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Representante comercial foi preso por produzir substância ilegalmente
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De representante comercial, Carlos Kennedy Witthoeft, 51, virou aprendiz de químico –e ficou 17 dias preso por falsificação de medicamento, em junho, após denúncia à Vigilância Sanitária. Era o fim da produção caseira das cápsulas em Pomerode (SC). A substância supostamente curaria o câncer. Tudo começou em 2007, quando Witthoeft recebeu a notícia de que sua mãe tinha câncer de útero. O catarinense soube de um professor da USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos (SP) que desenvolvera uma substância que poderia ajudar no tratamento contra a doença. Trata-se da fosfoetanolamina sintética, produzida no Instituto de Química da USP e pivô de uma polêmica que envolve a universidade e a Justiça. No dia 9, o TJ (Tribunal de Justiça) liberou a distribuição da droga a pacientes que tinham liminares –estima-se que haja mais de mil ações do gênero. CÁPSULAS O professor em questão era Gilberto Chierice, que coordenou as pesquisas da droga sintética e forneceu a Witthoeft algumas cápsulas. Menos de 20 dias depois de ingerir a cápsula, a mãe dele já conseguia sair de casa, segundo relato do advogado de Witthoeft, Ricardo Deucher. Ao tentar obter mais cápsulas, o catarinense ouviu a negativa do professor, que alegou incapacidade de fornecer o produto. Pediu, então, a Chierice a ensiná-lo a sintetizar a fosfoetanolamina. Após quase quatro meses, voltou a Pomerode e iniciou a produção. Com ajuda da mulher, o representante comercial passou a manipular a droga. Em pouco tempo, a notícia se espalhou. Pessoas vinham até de outros municípios para pedir a substância. Segundo o advogado, Witthoeft não vendia as cápsulas, e o dinheiro necessário para a matéria-prima e os aparelhos era proveniente de doações. Em 2008, ele passou a dedicar-se exclusivamente às cápsulas. A produção durou até a metade deste ano, quando uma denúncia anônima levou a polícia e a Vigilância Sanitária à casa dele. Witthoeft ficou preso por 17 dias, até ser liberado por um habeas corpus. Ele responde, porém, pelo crime de falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto para fins medicinais, incluindo a produção e venda. A pena pode chegar a 15 anos de prisão. Relatos e laudos médicos que atestam a evolução do tratamento serão usados pela defesa de Witthoeft –ele não quis dar entrevista. Na internet, há petições que pedem sua liberdade. O advogado diz que Witthoeft entrou em depressão –a mulher dele morreu dias após sua saída da prisão. "Era algo filantrópico, ele fazia apenas para ajudar", diz Deucher.
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equilibrioesaude
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Representante comercial foi preso por produzir substância ilegalmenteDe representante comercial, Carlos Kennedy Witthoeft, 51, virou aprendiz de químico –e ficou 17 dias preso por falsificação de medicamento, em junho, após denúncia à Vigilância Sanitária. Era o fim da produção caseira das cápsulas em Pomerode (SC). A substância supostamente curaria o câncer. Tudo começou em 2007, quando Witthoeft recebeu a notícia de que sua mãe tinha câncer de útero. O catarinense soube de um professor da USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos (SP) que desenvolvera uma substância que poderia ajudar no tratamento contra a doença. Trata-se da fosfoetanolamina sintética, produzida no Instituto de Química da USP e pivô de uma polêmica que envolve a universidade e a Justiça. No dia 9, o TJ (Tribunal de Justiça) liberou a distribuição da droga a pacientes que tinham liminares –estima-se que haja mais de mil ações do gênero. CÁPSULAS O professor em questão era Gilberto Chierice, que coordenou as pesquisas da droga sintética e forneceu a Witthoeft algumas cápsulas. Menos de 20 dias depois de ingerir a cápsula, a mãe dele já conseguia sair de casa, segundo relato do advogado de Witthoeft, Ricardo Deucher. Ao tentar obter mais cápsulas, o catarinense ouviu a negativa do professor, que alegou incapacidade de fornecer o produto. Pediu, então, a Chierice a ensiná-lo a sintetizar a fosfoetanolamina. Após quase quatro meses, voltou a Pomerode e iniciou a produção. Com ajuda da mulher, o representante comercial passou a manipular a droga. Em pouco tempo, a notícia se espalhou. Pessoas vinham até de outros municípios para pedir a substância. Segundo o advogado, Witthoeft não vendia as cápsulas, e o dinheiro necessário para a matéria-prima e os aparelhos era proveniente de doações. Em 2008, ele passou a dedicar-se exclusivamente às cápsulas. A produção durou até a metade deste ano, quando uma denúncia anônima levou a polícia e a Vigilância Sanitária à casa dele. Witthoeft ficou preso por 17 dias, até ser liberado por um habeas corpus. Ele responde, porém, pelo crime de falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto para fins medicinais, incluindo a produção e venda. A pena pode chegar a 15 anos de prisão. Relatos e laudos médicos que atestam a evolução do tratamento serão usados pela defesa de Witthoeft –ele não quis dar entrevista. Na internet, há petições que pedem sua liberdade. O advogado diz que Witthoeft entrou em depressão –a mulher dele morreu dias após sua saída da prisão. "Era algo filantrópico, ele fazia apenas para ajudar", diz Deucher.
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Gestão Doria articula com vereadores aumento de salários em 2018
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A futura gestão João Doria (PSDB) articula com vereadores a possibilidade de reajustar salários para prefeito, vice, secretários e vereadores a partir de 2018. O tucano anunciou na semana passada que vetaria esse reajuste –previsto pela Mesa Diretora da Câmara de São Paulo– no primeiro ano de sua gestão. O argumento era que isso não seria possível devido à crise financeira, cuja consequência é a queda na arrecadação da cidade. Após discussões de vereadores que devem compor a base aliada de Doria com integrantes tucanos da equipe de transição, porém, ficou definido que um projeto de lei permitindo reajustes a partir de 2018, condicionado à possível melhora da economia, poderia ser apresentado na Câmara. "O que o pessoal da Câmara está construindo é uma forma de lei que garanta a aprovação, exceto pelo primeiro ano do quadriênio (2017-2020), a partir de 2018, vinculando com a receita, que teria que ser a garantia da melhora de economia. É possível ter essa redação, o Congresso nacional já fez isso outras vezes", disse o futuro secretário de governo, Julio Semeghini. Se aprovado, o futuro prefeito passaria a ganhar em 2018 cerca de R$ 30 mil e os vereadores aproximadamente R$ 19 mil, o que representa 26,4% a mais -os valores atuais são R$ 24,1 mil e R$ 15 mil, respectivamente. A última mudança salarial do tipo aconteceu há quatro anos em São Paulo. A alteração impacta no salário do vice, Bruno Covas (PSDB), que sairia dos R$ 21,7 mil para R$ 27,5 mil e provoca efeito cascata em toda administração municipal. O teto do salário de um servidor hoje não pode ultrapassar o do prefeito. Segundo a Lei Orgânica do Município, salários de vereadores só podem ser reajustados ao final de uma legislatura. Basta ser aprovado um projeto de lei da Mesa Diretora, sem a necessidade de sanção do prefeito. Já as remunerações de prefeito, vice e secretário podem sofrer reajustes ano a ano, basta um projeto. O que se discute, no caso dos vereadores, é a possibilidade de ser aprovado o reajuste para os próximos quatro anos, mas com uma cláusula específica que mantém os mesmos salários apenas em 2017. Para que isso aconteça ainda neste ano, seria necessário, porém, que o prefeito Fernando Haddad (PT) estivesse de acordo. Isso ainda não aconteceu, segundo a Folha apurou. Além do projeto que aumenta o salário de prefeito, vice, secretários e vereadores, um segundo projeto terá que prever reajuste para subprefeitos e chefes de gabinete, também feito por Haddad. Desafios REUNIÃO O prefeito eleito esteve com 35 vereadores na tarde desta quarta-feira (9). Ele disse que não discutiu sobre salários nem sobre emendas parlamentares nem sobre a disputa para a presidência da Câmara. "Eles [vereadores] não decidiram [se vão aumentar os próprios salários]. É um tema que está sendo discutido na Casa. Pelo que sei, não houve decisão. O que posso dizer é que secretários, prefeito e vice-prefeito, em 2017, não terão aumento", afirmou.
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cotidiano
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Gestão Doria articula com vereadores aumento de salários em 2018A futura gestão João Doria (PSDB) articula com vereadores a possibilidade de reajustar salários para prefeito, vice, secretários e vereadores a partir de 2018. O tucano anunciou na semana passada que vetaria esse reajuste –previsto pela Mesa Diretora da Câmara de São Paulo– no primeiro ano de sua gestão. O argumento era que isso não seria possível devido à crise financeira, cuja consequência é a queda na arrecadação da cidade. Após discussões de vereadores que devem compor a base aliada de Doria com integrantes tucanos da equipe de transição, porém, ficou definido que um projeto de lei permitindo reajustes a partir de 2018, condicionado à possível melhora da economia, poderia ser apresentado na Câmara. "O que o pessoal da Câmara está construindo é uma forma de lei que garanta a aprovação, exceto pelo primeiro ano do quadriênio (2017-2020), a partir de 2018, vinculando com a receita, que teria que ser a garantia da melhora de economia. É possível ter essa redação, o Congresso nacional já fez isso outras vezes", disse o futuro secretário de governo, Julio Semeghini. Se aprovado, o futuro prefeito passaria a ganhar em 2018 cerca de R$ 30 mil e os vereadores aproximadamente R$ 19 mil, o que representa 26,4% a mais -os valores atuais são R$ 24,1 mil e R$ 15 mil, respectivamente. A última mudança salarial do tipo aconteceu há quatro anos em São Paulo. A alteração impacta no salário do vice, Bruno Covas (PSDB), que sairia dos R$ 21,7 mil para R$ 27,5 mil e provoca efeito cascata em toda administração municipal. O teto do salário de um servidor hoje não pode ultrapassar o do prefeito. Segundo a Lei Orgânica do Município, salários de vereadores só podem ser reajustados ao final de uma legislatura. Basta ser aprovado um projeto de lei da Mesa Diretora, sem a necessidade de sanção do prefeito. Já as remunerações de prefeito, vice e secretário podem sofrer reajustes ano a ano, basta um projeto. O que se discute, no caso dos vereadores, é a possibilidade de ser aprovado o reajuste para os próximos quatro anos, mas com uma cláusula específica que mantém os mesmos salários apenas em 2017. Para que isso aconteça ainda neste ano, seria necessário, porém, que o prefeito Fernando Haddad (PT) estivesse de acordo. Isso ainda não aconteceu, segundo a Folha apurou. Além do projeto que aumenta o salário de prefeito, vice, secretários e vereadores, um segundo projeto terá que prever reajuste para subprefeitos e chefes de gabinete, também feito por Haddad. Desafios REUNIÃO O prefeito eleito esteve com 35 vereadores na tarde desta quarta-feira (9). Ele disse que não discutiu sobre salários nem sobre emendas parlamentares nem sobre a disputa para a presidência da Câmara. "Eles [vereadores] não decidiram [se vão aumentar os próprios salários]. É um tema que está sendo discutido na Casa. Pelo que sei, não houve decisão. O que posso dizer é que secretários, prefeito e vice-prefeito, em 2017, não terão aumento", afirmou.
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Servidores do Rio voltam a protestar na Alerj contra pacote de ajuste fiscal
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Servidores do Estado do Rio voltaram à porta da Alerj, nesta terça-feira (21), para protestar contra o pacote de ajuste fiscal proposto pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ) O pacote ainda não começou a ser votado na Assembleia Legislativa do Rio. No momento, os trabalhos estão na fase de apreciação das 21 propostas de ajuste e de sugestão de emendas. O protesto teve início às 10h, com a apresentação do coral dos funcionários do Teatro Municipal do Rio, que é de gestão estadual, a despeito do nome. Os funcionários ainda não receberam o salário de novembro e vão receber de forma parcelada. Assista ao vídeo O protesto é unificado e reúne policiais civis e militares, bombeiros, agentes penitenciários, professores, servidores do judiciário, da saúde e da cultura. A manifestação seguia até as 11h30 em clima tranquilo. No protesto da semana passada, houve repressão policial, com o uso de bombas de gás e bala de borracha, contra os servidores. Tal qual na semana passada, a Alerj está cercada por grades. Um grande contingente de policiais faz a segurança do prédio. No início da manifestação um grupo de policiais militares deixou o cerco e pediu que os manifestantes protestassem de forma pacífica.
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mercado
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Servidores do Rio voltam a protestar na Alerj contra pacote de ajuste fiscalServidores do Estado do Rio voltaram à porta da Alerj, nesta terça-feira (21), para protestar contra o pacote de ajuste fiscal proposto pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ) O pacote ainda não começou a ser votado na Assembleia Legislativa do Rio. No momento, os trabalhos estão na fase de apreciação das 21 propostas de ajuste e de sugestão de emendas. O protesto teve início às 10h, com a apresentação do coral dos funcionários do Teatro Municipal do Rio, que é de gestão estadual, a despeito do nome. Os funcionários ainda não receberam o salário de novembro e vão receber de forma parcelada. Assista ao vídeo O protesto é unificado e reúne policiais civis e militares, bombeiros, agentes penitenciários, professores, servidores do judiciário, da saúde e da cultura. A manifestação seguia até as 11h30 em clima tranquilo. No protesto da semana passada, houve repressão policial, com o uso de bombas de gás e bala de borracha, contra os servidores. Tal qual na semana passada, a Alerj está cercada por grades. Um grande contingente de policiais faz a segurança do prédio. No início da manifestação um grupo de policiais militares deixou o cerco e pediu que os manifestantes protestassem de forma pacífica.
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Frederico Vasconcelos: Derrapagem fora da curva
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Para o presidente a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Paulo Luiz Schmidt, diferentemente do que afirmou o juiz federal Flávio Roberto de Souza, não é usual e constitui ponto fora da curva qualquer juiz utilizar bens apreendidos ... Leia post completo no blog
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poder
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Frederico Vasconcelos: Derrapagem fora da curvaPara o presidente a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Paulo Luiz Schmidt, diferentemente do que afirmou o juiz federal Flávio Roberto de Souza, não é usual e constitui ponto fora da curva qualquer juiz utilizar bens apreendidos ... Leia post completo no blog
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Mudança de hábitos
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Sabe aquele negócio da China, a compra parcelada da TV de tela plana, de 42 polegadas? Não parece mais um bom negócio depois de pagar 18 meses de juros. A prestação que parecia fácil de pagar não coube no orçamento e a fatura do cartão está sendo financiada com muito esforço, preocupação e dinheiro, muito dinheiro. Só de juros pagou o preço de outra TV mais um fogão que não foram comprados! Revendo as faturas antigas, somou o montante de juros pagos e quase teve um ataque: dois salários inteiros em apenas dois anos! Sério? Acha mesmo que essa é a melhor maneira de gastar o seu dinheiro? Achou o exemplo exagerado? Dê uma olhada nas faturas do cartão dos últimos 12 meses e calcule o montante de juros que você pagou. Depois, repense seus hábitos de consumo e pense em formas mais inteligentes de usar o seu suado dinheiro. PROTEGER-SE DO DESEMPREGO A taxa de desemprego está elevada e pode subir um pouco mais. O risco de perder o emprego, uma possibilidade cada vez mais presente. Não ter uma reserva financeira para enfrentar esse risco pode ser devastador. Pare ou reduza compras parceladas no cartão de crédito e direcione parte do seu salário para formar essa reserva. É muito mais fácil enfrentar o cenário de desemprego e outras situações inesperadas se estiver preparado financeiramente para enfrentá-las. EDUCAÇÃO DOS FILHOS O custo médio de apenas um ano, para um único filho, em uma boa escola privada, pode ser de R$ 18.000. O custo anual de uma boa universidade pode chegar a R$ 40.000. Os cursos de especialização e pós-graduação, cada vez mais necessários, custam outra pequena fortuna. Se você quer oferecer educação de qualidade a seus filhos, é recomendável formar uma reserva financeira para dar conta dessa despesa. É muito melhor investir no futuro das crianças do que enriquecer as administradoras de cartões de crédito, você não acha? RECEBER JUROS Que tal parar de pagar juros e começar a receber juros? O mercado pune o consumidor que financia a fatura do cartão com juros absurdos. Quem mantém uma dívida de R$ 10 mil no cartão por um ano paga cerca de R$ 50 mil de juros. É isso mesmo! Com juros de 16% ao mês, praticado no mercado, esse é o tamanho da encrenca. Quem investe os mesmos R$ 10 mil por um ano recebe juros de aproximadamente R$ 1.200. Somando o que se paga com o que deixa de ganhar por não investir, são R$ 51.200 por ano que saem do bolso. De que lado da mesa você quer estar? Já pensou em quanta coisa daria para fazer com tanto dinheiro? FUTURO MELHOR Muitos brasileiros contarão apenas com a pensão do INSS na aposentadoria e terão de reduzir consideravelmente seu padrão de vida. Outros contam, adicionalmente, com o dinheiro acumulado no FGTS. Você pode mudar essa história e escrever um final bem mais promissor. Se você investir o dinheiro gasto com juros no cartão, suponha R$ 12 mil por ano, terá uma confortável poupança de cerca de R$ 200 mil em dez anos, considerando juros de 9% ao ano. PORQUE EU POSSO Quanto mais cedo você reagir, mais fácil será eliminar a dívida do cartão de crédito. Você só precisa reduzir as compras até o valor que caiba no seu orçamento, que seja possível quitar a fatura do cartão no vencimento. Faça ajustes no plano da TV a cabo, internet e celular. Consumo de água e energia, outros cortes que podem ser feitos. Assim, você pode obter dinheiro para acelerar a quitação do saldo devedor e tirar esse peso dos ombros. Apagar a luz, reduzir o tempo do banho, ajustar o tipo de plano dos diversos fornecedores, renegociar contratos. Livrar-se dessa armadilha dos juros do cartão é muito mais uma questão de mudança de hábitos do que grandes sacrifícios. Antes do que você imagina, poderá iniciar um novo ciclo e nunca mais cair nessa espiral traiçoeira de juros. Consegue pensar em outras formas e razões para eliminar a dívida do cartão neste ano?
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colunas
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Mudança de hábitosSabe aquele negócio da China, a compra parcelada da TV de tela plana, de 42 polegadas? Não parece mais um bom negócio depois de pagar 18 meses de juros. A prestação que parecia fácil de pagar não coube no orçamento e a fatura do cartão está sendo financiada com muito esforço, preocupação e dinheiro, muito dinheiro. Só de juros pagou o preço de outra TV mais um fogão que não foram comprados! Revendo as faturas antigas, somou o montante de juros pagos e quase teve um ataque: dois salários inteiros em apenas dois anos! Sério? Acha mesmo que essa é a melhor maneira de gastar o seu dinheiro? Achou o exemplo exagerado? Dê uma olhada nas faturas do cartão dos últimos 12 meses e calcule o montante de juros que você pagou. Depois, repense seus hábitos de consumo e pense em formas mais inteligentes de usar o seu suado dinheiro. PROTEGER-SE DO DESEMPREGO A taxa de desemprego está elevada e pode subir um pouco mais. O risco de perder o emprego, uma possibilidade cada vez mais presente. Não ter uma reserva financeira para enfrentar esse risco pode ser devastador. Pare ou reduza compras parceladas no cartão de crédito e direcione parte do seu salário para formar essa reserva. É muito mais fácil enfrentar o cenário de desemprego e outras situações inesperadas se estiver preparado financeiramente para enfrentá-las. EDUCAÇÃO DOS FILHOS O custo médio de apenas um ano, para um único filho, em uma boa escola privada, pode ser de R$ 18.000. O custo anual de uma boa universidade pode chegar a R$ 40.000. Os cursos de especialização e pós-graduação, cada vez mais necessários, custam outra pequena fortuna. Se você quer oferecer educação de qualidade a seus filhos, é recomendável formar uma reserva financeira para dar conta dessa despesa. É muito melhor investir no futuro das crianças do que enriquecer as administradoras de cartões de crédito, você não acha? RECEBER JUROS Que tal parar de pagar juros e começar a receber juros? O mercado pune o consumidor que financia a fatura do cartão com juros absurdos. Quem mantém uma dívida de R$ 10 mil no cartão por um ano paga cerca de R$ 50 mil de juros. É isso mesmo! Com juros de 16% ao mês, praticado no mercado, esse é o tamanho da encrenca. Quem investe os mesmos R$ 10 mil por um ano recebe juros de aproximadamente R$ 1.200. Somando o que se paga com o que deixa de ganhar por não investir, são R$ 51.200 por ano que saem do bolso. De que lado da mesa você quer estar? Já pensou em quanta coisa daria para fazer com tanto dinheiro? FUTURO MELHOR Muitos brasileiros contarão apenas com a pensão do INSS na aposentadoria e terão de reduzir consideravelmente seu padrão de vida. Outros contam, adicionalmente, com o dinheiro acumulado no FGTS. Você pode mudar essa história e escrever um final bem mais promissor. Se você investir o dinheiro gasto com juros no cartão, suponha R$ 12 mil por ano, terá uma confortável poupança de cerca de R$ 200 mil em dez anos, considerando juros de 9% ao ano. PORQUE EU POSSO Quanto mais cedo você reagir, mais fácil será eliminar a dívida do cartão de crédito. Você só precisa reduzir as compras até o valor que caiba no seu orçamento, que seja possível quitar a fatura do cartão no vencimento. Faça ajustes no plano da TV a cabo, internet e celular. Consumo de água e energia, outros cortes que podem ser feitos. Assim, você pode obter dinheiro para acelerar a quitação do saldo devedor e tirar esse peso dos ombros. Apagar a luz, reduzir o tempo do banho, ajustar o tipo de plano dos diversos fornecedores, renegociar contratos. Livrar-se dessa armadilha dos juros do cartão é muito mais uma questão de mudança de hábitos do que grandes sacrifícios. Antes do que você imagina, poderá iniciar um novo ciclo e nunca mais cair nessa espiral traiçoeira de juros. Consegue pensar em outras formas e razões para eliminar a dívida do cartão neste ano?
