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Examinado 2 vezes pelo FBI, atirador de Orlando expõe brechas legais
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Em maio de 2014, quando um jovem americano da Flórida conduziu um caminhão carregado de explosivos e o jogou contra um restaurante na Síria, agentes do FBI vasculharam seus posts on-line e entrevistaram seus contatos na Flórida, num esforço para determinar se alguém poderia tentar lançar um ataque semelhante nos EUA, e, caso sim, quem. Uma das pessoas com quem o FBI conversou foi Omar Mateen, jovem segurança de uma cidade vizinha que tinha frequentado a mesma mesquita que o responsável pelo ataque suicida e figurara numa lista de possíveis suspeitos de terrorismo a serem vigiados, devido a comentários incendiários feitos em certa ocasião a colegas de trabalho num tribunal local. Mas, não tendo encontrado qualquer evidência de que Mateen representasse uma ameaça terrorista à sua comunidade, o FBI deixou de vigiá-lo pouco depois. Essa conclusão esperançosa foi exposta como injustificada com o espasmo de violência sanguinária na madrugada de domingo (12), quando Mateen matou 49 pessoas numa boate em Orlando, Flórida, antes de ser morto por policiais que invadiram o local para pôr fim à chacina. CONTROLE DE ARMAS NOS EUA - Maior controle, em % CONTROLE DE ARMAS NOS EUA - Direito ao porte, em % Os acontecimentos terríveis na boate Pulse deixaram familiares, vizinhos e investigadores federais buscando pistas sobre o que pode ter levado Mateen, 29, a cometer essa violência indizível. CONTRADIÇÕES A investigação governamental pode levar meses, mas um olhar inicial sobre a vida de Omar Mateen revela uma série de contradições. Ele era um homem que podia ser charmoso, gostava de música afegã e curtia dançar em cerimônias familiares, mas que também era violentamente agressivo. Familiares dele disseram que Mateen não era muito religioso, mas era rígido e conservador, considerando que sua mulher deveria ficar principalmente em casa. O diretor do FBI disse nesta segunda-feira (13) que Mateen no passado disse ter vínculos tanto com a Al Qaeda quanto com o Hizbollah, dois grupos radicais que se opõem violentamente. Investigadores agora precisam tentar discernir até que ponto a chacina foi obra de um homem profundamente perturbado, como Mateen foi descrito por sua ex-mulher e outras pessoas, e até que ponto foi movida por ideologia religiosa ou política. VIOLÊNCIA ALEATÓRIA Seja o que for que levou Mateen a cometer o massacre, seus atos destacam a dificuldade que o governo americano tem em fazer frente a um novo estilo de terrorismo: atos aleatórios de violência que podem ter sido pelo menos parcialmente inspirados pelo Estado Islâmico, mas não foram orquestrados pelos líderes do grupo. Diferentemente da Al Qaeda, que empreende de preferência operações altamente organizadas e planejadas, o Estado Islâmico incentiva qualquer pessoa a empunhar armas em seu nome e emprega uma campanha sofisticada nas mídias sociais para inspirar ataques futuros por parte de indivíduos instáveis com pouco histórico de adesão ao islã radical. O presidente Barack Obama disse nesta segunda que não há evidências de que o Estado Islâmico tenha arquitetado o ataque de domingo. Isso inseriria o caso de Mateen em um padrão de radicalização doméstica. Autoridades americanas já disseram que as pessoas monitoradas nos Estados Unidos por possíveis vínculos com o EI geralmente têm pouco treinamento em terrorismo e recebem pouco apoio externo. Isso significa que frustrar um ataque inspirado pelo Estado Islâmico é menos como impedir um ato tradicional de terrorismo e mais como tentar prevenir um ataque a tiros numa escola ou cinema. O ATIRADOR Filho de imigrantes afegãos, Omar Mateen nasceu em Nova York em 1986. Em 1991 sua família se mudou para a Flórida, onde ele passou uma infância e adolescência tranquilas na área de Port St. Lucie, na costa leste do Estado. Ainda criança, fez amizades numa mesquita local, em partidas de basquete e jogando videogames. No colegial e na faculdade, Mateen teve vários empregos. Em documentos judiciais ligados a uma mudança de nome em 2006 —de Omar Mir Seddique para Omar Mir Seddique Mateen—, ele disse que teve oito empregos em quatro anos, desde balconista numa mercearia até vendedor numa loja de informática. Mateen obteve um diploma de tecnologia de justiça criminal da Indian River State College em 2006, o mesmo ano em que começou a trabalhar para o Departamento Correcional da Flórida, num presídio a oeste de Port St. Lucie. Ele deixou esse emprego seis meses mais tarde; menos de seis meses depois, estava trabalhando para a G4S, uma empresa de segurança privada que tem contratos grandes com o governo para trabalhos nos EUA e fora do país. Durante os anos em que trabalhou para a companhia, Mateen foi segurança de pelo menos dois lugares: o clube de golfe PGA Village e o complexo do tribunal do condado de St. Lucie. ATENÇÃO DO FBI Ele chamou a atenção do FBI em 2013, quando alguns de seus colegas de trabalho o denunciaram por fazer declarações inflamatórias dizendo que tinha ligações com terroristas no exterior e que esperava que o FBI invadisse a casa de sua família para que ele pudesse tornar-se um mártir. O FBI abriu uma investigação e pôs Mateen numa lista de vigilância de possíveis suspeitos de terrorismo, onde permaneceu por quase um ano. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, o diretor do FBI, James Comey, disse que agentes utilizaram vários métodos para investigar Mateen, incluindo enviar um informante secreto que fez contato com o suspeito, grampeando as conversas que tiveram e vasculhando seus papéis pessoais e financeiros. O FBI também teria pedido ajuda às autoridades de inteligência sauditas para saber mais sobre as viagens que Mateen fez à Arábia Saudita em 2011 e 2012 para o Umrah, uma peregrinação sagrada a Meca feita por muçulmanos. Mais de 11 mil americanos por ano fazem peregrinações a Meca, e Comey disse que o FBI não encontrou nenhuma informação "depreciativa" sobre as viagens de Mateen. Em entrevistas a agentes do FBI, disse Comey, Mateen falou que tinha feito as declarações incendiárias em um momento de raiva porque seus colegas de trabalho o tinham ridicularizado por ser muçulmano e ele quis amedrontá-los. O FBI encerrou a investigação e tirou o nome dele da lista de suspeitos de terrorismo. Dois meses mais tarde, porém, em julho de 2014, o nome de Mateen voltou a aparecer, dessa vez em conexão com o jovem da Flórida, Moner Mohammad Abusalha, que tinha viajado para a Síria e realizado o ataque suicida contra o restaurante. Durante essa investigação, agentes do FBI ficaram sabendo que Abusalha e Mateen tinham frequentado a mesma mesquita e se conheciam "casualmente", disse Comey. O FBI entrevistou Mateen uma terceira vez, mas determinou que suas ligações com o terrorista suicida não eram significativas. Depois disso, não teve mais contato com Mateen. Comey defendeu o trabalho de seus agentes. Mas nas próximas semanas é provável que o modo como o FBI lidou com Mateen seja examinado de perto e criticado. Mesmo assim, casos como esses irritam agentes de contraterrorismo do FBI. Eles dizem que são criticados por qualquer escolha que fizerem: ou por deixar casos abertos por tempo demais ou por encerrar casos por insuficiência de evidências. Dan Borelli, supervisor aposentado de contraterrorismo do FBI em Nova York, disse que é perigoso criticar agentes que encerram investigações por falta de evidências. "Devemos deixar que seu futuro seja afetado, se não há base comprovada para isso? Esse é o reverso da moeda aqui", ele disse. O pai de Omar Mateen, Seddique Mir Mateen, afirmou inequivocamente nesta segunda que seu filho cometeu "um ato de terrorismo". Mas ele e outros membros da família disseram que ainda não entendem por que um jovem que nunca foi especialmente religioso agora esteja sendo vinculado à ideologia assassina do Estado Islâmico. Disseram que, neste momento, não têm explicações a oferecer. "Por que ele fez isso?" indagou o pai de Mateen. "Ele nasceu na América. Estudou na América. Fez faculdade. Por que ele fez isso? Estou tão perplexo quanto vocês." Tradução de CLARA ALLAIN
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Examinado 2 vezes pelo FBI, atirador de Orlando expõe brechas legaisEm maio de 2014, quando um jovem americano da Flórida conduziu um caminhão carregado de explosivos e o jogou contra um restaurante na Síria, agentes do FBI vasculharam seus posts on-line e entrevistaram seus contatos na Flórida, num esforço para determinar se alguém poderia tentar lançar um ataque semelhante nos EUA, e, caso sim, quem. Uma das pessoas com quem o FBI conversou foi Omar Mateen, jovem segurança de uma cidade vizinha que tinha frequentado a mesma mesquita que o responsável pelo ataque suicida e figurara numa lista de possíveis suspeitos de terrorismo a serem vigiados, devido a comentários incendiários feitos em certa ocasião a colegas de trabalho num tribunal local. Mas, não tendo encontrado qualquer evidência de que Mateen representasse uma ameaça terrorista à sua comunidade, o FBI deixou de vigiá-lo pouco depois. Essa conclusão esperançosa foi exposta como injustificada com o espasmo de violência sanguinária na madrugada de domingo (12), quando Mateen matou 49 pessoas numa boate em Orlando, Flórida, antes de ser morto por policiais que invadiram o local para pôr fim à chacina. CONTROLE DE ARMAS NOS EUA - Maior controle, em % CONTROLE DE ARMAS NOS EUA - Direito ao porte, em % Os acontecimentos terríveis na boate Pulse deixaram familiares, vizinhos e investigadores federais buscando pistas sobre o que pode ter levado Mateen, 29, a cometer essa violência indizível. CONTRADIÇÕES A investigação governamental pode levar meses, mas um olhar inicial sobre a vida de Omar Mateen revela uma série de contradições. Ele era um homem que podia ser charmoso, gostava de música afegã e curtia dançar em cerimônias familiares, mas que também era violentamente agressivo. Familiares dele disseram que Mateen não era muito religioso, mas era rígido e conservador, considerando que sua mulher deveria ficar principalmente em casa. O diretor do FBI disse nesta segunda-feira (13) que Mateen no passado disse ter vínculos tanto com a Al Qaeda quanto com o Hizbollah, dois grupos radicais que se opõem violentamente. Investigadores agora precisam tentar discernir até que ponto a chacina foi obra de um homem profundamente perturbado, como Mateen foi descrito por sua ex-mulher e outras pessoas, e até que ponto foi movida por ideologia religiosa ou política. VIOLÊNCIA ALEATÓRIA Seja o que for que levou Mateen a cometer o massacre, seus atos destacam a dificuldade que o governo americano tem em fazer frente a um novo estilo de terrorismo: atos aleatórios de violência que podem ter sido pelo menos parcialmente inspirados pelo Estado Islâmico, mas não foram orquestrados pelos líderes do grupo. Diferentemente da Al Qaeda, que empreende de preferência operações altamente organizadas e planejadas, o Estado Islâmico incentiva qualquer pessoa a empunhar armas em seu nome e emprega uma campanha sofisticada nas mídias sociais para inspirar ataques futuros por parte de indivíduos instáveis com pouco histórico de adesão ao islã radical. O presidente Barack Obama disse nesta segunda que não há evidências de que o Estado Islâmico tenha arquitetado o ataque de domingo. Isso inseriria o caso de Mateen em um padrão de radicalização doméstica. Autoridades americanas já disseram que as pessoas monitoradas nos Estados Unidos por possíveis vínculos com o EI geralmente têm pouco treinamento em terrorismo e recebem pouco apoio externo. Isso significa que frustrar um ataque inspirado pelo Estado Islâmico é menos como impedir um ato tradicional de terrorismo e mais como tentar prevenir um ataque a tiros numa escola ou cinema. O ATIRADOR Filho de imigrantes afegãos, Omar Mateen nasceu em Nova York em 1986. Em 1991 sua família se mudou para a Flórida, onde ele passou uma infância e adolescência tranquilas na área de Port St. Lucie, na costa leste do Estado. Ainda criança, fez amizades numa mesquita local, em partidas de basquete e jogando videogames. No colegial e na faculdade, Mateen teve vários empregos. Em documentos judiciais ligados a uma mudança de nome em 2006 —de Omar Mir Seddique para Omar Mir Seddique Mateen—, ele disse que teve oito empregos em quatro anos, desde balconista numa mercearia até vendedor numa loja de informática. Mateen obteve um diploma de tecnologia de justiça criminal da Indian River State College em 2006, o mesmo ano em que começou a trabalhar para o Departamento Correcional da Flórida, num presídio a oeste de Port St. Lucie. Ele deixou esse emprego seis meses mais tarde; menos de seis meses depois, estava trabalhando para a G4S, uma empresa de segurança privada que tem contratos grandes com o governo para trabalhos nos EUA e fora do país. Durante os anos em que trabalhou para a companhia, Mateen foi segurança de pelo menos dois lugares: o clube de golfe PGA Village e o complexo do tribunal do condado de St. Lucie. ATENÇÃO DO FBI Ele chamou a atenção do FBI em 2013, quando alguns de seus colegas de trabalho o denunciaram por fazer declarações inflamatórias dizendo que tinha ligações com terroristas no exterior e que esperava que o FBI invadisse a casa de sua família para que ele pudesse tornar-se um mártir. O FBI abriu uma investigação e pôs Mateen numa lista de vigilância de possíveis suspeitos de terrorismo, onde permaneceu por quase um ano. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, o diretor do FBI, James Comey, disse que agentes utilizaram vários métodos para investigar Mateen, incluindo enviar um informante secreto que fez contato com o suspeito, grampeando as conversas que tiveram e vasculhando seus papéis pessoais e financeiros. O FBI também teria pedido ajuda às autoridades de inteligência sauditas para saber mais sobre as viagens que Mateen fez à Arábia Saudita em 2011 e 2012 para o Umrah, uma peregrinação sagrada a Meca feita por muçulmanos. Mais de 11 mil americanos por ano fazem peregrinações a Meca, e Comey disse que o FBI não encontrou nenhuma informação "depreciativa" sobre as viagens de Mateen. Em entrevistas a agentes do FBI, disse Comey, Mateen falou que tinha feito as declarações incendiárias em um momento de raiva porque seus colegas de trabalho o tinham ridicularizado por ser muçulmano e ele quis amedrontá-los. O FBI encerrou a investigação e tirou o nome dele da lista de suspeitos de terrorismo. Dois meses mais tarde, porém, em julho de 2014, o nome de Mateen voltou a aparecer, dessa vez em conexão com o jovem da Flórida, Moner Mohammad Abusalha, que tinha viajado para a Síria e realizado o ataque suicida contra o restaurante. Durante essa investigação, agentes do FBI ficaram sabendo que Abusalha e Mateen tinham frequentado a mesma mesquita e se conheciam "casualmente", disse Comey. O FBI entrevistou Mateen uma terceira vez, mas determinou que suas ligações com o terrorista suicida não eram significativas. Depois disso, não teve mais contato com Mateen. Comey defendeu o trabalho de seus agentes. Mas nas próximas semanas é provável que o modo como o FBI lidou com Mateen seja examinado de perto e criticado. Mesmo assim, casos como esses irritam agentes de contraterrorismo do FBI. Eles dizem que são criticados por qualquer escolha que fizerem: ou por deixar casos abertos por tempo demais ou por encerrar casos por insuficiência de evidências. Dan Borelli, supervisor aposentado de contraterrorismo do FBI em Nova York, disse que é perigoso criticar agentes que encerram investigações por falta de evidências. "Devemos deixar que seu futuro seja afetado, se não há base comprovada para isso? Esse é o reverso da moeda aqui", ele disse. O pai de Omar Mateen, Seddique Mir Mateen, afirmou inequivocamente nesta segunda que seu filho cometeu "um ato de terrorismo". Mas ele e outros membros da família disseram que ainda não entendem por que um jovem que nunca foi especialmente religioso agora esteja sendo vinculado à ideologia assassina do Estado Islâmico. Disseram que, neste momento, não têm explicações a oferecer. "Por que ele fez isso?" indagou o pai de Mateen. "Ele nasceu na América. Estudou na América. Fez faculdade. Por que ele fez isso? Estou tão perplexo quanto vocês." Tradução de CLARA ALLAIN
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Investimento da fabricante do iPhone no Brasil fica aquém das promessas
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Quando a taiwanesa Foxconn Technology acertou em abril de 2011 que fabricaria produtos da Apple no país, a presidente Dilma Rousseff e seus conselheiros prometeram que US$ 12 bilhões em investimentos nos próximos seis anos transformariam o setor de tecnologia brasileiro e o colocariam na vanguarda do desenvolvimento de telas sensíveis ao toque. Uma nova cadeia de suprimentos seria criada, gerando empregos de alta qualidade e derrubando os preços de cobiçados aparelhos eletrônicos. Quatro anos depois, no entanto, nada disso se tornou realidade. A Foxconn criou apenas uma pequena fração dos 100 mil empregos que o governo projetou, e a maior parte das vagas é de baixa qualificação. Há poucos sinais de que tenha sido catalisadora do setor de tecnologia brasileiro ou criado uma cadeia de suprimentos local. Os iPhones agora produzidos perto de São Paulo, os únicos feitos fora da China, custam aproximadamente US$ 1.000 para o iPhone 5S de 32 gigabytes sem contrato –entre os maiores valores do mundo e cerca de duas vezes o preço nos Estados Unidos. O fato de o Brasil ter tão pouco a mostrar sobre os investimentos da Foxconn indica a fraqueza de sua política industrial, definida por caros incentivos fiscais que levaram a um amplo déficit do governo sem impulsionar o crescimento. A economia brasileira está hoje próxima à recessão e a produtividade da força de trabalho brasileira está estagnada. As vendas de iPhones da Apple no Brasil ainda sobem. As remessas subiram mais de 40%, para 2,9 milhões no ano passado, de acordo com a empresa de pesquisas Gartner. A Apple não quis comentar. Representantes do governo brasileiro e da Foxconn recusaram-se a comentar sobre por que os investimentos ficaram até agora abaixo das projeções iniciais. Enquanto a Foxconn aumentou a montagem de iPhones e iPads no Brasil durante 2012, colhendo benefícios fiscais, a empresa fez compromissos públicos. A companhia previu um investimento inicial de R$ 1 bilhão para criar um parque industrial de produção de componentes local em dois anos. A localização seria Itu, no interior de São Paulo. Hoje, o local permanece vazio. Escavadeiras começaram a nivelar a terra no fim do ano passado. O vereador Givanildo da Silva, que ajudou na doação de aproximadamente 100 acres de terra para a Foxconn, desde então se virou contra o projeto. "As pessoas estão realmente frustradas", disse. "Ainda estamos esperando todos aqueles empregos que até agora são promessas vazias." A prefeitura de Itu disse em comunicado que deu todo o apoio necessário para levar a Foxconn à cidade, recusando-se a informar as razões para o atraso. A companhia disse em comunicado que a fábrica deve se tornar operacional até o fim deste ano, elevando sua força de trabalho a mais de 10 mil funcionários no Brasil, apesar de não fornecer o número atual de postos de empregos ou informar quantos trabalham atualmente nos produtos da Apple. A empresa tem atualmente cinco fábricas no país, que fazem produtos sob contrato para várias companhias de tecnologia, incluindo uma unidade que produz aparelhos da Apple em Jundiaí, a cerca de 50 km de Itu. "A Foxconn continua investindo em nossas operações no Brasil", disse a companhia em comunicado. "Estamos comprometidos com nosso objetivo de introduzir tecnologias inovadoras que permitem a nossos funcionários no Brasil focar em elementos de alto valor agregado." Trabalhadores entrevistados do lado de fora da fábrica em Jundiaí disseram que ainda não há trabalho tão qualificado. "Você ouve 'Foxconn' e 'Apple' e logo pensa que é algo especial. Mas não há glamour lá. É um trabalho sem saída", disse Andressa Silva, 19. Silva testa iPhones na fábrica por cerca de US$ 80 por semana, cerca de US$ 15 acima do salário mínimo. Ela e diversos colegas reclamaram do trabalho monótono e da falta de oportunidades de ascensão. Evandro Oliveira Santos, líder do sindicato local de metalúrgicos, disse à Reuters que a entidade estava organizando uma greve na fábrica. Seria a quarta greve em quatro anos. O sindicato busca melhores condições de trabalho e desenvolvimento profissional para os aproximadamente 3.000 trabalhadores da fábrica. A Foxconn recusou um pedido de visita à fábrica, mas disse em comunicado que trabalha para atender os padrões internacionais, coopera com os sindicatos e ouve a opinião de funcionários.
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tec
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Investimento da fabricante do iPhone no Brasil fica aquém das promessasQuando a taiwanesa Foxconn Technology acertou em abril de 2011 que fabricaria produtos da Apple no país, a presidente Dilma Rousseff e seus conselheiros prometeram que US$ 12 bilhões em investimentos nos próximos seis anos transformariam o setor de tecnologia brasileiro e o colocariam na vanguarda do desenvolvimento de telas sensíveis ao toque. Uma nova cadeia de suprimentos seria criada, gerando empregos de alta qualidade e derrubando os preços de cobiçados aparelhos eletrônicos. Quatro anos depois, no entanto, nada disso se tornou realidade. A Foxconn criou apenas uma pequena fração dos 100 mil empregos que o governo projetou, e a maior parte das vagas é de baixa qualificação. Há poucos sinais de que tenha sido catalisadora do setor de tecnologia brasileiro ou criado uma cadeia de suprimentos local. Os iPhones agora produzidos perto de São Paulo, os únicos feitos fora da China, custam aproximadamente US$ 1.000 para o iPhone 5S de 32 gigabytes sem contrato –entre os maiores valores do mundo e cerca de duas vezes o preço nos Estados Unidos. O fato de o Brasil ter tão pouco a mostrar sobre os investimentos da Foxconn indica a fraqueza de sua política industrial, definida por caros incentivos fiscais que levaram a um amplo déficit do governo sem impulsionar o crescimento. A economia brasileira está hoje próxima à recessão e a produtividade da força de trabalho brasileira está estagnada. As vendas de iPhones da Apple no Brasil ainda sobem. As remessas subiram mais de 40%, para 2,9 milhões no ano passado, de acordo com a empresa de pesquisas Gartner. A Apple não quis comentar. Representantes do governo brasileiro e da Foxconn recusaram-se a comentar sobre por que os investimentos ficaram até agora abaixo das projeções iniciais. Enquanto a Foxconn aumentou a montagem de iPhones e iPads no Brasil durante 2012, colhendo benefícios fiscais, a empresa fez compromissos públicos. A companhia previu um investimento inicial de R$ 1 bilhão para criar um parque industrial de produção de componentes local em dois anos. A localização seria Itu, no interior de São Paulo. Hoje, o local permanece vazio. Escavadeiras começaram a nivelar a terra no fim do ano passado. O vereador Givanildo da Silva, que ajudou na doação de aproximadamente 100 acres de terra para a Foxconn, desde então se virou contra o projeto. "As pessoas estão realmente frustradas", disse. "Ainda estamos esperando todos aqueles empregos que até agora são promessas vazias." A prefeitura de Itu disse em comunicado que deu todo o apoio necessário para levar a Foxconn à cidade, recusando-se a informar as razões para o atraso. A companhia disse em comunicado que a fábrica deve se tornar operacional até o fim deste ano, elevando sua força de trabalho a mais de 10 mil funcionários no Brasil, apesar de não fornecer o número atual de postos de empregos ou informar quantos trabalham atualmente nos produtos da Apple. A empresa tem atualmente cinco fábricas no país, que fazem produtos sob contrato para várias companhias de tecnologia, incluindo uma unidade que produz aparelhos da Apple em Jundiaí, a cerca de 50 km de Itu. "A Foxconn continua investindo em nossas operações no Brasil", disse a companhia em comunicado. "Estamos comprometidos com nosso objetivo de introduzir tecnologias inovadoras que permitem a nossos funcionários no Brasil focar em elementos de alto valor agregado." Trabalhadores entrevistados do lado de fora da fábrica em Jundiaí disseram que ainda não há trabalho tão qualificado. "Você ouve 'Foxconn' e 'Apple' e logo pensa que é algo especial. Mas não há glamour lá. É um trabalho sem saída", disse Andressa Silva, 19. Silva testa iPhones na fábrica por cerca de US$ 80 por semana, cerca de US$ 15 acima do salário mínimo. Ela e diversos colegas reclamaram do trabalho monótono e da falta de oportunidades de ascensão. Evandro Oliveira Santos, líder do sindicato local de metalúrgicos, disse à Reuters que a entidade estava organizando uma greve na fábrica. Seria a quarta greve em quatro anos. O sindicato busca melhores condições de trabalho e desenvolvimento profissional para os aproximadamente 3.000 trabalhadores da fábrica. A Foxconn recusou um pedido de visita à fábrica, mas disse em comunicado que trabalha para atender os padrões internacionais, coopera com os sindicatos e ouve a opinião de funcionários.
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Candidato da OAB na BA tinha 'bomba' de balas de gengibre presa ao corpo
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Preso após ameaçar explodir uma bomba durante a prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Salvador (BA) neste domingo (24), Frank Oliveira da Costa tinha pacotes com balas de gengibre presos ao corpo. Ele entregou-se à polícia após quatro horas de negociação, mas não foram encontrados artefatos explosivos ou armas de fogo com o rapaz. Além das balas presas ao corpo, o candidato carregava uma sacola plástica com roupas dentro. Segundo testemunhas, o rapaz justificou a ameaça afirmando que foi reprovado 18 vezes no exame nos últimos 11 anos. Após render-se, o candidato prestou depoimento na Delegacia de Combate ao Crime Organizado, fez exame de corpo delito, e foi liberado em seguida. Frank Costa entrou às 12h30 em uma das salas do a Unijorge (Centro Universitário Jorge Amado), onde 3.000 pessoas fariam o exame da OAB. Antes da prova começar, ele informou aos demais candidatos que carregava uma bomba e ameaçou explodir a faculdade. O prédio foi evacuado e não houve explosões. Após a ameaça, Frank isolou-se na mesma sala em que faria a prova, no sétimo andar. TUMULTO A pedagoga Joana Matos, 38, que estava na mesma sala de Frank, afirma que ele disse que os candidatos tinham 11 minutos para deixar o prédio antes de explodi-lo. "Foi um pânico total. Todos saíram correndo, houve muita confusão", afirma a pedagoga, que fazia o exame da OAB. A professora Leonísia Fragoso, 30, estava o mesmo andar em que houve a ameaça. Segundo ela, enquanto os candidatos corriam, o homem gritava: "estou dando chance [deles fugirem]". "Foi insano. Vi pessoas sendo pisoteadas, perdendo seus pertences que ficaram pelo caminho", afirma. Na fuga, a estudante Carime Souza, 28, deixou celular, bolsa e carteira na sala. O autônomo Fernando Portela, 32, feriu-se no braço após ser imprensado na parede durante a saída dos candidatos do prédio. Pessoas saindo correndo após ameaça de bomba durante prova da OAB, em Salvador SUSPENSÃO Presidente da OAB na Bahia, Luiz Viana Queiroz classificou o ato como "atípico" e "lamentável". E confirmou que a prova foi suspensa em Salvador. "A coordenação nacional vai adotar medidas para que nenhum candidato seja prejudicado", disse Queiroz. A Fundação Getúlio Vargas, que organiza o exame, também confirmou a suspensão da prova. Em nota, a Unijorge confirmou o incidente e afirmou que não houve mortos, feridos ou reféns no prédio da faculdade.
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cotidiano
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Candidato da OAB na BA tinha 'bomba' de balas de gengibre presa ao corpoPreso após ameaçar explodir uma bomba durante a prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Salvador (BA) neste domingo (24), Frank Oliveira da Costa tinha pacotes com balas de gengibre presos ao corpo. Ele entregou-se à polícia após quatro horas de negociação, mas não foram encontrados artefatos explosivos ou armas de fogo com o rapaz. Além das balas presas ao corpo, o candidato carregava uma sacola plástica com roupas dentro. Segundo testemunhas, o rapaz justificou a ameaça afirmando que foi reprovado 18 vezes no exame nos últimos 11 anos. Após render-se, o candidato prestou depoimento na Delegacia de Combate ao Crime Organizado, fez exame de corpo delito, e foi liberado em seguida. Frank Costa entrou às 12h30 em uma das salas do a Unijorge (Centro Universitário Jorge Amado), onde 3.000 pessoas fariam o exame da OAB. Antes da prova começar, ele informou aos demais candidatos que carregava uma bomba e ameaçou explodir a faculdade. O prédio foi evacuado e não houve explosões. Após a ameaça, Frank isolou-se na mesma sala em que faria a prova, no sétimo andar. TUMULTO A pedagoga Joana Matos, 38, que estava na mesma sala de Frank, afirma que ele disse que os candidatos tinham 11 minutos para deixar o prédio antes de explodi-lo. "Foi um pânico total. Todos saíram correndo, houve muita confusão", afirma a pedagoga, que fazia o exame da OAB. A professora Leonísia Fragoso, 30, estava o mesmo andar em que houve a ameaça. Segundo ela, enquanto os candidatos corriam, o homem gritava: "estou dando chance [deles fugirem]". "Foi insano. Vi pessoas sendo pisoteadas, perdendo seus pertences que ficaram pelo caminho", afirma. Na fuga, a estudante Carime Souza, 28, deixou celular, bolsa e carteira na sala. O autônomo Fernando Portela, 32, feriu-se no braço após ser imprensado na parede durante a saída dos candidatos do prédio. Pessoas saindo correndo após ameaça de bomba durante prova da OAB, em Salvador SUSPENSÃO Presidente da OAB na Bahia, Luiz Viana Queiroz classificou o ato como "atípico" e "lamentável". E confirmou que a prova foi suspensa em Salvador. "A coordenação nacional vai adotar medidas para que nenhum candidato seja prejudicado", disse Queiroz. A Fundação Getúlio Vargas, que organiza o exame, também confirmou a suspensão da prova. Em nota, a Unijorge confirmou o incidente e afirmou que não houve mortos, feridos ou reféns no prédio da faculdade.
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Temer pode consertar o Brasil, afirma jornal britânico 'The Guardian'
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O jornal britânico "The Guardian" publicou, neste domingo (3), um perfil do vice-presidente Michel Temer no qual chama o peemedebista, no título, de "o homem que pode consertar o Brasil". O texto afirma ainda que o país "vê esperança de salvação" nele. Uma segunda versão do título da reportagem, no site do jornal, fazia a pergunta: "O fazedor de reis cotado para tomar o trono: um 'golpe' de Temer vai dividir ou unir o Brasil?" A reportagem afirma que, "para os desesperados por mudança", Temer "representa salvação". Mas que, para os preocupados com a "frágil" democracia brasileira, ele é o autor do golpe contra a presidente Dilma Rousseff. "Ninguém, no entanto, tem dúvidas que os recentes eventos o colocam em uma posição poderosa", diz o "Guardian". De acordo com a publicação, o vice ganhou importância nos últimos dias, principalmente desde o desembarque do PMDB do governo Dilma. O texto diz ainda que o político é o líder de um partido conhecido por sua falta de fidelidade e seu apoio a diferentes governos brasileiros. A reportagem se dedica ainda a comentar a aparência de Temer, chamando-o de "figura gótica" de cabelos grisalhos, e para o fato de sua mulher, Marcela, ser 40 anos mais jovem e "consideravelmente mais alta" que o vice-presidente.
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poder
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Temer pode consertar o Brasil, afirma jornal britânico 'The Guardian'O jornal britânico "The Guardian" publicou, neste domingo (3), um perfil do vice-presidente Michel Temer no qual chama o peemedebista, no título, de "o homem que pode consertar o Brasil". O texto afirma ainda que o país "vê esperança de salvação" nele. Uma segunda versão do título da reportagem, no site do jornal, fazia a pergunta: "O fazedor de reis cotado para tomar o trono: um 'golpe' de Temer vai dividir ou unir o Brasil?" A reportagem afirma que, "para os desesperados por mudança", Temer "representa salvação". Mas que, para os preocupados com a "frágil" democracia brasileira, ele é o autor do golpe contra a presidente Dilma Rousseff. "Ninguém, no entanto, tem dúvidas que os recentes eventos o colocam em uma posição poderosa", diz o "Guardian". De acordo com a publicação, o vice ganhou importância nos últimos dias, principalmente desde o desembarque do PMDB do governo Dilma. O texto diz ainda que o político é o líder de um partido conhecido por sua falta de fidelidade e seu apoio a diferentes governos brasileiros. A reportagem se dedica ainda a comentar a aparência de Temer, chamando-o de "figura gótica" de cabelos grisalhos, e para o fato de sua mulher, Marcela, ser 40 anos mais jovem e "consideravelmente mais alta" que o vice-presidente.
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Após pedir saída de Del Nero, Tite diz que ajuda mais como técnico do Brasil
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O técnico Tite foi apresentado nesta segunda-feira (20) como o novo técnico da seleção brasileira. Em sua primeira entrevista como treinador da equipe nacional, ele foi perguntado sobre o manifesto que assinou pedindo a renúncia de Marco Polo Del Nero da presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), em dezembro de 2015. O manifesto contou com o apoio de mais de cem personalidades, incluindo técnicos, atletas, ex-atletas, artistas e jornalistas. Além de Tite, os técnicos Zico, Dorival Junior e Paulo Autuori e os ex-jogadores Pelé, Rogério Ceni e Alex também assinaram o documento batizado de "Manifesto por uma nova CBF". "A minha atividade e o convite que me foi feito foi para ser técnico da seleção brasileira de futebol. Entendo que essa atribuição é a melhor maneira que eu tenho para contribuir com o que tenho de ideia para minha vida", afirmou Tite. "Transparência, democratização, excelência, modernidade... Isso permanece como conceito em todas as áreas. São meus princípios. Esta é a forma que eu penso e trago para o futebol. O meu legado pode falar a respeito", afirmou o treinador. O movimento foi organizado por jogadores que integram o Bom Senso FC, como Paulo André, e a ONG Atletas, que tem a ex-jogadora de vôlei Ana Moser e o ex-são-paulino Raí como diretores. "Respeito as posições contrárias, mas já coloquei que me foi dada uma atribuição com a seleção e é a melhor maneira de contribuir", afirmou Tite quando perguntado pela segunda vez sobre o assunto. NOVA CARA O treinador disse que vai construir a nova seleção com base nas características dos jogadores convocados. O seu primeiro jogo no comando da equipe acontece em agosto, contra o Equador, fora de casa, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, na Rússia. "[A seleção] não tem que ter a cara do Tite. Tem que ter a cara do Brasil. Seria pretensioso da minha parte. É a nossa cara, da característica dos atletas. Ter muita transição, rapidez com a base da seleção. Ajustar e potencializar. Essa é minha função", afirmou o treinador. O técnico pensa até em fazer um rodízio de capitães. Atualmente, o atacante Neymar ostenta a faixa. "Temos uma ideia de capitania. Podemos divergir de ideias, é da vida, mas com respeito. Todos têm uma responsabilidade por cima da performance. Todos vencem. Essa é a grande marca de uma equipe de futebol. Essa mudança de capitania traz isso", afirmou. Apesar dos resultados recentes, como a eliminação na primeira fase da Copa América Centenário, Tite elogiou a atual geração de jogadores do Brasil. "Grandes atletas, jogadores de qualidade técnica, com potencial de crescimento. Neymar é um astro, mas tem uma série de jogadores com potencial de crescimento muito grande". O treinador admitiu ainda que a seleção corre o risco de ficar fora da Copa do Mundo de 2018. Após seis rodadas, o time ocupa a sexta colocação nas eliminatórias, fora da zona de classificação para o Mundial –apenas os quatro primeiros se classificam, sendo que o quinto vai para uma repescagem. "O foco é a classificação para o Mundial. E nós não estamos na zona de classificação. Mas claro que se corre o risco [de ficar fora da Copa]. É um fato real. Mas há uma qualidade de trabalho de reajuste de crescimento para que a gente busque a classificação", afirmou.
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esporte
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Após pedir saída de Del Nero, Tite diz que ajuda mais como técnico do BrasilO técnico Tite foi apresentado nesta segunda-feira (20) como o novo técnico da seleção brasileira. Em sua primeira entrevista como treinador da equipe nacional, ele foi perguntado sobre o manifesto que assinou pedindo a renúncia de Marco Polo Del Nero da presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), em dezembro de 2015. O manifesto contou com o apoio de mais de cem personalidades, incluindo técnicos, atletas, ex-atletas, artistas e jornalistas. Além de Tite, os técnicos Zico, Dorival Junior e Paulo Autuori e os ex-jogadores Pelé, Rogério Ceni e Alex também assinaram o documento batizado de "Manifesto por uma nova CBF". "A minha atividade e o convite que me foi feito foi para ser técnico da seleção brasileira de futebol. Entendo que essa atribuição é a melhor maneira que eu tenho para contribuir com o que tenho de ideia para minha vida", afirmou Tite. "Transparência, democratização, excelência, modernidade... Isso permanece como conceito em todas as áreas. São meus princípios. Esta é a forma que eu penso e trago para o futebol. O meu legado pode falar a respeito", afirmou o treinador. O movimento foi organizado por jogadores que integram o Bom Senso FC, como Paulo André, e a ONG Atletas, que tem a ex-jogadora de vôlei Ana Moser e o ex-são-paulino Raí como diretores. "Respeito as posições contrárias, mas já coloquei que me foi dada uma atribuição com a seleção e é a melhor maneira de contribuir", afirmou Tite quando perguntado pela segunda vez sobre o assunto. NOVA CARA O treinador disse que vai construir a nova seleção com base nas características dos jogadores convocados. O seu primeiro jogo no comando da equipe acontece em agosto, contra o Equador, fora de casa, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, na Rússia. "[A seleção] não tem que ter a cara do Tite. Tem que ter a cara do Brasil. Seria pretensioso da minha parte. É a nossa cara, da característica dos atletas. Ter muita transição, rapidez com a base da seleção. Ajustar e potencializar. Essa é minha função", afirmou o treinador. O técnico pensa até em fazer um rodízio de capitães. Atualmente, o atacante Neymar ostenta a faixa. "Temos uma ideia de capitania. Podemos divergir de ideias, é da vida, mas com respeito. Todos têm uma responsabilidade por cima da performance. Todos vencem. Essa é a grande marca de uma equipe de futebol. Essa mudança de capitania traz isso", afirmou. Apesar dos resultados recentes, como a eliminação na primeira fase da Copa América Centenário, Tite elogiou a atual geração de jogadores do Brasil. "Grandes atletas, jogadores de qualidade técnica, com potencial de crescimento. Neymar é um astro, mas tem uma série de jogadores com potencial de crescimento muito grande". O treinador admitiu ainda que a seleção corre o risco de ficar fora da Copa do Mundo de 2018. Após seis rodadas, o time ocupa a sexta colocação nas eliminatórias, fora da zona de classificação para o Mundial –apenas os quatro primeiros se classificam, sendo que o quinto vai para uma repescagem. "O foco é a classificação para o Mundial. E nós não estamos na zona de classificação. Mas claro que se corre o risco [de ficar fora da Copa]. É um fato real. Mas há uma qualidade de trabalho de reajuste de crescimento para que a gente busque a classificação", afirmou.
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6 programas para curtir o feriado com as crianças
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A cidade de São Paulo completa 426 anos nesta segunda-feira (25) –por isso, celebrações e eventos se espalharão por todos os cantos da capital. Confira seis programas para crianças, de patinação no gelo, oficinas de teatro a espetáculos de circo. Várias dos programas são gratuitos. * O projeto BuZum!, que faz apresentações com teatro de bonecos, irá se apresentar no Teatro Mirante 9 de Julho, com o espetáculo "Máquinas". A companhia também ministrará oficinas de teatro de papel para crianças em vários horários ao longo do dia, com duração de uma hora. QUANDO dia 25/1, às 11h, 12h, 14h, 15h e 16h; oficinas às 11h, 12h, 14h e 15h. ONDE Mirante 9 de Julho - r. Carlos Comenale, s/nº, Bela Vista QUANTO grátis A pista de patinação no gelo do shopping Market Place ficará aberta no feriado do aniversário de São Paulo e segue funcionando até o dia 28 de fevereiro. O ringue do local tem 111 m² e monitores auxiliam os participantes, que podem patinar por 30 minutos. QUANDO até 28/2; de segunda a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 12h às 22h ONDE shopping Market Place - av. Dr. Chucri Zaidan, 902 QUANTO R$ 40, por 30 minutos O Espaço Olavo Setubal, no Itaú Cultural, oferece uma viagem pela história do Brasil, por meio de seu acervo com mais de mil obras raras. O espaço, que existe desde 2014, receberá até o fim de janeiro visitas guiadas e interativas. Há obras de artistas como como Frans Post, Rugendas e Debret, além das primeiras edições de escritores como Machado de Assis e Castro Alves. ONDE Espaço Olavo Setubal/Itaú Cultural - av. Paulista, 149 - 4º e 5º andar QUANDO até 31/1; sáb. e dom., das 16h às 17h; expecionalmente no dia 25, também das 16h às 17h QUANTO grátis O Sesc Santana recebe a peça com números circenses "A Lenda Mágica" e a intervenção "Malabares com Bolas de Contato". Os dois espetáculos remetem aos tradicionais números de mágicas e malabares. QUANDO dia 25/1; às 14h ("A Lenda Mágica") e às 15h30 ("Malabares com Bolas de Contato") ONDE Sesc Santana - av. Luiz Dumont Villares, 579 - Jd. São Paulo QUANTO grátis Assim como a cidade de São Paulo, a Pinacoteca também comemora seu aniversário no dia 25. Fundada em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, o espaço completa 110 anos, sendo o museu mais antigo da cidade. A Pinacoteca promoverá um dia de atividades, com exibição de filmes nacionais, jogos educativos e o lançamento de uma nova exposição. A praça da Luz, ao lado do museu, também contará com a presença de diferentes opções de food truck. Veja a programação completa no site. QUANDO dia 25/1, das 10h às 18h ONDE praça da Luz QUANTO grátis Pais e filhos poderão aproveitar oficinas e atividades lúdicas do Verão Nick no Catavento Cultural e Educacional, museu de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. As atividades incluem pintura, basquete e encontro com os personagens Bob Esponja e Patrick. Os visitantes também podem visitar o acervo fixo do espaço, com 250 instalações. Veja mais informações aqui. QUANDO 25/1 ONDE Catavento Cultural e Educacional - pça. Cívica Ulisses Guimarães, s/nº, Centro QUANTO de R$ 6 a R$ 12
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6 programas para curtir o feriado com as criançasA cidade de São Paulo completa 426 anos nesta segunda-feira (25) –por isso, celebrações e eventos se espalharão por todos os cantos da capital. Confira seis programas para crianças, de patinação no gelo, oficinas de teatro a espetáculos de circo. Várias dos programas são gratuitos. * O projeto BuZum!, que faz apresentações com teatro de bonecos, irá se apresentar no Teatro Mirante 9 de Julho, com o espetáculo "Máquinas". A companhia também ministrará oficinas de teatro de papel para crianças em vários horários ao longo do dia, com duração de uma hora. QUANDO dia 25/1, às 11h, 12h, 14h, 15h e 16h; oficinas às 11h, 12h, 14h e 15h. ONDE Mirante 9 de Julho - r. Carlos Comenale, s/nº, Bela Vista QUANTO grátis A pista de patinação no gelo do shopping Market Place ficará aberta no feriado do aniversário de São Paulo e segue funcionando até o dia 28 de fevereiro. O ringue do local tem 111 m² e monitores auxiliam os participantes, que podem patinar por 30 minutos. QUANDO até 28/2; de segunda a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 12h às 22h ONDE shopping Market Place - av. Dr. Chucri Zaidan, 902 QUANTO R$ 40, por 30 minutos O Espaço Olavo Setubal, no Itaú Cultural, oferece uma viagem pela história do Brasil, por meio de seu acervo com mais de mil obras raras. O espaço, que existe desde 2014, receberá até o fim de janeiro visitas guiadas e interativas. Há obras de artistas como como Frans Post, Rugendas e Debret, além das primeiras edições de escritores como Machado de Assis e Castro Alves. ONDE Espaço Olavo Setubal/Itaú Cultural - av. Paulista, 149 - 4º e 5º andar QUANDO até 31/1; sáb. e dom., das 16h às 17h; expecionalmente no dia 25, também das 16h às 17h QUANTO grátis O Sesc Santana recebe a peça com números circenses "A Lenda Mágica" e a intervenção "Malabares com Bolas de Contato". Os dois espetáculos remetem aos tradicionais números de mágicas e malabares. QUANDO dia 25/1; às 14h ("A Lenda Mágica") e às 15h30 ("Malabares com Bolas de Contato") ONDE Sesc Santana - av. Luiz Dumont Villares, 579 - Jd. São Paulo QUANTO grátis Assim como a cidade de São Paulo, a Pinacoteca também comemora seu aniversário no dia 25. Fundada em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, o espaço completa 110 anos, sendo o museu mais antigo da cidade. A Pinacoteca promoverá um dia de atividades, com exibição de filmes nacionais, jogos educativos e o lançamento de uma nova exposição. A praça da Luz, ao lado do museu, também contará com a presença de diferentes opções de food truck. Veja a programação completa no site. QUANDO dia 25/1, das 10h às 18h ONDE praça da Luz QUANTO grátis Pais e filhos poderão aproveitar oficinas e atividades lúdicas do Verão Nick no Catavento Cultural e Educacional, museu de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. As atividades incluem pintura, basquete e encontro com os personagens Bob Esponja e Patrick. Os visitantes também podem visitar o acervo fixo do espaço, com 250 instalações. Veja mais informações aqui. QUANDO 25/1 ONDE Catavento Cultural e Educacional - pça. Cívica Ulisses Guimarães, s/nº, Centro QUANTO de R$ 6 a R$ 12
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Conselho de Segurança exige que houthis deixem o poder no Iêmen
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O Conselho de Segurança (CS) da ONU exigiu neste domingo (15) que os rebeldes houthis deixem o poder no Iêmen e negociem com as outras forças políticas uma saída para a crise no país. Em uma resolução aprovada por unanimidade, o principal órgão de decisão das Nações Unidas exigiu que os houthis, "de forma imediata e incondicional", voltem à mesa de diálogo promovida pela ONU, retirem suas forças dos edifícios governamentais e libertem o presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi e a outros líderes políticos que estão em prisão domiciliar. Em caso de descumprimento, o texto ameaça com a imposição de "medidas adicionais" que poderiam ser sanções, mas não com base no capítulo 7 da Carta da ONU, que abre a porta para o uso da força, apesar dos pedidos do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG). Trata-se da primeira resolução aprovada pelo Conselho de Segurança desde que os milicianos rebeldes tomaram o controle do Iêmen e decretaram no último dia 6 a dissolução do parlamento e a formação de um Conselho Presidencial transitório. No texto, os membros do CS condenam essas ações e defendem a volta ao roteiro estipulado sob mediação do CCG para a realização de uma transição democrática no país. O Conselho de Segurança pede a todas as partes, especialmente aos houthis, que sigam em frente com esse processo e acabem com a violência, além de solicitar a todos os países que evitem qualquer tipo de interferência no conflito. A resolução 2201 determina que a ONU está disposta a tomar medidas caso não ocorram avanços para a solução da crise. Em novembro do ano passado, o Conselho de Segurança já aprovou sanções contra o ex-presidente Ali Abdullah Saleh e dois líderes rebeldes houthis por ameaçarem a paz e a segurança e dificultarem a transição política. Esta semana, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, advertiu que o Iêmen "está se afundando" diante dos olhos da comunidade internacional e pediu que ações fossem tomadas. O Conselho de Segurança negociou nos últimos dias o texto aprovado hoje, redigido por Jordânia e Reino Unido, e convocou uma reunião de urgência para votá-lo neste domingo. Estados Unidos, Espanha, Grã-Bretanha, França, Itália, Holanda, União Europeia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, entre outros, fecharam suas embaixadas no Iêmen nos últimos dias devido à deterioração da situação política e de segurança no país.
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Conselho de Segurança exige que houthis deixem o poder no IêmenO Conselho de Segurança (CS) da ONU exigiu neste domingo (15) que os rebeldes houthis deixem o poder no Iêmen e negociem com as outras forças políticas uma saída para a crise no país. Em uma resolução aprovada por unanimidade, o principal órgão de decisão das Nações Unidas exigiu que os houthis, "de forma imediata e incondicional", voltem à mesa de diálogo promovida pela ONU, retirem suas forças dos edifícios governamentais e libertem o presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi e a outros líderes políticos que estão em prisão domiciliar. Em caso de descumprimento, o texto ameaça com a imposição de "medidas adicionais" que poderiam ser sanções, mas não com base no capítulo 7 da Carta da ONU, que abre a porta para o uso da força, apesar dos pedidos do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG). Trata-se da primeira resolução aprovada pelo Conselho de Segurança desde que os milicianos rebeldes tomaram o controle do Iêmen e decretaram no último dia 6 a dissolução do parlamento e a formação de um Conselho Presidencial transitório. No texto, os membros do CS condenam essas ações e defendem a volta ao roteiro estipulado sob mediação do CCG para a realização de uma transição democrática no país. O Conselho de Segurança pede a todas as partes, especialmente aos houthis, que sigam em frente com esse processo e acabem com a violência, além de solicitar a todos os países que evitem qualquer tipo de interferência no conflito. A resolução 2201 determina que a ONU está disposta a tomar medidas caso não ocorram avanços para a solução da crise. Em novembro do ano passado, o Conselho de Segurança já aprovou sanções contra o ex-presidente Ali Abdullah Saleh e dois líderes rebeldes houthis por ameaçarem a paz e a segurança e dificultarem a transição política. Esta semana, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, advertiu que o Iêmen "está se afundando" diante dos olhos da comunidade internacional e pediu que ações fossem tomadas. O Conselho de Segurança negociou nos últimos dias o texto aprovado hoje, redigido por Jordânia e Reino Unido, e convocou uma reunião de urgência para votá-lo neste domingo. Estados Unidos, Espanha, Grã-Bretanha, França, Itália, Holanda, União Europeia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, entre outros, fecharam suas embaixadas no Iêmen nos últimos dias devido à deterioração da situação política e de segurança no país.
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Bebê é encontrado vivo em rio gelado 14 horas após acidente de carro
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Uma menina de 18 meses sobreviveu a um acidente de carro que a deixou presa em um dos assentos, de cabeça para baixo, e dentro de um rio gelado de Utah (EUA) por cerca de 14 horas. Ela foi encontrada por um pescador neste domingo, por volta das 12h30 do último sábado (7), no rio Spanish Fork, na cidade de mesmo nome, a 80 quilômetros de Salt Lake City. O estado de saúde do bebê, internado em hospital de Salt Lake City,foi de crítico para estável com condições críticas. Porém sua mãe, Lynn Groesbeck, 25, de Springville, foi encontrada morta dentro do carro neste domingo. Os investigadores acreditam que o naufrágio ocorreu às 10:30 de sexta-feira (6) horário em que um morador da região do acidente diz ter ouvido alguma coisa. Ele não encontrou nada fora do comum ao verificar a região. O bebê foi encontrado pendurado de cabeça para baixo sobre o rio que corria através do carro, e a água nunca subiu o bastante para alcançá-lo, disse o policial Matt Johnsond ao jornal "Deseret News". A mãe da menina foi encontrada no banco do motorista. O carro atingiu uma barreira de cimento na ponte e foi em direção ao rio. A polícia não tem certeza qual foi o motivo de o carro deixar a estrada. Os membros da família disseram à polícia que Groesbeck estava a caminho de sua casa, perto de Springville quando o acidente ocorreu. A porta-voz da família de Jill Sanderson não respondeu telefonemas para comentar o caso neste domingo. Três policiais e quatro bombeiros que entraram no rio foram liberados após tratamento para hipotermia em um hospital.
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Bebê é encontrado vivo em rio gelado 14 horas após acidente de carroUma menina de 18 meses sobreviveu a um acidente de carro que a deixou presa em um dos assentos, de cabeça para baixo, e dentro de um rio gelado de Utah (EUA) por cerca de 14 horas. Ela foi encontrada por um pescador neste domingo, por volta das 12h30 do último sábado (7), no rio Spanish Fork, na cidade de mesmo nome, a 80 quilômetros de Salt Lake City. O estado de saúde do bebê, internado em hospital de Salt Lake City,foi de crítico para estável com condições críticas. Porém sua mãe, Lynn Groesbeck, 25, de Springville, foi encontrada morta dentro do carro neste domingo. Os investigadores acreditam que o naufrágio ocorreu às 10:30 de sexta-feira (6) horário em que um morador da região do acidente diz ter ouvido alguma coisa. Ele não encontrou nada fora do comum ao verificar a região. O bebê foi encontrado pendurado de cabeça para baixo sobre o rio que corria através do carro, e a água nunca subiu o bastante para alcançá-lo, disse o policial Matt Johnsond ao jornal "Deseret News". A mãe da menina foi encontrada no banco do motorista. O carro atingiu uma barreira de cimento na ponte e foi em direção ao rio. A polícia não tem certeza qual foi o motivo de o carro deixar a estrada. Os membros da família disseram à polícia que Groesbeck estava a caminho de sua casa, perto de Springville quando o acidente ocorreu. A porta-voz da família de Jill Sanderson não respondeu telefonemas para comentar o caso neste domingo. Três policiais e quatro bombeiros que entraram no rio foram liberados após tratamento para hipotermia em um hospital.
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Temer sanciona lei para empréstimos do BNDES com menos subsídio
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O presidente Michel Temer sancionou a lei que institui a TLP (Taxa de Longo Prazo), nova referência para os empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) nseta sexta-feira (22). A TLP, que substituirá gradualmente a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), havia sido aprovada pelo Congresso no início do mês, seguindo então para sanção presidencial. A nova taxa balizará o custo dos financiamentos pelo BNDES, que passará a contar com menos subsídios da União, dentro de esforços para buscar o reequilíbrio das contas públicas e elevar a potência da política monetária. A TLP será composta pela variação da inflação medida pelo IPCA e por taxa de juros real prefixada mensalmente de acordo com o equivalente ao rendimento real das Notas do Tesouro Nacional-Série B (NTN-B).
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mercado
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Temer sanciona lei para empréstimos do BNDES com menos subsídioO presidente Michel Temer sancionou a lei que institui a TLP (Taxa de Longo Prazo), nova referência para os empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) nseta sexta-feira (22). A TLP, que substituirá gradualmente a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), havia sido aprovada pelo Congresso no início do mês, seguindo então para sanção presidencial. A nova taxa balizará o custo dos financiamentos pelo BNDES, que passará a contar com menos subsídios da União, dentro de esforços para buscar o reequilíbrio das contas públicas e elevar a potência da política monetária. A TLP será composta pela variação da inflação medida pelo IPCA e por taxa de juros real prefixada mensalmente de acordo com o equivalente ao rendimento real das Notas do Tesouro Nacional-Série B (NTN-B).
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Casal cria logotipos e desvenda história de bairros de São Paulo
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DE SÃO PAULO Stella Curzio, jornalista e fotógrafa, e Pedro Campos, designer gráfico, pesquisam a história e as características dos bairros de São Paulo para, depois, criar um logotipo que melhor o represente. A cada semana, um ou dois lugares novos da cidade recebem o próprio desenho. Os 450 bairros - das quatro zonas e do centro - terão a essência registrada em um logotipo. Curzio pesquisa em livros antigos, em artigos, na internet e em dicionários da língua tupi o significado dos nomes e as lendas urbanas. Depois, conversa com o marido e designer Pedro Campos e explica quais são os pontos mais relevantes que representam o bairro em questão. A partir daí, Pedro cria um logotipo, que pode ser comprado como um quadro no site do projeto "Identidade São Paulo". "Morei muito tempo no Butantã. Um dia pensei como o nome era estranho e fiquei curioso. Anotei a ideia do 'Identidade São Paulo' em um caderninho, em 2009. Só em 2013 que fui reencontrar as anotações e, com a ajuda e o incentivo da Stella, fiz virar um projeto", diz Campos. De acordo com o casal, a ideia é produzir mais objetos à venda com os logos dos bairros - canecas, camisetas, ecobags, cadernos. Quem adquire um dos quadros pela internet também recebe um postal com a história que deu origem ao desenho.
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saopaulo
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Casal cria logotipos e desvenda história de bairros de São PauloDE SÃO PAULO Stella Curzio, jornalista e fotógrafa, e Pedro Campos, designer gráfico, pesquisam a história e as características dos bairros de São Paulo para, depois, criar um logotipo que melhor o represente. A cada semana, um ou dois lugares novos da cidade recebem o próprio desenho. Os 450 bairros - das quatro zonas e do centro - terão a essência registrada em um logotipo. Curzio pesquisa em livros antigos, em artigos, na internet e em dicionários da língua tupi o significado dos nomes e as lendas urbanas. Depois, conversa com o marido e designer Pedro Campos e explica quais são os pontos mais relevantes que representam o bairro em questão. A partir daí, Pedro cria um logotipo, que pode ser comprado como um quadro no site do projeto "Identidade São Paulo". "Morei muito tempo no Butantã. Um dia pensei como o nome era estranho e fiquei curioso. Anotei a ideia do 'Identidade São Paulo' em um caderninho, em 2009. Só em 2013 que fui reencontrar as anotações e, com a ajuda e o incentivo da Stella, fiz virar um projeto", diz Campos. De acordo com o casal, a ideia é produzir mais objetos à venda com os logos dos bairros - canecas, camisetas, ecobags, cadernos. Quem adquire um dos quadros pela internet também recebe um postal com a história que deu origem ao desenho.
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No papel de vidraça
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Com a aprovação do impeachment de Dilma Rousseff e a ascensão de Michel Temer à Presidência, as manifestações de protesto recrudesceram país afora, e os "black blocs" –grupos minoritários violentos –reapareceram. Nos últimos dias, jornalistas e órgãos de comunicação foram vítimas de agressões por parte de policiais e manifestantes, em preocupante escalada de violência contra o direito à informação. Levantamento feito pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) contabiliza as agressões sofridas por jornalistas a partir das manifestações de junho de 2013. Foram 294 ocorrências desde então. Em 208 casos (70%), a violência em direção aos jornalistas partiu de integrantes das forças de segurança pública. Em 75 (25%), vieram de manifestantes. Chama a atenção o crescimento em 2016 da proporção das agressões contra a mídia que tiveram origem em manifestantes. De janeiro a 7 de setembro, houve 62 ocorrências; 33 (53%) perpetradas pela polícia e 25 (40%) por manifestantes. Em 30 de agosto, a sede da Folha foi o destino final de manifestantes que protestavam contra o impeachment. Cerca de 40 pessoas se deitaram em frente ao prédio do jornal formando a palavra "golpe". No dia seguinte, data em que o Senado aprovou o impeachment, vários atos foram realizados em cidades brasileiras. No centro da capital paulistana, manifestantes entraram em confronto com a polícia, inclusive em frente à Folha. Por volta das 21h, parte dos manifestantes tentou invadir o jornal e pichou a palavra golpista no portão do prédio. "Black blocs" arremessaram pedras e quebraram vidraças. A polícia reagiu, jogou gás lacrimogêneo e dispersou o protesto. O jornal noticiou a depredação em sua edição de 1º de setembro, com foto, mas sem destaque ao ataque na capa ou em título interno. Pareceu-me atitude correta, sem a intenção de alimentar o confronto. É necessária a condenação firme, serena e inequívoca de atos que atentam contra o direito à informação. É chocante ver um jornal como a Folha sofrer tal ataque. O direito de manifestação não inclui ações violentas de intimidação e depredação. Tenha origem em forças policiais ou em grupos minoritários de manifestantes, a violência não é aceitável ou justificável. A agressão a jornalistas e órgãos de imprensa repete o simplismo histórico de achar que o mensageiro é o responsável pela mensagem que transmite. A imprensa, com todas as eventuais falhas e fragilidades, é essencial na oxigenação de uma sociedade democrática. Sufocá-la é um atentado contra a sociedade. A Folha reagiu na edição de 2 de setembro, com o editorial "Fascistas à solta". O jornal usou termos duros para condenar a violência dos adeptos da tática "black bloc". Ao final fez, a meu ver, indevida comparação com a República de Weimar. Acuado, apelou à ordem e deixou de citar que, nos mesmos protestos, manifestantes e jornalistas foram vítimas da violência policial. Desta forma assustou e decepcionou leitores fiéis. Muitos lembraram de causas cívicas abraçadas pelo jornal e de sua constante filiação aos valores democráticos. Para estes, o jornal havia tropeçado. "O editorial é incoerente porque não respeita a história de luta pela liberdade e pelos direitos civis da Folha. Estivesse nas páginas de vários outros jornais, não haveria incoerência. Mas, nas páginas da Folha, a incoerência é gritante em um jornal que sempre lutou pela democracia, pela liberdade e pelo direito de manifestação", reclamou o leitor Carlo Carrenho. "As pessoas estavam nas ruas não em defesa do PT, mas da democracia, pedindo diretas já, a mesma campanha que alçou esse jornal ao posto de maior jornal impresso do Brasil. A Folha esquece da própria história", disse Ricardo Ferraz. Assim como parcela expressiva dos leitores, achei o editorial da Folha infeliz, talvez uma reação inflamada no calor dos acontecimentos. Vítima de ataques despropositados, o jornal reagiu com palavras truculentas, desnecessárias em momento de aumento da tensão política. A Folha tem o direito de expressar sua opinião, mas não deve ser agente fomentador do confronto, mesmo sendo atacada primeiro. A correção de rumo seria feita em 6 de setembro, com o editorial "Basta de confronto", na qual o jornal fazia uma convocação ao bom senso e clamava por uma polícia mais qualificada e menos violenta na contenção de conflitos. "Urge pôr fim a esse roteiro deplorável, e a Polícia Militar paulista necessita preparar-se melhor para lidar com esses confrontos –a começar pela obrigação óbvia de não iniciá-los." A credibilidade da Folha é seu maior capital. Independentemente da sua opinião, não pode jamais deixar que seja rompida a separação entre a opinião dos editoriais e as páginas noticiosas. Destemperos maniqueístas, não importa de que lado venham, não contribuem para o bom jornalismo.
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No papel de vidraçaCom a aprovação do impeachment de Dilma Rousseff e a ascensão de Michel Temer à Presidência, as manifestações de protesto recrudesceram país afora, e os "black blocs" –grupos minoritários violentos –reapareceram. Nos últimos dias, jornalistas e órgãos de comunicação foram vítimas de agressões por parte de policiais e manifestantes, em preocupante escalada de violência contra o direito à informação. Levantamento feito pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) contabiliza as agressões sofridas por jornalistas a partir das manifestações de junho de 2013. Foram 294 ocorrências desde então. Em 208 casos (70%), a violência em direção aos jornalistas partiu de integrantes das forças de segurança pública. Em 75 (25%), vieram de manifestantes. Chama a atenção o crescimento em 2016 da proporção das agressões contra a mídia que tiveram origem em manifestantes. De janeiro a 7 de setembro, houve 62 ocorrências; 33 (53%) perpetradas pela polícia e 25 (40%) por manifestantes. Em 30 de agosto, a sede da Folha foi o destino final de manifestantes que protestavam contra o impeachment. Cerca de 40 pessoas se deitaram em frente ao prédio do jornal formando a palavra "golpe". No dia seguinte, data em que o Senado aprovou o impeachment, vários atos foram realizados em cidades brasileiras. No centro da capital paulistana, manifestantes entraram em confronto com a polícia, inclusive em frente à Folha. Por volta das 21h, parte dos manifestantes tentou invadir o jornal e pichou a palavra golpista no portão do prédio. "Black blocs" arremessaram pedras e quebraram vidraças. A polícia reagiu, jogou gás lacrimogêneo e dispersou o protesto. O jornal noticiou a depredação em sua edição de 1º de setembro, com foto, mas sem destaque ao ataque na capa ou em título interno. Pareceu-me atitude correta, sem a intenção de alimentar o confronto. É necessária a condenação firme, serena e inequívoca de atos que atentam contra o direito à informação. É chocante ver um jornal como a Folha sofrer tal ataque. O direito de manifestação não inclui ações violentas de intimidação e depredação. Tenha origem em forças policiais ou em grupos minoritários de manifestantes, a violência não é aceitável ou justificável. A agressão a jornalistas e órgãos de imprensa repete o simplismo histórico de achar que o mensageiro é o responsável pela mensagem que transmite. A imprensa, com todas as eventuais falhas e fragilidades, é essencial na oxigenação de uma sociedade democrática. Sufocá-la é um atentado contra a sociedade. A Folha reagiu na edição de 2 de setembro, com o editorial "Fascistas à solta". O jornal usou termos duros para condenar a violência dos adeptos da tática "black bloc". Ao final fez, a meu ver, indevida comparação com a República de Weimar. Acuado, apelou à ordem e deixou de citar que, nos mesmos protestos, manifestantes e jornalistas foram vítimas da violência policial. Desta forma assustou e decepcionou leitores fiéis. Muitos lembraram de causas cívicas abraçadas pelo jornal e de sua constante filiação aos valores democráticos. Para estes, o jornal havia tropeçado. "O editorial é incoerente porque não respeita a história de luta pela liberdade e pelos direitos civis da Folha. Estivesse nas páginas de vários outros jornais, não haveria incoerência. Mas, nas páginas da Folha, a incoerência é gritante em um jornal que sempre lutou pela democracia, pela liberdade e pelo direito de manifestação", reclamou o leitor Carlo Carrenho. "As pessoas estavam nas ruas não em defesa do PT, mas da democracia, pedindo diretas já, a mesma campanha que alçou esse jornal ao posto de maior jornal impresso do Brasil. A Folha esquece da própria história", disse Ricardo Ferraz. Assim como parcela expressiva dos leitores, achei o editorial da Folha infeliz, talvez uma reação inflamada no calor dos acontecimentos. Vítima de ataques despropositados, o jornal reagiu com palavras truculentas, desnecessárias em momento de aumento da tensão política. A Folha tem o direito de expressar sua opinião, mas não deve ser agente fomentador do confronto, mesmo sendo atacada primeiro. A correção de rumo seria feita em 6 de setembro, com o editorial "Basta de confronto", na qual o jornal fazia uma convocação ao bom senso e clamava por uma polícia mais qualificada e menos violenta na contenção de conflitos. "Urge pôr fim a esse roteiro deplorável, e a Polícia Militar paulista necessita preparar-se melhor para lidar com esses confrontos –a começar pela obrigação óbvia de não iniciá-los." A credibilidade da Folha é seu maior capital. Independentemente da sua opinião, não pode jamais deixar que seja rompida a separação entre a opinião dos editoriais e as páginas noticiosas. Destemperos maniqueístas, não importa de que lado venham, não contribuem para o bom jornalismo.
