganchos, que tem 80 mil m² e fica na região conhecida como Costa Esmeralda. Por pessoa, sem aéreo. Na Adventure Club: (11) 5573 - 4142; adventureclub.com.br
20
Queda do petróleo leva empresa criada por Eike a interromper produção
A Óleo e Gas Participações (OGPar, ex-OGX), criada pelo empresário Eike Batista, anunciou nesta terça (19) que pretende interromper as operações do campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos, em função da queda do preço do petróleo. A companhia, que está em recuperação judicial, informou que solicitou à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) a "interrupção temporária" da produção. Em dezembro, o campo produziu uma média de 8.581 barris de petróleo por dia. Segundo comunicado oficial, a medida foi baseada "nas atuais adversidades do setor de petróleo", na frustração de expectativas com relação à produtividade do campo e nos elevados custos de aluguel da plataforma. "A paralisação do campo de Tubarão Martelo por até um ano permitirá que a companhia possa, durante este período, avaliar a melhor maneira de retomar a produção", diz o texto. Em agosto do ano passado, a companhia já havia anunciado a paralisação de outro projeto, o campo de Tubarão Azul, também por frustração com a qualidade das reservas. O projeto já vinha apresentando resultados negativos diante da queda das cotações até aquele momento. No terceiro trimestre de 2015, último resultado disponível, o campo de Tubarão Martelo também teve fluxo de caixa negativo, de R$ 57,1 milhões. Com a paralisação do campo, a companhia deixa de produzir definitivamente, mantendo em seu portfólio atividades exploratórias e o desenvolvimento dos campos de Atlanta e Oliva, na Bacia de Santos, em parceria com a Barra Energia e a Queiroz Galvão.
mercado
Queda do petróleo leva empresa criada por Eike a interromper produçãoA Óleo e Gas Participações (OGPar, ex-OGX), criada pelo empresário Eike Batista, anunciou nesta terça (19) que pretende interromper as operações do campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos, em função da queda do preço do petróleo. A companhia, que está em recuperação judicial, informou que solicitou à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) a "interrupção temporária" da produção. Em dezembro, o campo produziu uma média de 8.581 barris de petróleo por dia. Segundo comunicado oficial, a medida foi baseada "nas atuais adversidades do setor de petróleo", na frustração de expectativas com relação à produtividade do campo e nos elevados custos de aluguel da plataforma. "A paralisação do campo de Tubarão Martelo por até um ano permitirá que a companhia possa, durante este período, avaliar a melhor maneira de retomar a produção", diz o texto. Em agosto do ano passado, a companhia já havia anunciado a paralisação de outro projeto, o campo de Tubarão Azul, também por frustração com a qualidade das reservas. O projeto já vinha apresentando resultados negativos diante da queda das cotações até aquele momento. No terceiro trimestre de 2015, último resultado disponível, o campo de Tubarão Martelo também teve fluxo de caixa negativo, de R$ 57,1 milhões. Com a paralisação do campo, a companhia deixa de produzir definitivamente, mantendo em seu portfólio atividades exploratórias e o desenvolvimento dos campos de Atlanta e Oliva, na Bacia de Santos, em parceria com a Barra Energia e a Queiroz Galvão.
2
Com inspiração em 'Game of Thrones', italiano faz conto de fadas gótico
Rainhas que comem corações de dragões marinhos. Princesas prometidas a ogros. Reis lascivos. Tudo isso parece "Game of Thrones', um dos maiores fenômenos televisivos da atualidade. Os mesmos ingredientes banham "O Conto dos Contos", novo filme do italiano Matteo Garrone, de "Gomorra" (2008). E não é uma coincidência. "A primeira temporada de 'Game of Thrones' foi minha maior referência", conta o cineasta à Folha. "Mas logo depois vêm 'Gaviões e Passarinhos', de Pasolini e os filmes de Mario Bava." O filme é inspirado na obra "Pentamerão", do poeta Giambattista Basile, base de inspiração para contos de fadas como "Cinderela" e "Rapunzel". Mas seu clima é bem menos infantil que as recentes adaptações do gênero, como "Branca de Neve e o Caçador". "É um livro maravilhoso e pouco conhecido. Descobri há alguns anos e notei como ele produziria grandes imagens, personagens únicos e cenários ambiciosos para um cineasta. E combina com minha trajetória", diz. A declaração pode parecer contraditória, vindo do homem que mergulhou no livro de Roberto Saviano sobre a máfia napolitana. Mas ele garante que até mesmo aquele universo tão hiper-realista tinha ligações com a fantasia. "'Gomorra' é uma fantasia dark. Eu não estava interessado em denunciar, como fez Saviano, mas na arte e no conflito humano. Fiz uma ficção, tanto que nunca precisei me esconder com medo." Em seguida, Garrone flertou com a metafísica e o surrealismo em "Reality - A Grande Ilusão" (2012), sobre um homem obcecado por entrar no programa "Big Brother". "Infelizmente, foi um fracasso", lamenta o italiano. "As pessoas achavam que era sobre o 'Big Brother'. Claro que quem vê esse programa não vai assistir a meu filme, e vice-versa. Que desastre." "Gomorra" e "Reality" levaram o Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes, mas "O Conto dos Contos" ficou a ver navios no ano passado, mesmo com um elenco de estrelas como Salma Hayek e Vincent Cassel. O longa é formado por três linhas narrativas. A primeira é uma fábula gótica sobre uma rainha (Hayek) que pede para o marido arrancar o tal coração do dragão para melhorar sua fertilidade. A atriz comeu um coração falso que nem sabia o que continha. "Havia massa, doces e todos os tipos de coisas nojentas que você pensar", brinca ela. A segunda trama é protagonizada por um rei perturbado por uma pulga a ponto de entregar a filha para um ogro, e a terceira traz o rei mulherengo de Cassel apaixonando-se pela voz de uma mulher. Garrone se preocupa com a falta de aceitação dos seus últimos filmes, mas sabia que essa obra enfrentaria resistências. "Fiz para divertir o público."
ilustrada
Com inspiração em 'Game of Thrones', italiano faz conto de fadas góticoRainhas que comem corações de dragões marinhos. Princesas prometidas a ogros. Reis lascivos. Tudo isso parece "Game of Thrones', um dos maiores fenômenos televisivos da atualidade. Os mesmos ingredientes banham "O Conto dos Contos", novo filme do italiano Matteo Garrone, de "Gomorra" (2008). E não é uma coincidência. "A primeira temporada de 'Game of Thrones' foi minha maior referência", conta o cineasta à Folha. "Mas logo depois vêm 'Gaviões e Passarinhos', de Pasolini e os filmes de Mario Bava." O filme é inspirado na obra "Pentamerão", do poeta Giambattista Basile, base de inspiração para contos de fadas como "Cinderela" e "Rapunzel". Mas seu clima é bem menos infantil que as recentes adaptações do gênero, como "Branca de Neve e o Caçador". "É um livro maravilhoso e pouco conhecido. Descobri há alguns anos e notei como ele produziria grandes imagens, personagens únicos e cenários ambiciosos para um cineasta. E combina com minha trajetória", diz. A declaração pode parecer contraditória, vindo do homem que mergulhou no livro de Roberto Saviano sobre a máfia napolitana. Mas ele garante que até mesmo aquele universo tão hiper-realista tinha ligações com a fantasia. "'Gomorra' é uma fantasia dark. Eu não estava interessado em denunciar, como fez Saviano, mas na arte e no conflito humano. Fiz uma ficção, tanto que nunca precisei me esconder com medo." Em seguida, Garrone flertou com a metafísica e o surrealismo em "Reality - A Grande Ilusão" (2012), sobre um homem obcecado por entrar no programa "Big Brother". "Infelizmente, foi um fracasso", lamenta o italiano. "As pessoas achavam que era sobre o 'Big Brother'. Claro que quem vê esse programa não vai assistir a meu filme, e vice-versa. Que desastre." "Gomorra" e "Reality" levaram o Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes, mas "O Conto dos Contos" ficou a ver navios no ano passado, mesmo com um elenco de estrelas como Salma Hayek e Vincent Cassel. O longa é formado por três linhas narrativas. A primeira é uma fábula gótica sobre uma rainha (Hayek) que pede para o marido arrancar o tal coração do dragão para melhorar sua fertilidade. A atriz comeu um coração falso que nem sabia o que continha. "Havia massa, doces e todos os tipos de coisas nojentas que você pensar", brinca ela. A segunda trama é protagonizada por um rei perturbado por uma pulga a ponto de entregar a filha para um ogro, e a terceira traz o rei mulherengo de Cassel apaixonando-se pela voz de uma mulher. Garrone se preocupa com a falta de aceitação dos seus últimos filmes, mas sabia que essa obra enfrentaria resistências. "Fiz para divertir o público."
1
Samsung lança nova edição do Note 7 na Coreia do Sul, 30% mais barata
A Samsung Electronics anunciou no domingo que vai começar a vender uma versão remanufaturada do Galaxy Note 7 na Coreia do Sul em 7 de julho, que terá baterias diferentes das usadas inicialmente no modelo e que causaram relatos de fogo em alguns aparelhos no ano passado. A Samsung informou que vai vender 400 mil unidades do modelo, chamado agora de Galaxy Note 7 Fan Edition, na Coreia do Sul. O preço será de 699.600 wons (US$ 611), cerca de 30% menos que o preço de lançamento do Note 7 original. A bateria dos novos modelos terá menor capacidade que a do original, mas passaram em novos testes de segurança implementados pela Samsung após a empresa fazer recall global do aparelho. A Samsung, maior fabricante de smartphones do mundo em volume, foi forçada a interrromper as vendas do Note 7 em outubro passado, cerca de dois meses depois do lançamento, por causa dos relatos de fogo causados por baterias produzidas por dois fornecedores diferentes. O episódio custou ao lucro operacional da Samsung mais de US$ 5 bilhões e atingiu a imagem da companhia, algo que foi recuperado desde então com o bem-sucedido lançamento do Galaxy S8. A companhia sul-coreana planeja fazer o lançamento do Note 8 na segunda metade de agosto, disse uma fonte à Reuters no mês passado. A Samsung informou que vai decidir mais adiante se venderá o modelo remanufaturado do Note 7 em outros mercados, mas descartou planos de venda do dispositivo nos Estados Unidos ou Índia.
tec
Samsung lança nova edição do Note 7 na Coreia do Sul, 30% mais barataA Samsung Electronics anunciou no domingo que vai começar a vender uma versão remanufaturada do Galaxy Note 7 na Coreia do Sul em 7 de julho, que terá baterias diferentes das usadas inicialmente no modelo e que causaram relatos de fogo em alguns aparelhos no ano passado. A Samsung informou que vai vender 400 mil unidades do modelo, chamado agora de Galaxy Note 7 Fan Edition, na Coreia do Sul. O preço será de 699.600 wons (US$ 611), cerca de 30% menos que o preço de lançamento do Note 7 original. A bateria dos novos modelos terá menor capacidade que a do original, mas passaram em novos testes de segurança implementados pela Samsung após a empresa fazer recall global do aparelho. A Samsung, maior fabricante de smartphones do mundo em volume, foi forçada a interrromper as vendas do Note 7 em outubro passado, cerca de dois meses depois do lançamento, por causa dos relatos de fogo causados por baterias produzidas por dois fornecedores diferentes. O episódio custou ao lucro operacional da Samsung mais de US$ 5 bilhões e atingiu a imagem da companhia, algo que foi recuperado desde então com o bem-sucedido lançamento do Galaxy S8. A companhia sul-coreana planeja fazer o lançamento do Note 8 na segunda metade de agosto, disse uma fonte à Reuters no mês passado. A Samsung informou que vai decidir mais adiante se venderá o modelo remanufaturado do Note 7 em outros mercados, mas descartou planos de venda do dispositivo nos Estados Unidos ou Índia.
5
Meta de gastos do governo é 'voltar ao nível de 2013', diz Joaquim Levy
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse neste sábado (16), em Florianópolis, onde fez uma palestra, que o país tentará "voltar ao nível de 2013" no que se refere aos gastos do governo. Segundo ele, o nível daquele ano representa "a disciplina necessária para caminhar na direção da meta fiscal". "É um exercício de disciplina. O ano de 2014 foi além do que a gente pode suportar. 2013 foi um ano bom, uma boa linha de referência", afirmou em entrevista. O ministro não falou em valores, mas em 2013 o governo teve um superavit (receita menos despesas) de 1,9% do PIB, o equivalente a R$ 91,3 bilhões em valores da época. Neste ano, a meta divulgada é economizar R$ 66,3 bilhões em todo o setor público, 1,1% do PIB. No entanto, como em 2014 houve deficit primário de 0,6% do PIB, o esforço fiscal neste ano equivaleria a uma economia entre R$ 110 bilhões e R$ 120 bilhões, o equivalente a 1,7% do PIB. O tamanho do corte, porém, vai depender da capacidade de arrecadar neste ano –que vem sendo comprometida pela recessão e por derrotas do governo no Congresso. Sobre as medidas de ajuste fiscal apreciadas pela Câmara, Levy disse que a aprovação de gastos fora do esperado pelo governo "pode levar a ter que reduzir as despesas ainda mais". "A alternativa seria aumentar impostos. Toda vez que se cria um gasto novo, obviamente está se contratando novos impostos", declarou. O tamanho exato do bloqueio de gastos –e, portanto, do esforço para economizar recursos e reduzir a dívida pública– será definido neste domingo (17), em reunião convocada pela presidente Dilma. Participam os ministros da chamada junta orçamentária, que define a execução do Orçamento: Aloizio Mercadante (Casa Civil), Nelson Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda). A ala mais política do governo defende um bloqueio de gastos, chamado de contingenciamento, na casa dos R$ 60 bilhões, para evitar uma paralisia de ações do governo. Na área econômica, Planejamento e Fazenda avaliam um corte entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões. Os técnicos buscam definir o maior bloqueio possível preservando ao máximo gastos sociais e dentro dos limites impostos pelas despesas obrigatórias. Levy disse que o governo "está fazendo esforço" para diminuir os gastos da administração, inclusive "com cortes na própria carne". SEM ESPAÇO NA PREVIDÊNCIA Sobre o fator previdenciário, o ministro disse que "há uma percepção no governo de que não temos espaços para novas despesas". Ele afirmou que o Ministério da Previdência está "fazendo algumas contas" e que "o sentimento é que tirar o fator previdenciário vai aumentar as despesas", mas não falou em números. A nova regra aprovada pelos deputados, chamada de fórmula 85/95, permite a aposentadoria integral, sem a diminuição calculada com base no fator previdenciário, sempre que a soma da idade com o tempo de contribuição do segurado der 85, para mulheres, ou 95, para homens. Para uma mulher se aposentar, é necessário ter, no mínimo, 30 anos de contribuição. No caso do homem, 35. O fator, criado na gestão Fernando Henrique Cardoso, tem como objetivo retardar aposentadorias. É calculado conforme a idade do trabalhador, tempo de contribuição e expectativa de sobrevida. Sem estimar datas, e em linha com o que vem dizendo em eventos oficiais, o ministro disse que o Brasil voltará a crescer quando tiver o projeto fiscal completo e quando houver "a reação da confiança da disposição do setor privado". "O setor privado tem que olhar o ambiente e sentir confiança de tal forma que ele esteja disposto a crescer, a voltar a investir." Levy afirmou que o país está passando por "um momento de ajuste, de transformação econômica", que ocorre em "nível global". "O mundo está mudando, e o Brasil tem que mudar. O Brasil começa a mudar pelo ajuste fiscal." VISITA Após encontro com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), e com o secretário da Fazenda do Estado, Antônio Gavazzoni, Levy iria ainda se reunir neste sábado com empresários em Joinville, na região norte do Estado. O governo Colombo informou, em nota, que "a vinda do ministro a Santa Catarina é pautada pelos indicadores positivos que o Estado tem mantido mesmo diante da crise econômica nacional". O texto afirma que, em 2014, Santa Catariana foi o maior "gerador de empregos no país" e liderou o ranking de crescimento da arrecadação de ICMS entre os Estados que mais arrecadam, com um aumento de 12,2%. Disse ainda que o Estado tem um dos menores índices de endividamento do país.
mercado
Meta de gastos do governo é 'voltar ao nível de 2013', diz Joaquim LevyO ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse neste sábado (16), em Florianópolis, onde fez uma palestra, que o país tentará "voltar ao nível de 2013" no que se refere aos gastos do governo. Segundo ele, o nível daquele ano representa "a disciplina necessária para caminhar na direção da meta fiscal". "É um exercício de disciplina. O ano de 2014 foi além do que a gente pode suportar. 2013 foi um ano bom, uma boa linha de referência", afirmou em entrevista. O ministro não falou em valores, mas em 2013 o governo teve um superavit (receita menos despesas) de 1,9% do PIB, o equivalente a R$ 91,3 bilhões em valores da época. Neste ano, a meta divulgada é economizar R$ 66,3 bilhões em todo o setor público, 1,1% do PIB. No entanto, como em 2014 houve deficit primário de 0,6% do PIB, o esforço fiscal neste ano equivaleria a uma economia entre R$ 110 bilhões e R$ 120 bilhões, o equivalente a 1,7% do PIB. O tamanho do corte, porém, vai depender da capacidade de arrecadar neste ano –que vem sendo comprometida pela recessão e por derrotas do governo no Congresso. Sobre as medidas de ajuste fiscal apreciadas pela Câmara, Levy disse que a aprovação de gastos fora do esperado pelo governo "pode levar a ter que reduzir as despesas ainda mais". "A alternativa seria aumentar impostos. Toda vez que se cria um gasto novo, obviamente está se contratando novos impostos", declarou. O tamanho exato do bloqueio de gastos –e, portanto, do esforço para economizar recursos e reduzir a dívida pública– será definido neste domingo (17), em reunião convocada pela presidente Dilma. Participam os ministros da chamada junta orçamentária, que define a execução do Orçamento: Aloizio Mercadante (Casa Civil), Nelson Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda). A ala mais política do governo defende um bloqueio de gastos, chamado de contingenciamento, na casa dos R$ 60 bilhões, para evitar uma paralisia de ações do governo. Na área econômica, Planejamento e Fazenda avaliam um corte entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões. Os técnicos buscam definir o maior bloqueio possível preservando ao máximo gastos sociais e dentro dos limites impostos pelas despesas obrigatórias. Levy disse que o governo "está fazendo esforço" para diminuir os gastos da administração, inclusive "com cortes na própria carne". SEM ESPAÇO NA PREVIDÊNCIA Sobre o fator previdenciário, o ministro disse que "há uma percepção no governo de que não temos espaços para novas despesas". Ele afirmou que o Ministério da Previdência está "fazendo algumas contas" e que "o sentimento é que tirar o fator previdenciário vai aumentar as despesas", mas não falou em números. A nova regra aprovada pelos deputados, chamada de fórmula 85/95, permite a aposentadoria integral, sem a diminuição calculada com base no fator previdenciário, sempre que a soma da idade com o tempo de contribuição do segurado der 85, para mulheres, ou 95, para homens. Para uma mulher se aposentar, é necessário ter, no mínimo, 30 anos de contribuição. No caso do homem, 35. O fator, criado na gestão Fernando Henrique Cardoso, tem como objetivo retardar aposentadorias. É calculado conforme a idade do trabalhador, tempo de contribuição e expectativa de sobrevida. Sem estimar datas, e em linha com o que vem dizendo em eventos oficiais, o ministro disse que o Brasil voltará a crescer quando tiver o projeto fiscal completo e quando houver "a reação da confiança da disposição do setor privado". "O setor privado tem que olhar o ambiente e sentir confiança de tal forma que ele esteja disposto a crescer, a voltar a investir." Levy afirmou que o país está passando por "um momento de ajuste, de transformação econômica", que ocorre em "nível global". "O mundo está mudando, e o Brasil tem que mudar. O Brasil começa a mudar pelo ajuste fiscal." VISITA Após encontro com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), e com o secretário da Fazenda do Estado, Antônio Gavazzoni, Levy iria ainda se reunir neste sábado com empresários em Joinville, na região norte do Estado. O governo Colombo informou, em nota, que "a vinda do ministro a Santa Catarina é pautada pelos indicadores positivos que o Estado tem mantido mesmo diante da crise econômica nacional". O texto afirma que, em 2014, Santa Catariana foi o maior "gerador de empregos no país" e liderou o ranking de crescimento da arrecadação de ICMS entre os Estados que mais arrecadam, com um aumento de 12,2%. Disse ainda que o Estado tem um dos menores índices de endividamento do país.
2
Senado inclui depredação em protesto no projeto da lei antiterrorismo
O projeto de lei antiterrorismo que será apresentado para votação no Senado nesta terça (20) exclui o dispositivo que daria "proteção" a manifestações políticas e movimentos sociais, segundo apurou a Folha. O projeto que veio da Câmara estabelecia que a lei "não se aplica à conduta individual ou coletiva de pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais, religiosos, de classe ou de categoria profissional, direcionados por propósitos sociais ou reivindicatórios, com o objetivo de defender direitos, garantias e liberdades". Mas o relator do projeto no Senado, senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), disse à Folha que retirou o dispositivo da versão preliminar. "Essa exceção seria objeto de ridículo universal; essa lei tinha criado o terrorismo do bem", disse Nunes. "O Hamas, o Sendero Luminoso, as Brigadas Vermelhas, todos argumentavam que estavam reivindicando direitos e defendendo uma causa nobre, mas nem por isso deixam de ser terroristas." O projeto de lei é semelhante a diversas legislações antiterrorismo que vêm sendo adotadas no mundo desde os atentados do 11 de Setembro. Movimentos sociais e ONGS brasileiras temem que a legislação restrinja a liberdade de expressão no país. "No Chile, uma lei semelhante foi usada para reprimir e prender líderes indígenas, e posteriormente a legislação foi repudiada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos", disse Rafael Custódio, coordenador do programa de Justiça da Conectas Direitos Humanos. Na versão de Nunes para o projeto de lei, terrorismo é definido como ato que provoca terror generalizado mediante ofensa à integridade física ou privação de liberdade com a ideologia como uma das motivações. A pena prevista é de 15 a 30 anos de reclusão. "É sabido que as lutas e manifestações de diversos movimentos sociais são causadas por motivos ideológicos e políticos, o que, certamente, é amplamente resguardado pela nossa Constituição", diz manifesto de repúdio à lei publicado neste mês por movimentos sociais. Além disso, o projeto define como "terrorismo contra coisa" provocar "terror generalizado mediante dano a bem ou serviço social" como estação de metrô, meio de transporte coletivo e estádio. Nas manifestações de 2013, por exemplo, houve muitas depredações a ônibus e estações de metrô. Custódio argumenta que não é necessário criar uma lei que tipifique terrorismo, porque todos os atos de terrorismo já estão previstos no código penal, e a nova legislação dá muita margem para promotores, policiais ou juízes interpretarem o que é um ato terrorista. "A lei vai ser usada pelo Estado brasileiro para criminalizar e restringir movimentos reivindicatórios de qualquer natureza", diz Custódio. "A definição do que vem a ser terrorismo não é clara, é muito subjetiva." O relator do projeto argumenta que a lei é necessária porque a Constituição não define o que é terrorismo. "Se um terrorista do Estado Islâmico vier para o Brasil, não temos leis que cubram isso." Segundo ele, sempre há subjetividade na interpretação dos juízes. "Um sujeito que se apodera de uma estação de metrô e põe uma bomba é terrorista, o movimento passe livre que quebra catraca não, o juiz vai definir isso, obviamente." FINANCIAMENTO O texto é de autoria do Executivo, que tem pressionado pela aprovação do projeto por estar sujeito a sanções de órgãos internacionais como o Financial Action Task Force (FATC, ou Gafi, em francês). O Gafi exige que o Brasil tenha leis com punições específicas para financiamento do terrorismo. O projeto de lei prevê pena de 15 a 30 anos de reclusão para esse crime. Em visita ao Brasil neste ano, autoridades do FATC reforçaram a cobrança. Se o Brasil não cumprir, pode entrar em uma espécie de lista negra do órgão. Procurado, o Ministério da Fazenda não quis comentar. Alguns senadores do PT se opõem, mas o projeto tem grande apoio no Senado. "Dilma Rousseff, que já foi acusada de terrorismo pela ditadura militar, não deveria ter enviado este projeto ao Congresso e, caso aprovado no Senado, deverá ter a dignidade de vetá-lo", diz o texto dos movimentos sociais. * LEI ANTITERRORISMO Projeto deverá ser votado no Senado nesta terça (20) 1) Terrorismo Provocar ou infundir terror generalizado mediante ofensa à integridade física ou privação de liberdade de pessoa por motivo ideológico, religioso, preconceito racial, étnico ou de gênero Pena: 15 a 30 anos de reclusão 2) Terrorismo contra coisa Provocar ou infundir terror generalizado mediante dano a bem ou serviço social, como barragem, aeroporto, rodoviária, estação de metrô, meio de transporte coletivo, estádio, sede do Legislativo, Executivo ou Judiciário Pena: 8 a 20 anos 3) Incitação Incitar terrorismo por divulgação de material gráfico, sonoro ou de vídeo Pena: 3 a 8 anos 4) Financiamento de terrorismo Financiar, receber, guardar, recursos para planejamento ou execução de crime de terrorismo Pena: 15 a 30 anos
mundo
Senado inclui depredação em protesto no projeto da lei antiterrorismoO projeto de lei antiterrorismo que será apresentado para votação no Senado nesta terça (20) exclui o dispositivo que daria "proteção" a manifestações políticas e movimentos sociais, segundo apurou a Folha. O projeto que veio da Câmara estabelecia que a lei "não se aplica à conduta individual ou coletiva de pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais, religiosos, de classe ou de categoria profissional, direcionados por propósitos sociais ou reivindicatórios, com o objetivo de defender direitos, garantias e liberdades". Mas o relator do projeto no Senado, senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), disse à Folha que retirou o dispositivo da versão preliminar. "Essa exceção seria objeto de ridículo universal; essa lei tinha criado o terrorismo do bem", disse Nunes. "O Hamas, o Sendero Luminoso, as Brigadas Vermelhas, todos argumentavam que estavam reivindicando direitos e defendendo uma causa nobre, mas nem por isso deixam de ser terroristas." O projeto de lei é semelhante a diversas legislações antiterrorismo que vêm sendo adotadas no mundo desde os atentados do 11 de Setembro. Movimentos sociais e ONGS brasileiras temem que a legislação restrinja a liberdade de expressão no país. "No Chile, uma lei semelhante foi usada para reprimir e prender líderes indígenas, e posteriormente a legislação foi repudiada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos", disse Rafael Custódio, coordenador do programa de Justiça da Conectas Direitos Humanos. Na versão de Nunes para o projeto de lei, terrorismo é definido como ato que provoca terror generalizado mediante ofensa à integridade física ou privação de liberdade com a ideologia como uma das motivações. A pena prevista é de 15 a 30 anos de reclusão. "É sabido que as lutas e manifestações de diversos movimentos sociais são causadas por motivos ideológicos e políticos, o que, certamente, é amplamente resguardado pela nossa Constituição", diz manifesto de repúdio à lei publicado neste mês por movimentos sociais. Além disso, o projeto define como "terrorismo contra coisa" provocar "terror generalizado mediante dano a bem ou serviço social" como estação de metrô, meio de transporte coletivo e estádio. Nas manifestações de 2013, por exemplo, houve muitas depredações a ônibus e estações de metrô. Custódio argumenta que não é necessário criar uma lei que tipifique terrorismo, porque todos os atos de terrorismo já estão previstos no código penal, e a nova legislação dá muita margem para promotores, policiais ou juízes interpretarem o que é um ato terrorista. "A lei vai ser usada pelo Estado brasileiro para criminalizar e restringir movimentos reivindicatórios de qualquer natureza", diz Custódio. "A definição do que vem a ser terrorismo não é clara, é muito subjetiva." O relator do projeto argumenta que a lei é necessária porque a Constituição não define o que é terrorismo. "Se um terrorista do Estado Islâmico vier para o Brasil, não temos leis que cubram isso." Segundo ele, sempre há subjetividade na interpretação dos juízes. "Um sujeito que se apodera de uma estação de metrô e põe uma bomba é terrorista, o movimento passe livre que quebra catraca não, o juiz vai definir isso, obviamente." FINANCIAMENTO O texto é de autoria do Executivo, que tem pressionado pela aprovação do projeto por estar sujeito a sanções de órgãos internacionais como o Financial Action Task Force (FATC, ou Gafi, em francês). O Gafi exige que o Brasil tenha leis com punições específicas para financiamento do terrorismo. O projeto de lei prevê pena de 15 a 30 anos de reclusão para esse crime. Em visita ao Brasil neste ano, autoridades do FATC reforçaram a cobrança. Se o Brasil não cumprir, pode entrar em uma espécie de lista negra do órgão. Procurado, o Ministério da Fazenda não quis comentar. Alguns senadores do PT se opõem, mas o projeto tem grande apoio no Senado. "Dilma Rousseff, que já foi acusada de terrorismo pela ditadura militar, não deveria ter enviado este projeto ao Congresso e, caso aprovado no Senado, deverá ter a dignidade de vetá-lo", diz o texto dos movimentos sociais. * LEI ANTITERRORISMO Projeto deverá ser votado no Senado nesta terça (20) 1) Terrorismo Provocar ou infundir terror generalizado mediante ofensa à integridade física ou privação de liberdade de pessoa por motivo ideológico, religioso, preconceito racial, étnico ou de gênero Pena: 15 a 30 anos de reclusão 2) Terrorismo contra coisa Provocar ou infundir terror generalizado mediante dano a bem ou serviço social, como barragem, aeroporto, rodoviária, estação de metrô, meio de transporte coletivo, estádio, sede do Legislativo, Executivo ou Judiciário Pena: 8 a 20 anos 3) Incitação Incitar terrorismo por divulgação de material gráfico, sonoro ou de vídeo Pena: 3 a 8 anos 4) Financiamento de terrorismo Financiar, receber, guardar, recursos para planejamento ou execução de crime de terrorismo Pena: 15 a 30 anos
3
Ônibus vira consultório oftalmológico e leva atendimento gratuito à periferia
Os moradores de Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo (SP), que aguardam na fila do SUS por um atendimento oftalmológico terão um novo serviço para ajudar a reduzir o tempo de espera por uma consulta na rede pública. Desde quarta-feira (9), o ônibus consultório "Visão de Futuro" realiza diagnósticos rápidos no estacionamento do Hospital Municipal Cidade Tiradentes. No local, são realizados exames oftalmológicos e vasculares e cirurgias das mesmas áreas em pacientes encaminhados pelo SUS, em parceria com a Prefeitura de São Paulo. Além do ônibus, a Cidades Tirantes conta com dois consultórios montados dentro de contêineres para atendimento especializado em doenças vasculares e uma carreta para pequenas cirurgias, como catarata. A arena, como é chamado o conjunto dessas estruturas, é uma iniciativa do Cies (Centro de Integração Educação e Saúde), projeto que leva atendimento médico a comunidades carentes por meio de um centro móvel criado pelo médico Roberto Kikawa, vencedor do Prêmio Empreendedor Social em 2010. "Espero que um dia esse trabalho vira política pública, assim como aconteceu com as cirurgias de catarata e vascular", diz Kikawa. "E, que assim, possamos ter um impacto maior na sociedade e as pessoas enxergando melhor." A Folha acompanhou o primeiro dia de consultas e das 50 pessoas que estavam agendadas, 38 compareceram. No total, 26 pacientes receberam indicação para o uso de óculos e 12 saíram com uma armação gratuita. Já os demais fizeram o pedido para receber o par de lentos em até 20 dias, também sem custo. Os casos cirúrgicos receberam o encaminhamento adequado. Todos os pacientes do SUS encaminhados para o ônibus têm direito aos óculos, caso seja necessário. A expectativa é que sejam realizadas de 50 a 100 consultas por dia. A unidade móvel de atendimentos oftalmológicos é a primeira montada pelo Cies. O ônibus surgiu de uma parceria com a gigante da fabricação de lentes Essilor, responsável por marcas como Varilux e Crizal. Solange Ancelmo, 48, desempregada, foi uma das primeiras atendidas pela iniciativa. Ela esperou quatro meses pela consulta após ir ao posto de saúde com a vista embaçada e dificuldade para enxergar de perto. "Como preciso de uma lente multifocal, e eles não têm, vou sair com dois óculos daqui", diz Solange, que reclama da demora para agendar procedimentos no SUS. "Foi pouco [aguardar quatro meses]. Já esperei seis meses ou mais [por uma consulta]", relata. O autônomo Cláudio de Melo, 44, saiu do local com uma armação pronta e também enfrenta problemas com o SUS. "Normalmente, demora muito tempo. Esperei dois anos e meio para fazer um teste ergométrico", conta. Para ser atendido na unidade móvel do Cies, no entanto, Cláudio esperou menos de um mês. "Nós temos rede própria e temos também essa parceria para agilizar os atendimentos mais prioritários que percebemos na fila de espera", afirma Marta Pozzani, supervisora de saúde da Cidade Tiradentes. Segundo Marta, a parceria com o Cies foi importante para aliviar a fila de espera das consultas com especialistas na área vascular e oftalmológica. "Algumas pessoas [aguardam] de três a quatro meses e agora vamos reduzir para menos de um mês a espera." GRÃO DE AREIA De acordo com Kikawa, a nova unidade móvel é inovadora aos modelos anteriores de consultório móvel. "O consultório é bem compacto. A base é um ônibus escolar justamente para chegar perto da comunidade, que muitas vezes tem dificuldade no acesso por causa de pavimentação ruim", afirma o médico. A parceria com a Essilor foi de US$ 93 mil, cerca de R$ 366 mil, de acordo com a cotação da moeda em dezembro de 2015, quando foi fechado o investimento. O ônibus custou R$ 100 mil e a adaptação mais R$ 86 mil. Os equipamentos para realização de exames ultrapassam outros R$ 100 mil. A iniciativa faz parte do fundo Vision for Life da Essilor, que atua em diferentes países para levar qualidade de vida às pessoas por meio da visão. A estimativa da empresa é que, no Brasil, 40 milhões de pessoas precisem usar óculos. "Estamos falando aqui de 50 consultas por dia. Isso deve dar por volta de 13 mil pacientes por ano, se operar todo dia. A gente espera que, desses 13 mil, 8.000 saiam daqui necessitando de um óculos e a gente vai suprir essa demanda", afirma Tadeu Alves, presidente da Essilor para a América Latina. No entanto, Alves reconhece que, perto do total, o impacto é pequeno. "É o nosso grãozinho de areia para ajudar. Espero que outras empresas e outros segmentos possam se associar a essa iniciativa do doutor Roberto e ajudar a população que necessita." O Cies já atua levantado atendimento médico para pacientes no SUS em unidades móveis há 12 anos. No local, é possível fazer exames como eletroneuromiografia, ultrassom, ecocardiograma, coleta de sangue e eletrocardiograma. Também são feitas cirurgias de prostectomia, hérnia, ortopédicas e outras de pequeno porte, como de unha encravada, lipoma, cisto, catarata e de retirada de verrugas. Nos próximos meses, a carreta passará a realizar cirurgias vasculares, como a de varizes. Esta é a primeira carreta móvel do país com licença da Anvisa para realizar pequenas cirurgias. O projeto oferece exames e cirurgias em diferentes especialidades como dermatologia, cardiologia e ortopedia. Recentemente expandiu sua atuação para Estados Unidos e Colômbia. A unidade ficará na região até o fim de março, quando irá atender em Perus, zona norte da capital. O funcionamento é de segunda a sexta, das 8h às 18h, e sábado, das 8h ao meio-dia.
