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Investimento que segue o câmbio perde com impeachment
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Com o dólar acumulando queda de 19,5% na primeira metade do ano, investidores que aplicaram em fundos cambiais viram os produtos registrarem um dos piores desempenhos na indústria de fundos no primeiro semestre. Esses fundos são indicados como proteção para quem tem despesas em moeda estrangeira ou pretende viajar para o exterior e não quer sofrer nenhuma surpresa que atrapalhe seu orçamento. O desempenho ruim neste ano contrasta com o comportamento em 2015, quando os fundos cambiais lideraram os ganhos, ao avançar cerca de 38% (após IR), ajudados pela valorização do dólar. Essa diferença se deve, em grande parte, ao cenário político brasileiro. No ano passado, o dólar ganhou força pela instabilidade do governo Dilma Rousseff. Agora, com o impeachment mais provável, parte desses ganhos foi devolvida. Alguns fundos tiveram desvalorização menor que a da moeda americana no semestre. A menor queda foi a do fundo cambial da Bram-Bradesco Asset Management, que perdeu 17,48%. MELHORES FUNDOS CAMBIAIS DO SEMESTRE - De acordo com o retorno, descontada a taxa de administração* "Esse fundo fica exposto à taxa de câmbio, e a queda acentuada do dólar no primeiro semestre teve esse reflexo", diz Ricardo Almeida, superintendente de renda variável da Bram. "Nesta categoria, não há grandes apostas, mas sim grandes riscos", diz Guilherme Abbud, responsável por gestão de renda fixa e multimercados no HSBC, instituição que hoje faz parte do Bradesco, mas no primeiro semestre era independente. Por esse motivo, especialistas aconselham o investidor a não colocar todos os recursos nesse produto. "O fundo cambial é uma proteção eficiente para quem tem compromisso futuro em moeda estrangeira e serve também como instrumento de diversificação, mas não devem ser alocados todos os recursos nesse fundo", diz Carlos André, diretor-executivo da BB Gestão de Recursos. Um fundo de euro teve a terceira menor queda nos seis primeiros meses. A moeda recuou 18,3% no período."Ao longo do primeiro semestre, vinha ocorrendo um cenário da economia na zona do euro um pouco mais benigno e relativamente estável. Por isso, as perdas com esse produto ficaram tão próximas das do dólar", afirma André. CENÁRIO Para este semestre, o desempenho do euro vai depender da situação do Reino Unido, que, em plebiscito em junho, optou por deixar a União Europeia. "Estamos acompanhando de perto toda essa movimentação e, dependendo do que ocorrer, o euro poderá sofrer solavancos em relação ao dólar", diz o executivo. Na comparação com o dólar, a expectativa é que o real permaneça estável -economistas consultados pelo Banco Central para o boletim Focus estimam que a moeda vai valer R$ 3,34 no fim do ano, ante R$ 3,24 nesta sexta (29). Uma nova pressão para a valorização do dólar poderia vir da elevação neste ano dos juros nos EUA -a taxa mais alta atrairia para lá investidor que está hoje nos mercados emergentes. Porém, o resultado decepcionante do PIB americano no segundo trimestre tornou essa hipótese menos provável.
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mercado
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Investimento que segue o câmbio perde com impeachmentCom o dólar acumulando queda de 19,5% na primeira metade do ano, investidores que aplicaram em fundos cambiais viram os produtos registrarem um dos piores desempenhos na indústria de fundos no primeiro semestre. Esses fundos são indicados como proteção para quem tem despesas em moeda estrangeira ou pretende viajar para o exterior e não quer sofrer nenhuma surpresa que atrapalhe seu orçamento. O desempenho ruim neste ano contrasta com o comportamento em 2015, quando os fundos cambiais lideraram os ganhos, ao avançar cerca de 38% (após IR), ajudados pela valorização do dólar. Essa diferença se deve, em grande parte, ao cenário político brasileiro. No ano passado, o dólar ganhou força pela instabilidade do governo Dilma Rousseff. Agora, com o impeachment mais provável, parte desses ganhos foi devolvida. Alguns fundos tiveram desvalorização menor que a da moeda americana no semestre. A menor queda foi a do fundo cambial da Bram-Bradesco Asset Management, que perdeu 17,48%. MELHORES FUNDOS CAMBIAIS DO SEMESTRE - De acordo com o retorno, descontada a taxa de administração* "Esse fundo fica exposto à taxa de câmbio, e a queda acentuada do dólar no primeiro semestre teve esse reflexo", diz Ricardo Almeida, superintendente de renda variável da Bram. "Nesta categoria, não há grandes apostas, mas sim grandes riscos", diz Guilherme Abbud, responsável por gestão de renda fixa e multimercados no HSBC, instituição que hoje faz parte do Bradesco, mas no primeiro semestre era independente. Por esse motivo, especialistas aconselham o investidor a não colocar todos os recursos nesse produto. "O fundo cambial é uma proteção eficiente para quem tem compromisso futuro em moeda estrangeira e serve também como instrumento de diversificação, mas não devem ser alocados todos os recursos nesse fundo", diz Carlos André, diretor-executivo da BB Gestão de Recursos. Um fundo de euro teve a terceira menor queda nos seis primeiros meses. A moeda recuou 18,3% no período."Ao longo do primeiro semestre, vinha ocorrendo um cenário da economia na zona do euro um pouco mais benigno e relativamente estável. Por isso, as perdas com esse produto ficaram tão próximas das do dólar", afirma André. CENÁRIO Para este semestre, o desempenho do euro vai depender da situação do Reino Unido, que, em plebiscito em junho, optou por deixar a União Europeia. "Estamos acompanhando de perto toda essa movimentação e, dependendo do que ocorrer, o euro poderá sofrer solavancos em relação ao dólar", diz o executivo. Na comparação com o dólar, a expectativa é que o real permaneça estável -economistas consultados pelo Banco Central para o boletim Focus estimam que a moeda vai valer R$ 3,34 no fim do ano, ante R$ 3,24 nesta sexta (29). Uma nova pressão para a valorização do dólar poderia vir da elevação neste ano dos juros nos EUA -a taxa mais alta atrairia para lá investidor que está hoje nos mercados emergentes. Porém, o resultado decepcionante do PIB americano no segundo trimestre tornou essa hipótese menos provável.
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Republicanos escolhem Paul Ryan para presidente da Câmara
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O deputado Paul Ryan, de Wisconsin, foi nomeado o candidato do Partido Republicano para a concorrer a presidente da Câmara americana, em reunião fechada, nesta quarta-feira (28). Como o Partido Republicano tem maioria, a nomeação indica que Ryan será o sucessor de John Boehner, que renunciou diante da pressão da ala mais conservadora da legenda. A mesma dinâmica minou a candidatura do deputado Kevin McCarthy. A Casa elegerá seu novo presidente nesta quinta-feira (29). Ao anunciar sua candidatura, Ryan disse que só aceitaria disputar se houvesse unidade em torno de sua liderança. Pouco depois, ele obteve sinalização de que grupos radicais não se rebelariam contra o seu nome, ainda que tenham pedido o compromisso de Ryan para atender a demandas como a de ampliar sua atuação nas decisões do partido no Congresso. Em pronunciamento nesta quarta (28), Ryan agradeceu a contribuição de Boehner, mas disse que sua eleição "mudava a página" da Câmara. "Vamos olhar para frente e nos unificar", declarou. Ryan voltou a criticar a divisão interna em seu partido, que "perdeu a visão", segundo ele. "Acreditamos que o país está no caminho errado e temos a obrigação de oferecer uma alternativa."
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mundo
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Republicanos escolhem Paul Ryan para presidente da CâmaraO deputado Paul Ryan, de Wisconsin, foi nomeado o candidato do Partido Republicano para a concorrer a presidente da Câmara americana, em reunião fechada, nesta quarta-feira (28). Como o Partido Republicano tem maioria, a nomeação indica que Ryan será o sucessor de John Boehner, que renunciou diante da pressão da ala mais conservadora da legenda. A mesma dinâmica minou a candidatura do deputado Kevin McCarthy. A Casa elegerá seu novo presidente nesta quinta-feira (29). Ao anunciar sua candidatura, Ryan disse que só aceitaria disputar se houvesse unidade em torno de sua liderança. Pouco depois, ele obteve sinalização de que grupos radicais não se rebelariam contra o seu nome, ainda que tenham pedido o compromisso de Ryan para atender a demandas como a de ampliar sua atuação nas decisões do partido no Congresso. Em pronunciamento nesta quarta (28), Ryan agradeceu a contribuição de Boehner, mas disse que sua eleição "mudava a página" da Câmara. "Vamos olhar para frente e nos unificar", declarou. Ryan voltou a criticar a divisão interna em seu partido, que "perdeu a visão", segundo ele. "Acreditamos que o país está no caminho errado e temos a obrigação de oferecer uma alternativa."
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'É um mito que o povo não gosta de música instrumental', diz Carlos Malta
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Saxofone soprano e tenor, flauta baixa e soprano, um apito de festa infantil, uma flauta feita de antenas de TV e porquinhos de borracha. Essa é a lista dos instrumentos tocados pelo músico Carlos Malta em seu show na Virada Cultural, às 10h de domingo (21), no Largo do Arouche. O multinstrumentista se apresentou para um público de aproximadamente 50 pessoas, debaixo de uma garoa que parava, voltava e logo parava de novo. Tocou versões instrumentais de vários clássicos da música brasileira, como "Asa Branca" e "Fé Cega, Faca Amolada". Depois de tentar, sem sucesso, interagir com o público de cima do palco, resolveu descer até à plateia. Aí sim, conseguiu formar uma roda de dança animada. Quando Malta voltou ao palco, foi a vez de um jovem, apoiado na grade na frente da plateia, tentar interação com o músico. Levantando a mão em sua direção, gritou "Fora, Temer!". A tentativa não emplacou. "[Temer] não está aqui nem virá, é melhor gritar 'Dentro, nós!'", pediu o músico, mas tampouco conseguiu adesão. Perguntado pela reportagem se está satisfeito com o modelo da Virada deste ano, Malta disse que desde que haja palco para a música instrumental, está satisfeito. "É um mito que o povo não gosta de música instrumental", afirmou.
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ilustrada
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'É um mito que o povo não gosta de música instrumental', diz Carlos MaltaSaxofone soprano e tenor, flauta baixa e soprano, um apito de festa infantil, uma flauta feita de antenas de TV e porquinhos de borracha. Essa é a lista dos instrumentos tocados pelo músico Carlos Malta em seu show na Virada Cultural, às 10h de domingo (21), no Largo do Arouche. O multinstrumentista se apresentou para um público de aproximadamente 50 pessoas, debaixo de uma garoa que parava, voltava e logo parava de novo. Tocou versões instrumentais de vários clássicos da música brasileira, como "Asa Branca" e "Fé Cega, Faca Amolada". Depois de tentar, sem sucesso, interagir com o público de cima do palco, resolveu descer até à plateia. Aí sim, conseguiu formar uma roda de dança animada. Quando Malta voltou ao palco, foi a vez de um jovem, apoiado na grade na frente da plateia, tentar interação com o músico. Levantando a mão em sua direção, gritou "Fora, Temer!". A tentativa não emplacou. "[Temer] não está aqui nem virá, é melhor gritar 'Dentro, nós!'", pediu o músico, mas tampouco conseguiu adesão. Perguntado pela reportagem se está satisfeito com o modelo da Virada deste ano, Malta disse que desde que haja palco para a música instrumental, está satisfeito. "É um mito que o povo não gosta de música instrumental", afirmou.
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Del Nero tem cargo remunerado em comitê da Copa de 2014
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Marco Polo Del Nero é muito conhecido como presidente da CBF, a entidade que manda no futebol brasileiro. O que pouca gente sabe, ao menos até agora, é que o cartola também está no comando do COL, o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 (essa sobreposição de cargos não é ilegal). Quase 15 meses depois de a Alemanha bater a Argentina na final do Mundial do Brasil, a empresa criada em 2008 para coordenar as ações da Copa continua ativa, sendo bancada pela Fifa. Em 17 de abril de 2015, Del Nero, que um dia antes assumiu a presidência da CBF no lugar de José Maria Marin, o substituiu também como sócio e diretor-presidente do COL, com direito, segundo o contrato social da empresa, a uma remuneração mensal. Conforme publicou Juca Kfouri, colunista da Folha, em 2012 a quantia era R$ 110 mil por mês. Sócia majoritária do COL, a CBF confirmou a mudança na empresa, que passou a ter Del Nero como minoritário, além de diretor do comitê. Mas a entidade não respondeu se o cartola recebe normalmente a remuneração. Não há ilegalidade em receber como sócio-presidente do comitê ou acumular esses vencimentos com os da CBF -seu salário na entidade que comanda o futebol brasileiro gira em torno de R$ 200 mil. Seus antecessores Ricardo Teixeira (de 2008 a 2012) e Marin (de 2012 a 2015) mantiveram as duas funções. O orçamento do comitê foi repassado 100% pela Fifa a fim de pagar funcionários, ações de marketing, transporte, entre outras atividades. Segundo a Fifa, foram US$ 453 milhões (R$ 1,8 bilhão, na cotação atual) entre junho de 2008, quando o COL foi criado, e dezembro de 2014. Repasse da Fifa para o COL DISSOLUÇÃO Del Nero assumiu uma empresa que hoje tem funções limitadas à burocracia, como pagamento a fornecedores, e que está em processo de dissolução, segundo o departamento jurídico do comitê. O contrato social determina que o COL seja "dissolvido e liquidado" em até 18 meses após final da Copa, ou seja, até 12 de janeiro de 2016. Hoje o comitê funciona em duas salas em prédio na Barra da Tijuca, no Rio. Com apenas dez colaboradores, tem uma estrutura bem mais modesta do que a de 2014, quando ocupou diversas salas no Riocentro, espaço onde ficou o centro internacional de imprensa. HISTÓRICO O COL foi criado em junho de 2008 para organizar a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014. A Fifa exige a criação desse comitê local para todos os eventos que realiza. No Brasil, houve uma particularidade: o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, decidiu que comandaria as duas instituições, a CBF e COL. Na Alemanha, em 2006, o ex-jogador Franz Beckenbauer era unicamente presidente do comitê local. Em março de 2012, Teixeira, enfraquecido na Fifa por suposta propina que ganhou de empresa de marketing esportivo, renunciou aos dois cargos, sendo substituído em ambos por José Maria Marin. Pouco antes, para amenizar críticas de acúmulo dos cargos, foi criado um conselho de administração, com os ex-atletas Ronaldo e Bebeto. Os ex-jogadores tinham direito a remuneração pelo cargo, mas, quando assumiram, afirmaram em entrevistas que abririam mão dos salários. OUTRO LADO Sócia majoritária do COL (Comitê Olímpico Local), a CBF confirmou a mudança na empresa, que passou a ter Del Nero como sócio minoritário, além de diretor do comitê. Questionada quatro vezes nos últimos dias se o cartola recebe normalmente a remuneração, a CBF não respondeu à reportagem. Essa foi a única das perguntas feitas pela Folha que a CBF e o COL não responderam em relação a Del Nero como diretor-presidente do comitê local. Em 17 de abril de 2015, Del Nero substituiu Marin à frente da CBF. Pouco mais de um mês depois, Marin foi preso na Suíça. No dia 15 de maio deste ano, o COL protocolou a alteração societária na Junta Comercial do Rio. "O COL encontra-se em processo de desmobilização, contando com estrutura mínima necessária, sendo que o prazo final para a referida desmobilização ainda não foi definida", escreveu Alvaro Palma de Jorge, um dos advogados do COL. Ele também diz que não há lucro a ser distribuído entre os sócios. "Qualquer sobra orçamentária será devolvida para a Fifa ao término do processo de desmobilização, conforme acordado com aquela entidade", afirma o advogado. Segundo o COL, a empresa continua a existir devido a questões burocráticas, como pagamentos a fornecedores, ainda referentes à Copa do Mundo, e audiências em processos judiciais. SAIBA MAIS FUNDAÇÃO O Comitê Organizador Local foi criado em junho de 2008 para organizar a Copa das Confederações-2013 e a Copa do Mundo-2014 no Brasil LIDERANÇA De junho de 2008 a março de 2012, o presidente e sócio minoritário do COL foi Ricardo Teixeira, que presidia também a CBF (a confederação era a sócia majoritária). Ele foi substituído por José Maria Marin, que depois cedeu o cargo, em abril de 2015, a Marco Polo Del Nero. O posto é remunerado REDUÇÃO Em dezembro de 2014, o COL diminuiu suas atividades e mudou sua sede do Riocentro para duas salas em um prédio comercial na Barra da Tijuca
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esporte
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Del Nero tem cargo remunerado em comitê da Copa de 2014Marco Polo Del Nero é muito conhecido como presidente da CBF, a entidade que manda no futebol brasileiro. O que pouca gente sabe, ao menos até agora, é que o cartola também está no comando do COL, o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 (essa sobreposição de cargos não é ilegal). Quase 15 meses depois de a Alemanha bater a Argentina na final do Mundial do Brasil, a empresa criada em 2008 para coordenar as ações da Copa continua ativa, sendo bancada pela Fifa. Em 17 de abril de 2015, Del Nero, que um dia antes assumiu a presidência da CBF no lugar de José Maria Marin, o substituiu também como sócio e diretor-presidente do COL, com direito, segundo o contrato social da empresa, a uma remuneração mensal. Conforme publicou Juca Kfouri, colunista da Folha, em 2012 a quantia era R$ 110 mil por mês. Sócia majoritária do COL, a CBF confirmou a mudança na empresa, que passou a ter Del Nero como minoritário, além de diretor do comitê. Mas a entidade não respondeu se o cartola recebe normalmente a remuneração. Não há ilegalidade em receber como sócio-presidente do comitê ou acumular esses vencimentos com os da CBF -seu salário na entidade que comanda o futebol brasileiro gira em torno de R$ 200 mil. Seus antecessores Ricardo Teixeira (de 2008 a 2012) e Marin (de 2012 a 2015) mantiveram as duas funções. O orçamento do comitê foi repassado 100% pela Fifa a fim de pagar funcionários, ações de marketing, transporte, entre outras atividades. Segundo a Fifa, foram US$ 453 milhões (R$ 1,8 bilhão, na cotação atual) entre junho de 2008, quando o COL foi criado, e dezembro de 2014. Repasse da Fifa para o COL DISSOLUÇÃO Del Nero assumiu uma empresa que hoje tem funções limitadas à burocracia, como pagamento a fornecedores, e que está em processo de dissolução, segundo o departamento jurídico do comitê. O contrato social determina que o COL seja "dissolvido e liquidado" em até 18 meses após final da Copa, ou seja, até 12 de janeiro de 2016. Hoje o comitê funciona em duas salas em prédio na Barra da Tijuca, no Rio. Com apenas dez colaboradores, tem uma estrutura bem mais modesta do que a de 2014, quando ocupou diversas salas no Riocentro, espaço onde ficou o centro internacional de imprensa. HISTÓRICO O COL foi criado em junho de 2008 para organizar a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014. A Fifa exige a criação desse comitê local para todos os eventos que realiza. No Brasil, houve uma particularidade: o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, decidiu que comandaria as duas instituições, a CBF e COL. Na Alemanha, em 2006, o ex-jogador Franz Beckenbauer era unicamente presidente do comitê local. Em março de 2012, Teixeira, enfraquecido na Fifa por suposta propina que ganhou de empresa de marketing esportivo, renunciou aos dois cargos, sendo substituído em ambos por José Maria Marin. Pouco antes, para amenizar críticas de acúmulo dos cargos, foi criado um conselho de administração, com os ex-atletas Ronaldo e Bebeto. Os ex-jogadores tinham direito a remuneração pelo cargo, mas, quando assumiram, afirmaram em entrevistas que abririam mão dos salários. OUTRO LADO Sócia majoritária do COL (Comitê Olímpico Local), a CBF confirmou a mudança na empresa, que passou a ter Del Nero como sócio minoritário, além de diretor do comitê. Questionada quatro vezes nos últimos dias se o cartola recebe normalmente a remuneração, a CBF não respondeu à reportagem. Essa foi a única das perguntas feitas pela Folha que a CBF e o COL não responderam em relação a Del Nero como diretor-presidente do comitê local. Em 17 de abril de 2015, Del Nero substituiu Marin à frente da CBF. Pouco mais de um mês depois, Marin foi preso na Suíça. No dia 15 de maio deste ano, o COL protocolou a alteração societária na Junta Comercial do Rio. "O COL encontra-se em processo de desmobilização, contando com estrutura mínima necessária, sendo que o prazo final para a referida desmobilização ainda não foi definida", escreveu Alvaro Palma de Jorge, um dos advogados do COL. Ele também diz que não há lucro a ser distribuído entre os sócios. "Qualquer sobra orçamentária será devolvida para a Fifa ao término do processo de desmobilização, conforme acordado com aquela entidade", afirma o advogado. Segundo o COL, a empresa continua a existir devido a questões burocráticas, como pagamentos a fornecedores, ainda referentes à Copa do Mundo, e audiências em processos judiciais. SAIBA MAIS FUNDAÇÃO O Comitê Organizador Local foi criado em junho de 2008 para organizar a Copa das Confederações-2013 e a Copa do Mundo-2014 no Brasil LIDERANÇA De junho de 2008 a março de 2012, o presidente e sócio minoritário do COL foi Ricardo Teixeira, que presidia também a CBF (a confederação era a sócia majoritária). Ele foi substituído por José Maria Marin, que depois cedeu o cargo, em abril de 2015, a Marco Polo Del Nero. O posto é remunerado REDUÇÃO Em dezembro de 2014, o COL diminuiu suas atividades e mudou sua sede do Riocentro para duas salas em um prédio comercial na Barra da Tijuca
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Uma não-defesa do Chico Buarque
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Não, não vou defender o Chico Buarque de Hollanda por causa das suas posições políticas. Tampouco repreendê-lo. Não acho que me caiba uma coisa ou outra. Mas não posso deixar de condenar aqueles que o xingaram na rua, assim como condenaria, sempre, qualquer um que ofendesse na rua quem quer que seja porque discorda de sua opinião democrática - veja bem, democrática. Não quero defender ninguém, repito, somente a civilidade, o respeito, a diversidade, o pluralismo, a delicadeza, a tolerância. E é pensando nestes valores tão caros e cada vez mais tão raros que me ponho ao lado de Chico Buarque de Hollanda. E também porque ele escreveu, entre outras, as seguintes canções: Tatuagem Ana de Amsterdã Apesar de Você Retrato em Branco e Preto Cálice Olhos Nos Olhos Construção Geni e o Zepelim Roda Viva O Meu Amor Eu Te Amo Cotidiano Vai Passar O Que Será Atrás da Porta O Meu Guri Meu Caro Amigo Mulheres de Atenas A Noiva da Cidade A Rita Homenagem ao Malandro Acorda Amor Almanaque Anos Dourados Até o Fim Bárbara Basta Um Dia Bastidores Boi Voador Bom Conselho Bye, Bye, Brasil Cambaio Camisola do Dia Carolina Com Açúcar, Com Afeto Copo Vazio Cotidiano De Todas As Maneiras Deixe a Menina Deus lhe Pague Essa Moça Tá Diferente Exaltação À Mangueira Fado Tropical Feijoada Completa Festa Imodesta Flor da Idade Folhetim Funeral de Um Lavrador Gente Humilde Gota D'água Joana Francesa João e Maria Jorge Maravilha Ligia Madalena Foi Pro Mar Mambembe Maninha Meu Caro Amigo Não Existe Pecado ao Sul do Equador Não Sonho Mais Noite dos Mascarados O Cio da Terra Olê, Olá Partido Alto Passaredo Pedaço de Mim Pedro Pedreiro Pequeña Serenata Diurna Piano na Mangueira Pivete Quando o Carnaval Chegar Sabiá Samba de Orly Se Eu Fosse Teu Patrão Sinal Fechado Sinhá Sobre Todas As Coisas Tanto Mar Teresinha Trocando Em Miúdos Vai Trabalhar Vagabundo Valsinha Yolanda Você Não Entende Nada (PS - Se na listinha acima eu deixei passar alguma música que não seja do Chico, mas "apenas" de sua interpretação, você me perdoa?)
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Uma não-defesa do Chico BuarqueNão, não vou defender o Chico Buarque de Hollanda por causa das suas posições políticas. Tampouco repreendê-lo. Não acho que me caiba uma coisa ou outra. Mas não posso deixar de condenar aqueles que o xingaram na rua, assim como condenaria, sempre, qualquer um que ofendesse na rua quem quer que seja porque discorda de sua opinião democrática - veja bem, democrática. Não quero defender ninguém, repito, somente a civilidade, o respeito, a diversidade, o pluralismo, a delicadeza, a tolerância. E é pensando nestes valores tão caros e cada vez mais tão raros que me ponho ao lado de Chico Buarque de Hollanda. E também porque ele escreveu, entre outras, as seguintes canções: Tatuagem Ana de Amsterdã Apesar de Você Retrato em Branco e Preto Cálice Olhos Nos Olhos Construção Geni e o Zepelim Roda Viva O Meu Amor Eu Te Amo Cotidiano Vai Passar O Que Será Atrás da Porta O Meu Guri Meu Caro Amigo Mulheres de Atenas A Noiva da Cidade A Rita Homenagem ao Malandro Acorda Amor Almanaque Anos Dourados Até o Fim Bárbara Basta Um Dia Bastidores Boi Voador Bom Conselho Bye, Bye, Brasil Cambaio Camisola do Dia Carolina Com Açúcar, Com Afeto Copo Vazio Cotidiano De Todas As Maneiras Deixe a Menina Deus lhe Pague Essa Moça Tá Diferente Exaltação À Mangueira Fado Tropical Feijoada Completa Festa Imodesta Flor da Idade Folhetim Funeral de Um Lavrador Gente Humilde Gota D'água Joana Francesa João e Maria Jorge Maravilha Ligia Madalena Foi Pro Mar Mambembe Maninha Meu Caro Amigo Não Existe Pecado ao Sul do Equador Não Sonho Mais Noite dos Mascarados O Cio da Terra Olê, Olá Partido Alto Passaredo Pedaço de Mim Pedro Pedreiro Pequeña Serenata Diurna Piano na Mangueira Pivete Quando o Carnaval Chegar Sabiá Samba de Orly Se Eu Fosse Teu Patrão Sinal Fechado Sinhá Sobre Todas As Coisas Tanto Mar Teresinha Trocando Em Miúdos Vai Trabalhar Vagabundo Valsinha Yolanda Você Não Entende Nada (PS - Se na listinha acima eu deixei passar alguma música que não seja do Chico, mas "apenas" de sua interpretação, você me perdoa?)
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Liberação de carne para os EUA abrirá outros mercados
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A abertura do mercado dos Estados Unidos para carne "in natura" do Brasil, que empresários do setor esperam que seja anunciada no encontro de Dilma com Obama em junho, abrirá outras importantes portas para o país. Os norte-americanos são os maiores importadores mundiais do produto– em 2013, o país comprou no exterior 1,021 milhão de toneladas de carne bovina– e a entrada nesse mercado exigente permitirá também a exportação para o Canadá, o México e países da América Central que ainda não são clientes do Brasil. "Os Estados Unidos vão nos dar um passaporte para o Nafta e quase todos os países da América Central", diz Antônio Jorge Camardelli, presidente da Abiec (associação de indústrias exportadoras de carne). "Muitos países da América Central se valem do padrão americano como barreira à carne que não é aceita nos Estados Unidos." O setor estima que só o mercado americano represente para o Brasil um volume médio inicial de 40 mil toneladas ao ano. Para empresários, já foram atendidas as exigências técnicas para a liberação. "Só faltam ajustes, como a equivalência de sistemas de inspeção e certificação sanitária. Mas a decisão, acredito, já está tomada", afirma. A produção interna dos EUA está pressionada pela baixa de seu rebanho. A inserção brasileira nos EUA será por meio de matéria prima para hambúrguer. O Brasil não é competitivo na carne gourmet. O anúncio da retomada das vendas para a China, interrompidas em 2012, também é esperada para breve, durante a visita ao Brasil do primeiro-ministro Li Keqiang, no próximo dia 19 de maio. O QUE ESTOU LENDO Fernando Musa, CEO da Ogilvy Brasil "Fui obrigado a assistir a série "Demolidor", da Netflix, pelos meus filhos, que estão bem longe dos 18 anos, a idade recomendada para acompanhar o seriado", diz o publicitário Fernando Musa. O sentimento de dever mudou rapidamente. "Fui de 'pai censor' –para garantir o 'fast-forward' nas cenas que eles não deveriam ver– para consumidor voraz em menos de um episódio", brinca o CEO da Ogilvy & Mather Brasil. O encontro da Marvel com a Netflix começou muito bem, afirma. "Vou também para a quinta temporada de 'Game of Thrones'. Impressionante a força das personagens femininas. Movem todas as guerras e disputas de poder." PREOCUPAÇÃO JUVENIL A maior parcela (75%) de estudantes ouvidos para uma pesquisa do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) afirmou que o nível de empregabilidade será pior neste ano do que em 2014. "Esse quadro de pessimismo reflete a conjuntura econômica do país. Os jovens estão vendo os pais desempregados", diz Luiz Peterlli, presidente do conselho de administração do CIEE. Apesar da crise, os estágios estão aquecidos. "Cresceu 10% o total de vagas no quadrimestre", diz o executivo. Foram ouvidos 10.688 jovens. NÚMEROS 75% acham que o nível de empregabilidade será pior neste ano que em 2014 21% são os que avaliam que a oferta de empregos será melhor neste ano 4% é a parcela dos estudantes que não souberam avaliar o cenário de empregos SHOPPING SEM FILA O grupo Iguatemi fechou uma parceria com o PayPal para oferecer aos seus clientes a opção de pagamento de tíquetes de estacionamento pelo smartphone. O Market Place, na capital paulista, é o primeiro shopping a receber a ferramenta. "Nos próximos 30 a 60 dias o meio de pagamento chegará às outras unidades do grupo", afirma Cristina Betts, diretora da companhia. O sistema identifica quanto o cliente tem de pagar por meio da leitura de um código impresso no tíquete, que depois deve ser inserido na cancela no momento da saída. O Iguatemi é a primeira empresa no Brasil a usar essa tecnologia da empresa de pagamentos, segundo Thiago Chueiri, da PayPal Brasil. "O usuário terá a mesma facilidade que outros parceiros nossos, como deixar salvo o número do cartão de crédito para não precisar digitar nas transações seguintes." Pelo serviço, o Iguatemi pagará um percentual por transações aprovadas. - Suco... A Maguary lança nesta segunda-feira (4) os primeiros néctares prontos para beber em embalagens PET tamanho família. ...de caixona A entrada do segmento de PET de 1,5 litro se baseou em uma pesquisa com consumidores. Para a empresa, é um desafio disseminar o suco na embalagem, muito comum na Europa e nos EUA. Sobe O segmento atacadista de tecidos fechou abril com alta de 2,5% ante março, segundo o Sincatvaesp (sindicato do setor do Estado de SP).
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Liberação de carne para os EUA abrirá outros mercadosA abertura do mercado dos Estados Unidos para carne "in natura" do Brasil, que empresários do setor esperam que seja anunciada no encontro de Dilma com Obama em junho, abrirá outras importantes portas para o país. Os norte-americanos são os maiores importadores mundiais do produto– em 2013, o país comprou no exterior 1,021 milhão de toneladas de carne bovina– e a entrada nesse mercado exigente permitirá também a exportação para o Canadá, o México e países da América Central que ainda não são clientes do Brasil. "Os Estados Unidos vão nos dar um passaporte para o Nafta e quase todos os países da América Central", diz Antônio Jorge Camardelli, presidente da Abiec (associação de indústrias exportadoras de carne). "Muitos países da América Central se valem do padrão americano como barreira à carne que não é aceita nos Estados Unidos." O setor estima que só o mercado americano represente para o Brasil um volume médio inicial de 40 mil toneladas ao ano. Para empresários, já foram atendidas as exigências técnicas para a liberação. "Só faltam ajustes, como a equivalência de sistemas de inspeção e certificação sanitária. Mas a decisão, acredito, já está tomada", afirma. A produção interna dos EUA está pressionada pela baixa de seu rebanho. A inserção brasileira nos EUA será por meio de matéria prima para hambúrguer. O Brasil não é competitivo na carne gourmet. O anúncio da retomada das vendas para a China, interrompidas em 2012, também é esperada para breve, durante a visita ao Brasil do primeiro-ministro Li Keqiang, no próximo dia 19 de maio. O QUE ESTOU LENDO Fernando Musa, CEO da Ogilvy Brasil "Fui obrigado a assistir a série "Demolidor", da Netflix, pelos meus filhos, que estão bem longe dos 18 anos, a idade recomendada para acompanhar o seriado", diz o publicitário Fernando Musa. O sentimento de dever mudou rapidamente. "Fui de 'pai censor' –para garantir o 'fast-forward' nas cenas que eles não deveriam ver– para consumidor voraz em menos de um episódio", brinca o CEO da Ogilvy & Mather Brasil. O encontro da Marvel com a Netflix começou muito bem, afirma. "Vou também para a quinta temporada de 'Game of Thrones'. Impressionante a força das personagens femininas. Movem todas as guerras e disputas de poder." PREOCUPAÇÃO JUVENIL A maior parcela (75%) de estudantes ouvidos para uma pesquisa do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) afirmou que o nível de empregabilidade será pior neste ano do que em 2014. "Esse quadro de pessimismo reflete a conjuntura econômica do país. Os jovens estão vendo os pais desempregados", diz Luiz Peterlli, presidente do conselho de administração do CIEE. Apesar da crise, os estágios estão aquecidos. "Cresceu 10% o total de vagas no quadrimestre", diz o executivo. Foram ouvidos 10.688 jovens. NÚMEROS 75% acham que o nível de empregabilidade será pior neste ano que em 2014 21% são os que avaliam que a oferta de empregos será melhor neste ano 4% é a parcela dos estudantes que não souberam avaliar o cenário de empregos SHOPPING SEM FILA O grupo Iguatemi fechou uma parceria com o PayPal para oferecer aos seus clientes a opção de pagamento de tíquetes de estacionamento pelo smartphone. O Market Place, na capital paulista, é o primeiro shopping a receber a ferramenta. "Nos próximos 30 a 60 dias o meio de pagamento chegará às outras unidades do grupo", afirma Cristina Betts, diretora da companhia. O sistema identifica quanto o cliente tem de pagar por meio da leitura de um código impresso no tíquete, que depois deve ser inserido na cancela no momento da saída. O Iguatemi é a primeira empresa no Brasil a usar essa tecnologia da empresa de pagamentos, segundo Thiago Chueiri, da PayPal Brasil. "O usuário terá a mesma facilidade que outros parceiros nossos, como deixar salvo o número do cartão de crédito para não precisar digitar nas transações seguintes." Pelo serviço, o Iguatemi pagará um percentual por transações aprovadas. - Suco... A Maguary lança nesta segunda-feira (4) os primeiros néctares prontos para beber em embalagens PET tamanho família. ...de caixona A entrada do segmento de PET de 1,5 litro se baseou em uma pesquisa com consumidores. Para a empresa, é um desafio disseminar o suco na embalagem, muito comum na Europa e nos EUA. Sobe O segmento atacadista de tecidos fechou abril com alta de 2,5% ante março, segundo o Sincatvaesp (sindicato do setor do Estado de SP).
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O livro do ano que você não leu
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Lamentei não encontrar em nenhuma lista de livros do ano aquele que é, sem dúvida, um dos mais importantes lançamentos de 2016 no Brasil: "História Sociopolítica da Língua Portuguesa" (Parábola Editorial), de Carlos Alberto Faraco. Professor aposentado da Universidade Federal do Paraná, da qual foi reitor, Faraco é um dos expoentes da sociolinguística brasileira. Isso quer dizer que se situa no campo oposto ao dos gramáticos normativos. Está interessado em compreender a língua pelo que ela é e não por aquilo que um comitê de sábios –quase todos portugueses– um dia decretou que deveria ser. A sociolinguística é o saber dominante nas faculdades de letras há décadas, mas fora delas vive cercada de mal-entendidos. A incompreensão de sua mensagem –que é culturalmente vital e arejada, em oposição ao beletrismo lusófilo– é em parte um mal autoinfligido. Quando o rigor analítico dá lugar ao ativismo populista, abre-se a porta para a confusão. Ao contrário do que grande parte da população imagina, a sociolinguística não hostiliza os falantes da norma culta nem defende o vale-tudo gramatical. O problema é que, tendo ouvido cantar um galo distante, seus militantes de rede social fazem exatamente isso. O novo livro de Faraco é uma boa demonstração do que um olhar sociolinguístico rigoroso consegue elucidar sobre a língua. Entre ensaios acadêmicos e títulos didáticos e paradidáticos, o autor tem uma obra vasta, mas nunca havia empreendido um esforço de tamanho fôlego. Com 400 páginas, "História Sociopolítica da Língua Portuguesa" é um livro de grande concisão. Tanto pelo que abrange cronologicamente, desde a ocupação da Península Ibérica pelos romanos, quanto pela multiplicidade de pontos de vista que convoca e examina ao longo do caminho. Não me consta que algum dia tenha sido sequer tentada uma consolidação tão abrangente de estudos históricos sobre nossa língua. Só a bibliografia ocupa 18 páginas em letra miúda. Mitos de raízes profundas são arrancados sem dó. Um exemplo de cascata em que eu acreditava: a de que a língua geral dos bandeirantes, um idioma mestiço de base tupi, foi extinta pelo Marquês de Pombal com uma canetada. Observa Faraco que uma crença como essa trai a "excessiva confiança que a cultura de raiz ibérica costuma pôr em textos legais". As razões para que o idioma do colonizador tenha se imposto de forma tão categórica sobre as línguas gerais brasileiras –que eram duas, a paulista e a amazônica– são bem mais complexas. Tão complexas que não cabem aqui. Que fique a lacuna como estímulo à leitura do livro. Não se trata de uma história pop, cheia de peripécias e colorido humano, como as que os canadenses Jean-Benoît Nadeau e Julie Barlow lançaram recentemente sobre o francês e o espanhol. Mesmo relatando episódios em que um floreio narrativo cairia bem, Faraco é um acadêmico de sobriedade invencível. A boa notícia é que o livro passa longe do jargão. Ninguém precisa ser linguista para acompanhar a história de um dos idiomas mais importantes do mundo desde o nascimento até os desafios que enfrenta hoje –entre eles, os baixos índices socioeconômicos dos países que o falam e o fato de Brasil e Portugal ainda lutarem para vencer resistências paroquiais e coordenar ações comuns.
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O livro do ano que você não leuLamentei não encontrar em nenhuma lista de livros do ano aquele que é, sem dúvida, um dos mais importantes lançamentos de 2016 no Brasil: "História Sociopolítica da Língua Portuguesa" (Parábola Editorial), de Carlos Alberto Faraco. Professor aposentado da Universidade Federal do Paraná, da qual foi reitor, Faraco é um dos expoentes da sociolinguística brasileira. Isso quer dizer que se situa no campo oposto ao dos gramáticos normativos. Está interessado em compreender a língua pelo que ela é e não por aquilo que um comitê de sábios –quase todos portugueses– um dia decretou que deveria ser. A sociolinguística é o saber dominante nas faculdades de letras há décadas, mas fora delas vive cercada de mal-entendidos. A incompreensão de sua mensagem –que é culturalmente vital e arejada, em oposição ao beletrismo lusófilo– é em parte um mal autoinfligido. Quando o rigor analítico dá lugar ao ativismo populista, abre-se a porta para a confusão. Ao contrário do que grande parte da população imagina, a sociolinguística não hostiliza os falantes da norma culta nem defende o vale-tudo gramatical. O problema é que, tendo ouvido cantar um galo distante, seus militantes de rede social fazem exatamente isso. O novo livro de Faraco é uma boa demonstração do que um olhar sociolinguístico rigoroso consegue elucidar sobre a língua. Entre ensaios acadêmicos e títulos didáticos e paradidáticos, o autor tem uma obra vasta, mas nunca havia empreendido um esforço de tamanho fôlego. Com 400 páginas, "História Sociopolítica da Língua Portuguesa" é um livro de grande concisão. Tanto pelo que abrange cronologicamente, desde a ocupação da Península Ibérica pelos romanos, quanto pela multiplicidade de pontos de vista que convoca e examina ao longo do caminho. Não me consta que algum dia tenha sido sequer tentada uma consolidação tão abrangente de estudos históricos sobre nossa língua. Só a bibliografia ocupa 18 páginas em letra miúda. Mitos de raízes profundas são arrancados sem dó. Um exemplo de cascata em que eu acreditava: a de que a língua geral dos bandeirantes, um idioma mestiço de base tupi, foi extinta pelo Marquês de Pombal com uma canetada. Observa Faraco que uma crença como essa trai a "excessiva confiança que a cultura de raiz ibérica costuma pôr em textos legais". As razões para que o idioma do colonizador tenha se imposto de forma tão categórica sobre as línguas gerais brasileiras –que eram duas, a paulista e a amazônica– são bem mais complexas. Tão complexas que não cabem aqui. Que fique a lacuna como estímulo à leitura do livro. Não se trata de uma história pop, cheia de peripécias e colorido humano, como as que os canadenses Jean-Benoît Nadeau e Julie Barlow lançaram recentemente sobre o francês e o espanhol. Mesmo relatando episódios em que um floreio narrativo cairia bem, Faraco é um acadêmico de sobriedade invencível. A boa notícia é que o livro passa longe do jargão. Ninguém precisa ser linguista para acompanhar a história de um dos idiomas mais importantes do mundo desde o nascimento até os desafios que enfrenta hoje –entre eles, os baixos índices socioeconômicos dos países que o falam e o fato de Brasil e Portugal ainda lutarem para vencer resistências paroquiais e coordenar ações comuns.
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In Historic Day, Brazil Takes Home 3 Gold Medals in World Swimming Championship
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FROM SÃO PAULO The three gold medal win in the World Swimming Championship in a short course pool (25m) in Doha, Qatar, on Thursday, December 4th, represented a historic day in Brazilian swimming. It was the first time that the Brazilian team took the podium on the same day at a World championship. In addition to the first gold medal came a new world record in the men's 4 x 50m medley relay (a competition that is not part of the Olympic program and a debut in the short course world championship). The team composed of Guilherme Guido, Felipe França, Nicholas Santos and Cesar Cielo finished with 1min30s51. Russia had the second best time, scored in the knockout stages on Thursday. Brazil's second gold medal was obtained by Felipe França, who came first in the 100m breast stroke, with 56s29. After that, Etiene Medeiros, Nicholas Santos, Larissa Oliveira and Felipe França again took the third gold in the 4 x 50m mixed medley relay, with a time of 1min37s26. Etiene and Larissa became the first Brazilian female swimmers to get a gold medal in a world class swimming championship. The three gold medals put the current Brazilian team on par with its past performances in 1995 and 2010, when the team saw better yields. With these results, Brazil finished its second day at the World championship tied with Spain in the medal ranking. On Friday, December 6th, Brazil will have another attempt at a medal with Cesar Cielo, who will compete in the men's 50m freestyle. Translated by CRISTIANE COSTA LIMA Read the article in the original language +Latest news in English *Incoming Brazilian Finance Minister to Tighten Fiscal Policy *Gold Miners Defy Police in Search of River Fortune *Pelé Is Transferred to Special Care Unit and Goes Through Hemodialysis
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esporte
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In Historic Day, Brazil Takes Home 3 Gold Medals in World Swimming Championship
FROM SÃO PAULO The three gold medal win in the World Swimming Championship in a short course pool (25m) in Doha, Qatar, on Thursday, December 4th, represented a historic day in Brazilian swimming. It was the first time that the Brazilian team took the podium on the same day at a World championship. In addition to the first gold medal came a new world record in the men's 4 x 50m medley relay (a competition that is not part of the Olympic program and a debut in the short course world championship). The team composed of Guilherme Guido, Felipe França, Nicholas Santos and Cesar Cielo finished with 1min30s51. Russia had the second best time, scored in the knockout stages on Thursday. Brazil's second gold medal was obtained by Felipe França, who came first in the 100m breast stroke, with 56s29. After that, Etiene Medeiros, Nicholas Santos, Larissa Oliveira and Felipe França again took the third gold in the 4 x 50m mixed medley relay, with a time of 1min37s26. Etiene and Larissa became the first Brazilian female swimmers to get a gold medal in a world class swimming championship. The three gold medals put the current Brazilian team on par with its past performances in 1995 and 2010, when the team saw better yields. With these results, Brazil finished its second day at the World championship tied with Spain in the medal ranking. On Friday, December 6th, Brazil will have another attempt at a medal with Cesar Cielo, who will compete in the men's 50m freestyle. Translated by CRISTIANE COSTA LIMA Read the article in the original language +Latest news in English *Incoming Brazilian Finance Minister to Tighten Fiscal Policy *Gold Miners Defy Police in Search of River Fortune *Pelé Is Transferred to Special Care Unit and Goes Through Hemodialysis
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Irma deixa mais de 400 mil casas sem energia na Flórida, diz governador
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Pelo menos 430 mil casas estão sem energia na Flórida devido à chuva e fortes ventos causados pela aproximação do furacão Irma, segundo dados atualizados neste domingo pela Associated Press. "A tormenta está aqui", disse o governador do Estado, Rick Scott, no sábado. "As ondas vão chegar depois do vento. Não pensem que tudo termina quando o vento passa." Scott afirmou na noite deste sábado (9) que as quedas de energia devem aumentar com a aproximação do furacão. A Florida Power and Light calcula que "4,1 milhões de usuários ficarão sem eletricidade por causa de Irma." Ao menos 6,3 milhões de moradores da Flórida receberam ordem para se retirar diante da chegada de Irma. As autoridades alertam para fortes ventos e ondas que podem superar os 4,5 metros sobre o nível normal do mar em um estado sem elevações geográficas. As cidades do sul da Flórida declararam o toque de recolher a partir da tarde deste sábado (9), entre elas Miami e Miami Beach, assim como o condado de Broward, onde está Fort Lauderdale. Nos Keys da Flórida já se sentiam os efeitos de Irma, que se aproxima como furacão de categoria 3, com ventos de 205 Km/hora, mas o Serviço Meteorológico Nacional (NWS) prevê que ganhará força e chegará a categoria 4 quando atingir a região, na manhã de domingo. A Guarda Nacional da Flórida mobilizou 30 mil homens, 4.000 caminhões, cem helicópteros e equipes de evacuação aérea para o pós-furacão.
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mundo
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Irma deixa mais de 400 mil casas sem energia na Flórida, diz governadorPelo menos 430 mil casas estão sem energia na Flórida devido à chuva e fortes ventos causados pela aproximação do furacão Irma, segundo dados atualizados neste domingo pela Associated Press. "A tormenta está aqui", disse o governador do Estado, Rick Scott, no sábado. "As ondas vão chegar depois do vento. Não pensem que tudo termina quando o vento passa." Scott afirmou na noite deste sábado (9) que as quedas de energia devem aumentar com a aproximação do furacão. A Florida Power and Light calcula que "4,1 milhões de usuários ficarão sem eletricidade por causa de Irma." Ao menos 6,3 milhões de moradores da Flórida receberam ordem para se retirar diante da chegada de Irma. As autoridades alertam para fortes ventos e ondas que podem superar os 4,5 metros sobre o nível normal do mar em um estado sem elevações geográficas. As cidades do sul da Flórida declararam o toque de recolher a partir da tarde deste sábado (9), entre elas Miami e Miami Beach, assim como o condado de Broward, onde está Fort Lauderdale. Nos Keys da Flórida já se sentiam os efeitos de Irma, que se aproxima como furacão de categoria 3, com ventos de 205 Km/hora, mas o Serviço Meteorológico Nacional (NWS) prevê que ganhará força e chegará a categoria 4 quando atingir a região, na manhã de domingo. A Guarda Nacional da Flórida mobilizou 30 mil homens, 4.000 caminhões, cem helicópteros e equipes de evacuação aérea para o pós-furacão.
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Ações da Oi voltam a ser negociadas na Bolsa com queda de até 30%
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As ações da Oi voltaram a ser negociadas na BM&FBovespa a partir das 11h desta terça-feira. Os papéis preferenciais abriram em queda de 30,30%, a R$ 0,69, e os ordinários em baixa de 15,07%, a R$ 1,07. A negociação estava suspensa por causa do pedido de recuperação judicial da operadora. Há pouco, os papéis preferenciais perdiam 19,19%, a R$ 0,80, e os ordinários caíam 22,22%, a R$ 0,98. Ao final do pregão desta terça-feira (21), a BM&FBovespa realizará procedimento especial de negociação (call de fechamento) para determinação do preço de retirada dos papéis da Oi dos índices de ações. O procedimento especial de negociação terá início às 16h e duração mínima de uma hora. Após o encerramento do pregão desta terça, as carteiras teóricas dos índices serão rebalanceadas, com exclusão de Oi ON e Oi PN. As ações da operadora, que já não faziam parte do Ibovespa, continuarão a ser negociadas normalmente. A Oi possui 877.099 investidores pessoas físicas, 212.487 pessoas jurídicas e 673 investidores institucionais (instituições financeiras ou estatais que investem no mercado de capitais), conforme dados da BM&FBovespa. Ao todo, são 675.662.147 de ações em circulação no mercado, sendo 519.746.688 ordinárias (76,92%) e 155.915.459 preferenciais (23,08%).
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mercado
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Ações da Oi voltam a ser negociadas na Bolsa com queda de até 30%As ações da Oi voltaram a ser negociadas na BM&FBovespa a partir das 11h desta terça-feira. Os papéis preferenciais abriram em queda de 30,30%, a R$ 0,69, e os ordinários em baixa de 15,07%, a R$ 1,07. A negociação estava suspensa por causa do pedido de recuperação judicial da operadora. Há pouco, os papéis preferenciais perdiam 19,19%, a R$ 0,80, e os ordinários caíam 22,22%, a R$ 0,98. Ao final do pregão desta terça-feira (21), a BM&FBovespa realizará procedimento especial de negociação (call de fechamento) para determinação do preço de retirada dos papéis da Oi dos índices de ações. O procedimento especial de negociação terá início às 16h e duração mínima de uma hora. Após o encerramento do pregão desta terça, as carteiras teóricas dos índices serão rebalanceadas, com exclusão de Oi ON e Oi PN. As ações da operadora, que já não faziam parte do Ibovespa, continuarão a ser negociadas normalmente. A Oi possui 877.099 investidores pessoas físicas, 212.487 pessoas jurídicas e 673 investidores institucionais (instituições financeiras ou estatais que investem no mercado de capitais), conforme dados da BM&FBovespa. Ao todo, são 675.662.147 de ações em circulação no mercado, sendo 519.746.688 ordinárias (76,92%) e 155.915.459 preferenciais (23,08%).
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Pelicans vencem e encerram sequência de 19 vitórias dos Hawks na NBA
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O New Orleans Pelicans derrotou o Atlanta Hawks na noite de segunda-feira (2), por 115 a 100, em casa, pela temporada regular da NBA, e acabou com uma sequência de 19 vitórias consecutivas do rival. O ala Anthony Davis foi o grande destaque da partida ao anotar 29 pontos e pegar 13 rebotes, sendo oito ofensivos. O ala/armador Eric Gordon contribuiu com 20 pontos. Esta foi a maior sequência de vitórias da história dos Hawks. A franquia, porém, ficou longe do recorde da NBA, que pertence ao Los Angeles Lakers de 1971/72, que teve 33 triunfos consecutivos. Apesar do revés, a equipe de Atlanta continua com folga na liderança da Conferência Leste, com 40 vitórias e nove derrotas. O segundo colocado é o Toronto Raptors, que tem 33 triunfos e 16 derrotas. Com o tropeço dos Hawks, o time com a melhor sequência agora na NBA é o Cleveland Cavaliers, que conquistou a sua 11ª vitória ao bater o Philadelphia 76ers em casa por 97 a 84. Os Cavaliers estão na quinta posição da Conferência Leste, com 30 triunfos e 20 derrotas.
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esporte
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Pelicans vencem e encerram sequência de 19 vitórias dos Hawks na NBAO New Orleans Pelicans derrotou o Atlanta Hawks na noite de segunda-feira (2), por 115 a 100, em casa, pela temporada regular da NBA, e acabou com uma sequência de 19 vitórias consecutivas do rival. O ala Anthony Davis foi o grande destaque da partida ao anotar 29 pontos e pegar 13 rebotes, sendo oito ofensivos. O ala/armador Eric Gordon contribuiu com 20 pontos. Esta foi a maior sequência de vitórias da história dos Hawks. A franquia, porém, ficou longe do recorde da NBA, que pertence ao Los Angeles Lakers de 1971/72, que teve 33 triunfos consecutivos. Apesar do revés, a equipe de Atlanta continua com folga na liderança da Conferência Leste, com 40 vitórias e nove derrotas. O segundo colocado é o Toronto Raptors, que tem 33 triunfos e 16 derrotas. Com o tropeço dos Hawks, o time com a melhor sequência agora na NBA é o Cleveland Cavaliers, que conquistou a sua 11ª vitória ao bater o Philadelphia 76ers em casa por 97 a 84. Os Cavaliers estão na quinta posição da Conferência Leste, com 30 triunfos e 20 derrotas.
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Cortes no Orçamento comprometerão vigilância de fronteiras, alerta Exército
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Os cortes orçamentários anunciados pelo governo federal vão comprometer a vigilância das fronteiras brasileiras, atrasar programas estratégicos e até tornar o país mais suscetível a ataques virtuais, alerta o Exército. No final de setembro, o general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, declarou em audiência no Senado que os problemas oriundos do contingenciamento de gastos podem resultar em um retrocesso de até quatro décadas no Exército brasileiro. Segundo a instituição, cerca de 24%, ou R$ 526 milhões, foram contingenciados em 2015. As despesas discricionárias autorizadas caíram 27% neste ano em relação a 2014 (corte de R$ 619 milhões) e as despesas oriundas do PAC tiveram recuo de 39%, o equivalente a R$ 217 milhões. "Se a situação permanecer neste nível de restrições financeiras, a Força [Terrestre] poderá cancelar demandas previstas e/ou postergar a conclusão dos projetos", informou o Exército em nota enviada à Folha. Um exemplo citado pelo general Villas Bôas é o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras). Concebido em 2008 para reforçar a vigilância em mais de 16 mil km de fronteiras, o projeto recebeu 37,5% dos R$ 2,2 bilhões previstos para serem investidos até o momento. "Há o risco de aumento do custo do projeto, tendo em vista a ampliação do prazo de execução, o esforço de replanejamento frequente, os reajustes contratuais e o constante movimento de desmobilização e mobilização das empresas envolvidas", afirma o Exército em nota. Segundo Villas Bôas, o enfraquecimento do Sisfron pode aumentar o tráfico internacional de drogas, que tem forte presença na região amazônica, além do cultivo e manufatura dos entorpecentes. O monitoramento ambiental também é afetado. Outra ameaça que ganha força é o monitoramento virtual. Segundo o Exército, o Brasil é alvo de mais de 1,5 milhão de ataques virtuais todos os anos, a maioria em sites do governo. Apenas durante a Copa do Mundo de de 2014, foram 756 tentativas. "Os cortes do Orçamento vão impactar o tempo e o escopo dos projetos que compõem o Programa da Defesa Cibernética na Defesa Nacional, retardando o desenvolvimento de capacidades necessárias ao país para fazer face às novas ameaças da era da informação", diz a nota. Diante da crise, o Exército informou que adotou medidas de austeridade, como priorizar contratos já firmados e obras em andamento e postergar despesas. Villas Bôas também afirmou, na sexta (9), que vê risco de a atual crise virar uma "crise social" que afetaria a estabilidade do país. "Nos preocupamos porque passa a nos dizer respeito diretamente", afirmou o general em videoconferência a oficiais temporários de reserva. INDÚSTRIA DE DEFESA O ajuste fiscal não atinge apenas o Exército, que congela investimentos e projetos e, consequentemente, afeta a cadeia produtiva do setor. "Infelizmente várias empresas tiveram que demitir colaboradores altamente especializados em face da desaceleração em alguns projetos. Outras empresas puderam realocar seus funcionários e, neste caso, o impacto foi menor", diz Carlos Afonso Pierantoni Gambôa, vice-presidente executivo da Abimde (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança. Procurado, o Ministério do Planejamento não se manifestou até a conclusão desta reportagem.
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Cortes no Orçamento comprometerão vigilância de fronteiras, alerta ExércitoOs cortes orçamentários anunciados pelo governo federal vão comprometer a vigilância das fronteiras brasileiras, atrasar programas estratégicos e até tornar o país mais suscetível a ataques virtuais, alerta o Exército. No final de setembro, o general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, declarou em audiência no Senado que os problemas oriundos do contingenciamento de gastos podem resultar em um retrocesso de até quatro décadas no Exército brasileiro. Segundo a instituição, cerca de 24%, ou R$ 526 milhões, foram contingenciados em 2015. As despesas discricionárias autorizadas caíram 27% neste ano em relação a 2014 (corte de R$ 619 milhões) e as despesas oriundas do PAC tiveram recuo de 39%, o equivalente a R$ 217 milhões. "Se a situação permanecer neste nível de restrições financeiras, a Força [Terrestre] poderá cancelar demandas previstas e/ou postergar a conclusão dos projetos", informou o Exército em nota enviada à Folha. Um exemplo citado pelo general Villas Bôas é o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras). Concebido em 2008 para reforçar a vigilância em mais de 16 mil km de fronteiras, o projeto recebeu 37,5% dos R$ 2,2 bilhões previstos para serem investidos até o momento. "Há o risco de aumento do custo do projeto, tendo em vista a ampliação do prazo de execução, o esforço de replanejamento frequente, os reajustes contratuais e o constante movimento de desmobilização e mobilização das empresas envolvidas", afirma o Exército em nota. Segundo Villas Bôas, o enfraquecimento do Sisfron pode aumentar o tráfico internacional de drogas, que tem forte presença na região amazônica, além do cultivo e manufatura dos entorpecentes. O monitoramento ambiental também é afetado. Outra ameaça que ganha força é o monitoramento virtual. Segundo o Exército, o Brasil é alvo de mais de 1,5 milhão de ataques virtuais todos os anos, a maioria em sites do governo. Apenas durante a Copa do Mundo de de 2014, foram 756 tentativas. "Os cortes do Orçamento vão impactar o tempo e o escopo dos projetos que compõem o Programa da Defesa Cibernética na Defesa Nacional, retardando o desenvolvimento de capacidades necessárias ao país para fazer face às novas ameaças da era da informação", diz a nota. Diante da crise, o Exército informou que adotou medidas de austeridade, como priorizar contratos já firmados e obras em andamento e postergar despesas. Villas Bôas também afirmou, na sexta (9), que vê risco de a atual crise virar uma "crise social" que afetaria a estabilidade do país. "Nos preocupamos porque passa a nos dizer respeito diretamente", afirmou o general em videoconferência a oficiais temporários de reserva. INDÚSTRIA DE DEFESA O ajuste fiscal não atinge apenas o Exército, que congela investimentos e projetos e, consequentemente, afeta a cadeia produtiva do setor. "Infelizmente várias empresas tiveram que demitir colaboradores altamente especializados em face da desaceleração em alguns projetos. Outras empresas puderam realocar seus funcionários e, neste caso, o impacto foi menor", diz Carlos Afonso Pierantoni Gambôa, vice-presidente executivo da Abimde (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança. Procurado, o Ministério do Planejamento não se manifestou até a conclusão desta reportagem.
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Lula é inocentado de processo por chamar Aécio de 'filhinho de papai'
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Lula foi inocentado pela Justiça do crime de calúnia por ter chamado Aécio Neves, em 2014, de "filhinho de papai" num comício eleitoral em Minas Gerais. O TEMPO A coligação do tucano, que disputava a Presidência com Dilma Rousseff, pediu a instauração de um inquérito para investigar os crimes de calúnia, injúria e difamação. Os dois últimos prescreveram -como o petista tem mais de 70 anos, os prazos de prescrição caem pela metade. CALOR Já o crime de calúnia foi considerado inexistente. As declarações de Lula, no entendimento da Justiça, seriam genéricas e superficiais, "emergindo da emoção e do calor de um comício". MILHAS João Doria voou no Learjet 45 de Nelson Willians para ir a Palmas na segunda (14). O advogado, que cuida dos assuntos jurídicos particulares do prefeito, diz que é comum os dois trocarem horas de suas aeronaves –ele tem dois jatos e um helicóptero Augusta e Doria tem um Legacy. "Uma comissária do João ficou doente e ele me ligou pedindo o avião emprestado", afirma o amigo. FÔLEGO Sete meses após assumir como vice-prefeito e secretário de Prefeituras Regionais, o tucano Bruno Covas tirou 12 dias de descanso e partiu para a Croácia com três amigos. "Renovando as energias", postou ele no Instagram. "Os croatas são muito receptivos, o país tem belas praias e bons lugares para comer", diz. COLETIVO Covas diz que deixou o celular em casa, "ou você não descansa". Durante a folga, ele não recebeu salário. Ao menos outros três secretários de Doria também tiraram licenças não remuneradas desde o mês passado: Paulo Uebel (Gestão), Wilson Poit (Desestatização) e Cláudio de Lima (Investimento Social). GEMADA E Doria serviu omelete para seus secretários em reunião realizada no sábado (12). - TODOS OS ESTILOS Os cantores Rico Dalasam, Tulipa Ruiz, Emicida, Liniker e Ricon Sapiência se apresentaram no sábado (12) no Coala Festival. O músico Filipe Catto também passou pelo evento, no Memorial da América Latina. - *TOP 12 O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), finalizou um livro no qual elenca 12 decisões da corte que ele considera históricas. A lista do magistrado impressiona: vai desde a proibição de nepotismo até a descriminalização do aborto voluntário durante o primeiro semestre de gravidez. NA LISTA Barroso incluiu ainda em sua obra decisões como a autorização de pesquisas com células-tronco, a equiparação de uniões homoafetivas às uniões estáveis, as cotas raciais, o mensalão, a liberação de biografias não autorizadas, a proibição de financiamento privado de campanhas eleitorais, o rito de impeachment de Dilma Rousseff e a possibilidade de prisão depois do julgamento em segundo grau. HOJE É DIA A Orquestra Juvenil Heliópolis se juntará a um grupo de guitarristas para apresentar um espetáculo com músicas de rock. Os shows ocorrerão em setembro no Rio de Janeiro e em São Paulo e fazem parte do evento Sinfonia Samsung Rock. ATÉ HOJE A produtora LC Barreto está preparando uma série documental de cinco episódios sobre trabalho escravo no Brasil atual. Uma das situações retratadas será a exploração de trabalhadores bolivianos em confecções no Bom Retiro, em São Paulo. Ainda sem título definitivo, a produção é dirigida por Marcelo Santiago e Bruno Barreto e deve ser exibida na HBO no ano que vem. - PALAVRAS SOLTAS A atriz Bruna Lombardi lançou dois livros no sábado (12), "Clímax" e "Poesia Reunida". Seu marido, o ator Carlos Alberto Riccelli, esteve no evento, no Sesc Pinheiros. O artista Antonio Peticov e o humorista Murilo Gun também passaram por lá. - CURTO-CIRCUITO Amilton Godoy e Léa Freire fazem nesta terça-feira (15) o lançamento do show "A Mil Tons". Às 21h, no Tupi or not Tupi. Jorge da Cunha Lima lança o livro de poesias "Troia /Canudos". Nesta terça, às 18h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. A Fundação Marcos Amaro abre nesta terça "Poder e Sufocamento", primeira mostra de seu acervo de fotografias. No MIS, às 19h. com BRUNA NARCIZO, BRUNO FÁVERO e JOÃO CARNEIRO
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Lula é inocentado de processo por chamar Aécio de 'filhinho de papai'Lula foi inocentado pela Justiça do crime de calúnia por ter chamado Aécio Neves, em 2014, de "filhinho de papai" num comício eleitoral em Minas Gerais. O TEMPO A coligação do tucano, que disputava a Presidência com Dilma Rousseff, pediu a instauração de um inquérito para investigar os crimes de calúnia, injúria e difamação. Os dois últimos prescreveram -como o petista tem mais de 70 anos, os prazos de prescrição caem pela metade. CALOR Já o crime de calúnia foi considerado inexistente. As declarações de Lula, no entendimento da Justiça, seriam genéricas e superficiais, "emergindo da emoção e do calor de um comício". MILHAS João Doria voou no Learjet 45 de Nelson Willians para ir a Palmas na segunda (14). O advogado, que cuida dos assuntos jurídicos particulares do prefeito, diz que é comum os dois trocarem horas de suas aeronaves –ele tem dois jatos e um helicóptero Augusta e Doria tem um Legacy. "Uma comissária do João ficou doente e ele me ligou pedindo o avião emprestado", afirma o amigo. FÔLEGO Sete meses após assumir como vice-prefeito e secretário de Prefeituras Regionais, o tucano Bruno Covas tirou 12 dias de descanso e partiu para a Croácia com três amigos. "Renovando as energias", postou ele no Instagram. "Os croatas são muito receptivos, o país tem belas praias e bons lugares para comer", diz. COLETIVO Covas diz que deixou o celular em casa, "ou você não descansa". Durante a folga, ele não recebeu salário. Ao menos outros três secretários de Doria também tiraram licenças não remuneradas desde o mês passado: Paulo Uebel (Gestão), Wilson Poit (Desestatização) e Cláudio de Lima (Investimento Social). GEMADA E Doria serviu omelete para seus secretários em reunião realizada no sábado (12). - TODOS OS ESTILOS Os cantores Rico Dalasam, Tulipa Ruiz, Emicida, Liniker e Ricon Sapiência se apresentaram no sábado (12) no Coala Festival. O músico Filipe Catto também passou pelo evento, no Memorial da América Latina. - *TOP 12 O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), finalizou um livro no qual elenca 12 decisões da corte que ele considera históricas. A lista do magistrado impressiona: vai desde a proibição de nepotismo até a descriminalização do aborto voluntário durante o primeiro semestre de gravidez. NA LISTA Barroso incluiu ainda em sua obra decisões como a autorização de pesquisas com células-tronco, a equiparação de uniões homoafetivas às uniões estáveis, as cotas raciais, o mensalão, a liberação de biografias não autorizadas, a proibição de financiamento privado de campanhas eleitorais, o rito de impeachment de Dilma Rousseff e a possibilidade de prisão depois do julgamento em segundo grau. HOJE É DIA A Orquestra Juvenil Heliópolis se juntará a um grupo de guitarristas para apresentar um espetáculo com músicas de rock. Os shows ocorrerão em setembro no Rio de Janeiro e em São Paulo e fazem parte do evento Sinfonia Samsung Rock. ATÉ HOJE A produtora LC Barreto está preparando uma série documental de cinco episódios sobre trabalho escravo no Brasil atual. Uma das situações retratadas será a exploração de trabalhadores bolivianos em confecções no Bom Retiro, em São Paulo. Ainda sem título definitivo, a produção é dirigida por Marcelo Santiago e Bruno Barreto e deve ser exibida na HBO no ano que vem. - PALAVRAS SOLTAS A atriz Bruna Lombardi lançou dois livros no sábado (12), "Clímax" e "Poesia Reunida". Seu marido, o ator Carlos Alberto Riccelli, esteve no evento, no Sesc Pinheiros. O artista Antonio Peticov e o humorista Murilo Gun também passaram por lá. - CURTO-CIRCUITO Amilton Godoy e Léa Freire fazem nesta terça-feira (15) o lançamento do show "A Mil Tons". Às 21h, no Tupi or not Tupi. Jorge da Cunha Lima lança o livro de poesias "Troia /Canudos". Nesta terça, às 18h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. A Fundação Marcos Amaro abre nesta terça "Poder e Sufocamento", primeira mostra de seu acervo de fotografias. No MIS, às 19h. com BRUNA NARCIZO, BRUNO FÁVERO e JOÃO CARNEIRO
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Justiça do Rio aceita denúncia em caso de propina em obra da marginal Tietê
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A Justiça Federal no Rio aceitou denuncia contra o empresário Fernando Cavendish, ex-dono da empreiteira Delta, e o operador Adir Assad e outras quatro pessoas por suposto superfaturamento em obras de ampliação da marginal Tietê, em São Paulo. A denúncia faz parte das investigações da operação Lava Jato. A denúncia foi apresentada inicialmente pelo Ministério Público federal de São Paulo, mas foi transferido para o Rio por envolver crimes que supostamente foram cometidos por Cavendish, já investigados na operação Saqueador. A denúncia aponta superfaturamento em R$ 71,6 milhões pelo consórcio Nova Tietê, liderado pela Delta, no lote 2 da expansão da marginal tietê. A obra tinha valor inicial de R$ 287 milhões e foi realizada ao custo de R$ 360 milhões. O saldo resultante teria sido pago em aditivo de contrato, considerado irregular. A estatal paulista Desenvolvimento Rodoviário (Dersa), responsável por contatar a obra, teria compactuado com o superfaturamento. Valores sob a forma de propina teriam sido repassados por empresas de fachada. A denúncia foi aceita na terça-feira (7) pelo juiz da 7ª Vara Criminal Federal no Rio, Marcelo Bretas. O recebimento da denúncia foi confirmada à reportagem pelo Tribunal Regional Federal do Rio. As obras ocorreram entre 2009 e 2011, na gestão do atual senador José Serra (PSDB). Adir Assad já foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a quase dez anos de prisão também no escopo da Lava Jato. Segundo o jornal "Estado de S. Paulo", Assad negocia acordo de delação premiada onde afirma ter sido operador de propinas de empreiteiras em obras viárias no Estado de São Paulo, entre elas a da marginal Tietê. Além de Cavendish e Assad, outras quatro pessoas foram denunciadas por lavagem de dinheiro, fraude em licitação, falsidade ideológica e associação criminosa. Nenhum funcionário público de São Paulo foi denunciado até o momento neste processo. A Folha ainda não conseguiu contato com a defesa dos réus.