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Livro mostra que dinheiro e sua história não precisam ser peça de museu
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A promessa de uma biografia sobre o dinheiro parece um daqueles convites apavorantes para um sábado de manhã: como uma visita a um museu para ver moedas antigas, com quase nenhum contexto histórico sobre elas. Não é isso, porém, que oferece "Dinheiro: Uma Biografia Não Autorizada". A obra do economista britânico e executivo de fundo de investimento Felix Martin mostra que o dinheiro tem diversas formas além da física (dívidas, por exemplo) e, especialmente, que é algo vivo, que molda e é forjado pela história. O livro não peca pela falta de ousadia, contestando até mesmo pensadores como os britânicos Adam Smith e John Locke –especialmente o segundo. Para Martin, os conceitos do filósofo sobre dinheiro (defendia, resumidamente, que o valor da moeda era o valor do seu conteúdo em prata) beiram a estupidez. Ele também desmonta mitos, como a história de que a moeda surgiu como um modo de facilitar o escambo, como foi defendido pelo autor do clássico "A Riqueza das Nações". Martin mostra que, na realidade, não há evidências de que o dinheiro nasceu do escambo. Uma das evidências trazidas pela obra para demonstrar que isso não ocorreu é o caso fascinante de uma pequena e remota ilha no oceano Pacífico chamada de Yap. Essa ilhota, com poucos milhares de habitantes e uma economia rudimentar, parecia ser o cenário perfeito para o escambo, mas que tinha um sistema de dinheiro altamente desenvolvido. Em Yap, a população, ainda no início do século passado, usava como dinheiro o fei, que eram rodas feitas de pedras que podiam chegar a quatro metros de diâmetro e cujo valor dependia não só do tamanho mas de qualidades como a brancura da pedra. O que é impressionante é que, após uma transação, o fei muitas vezes não era transportado para o seu novo proprietário, ficando no mesmo lugar –havendo um reconhecimento de propriedade. Essas histórias anedóticas são um dos pontos fortes de "Dinheiro". Como quando a economia irlandesa sobreviveu quase um ano sem dinheiro na década de 1970, após uma greve bancária, ou os argentinos aguentaram a crise do início dos anos 2000, com a criação de moedas próprias como os patacones (adotados pela província de Buenos Aires à época). O livro, porém, não se resume a fatos recentes (a Mesopotâmia está lá presente) nem a "causos" –o autor mostra os mecanismos e discute os efeitos de ações tomadas. São nesses momentos de discussão, porém, que o livro pesa a mão. Martin não se limita a mostrar diversos pontos de vista sobre o assunto, mas quer impor por que ele está correto, e as outras formas de pensamento, erradas. Colocando isso de lado, a biografia não autorizada do dinheiro é uma boa oportunidade para refletir sobre esse instrumento cada vez mais raro em tempos de alto endividamento das famílias e taxa de desemprego recorde. Dinheiro: Uma Biografia Não Autorizada QUANTO: R$ 59,90 (392 PÁGS.) AUTOR: FELIX MARTIN EDITORA: PORTFOLIO-PENGUIN
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mercado
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Livro mostra que dinheiro e sua história não precisam ser peça de museuA promessa de uma biografia sobre o dinheiro parece um daqueles convites apavorantes para um sábado de manhã: como uma visita a um museu para ver moedas antigas, com quase nenhum contexto histórico sobre elas. Não é isso, porém, que oferece "Dinheiro: Uma Biografia Não Autorizada". A obra do economista britânico e executivo de fundo de investimento Felix Martin mostra que o dinheiro tem diversas formas além da física (dívidas, por exemplo) e, especialmente, que é algo vivo, que molda e é forjado pela história. O livro não peca pela falta de ousadia, contestando até mesmo pensadores como os britânicos Adam Smith e John Locke –especialmente o segundo. Para Martin, os conceitos do filósofo sobre dinheiro (defendia, resumidamente, que o valor da moeda era o valor do seu conteúdo em prata) beiram a estupidez. Ele também desmonta mitos, como a história de que a moeda surgiu como um modo de facilitar o escambo, como foi defendido pelo autor do clássico "A Riqueza das Nações". Martin mostra que, na realidade, não há evidências de que o dinheiro nasceu do escambo. Uma das evidências trazidas pela obra para demonstrar que isso não ocorreu é o caso fascinante de uma pequena e remota ilha no oceano Pacífico chamada de Yap. Essa ilhota, com poucos milhares de habitantes e uma economia rudimentar, parecia ser o cenário perfeito para o escambo, mas que tinha um sistema de dinheiro altamente desenvolvido. Em Yap, a população, ainda no início do século passado, usava como dinheiro o fei, que eram rodas feitas de pedras que podiam chegar a quatro metros de diâmetro e cujo valor dependia não só do tamanho mas de qualidades como a brancura da pedra. O que é impressionante é que, após uma transação, o fei muitas vezes não era transportado para o seu novo proprietário, ficando no mesmo lugar –havendo um reconhecimento de propriedade. Essas histórias anedóticas são um dos pontos fortes de "Dinheiro". Como quando a economia irlandesa sobreviveu quase um ano sem dinheiro na década de 1970, após uma greve bancária, ou os argentinos aguentaram a crise do início dos anos 2000, com a criação de moedas próprias como os patacones (adotados pela província de Buenos Aires à época). O livro, porém, não se resume a fatos recentes (a Mesopotâmia está lá presente) nem a "causos" –o autor mostra os mecanismos e discute os efeitos de ações tomadas. São nesses momentos de discussão, porém, que o livro pesa a mão. Martin não se limita a mostrar diversos pontos de vista sobre o assunto, mas quer impor por que ele está correto, e as outras formas de pensamento, erradas. Colocando isso de lado, a biografia não autorizada do dinheiro é uma boa oportunidade para refletir sobre esse instrumento cada vez mais raro em tempos de alto endividamento das famílias e taxa de desemprego recorde. Dinheiro: Uma Biografia Não Autorizada QUANTO: R$ 59,90 (392 PÁGS.) AUTOR: FELIX MARTIN EDITORA: PORTFOLIO-PENGUIN
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Bellucci perde e é eliminado do Aberto da Austrália; Murray avança
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O tenista brasileiro Thomaz Bellucci foi eliminado do Aberto da Austrália na madrugada desta quinta-feira (21) ao ser derrotado pelo americano Steve Johnson por 3 sets a 0, pela segunda rodada do torneio. O atleta paulista não conseguiu equilibrar a partida em nenhum momento contra o número 31 do ranking mundial e foi superado com facilidade, com parciais de 6/3, 6/2 e 6/2. Assim, Bellucci não conseguiu superar o seu melhor desempenho na competição. O brasileiro nunca chegou à terceira rodada na Austrália. Em 2015, ele foi eliminado no primeiro jogo. Agora, Bellucci ainda continua na chave de duplas com o gaúcho Marcelo Demoliner. Eles disputam a segunda rodada, na madrugada desta sexta (22), contra a parceria formada pelo filipino Treat Huey e o bielorrusso Max Mimyi. MURRAY Já o britânico Andy Murray, número 2 do mundo, se classificou para a terceira rodada do Aberto da Austrália ao vencer o tenista local Sam Groth. Murray eliminou o adversário sem muita dificuldade, por 3 sets a 0, com direito a um 'pneu' na primeira parcial (6/0). Depois, aplicou 6/4 e 6/1 no restante da partida, que durou menos de 1h30. O britânico enfrentará na próxima fase o português João Sousa, que eliminou o colombiano Santiago Giraldo por 3 sets a 1, com parciais de 6/7, 7/5, 3/6 e 6/1. Com agências
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esporte
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Bellucci perde e é eliminado do Aberto da Austrália; Murray avançaO tenista brasileiro Thomaz Bellucci foi eliminado do Aberto da Austrália na madrugada desta quinta-feira (21) ao ser derrotado pelo americano Steve Johnson por 3 sets a 0, pela segunda rodada do torneio. O atleta paulista não conseguiu equilibrar a partida em nenhum momento contra o número 31 do ranking mundial e foi superado com facilidade, com parciais de 6/3, 6/2 e 6/2. Assim, Bellucci não conseguiu superar o seu melhor desempenho na competição. O brasileiro nunca chegou à terceira rodada na Austrália. Em 2015, ele foi eliminado no primeiro jogo. Agora, Bellucci ainda continua na chave de duplas com o gaúcho Marcelo Demoliner. Eles disputam a segunda rodada, na madrugada desta sexta (22), contra a parceria formada pelo filipino Treat Huey e o bielorrusso Max Mimyi. MURRAY Já o britânico Andy Murray, número 2 do mundo, se classificou para a terceira rodada do Aberto da Austrália ao vencer o tenista local Sam Groth. Murray eliminou o adversário sem muita dificuldade, por 3 sets a 0, com direito a um 'pneu' na primeira parcial (6/0). Depois, aplicou 6/4 e 6/1 no restante da partida, que durou menos de 1h30. O britânico enfrentará na próxima fase o português João Sousa, que eliminou o colombiano Santiago Giraldo por 3 sets a 1, com parciais de 6/7, 7/5, 3/6 e 6/1. Com agências
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Cristóvão elogia Corinthians, mas se incomoda com chances perdidas
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O Corinthians não teve muitas dificuldades para vencer o Internacional neste domingo (31), pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. Apesar da vitória magra por 1 a 0, a equipe comandada por Cristóvão Borges criou diversas oportunidades em contra-ataques, mas não aproveitou nenhuma delas e correu riscos até o final, já que o clube gaúcho esboçou uma pressão nos últimos minutos. O técnico gostou da postura do time no Beira-Rio, elogiou os seus jogadores, mas se incomodou com as chances perdidas. "Entendemos como seria o jogo e jogamos com inteligência. Tivemos a posse de bola e soubemos esfriar o ímpeto do Inter. Jogamos bem, de maneira inteligente, e praticamos aquilo que precisávamos fazer", disse Cristóvão em entrevista coletiva, antes de completar. "Não podemos [desperdiçar lances]. Corre-se o risco de sofrer o empate e até mesmo a virada. Será difícil criarmos tantas oportunidades quanto tivemos nesse jogo, nesse nível, controlando o jogo. Poderíamos ter ganho sem precisar sofrer. É algo que vamos rever, não pode acontecer. Quando se tem a oportunidade, precisa acertar", completou. O Corinthians volta a campo na próxima quarta-feira, quando visita o Atlético-PR, em Curitiba. Veja vídeo
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esporte
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Cristóvão elogia Corinthians, mas se incomoda com chances perdidasO Corinthians não teve muitas dificuldades para vencer o Internacional neste domingo (31), pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. Apesar da vitória magra por 1 a 0, a equipe comandada por Cristóvão Borges criou diversas oportunidades em contra-ataques, mas não aproveitou nenhuma delas e correu riscos até o final, já que o clube gaúcho esboçou uma pressão nos últimos minutos. O técnico gostou da postura do time no Beira-Rio, elogiou os seus jogadores, mas se incomodou com as chances perdidas. "Entendemos como seria o jogo e jogamos com inteligência. Tivemos a posse de bola e soubemos esfriar o ímpeto do Inter. Jogamos bem, de maneira inteligente, e praticamos aquilo que precisávamos fazer", disse Cristóvão em entrevista coletiva, antes de completar. "Não podemos [desperdiçar lances]. Corre-se o risco de sofrer o empate e até mesmo a virada. Será difícil criarmos tantas oportunidades quanto tivemos nesse jogo, nesse nível, controlando o jogo. Poderíamos ter ganho sem precisar sofrer. É algo que vamos rever, não pode acontecer. Quando se tem a oportunidade, precisa acertar", completou. O Corinthians volta a campo na próxima quarta-feira, quando visita o Atlético-PR, em Curitiba. Veja vídeo
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Festival na Cidade do Cabo celebra riqueza musical da África do Sul
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Guardadas as diferenças culturais entre África do Sul e Brasil -maiores do que muitos supõem, menores do que sugere a distância transatlântica-, as Mahotella Queens são como as tias da velha guarda da Portela. Um show na sexta (27) no Cape Town International Jazz Festival, na Cidade do Cabo, festejou os 50 anos de carreira dessas rainhas da mbaqanga, ritmo zulu popular no país. Outras estrelas da música local, como Hugh Masekela e Sipho "Hotstix" Mabuse, e o presidente da República, Jacob Zuma, juntaram-se a elas para produzir o ponto alto do evento. Foi uma celebração à riqueza da música sul-africana. O grande encontro em torno das Mahotella, conjunto vocal que une canto e dança, sintetizou o balanço da 16ª edição do festival, encerrado no sábado (28). Os artistas da casa, em número quase igual ao de estrangeiros (21 contra 20), deram de goleada. E o time de visitantes não era fraco -Al Jarreau, Courtney Pine, Gerald Clayton e Amel Larrieux, para citar poucos. Um dos melhores shows, e o que mais empolgou o público, foi o do trompetista Hugh Masekela. Ídolo no país, voz ativa contra o apartheid que viveu por 30 anos no exílio, ele foi pupilo de Dizzy Gillespie e Louis Armstrong. Em 1968, emplacou a nstrumental "Grazing in the Grass" no topo das paradas dos EUA. Masekela tem uma banda impecável, com destaque para o jovem guitarrista Cameron Ward -o mundo ainda vai falar muito dele; se não falar, pior para o mundo. Foi até covardia pôr Jarreau para fechar o principal palco do festival logo após Masekela. O público, aceso pela performance incendiária do trompetista de 75 anos (a mesma idade de Jarreau), só faltou dormir com o soul jazz e a percussão vocal do americano. Mais de 35 mil pessoas estiveram no centro de convenções da cidade nos dois dias. O público é mais comportado que o brasileiro. Não se viu nenhuma briga ou confusão -mas também nenhum casal se beijando, um dos sinais das tais diferenças culturais. O jazz que dá nome ao festival reuniu na verdade uma salada sonora que foi das baladas melosas da polonesa Basia ao virtuosismo do citarista indiano Purbayan Chatterjee, passando pelo Dirty Loops, espécie de Jamiroquai sueco, que fez um dos shows mais anticlimáticos do fim de semana. Um destaque entre os forasteiros foi a espanhola Andrea Motis, 19, uma menina que canta como veterana e toca bem trompete e sax. O show dela mesclou standards do jazz (como "The Way You Look Tonight" e "Sun Showers") com musica brasileira: "Carinhoso", "Manhã de Carnaval", "Flor de Liz" e "Samba em Prelúdio". Motis, claro, cantou com sotaque, mas sem errar nenhuma das letras. O jornalista FABIO VICTOR viajou a convite da South African Tourism e da South African Airways.
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ilustrada
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Festival na Cidade do Cabo celebra riqueza musical da África do SulGuardadas as diferenças culturais entre África do Sul e Brasil -maiores do que muitos supõem, menores do que sugere a distância transatlântica-, as Mahotella Queens são como as tias da velha guarda da Portela. Um show na sexta (27) no Cape Town International Jazz Festival, na Cidade do Cabo, festejou os 50 anos de carreira dessas rainhas da mbaqanga, ritmo zulu popular no país. Outras estrelas da música local, como Hugh Masekela e Sipho "Hotstix" Mabuse, e o presidente da República, Jacob Zuma, juntaram-se a elas para produzir o ponto alto do evento. Foi uma celebração à riqueza da música sul-africana. O grande encontro em torno das Mahotella, conjunto vocal que une canto e dança, sintetizou o balanço da 16ª edição do festival, encerrado no sábado (28). Os artistas da casa, em número quase igual ao de estrangeiros (21 contra 20), deram de goleada. E o time de visitantes não era fraco -Al Jarreau, Courtney Pine, Gerald Clayton e Amel Larrieux, para citar poucos. Um dos melhores shows, e o que mais empolgou o público, foi o do trompetista Hugh Masekela. Ídolo no país, voz ativa contra o apartheid que viveu por 30 anos no exílio, ele foi pupilo de Dizzy Gillespie e Louis Armstrong. Em 1968, emplacou a nstrumental "Grazing in the Grass" no topo das paradas dos EUA. Masekela tem uma banda impecável, com destaque para o jovem guitarrista Cameron Ward -o mundo ainda vai falar muito dele; se não falar, pior para o mundo. Foi até covardia pôr Jarreau para fechar o principal palco do festival logo após Masekela. O público, aceso pela performance incendiária do trompetista de 75 anos (a mesma idade de Jarreau), só faltou dormir com o soul jazz e a percussão vocal do americano. Mais de 35 mil pessoas estiveram no centro de convenções da cidade nos dois dias. O público é mais comportado que o brasileiro. Não se viu nenhuma briga ou confusão -mas também nenhum casal se beijando, um dos sinais das tais diferenças culturais. O jazz que dá nome ao festival reuniu na verdade uma salada sonora que foi das baladas melosas da polonesa Basia ao virtuosismo do citarista indiano Purbayan Chatterjee, passando pelo Dirty Loops, espécie de Jamiroquai sueco, que fez um dos shows mais anticlimáticos do fim de semana. Um destaque entre os forasteiros foi a espanhola Andrea Motis, 19, uma menina que canta como veterana e toca bem trompete e sax. O show dela mesclou standards do jazz (como "The Way You Look Tonight" e "Sun Showers") com musica brasileira: "Carinhoso", "Manhã de Carnaval", "Flor de Liz" e "Samba em Prelúdio". Motis, claro, cantou com sotaque, mas sem errar nenhuma das letras. O jornalista FABIO VICTOR viajou a convite da South African Tourism e da South African Airways.
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Com um atleta a mais, Atlético-MG é derrotado no Independência
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O América-MG venceu o Atlético-MG, por 2 a 1, no primeiro clássico desta edição do Campeonato Mineiro. Com gols do lateral-esquerdo Bryan e do meia-atacante Mancini, de pênalti, o mandante passou pelos comandados de Levir Culpi em duelo disputado no Estádio Independência, pela quarta rodada do torneio regional. A partida ainda marcou o fim do jejum de André, autor do único tento do Galo. O resultado faz com que o time alvinegro termine a rodada na terceira colocação, perdendo a liderança para o arquirrival Cruzeiro. O América, por sua vez, se tornou vice-líder do torneio, com 10 pontos conquistados. O primeiro tempo foi marcado pelo domínio atleticano. Embora tivesse mais posse de bola, o time comandado por Levir Culpi não conseguiu balançar as redes. Liderados pelo colombiano Sherman Cárdenas, os jogadores alvinegros desperdiçaram inúmeras oportunidades. A mais clara foi do atacante Carlos. Na volta do intervalo, o jogo ficou mais movimentado. André fez o dele após 14 partidas sem marcar - não celebrava desde junho, em vitória sobre o Santos, pela edição passada do Campeonato Brasileiro. Em cobrança de pênalti o centroavante quebrou o jejum. de gols. No lance que o árbitro Igor Junio Benevenuto anotou pênalti para o Galo, o lateral-direito Patrick recebeu cartão vermelho e teve que ir para o vestiário mais cedo. A saída do jogador dava indícios de que o visitante teria mais chances de marcar e, consequentemente, vencer o compromisso. A teoria, entretanto, não foi colocada em prática e o América dominou as ações do confronto. Seis minutos após o gol do camisa 9 do Atlético, o lateral-esquerdo Bryan aplicou belo drible em Carlos César e acertou um belíssimo chute no canto esquerdo de Victor. A bola foi no ângulo do camisa 1 alvinegro. Bryan foi novamente o responsável por criar uma boa jogada que acarretou em pênalti sofrido por Felipe Amorim. Na cobrança, o meia-atacante Mancini deslocou o goleiro Victor e balançou a rede, assegurando o triunfo do time mandante. Em vantagem numérica, o Atlético se lançou para o ataque e insistiu em jogadas aéreas. Ainda assim, os atletas de Levir Culpi não conseguiram balançar novamente a rede de João Ricardo, mantendo a invencibilidade do América no Campeonato Mineiro.
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esporte
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Com um atleta a mais, Atlético-MG é derrotado no IndependênciaO América-MG venceu o Atlético-MG, por 2 a 1, no primeiro clássico desta edição do Campeonato Mineiro. Com gols do lateral-esquerdo Bryan e do meia-atacante Mancini, de pênalti, o mandante passou pelos comandados de Levir Culpi em duelo disputado no Estádio Independência, pela quarta rodada do torneio regional. A partida ainda marcou o fim do jejum de André, autor do único tento do Galo. O resultado faz com que o time alvinegro termine a rodada na terceira colocação, perdendo a liderança para o arquirrival Cruzeiro. O América, por sua vez, se tornou vice-líder do torneio, com 10 pontos conquistados. O primeiro tempo foi marcado pelo domínio atleticano. Embora tivesse mais posse de bola, o time comandado por Levir Culpi não conseguiu balançar as redes. Liderados pelo colombiano Sherman Cárdenas, os jogadores alvinegros desperdiçaram inúmeras oportunidades. A mais clara foi do atacante Carlos. Na volta do intervalo, o jogo ficou mais movimentado. André fez o dele após 14 partidas sem marcar - não celebrava desde junho, em vitória sobre o Santos, pela edição passada do Campeonato Brasileiro. Em cobrança de pênalti o centroavante quebrou o jejum. de gols. No lance que o árbitro Igor Junio Benevenuto anotou pênalti para o Galo, o lateral-direito Patrick recebeu cartão vermelho e teve que ir para o vestiário mais cedo. A saída do jogador dava indícios de que o visitante teria mais chances de marcar e, consequentemente, vencer o compromisso. A teoria, entretanto, não foi colocada em prática e o América dominou as ações do confronto. Seis minutos após o gol do camisa 9 do Atlético, o lateral-esquerdo Bryan aplicou belo drible em Carlos César e acertou um belíssimo chute no canto esquerdo de Victor. A bola foi no ângulo do camisa 1 alvinegro. Bryan foi novamente o responsável por criar uma boa jogada que acarretou em pênalti sofrido por Felipe Amorim. Na cobrança, o meia-atacante Mancini deslocou o goleiro Victor e balançou a rede, assegurando o triunfo do time mandante. Em vantagem numérica, o Atlético se lançou para o ataque e insistiu em jogadas aéreas. Ainda assim, os atletas de Levir Culpi não conseguiram balançar novamente a rede de João Ricardo, mantendo a invencibilidade do América no Campeonato Mineiro.
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Números para derrubar quem crê no Minhocão
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A Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo tem pronto estudo que mostra que o Minhocão é irrelevante para o trânsito da cidade e pode ser fechado para sempre. Os estudos, antecipados nesta coluna em junho do ano passado, mostram que o fechamento não causará maior transtorno ao trânsito e, se a prefeitura quiser manter a mesma capacidade de fluxo de automóveis na região, basta fazer algumas alterações nas vias laterais (como redução de faixas de estacionamento e alteração de mãos). O Minhocão é usado por cerca de 70 mil automóveis por dia, cada um levando em média 1,1 passageiro (passam por ele, portanto, menos de 80 mil pessoas/dia). As ruas do Centro, que eram congestionadas nos anos 1960, quando nasceu a ideia do Elevado, hoje comportam esse volume de carros e pessoas. Os leigos costumam se chocar com esse tipo de informação, como mostram comentários de leitores aos artigos sobre o iminente fechamento da via. Parece mesmo incrível que uma obra grande e cara possa ser tão ineficiente. Mas, quando lembramos de todos os escândalos envolvendo obras frequentemente desnecessárias, o absurdo do Minhocão fica até mais fácil de entender: ele foi construído para que alguém pudesse construí-lo, se é que o leitor me entende. Alguns números ajudam a compreender. O Elevado, que leva o nome do ditador general Costa e Silva (1967-1969), tem 2,8 km de extensão e duas faixas de trânsito em cada sentido. São, portanto, 5,6 km de oferta de espaço para os automóveis, em cada lado. Em média, um automóvel tem cerca de 4,5 m de comprimento. Considerando um espaço de meio metro entre eles, a capacidade do Minhocão é de apenas 1,1 mil carros por sentido, parados, em fila. Não é ridículo? Na hora de congestionamento, todos os carros ficam juntinhos; a 50 km/h, tendem a ficar a uma distância maior uns dos outros. Na média, um veículo, na velocidade do fluxo normal de trânsito, ocupa 15 m, três vezes o seu espaço físico. É como se precisasse da distância de um carro à frente e um atrás, para segurança. Ou seja, a capacidade do Minhocão é de 380 carros para cada sentido (2800 m /15 m). Na velocidade média paulistana (20 km/h), os carros levam 9 minutos para completar a via. A cada hora, podem percorrer o Minhocão cerca de 2,5 mil carros por sentido, o que faz a capacidade de 75 mil carros por dia, não muito diferente do que mediu a CET. O resultado dessa numeralha é que, ao longo de todo o dia, passam pelo Minhocão menos de 80 mil pessoas, pelo tempo aproximado de 10 minutos para percorrer todo o Elevado. Um benefício rápido para uma distância curta. Enquanto isso, no chão, há uma população fixa, entre trabalhadores e moradores, bem maior, submetida durante 15 horas por dia, entre 6h30 e 21h30, ao barulho contínuo e ensurdecedor. Um prejuízo longo e torturante para que uns poucos motoristas tenham um benefício pequeno. O levantamento da CET foi feito ao longo de vários meses e, recentemente, incluiu também um estudo sobre a possibilidade de transformar o Elevado em corredor exclusivo para ônibus. A hipótese foi descartada porque exigiria uma infinidade de difíceis obras para criar escadas e elevadores de acesso para os passageiros subirem até as estações. Além disso, a via foi feita em 1971 sem planejamento de demanda. Seu traçado não é o mais adequado para as linhas de ônibus da região. Quanto à discussão sobre derrubar ou manter a estrutura (e transformá-la em parque), o levantamento coloca um argumento para disputa: se o Elevado for derrubado, com a retirada das colunas de sustentação, é possível alargar o leito de trânsito das avenidas Olímpio da Silveira, São João e Amaral Gurgel, que ficam embaixo, o que resultaria em mais espaço para os carros. Os dados confirmam o que os críticos já diziam desde a construção do Minhocão mas, na época, a imprensa era censurada. Aparentemente, a sua conclusão dará mais subsídios para o prefeito Fernando Haddad avançar com o fechamento.
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colunas
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Números para derrubar quem crê no MinhocãoA Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo tem pronto estudo que mostra que o Minhocão é irrelevante para o trânsito da cidade e pode ser fechado para sempre. Os estudos, antecipados nesta coluna em junho do ano passado, mostram que o fechamento não causará maior transtorno ao trânsito e, se a prefeitura quiser manter a mesma capacidade de fluxo de automóveis na região, basta fazer algumas alterações nas vias laterais (como redução de faixas de estacionamento e alteração de mãos). O Minhocão é usado por cerca de 70 mil automóveis por dia, cada um levando em média 1,1 passageiro (passam por ele, portanto, menos de 80 mil pessoas/dia). As ruas do Centro, que eram congestionadas nos anos 1960, quando nasceu a ideia do Elevado, hoje comportam esse volume de carros e pessoas. Os leigos costumam se chocar com esse tipo de informação, como mostram comentários de leitores aos artigos sobre o iminente fechamento da via. Parece mesmo incrível que uma obra grande e cara possa ser tão ineficiente. Mas, quando lembramos de todos os escândalos envolvendo obras frequentemente desnecessárias, o absurdo do Minhocão fica até mais fácil de entender: ele foi construído para que alguém pudesse construí-lo, se é que o leitor me entende. Alguns números ajudam a compreender. O Elevado, que leva o nome do ditador general Costa e Silva (1967-1969), tem 2,8 km de extensão e duas faixas de trânsito em cada sentido. São, portanto, 5,6 km de oferta de espaço para os automóveis, em cada lado. Em média, um automóvel tem cerca de 4,5 m de comprimento. Considerando um espaço de meio metro entre eles, a capacidade do Minhocão é de apenas 1,1 mil carros por sentido, parados, em fila. Não é ridículo? Na hora de congestionamento, todos os carros ficam juntinhos; a 50 km/h, tendem a ficar a uma distância maior uns dos outros. Na média, um veículo, na velocidade do fluxo normal de trânsito, ocupa 15 m, três vezes o seu espaço físico. É como se precisasse da distância de um carro à frente e um atrás, para segurança. Ou seja, a capacidade do Minhocão é de 380 carros para cada sentido (2800 m /15 m). Na velocidade média paulistana (20 km/h), os carros levam 9 minutos para completar a via. A cada hora, podem percorrer o Minhocão cerca de 2,5 mil carros por sentido, o que faz a capacidade de 75 mil carros por dia, não muito diferente do que mediu a CET. O resultado dessa numeralha é que, ao longo de todo o dia, passam pelo Minhocão menos de 80 mil pessoas, pelo tempo aproximado de 10 minutos para percorrer todo o Elevado. Um benefício rápido para uma distância curta. Enquanto isso, no chão, há uma população fixa, entre trabalhadores e moradores, bem maior, submetida durante 15 horas por dia, entre 6h30 e 21h30, ao barulho contínuo e ensurdecedor. Um prejuízo longo e torturante para que uns poucos motoristas tenham um benefício pequeno. O levantamento da CET foi feito ao longo de vários meses e, recentemente, incluiu também um estudo sobre a possibilidade de transformar o Elevado em corredor exclusivo para ônibus. A hipótese foi descartada porque exigiria uma infinidade de difíceis obras para criar escadas e elevadores de acesso para os passageiros subirem até as estações. Além disso, a via foi feita em 1971 sem planejamento de demanda. Seu traçado não é o mais adequado para as linhas de ônibus da região. Quanto à discussão sobre derrubar ou manter a estrutura (e transformá-la em parque), o levantamento coloca um argumento para disputa: se o Elevado for derrubado, com a retirada das colunas de sustentação, é possível alargar o leito de trânsito das avenidas Olímpio da Silveira, São João e Amaral Gurgel, que ficam embaixo, o que resultaria em mais espaço para os carros. Os dados confirmam o que os críticos já diziam desde a construção do Minhocão mas, na época, a imprensa era censurada. Aparentemente, a sua conclusão dará mais subsídios para o prefeito Fernando Haddad avançar com o fechamento.