empreendedorsocial
Ônibus vira consultório oftalmológico e leva atendimento gratuito à periferiaOs moradores de Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo (SP), que aguardam na fila do SUS por um atendimento oftalmológico terão um novo serviço para ajudar a reduzir o tempo de espera por uma consulta na rede pública. Desde quarta-feira (9), o ônibus consultório "Visão de Futuro" realiza diagnósticos rápidos no estacionamento do Hospital Municipal Cidade Tiradentes. No local, são realizados exames oftalmológicos e vasculares e cirurgias das mesmas áreas em pacientes encaminhados pelo SUS, em parceria com a Prefeitura de São Paulo. Além do ônibus, a Cidades Tirantes conta com dois consultórios montados dentro de contêineres para atendimento especializado em doenças vasculares e uma carreta para pequenas cirurgias, como catarata. A arena, como é chamado o conjunto dessas estruturas, é uma iniciativa do Cies (Centro de Integração Educação e Saúde), projeto que leva atendimento médico a comunidades carentes por meio de um centro móvel criado pelo médico Roberto Kikawa, vencedor do Prêmio Empreendedor Social em 2010. "Espero que um dia esse trabalho vira política pública, assim como aconteceu com as cirurgias de catarata e vascular", diz Kikawa. "E, que assim, possamos ter um impacto maior na sociedade e as pessoas enxergando melhor." A Folha acompanhou o primeiro dia de consultas e das 50 pessoas que estavam agendadas, 38 compareceram. No total, 26 pacientes receberam indicação para o uso de óculos e 12 saíram com uma armação gratuita. Já os demais fizeram o pedido para receber o par de lentos em até 20 dias, também sem custo. Os casos cirúrgicos receberam o encaminhamento adequado. Todos os pacientes do SUS encaminhados para o ônibus têm direito aos óculos, caso seja necessário. A expectativa é que sejam realizadas de 50 a 100 consultas por dia. A unidade móvel de atendimentos oftalmológicos é a primeira montada pelo Cies. O ônibus surgiu de uma parceria com a gigante da fabricação de lentes Essilor, responsável por marcas como Varilux e Crizal. Solange Ancelmo, 48, desempregada, foi uma das primeiras atendidas pela iniciativa. Ela esperou quatro meses pela consulta após ir ao posto de saúde com a vista embaçada e dificuldade para enxergar de perto. "Como preciso de uma lente multifocal, e eles não têm, vou sair com dois óculos daqui", diz Solange, que reclama da demora para agendar procedimentos no SUS. "Foi pouco [aguardar quatro meses]. Já esperei seis meses ou mais [por uma consulta]", relata. O autônomo Cláudio de Melo, 44, saiu do local com uma armação pronta e também enfrenta problemas com o SUS. "Normalmente, demora muito tempo. Esperei dois anos e meio para fazer um teste ergométrico", conta. Para ser atendido na unidade móvel do Cies, no entanto, Cláudio esperou menos de um mês. "Nós temos rede própria e temos também essa parceria para agilizar os atendimentos mais prioritários que percebemos na fila de espera", afirma Marta Pozzani, supervisora de saúde da Cidade Tiradentes. Segundo Marta, a parceria com o Cies foi importante para aliviar a fila de espera das consultas com especialistas na área vascular e oftalmológica. "Algumas pessoas [aguardam] de três a quatro meses e agora vamos reduzir para menos de um mês a espera." GRÃO DE AREIA De acordo com Kikawa, a nova unidade móvel é inovadora aos modelos anteriores de consultório móvel. "O consultório é bem compacto. A base é um ônibus escolar justamente para chegar perto da comunidade, que muitas vezes tem dificuldade no acesso por causa de pavimentação ruim", afirma o médico. A parceria com a Essilor foi de US$ 93 mil, cerca de R$ 366 mil, de acordo com a cotação da moeda em dezembro de 2015, quando foi fechado o investimento. O ônibus custou R$ 100 mil e a adaptação mais R$ 86 mil. Os equipamentos para realização de exames ultrapassam outros R$ 100 mil. A iniciativa faz parte do fundo Vision for Life da Essilor, que atua em diferentes países para levar qualidade de vida às pessoas por meio da visão. A estimativa da empresa é que, no Brasil, 40 milhões de pessoas precisem usar óculos. "Estamos falando aqui de 50 consultas por dia. Isso deve dar por volta de 13 mil pacientes por ano, se operar todo dia. A gente espera que, desses 13 mil, 8.000 saiam daqui necessitando de um óculos e a gente vai suprir essa demanda", afirma Tadeu Alves, presidente da Essilor para a América Latina. No entanto, Alves reconhece que, perto do total, o impacto é pequeno. "É o nosso grãozinho de areia para ajudar. Espero que outras empresas e outros segmentos possam se associar a essa iniciativa do doutor Roberto e ajudar a população que necessita." O Cies já atua levantado atendimento médico para pacientes no SUS em unidades móveis há 12 anos. No local, é possível fazer exames como eletroneuromiografia, ultrassom, ecocardiograma, coleta de sangue e eletrocardiograma. Também são feitas cirurgias de prostectomia, hérnia, ortopédicas e outras de pequeno porte, como de unha encravada, lipoma, cisto, catarata e de retirada de verrugas. Nos próximos meses, a carreta passará a realizar cirurgias vasculares, como a de varizes. Esta é a primeira carreta móvel do país com licença da Anvisa para realizar pequenas cirurgias. O projeto oferece exames e cirurgias em diferentes especialidades como dermatologia, cardiologia e ortopedia. Recentemente expandiu sua atuação para Estados Unidos e Colômbia. A unidade ficará na região até o fim de março, quando irá atender em Perus, zona norte da capital. O funcionamento é de segunda a sexta, das 8h às 18h, e sábado, das 8h ao meio-dia.
21
Homem-bomba do EI mata 29 pessoas em estádio de futebol em Bagdá
Um atentado suicida reivindicado pela facção terrorista Estado Islâmico provocou a morte de pelo menos 29 pessoas e deixou outras 60 feridas em um estádio de futebol perto de Bagdá, no Iraque, nesta sexta-feira (25). O ataque foi feito por um homem-bomba que estava na arquibancada do pequeno estádio de Iskanderiyah, a 50 km da capital iraquiana, quando o jogo já havia terminado e a organização entregava o troféu aos vencedores. A milícia reivindicou a autoria da explosão em um comunicado publicado em fóruns radicais islâmicos na internet, de acordo com o grupo de inteligência SITE, que monitora a atividade de organizações terroristas. O Estado Islâmico aumentou o número de atentados no Iraque depois que o Exército do país deu início a uma ofensiva para retomar o controle das regiões norte e oeste e da fronteira com a Síria. Na última semana, as forças iraquianas dominaram cidades das províncias de Anbar e Nínive. As vitórias motivaram o país a anunciar, na quinta (24), uma ofensiva para recuperar Mossul, maior cidade nas mãos da milícia. Segundo a coalizão liderada pelos EUA, a facção perdeu 40% de seu território no Iraque e 20% na Síria. Para analistas, as perdas no Oriente Médio levam os extremistas a reforçarem atentados dentro e fora de seus domínios. O governo americano anunciou, nesta sexta (25), que um dos principais comandantes da facção terrorista Estado Islâmico foi morto por forças americanas, sem informar se a morte ocorreu na Síria ou no Iraque. Abd al-Rahman Mustafa al-Qaduli, também conhecido como Haji Iman, seria o "ministro das finanças" do EI e o responsável por algumas das ações externas da facção. De acordo com o governo americano, a morte de Al-Qaduli, assim como a de outros comandantes da milícia nas últimas semanas, deve minar a capacidade dos extremistas de fazer atentados tanto na Síria e no Iraque quanto em outros países.
mundo
Homem-bomba do EI mata 29 pessoas em estádio de futebol em BagdáUm atentado suicida reivindicado pela facção terrorista Estado Islâmico provocou a morte de pelo menos 29 pessoas e deixou outras 60 feridas em um estádio de futebol perto de Bagdá, no Iraque, nesta sexta-feira (25). O ataque foi feito por um homem-bomba que estava na arquibancada do pequeno estádio de Iskanderiyah, a 50 km da capital iraquiana, quando o jogo já havia terminado e a organização entregava o troféu aos vencedores. A milícia reivindicou a autoria da explosão em um comunicado publicado em fóruns radicais islâmicos na internet, de acordo com o grupo de inteligência SITE, que monitora a atividade de organizações terroristas. O Estado Islâmico aumentou o número de atentados no Iraque depois que o Exército do país deu início a uma ofensiva para retomar o controle das regiões norte e oeste e da fronteira com a Síria. Na última semana, as forças iraquianas dominaram cidades das províncias de Anbar e Nínive. As vitórias motivaram o país a anunciar, na quinta (24), uma ofensiva para recuperar Mossul, maior cidade nas mãos da milícia. Segundo a coalizão liderada pelos EUA, a facção perdeu 40% de seu território no Iraque e 20% na Síria. Para analistas, as perdas no Oriente Médio levam os extremistas a reforçarem atentados dentro e fora de seus domínios. O governo americano anunciou, nesta sexta (25), que um dos principais comandantes da facção terrorista Estado Islâmico foi morto por forças americanas, sem informar se a morte ocorreu na Síria ou no Iraque. Abd al-Rahman Mustafa al-Qaduli, também conhecido como Haji Iman, seria o "ministro das finanças" do EI e o responsável por algumas das ações externas da facção. De acordo com o governo americano, a morte de Al-Qaduli, assim como a de outros comandantes da milícia nas últimas semanas, deve minar a capacidade dos extremistas de fazer atentados tanto na Síria e no Iraque quanto em outros países.
3
Paulistano sofre com calor forte, que segue até sexta-feira
O paulistano pode se preparar: o calor forte deve continuar ao menos até a próxima sexta-feira (30). Os termômetros na capital vão permanecer na casa dos 32ºC. Para piorar, a previsão de chuva foi reduzida para os próximos dias. Somente no sábado (31), a temperatura deve recuar um pouco, para 24ºC, com probabilidade de chuva em torno de 80%. "Definitivamente, São Paulo não combina com calor. O dia está lindo, mas insuportavelmente infernal", diz o programador cultural Juliano de Souza, 41, que mora em Santa Cecília (região central). "Vivemos numa bolha poluída, onde circula um bafo tão quente que dá até tontura." Acostumado a bater perna em dias de folga, ele conta que não consegue deixar o conforto da refrigeração de casa. "O máximo aceitável é encarar um cinema com ar-condicionado, mas só de pensar na travessia do deserto..." Com uma rotina de trabalho pautada por ações nas ruas de São Paulo, a pesquisadora Carmem Lúcia Gomes, 56, cancelou suas atividades externas por causa do calor. "Só saí para passear com minha cachorrinha, de manhãzinha, antes das 7h. A partir das 9h, já estava um inferno. Adiei também as compras no supermercado", diz. São Paulo, nas palavras de Carmem, "está parecendo a Bahia, mas sem aquela brisa gostosa". "Tomo vários banhos gelados ao longo do dia e não me enxugo, principalmente antes de dormir. Também estou colocando duas forminhas de gelo numa bacia de água ao lado da cama." Carmem explica que por causa do calor forte teve que comprar um ventilador para sua cachorra, Kaya, que permanece ligado dia e noite. Na hora de hidratar-se durante a noite, ela coloca, junto à cabeceira da cama, dois litros de água mineral com gás, misturados a gotículas de limão e muito gelo. "Dá uma refrescada, mas só vou me livrar desse clima dantesco na sexta, quando viajo para a serra do Papagaio, em Minas, onde serei salva pelas cachoeiras da região." O calor intenso assola todo o país. Há previsão de pancadas de chuva na parte da tarde desta terça (27) em diferentes regiões. No Rio, a sensação térmica chegou a 43,4ºC na segunda. Para a noite da virada, a previsão é de céu com poucas nuvens. Na terça-feira (27), o sol forte e o calor continua na Grande São Paulo. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) a máxima será de 33 °C e a mínima 23 °C. A tarde, com a formação de muitas nuvens há possibilidade de chuva. No litoral, as temperaturas também serão elevadas nesta segunda-feira (26). Em Santos, no litoral sul, a máxima será de 35 °C e em Ubatuba, litoral norte, 32 °C.
cotidiano
Paulistano sofre com calor forte, que segue até sexta-feiraO paulistano pode se preparar: o calor forte deve continuar ao menos até a próxima sexta-feira (30). Os termômetros na capital vão permanecer na casa dos 32ºC. Para piorar, a previsão de chuva foi reduzida para os próximos dias. Somente no sábado (31), a temperatura deve recuar um pouco, para 24ºC, com probabilidade de chuva em torno de 80%. "Definitivamente, São Paulo não combina com calor. O dia está lindo, mas insuportavelmente infernal", diz o programador cultural Juliano de Souza, 41, que mora em Santa Cecília (região central). "Vivemos numa bolha poluída, onde circula um bafo tão quente que dá até tontura." Acostumado a bater perna em dias de folga, ele conta que não consegue deixar o conforto da refrigeração de casa. "O máximo aceitável é encarar um cinema com ar-condicionado, mas só de pensar na travessia do deserto..." Com uma rotina de trabalho pautada por ações nas ruas de São Paulo, a pesquisadora Carmem Lúcia Gomes, 56, cancelou suas atividades externas por causa do calor. "Só saí para passear com minha cachorrinha, de manhãzinha, antes das 7h. A partir das 9h, já estava um inferno. Adiei também as compras no supermercado", diz. São Paulo, nas palavras de Carmem, "está parecendo a Bahia, mas sem aquela brisa gostosa". "Tomo vários banhos gelados ao longo do dia e não me enxugo, principalmente antes de dormir. Também estou colocando duas forminhas de gelo numa bacia de água ao lado da cama." Carmem explica que por causa do calor forte teve que comprar um ventilador para sua cachorra, Kaya, que permanece ligado dia e noite. Na hora de hidratar-se durante a noite, ela coloca, junto à cabeceira da cama, dois litros de água mineral com gás, misturados a gotículas de limão e muito gelo. "Dá uma refrescada, mas só vou me livrar desse clima dantesco na sexta, quando viajo para a serra do Papagaio, em Minas, onde serei salva pelas cachoeiras da região." O calor intenso assola todo o país. Há previsão de pancadas de chuva na parte da tarde desta terça (27) em diferentes regiões. No Rio, a sensação térmica chegou a 43,4ºC na segunda. Para a noite da virada, a previsão é de céu com poucas nuvens. Na terça-feira (27), o sol forte e o calor continua na Grande São Paulo. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) a máxima será de 33 °C e a mínima 23 °C. A tarde, com a formação de muitas nuvens há possibilidade de chuva. No litoral, as temperaturas também serão elevadas nesta segunda-feira (26). Em Santos, no litoral sul, a máxima será de 35 °C e em Ubatuba, litoral norte, 32 °C.
6
Outro Canal: Benedito e neto criam novela ambientalista
Quem disse que Benedito Ruy Barbosa está se aposentando? Bombando no "Vale a Pena Ver de Novo" com o sucesso de "O Rei do Gado", o autor ganhou ânimo para voltar a escrever mais uma novela ao lado de seu ... Leia post completo no blog
ilustrada
Outro Canal: Benedito e neto criam novela ambientalistaQuem disse que Benedito Ruy Barbosa está se aposentando? Bombando no "Vale a Pena Ver de Novo" com o sucesso de "O Rei do Gado", o autor ganhou ânimo para voltar a escrever mais uma novela ao lado de seu ... Leia post completo no blog
1
Com júri infantil, festival vai premiar melhores curtas feitos por crianças
Um júri formado por crianças vai avaliar e premiar filmes também produzidos por crianças. Até o dia 30 de junho, novos artistas de 8 a 17 anos podem inscrever seus curtas no Festival Internacional Pequeno Cineasta. O vídeo deve ter de um a dez minutos de duração e pode ser de qualquer gênero: ficção, documentário, experimental ou animação. O tema é livre. Segundo o regulamento, os atores dos filmes não precisam ser obrigatoriamente crianças ou jovens, mas os filmes devem refletir as opiniões e pensamentos de cineastas mirins. As categorias são divididas por faixas de idade –de 8 a 12 anos e de 13 a 17 anos– e há também um prêmio internacional e um nacional para cada uma delas. Os vencedores ganham um troféu e uma câmera fotográfica digital. O festival acontecerá no Rio entre 2 e 6 de setembro e, além de exibir os curtas, terá oficinas, debates e mesas redondas com profissionais brasileiros e estrangeiros da área audiovisual. Segundo a organização, as quatro edições anteriores do evento já exibiram filmes de 28 países.
folhinha
Com júri infantil, festival vai premiar melhores curtas feitos por criançasUm júri formado por crianças vai avaliar e premiar filmes também produzidos por crianças. Até o dia 30 de junho, novos artistas de 8 a 17 anos podem inscrever seus curtas no Festival Internacional Pequeno Cineasta. O vídeo deve ter de um a dez minutos de duração e pode ser de qualquer gênero: ficção, documentário, experimental ou animação. O tema é livre. Segundo o regulamento, os atores dos filmes não precisam ser obrigatoriamente crianças ou jovens, mas os filmes devem refletir as opiniões e pensamentos de cineastas mirins. As categorias são divididas por faixas de idade –de 8 a 12 anos e de 13 a 17 anos– e há também um prêmio internacional e um nacional para cada uma delas. Os vencedores ganham um troféu e uma câmera fotográfica digital. O festival acontecerá no Rio entre 2 e 6 de setembro e, além de exibir os curtas, terá oficinas, debates e mesas redondas com profissionais brasileiros e estrangeiros da área audiovisual. Segundo a organização, as quatro edições anteriores do evento já exibiram filmes de 28 países.
27
Em Cabrobó, Dilma afirma que crise não irá afetar programas sociais
A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta sexta-feira (21), em Pernambuco, que o governo federal terá de "apertar o cinto" em relação ao Orçamento, mas que os programas sociais não serão afetados pela medida. "Assim como na casa de vocês às vezes tem alguma dificuldade com o Orçamento, o governo federal também teve. Mas como escolhemos onde apertar o cinto, não vamos apertar nos programas sociais como esse aqui", afirmou a petista. Dilma esteve no início da tarde deste sexta em Cabrobó (a cerca de 530 km de Recife) para entregar a primeira estação de bombeamento do eixo norte do projeto de integração do rio São Francisco. A estrutura levará água por 46 km até o reservatório de Terra Nova, em Cabrobó. "Nesses canais nós sabemos que junto com a água também vai fluir a esperança e temos certeza de que esse país vai ser cada vez mais próspero. Ninguém tem que tapar o sol com a peneira. É encarar a dificuldade de frente e ultrapassar a dificuldade", disse. A presidente acionou o sistema de bombeamento de água, de forma simbólica, por meio de um computador no início do evento –o trecho já estava em funcionando, em fase de testes, desde o dia 7 de agosto. Depois, posou para fotos e fez selfies com trabalhadores que participaram da construção da estação. O investimento no trecho foi de R$ 625 milhões. Apesar da entrega da obra, os moradores da região ainda não receberão a água dos canais. Segundo o governo, o projeto alcançou 78% de execução e só deve ser concluído em 2016. Até janeiro do próximo ano, a previsão é que mais três estações de bombeamento sejam entregues. DOM PEDRO 2º Em seu discurso, a presidente afirmou que o projeto na região já havia sido planejado por um político do Crato (CE) no período de reinado de dom Pedro 2º (1831-1889). "Eu sei que esse projeto é um sonho antigo. Veio de dom Pedro, de um deputado do Crato. Mas sabemos que precisou de um presidente nordestino para que andasse", afirmou, em referência ao ex-presidente Lula, a quem elogiou ao longo de sua fala. "Há nessa obra vontade política. Por que sempre me refiro ao presidente Lula? Porque é uma obra que esteve colocada como possibilidade durante 150 anos e precisou que um nordestino fosse eleito, que tivesse sido expulso de sua casa e tivesse ido para São Paulo e soubesse o preço e o custo que a seca impunha. A vontade de fazer foi muito importante e ele teve papel decisivo", disse. A petista afirmou ainda que espera inaugurar toda a obra ao lado do antecessor. "Lula de fato queria muito inaugurar essa obra e eu assumi com ele o compromisso que nós iriamos juntos inaugurar. E nós iremos porque ela vai ficar pronta em 2016 e quero estar com ele aqui em dezembro." MAIS MÉDICOS Dilma citou ainda a importância da criação da Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco), em Petrolina (PE), para a manutenção do programa Mais Médicos. A universidade oferece cursos de medicina. "Queremos que aumente o número de médicos. E como se aumenta? Aumentando o número de cursos de medicina. E nós escolhemos a Univasf porque é importante que seja médico daqui. Tem mais possibilidade de ficar aqui e nós queremos que atendam as populações do interior, as populações quilombolas e indígena." A presidente divulgou durante seu discurso um levantamento recente do governo federal sobre educação. "Nesta semana nós fizemos uma conta. Eu queria saber quantos alunos nossos chegariam ao ensino superior. Porque muita gente está dizendo que estão passando dificuldade e vão acabar com o acesso [às universidades]. É uma conta precisa: 906 mil brasileiros no ano de 2015 vão ter acesso a universidades através dos programas do governo federal. Isso é muito importante", disse.
poder
Em Cabrobó, Dilma afirma que crise não irá afetar programas sociaisA presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta sexta-feira (21), em Pernambuco, que o governo federal terá de "apertar o cinto" em relação ao Orçamento, mas que os programas sociais não serão afetados pela medida. "Assim como na casa de vocês às vezes tem alguma dificuldade com o Orçamento, o governo federal também teve. Mas como escolhemos onde apertar o cinto, não vamos apertar nos programas sociais como esse aqui", afirmou a petista. Dilma esteve no início da tarde deste sexta em Cabrobó (a cerca de 530 km de Recife) para entregar a primeira estação de bombeamento do eixo norte do projeto de integração do rio São Francisco. A estrutura levará água por 46 km até o reservatório de Terra Nova, em Cabrobó. "Nesses canais nós sabemos que junto com a água também vai fluir a esperança e temos certeza de que esse país vai ser cada vez mais próspero. Ninguém tem que tapar o sol com a peneira. É encarar a dificuldade de frente e ultrapassar a dificuldade", disse. A presidente acionou o sistema de bombeamento de água, de forma simbólica, por meio de um computador no início do evento –o trecho já estava em funcionando, em fase de testes, desde o dia 7 de agosto. Depois, posou para fotos e fez selfies com trabalhadores que participaram da construção da estação. O investimento no trecho foi de R$ 625 milhões. Apesar da entrega da obra, os moradores da região ainda não receberão a água dos canais. Segundo o governo, o projeto alcançou 78% de execução e só deve ser concluído em 2016. Até janeiro do próximo ano, a previsão é que mais três estações de bombeamento sejam entregues. DOM PEDRO 2º Em seu discurso, a presidente afirmou que o projeto na região já havia sido planejado por um político do Crato (CE) no período de reinado de dom Pedro 2º (1831-1889). "Eu sei que esse projeto é um sonho antigo. Veio de dom Pedro, de um deputado do Crato. Mas sabemos que precisou de um presidente nordestino para que andasse", afirmou, em referência ao ex-presidente Lula, a quem elogiou ao longo de sua fala. "Há nessa obra vontade política. Por que sempre me refiro ao presidente Lula? Porque é uma obra que esteve colocada como possibilidade durante 150 anos e precisou que um nordestino fosse eleito, que tivesse sido expulso de sua casa e tivesse ido para São Paulo e soubesse o preço e o custo que a seca impunha. A vontade de fazer foi muito importante e ele teve papel decisivo", disse. A petista afirmou ainda que espera inaugurar toda a obra ao lado do antecessor. "Lula de fato queria muito inaugurar essa obra e eu assumi com ele o compromisso que nós iriamos juntos inaugurar. E nós iremos porque ela vai ficar pronta em 2016 e quero estar com ele aqui em dezembro." MAIS MÉDICOS Dilma citou ainda a importância da criação da Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco), em Petrolina (PE), para a manutenção do programa Mais Médicos. A universidade oferece cursos de medicina. "Queremos que aumente o número de médicos. E como se aumenta? Aumentando o número de cursos de medicina. E nós escolhemos a Univasf porque é importante que seja médico daqui. Tem mais possibilidade de ficar aqui e nós queremos que atendam as populações do interior, as populações quilombolas e indígena." A presidente divulgou durante seu discurso um levantamento recente do governo federal sobre educação. "Nesta semana nós fizemos uma conta. Eu queria saber quantos alunos nossos chegariam ao ensino superior. Porque muita gente está dizendo que estão passando dificuldade e vão acabar com o acesso [às universidades]. É uma conta precisa: 906 mil brasileiros no ano de 2015 vão ter acesso a universidades através dos programas do governo federal. Isso é muito importante", disse.