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Jornalismo investigativo é pilar da democracia e precisa de cuidados
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O jornalismo praticado na grande imprensa foi um dos pilares fundamentais do experimento democrático desses últimos 30 anos. Da queda de Collor à de Dilma, o jornalismo investigativo brasileiro definiu os rumos da Nova República. Nos próximos anos, porém, não há garantia de que a elite responsável por jornais, revistas, programas de rádio e telejornais consiga cumprir sua função social, qual seja a de informar o público, denunciar maracutaias, expor a desfaçatez de quem ocupa o poder e elevar a qualidade de nossa conversa coletiva. O motivo disso é a transformação tecnológica que afeta a grande imprensa no mundo inteiro. A tiragem de jornais e revistas encontra-se em declínio ou estancada, devido à força da internet e à mudança de hábitos de leitura. O fato é que a estrutura de uma boa reportagem — a identificação de fontes, a apuração de uma história, as viagens de entrevistas, a checagem e a edição do material — é lenta na era de Facebook, Twitter e Snapchat. No Brasil, com raras exceções, a reação a essas mudanças tem sido o empobrecimento do trabalho jornalístico. Parece haver uma tendência a copiar os sites de entretenimento. Assim, as reportagens ficaram menores e a pressão por publicar qualquer coisa em tempo real afrouxou critérios de edição. Para cortar custos, reduziram-se as grandes redações, que perderam alguns de seus talentos mais experientes. Cortou-se também o custo com revisores gramaticais, como se vê ao abrir as páginas de qualquer jornal nacional do país. A faca também passou pelos correspondentes internacionais. Os jornais brasileiros já tiveram gente a soldo fixo em cidades como Pequim, Moscou, Jerusalém, Teerã, Caracas e Cidade do México, além das mais óbvias, como Buenos Aires, Washington, Nova York, Londres e Paris. Hoje, sobrou uma fração do mundo, ainda que haja freelancers escrevendo reportagens pontuais. O resultado é a prática pela qual o leitor brasileiro termina lendo reportagens traduzidas de algum grande jornal internacional, com alguns dias de atraso e sem ter tido acesso ao contexto editorial do original. Não precisava ser assim. Há jornais no exterior que enfrentam o desafio tecnológico redobrando sua aposta em jornalismo investigativo de fôlego. Entendeu-se que, numa democracia vibrante, nada vale mais do que a credibilidade de um bom jornal. É para lá que o público se encaminha quando a política e a economia atravessam turbulências. Quiçá seja hora de pensar de novo qual o tipo de adaptação que o jornalismo brasileiro tem de fazer para cumprir sua função num mundo que opera online.
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Jornalismo investigativo é pilar da democracia e precisa de cuidadosO jornalismo praticado na grande imprensa foi um dos pilares fundamentais do experimento democrático desses últimos 30 anos. Da queda de Collor à de Dilma, o jornalismo investigativo brasileiro definiu os rumos da Nova República. Nos próximos anos, porém, não há garantia de que a elite responsável por jornais, revistas, programas de rádio e telejornais consiga cumprir sua função social, qual seja a de informar o público, denunciar maracutaias, expor a desfaçatez de quem ocupa o poder e elevar a qualidade de nossa conversa coletiva. O motivo disso é a transformação tecnológica que afeta a grande imprensa no mundo inteiro. A tiragem de jornais e revistas encontra-se em declínio ou estancada, devido à força da internet e à mudança de hábitos de leitura. O fato é que a estrutura de uma boa reportagem — a identificação de fontes, a apuração de uma história, as viagens de entrevistas, a checagem e a edição do material — é lenta na era de Facebook, Twitter e Snapchat. No Brasil, com raras exceções, a reação a essas mudanças tem sido o empobrecimento do trabalho jornalístico. Parece haver uma tendência a copiar os sites de entretenimento. Assim, as reportagens ficaram menores e a pressão por publicar qualquer coisa em tempo real afrouxou critérios de edição. Para cortar custos, reduziram-se as grandes redações, que perderam alguns de seus talentos mais experientes. Cortou-se também o custo com revisores gramaticais, como se vê ao abrir as páginas de qualquer jornal nacional do país. A faca também passou pelos correspondentes internacionais. Os jornais brasileiros já tiveram gente a soldo fixo em cidades como Pequim, Moscou, Jerusalém, Teerã, Caracas e Cidade do México, além das mais óbvias, como Buenos Aires, Washington, Nova York, Londres e Paris. Hoje, sobrou uma fração do mundo, ainda que haja freelancers escrevendo reportagens pontuais. O resultado é a prática pela qual o leitor brasileiro termina lendo reportagens traduzidas de algum grande jornal internacional, com alguns dias de atraso e sem ter tido acesso ao contexto editorial do original. Não precisava ser assim. Há jornais no exterior que enfrentam o desafio tecnológico redobrando sua aposta em jornalismo investigativo de fôlego. Entendeu-se que, numa democracia vibrante, nada vale mais do que a credibilidade de um bom jornal. É para lá que o público se encaminha quando a política e a economia atravessam turbulências. Quiçá seja hora de pensar de novo qual o tipo de adaptação que o jornalismo brasileiro tem de fazer para cumprir sua função num mundo que opera online.
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Sem chances, muitas meninas se perderam no futebol, aponta Marta
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LUIZ COSENZO ENVIADO ESPECIAL A ITU (SP) Com quatro Copas do Mundo e de três Jogos Olímpicos no currículo, a atacante Marta, 30, afirma que o país não soube aproveitar o auge da seleção brasileira feminina de futebol para fazer uma renovação e se manter como uma das principais potências no cenário internacional. Medalha de prata em Atenas-2004 e Pequim-2008 e vice-campeã mundial em 2007, o time feminino não conseguiu repetir a dose em Londres-2012 e nos Mundiais da Alemanha-2011 e do Canadá-2015. Foram duas eliminações nas quartas de final e uma nas oitavas, respectivamente. Atualmente, a seleção é a oitava no ranking da Fifa. Das 18 convocadas para a Rio-2016, apenas sete já disputaram uma Olimpíada. Eleita cinco vezes a melhor jogadora do mundo pela Fifa, a camisa 10 do time comandado pelo técnico Vadão afirmou também que é a favor da igualdade de premiação e de salários entre homens e mulheres. Em março, as jogadoras da seleção feminina dos EUA, atual campeã mundial e olímpica, apresentaram queixa formal às autoridades do país sobre a desigualdade de salários e premiações entre homens e mulheres no esporte. Marta joga neste sábado (23) no amistoso da seleção contra a Austrália, em Fortaleza. * Folha - Por que a seleção feminina não subiu ao pódio em Londres-2012 e nos dois últimos Mundiais? A equipe parou no tempo ou os outros países melhoraram? Marta - A gente não teve um trabalho com aquela base que tínhamos desde 2004. Muitas meninas se perderam pelo caminho. No Brasil, infelizmente, por falta de oportunidade ou pela opção de trabalhar para se manter, muitas acabam desistindo. É difícil dar uma continuidade. Não dá para manter o mesmo nível se no país não há renovação. Não temos facilidade para encontrar atletas como acontece nos EUA ou na Alemanha. Esse grupo que temos é bem diferente. Tivemos que refazer tudo de novo. Há dois anos estamos trabalhando essa geração. Quais são as chances da seleção brasileira feminina na Olimpíada do Rio? Veremos quando a bola começar a rolar. Não gosto de ficar falando. Vamos buscar a nossa chance de ganhar a medalha a cada jogo. Temos que subir um degrau a cada partida. Depois dos três primeiros jogos, podemos ter uma noção melhor. Existe uma explicação para as derrotas da seleção brasileira em finais? A equipe deveria ter um trabalho psicológico? São coisas [como a pressão] que a gente acredita que possam atrapalhar, mas não temos uma resposta definitiva sobre o que acontece. Se a gente tivesse, faríamos totalmente o contrário nas finais. O fator psicológico vai de cada atleta. As que não estiverem bem, precisaremos trabalhar isso com elas. Se chegarmos a uma final, a equipe tem que estar bem para que nada influencie o grupo negativamente. Existe pressão ou cobrança pela medalha de ouro? Desde que a seleção se formou, e o apoio era menor, já exista a cobrança. No Brasil, o segundo lugar é menos do que nada. Se fosse, estaríamos uma situação melhor pelas duas pratas que conseguimos. Não podemos nos cobrar muito, das outras vezes houve bastante cobrança e isso atrapalhou. Quais são as seleções que podem ganhar medalha? Os Estados Unidos, atuais campeões olímpicos, a Alemanha, que sempre cresce nesse tipo de competição, a França, que tem uma equipe muito boa, e a Austrália, responsável pela nossa eliminação no Mundial. São diversas equipes boas e ninguém virá ao Brasil para passear. Você disputará sua quarta Olimpíada. Pretende jogar até quando? Não penso em aposentadoria ainda. Quero viver o momento. Quero jogar essa Olimpíada. Ano que vem é outra história. Meu corpo também tem que responder da melhor maneira necessária para jogar em alto nível. Se eu estiver dando conta do recado, posso jogar outra Olimpíada, sim. As norte-americanas reivindicam prêmios e salários iguais aos dos homens. Acha possível levantar essa bandeira? Sou a favor da igualdade. Não apenas no sentido do esporte, mas no sentindo da vida. Levanto essa bandeira desde que me entendo por gente, desde que comecei a praticar esse esporte que considero tão discriminatório, tão preconceituoso. Venho brigando por isso desde que falei que queria jogar bola. Na minha infância, eu brigava para jogar bola. Brigava com a família, com os primos. A presidente afastada Dilma Rousseff incluiu no Profut [lei para ajudar os clubes a quitar dívidas com a União] obrigatoriedade para os clubes investirem no futebol feminino. Como vê essa medida? Se os clubes [de camisa] tiveram a modalidade, vão atrair mídia e torcida. Mas não defendo que apenas os clubes de camisa tenham futebol feminino. Defendo que os clubes pequenos, aqueles que ninguém conhece, possam manter a modalidade. Como você vê a crise administrativa na CBF? Se existe alguma diferença, não percebemos. Sentimos a diferença apenas no desenvolvimento, que é melhor. As condições de trabalho que temos no dia a dia também são as melhores. Tentamos não nos envolver.
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esporte
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Sem chances, muitas meninas se perderam no futebol, aponta Marta
LUIZ COSENZO ENVIADO ESPECIAL A ITU (SP) Com quatro Copas do Mundo e de três Jogos Olímpicos no currículo, a atacante Marta, 30, afirma que o país não soube aproveitar o auge da seleção brasileira feminina de futebol para fazer uma renovação e se manter como uma das principais potências no cenário internacional. Medalha de prata em Atenas-2004 e Pequim-2008 e vice-campeã mundial em 2007, o time feminino não conseguiu repetir a dose em Londres-2012 e nos Mundiais da Alemanha-2011 e do Canadá-2015. Foram duas eliminações nas quartas de final e uma nas oitavas, respectivamente. Atualmente, a seleção é a oitava no ranking da Fifa. Das 18 convocadas para a Rio-2016, apenas sete já disputaram uma Olimpíada. Eleita cinco vezes a melhor jogadora do mundo pela Fifa, a camisa 10 do time comandado pelo técnico Vadão afirmou também que é a favor da igualdade de premiação e de salários entre homens e mulheres. Em março, as jogadoras da seleção feminina dos EUA, atual campeã mundial e olímpica, apresentaram queixa formal às autoridades do país sobre a desigualdade de salários e premiações entre homens e mulheres no esporte. Marta joga neste sábado (23) no amistoso da seleção contra a Austrália, em Fortaleza. * Folha - Por que a seleção feminina não subiu ao pódio em Londres-2012 e nos dois últimos Mundiais? A equipe parou no tempo ou os outros países melhoraram? Marta - A gente não teve um trabalho com aquela base que tínhamos desde 2004. Muitas meninas se perderam pelo caminho. No Brasil, infelizmente, por falta de oportunidade ou pela opção de trabalhar para se manter, muitas acabam desistindo. É difícil dar uma continuidade. Não dá para manter o mesmo nível se no país não há renovação. Não temos facilidade para encontrar atletas como acontece nos EUA ou na Alemanha. Esse grupo que temos é bem diferente. Tivemos que refazer tudo de novo. Há dois anos estamos trabalhando essa geração. Quais são as chances da seleção brasileira feminina na Olimpíada do Rio? Veremos quando a bola começar a rolar. Não gosto de ficar falando. Vamos buscar a nossa chance de ganhar a medalha a cada jogo. Temos que subir um degrau a cada partida. Depois dos três primeiros jogos, podemos ter uma noção melhor. Existe uma explicação para as derrotas da seleção brasileira em finais? A equipe deveria ter um trabalho psicológico? São coisas [como a pressão] que a gente acredita que possam atrapalhar, mas não temos uma resposta definitiva sobre o que acontece. Se a gente tivesse, faríamos totalmente o contrário nas finais. O fator psicológico vai de cada atleta. As que não estiverem bem, precisaremos trabalhar isso com elas. Se chegarmos a uma final, a equipe tem que estar bem para que nada influencie o grupo negativamente. Existe pressão ou cobrança pela medalha de ouro? Desde que a seleção se formou, e o apoio era menor, já exista a cobrança. No Brasil, o segundo lugar é menos do que nada. Se fosse, estaríamos uma situação melhor pelas duas pratas que conseguimos. Não podemos nos cobrar muito, das outras vezes houve bastante cobrança e isso atrapalhou. Quais são as seleções que podem ganhar medalha? Os Estados Unidos, atuais campeões olímpicos, a Alemanha, que sempre cresce nesse tipo de competição, a França, que tem uma equipe muito boa, e a Austrália, responsável pela nossa eliminação no Mundial. São diversas equipes boas e ninguém virá ao Brasil para passear. Você disputará sua quarta Olimpíada. Pretende jogar até quando? Não penso em aposentadoria ainda. Quero viver o momento. Quero jogar essa Olimpíada. Ano que vem é outra história. Meu corpo também tem que responder da melhor maneira necessária para jogar em alto nível. Se eu estiver dando conta do recado, posso jogar outra Olimpíada, sim. As norte-americanas reivindicam prêmios e salários iguais aos dos homens. Acha possível levantar essa bandeira? Sou a favor da igualdade. Não apenas no sentido do esporte, mas no sentindo da vida. Levanto essa bandeira desde que me entendo por gente, desde que comecei a praticar esse esporte que considero tão discriminatório, tão preconceituoso. Venho brigando por isso desde que falei que queria jogar bola. Na minha infância, eu brigava para jogar bola. Brigava com a família, com os primos. A presidente afastada Dilma Rousseff incluiu no Profut [lei para ajudar os clubes a quitar dívidas com a União] obrigatoriedade para os clubes investirem no futebol feminino. Como vê essa medida? Se os clubes [de camisa] tiveram a modalidade, vão atrair mídia e torcida. Mas não defendo que apenas os clubes de camisa tenham futebol feminino. Defendo que os clubes pequenos, aqueles que ninguém conhece, possam manter a modalidade. Como você vê a crise administrativa na CBF? Se existe alguma diferença, não percebemos. Sentimos a diferença apenas no desenvolvimento, que é melhor. As condições de trabalho que temos no dia a dia também são as melhores. Tentamos não nos envolver.
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Ex-bancário, Paulo Bernardo foi da glória ao isolamento
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Poucos anos atrás, quando o governo do presidente Lula (PT) surfava em nível recorde de popularidade, o então ministro Paulo Bernardo e sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT), tinham agenda cheia aos fins de semana no Paraná, base eleitoral do casal. "Eles eram convidados para casamentos, batizados, para qualquer coisa", lembra um colega de partido. "O Paulo foi homenageado até no Country Club". Os últimos meses foram diferentes. Afastado no início do ano do cargo de ministro, indiciado na Operação Lava Jato e, enfim, preso preventivamente nesta quinta-feira (23), Bernardo aproveitava o tempo livre para fazer uma das coisas que mais gosta: cozinhar. Na era Lula, o ex-ministro se tornou como o principal articulador político do PT no Paraná. À frente da pasta do Planejamento entre 2005 e 2010, e com o orçamento federal na mão, aproximou-se de prefeitos e deputados. Ganhou o cacife político que não tinha como deputado federal. Apesar de eleito para três mandatos, Paulo Bernardo era mais conhecido apenas em sua base eleitoral, o Norte do Paraná, para onde se mudou em 1982. Transferido pelo Banco do Brasil para Londrina, ele iniciou carreira no sindicalismo, dirigindo o Sindicato dos Bancários da cidade. Filiou-se ao PT dois anos depois. Sua ascendência em um governo com recorde de popularidade o tornou convidado de honra em eventos da Federação das Indústrias do Paraná, de membros do agronegócio e, claro, do PT. DOBRADINHA Com a mulher, Bernardo construiu uma parceria política. Em 1999, ela o acompanhou para ser secretária de Estado no Mato Grosso do Sul, durante a gestão de Zeca do PT, em 1999 –ele assumiu a pasta da Fazenda. Também foi assim na Prefeitura de Londrina, entre 2001 e 2002, quando ambos foram secretários municipais. Em 2003, quando ele voltou à Câmara Federal e ela assumiu a diretoria financeira de Itaipu, as carreiras do casal descolaram –mas a parceria permaneceu. Bernardo era um dos principais articuladores das campanhas de Gleisi, mantendo contato com empresários, prefeitos e deputados. Para alguns, o ex-ministro era o "caixa" da petista. Embora parte da militância torcesse o nariz para o casal, havia a expectativa de que Gleisi e Paulo Bernardo conseguissem conquistar o eleitor do Paraná, historicamente avesso ao PT. Porém, com a rejeição ao governo de Dilma Rousseff e as denúncias de envolvimento do PT com corrupção, o plano foi abaixo. A votação de Gleisi caiu de 2,2 milhões de votos em 2006, quando concorreu ao Senado, para 881 mil na sua última campanha ao governo, em 2014. ISOLAMENTO Desgastados pelo que chamam de "campanha de desconstrução contra o PT", o casal diminuiu as aparições públicas no Paraná desde então. Recentemente, a senadora chegou a ser hostilizada ao desembarcar no aeroporto de Curitiba, por manifestantes que a chamaram de "corrupta", "sem vergonha" e "ladrona". Em maio, ela e Bernardo foram denunciados ao STF (Supremo Tribunal Federal) sob acusação de corrupção. Eles sempre negaram irregularidades e dizem que as denúncias são "inverossímeis" e "especulativas". Pouco antes da última eleição, os dois compraram um apartamento de fundos num condomínio discreto, porém confortável, num bairro residencial de Curitiba. Com jardim interno, piscina, playground e outras comodidades, o imóvel foi declarado à Justiça Eleitoral por R$ 1,1 milhão. Foi lá que policiais cumpriram ordem de busca e apreensão na manhã desta quinta. O PT do Paraná ainda não se posicionou sobre a prisão do ex-ministro. Já a senadora Gleisi, em sua página no Facebook, postou uma ilustração logo cedo, às 6h, com uma frase do escritor uruguaio Eduardo Galeano: "Na luta do bem contra o mal, é sempre o povo que morre".
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poder
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Ex-bancário, Paulo Bernardo foi da glória ao isolamentoPoucos anos atrás, quando o governo do presidente Lula (PT) surfava em nível recorde de popularidade, o então ministro Paulo Bernardo e sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT), tinham agenda cheia aos fins de semana no Paraná, base eleitoral do casal. "Eles eram convidados para casamentos, batizados, para qualquer coisa", lembra um colega de partido. "O Paulo foi homenageado até no Country Club". Os últimos meses foram diferentes. Afastado no início do ano do cargo de ministro, indiciado na Operação Lava Jato e, enfim, preso preventivamente nesta quinta-feira (23), Bernardo aproveitava o tempo livre para fazer uma das coisas que mais gosta: cozinhar. Na era Lula, o ex-ministro se tornou como o principal articulador político do PT no Paraná. À frente da pasta do Planejamento entre 2005 e 2010, e com o orçamento federal na mão, aproximou-se de prefeitos e deputados. Ganhou o cacife político que não tinha como deputado federal. Apesar de eleito para três mandatos, Paulo Bernardo era mais conhecido apenas em sua base eleitoral, o Norte do Paraná, para onde se mudou em 1982. Transferido pelo Banco do Brasil para Londrina, ele iniciou carreira no sindicalismo, dirigindo o Sindicato dos Bancários da cidade. Filiou-se ao PT dois anos depois. Sua ascendência em um governo com recorde de popularidade o tornou convidado de honra em eventos da Federação das Indústrias do Paraná, de membros do agronegócio e, claro, do PT. DOBRADINHA Com a mulher, Bernardo construiu uma parceria política. Em 1999, ela o acompanhou para ser secretária de Estado no Mato Grosso do Sul, durante a gestão de Zeca do PT, em 1999 –ele assumiu a pasta da Fazenda. Também foi assim na Prefeitura de Londrina, entre 2001 e 2002, quando ambos foram secretários municipais. Em 2003, quando ele voltou à Câmara Federal e ela assumiu a diretoria financeira de Itaipu, as carreiras do casal descolaram –mas a parceria permaneceu. Bernardo era um dos principais articuladores das campanhas de Gleisi, mantendo contato com empresários, prefeitos e deputados. Para alguns, o ex-ministro era o "caixa" da petista. Embora parte da militância torcesse o nariz para o casal, havia a expectativa de que Gleisi e Paulo Bernardo conseguissem conquistar o eleitor do Paraná, historicamente avesso ao PT. Porém, com a rejeição ao governo de Dilma Rousseff e as denúncias de envolvimento do PT com corrupção, o plano foi abaixo. A votação de Gleisi caiu de 2,2 milhões de votos em 2006, quando concorreu ao Senado, para 881 mil na sua última campanha ao governo, em 2014. ISOLAMENTO Desgastados pelo que chamam de "campanha de desconstrução contra o PT", o casal diminuiu as aparições públicas no Paraná desde então. Recentemente, a senadora chegou a ser hostilizada ao desembarcar no aeroporto de Curitiba, por manifestantes que a chamaram de "corrupta", "sem vergonha" e "ladrona". Em maio, ela e Bernardo foram denunciados ao STF (Supremo Tribunal Federal) sob acusação de corrupção. Eles sempre negaram irregularidades e dizem que as denúncias são "inverossímeis" e "especulativas". Pouco antes da última eleição, os dois compraram um apartamento de fundos num condomínio discreto, porém confortável, num bairro residencial de Curitiba. Com jardim interno, piscina, playground e outras comodidades, o imóvel foi declarado à Justiça Eleitoral por R$ 1,1 milhão. Foi lá que policiais cumpriram ordem de busca e apreensão na manhã desta quinta. O PT do Paraná ainda não se posicionou sobre a prisão do ex-ministro. Já a senadora Gleisi, em sua página no Facebook, postou uma ilustração logo cedo, às 6h, com uma frase do escritor uruguaio Eduardo Galeano: "Na luta do bem contra o mal, é sempre o povo que morre".
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Novo senhor
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A bandeira com que o presidente da Câmara incita e pretende explicar a agitação da Casa contra o governo e o reformismo de costumes é, apenas, um rótulo inverdadeiro para um conteúdo com ingredientes tóxicos. E, no entanto, bem sucedido como ilusionismo, porque o governo não se recuperou do seu pasmo e os demais alvos de Eduardo Cunha nem se deram conta do que os espera. A ideia difundida pelo deputado é de que a Câmara afinal assume a sua parte na independência dos Três Poderes, como determinado pela Constituição. Essa retardatária atitude estaria expressa na insurgência com que o PMDB e evangélicos, componentes da bancada governista, levaram o plenário a derrotar posições do governo. E preparam-se para uma sucessão já programada de outras derrotas impostas. Mas o que tem isso a ver com independência da Câmara? O PMDB e parlamentares evangélicos apoiavam o governo porque é próprio de partidos e blocos, nas casas parlamentares, apoiarem governos. E deixaram de apoiá-lo porque é próprio de blocos e partidos, sobretudo os que se orientam pela busca de vantagens como o PMDB, mudarem de posição. Para uma aproximação da ideia propagada com êxito por Eduardo Cunha, seria possível falar, aí sim, na independência de escolha do PMDB. Se reconhecido que nem isso seria novo: os 30 anos de adesismo peemedebista também foram escolha independente. A adotar-se o argumento de Eduardo Cunha, já seria possível dizer que a Câmara rebelde só mudou de senhor. A subserviência com que deputados e bancadas, inclusive de adversários como o DEM, põem-se a serviço dele, não é menor nem menos fisiológica do que se via na Câmara, em outro sentido. De graça, agora? São convicções adquiridas por cargos na Câmara, gabinetes e, acima de tudo, dinheiro para as campanhas e participação no rateio de votos do eleitorado evangélico, por influência de Eduardo Cunha. A Câmara estava e continua como Poder independente, sem cerceamento algum. A maioria dos seus integrantes, não. CIFRÕES Ainda Eduardo Cunha, que é mesmo a figura da moda. Seu artigo na Folha (15/2) responde, embora de modo indireto, à falta de explicação para sua ida aos governadores, mais que aos deputados, na campanha para presidir a Câmara. Suas metas não param no bloqueio ao aborto e no fim do casamento. Sob o rótulo de "discussão do pacto federativo", há a mudança na divisão, entre governo federal e estaduais, do arrecadado com impostos e outras obrigações. Os governadores empurram suas bancadas. JULGAMENTO O conceito que o ex-ministro Joaquim Barbosa divulga da magistratura brasileira, incluída a que praticou no Supremo, é bem ruinzinho. Se juízes não devem receber advogados, porque são procurados com a intenção de corrompê-los, está implícita a dupla afirmação de que os advogados são corruptores e os juízes correm risco diante deles. Fosse assim, estaríamos melhor sem advogados e sem juízes. AVISO Esta coluna deixa de sair (ei, palmas por quê? não acabei a frase) nas próximas semanas.
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Novo senhorA bandeira com que o presidente da Câmara incita e pretende explicar a agitação da Casa contra o governo e o reformismo de costumes é, apenas, um rótulo inverdadeiro para um conteúdo com ingredientes tóxicos. E, no entanto, bem sucedido como ilusionismo, porque o governo não se recuperou do seu pasmo e os demais alvos de Eduardo Cunha nem se deram conta do que os espera. A ideia difundida pelo deputado é de que a Câmara afinal assume a sua parte na independência dos Três Poderes, como determinado pela Constituição. Essa retardatária atitude estaria expressa na insurgência com que o PMDB e evangélicos, componentes da bancada governista, levaram o plenário a derrotar posições do governo. E preparam-se para uma sucessão já programada de outras derrotas impostas. Mas o que tem isso a ver com independência da Câmara? O PMDB e parlamentares evangélicos apoiavam o governo porque é próprio de partidos e blocos, nas casas parlamentares, apoiarem governos. E deixaram de apoiá-lo porque é próprio de blocos e partidos, sobretudo os que se orientam pela busca de vantagens como o PMDB, mudarem de posição. Para uma aproximação da ideia propagada com êxito por Eduardo Cunha, seria possível falar, aí sim, na independência de escolha do PMDB. Se reconhecido que nem isso seria novo: os 30 anos de adesismo peemedebista também foram escolha independente. A adotar-se o argumento de Eduardo Cunha, já seria possível dizer que a Câmara rebelde só mudou de senhor. A subserviência com que deputados e bancadas, inclusive de adversários como o DEM, põem-se a serviço dele, não é menor nem menos fisiológica do que se via na Câmara, em outro sentido. De graça, agora? São convicções adquiridas por cargos na Câmara, gabinetes e, acima de tudo, dinheiro para as campanhas e participação no rateio de votos do eleitorado evangélico, por influência de Eduardo Cunha. A Câmara estava e continua como Poder independente, sem cerceamento algum. A maioria dos seus integrantes, não. CIFRÕES Ainda Eduardo Cunha, que é mesmo a figura da moda. Seu artigo na Folha (15/2) responde, embora de modo indireto, à falta de explicação para sua ida aos governadores, mais que aos deputados, na campanha para presidir a Câmara. Suas metas não param no bloqueio ao aborto e no fim do casamento. Sob o rótulo de "discussão do pacto federativo", há a mudança na divisão, entre governo federal e estaduais, do arrecadado com impostos e outras obrigações. Os governadores empurram suas bancadas. JULGAMENTO O conceito que o ex-ministro Joaquim Barbosa divulga da magistratura brasileira, incluída a que praticou no Supremo, é bem ruinzinho. Se juízes não devem receber advogados, porque são procurados com a intenção de corrompê-los, está implícita a dupla afirmação de que os advogados são corruptores e os juízes correm risco diante deles. Fosse assim, estaríamos melhor sem advogados e sem juízes. AVISO Esta coluna deixa de sair (ei, palmas por quê? não acabei a frase) nas próximas semanas.
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Julgamento no TSE mostra como o passado aqui passa mais devagar
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SÃO PAULO - O vermelho latejante das poltronas, o tom monocórdico dos diálogos mesmo quando lancinantes, o verniz pastel das imagens na TV –tudo isso poderia estar numa novela mexicana do SBT dos anos 80, mas é o Brasil de 2017 ao vivo no subsolo do Planalto Central. O debate sobre o futuro da nossa democracia ocorre com atraso, pois cinco oitavos do mandato em questão já se passaram, tendo como cenário um prédio, o do TSE, que custou mais do que alguns estádios da Copa. O espetáculo no tribunal soa tão pouco moderno quanto a sessão que levou ao impeachment de Dilma, com deputados esperando a vez de falar barbaridades ao microfone. Na outrora sexta maior economia do mundo, a recessão parece finalmente começar a acabar, mas a ressaca da depressão moral se faz presente em pontadas intermináveis. A longa novela política não para de dragar energia para si própria, e o cansaço mostra seus sintomas. Aparece tanto nos cochilos e cadeiras vazias no plenário da corte quanto na baixa vibração das redes sociais com o julgamento de Temer a despeito de todas as evidências contra ele. Pudera, trata-se de um país que já pensou poder fazer 50 anos em 5, já se iludiu pelo milagre econômico, já se enganou com o caçador de marajás, já se acreditou moderninho nos anos tucanos e já mergulhou no pré-sal e em outras commodities. Talvez um dia, assistindo a algum documentário sobre os últimos meses, tenhamos aquela mesma sensação ruim que aflora ao ver a penumbra nas fotos da missa negra do AI-5, em 1968. Parece que o passado aqui passa mais devagar. Na trilogia "De Volta para o Futuro", o carro-máquina-do-tempo faz as pessoas suspeitarem que no futuro podem acabar virando alguma espécie de idiotas. A DeLorean brasileira pegou um enredo pior ainda, o da "Caverna do Dragão", aquele desenho em que no final o pesadelo sempre começa de novo.
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colunas
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Julgamento no TSE mostra como o passado aqui passa mais devagarSÃO PAULO - O vermelho latejante das poltronas, o tom monocórdico dos diálogos mesmo quando lancinantes, o verniz pastel das imagens na TV –tudo isso poderia estar numa novela mexicana do SBT dos anos 80, mas é o Brasil de 2017 ao vivo no subsolo do Planalto Central. O debate sobre o futuro da nossa democracia ocorre com atraso, pois cinco oitavos do mandato em questão já se passaram, tendo como cenário um prédio, o do TSE, que custou mais do que alguns estádios da Copa. O espetáculo no tribunal soa tão pouco moderno quanto a sessão que levou ao impeachment de Dilma, com deputados esperando a vez de falar barbaridades ao microfone. Na outrora sexta maior economia do mundo, a recessão parece finalmente começar a acabar, mas a ressaca da depressão moral se faz presente em pontadas intermináveis. A longa novela política não para de dragar energia para si própria, e o cansaço mostra seus sintomas. Aparece tanto nos cochilos e cadeiras vazias no plenário da corte quanto na baixa vibração das redes sociais com o julgamento de Temer a despeito de todas as evidências contra ele. Pudera, trata-se de um país que já pensou poder fazer 50 anos em 5, já se iludiu pelo milagre econômico, já se enganou com o caçador de marajás, já se acreditou moderninho nos anos tucanos e já mergulhou no pré-sal e em outras commodities. Talvez um dia, assistindo a algum documentário sobre os últimos meses, tenhamos aquela mesma sensação ruim que aflora ao ver a penumbra nas fotos da missa negra do AI-5, em 1968. Parece que o passado aqui passa mais devagar. Na trilogia "De Volta para o Futuro", o carro-máquina-do-tempo faz as pessoas suspeitarem que no futuro podem acabar virando alguma espécie de idiotas. A DeLorean brasileira pegou um enredo pior ainda, o da "Caverna do Dragão", aquele desenho em que no final o pesadelo sempre começa de novo.
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Companhias aéreas dos EUA permitem que passageiros compartilhem milhas
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No mundo dos programas de fidelidade, é quase automático que as coisas só piorem. Cada mudança que uma companhia de viagens ou varejo descreve como melhora na verdade significará, ao que parece, que o consumidor receberá menos pontos, precisará de mais pontos para obter recompensas ou terá menos flexibilidade em seu uso. Por isso, é hora de pararmos para considerar um esforço que atraiu pouca atenção, de parte de algumas das companhias de aviação norte-americanas de menor porte, e que ajuda passageiros a obter passagens grátis com muito mais rapidez do que costumavam, e sem cobrá-los pelo privilégio. Conhecido como programa de compartilhamento de milhagem ou de milhagem conjunta, ele permite que os passageiros da Hawaiian Airlines, Sun Country Airlines e JetBlue Airways ofereçam milhas de seus programas de fidelidade a outros passageiros, ou se unam para ganhar passagens gratuitas mais rápido. Famílias, por exemplo, podem combinar todas as suas milhas de modo a que um grupo de quatro pessoas ganhe uma passagem grátis muito mais rápido. E crianças que poderiam demorar cinco a 10 anos para ganhar uma passagem gratuita por sua conta agora podem contribuir para um programa conjunto que ajuda sua família a economizar dinheiro com menos demora. Grandes companhias de aviação como a American, Southwest e United não oferecem coisa alguma de comparável. Para tentar entender por que não o fazem, e se a situação pode um dia mudar, leia abaixo os detalhes das ofertas das companhias de menor porte. O programa ShareMiles, da Hawaiian Airlines, foi o primeiro a surgir, em 2001. Embora os participantes possam transferir a quem quer que queiram a quantidade de milhas que desejem, o destinatário precisa ser portador de um cartão de crédito ou débito da Hawaiian, e ser o titular desse cartão. Em 2013, a Sun Country começou a oferecer um sistema de pontos compartilhados. A companhia de aviação, que realiza muitos voos entre Minneapolis-St. Paul e as partes ensolaradas dos Estados Unidos, permite que até 10 pessoas formem um grupo e contribuam com parte ou o total de seus pontos de milhagem para ele. Larry Chestler, vice-presidente executivo de desenvolvimento de negócios na Sun Country, trabalhou para empresas de maior porte no setor e contrasta sua operação com a das companhias de aviação que costumam mimar os viajantes de negócios regulares. "Somos uma companhia de aviação muito orientada ao lazer", ele disse. "Nossa intenção ao criar os pontos compartilhados era reconhecer que muitas viagens de lazer envolvem famílias, e podem não ser tão frequentes. Estamos reconhecendo uma forma muito diferente de fidelidade". A JetBlue, a maior das três companhias de aviação que permite livre compartilhamento de pontos, também tem muitos negócios em mercados de lazer e clima quente. Seu serviço de compartilhamento de pontos para famílias permite grupos formados por até dois adultos e cinco crianças, ainda que a companhia tenha dito que pretende expandir o número de adultos, no futuro. Quando a JetBlue começou a permitir esses grupos, três anos, atrás, também foi muito explícita em informar aos clientes que poderiam definir "família" como quisessem. Namorados e namoradas, melhores amigos —todos seriam bem-vindos. "Não queríamos impor muitas regras", disse Scott Resnick, diretor de marketing de fidelidade da empresa. "Quem somos nós para dizer? Não posso supor que eu é que sei que cara deve ter a sua família". Pais ardilosos podem ver esses programas como maneira excelente de confiscar a milhagem dos filhos, trazer parentes para tomar conta deles e depois viajar de férias sem as crianças. Nada de errado nisso. As companhias de aviação reportam outras formas comuns de uso: grupos formados por avós e netos, ou pais que usam os pontos acumulados para as viagens de seus filhos de e para a universidade. Tudo parece muito bacana, e como membro de um programa familiar conjunto da JetBlue, posso confirmar que não há grandes ressalvas aparentes, desde que você se mantenha em contato com o seu "parente". Assim, como defender o egoísmo dos programas de milhagem das grandes companhias de aviação? Tim Winship, norte-americano que trabalhou no setor de aviação antes de começar a comentá-lo, o que ele agora faz no site smartertravel.com, acredita que exista um elemento cultural em ação. Milhas compartilhadas, ele disse, são mais comuns em companhias de aviação sediadas fora dos Estados Unidos. "Não temos tanto foco na unidade familiar, e em adicionar valor a esse status, da forma que parece acontecer em países da Europa e da Ásia", ele disse. RECOMPENSAS As normas que proíbem compartilhar milhas também estão relacionadas ao esforço de equilibrismo que há muito atormenta os executivos de marketing de fidelidade. Por um lado, qualquer empresa com um programa de recompensas precisa distribuir recompensas suficientes para manter o interesse dos clientes (e, no caso das companhias de aviação, para garantir que as companhias de cartões de crédito continuem a desembolsar bilhões de dólares anuais comprando milhas para presentear aos clientes que portem cartões com marcas das companhias de aviação). Mas os programas também precisam fazer sentido financeiramente, e nenhuma empresa quer ser mais generosa do que o mínimo necessário. Quando pessoas sem muitas milhas desistem de registrá-las ou de acompanhar seu total de milhagem, e de tentar usá-la, o lucro para uma companhia de aviação pode ser grande. Afinal, ela vendeu algumas daquelas milhas a terceiros, que as conferiram a seus clientes, e a companhia de aviação jamais precisará resgatar as milhas em questão e pode ficar com o pagamento por elas, quando o passageiro abandona o programa de fidelidade. Os programas de milhagem compartilhada tem o potencial de reduzir a proporção de pontos de recompensa que terminam abandonados, porque o compartilhamento torna mais fácil resgatá-los. A JetBlue e a Sun Country, porém, disseram não ter visto grandes mudanças nos índices de desistência. Isso talvez aconteça porque poucas pessoas usam os programas conjuntos, ou porque os membros desses programas são o tipo de pessoa que jamais abandonaria sua milhagem. Além disso, American, Delta, Southwest e United têm, todas programas que permitem transferência de milhagem, mediante o pagamento de uma tarifa. Essas empresas provavelmente relutam em abrir mão dessa fonte de faturamento. A Delta permite que os membros de elite de seu programa de fidelidade compartilhem de suas recompensas de outra maneira, como upgrade de classe para um companheiro de viagem, se houver assentos disponíveis, ou autorizando os clientes que gastam mais a conferir um ano de benefícios do programa de elite a uma pessoa de sua escolha. E muitas companhias de aviação permitem que as pessoas doem milhas a instituições de caridade ou as gastem em assinaturas. Por 3.200 milhas da American, por exemplo, uma pessoa pode assinar para receber 304 edições do "Wall Street Journal". Isso equivale a US$ 32, se você avaliar cada milha em um centavo de dólar, e a soma representa uma fração do que uma assinatura do jornal custaria. Assim, existem diversas maneiras fáceis de extrair pelo menos algum valor das milhas e pontos acumulados, e a pessoa não precisa desistir deles. Mas os viajantes poucos frequentes que prefiram a passagem grátis tradicional continuarão a enfrentar dificuldades para obtê-la se voarem apenas nas grandes companhias de aviação. Ou, talvez, poderíamos todos levar em conta o que está acontecendo, nesse caso, e votar com nosso dinheiro. Embora a JetBlue esteja reduzindo em alguns centímetros o espaço entre as fileiras de poltronas em sua classe econômica, as telas nas costas dos assentos e os salgadinhos que ela serve em voo fazem com que as viagens pareçam mais curtas. E quando minha família, com quatro pessoas, precisa gastar milhares de dólares em passagens para a Flórida, a milhagem compartilhada certamente me inclina a optar pela JetBlue de preferência à Delta. Se número suficiente de passageiros começarem a tomar decisão semelhante, talvez as grandes companhias de aviação facilitem que sejamos mais generosos uns com os outros. Até lá, por favor me passem as batatinhas púrpuras. REGRAS DO COMPARTILHAMENTO Quer compartilhar as milhas de seu programa de fidelidade com um amigo ou parente? Isso pode custar alguma coisa. Eis as regras de compartilhamento de algumas das maiores companhias de aviação dos Estados Unidos. Algumas podem ter valores mínimos ou máximos de transferência, por transação ou por ano. E os impostos podem acarretar custo adicional. Alaska Airlines: Os passageiros podem transferir milhagem pagando US$ 10 por mil milhas, e mais uma tarifa de US$ 25 por transação. American Airlines: Os passageiros podem transferir milhagem pagando US$ 12,50 por mil milhas, e mais uma tarifa de US$ 15 por transação. Delta Air Lines: Os passageiros podem transferir milhagem pagando US$ 10 por mil milhas, e mais uma tarifa de US$ 30 por transação. Frontier Airlines: Os passageiros podem transferir milhagem pagando US$ 10 por mil milhas. Mas cuidado, porque as milhas da Frontier expiram depois de apenas seis meses de inatividade na conta. Hawaiian Airlines: O programa ShareMiles da empresa permite transferência gratuita de milhas, desde que estas vão para o portador titular de um cartão de crédito ou débito com a marca da Hawaiian. Os passageiros também podem transferir milhagem pagando US$ 10 por mil milhas (com um mínimo de duas mil milhas), e mais uma tarifa de US$ 25 por transação. JetBlue Airways: O programa de milhagem familiar compartilhada da empresa permite que até dois adultos e cinco crianças compartilhem sua milhagem, total ou parcialmente. Também permite transferências, ao preço de US$ 12,50 por mil milhas. Southwest Airlines: Os passageiros podem transferir milhagem pagando US$ 10 por mil milhas. Spirit Airlines: Os passageiros não podem transferir milhagem. Sun Country Airlines: Até 10 pessoas podem formar um grupo de compartilhamento de milhagem, sem custos. Os passageiros podem combinar dinheiro e pontos (em qualquer valor) para comprar passagens. United Airlines: Os passageiros podem transferir milhagem pagando US$ 15 por mil milhas, e mais uma tarifa de US$ 30 por transação. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Companhias aéreas dos EUA permitem que passageiros compartilhem milhasNo mundo dos programas de fidelidade, é quase automático que as coisas só piorem. Cada mudança que uma companhia de viagens ou varejo descreve como melhora na verdade significará, ao que parece, que o consumidor receberá menos pontos, precisará de mais pontos para obter recompensas ou terá menos flexibilidade em seu uso. Por isso, é hora de pararmos para considerar um esforço que atraiu pouca atenção, de parte de algumas das companhias de aviação norte-americanas de menor porte, e que ajuda passageiros a obter passagens grátis com muito mais rapidez do que costumavam, e sem cobrá-los pelo privilégio. Conhecido como programa de compartilhamento de milhagem ou de milhagem conjunta, ele permite que os passageiros da Hawaiian Airlines, Sun Country Airlines e JetBlue Airways ofereçam milhas de seus programas de fidelidade a outros passageiros, ou se unam para ganhar passagens gratuitas mais rápido. Famílias, por exemplo, podem combinar todas as suas milhas de modo a que um grupo de quatro pessoas ganhe uma passagem grátis muito mais rápido. E crianças que poderiam demorar cinco a 10 anos para ganhar uma passagem gratuita por sua conta agora podem contribuir para um programa conjunto que ajuda sua família a economizar dinheiro com menos demora. Grandes companhias de aviação como a American, Southwest e United não oferecem coisa alguma de comparável. Para tentar entender por que não o fazem, e se a situação pode um dia mudar, leia abaixo os detalhes das ofertas das companhias de menor porte. O programa ShareMiles, da Hawaiian Airlines, foi o primeiro a surgir, em 2001. Embora os participantes possam transferir a quem quer que queiram a quantidade de milhas que desejem, o destinatário precisa ser portador de um cartão de crédito ou débito da Hawaiian, e ser o titular desse cartão. Em 2013, a Sun Country começou a oferecer um sistema de pontos compartilhados. A companhia de aviação, que realiza muitos voos entre Minneapolis-St. Paul e as partes ensolaradas dos Estados Unidos, permite que até 10 pessoas formem um grupo e contribuam com parte ou o total de seus pontos de milhagem para ele. Larry Chestler, vice-presidente executivo de desenvolvimento de negócios na Sun Country, trabalhou para empresas de maior porte no setor e contrasta sua operação com a das companhias de aviação que costumam mimar os viajantes de negócios regulares. "Somos uma companhia de aviação muito orientada ao lazer", ele disse. "Nossa intenção ao criar os pontos compartilhados era reconhecer que muitas viagens de lazer envolvem famílias, e podem não ser tão frequentes. Estamos reconhecendo uma forma muito diferente de fidelidade". A JetBlue, a maior das três companhias de aviação que permite livre compartilhamento de pontos, também tem muitos negócios em mercados de lazer e clima quente. Seu serviço de compartilhamento de pontos para famílias permite grupos formados por até dois adultos e cinco crianças, ainda que a companhia tenha dito que pretende expandir o número de adultos, no futuro. Quando a JetBlue começou a permitir esses grupos, três anos, atrás, também foi muito explícita em informar aos clientes que poderiam definir "família" como quisessem. Namorados e namoradas, melhores amigos —todos seriam bem-vindos. "Não queríamos impor muitas regras", disse Scott Resnick, diretor de marketing de fidelidade da empresa. "Quem somos nós para dizer? Não posso supor que eu é que sei que cara deve ter a sua família". Pais ardilosos podem ver esses programas como maneira excelente de confiscar a milhagem dos filhos, trazer parentes para tomar conta deles e depois viajar de férias sem as crianças. Nada de errado nisso. As companhias de aviação reportam outras formas comuns de uso: grupos formados por avós e netos, ou pais que usam os pontos acumulados para as viagens de seus filhos de e para a universidade. Tudo parece muito bacana, e como membro de um programa familiar conjunto da JetBlue, posso confirmar que não há grandes ressalvas aparentes, desde que você se mantenha em contato com o seu "parente". Assim, como defender o egoísmo dos programas de milhagem das grandes companhias de aviação? Tim Winship, norte-americano que trabalhou no setor de aviação antes de começar a comentá-lo, o que ele agora faz no site smartertravel.com, acredita que exista um elemento cultural em ação. Milhas compartilhadas, ele disse, são mais comuns em companhias de aviação sediadas fora dos Estados Unidos. "Não temos tanto foco na unidade familiar, e em adicionar valor a esse status, da forma que parece acontecer em países da Europa e da Ásia", ele disse. RECOMPENSAS As normas que proíbem compartilhar milhas também estão relacionadas ao esforço de equilibrismo que há muito atormenta os executivos de marketing de fidelidade. Por um lado, qualquer empresa com um programa de recompensas precisa distribuir recompensas suficientes para manter o interesse dos clientes (e, no caso das companhias de aviação, para garantir que as companhias de cartões de crédito continuem a desembolsar bilhões de dólares anuais comprando milhas para presentear aos clientes que portem cartões com marcas das companhias de aviação). Mas os programas também precisam fazer sentido financeiramente, e nenhuma empresa quer ser mais generosa do que o mínimo necessário. Quando pessoas sem muitas milhas desistem de registrá-las ou de acompanhar seu total de milhagem, e de tentar usá-la, o lucro para uma companhia de aviação pode ser grande. Afinal, ela vendeu algumas daquelas milhas a terceiros, que as conferiram a seus clientes, e a companhia de aviação jamais precisará resgatar as milhas em questão e pode ficar com o pagamento por elas, quando o passageiro abandona o programa de fidelidade. Os programas de milhagem compartilhada tem o potencial de reduzir a proporção de pontos de recompensa que terminam abandonados, porque o compartilhamento torna mais fácil resgatá-los. A JetBlue e a Sun Country, porém, disseram não ter visto grandes mudanças nos índices de desistência. Isso talvez aconteça porque poucas pessoas usam os programas conjuntos, ou porque os membros desses programas são o tipo de pessoa que jamais abandonaria sua milhagem. Além disso, American, Delta, Southwest e United têm, todas programas que permitem transferência de milhagem, mediante o pagamento de uma tarifa. Essas empresas provavelmente relutam em abrir mão dessa fonte de faturamento. A Delta permite que os membros de elite de seu programa de fidelidade compartilhem de suas recompensas de outra maneira, como upgrade de classe para um companheiro de viagem, se houver assentos disponíveis, ou autorizando os clientes que gastam mais a conferir um ano de benefícios do programa de elite a uma pessoa de sua escolha. E muitas companhias de aviação permitem que as pessoas doem milhas a instituições de caridade ou as gastem em assinaturas. Por 3.200 milhas da American, por exemplo, uma pessoa pode assinar para receber 304 edições do "Wall Street Journal". Isso equivale a US$ 32, se você avaliar cada milha em um centavo de dólar, e a soma representa uma fração do que uma assinatura do jornal custaria. Assim, existem diversas maneiras fáceis de extrair pelo menos algum valor das milhas e pontos acumulados, e a pessoa não precisa desistir deles. Mas os viajantes poucos frequentes que prefiram a passagem grátis tradicional continuarão a enfrentar dificuldades para obtê-la se voarem apenas nas grandes companhias de aviação. Ou, talvez, poderíamos todos levar em conta o que está acontecendo, nesse caso, e votar com nosso dinheiro. Embora a JetBlue esteja reduzindo em alguns centímetros o espaço entre as fileiras de poltronas em sua classe econômica, as telas nas costas dos assentos e os salgadinhos que ela serve em voo fazem com que as viagens pareçam mais curtas. E quando minha família, com quatro pessoas, precisa gastar milhares de dólares em passagens para a Flórida, a milhagem compartilhada certamente me inclina a optar pela JetBlue de preferência à Delta. Se número suficiente de passageiros começarem a tomar decisão semelhante, talvez as grandes companhias de aviação facilitem que sejamos mais generosos uns com os outros. Até lá, por favor me passem as batatinhas púrpuras. REGRAS DO COMPARTILHAMENTO Quer compartilhar as milhas de seu programa de fidelidade com um amigo ou parente? Isso pode custar alguma coisa. Eis as regras de compartilhamento de algumas das maiores companhias de aviação dos Estados Unidos. Algumas podem ter valores mínimos ou máximos de transferência, por transação ou por ano. E os impostos podem acarretar custo adicional. Alaska Airlines: Os passageiros podem transferir milhagem pagando US$ 10 por mil milhas, e mais uma tarifa de US$ 25 por transação. American Airlines: Os passageiros podem transferir milhagem pagando US$ 12,50 por mil milhas, e mais uma tarifa de US$ 15 por transação. Delta Air Lines: Os passageiros podem transferir milhagem pagando US$ 10 por mil milhas, e mais uma tarifa de US$ 30 por transação. Frontier Airlines: Os passageiros podem transferir milhagem pagando US$ 10 por mil milhas. Mas cuidado, porque as milhas da Frontier expiram depois de apenas seis meses de inatividade na conta. Hawaiian Airlines: O programa ShareMiles da empresa permite transferência gratuita de milhas, desde que estas vão para o portador titular de um cartão de crédito ou débito com a marca da Hawaiian. Os passageiros também podem transferir milhagem pagando US$ 10 por mil milhas (com um mínimo de duas mil milhas), e mais uma tarifa de US$ 25 por transação. JetBlue Airways: O programa de milhagem familiar compartilhada da empresa permite que até dois adultos e cinco crianças compartilhem sua milhagem, total ou parcialmente. Também permite transferências, ao preço de US$ 12,50 por mil milhas. Southwest Airlines: Os passageiros podem transferir milhagem pagando US$ 10 por mil milhas. Spirit Airlines: Os passageiros não podem transferir milhagem. Sun Country Airlines: Até 10 pessoas podem formar um grupo de compartilhamento de milhagem, sem custos. Os passageiros podem combinar dinheiro e pontos (em qualquer valor) para comprar passagens. United Airlines: Os passageiros podem transferir milhagem pagando US$ 15 por mil milhas, e mais uma tarifa de US$ 30 por transação. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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'Pai do saxofone', Coleman Hawkins é tema da coleção Lendas do Jazz
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O americano Coleman Hawkins (1904-1969) foi uma figura fundamental na evolução do sax. Ainda nos anos 1920, ele fez do sax tenor um instrumento de destaque. Sem ele, talvez o mundo não escutasse depois monstros como Charlie Parker, John Coltrane ou Joshua Redman. Autor do texto do volume número 29 da Coleção Folha Lendas do Jazz, que estará nas bancas no domingo (1º), o jornalista Helton Ribeiro afirma que, embora tenha sido criado pelo belga Adolphe Sax, o verdadeiro pai do saxofone foi Hawkins. Nos anos 1930, Hawkins trabalhou nos maiores grupos da Era do Swing. Na década seguinte, já líder de banda, deu chances a futuros gênios como Dizzy Gillespie e Miles Davis, expoentes da geração que criaria pouco tempo depois o bebop. Como outros gigantes do jazz, sofreu com o alcoolismo, mas deixou um legado extraordinário. O CD que acompanha o volume traz 16 faixas que merecem estar na discografia básica de todo fã de jazz. E a primeira delas é um marco histórico. "Picasso", composta e gravada por Hawkins em 1948, é o primeiro registro solo de saxofone, sem acompanhamento de qualquer outro instrumento na faixa. Sendo o sax tenor de Coleman Hawkins, não é preciso mais nada.
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ilustrada
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'Pai do saxofone', Coleman Hawkins é tema da coleção Lendas do JazzO americano Coleman Hawkins (1904-1969) foi uma figura fundamental na evolução do sax. Ainda nos anos 1920, ele fez do sax tenor um instrumento de destaque. Sem ele, talvez o mundo não escutasse depois monstros como Charlie Parker, John Coltrane ou Joshua Redman. Autor do texto do volume número 29 da Coleção Folha Lendas do Jazz, que estará nas bancas no domingo (1º), o jornalista Helton Ribeiro afirma que, embora tenha sido criado pelo belga Adolphe Sax, o verdadeiro pai do saxofone foi Hawkins. Nos anos 1930, Hawkins trabalhou nos maiores grupos da Era do Swing. Na década seguinte, já líder de banda, deu chances a futuros gênios como Dizzy Gillespie e Miles Davis, expoentes da geração que criaria pouco tempo depois o bebop. Como outros gigantes do jazz, sofreu com o alcoolismo, mas deixou um legado extraordinário. O CD que acompanha o volume traz 16 faixas que merecem estar na discografia básica de todo fã de jazz. E a primeira delas é um marco histórico. "Picasso", composta e gravada por Hawkins em 1948, é o primeiro registro solo de saxofone, sem acompanhamento de qualquer outro instrumento na faixa. Sendo o sax tenor de Coleman Hawkins, não é preciso mais nada.
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Mesas para imprensa causam pontos cegos em arena do basquete da Rio-2016
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ÉDER FANTONI ENVIADO ESPECIAL AO RIO Considerada o "caldeirão" do basquete na Rio-2016, a Arena Carioca 1 terá alguns pontos cegos perto da tribuna de imprensa. Na visita feita pela Folha nesta quarta-feira (3) foi possível perceber que as grandes mesas colocadas para os jornalistas em um determinado setor do ginásio tiram a visão quase que completa do torcedor. Em uma dessas cadeiras com ponto cego não dá para ver o círculo com o símbolo da Rio-2016 no meio da quadra e muito menos a outra cesta. Do outro lado dessas mesas, em mais um setor reservado para a imprensa, também há pontos cegos. Para ver a cesta do outro lado, é necessário se levantar da cadeira. Essas mesas foram colocadas depois do início das vendas dos ingressos. Portanto, é possível que algum torcedor tenha comprado uma entrada em um ponto cego. A Rio-2016 disse que está ciente do problema e que realocará a pessoa que comprou o bilhete para tais cadeiras —a organização não soube informar se as entradas já foram mesmo vendidas. Ainda de acordo com a Rio-2016, 2% dos ingressos de cada arena não foram colocados à venda justamente para poder realocar um torcedor caso seja necessário. A Folha também presenciou um problema semelhante na Arena Olímpica do Rio, que vai sediar as competições de ginástica. Lá, o ponto cego está nas tribunas de imprensa sem mesas. Parte do público ou dos convidados terá visão prejudicada. Na semana passada, a Folha mostrou que o Comitê Organizador da Rio-2016 colocou à venda novo lote de entradas para as disputas de natação (no Estádio Aquático) para áreas em que há pontos cegos. Essas entradas custam a metade do valor original. Nesses pontos, localizados nos quatro cantos da piscina, há pilastras que sustentam o teto. O projeto inicial não previa essas estruturas, mas elas foram adotadas para cortar gastos. Para ajudar a melhorar a experiência de quem sentar naquelas cadeiras, foram colocadas TVs presas às pilastras, que mostrarão os resultados. Colaborou EDUARDO GERAQUE, enviado especial ao Rio
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esporte
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Mesas para imprensa causam pontos cegos em arena do basquete da Rio-2016
ÉDER FANTONI ENVIADO ESPECIAL AO RIO Considerada o "caldeirão" do basquete na Rio-2016, a Arena Carioca 1 terá alguns pontos cegos perto da tribuna de imprensa. Na visita feita pela Folha nesta quarta-feira (3) foi possível perceber que as grandes mesas colocadas para os jornalistas em um determinado setor do ginásio tiram a visão quase que completa do torcedor. Em uma dessas cadeiras com ponto cego não dá para ver o círculo com o símbolo da Rio-2016 no meio da quadra e muito menos a outra cesta. Do outro lado dessas mesas, em mais um setor reservado para a imprensa, também há pontos cegos. Para ver a cesta do outro lado, é necessário se levantar da cadeira. Essas mesas foram colocadas depois do início das vendas dos ingressos. Portanto, é possível que algum torcedor tenha comprado uma entrada em um ponto cego. A Rio-2016 disse que está ciente do problema e que realocará a pessoa que comprou o bilhete para tais cadeiras —a organização não soube informar se as entradas já foram mesmo vendidas. Ainda de acordo com a Rio-2016, 2% dos ingressos de cada arena não foram colocados à venda justamente para poder realocar um torcedor caso seja necessário. A Folha também presenciou um problema semelhante na Arena Olímpica do Rio, que vai sediar as competições de ginástica. Lá, o ponto cego está nas tribunas de imprensa sem mesas. Parte do público ou dos convidados terá visão prejudicada. Na semana passada, a Folha mostrou que o Comitê Organizador da Rio-2016 colocou à venda novo lote de entradas para as disputas de natação (no Estádio Aquático) para áreas em que há pontos cegos. Essas entradas custam a metade do valor original. Nesses pontos, localizados nos quatro cantos da piscina, há pilastras que sustentam o teto. O projeto inicial não previa essas estruturas, mas elas foram adotadas para cortar gastos. Para ajudar a melhorar a experiência de quem sentar naquelas cadeiras, foram colocadas TVs presas às pilastras, que mostrarão os resultados. Colaborou EDUARDO GERAQUE, enviado especial ao Rio
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Artista japonesa é condenada por criar objetos na forma de sua vagina
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Uma artista japonesa que cria objetos inspirados na forma de sua vagina foi condenada por crime de obscenidade nesta segunda-feira (9), no Japão, após um julgamento de grande repercussão. O tribunal do distrito de Tóquio condenou Megumi Igarashi, 44, a pagar uma multa de 400 mil ienes (R$ 13 mil), metade da quantia requerida. Igarashi foi presa em julho de 2014 por tentar levantar fundos na internet para financiar a construção de um caiaque, cuja forma seria inspirada em seus órgãos genitais. Na ocasião, ela havia publicado uma imagem 3D de sua vagina para que os internautas pudessem fazer cópias. No Japão, onde o mercado de pornografia gera milhões, são proibidas certas representações de órgãos genitais. Imagens de órgãos sexuais muitas vezes aparecem borradas ou obscurecidas em fotografias e filmes. Igarashi, conhecida como Rokude Nashiko ("menina inútil"), foi libertada poucos dias depois de ser presa, após apresentar um recurso. Meses mais tarde, a polícia de Tóquio a prendeu novamente por espalhar esculturas de gesso "obscenas" e enviar e vender CDs com os dados necessários para fabricar o molde. Nesta segunda, ela foi considerada culpada. "Eu sou inocente, lutarei até o fim", disse a artista, anunciando que irá recorrer da sentença. Kenya Sumi, um de seus advogados, disse que "seria lamentável que a decisão intimidasse outros artistas."
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ilustrada
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Artista japonesa é condenada por criar objetos na forma de sua vaginaUma artista japonesa que cria objetos inspirados na forma de sua vagina foi condenada por crime de obscenidade nesta segunda-feira (9), no Japão, após um julgamento de grande repercussão. O tribunal do distrito de Tóquio condenou Megumi Igarashi, 44, a pagar uma multa de 400 mil ienes (R$ 13 mil), metade da quantia requerida. Igarashi foi presa em julho de 2014 por tentar levantar fundos na internet para financiar a construção de um caiaque, cuja forma seria inspirada em seus órgãos genitais. Na ocasião, ela havia publicado uma imagem 3D de sua vagina para que os internautas pudessem fazer cópias. No Japão, onde o mercado de pornografia gera milhões, são proibidas certas representações de órgãos genitais. Imagens de órgãos sexuais muitas vezes aparecem borradas ou obscurecidas em fotografias e filmes. Igarashi, conhecida como Rokude Nashiko ("menina inútil"), foi libertada poucos dias depois de ser presa, após apresentar um recurso. Meses mais tarde, a polícia de Tóquio a prendeu novamente por espalhar esculturas de gesso "obscenas" e enviar e vender CDs com os dados necessários para fabricar o molde. Nesta segunda, ela foi considerada culpada. "Eu sou inocente, lutarei até o fim", disse a artista, anunciando que irá recorrer da sentença. Kenya Sumi, um de seus advogados, disse que "seria lamentável que a decisão intimidasse outros artistas."
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Seleção argentina está mal porque virou 'grupo de amigos', diz Kempes
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A situação delicada da Argentina nas eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, não surpreende um dos maiores jogadores da história do país. Campeão mundial e artilheiro da Copa de 1978, Mario Kempes, 63, vê a quinta posição no qualificatório para 2018 –posição que lhe daria apenas vaga na repescagem mundial– como resultado de um time que virou um "grupo de amigos" e não uma das equipes mais respeitadas do futebol internacional. "Os jogadores estão há tanto tempo que faz com que essa seleção seja um grupo de amigos e não a equipe nacional. É um grande grupo de amigos, e isso não é bom. Assim não se consegue nada", disse à Folha o ex-atacante, atualmente comentarista dos canais ESPN, na sede da empresa antes do duelo contra os uruguaios. "É preciso sangue novo e novos jogadores, não importando que seja o melhor. Espero que [o atual técnico, Jorge] Sampaoli acerte isso e mostre que para estar na seleção é preciso mostrar sempre." Na quinta-feira (31), a Argentina empatou em 0 a 0 com o Uruguai, em Montevidéu, e foi a 23 pontos nas eliminatórias, 13 a menos do que o líder Brasil. Colômbia, Uruguai e Chile, pela ordem, estão à frente dos bicampeões mundiais (1978 e 1986). Kempes exime Sampaoli de culpa e diz que seu trabalho ainda vai demorar um tempo para se ajustar. Ele, porém, não poupou críticas aos antecessores. Afirmou que, com Edgardo Bauza, a Argentina viveu um período aflitivo, no qual a única tática era entregar a bola a Messi. "Era passar para ele e esperar que produzisse alguma coisa." Na visão do ex-atacante, Sampaoli tem tentado trocar as peças e tirar os principais jogadores da zona de conforto. "A Argentina é potente, mas tem que demonstrar isso. A chegada de Sampaoli foi importante, porque, com exceção de Di María e Romero, ele pôs peças novas. A troca de treinador foi importante", disse Kempes. Nos últimos três anos, a Argentina chegou à final da Copa do Mundo de 2014 e às decisões da Copa América em 2015 e 2016, mas perdeu todas. Após o revés para o Chile no torneio continental em 2016, Messi chegou a dizer que abandonaria a seleção nacional, depois voltou atrás. Apesar da desconfiança, Kempes afirma que espera uma classificação da equipe para o Mundial da Rússia. Tudo passa por um bom resultado nesta terça-feira (5), contra a Venezuela, pela 16ª rodada das eliminatórias. A partida acontecerá às 20h30 (de Brasília), em Buenos Aires. O jornalista PAULO ROBERTO CONDE viaja a convite da ESPN
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esporte
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Seleção argentina está mal porque virou 'grupo de amigos', diz KempesA situação delicada da Argentina nas eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, não surpreende um dos maiores jogadores da história do país. Campeão mundial e artilheiro da Copa de 1978, Mario Kempes, 63, vê a quinta posição no qualificatório para 2018 –posição que lhe daria apenas vaga na repescagem mundial– como resultado de um time que virou um "grupo de amigos" e não uma das equipes mais respeitadas do futebol internacional. "Os jogadores estão há tanto tempo que faz com que essa seleção seja um grupo de amigos e não a equipe nacional. É um grande grupo de amigos, e isso não é bom. Assim não se consegue nada", disse à Folha o ex-atacante, atualmente comentarista dos canais ESPN, na sede da empresa antes do duelo contra os uruguaios. "É preciso sangue novo e novos jogadores, não importando que seja o melhor. Espero que [o atual técnico, Jorge] Sampaoli acerte isso e mostre que para estar na seleção é preciso mostrar sempre." Na quinta-feira (31), a Argentina empatou em 0 a 0 com o Uruguai, em Montevidéu, e foi a 23 pontos nas eliminatórias, 13 a menos do que o líder Brasil. Colômbia, Uruguai e Chile, pela ordem, estão à frente dos bicampeões mundiais (1978 e 1986). Kempes exime Sampaoli de culpa e diz que seu trabalho ainda vai demorar um tempo para se ajustar. Ele, porém, não poupou críticas aos antecessores. Afirmou que, com Edgardo Bauza, a Argentina viveu um período aflitivo, no qual a única tática era entregar a bola a Messi. "Era passar para ele e esperar que produzisse alguma coisa." Na visão do ex-atacante, Sampaoli tem tentado trocar as peças e tirar os principais jogadores da zona de conforto. "A Argentina é potente, mas tem que demonstrar isso. A chegada de Sampaoli foi importante, porque, com exceção de Di María e Romero, ele pôs peças novas. A troca de treinador foi importante", disse Kempes. Nos últimos três anos, a Argentina chegou à final da Copa do Mundo de 2014 e às decisões da Copa América em 2015 e 2016, mas perdeu todas. Após o revés para o Chile no torneio continental em 2016, Messi chegou a dizer que abandonaria a seleção nacional, depois voltou atrás. Apesar da desconfiança, Kempes afirma que espera uma classificação da equipe para o Mundial da Rússia. Tudo passa por um bom resultado nesta terça-feira (5), contra a Venezuela, pela 16ª rodada das eliminatórias. A partida acontecerá às 20h30 (de Brasília), em Buenos Aires. O jornalista PAULO ROBERTO CONDE viaja a convite da ESPN
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TAM demorou a avisar sobre falsa ameaça de bomba, dizem passageiros
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Retirados de uma aeronave com destino ao Brasil na noite de segunda-feira (14), após uma ameaça de bomba, os passageiros do voo JJ 8065 ainda esperam em Madri por informações. Segundo uma passageira ouvida pela Folha, a companhia aérea TAM não explicou aos viajantes qual foram as circunstâncias dessa medida e por que razão é preciso esperar durante todo o dia para voar a São Paulo. "Até agora a TAM não deu nenhuma informação para a gente", diz a enfermeira Carla Wlach, que estava no voo. "Só sabemos que no fim da tarde um ônibus vem nos buscar para nos levar ao aeroporto." Wlach conta que o avião já havia voado por duas horas quando o capitão avisou que, por avaria no aparelho de GPS (sistema de posicionamento global), teria de retornar a Madri. A aeronave pousou na capital espanhola e permaneceu na pista, diz, por um período de aproximadamente uma hora. A tripulação olhava pela janela e insistia aos passageiros que permanecessem sentados, com o cinto de segurança. "Descemos no aeroporto num breu, no meio do nada, e nos colocaram em ônibus. Alguns passaram por detectores de metal e cães farejadores." Os passageiros, sempre segundo a enfermeira, foram levados ao hotel sem mais informações. Chegando lá, e após colocar os dois filhos para dormir, a enfermeira acessou a internet e leu as notícias sobre a ameaça de bomba. "Levei um susto. A gente estava correndo perigo." Procurada pela Folha, a Polícia espanhola confirmou a suspeita de bomba, surgida após uma denúncia anônima em uma cabine telefônica. Mas a aeronave foi inspecionada e nenhum artefato explosivo foi de fato encontrado. "Com aquele Carnaval todo, eu sabia que tinha alguma coisa. Eu achei que estivessem buscando drogas", diz Wlach. "Meu marido disse que poderia ser uma bomba, mas eu falei que era muito pessimismo. Só que ele estava certo." A enfermeira passou o dia à espera de novidades. Ela diz que, no café da manhã, pairava um ponto de interrogação. "Todo o mundo olhava um para o outro, querendo informações." Wlach mora em Viena desde 1998 e viajava ao Brasil para passar as festas com sua família. Ela deve seguir em outro voo no fim desta terça-feira (15) —mas o horário da partida, diz, tampouco foi diretamente informado pela companhia aérea. TAM Questionada pela Folha, a companhia aérea afirmou que os pilotos foram comunicados sobre a falsa ameaça de bomba pela Aena (Aeroportos Espanhóis e Navegação Aérea), responsável pelo controle de tráfego aéreo espanhol, quando o avião passava por Casablanca, em Marrocos. A assessoria da TAM afirmou que as informações foram passadas com cautela aos passageiros para evitar pânico dentro da aeronave. Em terra, a empresa diz ter seguido orientações das autoridades espanholas, motivo pelo qual a falsa ameaça só foi informada mais tarde. A companhia aérea declara que oferece assistência aos passageiros de acordo com as determinações legais, incluindo hospedagem, alimentação, transporte e comunicação gratuitos. Segundo a TAM, o avião decolou às 20h56 locais (17h56 em Brasília), e sua chegada ao aeroporto de Cumbica estava prevista para as 4h (horário de Brasília) desta quarta. O procedimento de não comunicar aos passageiros sobre ameaças durante um voo é um padrão na aviação civil. A companhia Turkish Airlines agiu da mesma forma em março, quando um voo de Istambul para São Paulo fez um pouso não programado em Casablanca, em Marrocos, depois de um falso alerta de bomba.