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Justiça do Rio aceita denúncia em caso de propina em obra da marginal TietêA Justiça Federal no Rio aceitou denuncia contra o empresário Fernando Cavendish, ex-dono da empreiteira Delta, e o operador Adir Assad e outras quatro pessoas por suposto superfaturamento em obras de ampliação da marginal Tietê, em São Paulo. A denúncia faz parte das investigações da operação Lava Jato. A denúncia foi apresentada inicialmente pelo Ministério Público federal de São Paulo, mas foi transferido para o Rio por envolver crimes que supostamente foram cometidos por Cavendish, já investigados na operação Saqueador. A denúncia aponta superfaturamento em R$ 71,6 milhões pelo consórcio Nova Tietê, liderado pela Delta, no lote 2 da expansão da marginal tietê. A obra tinha valor inicial de R$ 287 milhões e foi realizada ao custo de R$ 360 milhões. O saldo resultante teria sido pago em aditivo de contrato, considerado irregular. A estatal paulista Desenvolvimento Rodoviário (Dersa), responsável por contatar a obra, teria compactuado com o superfaturamento. Valores sob a forma de propina teriam sido repassados por empresas de fachada. A denúncia foi aceita na terça-feira (7) pelo juiz da 7ª Vara Criminal Federal no Rio, Marcelo Bretas. O recebimento da denúncia foi confirmada à reportagem pelo Tribunal Regional Federal do Rio. As obras ocorreram entre 2009 e 2011, na gestão do atual senador José Serra (PSDB). Adir Assad já foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a quase dez anos de prisão também no escopo da Lava Jato. Segundo o jornal "Estado de S. Paulo", Assad negocia acordo de delação premiada onde afirma ter sido operador de propinas de empreiteiras em obras viárias no Estado de São Paulo, entre elas a da marginal Tietê. Além de Cavendish e Assad, outras quatro pessoas foram denunciadas por lavagem de dinheiro, fraude em licitação, falsidade ideológica e associação criminosa. Nenhum funcionário público de São Paulo foi denunciado até o momento neste processo. A Folha ainda não conseguiu contato com a defesa dos réus.
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João Doria vai proibir Uber e Táxi e autorizar só limusines
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O tucano João Doria já tem pronto o seu projeto para o fim da disputa entre os taxistas e os motoristas de Uber. Doria lançará um serviço de limusines, que só poderá ser usado por passageiros que tenham o novo iPhone7. Para Haddad tanto faz se o cidadão use táxi ou Uber desde que não passe de 50km/h. Já Levy Fidelix garantiu que proibirá os dois: "Em São Paulo só circulará o aerotrem". * Veja outras matérias desta semana:
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João Doria vai proibir Uber e Táxi e autorizar só limusinesO tucano João Doria já tem pronto o seu projeto para o fim da disputa entre os taxistas e os motoristas de Uber. Doria lançará um serviço de limusines, que só poderá ser usado por passageiros que tenham o novo iPhone7. Para Haddad tanto faz se o cidadão use táxi ou Uber desde que não passe de 50km/h. Já Levy Fidelix garantiu que proibirá os dois: "Em São Paulo só circulará o aerotrem". * Veja outras matérias desta semana:
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Espera de três horas por balsa vira rotina em viagem ao litoral norte
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As estudantes de arquitetura Jaynefer Guilhen, 21, Sophia Luz, 21, e Vanessa Mansur, 20, queriam aproveitar a folga da faculdade onde estudam, em Campinas, no interior paulista, para passear em Ilhabela, no litoral norte. O dia livre foi parcialmente perdido na espera pela balsa –que chegava a três horas nesta sexta-feira (21), mesmo fora do horário de pico. "Não imaginava que teria essa fila antes de um final de semana normal e no meio da tarde", afirmou Sophia. Esse cenário na travessia entre São Sebastião e Ilhabela, que recebe 4.000 veículos em dias úteis e 7.000 em finais de semana, não é atípico. Com a má condição das balsas sob responsabilidade da Dersa, ligada à gestão Geraldo Alckmin (PSDB), a rotina de estresse de motoristas tem se repetido -assim como a preocupação de que se agrave com a chegada do verão. Segundo a Dersa, a travessia no trecho conta com cinco balsas à disposição. Nesta sexta, apenas três circulavam. O número é frequentemente reduzido para que alguma passe por manutenção. E as previsões no site da empresa nem sempre são confiáveis: nesta sexta, a Folha demorou três horas para embarcar –das 12h às 15h–, enquanto a estimativa oficial se limitava a 90 minutos. Na prática, com a espera na balsa e a jornada pela rodovia, a viagem da capital paulista para Ilhabela pode demorado de seis a sete horas. O problema com as balsas se repete também no trajeto Santos-Guarujá, conforme mostrou a Folha em junho, quando um vídeo gravado por usuário fazendo uma alusão ao filme "Titanic" tonou sucesso na internet. PARA DISTRAIR Na fila para a travessia, é comum encontrar grupos de amigos fora dos carros tomando cerveja ou pessoas fazendo palavras cruzadas. Uma delas é Dinorah Beneduzzi, 52, professora de Monte Alegre do Sul (SP), que visitaria seu irmão. "Já estou há duas horas, ontem ele ficou duas também. Faço cruzadas, como frutas... Só não posso tomar muita água para não ficar com vontade de ir ao banheiro", afirma. O motorista de caminhão Márcio Alves, 28, esperava por três horas e 15 minutos para atravessar e descarregar um material de empresa de jardinagem. "Ninguém quer vir para cá", afirma, referindo-se aos colegas que trabalham com transporte de cargas. Ter de ir e voltar no mesmo dia -caso de Alves- resulta em um dia perdido. "Já cheguei às 8h e saí 21h e pouco." Morador de Ilhabela, Manoel Messias Sobrinho diz que já passou quatro horas e meia na fila em véspera de feriado. "É sempre esse caos". "Me sinto um otário. Uma sexta nublada, não era para estar essa fila. Ainda se fosse feriado ou tivesse algum evento importante. Mas são todos os dias", diz Sobrinho. O mau humor com a travessia levou à criação de uma página no Facebook sobre a insatisfação dos usuários. "A gente está com esse sistema sucateado há muitos anos. Ilhabela cresceu e a Dersa não fez investimento para acompanhar. Estamos perdendo turista, tem gente que me liga e cancela reservas na fila da balsa, pega algo por São Sebastião mesmo", diz Juliano Quaresma, 36, hoteleiro responsável pela página. Em outubro, ele organizou um abaixo-assinado entregue ao Ministério Público com 4.000 assinaturas para ser anexado a um inquérito aberto para investigar as condições oferecidas pela Dersa. MAIOR CAPACIDADE A Dersa afirma que as duas balsas ausentes das cinco que deveriam operar no trecho São Sebastião-Ilhabela estavam em manutenção corretiva, com problemas técnicos. Uma voltou a funcionar ainda nesta sexta-feira (21). A empresa diz que esse trecho ganhará mais duas balsas em novembro e uma terceira em janeiro, totalizando oito embarcações e aumentando a capacidade operacional de 316 para 562 veículos por hora em cada sentido. Os problemas técnicos são classificados como "em sua grande maioria pontuais", por necessidade de manutenções corretivas e preventivas. A Dersa cita investimentos de R$ 270 milhões desde 2011 em modernização, como "para substituir lanchas e ferryboats antigos por embarcações modernas e maiores" e revitalizar as existentes. Apesar dos transtornos presenciados pela Folha, diz que a travessia no trecho tem espera média de 30 a 60 minutos. Há preferência para motoristas que compram um serviço de agendamento Hora Marcada, cujo valor para carros comuns varia de R$ 43,50 a R$ 92.
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cotidiano
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Espera de três horas por balsa vira rotina em viagem ao litoral norteAs estudantes de arquitetura Jaynefer Guilhen, 21, Sophia Luz, 21, e Vanessa Mansur, 20, queriam aproveitar a folga da faculdade onde estudam, em Campinas, no interior paulista, para passear em Ilhabela, no litoral norte. O dia livre foi parcialmente perdido na espera pela balsa –que chegava a três horas nesta sexta-feira (21), mesmo fora do horário de pico. "Não imaginava que teria essa fila antes de um final de semana normal e no meio da tarde", afirmou Sophia. Esse cenário na travessia entre São Sebastião e Ilhabela, que recebe 4.000 veículos em dias úteis e 7.000 em finais de semana, não é atípico. Com a má condição das balsas sob responsabilidade da Dersa, ligada à gestão Geraldo Alckmin (PSDB), a rotina de estresse de motoristas tem se repetido -assim como a preocupação de que se agrave com a chegada do verão. Segundo a Dersa, a travessia no trecho conta com cinco balsas à disposição. Nesta sexta, apenas três circulavam. O número é frequentemente reduzido para que alguma passe por manutenção. E as previsões no site da empresa nem sempre são confiáveis: nesta sexta, a Folha demorou três horas para embarcar –das 12h às 15h–, enquanto a estimativa oficial se limitava a 90 minutos. Na prática, com a espera na balsa e a jornada pela rodovia, a viagem da capital paulista para Ilhabela pode demorado de seis a sete horas. O problema com as balsas se repete também no trajeto Santos-Guarujá, conforme mostrou a Folha em junho, quando um vídeo gravado por usuário fazendo uma alusão ao filme "Titanic" tonou sucesso na internet. PARA DISTRAIR Na fila para a travessia, é comum encontrar grupos de amigos fora dos carros tomando cerveja ou pessoas fazendo palavras cruzadas. Uma delas é Dinorah Beneduzzi, 52, professora de Monte Alegre do Sul (SP), que visitaria seu irmão. "Já estou há duas horas, ontem ele ficou duas também. Faço cruzadas, como frutas... Só não posso tomar muita água para não ficar com vontade de ir ao banheiro", afirma. O motorista de caminhão Márcio Alves, 28, esperava por três horas e 15 minutos para atravessar e descarregar um material de empresa de jardinagem. "Ninguém quer vir para cá", afirma, referindo-se aos colegas que trabalham com transporte de cargas. Ter de ir e voltar no mesmo dia -caso de Alves- resulta em um dia perdido. "Já cheguei às 8h e saí 21h e pouco." Morador de Ilhabela, Manoel Messias Sobrinho diz que já passou quatro horas e meia na fila em véspera de feriado. "É sempre esse caos". "Me sinto um otário. Uma sexta nublada, não era para estar essa fila. Ainda se fosse feriado ou tivesse algum evento importante. Mas são todos os dias", diz Sobrinho. O mau humor com a travessia levou à criação de uma página no Facebook sobre a insatisfação dos usuários. "A gente está com esse sistema sucateado há muitos anos. Ilhabela cresceu e a Dersa não fez investimento para acompanhar. Estamos perdendo turista, tem gente que me liga e cancela reservas na fila da balsa, pega algo por São Sebastião mesmo", diz Juliano Quaresma, 36, hoteleiro responsável pela página. Em outubro, ele organizou um abaixo-assinado entregue ao Ministério Público com 4.000 assinaturas para ser anexado a um inquérito aberto para investigar as condições oferecidas pela Dersa. MAIOR CAPACIDADE A Dersa afirma que as duas balsas ausentes das cinco que deveriam operar no trecho São Sebastião-Ilhabela estavam em manutenção corretiva, com problemas técnicos. Uma voltou a funcionar ainda nesta sexta-feira (21). A empresa diz que esse trecho ganhará mais duas balsas em novembro e uma terceira em janeiro, totalizando oito embarcações e aumentando a capacidade operacional de 316 para 562 veículos por hora em cada sentido. Os problemas técnicos são classificados como "em sua grande maioria pontuais", por necessidade de manutenções corretivas e preventivas. A Dersa cita investimentos de R$ 270 milhões desde 2011 em modernização, como "para substituir lanchas e ferryboats antigos por embarcações modernas e maiores" e revitalizar as existentes. Apesar dos transtornos presenciados pela Folha, diz que a travessia no trecho tem espera média de 30 a 60 minutos. Há preferência para motoristas que compram um serviço de agendamento Hora Marcada, cujo valor para carros comuns varia de R$ 43,50 a R$ 92.
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Rapper Apolo lança trabalho solo em nova casa de shows na Barra Funda
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DE SÃO PAULO O Fabrique, novo espaço de shows que ocupa um galpão industrial de quase 70 anos, recebe na próxima quinta-feira (9) apresentação do MC e produtor Apolo. Integrante do coletivo Pentágono (importante na cena do hip-hop nacional), ele lançou no final de 2016 seu primeiro trabalho solo, "Apologia". São as canções desse álbum que ele apresenta, contando com participações especiais dos também rappers Criolo e Tássia Reis e do DJ KL Jay (do Racionais MC's). Fabrique. R. Barra Funda, 1.071, Barra Funda, tel. 3666-0099. Qui. (9): 23h. 18 anos. Ingresso: R$ 30, mais 1 kg de alimento, p/ sympla.com.br - ANA CAROLINA A cantora mineira estreia o show "Ruído Branco", no qual apresenta poesias, contos, músicas consagradas da carreira e canções de compositores que admira. Definido como "show-livro", o espetáculo traz ainda projeções criadas a partir de seus poemas recitados por Maria Bethânia e Lázaro Ramos, entre outros. Teatro Santander. Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, Vila Nova Conceição, tel. 4003-1022. 1.100 lugares. Qui. (9): 21h. 85 min. Livre. Estac. a partir de R$ 35. Ingresso: R$ 200 a R$ 360, p/ entretix.com.br. * ANDREW TOSH Homenageando os 30 anos da morte de Peter Tosh (1944-1987), um dos ícones do reggae jamaicano, seu filho Andrew Tosh sobe ao palco ao lado da banda Word Sound & Power -que acompanhou Tosh após sua saída do lendário The Wailers. Cine Joia. Pça. Carlos Gomes, 82, Centro, tel. 3101-1305. 992 pessoas. Qui. (9): 22h. 90 min. 18 anos. Valet a partir de R$ 30. Ingresso: R$ 120 a R$ 140, p/ livepass.com.br. * AVA ROCHA A cantora e compositora mistura MPB, improvisos, poesias e grooves afros e amazônicos em seu segundo disco, "Ava Patrya Yndia Yracema", lançado em 2015. Filha do cineasta Glauber Rocha, ela interpreta faixas do álbum acompanhada de músicos da cena contemporânea carioca. Sesc Pompeia - comedoria. R. Clélia, 93, Água Branca, tel. 3871-7700. 800 pessoas. Qui. (9): 18h. 90 min. 18 anos. Ingresso: R$ 9 a R$ 30, p/ sescsp.org.br. * BRENO RUIZ O pianista, compositor e cantor, parceiro de Paulo César Pinheiro, sobe ao palco para o lançamento de "Cantilenas Brasileiras", seu primeiro álbum solo. O repertório inclui temas inéditos e composições consagradas da MPB. Os músicos Renato Braz e Mônica Salmaso fazem participações. Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer - plateia interna. Av. Pedro Álvares Cabral, portões 2 (pedestre) e 3 (veículos), Parque Ibirapuera, tel. 3629-1075. 806 lugares. Dom. (5): 19h. 90 min. Livre. Ingresso: R$ 20, p/ ingresso.com.br. * LEO CAVALCANTI Acompanhado de Bruno Serroni no violoncelo e no piano, o cantor e multi-instrumentista lança o single "O Mundo Que Se Deseja" e dois videoclipes. No show, também faz um apanhado de sua discografia. Itaú Cultural. Av. Paulista, 149, Bela Vista, tel. 2168-1777. 254 lugares. Qui. (9): 20h. 70 min. Livre. Retirar ingresso com 1h de antecedência. GRÁTIS. * LUISA MAITA A cantora e compositora apresenta seu disco mais recente, "Fio da Memória", lançado seis anos após o registro de estreia, "Lero-Lero" (2010). O novo trabalho é envolvido por música eletrônica, cancioneiro brasileiro, jazz e trap e dancehall, com letras que abordam o amor e a espiritualidade. Sesc Consolação - teatro Anchieta. R. Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque, tel. 3234-3000. 280 lugares. Dom. (5): 18h. 75 min. Livre. Ingresso: R$ 9 a R$ 30, p/ sescsp.org.br. * MÃEANA Com influências da Tropicália e da MPB, a cantora carioca Ana Claudia Lomelino assume a persona que criou em 2015 e lança o DVD "Mãeana no MAM". Sesc Belenzinho - teatro. R. Pe. Adelino, 1.000, Quarta Parada, tel. 2076-9700. 392 lugares. Qui. (9): 21h. 90 min. 12 anos. Estac. a partir de R$ 4,50. Ingresso: R$ 6 a R$ 20, p/ sescsp.org.br. * RODRIGO HADDAD CANTA JOHNNY CASH Em fevereiro, o cantor e compositor norte-americano de música country celebraria 85 anos de idade. Para celebrar a data, o músico Rodrigo Haddad apresenta repertório que lembra a trajetória do artista em canções como "Ring of Fire", "Cocaine Blues" e "Hurt". Z Carniceria. Av. Brig. Faria Lima, 724, Pinheiros, tel. 2936-0934. 250 pessoas. Qui. (9): 23h. 60 min. 18 anos. Valet a partir de R$ 25. Ingresso: R$ 15. * WANDA SÁ A cantora paulistana lança o álbum "Cá Entre Nós", que reúne canções de Ivan Lins, Nelson Faria, João Donato e Carlos Lyra, entre outros. Para a apresentação, ela conta com a participação do violonista e compositor Roberto Menescal. Sesc Pompeia - teatro. R. Clélia, 93, Água Branca, tel. 3871-7700. 774 lugares. Dom. (5): 19h. 90 min. 12 anos. Ingresso: R$ 9 a R$ 30, p/ sescsp.org.br. * Ó DO AVESSO Parceiro de nomes como Rodrigo Campos e Kiko Dinucci, o sambista e compositor Douglas Germano apresenta canções de seu disco mais recente, "Golpe de Vista" (2016). Ó do Borogodó. R. Horácio Lane, 21, Pinheiros, tel. 3814-4087. 60 pessoas. Seg. (6): 21h. 80 min. 18 anos. Ingresso: R$ 35, p/ meuingresso.com.
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Rapper Apolo lança trabalho solo em nova casa de shows na Barra FundaDE SÃO PAULO O Fabrique, novo espaço de shows que ocupa um galpão industrial de quase 70 anos, recebe na próxima quinta-feira (9) apresentação do MC e produtor Apolo. Integrante do coletivo Pentágono (importante na cena do hip-hop nacional), ele lançou no final de 2016 seu primeiro trabalho solo, "Apologia". São as canções desse álbum que ele apresenta, contando com participações especiais dos também rappers Criolo e Tássia Reis e do DJ KL Jay (do Racionais MC's). Fabrique. R. Barra Funda, 1.071, Barra Funda, tel. 3666-0099. Qui. (9): 23h. 18 anos. Ingresso: R$ 30, mais 1 kg de alimento, p/ sympla.com.br - ANA CAROLINA A cantora mineira estreia o show "Ruído Branco", no qual apresenta poesias, contos, músicas consagradas da carreira e canções de compositores que admira. Definido como "show-livro", o espetáculo traz ainda projeções criadas a partir de seus poemas recitados por Maria Bethânia e Lázaro Ramos, entre outros. Teatro Santander. Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, Vila Nova Conceição, tel. 4003-1022. 1.100 lugares. Qui. (9): 21h. 85 min. Livre. Estac. a partir de R$ 35. Ingresso: R$ 200 a R$ 360, p/ entretix.com.br. * ANDREW TOSH Homenageando os 30 anos da morte de Peter Tosh (1944-1987), um dos ícones do reggae jamaicano, seu filho Andrew Tosh sobe ao palco ao lado da banda Word Sound & Power -que acompanhou Tosh após sua saída do lendário The Wailers. Cine Joia. Pça. Carlos Gomes, 82, Centro, tel. 3101-1305. 992 pessoas. Qui. (9): 22h. 90 min. 18 anos. Valet a partir de R$ 30. Ingresso: R$ 120 a R$ 140, p/ livepass.com.br. * AVA ROCHA A cantora e compositora mistura MPB, improvisos, poesias e grooves afros e amazônicos em seu segundo disco, "Ava Patrya Yndia Yracema", lançado em 2015. Filha do cineasta Glauber Rocha, ela interpreta faixas do álbum acompanhada de músicos da cena contemporânea carioca. Sesc Pompeia - comedoria. R. Clélia, 93, Água Branca, tel. 3871-7700. 800 pessoas. Qui. (9): 18h. 90 min. 18 anos. Ingresso: R$ 9 a R$ 30, p/ sescsp.org.br. * BRENO RUIZ O pianista, compositor e cantor, parceiro de Paulo César Pinheiro, sobe ao palco para o lançamento de "Cantilenas Brasileiras", seu primeiro álbum solo. O repertório inclui temas inéditos e composições consagradas da MPB. Os músicos Renato Braz e Mônica Salmaso fazem participações. Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer - plateia interna. Av. Pedro Álvares Cabral, portões 2 (pedestre) e 3 (veículos), Parque Ibirapuera, tel. 3629-1075. 806 lugares. Dom. (5): 19h. 90 min. Livre. Ingresso: R$ 20, p/ ingresso.com.br. * LEO CAVALCANTI Acompanhado de Bruno Serroni no violoncelo e no piano, o cantor e multi-instrumentista lança o single "O Mundo Que Se Deseja" e dois videoclipes. No show, também faz um apanhado de sua discografia. Itaú Cultural. Av. Paulista, 149, Bela Vista, tel. 2168-1777. 254 lugares. Qui. (9): 20h. 70 min. Livre. Retirar ingresso com 1h de antecedência. GRÁTIS. * LUISA MAITA A cantora e compositora apresenta seu disco mais recente, "Fio da Memória", lançado seis anos após o registro de estreia, "Lero-Lero" (2010). O novo trabalho é envolvido por música eletrônica, cancioneiro brasileiro, jazz e trap e dancehall, com letras que abordam o amor e a espiritualidade. Sesc Consolação - teatro Anchieta. R. Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque, tel. 3234-3000. 280 lugares. Dom. (5): 18h. 75 min. Livre. Ingresso: R$ 9 a R$ 30, p/ sescsp.org.br. * MÃEANA Com influências da Tropicália e da MPB, a cantora carioca Ana Claudia Lomelino assume a persona que criou em 2015 e lança o DVD "Mãeana no MAM". Sesc Belenzinho - teatro. R. Pe. Adelino, 1.000, Quarta Parada, tel. 2076-9700. 392 lugares. Qui. (9): 21h. 90 min. 12 anos. Estac. a partir de R$ 4,50. Ingresso: R$ 6 a R$ 20, p/ sescsp.org.br. * RODRIGO HADDAD CANTA JOHNNY CASH Em fevereiro, o cantor e compositor norte-americano de música country celebraria 85 anos de idade. Para celebrar a data, o músico Rodrigo Haddad apresenta repertório que lembra a trajetória do artista em canções como "Ring of Fire", "Cocaine Blues" e "Hurt". Z Carniceria. Av. Brig. Faria Lima, 724, Pinheiros, tel. 2936-0934. 250 pessoas. Qui. (9): 23h. 60 min. 18 anos. Valet a partir de R$ 25. Ingresso: R$ 15. * WANDA SÁ A cantora paulistana lança o álbum "Cá Entre Nós", que reúne canções de Ivan Lins, Nelson Faria, João Donato e Carlos Lyra, entre outros. Para a apresentação, ela conta com a participação do violonista e compositor Roberto Menescal. Sesc Pompeia - teatro. R. Clélia, 93, Água Branca, tel. 3871-7700. 774 lugares. Dom. (5): 19h. 90 min. 12 anos. Ingresso: R$ 9 a R$ 30, p/ sescsp.org.br. * Ó DO AVESSO Parceiro de nomes como Rodrigo Campos e Kiko Dinucci, o sambista e compositor Douglas Germano apresenta canções de seu disco mais recente, "Golpe de Vista" (2016). Ó do Borogodó. R. Horácio Lane, 21, Pinheiros, tel. 3814-4087. 60 pessoas. Seg. (6): 21h. 80 min. 18 anos. Ingresso: R$ 35, p/ meuingresso.com.
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Banco do Brasil anuncia novo presidente do Conselho
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O Banco do Brasil informou nesta segunda-feira (25) a nomeação de Manoel Carlos de Castro Pires como presidente do Conselho de Administração da instituição, indicado pelo Ministério da Fazenda. Pires foi nomeado após a renúncia de Tarcísio Godoy, que deixou o cargo que ocupava há um pouco mais de um ano. Já Francisco Gaetani foi indicado pelo Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Valdir Simão, para completar o mandato 2015/2017 como conselheiro da instituição. O banco também informou que Carlos Renato Bonetti assumiu como diretor de Gestão de Riscos, após a renúncia de Ivez Cézar Fülber, enquanto Otaviano Amantea Souza Campos foi eleito para ocupar a diretoria de Reestruturação de Ativos Operacionais, com a saída de Carlos Roberto Cafareli a partir de 30 de janeiro. Ambos completarão o mandato 2013/2016.
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Banco do Brasil anuncia novo presidente do ConselhoO Banco do Brasil informou nesta segunda-feira (25) a nomeação de Manoel Carlos de Castro Pires como presidente do Conselho de Administração da instituição, indicado pelo Ministério da Fazenda. Pires foi nomeado após a renúncia de Tarcísio Godoy, que deixou o cargo que ocupava há um pouco mais de um ano. Já Francisco Gaetani foi indicado pelo Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Valdir Simão, para completar o mandato 2015/2017 como conselheiro da instituição. O banco também informou que Carlos Renato Bonetti assumiu como diretor de Gestão de Riscos, após a renúncia de Ivez Cézar Fülber, enquanto Otaviano Amantea Souza Campos foi eleito para ocupar a diretoria de Reestruturação de Ativos Operacionais, com a saída de Carlos Roberto Cafareli a partir de 30 de janeiro. Ambos completarão o mandato 2013/2016.
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Quinta tem estreia de peça baseada em 'Macbeth' e show de Mutante
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BRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO São Paulo, 14 de julho de 2016. Quinta-feira. Bom dia para você que ficou três meses sem ir à academia e achou que seria tranquilo retomar! Veja o que você precisa saber para tocar e aproveitar o seu dia: * PARA CURTIR A CIDADE Teatro | O clássico "Macbeth", de William Shakespeare, serviu de ponto de partida para a idealização da peça "A Floresta que Anda", que estreia nesta quinta no Sesc Pompeia. Encenado por Julia Bernat e dirigido por Christiane Jatahy, o espetáculo envolve teatro, vernissage e um serviço de bar no local. Ingressos custam de R$ 12 a R$ 40. Os Mutantes | Com Sérgio Dias (guitarra), Rui Motta (bateria e vocais), Tulio Mourão (teclados e vocais) e Antonio Fortuna (baixo e vocais), a banda faz show baseado no disco "Tudo Feito Pelo Sol", de 1974. A apresentação ocorre no Sesc Belenzinho a partir das 21h30. Ingressos custam de R$ 12 a R$ 40. A quatro | Residente do 47º Festival de Inverno de Campos do Jordão, o quarteto de cordas francês interpreta peças de Beethoven, de Bruno Angelo e de Arnold Schoenberg na Sala São Paulo a partir das 20h30. Ingressos custam R$ 22. Jazz e blues | A cantora Izzy Gordon, que se consagrou por transitar entre o jazz e a bossa nova, interpreta músicas do disco "O Que Eu Tenho Pra Dizer", lançado em 2010, no Z Carniceria. O ingresso custa R$ 25. Hashtag | Com estreia nesta quinta, a comédia juvenil "#broncadequê?" conta a história de quatro amigos inseparáveis que, numa passeata, conhecem Guilherme (Pedro Baião), um rapaz com síndrome de Down. A partir daí, surge uma relação de amizade entre os cinco jovens. A peça é encenada no Teatro Sérgio Cardoso e tem ingressos custando R$ 30. * PARA TER ASSUNTO Novela | Aliados do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) manobraram para adiar, na quarta-feira (13), a votação de mais uma etapa do seu processo de cassação. A Comissão de Constituição e Justiça tentará nesta quinta-feira (14) concluir a votação, mas há chance que esse desfecho só ocorra em agosto, na volta dos deputados das férias de julho. Câmara | Rodrigo Maia superou Rogério Rosso e foi eleito presidente da Câmara na noite de quarta-feira (13). O deputado do DEM teve 285 votos, contra 170 de Rosso (PSD). Vencedor chefiará a Casa até fevereiro, quando um novo presidente será escolhido para o mandato de dois anos. Pré-candidato | O Ministério Público Estadual vai entrar com ação contra o pré-candidato João Doria (PSDB) por abuso de poder econômico. Para onde vai? | Um novo projeto de transferência da Ceagesp, hoje na Vila Leopoldina, para região de Perus (zona norte), gerou impasse entre o prefeito Fernando Haddad (PT) e a União. O prefeito defende a transferência do entreposto para revitalização da área. No entanto, a direção da Ceagesp (feita pela União) que assumiu durante o governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) se diz contra a proposta. Inglaterra | Vinte e seis anos após Margaret Thatcher deixar o cargo de premiê, o Reino Unido volta a ser governado por uma mulher. Theresa May, 59, se tornou oficialmente a nova primeira-ministra do Reino Unido. p(star). * A POLÍTICA DO DIA A DIA Cidade | A Escola do Parlamento, na Câmara Municipal, promove a aula "Políticas de Promoção da Igualdade Racial e a Década Internacional dos Afrodescendentes" no auditório Prestes Maia, no primeiro andar do prédio. Mais informações aqui. Futebol | Será realizado um debate sobre a situação do futebol moderno, abordando questões que vão das novas arenas eo acesso de torcedores menos favorecidos em questões financeiras a elas. O encontro, que se dará sob o viaduto Alcântara Machado, próximo ao metrô Brás, terá início às 17h, com "rachão". Às 19h, será exibido o filme "Geraldinos", que será seguido por debate. Veja mais informações aqui. * É MELHOR SE PREVENIR... Tempo | O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) prevê temperatura máxima de 29º C e mínima de 15ºC. O céu deve ficar parcialmente nublado da manhã até a noite. Zona norte | A rua dos Otonis está bloqueada entre as ruas Varpa e Pedro de Toledo até o mês de setembro para obras da estação Clemente, da linha 5 do metrô. Zona sul | A rua Laguna segue interditada até o dia 11 de agosto no cruzamento da via com a rua Bragança Paulista devido às obras de prolongamento da av. Chucri Zaidan. Zona leste | A av. Itaquera segue bloqueada entre a av. Sylvio Torres e a rua Guiomar Ataliba Penteado até o dia 11 de agosto. A interrupção no trânsito se dá em razão de obras de construção do corredor de ônibus. O mesmo ocorre, até 25 de julho, na rua Gregório Ramalho entre as ruas Flores do Piauí e Victório Santim. * SEUS AMIGOS VÃO FALAR DISSO Game | Poucos dias depois do lançamento do jogo para smartphones Pokémon Go, no qual os usuários buscam personagens virtuais em locais no mundo real, a administração do Museu do Holocausto, em Washington, tenta remover a instituição do aplicativo, que se tornou uma sensação nos Estados Unidos. Assim como vários outros monumentos, o local se tornou um dos chamados "Pokestops", onde os usuários podem recolher itens virtuais gratuitos no jogo.
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Quinta tem estreia de peça baseada em 'Macbeth' e show de MutanteBRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO São Paulo, 14 de julho de 2016. Quinta-feira. Bom dia para você que ficou três meses sem ir à academia e achou que seria tranquilo retomar! Veja o que você precisa saber para tocar e aproveitar o seu dia: * PARA CURTIR A CIDADE Teatro | O clássico "Macbeth", de William Shakespeare, serviu de ponto de partida para a idealização da peça "A Floresta que Anda", que estreia nesta quinta no Sesc Pompeia. Encenado por Julia Bernat e dirigido por Christiane Jatahy, o espetáculo envolve teatro, vernissage e um serviço de bar no local. Ingressos custam de R$ 12 a R$ 40. Os Mutantes | Com Sérgio Dias (guitarra), Rui Motta (bateria e vocais), Tulio Mourão (teclados e vocais) e Antonio Fortuna (baixo e vocais), a banda faz show baseado no disco "Tudo Feito Pelo Sol", de 1974. A apresentação ocorre no Sesc Belenzinho a partir das 21h30. Ingressos custam de R$ 12 a R$ 40. A quatro | Residente do 47º Festival de Inverno de Campos do Jordão, o quarteto de cordas francês interpreta peças de Beethoven, de Bruno Angelo e de Arnold Schoenberg na Sala São Paulo a partir das 20h30. Ingressos custam R$ 22. Jazz e blues | A cantora Izzy Gordon, que se consagrou por transitar entre o jazz e a bossa nova, interpreta músicas do disco "O Que Eu Tenho Pra Dizer", lançado em 2010, no Z Carniceria. O ingresso custa R$ 25. Hashtag | Com estreia nesta quinta, a comédia juvenil "#broncadequê?" conta a história de quatro amigos inseparáveis que, numa passeata, conhecem Guilherme (Pedro Baião), um rapaz com síndrome de Down. A partir daí, surge uma relação de amizade entre os cinco jovens. A peça é encenada no Teatro Sérgio Cardoso e tem ingressos custando R$ 30. * PARA TER ASSUNTO Novela | Aliados do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) manobraram para adiar, na quarta-feira (13), a votação de mais uma etapa do seu processo de cassação. A Comissão de Constituição e Justiça tentará nesta quinta-feira (14) concluir a votação, mas há chance que esse desfecho só ocorra em agosto, na volta dos deputados das férias de julho. Câmara | Rodrigo Maia superou Rogério Rosso e foi eleito presidente da Câmara na noite de quarta-feira (13). O deputado do DEM teve 285 votos, contra 170 de Rosso (PSD). Vencedor chefiará a Casa até fevereiro, quando um novo presidente será escolhido para o mandato de dois anos. Pré-candidato | O Ministério Público Estadual vai entrar com ação contra o pré-candidato João Doria (PSDB) por abuso de poder econômico. Para onde vai? | Um novo projeto de transferência da Ceagesp, hoje na Vila Leopoldina, para região de Perus (zona norte), gerou impasse entre o prefeito Fernando Haddad (PT) e a União. O prefeito defende a transferência do entreposto para revitalização da área. No entanto, a direção da Ceagesp (feita pela União) que assumiu durante o governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) se diz contra a proposta. Inglaterra | Vinte e seis anos após Margaret Thatcher deixar o cargo de premiê, o Reino Unido volta a ser governado por uma mulher. Theresa May, 59, se tornou oficialmente a nova primeira-ministra do Reino Unido. p(star). * A POLÍTICA DO DIA A DIA Cidade | A Escola do Parlamento, na Câmara Municipal, promove a aula "Políticas de Promoção da Igualdade Racial e a Década Internacional dos Afrodescendentes" no auditório Prestes Maia, no primeiro andar do prédio. Mais informações aqui. Futebol | Será realizado um debate sobre a situação do futebol moderno, abordando questões que vão das novas arenas eo acesso de torcedores menos favorecidos em questões financeiras a elas. O encontro, que se dará sob o viaduto Alcântara Machado, próximo ao metrô Brás, terá início às 17h, com "rachão". Às 19h, será exibido o filme "Geraldinos", que será seguido por debate. Veja mais informações aqui. * É MELHOR SE PREVENIR... Tempo | O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) prevê temperatura máxima de 29º C e mínima de 15ºC. O céu deve ficar parcialmente nublado da manhã até a noite. Zona norte | A rua dos Otonis está bloqueada entre as ruas Varpa e Pedro de Toledo até o mês de setembro para obras da estação Clemente, da linha 5 do metrô. Zona sul | A rua Laguna segue interditada até o dia 11 de agosto no cruzamento da via com a rua Bragança Paulista devido às obras de prolongamento da av. Chucri Zaidan. Zona leste | A av. Itaquera segue bloqueada entre a av. Sylvio Torres e a rua Guiomar Ataliba Penteado até o dia 11 de agosto. A interrupção no trânsito se dá em razão de obras de construção do corredor de ônibus. O mesmo ocorre, até 25 de julho, na rua Gregório Ramalho entre as ruas Flores do Piauí e Victório Santim. * SEUS AMIGOS VÃO FALAR DISSO Game | Poucos dias depois do lançamento do jogo para smartphones Pokémon Go, no qual os usuários buscam personagens virtuais em locais no mundo real, a administração do Museu do Holocausto, em Washington, tenta remover a instituição do aplicativo, que se tornou uma sensação nos Estados Unidos. Assim como vários outros monumentos, o local se tornou um dos chamados "Pokestops", onde os usuários podem recolher itens virtuais gratuitos no jogo.
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Manual da crise: como sobreviver a juros, inflação, desemprego e impostos em 2016
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2015 ainda não acabou. Pelo menos no que diz respeito à economia, boa parte dos problemas que afligiram os consumidores no ano passado vai se estender pelos 12 meses de 2016. Mas com planejamento, é possível passar pelo ano com tranquilidade e inclusive começar a investir. A Folha reúne abaixo algumas dicas de como se preparar para esses tempos turbulentos. Confira. O ano já começa sob o signo de juros mais altos. Em sua primeira reunião de 2016 —nos dias 19 e 20—, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) deve elevar a taxa básica Selic em 0,50 ponto percentual, para 14,75% ao ano. Como reflexo, o crédito fica mais caro e o consumo diminui, ajudando a controlar a inflação. O efeito negativo é sentido por quem precisa tomar um empréstimo, que terá prestações mais caras. Apesar do esforço do BC, a inflação ainda deve estar em dois dígitos no Carnaval. Viajar ficará mais caro e vai exigir mais planejamento, e o consumidor terá que tomar cuidado adicional para não extrapolar os gastos, principalmente considerando que os principais artigos da folia também estarão mais salgados. Passar o Carnaval em casa pode ser uma opção. Blocos de rua gratuitos podem garantir animação sem prejudicar as finanças. Se levar bebida e comida de casa, o bolso agradece mais ainda. Outra preocupação deve ser manter um colchão de emergência, porque o desemprego baterá à porta de mais famílias no primeiro trimestre, segundo a projeção de especialistas. Essa reserva financeira deve ser de seis a oito meses da renda familiar, para garantir tranquilidade até que o trabalhador encontre nova fonte de renda. Só não é recomendado colocar todo o dinheiro na poupança: depois de perder para a inflação em 2015, a caderneta deve ter novo ano sem ganho real. O investidor encontra, na renda fixa, alternativas tão seguras quanto a poupança e com rentabilidade maior. O Tesouro Direto é uma delas e tem aplicação mínima de R$ 30. O mais indicado para 2016 é o Tesouro Selic, que segue a variação da taxa básica de juros. A liquidez é diária e, mesmo com a incidência de Imposto de Renda, o ganho é maior que o da caderneta. Há boas opções também em CDBs (Certificados de Depósitos Bancários), principalmente de instituições menores, que oferecem rentabilidade maior para atrair o investidor. A aplicação é assegurada até R$ 250 mil pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos) por CPF e por entidade. Assim como os títulos públicos, são tributados conforme tabela regressiva que começa com alíquotas em 22,5% —até 180 dias— que vão caindo gradativamente até alcançar 15% para aplicações acima de 720 dias. Ainda sobre Imposto de Renda, a medida provisória 694, se aprovada, prevê algumas mudanças importantes na tributação de investimentos. As letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA), hoje isentas, passariam a ter incidência de IR. Pela proposta, a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) terá alíquotas entre 10% e 17,5% também de acordo com o prazo. Para papéis do agronegócio (LCAs, CDAs, WAs, CDCAs, CRAs e CPRs), haverá alíquota única de 10%, sendo de 5% para títulos emitidos em 2016. Aplicações atreladas ao CDI (juros de empréstimos entre instituições financeiras) ou à Selic teriam alíquota mais salgada que outras —de 22,5%, independentemente do prazo. Quem pensa em comprar um imóvel como investimento deve pensar duas vezes. A situação será bem diferente da vista nos anos de 2009 e 2010, quando a valorização anual chegava a 20%. A crise fará com que os preços subam próximos à inflação. Mas quem estiver pensando em adquirir a casa própria tem boa chance de conseguir uma barganha, aproveitando que muitos proprietários podem precisar vender os imóveis para se capitalizar. Arrume um tempo para organizar as férias. A dica é planejar a viagem familiar, principalmente se for para o exterior. Fuja do cartão de crédito, que tem IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 6,38% —o mesmo do pré-pago, mas com o risco de oscilação cambial que pode elevar o valor da fatura no fechamento. Além disso, sempre vale a pena levar uma parte do dinheiro em espécie, aproveitando que o IOF cobrado é bem menor: 0,38%. O consumidor deve lembrar também que o cartão de crédito tem a maior taxa de juros no mercado. Então, evite atrasar o pagamento ou parcelar a conta, sob o risco de ver os valores saltarem. Com as crises política e econômica de 2015, a moeda americana acumulou valorização de 49% no ano passado, fazendo com que os fundos cambiais liderassem ranking de investimentos acompanhado pela Folha. Para este ano, as perspectivas continuam não sendo nada positivas para o dólar. De acordo com a pesquisa Focus, feita pelo BC com economistas, a moeda americana deve encerrar 2016 na casa de R$ 4,20 —no ano passado, fechou no patamar de R$ 3,95. Depois de acumular quedas nos últimos três anos, a Bolsa deve continuar instável e sujeita ao desenrolar das crises econômica e política em 2016. Petrobras e Vale, duas das principais companhias da Bovespa, seguem com perspectivas negativas para este ano. Além da Operação Lava Jato, a petrolífera ainda tem que enfrentar a queda dos preços do petróleo —só em 2015, a commodity acumulou perda de cerca de 40%. Já a Vale tem que lidar ainda com os reflexos da tragédia em Mariana (MG) e com a desvalorização dos preços do minério de ferro —que passou de 38% em 2015. Quanto ao resto das empresas, sem perspectiva de crescimento do país, elas terão dificuldade em entregar bons resultados, afetando a cotação de suas ações. A dica, então, é garimpar boas pagadoras de dividendos ou companhias com receita em dólar, como exportadoras. Por outro lado, importadoras ou empresas com dívida dolarizada devem ser evitadas. Renegociação promete ser a palavra de 2016. Se tiver dívidas, converse com o credor e troque aquelas com juros maiores —como cartão de crédito e cheque especial— por empréstimo pessoal ou consignado, que têm taxas menores. Se a instituição financeira não estiver disposta a negociar, tente fazer a portabilidade da dívida —ou seja, migrá-la para outro banco. Evite também novas dívidas. Organize seu orçamento e faça um raio-x dos gastos. Desta forma, é possível cortar o que for supérfluo, como idas frequentes a restaurantes ou ao cinema, e economizar para períodos financeiros mais conturbados. Sem dívidas e com uma reserva de emergência, é possível planejar o uso do 13º salário. Essa renda extra deve ser reservada para gastos de início de ano, como IPVA (imposto de veículos) e IPTU (imóveis), e também para o Natal. Uma dica é começar a comprar os presentes com antecedência, o que permite adquirir itens mais baratos e barganhar preços. Vale também pegar esse dinheiro e aplicar, aproveitando as altas taxas de juros na renda fixa. Desta forma, é possível formar patrimônio mesmo em um ano adverso. Tire seus sonhos do papel. Anote os planos de curto, médio e longo prazos que você quer concretizar. Fica mais fácil guardar dinheiro para atingir esses objetivos. Inclua a aposentadoria nesses projetos. Vale aplicar a segunda parcela do 13º salário em um plano de previdência privada do tipo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), aproveitando benefício fiscal —abatimento de até 12% da renda bruta tributável na declaração anual de IR.
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Manual da crise: como sobreviver a juros, inflação, desemprego e impostos em 20162015 ainda não acabou. Pelo menos no que diz respeito à economia, boa parte dos problemas que afligiram os consumidores no ano passado vai se estender pelos 12 meses de 2016. Mas com planejamento, é possível passar pelo ano com tranquilidade e inclusive começar a investir. A Folha reúne abaixo algumas dicas de como se preparar para esses tempos turbulentos. Confira. O ano já começa sob o signo de juros mais altos. Em sua primeira reunião de 2016 —nos dias 19 e 20—, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) deve elevar a taxa básica Selic em 0,50 ponto percentual, para 14,75% ao ano. Como reflexo, o crédito fica mais caro e o consumo diminui, ajudando a controlar a inflação. O efeito negativo é sentido por quem precisa tomar um empréstimo, que terá prestações mais caras. Apesar do esforço do BC, a inflação ainda deve estar em dois dígitos no Carnaval. Viajar ficará mais caro e vai exigir mais planejamento, e o consumidor terá que tomar cuidado adicional para não extrapolar os gastos, principalmente considerando que os principais artigos da folia também estarão mais salgados. Passar o Carnaval em casa pode ser uma opção. Blocos de rua gratuitos podem garantir animação sem prejudicar as finanças. Se levar bebida e comida de casa, o bolso agradece mais ainda. Outra preocupação deve ser manter um colchão de emergência, porque o desemprego baterá à porta de mais famílias no primeiro trimestre, segundo a projeção de especialistas. Essa reserva financeira deve ser de seis a oito meses da renda familiar, para garantir tranquilidade até que o trabalhador encontre nova fonte de renda. Só não é recomendado colocar todo o dinheiro na poupança: depois de perder para a inflação em 2015, a caderneta deve ter novo ano sem ganho real. O investidor encontra, na renda fixa, alternativas tão seguras quanto a poupança e com rentabilidade maior. O Tesouro Direto é uma delas e tem aplicação mínima de R$ 30. O mais indicado para 2016 é o Tesouro Selic, que segue a variação da taxa básica de juros. A liquidez é diária e, mesmo com a incidência de Imposto de Renda, o ganho é maior que o da caderneta. Há boas opções também em CDBs (Certificados de Depósitos Bancários), principalmente de instituições menores, que oferecem rentabilidade maior para atrair o investidor. A aplicação é assegurada até R$ 250 mil pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos) por CPF e por entidade. Assim como os títulos públicos, são tributados conforme tabela regressiva que começa com alíquotas em 22,5% —até 180 dias— que vão caindo gradativamente até alcançar 15% para aplicações acima de 720 dias. Ainda sobre Imposto de Renda, a medida provisória 694, se aprovada, prevê algumas mudanças importantes na tributação de investimentos. As letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA), hoje isentas, passariam a ter incidência de IR. Pela proposta, a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) terá alíquotas entre 10% e 17,5% também de acordo com o prazo. Para papéis do agronegócio (LCAs, CDAs, WAs, CDCAs, CRAs e CPRs), haverá alíquota única de 10%, sendo de 5% para títulos emitidos em 2016. Aplicações atreladas ao CDI (juros de empréstimos entre instituições financeiras) ou à Selic teriam alíquota mais salgada que outras —de 22,5%, independentemente do prazo. Quem pensa em comprar um imóvel como investimento deve pensar duas vezes. A situação será bem diferente da vista nos anos de 2009 e 2010, quando a valorização anual chegava a 20%. A crise fará com que os preços subam próximos à inflação. Mas quem estiver pensando em adquirir a casa própria tem boa chance de conseguir uma barganha, aproveitando que muitos proprietários podem precisar vender os imóveis para se capitalizar. Arrume um tempo para organizar as férias. A dica é planejar a viagem familiar, principalmente se for para o exterior. Fuja do cartão de crédito, que tem IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 6,38% —o mesmo do pré-pago, mas com o risco de oscilação cambial que pode elevar o valor da fatura no fechamento. Além disso, sempre vale a pena levar uma parte do dinheiro em espécie, aproveitando que o IOF cobrado é bem menor: 0,38%. O consumidor deve lembrar também que o cartão de crédito tem a maior taxa de juros no mercado. Então, evite atrasar o pagamento ou parcelar a conta, sob o risco de ver os valores saltarem. Com as crises política e econômica de 2015, a moeda americana acumulou valorização de 49% no ano passado, fazendo com que os fundos cambiais liderassem ranking de investimentos acompanhado pela Folha. Para este ano, as perspectivas continuam não sendo nada positivas para o dólar. De acordo com a pesquisa Focus, feita pelo BC com economistas, a moeda americana deve encerrar 2016 na casa de R$ 4,20 —no ano passado, fechou no patamar de R$ 3,95. Depois de acumular quedas nos últimos três anos, a Bolsa deve continuar instável e sujeita ao desenrolar das crises econômica e política em 2016. Petrobras e Vale, duas das principais companhias da Bovespa, seguem com perspectivas negativas para este ano. Além da Operação Lava Jato, a petrolífera ainda tem que enfrentar a queda dos preços do petróleo —só em 2015, a commodity acumulou perda de cerca de 40%. Já a Vale tem que lidar ainda com os reflexos da tragédia em Mariana (MG) e com a desvalorização dos preços do minério de ferro —que passou de 38% em 2015. Quanto ao resto das empresas, sem perspectiva de crescimento do país, elas terão dificuldade em entregar bons resultados, afetando a cotação de suas ações. A dica, então, é garimpar boas pagadoras de dividendos ou companhias com receita em dólar, como exportadoras. Por outro lado, importadoras ou empresas com dívida dolarizada devem ser evitadas. Renegociação promete ser a palavra de 2016. Se tiver dívidas, converse com o credor e troque aquelas com juros maiores —como cartão de crédito e cheque especial— por empréstimo pessoal ou consignado, que têm taxas menores. Se a instituição financeira não estiver disposta a negociar, tente fazer a portabilidade da dívida —ou seja, migrá-la para outro banco. Evite também novas dívidas. Organize seu orçamento e faça um raio-x dos gastos. Desta forma, é possível cortar o que for supérfluo, como idas frequentes a restaurantes ou ao cinema, e economizar para períodos financeiros mais conturbados. Sem dívidas e com uma reserva de emergência, é possível planejar o uso do 13º salário. Essa renda extra deve ser reservada para gastos de início de ano, como IPVA (imposto de veículos) e IPTU (imóveis), e também para o Natal. Uma dica é começar a comprar os presentes com antecedência, o que permite adquirir itens mais baratos e barganhar preços. Vale também pegar esse dinheiro e aplicar, aproveitando as altas taxas de juros na renda fixa. Desta forma, é possível formar patrimônio mesmo em um ano adverso. Tire seus sonhos do papel. Anote os planos de curto, médio e longo prazos que você quer concretizar. Fica mais fácil guardar dinheiro para atingir esses objetivos. Inclua a aposentadoria nesses projetos. Vale aplicar a segunda parcela do 13º salário em um plano de previdência privada do tipo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), aproveitando benefício fiscal —abatimento de até 12% da renda bruta tributável na declaração anual de IR.
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Ex-ministro de Dilma vai ao Planalto fazer demandas ao governo Temer
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Exonerado há oito meses, desde o afastamento de Dilma Rousseff do Palácio do Planalto, o ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social Edinho Silva retornou nesta quarta-feira (25) à sede administrativa do governo federal. Hoje prefeito de Araraquara (SP), o petista participou de audiência com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, para pedir a entrega no município de equipamentos sociais, como creches, escolas e postos de saúde. Segundo Edinho, os equipamentos deveriam ter sido entregues junto com as 4,2 mil casas do programa Minha Casa, Minha Vida. "São problemas graves que a cidade enfrenta. As pessoas estão sem creche, sem posto de saúde, sem escola e sem área de lazer", disse, ressaltando que foi "muito bem recebido" pela Casa Civil. Em um contraste ao tempo em que era ministro, no qual chegava de carro pela garagem privativa, o prefeito entrou a pé pela portaria principal do Palácio do Planalto e teve de se identificar na entrada da Presidência da República. Perguntado, disse não estranhar a mudança. "É tranquilo, eu sou prefeito, e vim tratar de assuntos relacionados à cidade que eu governo. É normal", disse. O ex-braço direito de Dilma venceu em outubro a sua ex-mulher, Edna Martins (PSDB), e governa pela terceira vez o município no interior de São Paulo. No rastro da Operação Lava Jato, o petista que foi tesoureiro da campanha presidencial de 2014 foi citado por mais de um delator sob a acusação de ter pressionado empresários a fazer doações eleitorais. Ele nega todas as acusações.
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poder
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Ex-ministro de Dilma vai ao Planalto fazer demandas ao governo TemerExonerado há oito meses, desde o afastamento de Dilma Rousseff do Palácio do Planalto, o ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social Edinho Silva retornou nesta quarta-feira (25) à sede administrativa do governo federal. Hoje prefeito de Araraquara (SP), o petista participou de audiência com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, para pedir a entrega no município de equipamentos sociais, como creches, escolas e postos de saúde. Segundo Edinho, os equipamentos deveriam ter sido entregues junto com as 4,2 mil casas do programa Minha Casa, Minha Vida. "São problemas graves que a cidade enfrenta. As pessoas estão sem creche, sem posto de saúde, sem escola e sem área de lazer", disse, ressaltando que foi "muito bem recebido" pela Casa Civil. Em um contraste ao tempo em que era ministro, no qual chegava de carro pela garagem privativa, o prefeito entrou a pé pela portaria principal do Palácio do Planalto e teve de se identificar na entrada da Presidência da República. Perguntado, disse não estranhar a mudança. "É tranquilo, eu sou prefeito, e vim tratar de assuntos relacionados à cidade que eu governo. É normal", disse. O ex-braço direito de Dilma venceu em outubro a sua ex-mulher, Edna Martins (PSDB), e governa pela terceira vez o município no interior de São Paulo. No rastro da Operação Lava Jato, o petista que foi tesoureiro da campanha presidencial de 2014 foi citado por mais de um delator sob a acusação de ter pressionado empresários a fazer doações eleitorais. Ele nega todas as acusações.
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Leitores divergem sobre mal-estar diplomático entre Brasil e Israel
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É muito constrangedor observar a posição diplomática do governo de adiar por meses o credenciamento do embaixador de Israel no Brasil por motivos políticos regionais que pouco ou nada irão contribuir para o fortalecimento de um tratado de paz envolvendo israelenses e palestinos (Apesar de veto, Israel pressionará Brasil a aceitar embaixador ). Para o Brasil, que pretende ocupar um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU, a posição intransigente o afastará cada vez mais do dificílimo jogo diplomático internacional. HÉLIO PILNIK (Santos, SP) * Como cidadã brasileira, apoio o governo em não fornecer o "agrément" à nomeação de Dani Dayan como embaixador israelense no Brasil. Nosso país acolhe estrangeiros de várias nacionalidades e somos um país que tem como princípio o reconhecimento do direito da existência do outro, que é diferente de nós mesmos. Isso não significa antissemitismo, apenas coloca em evidência que não compartilhamos da ideia de assentamentos israelenses em terras palestinas. Nosso país não compactua com esse tipo de ingerência que gera conflitos intermináveis naquelas localidades. Qual seria o grau de ingerência desse cidadão em terras brasileiras? No quê o "possível" embaixador pode contribuir na área de direitos humanos no Brasil e no mundo com um currículo de intolerância ao diferente? ÂNGELA LUIZA S. BONACCI (Pindamonhangaba, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores divergem sobre mal-estar diplomático entre Brasil e IsraelÉ muito constrangedor observar a posição diplomática do governo de adiar por meses o credenciamento do embaixador de Israel no Brasil por motivos políticos regionais que pouco ou nada irão contribuir para o fortalecimento de um tratado de paz envolvendo israelenses e palestinos (Apesar de veto, Israel pressionará Brasil a aceitar embaixador ). Para o Brasil, que pretende ocupar um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU, a posição intransigente o afastará cada vez mais do dificílimo jogo diplomático internacional. HÉLIO PILNIK (Santos, SP) * Como cidadã brasileira, apoio o governo em não fornecer o "agrément" à nomeação de Dani Dayan como embaixador israelense no Brasil. Nosso país acolhe estrangeiros de várias nacionalidades e somos um país que tem como princípio o reconhecimento do direito da existência do outro, que é diferente de nós mesmos. Isso não significa antissemitismo, apenas coloca em evidência que não compartilhamos da ideia de assentamentos israelenses em terras palestinas. Nosso país não compactua com esse tipo de ingerência que gera conflitos intermináveis naquelas localidades. Qual seria o grau de ingerência desse cidadão em terras brasileiras? No quê o "possível" embaixador pode contribuir na área de direitos humanos no Brasil e no mundo com um currículo de intolerância ao diferente? ÂNGELA LUIZA S. BONACCI (Pindamonhangaba, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Região central de São Paulo tem tempestade de gelo
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Uma inesperada tempestade de granizo caiu na tarde desta terça-feira (29) na região central de São Paulo. Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da Prefeitura de São Paulo, trata-se de fenômeno limitado principalmente ao centro de São Paulo. Não há informações sobre alagamentos. Foram registrados chuvas de granizo na praça da Árvore, na praça da República, praça da Sé, Santa Cecília, Consolação e Barra Funda. O granizo se forma quando a água que evapora da terra chega às nuvens e encontra temperaturas muito baixas –então, vira gelo. Mais pesado do que a nuvem, cai em formato de pedra de gelo. ALAGAMENTOS Segundo o CGE, chegaram a ficar em atenção para alagamentos as regiões de Itaquera, Ermelino Matarazzo, Mooca, Penha, Aricanduva (todas na zona leste), Vila Maria (zona norte), centro e marginal Tietê. Em todas, o estado de atenção acabou às 16h54.
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cotidiano
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Região central de São Paulo tem tempestade de geloUma inesperada tempestade de granizo caiu na tarde desta terça-feira (29) na região central de São Paulo. Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da Prefeitura de São Paulo, trata-se de fenômeno limitado principalmente ao centro de São Paulo. Não há informações sobre alagamentos. Foram registrados chuvas de granizo na praça da Árvore, na praça da República, praça da Sé, Santa Cecília, Consolação e Barra Funda. O granizo se forma quando a água que evapora da terra chega às nuvens e encontra temperaturas muito baixas –então, vira gelo. Mais pesado do que a nuvem, cai em formato de pedra de gelo. ALAGAMENTOS Segundo o CGE, chegaram a ficar em atenção para alagamentos as regiões de Itaquera, Ermelino Matarazzo, Mooca, Penha, Aricanduva (todas na zona leste), Vila Maria (zona norte), centro e marginal Tietê. Em todas, o estado de atenção acabou às 16h54.
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Monogamia
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A monogamia representa interferência do Estado nas possíveis formas de associação afetiva. O mercado de casamentos desregulado produz poligamia. Aplica-se a lógica dos demais mercados: aqueles que ganham mais adquirem maior quantidade. As sociedades poligâmicas convivem com fortíssima tensão social: parte considerável da população masculina, os homens pobres, passará a vida sem se relacionar com mulheres. Entende-se por que em sociedades poligâmicas há tanto controle social para que homens e mulheres não interajam e que as mulheres só ocupem espaço público de forma passageira e totalmente cobertas. Veja o estudo de 2012 publicado no Philosophical Transaction of the Royal Society, volume 367, páginas 657-669 "The puzzle of monogamous marriage" (http://rstb.royalsocietypublishing.org/content/royptb/367/1589/657.full.pdf). A monogamia representa, portanto, forte interferência do Estado no mercado. Como toda interferência, tem efeitos colaterais, que contornam a regulação: amantes e prostituição. Há dois caminhos possíveis. As sociedades podem avançar na regulação, proibindo-os, ou aceitá-los, como efeito colateral, e parar por aí. A interferência nos mercados representada pela monogamia funciona, pois apresenta custo de transação baixo. Os arranjos poligâmicos são facilmente identificados. Já a proibição da prostituição e de amantes apresenta custo de transação bem maior. Uma forma extrema de monogamia é a vedação ao divórcio. A experiência sugere que ela é ruim e que a monogamia sucessiva, ou monogamia ao longo do tempo, representa arranjo superior. É comum desejarmos regular outros mercados. De fato, a regra pela qual quem tem mais pode mais é muito injusta. Por exemplo, o regime chavista da Venezuela, em razão das dificuldades do país, fruto da queda do petróleo, regulou o mercado de bens de primeira necessidade. O motivo é tentar garantir aos mais necessitados o acesso a alimentos. A dificuldade é que esse tipo de regulação tem muitos efeitos colaterais: o controle de preços reduz o incentivo aos produtores, e o controle de quantidade sobre os consumidores produz mercado paralelo muito ineficiente. A impressão que se tem é que, no final das contas, os pobres estão ainda piores do que se não houvesse a regulação. De fato, esse tipo de regulação somente funciona em sociedades em guerra que possam punir exemplarmente o desvio -em geral com julgamentos sumários e pena de morte- e que aceitem com muita facilidade o erro jurídico, isto é, matar um inocente. É a forma de compensar os elevadíssimos custos de transação dessa regulação. Há no Congresso Nacional agenda legislativa de regular novos arranjos familiares. Regulam arranjos de pessoas do mesmo sexo e arranjos mais variados, envolvendo mais do que duas pessoas, o poliamor. Minha formação de professor de economia ortodoxo, meio intelectual, meio conservador, sugere que as alterações que faremos na legislação deveriam manter o princípio da monogamia sucessiva, permitindo o divórcio, independentemente da composição de gênero do casal, mas não recepcionar em lei os arranjos mais heterodoxos do poliamor.
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colunas
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MonogamiaA monogamia representa interferência do Estado nas possíveis formas de associação afetiva. O mercado de casamentos desregulado produz poligamia. Aplica-se a lógica dos demais mercados: aqueles que ganham mais adquirem maior quantidade. As sociedades poligâmicas convivem com fortíssima tensão social: parte considerável da população masculina, os homens pobres, passará a vida sem se relacionar com mulheres. Entende-se por que em sociedades poligâmicas há tanto controle social para que homens e mulheres não interajam e que as mulheres só ocupem espaço público de forma passageira e totalmente cobertas. Veja o estudo de 2012 publicado no Philosophical Transaction of the Royal Society, volume 367, páginas 657-669 "The puzzle of monogamous marriage" (http://rstb.royalsocietypublishing.org/content/royptb/367/1589/657.full.pdf). A monogamia representa, portanto, forte interferência do Estado no mercado. Como toda interferência, tem efeitos colaterais, que contornam a regulação: amantes e prostituição. Há dois caminhos possíveis. As sociedades podem avançar na regulação, proibindo-os, ou aceitá-los, como efeito colateral, e parar por aí. A interferência nos mercados representada pela monogamia funciona, pois apresenta custo de transação baixo. Os arranjos poligâmicos são facilmente identificados. Já a proibição da prostituição e de amantes apresenta custo de transação bem maior. Uma forma extrema de monogamia é a vedação ao divórcio. A experiência sugere que ela é ruim e que a monogamia sucessiva, ou monogamia ao longo do tempo, representa arranjo superior. É comum desejarmos regular outros mercados. De fato, a regra pela qual quem tem mais pode mais é muito injusta. Por exemplo, o regime chavista da Venezuela, em razão das dificuldades do país, fruto da queda do petróleo, regulou o mercado de bens de primeira necessidade. O motivo é tentar garantir aos mais necessitados o acesso a alimentos. A dificuldade é que esse tipo de regulação tem muitos efeitos colaterais: o controle de preços reduz o incentivo aos produtores, e o controle de quantidade sobre os consumidores produz mercado paralelo muito ineficiente. A impressão que se tem é que, no final das contas, os pobres estão ainda piores do que se não houvesse a regulação. De fato, esse tipo de regulação somente funciona em sociedades em guerra que possam punir exemplarmente o desvio -em geral com julgamentos sumários e pena de morte- e que aceitem com muita facilidade o erro jurídico, isto é, matar um inocente. É a forma de compensar os elevadíssimos custos de transação dessa regulação. Há no Congresso Nacional agenda legislativa de regular novos arranjos familiares. Regulam arranjos de pessoas do mesmo sexo e arranjos mais variados, envolvendo mais do que duas pessoas, o poliamor. Minha formação de professor de economia ortodoxo, meio intelectual, meio conservador, sugere que as alterações que faremos na legislação deveriam manter o princípio da monogamia sucessiva, permitindo o divórcio, independentemente da composição de gênero do casal, mas não recepcionar em lei os arranjos mais heterodoxos do poliamor.