0
Brasil precisa deixar os paliativos por um debate sério sobre reforma política
Muito se tem falado sobre as reformas econômicas que fazem parte da agenda do governo Temer: o teto de gastos, a reforma previdenciária, a reforma trabalhista, a reforma tributária etc. Sim, a crise e os problemas estruturais da nossa economia são graves, mas não podemos esquecer outro debate igualmente importante: o da reforma política. Para debater uma reforma política, precisamos antes entender o atual sistema. Nas eleições para vereador, deputado estadual e deputado federal, o sistema eleitoral é proporcional, com lista aberta. O candidato pode fazer campanha em todo o Estado —no caso dos vereadores, em toda a cidade–, percorrendo diversas cidades e gastando fortunas com cabos eleitorais, carros de som, papelaria, etc. Votamos num candidato e o voto, no entanto, não vai para ele, mas para a coligação de seu partido. De acordo com o número de votos, a coligação consegue um determinado número de cadeiras no Parlamento, que são ocupadas pelos mais votados da coligação. Daí surge a figura do puxador de votos, candidato famoso —às vezes até caricato— que, por ter muitos votos, arrasta vários colegas de coligação para dentro do parlamento. Nas eleições de 2014, o candidato a deputado federal mais votado foi Celso Russomanno (PRB-SP), com 1,5 milhão de votos. Como, para obter uma cadeira de deputado federal por São Paulo, são necessários cerca de 300 mil votos, Russomanno garantiu sua vaga e puxou mais quatro desconhecidos de sua coligação para o Congresso. Esse sistema tem três problemas evidentes: é caro —o candidato tem de fazer campanha no maior número de cidades possível, gastando muito dinheiro no processo—, pouco representativo: na atual Câmara, só 36 deputados se elegeram com os próprios votos, outros 477 foram puxados. E não há debate entre os candidatos, como acontece nas eleições para a Presidência da República, por exemplo. O nosso sistema de governo, presidencialista, é igualmente ruim. O presidente tem de lotear a máquina pública para formar maioria no Congresso. Além disso, como vimos nos processos de impeachment do ex-presidente Fernando Collor e da ex-presidente Dilma Rousseff, destituir o chefe do Executivo é custoso e demora muito. O país fica completamente paralisado. Um dos projetos que envolvem nosso sistema político e avança no Congresso é a PEC 36/2016, já aprovada em dois turnos no Senado. A emenda institui uma cláusula de barreira a partir das eleições de 2022, fazendo com que partidos que não obtiverem ao menos 3% dos votos válidos distribuídos em no mínimo 14 unidades da Federação, com pelo menos 2% dos votos válidos em cada uma destas, não tenham acesso ao fundo partidário nem direito a tempo gratuito no rádio e na televisão. Além disso, determina que coligações em eleições proporcionais serão proibidas a partir das eleições de 2020. É fato que hoje temos uma salada de partidos políticos, a maioria deles fisiológicos —afinal, não temos 35 correntes políticas diferentes—, e isso gera um problema de governabilidade: o governo tem de acomodar muitos interesses; nesse sentido, a cláusula de barreira é positiva. O fim das coligações em eleições proporcionais contribui para o mesmo fim. Hoje, a única função desse tipo de coligação é a compra e venda de partidos nanicos para engrossar o caldo eleitoral de partidos maiores. A proposta aprovada é boa, mas não ataca a raiz do problema: o sistema eleitoral. O MBL defende a adoção do sistema de voto distrital. Nele, os Estados são divididos em distritos de acordo com o número de eleitores. No caso de São Paulo, numa eleição para deputado federal, seriam distritos de cerca de 300 mil eleitores —número necessário para obter uma cadeira no atual sistema—, por exemplo. Cada partido lançaria um candidato para disputar a vaga em cada distrito. O voto vai para o candidato, não para a coligação. Não há puxador de votos. Quem obtiver a maioria dos votos em seu distrito, vence. Assim, resolvemos os três problemas: com um espaço limitado, a campanha fica mais barata; sem puxadores de votos, o sistema fica mais representativo, e, por fim, com cada partido disputando uma vaga em cada distrito, a concorrência seria direta, e debates entre os candidatos seriam promovidos. Outra questão a ser resolvida é o nosso sistema de governo. Na aula inaugural do Instituto de Direito Público de São Paulo, do qual sou aluno, em dezembro de 2015, o então vice-presidente, Michel Temer, chegou a falar sobre um "semiparlamentarismo" no qual o Congresso participaria de maneira mais ativa no governo, sem dar maiores detalhes. Depois que assumiu, nunca mais tocou no assunto. O fato é que o presidencialismo faliu no mundo todo. Os Estados Unidos eram a última grande democracia presidencialista que parecia dar certo. Parecia. A escolha entre o ruim e o pior ainda nas últimas eleições americanas mostrou que nem lá o presidencialismo se sustenta. No parlamentarismo, modelo que, de diferentes formas, vigora em todos os países da Europa, as crises políticas duram muito menos e são muito mais suaves. Se o chefe de governo perde a maioria no Congresso, é destituído e um novo governo se forma. O país não fica parado durante incontáveis meses. O Brasil precisa deixar de ser o país dos paliativos. Se vamos debater uma reforma política, que seja um debate sério, no qual os problemas estruturais do nosso sistema político sejam resolvidos, e não deixados para um amanhã que nunca chega.
colunas
Brasil precisa deixar os paliativos por um debate sério sobre reforma políticaMuito se tem falado sobre as reformas econômicas que fazem parte da agenda do governo Temer: o teto de gastos, a reforma previdenciária, a reforma trabalhista, a reforma tributária etc. Sim, a crise e os problemas estruturais da nossa economia são graves, mas não podemos esquecer outro debate igualmente importante: o da reforma política. Para debater uma reforma política, precisamos antes entender o atual sistema. Nas eleições para vereador, deputado estadual e deputado federal, o sistema eleitoral é proporcional, com lista aberta. O candidato pode fazer campanha em todo o Estado —no caso dos vereadores, em toda a cidade–, percorrendo diversas cidades e gastando fortunas com cabos eleitorais, carros de som, papelaria, etc. Votamos num candidato e o voto, no entanto, não vai para ele, mas para a coligação de seu partido. De acordo com o número de votos, a coligação consegue um determinado número de cadeiras no Parlamento, que são ocupadas pelos mais votados da coligação. Daí surge a figura do puxador de votos, candidato famoso —às vezes até caricato— que, por ter muitos votos, arrasta vários colegas de coligação para dentro do parlamento. Nas eleições de 2014, o candidato a deputado federal mais votado foi Celso Russomanno (PRB-SP), com 1,5 milhão de votos. Como, para obter uma cadeira de deputado federal por São Paulo, são necessários cerca de 300 mil votos, Russomanno garantiu sua vaga e puxou mais quatro desconhecidos de sua coligação para o Congresso. Esse sistema tem três problemas evidentes: é caro —o candidato tem de fazer campanha no maior número de cidades possível, gastando muito dinheiro no processo—, pouco representativo: na atual Câmara, só 36 deputados se elegeram com os próprios votos, outros 477 foram puxados. E não há debate entre os candidatos, como acontece nas eleições para a Presidência da República, por exemplo. O nosso sistema de governo, presidencialista, é igualmente ruim. O presidente tem de lotear a máquina pública para formar maioria no Congresso. Além disso, como vimos nos processos de impeachment do ex-presidente Fernando Collor e da ex-presidente Dilma Rousseff, destituir o chefe do Executivo é custoso e demora muito. O país fica completamente paralisado. Um dos projetos que envolvem nosso sistema político e avança no Congresso é a PEC 36/2016, já aprovada em dois turnos no Senado. A emenda institui uma cláusula de barreira a partir das eleições de 2022, fazendo com que partidos que não obtiverem ao menos 3% dos votos válidos distribuídos em no mínimo 14 unidades da Federação, com pelo menos 2% dos votos válidos em cada uma destas, não tenham acesso ao fundo partidário nem direito a tempo gratuito no rádio e na televisão. Além disso, determina que coligações em eleições proporcionais serão proibidas a partir das eleições de 2020. É fato que hoje temos uma salada de partidos políticos, a maioria deles fisiológicos —afinal, não temos 35 correntes políticas diferentes—, e isso gera um problema de governabilidade: o governo tem de acomodar muitos interesses; nesse sentido, a cláusula de barreira é positiva. O fim das coligações em eleições proporcionais contribui para o mesmo fim. Hoje, a única função desse tipo de coligação é a compra e venda de partidos nanicos para engrossar o caldo eleitoral de partidos maiores. A proposta aprovada é boa, mas não ataca a raiz do problema: o sistema eleitoral. O MBL defende a adoção do sistema de voto distrital. Nele, os Estados são divididos em distritos de acordo com o número de eleitores. No caso de São Paulo, numa eleição para deputado federal, seriam distritos de cerca de 300 mil eleitores —número necessário para obter uma cadeira no atual sistema—, por exemplo. Cada partido lançaria um candidato para disputar a vaga em cada distrito. O voto vai para o candidato, não para a coligação. Não há puxador de votos. Quem obtiver a maioria dos votos em seu distrito, vence. Assim, resolvemos os três problemas: com um espaço limitado, a campanha fica mais barata; sem puxadores de votos, o sistema fica mais representativo, e, por fim, com cada partido disputando uma vaga em cada distrito, a concorrência seria direta, e debates entre os candidatos seriam promovidos. Outra questão a ser resolvida é o nosso sistema de governo. Na aula inaugural do Instituto de Direito Público de São Paulo, do qual sou aluno, em dezembro de 2015, o então vice-presidente, Michel Temer, chegou a falar sobre um "semiparlamentarismo" no qual o Congresso participaria de maneira mais ativa no governo, sem dar maiores detalhes. Depois que assumiu, nunca mais tocou no assunto. O fato é que o presidencialismo faliu no mundo todo. Os Estados Unidos eram a última grande democracia presidencialista que parecia dar certo. Parecia. A escolha entre o ruim e o pior ainda nas últimas eleições americanas mostrou que nem lá o presidencialismo se sustenta. No parlamentarismo, modelo que, de diferentes formas, vigora em todos os países da Europa, as crises políticas duram muito menos e são muito mais suaves. Se o chefe de governo perde a maioria no Congresso, é destituído e um novo governo se forma. O país não fica parado durante incontáveis meses. O Brasil precisa deixar de ser o país dos paliativos. Se vamos debater uma reforma política, que seja um debate sério, no qual os problemas estruturais do nosso sistema político sejam resolvidos, e não deixados para um amanhã que nunca chega.
10
Coronel reformado da PM critica não divulgação da distribuição de policiais
Não há razão estratégica que justifique a não divulgação da distribuição de efetivos policiais civis e militares (Em queda no Estado, roubos se mantêm em alta na Grande SP). Distribuição e também os horários de trabalho –consta que, em alguns órgãos, policiais trabalham 12 horas e folgam 72. O público precisa saber não só a distribuição, mas os critérios e os desvios de efetivos no Tribunal de Justiça, na Assembleia Legislativa e em outros órgãos que não têm demanda de policiamento e subtraem recursos de segurança da população, inclusive no Tribunal de Contas, que deveria cobrar do Estado esses desvios. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
paineldoleitor
Coronel reformado da PM critica não divulgação da distribuição de policiaisNão há razão estratégica que justifique a não divulgação da distribuição de efetivos policiais civis e militares (Em queda no Estado, roubos se mantêm em alta na Grande SP). Distribuição e também os horários de trabalho –consta que, em alguns órgãos, policiais trabalham 12 horas e folgam 72. O público precisa saber não só a distribuição, mas os critérios e os desvios de efetivos no Tribunal de Justiça, na Assembleia Legislativa e em outros órgãos que não têm demanda de policiamento e subtraem recursos de segurança da população, inclusive no Tribunal de Contas, que deveria cobrar do Estado esses desvios. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
16
Veja o passo a passo para fazer queijo em casa e saiba mais sobre maturação
Para fazer um queijo fresco, basta ter leite, coalho e pouco mais de uma hora livre. Mas isso pode ser apenas o começo. "A maturação é um universo infinito", diz Fernando Oliveira, d'A Queijaria. Normalmente, quando se usa leite pasteurizado para fazer queijo, acrescenta-se fermento antes do "envelhecimento" dele. O fermento pode ser industrializado ou "cultivado" a partir de queijos anteriores (processo semelhante ao do levain, o fermento natural de pães). Na fazenda, com leite cru, é possível dispensá-lo –as bactérias presentes no ambiente dão conta do serviço. Mas o "pingo", como chamam os produtores, ajuda a coagular o leite e dar sabor ao queijo. Ele nada mais é do que o soro que escorre de queijos feitos anteriormente, com suas bactérias. Já dentro de um apartamento, sem leite cru ou fermento, nem tudo está perdido. "As bactérias da sua mão, da água, da sua casa podem transformar o queijo ao longo do tempo, dando sabores diferentes a cada produção", explica Oliveira. O primeiro passo para a maturação é ter um espaço com temperatura entre 13ºC e 15ºC –pode ser a parte mais baixa da geladeira, uma adega ou até o armário (em dias menos quentes). O queijo deve ficar em uma superfície porosa (palha, madeira ou cerâmica), envolto num pano. Deve ser virado todos os dias e, com o passar do tempo, ganha um cheiro diferente e um soro amarelado. A cada três ou quatro dias, a peça pode ser lavada. Em sete dias, você terá um queijo seco. Em dez, um meia-cura. Fungos vermelhos e gosto amargo acentuado indicam que a experiência não deu certo. Neste caso, descarte o queijo e recomece. IMAGINAÇÃO O chef Chico Ferreira está maturando dois dos três queijos que produziu. "Um eu comi em uma semana, outro ficará lá por um mês e o outro por 12 meses. Fazer em casa é interessante até para você dar valor ao bom produto." Experimentar leites diferentes, outros modos de salga, lavagens com cerveja ou cachaça, maturação curta ou longa... tudo é possível. "Só a imaginação limita a produção caseira", afirma a americana Claudia Lucero. "E não busque um padrão, o queijo depende da bactéria do lugar e cada um é diferente", aconselha Fernando Oliveira. Veja vídeo com o passo a passo do queijo: Veja o vídeo * KITS ONDE COMPRAR CASA DE MASSAS NANCY O QUÊ coalho Estrela, para coagular o leite (R$ 8; 200 ml) ONDE Mercado Municipal (r. da Cantareira, 306, rua I, boxe 13; tel. 11/3228-2188) AGROLINE O QUÊ formas para queijo (R$ 6) e coalho (R$ 5,60) ONDE agroline.com.br (entrega em todo o país) ORDELEITE O QUÊ fôrmas (R$ 9,50), termômetro (R$ 79,90) e coalho (R$ 6,90) ONDE ordeleite.com.br (entrega em todo o país) ESCOLHA SEU KIT O AMERICANO Para fazer mozarela e ricota, vem com termômetro, ácido cítrico, coalho, um pedaço de tecido e sal. US$ 25 (R$ 70,96) + frete + impostos alfandegários ONDE urbancheesecraft.com OUTROS PRODUTOS kits para iogurte, burrata, queijo feta e de cabra O BRASILEIRO Para fazer queijo frescal, vem com apostila, termômetro, coalho, cloreto de cálcio e duas fôrmas. R$ 72,10 + frete ONDE queijosnobrasil.com.br OUTROS PRODUTOS kits para requeijão e queijo minas padrão, coalhos e fermentos * GLOSSÁRIO LEITE PASTEURIZADO Aquele que passou por um tratamento térmico que elimina microrganismos; ainda pode ser usado para queijos LEITE UHT Submetido a um processo de esterilização, com temperaturas ultraelevadas. Inadequado para queijos (é de difícil coagulação) CLORETO DE CÁLCIO Repõe o cálcio retirado do leite na pasteurização COAGULAÇÃO Quando o leite se divide em coalhada (sólidos) e soro COALHO Enzimas que ajudam a coagular o leite; ele pode ser sintético ou natural FERMENTO Microrganismos usados na maturação, dão acidez, sabor, aroma; pode ser dispensado quando o queijo é feito com leite cru * COMO RECONHECER UM BOM QUEIJO Se ele não tiver fungo (branco ou azul), deve ter aroma lácteo que lembre doce de leite e iogurte; em alguns casos, pode lembrar ervas, nozes ou frutos secos O queijo de fungo azul deve ter tons de cinza, verde e azul, nunca cores quentes; a casca tem de ser lisa e ele não deve ter furinhos ou rachaduras no centro A casca é a embalagem natural do queijo: não deve ter rachaduras ou estar estufada; pode ter mofo verde ou acinzentado, nunca vermelho Em casos de queijo cuja casca tenha mofo branco, como camembert ou brie, o fungo não pode ter coloração rosada; o cheiro é forte e lembra amoníaco No caso de um queijo com olhaduras (buracos), como o emmenthal, os furos devem ser uniformes e não podem acumular óleo dentro deles Um queijo fresco (como o minas frescal) deve ser branco, ter muito soro e aroma de leite No caso da mozarela, quanto mais jovem e menor o intervalo de validade, mais cremosa ela será; a textura deve ser de fios e não de placas, como o queijo prato Já o queijo minas meia-cura deve ter coloração amarelada e poucas olhaduras (buracos); a casca deve ser lisa e, no caso do queijo curado, apresentar cor mais escura Em geral, o sabor de qualquer queijo pode ser azedo, mas não amargo -o amargor indica que o queijo não está bom; o aroma não pode ser de ureia ou de putrefação
comida
Veja o passo a passo para fazer queijo em casa e saiba mais sobre maturaçãoPara fazer um queijo fresco, basta ter leite, coalho e pouco mais de uma hora livre. Mas isso pode ser apenas o começo. "A maturação é um universo infinito", diz Fernando Oliveira, d'A Queijaria. Normalmente, quando se usa leite pasteurizado para fazer queijo, acrescenta-se fermento antes do "envelhecimento" dele. O fermento pode ser industrializado ou "cultivado" a partir de queijos anteriores (processo semelhante ao do levain, o fermento natural de pães). Na fazenda, com leite cru, é possível dispensá-lo –as bactérias presentes no ambiente dão conta do serviço. Mas o "pingo", como chamam os produtores, ajuda a coagular o leite e dar sabor ao queijo. Ele nada mais é do que o soro que escorre de queijos feitos anteriormente, com suas bactérias. Já dentro de um apartamento, sem leite cru ou fermento, nem tudo está perdido. "As bactérias da sua mão, da água, da sua casa podem transformar o queijo ao longo do tempo, dando sabores diferentes a cada produção", explica Oliveira. O primeiro passo para a maturação é ter um espaço com temperatura entre 13ºC e 15ºC –pode ser a parte mais baixa da geladeira, uma adega ou até o armário (em dias menos quentes). O queijo deve ficar em uma superfície porosa (palha, madeira ou cerâmica), envolto num pano. Deve ser virado todos os dias e, com o passar do tempo, ganha um cheiro diferente e um soro amarelado. A cada três ou quatro dias, a peça pode ser lavada. Em sete dias, você terá um queijo seco. Em dez, um meia-cura. Fungos vermelhos e gosto amargo acentuado indicam que a experiência não deu certo. Neste caso, descarte o queijo e recomece. IMAGINAÇÃO O chef Chico Ferreira está maturando dois dos três queijos que produziu. "Um eu comi em uma semana, outro ficará lá por um mês e o outro por 12 meses. Fazer em casa é interessante até para você dar valor ao bom produto." Experimentar leites diferentes, outros modos de salga, lavagens com cerveja ou cachaça, maturação curta ou longa... tudo é possível. "Só a imaginação limita a produção caseira", afirma a americana Claudia Lucero. "E não busque um padrão, o queijo depende da bactéria do lugar e cada um é diferente", aconselha Fernando Oliveira. Veja vídeo com o passo a passo do queijo: Veja o vídeo * KITS ONDE COMPRAR CASA DE MASSAS NANCY O QUÊ coalho Estrela, para coagular o leite (R$ 8; 200 ml) ONDE Mercado Municipal (r. da Cantareira, 306, rua I, boxe 13; tel. 11/3228-2188) AGROLINE O QUÊ formas para queijo (R$ 6) e coalho (R$ 5,60) ONDE agroline.com.br (entrega em todo o país) ORDELEITE O QUÊ fôrmas (R$ 9,50), termômetro (R$ 79,90) e coalho (R$ 6,90) ONDE ordeleite.com.br (entrega em todo o país) ESCOLHA SEU KIT O AMERICANO Para fazer mozarela e ricota, vem com termômetro, ácido cítrico, coalho, um pedaço de tecido e sal. US$ 25 (R$ 70,96) + frete + impostos alfandegários ONDE urbancheesecraft.com OUTROS PRODUTOS kits para iogurte, burrata, queijo feta e de cabra O BRASILEIRO Para fazer queijo frescal, vem com apostila, termômetro, coalho, cloreto de cálcio e duas fôrmas. R$ 72,10 + frete ONDE queijosnobrasil.com.br OUTROS PRODUTOS kits para requeijão e queijo minas padrão, coalhos e fermentos * GLOSSÁRIO LEITE PASTEURIZADO Aquele que passou por um tratamento térmico que elimina microrganismos; ainda pode ser usado para queijos LEITE UHT Submetido a um processo de esterilização, com temperaturas ultraelevadas. Inadequado para queijos (é de difícil coagulação) CLORETO DE CÁLCIO Repõe o cálcio retirado do leite na pasteurização COAGULAÇÃO Quando o leite se divide em coalhada (sólidos) e soro COALHO Enzimas que ajudam a coagular o leite; ele pode ser sintético ou natural FERMENTO Microrganismos usados na maturação, dão acidez, sabor, aroma; pode ser dispensado quando o queijo é feito com leite cru * COMO RECONHECER UM BOM QUEIJO Se ele não tiver fungo (branco ou azul), deve ter aroma lácteo que lembre doce de leite e iogurte; em alguns casos, pode lembrar ervas, nozes ou frutos secos O queijo de fungo azul deve ter tons de cinza, verde e azul, nunca cores quentes; a casca tem de ser lisa e ele não deve ter furinhos ou rachaduras no centro A casca é a embalagem natural do queijo: não deve ter rachaduras ou estar estufada; pode ter mofo verde ou acinzentado, nunca vermelho Em casos de queijo cuja casca tenha mofo branco, como camembert ou brie, o fungo não pode ter coloração rosada; o cheiro é forte e lembra amoníaco No caso de um queijo com olhaduras (buracos), como o emmenthal, os furos devem ser uniformes e não podem acumular óleo dentro deles Um queijo fresco (como o minas frescal) deve ser branco, ter muito soro e aroma de leite No caso da mozarela, quanto mais jovem e menor o intervalo de validade, mais cremosa ela será; a textura deve ser de fios e não de placas, como o queijo prato Já o queijo minas meia-cura deve ter coloração amarelada e poucas olhaduras (buracos); a casca deve ser lisa e, no caso do queijo curado, apresentar cor mais escura Em geral, o sabor de qualquer queijo pode ser azedo, mas não amargo -o amargor indica que o queijo não está bom; o aroma não pode ser de ureia ou de putrefação
26
STJ libera menores desacompanhados em dois shoppings de Ribeirão Preto
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) liberou a presença de menores de idade desacompanhados dos pais ou responsáveis em dois shopping centers de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo). O veto, decidido pela Justiça local, valia desde o mês de março e somente nos fins de semana –dias de maior movimento no Ribeirão Shopping e no Shopping Santa Úrsula. O ministro do STJ Luís Felipe Salomão entendeu, ao analisar pedido da Defensoria Pública, que a medida violava direitos de jovens. "Os referidos 'rolezinhos' somente são capazes de causar tumultos quando marcados previamente pela internet e com grande antecedência, para viabilizar o conhecimento da data e local e conseguir a adesão de muitos jovens", diz trecho da decisão de Salomão. À época do veto, os dois centros de compras alegaram que "um grande número de crianças e adolescentes" se reuniam nos locais, "promovendo desordem e tumultos". Os estabelecimentos informaram que cumprirão a determinação da Justiça. Em maio, o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo já havia liberado a presença de crianças e adolescentes menores de 18 anos no Franca Shopping, em Franca (a 400 km de São Paulo). Assim como nos casos de Ribeirão Preto, a decisão foi revertida após recurso da Defensoria Pública. O shopping informou que iria recorrer da decisão e que o veto tinha como objetivo "oferecer um ambiente seguro a clientes, lojistas e funcionários". Em São José dos Campos (SP), o TJ também derrubou uma decisão liminar, em fevereiro, após considerar que não havia ameaça de prejuízos ao empreendimento. Shoppings de outros municípios do interior paulista e de Minas Gerais também têm barrado a entrada de crianças e adolescentes desacompanhados, como em Belo Horizonte e Uberaba (MG). Os shoppings dizem que o objetivo é evitar baderna e garantir as vendas e a segurança de clientes e lojistas.
cotidiano
STJ libera menores desacompanhados em dois shoppings de Ribeirão PretoO STJ (Superior Tribunal de Justiça) liberou a presença de menores de idade desacompanhados dos pais ou responsáveis em dois shopping centers de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo). O veto, decidido pela Justiça local, valia desde o mês de março e somente nos fins de semana –dias de maior movimento no Ribeirão Shopping e no Shopping Santa Úrsula. O ministro do STJ Luís Felipe Salomão entendeu, ao analisar pedido da Defensoria Pública, que a medida violava direitos de jovens. "Os referidos 'rolezinhos' somente são capazes de causar tumultos quando marcados previamente pela internet e com grande antecedência, para viabilizar o conhecimento da data e local e conseguir a adesão de muitos jovens", diz trecho da decisão de Salomão. À época do veto, os dois centros de compras alegaram que "um grande número de crianças e adolescentes" se reuniam nos locais, "promovendo desordem e tumultos". Os estabelecimentos informaram que cumprirão a determinação da Justiça. Em maio, o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo já havia liberado a presença de crianças e adolescentes menores de 18 anos no Franca Shopping, em Franca (a 400 km de São Paulo). Assim como nos casos de Ribeirão Preto, a decisão foi revertida após recurso da Defensoria Pública. O shopping informou que iria recorrer da decisão e que o veto tinha como objetivo "oferecer um ambiente seguro a clientes, lojistas e funcionários". Em São José dos Campos (SP), o TJ também derrubou uma decisão liminar, em fevereiro, após considerar que não havia ameaça de prejuízos ao empreendimento. Shoppings de outros municípios do interior paulista e de Minas Gerais também têm barrado a entrada de crianças e adolescentes desacompanhados, como em Belo Horizonte e Uberaba (MG). Os shoppings dizem que o objetivo é evitar baderna e garantir as vendas e a segurança de clientes e lojistas.
6
Na Bolívia, papa Francisco critica o desperdício e prega solidariedade
Em missa campal para dezenas de milhares de fiéis bolivianos nesta quinta-feira (9), o papa Francisco criticou a cultura do descarte e pregou a solidariedade para superar as desigualdades e a fome. "É um convite que ressoa com força para nós hoje: 'Não é necessário que ninguém vá embora, chega de desperdício, deem a eles o que comer'. Jesus continua dizendo isso nesta praça", disse Francisco, em sua homilia, sob o céu azul e temperatura amena. "Jesus mesmo nos dá o exemplo, nos mostra o caminho. Uma atitude em três palavras: tome um pouco do pão e alguns peixes, abençoe-os, divida-os e entregue aos discípulos para distribuir aos demais", continuou, diante da multidão em silêncio. "As mãos que Jesus levanta para abençoar a Deus no céu são as mesmas que distribuem o pão à multidão com fome." Realizada em um cruzamento aos pés de uma estátua de Cristo, a missa campal começou às 10h (11h em Brasília) e foi marcada por reclamações de fiéis que, mesmo chegando cedo e até acampando, não puderam se aproximar do altar. O motivo foi que o acesso ao entorno do altar estava restrito a portadores de braceletes distribuídos pela Igreja Católica na Bolívia. Foram cerca de 15.000, apenas uma fração do total de fiéis. É a primeira visita de um papa à Bolívia em 27 anos. Na quarta-feira (8), Francisco fez uma breve visita a La Paz, onde foi recebido pelo presidente Evo Morales. Em Santa Cruz, o papa participará mais tarde de um encontro com movimentos sociais e, na sexta-feira (10), visitará um presídio antes de embarcar rumo ao Paraguai.
mundo
Na Bolívia, papa Francisco critica o desperdício e prega solidariedadeEm missa campal para dezenas de milhares de fiéis bolivianos nesta quinta-feira (9), o papa Francisco criticou a cultura do descarte e pregou a solidariedade para superar as desigualdades e a fome. "É um convite que ressoa com força para nós hoje: 'Não é necessário que ninguém vá embora, chega de desperdício, deem a eles o que comer'. Jesus continua dizendo isso nesta praça", disse Francisco, em sua homilia, sob o céu azul e temperatura amena. "Jesus mesmo nos dá o exemplo, nos mostra o caminho. Uma atitude em três palavras: tome um pouco do pão e alguns peixes, abençoe-os, divida-os e entregue aos discípulos para distribuir aos demais", continuou, diante da multidão em silêncio. "As mãos que Jesus levanta para abençoar a Deus no céu são as mesmas que distribuem o pão à multidão com fome." Realizada em um cruzamento aos pés de uma estátua de Cristo, a missa campal começou às 10h (11h em Brasília) e foi marcada por reclamações de fiéis que, mesmo chegando cedo e até acampando, não puderam se aproximar do altar. O motivo foi que o acesso ao entorno do altar estava restrito a portadores de braceletes distribuídos pela Igreja Católica na Bolívia. Foram cerca de 15.000, apenas uma fração do total de fiéis. É a primeira visita de um papa à Bolívia em 27 anos. Na quarta-feira (8), Francisco fez uma breve visita a La Paz, onde foi recebido pelo presidente Evo Morales. Em Santa Cruz, o papa participará mais tarde de um encontro com movimentos sociais e, na sexta-feira (10), visitará um presídio antes de embarcar rumo ao Paraguai.
3
Análise: Incorporadora faz arquitetura "do bem" olhando muito bem a quem
CHICO FELITTI, COLUNISTA DA FOLHA DE SÃO PAULO Zarvos teve uma ideia, 11 anos atrás: criar prédios que não fossem beges nem levassem Jardin de Tuileries como nome. Começaram a aparecer na Vila Madalena edifícios de formas inventivas e aparência minimalista, com um toque colorido aqui e ali. Eles têm o mérito de combater o exército de neoclássicos que domina as regiões ricas da cidade, armados com suas colunas jônicas e acabamento de cornijas. Ponto para Zarvos. Mas, até aí, caixas de sapato de concreto armado também venceriam de lavada esse inimigo que ficou para trás nas pranchetas dos arquitetos de renome, mas ainda pinica os olhos. A proposta estética ali rima com a de vida dos "criativos" que tomaram a Vila nas últimas duas décadas. Uma vida do bem, ecologicamente correta, com pouco consumo, de preferência de suco verde detox. O fetiche da terminologia inunda as propagandas da incorporadora, que fala usando expressões como "cômodos modulares" e "work loft". Parece que se embebedam do próprio conceito. Em bom português, o metro quadrado é mais caro do que a média e esses prédios rejeitam o modelo misto de cidade, que funde comércio, serviço e residência em um só imóvel. Igual aos odiados neoclássicos. A IdeaZarvos! promete estrear neste ano na Habitação de Mercado Popular, para gente que ganha menos de R$ 8.800 por mês —ou todas as classes que não são a A, seguindo o Critério Brasil. Porque os demais são só para classe AAA, como o 360° ou o Oka, ambos colírios projetados por Isay Weinfeld. O dinheiro ali foi bem aproveitado e se transformou em janelas piso-teto e construções inteiras orientadas para onde a vista é melhor —ou menos pior, em se tratando de São Paulo. Mas para cada projeto vistoso há outro que precisa de manual de instruções para ser considerado interessante. Como o Módulo Rebouças, uma caixa envidraçada cuja fachada com cor em ângulos retos parece uma imagem do jogo Tetris e faz o prédio tão esteticamente atraente quanto a avenida em que se situa. Isso para não falar do mais polêmico de todos: o Mix 422, apelidado por um amigo arquiteto de a "Grande Muralha da Vila Madalena". A estética da Zarvos faz brilhar os olhos de quem reza cinco vezes ao dia voltado para o Vale do Silício. Mas e para quem mora na maior e mais caótica cidade abaixo da linha do Equador? Os prédios-obras-de-arte vão de braços abertíssimos em direção à especulação. Uma vida "do bem", mas para poucos.
saopaulo
Análise: Incorporadora faz arquitetura "do bem" olhando muito bem a quemCHICO FELITTI, COLUNISTA DA FOLHA DE SÃO PAULO Zarvos teve uma ideia, 11 anos atrás: criar prédios que não fossem beges nem levassem Jardin de Tuileries como nome. Começaram a aparecer na Vila Madalena edifícios de formas inventivas e aparência minimalista, com um toque colorido aqui e ali. Eles têm o mérito de combater o exército de neoclássicos que domina as regiões ricas da cidade, armados com suas colunas jônicas e acabamento de cornijas. Ponto para Zarvos. Mas, até aí, caixas de sapato de concreto armado também venceriam de lavada esse inimigo que ficou para trás nas pranchetas dos arquitetos de renome, mas ainda pinica os olhos. A proposta estética ali rima com a de vida dos "criativos" que tomaram a Vila nas últimas duas décadas. Uma vida do bem, ecologicamente correta, com pouco consumo, de preferência de suco verde detox. O fetiche da terminologia inunda as propagandas da incorporadora, que fala usando expressões como "cômodos modulares" e "work loft". Parece que se embebedam do próprio conceito. Em bom português, o metro quadrado é mais caro do que a média e esses prédios rejeitam o modelo misto de cidade, que funde comércio, serviço e residência em um só imóvel. Igual aos odiados neoclássicos. A IdeaZarvos! promete estrear neste ano na Habitação de Mercado Popular, para gente que ganha menos de R$ 8.800 por mês —ou todas as classes que não são a A, seguindo o Critério Brasil. Porque os demais são só para classe AAA, como o 360° ou o Oka, ambos colírios projetados por Isay Weinfeld. O dinheiro ali foi bem aproveitado e se transformou em janelas piso-teto e construções inteiras orientadas para onde a vista é melhor —ou menos pior, em se tratando de São Paulo. Mas para cada projeto vistoso há outro que precisa de manual de instruções para ser considerado interessante. Como o Módulo Rebouças, uma caixa envidraçada cuja fachada com cor em ângulos retos parece uma imagem do jogo Tetris e faz o prédio tão esteticamente atraente quanto a avenida em que se situa. Isso para não falar do mais polêmico de todos: o Mix 422, apelidado por um amigo arquiteto de a "Grande Muralha da Vila Madalena". A estética da Zarvos faz brilhar os olhos de quem reza cinco vezes ao dia voltado para o Vale do Silício. Mas e para quem mora na maior e mais caótica cidade abaixo da linha do Equador? Os prédios-obras-de-arte vão de braços abertíssimos em direção à especulação. Uma vida "do bem", mas para poucos.