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mundo
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TAM demorou a avisar sobre falsa ameaça de bomba, dizem passageirosRetirados de uma aeronave com destino ao Brasil na noite de segunda-feira (14), após uma ameaça de bomba, os passageiros do voo JJ 8065 ainda esperam em Madri por informações. Segundo uma passageira ouvida pela Folha, a companhia aérea TAM não explicou aos viajantes qual foram as circunstâncias dessa medida e por que razão é preciso esperar durante todo o dia para voar a São Paulo. "Até agora a TAM não deu nenhuma informação para a gente", diz a enfermeira Carla Wlach, que estava no voo. "Só sabemos que no fim da tarde um ônibus vem nos buscar para nos levar ao aeroporto." Wlach conta que o avião já havia voado por duas horas quando o capitão avisou que, por avaria no aparelho de GPS (sistema de posicionamento global), teria de retornar a Madri. A aeronave pousou na capital espanhola e permaneceu na pista, diz, por um período de aproximadamente uma hora. A tripulação olhava pela janela e insistia aos passageiros que permanecessem sentados, com o cinto de segurança. "Descemos no aeroporto num breu, no meio do nada, e nos colocaram em ônibus. Alguns passaram por detectores de metal e cães farejadores." Os passageiros, sempre segundo a enfermeira, foram levados ao hotel sem mais informações. Chegando lá, e após colocar os dois filhos para dormir, a enfermeira acessou a internet e leu as notícias sobre a ameaça de bomba. "Levei um susto. A gente estava correndo perigo." Procurada pela Folha, a Polícia espanhola confirmou a suspeita de bomba, surgida após uma denúncia anônima em uma cabine telefônica. Mas a aeronave foi inspecionada e nenhum artefato explosivo foi de fato encontrado. "Com aquele Carnaval todo, eu sabia que tinha alguma coisa. Eu achei que estivessem buscando drogas", diz Wlach. "Meu marido disse que poderia ser uma bomba, mas eu falei que era muito pessimismo. Só que ele estava certo." A enfermeira passou o dia à espera de novidades. Ela diz que, no café da manhã, pairava um ponto de interrogação. "Todo o mundo olhava um para o outro, querendo informações." Wlach mora em Viena desde 1998 e viajava ao Brasil para passar as festas com sua família. Ela deve seguir em outro voo no fim desta terça-feira (15) —mas o horário da partida, diz, tampouco foi diretamente informado pela companhia aérea. TAM Questionada pela Folha, a companhia aérea afirmou que os pilotos foram comunicados sobre a falsa ameaça de bomba pela Aena (Aeroportos Espanhóis e Navegação Aérea), responsável pelo controle de tráfego aéreo espanhol, quando o avião passava por Casablanca, em Marrocos. A assessoria da TAM afirmou que as informações foram passadas com cautela aos passageiros para evitar pânico dentro da aeronave. Em terra, a empresa diz ter seguido orientações das autoridades espanholas, motivo pelo qual a falsa ameaça só foi informada mais tarde. A companhia aérea declara que oferece assistência aos passageiros de acordo com as determinações legais, incluindo hospedagem, alimentação, transporte e comunicação gratuitos. Segundo a TAM, o avião decolou às 20h56 locais (17h56 em Brasília), e sua chegada ao aeroporto de Cumbica estava prevista para as 4h (horário de Brasília) desta quarta. O procedimento de não comunicar aos passageiros sobre ameaças durante um voo é um padrão na aviação civil. A companhia Turkish Airlines agiu da mesma forma em março, quando um voo de Istambul para São Paulo fez um pouso não programado em Casablanca, em Marrocos, depois de um falso alerta de bomba.
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Presença de líder do MST em congresso de economia causa alvoroço
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A confirmação do líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Pedro Stedile, como um dos palestrantes do 21º Congresso Brasileiro de Economia, em setembro, está causando alvoroço entre integrantes do encontro. A resistência à participação dele vem principalmente de São Paulo. PAVOR "Se querem gente de esquerda, existem ótimos nomes. Mas [Stedile] não faz parte do contexto do mundo acadêmico e tem histórias lamentáveis de invasão de propriedade", diz Wilson Roberto Villas Boas Antunes. "Não haveria necessidade [de convidá-lo], outra pessoa poderia falar sobre o tema, o que não geraria esse tipo de insatisfação", diz o professor Luiz Alberto Machado, representante de SP no Cofecon (Conselho Federal de Economia). "Mas a situação não é tão apavorante. Até propus alguns nomes para contrapor [a Stedile]." O líder do MST falará sobre a questão agrária. COLORIDO "O nome dele foi sugerido por pessoas que têm interesse e talvez participação na forma de pensar do Stedile. Mas, mesmo pra quem não pensa como ele, estamos lembrando que Stedile é economista e que é importante debatermos todos os pontos de vista", diz Sérgio Guimarães Hardy, presidente do conselho do Paraná, que sediará o evento e faz a organização junto com o Cofecon. Fotos MEMÓRIAS ERÓTICAS A atriz Natallia Rodrigues foi ao coquetel de abertura da exposição "Mentiras Eróticas e Absorventes" –a primeira individual de seu namorado, o artista plástico Pedro Henrique Moutinho. O evento ocorreu na galeria Luis Maluf, na quinta-feira (23). Estiveram no local a atriz Anna Cecília Junqueira e o ator e diretor Otavio Martins. CORRA, DRAUZIO Drauzio Varella lança no final de maio o livro "Correr", pela Cia. das Letras. "São relatos que colhi correndo pelas ruas de SP", afirma o médico, que completou sua primeira maratona há mais de 20 anos. A obra também traz um resumo de estudos sobre o assunto. "Não sei nem quem eu seria sem essa atividade", diz Varella, que corre pelo menos três vezes por semana. ORIXÁS Jarbas Homem de Mello vai fazer coreografia para homenagear a cantora Maria Bethânia no Prêmio da Música Brasileira, que ocorre no dia 10 de junho, no Rio. Fotos ALÉM DO FUTEBOL Daniela Greeb, 43, já sabe qual será seu legado para as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Ela é coordenadora do projeto Memória do Esporte Olímpico Brasileiro, que, até 2016, vai reunir 50 documentários sobre atletas nacionais. Eles serão exibidos em uma mostra itinerante pelo país. * Entre os filmes do programa, há produções de Cao Hamburguer, Laís Bodanzky, Cacá Diegues e Silvio Tendler. O próximo edital será aberto em maio. A regra é clara: nada de futebol. "Já tem muita visibilidade, a gente precisa valorizar mais os outros esportes", diz Daniela. PRESENTE DE SOGRO Para viver seu novo papel na peça "Visitando o Sr. Green", Sergio Mamberti pegou emprestado de seu sogro, que era austríaco e judeu, o quipá preto que usa durante toda a peça. Também são dele o talit (xale usado durante as preces judaicas) e o livro de rezas que aparecem em cena. POLITEÍSTA Apesar de viver um judeu na peça, o camarim de Mamberti tem mais de dez amuletos enfileirados em frente ao espelho. Entre eles, uma foto de Ganesha, deus do hinduísmo, uma estatueta de Nossa Senhora de Guadalupe e um Maneki Neko, o gato da sorte japonês. Afastado dos palcos desde 2004, Mamberti diz que tem vontade de viver o Sr. Green há cerca de dez anos. "Vi um vídeo da apresentação e disse 'eu ainda vou fazer essa peça'", conta. CURTO-CIRCUITO A Confederação Brasileira de Golfe dá aulas grátis hoje no parque Ibirapuera. Das 9h às 17h. A exposição "José Resende" é inaugurada hoje na Pinacoteca. Às 11h. Ângela Ro Ro se apresenta hoje no Teatro Martins Penna pelo Circuito SP de Cultura. Grátis. O Sesc Vila Mariana tem hoje as últimas sessões da mostra Panorama do Cinema Contemporâneo Dinamarquês. Às 11h e 14h. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI; colaborou TAÍS HIRATA
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Presença de líder do MST em congresso de economia causa alvoroçoA confirmação do líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Pedro Stedile, como um dos palestrantes do 21º Congresso Brasileiro de Economia, em setembro, está causando alvoroço entre integrantes do encontro. A resistência à participação dele vem principalmente de São Paulo. PAVOR "Se querem gente de esquerda, existem ótimos nomes. Mas [Stedile] não faz parte do contexto do mundo acadêmico e tem histórias lamentáveis de invasão de propriedade", diz Wilson Roberto Villas Boas Antunes. "Não haveria necessidade [de convidá-lo], outra pessoa poderia falar sobre o tema, o que não geraria esse tipo de insatisfação", diz o professor Luiz Alberto Machado, representante de SP no Cofecon (Conselho Federal de Economia). "Mas a situação não é tão apavorante. Até propus alguns nomes para contrapor [a Stedile]." O líder do MST falará sobre a questão agrária. COLORIDO "O nome dele foi sugerido por pessoas que têm interesse e talvez participação na forma de pensar do Stedile. Mas, mesmo pra quem não pensa como ele, estamos lembrando que Stedile é economista e que é importante debatermos todos os pontos de vista", diz Sérgio Guimarães Hardy, presidente do conselho do Paraná, que sediará o evento e faz a organização junto com o Cofecon. Fotos MEMÓRIAS ERÓTICAS A atriz Natallia Rodrigues foi ao coquetel de abertura da exposição "Mentiras Eróticas e Absorventes" –a primeira individual de seu namorado, o artista plástico Pedro Henrique Moutinho. O evento ocorreu na galeria Luis Maluf, na quinta-feira (23). Estiveram no local a atriz Anna Cecília Junqueira e o ator e diretor Otavio Martins. CORRA, DRAUZIO Drauzio Varella lança no final de maio o livro "Correr", pela Cia. das Letras. "São relatos que colhi correndo pelas ruas de SP", afirma o médico, que completou sua primeira maratona há mais de 20 anos. A obra também traz um resumo de estudos sobre o assunto. "Não sei nem quem eu seria sem essa atividade", diz Varella, que corre pelo menos três vezes por semana. ORIXÁS Jarbas Homem de Mello vai fazer coreografia para homenagear a cantora Maria Bethânia no Prêmio da Música Brasileira, que ocorre no dia 10 de junho, no Rio. Fotos ALÉM DO FUTEBOL Daniela Greeb, 43, já sabe qual será seu legado para as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Ela é coordenadora do projeto Memória do Esporte Olímpico Brasileiro, que, até 2016, vai reunir 50 documentários sobre atletas nacionais. Eles serão exibidos em uma mostra itinerante pelo país. * Entre os filmes do programa, há produções de Cao Hamburguer, Laís Bodanzky, Cacá Diegues e Silvio Tendler. O próximo edital será aberto em maio. A regra é clara: nada de futebol. "Já tem muita visibilidade, a gente precisa valorizar mais os outros esportes", diz Daniela. PRESENTE DE SOGRO Para viver seu novo papel na peça "Visitando o Sr. Green", Sergio Mamberti pegou emprestado de seu sogro, que era austríaco e judeu, o quipá preto que usa durante toda a peça. Também são dele o talit (xale usado durante as preces judaicas) e o livro de rezas que aparecem em cena. POLITEÍSTA Apesar de viver um judeu na peça, o camarim de Mamberti tem mais de dez amuletos enfileirados em frente ao espelho. Entre eles, uma foto de Ganesha, deus do hinduísmo, uma estatueta de Nossa Senhora de Guadalupe e um Maneki Neko, o gato da sorte japonês. Afastado dos palcos desde 2004, Mamberti diz que tem vontade de viver o Sr. Green há cerca de dez anos. "Vi um vídeo da apresentação e disse 'eu ainda vou fazer essa peça'", conta. CURTO-CIRCUITO A Confederação Brasileira de Golfe dá aulas grátis hoje no parque Ibirapuera. Das 9h às 17h. A exposição "José Resende" é inaugurada hoje na Pinacoteca. Às 11h. Ângela Ro Ro se apresenta hoje no Teatro Martins Penna pelo Circuito SP de Cultura. Grátis. O Sesc Vila Mariana tem hoje as últimas sessões da mostra Panorama do Cinema Contemporâneo Dinamarquês. Às 11h e 14h. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI; colaborou TAÍS HIRATA
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Diretora do Facebook narra o luto e suas consequências
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"Plano B - Como Encarar Adversidades, Desenvolver Resiliência e Encontrar Felicidade", que a editora Fontanar lança neste mês no Brasil, é um livro sobre o luto de Sheryl Sandberg, 47 anos, chefe de operações do Facebook, que perdeu o marido ainda jovem numa situação inesperada. Sandberg, que escreve o livro em parceria com o psicólogo Adam Grant, é uma altíssima executiva da rede social, foi vice-presidente de vendas on-line do Google e trabalhou para Larry Summers como sua chefe de gabinete quando ele foi secretário do Tesouro americano, além de outras credenciais. Mas seu novo livro traça a dor de uma mulher comum que encontrou o marido morto e precisará se sustentar em pé, combatendo a própria prostração para amparar as crianças. Quem consegue superar o sentimentalismo da primeira página, em que a viúva relata o primeiro encontro romântico e a evolução do casal na década de 1990, encontra rapidamente a descrição da morte de Dave Goldberg, o homem que apresentou a Sandberg a internet e músicas que ela nunca ouvira. Goldberg morreu em 2015, aos 47 anos, de uma arritmia cardíaca provocada por doença coronariana, durante uma viagem de férias ao México com a mulher. Foi encontrado por ela morto no chão da academia. Ele era presidente-executivo da SurveyMonkey, empresa de ferramentas para pesquisas de opinião on-line. Ainda na introdução, fica fácil notar que "Plano B", número 1 de vendas na lista do "New York Times", não é o primeiro sucesso da executiva no mercado editorial. Ela escreveu o best-seller "Faça Acontecer", um livro de conselhos feministas para mulheres no trabalho, e soube evitar que a narrativa de um drama pessoal seguida do discurso de resiliência se perdesse numa armadilha melodramática. Se em "Faça Acontecer" a executiva de sucesso foi criticada por desconsiderar obstáculos enfrentados pelas mães de classe média –como horários escolares incompatíveis com a jornada de trabalho–, em "Plano B", Sandberg é mais democrática. Uma das mulheres mais ricas dos EUA, a autora também reflete sobre consequências que costumam acompanhar o luto, mas escapam de sua realidade, como as dificuldades financeiras e o impacto do sofrimento no desempenho dos trabalhadores. "Só nos EUA, estima-se que a perda de produtividade relacionada ao luto custe às empresas algo como US$ 75 bilhões por ano. Esse prejuízo poderia ser minimizado, e o fardo para as pessoas em luto, diminuído, se os empregadores permitissem mais tempo de licença, horários reduzidos ou flexíveis e ajuda financeira." FRANQUEZA Para além das construções características da autoajuda, como as lições de que "o humor pode nos tornar mais resilientes" ou de que é preciso aprender com fracassos, Sandberg compartilha detalhes factuais, como a triste cena em que leva aos filhos a notícia da tragédia. A franqueza com que ela expõe ao leitor os pormenores íntimos de seu luto contrasta com a personagem pouco espontânea de Sandberg enquanto celebridade do mundo corporativo. Sem deixar de mencionar Mark Zuckerberg, ela lembra que foi ele um dos responsáveis por organizar o velório e narra o retorno ao escritório. "Os primeiros dias de volta ao trabalho foram de absoluta névoa. Na primeira reunião, a única coisa em que eu conseguia pensar era: 'Do que eles estão falando e que importância tem?'. Em certo momento, me envolvi com o debate e durante um segundo –talvez meio segundo– esqueci. Esqueci a morte." A memória da perseguição feminina pela liderança no trabalho, tão discutida em "Faça Acontecer", fica latente durante a leitura de "Plano B" –em especial os trechos em que ela abordava a importância de ter um marido plenamente comprometido, que a incentivou a ter sucesso tão grande quanto o dele nos negócios. Plano B QUANTO: R$ 39,90 (216 PÁGS.) AUTOR: SHERYL SANDBERG E ADAM GRANT EDITORA: FONTANAR
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mercado
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Diretora do Facebook narra o luto e suas consequências"Plano B - Como Encarar Adversidades, Desenvolver Resiliência e Encontrar Felicidade", que a editora Fontanar lança neste mês no Brasil, é um livro sobre o luto de Sheryl Sandberg, 47 anos, chefe de operações do Facebook, que perdeu o marido ainda jovem numa situação inesperada. Sandberg, que escreve o livro em parceria com o psicólogo Adam Grant, é uma altíssima executiva da rede social, foi vice-presidente de vendas on-line do Google e trabalhou para Larry Summers como sua chefe de gabinete quando ele foi secretário do Tesouro americano, além de outras credenciais. Mas seu novo livro traça a dor de uma mulher comum que encontrou o marido morto e precisará se sustentar em pé, combatendo a própria prostração para amparar as crianças. Quem consegue superar o sentimentalismo da primeira página, em que a viúva relata o primeiro encontro romântico e a evolução do casal na década de 1990, encontra rapidamente a descrição da morte de Dave Goldberg, o homem que apresentou a Sandberg a internet e músicas que ela nunca ouvira. Goldberg morreu em 2015, aos 47 anos, de uma arritmia cardíaca provocada por doença coronariana, durante uma viagem de férias ao México com a mulher. Foi encontrado por ela morto no chão da academia. Ele era presidente-executivo da SurveyMonkey, empresa de ferramentas para pesquisas de opinião on-line. Ainda na introdução, fica fácil notar que "Plano B", número 1 de vendas na lista do "New York Times", não é o primeiro sucesso da executiva no mercado editorial. Ela escreveu o best-seller "Faça Acontecer", um livro de conselhos feministas para mulheres no trabalho, e soube evitar que a narrativa de um drama pessoal seguida do discurso de resiliência se perdesse numa armadilha melodramática. Se em "Faça Acontecer" a executiva de sucesso foi criticada por desconsiderar obstáculos enfrentados pelas mães de classe média –como horários escolares incompatíveis com a jornada de trabalho–, em "Plano B", Sandberg é mais democrática. Uma das mulheres mais ricas dos EUA, a autora também reflete sobre consequências que costumam acompanhar o luto, mas escapam de sua realidade, como as dificuldades financeiras e o impacto do sofrimento no desempenho dos trabalhadores. "Só nos EUA, estima-se que a perda de produtividade relacionada ao luto custe às empresas algo como US$ 75 bilhões por ano. Esse prejuízo poderia ser minimizado, e o fardo para as pessoas em luto, diminuído, se os empregadores permitissem mais tempo de licença, horários reduzidos ou flexíveis e ajuda financeira." FRANQUEZA Para além das construções características da autoajuda, como as lições de que "o humor pode nos tornar mais resilientes" ou de que é preciso aprender com fracassos, Sandberg compartilha detalhes factuais, como a triste cena em que leva aos filhos a notícia da tragédia. A franqueza com que ela expõe ao leitor os pormenores íntimos de seu luto contrasta com a personagem pouco espontânea de Sandberg enquanto celebridade do mundo corporativo. Sem deixar de mencionar Mark Zuckerberg, ela lembra que foi ele um dos responsáveis por organizar o velório e narra o retorno ao escritório. "Os primeiros dias de volta ao trabalho foram de absoluta névoa. Na primeira reunião, a única coisa em que eu conseguia pensar era: 'Do que eles estão falando e que importância tem?'. Em certo momento, me envolvi com o debate e durante um segundo –talvez meio segundo– esqueci. Esqueci a morte." A memória da perseguição feminina pela liderança no trabalho, tão discutida em "Faça Acontecer", fica latente durante a leitura de "Plano B" –em especial os trechos em que ela abordava a importância de ter um marido plenamente comprometido, que a incentivou a ter sucesso tão grande quanto o dele nos negócios. Plano B QUANTO: R$ 39,90 (216 PÁGS.) AUTOR: SHERYL SANDBERG E ADAM GRANT EDITORA: FONTANAR
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Dia dos Namorados
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A família avalia, os amigos palpitam, a sociedade aceita ou condena... e as pessoas continuam se apaixonando. A internet e as redes sociais, as notícias, as novelas e as propagandas tornaram exponenciais a intromissão no privado e a discussão do que é público. Todos sentem-se no direito de se colocar, o que é ótimo, pois assim é que a humanidade caminha. Desta vez, no banco dos réus está o comercial de O Boticário com a campanha do Dia dos Namorados. Setores que se sentiram ofendidos com a propaganda, que retrata casais do mesmo sexo se abraçando enquanto trocam presentes, exigem a retirada do que consideram imoral e prejudicial à família. Esse comercial e o da Motorola, que adere ao tema com campanha promocional da Parada Gay do próximo domingo, não são os primeiros que ousam desafiar o preconceito, seja de raça, etnia ou sexo. Assim como as novelas desde 2010 aumentaram a inserção e exposição da diversidade sexual, a propaganda segue a onda. A novela é riquíssimo instrumento de fomentação da discussão de comportamentos em transição e pelos quais a sociedade se debruça. Acerta, erra a mão, toma partido, mas indubitavelmente vai mais longe do que mero entretenimento. Faz a família conversar sobre temas que não chegariam nem perto, anima as discussões nos bares, cria brincadeiras... O povo se diverte, questiona, concorda ou não, mas também avalia suas convicções e, de certa forma, invariavelmente aprende. Os diversos segmentos da sociedade que se sentem atingidos, dos mais conservadores aos que lutam contra preconceitos, acompanham, questionam, posicionam-se e a sociedade se move. A atual novela Babilônia iniciou o primeiro capítulo com um beijo de duas grandes atrizes e um assassinato a sangue frio perpetrado pela vilã. O beijo causou forte reação. A violência nem tanto. Mas a novela não agrada: bandidagem e podridão demais, imoralidades diversas, falta de caráter. O clima é paradoxal. Lembra aqueles momentos de grandes transformações a caminho. A sociedade se mobiliza em torno da intolerância e indignação, como atestam os protestos às mencionadas propagandas e novelas, assim como contra a corrupção na política. Entrementes, tudo vai sendo processado e assim como a escravidão hoje produz vergonha, o divórcio não marginaliza, a mulher é reconhecida em sua formidável força de trabalho e o Supremo Tribunal Federal admite a união estável para todos. O século 21 se inicia clamando por liberdade, ética, respeito, transparência e amor.
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colunas
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Dia dos NamoradosA família avalia, os amigos palpitam, a sociedade aceita ou condena... e as pessoas continuam se apaixonando. A internet e as redes sociais, as notícias, as novelas e as propagandas tornaram exponenciais a intromissão no privado e a discussão do que é público. Todos sentem-se no direito de se colocar, o que é ótimo, pois assim é que a humanidade caminha. Desta vez, no banco dos réus está o comercial de O Boticário com a campanha do Dia dos Namorados. Setores que se sentiram ofendidos com a propaganda, que retrata casais do mesmo sexo se abraçando enquanto trocam presentes, exigem a retirada do que consideram imoral e prejudicial à família. Esse comercial e o da Motorola, que adere ao tema com campanha promocional da Parada Gay do próximo domingo, não são os primeiros que ousam desafiar o preconceito, seja de raça, etnia ou sexo. Assim como as novelas desde 2010 aumentaram a inserção e exposição da diversidade sexual, a propaganda segue a onda. A novela é riquíssimo instrumento de fomentação da discussão de comportamentos em transição e pelos quais a sociedade se debruça. Acerta, erra a mão, toma partido, mas indubitavelmente vai mais longe do que mero entretenimento. Faz a família conversar sobre temas que não chegariam nem perto, anima as discussões nos bares, cria brincadeiras... O povo se diverte, questiona, concorda ou não, mas também avalia suas convicções e, de certa forma, invariavelmente aprende. Os diversos segmentos da sociedade que se sentem atingidos, dos mais conservadores aos que lutam contra preconceitos, acompanham, questionam, posicionam-se e a sociedade se move. A atual novela Babilônia iniciou o primeiro capítulo com um beijo de duas grandes atrizes e um assassinato a sangue frio perpetrado pela vilã. O beijo causou forte reação. A violência nem tanto. Mas a novela não agrada: bandidagem e podridão demais, imoralidades diversas, falta de caráter. O clima é paradoxal. Lembra aqueles momentos de grandes transformações a caminho. A sociedade se mobiliza em torno da intolerância e indignação, como atestam os protestos às mencionadas propagandas e novelas, assim como contra a corrupção na política. Entrementes, tudo vai sendo processado e assim como a escravidão hoje produz vergonha, o divórcio não marginaliza, a mulher é reconhecida em sua formidável força de trabalho e o Supremo Tribunal Federal admite a união estável para todos. O século 21 se inicia clamando por liberdade, ética, respeito, transparência e amor.
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Novas gerações de árabes estudam a dança do ventre sem o estereótipo
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As gerações mais jovens de descendentes de árabes no Brasil procuram um novo significado para a dança do ventre, longe dos estereótipos da odalisca sensual e exótica. O estilo nascido e praticado no Oriente Médio e na África do Norte chegou aqui com a primeira leva de imigrantes, e ficou guardado dentro de casa por muito tempo. "No mundo árabe, a separação entre o público e o privado é muito forte. A dança do ventre está na esfera da vida privada, era praticada só na intimidade", diz a bailarina e professora Marcia Dib. Neta de sírios vindos de Homs e mestre em cultura árabe pela USP, Dib pesquisou as raízes da dança em viagens à terra dos avós. Isso fundamentou sua tese, "A Diversidade Cultural da Síria através da Música e da Dança" e sua abordagem do estilo. Hoje, vê meninas que querem aprender a dança por lazer (Dib dá aula em clubes sírios) se interessarem pelas origens da dança oriental ("raqs sharqi", como é chamada no mundo árabe). Dança do ventre foi o nome dado ao estilo pelos franceses, mais ou menos na mesma época em que sírios e libaneses chegaram ao Brasil. Também naquela época, os movimentos ondulantes da dança oriental enlouqueceram europeus e americanos. Rapidamente, encontraram-se fórmulas para adaptá-los às fantasias ocidentais. ODALISCAS Bailarinas trazidas de então colônias, como Argélia e Tunísia, faziam sucesso em shows de variedades com figurino inspirado em pinturas dos orientalistas europeus. Nascia a imagem da dançarina odalisca, reforçada no século 20 nos filmes de Hollywood e no próprio mundo árabe, "numa espécie de auto-exotismo", diz Dib. Com esse figurino, a dança se popularizou no Brasil. Mas as bailarinas que se apresentavam em público não eram da comunidade árabe. "Em festas íntimas, você podia ver sua tia vestida com tailleur fazendo 'shimmie' [espécie de tremido dos quadris] loucamente, mas dançarinas de bustiê, nos restaurantes, não eram da comunidade", afirma Dib. A precursora e primeira professora das dançarinas profissionais no Brasil, Shahrazad (nome artístico de Madeleine Iskandarian), embora nascida na Palestina, era filha de armênios. Ela formou e influenciou as bailarinas que, na década de 1970, começaram a dançar em restaurantes de São Paulo. Lulu Sabongi foi uma das formadas por Shahrazad. Ela iniciou a carreira em 1985, apresentando-se na casa de chá Khan el Khalili, em São Paulo, onde passou a dar aulas em 1990. Lulu continuou seu aprendizado com professores árabes no Egito, na Europa e nos EUA, participou de festivais no Egito, deu cursos em vários países e lançou uma série de vídeos didáticos de dança do ventre. Em 2007, abriu o Centro Cultural Shangrila, onde ensina a dança oriental. Em sua escola, recebe alunas de várias partes do Brasil, como Norman Martins da Silva, 42, de Tocantins. Silva se apresenta como Aziza Mor e, além da dança do ventre, pratica ioga e eutonia. Como sua colega Giselle Bellas, 30, também dança em festas. "Danço muito em casamentos da comunidade libanesa. Há um costume de as bailarinas e músicos conduzirem a entrada dos noivos nas festas", conta Bellas. Elas aprenderam com Lulu o estilo mais próximo da dança tradicional, menos ocidentalizado. Mas a escola também incorpora inovações na dança do ventre. Lukas Oliver, nome artístico de Lucas Oliveira dos Santos, 22, começou a fazer dança folclórica árabe em Araguari (MG), onde nasceu. Hoje dá aulas na escola de "tribal fusion". "É uma ramificação da dança do ventre que junta elementos do flamenco e da dança indiana", diz. IARA BIDERMAN, 55, pratica danças étnicas e orientais e escreve sobre dança em geral.
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cotidiano
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Novas gerações de árabes estudam a dança do ventre sem o estereótipoAs gerações mais jovens de descendentes de árabes no Brasil procuram um novo significado para a dança do ventre, longe dos estereótipos da odalisca sensual e exótica. O estilo nascido e praticado no Oriente Médio e na África do Norte chegou aqui com a primeira leva de imigrantes, e ficou guardado dentro de casa por muito tempo. "No mundo árabe, a separação entre o público e o privado é muito forte. A dança do ventre está na esfera da vida privada, era praticada só na intimidade", diz a bailarina e professora Marcia Dib. Neta de sírios vindos de Homs e mestre em cultura árabe pela USP, Dib pesquisou as raízes da dança em viagens à terra dos avós. Isso fundamentou sua tese, "A Diversidade Cultural da Síria através da Música e da Dança" e sua abordagem do estilo. Hoje, vê meninas que querem aprender a dança por lazer (Dib dá aula em clubes sírios) se interessarem pelas origens da dança oriental ("raqs sharqi", como é chamada no mundo árabe). Dança do ventre foi o nome dado ao estilo pelos franceses, mais ou menos na mesma época em que sírios e libaneses chegaram ao Brasil. Também naquela época, os movimentos ondulantes da dança oriental enlouqueceram europeus e americanos. Rapidamente, encontraram-se fórmulas para adaptá-los às fantasias ocidentais. ODALISCAS Bailarinas trazidas de então colônias, como Argélia e Tunísia, faziam sucesso em shows de variedades com figurino inspirado em pinturas dos orientalistas europeus. Nascia a imagem da dançarina odalisca, reforçada no século 20 nos filmes de Hollywood e no próprio mundo árabe, "numa espécie de auto-exotismo", diz Dib. Com esse figurino, a dança se popularizou no Brasil. Mas as bailarinas que se apresentavam em público não eram da comunidade árabe. "Em festas íntimas, você podia ver sua tia vestida com tailleur fazendo 'shimmie' [espécie de tremido dos quadris] loucamente, mas dançarinas de bustiê, nos restaurantes, não eram da comunidade", afirma Dib. A precursora e primeira professora das dançarinas profissionais no Brasil, Shahrazad (nome artístico de Madeleine Iskandarian), embora nascida na Palestina, era filha de armênios. Ela formou e influenciou as bailarinas que, na década de 1970, começaram a dançar em restaurantes de São Paulo. Lulu Sabongi foi uma das formadas por Shahrazad. Ela iniciou a carreira em 1985, apresentando-se na casa de chá Khan el Khalili, em São Paulo, onde passou a dar aulas em 1990. Lulu continuou seu aprendizado com professores árabes no Egito, na Europa e nos EUA, participou de festivais no Egito, deu cursos em vários países e lançou uma série de vídeos didáticos de dança do ventre. Em 2007, abriu o Centro Cultural Shangrila, onde ensina a dança oriental. Em sua escola, recebe alunas de várias partes do Brasil, como Norman Martins da Silva, 42, de Tocantins. Silva se apresenta como Aziza Mor e, além da dança do ventre, pratica ioga e eutonia. Como sua colega Giselle Bellas, 30, também dança em festas. "Danço muito em casamentos da comunidade libanesa. Há um costume de as bailarinas e músicos conduzirem a entrada dos noivos nas festas", conta Bellas. Elas aprenderam com Lulu o estilo mais próximo da dança tradicional, menos ocidentalizado. Mas a escola também incorpora inovações na dança do ventre. Lukas Oliver, nome artístico de Lucas Oliveira dos Santos, 22, começou a fazer dança folclórica árabe em Araguari (MG), onde nasceu. Hoje dá aulas na escola de "tribal fusion". "É uma ramificação da dança do ventre que junta elementos do flamenco e da dança indiana", diz. IARA BIDERMAN, 55, pratica danças étnicas e orientais e escreve sobre dança em geral.
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Em seis dias, São Paulo atinge 33,5% da chuva esperada para fevereiro
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A cidade de São Paulo atingiu nesta sexta-feira (6) um acumulado de 71,7 mm (milímetros) de chuva desde o início de fevereiro. Cada milímetro de chuva equivale a um litro de água por metro quadrado O volume corresponde a 33,5% do total de chuva esperada para todo o mês, que é de 214 mm, segundo dados do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura. Em mais um dia chuvoso, o órgão registrou uma média de 19,8 mm nesta sexta-feira. Apesar disso, alguns bairros da capital paulista registraram volume bem maior, como Consolação (40 mm), Sé (39,3 mm) e Ermelino Matarazzo (38,5 mm). O dia com maior acumulado de chuva desde o início do ano aconteceu nesta quinta (5), quando o CGE registrou média de 34,4 mm. Com isso, os seis principais reservatório de São Paulo tiveram aumento no seu nível nesta sexta. O Cantareira, que registra a situação mais crítica, subiu de 5,2% para 5,4% de sua capacidade. A chuva desta sexta deixou toda a cidade em estado de atenção no final da tarde. A região do Ipiranga (zona sul) chegou a ficar em alerta por conta do transbordamento do córrego de mesmo nome e o aeroporto de Congonhas (zona sul) chegou a fechar para pousos e decolagens por cerca de 10 minutos, às 15h. A chuva desta sexta foi provocada por uma área de baixa pressão atmosférica sobre o oceano Atlântico. Ela já começa a se afastar da costa do Sudeste, o que vai fazer com que as condições para chuvas mais fortes e duradouras diminuem sensivelmente no fim de semana.
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cotidiano
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Em seis dias, São Paulo atinge 33,5% da chuva esperada para fevereiroA cidade de São Paulo atingiu nesta sexta-feira (6) um acumulado de 71,7 mm (milímetros) de chuva desde o início de fevereiro. Cada milímetro de chuva equivale a um litro de água por metro quadrado O volume corresponde a 33,5% do total de chuva esperada para todo o mês, que é de 214 mm, segundo dados do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura. Em mais um dia chuvoso, o órgão registrou uma média de 19,8 mm nesta sexta-feira. Apesar disso, alguns bairros da capital paulista registraram volume bem maior, como Consolação (40 mm), Sé (39,3 mm) e Ermelino Matarazzo (38,5 mm). O dia com maior acumulado de chuva desde o início do ano aconteceu nesta quinta (5), quando o CGE registrou média de 34,4 mm. Com isso, os seis principais reservatório de São Paulo tiveram aumento no seu nível nesta sexta. O Cantareira, que registra a situação mais crítica, subiu de 5,2% para 5,4% de sua capacidade. A chuva desta sexta deixou toda a cidade em estado de atenção no final da tarde. A região do Ipiranga (zona sul) chegou a ficar em alerta por conta do transbordamento do córrego de mesmo nome e o aeroporto de Congonhas (zona sul) chegou a fechar para pousos e decolagens por cerca de 10 minutos, às 15h. A chuva desta sexta foi provocada por uma área de baixa pressão atmosférica sobre o oceano Atlântico. Ela já começa a se afastar da costa do Sudeste, o que vai fazer com que as condições para chuvas mais fortes e duradouras diminuem sensivelmente no fim de semana.
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Engenheiro cria chuveiro que dá banho 'infinito' com 10 l de água
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Chegar em casa após um dia exaustivo e deixar a água cair em abundância num banho de uma hora pode, em breve, não ser mais um grande problema?mesmo em plena crise hídrica. Tudo isso graças à mais nova invenção do engenheiro mecatrônico Pedro Ricardo Paulino: um sistema capaz de dar um banho de tempo "infinito" com dez litros de água. Trata-se de um equipamento que recicla a água antes de devolvê-la para o chuveiro. Leia a reportagem completa em: http://folha.com/no1620600
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Engenheiro cria chuveiro que dá banho 'infinito' com 10 l de águaChegar em casa após um dia exaustivo e deixar a água cair em abundância num banho de uma hora pode, em breve, não ser mais um grande problema?mesmo em plena crise hídrica. Tudo isso graças à mais nova invenção do engenheiro mecatrônico Pedro Ricardo Paulino: um sistema capaz de dar um banho de tempo "infinito" com dez litros de água. Trata-se de um equipamento que recicla a água antes de devolvê-la para o chuveiro. Leia a reportagem completa em: http://folha.com/no1620600
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Caótica, 'favela global' usará fama para cobrar melhorias
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As chegadas de Bruna Marquezine, Caio Castro e Tatá Werneck deixam ainda mais apertadas as estreitas ruas de Paraisópolis, comunidade na zona oeste de São Paulo. Tudo graças ao alvoroço dos moradores da segunda maior favela da capital em busca de uma foto ou de um autógrafo das estrelas da Globo nas gravações da próxima novela das 19h. "I Love Paraisópolis" estreia em 11 de maio. E esses mesmos moradores querem usar a exposição em rede nacional de TV para cobrar antigas promessas da prefeitura e do governo do Estado. A lista é longa: transporte, hospital, saneamento básico, creche para cerca de 3.000 crianças e melhoria no serviço de policiamento. Leia a reportagem completa em: http://folha.com/no1618423
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Caótica, 'favela global' usará fama para cobrar melhoriasAs chegadas de Bruna Marquezine, Caio Castro e Tatá Werneck deixam ainda mais apertadas as estreitas ruas de Paraisópolis, comunidade na zona oeste de São Paulo. Tudo graças ao alvoroço dos moradores da segunda maior favela da capital em busca de uma foto ou de um autógrafo das estrelas da Globo nas gravações da próxima novela das 19h. "I Love Paraisópolis" estreia em 11 de maio. E esses mesmos moradores querem usar a exposição em rede nacional de TV para cobrar antigas promessas da prefeitura e do governo do Estado. A lista é longa: transporte, hospital, saneamento básico, creche para cerca de 3.000 crianças e melhoria no serviço de policiamento. Leia a reportagem completa em: http://folha.com/no1618423
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Shopping do Quênia reabre dois anos após ataque terrorista
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O shopping Westgate, durante anos considerado o mais cosmopolita do Quênia, reabriu neste sábado (18), quase dois anos depois que militantes do grupo somali Al Shabaab deixaram ao menos 67 mortos em seu interior e mantiveram o controle do prédio por quatro dias, em setembro de 2013. Após uma pequena cerimônia de inauguração com a presença do governador de Nairóbi, Evans Kidero, cerca de 50 fregueses faziam fila para serem os primeiros a entrar no prédio. "Estamos impacientes porque podemos mostrar ao mundo que o terrorismo não poderá nos abater", disse Ben Mulla, de 34 anos, que foi ferido no ataque de 2013 e agora esperava na fila para visitar o shopping. Ele disse à agência Efe que viu um segurança ser morto em sua frente. Agora, o shopping contratou uma empresa israelense para cuidar de sua segurança, que instalou detectores de metal, aparelhos de raios-x para sacolas, detectores de bombas, sensores para inspecionar o chassi de carros e guaritas à prova de balas. Depois do ataque, o Westgate passou de símbolo de prosperidade a ícone da crescente insegurança no país africano, com a inabilidade do presidente Uhuru Kenyatta em evitar os frequentes ataques extremistas no país. Imagens de pessoas ensanguentadas correndo entre vitrines de marcas famosas e soldados armados em meio a prateleiras de farmácia, durante o ataque, afetaram o turismo, setor vital da economia queniana. Isso piorou com as imagens que mostravam soldados saqueando as lojas depois de matar os extremistas. Um DVD com cenas do ataque virou sucesso de vendas. Ao reivindicar o ataque ao Westgate, o grupo disse ter cometido a ação em represália ao envolvimento militar do Quênia na Somália, que vive em caos há duas décadas. Desde então, nos últimos dois anos, a Al Shabaab matou mais de 400 pessoas no Quênia. Em abril deste ano, fez 148 vítimas num ataque de atiradores mascarados contra uma universidade. Vários países ocidentais alertaram seus turistas sobre possíveis ataques no futuro. O governador discorda. "O Quênia está mais seguro do que nunca. Se não estivesse, o Obama não viria", disse Kidero à agência Reuters, fazendo referência à visita que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fará neste mês ao país de origem do seu pai.
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mundo
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Shopping do Quênia reabre dois anos após ataque terroristaO shopping Westgate, durante anos considerado o mais cosmopolita do Quênia, reabriu neste sábado (18), quase dois anos depois que militantes do grupo somali Al Shabaab deixaram ao menos 67 mortos em seu interior e mantiveram o controle do prédio por quatro dias, em setembro de 2013. Após uma pequena cerimônia de inauguração com a presença do governador de Nairóbi, Evans Kidero, cerca de 50 fregueses faziam fila para serem os primeiros a entrar no prédio. "Estamos impacientes porque podemos mostrar ao mundo que o terrorismo não poderá nos abater", disse Ben Mulla, de 34 anos, que foi ferido no ataque de 2013 e agora esperava na fila para visitar o shopping. Ele disse à agência Efe que viu um segurança ser morto em sua frente. Agora, o shopping contratou uma empresa israelense para cuidar de sua segurança, que instalou detectores de metal, aparelhos de raios-x para sacolas, detectores de bombas, sensores para inspecionar o chassi de carros e guaritas à prova de balas. Depois do ataque, o Westgate passou de símbolo de prosperidade a ícone da crescente insegurança no país africano, com a inabilidade do presidente Uhuru Kenyatta em evitar os frequentes ataques extremistas no país. Imagens de pessoas ensanguentadas correndo entre vitrines de marcas famosas e soldados armados em meio a prateleiras de farmácia, durante o ataque, afetaram o turismo, setor vital da economia queniana. Isso piorou com as imagens que mostravam soldados saqueando as lojas depois de matar os extremistas. Um DVD com cenas do ataque virou sucesso de vendas. Ao reivindicar o ataque ao Westgate, o grupo disse ter cometido a ação em represália ao envolvimento militar do Quênia na Somália, que vive em caos há duas décadas. Desde então, nos últimos dois anos, a Al Shabaab matou mais de 400 pessoas no Quênia. Em abril deste ano, fez 148 vítimas num ataque de atiradores mascarados contra uma universidade. Vários países ocidentais alertaram seus turistas sobre possíveis ataques no futuro. O governador discorda. "O Quênia está mais seguro do que nunca. Se não estivesse, o Obama não viria", disse Kidero à agência Reuters, fazendo referência à visita que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fará neste mês ao país de origem do seu pai.
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Um ano depois, troca Jadson por Pato vira bom negócio para rivais
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Há um ano, Corinthians e São Paulo acertaram a troca do atacante Pato pelo meia Jadson, em um negócio um pouco incomum e que levantou o debate de qual equipe tinha se dado melhor. A discussão esfriou ao final da temporada 2014 com os dois em baixa, mas voltou agora em um momento que ambos tem atuações empolgantes. Em 2014, o atacante Pato, 25, estava na reserva no Corinthians e foi cedido por dois anos de empréstimo ao São Paulo em troca da contratação do meia Jadson, 31, de forma definitiva. Ambos começaram a temporada 2015 como reservas, mas conquistaram a vaga como titulares e o hoje ostentam o status de peças chaves em suas equipes. MELHORES EM SUAS FUNÇÕES O meia Jadson fez seis jogos (quatro como titular) e um gol, mas o recurso em que mais ajuda o Corinthians é na armação das jogadas. Segundo o Datafolha, ele cria 2,6 chances em média por jogo. Se finalização não é o forte de Jadson -média de 1,8 por jogo–, os passes são. Ele é o segundo jogador do time que mais acerta passes 34,0, em média, por jogo. Só o lateral esquerdo Fábio Santos tem números melhores, com 36,2 passes certos em média por partida. Jadson tem mostrado aplicação no esquema tático adotado pelo técnico Tite. O jogador fecha o lado direito do campo e ajuda o lateral direito Fágner na marcação. Quando o time ataque, geralmente ele é uma das armas de velocidade para superar a defesa adversária. "Jadson é um jogador que tem muita qualidade pelo lado direito. Tem um passe muito bom e agora a gente precisa que ele seja mais constante", diz Tite. Já o atacante Pato é o destaque do São Paulo no número de gols. Foram oito gols em nove partidas (cinco como titular) neste ano. Ninguém finaliza tanto como ele. Em média, ele chuta 2,8 vezes a gol por partida. Também é dele a arma mais desejada pelo técnico Muricy Ramalho: o drible. Em média, Pato drible 2,4 vezes por partida. Só o lateral direito Bruno tem números maiores: 3,7. A contribuição de Pato com o São Paulo não se resume aos gols. Ele também tornou-se peça chave para o esquema tático tricolor. Dá velocidade ao ataque e abre espaços na defesa. "Pato é diferente, um bom jogador. Eu cobro demais dele. Cobra que ele tenha participação mais ativa todo o jogo e não de vez em quando. E cobro gols", afirma Muricy Ramalho. CORINTHIANS GASTA MAIS Uma diferença na negociação é que o Corinthians tem um gasto superior ao do São Paulo. O time alvinegro gasta mensalmente R$ 400 mil mensais para pagar parte do salário de Pato, que está emprestado ao São Paulo até o final deste ano, além de mais R$ 300 mil mensais por Jadson. O São Paulo arca com R$ 400 mil mensais por Pato, uma vez que Jadson foi vendido ao Corinthians. A diferença é que o Corinthians pode escalar Jadson contra o São Paulo, enquanto o rival tricolor tem de pagar uma multa de R$ 1 milhão para usar Pato contra a equipe alvinegra. DIFERENÇA PEQUENA DE JOGOS Uma semelhança entre os jogadores é que Pato e Jadson têm quase o mesmo número de jogos pelos seus clubes. Ano passado, cada um disputou 44 partidas na temporada –Pato foi prejudicado porque no primeiro semestre não pôde disputar o Campeonato Paulista porque já havia feitos jogos pelo Corinthians. Neste ano, Pato foi titular em cinco dos nove jogos que fez, enquanto Jadson foi titular em quatro das seis partidas que disputou. Uma diferença é que Pato teve mais sequência no São Paulo, enquanto Jadson costuma oscilar. Alguns jogos é poupado, outros começa como reserva e outros como titular. GANGORRA Uma lembrança que os torcedores de Corinthians e São Paulo têm é do 2014 inconstante dos jogadores. Curiosamente, quando um estava em alta o outro estava em baixa. O começo de Jadson no Corinthians foi empolgante. Estreou já como titular e contra o Palmeiras, em jogo que quase fez um gol no empate por 1 a 1. Teve uma sequência como titular, com assistências e passes decisivos. Chegou até ouvir brincadeiras como "Magic Jadson". O começou empolgante, contudo, não se repetiu ao longo da temporada. No segundo semestre a queda de rendimento foi visível e Jadson acabou na reserva, algumas vezes fora até do banco. Foram oito gols em 44 jogos oficiais. Já Pato viveu situação oposta. Como já tinha defendido o Corinthians em alguns jogos do Campeonato Paulista-2014, só pode estrear pelo São Paulo na Copa do Brasil. No segundo semestre, formou ao lado de Alan Kardec, Paulo Henrique Ganso e Kaká o "quarteto mágico" do São Paulo. Chegou a ser cogitado para a seleção brasileira do técnico Dunga. Os planos mudaram quando o atacante sofreu uma contusão na coxa esquerda. Perdeu a vaga para Luis Fabiano e terminou a temporada entre os reservas do São Paulo. Foram 12 gols em 44 jogos oficiais.
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esporte
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Um ano depois, troca Jadson por Pato vira bom negócio para rivaisHá um ano, Corinthians e São Paulo acertaram a troca do atacante Pato pelo meia Jadson, em um negócio um pouco incomum e que levantou o debate de qual equipe tinha se dado melhor. A discussão esfriou ao final da temporada 2014 com os dois em baixa, mas voltou agora em um momento que ambos tem atuações empolgantes. Em 2014, o atacante Pato, 25, estava na reserva no Corinthians e foi cedido por dois anos de empréstimo ao São Paulo em troca da contratação do meia Jadson, 31, de forma definitiva. Ambos começaram a temporada 2015 como reservas, mas conquistaram a vaga como titulares e o hoje ostentam o status de peças chaves em suas equipes. MELHORES EM SUAS FUNÇÕES O meia Jadson fez seis jogos (quatro como titular) e um gol, mas o recurso em que mais ajuda o Corinthians é na armação das jogadas. Segundo o Datafolha, ele cria 2,6 chances em média por jogo. Se finalização não é o forte de Jadson -média de 1,8 por jogo–, os passes são. Ele é o segundo jogador do time que mais acerta passes 34,0, em média, por jogo. Só o lateral esquerdo Fábio Santos tem números melhores, com 36,2 passes certos em média por partida. Jadson tem mostrado aplicação no esquema tático adotado pelo técnico Tite. O jogador fecha o lado direito do campo e ajuda o lateral direito Fágner na marcação. Quando o time ataque, geralmente ele é uma das armas de velocidade para superar a defesa adversária. "Jadson é um jogador que tem muita qualidade pelo lado direito. Tem um passe muito bom e agora a gente precisa que ele seja mais constante", diz Tite. Já o atacante Pato é o destaque do São Paulo no número de gols. Foram oito gols em nove partidas (cinco como titular) neste ano. Ninguém finaliza tanto como ele. Em média, ele chuta 2,8 vezes a gol por partida. Também é dele a arma mais desejada pelo técnico Muricy Ramalho: o drible. Em média, Pato drible 2,4 vezes por partida. Só o lateral direito Bruno tem números maiores: 3,7. A contribuição de Pato com o São Paulo não se resume aos gols. Ele também tornou-se peça chave para o esquema tático tricolor. Dá velocidade ao ataque e abre espaços na defesa. "Pato é diferente, um bom jogador. Eu cobro demais dele. Cobra que ele tenha participação mais ativa todo o jogo e não de vez em quando. E cobro gols", afirma Muricy Ramalho. CORINTHIANS GASTA MAIS Uma diferença na negociação é que o Corinthians tem um gasto superior ao do São Paulo. O time alvinegro gasta mensalmente R$ 400 mil mensais para pagar parte do salário de Pato, que está emprestado ao São Paulo até o final deste ano, além de mais R$ 300 mil mensais por Jadson. O São Paulo arca com R$ 400 mil mensais por Pato, uma vez que Jadson foi vendido ao Corinthians. A diferença é que o Corinthians pode escalar Jadson contra o São Paulo, enquanto o rival tricolor tem de pagar uma multa de R$ 1 milhão para usar Pato contra a equipe alvinegra. DIFERENÇA PEQUENA DE JOGOS Uma semelhança entre os jogadores é que Pato e Jadson têm quase o mesmo número de jogos pelos seus clubes. Ano passado, cada um disputou 44 partidas na temporada –Pato foi prejudicado porque no primeiro semestre não pôde disputar o Campeonato Paulista porque já havia feitos jogos pelo Corinthians. Neste ano, Pato foi titular em cinco dos nove jogos que fez, enquanto Jadson foi titular em quatro das seis partidas que disputou. Uma diferença é que Pato teve mais sequência no São Paulo, enquanto Jadson costuma oscilar. Alguns jogos é poupado, outros começa como reserva e outros como titular. GANGORRA Uma lembrança que os torcedores de Corinthians e São Paulo têm é do 2014 inconstante dos jogadores. Curiosamente, quando um estava em alta o outro estava em baixa. O começo de Jadson no Corinthians foi empolgante. Estreou já como titular e contra o Palmeiras, em jogo que quase fez um gol no empate por 1 a 1. Teve uma sequência como titular, com assistências e passes decisivos. Chegou até ouvir brincadeiras como "Magic Jadson". O começou empolgante, contudo, não se repetiu ao longo da temporada. No segundo semestre a queda de rendimento foi visível e Jadson acabou na reserva, algumas vezes fora até do banco. Foram oito gols em 44 jogos oficiais. Já Pato viveu situação oposta. Como já tinha defendido o Corinthians em alguns jogos do Campeonato Paulista-2014, só pode estrear pelo São Paulo na Copa do Brasil. No segundo semestre, formou ao lado de Alan Kardec, Paulo Henrique Ganso e Kaká o "quarteto mágico" do São Paulo. Chegou a ser cogitado para a seleção brasileira do técnico Dunga. Os planos mudaram quando o atacante sofreu uma contusão na coxa esquerda. Perdeu a vaga para Luis Fabiano e terminou a temporada entre os reservas do São Paulo. Foram 12 gols em 44 jogos oficiais.
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A batalha por Mossul
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Sob diversos aspectos, a recém-iniciada ofensiva do Exército iraquiano para expulsar o Estado Islâmico (EI) de Mossul deverá mudar a dinâmica no Oriente Médio. A eventual perda da segunda maior cidade do Iraque, com cerca de 1,5 milhão de habitantes, seria um imenso revés para a facção terrorista. Trata-se de seu maior reduto, uma inestimável fonte de renda pelos impostos cobrados. O peso simbólico também é expressivo. Foi ali que o líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, proclamou-se califa de uma vasta região entre o Iraque e a Síria logo após a surpreendente tomada da cidade, em junho de 2014. Mossul é ainda crucial para a estratégia geopolítica dos Estados Unidos, principais arquitetos do plano de ataque. Uma vitória rápida e com poucas mortes de civis seria um contraponto à carnificina na luta contra os terroristas em Aleppo, na Síria, onde a Rússia tem grande responsabilidade. Por outro lado, um combate prolongado e sangrento embute o risco de aumentar as divisões sectárias dentro do Iraque e pelo Oriente Médio, alimentadas por uma crise humanitária -a ofensiva poderia gerar cerca de 750 mil refugiados. Esse cenário constituiria um péssimo legado do presidente Barack Obama, que busca reverter as críticas contra a sua atuação na Síria, e uma grande preocupação para seu sucessor na Casa Branca, cujo mandato começa em 2017. Planejar os próximos passos depois da ação militar é outro aspecto importante para atingir alguma estabilidade no Iraque. O EI se alimenta do ressentimento de sunitas -a maioria em Mossul- com a perda de poder para os xiitas após a deposição do ditador Saddam Hussein, em 2003. Para evitar que a milícia terrorista seja simplesmente substituída por outras forças extremistas, a reincorporação de Mossul ao Estado iraquiano terá de levar em conta demandas das lideranças sunitas sobre um novo desenho de governança, uma complexa negociação que acumula fracassos. Decerto o Iraque precisará de respaldo internacional para lidar com tais desafios. Nesse sentido, foi auspicioso o encontro realizado na quinta (20) em Paris para discutir o futuro da cidade. Participaram o premiê iraquiano, Haider Al-Abadi (por videoconferência), e representantes de outros 21 países. A batalha por Mossul vai muito além das armas. A ação militar, como a invasão do Iraque em 2003 bem demonstra, pode ser apenas a parte mais fácil na busca por uma solução duradoura para os conflitos no Oriente Médio. [email protected]
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opiniao
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A batalha por MossulSob diversos aspectos, a recém-iniciada ofensiva do Exército iraquiano para expulsar o Estado Islâmico (EI) de Mossul deverá mudar a dinâmica no Oriente Médio. A eventual perda da segunda maior cidade do Iraque, com cerca de 1,5 milhão de habitantes, seria um imenso revés para a facção terrorista. Trata-se de seu maior reduto, uma inestimável fonte de renda pelos impostos cobrados. O peso simbólico também é expressivo. Foi ali que o líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, proclamou-se califa de uma vasta região entre o Iraque e a Síria logo após a surpreendente tomada da cidade, em junho de 2014. Mossul é ainda crucial para a estratégia geopolítica dos Estados Unidos, principais arquitetos do plano de ataque. Uma vitória rápida e com poucas mortes de civis seria um contraponto à carnificina na luta contra os terroristas em Aleppo, na Síria, onde a Rússia tem grande responsabilidade. Por outro lado, um combate prolongado e sangrento embute o risco de aumentar as divisões sectárias dentro do Iraque e pelo Oriente Médio, alimentadas por uma crise humanitária -a ofensiva poderia gerar cerca de 750 mil refugiados. Esse cenário constituiria um péssimo legado do presidente Barack Obama, que busca reverter as críticas contra a sua atuação na Síria, e uma grande preocupação para seu sucessor na Casa Branca, cujo mandato começa em 2017. Planejar os próximos passos depois da ação militar é outro aspecto importante para atingir alguma estabilidade no Iraque. O EI se alimenta do ressentimento de sunitas -a maioria em Mossul- com a perda de poder para os xiitas após a deposição do ditador Saddam Hussein, em 2003. Para evitar que a milícia terrorista seja simplesmente substituída por outras forças extremistas, a reincorporação de Mossul ao Estado iraquiano terá de levar em conta demandas das lideranças sunitas sobre um novo desenho de governança, uma complexa negociação que acumula fracassos. Decerto o Iraque precisará de respaldo internacional para lidar com tais desafios. Nesse sentido, foi auspicioso o encontro realizado na quinta (20) em Paris para discutir o futuro da cidade. Participaram o premiê iraquiano, Haider Al-Abadi (por videoconferência), e representantes de outros 21 países. A batalha por Mossul vai muito além das armas. A ação militar, como a invasão do Iraque em 2003 bem demonstra, pode ser apenas a parte mais fácil na busca por uma solução duradoura para os conflitos no Oriente Médio. [email protected]
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Assim como Lula, ministro Patrus Ananias defende 'autocrítica' do PT
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O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, defendeu na noite desta quinta (25) que o PT faça "uma autocrítica, um exame de consciência individual e coletivo" sobre si próprio. "Estamos expostos às fragilidades da condição humana, por isso é importante ter sempre a vigilância constante e a construção permanente de valores e virtudes que superem os limites do ser humano", afirmou o ministro. Ele se recusou a comentar as críticas feitas por Lula ao PT na segunda (22), mas destacou que o poder econômico e político "sobretudo juntos são perigosos". "Fazermos uma revisão, olhar para o que conquistamos, mas ter uma consciência critico-amorosa é muito importante", reiterou. Patrus também destacou que não ficou satisfeito com os resultados do 5º Congresso Nacional do PT, realizado há cerca de duas semanas em Salvador. Ele havia escrito um documento defendendo reivindicações que não foram aprovadas no encontro. "Considero que não foi uma coisa positiva (o congresso petista). Aqueles três pontos que coloquei me parecem muito importantes", disse. Patrus pregou o fim das doações empresariais, do sistema de eleições diretas internas, o PED, e a aplicação do orçamento participativo para gerenciar as contas do partido. HABEAS CORPUS DE LULA O ministro não quis comentar o pedido de habeas corpus preventivo impetrado na Justiça Federal do Rio Grande do Sul pedindo que Lula não fosse preso na Operação Lava Jato. "Só falo de assuntos sobre os quais eu tenha meditado. Não estou acompanhando isso. Soube aqui, me informaram." Patrus Ananias e Miguel Rossetto, ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, participaram de um encontro com movimentos sociais do campo, entre eles o MST, na quadra do Sindicato dos Bancários, em São Paulo. Os grupos apresentaram às autoridades reivindicações como a necessidade de uma reforma agrária contra o latifúndio e mais oferta de crédito para agricultura familiar.
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Assim como Lula, ministro Patrus Ananias defende 'autocrítica' do PTO ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, defendeu na noite desta quinta (25) que o PT faça "uma autocrítica, um exame de consciência individual e coletivo" sobre si próprio. "Estamos expostos às fragilidades da condição humana, por isso é importante ter sempre a vigilância constante e a construção permanente de valores e virtudes que superem os limites do ser humano", afirmou o ministro. Ele se recusou a comentar as críticas feitas por Lula ao PT na segunda (22), mas destacou que o poder econômico e político "sobretudo juntos são perigosos". "Fazermos uma revisão, olhar para o que conquistamos, mas ter uma consciência critico-amorosa é muito importante", reiterou. Patrus também destacou que não ficou satisfeito com os resultados do 5º Congresso Nacional do PT, realizado há cerca de duas semanas em Salvador. Ele havia escrito um documento defendendo reivindicações que não foram aprovadas no encontro. "Considero que não foi uma coisa positiva (o congresso petista). Aqueles três pontos que coloquei me parecem muito importantes", disse. Patrus pregou o fim das doações empresariais, do sistema de eleições diretas internas, o PED, e a aplicação do orçamento participativo para gerenciar as contas do partido. HABEAS CORPUS DE LULA O ministro não quis comentar o pedido de habeas corpus preventivo impetrado na Justiça Federal do Rio Grande do Sul pedindo que Lula não fosse preso na Operação Lava Jato. "Só falo de assuntos sobre os quais eu tenha meditado. Não estou acompanhando isso. Soube aqui, me informaram." Patrus Ananias e Miguel Rossetto, ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, participaram de um encontro com movimentos sociais do campo, entre eles o MST, na quadra do Sindicato dos Bancários, em São Paulo. Os grupos apresentaram às autoridades reivindicações como a necessidade de uma reforma agrária contra o latifúndio e mais oferta de crédito para agricultura familiar.
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Corinthians derrota o Internacional e está nas quartas da Copa São Paulo
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O Corinthians goleou de virada o Internacional por 5 a 2, nesta sexta-feira (15), em Limeira, e avançou às quartas de final da Copa São Paulo de futebol júnior. Classificado, o clube paulista espera o vencedor de Avaí ou Ituano, que se enfrentam neste sábado (16), às 10h30, para conhecer o seu próximo adversário. Após ficar duas vezes atrás do placar, o Corinthians chegou à vitória com gols de Léo Ortiz (contra), Gabriel Vasconcelos, três vezes, e Maycon. Léo Ortiz e Ariel marcaram os gols do Internacional. O meia Valdemir, do Inter, foi expulso no início do segundo tempo após pisão no corintiano Léo Jabá. Atual campeão, o clube paulista tem 100% de aproveitamento na competição, com seis vitórias em seis jogos até aqui. O Inter, por sua vez, ainda tem chance de classificação caso seja o melhor time derrotado na quarta fase.
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Corinthians derrota o Internacional e está nas quartas da Copa São PauloO Corinthians goleou de virada o Internacional por 5 a 2, nesta sexta-feira (15), em Limeira, e avançou às quartas de final da Copa São Paulo de futebol júnior. Classificado, o clube paulista espera o vencedor de Avaí ou Ituano, que se enfrentam neste sábado (16), às 10h30, para conhecer o seu próximo adversário. Após ficar duas vezes atrás do placar, o Corinthians chegou à vitória com gols de Léo Ortiz (contra), Gabriel Vasconcelos, três vezes, e Maycon. Léo Ortiz e Ariel marcaram os gols do Internacional. O meia Valdemir, do Inter, foi expulso no início do segundo tempo após pisão no corintiano Léo Jabá. Atual campeão, o clube paulista tem 100% de aproveitamento na competição, com seis vitórias em seis jogos até aqui. O Inter, por sua vez, ainda tem chance de classificação caso seja o melhor time derrotado na quarta fase.