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Drone faz imagens inéditas de comunidade ameaçada de baleias-assassinas
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Imagens inéditas registraram orcas ameaçadas de extinção no Pacífico; nesta, é possível ver um filhote que havia nascido há poucos dias Conhecidas como "baleias-assassinas", as orcas estão ameaçadas de extinção em algumas regiões. Como no nordeste do Pacífico, por exemplo, habitat de um grupo de 81 delas - grupo que pode ser acompanhado graças a imagens colhidas por um drone. Os vídeos e fotos foram capturados por uma aeronave não tripulada da NOAA Fisheries - uma agência federal americana que protege e gerencia os recursos marinhos. Elas mostram imagens da comunidade de orcas conhecida como as "baleias-assassinas residentes no sudeste". Leia também: #PrimeiroAssédio: Maioria de participantes de campanha sofreu 1º abuso entre 9 e 10 anos Ameaçada de extinção, essa comunidade teve um "boom" de filhotes no último ano, com mais cinco novas orcas nascendo - número modesto porém significativo o suficiente para ser celebrado pelos biólogos americanos. Pesquisadores identificaram comprimento e largura das orcas para saber se elas estão se alimentando bem As fotos do NOAA Fisheries também registraram as "primas" do norte dessas orcas, que também enfrentam a mesma ameaça de extinção. As chamadas baleias-assassinas - que, na verdade, fazem parte da família dos golfinhos - sofrem dificuldades também com a alimentação na região. Elas se alimentam de salmão, outra espécie que está ameaçada de acabar por ali. Leia também: Vinho x cerveja: qual é o melhor para a saúde? Com as fotos, o projeto conseguiu identificar o comprimento e a largura das orcas, com o objetivo de determinar se elas estão tendo alimentos suficientes para sobreviver. Segundo a NOAA Fisheries, os pesquisadores tomaram o cuidado de manter o drone a pelo menos 30 metros de distância das orcas para não perturbá-las. Imagens também captaram traços do comportamento inteligente característico das orcas Conhecidas como 'baleias-assassinas', as orcas estão ameaçadas na região e um boom de 5 filhotes neste ano deu esperanças aos pesquisadores Pesquisadores mantiveram o drone a 30 metros de distância das orcas para não perturbá-las Nordeste do Pacífico é habitat de uma comunidade de 81 orcas
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bbc
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Drone faz imagens inéditas de comunidade ameaçada de baleias-assassinasImagens inéditas registraram orcas ameaçadas de extinção no Pacífico; nesta, é possível ver um filhote que havia nascido há poucos dias Conhecidas como "baleias-assassinas", as orcas estão ameaçadas de extinção em algumas regiões. Como no nordeste do Pacífico, por exemplo, habitat de um grupo de 81 delas - grupo que pode ser acompanhado graças a imagens colhidas por um drone. Os vídeos e fotos foram capturados por uma aeronave não tripulada da NOAA Fisheries - uma agência federal americana que protege e gerencia os recursos marinhos. Elas mostram imagens da comunidade de orcas conhecida como as "baleias-assassinas residentes no sudeste". Leia também: #PrimeiroAssédio: Maioria de participantes de campanha sofreu 1º abuso entre 9 e 10 anos Ameaçada de extinção, essa comunidade teve um "boom" de filhotes no último ano, com mais cinco novas orcas nascendo - número modesto porém significativo o suficiente para ser celebrado pelos biólogos americanos. Pesquisadores identificaram comprimento e largura das orcas para saber se elas estão se alimentando bem As fotos do NOAA Fisheries também registraram as "primas" do norte dessas orcas, que também enfrentam a mesma ameaça de extinção. As chamadas baleias-assassinas - que, na verdade, fazem parte da família dos golfinhos - sofrem dificuldades também com a alimentação na região. Elas se alimentam de salmão, outra espécie que está ameaçada de acabar por ali. Leia também: Vinho x cerveja: qual é o melhor para a saúde? Com as fotos, o projeto conseguiu identificar o comprimento e a largura das orcas, com o objetivo de determinar se elas estão tendo alimentos suficientes para sobreviver. Segundo a NOAA Fisheries, os pesquisadores tomaram o cuidado de manter o drone a pelo menos 30 metros de distância das orcas para não perturbá-las. Imagens também captaram traços do comportamento inteligente característico das orcas Conhecidas como 'baleias-assassinas', as orcas estão ameaçadas na região e um boom de 5 filhotes neste ano deu esperanças aos pesquisadores Pesquisadores mantiveram o drone a 30 metros de distância das orcas para não perturbá-las Nordeste do Pacífico é habitat de uma comunidade de 81 orcas
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Hillary Clinton vence Bernie Sanders nas prévias democratas em Nevada
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A ex-secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton venceu neste sábado (20) o senador Bernie Sanders nas prévias democratas do Estado de Nevada. Até as 23h30 de Brasília, com 86% dos votos apurados, Hillary aparecia com 52,6% da preferência dos eleitores, ante 47,4% para Sanders. "Alguns podem ter duvidado de nós. Mas nós nunca duvidamos de nós mesmos", afirmou Hillary ao celebrar a iminente vitória. Primeiro Estado do oeste a fazer suas prévias, Nevada põe novamente Hillary à frente na corrida para a candidatura democrata à Casa Branca. Ela vencera em Iowa, mas perdeu em New Hampshire. Sanders telefonou a Hillary para felicitá-la pela vitória e em seguida lembrou a seus seguidores que há apenas cinco semanas estava 40 pontos percentuais atrás da rival. Até o fim do ano passado, as pesquisas em Nevada davam vitória folgada a Hillary contra Sanders, mas a ascensão do senador socialista nas últimas semanas encurtou a vantagem e chegou a ameaçar a vitória da ex-secretária. Na média de levantamentos feita pelo site Real Clear Politics, Hillary aparecia com apenas 2,4 pontos percentuais à frente do rival. Em Iowa, a disputa foi a mais acirrada da história do partido, com Hillary e Sanders terminando tecnicamente empatados –49,9% para ela e 49,6% para ele. Já em New Hampshire, Sanders ficou mais de 20 pontos percentuais à frente da oponente –60,4% para o senador e 38% para Hillary. VOTO LATINO Nevada era um campo de disputa pelo voto latino. Com 17,3% dos latinos aptos a votar no país, o Estado é o segundo –atrás da Flórida, com 18%– onde esse voto tem mais peso. Hillary, que aposta no voto de negros e latinos para ser a indicada à Casa Branca, trabalhava na campanha em Nevada desde abril de 2015 para repetir a vitória obtida em 2008 no Estado contra o então senador Barack Obama. Para os assessores da ex-secretária de Estado, vencer em Nevada era essencial para alavancar a candidatura e conter o crescimento recente de Sanders. Nevada vota pelo sistema de caucus. Nele, o vitorioso é apontado após rodadas de debate em que os grupos de eleitores simpatizantes de um postulante, em cada seção eleitoral, tentam convencer os demais a aderirem a seu candidato, até que um dos dois seja majoritário.
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mundo
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Hillary Clinton vence Bernie Sanders nas prévias democratas em NevadaA ex-secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton venceu neste sábado (20) o senador Bernie Sanders nas prévias democratas do Estado de Nevada. Até as 23h30 de Brasília, com 86% dos votos apurados, Hillary aparecia com 52,6% da preferência dos eleitores, ante 47,4% para Sanders. "Alguns podem ter duvidado de nós. Mas nós nunca duvidamos de nós mesmos", afirmou Hillary ao celebrar a iminente vitória. Primeiro Estado do oeste a fazer suas prévias, Nevada põe novamente Hillary à frente na corrida para a candidatura democrata à Casa Branca. Ela vencera em Iowa, mas perdeu em New Hampshire. Sanders telefonou a Hillary para felicitá-la pela vitória e em seguida lembrou a seus seguidores que há apenas cinco semanas estava 40 pontos percentuais atrás da rival. Até o fim do ano passado, as pesquisas em Nevada davam vitória folgada a Hillary contra Sanders, mas a ascensão do senador socialista nas últimas semanas encurtou a vantagem e chegou a ameaçar a vitória da ex-secretária. Na média de levantamentos feita pelo site Real Clear Politics, Hillary aparecia com apenas 2,4 pontos percentuais à frente do rival. Em Iowa, a disputa foi a mais acirrada da história do partido, com Hillary e Sanders terminando tecnicamente empatados –49,9% para ela e 49,6% para ele. Já em New Hampshire, Sanders ficou mais de 20 pontos percentuais à frente da oponente –60,4% para o senador e 38% para Hillary. VOTO LATINO Nevada era um campo de disputa pelo voto latino. Com 17,3% dos latinos aptos a votar no país, o Estado é o segundo –atrás da Flórida, com 18%– onde esse voto tem mais peso. Hillary, que aposta no voto de negros e latinos para ser a indicada à Casa Branca, trabalhava na campanha em Nevada desde abril de 2015 para repetir a vitória obtida em 2008 no Estado contra o então senador Barack Obama. Para os assessores da ex-secretária de Estado, vencer em Nevada era essencial para alavancar a candidatura e conter o crescimento recente de Sanders. Nevada vota pelo sistema de caucus. Nele, o vitorioso é apontado após rodadas de debate em que os grupos de eleitores simpatizantes de um postulante, em cada seção eleitoral, tentam convencer os demais a aderirem a seu candidato, até que um dos dois seja majoritário.
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As meninas de Santa Leopoldina
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Há algumas semanas, havia um pedágio na entrada da cidade de Santa Leopoldina (800 habitantes), na região serrana do Espírito Santo. Jovens pediam dinheiro aos motoristas para ajudar a pagar a viagem das trigêmeas Fábia, Fabiele e Fabíola Loterio ao Rio. Filhas de pequenos agricultores da zona rural próxima a Vitória, elas iriam a uma cerimônia no Theatro Municipal para receber as medalhas de ouro e prata que conquistaram na 10ª Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas. Fábia e Fabiele empataram no primeiro lugar e Fabíola ficou em segundo entre os concorrentes capixabas. Matematicamente, coisas desse tipo talvez aconteçam uma vez a cada milênio, mas as meninas de Santa Leopoldina ofenderam várias outras vezes a lei das probabilidades. O pai, Paulo, cursara até o 2º ano do ensino fundamental, a mãe, Lauriza, foi até o 4º. Vivem do que plantam, numa casa sem conexão com a internet. A roça de 18 hectares de hortaliças, legumes e eucaliptos da família fica num município de 12 mil habitantes, cujo PIB per capita está abaixo de R$ 1 mil mensais. Numa época em que tudo parece dar errado, apareceram as meninas de 15 anos de Santa Leopoldina. Elas são um exemplo do vigor do andar de baixo de Pindorama e da eficácia de políticas públicas na área de educação. Assim como o juiz Sergio Moro decifra a origem das petrorroubalheiras do andar de cima, pode-se pesquisar a origem de um sucesso do andar de baixo. As trigêmeas de Santa Leopoldina tiveram o estímulo dos pais. Antes delas, educou-se Flávia, a irmã mais velha. Estudou na rede pública e formou-se em enfermagem com a ajuda de uma bolsa de estudos integral. (Aos 23 anos, ela hoje faz doutorado em Biotecnologia na Universidade Federal do Espírito Santo e trabalha no projeto de um equipamento robótico para pessoas que sofreram AVCs.) Ainda pequenas, as quatro brincavam de estudar. Flávia foi a primeira jovem da região a entrar para uma faculdade. Há dez anos, o professor César Camacho, diretor do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada, o IMPA, levou a ideia da olimpíada de escolas públicas ao então ministro de Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos. Lula comprou-a e hoje ela é a maior do mundo, com 18 milhões de participantes. O programa administra não só o exame, como a concessão de bolsas aos medalhistas. Custa R$ 52 milhões por ano. Nunca foi tisnado por um fiapo de irregularidade, mas raramente recebe o devido reconhecimento. As trigêmeas começaram a competir quando cursavam o 6º ano do ensino fundamental. Em 2012, Fabíola conseguiu uma medalha de bronze e uma vaga no Programa de Iniciação Científica, com direito a uma ajuda de R$ 1.200 anuais e reuniões periódicas em Vitória. No ano seguinte, Fabiele ganhou a bolsa do PIC e Fábia conseguiu a sua indo assistir às aulas com as irmãs. Viajavam no velho caminhão do pai. Todas três ingressaram no Instituto Federal do Espírito Santo, onde cursam o ensino profissionalizante em agropecuária e vivem no campus da instituição, em Santa Teresa. Passam a maior parte do tempo na biblioteca e há pouco procuraram professores, interessadas em conhecer o currículo do ano que vem. Para receber suas medalhas, as irmãs entraram pela primeira vez num avião. As trigêmeas de Santa Leopoldina são um produto da força de vontade de cada uma, do estímulo dos pais, do sistema público de ensino, de políticas bem sucedidas e de uma professora que estimula seus alunos, Andréia Biasutti. - Os larápios de Santa Leopoldina Em 2010, Fábia, Fabiele e Fabíola estavam no 5º ano do ensino fundamental. O PIB do munícipio de Santa Leopoldina era de R$ 56,5 milhões de reais, ou US$ 34 milhões. Ou seja, tudo o que seus 12 mil habitantes (inclusive a família Loterio) produziam cabia nas propinas recebidas por Pedro Barusco e ainda sobravam ao petrocomissário US$ 12 milhões. O andar de cima de Santa Leopoldina seguia os manuais das oligarquias. Em abril daquele ano, o promotor Jefferson Valente Muniz abriu uma investigação para apurar roubalheiras no município e denominou-a Operação Moeda de Troca. Em cinco meses, botou onze pessoas na cadeia. Eram políticos, empresários e servidores que haviam desviado cerca de R$ 28 milhões dos cofres públicos, ervanário equivalente a um ano de arrecadação municipal. Na cabeça da quadrilha, estava o poderoso empresário Aldo Martins Prudêncio, irmão de Ronaldo, o prefeito da cidade. Viciavam licitações e inventavam emergências para favorecer fornecedores. Mordiam onde podiam, de aluguel de carros a compras de material escolar, de rodeios a eventos do Carnaval. A apresentação de uma cantora contratada por R$ 5 mil custava à prefeitura R$ 15 mil. A certa altura a prefeitura chegou a ensaiar o aluguel de um carro de luxo, com computador a bordo. Ronaldo Prudêncio foi afastado pela Câmara Municipal. Mesmo com sete ações por improbidade nas costas, manobra seu retorno ao cargo. O promotor Jefferson comeu o pão que o Tinhoso amassou, sendo obrigado a responder a um processo junto ao Conselho Nacional do Ministério Público. A defesa da quadrilha dizia que utilizara provas obtidas ilegalmente. Em junho passado, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo manteve as condenações da quadrilha, expandindo-lhe as penas. O doutor Aldo Prudêncio tomou sete anos. Outros nove pegaram de três a cinco anos. Como diria a doutora Dilma, "todos soltos", pois recorrem em liberdade. Do jeito que estão as coisas, há gente pensando em fugir da crise brasileira para tentar a vida lá fora, talvez em Miami. Pode-se pensar em Santa Leopoldina. Além da Operação Moeda de Troca e das trigêmeas Loterio, o município tem um só carro para cada seis habitantes, clima de montanha e 12 cachoeiras.
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As meninas de Santa LeopoldinaHá algumas semanas, havia um pedágio na entrada da cidade de Santa Leopoldina (800 habitantes), na região serrana do Espírito Santo. Jovens pediam dinheiro aos motoristas para ajudar a pagar a viagem das trigêmeas Fábia, Fabiele e Fabíola Loterio ao Rio. Filhas de pequenos agricultores da zona rural próxima a Vitória, elas iriam a uma cerimônia no Theatro Municipal para receber as medalhas de ouro e prata que conquistaram na 10ª Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas. Fábia e Fabiele empataram no primeiro lugar e Fabíola ficou em segundo entre os concorrentes capixabas. Matematicamente, coisas desse tipo talvez aconteçam uma vez a cada milênio, mas as meninas de Santa Leopoldina ofenderam várias outras vezes a lei das probabilidades. O pai, Paulo, cursara até o 2º ano do ensino fundamental, a mãe, Lauriza, foi até o 4º. Vivem do que plantam, numa casa sem conexão com a internet. A roça de 18 hectares de hortaliças, legumes e eucaliptos da família fica num município de 12 mil habitantes, cujo PIB per capita está abaixo de R$ 1 mil mensais. Numa época em que tudo parece dar errado, apareceram as meninas de 15 anos de Santa Leopoldina. Elas são um exemplo do vigor do andar de baixo de Pindorama e da eficácia de políticas públicas na área de educação. Assim como o juiz Sergio Moro decifra a origem das petrorroubalheiras do andar de cima, pode-se pesquisar a origem de um sucesso do andar de baixo. As trigêmeas de Santa Leopoldina tiveram o estímulo dos pais. Antes delas, educou-se Flávia, a irmã mais velha. Estudou na rede pública e formou-se em enfermagem com a ajuda de uma bolsa de estudos integral. (Aos 23 anos, ela hoje faz doutorado em Biotecnologia na Universidade Federal do Espírito Santo e trabalha no projeto de um equipamento robótico para pessoas que sofreram AVCs.) Ainda pequenas, as quatro brincavam de estudar. Flávia foi a primeira jovem da região a entrar para uma faculdade. Há dez anos, o professor César Camacho, diretor do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada, o IMPA, levou a ideia da olimpíada de escolas públicas ao então ministro de Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos. Lula comprou-a e hoje ela é a maior do mundo, com 18 milhões de participantes. O programa administra não só o exame, como a concessão de bolsas aos medalhistas. Custa R$ 52 milhões por ano. Nunca foi tisnado por um fiapo de irregularidade, mas raramente recebe o devido reconhecimento. As trigêmeas começaram a competir quando cursavam o 6º ano do ensino fundamental. Em 2012, Fabíola conseguiu uma medalha de bronze e uma vaga no Programa de Iniciação Científica, com direito a uma ajuda de R$ 1.200 anuais e reuniões periódicas em Vitória. No ano seguinte, Fabiele ganhou a bolsa do PIC e Fábia conseguiu a sua indo assistir às aulas com as irmãs. Viajavam no velho caminhão do pai. Todas três ingressaram no Instituto Federal do Espírito Santo, onde cursam o ensino profissionalizante em agropecuária e vivem no campus da instituição, em Santa Teresa. Passam a maior parte do tempo na biblioteca e há pouco procuraram professores, interessadas em conhecer o currículo do ano que vem. Para receber suas medalhas, as irmãs entraram pela primeira vez num avião. As trigêmeas de Santa Leopoldina são um produto da força de vontade de cada uma, do estímulo dos pais, do sistema público de ensino, de políticas bem sucedidas e de uma professora que estimula seus alunos, Andréia Biasutti. - Os larápios de Santa Leopoldina Em 2010, Fábia, Fabiele e Fabíola estavam no 5º ano do ensino fundamental. O PIB do munícipio de Santa Leopoldina era de R$ 56,5 milhões de reais, ou US$ 34 milhões. Ou seja, tudo o que seus 12 mil habitantes (inclusive a família Loterio) produziam cabia nas propinas recebidas por Pedro Barusco e ainda sobravam ao petrocomissário US$ 12 milhões. O andar de cima de Santa Leopoldina seguia os manuais das oligarquias. Em abril daquele ano, o promotor Jefferson Valente Muniz abriu uma investigação para apurar roubalheiras no município e denominou-a Operação Moeda de Troca. Em cinco meses, botou onze pessoas na cadeia. Eram políticos, empresários e servidores que haviam desviado cerca de R$ 28 milhões dos cofres públicos, ervanário equivalente a um ano de arrecadação municipal. Na cabeça da quadrilha, estava o poderoso empresário Aldo Martins Prudêncio, irmão de Ronaldo, o prefeito da cidade. Viciavam licitações e inventavam emergências para favorecer fornecedores. Mordiam onde podiam, de aluguel de carros a compras de material escolar, de rodeios a eventos do Carnaval. A apresentação de uma cantora contratada por R$ 5 mil custava à prefeitura R$ 15 mil. A certa altura a prefeitura chegou a ensaiar o aluguel de um carro de luxo, com computador a bordo. Ronaldo Prudêncio foi afastado pela Câmara Municipal. Mesmo com sete ações por improbidade nas costas, manobra seu retorno ao cargo. O promotor Jefferson comeu o pão que o Tinhoso amassou, sendo obrigado a responder a um processo junto ao Conselho Nacional do Ministério Público. A defesa da quadrilha dizia que utilizara provas obtidas ilegalmente. Em junho passado, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo manteve as condenações da quadrilha, expandindo-lhe as penas. O doutor Aldo Prudêncio tomou sete anos. Outros nove pegaram de três a cinco anos. Como diria a doutora Dilma, "todos soltos", pois recorrem em liberdade. Do jeito que estão as coisas, há gente pensando em fugir da crise brasileira para tentar a vida lá fora, talvez em Miami. Pode-se pensar em Santa Leopoldina. Além da Operação Moeda de Troca e das trigêmeas Loterio, o município tem um só carro para cada seis habitantes, clima de montanha e 12 cachoeiras.
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Mônica Sousa, filha de Mauricio de Sousa, indica seus lugares preferidos em SP
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DE SÃO PAULO Está sem ideia do que fazer nos próximos dias na cidade de São Paulo. Confira a lista de locais preferidos de Mônica Sousa, 56, diretora executiva da Mauricio de Sousa Produções, moradora da Vila Leopoldina, região oeste. * 1. Iguatemi São Paulo A minha relação com o shopping é muito mais do que de compras, já que cresci frequentando o local. Sempre amei as exposições apresentadas ali e até hoje me emociono com a decoração de Natal. Av. Brig. Faria Lima, 2.232, Jardim Paulistano, tel. 3048-7344. * 2. Masp A primeira exposição que visitei foi lá e as mais belas que já vi também passaram pelo museu. A construção é um espetáculo a parte: a arquitetura e o vão continuam inovadores! Av. Paulista, 1.578, Bela Vista, tel. 3149-5959. Ingresso a partir de R$ 30. * 3. Ibirapuera O parque faz parte dos meus passeios desde criança, quando os patins eram levados na mochila, pois ainda não havia aluguel de bicicletas. Também foi uma ótima opção de passeio com meus filhos. Hoje, é um dos meus lugares favoritos para passear com meus cachorros. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Parque Ibirapuera, tel. 4324-0050. * 4. R. Augusta Frequentei muito quando estava no colégio. Na época, a diversão estava em conversar com as pessoas nas calçadas -adorava comer tudo o que era vendido nos carrinhos, principalmente coquinhos caramelizados. Atualmente, é uma rua onde encontro ótimas opções de restaurantes, bares e teatro, sem falar na diversidade de pessoas, quase tão grande quanto a Turma da Mônica! R. Augusta, s/nº * 5. Aeroporto de Congonhas Meu pai nos levava para ver os aviões quando criança. Era emocionante! Viajar por lá traz muita nostalgia. Av. Washington Luiz, s/n°, Santo Amaro.
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saopaulo
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Mônica Sousa, filha de Mauricio de Sousa, indica seus lugares preferidos em SPDE SÃO PAULO Está sem ideia do que fazer nos próximos dias na cidade de São Paulo. Confira a lista de locais preferidos de Mônica Sousa, 56, diretora executiva da Mauricio de Sousa Produções, moradora da Vila Leopoldina, região oeste. * 1. Iguatemi São Paulo A minha relação com o shopping é muito mais do que de compras, já que cresci frequentando o local. Sempre amei as exposições apresentadas ali e até hoje me emociono com a decoração de Natal. Av. Brig. Faria Lima, 2.232, Jardim Paulistano, tel. 3048-7344. * 2. Masp A primeira exposição que visitei foi lá e as mais belas que já vi também passaram pelo museu. A construção é um espetáculo a parte: a arquitetura e o vão continuam inovadores! Av. Paulista, 1.578, Bela Vista, tel. 3149-5959. Ingresso a partir de R$ 30. * 3. Ibirapuera O parque faz parte dos meus passeios desde criança, quando os patins eram levados na mochila, pois ainda não havia aluguel de bicicletas. Também foi uma ótima opção de passeio com meus filhos. Hoje, é um dos meus lugares favoritos para passear com meus cachorros. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Parque Ibirapuera, tel. 4324-0050. * 4. R. Augusta Frequentei muito quando estava no colégio. Na época, a diversão estava em conversar com as pessoas nas calçadas -adorava comer tudo o que era vendido nos carrinhos, principalmente coquinhos caramelizados. Atualmente, é uma rua onde encontro ótimas opções de restaurantes, bares e teatro, sem falar na diversidade de pessoas, quase tão grande quanto a Turma da Mônica! R. Augusta, s/nº * 5. Aeroporto de Congonhas Meu pai nos levava para ver os aviões quando criança. Era emocionante! Viajar por lá traz muita nostalgia. Av. Washington Luiz, s/n°, Santo Amaro.