17
Defesa de Cabral pede anulação de leilão de bens do ex-governador
A defesa do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) pediu anulação do leilão de seus bens e de sua mulher, Adriana Ancelmo. Ela afirma que o leiloeiro escolhido para o certame não atende a requisitos legais. O leiloeiro Renato Guedes teve registro regularizado na Junta Comercial em 2015. A lei exige que o organizador da alienação judicial de bens tenha no mínimo três anos de experiência. Procurado, Guedes disse apenas "que a interpretação [da lei dada pela defesa de Cabral] não é correta". Ele disse que se manifestaria nesta quarta-feira (27). O leilão dos bens do casal está previsto para ocorrer no próximo dia 3 de outubro. Serão vendidos automóveis, uma lancha e a casa de veraneio do casal, em Mangaratiba.
poder
Defesa de Cabral pede anulação de leilão de bens do ex-governadorA defesa do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) pediu anulação do leilão de seus bens e de sua mulher, Adriana Ancelmo. Ela afirma que o leiloeiro escolhido para o certame não atende a requisitos legais. O leiloeiro Renato Guedes teve registro regularizado na Junta Comercial em 2015. A lei exige que o organizador da alienação judicial de bens tenha no mínimo três anos de experiência. Procurado, Guedes disse apenas "que a interpretação [da lei dada pela defesa de Cabral] não é correta". Ele disse que se manifestaria nesta quarta-feira (27). O leilão dos bens do casal está previsto para ocorrer no próximo dia 3 de outubro. Serão vendidos automóveis, uma lancha e a casa de veraneio do casal, em Mangaratiba.
0
Leitores debatem política de cotas raciais e sociais na USP
As melhores universidades do mundo buscam os melhores alunos entre seus candidatos. Para isso, muitas lançam mão de mecanismos de ação afirmativa para garantir que a seleção não prejudique os menos favorecidos. Esse não é o caminho que as universidades paulistas estão tomando. A preocupação de Ana Estela de Sousa Pinto é corretíssima. Há meios mais eficazes de inclusão, que não ameaçam a excelência acadêmica. LEANDRO R. TESSLER, professor da Unicamp (Campinas, SP) * A palavra desempenho tornou-se constante nos discursos contra as cotas. Se a sociedade precisa delas, é porque a visão da jornalista tem predominado. Antes de profetizar a descida ao inferno das instituições que as adotam, convém visitar a historiografia da educação brasileira e procurar o sentido que "mérito" e "desempenho" adquiriram no processo que tornou tão desigual a sociedade. MARCOS CEZAR DE FREITAS (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
paineldoleitor
Leitores debatem política de cotas raciais e sociais na USPAs melhores universidades do mundo buscam os melhores alunos entre seus candidatos. Para isso, muitas lançam mão de mecanismos de ação afirmativa para garantir que a seleção não prejudique os menos favorecidos. Esse não é o caminho que as universidades paulistas estão tomando. A preocupação de Ana Estela de Sousa Pinto é corretíssima. Há meios mais eficazes de inclusão, que não ameaçam a excelência acadêmica. LEANDRO R. TESSLER, professor da Unicamp (Campinas, SP) * A palavra desempenho tornou-se constante nos discursos contra as cotas. Se a sociedade precisa delas, é porque a visão da jornalista tem predominado. Antes de profetizar a descida ao inferno das instituições que as adotam, convém visitar a historiografia da educação brasileira e procurar o sentido que "mérito" e "desempenho" adquiriram no processo que tornou tão desigual a sociedade. MARCOS CEZAR DE FREITAS (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
16
Artistas começam a desocupar prédio da Funarte em São Paulo
Os cartazes contra o governo interino de Michel Temer (PMDB) continuam firmes nas paredes da sede paulista da Funarte (Fundação Nacional das Artes), mas os artistas andam menos perseverantes. Os coletivos que tomaram o prédio em 17 de maio já começaram a desocupação imposta pela Justiça. No dia 19, o grupo foi informado que teria 15 dias para deixar a instalação gerida pelo Ministério da Cultura. A Folha esteve na representação da Funarte na segunda (25), dia em que a Polícia Federal desocupou outro prédio do MinC, o Palácio Capanema, no centro do Rio. Tadeu de Souza, coordenador da representação da Funarte em São Paulo, diz que "algumas pessoas já se foram". A reportagem constatou que que o segundo andar do prédio na alameda Nothmann, em Campos Elíseos (região central de São Paulo), já não serve mais como dormitório. De acordo com uma porta-voz da ocupação identificada como Camila, os artistas estão saindo "cada um a seu tempo" e, até a conclusão do prazo estabelecido pela Justiça, "todos terão deixado o prédio". A organização do movimento não soube informar o número de manifestantes que ainda estão alojados na Funarte. Na tarde de segunda, havia aproximadamente 30 pessoas das dependências do prédio. Enquanto a ocupação nos moldes de residência tem prazo para acabar, a ocupação artística deve prosseguir. O grupo manterá atividades culturais no local, segundo o coordenador da representação da fundação. "A Funarte serve para isso mesmo, para atender esse tipo de demanda [receber artistas e atrações]", diz Souza. Camila confirma que a organização da ocupação prepara um documento com propostas para gestão coletiva da área artística da Funarte de São Paulo. FERRUGEM A desocupação da Funarte e do Palácio Capanema contradiz afirmações do ministro da Cultura Marcelo Calero. Em entrevista à Folha, Calero havia garantido que a pasta não pediria reintegração de posse das ocupações contrárias à sua gestão. A intervenção da Justiça foi solicitada pela Funarte em pedido de liminar enviado pela Advocacia-Geral da União em 9 de julho. De acordo com a fundação, os coletivos seriam responsáveis por depredações à instituição. Camila nega atos de vandalismo. Ela afirma que, quando chegaram à Funarte, os artistas encontraram instalações que já estavam deterioradas —"como escoras de pia enferrujadas e espelhos apoiados com cortiça e prego". Ressalta ainda que, em um local que não está habituado a receber grande público e com manutenção precária, é esperado que haja atrações com até mil pessoas causem alguns prejuízos "devido ao desgaste natural". Segundo outro porta-voz identificado como Lourival, houve mais de 300 atividades de artistas que ali se estabeleceram nos últimos dois meses, o que levou um público "nunca antes visto" à Funarte.
ilustrada
Artistas começam a desocupar prédio da Funarte em São PauloOs cartazes contra o governo interino de Michel Temer (PMDB) continuam firmes nas paredes da sede paulista da Funarte (Fundação Nacional das Artes), mas os artistas andam menos perseverantes. Os coletivos que tomaram o prédio em 17 de maio já começaram a desocupação imposta pela Justiça. No dia 19, o grupo foi informado que teria 15 dias para deixar a instalação gerida pelo Ministério da Cultura. A Folha esteve na representação da Funarte na segunda (25), dia em que a Polícia Federal desocupou outro prédio do MinC, o Palácio Capanema, no centro do Rio. Tadeu de Souza, coordenador da representação da Funarte em São Paulo, diz que "algumas pessoas já se foram". A reportagem constatou que que o segundo andar do prédio na alameda Nothmann, em Campos Elíseos (região central de São Paulo), já não serve mais como dormitório. De acordo com uma porta-voz da ocupação identificada como Camila, os artistas estão saindo "cada um a seu tempo" e, até a conclusão do prazo estabelecido pela Justiça, "todos terão deixado o prédio". A organização do movimento não soube informar o número de manifestantes que ainda estão alojados na Funarte. Na tarde de segunda, havia aproximadamente 30 pessoas das dependências do prédio. Enquanto a ocupação nos moldes de residência tem prazo para acabar, a ocupação artística deve prosseguir. O grupo manterá atividades culturais no local, segundo o coordenador da representação da fundação. "A Funarte serve para isso mesmo, para atender esse tipo de demanda [receber artistas e atrações]", diz Souza. Camila confirma que a organização da ocupação prepara um documento com propostas para gestão coletiva da área artística da Funarte de São Paulo. FERRUGEM A desocupação da Funarte e do Palácio Capanema contradiz afirmações do ministro da Cultura Marcelo Calero. Em entrevista à Folha, Calero havia garantido que a pasta não pediria reintegração de posse das ocupações contrárias à sua gestão. A intervenção da Justiça foi solicitada pela Funarte em pedido de liminar enviado pela Advocacia-Geral da União em 9 de julho. De acordo com a fundação, os coletivos seriam responsáveis por depredações à instituição. Camila nega atos de vandalismo. Ela afirma que, quando chegaram à Funarte, os artistas encontraram instalações que já estavam deterioradas —"como escoras de pia enferrujadas e espelhos apoiados com cortiça e prego". Ressalta ainda que, em um local que não está habituado a receber grande público e com manutenção precária, é esperado que haja atrações com até mil pessoas causem alguns prejuízos "devido ao desgaste natural". Segundo outro porta-voz identificado como Lourival, houve mais de 300 atividades de artistas que ali se estabeleceram nos últimos dois meses, o que levou um público "nunca antes visto" à Funarte.
1
Dunga diz que processo da Justiça espanhola pode ter enervado Neymar
O técnico da seleção brasileira, Dunga, admitiu que situações extracampo podem ter enervado o atacante Neymar na derrota para a Colômbia nesta quarta-feira (17). O jogador foi expulso após discutir com adversários e atingir um deles com uma leve cabeçada. Nesta quarta (17), foi divulgado que a Justiça espanhola abriu ação para investigar o jogador por fraude e corrupção com relação à transferência para o Barcelona, em 2013. Suspeita-se que os valores reais da negociação não foram divulgados. "Todos nós somos seres humanos. Não temos como desvincular as coisas da nossa vida pessoal da nossa vida profissional", disse Dunga. O treinador, porém, criticou muito o árbitro chileno Enrique Osses. Para o técnico, a briga pós-jogo, que causou a expulsão de Neymar, não teria acontecido se o juiz tivesse controlado o jogo –o brasileiro já havia recebido um amarelo, seu segundo, que o deixa fora da partida de domingo (21), contra a Venezuela. "O final foi lastimável. Mas a competição está sendo bem organizada pelo Chile, e tem grandes jogadores na competição, mas infelizmente tivemos um árbitro que não soube controlar a partida. Quando estamos aqui [na entrevista] falando do árbitro é porque temos algum problema", disse. O técnico afirmou que ainda não pensou quem vai substituir o atacante na próxima partida. Contra o México, em amistosos preparatório e com o atacante na Europa jogando a final da Liga dos Campeões, Dunga optou por apenas um atacante e cinco homens no meio de campo. Infográfico Seleções na Copa América
esporte
Dunga diz que processo da Justiça espanhola pode ter enervado NeymarO técnico da seleção brasileira, Dunga, admitiu que situações extracampo podem ter enervado o atacante Neymar na derrota para a Colômbia nesta quarta-feira (17). O jogador foi expulso após discutir com adversários e atingir um deles com uma leve cabeçada. Nesta quarta (17), foi divulgado que a Justiça espanhola abriu ação para investigar o jogador por fraude e corrupção com relação à transferência para o Barcelona, em 2013. Suspeita-se que os valores reais da negociação não foram divulgados. "Todos nós somos seres humanos. Não temos como desvincular as coisas da nossa vida pessoal da nossa vida profissional", disse Dunga. O treinador, porém, criticou muito o árbitro chileno Enrique Osses. Para o técnico, a briga pós-jogo, que causou a expulsão de Neymar, não teria acontecido se o juiz tivesse controlado o jogo –o brasileiro já havia recebido um amarelo, seu segundo, que o deixa fora da partida de domingo (21), contra a Venezuela. "O final foi lastimável. Mas a competição está sendo bem organizada pelo Chile, e tem grandes jogadores na competição, mas infelizmente tivemos um árbitro que não soube controlar a partida. Quando estamos aqui [na entrevista] falando do árbitro é porque temos algum problema", disse. O técnico afirmou que ainda não pensou quem vai substituir o atacante na próxima partida. Contra o México, em amistosos preparatório e com o atacante na Europa jogando a final da Liga dos Campeões, Dunga optou por apenas um atacante e cinco homens no meio de campo. Infográfico Seleções na Copa América
4
Após vitória, Neymar mostra figurino ousado de sul-americanos do Barça
Ternos vermelhos, gravata com camisa xadrez, camisa com detalhes nas mangas, tênis dourados e gel... muito gel nos cabelos. Uma foto publicada por Neymar em seu perfil no Instagram neste domingo (22) mostra o estilo peculiar dos jogadores brasileiros do Barcelona. Na foto, postada após a vitória por 2 a 1 sobre o Real Madrid, no Camp Nou, pelo Campeonato Espanhol, os brasileiros do elenco do time catalão (Adriano, Douglas, Daniel Alves, Neymar e Rafinha) aparecem ao lado de Messi no vestiário do clube. Curiosamente, o argentino é o único com um visual mais usual. Rafinha também não adota o colorido dos companheiros, mas sim um traje completamente preto, como os usados pelo comendador José Alffredo, personagem da novela Império. Único sul-americano que balançou as redes no clássico, o uruguaio Luis Suárez não participou da foto. Foi dele o segundo gol do Barcelona –o francês Mathieu abriu o placar para os catalães, e o português Cristiano Ronaldo empatou.
esporte
Após vitória, Neymar mostra figurino ousado de sul-americanos do BarçaTernos vermelhos, gravata com camisa xadrez, camisa com detalhes nas mangas, tênis dourados e gel... muito gel nos cabelos. Uma foto publicada por Neymar em seu perfil no Instagram neste domingo (22) mostra o estilo peculiar dos jogadores brasileiros do Barcelona. Na foto, postada após a vitória por 2 a 1 sobre o Real Madrid, no Camp Nou, pelo Campeonato Espanhol, os brasileiros do elenco do time catalão (Adriano, Douglas, Daniel Alves, Neymar e Rafinha) aparecem ao lado de Messi no vestiário do clube. Curiosamente, o argentino é o único com um visual mais usual. Rafinha também não adota o colorido dos companheiros, mas sim um traje completamente preto, como os usados pelo comendador José Alffredo, personagem da novela Império. Único sul-americano que balançou as redes no clássico, o uruguaio Luis Suárez não participou da foto. Foi dele o segundo gol do Barcelona –o francês Mathieu abriu o placar para os catalães, e o português Cristiano Ronaldo empatou.
4
'Exterminar Odebrecht do Peru seria péssimo', diz chefe latino-americano
O executivo brasileiro Maurício Cruz, 42, presidente da Odebrecht Latinvest, braço do grupo focado em investimentos em concessões de infraestrutura na América Latina, defendeu, em entrevista à Folha, que a empresa não saia do território peruano, onde atua há 37 anos. Na terça (24), o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, afirmou que o grupo baiano deveria vender os projetos locais e abandonar o país. "Eles estão contaminados pela corrupção", afirmou. "Eles têm que ir embora. Acabou", disse. Assim como em outros países, incluindo o Brasil, a Odebrecht negocia um acordo de delação premiada com as autoridades peruanas. No Peru, segundo o Departamento de Justiça americano, foram pagos US$ 29 milhões em propina desde 2005. Cruz classificou como uma "sentença de morte" a possibilidade de a empresa ter de deixar o Peru. * Folha - A Odebrecht sairá Peru, conforme quer o presidente Kuczynski? Cruz - Não faz sentido que uma empresa que adere à colaboração por livre e espontânea vontade tenha uma sentença de morte depois. Seria um desincentivo à colaboração. Entendemos que num primeiro momento as pessoas ainda enxergam a Odebrecht do lado da corrupção e demoram a perceber que, quando tenta um acordo, o objetivo é mudar de lado, deixar aqueles com os quais praticava ilícitos para passar para o lado de quem luta contra a corrupção. A Odebrecht no Peru está no início desse processo. Como a empresa é vista no país? Como uma empresa que participou de ilícitos e que deveria deixar de ter o direito de trabalhar porque muitos entendem que dessa forma acabaria com a corrupção. Só que queremos explicar o contrário: a melhor forma de tentar combater a corrupção é que essas empresas possam se motivar a colaborar. Se todas as empresas e todos os setores colaborassem, acabaria a corrupção porque todos os participantes seriam denunciados. Exterminar uma empresa 20 dias depois que começou esse processo é um sinal péssimo. Então o interesse da Odebrecht é continuar no Peru? Nossa intenção jamais será confrontar o presidente. Estamos tentado, pacificamente, explicar que temos uma experiência, passamos muitos meses nessa negociação no Brasil, e hoje compreendemos que somos um agente que contribui na luta contra a corrupção. Queremos pacificamente explicar que somos aliados, e não mais um inimigo. E esperamos que isso seja compreendido. A Odebrecht quer permanecer no Peru atuando de forma diferente, transparente. O que achou da frase do presidente dizendo que o grupo está contaminado pela corrupção? Nos coloca o desafio de mostrar que não é assim. Em 37 anos fizemos quase 70 projetos no Peru, muitos sem corrupção. Foram licitações que ganhamos por capacidade técnica. Infelizmente a empresa cometeu o erro de, para participar de alguns processos onde era exigida corrupção, ceder. Poderia muito bem não ter participado. Temos que demonstrar que a empresa não é só isso, que no Peru, no final de 2015, éramos 20 mil integrantes, e uma quantidade muito pequena, cinco, seis, cometeu esses atos. Em que estágio está o acordo da Odebrecht com os procuradores do Peru? Foi firmado um pré-acordo para dar início ao processo de colaboração. Estamos na fase de a empresa entregar toda a documentação e as provas dos ilícitos. Pessoas da empresa foram motivadas a se tornarem colaboradores para explicar como as coisas funcionaram. Esperamos que pelo menos seja fase seja concluída nas próximas semanas. Acredito que em algumas semanas concluímos essa parte de entrega de material ao MP. O acordo assinado garante que a Odebrecht permaneça no Peru? Não existe garantia, ninguém vai nos assegurar e temos a expectativa de conquistar isso mostrando que mudamos a postura, o caminho. A palavra negociação não se aplica bem ao nosso caso, porque para negociar as duas partes estão pedindo algo. Nós estamos dando nossa colaboração sem pedir nada em troca. Para o Ministério Público, a empresa no final normalmente não é condenada. Nossa expectativa é que a atuação seja da mesma forma como no Brasil. O Ministério Público não vai querer tomar uma atitude para acabar com a empresa. Nossa luta é mostrar para os outros poderes e para a sociedade que merecemos o direito de existir, continuar trabalhando e agora fazendo negócios 100% de forma lícita. A suspensão da licitação do Gasoduto Sur Peruano liderada pela Odebrecht e as declarações do presidente são indícios de que o acordo não está indo bem? Existe uma separação entre os poderes. Estamos num processo de colaboração com o Ministério Público, mas o Poder Executivo não tem informações detalhadas sobre essas tratativas. Por isso alguns comentários são feitos. As palavras do presidente fazem parte desse estresse inicial, o assunto está muito politizado, e ainda existe uma percepção errada em relação ao que deve ser feito com a empresa colaboradora. Nossa meta é demonstrar que o ideal para quem quer manter a luta contra a corrupção é passar a mensagem contrária da que tem sido passada agora, de que uma empresa quando começa a colaborar tem que ser exterminada e expulsa do país. Então qual lógica deveria ser aplicada? Pense num exemplo: um funcionário cometeu corrupção, procurou a procuradoria e disse que está arrependido, quer pagar a pena e colaborar dando informações. Após 20 dias, ele recebe como resposta que será submetido a uma pena de morte ou choque elétrico. Além de isso não ser justo, qualquer outra pessoa que poderia colaborar iria se afastar. Essa lógica deve se aplicar para as empresas. O que a Odebrecht espera das pessoas? Que um dia quem tem feito passeata e protestos para que a empresa seja penalizada radicalmente perceba que deveria fazer uma vigília na porta da empresa para dizer: 'permitam que ela termine de falar porque está colaborando com o processo de combate à corrupção'. Pedimos desculpas públicas diversas vezes reiteradamente à sociedade, estamos dispostos a pagar as multas, reparar os danos, trabalhar em outro sistema, e mostrar que estamos agora do mesmo lado, nós mudamos de lado. Quantos são os executivos da Odebrecht que se tornaram delatores no Peru? O acordo de colaboração é feito separadamente entre a empresa e as pessoas. A Odebrecht firmou um pré-acordo em que se comprometeu a ceder essa documentação existente. As pessoas que querem ser colaboradores individualmente tem que procurar o Ministério Público e firmar acordos. Não sabemos quantos irão aderir. Acreditamos que serão poucos, pois a corrupção aconteceu em poucas obras e num período curto comparado ao tempo que estamos no país. Qual o impacto da decisão de suspender a licitação do gasoduto no caixa da empresa? Gostaria de não comentar sobre o assunto, pois temos sócios no projeto. Tem ideia do valor final da multa que será paga no acordo no Peru? O número será calculado. Uma parte será referente ao ressarcimento do ilícito e a outra é a reparação civil. Isso será definido depois que analisarem todas as provas e relatos. Quais os entraves no acordo? A dificuldade hoje é comunicar com a sociedade nossa postura e o que pretendemos daqui em diante. Em teoria essa não deveria ser a parte mais difícil. A pergunta é simples e a resposta deveria ser também: se fosse um cidadão peruano, ia querer que a empresa continuasse colaborando ou o ideal é fechar as portas, tacar fogo no edifício e expulsá-la do país? A resposta é simples, estamos do lado daqueles que hoje lutam contra a corrupção. A empresa corre o risco de quebrar? Não sei. Estou muito focado na atuação do Peru, não acompanho o andamento da empresa nos outros países.
poder
'Exterminar Odebrecht do Peru seria péssimo', diz chefe latino-americanoO executivo brasileiro Maurício Cruz, 42, presidente da Odebrecht Latinvest, braço do grupo focado em investimentos em concessões de infraestrutura na América Latina, defendeu, em entrevista à Folha, que a empresa não saia do território peruano, onde atua há 37 anos. Na terça (24), o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, afirmou que o grupo baiano deveria vender os projetos locais e abandonar o país. "Eles estão contaminados pela corrupção", afirmou. "Eles têm que ir embora. Acabou", disse. Assim como em outros países, incluindo o Brasil, a Odebrecht negocia um acordo de delação premiada com as autoridades peruanas. No Peru, segundo o Departamento de Justiça americano, foram pagos US$ 29 milhões em propina desde 2005. Cruz classificou como uma "sentença de morte" a possibilidade de a empresa ter de deixar o Peru. * Folha - A Odebrecht sairá Peru, conforme quer o presidente Kuczynski? Cruz - Não faz sentido que uma empresa que adere à colaboração por livre e espontânea vontade tenha uma sentença de morte depois. Seria um desincentivo à colaboração. Entendemos que num primeiro momento as pessoas ainda enxergam a Odebrecht do lado da corrupção e demoram a perceber que, quando tenta um acordo, o objetivo é mudar de lado, deixar aqueles com os quais praticava ilícitos para passar para o lado de quem luta contra a corrupção. A Odebrecht no Peru está no início desse processo. Como a empresa é vista no país? Como uma empresa que participou de ilícitos e que deveria deixar de ter o direito de trabalhar porque muitos entendem que dessa forma acabaria com a corrupção. Só que queremos explicar o contrário: a melhor forma de tentar combater a corrupção é que essas empresas possam se motivar a colaborar. Se todas as empresas e todos os setores colaborassem, acabaria a corrupção porque todos os participantes seriam denunciados. Exterminar uma empresa 20 dias depois que começou esse processo é um sinal péssimo. Então o interesse da Odebrecht é continuar no Peru? Nossa intenção jamais será confrontar o presidente. Estamos tentado, pacificamente, explicar que temos uma experiência, passamos muitos meses nessa negociação no Brasil, e hoje compreendemos que somos um agente que contribui na luta contra a corrupção. Queremos pacificamente explicar que somos aliados, e não mais um inimigo. E esperamos que isso seja compreendido. A Odebrecht quer permanecer no Peru atuando de forma diferente, transparente. O que achou da frase do presidente dizendo que o grupo está contaminado pela corrupção? Nos coloca o desafio de mostrar que não é assim. Em 37 anos fizemos quase 70 projetos no Peru, muitos sem corrupção. Foram licitações que ganhamos por capacidade técnica. Infelizmente a empresa cometeu o erro de, para participar de alguns processos onde era exigida corrupção, ceder. Poderia muito bem não ter participado. Temos que demonstrar que a empresa não é só isso, que no Peru, no final de 2015, éramos 20 mil integrantes, e uma quantidade muito pequena, cinco, seis, cometeu esses atos. Em que estágio está o acordo da Odebrecht com os procuradores do Peru? Foi firmado um pré-acordo para dar início ao processo de colaboração. Estamos na fase de a empresa entregar toda a documentação e as provas dos ilícitos. Pessoas da empresa foram motivadas a se tornarem colaboradores para explicar como as coisas funcionaram. Esperamos que pelo menos seja fase seja concluída nas próximas semanas. Acredito que em algumas semanas concluímos essa parte de entrega de material ao MP. O acordo assinado garante que a Odebrecht permaneça no Peru? Não existe garantia, ninguém vai nos assegurar e temos a expectativa de conquistar isso mostrando que mudamos a postura, o caminho. A palavra negociação não se aplica bem ao nosso caso, porque para negociar as duas partes estão pedindo algo. Nós estamos dando nossa colaboração sem pedir nada em troca. Para o Ministério Público, a empresa no final normalmente não é condenada. Nossa expectativa é que a atuação seja da mesma forma como no Brasil. O Ministério Público não vai querer tomar uma atitude para acabar com a empresa. Nossa luta é mostrar para os outros poderes e para a sociedade que merecemos o direito de existir, continuar trabalhando e agora fazendo negócios 100% de forma lícita. A suspensão da licitação do Gasoduto Sur Peruano liderada pela Odebrecht e as declarações do presidente são indícios de que o acordo não está indo bem? Existe uma separação entre os poderes. Estamos num processo de colaboração com o Ministério Público, mas o Poder Executivo não tem informações detalhadas sobre essas tratativas. Por isso alguns comentários são feitos. As palavras do presidente fazem parte desse estresse inicial, o assunto está muito politizado, e ainda existe uma percepção errada em relação ao que deve ser feito com a empresa colaboradora. Nossa meta é demonstrar que o ideal para quem quer manter a luta contra a corrupção é passar a mensagem contrária da que tem sido passada agora, de que uma empresa quando começa a colaborar tem que ser exterminada e expulsa do país. Então qual lógica deveria ser aplicada? Pense num exemplo: um funcionário cometeu corrupção, procurou a procuradoria e disse que está arrependido, quer pagar a pena e colaborar dando informações. Após 20 dias, ele recebe como resposta que será submetido a uma pena de morte ou choque elétrico. Além de isso não ser justo, qualquer outra pessoa que poderia colaborar iria se afastar. Essa lógica deve se aplicar para as empresas. O que a Odebrecht espera das pessoas? Que um dia quem tem feito passeata e protestos para que a empresa seja penalizada radicalmente perceba que deveria fazer uma vigília na porta da empresa para dizer: 'permitam que ela termine de falar porque está colaborando com o processo de combate à corrupção'. Pedimos desculpas públicas diversas vezes reiteradamente à sociedade, estamos dispostos a pagar as multas, reparar os danos, trabalhar em outro sistema, e mostrar que estamos agora do mesmo lado, nós mudamos de lado. Quantos são os executivos da Odebrecht que se tornaram delatores no Peru? O acordo de colaboração é feito separadamente entre a empresa e as pessoas. A Odebrecht firmou um pré-acordo em que se comprometeu a ceder essa documentação existente. As pessoas que querem ser colaboradores individualmente tem que procurar o Ministério Público e firmar acordos. Não sabemos quantos irão aderir. Acreditamos que serão poucos, pois a corrupção aconteceu em poucas obras e num período curto comparado ao tempo que estamos no país. Qual o impacto da decisão de suspender a licitação do gasoduto no caixa da empresa? Gostaria de não comentar sobre o assunto, pois temos sócios no projeto. Tem ideia do valor final da multa que será paga no acordo no Peru? O número será calculado. Uma parte será referente ao ressarcimento do ilícito e a outra é a reparação civil. Isso será definido depois que analisarem todas as provas e relatos. Quais os entraves no acordo? A dificuldade hoje é comunicar com a sociedade nossa postura e o que pretendemos daqui em diante. Em teoria essa não deveria ser a parte mais difícil. A pergunta é simples e a resposta deveria ser também: se fosse um cidadão peruano, ia querer que a empresa continuasse colaborando ou o ideal é fechar as portas, tacar fogo no edifício e expulsá-la do país? A resposta é simples, estamos do lado daqueles que hoje lutam contra a corrupção. A empresa corre o risco de quebrar? Não sei. Estou muito focado na atuação do Peru, não acompanho o andamento da empresa nos outros países.
0
Julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE poderá ser acompanhado ao vivo
O julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) será transmitido ao vivo pela TV e pela internet. Estão previstas quatro sessões. A primeira será nesta terça (6), a partir das 19h. As seguintes ocorrem na quarta (7), às 9h, e na quinta (8), às 9h e às 19h. Antes do rito do julgamento, a corte terá uma discussão preliminar sobre a legalidade da inclusão das delações da Odebrecht como provas na ação. Pela TV, será possível acompanhar o debate dos ministros e a defesa dos advogados na TV Justiça e na Globonews. A Folha transmitirá as sessões em folha.com e o TSE mantém um canal no Youtube (youtube.com/justicaeleitoral) com sessões ao vivo.
poder
Julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE poderá ser acompanhado ao vivoO julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) será transmitido ao vivo pela TV e pela internet. Estão previstas quatro sessões. A primeira será nesta terça (6), a partir das 19h. As seguintes ocorrem na quarta (7), às 9h, e na quinta (8), às 9h e às 19h. Antes do rito do julgamento, a corte terá uma discussão preliminar sobre a legalidade da inclusão das delações da Odebrecht como provas na ação. Pela TV, será possível acompanhar o debate dos ministros e a defesa dos advogados na TV Justiça e na Globonews. A Folha transmitirá as sessões em folha.com e o TSE mantém um canal no Youtube (youtube.com/justicaeleitoral) com sessões ao vivo.