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Entrega de escritórios em SP perderá velocidade após 2017, segundo setor
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A entrega de escritórios de alto padrão na cidade de São Paulo deverá desacelerar após o ano de 2017, segundo companhias que prestam serviços imobiliários. A previsão das empresas é que o aumento do volume de estoques deste ano supere o de 2016, mas continue em ritmo inferior a partir de 2018. A projeção da Colliers é que a área entregue no ano que vem não chegue a 100 mil m², abaixo dos 205 mil m² do ano passado e que os 278 mil m² previstos para 2017, diz o diretor da divisão de escritórios Marcelo Ghitnic. "Prédios de 2016 foram iniciados em 2012. Como o mercado começou a sofrer a partir de 2014, os preços caíram e as companhias tiraram o pé", afirma o executivo. "As empresas adiam o que é possível por causa das condições ruins de mercado", diz Paulo Casoni, diretor da JLL. Cerca de 100 mil m² que estavam previstos pela consultoria para serem entregues no último trimestre de 2016 foram postergados para este ano, movimento que pode se repetir em 2017, ressalta. Um estoque novo menor diminuirá os índices de vacância, segundo Giancarlo Nicastro, diretor-executivo da plataforma Siila. "Se o montante de ocupação continuar semelhante ao dos últimos anos e o total entregue passar a ser 130 mil m² em vez de 200 mil m², a vacância cairá muito daqui a dois ou três anos." Estoque imobiliário - Previsão da área de escritórios de alto padrão em São Paulo a ser entregue em 2017, em mil m² - Brilho mais fraco Após o boom de novos consumidores no mercado livre de energia em 2016, a migração começa a dar sinais de desaceleração, segundo a CCEE (câmara do setor). Em janeiro, o número de pedidos de adesão foi metade do total de um ano atrás e um terço do mês anterior. Mesmo sem os dados de fevereiro, o órgão nota um arrefecimento das solicitações para migrar, afirma Roberto Castro, da CCEE. A queda do ritmo era esperada, devido ao desempenho atípico em 2016, mas a alta de preços pode ter acelerado o processo, segundo o presidente da Ecom, Paulo Toledo. O preço médio foi de R$ 150 por megawatt hora, em janeiro de 2016, para R$ 200 neste ano, diz o presidente da Comerc, Cristopher Vlavianos. O valor, porém, poderá oscilar. "As chuvas estão abaixo do esperado, mas é preciso esperar o fim dos meses úmidos para definir uma tendência", avalia Toledo. Em 2016, a migração garantiu a alta de receita das comercializadoras, mesmo com o menor consumo industrial. MIGRAÇÃO - Adesão de consumidores ao mercado livre de energia - Diesel... O setor de biodiesel saiu da reunião do Renova Bio (programa do governo para biocombustíveis), na quarta (15), otimista com a possibilidade de que seja antecipada a alta da porcentagem de biodiesel no combustível. ...verde Pela regra atual, a taxa de 8% passa a valer em março deste ano, a de 9%, em 2018 e a de 10%, em 2019. A indústria pede que o aumento de 9% ocorra já em 2017. - Para além do paletó A empresa de turismo Alatur JTB planeja investir R$ 52 milhões nos próximos dois anos, segundo o presidente da companhia no Brasil, Eduardo Kina. Metade do valor será destinado a aquisições, e o restante, a melhorias na plataforma de tecnologia. "A maior parte do aporte será usada para diversificar. Hoje, as viagens corporativas representam 75% da empresa", diz Kina. O objetivo é que as áreas de lazer (5% da receita) e de eventos corporativos (20%) passem a responder por metade do negócio. A aceleração dos investimentos –nos últimos três anos, foram aportados R$ 20 milhões– está diretamente ligada à maior participação da japonesa JTB no capital da empresa. A companhia ampliou sua fatia de 47% para 70%. "Passamos a fazer parte do grupo global, o que representa mais recursos." R$ 1,5 bilhão faturou a Alatur JTB em 2015 US$ 13,2 bilhões foi a receita global da JTB em 2015, que tem 520 escritórios fora do Japão - Só para os baixinhos As sociedades de microcrédito vão, por meio da associação ABSCM, lançar um fundo de antecipação de créditos para pequenas empresas. O financiamento é um problema do setor, diz Ricardo Assaf, presidente da entidade e sócio da Empresta Capital, de microcrédito direcionado a empresas do setor de serviços condominiais. "Instituições financeiras não podem receber aportes do público. Só podemos captar com bancos de fomento." A meta são R$ 60 milhões para o fundo, que empresas poderão buscar quando precisarem de dinheiro. Como garantia, deverão dar um valor a receber no futuro. O plano é que o fundo receba aportes de órgãos de fomento e, então, a associação complemente no mercado. Já há autorização para a operação, e a captação começa em dois meses, diz Assaf. - Hoje... A confiança do consumidor em janeiro ficou em 41,9 pontos, abaixo do nível considerado neutro (50) pelo índice do SPC Brasil/CNDL. ...está ruim Pesou a má percepção do cenário atual, que teve 29,6 pontos na escala de 0 a 100. O fator negativo mais citado pelos entrevistados (48%) foi a corrupção. Feriado O varejo paulista deverá perder R$ 3,8 bilhões em 2017 devido aos feriados nacionais, segundo cálculo da FecomercioSP. O valor é 8,2% maior que o de 2016. O setor de supermercados terá a maior perda: R$ 1,8 bilhão. - com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR ITSUMI
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Entrega de escritórios em SP perderá velocidade após 2017, segundo setorA entrega de escritórios de alto padrão na cidade de São Paulo deverá desacelerar após o ano de 2017, segundo companhias que prestam serviços imobiliários. A previsão das empresas é que o aumento do volume de estoques deste ano supere o de 2016, mas continue em ritmo inferior a partir de 2018. A projeção da Colliers é que a área entregue no ano que vem não chegue a 100 mil m², abaixo dos 205 mil m² do ano passado e que os 278 mil m² previstos para 2017, diz o diretor da divisão de escritórios Marcelo Ghitnic. "Prédios de 2016 foram iniciados em 2012. Como o mercado começou a sofrer a partir de 2014, os preços caíram e as companhias tiraram o pé", afirma o executivo. "As empresas adiam o que é possível por causa das condições ruins de mercado", diz Paulo Casoni, diretor da JLL. Cerca de 100 mil m² que estavam previstos pela consultoria para serem entregues no último trimestre de 2016 foram postergados para este ano, movimento que pode se repetir em 2017, ressalta. Um estoque novo menor diminuirá os índices de vacância, segundo Giancarlo Nicastro, diretor-executivo da plataforma Siila. "Se o montante de ocupação continuar semelhante ao dos últimos anos e o total entregue passar a ser 130 mil m² em vez de 200 mil m², a vacância cairá muito daqui a dois ou três anos." Estoque imobiliário - Previsão da área de escritórios de alto padrão em São Paulo a ser entregue em 2017, em mil m² - Brilho mais fraco Após o boom de novos consumidores no mercado livre de energia em 2016, a migração começa a dar sinais de desaceleração, segundo a CCEE (câmara do setor). Em janeiro, o número de pedidos de adesão foi metade do total de um ano atrás e um terço do mês anterior. Mesmo sem os dados de fevereiro, o órgão nota um arrefecimento das solicitações para migrar, afirma Roberto Castro, da CCEE. A queda do ritmo era esperada, devido ao desempenho atípico em 2016, mas a alta de preços pode ter acelerado o processo, segundo o presidente da Ecom, Paulo Toledo. O preço médio foi de R$ 150 por megawatt hora, em janeiro de 2016, para R$ 200 neste ano, diz o presidente da Comerc, Cristopher Vlavianos. O valor, porém, poderá oscilar. "As chuvas estão abaixo do esperado, mas é preciso esperar o fim dos meses úmidos para definir uma tendência", avalia Toledo. Em 2016, a migração garantiu a alta de receita das comercializadoras, mesmo com o menor consumo industrial. MIGRAÇÃO - Adesão de consumidores ao mercado livre de energia - Diesel... O setor de biodiesel saiu da reunião do Renova Bio (programa do governo para biocombustíveis), na quarta (15), otimista com a possibilidade de que seja antecipada a alta da porcentagem de biodiesel no combustível. ...verde Pela regra atual, a taxa de 8% passa a valer em março deste ano, a de 9%, em 2018 e a de 10%, em 2019. A indústria pede que o aumento de 9% ocorra já em 2017. - Para além do paletó A empresa de turismo Alatur JTB planeja investir R$ 52 milhões nos próximos dois anos, segundo o presidente da companhia no Brasil, Eduardo Kina. Metade do valor será destinado a aquisições, e o restante, a melhorias na plataforma de tecnologia. "A maior parte do aporte será usada para diversificar. Hoje, as viagens corporativas representam 75% da empresa", diz Kina. O objetivo é que as áreas de lazer (5% da receita) e de eventos corporativos (20%) passem a responder por metade do negócio. A aceleração dos investimentos –nos últimos três anos, foram aportados R$ 20 milhões– está diretamente ligada à maior participação da japonesa JTB no capital da empresa. A companhia ampliou sua fatia de 47% para 70%. "Passamos a fazer parte do grupo global, o que representa mais recursos." R$ 1,5 bilhão faturou a Alatur JTB em 2015 US$ 13,2 bilhões foi a receita global da JTB em 2015, que tem 520 escritórios fora do Japão - Só para os baixinhos As sociedades de microcrédito vão, por meio da associação ABSCM, lançar um fundo de antecipação de créditos para pequenas empresas. O financiamento é um problema do setor, diz Ricardo Assaf, presidente da entidade e sócio da Empresta Capital, de microcrédito direcionado a empresas do setor de serviços condominiais. "Instituições financeiras não podem receber aportes do público. Só podemos captar com bancos de fomento." A meta são R$ 60 milhões para o fundo, que empresas poderão buscar quando precisarem de dinheiro. Como garantia, deverão dar um valor a receber no futuro. O plano é que o fundo receba aportes de órgãos de fomento e, então, a associação complemente no mercado. Já há autorização para a operação, e a captação começa em dois meses, diz Assaf. - Hoje... A confiança do consumidor em janeiro ficou em 41,9 pontos, abaixo do nível considerado neutro (50) pelo índice do SPC Brasil/CNDL. ...está ruim Pesou a má percepção do cenário atual, que teve 29,6 pontos na escala de 0 a 100. O fator negativo mais citado pelos entrevistados (48%) foi a corrupção. Feriado O varejo paulista deverá perder R$ 3,8 bilhões em 2017 devido aos feriados nacionais, segundo cálculo da FecomercioSP. O valor é 8,2% maior que o de 2016. O setor de supermercados terá a maior perda: R$ 1,8 bilhão. - com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR ITSUMI
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Cunha quer emplacar aliado se for afastado pelo Supremo
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Com a possibilidade de ser afastado do cargo em fevereiro pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), trabalha com a tese de que não será necessário convocar imediatamente uma nova eleição para definir seu sucessor no posto. Em interpretação amparada pelo corpo técnico da Mesa Diretora da Câmara, o peemedebista avalia que, no caso de o plenário do STF decidir pela sua saída, não haveria vacância no cargo, já que ele se tornaria presidente afastado e poderia ainda recorrer da decisão. Nesse caso, assumiria o posto até o final de 2016, caso o peemedebista não consiga reverter a decisão, o vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA). Aliado de Cunha, ele também é alvo da Operação Lava Jato. Em depoimento, o doleiro Alberto Youssef o cita como um dos deputados do PP beneficiados por propinas de contratos da Petrobras. A intenção é a de que, mesmo afastado do cargo, Cunha tenha uma espécie de preposto à frente da Câmara e, assim, continue com influência sobre o processo legislativo. A tese da não necessidade de convocação de uma eleição é também compartilhada pelos partidos de oposição ao governo Dilma. Na avaliação deles, um novo pleito teria de ser convocado apenas se Cunha renunciasse ou tivesse o mandato cassado. MANOBRAS Em conversas reservadas, Cunha tem repetido que não pretende renunciar à presidência e tem evitado abordar a possibilidade de ser afastado. Para ele, o pedido apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é "frágil". Janot fez o pedido sob o argumento de que Cunha usa o cargo para atrapalhar ou evitar as investigações contra ele. O pedido deve ser avaliado pelo STF em fevereiro. Cunha foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República sob a acusação de envolvimento no escândalo de corrupção. Ele também é investigado por ter omitido contas milionárias no exterior. Para evitar a cassação de seu mandato, o presidente da Câmara tem manobrado para que o processo no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar seja reiniciado, com a realização de um sorteio para definir um novo relator do procedimento. Ele poderá inclusive conseguir uma vitória antes do final do recesso parlamentar, em fevereiro, caso a Mesa Diretora acolha recurso do deputado Carlos Marun (PMDB-MS), aliado de Cunha, que pede a anulação da votação em que o Conselho decidiu dar curso ao processo. Na tentativa de impedir que Maranhão fique à frente da Casa, partidos da base aliada e siglas independentes se articulam para pressionar o vice-presidente a renunciar à função caso Cunha seja afastado do cargo. Eles exigirão que Maranhão convoque, no prazo de cinco sessões legislativas, uma eleição para a sucessão no comando da Câmara. Nesse cenário, a Executiva Nacional do PMDB já iniciou mobilização para garantir que o partido siga na presidência da Casa. Os nomes defendidos pela sigla são de Osmar Serraglio (PMDB-PR) ou José Fogaça (PMDB-RS). Em frente oposta, o Planalto estuda nomes alternativos dentro e fora do PMDB.
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Cunha quer emplacar aliado se for afastado pelo SupremoCom a possibilidade de ser afastado do cargo em fevereiro pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), trabalha com a tese de que não será necessário convocar imediatamente uma nova eleição para definir seu sucessor no posto. Em interpretação amparada pelo corpo técnico da Mesa Diretora da Câmara, o peemedebista avalia que, no caso de o plenário do STF decidir pela sua saída, não haveria vacância no cargo, já que ele se tornaria presidente afastado e poderia ainda recorrer da decisão. Nesse caso, assumiria o posto até o final de 2016, caso o peemedebista não consiga reverter a decisão, o vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA). Aliado de Cunha, ele também é alvo da Operação Lava Jato. Em depoimento, o doleiro Alberto Youssef o cita como um dos deputados do PP beneficiados por propinas de contratos da Petrobras. A intenção é a de que, mesmo afastado do cargo, Cunha tenha uma espécie de preposto à frente da Câmara e, assim, continue com influência sobre o processo legislativo. A tese da não necessidade de convocação de uma eleição é também compartilhada pelos partidos de oposição ao governo Dilma. Na avaliação deles, um novo pleito teria de ser convocado apenas se Cunha renunciasse ou tivesse o mandato cassado. MANOBRAS Em conversas reservadas, Cunha tem repetido que não pretende renunciar à presidência e tem evitado abordar a possibilidade de ser afastado. Para ele, o pedido apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é "frágil". Janot fez o pedido sob o argumento de que Cunha usa o cargo para atrapalhar ou evitar as investigações contra ele. O pedido deve ser avaliado pelo STF em fevereiro. Cunha foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República sob a acusação de envolvimento no escândalo de corrupção. Ele também é investigado por ter omitido contas milionárias no exterior. Para evitar a cassação de seu mandato, o presidente da Câmara tem manobrado para que o processo no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar seja reiniciado, com a realização de um sorteio para definir um novo relator do procedimento. Ele poderá inclusive conseguir uma vitória antes do final do recesso parlamentar, em fevereiro, caso a Mesa Diretora acolha recurso do deputado Carlos Marun (PMDB-MS), aliado de Cunha, que pede a anulação da votação em que o Conselho decidiu dar curso ao processo. Na tentativa de impedir que Maranhão fique à frente da Casa, partidos da base aliada e siglas independentes se articulam para pressionar o vice-presidente a renunciar à função caso Cunha seja afastado do cargo. Eles exigirão que Maranhão convoque, no prazo de cinco sessões legislativas, uma eleição para a sucessão no comando da Câmara. Nesse cenário, a Executiva Nacional do PMDB já iniciou mobilização para garantir que o partido siga na presidência da Casa. Os nomes defendidos pela sigla são de Osmar Serraglio (PMDB-PR) ou José Fogaça (PMDB-RS). Em frente oposta, o Planalto estuda nomes alternativos dentro e fora do PMDB.
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Cúpula da CPI recebeu doações de empreiteiras sob investigação
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Os escolhidos para comandar a nova CPI da Petrobras na Câmara tiveram parte de suas campanhas bancada por empresas acusadas na Operação Lava Jato. A investigação apura fraudes em licitações na estatal e pagamentos de propina a funcionários e políticos. O presidente da CPI, o deputado federal Hugo Motta (PMDB-PB), teve 60% de sua última campanha paga com recursos dessas empresas. No ano passado, Motta recebeu R$ 451 mil da Andrade Gutierrez e da Odebrecht. No total, ele arrecadou R$ 742 mil para fazer campanha. Relator indicado pelo PT, cuja escolha ainda precisa ser referendada pela comissão, Luiz Sérgio (PT-RJ) recebeu R$ 962,5 mil das empresas Queiroz Galvão, OAS, Toyo Setal e UTC. O valor representa 39,6% da receita de sua campanha. Essas empresas são apontadas pelo Ministério Público e já foram citadas por delatores como integrantes de um cartel. Executivos da OAS e da UTC atualmente já respondem a ações penais. Outros ainda são investigados. Na CPI da Petrobras aberta na legislatura passada, um dos problemas apontados ao fim da investigação é que tanto as empresas como os políticos acabaram poupados pelos parlamentares. Motta, que tem 25 anos e está em seu segundo mandato, é ligado ao grupo do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Vital do Rego (PMDB-PB), que comandou a última CPI sobre a estatal. Em 2014, ele presidiu a Comissão de Fiscalização Financeira e administrou depoimentos da ex-presidente da Petrobras Graça Foster, do ex-ministro Guido Mantega (Fazenda) e do ex-diretor Nestor Cerveró sobre a compra polêmica da refinaria de Pasadena, nos EUA, que colocou a estatal no centro da crise. A assessoria do deputado informou que as doações recebidas foram indiretas, por meio de repasses feitos pelo PMDB, e que ele não tem ligação com a captação dos recursos ou com representantes das empresas. RELATOR O último cargo de destaque do deputado Luiz Sérgio foi no início da primeira gestão Dilma Rousseff (2011), no comando da Secretaria de Relações Institucionais. Sem poder de bancar as negociações no Congresso, o petista chegou a ganhar o apelido de "garçom", porque só entregava as demandas. Ainda chegou a ocupar o cargo de ministro da Pesca no primeiro mandato de Dilma, após deixar as Relações Institucionais. O petista já foi escalado como relator de uma das principais CPIs contra o governo Lula, a dos Cartões Corporativos. Na ocasião, seu relatório final poupou o governo e não apontou irregularidades no uso dos cartões. Procurada para comentar as doações, a assessoria de Luiz Sérgio informou que o deputado só irá se pronunciar sobre fatos relacionados à CPI depois que ele for confirmado como relator.
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Cúpula da CPI recebeu doações de empreiteiras sob investigaçãoOs escolhidos para comandar a nova CPI da Petrobras na Câmara tiveram parte de suas campanhas bancada por empresas acusadas na Operação Lava Jato. A investigação apura fraudes em licitações na estatal e pagamentos de propina a funcionários e políticos. O presidente da CPI, o deputado federal Hugo Motta (PMDB-PB), teve 60% de sua última campanha paga com recursos dessas empresas. No ano passado, Motta recebeu R$ 451 mil da Andrade Gutierrez e da Odebrecht. No total, ele arrecadou R$ 742 mil para fazer campanha. Relator indicado pelo PT, cuja escolha ainda precisa ser referendada pela comissão, Luiz Sérgio (PT-RJ) recebeu R$ 962,5 mil das empresas Queiroz Galvão, OAS, Toyo Setal e UTC. O valor representa 39,6% da receita de sua campanha. Essas empresas são apontadas pelo Ministério Público e já foram citadas por delatores como integrantes de um cartel. Executivos da OAS e da UTC atualmente já respondem a ações penais. Outros ainda são investigados. Na CPI da Petrobras aberta na legislatura passada, um dos problemas apontados ao fim da investigação é que tanto as empresas como os políticos acabaram poupados pelos parlamentares. Motta, que tem 25 anos e está em seu segundo mandato, é ligado ao grupo do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Vital do Rego (PMDB-PB), que comandou a última CPI sobre a estatal. Em 2014, ele presidiu a Comissão de Fiscalização Financeira e administrou depoimentos da ex-presidente da Petrobras Graça Foster, do ex-ministro Guido Mantega (Fazenda) e do ex-diretor Nestor Cerveró sobre a compra polêmica da refinaria de Pasadena, nos EUA, que colocou a estatal no centro da crise. A assessoria do deputado informou que as doações recebidas foram indiretas, por meio de repasses feitos pelo PMDB, e que ele não tem ligação com a captação dos recursos ou com representantes das empresas. RELATOR O último cargo de destaque do deputado Luiz Sérgio foi no início da primeira gestão Dilma Rousseff (2011), no comando da Secretaria de Relações Institucionais. Sem poder de bancar as negociações no Congresso, o petista chegou a ganhar o apelido de "garçom", porque só entregava as demandas. Ainda chegou a ocupar o cargo de ministro da Pesca no primeiro mandato de Dilma, após deixar as Relações Institucionais. O petista já foi escalado como relator de uma das principais CPIs contra o governo Lula, a dos Cartões Corporativos. Na ocasião, seu relatório final poupou o governo e não apontou irregularidades no uso dos cartões. Procurada para comentar as doações, a assessoria de Luiz Sérgio informou que o deputado só irá se pronunciar sobre fatos relacionados à CPI depois que ele for confirmado como relator.
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Cabral nega propina de Eike, diz que recebeu caixa dois e pede acareação
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O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) negou em depoimento ter recebido propina do empresário Eike Batista. Ele afirmou que recebeu contribuição eleitoral via caixa dois do chefe do grupo EBX. O peemedebista voltou a negar ter mantido contas no exterior em nome dos irmãos Renato e Marcelo Chebar. De acordo com denúncia do Ministério Público Federal, Eike pagou US$ 16,5 milhões num banco no Panamá, e depois transferidos para o Uruguai. "Eu recebi esses recursos na campanha de 2010. Eu não sei qual foi o modus operandi dele para receber", afirmou ao juiz Marcelo Bretas. Num longo depoimento de duas horas, Cabral voltou a defender seu governo, atacar delatores do esquema e pediu acareação com os doleiros que lhe atribuíram US$ 100 milhões no exterior. 'OLHO NO OLHO' "Quero ver se eles têm coragem de falar, olho no olho, que essas contas eram minhas", disse Cabral. O ex-governador afirmou que pediu em 2010 recursos para a campanha eleitoral. De acordo com o relato, o empresário disse que o repasse deveria ocorrer via caixa dois. E Flávio Godinho, ex-braço-direito de Eike, pediu que a transferência ocorresse no exterior. Segundo Cabral, ele indicou os irmãos Chebar para receberem os recursos. Mas, segundo o ex-governador, não participou do recebimento dos recursos. O peemedebista disse mais uma vez que se apropriou de sobras de caixa dois de campanha. Mas, pela primeira vez, disse: "a quase totalidade do caixa dois foi gasta na política, não para me enriquecer". O peemedebista não foi questionado sobre empréstimos de jatos por Eike. Em seu depoimento, o empresário disse ser difícil dizer "não" a um governador.
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Cabral nega propina de Eike, diz que recebeu caixa dois e pede acareaçãoO ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) negou em depoimento ter recebido propina do empresário Eike Batista. Ele afirmou que recebeu contribuição eleitoral via caixa dois do chefe do grupo EBX. O peemedebista voltou a negar ter mantido contas no exterior em nome dos irmãos Renato e Marcelo Chebar. De acordo com denúncia do Ministério Público Federal, Eike pagou US$ 16,5 milhões num banco no Panamá, e depois transferidos para o Uruguai. "Eu recebi esses recursos na campanha de 2010. Eu não sei qual foi o modus operandi dele para receber", afirmou ao juiz Marcelo Bretas. Num longo depoimento de duas horas, Cabral voltou a defender seu governo, atacar delatores do esquema e pediu acareação com os doleiros que lhe atribuíram US$ 100 milhões no exterior. 'OLHO NO OLHO' "Quero ver se eles têm coragem de falar, olho no olho, que essas contas eram minhas", disse Cabral. O ex-governador afirmou que pediu em 2010 recursos para a campanha eleitoral. De acordo com o relato, o empresário disse que o repasse deveria ocorrer via caixa dois. E Flávio Godinho, ex-braço-direito de Eike, pediu que a transferência ocorresse no exterior. Segundo Cabral, ele indicou os irmãos Chebar para receberem os recursos. Mas, segundo o ex-governador, não participou do recebimento dos recursos. O peemedebista disse mais uma vez que se apropriou de sobras de caixa dois de campanha. Mas, pela primeira vez, disse: "a quase totalidade do caixa dois foi gasta na política, não para me enriquecer". O peemedebista não foi questionado sobre empréstimos de jatos por Eike. Em seu depoimento, o empresário disse ser difícil dizer "não" a um governador.
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Aloysio Nunes e Aníbal são cotados para o lugar de Serra no Itamaraty
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Com a saída de José Serra do Ministério das Relações Exteriores, o presidente Michel Temer começou nesta quarta-feira (22) a avaliar nomes para o comando da pasta. O peemedebista ainda não tem um substituto definido para o tucano, mas, segundo assessores e auxiliares presidenciais, deve manter a pasta sob o controle do PSDB, já que a sigla não deve continuar à frente do Ministério da Justiça. Os principais cotados até o momento são o líder do governo no Senado Federal, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), e o também tucano José Aníbal, que é suplente de Serra e agora deixa o Senado. Em conversa com a Folha, Aloysio Nunes Ferreira, no entanto, negou planos de assumir a pasta. "Estou bem onde estou", disse. No Planalto, no entanto, o líder já é citado como um "nome natural para o cargo". Suplente de Serra, Aníbal é um dos tucanos mais próximos de Temer, que já defendeu que ele assuma um cargo na Esplanada dos Ministérios. Serra entregou carta de demissão na noite desta quarta-feira (22) ao presidente Michel Temer, que aceitou o pedido. Baixas no ministério O tucano alegou problemas de saúde. Aloysio afirmou que Serra vinha reclamando de dor a amigos, mas disse ter ficado sabendo da renúncia pela TV. O senador comandou a Comissão de Relações Exteriores no Senado no último biênio. Outro aliado do tucano afirmou que Serra comunicou a alguns membros do partido, ainda na madruga desta quarta-feira, que ia pedir demissão e que mostrou os laudos de sequelas da operação na coluna. Disse que a cirurgia foi um sucesso ortopédico, mas que continuava sentindo dores e que precisa fazer uma fisioterapia pesada. Serra avaliou que, no Senado, poderá se dedicar ao tratamento.
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Aloysio Nunes e Aníbal são cotados para o lugar de Serra no ItamaratyCom a saída de José Serra do Ministério das Relações Exteriores, o presidente Michel Temer começou nesta quarta-feira (22) a avaliar nomes para o comando da pasta. O peemedebista ainda não tem um substituto definido para o tucano, mas, segundo assessores e auxiliares presidenciais, deve manter a pasta sob o controle do PSDB, já que a sigla não deve continuar à frente do Ministério da Justiça. Os principais cotados até o momento são o líder do governo no Senado Federal, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), e o também tucano José Aníbal, que é suplente de Serra e agora deixa o Senado. Em conversa com a Folha, Aloysio Nunes Ferreira, no entanto, negou planos de assumir a pasta. "Estou bem onde estou", disse. No Planalto, no entanto, o líder já é citado como um "nome natural para o cargo". Suplente de Serra, Aníbal é um dos tucanos mais próximos de Temer, que já defendeu que ele assuma um cargo na Esplanada dos Ministérios. Serra entregou carta de demissão na noite desta quarta-feira (22) ao presidente Michel Temer, que aceitou o pedido. Baixas no ministério O tucano alegou problemas de saúde. Aloysio afirmou que Serra vinha reclamando de dor a amigos, mas disse ter ficado sabendo da renúncia pela TV. O senador comandou a Comissão de Relações Exteriores no Senado no último biênio. Outro aliado do tucano afirmou que Serra comunicou a alguns membros do partido, ainda na madruga desta quarta-feira, que ia pedir demissão e que mostrou os laudos de sequelas da operação na coluna. Disse que a cirurgia foi um sucesso ortopédico, mas que continuava sentindo dores e que precisa fazer uma fisioterapia pesada. Serra avaliou que, no Senado, poderá se dedicar ao tratamento.
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Mortes: Jornalista mais longevo de todos os tempos
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O rio Tietê foi o inusitado cenário do primeiro contato de Henrique Nicolini com o jornalista. Os campeonatos de natação de que participava eram cobertos pela imprensa esportiva e, ao dar entrevistas a seus futuros pares, descobriu sua vocação. Formado em educação física e filosofia, mudou de ares. Versátil, foi repórter, redator, colunista, blogueiro e organizador de eventos. Tinha facilidade com o mundo digital e sabia, com maestria, aliar o passado com o presente. Nicolini começou a carreira de jornalista na Folha, em 1946. No ano seguinte, foi para a "Gazeta Esportiva", onde se tornou patrimônio da Fundação Cásper Líbero. Em 1970, paralelamente ao jornalismo, se arriscou como empresário –promoveu eventos esportivos até 2007. Lúcido, sempre trazia alguma reflexão. Conhecido como "Professor", tinha prazer em compartilhar o saber com iniciantes e colegas de trabalho. "Sempre que tínhamos alguma sugestão, ele trazia lembranças de experiências e personagens", conta o amigo Erick Castelhero. Tinha a mania de usar uma caneta por semana e, quando acabava a tinta, fazia coleção das carcaças, lembra a secretária Solange Viveiros. Alegre e festeiro, foi um dos fundadores do Panathlon Club (uma associação que apoia clubes e atletas), e lá promovia eventos, festas e realizava entrevistas. Em 2016, com 71 anos de carreira, entrou para o "Guiness Book" (o livro dos recordes) como o jornalista com maior tempo de atividade da história. Morreu no dia 14, aos 91, após uma infecção pulmonar. Deixa a mulher e quatro filhas. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
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cotidiano
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Mortes: Jornalista mais longevo de todos os temposO rio Tietê foi o inusitado cenário do primeiro contato de Henrique Nicolini com o jornalista. Os campeonatos de natação de que participava eram cobertos pela imprensa esportiva e, ao dar entrevistas a seus futuros pares, descobriu sua vocação. Formado em educação física e filosofia, mudou de ares. Versátil, foi repórter, redator, colunista, blogueiro e organizador de eventos. Tinha facilidade com o mundo digital e sabia, com maestria, aliar o passado com o presente. Nicolini começou a carreira de jornalista na Folha, em 1946. No ano seguinte, foi para a "Gazeta Esportiva", onde se tornou patrimônio da Fundação Cásper Líbero. Em 1970, paralelamente ao jornalismo, se arriscou como empresário –promoveu eventos esportivos até 2007. Lúcido, sempre trazia alguma reflexão. Conhecido como "Professor", tinha prazer em compartilhar o saber com iniciantes e colegas de trabalho. "Sempre que tínhamos alguma sugestão, ele trazia lembranças de experiências e personagens", conta o amigo Erick Castelhero. Tinha a mania de usar uma caneta por semana e, quando acabava a tinta, fazia coleção das carcaças, lembra a secretária Solange Viveiros. Alegre e festeiro, foi um dos fundadores do Panathlon Club (uma associação que apoia clubes e atletas), e lá promovia eventos, festas e realizava entrevistas. Em 2016, com 71 anos de carreira, entrou para o "Guiness Book" (o livro dos recordes) como o jornalista com maior tempo de atividade da história. Morreu no dia 14, aos 91, após uma infecção pulmonar. Deixa a mulher e quatro filhas. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
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Equipe de Doria busca aval do TCM para começar Corujão sem travas
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A equipe do prefeito eleito João Doria (PSDB) vai discutir com conselheiros do TCM (Tribunal de Contas do Município) como fazer a contratação emergencial de hospitais privados para zerar a fila de exames na cidade de São Paulo. Já que os contratos serão sem concorrência, o objetivo da negociação com o tribunal é evitar entraves logo no início da implantação do programa Corujão da Saúde, promessa de campanha de Doria que usará horários ociosos dos hospitais para a realização de exames. Os contratos emergenciais de 90 dias e não renováveis serão fechados com cerca de 40 unidades privadas da cidade. Nesse intervalo, o objetivo é zerar a fila de 417 mil exames. Na campanha, Doria havia estipulado um prazo máximo de um ano para isso. Fila na saúde O Corujão quer aproveitar a estrutura sem uso e equipes de plantão nesses hospitais no máximo até meia-noite. Isso para evitar que a população tenha que se deslocar de madrugada, uma das principais críticas ao programa. Os valores pagos pelos exames serão os mesmos estabelecidos pelo SUS. Por exemplo, um ultrassom custará R$ 22 ao município, e uma ressonância, R$ 268. Pelos cálculos feitos até agora, o valor total gasto será de no máximo R$ 17 milhões. A quantia é pequena, se comparada ao orçamento da Saúde para 2017, que ficará na casa dos R$ 494 milhões disponíveis para investimento. Entre as redes hospitalares que devem participar do programa de Doria estão a Amil e a São Camilo, por exemplo. FILA DA SAÚDE - Gestão Doria vai discutir contratação de hospitais privados com o TCM Mario Scheffer, professor de medicina preventiva da USP, diz que a crise econômica faz com que a rede privada tenha maior capacidade ociosa devido à queda na clientela dos planos de saúde. "Como medida emergencial, ajuda a diminuir a fila, mas está longe de ser uma solução para o problema", diz. De acordo com ele, a medida deve ser vista como paliativa, já que traz problemas relativos ao deslocamento noturno de uma população que vive na periferia. "Temos que lembrar o que deu origem à fila", diz. Scheffer afirma que, ao mesmo tempo que o desemprego aumenta a ociosidade dos hospitais privados, também faz crescer o contingente de pessoas dependentes da saúde pública. Para impedir novo acúmulo, é preciso reorganizar o sistema e melhorar a atenção primária aos pacientes. FILA A futura gestão Doria fará um pente-fino na fila de exames. Os técnicos acreditam que o número de pessoas à espera dos procedimentos pode ser menor do que o divulgado –há casos em que as pessoas pagaram pelos exames na rede particular ou mesmo de pacientes que morreram enquanto o aguardavam. Outro jeito de acelerar o atendimento será a intensificação da prática de overbooking, na qual mais de um exame será marcado para o mesmo horário. A prática, já usada por companhias aéreas, visa reduzir a ociosidade na rede causada pelo índice de desistências, de cerca de 30%. Além da diminuição da fila, está em estudo um limite de prazo para a marcação de exames, a exemplo do que é feito em unidades de saúde estaduais. O prazo máximo ideal seria de 30 dias, evitando acúmulo na demanda de procedimentos novamente. CONTRATO O advogado Adib Kassouf Sad, especialista em direito administrativo, afirma que não há respaldo jurídico para a contratação emergencial para a resolução de um problema que já é velho conhecido da administração municipal, como é o caso da fila de exames. "O emergencial é algo imprevisível, é algo que não está no planejamento", diz. Segundo ele, o correto seria a gestão Doria fazer um edital de chamamento para os hospitais interessados em participar do Corujão da Saúde. Desafios de Doria
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Equipe de Doria busca aval do TCM para começar Corujão sem travasA equipe do prefeito eleito João Doria (PSDB) vai discutir com conselheiros do TCM (Tribunal de Contas do Município) como fazer a contratação emergencial de hospitais privados para zerar a fila de exames na cidade de São Paulo. Já que os contratos serão sem concorrência, o objetivo da negociação com o tribunal é evitar entraves logo no início da implantação do programa Corujão da Saúde, promessa de campanha de Doria que usará horários ociosos dos hospitais para a realização de exames. Os contratos emergenciais de 90 dias e não renováveis serão fechados com cerca de 40 unidades privadas da cidade. Nesse intervalo, o objetivo é zerar a fila de 417 mil exames. Na campanha, Doria havia estipulado um prazo máximo de um ano para isso. Fila na saúde O Corujão quer aproveitar a estrutura sem uso e equipes de plantão nesses hospitais no máximo até meia-noite. Isso para evitar que a população tenha que se deslocar de madrugada, uma das principais críticas ao programa. Os valores pagos pelos exames serão os mesmos estabelecidos pelo SUS. Por exemplo, um ultrassom custará R$ 22 ao município, e uma ressonância, R$ 268. Pelos cálculos feitos até agora, o valor total gasto será de no máximo R$ 17 milhões. A quantia é pequena, se comparada ao orçamento da Saúde para 2017, que ficará na casa dos R$ 494 milhões disponíveis para investimento. Entre as redes hospitalares que devem participar do programa de Doria estão a Amil e a São Camilo, por exemplo. FILA DA SAÚDE - Gestão Doria vai discutir contratação de hospitais privados com o TCM Mario Scheffer, professor de medicina preventiva da USP, diz que a crise econômica faz com que a rede privada tenha maior capacidade ociosa devido à queda na clientela dos planos de saúde. "Como medida emergencial, ajuda a diminuir a fila, mas está longe de ser uma solução para o problema", diz. De acordo com ele, a medida deve ser vista como paliativa, já que traz problemas relativos ao deslocamento noturno de uma população que vive na periferia. "Temos que lembrar o que deu origem à fila", diz. Scheffer afirma que, ao mesmo tempo que o desemprego aumenta a ociosidade dos hospitais privados, também faz crescer o contingente de pessoas dependentes da saúde pública. Para impedir novo acúmulo, é preciso reorganizar o sistema e melhorar a atenção primária aos pacientes. FILA A futura gestão Doria fará um pente-fino na fila de exames. Os técnicos acreditam que o número de pessoas à espera dos procedimentos pode ser menor do que o divulgado –há casos em que as pessoas pagaram pelos exames na rede particular ou mesmo de pacientes que morreram enquanto o aguardavam. Outro jeito de acelerar o atendimento será a intensificação da prática de overbooking, na qual mais de um exame será marcado para o mesmo horário. A prática, já usada por companhias aéreas, visa reduzir a ociosidade na rede causada pelo índice de desistências, de cerca de 30%. Além da diminuição da fila, está em estudo um limite de prazo para a marcação de exames, a exemplo do que é feito em unidades de saúde estaduais. O prazo máximo ideal seria de 30 dias, evitando acúmulo na demanda de procedimentos novamente. CONTRATO O advogado Adib Kassouf Sad, especialista em direito administrativo, afirma que não há respaldo jurídico para a contratação emergencial para a resolução de um problema que já é velho conhecido da administração municipal, como é o caso da fila de exames. "O emergencial é algo imprevisível, é algo que não está no planejamento", diz. Segundo ele, o correto seria a gestão Doria fazer um edital de chamamento para os hospitais interessados em participar do Corujão da Saúde. Desafios de Doria
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Aplicativos tornam a relação entre paciente e médico mais tecnológica
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O Heal é um aplicativo parecido com o serviço de caronas Uber, mas, ao invés de um carro, um médico aparece na porta do paciente. Os usuários só precisam baixar o aplicativo e dar algumas informações, como o endereço e o motivo para a visita. Depois de colocarem o número do cartão de crédito e um pedido para um clínico ou um pediatra, o profissional chega em um prazo de 20 a 60 minutos por uma taxa básica de 99 dólares. O Heal, que começou em Los Angeles em fevereiro, recentemente se expandiu para San Francisco e está programado para começar a funcionar em outras 15 cidades importantes este ano. Os médicos ficam de plantão das oito da manhã às oito da noite, sete dias por semana, avisa a doutora Renee Dua, fundadora e diretora médica do Heal. Os médicos do Heal atendem com um assistente e trazem um kit com os equipamentos de saúde mais modernos, incluindo ferramentas para checar os sinais vitais ou fazer um vídeo em alta definição do tímpano do paciente. O aplicativo tem uma lista de médicos afiliados a hospitais respeitados e a programas como o da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, Columbia e Stanford. "Com a nova tecnologia, estamos trazendo técnicas antigas de volta", conta Renee. Logicamente, os médicos do Heal são capazes de oferecer apenas serviços limitados a um atendimento em casa. Entre outras coisas, podem diagnosticar e tratar problemas não muito sérios como bronquite, vacinar contra gripe, costurar um corte ou prescrever uma receita (eles até buscam o remédio por mais 19 dólares), mas você terá que preencher os papéis do seguro. "A saúde realmente começa em casa", afirmou a doutora Janani Krishnaswami quando estávamos sentadas na minha sala de jantar em Oakland, Califórnia, depois que eu a chamei usando o aplicativo em meu iPhone. "Ao visitar as pessoas onde moram, posso saber como é a vida delas, o que comem, como vivem, o que as está deixando estressadas. Posso passar o tempo que quiser com elas, o que é cada vez mais difícil de fazer com o nosso sistema de saúde." Um serviço parecido chamado Pager já funciona em Nova York. (O cofundador do Pager, Oscar Salazar, também fez parte do time que criou o Uber.) A primeira visita à casa do paciente custa 50 dólares. Consultas regulares saem por 200 dólares, e um exame físico por 100 dólares. O Go2Nurse manda uma enfermeira à casa da pessoa, em Chicago e Milwaukee, e inclui atendimentos domiciliares para grávidas, ajuda com recém-nascidos, cuidados com idosos e serviços especializados para pacientes com Alzheimer e Parkinson, entre outros. O Curbside Care oferece atendimento de enfermeiras e médicos em domicílio na região da Filadélfia. Para aqueles que querem uma consulta, mas não precisam de um médico ou enfermeira em casa, há uma grande quantidade de aplicativos que fazem atendimentos virtuais. A Associação Americana de Telemedicina estima que cerca de um milhão de pessoas consultaram um profissional de saúde por meio das câmeras dos computadores em 2015, e, na semana passada, o maior seguro de saúde do país, United HealthCare, anunciou planos que cobrem as consultas virtuais com os médicos. Um dos aplicativos mais populares é o Doctor on Demand, de Chicago, que tem como apoiadores o Google e a personalidade da TV Phil McGraw. O aplicativo, que oferece acesso a 1.400 médicos certificados, foi baixado alguns milhões de vezes desde o lançamento em 2013. Por 40 dólares, um médico ou pediatra faz a consulta com o paciente por vídeo. A empresa recentemente adicionou a seus serviços as visitas virtuais a psicólogos (50 dólares por 25 minutos; 95 por 50 minutos) e uma consulta de amamentação (40 a 70 dólares). "Existe um imenso problema de acesso aos cuidados primários nos Estados Unidos. A média de tempo de espera para uma consulta é de 20 dias. As pessoas realmente querem e precisam de algo mais rápido, e agora temos tecnologia dos dois lados para que isso aconteça", afirma Adam Jackson, fundador e executivo chefe do Doctor on Demand. Jackson conta que as consultas do Doctor on Demand diagnosticam e tratam 95 por cento das pessoas que usam o serviço; os outros cinco por centro são encaminhados a especialistas. O paciente típico é a mãe que trabalha e procura uma ajuda rápida para problemas comuns. "Eu decidi usar o serviço alguns meses atrás depois que minha filha foi parar na emergência por causa de um nariz quebrado (um cavalo assustado deu-lhe um coice no rosto). Quando chegamos em casa, eu precisava de mais conselhos, então marquei uma consulta de 15 minutos por vídeo com um pediatra que respondeu a todas as minhas perguntas e evitou que fizéssemos outra viagem até o hospital", disse uma mãe. Outros serviços de telemedicina disponíveis são o Teladoc, pioneiro na área, e MDLive, que se uniu ao Walgreens para consultas por vídeo e telefone. O American Well oferece consultas médicas online por 49 dólares. O aplicativo The Spruce é interessante porque oferece respostas por vídeo para problemas dermatológicos como mordidas de insetos e assaduras. O HealthTap responde às perguntas de saúde dos usuários em sua página da web e oferece conversas com um médico, por vídeo, por 99 dólares por mês. Alguns serviços de consultas médicas não são oferecidos no Alasca, Arkansas e Louisiana, onde as leis impõem várias restrições aos serviços de telemedicina. O Conselho Médico do Texas também votou por restringir a prática no Estado. Os críticos dos aplicativos de telemedicina avisam dos perigos de perder o toque humano com consultas virtuais e dizem que as pessoas também precisam ter certeza de que o médico que as atende é certificado pelo conselho e licenciado. Sobre serviços como o Heal, os críticos afirmam que as pessoas seriam muito melhor servidas se esses médicos altamente habilidosos e treinados usassem sua experiência para tratar tantos pacientes quanto pudessem em um dia, sem perder seu tempo precioso indo até a casa dos doentes. É importante lembrar que tudo isso não substitui as consultas de saúde tradicionais, especialmente com um médico que conhece o paciente há anos. No entanto, quando se trata de doenças e sintomas que não ameaçam a vida, essa nova geração de aplicativos de saúde pode economizar tempo e energia - o que já é muito bom se a pessoa não quer passar horas em uma sala de espera.
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Aplicativos tornam a relação entre paciente e médico mais tecnológicaO Heal é um aplicativo parecido com o serviço de caronas Uber, mas, ao invés de um carro, um médico aparece na porta do paciente. Os usuários só precisam baixar o aplicativo e dar algumas informações, como o endereço e o motivo para a visita. Depois de colocarem o número do cartão de crédito e um pedido para um clínico ou um pediatra, o profissional chega em um prazo de 20 a 60 minutos por uma taxa básica de 99 dólares. O Heal, que começou em Los Angeles em fevereiro, recentemente se expandiu para San Francisco e está programado para começar a funcionar em outras 15 cidades importantes este ano. Os médicos ficam de plantão das oito da manhã às oito da noite, sete dias por semana, avisa a doutora Renee Dua, fundadora e diretora médica do Heal. Os médicos do Heal atendem com um assistente e trazem um kit com os equipamentos de saúde mais modernos, incluindo ferramentas para checar os sinais vitais ou fazer um vídeo em alta definição do tímpano do paciente. O aplicativo tem uma lista de médicos afiliados a hospitais respeitados e a programas como o da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, Columbia e Stanford. "Com a nova tecnologia, estamos trazendo técnicas antigas de volta", conta Renee. Logicamente, os médicos do Heal são capazes de oferecer apenas serviços limitados a um atendimento em casa. Entre outras coisas, podem diagnosticar e tratar problemas não muito sérios como bronquite, vacinar contra gripe, costurar um corte ou prescrever uma receita (eles até buscam o remédio por mais 19 dólares), mas você terá que preencher os papéis do seguro. "A saúde realmente começa em casa", afirmou a doutora Janani Krishnaswami quando estávamos sentadas na minha sala de jantar em Oakland, Califórnia, depois que eu a chamei usando o aplicativo em meu iPhone. "Ao visitar as pessoas onde moram, posso saber como é a vida delas, o que comem, como vivem, o que as está deixando estressadas. Posso passar o tempo que quiser com elas, o que é cada vez mais difícil de fazer com o nosso sistema de saúde." Um serviço parecido chamado Pager já funciona em Nova York. (O cofundador do Pager, Oscar Salazar, também fez parte do time que criou o Uber.) A primeira visita à casa do paciente custa 50 dólares. Consultas regulares saem por 200 dólares, e um exame físico por 100 dólares. O Go2Nurse manda uma enfermeira à casa da pessoa, em Chicago e Milwaukee, e inclui atendimentos domiciliares para grávidas, ajuda com recém-nascidos, cuidados com idosos e serviços especializados para pacientes com Alzheimer e Parkinson, entre outros. O Curbside Care oferece atendimento de enfermeiras e médicos em domicílio na região da Filadélfia. Para aqueles que querem uma consulta, mas não precisam de um médico ou enfermeira em casa, há uma grande quantidade de aplicativos que fazem atendimentos virtuais. A Associação Americana de Telemedicina estima que cerca de um milhão de pessoas consultaram um profissional de saúde por meio das câmeras dos computadores em 2015, e, na semana passada, o maior seguro de saúde do país, United HealthCare, anunciou planos que cobrem as consultas virtuais com os médicos. Um dos aplicativos mais populares é o Doctor on Demand, de Chicago, que tem como apoiadores o Google e a personalidade da TV Phil McGraw. O aplicativo, que oferece acesso a 1.400 médicos certificados, foi baixado alguns milhões de vezes desde o lançamento em 2013. Por 40 dólares, um médico ou pediatra faz a consulta com o paciente por vídeo. A empresa recentemente adicionou a seus serviços as visitas virtuais a psicólogos (50 dólares por 25 minutos; 95 por 50 minutos) e uma consulta de amamentação (40 a 70 dólares). "Existe um imenso problema de acesso aos cuidados primários nos Estados Unidos. A média de tempo de espera para uma consulta é de 20 dias. As pessoas realmente querem e precisam de algo mais rápido, e agora temos tecnologia dos dois lados para que isso aconteça", afirma Adam Jackson, fundador e executivo chefe do Doctor on Demand. Jackson conta que as consultas do Doctor on Demand diagnosticam e tratam 95 por cento das pessoas que usam o serviço; os outros cinco por centro são encaminhados a especialistas. O paciente típico é a mãe que trabalha e procura uma ajuda rápida para problemas comuns. "Eu decidi usar o serviço alguns meses atrás depois que minha filha foi parar na emergência por causa de um nariz quebrado (um cavalo assustado deu-lhe um coice no rosto). Quando chegamos em casa, eu precisava de mais conselhos, então marquei uma consulta de 15 minutos por vídeo com um pediatra que respondeu a todas as minhas perguntas e evitou que fizéssemos outra viagem até o hospital", disse uma mãe. Outros serviços de telemedicina disponíveis são o Teladoc, pioneiro na área, e MDLive, que se uniu ao Walgreens para consultas por vídeo e telefone. O American Well oferece consultas médicas online por 49 dólares. O aplicativo The Spruce é interessante porque oferece respostas por vídeo para problemas dermatológicos como mordidas de insetos e assaduras. O HealthTap responde às perguntas de saúde dos usuários em sua página da web e oferece conversas com um médico, por vídeo, por 99 dólares por mês. Alguns serviços de consultas médicas não são oferecidos no Alasca, Arkansas e Louisiana, onde as leis impõem várias restrições aos serviços de telemedicina. O Conselho Médico do Texas também votou por restringir a prática no Estado. Os críticos dos aplicativos de telemedicina avisam dos perigos de perder o toque humano com consultas virtuais e dizem que as pessoas também precisam ter certeza de que o médico que as atende é certificado pelo conselho e licenciado. Sobre serviços como o Heal, os críticos afirmam que as pessoas seriam muito melhor servidas se esses médicos altamente habilidosos e treinados usassem sua experiência para tratar tantos pacientes quanto pudessem em um dia, sem perder seu tempo precioso indo até a casa dos doentes. É importante lembrar que tudo isso não substitui as consultas de saúde tradicionais, especialmente com um médico que conhece o paciente há anos. No entanto, quando se trata de doenças e sintomas que não ameaçam a vida, essa nova geração de aplicativos de saúde pode economizar tempo e energia - o que já é muito bom se a pessoa não quer passar horas em uma sala de espera.
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Vereador paulistano homenageia Eduardo Campos
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Quando Eduardo Campos estava vivo propus conceder-lhe o título de cidadão paulistano por meio de um projeto de lei na Câmara Municipal de São Paulo. Com a sua morte, refiz o projeto como homenagem "in memoriam". Na semana que passou, tive a honra de aprová-lo, por unanimidade entre os vereadores. Este título é uma forma de lembrar os pilares de Campos: humanidade, seriedade, solidariedade, liderança, visão de futuro e patriotismo. Também é uma maneira de lembrarmos a falta que ele faz e de refletirmos sobre tudo o que ele significou e sempre significará para o nosso país (O legado de Eduardo Campos). * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Vereador paulistano homenageia Eduardo CamposQuando Eduardo Campos estava vivo propus conceder-lhe o título de cidadão paulistano por meio de um projeto de lei na Câmara Municipal de São Paulo. Com a sua morte, refiz o projeto como homenagem "in memoriam". Na semana que passou, tive a honra de aprová-lo, por unanimidade entre os vereadores. Este título é uma forma de lembrar os pilares de Campos: humanidade, seriedade, solidariedade, liderança, visão de futuro e patriotismo. Também é uma maneira de lembrarmos a falta que ele faz e de refletirmos sobre tudo o que ele significou e sempre significará para o nosso país (O legado de Eduardo Campos). * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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A democracia americana está pior que em 2008
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"Para cada dois passos adiante, frequentemente parece que damos um atrás". Nesse caso, são dois atrás, para apenas um adiante. O presidente que entra fala pelo Twitter, em mensagens grosseiras, autocentradas, quase boçais. O que sai oferece discursos reflexivos, de qualidade literária, empapados por um agudo senso de história, devotados a confrontar o presente com os princípios inscritos na Constituição. O adeus de Obama, às vésperas da posse de Trump, descortina o tamanho do retrocesso —e uma coleção de trágicas ironias. Sob Obama, como ele pontuou no adeus, os EUA reverteram uma grande recessão, reativaram a máquina da criação de empregos, universalizaram a cobertura de saúde, restabeleceram relações com Cuba, prenderam o Irã na teia diplomática do acordo nuclear. O presidente sai com taxa de aprovação de 57%, similar à de Bill Clinton, entre as mais altas já registradas. Mas, ironia número 1, entrega a Casa Branca a sua nêmesis, alguém disposto a explodir cada uma das pontes que ele construiu. Dentro da primeira ironia, abriga-se a segunda. Obama resgatou partes da indústria tradicional do Cinturão da Ferrugem devastadas pelo crash de 2008, em operações de intervenção estatal nunca experimentadas antes nos EUA. Contudo, foi justamente nessas áreas do Meio-Oeste que Trump obteve sua série decisiva de vitórias. A classe trabalhadora branca, empobrecida, conduziu ao poder um governo que despreza os direitos sociais, ou seja, "o alargamento de nosso credo fundador para incluir a todos, e não apenas alguns" mencionado no discurso do adeus. Obama, um mestiço, o "primeiro presidente negro", simbolizou a natureza contratual da democracia americana: a ideia de uma nação constituída por "pioneiros do Oeste", "escravos que encararam a ferrovia improvisada rumo à liberdade", "imigrantes e refugiados que atravessaram o oceano e o Rio Grande", "mulheres que conquistaram o direito de voto", "trabalhadores que se organizaram". Entretanto, os americanos elegeram um presidente que simboliza a ideia oposta, da "nação de sangue", nucleada por colonos brancos protestantes. O eixo organizador do adeus foi o "estado de nossa democracia". A terceira ironia: a democracia americana está em pior estado que em 2008, não porque um republicano foi eleito, mas porque o eleito chama-se Trump. A ironia número 4, apontada no discurso, é uma das causas da número 3 —e manifesta-se também no Brasil. Na era da informação, "o estilhaçamento da nossa mídia em canais para cada gosto" sedimenta fortalezas culturais –e "tornamo-nos tão seguros em nossas bolhas que aceitamos unicamente as informações, verdadeiras ou não, que se conformam às nossas opiniões". Trump venceu culpando a China, os mexicanos e a "elite globalista" pelos problemas americanos –e, em seguida, montou um governo de megabilionários com negócios globalizados. No adeus, Obama pronunciou os nomes da Rússia e do Estado Islâmico —mas não a palavra Aleppo. O silêncio sobre o lugar do seu fracasso maior só realça a quinta ironia: uma política global alinhavada em torno de valores será substituída por uma paradoxal espécie de realpolitik que, de fato, mina os interesses americanos. Trump entra em colisão com a China para defender um suposto direito à soberania de Taiwan enquanto prepara uma aproximação com a Rússia às custas dos direitos de nações soberanas como a Ucrânia e os países bálticos. Trump transferirá para Jerusalém a embaixada em Israel, estimulando os ultranacionalistas a anexarem a Cisjordânia e destruindo as chances de paz na Palestina. É meia noite no século. A Casa Branca de Barack, Michelle, Malia e Sasha atravessou oito anos sem escândalos, intrigas ou vulgaridades. Os americanos logo sentirão saudades desse exemplo de integridade pessoal e política. Adeus, Obama. Boas ondas na Sandy Beach.
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colunas
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A democracia americana está pior que em 2008"Para cada dois passos adiante, frequentemente parece que damos um atrás". Nesse caso, são dois atrás, para apenas um adiante. O presidente que entra fala pelo Twitter, em mensagens grosseiras, autocentradas, quase boçais. O que sai oferece discursos reflexivos, de qualidade literária, empapados por um agudo senso de história, devotados a confrontar o presente com os princípios inscritos na Constituição. O adeus de Obama, às vésperas da posse de Trump, descortina o tamanho do retrocesso —e uma coleção de trágicas ironias. Sob Obama, como ele pontuou no adeus, os EUA reverteram uma grande recessão, reativaram a máquina da criação de empregos, universalizaram a cobertura de saúde, restabeleceram relações com Cuba, prenderam o Irã na teia diplomática do acordo nuclear. O presidente sai com taxa de aprovação de 57%, similar à de Bill Clinton, entre as mais altas já registradas. Mas, ironia número 1, entrega a Casa Branca a sua nêmesis, alguém disposto a explodir cada uma das pontes que ele construiu. Dentro da primeira ironia, abriga-se a segunda. Obama resgatou partes da indústria tradicional do Cinturão da Ferrugem devastadas pelo crash de 2008, em operações de intervenção estatal nunca experimentadas antes nos EUA. Contudo, foi justamente nessas áreas do Meio-Oeste que Trump obteve sua série decisiva de vitórias. A classe trabalhadora branca, empobrecida, conduziu ao poder um governo que despreza os direitos sociais, ou seja, "o alargamento de nosso credo fundador para incluir a todos, e não apenas alguns" mencionado no discurso do adeus. Obama, um mestiço, o "primeiro presidente negro", simbolizou a natureza contratual da democracia americana: a ideia de uma nação constituída por "pioneiros do Oeste", "escravos que encararam a ferrovia improvisada rumo à liberdade", "imigrantes e refugiados que atravessaram o oceano e o Rio Grande", "mulheres que conquistaram o direito de voto", "trabalhadores que se organizaram". Entretanto, os americanos elegeram um presidente que simboliza a ideia oposta, da "nação de sangue", nucleada por colonos brancos protestantes. O eixo organizador do adeus foi o "estado de nossa democracia". A terceira ironia: a democracia americana está em pior estado que em 2008, não porque um republicano foi eleito, mas porque o eleito chama-se Trump. A ironia número 4, apontada no discurso, é uma das causas da número 3 —e manifesta-se também no Brasil. Na era da informação, "o estilhaçamento da nossa mídia em canais para cada gosto" sedimenta fortalezas culturais –e "tornamo-nos tão seguros em nossas bolhas que aceitamos unicamente as informações, verdadeiras ou não, que se conformam às nossas opiniões". Trump venceu culpando a China, os mexicanos e a "elite globalista" pelos problemas americanos –e, em seguida, montou um governo de megabilionários com negócios globalizados. No adeus, Obama pronunciou os nomes da Rússia e do Estado Islâmico —mas não a palavra Aleppo. O silêncio sobre o lugar do seu fracasso maior só realça a quinta ironia: uma política global alinhavada em torno de valores será substituída por uma paradoxal espécie de realpolitik que, de fato, mina os interesses americanos. Trump entra em colisão com a China para defender um suposto direito à soberania de Taiwan enquanto prepara uma aproximação com a Rússia às custas dos direitos de nações soberanas como a Ucrânia e os países bálticos. Trump transferirá para Jerusalém a embaixada em Israel, estimulando os ultranacionalistas a anexarem a Cisjordânia e destruindo as chances de paz na Palestina. É meia noite no século. A Casa Branca de Barack, Michelle, Malia e Sasha atravessou oito anos sem escândalos, intrigas ou vulgaridades. Os americanos logo sentirão saudades desse exemplo de integridade pessoal e política. Adeus, Obama. Boas ondas na Sandy Beach.
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Peça adapta livro de Antonio Prata sobre suas memórias de infância
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São experiências e descobertas de uma criança, mas narradas em tom adulto, quase filosófico. "Nu de Botas", que estreia nesta sexta (23) em São Paulo após uma temporada no Rio, é uma adaptação teatral do livro homônimo de Antonio Prata sobre as memórias de infância do autor. Ao versar o livro para o palco, a diretora Cristina Moura partiu de um preceito: apesar de serem narrados em primeira pessoa por uma criança, aqueles relatos tinham tamanha carga filosófica que requeriam um falar adulto. Assim, os cinco atores se revezam como protagonistas e personagens secundários sem mimetizar vozes infantis. "Quase todos os contos tratam de dilemas", diz ela, que adaptou o texto com Pedro Brício, integrante do elenco. Como o trecho em que a criança, quando passeia com os pais de um coleguinha, teme dizer àqueles "estranhos" da vontade de ir ao banheiro: "Eu não sabia se todas as pessoas faziam cocô ou se aquele era um problema meu". Para Brício, Prata expõe com essa filosofia infantil "quão patéticas e arbitrárias" são algumas convenções sociais a que sujeitamos. "A minha ideia foi fazer a habilidade narrativa e verbal de um adulto, mas o pensamento maluco de uma criança", conta o escritor e colunista da Folha, que teve a ideia para o livro quando foi convidado a voltar à escola de sua infância e ali lhe voltaram lembranças da época. Na adaptação, foram selecionados 17 contos da obra. Alguns são encenados na íntegra, outros com cortes. Também foi trocada a ordem dos textos. Na peça, as histórias são agrupadas por temas, como família, amigos e curiosidades sexuais, afirma Brício. A encenação de Moura, que tem um histórico de dança (integrou a companhia belga Les Ballets C de La B) e performance, vai por um caminho diferente dos trabalhos anteriores da diretora. Em "Nu", ela dá mais espaço à palavra; os atores narram as histórias quase como se conversassem com o público. O cenário simples tem alguns poucos elementos, como cadeiras e bancos. Cobertos de papel craft, os elementos vão sendo revelados ao longo do espetáculo. "Acho o livro muito imagético, quase cinematográfico", diz a diretora. "Queria criar na peça a mesma sensação que tive ao ler o livro: poder imaginar as cenas." É como permitir ao público a capacidade de fabulação de uma criança. * NU DE BOTAS QUANDO sex. e sáb., às 21h30; dom., às 18h30; até 23/7 ONDE Sesc Belenzinho - teatro, r. Padre Adelino, 1.000, tel. (11) 2076-9700 QUANTO R$ 6 a R$ 20 CLASSIFICAÇÃO 14 anos
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ilustrada
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Peça adapta livro de Antonio Prata sobre suas memórias de infânciaSão experiências e descobertas de uma criança, mas narradas em tom adulto, quase filosófico. "Nu de Botas", que estreia nesta sexta (23) em São Paulo após uma temporada no Rio, é uma adaptação teatral do livro homônimo de Antonio Prata sobre as memórias de infância do autor. Ao versar o livro para o palco, a diretora Cristina Moura partiu de um preceito: apesar de serem narrados em primeira pessoa por uma criança, aqueles relatos tinham tamanha carga filosófica que requeriam um falar adulto. Assim, os cinco atores se revezam como protagonistas e personagens secundários sem mimetizar vozes infantis. "Quase todos os contos tratam de dilemas", diz ela, que adaptou o texto com Pedro Brício, integrante do elenco. Como o trecho em que a criança, quando passeia com os pais de um coleguinha, teme dizer àqueles "estranhos" da vontade de ir ao banheiro: "Eu não sabia se todas as pessoas faziam cocô ou se aquele era um problema meu". Para Brício, Prata expõe com essa filosofia infantil "quão patéticas e arbitrárias" são algumas convenções sociais a que sujeitamos. "A minha ideia foi fazer a habilidade narrativa e verbal de um adulto, mas o pensamento maluco de uma criança", conta o escritor e colunista da Folha, que teve a ideia para o livro quando foi convidado a voltar à escola de sua infância e ali lhe voltaram lembranças da época. Na adaptação, foram selecionados 17 contos da obra. Alguns são encenados na íntegra, outros com cortes. Também foi trocada a ordem dos textos. Na peça, as histórias são agrupadas por temas, como família, amigos e curiosidades sexuais, afirma Brício. A encenação de Moura, que tem um histórico de dança (integrou a companhia belga Les Ballets C de La B) e performance, vai por um caminho diferente dos trabalhos anteriores da diretora. Em "Nu", ela dá mais espaço à palavra; os atores narram as histórias quase como se conversassem com o público. O cenário simples tem alguns poucos elementos, como cadeiras e bancos. Cobertos de papel craft, os elementos vão sendo revelados ao longo do espetáculo. "Acho o livro muito imagético, quase cinematográfico", diz a diretora. "Queria criar na peça a mesma sensação que tive ao ler o livro: poder imaginar as cenas." É como permitir ao público a capacidade de fabulação de uma criança. * NU DE BOTAS QUANDO sex. e sáb., às 21h30; dom., às 18h30; até 23/7 ONDE Sesc Belenzinho - teatro, r. Padre Adelino, 1.000, tel. (11) 2076-9700 QUANTO R$ 6 a R$ 20 CLASSIFICAÇÃO 14 anos
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Saída difícil da UE não é inevitável, diz premiê britânica
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Um rompimento limpo com o mercado único da União Europeia não é inevitável, disse a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, nesta segunda-feira (9), em uma tentativa de esclarecer comentários sobre uma saída árdua do Reino Unido da UE que afetaram a cotação da libra. Ela criticou a imprensa britânica por interpretar mal o que descreveu como uma posição de longa data sobre as negociações com a UE, mas a moeda britânica não conseguiu se recuperar de uma baixa de dez semanas e caía mais de 1% ante o dólar e 1,2% em relação ao euro nesta segunda-feira. May, que tem sido pressionada a dar mais detalhes sobre sua estratégia antes de iniciar as negociações para o divórcio com a União Europeia, disse no domingo em sua primeira entrevista televisionada do ano que o Reino Unido não poderá ficar com "pedaços" de sua participação no bloco. Alguns comentaristas disseram que isso sinalizava que a premiê caminhava para um "brexit" árduo, o que empresários afirmam afetará a economia ao romper os laços com o mercado único de 500 milhões de consumidores. May rebateu afirmando que a imprensa usou termos que ela não aceitava. "Estou tentada a dizer que as pessoas que entenderam errado são aquelas que imprimiram coisas dizendo que estou falando de um 'brexit' difícil, que um 'brexit' duro é absolutamente inevitável", disse ela à Comissão de Caridade, um departamento do governo que regula entidades de caridade na Inglaterra e no País de Gales. "Não aceito esses termos, 'brexit' suave ou duro. O que estamos fazendo é conseguir um acordo ambicioso, bom, o melhor possível para o Reino Unido em termos de... fazer comércio com e operar dentro do mercado único europeu."