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Curitiba reforça sua veia gastronômica
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Empresários presos na operação Lava Jato levados a Curitiba em geral não escapam das marmitas. Mas quem chega à cidade sem custódia judicial deve sucumbir ao crime da gula. É que a gastronomia tem atraído cada vez mais visitantes e se tornado um dos principais atributos locais. Dois nomes que têm ganhado destaque nacional montaram por lá os seus negócios: a chef Manu Buffara, que estagiou em casas como o dinamarquês Noma (eleito melhor restaurante do mundo por duas vezes) e o barista carioca Léo Moço. No Manu, a aposta é em uma cozinha brasileira de vanguarda, servida apenas em menus-degustação; no Barista Coffee Bar, cafés garimpados pelo país são tirados sem frescura. A cena etílica também é vibrante –Curitiba é um polo da chamada "revolução cervejeira", de valorização do trabalho artesanal. São da região metropolitana marcas celebradas como Way, Dum, Bodebrown e F#%*ing Beer. Mas também há espaço para a tradição. Das receitas com pinhão e do quentão (em Curitiba feito com vinho) servidos nas feiras livres à fartura do cardápio dos imigrantes que fez a fama do bairro Santa Felicidade. É por ali que estão casas como a cantina Madalosso, conhecida por seus 5.000 lugares. Em mais de 50 anos, o frango com polenta segue sendo campeão de pedidos. A rua Itupava é outro centro gastronômico curitibano, com locais como o Bella Banoffi, famoso pelas tortas que dão nome à casa –de origem europeia, elas levam banana e doce de leite. Mais um prato típico que vale conhecer é a "carne de onça" da Mercearia Fantinato: uma mistura de carne moída crua, temperos e azeite, finalizada na mesa do cliente. O bairro Batel ainda concentra uma feirinha famosa pelos "pierogi" (tipo de pastel assado polonês) e novidades como uma filial do Hard Rock Café, aberta em maio. ENTREPARQUES Além da comida, outra atração curitibana indelével são os parques e praças. Um deles é o bosque João Paulo 2º, projetado pelo paisagista Burle Marx, aos fundos do Centro Cívico. A saída dele pode ser feita a pé ou de bicicleta, para um passeio que se abre para uma rota entreparques. O roteiro pode levar ao parque São Lourenço, às belezas da ópera de Arame (teatro que é símbolo da cidade), no parque das Pedreiras Paulo Leminski, e à "dupla" Tingui e Tanguá –neste último, especialmente belo, há um mirante e uma queda-d'água. Se o domingo tiver tempo firme, reserve a manhã para mergulhar em uma Babel cultural na feira do Largo da Ordem, no centro histórico. São oito quadras e mais de mil barracas com os mais diversos produtos, com artesanato e comidinhas. Vale explorar ainda a profusão de arquiteturas na região –por ali fica a mesquita Imam Ali ibn Abi Talib, inconfundível pela beleza de sua cúpula central e seus dois minaretes. * Consulte a programação das feiras livres em Curitiba: curitiba.pr.gov.br/conteudo/feiras-programa-feiras-livres-noturnas/259 Restaurante Madalosso Onde av. Manoel Ribas, 5.875 Mercearia Fantinato, 2553, Bom Retiro Bosque do Papa Onde r. Mateus Leme com Rua Vieira Santos Parque Tingui Onde s/n, São João, Pilarzinho Parque Tanguá Onde r. Eugênio Flor, s/nº, Pilarzinho Ópera de Arame e Pedreira Paulo Leminski Onde r. João Gava, 970, Abranches Parque São Lourenço Onde r. Mateus Leme, 4700, São Lourenço Bar e Restaurante Tartaruga Onde r. Itupava, 828, Alto da XV Bella Banoffi Onde r. Itupava, 1091, Alto da XV Mercado Municipal de Curitiba Onde av. Sete de Setembro, 1865, Segunda das 7h às 14h, terça à sábado das 7 às 18h e domingo das 7h às 13h Feira do Largo da Ordem Onde lgo. da Ordem, São Francisco, domingo das 9h às 14 h Mesquita Iman Ali ibn Abi Talib Onde r. Dr. Kellers, 383, São Francisco Feira de inverno (de 19 de junho a 18 de julho) Onde praça Osório segunda a sábado, das 10h às 21 horas, domingos, das 14h às 19 horas
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turismo
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Curitiba reforça sua veia gastronômicaEmpresários presos na operação Lava Jato levados a Curitiba em geral não escapam das marmitas. Mas quem chega à cidade sem custódia judicial deve sucumbir ao crime da gula. É que a gastronomia tem atraído cada vez mais visitantes e se tornado um dos principais atributos locais. Dois nomes que têm ganhado destaque nacional montaram por lá os seus negócios: a chef Manu Buffara, que estagiou em casas como o dinamarquês Noma (eleito melhor restaurante do mundo por duas vezes) e o barista carioca Léo Moço. No Manu, a aposta é em uma cozinha brasileira de vanguarda, servida apenas em menus-degustação; no Barista Coffee Bar, cafés garimpados pelo país são tirados sem frescura. A cena etílica também é vibrante –Curitiba é um polo da chamada "revolução cervejeira", de valorização do trabalho artesanal. São da região metropolitana marcas celebradas como Way, Dum, Bodebrown e F#%*ing Beer. Mas também há espaço para a tradição. Das receitas com pinhão e do quentão (em Curitiba feito com vinho) servidos nas feiras livres à fartura do cardápio dos imigrantes que fez a fama do bairro Santa Felicidade. É por ali que estão casas como a cantina Madalosso, conhecida por seus 5.000 lugares. Em mais de 50 anos, o frango com polenta segue sendo campeão de pedidos. A rua Itupava é outro centro gastronômico curitibano, com locais como o Bella Banoffi, famoso pelas tortas que dão nome à casa –de origem europeia, elas levam banana e doce de leite. Mais um prato típico que vale conhecer é a "carne de onça" da Mercearia Fantinato: uma mistura de carne moída crua, temperos e azeite, finalizada na mesa do cliente. O bairro Batel ainda concentra uma feirinha famosa pelos "pierogi" (tipo de pastel assado polonês) e novidades como uma filial do Hard Rock Café, aberta em maio. ENTREPARQUES Além da comida, outra atração curitibana indelével são os parques e praças. Um deles é o bosque João Paulo 2º, projetado pelo paisagista Burle Marx, aos fundos do Centro Cívico. A saída dele pode ser feita a pé ou de bicicleta, para um passeio que se abre para uma rota entreparques. O roteiro pode levar ao parque São Lourenço, às belezas da ópera de Arame (teatro que é símbolo da cidade), no parque das Pedreiras Paulo Leminski, e à "dupla" Tingui e Tanguá –neste último, especialmente belo, há um mirante e uma queda-d'água. Se o domingo tiver tempo firme, reserve a manhã para mergulhar em uma Babel cultural na feira do Largo da Ordem, no centro histórico. São oito quadras e mais de mil barracas com os mais diversos produtos, com artesanato e comidinhas. Vale explorar ainda a profusão de arquiteturas na região –por ali fica a mesquita Imam Ali ibn Abi Talib, inconfundível pela beleza de sua cúpula central e seus dois minaretes. * Consulte a programação das feiras livres em Curitiba: curitiba.pr.gov.br/conteudo/feiras-programa-feiras-livres-noturnas/259 Restaurante Madalosso Onde av. Manoel Ribas, 5.875 Mercearia Fantinato, 2553, Bom Retiro Bosque do Papa Onde r. Mateus Leme com Rua Vieira Santos Parque Tingui Onde s/n, São João, Pilarzinho Parque Tanguá Onde r. Eugênio Flor, s/nº, Pilarzinho Ópera de Arame e Pedreira Paulo Leminski Onde r. João Gava, 970, Abranches Parque São Lourenço Onde r. Mateus Leme, 4700, São Lourenço Bar e Restaurante Tartaruga Onde r. Itupava, 828, Alto da XV Bella Banoffi Onde r. Itupava, 1091, Alto da XV Mercado Municipal de Curitiba Onde av. Sete de Setembro, 1865, Segunda das 7h às 14h, terça à sábado das 7 às 18h e domingo das 7h às 13h Feira do Largo da Ordem Onde lgo. da Ordem, São Francisco, domingo das 9h às 14 h Mesquita Iman Ali ibn Abi Talib Onde r. Dr. Kellers, 383, São Francisco Feira de inverno (de 19 de junho a 18 de julho) Onde praça Osório segunda a sábado, das 10h às 21 horas, domingos, das 14h às 19 horas
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Confira 11 endereços em São Paulo onde provar culinárias de diferentes países
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DANIELLE NAGASE DE SÃO PAULO São Paulo reúne uma diversidade de casas de culinária típica —tem representante libanês, africano, chinês, grego, coreano. A pluralidade impressiona e faz jus à fama que a cidade carrega de ser o polo gastronômico do país. Afinal de contas, como cantou Caetano Veloso, "São Paulo é como o mundo todo". * México La Central Dentro do icônico edifício Copan (o maior edifício residencial da América Latina), oferece receitas verdadeiramente mexicanas —esqueça o popular tex-mex. Compartilhe uma porção de guacamole e complemente a refeição com o fideos al mar, cabelinho-de-anjo, tomate, lula, polvo, camarão e alho-poró. Av. Ipiranga, 200, República, região central, tel. 3214-5360. Seg. a sex.: 12h às 15h30 e 19h às 24h. Sáb.: 12h às 24h. Dom.: 12h às 17h30. * Colômbia Sabores de Mi Tierra Num gostoso clima de improviso —mesinhas foram distribuídas onde seria a garagem do sobrado—, oferece quitutes tipicamente colombianos. A arepa, massa de milho branco assada, pode vir recheada com costela bovina desfiada. Já o patacone, disco frito de banana-da-terra, é coberto por pancetta e guacamole. R. Lisboa, 971, Cerqueira César, região oeste, tel. 3083-3114. Ter. a sex.: 19h às 23h. Sáb.: 14h às 23h. Dom.: 13h às 16h30. * Peru Rinconcito Peruano Tome nota do endereço: quem passa em frente à portinha do 451 da rua Aurora nem desconfia que o local abriga um autêntico restaurante peruano. A clientela, que não liga para a simplicidade do salão, vai em busca do ceviche e do arroz chaufa, com carne, frango, camarão e tirinhas de omelete. É bom e barato. R. Aurora, 451, Santa Efigênia, região central, tel. 3361-2400. Seg.: 12h às 17h. Ter. a sáb.: 12h às 22h. Dom. e feriado.: 12h às 21h. * Camarões Biyou'z Vá sem medo: ao contrário de outras casas africanas no entorno, no Biyou'z, brasileiros são muito bem-vindos (o cardápio, inclusive, está traduzido para o português). Aponte sua escolha na carta se não souber pronunciar o nome do prato. O "attieke" combina cuscuz de mandioca, peixe frito, vinagrete, refogado de tomate e ovo cozido. Al. Barão de Limeira, 19, Santa Efigênia, tel. 3221-6806. Seg. a dom.: 12h às 22h. * Grécia Acrópoles Coma e libere a mesa, como a fila é grande, quem fica enrolando pode ser convidado a se apressar. A casa de cozinha grega opera sem formalidades: o cliente vai até a cozinha envidraçada para escolher o prato que vai comer. Entre as opções, a mousaka (fatias de berinjelas entremeadas com batatas e carne moída) está entre as mais pedidas. R. da Graça, 364, Bom Retiro, tel. 3223-4386. Seg. a dom.: 7h às 20h. * Bulgária Casa Búlgara A bureka é a estrela da casa tocada por Lina Levi e Shoshana Baruch, mãe e filha de uma família búlgara. Típico do Leste Europeu, o salgado lembra uma rosquinha de massa folhada com diferentes recheios —prove a de queijo búlgaro. Para adoçar, strudel de maçã com nozes. R. Silva Pinto, 356, Bom Retiro, região central, tel. 3222-9849. Seg. a sex.: 9h15 às 18h. Sáb.: 9h30 às 14h. * Síria Talal Culinária Síria Quando chegou ao Brasil em 2013, Talal Al-Tinawi, refugiado sírio, trouxe debaixo do braço o caderno de receitas de sua f-amília —e agora, reproduz esses pratos no restaurante. O cardápio lista opções à la carte, mas a melhor opção é o bufê, que aos domingos inclui churrasco de cordeiro, esfirras e quibe. R. das Margaridas, 59, Jardim das Acácias, região sul, tel. 3360-2595. Ter. a dom.: 9h às 22h. * Líbano Monte Líbano Quem for às compras na 25 de Março pode emendar um programa gastronômico. Sob a batuta da família Maatouk, o restaurante oferece estandartes da cozinha libanesa. Para provar um pouco de tudo, aposte no rodízio, que inclui esfirras, quibe cru, tabule, pastas, charutos, arroz de lentilhas e outros quitutes típicos. R. Cav. Basílio Jafet, 38, 1º andar, Centro, região central, tel. 3326-3544. Seg. a sex.: 11h às 15h30. * Índia Samosa & Company O segredo da cozinha indiana de Deepali Bavaskar fica escondido numa caixinha de- metal —é ali que ela acomoda as especiarias que temperam sua comida. As samosas (pastéis típicos de batata, ervilha, caju e uva passa) abrem alas para o roghan josh, "o mais pedido", um cozido de cabrito ao molho de iogurte, cravo, cardamomo e canela. R. Pe. Machado, 137, Bosque da Saúde, região sul, tel. 4301-7001. Ter. a dom.: 12h às 15h e 19h às 22h30. * China Rong He O cardápio reserva uma seção inteira ao macarrão, que é preparado à vista dos clientes: atrás de um balcão envidraçado, o cozinheiro estica, puxa e corta a massa até transformá-la em espaguete. Quem é fã de picância pode experimentar a versão com frutos do mar e porco. R. da Glória, 622A, Liberdade, região central, tel. 3275-1986. Seg. a sex.: 11h30 às 15h e 18h às 22h30. Sáb. e dom.: 11h30 às 22h30. * Coreia do Sul Komah No térreo de sobrado na Barra Funda (próximo aos trilhos do trem), o chef Paulo Shin dá nova roupagem às receitas coreanas de sua mãe. Destaque para a versão de steak tartare, com pera e gema curada, e para o arroz salteado com kimchi e pimenta vermelha, guarnecido de omelete cremoso. R. Con. Vicente Miguel Marino, 378, Barra Funda, região central, tel. 3569-7956. Seg. a sáb.: 18h30 às 23h30.
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especial
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Confira 11 endereços em São Paulo onde provar culinárias de diferentes paísesDANIELLE NAGASE DE SÃO PAULO São Paulo reúne uma diversidade de casas de culinária típica —tem representante libanês, africano, chinês, grego, coreano. A pluralidade impressiona e faz jus à fama que a cidade carrega de ser o polo gastronômico do país. Afinal de contas, como cantou Caetano Veloso, "São Paulo é como o mundo todo". * México La Central Dentro do icônico edifício Copan (o maior edifício residencial da América Latina), oferece receitas verdadeiramente mexicanas —esqueça o popular tex-mex. Compartilhe uma porção de guacamole e complemente a refeição com o fideos al mar, cabelinho-de-anjo, tomate, lula, polvo, camarão e alho-poró. Av. Ipiranga, 200, República, região central, tel. 3214-5360. Seg. a sex.: 12h às 15h30 e 19h às 24h. Sáb.: 12h às 24h. Dom.: 12h às 17h30. * Colômbia Sabores de Mi Tierra Num gostoso clima de improviso —mesinhas foram distribuídas onde seria a garagem do sobrado—, oferece quitutes tipicamente colombianos. A arepa, massa de milho branco assada, pode vir recheada com costela bovina desfiada. Já o patacone, disco frito de banana-da-terra, é coberto por pancetta e guacamole. R. Lisboa, 971, Cerqueira César, região oeste, tel. 3083-3114. Ter. a sex.: 19h às 23h. Sáb.: 14h às 23h. Dom.: 13h às 16h30. * Peru Rinconcito Peruano Tome nota do endereço: quem passa em frente à portinha do 451 da rua Aurora nem desconfia que o local abriga um autêntico restaurante peruano. A clientela, que não liga para a simplicidade do salão, vai em busca do ceviche e do arroz chaufa, com carne, frango, camarão e tirinhas de omelete. É bom e barato. R. Aurora, 451, Santa Efigênia, região central, tel. 3361-2400. Seg.: 12h às 17h. Ter. a sáb.: 12h às 22h. Dom. e feriado.: 12h às 21h. * Camarões Biyou'z Vá sem medo: ao contrário de outras casas africanas no entorno, no Biyou'z, brasileiros são muito bem-vindos (o cardápio, inclusive, está traduzido para o português). Aponte sua escolha na carta se não souber pronunciar o nome do prato. O "attieke" combina cuscuz de mandioca, peixe frito, vinagrete, refogado de tomate e ovo cozido. Al. Barão de Limeira, 19, Santa Efigênia, tel. 3221-6806. Seg. a dom.: 12h às 22h. * Grécia Acrópoles Coma e libere a mesa, como a fila é grande, quem fica enrolando pode ser convidado a se apressar. A casa de cozinha grega opera sem formalidades: o cliente vai até a cozinha envidraçada para escolher o prato que vai comer. Entre as opções, a mousaka (fatias de berinjelas entremeadas com batatas e carne moída) está entre as mais pedidas. R. da Graça, 364, Bom Retiro, tel. 3223-4386. Seg. a dom.: 7h às 20h. * Bulgária Casa Búlgara A bureka é a estrela da casa tocada por Lina Levi e Shoshana Baruch, mãe e filha de uma família búlgara. Típico do Leste Europeu, o salgado lembra uma rosquinha de massa folhada com diferentes recheios —prove a de queijo búlgaro. Para adoçar, strudel de maçã com nozes. R. Silva Pinto, 356, Bom Retiro, região central, tel. 3222-9849. Seg. a sex.: 9h15 às 18h. Sáb.: 9h30 às 14h. * Síria Talal Culinária Síria Quando chegou ao Brasil em 2013, Talal Al-Tinawi, refugiado sírio, trouxe debaixo do braço o caderno de receitas de sua f-amília —e agora, reproduz esses pratos no restaurante. O cardápio lista opções à la carte, mas a melhor opção é o bufê, que aos domingos inclui churrasco de cordeiro, esfirras e quibe. R. das Margaridas, 59, Jardim das Acácias, região sul, tel. 3360-2595. Ter. a dom.: 9h às 22h. * Líbano Monte Líbano Quem for às compras na 25 de Março pode emendar um programa gastronômico. Sob a batuta da família Maatouk, o restaurante oferece estandartes da cozinha libanesa. Para provar um pouco de tudo, aposte no rodízio, que inclui esfirras, quibe cru, tabule, pastas, charutos, arroz de lentilhas e outros quitutes típicos. R. Cav. Basílio Jafet, 38, 1º andar, Centro, região central, tel. 3326-3544. Seg. a sex.: 11h às 15h30. * Índia Samosa & Company O segredo da cozinha indiana de Deepali Bavaskar fica escondido numa caixinha de- metal —é ali que ela acomoda as especiarias que temperam sua comida. As samosas (pastéis típicos de batata, ervilha, caju e uva passa) abrem alas para o roghan josh, "o mais pedido", um cozido de cabrito ao molho de iogurte, cravo, cardamomo e canela. R. Pe. Machado, 137, Bosque da Saúde, região sul, tel. 4301-7001. Ter. a dom.: 12h às 15h e 19h às 22h30. * China Rong He O cardápio reserva uma seção inteira ao macarrão, que é preparado à vista dos clientes: atrás de um balcão envidraçado, o cozinheiro estica, puxa e corta a massa até transformá-la em espaguete. Quem é fã de picância pode experimentar a versão com frutos do mar e porco. R. da Glória, 622A, Liberdade, região central, tel. 3275-1986. Seg. a sex.: 11h30 às 15h e 18h às 22h30. Sáb. e dom.: 11h30 às 22h30. * Coreia do Sul Komah No térreo de sobrado na Barra Funda (próximo aos trilhos do trem), o chef Paulo Shin dá nova roupagem às receitas coreanas de sua mãe. Destaque para a versão de steak tartare, com pera e gema curada, e para o arroz salteado com kimchi e pimenta vermelha, guarnecido de omelete cremoso. R. Con. Vicente Miguel Marino, 378, Barra Funda, região central, tel. 3569-7956. Seg. a sáb.: 18h30 às 23h30.
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Curador do Metropolitan morre em acidente de trem em Nova York
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Walter Liedtke, curador especializado em arte flamenga e holandesa do museu Metropolitan, em Nova York, morreu nesta terça (3) num acidente de trem no norte do Estado de Nova York. Ele tinha 69 anos e estava havia 30 anos no Met, onde foi responsável pela publicação de uma série de catálogos e estudos que se tornaram referência sobre os mestres da arte holandesa. Liedtke também esteve à frente de mostras históricas dedicadas a pintores holandeses como Johannes Vermeer e Rembrandt. "Estamos todos chocados com a notícia e temos toda a sua família, em especial sua mulher Nancy, em nossos pensamentos", escreveu Thomas Campbell, presidente do Met, num e-mail enviado a funcionários do museu.
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Curador do Metropolitan morre em acidente de trem em Nova YorkWalter Liedtke, curador especializado em arte flamenga e holandesa do museu Metropolitan, em Nova York, morreu nesta terça (3) num acidente de trem no norte do Estado de Nova York. Ele tinha 69 anos e estava havia 30 anos no Met, onde foi responsável pela publicação de uma série de catálogos e estudos que se tornaram referência sobre os mestres da arte holandesa. Liedtke também esteve à frente de mostras históricas dedicadas a pintores holandeses como Johannes Vermeer e Rembrandt. "Estamos todos chocados com a notícia e temos toda a sua família, em especial sua mulher Nancy, em nossos pensamentos", escreveu Thomas Campbell, presidente do Met, num e-mail enviado a funcionários do museu.
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Discordo de Cony sobre ciência de Dilma, diz leitor
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Quando o colunista Carlos Heitor Cony (Impeachment), com toda experiência de vida e conhecimento, afirma em seu artigo " sinceramente acho que a Presidente Dilma não sabia do desvio da Petrobras", discordo plenamente. Com toda a sabedoria e capacidade administrativa que julga possuir, nunca indagou na campanha de sua reeleição de onde vinha tanto dinheiro? * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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paineldoleitor
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Discordo de Cony sobre ciência de Dilma, diz leitorQuando o colunista Carlos Heitor Cony (Impeachment), com toda experiência de vida e conhecimento, afirma em seu artigo " sinceramente acho que a Presidente Dilma não sabia do desvio da Petrobras", discordo plenamente. Com toda a sabedoria e capacidade administrativa que julga possuir, nunca indagou na campanha de sua reeleição de onde vinha tanto dinheiro? * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Obras da Rio-2016 são embargadas por falta de segurança
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DO RIO A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Rio de Janeiro, vinculada ao Ministério do Trabalho, embargou e interditou a obra da Torre de TV do Parque Olímpico da Rio-2016 e partes da Vila Olímpica. O principal motivo foi a falta de segurança para os trabalhadores. Desde 2013, onze operários já morreram em obras ligadas aos Jogos Olímpicos, segundo a Superintendência. Doze fiscais do trabalho participaram da ação, que foi batizada de "Operação Aquecimento". Eles verificaram formalização dos contratos de trabalho, controle de jornada, pagamento de salário e descanso, além do cumprimento de normas de segurança e saúde do Ministério do Trabalho. Os auditores-fiscais do Trabalho constataram, na última quarta (4), na Torre de TV, "locais com risco de queda de trabalhadores ou projeção de materiais, sem proteção coletiva" e vãos de acesso aos poços de elevadores desprotegidos. Também foi apontada falta de proteção provisória contra queda de altura na periferia das lajes, desrespeitando norma do Ministério do Trabalho e Previdência Social. Na Vila Olímpica, escavações foram interditadas na última quinta (5). Segundo o Ministério, as escavações estavam sendo realizadas sem projeto específico, sem sinalização e isolamento adequados. Segundo o Ministério, a interdição da escavação foi descumprida. "Esse desrespeito ao embargo, devidamente encaminhado ao Ministério Público do Trabalho, demonstra o descompromisso da empresa e da própria Prefeitura em cumprir com as obrigações legais que têm o objetivo de garantir a segurança e a saúde do trabalhador", afirma Robson Leite, Superintendente Regional do Ministério do Trabalho e Emprego no Rio. Foram fiscalizados 35 empregadores e em outras empresas, como as dos setores de alimentação e vigilância. A Superintendência encontrou trabalhadores sem formalização de vínculo empregatício, recebendo por diárias e sem controle efetivo de jornada de trabalho. Constatou também que a jornada de algumas empresas era fraudada, com a pré-marcação dos dias trabalhados. OUTRO LADO O comitê organizador afirmou que cumpriu todas as determinações do Ministério do Trabalho e que a obra da torre de TV segue com o cronograma inalterado. A Fundação Geo-Rio (Instituto de Geotécnica), que fiscaliza a execução das áreas comuns da Vila Olímpica, afirmou que já orientou a construtora Erwill, responsável pela obra, a acatar imediatamente as providências de segurança solicitadas pelo Ministério do Trabalho. "Dois pontos de escavação no terreno foram isolados e uma reunião decidirá os ajustes necessários para o andamento das obras", disse, em nota. O órgão não esclareceu quando essa parte da obra será retomada, mas afirmou que, nas demais frentes de trabalho, as obras seguem normalmente, sem alteração.
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esporte
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Obras da Rio-2016 são embargadas por falta de segurança
DO RIO A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Rio de Janeiro, vinculada ao Ministério do Trabalho, embargou e interditou a obra da Torre de TV do Parque Olímpico da Rio-2016 e partes da Vila Olímpica. O principal motivo foi a falta de segurança para os trabalhadores. Desde 2013, onze operários já morreram em obras ligadas aos Jogos Olímpicos, segundo a Superintendência. Doze fiscais do trabalho participaram da ação, que foi batizada de "Operação Aquecimento". Eles verificaram formalização dos contratos de trabalho, controle de jornada, pagamento de salário e descanso, além do cumprimento de normas de segurança e saúde do Ministério do Trabalho. Os auditores-fiscais do Trabalho constataram, na última quarta (4), na Torre de TV, "locais com risco de queda de trabalhadores ou projeção de materiais, sem proteção coletiva" e vãos de acesso aos poços de elevadores desprotegidos. Também foi apontada falta de proteção provisória contra queda de altura na periferia das lajes, desrespeitando norma do Ministério do Trabalho e Previdência Social. Na Vila Olímpica, escavações foram interditadas na última quinta (5). Segundo o Ministério, as escavações estavam sendo realizadas sem projeto específico, sem sinalização e isolamento adequados. Segundo o Ministério, a interdição da escavação foi descumprida. "Esse desrespeito ao embargo, devidamente encaminhado ao Ministério Público do Trabalho, demonstra o descompromisso da empresa e da própria Prefeitura em cumprir com as obrigações legais que têm o objetivo de garantir a segurança e a saúde do trabalhador", afirma Robson Leite, Superintendente Regional do Ministério do Trabalho e Emprego no Rio. Foram fiscalizados 35 empregadores e em outras empresas, como as dos setores de alimentação e vigilância. A Superintendência encontrou trabalhadores sem formalização de vínculo empregatício, recebendo por diárias e sem controle efetivo de jornada de trabalho. Constatou também que a jornada de algumas empresas era fraudada, com a pré-marcação dos dias trabalhados. OUTRO LADO O comitê organizador afirmou que cumpriu todas as determinações do Ministério do Trabalho e que a obra da torre de TV segue com o cronograma inalterado. A Fundação Geo-Rio (Instituto de Geotécnica), que fiscaliza a execução das áreas comuns da Vila Olímpica, afirmou que já orientou a construtora Erwill, responsável pela obra, a acatar imediatamente as providências de segurança solicitadas pelo Ministério do Trabalho. "Dois pontos de escavação no terreno foram isolados e uma reunião decidirá os ajustes necessários para o andamento das obras", disse, em nota. O órgão não esclareceu quando essa parte da obra será retomada, mas afirmou que, nas demais frentes de trabalho, as obras seguem normalmente, sem alteração.
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Delcídio do Amaral prefere ficar calado, mas pode delatar
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O senador Delcídio do Amaral permanecia até ontem indeciso sobre a possibilidade de aderir à delação premiada. Ele demonstrava a quem o visitou nesta semana que, se tivesse segurança de que poderia ser solto em breve pelo STF (Supremo Tribunal Federal), preferiria ficar de boca calada. NADA CERTO Os advogados, no entanto, não têm como dar essa garantia a Delcídio. "A delação premiada seduz justamente pela certeza que o réu tem do que vai acontecer em sua vida", afirma um dos interlocutores do senador. Já o processo normal não ofereceria "certeza alguma". NOVA PROFISSÃO Pesa contra a delação o fato de que um colaborador da Justiça dificilmente consegue retomar a rotina profissional, nem na esfera pública nem na privada. "A pessoa vira apenas um ex-delator", afirma o mesmo amigo de Delcídio que já conversou com ele sobre o tema. LONGO PRAZO A previsão é de que o STF julgue os próximos recursos que serão apresentados pela defesa do senador em três meses. Ele mostra exaustão e, segundo amigos, talvez não suporte ficar por mais todo esse período preso, em especial por causa da família. SINAL AMARELO A possibilidade de delação de Delcídio, que voltou a se queixar de Lula, do governo e do PT, como antecipou a coluna na terça, é a que mais assusta a equipe da presidente Dilma Rousseff e também o PT. DENTRO DO CORAÇÃO Até agora, a presidente passou por constrangimentos quando empreiteiros ou ex-executivos da Petrobras relataram contribuições à sua campanha ou às de ministros. Com Delcídio seria diferente. Como líder do governo, ele fez por muito tempo parte da "inteligência" da administração, participando inclusive da discussão de estratégias políticas e jurídicas para blindá-la. Foi, também, presidente da CPI que investigou o mensalão, maior escândalo do governo Lula. PINTOU CONVITE Patricia Abravanel, 38, pode estrear no cinema e na TV fechada neste ano. A apresentadora tem convite para viver a vilã do filme "Carrossel 2" e para participar de uma série de aventuras no Discovery Channel, produzida pela Mixer. * "Ainda estamos alinhando a agenda com os compromissos do SBT", diz a filha de Silvio Santos à revista "Contigo!". Na emissora, ela deve ganhar nova atração no segundo semestre, no lugar do "Máquina da Fama". NA VEIA O CFM (Conselho Federal de Medicina) baixou regra para restringir o uso de plasma rico em plaquetas. O procedimento para tratar doenças musculoesqueléticas, em que se reaproveita o próprio sangue, tem sido comum na medicina esportiva para recuperação de lesões. A entidade diz na resolução que a técnica, embora "promissora", é experimental e deve ficar limitada a testes clínicos. LEGADO O cantor David Bowie, morto na semana passada, autorizou que Pedro Morelli, diretor do filme "Zoom", utilizasse uma de suas músicas na trilha sonora por um "valor simbólico", diz David Hayman, supervisor musical da equipe. A canção "Oh, You Pretty Things" foi escolhida para o longa que conta com Mariana Ximenes e Gael García Bernal. NOVO JEITO O instrumentista e compositor carioca Jaques Morelenbaum escreveu para o novo conjunto da Osesp, o Grupo de Cellos (formado só por violoncelistas), arranjos de seis canções do maestro Tom Jobim. Eles vão estrear no 47º Festival de Inverno de Campos do Jordão, em julho. "Águas de Março" e "A Correnteza" serão alguns dos trabalhos tocados. GRANDE ENCONTRO Depois de 34 anos sem tocar juntos, os pianistas João Carlos Martins e Arthur Moreira Lima se apresentam hoje, juntos, no Masp. O concerto terá renda revertida para o projeto Horas de Vida, que incentiva médicos particulares a dedicarem uma hora por semana ao atendimento de pessoas sem recursos. AQUECENDO OS TAMBORINS Os empresários Alvaro e Cairê Aoas receberam convidados no Esquenta do Camarore Brahma em São Paulo, na terça (19), no Bar Brahma do centro. A atriz Maria Casadevall, o músico Ivo Meirelles e a fotógrafa Aninha Monteiro foram ao local. A rainha do Carnaval 2016 de SP, Verônica Bolani, e Thibault Samson, cônsul-adjunto da França em São Paulo, também estiveram no evento. CURTO-CIRCUITO Ato nesta quinta (21), a partir das 19h, no Masp, mobiliza em torno do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. O chef Henrique Fogaça está lançando linha de copos decorados colecionáveis, em parceria com a Danúbio. Marcelo Jeneci participa nesta quinta (21) do curso Educação Musical, do jornalista Alexandre Matias, na Livraria Cultura do shopping Iguatemi. ASBZ Advogados é o novo nome do escritório Aidar SBZ Advogados. O alemão Marc Ohrem-Leclef abre nesta quinta (21) a exposição de fotos "Favela Olímpica", no Studio X, no Rio. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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colunas
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Delcídio do Amaral prefere ficar calado, mas pode delatarO senador Delcídio do Amaral permanecia até ontem indeciso sobre a possibilidade de aderir à delação premiada. Ele demonstrava a quem o visitou nesta semana que, se tivesse segurança de que poderia ser solto em breve pelo STF (Supremo Tribunal Federal), preferiria ficar de boca calada. NADA CERTO Os advogados, no entanto, não têm como dar essa garantia a Delcídio. "A delação premiada seduz justamente pela certeza que o réu tem do que vai acontecer em sua vida", afirma um dos interlocutores do senador. Já o processo normal não ofereceria "certeza alguma". NOVA PROFISSÃO Pesa contra a delação o fato de que um colaborador da Justiça dificilmente consegue retomar a rotina profissional, nem na esfera pública nem na privada. "A pessoa vira apenas um ex-delator", afirma o mesmo amigo de Delcídio que já conversou com ele sobre o tema. LONGO PRAZO A previsão é de que o STF julgue os próximos recursos que serão apresentados pela defesa do senador em três meses. Ele mostra exaustão e, segundo amigos, talvez não suporte ficar por mais todo esse período preso, em especial por causa da família. SINAL AMARELO A possibilidade de delação de Delcídio, que voltou a se queixar de Lula, do governo e do PT, como antecipou a coluna na terça, é a que mais assusta a equipe da presidente Dilma Rousseff e também o PT. DENTRO DO CORAÇÃO Até agora, a presidente passou por constrangimentos quando empreiteiros ou ex-executivos da Petrobras relataram contribuições à sua campanha ou às de ministros. Com Delcídio seria diferente. Como líder do governo, ele fez por muito tempo parte da "inteligência" da administração, participando inclusive da discussão de estratégias políticas e jurídicas para blindá-la. Foi, também, presidente da CPI que investigou o mensalão, maior escândalo do governo Lula. PINTOU CONVITE Patricia Abravanel, 38, pode estrear no cinema e na TV fechada neste ano. A apresentadora tem convite para viver a vilã do filme "Carrossel 2" e para participar de uma série de aventuras no Discovery Channel, produzida pela Mixer. * "Ainda estamos alinhando a agenda com os compromissos do SBT", diz a filha de Silvio Santos à revista "Contigo!". Na emissora, ela deve ganhar nova atração no segundo semestre, no lugar do "Máquina da Fama". NA VEIA O CFM (Conselho Federal de Medicina) baixou regra para restringir o uso de plasma rico em plaquetas. O procedimento para tratar doenças musculoesqueléticas, em que se reaproveita o próprio sangue, tem sido comum na medicina esportiva para recuperação de lesões. A entidade diz na resolução que a técnica, embora "promissora", é experimental e deve ficar limitada a testes clínicos. LEGADO O cantor David Bowie, morto na semana passada, autorizou que Pedro Morelli, diretor do filme "Zoom", utilizasse uma de suas músicas na trilha sonora por um "valor simbólico", diz David Hayman, supervisor musical da equipe. A canção "Oh, You Pretty Things" foi escolhida para o longa que conta com Mariana Ximenes e Gael García Bernal. NOVO JEITO O instrumentista e compositor carioca Jaques Morelenbaum escreveu para o novo conjunto da Osesp, o Grupo de Cellos (formado só por violoncelistas), arranjos de seis canções do maestro Tom Jobim. Eles vão estrear no 47º Festival de Inverno de Campos do Jordão, em julho. "Águas de Março" e "A Correnteza" serão alguns dos trabalhos tocados. GRANDE ENCONTRO Depois de 34 anos sem tocar juntos, os pianistas João Carlos Martins e Arthur Moreira Lima se apresentam hoje, juntos, no Masp. O concerto terá renda revertida para o projeto Horas de Vida, que incentiva médicos particulares a dedicarem uma hora por semana ao atendimento de pessoas sem recursos. AQUECENDO OS TAMBORINS Os empresários Alvaro e Cairê Aoas receberam convidados no Esquenta do Camarore Brahma em São Paulo, na terça (19), no Bar Brahma do centro. A atriz Maria Casadevall, o músico Ivo Meirelles e a fotógrafa Aninha Monteiro foram ao local. A rainha do Carnaval 2016 de SP, Verônica Bolani, e Thibault Samson, cônsul-adjunto da França em São Paulo, também estiveram no evento. CURTO-CIRCUITO Ato nesta quinta (21), a partir das 19h, no Masp, mobiliza em torno do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. O chef Henrique Fogaça está lançando linha de copos decorados colecionáveis, em parceria com a Danúbio. Marcelo Jeneci participa nesta quinta (21) do curso Educação Musical, do jornalista Alexandre Matias, na Livraria Cultura do shopping Iguatemi. ASBZ Advogados é o novo nome do escritório Aidar SBZ Advogados. O alemão Marc Ohrem-Leclef abre nesta quinta (21) a exposição de fotos "Favela Olímpica", no Studio X, no Rio. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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Igreja faz lobby para legalizar templos em nova lei de zoneamento
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A nova lei de zoneamento de São Paulo deverá ter artigos específicos para regularizar templos religiosos que funcionam sem licença. Os novos itens também preveem flexibilizar regras para futuras construções de igrejas. Para pressionar a gestão Fernando Haddad (PT) –que fez o projeto original discutido atualmente na Câmara– a aprovar as mudanças, a Igreja Católica montou uma comissão de especialistas que envolve arquitetos, engenheiros e advogados. O zoneamento –conjunto de regras para construções em cada rua da cidade– deve ir a votação até o fim do ano. O grupo já redigiu propostas de alteração ao projeto que criam normas específicas para "locais de culto" e preveem também aumentar o público máximo permitido nos locais (veja quadro). Pelo zoneamento atual, o critério para liberar templos nas vias é o mesmo para boates, cinemas, teatros, entre outros. São os chamados locais de reunião. Mas, se o pedido de mudança for acolhido, um templo poderá funcionar numa rua onde uma casa noturna é vetada, por exemplo. O texto foi entregue na semana passada ao vereador Paulo Frange (PTB), relator da lei de zoneamento. Ele apoia a mudança e tem recebido os mesmos pleitos de lideranças evangélicas em audiências públicas. Se aprovada, a alteração abre caminho para a legalização de templos ilegais de todas as religiões, que precisam renovar alvará todo ano. Interlocutor da Igreja Católica no Legislativo, o vereador Ricardo Nunes (PMDB) diz que irá incluir um artigo na lei para liberar a construção de templos em ruas com largura menor que 12 metros, algo que não é permitido hoje. Outra mudança deverá autorizar que torres de igreja tenham altura maior do que o limite, desde que não afetem as normas da Aeronáutica para o tráfego aéreo. BOATE X IGREJA O argumento dos católicos é que as igrejas, por serem frequentadas pela comunidade local, geram impacto menor no trânsito que estabelecimentos como boates, já que muita gente vai à missa a pé. "Veja que confusão que isso gera. Uma boate, por exemplo, funciona de uma maneira bem diversa de uma igreja. Deve ser diferente [a regra] porque a igreja funciona de porta aberta, o impacto é outro", disse à Folha o bispo da diocese de Santo Amaro, Dom Fernando Figueiredo. Figueiredo e o arcebispo da Arquidiocese de São Paulo, Dom Odilo Scherer, estiveram com o prefeito há quatro meses. Na ocasião, pediram ao petista que fosse criada uma lei específica para locais de culto. Haddad disse que o tema deveria ser discutido no debate da lei de zoneamento. A prefeitura diz não ter dados sobre templos ilegais. A reportagem localizou três deles na zona sul, como a paróquia de São Joaquim e Santa Ana, em Interlagos. Segundo o engenheiro Paulo Mayer, da diocese de Santo Amaro, o primeiro zoneamento, de 1972, diferenciava os locais de culto dos demais locais de reunião. Mas, na revisão de 2004, houve a designação única, que inviabilizou as licenças. Lei de Zoneamento/Editoria de Arte/Folhapress
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cotidiano
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Igreja faz lobby para legalizar templos em nova lei de zoneamentoA nova lei de zoneamento de São Paulo deverá ter artigos específicos para regularizar templos religiosos que funcionam sem licença. Os novos itens também preveem flexibilizar regras para futuras construções de igrejas. Para pressionar a gestão Fernando Haddad (PT) –que fez o projeto original discutido atualmente na Câmara– a aprovar as mudanças, a Igreja Católica montou uma comissão de especialistas que envolve arquitetos, engenheiros e advogados. O zoneamento –conjunto de regras para construções em cada rua da cidade– deve ir a votação até o fim do ano. O grupo já redigiu propostas de alteração ao projeto que criam normas específicas para "locais de culto" e preveem também aumentar o público máximo permitido nos locais (veja quadro). Pelo zoneamento atual, o critério para liberar templos nas vias é o mesmo para boates, cinemas, teatros, entre outros. São os chamados locais de reunião. Mas, se o pedido de mudança for acolhido, um templo poderá funcionar numa rua onde uma casa noturna é vetada, por exemplo. O texto foi entregue na semana passada ao vereador Paulo Frange (PTB), relator da lei de zoneamento. Ele apoia a mudança e tem recebido os mesmos pleitos de lideranças evangélicas em audiências públicas. Se aprovada, a alteração abre caminho para a legalização de templos ilegais de todas as religiões, que precisam renovar alvará todo ano. Interlocutor da Igreja Católica no Legislativo, o vereador Ricardo Nunes (PMDB) diz que irá incluir um artigo na lei para liberar a construção de templos em ruas com largura menor que 12 metros, algo que não é permitido hoje. Outra mudança deverá autorizar que torres de igreja tenham altura maior do que o limite, desde que não afetem as normas da Aeronáutica para o tráfego aéreo. BOATE X IGREJA O argumento dos católicos é que as igrejas, por serem frequentadas pela comunidade local, geram impacto menor no trânsito que estabelecimentos como boates, já que muita gente vai à missa a pé. "Veja que confusão que isso gera. Uma boate, por exemplo, funciona de uma maneira bem diversa de uma igreja. Deve ser diferente [a regra] porque a igreja funciona de porta aberta, o impacto é outro", disse à Folha o bispo da diocese de Santo Amaro, Dom Fernando Figueiredo. Figueiredo e o arcebispo da Arquidiocese de São Paulo, Dom Odilo Scherer, estiveram com o prefeito há quatro meses. Na ocasião, pediram ao petista que fosse criada uma lei específica para locais de culto. Haddad disse que o tema deveria ser discutido no debate da lei de zoneamento. A prefeitura diz não ter dados sobre templos ilegais. A reportagem localizou três deles na zona sul, como a paróquia de São Joaquim e Santa Ana, em Interlagos. Segundo o engenheiro Paulo Mayer, da diocese de Santo Amaro, o primeiro zoneamento, de 1972, diferenciava os locais de culto dos demais locais de reunião. Mas, na revisão de 2004, houve a designação única, que inviabilizou as licenças. Lei de Zoneamento/Editoria de Arte/Folhapress
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Recuperados de lesão, Denis e Daniel retornam aos treinos no São Paulo
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Afastados desde o início do ano, o goleiro Denis, reserva de Rogério Ceni, e o meia Daniel, contratado no fim do ano passado, voltaram a treinar no campo nesta terça-feira (16). O primeiro passou por uma cirurgia no ombro direito em fevereiro e ainda tem algumas limitações nos movimentos. Após operar o joelho direito, Daniel iniciou o trabalho de fisioterapia –na próxima semana, deve fazer treinos físicos. Eles ainda não podem ser relacionados pelo técnico Juan Carlos Osorio, mas a expectativa é que estejam aptos em até três semanas.
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esporte
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Recuperados de lesão, Denis e Daniel retornam aos treinos no São PauloAfastados desde o início do ano, o goleiro Denis, reserva de Rogério Ceni, e o meia Daniel, contratado no fim do ano passado, voltaram a treinar no campo nesta terça-feira (16). O primeiro passou por uma cirurgia no ombro direito em fevereiro e ainda tem algumas limitações nos movimentos. Após operar o joelho direito, Daniel iniciou o trabalho de fisioterapia –na próxima semana, deve fazer treinos físicos. Eles ainda não podem ser relacionados pelo técnico Juan Carlos Osorio, mas a expectativa é que estejam aptos em até três semanas.
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Museus contam a história de carros de luxo na Itália
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Quando comecei a planejar uma viagem de férias à Itália, meus filhos adolescentes não queriam passar horas presos em museus. Prometi que isso não aconteceria, e a agenda de nossa viagem de duas semanas terminou por se provar bem equilibrada: Roma teve mais a ver com o Coliseu, o Panteão e escalar o domo da Basílica de São Pedro do que com contemplar arte religiosa medieval. Mas chegou o dia em que a promessa que eu havia feito não pôde ser mantida. Nossa viagem previa apenas um dia em Modena, e para ver todas as obras-primas que constavam em nossa lista tivemos de passar quase nove horas em três museus. Naquele dia, porém, as obras de arte eram carros. Bem, essa é uma descrição muito chocha para o que vimos. Os modelos italianos de elite no Museu Lamborghini e nos dois museus da Ferrari pareciam pertencer a uma espécie completamente distinta dos carros comuns. Começamos pelo Museu Lamborghini, uma edificação de dois pavimentos ao lado da fábrica da empresa em Sant'Agata Bolognese, a cerca de meia hora de Modena. A exposição começa pelos primeiros Lamborghinis, menos vistosos, como o 400 GT 2+2, de 1966, o segundo modelo fabricado pela empresa. Mas logo chegamos ao esguio Miura (1966), que meu filho descreveu como "um dos carros mais bonitos de todos os tempos", notável pelos "cílios" em torno dos faróis. Perto do Miura, vimos o Countach (1974), com sua frente em formato de cunha, bem próxima do solo, capô maciço e entradas de ar que o fazem parecer futurista ainda hoje. Nos anos 1970 e 1980, o modelo apareceu em filmes como "Quem Não Corre, Voa" e "Rain Man". O primeiro piso também exibe algumas excentricidades como o LM002, utilitário produzido entre 1986 e 1992. O segundo piso mostra modelos mais novos, como um Murcielago laranja brilhante –Bruce Wayne dirigia um em "Batman Begins". A loja de presentes do museu tem um showroom, no qual você pode adquirir um Lamborghini real como suvenir. Outros produtos de preço alto incluem um jogo de malas feito de fibra de carbono que custa dezenas de milhares de euros. FERRARI De volta a Modena, o Museu Enzo Ferrari ocupa um edifício impressionante, projetado pelo arquiteto tcheco Jan Kaplicky, com uma frente curva de vidro e um teto amarelo, com incisões que se assemelham às entradas de ar de um carro. Há exposições secundárias em um edifício de tijolos do século 19 que um dia abrigou a oficina do pai de Enzo Ferrari. O museu oferece painéis históricos detalhados, exposições reformuladas a cada ano e apresentações em vídeo –que, assim como os carros expostos, passam por rotação regular. Os painéis históricos contam a trajetória de Ferrari, de seus dias como piloto aos anos em que trabalhou para a Alfa Romeo, antes de criar sua empresa, no fim da Primeira Guerra Mundial. O modelo 166, apresentado em 1948 no Salão do Automóvel de Turim, se parece mais com um comportado sedã americano Packard do que com as Ferraris esguias pelas quais a empresa é famosa. Os modelos seguintes logo provaram ser mais vistosos, como a Testarossa de 1984, com fendas laterais e elementos horizontais de design que o fazem parecer impossivelmente baixo e largo. Meus filhos babaram ao ver esse modelo, mas tiveram uma reação menos positiva com o F100-R (2000), um carro conceitual exposto ao lado, com para-brisas curvo e superfície angular que sustenta faróis em três níveis. Talvez o mais impressionante naquele mar de vermelho tenha sido a coleção dos "carros sagrados" da Ferrari, os modelos ultraesguios de topo de linha, do 512 Berlinetta Boxer (1973) e do 288 GTO (1984) ao mais recentes Enzo (2002) e o híbrido LaFerrari, que está em linha desde 2013. Para os fãs de corridas, a verdadeira atração é o Museu Ferrari Maranello, a cerca de meia hora a sudoeste, na cidade homônima para qual Enzo Ferrari transferiu sua fábrica quando Modena estava sendo bombardeada, na Segunda Guerra Mundial. O museu tem um hall dos campeões de Fórmula 1, com uma exposição permanente de carros de corrida e detalhes sobre a evolução da segurança dos monopostos e outras batalhas industriais, além de edições especiais como o SP12EC, inspirado pelo 512BBi e encomendado pelo guitarrista Eric Clapton. O museu tem um ar moderno e oferece a oportunidade de tirar uma foto dentro de uma Ferrari, além de experiências interativas para grandes grupos, como um pit stop simulado de Fórmula 1 e a oportunidade de pilotar em outro simulador. Os visitantes também podem fazer uma aula de pilotagem de 15 minutos no autódromo de Modena, pista que já foi usada para provas de Fórmula 1 e hoje é empregada por Ferrari, Lamborghini e Maserati para testes de carros. O turista pode alugar uma Ferrari por uma pequena fortuna ou entrar na pista com o seu carro –e levar um passageiro por volta. Tradução de PAULO MIGLIACCI - MUSEUS ENZO FERRARI E FERRARI MARANELLO Horário Seg. a dom., das 9h30 às 18h Ingresso R$ 59 (para cada museu); R$ 96 (dois museus) Sites musei.ferrari.com/en/modena e musei.ferrari.com/en/maranello MUSEU DA LAMBORGHINI Horário Seg. a dom.: das 9h30 às19h Ingresso R$ 55 Site lamborghini.com/en-en/experience/museum
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turismo
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Museus contam a história de carros de luxo na ItáliaQuando comecei a planejar uma viagem de férias à Itália, meus filhos adolescentes não queriam passar horas presos em museus. Prometi que isso não aconteceria, e a agenda de nossa viagem de duas semanas terminou por se provar bem equilibrada: Roma teve mais a ver com o Coliseu, o Panteão e escalar o domo da Basílica de São Pedro do que com contemplar arte religiosa medieval. Mas chegou o dia em que a promessa que eu havia feito não pôde ser mantida. Nossa viagem previa apenas um dia em Modena, e para ver todas as obras-primas que constavam em nossa lista tivemos de passar quase nove horas em três museus. Naquele dia, porém, as obras de arte eram carros. Bem, essa é uma descrição muito chocha para o que vimos. Os modelos italianos de elite no Museu Lamborghini e nos dois museus da Ferrari pareciam pertencer a uma espécie completamente distinta dos carros comuns. Começamos pelo Museu Lamborghini, uma edificação de dois pavimentos ao lado da fábrica da empresa em Sant'Agata Bolognese, a cerca de meia hora de Modena. A exposição começa pelos primeiros Lamborghinis, menos vistosos, como o 400 GT 2+2, de 1966, o segundo modelo fabricado pela empresa. Mas logo chegamos ao esguio Miura (1966), que meu filho descreveu como "um dos carros mais bonitos de todos os tempos", notável pelos "cílios" em torno dos faróis. Perto do Miura, vimos o Countach (1974), com sua frente em formato de cunha, bem próxima do solo, capô maciço e entradas de ar que o fazem parecer futurista ainda hoje. Nos anos 1970 e 1980, o modelo apareceu em filmes como "Quem Não Corre, Voa" e "Rain Man". O primeiro piso também exibe algumas excentricidades como o LM002, utilitário produzido entre 1986 e 1992. O segundo piso mostra modelos mais novos, como um Murcielago laranja brilhante –Bruce Wayne dirigia um em "Batman Begins". A loja de presentes do museu tem um showroom, no qual você pode adquirir um Lamborghini real como suvenir. Outros produtos de preço alto incluem um jogo de malas feito de fibra de carbono que custa dezenas de milhares de euros. FERRARI De volta a Modena, o Museu Enzo Ferrari ocupa um edifício impressionante, projetado pelo arquiteto tcheco Jan Kaplicky, com uma frente curva de vidro e um teto amarelo, com incisões que se assemelham às entradas de ar de um carro. Há exposições secundárias em um edifício de tijolos do século 19 que um dia abrigou a oficina do pai de Enzo Ferrari. O museu oferece painéis históricos detalhados, exposições reformuladas a cada ano e apresentações em vídeo –que, assim como os carros expostos, passam por rotação regular. Os painéis históricos contam a trajetória de Ferrari, de seus dias como piloto aos anos em que trabalhou para a Alfa Romeo, antes de criar sua empresa, no fim da Primeira Guerra Mundial. O modelo 166, apresentado em 1948 no Salão do Automóvel de Turim, se parece mais com um comportado sedã americano Packard do que com as Ferraris esguias pelas quais a empresa é famosa. Os modelos seguintes logo provaram ser mais vistosos, como a Testarossa de 1984, com fendas laterais e elementos horizontais de design que o fazem parecer impossivelmente baixo e largo. Meus filhos babaram ao ver esse modelo, mas tiveram uma reação menos positiva com o F100-R (2000), um carro conceitual exposto ao lado, com para-brisas curvo e superfície angular que sustenta faróis em três níveis. Talvez o mais impressionante naquele mar de vermelho tenha sido a coleção dos "carros sagrados" da Ferrari, os modelos ultraesguios de topo de linha, do 512 Berlinetta Boxer (1973) e do 288 GTO (1984) ao mais recentes Enzo (2002) e o híbrido LaFerrari, que está em linha desde 2013. Para os fãs de corridas, a verdadeira atração é o Museu Ferrari Maranello, a cerca de meia hora a sudoeste, na cidade homônima para qual Enzo Ferrari transferiu sua fábrica quando Modena estava sendo bombardeada, na Segunda Guerra Mundial. O museu tem um hall dos campeões de Fórmula 1, com uma exposição permanente de carros de corrida e detalhes sobre a evolução da segurança dos monopostos e outras batalhas industriais, além de edições especiais como o SP12EC, inspirado pelo 512BBi e encomendado pelo guitarrista Eric Clapton. O museu tem um ar moderno e oferece a oportunidade de tirar uma foto dentro de uma Ferrari, além de experiências interativas para grandes grupos, como um pit stop simulado de Fórmula 1 e a oportunidade de pilotar em outro simulador. Os visitantes também podem fazer uma aula de pilotagem de 15 minutos no autódromo de Modena, pista que já foi usada para provas de Fórmula 1 e hoje é empregada por Ferrari, Lamborghini e Maserati para testes de carros. O turista pode alugar uma Ferrari por uma pequena fortuna ou entrar na pista com o seu carro –e levar um passageiro por volta. Tradução de PAULO MIGLIACCI - MUSEUS ENZO FERRARI E FERRARI MARANELLO Horário Seg. a dom., das 9h30 às 18h Ingresso R$ 59 (para cada museu); R$ 96 (dois museus) Sites musei.ferrari.com/en/modena e musei.ferrari.com/en/maranello MUSEU DA LAMBORGHINI Horário Seg. a dom.: das 9h30 às19h Ingresso R$ 55 Site lamborghini.com/en-en/experience/museum
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Setor de acabamento demite e agrava crise na construção
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A construção civil fechou julho com uma queda de 0,87% no nível de emprego no país e acumulou 184,6 mil demissões nos sete primeiros meses de 2015, segundo pesquisa do SindusCon-SP (sindicato do setor). Uma das poucas áreas que vinha sentindo menos os cortes, a de acabamento de obras, também foi impactada em julho –baixa de 0,9%. Nos meses anteriores, o setor de acabamento conseguiu manter o ritmo por causa de projetos que ainda estavam em andamento, sobretudo na área imobiliária, e que agora começam a chegar ao fim. "Sem lançamentos, os trabalhadores que atuam no estágio final das obras são dispensados, pois não há projetos novos para realimentar o ciclo [do mercado imobiliário]", diz José Romeu Ferraz Neto, presidente da entidade. "Com todos os segmentos atingidos, está completa a tragédia para o setor." Em julho, o Nordeste foi a região que sofreu a maior queda percentual de empregos na construção (-1,09%). O Norte foi a única área com número positivo: 0,75%. O SindusCon-SP projeta que o cenário deverá se agravar nos próximos meses e que o ano terminará com cerca de 475 mil postos fechados. "A nova fase do Minha Casa Minha Vida ajudaria a segurar um pouco as demissões, mas está atrasada e não há perspectiva de que vá mudar", diz Ferraz Neto. * Sem receita para crise Apesar de afirmar que o setor de alimentação fora de casa é um dos primeiros a ser atingido por crises, o diretor-geral na América Latina da Nestlé Professional (de soluções para bares, restaurantes e hotéis), Christof Leuenberger, diz que as estratégias da empresa não se alteram no país. "Não estamos fazendo programa emergencial e mudando preços. Os projetos atuais não são de crise. São os mesmos que estão funcionando em todo o mundo." A empresa foca em duas frentes. A primeira está relacionada ao desenvolvimento de soluções mais versáteis. "Como o Docello, [preparo] utilizado em diferentes receitas e que substitui vários processos na cozinha. São produtos que ajudam o restaurante a baixar custo e ter eficiência operacional." O segundo pilar da Nestlé Professional é a aproximação dos clientes. No Brasil particularmente, a companhia também trabalha para ampliar a cobertura geográfica. "Estamos focando no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Salvador." O país é o quinto maior mercado do segmento de alimentação fora de casa da Nestlé. Considerando todas as áreas da empresa, porém, fica na quarta colocação. "Isso indica que temos oportunidades aqui. O Brasil tem o mesmo volume de vendas que o México, apesar da população ser maior." * Café revisado A rede de cafeterias Grão Espresso vai abrir cerca de 60 unidades neste ano e no próximo em todo o país. Hoje, são 259 pontos em operação em 22 Estados. O plano é chegar a 600 cafeterias até 2019. Desde o início do ano, já foram inauguradas 16 cafeterias. Devem ser abertas mais 14 até dezembro. Para 2016, estão previstas pelo menos 45 novas franquias. Por conta da crise econômica, a rede contratou uma consultoria para revisar custos de operação e cardápio das unidades para torná-las mais rentáveis aos franqueados e possibilitar a expansão. "Conseguimos com isso reduzir em 15% o custo da mercadoria e aumentar em 12% o tíquete médio das cafeterias", diz Pedro Weinberg, fundador da Grão Espresso. * Fidelidade ao celular Mais da metade (52%) dos usuários de telefones celulares entrevistados no Brasil disseram que estão dispostos a mudar de operadora mediante a oferta de planos mais vantajosos, segundo a GfK. Entre os países latino-americanos que foram pesquisados pela consultoria, o percentual obtido no Brasil ficou atrás dos registrados em Peru (59%) e Colômbia (53%). Na Argentina e no Chile, 35% e 37%, respectivamente, se mostraram interessados em migrar de empresa no caso de pacotes melhores. Apenas 5% dos consumidores brasileiros afirmaram que não mudariam de companhia mesmo quando colocados diante de ofertas atrativas de concorrentes. Foram ouvidas 4.911 pessoas em seis países. * Baixa... O consumo de famílias no varejo do país teve um corte de R$ 58 bilhões no primeiro semestre deste ano, ante o mesmo período de 2014, segundo a FecomercioSP. ...varejista Os supermercados registraram no período uma queda de 1,8% em seu volume de vendas, o que equivale a uma retração real de 7,9% em suas receitas. Valor O Brasil é o país onde os CFOs mais pretendem contratar no segundo semestre deste ano, segundo estudo da recrutadora Robert Half realizado em 16 nações. * Hora do café com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e FELIPE GUTIERREZ
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Setor de acabamento demite e agrava crise na construçãoA construção civil fechou julho com uma queda de 0,87% no nível de emprego no país e acumulou 184,6 mil demissões nos sete primeiros meses de 2015, segundo pesquisa do SindusCon-SP (sindicato do setor). Uma das poucas áreas que vinha sentindo menos os cortes, a de acabamento de obras, também foi impactada em julho –baixa de 0,9%. Nos meses anteriores, o setor de acabamento conseguiu manter o ritmo por causa de projetos que ainda estavam em andamento, sobretudo na área imobiliária, e que agora começam a chegar ao fim. "Sem lançamentos, os trabalhadores que atuam no estágio final das obras são dispensados, pois não há projetos novos para realimentar o ciclo [do mercado imobiliário]", diz José Romeu Ferraz Neto, presidente da entidade. "Com todos os segmentos atingidos, está completa a tragédia para o setor." Em julho, o Nordeste foi a região que sofreu a maior queda percentual de empregos na construção (-1,09%). O Norte foi a única área com número positivo: 0,75%. O SindusCon-SP projeta que o cenário deverá se agravar nos próximos meses e que o ano terminará com cerca de 475 mil postos fechados. "A nova fase do Minha Casa Minha Vida ajudaria a segurar um pouco as demissões, mas está atrasada e não há perspectiva de que vá mudar", diz Ferraz Neto. * Sem receita para crise Apesar de afirmar que o setor de alimentação fora de casa é um dos primeiros a ser atingido por crises, o diretor-geral na América Latina da Nestlé Professional (de soluções para bares, restaurantes e hotéis), Christof Leuenberger, diz que as estratégias da empresa não se alteram no país. "Não estamos fazendo programa emergencial e mudando preços. Os projetos atuais não são de crise. São os mesmos que estão funcionando em todo o mundo." A empresa foca em duas frentes. A primeira está relacionada ao desenvolvimento de soluções mais versáteis. "Como o Docello, [preparo] utilizado em diferentes receitas e que substitui vários processos na cozinha. São produtos que ajudam o restaurante a baixar custo e ter eficiência operacional." O segundo pilar da Nestlé Professional é a aproximação dos clientes. No Brasil particularmente, a companhia também trabalha para ampliar a cobertura geográfica. "Estamos focando no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Salvador." O país é o quinto maior mercado do segmento de alimentação fora de casa da Nestlé. Considerando todas as áreas da empresa, porém, fica na quarta colocação. "Isso indica que temos oportunidades aqui. O Brasil tem o mesmo volume de vendas que o México, apesar da população ser maior." * Café revisado A rede de cafeterias Grão Espresso vai abrir cerca de 60 unidades neste ano e no próximo em todo o país. Hoje, são 259 pontos em operação em 22 Estados. O plano é chegar a 600 cafeterias até 2019. Desde o início do ano, já foram inauguradas 16 cafeterias. Devem ser abertas mais 14 até dezembro. Para 2016, estão previstas pelo menos 45 novas franquias. Por conta da crise econômica, a rede contratou uma consultoria para revisar custos de operação e cardápio das unidades para torná-las mais rentáveis aos franqueados e possibilitar a expansão. "Conseguimos com isso reduzir em 15% o custo da mercadoria e aumentar em 12% o tíquete médio das cafeterias", diz Pedro Weinberg, fundador da Grão Espresso. * Fidelidade ao celular Mais da metade (52%) dos usuários de telefones celulares entrevistados no Brasil disseram que estão dispostos a mudar de operadora mediante a oferta de planos mais vantajosos, segundo a GfK. Entre os países latino-americanos que foram pesquisados pela consultoria, o percentual obtido no Brasil ficou atrás dos registrados em Peru (59%) e Colômbia (53%). Na Argentina e no Chile, 35% e 37%, respectivamente, se mostraram interessados em migrar de empresa no caso de pacotes melhores. Apenas 5% dos consumidores brasileiros afirmaram que não mudariam de companhia mesmo quando colocados diante de ofertas atrativas de concorrentes. Foram ouvidas 4.911 pessoas em seis países. * Baixa... O consumo de famílias no varejo do país teve um corte de R$ 58 bilhões no primeiro semestre deste ano, ante o mesmo período de 2014, segundo a FecomercioSP. ...varejista Os supermercados registraram no período uma queda de 1,8% em seu volume de vendas, o que equivale a uma retração real de 7,9% em suas receitas. Valor O Brasil é o país onde os CFOs mais pretendem contratar no segundo semestre deste ano, segundo estudo da recrutadora Robert Half realizado em 16 nações. * Hora do café com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e FELIPE GUTIERREZ
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PF nega envolvimento em esquema para prejudicar Eduardo Cunha
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A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) repudia a mera suposição, publicada em importante veículo de comunicação, de que alguém da cúpula da Polícia Federal tenha, a mando do governo, forjado gravação a fim de prejudicar uma das candidaturas à presidência da Câmara dos Deputados. Para que não paire nenhuma dúvida acerca da tentativa de envolver uma séria e respeitada instituição, como a Polícia Federal, em disputas político-partidárias, os delegados federais manifestam o maior interesse na rápida apuração e elucidação dos fatos com punição dos eventuais responsáveis. PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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PF nega envolvimento em esquema para prejudicar Eduardo CunhaA Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) repudia a mera suposição, publicada em importante veículo de comunicação, de que alguém da cúpula da Polícia Federal tenha, a mando do governo, forjado gravação a fim de prejudicar uma das candidaturas à presidência da Câmara dos Deputados. Para que não paire nenhuma dúvida acerca da tentativa de envolver uma séria e respeitada instituição, como a Polícia Federal, em disputas político-partidárias, os delegados federais manifestam o maior interesse na rápida apuração e elucidação dos fatos com punição dos eventuais responsáveis. PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Real Madrid e Barcelona pegam times da parte de baixo da tabela
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Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madri, os três primeiros do Espanhol, na ordem, têm, em tese, jogos fáceis neste domingo (18), pela 19ª rodada do campeonato. O Barcelona, de Lionel Messi e companhia, vai à Galícia enfrentar o Deportivo La Coruña, 16º colocado na classificação, que corre sério risco de rebaixamento nesta temporada. O Getafe, na 15ª posição, recebe o líder Real Madrid, que tem um jogo a menos que o Barcelona e, mesmo em caso de derrota e vitória do rival, manterá a liderança por aproveitamento de pontos. Já o Atlético de Madri joga em casa contra o lanterna Granada. Se a zebra não passear pelo estádio Vicente Calderón e o Barcelona for derrotado, os atleticanos empatam em pontos com o time de Neymar. Com um jogo a menos que os principais concorrentes ao título, o Real Madrid soma 42 pontos. O Barcelona aparece com 41 pontos –três a mais do que o Atlético de Madri.
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esporte
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Real Madrid e Barcelona pegam times da parte de baixo da tabelaReal Madrid, Barcelona e Atlético de Madri, os três primeiros do Espanhol, na ordem, têm, em tese, jogos fáceis neste domingo (18), pela 19ª rodada do campeonato. O Barcelona, de Lionel Messi e companhia, vai à Galícia enfrentar o Deportivo La Coruña, 16º colocado na classificação, que corre sério risco de rebaixamento nesta temporada. O Getafe, na 15ª posição, recebe o líder Real Madrid, que tem um jogo a menos que o Barcelona e, mesmo em caso de derrota e vitória do rival, manterá a liderança por aproveitamento de pontos. Já o Atlético de Madri joga em casa contra o lanterna Granada. Se a zebra não passear pelo estádio Vicente Calderón e o Barcelona for derrotado, os atleticanos empatam em pontos com o time de Neymar. Com um jogo a menos que os principais concorrentes ao título, o Real Madrid soma 42 pontos. O Barcelona aparece com 41 pontos –três a mais do que o Atlético de Madri.
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Por que Temer não cai?
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SÃO PAULO - Por que Michel Temer não cai? Moralmente, ele já está liquidado. Deixou-se apanhar numa gravação em que se comporta de modo incompatível com o cargo. O caso jurídico contra ele também é sólido. Talvez não seja tão apodítico quanto quer Rodrigo Janot, mas a denúncia oferecida nesta segunda certamente mereceria ser posta à prova num julgamento perante o STF. O presidente, porém, vai se agarrando ao cargo. Ele tem o apoio do empresariado, ainda que este se torne cada vez mais tíbio, à medida que fica claro que o governo não conseguirá entregar um pacote de reformas à altura da encrenca fiscal. Temer também encontra sustentação num grupo relativamente coeso de parlamentares. E bastam 172 deputados —um terço da Casa— para assegurar que a denúncia de Janot contra o presidente não avance e também para bloquear um eventual processo de impeachment. Esses congressistas acreditam, a meu ver erroneamente, que a manutenção de Temer será capaz de estancar a sangria da Lava Jato. O fator mais notável a dar sobrevida a Temer, porém, é uma ausência. Não há, pelo menos até aqui, um movimento popular forte exigindo sua saída. Se há algo que as ciências sociais são ruins em explicar é a eclosão de protestos generalizados. A literatura oferece apenas umas poucas pistas, que não são das mais animadoras para os que desejam ver o presidente expelido do cargo. O surgimento de manifestações maciças já foi correlacionado à inflação, particularmente à inflação de alimentos, e, paradoxalmente, a crescimento econômico recente (que, por alguma razão, passa a ser visto como ameaçado). Nenhum dos dois elementos está presente no Brasil hoje, já que a inflação é cadente e o crescimento, após dois anos de recessão, não passa de uma pálida memória. Se não houver mudanças nesse quadro, teremos de aturar Temer até 2019.
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Por que Temer não cai?SÃO PAULO - Por que Michel Temer não cai? Moralmente, ele já está liquidado. Deixou-se apanhar numa gravação em que se comporta de modo incompatível com o cargo. O caso jurídico contra ele também é sólido. Talvez não seja tão apodítico quanto quer Rodrigo Janot, mas a denúncia oferecida nesta segunda certamente mereceria ser posta à prova num julgamento perante o STF. O presidente, porém, vai se agarrando ao cargo. Ele tem o apoio do empresariado, ainda que este se torne cada vez mais tíbio, à medida que fica claro que o governo não conseguirá entregar um pacote de reformas à altura da encrenca fiscal. Temer também encontra sustentação num grupo relativamente coeso de parlamentares. E bastam 172 deputados —um terço da Casa— para assegurar que a denúncia de Janot contra o presidente não avance e também para bloquear um eventual processo de impeachment. Esses congressistas acreditam, a meu ver erroneamente, que a manutenção de Temer será capaz de estancar a sangria da Lava Jato. O fator mais notável a dar sobrevida a Temer, porém, é uma ausência. Não há, pelo menos até aqui, um movimento popular forte exigindo sua saída. Se há algo que as ciências sociais são ruins em explicar é a eclosão de protestos generalizados. A literatura oferece apenas umas poucas pistas, que não são das mais animadoras para os que desejam ver o presidente expelido do cargo. O surgimento de manifestações maciças já foi correlacionado à inflação, particularmente à inflação de alimentos, e, paradoxalmente, a crescimento econômico recente (que, por alguma razão, passa a ser visto como ameaçado). Nenhum dos dois elementos está presente no Brasil hoje, já que a inflação é cadente e o crescimento, após dois anos de recessão, não passa de uma pálida memória. Se não houver mudanças nesse quadro, teremos de aturar Temer até 2019.
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Em região de renda mais baixa, Rio-2016 apresenta pista de BMX
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O prefeito do Rio, Eduardo Paes, apresentou neste domingo (30) a pista de BMX que será usada durante as Olimpíadas de 2016, em Deodoro, zona oeste do Rio. Atualmente, os praticantes do esporte precisam treinar em Macaé, no norte fluminense, ou fora do estado do Rio e até do país. A estreia oficial será em 3 de outubro, quando ocorre o Desafio Internacional de BMX, que servirá como evento-teste da modalidade. "A maioria dos cariocas afirma que as Olimpíadas estão concentradas em áreas nobres. Para quem não é carioca, essa paisagem atrás da gente é o bairro Ricardo de Albuquerque [zona norte, região de renda mais baixa]", afirmou o prefeito, antes de pedalar pelo circuito. O projeto da pista de BMX considerou a topografia e os ventos, que podem interferir no desempenho dos competidores. Ainda falta a instalação da arquibancada temporária, que comportará 7,5 mil pessoas. A infraestrutura do local foi elogiada pelo presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, e pelo diretor da Fecierj (Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro), Cristian Benigni. Para Benigni, ao construir a pista, o "Rio está recuperando uma modalidade que deixou de existir". Os atletas costumam enfrentar dificuldades para conseguir local de treinamento e patrocinadores. O ciclista carioca Renato Rezende, campeão panamericano de BMX, mora em São Paulo. Benigni acredita que o espaço poderá atrair atletas como Rezende e deve receber outros eventos esportivos após as Olimpíadas, como os mundiais de BMX e Supercross.
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esporte
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Em região de renda mais baixa, Rio-2016 apresenta pista de BMXO prefeito do Rio, Eduardo Paes, apresentou neste domingo (30) a pista de BMX que será usada durante as Olimpíadas de 2016, em Deodoro, zona oeste do Rio. Atualmente, os praticantes do esporte precisam treinar em Macaé, no norte fluminense, ou fora do estado do Rio e até do país. A estreia oficial será em 3 de outubro, quando ocorre o Desafio Internacional de BMX, que servirá como evento-teste da modalidade. "A maioria dos cariocas afirma que as Olimpíadas estão concentradas em áreas nobres. Para quem não é carioca, essa paisagem atrás da gente é o bairro Ricardo de Albuquerque [zona norte, região de renda mais baixa]", afirmou o prefeito, antes de pedalar pelo circuito. O projeto da pista de BMX considerou a topografia e os ventos, que podem interferir no desempenho dos competidores. Ainda falta a instalação da arquibancada temporária, que comportará 7,5 mil pessoas. A infraestrutura do local foi elogiada pelo presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, e pelo diretor da Fecierj (Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro), Cristian Benigni. Para Benigni, ao construir a pista, o "Rio está recuperando uma modalidade que deixou de existir". Os atletas costumam enfrentar dificuldades para conseguir local de treinamento e patrocinadores. O ciclista carioca Renato Rezende, campeão panamericano de BMX, mora em São Paulo. Benigni acredita que o espaço poderá atrair atletas como Rezende e deve receber outros eventos esportivos após as Olimpíadas, como os mundiais de BMX e Supercross.