0
Mulher de Cunha pagou aulas de tênis com conta secreta, diz Suíça
Dossiê entregue pelo Ministério Público suíço à Procuradoria-Geral da República do Brasil revela que o dinheiro que saiu de uma conta secreta na Suíça atribuída à jornalista Claudia Cruz, mulher do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pagou despesas com dois cartões de crédito e até uma famosa academia de tênis na Flórida (EUA). Segundo os investigadores, o dinheiro é fruto de propina da Petrobras, mais especificamente de um contrato de US$ 34,5 milhões da estatal relativo à compra de um campo de exploração em Benin, na África. Segundo dados do banco Julius Baer, os recursos foram movimentados na conta com nome fantasia KOEK, que está em nome da jornalista, entre 2008 e 2015, e tem uma das filhas do deputado como dependente. Essa conta tinha 146,3 mil francos suíços e foi bloqueada pelo Ministério Público da Suíça em 17 de abril de 2015, um mês após o STF (Supremo Tribunal Federal) abrir inquérito contra Cunha por suspeita de participação no esquema de corrupção da Petrobras investigado pela Operação Lava Jato. GASTOS Em um dos cartões de crédito foram gastos US$ 525 mil de janeiro de 2013 a abril de 2015. O outro registrou despesas de US$ 316,5 mil em quatro anos. Os familiares de Cunha gastaram ainda US$ 59,7 mil com a IMG Academies, academia de tênis do treinador Nick Bollettieri na Flórida –uma das mais prestigiadas do mundo. Ele é considerado um "descobridor de estrelas" e já treinou campeões mundiais como Andre Agassi, Boris Becker e as irmãs Venus e Serena Williams. Além das aulas na Flórida, Bollettieri dá várias clínicas de tênis pelo mundo, inclusive no Brasil. Há ainda pagamento de US$ 8.400 à Malvern College, uma escola na Inglaterra, e repasse de US$ 119,7 mil para a Fundacion Esade Banco, instituição financeira espanhola, além de transferência de US$ 52,4 mil a uma pessoa que não teria ligação com os desvios. Além das transações financeiras de Claudia Cruz, os documentos revelam que três empresas offshore são ligadas a Cunha: Orion SP, Netherton e Triumph SP, que foram abertas entre maio de 2007 e setembro de 2008, sendo uma delas em Singapura. De acordo com o material, as quatro contas somam entradas no valor de R$ 31,2 milhões e saídas de R$ 15,8 milhões, em valores convertidos para cotação desta sexta (9). Os depósitos e retiradas foram feitos em dólar, francos suíços e euros. As investigações na Suíça apontaram um repasse direto de 1,3 milhão de francos suíços (R$ 5,1 milhão) de uma offshore do empresário João Augusto Henriques para a Orion SP, de Cunha, entre 30 de maio e 23 de junho de 2011. Os depósitos foram feitos três meses após a Petrobras fechar o negócio envolvendo o campo de petróleo na costa oeste da África. OUTRO LADO Procurada no início da noite desta sexta, a assessoria de Cunha disse que ele reafirma os termos da nota que soltou sobre as supostas contas na Suíça. No texto, o peemedebista diz "desconhece o teor dos fatos veiculados" e que só os comentará após ter "acesso ao conteúdo real do que vem sendo divulgado". O advogado de Cunha, o ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza, não atendeu à ligação da reportagem. Em entrevista à Folha publicada nesta sexta, Cunha afirma ser vítima de "execração" devido a uma divulgação de dados seletiva, "vazada de forma criminosa".
poder
Mulher de Cunha pagou aulas de tênis com conta secreta, diz SuíçaDossiê entregue pelo Ministério Público suíço à Procuradoria-Geral da República do Brasil revela que o dinheiro que saiu de uma conta secreta na Suíça atribuída à jornalista Claudia Cruz, mulher do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pagou despesas com dois cartões de crédito e até uma famosa academia de tênis na Flórida (EUA). Segundo os investigadores, o dinheiro é fruto de propina da Petrobras, mais especificamente de um contrato de US$ 34,5 milhões da estatal relativo à compra de um campo de exploração em Benin, na África. Segundo dados do banco Julius Baer, os recursos foram movimentados na conta com nome fantasia KOEK, que está em nome da jornalista, entre 2008 e 2015, e tem uma das filhas do deputado como dependente. Essa conta tinha 146,3 mil francos suíços e foi bloqueada pelo Ministério Público da Suíça em 17 de abril de 2015, um mês após o STF (Supremo Tribunal Federal) abrir inquérito contra Cunha por suspeita de participação no esquema de corrupção da Petrobras investigado pela Operação Lava Jato. GASTOS Em um dos cartões de crédito foram gastos US$ 525 mil de janeiro de 2013 a abril de 2015. O outro registrou despesas de US$ 316,5 mil em quatro anos. Os familiares de Cunha gastaram ainda US$ 59,7 mil com a IMG Academies, academia de tênis do treinador Nick Bollettieri na Flórida –uma das mais prestigiadas do mundo. Ele é considerado um "descobridor de estrelas" e já treinou campeões mundiais como Andre Agassi, Boris Becker e as irmãs Venus e Serena Williams. Além das aulas na Flórida, Bollettieri dá várias clínicas de tênis pelo mundo, inclusive no Brasil. Há ainda pagamento de US$ 8.400 à Malvern College, uma escola na Inglaterra, e repasse de US$ 119,7 mil para a Fundacion Esade Banco, instituição financeira espanhola, além de transferência de US$ 52,4 mil a uma pessoa que não teria ligação com os desvios. Além das transações financeiras de Claudia Cruz, os documentos revelam que três empresas offshore são ligadas a Cunha: Orion SP, Netherton e Triumph SP, que foram abertas entre maio de 2007 e setembro de 2008, sendo uma delas em Singapura. De acordo com o material, as quatro contas somam entradas no valor de R$ 31,2 milhões e saídas de R$ 15,8 milhões, em valores convertidos para cotação desta sexta (9). Os depósitos e retiradas foram feitos em dólar, francos suíços e euros. As investigações na Suíça apontaram um repasse direto de 1,3 milhão de francos suíços (R$ 5,1 milhão) de uma offshore do empresário João Augusto Henriques para a Orion SP, de Cunha, entre 30 de maio e 23 de junho de 2011. Os depósitos foram feitos três meses após a Petrobras fechar o negócio envolvendo o campo de petróleo na costa oeste da África. OUTRO LADO Procurada no início da noite desta sexta, a assessoria de Cunha disse que ele reafirma os termos da nota que soltou sobre as supostas contas na Suíça. No texto, o peemedebista diz "desconhece o teor dos fatos veiculados" e que só os comentará após ter "acesso ao conteúdo real do que vem sendo divulgado". O advogado de Cunha, o ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza, não atendeu à ligação da reportagem. Em entrevista à Folha publicada nesta sexta, Cunha afirma ser vítima de "execração" devido a uma divulgação de dados seletiva, "vazada de forma criminosa".
0
Copa do Mundo de Ginástica começa sem dinheiro prometido pelo Estado
O governo do Estado de São Paulo se comprometeu a investir R$ 480 mil para a realização da etapa de São Paulo da Copa do Mundo de Ginástica, mas até esta quinta (30) não havia disponibilizado a verba. Em nota, a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude informou que o convênio relativo à liberação de recursos foi autorizado nesta quinta-feira e será publicado nesta sexta-feira (1º) no "Diário Oficial" do Estado. A data da liberação efetiva do dinheiro não foi informada. O evento começa nesta sexta-feira (1º) e vai até domingo (3). Outros organizadores bancam o orçamento, que gira em torno de R$ 1,5 milhão. Será a primeira vez desde 2006 que o Brasil é sede da Copa, que faz parte de um circuito internacional. O ginásio do Ibirapuera receberá 72 ginastas de 14 países. A arena é de propriedade do governo paulista, que se intitula "apoiador oficial da competição". A Folha teve acesso a documento que comprova que a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude deu entrada em convênio em 27 de fevereiro para consumar seu apoio ao evento —que tem como principal patrocinador a Caixa e coordenação da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica). No último dia 2, a reportagem recebeu da assessoria de imprensa da secretaria nota em que a pasta "informa que serão investidos R$ 480 mil de recursos estaduais na etapa paulista da Copa do Mundo". "O governo do Estado, por meio da SELJ, apoia o evento por conta da importância da ginástica artística no cenário esportivo brasileiro, a boa organização e visibilidade do evento, além do fato de atletas mundialmente conhecidos, como Arthur Zanetti e Diego Hypolito competirem hoje por municípios paulistas", prosseguiu o comunicado. A secretaria tem participação na arrecadação de bilheteria do evento. Os ingressos custam de R$ 20 a R$ 200.
esporte
Copa do Mundo de Ginástica começa sem dinheiro prometido pelo EstadoO governo do Estado de São Paulo se comprometeu a investir R$ 480 mil para a realização da etapa de São Paulo da Copa do Mundo de Ginástica, mas até esta quinta (30) não havia disponibilizado a verba. Em nota, a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude informou que o convênio relativo à liberação de recursos foi autorizado nesta quinta-feira e será publicado nesta sexta-feira (1º) no "Diário Oficial" do Estado. A data da liberação efetiva do dinheiro não foi informada. O evento começa nesta sexta-feira (1º) e vai até domingo (3). Outros organizadores bancam o orçamento, que gira em torno de R$ 1,5 milhão. Será a primeira vez desde 2006 que o Brasil é sede da Copa, que faz parte de um circuito internacional. O ginásio do Ibirapuera receberá 72 ginastas de 14 países. A arena é de propriedade do governo paulista, que se intitula "apoiador oficial da competição". A Folha teve acesso a documento que comprova que a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude deu entrada em convênio em 27 de fevereiro para consumar seu apoio ao evento —que tem como principal patrocinador a Caixa e coordenação da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica). No último dia 2, a reportagem recebeu da assessoria de imprensa da secretaria nota em que a pasta "informa que serão investidos R$ 480 mil de recursos estaduais na etapa paulista da Copa do Mundo". "O governo do Estado, por meio da SELJ, apoia o evento por conta da importância da ginástica artística no cenário esportivo brasileiro, a boa organização e visibilidade do evento, além do fato de atletas mundialmente conhecidos, como Arthur Zanetti e Diego Hypolito competirem hoje por municípios paulistas", prosseguiu o comunicado. A secretaria tem participação na arrecadação de bilheteria do evento. Os ingressos custam de R$ 20 a R$ 200.
4
Marta diz que PT ofereceu candidatura ao governo de SP para mantê-la na sigla
A senadora Marta Suplicy (sem partido-SP) disse nesta quinta-feira (18) que seu antigo partido, o PT, sugeriu que ela fosse candidata ao governo do Estado em troca de permanecer na legenda. Ela falou sobre o assunto durante entrevista à rádio Jovem Pan. Questionada se teria deixado a sigla caso tivessem oferecido a ela o posto de candidata à Prefeitura de São Paulo, Marta disse que "sairia do mesmo jeito". "Podem ter proposto outras coisas, que não vale eu falar aqui", emendou. O entrevistador, Reinaldo Azevedo, que também é colunista da Folha, insistiu e ela cedeu: "Sugeriram de eu ter candidatura ao governo". "É o acúmulo, não é só a questão de candidatura. O partido não corresponde mais a nada do que eu acredito", disse Marta. "Você vai vendo as coisas, vai vendo os malfeitos e vai vendo também sua história no partido. Eu não tenho nada a ver com essas coisas erradas, não comungo com essa política econômica. (...) Junta tudo, veio o óbvio [a saída da legenda]", acrescentou. Emídio de Souza, presidente do PT de São Paulo, negou que a sigla tenha oferecido a possibilidade de Marta se candidatar ao governo do Estado. "Isso nunca aconteceu, até porque ela se recusou a dialogar com o partido", explicou. No programa a senadora também criticou o ex-presidente Lula pelas escolhas que fez: "Ele errou duas vezes. A primeira foi quando escolheu Dilma para ser candidata a presidência e depois quando escolheu Haddad para ser prefeito de São Paulo. Os dois não estão fazendo bem nem para o Brasil e nem para a cidade".
poder
Marta diz que PT ofereceu candidatura ao governo de SP para mantê-la na siglaA senadora Marta Suplicy (sem partido-SP) disse nesta quinta-feira (18) que seu antigo partido, o PT, sugeriu que ela fosse candidata ao governo do Estado em troca de permanecer na legenda. Ela falou sobre o assunto durante entrevista à rádio Jovem Pan. Questionada se teria deixado a sigla caso tivessem oferecido a ela o posto de candidata à Prefeitura de São Paulo, Marta disse que "sairia do mesmo jeito". "Podem ter proposto outras coisas, que não vale eu falar aqui", emendou. O entrevistador, Reinaldo Azevedo, que também é colunista da Folha, insistiu e ela cedeu: "Sugeriram de eu ter candidatura ao governo". "É o acúmulo, não é só a questão de candidatura. O partido não corresponde mais a nada do que eu acredito", disse Marta. "Você vai vendo as coisas, vai vendo os malfeitos e vai vendo também sua história no partido. Eu não tenho nada a ver com essas coisas erradas, não comungo com essa política econômica. (...) Junta tudo, veio o óbvio [a saída da legenda]", acrescentou. Emídio de Souza, presidente do PT de São Paulo, negou que a sigla tenha oferecido a possibilidade de Marta se candidatar ao governo do Estado. "Isso nunca aconteceu, até porque ela se recusou a dialogar com o partido", explicou. No programa a senadora também criticou o ex-presidente Lula pelas escolhas que fez: "Ele errou duas vezes. A primeira foi quando escolheu Dilma para ser candidata a presidência e depois quando escolheu Haddad para ser prefeito de São Paulo. Os dois não estão fazendo bem nem para o Brasil e nem para a cidade".
0
'Final' com San Lorenzo não anima público do São Paulo no Morumbi
O cenário para o duelo entre São Paulo e San Lorenzo, no Morumbi, na noite desta quarta-feira (18), lembrou bastante a partida do time tricolor no último dia 25 de fevereiro, contra o Danubio. Poucos torcedores do lado de fora e chuva na região. O duelo contra o San Lorenzo é importante para a busca pela classificação às oitavas de final da Libertadores. Os dois times somam três pontos (uma vitória e uma derrota), enquanto o Corinthians lidera o Grupo 2 com nove pontos (três vitórias em três jogos). O time tricolor também entra em campo sob desconfiança do torcedor. Nos jogos mais importantes do ano, que foram os dois clássicos com o Corinthians e o duelo com o Santos, o time não saiu vitorioso e teve apresentações bastante criticadas. Até por isso o público não se animou muito com o duelo pela Libertadores. Diante do Danubio, apenas 16.689 pagantes foram ao Morumbi –o pior público do São Paulo como mandante na Libertadores em 23 anos. O jogo foi também a estreia do time em casa no torneio. O preço dos ingressos ajudou a afastar o público. Os torcedores que não sócios pagavam R$ 120 pelas entradas mais baratas –os sócios pagavam R$ 40. A diretoria tricolor espera ter um número maior diante do San Lorenzo. Fez até promoção –torcedores que comprassem ingressos pela internet para a arquibancada amarela/setor família podiam levar um acompanhante sem custo. Mesmo assim é difícil encontrar algum dirigente do São Paulo que aposte em público superior a 28 mil pagantes nesta noite no Morumbi.
esporte
'Final' com San Lorenzo não anima público do São Paulo no MorumbiO cenário para o duelo entre São Paulo e San Lorenzo, no Morumbi, na noite desta quarta-feira (18), lembrou bastante a partida do time tricolor no último dia 25 de fevereiro, contra o Danubio. Poucos torcedores do lado de fora e chuva na região. O duelo contra o San Lorenzo é importante para a busca pela classificação às oitavas de final da Libertadores. Os dois times somam três pontos (uma vitória e uma derrota), enquanto o Corinthians lidera o Grupo 2 com nove pontos (três vitórias em três jogos). O time tricolor também entra em campo sob desconfiança do torcedor. Nos jogos mais importantes do ano, que foram os dois clássicos com o Corinthians e o duelo com o Santos, o time não saiu vitorioso e teve apresentações bastante criticadas. Até por isso o público não se animou muito com o duelo pela Libertadores. Diante do Danubio, apenas 16.689 pagantes foram ao Morumbi –o pior público do São Paulo como mandante na Libertadores em 23 anos. O jogo foi também a estreia do time em casa no torneio. O preço dos ingressos ajudou a afastar o público. Os torcedores que não sócios pagavam R$ 120 pelas entradas mais baratas –os sócios pagavam R$ 40. A diretoria tricolor espera ter um número maior diante do San Lorenzo. Fez até promoção –torcedores que comprassem ingressos pela internet para a arquibancada amarela/setor família podiam levar um acompanhante sem custo. Mesmo assim é difícil encontrar algum dirigente do São Paulo que aposte em público superior a 28 mil pagantes nesta noite no Morumbi.
4
Carrefour adia e-commerce e projeto de abrir capital na Bolsa
O Carrefour adiou para o terceiro trimestre de 2016 o relançamento de seu e-commerce, só deve retomar o projeto para abertura de capital em 2017, mas decidiu manter o ritmo de abertura de lojas no país apesar da crise econômica que atinge o varejo. Segundo maior varejista do país, o grupo francês vai encerrar o ano com 40 novas lojas —entre hipermercado, lojas de conveniência, atacado, postos de combustíveis e drogarias– e promete manter esse ritmo em 2016. As vendas no terceiro trimestre deste ano cresceram 12,2% em relação ao mesmo período, sem descontar a inflação (que, nos 12 meses encerrados em setembro, ficou perto dos 10%). Se consideradas as mesmas lojas, o crescimento é de 7,4%, abaixo da inflação. Sem relacionar os planos de adiar a plataforma de vendas on-line diretamente à crise, o presidente do grupo no Brasil, Charles Desmartis, diz que não houve "nada de errado". "Queremos lançar o e-commerce com sucesso, sem pressa. É preciso acertar a área de sistemas, organização, logística e alinhar a oferta nas lojas à entrega", diz. O grupo operou as vendas on-line entre 2010 e 2012, mas interrompeu esse negócio. A expectativa era retomar o negócio neste ano. Em um primeiro momento, o site deve vender somente produtos eletrônicos, eletrodomésticos e outros itens duráveis (não alimentares). Como a venda desses produtos registra quedas de 20% a 30%, dependendo da categoria, o grupo "não tem pressa" de colocar a plataforma no ar. ABERTURA DE CAPITAL Segundo Desmartis, o grupo mantém os planos de abertura de capital da companhia na Bolsa, mas não deve haver "uma janela em 2016". "O mercado está ruim. Temos um objetivo, mas na hora certa. Com as incertezas na área econômica e política, nossa visão é que não vai ser um projeto para 2016, mas ainda é um projeto nosso." Apesar da crise, a companhia diz que ampliou o quadro pessoal com 3.000 contratações e mantém os investimentos no Brasil. Discreto, ao ser questionado sobre a parceria com Abílio Diniz, o executivo explicou que o grupo trabalha "em sintonia" com a equipe do brasileiro. No final de 2014, Diniz comprou 10% da filial brasileira do Carrefour. Em abril, elevou de 2,4% para 5,07% sua participação no Carrefour francês. O empresário montou um grupo de trabalho para discutir as operações da rede e propor novos projetos. - Funcionários: 75 mil Lojas: 505 Faturamento: R$ 37,93 bilhões (2014) Concorrentes: GPA (Grupo Pão de Açúcar) e Walmart
mercado
Carrefour adia e-commerce e projeto de abrir capital na BolsaO Carrefour adiou para o terceiro trimestre de 2016 o relançamento de seu e-commerce, só deve retomar o projeto para abertura de capital em 2017, mas decidiu manter o ritmo de abertura de lojas no país apesar da crise econômica que atinge o varejo. Segundo maior varejista do país, o grupo francês vai encerrar o ano com 40 novas lojas —entre hipermercado, lojas de conveniência, atacado, postos de combustíveis e drogarias– e promete manter esse ritmo em 2016. As vendas no terceiro trimestre deste ano cresceram 12,2% em relação ao mesmo período, sem descontar a inflação (que, nos 12 meses encerrados em setembro, ficou perto dos 10%). Se consideradas as mesmas lojas, o crescimento é de 7,4%, abaixo da inflação. Sem relacionar os planos de adiar a plataforma de vendas on-line diretamente à crise, o presidente do grupo no Brasil, Charles Desmartis, diz que não houve "nada de errado". "Queremos lançar o e-commerce com sucesso, sem pressa. É preciso acertar a área de sistemas, organização, logística e alinhar a oferta nas lojas à entrega", diz. O grupo operou as vendas on-line entre 2010 e 2012, mas interrompeu esse negócio. A expectativa era retomar o negócio neste ano. Em um primeiro momento, o site deve vender somente produtos eletrônicos, eletrodomésticos e outros itens duráveis (não alimentares). Como a venda desses produtos registra quedas de 20% a 30%, dependendo da categoria, o grupo "não tem pressa" de colocar a plataforma no ar. ABERTURA DE CAPITAL Segundo Desmartis, o grupo mantém os planos de abertura de capital da companhia na Bolsa, mas não deve haver "uma janela em 2016". "O mercado está ruim. Temos um objetivo, mas na hora certa. Com as incertezas na área econômica e política, nossa visão é que não vai ser um projeto para 2016, mas ainda é um projeto nosso." Apesar da crise, a companhia diz que ampliou o quadro pessoal com 3.000 contratações e mantém os investimentos no Brasil. Discreto, ao ser questionado sobre a parceria com Abílio Diniz, o executivo explicou que o grupo trabalha "em sintonia" com a equipe do brasileiro. No final de 2014, Diniz comprou 10% da filial brasileira do Carrefour. Em abril, elevou de 2,4% para 5,07% sua participação no Carrefour francês. O empresário montou um grupo de trabalho para discutir as operações da rede e propor novos projetos. - Funcionários: 75 mil Lojas: 505 Faturamento: R$ 37,93 bilhões (2014) Concorrentes: GPA (Grupo Pão de Açúcar) e Walmart
2
Defesa dos cabelos crespos conquista cabeleireiros e ganha manifesto
Sair de casa na chuva não é mais um problema para a recepcionista Gabriella Laurindo Ferreira, 19. Há cinco meses, ela aposentou a chapinha. Hoje, exibe nas ruas de São Paulo um cabelão volumoso e encaracolado. "Minha mãe sempre usou cabelo enrolado, mas eu nunca achei que combinasse comigo. Um dia parei com essa ideia de que o bonito é só o liso. Então fui tratando até ele voltar a ficar natural", conta. Ela lembra da vida de esticar os fios como um atraso. O maior incentivo para Gabriella cultivar os cachos partiu da blogueira Rayza Nicácio, 22, que se tornou referência no assunto. Com a intenção de ajudar as jovens a cuidar dos cabelos crespos, Rayza já acumula mais de 320 mil seguidores no Facebook. "A maioria se identifica com a minha história. Muitas param de alisar o cabelo depois dos meus discursos. Eu peço para elas tentarem [deixar o cabelo natural] e mandarem os resultados para mim por fotos", diz Rayza. veja imagens BEM ARMADO A auxiliar administrativa Vera Alda Dias dos Santos, 37, que abandonou o liso há um ano, vai duas vezes por mês ao cabeleireiro para cuidar dos cachos. "Eu cuido e deixo bem armado. Ponho faixa, lenço. Tem gente que tem o cabelo liso, mas não tem essa beleza", diz Vera. De olho nesse público, a presidente da rede Beleza Natural (especializada em cabelos cacheados), Leila Velez, quer aumentar de 29 para 120 o número de unidades no Brasil até 2018. Setenta por cento dos brasileiros têm cabelos que vão de ondulados a crespos. "A gente quer aproveitar esse espaço", afirma. A procura também aumentou em locais que já eram referência no penteado. O cabeleireiro Celso Barbosa, 51, há 33 anos na galeria Presidente –referência da cultura afro no centro da capital paulista–, afirma que a tendência cresceu muito na última década. "Percebi que o alisamento está sendo deixado de lado, e as mulheres estão valorizando o natural. Deve ser uma influência americana", diz. Homens também acompanham a onda e retomam o tradicional black power dos anos 1950. Com um pente espetado na robusta cabeleira, o vendedor Kaio Augusto de Almeida Júlio, 22, diz que o corte representa atitude. "É assim que o povo preto se identifica e tem que se assumir assim", conta ele. "Vários caras aparecem com cabelo alisado ou black power com boné, se escondendo. Eu digo: 'Sai dessa e assume essa africanidade que você tem'". Para Almeida, as mulheres devem abusar dos cachos. "Tem meninas que ficam com chapinha por oito dias. O cabelo black dá mais ousadia." PRECONCEITO Para valorizar a cultura dos cachos, um grupo de amigas de Pernambuco criou a página "Faça amor, não faça chapinha", no Facebook. Uma das administradoras, Katarina Mendes, 19, diz que a intenção é mostrar que não é necessário seguir um padrão de beleza para ser feliz. Para ela, muitas pessoas são influenciadas porque a sociedade tende a valorizar o que mais se aproxima da cultura branca. "Uma leitora nos disse que a irmã pequena estava sendo discriminada na escola por ter o cabelo crespo e as amigas não. Nossa intenção é levantar a autoestima de pessoas assim", diz. POLÊMICA Nesta semana, a apresentadora Giuliana Rancic, do programa americano Fashion Police, pediu desculpas à atriz Zendaya Coleman após fazer piada sobre os dreadlocks usados por ela no Oscar. Giuliana disse que o penteado fazia Coleman parecer alguém que cheirava a maconha e óleo de patchouli. No ano passado, a jornalista baiana Lília de Souza também protagonizou uma polêmica, desta vez no Brasil. Ao tirar foto para renovar seu passaporte, ela foi orientada a prender seu cabelo black power, já que o sistema de imagens do documento não aceitava a fotografia.
cotidiano
Defesa dos cabelos crespos conquista cabeleireiros e ganha manifestoSair de casa na chuva não é mais um problema para a recepcionista Gabriella Laurindo Ferreira, 19. Há cinco meses, ela aposentou a chapinha. Hoje, exibe nas ruas de São Paulo um cabelão volumoso e encaracolado. "Minha mãe sempre usou cabelo enrolado, mas eu nunca achei que combinasse comigo. Um dia parei com essa ideia de que o bonito é só o liso. Então fui tratando até ele voltar a ficar natural", conta. Ela lembra da vida de esticar os fios como um atraso. O maior incentivo para Gabriella cultivar os cachos partiu da blogueira Rayza Nicácio, 22, que se tornou referência no assunto. Com a intenção de ajudar as jovens a cuidar dos cabelos crespos, Rayza já acumula mais de 320 mil seguidores no Facebook. "A maioria se identifica com a minha história. Muitas param de alisar o cabelo depois dos meus discursos. Eu peço para elas tentarem [deixar o cabelo natural] e mandarem os resultados para mim por fotos", diz Rayza. veja imagens BEM ARMADO A auxiliar administrativa Vera Alda Dias dos Santos, 37, que abandonou o liso há um ano, vai duas vezes por mês ao cabeleireiro para cuidar dos cachos. "Eu cuido e deixo bem armado. Ponho faixa, lenço. Tem gente que tem o cabelo liso, mas não tem essa beleza", diz Vera. De olho nesse público, a presidente da rede Beleza Natural (especializada em cabelos cacheados), Leila Velez, quer aumentar de 29 para 120 o número de unidades no Brasil até 2018. Setenta por cento dos brasileiros têm cabelos que vão de ondulados a crespos. "A gente quer aproveitar esse espaço", afirma. A procura também aumentou em locais que já eram referência no penteado. O cabeleireiro Celso Barbosa, 51, há 33 anos na galeria Presidente –referência da cultura afro no centro da capital paulista–, afirma que a tendência cresceu muito na última década. "Percebi que o alisamento está sendo deixado de lado, e as mulheres estão valorizando o natural. Deve ser uma influência americana", diz. Homens também acompanham a onda e retomam o tradicional black power dos anos 1950. Com um pente espetado na robusta cabeleira, o vendedor Kaio Augusto de Almeida Júlio, 22, diz que o corte representa atitude. "É assim que o povo preto se identifica e tem que se assumir assim", conta ele. "Vários caras aparecem com cabelo alisado ou black power com boné, se escondendo. Eu digo: 'Sai dessa e assume essa africanidade que você tem'". Para Almeida, as mulheres devem abusar dos cachos. "Tem meninas que ficam com chapinha por oito dias. O cabelo black dá mais ousadia." PRECONCEITO Para valorizar a cultura dos cachos, um grupo de amigas de Pernambuco criou a página "Faça amor, não faça chapinha", no Facebook. Uma das administradoras, Katarina Mendes, 19, diz que a intenção é mostrar que não é necessário seguir um padrão de beleza para ser feliz. Para ela, muitas pessoas são influenciadas porque a sociedade tende a valorizar o que mais se aproxima da cultura branca. "Uma leitora nos disse que a irmã pequena estava sendo discriminada na escola por ter o cabelo crespo e as amigas não. Nossa intenção é levantar a autoestima de pessoas assim", diz. POLÊMICA Nesta semana, a apresentadora Giuliana Rancic, do programa americano Fashion Police, pediu desculpas à atriz Zendaya Coleman após fazer piada sobre os dreadlocks usados por ela no Oscar. Giuliana disse que o penteado fazia Coleman parecer alguém que cheirava a maconha e óleo de patchouli. No ano passado, a jornalista baiana Lília de Souza também protagonizou uma polêmica, desta vez no Brasil. Ao tirar foto para renovar seu passaporte, ela foi orientada a prender seu cabelo black power, já que o sistema de imagens do documento não aceitava a fotografia.
6
Justiça nega habeas corpus a Joesley e Wesley Batista
A Justiça negou nesta sexta-feira (15) o pedido de habeas corpus feito pelos advogados dos irmãos Joesley e Wesley Batista. A decisão de manter os dois em prisão preventiva é do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3). Os empresários foram alvo de mandados de prisão preventiva na Operação Tendão de Aquiles, na quarta-feira (13). A defesa dos irmãos, em nota, afirmou que vai recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça, ainda nesta sexta. "A própria decisão reconhece a ausência de fato novo apto a justificar a prisão. A inexistência de qualquer outro preso preventivo no Brasil pela acusação de 'insider trading' revela uma excepcionalidade no mínimo curiosa", dizem os advogados. "Insider trading" é como é apelidada no mercado a prática de se beneficiar de informações ainda não divulgadas. A Polícia Federal apura se os sócios da JBS se beneficiaram de seu acordo de delação para lucrar no mercado financeiro, fazendo reservas. Joesley já estava cumprindo prisão temporária em Brasília, no caso em que a Procuradoria-Geral da República o acusa de omitir informações em seu acordo de colaboração premiada, mas o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), converteu a prisão em preventiva nesta quinta-feira (14). O empresário foi transferido nesta sexta para a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo.
poder
Justiça nega habeas corpus a Joesley e Wesley BatistaA Justiça negou nesta sexta-feira (15) o pedido de habeas corpus feito pelos advogados dos irmãos Joesley e Wesley Batista. A decisão de manter os dois em prisão preventiva é do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3). Os empresários foram alvo de mandados de prisão preventiva na Operação Tendão de Aquiles, na quarta-feira (13). A defesa dos irmãos, em nota, afirmou que vai recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça, ainda nesta sexta. "A própria decisão reconhece a ausência de fato novo apto a justificar a prisão. A inexistência de qualquer outro preso preventivo no Brasil pela acusação de 'insider trading' revela uma excepcionalidade no mínimo curiosa", dizem os advogados. "Insider trading" é como é apelidada no mercado a prática de se beneficiar de informações ainda não divulgadas. A Polícia Federal apura se os sócios da JBS se beneficiaram de seu acordo de delação para lucrar no mercado financeiro, fazendo reservas. Joesley já estava cumprindo prisão temporária em Brasília, no caso em que a Procuradoria-Geral da República o acusa de omitir informações em seu acordo de colaboração premiada, mas o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), converteu a prisão em preventiva nesta quinta-feira (14). O empresário foi transferido nesta sexta para a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo.