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mundo
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Saída difícil da UE não é inevitável, diz premiê britânicaUm rompimento limpo com o mercado único da União Europeia não é inevitável, disse a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, nesta segunda-feira (9), em uma tentativa de esclarecer comentários sobre uma saída árdua do Reino Unido da UE que afetaram a cotação da libra. Ela criticou a imprensa britânica por interpretar mal o que descreveu como uma posição de longa data sobre as negociações com a UE, mas a moeda britânica não conseguiu se recuperar de uma baixa de dez semanas e caía mais de 1% ante o dólar e 1,2% em relação ao euro nesta segunda-feira. May, que tem sido pressionada a dar mais detalhes sobre sua estratégia antes de iniciar as negociações para o divórcio com a União Europeia, disse no domingo em sua primeira entrevista televisionada do ano que o Reino Unido não poderá ficar com "pedaços" de sua participação no bloco. Alguns comentaristas disseram que isso sinalizava que a premiê caminhava para um "brexit" árduo, o que empresários afirmam afetará a economia ao romper os laços com o mercado único de 500 milhões de consumidores. May rebateu afirmando que a imprensa usou termos que ela não aceitava. "Estou tentada a dizer que as pessoas que entenderam errado são aquelas que imprimiram coisas dizendo que estou falando de um 'brexit' difícil, que um 'brexit' duro é absolutamente inevitável", disse ela à Comissão de Caridade, um departamento do governo que regula entidades de caridade na Inglaterra e no País de Gales. "Não aceito esses termos, 'brexit' suave ou duro. O que estamos fazendo é conseguir um acordo ambicioso, bom, o melhor possível para o Reino Unido em termos de... fazer comércio com e operar dentro do mercado único europeu."
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Fisco desiste de recorrer de decisão do Carf que reduz multa para Neymar
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A Procuradoria-geral da Fazenda desistiu de apresentar recurso contra a decisão do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) que reduzirá o valor que Neymar terá que pagar por impostos sonegados. Em 2015, a Receita Federal autuou o atacante em R$ 188 milhões, em valores atuais mais de R$ 200 milhões. Neymar conseguiu uma vitória na disputa com o fisco. Segundo a defesa do jogador, ele conseguirá reduzir em cerca de 95% o total da cobrança. A defesa do atacante calcula que o valor deverá ser reduzido para cerca de R$ 8 milhões. A redução do valor foi definida em maio pelo Carf, um órgão do Ministério da Fazenda independente da Receita Federal que é a última instância para recursos de processos administrativos relativos a tributos.. A Procuradoria-Geral da Fazenda tinha até o final de julho para recorrer, mas o fez após o prazo permitido. Documento do dia 31 de julho aponta que o fisco perdeu o prazo para recorrer da decisão. "O prazo para a interposição de Embargos de Declaração findaria em 16/06/2017, conforme 1º, do art. 65, do Regimento Interno do Carf, mas a apresentação só ocorreu em 03/07/2017, o que torna o apelo intempestivo", informou o presidente da 2ª Turma Ordinária da 4ª Câmara da 2ª Seção do Carf. A Procuradoria-geral da Fazenda oficializou nesta sexta (4) que não tentará recorrer da decisão. "Não haverá interposição de recurso à Câmara Superior de Recursos Fiscais" afirmou o fisco em documento na sexta (4) Em nota, a Procuradoria-geral da Fazenda, porém, informou que não se trata do fim do processo. "Não houve desistência de recurso pela PGFN, o processo administrativo segue em andamento. As principais infrações discutidas no processo foram mantidas pelo Carf (direitos de imagem recebidos do Santos e rendimentos decorrentes da transferência ao Barcelona), inclusive com manutenção da multa qualificada de 150%. Portanto, o Carf reconheceu a ocorrência de fraude tributária nas principais infrações discutidas no processo. Sobre o valor final do crédito tributário, a questão ainda será analisada pela Receita Federal", informou a Procuradoria-geral da Fazenda em nota. ENTENDA O CASO Em 2016, a Receita autuou Neymar em R$ 188 milhões. As autoridades alegavam que o jogador deixou de declarar R$ 63,6 milhões entre 2011 e 2013, omitindo esse montante através das empresas NR Sports, N&N Consultoria Esportiva e Empresarial e N&N Administração de Bens. Sobre esse valor, incidem multa de 150% e juros, o que elevaria o montante total que a Receita considera que o atacante deveria ter pago em impostos no período. No Carf, a defesa de Neymar conseguiu decisão favorável sobre a cessão dos direitos de imagem para a empresa que tem seus pais como sócios. Os conselheiros decidiram, porém, que houve irregularidade na venda do jogador para o Barcelona. O clube catalão pagou cerca de 40 milhões de euros à empresa do pai de Neymar em parcelas nos anos de 2011, 2013 e 2014. As autoridades apontam que esse valor pago deveria ser feito ao jogador. O imposto à pessoa física é de 27,5%, maior do que foi pago na época, 17%, na pessoa jurídica. "Conseguimos provar que o Barcelona reteve o valor na fonte, na Espanha. Recolheram e descontaram. Não precisava pagar mais aqui no Brasil. Existe o acorde entre os países para evitar bitributação", afirmou o advogado de Neymar, Marcos Neder, do escritório Trench Rossi & Watanabe. A defesa do jogador não conseguiu vitória na acusação de sonegação do período que ele jogava no Santos e recebia a maior parte do salário em direito de imagem. Ele deveria ter pago os impostos como pessoa física, com alíquota de 27,5%, e não como empresa, com 17%. O atleta terá que pagar por essa diferença no imposto.
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Fisco desiste de recorrer de decisão do Carf que reduz multa para NeymarA Procuradoria-geral da Fazenda desistiu de apresentar recurso contra a decisão do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) que reduzirá o valor que Neymar terá que pagar por impostos sonegados. Em 2015, a Receita Federal autuou o atacante em R$ 188 milhões, em valores atuais mais de R$ 200 milhões. Neymar conseguiu uma vitória na disputa com o fisco. Segundo a defesa do jogador, ele conseguirá reduzir em cerca de 95% o total da cobrança. A defesa do atacante calcula que o valor deverá ser reduzido para cerca de R$ 8 milhões. A redução do valor foi definida em maio pelo Carf, um órgão do Ministério da Fazenda independente da Receita Federal que é a última instância para recursos de processos administrativos relativos a tributos.. A Procuradoria-Geral da Fazenda tinha até o final de julho para recorrer, mas o fez após o prazo permitido. Documento do dia 31 de julho aponta que o fisco perdeu o prazo para recorrer da decisão. "O prazo para a interposição de Embargos de Declaração findaria em 16/06/2017, conforme 1º, do art. 65, do Regimento Interno do Carf, mas a apresentação só ocorreu em 03/07/2017, o que torna o apelo intempestivo", informou o presidente da 2ª Turma Ordinária da 4ª Câmara da 2ª Seção do Carf. A Procuradoria-geral da Fazenda oficializou nesta sexta (4) que não tentará recorrer da decisão. "Não haverá interposição de recurso à Câmara Superior de Recursos Fiscais" afirmou o fisco em documento na sexta (4) Em nota, a Procuradoria-geral da Fazenda, porém, informou que não se trata do fim do processo. "Não houve desistência de recurso pela PGFN, o processo administrativo segue em andamento. As principais infrações discutidas no processo foram mantidas pelo Carf (direitos de imagem recebidos do Santos e rendimentos decorrentes da transferência ao Barcelona), inclusive com manutenção da multa qualificada de 150%. Portanto, o Carf reconheceu a ocorrência de fraude tributária nas principais infrações discutidas no processo. Sobre o valor final do crédito tributário, a questão ainda será analisada pela Receita Federal", informou a Procuradoria-geral da Fazenda em nota. ENTENDA O CASO Em 2016, a Receita autuou Neymar em R$ 188 milhões. As autoridades alegavam que o jogador deixou de declarar R$ 63,6 milhões entre 2011 e 2013, omitindo esse montante através das empresas NR Sports, N&N Consultoria Esportiva e Empresarial e N&N Administração de Bens. Sobre esse valor, incidem multa de 150% e juros, o que elevaria o montante total que a Receita considera que o atacante deveria ter pago em impostos no período. No Carf, a defesa de Neymar conseguiu decisão favorável sobre a cessão dos direitos de imagem para a empresa que tem seus pais como sócios. Os conselheiros decidiram, porém, que houve irregularidade na venda do jogador para o Barcelona. O clube catalão pagou cerca de 40 milhões de euros à empresa do pai de Neymar em parcelas nos anos de 2011, 2013 e 2014. As autoridades apontam que esse valor pago deveria ser feito ao jogador. O imposto à pessoa física é de 27,5%, maior do que foi pago na época, 17%, na pessoa jurídica. "Conseguimos provar que o Barcelona reteve o valor na fonte, na Espanha. Recolheram e descontaram. Não precisava pagar mais aqui no Brasil. Existe o acorde entre os países para evitar bitributação", afirmou o advogado de Neymar, Marcos Neder, do escritório Trench Rossi & Watanabe. A defesa do jogador não conseguiu vitória na acusação de sonegação do período que ele jogava no Santos e recebia a maior parte do salário em direito de imagem. Ele deveria ter pago os impostos como pessoa física, com alíquota de 27,5%, e não como empresa, com 17%. O atleta terá que pagar por essa diferença no imposto.
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O culto da força surge quando a crença na transformação política desaparece
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Não faltaram análises sobre as eleições do último domingo (30). Mas talvez seja interessante começar a se perguntar até que ponto essa eleição foi realmente relevante, até que ponto foi um bom termômetro a medir o pulso da sociedade brasileira. Pois a grande quantidade de votos brancos e nulos, nos dois turnos, mostra que parcelas significativas da população veem os embates eleitorais como uma pantomima esvaziada de sentido. Ou seja, o sentimento fundamental foi, em larga medida, de apatia. Essa apatia é velha conhecida do Brasil. Ela descreve o sentimento de que as verdadeiras decisões políticas passam ao largo do processo eleitoral. Expressa a percepção de que somos chamados às urnas apenas para representar numa peça de teatro em que, no final, qualquer que seja a escolha, nossas vidas continuarão basicamente como antes. Podemos acreditar que esse sentimento é fruto de um julgamento incorreto, mas é certo que ele está lá, presente, a expressar a degradação da crença na democracia brasileira e em seus atores. Mas outro fenômeno acompanhou as últimas eleições: o colapso eleitoral da esquerda brasileira. Seria esse colapso resultado de alguma forma de ascensão do conservadorismo nacional que, pela primeira vez na história do país, caminharia em direção a uma verdadeira hegemonia política e cultural? Não faltam os que gostariam de ler o momento atual desta forma, mas creio que eles agem mais por desejo do que por capacidade de análise. Difícil imaginar que parcelas significativas votaram em Doria ou Crivella por entusiasmo com suas ideias. Mesmo a temática do "voto evangélico" precisaria ser nuançada. Talvez seja mais correto dizer que, na verdade, esses votos foram votos de adesão à força. Lembremos deste princípio fundamental em situações de crise e conflitos generalizados: há uma parte da população que escolhe aqueles que lhe parecem mais fortes. Creem que é melhor um governo forte do que uma comunidade em desagregação. De certa forma, votam a partir do medo e da procura por amparo. Este é um sintoma da redução da política à gestão do medo social. Nesse sentido, a temática do voto sanção ao PT (e, por consequência, contra a esquerda) diz apenas metade da verdade. De fato, houve punição, mas não parece honesto dizer, por exemplo, que ela foi à corrupção. É desrespeitar os princípios elementares de lógica acreditar que alguém recusa um partido envolvido em corrupção para abraçar um pastor representante de uma igreja cujo líder tem ficha corrida substancial na polícia ou, ainda, para se entusiasmar com um empresário cheio de negócios obscuros e representante de um grupo político prenhe de escândalos. Nenhum dos vitoriosos passa em um teste elementar de moralidade. Muito menos seria correto dizer que tal sanção foi contra a incompetência no governo. Crivella foi sócio do lulismo até a última hora, seu partido era o partido de José Alencar. Imaginar que um julgamento sobre incompetência do governo anterior não o afetaria é desprovido de sentido. Da mesma forma, descrever os 20 anos de tucanato paulista como modelo de competência (com seu racionamento de água, fechamento de escolas, o metrô de construção mais lenta do mundo, etc.) é pouco sério. Na verdade, a sanção contra o PT foi, de certa forma, uma sanção contra sua fraqueza. Os últimos anos do PT no poder foram anos de um governo fraco. Por mais cínico que possa parecer, o fato de um partido como o PSDB ser imune a processos e à Justiça, demonstra para certa parcela da população que ele tem força suficiente para "controlar o caos". O mesmo vale para uma igreja que parece sempre renascer das cinzas, imune a todo escândalo. Esse culto da força sempre aparece quando a crença na transformação política desaparece. Ele é um sentimento reativo que convive, atualmente, com a apatia de outra parte da população. Vencer esses dois sentimentos será o primeiro desafio se não quisermos ver o país se afundar na sua própria impotência.
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O culto da força surge quando a crença na transformação política desapareceNão faltaram análises sobre as eleições do último domingo (30). Mas talvez seja interessante começar a se perguntar até que ponto essa eleição foi realmente relevante, até que ponto foi um bom termômetro a medir o pulso da sociedade brasileira. Pois a grande quantidade de votos brancos e nulos, nos dois turnos, mostra que parcelas significativas da população veem os embates eleitorais como uma pantomima esvaziada de sentido. Ou seja, o sentimento fundamental foi, em larga medida, de apatia. Essa apatia é velha conhecida do Brasil. Ela descreve o sentimento de que as verdadeiras decisões políticas passam ao largo do processo eleitoral. Expressa a percepção de que somos chamados às urnas apenas para representar numa peça de teatro em que, no final, qualquer que seja a escolha, nossas vidas continuarão basicamente como antes. Podemos acreditar que esse sentimento é fruto de um julgamento incorreto, mas é certo que ele está lá, presente, a expressar a degradação da crença na democracia brasileira e em seus atores. Mas outro fenômeno acompanhou as últimas eleições: o colapso eleitoral da esquerda brasileira. Seria esse colapso resultado de alguma forma de ascensão do conservadorismo nacional que, pela primeira vez na história do país, caminharia em direção a uma verdadeira hegemonia política e cultural? Não faltam os que gostariam de ler o momento atual desta forma, mas creio que eles agem mais por desejo do que por capacidade de análise. Difícil imaginar que parcelas significativas votaram em Doria ou Crivella por entusiasmo com suas ideias. Mesmo a temática do "voto evangélico" precisaria ser nuançada. Talvez seja mais correto dizer que, na verdade, esses votos foram votos de adesão à força. Lembremos deste princípio fundamental em situações de crise e conflitos generalizados: há uma parte da população que escolhe aqueles que lhe parecem mais fortes. Creem que é melhor um governo forte do que uma comunidade em desagregação. De certa forma, votam a partir do medo e da procura por amparo. Este é um sintoma da redução da política à gestão do medo social. Nesse sentido, a temática do voto sanção ao PT (e, por consequência, contra a esquerda) diz apenas metade da verdade. De fato, houve punição, mas não parece honesto dizer, por exemplo, que ela foi à corrupção. É desrespeitar os princípios elementares de lógica acreditar que alguém recusa um partido envolvido em corrupção para abraçar um pastor representante de uma igreja cujo líder tem ficha corrida substancial na polícia ou, ainda, para se entusiasmar com um empresário cheio de negócios obscuros e representante de um grupo político prenhe de escândalos. Nenhum dos vitoriosos passa em um teste elementar de moralidade. Muito menos seria correto dizer que tal sanção foi contra a incompetência no governo. Crivella foi sócio do lulismo até a última hora, seu partido era o partido de José Alencar. Imaginar que um julgamento sobre incompetência do governo anterior não o afetaria é desprovido de sentido. Da mesma forma, descrever os 20 anos de tucanato paulista como modelo de competência (com seu racionamento de água, fechamento de escolas, o metrô de construção mais lenta do mundo, etc.) é pouco sério. Na verdade, a sanção contra o PT foi, de certa forma, uma sanção contra sua fraqueza. Os últimos anos do PT no poder foram anos de um governo fraco. Por mais cínico que possa parecer, o fato de um partido como o PSDB ser imune a processos e à Justiça, demonstra para certa parcela da população que ele tem força suficiente para "controlar o caos". O mesmo vale para uma igreja que parece sempre renascer das cinzas, imune a todo escândalo. Esse culto da força sempre aparece quando a crença na transformação política desaparece. Ele é um sentimento reativo que convive, atualmente, com a apatia de outra parte da população. Vencer esses dois sentimentos será o primeiro desafio se não quisermos ver o país se afundar na sua própria impotência.
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Doria negocia acordo com a Santa Casa em promessa do 'corujão da saúde'
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Em meio a uma grave crise financeira, mas com capacidade ociosa de atendimento estimada em cerca de 2.000 pessoas ao dia, a Santa Casa de São Paulo deverá ocupar papel central no programa "Corujão da Saúde" na futura gestão João Doria (PSDB). Principal bandeira de campanha tucana na área da saúde, o programa prevê o uso de instalações da rede hospitalar privada das 20h às 8h para zerar, no prazo máximo de um ano, uma fila estimada em 417 mil exames. O objetivo do prefeito eleito é ter uma rede de 50 hospitais privados no programa. Até a última quinta (23), 41 instituições já estavam apalavradas com a equipe de transição para firmar convênios com o município a partir de janeiro –a prefeitura repassa recursos, e a instituição coloca funcionários e equipamentos à disposição para exames. A possibilidade de utilização da Santa Casa no programa surgiu em conversas nos últimos dias entre o futuro secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, e integrantes da cúpula do hospital. Esse acordo será conveniente para ambos os lados. Primeiro, para a própria gestão Doria, porque conseguiria reduzir uma das principais críticas ao "corujão": o horário de atendimento. Isso porque a Santa Casa tem capacidade para agendar atendimentos a partir das 14h, já que seus 1.300 procedimentos diários estão concentrados entre 7h e 14h –durante a campanha, Doria disse que os exames poderiam ser feitos de madrugada. No caso da Santa Casa, outro atrativo é a localização. O hospital fica na região central, próximo a terminais de ônibus e estação de metrô. Além disso, o convênio será uma forma de o município ajudar financeiramente o hospital, que luta para manter as portas abertas e tem dívida estimada em R$ 800 milhões. Uma ideia do risco que isso representa ocorreu em julho de 2014, quando os ex-administradores do hospital fecharam o pronto-socorro por um período de cerca de 30 horas. O valor do convênio, se confirmado, dependerá da quantidade e tipo de serviços contratados -a Santa Casa tem um leque superior a 35 tipos de exames e especialidades (de pediatria a geriatria). SOCIAL A ideia de parceira com a Prefeitura de São Paulo também tem simpatia das entidades privadas de saúde, que já marcaram agendas de trabalho para o início de dezembro. Nesses encontros, deverão ser definidos a capacidade de atendimento e os valores dos serviços prestados. Em geral, as negociações em torno do "corujão" têm ocorrido entre a equipe de transição e as associações médicas, não diretamente com os hospitais. "Para os nossos hospitais, eu diria que é menos uma questão de negócio e mais uma contribuição social com aquilo que a gente acha que a cidade merece", disse Francisco Balestrin, presidente da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados). "Nós vamos participar, sim, mas movidos por esse princípio. Princípio de colaboração cidadã", completou. Fila na saúde Balestrin disse que a rede privada já faz exames e atendimentos na madrugada e fins de semana e, por isso, não vê motivos para críticas com relação aos horários. Essa seria uma experiência que o serviço público pode absolver. "A demanda de saúde continua de noite e no final de semana, nos feriados, inclusive. A doença não sabe que ela tem que acontecer de segunda a sexta, das 8h às 17h." O presidente do Sindhosp (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo), Yussif Ali Mere, disse considerar essa parceira benéfica a todos, incluindo ao próprio setor. "Acho uma ideia muito boa porque otimiza recursos. Nós imaginamos que seja bom para o serviço e, principalmente, porque vai desafogar esse gargalo na saúde que existe há anos", disse ele. "Estamos levantando o que as clínicas podem oferecer para a prefeitura no espaço ocioso que elas possuem." Desafios de Doria
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cotidiano
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Doria negocia acordo com a Santa Casa em promessa do 'corujão da saúde'Em meio a uma grave crise financeira, mas com capacidade ociosa de atendimento estimada em cerca de 2.000 pessoas ao dia, a Santa Casa de São Paulo deverá ocupar papel central no programa "Corujão da Saúde" na futura gestão João Doria (PSDB). Principal bandeira de campanha tucana na área da saúde, o programa prevê o uso de instalações da rede hospitalar privada das 20h às 8h para zerar, no prazo máximo de um ano, uma fila estimada em 417 mil exames. O objetivo do prefeito eleito é ter uma rede de 50 hospitais privados no programa. Até a última quinta (23), 41 instituições já estavam apalavradas com a equipe de transição para firmar convênios com o município a partir de janeiro –a prefeitura repassa recursos, e a instituição coloca funcionários e equipamentos à disposição para exames. A possibilidade de utilização da Santa Casa no programa surgiu em conversas nos últimos dias entre o futuro secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, e integrantes da cúpula do hospital. Esse acordo será conveniente para ambos os lados. Primeiro, para a própria gestão Doria, porque conseguiria reduzir uma das principais críticas ao "corujão": o horário de atendimento. Isso porque a Santa Casa tem capacidade para agendar atendimentos a partir das 14h, já que seus 1.300 procedimentos diários estão concentrados entre 7h e 14h –durante a campanha, Doria disse que os exames poderiam ser feitos de madrugada. No caso da Santa Casa, outro atrativo é a localização. O hospital fica na região central, próximo a terminais de ônibus e estação de metrô. Além disso, o convênio será uma forma de o município ajudar financeiramente o hospital, que luta para manter as portas abertas e tem dívida estimada em R$ 800 milhões. Uma ideia do risco que isso representa ocorreu em julho de 2014, quando os ex-administradores do hospital fecharam o pronto-socorro por um período de cerca de 30 horas. O valor do convênio, se confirmado, dependerá da quantidade e tipo de serviços contratados -a Santa Casa tem um leque superior a 35 tipos de exames e especialidades (de pediatria a geriatria). SOCIAL A ideia de parceira com a Prefeitura de São Paulo também tem simpatia das entidades privadas de saúde, que já marcaram agendas de trabalho para o início de dezembro. Nesses encontros, deverão ser definidos a capacidade de atendimento e os valores dos serviços prestados. Em geral, as negociações em torno do "corujão" têm ocorrido entre a equipe de transição e as associações médicas, não diretamente com os hospitais. "Para os nossos hospitais, eu diria que é menos uma questão de negócio e mais uma contribuição social com aquilo que a gente acha que a cidade merece", disse Francisco Balestrin, presidente da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados). "Nós vamos participar, sim, mas movidos por esse princípio. Princípio de colaboração cidadã", completou. Fila na saúde Balestrin disse que a rede privada já faz exames e atendimentos na madrugada e fins de semana e, por isso, não vê motivos para críticas com relação aos horários. Essa seria uma experiência que o serviço público pode absolver. "A demanda de saúde continua de noite e no final de semana, nos feriados, inclusive. A doença não sabe que ela tem que acontecer de segunda a sexta, das 8h às 17h." O presidente do Sindhosp (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo), Yussif Ali Mere, disse considerar essa parceira benéfica a todos, incluindo ao próprio setor. "Acho uma ideia muito boa porque otimiza recursos. Nós imaginamos que seja bom para o serviço e, principalmente, porque vai desafogar esse gargalo na saúde que existe há anos", disse ele. "Estamos levantando o que as clínicas podem oferecer para a prefeitura no espaço ocioso que elas possuem." Desafios de Doria
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Gerdau vende produtora de aços especiais na Espanha
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A Gerdau anunciou nesta sexta-feira (20) acordo para venda de produtora de aços especiais na Espanha por até € 200 milhões, em meio a um plano para focar empresas com maior rentabilidade. A venda foi acertada com o grupo de investimentos Clerbil, formado por executivos locais da unidade vendida e pelo atual presidente-executivo da operação. Segundo a Gerdau, a venda da unidade de aços especiais na Espanha foi acertada por € 155 milhões, mas a empresa poderá receber até € 45 milhões adicionais ao final de cinco anos dependendo da performance da empresa vendida. A Gerdau anunciou há alguns meses um plano para revisão de todas as suas operações, em meio à crise de excesso de capacidade produtiva global do setor siderúrgico que tem prejudicado grupos siderúrgicos no Brasil e em outros países. O anúncio da venda ocorre na mesma semana em que a Polícia Federal indiciou 19 pessoas, incluindo executivos da Gerdau, em consequência da operação Zelotes, que investiga suspeitas de manipulação de julgamentos no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). Segundo a Gerdau, a empresa vendida, que voltará a operar sob a marca Sidenor, tem capacidade instalada de 1 milhão de toneladas por ano. O grupo brasileiro afirmou que as empresas continuarão colaborando no desenvolvimento de novos produtos de aço, particularmente para a indústria automotiva. A expectativa da Gerdau é que a transação seja concluída até julho.
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Gerdau vende produtora de aços especiais na EspanhaA Gerdau anunciou nesta sexta-feira (20) acordo para venda de produtora de aços especiais na Espanha por até € 200 milhões, em meio a um plano para focar empresas com maior rentabilidade. A venda foi acertada com o grupo de investimentos Clerbil, formado por executivos locais da unidade vendida e pelo atual presidente-executivo da operação. Segundo a Gerdau, a venda da unidade de aços especiais na Espanha foi acertada por € 155 milhões, mas a empresa poderá receber até € 45 milhões adicionais ao final de cinco anos dependendo da performance da empresa vendida. A Gerdau anunciou há alguns meses um plano para revisão de todas as suas operações, em meio à crise de excesso de capacidade produtiva global do setor siderúrgico que tem prejudicado grupos siderúrgicos no Brasil e em outros países. O anúncio da venda ocorre na mesma semana em que a Polícia Federal indiciou 19 pessoas, incluindo executivos da Gerdau, em consequência da operação Zelotes, que investiga suspeitas de manipulação de julgamentos no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). Segundo a Gerdau, a empresa vendida, que voltará a operar sob a marca Sidenor, tem capacidade instalada de 1 milhão de toneladas por ano. O grupo brasileiro afirmou que as empresas continuarão colaborando no desenvolvimento de novos produtos de aço, particularmente para a indústria automotiva. A expectativa da Gerdau é que a transação seja concluída até julho.
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Crítica: Livros apresentam bons argumentos contra e a favor da Coca-Cola
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A cada dia, a Coca-Cola vende quase dois bilhões de bebidas. Seu logotipo em estilo cursivo é um dos mais conhecidos do planeta, e sua garrafa curvilínea um dos designs mais reconhecíveis do século 20. E mesmo isso subestima a onipresença da Coca-Cola. Hoje, as diversas variedades de Coca contribuem com apenas metade do faturamento da companhia; outras fontes incluem as marcas Fanta, Sprite, Core Power (um milkshake enriquecido com proteínas), Love Body (bebida à base de chá vendida no Japão) e cerca de 100 marcas de água mineral. Os sucos de frutas do grupo respondem por uma em cada seis laranjas colhidas no planeta. Robert Woodruff, o líder da companhia entre 1923 e sua morte em 1985, prometeu colocar os produtos da Coca-Cola "ao alcance do desejo", e cumpriu a promessa em quase toda parte. Dois novos livros expõem os argumentos a favor e contra a Coca-Cola. David Butler, co-autor (com Linda Tischler) de "Design to Grow" [Criado para crescer], é veterano da empresa, importante executivo que desempenhou papel importante no design e marketing de seus produtos. Bartow Elmore, autor de "Citizen Coke" [Cidadão Coca-cola], é professor de História, mas também conhece a companhia de perto: cresceu em Atlanta, a cidade de origem da Coca-Cola, um lugar em que a presença da empresa é inescapável. Em sua escola, Elmore passava por uma estátua do ilustre ex-aluno e benfeitor da instituição Woodruff. CONTRA Elmore admite que muitos executivos da Coca-Cola eram pessoas decentes. Um exemplo é Neville Isdell, nascido na Irlanda do Norte e presidente do conselho da empresa entre 2004 e 2009; ele cresceu no sul da África, e ficou horrorizado com o apartheid, quando aluno da Universidade da Cidade do Cabo; Isdell acreditava no poder da empresa para fazer o bem. E ela ocasionalmente o faz, Elmore afirma. Mas, ele argumenta em seu vigoroso e bem substanciado livro, a Coca-Cola sempre recebeu da sociedade -em termos de água às vezes escassa, subsídios públicos e dos problemas de saúde que pode causar- muito mais do que oferece em retribuição. A Coca-Cola, fundada em 1886, começou a terceirizar muito antes que o restante do planeta pensasse na ideia. Fornecia seu xarope (Butler confirma que a receita secreta está mesmo trancada em um cofre em Atlanta) a engarrafadores de bebidas e operadores de máquinas de refrigerantes, que adicionavam água gaseificada e açúcar para vender o produto. Isso significava que eles, e não a Coca-Cola, arcavam com os custos da produção, do vidro, do açúcar (cujo preço podia oscilar ferozmente) e transporte. Os engarrafadores obtinham água a custo muito baixo ou zero das autoridades municipais, primeiro nos Estados Unidos e depois no restante do planeta. Durante a Segunda Guerra Mundial, o subsídio público à empresa se tornou aberto. O general Dwight Eisenhower encomendou equipamento, garrafas e xarope suficientes para fornecer seis milhões de garrafas mensais de Coca-Cola aos soldados norte-americanos (um privilégio negado à furiosa rival Pepsi). Já que muitas bebidas são hoje vendidas em latas e garrafas plásticas, Elmore afirma que a empresa agora depende de serviços bancados pelos contribuintes para recolher as embalagens vazias e reciclá-las. Os governos locais que cuidam da reciclagem recuperam apenas uma fração do custo de coleta e processamento. As críticas, que Elmore detalha, incluem o uso de água da Coca-Cola - "em volume suficiente para atender às necessidades anuais de cozinha, higiene e bebida de mais de dois bilhões de pessoas" -, o lixo que o consumo dos produtos da companhia gera e o papel do refrigerante no avanço da obesidade. A FAVOR O livro de Butler não é uma defesa explícita. Seu tema é a maneira pela qual a Coca-Cola usa o design, não só para criar embalagens e material de ponto de vendas para varejistas que variam da Wal-Mart a pequenas lojas africanas mas também como estrutura nas suas práticas de gestão e relacionamento com fornecedores e clientes. Ainda que o livro seja um guia de negócios, com boxes coloridos de informações suplementares e uma seção de agradecimentos que começa por "este livro foi uma jornada", "Design to Grow" é menos irritante do que se poderia esperar. Butler defende a posição da Coca-Cola com relação à água, apontando para os 500 projetos mundiais que ajudam comunidades a obter e preservar o acesso a água limpa e potável. A companhia assumiu o compromisso de atingir a "neutralidade no uso de água" até 2020, restituindo "à natureza e comunidades" o mesmo volume de água que a companhia emprega. E há também o uso pela Coca-Cola de técnicas que a empresa desenvolveu inicialmente na África do Sul, para ajudar os agricultores a intensificar o cultivo de frutas, o que eleva seu rendimento e reduz o uso de água. A Coca-Cola também encorajou o uso de subprodutos da produção de alimentos, a começar pelo bagaço deixado do processamento de cana de açúcar, para a produção de alguns materiais usados em suas garrafas plásticas. Tudo isso confirma o histórico da Coca-Cola em termos de se manter adiante de qualquer ameaça. Mas a maior ameaça à sua reputação continua a ser a obesidade. A companhia afirma oferecer escolhas: se os consumidores não quiserem uma bebida com açúcar, ela produz a Diet Coke ou sucos de fruta, igualmente. Mas isso está se tornando mais difícil de defender. Sucos de fruta também causam ganho de peso. E Elmore aponta para pesquisas segundo as quais os adoçantes de baixa caloria tampouco são panaceia no que tange à perda de peso. Butler cita Muhtar Kent, o presidente-executivo da companhia, e diz que "a obesidade é um problema social planetário, que requererá que todos trabalhemos juntos.". Para críticos como Elmore, isso pode ser só mais um exemplo de repasse ao público pela Coca-Cola dos problemas que ela ajuda a criar. Tradução de PAULO MIGLIACCI "Design to Grow" AUTORES David Butler e Linda Tischler EDITORA Simon & Schuster QUANTO US$ 12,25 na Amazon (256 págs.) "CITIZEN COKE" AUTOR Bartow Elmore EDITORA W. W. Norton & Company QUANTO US$ 14,15 na Amazon (432 págs.)
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Crítica: Livros apresentam bons argumentos contra e a favor da Coca-ColaA cada dia, a Coca-Cola vende quase dois bilhões de bebidas. Seu logotipo em estilo cursivo é um dos mais conhecidos do planeta, e sua garrafa curvilínea um dos designs mais reconhecíveis do século 20. E mesmo isso subestima a onipresença da Coca-Cola. Hoje, as diversas variedades de Coca contribuem com apenas metade do faturamento da companhia; outras fontes incluem as marcas Fanta, Sprite, Core Power (um milkshake enriquecido com proteínas), Love Body (bebida à base de chá vendida no Japão) e cerca de 100 marcas de água mineral. Os sucos de frutas do grupo respondem por uma em cada seis laranjas colhidas no planeta. Robert Woodruff, o líder da companhia entre 1923 e sua morte em 1985, prometeu colocar os produtos da Coca-Cola "ao alcance do desejo", e cumpriu a promessa em quase toda parte. Dois novos livros expõem os argumentos a favor e contra a Coca-Cola. David Butler, co-autor (com Linda Tischler) de "Design to Grow" [Criado para crescer], é veterano da empresa, importante executivo que desempenhou papel importante no design e marketing de seus produtos. Bartow Elmore, autor de "Citizen Coke" [Cidadão Coca-cola], é professor de História, mas também conhece a companhia de perto: cresceu em Atlanta, a cidade de origem da Coca-Cola, um lugar em que a presença da empresa é inescapável. Em sua escola, Elmore passava por uma estátua do ilustre ex-aluno e benfeitor da instituição Woodruff. CONTRA Elmore admite que muitos executivos da Coca-Cola eram pessoas decentes. Um exemplo é Neville Isdell, nascido na Irlanda do Norte e presidente do conselho da empresa entre 2004 e 2009; ele cresceu no sul da África, e ficou horrorizado com o apartheid, quando aluno da Universidade da Cidade do Cabo; Isdell acreditava no poder da empresa para fazer o bem. E ela ocasionalmente o faz, Elmore afirma. Mas, ele argumenta em seu vigoroso e bem substanciado livro, a Coca-Cola sempre recebeu da sociedade -em termos de água às vezes escassa, subsídios públicos e dos problemas de saúde que pode causar- muito mais do que oferece em retribuição. A Coca-Cola, fundada em 1886, começou a terceirizar muito antes que o restante do planeta pensasse na ideia. Fornecia seu xarope (Butler confirma que a receita secreta está mesmo trancada em um cofre em Atlanta) a engarrafadores de bebidas e operadores de máquinas de refrigerantes, que adicionavam água gaseificada e açúcar para vender o produto. Isso significava que eles, e não a Coca-Cola, arcavam com os custos da produção, do vidro, do açúcar (cujo preço podia oscilar ferozmente) e transporte. Os engarrafadores obtinham água a custo muito baixo ou zero das autoridades municipais, primeiro nos Estados Unidos e depois no restante do planeta. Durante a Segunda Guerra Mundial, o subsídio público à empresa se tornou aberto. O general Dwight Eisenhower encomendou equipamento, garrafas e xarope suficientes para fornecer seis milhões de garrafas mensais de Coca-Cola aos soldados norte-americanos (um privilégio negado à furiosa rival Pepsi). Já que muitas bebidas são hoje vendidas em latas e garrafas plásticas, Elmore afirma que a empresa agora depende de serviços bancados pelos contribuintes para recolher as embalagens vazias e reciclá-las. Os governos locais que cuidam da reciclagem recuperam apenas uma fração do custo de coleta e processamento. As críticas, que Elmore detalha, incluem o uso de água da Coca-Cola - "em volume suficiente para atender às necessidades anuais de cozinha, higiene e bebida de mais de dois bilhões de pessoas" -, o lixo que o consumo dos produtos da companhia gera e o papel do refrigerante no avanço da obesidade. A FAVOR O livro de Butler não é uma defesa explícita. Seu tema é a maneira pela qual a Coca-Cola usa o design, não só para criar embalagens e material de ponto de vendas para varejistas que variam da Wal-Mart a pequenas lojas africanas mas também como estrutura nas suas práticas de gestão e relacionamento com fornecedores e clientes. Ainda que o livro seja um guia de negócios, com boxes coloridos de informações suplementares e uma seção de agradecimentos que começa por "este livro foi uma jornada", "Design to Grow" é menos irritante do que se poderia esperar. Butler defende a posição da Coca-Cola com relação à água, apontando para os 500 projetos mundiais que ajudam comunidades a obter e preservar o acesso a água limpa e potável. A companhia assumiu o compromisso de atingir a "neutralidade no uso de água" até 2020, restituindo "à natureza e comunidades" o mesmo volume de água que a companhia emprega. E há também o uso pela Coca-Cola de técnicas que a empresa desenvolveu inicialmente na África do Sul, para ajudar os agricultores a intensificar o cultivo de frutas, o que eleva seu rendimento e reduz o uso de água. A Coca-Cola também encorajou o uso de subprodutos da produção de alimentos, a começar pelo bagaço deixado do processamento de cana de açúcar, para a produção de alguns materiais usados em suas garrafas plásticas. Tudo isso confirma o histórico da Coca-Cola em termos de se manter adiante de qualquer ameaça. Mas a maior ameaça à sua reputação continua a ser a obesidade. A companhia afirma oferecer escolhas: se os consumidores não quiserem uma bebida com açúcar, ela produz a Diet Coke ou sucos de fruta, igualmente. Mas isso está se tornando mais difícil de defender. Sucos de fruta também causam ganho de peso. E Elmore aponta para pesquisas segundo as quais os adoçantes de baixa caloria tampouco são panaceia no que tange à perda de peso. Butler cita Muhtar Kent, o presidente-executivo da companhia, e diz que "a obesidade é um problema social planetário, que requererá que todos trabalhemos juntos.". Para críticos como Elmore, isso pode ser só mais um exemplo de repasse ao público pela Coca-Cola dos problemas que ela ajuda a criar. Tradução de PAULO MIGLIACCI "Design to Grow" AUTORES David Butler e Linda Tischler EDITORA Simon & Schuster QUANTO US$ 12,25 na Amazon (256 págs.) "CITIZEN COKE" AUTOR Bartow Elmore EDITORA W. W. Norton & Company QUANTO US$ 14,15 na Amazon (432 págs.)
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Alckmin nega 'gatilho' de 14% para adoção de rodízio de água
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), negou nesta quinta-feira (19) que já tenha sido definido um 'gatilho' para adoção de rodízio de água para a Grande São Paulo. "Não há nenhuma procedência nessa informação. Não há nem discussão sobre isso", disse o tucano. A Folha mostrou nesta quinta que, nas projeções do governador estadual e da Sabesp, o rodízio de água será evitado se as chuvas conseguirem elevar o nível do sistema Cantareira a um patamar entre 13% e 14% até o final de março e se as obras emergenciais previstas para elevar a capacidade dos reservatórios não atrasarem. Nesta quinta, o Cantareira passou de 8,9% para 9,5% –percentual, ainda considerado crítico, que inclui duas cotas de volume morto. No primeiro dia de fevereiro, o nível estava em 5%. Segundo o governador, ainda não foi definido nem data nem um percentual para decisão se haverá ou não um corte no abastecimento de água. "A gente não deve neste momento fazer essa discussão. Nós estamos avaliando dia a dia." A integrantes de seu governo, Alckmin tem afirmado que o pacote de obras emergenciais, como a de transposição de águas da Billings, pode somar até sete pontos percentuais aos reservatórios. Parte da projeção foi apresentada pelo tucano na semana passada, em reunião com o comitê da crise hídrica. O tucano afirmou ainda que no início de março será iniciada a obra de interligação do rio Grande, braço da represa Billings, ao sistema Alto Tietê. A expectativa é que a obra fica pronta apenas no final de junho deste ano. Para que o rodízio seja evitado, as chuvas têm que continuar, e as obras precisam adicionar cerca de 3,5 mil litros por segundo aos reservatórios que abastecem a Grande São Paulo (hoje são 54 mil litros por segundo). Segundo integrantes do governo e da estatal ouvidos pela reportagem, Alckmin tem afirmado que essa "soma das águas" afastaria a necessidade de um racionamento nos meses de seca, entre maio e setembro. Esse cálculo leva em conta um cenário em que a pressão continue reduzida e a população não eleve o consumo. CAIXAS-D'ÁGUA Em outra frente, numa tentativa de minimizar o impacto da redução de pressão nas periferias, a Sabesp firmou um convênio com a Defesa Civil que prevê a distribuição de 25 mil caixas-d'água para famílias de baixa renda que não tenham um reservatório. Mesmo sem a adoção de um rodízio de água oficial, algumas regiões ficam dias com as torneiras secas porque a pressão reduzida não consegue levar a água até as extremidades e áreas mais altas da Grande São Paulo.
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cotidiano
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Alckmin nega 'gatilho' de 14% para adoção de rodízio de águaO governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), negou nesta quinta-feira (19) que já tenha sido definido um 'gatilho' para adoção de rodízio de água para a Grande São Paulo. "Não há nenhuma procedência nessa informação. Não há nem discussão sobre isso", disse o tucano. A Folha mostrou nesta quinta que, nas projeções do governador estadual e da Sabesp, o rodízio de água será evitado se as chuvas conseguirem elevar o nível do sistema Cantareira a um patamar entre 13% e 14% até o final de março e se as obras emergenciais previstas para elevar a capacidade dos reservatórios não atrasarem. Nesta quinta, o Cantareira passou de 8,9% para 9,5% –percentual, ainda considerado crítico, que inclui duas cotas de volume morto. No primeiro dia de fevereiro, o nível estava em 5%. Segundo o governador, ainda não foi definido nem data nem um percentual para decisão se haverá ou não um corte no abastecimento de água. "A gente não deve neste momento fazer essa discussão. Nós estamos avaliando dia a dia." A integrantes de seu governo, Alckmin tem afirmado que o pacote de obras emergenciais, como a de transposição de águas da Billings, pode somar até sete pontos percentuais aos reservatórios. Parte da projeção foi apresentada pelo tucano na semana passada, em reunião com o comitê da crise hídrica. O tucano afirmou ainda que no início de março será iniciada a obra de interligação do rio Grande, braço da represa Billings, ao sistema Alto Tietê. A expectativa é que a obra fica pronta apenas no final de junho deste ano. Para que o rodízio seja evitado, as chuvas têm que continuar, e as obras precisam adicionar cerca de 3,5 mil litros por segundo aos reservatórios que abastecem a Grande São Paulo (hoje são 54 mil litros por segundo). Segundo integrantes do governo e da estatal ouvidos pela reportagem, Alckmin tem afirmado que essa "soma das águas" afastaria a necessidade de um racionamento nos meses de seca, entre maio e setembro. Esse cálculo leva em conta um cenário em que a pressão continue reduzida e a população não eleve o consumo. CAIXAS-D'ÁGUA Em outra frente, numa tentativa de minimizar o impacto da redução de pressão nas periferias, a Sabesp firmou um convênio com a Defesa Civil que prevê a distribuição de 25 mil caixas-d'água para famílias de baixa renda que não tenham um reservatório. Mesmo sem a adoção de um rodízio de água oficial, algumas regiões ficam dias com as torneiras secas porque a pressão reduzida não consegue levar a água até as extremidades e áreas mais altas da Grande São Paulo.
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Brasileiras amamentam mais que britânicas, americanas e chinesas
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Mães brasileiras amamentam mais do que britânicas, americanas e chinesas, aponta um estudo publicado na revista britânica "The Lancet", lançado no Brasil nesta quarta-feira (2). No Brasil, a taxa de amamentação exclusiva aos seis meses, prática recomendada por organizações de saúde, é o dobro de países como Estados Unidos, China e Reino Unido, segundo o estudo. O país também lidera quando observada a taxa de amamentação até o primeiro ano de vida do bebê. A pesquisa mostra que, em 1986, apenas 2% dos bebês brasileiros recebiam exclusivamente leite materno até os seis meses de vida. Em 2006, esse índice subiu para 39%. Para comparação, a China teve redução de 5% nesse período. Lá, a taxa de amamentação exclusiva até os seis meses é de 28%. Já nos Estados Unidos, é de 19%. O estudo também mostra que 50% das crianças brasileiras são amamentadas até um ano. Para 25% delas, a amamentação segue até dois anos. "O Brasil é o país que tem maior aumento na taxa de amamentação nos últimos 30 anos. Nos Estados Unidos a taxa agora começa a aumentar um pouco. Lá, 25% [dos bebês] amamentam até um ano. Aqui é 50%", explica o professor da Ufpel (Universidade Federal de Pelotas) e coordenador do estudo, Cesar Victora. O estudo, considerado o mais abrangente já publicado, analisou dados de 153 países. Embora a comparação entre alguns deles tenha sido divulgada, não há, contudo, um ranking feito a partir dos dados destes locais. "O que fizemos foi olhar os países que têm medidas de proteção de aleitamento. E o Brasil foi o único que cumpre com todos esses requisitos", diz Victora, que atribui a evolução nos índices às iniciativas adotadas nos últimos 30 anos no Brasil para estímulo à amamentação, como aumento do tempo da licença maternidade e a rede de bancos de leite materno. BANCOS DE LEITE Os dados foram apresentados em encontro na sede da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), em Brasília, em reconhecimento pelas ações do país na área. Hoje, o Brasil concentra 212 dos 292 bancos de leite humano existentes no mundo. O país também lidera no volume de doações –de acordo com o Ministério da Saúde, 89% da coleta de leite entre os anos de 2008 e 2014 veio de doação por mulheres brasileiras. No encontro, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, classificou os dados como "extraordinários". "Essas crianças [amamentadas por mais tempo] têm menos diarreia, menos pneumonia, menos infecções. E ficam mais preparadas para a vida futura", afirmou. Castro também cometeu novas gafes –no encontro, confundiu com frequência os bancos de leite materno referindo-se a eles como "bancos de sangue". O ministro citou ainda a importância da amamentação para estabelecer um vínculo entre mãe e bebê. E defendeu que a medida "influencia na formação do caráter". "Não há dúvida de que a pessoa que tem maior vínculo com a mãe tem chance maior de formar bem o seu caráter e ter vida mais harmônica, ter mais estabilidade emocional e ser física e psicologicamente mais preparada para a vida", disse. Segundo Victora, no entanto, não há estudos atuais que comprovem a influência da amamentação nesse quesito. "É uma hipótese, mas não há pesquisas sobre isso", afirma. VÍRUS DA ZIKA A coordenadora da unidade técnica de família, gênero e curso de vida da Opas, Haydee Padilla, lembrou que mulheres que tiveram suspeita de infecção pelo vírus da zika durante a gestação devem continuar a amamentar seus bebês. "Mães com suspeita de infecção pelo vírus da zika, durante a gravidez ou após o nascimento, devem receber apoio qualificado de profissionais de saúde para iniciar e manter o aleitamento materno, como todas as outras mães". A Opas, braço da OMS (Organização Mundial de Saúde) e o Ministério da Saúde recomendam que os bebês sejam amamentados exclusivamente pelo leite materno até os seis meses. Após esse período, é indicado que a amamentação ocorra junto com outros alimentos por até dois anos ou mais. Dados do estudo publicado na revista "Lancet" mostram ainda que a amamentação reduz casos de diarreia e infecções respiratórias, diminuindo as internações hospitalares em 72% e 57%, respectivamente. O aleitamento também reduz risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. Também há benefícios para a mãe, que perde peso mais rápido após o parto e ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, segundo a Opas. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
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cotidiano
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Brasileiras amamentam mais que britânicas, americanas e chinesasMães brasileiras amamentam mais do que britânicas, americanas e chinesas, aponta um estudo publicado na revista britânica "The Lancet", lançado no Brasil nesta quarta-feira (2). No Brasil, a taxa de amamentação exclusiva aos seis meses, prática recomendada por organizações de saúde, é o dobro de países como Estados Unidos, China e Reino Unido, segundo o estudo. O país também lidera quando observada a taxa de amamentação até o primeiro ano de vida do bebê. A pesquisa mostra que, em 1986, apenas 2% dos bebês brasileiros recebiam exclusivamente leite materno até os seis meses de vida. Em 2006, esse índice subiu para 39%. Para comparação, a China teve redução de 5% nesse período. Lá, a taxa de amamentação exclusiva até os seis meses é de 28%. Já nos Estados Unidos, é de 19%. O estudo também mostra que 50% das crianças brasileiras são amamentadas até um ano. Para 25% delas, a amamentação segue até dois anos. "O Brasil é o país que tem maior aumento na taxa de amamentação nos últimos 30 anos. Nos Estados Unidos a taxa agora começa a aumentar um pouco. Lá, 25% [dos bebês] amamentam até um ano. Aqui é 50%", explica o professor da Ufpel (Universidade Federal de Pelotas) e coordenador do estudo, Cesar Victora. O estudo, considerado o mais abrangente já publicado, analisou dados de 153 países. Embora a comparação entre alguns deles tenha sido divulgada, não há, contudo, um ranking feito a partir dos dados destes locais. "O que fizemos foi olhar os países que têm medidas de proteção de aleitamento. E o Brasil foi o único que cumpre com todos esses requisitos", diz Victora, que atribui a evolução nos índices às iniciativas adotadas nos últimos 30 anos no Brasil para estímulo à amamentação, como aumento do tempo da licença maternidade e a rede de bancos de leite materno. BANCOS DE LEITE Os dados foram apresentados em encontro na sede da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), em Brasília, em reconhecimento pelas ações do país na área. Hoje, o Brasil concentra 212 dos 292 bancos de leite humano existentes no mundo. O país também lidera no volume de doações –de acordo com o Ministério da Saúde, 89% da coleta de leite entre os anos de 2008 e 2014 veio de doação por mulheres brasileiras. No encontro, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, classificou os dados como "extraordinários". "Essas crianças [amamentadas por mais tempo] têm menos diarreia, menos pneumonia, menos infecções. E ficam mais preparadas para a vida futura", afirmou. Castro também cometeu novas gafes –no encontro, confundiu com frequência os bancos de leite materno referindo-se a eles como "bancos de sangue". O ministro citou ainda a importância da amamentação para estabelecer um vínculo entre mãe e bebê. E defendeu que a medida "influencia na formação do caráter". "Não há dúvida de que a pessoa que tem maior vínculo com a mãe tem chance maior de formar bem o seu caráter e ter vida mais harmônica, ter mais estabilidade emocional e ser física e psicologicamente mais preparada para a vida", disse. Segundo Victora, no entanto, não há estudos atuais que comprovem a influência da amamentação nesse quesito. "É uma hipótese, mas não há pesquisas sobre isso", afirma. VÍRUS DA ZIKA A coordenadora da unidade técnica de família, gênero e curso de vida da Opas, Haydee Padilla, lembrou que mulheres que tiveram suspeita de infecção pelo vírus da zika durante a gestação devem continuar a amamentar seus bebês. "Mães com suspeita de infecção pelo vírus da zika, durante a gravidez ou após o nascimento, devem receber apoio qualificado de profissionais de saúde para iniciar e manter o aleitamento materno, como todas as outras mães". A Opas, braço da OMS (Organização Mundial de Saúde) e o Ministério da Saúde recomendam que os bebês sejam amamentados exclusivamente pelo leite materno até os seis meses. Após esse período, é indicado que a amamentação ocorra junto com outros alimentos por até dois anos ou mais. Dados do estudo publicado na revista "Lancet" mostram ainda que a amamentação reduz casos de diarreia e infecções respiratórias, diminuindo as internações hospitalares em 72% e 57%, respectivamente. O aleitamento também reduz risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. Também há benefícios para a mãe, que perde peso mais rápido após o parto e ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, segundo a Opas. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
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Lago do Manso é paraíso artificial cercado de luxo e resort
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Chapada dos Guimarães também tem paraísos artificiais, e o maior deles é o lago do Manso, que fica a 40 quilômetros de Bom Jardim, destino turístico emergente em Mato Grosso. Gente do local gosta de repetir que a reserva é maior que a Baía da Guanabara. A área inundada com as águas represadas da hidrelétrica do rio Manso, principal afluente do rio Cuiabá, equivale a 5.000 campos de futebol: 427 quilômetros quadrados. Como sempre ocorre em construção de barragens, a obra da usina e do reservatório, iniciada no final dos anos 1980 e concluída em 2001, causou grita de especialistas e impacto ambiental e social na parte rural da Chapada. Hoje, cercado de casas de temporada, condomínios de luxo e marinas, o lago do Manso é a praia chique do cuiabano. Fica a uma hora da capital, e vizinho à meca do turismo ecológico: o Parque Nacional da Chapada. Há eventos como "remada da lua cheia com luau" e festas noturnas no meio do lago que, dependendo do volume da água, ganha uma ilha, chamada de Bora Bora. Nos fins de semana, o pessoal "faz churrasco nos barcos", conta Valner Santos, da Companhia da Aventura, enquanto dirige a lancha da agência em passeio (R$ 259 por pessoa) de uma hora e meia por pontos turísticos do lago como Morro do Chapéu, Morro do Navio e a barragem. O Manso é também, ao lado dos relevos da Chapada, a paisagem dominante no Malai Manso Resort Iate Golf Convention & SPA, primeiro resort certificado de Mato grosso e primeira alternativa de hospedagem com sistema "all inclusive" na região. Inaugurado no final do ano passado e instalado à beira do lago, o hotel ocupa 117 hectares. Tem capacidade para mais de mil pessoas, centro de convenção gigantesco, restaurantes, campo de golfe com nove buracos, quadras, píer, heliponto, aeródromo e piscinas com lâmina d'água de 3.000 metros quadrados. Os 57 quilômetros de estirão navegável do Manso são o chamariz. Lá eles oferecem atividades esportivas que incluem pesca e atrações como tirolesa com queda na água. Só o spa do resort, com chancela da grife Shishindo, ocupa 386 metros quadrados. Em julho, as diárias começam em R$ 592,50 por pessoa, com cortesia para duas crianças de até dez anos. Detalhe do luxo: as "amenities" levam a marca de Alexandre Herchcovitch. * R$ 960 Valor por pessoa para quatro noites em apartamento duplo na Pousada Portal, com café da manhã. Oferece cortesia de hospedagem para uma criança de até cinco anos, acomodada no mesmo quarto dos pais. Inclui aéreo. Na CVC: cvc.com.br/lojas R$ 2.508 Pacote para três noites na Chapada dos Guimarães, com café da manhã. Preço por pessoa em acomodação dupla. Sem aéreo, inclui passeios guiados e transporte. Válido até dezembro deste ano. Na Adventure Club: adventureclub.com.br R$ 2.647 Quatro noites em suíte superior no hotel Malai Manso Resort Iate Golf Convention & SPA, com sistema "all inclusive". Valor por pessoa em acomodação dupla. Sem aéreo, inclui passeios e traslados. Na Agaxtur: agaxtur.com.br R$ 3.319 Com aéreo, preço por pessoa para seis noites em quarto superior no hotel Malai Manso Resort Iate Golf Convention & SPA, com sistema "all inclusive". Não inclui taxas nem traslado. No Decolar: decolar.com R$ 4.937 Pacote para cinco noites no hotel Golden Tulip Cuiabá, com pensão completa. Valor por pessoa. Inclui aéreo, traslados e passeios guiados pelo Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. Na New Age: newage.tur.br
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turismo
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Lago do Manso é paraíso artificial cercado de luxo e resortChapada dos Guimarães também tem paraísos artificiais, e o maior deles é o lago do Manso, que fica a 40 quilômetros de Bom Jardim, destino turístico emergente em Mato Grosso. Gente do local gosta de repetir que a reserva é maior que a Baía da Guanabara. A área inundada com as águas represadas da hidrelétrica do rio Manso, principal afluente do rio Cuiabá, equivale a 5.000 campos de futebol: 427 quilômetros quadrados. Como sempre ocorre em construção de barragens, a obra da usina e do reservatório, iniciada no final dos anos 1980 e concluída em 2001, causou grita de especialistas e impacto ambiental e social na parte rural da Chapada. Hoje, cercado de casas de temporada, condomínios de luxo e marinas, o lago do Manso é a praia chique do cuiabano. Fica a uma hora da capital, e vizinho à meca do turismo ecológico: o Parque Nacional da Chapada. Há eventos como "remada da lua cheia com luau" e festas noturnas no meio do lago que, dependendo do volume da água, ganha uma ilha, chamada de Bora Bora. Nos fins de semana, o pessoal "faz churrasco nos barcos", conta Valner Santos, da Companhia da Aventura, enquanto dirige a lancha da agência em passeio (R$ 259 por pessoa) de uma hora e meia por pontos turísticos do lago como Morro do Chapéu, Morro do Navio e a barragem. O Manso é também, ao lado dos relevos da Chapada, a paisagem dominante no Malai Manso Resort Iate Golf Convention & SPA, primeiro resort certificado de Mato grosso e primeira alternativa de hospedagem com sistema "all inclusive" na região. Inaugurado no final do ano passado e instalado à beira do lago, o hotel ocupa 117 hectares. Tem capacidade para mais de mil pessoas, centro de convenção gigantesco, restaurantes, campo de golfe com nove buracos, quadras, píer, heliponto, aeródromo e piscinas com lâmina d'água de 3.000 metros quadrados. Os 57 quilômetros de estirão navegável do Manso são o chamariz. Lá eles oferecem atividades esportivas que incluem pesca e atrações como tirolesa com queda na água. Só o spa do resort, com chancela da grife Shishindo, ocupa 386 metros quadrados. Em julho, as diárias começam em R$ 592,50 por pessoa, com cortesia para duas crianças de até dez anos. Detalhe do luxo: as "amenities" levam a marca de Alexandre Herchcovitch. * R$ 960 Valor por pessoa para quatro noites em apartamento duplo na Pousada Portal, com café da manhã. Oferece cortesia de hospedagem para uma criança de até cinco anos, acomodada no mesmo quarto dos pais. Inclui aéreo. Na CVC: cvc.com.br/lojas R$ 2.508 Pacote para três noites na Chapada dos Guimarães, com café da manhã. Preço por pessoa em acomodação dupla. Sem aéreo, inclui passeios guiados e transporte. Válido até dezembro deste ano. Na Adventure Club: adventureclub.com.br R$ 2.647 Quatro noites em suíte superior no hotel Malai Manso Resort Iate Golf Convention & SPA, com sistema "all inclusive". Valor por pessoa em acomodação dupla. Sem aéreo, inclui passeios e traslados. Na Agaxtur: agaxtur.com.br R$ 3.319 Com aéreo, preço por pessoa para seis noites em quarto superior no hotel Malai Manso Resort Iate Golf Convention & SPA, com sistema "all inclusive". Não inclui taxas nem traslado. No Decolar: decolar.com R$ 4.937 Pacote para cinco noites no hotel Golden Tulip Cuiabá, com pensão completa. Valor por pessoa. Inclui aéreo, traslados e passeios guiados pelo Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. Na New Age: newage.tur.br
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Frederico Vasconcelos: Doleira condenada na Lava Jato ainda aguarda julgamento da Anaconda
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Mais de onze anos depois da operação, apelações dos réus e do MPF ainda não foram julgadas pelo TRF-3. A doleira Nelma Kodama, condenada a 18 anos de prisão pelo juiz Sergio Moro na Operação Lava Jato, no Paraná, aguarda ... Leia post completo no blog
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poder
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Frederico Vasconcelos: Doleira condenada na Lava Jato ainda aguarda julgamento da AnacondaMais de onze anos depois da operação, apelações dos réus e do MPF ainda não foram julgadas pelo TRF-3. A doleira Nelma Kodama, condenada a 18 anos de prisão pelo juiz Sergio Moro na Operação Lava Jato, no Paraná, aguarda ... Leia post completo no blog
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Governo italiano aprova socorro estatal ao banco mais antigo do mundo
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O chefe de governo italiano, Paolo Gentiloni, anunciou na madrugada desta sexta-feira (23) um plano de socorro para o banco Monte Dei Paschi di Siena e a outros bancos em dificuldades, aprovado pelo Conselho de Ministros. O plano de emergência, adotado após o fracasso da recapitalização nos mercados do terceiro banco da Itália, será apoiado por um fundo de € 20 bilhões avalizado pelo Parlamento, e garantia dos depósitos dos correntistas, disse Gentiloni em entrevista coletiva. O governo não comunicou o valor do socorro, mas o ministro das Finanças, Pier Carlo Padoan, garantiu na mesma coletiva que será "suficiente para cobrir as necessidades definidas por testes de resistência" dos bancos. O plano prevê, em primeiro lugar, a possibilidade de o Tesouro garantir as novas obrigações emitidas por um banco em dificuldades, em troca de uma comissão, para permitir que a instituição tenha o mesmo nível de confiança que o Estado e possa recorrer aos mercados financeiros mesmo "submetida a tensões", destaca a presidência do Conselho. Os bancos terão ainda acesso, em condições fixadas no acordo com a Comissão Europeia, a um sistema de créditos de emergência denominado ELA ("Emergency Liquidity Assistance"), algo que foi crucial para os bancos gregos. O socorro prevê ainda um mecanismo de recapitalização preventiva, com uma injeção de fundos públicos ainda não definida, e uma contribuição de acionistas e detentores de bônus, através de uma negociação forçada dos títulos a um nível muito inferior a seu valor nominal. O Monte Dei Paschi di Siena, o banco mais antigo do mundo, é o ponto fraco do sistema bancário italiano, cuja fragilidade e créditos duvidosos —que sem dúvida jamais serão devolvidos— preocupam toda a Europa. O resgate de quatro pequenas entidades causou no ano passado muitas perdas para os correntistas, provocando manifestações e ao menos um suicídio, algo que o governo quer evitar desta vez. Na quarta-feira, as duas Câmaras do Parlamento votaram um aumento de € 20 bilhões da dívida pública, solicitado pelo governo para ajudar os bancos com problemas. Os bancos Carige, Veneto Banca e Banca Popolare di Vicenza também devem se beneficiar do socorro. Pier Carlo Padoan afirmou na quarta-feira (21) que os € 20 bilhões eram uma medida "de precaução", "suficiente" para enfrentar possíveis dificuldades. A intervenção pública pretende "manter a estabilidade financeira" e "preservar a poupança" dos italianos, acrescentou, ressaltando que o sistema bancário é "sólido, apesar de algumas situações de crise". O sistema bancário italiano em seu conjunto gera grande preocupação devido à sua dispersão (aproximadamente 700 estabelecimentos) e à importância dos créditos em sua carteira, estimados em € 360 bilhões, um terço do total da zona do euro. O Monte Dei Paschi di Siena está em dificuldade há anos. Foi fragilizado pela desastrosa compra em 2007 do banco Antonveneta, e depois pelo escândalo de prevaricação, com o qual acumulou as perdas de € 14 bilhões entre entre 2011 e 2015. Desde 2014, implementou duas ampliações de capital de € 8 bilhões, quantia já dissipada. As ações do banco sofreram uma desvalorização de 86% desde o início de 2016.
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mercado
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Governo italiano aprova socorro estatal ao banco mais antigo do mundoO chefe de governo italiano, Paolo Gentiloni, anunciou na madrugada desta sexta-feira (23) um plano de socorro para o banco Monte Dei Paschi di Siena e a outros bancos em dificuldades, aprovado pelo Conselho de Ministros. O plano de emergência, adotado após o fracasso da recapitalização nos mercados do terceiro banco da Itália, será apoiado por um fundo de € 20 bilhões avalizado pelo Parlamento, e garantia dos depósitos dos correntistas, disse Gentiloni em entrevista coletiva. O governo não comunicou o valor do socorro, mas o ministro das Finanças, Pier Carlo Padoan, garantiu na mesma coletiva que será "suficiente para cobrir as necessidades definidas por testes de resistência" dos bancos. O plano prevê, em primeiro lugar, a possibilidade de o Tesouro garantir as novas obrigações emitidas por um banco em dificuldades, em troca de uma comissão, para permitir que a instituição tenha o mesmo nível de confiança que o Estado e possa recorrer aos mercados financeiros mesmo "submetida a tensões", destaca a presidência do Conselho. Os bancos terão ainda acesso, em condições fixadas no acordo com a Comissão Europeia, a um sistema de créditos de emergência denominado ELA ("Emergency Liquidity Assistance"), algo que foi crucial para os bancos gregos. O socorro prevê ainda um mecanismo de recapitalização preventiva, com uma injeção de fundos públicos ainda não definida, e uma contribuição de acionistas e detentores de bônus, através de uma negociação forçada dos títulos a um nível muito inferior a seu valor nominal. O Monte Dei Paschi di Siena, o banco mais antigo do mundo, é o ponto fraco do sistema bancário italiano, cuja fragilidade e créditos duvidosos —que sem dúvida jamais serão devolvidos— preocupam toda a Europa. O resgate de quatro pequenas entidades causou no ano passado muitas perdas para os correntistas, provocando manifestações e ao menos um suicídio, algo que o governo quer evitar desta vez. Na quarta-feira, as duas Câmaras do Parlamento votaram um aumento de € 20 bilhões da dívida pública, solicitado pelo governo para ajudar os bancos com problemas. Os bancos Carige, Veneto Banca e Banca Popolare di Vicenza também devem se beneficiar do socorro. Pier Carlo Padoan afirmou na quarta-feira (21) que os € 20 bilhões eram uma medida "de precaução", "suficiente" para enfrentar possíveis dificuldades. A intervenção pública pretende "manter a estabilidade financeira" e "preservar a poupança" dos italianos, acrescentou, ressaltando que o sistema bancário é "sólido, apesar de algumas situações de crise". O sistema bancário italiano em seu conjunto gera grande preocupação devido à sua dispersão (aproximadamente 700 estabelecimentos) e à importância dos créditos em sua carteira, estimados em € 360 bilhões, um terço do total da zona do euro. O Monte Dei Paschi di Siena está em dificuldade há anos. Foi fragilizado pela desastrosa compra em 2007 do banco Antonveneta, e depois pelo escândalo de prevaricação, com o qual acumulou as perdas de € 14 bilhões entre entre 2011 e 2015. Desde 2014, implementou duas ampliações de capital de € 8 bilhões, quantia já dissipada. As ações do banco sofreram uma desvalorização de 86% desde o início de 2016.