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Jornalista ataca crença de que a sociedade é meritocrática
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Em quatro mensagens no Twitter, James Bloodworth, 33, explicou por que declinou convite para um artigo sobre seu novo livro, "O Mito da Meritocracia". 1) "Acabei de escrever sobre a dificuldade que jovens da classe trabalhadora têm em se dar bem em suas profissões por causa da proliferação do trabalho não remunerado". 2) "O [site] Huffington Post disse que parecia interessante. Me pediram para escrever algo". 3) "Infelizmente, não podiam me pagar –apesar de serem uma companhia multimilionária". 4) "Então, eis meu artigo: você faz parte do problema, Huffington. Fim". O britânico é menos lacônico nas 144 páginas da obra nas quais põe sob escrutínio a meritocracia –a "falsa ideia" de que, se você for bom e trabalhar duro, terá sua chance. Na Inglaterra, jovens ricos continuarão pegando os melhores trabalhos, e não só por terem acesso às melhores universidades. São também os mais propensos a aceitar trabalhar de graça no início da carreira, praxe em grandes companhias que, em troca, prometem "projeção". Em miúdos: "Você devia é agradecer, isso fará um bem danado para seu currículo". "Nos últimos anos, cresceu a 'cultura do estágio'. Um diploma universitário não basta mais." A tendência em áreas como publicidade, design e jornalismo fez da Inglaterra "a capital do trabalho não pago na Europa", diz o autor à Folha. Mas a conta não fecha para todos. "Você não pode, afinal, aguentar seis meses sem salário se tem contas a pagar. É exploração, simples assim." QUANDO CRESCER "O que você quer ser quando crescer?", perguntou-lhe um orientador vocacional. Aos 15, Bloodworth não fazia ideia –e "beber cerveja e caçar garotas" não parecia a resposta ortodoxa. Em 2014, escreveu no jornal "The Independent" sobre "por que insistimos nessa pergunta no momento em que a criança veste seu primeiro uniforme". Com isso, ela cresce com a falsa impressão de que pode ser médica, astronauta ou domadora de leões, se assim o quiser. No livro, ele fala de uma "distopia meritocrática", comparando-a "à pessoa na fila para comprar o tíquete da loteria preocupada em como gastará o prêmio". PAIS E FILHOS Filho da classe média ("a pequena burguesia, como marxistas diriam"), acha que ganhou seu bilhete premiado: a avó bancou sua universidade. Relatório de 2012 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico mostra que a Inglaterra é um dos países desenvolvidos onde os filhos mais provavelmente refletirão o desempenho econômico dos pais. A educação, "motor da mobilidade social", é uma fraqueza. Dos 20% mais pobres, 46% das mães não têm nenhuma qualificação. Entre os 20% mais ricos, 3%. Outra amostra: 54% dos cem maiores executivos e 70% dos juízes de altas cortes cursaram universidade privada; a média da população é 7%. "Mesmo o entretenimento é dominado por 'filhinhos de papai: 42% dos vencedores do Bafta [o Oscar britânico] estudaram em escolas particulares", afirma Bloodworth. A meritocracia é uma palavra sedutora para um país que ainda preserva sua monarquia e que há não muito tinha uma aristocracia hoje confinada à "Downton Abbey" da TV. O escritor Martin Amis lançou em 1984 o aclamado "Grana", sátira aos excessos da era Margaret Thatcher. Argumentou 30 anos depois, em documentário da BBC, que a sociedade aristocrática foi substituída por outra, a monetária. "Sempre foi assim nos EUA, e agora na Inglaterra também." Enviar seu filho para a Eton College, escola para garotos fundada em 1440 pelo rei da Inglaterra, não depende mais de um título de nobreza: agora é um "exercício do poder do dinheiro", segundo Amis. Para Bloodworth, é aí que a meritocracia derrapa. "Duas crianças. Os pais de uma são milionários, os da outra ganham salário mínimo. Elas de cara não terão chances iguais na vida." Ex-editor do site progressista Left Foot Forward e colunista do "International Business Times", ele chegou a escrever de graça para o Huffington Post. Decidiu criticar o site "pela ironia" de lhe negarem pagamento por um artigo sobre o dano causado pelo trabalho gratuito. A Folha procurou o Huffington Post para comentar, sem sucesso. "Estamos sempre com medo, como jornalistas ou em outra profissão qualquer, de reclamar publicamente dessas propostas. É assustador porque você acha que será visto como encrenqueiro e perderá trabalho." Eis sua "lição de casa": "É importante cortar esse papo furado sobre 'ganhar exposição' e apenas dizer não". The Myth of Meritocracy AUTOR James Bloodworth EDITORA Biteback Publishing QUANTO US$ 6 na amazon.com (144 págs.)
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mercado
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Jornalista ataca crença de que a sociedade é meritocráticaEm quatro mensagens no Twitter, James Bloodworth, 33, explicou por que declinou convite para um artigo sobre seu novo livro, "O Mito da Meritocracia". 1) "Acabei de escrever sobre a dificuldade que jovens da classe trabalhadora têm em se dar bem em suas profissões por causa da proliferação do trabalho não remunerado". 2) "O [site] Huffington Post disse que parecia interessante. Me pediram para escrever algo". 3) "Infelizmente, não podiam me pagar –apesar de serem uma companhia multimilionária". 4) "Então, eis meu artigo: você faz parte do problema, Huffington. Fim". O britânico é menos lacônico nas 144 páginas da obra nas quais põe sob escrutínio a meritocracia –a "falsa ideia" de que, se você for bom e trabalhar duro, terá sua chance. Na Inglaterra, jovens ricos continuarão pegando os melhores trabalhos, e não só por terem acesso às melhores universidades. São também os mais propensos a aceitar trabalhar de graça no início da carreira, praxe em grandes companhias que, em troca, prometem "projeção". Em miúdos: "Você devia é agradecer, isso fará um bem danado para seu currículo". "Nos últimos anos, cresceu a 'cultura do estágio'. Um diploma universitário não basta mais." A tendência em áreas como publicidade, design e jornalismo fez da Inglaterra "a capital do trabalho não pago na Europa", diz o autor à Folha. Mas a conta não fecha para todos. "Você não pode, afinal, aguentar seis meses sem salário se tem contas a pagar. É exploração, simples assim." QUANDO CRESCER "O que você quer ser quando crescer?", perguntou-lhe um orientador vocacional. Aos 15, Bloodworth não fazia ideia –e "beber cerveja e caçar garotas" não parecia a resposta ortodoxa. Em 2014, escreveu no jornal "The Independent" sobre "por que insistimos nessa pergunta no momento em que a criança veste seu primeiro uniforme". Com isso, ela cresce com a falsa impressão de que pode ser médica, astronauta ou domadora de leões, se assim o quiser. No livro, ele fala de uma "distopia meritocrática", comparando-a "à pessoa na fila para comprar o tíquete da loteria preocupada em como gastará o prêmio". PAIS E FILHOS Filho da classe média ("a pequena burguesia, como marxistas diriam"), acha que ganhou seu bilhete premiado: a avó bancou sua universidade. Relatório de 2012 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico mostra que a Inglaterra é um dos países desenvolvidos onde os filhos mais provavelmente refletirão o desempenho econômico dos pais. A educação, "motor da mobilidade social", é uma fraqueza. Dos 20% mais pobres, 46% das mães não têm nenhuma qualificação. Entre os 20% mais ricos, 3%. Outra amostra: 54% dos cem maiores executivos e 70% dos juízes de altas cortes cursaram universidade privada; a média da população é 7%. "Mesmo o entretenimento é dominado por 'filhinhos de papai: 42% dos vencedores do Bafta [o Oscar britânico] estudaram em escolas particulares", afirma Bloodworth. A meritocracia é uma palavra sedutora para um país que ainda preserva sua monarquia e que há não muito tinha uma aristocracia hoje confinada à "Downton Abbey" da TV. O escritor Martin Amis lançou em 1984 o aclamado "Grana", sátira aos excessos da era Margaret Thatcher. Argumentou 30 anos depois, em documentário da BBC, que a sociedade aristocrática foi substituída por outra, a monetária. "Sempre foi assim nos EUA, e agora na Inglaterra também." Enviar seu filho para a Eton College, escola para garotos fundada em 1440 pelo rei da Inglaterra, não depende mais de um título de nobreza: agora é um "exercício do poder do dinheiro", segundo Amis. Para Bloodworth, é aí que a meritocracia derrapa. "Duas crianças. Os pais de uma são milionários, os da outra ganham salário mínimo. Elas de cara não terão chances iguais na vida." Ex-editor do site progressista Left Foot Forward e colunista do "International Business Times", ele chegou a escrever de graça para o Huffington Post. Decidiu criticar o site "pela ironia" de lhe negarem pagamento por um artigo sobre o dano causado pelo trabalho gratuito. A Folha procurou o Huffington Post para comentar, sem sucesso. "Estamos sempre com medo, como jornalistas ou em outra profissão qualquer, de reclamar publicamente dessas propostas. É assustador porque você acha que será visto como encrenqueiro e perderá trabalho." Eis sua "lição de casa": "É importante cortar esse papo furado sobre 'ganhar exposição' e apenas dizer não". The Myth of Meritocracy AUTOR James Bloodworth EDITORA Biteback Publishing QUANTO US$ 6 na amazon.com (144 págs.)
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Delegado da Lava Jato questiona acidente e pede investigação
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Um dos principais investigadores da Operação Lava Jato, o delegado federal Marcio Adriano Anselmo pediu a investigação "a fundo" da morte do ministro Teori Zavascki, "na véspera da homologação da colaboração premiada da Odebrecht". "Esse 'acidente' deve ser investigado a fundo", escreveu em sua página no Facebook, destacando a palavra "acidente" entre aspas. Anselmo afirmou que a morte de Teori é "o prenúncio do fim de uma era" e disse que ele "lavou a alma do STF à frente da Lava Jato". "Surpreendeu a todos pelo extremo zelo com que suportou todo esse período conturbado", afirmou. À Folha, Anselmo disse que o post foi um "desabafo pessoal". "Ele fez história", afirmou. A Polícia Federal informou, por meio de nota, que abriu inquérito para apurar as causas do acidente aéreo que matou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Teori Zavascki, e outras três pessoas. Uma equipe de policiais especializados nesse tipo de investigação está a caminho de Paraty, segundo a PF. Paralelamente às investigações da PF e do MPF, o Ministério Público do Rio de Janeiro também determinou a instauração de inquérito policial para apurar as causas da queda do avião. A Promotoria diz que acompanha o caso com a Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MPRJ, dando apoio à apuração, e que vai aguardar a perícia do Cenipa para avaliar os próximos passos da investigação. Teori Zavascki, 68, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, morreu na tarde desta quinta-feira (19) em um acidente de avião na costa de Paraty (RJ). O Corpo de Bombeiros do Rio confirmou que ao menos três pessoas morreram na queda. De acordo com os bombeiros, o avião permanece submerso e três pessoas estão presas nas ferragens. Não há informações até o momento sobre demais ocupantes. A capacidade da aeronave é de sete pessoas, incluindo tripulantes. Juiz da corte desde 2012, ele era responsável pelos casos da Lava Jato que envolvem pessoas com foro privilegiado, como congressistas e ministros.
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poder
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Delegado da Lava Jato questiona acidente e pede investigaçãoUm dos principais investigadores da Operação Lava Jato, o delegado federal Marcio Adriano Anselmo pediu a investigação "a fundo" da morte do ministro Teori Zavascki, "na véspera da homologação da colaboração premiada da Odebrecht". "Esse 'acidente' deve ser investigado a fundo", escreveu em sua página no Facebook, destacando a palavra "acidente" entre aspas. Anselmo afirmou que a morte de Teori é "o prenúncio do fim de uma era" e disse que ele "lavou a alma do STF à frente da Lava Jato". "Surpreendeu a todos pelo extremo zelo com que suportou todo esse período conturbado", afirmou. À Folha, Anselmo disse que o post foi um "desabafo pessoal". "Ele fez história", afirmou. A Polícia Federal informou, por meio de nota, que abriu inquérito para apurar as causas do acidente aéreo que matou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Teori Zavascki, e outras três pessoas. Uma equipe de policiais especializados nesse tipo de investigação está a caminho de Paraty, segundo a PF. Paralelamente às investigações da PF e do MPF, o Ministério Público do Rio de Janeiro também determinou a instauração de inquérito policial para apurar as causas da queda do avião. A Promotoria diz que acompanha o caso com a Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MPRJ, dando apoio à apuração, e que vai aguardar a perícia do Cenipa para avaliar os próximos passos da investigação. Teori Zavascki, 68, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, morreu na tarde desta quinta-feira (19) em um acidente de avião na costa de Paraty (RJ). O Corpo de Bombeiros do Rio confirmou que ao menos três pessoas morreram na queda. De acordo com os bombeiros, o avião permanece submerso e três pessoas estão presas nas ferragens. Não há informações até o momento sobre demais ocupantes. A capacidade da aeronave é de sete pessoas, incluindo tripulantes. Juiz da corte desde 2012, ele era responsável pelos casos da Lava Jato que envolvem pessoas com foro privilegiado, como congressistas e ministros.
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Virgilio Viana: Água do rio Amazonas para o resto do Brasil
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A escassez de água é um problema que se agrava em todo o mundo, inclusive no Brasil. O cenário é extremamente preocupante, especialmente no contexto das mudanças climáticas globais. Segundo a ciência, secas extremas estarão cada vez mais frequentes ao longo deste século. Devemos nos preparar para isso e não tratar a seca de 2014 como um evento isolado. Existem alternativas para lidar com o problema da escassez, sendo algumas consensuais e simples e outras mais complexas, que exigem estudos de viabilidade. Comecemos pelas alternativas consensuais e óbvias. Primeiro, é necessário tratar os esgotos das cidades brasileiras. É inadmissível que a sétima economia do mundo trate apenas 38,7% do seu esgoto. Devemos ter uma meta clara para ter esgoto zero nos rios brasileiros. É necessário também controlar a poluição dos aquíferos subterrâneos brasileiros. Segundo, é necessário recuperar e restaurar a cobertura florestal das nascentes dos rios brasileiros. Não podemos assistir de maneira passiva à morte de rios como o São Francisco. Terceiro, é necessário melhorar a eficiência do uso da água, reduzindo perdas na rede de distribuição e o desperdício de água nas residências, na agricultura, na indústria e no setor de serviços. Devemos analisar também opções ousadas. Vale observar o que está sendo feito na China. Este país está prestes a concluir a primeira etapa da construção de três gigantescos canais que aproveitarão água dos principais rios do sul do país para o norte árido, onde fica a populosa capital Pequim. Esse projeto vai resultar no aproveitamento de 44,8 bilhões de metros cúbicos de água por ano, ao custo de 62 bilhões de dólares. A primeira grande obra de transporte de água na China foi o milenar Canal Central, construído 1409 anos atrás. A vazão anual média do rio Amazonas é de 132 milímetros cúbicos por segundo. A título de comparação, é 50 vezes maior do que a vazão do rio São Francisco e 100 vezes superior ao projeto da China. Proponho que seja instituída pela Presidência da República uma comissão de alto nível para analisar esse tema, coordenada por uma instituição de grande respeito como, por exemplo, a Academia Brasileira de Ciências. Esta comissão deveria ir à China e à Califórnia para analisar o que está sendo feito e realizar uma série de debates pelo Brasil. Esse amplo debate deve ter um forte caráter técnico e cientifico. Depois disso, feitos estes estudos e debates, caberia ao Governo Federal e o Congresso Nacional receber o relatório e avaliar a conveniência de transformá-lo em política de estado. A análise da viabilidade do aproveitamento da água da Amazônia deve responder algumas questões essenciais. Quais são as soluções tecnológicas para evitar que ocorra a invasão de espécies amazônicas nas demais bacias hidrográficas brasileiras? Qual é o limite de captação de água da Amazônia para evitar problemas ambientais, incluindo o aumento da salinização da água no estuário? Como fazer com que os principais beneficiários sejam os segmentos mais pobres do país? Quais são as soluções de engenharia para transportar a água? Qual seria o melhor traçado? Qual seria um orçamento aproximado e honesto? Quais são as tecnologias mais eficientes para atenuar os impactos ambientais, reduzir os custos e aumentar os benefícios sociais? O fornecimento de água da Amazônia para o Brasil não pode cometer erros do século passado e considerar que a água é uma dádiva da natureza a custo zero. Não há mais espaço para pensar na Amazônia como sendo um mero fornecedor de benefícios ao Brasil sem ter nenhuma compensação por isso. A melhor forma de conservar a Amazônia a longo prazo é valorizar economicamente a floresta em pé. A água dos rios amazônicos é um subproduto da floresta em pé. Utilizar a água do rio Amazonas é uma alternativa que deve ser analisada com seriedade. Não devemos embarcar no debate raso que frequentemente encontramos no Brasil. Não se trata de ser contra ou a favor, como numa discussão sobre futebol numa mesa de bar. O que defendo é que esta alternativa seja estudada de forma séria, utilizando o estado da arte da ciência e das tecnologias disponíveis. Além do desafio do projeto em si, temos o desafio de pensar em longo prazo, de maneira suprapartidária, acima das vaidades pessoais e institucionais - algo raro no Brasil. Trata-se de um projeto nacional, não de um programa de governo. VIRGILIO VIANA é superintendente geral da Fundação Amazonas Sustentável - FAS * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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opiniao
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Virgilio Viana: Água do rio Amazonas para o resto do BrasilA escassez de água é um problema que se agrava em todo o mundo, inclusive no Brasil. O cenário é extremamente preocupante, especialmente no contexto das mudanças climáticas globais. Segundo a ciência, secas extremas estarão cada vez mais frequentes ao longo deste século. Devemos nos preparar para isso e não tratar a seca de 2014 como um evento isolado. Existem alternativas para lidar com o problema da escassez, sendo algumas consensuais e simples e outras mais complexas, que exigem estudos de viabilidade. Comecemos pelas alternativas consensuais e óbvias. Primeiro, é necessário tratar os esgotos das cidades brasileiras. É inadmissível que a sétima economia do mundo trate apenas 38,7% do seu esgoto. Devemos ter uma meta clara para ter esgoto zero nos rios brasileiros. É necessário também controlar a poluição dos aquíferos subterrâneos brasileiros. Segundo, é necessário recuperar e restaurar a cobertura florestal das nascentes dos rios brasileiros. Não podemos assistir de maneira passiva à morte de rios como o São Francisco. Terceiro, é necessário melhorar a eficiência do uso da água, reduzindo perdas na rede de distribuição e o desperdício de água nas residências, na agricultura, na indústria e no setor de serviços. Devemos analisar também opções ousadas. Vale observar o que está sendo feito na China. Este país está prestes a concluir a primeira etapa da construção de três gigantescos canais que aproveitarão água dos principais rios do sul do país para o norte árido, onde fica a populosa capital Pequim. Esse projeto vai resultar no aproveitamento de 44,8 bilhões de metros cúbicos de água por ano, ao custo de 62 bilhões de dólares. A primeira grande obra de transporte de água na China foi o milenar Canal Central, construído 1409 anos atrás. A vazão anual média do rio Amazonas é de 132 milímetros cúbicos por segundo. A título de comparação, é 50 vezes maior do que a vazão do rio São Francisco e 100 vezes superior ao projeto da China. Proponho que seja instituída pela Presidência da República uma comissão de alto nível para analisar esse tema, coordenada por uma instituição de grande respeito como, por exemplo, a Academia Brasileira de Ciências. Esta comissão deveria ir à China e à Califórnia para analisar o que está sendo feito e realizar uma série de debates pelo Brasil. Esse amplo debate deve ter um forte caráter técnico e cientifico. Depois disso, feitos estes estudos e debates, caberia ao Governo Federal e o Congresso Nacional receber o relatório e avaliar a conveniência de transformá-lo em política de estado. A análise da viabilidade do aproveitamento da água da Amazônia deve responder algumas questões essenciais. Quais são as soluções tecnológicas para evitar que ocorra a invasão de espécies amazônicas nas demais bacias hidrográficas brasileiras? Qual é o limite de captação de água da Amazônia para evitar problemas ambientais, incluindo o aumento da salinização da água no estuário? Como fazer com que os principais beneficiários sejam os segmentos mais pobres do país? Quais são as soluções de engenharia para transportar a água? Qual seria o melhor traçado? Qual seria um orçamento aproximado e honesto? Quais são as tecnologias mais eficientes para atenuar os impactos ambientais, reduzir os custos e aumentar os benefícios sociais? O fornecimento de água da Amazônia para o Brasil não pode cometer erros do século passado e considerar que a água é uma dádiva da natureza a custo zero. Não há mais espaço para pensar na Amazônia como sendo um mero fornecedor de benefícios ao Brasil sem ter nenhuma compensação por isso. A melhor forma de conservar a Amazônia a longo prazo é valorizar economicamente a floresta em pé. A água dos rios amazônicos é um subproduto da floresta em pé. Utilizar a água do rio Amazonas é uma alternativa que deve ser analisada com seriedade. Não devemos embarcar no debate raso que frequentemente encontramos no Brasil. Não se trata de ser contra ou a favor, como numa discussão sobre futebol numa mesa de bar. O que defendo é que esta alternativa seja estudada de forma séria, utilizando o estado da arte da ciência e das tecnologias disponíveis. Além do desafio do projeto em si, temos o desafio de pensar em longo prazo, de maneira suprapartidária, acima das vaidades pessoais e institucionais - algo raro no Brasil. Trata-se de um projeto nacional, não de um programa de governo. VIRGILIO VIANA é superintendente geral da Fundação Amazonas Sustentável - FAS * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Ana C. teria herdeiros, entre os quais poetas gays da geração jovem
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Como dizia Bernard Shaw, o problema com a comunicação é acreditar que ela tenha ocorrido. Suponho que Felipe Fortuna esteja esperando que eu dê continuidade à discussão sobre o valor literário da produção de Ana Cristina Cesar. Suponho também que tenha preferido contar o número de caracteres de minha resposta a refletir sobre o que ali foi exposto. Não deveria haver grande comoção diante de um texto que descreve um evento como a Flip afirmando sua dimensão comercial. Não há novidade na afirmação de que se trata de evento voltado para a diversão, divulgação de autores e venda de livros. Ou na de que seu público majoritário tende à frivolidade da elite brasileira em geral. Tampouco deveria ser ofensivo ou particularmente irritante ler a festa a partir de uma perspectiva mais ampla, a de um evento entre tantos outros –nacionais e internacionais– alinhados à lógica espetacular da indústria cultural e do turismo. Uma cultura contemporânea que contribui para a transformação do escritor –autor de poesia, de ficção, crítico, biógrafo etc.– em performer de suas crenças éticas e estéticas, ou, no pior dos casos, animador de festas e feiras. No campo das artes, a deriva turística dos museus é uma discussão que já existe há décadas e não nos fez abandonar as grandes instituições museológicas nem pedir sua explosão. É desejável conviver com essa cultura sem sacralizá-la, ou frequentá-la com olhar menos rendido. O poeta e diplomata Felipe Fortuna, em sua resposta, não levou em conta minha crítica à aliança entre o jornalismo decadente e a espetacularização da literatura, um processo de dupla redenção que merecia ser notado. Creio ser mais produtivo para o debate atual repensar o papel e o alcance da curadoria e do jornalismo não a partir de um suposto ou ingênuo critério de pureza, mas em função de suas reais autonomia e potência crítica. No caso da homenageada, era necessário pensar cuidadosamente a questão da herança e a possibilidade que ela oferece de propor leitura menos viciada do problema da influência, uma vez que Ana C. teria também herdeiros, entre os quais poetas gays da geração jovem. Ou incorporar de modo coerente o atual debate feminista e seus impactos na abordagem da literatura, para além do mote "Flip das mulheres". Se hoje o contrário da crítica são o amor e a amizade, e se as opções de um crítico, vistas de fora, se resumem a enaltecer ou arruinar, se tudo pode ser dito mas toda crítica é compreendida como conchavo ou leviandade, então não há debate, mas diálogo de surdos e alguma blindagem. O fato de a festa literária envolver profissionais sérios não faz dela um objeto impermeável. Creio que um exercício de descrição dos modos de mediação da literatura seria mais necessário do que levantar a estranha lebre da "insuficiência" ou "magreza" dos livros de uma poeta. Diante desses curiosos argumentos, de fato, a motivação para redigir uma réplica stricto senso é pequena. Por fim, devolvo sua misteriosa afirmação: "Não neguei relevância à poeta homenageada; apontei, sim, a 'escassa relevância literária internacional' do Brasil". LAURA ERBER é escritora e professora do departamento de teoria do teatro da Unirio
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ilustrada
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Ana C. teria herdeiros, entre os quais poetas gays da geração jovemComo dizia Bernard Shaw, o problema com a comunicação é acreditar que ela tenha ocorrido. Suponho que Felipe Fortuna esteja esperando que eu dê continuidade à discussão sobre o valor literário da produção de Ana Cristina Cesar. Suponho também que tenha preferido contar o número de caracteres de minha resposta a refletir sobre o que ali foi exposto. Não deveria haver grande comoção diante de um texto que descreve um evento como a Flip afirmando sua dimensão comercial. Não há novidade na afirmação de que se trata de evento voltado para a diversão, divulgação de autores e venda de livros. Ou na de que seu público majoritário tende à frivolidade da elite brasileira em geral. Tampouco deveria ser ofensivo ou particularmente irritante ler a festa a partir de uma perspectiva mais ampla, a de um evento entre tantos outros –nacionais e internacionais– alinhados à lógica espetacular da indústria cultural e do turismo. Uma cultura contemporânea que contribui para a transformação do escritor –autor de poesia, de ficção, crítico, biógrafo etc.– em performer de suas crenças éticas e estéticas, ou, no pior dos casos, animador de festas e feiras. No campo das artes, a deriva turística dos museus é uma discussão que já existe há décadas e não nos fez abandonar as grandes instituições museológicas nem pedir sua explosão. É desejável conviver com essa cultura sem sacralizá-la, ou frequentá-la com olhar menos rendido. O poeta e diplomata Felipe Fortuna, em sua resposta, não levou em conta minha crítica à aliança entre o jornalismo decadente e a espetacularização da literatura, um processo de dupla redenção que merecia ser notado. Creio ser mais produtivo para o debate atual repensar o papel e o alcance da curadoria e do jornalismo não a partir de um suposto ou ingênuo critério de pureza, mas em função de suas reais autonomia e potência crítica. No caso da homenageada, era necessário pensar cuidadosamente a questão da herança e a possibilidade que ela oferece de propor leitura menos viciada do problema da influência, uma vez que Ana C. teria também herdeiros, entre os quais poetas gays da geração jovem. Ou incorporar de modo coerente o atual debate feminista e seus impactos na abordagem da literatura, para além do mote "Flip das mulheres". Se hoje o contrário da crítica são o amor e a amizade, e se as opções de um crítico, vistas de fora, se resumem a enaltecer ou arruinar, se tudo pode ser dito mas toda crítica é compreendida como conchavo ou leviandade, então não há debate, mas diálogo de surdos e alguma blindagem. O fato de a festa literária envolver profissionais sérios não faz dela um objeto impermeável. Creio que um exercício de descrição dos modos de mediação da literatura seria mais necessário do que levantar a estranha lebre da "insuficiência" ou "magreza" dos livros de uma poeta. Diante desses curiosos argumentos, de fato, a motivação para redigir uma réplica stricto senso é pequena. Por fim, devolvo sua misteriosa afirmação: "Não neguei relevância à poeta homenageada; apontei, sim, a 'escassa relevância literária internacional' do Brasil". LAURA ERBER é escritora e professora do departamento de teoria do teatro da Unirio
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Érika se recupera de frustração na semi e ganha bronze no Mundial
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A brasileira Érika Miranda, 28, conquistou a primeira medalha do país no Mundial de judô de Astana, no Cazaquistão. Nesta terça-feira (25), a judoca venceu a italiana Odette Giuffrida e garantiu a medalha de bronze na categoria até 52 kg. Ela saiu vitoriosa do tatame após a rival tomar uma punição quando faltavam 30 segundos para o término da luta. Érika disputou a medalha de bronze aproximadamente 30 minutos após ver escapar a chance de brigar pelo ouro. Na semifinal, a brasileira vencia a luta contra a japonesa Misato Nakamura, quando sofreu um wazari a menos de três segundos do final do combate. Antes da derrota para a japonesa, Érika fez três lutas praticamente perfeitas. Com um ippon, ela estreou com vitória sobre a armênia Zhanna Stankevich. Nas duas lutas seguintes, a brasileira venceu por estrangulamento a cazaque Lenariya Mingazova e Darya Skrypnik, de Belarus. Érika tem se convertido, desde o final de 2012, em uma das mais regulares judocas da seleção. Prova disso é que medalhou nos dois últimos Mundiais: foi prata no do Rio, em 2013, e bronze no de Cheliabinsk, há um ano. No Pan de Toronto, há um mês, foi a única mulher a sair com um ouro. Ainda nesta terça-feira, Charles Chibana (até 66 kg) foi eliminado logo na primeira rodada ao ser derrotado pelo chinês Duanbin Ma. Na segunda-feira, primeiro dia de competição, o Brasil não conquistou medalha.
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esporte
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Érika se recupera de frustração na semi e ganha bronze no MundialA brasileira Érika Miranda, 28, conquistou a primeira medalha do país no Mundial de judô de Astana, no Cazaquistão. Nesta terça-feira (25), a judoca venceu a italiana Odette Giuffrida e garantiu a medalha de bronze na categoria até 52 kg. Ela saiu vitoriosa do tatame após a rival tomar uma punição quando faltavam 30 segundos para o término da luta. Érika disputou a medalha de bronze aproximadamente 30 minutos após ver escapar a chance de brigar pelo ouro. Na semifinal, a brasileira vencia a luta contra a japonesa Misato Nakamura, quando sofreu um wazari a menos de três segundos do final do combate. Antes da derrota para a japonesa, Érika fez três lutas praticamente perfeitas. Com um ippon, ela estreou com vitória sobre a armênia Zhanna Stankevich. Nas duas lutas seguintes, a brasileira venceu por estrangulamento a cazaque Lenariya Mingazova e Darya Skrypnik, de Belarus. Érika tem se convertido, desde o final de 2012, em uma das mais regulares judocas da seleção. Prova disso é que medalhou nos dois últimos Mundiais: foi prata no do Rio, em 2013, e bronze no de Cheliabinsk, há um ano. No Pan de Toronto, há um mês, foi a única mulher a sair com um ouro. Ainda nesta terça-feira, Charles Chibana (até 66 kg) foi eliminado logo na primeira rodada ao ser derrotado pelo chinês Duanbin Ma. Na segunda-feira, primeiro dia de competição, o Brasil não conquistou medalha.
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Jogos pelo Brasil são marcados por gol nos acréscimos, pouco público em novo horário e Viola goleador
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A primeira rodada do Campeonato Brasileiro reservou grandes emoções para algumas torcidas. Em São Paulo, o Palmeiras por 2 a 1 até os 49 min do segundo tempo. Porém, Rafael Marques anotou o gol de empate aliviando a torcida palmeirense. No Rio Grande do sul, a história foi muito parecida. A Ponte Preta perdia o jogo por 3 a 2 até os 49, quando Diego Oliveira deixou tudo igual. - Além da emoção do jogo entre Grêmio e Ponte Preta, outro fato chamou atenção nesta primeira rodada da competição nacional. Esta foi a primeira partida a ser disputada às 11 da manhã. O horário teve baixa adesão dos torcedores em sua estreia: 13.164 foram à Arena do Grêmio, que tem capacidade para 60.540 pessoas. A ideia de fazer jogos neste horário do domingo partiu do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, que vê como boa opção para os torcedores. - Dos quatro times que subiram para a série A do Campeonato Brasileiro deste ano, nenhum conseguiu vencer na estreia da competição nacional. O Vasco não saiu de um empate em 0 a 0 contra o Goiás. O Joinville, que visitou o Fluminense, no Maracanã, foi derrotado por 1 a 0. Único paulista que conseguiu o acesso, a Ponte Preta arrancou um empate com o Grêmio. O mesmo aconteceu com o Avaí, que não saiu da igualdade com o Santos. - O Juventus goleou o Votuporanguense por 5 a 1 na manhã deste domingo (10), e assumiu a liderança do Grupo 2 do Campeonato Paulista A3. Com o resultado, a equipe da Mooca precisa de uma vitória nos dois próximos jogos para retornar à série A2 da competição. - No empate em 2 a 2 do Taboão da Serra contra a Portuguesa Santista pela segunda divisão do Campeonato Paulista, o destaque da partida foi o atacante Viola. O atacante de 46 anos, que já passou por Corinthians, Palmeiras, Santos, Flamengo entre outros, fez os dois gols da equipe do Taboão. Neste ano, o jogador retornou aos gramados e vêm se destacando na competição estadual.
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Jogos pelo Brasil são marcados por gol nos acréscimos, pouco público em novo horário e Viola goleadorA primeira rodada do Campeonato Brasileiro reservou grandes emoções para algumas torcidas. Em São Paulo, o Palmeiras por 2 a 1 até os 49 min do segundo tempo. Porém, Rafael Marques anotou o gol de empate aliviando a torcida palmeirense. No Rio Grande do sul, a história foi muito parecida. A Ponte Preta perdia o jogo por 3 a 2 até os 49, quando Diego Oliveira deixou tudo igual. - Além da emoção do jogo entre Grêmio e Ponte Preta, outro fato chamou atenção nesta primeira rodada da competição nacional. Esta foi a primeira partida a ser disputada às 11 da manhã. O horário teve baixa adesão dos torcedores em sua estreia: 13.164 foram à Arena do Grêmio, que tem capacidade para 60.540 pessoas. A ideia de fazer jogos neste horário do domingo partiu do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, que vê como boa opção para os torcedores. - Dos quatro times que subiram para a série A do Campeonato Brasileiro deste ano, nenhum conseguiu vencer na estreia da competição nacional. O Vasco não saiu de um empate em 0 a 0 contra o Goiás. O Joinville, que visitou o Fluminense, no Maracanã, foi derrotado por 1 a 0. Único paulista que conseguiu o acesso, a Ponte Preta arrancou um empate com o Grêmio. O mesmo aconteceu com o Avaí, que não saiu da igualdade com o Santos. - O Juventus goleou o Votuporanguense por 5 a 1 na manhã deste domingo (10), e assumiu a liderança do Grupo 2 do Campeonato Paulista A3. Com o resultado, a equipe da Mooca precisa de uma vitória nos dois próximos jogos para retornar à série A2 da competição. - No empate em 2 a 2 do Taboão da Serra contra a Portuguesa Santista pela segunda divisão do Campeonato Paulista, o destaque da partida foi o atacante Viola. O atacante de 46 anos, que já passou por Corinthians, Palmeiras, Santos, Flamengo entre outros, fez os dois gols da equipe do Taboão. Neste ano, o jogador retornou aos gramados e vêm se destacando na competição estadual.
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Artista tunisiano faz mural gigante em homenagem a bairro pobre do Cairo
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Em Manshiyat Naser, na periferia do Cairo, as construções não estão pintadas. Estão todas com o tijolo exposto, empoeiradas e sem decoração. Mas, em uma ruela coberta de lixo, surge uma casa branca. Mais adiante, uma alaranjada e outra azul. Vistas de perto, as casas não significam muito. Mas, visto de longe, o conjunto de 50 construções espalhadas pelo bairro formam um complicado desenho pintado pelo artista franco-tunisiano eL Seed, homenageando essa região periférica da capital. O trabalho foi realizado em um bairro conhecido por ser o lar de comunidades de lixeiros, em geral coptas (ramo egípcio do cristianismo). O mural foi iniciado no ano passado e concluído há duas semanas. As casas formam uma frase, desenhada em caligrafia, atribuída a um bispo copta do século 3: "Se alguém quiser ver a luz do Sol com clareza, precisa esfregar os olhos antes". A Folha visitou o bairro de Manshiyat Naser na quarta-feira (30). Os primeiros moradores questionados não souberam dizer exatamente onde estavam os desenhos. Mas, ao se aproximar do centro dessa região, semelhante a uma favela, a reportagem foi encaminhada a uma das construções pintadas por eL Seed e equipe. "Muitas pessoas têm vindo aqui para ver o grafite", diz Andro Adel, 17, que trabalha em um mercadinho local. Garçom na cafeteria Qasr al-Shuq, Ahmad Naser, 23, conta que os artistas envolvidos no projeto se integraram bem à comunidade. "Eram agradáveis, mas, quando acabou, foram embora", diz. Os moradores ouvidos pela reportagem, no entanto, não pareciam conhecer o significado exato da caligrafia de eL Seed. O analfabetismo, no Egito, chega a 25,9% dos cidadãos maiores de dez anos. Um dos clientes do café sugeriu que o desenho nas casas era "uma homenagem à civilização egípcia". O artista não respondeu aos pedidos de entrevista da Folha. Em seu site oficial, eL Seed —conhecido pela mistura de caligrafia com grafite, a "caligrafite"— escreveu que pensou o projeto "Percepção" como um questionamento à desinformação em relação a diferentes comunidades em uma sociedade. Os moradores de Manshiyat Naser são, afinal, discriminados no Egito devido ao seu trabalho com o lixo. Entre outras de suas iniciativas, eL Seed pintou também dentro do morro do Vidigal, no Rio de Janeiro. CRIATIVIDADE Manshiyat Naser está a meia hora de carro do centro do Cairo. Moram ali 260 mil pessoas, em uma região com carência de serviços básicos. Há, nos arredores, uma igreja construída em uma caverna, uma espécie de ponto turístico entre as pilhas de lixo. A Associação para a Proteção do Ambiente, liderada por Suzie Greiss, trabalha nessa região apoiando os moradores desde 1984. Ela diz que, ainda hoje, há carência de projetos artísticos no bairro. Um de seus projetos futuros é abrir galerias para exibir obras locais. "É importante que uma cultura se expresse artisticamente", diz Greiss. "Os moradores de Manshiyat Naser são criativos, quando têm a oportunidade. Mas eles não tiveram educação, e seus empregos coletando lixo são os mais baixos o possível." Diante do mural de eL Seed, Greiss afirmou que a obra é "inspiradora". O trabalho foi recebido com elogios na imprensa local, e foi relatado também pelo "New York Times" como uma ação sem precedentes no país. O grafite tem forte relação, no Egito, com os movimentos populares de 2011 que derrubaram o então ditador Hosni Mubarak. Desde então, e por vezes reprimidos pelo governo, artistas têm ido às ruas para manifestar-se. A icônica galeria local Townhouse, por exemplo, realizou uma exposição de grafite há alguns anos. PERSPECTIVA A reportagem da Folha caminhou pelo bairro durante o dia, em busca da perspectiva em que é possível ver todo o desenho. O artista eL Seed projetou essa ilustração para ser vista de um ponto específico, em uma montanha árida dos arredores. Como uma criatura fantástica, a caligrafia se formava aos poucos, e depois se desfazia, de acordo com o ângulo. Somente em uma igreja, no topo desse bairro, era possível ter uma ideia mais nítida do conjunto da obra. "É para ver da estrada, e não aqui dentro", diz Rabih Anwar, 24, catador de lixo.
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mundo
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Artista tunisiano faz mural gigante em homenagem a bairro pobre do CairoEm Manshiyat Naser, na periferia do Cairo, as construções não estão pintadas. Estão todas com o tijolo exposto, empoeiradas e sem decoração. Mas, em uma ruela coberta de lixo, surge uma casa branca. Mais adiante, uma alaranjada e outra azul. Vistas de perto, as casas não significam muito. Mas, visto de longe, o conjunto de 50 construções espalhadas pelo bairro formam um complicado desenho pintado pelo artista franco-tunisiano eL Seed, homenageando essa região periférica da capital. O trabalho foi realizado em um bairro conhecido por ser o lar de comunidades de lixeiros, em geral coptas (ramo egípcio do cristianismo). O mural foi iniciado no ano passado e concluído há duas semanas. As casas formam uma frase, desenhada em caligrafia, atribuída a um bispo copta do século 3: "Se alguém quiser ver a luz do Sol com clareza, precisa esfregar os olhos antes". A Folha visitou o bairro de Manshiyat Naser na quarta-feira (30). Os primeiros moradores questionados não souberam dizer exatamente onde estavam os desenhos. Mas, ao se aproximar do centro dessa região, semelhante a uma favela, a reportagem foi encaminhada a uma das construções pintadas por eL Seed e equipe. "Muitas pessoas têm vindo aqui para ver o grafite", diz Andro Adel, 17, que trabalha em um mercadinho local. Garçom na cafeteria Qasr al-Shuq, Ahmad Naser, 23, conta que os artistas envolvidos no projeto se integraram bem à comunidade. "Eram agradáveis, mas, quando acabou, foram embora", diz. Os moradores ouvidos pela reportagem, no entanto, não pareciam conhecer o significado exato da caligrafia de eL Seed. O analfabetismo, no Egito, chega a 25,9% dos cidadãos maiores de dez anos. Um dos clientes do café sugeriu que o desenho nas casas era "uma homenagem à civilização egípcia". O artista não respondeu aos pedidos de entrevista da Folha. Em seu site oficial, eL Seed —conhecido pela mistura de caligrafia com grafite, a "caligrafite"— escreveu que pensou o projeto "Percepção" como um questionamento à desinformação em relação a diferentes comunidades em uma sociedade. Os moradores de Manshiyat Naser são, afinal, discriminados no Egito devido ao seu trabalho com o lixo. Entre outras de suas iniciativas, eL Seed pintou também dentro do morro do Vidigal, no Rio de Janeiro. CRIATIVIDADE Manshiyat Naser está a meia hora de carro do centro do Cairo. Moram ali 260 mil pessoas, em uma região com carência de serviços básicos. Há, nos arredores, uma igreja construída em uma caverna, uma espécie de ponto turístico entre as pilhas de lixo. A Associação para a Proteção do Ambiente, liderada por Suzie Greiss, trabalha nessa região apoiando os moradores desde 1984. Ela diz que, ainda hoje, há carência de projetos artísticos no bairro. Um de seus projetos futuros é abrir galerias para exibir obras locais. "É importante que uma cultura se expresse artisticamente", diz Greiss. "Os moradores de Manshiyat Naser são criativos, quando têm a oportunidade. Mas eles não tiveram educação, e seus empregos coletando lixo são os mais baixos o possível." Diante do mural de eL Seed, Greiss afirmou que a obra é "inspiradora". O trabalho foi recebido com elogios na imprensa local, e foi relatado também pelo "New York Times" como uma ação sem precedentes no país. O grafite tem forte relação, no Egito, com os movimentos populares de 2011 que derrubaram o então ditador Hosni Mubarak. Desde então, e por vezes reprimidos pelo governo, artistas têm ido às ruas para manifestar-se. A icônica galeria local Townhouse, por exemplo, realizou uma exposição de grafite há alguns anos. PERSPECTIVA A reportagem da Folha caminhou pelo bairro durante o dia, em busca da perspectiva em que é possível ver todo o desenho. O artista eL Seed projetou essa ilustração para ser vista de um ponto específico, em uma montanha árida dos arredores. Como uma criatura fantástica, a caligrafia se formava aos poucos, e depois se desfazia, de acordo com o ângulo. Somente em uma igreja, no topo desse bairro, era possível ter uma ideia mais nítida do conjunto da obra. "É para ver da estrada, e não aqui dentro", diz Rabih Anwar, 24, catador de lixo.
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Mercosul, a hora do divórcio
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O Mercosul, como se sabe, está acéfalo desde o dia 1º. A acefalia, conforme compara um competente embaixador, equivale a uma greve geral do funcionalismo público, inclusive dos mais altos escalões. Ou seja, nenhuma decisão pode ser tomada, desde as triviais (convocar uma reunião, por exemplo) até as mais complexas (negociar acordos comerciais). É, pois, um problema sério, mas não é o mais grave na crise que levou o bloco ao pântano. Antes de passar ao mais grave, examinemos a quadratura do círculo que o Mercosul está tentando. Argentina, Brasil e Paraguai opõem-se à transferência da presidência de turno para a Venezuela, que, pela ordem alfabética, deveria assumi-la no segundo semestre. O pretexto utilizado para o veto é o de que a Venezuela não adotou internamente, no prazo a que se comprometeu, o compêndio de regras do bloco. De fato, não cumpriu, o que todos reconhecem, inclusive a própria Venezuela, que, no entanto, alega ter adotado mais regras até do que países fundadores do bloco, sem especificar qual ou quais. Se não cumpriu, Argentina, Brasil e Paraguai querem que a Venezuela seja rebaixada para uma espécie de segunda divisão, o que lhe tiraria o direito de presidir o bloco. Está até marcada para dia 23 uma reunião em que será debatido o rebaixamento e como ficaria a presidência. A proposta da Argentina, encampada pelo Brasil, é de uma presidência colegiada até o fim do ano (em 2017, a Argentina assumiria, retomando a ordem alfabética). Dois problemas surgem: primeiro, a obrigatoriedade de adotar decisões por consenso. O Uruguai já anunciou que não aceita a presidência colegiada e avisa que não existe, nas regras do conglomerado, a punição por não cumprimento de normas. Ou, posto de outra forma: a Venezuela não pode ser rebaixada a menos que se adote uma gambiarra jurídica a que o Uruguai se opõe. A quadratura do círculo não está, pois, à vista, o que tende a prolongar a paralisia do Mercosul. Passemos agora ao verdadeiro problema, que é a incompatibilidade ideológica entre a Venezuela e seus pares, explicitada, de resto, em comunicado oficial da própria chancelaria venezuelana. Diz a nota, emitida na terça-feira (16): "A República Bolivariana da Venezuela denuncia à comunidade internacional a persistência destes governos [Argentina, Brasil e Paraguai] em vulnerar os tratados constitutivos do Mercosul, fazendo prevalecer suas preferências políticas e ideológicas neoliberais sobre os genuínos interesses dos povos e seus processos de integração". Traduzindo: para a Venezuela, o neoliberalismo, suposto ou real, de seus parceiros é incompatível com a integração regional. Supõe-se, por extensão, que a integração tem que ser feita sob a égide do socialismo do século 21, adotado pela Venezuela e que é um dos mais redondos fracassos do século. Não basta, pois, discutir a relação (ou a presidência, no caso) no dia 23, se o problema é claramente de divórcio. A ver quem será o primeiro a reconhecer a realidade.
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Mercosul, a hora do divórcioO Mercosul, como se sabe, está acéfalo desde o dia 1º. A acefalia, conforme compara um competente embaixador, equivale a uma greve geral do funcionalismo público, inclusive dos mais altos escalões. Ou seja, nenhuma decisão pode ser tomada, desde as triviais (convocar uma reunião, por exemplo) até as mais complexas (negociar acordos comerciais). É, pois, um problema sério, mas não é o mais grave na crise que levou o bloco ao pântano. Antes de passar ao mais grave, examinemos a quadratura do círculo que o Mercosul está tentando. Argentina, Brasil e Paraguai opõem-se à transferência da presidência de turno para a Venezuela, que, pela ordem alfabética, deveria assumi-la no segundo semestre. O pretexto utilizado para o veto é o de que a Venezuela não adotou internamente, no prazo a que se comprometeu, o compêndio de regras do bloco. De fato, não cumpriu, o que todos reconhecem, inclusive a própria Venezuela, que, no entanto, alega ter adotado mais regras até do que países fundadores do bloco, sem especificar qual ou quais. Se não cumpriu, Argentina, Brasil e Paraguai querem que a Venezuela seja rebaixada para uma espécie de segunda divisão, o que lhe tiraria o direito de presidir o bloco. Está até marcada para dia 23 uma reunião em que será debatido o rebaixamento e como ficaria a presidência. A proposta da Argentina, encampada pelo Brasil, é de uma presidência colegiada até o fim do ano (em 2017, a Argentina assumiria, retomando a ordem alfabética). Dois problemas surgem: primeiro, a obrigatoriedade de adotar decisões por consenso. O Uruguai já anunciou que não aceita a presidência colegiada e avisa que não existe, nas regras do conglomerado, a punição por não cumprimento de normas. Ou, posto de outra forma: a Venezuela não pode ser rebaixada a menos que se adote uma gambiarra jurídica a que o Uruguai se opõe. A quadratura do círculo não está, pois, à vista, o que tende a prolongar a paralisia do Mercosul. Passemos agora ao verdadeiro problema, que é a incompatibilidade ideológica entre a Venezuela e seus pares, explicitada, de resto, em comunicado oficial da própria chancelaria venezuelana. Diz a nota, emitida na terça-feira (16): "A República Bolivariana da Venezuela denuncia à comunidade internacional a persistência destes governos [Argentina, Brasil e Paraguai] em vulnerar os tratados constitutivos do Mercosul, fazendo prevalecer suas preferências políticas e ideológicas neoliberais sobre os genuínos interesses dos povos e seus processos de integração". Traduzindo: para a Venezuela, o neoliberalismo, suposto ou real, de seus parceiros é incompatível com a integração regional. Supõe-se, por extensão, que a integração tem que ser feita sob a égide do socialismo do século 21, adotado pela Venezuela e que é um dos mais redondos fracassos do século. Não basta, pois, discutir a relação (ou a presidência, no caso) no dia 23, se o problema é claramente de divórcio. A ver quem será o primeiro a reconhecer a realidade.
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Superintendente da CBDA se entrega à Polícia Federal no Rio
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O superintendente da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), Ricardo de Moura, apresentou-se na noite de sexta-feira (7) a agentes da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Ele era o único cartola considerado foragido na operação realizada na quinta-feira (6) no Rio e em São Paulo. Moura ficará no prédio da Polícia Federal na capital fluminense até segunda (10), quando deverá ser transferido para penitenciária em Bangu, na zona oeste do Rio. Coaracy Nunes, comandante da entidade por quase três décadas, Ricardo Cabral, consultor de polo aquático, e Sergio Alvarenga, diretor financeiro, estão presos desde sexta na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8. Ela é a mesma que abriga Sérgio Cabral, ex-governador do Rio. Desde que Nunes se afastou do dia a dia da CBDA devido a problemas de saúde, há cerca de dois anos, foi Ricardo de Moura quem de fato comandou a entidade. Cabia-lhe definir orçamentos, aprová-los e até mesmo participar de reuniões com patrocinadores, principalmente os Correios -que agora diante do cenário afirmaram que pretendem rescindir o contrato de R$ 11,4 milhões que duraria até 2019. Moura e Nunes também costumavam desempenhar posições relevantes dentro da Federação Internacional de Natação. Em Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos, o superintendente geralmente se encarregava de ações na área de protocolo. Até setembro, quando o Ministério Público Federal em São Paulo estourou a operação e pediu afastamento da cúpula da entidade, Moura era o candidato da situação para a eleição para a presidência da confederação -que está suspensa judicialmente até segunda ordem. Em meio ao cenário, o superintendente desistiu da candidatura. Hoje, a CBDA é comandada por interventor, o advogado Gustavo Licks, nomeado pela Justiça. Os quatro dirigentes esportivas são acusados de desviar R$ 40 milhões em recursos públicos captados por meio de convênios e leis de fomento ao esporte, sobretudo com o Ministério do Esporte. A investigação é fruto de parceria entre a Polícia Federal e procuradores do Ministério Público Federal em São Paulo, com a participação da Controladoria-Geral da União. A denúncia foi feita com base em depoimentos de atletas, ex-atletas e empresários. Vários nadadores com participações em Jogos Olímpicos, como Joanna Maranhão, Nicholas dos Santos e Henrique Barbosa, deram depoimento aos procuradores. Segundo a polícia, as fraudes teriam acontecido em compras de passagens aéreas e equipamentos de natação e também no pagamento de hospedagem e premiações. Os dirigentes da confederação usariam empresas de fachada pertencentes a amigos para desviar parte do dinheiro pago em contratos. OUTRO LADO Na quinta-feira, o advogado Marcelo Franklin criticou as prisões dos dirigentes da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos). Segundo Franklin, que representa todo os presos, a decisão "salvo melhor juízo, foi dada por um juiz incompetente". "Não havia qualquer necessidade de uma providência como essa. Vão ser adotadas as medidas legais cabíveis", disse o advogado, que vai solicitar um habeas corpus para libertar Nunes, submetido a uma cirurgia na cabeça há cerca de um mês. De acordo com Franklin, a operação é uma "retaliação" à decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em São Paulo. Por três votos, a denúncia do Ministério Público foi considerada improcedente. No dia 20 de setembro do ano passado, o Ministério Público pediu o afastamento do então presidente Coaracy Nunes e de outros três dirigentes por fraude. Eles são acusados de superfaturar uma licitação de materiais esportivos. Segundo o MPF, uma empresa de fachada de São Paulo teria sido usada no esquema. "A compra foi esclarecida. Juntei mais de 800 páginas comprovando o negócio. Vamos trabalhar para que a situação seja contornada", disse Franklin. "Certamente, diante do que já foi julgado em São Paulo, que afasta essas irregularidades, e diante da ausência de competência daquele juízo. Essa decisão [as prisões dos cartolas] deve ser reformada muito em breve", acrescentou.
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esporte
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Superintendente da CBDA se entrega à Polícia Federal no RioO superintendente da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), Ricardo de Moura, apresentou-se na noite de sexta-feira (7) a agentes da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Ele era o único cartola considerado foragido na operação realizada na quinta-feira (6) no Rio e em São Paulo. Moura ficará no prédio da Polícia Federal na capital fluminense até segunda (10), quando deverá ser transferido para penitenciária em Bangu, na zona oeste do Rio. Coaracy Nunes, comandante da entidade por quase três décadas, Ricardo Cabral, consultor de polo aquático, e Sergio Alvarenga, diretor financeiro, estão presos desde sexta na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8. Ela é a mesma que abriga Sérgio Cabral, ex-governador do Rio. Desde que Nunes se afastou do dia a dia da CBDA devido a problemas de saúde, há cerca de dois anos, foi Ricardo de Moura quem de fato comandou a entidade. Cabia-lhe definir orçamentos, aprová-los e até mesmo participar de reuniões com patrocinadores, principalmente os Correios -que agora diante do cenário afirmaram que pretendem rescindir o contrato de R$ 11,4 milhões que duraria até 2019. Moura e Nunes também costumavam desempenhar posições relevantes dentro da Federação Internacional de Natação. Em Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos, o superintendente geralmente se encarregava de ações na área de protocolo. Até setembro, quando o Ministério Público Federal em São Paulo estourou a operação e pediu afastamento da cúpula da entidade, Moura era o candidato da situação para a eleição para a presidência da confederação -que está suspensa judicialmente até segunda ordem. Em meio ao cenário, o superintendente desistiu da candidatura. Hoje, a CBDA é comandada por interventor, o advogado Gustavo Licks, nomeado pela Justiça. Os quatro dirigentes esportivas são acusados de desviar R$ 40 milhões em recursos públicos captados por meio de convênios e leis de fomento ao esporte, sobretudo com o Ministério do Esporte. A investigação é fruto de parceria entre a Polícia Federal e procuradores do Ministério Público Federal em São Paulo, com a participação da Controladoria-Geral da União. A denúncia foi feita com base em depoimentos de atletas, ex-atletas e empresários. Vários nadadores com participações em Jogos Olímpicos, como Joanna Maranhão, Nicholas dos Santos e Henrique Barbosa, deram depoimento aos procuradores. Segundo a polícia, as fraudes teriam acontecido em compras de passagens aéreas e equipamentos de natação e também no pagamento de hospedagem e premiações. Os dirigentes da confederação usariam empresas de fachada pertencentes a amigos para desviar parte do dinheiro pago em contratos. OUTRO LADO Na quinta-feira, o advogado Marcelo Franklin criticou as prisões dos dirigentes da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos). Segundo Franklin, que representa todo os presos, a decisão "salvo melhor juízo, foi dada por um juiz incompetente". "Não havia qualquer necessidade de uma providência como essa. Vão ser adotadas as medidas legais cabíveis", disse o advogado, que vai solicitar um habeas corpus para libertar Nunes, submetido a uma cirurgia na cabeça há cerca de um mês. De acordo com Franklin, a operação é uma "retaliação" à decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em São Paulo. Por três votos, a denúncia do Ministério Público foi considerada improcedente. No dia 20 de setembro do ano passado, o Ministério Público pediu o afastamento do então presidente Coaracy Nunes e de outros três dirigentes por fraude. Eles são acusados de superfaturar uma licitação de materiais esportivos. Segundo o MPF, uma empresa de fachada de São Paulo teria sido usada no esquema. "A compra foi esclarecida. Juntei mais de 800 páginas comprovando o negócio. Vamos trabalhar para que a situação seja contornada", disse Franklin. "Certamente, diante do que já foi julgado em São Paulo, que afasta essas irregularidades, e diante da ausência de competência daquele juízo. Essa decisão [as prisões dos cartolas] deve ser reformada muito em breve", acrescentou.
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Nintendo lança seu primeiro jogo para smartphone no Japão
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A Nintendo lançou seu primeiro aplicativo para dispositivos móveis, o Miitomo, que, por enquanto, só está disponível no Japão. O jogo, gratuito, é baseado em interações e diálogos entre os avatares dos usuários –os Miis, personagens customizáveis da empresa, que estrearam em 2006 com o Wii. Será possível personalizar a aparência, a personalidade e até a voz dos Miis. Os avatares farão perguntas que devem ser respondidas pelos usuários (por exemplo: "Se você tivesse um desejo, qual seria?"), que depois compartilharão as respostas com os amigos, que podem enviar comentários. Também é possível criar imagens customizadas. A empresa ainda não divulgou o número de pessoas que fizeram o download do jogo. Com o aplicativo, a Nintendo espera entrar no mercado de jogos criados especialmente para dispositivos móveis, mais baratos, quando não, gratuitos. O Miitomo, disponível para os sistemas operacionais do Google e da Apple (Android e iOS, respectivamente), deve chegar antes do final do mês a outros 15 países, incluindo Estados Unidos, França, Reino Unido e Austrália, em oito idiomas –o Brasil está fora dessa lista. Apesar de a Nintendo continuar privilegiando os jogos para consoles (o 3DS e o Wii U), a empresa deve lançar outros quatro aplicativos no próximo ano em associação com a empresa japonesa DeNA.
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Nintendo lança seu primeiro jogo para smartphone no JapãoA Nintendo lançou seu primeiro aplicativo para dispositivos móveis, o Miitomo, que, por enquanto, só está disponível no Japão. O jogo, gratuito, é baseado em interações e diálogos entre os avatares dos usuários –os Miis, personagens customizáveis da empresa, que estrearam em 2006 com o Wii. Será possível personalizar a aparência, a personalidade e até a voz dos Miis. Os avatares farão perguntas que devem ser respondidas pelos usuários (por exemplo: "Se você tivesse um desejo, qual seria?"), que depois compartilharão as respostas com os amigos, que podem enviar comentários. Também é possível criar imagens customizadas. A empresa ainda não divulgou o número de pessoas que fizeram o download do jogo. Com o aplicativo, a Nintendo espera entrar no mercado de jogos criados especialmente para dispositivos móveis, mais baratos, quando não, gratuitos. O Miitomo, disponível para os sistemas operacionais do Google e da Apple (Android e iOS, respectivamente), deve chegar antes do final do mês a outros 15 países, incluindo Estados Unidos, França, Reino Unido e Austrália, em oito idiomas –o Brasil está fora dessa lista. Apesar de a Nintendo continuar privilegiando os jogos para consoles (o 3DS e o Wii U), a empresa deve lançar outros quatro aplicativos no próximo ano em associação com a empresa japonesa DeNA.
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Paulistanos criam abelhas em casa para preservar espécies nativas
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BRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO No quintal de sua casa no Ipiranga, zona sul de São Paulo, Gerson Luiz Pinheiro, 54, mantém 39 enxames de 13 espécies diferentes de abelha. São dessa criação, aliás, os insetos que estampam esta reportagem. "Comecei a criar por causa da minha filha caçula. Um dia, ela voltou da escola e disse que queria abelhas. Quando fui pesquisar, me deparei com esse mundo", conta o administrador de empresas. Ele se refere ao universo das espécies de abelhas nativas do Brasil. Fundador do grupo SOS Resgate de Abelhas Sem Ferrão, Pinheiro é um dos envolvidos no trabalho de preservação desses insetos melipolíneos –também conhecidos como abelhas sem ferrão. "Quando ouvem a palavra abelha, muita gente pensa em picada e mel. Mas nem toda abelha pica e o mel não é o mais importante. O importante é o trabalho de polinização." Pinheiro, portanto, não é um apicultor, e sim um meliponicultor –o primeiro nome é dado a criadores de espécies do gênero Apis (com ferrão). Formado em gestão ambiental pela USP, Celso Barbieri Jr., 25, também chegou a ter abelhas em seu apartamento de 42 m² em que vivia com a noiva e o gato no bairro da Liberdade. Hoje mantém seus dois enxames, das espécies jataí e mandaçaia, em uma casa na Vila Independência, também na zona sul. "Elas ficam em uma caixa, que simula o oco de uma árvore –onde estariam caso vivessem na natureza", explica o jovem, que diz contar com o apoio dos vizinhos. "Eles viram que eram inofensivas." Barbieri e Pinheiro são "guardiões" do grupo SOS Resgate de Abelhas sem Ferrão, que também realiza o resgate e reinserção de enxames em risco de serem destruídos. "Quando entram em contato nos avisando que há abelhas, pedimos para que enviem fotos para avaliarmos se o enxame é de nativas e se está em perigo", explica Pinheiro. "Se sim", continua, "fazemos o resgate, depois acondicionamos em uma caixa para que ele se reestabeleça e, depois de se recuperar em uma espécie de quarentena, levamos esse enxame a um de nossos 'guardiões' [pessoas interessadas em criá-las] ou instalamos em lugares públicos, como hortas e jardins." O que é diferente do trabalho de remoção, serviço fornecido por empresas privadas e pelo Centro de Controle de Zoonoses, ligado à Secretaria Municipal de Saúde. Esta prática é voltada para a retirada ou destruição, por pessoas capacitadas (com vestimenta e equipamentos de segurança), de enxames de abelhas com ferrão (as Apis). Com 60 anos de idade, Antonio Padovani Jr., mais conhecido como Toninho das Abelhas, realiza esse trabalho "todo dia o dia todo" há 32 anos. O caso mais recente que atendeu foi em um terreno de uma casa abandonada em Itaquera, zona leste. "Tinha um enxame na laje. Mas essas abelhas africanizadas atacam. Foi um pessoal tentar por fogo nelas, o que só as deixou irritadas. Acabou que mataram três cachorros", conta. Por "abelha africanizada" ele se refere a uma espécie surgida do cruzamento das Apis mellifera mellifera [conhecidas como abelha europeia, importadas para cá no século 19] com abelhas trazidas da África (Apis mellifera scutellata), no fim da década de 1950, com o objetivo de aumentar a produção de mel. São essas abelhas africanizadas as comumente vistas tentando entrar no seu refrigerante ou perto de alimentos. Segundo Toninho, são dos bairros arborizados da capital paulista onde ele mais recebe chamados. Ainda de acordo com o profissional, a maior incidência de problemas envolvendo abelhas ocorre na primavera e verão –o que, segundo o Centro de Controle de Zoonose, se dá em razão de o ciclo de vida desses animais estar associado a fatores como temperatura e pluviosidade. Toninho, porém, que cobra em média R$ 200 pelo serviço ("depende da situação") diz não exterminar os animais. "Só trago abelha viva". Ele possui apiários no interior de SP. "A morte da abelhas do gênero Apis é permitida. De nativas, não. É crime", explica Gerson Pinheiro. Dados do Ministério da Saúde mostram que em 2015 foram registrados 2.158 acidentes com abelhas no Estado de SP, com quatro mortes. Em 2014 foram 2.563 casos (cinco mortes). EXTINÇÃO E POLINIZAÇÃO Segundo portaria do Ministério do Meio Ambiente publicada em 2014, há quatro espécies abelhas ameaçadas de extinção no Brasil: Melipona capixaba, Melipona rufiventris, Melipona scutellaris e Partamona littoralis. De acordo com o analista ambiental Ceres Belchior, a diminuição nas populações de abelhas acontece também em outros países. "A queda de abelhas registrada mundialmente se refere à espécie Apis mellifera. Ela não está ameaçada, mas o declínio é expressivo e impacta na produtividade agrícola", explica o técnico ligado ao Ministério. Esse fato pode ser atribuído à perda de seus ambientes naturais e ao uso de agrotóxicos. "Abelhas são polinizadoras. Sem elas plantas não reproduzem, portanto as populações de animais que dependem dessas plantas também declinam."
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saopaulo
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Paulistanos criam abelhas em casa para preservar espécies nativasBRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO No quintal de sua casa no Ipiranga, zona sul de São Paulo, Gerson Luiz Pinheiro, 54, mantém 39 enxames de 13 espécies diferentes de abelha. São dessa criação, aliás, os insetos que estampam esta reportagem. "Comecei a criar por causa da minha filha caçula. Um dia, ela voltou da escola e disse que queria abelhas. Quando fui pesquisar, me deparei com esse mundo", conta o administrador de empresas. Ele se refere ao universo das espécies de abelhas nativas do Brasil. Fundador do grupo SOS Resgate de Abelhas Sem Ferrão, Pinheiro é um dos envolvidos no trabalho de preservação desses insetos melipolíneos –também conhecidos como abelhas sem ferrão. "Quando ouvem a palavra abelha, muita gente pensa em picada e mel. Mas nem toda abelha pica e o mel não é o mais importante. O importante é o trabalho de polinização." Pinheiro, portanto, não é um apicultor, e sim um meliponicultor –o primeiro nome é dado a criadores de espécies do gênero Apis (com ferrão). Formado em gestão ambiental pela USP, Celso Barbieri Jr., 25, também chegou a ter abelhas em seu apartamento de 42 m² em que vivia com a noiva e o gato no bairro da Liberdade. Hoje mantém seus dois enxames, das espécies jataí e mandaçaia, em uma casa na Vila Independência, também na zona sul. "Elas ficam em uma caixa, que simula o oco de uma árvore –onde estariam caso vivessem na natureza", explica o jovem, que diz contar com o apoio dos vizinhos. "Eles viram que eram inofensivas." Barbieri e Pinheiro são "guardiões" do grupo SOS Resgate de Abelhas sem Ferrão, que também realiza o resgate e reinserção de enxames em risco de serem destruídos. "Quando entram em contato nos avisando que há abelhas, pedimos para que enviem fotos para avaliarmos se o enxame é de nativas e se está em perigo", explica Pinheiro. "Se sim", continua, "fazemos o resgate, depois acondicionamos em uma caixa para que ele se reestabeleça e, depois de se recuperar em uma espécie de quarentena, levamos esse enxame a um de nossos 'guardiões' [pessoas interessadas em criá-las] ou instalamos em lugares públicos, como hortas e jardins." O que é diferente do trabalho de remoção, serviço fornecido por empresas privadas e pelo Centro de Controle de Zoonoses, ligado à Secretaria Municipal de Saúde. Esta prática é voltada para a retirada ou destruição, por pessoas capacitadas (com vestimenta e equipamentos de segurança), de enxames de abelhas com ferrão (as Apis). Com 60 anos de idade, Antonio Padovani Jr., mais conhecido como Toninho das Abelhas, realiza esse trabalho "todo dia o dia todo" há 32 anos. O caso mais recente que atendeu foi em um terreno de uma casa abandonada em Itaquera, zona leste. "Tinha um enxame na laje. Mas essas abelhas africanizadas atacam. Foi um pessoal tentar por fogo nelas, o que só as deixou irritadas. Acabou que mataram três cachorros", conta. Por "abelha africanizada" ele se refere a uma espécie surgida do cruzamento das Apis mellifera mellifera [conhecidas como abelha europeia, importadas para cá no século 19] com abelhas trazidas da África (Apis mellifera scutellata), no fim da década de 1950, com o objetivo de aumentar a produção de mel. São essas abelhas africanizadas as comumente vistas tentando entrar no seu refrigerante ou perto de alimentos. Segundo Toninho, são dos bairros arborizados da capital paulista onde ele mais recebe chamados. Ainda de acordo com o profissional, a maior incidência de problemas envolvendo abelhas ocorre na primavera e verão –o que, segundo o Centro de Controle de Zoonose, se dá em razão de o ciclo de vida desses animais estar associado a fatores como temperatura e pluviosidade. Toninho, porém, que cobra em média R$ 200 pelo serviço ("depende da situação") diz não exterminar os animais. "Só trago abelha viva". Ele possui apiários no interior de SP. "A morte da abelhas do gênero Apis é permitida. De nativas, não. É crime", explica Gerson Pinheiro. Dados do Ministério da Saúde mostram que em 2015 foram registrados 2.158 acidentes com abelhas no Estado de SP, com quatro mortes. Em 2014 foram 2.563 casos (cinco mortes). EXTINÇÃO E POLINIZAÇÃO Segundo portaria do Ministério do Meio Ambiente publicada em 2014, há quatro espécies abelhas ameaçadas de extinção no Brasil: Melipona capixaba, Melipona rufiventris, Melipona scutellaris e Partamona littoralis. De acordo com o analista ambiental Ceres Belchior, a diminuição nas populações de abelhas acontece também em outros países. "A queda de abelhas registrada mundialmente se refere à espécie Apis mellifera. Ela não está ameaçada, mas o declínio é expressivo e impacta na produtividade agrícola", explica o técnico ligado ao Ministério. Esse fato pode ser atribuído à perda de seus ambientes naturais e ao uso de agrotóxicos. "Abelhas são polinizadoras. Sem elas plantas não reproduzem, portanto as populações de animais que dependem dessas plantas também declinam."