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Aliados pressionam Dilma a se declarar contra terceirização
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Aliados da presidente Dilma Rousseff aumentaram nos últimos dias pressões para que ela se manifeste claramente contra o polêmico projeto que amplia a terceirização do trabalho no país, visto pelos sindicatos como uma ameaça aos trabalhadores. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende que a sucessora reveja a decisão de cancelar o tradicional pronunciamento de 1º de maio e vá ao rádio e à televisão nesta sexta-feira para anunciar sua disposição de vetar o projeto se o Congresso aprová-lo. Há duas semanas, numa reunião com sindicalistas, Lula fez um apelo à presidente: "Dilma, se tem gente para te defender para sair dessa enrascada, é esse pessoal aqui", disse o ex-presidente. Nesta segunda (27), Lula repetiu o pedido em outra reunião com sindicalistas: "Tranquilamente, a companheira Dilma vai vetar [o projeto da terceirização]", disse. Na avaliação dos petistas, além de acenar para a base histórica do partido, um gesto da presidente seduziria eleitores cuja insatisfação contribuiu para engrossar os protestos realizados contra o governo em março e abril. Lula confirmou presença no evento organizado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) para celebrar o Dia do Trabalho nesta sexta, em São Paulo. Lula não participa do evento desde 2010, último ano do seu mandato. A CUT, junto com outras centrais e movimentos sociais, fará passeatas de três pontos do centro de São Paulo até o Vale do Anhangabaú, onde realizarão um ato conjunto. A Força Sindical, que é a favor da terceirização, comemorará o 1º de Maio na Praça Campo de Bagatelle. Aprovado pela Câmara dos Deputados há uma semana, o projeto da terceirização permite que empresas terceirizem todas as suas atividades, o que pode ajudá-las a reduzir custos e se tornar mais eficientes. A CUT e outras centrais sindicais são contra o projeto por causa dos riscos que ele cria para os trabalhadores, que temem o desemprego, a redução dos salários e a perda de direitos trabalhistas que as mudanças podem provocar. O projeto agora está em discussão no Senado, que pode modificá-lo para restringir o alcance da terceirização. Se isso ocorrer, a proposta voltará para a Câmara dos Deputados. CLAREZA "Falta clareza do governo", disse o presidente da CUT, Vagner Freitas. "Ele tem se colocado contra, a presidenta disse ser contra, o que para nós é importante, mas ela tem de fazer um pronunciamento público, antes do 1º de maio." Na segunda-feira, em entrevista em Xanxerê (SC), Dilma defendeu a regulamentação da terceirização e impôs como condições para seu apoio a preservação de direitos trabalhistas e das receitas obtidas pelo governo com impostos. A presidente indicou ser contra a extensão da terceirização a todas as atividades das empresas e sugeriu que se busque um "equilíbrio" no Congresso. A legislação em vigor só permite a terceirização nas chamadas atividades-meio das empresas, sem defini-las com precisão. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), cobrou de Dilma nesta quarta (29) uma posição menos ambígua. "O que se quer é que a presidente diga claramente o que pensa do projeto, da precarização, do direito do trabalhador. Isso que ela precisa falar", afirmou. Em vez do tradicional pronunciamento em cadeia nacional, a presidente divulgará neste 1º de maio um ou três vídeos com mensagens nas redes sociais, disse o ministro Edinho Silva, chefe da Secretaria de Comunicação Social do Planalto. Os vídeos serão gravados nesta quinta (30). Dilma cancelou o pronunciamento por temer virar alvo de panelaços como os que ocorreram em várias capitais em março, na última vez em que a presidente ocupou cadeia nacional de rádio e TV, no Dia da Mulher.
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Aliados pressionam Dilma a se declarar contra terceirizaçãoAliados da presidente Dilma Rousseff aumentaram nos últimos dias pressões para que ela se manifeste claramente contra o polêmico projeto que amplia a terceirização do trabalho no país, visto pelos sindicatos como uma ameaça aos trabalhadores. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende que a sucessora reveja a decisão de cancelar o tradicional pronunciamento de 1º de maio e vá ao rádio e à televisão nesta sexta-feira para anunciar sua disposição de vetar o projeto se o Congresso aprová-lo. Há duas semanas, numa reunião com sindicalistas, Lula fez um apelo à presidente: "Dilma, se tem gente para te defender para sair dessa enrascada, é esse pessoal aqui", disse o ex-presidente. Nesta segunda (27), Lula repetiu o pedido em outra reunião com sindicalistas: "Tranquilamente, a companheira Dilma vai vetar [o projeto da terceirização]", disse. Na avaliação dos petistas, além de acenar para a base histórica do partido, um gesto da presidente seduziria eleitores cuja insatisfação contribuiu para engrossar os protestos realizados contra o governo em março e abril. Lula confirmou presença no evento organizado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) para celebrar o Dia do Trabalho nesta sexta, em São Paulo. Lula não participa do evento desde 2010, último ano do seu mandato. A CUT, junto com outras centrais e movimentos sociais, fará passeatas de três pontos do centro de São Paulo até o Vale do Anhangabaú, onde realizarão um ato conjunto. A Força Sindical, que é a favor da terceirização, comemorará o 1º de Maio na Praça Campo de Bagatelle. Aprovado pela Câmara dos Deputados há uma semana, o projeto da terceirização permite que empresas terceirizem todas as suas atividades, o que pode ajudá-las a reduzir custos e se tornar mais eficientes. A CUT e outras centrais sindicais são contra o projeto por causa dos riscos que ele cria para os trabalhadores, que temem o desemprego, a redução dos salários e a perda de direitos trabalhistas que as mudanças podem provocar. O projeto agora está em discussão no Senado, que pode modificá-lo para restringir o alcance da terceirização. Se isso ocorrer, a proposta voltará para a Câmara dos Deputados. CLAREZA "Falta clareza do governo", disse o presidente da CUT, Vagner Freitas. "Ele tem se colocado contra, a presidenta disse ser contra, o que para nós é importante, mas ela tem de fazer um pronunciamento público, antes do 1º de maio." Na segunda-feira, em entrevista em Xanxerê (SC), Dilma defendeu a regulamentação da terceirização e impôs como condições para seu apoio a preservação de direitos trabalhistas e das receitas obtidas pelo governo com impostos. A presidente indicou ser contra a extensão da terceirização a todas as atividades das empresas e sugeriu que se busque um "equilíbrio" no Congresso. A legislação em vigor só permite a terceirização nas chamadas atividades-meio das empresas, sem defini-las com precisão. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), cobrou de Dilma nesta quarta (29) uma posição menos ambígua. "O que se quer é que a presidente diga claramente o que pensa do projeto, da precarização, do direito do trabalhador. Isso que ela precisa falar", afirmou. Em vez do tradicional pronunciamento em cadeia nacional, a presidente divulgará neste 1º de maio um ou três vídeos com mensagens nas redes sociais, disse o ministro Edinho Silva, chefe da Secretaria de Comunicação Social do Planalto. Os vídeos serão gravados nesta quinta (30). Dilma cancelou o pronunciamento por temer virar alvo de panelaços como os que ocorreram em várias capitais em março, na última vez em que a presidente ocupou cadeia nacional de rádio e TV, no Dia da Mulher.
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Jacaré 'grita' e morto 'caminha' em textos ambíguos; professora explica
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Ambiguidade ou duplo sentido. Esse problema, comum nos textos jornalísticos, é tema desta edição do "Português em Foco", programa produzido pela "TV Folha" e apresentado por Thaís Nicoleti, consultora de língua portuguesa da Folha e do UOL. As frases com duplo sentido soam divertidas, dialogam com o humor. Ao mesmo tempo, podem levar a interpretações diferentes das desejadas, o que é ruim. O efeito cômico secundário é algo involuntário, que tira o foco da notícia, por isso os profissionais da escrita se esforçam para evitar situações desse tipo. Leia mais sobre o idioma em thaisnicoleti.blogfolha.uol.com.br.
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Jacaré 'grita' e morto 'caminha' em textos ambíguos; professora explicaAmbiguidade ou duplo sentido. Esse problema, comum nos textos jornalísticos, é tema desta edição do "Português em Foco", programa produzido pela "TV Folha" e apresentado por Thaís Nicoleti, consultora de língua portuguesa da Folha e do UOL. As frases com duplo sentido soam divertidas, dialogam com o humor. Ao mesmo tempo, podem levar a interpretações diferentes das desejadas, o que é ruim. O efeito cômico secundário é algo involuntário, que tira o foco da notícia, por isso os profissionais da escrita se esforçam para evitar situações desse tipo. Leia mais sobre o idioma em thaisnicoleti.blogfolha.uol.com.br.
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Chanceler austríaco renuncia após derrota de partido em presidenciais
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O chefe de governo da Áustria, Werner Faymann, líder do Partido Social-Democrata da Áustria (SPÖ), renunciou a todos os seus cargos nesta segunda (9), duas semanas após a derrota de seu partido no primeiro turno das eleições presidenciais. O atual vice-chanceler austríaco, Reinhold Mitterlehner, membro do partido conservador, deve ser nomeado ainda nesta segunda chanceler interino. Faymann, 56, chanceler desde 2008, afirmou em comunicado não ter mais o respaldo do SPÖ. "Por causa do apoio insuficiente, assumo as consequências e renuncio a minhas funções como líder do partido e chanceler, a partir de hoje". O SPÖ e seu aliado no governo, o Partido Popular Austríaco (ÖVP), dominaram o panorama político austríaco desde o fim da Segunda Guerra Mundial, mas sua popularidade caiu nos últimos anos. O candidato de extrema direita Norbert Hofer foi o mais votado em 24 de abril, no primeiro turno da eleição presidencial, no qual o candidato do SPÖ foi eliminado. Pela primeira vez, o SPÖ e o conservador Partido Popular Austríaco (ÖVP), integrantes da grande coalizão que governa o país desde 2008, foram eliminados do segundo turno, previsto para o dia 22 de maio. A derrota, inédita desde o fim da Segunda Guerra Mundial, provocou um terremoto nos dois partidos, especialmente entre os social-democratas, que nos últimos dias começaram a questionar a legitimidade política de Faymann. PRESIDENCIAIS Norbert Hofer, candidato do Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ, ultradireita), que recebeu 36,4% dos votos, enfrentará no segundo turno das eleições presidenciais Alexander Van der Bellen, do Partido Verde, que obteve 20,4%. O candidato social-democrata Rudolf Hundstorfer e o conservador Andreas Khol receberam, cada um, 11,2% dos votos.
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Chanceler austríaco renuncia após derrota de partido em presidenciaisO chefe de governo da Áustria, Werner Faymann, líder do Partido Social-Democrata da Áustria (SPÖ), renunciou a todos os seus cargos nesta segunda (9), duas semanas após a derrota de seu partido no primeiro turno das eleições presidenciais. O atual vice-chanceler austríaco, Reinhold Mitterlehner, membro do partido conservador, deve ser nomeado ainda nesta segunda chanceler interino. Faymann, 56, chanceler desde 2008, afirmou em comunicado não ter mais o respaldo do SPÖ. "Por causa do apoio insuficiente, assumo as consequências e renuncio a minhas funções como líder do partido e chanceler, a partir de hoje". O SPÖ e seu aliado no governo, o Partido Popular Austríaco (ÖVP), dominaram o panorama político austríaco desde o fim da Segunda Guerra Mundial, mas sua popularidade caiu nos últimos anos. O candidato de extrema direita Norbert Hofer foi o mais votado em 24 de abril, no primeiro turno da eleição presidencial, no qual o candidato do SPÖ foi eliminado. Pela primeira vez, o SPÖ e o conservador Partido Popular Austríaco (ÖVP), integrantes da grande coalizão que governa o país desde 2008, foram eliminados do segundo turno, previsto para o dia 22 de maio. A derrota, inédita desde o fim da Segunda Guerra Mundial, provocou um terremoto nos dois partidos, especialmente entre os social-democratas, que nos últimos dias começaram a questionar a legitimidade política de Faymann. PRESIDENCIAIS Norbert Hofer, candidato do Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ, ultradireita), que recebeu 36,4% dos votos, enfrentará no segundo turno das eleições presidenciais Alexander Van der Bellen, do Partido Verde, que obteve 20,4%. O candidato social-democrata Rudolf Hundstorfer e o conservador Andreas Khol receberam, cada um, 11,2% dos votos.
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Osesp mostra transparência em sinfonia de Villa-Lobos
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"Vigor criativo." Assim o músico e pesquisador José Ivo da Silva define o período final de Villa-Lobos (1887-1959) que, à exceção de obras como "Floresta do Amazonas" e algumas outras, só recentemente tem recebido mais atenção. Entre 1944 e 1958, o compositor carioca escreveu as sinfonias de nº 6 a nº 12, um legado que, curiosamente, tem passado praticamente em branco no mundo musical. Em seu tempo, as obras foram estreadas (em geral por grandes orquestras americanas) e depois esquecidas. O lançamento pelo selo Naxos da integral das sinfonias de Villa-Lobos com a Osesp dirigida por Isaac Karabtchevsky, ainda em curso, já pode ser considerado um dos mais importantes acontecimentos da música clássica brasileira nesta década. Isso se deve também ao fato de que, antes de ser gravada, cada obra tem passado por uma criteriosa revisão do Centro de Documentação Musical da Osesp (dirigido por Antonio Carlos Neves Pinto), com participação ativa do próprio maestro Karabtchevsky. Quatro dos seis CDs previstos já foram lançados. A "Sinfonia nº 9" –a "Nona" de Villa-Lobos–, apresentada nesta semana, estará no próximo disco ao lado da nº 8 e da nº 11. Pelo que se ouviu na quinta-feira (26), a gravação será aguardada com interesse. Em comparação com o registro disponível da Orquestra da Rádio de Stuttgart, a Osesp ao vivo soa mais limpa, como se um véu fosse retirado do som. O violento primeiro movimento é quase um intermezzo a ligar o silêncio inicial ao "Adagio" que se segue. A orquestração de Villa-Lobos propõe um som que é só dele. Nas cordas, muitas vezes as frases em cascata (de duas em duas ou três em três notas) simulam a aceleração do tempo e, em meio à textura invariavelmente densa, quase sempre sobra a melodia de um solitário trombone. Um Brasil possível, perseguido além do óbvio. O terceiro movimento parece deslocar ironicamente uma dança indígena, e o quarto é uma hipérbole sobre Stravinsky (1882-1971). Há uma lei não convencional de transformação dos materiais em som, que passa pelas madeiras e pela percussão. A Osesp esteve inspirada, e a expressão "vigor criativo" parece caber também perfeitamente para Karabtchevsky que, aos 80 anos, busca novas cores sonoras para a sua arte. A noite teve também incontáveis solos primorosos do oboé de Arcádio Minczuk. Também vale ressaltar a coerência e a dificuldade do programa (muito exigente com os metais), que apresentou "O Pássaro de Fogo", de Stravinsky, mas também "O Reino Encantado", de Tcherepnin (1899-1977) e o "Concerto para Dois Pianos", de Mozart (1756-1791). Tcherepnin é o elo entre Debussy (1862-1918) e Stravinsky. Uma peça extraordinária, quase estragada pelo toque de celular nos silenciosos compassos finais. E o concerto de Mozart contou com as gêmeas Christina e Michelle Naughton fazendo uma música só em dois pianos. OSESP: KARABTCHEVSKY E NAUGHTON QUANDO sáb. (28), às 16h30 ONDE Sala São Paulo, praça Júlio Prestes, 16, tel. (11) 3367-9500 QUANTO de R$ 45 a R$ 178
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ilustrada
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Osesp mostra transparência em sinfonia de Villa-Lobos"Vigor criativo." Assim o músico e pesquisador José Ivo da Silva define o período final de Villa-Lobos (1887-1959) que, à exceção de obras como "Floresta do Amazonas" e algumas outras, só recentemente tem recebido mais atenção. Entre 1944 e 1958, o compositor carioca escreveu as sinfonias de nº 6 a nº 12, um legado que, curiosamente, tem passado praticamente em branco no mundo musical. Em seu tempo, as obras foram estreadas (em geral por grandes orquestras americanas) e depois esquecidas. O lançamento pelo selo Naxos da integral das sinfonias de Villa-Lobos com a Osesp dirigida por Isaac Karabtchevsky, ainda em curso, já pode ser considerado um dos mais importantes acontecimentos da música clássica brasileira nesta década. Isso se deve também ao fato de que, antes de ser gravada, cada obra tem passado por uma criteriosa revisão do Centro de Documentação Musical da Osesp (dirigido por Antonio Carlos Neves Pinto), com participação ativa do próprio maestro Karabtchevsky. Quatro dos seis CDs previstos já foram lançados. A "Sinfonia nº 9" –a "Nona" de Villa-Lobos–, apresentada nesta semana, estará no próximo disco ao lado da nº 8 e da nº 11. Pelo que se ouviu na quinta-feira (26), a gravação será aguardada com interesse. Em comparação com o registro disponível da Orquestra da Rádio de Stuttgart, a Osesp ao vivo soa mais limpa, como se um véu fosse retirado do som. O violento primeiro movimento é quase um intermezzo a ligar o silêncio inicial ao "Adagio" que se segue. A orquestração de Villa-Lobos propõe um som que é só dele. Nas cordas, muitas vezes as frases em cascata (de duas em duas ou três em três notas) simulam a aceleração do tempo e, em meio à textura invariavelmente densa, quase sempre sobra a melodia de um solitário trombone. Um Brasil possível, perseguido além do óbvio. O terceiro movimento parece deslocar ironicamente uma dança indígena, e o quarto é uma hipérbole sobre Stravinsky (1882-1971). Há uma lei não convencional de transformação dos materiais em som, que passa pelas madeiras e pela percussão. A Osesp esteve inspirada, e a expressão "vigor criativo" parece caber também perfeitamente para Karabtchevsky que, aos 80 anos, busca novas cores sonoras para a sua arte. A noite teve também incontáveis solos primorosos do oboé de Arcádio Minczuk. Também vale ressaltar a coerência e a dificuldade do programa (muito exigente com os metais), que apresentou "O Pássaro de Fogo", de Stravinsky, mas também "O Reino Encantado", de Tcherepnin (1899-1977) e o "Concerto para Dois Pianos", de Mozart (1756-1791). Tcherepnin é o elo entre Debussy (1862-1918) e Stravinsky. Uma peça extraordinária, quase estragada pelo toque de celular nos silenciosos compassos finais. E o concerto de Mozart contou com as gêmeas Christina e Michelle Naughton fazendo uma música só em dois pianos. OSESP: KARABTCHEVSKY E NAUGHTON QUANDO sáb. (28), às 16h30 ONDE Sala São Paulo, praça Júlio Prestes, 16, tel. (11) 3367-9500 QUANTO de R$ 45 a R$ 178
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Venezuela abre fronteira por 12h para que população compre comida
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Os venezuelanos que moram perto da Colômbia terão 12 horas para cruzar a fronteira neste domingo (10) e fazer compras no país vizinho, após uma autorização dada pelo presidente Nicolás Maduro. A passagem foi fechada no ano passado por ordem da Venezuela. Por 12 horas, uma passagem de pedestres ficará aberta entre as pontes Simón Bolívar (Venezuela) e Francisco de Paula Santander (Colômbia). A autorização ocorre após centenas de mulheres forçarem o cruzamento da fronteira para adquirir comida e produtos básicos na cidade de Cúcuta, na última terça (5). Maduro "ordenou que não quer nenhum ferido, nenhum morto, não quer show (...) e se essas mulheres estão decididas a ir outra vez no domingo, podem se reunir, passar para a Colômbia, comprar lá e voltar", disse em entrevista a uma emissora de rádio o governador do estado fronteiriço de Táchira (oeste), José Vielma Mora. A Venezuela trabalha para "que se deem as condições necessárias e se reabra" definitivamente a fronteira, de 2.200 km, publicou o governador no Twitter neste sábado. Vielma Mora disse, ainda, que o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, "reconhece" que a medida tomada por Maduro em agosto de 2015 "gerou uma maior segurança". A oposição denuncia, porém, que o fechamento da fronteira agravou a escassez de alimentos e remédios na zona. Na semana passada, os ministros da Defesa da Colômbia, Luis Carlos Villegas, e da Venezuela, Vladimir Padrino, retomaram as conversas sobre a segurança na área limítrofe, com a possibilidade de restabelecer a passagem. Maduro ordenou o fechamento da fronteira no ano passado, após um ataque de supostos paramilitares colombianos contra uma patrulha militar venezuelana. Três ficaram feridos na cidade de San Antonio del Táchira.
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mundo
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Venezuela abre fronteira por 12h para que população compre comidaOs venezuelanos que moram perto da Colômbia terão 12 horas para cruzar a fronteira neste domingo (10) e fazer compras no país vizinho, após uma autorização dada pelo presidente Nicolás Maduro. A passagem foi fechada no ano passado por ordem da Venezuela. Por 12 horas, uma passagem de pedestres ficará aberta entre as pontes Simón Bolívar (Venezuela) e Francisco de Paula Santander (Colômbia). A autorização ocorre após centenas de mulheres forçarem o cruzamento da fronteira para adquirir comida e produtos básicos na cidade de Cúcuta, na última terça (5). Maduro "ordenou que não quer nenhum ferido, nenhum morto, não quer show (...) e se essas mulheres estão decididas a ir outra vez no domingo, podem se reunir, passar para a Colômbia, comprar lá e voltar", disse em entrevista a uma emissora de rádio o governador do estado fronteiriço de Táchira (oeste), José Vielma Mora. A Venezuela trabalha para "que se deem as condições necessárias e se reabra" definitivamente a fronteira, de 2.200 km, publicou o governador no Twitter neste sábado. Vielma Mora disse, ainda, que o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, "reconhece" que a medida tomada por Maduro em agosto de 2015 "gerou uma maior segurança". A oposição denuncia, porém, que o fechamento da fronteira agravou a escassez de alimentos e remédios na zona. Na semana passada, os ministros da Defesa da Colômbia, Luis Carlos Villegas, e da Venezuela, Vladimir Padrino, retomaram as conversas sobre a segurança na área limítrofe, com a possibilidade de restabelecer a passagem. Maduro ordenou o fechamento da fronteira no ano passado, após um ataque de supostos paramilitares colombianos contra uma patrulha militar venezuelana. Três ficaram feridos na cidade de San Antonio del Táchira.
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Brasileiros tornam-se sedentários antes dos 34 anos, aponta pesquisa
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Quase 90% dos brasileiros que abandonaram as atividades físicas e os esportes o fizeram antes dos 34 anos. Os dados fazem parte da Pesquisa Diagnóstico Nacional do Esporte, divulgada nesta segunda (22) pelo Ministério do Esporte, no Rio de Janeiro. Pesquisadores de universidades federais da Bahia, do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro, de Goiás, de Sergipe e do Amazonas participaram do diagnóstico, feito com base em dados de 2013. O estudo verificou a idade em que as pessoas que praticavam atividades físicas ou esportes deixaram de ter esse hábito e chegou à conclusão de que 45% delas tornaram-se sedentárias entre os 16 e os 24 anos de idade. O ministro do Esporte, George Hilton, destacou que a pesquisa mostra que o abandono, nessa faixa etária, tem a ver com o ingresso no mercado de trabalho. Na faixa etária seguinte, de 25 a 34 anos, 18% abandonam a prática. O início do sedentarismo se dá antes dos 15 anos para 26,8% dos que já praticaram esporte ou atividade física e pararam. Para Hilton, o fortalecimento do esporte na escola é a principal forma de combate ao abandono. "O desporto escolar tem que ter protagonismo, para que, quando o jovem sair da escola, continue tendo vontade, gana e desejo de praticar esportes", afirmou. O esporte mais abandonado pelos brasileiros é também a modalidade preferida da maioria: o futebol. Segundo a pesquisa, 59,8% dos que praticam esportes no país jogam futebol, mas 49,8% dos que se tornaram sedentários entraram para esse grupo justamente por ter "pendurado as chuteiras". O segundo esporte mais praticado pelos brasileiros é o voleibol, com 9,7% dos praticantes, seguido pela natação, com 4,9%, e pelo futsal, com 3,3%. De acordo com a pesquisa, 58,8% das pessoas que não praticam esportes afirmam que não têm tempo e dão prioridade para outras coisas, como estudar, trabalhar ou cuidar da família. Outras 11,8% declaram que têm preguiça, desinteresse ou desmotivação e 9,5% alegam questões de saúde. Os motivos para o sedentarismo mudam de acordo com as regiões do país. No Sudeste, 41,5% das pessoas sedentárias disseram que têm consciência dos riscos, mas não se esforçam para mudar. No Sul, 22,4% dão a mesma justificativa, enquanto 22,8% afirmam que não gostam de esportes ou atividades físicas e 28,9% dizem não ter tempo. No Centro-Oeste, está o maior percentual de pessoas que afirmam ter consciência dos riscos, mas não praticam por falta de condições financeiras: 10,2%. A região Sudeste é a mais sedentária do país, com 54,4% da população sem praticar atividades físicas ou esportes; o Centro-Oeste teve 45,1%, o Sul, 39,3%, o Nordeste, 38,5%; e o Norte, 37,4%. Para o ministro, o combate ao sedentarismo vai além da infraestrutura. "É muito mais que ter estrutura esportiva. A prática é cultural e tem que ser vista pela ótica educacional", disse. George Hilton considera a situação do Sudeste preocupante pelo potencial de gerar doenças crônicas e coronárias. "Onde está maior parte da população do país não há interesse em praticar atividades físicas. Isso tem que gerar um alerta, porque vai gerar um déficit na saúde pública. É uma conta que não fecha", afirmou o ministro.