0
Coleção de Hecilda e Sergio Fadel prefere museus a casas fechadas
A importância da coleção de Hecilda e Sergio Fadel, morto na semana passada, reside não só na qualidade e quantidade de obras mas também no aspecto público que esse acervo sempre imprimiu. Ao contrário de colecionadores que compram muito, mas deixam suas obras trancadas, a coleção dos Fadel tem sido vista de forma regular, às vezes em amplos conjuntos, como em Buenos Aires, no Malba, às vezes em empréstimos para mostras que não abordam apenas essa coleção. No Brasil, o conjunto foi visto na inauguração do Museu de Arte do Rio (MAR), em 2013. Onze anos antes, parte das obras-primas foi apresentada no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio e de São Paulo. Dar visibilidade a um conjunto tão significativo parte da disponibilidade em despir as paredes da residência e da fazenda do casal, já que é nesses locais que as cerca de 1.500 obras estão distribuídas. Não se trata de um acervo constituído para ganhar valor, mas para conviver. A coleção recobre toda a história de arte produzida no país, desde a invasão holandesa, no século 17, até a arte atual, um recorrido que a maioria dos museus locais não consegue dar conta. Entre as obras mais importantes da coleção, estão peças barrocas de Aleijadinho e diversos acadêmicos em momentos experimentais, como Belmiro de Almeida, com a pintura "Maternidade em círculos" (1908), uma obra modernista muito anterior à Semana de 1922. Do modernismo brasileiro, há trabalhos significativos de praticamente todos os artistas do período: de Vicente do Rego Monteiro à Victor Brecheret, de Anita Malfatti –com a "A Onda"– à Tarsila do Amaral, com "Morro da Favela", de Maria Martins a Guignard, de Volpi a Di Cavalcanti. Quando da concepção do MAR, uma das possibilidades era que essa coleção fosse ali sediada, mas as negociações acabaram não tendo sucesso. O casal, entretanto, manifestava a intenção de transferir o acervo para um lugar definitivo. O que o Instituto Brasileiro de Museu (Ibram), ligado ao governo federal, está aguardando para viabilizar o destino que essa coleção merece?
ilustrada
Coleção de Hecilda e Sergio Fadel prefere museus a casas fechadasA importância da coleção de Hecilda e Sergio Fadel, morto na semana passada, reside não só na qualidade e quantidade de obras mas também no aspecto público que esse acervo sempre imprimiu. Ao contrário de colecionadores que compram muito, mas deixam suas obras trancadas, a coleção dos Fadel tem sido vista de forma regular, às vezes em amplos conjuntos, como em Buenos Aires, no Malba, às vezes em empréstimos para mostras que não abordam apenas essa coleção. No Brasil, o conjunto foi visto na inauguração do Museu de Arte do Rio (MAR), em 2013. Onze anos antes, parte das obras-primas foi apresentada no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio e de São Paulo. Dar visibilidade a um conjunto tão significativo parte da disponibilidade em despir as paredes da residência e da fazenda do casal, já que é nesses locais que as cerca de 1.500 obras estão distribuídas. Não se trata de um acervo constituído para ganhar valor, mas para conviver. A coleção recobre toda a história de arte produzida no país, desde a invasão holandesa, no século 17, até a arte atual, um recorrido que a maioria dos museus locais não consegue dar conta. Entre as obras mais importantes da coleção, estão peças barrocas de Aleijadinho e diversos acadêmicos em momentos experimentais, como Belmiro de Almeida, com a pintura "Maternidade em círculos" (1908), uma obra modernista muito anterior à Semana de 1922. Do modernismo brasileiro, há trabalhos significativos de praticamente todos os artistas do período: de Vicente do Rego Monteiro à Victor Brecheret, de Anita Malfatti –com a "A Onda"– à Tarsila do Amaral, com "Morro da Favela", de Maria Martins a Guignard, de Volpi a Di Cavalcanti. Quando da concepção do MAR, uma das possibilidades era que essa coleção fosse ali sediada, mas as negociações acabaram não tendo sucesso. O casal, entretanto, manifestava a intenção de transferir o acervo para um lugar definitivo. O que o Instituto Brasileiro de Museu (Ibram), ligado ao governo federal, está aguardando para viabilizar o destino que essa coleção merece?
1
Propagandas do PSDB reforçam tese de estelionato eleitoral; assista
Utilizando os mesmos atores que apareceram em toda a campanha presidencial, o PSDB exibe a partir deste sábado (7) propagandas nas quais reforça a mensagem de que Dilma Rousseff (PT) se valeu do estelionato eleitoral para ser reconduzida ao Palácio do Planalto. As peças dirão que a presidente prometeu durante a eleição não aumentar juros nem alterar direitos trabalhistas, mas o fez logo que iniciou o mandato. As propagandas também exploram o aumento da conta de luz, cuja redução no primeiro mandato foi uma das plataformas de Dilma. Nenhum político aparecerá nos comerciais, mas trechos de discursos da presidente durante a campanha serão usados para reforçar a ideia de que Dilma mentiu. "Nada pior do que uma pessoa falar uma coisa e fazer outra, principalmente se essa pessoa for a presidente da República", diz uma atriz no início de uma das peças. "A presidente disse que não ia aumentar impostos. Aumentou. Disse que não ia aumentar os juros e que não ia mexer na conta de luz. Aumentou. Disse que não ia mexer nos direitos do trabalhador. Mexeu. A presidente disse que ia fazer uma coisa e fez outra", conclui o texto. A outra propaganda é focada na mudança nos direitos trabalhistas e previdenciários. Um ator mostra um trecho de um discurso de Dilma em um tablet. A presidente aparece falando que não queria ser reeleita "para arrochar salário, desempregar e tirar direito do trabalhador". Logo depois, ele diz que "depois da eleição o governo do PT já anunciou mudança no seguro desemprego, no abono salarial e no auxílio-doença, prejudicando a vida de milhões de trabalhadores". As peças foram produzidas por parte da equipe que trabalhou na campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG), adversário da petista nas últimas eleições. O marqueteiro de Aécio, Paulo Vasconcelos, não atuou na produção dos comerciais, mas integrantes de sua equipe, sim. A irmã de Aécio, Andréa Neves, supervisionou as filmagens e textos. A redação é de um escritor de Minas, Tonico Mercador, que trabalhou com Aécio e alguns de seus aliados no ano passado. A cúpula do partido decidiu que seria melhor não dar espaço a políticos, especialmente Aécio, para tirar dos petistas o discurso de que as publicidades são mais uma peça no esforço de promover um "terceiro turno" da campanha. As peças são encerradas com o mote "o Brasil merece a verdade" e o símbolo do partido. VEJA AS PROPAGANDAS * Veja vídeo * Veja vídeo
poder
Propagandas do PSDB reforçam tese de estelionato eleitoral; assistaUtilizando os mesmos atores que apareceram em toda a campanha presidencial, o PSDB exibe a partir deste sábado (7) propagandas nas quais reforça a mensagem de que Dilma Rousseff (PT) se valeu do estelionato eleitoral para ser reconduzida ao Palácio do Planalto. As peças dirão que a presidente prometeu durante a eleição não aumentar juros nem alterar direitos trabalhistas, mas o fez logo que iniciou o mandato. As propagandas também exploram o aumento da conta de luz, cuja redução no primeiro mandato foi uma das plataformas de Dilma. Nenhum político aparecerá nos comerciais, mas trechos de discursos da presidente durante a campanha serão usados para reforçar a ideia de que Dilma mentiu. "Nada pior do que uma pessoa falar uma coisa e fazer outra, principalmente se essa pessoa for a presidente da República", diz uma atriz no início de uma das peças. "A presidente disse que não ia aumentar impostos. Aumentou. Disse que não ia aumentar os juros e que não ia mexer na conta de luz. Aumentou. Disse que não ia mexer nos direitos do trabalhador. Mexeu. A presidente disse que ia fazer uma coisa e fez outra", conclui o texto. A outra propaganda é focada na mudança nos direitos trabalhistas e previdenciários. Um ator mostra um trecho de um discurso de Dilma em um tablet. A presidente aparece falando que não queria ser reeleita "para arrochar salário, desempregar e tirar direito do trabalhador". Logo depois, ele diz que "depois da eleição o governo do PT já anunciou mudança no seguro desemprego, no abono salarial e no auxílio-doença, prejudicando a vida de milhões de trabalhadores". As peças foram produzidas por parte da equipe que trabalhou na campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG), adversário da petista nas últimas eleições. O marqueteiro de Aécio, Paulo Vasconcelos, não atuou na produção dos comerciais, mas integrantes de sua equipe, sim. A irmã de Aécio, Andréa Neves, supervisionou as filmagens e textos. A redação é de um escritor de Minas, Tonico Mercador, que trabalhou com Aécio e alguns de seus aliados no ano passado. A cúpula do partido decidiu que seria melhor não dar espaço a políticos, especialmente Aécio, para tirar dos petistas o discurso de que as publicidades são mais uma peça no esforço de promover um "terceiro turno" da campanha. As peças são encerradas com o mote "o Brasil merece a verdade" e o símbolo do partido. VEJA AS PROPAGANDAS * Veja vídeo * Veja vídeo
0
'Estamos apreensivos e revoltados', diz líder local sobre chegada de lama
Moradores do distrito de Regência, no Espírito Santo, onde desemboca o rio Doce, estão "apreensivos" com a chegada da lama ao mar e "revoltados" com a falta de informações, segundo afirmou à BBC Brasil Carlos Sangália, vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica de Barra Seca e Foz do Rio Doce e educador ambiental do Projeto Tamar. "A comunidade está apreensiva com a chegada da lama proveniente do rompimento da barragem em Mariana ao mar. E também está revoltada pois faltam informações sobre a real dimensão do problema", disse ele. De acordo com Sangália, o momento é "crítico". "Estamos tentando fazer de tudo para minimizar o impacto ambiental dessa tragédia", acrescentou ele. Previsões oficiais indicam que a lama proveniente do rompimento de uma barragem da empresa Samarco em Mariana (MG) há duas semanas deve começar a chegar ao litoral do Espírito Santo, onde se localiza a foz do rio Doce, neste domingo (22). O 'tsunami marrom', como vem sendo chamado, é composto por rejeitos do beneficiamento de minério de ferro. Ainda não se sabe se a composição é tóxica para humanos, mas, de acordo com especialistas, ela funcionaria como uma "esponja", absorvendo outros poluentes para dentro do rio. Na sexta-feira, os moradores da região realizaram um protesto contra a Samarco, mineradora controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton e considerada a responsável pelo desastre. A empresa diz que está instalando barreiras de proteção para tentar minimizar o impacto ambiental da lama. De acordo com Sangália, os trabalhos se concentram agora em alargar a foz do rio para permitir o escoamento do material para o mar. "A lama não pode ficar estacionada dentro da foz, pois o impacto ambiental será muito maior. É preciso deixar que esse material chegue ao mar, onde vai se dissipar". DIVERGÊNCIA O alargamento da foz do rio Doce segue determinação da Justiça Estadual do Espírito Santo, que obrigou a Samarco a adotar as medidas necessárias para facilitar o escoamento da água. A decisão, segundo o TJ (Tribunal de Justiça) do Estado, foi tomada com base na opinião de especialistas e após encontros com representantes de órgãos como o Iema (Instituto Estadual de Meio Ambiente) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). A Justiça determinou também que a empresa resgate representantes de todas as espécies da fauna aquática nativa que têm o rio como habitat, assim como ovos de tartarugas marinhas que possam ser afetados pela lama. A decisão da Justiça Estadual contraria determinação anterior da Justiça Federal, que, por meio de liminar, havia obrigado a Samarco a impedir que a lama chegasse ao mar sob pena de multa de R$10 milhões por dia. BIODIVERSIDADE AMEAÇADA Segundo especialistas, a foz do rio Doce é um importante celeiro de nutrientes para animais marinhos, como a tartaruga-de-couro (ameaçada de extinção), o golfinho pontoporia e as baleias jubartes. Em entrevista à BBC Brasil, o biólogo André Ruschi afirmou que o contato da lama com o mar seria equivalente "a dizimar o Pantanal". "Precisamos impedir a todo custo que essa lama chegue ao mar. Caso contrário, pode se tornar um desastre de proporções mundiais, com consequências difíceis de imaginar. É um risco que não podemos correr. E o preço que pagaremos por ele será enorme", disse ele. Já o Ministério do Meio Ambiente prevê um cenário menos drástico. Segundo o órgão, a lama atingiria uma área de 9 km de mar ao longo do litoral do Espírito Santo. A estimativa é baseada em um levantamento feito pelo grupo de pesquisa do oceanógrafo Paulo Rosman, da UFRJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
bbc
'Estamos apreensivos e revoltados', diz líder local sobre chegada de lamaMoradores do distrito de Regência, no Espírito Santo, onde desemboca o rio Doce, estão "apreensivos" com a chegada da lama ao mar e "revoltados" com a falta de informações, segundo afirmou à BBC Brasil Carlos Sangália, vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica de Barra Seca e Foz do Rio Doce e educador ambiental do Projeto Tamar. "A comunidade está apreensiva com a chegada da lama proveniente do rompimento da barragem em Mariana ao mar. E também está revoltada pois faltam informações sobre a real dimensão do problema", disse ele. De acordo com Sangália, o momento é "crítico". "Estamos tentando fazer de tudo para minimizar o impacto ambiental dessa tragédia", acrescentou ele. Previsões oficiais indicam que a lama proveniente do rompimento de uma barragem da empresa Samarco em Mariana (MG) há duas semanas deve começar a chegar ao litoral do Espírito Santo, onde se localiza a foz do rio Doce, neste domingo (22). O 'tsunami marrom', como vem sendo chamado, é composto por rejeitos do beneficiamento de minério de ferro. Ainda não se sabe se a composição é tóxica para humanos, mas, de acordo com especialistas, ela funcionaria como uma "esponja", absorvendo outros poluentes para dentro do rio. Na sexta-feira, os moradores da região realizaram um protesto contra a Samarco, mineradora controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton e considerada a responsável pelo desastre. A empresa diz que está instalando barreiras de proteção para tentar minimizar o impacto ambiental da lama. De acordo com Sangália, os trabalhos se concentram agora em alargar a foz do rio para permitir o escoamento do material para o mar. "A lama não pode ficar estacionada dentro da foz, pois o impacto ambiental será muito maior. É preciso deixar que esse material chegue ao mar, onde vai se dissipar". DIVERGÊNCIA O alargamento da foz do rio Doce segue determinação da Justiça Estadual do Espírito Santo, que obrigou a Samarco a adotar as medidas necessárias para facilitar o escoamento da água. A decisão, segundo o TJ (Tribunal de Justiça) do Estado, foi tomada com base na opinião de especialistas e após encontros com representantes de órgãos como o Iema (Instituto Estadual de Meio Ambiente) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). A Justiça determinou também que a empresa resgate representantes de todas as espécies da fauna aquática nativa que têm o rio como habitat, assim como ovos de tartarugas marinhas que possam ser afetados pela lama. A decisão da Justiça Estadual contraria determinação anterior da Justiça Federal, que, por meio de liminar, havia obrigado a Samarco a impedir que a lama chegasse ao mar sob pena de multa de R$10 milhões por dia. BIODIVERSIDADE AMEAÇADA Segundo especialistas, a foz do rio Doce é um importante celeiro de nutrientes para animais marinhos, como a tartaruga-de-couro (ameaçada de extinção), o golfinho pontoporia e as baleias jubartes. Em entrevista à BBC Brasil, o biólogo André Ruschi afirmou que o contato da lama com o mar seria equivalente "a dizimar o Pantanal". "Precisamos impedir a todo custo que essa lama chegue ao mar. Caso contrário, pode se tornar um desastre de proporções mundiais, com consequências difíceis de imaginar. É um risco que não podemos correr. E o preço que pagaremos por ele será enorme", disse ele. Já o Ministério do Meio Ambiente prevê um cenário menos drástico. Segundo o órgão, a lama atingiria uma área de 9 km de mar ao longo do litoral do Espírito Santo. A estimativa é baseada em um levantamento feito pelo grupo de pesquisa do oceanógrafo Paulo Rosman, da UFRJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
25
Congresso derruba veto e consegue retomar o voto impresso nas eleições
O Congresso conseguiu derrubar nesta quarta-feira (18) o veto da presidente Dilma Rousseff à proposta de retomar o voto impresso nas eleições. A mudança na legislação eleitoral foi defendida, principalmente, pelos partidos de oposição que questionaram a legitimidade do resultado das eleições presidenciais de 2014. Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o impacto da nova regra será de cerca de R$ 1,8 bilhão nas próximas eleições. A medida levará à necessidade de impressão de cerca de 220 milhões de comprovantes, levando-se em conta o comparecimento nas eleições de 2014 e os dois turnos de votação. A proposta estabelece que, assegurado o sigilo, o voto impresso será depositado de forma automática em uma urna lacrada após a confirmação do eleitor de que o papel corresponde às suas escolhas na urna eletrônica. Na Câmara, o veto foi derrubado por ampla maioria. Foram 368 votos favoráveis à derrubada do veto e 50 contrários, com apenas uma abstenção. Já no Senado, o placar foi de 56 votos pela derrubada e apenas cinco contrários. O texto vai à promulgação do Congresso Nacional, que comunica a Presidência sobre a decisão. A votação no Senado se arrastou por mais de uma hora porque os senadores da oposição estavam inseguros em relação a um quórum mínimo que pudesse garantir a derrubada do veto. Os senadores, então, fecharam um acordo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para que a votação fosse realizada até que 65 senadores tivessem votado. Neste período, alguns deputados e senadores tentaram suspender a sessão. "A derrubada deste veto não se trata de ser a favor ou contra o governo, se trata de dar transparência às eleições", defendeu o senador João Capiberibe (PSB-AP). Já o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), alegou que o impacto financeiro para os cofres públicos seria grande. "Nós não temos condições de investir R$ 1,8 bilhão em programação e nas urnas para imprimir as cédulas", disse. O senador relembrou também a investida do PSDB quando decidiu auditar as urnas usadas nas eleições presidenciais de 2014. Ao final da investigação, o partido concluiu que não era possível auditá-las. "Chega-se a conclusão de que essa tese não tinha sustentação", disse Pimentel. Já o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB e candidato derrotado nas eleições presidenciais do ano passado, argumentou que o voto impresso daria a possibilidade de se investigar propriamente um pleito eleitoral. Mais cedo, os parlamentares mantiveram o veto presidencial à permissão para o financiamento empresarial de campanhas eleitorais. Dessa forma, prevalece o entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) de que as doações empresariais são inconstitucionais. Os parlamentares concluíram a sessão conjunta do Congresso após mais de 11 horas de votação. O último veto analisado e mantido foi o que prorrogava o prazo para as empresas instaladas no Nordeste e na Amazônia aproveitarem a isenção do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante de dezembro de 2015 para dezembro de 2020.
poder
Congresso derruba veto e consegue retomar o voto impresso nas eleiçõesO Congresso conseguiu derrubar nesta quarta-feira (18) o veto da presidente Dilma Rousseff à proposta de retomar o voto impresso nas eleições. A mudança na legislação eleitoral foi defendida, principalmente, pelos partidos de oposição que questionaram a legitimidade do resultado das eleições presidenciais de 2014. Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o impacto da nova regra será de cerca de R$ 1,8 bilhão nas próximas eleições. A medida levará à necessidade de impressão de cerca de 220 milhões de comprovantes, levando-se em conta o comparecimento nas eleições de 2014 e os dois turnos de votação. A proposta estabelece que, assegurado o sigilo, o voto impresso será depositado de forma automática em uma urna lacrada após a confirmação do eleitor de que o papel corresponde às suas escolhas na urna eletrônica. Na Câmara, o veto foi derrubado por ampla maioria. Foram 368 votos favoráveis à derrubada do veto e 50 contrários, com apenas uma abstenção. Já no Senado, o placar foi de 56 votos pela derrubada e apenas cinco contrários. O texto vai à promulgação do Congresso Nacional, que comunica a Presidência sobre a decisão. A votação no Senado se arrastou por mais de uma hora porque os senadores da oposição estavam inseguros em relação a um quórum mínimo que pudesse garantir a derrubada do veto. Os senadores, então, fecharam um acordo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para que a votação fosse realizada até que 65 senadores tivessem votado. Neste período, alguns deputados e senadores tentaram suspender a sessão. "A derrubada deste veto não se trata de ser a favor ou contra o governo, se trata de dar transparência às eleições", defendeu o senador João Capiberibe (PSB-AP). Já o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), alegou que o impacto financeiro para os cofres públicos seria grande. "Nós não temos condições de investir R$ 1,8 bilhão em programação e nas urnas para imprimir as cédulas", disse. O senador relembrou também a investida do PSDB quando decidiu auditar as urnas usadas nas eleições presidenciais de 2014. Ao final da investigação, o partido concluiu que não era possível auditá-las. "Chega-se a conclusão de que essa tese não tinha sustentação", disse Pimentel. Já o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB e candidato derrotado nas eleições presidenciais do ano passado, argumentou que o voto impresso daria a possibilidade de se investigar propriamente um pleito eleitoral. Mais cedo, os parlamentares mantiveram o veto presidencial à permissão para o financiamento empresarial de campanhas eleitorais. Dessa forma, prevalece o entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) de que as doações empresariais são inconstitucionais. Os parlamentares concluíram a sessão conjunta do Congresso após mais de 11 horas de votação. O último veto analisado e mantido foi o que prorrogava o prazo para as empresas instaladas no Nordeste e na Amazônia aproveitarem a isenção do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante de dezembro de 2015 para dezembro de 2020.
0
'PT não precisa provar que é honesto', diz Wagner sobre financiamento
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou na tarde desta quinta-feira (11) em Salvador que o PT não pode "se colocar acima" dos outros partidos e não aceitar doações de empresas. Para Wagner, enquanto a regra de financiamento não mudar, o PT deve aceitar doações de empresas e competir com os outros partidos "dentro da mesma regra". "Se a regra não muda, não adianta o PT mudar sua posição. Fica parecendo uma posição de querer se colocar acima [dos outros partidos]. A gente não precisa provar que é mais honesto do que ninguém", disse o ministro. A proposta de vetar doações de empresas ao PT foi tomada em abril deste ano, dias depois do então tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, ser preso pela Polícia Federal na esteira das investigações da operação Lava Jato. A resolução publicada pelo partido definiu que o PT receberia doações apenas de pessoas físicas. A proposta seria oficializada esta semana em Salvador. Segundo o ministro, o PT não deveria referendar a decisão de não aceitar doações de empresas já no 5º congresso nacional do partido, que acontece a partir desta quinta na capital baiana. Em contrapartida, o PT deve seguir na defesa da adoção do financiamento público de campanhas ou, pelo menos, a imposição de limites "significativos" ao financiamento privado nos debates no Congresso Nacional. Questionado sobre pressões de prefeitos e líderes locais do PT contra as restrições do partido em receber doações de empresas, o ministro desconversou: "Não sei [qual a posição dos candidatos]. Não fiz sondagem sobre isso". PEC DO FINANCIAMENTO Há dez dias, a Câmara dos Deputados aprovou em primeiro turno da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que permite o financiamento de empresas a partidos. Para virar lei, o projeto deve ser aprovado em segundo turno pela Câmara e passar em dois turnos no Senado. Diante do novo cenário, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, recuou da intenção de aprovar a suspensão do financiamento empresarial ao partido já esta semana durante o congresso.
poder
'PT não precisa provar que é honesto', diz Wagner sobre financiamentoO ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou na tarde desta quinta-feira (11) em Salvador que o PT não pode "se colocar acima" dos outros partidos e não aceitar doações de empresas. Para Wagner, enquanto a regra de financiamento não mudar, o PT deve aceitar doações de empresas e competir com os outros partidos "dentro da mesma regra". "Se a regra não muda, não adianta o PT mudar sua posição. Fica parecendo uma posição de querer se colocar acima [dos outros partidos]. A gente não precisa provar que é mais honesto do que ninguém", disse o ministro. A proposta de vetar doações de empresas ao PT foi tomada em abril deste ano, dias depois do então tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, ser preso pela Polícia Federal na esteira das investigações da operação Lava Jato. A resolução publicada pelo partido definiu que o PT receberia doações apenas de pessoas físicas. A proposta seria oficializada esta semana em Salvador. Segundo o ministro, o PT não deveria referendar a decisão de não aceitar doações de empresas já no 5º congresso nacional do partido, que acontece a partir desta quinta na capital baiana. Em contrapartida, o PT deve seguir na defesa da adoção do financiamento público de campanhas ou, pelo menos, a imposição de limites "significativos" ao financiamento privado nos debates no Congresso Nacional. Questionado sobre pressões de prefeitos e líderes locais do PT contra as restrições do partido em receber doações de empresas, o ministro desconversou: "Não sei [qual a posição dos candidatos]. Não fiz sondagem sobre isso". PEC DO FINANCIAMENTO Há dez dias, a Câmara dos Deputados aprovou em primeiro turno da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que permite o financiamento de empresas a partidos. Para virar lei, o projeto deve ser aprovado em segundo turno pela Câmara e passar em dois turnos no Senado. Diante do novo cenário, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, recuou da intenção de aprovar a suspensão do financiamento empresarial ao partido já esta semana durante o congresso.
0
Advogada dribla segurança e protesta contra Dilma em área bloqueada
Sem sapatos e com uma mensagem escrita às pressas em uma folha de papel, a advogada cearense Raquel Dias Magalhães conseguiu driblar nesta terça-feira (3) a segurança e protestar contra a presidente Dilma Rousseff no acesso bloqueado ao Palácio do Alvorada. Desde março, a passagem para as residências oficiais da presidente e do vice-presidente estão bloqueadas como uma medida de segurança e para evitar protestos contra ambos. Com um caderno debaixo do braço, a advogada que viajou a Brasília para um simpósio sobre gestão de saúde convenceu um segurança a fazer uma foto ao lado do Palácio do Jaburu. No momento da foto, abriu as páginas e exibiu uma mensagem, escrita em batom, de "Fora, Dilma". Percebendo tardiamente a intenção da advogada, o segurança pediu que ela deixasse a área bloqueada. "Não podia vir a Brasília, neste momento histórico, e não fazer um protesto contra a presidente", explicou a advogada. A foto foi feita no momento em que, no Palácio do Jaburu, o vice-presidente Michel Temer se reúne com o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, para selar o apoio do comando tucano ao eventual governo interino do peemedebista.
poder
Advogada dribla segurança e protesta contra Dilma em área bloqueadaSem sapatos e com uma mensagem escrita às pressas em uma folha de papel, a advogada cearense Raquel Dias Magalhães conseguiu driblar nesta terça-feira (3) a segurança e protestar contra a presidente Dilma Rousseff no acesso bloqueado ao Palácio do Alvorada. Desde março, a passagem para as residências oficiais da presidente e do vice-presidente estão bloqueadas como uma medida de segurança e para evitar protestos contra ambos. Com um caderno debaixo do braço, a advogada que viajou a Brasília para um simpósio sobre gestão de saúde convenceu um segurança a fazer uma foto ao lado do Palácio do Jaburu. No momento da foto, abriu as páginas e exibiu uma mensagem, escrita em batom, de "Fora, Dilma". Percebendo tardiamente a intenção da advogada, o segurança pediu que ela deixasse a área bloqueada. "Não podia vir a Brasília, neste momento histórico, e não fazer um protesto contra a presidente", explicou a advogada. A foto foi feita no momento em que, no Palácio do Jaburu, o vice-presidente Michel Temer se reúne com o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, para selar o apoio do comando tucano ao eventual governo interino do peemedebista.