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Cunha defende continuidade de Temer à frente do PMDB e contraria Renan
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Em um contraponto ao presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu nesta segunda (21) a recondução, em março, do vice-presidente Michel Temer ao cargo de presidente nacional do PMDB. Segundo ele, que diz não ver possibilidade da saída do peemedebista, há atualmente "maioria tranquila" dentro do partido para a manutenção de Temer no cargo. "Todas as vezes que alguns grupos tentaram (tirá-lo), nunca tiveram sucesso no voto dentro da convenção nacional do partido", disse. À frente da legenda desde 2005, o vice-presidente enfrenta movimento articulado por Renan para retirá-lo do posto. O presidente do Senado tem buscado apoio entre dirigentes estaduais da sigla no Rio de Janeiro, Ceará, Paraná, Piauí, Amazonas e Pará. Eles ressaltam que não é a primeira vez que o senador e o vice se estranham em praça pública e lembram episódios em que Renan "traiu" Temer. Citam, por exemplo, que em 2005 o senador apoiou a candidatura de Aldo Rebelo à Presidência da Câmara, em detrimento da postulação de Temer. Em uma provocação, Cunha afirmou que o diretório estadual no Alagoas, comandado por Renan, tem um número "muito pequeno" de delegados, ou seja, insuficiente para derrubar Temer. "Não são os Estados menores que conseguem decidir. Quem decide são os Estados maiores, onde a predominância de favoráveis à manutenção da chapa é a mesma", disse. A investida contra Temer coincide com o momento em que Renan se aproxima da presidente Dilma Rousseff. FAZENDA Nos bastidores, Renan defendeu que a petista deveria encampar uma agenda econômica desenvolvimentista e pareceu satisfeito com a nomeação de Nelson Barbosa para a Fazenda –antes, vinha criticando a agenda do ex-titular da pasta, Joaquim Levy. Para Cunha, o novo ministro assume o cargo com um "descrédito no mercado financeiro" e passa a imagem de que a política econômica será exercida na verdade pela presidente em meio a uma "situação econômica grave". Ele considerou, no entanto, que em sua avaliação pessoal, o novo ministro é um "bom quadro". Segundo o peemedebista, Levy não tinha uma politica econômica e estava fazendo de maneira equivocada "ao buscar o aumento de receita com a elevação de impostos".
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Cunha defende continuidade de Temer à frente do PMDB e contraria RenanEm um contraponto ao presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu nesta segunda (21) a recondução, em março, do vice-presidente Michel Temer ao cargo de presidente nacional do PMDB. Segundo ele, que diz não ver possibilidade da saída do peemedebista, há atualmente "maioria tranquila" dentro do partido para a manutenção de Temer no cargo. "Todas as vezes que alguns grupos tentaram (tirá-lo), nunca tiveram sucesso no voto dentro da convenção nacional do partido", disse. À frente da legenda desde 2005, o vice-presidente enfrenta movimento articulado por Renan para retirá-lo do posto. O presidente do Senado tem buscado apoio entre dirigentes estaduais da sigla no Rio de Janeiro, Ceará, Paraná, Piauí, Amazonas e Pará. Eles ressaltam que não é a primeira vez que o senador e o vice se estranham em praça pública e lembram episódios em que Renan "traiu" Temer. Citam, por exemplo, que em 2005 o senador apoiou a candidatura de Aldo Rebelo à Presidência da Câmara, em detrimento da postulação de Temer. Em uma provocação, Cunha afirmou que o diretório estadual no Alagoas, comandado por Renan, tem um número "muito pequeno" de delegados, ou seja, insuficiente para derrubar Temer. "Não são os Estados menores que conseguem decidir. Quem decide são os Estados maiores, onde a predominância de favoráveis à manutenção da chapa é a mesma", disse. A investida contra Temer coincide com o momento em que Renan se aproxima da presidente Dilma Rousseff. FAZENDA Nos bastidores, Renan defendeu que a petista deveria encampar uma agenda econômica desenvolvimentista e pareceu satisfeito com a nomeação de Nelson Barbosa para a Fazenda –antes, vinha criticando a agenda do ex-titular da pasta, Joaquim Levy. Para Cunha, o novo ministro assume o cargo com um "descrédito no mercado financeiro" e passa a imagem de que a política econômica será exercida na verdade pela presidente em meio a uma "situação econômica grave". Ele considerou, no entanto, que em sua avaliação pessoal, o novo ministro é um "bom quadro". Segundo o peemedebista, Levy não tinha uma politica econômica e estava fazendo de maneira equivocada "ao buscar o aumento de receita com a elevação de impostos".
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Campeão, Cuca dá adeus ao Palmeiras chamando novatos
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O Palmeiras encerra sua campanha de campeão brasileiro neste domingo contra o Vitória –que ainda corre risco de cair-, no Barradão, às 17h. Com 13 jogadores já liberados para as férias, Cuca chamou destaques da equipe sub-20 –o zagueiro Vitinho e os atacantes Artur e Iacovelli– para compor o elenco com o qual se despede do clube. Ainda assim, o time contará com titulares importantes para o título, como Tchê Tchê e Jailson. O ataque deve ser formado por Erik, Leandro Pereira e Alecsandro. A armação fica com Cleiton Xavier e, na dupla de zaga, Mina e Thiago Martins. arte
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esporte
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Campeão, Cuca dá adeus ao Palmeiras chamando novatosO Palmeiras encerra sua campanha de campeão brasileiro neste domingo contra o Vitória –que ainda corre risco de cair-, no Barradão, às 17h. Com 13 jogadores já liberados para as férias, Cuca chamou destaques da equipe sub-20 –o zagueiro Vitinho e os atacantes Artur e Iacovelli– para compor o elenco com o qual se despede do clube. Ainda assim, o time contará com titulares importantes para o título, como Tchê Tchê e Jailson. O ataque deve ser formado por Erik, Leandro Pereira e Alecsandro. A armação fica com Cleiton Xavier e, na dupla de zaga, Mina e Thiago Martins. arte
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Prepare-se: segunda com Bombay Groove e interdição na marginal Tietê
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DE SÃO PAULO PERSONAGEM DO DIA "Eu vivo o hoje sem pensar no amanhã. Perdi amigos e conhecidos. São experiências bem difíceis. Então, decidi aproveitar tudo e não pensar demais. Prefiro me arrepender do que fiz do que não fiz. A vida é breve. Por isso, nenhum segundo deve ser desperdiçado." Bruno Lima, 24, auxiliar contábil, Campos Elíseos * TEMPO * O QUE AFETA SUA VIDA * CULTURA E ENTRETENIMENTO AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Wesley Klimpel Edição: Fabiana Seragusa Reportagem: Carolina Dantas (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
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saopaulo
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Prepare-se: segunda com Bombay Groove e interdição na marginal TietêDE SÃO PAULO PERSONAGEM DO DIA "Eu vivo o hoje sem pensar no amanhã. Perdi amigos e conhecidos. São experiências bem difíceis. Então, decidi aproveitar tudo e não pensar demais. Prefiro me arrepender do que fiz do que não fiz. A vida é breve. Por isso, nenhum segundo deve ser desperdiçado." Bruno Lima, 24, auxiliar contábil, Campos Elíseos * TEMPO * O QUE AFETA SUA VIDA * CULTURA E ENTRETENIMENTO AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Wesley Klimpel Edição: Fabiana Seragusa Reportagem: Carolina Dantas (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
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Coreias convocam reunião de alto nível sobre crise militar
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Os governos da Coreia do Norte e da Coreia do Sul decidiram ter conversas de alto nível neste sábado (22) para tentar solucionar a grave crise militar suscitada entre os países desde a troca de tiros de artilharia da quinta-feira passada. Por parte da Coreia do Sul, o diretor do Escritório de Segurança Nacional, Kim Kwan-jin, e o ministro da Unificação, Hong Yong-pyo, irão à reunião que acontecerá às 18h locais (6h de Brasília) na fronteiriça Aldeia da Trégua de Panmunjom, informou à agência Efe uma porta-voz da presidência de Seul. Por sua vez, a Coreia do Norte enviará o general Hwang Pyong-so, vice-marechal do Exército Popular, e Kim Yang-gon, principal responsável das relações com a Coreia do Sul. Nesta reunião de emergência de alto nível, sem precedentes próximos, se prevê que os líderes busquem modos de evitar uma escalada do conflito militar iniciado na quinta-feira com a troca de tiros de artilharia na fronteira, que elevou a tensão a seu nível máximo em mais de dois anos. A convocação de diálogo anula o ultimato da Coreia do Norte, que ameaçou com uma nova ação militar caso a Coreia do Sul não desligasse antes das 17h (5h de Brasília) de hoje os alto-falantes que emitem propaganda contra o regime de Kim Jong-un na fronteira. As forças armadas sul-coreanas acionaram na semana passada estes alto-falantes pela primeira vez em 11 anos e retomaram assim a chamada "guerra psicológica" contra o Norte, depois que dois de seus soldados ficaram gravemente feridos pela explosão de três minas a 440 metros da fronteira. Seul denunciou que as minas foram colocadas por Pyongyang que, no entanto, negou os fatos. O regime norte-coreano também negou ter disparado primeiro na quinta-feira, como sustenta Seul, e garantiu que suas tropas estão preparadas para uma "guerra total", supostamente provocada por seu vizinho. Com a situação aparentemente à beira da guerra, os Estados Unidos reafirmaram seu compromisso de defender seu parceiro sul-coreano e as forças conjuntas de ambos aliados afirmaram estar preparadas para dar uma severa resposta em caso de agressão. Norte e Sul permanecem tecnicamente enfrentados desde a Guerra da Coreia (1950-1953), que finalizou com um armistício nunca substituído por um tratado de paz definitivo.
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mundo
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Coreias convocam reunião de alto nível sobre crise militarOs governos da Coreia do Norte e da Coreia do Sul decidiram ter conversas de alto nível neste sábado (22) para tentar solucionar a grave crise militar suscitada entre os países desde a troca de tiros de artilharia da quinta-feira passada. Por parte da Coreia do Sul, o diretor do Escritório de Segurança Nacional, Kim Kwan-jin, e o ministro da Unificação, Hong Yong-pyo, irão à reunião que acontecerá às 18h locais (6h de Brasília) na fronteiriça Aldeia da Trégua de Panmunjom, informou à agência Efe uma porta-voz da presidência de Seul. Por sua vez, a Coreia do Norte enviará o general Hwang Pyong-so, vice-marechal do Exército Popular, e Kim Yang-gon, principal responsável das relações com a Coreia do Sul. Nesta reunião de emergência de alto nível, sem precedentes próximos, se prevê que os líderes busquem modos de evitar uma escalada do conflito militar iniciado na quinta-feira com a troca de tiros de artilharia na fronteira, que elevou a tensão a seu nível máximo em mais de dois anos. A convocação de diálogo anula o ultimato da Coreia do Norte, que ameaçou com uma nova ação militar caso a Coreia do Sul não desligasse antes das 17h (5h de Brasília) de hoje os alto-falantes que emitem propaganda contra o regime de Kim Jong-un na fronteira. As forças armadas sul-coreanas acionaram na semana passada estes alto-falantes pela primeira vez em 11 anos e retomaram assim a chamada "guerra psicológica" contra o Norte, depois que dois de seus soldados ficaram gravemente feridos pela explosão de três minas a 440 metros da fronteira. Seul denunciou que as minas foram colocadas por Pyongyang que, no entanto, negou os fatos. O regime norte-coreano também negou ter disparado primeiro na quinta-feira, como sustenta Seul, e garantiu que suas tropas estão preparadas para uma "guerra total", supostamente provocada por seu vizinho. Com a situação aparentemente à beira da guerra, os Estados Unidos reafirmaram seu compromisso de defender seu parceiro sul-coreano e as forças conjuntas de ambos aliados afirmaram estar preparadas para dar uma severa resposta em caso de agressão. Norte e Sul permanecem tecnicamente enfrentados desde a Guerra da Coreia (1950-1953), que finalizou com um armistício nunca substituído por um tratado de paz definitivo.
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Banco chinês fecha acordo de US$ 3 bilhões com Petrobras
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O Banco Industrial e Comercial da China (ICBC, na sigla em inglês), maior banco do mundo em ativos, disse nesta quarta-feira que sua unidade de leasing assinou um acordo para equipamentos marítimos de US$ 3 bilhões (R$ 9,10 bilhões) com a Petrobras, de acordo com comunicado do banco. O documento não deu mais detalhes sobre o acordo. A estatal já havia anunciado, no mês passado, um empréstimo de US$ 3,5 bilhões com o Banco de Desenvolvimento da China, que injetará mais US$ 5 bilhões. Outros US$ 2 bilhões foram acertados com o China EximBank. A presidente Dilma Rousseff recebeu na terça-feira (19) no Palácio do Planalto o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e assinou 35 acordos bilaterais no valor de mais de US$ 53 bilhões. Com Reuters
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Banco chinês fecha acordo de US$ 3 bilhões com PetrobrasO Banco Industrial e Comercial da China (ICBC, na sigla em inglês), maior banco do mundo em ativos, disse nesta quarta-feira que sua unidade de leasing assinou um acordo para equipamentos marítimos de US$ 3 bilhões (R$ 9,10 bilhões) com a Petrobras, de acordo com comunicado do banco. O documento não deu mais detalhes sobre o acordo. A estatal já havia anunciado, no mês passado, um empréstimo de US$ 3,5 bilhões com o Banco de Desenvolvimento da China, que injetará mais US$ 5 bilhões. Outros US$ 2 bilhões foram acertados com o China EximBank. A presidente Dilma Rousseff recebeu na terça-feira (19) no Palácio do Planalto o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e assinou 35 acordos bilaterais no valor de mais de US$ 53 bilhões. Com Reuters
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Livro apresenta relações entre arte e economia; veja lançamentos
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O Cifras & Letras seleciona semanalmente lançamentos mais recentes na área de negócios e economia. Confira abaixo os destaques desta semana: NACIONAIS Captação de Recursos para Startups e Empresas de Impacto AUTORES Marco Gorini e Haroldo Torres EDITORA Alta Books QUANTO R$ 44,90 (224 págs.) Oferece informações a empreendedores que querem buscar recurssos a partir de empréstimos ou investimentos. Meio Ambiente, Planejamento e Desenvolvimento Sustentável AUTOR Paulo Roberto Haddad EDITORA Saraiva QUANTO R$ 69 (296 págs.) Ex-Ministro da Fazenda (1992-93) descreve a evolução do pensamento ambiental e do desenvolvimento sustentável e discute questões atuais. Prefácio de Delfim Netto. A Economia Artisticamente Criativa AUTOR Xavier Greffe, EDITORA Iluminuras QUANTO R$ 38 (192 págs.) Professor da Universidade Sorbonne (França) combina conceitos de filosofia, estética e economia para traçar a história recente da arte do ponto de vista econômico e discutir o papel da criação na sociedade. Planejamento Empresarial AUTOR João Cirilo Miedzinski EDITORA Atlas QUANTO R$ 53 (168 págs.) Oferece recomendações para que empresas se planejem para o longo prazo. Trata de questões como comunicação e execução dos planos, liderança e do perfil do planejador. INTERNACIONAIS The Productivity Project AUTOR Chris Bailey EDITORA Crown Business QUANTO US$ 14 (304 págs.) O autor expõe ideias sobre produtividade resultantes de experimentos que fez em si mesmo (como ficar sem ingerir café ou açúcar ou se isolar de todos por dez dias) e de entrevistas com especialistas. Adam Smith - His Life, Thought, and Legacy AUTOR Ryan Patrick Hanley (org.) EDITORA Princeton University Press QUANTO US$ 25 (600 págs.) Reúne textos sobre a vida e o pensamento do filósofo e economista escocês Adam Smith (1723-90) Trata de sua contribuição a diversas áreas.
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Livro apresenta relações entre arte e economia; veja lançamentosO Cifras & Letras seleciona semanalmente lançamentos mais recentes na área de negócios e economia. Confira abaixo os destaques desta semana: NACIONAIS Captação de Recursos para Startups e Empresas de Impacto AUTORES Marco Gorini e Haroldo Torres EDITORA Alta Books QUANTO R$ 44,90 (224 págs.) Oferece informações a empreendedores que querem buscar recurssos a partir de empréstimos ou investimentos. Meio Ambiente, Planejamento e Desenvolvimento Sustentável AUTOR Paulo Roberto Haddad EDITORA Saraiva QUANTO R$ 69 (296 págs.) Ex-Ministro da Fazenda (1992-93) descreve a evolução do pensamento ambiental e do desenvolvimento sustentável e discute questões atuais. Prefácio de Delfim Netto. A Economia Artisticamente Criativa AUTOR Xavier Greffe, EDITORA Iluminuras QUANTO R$ 38 (192 págs.) Professor da Universidade Sorbonne (França) combina conceitos de filosofia, estética e economia para traçar a história recente da arte do ponto de vista econômico e discutir o papel da criação na sociedade. Planejamento Empresarial AUTOR João Cirilo Miedzinski EDITORA Atlas QUANTO R$ 53 (168 págs.) Oferece recomendações para que empresas se planejem para o longo prazo. Trata de questões como comunicação e execução dos planos, liderança e do perfil do planejador. INTERNACIONAIS The Productivity Project AUTOR Chris Bailey EDITORA Crown Business QUANTO US$ 14 (304 págs.) O autor expõe ideias sobre produtividade resultantes de experimentos que fez em si mesmo (como ficar sem ingerir café ou açúcar ou se isolar de todos por dez dias) e de entrevistas com especialistas. Adam Smith - His Life, Thought, and Legacy AUTOR Ryan Patrick Hanley (org.) EDITORA Princeton University Press QUANTO US$ 25 (600 págs.) Reúne textos sobre a vida e o pensamento do filósofo e economista escocês Adam Smith (1723-90) Trata de sua contribuição a diversas áreas.
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Leitor elogia proibição da Anatel à limitação de dados na internet fixa
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As operadoras no Brasil priorizam os lucros, pouco investem na melhoria da velocidade, sinal e qualidade que favoreçam os usuários e praticam preços exorbitantes em relação a outros países. Foi providencial a proibição de limites na internet fixa pela Anatel. Humberto Schuwartz Soares (Vila Velha, ES) * A desculpa dada pelos provedores para o fim da internet ilimitada de que a rede não aguenta o volume de dados é esfarrapada. Se a rede não aguenta, aumentem a rede! O que deve estar acontecendo é a perda significativa de assinantes de TV a cabo para serviços como a Netflix. A solução óbvia para os provedores é tentar barrar essa tendência. No Brasil, a Anatel faz o jogo das grandes empresas, e não o dos consumidores. ROGÉRIO ROCHLITZ (São Paulo, SP) * O Brasil possui rede de banda larga com capacidade reduzida, velocidade ridícula e qualidade medíocre de sinal. Em lugar de utilizar as receitas oriundas dos preços exorbitantes pagos por seus usuários para aumentar a infraestrutura da rede e a qualidade e a velocidade do sinal, as operadoras, em abjeto conluio com a espúria agência dita reguladora, vão pelo caminho obviamente mais fácil: limitar a quantidade de dados movimentados. ARNALDO OLINTO BASTOS NETO ("Ribeirão Preto, SP) * Enquanto em outros países a velocidade é muito superior à praticada em nosso país, o governo agora quer mudar as regras de um serviço cuja qualidade tem muito a evoluir. Claramente vai sobrar para nós, consumidores. Simplesmente lamentável! MARCOS ANTÔNIO SILVA (Registro, SP) * Além de oferecer um serviço caro e de baixa qualidade, agora as operadoras propõem essa ideia absurda e ilegal. Não por coincidência, são as mesmas operadoras de TV por assinatura, as quais estão perdendo mercado para serviços como a Netflix. Em vez de concorrerem oferecendo novas alternativas, preferem fazer uso de métodos desleais que prejudicam o consumidor. ISAQUE KOBAYASHI (Guarulhos, SP) * A internet nasceu democrática. Empresas de telecomunicações só pensam no lucro. A Anatel, uma agência que a princípio deveria defender os interesses do povo, pelo jeito se rendeu, ou quem sabe se vendeu, aos interesses das teles. ARTUR MENDES (Campinas, SP) * Acompanho com preocupação e indignação essa intenção absurda das operadoras. Porém proponho que nós, consumidores, façamos um cancelamento em massa dos serviços de internet. Tenho certeza de que, se procedêssemos dessa forma, as operadoras voltariam atrás. MARCOS ANTONIO BORGES TRAJANO (Brasília, DF) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor elogia proibição da Anatel à limitação de dados na internet fixaAs operadoras no Brasil priorizam os lucros, pouco investem na melhoria da velocidade, sinal e qualidade que favoreçam os usuários e praticam preços exorbitantes em relação a outros países. Foi providencial a proibição de limites na internet fixa pela Anatel. Humberto Schuwartz Soares (Vila Velha, ES) * A desculpa dada pelos provedores para o fim da internet ilimitada de que a rede não aguenta o volume de dados é esfarrapada. Se a rede não aguenta, aumentem a rede! O que deve estar acontecendo é a perda significativa de assinantes de TV a cabo para serviços como a Netflix. A solução óbvia para os provedores é tentar barrar essa tendência. No Brasil, a Anatel faz o jogo das grandes empresas, e não o dos consumidores. ROGÉRIO ROCHLITZ (São Paulo, SP) * O Brasil possui rede de banda larga com capacidade reduzida, velocidade ridícula e qualidade medíocre de sinal. Em lugar de utilizar as receitas oriundas dos preços exorbitantes pagos por seus usuários para aumentar a infraestrutura da rede e a qualidade e a velocidade do sinal, as operadoras, em abjeto conluio com a espúria agência dita reguladora, vão pelo caminho obviamente mais fácil: limitar a quantidade de dados movimentados. ARNALDO OLINTO BASTOS NETO ("Ribeirão Preto, SP) * Enquanto em outros países a velocidade é muito superior à praticada em nosso país, o governo agora quer mudar as regras de um serviço cuja qualidade tem muito a evoluir. Claramente vai sobrar para nós, consumidores. Simplesmente lamentável! MARCOS ANTÔNIO SILVA (Registro, SP) * Além de oferecer um serviço caro e de baixa qualidade, agora as operadoras propõem essa ideia absurda e ilegal. Não por coincidência, são as mesmas operadoras de TV por assinatura, as quais estão perdendo mercado para serviços como a Netflix. Em vez de concorrerem oferecendo novas alternativas, preferem fazer uso de métodos desleais que prejudicam o consumidor. ISAQUE KOBAYASHI (Guarulhos, SP) * A internet nasceu democrática. Empresas de telecomunicações só pensam no lucro. A Anatel, uma agência que a princípio deveria defender os interesses do povo, pelo jeito se rendeu, ou quem sabe se vendeu, aos interesses das teles. ARTUR MENDES (Campinas, SP) * Acompanho com preocupação e indignação essa intenção absurda das operadoras. Porém proponho que nós, consumidores, façamos um cancelamento em massa dos serviços de internet. Tenho certeza de que, se procedêssemos dessa forma, as operadoras voltariam atrás. MARCOS ANTONIO BORGES TRAJANO (Brasília, DF) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Impeachment é golpe porque fazem invenção de motivos, afirma Dilma
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Em um duro discurso contra o processo de impeachment de seu mandato, a presidente disse que a iniciativa é "golpe" porque não há motivos para afastá-la do Palácio do Planalto. A petista lembrou o período da ditadura militar (1964-1985), ao afirmar que o Brasil vive um momento de "batalha", que "ditará os rumos do país por muito tempo". "A Constituição brasileira prevê sim esse processo [do impeachment]. O que ela não prevê é a invenção de motivos. Isso não está previsto em nenhuma Constituição", afirmou na tarde desta quarta-feira (16) na 3ª Conferência Nacional da Juventude. "Aqueles que tentam interromper um mandato popular conquistado legitimamente nas urnas não conseguem encontrar uma razão consistente para seus atos de tentar interromper o meu mandato. E é à falta de razão que nós chamamos de golpe", emendou. Dilma foi recebida por uma plateia de jovens aos gritos de "não vai ter golpe, vai ter luta" e ouviu um "Parabéns" atrasado do público –a petista fez aniversário nesta segunda-feira (14). Ela discursou durante cerca de 40 minutos, acompanhada de cinco ministros de seu governo, além do ex-presidente do Uruguai José Mujica. "Neste momento, usando todos os instrumentos que o Estado democrático de direito me faculta, lutarei contra a interrupção ilegítima de meu mandato", afirmou de forma enfática. Sem citar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acatou o pedido de impeachment, Dilma ainda ironizou o fato de que é possível identificar, facilmente, falhas no currículo de seus opositores. "[Eles] abem que têm de usar de artifícios, porque não conseguirão nada atacando minha biografia, que é conhecida. Sou uma mulher que lutou, amo o meu país. E eu sou honesta. () O mais irônico é que muitos que querem interromper o meu mandato têm biografias que não resistem a uma rápida pesquisa no Google", disse provocando risadas da plateia. A fala foi seguida de gritos 'ai ai ai, a Dilma fica, o Cunha sai'. DITADURA Torturada na ditadura militar, Dilma lembrou o "pesadelo" que esse período gerou no país diante da "luta" que o país vive no momento. "Eu e muitos outros da minha geração (...) sabemos ao que levam os pequenos passos, que depois se transformam em grandes passos, e depois ainda em pesadelos, quando a ditadura se instala." Para ela, é preciso impedir que a democracia do país seja "golpeada, agredida ou desrespeitada". Dilma ainda negou que a crise política pela qual passa o governo federal seja uma justificativa para sua destituição. "Só no parlamentarismo a crise política é alegação para se afastar o governo. Porque no parlamentarismo, o chefe de governo não é eleito pelo voto direto majoritário e sim pelo voto proporcional. Assim, quando há alguma questão política, é possível dissolver o gabinete e convocar novas eleições. No presidencialismo, não. O voto é direto, é majoritário, foi dado nas urnas". Dilma voltou a criticar "atalhos" para se chegar ao poder, de forma a provocar uma "situação de instabilidade" no país. Ela ainda criticou em seu discurso a redução da maioridade penal, a repressão a "movimentos pacíficos com forças policiais" e defendeu a Petrobras, estatal alvo de operação da Lava Jato. "Enganam-se aqueles que acham que a Petrobras não tem a força de antes. A Petrobras continua sendo a maior empresa deste país",disse.
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Impeachment é golpe porque fazem invenção de motivos, afirma DilmaEm um duro discurso contra o processo de impeachment de seu mandato, a presidente disse que a iniciativa é "golpe" porque não há motivos para afastá-la do Palácio do Planalto. A petista lembrou o período da ditadura militar (1964-1985), ao afirmar que o Brasil vive um momento de "batalha", que "ditará os rumos do país por muito tempo". "A Constituição brasileira prevê sim esse processo [do impeachment]. O que ela não prevê é a invenção de motivos. Isso não está previsto em nenhuma Constituição", afirmou na tarde desta quarta-feira (16) na 3ª Conferência Nacional da Juventude. "Aqueles que tentam interromper um mandato popular conquistado legitimamente nas urnas não conseguem encontrar uma razão consistente para seus atos de tentar interromper o meu mandato. E é à falta de razão que nós chamamos de golpe", emendou. Dilma foi recebida por uma plateia de jovens aos gritos de "não vai ter golpe, vai ter luta" e ouviu um "Parabéns" atrasado do público –a petista fez aniversário nesta segunda-feira (14). Ela discursou durante cerca de 40 minutos, acompanhada de cinco ministros de seu governo, além do ex-presidente do Uruguai José Mujica. "Neste momento, usando todos os instrumentos que o Estado democrático de direito me faculta, lutarei contra a interrupção ilegítima de meu mandato", afirmou de forma enfática. Sem citar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acatou o pedido de impeachment, Dilma ainda ironizou o fato de que é possível identificar, facilmente, falhas no currículo de seus opositores. "[Eles] abem que têm de usar de artifícios, porque não conseguirão nada atacando minha biografia, que é conhecida. Sou uma mulher que lutou, amo o meu país. E eu sou honesta. () O mais irônico é que muitos que querem interromper o meu mandato têm biografias que não resistem a uma rápida pesquisa no Google", disse provocando risadas da plateia. A fala foi seguida de gritos 'ai ai ai, a Dilma fica, o Cunha sai'. DITADURA Torturada na ditadura militar, Dilma lembrou o "pesadelo" que esse período gerou no país diante da "luta" que o país vive no momento. "Eu e muitos outros da minha geração (...) sabemos ao que levam os pequenos passos, que depois se transformam em grandes passos, e depois ainda em pesadelos, quando a ditadura se instala." Para ela, é preciso impedir que a democracia do país seja "golpeada, agredida ou desrespeitada". Dilma ainda negou que a crise política pela qual passa o governo federal seja uma justificativa para sua destituição. "Só no parlamentarismo a crise política é alegação para se afastar o governo. Porque no parlamentarismo, o chefe de governo não é eleito pelo voto direto majoritário e sim pelo voto proporcional. Assim, quando há alguma questão política, é possível dissolver o gabinete e convocar novas eleições. No presidencialismo, não. O voto é direto, é majoritário, foi dado nas urnas". Dilma voltou a criticar "atalhos" para se chegar ao poder, de forma a provocar uma "situação de instabilidade" no país. Ela ainda criticou em seu discurso a redução da maioridade penal, a repressão a "movimentos pacíficos com forças policiais" e defendeu a Petrobras, estatal alvo de operação da Lava Jato. "Enganam-se aqueles que acham que a Petrobras não tem a força de antes. A Petrobras continua sendo a maior empresa deste país",disse.
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Bancos reabrem na Grécia, mas controle de capital ainda é mantido
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Os bancos da Grécia abriram nesta segunda-feira (20) após três semanas fechados, para permitir realizar operações nos guichês, embora os controles de capital ainda tenham sido mantidos. Os cidadãos podem comparecer às agências e realizar as operações que até agora só podiam ser feitas por caixa eletrônico e para evitar filas muitas entidades estabeleceram um sistema de reunião prévia. São permitidas transações como pagamento de cotas e créditos de todo tipo, por exemplo dívidas ao Estado, a empresas públicas, aos fundos de previdência estatais e a seguros privados. Os limites sobre os saques de dinheiro foram ligeiramente flexibilizados, com um limite semanal de 420 euros no lugar do limite diário de 60 euros adotado anteriormente. Os gregos terão acesso a seus depósitos a prazo e aos caixas-fortes e poderão descontar cheques. As operações para o estrangeiro, por outro lado, continuam sendo muito limitadas, mas são permitidas ações para as empresas de exportação e importação. Os pais que tenham filhos estudando no exterior poderão mandar-lhes até € 5 mil por trimestre e a aqueles que devem pagar custos hospitalares em outro país também dispõem de até € 2 mil. A abertura dos bancos foi possível após a decisão do Banco Central Europeu (BCE), que na quinta-feira passada elevou em € 900 milhões a liquidez de urgência à qual as entidades podem ter acesso através do Banco da Grécia. Grécia
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Bancos reabrem na Grécia, mas controle de capital ainda é mantidoOs bancos da Grécia abriram nesta segunda-feira (20) após três semanas fechados, para permitir realizar operações nos guichês, embora os controles de capital ainda tenham sido mantidos. Os cidadãos podem comparecer às agências e realizar as operações que até agora só podiam ser feitas por caixa eletrônico e para evitar filas muitas entidades estabeleceram um sistema de reunião prévia. São permitidas transações como pagamento de cotas e créditos de todo tipo, por exemplo dívidas ao Estado, a empresas públicas, aos fundos de previdência estatais e a seguros privados. Os limites sobre os saques de dinheiro foram ligeiramente flexibilizados, com um limite semanal de 420 euros no lugar do limite diário de 60 euros adotado anteriormente. Os gregos terão acesso a seus depósitos a prazo e aos caixas-fortes e poderão descontar cheques. As operações para o estrangeiro, por outro lado, continuam sendo muito limitadas, mas são permitidas ações para as empresas de exportação e importação. Os pais que tenham filhos estudando no exterior poderão mandar-lhes até € 5 mil por trimestre e a aqueles que devem pagar custos hospitalares em outro país também dispõem de até € 2 mil. A abertura dos bancos foi possível após a decisão do Banco Central Europeu (BCE), que na quinta-feira passada elevou em € 900 milhões a liquidez de urgência à qual as entidades podem ter acesso através do Banco da Grécia. Grécia
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Texto de relator no Senado propõe veto à terceirização de atividade-fim
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A discussão sobre a regulamentação da terceirização no Brasil ganhou um novo capítulo nesta terça-feira (28). Relator do tema no Senado, o oposicionista Paulo Paim (PT-RS) apresentou texto em que veda a possibilidade de as empresas terceirizarem áreas diretamente relacionadas à sua função, a chamada "atividade-fim." No dia 22 a Câmara dos Deputados aprovou de forma conclusiva um outro projeto sobre terceirização, liberando a medida para qualquer setor das empresas. Hoje jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral permite apenas a terceirização de "atividades-meio", como serviço de copa, cozinha, limpeza e segurança de uma montadora de veículos, por exemplo. O projeto aprovado pela Câmara é defendido pelo empresariado e pelo governo Michel Temer, que tende a sancionar os seus principais pontos. O texto, porém, foi apresentado em 1998 e traz apenas três salvaguardas genéricas aos trabalhadores terceirizados. O que tramita no Senado traz 50, número que foi ampliado por Paim em seu relatório. Temendo desgaste, o Planalto negocia com sua base forma de ampliar as salvaguardas aos trabalhadores. Uma possibilidade é sancionar pontos do texto em discussão no Senado. Outra é incluir esse debate na reforma trabalhista em discussão na Câmara. VOTAÇÃO O relatório de Paim deve encontrar dificuldade de ser aprovado da forma como foi apresentado, já que o governo tem maioria na Casa. A tendência é a de que a terceirização ampla seja liberada, nos moldes do texto aprovado na Câmara. "O PLC [projeto de lei complementar] nº 30/2015, ao invés de dar conta dos problemas apontados, integrando os trabalhadores terceirizados à tela social de proteção ao trabalho, mais o discrimina, atingindo, de forma prejudicial, todos os que vendem sua força de trabalho", diz o petista no texto. Além de vetar a terceirização para a "atividade-fim", ele estabelece que as empresas responderão de forma "solidária" por eventuais débitos trabalhistas e previdenciários das terceirizadoras. No projeto aprovado na Câmara, a "empresa-mãe" só pode ser acionada caso o trabalhador não consiga sucesso ao demandar a firma à qual está diretamente relacionado. Paim também colocou em seu relatório regras para uma "mínima isonomia salarial entre trabalhadores terceirizados e trabalhadores efetivos" e veto a subcontratações ("quarteirização"), entre outros pontos. Caso o texto em discussão no Senado seja alterado, o projeto volta para uma última votação na Câmara antes de seguir para a sanção ou veto de Temer.
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Texto de relator no Senado propõe veto à terceirização de atividade-fimA discussão sobre a regulamentação da terceirização no Brasil ganhou um novo capítulo nesta terça-feira (28). Relator do tema no Senado, o oposicionista Paulo Paim (PT-RS) apresentou texto em que veda a possibilidade de as empresas terceirizarem áreas diretamente relacionadas à sua função, a chamada "atividade-fim." No dia 22 a Câmara dos Deputados aprovou de forma conclusiva um outro projeto sobre terceirização, liberando a medida para qualquer setor das empresas. Hoje jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral permite apenas a terceirização de "atividades-meio", como serviço de copa, cozinha, limpeza e segurança de uma montadora de veículos, por exemplo. O projeto aprovado pela Câmara é defendido pelo empresariado e pelo governo Michel Temer, que tende a sancionar os seus principais pontos. O texto, porém, foi apresentado em 1998 e traz apenas três salvaguardas genéricas aos trabalhadores terceirizados. O que tramita no Senado traz 50, número que foi ampliado por Paim em seu relatório. Temendo desgaste, o Planalto negocia com sua base forma de ampliar as salvaguardas aos trabalhadores. Uma possibilidade é sancionar pontos do texto em discussão no Senado. Outra é incluir esse debate na reforma trabalhista em discussão na Câmara. VOTAÇÃO O relatório de Paim deve encontrar dificuldade de ser aprovado da forma como foi apresentado, já que o governo tem maioria na Casa. A tendência é a de que a terceirização ampla seja liberada, nos moldes do texto aprovado na Câmara. "O PLC [projeto de lei complementar] nº 30/2015, ao invés de dar conta dos problemas apontados, integrando os trabalhadores terceirizados à tela social de proteção ao trabalho, mais o discrimina, atingindo, de forma prejudicial, todos os que vendem sua força de trabalho", diz o petista no texto. Além de vetar a terceirização para a "atividade-fim", ele estabelece que as empresas responderão de forma "solidária" por eventuais débitos trabalhistas e previdenciários das terceirizadoras. No projeto aprovado na Câmara, a "empresa-mãe" só pode ser acionada caso o trabalhador não consiga sucesso ao demandar a firma à qual está diretamente relacionado. Paim também colocou em seu relatório regras para uma "mínima isonomia salarial entre trabalhadores terceirizados e trabalhadores efetivos" e veto a subcontratações ("quarteirização"), entre outros pontos. Caso o texto em discussão no Senado seja alterado, o projeto volta para uma última votação na Câmara antes de seguir para a sanção ou veto de Temer.
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Banco Central da China corta juros e libera bancos para emprestarem mais
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O banco central da China reduziu as taxas de juros em 0,25 ponto percentual e, ao mesmo tempo, afrouxou as taxas de depósito compulsório —o valor que os bancos são obrigados a reter como reserva— pela segunda vez em dois meses nesta terça-feira (25), aumentando o apoio à economia fraquejante e ao mercado acionário, cuja forte queda reverberou ao redor do mundo. As Bolsas europeias abriram com leve alta e responderam positivamente após o anúncio das medidas, em especial as ações de mineradoras. Às 9h45, Londres tinha alta de 2,88%, para 6.069 pontos; Frankfurt, de 4,40%, para 10.073 pontos; Paris, de 4,51%, para 4.580 pontos; Madri, de 3,74%, para 10.121 pontos; e Milão, de 4,74%, para 21.418 pontos. Com as reduções, a taxa de juros para empréstimos passará a ser de 4,6% ao ano, vigente já a partir desta quarta (26). A taxa de depósito cairá para 1,75% anuais. Além disso, a taxa do depósito compulsório foi reduzida em 0,5 ponto percentual, para 18,0%, para a maioria dos grandes bancos —em vigor a partir de 6 de setembro. Segundo o jornal americano "Wall Street Journal", que adiantou na segunda o movimento do governo chinês, a queda de 0,5 ponto percentual do compulsório potencialmente disponibiliza 678 bilhões de yuans (US$ 106,2 bilhões) para os bancos emprestarem. Perfil do investidor Um dos principais motivos imediatos para o desabamento de 8,5% na Bolsa de Xangai desta segunda-feira havia sido a falta do anúncio de um novo pacote de estímulos durante o final de semana, que se seguiu a uma semana de queda de 11,5% nas Bolsas. Na ausência de novas medidas por parte do governo até o fechamento do pregão desta terça, que fecha antes por causa do fuso-horário, o principal índice da Bolsa de Xangai encerrou o dia em queda de 7,63%, impactando o resto das Bolsas asiáticas. Desde seu pico, em 12 de junho, a queda acumulada da Bolsa de Xangai é de 42%. DESACELERAÇÃO A perda de valor das ações segue sinais de desaceleração da economia chinesa, cujo PIB aumentou 7% no segundo trimestre de 2015 —o crescimento de 7,4% em 2014 já havia sido o menor desde 1989. A desconfiança sobre o país aumentou após o Banco Central chinês ter flexibilizado a cotação da moeda no dia 11 de forma que o yuan se tornasse mais suscetível às variações de mercado. Desde então, a instabilidade gerada fez com que os mercados de ações globais perdessem mais de US$ 5 trilhões em valor. Naquele dia, a taxa de referência para a variação do preço da moeda foi desvalorizada em 2%, o que significou uma desvalorização de fato de 1,81% do yuan. Foi a maior depreciação da moeda desde o fim do câmbio fixo, em 2005. Ela foi seguida por mais dois dias de quedas. Apesar de o governo chinês classificar a desvalorização como pontual, o mercado levantou a suspeita de que ela duraria mais tempo, e indicava uma forte preocupação com a desaceleração da economia do país -um yuan mais fraco tende a tornar os produtos do país mais baratos para o resto do mundo e, consequentemente, a aumentar as exportações.
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mercado
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Banco Central da China corta juros e libera bancos para emprestarem maisO banco central da China reduziu as taxas de juros em 0,25 ponto percentual e, ao mesmo tempo, afrouxou as taxas de depósito compulsório —o valor que os bancos são obrigados a reter como reserva— pela segunda vez em dois meses nesta terça-feira (25), aumentando o apoio à economia fraquejante e ao mercado acionário, cuja forte queda reverberou ao redor do mundo. As Bolsas europeias abriram com leve alta e responderam positivamente após o anúncio das medidas, em especial as ações de mineradoras. Às 9h45, Londres tinha alta de 2,88%, para 6.069 pontos; Frankfurt, de 4,40%, para 10.073 pontos; Paris, de 4,51%, para 4.580 pontos; Madri, de 3,74%, para 10.121 pontos; e Milão, de 4,74%, para 21.418 pontos. Com as reduções, a taxa de juros para empréstimos passará a ser de 4,6% ao ano, vigente já a partir desta quarta (26). A taxa de depósito cairá para 1,75% anuais. Além disso, a taxa do depósito compulsório foi reduzida em 0,5 ponto percentual, para 18,0%, para a maioria dos grandes bancos —em vigor a partir de 6 de setembro. Segundo o jornal americano "Wall Street Journal", que adiantou na segunda o movimento do governo chinês, a queda de 0,5 ponto percentual do compulsório potencialmente disponibiliza 678 bilhões de yuans (US$ 106,2 bilhões) para os bancos emprestarem. Perfil do investidor Um dos principais motivos imediatos para o desabamento de 8,5% na Bolsa de Xangai desta segunda-feira havia sido a falta do anúncio de um novo pacote de estímulos durante o final de semana, que se seguiu a uma semana de queda de 11,5% nas Bolsas. Na ausência de novas medidas por parte do governo até o fechamento do pregão desta terça, que fecha antes por causa do fuso-horário, o principal índice da Bolsa de Xangai encerrou o dia em queda de 7,63%, impactando o resto das Bolsas asiáticas. Desde seu pico, em 12 de junho, a queda acumulada da Bolsa de Xangai é de 42%. DESACELERAÇÃO A perda de valor das ações segue sinais de desaceleração da economia chinesa, cujo PIB aumentou 7% no segundo trimestre de 2015 —o crescimento de 7,4% em 2014 já havia sido o menor desde 1989. A desconfiança sobre o país aumentou após o Banco Central chinês ter flexibilizado a cotação da moeda no dia 11 de forma que o yuan se tornasse mais suscetível às variações de mercado. Desde então, a instabilidade gerada fez com que os mercados de ações globais perdessem mais de US$ 5 trilhões em valor. Naquele dia, a taxa de referência para a variação do preço da moeda foi desvalorizada em 2%, o que significou uma desvalorização de fato de 1,81% do yuan. Foi a maior depreciação da moeda desde o fim do câmbio fixo, em 2005. Ela foi seguida por mais dois dias de quedas. Apesar de o governo chinês classificar a desvalorização como pontual, o mercado levantou a suspeita de que ela duraria mais tempo, e indicava uma forte preocupação com a desaceleração da economia do país -um yuan mais fraco tende a tornar os produtos do país mais baratos para o resto do mundo e, consequentemente, a aumentar as exportações.
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Destaque do Brasileiro, Cajá deixa a Ponte e vai para o futebol árabe
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Um dos destaques do Campeonato Brasileiro, o meia-atacante Renato Cajá, 30, da Ponte Preta, acertou sua transferência para o Sharjah FC, equipe dos Emirados Árabes. A negociação foi confirmada pelo próprio jogador e pela equipe de Campinas. De acordo com a Ponte Preta, o Sharjah FC vai pagar a multa contratual de US$ 2 milhões –40% deste valor é da Ponte Preta. O meia-atacante já viajou para realizar exames médicos e caso seja aprovado será anunciado pelo novo clube. No sábado (11), após a derrota de sua equipe para o Atlético-MG por 2 a 0, Renato Cajá, confirmou a negociação. "Meu último jogo. Infelizmente saio com derrota, segue a vida. Ponte está firme, com certeza vai fazer grande trabalho. Estou feliz, passei quatro vezes aqui, é sempre assim, amor e ódio, sai vaiado, ovacionado, vamos seguir em frente e segue minha vida nos Emirados. Tenho 31 anos, preciso pensar na minha família e é uma grande oportunidade", disse o jogador, que foi vaiado ao ser substituído durante o segundo tempo. Renato Cajá se tornou um dos destaques deste início do Campeonato Brasileiro em virtude do futebol apresentado e dos belos gols marcados. Ele teve seu nome especulado em vários times do país, como Corinthians, Cruzeiro e São Paulo. Tímido e caseiro fora das quatro linhas, o meia teve a primeira oportunidade na carreira em 1998, quando foi aprovado em um teste no Vitória. Assim como a maioria das crianças e adolescentes que sonham em ser jogador, ele sentiu saudades dos familiares e retornou à Cajazeiras, cidade do interior da Paraíba. Dois anos depois, foi aprovado pelo Mogi Mirim, onde permaneceu por cinco temporadas. Foram altos e baixos, até ficar desempregado. Nesse período, foi convencido por Pio, ex-atacante do Palmeiras, a aceitar uma proposta da Ferroviária para disputar a Série A-3 do Paulista. Ele também já vestiu as camisas do Grêmio, Botafogo, Vitória. Fora do país, atuou pelo Guangzhou Evergrande, da China, Al-Ittihad, da Arábia Saudita, Kashima Antlers, do Japão, e pelo turco Bursaspor
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esporte
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Destaque do Brasileiro, Cajá deixa a Ponte e vai para o futebol árabeUm dos destaques do Campeonato Brasileiro, o meia-atacante Renato Cajá, 30, da Ponte Preta, acertou sua transferência para o Sharjah FC, equipe dos Emirados Árabes. A negociação foi confirmada pelo próprio jogador e pela equipe de Campinas. De acordo com a Ponte Preta, o Sharjah FC vai pagar a multa contratual de US$ 2 milhões –40% deste valor é da Ponte Preta. O meia-atacante já viajou para realizar exames médicos e caso seja aprovado será anunciado pelo novo clube. No sábado (11), após a derrota de sua equipe para o Atlético-MG por 2 a 0, Renato Cajá, confirmou a negociação. "Meu último jogo. Infelizmente saio com derrota, segue a vida. Ponte está firme, com certeza vai fazer grande trabalho. Estou feliz, passei quatro vezes aqui, é sempre assim, amor e ódio, sai vaiado, ovacionado, vamos seguir em frente e segue minha vida nos Emirados. Tenho 31 anos, preciso pensar na minha família e é uma grande oportunidade", disse o jogador, que foi vaiado ao ser substituído durante o segundo tempo. Renato Cajá se tornou um dos destaques deste início do Campeonato Brasileiro em virtude do futebol apresentado e dos belos gols marcados. Ele teve seu nome especulado em vários times do país, como Corinthians, Cruzeiro e São Paulo. Tímido e caseiro fora das quatro linhas, o meia teve a primeira oportunidade na carreira em 1998, quando foi aprovado em um teste no Vitória. Assim como a maioria das crianças e adolescentes que sonham em ser jogador, ele sentiu saudades dos familiares e retornou à Cajazeiras, cidade do interior da Paraíba. Dois anos depois, foi aprovado pelo Mogi Mirim, onde permaneceu por cinco temporadas. Foram altos e baixos, até ficar desempregado. Nesse período, foi convencido por Pio, ex-atacante do Palmeiras, a aceitar uma proposta da Ferroviária para disputar a Série A-3 do Paulista. Ele também já vestiu as camisas do Grêmio, Botafogo, Vitória. Fora do país, atuou pelo Guangzhou Evergrande, da China, Al-Ittihad, da Arábia Saudita, Kashima Antlers, do Japão, e pelo turco Bursaspor
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Loures tinha a fama de agenciar audiências com Temer
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A FAMA DE LOURES No Palácio do Planalto, Rodrigo Rocha Loures tinha a fama de agenciar audiências com Michel Temer. Suas taxas não tinham o peso da mala que a JBS lhe entregou numa pizzaria paulista. MARCELO CERQUEIRA Amanhã, a noite do Rio terá o brilho do lançamento do livro "Fragmentos de Vida", uma espécie de memória de Marcello Cerqueira, com a colaboração de Gustavo Barbosa. Marcello Cerqueira vive com amor e alegria suas duas paixões: o direito e os amigos. Batalhou pela liberdade e pela vida de presos políticos, militou no falecido Partido Comunista, ralou cadeias e anos de exílio na Bolívia, Chile, Argentina e Tchecoslováquia (com passagens por Paris, porque ninguém é de ferro). A galeria de amigos trazida por suas memórias mostra o tamanho de seu coração. Para citar meia dúzia: Leila Diniz, Darcy Ribeiro, Cármen Lúcia, Rogério (Senador) Monteiro, Cacá Diegues e Jacob Kligerman. Inimigos? Só a tigrada do DOI. Puseram uma bomba no seu carro e outra na varanda de sua casa. MADAME NATASHA Em defesa do pobre verbo "estancar", Natasha apela ao senador Romero Jucá para que ele deixe de usá-lo. O poderoso ex-ministro e articulador de Michel Temer disse ao seu companheiro Sérgio Machado que era preciso "estancar a sangria" da Lava Jato. Jucá é pernambucano de berço, mas elege-se por Roraima e quer fechar a fronteira para os venezuelanos. Nas suas palavras: "Defendo que os pedidos de refúgio sejam estancados". Quando Jucá usa esse verbo, alguém se ferra.
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Loures tinha a fama de agenciar audiências com TemerA FAMA DE LOURES No Palácio do Planalto, Rodrigo Rocha Loures tinha a fama de agenciar audiências com Michel Temer. Suas taxas não tinham o peso da mala que a JBS lhe entregou numa pizzaria paulista. MARCELO CERQUEIRA Amanhã, a noite do Rio terá o brilho do lançamento do livro "Fragmentos de Vida", uma espécie de memória de Marcello Cerqueira, com a colaboração de Gustavo Barbosa. Marcello Cerqueira vive com amor e alegria suas duas paixões: o direito e os amigos. Batalhou pela liberdade e pela vida de presos políticos, militou no falecido Partido Comunista, ralou cadeias e anos de exílio na Bolívia, Chile, Argentina e Tchecoslováquia (com passagens por Paris, porque ninguém é de ferro). A galeria de amigos trazida por suas memórias mostra o tamanho de seu coração. Para citar meia dúzia: Leila Diniz, Darcy Ribeiro, Cármen Lúcia, Rogério (Senador) Monteiro, Cacá Diegues e Jacob Kligerman. Inimigos? Só a tigrada do DOI. Puseram uma bomba no seu carro e outra na varanda de sua casa. MADAME NATASHA Em defesa do pobre verbo "estancar", Natasha apela ao senador Romero Jucá para que ele deixe de usá-lo. O poderoso ex-ministro e articulador de Michel Temer disse ao seu companheiro Sérgio Machado que era preciso "estancar a sangria" da Lava Jato. Jucá é pernambucano de berço, mas elege-se por Roraima e quer fechar a fronteira para os venezuelanos. Nas suas palavras: "Defendo que os pedidos de refúgio sejam estancados". Quando Jucá usa esse verbo, alguém se ferra.
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O país em que criminosos fazem o maior sucesso
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O Brasil é um país tão extraordinário que tudo o que já está muito ruim pode sempre piorar. Já se vivia um ambiente político apodrecido há bastante tempo, pelo menos desde a eclosão da Lava Jato (ou, para os mais realistas, desde que Cabral aportou por aqui). Agora, no entanto, a putrefação ambiental fica ainda mais evidente no momento em que o presidente da República acusa o empresário Joesley Batista de ser "o criminoso notório de maior sucesso na história brasileira". Que é criminoso, não resta dúvida. Ele próprio confessou crimes em série como o de comprar um cacho de parlamentares a ponto de gabar-se de ter a maior bancada no Congresso Nacional. Que é um sucesso de bilheteria, tampouco se duvida. É talvez o maior retrato do que chamei de "capitalismo mafioso", característica do Brasil, em artigo publicado há exatamente um mês. Para quem não quer se dar ao trabalho de procurar, reproduzo parágrafos essenciais: "Uma brilhante análise desse capitalismo mafioso está no artigo de Bruno Carazza para a Folha deste sábado (20 de maio). É imperdível de A a Z, mas vale ressaltar um trecho que generaliza corretamente: 'De acordo com as regras de funcionamento do nosso capitalismo de compadrio, o sucesso de boa parte de nossas grandes empresas foi construído mediante corrupção, sonegação de impostos e lavagem de dinheiro. No melhor estilo 'rent seeking', nossos empresários investem em 'relações institucionais' em vez de bens de capital, tecnologia e produtividade da mão-de-obra'. Acrescentei, à época e reafirmo agora: "Eu só trocaria 'capitalismo de compadrio' por 'capitalismo mafioso'. Os envolvidos, de um lado e outro do balcão, não são apenas compadres, são uma organização criminosa". Não é coincidência que Joesley Batista tenha usado essa mesma expressão (organização criminosa) para se referir ao presidente Temer, na entrevista para a revista "Época". É óbvio que Temer tem todo o direito de proclamar inocência até que se prove o contrário. Mas como qualificar o presidente quando ele admite que recebeu na calada da noite, em sua própria residência, e sem registro na agenda esse "criminoso notório"? Seria um gesto de estadista? A putrefação fica ainda evidente quando se sabe que outros líderes políticos que são ou foram relevantes na pátria degradada (Aécio Neves, Eduardo Cunha e Luiz Inácio Lula da Silva, para citar apenas os mais notórios) conviveram alegremente com o "criminoso notório". Condenar os políticos por esse compadrio mafioso é necessário, mas é igualmente necessário não esquecer que "o sucesso de boa parte de nossas grandes empresas foi construído mediante corrupção, sonegação de impostos e lavagem de dinheiro", como escreveu Carazza. Pior: justamente o que Temer diz ter sido o "de maior sucesso" está livre, leve e solto. Não é um país extraordinário? Ou seria apenas ordinário?
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O país em que criminosos fazem o maior sucessoO Brasil é um país tão extraordinário que tudo o que já está muito ruim pode sempre piorar. Já se vivia um ambiente político apodrecido há bastante tempo, pelo menos desde a eclosão da Lava Jato (ou, para os mais realistas, desde que Cabral aportou por aqui). Agora, no entanto, a putrefação ambiental fica ainda mais evidente no momento em que o presidente da República acusa o empresário Joesley Batista de ser "o criminoso notório de maior sucesso na história brasileira". Que é criminoso, não resta dúvida. Ele próprio confessou crimes em série como o de comprar um cacho de parlamentares a ponto de gabar-se de ter a maior bancada no Congresso Nacional. Que é um sucesso de bilheteria, tampouco se duvida. É talvez o maior retrato do que chamei de "capitalismo mafioso", característica do Brasil, em artigo publicado há exatamente um mês. Para quem não quer se dar ao trabalho de procurar, reproduzo parágrafos essenciais: "Uma brilhante análise desse capitalismo mafioso está no artigo de Bruno Carazza para a Folha deste sábado (20 de maio). É imperdível de A a Z, mas vale ressaltar um trecho que generaliza corretamente: 'De acordo com as regras de funcionamento do nosso capitalismo de compadrio, o sucesso de boa parte de nossas grandes empresas foi construído mediante corrupção, sonegação de impostos e lavagem de dinheiro. No melhor estilo 'rent seeking', nossos empresários investem em 'relações institucionais' em vez de bens de capital, tecnologia e produtividade da mão-de-obra'. Acrescentei, à época e reafirmo agora: "Eu só trocaria 'capitalismo de compadrio' por 'capitalismo mafioso'. Os envolvidos, de um lado e outro do balcão, não são apenas compadres, são uma organização criminosa". Não é coincidência que Joesley Batista tenha usado essa mesma expressão (organização criminosa) para se referir ao presidente Temer, na entrevista para a revista "Época". É óbvio que Temer tem todo o direito de proclamar inocência até que se prove o contrário. Mas como qualificar o presidente quando ele admite que recebeu na calada da noite, em sua própria residência, e sem registro na agenda esse "criminoso notório"? Seria um gesto de estadista? A putrefação fica ainda evidente quando se sabe que outros líderes políticos que são ou foram relevantes na pátria degradada (Aécio Neves, Eduardo Cunha e Luiz Inácio Lula da Silva, para citar apenas os mais notórios) conviveram alegremente com o "criminoso notório". Condenar os políticos por esse compadrio mafioso é necessário, mas é igualmente necessário não esquecer que "o sucesso de boa parte de nossas grandes empresas foi construído mediante corrupção, sonegação de impostos e lavagem de dinheiro", como escreveu Carazza. Pior: justamente o que Temer diz ter sido o "de maior sucesso" está livre, leve e solto. Não é um país extraordinário? Ou seria apenas ordinário?
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Cirurgião plástico comenta o novo visual de Maradona
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"A boca pode estar inchada e avermelhada pois ainda está em processo de recuperação", afirmou o cirurgião plástico Vitorio Maddarena Junior, sobre o novo visual de Diego Maradona. O ex-jogador apareceu com os lábios volumosos durante um programa de TV e rapidamente virou piada nas redes sociais. Segundo o médico, o ex-atleta pode ter feito um preenchimento labial, quando se aplica ácido hialurônico ou até gordura do próprio corpo para deixar os lábios mais carnudos. A recuperação leva de 15 a 20 dias "para aparecer em público sem ter vestígios da cirurgia a mostra", diz Maddarena Junior. As cirurgias plásticas nos lábios são mais procuradas por mulheres. Segundo o cirurgião, é preciso tomar cuidado ao mexer em lábios masculinos. "Nas moças, nós podemos deixar os lábios mais cheios, já os homens têm a boca naturalmente mais fina", afirma. Maradona também fez um lifiting facial, que é a redução do tamanho da face. "Com o passar dos anos, o rosto a massa da bochecha desce e o rosto passa do formato triangular para o de retângulo", diz Maddarena Junior. A cirurgia devolve o aspecto de triângulo invertido à face. Nos olhos, o ex-jogador fez uma blefaroplastia, a retirada das bolsas de gordura das pálpebras inferiores. "Essa é a principal cirurgia feita entre os homens entre 48 e 55 anos", diz Maddarena Junior. A resultado final dessas três intervenções pode levar até seis meses. Segundo o médico, "uma boa cirurgia é aquela que as outras pessoas notam a diferença, mas não sabem dizer exatamente onde ela está". Esse não foi o caso dos lábios do argentino.
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Cirurgião plástico comenta o novo visual de Maradona"A boca pode estar inchada e avermelhada pois ainda está em processo de recuperação", afirmou o cirurgião plástico Vitorio Maddarena Junior, sobre o novo visual de Diego Maradona. O ex-jogador apareceu com os lábios volumosos durante um programa de TV e rapidamente virou piada nas redes sociais. Segundo o médico, o ex-atleta pode ter feito um preenchimento labial, quando se aplica ácido hialurônico ou até gordura do próprio corpo para deixar os lábios mais carnudos. A recuperação leva de 15 a 20 dias "para aparecer em público sem ter vestígios da cirurgia a mostra", diz Maddarena Junior. As cirurgias plásticas nos lábios são mais procuradas por mulheres. Segundo o cirurgião, é preciso tomar cuidado ao mexer em lábios masculinos. "Nas moças, nós podemos deixar os lábios mais cheios, já os homens têm a boca naturalmente mais fina", afirma. Maradona também fez um lifiting facial, que é a redução do tamanho da face. "Com o passar dos anos, o rosto a massa da bochecha desce e o rosto passa do formato triangular para o de retângulo", diz Maddarena Junior. A cirurgia devolve o aspecto de triângulo invertido à face. Nos olhos, o ex-jogador fez uma blefaroplastia, a retirada das bolsas de gordura das pálpebras inferiores. "Essa é a principal cirurgia feita entre os homens entre 48 e 55 anos", diz Maddarena Junior. A resultado final dessas três intervenções pode levar até seis meses. Segundo o médico, "uma boa cirurgia é aquela que as outras pessoas notam a diferença, mas não sabem dizer exatamente onde ela está". Esse não foi o caso dos lábios do argentino.
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O doping está entre nós
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Uma pesquisa feita com jogadores de pôquer constatou que 73% deles usam alguma substância pra aumentar a concentração, 11% para manter a calma, outros 11% para ficar acordado e 2% para melhorar a memória. Os dados impressionam porque pôquer –e deve acontecer o mesmo no xadrez–, não é um esporte de desempenho físico, mas mental. Mesmo assim, os praticantes dão lá seu jeito de ficar mais acordados, mais concentrados, mais sabidos do que os outros. Parece natural, então, que quando um atleta precisa aumentar sua força muscular, sua energia e, consequentemente, sua performance, seja tentado a usar até o que não pode. Veja, não estou defendendo o uso de doping, mas depois de tantos casos envolvendo atletas excepcionais –e eles não são excepcionais apenas porque tomam boleta–, me parece hipocrisia achar que entre os milhares de praticantes haja apenas alguns mal intencionados. Em 2003, a "Sports Illustrated" publicou reportagem sobre o Comitê Olímpico Americano, que havia encoberto o doping de mais de cem atletas, incluindo 19 medalhistas olímpicos, como o velocista Carl Lewis. O mesmo Lewis que ficou com a medalha de Ben Johnson, na Olimpíada de 1988. Sim, aquele Johnson que encantou o mundo como o cara mais rápido do planeta. Talvez o caso mais recente e mais chocante seja o do ciclista Lance Armstrong. Eu contribuía com sua ONG de apoio a doentes de câncer, a Livestrong. Foi uma decepção pensar que um ídolo como ele era um ídolo de mentirinha. Mas parei pra pensar: quem não é? Armstrong diz que faria tudo de novo e que atletas de ponta estão afundados até o pescoço em doping. Ele, melhor do que ninguém, talvez saiba o que acontece de mais nebuloso na elite esportiva. Como no mundo dos famosos, todo mundo sabe quem cheira, quem é gay, quem trai o parceiro. E seguem se fingindo de mortos. Sim, quem é pego diz que todos usam. Mas se a gente olhar a história, cai duro com a quantidade de casos que não repercutem por não envolverem atletas como Johnson, Armstrong e Anderson Silva. Além de todos os casos que não são descobertos. Se as entidades que regulamentam os esportes têm testes cada vez mais sofisticados para desvendar as fraudes, há um submundo muito eficiente em desenvolver novas drogas que não são detectáveis ou em descobrir formas mais modernas de administração que não deixem rastro. Muita gente, e não somente Armstrong, diz que é o doping que mantém atletas na ponta e garante que sigam se superando –o que garantiria o interesse do público e dos patrocinadores. Se todos –ou pelo menos a maioria– usam, não seria mais honesto que algumas drogas fossem regulamentadas para serem usadas dentro de um limite de segurança? Se reles mortais, que batem ponto na academia, se entopem de "whey prontein", creatina, hormônio de crescimento, muitas vezes sem prescrição e sem necessidade, por que não deixar que atletas profissionais se valham da medicina e da tecnologia para serem mais eficientes e mais competitivos? Ou vamos continuar fingindo que estão todos limpinhos e apenas alguns jogam sujo?
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O doping está entre nósUma pesquisa feita com jogadores de pôquer constatou que 73% deles usam alguma substância pra aumentar a concentração, 11% para manter a calma, outros 11% para ficar acordado e 2% para melhorar a memória. Os dados impressionam porque pôquer –e deve acontecer o mesmo no xadrez–, não é um esporte de desempenho físico, mas mental. Mesmo assim, os praticantes dão lá seu jeito de ficar mais acordados, mais concentrados, mais sabidos do que os outros. Parece natural, então, que quando um atleta precisa aumentar sua força muscular, sua energia e, consequentemente, sua performance, seja tentado a usar até o que não pode. Veja, não estou defendendo o uso de doping, mas depois de tantos casos envolvendo atletas excepcionais –e eles não são excepcionais apenas porque tomam boleta–, me parece hipocrisia achar que entre os milhares de praticantes haja apenas alguns mal intencionados. Em 2003, a "Sports Illustrated" publicou reportagem sobre o Comitê Olímpico Americano, que havia encoberto o doping de mais de cem atletas, incluindo 19 medalhistas olímpicos, como o velocista Carl Lewis. O mesmo Lewis que ficou com a medalha de Ben Johnson, na Olimpíada de 1988. Sim, aquele Johnson que encantou o mundo como o cara mais rápido do planeta. Talvez o caso mais recente e mais chocante seja o do ciclista Lance Armstrong. Eu contribuía com sua ONG de apoio a doentes de câncer, a Livestrong. Foi uma decepção pensar que um ídolo como ele era um ídolo de mentirinha. Mas parei pra pensar: quem não é? Armstrong diz que faria tudo de novo e que atletas de ponta estão afundados até o pescoço em doping. Ele, melhor do que ninguém, talvez saiba o que acontece de mais nebuloso na elite esportiva. Como no mundo dos famosos, todo mundo sabe quem cheira, quem é gay, quem trai o parceiro. E seguem se fingindo de mortos. Sim, quem é pego diz que todos usam. Mas se a gente olhar a história, cai duro com a quantidade de casos que não repercutem por não envolverem atletas como Johnson, Armstrong e Anderson Silva. Além de todos os casos que não são descobertos. Se as entidades que regulamentam os esportes têm testes cada vez mais sofisticados para desvendar as fraudes, há um submundo muito eficiente em desenvolver novas drogas que não são detectáveis ou em descobrir formas mais modernas de administração que não deixem rastro. Muita gente, e não somente Armstrong, diz que é o doping que mantém atletas na ponta e garante que sigam se superando –o que garantiria o interesse do público e dos patrocinadores. Se todos –ou pelo menos a maioria– usam, não seria mais honesto que algumas drogas fossem regulamentadas para serem usadas dentro de um limite de segurança? Se reles mortais, que batem ponto na academia, se entopem de "whey prontein", creatina, hormônio de crescimento, muitas vezes sem prescrição e sem necessidade, por que não deixar que atletas profissionais se valham da medicina e da tecnologia para serem mais eficientes e mais competitivos? Ou vamos continuar fingindo que estão todos limpinhos e apenas alguns jogam sujo?