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cotidiano
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Brasileiros tornam-se sedentários antes dos 34 anos, aponta pesquisaQuase 90% dos brasileiros que abandonaram as atividades físicas e os esportes o fizeram antes dos 34 anos. Os dados fazem parte da Pesquisa Diagnóstico Nacional do Esporte, divulgada nesta segunda (22) pelo Ministério do Esporte, no Rio de Janeiro. Pesquisadores de universidades federais da Bahia, do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro, de Goiás, de Sergipe e do Amazonas participaram do diagnóstico, feito com base em dados de 2013. O estudo verificou a idade em que as pessoas que praticavam atividades físicas ou esportes deixaram de ter esse hábito e chegou à conclusão de que 45% delas tornaram-se sedentárias entre os 16 e os 24 anos de idade. O ministro do Esporte, George Hilton, destacou que a pesquisa mostra que o abandono, nessa faixa etária, tem a ver com o ingresso no mercado de trabalho. Na faixa etária seguinte, de 25 a 34 anos, 18% abandonam a prática. O início do sedentarismo se dá antes dos 15 anos para 26,8% dos que já praticaram esporte ou atividade física e pararam. Para Hilton, o fortalecimento do esporte na escola é a principal forma de combate ao abandono. "O desporto escolar tem que ter protagonismo, para que, quando o jovem sair da escola, continue tendo vontade, gana e desejo de praticar esportes", afirmou. O esporte mais abandonado pelos brasileiros é também a modalidade preferida da maioria: o futebol. Segundo a pesquisa, 59,8% dos que praticam esportes no país jogam futebol, mas 49,8% dos que se tornaram sedentários entraram para esse grupo justamente por ter "pendurado as chuteiras". O segundo esporte mais praticado pelos brasileiros é o voleibol, com 9,7% dos praticantes, seguido pela natação, com 4,9%, e pelo futsal, com 3,3%. De acordo com a pesquisa, 58,8% das pessoas que não praticam esportes afirmam que não têm tempo e dão prioridade para outras coisas, como estudar, trabalhar ou cuidar da família. Outras 11,8% declaram que têm preguiça, desinteresse ou desmotivação e 9,5% alegam questões de saúde. Os motivos para o sedentarismo mudam de acordo com as regiões do país. No Sudeste, 41,5% das pessoas sedentárias disseram que têm consciência dos riscos, mas não se esforçam para mudar. No Sul, 22,4% dão a mesma justificativa, enquanto 22,8% afirmam que não gostam de esportes ou atividades físicas e 28,9% dizem não ter tempo. No Centro-Oeste, está o maior percentual de pessoas que afirmam ter consciência dos riscos, mas não praticam por falta de condições financeiras: 10,2%. A região Sudeste é a mais sedentária do país, com 54,4% da população sem praticar atividades físicas ou esportes; o Centro-Oeste teve 45,1%, o Sul, 39,3%, o Nordeste, 38,5%; e o Norte, 37,4%. Para o ministro, o combate ao sedentarismo vai além da infraestrutura. "É muito mais que ter estrutura esportiva. A prática é cultural e tem que ser vista pela ótica educacional", disse. George Hilton considera a situação do Sudeste preocupante pelo potencial de gerar doenças crônicas e coronárias. "Onde está maior parte da população do país não há interesse em praticar atividades físicas. Isso tem que gerar um alerta, porque vai gerar um déficit na saúde pública. É uma conta que não fecha", afirmou o ministro.
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Polêmico fotógrafo chinês Ren Hang morre aos 29 anos em Berlim
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O polêmico fotógrafo chinês Ren Hang morreu nesta sexta (24), aos 29 anos, em Berlim. A informação foi confirmada pela galeria belga Stieglitz 19, que abriga obras do artista. A causa da morte ainda não foi revelada. O fotógrafo, que era conhecido por obras de conteúdos sexuais explícitos, foi censurado diversas vezes em seu país. Ele nunca teve o merecido reconhecimento em sua terra natal, devido ao conservadorismo chinês. Em seus trabalhos, mãos, pênis, pernas, genitais e cabeças se entrelaçam e se desintegram para criar novas formas e humanos-animais em meio a orgias. Nascido no subúrbio de Changchun, capital do nordeste da provincia de Jilin, o fotógrafo deixou sua cidade para estudar publicidade em Beijing. Suas obras foram exibidas em diversas cidades pelo mundo ocidental, como Antuérpia, Atenas, Bangkok, Copenhange, Frankfurt, Hong Kong, Marseille, Nova York, Paris e Viena. O fotógrafo se preparava para uma grande exposição solo de suas fotografias na galeria Foam, em Amsterdã.
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ilustrada
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Polêmico fotógrafo chinês Ren Hang morre aos 29 anos em BerlimO polêmico fotógrafo chinês Ren Hang morreu nesta sexta (24), aos 29 anos, em Berlim. A informação foi confirmada pela galeria belga Stieglitz 19, que abriga obras do artista. A causa da morte ainda não foi revelada. O fotógrafo, que era conhecido por obras de conteúdos sexuais explícitos, foi censurado diversas vezes em seu país. Ele nunca teve o merecido reconhecimento em sua terra natal, devido ao conservadorismo chinês. Em seus trabalhos, mãos, pênis, pernas, genitais e cabeças se entrelaçam e se desintegram para criar novas formas e humanos-animais em meio a orgias. Nascido no subúrbio de Changchun, capital do nordeste da provincia de Jilin, o fotógrafo deixou sua cidade para estudar publicidade em Beijing. Suas obras foram exibidas em diversas cidades pelo mundo ocidental, como Antuérpia, Atenas, Bangkok, Copenhange, Frankfurt, Hong Kong, Marseille, Nova York, Paris e Viena. O fotógrafo se preparava para uma grande exposição solo de suas fotografias na galeria Foam, em Amsterdã.
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Fora dos trilhos
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Tivessem as obras metroferroviárias a mesma celeridade com que se acumulam suspeitas de práticas ilícitas no setor, a Grande São Paulo poderia se vangloriar de possuir um dos sistemas de transporte de massa mais extensos do mundo. Pelo contrário, escândalos diversos somam-se à ineficiência dos governos tucanos, que se sucedem no Estado desde 1995, em atender as demandas da população em um serviço tão vital. No episódio mais recente, o Ministério Público paulista apresentou denúncia de que a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) superfaturou em R$ 538 milhões seis contratos de manutenção de trens, de 2012 a 2013, na gestão de Geraldo Alckmin. Um ex-presidente e três diretores da empresa estadual são apontados como coordenadores de um cartel. Segundo a denúncia, contratos firmados com valores abaixo daqueles de referência no mercado, em aparente economia para o Estado, foram, sete meses depois, reajustados em até 83%. A promotoria afirma ter encontrado provas contra quatro empresas contratadas. Outras vencedoras da licitação também já respondem a ações por casos similares. No começo de maio, ex-dirigentes da CPTM e ex-executivos de multinacionais do setor —como a alemã Siemens, a francesa Alstom e a japonesa Mitsui— tornaram-se réus por suspeita de fraude nas licitações da linha 5-lilás do Metrô, em esquema que teria sido articulado de 1999 a 2000, na gestão de Mário Covas. Essas investigações originam-se de depoimentos da Siemens, que em 2013 revelou a autoridades brasileiras a existência de um cartel do qual fazia parte. O grupo teria se articulado durante as administrações de Covas, José Serra e Alckmin, a partir de 1998. Ainda que nenhum desses expoentes tucanos tenha sido implicado pessoalmente nas suspeitas, a imagem de eficiência e retidão vendida pelo partido sai fustigada diante da profusão de indícios de malversação —afora o atraso inequívoco das obras do setor. Há pelo menos 15 anos os governos do PSDB prometem a ligação do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, com o centro de São Paulo. Na gestão Alckmin, todas as obras em andamento para a expansão da rede do metrô em São Paulo estão fora do prazo. Também difícil de explicar é a morosidade das investigações e punições. Passados quase quatro anos, desconhece-se ainda a real extensão do esquema. Para prejuízo da população, o trajeto na Justiça segue tão lento e tortuoso quanto o dos trilhos paulistas. [email protected]
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opiniao
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Fora dos trilhosTivessem as obras metroferroviárias a mesma celeridade com que se acumulam suspeitas de práticas ilícitas no setor, a Grande São Paulo poderia se vangloriar de possuir um dos sistemas de transporte de massa mais extensos do mundo. Pelo contrário, escândalos diversos somam-se à ineficiência dos governos tucanos, que se sucedem no Estado desde 1995, em atender as demandas da população em um serviço tão vital. No episódio mais recente, o Ministério Público paulista apresentou denúncia de que a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) superfaturou em R$ 538 milhões seis contratos de manutenção de trens, de 2012 a 2013, na gestão de Geraldo Alckmin. Um ex-presidente e três diretores da empresa estadual são apontados como coordenadores de um cartel. Segundo a denúncia, contratos firmados com valores abaixo daqueles de referência no mercado, em aparente economia para o Estado, foram, sete meses depois, reajustados em até 83%. A promotoria afirma ter encontrado provas contra quatro empresas contratadas. Outras vencedoras da licitação também já respondem a ações por casos similares. No começo de maio, ex-dirigentes da CPTM e ex-executivos de multinacionais do setor —como a alemã Siemens, a francesa Alstom e a japonesa Mitsui— tornaram-se réus por suspeita de fraude nas licitações da linha 5-lilás do Metrô, em esquema que teria sido articulado de 1999 a 2000, na gestão de Mário Covas. Essas investigações originam-se de depoimentos da Siemens, que em 2013 revelou a autoridades brasileiras a existência de um cartel do qual fazia parte. O grupo teria se articulado durante as administrações de Covas, José Serra e Alckmin, a partir de 1998. Ainda que nenhum desses expoentes tucanos tenha sido implicado pessoalmente nas suspeitas, a imagem de eficiência e retidão vendida pelo partido sai fustigada diante da profusão de indícios de malversação —afora o atraso inequívoco das obras do setor. Há pelo menos 15 anos os governos do PSDB prometem a ligação do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, com o centro de São Paulo. Na gestão Alckmin, todas as obras em andamento para a expansão da rede do metrô em São Paulo estão fora do prazo. Também difícil de explicar é a morosidade das investigações e punições. Passados quase quatro anos, desconhece-se ainda a real extensão do esquema. Para prejuízo da população, o trajeto na Justiça segue tão lento e tortuoso quanto o dos trilhos paulistas. [email protected]
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Levy e senadores definem projeto para repatriar dinheiro ilegal
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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e senadores da base aliada acertaram num encontro nesta quinta-feira (9) a criação de uma série de mudanças na lei que vai permitir que dinheiro de brasileiros no exterior não declarados à Receita Federal possam entrar no país legalmente. A ideia é que a legalização do dinheiro pague 17,5% de Imposto de Renda e igual percentual de multa, totalizando 35% do total. Os recursos poderão continuar no exterior, se o contribuinte desejar, mas eles terão que ser informados à Receita Federal. Haverá um prazo de 180 dias para fazer a regulamentação. Segundo os senadores, a Fazenda estima que possa haver US$ 200 bilhões de dinheiro não declarado fora do país. "A ideia é encontrar fontes para avançar na política de infraestutura dentro da ideia de desenvolvimento regional e no ICMS, que destrava investimentos", disse o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, após o encontro. Os senadores querem aprovar o projeto para viabilizar, com os recursos provenientes da cobrança, mudanças no recolhimento do ICMS, tornando esse imposto mais simples. Os estados que teriam perdas com a mudança do imposto exigem uma compensação. Também será criado um fundo para dotar os estados de recursos para obras públicas no setor de infraestrutura. Segundo o senador Blairo Maggi (PR-MT), a ideia é que uma parte do dinheiro das multas e do imposto de repatriação abasteça um fundo que vai compensar as perdas dos estados. A estimativa é que esse fundo necessite de R$ 600 milhões a R$ 1 bilhão por ano. Os senadores combinaram com Levy que o governo enviará uma Medida Provisória criando o fundo de compensação. Os senadores pretendem votar já na próxima semana um projeto de lei do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) que permite a repatriação dos recursos e um Projeto de Emenda Constitucional, que vai desvincular parte das receitas da repatriação do caixa da União para que ele possa constituir o Fundo de Compensação. Segundo Maggi, o acordo com os governos estaduais está mais fácil porque novas formas eletrônicas de cobrança de impostos mostraram que para muitos Estados as perdas são residuais e podem ser suportadas até mesmo com esforço fiscal. "Eu era governador cinco anos atrás e o Mato Grosso estimava que perderia R$ 400 milhões por ano. Agora a gente sabe que a perda é residual", afirmou o senador. Segundo o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), líder do partido, os senadores vão ouvir outros órgãos do governo, como o ministério da Justiça, para que o projeto de repatriação não encontre resistências legais. Segundo ele, a origem do dinheiro terá que ser comprovadamente lícita para a repatriação. Autor do projeto, o senador Randolfe afirmou que o texto proíbe expressamente que o dinheiro tenha origem ilícita, como tráfico de drogas ou corrupção. "O crime sempre corre na frente da lei. Alguém pode tentar [trazer dinheiro ilícito], mas existirão os mecanismos de acompanhamento da Polícia Federal, Ministério Público e da Fazenda para impedir que isso se concretize", afirmou o senador.
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mercado
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Levy e senadores definem projeto para repatriar dinheiro ilegalO ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e senadores da base aliada acertaram num encontro nesta quinta-feira (9) a criação de uma série de mudanças na lei que vai permitir que dinheiro de brasileiros no exterior não declarados à Receita Federal possam entrar no país legalmente. A ideia é que a legalização do dinheiro pague 17,5% de Imposto de Renda e igual percentual de multa, totalizando 35% do total. Os recursos poderão continuar no exterior, se o contribuinte desejar, mas eles terão que ser informados à Receita Federal. Haverá um prazo de 180 dias para fazer a regulamentação. Segundo os senadores, a Fazenda estima que possa haver US$ 200 bilhões de dinheiro não declarado fora do país. "A ideia é encontrar fontes para avançar na política de infraestutura dentro da ideia de desenvolvimento regional e no ICMS, que destrava investimentos", disse o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, após o encontro. Os senadores querem aprovar o projeto para viabilizar, com os recursos provenientes da cobrança, mudanças no recolhimento do ICMS, tornando esse imposto mais simples. Os estados que teriam perdas com a mudança do imposto exigem uma compensação. Também será criado um fundo para dotar os estados de recursos para obras públicas no setor de infraestrutura. Segundo o senador Blairo Maggi (PR-MT), a ideia é que uma parte do dinheiro das multas e do imposto de repatriação abasteça um fundo que vai compensar as perdas dos estados. A estimativa é que esse fundo necessite de R$ 600 milhões a R$ 1 bilhão por ano. Os senadores combinaram com Levy que o governo enviará uma Medida Provisória criando o fundo de compensação. Os senadores pretendem votar já na próxima semana um projeto de lei do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) que permite a repatriação dos recursos e um Projeto de Emenda Constitucional, que vai desvincular parte das receitas da repatriação do caixa da União para que ele possa constituir o Fundo de Compensação. Segundo Maggi, o acordo com os governos estaduais está mais fácil porque novas formas eletrônicas de cobrança de impostos mostraram que para muitos Estados as perdas são residuais e podem ser suportadas até mesmo com esforço fiscal. "Eu era governador cinco anos atrás e o Mato Grosso estimava que perderia R$ 400 milhões por ano. Agora a gente sabe que a perda é residual", afirmou o senador. Segundo o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), líder do partido, os senadores vão ouvir outros órgãos do governo, como o ministério da Justiça, para que o projeto de repatriação não encontre resistências legais. Segundo ele, a origem do dinheiro terá que ser comprovadamente lícita para a repatriação. Autor do projeto, o senador Randolfe afirmou que o texto proíbe expressamente que o dinheiro tenha origem ilícita, como tráfico de drogas ou corrupção. "O crime sempre corre na frente da lei. Alguém pode tentar [trazer dinheiro ilícito], mas existirão os mecanismos de acompanhamento da Polícia Federal, Ministério Público e da Fazenda para impedir que isso se concretize", afirmou o senador.
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Após 118 dias, Valdivia pode fazer primeiro jogo no ano pelo Palmeiras
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Oswaldo de Oliveira demorou um dia e cinco minutos para mudar a ideia que tinha sobre o meia Valdivia. Após anunciar na quinta-feira (2) e repetir na sexta (3) que o meia não participaria do jogo contra o Mogi Mirim, neste sábado (4), o treinador conversou com o chileno e depois procurou os jornalistas para corrigir o que tinha afirmado cinco minutos antes. "Pessoal, o Valdivia será relacionado. Ele treinou muito bem nesta sexta-feira, e vai para o banco", disse Oswaldo, explicando que a decisão foi tomada devido à lesão muscular na coxa esquerda sofrida por Alan Patrick. Valdivia jogou pela última vez em 7 de dezembro do ano passado, quando, mesmo lesionado, entrou em campo para ajudar o time na briga contra o rebaixamento. Desde o 1 a 1 com o Atlético-PR, passaram-se 118 dias. Um dos motivos para ficar tanto tempo fora é porque, apesar de já treinar no campo, ele cumpria programação do clube para recuperar-se de uma lesão na coxa esquerda. Oswaldo até traçou um cronograma para colocar o chileno em campo na quarta (8), diante do Ituano. Antes, ele disputaria 45 minutos de um jogo-treino com o São Caetano, na segunda-feira (6).
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esporte
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Após 118 dias, Valdivia pode fazer primeiro jogo no ano pelo PalmeirasOswaldo de Oliveira demorou um dia e cinco minutos para mudar a ideia que tinha sobre o meia Valdivia. Após anunciar na quinta-feira (2) e repetir na sexta (3) que o meia não participaria do jogo contra o Mogi Mirim, neste sábado (4), o treinador conversou com o chileno e depois procurou os jornalistas para corrigir o que tinha afirmado cinco minutos antes. "Pessoal, o Valdivia será relacionado. Ele treinou muito bem nesta sexta-feira, e vai para o banco", disse Oswaldo, explicando que a decisão foi tomada devido à lesão muscular na coxa esquerda sofrida por Alan Patrick. Valdivia jogou pela última vez em 7 de dezembro do ano passado, quando, mesmo lesionado, entrou em campo para ajudar o time na briga contra o rebaixamento. Desde o 1 a 1 com o Atlético-PR, passaram-se 118 dias. Um dos motivos para ficar tanto tempo fora é porque, apesar de já treinar no campo, ele cumpria programação do clube para recuperar-se de uma lesão na coxa esquerda. Oswaldo até traçou um cronograma para colocar o chileno em campo na quarta (8), diante do Ituano. Antes, ele disputaria 45 minutos de um jogo-treino com o São Caetano, na segunda-feira (6).
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Museus da Harley e do circo são destaques da região de Milwaukee
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Às margens do lago Michigan, Milwaukee é cortada por um aprazível rio, homônimo ao nome da cidade. É um belo local para um passeio de barco, que costuma zarpar do meio dos arranha-céus da região central da cidade. Berço de muitas, e boas, cervejarias –alemães fundaram a cidade– e das lendárias motos Harley-Davidson, Milwaukee também tem várias outras atrações na orla de um dos Grandes Lagos. Na atraente cidade do Estado de Wisconsin, que produz um queijo saboroso, o visitante pode ainda desfrutar de parques e de "pseudopraias" de água doce –se não for inverno, é claro. O "frozen custard", quase um sorvete, mas que leva um pouco de gema de ovo na preparação, é imperdível. Na mesma margem do lago se impõe um grande edifício do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, onde é exibido parte da rica coleção do museu de arte da cidade. Ainda perto do centro, o museu oficial da Harley-Davidson é um passeio e tanto, mesmo para quem já deu no máximo uma volta no quarteirão sobre duas rodas. São expostas as primeiras motos, feitas há pouco mais de um século, e máquinas históricas que participaram de guerras ou estiveram em filmes sob a pilotagem de astros como Elvis Presley. E outras curiosidades também estão por lá, como uma Harley que foi arrastada pelo tsunami de 2011 no Japão, empurrada por quase todo o oceano Pacífico e recuperada, mais de um ano depois, na costa do Canadá. A mais de uma hora do centro de Milwaukee, no rumo de Minneapolis, outra cidade interessante surge no horizonte: a capital do Estado, Madison, com seus 240 mil habitantes, sede de uma universidade incrível e de um capitólio gigante, que lembra o de Washington. Mais à frente, ainda em direção ao Estado de Minnesota, temos outra surpresa: em Baraboo fica o Circus World Museum. Se for verão, quando ocorrem várias apresentações seguidas, programe-se para passar horas e horas no local. Carros incríveis, por onde animais e artistas desfilavam quando a caravana chegava às cidades no início do século passado, são o ponto alto do acervo, além das maquetes que recriam as antigas apresentações circenses. Meio-Oeste dos EUA
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turismo
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Museus da Harley e do circo são destaques da região de MilwaukeeÀs margens do lago Michigan, Milwaukee é cortada por um aprazível rio, homônimo ao nome da cidade. É um belo local para um passeio de barco, que costuma zarpar do meio dos arranha-céus da região central da cidade. Berço de muitas, e boas, cervejarias –alemães fundaram a cidade– e das lendárias motos Harley-Davidson, Milwaukee também tem várias outras atrações na orla de um dos Grandes Lagos. Na atraente cidade do Estado de Wisconsin, que produz um queijo saboroso, o visitante pode ainda desfrutar de parques e de "pseudopraias" de água doce –se não for inverno, é claro. O "frozen custard", quase um sorvete, mas que leva um pouco de gema de ovo na preparação, é imperdível. Na mesma margem do lago se impõe um grande edifício do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, onde é exibido parte da rica coleção do museu de arte da cidade. Ainda perto do centro, o museu oficial da Harley-Davidson é um passeio e tanto, mesmo para quem já deu no máximo uma volta no quarteirão sobre duas rodas. São expostas as primeiras motos, feitas há pouco mais de um século, e máquinas históricas que participaram de guerras ou estiveram em filmes sob a pilotagem de astros como Elvis Presley. E outras curiosidades também estão por lá, como uma Harley que foi arrastada pelo tsunami de 2011 no Japão, empurrada por quase todo o oceano Pacífico e recuperada, mais de um ano depois, na costa do Canadá. A mais de uma hora do centro de Milwaukee, no rumo de Minneapolis, outra cidade interessante surge no horizonte: a capital do Estado, Madison, com seus 240 mil habitantes, sede de uma universidade incrível e de um capitólio gigante, que lembra o de Washington. Mais à frente, ainda em direção ao Estado de Minnesota, temos outra surpresa: em Baraboo fica o Circus World Museum. Se for verão, quando ocorrem várias apresentações seguidas, programe-se para passar horas e horas no local. Carros incríveis, por onde animais e artistas desfilavam quando a caravana chegava às cidades no início do século passado, são o ponto alto do acervo, além das maquetes que recriam as antigas apresentações circenses. Meio-Oeste dos EUA
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Destruição do cenário
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RIO DE JANEIRO - Na semana passada, em visita ao Jardim Botânico, um turista com dificuldade de locomoção aceitou uma cadeira de rodas que um funcionário lhe ofereceu para que ele melhor percorresse aquela maravilha. Gostou tanto que, na saída, "esqueceu-se" de devolver a cadeira e saiu com ela alegremente pela rua. Ao ser apanhado lá na frente, alegou que ia usá-la para visitar outros pontos turísticos do Rio —talvez o pico das Agulhas Negras ou o Dedo de Deus. Em São Paulo, quase ao mesmo tempo, um homem vestido de Papai Noel contratou um helicóptero no Campo de Marte para levá-lo ao sítio Recanto dos Covardes, em Mairinque, a 70 km da capital. Lá, com a ajuda de um cúmplice, rendeu, amarrou e amordaçou o piloto, abandonou-o e zarpou com a aeronave para rumo até agora incerto. Para trás ficaram a barba e os óculos de Papai Noel. Sequestraram o helicóptero para transportar drogas. Pesquisa recente feita por um instituto revelou que, para 34% da população, a corrupção é o principal problema do país. É a primeira vez que esse câncer atinge tal visibilidade nacional. A sensação é a de que não há um setor que não esteja envolvido em desvios, propinas, falcatruas e todo tipo de irregularidades —das estatais ao futebol, das empreiteiras à saúde, do governo aos seus amigos. E agora surgem esse Papai Noel e o ladrão de cadeira de rodas. Mas há razões para otimismo. A primeira é a consciência que se espraia sobre a existência da corrupção. A segunda é que o abscesso está mais perto de estourar —podendo espirrar até sobre quem se acha magnificamente a salvo. Nos antigos filmes seriados da Republic nos anos 40, como "A Adaga de Salomão" ou "Os Tambores de Fu Manchu", a graça estava em que, a cada briga, o cenário era destruído. Resta ver se o Brasil aguenta ser esse cenário.
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colunas
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Destruição do cenárioRIO DE JANEIRO - Na semana passada, em visita ao Jardim Botânico, um turista com dificuldade de locomoção aceitou uma cadeira de rodas que um funcionário lhe ofereceu para que ele melhor percorresse aquela maravilha. Gostou tanto que, na saída, "esqueceu-se" de devolver a cadeira e saiu com ela alegremente pela rua. Ao ser apanhado lá na frente, alegou que ia usá-la para visitar outros pontos turísticos do Rio —talvez o pico das Agulhas Negras ou o Dedo de Deus. Em São Paulo, quase ao mesmo tempo, um homem vestido de Papai Noel contratou um helicóptero no Campo de Marte para levá-lo ao sítio Recanto dos Covardes, em Mairinque, a 70 km da capital. Lá, com a ajuda de um cúmplice, rendeu, amarrou e amordaçou o piloto, abandonou-o e zarpou com a aeronave para rumo até agora incerto. Para trás ficaram a barba e os óculos de Papai Noel. Sequestraram o helicóptero para transportar drogas. Pesquisa recente feita por um instituto revelou que, para 34% da população, a corrupção é o principal problema do país. É a primeira vez que esse câncer atinge tal visibilidade nacional. A sensação é a de que não há um setor que não esteja envolvido em desvios, propinas, falcatruas e todo tipo de irregularidades —das estatais ao futebol, das empreiteiras à saúde, do governo aos seus amigos. E agora surgem esse Papai Noel e o ladrão de cadeira de rodas. Mas há razões para otimismo. A primeira é a consciência que se espraia sobre a existência da corrupção. A segunda é que o abscesso está mais perto de estourar —podendo espirrar até sobre quem se acha magnificamente a salvo. Nos antigos filmes seriados da Republic nos anos 40, como "A Adaga de Salomão" ou "Os Tambores de Fu Manchu", a graça estava em que, a cada briga, o cenário era destruído. Resta ver se o Brasil aguenta ser esse cenário.