0
Muçulmanos franceses relatam sofrer preconceito
Com o bebê no colo e a mulher ao lado, sentado no sofá de sua sala, ele é francês como outros tantos: assiste, na televisão, às imagens dos ataques terroristas em Paris. Durante o dia, ele trabalha em um aeroporto próximo de Persan (norte) carregando bagagem. Reza com alguma frequência, veste-se de acordo com a moda e fala o francês como língua materna. Mas Youssef Babouri, 30, filho de imigrantes argelinos, diz ouvir não poucas vezes no país onde nasceu: "Você não é como os outros". Babouri é um entre os 6 milhões de muçulmanos que vivem na França e, como muitos deles, não acredita que sua cidadania equivalha àquela que parte da direita diz ser do "francês real", cristão. A população que segue o islã tem, por exemplo, menos chances de encontrar um trabalho. Uma pesquisa de 2010 da Universidade Stanford mostra que um cristão francês de origem africana tem 2,5 vezes mais chances de ser chamado a uma entrevista de emprego do que um muçulmano de mesma qualificação e origem. Em 2013, segundo o Observatório da Islamofobia, houve 691 atos contra muçulmanos e suas instituições na França –um aumento de 47,3% em relação a 2012. O país protagoniza, também, debates sobre o uso de véu e as rezas em público. CUSCUZ Como de costume, Amina Nassim, 38, vai até o mercadinho de produtos típicos árabes para comprar mantimentos à sua cozinha –ali, se vende de homus a cuscuz. Ela esbarra na reportagem da Folha, que pergunta à dona da loja, a egípcia Noussa Tawadrous, 41, se ela acredita que há preconceito contra muçulmanos na França. Tawadrous diz que não é tanto assim. Nassim grita com a amiga: "É claro que há!" "Há preconceito em tudo", diz Nassim, de origem marroquina. "As pessoas pensam que todos nós somos radicais." Ambas vivem em Saint-Ouen, na periferia de Paris, que tem áreas com grande concentração muçulmana. Criou-se ali, com os anos, uma comunidade própria que vive em torno da mesquita, de açougues "halal" (que vendem carne adequada às exigências do islã) e mercados de produtos típicos, como o de Tawadrous. Nassim diz que "nem todos os franceses são racistas, assim como nem todos os muçulmanos são terroristas", mas reclama de discursos como o da extrema direita francesa, que vê árabes e muçulmanos como alheios à estrutura social do país. Para analistas, a presença de muçulmanos nos entornos de Paris tem diversas razões. Por exemplo, a economia, que lhes empurra para as margens da cidade. Também pesa a conveniência da vida entre pessoas vindas de contextos culturais semelhantes, o que é apontado por críticos como falta de interesse em integrar-se. "Os imigrantes que chegaram ao país não conheciam nada. Buscaram redes vicinais, encontraram pessoas que os entendiam", diz o pesquisador Hassen Guedioura, especialista no tema. De família argelina, ele viveu diversos episódios de preconceito na França. Um dia, ouviu de um desconhecido na rua: "Estamos vigiando você e seus amigos". "Filhos de imigrantes que são franceses se sentem excluídos da sociedade e são mais fáceis de recrutar pelo extremismo", diz Guedioura. Em outra esquina de Saint-Ouen, Abd al-Fatah, 37, e Abd al-Rahim, 30, cortam pedaços de carne em um açougue islâmico. Ambos os funcionários têm origem marroquina. "Aqui, é mais fácil de viver do que no centro de Paris. É uma região de árabes", afirma Fatah. "Em Paris, vejo nas ruas o preconceito contra muçulmanos", diz Rahim. LIVROS Em Saint-Denis, em uma livraria islâmica, Muhammad Maji, 44, acompanha as notícias em seu computador à espera de clientes. Abordado pela reportagem, ele diz que não é vítima de preconceito diariamente no país. Mas critica a líder de extrema direita Marine Le Pen. "Ela não gosta de nós. O pai dela esteve na Argélia e, por isso, ela odeia argelinos", afirma. "Os franceses precisam respeitar o nosso profeta. Nós vivemos na nossa comunidade, não provocamos ninguém", diz sobre o atentado contra a redação o "Charlie Hebdo", que publicou ilustrações de Maomé.
mundo
Muçulmanos franceses relatam sofrer preconceitoCom o bebê no colo e a mulher ao lado, sentado no sofá de sua sala, ele é francês como outros tantos: assiste, na televisão, às imagens dos ataques terroristas em Paris. Durante o dia, ele trabalha em um aeroporto próximo de Persan (norte) carregando bagagem. Reza com alguma frequência, veste-se de acordo com a moda e fala o francês como língua materna. Mas Youssef Babouri, 30, filho de imigrantes argelinos, diz ouvir não poucas vezes no país onde nasceu: "Você não é como os outros". Babouri é um entre os 6 milhões de muçulmanos que vivem na França e, como muitos deles, não acredita que sua cidadania equivalha àquela que parte da direita diz ser do "francês real", cristão. A população que segue o islã tem, por exemplo, menos chances de encontrar um trabalho. Uma pesquisa de 2010 da Universidade Stanford mostra que um cristão francês de origem africana tem 2,5 vezes mais chances de ser chamado a uma entrevista de emprego do que um muçulmano de mesma qualificação e origem. Em 2013, segundo o Observatório da Islamofobia, houve 691 atos contra muçulmanos e suas instituições na França –um aumento de 47,3% em relação a 2012. O país protagoniza, também, debates sobre o uso de véu e as rezas em público. CUSCUZ Como de costume, Amina Nassim, 38, vai até o mercadinho de produtos típicos árabes para comprar mantimentos à sua cozinha –ali, se vende de homus a cuscuz. Ela esbarra na reportagem da Folha, que pergunta à dona da loja, a egípcia Noussa Tawadrous, 41, se ela acredita que há preconceito contra muçulmanos na França. Tawadrous diz que não é tanto assim. Nassim grita com a amiga: "É claro que há!" "Há preconceito em tudo", diz Nassim, de origem marroquina. "As pessoas pensam que todos nós somos radicais." Ambas vivem em Saint-Ouen, na periferia de Paris, que tem áreas com grande concentração muçulmana. Criou-se ali, com os anos, uma comunidade própria que vive em torno da mesquita, de açougues "halal" (que vendem carne adequada às exigências do islã) e mercados de produtos típicos, como o de Tawadrous. Nassim diz que "nem todos os franceses são racistas, assim como nem todos os muçulmanos são terroristas", mas reclama de discursos como o da extrema direita francesa, que vê árabes e muçulmanos como alheios à estrutura social do país. Para analistas, a presença de muçulmanos nos entornos de Paris tem diversas razões. Por exemplo, a economia, que lhes empurra para as margens da cidade. Também pesa a conveniência da vida entre pessoas vindas de contextos culturais semelhantes, o que é apontado por críticos como falta de interesse em integrar-se. "Os imigrantes que chegaram ao país não conheciam nada. Buscaram redes vicinais, encontraram pessoas que os entendiam", diz o pesquisador Hassen Guedioura, especialista no tema. De família argelina, ele viveu diversos episódios de preconceito na França. Um dia, ouviu de um desconhecido na rua: "Estamos vigiando você e seus amigos". "Filhos de imigrantes que são franceses se sentem excluídos da sociedade e são mais fáceis de recrutar pelo extremismo", diz Guedioura. Em outra esquina de Saint-Ouen, Abd al-Fatah, 37, e Abd al-Rahim, 30, cortam pedaços de carne em um açougue islâmico. Ambos os funcionários têm origem marroquina. "Aqui, é mais fácil de viver do que no centro de Paris. É uma região de árabes", afirma Fatah. "Em Paris, vejo nas ruas o preconceito contra muçulmanos", diz Rahim. LIVROS Em Saint-Denis, em uma livraria islâmica, Muhammad Maji, 44, acompanha as notícias em seu computador à espera de clientes. Abordado pela reportagem, ele diz que não é vítima de preconceito diariamente no país. Mas critica a líder de extrema direita Marine Le Pen. "Ela não gosta de nós. O pai dela esteve na Argélia e, por isso, ela odeia argelinos", afirma. "Os franceses precisam respeitar o nosso profeta. Nós vivemos na nossa comunidade, não provocamos ninguém", diz sobre o atentado contra a redação o "Charlie Hebdo", que publicou ilustrações de Maomé.
3
Principais erros de quem abre uma franquia de alimentos
Um dos setores que passa praticamente ileso pela instabilidade econômica do país é o setor de franquias em alimentação. A previsão é de que o setor tenha crescimento de 10% somente neste ano. No ano passado, o setor teve um faturamento de R$ 26 milhões. Segundo o blog Franchise Brasil, no mercado brasileiro de franquias o setor de alimentação lidera o ranking de crescimento junto com o de vestuário e beleza. Quando olhamos para o segmento de alimentação, os fast foods lideram o ranking. Algumas hipóteses que justificariam esse crescimento das franquias de alimentação são a falta de tempo de cozinhar o próprio alimento, associado aos horários de almoço cada vez mais apertados no cotidiano de trabalho. Outra explicação está na maior oferta de produtos e serviços neste segmento, principalmente dos fast foods. Quando pensamos em fast foods, logo os associamos à ideia de refeições rápidas, cardápio padronizado, processo ágil e possibilidade de franquias em escala nacional e global. Mas se você anda pensando em entrar para o ramo, precisa conhecer os principais erros que se pode cometer neste setor: ERRO 1: Abrir o negócio sem fazer uma pesquisa aprofundada sobre a franquia. Por incrível que pareça, existem várias franquias "furadas" no mercado. Não entre nessa. Pesquise o nível de sucesso dessa franquia e sua idoneidade. ERRO 2: Divulgação. Uma divulgação bem feita é fundamental para que o negócio dê certo. Não adianta ficar esperando somente pelo efeito da mídia nacional. É fundamental investir na divulgação regionalizada. ERRO 3: Retorno do investimento. Caso você trabalhe na franquia e em tempo integral, é necessário pensar no salário que vai receber (um salário compatível ao que um gerente ganha no mercado), mas fique atento quanto ao retorno financeiro que o seu investimento precisa ter. Salário e retorno do investimento são coisas distintas. ERRO 4: Cuidado com os alimentos. Boa parte deles é perecível, exigindo um controle rigoroso sobre validade, boas condições, armazenamento, processamento, manuseio, entre outros. O intuito é evitar perdas de estoque, contaminação e, como consequência, insatisfação dos clientes e prejuízos. ERRO 5: Não envolver e motivar a equipe. Já percebeu que às vezes duas lanchonetes da mesma rede têm atendimento completamente diferente? Pois é. Cliente quer ser bem atendido. Se você não envolve e motiva sua equipe, logo vai perceber problemas no atendimento, que, por sua vez, vão se refletir nas vendas e até na continuidade da franquia. O bom atendimento deve ser prioritário. Trabalhe sua equipe e fique atento à forma como os clientes estão sendo atendidos. Converse com eles, observe e esteja sempre aberto a ouvir suas sugestões
colunas
Principais erros de quem abre uma franquia de alimentosUm dos setores que passa praticamente ileso pela instabilidade econômica do país é o setor de franquias em alimentação. A previsão é de que o setor tenha crescimento de 10% somente neste ano. No ano passado, o setor teve um faturamento de R$ 26 milhões. Segundo o blog Franchise Brasil, no mercado brasileiro de franquias o setor de alimentação lidera o ranking de crescimento junto com o de vestuário e beleza. Quando olhamos para o segmento de alimentação, os fast foods lideram o ranking. Algumas hipóteses que justificariam esse crescimento das franquias de alimentação são a falta de tempo de cozinhar o próprio alimento, associado aos horários de almoço cada vez mais apertados no cotidiano de trabalho. Outra explicação está na maior oferta de produtos e serviços neste segmento, principalmente dos fast foods. Quando pensamos em fast foods, logo os associamos à ideia de refeições rápidas, cardápio padronizado, processo ágil e possibilidade de franquias em escala nacional e global. Mas se você anda pensando em entrar para o ramo, precisa conhecer os principais erros que se pode cometer neste setor: ERRO 1: Abrir o negócio sem fazer uma pesquisa aprofundada sobre a franquia. Por incrível que pareça, existem várias franquias "furadas" no mercado. Não entre nessa. Pesquise o nível de sucesso dessa franquia e sua idoneidade. ERRO 2: Divulgação. Uma divulgação bem feita é fundamental para que o negócio dê certo. Não adianta ficar esperando somente pelo efeito da mídia nacional. É fundamental investir na divulgação regionalizada. ERRO 3: Retorno do investimento. Caso você trabalhe na franquia e em tempo integral, é necessário pensar no salário que vai receber (um salário compatível ao que um gerente ganha no mercado), mas fique atento quanto ao retorno financeiro que o seu investimento precisa ter. Salário e retorno do investimento são coisas distintas. ERRO 4: Cuidado com os alimentos. Boa parte deles é perecível, exigindo um controle rigoroso sobre validade, boas condições, armazenamento, processamento, manuseio, entre outros. O intuito é evitar perdas de estoque, contaminação e, como consequência, insatisfação dos clientes e prejuízos. ERRO 5: Não envolver e motivar a equipe. Já percebeu que às vezes duas lanchonetes da mesma rede têm atendimento completamente diferente? Pois é. Cliente quer ser bem atendido. Se você não envolve e motiva sua equipe, logo vai perceber problemas no atendimento, que, por sua vez, vão se refletir nas vendas e até na continuidade da franquia. O bom atendimento deve ser prioritário. Trabalhe sua equipe e fique atento à forma como os clientes estão sendo atendidos. Converse com eles, observe e esteja sempre aberto a ouvir suas sugestões
10
A revolta dos que não têm partido
Os aloprados que invadiram o plenário da Câmara temperam com pitadas de ideias podres o caldo da crise brasileira, que tem dado umas fervidas nestes dias. Não entorna pelo país inteiro. Mas preocupa. É fácil desconsiderar o bando que expulsou deputados federais de suas cadeiras a fim de pedir golpe militar. Quem teve o lazer ou o trabalho de assistir à TV na tarde desta quarta-feira (16) via imagens dos aloprados se alternando, por exemplo, com o caso muito mais sério da revolta dos servidores do Rio. No entanto, aloprados da extrema-direita voltaram a dar a cara nas ruas desde o Junho de 2013 até a campanha da deposição de Dilma Rousseff. Um deputado inominável do PSC do Rio elogia a tortura em plenário e reivindica o legado da ditadura militar. O PSC é o partido do líder do governo na Câmara, André Moura, aliás padrinho de algumas das mumunhas para dar folga a corruptos públicos e privados. Por falar nisso, essa molecagem institucional tende a se tornar outro motivo de tensão nacional e do desprezo crescente, chegando ao absoluto, pela política partidária. Não se trata de dizer que os aloprados são "ovos da serpente", algum outro clichê repulsivo desta espécie ou que são por enquanto mais do que bandos. Mais importante é pensar no outro lado, no mundo que deveria ser o da política democrática, governos, Parlamentos, partidos ou movimentos da sociedade civil ou "coletivos", o que seja. Isto é, aquelas organizações que poderiam dar sentido à grande e já vez e outra explosiva insatisfação. Este mundo da política se desfaz, está inerte ou aí se encontram tentativas ainda incipientes ou marginais de organização. O que vai ser feito das revoltas mudas ou gritantes, que ainda vão perdurar, assim como as nossas várias crises? Para ficar no assunto principal destas colunas, a crise do emprego ainda deve piorar; o desemprego no final de 2017 ainda seria maior que o de meados deste ano, indicam estimativas razoáveis. Mesmo para a abstração que é o PIB, a perspectiva para o ano que vem é de estagnação (nenhum crescimento, em termos per capita). A ruína dos governos estaduais, Rio de Janeiro à frente e acima de todos, vai durar anos, vai abalar a economia, causa fúrias e misérias. Não terá solução que não seja dolorosa, embora a dor por ora seja reservada ao povo miúdo. Os governadores de irresponsabilidade criminosa estão soltos. O governo federal tem um plano econômico que, concorde-se ou não com tal programa, não faz sentido nem dá esperança para a maior parte da população, que de certa forma expressa tal opinião dando notas baixíssimas ao presidente e preferindo que houvesse novas eleições. Não há conversa que faça sentido para o povo miúdo, quase todo mundo, isto quando não há troça de movimentos de protesto, como o dos secundaristas, mas não apenas. A desconexão entre organizações e movimentos políticos maiores e o povo é quase terminal; as alternativas não apareceram ou não tem presença bastante. A crise vai durar. Pode permanecer em fervura baixa e contínua. Ou não. Não é uma boa ideia esperar para ver como é que fica, sem projeto socioeconômico ou político crível que dê sentido à revolta ora silenciosa.
colunas
A revolta dos que não têm partidoOs aloprados que invadiram o plenário da Câmara temperam com pitadas de ideias podres o caldo da crise brasileira, que tem dado umas fervidas nestes dias. Não entorna pelo país inteiro. Mas preocupa. É fácil desconsiderar o bando que expulsou deputados federais de suas cadeiras a fim de pedir golpe militar. Quem teve o lazer ou o trabalho de assistir à TV na tarde desta quarta-feira (16) via imagens dos aloprados se alternando, por exemplo, com o caso muito mais sério da revolta dos servidores do Rio. No entanto, aloprados da extrema-direita voltaram a dar a cara nas ruas desde o Junho de 2013 até a campanha da deposição de Dilma Rousseff. Um deputado inominável do PSC do Rio elogia a tortura em plenário e reivindica o legado da ditadura militar. O PSC é o partido do líder do governo na Câmara, André Moura, aliás padrinho de algumas das mumunhas para dar folga a corruptos públicos e privados. Por falar nisso, essa molecagem institucional tende a se tornar outro motivo de tensão nacional e do desprezo crescente, chegando ao absoluto, pela política partidária. Não se trata de dizer que os aloprados são "ovos da serpente", algum outro clichê repulsivo desta espécie ou que são por enquanto mais do que bandos. Mais importante é pensar no outro lado, no mundo que deveria ser o da política democrática, governos, Parlamentos, partidos ou movimentos da sociedade civil ou "coletivos", o que seja. Isto é, aquelas organizações que poderiam dar sentido à grande e já vez e outra explosiva insatisfação. Este mundo da política se desfaz, está inerte ou aí se encontram tentativas ainda incipientes ou marginais de organização. O que vai ser feito das revoltas mudas ou gritantes, que ainda vão perdurar, assim como as nossas várias crises? Para ficar no assunto principal destas colunas, a crise do emprego ainda deve piorar; o desemprego no final de 2017 ainda seria maior que o de meados deste ano, indicam estimativas razoáveis. Mesmo para a abstração que é o PIB, a perspectiva para o ano que vem é de estagnação (nenhum crescimento, em termos per capita). A ruína dos governos estaduais, Rio de Janeiro à frente e acima de todos, vai durar anos, vai abalar a economia, causa fúrias e misérias. Não terá solução que não seja dolorosa, embora a dor por ora seja reservada ao povo miúdo. Os governadores de irresponsabilidade criminosa estão soltos. O governo federal tem um plano econômico que, concorde-se ou não com tal programa, não faz sentido nem dá esperança para a maior parte da população, que de certa forma expressa tal opinião dando notas baixíssimas ao presidente e preferindo que houvesse novas eleições. Não há conversa que faça sentido para o povo miúdo, quase todo mundo, isto quando não há troça de movimentos de protesto, como o dos secundaristas, mas não apenas. A desconexão entre organizações e movimentos políticos maiores e o povo é quase terminal; as alternativas não apareceram ou não tem presença bastante. A crise vai durar. Pode permanecer em fervura baixa e contínua. Ou não. Não é uma boa ideia esperar para ver como é que fica, sem projeto socioeconômico ou político crível que dê sentido à revolta ora silenciosa.
10
Erramos: Mostra com mais de cem obras de Joan Miró entra em cartaz em SP
Diferentemente do informado na reportagem "Mostra com mais de cem obras de Joan Miró entra em cartaz em SP", o artista espanhol morreu em 1983, não 1993. O texto foi corrigido.
ilustrada
Erramos: Mostra com mais de cem obras de Joan Miró entra em cartaz em SPDiferentemente do informado na reportagem "Mostra com mais de cem obras de Joan Miró entra em cartaz em SP", o artista espanhol morreu em 1983, não 1993. O texto foi corrigido.
1
Doença misteriosa faz menino de Bangladesh parecer idoso
Um menino bengalês de quatro anos com aspecto de idoso devido a uma estranha doença foi hospitalizado em Daca para se submeter a exames, anunciaram os médicos e sua família. Os médicos do hospital universitário de Daca aceitaram tentar diagnosticar a doença e tratar gratuitamente Bayezid Shikdar, cujos pais são agricultores. O menino nasceu com um excesso de pele, que pende de seus membros e de seu rosto, o que lhe confere uma imagem de idoso. Também sofre de problemas cardíacos, de audição e de vista. A família consultou muitos médicos, mas nenhum conseguiu saber de que doença se trata, explicou nesta semana o pai, Lablu Shikdar, no hospital de Daca. "Vendemos nosso terreno para que (o menino) seja tratado nos hospitais locais. Nós o levamos a curandeiros, tentamos tratamentos com plantas naturais, mas nada mudou. Este hospital é nossa última esperança", explicou. "Esperamos que possa se parecer com todas as outras crianças", contou esperançoso. Vários médicos consultados citaram a progéria, uma doença genética que apresenta um envelhecimento brusco, pouco tempo depois do nascimento. Esta doença inspirou o filme "O curioso caso de Benjamin Button", no qual Brad Pitt interpretava um homem que nascia velho e rejuvenescia com o tempo. Os médicos do hospital de Daca se mostraram, no entanto, prudentes e consideraram que novos exames eram necessários. Em caso de progéria, "o processo de envelhecimento se acelera com o tempo", explicou Abul Kalam, chefe da unidade de cirurgia reparadora. "Mas segundo os pais de Bayezid, o envelhecimento do menino parou recentemente, mostrando sinais de melhora", acrescentou. Segundo a equipe médica do hospital, a doença também pode estar relacionada à consanguinidade. Nas zonas rurais de Bangladesh são frequentes os casamentos entre membros de uma mesma família. Para sua mãe, Jatin, Bayezid é um menino como os demais. "Joga futebol e pique-esconde com seus primos. É um menino com muito talento. Às vezes pega livros e quer ir à escola, embora seja muito jovem." Neste mesmo hospital foi tratado recentemente um bengalês de 26 anos apelidado de "homem-árvore" por suas impressionantes verrugas nas mãos e nos pés.
equilibrioesaude
Doença misteriosa faz menino de Bangladesh parecer idosoUm menino bengalês de quatro anos com aspecto de idoso devido a uma estranha doença foi hospitalizado em Daca para se submeter a exames, anunciaram os médicos e sua família. Os médicos do hospital universitário de Daca aceitaram tentar diagnosticar a doença e tratar gratuitamente Bayezid Shikdar, cujos pais são agricultores. O menino nasceu com um excesso de pele, que pende de seus membros e de seu rosto, o que lhe confere uma imagem de idoso. Também sofre de problemas cardíacos, de audição e de vista. A família consultou muitos médicos, mas nenhum conseguiu saber de que doença se trata, explicou nesta semana o pai, Lablu Shikdar, no hospital de Daca. "Vendemos nosso terreno para que (o menino) seja tratado nos hospitais locais. Nós o levamos a curandeiros, tentamos tratamentos com plantas naturais, mas nada mudou. Este hospital é nossa última esperança", explicou. "Esperamos que possa se parecer com todas as outras crianças", contou esperançoso. Vários médicos consultados citaram a progéria, uma doença genética que apresenta um envelhecimento brusco, pouco tempo depois do nascimento. Esta doença inspirou o filme "O curioso caso de Benjamin Button", no qual Brad Pitt interpretava um homem que nascia velho e rejuvenescia com o tempo. Os médicos do hospital de Daca se mostraram, no entanto, prudentes e consideraram que novos exames eram necessários. Em caso de progéria, "o processo de envelhecimento se acelera com o tempo", explicou Abul Kalam, chefe da unidade de cirurgia reparadora. "Mas segundo os pais de Bayezid, o envelhecimento do menino parou recentemente, mostrando sinais de melhora", acrescentou. Segundo a equipe médica do hospital, a doença também pode estar relacionada à consanguinidade. Nas zonas rurais de Bangladesh são frequentes os casamentos entre membros de uma mesma família. Para sua mãe, Jatin, Bayezid é um menino como os demais. "Joga futebol e pique-esconde com seus primos. É um menino com muito talento. Às vezes pega livros e quer ir à escola, embora seja muito jovem." Neste mesmo hospital foi tratado recentemente um bengalês de 26 anos apelidado de "homem-árvore" por suas impressionantes verrugas nas mãos e nos pés.
8
Dilma diz que sofre '2º golpe' na vida e que Temer terá 'oposição incansável'
Pouco depois de o Senado confirmar seu impeachment, Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (31) que estava sofrendo o "segundo golpe" de sua vida e que o governo do agora presidente Michel Temer vai enfrentar uma oposição "firme, incansável e enérgica". "Apropriam-se do poder por meio de um golpe de Estado. Esse é segundo golpe que enfrento na vida. O primeiro, um golpe militar apoiado na truculência das armas da repressão e da tortura, que me atingiu quando eu era uma jovem militante. O segundo, parlamentar, desfechado hoje por meio de uma farsa jurídica que me derruba do cargo para o qual fui eleita pelo povo. É uma inequívoca eleição indireta", disse Dilma em rápido pronunciamento no saguão de entrada do Palácio da Alvorada. "Não desistam da luta, ouçam bem. Eles pensam que nos venceram. Mas estão enganados. Sei que todos nós vamos lutar. Haverá contra eles a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode sofrer", completou a petista. Segundo a presidente cassada, os senadores que votaram pelo impeachment cometeram uma "injustiça", "rasgando a Constituição" e os políticos que "buscam escapar do braço da Justiça" vão tomar o poder. "Causa espanto que a maior ação contra a corrupção da nossa história, propiciada por ações desenvolvidas e leis aprovadas e sancionadas a partir de 2003, e aprofundadas em meu governo, levem justamente ao poder um grupo de corruptos investigados", afirmou Dilma em referência indireta à Operação Lava Jato. Cercada por ex-ministros e parlamentares e observada de longe pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que preferiu assistir à fala da sucessora do alto da rampa do Alvorada, Dilma pediu que seus apoiadores "não desistam da luta" e disse que seu grupo voltará ao poder. "Nós voltaremos para continuar nossa jornada rumo a um Brasil em que o povo é soberano", afirmou. "O golpe não foi apenas contra mim e contra o meu partido. Isso foi apenas o começo. Vai atingir indistintamente qualquer organização progressista e democrática. O golpe é contra o povo, é contra a nação, é misógino, é homofóbico, é racista", completou. Vestindo um casaqueto vermelho é um calça preta, Dilma disse mais uma vez que falava aos 110 milhões de eleitores que participaram das eleições de 2014 e aos 54,5 milhões que votaram nela. "Saio da Presidência como entrei, sem ter cometido qualquer ato ilícito." Dilma encerrou citando Darcy Ribeiro e o poeta russo Vladimir Maiakovski. "Não gostaria de estar no lugar do que se julgam vencedores. A história será implacável com eles como já o foi em décadas passadas. Não direi adeus a vocês, direi até daqui a pouco", declarou. "Não estamos alegres, é certo, mas também por que razão haveria ficar triste?" "Não estamos alegres, é certo, Mas também por que razão haveríamos de ficar tristes? O mar da história é agitado As ameaças e as guerras, haveremos de atravessá-las, Rompê-las ao meio, Cortando-as como uma quilha corta." — "E Então, Que Quereis?", de Vladimir Maiakovski 127 anos de República A história de 46 presidências da República no Brasil O voto de cada senador Votações do impeachment por partido
poder
Dilma diz que sofre '2º golpe' na vida e que Temer terá 'oposição incansável'Pouco depois de o Senado confirmar seu impeachment, Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (31) que estava sofrendo o "segundo golpe" de sua vida e que o governo do agora presidente Michel Temer vai enfrentar uma oposição "firme, incansável e enérgica". "Apropriam-se do poder por meio de um golpe de Estado. Esse é segundo golpe que enfrento na vida. O primeiro, um golpe militar apoiado na truculência das armas da repressão e da tortura, que me atingiu quando eu era uma jovem militante. O segundo, parlamentar, desfechado hoje por meio de uma farsa jurídica que me derruba do cargo para o qual fui eleita pelo povo. É uma inequívoca eleição indireta", disse Dilma em rápido pronunciamento no saguão de entrada do Palácio da Alvorada. "Não desistam da luta, ouçam bem. Eles pensam que nos venceram. Mas estão enganados. Sei que todos nós vamos lutar. Haverá contra eles a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode sofrer", completou a petista. Segundo a presidente cassada, os senadores que votaram pelo impeachment cometeram uma "injustiça", "rasgando a Constituição" e os políticos que "buscam escapar do braço da Justiça" vão tomar o poder. "Causa espanto que a maior ação contra a corrupção da nossa história, propiciada por ações desenvolvidas e leis aprovadas e sancionadas a partir de 2003, e aprofundadas em meu governo, levem justamente ao poder um grupo de corruptos investigados", afirmou Dilma em referência indireta à Operação Lava Jato. Cercada por ex-ministros e parlamentares e observada de longe pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que preferiu assistir à fala da sucessora do alto da rampa do Alvorada, Dilma pediu que seus apoiadores "não desistam da luta" e disse que seu grupo voltará ao poder. "Nós voltaremos para continuar nossa jornada rumo a um Brasil em que o povo é soberano", afirmou. "O golpe não foi apenas contra mim e contra o meu partido. Isso foi apenas o começo. Vai atingir indistintamente qualquer organização progressista e democrática. O golpe é contra o povo, é contra a nação, é misógino, é homofóbico, é racista", completou. Vestindo um casaqueto vermelho é um calça preta, Dilma disse mais uma vez que falava aos 110 milhões de eleitores que participaram das eleições de 2014 e aos 54,5 milhões que votaram nela. "Saio da Presidência como entrei, sem ter cometido qualquer ato ilícito." Dilma encerrou citando Darcy Ribeiro e o poeta russo Vladimir Maiakovski. "Não gostaria de estar no lugar do que se julgam vencedores. A história será implacável com eles como já o foi em décadas passadas. Não direi adeus a vocês, direi até daqui a pouco", declarou. "Não estamos alegres, é certo, mas também por que razão haveria ficar triste?" "Não estamos alegres, é certo, Mas também por que razão haveríamos de ficar tristes? O mar da história é agitado As ameaças e as guerras, haveremos de atravessá-las, Rompê-las ao meio, Cortando-as como uma quilha corta." — "E Então, Que Quereis?", de Vladimir Maiakovski 127 anos de República A história de 46 presidências da República no Brasil O voto de cada senador Votações do impeachment por partido
0
Homens do Exército chegam a Natal para reforçar segurança nas ruas
Cerca de 650 homens do Exército chegaram a Natal nesta sexta-feira (20) para fazer policiamento ostensivo a fim de tentar conter o caos que se espalha pela cidade depois de um motim que deixou ao menos 26 mortos no presídio de Alcaçuz desde o dia 14. Neste sábado (21), outros 750 militares chegarão à capital potiguar e, até domingo (22), 1.846 homens do Exército no total já estarão patrulhando as ruas de Natal e região metropolitana, anunciou o ministro da Defesa, Raul Jungmann. "A ordem pública, o controle social, a tranquilidade, a propriedade, o direito de ir e vir dos cidadãos e cidadãs aqui de Natal e da Grande Natal será assegurado. Não vamos admitir descontrole, não vamos admitir que venha a imperar o medo e a desordem aqui como da vez anterior", disse Jungmann antes de se reunir com o governador do Estado, Robinson Faria (PSD), nesta sexta –o governador pediu a presença das Forças Armadas após os ataques deixaram uma série de ônibus queimados desde quarta. A ação dos militares vai durar dez dias. "Não vamos substituir nenhuma função das polícias. A exceção daquelas que diz respeito a policiamento ostensivo e repressivo nas ruas, garantindo a lei e a ordem", disse Jungmann. O ministrou negou, porém, que o Exército fará a segurança no perímetro externo de Alcaçuz, onde não há impedimentos para aproximação de pessoas de fora. "Se eu estou fazendo o policiamento em toda a região metropolitana, eu estou liberando a Polícia Militar para fazer isso em quantidade de homens suficiente", disse ele. "Nós estamos colocando aproximadamente 2.000 homens, e liberando 2.000 homens da PM." Além da atuação das Forças Armadas no policiamento de Natal, Jungmann deu detalhes sobre a atuação de homens do exército dentro de presídios, anunciada por Temer na terça (17). "As forças armadas não entrarão em contato com os presos, não vão reprimir facções, não vão manejar presos. O que elas vão fazer, única e exclusivamente, será a vistoria, a varredura e a limpeza das unidades prisionais", disse ele, chamando de tragédia as chacinas de Manaus e Roraima nas duas primeiras semanas do ano. "Essa tragédia é potencializada, é multiplicada, pelo fato de dentro das unidades prisionais, hoje, existem armas, existem arma de fogo, munição, explosivo, barra de ferro e facão." O ministro ainda aproveitou para alfinetar os governos estaduais, responsáveis pela manutenção do sistema carcerário. "Feita a vistoria, feita a varredura e a limpeza, que os presídios continuem limpos, livres de arma e munição, é atribuição dos governos estaduais, das suas secretarias de segurança e dos seus órgãos penitenciários."
cotidiano
Homens do Exército chegam a Natal para reforçar segurança nas ruasCerca de 650 homens do Exército chegaram a Natal nesta sexta-feira (20) para fazer policiamento ostensivo a fim de tentar conter o caos que se espalha pela cidade depois de um motim que deixou ao menos 26 mortos no presídio de Alcaçuz desde o dia 14. Neste sábado (21), outros 750 militares chegarão à capital potiguar e, até domingo (22), 1.846 homens do Exército no total já estarão patrulhando as ruas de Natal e região metropolitana, anunciou o ministro da Defesa, Raul Jungmann. "A ordem pública, o controle social, a tranquilidade, a propriedade, o direito de ir e vir dos cidadãos e cidadãs aqui de Natal e da Grande Natal será assegurado. Não vamos admitir descontrole, não vamos admitir que venha a imperar o medo e a desordem aqui como da vez anterior", disse Jungmann antes de se reunir com o governador do Estado, Robinson Faria (PSD), nesta sexta –o governador pediu a presença das Forças Armadas após os ataques deixaram uma série de ônibus queimados desde quarta. A ação dos militares vai durar dez dias. "Não vamos substituir nenhuma função das polícias. A exceção daquelas que diz respeito a policiamento ostensivo e repressivo nas ruas, garantindo a lei e a ordem", disse Jungmann. O ministrou negou, porém, que o Exército fará a segurança no perímetro externo de Alcaçuz, onde não há impedimentos para aproximação de pessoas de fora. "Se eu estou fazendo o policiamento em toda a região metropolitana, eu estou liberando a Polícia Militar para fazer isso em quantidade de homens suficiente", disse ele. "Nós estamos colocando aproximadamente 2.000 homens, e liberando 2.000 homens da PM." Além da atuação das Forças Armadas no policiamento de Natal, Jungmann deu detalhes sobre a atuação de homens do exército dentro de presídios, anunciada por Temer na terça (17). "As forças armadas não entrarão em contato com os presos, não vão reprimir facções, não vão manejar presos. O que elas vão fazer, única e exclusivamente, será a vistoria, a varredura e a limpeza das unidades prisionais", disse ele, chamando de tragédia as chacinas de Manaus e Roraima nas duas primeiras semanas do ano. "Essa tragédia é potencializada, é multiplicada, pelo fato de dentro das unidades prisionais, hoje, existem armas, existem arma de fogo, munição, explosivo, barra de ferro e facão." O ministro ainda aproveitou para alfinetar os governos estaduais, responsáveis pela manutenção do sistema carcerário. "Feita a vistoria, feita a varredura e a limpeza, que os presídios continuem limpos, livres de arma e munição, é atribuição dos governos estaduais, das suas secretarias de segurança e dos seus órgãos penitenciários."