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Paradoxo a sanear
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O Brasil tem um dívida enorme a resgatar no saneamento básico, em particular na coleta e no tratamento de esgotos. Causa espanto, assim, constatar que existem recursos para abatê-la, mas que acabam não sendo utilizados por absoluta incapacidade do Estado. Falham, aqui, todos os níveis da administração pública –federal, estadual e municipal. O melhor exemplo dessa falência ecumênica está no desperdício dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para o setor. Reportagem desta Folha mostrou que foram aplicados 50% dos R$ 5,1 bilhões do fundo disponíveis no Orçamento de 2015. Abaixo da média histórica de 60%, que já representava um escárnio. Em contraste, no caso das verbas do FGTS para habitação, despenderam-se 95% dos R$ 50 bilhões previstos. Não que seja pequena esta outra dívida social, pois faltam mais de 5 milhões de casas; a coleta de esgotos, contudo, envergonha o Brasil do século 21: apenas 57,6% das moradias urbanas ligadas na rede, o que corresponde a 48,6% da população. De 2013 para 2014, avançou-se mero 1,3 ponto percentual no índice constrangedor. Nesse passo, o objetivo de chegar a 93% de atendimento seria alcançado somente em 2043, dez anos após a meta oficial fixada para 2033. As verbas do FGTS que deveriam apagar essa nódoa sobram porque o poder público não se mobiliza para priorizar obras que, diz o saber convencional em política, ficam invisíveis debaixo do chão. Ademais, o estilo imperante da administração temerária catapultou o endividamento de governos estaduais e municipais a níveis que impedem a tomada de tais recursos. Como Estados e municípios são donos de 95% das empresas de saneamento no Brasil, o dinheiro do FGTS segue ocioso, e o esgoto continua sem coleta adequada –isso para não mencionar que somente 40% dos dejetos produzidos são de fato tratados. O primeiro obstáculo à mudança dessa realidade está na má governança. Assim que as empresas de saneamento se profissionalizarem, elas poderão captar não só recursos do FGTS mas também financiamentos privados –o que já fazem certas companhias estaduais. Alguns municípios que mantiveram a concessão do serviço têm obtido bons resultados repassando-o a firmas particulares. Empresas estatais também podem admitir sócios privados, de maneira a modernizar sua administração. Com o FGTS ou sem ele, privatizando ou não, algo a mais precisa ser feito. Deixar de prover serviço tão essencial à população e sua saúde não é governo, é desgoverno. [email protected]
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opiniao
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Paradoxo a sanearO Brasil tem um dívida enorme a resgatar no saneamento básico, em particular na coleta e no tratamento de esgotos. Causa espanto, assim, constatar que existem recursos para abatê-la, mas que acabam não sendo utilizados por absoluta incapacidade do Estado. Falham, aqui, todos os níveis da administração pública –federal, estadual e municipal. O melhor exemplo dessa falência ecumênica está no desperdício dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para o setor. Reportagem desta Folha mostrou que foram aplicados 50% dos R$ 5,1 bilhões do fundo disponíveis no Orçamento de 2015. Abaixo da média histórica de 60%, que já representava um escárnio. Em contraste, no caso das verbas do FGTS para habitação, despenderam-se 95% dos R$ 50 bilhões previstos. Não que seja pequena esta outra dívida social, pois faltam mais de 5 milhões de casas; a coleta de esgotos, contudo, envergonha o Brasil do século 21: apenas 57,6% das moradias urbanas ligadas na rede, o que corresponde a 48,6% da população. De 2013 para 2014, avançou-se mero 1,3 ponto percentual no índice constrangedor. Nesse passo, o objetivo de chegar a 93% de atendimento seria alcançado somente em 2043, dez anos após a meta oficial fixada para 2033. As verbas do FGTS que deveriam apagar essa nódoa sobram porque o poder público não se mobiliza para priorizar obras que, diz o saber convencional em política, ficam invisíveis debaixo do chão. Ademais, o estilo imperante da administração temerária catapultou o endividamento de governos estaduais e municipais a níveis que impedem a tomada de tais recursos. Como Estados e municípios são donos de 95% das empresas de saneamento no Brasil, o dinheiro do FGTS segue ocioso, e o esgoto continua sem coleta adequada –isso para não mencionar que somente 40% dos dejetos produzidos são de fato tratados. O primeiro obstáculo à mudança dessa realidade está na má governança. Assim que as empresas de saneamento se profissionalizarem, elas poderão captar não só recursos do FGTS mas também financiamentos privados –o que já fazem certas companhias estaduais. Alguns municípios que mantiveram a concessão do serviço têm obtido bons resultados repassando-o a firmas particulares. Empresas estatais também podem admitir sócios privados, de maneira a modernizar sua administração. Com o FGTS ou sem ele, privatizando ou não, algo a mais precisa ser feito. Deixar de prover serviço tão essencial à população e sua saúde não é governo, é desgoverno. [email protected]
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Tortellini com beterraba e molho de espinafre do Vito; aprenda a receita
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DE SÃO PAULO No restaurante italiano Vito, o chef André Mifano faz massas artesanais com apresentação cuidadosa. Veja, a seguir, a receita do tortellini recheado com beterraba e molho de espinafre servido no estabelecimento. RENDIMENTO: cinco porções de 11 unidades INGREDIENTES MASSA RECHEIO MOLHO * MODO DE PREPARO MASSA RECHEIO MONTAGEM DO TORTELLINI Informe-se sobre o local
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saopaulo
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Tortellini com beterraba e molho de espinafre do Vito; aprenda a receitaDE SÃO PAULO No restaurante italiano Vito, o chef André Mifano faz massas artesanais com apresentação cuidadosa. Veja, a seguir, a receita do tortellini recheado com beterraba e molho de espinafre servido no estabelecimento. RENDIMENTO: cinco porções de 11 unidades INGREDIENTES MASSA RECHEIO MOLHO * MODO DE PREPARO MASSA RECHEIO MONTAGEM DO TORTELLINI Informe-se sobre o local
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Primeiro bistrô do grupo Fasano tem apuro técnico e tom sóbrio
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O Parigi Bistrot pouco tem dos clássicos bistrôs da França –a simplicidade, os preços baixos, a cozinha trivial familiar. O mais novo empreendimento do restaurateur Rogério Fasano segue o alto padrão do grupo. Ocupa um salão requintado no topo do shopping Cidade Jardim (com público sóbrio, alinhado), tem preços altos (pratos alcançam R$ 99; sobremesas, R$ 29) e uma cozinha tradicional francesa com apuro técnico e apresentação sofisticada. Pode-se começar pelo ovo cozido em baixa temperatura, de gema mole, envolvido por um creme branco de boa liga com toque sutil de parmesão. Nele são acomodadas as pequeninas lentilhas francesas "du Puy", que, preparadas "al dente", enriquecem a textura do prato (R$ 40). O ovo, aqui temperado apenas com flor-de-sal e pimenta-do-reino moída na hora, aparece como protagonista de outras entradas, num capítulo à parte. Outra boa experiência é o rosbife de filé-mignon cortado em fatias grossas, devidamente rosado no centro, com gostoso sabor de ervas (R$ 40). Embalado em uma crosta de mostarda em grãos, é servido na companhia de molho à base de mostarda, óleo e vinagre, com consistência bem cremosa, à semelhança de uma maionese. PÉ NA COZINHA Por trás desse apuro técnico e de uma sensibilidade notável para tratar das apresentações dos pratos, está o chef Wagner Resende, 36, já familiarizado com a cozinha francesa. Passou nove anos ao lado do mestre Erick Jacquin e outros três no comando do tradicional Chef Rouge, entre outras paradas. Por enquanto, ele divide atenção em duas missões. Nos bastidores, está a criar pratos com elementos como foie gras, sempre concentrado nos clássicos. Ao mesmo tempo, executa com esmero e precisão o cardápio criado com os palpites de Rogério Fasano, que ainda traz camarões ao champanhe (R$ 99), graúdos, firmes, acomodados sobre um arroz umedecido com molho suave que combina creme de leite, caldo de peixe e espumante –este último sobressai. Resende dá seu toque ao steak tartare (R$ 65), menos condimentado que suas receitas anteriores. Cortada na ponta da faca, a carne fresca traz um adocicado do ketchup e certa picância da mostarda de Dijon. Nesse contexto, ficam meio deslocadas as três massas –caso do ravióli recheado com mozarela de búfala ao molho de tomate (R$ 69). Para arrematar, vale o mil-folhas de massa amanteigada, que desmancha facilmente, com crème pâtissier, leve e aerado (R$ 29). O salão projetado pelo arquiteto Isay Weinfeld, que já fez outras casas do grupo, tem lateral de vidro, e dá vista para a cidade -nada ali reforça a ideia de que se está em um shopping. Idem para a agradável área ao ar livre: mesas protegidas por ombrelones acomodam a espera –a todo o vapor– e servem de cenário para as refeições. Serviço ainda meio desajeitado no almoço –garçons pouco familiarizados com o cardápio e em ritmo lento– e mais afinado no jantar. PARIGI BISTROT ONDE: SHOPPING CIDADE JARDIM - AV. MAGALHÃES DE CASTRO, 12.000; TEL. (11) 3198-9440 QUANDO: SEG. A QUI., 12H ÀS 15H E 19H ÀS 23H; SEX. E SÁB., 12H À 0H; DOM., 12H ÀS 22H
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Primeiro bistrô do grupo Fasano tem apuro técnico e tom sóbrioO Parigi Bistrot pouco tem dos clássicos bistrôs da França –a simplicidade, os preços baixos, a cozinha trivial familiar. O mais novo empreendimento do restaurateur Rogério Fasano segue o alto padrão do grupo. Ocupa um salão requintado no topo do shopping Cidade Jardim (com público sóbrio, alinhado), tem preços altos (pratos alcançam R$ 99; sobremesas, R$ 29) e uma cozinha tradicional francesa com apuro técnico e apresentação sofisticada. Pode-se começar pelo ovo cozido em baixa temperatura, de gema mole, envolvido por um creme branco de boa liga com toque sutil de parmesão. Nele são acomodadas as pequeninas lentilhas francesas "du Puy", que, preparadas "al dente", enriquecem a textura do prato (R$ 40). O ovo, aqui temperado apenas com flor-de-sal e pimenta-do-reino moída na hora, aparece como protagonista de outras entradas, num capítulo à parte. Outra boa experiência é o rosbife de filé-mignon cortado em fatias grossas, devidamente rosado no centro, com gostoso sabor de ervas (R$ 40). Embalado em uma crosta de mostarda em grãos, é servido na companhia de molho à base de mostarda, óleo e vinagre, com consistência bem cremosa, à semelhança de uma maionese. PÉ NA COZINHA Por trás desse apuro técnico e de uma sensibilidade notável para tratar das apresentações dos pratos, está o chef Wagner Resende, 36, já familiarizado com a cozinha francesa. Passou nove anos ao lado do mestre Erick Jacquin e outros três no comando do tradicional Chef Rouge, entre outras paradas. Por enquanto, ele divide atenção em duas missões. Nos bastidores, está a criar pratos com elementos como foie gras, sempre concentrado nos clássicos. Ao mesmo tempo, executa com esmero e precisão o cardápio criado com os palpites de Rogério Fasano, que ainda traz camarões ao champanhe (R$ 99), graúdos, firmes, acomodados sobre um arroz umedecido com molho suave que combina creme de leite, caldo de peixe e espumante –este último sobressai. Resende dá seu toque ao steak tartare (R$ 65), menos condimentado que suas receitas anteriores. Cortada na ponta da faca, a carne fresca traz um adocicado do ketchup e certa picância da mostarda de Dijon. Nesse contexto, ficam meio deslocadas as três massas –caso do ravióli recheado com mozarela de búfala ao molho de tomate (R$ 69). Para arrematar, vale o mil-folhas de massa amanteigada, que desmancha facilmente, com crème pâtissier, leve e aerado (R$ 29). O salão projetado pelo arquiteto Isay Weinfeld, que já fez outras casas do grupo, tem lateral de vidro, e dá vista para a cidade -nada ali reforça a ideia de que se está em um shopping. Idem para a agradável área ao ar livre: mesas protegidas por ombrelones acomodam a espera –a todo o vapor– e servem de cenário para as refeições. Serviço ainda meio desajeitado no almoço –garçons pouco familiarizados com o cardápio e em ritmo lento– e mais afinado no jantar. PARIGI BISTROT ONDE: SHOPPING CIDADE JARDIM - AV. MAGALHÃES DE CASTRO, 12.000; TEL. (11) 3198-9440 QUANDO: SEG. A QUI., 12H ÀS 15H E 19H ÀS 23H; SEX. E SÁB., 12H À 0H; DOM., 12H ÀS 22H
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Veja como fazer doações para as vítimas do terremoto no Nepal
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Depois do violento terremoto que deixou mais de 4.000 mortos e 7.180 feridos no Nepal neste sábado (25), organizações não-governamentais (ONGs) de todo o mundo começaram a recolher doações para a população afetada. O abalo de 7,8 graus de magnitude foi o mais violento a atingir o país nos últimos 80 anos. As organizações humanitárias buscam contribuições financeiras para aquisição e distribuição de alimentos, água, itens de higiene, construção de abrigos e ajuda médica, entre outros. As doações podem ser feitas de qualquer valor pela internet por meio de cartão de crédito ou débito em conta. Confira abaixo as organizações e saiba como doar: Veja fotos ACTIONAID A organização internacional de combate à pobreza ActionAid lançou nesta terça-feira (28) no Brasil sua campanha para ajudar os nepaleses. Atuando com uma equipe nacional do Nepal e uma enviada especial para respostas humanitárias, a organização está fornecendo água potável, cestas básicas, abrigos temporários, kits de higiene pessoal, suprimentos médicos e apoio psicossocial aos sobreviventes. As doações podem ser feitas on-line a partir de qualquer valor pelo cartão de crédito, débito em conta ou boleto bancário. CARE A Care, organização internacional que luta contra a pobreza global, está levantando doações para fornecer comida, água e abrigo aos necessitados no país. Doações de qualquer valor podem ser feitas pelo site da organização via cartão de crédito, cheque ou PayPal. CRUZ VERMELHA A Cruz Vermelha Brasileira está arrecadando recursos para apoiar as ações de proteção a saúde e a vida humana da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho nas áreas atingidas pelo terremoto. A contribuição é feita por depósito bancário. Cruz Vermelha Brasileira CNPJ: 33651803/0001-65 Banco: Bradesco Agência: 1276 Conta corrente: 15513-6 As doações ainda podem ser feitas direto à filial da organização no Nepal : Nepal Red Cross Society, National Headquartes Banco: Standard Chartered Bank Nepal Ltd Conta: 17-0003794-01 Código: SCBLNPKA GLOBAL GIVING O site Global Giving, mantido por empreendedores sociais de todo o mundo, está buscando doações para ajudar os socorristas no Nepal nas necessidades básicas, como conseguir alimentos, água potável, combustível e produtos de higiene para os sobreviventes. A doação de qualquer valor são feitas pela internet por meio de cartão de crédito ou Paypal. LIVE TO LOVE A Live to Love, organização internacional sem fins lucrativos, que atua nas áreas de educação, proteção ambiental, preservação do patrimônio, serviços médicos e ajuda humanitária, também busca contribuições. O dinheiro arrecadado será usado para comprar kits de primeiros socorros, suprimentos médicos, comida e água, transporte e construir abrigos, entre outros. Interessados em contribuir devem entrar em contato pelo e-mail [email protected]. MÉDICOS SEM FRONTEIRAS A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras enviou oito equipes de profissionais da área da saúde e de outras para socorrer atingidos pelo terremoto. Itens de primeira necessidade também foram encaminhados. Doações são feitas on-line, em qualquer valor, via débito automático, cartão de crédito ou boleto bancário. SAVE THE CHILDREN A Save the Children, organização não-governamental e internacional voltada aos direitos das crianças, busca doações para reforçar seu apoio no Nepal. As contribuições são feitas no valor de preferência por meio da internet por meio de um cartão de crédito ou PayPal. THE WORLD FOOD PROGRAMME O World Food Programme, agência humanitária de combate à fome em todo mundo, começou uma operação emergencial no Nepal para entrega de alimentos. Para comprar, armazenar e entregar comida e outros itens de ajuda humanitária, a agência está levantando doações. As contribuições de qualquer valor pode ser são feitas on-line por meio cartão de crédito ou PayPal. UNICEF O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) começou nesta segunda-feira (27) uma campanha de arrecadação de recursos para ajudar crianças, adolescentes e famílias afetadas pelo abalo. O foco das ações é atender às necessidades humanitárias urgentes das crianças, que são água e saneamento, nutrição, educação e proteção. Pode-se doar pelo site da Unicef fazendo uma contribuição de qualquer valor por meio cartão de crédito ou débito em conta; enviar um SMS com a palavra "Unicef" para 27146, neste caso, a organização entrará em contato para recolher a doação, ou ainda pelo telefone 0800 605 2020.
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empreendedorsocial
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Veja como fazer doações para as vítimas do terremoto no NepalDepois do violento terremoto que deixou mais de 4.000 mortos e 7.180 feridos no Nepal neste sábado (25), organizações não-governamentais (ONGs) de todo o mundo começaram a recolher doações para a população afetada. O abalo de 7,8 graus de magnitude foi o mais violento a atingir o país nos últimos 80 anos. As organizações humanitárias buscam contribuições financeiras para aquisição e distribuição de alimentos, água, itens de higiene, construção de abrigos e ajuda médica, entre outros. As doações podem ser feitas de qualquer valor pela internet por meio de cartão de crédito ou débito em conta. Confira abaixo as organizações e saiba como doar: Veja fotos ACTIONAID A organização internacional de combate à pobreza ActionAid lançou nesta terça-feira (28) no Brasil sua campanha para ajudar os nepaleses. Atuando com uma equipe nacional do Nepal e uma enviada especial para respostas humanitárias, a organização está fornecendo água potável, cestas básicas, abrigos temporários, kits de higiene pessoal, suprimentos médicos e apoio psicossocial aos sobreviventes. As doações podem ser feitas on-line a partir de qualquer valor pelo cartão de crédito, débito em conta ou boleto bancário. CARE A Care, organização internacional que luta contra a pobreza global, está levantando doações para fornecer comida, água e abrigo aos necessitados no país. Doações de qualquer valor podem ser feitas pelo site da organização via cartão de crédito, cheque ou PayPal. CRUZ VERMELHA A Cruz Vermelha Brasileira está arrecadando recursos para apoiar as ações de proteção a saúde e a vida humana da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho nas áreas atingidas pelo terremoto. A contribuição é feita por depósito bancário. Cruz Vermelha Brasileira CNPJ: 33651803/0001-65 Banco: Bradesco Agência: 1276 Conta corrente: 15513-6 As doações ainda podem ser feitas direto à filial da organização no Nepal : Nepal Red Cross Society, National Headquartes Banco: Standard Chartered Bank Nepal Ltd Conta: 17-0003794-01 Código: SCBLNPKA GLOBAL GIVING O site Global Giving, mantido por empreendedores sociais de todo o mundo, está buscando doações para ajudar os socorristas no Nepal nas necessidades básicas, como conseguir alimentos, água potável, combustível e produtos de higiene para os sobreviventes. A doação de qualquer valor são feitas pela internet por meio de cartão de crédito ou Paypal. LIVE TO LOVE A Live to Love, organização internacional sem fins lucrativos, que atua nas áreas de educação, proteção ambiental, preservação do patrimônio, serviços médicos e ajuda humanitária, também busca contribuições. O dinheiro arrecadado será usado para comprar kits de primeiros socorros, suprimentos médicos, comida e água, transporte e construir abrigos, entre outros. Interessados em contribuir devem entrar em contato pelo e-mail [email protected]. MÉDICOS SEM FRONTEIRAS A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras enviou oito equipes de profissionais da área da saúde e de outras para socorrer atingidos pelo terremoto. Itens de primeira necessidade também foram encaminhados. Doações são feitas on-line, em qualquer valor, via débito automático, cartão de crédito ou boleto bancário. SAVE THE CHILDREN A Save the Children, organização não-governamental e internacional voltada aos direitos das crianças, busca doações para reforçar seu apoio no Nepal. As contribuições são feitas no valor de preferência por meio da internet por meio de um cartão de crédito ou PayPal. THE WORLD FOOD PROGRAMME O World Food Programme, agência humanitária de combate à fome em todo mundo, começou uma operação emergencial no Nepal para entrega de alimentos. Para comprar, armazenar e entregar comida e outros itens de ajuda humanitária, a agência está levantando doações. As contribuições de qualquer valor pode ser são feitas on-line por meio cartão de crédito ou PayPal. UNICEF O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) começou nesta segunda-feira (27) uma campanha de arrecadação de recursos para ajudar crianças, adolescentes e famílias afetadas pelo abalo. O foco das ações é atender às necessidades humanitárias urgentes das crianças, que são água e saneamento, nutrição, educação e proteção. Pode-se doar pelo site da Unicef fazendo uma contribuição de qualquer valor por meio cartão de crédito ou débito em conta; enviar um SMS com a palavra "Unicef" para 27146, neste caso, a organização entrará em contato para recolher a doação, ou ainda pelo telefone 0800 605 2020.
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Sexta-feira de Natal começa quente e termina com peça de Zé Celso
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O QUE AFETA SUA VIDA Para quem pensa em dar uma passada no parque Ibirapuera nesta sexta de Natal, a CET informa que a Zona Azul Especial, nos bolsões internos do local e nas vias de seu entorno, está suspensa —não só em 25/12, mas também em 31/12 e 1º/1. Nesses dias, as vagas estão liberadas sem o uso do cartão. Lembre-se: o rodízio municipal de veículos está suspenso até 11/1/2016. * TEMPO A sexta-feira deve ser quente, com mínima de 23ºC e máxima de 32ºC. À tarde e à noite, a previsão é de chuva fraca. * CULTURA E LAZER Em dia de Natal também dá para ir ao teatro. O musical "Mistérios Gozósos", que é uma adaptação de José Celso Martinez Corrêa para o subversivo poema "O Santeiro do Mangue", de Oswald de Andrade, tem sessão nesta sexta (25), às 21h, no Teat(r)o Oficina. Os ingressos custam R$ 40 e R$ 50. Outra opção é ir ao cinema e ver alguma das estreias, como a comédia "Até que a Sorte nos Separe 3" ou o drama "Macbeth - Ambição e Guerra". * AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas às 21h. Coordenação: Ricardo Ampudia
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saopaulo
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Sexta-feira de Natal começa quente e termina com peça de Zé CelsoO QUE AFETA SUA VIDA Para quem pensa em dar uma passada no parque Ibirapuera nesta sexta de Natal, a CET informa que a Zona Azul Especial, nos bolsões internos do local e nas vias de seu entorno, está suspensa —não só em 25/12, mas também em 31/12 e 1º/1. Nesses dias, as vagas estão liberadas sem o uso do cartão. Lembre-se: o rodízio municipal de veículos está suspenso até 11/1/2016. * TEMPO A sexta-feira deve ser quente, com mínima de 23ºC e máxima de 32ºC. À tarde e à noite, a previsão é de chuva fraca. * CULTURA E LAZER Em dia de Natal também dá para ir ao teatro. O musical "Mistérios Gozósos", que é uma adaptação de José Celso Martinez Corrêa para o subversivo poema "O Santeiro do Mangue", de Oswald de Andrade, tem sessão nesta sexta (25), às 21h, no Teat(r)o Oficina. Os ingressos custam R$ 40 e R$ 50. Outra opção é ir ao cinema e ver alguma das estreias, como a comédia "Até que a Sorte nos Separe 3" ou o drama "Macbeth - Ambição e Guerra". * AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas às 21h. Coordenação: Ricardo Ampudia
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Seleção olímpica enfrentará o Japão quatro dias antes da estreia na Rio-16
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DE SÃO PAULO A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) anunciou nesta segunda-feira (30) que a seleção brasileira olímpica fará um amistoso contra o Japão no dia 30 de julho, às 16h30, no estádio Serra Dourada, em Goiânia. O amistoso será realizado quatro dias antes da equipe estrear na Olimpíada do Rio. A primeira partida pelo torneio olímpico será contra a África do Sul, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, às 16h, no dia 4 de agosto. Cabeça de chave do grupo A, a seleção enfrentará ainda o Iraque, também na capital federal, no dia 7 de agosto, às 22h. Na última rodada da fase classificatória, a equipe pega a Dinamarca, às 22h, em Salvador. O Japão também disputará o torneio de futebol masculino na Rio-2016. A seleção está no Grupo B juntamente com Suécia, Colômbia e Nigéria. O torneio de futebol masculino tem 16 equipes disputando a primeira fase, divididos em quatro grupos. Os dois melhores de cada se classificam para as quartas de final. Dunga vai divulgar a lista dos atletas convocados para a Rio-2016 no dia 29 de junho. Ele poderá convocar 18 jogadores, sendo três com idade acima dos 23 anos. Um deles, será o atacante Neymar. Em acordo com o Barcelona, a CBF optou por deixá-lo fora da Copa América, que será disputada entre os dias 3 e 26 de junho. O Barça só topou liberá-lo para o sonho do ouro olímpico se ele fosse poupado do torneio continental. Os outros dois atletas "veteranos" na Rio-2016 devem ser o zagueiro Miranda, da Inter de Milão, e o meia Willian, do Chelsea. Eles estão no grupo que disputará a Copa América, mas ainda não foram liberados por seus clubes para o torneio no Rio. A lista que será divulgada no dia 29 também deverá ter o goleiro Ederson, do Benfica, os zagueiros Rodrigo Caio, do São Paulo, e Marquinhos, do PSG, o lateral direito Fabinho, do Monaco, o lateral esquerdo Douglas Santos, do Atlético-MG, o meia Rafinha Alcântara, do Barcelona, e o atacante Gabriel, do Santos, que possuem idade olímpica, mas foram convocados para a Copa América. O Brasil nunca conquistou uma medalha de ouro em Jogos Olímpicos. O país já ganhou cinco medalhas: prata em Los Angeles 1984, prata em Seul 1988, bronze em Atlanta 1996, bronze em Pequim 2008 e prata em Londres 2012. GRUPOS DO TORNEIO DE FUTEBOL MASCULINO NA RIO-2016 Grupo A: Brasil, África do Sul, Iraque e Dinamarca Grupo B: Suécia, Colômbia, Nigéria e Japão Grupo C: Fiji, Coreia do Sul, México e Alemanha Grupo D: Honduras, Argélia, Portugal e Argentina Tabela do futebol nas Olimpíadas - masculino
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esporte
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Seleção olímpica enfrentará o Japão quatro dias antes da estreia na Rio-16
DE SÃO PAULO A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) anunciou nesta segunda-feira (30) que a seleção brasileira olímpica fará um amistoso contra o Japão no dia 30 de julho, às 16h30, no estádio Serra Dourada, em Goiânia. O amistoso será realizado quatro dias antes da equipe estrear na Olimpíada do Rio. A primeira partida pelo torneio olímpico será contra a África do Sul, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, às 16h, no dia 4 de agosto. Cabeça de chave do grupo A, a seleção enfrentará ainda o Iraque, também na capital federal, no dia 7 de agosto, às 22h. Na última rodada da fase classificatória, a equipe pega a Dinamarca, às 22h, em Salvador. O Japão também disputará o torneio de futebol masculino na Rio-2016. A seleção está no Grupo B juntamente com Suécia, Colômbia e Nigéria. O torneio de futebol masculino tem 16 equipes disputando a primeira fase, divididos em quatro grupos. Os dois melhores de cada se classificam para as quartas de final. Dunga vai divulgar a lista dos atletas convocados para a Rio-2016 no dia 29 de junho. Ele poderá convocar 18 jogadores, sendo três com idade acima dos 23 anos. Um deles, será o atacante Neymar. Em acordo com o Barcelona, a CBF optou por deixá-lo fora da Copa América, que será disputada entre os dias 3 e 26 de junho. O Barça só topou liberá-lo para o sonho do ouro olímpico se ele fosse poupado do torneio continental. Os outros dois atletas "veteranos" na Rio-2016 devem ser o zagueiro Miranda, da Inter de Milão, e o meia Willian, do Chelsea. Eles estão no grupo que disputará a Copa América, mas ainda não foram liberados por seus clubes para o torneio no Rio. A lista que será divulgada no dia 29 também deverá ter o goleiro Ederson, do Benfica, os zagueiros Rodrigo Caio, do São Paulo, e Marquinhos, do PSG, o lateral direito Fabinho, do Monaco, o lateral esquerdo Douglas Santos, do Atlético-MG, o meia Rafinha Alcântara, do Barcelona, e o atacante Gabriel, do Santos, que possuem idade olímpica, mas foram convocados para a Copa América. O Brasil nunca conquistou uma medalha de ouro em Jogos Olímpicos. O país já ganhou cinco medalhas: prata em Los Angeles 1984, prata em Seul 1988, bronze em Atlanta 1996, bronze em Pequim 2008 e prata em Londres 2012. GRUPOS DO TORNEIO DE FUTEBOL MASCULINO NA RIO-2016 Grupo A: Brasil, África do Sul, Iraque e Dinamarca Grupo B: Suécia, Colômbia, Nigéria e Japão Grupo C: Fiji, Coreia do Sul, México e Alemanha Grupo D: Honduras, Argélia, Portugal e Argentina Tabela do futebol nas Olimpíadas - masculino
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Maioria defende que EUA reduzam papel no mundo
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O apoio dos americanos ao aumento de gastos militares está no maior nível desde o 11 de Setembro. Ao mesmo tempo, a maioria prefere que os EUA cuidem dos próprios problemas e reduzam seu envolvimento na segurança mundial. As conclusões são de estudo divulgado nesta quarta (5) pelo Instituto Pew, que mostra o público americano favorável ao discurso do virtual candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump. Sob o lema "América primeiro", ele defende o fortalecimento militar dos EUA e menos intervenções no exterior. "O público vê o papel dos EUA no mundo com apreensão. A maioria dos americanos diz ser melhor que os EUA lidem só com seus problemas e deixem outros países lidarem com os deles", diz o estudo. Segundo a pesquisa, 57% acham que os EUA devem reduzir sua ação internacional -eram 52% em 2013. Os que aceitam ajudar outros países são 37%. Mais americanos dizem que os EUA fazem demais (41%) para resolver os problemas do mundo (outro ponto martelado por Trump); 27%, que não faz o suficiente; e 28%, que a medida está correta. Também em relação à integração econômica, o pensamento médio se encaixa no que prega Trump contra os acordos comerciais internacionais. Para 49%, o envolvimento econômico dos EUA com o mundo é ruim, pois baixa salários e corta empregos. A visão de que os acordos abrem mercados para os EUA, e portanto são positivos, é apoiada por 44%. Entre eleitores de Trump, 67% se opõem a elevar a importação de países em desenvolvimento. A tese de Trump de que os EUA estão em decadência ressoa entre a maioria, indica a pesquisa. Quase metade (46%) diz que em dez anos os EUA perderam importância, e só 21% afirmam que se fortaleceu.
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mundo
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Maioria defende que EUA reduzam papel no mundoO apoio dos americanos ao aumento de gastos militares está no maior nível desde o 11 de Setembro. Ao mesmo tempo, a maioria prefere que os EUA cuidem dos próprios problemas e reduzam seu envolvimento na segurança mundial. As conclusões são de estudo divulgado nesta quarta (5) pelo Instituto Pew, que mostra o público americano favorável ao discurso do virtual candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump. Sob o lema "América primeiro", ele defende o fortalecimento militar dos EUA e menos intervenções no exterior. "O público vê o papel dos EUA no mundo com apreensão. A maioria dos americanos diz ser melhor que os EUA lidem só com seus problemas e deixem outros países lidarem com os deles", diz o estudo. Segundo a pesquisa, 57% acham que os EUA devem reduzir sua ação internacional -eram 52% em 2013. Os que aceitam ajudar outros países são 37%. Mais americanos dizem que os EUA fazem demais (41%) para resolver os problemas do mundo (outro ponto martelado por Trump); 27%, que não faz o suficiente; e 28%, que a medida está correta. Também em relação à integração econômica, o pensamento médio se encaixa no que prega Trump contra os acordos comerciais internacionais. Para 49%, o envolvimento econômico dos EUA com o mundo é ruim, pois baixa salários e corta empregos. A visão de que os acordos abrem mercados para os EUA, e portanto são positivos, é apoiada por 44%. Entre eleitores de Trump, 67% se opõem a elevar a importação de países em desenvolvimento. A tese de Trump de que os EUA estão em decadência ressoa entre a maioria, indica a pesquisa. Quase metade (46%) diz que em dez anos os EUA perderam importância, e só 21% afirmam que se fortaleceu.
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Propina para cartolas é cinco vezes o valor do prêmio da Copa América
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Os principais cartolas da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) dividiam subornos de US$ 20 milhões (R$ 63,5 milhões) para vender os direitos de comercialização de cada edição de Copa América, segundo investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O valor é cinco vezes maior do que a premiação para o time campeão da edição de 2015, que começa dia 11 de junho, e que receberá US$ 4 milhões. O dinheiro do prêmio, apesar de ser debitado na conta da confederação da seleção campeã, normalmente é usado para pagamento da premiação de atletas e membros da comissão técnica, o que inclui aqueles com salários menores, como roupeiros e massagistas. A fatia total que a Conmebol já recebeu da empresa Datisa, em contrato firmado em 2013, pelos direitos de comercializar transmissão de TV e publicidade da Copa América do Chile é de US$ 75 milhões (R$ 238 milhões) –sem contar os US$ 20 milhões de subornos. No dia 23 de janeiro de 2015, na paradisíaca Punta Del Este, no Uruguai, Juan Ángel Napout, paraguaio que preside a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), foi aplaudido pelos outros 13 membros do Comitê Executivo da entidade ao anunciar que quase triplicaria o prêmio ao campeão da Copa América 2015, no Chile. Em 2011, na Argentina, o Uruguai embolsou US$ 1,5 milhão. Na mesa aplaudindo estavam, ao menos, três acusados pela Justiça americana de receberem propina para fechar com a Datisa: o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da CBF, o venezuelano Rafael Esquivel, presidente de sua federação, e o uruguaio Eugenio Figueredo, antecessor de Napout na chefia da Conmebol e membro do Comitê Executivo da Fifa. Os documentos divulgados pela Justiça americana mostram que somente Marin teria recebido US$ 6 milhões (R$ 19 milhões), propina dividida entre bônus pela assinatura do contrato e pela Copa América do Chile. Ou seja, segundo a Justiça americana, o cartola recebeu 30% a mais do que o campeão da competição deste ano ganhará. No total, pelas próximas quatro edições da Copa América, a Conmebol receberia US$ 352,5 milhões (R$ 1,1 bilhão), apenas pelos contratos comerciais. Os subornos chegariam a US$ 110 milhões (R$ 349 milhões), mas "somente" US$ 40 milhões (R$ 127 milhões) foram pagos até o momento –referentes à assinatura de contrato e pela edição 2015. Procurado, o advogado de José Maria Marin, o espanhol Gorka Villar, não foi encontrado. A Conmebol também não vai se pronunciar sobre o caso neste momento.
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esporte
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Propina para cartolas é cinco vezes o valor do prêmio da Copa AméricaOs principais cartolas da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) dividiam subornos de US$ 20 milhões (R$ 63,5 milhões) para vender os direitos de comercialização de cada edição de Copa América, segundo investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O valor é cinco vezes maior do que a premiação para o time campeão da edição de 2015, que começa dia 11 de junho, e que receberá US$ 4 milhões. O dinheiro do prêmio, apesar de ser debitado na conta da confederação da seleção campeã, normalmente é usado para pagamento da premiação de atletas e membros da comissão técnica, o que inclui aqueles com salários menores, como roupeiros e massagistas. A fatia total que a Conmebol já recebeu da empresa Datisa, em contrato firmado em 2013, pelos direitos de comercializar transmissão de TV e publicidade da Copa América do Chile é de US$ 75 milhões (R$ 238 milhões) –sem contar os US$ 20 milhões de subornos. No dia 23 de janeiro de 2015, na paradisíaca Punta Del Este, no Uruguai, Juan Ángel Napout, paraguaio que preside a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), foi aplaudido pelos outros 13 membros do Comitê Executivo da entidade ao anunciar que quase triplicaria o prêmio ao campeão da Copa América 2015, no Chile. Em 2011, na Argentina, o Uruguai embolsou US$ 1,5 milhão. Na mesa aplaudindo estavam, ao menos, três acusados pela Justiça americana de receberem propina para fechar com a Datisa: o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da CBF, o venezuelano Rafael Esquivel, presidente de sua federação, e o uruguaio Eugenio Figueredo, antecessor de Napout na chefia da Conmebol e membro do Comitê Executivo da Fifa. Os documentos divulgados pela Justiça americana mostram que somente Marin teria recebido US$ 6 milhões (R$ 19 milhões), propina dividida entre bônus pela assinatura do contrato e pela Copa América do Chile. Ou seja, segundo a Justiça americana, o cartola recebeu 30% a mais do que o campeão da competição deste ano ganhará. No total, pelas próximas quatro edições da Copa América, a Conmebol receberia US$ 352,5 milhões (R$ 1,1 bilhão), apenas pelos contratos comerciais. Os subornos chegariam a US$ 110 milhões (R$ 349 milhões), mas "somente" US$ 40 milhões (R$ 127 milhões) foram pagos até o momento –referentes à assinatura de contrato e pela edição 2015. Procurado, o advogado de José Maria Marin, o espanhol Gorka Villar, não foi encontrado. A Conmebol também não vai se pronunciar sobre o caso neste momento.
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Oswaldo de Oliveira defende reforma nas datas dos Estaduais
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Os treinadores de 17 dos 20 clubes da série A do Campeonato Brasileiro discutiram nesta segunda-feira (27) o que pode ser feito para melhorar o nível dos jogos nas temporadas que estão por vir. Temas como arbitragem e alterações no calendário foram mencionados pelos técnicos durante o "1º Encontro de Técnicos da Série A", na sede da CBF, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Vanderlei Luxemburgo, do Flamengo, defendeu a padronização no tamanho dos gramados e sugeriu a criação de regras para impedir atrasos em pagamentos de rescisões de contrato. "Acho que aqui deveria ser feito igual na Espanha. Caso o treinador saia, o clube só pode pôr outro no lugar após acertar tudo que deve ao anterior e vice-versa", disse Luxemburgo. Segundo o coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, a proximidade entre os técnicos e a CBF pode trazer benefícios já para o Campeonato Brasileiro deste ano. "Foi um grande passo. Falamos sobre arbitragem, marketing, seleção brasileira, calendário, campos e saímos com um balanço interessante e medidas concretas. O mais importante é esse primeiro passo. Nós estamos buscando mudar e melhorar o futebol brasileiro". O treinador do Palmeiras, Oswaldo de Oliveira, ressaltou a importância de criar uma discussão em torno do calendário do futebol brasileiro. Segundo ele, os campeonatos regionais precisam passar por uma reforma para viabilizar uma melhor preparação para o Brasileiro. "O campeonato regional é a formação do nosso futebol e a raiz, mas hoje ele precisa passar por uma reforma nas datas para que o Campeonato Brasileiro possa ser disputado por 20 clubes de uma forma mais confortável". Os técnicos Argel, do Figueirense, Mílton Mendes, do Atlético-PR, e Tite, do Corinthians, não compareceram ao evento.
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esporte
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Oswaldo de Oliveira defende reforma nas datas dos EstaduaisOs treinadores de 17 dos 20 clubes da série A do Campeonato Brasileiro discutiram nesta segunda-feira (27) o que pode ser feito para melhorar o nível dos jogos nas temporadas que estão por vir. Temas como arbitragem e alterações no calendário foram mencionados pelos técnicos durante o "1º Encontro de Técnicos da Série A", na sede da CBF, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Vanderlei Luxemburgo, do Flamengo, defendeu a padronização no tamanho dos gramados e sugeriu a criação de regras para impedir atrasos em pagamentos de rescisões de contrato. "Acho que aqui deveria ser feito igual na Espanha. Caso o treinador saia, o clube só pode pôr outro no lugar após acertar tudo que deve ao anterior e vice-versa", disse Luxemburgo. Segundo o coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, a proximidade entre os técnicos e a CBF pode trazer benefícios já para o Campeonato Brasileiro deste ano. "Foi um grande passo. Falamos sobre arbitragem, marketing, seleção brasileira, calendário, campos e saímos com um balanço interessante e medidas concretas. O mais importante é esse primeiro passo. Nós estamos buscando mudar e melhorar o futebol brasileiro". O treinador do Palmeiras, Oswaldo de Oliveira, ressaltou a importância de criar uma discussão em torno do calendário do futebol brasileiro. Segundo ele, os campeonatos regionais precisam passar por uma reforma para viabilizar uma melhor preparação para o Brasileiro. "O campeonato regional é a formação do nosso futebol e a raiz, mas hoje ele precisa passar por uma reforma nas datas para que o Campeonato Brasileiro possa ser disputado por 20 clubes de uma forma mais confortável". Os técnicos Argel, do Figueirense, Mílton Mendes, do Atlético-PR, e Tite, do Corinthians, não compareceram ao evento.
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O rio Doce azedou
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Há 377 mil nascentes na bacia do rio Doce. O rio tem 850 km de extensão e dele dependem 3,5 milhões de pessoas. Agora, com o rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, resta um imenso curso de lama que destrói quase toda forma de vida que encontra pela frente. As barragens de Minas Gerais são verdadeiras bombas-relógios, prestes a detonar a qualquer momento. O maior desastre ambiental da história do Brasil causou 19 mortes. As casas de 254 famílias foram soterradas por 55 milhões de metros cúbicos de lama (o equivalente a 20 mil piscinas olímpicas cheias de lama). No capitalismo, empresa existe para dar lucros. Mais lucros e menos segurança. Proteção ambiental, investimento em pesquisas e qualidade de vida da população são questões secundárias. As empresas sofrem pressão dos acionistas para aumentar a produção e vender mais e mais. Foi o que aconteceu com a Samarco. Já era tempo de aplicar tecnologias de extração de minério a seco, sem utilizar água. Ou reutilizar a água da lavagem, como fazem inúmeras empresas não mineradoras. Em 2014, a Samarco, controlada pela Vale e BHP Billiton, obteve um lucro líquido de R$ 2,8 bilhões. O governo brasileiro não tem visão estratégica. Tentou, mas fracassou nesse intento. Em 2007, criou a Secretaria de Assuntos Estratégicos, com status de ministério. Fechou-a em outubro de 2015, sem choro, nem vela, nem fita amarela. Ainda que a tragédia de Mariana não houvesse ocorrido, a sentença de pena de morte da bacia do Rio Doce já havia sido decretada pelos municípios que despejam o esgoto em suas águas. Outro grave problema é o desmatamento da mata atlântica. Hoje, no vale do rio Doce, a cobertura é de menos de 0,5% de floresta. Para os governos (municipal, estadual e federal) e a maioria das empresas, preservação ambiental é um mero jogo de palavras em discursos demagógicos. Falam maravilhas sobre sustentabilidade e compromisso social! Ora, basta conferir quanto, de fato, gasta-se nessas áreas. Em Minas, o Sisema (Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) recebe apenas 0,5% do orçamento público. Depois da Secretaria da Fazenda, quem mais arrecada é a do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Mas todo o dinheiro, recolhido pela Secretaria do Planejamento, vai para outros gastos do Estado. Resta, no final, uma ninharia para a Semad. A fiscalização nas empresas mineradoras ou é feita com olhos de cego, devido à pressão das empresas e à corrupção dos políticos, ou não é feita por conta da falta de pessoal qualificado, equipamentos, viaturas e pagamento de diárias. Embora o financiamento empresarial de campanhas políticas esteja proibido, por baixo do pano os políticos esperam "uma ajudazinha" das empresas e, por isso, temem ser rigorosos na imposição das leis e na apuração de responsabilidades. Isso explica por que o Sisema, em apenas um ano, analisou e regulamentou mais de 6.000 processos de licenciamentos ambientais. Enquanto economia e política não forem "ecologizadas", outras tragédias semelhantes poderão ocorrer. A menos que a lei obrigue os diretores de mineradoras a erguer seus luxuosos condomínios à sombra das barragens. CARLOS ALBERTO LIBANIO CHRISTO, 71, Frei Betto, é assessor de movimentos sociais e escritor. É autor do romance "Minas do Ouro" (Rocco), entre outros * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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opiniao
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O rio Doce azedouHá 377 mil nascentes na bacia do rio Doce. O rio tem 850 km de extensão e dele dependem 3,5 milhões de pessoas. Agora, com o rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, resta um imenso curso de lama que destrói quase toda forma de vida que encontra pela frente. As barragens de Minas Gerais são verdadeiras bombas-relógios, prestes a detonar a qualquer momento. O maior desastre ambiental da história do Brasil causou 19 mortes. As casas de 254 famílias foram soterradas por 55 milhões de metros cúbicos de lama (o equivalente a 20 mil piscinas olímpicas cheias de lama). No capitalismo, empresa existe para dar lucros. Mais lucros e menos segurança. Proteção ambiental, investimento em pesquisas e qualidade de vida da população são questões secundárias. As empresas sofrem pressão dos acionistas para aumentar a produção e vender mais e mais. Foi o que aconteceu com a Samarco. Já era tempo de aplicar tecnologias de extração de minério a seco, sem utilizar água. Ou reutilizar a água da lavagem, como fazem inúmeras empresas não mineradoras. Em 2014, a Samarco, controlada pela Vale e BHP Billiton, obteve um lucro líquido de R$ 2,8 bilhões. O governo brasileiro não tem visão estratégica. Tentou, mas fracassou nesse intento. Em 2007, criou a Secretaria de Assuntos Estratégicos, com status de ministério. Fechou-a em outubro de 2015, sem choro, nem vela, nem fita amarela. Ainda que a tragédia de Mariana não houvesse ocorrido, a sentença de pena de morte da bacia do Rio Doce já havia sido decretada pelos municípios que despejam o esgoto em suas águas. Outro grave problema é o desmatamento da mata atlântica. Hoje, no vale do rio Doce, a cobertura é de menos de 0,5% de floresta. Para os governos (municipal, estadual e federal) e a maioria das empresas, preservação ambiental é um mero jogo de palavras em discursos demagógicos. Falam maravilhas sobre sustentabilidade e compromisso social! Ora, basta conferir quanto, de fato, gasta-se nessas áreas. Em Minas, o Sisema (Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) recebe apenas 0,5% do orçamento público. Depois da Secretaria da Fazenda, quem mais arrecada é a do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Mas todo o dinheiro, recolhido pela Secretaria do Planejamento, vai para outros gastos do Estado. Resta, no final, uma ninharia para a Semad. A fiscalização nas empresas mineradoras ou é feita com olhos de cego, devido à pressão das empresas e à corrupção dos políticos, ou não é feita por conta da falta de pessoal qualificado, equipamentos, viaturas e pagamento de diárias. Embora o financiamento empresarial de campanhas políticas esteja proibido, por baixo do pano os políticos esperam "uma ajudazinha" das empresas e, por isso, temem ser rigorosos na imposição das leis e na apuração de responsabilidades. Isso explica por que o Sisema, em apenas um ano, analisou e regulamentou mais de 6.000 processos de licenciamentos ambientais. Enquanto economia e política não forem "ecologizadas", outras tragédias semelhantes poderão ocorrer. A menos que a lei obrigue os diretores de mineradoras a erguer seus luxuosos condomínios à sombra das barragens. CARLOS ALBERTO LIBANIO CHRISTO, 71, Frei Betto, é assessor de movimentos sociais e escritor. É autor do romance "Minas do Ouro" (Rocco), entre outros * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Bolsa no Brasil cai devido à corrupção e à ineficiência do governo, diz leitor
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As Bolsas do mundo inteiro caíram devido à despencada da Bolsa chinesa, mas, no Brasil, devido à corrupção e à ineficiência do desgoverno petista, há anos os investidores estão se afastando de nós pela previsões pessimistas da economia (Bolsa desaba 6% e dólar vai a R$ 3,58 em 'Segunda Negra' causada por China). Até as empresas de avaliação estão reduzindo as notas do Brasil, e os investidores não gostam de correr riscos. É só ver o desemprenho da BMF nos últimos anos. * * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Bolsa no Brasil cai devido à corrupção e à ineficiência do governo, diz leitorAs Bolsas do mundo inteiro caíram devido à despencada da Bolsa chinesa, mas, no Brasil, devido à corrupção e à ineficiência do desgoverno petista, há anos os investidores estão se afastando de nós pela previsões pessimistas da economia (Bolsa desaba 6% e dólar vai a R$ 3,58 em 'Segunda Negra' causada por China). Até as empresas de avaliação estão reduzindo as notas do Brasil, e os investidores não gostam de correr riscos. É só ver o desemprenho da BMF nos últimos anos. * * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Olimpíada não pode ser culpada por crise e terrorismo, diz diretor do COI
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ITALO NOGUEIRA DO RIO O diretor-executivo do COI (Comitê Olímpico Internacional), o suíço Christophe Dubi, afirmou nesta sexta-feira (22) que a Olimpíada não pode ser responsabilizada pela crise financeira do Estado nem por eventual tentativa de terrorismo. Ele não fez comentários diretos sobre a operação de quinta (21) que prendeu dez suspeitos de planejarem atos terroristas durante os Jogos. Mas afirmou que o evento não é responsável pelo possível início da atuação do Estado Islâmico no país. "O que vocês dizem aos seus filhos sobre isso? O mundo em que nós vivemos mudou. Terrorismo não está só num país ou no outro. Terrorismo, infelizmente, é um fator com qual temos que lidar", disse o suíço. Dubi afirmou ter confiança no esquema de segurança montado para o evento. "Segurança é uma responsabilidade das autoridades locais. É uma premissa muito importante e prioridade absoluta. Houve um briefing há dois meses com especialistas estrangeiros, alguns que atuaram em Jogos anteriores, e todos demonstraram confiança [no planejamento]", disse o diretor do COI. O executivo também desvinculou a crise econômica no país e, especialmente, no Rio ao evento. Ele citou legados vinculados à Olimpíada como a construção da linha 4 do metrô, corredores expressos de ônibus e até a melhoria na água da baía de Guanabara, cuja meta de tratar 80% do esgoto não foi cumprida. "Os Jogos foram feitos para ter legado. Eles não podem ser culpados [pela crise econômica]. [...] O trabalho feito foi incrível. A melhoria na água da baía de Guanabara foi grande. Havia uma promessa que poderia não ser totalmente cumprida. A baía de Guanabara não é mais a mesma. A água está melhorando dia após dia", disse Dubi –o tratamento de esgoto lançado nas águas subiu de 16%, em 2008, para 31%. Ele não quis comentar de forma direta as declarações recentes do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB). O peemedebista classificou o trabalho do Estado do Rio na segurança pública como "terrível", e a Olimpíada, como uma "oportunidade perdida", em razão da projeção internacional do Brasil num momento de crise. "Paes fez um trabalho incrível. Muitas vezes, quando chamamos uma visita para nossa casa, tentamos deixar tudo o mais perfeito possível. Mas às vezes você diz: 'Poderia ser melhor'. O trabalho feito foi maravilhoso, vocês devem ficar orgulhosos", afirmou o dirigente do COI. CLIMA Dubi afirmou que o apoio aos Jogos vai aumentar assim que o evento começar. Pesquisa do Datafolha mostrou que a maioria dos brasileiros avaliam que a Olimpíada trouxe mais prejuízo do que benefícios. "Os brasileiros estão ansiosos para serem expostos ao mundo. Algumas dúvidas serão aliviadas. Teremos atletas em campo, o Brasil vai ganhar muitas medalhas. Vai haver apoio", disse ele. O suíço afirmou que não é possível saber o motivo das devoluções de cerca de 50 mil ingressos do exterior. Mas disse que há demanda interna suficiente para aquisição dos tíquetes. "Vimos o interesse na nova quota de ingressos disponibilizada ontem", afirmou. Dubi minimizou os atrasos na obra das arenas. Afirmou ser semelhante ao que ocorreu em outras edições dos Jogos. A obra que causa a maior preocupação, o Velódromo, está, segundo ele, "98,5%, 99%" pronto.
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esporte
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Olimpíada não pode ser culpada por crise e terrorismo, diz diretor do COI
ITALO NOGUEIRA DO RIO O diretor-executivo do COI (Comitê Olímpico Internacional), o suíço Christophe Dubi, afirmou nesta sexta-feira (22) que a Olimpíada não pode ser responsabilizada pela crise financeira do Estado nem por eventual tentativa de terrorismo. Ele não fez comentários diretos sobre a operação de quinta (21) que prendeu dez suspeitos de planejarem atos terroristas durante os Jogos. Mas afirmou que o evento não é responsável pelo possível início da atuação do Estado Islâmico no país. "O que vocês dizem aos seus filhos sobre isso? O mundo em que nós vivemos mudou. Terrorismo não está só num país ou no outro. Terrorismo, infelizmente, é um fator com qual temos que lidar", disse o suíço. Dubi afirmou ter confiança no esquema de segurança montado para o evento. "Segurança é uma responsabilidade das autoridades locais. É uma premissa muito importante e prioridade absoluta. Houve um briefing há dois meses com especialistas estrangeiros, alguns que atuaram em Jogos anteriores, e todos demonstraram confiança [no planejamento]", disse o diretor do COI. O executivo também desvinculou a crise econômica no país e, especialmente, no Rio ao evento. Ele citou legados vinculados à Olimpíada como a construção da linha 4 do metrô, corredores expressos de ônibus e até a melhoria na água da baía de Guanabara, cuja meta de tratar 80% do esgoto não foi cumprida. "Os Jogos foram feitos para ter legado. Eles não podem ser culpados [pela crise econômica]. [...] O trabalho feito foi incrível. A melhoria na água da baía de Guanabara foi grande. Havia uma promessa que poderia não ser totalmente cumprida. A baía de Guanabara não é mais a mesma. A água está melhorando dia após dia", disse Dubi –o tratamento de esgoto lançado nas águas subiu de 16%, em 2008, para 31%. Ele não quis comentar de forma direta as declarações recentes do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB). O peemedebista classificou o trabalho do Estado do Rio na segurança pública como "terrível", e a Olimpíada, como uma "oportunidade perdida", em razão da projeção internacional do Brasil num momento de crise. "Paes fez um trabalho incrível. Muitas vezes, quando chamamos uma visita para nossa casa, tentamos deixar tudo o mais perfeito possível. Mas às vezes você diz: 'Poderia ser melhor'. O trabalho feito foi maravilhoso, vocês devem ficar orgulhosos", afirmou o dirigente do COI. CLIMA Dubi afirmou que o apoio aos Jogos vai aumentar assim que o evento começar. Pesquisa do Datafolha mostrou que a maioria dos brasileiros avaliam que a Olimpíada trouxe mais prejuízo do que benefícios. "Os brasileiros estão ansiosos para serem expostos ao mundo. Algumas dúvidas serão aliviadas. Teremos atletas em campo, o Brasil vai ganhar muitas medalhas. Vai haver apoio", disse ele. O suíço afirmou que não é possível saber o motivo das devoluções de cerca de 50 mil ingressos do exterior. Mas disse que há demanda interna suficiente para aquisição dos tíquetes. "Vimos o interesse na nova quota de ingressos disponibilizada ontem", afirmou. Dubi minimizou os atrasos na obra das arenas. Afirmou ser semelhante ao que ocorreu em outras edições dos Jogos. A obra que causa a maior preocupação, o Velódromo, está, segundo ele, "98,5%, 99%" pronto.
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Assalto em salão de beleza deixa suspeito morto e clientes feridas em SP
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Duas clientes de um salão de beleza ficaram feridas após um policial civil reagir a um assalto na Freguesia do Ó (zona norte de SP), na noite de sábado (22). Houve troca de tiros e um dos bandidos morreu. O policial também foi atingido. Segundo o boletim de ocorrência, por volta das 20h dois ladrões entraram armados no estabelecimento e anunciaram o assalto. O policial tentou se abrigar, mas os assaltantes começaram a atirar e o agente reagiu. Um dos ladrões foi ferido e chegou a ser atendido no local, mas não resistiu. O outro comparsa fugiu. De acordo com testemunhas, a mulher do policial é cabeleireira e é dona do salão. Um dos vizinhos, que não quis se identificar, descreveu o momento dos disparos. "Foram uns cinco ou seis tiros seguidos". Logo após o confronto, os moradores foram prestar socorro às vítimas, que eram clientes do salão. "Tentei tranquilizar uma moça que foi atingida no pescoço. Ela perdeu muito sangue e estava pálida." As duas clientes e o policial foram encaminhados para um hospital da região. Secretaria Estadual da Saúde e PM não divulgaram o estado de saúde das vítimas. Até a conclusão desta edição, o segundo assaltante não havia sido preso pela polícia.
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cotidiano
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Assalto em salão de beleza deixa suspeito morto e clientes feridas em SPDuas clientes de um salão de beleza ficaram feridas após um policial civil reagir a um assalto na Freguesia do Ó (zona norte de SP), na noite de sábado (22). Houve troca de tiros e um dos bandidos morreu. O policial também foi atingido. Segundo o boletim de ocorrência, por volta das 20h dois ladrões entraram armados no estabelecimento e anunciaram o assalto. O policial tentou se abrigar, mas os assaltantes começaram a atirar e o agente reagiu. Um dos ladrões foi ferido e chegou a ser atendido no local, mas não resistiu. O outro comparsa fugiu. De acordo com testemunhas, a mulher do policial é cabeleireira e é dona do salão. Um dos vizinhos, que não quis se identificar, descreveu o momento dos disparos. "Foram uns cinco ou seis tiros seguidos". Logo após o confronto, os moradores foram prestar socorro às vítimas, que eram clientes do salão. "Tentei tranquilizar uma moça que foi atingida no pescoço. Ela perdeu muito sangue e estava pálida." As duas clientes e o policial foram encaminhados para um hospital da região. Secretaria Estadual da Saúde e PM não divulgaram o estado de saúde das vítimas. Até a conclusão desta edição, o segundo assaltante não havia sido preso pela polícia.
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Vem aí a frente de esquerda
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BRASÍLIA - Enquanto Dilma Rousseff exaltava as virtudes da mandioca, na noite de terça-feira, um grupo encabeçado por dois ministros do governo Lula começou a articular o lançamento de uma frente de esquerda. O objetivo é contestar a aliança com o PMDB e torpedear o ajuste fiscal do ministro Joaquim Levy. A ofensiva foi traçada em jantar no apartamento do senador Randolfe Rodrigues, do PSOL. Estavam lá os ex-ministros Tarso Genro (PT) e Roberto Amaral (PSB), o senador Lindbergh Farias (PT) e os deputados Alessandro Molon (PT) e Glauber Braga (PSB), além de dissidentes da Rede, a futura sigla de Marina Silva. A frente sustenta que o ajuste deu errado e que é preciso empurrar o governo para a esquerda. Seus integrantes farão um manifesto contra a política econômica e buscarão o apoio de movimentos sociais. No sábado, eles se reunirão em São Paulo com João Pedro Stédile, do MST, Guilherme Boulos, do MTST, e dirigentes de centrais sindicais, como a CUT. "No meio de uma crise tão grave, é uma loucura jogar o país conscientemente numa recessão. É isso o que Levy e o governo estão fazendo", diz o senador Lindbergh. "Essa política econômica é incompatível com os compromissos que a presidente assumiu na eleição", reforça Randolfe. "As orelhas do Levy devem ter ardido", brinca o ex-ministro Amaral, que prefere definir a frente como "nacional-popular". Ele nega que o grupo esteja ligado a Lula, que tem defendido uma "frente ampla" em reuniões do PT. "Podem pensar isso, mas não é a mesma coisa", afirma. O manifesto começou a ser redigido por Tarso e deverá ser lançado no próximo dia 6. "Vamos buscar a união das esquerdas e propor um novo pacto com base em compromissos", afirma o petista. Ele diz que a frente não se curvará a possíveis apelos do Planalto para poupar Levy ou o PMDB. "O governo tomou suas medidas e não quer recuar. Mas nós não temos que ficar em silêncio por causa da governabilidade", avisa.
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colunas
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Vem aí a frente de esquerdaBRASÍLIA - Enquanto Dilma Rousseff exaltava as virtudes da mandioca, na noite de terça-feira, um grupo encabeçado por dois ministros do governo Lula começou a articular o lançamento de uma frente de esquerda. O objetivo é contestar a aliança com o PMDB e torpedear o ajuste fiscal do ministro Joaquim Levy. A ofensiva foi traçada em jantar no apartamento do senador Randolfe Rodrigues, do PSOL. Estavam lá os ex-ministros Tarso Genro (PT) e Roberto Amaral (PSB), o senador Lindbergh Farias (PT) e os deputados Alessandro Molon (PT) e Glauber Braga (PSB), além de dissidentes da Rede, a futura sigla de Marina Silva. A frente sustenta que o ajuste deu errado e que é preciso empurrar o governo para a esquerda. Seus integrantes farão um manifesto contra a política econômica e buscarão o apoio de movimentos sociais. No sábado, eles se reunirão em São Paulo com João Pedro Stédile, do MST, Guilherme Boulos, do MTST, e dirigentes de centrais sindicais, como a CUT. "No meio de uma crise tão grave, é uma loucura jogar o país conscientemente numa recessão. É isso o que Levy e o governo estão fazendo", diz o senador Lindbergh. "Essa política econômica é incompatível com os compromissos que a presidente assumiu na eleição", reforça Randolfe. "As orelhas do Levy devem ter ardido", brinca o ex-ministro Amaral, que prefere definir a frente como "nacional-popular". Ele nega que o grupo esteja ligado a Lula, que tem defendido uma "frente ampla" em reuniões do PT. "Podem pensar isso, mas não é a mesma coisa", afirma. O manifesto começou a ser redigido por Tarso e deverá ser lançado no próximo dia 6. "Vamos buscar a união das esquerdas e propor um novo pacto com base em compromissos", afirma o petista. Ele diz que a frente não se curvará a possíveis apelos do Planalto para poupar Levy ou o PMDB. "O governo tomou suas medidas e não quer recuar. Mas nós não temos que ficar em silêncio por causa da governabilidade", avisa.
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José Aldo deve se tornar agora a maior aposta do UFC no Brasil
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Praticamente um desconhecido quando surpreendeu Anderson Silva e tomou seu cinturão dos médios do UFC, Chris Weidman mostrou na vitória sobre Vitor Belfort, em menos de três minutos, na madrugada deste domingo (24), que se torna cada vez mais um lutador completo. E, mesmo sem querer, o UFC vê o americano construir a imagem de "carrasco de brasileiros", já que em seus combates anteriores e em sequência bateu o "Spider" e Lyoto Machida. Esse detalhe pode ser bem explorado na promoção de uma de suas próximas lutas, já que outro brasileiro, o expert em jiu-jitsu Ronaldo Jacaré, é o segundo do ranking dos médios e deve receber uma chance de lutar pelo cinturão em breve. Também faz parte do ranking dos médios um outro brasileiro que ainda não dividiu o octógono com Weidman, Thales Leites. Para o mercado brasileiro, porém, teria sido melhor uma vitória de Belfort, já que é um "nome" conhecido, além de ter carisma. Resta agora ao UFC apostar as fichas na luta do brasileiro campeão dos penas José Aldo com o falastrão irlandês Connor McGregor, em 11 de julho, para que o manauara transcenda o esporte. Ou seja, se torne aquela figura que "chama" o público que normalmente não acompanha a modalidade, como um dirigente do UFC confidenciou à Folha ser a ideia. Aldo é considerado por especialistas como o melhor lutador de MMA da atualidade, mas não tem a mesma popularidade que tinha Anderson Silva, ou poderia ter um Belfort campeão, por exemplo. Weidman, que venceu Anderson Silva em seu próprio jogo (boxe) no primeiro encontro, suportou nesta madrugada um duro ataque de Belfort ao ser encurralado na grade do octógono, momentos depois levou Belfort ao solo e, montado sobre o brasileiro, disparou uma sequência de golpes que provocou a interrupção do combate. Impressionou a resistência aos golpes e capacidade de recuperação de Weidman, bem como sua habilidade na luta no solo, já que Belfort também conta com um bom pedigree nessa categoria —foi discípulo do mestre Carlson Gracie. Conhecido por seus golpes explosivos, especialmente nos primeiros assaltos, Belfort foi alvo de questionamentos de Weidman por conta do uso de TRT, tratamento de reposição de testosterona que vinha fazendo até ser proibido. E, de fato, entrou no octógono com um físico diferente ao de combates anteriores, quando conseguiu uma sequência de vitórias impressionantes.
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José Aldo deve se tornar agora a maior aposta do UFC no BrasilPraticamente um desconhecido quando surpreendeu Anderson Silva e tomou seu cinturão dos médios do UFC, Chris Weidman mostrou na vitória sobre Vitor Belfort, em menos de três minutos, na madrugada deste domingo (24), que se torna cada vez mais um lutador completo. E, mesmo sem querer, o UFC vê o americano construir a imagem de "carrasco de brasileiros", já que em seus combates anteriores e em sequência bateu o "Spider" e Lyoto Machida. Esse detalhe pode ser bem explorado na promoção de uma de suas próximas lutas, já que outro brasileiro, o expert em jiu-jitsu Ronaldo Jacaré, é o segundo do ranking dos médios e deve receber uma chance de lutar pelo cinturão em breve. Também faz parte do ranking dos médios um outro brasileiro que ainda não dividiu o octógono com Weidman, Thales Leites. Para o mercado brasileiro, porém, teria sido melhor uma vitória de Belfort, já que é um "nome" conhecido, além de ter carisma. Resta agora ao UFC apostar as fichas na luta do brasileiro campeão dos penas José Aldo com o falastrão irlandês Connor McGregor, em 11 de julho, para que o manauara transcenda o esporte. Ou seja, se torne aquela figura que "chama" o público que normalmente não acompanha a modalidade, como um dirigente do UFC confidenciou à Folha ser a ideia. Aldo é considerado por especialistas como o melhor lutador de MMA da atualidade, mas não tem a mesma popularidade que tinha Anderson Silva, ou poderia ter um Belfort campeão, por exemplo. Weidman, que venceu Anderson Silva em seu próprio jogo (boxe) no primeiro encontro, suportou nesta madrugada um duro ataque de Belfort ao ser encurralado na grade do octógono, momentos depois levou Belfort ao solo e, montado sobre o brasileiro, disparou uma sequência de golpes que provocou a interrupção do combate. Impressionou a resistência aos golpes e capacidade de recuperação de Weidman, bem como sua habilidade na luta no solo, já que Belfort também conta com um bom pedigree nessa categoria —foi discípulo do mestre Carlson Gracie. Conhecido por seus golpes explosivos, especialmente nos primeiros assaltos, Belfort foi alvo de questionamentos de Weidman por conta do uso de TRT, tratamento de reposição de testosterona que vinha fazendo até ser proibido. E, de fato, entrou no octógono com um físico diferente ao de combates anteriores, quando conseguiu uma sequência de vitórias impressionantes.