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Após entrar no G4, Dorival mostra preocupação com sequência do Santos
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Mesmo com a classificação assegurada para a semifinal da Copa do Brasil após eliminar o Figueirense, e o ingresso ao G4 do Campeonato Brasileiro depois da vitória sobre o Fluminense neste domingo (04), o técnico Dorival Júnior mostrou preocupação com o futuro do Santos na temporada. O time da Vila Belmiro tem a meta de permanecer no G4 até o primeiro confronto com o São Paulo pelo torneio mata-mata (previsto para 21 de outubro). Antes da partida contra o Fluminense, a equipe do técnico Dorival Júnior havia fixado como objetivo a conquista de sete pontos em três jogos pelo Brasileiro. "Estamos muito mais recuperando o elenco do que propriamente treinando. Esses dez dias [de paralisação do Nacional] não sei como aproveitá-los, a não ser no sentido de recuperação, porque não teremos quatro jogadores [servindo à seleção, caso Zeca se recupere], além de Victor em recuperação e, agora, Gustavo e Marquinhos em recuperação. Não sabemos o que fazer para preparar o time para uma sequência tão difícil no Brasileiro e na Copa do Brasil", disse Dorival durante coletiva de imprensa. Ascensão do Santos no Campeonato Brasileiro Apesar dos inúmeros desfalques, o treinador santista não deixou de exaltar o trabalho do departamento físico do clube do litoral paulista. "Eu tenho de tirar o chapéu para o departamento físico do Santos, pelo trabalho que foi desenvolvido. O ritmo que nós estamos impondo em cada partida, a intensidade, o desgaste é muito grande. Chegamos na quinta-feira de madrugada, quase quatro da manhã aqui em Santos", completou. Cansaço à parte, Dorival Júnior comemorou o 100º gol do time santista na temporada. Segundo ele, o DNA do Santos deve ser aproveitado por quem comanda a equipe. "O Santos tem um DNA muito ofensivo. Tem que aproveitar isso. Temos jogadores de velocidade. Temos um meio de campo que toma a bola e faz o time jogar. Temos que ter consciência que esses jogadores se completam e isso tem feito que joguem com intensidade, criação. Esse é o objetivo que defendemos e gostamos de ver. O Santos propicia essa condição. Espero que não perca isso e esse jogo coletivo que a equipe tema apresentado. É tudo que queremos ver", completou. O elenco santista se reapresenta na próxima quarta (07), após ganhar folga de dois dias. Veja vídeo Com Lancepress e UOL
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esporte
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Após entrar no G4, Dorival mostra preocupação com sequência do SantosMesmo com a classificação assegurada para a semifinal da Copa do Brasil após eliminar o Figueirense, e o ingresso ao G4 do Campeonato Brasileiro depois da vitória sobre o Fluminense neste domingo (04), o técnico Dorival Júnior mostrou preocupação com o futuro do Santos na temporada. O time da Vila Belmiro tem a meta de permanecer no G4 até o primeiro confronto com o São Paulo pelo torneio mata-mata (previsto para 21 de outubro). Antes da partida contra o Fluminense, a equipe do técnico Dorival Júnior havia fixado como objetivo a conquista de sete pontos em três jogos pelo Brasileiro. "Estamos muito mais recuperando o elenco do que propriamente treinando. Esses dez dias [de paralisação do Nacional] não sei como aproveitá-los, a não ser no sentido de recuperação, porque não teremos quatro jogadores [servindo à seleção, caso Zeca se recupere], além de Victor em recuperação e, agora, Gustavo e Marquinhos em recuperação. Não sabemos o que fazer para preparar o time para uma sequência tão difícil no Brasileiro e na Copa do Brasil", disse Dorival durante coletiva de imprensa. Ascensão do Santos no Campeonato Brasileiro Apesar dos inúmeros desfalques, o treinador santista não deixou de exaltar o trabalho do departamento físico do clube do litoral paulista. "Eu tenho de tirar o chapéu para o departamento físico do Santos, pelo trabalho que foi desenvolvido. O ritmo que nós estamos impondo em cada partida, a intensidade, o desgaste é muito grande. Chegamos na quinta-feira de madrugada, quase quatro da manhã aqui em Santos", completou. Cansaço à parte, Dorival Júnior comemorou o 100º gol do time santista na temporada. Segundo ele, o DNA do Santos deve ser aproveitado por quem comanda a equipe. "O Santos tem um DNA muito ofensivo. Tem que aproveitar isso. Temos jogadores de velocidade. Temos um meio de campo que toma a bola e faz o time jogar. Temos que ter consciência que esses jogadores se completam e isso tem feito que joguem com intensidade, criação. Esse é o objetivo que defendemos e gostamos de ver. O Santos propicia essa condição. Espero que não perca isso e esse jogo coletivo que a equipe tema apresentado. É tudo que queremos ver", completou. O elenco santista se reapresenta na próxima quarta (07), após ganhar folga de dois dias. Veja vídeo Com Lancepress e UOL
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Tempestades provocam 20 mortes no sul dos EUA e avançam para Nova York
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Tempestades e tornados deixaram ao menos 20 pessoas mortas no sul dos Estados Unidos neste fim de semana, sendo 15 no Estado da Geórgia, depois que temporais com raios e tornados intensos assolaram diferentes Estados. Fotos mostram edifícios desmoronados, tetos destruídos, árvores derrubadas e campos cobertos de destroços. O governador da Geórgia, Nathan Deal, declarou emergência em sete condados no centro-sul do Estado e advertiu que as condições perigosas permanecem. Alertas de ventos e alagamentos continuaram a vigorar na maior parte do território nesta segunda-feira (23). "Peço a todos os moradores da Geórgia para que exerçam a cautela e a vigilância de forma a permanecerem seguros e evitar mais perdas de vidas ou ferimentos", disse Deal à imprensa. A tempestade na Geórgia se seguiu a um tornado que atingiu o Estado do Mississippi antes do amanhecer de sábado (21), deixando quatro mortos. Fenômenos climáticos intensos também deixaram mais de 50 feridos e danificaram cerca de 480 casas no Estado. Como a série de eventos climáticos rumou para a costa leste, os diretores de serviços de emergência alertaram os moradores da cidade de Nova York para que se preparem para ventos de até 97 km/h e chuva forte até a noite desta segunda-feira. Boletins e alertas de enchentes foram emitidos em quatro dos cinco distritos da metrópole. Na costa oeste, chuvas pesadas oriundas de um sistema climático separado alagaram regiões do sul da Califórnia, e meteorologistas alertaram que a tempestade pode ser a mais violenta em anos.
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mundo
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Tempestades provocam 20 mortes no sul dos EUA e avançam para Nova YorkTempestades e tornados deixaram ao menos 20 pessoas mortas no sul dos Estados Unidos neste fim de semana, sendo 15 no Estado da Geórgia, depois que temporais com raios e tornados intensos assolaram diferentes Estados. Fotos mostram edifícios desmoronados, tetos destruídos, árvores derrubadas e campos cobertos de destroços. O governador da Geórgia, Nathan Deal, declarou emergência em sete condados no centro-sul do Estado e advertiu que as condições perigosas permanecem. Alertas de ventos e alagamentos continuaram a vigorar na maior parte do território nesta segunda-feira (23). "Peço a todos os moradores da Geórgia para que exerçam a cautela e a vigilância de forma a permanecerem seguros e evitar mais perdas de vidas ou ferimentos", disse Deal à imprensa. A tempestade na Geórgia se seguiu a um tornado que atingiu o Estado do Mississippi antes do amanhecer de sábado (21), deixando quatro mortos. Fenômenos climáticos intensos também deixaram mais de 50 feridos e danificaram cerca de 480 casas no Estado. Como a série de eventos climáticos rumou para a costa leste, os diretores de serviços de emergência alertaram os moradores da cidade de Nova York para que se preparem para ventos de até 97 km/h e chuva forte até a noite desta segunda-feira. Boletins e alertas de enchentes foram emitidos em quatro dos cinco distritos da metrópole. Na costa oeste, chuvas pesadas oriundas de um sistema climático separado alagaram regiões do sul da Califórnia, e meteorologistas alertaram que a tempestade pode ser a mais violenta em anos.
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Sem disco inédito há 19 anos, Paulinho da Viola revisita passado em São Paulo
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Paulinho da Viola, como diz aquele outro samba, deixa a vida o levar. Já se vão 19 anos desde o último álbum de inéditas, "Bebadosamba". É assim, sem pressa para futuro, que o carioca de 72 anos volta a seu passado –apresenta nesta quarta (11) show em São Paulo, dando sequência às comemorações de meio século de carreira, iniciadas em 2014. O compositor de "Foi um Rio que Passou em Minha Vida" conta que nunca parou de escrever canções. Algumas "ideiazinhas", contudo, foram literalmente por água abaixo. "Costumava registrá-las num gravador de fita K7, mas aí apareceu essa coisa do digital. Comprei um aparelho que um dia escorregou da minha mão e caiu num balde", explica à Folha, por telefone, o fim de umas "dez a 13 ideias". "Não é que eu não tenha coisa [nova]. Quando eu for gravar, acho que vai ser rápido. Só não gosto de dizer: 'Ah, vou fazer isso amanhã'", conta. Até 1983, ano de "Prisma Luminoso", era um disco atrás do outro. Depois Paulinho entrou numa cadência toda sua –demorou seis anos para lançar uma novidade. Não era que nem "outros colegas, que gravavam todos os anos. Tinha suplemento de Natal, suplemento de não sei o quê". Um imbróglio judicial com a Sony Music pode ter ajudado a emperrar o próximo trabalho. A gravadora foi à Justiça contra o músico, acusado de quebrar um contrato ao não repassar parte da renda de shows feitos em 2009 no Rio. Antes de um novo projeto, Paulinho preferiria pôr uma pedra no assunto. À Folha conta que "não tem isso, não. Há uma semana nos reunimos [ele e a Sony] com o intuito de resolver isso, pra ninguém sair prejudicado." A empresa não comenta questões judiciais. SAMBA NA MADRUGADA Conhecido por cantar miudinho, contrapartida sambista para a bossa nova de João Gilberto, Paulinho teve seu primeiro disco, de 1966, relançado pela Kuarup. Em "Samba na Madrugada" (R$ 25), imposta a voz mais à moda da era do rádio, como Orlando Silva. Parceria com Elton Medeiros, o disco traz "14 Anos", sobre o pai que propõe ao filho largar o violão e virar "doutor". Pego bebê no colo por dona Ivone Lara (que trabalhava com sua mãe num hospital psiquiátrico do Rio), Paulo Cesar Batista de Faria era funcionário no Banco Nacional quando Hermínio Bello de Carvalho entrou. Ele encasquetou: "Olha, desculpa, mas te conheço". Lembraram que já tinham se visto na casa do pai de Paulinho, um músico. O violonista musicou para Hermínio as letras de "Duvide-o-dó" (gravada por Isaurinha Garcia) e "Valsa da Solidão" (Elizeth Cardoso). Paulinho, que mais tarde compôs "Dança da Solidão", diz que muitas vezes as pessoas confundem autores com "pessoas tristes, solitárias". Ele prefere ver o sambista como um cronista sempre a par de velhos e novos tempos. "Já ouvi muito produtor dizer, 'ah, tem que acabar essa velharia aí'. Sempre respondo: sabe por que o samba e o choro não desapareceram? Porque nosso povo não deixa." PAULINHO DA VIOLA QUANDO qua. (11), às 21h ONDE Teatro Bradesco, r. Palestra Itália, 500, tel. (11) 3670-4100 QUANTO R$ 240 a R$ 350 CLASSIFICAÇÃO livre
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ilustrada
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Sem disco inédito há 19 anos, Paulinho da Viola revisita passado em São PauloPaulinho da Viola, como diz aquele outro samba, deixa a vida o levar. Já se vão 19 anos desde o último álbum de inéditas, "Bebadosamba". É assim, sem pressa para futuro, que o carioca de 72 anos volta a seu passado –apresenta nesta quarta (11) show em São Paulo, dando sequência às comemorações de meio século de carreira, iniciadas em 2014. O compositor de "Foi um Rio que Passou em Minha Vida" conta que nunca parou de escrever canções. Algumas "ideiazinhas", contudo, foram literalmente por água abaixo. "Costumava registrá-las num gravador de fita K7, mas aí apareceu essa coisa do digital. Comprei um aparelho que um dia escorregou da minha mão e caiu num balde", explica à Folha, por telefone, o fim de umas "dez a 13 ideias". "Não é que eu não tenha coisa [nova]. Quando eu for gravar, acho que vai ser rápido. Só não gosto de dizer: 'Ah, vou fazer isso amanhã'", conta. Até 1983, ano de "Prisma Luminoso", era um disco atrás do outro. Depois Paulinho entrou numa cadência toda sua –demorou seis anos para lançar uma novidade. Não era que nem "outros colegas, que gravavam todos os anos. Tinha suplemento de Natal, suplemento de não sei o quê". Um imbróglio judicial com a Sony Music pode ter ajudado a emperrar o próximo trabalho. A gravadora foi à Justiça contra o músico, acusado de quebrar um contrato ao não repassar parte da renda de shows feitos em 2009 no Rio. Antes de um novo projeto, Paulinho preferiria pôr uma pedra no assunto. À Folha conta que "não tem isso, não. Há uma semana nos reunimos [ele e a Sony] com o intuito de resolver isso, pra ninguém sair prejudicado." A empresa não comenta questões judiciais. SAMBA NA MADRUGADA Conhecido por cantar miudinho, contrapartida sambista para a bossa nova de João Gilberto, Paulinho teve seu primeiro disco, de 1966, relançado pela Kuarup. Em "Samba na Madrugada" (R$ 25), imposta a voz mais à moda da era do rádio, como Orlando Silva. Parceria com Elton Medeiros, o disco traz "14 Anos", sobre o pai que propõe ao filho largar o violão e virar "doutor". Pego bebê no colo por dona Ivone Lara (que trabalhava com sua mãe num hospital psiquiátrico do Rio), Paulo Cesar Batista de Faria era funcionário no Banco Nacional quando Hermínio Bello de Carvalho entrou. Ele encasquetou: "Olha, desculpa, mas te conheço". Lembraram que já tinham se visto na casa do pai de Paulinho, um músico. O violonista musicou para Hermínio as letras de "Duvide-o-dó" (gravada por Isaurinha Garcia) e "Valsa da Solidão" (Elizeth Cardoso). Paulinho, que mais tarde compôs "Dança da Solidão", diz que muitas vezes as pessoas confundem autores com "pessoas tristes, solitárias". Ele prefere ver o sambista como um cronista sempre a par de velhos e novos tempos. "Já ouvi muito produtor dizer, 'ah, tem que acabar essa velharia aí'. Sempre respondo: sabe por que o samba e o choro não desapareceram? Porque nosso povo não deixa." PAULINHO DA VIOLA QUANDO qua. (11), às 21h ONDE Teatro Bradesco, r. Palestra Itália, 500, tel. (11) 3670-4100 QUANTO R$ 240 a R$ 350 CLASSIFICAÇÃO livre
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Real empata com Atlético de Madri e perde chance de assunmir liderança
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O Real Madrid perdeu a oportunidade de assumir a liderança do Campeonato Espanhol ao empatar em 1 a 1 com o Atlético de Madri, neste domingo (4), no estádio Vicente Calderón. O resultado leva o time de Rafa Benítez aos 15 pontos na competição, permanecendo na terceira colocação. Villareal, com 16 pontos, e Barcelona, com 15, ocupam a primeira e segunda posição, respectivamente. Já o Atlético de Madri, que arrancou o empate no fim do jogo, foi aos 13 pontos, mas permanece na quinta colocação. O primeiro gol da partida saiu logo aos 8 min de jogo. O lateral Carvajal cruzou na cabeça de Benzema, que cabeceou firme para abrir o placar para os madrilenhos. Aos 21 min, os donos da casa tiveram a oportunidade de empatarem a partida em cobrança de pênalti, porém Griezmann parou na defesa de Keylor Navas. Com o apoio da torcida, o Atlético de Madri pressionou o Real e chegou ao empate apenas aos 38 min da etapa final. Griezmann tocou de letra para Vietto deixar tudo igual. Na próxima rodada, o Real Madrid encara o Levante, no sábado (17). No domingo (18), o Atlético visita a Real Sociedad.
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esporte
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Real empata com Atlético de Madri e perde chance de assunmir liderançaO Real Madrid perdeu a oportunidade de assumir a liderança do Campeonato Espanhol ao empatar em 1 a 1 com o Atlético de Madri, neste domingo (4), no estádio Vicente Calderón. O resultado leva o time de Rafa Benítez aos 15 pontos na competição, permanecendo na terceira colocação. Villareal, com 16 pontos, e Barcelona, com 15, ocupam a primeira e segunda posição, respectivamente. Já o Atlético de Madri, que arrancou o empate no fim do jogo, foi aos 13 pontos, mas permanece na quinta colocação. O primeiro gol da partida saiu logo aos 8 min de jogo. O lateral Carvajal cruzou na cabeça de Benzema, que cabeceou firme para abrir o placar para os madrilenhos. Aos 21 min, os donos da casa tiveram a oportunidade de empatarem a partida em cobrança de pênalti, porém Griezmann parou na defesa de Keylor Navas. Com o apoio da torcida, o Atlético de Madri pressionou o Real e chegou ao empate apenas aos 38 min da etapa final. Griezmann tocou de letra para Vietto deixar tudo igual. Na próxima rodada, o Real Madrid encara o Levante, no sábado (17). No domingo (18), o Atlético visita a Real Sociedad.
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Cariocas, mineiros e gaúchos iniciam finais dos Estaduais
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Além de São Paulo, começam neste domingo (26), às 16h, as finais de outros Estaduais –os segundos jogos serão no próximo domingo (3). No Maracanã, se enfrentam Vasco e Botafogo –o segundo duelo será no mesmo estádio. No Gaúcho, o Grêmio recebe o arquirrival Internacional, e assim como no primeiro jogo entre as duas equipes no ano, uma parte das arquibancadas serão destinadas a torcida mista. O outro jogo será no Beira-Rio. Em Minas Gerais, a Caldense, melhor time da primeira fase, pega o Atlético-MG no Mineirão. O time de Poços de Caldas tem o mando do segundo jogo, ainda sem local definido.
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esporte
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Cariocas, mineiros e gaúchos iniciam finais dos EstaduaisAlém de São Paulo, começam neste domingo (26), às 16h, as finais de outros Estaduais –os segundos jogos serão no próximo domingo (3). No Maracanã, se enfrentam Vasco e Botafogo –o segundo duelo será no mesmo estádio. No Gaúcho, o Grêmio recebe o arquirrival Internacional, e assim como no primeiro jogo entre as duas equipes no ano, uma parte das arquibancadas serão destinadas a torcida mista. O outro jogo será no Beira-Rio. Em Minas Gerais, a Caldense, melhor time da primeira fase, pega o Atlético-MG no Mineirão. O time de Poços de Caldas tem o mando do segundo jogo, ainda sem local definido.