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Paulistanos usam cisternas caseiras para água da chuva; saiba como fazer
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PERI PANE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Parece mentira. Mas, sim, água cai do céu. E é de graça (ainda). De olho nesse recurso natural, um grupo criou o movimento Cisterna Já, depois de coletar sugestões sustentáveis para enfrentar a então iminente crise hídrica, no primeiro semestre de 2014. De todas as sugestões, a cisterna (um reservatório de água da chuva) foi eleita a solução mais imediata e barata. "Se você fizer uma cisterna hoje e chover, já começa a captar água. Uma solução em 24 horas", diz a jornalista Claudia Visoni, uma das criadoras do Cisterna Já. Segundo ela, o movimento busca a disseminação da ideia e o "empoderamento" da população para a coleta de águas pluviais. "Também queremos influenciar a política pública. O uso das cisternas deveria ser incentivado pelo governo. Escolas, creches, hospitais já poderiam estar equipados", diz Visoni. Na página www.cisternaja.com, há um manual gratuito para a construção de cisternas urbanas, além de contatos de instaladores e informações sobre cursos, oficinas e mutirões. O manual disponível no site é de um modelo compacto de captação e armazenamento de água da chuva batizado de minicisterna. O sistema foi desenvolvido pelo técnico agropecuário Edison Urbano, 56, e pode ser acoplado em calhas de telhados comuns. MONTAGEM Para montar uma minicisterna é preciso uma bombona de 200 litros (ou outro tipo de reservatório), tubos de conexão, tela mosquiteiro, cola e ferramentas como serra e furadeira. Um vídeo mostra, passo a passo, a montagem de uma minicisterna no site www.sempresustentavel.com, criado por Urbano, que há mais de dez anos desenvolve projetos sustentáveis experimentais de baixo custo. De acordo com ele, a minicisterna pode economizar até 50% do uso doméstico da água. O filtro e um sistema de descarte do primeiro fluxo da chuva ajudam a melhorar a qualidade da água armazenada. É importante ressaltar que a água da chuva em cidades como São Paulo não é potável, mas pode ser usada para lavar o quintal, regar as plantas e dar descarga em vasos sanitários. Em uma casa popular com uma área de telhado de 25 a 30 metros quadrados, bastam 15 minutos de uma chuva média (de 10 a 20 milímetros) para encher a cisterna. EM FALTA Difícil é encontrar os reservatórios para armazenar a água. "As bombonas evaporaram do mercado. Até o meio do ano passado, eu comprava por R$ 30. Hoje, não se acha por menos de R$ 90. Alguns lugares vendem por R$ 120", diz Urbano. Agora, o custo da minicisterna varia de R$ 150 a R$ 300. "Depois do anúncio da diretoria da Sabesp [sobre o rodízio de cinco dias], a procura aumentou bastante", afirma Marcos Roberto, 43, dono do Lar dos Tambores, na Vila Nova Cachoeirinha (zona norte). Lá, as bombonas de 200 litros custam de R$ 80 a R$ 170. Na última terça-feira (3), não havia nenhuma para vender. Uma mercearia nas redondezas, que vende galões menores, de 80 litros, também estava com as prateleiras vazias. "Acabei de encomendar 300 peças", afirmou o dono, Evandro de Melo Souza, 40, que no último mês vendeu cerca de 50 unidades. COLETIVIDADE A despeito do clima de salve-se quem puder, despontam na cidade pequenas ações coletivas. Terezinha Camargo da Silva, 59, coordenadora de uma padaria comunitária em São Mateus (zona leste), aprendeu a fazer as cisternas com Edison Urbano e disponibilizou seu quintal para ensinar pessoas da comunidade, além de organizar mutirões. Depois de fazer sua própria cisterna em casa, no Sumaré, zona oeste, o músico Pedro Queiroz Bruschi, 27, também resolveu fazer uma oficina em seu quintal para amigos, vizinhos e interessados que viram o anúncio em rede social na internet. A ideia vingou. E o músico já conseguiu mais bombonas para fazer outras oficinas abertas no parque Augusta e na favela do Moinho. "Nada melhor do que pegar essa situação, que pode ser caótica, desesperadora e agressiva, e reverter para um momento de encontro, de troca e de solidariedade", afirma Bruschi.
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saopaulo
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Paulistanos usam cisternas caseiras para água da chuva; saiba como fazerPERI PANE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Parece mentira. Mas, sim, água cai do céu. E é de graça (ainda). De olho nesse recurso natural, um grupo criou o movimento Cisterna Já, depois de coletar sugestões sustentáveis para enfrentar a então iminente crise hídrica, no primeiro semestre de 2014. De todas as sugestões, a cisterna (um reservatório de água da chuva) foi eleita a solução mais imediata e barata. "Se você fizer uma cisterna hoje e chover, já começa a captar água. Uma solução em 24 horas", diz a jornalista Claudia Visoni, uma das criadoras do Cisterna Já. Segundo ela, o movimento busca a disseminação da ideia e o "empoderamento" da população para a coleta de águas pluviais. "Também queremos influenciar a política pública. O uso das cisternas deveria ser incentivado pelo governo. Escolas, creches, hospitais já poderiam estar equipados", diz Visoni. Na página www.cisternaja.com, há um manual gratuito para a construção de cisternas urbanas, além de contatos de instaladores e informações sobre cursos, oficinas e mutirões. O manual disponível no site é de um modelo compacto de captação e armazenamento de água da chuva batizado de minicisterna. O sistema foi desenvolvido pelo técnico agropecuário Edison Urbano, 56, e pode ser acoplado em calhas de telhados comuns. MONTAGEM Para montar uma minicisterna é preciso uma bombona de 200 litros (ou outro tipo de reservatório), tubos de conexão, tela mosquiteiro, cola e ferramentas como serra e furadeira. Um vídeo mostra, passo a passo, a montagem de uma minicisterna no site www.sempresustentavel.com, criado por Urbano, que há mais de dez anos desenvolve projetos sustentáveis experimentais de baixo custo. De acordo com ele, a minicisterna pode economizar até 50% do uso doméstico da água. O filtro e um sistema de descarte do primeiro fluxo da chuva ajudam a melhorar a qualidade da água armazenada. É importante ressaltar que a água da chuva em cidades como São Paulo não é potável, mas pode ser usada para lavar o quintal, regar as plantas e dar descarga em vasos sanitários. Em uma casa popular com uma área de telhado de 25 a 30 metros quadrados, bastam 15 minutos de uma chuva média (de 10 a 20 milímetros) para encher a cisterna. EM FALTA Difícil é encontrar os reservatórios para armazenar a água. "As bombonas evaporaram do mercado. Até o meio do ano passado, eu comprava por R$ 30. Hoje, não se acha por menos de R$ 90. Alguns lugares vendem por R$ 120", diz Urbano. Agora, o custo da minicisterna varia de R$ 150 a R$ 300. "Depois do anúncio da diretoria da Sabesp [sobre o rodízio de cinco dias], a procura aumentou bastante", afirma Marcos Roberto, 43, dono do Lar dos Tambores, na Vila Nova Cachoeirinha (zona norte). Lá, as bombonas de 200 litros custam de R$ 80 a R$ 170. Na última terça-feira (3), não havia nenhuma para vender. Uma mercearia nas redondezas, que vende galões menores, de 80 litros, também estava com as prateleiras vazias. "Acabei de encomendar 300 peças", afirmou o dono, Evandro de Melo Souza, 40, que no último mês vendeu cerca de 50 unidades. COLETIVIDADE A despeito do clima de salve-se quem puder, despontam na cidade pequenas ações coletivas. Terezinha Camargo da Silva, 59, coordenadora de uma padaria comunitária em São Mateus (zona leste), aprendeu a fazer as cisternas com Edison Urbano e disponibilizou seu quintal para ensinar pessoas da comunidade, além de organizar mutirões. Depois de fazer sua própria cisterna em casa, no Sumaré, zona oeste, o músico Pedro Queiroz Bruschi, 27, também resolveu fazer uma oficina em seu quintal para amigos, vizinhos e interessados que viram o anúncio em rede social na internet. A ideia vingou. E o músico já conseguiu mais bombonas para fazer outras oficinas abertas no parque Augusta e na favela do Moinho. "Nada melhor do que pegar essa situação, que pode ser caótica, desesperadora e agressiva, e reverter para um momento de encontro, de troca e de solidariedade", afirma Bruschi.
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Deputado do PT vira réu na Lava Jato no STF
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O deputado federal Vander Loubet (PT-MS) virou réu no STF (Supremo Federal Tribunal) nesta terça-feira (14). Loubet é sobrinho do ex-governador Zeca do PT (MS). Ele foi denunciado em dezembro pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por envolvimento em corrupção no esquema da Operação Lava Jato. O inquérito foi um dos primeiros abertos na Lava Jato a pedido da PGR, em março de 2015 Loubet é acusado de formar organização criminosa relacionada à BR Distribuidora, lavagem de dinheiro e de corrupção passiva no valor de R$ 1 milhão entre 2012 e 2014, junto a outras quatro pessoas: o ex-ministro Pedro Paulo Leoni Ramos, ligado ao senador Fernando Collor (PTB-AL), Ademar Chagas (cunhado de Loubet), Fabiane Karina Miranda (sócia de Chagas) e Roseli Loubet (esposa do deputado). STF A denúncia foi recebida por unanimidade pelos ministros da Segunda Turma do STF, da qual fazem parte o relator da Lava Jato, Edson Fachin, e os ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. Loubet e Chagas vão responder por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Leoni Ramos vai responder pelas duas primeiras acusações. As denúncias contra Fabiane e Roseli foram rejeitadas. DEFESA A defesa de Loubet sustentou que a denúncia tem como base apenas "ilações e suposições" e não aponta indícios mínimos de participação dele nos atos criminosos. Além disso, a movimentação financeira entre Chagas e Leoni Ramos foi um empréstimo, segundo a defesa, e o deputado não sabia que parte do montante seria usado para quitar dívidas de sua campanha eleitoral de 2012. Já a defesa de Chagas afirmou que não há indícios de que ele tenha recebido qualquer valor da BR Distribuidora ou de outra empresa envolvida na investigação. A defesa de Leoni Ramos afirmou que haveria falta de justa causa para ação penal.
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poder
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Deputado do PT vira réu na Lava Jato no STFO deputado federal Vander Loubet (PT-MS) virou réu no STF (Supremo Federal Tribunal) nesta terça-feira (14). Loubet é sobrinho do ex-governador Zeca do PT (MS). Ele foi denunciado em dezembro pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por envolvimento em corrupção no esquema da Operação Lava Jato. O inquérito foi um dos primeiros abertos na Lava Jato a pedido da PGR, em março de 2015 Loubet é acusado de formar organização criminosa relacionada à BR Distribuidora, lavagem de dinheiro e de corrupção passiva no valor de R$ 1 milhão entre 2012 e 2014, junto a outras quatro pessoas: o ex-ministro Pedro Paulo Leoni Ramos, ligado ao senador Fernando Collor (PTB-AL), Ademar Chagas (cunhado de Loubet), Fabiane Karina Miranda (sócia de Chagas) e Roseli Loubet (esposa do deputado). STF A denúncia foi recebida por unanimidade pelos ministros da Segunda Turma do STF, da qual fazem parte o relator da Lava Jato, Edson Fachin, e os ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. Loubet e Chagas vão responder por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Leoni Ramos vai responder pelas duas primeiras acusações. As denúncias contra Fabiane e Roseli foram rejeitadas. DEFESA A defesa de Loubet sustentou que a denúncia tem como base apenas "ilações e suposições" e não aponta indícios mínimos de participação dele nos atos criminosos. Além disso, a movimentação financeira entre Chagas e Leoni Ramos foi um empréstimo, segundo a defesa, e o deputado não sabia que parte do montante seria usado para quitar dívidas de sua campanha eleitoral de 2012. Já a defesa de Chagas afirmou que não há indícios de que ele tenha recebido qualquer valor da BR Distribuidora ou de outra empresa envolvida na investigação. A defesa de Leoni Ramos afirmou que haveria falta de justa causa para ação penal.
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O homem e a baleia
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RIO DE JANEIRO - Foi há muito tempo, ele estava bêbado, das poucas vezes em que o vira bêbado, assumidamente bêbado. Houve época em que bebia muito, mas nunca exagerava, mesmo quando exagerava, tinha um truque (era cheio de truques) para dar a impressão de que continuava sóbrio, apenas mais lúcido do que o habitual. Quando bebia, ficava insuportavelmente lógico. No início de uma noite de verão, olhando as luzes de Praiano, no pátio do Hotel San Pietro, em Positano, ele explicaria como se caçavam as baleias-assassinas, o canhão que atirava o arpão, a corda que ia se desenrolando, serpente e algema, o ferro penetrando na carne da baleia pela fenda aberta em seu corpo formidável. Não perceberia que o oceano inteiro, que até então lhe pertencera, teria agora o tamanho de sua chaga; ela fugia com a fúria de suas colossais nadadeiras e sua ira era tão violenta que logo se afastava e se afastava muito, sem saber que, além do ferro e da corda-algema, havia dois olhos vivos do homem que a cobiçava e tinha a certeza que ela seria dele. E por saber que a baleia-assassina estava marcada, o homem adivinhava o que ela estaria sentindo, julgando-se livre, senhora das águas todas. Depois era a fadiga, a derrota da fera que trazia em sua carne o emblema vermelho da fenda ensanguentada. Ela chegava, afinal, mansamente, acreditando que estava apenas cansada de lutar. Encostava o corpo no casco enferrujado do navio –aquela ferrugem cor de ouro velho que o sangue dela manchava. Teria forças para lutar, seu enorme corpo ainda estava quente, boiando na água que o próprio sangue fazia morna. Agora ela sabia que o seu destino –ela, senhora das águas, assassina dos mares– era ser possuída pela gula do homem que a desejara. Mas seria livre no oceano que lhe sobrara.
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O homem e a baleiaRIO DE JANEIRO - Foi há muito tempo, ele estava bêbado, das poucas vezes em que o vira bêbado, assumidamente bêbado. Houve época em que bebia muito, mas nunca exagerava, mesmo quando exagerava, tinha um truque (era cheio de truques) para dar a impressão de que continuava sóbrio, apenas mais lúcido do que o habitual. Quando bebia, ficava insuportavelmente lógico. No início de uma noite de verão, olhando as luzes de Praiano, no pátio do Hotel San Pietro, em Positano, ele explicaria como se caçavam as baleias-assassinas, o canhão que atirava o arpão, a corda que ia se desenrolando, serpente e algema, o ferro penetrando na carne da baleia pela fenda aberta em seu corpo formidável. Não perceberia que o oceano inteiro, que até então lhe pertencera, teria agora o tamanho de sua chaga; ela fugia com a fúria de suas colossais nadadeiras e sua ira era tão violenta que logo se afastava e se afastava muito, sem saber que, além do ferro e da corda-algema, havia dois olhos vivos do homem que a cobiçava e tinha a certeza que ela seria dele. E por saber que a baleia-assassina estava marcada, o homem adivinhava o que ela estaria sentindo, julgando-se livre, senhora das águas todas. Depois era a fadiga, a derrota da fera que trazia em sua carne o emblema vermelho da fenda ensanguentada. Ela chegava, afinal, mansamente, acreditando que estava apenas cansada de lutar. Encostava o corpo no casco enferrujado do navio –aquela ferrugem cor de ouro velho que o sangue dela manchava. Teria forças para lutar, seu enorme corpo ainda estava quente, boiando na água que o próprio sangue fazia morna. Agora ela sabia que o seu destino –ela, senhora das águas, assassina dos mares– era ser possuída pela gula do homem que a desejara. Mas seria livre no oceano que lhe sobrara.
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Governo Kirchner questiona estado de saúde de juiz de 97 anos na Argentina
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O governo da presidente Cristina Kirchner faz uma dura investida contra o Poder Judiciário na Argentina. Neste momento, a presidente está questionando o mandato do juiz da Suprema Corte Carlos Fayt, de 97 anos. Embora lei aprovada na Argentina em 1994 estabeleça a aposentadoria compulsória de juízes aos 75 anos, Fayt conseguiu sobrevida no posto porque ingressou na Justiça e derrubou, em julgamento em 1999, a regra para o seu caso. Ele integra a Suprema Corte argentina desde a redemocratização do país, em 1983. Na noite de domingo (10), a presidente expressou pelas redes sociais dúvidas sobre as condições físicas e intelectuais de Fayt, citando um artigo do jornal "El Tiempo Argentino", publicação simpática ao governo. As críticas sobre o estado de saúde do juiz surgiram após a revelação de que ele teria assinado de casa um documento apoiando a reeleição do atual presidente da Suprema Corte, Ricardo Lorenzetti, para o comando do Judiciário. Integrantes do governo, como o chefe de gabinete, Aníbal Fernández, pressionam para que Fayt apareça em público para demonstrar que está apto para a função que ocupa. No sábado (9), o juiz deu entrevista a uma rádio local, para tentar conter as dúvidas. Mas não bastou: os aliados do governo insistem em uma investigação sobre o estado de saúde de Fayt. Para políticos da oposição, porém, o movimento do governo tem como objetivo pressionar Fayt para que ele se aposente para então nomear um juiz alinhado ao kirchnerismo. O candidato a presidente pelo oposicionista PRO, Maurício Macri, comentou o caso nas redes sociais nesta segunda (10), indicando que o tema poderá ser assunto na campanha eleitoral. "Não há democracia possível sem o respeito à divisão dos poderes", afirmou Macri. A pressão do governo sobre o Judiciário aumentou desde que um grupo de promotores organizou uma manifestação após a morte do colega Alberto Nisman, em janeiro. E se intensificou após a Suprema Corte derrubar projeto do governo que tentava criar uma lista de juízes substitutos, que participariam de julgamentos em caso de empate em uma decisão da corte. Para Hernán Gullco, codiretor do mestrado em direito penal da Universidade Torcuato di Tella, é estranha a atuação do governo no caso. "Se o governo acredita que o juiz Fayt não está capacitado para seguir no cargo, deveria prová-lo. E não pedir ao juiz Fayt que ele prove que está em bom estado mental. É um procedimento estranho que está usando o governo." Tentar indicar nomes para a vaga de Fayt, porém, não será simples para os kirchneristas, avalia o acadêmico. A vaga de Eugenio Zaffaroni, que se aposentou em dezembro, ainda não foi preenchida. O candidato do governo, Roberto Carlés, não conseguiu a aprovação necessária de dois terços do Congresso para assumir a função, mesmo após ter ido ao Vaticano pedir a bênção do papa Francisco. A expectativa é de que a questão possa ser resolver apenas no próximo governo, que assume em dezembro. Mas tampouco será uma tarefa fácil para o novo presidente, prevê Gullco. "O próximo presidente terá de negociar com a oposição [a escolha do novo integrante da corte], porque ninguém terá a maioria necessária no Congresso, e não poderá nomear a quem quiser", disse.
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mundo
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Governo Kirchner questiona estado de saúde de juiz de 97 anos na ArgentinaO governo da presidente Cristina Kirchner faz uma dura investida contra o Poder Judiciário na Argentina. Neste momento, a presidente está questionando o mandato do juiz da Suprema Corte Carlos Fayt, de 97 anos. Embora lei aprovada na Argentina em 1994 estabeleça a aposentadoria compulsória de juízes aos 75 anos, Fayt conseguiu sobrevida no posto porque ingressou na Justiça e derrubou, em julgamento em 1999, a regra para o seu caso. Ele integra a Suprema Corte argentina desde a redemocratização do país, em 1983. Na noite de domingo (10), a presidente expressou pelas redes sociais dúvidas sobre as condições físicas e intelectuais de Fayt, citando um artigo do jornal "El Tiempo Argentino", publicação simpática ao governo. As críticas sobre o estado de saúde do juiz surgiram após a revelação de que ele teria assinado de casa um documento apoiando a reeleição do atual presidente da Suprema Corte, Ricardo Lorenzetti, para o comando do Judiciário. Integrantes do governo, como o chefe de gabinete, Aníbal Fernández, pressionam para que Fayt apareça em público para demonstrar que está apto para a função que ocupa. No sábado (9), o juiz deu entrevista a uma rádio local, para tentar conter as dúvidas. Mas não bastou: os aliados do governo insistem em uma investigação sobre o estado de saúde de Fayt. Para políticos da oposição, porém, o movimento do governo tem como objetivo pressionar Fayt para que ele se aposente para então nomear um juiz alinhado ao kirchnerismo. O candidato a presidente pelo oposicionista PRO, Maurício Macri, comentou o caso nas redes sociais nesta segunda (10), indicando que o tema poderá ser assunto na campanha eleitoral. "Não há democracia possível sem o respeito à divisão dos poderes", afirmou Macri. A pressão do governo sobre o Judiciário aumentou desde que um grupo de promotores organizou uma manifestação após a morte do colega Alberto Nisman, em janeiro. E se intensificou após a Suprema Corte derrubar projeto do governo que tentava criar uma lista de juízes substitutos, que participariam de julgamentos em caso de empate em uma decisão da corte. Para Hernán Gullco, codiretor do mestrado em direito penal da Universidade Torcuato di Tella, é estranha a atuação do governo no caso. "Se o governo acredita que o juiz Fayt não está capacitado para seguir no cargo, deveria prová-lo. E não pedir ao juiz Fayt que ele prove que está em bom estado mental. É um procedimento estranho que está usando o governo." Tentar indicar nomes para a vaga de Fayt, porém, não será simples para os kirchneristas, avalia o acadêmico. A vaga de Eugenio Zaffaroni, que se aposentou em dezembro, ainda não foi preenchida. O candidato do governo, Roberto Carlés, não conseguiu a aprovação necessária de dois terços do Congresso para assumir a função, mesmo após ter ido ao Vaticano pedir a bênção do papa Francisco. A expectativa é de que a questão possa ser resolver apenas no próximo governo, que assume em dezembro. Mas tampouco será uma tarefa fácil para o novo presidente, prevê Gullco. "O próximo presidente terá de negociar com a oposição [a escolha do novo integrante da corte], porque ninguém terá a maioria necessária no Congresso, e não poderá nomear a quem quiser", disse.
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Novo disco de Adele ganha data de lançamento; single chega nesta sexta
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Após quatro anos de espera, Adele optou por ser direta ao anunciar o lançamento de "25", seu terceiro álbum de estúdio. No Instagram, ela compartilhou nesta quinta-feira (22) uma foto de si mesma em tons de sépia, possível capa do CD. "'25' sai em 20 de novembro", diz a legenda. A notícia veio um dia após a cantora revelar o nome do álbum no Twitter. "Meu disco anterior era sobre rompimento, e se eu tivesse que rotular este, o chamaria de disco de compensação", escreveu na declaração. "Compensação pelo tempo perdido. Compensação por tudo que já fiz e nunca fiz", acrescentou. Adele anuncia "25" no Instagram O novo disco é objeto de muita especulação e antecipação há anos, desde que o antecessor, "21", levou seis prêmios Grammy, incluindo melhor álbum, canção e gravação do ano por "Rolling in the Deep". Seu primeiro single, "Hello", chega nesta sexta-feira (23), com videoclipe dirigido pelo canadense Xavier Dolan ("Mommy"). A revista americana "Entertainment Weekly" divulgou a lista de faixas que compõem "25": 1. "Hello" 2. "Send My Love (To Your New Lover)" 3. "I Miss You" 4. "When We Were Young" 5. "Remedy" 6. "Water Under The Bridge" 7. "River Lea" 8. "Love In The Dark" 9. "Million Years Ago" 10. "All I Ask" 11. "Sweetest Devotion"
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Novo disco de Adele ganha data de lançamento; single chega nesta sextaApós quatro anos de espera, Adele optou por ser direta ao anunciar o lançamento de "25", seu terceiro álbum de estúdio. No Instagram, ela compartilhou nesta quinta-feira (22) uma foto de si mesma em tons de sépia, possível capa do CD. "'25' sai em 20 de novembro", diz a legenda. A notícia veio um dia após a cantora revelar o nome do álbum no Twitter. "Meu disco anterior era sobre rompimento, e se eu tivesse que rotular este, o chamaria de disco de compensação", escreveu na declaração. "Compensação pelo tempo perdido. Compensação por tudo que já fiz e nunca fiz", acrescentou. Adele anuncia "25" no Instagram O novo disco é objeto de muita especulação e antecipação há anos, desde que o antecessor, "21", levou seis prêmios Grammy, incluindo melhor álbum, canção e gravação do ano por "Rolling in the Deep". Seu primeiro single, "Hello", chega nesta sexta-feira (23), com videoclipe dirigido pelo canadense Xavier Dolan ("Mommy"). A revista americana "Entertainment Weekly" divulgou a lista de faixas que compõem "25": 1. "Hello" 2. "Send My Love (To Your New Lover)" 3. "I Miss You" 4. "When We Were Young" 5. "Remedy" 6. "Water Under The Bridge" 7. "River Lea" 8. "Love In The Dark" 9. "Million Years Ago" 10. "All I Ask" 11. "Sweetest Devotion"
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Leitores comentam artigo de Rogério Cesar de Cerqueira Leite
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Em "Lixo acadêmico, causas e prevenção", do professor Rogério Cesar de Cerqueira Leite, entendo que ele trata de um tipo de "lixo de luxo", ao qual propõe uma espécie de reciclagem. E quanto ao financiamento de teses fúteis (quando não, plágios maquiados) cuja única finalidade é o título, sem qualquer proveito que justifique o dispêndio financeiro? Há muito lixo dessa natureza, como se deduz pelo baixo nível do reservatório científico, apesar da chuva de mestre e doutores. PEDRO UBIRATAN MACHADO DE CAMPOS, sociólogo (Campinas, SP) * O professor Rogério Cezar de Cerqueira Leite traz, novamente, excelente discussão sobre a produção científica e intelectual no país. Em meus tempos de universitário, já se apontavam os extremos: o professor que publicava qualquer coisa e o que levaria uma vida para ter uma publicação. Aquele era criticado por não ter, supostamente, critérios e resultados ainda não totalmente comprovados cientificamente e ia, mesmo assim, parar nas revistas especializadas. O outro, porém, não conseguia provar a seus pares sua capacidade, porque o caminho escolhido era o da suposta excelência e sua avaliação meticulosa em excesso impedia que submetesse o trabalho para avaliação pelos pares. A maioria dos professores/pesquisadores, porém, fica entre esses extremos. É a própria comunidade científica que se submete a essa corrupção do inchamento do currículo, ao mesmo tempo em que avalia os trabalhos e que se incomoda e denuncia a situação. ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores comentam artigo de Rogério Cesar de Cerqueira LeiteEm "Lixo acadêmico, causas e prevenção", do professor Rogério Cesar de Cerqueira Leite, entendo que ele trata de um tipo de "lixo de luxo", ao qual propõe uma espécie de reciclagem. E quanto ao financiamento de teses fúteis (quando não, plágios maquiados) cuja única finalidade é o título, sem qualquer proveito que justifique o dispêndio financeiro? Há muito lixo dessa natureza, como se deduz pelo baixo nível do reservatório científico, apesar da chuva de mestre e doutores. PEDRO UBIRATAN MACHADO DE CAMPOS, sociólogo (Campinas, SP) * O professor Rogério Cezar de Cerqueira Leite traz, novamente, excelente discussão sobre a produção científica e intelectual no país. Em meus tempos de universitário, já se apontavam os extremos: o professor que publicava qualquer coisa e o que levaria uma vida para ter uma publicação. Aquele era criticado por não ter, supostamente, critérios e resultados ainda não totalmente comprovados cientificamente e ia, mesmo assim, parar nas revistas especializadas. O outro, porém, não conseguia provar a seus pares sua capacidade, porque o caminho escolhido era o da suposta excelência e sua avaliação meticulosa em excesso impedia que submetesse o trabalho para avaliação pelos pares. A maioria dos professores/pesquisadores, porém, fica entre esses extremos. É a própria comunidade científica que se submete a essa corrupção do inchamento do currículo, ao mesmo tempo em que avalia os trabalhos e que se incomoda e denuncia a situação. ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Em crise, governo Pimentel contrata consultoria sem licitação por R$ 7 mi
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Enfrentando crise financeira, o governo de Minas Gerais contratou, sem a realização de processo licitatório, uma consultoria por R$ 7 milhões. O caso foi parar na Justiça. O Ipead (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis) foi contratado pelo governo para serviços como apoio organizacional, atuação nas áreas de gestão de finanças públicas, financeira e tributária. A gestão Fernando Pimentel (PT) anunciou, um dia após as eleições municipais, que parcelará o salário dos servidores do Estado até, ao menos, o final do ano, devido às dificuldades financeiras. Além disso, adiou as datas de pagamento das primeiras parcelas para os dias 14, em novembro, e 12, em dezembro. Antes, o pagamento era feito no quinto dia útil. O governo de Minas prevê um deficit de aproximadamente R$ 10 bilhões este ano e, para o ano que vem, de R$ 8 bilhões. A contratação da consultoria gerou reação do Sindifisco-MG (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais). O sindicato questiona o acordo com a alegação de que o quadro funcional de auditores do Estado tem competência privativa para a construção do crédito tributário, de acordo com o advogado da instituição, Humberto Lucchesi de Carvalho. "Num momento de crise, como você faz atividade de apoio e auxílio, sendo que você já tem um corpo altamente qualificado?", questionou o advogado, para quem "o eixo básico do contrato é aumento da receita do Estado". De acordo com ele, instituições como a Fundação Getúlio Vargas e a Fundação João Pinheiro estariam aptas a prestar o serviço contratado. Ele afirmou ainda que o Ipead não tem entre seus princípios e finalidades a "expertise tributária". Outra questão apontada pelo advogado do Sindifisco é sobre os dados sigilosos dos contribuintes. De acordo com ele, para desenvolver seu trabalho os consultores precisarão ter acesso a essas informações. DIFERENTE Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais informou que o acordo foi feito com base no artigo 24, inciso 13, da Lei de Licitações, que dispõe sobre a dispensa da concorrência pública para a contratação do serviço. O órgão também informou que as atividades desenvolvidas não serão as mesmas desempenhadas pelos servidores públicos. Ainda de acordo com a secretaria, a contratação observou todas a normas nacionais e estaduais, e nenhum princípio jurídico será infringido. Carvalho disse contestar a aplicação da norma prevista na Lei de Licitações neste caso e defende que, mesmo que fosse necessário contratar uma empresa para os projetos propostos pelo governo, não seria possível dispensar a licitação. A ação deverá ser julgada pelo juiz Silvemar José Henrique Salgado, da 2ª Vara de Fazendas Públicas e Autarquia Estadual de Belo Horizonte e, caso o pedido do Sindifisco seja atendido, o contrato com o Ipead poderá ser suspenso.
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poder
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Em crise, governo Pimentel contrata consultoria sem licitação por R$ 7 miEnfrentando crise financeira, o governo de Minas Gerais contratou, sem a realização de processo licitatório, uma consultoria por R$ 7 milhões. O caso foi parar na Justiça. O Ipead (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis) foi contratado pelo governo para serviços como apoio organizacional, atuação nas áreas de gestão de finanças públicas, financeira e tributária. A gestão Fernando Pimentel (PT) anunciou, um dia após as eleições municipais, que parcelará o salário dos servidores do Estado até, ao menos, o final do ano, devido às dificuldades financeiras. Além disso, adiou as datas de pagamento das primeiras parcelas para os dias 14, em novembro, e 12, em dezembro. Antes, o pagamento era feito no quinto dia útil. O governo de Minas prevê um deficit de aproximadamente R$ 10 bilhões este ano e, para o ano que vem, de R$ 8 bilhões. A contratação da consultoria gerou reação do Sindifisco-MG (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais). O sindicato questiona o acordo com a alegação de que o quadro funcional de auditores do Estado tem competência privativa para a construção do crédito tributário, de acordo com o advogado da instituição, Humberto Lucchesi de Carvalho. "Num momento de crise, como você faz atividade de apoio e auxílio, sendo que você já tem um corpo altamente qualificado?", questionou o advogado, para quem "o eixo básico do contrato é aumento da receita do Estado". De acordo com ele, instituições como a Fundação Getúlio Vargas e a Fundação João Pinheiro estariam aptas a prestar o serviço contratado. Ele afirmou ainda que o Ipead não tem entre seus princípios e finalidades a "expertise tributária". Outra questão apontada pelo advogado do Sindifisco é sobre os dados sigilosos dos contribuintes. De acordo com ele, para desenvolver seu trabalho os consultores precisarão ter acesso a essas informações. DIFERENTE Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais informou que o acordo foi feito com base no artigo 24, inciso 13, da Lei de Licitações, que dispõe sobre a dispensa da concorrência pública para a contratação do serviço. O órgão também informou que as atividades desenvolvidas não serão as mesmas desempenhadas pelos servidores públicos. Ainda de acordo com a secretaria, a contratação observou todas a normas nacionais e estaduais, e nenhum princípio jurídico será infringido. Carvalho disse contestar a aplicação da norma prevista na Lei de Licitações neste caso e defende que, mesmo que fosse necessário contratar uma empresa para os projetos propostos pelo governo, não seria possível dispensar a licitação. A ação deverá ser julgada pelo juiz Silvemar José Henrique Salgado, da 2ª Vara de Fazendas Públicas e Autarquia Estadual de Belo Horizonte e, caso o pedido do Sindifisco seja atendido, o contrato com o Ipead poderá ser suspenso.
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Novo Conselho da Petrobras afasta ex-assessor de Dirceu e aprova captação
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Reunido nesta sexta-feira (15) pela primeira vez desde que foi eleito, há três semanas, o novo conselho de administração da Petrobras aprovou a emissão de títulos no Brasil, para captar até R$ 4,05 bilhões, e a substituição imediata do principal responsável pelo canal de recebimento de denúncias na estatal –um ex-assessor do petista José Dirceu. Em relação à ouvidoria, instância para recebimento de reclamações dos mais diferentes tipos, desde práticas de mercado até corrupção, conselheiros determinaram a contratação de uma empresa para escolher o novo titular do cargo. Desde 2009, o ouvidor-geral era Paulo Otto, que trabalhou com Dirceu. A escolha poderá recair sobre profissional do mercado ou sobre funcionário, informou a empresa. Até lá, o cargo será ocupado interinamente, por nome não divulgado. Em abril, o ex-conselheiro de administração Mauro Cunha, que representava acionistas minoritários, disse, em depoimento à CPI da Petrobras, que o funcionamento da instância de denúncia não era adequado. Cunha desistiu de concorrer à reeleição, por discordar da ingerência política nos rumos da gestão da empresa. A área será completamente reestruturada, sob supervisão de João Elek, diretor de governança, risco e conformidade, Foi aprovada, ainda, a emissão de R$ 3 bilhões em debêntures. A oferta pode ser aumentada em 20% do valor inicial, ou R$ 600 milhões, e ainda de outro lote de títulos de mais 15%, ou R$ 450 milhões. O diretor financeiro da estatal, Ivan Monteiro, reafirmou nesta sexta-feira, que, com operações no total de R$ 29,4 bilhões, junto ao Banco de Desenvolvimento da China, ao Banco do Brasil, à Caixa, ao Bradesco e, ainda, com uma instituição estrangeira para a qual venderá plataformas, concluiu a necessidade de financiamento para 2015. No entanto, a empresa diz que vai continuar a avaliar as condições de mercado para decidir se antecipa captações necessárias a seu caixa em 2016.
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Novo Conselho da Petrobras afasta ex-assessor de Dirceu e aprova captaçãoReunido nesta sexta-feira (15) pela primeira vez desde que foi eleito, há três semanas, o novo conselho de administração da Petrobras aprovou a emissão de títulos no Brasil, para captar até R$ 4,05 bilhões, e a substituição imediata do principal responsável pelo canal de recebimento de denúncias na estatal –um ex-assessor do petista José Dirceu. Em relação à ouvidoria, instância para recebimento de reclamações dos mais diferentes tipos, desde práticas de mercado até corrupção, conselheiros determinaram a contratação de uma empresa para escolher o novo titular do cargo. Desde 2009, o ouvidor-geral era Paulo Otto, que trabalhou com Dirceu. A escolha poderá recair sobre profissional do mercado ou sobre funcionário, informou a empresa. Até lá, o cargo será ocupado interinamente, por nome não divulgado. Em abril, o ex-conselheiro de administração Mauro Cunha, que representava acionistas minoritários, disse, em depoimento à CPI da Petrobras, que o funcionamento da instância de denúncia não era adequado. Cunha desistiu de concorrer à reeleição, por discordar da ingerência política nos rumos da gestão da empresa. A área será completamente reestruturada, sob supervisão de João Elek, diretor de governança, risco e conformidade, Foi aprovada, ainda, a emissão de R$ 3 bilhões em debêntures. A oferta pode ser aumentada em 20% do valor inicial, ou R$ 600 milhões, e ainda de outro lote de títulos de mais 15%, ou R$ 450 milhões. O diretor financeiro da estatal, Ivan Monteiro, reafirmou nesta sexta-feira, que, com operações no total de R$ 29,4 bilhões, junto ao Banco de Desenvolvimento da China, ao Banco do Brasil, à Caixa, ao Bradesco e, ainda, com uma instituição estrangeira para a qual venderá plataformas, concluiu a necessidade de financiamento para 2015. No entanto, a empresa diz que vai continuar a avaliar as condições de mercado para decidir se antecipa captações necessárias a seu caixa em 2016.
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Segundo governo, infraestrutura é prioridade para a 'Detroit mexicana'
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Em entrevista à Folha, na Cidade do México, o ministro da Economia, Ildefonso Guajardo, disse que investimentos em infraestrutura para que o setor automotivo continue crescendo são prioridade. "Garantir boa logística é o melhor incentivo para a produção. Em 2020, esperamos ter aumentado a produção de 3,2 milhões de carros, de 2014, para 5 milhões." A gestão de Enrique Peña Nieto (PRI), porém, vem recebendo críticas com relação à atividade econômica do país. Em 2014, o país cresceu 2,1%. Ainda que, para 2015, a projeção seja maior (3,5% a 4%), a promessa do governo de que o PIB aumentaria assim que fosse aprovada a reforma energética –que privatizou parte da produção de petróleo– não se concretizou. Além disso, a expectativa de queda do preço da gasolina nos postos de atendimento tampouco aconteceu. "Nunca garantimos que a gasolina cairia, mas posso afirmar que a energia ficará mais barata. Esse tipo de reforma precisa de tempo para dar resultados", diz Guajardo. A relativa facilidade com a qual o governo aprovou reformas constitucionais em seus dois primeiros anos, porém, pode não se repetir. Em 7 de junho, os mexicanos irão às urnas para renovar o Parlamento, e as alianças que garantiram as reformas podem se diluir. O governo passa por desgaste por causa da violência da guerra contra o narcotráfico e pelas suspeitas de corrupção.
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Segundo governo, infraestrutura é prioridade para a 'Detroit mexicana'Em entrevista à Folha, na Cidade do México, o ministro da Economia, Ildefonso Guajardo, disse que investimentos em infraestrutura para que o setor automotivo continue crescendo são prioridade. "Garantir boa logística é o melhor incentivo para a produção. Em 2020, esperamos ter aumentado a produção de 3,2 milhões de carros, de 2014, para 5 milhões." A gestão de Enrique Peña Nieto (PRI), porém, vem recebendo críticas com relação à atividade econômica do país. Em 2014, o país cresceu 2,1%. Ainda que, para 2015, a projeção seja maior (3,5% a 4%), a promessa do governo de que o PIB aumentaria assim que fosse aprovada a reforma energética –que privatizou parte da produção de petróleo– não se concretizou. Além disso, a expectativa de queda do preço da gasolina nos postos de atendimento tampouco aconteceu. "Nunca garantimos que a gasolina cairia, mas posso afirmar que a energia ficará mais barata. Esse tipo de reforma precisa de tempo para dar resultados", diz Guajardo. A relativa facilidade com a qual o governo aprovou reformas constitucionais em seus dois primeiros anos, porém, pode não se repetir. Em 7 de junho, os mexicanos irão às urnas para renovar o Parlamento, e as alianças que garantiram as reformas podem se diluir. O governo passa por desgaste por causa da violência da guerra contra o narcotráfico e pelas suspeitas de corrupção.
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A oposição de toga
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BRASÍLIA - Em sabatina promovida pela Folha em 2009, o ministro Gilmar Mendes disse não concordar com o apelido de "líder da oposição" no Supremo Tribunal Federal. Na época, ele presidia a corte e criava polêmicas semanais com o governo Lula. "Não tenho nenhuma intenção de ser oposição", afirmou. Com ou sem intenção, ninguém faz oposição no país como Gilmar. Seis anos depois da sabatina, o ministro tem sido a voz mais assídua e combativa da crise. Basta abrir os jornais ou ligar a tevê e lá está ele, dando declarações invocadas contra o governo Dilma e o PT. A toga do ministro faz sombra sobre os políticos de carreira. Diante dele, o senador Aécio Neves, cada vez mais enfático nas críticas ao Planalto, corre o risco de ser confundido com um simpatizante do petismo. Na semana em que a oposição levou um pedido de impeachment à Câmara, o ministro voltou a dominar o noticiário. Ao votar na ação contra o financiamento empresarial de campanhas, que guardou na gaveta durante um ano e cinco meses, ele fez um agressivo discurso contra o PT. Além das frases de efeito habituais, acusou a OAB e a Faculdade de Direito da Uerj, uma das mais respeitadas do país, de agirem a serviço do partido. As entidades defenderam a tese jurídica de que as doações milionárias a políticos contrariam a Constituição. Ao atacá-las, o ministro também atingiu colegas que votaram de acordo com suas convicções. O Supremo proibiu o financiamento empresarial por ampla maioria: 8 a 3. Ao fim do julgamento, Gilmar esbravejou quando o presidente da corte, Ricardo Lewandowski, permitiu que o representante da OAB contestasse os ataques. Em artigo no site jurídico "Jota", o professor Joaquim Falcão disse que a atitude revelou um temperamento autoritário, de quem não aceita o debate de ideias. "Mendes recusou-se a ouvir, levantou-se e foi embora do plenário. Dessa vez, não levou os autos do processo com ele", ironizou Falcão.
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A oposição de togaBRASÍLIA - Em sabatina promovida pela Folha em 2009, o ministro Gilmar Mendes disse não concordar com o apelido de "líder da oposição" no Supremo Tribunal Federal. Na época, ele presidia a corte e criava polêmicas semanais com o governo Lula. "Não tenho nenhuma intenção de ser oposição", afirmou. Com ou sem intenção, ninguém faz oposição no país como Gilmar. Seis anos depois da sabatina, o ministro tem sido a voz mais assídua e combativa da crise. Basta abrir os jornais ou ligar a tevê e lá está ele, dando declarações invocadas contra o governo Dilma e o PT. A toga do ministro faz sombra sobre os políticos de carreira. Diante dele, o senador Aécio Neves, cada vez mais enfático nas críticas ao Planalto, corre o risco de ser confundido com um simpatizante do petismo. Na semana em que a oposição levou um pedido de impeachment à Câmara, o ministro voltou a dominar o noticiário. Ao votar na ação contra o financiamento empresarial de campanhas, que guardou na gaveta durante um ano e cinco meses, ele fez um agressivo discurso contra o PT. Além das frases de efeito habituais, acusou a OAB e a Faculdade de Direito da Uerj, uma das mais respeitadas do país, de agirem a serviço do partido. As entidades defenderam a tese jurídica de que as doações milionárias a políticos contrariam a Constituição. Ao atacá-las, o ministro também atingiu colegas que votaram de acordo com suas convicções. O Supremo proibiu o financiamento empresarial por ampla maioria: 8 a 3. Ao fim do julgamento, Gilmar esbravejou quando o presidente da corte, Ricardo Lewandowski, permitiu que o representante da OAB contestasse os ataques. Em artigo no site jurídico "Jota", o professor Joaquim Falcão disse que a atitude revelou um temperamento autoritário, de quem não aceita o debate de ideias. "Mendes recusou-se a ouvir, levantou-se e foi embora do plenário. Dessa vez, não levou os autos do processo com ele", ironizou Falcão.
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Casal Obama não prevê sair da cena política após fim da presidência
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Logo depois de passar o bastão para Donald Trump, o ex-presidente Barack Obama embarcou com sua mulher, Michelle, para uma temporada de férias em Palm Springs, na Califórnia, bem longe do frio de Washington. Obama declarou que sua maior prioridade no momento é dormir. "Não vou programar alarme [para a manhã do dia 21], disso eu tenho certeza", brincou. Mas esse retiro deve durar pouco. Obama vem dando sinais de que não será um ex-líder anódino como seu antecessor George W. Bush, que manteve uma postura ultradiscreta durante o governo do democrata. "Ele merece meu silêncio, se ele quiser, é super bem vindo para me ligar e pedir minha ajuda", afirmou Bush em 2009. Obama afirmou, em sua última coletiva à imprensa, que existem algumas "linhas vermelhas" que o fariam voltar à vida pública. "Há uma diferença entre o funcionamento normal da política e algumas questões ou momentos em que os novos valores básicos estão em risco", disse. Obama não vai voltar para sua casa em Chicago. Ele se mudará para o bairro de Kalorama, a pouco mais de 3 km da Casa Branca. É o primeiro presidente desde Woodrow Wilson (1856-1924) que permanecerá em Washington após o fim do mandato. Ele já tem uma equipe levantando recursos para criar a Fundação Obama e sua biblioteca presidencial (ambas em Chicago), como fizeram outros ex-presidentes. Deve se dedicar ao My Brother's Keeper Alliance, uma iniciativa para ajudar meninos negros e de origem hispânica. E se prepara para escrever um livro de memórias sobre seu tempo na presidência. Os dois livros de memórias que Obama escreveu, "Sonhos do Meu Pai" e "A Audácia da Esperança", foram best-sellers mundiais. Estima-se que ele poderia receber um adiantamento na casa dos US$ 10 milhões para seu próximo livro. Além disso, tem direito a uma aposentadoria anual como presidente, que era de US$ 205,7 mil em 2016. Mas a maior expectativa se refere aos planos futuros da ex-primeira-dama Michelle Obama, que sai da presidência com aprovação ainda mais alta do que Obama. A VEZ DE MICHELLE Michelle foi o nome mais requisitado durante a campanha de 2016, tida como imã de votos. Existe enorme especulação sobre a possibilidade de a ex-primeira dama seguir carreira política. Ela já negou essa possibilidade diversas vezes e voltou a mencionar o fato de que ficava muito incomodada com toda a exposição da vida pública e com os transtornos que isso causava à sua família. Mas muitos eleitores não perdem a esperança. Já existe vários grupos de arrecadação de recursos para a campanha de Michelle em 2020, o Ready for Michelle e o Michelle2020. Só falta convencer a ex-primeira dama.
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mundo
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Casal Obama não prevê sair da cena política após fim da presidênciaLogo depois de passar o bastão para Donald Trump, o ex-presidente Barack Obama embarcou com sua mulher, Michelle, para uma temporada de férias em Palm Springs, na Califórnia, bem longe do frio de Washington. Obama declarou que sua maior prioridade no momento é dormir. "Não vou programar alarme [para a manhã do dia 21], disso eu tenho certeza", brincou. Mas esse retiro deve durar pouco. Obama vem dando sinais de que não será um ex-líder anódino como seu antecessor George W. Bush, que manteve uma postura ultradiscreta durante o governo do democrata. "Ele merece meu silêncio, se ele quiser, é super bem vindo para me ligar e pedir minha ajuda", afirmou Bush em 2009. Obama afirmou, em sua última coletiva à imprensa, que existem algumas "linhas vermelhas" que o fariam voltar à vida pública. "Há uma diferença entre o funcionamento normal da política e algumas questões ou momentos em que os novos valores básicos estão em risco", disse. Obama não vai voltar para sua casa em Chicago. Ele se mudará para o bairro de Kalorama, a pouco mais de 3 km da Casa Branca. É o primeiro presidente desde Woodrow Wilson (1856-1924) que permanecerá em Washington após o fim do mandato. Ele já tem uma equipe levantando recursos para criar a Fundação Obama e sua biblioteca presidencial (ambas em Chicago), como fizeram outros ex-presidentes. Deve se dedicar ao My Brother's Keeper Alliance, uma iniciativa para ajudar meninos negros e de origem hispânica. E se prepara para escrever um livro de memórias sobre seu tempo na presidência. Os dois livros de memórias que Obama escreveu, "Sonhos do Meu Pai" e "A Audácia da Esperança", foram best-sellers mundiais. Estima-se que ele poderia receber um adiantamento na casa dos US$ 10 milhões para seu próximo livro. Além disso, tem direito a uma aposentadoria anual como presidente, que era de US$ 205,7 mil em 2016. Mas a maior expectativa se refere aos planos futuros da ex-primeira-dama Michelle Obama, que sai da presidência com aprovação ainda mais alta do que Obama. A VEZ DE MICHELLE Michelle foi o nome mais requisitado durante a campanha de 2016, tida como imã de votos. Existe enorme especulação sobre a possibilidade de a ex-primeira dama seguir carreira política. Ela já negou essa possibilidade diversas vezes e voltou a mencionar o fato de que ficava muito incomodada com toda a exposição da vida pública e com os transtornos que isso causava à sua família. Mas muitos eleitores não perdem a esperança. Já existe vários grupos de arrecadação de recursos para a campanha de Michelle em 2020, o Ready for Michelle e o Michelle2020. Só falta convencer a ex-primeira dama.
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'Ida' vence o Oscar de melhor filme estrangeiro; veja outros ganhadores
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O filme polonês "Ida" levou o Oscar de melhor filme estrangeiro na noite deste domingo (22). Dirigido por Pawel Pawlikowski, o longa em preto e branco conta a história de uma noviça órfã que, antes de confirmar seus votos, descobre que os pais eram judeus. O diretor dedicou o prêmio aos "amigos poloneses". "Vocês são fantásticos, são tudo o que amo a respeito da Polônia: coragem e graça", afirmou. "Ida" desbancou o russo "Leviatã", o argentino "Relatos Selvagens", o estoniano "Tangerines" e "Timbuktu", da Mauritânia. Veja a lista de vencedores do Oscar 2015 (destacados em negrito) Melhor ator coadjuvante Robert Duvall em "O Juíz" Ethan Hawke em "Boyhood" Edward Norton em ""Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)"" Mark Ruffalo em "Foxcatcher" J.K. Simmons em "Whiplash" Melhor atriz coadjuvante Patricia Arquette em "Boyhood" Laura Dern em "Livre" Keira Knightley em "O Jogo da Imitação" Emma Stone em ""Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)"" Meryl Streep em "Caminhos da Floresta" Melhor figurino "O Grande Hotel Budapeste" Milena Canonero "Vício Inerente" Mark Bridges "Caminhos da Floresta" Colleen Atwood "Malévola" Anna B. Sheppard and Jane Clive "Sr. Turner" Jacqueline Durran Melhor maquiagem e cabelo "Foxcatcher" "O Grande Hotel Budapeste" - Frances Hannon e Mark Coulier "Guardiões da Galáxia" Melhor filme estrangeiro "Ida", Polônia "Leviatã", Rússia "Tangerines", Estônia "Timbuktu", Mauritânia "Relatos Selvagens", Argentina Melhor curta-metragem em live action "Aya" "Boogaloo and Graham" "La lampe au beurre de yak" "Parvaneh" "The Phone Call" Melhor curta documentário "Crisis Hotline: Veterans Press 1" Ellen Goosenberg Kent and Dana Perry "Joanna" Aneta Kopacz "Our Curse" Tomasz Sliwinski and Maciej Slesicki "The Reaper (La Parka)" Gabriel Serra Arguello "White Earth" J. Christian Jensen Melhor mixagem de som "Sniper Americano" ""Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)"" "Interstellar" "Unbroken" "Whiplash" Melhor edição de som "Sniper Americano" ""Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)"" "O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos" "Interstelar" "Invencível"
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'Ida' vence o Oscar de melhor filme estrangeiro; veja outros ganhadoresO filme polonês "Ida" levou o Oscar de melhor filme estrangeiro na noite deste domingo (22). Dirigido por Pawel Pawlikowski, o longa em preto e branco conta a história de uma noviça órfã que, antes de confirmar seus votos, descobre que os pais eram judeus. O diretor dedicou o prêmio aos "amigos poloneses". "Vocês são fantásticos, são tudo o que amo a respeito da Polônia: coragem e graça", afirmou. "Ida" desbancou o russo "Leviatã", o argentino "Relatos Selvagens", o estoniano "Tangerines" e "Timbuktu", da Mauritânia. Veja a lista de vencedores do Oscar 2015 (destacados em negrito) Melhor ator coadjuvante Robert Duvall em "O Juíz" Ethan Hawke em "Boyhood" Edward Norton em ""Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)"" Mark Ruffalo em "Foxcatcher" J.K. Simmons em "Whiplash" Melhor atriz coadjuvante Patricia Arquette em "Boyhood" Laura Dern em "Livre" Keira Knightley em "O Jogo da Imitação" Emma Stone em ""Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)"" Meryl Streep em "Caminhos da Floresta" Melhor figurino "O Grande Hotel Budapeste" Milena Canonero "Vício Inerente" Mark Bridges "Caminhos da Floresta" Colleen Atwood "Malévola" Anna B. Sheppard and Jane Clive "Sr. Turner" Jacqueline Durran Melhor maquiagem e cabelo "Foxcatcher" "O Grande Hotel Budapeste" - Frances Hannon e Mark Coulier "Guardiões da Galáxia" Melhor filme estrangeiro "Ida", Polônia "Leviatã", Rússia "Tangerines", Estônia "Timbuktu", Mauritânia "Relatos Selvagens", Argentina Melhor curta-metragem em live action "Aya" "Boogaloo and Graham" "La lampe au beurre de yak" "Parvaneh" "The Phone Call" Melhor curta documentário "Crisis Hotline: Veterans Press 1" Ellen Goosenberg Kent and Dana Perry "Joanna" Aneta Kopacz "Our Curse" Tomasz Sliwinski and Maciej Slesicki "The Reaper (La Parka)" Gabriel Serra Arguello "White Earth" J. Christian Jensen Melhor mixagem de som "Sniper Americano" ""Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)"" "Interstellar" "Unbroken" "Whiplash" Melhor edição de som "Sniper Americano" ""Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)"" "O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos" "Interstelar" "Invencível"
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Em conto 'As Doze Janelas', princesa testa a esperteza de pretendentes
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Certa vez, uma princesa muito orgulhosa e convencida anunciou que iria se casar. Só que se ela achava mais sabida que todo mundo e impôs uma condição: seu futuro marido deveria ser capaz de se esconder tão bem que ela não conseguiria encontrá-lo. Muitos tentaram porque não sabiam que, das 12 janelas de seu castelo, a princesa era capaz de enxergar tudo o que se passava em seu reino. Alguns jovens corajosos se arriscaram, mas não tiveram sorte e pagaram com a vida. Mesmo assim, três irmãos resolveram enfrentar o desafio. O primeiro se escondeu numa mina e o segundo num porão, mas foram descobertos. Após o fracasso dos irmãos, o caçula pediu à princesa que lhe desse três chances. Nas bancas no domingo (9), "As Doze Janelas", o 24º livro da Coleção Folha Histórias de Reis, Príncipes e Princesas, revela se o jovem conseguiu cumprir o desafio.
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Em conto 'As Doze Janelas', princesa testa a esperteza de pretendentesCerta vez, uma princesa muito orgulhosa e convencida anunciou que iria se casar. Só que se ela achava mais sabida que todo mundo e impôs uma condição: seu futuro marido deveria ser capaz de se esconder tão bem que ela não conseguiria encontrá-lo. Muitos tentaram porque não sabiam que, das 12 janelas de seu castelo, a princesa era capaz de enxergar tudo o que se passava em seu reino. Alguns jovens corajosos se arriscaram, mas não tiveram sorte e pagaram com a vida. Mesmo assim, três irmãos resolveram enfrentar o desafio. O primeiro se escondeu numa mina e o segundo num porão, mas foram descobertos. Após o fracasso dos irmãos, o caçula pediu à princesa que lhe desse três chances. Nas bancas no domingo (9), "As Doze Janelas", o 24º livro da Coleção Folha Histórias de Reis, Príncipes e Princesas, revela se o jovem conseguiu cumprir o desafio.
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Prefeitura de São Paulo terá alívio de caixa após entrada de R$ 1,4 bilhão
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A Prefeitura de São Paulo deve ter alívio de caixa no segundo semestre. O PPI, plano de parcelamento incentivado de dívidas, já rendeu aos cofres públicos R$ 1,4 bilhão. SURPRESA O resultado foi uma surpresa para a equipe de Fernando Haddad (PT-SP). Um PPI anterior, da gestão de Gilberto Kassab (PSD-SP), arrecadou R$ 650 milhões em 2010. Haddad esperava resultado semelhante, ainda que computada a inflação. QUINTAL CHIQUE Com gravações cinco dias por semana, Marieta Severo, 68, usou uma brecha nos trabalhos de "Verdades Secretas" para posar em um ensaio a convite da revista "Wow". E, para ganhar tempo, propôs que as fotos com clima luxuoso fossem feitas no jardim de sua casa, no Rio. "Eu era um personagem ali. Me deixei conduzir pelo tema e atuei", diz a atriz. * Para ela, a "completamente amoral" Fanny, a quem dá vida na novela da Globo, é exemplo de uma parcela da sociedade movida pelo dinheiro. "As regras da vida dela são como se dar bem, como ter sucesso, como ter poder", define. E defende as cenas com diálogos politicamente incorretos da trama das 23h: "A função do artista não é botar a poeira pra baixo do tapete. É levantar o tapete e mostrar a poeira". NOVA DATA Marta Suplicy deve ingressar no PSB em agosto, e não mais neste mês, como estava programado. MATEMÁTICA O PSB acredita que consegue garantir à ex-prefeita pelo menos cinco minutos de programa de televisão para a campanha municipal de 2016, apesar das deserções de algumas legendas que aderiram ao governo de Haddad, como o PDT. Além de 1m50s do próprio partido, coloca no cálculo outros 30 segundos do PPS e mais dois minutos de legendas menores. BUMBO A Associação Nacional de Pós-Graduandos planeja fazer protestos na Capes, ligada ao MEC, e no Ministério da Fazenda por causa da suspensão da concessão de bolsas do Programa de Doutorado-Sanduíche no Exterior. "Queremos o mínimo de informação e transparência", diz Tamara Naiz, presidente da entidade. O processo está interrompido desde abril. A Capes não se manifesta. CRIOU PERNAS O Risadaria terá uma turnê pelo Brasil entre agosto e novembro. Comediantes como Leandro Hassum, Marco Luque e Rafael Cortez estão confirmados. É a primeira vez que o festival de humor, que neste ano chega à sexta edição em São Paulo, circula pelo país. Rio, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Belém, Recife, Salvador e Fortaleza estão no roteiro. OLHO NO LANCE Uma camisa da seleção autografada pelos jogadores Neymar, Paulo Henrique Ganso e Elano será leiloada a partir desta quarta (17) pela Tucca (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer). O lance inicial é de R$ 500. FESTA EM CASA A empresária Tatiana Monteiro de Barros recebeu convidados na festa junina Arraial no Museu, organizada no Museu da Casa Brasileira, no sábado (13). O cantor Léo Maia e a designer Duda Derani estiveram no evento. O empresário Ricardo Fleury foi com a namorada, Alicia Ranieri. O músico Toninho Ferragutti tocou na festa. BATISMO A sigla Samuvet foi escolhida em uma votação para representar o Serviço de Atendimento Médico Móvel de Urgência Veterinário, que começa a ser implementado neste ano na cidade de SP. A sugestão será levada à prefeitura pelo vereador Nelo Rodolfo (PMDB), que apresentou na Câmara a proposta do atendimento a cães e gatos e promoveu a enquete no site dele. BATISMO 2 Samuvet foi escolhida por 91% dos 1.585 participantes. A outra opção, Samuv, era questionada porque poderia ser confundida com Samu, o serviço de socorro a pessoas. LÚDICO O cantor Toquinho está planejando uma turnê de seu projeto infantil. A previsão é que o show "Toquinho para Crianças" passe por São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife. O artista estará acompanhado de sua banda e de artistas de circo. O plano é gravar um DVD nas apresentações em SP. BALÉ NA CRACOLÂNDIA Garotas que dançam no projeto de balé da cracolândia, mantido por uma igreja evangélica da região, vão receber a visita de bailarinos do Ballet Bolshoi. O grupo russo se apresenta no Brasil neste mês depois de 16 anos e os brasileiros da companhia, Erick Swolkin e Bruna Gaglianone, vão aproveitar a viagem para conhecer e dar aulas para as crianças. FESTA DE DEBUTANTE A senadora Marta Suplicy e o marido, Marcio Toledo, estiveram na festa de 15 anos do site Glamurama, no sábado (13). O arquiteto Isay Weinfeld e a atriz Giselle Itiê também foram ao evento, na unidade de Higienópolis do Iate Clube de Santos. CURTO-CIRCUITO João Sayad lança o livro "Dinheiro, Dinheiro", nesta terça (16), às 19h, na Livraria Cultura do shopping Iguatemi. Marcelo Jeneci faz show no Theatro Net São Paulo, nesta terça (16), às 21h. 12 anos. Mônica Salmaso se apresenta com o Quinteto Vento em Madeira. Nesta terça (16), a partir das 21h, no Espaço Cachuera!, em Perdizes. Paula Ferber e Elisa Stecca lançam linha de acessórios, joias e sapatos, nesta terça (16), no shopping Iguatemi, às 16h. Vicente de Mello abre exposição nesta terça (16), às 19h, na Galeria Eduardo Fernandes, na Vila Madalena. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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Prefeitura de São Paulo terá alívio de caixa após entrada de R$ 1,4 bilhãoA Prefeitura de São Paulo deve ter alívio de caixa no segundo semestre. O PPI, plano de parcelamento incentivado de dívidas, já rendeu aos cofres públicos R$ 1,4 bilhão. SURPRESA O resultado foi uma surpresa para a equipe de Fernando Haddad (PT-SP). Um PPI anterior, da gestão de Gilberto Kassab (PSD-SP), arrecadou R$ 650 milhões em 2010. Haddad esperava resultado semelhante, ainda que computada a inflação. QUINTAL CHIQUE Com gravações cinco dias por semana, Marieta Severo, 68, usou uma brecha nos trabalhos de "Verdades Secretas" para posar em um ensaio a convite da revista "Wow". E, para ganhar tempo, propôs que as fotos com clima luxuoso fossem feitas no jardim de sua casa, no Rio. "Eu era um personagem ali. Me deixei conduzir pelo tema e atuei", diz a atriz. * Para ela, a "completamente amoral" Fanny, a quem dá vida na novela da Globo, é exemplo de uma parcela da sociedade movida pelo dinheiro. "As regras da vida dela são como se dar bem, como ter sucesso, como ter poder", define. E defende as cenas com diálogos politicamente incorretos da trama das 23h: "A função do artista não é botar a poeira pra baixo do tapete. É levantar o tapete e mostrar a poeira". NOVA DATA Marta Suplicy deve ingressar no PSB em agosto, e não mais neste mês, como estava programado. MATEMÁTICA O PSB acredita que consegue garantir à ex-prefeita pelo menos cinco minutos de programa de televisão para a campanha municipal de 2016, apesar das deserções de algumas legendas que aderiram ao governo de Haddad, como o PDT. Além de 1m50s do próprio partido, coloca no cálculo outros 30 segundos do PPS e mais dois minutos de legendas menores. BUMBO A Associação Nacional de Pós-Graduandos planeja fazer protestos na Capes, ligada ao MEC, e no Ministério da Fazenda por causa da suspensão da concessão de bolsas do Programa de Doutorado-Sanduíche no Exterior. "Queremos o mínimo de informação e transparência", diz Tamara Naiz, presidente da entidade. O processo está interrompido desde abril. A Capes não se manifesta. CRIOU PERNAS O Risadaria terá uma turnê pelo Brasil entre agosto e novembro. Comediantes como Leandro Hassum, Marco Luque e Rafael Cortez estão confirmados. É a primeira vez que o festival de humor, que neste ano chega à sexta edição em São Paulo, circula pelo país. Rio, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Belém, Recife, Salvador e Fortaleza estão no roteiro. OLHO NO LANCE Uma camisa da seleção autografada pelos jogadores Neymar, Paulo Henrique Ganso e Elano será leiloada a partir desta quarta (17) pela Tucca (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer). O lance inicial é de R$ 500. FESTA EM CASA A empresária Tatiana Monteiro de Barros recebeu convidados na festa junina Arraial no Museu, organizada no Museu da Casa Brasileira, no sábado (13). O cantor Léo Maia e a designer Duda Derani estiveram no evento. O empresário Ricardo Fleury foi com a namorada, Alicia Ranieri. O músico Toninho Ferragutti tocou na festa. BATISMO A sigla Samuvet foi escolhida em uma votação para representar o Serviço de Atendimento Médico Móvel de Urgência Veterinário, que começa a ser implementado neste ano na cidade de SP. A sugestão será levada à prefeitura pelo vereador Nelo Rodolfo (PMDB), que apresentou na Câmara a proposta do atendimento a cães e gatos e promoveu a enquete no site dele. BATISMO 2 Samuvet foi escolhida por 91% dos 1.585 participantes. A outra opção, Samuv, era questionada porque poderia ser confundida com Samu, o serviço de socorro a pessoas. LÚDICO O cantor Toquinho está planejando uma turnê de seu projeto infantil. A previsão é que o show "Toquinho para Crianças" passe por São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife. O artista estará acompanhado de sua banda e de artistas de circo. O plano é gravar um DVD nas apresentações em SP. BALÉ NA CRACOLÂNDIA Garotas que dançam no projeto de balé da cracolândia, mantido por uma igreja evangélica da região, vão receber a visita de bailarinos do Ballet Bolshoi. O grupo russo se apresenta no Brasil neste mês depois de 16 anos e os brasileiros da companhia, Erick Swolkin e Bruna Gaglianone, vão aproveitar a viagem para conhecer e dar aulas para as crianças. FESTA DE DEBUTANTE A senadora Marta Suplicy e o marido, Marcio Toledo, estiveram na festa de 15 anos do site Glamurama, no sábado (13). O arquiteto Isay Weinfeld e a atriz Giselle Itiê também foram ao evento, na unidade de Higienópolis do Iate Clube de Santos. CURTO-CIRCUITO João Sayad lança o livro "Dinheiro, Dinheiro", nesta terça (16), às 19h, na Livraria Cultura do shopping Iguatemi. Marcelo Jeneci faz show no Theatro Net São Paulo, nesta terça (16), às 21h. 12 anos. Mônica Salmaso se apresenta com o Quinteto Vento em Madeira. Nesta terça (16), a partir das 21h, no Espaço Cachuera!, em Perdizes. Paula Ferber e Elisa Stecca lançam linha de acessórios, joias e sapatos, nesta terça (16), no shopping Iguatemi, às 16h. Vicente de Mello abre exposição nesta terça (16), às 19h, na Galeria Eduardo Fernandes, na Vila Madalena. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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Veja momento da chegada da lama na foz do rio Doce
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O mar agitado em Regência, distrito de Linhares, no Espírito Santo, tornou-se uma barreira natural e deixou estancada na foz do rio Doce neste domingo (22) a lama vinda do rompimento de uma barragem em Mariana (MG) -a 700 km de distância.Perto do limite entre rio e mar, peixes cobertos de barro agonizavam, boiando na água barrenta misturada à água limpa e salgada.A previsão é que a enxurrada de lama que afetou a qualidade da água de municípios ao longo do rio Doce, levando até à suspensão do abastecimento, se espalhe por 9 km da costa capixaba -afetando, por muitos anos, algas, moluscos, crustáceos e peixes.
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Veja momento da chegada da lama na foz do rio DoceO mar agitado em Regência, distrito de Linhares, no Espírito Santo, tornou-se uma barreira natural e deixou estancada na foz do rio Doce neste domingo (22) a lama vinda do rompimento de uma barragem em Mariana (MG) -a 700 km de distância.Perto do limite entre rio e mar, peixes cobertos de barro agonizavam, boiando na água barrenta misturada à água limpa e salgada.A previsão é que a enxurrada de lama que afetou a qualidade da água de municípios ao longo do rio Doce, levando até à suspensão do abastecimento, se espalhe por 9 km da costa capixaba -afetando, por muitos anos, algas, moluscos, crustáceos e peixes.