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Música brasileira foi simplificada ao longo das décadas, diz pesquisa
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A música brasileira foi simplificada ao longo das últimas décadas, aponta uma pesquisa divulgada pelo cientista de dados pernambucano Leonardo Sales em junho deste ano. A Análise da Música Brasileira baseou-se em dois aspectos centrais: os acordes utilizados nas composições e o vocabulário das letras. Para isso, o pesquisador rastreou 44 mil cifras e 102 mil letras disponibilizadas em sites como cifras.com.br e letras.com.br. A partir do compilado, Sales conseguiu identificar características da atuação de artistas como Lenine, campeão na utilização de acordes [conjunto de notas] raros, e grupos como a Facção Central, cujas letras abordam as temáticas mais específicas ou regionalizadas do estudo. Essas particularidades –como tamanho e raridade dos acordes ou diversidade e especificidade do vocabulário– são destrinchadas em quatro capítulos no blog do autor (leosalesblog.wordpress.com ), criado com o intuito de aplicar análise de dados a temas de interesse geral. O principal desdobramento a que chega o estudo é um ranking que elenca os artistas brasileiros pela complexidade de suas obras. Nele, Chico Buarque reina soberano, à frente de Djavan e Ivan Lins. MISTURAS IMPROVÁVEIS Em um dos capítulos, Sales propõe novas configurações de gêneros musicais definidos pela semelhança entre a escolha por acordes e entre os vocabulários dos artistas. O primeiro grupo traz certa comicidade ao mesclar, por exemplo, Legião Urbana e Engenheiros do Havaí com Asa de Águia e Babado Novo em uma categoria que reúne rock dos anos 1980, axé, forrós e sertanejos contemporâneos. Quando vistas sob o prisma do léxico, as propostas de gêneros reúnem música gospel e reggae, ou seja, canções com "presença de letras repletas de espiritualidade". Brincadeiras à parte, a análise chega à retumbante conclusão de que a música brasileira estaria passando por um processo de simplificação, refletido na retração do vocabulário e na redução da quantidade de acordes utilizados desde os anos 1960. Sales levanta três possíveis fatores que explicariam esse movimento: a absorção do rock desde a Jovem Guarda, a popularização do hip-hop a partir dos anos 1980 e a guerra de audiência entre Faustão e Gugu nos anos 1990. Para ele, a "produção de músicas de prateleira" gerada pelos programas desses apresentadores "foi o golpe final na complexidade das composições nacionais" e seria "responsável por boa parte do que se escuta de sertanejo, forró universitário, axé e funk" atualmente. "Pense nisso: a mediana do quantitativo de acordes distintos entre 2011 e 2016 foi 6, apenas dois acordes a mais que 'Jingle Bell'", escreve. "É uma provocação, puro achismo", diz Sales sobre suas hipóteses. "A teoria que teria mais fundamento seria a da entrada do rock'n roll no Brasil quando o país estava saindo da bossa nova." COMPLEXO REVERSO Para estudiosos da música, a análise não passa de uma brincadeira curiosa. A pesquisa recebeu críticas por desconsiderar as variações dos acordes –um acorde de lá menor com sétima, cifrado como Am7, foi simplificado como lá maior, ou seja, apenas A–, diferentes tons e escalas, essenciais para a construção das harmonias. Além disso, a metodologia prioriza estilos que tradicionalmente adotam a notação pela cifra, especialmente os tocados com instrumentos populares como o violão. Gêneros como o funk e a música eletrônica, por exemplo, acabam não tendo a mesma visibilidade que a MPB ou o rock. "A menor complexidade harmônica relativa do jazz [exposta nos gráficos da pesquisa] é resultado disso. Se as fontes fossem partituras, a real complexidade desse estilo estaria representada", escreveu o leitor Marcelo no blog. A confiabilidade das fontes também foi questionada, já que as bases empregadas são alimentadas por usuários, e não pelos compositores. Sales diz ser "impossível fazer um trabalho genérico como esse, a não ser por essas fontes". "Não existe um repositório de dados de músicas brasileiras tão completo como os sites de cifra." Além da metodologia, a análise foi criticada por transpor resultados quantitativos a uma discussão qualitativa. "Será que toda composição musical precisa de uma grande quantidade e variedade de acordes para expressar seu conteúdo?", questiona Adelcio Camilo Machado, doutor em música pela Unicamp. "Fazendo uma comparação com a esfera pictórica, será que todo quadro precisa de uma imensa quantidade de cores para ter expressividade? Se assim fosse, o que se poderia dizer, por exemplo, de 'Guernica'? Será que os grupos de rap precisam de mais acordes para exprimir o sofrimento das periferias urbanas?", prossegue Machado. Machado chama atenção ainda para o fato de que o período analisado se inicia na década de 1950, época na qual, diz, o parâmetro dos acordes foi muito valorizado. "Se o pesquisador tivesse começado a investigação no início do século 20, é provável que ele verificasse um aumento do uso dos acordes entre as décadas de 1950 e 1960, seguido de uma retração desse parâmetro. Assim, a afirmação de que a música brasileira simplificou ao longo dos anos seria relativizada." Sales diz que o que entende por complexidade se refere aos indicadores que criou para a análise. "Tentei maximizar a possibilidade de quantificar alguma coisa, mas é claro que existem muitos outros aspectos que não foram considerados e por isso evitei falar em qualidade."
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ilustrada
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Música brasileira foi simplificada ao longo das décadas, diz pesquisaA música brasileira foi simplificada ao longo das últimas décadas, aponta uma pesquisa divulgada pelo cientista de dados pernambucano Leonardo Sales em junho deste ano. A Análise da Música Brasileira baseou-se em dois aspectos centrais: os acordes utilizados nas composições e o vocabulário das letras. Para isso, o pesquisador rastreou 44 mil cifras e 102 mil letras disponibilizadas em sites como cifras.com.br e letras.com.br. A partir do compilado, Sales conseguiu identificar características da atuação de artistas como Lenine, campeão na utilização de acordes [conjunto de notas] raros, e grupos como a Facção Central, cujas letras abordam as temáticas mais específicas ou regionalizadas do estudo. Essas particularidades –como tamanho e raridade dos acordes ou diversidade e especificidade do vocabulário– são destrinchadas em quatro capítulos no blog do autor (leosalesblog.wordpress.com ), criado com o intuito de aplicar análise de dados a temas de interesse geral. O principal desdobramento a que chega o estudo é um ranking que elenca os artistas brasileiros pela complexidade de suas obras. Nele, Chico Buarque reina soberano, à frente de Djavan e Ivan Lins. MISTURAS IMPROVÁVEIS Em um dos capítulos, Sales propõe novas configurações de gêneros musicais definidos pela semelhança entre a escolha por acordes e entre os vocabulários dos artistas. O primeiro grupo traz certa comicidade ao mesclar, por exemplo, Legião Urbana e Engenheiros do Havaí com Asa de Águia e Babado Novo em uma categoria que reúne rock dos anos 1980, axé, forrós e sertanejos contemporâneos. Quando vistas sob o prisma do léxico, as propostas de gêneros reúnem música gospel e reggae, ou seja, canções com "presença de letras repletas de espiritualidade". Brincadeiras à parte, a análise chega à retumbante conclusão de que a música brasileira estaria passando por um processo de simplificação, refletido na retração do vocabulário e na redução da quantidade de acordes utilizados desde os anos 1960. Sales levanta três possíveis fatores que explicariam esse movimento: a absorção do rock desde a Jovem Guarda, a popularização do hip-hop a partir dos anos 1980 e a guerra de audiência entre Faustão e Gugu nos anos 1990. Para ele, a "produção de músicas de prateleira" gerada pelos programas desses apresentadores "foi o golpe final na complexidade das composições nacionais" e seria "responsável por boa parte do que se escuta de sertanejo, forró universitário, axé e funk" atualmente. "Pense nisso: a mediana do quantitativo de acordes distintos entre 2011 e 2016 foi 6, apenas dois acordes a mais que 'Jingle Bell'", escreve. "É uma provocação, puro achismo", diz Sales sobre suas hipóteses. "A teoria que teria mais fundamento seria a da entrada do rock'n roll no Brasil quando o país estava saindo da bossa nova." COMPLEXO REVERSO Para estudiosos da música, a análise não passa de uma brincadeira curiosa. A pesquisa recebeu críticas por desconsiderar as variações dos acordes –um acorde de lá menor com sétima, cifrado como Am7, foi simplificado como lá maior, ou seja, apenas A–, diferentes tons e escalas, essenciais para a construção das harmonias. Além disso, a metodologia prioriza estilos que tradicionalmente adotam a notação pela cifra, especialmente os tocados com instrumentos populares como o violão. Gêneros como o funk e a música eletrônica, por exemplo, acabam não tendo a mesma visibilidade que a MPB ou o rock. "A menor complexidade harmônica relativa do jazz [exposta nos gráficos da pesquisa] é resultado disso. Se as fontes fossem partituras, a real complexidade desse estilo estaria representada", escreveu o leitor Marcelo no blog. A confiabilidade das fontes também foi questionada, já que as bases empregadas são alimentadas por usuários, e não pelos compositores. Sales diz ser "impossível fazer um trabalho genérico como esse, a não ser por essas fontes". "Não existe um repositório de dados de músicas brasileiras tão completo como os sites de cifra." Além da metodologia, a análise foi criticada por transpor resultados quantitativos a uma discussão qualitativa. "Será que toda composição musical precisa de uma grande quantidade e variedade de acordes para expressar seu conteúdo?", questiona Adelcio Camilo Machado, doutor em música pela Unicamp. "Fazendo uma comparação com a esfera pictórica, será que todo quadro precisa de uma imensa quantidade de cores para ter expressividade? Se assim fosse, o que se poderia dizer, por exemplo, de 'Guernica'? Será que os grupos de rap precisam de mais acordes para exprimir o sofrimento das periferias urbanas?", prossegue Machado. Machado chama atenção ainda para o fato de que o período analisado se inicia na década de 1950, época na qual, diz, o parâmetro dos acordes foi muito valorizado. "Se o pesquisador tivesse começado a investigação no início do século 20, é provável que ele verificasse um aumento do uso dos acordes entre as décadas de 1950 e 1960, seguido de uma retração desse parâmetro. Assim, a afirmação de que a música brasileira simplificou ao longo dos anos seria relativizada." Sales diz que o que entende por complexidade se refere aos indicadores que criou para a análise. "Tentei maximizar a possibilidade de quantificar alguma coisa, mas é claro que existem muitos outros aspectos que não foram considerados e por isso evitei falar em qualidade."
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Oposição reúne 1,3 mi de assinaturas para frear acordo de paz com as Farc
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Líderes políticos de oposição fizeram nesta terça (30), em Bogotá, um ato contra o texto do acordo de paz concluído na semana passada entre o governo colombiano e as Farc (Forças Revolucionárias da Colômbia) após quatro anos de negociação. Os opositores pediram à população que vote "não" ao acordo no plebiscito do próximo dia 2 de outubro e apresentaram 1,315 milhão de assinaturas recolhidas em todo o país contra o chamado Ato Legislativo para a Paz. Aprovado pelo Congresso no primeiro semestre, o recurso permite um "fast track" (via rápida) para aprovação de alterações na Constituição necessárias para a implementação do acordo (criação da Justiça transicional, distribuição de assentos no Congresso sem eleição direta e outras) e dará ao presidente poderes extraordinários, por até seis meses, para emitir decretos considerados necessários à implementação do acordo. À frente do protesto estavam o ex-presidente e atual senador Álvaro Uribe, o senador Iván Duque (líder da campanha do "não") e o ex-presidenciável Iván Zuluaga. Eleitores do Centro Democrático, partido ao qual pertencem os três, levavam cartazes contra as Farc ou com os dizeres "não engulo esse sapo", enquanto aplaudiam os líderes, que caminharam do Congresso até o Palácio de Justiça, no centro da capital. "O ato legislativo não pode ser aceito porque é uma substituição da Constituição para favorecer às Farc", disse Zuluaga. Já Uribe voltou a afirmar que pregar o "não" é um ato de "resistência civil". Os líderes da campanha do "não" também afirmaram que irão à Corte Penal Internacional, em Haia, e à Comissão de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. "Se esse acordo passa, significará que quem rouba um pão por estar com fome vai para a cadeia, mas um guerrilheiro que sequestra e tortura é anistiado", disse à Folha o senador Iván Duque. PERGUNTA Enquanto a oposição fazia barulho nas ruas, na Casa de Nariño (sede do governo) o presidente Juan Manuel Santos assinava o decreto convocando o plebiscito que validará o acordo. Em 2 de outubro, os colombianos responderão à pergunta: "Você apoia o acordo final para o encerramento do conflito e a construção de uma paz estável e duradoura?". "É uma pergunta clara e simples. Será um plebiscito que ocorrerá sem confrontação armada com as Farc, pois estamos em cessar-fogo bilateral. Mais legitimidade, impossível", disse o presidente. A definição da pergunta foi motivo de longo debate na noite de segunda (29) no Congresso. E de nervos exaltados. Enquanto os governistas encheram as salas da Câmara e do Senado de balões brancos, simbolizando a paz, a oposição levou bonecos de papelão dos principais líderes das Farc e colocou-os em cadeiras, numa crítica ao ponto do acordo que concederá dez vagas no Congresso para ex-guerrilheiros. Em suas mesas, os opositores puseram cartazes com a hashtag #yonometragoesesapo (não engulo este sapo). O método de aprovação do acordo foi um dos motivos de entrave das negociações. A guerrilha queria a convocação de uma nova Assembleia Constituinte, na qual tivessem poder de voto. Por fim, concordaram com o governo em fazer a consulta popular. A Corte Constitucional colombiana, então, determinou que se trataria de plebiscito vinculante -no qual o resultado seria de cumprimento obrigatório, sem necessidade de passar pelo Congresso. Como na Colômbia o voto é facultativo, o patamar mínimo para aprovação do "sim" será de 13% do eleitorado, ou 4,5 milhões de votos. Pesquisa recente do instituto Datexco para o jornal "El Tiempo" dá 39,2% para o "sim" e 27,2% para o "não".
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Oposição reúne 1,3 mi de assinaturas para frear acordo de paz com as FarcLíderes políticos de oposição fizeram nesta terça (30), em Bogotá, um ato contra o texto do acordo de paz concluído na semana passada entre o governo colombiano e as Farc (Forças Revolucionárias da Colômbia) após quatro anos de negociação. Os opositores pediram à população que vote "não" ao acordo no plebiscito do próximo dia 2 de outubro e apresentaram 1,315 milhão de assinaturas recolhidas em todo o país contra o chamado Ato Legislativo para a Paz. Aprovado pelo Congresso no primeiro semestre, o recurso permite um "fast track" (via rápida) para aprovação de alterações na Constituição necessárias para a implementação do acordo (criação da Justiça transicional, distribuição de assentos no Congresso sem eleição direta e outras) e dará ao presidente poderes extraordinários, por até seis meses, para emitir decretos considerados necessários à implementação do acordo. À frente do protesto estavam o ex-presidente e atual senador Álvaro Uribe, o senador Iván Duque (líder da campanha do "não") e o ex-presidenciável Iván Zuluaga. Eleitores do Centro Democrático, partido ao qual pertencem os três, levavam cartazes contra as Farc ou com os dizeres "não engulo esse sapo", enquanto aplaudiam os líderes, que caminharam do Congresso até o Palácio de Justiça, no centro da capital. "O ato legislativo não pode ser aceito porque é uma substituição da Constituição para favorecer às Farc", disse Zuluaga. Já Uribe voltou a afirmar que pregar o "não" é um ato de "resistência civil". Os líderes da campanha do "não" também afirmaram que irão à Corte Penal Internacional, em Haia, e à Comissão de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. "Se esse acordo passa, significará que quem rouba um pão por estar com fome vai para a cadeia, mas um guerrilheiro que sequestra e tortura é anistiado", disse à Folha o senador Iván Duque. PERGUNTA Enquanto a oposição fazia barulho nas ruas, na Casa de Nariño (sede do governo) o presidente Juan Manuel Santos assinava o decreto convocando o plebiscito que validará o acordo. Em 2 de outubro, os colombianos responderão à pergunta: "Você apoia o acordo final para o encerramento do conflito e a construção de uma paz estável e duradoura?". "É uma pergunta clara e simples. Será um plebiscito que ocorrerá sem confrontação armada com as Farc, pois estamos em cessar-fogo bilateral. Mais legitimidade, impossível", disse o presidente. A definição da pergunta foi motivo de longo debate na noite de segunda (29) no Congresso. E de nervos exaltados. Enquanto os governistas encheram as salas da Câmara e do Senado de balões brancos, simbolizando a paz, a oposição levou bonecos de papelão dos principais líderes das Farc e colocou-os em cadeiras, numa crítica ao ponto do acordo que concederá dez vagas no Congresso para ex-guerrilheiros. Em suas mesas, os opositores puseram cartazes com a hashtag #yonometragoesesapo (não engulo este sapo). O método de aprovação do acordo foi um dos motivos de entrave das negociações. A guerrilha queria a convocação de uma nova Assembleia Constituinte, na qual tivessem poder de voto. Por fim, concordaram com o governo em fazer a consulta popular. A Corte Constitucional colombiana, então, determinou que se trataria de plebiscito vinculante -no qual o resultado seria de cumprimento obrigatório, sem necessidade de passar pelo Congresso. Como na Colômbia o voto é facultativo, o patamar mínimo para aprovação do "sim" será de 13% do eleitorado, ou 4,5 milhões de votos. Pesquisa recente do instituto Datexco para o jornal "El Tiempo" dá 39,2% para o "sim" e 27,2% para o "não".
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'Rio de sangue' na Sibéria faz parte de área morta cinco vezes maior que SP
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Um rio no extremo norte da Sibéria ficou vermelho vivo nesta semana, e na ausência de alguma explicação oficial, os russos passaram a chamar o estranho curso de água de "rio de sangue". Um indício para uma possível causa é o caminho que o rio, o Daldykan, faz, ao longo da mina Norilsk Nickel e da metalúrgica, de acordo com muitos parâmetros um dos empreendimentos mais poluentes do mundo. A fábrica expele tanto dióxido de enxofre produtor de chuva ácida —2 milhões de toneladas por ano, mais do que toda a França— que é cercada por uma zona morta de troncos de árvores e lama, correspondente a cerca de cinco vezes o tamanho da cidade de São Paulo. As fundições de metal nesse Klondike russo produzem grandes quantidades de cobre, um quinto do níquel mundial, uma liga de aço inoxidável importante e metade da oferta mundial de paládio, um metal precioso quase tão valioso como a platina. O minério também contém ferro, mas esse elemento avermelhado é muito menos valioso do que os metais preciosos extraídos junto com ele, e é geralmente descartado em lagoas de lama. Essa é a fonte mais provável da descoloração no "rio de sangue", de acordo com grupos ambientais e autoridades ambientais russas, e a tonalidade vermelha seria proveniente do óxido de ferro, ou ferrugem. Essa conclusão foi oficializada na quarta-feira quando o Ministério dos Recursos Naturais divulgou uma declaração em que dizia que as "informações preliminares para uma possível causa da contaminação é a ruptura de um tubo em Norilsk Nickel". Se for assim, embora sem dúvida chocante, a água quase iridescente seria praticamente inofensiva para as pessoas, disse Vladimir Chuprov, pesquisador do Greenpeace na Rússia. Mas as altas concentrações de elementos podem matar os peixes. A cor vermelha também pode ser, assim, uma espécie de faixa, já que a pasta de ferro parece tender a ser acompanhada por metais pesados criados pelas fundições da Norilsk, o que poderia danificar o frágil meio ambiente do Ártico, disse Chuprov. O presidente Vladimir Putin "prometeu que o desenvolvimento industrial no Ártico avançaria com o máximo cuidado", disse Chuprov em uma entrevista por telefone. "Infelizmente, essas palavras são apenas uma formalidade." Autoridades da fábrica disseram às agências de notícias estatais da Rússia que tinham reduzido a produção em uma fundição como medida de precaução, mas que não encontraram nenhum vazamento. Na verdade, segundo a empresa, "pelo que sabemos, a cor do rio hoje não é diferente da habitual." Tradução de DENISE MOTA
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'Rio de sangue' na Sibéria faz parte de área morta cinco vezes maior que SPUm rio no extremo norte da Sibéria ficou vermelho vivo nesta semana, e na ausência de alguma explicação oficial, os russos passaram a chamar o estranho curso de água de "rio de sangue". Um indício para uma possível causa é o caminho que o rio, o Daldykan, faz, ao longo da mina Norilsk Nickel e da metalúrgica, de acordo com muitos parâmetros um dos empreendimentos mais poluentes do mundo. A fábrica expele tanto dióxido de enxofre produtor de chuva ácida —2 milhões de toneladas por ano, mais do que toda a França— que é cercada por uma zona morta de troncos de árvores e lama, correspondente a cerca de cinco vezes o tamanho da cidade de São Paulo. As fundições de metal nesse Klondike russo produzem grandes quantidades de cobre, um quinto do níquel mundial, uma liga de aço inoxidável importante e metade da oferta mundial de paládio, um metal precioso quase tão valioso como a platina. O minério também contém ferro, mas esse elemento avermelhado é muito menos valioso do que os metais preciosos extraídos junto com ele, e é geralmente descartado em lagoas de lama. Essa é a fonte mais provável da descoloração no "rio de sangue", de acordo com grupos ambientais e autoridades ambientais russas, e a tonalidade vermelha seria proveniente do óxido de ferro, ou ferrugem. Essa conclusão foi oficializada na quarta-feira quando o Ministério dos Recursos Naturais divulgou uma declaração em que dizia que as "informações preliminares para uma possível causa da contaminação é a ruptura de um tubo em Norilsk Nickel". Se for assim, embora sem dúvida chocante, a água quase iridescente seria praticamente inofensiva para as pessoas, disse Vladimir Chuprov, pesquisador do Greenpeace na Rússia. Mas as altas concentrações de elementos podem matar os peixes. A cor vermelha também pode ser, assim, uma espécie de faixa, já que a pasta de ferro parece tender a ser acompanhada por metais pesados criados pelas fundições da Norilsk, o que poderia danificar o frágil meio ambiente do Ártico, disse Chuprov. O presidente Vladimir Putin "prometeu que o desenvolvimento industrial no Ártico avançaria com o máximo cuidado", disse Chuprov em uma entrevista por telefone. "Infelizmente, essas palavras são apenas uma formalidade." Autoridades da fábrica disseram às agências de notícias estatais da Rússia que tinham reduzido a produção em uma fundição como medida de precaução, mas que não encontraram nenhum vazamento. Na verdade, segundo a empresa, "pelo que sabemos, a cor do rio hoje não é diferente da habitual." Tradução de DENISE MOTA
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No novo 'Café Society', Woody Allen acerta a mão ao falar de romance e status
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LUIZA WOLF DE SÃO PAULO Em "Café Society", Woody Allen explora uma combinação que já lhe é característica: uma união de comédia e drama pontuada por fatos e pessoas que remetem à filmografia do diretor. Há um triângulo amoroso (como em "Vicky Cristina Barcelona"), personagens judeus ("Noivo Neurótico, Noiva Nervosa"), um gângster ("Tiros na Brodway") e um homem intelectual ("Meia-Noite em Paris") -ainda que, desta vez, esta figura seja coadjuvante. Chama a atenção, contudo, a sincronia que o diretor obtém dessa vez. Não à toa, o filme vem sendo bem recebido; o crítico Inácio Araújo, por exemplo, classificou-o nesta Folha como "um dos grandes Woody Allen deste século, talvez o melhor". A trama se passa nos anos 1930. Jesse Eisenberg interpreta Bobby, um jovem que decide se mudar do Bronx, em Nova York, a Los Angeles. Lá, espera trabalhar com o tio Phil (Steve Carrell), famoso agente de celebridades em Hollywood. Como Phil é muito ocupado, ele pede a Vonnie (Kristen Stewart), sua secretária, que mostre a cidade ao sobrinho. Os jovens, então, desenvolvem uma forte afeição, mas Bobby descobre que a moça tem um namorado. Desiludido, ele volta a Nova York, e os dois seguem caminhos diferentes. É na grande metrópole que Allen mostra a família judia de Bobby. A irmã dele é casada com um artista -e comunista- e o irmão é um poderoso gângster. Embora esse assunto pareça ser tabu na família, Bobby vira sócio do irmão em um badalado clube noturno. É aí que Allen explica dois conceitos diferentes, mas ainda semelhantes, de alta sociedade: há aquela de Hollywood, repleta de artistas, e a de Nova York, com pessoas ricas e bem vestidas. Ambas, contudo, escondem bem seus lados feios, com crimes e traições. Veja salas e horários Veja o trailer
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saopaulo
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No novo 'Café Society', Woody Allen acerta a mão ao falar de romance e statusLUIZA WOLF DE SÃO PAULO Em "Café Society", Woody Allen explora uma combinação que já lhe é característica: uma união de comédia e drama pontuada por fatos e pessoas que remetem à filmografia do diretor. Há um triângulo amoroso (como em "Vicky Cristina Barcelona"), personagens judeus ("Noivo Neurótico, Noiva Nervosa"), um gângster ("Tiros na Brodway") e um homem intelectual ("Meia-Noite em Paris") -ainda que, desta vez, esta figura seja coadjuvante. Chama a atenção, contudo, a sincronia que o diretor obtém dessa vez. Não à toa, o filme vem sendo bem recebido; o crítico Inácio Araújo, por exemplo, classificou-o nesta Folha como "um dos grandes Woody Allen deste século, talvez o melhor". A trama se passa nos anos 1930. Jesse Eisenberg interpreta Bobby, um jovem que decide se mudar do Bronx, em Nova York, a Los Angeles. Lá, espera trabalhar com o tio Phil (Steve Carrell), famoso agente de celebridades em Hollywood. Como Phil é muito ocupado, ele pede a Vonnie (Kristen Stewart), sua secretária, que mostre a cidade ao sobrinho. Os jovens, então, desenvolvem uma forte afeição, mas Bobby descobre que a moça tem um namorado. Desiludido, ele volta a Nova York, e os dois seguem caminhos diferentes. É na grande metrópole que Allen mostra a família judia de Bobby. A irmã dele é casada com um artista -e comunista- e o irmão é um poderoso gângster. Embora esse assunto pareça ser tabu na família, Bobby vira sócio do irmão em um badalado clube noturno. É aí que Allen explica dois conceitos diferentes, mas ainda semelhantes, de alta sociedade: há aquela de Hollywood, repleta de artistas, e a de Nova York, com pessoas ricas e bem vestidas. Ambas, contudo, escondem bem seus lados feios, com crimes e traições. Veja salas e horários Veja o trailer
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Se Macron vencer os animais morrem, diz Brigitte Bardot, que vota em Le Pen
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'EU TENHO MEDO' Brigitte Bardot, imortalizada por filmes como "E Deus Criou a Mulher" e ativista dos direitos dos animais, pediu que eleitores não votem em Emmanuel Macron porque ele seria "frio". "Se ele vencer, os animais morrem", disse a atriz, criticando a política ambiental do centrista. Bardot apoia Marine Le Pen. QUEM NÃO TEM CÃO... Benoît Hamon, candidato do governista Partido Socialista à Presidência, afirmou nesta quarta (3) que o voto no centrista Emmanuel Macron é "um ato difícil, mas uma escolha óbvia". Hamon recebeu 6,4% dos votos. DESFALQUE Sem as duas siglas tradicionais da França –o Partido Socialista e os Republicanos– no segundo turno, a França enfrenta uma falta de mesários, já que são os filiados das duas agremiações que conduzem as votações. O município de Marselha teve que pedir ajuda a voluntários para conseguir abrir suas 480 seções no domingo. 'VIEL GLÜCK' A chanceler alemã, Angela Merkel, voltou a romper o protocolo segundo o qual governantes estrangeiros não escolhem candidatos para apoiar Emmanuel Macron. Ao jornal "Kölner Stadt-Anzeiger", de Colônia, ela disse que a vitória do centrista seria positiva "porque ele representa políticas pró-Europa". A adversária Marine Le Pen defende que a França deixe a União Europeia. RELÓGIO O formato do debate presidencial francês é diferente do brasileiro. Os candidatos podem se interromper. O controle é feito com um cálculo de tempo, com relógios exibidos abaixo de suas bancadas —com os quais têm direito a intervir mais tarde. IMAGEM NEGATIVA A divisão da tela na TV para mostrar um candidato ouvindo enquanto o outro falava foi objeto de longa negociação entre os responsáveis pela transmissão e as equipes dos candidatos, preocupadas com as caras que eles fariam enquanto fossem atacados. REPETECO A existência de um só debate de segundo turno –e o primeiro com candidato da direita radical (Jacques Chirac se negou a debater com Jean-Marie Le Pen em 2002) deixou os meios de comunicações franceses excitadíssimos durante toda a quarta-feira, com direito à repetição em rádios de "melhores momentos" de debates com Valéry Giscard d'Estaing, Ségolène Royal e o atual presidente, François Hollande. INTELIGÊNCIA Sete dos principais especialistas franceses em combate ao terrorismo apoiaram nesta quarta a candidatura de Macron. Será um empurrão, em uma eleição marcada pelos debates sobre a segurança. Em uma carta, eles criticaram as propostas de Le Pen de endurecer as medidas emergenciais. "É o nosso país que ela está colocando em risco." LEGISLATIVAS Uma pesquisa publicada pela OpinionWay nesta quarta prevê que o movimento Em Frente! de Macron tenha mais cadeiras que os demais nas eleições legislativas de junho: entre 249 e 289 assentos. Partidos conservadores e de centro teriam entre 200 e 210. A Frente Nacional ficaria com entre 15 e 25.
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Se Macron vencer os animais morrem, diz Brigitte Bardot, que vota em Le Pen'EU TENHO MEDO' Brigitte Bardot, imortalizada por filmes como "E Deus Criou a Mulher" e ativista dos direitos dos animais, pediu que eleitores não votem em Emmanuel Macron porque ele seria "frio". "Se ele vencer, os animais morrem", disse a atriz, criticando a política ambiental do centrista. Bardot apoia Marine Le Pen. QUEM NÃO TEM CÃO... Benoît Hamon, candidato do governista Partido Socialista à Presidência, afirmou nesta quarta (3) que o voto no centrista Emmanuel Macron é "um ato difícil, mas uma escolha óbvia". Hamon recebeu 6,4% dos votos. DESFALQUE Sem as duas siglas tradicionais da França –o Partido Socialista e os Republicanos– no segundo turno, a França enfrenta uma falta de mesários, já que são os filiados das duas agremiações que conduzem as votações. O município de Marselha teve que pedir ajuda a voluntários para conseguir abrir suas 480 seções no domingo. 'VIEL GLÜCK' A chanceler alemã, Angela Merkel, voltou a romper o protocolo segundo o qual governantes estrangeiros não escolhem candidatos para apoiar Emmanuel Macron. Ao jornal "Kölner Stadt-Anzeiger", de Colônia, ela disse que a vitória do centrista seria positiva "porque ele representa políticas pró-Europa". A adversária Marine Le Pen defende que a França deixe a União Europeia. RELÓGIO O formato do debate presidencial francês é diferente do brasileiro. Os candidatos podem se interromper. O controle é feito com um cálculo de tempo, com relógios exibidos abaixo de suas bancadas —com os quais têm direito a intervir mais tarde. IMAGEM NEGATIVA A divisão da tela na TV para mostrar um candidato ouvindo enquanto o outro falava foi objeto de longa negociação entre os responsáveis pela transmissão e as equipes dos candidatos, preocupadas com as caras que eles fariam enquanto fossem atacados. REPETECO A existência de um só debate de segundo turno –e o primeiro com candidato da direita radical (Jacques Chirac se negou a debater com Jean-Marie Le Pen em 2002) deixou os meios de comunicações franceses excitadíssimos durante toda a quarta-feira, com direito à repetição em rádios de "melhores momentos" de debates com Valéry Giscard d'Estaing, Ségolène Royal e o atual presidente, François Hollande. INTELIGÊNCIA Sete dos principais especialistas franceses em combate ao terrorismo apoiaram nesta quarta a candidatura de Macron. Será um empurrão, em uma eleição marcada pelos debates sobre a segurança. Em uma carta, eles criticaram as propostas de Le Pen de endurecer as medidas emergenciais. "É o nosso país que ela está colocando em risco." LEGISLATIVAS Uma pesquisa publicada pela OpinionWay nesta quarta prevê que o movimento Em Frente! de Macron tenha mais cadeiras que os demais nas eleições legislativas de junho: entre 249 e 289 assentos. Partidos conservadores e de centro teriam entre 200 e 210. A Frente Nacional ficaria com entre 15 e 25.
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Com inspiração na caatinga, Fernanda Yamamoto leva rendeiras à passarela
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As sete viagens de Fernanda Yamamoto à caatinga do Cariri paraibano inspiraram a estilista em uma das suas melhores coleções. Neste inverno 2016, a seca traz a cartela de cores áridas como bege e marrom enquanto 77 rendeiras do coletivo feminista Cunhã ficaram responsáveis pelas rendas renascenças que deram o tom do desfile. A técnica dá leveza a vestidos, saias e macacões amplos com um ponto mais largo que o usual. Tramas construídas em feltro em tons pastel dão contraponto às cores mais escuras do inverno. Em uma temporada em que muito se fala de celebração da diversidade, Fernanda Yamamoto foi a única a colocar mulheres reais na passarela. A estilista trouxe algumas das rendeiras que a ajudaram a construir sua coleção para desfilar para sua marca, em um momento emocionante e bastante ovacionado pela plateia, acostumada a assistir modelos desfilarem no fim.
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ilustrada
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Com inspiração na caatinga, Fernanda Yamamoto leva rendeiras à passarelaAs sete viagens de Fernanda Yamamoto à caatinga do Cariri paraibano inspiraram a estilista em uma das suas melhores coleções. Neste inverno 2016, a seca traz a cartela de cores áridas como bege e marrom enquanto 77 rendeiras do coletivo feminista Cunhã ficaram responsáveis pelas rendas renascenças que deram o tom do desfile. A técnica dá leveza a vestidos, saias e macacões amplos com um ponto mais largo que o usual. Tramas construídas em feltro em tons pastel dão contraponto às cores mais escuras do inverno. Em uma temporada em que muito se fala de celebração da diversidade, Fernanda Yamamoto foi a única a colocar mulheres reais na passarela. A estilista trouxe algumas das rendeiras que a ajudaram a construir sua coleção para desfilar para sua marca, em um momento emocionante e bastante ovacionado pela plateia, acostumada a assistir modelos desfilarem no fim.
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Deputados tentam anular alteração que beneficia corruptos no Refis
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Deputados afirmaram que vão tentar anular ainda na Câmara a alteração feita no texto do Refis que pode abrir brecha para permitir o parcelamento de dívidas empresariais que tenham origem em corrupção. O texto-base da medida provisória que criou o programa de refinanciamento de dívidas com o fisco foi aprovado no dia 26. Nesta terça (3), devem ser votados os "destaques", que são propostas de alterações no texto. No primeiro passo da tramitação, que foi a análise da MP por uma comissão mista de deputados e senadores, alterou-se o artigo 1º da medida, incluindo a possibilidade de parcelamento e descontos também de débitos apurados pela PGU (Procuradoria-Geral da União). Na visão de alguns técnicos e políticos, isso poderia dar margem a renegociações, por exemplo, de acordos fechados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) com investigados por corrupção. DESTAQUES Relator do texto, o deputado Newton Cardoso Júnior (PMDB-MG) disse que essa não era a intenção da alteração -o objetivo seria permitir o parcelamento de débitos de partidos políticos-, mas que diante da dúvida irá "extirpar" a PGU da proposta. O problema é que como o texto-base já foi votado, seria preciso haver um "destaque" específico para a redação original ser retomada. E o prazo para apresentação de "destaques" já acabou. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que tentará uma solução nesta segunda (2). Técnicos da Câmara buscam um mecanismo regimental para permitir a volta ao texto original, mesmo que não haja acordo entre os partidos. "Uma forma será encontrada para rechaçar a mudança", disse o líder da bancada do DEM, Efraim Filho (PB). O relator-revisor da proposta no Senado, Ataídes Oliveira (PSDB-TO), já afirmou que vai retirar a mudança, caso passe pela Câmara. O problema é que, nesse caso, a MP teria que voltar para nova análise dos deputados. O prazo limite para que a MP seja aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Michel Temer é na segunda-feira que vem (11). Por meio de outra medida provisória, o governo estendeu até 31 de outubro o prazo de adesão ao Refis. As negociações do Executivo com o Congresso têm sido tensas, já que o Legislativo quer ampliar os benefícios às empresas que aderirem ao programa. O Ministério da Fazenda é contra. Depois de meses de negociações, governo e parlamentares só chegaram a um acordo quando o Palácio do Planalto aceitou conceder regras mais generosas aos devedores -maiores descontos e menor pagamento de entrada, entre outros pontos. Mesmo aconselhado pela equipe econômica a não ceder, o governo acabou tendo que recuar devido à ameaça de parte de sua base de engrossar os votos favoráveis à segunda denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República contra Temer.
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mercado
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Deputados tentam anular alteração que beneficia corruptos no RefisDeputados afirmaram que vão tentar anular ainda na Câmara a alteração feita no texto do Refis que pode abrir brecha para permitir o parcelamento de dívidas empresariais que tenham origem em corrupção. O texto-base da medida provisória que criou o programa de refinanciamento de dívidas com o fisco foi aprovado no dia 26. Nesta terça (3), devem ser votados os "destaques", que são propostas de alterações no texto. No primeiro passo da tramitação, que foi a análise da MP por uma comissão mista de deputados e senadores, alterou-se o artigo 1º da medida, incluindo a possibilidade de parcelamento e descontos também de débitos apurados pela PGU (Procuradoria-Geral da União). Na visão de alguns técnicos e políticos, isso poderia dar margem a renegociações, por exemplo, de acordos fechados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) com investigados por corrupção. DESTAQUES Relator do texto, o deputado Newton Cardoso Júnior (PMDB-MG) disse que essa não era a intenção da alteração -o objetivo seria permitir o parcelamento de débitos de partidos políticos-, mas que diante da dúvida irá "extirpar" a PGU da proposta. O problema é que como o texto-base já foi votado, seria preciso haver um "destaque" específico para a redação original ser retomada. E o prazo para apresentação de "destaques" já acabou. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que tentará uma solução nesta segunda (2). Técnicos da Câmara buscam um mecanismo regimental para permitir a volta ao texto original, mesmo que não haja acordo entre os partidos. "Uma forma será encontrada para rechaçar a mudança", disse o líder da bancada do DEM, Efraim Filho (PB). O relator-revisor da proposta no Senado, Ataídes Oliveira (PSDB-TO), já afirmou que vai retirar a mudança, caso passe pela Câmara. O problema é que, nesse caso, a MP teria que voltar para nova análise dos deputados. O prazo limite para que a MP seja aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Michel Temer é na segunda-feira que vem (11). Por meio de outra medida provisória, o governo estendeu até 31 de outubro o prazo de adesão ao Refis. As negociações do Executivo com o Congresso têm sido tensas, já que o Legislativo quer ampliar os benefícios às empresas que aderirem ao programa. O Ministério da Fazenda é contra. Depois de meses de negociações, governo e parlamentares só chegaram a um acordo quando o Palácio do Planalto aceitou conceder regras mais generosas aos devedores -maiores descontos e menor pagamento de entrada, entre outros pontos. Mesmo aconselhado pela equipe econômica a não ceder, o governo acabou tendo que recuar devido à ameaça de parte de sua base de engrossar os votos favoráveis à segunda denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República contra Temer.
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Oleoduto se rompe nos EUA e 80 mil litros de petróleo vazam no mar
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Um oleoduto sofreu uma ruptura nesta terça-feira (19) em Santa Bárbara, no Estado americano da Califórnia, despejando 80 mil litros de petróleo no oceano, que os serviços de emergência estão tentando controlar e limpar, informou a Guarda Costeira do país. O oleoduto se rompeu, por motivos ainda desconhecidos, antes das 12h locais (16h de Brasília) e causou um vazamento que se estendeu por mais de seis quilômetros mar adentro desde o litoral do parque Refugio State Beach, nas imediações de Santa Bárbara. Serviços de emergência locais, estaduais e federais se deslocaram até o lugar do incidente para iniciar os trabalhos de controle e limpeza. Além disso, foi aberta uma investigação para determinar o que causou a ruptura do oleoduto. Trata-se de um oleoduto operado pela companhia Plains All-American Pipeline, que transporta petróleo ao longo da costa do Pacífico na Califórnia, em paralelo à famosa rodovia 101. Como consequência do vazamento, o parque Refugio State Beach foi fechado para o público e também foi emitido um alerta para os banhistas nas praias próximas. "Felizmente, interrompemos o vazamento e agora faltam os trabalhos de limpeza", disse em entrevista à emissora local KTLA o porta-voz da Guarda Costeira Jonathan McCormick.
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mundo
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Oleoduto se rompe nos EUA e 80 mil litros de petróleo vazam no marUm oleoduto sofreu uma ruptura nesta terça-feira (19) em Santa Bárbara, no Estado americano da Califórnia, despejando 80 mil litros de petróleo no oceano, que os serviços de emergência estão tentando controlar e limpar, informou a Guarda Costeira do país. O oleoduto se rompeu, por motivos ainda desconhecidos, antes das 12h locais (16h de Brasília) e causou um vazamento que se estendeu por mais de seis quilômetros mar adentro desde o litoral do parque Refugio State Beach, nas imediações de Santa Bárbara. Serviços de emergência locais, estaduais e federais se deslocaram até o lugar do incidente para iniciar os trabalhos de controle e limpeza. Além disso, foi aberta uma investigação para determinar o que causou a ruptura do oleoduto. Trata-se de um oleoduto operado pela companhia Plains All-American Pipeline, que transporta petróleo ao longo da costa do Pacífico na Califórnia, em paralelo à famosa rodovia 101. Como consequência do vazamento, o parque Refugio State Beach foi fechado para o público e também foi emitido um alerta para os banhistas nas praias próximas. "Felizmente, interrompemos o vazamento e agora faltam os trabalhos de limpeza", disse em entrevista à emissora local KTLA o porta-voz da Guarda Costeira Jonathan McCormick.
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Folha faz debate sobre eficácia das dietas alimentares
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Em razão do Dia Mundial sem Dieta, a Folha promove nesta quarta-feira (6), às 19h30, um debate sobre a eficácia das dietas alimentares. Participam da conversa Magda Khouri (psicanalista), Fernanda Timermam (nutricionista), Lea Diamant (endocrinologista) e Luciana Saddi (psicanalista). A mediação será da repórter especial Claudia Collucci. O evento, que é gratuito, será no auditório do jornal (al. Barão de Limeira, 425). As inscrições podem ser feitas pelo e-mail [email protected] ou pelo tel. 3224-3473 (em dias úteis, das 14h às 17h). É preciso informar nome completo e RG.
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cotidiano
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Folha faz debate sobre eficácia das dietas alimentaresEm razão do Dia Mundial sem Dieta, a Folha promove nesta quarta-feira (6), às 19h30, um debate sobre a eficácia das dietas alimentares. Participam da conversa Magda Khouri (psicanalista), Fernanda Timermam (nutricionista), Lea Diamant (endocrinologista) e Luciana Saddi (psicanalista). A mediação será da repórter especial Claudia Collucci. O evento, que é gratuito, será no auditório do jornal (al. Barão de Limeira, 425). As inscrições podem ser feitas pelo e-mail [email protected] ou pelo tel. 3224-3473 (em dias úteis, das 14h às 17h). É preciso informar nome completo e RG.
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Para impedir extradição, Marin vai pedir prisão domiciliar nos EUA
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Notificada de que o pedido de extradição para os Estados Unidos foi formalizado, a defesa do ex-presidente da CBF José Maria Marin vai agir em duas frentes para evitar que o cartola seja transferido para uma prisão em Nova York. Os advogados na Suíça vão entrar com recurso na Justiça pedindo que a extradição seja barrada. Em paralelo, os dois escritórios contratados nos EU vão negociar um acordo para que Marin pague multas e cumpra prisão domiciliar em seu apartamento em Nova York ou no Brasil. O governo dos EUA formalizou nesta quarta-feira (1º) o pedido de extradição do brasileiro e dos outros seis dirigentes presos na Suíça no último dia 27 de maio, durante um congresso da Fifa. As prisões foram feitas a pedido do Departamento de Justiça americano, que acusa os cartolas de integrarem um esquema de cobrança de propina em acordos de transmissão de torneios, como Copa América e Copa do Brasil. A Folha apurou que a estratégia de defesa na Suíça para evitar a extradição se sustenta em três argumentos. O primeiro é o de que as acusações do governo americano se baseiam no crime de conspiração, que não é previsto na legislação brasileira e está incluído apenas em parte no código penal suíço. Uma das condições para a Suiça aprovar a extradição é que o crime pelo qual a pessoa é acusada esteja previsto na legislação do país. Outro ponto defendido pelos advogados é a fragilidade das provas. Citam que no pedido de extradição não há revelações concretas de que o dirigente cometeu os crimes. Para a defesa, os argumentos são ilações com base em delações de outros cartolas. Por fim, será defendido que a idade de Marin –83 anos– não permite que ele fique preso na penitenciária de Nova York, no Brooklyn, bairro da cidade americana onde tramita o processo contra ele. O prazo que Marin e os outros seis cartolas têm para se manifestar é de 14 dias, prorrogáveis por mais 14. O dirigente também será chamado para depor –será a primeira vez que ele será ouvido pela Justiça sobre as acusações Caso a Justiça decida pela extradição, há mais duas instâncias às quais a defesa do cartola estuda apelar: a Corte Federal Criminal e, depois, a Suprema Corte do país. Ao mesmo tempo em que a defesa de Marin na Suíça vai apelar, os dois escritórios contratados nos EUA vão tentar um acordo com o governo americano a fim de evitar que ele fique preso no país. Esse acordo, como a Folha revelou na terça-feira (30), prevê que Marin pague uma multa e responda ao processo em prisão domiciliar. O trato será discutido com o procurador de Justiça do Brooklyn. Se o governo dos EUA acenar com simpatia –e dependendo do valor da multa–, a ideia é fazer o acordo. Neste caso, Marin poderá ficar em seu apartamento em Nova York, com trânsito delimitado dentro dos EUA. Os advogados do cartola projetam pedir até que ele responda ao processo em prisão domiciliar no Brasil. Para sua defesa no processo, Marin conta com quatro advogados –dois baseados na Suíça e dois nos EUA. O custo com os escritórios já chega a R$ 1,9 milhão. EUA QUEREM MARIN Do que Marin é acusado? Fraude, lavagem de dinheiro e conspiração envolvendo recebimento de propina em acordos para a transmissão de competições como a Copa América e Copa do Brasil Quem o acusa? O Departamento de Justiça americano, apoiado em investigações do FBI Quais são os próximos passos de Marin? Ele tem 14 dias, prorrogáveis por mais 14, para contestar o pedido de extradição na Justiça suíça. Se tiver sucesso, pode ser colocado em liberdade. Se fracassar, pode recorrer contra a decisão em mais duas instâncias de apelação. Se não tiver sucesso, ele será levado para os EUA, onde o processo tramita, na Corte de Nova York Os indiciados
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esporte
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Para impedir extradição, Marin vai pedir prisão domiciliar nos EUANotificada de que o pedido de extradição para os Estados Unidos foi formalizado, a defesa do ex-presidente da CBF José Maria Marin vai agir em duas frentes para evitar que o cartola seja transferido para uma prisão em Nova York. Os advogados na Suíça vão entrar com recurso na Justiça pedindo que a extradição seja barrada. Em paralelo, os dois escritórios contratados nos EU vão negociar um acordo para que Marin pague multas e cumpra prisão domiciliar em seu apartamento em Nova York ou no Brasil. O governo dos EUA formalizou nesta quarta-feira (1º) o pedido de extradição do brasileiro e dos outros seis dirigentes presos na Suíça no último dia 27 de maio, durante um congresso da Fifa. As prisões foram feitas a pedido do Departamento de Justiça americano, que acusa os cartolas de integrarem um esquema de cobrança de propina em acordos de transmissão de torneios, como Copa América e Copa do Brasil. A Folha apurou que a estratégia de defesa na Suíça para evitar a extradição se sustenta em três argumentos. O primeiro é o de que as acusações do governo americano se baseiam no crime de conspiração, que não é previsto na legislação brasileira e está incluído apenas em parte no código penal suíço. Uma das condições para a Suiça aprovar a extradição é que o crime pelo qual a pessoa é acusada esteja previsto na legislação do país. Outro ponto defendido pelos advogados é a fragilidade das provas. Citam que no pedido de extradição não há revelações concretas de que o dirigente cometeu os crimes. Para a defesa, os argumentos são ilações com base em delações de outros cartolas. Por fim, será defendido que a idade de Marin –83 anos– não permite que ele fique preso na penitenciária de Nova York, no Brooklyn, bairro da cidade americana onde tramita o processo contra ele. O prazo que Marin e os outros seis cartolas têm para se manifestar é de 14 dias, prorrogáveis por mais 14. O dirigente também será chamado para depor –será a primeira vez que ele será ouvido pela Justiça sobre as acusações Caso a Justiça decida pela extradição, há mais duas instâncias às quais a defesa do cartola estuda apelar: a Corte Federal Criminal e, depois, a Suprema Corte do país. Ao mesmo tempo em que a defesa de Marin na Suíça vai apelar, os dois escritórios contratados nos EUA vão tentar um acordo com o governo americano a fim de evitar que ele fique preso no país. Esse acordo, como a Folha revelou na terça-feira (30), prevê que Marin pague uma multa e responda ao processo em prisão domiciliar. O trato será discutido com o procurador de Justiça do Brooklyn. Se o governo dos EUA acenar com simpatia –e dependendo do valor da multa–, a ideia é fazer o acordo. Neste caso, Marin poderá ficar em seu apartamento em Nova York, com trânsito delimitado dentro dos EUA. Os advogados do cartola projetam pedir até que ele responda ao processo em prisão domiciliar no Brasil. Para sua defesa no processo, Marin conta com quatro advogados –dois baseados na Suíça e dois nos EUA. O custo com os escritórios já chega a R$ 1,9 milhão. EUA QUEREM MARIN Do que Marin é acusado? Fraude, lavagem de dinheiro e conspiração envolvendo recebimento de propina em acordos para a transmissão de competições como a Copa América e Copa do Brasil Quem o acusa? O Departamento de Justiça americano, apoiado em investigações do FBI Quais são os próximos passos de Marin? Ele tem 14 dias, prorrogáveis por mais 14, para contestar o pedido de extradição na Justiça suíça. Se tiver sucesso, pode ser colocado em liberdade. Se fracassar, pode recorrer contra a decisão em mais duas instâncias de apelação. Se não tiver sucesso, ele será levado para os EUA, onde o processo tramita, na Corte de Nova York Os indiciados
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O rosto do preso
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Em meio a um vendaval de más notícias –um governo que não governa e que criminosamente esfacelou a vitalidade econômica do Brasil, um Poder Legislativo temerário, desacreditado, e a constatação da Anistia Internacional de que já somos um país com maior número de homicídios do que as zonas de guerra reunidas, além de termos a polícia mais letal do planeta–, uma medida aparentemente singela pode alterar o panorama do caótico sistema carcerário. O STF emplacou a ideia da audiência de custódia, que obriga a apresentação de todos os presos em flagrante diante de um juiz 24 horas depois. O propósito é reduzir o número de prisões sem condenação. Se a medida for aplicada com eficiência, deixaríamos de prender, sem motivo, cerca de 120 mil pessoas. Segundo estimativa otimista do ministro Ricardo Lewandowski, haveria uma economia anual de R$ 4,3 bilhões para os cofres públicos, nada mau para um país com contas estranguladas. Duas decisões do STF trataram do assunto recentemente. Em agosto, o plenário julgou improcedente ação direta de inconstitucionalidade movida pela Associação dos Delegados de Polícia do Brasil contra o provimento do Tribunal de Justiça de São Paulo que instituiu a iniciativa em fevereiro. Em setembro, estabeleceu prazo de 90 dias para que todos os Estados implementem o serviço. Nos seis primeiros meses do programa em São Paulo foram detectados indícios de tortura ou agressão policial em 277 casos –o que talvez explique a inusitada reação dos delegados junto ao Supremo. Pesquisa realizada pela ONG Sou da Paz e pela Universidade Cândido Mendes indica que, em 2013, mais da metade das prisões provisórias no Rio de Janeiro se revelaram indevidas: 54,4% dos réus foram absolvidos ou condenados a penas alternativas ou ao regime semiaberto. Só 18,6% foram condenados à prisão em regime fechado. Conforme contabilidade do Ministério da Justiça para junho de 2014, quatro em cada dez presos no Brasil não têm condenação definitiva: mais de 250 mil. A legislação tem medidas cautelares alternativas à prisão, como recolhimento domiciliar, monitoramento eletrônico e proibições diversas. É só aplicá-las. Ao se defrontar com o preso, o juiz avalia a legalidade da ação policial, o que tem inequívoco caráter profilático, e se o encarceramento é de fato necessário, se o delito é grave e, sobretudo, se a liberdade da pessoa é perigosa. Não faz sentido esperar a movimentação burocrática, deixar para depois o que pode ser feito imediatamente, assim como não faz sentido prender quem não precisa estar preso. Para que a iniciativa seja eficaz, porém, a audiência de custódia não pode ser mera formalidade, como são os costumeiros despachos que chancelam o "flagrante em ordem". A insensibilidade também ronda o Judiciário, como mostra a decisão de juíza carioca que considerou "privilégio" o atendimento ginecológico de mulheres em penitenciárias. As audiências deveriam acontecer também em finais de semana e feriados porque, nas prisões, todos os dias são dias úteis. O bom juiz vai recebê-lo e ouvi-lo livre de preconceitos e sem a presença de policiais. Mais do que tudo, o juiz tem de olhar o rosto do preso, não só o papelório frio que o acompanha. [email protected]
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O rosto do presoEm meio a um vendaval de más notícias –um governo que não governa e que criminosamente esfacelou a vitalidade econômica do Brasil, um Poder Legislativo temerário, desacreditado, e a constatação da Anistia Internacional de que já somos um país com maior número de homicídios do que as zonas de guerra reunidas, além de termos a polícia mais letal do planeta–, uma medida aparentemente singela pode alterar o panorama do caótico sistema carcerário. O STF emplacou a ideia da audiência de custódia, que obriga a apresentação de todos os presos em flagrante diante de um juiz 24 horas depois. O propósito é reduzir o número de prisões sem condenação. Se a medida for aplicada com eficiência, deixaríamos de prender, sem motivo, cerca de 120 mil pessoas. Segundo estimativa otimista do ministro Ricardo Lewandowski, haveria uma economia anual de R$ 4,3 bilhões para os cofres públicos, nada mau para um país com contas estranguladas. Duas decisões do STF trataram do assunto recentemente. Em agosto, o plenário julgou improcedente ação direta de inconstitucionalidade movida pela Associação dos Delegados de Polícia do Brasil contra o provimento do Tribunal de Justiça de São Paulo que instituiu a iniciativa em fevereiro. Em setembro, estabeleceu prazo de 90 dias para que todos os Estados implementem o serviço. Nos seis primeiros meses do programa em São Paulo foram detectados indícios de tortura ou agressão policial em 277 casos –o que talvez explique a inusitada reação dos delegados junto ao Supremo. Pesquisa realizada pela ONG Sou da Paz e pela Universidade Cândido Mendes indica que, em 2013, mais da metade das prisões provisórias no Rio de Janeiro se revelaram indevidas: 54,4% dos réus foram absolvidos ou condenados a penas alternativas ou ao regime semiaberto. Só 18,6% foram condenados à prisão em regime fechado. Conforme contabilidade do Ministério da Justiça para junho de 2014, quatro em cada dez presos no Brasil não têm condenação definitiva: mais de 250 mil. A legislação tem medidas cautelares alternativas à prisão, como recolhimento domiciliar, monitoramento eletrônico e proibições diversas. É só aplicá-las. Ao se defrontar com o preso, o juiz avalia a legalidade da ação policial, o que tem inequívoco caráter profilático, e se o encarceramento é de fato necessário, se o delito é grave e, sobretudo, se a liberdade da pessoa é perigosa. Não faz sentido esperar a movimentação burocrática, deixar para depois o que pode ser feito imediatamente, assim como não faz sentido prender quem não precisa estar preso. Para que a iniciativa seja eficaz, porém, a audiência de custódia não pode ser mera formalidade, como são os costumeiros despachos que chancelam o "flagrante em ordem". A insensibilidade também ronda o Judiciário, como mostra a decisão de juíza carioca que considerou "privilégio" o atendimento ginecológico de mulheres em penitenciárias. As audiências deveriam acontecer também em finais de semana e feriados porque, nas prisões, todos os dias são dias úteis. O bom juiz vai recebê-lo e ouvi-lo livre de preconceitos e sem a presença de policiais. Mais do que tudo, o juiz tem de olhar o rosto do preso, não só o papelório frio que o acompanha. [email protected]
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Relator quer fixar salário mínimo como piso para pensões por morte
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O relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), pretende alterar a proposta do governo para o cálculo de pensões por morte e garantir o piso de um salário mínimo. A decisão já foi repassada a deputados da base e confirmada pela Folha com parlamentares envolvidos nas negociações para aprovação da reforma, prioridade de Michel Temer no Congresso. O texto original prevê que a pensão por morte será de 50% do valor da aposentadoria que o segurado recebia, acrescida de 10% para cada dependente. Isso significa que o benefício poderia ser de apenas 60% do salário mínimo no caso de uma pessoa viúva sem dependentes. A decisão do relator é manter a fórmula de cálculo proposta por Temer para quem tem benefícios maiores, mas garantir o salário mínimo. O deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), que ouviu do relator a garantia de mudança durante reunião com a bancada tucana, criticou o texto original do governo. "Esse ponto era perverso. Quem tem pensão de um salário mínimo é pobre", afirmou Barbosa. A presidente Dilma Rousseff enviou uma medida provisória ao Congresso com essa mesma regra de cálculo. Mesmo garantindo o piso de um salário mínimo, já que não alterava a Constituição, o trecho foi derrubado. Outro ponto que Oliveira Maia afirmou a aliados que vai alterar é a diferenciação no cálculo da aposentadoria por invalidez decorrente de acidente de trabalho ou fora do ambiente de trabalho. Ele pretende garantir o benefício completo nos dois casos. A proposta da equipe de Temer previa o valor de 100% da média das remunerações apenas em casos de incapacidade decorrente de acidente de trabalho. ACÚMULO Diante dos pedidos de parlamentares para permitir o acúmulo de pensão e aposentadoria, o relator estuda ainda a permissão do acúmulo limitado ao teto de dois salários mínimos (R$ 1.874). Esse ponto, contudo, ainda é alvo de debate, já que muitos defendem que o acúmulo possa ocorrer até o teto do INSS (R$ 5.531,31). O texto original de Temer, que a equipe econômica batalha para manter inalterado, proíbe esses acúmulos. O governo diz que a idade mínima de 65 anos é um ponto inegociável do texto. Outras alterações, na avaliação de políticos próximos ao presidente, serão analisadas de acordo com o impacto nas contas. O texto original, no entanto, enfrenta resistência inclusive das bancadas aliadas ao governo. Oliveira Maia tem se reunido com as bancadas dos partidos da Câmara para recolher sugestões de mudança. A apresentação do relatório deve ocorrer na segunda quinzena de abril, após a Páscoa. Depois, tem de ser votado pela comissão e passar pelos plenários da Câmara e do Senado.
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Relator quer fixar salário mínimo como piso para pensões por morteO relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), pretende alterar a proposta do governo para o cálculo de pensões por morte e garantir o piso de um salário mínimo. A decisão já foi repassada a deputados da base e confirmada pela Folha com parlamentares envolvidos nas negociações para aprovação da reforma, prioridade de Michel Temer no Congresso. O texto original prevê que a pensão por morte será de 50% do valor da aposentadoria que o segurado recebia, acrescida de 10% para cada dependente. Isso significa que o benefício poderia ser de apenas 60% do salário mínimo no caso de uma pessoa viúva sem dependentes. A decisão do relator é manter a fórmula de cálculo proposta por Temer para quem tem benefícios maiores, mas garantir o salário mínimo. O deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), que ouviu do relator a garantia de mudança durante reunião com a bancada tucana, criticou o texto original do governo. "Esse ponto era perverso. Quem tem pensão de um salário mínimo é pobre", afirmou Barbosa. A presidente Dilma Rousseff enviou uma medida provisória ao Congresso com essa mesma regra de cálculo. Mesmo garantindo o piso de um salário mínimo, já que não alterava a Constituição, o trecho foi derrubado. Outro ponto que Oliveira Maia afirmou a aliados que vai alterar é a diferenciação no cálculo da aposentadoria por invalidez decorrente de acidente de trabalho ou fora do ambiente de trabalho. Ele pretende garantir o benefício completo nos dois casos. A proposta da equipe de Temer previa o valor de 100% da média das remunerações apenas em casos de incapacidade decorrente de acidente de trabalho. ACÚMULO Diante dos pedidos de parlamentares para permitir o acúmulo de pensão e aposentadoria, o relator estuda ainda a permissão do acúmulo limitado ao teto de dois salários mínimos (R$ 1.874). Esse ponto, contudo, ainda é alvo de debate, já que muitos defendem que o acúmulo possa ocorrer até o teto do INSS (R$ 5.531,31). O texto original de Temer, que a equipe econômica batalha para manter inalterado, proíbe esses acúmulos. O governo diz que a idade mínima de 65 anos é um ponto inegociável do texto. Outras alterações, na avaliação de políticos próximos ao presidente, serão analisadas de acordo com o impacto nas contas. O texto original, no entanto, enfrenta resistência inclusive das bancadas aliadas ao governo. Oliveira Maia tem se reunido com as bancadas dos partidos da Câmara para recolher sugestões de mudança. A apresentação do relatório deve ocorrer na segunda quinzena de abril, após a Páscoa. Depois, tem de ser votado pela comissão e passar pelos plenários da Câmara e do Senado.
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Mortes: Era uma especialista em saladas inusitadas
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Se tinha uma coisa pela qual Gorizia Laterza era famosa, era pelas suas saladas. Além dos ingredientes habituais, ela adorava experimentar outros, mais inusitados. Carambola, hortelã, alecrim e manjericão eram alguns dos preferidos, conta o sobrinho Fernando. "Ela se especializou em saladas", diz ele. Filha de imigrantes italianos, Gorizia nasceu na capital paulista, caçula distante, pois seus dois irmãos já eram jovens. Foi para o internato e pensava em ser freira, mas após algum tempo percebeu que o caminho da vida religiosa não era o seu. Ao sair do internato, tomou um ônibus em direção ao Pacaembu, onde morava na época seu irmão Horácio. Quando a porta do veículo se abriu e o olhar de Gorizia encontrou o do motorista, o mineiro Cláudio, nascera ali um amor à primeira vista. Casaram-se em meados da década de 1970, quando mudou-se para Guarulhos com o marido. "Titia dizia que foi a época mais feliz da vida dela", lembra Fernando. Época que foi tristemente interrompida pela doença de Chagas, que vitimou Cláudio apenas três anos após o casamento. Desde então, Gorizia morou até o fim da vida com a família do irmão Horácio. Discreta e observadora, dona Gorí –como era chamada por aqueles que não acertavam seu nome– não era de fazer barulho, mas conversava com todos. Apesar de católica, tinha uma veia esotérica com sua coleção de cristais. Morreu no último dia 18, aos 85 anos, de complicações em decorrência de um câncer. Não teve filhos, mas deixa vários sobrinhos, sobrinhos-netos e sobrinhos-bisnetos. [email protected] - VEJA AS MORTES E MISSAS DESTA QUARTA-FEIRA (6) Bernardo Aron Pagura - Aos 76. Deixa os filhos Carla e Luiz, a irmã Olga, netos e bisnetos. Cemitério Israelita do Butantã. Graciano Iervolino - Aos 88. Solteiro. Deixa a irmã Fernanda e sobrinhos. Cemitério do Araçá. Leonorde Almeida Ferreira Neves - Aos 84. Viúva de Arthur Ferreira Neves. Deixa os filhos Arthur, Regina Coeli, Maria Lúcia, João Luiz, netos e bisneta. Cemitério da Quarta Parada. Sonia Santos de Albuquerque Miller - Aos 92. Viúva de Carlos Rudge Miller. Deixa filhos, nora, genro e netos. Cemitério dos Protestantes. 7º DIA Geraldina Vera Iervolino - Hoje (6/5), às 20h15, na paróquia Santa Rita de Cássia, praça Santa Rita de Cássia, 133, Mirandópolis. Vera Brito Bastos Falcone - Hoje (6/5), às 12h, na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, r. Honório Libero, 100, Jardim Paulistano.
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cotidiano
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Mortes: Era uma especialista em saladas inusitadasSe tinha uma coisa pela qual Gorizia Laterza era famosa, era pelas suas saladas. Além dos ingredientes habituais, ela adorava experimentar outros, mais inusitados. Carambola, hortelã, alecrim e manjericão eram alguns dos preferidos, conta o sobrinho Fernando. "Ela se especializou em saladas", diz ele. Filha de imigrantes italianos, Gorizia nasceu na capital paulista, caçula distante, pois seus dois irmãos já eram jovens. Foi para o internato e pensava em ser freira, mas após algum tempo percebeu que o caminho da vida religiosa não era o seu. Ao sair do internato, tomou um ônibus em direção ao Pacaembu, onde morava na época seu irmão Horácio. Quando a porta do veículo se abriu e o olhar de Gorizia encontrou o do motorista, o mineiro Cláudio, nascera ali um amor à primeira vista. Casaram-se em meados da década de 1970, quando mudou-se para Guarulhos com o marido. "Titia dizia que foi a época mais feliz da vida dela", lembra Fernando. Época que foi tristemente interrompida pela doença de Chagas, que vitimou Cláudio apenas três anos após o casamento. Desde então, Gorizia morou até o fim da vida com a família do irmão Horácio. Discreta e observadora, dona Gorí –como era chamada por aqueles que não acertavam seu nome– não era de fazer barulho, mas conversava com todos. Apesar de católica, tinha uma veia esotérica com sua coleção de cristais. Morreu no último dia 18, aos 85 anos, de complicações em decorrência de um câncer. Não teve filhos, mas deixa vários sobrinhos, sobrinhos-netos e sobrinhos-bisnetos. [email protected] - VEJA AS MORTES E MISSAS DESTA QUARTA-FEIRA (6) Bernardo Aron Pagura - Aos 76. Deixa os filhos Carla e Luiz, a irmã Olga, netos e bisnetos. Cemitério Israelita do Butantã. Graciano Iervolino - Aos 88. Solteiro. Deixa a irmã Fernanda e sobrinhos. Cemitério do Araçá. Leonorde Almeida Ferreira Neves - Aos 84. Viúva de Arthur Ferreira Neves. Deixa os filhos Arthur, Regina Coeli, Maria Lúcia, João Luiz, netos e bisneta. Cemitério da Quarta Parada. Sonia Santos de Albuquerque Miller - Aos 92. Viúva de Carlos Rudge Miller. Deixa filhos, nora, genro e netos. Cemitério dos Protestantes. 7º DIA Geraldina Vera Iervolino - Hoje (6/5), às 20h15, na paróquia Santa Rita de Cássia, praça Santa Rita de Cássia, 133, Mirandópolis. Vera Brito Bastos Falcone - Hoje (6/5), às 12h, na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, r. Honório Libero, 100, Jardim Paulistano.
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