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O papa não precisa de intérprete, diz leitora sobre fala de Michel Temer
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GOVERNO TEMER Temer precisa ler com atenção o artigo "Quanto ganha um servidor" e tomar uma atitude corajosa, descartando completamente o aumento pretendido. Mostrará, assim, que não há dinheiro para o aumento, ou seria necessário "cortar despesas de investimentos em obras ou fazer mais dívidas, com juros indecentes, para pagar a nova conta, que irá beneficiar a elite do funcionalismo". Demonstrará, se o fizer, que tem coerência e começará a ganhar credibilidade para promover o ajuste fiscal. VANDIR NATAL CASAGRANDE (São Paulo, SP) * Ao ver a posse de Dilma Rousseff em 2010, me chamou a atenção a presença do vice, Michel Temer, o qual, para mim, era quase um desconhecido, e me veio o pensamento de que esse senhor deveria ser um extraordinário "bom de papo". Agora, como presidente, espero que deixe de lado sua lábia e promova já as reformas previdenciária, trabalhista e política. JULIO BERNARDI (São Paulo Capital, SP) * Sobre a charge de Montanaro, pode-se dizer que configura o primeiro caso de "bullying palaciano". ANTONIO G. NETO (São Paulo, SP) * Alguém precisa explicar para Temer que o papa Francisco não precisa de intérprete para sua fala, muito menos de um intérprete tão comprometido com o cinismo. Foi chocante ver e ouvir um presidente reduzir e distorcer, em rede mundial, uma fala tão sensível quanto a de Francisco, que falou de sua preocupação e tristeza com o momento que nós, brasileiros, passamos. MARLENE GUIRADO (São Paulo, SP) - MANIFESTAÇÕES Incrível que, em um país moderno como o Brasil, nem a polícia nem a imprensa sejam capazes de fazer estimativas do número de participantes de uma manifestação. Existem métodos para isso. Para informar corretamente, a imprensa deveria criticar e fazer o trabalho que a polícia não é capaz de fazer. DANIEL BIANCHI (São Paulo, SP) * Pela idade e experiência, Temer não poderia cometer erros tão crassos de comunicação. Parece não perceber que, como presidente, tudo que faz ou fala vira noticia. Assim, para que cutucar vespeiro, minimizando as passeatas "fora, Temer"? A resposta veio forte no domingo (4/9). E os sapatos? Tinha que comprar, ele próprio, sapato chinês no momento em que a indústria brasileira volta a respirar, depois de conseguir a duras penas a sobretaxa nos produtos da China? JOSÉ DALAI ROCHA (Belo Horizonte, MG) * Depois de ver milhares nas ruas protestando contra o governo de Michel Temer, gostaria de saber, sinceramente, se a Folha achou mesmo que a principal notícia do dia era "Arrecadação com repatriação deve chegar a R$70 bi" (Primeira Página, 5/9). ALBERTO VILLAS (São Paulo, SP) - PEDALADAS FISCAIS O Congresso dá a última palavra, já que pode derrubar os vetos da Presidência – e a própria presidenta, como aconteceu. Como fazer para que os ingênuos e analfabetos políticos continuem acreditando que, no Brasil, ninguém está acima da lei? Ora, muda-se a lei. Pois bem, o Senado já flexibilizou as regras para abertura de créditos suplementares sem necessidade de autorização do Congresso . É golpe! ISABEL FERRONATO (Blumenau, SC) - COLUNISTAS Na linha de raciocínio de Gregorio Duvivier, proponho: quando aqueles fofos "adolescentes" de capuz forem às ruas para suas inocentes e democráticas manifestações, a PM deve distribuir flores –mas de tipos diferentes, para distinguir os grupos. Para quem vandalizar um prédio público, rosas brancas; para quem depredar propriedades particulares, crisântemos; para quem atacar policiais, lírios. Não seria lindo? JOSÉ ALMEIDA (Belo Horizonte, MG) * A coluna de Gregorio Duvivier é a maior prova de que a Dona Folha presta relevantes serviços à nossa democracia. Certamente no país sonhado pelo articulista ele não teria a mesma oportunidade. Viva Dona Folha! GRAZIELA COLARES (Belém, PA) * Duvivier é mais engraçado quando tenta falar sério do que quando tenta ser engraçado. ELIO ANDRADE (Brasília, DF) * Fiquei indignada com a coluna "Elite vermelha". As pessoas que gritam contra a PM, especialmente a paulistana, são aquelas que são brutalmente agredidas quando fazem manifestações anti-Temer. Não vivemos em uma democracia? Dilma não está insuflando ódio. O texto subestima a inteligência das pessoas e a sua capacidade de se indignar. Não é todo mundo que é manipulado pela grande mídia! BEATRIZ REGINA ALVARES (Campinas, SP) * Em "Elite vermelha", o colunista ultrapassou em muito o que se poderia chamar de desonestidade intelectual. ALEXANDRE DIAS (Curitiba, PR) * Maravilhosa a coluna de Ruy Castro sobre a ressurreição do cambucá. O samba "Olhos Verdes", do magnífico Vicente Paiva, é antológico, admirado e cantado apaixonadamente pela nossa geração. Mas, reconheço, nunca provei um cambucá e gostaria de fazê-lo, tal qual o nosso excelente colunista. JOAQUIM A. P. FRANCO DE CASTRO (Salvador, BA) - EDITORIAL Complementando o editorial "Educação de evidências", Ricardo Paes de Barros, responsável pela avaliação de impacto do programa Jovem de Futuro, é economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e professor do Insper. ANNA BEATRIZ CARVALHO, assessora de imprensa do Instituto Ayrton Senna (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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O papa não precisa de intérprete, diz leitora sobre fala de Michel TemerGOVERNO TEMER Temer precisa ler com atenção o artigo "Quanto ganha um servidor" e tomar uma atitude corajosa, descartando completamente o aumento pretendido. Mostrará, assim, que não há dinheiro para o aumento, ou seria necessário "cortar despesas de investimentos em obras ou fazer mais dívidas, com juros indecentes, para pagar a nova conta, que irá beneficiar a elite do funcionalismo". Demonstrará, se o fizer, que tem coerência e começará a ganhar credibilidade para promover o ajuste fiscal. VANDIR NATAL CASAGRANDE (São Paulo, SP) * Ao ver a posse de Dilma Rousseff em 2010, me chamou a atenção a presença do vice, Michel Temer, o qual, para mim, era quase um desconhecido, e me veio o pensamento de que esse senhor deveria ser um extraordinário "bom de papo". Agora, como presidente, espero que deixe de lado sua lábia e promova já as reformas previdenciária, trabalhista e política. JULIO BERNARDI (São Paulo Capital, SP) * Sobre a charge de Montanaro, pode-se dizer que configura o primeiro caso de "bullying palaciano". ANTONIO G. NETO (São Paulo, SP) * Alguém precisa explicar para Temer que o papa Francisco não precisa de intérprete para sua fala, muito menos de um intérprete tão comprometido com o cinismo. Foi chocante ver e ouvir um presidente reduzir e distorcer, em rede mundial, uma fala tão sensível quanto a de Francisco, que falou de sua preocupação e tristeza com o momento que nós, brasileiros, passamos. MARLENE GUIRADO (São Paulo, SP) - MANIFESTAÇÕES Incrível que, em um país moderno como o Brasil, nem a polícia nem a imprensa sejam capazes de fazer estimativas do número de participantes de uma manifestação. Existem métodos para isso. Para informar corretamente, a imprensa deveria criticar e fazer o trabalho que a polícia não é capaz de fazer. DANIEL BIANCHI (São Paulo, SP) * Pela idade e experiência, Temer não poderia cometer erros tão crassos de comunicação. Parece não perceber que, como presidente, tudo que faz ou fala vira noticia. Assim, para que cutucar vespeiro, minimizando as passeatas "fora, Temer"? A resposta veio forte no domingo (4/9). E os sapatos? Tinha que comprar, ele próprio, sapato chinês no momento em que a indústria brasileira volta a respirar, depois de conseguir a duras penas a sobretaxa nos produtos da China? JOSÉ DALAI ROCHA (Belo Horizonte, MG) * Depois de ver milhares nas ruas protestando contra o governo de Michel Temer, gostaria de saber, sinceramente, se a Folha achou mesmo que a principal notícia do dia era "Arrecadação com repatriação deve chegar a R$70 bi" (Primeira Página, 5/9). ALBERTO VILLAS (São Paulo, SP) - PEDALADAS FISCAIS O Congresso dá a última palavra, já que pode derrubar os vetos da Presidência – e a própria presidenta, como aconteceu. Como fazer para que os ingênuos e analfabetos políticos continuem acreditando que, no Brasil, ninguém está acima da lei? Ora, muda-se a lei. Pois bem, o Senado já flexibilizou as regras para abertura de créditos suplementares sem necessidade de autorização do Congresso . É golpe! ISABEL FERRONATO (Blumenau, SC) - COLUNISTAS Na linha de raciocínio de Gregorio Duvivier, proponho: quando aqueles fofos "adolescentes" de capuz forem às ruas para suas inocentes e democráticas manifestações, a PM deve distribuir flores –mas de tipos diferentes, para distinguir os grupos. Para quem vandalizar um prédio público, rosas brancas; para quem depredar propriedades particulares, crisântemos; para quem atacar policiais, lírios. Não seria lindo? JOSÉ ALMEIDA (Belo Horizonte, MG) * A coluna de Gregorio Duvivier é a maior prova de que a Dona Folha presta relevantes serviços à nossa democracia. Certamente no país sonhado pelo articulista ele não teria a mesma oportunidade. Viva Dona Folha! GRAZIELA COLARES (Belém, PA) * Duvivier é mais engraçado quando tenta falar sério do que quando tenta ser engraçado. ELIO ANDRADE (Brasília, DF) * Fiquei indignada com a coluna "Elite vermelha". As pessoas que gritam contra a PM, especialmente a paulistana, são aquelas que são brutalmente agredidas quando fazem manifestações anti-Temer. Não vivemos em uma democracia? Dilma não está insuflando ódio. O texto subestima a inteligência das pessoas e a sua capacidade de se indignar. Não é todo mundo que é manipulado pela grande mídia! BEATRIZ REGINA ALVARES (Campinas, SP) * Em "Elite vermelha", o colunista ultrapassou em muito o que se poderia chamar de desonestidade intelectual. ALEXANDRE DIAS (Curitiba, PR) * Maravilhosa a coluna de Ruy Castro sobre a ressurreição do cambucá. O samba "Olhos Verdes", do magnífico Vicente Paiva, é antológico, admirado e cantado apaixonadamente pela nossa geração. Mas, reconheço, nunca provei um cambucá e gostaria de fazê-lo, tal qual o nosso excelente colunista. JOAQUIM A. P. FRANCO DE CASTRO (Salvador, BA) - EDITORIAL Complementando o editorial "Educação de evidências", Ricardo Paes de Barros, responsável pela avaliação de impacto do programa Jovem de Futuro, é economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e professor do Insper. ANNA BEATRIZ CARVALHO, assessora de imprensa do Instituto Ayrton Senna (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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O fim do emprego
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Nunca na história da República o Congresso Nacional votou uma lei tão contrária aos interesses da maioria do povo brasileiro de forma tão sorrateira. A terceirização irrestrita aprovada nesta semana cria uma situação geral de achatamento dos salários e intensificação dos regimes de trabalho, isto em um horizonte no qual, apenas neste ano, 3,6 milhões de pessoas voltarão à pobreza. Estudos sobre o mercado de trabalho demonstram como trabalhadores terceirizados ganham, em média, 24% menos do que trabalhadores formais, mesmo trabalhando, em média, três horas a mais do que os últimos. Este é o mundo que os políticos brasileiros desejam a seus eleitores. Nenhum deputado, ao fazer campanha pela sua própria eleição em 2014, defendeu reforma parecida. Ninguém prometeu a seus eleitores que os levariam ao paraíso da flexibilização absoluta, onde as empresas poderão usar trabalhadores de forma sazonal, sem nenhuma obrigatoriedade de contratação por até 180 dias. Ou seja, esta lei é um puro e simples estelionato eleitoral feito só em condições de sociedade autoritária como a brasileira atual. Da lei aprovada nesta semana desaparece até mesmo a obrigação da empresa contratante de trabalho terceirizado fiscalizar se a contratada está cumprindo obrigações trabalhistas e previdenciárias. Em um país no qual explodem casos de trabalho escravo, este é um convite aberto à intensificação da espoliação e à insegurança econômica. Ao menos, ninguém pode dizer que não entendeu a lógica da ação. Em uma situação na qual a economia brasileira está em queda livre, retirar direitos trabalhistas e diminuir os salários é usar a crise como chantagem para fortalecer o patronato e seu processo de acumulação. Isto não tem nada a ver com ações que visem o crescimento da economia. Como é possível uma economia crescer se a população está a empobrecer e a limitar seu consumo? Na verdade, a função desta lei é acabar com a sociedade do emprego. Um fim do emprego feito não por meio do fortalecimento de laços associativos de trabalhadores detentores de sua própria produção, objetivo maior dos que procuram uma sociedade emancipada. Um fim do emprego por meio da precarização absoluta dos trabalhos em um ambiente no qual não há mais garantias estatais de defesa mínima das condições de vida. O Brasil será um país no qual ninguém conseguirá se aposentar integralmente, ninguém será contratado, ninguém irá tirar férias. O engraçado é lembrar que a isto alguns chamam "modernização". De fato, há sempre aqueles dispostos à velha identificação com o agressor. Sempre há uma claque a aplaudir as decisões mais absurdas, ainda mais quando falamos de uma parcela da classe média que agora flerta abertamente com o fascismo. Eles dirão que a flexibilização irrestrita aumentará a competitividade, que as pessoas precisarão ser realmente boas no que fazem, que os inovadores e competentes terão seu lugar ao sol. Em suma, que tudo ficará lindo se deixarmos livre a divina mão invisível do mercado. O detalhe é que, no mundo dessas sumidades, não existe monopólio, não existe cartel, não existem empresas que constroem monopólios para depois te fazer consumir carne adulterada e cerveja de milho, não existe concentração de renda, rentismo, pessoas que nunca precisarão de fato trabalhar por saberem que receberão herança e patrimônio, aumento da desigualdade. Ou seja, o mundo destas pessoas é uma peça de ficção sem nenhuma relação com a realidade. Mas nada seria possível se setores da imprensa não tivesse, de vez, abandonado toda ideia elementar de jornalismo. Por exemplo, na semana passada o Brasil foi sacudido por enormes manifestações contra a reforma da previdência. Em qualquer país do mundo, não haveria veículo de mídia, por mais conservador que fosse, a não dar destaque a centenas de milhares de pessoas nas ruas contra o governo. A não ser no Brasil, onde não foram poucos os jornais e televisões que simplesmente agiram como se nada, absolutamente nada, houvesse acontecido. No que eles repetem uma prática de que se serviram nos idos de 1984, quando escondiam as mobilizações populares por Diretas Já!. O que é uma forma muito clara de demonstrar claramente de que lado sempre estiveram. Certamente, não estão do lado do jornalismo.
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O fim do empregoNunca na história da República o Congresso Nacional votou uma lei tão contrária aos interesses da maioria do povo brasileiro de forma tão sorrateira. A terceirização irrestrita aprovada nesta semana cria uma situação geral de achatamento dos salários e intensificação dos regimes de trabalho, isto em um horizonte no qual, apenas neste ano, 3,6 milhões de pessoas voltarão à pobreza. Estudos sobre o mercado de trabalho demonstram como trabalhadores terceirizados ganham, em média, 24% menos do que trabalhadores formais, mesmo trabalhando, em média, três horas a mais do que os últimos. Este é o mundo que os políticos brasileiros desejam a seus eleitores. Nenhum deputado, ao fazer campanha pela sua própria eleição em 2014, defendeu reforma parecida. Ninguém prometeu a seus eleitores que os levariam ao paraíso da flexibilização absoluta, onde as empresas poderão usar trabalhadores de forma sazonal, sem nenhuma obrigatoriedade de contratação por até 180 dias. Ou seja, esta lei é um puro e simples estelionato eleitoral feito só em condições de sociedade autoritária como a brasileira atual. Da lei aprovada nesta semana desaparece até mesmo a obrigação da empresa contratante de trabalho terceirizado fiscalizar se a contratada está cumprindo obrigações trabalhistas e previdenciárias. Em um país no qual explodem casos de trabalho escravo, este é um convite aberto à intensificação da espoliação e à insegurança econômica. Ao menos, ninguém pode dizer que não entendeu a lógica da ação. Em uma situação na qual a economia brasileira está em queda livre, retirar direitos trabalhistas e diminuir os salários é usar a crise como chantagem para fortalecer o patronato e seu processo de acumulação. Isto não tem nada a ver com ações que visem o crescimento da economia. Como é possível uma economia crescer se a população está a empobrecer e a limitar seu consumo? Na verdade, a função desta lei é acabar com a sociedade do emprego. Um fim do emprego feito não por meio do fortalecimento de laços associativos de trabalhadores detentores de sua própria produção, objetivo maior dos que procuram uma sociedade emancipada. Um fim do emprego por meio da precarização absoluta dos trabalhos em um ambiente no qual não há mais garantias estatais de defesa mínima das condições de vida. O Brasil será um país no qual ninguém conseguirá se aposentar integralmente, ninguém será contratado, ninguém irá tirar férias. O engraçado é lembrar que a isto alguns chamam "modernização". De fato, há sempre aqueles dispostos à velha identificação com o agressor. Sempre há uma claque a aplaudir as decisões mais absurdas, ainda mais quando falamos de uma parcela da classe média que agora flerta abertamente com o fascismo. Eles dirão que a flexibilização irrestrita aumentará a competitividade, que as pessoas precisarão ser realmente boas no que fazem, que os inovadores e competentes terão seu lugar ao sol. Em suma, que tudo ficará lindo se deixarmos livre a divina mão invisível do mercado. O detalhe é que, no mundo dessas sumidades, não existe monopólio, não existe cartel, não existem empresas que constroem monopólios para depois te fazer consumir carne adulterada e cerveja de milho, não existe concentração de renda, rentismo, pessoas que nunca precisarão de fato trabalhar por saberem que receberão herança e patrimônio, aumento da desigualdade. Ou seja, o mundo destas pessoas é uma peça de ficção sem nenhuma relação com a realidade. Mas nada seria possível se setores da imprensa não tivesse, de vez, abandonado toda ideia elementar de jornalismo. Por exemplo, na semana passada o Brasil foi sacudido por enormes manifestações contra a reforma da previdência. Em qualquer país do mundo, não haveria veículo de mídia, por mais conservador que fosse, a não dar destaque a centenas de milhares de pessoas nas ruas contra o governo. A não ser no Brasil, onde não foram poucos os jornais e televisões que simplesmente agiram como se nada, absolutamente nada, houvesse acontecido. No que eles repetem uma prática de que se serviram nos idos de 1984, quando escondiam as mobilizações populares por Diretas Já!. O que é uma forma muito clara de demonstrar claramente de que lado sempre estiveram. Certamente, não estão do lado do jornalismo.
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Dólar dispara e Bolsa trava negócios após crise no governo Temer
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O mercado financeiro foi tomado pelo pânico nesta quinta-feira (18), com dólar operando em seu limite superior e a Bolsa brasileira interrompendo as operações após registrar queda de mais de 10%. Os investidores reagem à notícia de que o presidente Michel Temer foi gravado sugerindo a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. A informação foi dada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal "O Globo", e confirmada pela Folha. O dólar abriu com alta superior a 5%, cotado a R$ 3,315. Por volta de 11h, intensificou a valorização e passou a ser cotado a R$ 3,409. Na quarta-feira, a moeda americana tinha fechado cotada a R$ 3,13. Às 14h28, o dólar comercial subia 7,08%, para R$ 3,356. O dólar à vista tinha alta de 8,68%, para R$ 3,373. A forte valorização do dólar fez o Banco Central anunciar leilão adicional de 40 mil contratos de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro), na tentativa de oferecer ao mercado proteção adicional para empresas e investidores. Mais cedo, a autoridade monetária tinha emitido um comunicado indicando que atuaria para manter a funcionalidade dos mercados. No segmento Bovespa, o Ibovespa, que reúne as principais ações do mercado brasileiro, interrompeu os negócios após cair 10,46%, para 60.470 pontos. As ações da Petrobras chegaram a cair 20%, enquanto os papéis do setor financeiro, que tem maior peso no índice, recuaram quase 20%. Os negócios ficaram interrompidos até 10h50. Na reabertura, a Bolsa moderou a queda e passou a cair em torno de 10%. "Nos últimos 12 meses, o mercado subiu pautado no otimismo com o governo Temer, que ele iria conseguir aprovar as reformas da Previdência e trabalhista. Com a delação, os investidores fizeram um primeiro movimento de pânico, pois ninguém quer ficar exposto a um grau de incerteza muito grande", afirma Lucas Marins, analista da Ativa Investimentos. Às 14h28, o Ibovespa caía 9,23%, para 61.301 pontos. JUROS A instabilidade também afetou o mercado de juros. Os contratos mais negociados passaram a prever queda menor da taxa de juros na próxima reunião do Copom (comitê de política monetária), no final de maio. Antes da crise que atingiu o governo, o mercado trabalhava com um corte de 125 pontos-base a 150 pontos-base. Agora, passa a ver uma queda menor na taxa Selic, de apenas 75 pontos-base, o que levaria o juro básico a 10,50%. "Todo mundo apostava em juros para baixo. Agora, não sei se vai ter corte de juros nesta reunião ou se o BC vai esperar o cenário se definir", avalia Marins. O contrato de juros futuros mais negociado, com vencimento em julho de 2017, subiu de 10,361% para 10,750%. O contrato com vencimento em janeiro de 2018, que indica a perspectiva para a Selic no final deste ano, avançou de 8,975% para 10,075%. A instabilidade gerada nas taxas de títulos públicos fez o Tesouro cancelar os leilões previstos para esta quinta-feira. "O Tesouro Nacional informa que, em razão da volatilidade observada no mercado, não realizará os leilões de venda de Letras do Tesouro Nacional - LTN, com vencimentos em 01/04/2018, 01/04/2019 e 01/07/2020 e Letras Financeiras do Tesouro Nacional - LFT, com vencimento em 01/03/2023, programados para hoje." O risco-Brasil medido pelo CDS (credit default swap) tinha alta de 28,46%, para 264,7 pontos, às 14h30. Índice Bovespa - Em pontos DÓLAR - EM R$ O DÓLAR VINHA EM QUEDA - A expectativa de aprovação das reformas trabalhista e da Previdência vinha colaborando para a queda da moeda americana em relação ao real O IMPACTO NAS EMPRESAS - Variação no valor de mercado no Ibovespa<br><br><b>Valor de mercado, em R$ bilhões</b> Bolsas pelo mundo também tiveram dia de queda - A BOLSA VINHA EM SUBIDA CONSTANTE - A perspectiva de retomada da economia levava os investidores a apostarem em resultados melhores das empresas, impulsionando o Ibovespa, que reúne as ações mais negociadas na Bolsa
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Dólar dispara e Bolsa trava negócios após crise no governo TemerO mercado financeiro foi tomado pelo pânico nesta quinta-feira (18), com dólar operando em seu limite superior e a Bolsa brasileira interrompendo as operações após registrar queda de mais de 10%. Os investidores reagem à notícia de que o presidente Michel Temer foi gravado sugerindo a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. A informação foi dada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal "O Globo", e confirmada pela Folha. O dólar abriu com alta superior a 5%, cotado a R$ 3,315. Por volta de 11h, intensificou a valorização e passou a ser cotado a R$ 3,409. Na quarta-feira, a moeda americana tinha fechado cotada a R$ 3,13. Às 14h28, o dólar comercial subia 7,08%, para R$ 3,356. O dólar à vista tinha alta de 8,68%, para R$ 3,373. A forte valorização do dólar fez o Banco Central anunciar leilão adicional de 40 mil contratos de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro), na tentativa de oferecer ao mercado proteção adicional para empresas e investidores. Mais cedo, a autoridade monetária tinha emitido um comunicado indicando que atuaria para manter a funcionalidade dos mercados. No segmento Bovespa, o Ibovespa, que reúne as principais ações do mercado brasileiro, interrompeu os negócios após cair 10,46%, para 60.470 pontos. As ações da Petrobras chegaram a cair 20%, enquanto os papéis do setor financeiro, que tem maior peso no índice, recuaram quase 20%. Os negócios ficaram interrompidos até 10h50. Na reabertura, a Bolsa moderou a queda e passou a cair em torno de 10%. "Nos últimos 12 meses, o mercado subiu pautado no otimismo com o governo Temer, que ele iria conseguir aprovar as reformas da Previdência e trabalhista. Com a delação, os investidores fizeram um primeiro movimento de pânico, pois ninguém quer ficar exposto a um grau de incerteza muito grande", afirma Lucas Marins, analista da Ativa Investimentos. Às 14h28, o Ibovespa caía 9,23%, para 61.301 pontos. JUROS A instabilidade também afetou o mercado de juros. Os contratos mais negociados passaram a prever queda menor da taxa de juros na próxima reunião do Copom (comitê de política monetária), no final de maio. Antes da crise que atingiu o governo, o mercado trabalhava com um corte de 125 pontos-base a 150 pontos-base. Agora, passa a ver uma queda menor na taxa Selic, de apenas 75 pontos-base, o que levaria o juro básico a 10,50%. "Todo mundo apostava em juros para baixo. Agora, não sei se vai ter corte de juros nesta reunião ou se o BC vai esperar o cenário se definir", avalia Marins. O contrato de juros futuros mais negociado, com vencimento em julho de 2017, subiu de 10,361% para 10,750%. O contrato com vencimento em janeiro de 2018, que indica a perspectiva para a Selic no final deste ano, avançou de 8,975% para 10,075%. A instabilidade gerada nas taxas de títulos públicos fez o Tesouro cancelar os leilões previstos para esta quinta-feira. "O Tesouro Nacional informa que, em razão da volatilidade observada no mercado, não realizará os leilões de venda de Letras do Tesouro Nacional - LTN, com vencimentos em 01/04/2018, 01/04/2019 e 01/07/2020 e Letras Financeiras do Tesouro Nacional - LFT, com vencimento em 01/03/2023, programados para hoje." O risco-Brasil medido pelo CDS (credit default swap) tinha alta de 28,46%, para 264,7 pontos, às 14h30. Índice Bovespa - Em pontos DÓLAR - EM R$ O DÓLAR VINHA EM QUEDA - A expectativa de aprovação das reformas trabalhista e da Previdência vinha colaborando para a queda da moeda americana em relação ao real O IMPACTO NAS EMPRESAS - Variação no valor de mercado no Ibovespa<br><br><b>Valor de mercado, em R$ bilhões</b> Bolsas pelo mundo também tiveram dia de queda - A BOLSA VINHA EM SUBIDA CONSTANTE - A perspectiva de retomada da economia levava os investidores a apostarem em resultados melhores das empresas, impulsionando o Ibovespa, que reúne as ações mais negociadas na Bolsa
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Relator diz que indefinição de TCU sobre 2015 não impede impeachment
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O deputado Jovair Arantes (PTB-GO), relator da comissão do impeachment na Câmara dos Deputados, afirmou em seu parecer, lido nesta quarta-feira (6), que o Congresso Nacional "independe de avaliações próprias" do TCU (Tribunal de Contas da União) para decidir sobre crimes de responsabilidade da presidente Dilma Rousseff. Segundo o relator, o Congresso necessita aguardar apenas "parecer prévio do TCU no âmbito do processo de julgamento de contas" da presidente da República. O ponto é controverso e deverá ganhar importância nos debates em torno do processo de impeachment, porque o relatório de Jovair circunscreveu os temas das pedaladas fiscais e da abertura de créditos suplementares ao ano de 2015, sobre os quais, contudo, não há ainda uma decisão final do TCU. A denúncia original tratava também do primeiro mandato de Dilma (2011-2014). O tribunal condenou operações do gênero ocorridas antes do segundo mandato de Dilma, iniciado em janeiro de 2015, mas ainda não tem uma posição final sobre os eventos ocorridos a partir daquele mês. Um documento assinado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), antes da criação da comissão de impeachment diz que ela deveria analisar apenas fatos relativos ao segundo mandato de Dilma. Para o relator da comissão, no julgamento de crimes de responsabilidade a legislação "não prevê vinculação da Câmara dos Deputados nem do Senado Federal à prévia manifestação da Corte de Contas". Em seu relatório, Jovair atacou a posição da defesa de Dilma Rousseff. Segundo o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, em acórdão de 2015 o TCU manifestou uma "mudança de entendimento" sobre a abertura de créditos suplementares sem autorização do Legislativo ao aprovar parecer prévio em favor da rejeição das contas de Dilma relativas a 2014. De acordo com a defesa, a abertura dos créditos colocada agora sob suspeita já havia "ocorrido em exercícios anteriores, sem que isso tivesse sido caracterizado como ilegal ou irregular pelo TCU". Para o relator, entretanto, "o TCU não teria se pronunciado sobre a matéria em anos anteriores", ou seja, não atestou "expressamente sua regularidade". Segundo Jovair, "não teria havido mudança de entendimento, dado que inexiste aprovação tácita de atos e procedimentos não examinados em auditorias ou fiscalizações no passado". No relatório, Jovair escreveu que "as condutas atribuídas à presidente relativas à abertura de créditos orçamentários por decreto, sem a devida autorização do Congresso Nacional e em desrespeito à condição imposta pelo próprio Poder Legislativo" na Lei Orçamentária Anual de 2015, "se vierem a ser confirmadas pelo Senado, não representam atos de menor importância, meros desvios de tecnicismo orçamentário, passível de correção pelos mecanismos usuais de controle, como pretendeu a denunciada [Dilma] em sua manifestação". Se confirmada, a denúncia, segundo o relator, "evidencia grave violação de valores ético-jurídicos que fundamentam e legitimam o exercício do poder estatal, entre eles, o controle democrático e popular do Legislativo sobre os limites da programação orçamentária dos gastos governamentais". "[...] Considero que há sérios indícios de conduta pessoal dolosa da presidente da República que atentam contra a Constituição Federal, mais precisamente contra os princípios da separação de poderes, do controle parlamentar das finanças públicas e do respeito às leis orçamentárias", diz o relatório de Jovair.