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Devendra Banhart fará shows em sete capitais brasileiras em setembro
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O músico Devandra Banhart vem para o Brasil em setembro para shows em sete capitais. Sua passagem pelo país começa no Rio de Janeiro, no dia 6 de setembro, depois segue para Recife (7/9), Salvador (8/9), Belo Horizonte (10/9), São Paulo (12/9), Curitiba (13/9) e finaliza em Porto Alegre (14/9). Os shows que acontecem em Recife, Salvador, São Paulo e Curitiba serão promovidos pelo Popload Gig. Os ingressos variam entre R$ 40 (meia-entrada do show em Salvador) e R$ 300 (no camarote de São Paulo) e podem ser comprados pelo Ticket Load. As demais apresentações serão realizadas pela plataforma de eventos "Queremos!". Os ingressos para as apresentações no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba podem ser comprados no site da própria plataforma. Na pré-venda até o dia 1º de maio, os ingressos variam entre R$ 80 a R$ 180. Em 2016, Banhart produziu e lançou o seu nono álbum, "Ape in Pink Marble". Em 2013, Banhart fez shows em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Porto Alegre para divulgar o álbum "Mala". Ouça o novo álbum do músico Devandra Banhart: Ouça no deezer * SHOWS RIO DE JANEIRO QUANDO: 6 de setembro ONDE: Circo Voador (R. dos Arcos, s/n - tel. 21 2533-0354) RECIFE QUANDO: 7 de setembro às 21h ONDE: Espaço Catamaran (Cais Santa Rita, s/n 81 3424-2845) SALVADOR QUANDO: 8 de setembro ONDE: Largo Tereza Batista (R. Gregório de Matos, 6 - tel. 713117-6452) BELO HORIZONTE QUANDO: 10 de setembro ONDE: Music Hall (Av. do Contorno, 3239 - tel. 31 3209-8686) SÃO PAULO QUANDO: 12 de setembro ONDE: Tropical Butantã (Av. Valdemar Ferreira, 93 - tel. 11 3031-0393) CURITIBA QUANDO: 13 de setembro ONDE: Ópera de Arame (R. João Gava, 874 - tel. 41 3213-7500) PORTO ALEGRE QUANDO: 14 de setembro ONDE: Bar Opinião (R. José do Patrocínio, 834 - tel. 51 3211-2838)
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Devendra Banhart fará shows em sete capitais brasileiras em setembroO músico Devandra Banhart vem para o Brasil em setembro para shows em sete capitais. Sua passagem pelo país começa no Rio de Janeiro, no dia 6 de setembro, depois segue para Recife (7/9), Salvador (8/9), Belo Horizonte (10/9), São Paulo (12/9), Curitiba (13/9) e finaliza em Porto Alegre (14/9). Os shows que acontecem em Recife, Salvador, São Paulo e Curitiba serão promovidos pelo Popload Gig. Os ingressos variam entre R$ 40 (meia-entrada do show em Salvador) e R$ 300 (no camarote de São Paulo) e podem ser comprados pelo Ticket Load. As demais apresentações serão realizadas pela plataforma de eventos "Queremos!". Os ingressos para as apresentações no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba podem ser comprados no site da própria plataforma. Na pré-venda até o dia 1º de maio, os ingressos variam entre R$ 80 a R$ 180. Em 2016, Banhart produziu e lançou o seu nono álbum, "Ape in Pink Marble". Em 2013, Banhart fez shows em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Porto Alegre para divulgar o álbum "Mala". Ouça o novo álbum do músico Devandra Banhart: Ouça no deezer * SHOWS RIO DE JANEIRO QUANDO: 6 de setembro ONDE: Circo Voador (R. dos Arcos, s/n - tel. 21 2533-0354) RECIFE QUANDO: 7 de setembro às 21h ONDE: Espaço Catamaran (Cais Santa Rita, s/n 81 3424-2845) SALVADOR QUANDO: 8 de setembro ONDE: Largo Tereza Batista (R. Gregório de Matos, 6 - tel. 713117-6452) BELO HORIZONTE QUANDO: 10 de setembro ONDE: Music Hall (Av. do Contorno, 3239 - tel. 31 3209-8686) SÃO PAULO QUANDO: 12 de setembro ONDE: Tropical Butantã (Av. Valdemar Ferreira, 93 - tel. 11 3031-0393) CURITIBA QUANDO: 13 de setembro ONDE: Ópera de Arame (R. João Gava, 874 - tel. 41 3213-7500) PORTO ALEGRE QUANDO: 14 de setembro ONDE: Bar Opinião (R. José do Patrocínio, 834 - tel. 51 3211-2838)
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Atleta refugiado do Congo quer revanche com campeão mundial do judô
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ITALO NOGUEIRA DO RIO O judoca congolês Popole Misenga, 24, da equipe de refugiados, buscou deixar claro que estava na Rio-2016 para ganhar. E quer uma nova chance. Misenga afirmou que quer uma revanche contra o sul-coreano Donghan Gwak, campeão mundial e primeiro no ranking, para quem perdeu nesta quarta-feira (10) nas oitavas de finais da categoria médio (até 90 kg). "Tem revanche. Vou atrás dele para pegar e ganhar essa medalha, disse Misenga, após a luta. O congolês perdeu por ippon após sofrer uma chave de braço com 3min59 de luta, que dura no total cinco minutos. Até aquele momento, a luta estava empatada, com dois shidôs (punições) para cada. A remota chance de vitória sobre o campeão mundial provocava euforia na Arena Carioca 2. "Era algo super impossível ganhar do coreano. Foi equilibrado por quatro minutos. A estratégia era não ir para cima. Ele tem um contragolpe muito forte. Por isso ele estava muito irritado. Ele fez direitinho, mas não contava com o [combate] chão, onde cometeu um erro", disse Geraldo Bernardes, treinador da equipe de refugiados e da seleção brasileira por quatro Olimpíadas. Misenga venceu a sua primeira luta, contra o indiano Avtar Singh, 71º do ranking mundial. O triunfo levantou o público na arena, que gritava: "Popole, Popole, Popole". "Quando entrei na arena, achei que não teria nenhum torcedor. De repente vi o Brasil inteiro torcendo para mim. Veio um negócio... Tinha que vencer a primeira luta. Venci", disse o congolês. A Federação Internacional de Judô ainda não definiu se vai aceitar a participação de refugiados em suas competições. RELAÇÃO COM BRASIL Misenga disse que não deve se naturalizar brasileiro para tentar a vaga de Tiago Camilo, dono da vaga na categoria e que disputou sua última Olimpíada. "Aqui no Brasil já tem muito judoca", disse o congolês. Bernardes afirmou que Misenga teria chances na seleção brasileira. "Ele se preparou só por quatro meses e ganhou uma luta. É jovem, pode treinar e melhorar." A outra refugiada que entrou no tatame nesta quarta foi Yolande Bukasa, 28. Ela não ameaçou a israelense Linda Bolder, que aplicou um waza-ari e um ippon em 1min04 de luta. Ela disse que pretende seguir sua carreira. "Me senti como se estivesse em casa. Fiquei emocionada e feliz. Vi que muita gente gosta de mim. Me senti como se fosse da família. Estou representando muitas nações, todos os refugiados do mundo", disse ela. Os dois são da República Democrática do Congo, país que vive desde 1990 uma espiral de violência, resultado da disputa pelo poder da região rica em minas de ouro, estanho, tungstênio e coltan, usado na fabricação de chips de celular. Misenga e Bukasa desembarcaram no Brasil em 2013 para a disputa do Mundial do Rio. Foram abandonados pelos técnicos, que não custearam sequer a alimentação dos atletas, e decidiram desertar. Voltaram a lutar quando entraram em abril no Instituto Reação, projeto social do judoca Flávio Canto. Nos últimos quatro meses, participaram de alguns treinamentos da seleção brasileira. "Eles tiveram muito pouco tempo. Yolande não tinha até ontem [terça] nem a camisa branca que as atletas usam por baixo do quimono. Eles perderam a noção [do que era o judô]. Tive que ensinar toda a nova regra da competição", disse Bernardes. Os dois querem continuar a lutar, mas sabem que já marcaram seus nomes na história das Olimpíadas. "Meu nome já entrou na história da Olimpíada. Sou vencedor também. Quero patrocínio, para me ajudar e fazer mais competição. Quero continuar na minha profissão de judoca", disse Misenga. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
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Atleta refugiado do Congo quer revanche com campeão mundial do judô
ITALO NOGUEIRA DO RIO O judoca congolês Popole Misenga, 24, da equipe de refugiados, buscou deixar claro que estava na Rio-2016 para ganhar. E quer uma nova chance. Misenga afirmou que quer uma revanche contra o sul-coreano Donghan Gwak, campeão mundial e primeiro no ranking, para quem perdeu nesta quarta-feira (10) nas oitavas de finais da categoria médio (até 90 kg). "Tem revanche. Vou atrás dele para pegar e ganhar essa medalha, disse Misenga, após a luta. O congolês perdeu por ippon após sofrer uma chave de braço com 3min59 de luta, que dura no total cinco minutos. Até aquele momento, a luta estava empatada, com dois shidôs (punições) para cada. A remota chance de vitória sobre o campeão mundial provocava euforia na Arena Carioca 2. "Era algo super impossível ganhar do coreano. Foi equilibrado por quatro minutos. A estratégia era não ir para cima. Ele tem um contragolpe muito forte. Por isso ele estava muito irritado. Ele fez direitinho, mas não contava com o [combate] chão, onde cometeu um erro", disse Geraldo Bernardes, treinador da equipe de refugiados e da seleção brasileira por quatro Olimpíadas. Misenga venceu a sua primeira luta, contra o indiano Avtar Singh, 71º do ranking mundial. O triunfo levantou o público na arena, que gritava: "Popole, Popole, Popole". "Quando entrei na arena, achei que não teria nenhum torcedor. De repente vi o Brasil inteiro torcendo para mim. Veio um negócio... Tinha que vencer a primeira luta. Venci", disse o congolês. A Federação Internacional de Judô ainda não definiu se vai aceitar a participação de refugiados em suas competições. RELAÇÃO COM BRASIL Misenga disse que não deve se naturalizar brasileiro para tentar a vaga de Tiago Camilo, dono da vaga na categoria e que disputou sua última Olimpíada. "Aqui no Brasil já tem muito judoca", disse o congolês. Bernardes afirmou que Misenga teria chances na seleção brasileira. "Ele se preparou só por quatro meses e ganhou uma luta. É jovem, pode treinar e melhorar." A outra refugiada que entrou no tatame nesta quarta foi Yolande Bukasa, 28. Ela não ameaçou a israelense Linda Bolder, que aplicou um waza-ari e um ippon em 1min04 de luta. Ela disse que pretende seguir sua carreira. "Me senti como se estivesse em casa. Fiquei emocionada e feliz. Vi que muita gente gosta de mim. Me senti como se fosse da família. Estou representando muitas nações, todos os refugiados do mundo", disse ela. Os dois são da República Democrática do Congo, país que vive desde 1990 uma espiral de violência, resultado da disputa pelo poder da região rica em minas de ouro, estanho, tungstênio e coltan, usado na fabricação de chips de celular. Misenga e Bukasa desembarcaram no Brasil em 2013 para a disputa do Mundial do Rio. Foram abandonados pelos técnicos, que não custearam sequer a alimentação dos atletas, e decidiram desertar. Voltaram a lutar quando entraram em abril no Instituto Reação, projeto social do judoca Flávio Canto. Nos últimos quatro meses, participaram de alguns treinamentos da seleção brasileira. "Eles tiveram muito pouco tempo. Yolande não tinha até ontem [terça] nem a camisa branca que as atletas usam por baixo do quimono. Eles perderam a noção [do que era o judô]. Tive que ensinar toda a nova regra da competição", disse Bernardes. Os dois querem continuar a lutar, mas sabem que já marcaram seus nomes na história das Olimpíadas. "Meu nome já entrou na história da Olimpíada. Sou vencedor também. Quero patrocínio, para me ajudar e fazer mais competição. Quero continuar na minha profissão de judoca", disse Misenga. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
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Torcedor que morreu no Morumbi realizava sonho de ir ao estádio
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Um dia especial tornou-se um pesadelo em segundos. A inédita ida do torcedor são-paulino Bruno Pereira ao Morumbi terminou numa queda de 25 metros e em sua morte. O trágico final contrasta com o sentimento das primeiras horas do domingo: o jovem de 23 anos realizava um sonho ao conhecer o estádio do seu time do coração. Natural de Pindamonhangaba, interior de São Paulo, o torcedor nunca teve a chance de assistir a uma partida no Morumbi. Embora não fosse fanático pelo São Paulo, ir ao estádio o deixou eufórico desde as primeiras horas da manhã. Bruno viajou à capital paulista em um ônibus, ao lado de dezenas de torcedores da cidade. "Todos os lugares estavam lotados. A gente veio se divertindo e ele só falava que o São Paulo ia ganhar. Ele estava feliz", contou Amanda Rangel, 20 anos, amiga do jovem morto, em voz baixa à reportagem do UOL. Segundo a torcedora, que faz parte da organizada Dragões da Real de Taubaté, Bruno, que não era integrante da torcida, chegou em sua casa às 9h acompanhado de outros três amigos: Pierre, Pedro e Jhony. O grupo se juntaria em seguida à caravana. "Eles chegaram em casa buzinando. Todos felizes. Diziam para eu correr senão ia perder o ônibus", disse Amanda, que foi quem deu o ingresso a Bruno e Jhony dentro do ônibus. "Entreguei para eles e falei para eles não perderem, porque senão eles não iam conseguir entrar." De acordo com Jhony Alan Moraes, amigo de infância de Bruno, o jovem estava realizado ao ver o São Paulo de perto pela primeira vez. "Ele só falava que queria conhecer o Morumbi. Só falava isso, que era o sonho dele", disse o torcedor de 24 anos, cabisbaixo. Jhony acompanhava Bruno em uma das arquibancadas centrais do Morumbi, assim como Pierre e Pedro. Segundo ele, a queda aconteceu de forma repentina, pois o amigo não contou a intenção de mudar de setor antes mesmo de o jogo entre São Paulo e Corinthians começar. "Em nenhum momento ele falou que ia pular para o outro lado, ele estava todo tranquilo. Do nada escutei as pessoas falando que alguém tinha caído. Era ele", disse Jhony, inconformado. Amanda, por sua vez, estava sentada no setor onde Bruno tentava chegar. Ela conta que estava junto aos quatro amigos até o lugar onde estão localizadas as catracas do estádio."Ficamos juntos até a entrada. Depois cada um foi para um lado da arquibancada", disse. De acordo com Pierre, o outro amigo do rapaz, o acidente aconteceu após ele escorregar na parte mais alta da divisão, perder o equilíbrio e despencar lá de cima. Com a queda, o torcedor teve fratura exposta em uma das pernas e um grave ferimento na cabeça. Ele chegou ao Hospital Municipal do Campo Limpo morto após uma fracassada tentativa de reanimação na ambulância. Perto do portão 17 no Morumbi ficaram apenas as marcas do acidente: um tênis largado, uma barra de ferro amassada e uma grande poça de sangue. PAI DE DOIS FILHOS Segundo os amigos, Bruno tinha dois filhos, era separado e morava com os avós na área rural de Pindamonhangaba. Ele serviu ao exército e foi dispensado em janeiro deste ano. Com isso, passou a ajudar o avô em bicos de pedreiro na cidade. Bruno, de acordo com relatos, era um jovem extremamente sossegado, avesso às baladas e muito apegado à avó Ana, que o criou desde pequeno. "Ele era um filho para ela", frisou Carlos Bezerra, 35 anos, amigo da família. Dona Ana, conta ele, vive a terceira tragédia familiar em pouco tempo. Anos atrás, seu filho, tio de Bruno, morreu assassinado. Tempos depois, em 2010, outro filho faleceu em um acidente de moto. "Ela é muito forte e terá de ser de novo", afirmou. O enterro de Bruno acontecerá em Pindamonhangaba, sem data definida ainda. O pai do jovem, que também mora na área rural da cidade paulista, será responsável por reconhecer o corpo do rapaz no Instituto Médico Legal (IML) nesta segunda-feira (27) –ele viajou a São Paulo nas últimas horas do domingo.
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esporte
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Torcedor que morreu no Morumbi realizava sonho de ir ao estádioUm dia especial tornou-se um pesadelo em segundos. A inédita ida do torcedor são-paulino Bruno Pereira ao Morumbi terminou numa queda de 25 metros e em sua morte. O trágico final contrasta com o sentimento das primeiras horas do domingo: o jovem de 23 anos realizava um sonho ao conhecer o estádio do seu time do coração. Natural de Pindamonhangaba, interior de São Paulo, o torcedor nunca teve a chance de assistir a uma partida no Morumbi. Embora não fosse fanático pelo São Paulo, ir ao estádio o deixou eufórico desde as primeiras horas da manhã. Bruno viajou à capital paulista em um ônibus, ao lado de dezenas de torcedores da cidade. "Todos os lugares estavam lotados. A gente veio se divertindo e ele só falava que o São Paulo ia ganhar. Ele estava feliz", contou Amanda Rangel, 20 anos, amiga do jovem morto, em voz baixa à reportagem do UOL. Segundo a torcedora, que faz parte da organizada Dragões da Real de Taubaté, Bruno, que não era integrante da torcida, chegou em sua casa às 9h acompanhado de outros três amigos: Pierre, Pedro e Jhony. O grupo se juntaria em seguida à caravana. "Eles chegaram em casa buzinando. Todos felizes. Diziam para eu correr senão ia perder o ônibus", disse Amanda, que foi quem deu o ingresso a Bruno e Jhony dentro do ônibus. "Entreguei para eles e falei para eles não perderem, porque senão eles não iam conseguir entrar." De acordo com Jhony Alan Moraes, amigo de infância de Bruno, o jovem estava realizado ao ver o São Paulo de perto pela primeira vez. "Ele só falava que queria conhecer o Morumbi. Só falava isso, que era o sonho dele", disse o torcedor de 24 anos, cabisbaixo. Jhony acompanhava Bruno em uma das arquibancadas centrais do Morumbi, assim como Pierre e Pedro. Segundo ele, a queda aconteceu de forma repentina, pois o amigo não contou a intenção de mudar de setor antes mesmo de o jogo entre São Paulo e Corinthians começar. "Em nenhum momento ele falou que ia pular para o outro lado, ele estava todo tranquilo. Do nada escutei as pessoas falando que alguém tinha caído. Era ele", disse Jhony, inconformado. Amanda, por sua vez, estava sentada no setor onde Bruno tentava chegar. Ela conta que estava junto aos quatro amigos até o lugar onde estão localizadas as catracas do estádio."Ficamos juntos até a entrada. Depois cada um foi para um lado da arquibancada", disse. De acordo com Pierre, o outro amigo do rapaz, o acidente aconteceu após ele escorregar na parte mais alta da divisão, perder o equilíbrio e despencar lá de cima. Com a queda, o torcedor teve fratura exposta em uma das pernas e um grave ferimento na cabeça. Ele chegou ao Hospital Municipal do Campo Limpo morto após uma fracassada tentativa de reanimação na ambulância. Perto do portão 17 no Morumbi ficaram apenas as marcas do acidente: um tênis largado, uma barra de ferro amassada e uma grande poça de sangue. PAI DE DOIS FILHOS Segundo os amigos, Bruno tinha dois filhos, era separado e morava com os avós na área rural de Pindamonhangaba. Ele serviu ao exército e foi dispensado em janeiro deste ano. Com isso, passou a ajudar o avô em bicos de pedreiro na cidade. Bruno, de acordo com relatos, era um jovem extremamente sossegado, avesso às baladas e muito apegado à avó Ana, que o criou desde pequeno. "Ele era um filho para ela", frisou Carlos Bezerra, 35 anos, amigo da família. Dona Ana, conta ele, vive a terceira tragédia familiar em pouco tempo. Anos atrás, seu filho, tio de Bruno, morreu assassinado. Tempos depois, em 2010, outro filho faleceu em um acidente de moto. "Ela é muito forte e terá de ser de novo", afirmou. O enterro de Bruno acontecerá em Pindamonhangaba, sem data definida ainda. O pai do jovem, que também mora na área rural da cidade paulista, será responsável por reconhecer o corpo do rapaz no Instituto Médico Legal (IML) nesta segunda-feira (27) –ele viajou a São Paulo nas últimas horas do domingo.
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Sem consenso, votação de medidas anticorrupção é novamente adiada
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A votação do parecer das medidas anticorrupção foi adiada mais uma vez. O relatório do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) seria votado na quarta-feira (16), depois nesta quinta-feira (17). No entanto, como não se chegou a um consenso em ao menos dois pontos do texto, a comissão especial que analisa a proposta só deve votá-la na próxima terça-feira (22). A sessão desta manhã, que se restringiria a discutir o projeto, não aconteceu por falta de quórum. Apenas 15 dos 30 membros da comissão apareceram. É preciso haver, no mínimo, 16 deputados para começar os trabalhos. Lorenzoni está sendo pressionado por deputados em duas questões: anistia ao caixa dois e punições mais rígidas para juízes e membros do Ministério Público. Parlamentares de diversos partidos querem que ele deixe claro que políticos que praticaram caixa dois antes da lei não serão punidos. Eles também querem que o relator traga de volta ao seu texto um artigo que endurece as regras de punição a juízes, procuradores e promotores que cometerem crimes. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reuniu na tarde desta quarta-feira em seu gabinete líderes e integrantes dos principais partidos políticos para discutir a proposta de anistia aos políticos alvos da Lava Jato. Operação nesse sentido acabou frustrada em setembro, mas as principais siglas decidiram assumir o desgaste de aprovar a medida. Parlamentares entendem que é preferível enfrentar a opinião pública agora do que as consequências da delação premiada que a Odebrecht está fechando com as autoridades –espera-se que mais de uma centena de políticos sejam incriminados. Medidas anticorrupção Grande parte dos deputados defende que na proposta de criminalização do caixa dois eleitoral haja uma emenda explícita que passe uma borracha nos crimes passados e que vede a possibilidade de o Judiciário enquadrar a prática em outros crimes, como corrupção e lavagem de dinheiro. A criminalização específica do caixa dois faz parte do pacote de dez medidas do Ministério Público Federal, em análise na comissão especial da Câmara. No parecer apresentado na semana passada, Onyx Lorenzoni estabeleceu pena de prisão de até dez anos para quem receber e também para quem doar recursos não declarados, o chamado crime de caixa dois. Segundo a Folha apurou, deputados devem tentar duas alternativas para garantir a anistia, caso Lorenzoni não ceda. A primeira é apresentar um voto em separado na comissão e garantir maioria de deputados para que este texto vá a plenário em detrimento da proposta de Lorenzoni. Uma série de substituições de membros da comissão realizadas ontem teria por objetivo justamente a aprovação da redação alternativa. Outra possibilidade é que algum parlamentar ou partido -ou um conjunto deles- apresente emenda de plenário a algum projeto que será apreciado pelos parlamentares. MAIS PRESSÃO Deputados pressionam Lorenzoni também para que ele recue e inclua novamente em seu texto artigo que estabelece que magistrados e membros do Ministério Público passam a poder responder por crime de responsabilidade. A punição máxima era a perda do cargo e inabilitação para o serviço público. Ele havia retirado este trecho de seu relatório após encontro com Deltan Dallagnol, um dos coordenadores da força-tarefa da Operação Lava Jato, e José Robalinho Cavalcanti, presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), na última segunda-feira (14). Segundo a Folha apurou, em jantar realizado na terça-feira (15), na residência oficial da presidência da Câmara, deputados reclamaram do comportamento de Lorenzoni após o apelo de Dallagnol. Ao retirar o artigo, o deputado disse que estava "afastando toda e qualquer remota referência à tentativa de constrangimento às investigações" como as da Lava Jato, que tem como alvo parlamentares de diversos partidos. Lorenzoni está conversando com membros da comissão e anunciou o adiamento, reconhecendo a possibilidade de alterar o texto após novas conversas com membros do Ministério Público. Três deputados já apresentaram voto em separado que pedem a manutenção da punição mais dura para magistrados, promotores e procuradores –Sérgio Vidigal (PDT-ES), Félix Mendonça (PDT-BA) e Fausto Pinato (PP-SP). Eles não fazem reparos ao texto de Lorenzoni em relação à tipificação do crime de caixa dois.
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poder
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Sem consenso, votação de medidas anticorrupção é novamente adiadaA votação do parecer das medidas anticorrupção foi adiada mais uma vez. O relatório do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) seria votado na quarta-feira (16), depois nesta quinta-feira (17). No entanto, como não se chegou a um consenso em ao menos dois pontos do texto, a comissão especial que analisa a proposta só deve votá-la na próxima terça-feira (22). A sessão desta manhã, que se restringiria a discutir o projeto, não aconteceu por falta de quórum. Apenas 15 dos 30 membros da comissão apareceram. É preciso haver, no mínimo, 16 deputados para começar os trabalhos. Lorenzoni está sendo pressionado por deputados em duas questões: anistia ao caixa dois e punições mais rígidas para juízes e membros do Ministério Público. Parlamentares de diversos partidos querem que ele deixe claro que políticos que praticaram caixa dois antes da lei não serão punidos. Eles também querem que o relator traga de volta ao seu texto um artigo que endurece as regras de punição a juízes, procuradores e promotores que cometerem crimes. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reuniu na tarde desta quarta-feira em seu gabinete líderes e integrantes dos principais partidos políticos para discutir a proposta de anistia aos políticos alvos da Lava Jato. Operação nesse sentido acabou frustrada em setembro, mas as principais siglas decidiram assumir o desgaste de aprovar a medida. Parlamentares entendem que é preferível enfrentar a opinião pública agora do que as consequências da delação premiada que a Odebrecht está fechando com as autoridades –espera-se que mais de uma centena de políticos sejam incriminados. Medidas anticorrupção Grande parte dos deputados defende que na proposta de criminalização do caixa dois eleitoral haja uma emenda explícita que passe uma borracha nos crimes passados e que vede a possibilidade de o Judiciário enquadrar a prática em outros crimes, como corrupção e lavagem de dinheiro. A criminalização específica do caixa dois faz parte do pacote de dez medidas do Ministério Público Federal, em análise na comissão especial da Câmara. No parecer apresentado na semana passada, Onyx Lorenzoni estabeleceu pena de prisão de até dez anos para quem receber e também para quem doar recursos não declarados, o chamado crime de caixa dois. Segundo a Folha apurou, deputados devem tentar duas alternativas para garantir a anistia, caso Lorenzoni não ceda. A primeira é apresentar um voto em separado na comissão e garantir maioria de deputados para que este texto vá a plenário em detrimento da proposta de Lorenzoni. Uma série de substituições de membros da comissão realizadas ontem teria por objetivo justamente a aprovação da redação alternativa. Outra possibilidade é que algum parlamentar ou partido -ou um conjunto deles- apresente emenda de plenário a algum projeto que será apreciado pelos parlamentares. MAIS PRESSÃO Deputados pressionam Lorenzoni também para que ele recue e inclua novamente em seu texto artigo que estabelece que magistrados e membros do Ministério Público passam a poder responder por crime de responsabilidade. A punição máxima era a perda do cargo e inabilitação para o serviço público. Ele havia retirado este trecho de seu relatório após encontro com Deltan Dallagnol, um dos coordenadores da força-tarefa da Operação Lava Jato, e José Robalinho Cavalcanti, presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), na última segunda-feira (14). Segundo a Folha apurou, em jantar realizado na terça-feira (15), na residência oficial da presidência da Câmara, deputados reclamaram do comportamento de Lorenzoni após o apelo de Dallagnol. Ao retirar o artigo, o deputado disse que estava "afastando toda e qualquer remota referência à tentativa de constrangimento às investigações" como as da Lava Jato, que tem como alvo parlamentares de diversos partidos. Lorenzoni está conversando com membros da comissão e anunciou o adiamento, reconhecendo a possibilidade de alterar o texto após novas conversas com membros do Ministério Público. Três deputados já apresentaram voto em separado que pedem a manutenção da punição mais dura para magistrados, promotores e procuradores –Sérgio Vidigal (PDT-ES), Félix Mendonça (PDT-BA) e Fausto Pinato (PP-SP). Eles não fazem reparos ao texto de Lorenzoni em relação à tipificação do crime de caixa dois.
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Hope Solo é suspensa pelos EUA após chamar suecas de 'covardes' nos Jogos
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DO UOL A Confederação de Futebol dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (24) que a goleira Hope Solo foi suspensa por seis meses por "conduta contrária aos princípios da organização". Após a eliminação na Rio-2016 para a Suécia, a jogadora afirmou que o time havia perdido para "um bando de covardes" e que o melhor time não havia vencido. "Os comentários de Hope Solo depois da partida contra a Suécia durante os Jogos Olímpicos foram inaceitáveis e não condizem com a conduta esperada das jogadoras da seleção", afirmou Sunil Gulati, presidente da Confederação, ao site oficial. "Além do campo e dos resultados, os Jogos Olímpicos celebram e representam os ideais de jogo limpo e respeito. Esperamos que todos os nossos representantes honrem esses princípios, sem exceções". A goleira falou sobre a decisão pouco depois. Solo, em entrevista à 'Sports Illustrated', disse que não esperava pela atitude depois de defender a seleção por tantos anos. "Eu dediquei minha vida à seleção feminina dos Estados Unidos por 17 anos e fiz meu trabalho como uma atleta que só conhece um caminho: com paixão, comprometimento e força. Para ser a melhor goleira do mundo, não só do meu país, para elevar o esporte da próxima geração de atletas femininas. Por tudo que fiz, eu estou triste pela decisão da federação em finalizar meu contrato", disse. Essa é a segunda vez em que Hope Solo é suspensa pela Federação. Em 2015, a entidade já havia punido a goleira por 30 dias por "mau comportamento". Na época, porém, não havia ocorrido uma explicação sobre o ato que havia levado à punição. Com a suspensão, Hope Solo fica inelegível para defender a seleção dos Estados Unidos até fevereiro de 2017.
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esporte
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Hope Solo é suspensa pelos EUA após chamar suecas de 'covardes' nos Jogos
DO UOL A Confederação de Futebol dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (24) que a goleira Hope Solo foi suspensa por seis meses por "conduta contrária aos princípios da organização". Após a eliminação na Rio-2016 para a Suécia, a jogadora afirmou que o time havia perdido para "um bando de covardes" e que o melhor time não havia vencido. "Os comentários de Hope Solo depois da partida contra a Suécia durante os Jogos Olímpicos foram inaceitáveis e não condizem com a conduta esperada das jogadoras da seleção", afirmou Sunil Gulati, presidente da Confederação, ao site oficial. "Além do campo e dos resultados, os Jogos Olímpicos celebram e representam os ideais de jogo limpo e respeito. Esperamos que todos os nossos representantes honrem esses princípios, sem exceções". A goleira falou sobre a decisão pouco depois. Solo, em entrevista à 'Sports Illustrated', disse que não esperava pela atitude depois de defender a seleção por tantos anos. "Eu dediquei minha vida à seleção feminina dos Estados Unidos por 17 anos e fiz meu trabalho como uma atleta que só conhece um caminho: com paixão, comprometimento e força. Para ser a melhor goleira do mundo, não só do meu país, para elevar o esporte da próxima geração de atletas femininas. Por tudo que fiz, eu estou triste pela decisão da federação em finalizar meu contrato", disse. Essa é a segunda vez em que Hope Solo é suspensa pela Federação. Em 2015, a entidade já havia punido a goleira por 30 dias por "mau comportamento". Na época, porém, não havia ocorrido uma explicação sobre o ato que havia levado à punição. Com a suspensão, Hope Solo fica inelegível para defender a seleção dos Estados Unidos até fevereiro de 2017.
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Roubos e furtos caem no 1° semestre, mas assaltos a bancos crescem em SP
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Em meio à queda dos principais indicadores criminais, os assaltos a bancos cresceram neste ano no Estado de São Paulo e na capital paulista, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (27) pela Secretaria da Segurança Pública. No primeiro semestre, os casos de roubo a banco tiveram aumento de 2% no Estado (de 89 para 91) e de 23% na capital paulista (de 38 para 47), na comparação com o mesmo período do ano passado. Considerando apenas o mês de junho, houve aumento de dois casos no Estado (de 11 para 13) e de um caso na capital (de 6 para 7). O secretário Alexandre de Moraes minimizou o aumento. "É uma variação muito baixa. Está dentro da margem de erro, vamos dizer assim. O aumento ocorreu em relação aos meses de março e abril, essa tendência vem caindo em maio e junho", afirmou. Segundo o secretário, após a prisão de quadrilhas especializadas em roubar caixas eletrônicos com explosivos, no início do ano, criminosos mudaram de tática. "O que indica é que houve uma migração em março e abril, já estancado esse problema em maio e junho." Moraes destacou a queda nos homicídios e roubo de cargas, cuja divulgação foi antecipada na semana passada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), em pré-campanha para a disputa presidencial de 2018. Todos os meses, e de uma só vez, a secretaria divulga os dados de todos os indicadores. Desta vez, porém, o governador antecipou o anúncio dos números positivos destes dois tipos de crime. No sábado (25), Alckmin negou ter antecipado dados favoráveis e disse que é "tudo transparente". Editoria de Arte/Folhapress ROUBOS E FURTOS Os casos de roubos e furtos em geral também caíram neste ano. As ocorrências de roubo tiveram queda de 6% no Estado e de 7% na capital paulista no primeiro semestre. Considerando apenas o mês de junho, o recuo foi de 6% no Estado e de 10% na capital na comparação com junho de 2014. No semestre, os furtos caíram 8% no Estado e 11% na capital. Em junho, a queda foi de 2% no Estado e 12% na capital. A redução no número de casos também ocorreu nos roubos e furtos de veículos. No semestre, o recuo no indicador de roubos foi de 26% No Estado –o que significa 13,8 mil ocorrências a menos– e de 28% na cidade de São Paulo. Em relação aos furtos, a queda foi de 11% no Estado e 12% na capital. Segundo Moraes, a queda dos indicadores é resultado do aumento da produtividade dos policiais. O número de prisões efetuadas nos primeiros seis meses do ano foi o maior da série histórica, iniciada em 2001 –88,9 mil detenções, um aumento de 9% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Também cresceram os flagrantes de tráfico de drogas. Apenas em junho foram registrados 4.002 casos, um aumento de 15% em relação ao mesmo mês de 2014 e o maior número da série histórica. De acordo com o secretário, até julho foi apreendida uma quantidade de entorpecentes três vezes maior do que a de todo o ano passado. Questionado sobre a redução do efetivo policial no Estado, Moraes disse que já foi autorizado a fazer novas contratações "para que, até dezembro do ano que vem, estejam completos os efetivos da Polícia Militar e da Polícia Civil". Reportagem da Folha apontou que, em 2014, o número de vagas não preenchidas nas duas polícias bateu recordes: subiu de 6,3 mil para 7,6 mil na PM –maior número desde 2001– e de 10,5 mil para 13,2 mil na Civil –maior patamar em 20 anos. LATROCÍNIO E ESTUPRO Os latrocínios –roubo seguido de morte– tiveram leve aumento no Estado em junho (de 27 para 29 casos), mas, no acumulado do semestre, caíram 12% (de 201 para 177) em relação ao ano passado. Na capital, o indicador recuou tanto junho (de 12 para 5 casos) quanto no semestre, com redução de 24% (de 76 para 58 casos). Os casos de estupro caíram tanto em junho quanto no semestre. As quedas foram de 12% no Estado (de 5.123 para 4.532) e 15% na capital (de 1.213 para 1.034) nos primeiros seis meses do ano, o que, segundo Moraes, representam os menores números desde 2009, quando foi alterada a lei que classifica o crime.
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cotidiano
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Roubos e furtos caem no 1° semestre, mas assaltos a bancos crescem em SPEm meio à queda dos principais indicadores criminais, os assaltos a bancos cresceram neste ano no Estado de São Paulo e na capital paulista, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (27) pela Secretaria da Segurança Pública. No primeiro semestre, os casos de roubo a banco tiveram aumento de 2% no Estado (de 89 para 91) e de 23% na capital paulista (de 38 para 47), na comparação com o mesmo período do ano passado. Considerando apenas o mês de junho, houve aumento de dois casos no Estado (de 11 para 13) e de um caso na capital (de 6 para 7). O secretário Alexandre de Moraes minimizou o aumento. "É uma variação muito baixa. Está dentro da margem de erro, vamos dizer assim. O aumento ocorreu em relação aos meses de março e abril, essa tendência vem caindo em maio e junho", afirmou. Segundo o secretário, após a prisão de quadrilhas especializadas em roubar caixas eletrônicos com explosivos, no início do ano, criminosos mudaram de tática. "O que indica é que houve uma migração em março e abril, já estancado esse problema em maio e junho." Moraes destacou a queda nos homicídios e roubo de cargas, cuja divulgação foi antecipada na semana passada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), em pré-campanha para a disputa presidencial de 2018. Todos os meses, e de uma só vez, a secretaria divulga os dados de todos os indicadores. Desta vez, porém, o governador antecipou o anúncio dos números positivos destes dois tipos de crime. No sábado (25), Alckmin negou ter antecipado dados favoráveis e disse que é "tudo transparente". Editoria de Arte/Folhapress ROUBOS E FURTOS Os casos de roubos e furtos em geral também caíram neste ano. As ocorrências de roubo tiveram queda de 6% no Estado e de 7% na capital paulista no primeiro semestre. Considerando apenas o mês de junho, o recuo foi de 6% no Estado e de 10% na capital na comparação com junho de 2014. No semestre, os furtos caíram 8% no Estado e 11% na capital. Em junho, a queda foi de 2% no Estado e 12% na capital. A redução no número de casos também ocorreu nos roubos e furtos de veículos. No semestre, o recuo no indicador de roubos foi de 26% No Estado –o que significa 13,8 mil ocorrências a menos– e de 28% na cidade de São Paulo. Em relação aos furtos, a queda foi de 11% no Estado e 12% na capital. Segundo Moraes, a queda dos indicadores é resultado do aumento da produtividade dos policiais. O número de prisões efetuadas nos primeiros seis meses do ano foi o maior da série histórica, iniciada em 2001 –88,9 mil detenções, um aumento de 9% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Também cresceram os flagrantes de tráfico de drogas. Apenas em junho foram registrados 4.002 casos, um aumento de 15% em relação ao mesmo mês de 2014 e o maior número da série histórica. De acordo com o secretário, até julho foi apreendida uma quantidade de entorpecentes três vezes maior do que a de todo o ano passado. Questionado sobre a redução do efetivo policial no Estado, Moraes disse que já foi autorizado a fazer novas contratações "para que, até dezembro do ano que vem, estejam completos os efetivos da Polícia Militar e da Polícia Civil". Reportagem da Folha apontou que, em 2014, o número de vagas não preenchidas nas duas polícias bateu recordes: subiu de 6,3 mil para 7,6 mil na PM –maior número desde 2001– e de 10,5 mil para 13,2 mil na Civil –maior patamar em 20 anos. LATROCÍNIO E ESTUPRO Os latrocínios –roubo seguido de morte– tiveram leve aumento no Estado em junho (de 27 para 29 casos), mas, no acumulado do semestre, caíram 12% (de 201 para 177) em relação ao ano passado. Na capital, o indicador recuou tanto junho (de 12 para 5 casos) quanto no semestre, com redução de 24% (de 76 para 58 casos). Os casos de estupro caíram tanto em junho quanto no semestre. As quedas foram de 12% no Estado (de 5.123 para 4.532) e 15% na capital (de 1.213 para 1.034) nos primeiros seis meses do ano, o que, segundo Moraes, representam os menores números desde 2009, quando foi alterada a lei que classifica o crime.
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Ex-premiê espanhol pede 'conversa pessoal' com Maduro
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O ex-primeiro-ministro espanhol José Luis Rodríguez Zapatero, que será um dos acompanhadores da eleição de domingo (6) na Venezuela, disse nesta quarta (2) que quer conversar pessoalmente com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sobre o processo. Zapatero, que chegou na terça a Caracas, afirmou que assumirá suas funções com "respeito à soberania do povo da Venezuela", para ajudar o pleito a "responder aos melhores princípios de transparência". Ele deu as declarações durante a instalação do programa de acompanhamento internacional do pleito, com a presença de autoridades do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) venezuelano e de membros da missão da Unasul (União de Nações Sul-Americanas). O ex-primeiro-ministro, que também se reuniu com a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, foi convidado pelo CNE, junto com o ex-presidente do Panamá Martín Torrijos e o senador colombiano Horacio Serpa, para acompanhar as eleições. Em junho, outro ex-premiê espanhol, Felipe González –do mesmo partido de Zapatero, o socialista PSOE–, foi impedido pelas autoridades de visitar presos políticos e chamado de "golpista" por Maduro. PRESENÇA BRASILEIRA No final de novembro, o cônsul-geral do Brasil em Washington, Antonino Mena Gonçalves, foi escolhido como representante brasileiro na missão da Unasul que acompanhará a votação. A escolha pôs fim à incerteza sobre a participação brasileira, após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) se retirar da missão em protesto contra a falta de garantias para uma observação crível e o veto de Caracas ao ex-ministro brasileiro Nelson Jobim como chefe da delegação. Diante do mal-estar causado pela decisão do TSE, o ex-presidente dominicano Leonel Fernández, chefe da missão da Unasul, pediu um assessor ao governo brasileiro, que indicou Mena Gonçalves.
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mundo
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Ex-premiê espanhol pede 'conversa pessoal' com MaduroO ex-primeiro-ministro espanhol José Luis Rodríguez Zapatero, que será um dos acompanhadores da eleição de domingo (6) na Venezuela, disse nesta quarta (2) que quer conversar pessoalmente com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sobre o processo. Zapatero, que chegou na terça a Caracas, afirmou que assumirá suas funções com "respeito à soberania do povo da Venezuela", para ajudar o pleito a "responder aos melhores princípios de transparência". Ele deu as declarações durante a instalação do programa de acompanhamento internacional do pleito, com a presença de autoridades do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) venezuelano e de membros da missão da Unasul (União de Nações Sul-Americanas). O ex-primeiro-ministro, que também se reuniu com a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, foi convidado pelo CNE, junto com o ex-presidente do Panamá Martín Torrijos e o senador colombiano Horacio Serpa, para acompanhar as eleições. Em junho, outro ex-premiê espanhol, Felipe González –do mesmo partido de Zapatero, o socialista PSOE–, foi impedido pelas autoridades de visitar presos políticos e chamado de "golpista" por Maduro. PRESENÇA BRASILEIRA No final de novembro, o cônsul-geral do Brasil em Washington, Antonino Mena Gonçalves, foi escolhido como representante brasileiro na missão da Unasul que acompanhará a votação. A escolha pôs fim à incerteza sobre a participação brasileira, após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) se retirar da missão em protesto contra a falta de garantias para uma observação crível e o veto de Caracas ao ex-ministro brasileiro Nelson Jobim como chefe da delegação. Diante do mal-estar causado pela decisão do TSE, o ex-presidente dominicano Leonel Fernández, chefe da missão da Unasul, pediu um assessor ao governo brasileiro, que indicou Mena Gonçalves.
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Chineses criam injeção antizika e testes têm sucesso em roedores
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Uma equipe de pesquisadores chineses deu o primeiro passo importante para a obtenção de uma terapia contra o vírus da zika. Eles conseguiram inativar o vírus em fetos e em fêmeas prenhas de camundongos. O artigo, publicado nesta terça (25) na revista "Nature Communications", tem como autores Yufeng Yu e Shibo Jiang, e a pesquisa foi coordenada por Lu Lu, ambos da Universidade Fudan, de Xangai. O novo estudo usou um peptídeo para atacar o vírus –peptídeos são moléculas orgânicas formadas pela ligação de dois ou mais aminoácidos, os "tijolos" dos quais são feitas as proteínas. Hoje, não há vacinas específicas ou medicamentos antivirais disponíveis para prevenir ou tratar a infecção pela zika. Os pesquisadores relatam que o uso de um peptídeo sintético derivado da região do caule da proteína do envelope que cobre o zika, designado Z2, inibe a infecção e outros flavivírus in vitro. A nova arma, Z2, interage com a proteína na superfície do vírus e afeta a integridade da membrana. O peptídeo sintético pode passar pela barreira da placenta e penetrar os tecidos do feto, como demonstrado em roedores. Uma vez no organismo dos animais, o Z2 protegeu contra a infecção pelo vírus. Com isso, o Z2 tem potencial para ser desenvolvido como tratamento antiviral contra a infecção pela zika em populações de alto risco, particularmente mulheres grávidas. Já existem alguns compostos feitos com pequenas moléculas que podem ser usados para inibir a infecção, mas sua segurança para mulheres grávidas ainda é desconhecida, e algumas têm pouca eficácia. Há também um anticorpo (o ZIKV-117) que pode neutralizar algumas cepas do vírus, mas o alto custo pode limitar sua aplicação em países em desenvolvimento, como o Brasil, segundo os chineses. Os cientistas dizem que o mecanismo pelo qual o peptídeo derivado do vírus pode inibir a infeção ainda não está claro, mas afirmam que ele tem "excelente perfis de segurança e farmacológicos".
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equilibrioesaude
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Chineses criam injeção antizika e testes têm sucesso em roedoresUma equipe de pesquisadores chineses deu o primeiro passo importante para a obtenção de uma terapia contra o vírus da zika. Eles conseguiram inativar o vírus em fetos e em fêmeas prenhas de camundongos. O artigo, publicado nesta terça (25) na revista "Nature Communications", tem como autores Yufeng Yu e Shibo Jiang, e a pesquisa foi coordenada por Lu Lu, ambos da Universidade Fudan, de Xangai. O novo estudo usou um peptídeo para atacar o vírus –peptídeos são moléculas orgânicas formadas pela ligação de dois ou mais aminoácidos, os "tijolos" dos quais são feitas as proteínas. Hoje, não há vacinas específicas ou medicamentos antivirais disponíveis para prevenir ou tratar a infecção pela zika. Os pesquisadores relatam que o uso de um peptídeo sintético derivado da região do caule da proteína do envelope que cobre o zika, designado Z2, inibe a infecção e outros flavivírus in vitro. A nova arma, Z2, interage com a proteína na superfície do vírus e afeta a integridade da membrana. O peptídeo sintético pode passar pela barreira da placenta e penetrar os tecidos do feto, como demonstrado em roedores. Uma vez no organismo dos animais, o Z2 protegeu contra a infecção pelo vírus. Com isso, o Z2 tem potencial para ser desenvolvido como tratamento antiviral contra a infecção pela zika em populações de alto risco, particularmente mulheres grávidas. Já existem alguns compostos feitos com pequenas moléculas que podem ser usados para inibir a infecção, mas sua segurança para mulheres grávidas ainda é desconhecida, e algumas têm pouca eficácia. Há também um anticorpo (o ZIKV-117) que pode neutralizar algumas cepas do vírus, mas o alto custo pode limitar sua aplicação em países em desenvolvimento, como o Brasil, segundo os chineses. Os cientistas dizem que o mecanismo pelo qual o peptídeo derivado do vírus pode inibir a infeção ainda não está claro, mas afirmam que ele tem "excelente perfis de segurança e farmacológicos".
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Sem Luis Fabiano, São Paulo treina e deve ter time misto contra o Marília
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O São Paulo treinou na manhã desta sexta-feira (20), já visando o duelo contra o Marília, no próximo domingo, no Morumbi, pelo Campeonato Paulista. A atividade predominantemente física, sem exigir tanto dos atletas, teve duas baixas: o lateral-esquerdo Carlinhos e o atacante Luis Fabiano, que fizeram trabalho de regeneração física. Carlinhos apresentou um quadro de mialgia no músculo adutor da coxa esquerda. Já Luis Fabiano foi preservado da atividade porque acaba de se recuperar de uma contratura muscular na coxa esquerda. Ambos não devem jogar contra o Marília. O técnico Muricy Ramalho não confirmou se utilizará apenas reservas no confronto, mas deixou claro que precisará poupar jogadores. O volante Hudson está suspenso e o lateral-direito Bruno, pendurado. "Ainda estamos em processo de recuperação. Quando teve jogos decisivos como agora, contra o San Lorenzo, fazemos estudos, e vimos que alguns jogadores deram um pouco a mais ou muito a mais e sentiram um pouco. Estamos preocupados com a recuperação para não machucar", afirmou o técnico. Este deve ser o caso do volante Denilson. No treino desta sexta, o jogador fez um trabalho à parte dos demais companheiros e também deve ser poupado do duelo de domingo. Muricy vai definir o time neste sábado, quando o time volta a treinar no CT da Barra Funda, no período da tarde, em atividade fechada à imprensa.
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Sem Luis Fabiano, São Paulo treina e deve ter time misto contra o MaríliaO São Paulo treinou na manhã desta sexta-feira (20), já visando o duelo contra o Marília, no próximo domingo, no Morumbi, pelo Campeonato Paulista. A atividade predominantemente física, sem exigir tanto dos atletas, teve duas baixas: o lateral-esquerdo Carlinhos e o atacante Luis Fabiano, que fizeram trabalho de regeneração física. Carlinhos apresentou um quadro de mialgia no músculo adutor da coxa esquerda. Já Luis Fabiano foi preservado da atividade porque acaba de se recuperar de uma contratura muscular na coxa esquerda. Ambos não devem jogar contra o Marília. O técnico Muricy Ramalho não confirmou se utilizará apenas reservas no confronto, mas deixou claro que precisará poupar jogadores. O volante Hudson está suspenso e o lateral-direito Bruno, pendurado. "Ainda estamos em processo de recuperação. Quando teve jogos decisivos como agora, contra o San Lorenzo, fazemos estudos, e vimos que alguns jogadores deram um pouco a mais ou muito a mais e sentiram um pouco. Estamos preocupados com a recuperação para não machucar", afirmou o técnico. Este deve ser o caso do volante Denilson. No treino desta sexta, o jogador fez um trabalho à parte dos demais companheiros e também deve ser poupado do duelo de domingo. Muricy vai definir o time neste sábado, quando o time volta a treinar no CT da Barra Funda, no período da tarde, em atividade fechada à imprensa.
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Blog de Tec: Gamer recria abertura e cidade de 'Simpsons' no game 'Minecraft'
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O Bearly Regal, canal dedicado ao jogo de bloquinhos para PC "Minecraft" (adquirido pela Microsoft por alguns bilhões), recriou no seu último vídeo a abertura da animação "Os Simpsons" dentro do universo do game. Simultaneamente, o aficionado divulgou um "tour ... Leia post completo no blog
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Blog de Tec: Gamer recria abertura e cidade de 'Simpsons' no game 'Minecraft'O Bearly Regal, canal dedicado ao jogo de bloquinhos para PC "Minecraft" (adquirido pela Microsoft por alguns bilhões), recriou no seu último vídeo a abertura da animação "Os Simpsons" dentro do universo do game. Simultaneamente, o aficionado divulgou um "tour ... Leia post completo no blog
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Thaís Nicoleti: Datação de acepções e variantes inova pesquisa etimológica
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Com a criação do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Etimologia e História da Língua Portuguesa (NEHiLP), em 2012, o professor doutor Mário Eduardo Viaro, da FFLCH-USP, dava início a um ambicioso projeto de pesquisa na área de etimologia. Em ... Leia post completo no blog
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Thaís Nicoleti: Datação de acepções e variantes inova pesquisa etimológicaCom a criação do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Etimologia e História da Língua Portuguesa (NEHiLP), em 2012, o professor doutor Mário Eduardo Viaro, da FFLCH-USP, dava início a um ambicioso projeto de pesquisa na área de etimologia. Em ... Leia post completo no blog
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Federação Paulista confirma saída de coronel Marinho após erro em escala
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A Federação Paulista de futebol confirmou neste sábado (16) que o coronel Marinho não é mais o chefe da Comissão de Arbitragem da entidade. A saída acontece dois dias depois do erro na escala de arbitragem da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Na ocasião, o árbitro Flávio Rodrigues Guerra não podia apitar nenhuma partida durante 100 dias após uma suspensão no fim de novembro, mas mesmo assim foi escalado para o jogo entre São Paulo e Figueirense, na quinta. Em nota, a Federação Paulista de Futebol informa que a decisão de tirar Marinho foi tomada em comum acordo. "Em comum acordo, a Federação Paulista de Futebol e o coronel Marcos Marinho decidiram por trocar a presidência da Comissão de Arbitragem. A medida dá prosseguimento à proposta de reestruturação da área, iniciada no fim de 2015 com a criação do departamento de desenvolvimento dos árbitros". A Folha apurou que o erro cometido na quinta foi o estopim para que a saída se concretizasse. Segundo o UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha, a entidade já estudava uma mudança por considerar que seria necessário renovar o setor. Apesar disso, coronel Marinho segue como funcionário da entidade para desempenhar a outra função que acumulava, à frente do Departamento de Segurança e Prevenção. O novo presidente da Comissão de Arbitragem será anunciado nos próximos dias, segundo a Federação Paulista de Futebol. Nesta sexta-feira, um dia após a partida que Flávio Guerra escalado, Marinho se defendeu afirmando que não tinha errado, já que a suspensão do árbitroteria validade apenas para partidas de torneios profissionais, e a Copa São Paulo seria um torneio amador. Já o procurador-chefe do STJD (Superior Tribunal de Justiça Deportiva), Paulo Schmitt, manifestou entendimento oposto ao de Marinho. O entendimento do STJD é de que o árbitro não poderia apitar nenhum jogo de competição oficial, seja amador ou não. Ele forma seu entendimento baseando-se no artigo 172 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que diz: "A suspensão por prazo priva o punido de participar de quaisquer competições promovidas pelas entidades de administração na respectiva modalidade desportiva, de ter acesso a recintos reservados de praças de desportos durante a realização das partidas, provas ou equivalentes, de praticar atos oficiais referentes à respectiva modalidade desportiva e de exercer qualquer cargo ou função em poderes de entidades de administração do desporto da modalidade e na Justiça Desportiva".
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Federação Paulista confirma saída de coronel Marinho após erro em escalaA Federação Paulista de futebol confirmou neste sábado (16) que o coronel Marinho não é mais o chefe da Comissão de Arbitragem da entidade. A saída acontece dois dias depois do erro na escala de arbitragem da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Na ocasião, o árbitro Flávio Rodrigues Guerra não podia apitar nenhuma partida durante 100 dias após uma suspensão no fim de novembro, mas mesmo assim foi escalado para o jogo entre São Paulo e Figueirense, na quinta. Em nota, a Federação Paulista de Futebol informa que a decisão de tirar Marinho foi tomada em comum acordo. "Em comum acordo, a Federação Paulista de Futebol e o coronel Marcos Marinho decidiram por trocar a presidência da Comissão de Arbitragem. A medida dá prosseguimento à proposta de reestruturação da área, iniciada no fim de 2015 com a criação do departamento de desenvolvimento dos árbitros". A Folha apurou que o erro cometido na quinta foi o estopim para que a saída se concretizasse. Segundo o UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha, a entidade já estudava uma mudança por considerar que seria necessário renovar o setor. Apesar disso, coronel Marinho segue como funcionário da entidade para desempenhar a outra função que acumulava, à frente do Departamento de Segurança e Prevenção. O novo presidente da Comissão de Arbitragem será anunciado nos próximos dias, segundo a Federação Paulista de Futebol. Nesta sexta-feira, um dia após a partida que Flávio Guerra escalado, Marinho se defendeu afirmando que não tinha errado, já que a suspensão do árbitroteria validade apenas para partidas de torneios profissionais, e a Copa São Paulo seria um torneio amador. Já o procurador-chefe do STJD (Superior Tribunal de Justiça Deportiva), Paulo Schmitt, manifestou entendimento oposto ao de Marinho. O entendimento do STJD é de que o árbitro não poderia apitar nenhum jogo de competição oficial, seja amador ou não. Ele forma seu entendimento baseando-se no artigo 172 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que diz: "A suspensão por prazo priva o punido de participar de quaisquer competições promovidas pelas entidades de administração na respectiva modalidade desportiva, de ter acesso a recintos reservados de praças de desportos durante a realização das partidas, provas ou equivalentes, de praticar atos oficiais referentes à respectiva modalidade desportiva e de exercer qualquer cargo ou função em poderes de entidades de administração do desporto da modalidade e na Justiça Desportiva".
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Papa e Obama defendem combate a mudanças climáticas na Casa Branca
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O papa Francisco e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defenderam o combate às mudanças climáticas em uma cerimônia formal e repleta de simbolismos no jardim da Casa Branca, na manhã desta quarta-feira (23). Ao discursar em inglês, o pontífice fez um aceno aos católicos americanos, hoje estimados em 70 milhões —número em queda ano a ano. O papa se movimentou com alguma dificuldade, devido ao um problema no ciático, segundo informações a rede CNN. "Senhor presidente, acho estimulante que o senhor esteja propondo uma iniciativa para a redução da poluição do ar", declarou Francisco. "Ao reconhecer a urgência, me parece claro que as mudanças climáticas constituem um problema que não podemos mais deixar para as futuras gerações. Quando se trata de nossa casa comum, [fica claro que] vivemos um momento crítico de nossa história." Obama, que discursou primeiro, defendeu a necessidade de se proteger "o nosso planeta que Deus, magnificamente, nos deu" e disse apoiar o chamado do pontífice de combate às mudanças climáticas e proteção de comunidades vulneráveis. O presidente, protestante, disse que a mensagem de amor e esperança do papa inspira católicos e não católicos nos Estados Unidos e no mundo. Mais do que isso, declarou, são os atos de Francisco que asseguram a sua "autoridade moral". Para Obama, o pontífice lembra ao mundo que as pessoas não se diferem por sua riqueza ou miséria, celebridade ou anonimato. Perfil religioso dos EUA O presidente mencionou a necessidade de acolher refugiados e integrar imigrantes "que deixam suas casas em busca de uma vida melhor". Agradeceu o "apoio inestimável" de Francisco na reaproximação de Cuba e Estados Unidos. O papa citou um ícone protestante americano ao defender que ainda há tempo de preservar o planeta para as crianças. "Como afirmou o reverendo Martin Luther King, podemos dizer que optamos por uma nota promissória e agora é hora de honrá-la."
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Papa e Obama defendem combate a mudanças climáticas na Casa BrancaO papa Francisco e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defenderam o combate às mudanças climáticas em uma cerimônia formal e repleta de simbolismos no jardim da Casa Branca, na manhã desta quarta-feira (23). Ao discursar em inglês, o pontífice fez um aceno aos católicos americanos, hoje estimados em 70 milhões —número em queda ano a ano. O papa se movimentou com alguma dificuldade, devido ao um problema no ciático, segundo informações a rede CNN. "Senhor presidente, acho estimulante que o senhor esteja propondo uma iniciativa para a redução da poluição do ar", declarou Francisco. "Ao reconhecer a urgência, me parece claro que as mudanças climáticas constituem um problema que não podemos mais deixar para as futuras gerações. Quando se trata de nossa casa comum, [fica claro que] vivemos um momento crítico de nossa história." Obama, que discursou primeiro, defendeu a necessidade de se proteger "o nosso planeta que Deus, magnificamente, nos deu" e disse apoiar o chamado do pontífice de combate às mudanças climáticas e proteção de comunidades vulneráveis. O presidente, protestante, disse que a mensagem de amor e esperança do papa inspira católicos e não católicos nos Estados Unidos e no mundo. Mais do que isso, declarou, são os atos de Francisco que asseguram a sua "autoridade moral". Para Obama, o pontífice lembra ao mundo que as pessoas não se diferem por sua riqueza ou miséria, celebridade ou anonimato. Perfil religioso dos EUA O presidente mencionou a necessidade de acolher refugiados e integrar imigrantes "que deixam suas casas em busca de uma vida melhor". Agradeceu o "apoio inestimável" de Francisco na reaproximação de Cuba e Estados Unidos. O papa citou um ícone protestante americano ao defender que ainda há tempo de preservar o planeta para as crianças. "Como afirmou o reverendo Martin Luther King, podemos dizer que optamos por uma nota promissória e agora é hora de honrá-la."
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Windows 10 será a última versão do sistema como o conhecemos
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O Windows 10, apresentado há duas semanas, será, provavelmente, a última versão do sistema operacional –tire suas dúvidas sobre ele aqui. Não que a plataforma, presente em mais de 90% dos computadores, vá desaparecer. Mas o Windows como conhecemos vai mudar, reflexo de transformações profundas no âmago da empresa. Para a Microsoft, o Windows deixa de ser fim para se tornar meio –a venda de licenças da plataforma perde importância para a capacidade do sistema de gerar crescimento em outros negócios. No último trimestre fiscal, ficou evidente a mudança de rumos: as receitas com a venda de licenças para o consumidor final caíram 22%; as com serviços na nuvem e publicidade cresceram, respectivamente, 88% e 21%. Para o consumidor, isso significa cada vez menos ter que pagar por uma versão oficial do Windows. A estratégia já foi adotada por Apple e Google, que oferecem atualizações gratuitas de seus sistemas operacionais, Mac OS e Chrome OS. Ambas perceberam que ter o consumidor envolvido com a plataforma gera resultados em outras áreas. Assim, é provável que novas versões do Windows fiquem cada vez mais corriqueiras –a até humildes; em 1995, a Microsoft chegou a pagar aos Rolling Stones para usar "Start me Up" na publicidade do Windows 95. O ritmo de atualizações também deve ser mais rápido. Até hoje, mesmo quando a Microsoft "se apressava" para lançar uma nova versão do sistema, o processo durava anos. O período mais curto entre duas versões do Windows, do Vista para o 7, foi de dois anos, oito meses e 22 dias. Com o Windows 10, grandes reformas podem se tornar anuais –como nas plataformas móveis Android e iOS– e pequenas melhorias, diárias. Nos termos de serviço, uma cláusula obriga o usuário a aceitar todas as atualizações, instaladas automaticamente. A visão da Microsoft é transformar o Windows em um serviço que dá acesso a outros. A expectativa é que a versão 10 seja instalado em 1 bilhão de dispositivos em três anos.
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Windows 10 será a última versão do sistema como o conhecemosO Windows 10, apresentado há duas semanas, será, provavelmente, a última versão do sistema operacional –tire suas dúvidas sobre ele aqui. Não que a plataforma, presente em mais de 90% dos computadores, vá desaparecer. Mas o Windows como conhecemos vai mudar, reflexo de transformações profundas no âmago da empresa. Para a Microsoft, o Windows deixa de ser fim para se tornar meio –a venda de licenças da plataforma perde importância para a capacidade do sistema de gerar crescimento em outros negócios. No último trimestre fiscal, ficou evidente a mudança de rumos: as receitas com a venda de licenças para o consumidor final caíram 22%; as com serviços na nuvem e publicidade cresceram, respectivamente, 88% e 21%. Para o consumidor, isso significa cada vez menos ter que pagar por uma versão oficial do Windows. A estratégia já foi adotada por Apple e Google, que oferecem atualizações gratuitas de seus sistemas operacionais, Mac OS e Chrome OS. Ambas perceberam que ter o consumidor envolvido com a plataforma gera resultados em outras áreas. Assim, é provável que novas versões do Windows fiquem cada vez mais corriqueiras –a até humildes; em 1995, a Microsoft chegou a pagar aos Rolling Stones para usar "Start me Up" na publicidade do Windows 95. O ritmo de atualizações também deve ser mais rápido. Até hoje, mesmo quando a Microsoft "se apressava" para lançar uma nova versão do sistema, o processo durava anos. O período mais curto entre duas versões do Windows, do Vista para o 7, foi de dois anos, oito meses e 22 dias. Com o Windows 10, grandes reformas podem se tornar anuais –como nas plataformas móveis Android e iOS– e pequenas melhorias, diárias. Nos termos de serviço, uma cláusula obriga o usuário a aceitar todas as atualizações, instaladas automaticamente. A visão da Microsoft é transformar o Windows em um serviço que dá acesso a outros. A expectativa é que a versão 10 seja instalado em 1 bilhão de dispositivos em três anos.
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Itália resgata quase 1.800 migrantes no mar, no período de 24 horas
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Embarcações italianas ajudaram a resgatar quase 1.759 migrantes em barcos que tentavam cruzar do norte da África para a Itália, nas últimas 24 horas, informou a marinha nesta sexta-feira (6). O número alto pode indicar um crescimento na opção pela travessia, impulsionado pelo aumento da temperatura na região. Uma fragata italiana está a caminho da Sicília com os resgatados. A marinha não informou, no entanto, suas nacionalidades. Com essa nova leva de pessoas interceptadas, o total de migrantes que alcançaram a Itália este ano supera as 30 mil pessoas, número um pouco maior que o mesmo período em 2015. Segundo organizações humanitárias, a rota marítima entre a Líbia e a Itália é o principal trajeto das pessoas que têm intenção de pedir asilo na Europa desde o acordo entre a União Europeia e a Turquia, que reduziu consideravelmente as chegadas à Grécia. Esse acordo visa acabar com as travessias ilegais para a Grécia, usada pelos migrantes como porta de entrada para países europeus mais ricos. Com o fechamento das fronteiras dos países vizinhos à Grécia, há milhares de pessoas retidas em solo grego. Mais de 1,2 milhão de migrantes fugindo de guerras e da pobreza correram para o bloco europeu desde o início do ano passado. PAPA Nesta sexta (6), o papa Francisco lamentou a posição "arraigada" da Europa e disse "sonhar com uma Europa onde ser imigrante não é crime". "O que aconteceu com você, a Europa do humanismo, a campeã dos direitos humanos, da democracia e da liberdade? O que aconteceu com você, Europa, lar de poetas, filósofos, artistas, músicos e homens e mulheres das letras?", perguntou o pontífice em cerimônia que contava com importantes lideranças do continente europeu, como a chanceler alemã, Angela Merkel.
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Itália resgata quase 1.800 migrantes no mar, no período de 24 horasEmbarcações italianas ajudaram a resgatar quase 1.759 migrantes em barcos que tentavam cruzar do norte da África para a Itália, nas últimas 24 horas, informou a marinha nesta sexta-feira (6). O número alto pode indicar um crescimento na opção pela travessia, impulsionado pelo aumento da temperatura na região. Uma fragata italiana está a caminho da Sicília com os resgatados. A marinha não informou, no entanto, suas nacionalidades. Com essa nova leva de pessoas interceptadas, o total de migrantes que alcançaram a Itália este ano supera as 30 mil pessoas, número um pouco maior que o mesmo período em 2015. Segundo organizações humanitárias, a rota marítima entre a Líbia e a Itália é o principal trajeto das pessoas que têm intenção de pedir asilo na Europa desde o acordo entre a União Europeia e a Turquia, que reduziu consideravelmente as chegadas à Grécia. Esse acordo visa acabar com as travessias ilegais para a Grécia, usada pelos migrantes como porta de entrada para países europeus mais ricos. Com o fechamento das fronteiras dos países vizinhos à Grécia, há milhares de pessoas retidas em solo grego. Mais de 1,2 milhão de migrantes fugindo de guerras e da pobreza correram para o bloco europeu desde o início do ano passado. PAPA Nesta sexta (6), o papa Francisco lamentou a posição "arraigada" da Europa e disse "sonhar com uma Europa onde ser imigrante não é crime". "O que aconteceu com você, a Europa do humanismo, a campeã dos direitos humanos, da democracia e da liberdade? O que aconteceu com você, Europa, lar de poetas, filósofos, artistas, músicos e homens e mulheres das letras?", perguntou o pontífice em cerimônia que contava com importantes lideranças do continente europeu, como a chanceler alemã, Angela Merkel.
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Empresa que cria playlists para lojas agora vai também vender cheiro
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A Rádio Ibiza, empresa que cria playlists musicais de lojas, hotéis e até de uma estação de esqui no Chile, está entrando agora no mercado do "marketing sensorial". A meta é entregar aos clientes uma solução com música, visual e, agora, o cheiro das lojas. A tendência surgiu no mercado em meados dos anos 2000. As marcas passaram a se diferenciar umas das outras não só pelos produtos como pela experiência proporcionada dentro de suas lojas. Todo o ambiente das unidades era elaborado para que cada espaço fosse reconhecido como único. A Rádio Ibiza surgiu em 2008, criando playlists customizadas. Uma lista com programação para tocar por um mês chega a ter 300 músicas, escolhidas por uma equipe de 18 pessoas. A "identidade musical" criada pela empresa está em lojas de marcas como Farm, Maria Filó, Animale, Reserva, Wollner e Richards. Está também em restaurantes como Gero, no Rio, e nas lojas das redes Burger King e Freddo. O aeroporto do Galeão é seu cliente, assim como as instalações do Valle Nevado, resort de esqui no Chile. A empresa é líder em seu segmento, seguida da Teclamusic, que atende, entre outras, a Louis Vuitton no país. A Rádio adquiriu, no dia 29 do mês passado, a Jing, empresa que cria odores para espaços comerciais. "Sempre quisemos oferecer o serviço completo com música, vídeo e cheiro. É um mercado em crescimento no Brasil. Basta ir às lojas e perceber que elas estão cada vez mais diferentes", diz o co-fundador Pedro Salomão. Ao lado da Filme Ibiza, braço que faz filmes de moda, a Jing irá completar o portfólio de serviços da Rádio, que fechou 2015 com faturamento de R$ 7 milhões. Segundo Salomão, antes da aquisição, a ideia era faturar cerca de R$ 9 milhões em 2016, o que representaria alta de 28% em relação a um ano antes. Com a compra, a previsão é fechar este ano em torno de R$ 12 milhões. A Rádio tem escritórios em São Paulo, no Rio e em Curitiba. Neste ano, quer abrir escritório em Portugal.