6
Lixo: O manifesto verde do papa e ideias para 'cuidar da casa comum'
"A Terra, nossa casa, parece transformar-se cada vez mais num imenso depósito de lixo". Palavra de papa. O papa Francisco ficou mais pop e explicitamente verde com a publicação, na quinta (18), da nova encíclica "Louvado Seja", um chamado ao "cuidado da nossa casa comum", com alerta sobre a mudança climática, em defesa da conservação do meio ambiente e da economia circular. Estruturada em seis capítulos, a encíclica faz uma análise dos vários aspectos do esgotamento do modelo de desenvolvimento atual e expõe as bases de uma ecologia integral: ambiental, econômica e social. O documento responsabiliza a cultura do lucro e do consumo pelas desigualdades planetárias, indica que convém "evitar a concepção mágica do mercado" para resolver os problemas econômicos, reitera o valor social da propriedade e propõe linhas de ação individuais e coletivas para fazer uma revolução cultural na direção de sociedades mais sustentáveis. O papa alerta também para o perigo de uma guerra pela água num futuro próximo. "O papa denunciou a fraca reação política internacional e os interesses econômicos na hora de lidar com a defesa do meio ambiente", observou o diretor-executivo do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), Achim Steiner, ao comentar e apoiar a encíclica. Segue aqui minha seleção de trechos sobre poluição, resíduos, água, reciclagem, consumo e a vida nas cidades: * "A exposição aos poluentes atmosféricos produz uma vasta gama de efeitos sobre a saúde, particularmente dos mais pobres, e provoca milhões de mortes prematuras." * "Devemos considerar também a poluição produzida pelos resíduos, incluindo os perigosos presentes em variados ambientes. Produzem-se anualmente centenas de milhões de toneladas de resíduos, muitos deles não biodegradáveis: resíduos domésticos e comerciais, detritos de demolições, resíduos clínicos, electrônicos e industriais, resíduos altamente tóxicos e radioativos. A Terra, nossa casa, parece transformar-se cada vez mais num imenso depósito de lixo." * "Estes problemas estão intimamente ligados à cultura do descarte, que afeta tanto os seres humanos excluídos como as coisas que se convertem rapidamente em lixo. Note-se, por exemplo, como a maior parte do papel produzido se desperdiça sem ser reciclado. Custa-nos a reconhecer que o funcionamento dos ecossistemas naturais é exemplar: as plantas sintetizam substâncias nutritivas que alimentam os herbívoros; estes, por sua vez, alimentam os carnívoros que fornecem significativas quantidades de resíduos orgânicos, que dão origem a uma nova geração de vegetais. Ao contrário, o sistema industrial, no final do ciclo de produção e consumo, não desenvolveu a capacidade de absorver e reutilizar resíduos e dejetos. Ainda não se conseguiu adotar um modelo circular de produção que assegure recursos para todos e para as gerações futuras e que exige limitar, o mais possível, o uso dos recursos não-renováveis, moderando o seu consumo, maximizando a eficiência no seu aproveitamento, reutilizando e reciclando-os." * "Outros indicadores da situação atual têm a ver com o esgotamento dos recursos naturais. É bem conhecida a impossibilidade de sustentar o nível atual de consumo dos países mais desenvolvidos e dos setores mais ricos da sociedade, onde o hábito de desperdiçar e jogar fora atinge níveis inauditos." * "A água potável e limpa constitui uma questão de primordial importância, porque é indispensável para a vida humana e para sustentar os ecossistemas terrestres e aquáticos. As fontes de água doce fornecem os setores sanitários, agropecuários e industriais. A disponibilidade de água manteve-se relativamente constante durante muito tempo, mas agora, em muitos lugares, a procura excede a oferta sustentável, com graves consequências a curto e longo prazo. Grandes cidades, que dependem de importantes reservas hídricas, sofrem períodos de carência do recurso, que, nos momentos críticos, nem sempre se administra com uma gestão adequada e com imparcialidade. A pobreza da água pública verifica-se especialmente na África, onde grandes setores da população não têm acesso à água potável segura, ou sofrem secas que tornam difícil a produção de alimento." * "Um problema particularmente sério é o da qualidade da água disponível para os pobres, que diariamente ceifa muitas vidas. Entre os pobres, são frequentes as doenças relacionadas com a água, incluindo as causadas por microorganismos e substâncias químicas. A diarreia e a cólera, devidas a serviços de higiene e reservas de água inadequados, constituem um fator significativo de sofrimento e mortalidade infantil. Em muitos lugares, os lençóis freáticos estão ameaçados pela poluição produzida por algumas atividades extrativas, agrícolas e industriais, sobretudo em países desprovidos de regulamentação e controles suficientes. Não pensamos apenas nas descargas provenientes das fábricas; os detergentes e produtos químicos que a população utiliza em muitas partes do mundo continuam a ser derramados em rios, lagos e mares." * "Enquanto a qualidade da água disponível piora constantemente, em alguns lugares cresce a tendência para se privatizar este recurso escasso, tornando-se uma mercadoria sujeita às leis do mercado. Na realidade, o acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas e, portanto, é condição para o exercício dos outros direitos humanos." * "Passando aos mares tropicais e subtropicais, encontramos os recifes de coral, que equivalem às grandes florestas da terra firme, porque abrigam cerca de um milhão de espécies, incluindo peixes, caranguejos, moluscos, esponjas, algas e outras. Hoje, muitos dos recifes de coral no mundo já são estéreis ou encontram-se num estado contínuo de declínio () Este fenômeno deve-se, em grande parte, à poluição que chega ao mar resultante do desmatamento, das monoculturas agrícolas, das descargas industriais e de métodos de pesca destrutivos, nomeadamente os que utilizam cianeto e dinamite." * "A cultura ecológica não se pode reduzir a uma série de respostas urgentes e parciais para os problemas que vão surgindo à volta da degradação ambiental, do esgotamento das reservas naturais e da poluição. Deveria ser um olhar diferente, um pensamento, uma política, um programa educativo, um estilo de vida e uma espiritualidade que oponham resistência ao avanço do paradigma tecnocrático." * "Nas cidades, a qualidade de vida está largamente relacionada com os transportes, que muitas vezes são causa de grandes tribulações para os habitantes. Nelas, circulam muitos carros utilizados por uma ou duas pessoas, pelo que o tráfico torna-se intenso, eleva-se o nível de poluição, consomem-se enormes quantidades de energia não-renovável e torna-se necessário a construção de mais estradas e parques de estacionamento que prejudicam o tecido urbano. Muitos especialistas estão de acordo sobre a necessidade de dar prioridade ao transporte público. Mas é difícil que algumas medidas consideradas necessárias sejam pacificamente acolhidas pela sociedade, sem uma melhoria substancial do referido transporte, que, em muitas cidades, comporta um tratamento indigno das pessoas devido à superlotação, ao desconforto, ou à reduzida frequência dos serviços e à insegurança." * "São necessários padrões reguladores globais que imponham obrigações e impeçam ações inaceitáveis, como o fato de países poderosos descarregarem, sobre outros países, resíduos e indústrias altamente poluentes." * "O problema crescente dos resíduos marinhos e da proteção das áreas marinhas para além das fronteiras nacionais continua a representar um desafio especial. Em definitivo, precisamos de um acordo sobre os regimes de governança para toda a gama dos chamados bens comuns globais." * "Mais uma vez repito que convém evitar uma concepção mágica do mercado, que tende a pensar que os problemas se resolvem apenas com o crescimento dos lucros das empresas ou dos indivíduos. Será realista esperar que quem está obcecado com a maximização dos lucros se detenha a considerar os efeitos ambientais que deixará às próximas gerações? Dentro do esquema do ganho não há lugar para pensar nos ritmos da natureza, nos seus tempos de degradação e regeneração, e na complexidade dos ecossistemas que podem ser gravemente alterados pela intervenção humana." * "Um percurso de desenvolvimento produtivo mais criativo e melhor orientado poderia corrigir a disparidade entre o excessivo investimento tecnológico no consumo e o escasso investimento para resolver os problemas urgentes da humanidade; poderia gerar formas inteligentes e rentáveis de reutilização, recuperação funcional e reciclagem; poderia melhorar a eficiência energética das cidades." * "Chegou a hora de aceitar um certo decréscimo do consumo nalgumas partes do mundo, fornecendo recursos para que se possa crescer de forma saudável noutras partes. " * "Um desenvolvimento tecnológico e econômico que não deixa um mundo melhor e uma qualidade de vida integralmente superior não se pode considerar progresso. Além disso, muitas vezes a qualidade real de vida das pessoas diminui –pela deterioração do ambiente, a baixa qualidade dos produtos alimentares ou o esgotamento de alguns recursos– no contexto de um crescimento da economia. Então, muitas vezes, o discurso do crescimento sustentável torna-se um diversivo e um meio de justificação que absorve valores do discurso ecologista dentro da lógica da finança e da tecnocracia, e a responsabilidade social e ambiental das empresas reduz-se, na maior parte dos casos, a uma série de ações de publicidade e imagem." * "Uma mudança nos estilos de vida poderia chegar a exercer uma pressão salutar sobre quantos detêm o poder político, econômico e social. Verifica-se isto quando os movimentos de consumidores conseguem que se deixe de adquirir determinados produtos e assim se tornam eficazes na mudança do comportamento das empresas, forçando-as a reconsiderar o impacto ambiental e os modelos de produção. É um fato que, quando os hábitos da sociedade afetam os ganhos das empresas, estas vêem-se pressionadas a mudar a produção. Isto lembra-nos a responsabilidade social dos consumidores." * "A educação na responsabilidade ambiental pode incentivar vários comportamentos que têm incidência direta e importante no cuidado do meio ambiente, tais como evitar o uso de plástico e papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo, cozinhar apenas aquilo que razoavelmente se poderá comer, tratar com desvelo os outros seres vivos, servir-se dos transportes públicos ou partilhar o mesmo veículo com várias pessoas, plantar árvores, apagar as luzes desnecessárias Tudo isto faz parte duma criatividade generosa e dignificante, que põe a descoberto o melhor do ser humano. Voltar –com base em motivações profundas– a utilizar algo em vez de o desperdiçar rapidamente pode ser um ato de amor que exprime a nossa dignidade."
colunas
Lixo: O manifesto verde do papa e ideias para 'cuidar da casa comum'"A Terra, nossa casa, parece transformar-se cada vez mais num imenso depósito de lixo". Palavra de papa. O papa Francisco ficou mais pop e explicitamente verde com a publicação, na quinta (18), da nova encíclica "Louvado Seja", um chamado ao "cuidado da nossa casa comum", com alerta sobre a mudança climática, em defesa da conservação do meio ambiente e da economia circular. Estruturada em seis capítulos, a encíclica faz uma análise dos vários aspectos do esgotamento do modelo de desenvolvimento atual e expõe as bases de uma ecologia integral: ambiental, econômica e social. O documento responsabiliza a cultura do lucro e do consumo pelas desigualdades planetárias, indica que convém "evitar a concepção mágica do mercado" para resolver os problemas econômicos, reitera o valor social da propriedade e propõe linhas de ação individuais e coletivas para fazer uma revolução cultural na direção de sociedades mais sustentáveis. O papa alerta também para o perigo de uma guerra pela água num futuro próximo. "O papa denunciou a fraca reação política internacional e os interesses econômicos na hora de lidar com a defesa do meio ambiente", observou o diretor-executivo do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), Achim Steiner, ao comentar e apoiar a encíclica. Segue aqui minha seleção de trechos sobre poluição, resíduos, água, reciclagem, consumo e a vida nas cidades: * "A exposição aos poluentes atmosféricos produz uma vasta gama de efeitos sobre a saúde, particularmente dos mais pobres, e provoca milhões de mortes prematuras." * "Devemos considerar também a poluição produzida pelos resíduos, incluindo os perigosos presentes em variados ambientes. Produzem-se anualmente centenas de milhões de toneladas de resíduos, muitos deles não biodegradáveis: resíduos domésticos e comerciais, detritos de demolições, resíduos clínicos, electrônicos e industriais, resíduos altamente tóxicos e radioativos. A Terra, nossa casa, parece transformar-se cada vez mais num imenso depósito de lixo." * "Estes problemas estão intimamente ligados à cultura do descarte, que afeta tanto os seres humanos excluídos como as coisas que se convertem rapidamente em lixo. Note-se, por exemplo, como a maior parte do papel produzido se desperdiça sem ser reciclado. Custa-nos a reconhecer que o funcionamento dos ecossistemas naturais é exemplar: as plantas sintetizam substâncias nutritivas que alimentam os herbívoros; estes, por sua vez, alimentam os carnívoros que fornecem significativas quantidades de resíduos orgânicos, que dão origem a uma nova geração de vegetais. Ao contrário, o sistema industrial, no final do ciclo de produção e consumo, não desenvolveu a capacidade de absorver e reutilizar resíduos e dejetos. Ainda não se conseguiu adotar um modelo circular de produção que assegure recursos para todos e para as gerações futuras e que exige limitar, o mais possível, o uso dos recursos não-renováveis, moderando o seu consumo, maximizando a eficiência no seu aproveitamento, reutilizando e reciclando-os." * "Outros indicadores da situação atual têm a ver com o esgotamento dos recursos naturais. É bem conhecida a impossibilidade de sustentar o nível atual de consumo dos países mais desenvolvidos e dos setores mais ricos da sociedade, onde o hábito de desperdiçar e jogar fora atinge níveis inauditos." * "A água potável e limpa constitui uma questão de primordial importância, porque é indispensável para a vida humana e para sustentar os ecossistemas terrestres e aquáticos. As fontes de água doce fornecem os setores sanitários, agropecuários e industriais. A disponibilidade de água manteve-se relativamente constante durante muito tempo, mas agora, em muitos lugares, a procura excede a oferta sustentável, com graves consequências a curto e longo prazo. Grandes cidades, que dependem de importantes reservas hídricas, sofrem períodos de carência do recurso, que, nos momentos críticos, nem sempre se administra com uma gestão adequada e com imparcialidade. A pobreza da água pública verifica-se especialmente na África, onde grandes setores da população não têm acesso à água potável segura, ou sofrem secas que tornam difícil a produção de alimento." * "Um problema particularmente sério é o da qualidade da água disponível para os pobres, que diariamente ceifa muitas vidas. Entre os pobres, são frequentes as doenças relacionadas com a água, incluindo as causadas por microorganismos e substâncias químicas. A diarreia e a cólera, devidas a serviços de higiene e reservas de água inadequados, constituem um fator significativo de sofrimento e mortalidade infantil. Em muitos lugares, os lençóis freáticos estão ameaçados pela poluição produzida por algumas atividades extrativas, agrícolas e industriais, sobretudo em países desprovidos de regulamentação e controles suficientes. Não pensamos apenas nas descargas provenientes das fábricas; os detergentes e produtos químicos que a população utiliza em muitas partes do mundo continuam a ser derramados em rios, lagos e mares." * "Enquanto a qualidade da água disponível piora constantemente, em alguns lugares cresce a tendência para se privatizar este recurso escasso, tornando-se uma mercadoria sujeita às leis do mercado. Na realidade, o acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas e, portanto, é condição para o exercício dos outros direitos humanos." * "Passando aos mares tropicais e subtropicais, encontramos os recifes de coral, que equivalem às grandes florestas da terra firme, porque abrigam cerca de um milhão de espécies, incluindo peixes, caranguejos, moluscos, esponjas, algas e outras. Hoje, muitos dos recifes de coral no mundo já são estéreis ou encontram-se num estado contínuo de declínio () Este fenômeno deve-se, em grande parte, à poluição que chega ao mar resultante do desmatamento, das monoculturas agrícolas, das descargas industriais e de métodos de pesca destrutivos, nomeadamente os que utilizam cianeto e dinamite." * "A cultura ecológica não se pode reduzir a uma série de respostas urgentes e parciais para os problemas que vão surgindo à volta da degradação ambiental, do esgotamento das reservas naturais e da poluição. Deveria ser um olhar diferente, um pensamento, uma política, um programa educativo, um estilo de vida e uma espiritualidade que oponham resistência ao avanço do paradigma tecnocrático." * "Nas cidades, a qualidade de vida está largamente relacionada com os transportes, que muitas vezes são causa de grandes tribulações para os habitantes. Nelas, circulam muitos carros utilizados por uma ou duas pessoas, pelo que o tráfico torna-se intenso, eleva-se o nível de poluição, consomem-se enormes quantidades de energia não-renovável e torna-se necessário a construção de mais estradas e parques de estacionamento que prejudicam o tecido urbano. Muitos especialistas estão de acordo sobre a necessidade de dar prioridade ao transporte público. Mas é difícil que algumas medidas consideradas necessárias sejam pacificamente acolhidas pela sociedade, sem uma melhoria substancial do referido transporte, que, em muitas cidades, comporta um tratamento indigno das pessoas devido à superlotação, ao desconforto, ou à reduzida frequência dos serviços e à insegurança." * "São necessários padrões reguladores globais que imponham obrigações e impeçam ações inaceitáveis, como o fato de países poderosos descarregarem, sobre outros países, resíduos e indústrias altamente poluentes." * "O problema crescente dos resíduos marinhos e da proteção das áreas marinhas para além das fronteiras nacionais continua a representar um desafio especial. Em definitivo, precisamos de um acordo sobre os regimes de governança para toda a gama dos chamados bens comuns globais." * "Mais uma vez repito que convém evitar uma concepção mágica do mercado, que tende a pensar que os problemas se resolvem apenas com o crescimento dos lucros das empresas ou dos indivíduos. Será realista esperar que quem está obcecado com a maximização dos lucros se detenha a considerar os efeitos ambientais que deixará às próximas gerações? Dentro do esquema do ganho não há lugar para pensar nos ritmos da natureza, nos seus tempos de degradação e regeneração, e na complexidade dos ecossistemas que podem ser gravemente alterados pela intervenção humana." * "Um percurso de desenvolvimento produtivo mais criativo e melhor orientado poderia corrigir a disparidade entre o excessivo investimento tecnológico no consumo e o escasso investimento para resolver os problemas urgentes da humanidade; poderia gerar formas inteligentes e rentáveis de reutilização, recuperação funcional e reciclagem; poderia melhorar a eficiência energética das cidades." * "Chegou a hora de aceitar um certo decréscimo do consumo nalgumas partes do mundo, fornecendo recursos para que se possa crescer de forma saudável noutras partes. " * "Um desenvolvimento tecnológico e econômico que não deixa um mundo melhor e uma qualidade de vida integralmente superior não se pode considerar progresso. Além disso, muitas vezes a qualidade real de vida das pessoas diminui –pela deterioração do ambiente, a baixa qualidade dos produtos alimentares ou o esgotamento de alguns recursos– no contexto de um crescimento da economia. Então, muitas vezes, o discurso do crescimento sustentável torna-se um diversivo e um meio de justificação que absorve valores do discurso ecologista dentro da lógica da finança e da tecnocracia, e a responsabilidade social e ambiental das empresas reduz-se, na maior parte dos casos, a uma série de ações de publicidade e imagem." * "Uma mudança nos estilos de vida poderia chegar a exercer uma pressão salutar sobre quantos detêm o poder político, econômico e social. Verifica-se isto quando os movimentos de consumidores conseguem que se deixe de adquirir determinados produtos e assim se tornam eficazes na mudança do comportamento das empresas, forçando-as a reconsiderar o impacto ambiental e os modelos de produção. É um fato que, quando os hábitos da sociedade afetam os ganhos das empresas, estas vêem-se pressionadas a mudar a produção. Isto lembra-nos a responsabilidade social dos consumidores." * "A educação na responsabilidade ambiental pode incentivar vários comportamentos que têm incidência direta e importante no cuidado do meio ambiente, tais como evitar o uso de plástico e papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo, cozinhar apenas aquilo que razoavelmente se poderá comer, tratar com desvelo os outros seres vivos, servir-se dos transportes públicos ou partilhar o mesmo veículo com várias pessoas, plantar árvores, apagar as luzes desnecessárias Tudo isto faz parte duma criatividade generosa e dignificante, que põe a descoberto o melhor do ser humano. Voltar –com base em motivações profundas– a utilizar algo em vez de o desperdiçar rapidamente pode ser um ato de amor que exprime a nossa dignidade."
10
A fala do trono de Temer
Corrupção. Faltou não só a palavra, faltou qualquer referência ao tema. Pode ter sido esquecimento, o que não é pouca coisa, pois nesse caso Michel Temer seria o único brasileiro capaz de falar durante 14 minutos sobre a crise política, pedindo um governo de "salvação nacional", sem qualquer referência às iniciativas que feriram a oligarquia política e econômica brasileira. Uma coisa é o destino da doutora Dilma. Bem outra são a Lava Jato e suas subsidiárias que estão encurralando oligarcas. É insultuoso supor que uma pessoa queira defenestrar a doutora e o PT para travar a Lava Jato, mas quem quer freá-la pode achar que uma troca é boa ideia. É necessário reconhecer que a cena do deputado Eduardo Cunha e do senador Romero Jucá de mãos dadas e braços erguidos comemorando o rompimento do PMDB com o Planalto mostra para onde vão os interesses de uma banda da oligarquia. Cunha é réu de um processo no Supremo Tribunal e Jucá está sendo investigado pelo Ministério Público. Se houvesse qualquer referência ao combate à corrupção no seu discurso de posse presuntiva, Temer mostraria coragem e disposição de incomodar correligionários. Esqueceu-se, tudo bem, mas não deve pedir aos ouvintes que não percebam. Como se sabe desde que a palavra impeachment entrou no vocabulário politico, tirar Dilma é uma coisa, quem botar no lugar é outra. Desconte-se a trapalhada que tornou público o áudio de Temer. Ele informou que recolheu-se "há mais de um mês". Seria um exemplo de recato se tivesse amparo nos fatos. O vice-presidente gosta de palavras raras e construções solenes. Só isso o leva a falar em "senadores da melhor cepa e sabedoria". Ou em "estudar isso com detença". O doutor parece competir com o governador Geraldo Alckmin na produção de platitudes. Coisas como "não quero que isto fique em palavras vazias", "temos absoluta convicção", "a classe política unida com o povo", "o Estado não pode tudo fazer". Finalmente: "temos que preparar o país do futuro". O tucano paulista acrescentaria: "com firmeza e determinação". Os 14 minutos de Temer não embutiram uma plataforma, mostraram um palanque. Diante da ruína produzida pela doutora Dilma, antecipa "sacrifícios". Oferece intenções e diálogo. Num ponto, porém, ele se deteve: "Sei, por exemplo, no tópico da Federação, da grande dificuldade dos Estados e municípios nos dias atuais. Há estudos referentes à eventual anistia ou perdão de uma parte das dívidas e até uma revisão dos juros que são pagos pelas unidades federadas. Vamos levar isso adiante." Decifrando a promessa para governadores encalacrados e prefeitos falidos: "Vamos levar isso adiante". (Faltou definir "isso".) Decifrando os números: Estados e municípios querem repactuar os contratos de R$ 402 bilhões de dívidas já renegociadas com a União. Neste ano horrível, a simples revisão dos juros pode tirar R$ 27 bilhões da União. (O Supremo Tribunal concedeu uma liminar que poderá beneficiar todos os governadores e prefeitos, mas a sentença ainda depende do pleno da Corte.) Governo de "salvação nacional". Salvação de quem?
colunas
A fala do trono de TemerCorrupção. Faltou não só a palavra, faltou qualquer referência ao tema. Pode ter sido esquecimento, o que não é pouca coisa, pois nesse caso Michel Temer seria o único brasileiro capaz de falar durante 14 minutos sobre a crise política, pedindo um governo de "salvação nacional", sem qualquer referência às iniciativas que feriram a oligarquia política e econômica brasileira. Uma coisa é o destino da doutora Dilma. Bem outra são a Lava Jato e suas subsidiárias que estão encurralando oligarcas. É insultuoso supor que uma pessoa queira defenestrar a doutora e o PT para travar a Lava Jato, mas quem quer freá-la pode achar que uma troca é boa ideia. É necessário reconhecer que a cena do deputado Eduardo Cunha e do senador Romero Jucá de mãos dadas e braços erguidos comemorando o rompimento do PMDB com o Planalto mostra para onde vão os interesses de uma banda da oligarquia. Cunha é réu de um processo no Supremo Tribunal e Jucá está sendo investigado pelo Ministério Público. Se houvesse qualquer referência ao combate à corrupção no seu discurso de posse presuntiva, Temer mostraria coragem e disposição de incomodar correligionários. Esqueceu-se, tudo bem, mas não deve pedir aos ouvintes que não percebam. Como se sabe desde que a palavra impeachment entrou no vocabulário politico, tirar Dilma é uma coisa, quem botar no lugar é outra. Desconte-se a trapalhada que tornou público o áudio de Temer. Ele informou que recolheu-se "há mais de um mês". Seria um exemplo de recato se tivesse amparo nos fatos. O vice-presidente gosta de palavras raras e construções solenes. Só isso o leva a falar em "senadores da melhor cepa e sabedoria". Ou em "estudar isso com detença". O doutor parece competir com o governador Geraldo Alckmin na produção de platitudes. Coisas como "não quero que isto fique em palavras vazias", "temos absoluta convicção", "a classe política unida com o povo", "o Estado não pode tudo fazer". Finalmente: "temos que preparar o país do futuro". O tucano paulista acrescentaria: "com firmeza e determinação". Os 14 minutos de Temer não embutiram uma plataforma, mostraram um palanque. Diante da ruína produzida pela doutora Dilma, antecipa "sacrifícios". Oferece intenções e diálogo. Num ponto, porém, ele se deteve: "Sei, por exemplo, no tópico da Federação, da grande dificuldade dos Estados e municípios nos dias atuais. Há estudos referentes à eventual anistia ou perdão de uma parte das dívidas e até uma revisão dos juros que são pagos pelas unidades federadas. Vamos levar isso adiante." Decifrando a promessa para governadores encalacrados e prefeitos falidos: "Vamos levar isso adiante". (Faltou definir "isso".) Decifrando os números: Estados e municípios querem repactuar os contratos de R$ 402 bilhões de dívidas já renegociadas com a União. Neste ano horrível, a simples revisão dos juros pode tirar R$ 27 bilhões da União. (O Supremo Tribunal concedeu uma liminar que poderá beneficiar todos os governadores e prefeitos, mas a sentença ainda depende do pleno da Corte.) Governo de "salvação nacional". Salvação de quem?
10
Com chuva, SP volta a ficar em atenção e registrar alagamentos e granizo
A chuva forte voltou a deixar a cidade de São Paulo em estado de atenção para alagamentos na tarde desta terça-feira (24). As precipitações provocaram alagamento na Régis Bittencourt, queda de granizo na zona sul e afetaram ainda o aeroporto de Congonhas. Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura, a chuva desta terça é resultado do forte calor associado à brisa marítima e começou por volta das 13h30, na zona leste, se estendendo para toda a capital paulista nas horas seguintes. A cidade só retornou ao estado de observação (normal) às 19h. Na rodovia Régis Bittencout, a chuva provocou um alagamento no km 275, sentido São Paulo, por volta das 17h20. Com isso, a pista foi fechada e rapidamente se formou um congestionamento no local. O local foi liberado apenas às 18h, mas a lentidão persistia às 19h. O sentido Curitiba não teve problemas. O aeroporto de Congonhas (zona sul) também fechou para pousos e decolagens entre as 17h18 e as 17h31 para que uma vistoria confirmasse as condições da pista durante o temporal. O aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (na Grande SP), e os trens da CPTM não tiveram problemas. O CGE registrou granizo nas regiões do Ipiranga e do Cursino (zona sul). Também ocorreram ventos fortes em algumas regiões, como no aeroporto de Cumbica (63 km/h) e no aeroporto de Congonhas (50 km/h). Na segunda (23), a capital paulista já tinha registrado chuva forte e granizo na região do Morumbi e na cidade de Embu (na Grande São Paulo), segundo o CGE. Leitores registraram granizo ainda na região de Pinheiros. O tempo não deve ter grande alteração na quarta-feira (25), segundo previsão do CGE. O sol deve aparecer e elevar as temperaturas. À tarde, porém, o aquecimento e a entrada da brisa marítima devem voltar a facilitar a formação de nuvens carregadas que provocam pancadas de chuva em pontos isolados. A temperatura deve ficar entre os 21ºC e 31ºC.
cotidiano
Com chuva, SP volta a ficar em atenção e registrar alagamentos e granizoA chuva forte voltou a deixar a cidade de São Paulo em estado de atenção para alagamentos na tarde desta terça-feira (24). As precipitações provocaram alagamento na Régis Bittencourt, queda de granizo na zona sul e afetaram ainda o aeroporto de Congonhas. Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura, a chuva desta terça é resultado do forte calor associado à brisa marítima e começou por volta das 13h30, na zona leste, se estendendo para toda a capital paulista nas horas seguintes. A cidade só retornou ao estado de observação (normal) às 19h. Na rodovia Régis Bittencout, a chuva provocou um alagamento no km 275, sentido São Paulo, por volta das 17h20. Com isso, a pista foi fechada e rapidamente se formou um congestionamento no local. O local foi liberado apenas às 18h, mas a lentidão persistia às 19h. O sentido Curitiba não teve problemas. O aeroporto de Congonhas (zona sul) também fechou para pousos e decolagens entre as 17h18 e as 17h31 para que uma vistoria confirmasse as condições da pista durante o temporal. O aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (na Grande SP), e os trens da CPTM não tiveram problemas. O CGE registrou granizo nas regiões do Ipiranga e do Cursino (zona sul). Também ocorreram ventos fortes em algumas regiões, como no aeroporto de Cumbica (63 km/h) e no aeroporto de Congonhas (50 km/h). Na segunda (23), a capital paulista já tinha registrado chuva forte e granizo na região do Morumbi e na cidade de Embu (na Grande São Paulo), segundo o CGE. Leitores registraram granizo ainda na região de Pinheiros. O tempo não deve ter grande alteração na quarta-feira (25), segundo previsão do CGE. O sol deve aparecer e elevar as temperaturas. À tarde, porém, o aquecimento e a entrada da brisa marítima devem voltar a facilitar a formação de nuvens carregadas que provocam pancadas de chuva em pontos isolados. A temperatura deve ficar entre os 21ºC e 31ºC.
6