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mercado
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Empresa que cria playlists para lojas agora vai também vender cheiroA Rádio Ibiza, empresa que cria playlists musicais de lojas, hotéis e até de uma estação de esqui no Chile, está entrando agora no mercado do "marketing sensorial". A meta é entregar aos clientes uma solução com música, visual e, agora, o cheiro das lojas. A tendência surgiu no mercado em meados dos anos 2000. As marcas passaram a se diferenciar umas das outras não só pelos produtos como pela experiência proporcionada dentro de suas lojas. Todo o ambiente das unidades era elaborado para que cada espaço fosse reconhecido como único. A Rádio Ibiza surgiu em 2008, criando playlists customizadas. Uma lista com programação para tocar por um mês chega a ter 300 músicas, escolhidas por uma equipe de 18 pessoas. A "identidade musical" criada pela empresa está em lojas de marcas como Farm, Maria Filó, Animale, Reserva, Wollner e Richards. Está também em restaurantes como Gero, no Rio, e nas lojas das redes Burger King e Freddo. O aeroporto do Galeão é seu cliente, assim como as instalações do Valle Nevado, resort de esqui no Chile. A empresa é líder em seu segmento, seguida da Teclamusic, que atende, entre outras, a Louis Vuitton no país. A Rádio adquiriu, no dia 29 do mês passado, a Jing, empresa que cria odores para espaços comerciais. "Sempre quisemos oferecer o serviço completo com música, vídeo e cheiro. É um mercado em crescimento no Brasil. Basta ir às lojas e perceber que elas estão cada vez mais diferentes", diz o co-fundador Pedro Salomão. Ao lado da Filme Ibiza, braço que faz filmes de moda, a Jing irá completar o portfólio de serviços da Rádio, que fechou 2015 com faturamento de R$ 7 milhões. Segundo Salomão, antes da aquisição, a ideia era faturar cerca de R$ 9 milhões em 2016, o que representaria alta de 28% em relação a um ano antes. Com a compra, a previsão é fechar este ano em torno de R$ 12 milhões. A Rádio tem escritórios em São Paulo, no Rio e em Curitiba. Neste ano, quer abrir escritório em Portugal.
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Férias em casa: conheça móveis e brinquedos para crianças se divertirem
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MICHELE OLIVEIRA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo Confira dez sugestões de móveis e brinquedos para manter seus pequenos entretidos dentro de casa nesse período de férias: * 1. Cozinha Memê, de madeira maciça jequitibá (1,35 m de altura). R$ 3.940, na Ameise Design (ameisedesign.com.br) 2. Elefante Eames, de polipropileno (41,5 cm de altura). R$ 1.961, da Vitra, na Micasa (micasa.com.br) 3. Cavalo Pocotó, de madeira taeda (55 cm de altura). R$ 489, na Tulipa Baby (tulipababy.com.br) 4. Balanço Painho, de alumínio e corda náutica, por Marcelo Rosenbaum e Fetiche. R$ 2.813,70, na Tidelli (tidelli.com.br) 5. Cachorro Puppy, de polietileno (45 cm de altura). R$ 720 (até o fim de julho), da Magis (firmacasa.com.br) 6. Mesa Gorila, de polipropileno (47 cm de altura). R$ 129,90, na Etna (etna.com.br ) 7. Balanço Cuckoo, de polietileno (45,5 cm de altura). A partir de R$ 319, da Tramontina (tramontina.com.br) 8. Tenda Tipi, de bambu e sarja (1,60 m de altura). R$ 690, na Futon Company (futon-company.com.br) 9. Balanço Iupi, de madeira pinus e corda de nylon. R$ 114,90, na Tok&Stok (tokstok.com.br) 10. Cadeira Voltinha, de aço e fórmica (57 cm de altura). R$ 193, por Fernando Jaeger (fernandojaeger.com.br) * Luciana Raunaimer e Diego Verri, da Ameise Design Por que desenhar móveis para crianças? Desde a primeira vez que buscamos um berço para presentear um amigo, vimos que o mobiliário infantil ou era excessivamente provençal, ou, quando moderno, muito reto. Sentimos que era um nicho a explorar. Como nasceu a ideia da cozinha Memê? Queríamos presentear nossa filha com uma cozinha para brincar e nenhuma nos agradou. Buscávamos algo útil, que pudesse funcionar como armário de brinquedos, que não fosse de plástico, totalmente cor de rosa ou que interferisse negativamente na estética do ambiente. Resolvemos então fazer a nossa própria cozinha. Assim nascem várias de nossas peças: a maioria delas é criada para uma criança específica e acaba caindo no gosto do nosso público.
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saopaulo
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Férias em casa: conheça móveis e brinquedos para crianças se divertiremMICHELE OLIVEIRA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo Confira dez sugestões de móveis e brinquedos para manter seus pequenos entretidos dentro de casa nesse período de férias: * 1. Cozinha Memê, de madeira maciça jequitibá (1,35 m de altura). R$ 3.940, na Ameise Design (ameisedesign.com.br) 2. Elefante Eames, de polipropileno (41,5 cm de altura). R$ 1.961, da Vitra, na Micasa (micasa.com.br) 3. Cavalo Pocotó, de madeira taeda (55 cm de altura). R$ 489, na Tulipa Baby (tulipababy.com.br) 4. Balanço Painho, de alumínio e corda náutica, por Marcelo Rosenbaum e Fetiche. R$ 2.813,70, na Tidelli (tidelli.com.br) 5. Cachorro Puppy, de polietileno (45 cm de altura). R$ 720 (até o fim de julho), da Magis (firmacasa.com.br) 6. Mesa Gorila, de polipropileno (47 cm de altura). R$ 129,90, na Etna (etna.com.br ) 7. Balanço Cuckoo, de polietileno (45,5 cm de altura). A partir de R$ 319, da Tramontina (tramontina.com.br) 8. Tenda Tipi, de bambu e sarja (1,60 m de altura). R$ 690, na Futon Company (futon-company.com.br) 9. Balanço Iupi, de madeira pinus e corda de nylon. R$ 114,90, na Tok&Stok (tokstok.com.br) 10. Cadeira Voltinha, de aço e fórmica (57 cm de altura). R$ 193, por Fernando Jaeger (fernandojaeger.com.br) * Luciana Raunaimer e Diego Verri, da Ameise Design Por que desenhar móveis para crianças? Desde a primeira vez que buscamos um berço para presentear um amigo, vimos que o mobiliário infantil ou era excessivamente provençal, ou, quando moderno, muito reto. Sentimos que era um nicho a explorar. Como nasceu a ideia da cozinha Memê? Queríamos presentear nossa filha com uma cozinha para brincar e nenhuma nos agradou. Buscávamos algo útil, que pudesse funcionar como armário de brinquedos, que não fosse de plástico, totalmente cor de rosa ou que interferisse negativamente na estética do ambiente. Resolvemos então fazer a nossa própria cozinha. Assim nascem várias de nossas peças: a maioria delas é criada para uma criança específica e acaba caindo no gosto do nosso público.
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PF prende pecuarista amigo de Lula em nova fase da Lava Jato
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A Polícia Federal iniciou na manhã desta terça-feira (24) a 21ª fase da Operação Lava Jato. O pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi preso em um hotel de Brasília. Ele iria depor nesta tarde na CPI do BNDES. Bumlai, que já foi um dos maiores criadores de gado do país, tornou-se alvo das investigações da Lava Jato depois que dois delatores relataram que ele teria repassado recursos para uma nora do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ajudado a quitar dívidas do PT, o que ele nega ter feito. Ao menos dois filhos de Bumlai, Maurício, Guilherme, além de Cristiane, nora do empresário, foram levados à PF de Brasília, em condução coercitiva, para prestarem depoimento nesta terça. O Ministério Público Federal havia pedido a prisão temporária dos três, o que foi negado pela Justiça. O advogado do pecuarista, Arnaldo Malheiros Filho, disse que ainda não sabe as acusações contra seu cliente e que, portanto, não poderia comentar a ação. O juiz federal Sergio Moro autorizou uma diligência de busca e apreensão na Tinto Holding –de Natalino Bertin e Silmar Roberto Bertin, ex-sócios do frigorífico Bertin– para coleta de provas relativas à prática pelos investigados dos crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e de falsidade, além dos crimes antecedentes à lavagem de dinheiro. Natalino e Silmar foram levados para prestar depoimento. A secretaria da CPI foi comunicada pela 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelas investigações da Lava Jato, sobre prisão de Bumlai e que, por isso, ele não poderia comparecer ao depoimento. Outra data deve ser marcada posteriormente. Segundo as primeiras informações, ele estava bastante tranquilo durante a ação da PF que ocorreu no hotel Golden Tulip, localizado a poucos metros do Palácio da Alvorada. Bumlai foi levado para o aeroporto de Brasília, de onde seguiu em uma aeronave da PF para a Superintendência de Curitiba (PR). No hotel em Brasília, os agentes da PF chegaram a procurar documentos do empresário. Entre os mandados, também estão buscas em escritórios de Bumlai. A PF ainda esteve na sede do BNDES no Rio. Pediu contratos pontuais e já saiu do banco com todos eles. A operação desta terça, chamada de Passe Livre –referência ao bom trânsito que Bumlai tinha no Palácio do Planalto na época do governo do presidente Lula–, ocorreu nas cidades de São Paulo, Lins, Piracicaba (SP), Rio de Janeiro, Campo Grande, Dourados (MS) e Brasília. Escritórios de Bumlai estão entre os alvos da ação. Lava Jato, 21 ª Fase - Operação Passe Livre - NAVIO-SONDA Segundo a PF, as investigações da nova fase têm como foco a contratação de um navio-sonda da Petrobras "com concretos indícios de fraude no procedimento licitatório". "Complexas medidas de engenharia financeira foram utilizadas pelos investigados com o objetivo de ocultar a real destinação dos valores indevidos pagos a a agentes públicos e diretores da estatal", de acordo com a polícia. O empresário foi descrito pelo delator da Operação Lava Jato Fernando Soares, o Baiano, como uma espécie de lobista na Sete Brasil, empresa que administra o aluguel de sondas para a Petrobras no pré-sal. Em depoimento, Baiano disse que em 2011 era representante da empresa OSX, de Eike Batista, que tentava obter contratos na Sete Brasil. Eike nega que Baiano e Bumlai tivessem vínculo com empresas de seu grupo. O delator afirmou, em depoimento à PF, que Bumlai recebia propina para mediar negócios no setor de petróleo. Baiano, de acordo com o documento, procurou ajuda do pecuarista porque soube que ele tinha proximidade com o ex-ministro Antonio Palocci. Bumlai, em entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo", afirmou que levou o presidente da Sete Brasil a um encontro com Lula, mas negou ter providenciado benefícios a parentes dele. O pecuarista ainda repetiu a versão, revelada pela Folha, de que os recursos que recebeu do lobista Fernando Soares eram referentes a um empréstimo, sem contrato assinado e jamais saldado, pedido ao lobista para quitar dívidas com trabalhadores de suas terras. DÍVIDA Ele ainda nega ter intermediado o pagamento de uma dívida do PT com o Banco Schahin, como descrito Salim Schahin, também delator na investigação, citando relatos de executivos do grupo. O novo delator diz que perdoou um empréstimo de R$ 12 milhões que havia feito ao pecuarista em 2004 em troca de um contrato de R$ 1,6 bilhão com a Petrobras. Bumlai teria intermediado o negócio. O valor não pago ao banco foi para o PT, na narrativa do delator. O empréstimo foi feito pelo Banco Schahin, mas não foi quitado. Para compensar a dívida, Bumlai teria ajudado o grupo a conseguir o contrato de um navio-sonda com a Petrobras. Outros dois delatores da Lava Jato (Fernando Soares e Eduardo Musa) contaram versão similar. À Folha, Bumlai negou e disse ter como provar isso com documentos. A versão dele é que pegou emprestados R$ 12 milhões para comprar uma fazenda, o negócio não deu certo e o vendedor devolveu-lhe R$ 12,6 milhões em três anos. Em entrevista, ele afirmou que esteve três vezes no gabinete de Lula quando ele foi presidente e que ajudou a mostrar a empresários que o petista não era "um monstro". Em outubro, Lula comentou com colaboradores que Bumlai pode ter se aproveitado de sua amizade para obter vantagens financeiras. O ex-presidente cogitou essa hipótese um dia depois de vir à tona o depoimento no qual Fernando Baiano afirma ter pago R$ 2 milhões a Bumlai para compra do apartamento de uma nora do ex-presidente. Nas conversas com seus aliados, Lula negou que a negociação tenha ocorrido e reclamou de Bumlai, afirmando que, caso confirmada a versão de Baiano, o amigo teria se valido dessa intimidade para ganhar dinheiro. SUSPEITOS Os investigados na nova fase são suspeitos pela prática dos crimes de corrupção passiva e ativa, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, fraude a licitação, falsidade ideológica e falsificação de documentos. Os mandados estão sendo cumpridos por 140 policiais federais e 23 auditores fiscais.
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PF prende pecuarista amigo de Lula em nova fase da Lava JatoA Polícia Federal iniciou na manhã desta terça-feira (24) a 21ª fase da Operação Lava Jato. O pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi preso em um hotel de Brasília. Ele iria depor nesta tarde na CPI do BNDES. Bumlai, que já foi um dos maiores criadores de gado do país, tornou-se alvo das investigações da Lava Jato depois que dois delatores relataram que ele teria repassado recursos para uma nora do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ajudado a quitar dívidas do PT, o que ele nega ter feito. Ao menos dois filhos de Bumlai, Maurício, Guilherme, além de Cristiane, nora do empresário, foram levados à PF de Brasília, em condução coercitiva, para prestarem depoimento nesta terça. O Ministério Público Federal havia pedido a prisão temporária dos três, o que foi negado pela Justiça. O advogado do pecuarista, Arnaldo Malheiros Filho, disse que ainda não sabe as acusações contra seu cliente e que, portanto, não poderia comentar a ação. O juiz federal Sergio Moro autorizou uma diligência de busca e apreensão na Tinto Holding –de Natalino Bertin e Silmar Roberto Bertin, ex-sócios do frigorífico Bertin– para coleta de provas relativas à prática pelos investigados dos crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e de falsidade, além dos crimes antecedentes à lavagem de dinheiro. Natalino e Silmar foram levados para prestar depoimento. A secretaria da CPI foi comunicada pela 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelas investigações da Lava Jato, sobre prisão de Bumlai e que, por isso, ele não poderia comparecer ao depoimento. Outra data deve ser marcada posteriormente. Segundo as primeiras informações, ele estava bastante tranquilo durante a ação da PF que ocorreu no hotel Golden Tulip, localizado a poucos metros do Palácio da Alvorada. Bumlai foi levado para o aeroporto de Brasília, de onde seguiu em uma aeronave da PF para a Superintendência de Curitiba (PR). No hotel em Brasília, os agentes da PF chegaram a procurar documentos do empresário. Entre os mandados, também estão buscas em escritórios de Bumlai. A PF ainda esteve na sede do BNDES no Rio. Pediu contratos pontuais e já saiu do banco com todos eles. A operação desta terça, chamada de Passe Livre –referência ao bom trânsito que Bumlai tinha no Palácio do Planalto na época do governo do presidente Lula–, ocorreu nas cidades de São Paulo, Lins, Piracicaba (SP), Rio de Janeiro, Campo Grande, Dourados (MS) e Brasília. Escritórios de Bumlai estão entre os alvos da ação. Lava Jato, 21 ª Fase - Operação Passe Livre - NAVIO-SONDA Segundo a PF, as investigações da nova fase têm como foco a contratação de um navio-sonda da Petrobras "com concretos indícios de fraude no procedimento licitatório". "Complexas medidas de engenharia financeira foram utilizadas pelos investigados com o objetivo de ocultar a real destinação dos valores indevidos pagos a a agentes públicos e diretores da estatal", de acordo com a polícia. O empresário foi descrito pelo delator da Operação Lava Jato Fernando Soares, o Baiano, como uma espécie de lobista na Sete Brasil, empresa que administra o aluguel de sondas para a Petrobras no pré-sal. Em depoimento, Baiano disse que em 2011 era representante da empresa OSX, de Eike Batista, que tentava obter contratos na Sete Brasil. Eike nega que Baiano e Bumlai tivessem vínculo com empresas de seu grupo. O delator afirmou, em depoimento à PF, que Bumlai recebia propina para mediar negócios no setor de petróleo. Baiano, de acordo com o documento, procurou ajuda do pecuarista porque soube que ele tinha proximidade com o ex-ministro Antonio Palocci. Bumlai, em entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo", afirmou que levou o presidente da Sete Brasil a um encontro com Lula, mas negou ter providenciado benefícios a parentes dele. O pecuarista ainda repetiu a versão, revelada pela Folha, de que os recursos que recebeu do lobista Fernando Soares eram referentes a um empréstimo, sem contrato assinado e jamais saldado, pedido ao lobista para quitar dívidas com trabalhadores de suas terras. DÍVIDA Ele ainda nega ter intermediado o pagamento de uma dívida do PT com o Banco Schahin, como descrito Salim Schahin, também delator na investigação, citando relatos de executivos do grupo. O novo delator diz que perdoou um empréstimo de R$ 12 milhões que havia feito ao pecuarista em 2004 em troca de um contrato de R$ 1,6 bilhão com a Petrobras. Bumlai teria intermediado o negócio. O valor não pago ao banco foi para o PT, na narrativa do delator. O empréstimo foi feito pelo Banco Schahin, mas não foi quitado. Para compensar a dívida, Bumlai teria ajudado o grupo a conseguir o contrato de um navio-sonda com a Petrobras. Outros dois delatores da Lava Jato (Fernando Soares e Eduardo Musa) contaram versão similar. À Folha, Bumlai negou e disse ter como provar isso com documentos. A versão dele é que pegou emprestados R$ 12 milhões para comprar uma fazenda, o negócio não deu certo e o vendedor devolveu-lhe R$ 12,6 milhões em três anos. Em entrevista, ele afirmou que esteve três vezes no gabinete de Lula quando ele foi presidente e que ajudou a mostrar a empresários que o petista não era "um monstro". Em outubro, Lula comentou com colaboradores que Bumlai pode ter se aproveitado de sua amizade para obter vantagens financeiras. O ex-presidente cogitou essa hipótese um dia depois de vir à tona o depoimento no qual Fernando Baiano afirma ter pago R$ 2 milhões a Bumlai para compra do apartamento de uma nora do ex-presidente. Nas conversas com seus aliados, Lula negou que a negociação tenha ocorrido e reclamou de Bumlai, afirmando que, caso confirmada a versão de Baiano, o amigo teria se valido dessa intimidade para ganhar dinheiro. SUSPEITOS Os investigados na nova fase são suspeitos pela prática dos crimes de corrupção passiva e ativa, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, fraude a licitação, falsidade ideológica e falsificação de documentos. Os mandados estão sendo cumpridos por 140 policiais federais e 23 auditores fiscais.
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Desigualdade de renda no Brasil não caiu entre 2001 e 2015, aponta estudo
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A desigualdade de renda no Brasil não caiu entre 2001 e 2015 e permanece em níveis "chocantes", de acordo com um estudo feito pelo World Wealth and Income Database, instituto de pesquisa codirigido pelo economista Thomas Piketty, conhecido por seus estudos sobre desigualdade com a obra "O Capital no Século 21". Segundo a pesquisa, os 10% mais ricos da população aumentaram sua fatia na renda nacional de 54% para 55%, enquanto os 50% mais pobres ampliaram sua participação de 11% para 12% no período. Esse crescimento foi feito às custas de uma queda da participação de dois pontos percentuais dos 40% que estão entre os dois extremos (de 34% para 32%). O crescimento econômico observado no Brasil no período teve pouco impacto na redução da desigualdade porque foi capturado principalmente pelos 10% mais ricos, que ficaram com 61% da expansão observada no período. Já a metade mais pobre da população foi beneficiada com apenas 18% desses ganhos. "Em resumo, a desigualdade total de renda no Brasil parece ser muito resiliente à mudança, ao menos no médio prazo, principalmente em razão da extrema concentração de capital e seus fluxos de renda", conclui o estudo. O estudo do World Wealth and Income Database, assinado pelo economista Marc Morgan, vai na contramão de indicadores como o índice de Gini, que mostra a desigualdade, o qual indicou que houve uma melhora do cenário no Brasil, atribuída às políticas de redistribuição de renda dos governos do PT, como o Bolsa Família, e à política de valorização do salário mínimo, cujo valor real aumentou cerca de 50% no período. Com base nesses indicadores, os governos Lula e Dilma defenderam que houve redução na desigualdade durante suas gestões –o que o estudo questiona. Os resultados mais recentes estão em linha com os observados pelos pesquisadores Marcelo Medeiros, Pedro Souza e Fábio de Castro, da Universidade de Brasília, que identificaram uma estabilidade no nível de desigualdade entre 2006 e 2012. "A redistribuição que houve nos anos 2000 foi sobretudo na base da pirâmide, pelo aumento do salário dos trabalhadores menos qualificado por meio da valorização do salário mínimo e demanda maior por esses trabalhadores nos setores de serviços e construção naqueles anos", diz a economista da USP e colunista da Folha Laura Carvalho. "Os mais ricos continuaram se apropriando de uma parcela muitíssimo elevada da renda, que pode ser explicada pela alta concentração de riqueza financeira e não financeira no Brasil, além dos juros altos", completa. Segundo o estudo, a participação do Bolsa Família e do Benefício da Prestação Continuada (BPC) na renda total nacional foi de 1%, em média, nesses 15 anos. Apesar da contribuição total pequena, esses programas elevaram a taxa de crescimento da fatia dos 50% mais pobres de 9% para 21%. DESIGUALDADE RESILIENTE - Participação na renda nacional, em % QUESTÃO DE MÉTODO Uma das explicações para a discrepância é a metodologia adotada. O estudo do World Wealth and Income Database leva em conta dados da Receita Federal e das contas nacionais no cálculo, o que minimiza o problema de pesquisas com base em declarações de entrevistados, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad, do IBGE), nas quais os mais ricos tendem a omitir sua renda. Esther Dweck, assessora econômica do Ministério do Planejamento entre 2011 e 2016, afirma que não é possível medir se a situação de quem estava abaixo da linha da pobreza melhorou pelo estudo. "A renda dos mais miseráveis não é medida pelo Imposto de Renda, porque eles não declaram. Esse é um estudo que capta bem a situação do 1%, que não ganha com trabalho." "De fato, pela Pnad, os números pareciam melhores. O estudo mostra que, no Brasil, não conseguimos fazer uma política de redistribuição na riqueza de forma mais estruturante", diz Dweck. Assim, o levantamento chegou a uma média de renda anual de US$ 541 mil (R$ 1,6 milhão) entre o 1% mais rico da população (cerca de 1,4 milhão de pessoas) em 2015 —superior à renda média do top 1% francês (US$ 450 mil a US$ 500 mil). Ao mesmo tempo, a renda média dos 90% mais pobres no Brasil equivale à média dos 20% mais pobres da França. Os mais ricos no Brasil têm, então, uma renda superior aos mais ricos da França, enquanto a maioria dos brasileiros têm renda equivalente aos franceses mais pobres. Para Carvalho, são os dados comparativos com outros países os resultados mais chocantes da pesquisa. Outra diferença é que a renda considerada no estudo é aquela antes da incidência do Imposto de Renda. Em geral, estudos sobre desigualdade consideram a renda efetivamente disponível, portanto aquela após ser tributada. A justificativa de Morgan pela renda antes da incidência de impostos é que ela captaria melhor recursos de capital e propriedades recebidos. Um exemplo são os lucros não distribuídos de empresas fechadas, que cresceram a uma taxa três vezes superior à remuneração de empregados entre 2000 e 2015 (231% vs. 74%). Isso mostra que embora tenha ocorrido uma melhora na igualdade salarial, os recursos concentrados entre a população mais rica expandiram-se a uma velocidade muito maior. "Nossos resultados levam a uma revisão acentuada para cima das estimativas oficiais de desigualdade no Brasil, ao mesmo tempo em que as tendências de queda na desigualdade são revertidas de acordo com a nossa série de dados", afirma Morgan no estudo. DESIGUALDADE RESILIENTE - Participação dos 10% mais ricos na renda nacional por país, em % PT Na avaliação do PT, legenda que esteve no comando do país durante a maior parte do período coberto pelo levantamento, o estudo subestima a redistribuição de renda durante o período. Isso porque os cálculos foram feitos com base no IR, que, na avaliação do secretário de comunicação nacional do partido, Carlos Henrique Árabe, não é um bom indicador da renda da população mais pobre, pois boa parte da população pobre nem sequer declara. Na resposta, Árabe diz que o sistema tributário "espelha uma dinâmica de desigualdade". "O sistema tributário espelha uma dinâmica de desigualdade em grande medida alimentada pelo próprio sistema tributário".
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mercado
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Desigualdade de renda no Brasil não caiu entre 2001 e 2015, aponta estudoA desigualdade de renda no Brasil não caiu entre 2001 e 2015 e permanece em níveis "chocantes", de acordo com um estudo feito pelo World Wealth and Income Database, instituto de pesquisa codirigido pelo economista Thomas Piketty, conhecido por seus estudos sobre desigualdade com a obra "O Capital no Século 21". Segundo a pesquisa, os 10% mais ricos da população aumentaram sua fatia na renda nacional de 54% para 55%, enquanto os 50% mais pobres ampliaram sua participação de 11% para 12% no período. Esse crescimento foi feito às custas de uma queda da participação de dois pontos percentuais dos 40% que estão entre os dois extremos (de 34% para 32%). O crescimento econômico observado no Brasil no período teve pouco impacto na redução da desigualdade porque foi capturado principalmente pelos 10% mais ricos, que ficaram com 61% da expansão observada no período. Já a metade mais pobre da população foi beneficiada com apenas 18% desses ganhos. "Em resumo, a desigualdade total de renda no Brasil parece ser muito resiliente à mudança, ao menos no médio prazo, principalmente em razão da extrema concentração de capital e seus fluxos de renda", conclui o estudo. O estudo do World Wealth and Income Database, assinado pelo economista Marc Morgan, vai na contramão de indicadores como o índice de Gini, que mostra a desigualdade, o qual indicou que houve uma melhora do cenário no Brasil, atribuída às políticas de redistribuição de renda dos governos do PT, como o Bolsa Família, e à política de valorização do salário mínimo, cujo valor real aumentou cerca de 50% no período. Com base nesses indicadores, os governos Lula e Dilma defenderam que houve redução na desigualdade durante suas gestões –o que o estudo questiona. Os resultados mais recentes estão em linha com os observados pelos pesquisadores Marcelo Medeiros, Pedro Souza e Fábio de Castro, da Universidade de Brasília, que identificaram uma estabilidade no nível de desigualdade entre 2006 e 2012. "A redistribuição que houve nos anos 2000 foi sobretudo na base da pirâmide, pelo aumento do salário dos trabalhadores menos qualificado por meio da valorização do salário mínimo e demanda maior por esses trabalhadores nos setores de serviços e construção naqueles anos", diz a economista da USP e colunista da Folha Laura Carvalho. "Os mais ricos continuaram se apropriando de uma parcela muitíssimo elevada da renda, que pode ser explicada pela alta concentração de riqueza financeira e não financeira no Brasil, além dos juros altos", completa. Segundo o estudo, a participação do Bolsa Família e do Benefício da Prestação Continuada (BPC) na renda total nacional foi de 1%, em média, nesses 15 anos. Apesar da contribuição total pequena, esses programas elevaram a taxa de crescimento da fatia dos 50% mais pobres de 9% para 21%. DESIGUALDADE RESILIENTE - Participação na renda nacional, em % QUESTÃO DE MÉTODO Uma das explicações para a discrepância é a metodologia adotada. O estudo do World Wealth and Income Database leva em conta dados da Receita Federal e das contas nacionais no cálculo, o que minimiza o problema de pesquisas com base em declarações de entrevistados, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad, do IBGE), nas quais os mais ricos tendem a omitir sua renda. Esther Dweck, assessora econômica do Ministério do Planejamento entre 2011 e 2016, afirma que não é possível medir se a situação de quem estava abaixo da linha da pobreza melhorou pelo estudo. "A renda dos mais miseráveis não é medida pelo Imposto de Renda, porque eles não declaram. Esse é um estudo que capta bem a situação do 1%, que não ganha com trabalho." "De fato, pela Pnad, os números pareciam melhores. O estudo mostra que, no Brasil, não conseguimos fazer uma política de redistribuição na riqueza de forma mais estruturante", diz Dweck. Assim, o levantamento chegou a uma média de renda anual de US$ 541 mil (R$ 1,6 milhão) entre o 1% mais rico da população (cerca de 1,4 milhão de pessoas) em 2015 —superior à renda média do top 1% francês (US$ 450 mil a US$ 500 mil). Ao mesmo tempo, a renda média dos 90% mais pobres no Brasil equivale à média dos 20% mais pobres da França. Os mais ricos no Brasil têm, então, uma renda superior aos mais ricos da França, enquanto a maioria dos brasileiros têm renda equivalente aos franceses mais pobres. Para Carvalho, são os dados comparativos com outros países os resultados mais chocantes da pesquisa. Outra diferença é que a renda considerada no estudo é aquela antes da incidência do Imposto de Renda. Em geral, estudos sobre desigualdade consideram a renda efetivamente disponível, portanto aquela após ser tributada. A justificativa de Morgan pela renda antes da incidência de impostos é que ela captaria melhor recursos de capital e propriedades recebidos. Um exemplo são os lucros não distribuídos de empresas fechadas, que cresceram a uma taxa três vezes superior à remuneração de empregados entre 2000 e 2015 (231% vs. 74%). Isso mostra que embora tenha ocorrido uma melhora na igualdade salarial, os recursos concentrados entre a população mais rica expandiram-se a uma velocidade muito maior. "Nossos resultados levam a uma revisão acentuada para cima das estimativas oficiais de desigualdade no Brasil, ao mesmo tempo em que as tendências de queda na desigualdade são revertidas de acordo com a nossa série de dados", afirma Morgan no estudo. DESIGUALDADE RESILIENTE - Participação dos 10% mais ricos na renda nacional por país, em % PT Na avaliação do PT, legenda que esteve no comando do país durante a maior parte do período coberto pelo levantamento, o estudo subestima a redistribuição de renda durante o período. Isso porque os cálculos foram feitos com base no IR, que, na avaliação do secretário de comunicação nacional do partido, Carlos Henrique Árabe, não é um bom indicador da renda da população mais pobre, pois boa parte da população pobre nem sequer declara. Na resposta, Árabe diz que o sistema tributário "espelha uma dinâmica de desigualdade". "O sistema tributário espelha uma dinâmica de desigualdade em grande medida alimentada pelo próprio sistema tributário".
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Quando se imaginaria que veríamos o Congresso sob domínio de aventureiros?
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Dois em cada três brasileiros desejam a renúncia de Michel Temer. Só dez em cada cem lhe concedem a graça de um apoio, proporção verificada ainda antes dos "vazamentos" da Lava Jato sobre Temer. Única preocupação que de fato o inquieta e mobiliza, essa fragilidade crescente será revertida em grande parte, na opinião de Temer e ao seu redor, com o aproveitamento promocional durante o recesso parlamentar e judicial, de agora a fevereiro. Providências nesse sentido já estão em curso, dirigidas a setores da imprensa e da TV. Mas não falta o "outro lado". O aproveitamento do recesso está nos planos também dos opositores a Temer e às suas alegadas reformas. Partes importantes dos movimentos sociais planejam aproveitar este período para organizar, com redes de internet e com o setor sindical, reações aos retrocessos originários do governo Temer. Entre o otimismo aflito e a remobilização pretendida, os políticos deixaram sinais sugestivos e vão recolher em seus Estados, queiram ou não, impressões influentes. Deputados e senadores deixaram claro que as dúvidas sobre a permanência de Temer estavam cada vez menos sutis. No PSDB, sócio do governo, e no DEM as menções a Fernando Henrique eram claras quanto a acontecimentos possíveis, ou previstos, para 2017. No PMDB, Nelson Jobim foi citação corrente, inclusive como solução a que o PT não se oporia. Foi nos dois esteios da própria base governista, portanto, que a substituição de Temer se tornou cogitada no Congresso. Em seus Estados, o que os deputados e senadores vão encontrar será a figuração em carne, osso e voz daquele desequilíbrio esmagador entre Temer e a expectativa dos brasileiros. É um velho consenso em política, embora nem sempre confirmado, que os parlamentares de volta dos recessos não são os mesmos que o iniciaram. A repetir-se mais uma vez a influência dos conterrâneos, já se sabe em que rumo os acontecimentos virão. Mas é muito difícil entender como o Brasil permitiu-se chegar à baixeza cultural e política que ostenta –e levou-a ao paroxismo nas duas últimas semanas. Só países muito chinfrins se deixam estropiar por um governo inerte e incapaz, repleto de exemplares da pior condição moral. E ver sem reagir a sua já insuficiente indústria desintegrar, o comércio fechar portas incontáveis, o investimento fugir, o futuro apodrecer antes de ser. E o povo sofrido perder outra vez, como nos 500 anos anteriores aos poucos em que pela primeira vez deixara de perder. E perdida a pequena melhoria, é o desemprego de volta, é a queda dos salários, o atraso do pagamento. É a perda de direitos. É a pobreza de volta à miséria. E quando se imaginaria, retirada a ditadura, que nas altitudes das instituições democráticas assistiríamos —passivos, como se apenas víssemos um filme— ao Congresso sob o domínio de aventureiros e presidido por um réu e acusado em numerosos inquéritos? E esse Congresso, o Ministério Público e o Judiciário a se engalfinharem na disputa de desrespeitos e abusos de poder. Nesse país ensandecido, e vergonhoso, faz-se o teste definitivo dos militares: se têm resíduos dos tempos cucarachos ou se, como parece, passaram adiante do país em civilização. Como descobriu o "Drive Premium", informativo de Fernando Rodrigues e equipe, na quarta-feira Michel Temer recebeu João Roberto Marinho para jantar. Foi a segunda vez, sendo a primeira logo ao tomar posse. Mas o que Temer queria agora? Queixar-se de certo noticiário da TV Globo. Quer conter as divulgações negativas para sua imagem. Poderia, talvez, incomodar-se um pouco com as informações negativas sobre a situação do país. Na mesma quarta, opositores faziam uma reunião em São Paulo, inclusive com presenças ilustres, para examinar hipóteses de mobilização.
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Quando se imaginaria que veríamos o Congresso sob domínio de aventureiros?Dois em cada três brasileiros desejam a renúncia de Michel Temer. Só dez em cada cem lhe concedem a graça de um apoio, proporção verificada ainda antes dos "vazamentos" da Lava Jato sobre Temer. Única preocupação que de fato o inquieta e mobiliza, essa fragilidade crescente será revertida em grande parte, na opinião de Temer e ao seu redor, com o aproveitamento promocional durante o recesso parlamentar e judicial, de agora a fevereiro. Providências nesse sentido já estão em curso, dirigidas a setores da imprensa e da TV. Mas não falta o "outro lado". O aproveitamento do recesso está nos planos também dos opositores a Temer e às suas alegadas reformas. Partes importantes dos movimentos sociais planejam aproveitar este período para organizar, com redes de internet e com o setor sindical, reações aos retrocessos originários do governo Temer. Entre o otimismo aflito e a remobilização pretendida, os políticos deixaram sinais sugestivos e vão recolher em seus Estados, queiram ou não, impressões influentes. Deputados e senadores deixaram claro que as dúvidas sobre a permanência de Temer estavam cada vez menos sutis. No PSDB, sócio do governo, e no DEM as menções a Fernando Henrique eram claras quanto a acontecimentos possíveis, ou previstos, para 2017. No PMDB, Nelson Jobim foi citação corrente, inclusive como solução a que o PT não se oporia. Foi nos dois esteios da própria base governista, portanto, que a substituição de Temer se tornou cogitada no Congresso. Em seus Estados, o que os deputados e senadores vão encontrar será a figuração em carne, osso e voz daquele desequilíbrio esmagador entre Temer e a expectativa dos brasileiros. É um velho consenso em política, embora nem sempre confirmado, que os parlamentares de volta dos recessos não são os mesmos que o iniciaram. A repetir-se mais uma vez a influência dos conterrâneos, já se sabe em que rumo os acontecimentos virão. Mas é muito difícil entender como o Brasil permitiu-se chegar à baixeza cultural e política que ostenta –e levou-a ao paroxismo nas duas últimas semanas. Só países muito chinfrins se deixam estropiar por um governo inerte e incapaz, repleto de exemplares da pior condição moral. E ver sem reagir a sua já insuficiente indústria desintegrar, o comércio fechar portas incontáveis, o investimento fugir, o futuro apodrecer antes de ser. E o povo sofrido perder outra vez, como nos 500 anos anteriores aos poucos em que pela primeira vez deixara de perder. E perdida a pequena melhoria, é o desemprego de volta, é a queda dos salários, o atraso do pagamento. É a perda de direitos. É a pobreza de volta à miséria. E quando se imaginaria, retirada a ditadura, que nas altitudes das instituições democráticas assistiríamos —passivos, como se apenas víssemos um filme— ao Congresso sob o domínio de aventureiros e presidido por um réu e acusado em numerosos inquéritos? E esse Congresso, o Ministério Público e o Judiciário a se engalfinharem na disputa de desrespeitos e abusos de poder. Nesse país ensandecido, e vergonhoso, faz-se o teste definitivo dos militares: se têm resíduos dos tempos cucarachos ou se, como parece, passaram adiante do país em civilização. Como descobriu o "Drive Premium", informativo de Fernando Rodrigues e equipe, na quarta-feira Michel Temer recebeu João Roberto Marinho para jantar. Foi a segunda vez, sendo a primeira logo ao tomar posse. Mas o que Temer queria agora? Queixar-se de certo noticiário da TV Globo. Quer conter as divulgações negativas para sua imagem. Poderia, talvez, incomodar-se um pouco com as informações negativas sobre a situação do país. Na mesma quarta, opositores faziam uma reunião em São Paulo, inclusive com presenças ilustres, para examinar hipóteses de mobilização.
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Visitantes amanhecem na fila da exposição 'Castelo Rá-Tim-Bum'
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Na última semana da disputada exposição "Castelo Rá-Tim-Bum" no MIS (Museu da Imagem e do Som), dezenas de pessoas amanheceram na fila da bilheteria para tentar garantir seus ingressos. Às 4h45 desta quinta-feira (22), cerca de 70 pessoas já aguardavam o início das vendas, que aconteceria às 7h. As primeiras da fila foram Dafne, 19, e Vilma Miranda, 54. Mãe e filha saíram de casa às 19h30 da quarta (21). De Suzano (Grande São Paulo), onde moram, até o MIS, no Jardim Europa (zona oeste), foram cerca de duas horas de viagem. Por volta das 21h40, estavam acampadas na porta do museu. A dupla decidiu dormir na fila depois uma visita frustrada à mostra na semana anterior. Elas encontraram a bilheteria já encerrada. "Aí resolvi ser a primeira a chegar", conta Dafne. "Assisti ao programa durante toda a minha infância. Se fosse preciso, dormiria na fila de novo." Já a estudante de artes cênicas Isabela Quilodran, 21, também veio com a mãe, Eugênia, do Rio de Janeiro. Em São Paulo desde a madrugada da quarta-feira (21), elas não conseguiram entradas para o mesmo dia. Na quinta, decidiram chegar às 4h para garantir que conseguiriam os ingressos para a visita. "Acho que assisto ao 'Castelo Rá-Tim-Bum' desde que nasci", disse a estudante. Às 6h30, a fila de pessoas à espera de um ingresso contornava o quarteirão da avenida Europa, onde fica a entrada do MIS, e chegava à rua Alemanha. Às 7h, já avançava pela rua Bucareste. Por volta das 8h, um funcionário do MIS alertava que a fila seria encerrada e que, a partir daquele ponto, não era mais possível garantir o convite para quem decidisse esperar. Os ingressos para a madrugada (0h às 6h) deste domingo (25), último dia da mostra, foram vendidos pela internet e se esgotaram em cerca de cinco minutos. Nos demais horários, a venda é presencial. SUCESSO Desde que entrou em cartaz, em 16 de julho de 2014, a exposição já atraiu cerca de 400 mil visitantes, segundo a assessoria do museu. Por causa do sucesso e das longas filas da mostra, seu fim foi adiado duas vezes: deveria ter terminado, a princípio, em 12 de outubro de 2014. De acordo com André Sturm, diretor-executivo do MIS, a exposição não poderá ser prorrogada mais uma vez por conta da agenda do museu. CASTELO RÁ-TIM-BUM ONDE Museu da Imagem e do Som (MIS) av. Europa, 158, tel. (11) 2117-4777 QUANDO sex. (23) e sáb. (24), das 7h às 23h; dom. (25) das 0h às 6h (maratona) e das 7h às 21h QUANDO R$5 (meia) e R$10 CLASSIFICAÇÃO livre
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Visitantes amanhecem na fila da exposição 'Castelo Rá-Tim-Bum'Na última semana da disputada exposição "Castelo Rá-Tim-Bum" no MIS (Museu da Imagem e do Som), dezenas de pessoas amanheceram na fila da bilheteria para tentar garantir seus ingressos. Às 4h45 desta quinta-feira (22), cerca de 70 pessoas já aguardavam o início das vendas, que aconteceria às 7h. As primeiras da fila foram Dafne, 19, e Vilma Miranda, 54. Mãe e filha saíram de casa às 19h30 da quarta (21). De Suzano (Grande São Paulo), onde moram, até o MIS, no Jardim Europa (zona oeste), foram cerca de duas horas de viagem. Por volta das 21h40, estavam acampadas na porta do museu. A dupla decidiu dormir na fila depois uma visita frustrada à mostra na semana anterior. Elas encontraram a bilheteria já encerrada. "Aí resolvi ser a primeira a chegar", conta Dafne. "Assisti ao programa durante toda a minha infância. Se fosse preciso, dormiria na fila de novo." Já a estudante de artes cênicas Isabela Quilodran, 21, também veio com a mãe, Eugênia, do Rio de Janeiro. Em São Paulo desde a madrugada da quarta-feira (21), elas não conseguiram entradas para o mesmo dia. Na quinta, decidiram chegar às 4h para garantir que conseguiriam os ingressos para a visita. "Acho que assisto ao 'Castelo Rá-Tim-Bum' desde que nasci", disse a estudante. Às 6h30, a fila de pessoas à espera de um ingresso contornava o quarteirão da avenida Europa, onde fica a entrada do MIS, e chegava à rua Alemanha. Às 7h, já avançava pela rua Bucareste. Por volta das 8h, um funcionário do MIS alertava que a fila seria encerrada e que, a partir daquele ponto, não era mais possível garantir o convite para quem decidisse esperar. Os ingressos para a madrugada (0h às 6h) deste domingo (25), último dia da mostra, foram vendidos pela internet e se esgotaram em cerca de cinco minutos. Nos demais horários, a venda é presencial. SUCESSO Desde que entrou em cartaz, em 16 de julho de 2014, a exposição já atraiu cerca de 400 mil visitantes, segundo a assessoria do museu. Por causa do sucesso e das longas filas da mostra, seu fim foi adiado duas vezes: deveria ter terminado, a princípio, em 12 de outubro de 2014. De acordo com André Sturm, diretor-executivo do MIS, a exposição não poderá ser prorrogada mais uma vez por conta da agenda do museu. CASTELO RÁ-TIM-BUM ONDE Museu da Imagem e do Som (MIS) av. Europa, 158, tel. (11) 2117-4777 QUANDO sex. (23) e sáb. (24), das 7h às 23h; dom. (25) das 0h às 6h (maratona) e das 7h às 21h QUANDO R$5 (meia) e R$10 CLASSIFICAÇÃO livre
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Segunda tem alteração em 30 linhas de ônibus da zona sul
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O QUE AFETA SUA VIDA Desde sábado (28), a estação de transferência Vitor Manzini, na zona sul, foi liberada para tráfego de ônibus após a conclusão de obras de readequação viária. Por isso, 30 linhas que transitam pela região tiveram seus trajetos alterados. Veja mais. Vale lembrar: não devem circular nesta segunda (30) veículos com placas que terminam em 1 ou 2. O rodízio no centro expandido vale das 7h às 10h e entre 17h e 20h * TEMPO O dia será nublado com chuvisco. As temperaturas ficam entre 17ºC e 25ºC. * CULTURA E LAZER Em cartaz nos cinemas da cidade, o documentário "Chico - Artista Brasileiro" retoma a careira e fatos da vida pessoal do músico. Há depoimentos de Maria Bethânia e Miúcha, além de contribuições musicais de Péricles, Ney Matogrosso, Mônica Salmaso e outros. O grupo Lavoura mostra suas misturas entre jazz e eletrônico em versões de músicas de nomes como John Coltrane, Jimmy Smith, Donald Byrd e Azymuth. Eles se apresentam às 22h e às 24h, no Jazz B. Ingr.: R$ 35 Para levar os pequenos, confira uma seleção de peças infantis que ficam em cartaz até o fim do ano. Entre elas, "Roda Besteirológica" traz palhaços que se revezam em duplas e trios para contar histórias inspiradas em visitas do grupo e hospitais. * AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas às 21h. Coordenação: Ricardo Ampudia Reportagem: Amanda Massuela
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saopaulo
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Segunda tem alteração em 30 linhas de ônibus da zona sulO QUE AFETA SUA VIDA Desde sábado (28), a estação de transferência Vitor Manzini, na zona sul, foi liberada para tráfego de ônibus após a conclusão de obras de readequação viária. Por isso, 30 linhas que transitam pela região tiveram seus trajetos alterados. Veja mais. Vale lembrar: não devem circular nesta segunda (30) veículos com placas que terminam em 1 ou 2. O rodízio no centro expandido vale das 7h às 10h e entre 17h e 20h * TEMPO O dia será nublado com chuvisco. As temperaturas ficam entre 17ºC e 25ºC. * CULTURA E LAZER Em cartaz nos cinemas da cidade, o documentário "Chico - Artista Brasileiro" retoma a careira e fatos da vida pessoal do músico. Há depoimentos de Maria Bethânia e Miúcha, além de contribuições musicais de Péricles, Ney Matogrosso, Mônica Salmaso e outros. O grupo Lavoura mostra suas misturas entre jazz e eletrônico em versões de músicas de nomes como John Coltrane, Jimmy Smith, Donald Byrd e Azymuth. Eles se apresentam às 22h e às 24h, no Jazz B. Ingr.: R$ 35 Para levar os pequenos, confira uma seleção de peças infantis que ficam em cartaz até o fim do ano. Entre elas, "Roda Besteirológica" traz palhaços que se revezam em duplas e trios para contar histórias inspiradas em visitas do grupo e hospitais. * AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas às 21h. Coordenação: Ricardo Ampudia Reportagem: Amanda Massuela
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Conhece a selva patagônica? Região tem floresta e águas quentes naturais
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"Grande, grande", significa "huilo huilo", explica Jorge, motorista que nos leva do aeroporto de Temuco à reserva batizada com o nome da cachoeira que fica nesse pedaço da "selva patagônica". A repetição, continua o chofer, enfatiza a abundância em mapudungun, língua da etnia mapuche, grupo indígena do centro-sul do Chile, onde fica a reserva privada de 104 mil hectares. O caminho é longo. Depois de chegar a Santiago, outro voo de uma hora até Temuco, e dali uma viagem de carro de duas horas e meia. Mas a estrada é muito boa na maior parte do tempo, só deixando de ser pavimentada em um trecho antes de Neltume, o vilarejo mais próximo de Huilo-Huilo –de onde Jorge nunca saiu e onde vive com seus dois cães– e em outro depois. Também é possível cobrir a distância de Santiago a Neltume em ônibus que saem da rodoviária de Santiago, numa viagem de 12 horas. Neltume (3.500 habitantes) e Puerto Fuy (1.000) são pequenas povoações que integram o município de Panguipulli (35 mil) e que se estabeleceram devido à indústria madeireira, que se serviu da floresta por décadas. A exploração das espécies de Nothofagus, família de árvores abundante na região, e de outras madeiras do bioma chamado selva patagônica, decaiu a partir dos anos 1970. Mas foi só nos anos 2000 que o empresário Victor Petermann e sua então mulher, a arquiteta Ivonne Reifschneider, se dedicaram ao projeto Huilo-Huilo, que se ergue sobre três pilares, além do turismo: sustentabilidade, recuperação de espécies e integração da comunidade. Petermann, empresário dono de uma holding de 18 empresas, fez fortuna com mineração, a principal atividade econômica do Chile. Uma incursão na indústria madeireira, com a fundação da Bomasa (Bosques y Maderas S.A.), terminou mal –a crise na empresa deixou mil pessoas sem emprego. Seu ex-sócio estabeleceu uma firma que ainda atua no setor, a Luciana Pacific, enquanto Petermann adquiriu os 104 mil hectares que compõem hoje a Reserva Biológica Huilo-Huilo. Situada no interior de uma área dos Andes Patagônicos, em 2007 ela foi considerada pela Unesco uma reserva da biosfera. A primeira construção turística se ergueu na área de preservação há 15 anos. Ainda hoje o Café del Bosque está lá, mas Huilo-Huilo conta com complexo hoteleiro, restaurantes e instalações de apoio às atividades de mata e montanha desenvolvidas. ALÉM DA NEVE O lugar mostra que o longilíneo país é um destino interessante para os fãs da natureza não necessariamente afeitos a esportes de neve. É verdade que Huilo-Huilo tem seu centro de neve, onde é possível alugar esquis no inverno e raquetes para passear no glaciar, que também pode ser visitado no resto do ano. Até porque os efeitos da elevação da temperatura global se fazem sentir na região dos lagos chilena. No começo do inverno, as pistas no centro de neve ainda mostravam a cor escura da rocha vulcânica, com neve somente nos pontos mais acima. O guia que nos recebeu, Antonio Vásquez, expressava sua preocupação com as baixas precipitações. Apesar do frio, sobretudo de manhã cedo, havia pouca água e, portanto, pouca neve. Igualmente, o rio Fuy registrava um nível muito abaixo do esperado para a temporada invernal, que é de chuvas. Em compensação, no verão, quando de fato não se espera que chova, são propícios os passeios na floresta. É possível visitar os saltos Huilo-Huilo e Del Puma, ou fazer rotas educativas temáticas –sobre fungos ou sobre a cultura mapuche, por exemplo. Há ainda passeios de barco pelo lindo Pirehueico, parte do sistema de lagos na divisa entre Chile e Argentina. A saída é da vila de Puerto Fuy, e pode-se ir até as termas de Huilo-Huilo, para banhos em tinas de madeira cheias de água quente natural. No fim do dia, se o visitante quiser variar, pode deixar de lado o jantar no restaurante do Nothofagus e trocá-lo por uma pizza acompanhada de uma das variantes de cerveja produzidas na reserva, na Cervecería Petermann. * Hospedagem conta com cabanas e hotéis em forma de cogumelo A chegada se dá pelo hall do Nothofagus. O hotel que leva o nome da principal árvore da floresta ao redor é o centro da rede hoteleira de Huilo-Huilo. Suas paredes de madeira clara e suas vidraças formam um ambiente acolhedor, climatizado por lareiras e aquecedores. Logo à entrada, estão as seções de apoio aos visitantes. Ali se agendam os passeios a pé ou a cavalo, o uso da tirolesa ou as visitas ao centro de neve. Até terrenos à venda na reserva são negociados em um dos boxes à entrada. A área dos quartos se desenvolve ao longo de uma rampa circular em torno de um pátio no qual se instalam uma árvore do gênero Nothofagus e uma fonte da qual sai um arroio. A água corre sob os caminhos que conectam o hotel a outros dois, Montaña Mágica e Reino Fungi. Na parte mais baixa da rampa, junto ao pátio, está o restaurante, que leva o mesmo nome do lugar e atende aos três hotéis, com menu variado de opções preparadas com ingredientes locais. No alto, um mirante proporciona uma vista de 360 graus para a paisagem, que inclui o Mocho Choshuenco, vulcão em cujas encostas se desenvolvem atividades de neve. As acomodações do Nothofagus são semelhantes às do Reino Fungi (com formas arredondadas que remetem aos cogumelos): quartos amplos e confortáveis, com camas enormes e luz suave. Ambos têm suítes a partir de US$ 256 (R$ 824). Os hotéis compartilham serviços como o spa, com piscinas para adultos e crianças, além de um recinto infantil e um salão de jogos. O exemplar mais luxuoso da rede hoteleira da reserva é o Nawelpi Lodge. Ele é separado das outras instalações de Huilo-Huilo e tem seu próprio restaurante, com decoração que lembra um clube inglês, adornado por lustres feitos com galhadas de cervos. Uma noite ali custa a partir de US$ 538 (R$ 1.732). No outro lado do espectro está o Canopy Village, uma aldeia de cabanas de madeira equipadas com camas de campanha, colchonete e cobertores. Cada uma tem mesinha e radiadores. Na vila há ainda uma cozinha de uso comum, localizada em uma das passarelas que interligam o espaço à reserva, além de um salão para café da manhã e churrasqueiras. A hospedagem em uma das cabanas da Canopy Village custa a partir de US$ 802 (R$ 258) por noite. A jornalista viajou a convite da Reserva Biológica Huilo-Huilo
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turismo
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Conhece a selva patagônica? Região tem floresta e águas quentes naturais"Grande, grande", significa "huilo huilo", explica Jorge, motorista que nos leva do aeroporto de Temuco à reserva batizada com o nome da cachoeira que fica nesse pedaço da "selva patagônica". A repetição, continua o chofer, enfatiza a abundância em mapudungun, língua da etnia mapuche, grupo indígena do centro-sul do Chile, onde fica a reserva privada de 104 mil hectares. O caminho é longo. Depois de chegar a Santiago, outro voo de uma hora até Temuco, e dali uma viagem de carro de duas horas e meia. Mas a estrada é muito boa na maior parte do tempo, só deixando de ser pavimentada em um trecho antes de Neltume, o vilarejo mais próximo de Huilo-Huilo –de onde Jorge nunca saiu e onde vive com seus dois cães– e em outro depois. Também é possível cobrir a distância de Santiago a Neltume em ônibus que saem da rodoviária de Santiago, numa viagem de 12 horas. Neltume (3.500 habitantes) e Puerto Fuy (1.000) são pequenas povoações que integram o município de Panguipulli (35 mil) e que se estabeleceram devido à indústria madeireira, que se serviu da floresta por décadas. A exploração das espécies de Nothofagus, família de árvores abundante na região, e de outras madeiras do bioma chamado selva patagônica, decaiu a partir dos anos 1970. Mas foi só nos anos 2000 que o empresário Victor Petermann e sua então mulher, a arquiteta Ivonne Reifschneider, se dedicaram ao projeto Huilo-Huilo, que se ergue sobre três pilares, além do turismo: sustentabilidade, recuperação de espécies e integração da comunidade. Petermann, empresário dono de uma holding de 18 empresas, fez fortuna com mineração, a principal atividade econômica do Chile. Uma incursão na indústria madeireira, com a fundação da Bomasa (Bosques y Maderas S.A.), terminou mal –a crise na empresa deixou mil pessoas sem emprego. Seu ex-sócio estabeleceu uma firma que ainda atua no setor, a Luciana Pacific, enquanto Petermann adquiriu os 104 mil hectares que compõem hoje a Reserva Biológica Huilo-Huilo. Situada no interior de uma área dos Andes Patagônicos, em 2007 ela foi considerada pela Unesco uma reserva da biosfera. A primeira construção turística se ergueu na área de preservação há 15 anos. Ainda hoje o Café del Bosque está lá, mas Huilo-Huilo conta com complexo hoteleiro, restaurantes e instalações de apoio às atividades de mata e montanha desenvolvidas. ALÉM DA NEVE O lugar mostra que o longilíneo país é um destino interessante para os fãs da natureza não necessariamente afeitos a esportes de neve. É verdade que Huilo-Huilo tem seu centro de neve, onde é possível alugar esquis no inverno e raquetes para passear no glaciar, que também pode ser visitado no resto do ano. Até porque os efeitos da elevação da temperatura global se fazem sentir na região dos lagos chilena. No começo do inverno, as pistas no centro de neve ainda mostravam a cor escura da rocha vulcânica, com neve somente nos pontos mais acima. O guia que nos recebeu, Antonio Vásquez, expressava sua preocupação com as baixas precipitações. Apesar do frio, sobretudo de manhã cedo, havia pouca água e, portanto, pouca neve. Igualmente, o rio Fuy registrava um nível muito abaixo do esperado para a temporada invernal, que é de chuvas. Em compensação, no verão, quando de fato não se espera que chova, são propícios os passeios na floresta. É possível visitar os saltos Huilo-Huilo e Del Puma, ou fazer rotas educativas temáticas –sobre fungos ou sobre a cultura mapuche, por exemplo. Há ainda passeios de barco pelo lindo Pirehueico, parte do sistema de lagos na divisa entre Chile e Argentina. A saída é da vila de Puerto Fuy, e pode-se ir até as termas de Huilo-Huilo, para banhos em tinas de madeira cheias de água quente natural. No fim do dia, se o visitante quiser variar, pode deixar de lado o jantar no restaurante do Nothofagus e trocá-lo por uma pizza acompanhada de uma das variantes de cerveja produzidas na reserva, na Cervecería Petermann. * Hospedagem conta com cabanas e hotéis em forma de cogumelo A chegada se dá pelo hall do Nothofagus. O hotel que leva o nome da principal árvore da floresta ao redor é o centro da rede hoteleira de Huilo-Huilo. Suas paredes de madeira clara e suas vidraças formam um ambiente acolhedor, climatizado por lareiras e aquecedores. Logo à entrada, estão as seções de apoio aos visitantes. Ali se agendam os passeios a pé ou a cavalo, o uso da tirolesa ou as visitas ao centro de neve. Até terrenos à venda na reserva são negociados em um dos boxes à entrada. A área dos quartos se desenvolve ao longo de uma rampa circular em torno de um pátio no qual se instalam uma árvore do gênero Nothofagus e uma fonte da qual sai um arroio. A água corre sob os caminhos que conectam o hotel a outros dois, Montaña Mágica e Reino Fungi. Na parte mais baixa da rampa, junto ao pátio, está o restaurante, que leva o mesmo nome do lugar e atende aos três hotéis, com menu variado de opções preparadas com ingredientes locais. No alto, um mirante proporciona uma vista de 360 graus para a paisagem, que inclui o Mocho Choshuenco, vulcão em cujas encostas se desenvolvem atividades de neve. As acomodações do Nothofagus são semelhantes às do Reino Fungi (com formas arredondadas que remetem aos cogumelos): quartos amplos e confortáveis, com camas enormes e luz suave. Ambos têm suítes a partir de US$ 256 (R$ 824). Os hotéis compartilham serviços como o spa, com piscinas para adultos e crianças, além de um recinto infantil e um salão de jogos. O exemplar mais luxuoso da rede hoteleira da reserva é o Nawelpi Lodge. Ele é separado das outras instalações de Huilo-Huilo e tem seu próprio restaurante, com decoração que lembra um clube inglês, adornado por lustres feitos com galhadas de cervos. Uma noite ali custa a partir de US$ 538 (R$ 1.732). No outro lado do espectro está o Canopy Village, uma aldeia de cabanas de madeira equipadas com camas de campanha, colchonete e cobertores. Cada uma tem mesinha e radiadores. Na vila há ainda uma cozinha de uso comum, localizada em uma das passarelas que interligam o espaço à reserva, além de um salão para café da manhã e churrasqueiras. A hospedagem em uma das cabanas da Canopy Village custa a partir de US$ 802 (R$ 258) por noite. A jornalista viajou a convite da Reserva Biológica Huilo-Huilo
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China limita venda de ações por grandes acionistas para conter quedas
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A Comissão Reguladora das Bolsas de Valores da China anunciou nesta quinta-feira (7) novas regras que limitarão a capacidade de venda de títulos dos grandes acionistas chineses a um máximo de 1% do total de ações de uma companhia. Com isso, esses grandes acionistas, que detêm 5% ou mais dos títulos de uma empresa, não poderão negociar mais de um 1% do total em um prazo de três meses, e, além disso, deverão anunciar ao mercado seus planos de fazê-lo com pelo menos 15 dias de antecipação. Essas regras, que entrarão em vigor no próximo sábado, também serão aplicadas ao mercado secundário, que acontece antes da abertura e no qual costumam ser decididas as vendas de títulos de grandes acionistas e principais diretores de empresas, embora os mesmos não sejam contabilizados no cômputo das ações. A nova decisão sucederá outra medida, tomada durante o crack das bolsas de valores no ano passado para conter suas quedas e que impede que os grandes acionistas negociem qualquer um de seus títulos durante seis meses. Essa decisão expira amanhã e é apontada como uma das causas do colapso de hoje e da última segunda-feira, justamente porque amanhã é seu último dia. Cerca de 1 trilhão de títulos seriam desbloqueados com o fim da medida e a comissão reguladora não esperava vendas maciças. No entanto, as quedas acentuadas de hoje e de segunda-feira foram causadas pela ação antecipada dos investidores, que queriam obter o máximo de lucro antes que seus títulos perdessem valor nos dias posteriores ao vencimento da medida, segundo suas previsões. A nova decisão foi anunciada hoje pouco depois que as bolsas chinesas tiveram o pregão mais curto de sua história, que durou apenas 28 minutos, contando a paralisação de 15 minutos, entre fortes quedas dos índices SSE Composite (7,32%), em Xangai, e SZSE Component (8,35%), em Shenzhen. A situação de hoje é ainda pior que a da última segunda-feira, quando os mercados chineses fecharam mais cedo pela primeira vez na história, 92 minutos antes de seu fechamento habitual. O fim antecipado do pregão acontece em virtude de novas regras estabelecidas pela comissão reguladora das bolsas chinesas, que entraram em funcionamento na segunda-feira e estabelecem o mecanismo de "circuit braker", pensado para que não se repitam as fortes quedas em cadeia do ano passado, que afetaram os mercados mundiais.
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mercado
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China limita venda de ações por grandes acionistas para conter quedasA Comissão Reguladora das Bolsas de Valores da China anunciou nesta quinta-feira (7) novas regras que limitarão a capacidade de venda de títulos dos grandes acionistas chineses a um máximo de 1% do total de ações de uma companhia. Com isso, esses grandes acionistas, que detêm 5% ou mais dos títulos de uma empresa, não poderão negociar mais de um 1% do total em um prazo de três meses, e, além disso, deverão anunciar ao mercado seus planos de fazê-lo com pelo menos 15 dias de antecipação. Essas regras, que entrarão em vigor no próximo sábado, também serão aplicadas ao mercado secundário, que acontece antes da abertura e no qual costumam ser decididas as vendas de títulos de grandes acionistas e principais diretores de empresas, embora os mesmos não sejam contabilizados no cômputo das ações. A nova decisão sucederá outra medida, tomada durante o crack das bolsas de valores no ano passado para conter suas quedas e que impede que os grandes acionistas negociem qualquer um de seus títulos durante seis meses. Essa decisão expira amanhã e é apontada como uma das causas do colapso de hoje e da última segunda-feira, justamente porque amanhã é seu último dia. Cerca de 1 trilhão de títulos seriam desbloqueados com o fim da medida e a comissão reguladora não esperava vendas maciças. No entanto, as quedas acentuadas de hoje e de segunda-feira foram causadas pela ação antecipada dos investidores, que queriam obter o máximo de lucro antes que seus títulos perdessem valor nos dias posteriores ao vencimento da medida, segundo suas previsões. A nova decisão foi anunciada hoje pouco depois que as bolsas chinesas tiveram o pregão mais curto de sua história, que durou apenas 28 minutos, contando a paralisação de 15 minutos, entre fortes quedas dos índices SSE Composite (7,32%), em Xangai, e SZSE Component (8,35%), em Shenzhen. A situação de hoje é ainda pior que a da última segunda-feira, quando os mercados chineses fecharam mais cedo pela primeira vez na história, 92 minutos antes de seu fechamento habitual. O fim antecipado do pregão acontece em virtude de novas regras estabelecidas pela comissão reguladora das bolsas chinesas, que entraram em funcionamento na segunda-feira e estabelecem o mecanismo de "circuit braker", pensado para que não se repitam as fortes quedas em cadeia do ano passado, que afetaram os mercados mundiais.
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Kanye West e Ellie Goulding cantarão letras dos fãs em álbum humanitário
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Música e ativismo se unirão no projeto Metamorphoses, uma iniciativa da organização humanitária Global Citizen para contar histórias de cidadãos de todo o mundo em um disco, anunciou o diretor Hugh Evans na terça-feira (15). Para realizar a tarefa, a ONG escalou grandes estrelas da música, como o rapper Kanye West, a cantora britânica Ellie Goulding, o grupo de rock independente The National e a banda folk Mumford & Sons. Ao todo, eles interpretarão 12 faixas compostas pelos fãs dentro do projeto. Os interessados terão até 31 de março para enviar as letras de suas canções, poemas, ou histórias sobre qualquer assunto no site do projeto. Os produtores do Metamorphoses então escolherão os melhores textos do mundo inteiro com o objetivo de transformar o álbum em uma homenagem global à responsabilidade coletiva de lutar contra a pobreza extrema. É também com esse objetivo que a Global Citizen organiza todos os anos um festival homônimo em Nova York, que já recebeu nomes como Neil Young, Stevie Wonder, Beyoncé e Coldplay. A meta é erradicar a pobreza extrema até 2030. Já o disco tem lançamento previsto para o fim deste ano.
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Kanye West e Ellie Goulding cantarão letras dos fãs em álbum humanitárioMúsica e ativismo se unirão no projeto Metamorphoses, uma iniciativa da organização humanitária Global Citizen para contar histórias de cidadãos de todo o mundo em um disco, anunciou o diretor Hugh Evans na terça-feira (15). Para realizar a tarefa, a ONG escalou grandes estrelas da música, como o rapper Kanye West, a cantora britânica Ellie Goulding, o grupo de rock independente The National e a banda folk Mumford & Sons. Ao todo, eles interpretarão 12 faixas compostas pelos fãs dentro do projeto. Os interessados terão até 31 de março para enviar as letras de suas canções, poemas, ou histórias sobre qualquer assunto no site do projeto. Os produtores do Metamorphoses então escolherão os melhores textos do mundo inteiro com o objetivo de transformar o álbum em uma homenagem global à responsabilidade coletiva de lutar contra a pobreza extrema. É também com esse objetivo que a Global Citizen organiza todos os anos um festival homônimo em Nova York, que já recebeu nomes como Neil Young, Stevie Wonder, Beyoncé e Coldplay. A meta é erradicar a pobreza extrema até 2030. Já o disco tem lançamento previsto para o fim deste ano.
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Snoopy dá adeus a 'emprego' na seguradora americana MetLife
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Depois de mais de 30 anos de trabalho, aparecendo em comerciais de TV e jornais e até mesmo em eventos esportivos, Snoopy (o cachorro beagle amigo de Woodstock e Charlie Brown) vai se aposentar –ao menos na seguradora americana MetLife. A companhia, uma das maiores do mundo (com mais de 100 milhões de clientes), adotou o cachorrinho como símbolo em 1985 e disse que a decisão de abandoná-lo agora faz parte de um esforço para atualizar o logotipo corporativo para a competição internacional. "Nós temos grande respeito por esses personagens icônicos", disse Esther Lee, diretora de marketing global da MetLife. "No entanto, à medida que miramos nosso futuro, é importante que associemos nossa marca diretamente com o trabalho que fazemos e com as parcerias que temos com nossos clientes." A companhia queria que o novo símbolo tivesse um design "limpo, moderno", que incluísse as cores azul e verde para "representar vida, renovação e energia". A MetLife não divulga quanto paga para usar o personagem criado por Charles Schulz, mas, segundo o "Wall Street Journal", o contrato assinado em 2014, custa de US$ 10 milhões a US$ 15 milhões por ano para a MetLife.
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mercado
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Snoopy dá adeus a 'emprego' na seguradora americana MetLifeDepois de mais de 30 anos de trabalho, aparecendo em comerciais de TV e jornais e até mesmo em eventos esportivos, Snoopy (o cachorro beagle amigo de Woodstock e Charlie Brown) vai se aposentar –ao menos na seguradora americana MetLife. A companhia, uma das maiores do mundo (com mais de 100 milhões de clientes), adotou o cachorrinho como símbolo em 1985 e disse que a decisão de abandoná-lo agora faz parte de um esforço para atualizar o logotipo corporativo para a competição internacional. "Nós temos grande respeito por esses personagens icônicos", disse Esther Lee, diretora de marketing global da MetLife. "No entanto, à medida que miramos nosso futuro, é importante que associemos nossa marca diretamente com o trabalho que fazemos e com as parcerias que temos com nossos clientes." A companhia queria que o novo símbolo tivesse um design "limpo, moderno", que incluísse as cores azul e verde para "representar vida, renovação e energia". A MetLife não divulga quanto paga para usar o personagem criado por Charles Schulz, mas, segundo o "Wall Street Journal", o contrato assinado em 2014, custa de US$ 10 milhões a US$ 15 milhões por ano para a MetLife.
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Haddad libera fechamento de vilas e ruas sem saída em SP
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Os paulistanos que moram em vilas ou em ruas sem saída que optarem por fechar suas entradas terão que se adaptar às novas regras sancionadas pelo prefeito Fernando Haddad (PT). Os pedidos de autorização serão analisados pelas subprefeituras. Agora, o acesso a pedestres fica liberado apenas durante o dia e poderá ser impedido por meio de cancelas e portões das 22h às 6h. Os moradores deverão deixar seus resíduos em recipientes próprios para a coleta regular e seletiva em via próxima, limpar a rua, plantar árvores e reutilizar a água. Caso não seja possível adotar essas últimas medidas, a subprefeitura poderá indicar uma área pública para receber os benefícios. A lei, publicada no "Diário Oficial" do Município na última sexta (13), foi sancionada pouco mais de um mês após ser aprovada pela Câmara de São Paulo. O projeto, criado pelo vereador Police Neto (PSD), foi aprovado no dia 6 de abril, em segunda votação. A iniciativa ocorreu após uma ação do Ministério Público que proibia o fechamento das vias, em 2014. A utilização de portões ou cancelas não podem impedir a visualização do interior da vila ou da rua sem saída. Para solicitar a autorização de fechamento, pelo menos 70% dos proprietários dos imóveis têm que concordar com a medida. Quando houver imóveis de uso não residencial no local, o requerimento tem que contar com a anuência de todos os proprietários desses imóveis. Caso as regras não sejam cumpridas, a prefeitura poderá retirar os portões ou as cancelas. Não poderão ser fechadas vias que forem o único acesso a áreas verdes de uso público, como praças, a espaços institucionais ou a equipamentos públicos, como escolas e postos de saúde. Para o fechamento de ruas sem impacto no trânsito local, a autorização tem que passar pela análise da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), que poderá solicitar aos proprietários realizem obras viárias e alterações de sinalização.
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cotidiano
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Haddad libera fechamento de vilas e ruas sem saída em SPOs paulistanos que moram em vilas ou em ruas sem saída que optarem por fechar suas entradas terão que se adaptar às novas regras sancionadas pelo prefeito Fernando Haddad (PT). Os pedidos de autorização serão analisados pelas subprefeituras. Agora, o acesso a pedestres fica liberado apenas durante o dia e poderá ser impedido por meio de cancelas e portões das 22h às 6h. Os moradores deverão deixar seus resíduos em recipientes próprios para a coleta regular e seletiva em via próxima, limpar a rua, plantar árvores e reutilizar a água. Caso não seja possível adotar essas últimas medidas, a subprefeitura poderá indicar uma área pública para receber os benefícios. A lei, publicada no "Diário Oficial" do Município na última sexta (13), foi sancionada pouco mais de um mês após ser aprovada pela Câmara de São Paulo. O projeto, criado pelo vereador Police Neto (PSD), foi aprovado no dia 6 de abril, em segunda votação. A iniciativa ocorreu após uma ação do Ministério Público que proibia o fechamento das vias, em 2014. A utilização de portões ou cancelas não podem impedir a visualização do interior da vila ou da rua sem saída. Para solicitar a autorização de fechamento, pelo menos 70% dos proprietários dos imóveis têm que concordar com a medida. Quando houver imóveis de uso não residencial no local, o requerimento tem que contar com a anuência de todos os proprietários desses imóveis. Caso as regras não sejam cumpridas, a prefeitura poderá retirar os portões ou as cancelas. Não poderão ser fechadas vias que forem o único acesso a áreas verdes de uso público, como praças, a espaços institucionais ou a equipamentos públicos, como escolas e postos de saúde. Para o fechamento de ruas sem impacto no trânsito local, a autorização tem que passar pela análise da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), que poderá solicitar aos proprietários realizem obras viárias e alterações de sinalização.
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Especialistas criticam as peças de acusação contra Lula
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A acusação é "um lixo". Não são promotores, são "três patetas". Deram um "tiro no pé": vão ajudar o ex-presidente Lula com essa acusação tão simplória. Foi assim que a denúncia e o pedido de prisão do ex-presidente Lula foram avaliados por professores de direito e especialistas ouvidos pela Folha. As duas peças, apresentadas nesta quinta (9) pelos promotores Cassio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique Araújo, acusam Lula de ter se beneficiado de um tríplex no Guarujá (SP). O ex-ministro do Supremo Carlos Velloso, 80, disse à Folha que o pedido de prisão não cumpre os fundamentos exigidos pela lei. "É notório que o acusado tem residência fixa, não há sequer indício de que tentaria fugir. Também não há notícia de que o acusado estaria a ameaçar testemunhas, a destruir documentos", afirmou. Nesta sexta (11), 57 promotores e procuradores do Ministério Público Federal, do Trabalho e dos ministérios públicos de oito Estados, incluindo São Paulo, condenaram a "banalização da prisão preventiva" e "operações midiáticas e espetaculares". A acusação de que Lula cometeu crime de lavagem de dinheiro também é questionada pelos especialistas Gustavo Badaró e Heloísa Estelitta, professores de direito da USP e da Fundação Getúlio Vargas, respectivamente. "Lavagem de dinheiro não é um crime abstrato. Tem que ficar demonstrado que o dinheiro lavado foi integrado ao patrimônio do Lula de forma dissimulada. Não vi esse nexo na denúncia", diz Estelitta. Os promotores acusam Lula de ter recebido um presente de Léo Pinheiro, da OAS, e desistido do imóvel quando a informação tornou-se pública, no final de 2015. Badaró também considera a acusação frágil: "Para haver lavagem, a denúncia teria de demonstrar que o dinheiro utilizado na compra tem origem criminosa". VÍTIMA DE PERSEGUIÇÃO Quatro procuradores da Lava Jato, de Curitiba e Brasília, avaliam que as peças terão uma repercussão negativa na operação por dar a Lula o pretexto para se dizer vítima de perseguição política. Sob a condição de não serem identificados, eles apontaram o que consideram lacunas técnicas da denúncia. Um dos problemas apontados é que os promotores não foram claros ao apontar o crime antecedente necessário para fundamentar a acusação de lavagem de dinheiro. O suposto crime de estelionato contra os mutuários da Bancoop, atribuído a Lula e a dirigentes da cooperativa, foi considerado inconsistente e contraditório. A reforma do tríplex, paga pela OAS, é investigada como benesse concedida pelo ex-presidente e sócio da empreiteira, Léo Pinheiro, a Lula em troca de favores concedidos pelo petista ao empresário. Após conhecer o teor da denúncia e do pedido de prisão, o gabinete do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, traçou a estratégia de não comentar a peça para não azedar a relação com o Ministério Público paulista. A insatisfação da Procuradoria foi vocalizada por Vladimir Aras, um dos procuradores mais próximos de Janot: "Nunca vi nada igual. Todo mundo comete erros, mas não é possível tamanha inépcia e falta de técnica. O texto é imprestável a qualquer juízo." No Facebook, ele citou nesta sexta (11) o célebre mea-culpa atribuído a Napoleão Bonaparte após o fiasco militar da Campanha da Rússia (1812): "Do sublime ao ridículo, é só um passo". Procurados, os promotores não quiseram se pronunciar. Colaborou BELA MEGALE, de São Paulo - Há provas dos crimes pelos quais Lula é acusado? Lula é acusado de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Sobre a lavagem, três especialistas ouvidos pela Folha dizem que não há provas de vantagem financeira que ele teria recebido e da ocultação dessa vantagem. Já sobre falsidade, há depoimentos de moradores e trabalhadores de que o tríplex foi reformado pela OAS para o ex-presidente Lula lavou dinheiro, como dizem os promotores? A denúncia não aponta qual teria sido a vantagem que ele recebeu no caso do tríplex, já que não ficou com o apartamento, ainda de acordo com professores de direito consultados. Os pesquisadores também dizem que não há provas de como Lula ocultou a vantagem que teria recebido Há problema pelo fato de o tríplex ser investigado pelo Ministério Público de São Paulo e pelo Ministério Público federal em Curitiba? Não, segundo decisão da ministra Rosa Weber, do STF. Não haveria conflito, de acordo com ela, porque São Paulo investiga o benefício que Lula teria recebido da OAS enquanto outros moradores eram lesados, enquanto a força-tarefa da Lava Jato apura a reforma feita pela empreiteira Há provas de que recursos ilícitos foram usados na reforma do tríplex? Não. O imóvel foi reformado sob orientação de funcionários da OAS e os gastos foram pagos pela empreiteira Há justificativa para o pedido de prisão? Não, segundo especialistas ouvidos pela Folha, porque não há provas de que ele estaria destruindo provas, coagindo testemunhas ou esteja planejando fugir Lula e Marisa tiveram tratamento diferenciado em relação aos outros compradores de imóveis via Bancoop? Sim, segundo depoimentos colhidos pelo Ministério Público de São Paulo. O apartamento recebeu um elevador e uma cozinha de luxo da Kitchens que não fazem parte dos outros imóveis no mesmo prédio. No final do ano passado, porém, Marisa anunciou que desistira do imóvel
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Especialistas criticam as peças de acusação contra LulaA acusação é "um lixo". Não são promotores, são "três patetas". Deram um "tiro no pé": vão ajudar o ex-presidente Lula com essa acusação tão simplória. Foi assim que a denúncia e o pedido de prisão do ex-presidente Lula foram avaliados por professores de direito e especialistas ouvidos pela Folha. As duas peças, apresentadas nesta quinta (9) pelos promotores Cassio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique Araújo, acusam Lula de ter se beneficiado de um tríplex no Guarujá (SP). O ex-ministro do Supremo Carlos Velloso, 80, disse à Folha que o pedido de prisão não cumpre os fundamentos exigidos pela lei. "É notório que o acusado tem residência fixa, não há sequer indício de que tentaria fugir. Também não há notícia de que o acusado estaria a ameaçar testemunhas, a destruir documentos", afirmou. Nesta sexta (11), 57 promotores e procuradores do Ministério Público Federal, do Trabalho e dos ministérios públicos de oito Estados, incluindo São Paulo, condenaram a "banalização da prisão preventiva" e "operações midiáticas e espetaculares". A acusação de que Lula cometeu crime de lavagem de dinheiro também é questionada pelos especialistas Gustavo Badaró e Heloísa Estelitta, professores de direito da USP e da Fundação Getúlio Vargas, respectivamente. "Lavagem de dinheiro não é um crime abstrato. Tem que ficar demonstrado que o dinheiro lavado foi integrado ao patrimônio do Lula de forma dissimulada. Não vi esse nexo na denúncia", diz Estelitta. Os promotores acusam Lula de ter recebido um presente de Léo Pinheiro, da OAS, e desistido do imóvel quando a informação tornou-se pública, no final de 2015. Badaró também considera a acusação frágil: "Para haver lavagem, a denúncia teria de demonstrar que o dinheiro utilizado na compra tem origem criminosa". VÍTIMA DE PERSEGUIÇÃO Quatro procuradores da Lava Jato, de Curitiba e Brasília, avaliam que as peças terão uma repercussão negativa na operação por dar a Lula o pretexto para se dizer vítima de perseguição política. Sob a condição de não serem identificados, eles apontaram o que consideram lacunas técnicas da denúncia. Um dos problemas apontados é que os promotores não foram claros ao apontar o crime antecedente necessário para fundamentar a acusação de lavagem de dinheiro. O suposto crime de estelionato contra os mutuários da Bancoop, atribuído a Lula e a dirigentes da cooperativa, foi considerado inconsistente e contraditório. A reforma do tríplex, paga pela OAS, é investigada como benesse concedida pelo ex-presidente e sócio da empreiteira, Léo Pinheiro, a Lula em troca de favores concedidos pelo petista ao empresário. Após conhecer o teor da denúncia e do pedido de prisão, o gabinete do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, traçou a estratégia de não comentar a peça para não azedar a relação com o Ministério Público paulista. A insatisfação da Procuradoria foi vocalizada por Vladimir Aras, um dos procuradores mais próximos de Janot: "Nunca vi nada igual. Todo mundo comete erros, mas não é possível tamanha inépcia e falta de técnica. O texto é imprestável a qualquer juízo." No Facebook, ele citou nesta sexta (11) o célebre mea-culpa atribuído a Napoleão Bonaparte após o fiasco militar da Campanha da Rússia (1812): "Do sublime ao ridículo, é só um passo". Procurados, os promotores não quiseram se pronunciar. Colaborou BELA MEGALE, de São Paulo - Há provas dos crimes pelos quais Lula é acusado? Lula é acusado de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Sobre a lavagem, três especialistas ouvidos pela Folha dizem que não há provas de vantagem financeira que ele teria recebido e da ocultação dessa vantagem. Já sobre falsidade, há depoimentos de moradores e trabalhadores de que o tríplex foi reformado pela OAS para o ex-presidente Lula lavou dinheiro, como dizem os promotores? A denúncia não aponta qual teria sido a vantagem que ele recebeu no caso do tríplex, já que não ficou com o apartamento, ainda de acordo com professores de direito consultados. Os pesquisadores também dizem que não há provas de como Lula ocultou a vantagem que teria recebido Há problema pelo fato de o tríplex ser investigado pelo Ministério Público de São Paulo e pelo Ministério Público federal em Curitiba? Não, segundo decisão da ministra Rosa Weber, do STF. Não haveria conflito, de acordo com ela, porque São Paulo investiga o benefício que Lula teria recebido da OAS enquanto outros moradores eram lesados, enquanto a força-tarefa da Lava Jato apura a reforma feita pela empreiteira Há provas de que recursos ilícitos foram usados na reforma do tríplex? Não. O imóvel foi reformado sob orientação de funcionários da OAS e os gastos foram pagos pela empreiteira Há justificativa para o pedido de prisão? Não, segundo especialistas ouvidos pela Folha, porque não há provas de que ele estaria destruindo provas, coagindo testemunhas ou esteja planejando fugir Lula e Marisa tiveram tratamento diferenciado em relação aos outros compradores de imóveis via Bancoop? Sim, segundo depoimentos colhidos pelo Ministério Público de São Paulo. O apartamento recebeu um elevador e uma cozinha de luxo da Kitchens que não fazem parte dos outros imóveis no mesmo prédio. No final do ano passado, porém, Marisa anunciou que desistira do imóvel
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Reitor da Unesp narra sua batalha contra o câncer: 'A doença me ensinou'
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O reitor da Unesp, Julio Durigan, 60, ficou afastado quase o ano passado inteiro para combater um câncer na medula óssea, que pode danificar os órgãos e reduzir a produção de anticorpos. Em uma fase do tratamento, a imunidade ficou tão baixa que uma simples gripe poderia matá-lo. Ele está em atividade neste ano, mas tem de passar por constantes avaliações, pois há o risco de a doença voltar. * Como reitor da Unesp, vinha num ritmo de vida a mais de 120 km/h. Agenda das 8h às 22h, reuniões, viagens. Logo no início de 2014, procurei um médico. Sofria há seis meses de dores nas costas e nas pernas, ninguém encontrava o que era. Achava que era algum problema muscular. Então, um médico pediu para eu subir na maca. Tive muita dificuldade, e ele percebeu. Me deu um analgésico, que tiraria a dor, se fosse muscular. Não passou. O médico disse que precisaria fazer uma pesquisa. Marcamos ressonância para um sábado e nova consulta para a outra quarta. No sábado à tarde, logo que ele viu o resultado, me ligou. Percebi que era algo grave. "Evite andar, a bater a perna. E me encontre na segunda." Disse também que havia constatado fratura patológica numa vértebra da coluna. Eu estava com mieloma múltiplo, câncer que se origina na medula e causa traumas, enfraquecimentos nos ossos. A fratura da vértebra era fruto disso, e meu fêmur estava prestes a se partir. Reuni minha mulher e meus três filhos, dois já formados em direito e o mais novo se formando. Quis passar segurança a eles. Como engenheiro agrônomo, sou muito ligado ao ritmo da natureza. Plantas nascem, crescem e morrem. Assegurei a eles que tudo ia dar certo, porque só havia duas opções. Ou eu sarava —o que era dar certo— ou morria —o que também era dar certo, algo natural. Eles sentiram o baque. Foi minha primeira lição: você precisa vencer a doença por você e pela família. Mudei a postura, passei a adotar discurso positivo. Mas com medo. O mieloma é doença grave. Os médicos tentavam passar confiança, mas não podiam assegurar que sobreviveria. A pergunta era 'por que eu'? Não fumo, só tomo cerveja no fim de semana. Tenho 60 anos, a doença ataca geralmente quem tem mais de 70. Passei um tempo em depressão. O ritmo vinha em 120 km/h e, subitamente, me vi sentado no sofá de casa, apenas esperando chegar as fases do tratamento. Fiquei sem reação. A primeira providência foi colocar haste no fêmur, para evitar fratura. Foi uma operação rápida e bem-sucedida. Depois vieram cinco meses de quimioterapia, para baixar o nível da doença. Para todos os efeitos, ela está no corpo todo. Há medula em todos os ossos, ainda que a doença se manifeste mais em alguns lugares. No meu caso foi na perna e na coluna. TRATAMENTO A primeira etapa da quimioterapia é para preparar o transplante de medula. A ideia é mudar o funcionamento da medula, que estava produzindo erroneamente. Minhas células-tronco foram retiradas, para que fossem preparadas e reinjetadas. Depois vem uma forte quimioterapia que mata tudo que você tem na medula, para limpar. Fiquei num quarto separado no hospital, isolado. Cheguei a 25 leucócitos por mililitro [de sangue]; o normal são 5.000, 6.000. Plaquetas, uma pessoa saudável possui mais de 60 mil. Fiquei com 500. Estava sem nenhuma resistência. Se eu pegasse uma gripe, morreria. As células trabalhadas são então injetadas, para que colonizem a medula. Não é um transplante difícil de fazer, é só colocar cateter no peito e fazer injeção. O problema é o risco de infecção e se o transplante "não pegar", se a medula não aceitar as células. Esse processo durou 18 dias. E veio um golpe. Tinha um vizinho de quarto, o Vitor, de 18 anos, que também estava esperando o transplante "pegar". Estava animado, me disse que queria entrar em medicina na Unesp. Mas o transplante não deu certo. Como foi difícil. RECUPERAÇÃO Hoje consigo levar vida normal, mas com dores na coluna que devem me acompanhar para sempre. E tenho de esperar cinco anos para dizer que estou curado, a medula pode voltar a trabalhar de forma errada neste intervalo. Aprendi muitas coisas. A importância de falar com as pessoas e ouvi-las. Vou me aposentar em dois anos. Quero reservar alguns dias da semana para ir a hospitais e conversar com quem está doente. A doença me ensinou também que não temos todas respostas ou controle sobre a vida. E que é importante trabalhar, mas também descansar.
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cotidiano
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Reitor da Unesp narra sua batalha contra o câncer: 'A doença me ensinou'O reitor da Unesp, Julio Durigan, 60, ficou afastado quase o ano passado inteiro para combater um câncer na medula óssea, que pode danificar os órgãos e reduzir a produção de anticorpos. Em uma fase do tratamento, a imunidade ficou tão baixa que uma simples gripe poderia matá-lo. Ele está em atividade neste ano, mas tem de passar por constantes avaliações, pois há o risco de a doença voltar. * Como reitor da Unesp, vinha num ritmo de vida a mais de 120 km/h. Agenda das 8h às 22h, reuniões, viagens. Logo no início de 2014, procurei um médico. Sofria há seis meses de dores nas costas e nas pernas, ninguém encontrava o que era. Achava que era algum problema muscular. Então, um médico pediu para eu subir na maca. Tive muita dificuldade, e ele percebeu. Me deu um analgésico, que tiraria a dor, se fosse muscular. Não passou. O médico disse que precisaria fazer uma pesquisa. Marcamos ressonância para um sábado e nova consulta para a outra quarta. No sábado à tarde, logo que ele viu o resultado, me ligou. Percebi que era algo grave. "Evite andar, a bater a perna. E me encontre na segunda." Disse também que havia constatado fratura patológica numa vértebra da coluna. Eu estava com mieloma múltiplo, câncer que se origina na medula e causa traumas, enfraquecimentos nos ossos. A fratura da vértebra era fruto disso, e meu fêmur estava prestes a se partir. Reuni minha mulher e meus três filhos, dois já formados em direito e o mais novo se formando. Quis passar segurança a eles. Como engenheiro agrônomo, sou muito ligado ao ritmo da natureza. Plantas nascem, crescem e morrem. Assegurei a eles que tudo ia dar certo, porque só havia duas opções. Ou eu sarava —o que era dar certo— ou morria —o que também era dar certo, algo natural. Eles sentiram o baque. Foi minha primeira lição: você precisa vencer a doença por você e pela família. Mudei a postura, passei a adotar discurso positivo. Mas com medo. O mieloma é doença grave. Os médicos tentavam passar confiança, mas não podiam assegurar que sobreviveria. A pergunta era 'por que eu'? Não fumo, só tomo cerveja no fim de semana. Tenho 60 anos, a doença ataca geralmente quem tem mais de 70. Passei um tempo em depressão. O ritmo vinha em 120 km/h e, subitamente, me vi sentado no sofá de casa, apenas esperando chegar as fases do tratamento. Fiquei sem reação. A primeira providência foi colocar haste no fêmur, para evitar fratura. Foi uma operação rápida e bem-sucedida. Depois vieram cinco meses de quimioterapia, para baixar o nível da doença. Para todos os efeitos, ela está no corpo todo. Há medula em todos os ossos, ainda que a doença se manifeste mais em alguns lugares. No meu caso foi na perna e na coluna. TRATAMENTO A primeira etapa da quimioterapia é para preparar o transplante de medula. A ideia é mudar o funcionamento da medula, que estava produzindo erroneamente. Minhas células-tronco foram retiradas, para que fossem preparadas e reinjetadas. Depois vem uma forte quimioterapia que mata tudo que você tem na medula, para limpar. Fiquei num quarto separado no hospital, isolado. Cheguei a 25 leucócitos por mililitro [de sangue]; o normal são 5.000, 6.000. Plaquetas, uma pessoa saudável possui mais de 60 mil. Fiquei com 500. Estava sem nenhuma resistência. Se eu pegasse uma gripe, morreria. As células trabalhadas são então injetadas, para que colonizem a medula. Não é um transplante difícil de fazer, é só colocar cateter no peito e fazer injeção. O problema é o risco de infecção e se o transplante "não pegar", se a medula não aceitar as células. Esse processo durou 18 dias. E veio um golpe. Tinha um vizinho de quarto, o Vitor, de 18 anos, que também estava esperando o transplante "pegar". Estava animado, me disse que queria entrar em medicina na Unesp. Mas o transplante não deu certo. Como foi difícil. RECUPERAÇÃO Hoje consigo levar vida normal, mas com dores na coluna que devem me acompanhar para sempre. E tenho de esperar cinco anos para dizer que estou curado, a medula pode voltar a trabalhar de forma errada neste intervalo. Aprendi muitas coisas. A importância de falar com as pessoas e ouvi-las. Vou me aposentar em dois anos. Quero reservar alguns dias da semana para ir a hospitais e conversar com quem está doente. A doença me ensinou também que não temos todas respostas ou controle sobre a vida. E que é importante trabalhar, mas também descansar.
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Como o Vale do Silício levou à sala de aula a programação de computadores
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Numa reunião de titãs da tecnologia promovida na Casa Branca na semana passada, Timothy Cook , o executivo-chefe da Apple, transmitiu ao presidente Donald Trump uma mensagem muito clara sobre como as escolas públicas podem atender melhor às necessidades do país. Para ajudar a solucionar "o deficit enorme de profissionais especializados que temos hoje", ele disse, o governo deveria fazer sua parte para assegurar que os estudantes aprendam programação de computadores. "A programação deveria ser exigida em todas as escolas públicas", disse o empresário ao presidente. O caso do presidente da Apple foi apenas o mais recente de uma empresa de tecnologia defendendo que as escolas ofereçam cursos de programação. Mas o Vale do Silício já está promovendo essa agenda mesmo sem o apoio de Trump, graças em grande medida ao sucesso de marketing da organização sem fins lucrativos Code.org , que tem o apoio do setor. A Code.org foi fundada em 2012 por Hadi Partovi, que investiu no Facebook e no Airbnb, e seu irmão gêmeo, Ali Partovi, que investiu na Zappos e no Dropbox. A organização ficou conhecida inicialmente por usar um vídeo viral para alimentar a demanda popular por aulas de programação. Agora seu objetivo é fazer com que a ciência da computação seja ensinada em todas as escolas públicas dos Estados Unidos. Em nosso mundo movido pela tecnologia, argumenta Hadi Partovi, a ciência da computação se tornou tão essencial para os estudantes quanto leitura, escrita e matemática. A programação de computadores também é essencial para as empresas de tecnologia americanas, que têm alto grau de dependência de engenheiros estrangeiros. Os esforços de Trump para limitar a imigração tornam a agenda da Code.org ainda mais atraente para a indústria nacional. Em poucos anos, a Code.org obteve mais de US$ 60 milhões da Microsoft, do Facebook, do Google e da Salesforce, além de fundações e executivos individuais do setor de tecnologia. Ela ajudou a persuadir duas dúzias de Estados a modificar suas leis e políticas do ensino, disse Partovi, ao mesmo tempo criando aulas gratuitas de introdução à programação, chamadas A Hora do Código, que já foram seguidas por mais de 100 milhões de estudantes pelo mundo afora. Ao longo do caminho, a Code.org emergiu como um novo protótipo da reforma educacional buscada pelo Vale do Silício: uma entidade hábil em fazer uso de mídias sociais e que faz campanha por mudanças na política educacional, desenvolve currículos, oferece aulas de programação on-line e forma professores de programação, atuando em quase todas as facetas da cadeia de fornecimento do ensino. "A Code.org usa uma abordagem em múltiplas frentes", disse Amy Klement, sócia da Omidyar Network, uma organização de investimento filantrópico criada pelo fundador do eBay, Pierre Omidyar, e sua mulher, Pam, e que já doou US$ 5,5 milhões à Code.org. "É algo ímpar, é um modelo que eu gostaria muito de ver reproduzido." CONFLITO DE INTERESSES Mas a atuação em níveis múltiplos da Code.org também levanta a questão sobre a influência do Vale do Silício sobre as escolas públicas para atender a seus próprios interesses –no caso, sua necessidade de engenheiros de software– sem se submeter a muita fiscalização. "Se eu fosse um legislador estadual, buscaria saber mais sobre as motivações" da entidade, comentou Sarah Reckhow, professora assistente de ciência política na Universidade Michigan State. "Ela quer investimentos públicos em um conjunto de conhecimentos dos quais ela própria precisa em seu ramo de atuação." Partovi, 44, disse que apenas quer dar aos estudantes a oportunidade de desenvolver os mesmos conhecimentos que ajudaram ele e seus investidores a alcançar sucesso na vida. Ele emigrou do Irã para os EUA com sua família quando era criança, estudou ciência da computação em Harvard e, mais tarde, vendeu à Microsoft, supostamente por US$ 800 milhões, uma start-up de reconhecimento de voz que ajudou a fundar. "Esse sonho se torna muito menos acessível se a pessoa estuda em uma das escolas americanas onde nem sequer lhe é dito que ela poderia trabalhar nessa área", explicou Partovi. Mesmo assim, ele admitiu que a indústria de tecnologia é movida em parte por seus interesses próprios. "É muito difícil para quem comanda uma empresa de tecnologia contratar e manter engenheiros", ele explicou. Hoje, a Code.org é uma das maiores provedoras de aulas on-line gratuitas de programação e de currículos de ciência da computação. A entidade ofereceu treinamento a mais de 57 mil professores, disse Partovi. A ascensão da Code.org coincide com uma campanha muito mais ampla da indústria de tecnologia para remodelar as escolas primárias e secundárias americanas, dotando-as de computadores e aplicativos de estudos. Estima-se que o mercado chegará a US$ 21 bilhões até 2020. No ano passado, a Apple lançou um aplicativo gratuito, o Swift Playgrounds , para ensinar programação básica na linguagem de programação Swift, lançada pela empresa em 2014. A Apple apresentou em maio um curso de um ano de duração voltado a colégios secundários e faculdades públicas, para ensinar a criação de aplicativos em Swift. A empresa também vem financiando a Code.org, recebendo os eventos populares Hour of Code (Hora do Código), criados pela organização, em suas lojas. Antes do surgimento da Code.org, a Fundação Nacional de Ciência trabalhou com especialistas da indústria e do ensino durante anos para desenvolver e difundir o ensino de ciência da computação nas escolas. Em 2009, por exemplo, um engenheiro da Microsoft lançou um programa chamado Teals, que coloca voluntários de empresas de tecnologia em escolas para ajudar a ensinar a disciplina. VIRALIZANDO Então chegou Partovi com a ideia de utilizar vídeos virais para gerar uma demanda de massa pelos cursos. Partovi começou por convencer Bill Gates, o co-fundador da Microsoft, e Mark Zuckerberg, executivo-chefe do Facebook, a aparecer num curta-metragem promovendo o ensino da programação nas escolas. Em sua primeira semana no YouTube, o vídeo, intitulado "What Most Schools Don't Teach" (o que a maioria das escolas não ensina), foi visto 9 milhões de vezes. Partovi contou que em 15 dias foi procurado por 20 mil professores. Ele comparou a abordagem adotada pela Code.org à de start-ups como Airbnb e Uber. "A Airbnb está provocando mudanças no espaço das viagens, mas não é dona de hotéis", ele disse. "Nós temos um modelo semelhante, provocando mudanças no ensino. Mas não dirigimos a escola e não contratamos os professores." Os contatos de Partovi com a elite, naturalmente, não atrapalharam. Um dia no início de 2013, ele topou com seu vizinho, Bradford L. Smith, então executivo sênior da Microsoft, na rua em frente às casas deles, em Bellevue, Washington. Smith havia publicado pouco antes um estudo da Microsoft pedindo um plano federal para preparar estudantes para carreiras na ciência e engenharia da computação. Partovi, por sua parte, esperava conseguir divulgação viral de uma mensagem dizendo que aprender programação poderia melhorar as perspectivas de emprego dos estudantes. Ensinar aos alunos habilidades que poderiam conduzi-los a empregos mais bem pagos "parece ser o tipo de ideia que pode ganhar a adesão de todos no país", ele disse. Partovi imediatamente convidou Smith para assistir a seu vídeo de programadores celebridades, que ainda não tinha sido lançado. Pouco depois, a Microsoft tornou-se a maior doadora da Code.org. Bradford Smith, hoje presidente da Microsoft, comparou os esforços da entidade a uma iniciativa educacional lançada no final dos anos 1950. Na época, a União Soviética acabara de vencer a corrida espacial, lançando o Sputnik, e os EUA, num esforço para recuperar o tempo perdido, aprovara lei para financiar cursos de físicas e outras ciências. "Nossa opinião é que a ciência da computação é para o século 21 o que a física foi para o século 20", disse Smith. Juntamente com grupos locais, contou Partovi, a Code.org e a Microsoft ajudaram a persuadir 24 Estados americanos a permitir que a ciência da computação ajude a compor os créditos de matemática ou ciências necessários para que os alunos concluam o ensino médio. Ao lado de organizações como Black Girls Code, Girls Who Code e Latina Girls Code, a Code.org vem trabalhando para tornar a disciplina acessível a estudantes de origens diversas. EM CAUSA PRÓPRIA Mas o movimento também defende uma legislação que pode conferir às empresas influência enorme sobre as escolas públicas, começando pelo jardim de infância, e o público tem pouca consciência do fato. No ano passado, a Microsoft e a Code.org ajudaram a defender uma lei de ensino profissional no Idaho que, segundo avisaram pesquisadores educacionais, pode priorizar as necessidades da indústria, em detrimento dos interesses dos estudantes. Entre outras coisas, segundo os pesquisadores, ela pode induzir escolas a ensinar linguagens específicas de programação de computadores que determinadas empresas necessitam, em lugar de abordagens mais amplas voltadas para a solução de problemas, algo que pode ser útil para os estudantes por toda a vida. "É muito problemático quando a indústria decide o conteúdo e a direção seguida pelo ensino público", disse Jane Margolis, pesquisadora sênior da Escola de Pós-Graduação em Estudos de Educação e Informação, da Universidade da Califórnia. O texto da lei do Idaho diz em parte: "É essencial que os esforços para aumentar a instrução em ciência da computação, desde o jardim de infância até a esfera profissional, sejam movidos pelas necessidades da indústria e sejam desenvolvidos em parceria com a indústria". Quando um jornalista o informou sobre o texto do projeto de lei, Bradford Smith, da Microsoft, pareceu surpreso, dizendo que não o endossou. "O ensino público amplo não deve ser baseado prioritariamente nas necessidades de qualquer indústria específica, nem nas necessidades da indústria como um todo", ele disse. Partovi observou que a Code.org se opôs a um projeto de lei "mais radical" proposto na Flórida, pelo qual os alunos teriam a obrigação de ser certificados pela indústria. A entidade também se opõe a projetos de lei pelos quais cursos de programação poderiam valer como créditos de língua estrangeira nas escolas secundárias, ele disse. Mesmo assim, acrescentou, "consideramos que as empresas de tecnologia têm um papel a desempenhar, sim". A lei do Idaho entrou em vigor no ano passado. Um de seus primeiros resultados foi um novo programa, desenvolvido com a Oracle, para treinar professores do ensino público a ensinar os alunos sobre o Java, a popular linguagem de codificação da Oracle. Outras empresas, incluindo a fabricante de chips Micron Technology, foram convidadas a ajudar a traçar padrões de ciência da computação para as escolas do Estado. "Algumas pessoas vão pensar que é a indústria que vai fazer nosso sistema de ensino avançar, e esse não é o caso, de maneira alguma", disse Angela Hemingway, diretora executiva do Centro de Ação STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática, em inglês) do Idaho, que comanda a iniciativa estadual de ensino de ciência da computação. "As empresas são nossas parceiras colaborativas." É verdade que muitos estudantes em todo o país, além de seus pais, estão pedindo aulas de ciência da computação. Mas o que vai acontecer se outra disciplina –por exemplo a ciência de dados (que envolve a computação)– tornar-se mais importante e relevante às vidas, carreiras e comunidades dos estudantes? Os grandes personagens a favor da ciência da computação quase barraram uma discussão sobre o lançamento de uma gama de novas disciplinas pelas escolas para garantir o preparo de seus alunos. E ganharam precedência sobre a discussão que procura discernir se os estudantes estariam mais bem servidos caso as escolas modificassem as aulas tradicionais de matemática para aumentar o destaque de campos como a estatística. Smith, da Microsoft, disse que as empresas de tecnologia e entidades filantrópicas apenas querem dar voz a uma disciplina que não recebe a atenção que merece. "O que precisamos realmente é de um debate nacional sobre as disciplinas intelectuais que serão fundamentais para o futuro dos estudantes", disse Smith. "É uma gama grande, não uma disciplina única." Partovi concordou. "Discutimos muito neste país sobre como ensinar", ele disse, "mas não debatemos suficientemente o que deve ser ensinado." Com pesquisa de Doris Burke. Tradução de CLARA ALLAIN
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ilustrissima
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Como o Vale do Silício levou à sala de aula a programação de computadoresNuma reunião de titãs da tecnologia promovida na Casa Branca na semana passada, Timothy Cook , o executivo-chefe da Apple, transmitiu ao presidente Donald Trump uma mensagem muito clara sobre como as escolas públicas podem atender melhor às necessidades do país. Para ajudar a solucionar "o deficit enorme de profissionais especializados que temos hoje", ele disse, o governo deveria fazer sua parte para assegurar que os estudantes aprendam programação de computadores. "A programação deveria ser exigida em todas as escolas públicas", disse o empresário ao presidente. O caso do presidente da Apple foi apenas o mais recente de uma empresa de tecnologia defendendo que as escolas ofereçam cursos de programação. Mas o Vale do Silício já está promovendo essa agenda mesmo sem o apoio de Trump, graças em grande medida ao sucesso de marketing da organização sem fins lucrativos Code.org , que tem o apoio do setor. A Code.org foi fundada em 2012 por Hadi Partovi, que investiu no Facebook e no Airbnb, e seu irmão gêmeo, Ali Partovi, que investiu na Zappos e no Dropbox. A organização ficou conhecida inicialmente por usar um vídeo viral para alimentar a demanda popular por aulas de programação. Agora seu objetivo é fazer com que a ciência da computação seja ensinada em todas as escolas públicas dos Estados Unidos. Em nosso mundo movido pela tecnologia, argumenta Hadi Partovi, a ciência da computação se tornou tão essencial para os estudantes quanto leitura, escrita e matemática. A programação de computadores também é essencial para as empresas de tecnologia americanas, que têm alto grau de dependência de engenheiros estrangeiros. Os esforços de Trump para limitar a imigração tornam a agenda da Code.org ainda mais atraente para a indústria nacional. Em poucos anos, a Code.org obteve mais de US$ 60 milhões da Microsoft, do Facebook, do Google e da Salesforce, além de fundações e executivos individuais do setor de tecnologia. Ela ajudou a persuadir duas dúzias de Estados a modificar suas leis e políticas do ensino, disse Partovi, ao mesmo tempo criando aulas gratuitas de introdução à programação, chamadas A Hora do Código, que já foram seguidas por mais de 100 milhões de estudantes pelo mundo afora. Ao longo do caminho, a Code.org emergiu como um novo protótipo da reforma educacional buscada pelo Vale do Silício: uma entidade hábil em fazer uso de mídias sociais e que faz campanha por mudanças na política educacional, desenvolve currículos, oferece aulas de programação on-line e forma professores de programação, atuando em quase todas as facetas da cadeia de fornecimento do ensino. "A Code.org usa uma abordagem em múltiplas frentes", disse Amy Klement, sócia da Omidyar Network, uma organização de investimento filantrópico criada pelo fundador do eBay, Pierre Omidyar, e sua mulher, Pam, e que já doou US$ 5,5 milhões à Code.org. "É algo ímpar, é um modelo que eu gostaria muito de ver reproduzido." CONFLITO DE INTERESSES Mas a atuação em níveis múltiplos da Code.org também levanta a questão sobre a influência do Vale do Silício sobre as escolas públicas para atender a seus próprios interesses –no caso, sua necessidade de engenheiros de software– sem se submeter a muita fiscalização. "Se eu fosse um legislador estadual, buscaria saber mais sobre as motivações" da entidade, comentou Sarah Reckhow, professora assistente de ciência política na Universidade Michigan State. "Ela quer investimentos públicos em um conjunto de conhecimentos dos quais ela própria precisa em seu ramo de atuação." Partovi, 44, disse que apenas quer dar aos estudantes a oportunidade de desenvolver os mesmos conhecimentos que ajudaram ele e seus investidores a alcançar sucesso na vida. Ele emigrou do Irã para os EUA com sua família quando era criança, estudou ciência da computação em Harvard e, mais tarde, vendeu à Microsoft, supostamente por US$ 800 milhões, uma start-up de reconhecimento de voz que ajudou a fundar. "Esse sonho se torna muito menos acessível se a pessoa estuda em uma das escolas americanas onde nem sequer lhe é dito que ela poderia trabalhar nessa área", explicou Partovi. Mesmo assim, ele admitiu que a indústria de tecnologia é movida em parte por seus interesses próprios. "É muito difícil para quem comanda uma empresa de tecnologia contratar e manter engenheiros", ele explicou. Hoje, a Code.org é uma das maiores provedoras de aulas on-line gratuitas de programação e de currículos de ciência da computação. A entidade ofereceu treinamento a mais de 57 mil professores, disse Partovi. A ascensão da Code.org coincide com uma campanha muito mais ampla da indústria de tecnologia para remodelar as escolas primárias e secundárias americanas, dotando-as de computadores e aplicativos de estudos. Estima-se que o mercado chegará a US$ 21 bilhões até 2020. No ano passado, a Apple lançou um aplicativo gratuito, o Swift Playgrounds , para ensinar programação básica na linguagem de programação Swift, lançada pela empresa em 2014. A Apple apresentou em maio um curso de um ano de duração voltado a colégios secundários e faculdades públicas, para ensinar a criação de aplicativos em Swift. A empresa também vem financiando a Code.org, recebendo os eventos populares Hour of Code (Hora do Código), criados pela organização, em suas lojas. Antes do surgimento da Code.org, a Fundação Nacional de Ciência trabalhou com especialistas da indústria e do ensino durante anos para desenvolver e difundir o ensino de ciência da computação nas escolas. Em 2009, por exemplo, um engenheiro da Microsoft lançou um programa chamado Teals, que coloca voluntários de empresas de tecnologia em escolas para ajudar a ensinar a disciplina. VIRALIZANDO Então chegou Partovi com a ideia de utilizar vídeos virais para gerar uma demanda de massa pelos cursos. Partovi começou por convencer Bill Gates, o co-fundador da Microsoft, e Mark Zuckerberg, executivo-chefe do Facebook, a aparecer num curta-metragem promovendo o ensino da programação nas escolas. Em sua primeira semana no YouTube, o vídeo, intitulado "What Most Schools Don't Teach" (o que a maioria das escolas não ensina), foi visto 9 milhões de vezes. Partovi contou que em 15 dias foi procurado por 20 mil professores. Ele comparou a abordagem adotada pela Code.org à de start-ups como Airbnb e Uber. "A Airbnb está provocando mudanças no espaço das viagens, mas não é dona de hotéis", ele disse. "Nós temos um modelo semelhante, provocando mudanças no ensino. Mas não dirigimos a escola e não contratamos os professores." Os contatos de Partovi com a elite, naturalmente, não atrapalharam. Um dia no início de 2013, ele topou com seu vizinho, Bradford L. Smith, então executivo sênior da Microsoft, na rua em frente às casas deles, em Bellevue, Washington. Smith havia publicado pouco antes um estudo da Microsoft pedindo um plano federal para preparar estudantes para carreiras na ciência e engenharia da computação. Partovi, por sua parte, esperava conseguir divulgação viral de uma mensagem dizendo que aprender programação poderia melhorar as perspectivas de emprego dos estudantes. Ensinar aos alunos habilidades que poderiam conduzi-los a empregos mais bem pagos "parece ser o tipo de ideia que pode ganhar a adesão de todos no país", ele disse. Partovi imediatamente convidou Smith para assistir a seu vídeo de programadores celebridades, que ainda não tinha sido lançado. Pouco depois, a Microsoft tornou-se a maior doadora da Code.org. Bradford Smith, hoje presidente da Microsoft, comparou os esforços da entidade a uma iniciativa educacional lançada no final dos anos 1950. Na época, a União Soviética acabara de vencer a corrida espacial, lançando o Sputnik, e os EUA, num esforço para recuperar o tempo perdido, aprovara lei para financiar cursos de físicas e outras ciências. "Nossa opinião é que a ciência da computação é para o século 21 o que a física foi para o século 20", disse Smith. Juntamente com grupos locais, contou Partovi, a Code.org e a Microsoft ajudaram a persuadir 24 Estados americanos a permitir que a ciência da computação ajude a compor os créditos de matemática ou ciências necessários para que os alunos concluam o ensino médio. Ao lado de organizações como Black Girls Code, Girls Who Code e Latina Girls Code, a Code.org vem trabalhando para tornar a disciplina acessível a estudantes de origens diversas. EM CAUSA PRÓPRIA Mas o movimento também defende uma legislação que pode conferir às empresas influência enorme sobre as escolas públicas, começando pelo jardim de infância, e o público tem pouca consciência do fato. No ano passado, a Microsoft e a Code.org ajudaram a defender uma lei de ensino profissional no Idaho que, segundo avisaram pesquisadores educacionais, pode priorizar as necessidades da indústria, em detrimento dos interesses dos estudantes. Entre outras coisas, segundo os pesquisadores, ela pode induzir escolas a ensinar linguagens específicas de programação de computadores que determinadas empresas necessitam, em lugar de abordagens mais amplas voltadas para a solução de problemas, algo que pode ser útil para os estudantes por toda a vida. "É muito problemático quando a indústria decide o conteúdo e a direção seguida pelo ensino público", disse Jane Margolis, pesquisadora sênior da Escola de Pós-Graduação em Estudos de Educação e Informação, da Universidade da Califórnia. O texto da lei do Idaho diz em parte: "É essencial que os esforços para aumentar a instrução em ciência da computação, desde o jardim de infância até a esfera profissional, sejam movidos pelas necessidades da indústria e sejam desenvolvidos em parceria com a indústria". Quando um jornalista o informou sobre o texto do projeto de lei, Bradford Smith, da Microsoft, pareceu surpreso, dizendo que não o endossou. "O ensino público amplo não deve ser baseado prioritariamente nas necessidades de qualquer indústria específica, nem nas necessidades da indústria como um todo", ele disse. Partovi observou que a Code.org se opôs a um projeto de lei "mais radical" proposto na Flórida, pelo qual os alunos teriam a obrigação de ser certificados pela indústria. A entidade também se opõe a projetos de lei pelos quais cursos de programação poderiam valer como créditos de língua estrangeira nas escolas secundárias, ele disse. Mesmo assim, acrescentou, "consideramos que as empresas de tecnologia têm um papel a desempenhar, sim". A lei do Idaho entrou em vigor no ano passado. Um de seus primeiros resultados foi um novo programa, desenvolvido com a Oracle, para treinar professores do ensino público a ensinar os alunos sobre o Java, a popular linguagem de codificação da Oracle. Outras empresas, incluindo a fabricante de chips Micron Technology, foram convidadas a ajudar a traçar padrões de ciência da computação para as escolas do Estado. "Algumas pessoas vão pensar que é a indústria que vai fazer nosso sistema de ensino avançar, e esse não é o caso, de maneira alguma", disse Angela Hemingway, diretora executiva do Centro de Ação STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática, em inglês) do Idaho, que comanda a iniciativa estadual de ensino de ciência da computação. "As empresas são nossas parceiras colaborativas." É verdade que muitos estudantes em todo o país, além de seus pais, estão pedindo aulas de ciência da computação. Mas o que vai acontecer se outra disciplina –por exemplo a ciência de dados (que envolve a computação)– tornar-se mais importante e relevante às vidas, carreiras e comunidades dos estudantes? Os grandes personagens a favor da ciência da computação quase barraram uma discussão sobre o lançamento de uma gama de novas disciplinas pelas escolas para garantir o preparo de seus alunos. E ganharam precedência sobre a discussão que procura discernir se os estudantes estariam mais bem servidos caso as escolas modificassem as aulas tradicionais de matemática para aumentar o destaque de campos como a estatística. Smith, da Microsoft, disse que as empresas de tecnologia e entidades filantrópicas apenas querem dar voz a uma disciplina que não recebe a atenção que merece. "O que precisamos realmente é de um debate nacional sobre as disciplinas intelectuais que serão fundamentais para o futuro dos estudantes", disse Smith. "É uma gama grande, não uma disciplina única." Partovi concordou. "Discutimos muito neste país sobre como ensinar", ele disse, "mas não debatemos suficientemente o que deve ser ensinado." Com pesquisa de Doris Burke. Tradução de CLARA ALLAIN
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Leitores comentam textos de colunistas da Folha
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Tenho acompanhado as colunas de Bernardo Mello Franco. Nem sempre concordo com suas opiniões, mas louvo a argúcia de seus textos. Permito-me, porém, divergir num ponto essencial: corrupção não se mede, apenas, por embolsar dinheiro "sujo" para benefício pessoal; compreende, também, ser cúmplice na sustentação de um esquema criminoso de financiamento eleitoral, compra de apoios e "otras cositas más", que acabam causando um "apatifamento" institucional. JORGE LUTZ MÜLLER (Porto Alegre, RS) * Um valor deve ser reconhecido à réplica do deputado federal Rogério Marinho (RN/PSDB) ao magnífico artigo de Contardo Calligaris. O assesssor-redator do nobre parlamentar é hábil em juntar os clichês da retórica reacionária, além de se revelar um bom copista dos verbetes da Wikipédia. Um outro mérito do texto, nada desprezível, é nos ter poupado das surradas citações retiradas desse belo livro de lendas que é a Bíblia. MAURÍCIO ROTHBERG (Nova Friburgo, RJ) * Leitura obrigatória o texto de Mariliz Pereira Jorge neste sábado sobre as Olimpíadas no Rio e o atraso nos salários dos servidores públicos aposentados na cidade sede dos jogos. Esse episódio retrata de forma didática o desrespeito das autoridades com o dinheiro público em países que deveriam investir em áreas mais importantes para a população, principalmente se não possuem verba para realizar grandes eventos. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores comentam textos de colunistas da FolhaTenho acompanhado as colunas de Bernardo Mello Franco. Nem sempre concordo com suas opiniões, mas louvo a argúcia de seus textos. Permito-me, porém, divergir num ponto essencial: corrupção não se mede, apenas, por embolsar dinheiro "sujo" para benefício pessoal; compreende, também, ser cúmplice na sustentação de um esquema criminoso de financiamento eleitoral, compra de apoios e "otras cositas más", que acabam causando um "apatifamento" institucional. JORGE LUTZ MÜLLER (Porto Alegre, RS) * Um valor deve ser reconhecido à réplica do deputado federal Rogério Marinho (RN/PSDB) ao magnífico artigo de Contardo Calligaris. O assesssor-redator do nobre parlamentar é hábil em juntar os clichês da retórica reacionária, além de se revelar um bom copista dos verbetes da Wikipédia. Um outro mérito do texto, nada desprezível, é nos ter poupado das surradas citações retiradas desse belo livro de lendas que é a Bíblia. MAURÍCIO ROTHBERG (Nova Friburgo, RJ) * Leitura obrigatória o texto de Mariliz Pereira Jorge neste sábado sobre as Olimpíadas no Rio e o atraso nos salários dos servidores públicos aposentados na cidade sede dos jogos. Esse episódio retrata de forma didática o desrespeito das autoridades com o dinheiro público em países que deveriam investir em áreas mais importantes para a população, principalmente se não possuem verba para realizar grandes eventos. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Terremoto destruiu ou danificou mais de 290 prédios históricos na Itália
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Segundo o primeiro censo realizado pelo Ministério da Cultura da Itália, 293 locais de valor cultural, entre igrejas, conventos e campanários medievais e do Renascimento, foram danificados ou destruídos pelo terremoto que matou mais de 281 pessoas na quarta-feira (24). Na noite de quinta (25), o governo declarou o estado de emergência nas zonas afetadas e concedeu uma primeira ajuda de 50 milhões de euros para a catástrofe. O governo do primeiro-ministro Matteo Renzi tem o desafio de reconstruir as cidades e seus prédios, segundo normas claras e transparentes, e garantir que edifícios históricos construídos com pedra e cal há vários séculos resistam ao episódio. Renzi também anunciou um novo plano de prevenção anti-sísmica, depois das polêmicas e dúvidas geradas pelo elevado número de vítimas em uma zona de alto risco. Enquanto os planos de reconstrução são feitos, o zumbido dos helicópteros e o rugido dos motores de caminhões lembram os desabrigados reunidos nos campos esportivos e sob as barracas que a vida segue.
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mundo
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Terremoto destruiu ou danificou mais de 290 prédios históricos na ItáliaSegundo o primeiro censo realizado pelo Ministério da Cultura da Itália, 293 locais de valor cultural, entre igrejas, conventos e campanários medievais e do Renascimento, foram danificados ou destruídos pelo terremoto que matou mais de 281 pessoas na quarta-feira (24). Na noite de quinta (25), o governo declarou o estado de emergência nas zonas afetadas e concedeu uma primeira ajuda de 50 milhões de euros para a catástrofe. O governo do primeiro-ministro Matteo Renzi tem o desafio de reconstruir as cidades e seus prédios, segundo normas claras e transparentes, e garantir que edifícios históricos construídos com pedra e cal há vários séculos resistam ao episódio. Renzi também anunciou um novo plano de prevenção anti-sísmica, depois das polêmicas e dúvidas geradas pelo elevado número de vítimas em uma zona de alto risco. Enquanto os planos de reconstrução são feitos, o zumbido dos helicópteros e o rugido dos motores de caminhões lembram os desabrigados reunidos nos campos esportivos e sob as barracas que a vida segue.
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Temos a sensação de que droga contra o câncer é promissora, diz leitora
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Pela movimentação e reação das empresas químicas/farmacêuticas e pelos vários meios de comunicação, temos a sensação de que a substância fosfoetanolamina é bastante promissora e está deixando os envolvidos com o comércio de quimioterápicos bastante preocupados. Outrossim, vemos se repetir o mesmo movimento contrário à introdução dos medicamentos genéricos no Brasil. Felizmente naquela oportunidade o empenho das forças políticas do país conseguiu contribuir para o bem-estar de toda população e hoje a comercialização dos genéricos é uma realidade. Esperamos que o Governo do Estado de São Paulo atue nesse momento, uma vez que a USP está em SP e deve assumir a responsabilidade pelos seus atos passados e futuros. Gostaria de salientar que as famílias que procuram o novo composto não são desinformadas e não estão sendo iludidas. Conforme diz o leitor dessa Folha, é "desrespeito à fragilidade emocional de pacientes crônicos e familiares. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Temos a sensação de que droga contra o câncer é promissora, diz leitoraPela movimentação e reação das empresas químicas/farmacêuticas e pelos vários meios de comunicação, temos a sensação de que a substância fosfoetanolamina é bastante promissora e está deixando os envolvidos com o comércio de quimioterápicos bastante preocupados. Outrossim, vemos se repetir o mesmo movimento contrário à introdução dos medicamentos genéricos no Brasil. Felizmente naquela oportunidade o empenho das forças políticas do país conseguiu contribuir para o bem-estar de toda população e hoje a comercialização dos genéricos é uma realidade. Esperamos que o Governo do Estado de São Paulo atue nesse momento, uma vez que a USP está em SP e deve assumir a responsabilidade pelos seus atos passados e futuros. Gostaria de salientar que as famílias que procuram o novo composto não são desinformadas e não estão sendo iludidas. Conforme diz o leitor dessa Folha, é "desrespeito à fragilidade emocional de pacientes crônicos e familiares. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Após decapitações, afegãos protestam e tentam invadir palácio presidencial
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Forças de segurança do Afeganistão realizaram disparos de advertência nesta quarta-feira (11) perto do palácio presidencial em Cabul, onde milhares de pessoas manifestavam contra a violência dirigida à minoria xiita hazara, segundo informações da polícia. "Houve disparos de advertência para o ar. Os manifestantes estão se dispersando, e ninguém ficou ferido", informou Sayed Gul Agha Rohani, chefe-adjunto da polícia em Cabul. Aproximadamente 10 mil pessoas realizavam protestos em Cabul para pedir o fim da violência contra os hazaras depois que sete integrantes da etnia foram decapitados na semana passada no sudeste do país. Aos gritos de "vingança!" e "respeito!", os manifestantes, muitos deles hazaras, se dirigiram para o palácio presidencial levando os caixões das sete vítimas e tentaram invadir o local. Os guardas abriram fogo quando alguns manifestantes tentaram escalar os muros para entrar no complexo do palácio. O vice-porta-voz do presidente Ashraf Ghani disse que ao menos dez pessoas ficaram feridas com os disparos. Pouco após o início dos protestos, Ghani apareceu em rede de TV pedindo calma à população e prometendo que as mortes serão investigadas "A dor da nação é a minha dor. Como vocês, eu não sossegarei até que os culpados por esses crimes sejam levados à Justiça. Nós vingaremos o sangue derramado de nossos irmãos e irmãs", afirmou, acrescentando que inimigos do Afeganistão estão tentando provocar desunião e divisão étnica e sectária ao país. Após os disparos, vários manifestantes se dispersaram, mas cerca de mil puderam entrar no complexo presidencial. Na tarde desta quarta-feira, cerca de 30 deles iriam se encontrar com o presidente e com membro do Conselho Nacional de Segurança. O Taleban e a milícia radical Estado Islâmico são acusados pela população como autores da decapitação de quatro homens, duas mulheres e uma criança. Os corpos foram descobertos no domingo pelas autoridades na província de Zabul, onde ocorreram combates entre os dois grupos jihadistas rivais. Os hazaras, em sua maioria xiitas, habitam o Afeganistão desde o século 13 e representam 10% da população afegã. São constantemente vítimas da perseguição de muçulmanos sunitas. Entre 1996 e 2001, foram perseguidos pelos talebans sunitas quando estes dirigiam o país. Segundo os hazaras, as autoridades afegãs não protegem suficientemente a comunidade. Na terça-feira (10), os serviços de inteligência do Afeganistão anunciaram a libertação de oito reféns hazaras na província de Ghazni, no centro do país, pouco depois de o presidente Ashraf Ghani assegurar que as tropas do país farão o possível para encontrar os assassinos dos hazaras decapitados.
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Após decapitações, afegãos protestam e tentam invadir palácio presidencialForças de segurança do Afeganistão realizaram disparos de advertência nesta quarta-feira (11) perto do palácio presidencial em Cabul, onde milhares de pessoas manifestavam contra a violência dirigida à minoria xiita hazara, segundo informações da polícia. "Houve disparos de advertência para o ar. Os manifestantes estão se dispersando, e ninguém ficou ferido", informou Sayed Gul Agha Rohani, chefe-adjunto da polícia em Cabul. Aproximadamente 10 mil pessoas realizavam protestos em Cabul para pedir o fim da violência contra os hazaras depois que sete integrantes da etnia foram decapitados na semana passada no sudeste do país. Aos gritos de "vingança!" e "respeito!", os manifestantes, muitos deles hazaras, se dirigiram para o palácio presidencial levando os caixões das sete vítimas e tentaram invadir o local. Os guardas abriram fogo quando alguns manifestantes tentaram escalar os muros para entrar no complexo do palácio. O vice-porta-voz do presidente Ashraf Ghani disse que ao menos dez pessoas ficaram feridas com os disparos. Pouco após o início dos protestos, Ghani apareceu em rede de TV pedindo calma à população e prometendo que as mortes serão investigadas "A dor da nação é a minha dor. Como vocês, eu não sossegarei até que os culpados por esses crimes sejam levados à Justiça. Nós vingaremos o sangue derramado de nossos irmãos e irmãs", afirmou, acrescentando que inimigos do Afeganistão estão tentando provocar desunião e divisão étnica e sectária ao país. Após os disparos, vários manifestantes se dispersaram, mas cerca de mil puderam entrar no complexo presidencial. Na tarde desta quarta-feira, cerca de 30 deles iriam se encontrar com o presidente e com membro do Conselho Nacional de Segurança. O Taleban e a milícia radical Estado Islâmico são acusados pela população como autores da decapitação de quatro homens, duas mulheres e uma criança. Os corpos foram descobertos no domingo pelas autoridades na província de Zabul, onde ocorreram combates entre os dois grupos jihadistas rivais. Os hazaras, em sua maioria xiitas, habitam o Afeganistão desde o século 13 e representam 10% da população afegã. São constantemente vítimas da perseguição de muçulmanos sunitas. Entre 1996 e 2001, foram perseguidos pelos talebans sunitas quando estes dirigiam o país. Segundo os hazaras, as autoridades afegãs não protegem suficientemente a comunidade. Na terça-feira (10), os serviços de inteligência do Afeganistão anunciaram a libertação de oito reféns hazaras na província de Ghazni, no centro do país, pouco depois de o presidente Ashraf Ghani assegurar que as tropas do país farão o possível para encontrar os assassinos dos hazaras decapitados.
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Futebol brasileiro não acabou e nem será campeão do mundo amanhã cedo
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Tite admitiu depois do jogo contra o Equador que se preocupa mais em criar variações táticas, daqui até a Copa do Mundo, do que em procurar novos jogadores. Mais do que testar alguém para uma emergência, em caso de lesão, o técnico pretende entender como evitar o bloqueio de sua saída de jogo. A seleção funciona como o Corinthians de 2015. Os índices de passes certos têm os dois laterais como recordistas. O Guaraní do Paraguai bloqueou Fágner e Fábio Santos, lembra? O Equador também complicou a seleção marcando Marcelo e Daniel Alves. O lateral-direito foi mal. "Sim, precisamos criar alternativas para a saída de jogo", respondeu Tite, sexta-feira (1º) de madrugada. O primeiro tempo ruim se contrapôs ao segundo tempo com vitória. A partida difícil não diminuiu o otimismo exagerado. Há 14 meses, quando Dunga foi demitido, a catástrofe era estampada em manchetes e comentários, que tratavam do fundo do poço do futebol brasileiro. Não havia mais grandes jogadores, exceto Neymar. A geração era fraca e a seleção não estava mais na elite. Depois de nove vitórias em jogos oficiais sob o comando de Tite, fala-se sobre a liderança do ranking da Fifa, aponta-se o Brasil como favorito à conquista da Copa do Mundo, exalta-se a qualidade de jogadores como Philippe Coutinho e Gabriel Jesus, além de Neymar. Nem o futebol brasileiro tinha acabado, nem há a certeza de que ganhará a Copa do Mundo no ano que vem. "Somos candidatos, não favoritos", diz Renato Augusto, com sabedoria. "Estamos no bolo", ele completa. Refere-se a um grupo de seleções que se equilibram. A França goleou a Holanda, mas perdeu da Suécia, que perdeu da Bélgica. Esta perdeu da Itália, que caiu contra a França. A Alemanha é campeã do mundo e da Copa das Confederações, está invicta em 2017, mas perdeu da França, da Inglaterra e da Eslováquia no ano passado. A Holanda foi uma das grandes seleções da Copa do Mundo, há três anos, não se classificou para a Eurocopa, eliminada pela Islândia, e está perto da desclassificação do Mundial da Rússia -está em quarto lugar na chave de França, Bulgária e Suécia. O 7 a 1 segue sendo tratado como se mostrasse o abismo entre o futebol brasileiro e o alemão, sem perceber que buraco seria menor se não houvesse questões emocionais envolvidas na Copa do Mundo de 2014. Os alemães venceram a Argélia na prorrogação e a França por 1 a 0, suando sangue. "Estamos no bolo. Somos candidatos e não favoritos". Renato Augusto é a voz da sabedoria. Os próximos passos da seleção são a criação de alternativas táticas e os amistosos contra seleções europeias. Insuficientes, porque o Brasil perdeu dois anos com Dunga. Mas necessários, para saber em que patamar o time de Tite se encontra. Se a Inglaterra confirmar a classificação e a Holanda a desclassificação nesta semana, podem ser adversárias em novembro. Em março, há amistoso confirmado contra a Alemanha e a CBF quer jogar contra a Rússia. "Se conseguirmos, será um golaço", diz Edu Gaspar. Ainda vai faltar fazer o país encontrar o meio termo. Nem o futebol brasileiro acabou, nem vai ser campeão do mundo amanhã de manhã.
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Futebol brasileiro não acabou e nem será campeão do mundo amanhã cedoTite admitiu depois do jogo contra o Equador que se preocupa mais em criar variações táticas, daqui até a Copa do Mundo, do que em procurar novos jogadores. Mais do que testar alguém para uma emergência, em caso de lesão, o técnico pretende entender como evitar o bloqueio de sua saída de jogo. A seleção funciona como o Corinthians de 2015. Os índices de passes certos têm os dois laterais como recordistas. O Guaraní do Paraguai bloqueou Fágner e Fábio Santos, lembra? O Equador também complicou a seleção marcando Marcelo e Daniel Alves. O lateral-direito foi mal. "Sim, precisamos criar alternativas para a saída de jogo", respondeu Tite, sexta-feira (1º) de madrugada. O primeiro tempo ruim se contrapôs ao segundo tempo com vitória. A partida difícil não diminuiu o otimismo exagerado. Há 14 meses, quando Dunga foi demitido, a catástrofe era estampada em manchetes e comentários, que tratavam do fundo do poço do futebol brasileiro. Não havia mais grandes jogadores, exceto Neymar. A geração era fraca e a seleção não estava mais na elite. Depois de nove vitórias em jogos oficiais sob o comando de Tite, fala-se sobre a liderança do ranking da Fifa, aponta-se o Brasil como favorito à conquista da Copa do Mundo, exalta-se a qualidade de jogadores como Philippe Coutinho e Gabriel Jesus, além de Neymar. Nem o futebol brasileiro tinha acabado, nem há a certeza de que ganhará a Copa do Mundo no ano que vem. "Somos candidatos, não favoritos", diz Renato Augusto, com sabedoria. "Estamos no bolo", ele completa. Refere-se a um grupo de seleções que se equilibram. A França goleou a Holanda, mas perdeu da Suécia, que perdeu da Bélgica. Esta perdeu da Itália, que caiu contra a França. A Alemanha é campeã do mundo e da Copa das Confederações, está invicta em 2017, mas perdeu da França, da Inglaterra e da Eslováquia no ano passado. A Holanda foi uma das grandes seleções da Copa do Mundo, há três anos, não se classificou para a Eurocopa, eliminada pela Islândia, e está perto da desclassificação do Mundial da Rússia -está em quarto lugar na chave de França, Bulgária e Suécia. O 7 a 1 segue sendo tratado como se mostrasse o abismo entre o futebol brasileiro e o alemão, sem perceber que buraco seria menor se não houvesse questões emocionais envolvidas na Copa do Mundo de 2014. Os alemães venceram a Argélia na prorrogação e a França por 1 a 0, suando sangue. "Estamos no bolo. Somos candidatos e não favoritos". Renato Augusto é a voz da sabedoria. Os próximos passos da seleção são a criação de alternativas táticas e os amistosos contra seleções europeias. Insuficientes, porque o Brasil perdeu dois anos com Dunga. Mas necessários, para saber em que patamar o time de Tite se encontra. Se a Inglaterra confirmar a classificação e a Holanda a desclassificação nesta semana, podem ser adversárias em novembro. Em março, há amistoso confirmado contra a Alemanha e a CBF quer jogar contra a Rússia. "Se conseguirmos, será um golaço", diz Edu Gaspar. Ainda vai faltar fazer o país encontrar o meio termo. Nem o futebol brasileiro acabou, nem vai ser campeão do mundo amanhã de manhã.
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Alstom é alvo de uma série de processos e investigações
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A multinacional francesa Alstom é alvo de uma série de processos e investigações pela suposta participação em esquemas de pagamento de propina para obtenção de vantagens em contratos de estatais paulistas de energia e de transporte, sempre em governos do PSDB. Desde o começo de 2014 está em curso uma ação criminal na Justiça Federal de São Paulo em que executivos da Alstom são réus sob a acusação de subornar dirigentes da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) entre 1998 e 2003, período em que o Estado foi governado por Mário Covas e Geraldo Alckmin, do PSDB. Nesse mesmo caso, Robson Marinho, um dos fundadores do PSDB e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, é investigado sob suspeita de ter ajudado a empresa a fechar um contrato com o governo quando era o chefe da Casa Civil de Covas. Marinho, que nega ter recebido propina da multinacional, foi afastado do Tribunal de Contas em agosto de 2014, por decisão da Justiça estadual, em razão das suspeitas. Na esfera civil do mesmo caso, em processo em que a Alstom poderia ser condenada a ressarcir os cofres públicos e impedida de assinar contratos com o governo, a empresa fez um acordo com o Ministério Público estadual e pagou uma indenização de cerca de R$ 60 milhões para se livrar do processo. A Alstom também é acusada de envolvimento em cartel de empresas que teria fraudado licitações de trens em São Paulo entre 1998 e 2008, em administrações tucanas. A acusação partiu da Siemens, após a multinacional alemã ter feito um acordo com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Na Justiça estadual, executivos da Alstom são réus em vários processos criminais decorrentes do caso do cartel dos trens. Executivos de Metrô também são investigados sob suspeita de terem recebido propina para ajudar a empresa em negócios com o governo. A Alstom diz que colabora com as investigações quando solicitada pelas autoridades. Afirma também que atua com um rigoroso código de ética e respeita a legislação e regulamentos de todos os países onde atua. Ainda segundo a multinacional francesa, seu código de ética proíbe a prática de cartel.
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Alstom é alvo de uma série de processos e investigaçõesA multinacional francesa Alstom é alvo de uma série de processos e investigações pela suposta participação em esquemas de pagamento de propina para obtenção de vantagens em contratos de estatais paulistas de energia e de transporte, sempre em governos do PSDB. Desde o começo de 2014 está em curso uma ação criminal na Justiça Federal de São Paulo em que executivos da Alstom são réus sob a acusação de subornar dirigentes da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) entre 1998 e 2003, período em que o Estado foi governado por Mário Covas e Geraldo Alckmin, do PSDB. Nesse mesmo caso, Robson Marinho, um dos fundadores do PSDB e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, é investigado sob suspeita de ter ajudado a empresa a fechar um contrato com o governo quando era o chefe da Casa Civil de Covas. Marinho, que nega ter recebido propina da multinacional, foi afastado do Tribunal de Contas em agosto de 2014, por decisão da Justiça estadual, em razão das suspeitas. Na esfera civil do mesmo caso, em processo em que a Alstom poderia ser condenada a ressarcir os cofres públicos e impedida de assinar contratos com o governo, a empresa fez um acordo com o Ministério Público estadual e pagou uma indenização de cerca de R$ 60 milhões para se livrar do processo. A Alstom também é acusada de envolvimento em cartel de empresas que teria fraudado licitações de trens em São Paulo entre 1998 e 2008, em administrações tucanas. A acusação partiu da Siemens, após a multinacional alemã ter feito um acordo com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Na Justiça estadual, executivos da Alstom são réus em vários processos criminais decorrentes do caso do cartel dos trens. Executivos de Metrô também são investigados sob suspeita de terem recebido propina para ajudar a empresa em negócios com o governo. A Alstom diz que colabora com as investigações quando solicitada pelas autoridades. Afirma também que atua com um rigoroso código de ética e respeita a legislação e regulamentos de todos os países onde atua. Ainda segundo a multinacional francesa, seu código de ética proíbe a prática de cartel.
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