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Relator diz que indefinição de TCU sobre 2015 não impede impeachmentO deputado Jovair Arantes (PTB-GO), relator da comissão do impeachment na Câmara dos Deputados, afirmou em seu parecer, lido nesta quarta-feira (6), que o Congresso Nacional "independe de avaliações próprias" do TCU (Tribunal de Contas da União) para decidir sobre crimes de responsabilidade da presidente Dilma Rousseff. Segundo o relator, o Congresso necessita aguardar apenas "parecer prévio do TCU no âmbito do processo de julgamento de contas" da presidente da República. O ponto é controverso e deverá ganhar importância nos debates em torno do processo de impeachment, porque o relatório de Jovair circunscreveu os temas das pedaladas fiscais e da abertura de créditos suplementares ao ano de 2015, sobre os quais, contudo, não há ainda uma decisão final do TCU. A denúncia original tratava também do primeiro mandato de Dilma (2011-2014). O tribunal condenou operações do gênero ocorridas antes do segundo mandato de Dilma, iniciado em janeiro de 2015, mas ainda não tem uma posição final sobre os eventos ocorridos a partir daquele mês. Um documento assinado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), antes da criação da comissão de impeachment diz que ela deveria analisar apenas fatos relativos ao segundo mandato de Dilma. Para o relator da comissão, no julgamento de crimes de responsabilidade a legislação "não prevê vinculação da Câmara dos Deputados nem do Senado Federal à prévia manifestação da Corte de Contas". Em seu relatório, Jovair atacou a posição da defesa de Dilma Rousseff. Segundo o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, em acórdão de 2015 o TCU manifestou uma "mudança de entendimento" sobre a abertura de créditos suplementares sem autorização do Legislativo ao aprovar parecer prévio em favor da rejeição das contas de Dilma relativas a 2014. De acordo com a defesa, a abertura dos créditos colocada agora sob suspeita já havia "ocorrido em exercícios anteriores, sem que isso tivesse sido caracterizado como ilegal ou irregular pelo TCU". Para o relator, entretanto, "o TCU não teria se pronunciado sobre a matéria em anos anteriores", ou seja, não atestou "expressamente sua regularidade". Segundo Jovair, "não teria havido mudança de entendimento, dado que inexiste aprovação tácita de atos e procedimentos não examinados em auditorias ou fiscalizações no passado". No relatório, Jovair escreveu que "as condutas atribuídas à presidente relativas à abertura de créditos orçamentários por decreto, sem a devida autorização do Congresso Nacional e em desrespeito à condição imposta pelo próprio Poder Legislativo" na Lei Orçamentária Anual de 2015, "se vierem a ser confirmadas pelo Senado, não representam atos de menor importância, meros desvios de tecnicismo orçamentário, passível de correção pelos mecanismos usuais de controle, como pretendeu a denunciada [Dilma] em sua manifestação". Se confirmada, a denúncia, segundo o relator, "evidencia grave violação de valores ético-jurídicos que fundamentam e legitimam o exercício do poder estatal, entre eles, o controle democrático e popular do Legislativo sobre os limites da programação orçamentária dos gastos governamentais". "[...] Considero que há sérios indícios de conduta pessoal dolosa da presidente da República que atentam contra a Constituição Federal, mais precisamente contra os princípios da separação de poderes, do controle parlamentar das finanças públicas e do respeito às leis orçamentárias", diz o relatório de Jovair.
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Número de soropositivos cresce 10% ao ano na Rússia
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O número de soropositivos aumenta 10% a cada ano na Rússia, onde há mais de um milhão de pessoas infectadas, advertiu nesta terça-feira (29) o diretor do Centro Federal de Luta contra a Aids, Vadim Pokrovski. "O número de soropositivos aumenta 10% a cada ano e afetava oficialmente 1.087.339 pessoas até 30 de setembro", declarou Pokrovski em uma coletiva de imprensa em Moscou. Com 146,5 milhões de habitantes, a taxa oficial de soropositivos na Rússia é de 0,58% da população, afirmou. "Segundo nossos cálculos, o número de soropositivos se estabelece na realidade entre 1,3 e 1,4 milhão de pessoas", ou seja, entre 0,89% e 0,96% da população, acrescentou. Em 2015 foram registrados oficialmente 110.000 novos casos na Rússia –270 novos soropositivos por dia. "A situação só se agrava e atualmente ameaça a segurança nacional", pois poderia se transformar em uma epidemia generalizada antes do fim de 2021, explicou o especialista. Mais da metade desses novos infectados (51%) são dependentes químicos, enquanto 47% contraíram a doença por manter relações sexuais heterossexuais sem proteção. Apenas 1,5% adquiriu o vírus em relações sexuais homossexuais. "A Rússia é o único país do mundo em que os dependentes (químicos) representam mais de 50% dos soropositivos", destacou Pokrovski, lamentando a ausência de campanhas de prevenção contra a aids direcionadas a essa parcela da população, que poderia ser de mais de dois milhões de pessoas, segundo o Serviço Federal de Controle de Drogas (FSKN). A questão "não é só os fundos públicos serem suficientes. Nem sequer fala-se sobre a prevenção de novos casos", disse, alarmado. Um soropositivo em cada três na Rússia recebe tratamento médico gratuito, por conta da falta de financiamento, enquanto a qualidade dos medicamentos deixa a desejar. O presidente russo, Vladimir Putin, tem apoiado a promoção de ideias conservadoras no país e os poderes públicos russos preferiram focar no tratamento da aids do que em sua prevenção. Nesse sentido, a Rússia proibiu a metadona, substituto da heroína, e trocou as campanhas informativas por chamados à abstinência. Em julho, as principais ONGs encarregadas da divulgação das formas de prevenção foram tachadas como "agentes do exterior" pela justiça russa.
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Número de soropositivos cresce 10% ao ano na RússiaO número de soropositivos aumenta 10% a cada ano na Rússia, onde há mais de um milhão de pessoas infectadas, advertiu nesta terça-feira (29) o diretor do Centro Federal de Luta contra a Aids, Vadim Pokrovski. "O número de soropositivos aumenta 10% a cada ano e afetava oficialmente 1.087.339 pessoas até 30 de setembro", declarou Pokrovski em uma coletiva de imprensa em Moscou. Com 146,5 milhões de habitantes, a taxa oficial de soropositivos na Rússia é de 0,58% da população, afirmou. "Segundo nossos cálculos, o número de soropositivos se estabelece na realidade entre 1,3 e 1,4 milhão de pessoas", ou seja, entre 0,89% e 0,96% da população, acrescentou. Em 2015 foram registrados oficialmente 110.000 novos casos na Rússia –270 novos soropositivos por dia. "A situação só se agrava e atualmente ameaça a segurança nacional", pois poderia se transformar em uma epidemia generalizada antes do fim de 2021, explicou o especialista. Mais da metade desses novos infectados (51%) são dependentes químicos, enquanto 47% contraíram a doença por manter relações sexuais heterossexuais sem proteção. Apenas 1,5% adquiriu o vírus em relações sexuais homossexuais. "A Rússia é o único país do mundo em que os dependentes (químicos) representam mais de 50% dos soropositivos", destacou Pokrovski, lamentando a ausência de campanhas de prevenção contra a aids direcionadas a essa parcela da população, que poderia ser de mais de dois milhões de pessoas, segundo o Serviço Federal de Controle de Drogas (FSKN). A questão "não é só os fundos públicos serem suficientes. Nem sequer fala-se sobre a prevenção de novos casos", disse, alarmado. Um soropositivo em cada três na Rússia recebe tratamento médico gratuito, por conta da falta de financiamento, enquanto a qualidade dos medicamentos deixa a desejar. O presidente russo, Vladimir Putin, tem apoiado a promoção de ideias conservadoras no país e os poderes públicos russos preferiram focar no tratamento da aids do que em sua prevenção. Nesse sentido, a Rússia proibiu a metadona, substituto da heroína, e trocou as campanhas informativas por chamados à abstinência. Em julho, as principais ONGs encarregadas da divulgação das formas de prevenção foram tachadas como "agentes do exterior" pela justiça russa.
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Veja tumulto em Paris; policial diz "ter que agir" na multidão
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Imagens mostram correria na Praça da República, em Paris, neste domingo (15). A polícia francesa diz que foram ouvidos sons de fogos de artifício no local.No vídeo acima, policiais aparecem cercando o local. Em entrevista, um agente não identificado diz que "a polícia tem que agir quando vê muita movimentação da multidão", mas evitar passar informações. "Não posso dizer."
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Veja tumulto em Paris; policial diz "ter que agir" na multidãoImagens mostram correria na Praça da República, em Paris, neste domingo (15). A polícia francesa diz que foram ouvidos sons de fogos de artifício no local.No vídeo acima, policiais aparecem cercando o local. Em entrevista, um agente não identificado diz que "a polícia tem que agir quando vê muita movimentação da multidão", mas evitar passar informações. "Não posso dizer."
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Dono de crucifixo 'comunista' defende escultura entregue por Evo a Francisco
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Dono do crucifixo em formato de foice e martelo cuja réplica foi presenteada ao papa Francisco pelo presidente boliviano, Evo Morales na última quarta (8), o padre jesuíta e sociólogo Xavier Albó, 80, disse que a escultura apenas representa o diálogo. Ele negou que o autor da peça, o também padre jesuíta e amigo Luis Espinal, assassinado em março de 1980, fosse comunista. "Era uma chamada para dizer que temos de dialogar com todos, mesmo com os não crentes", afirmou à Folha. "Ele [Espinal] coincidia em muitas coisas com o marxismo, como transformar a sociedade, mas na parte metafísica estava totalmente em desacordo com o ateísmo." Espinal, de origem catalã como Albó, foi assassinado durante a ditadura militar boliviana (1964-1982). Ligado à Teologia da Libertação, era próximo de movimentos indígenas e criticava abertamente o regime da época. Na chegada a La Paz, na quarta-feira, Francisco, também jesuíta, parou o papamóvel perto do local onde Espinal foi morto e pediu um minuto de silêncio em sua homenagem. Pouco depois, o pontífice recebeu a escultura de Evo. Em resposta à onda de críticas de que Evo teria entregue um "crucifixo comunista" para constranger Francisco, o Vaticano disse que não houve ofensa no gesto. "Você pode discutir o significado e o uso do símbolo hoje, mas ele foi criado por Espinal, e o seu sentido era sobre um diálogo aberto, não sobre alguma ideologia específica", declarou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. PAPA DOS POBRES O governo boliviano disse que o presente não representa um gesto político, mas é um símbolo que, na visão de Evo Morales, agradaria ao "papa dos pobres". "[O presente] representou um grande afeto. [Trata-se] de uma obra desenhada pelas mãos de Luis Espinal", disse a ministra das Comunicações, Manianela Paco. Albó, que dividia um quarto com o padre jesuíta quando ele foi morto, disse que ficou com a escultura como herdeiro legítimo. "Continuarei com a escultura original e não penso em soltá-la. Nem que o papa me peça."
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Dono de crucifixo 'comunista' defende escultura entregue por Evo a FranciscoDono do crucifixo em formato de foice e martelo cuja réplica foi presenteada ao papa Francisco pelo presidente boliviano, Evo Morales na última quarta (8), o padre jesuíta e sociólogo Xavier Albó, 80, disse que a escultura apenas representa o diálogo. Ele negou que o autor da peça, o também padre jesuíta e amigo Luis Espinal, assassinado em março de 1980, fosse comunista. "Era uma chamada para dizer que temos de dialogar com todos, mesmo com os não crentes", afirmou à Folha. "Ele [Espinal] coincidia em muitas coisas com o marxismo, como transformar a sociedade, mas na parte metafísica estava totalmente em desacordo com o ateísmo." Espinal, de origem catalã como Albó, foi assassinado durante a ditadura militar boliviana (1964-1982). Ligado à Teologia da Libertação, era próximo de movimentos indígenas e criticava abertamente o regime da época. Na chegada a La Paz, na quarta-feira, Francisco, também jesuíta, parou o papamóvel perto do local onde Espinal foi morto e pediu um minuto de silêncio em sua homenagem. Pouco depois, o pontífice recebeu a escultura de Evo. Em resposta à onda de críticas de que Evo teria entregue um "crucifixo comunista" para constranger Francisco, o Vaticano disse que não houve ofensa no gesto. "Você pode discutir o significado e o uso do símbolo hoje, mas ele foi criado por Espinal, e o seu sentido era sobre um diálogo aberto, não sobre alguma ideologia específica", declarou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. PAPA DOS POBRES O governo boliviano disse que o presente não representa um gesto político, mas é um símbolo que, na visão de Evo Morales, agradaria ao "papa dos pobres". "[O presente] representou um grande afeto. [Trata-se] de uma obra desenhada pelas mãos de Luis Espinal", disse a ministra das Comunicações, Manianela Paco. Albó, que dividia um quarto com o padre jesuíta quando ele foi morto, disse que ficou com a escultura como herdeiro legítimo. "Continuarei com a escultura original e não penso em soltá-la. Nem que o papa me peça."
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Consumo de energia pelas indústrias cai 8,9% em novembro
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O consumo de energia pelas indústrias do país caiu 8,9% em novembro, de acordo com boletim divulgado nesta segunda-feira (4) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Foi o maior recuo do ano passado, com retração em todos os setores pesquisados. No geral, a queda do consumo de energia no penúltimo mês de 2015 foi de 4,4%, com retração também nos segmentos comercial e residencial. Em novembro, o consumo nacional de energia foi de 39.128 gigawatts-hora (GWh). Segundo a EPE, o mau desempenho do segmento industrial foi puxado pelos resultados negativos do Sudeste (-10%) e Nordeste (-12,9%). A indústria de extração de minerais teve a primeira queda do ano, de 0,6%, com impactos do acidente da Samarco em Mariana (MG), "que paralisou a produção de algumas unidades extrativas", informou a EPE, em sua Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica. O consumo comercial de energia caiu 2,6% em novembro, apresentando o pior desempenho do ano. "Entre os fatores que explicam o resultado ruim, está o quadro econômico de baixa atividade e de incertezas no cenário de curto prazo", analisa a estatal. Já o consumo pelas residências caiu 2,2%, no sétimo recuo consecutivo de 2015. Para a EPE, as altas tarifas e as temperaturas mais amenas contribuíram para o resultado.
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Consumo de energia pelas indústrias cai 8,9% em novembroO consumo de energia pelas indústrias do país caiu 8,9% em novembro, de acordo com boletim divulgado nesta segunda-feira (4) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Foi o maior recuo do ano passado, com retração em todos os setores pesquisados. No geral, a queda do consumo de energia no penúltimo mês de 2015 foi de 4,4%, com retração também nos segmentos comercial e residencial. Em novembro, o consumo nacional de energia foi de 39.128 gigawatts-hora (GWh). Segundo a EPE, o mau desempenho do segmento industrial foi puxado pelos resultados negativos do Sudeste (-10%) e Nordeste (-12,9%). A indústria de extração de minerais teve a primeira queda do ano, de 0,6%, com impactos do acidente da Samarco em Mariana (MG), "que paralisou a produção de algumas unidades extrativas", informou a EPE, em sua Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica. O consumo comercial de energia caiu 2,6% em novembro, apresentando o pior desempenho do ano. "Entre os fatores que explicam o resultado ruim, está o quadro econômico de baixa atividade e de incertezas no cenário de curto prazo", analisa a estatal. Já o consumo pelas residências caiu 2,2%, no sétimo recuo consecutivo de 2015. Para a EPE, as altas tarifas e as temperaturas mais amenas contribuíram para o resultado.
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Possível ação de BCs anima mercados; dólar cai a R$ 3,31 e Bolsa sobe
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A perspectiva de um ação global para mitigar os efeitos da saída do Reino Unido da União Europeia anima os mercados, após dois dias de fortes quedas. As Bolsas mundiais e o petróleo sobem, e o dólar se enfraquece. No Brasil, a moeda americana recua quase 3%, para a casa dos R$ 3,31, renovando as cotações mínimas do ano, e o Ibovespa sobe mais de 1,6%. As declarações do presidente do BCE (Banco Central Europeu), Mario Draghi, contribuem para o bom humor dos investidores. Draghi afirmou que os bancos centrais em todo o mundo deveriam alinhar suas políticas monetárias para ajudar a impedir "contágios desestabilizadores" entre economias que crescem a diferentes ritmos. "Podemos não precisar de coordenação formal de políticas. Mas podemos nos beneficiar de um alinhamento de políticas", disse. "A recuperação das commodities e dos mercados acionários é importante, mas não o suficiente para mudar o cenário [global] de juros baixos e maior probabilidade de estímulo monetário", comenta a equipe de análise da Lerosa Investimentos, em relatório. "Com isso, ativos emergentes ganham duplamente: melhora geral da percepção de risco e atratividade de suas moedas sem pressão de aumento de juros nos EUA." CÂMBIO A moeda americana à vista perdia há pouco 2,92%, a R$ 3,3122, na menor cotação desde 23 de julho do ano passado (R$ 3,2884). O dólar comercial perdia 2,44%, a R$ 3,3120, também na mínima desde julho. A queda da moeda americana foi ampliada após declarações o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, de que o câmbio é flutuante e que a autoridade monetária reduzir sua exposição cambial em determinado instrumento "quando e se for possível". "O mercado quer ver qual é o piso do dólar para o BC voltar a atuar no câmbio", comenta Hideaki Ilha, operador de câmbio da Fair Corretora. "Se o câmbio é flutuante, em tese não haveria piso." Além disso, os juros altos no país favorecem o fluxo de dólares, o que joga as cotações da moeda americana para baixo com a melhora do humor global. A libra e o euro também se valorizam frente à moeda americana, com valorizações de 0,57% e 0,09% há pouco, respectivamente. JUROS No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 subia de 13,650% para 13,795%, após o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central, divulgado nesta manhã, ter descartado um corte da taxa básica de juros, a Selic, no curto prazo. O BC afirmou que "adotará as medidas necessárias para colocar a inflação na meta de 4,5% em 2017 e que não trabalha com a hipótese de corte de juros neste momento". O contrato de DI para janeiro de 2021 recuava de 12,230% para 12,190%, refletindo a queda do dólar e a euforia nos mercados financeiros globais. O CDS (credit default swap) brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, perdia 2,08%, aos 339,878 pontos. BOLSAS Depois de ter subido mais de 2% mais cedo nesta sessão, o Ibovespa avançava há pouco 1,61%, aos 50.039,52 pontos. As ações da Petrobras e da Vale ganhavam mais de 4%. No setor financeiro, Itaú Unibanco PN subia 2,53%; Bradesco PN, +1,92%; Banco do Brasil ON, +1,91%; e Santander unit, +1,63%. Na Europa, a Bolsa de Londres encerrou o pregão em alta de 2,64%; Paris, +2,61%; Frankfurt, +1,93%; Madri, +2,48%; e Milão, +3,30%. Na Bolsa de Nova York, o S&P 500 ganhava 1,07%; o Dow Jones, +0,87%; e o Nasdaq, +1,55%. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,51%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,59%. O premiê chinês, Li Keqiang, disse nesta terça-feira que não vai permitir que o pânico que agitou as moedas e os mercados acionários globais após a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia cause forte turbulência no mercado financeiro do país.
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Possível ação de BCs anima mercados; dólar cai a R$ 3,31 e Bolsa sobeA perspectiva de um ação global para mitigar os efeitos da saída do Reino Unido da União Europeia anima os mercados, após dois dias de fortes quedas. As Bolsas mundiais e o petróleo sobem, e o dólar se enfraquece. No Brasil, a moeda americana recua quase 3%, para a casa dos R$ 3,31, renovando as cotações mínimas do ano, e o Ibovespa sobe mais de 1,6%. As declarações do presidente do BCE (Banco Central Europeu), Mario Draghi, contribuem para o bom humor dos investidores. Draghi afirmou que os bancos centrais em todo o mundo deveriam alinhar suas políticas monetárias para ajudar a impedir "contágios desestabilizadores" entre economias que crescem a diferentes ritmos. "Podemos não precisar de coordenação formal de políticas. Mas podemos nos beneficiar de um alinhamento de políticas", disse. "A recuperação das commodities e dos mercados acionários é importante, mas não o suficiente para mudar o cenário [global] de juros baixos e maior probabilidade de estímulo monetário", comenta a equipe de análise da Lerosa Investimentos, em relatório. "Com isso, ativos emergentes ganham duplamente: melhora geral da percepção de risco e atratividade de suas moedas sem pressão de aumento de juros nos EUA." CÂMBIO A moeda americana à vista perdia há pouco 2,92%, a R$ 3,3122, na menor cotação desde 23 de julho do ano passado (R$ 3,2884). O dólar comercial perdia 2,44%, a R$ 3,3120, também na mínima desde julho. A queda da moeda americana foi ampliada após declarações o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, de que o câmbio é flutuante e que a autoridade monetária reduzir sua exposição cambial em determinado instrumento "quando e se for possível". "O mercado quer ver qual é o piso do dólar para o BC voltar a atuar no câmbio", comenta Hideaki Ilha, operador de câmbio da Fair Corretora. "Se o câmbio é flutuante, em tese não haveria piso." Além disso, os juros altos no país favorecem o fluxo de dólares, o que joga as cotações da moeda americana para baixo com a melhora do humor global. A libra e o euro também se valorizam frente à moeda americana, com valorizações de 0,57% e 0,09% há pouco, respectivamente. JUROS No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 subia de 13,650% para 13,795%, após o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central, divulgado nesta manhã, ter descartado um corte da taxa básica de juros, a Selic, no curto prazo. O BC afirmou que "adotará as medidas necessárias para colocar a inflação na meta de 4,5% em 2017 e que não trabalha com a hipótese de corte de juros neste momento". O contrato de DI para janeiro de 2021 recuava de 12,230% para 12,190%, refletindo a queda do dólar e a euforia nos mercados financeiros globais. O CDS (credit default swap) brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, perdia 2,08%, aos 339,878 pontos. BOLSAS Depois de ter subido mais de 2% mais cedo nesta sessão, o Ibovespa avançava há pouco 1,61%, aos 50.039,52 pontos. As ações da Petrobras e da Vale ganhavam mais de 4%. No setor financeiro, Itaú Unibanco PN subia 2,53%; Bradesco PN, +1,92%; Banco do Brasil ON, +1,91%; e Santander unit, +1,63%. Na Europa, a Bolsa de Londres encerrou o pregão em alta de 2,64%; Paris, +2,61%; Frankfurt, +1,93%; Madri, +2,48%; e Milão, +3,30%. Na Bolsa de Nova York, o S&P 500 ganhava 1,07%; o Dow Jones, +0,87%; e o Nasdaq, +1,55%. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,51%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,59%. O premiê chinês, Li Keqiang, disse nesta terça-feira que não vai permitir que o pânico que agitou as moedas e os mercados acionários globais após a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia cause forte turbulência no mercado financeiro do país.
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Líder socialista espanhol renuncia após derrotas eleitorais
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Castigado pelo desempenho ruim nas urnas e por disputas internas, Pedro Sánchez renunciou neste sábado (1º) ao cargo de secretário-geral do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol). A sigla deve ser liderada por um comitê gestor. É possível que a crise rompa o impasse político no país e leve à formação do próximo governo, aguardado desde dezembro. Sánchez era secretário-geral do PSOE desde 2014. Ele esteve por trás do partido nos últimos dois pleitos, nos quais teve um desempenho historicamente ruim. O PSOE perdeu espaço também em eleições regionais recentes na Galícia e no País Basco. O conservador Partido Popular venceu os pleitos de dezembro e de junho, mas sem reunir os assentos necessários para governar. O PSOE se negou a permitir o governo do rival por meio de sua abstenção no Congresso. Por isso, recebeu parte da culpa pelo impasse. Sánchez havia anunciado planos de convocar um congresso para reeleger-se com o voto dos militantes, em uma tentativa de se fortalecer. Seus rivais dentro do partido não aceitaram a proposta e, em um claro desafio, 17 membros da diretoria renunciaram durante a semana. O comitê do PSOE reuniu-se neste sábado e rejeitou, com a maioria dos votos, a realização do congresso. Sánchez renunciou imediatamente após o anúncio de sua derrota dizendo ter sido uma "honra" liderar o partido. A decisão causou tensão diante da sede do PSOE, em Madri, com gritos de militantes em seu apoio. Sánchez era popular entre a base do partido, e sua saída será danosa à imagem da sigla. Espera-se que, com uma nova liderança, o PSOE reveja sua posição e permita um governo do PP. Assim, com a abstenção dos socialistas no Congresso, o atual premiê Mariano Rajoy poderia ser reeleito para o cargo. A Espanha tem há nove meses um "governo em exercício, com funções limitadas. Não é possível, por exemplo, aprovar o orçamento do ano que vem. O investimento público também está paralisado. Há crescente preocupação com a perspectiva de um pleito em dezembro, o terceiro em um ano.
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Líder socialista espanhol renuncia após derrotas eleitoraisCastigado pelo desempenho ruim nas urnas e por disputas internas, Pedro Sánchez renunciou neste sábado (1º) ao cargo de secretário-geral do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol). A sigla deve ser liderada por um comitê gestor. É possível que a crise rompa o impasse político no país e leve à formação do próximo governo, aguardado desde dezembro. Sánchez era secretário-geral do PSOE desde 2014. Ele esteve por trás do partido nos últimos dois pleitos, nos quais teve um desempenho historicamente ruim. O PSOE perdeu espaço também em eleições regionais recentes na Galícia e no País Basco. O conservador Partido Popular venceu os pleitos de dezembro e de junho, mas sem reunir os assentos necessários para governar. O PSOE se negou a permitir o governo do rival por meio de sua abstenção no Congresso. Por isso, recebeu parte da culpa pelo impasse. Sánchez havia anunciado planos de convocar um congresso para reeleger-se com o voto dos militantes, em uma tentativa de se fortalecer. Seus rivais dentro do partido não aceitaram a proposta e, em um claro desafio, 17 membros da diretoria renunciaram durante a semana. O comitê do PSOE reuniu-se neste sábado e rejeitou, com a maioria dos votos, a realização do congresso. Sánchez renunciou imediatamente após o anúncio de sua derrota dizendo ter sido uma "honra" liderar o partido. A decisão causou tensão diante da sede do PSOE, em Madri, com gritos de militantes em seu apoio. Sánchez era popular entre a base do partido, e sua saída será danosa à imagem da sigla. Espera-se que, com uma nova liderança, o PSOE reveja sua posição e permita um governo do PP. Assim, com a abstenção dos socialistas no Congresso, o atual premiê Mariano Rajoy poderia ser reeleito para o cargo. A Espanha tem há nove meses um "governo em exercício, com funções limitadas. Não é possível, por exemplo, aprovar o orçamento do ano que vem. O investimento público também está paralisado. Há crescente preocupação com a perspectiva de um pleito em dezembro, o terceiro em um ano.
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Bomba de gravação levou Temer a fazer pronunciamento às escuras
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Michel Temer se aproximou do púlpito com o brasão presidencial às 16h09 de quinta-feira (18). Fora convencido a fazer um discurso em tom de indignação para negar que tivesse dado aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Naquele mesmo minuto, chegava a um computador da Casa Civil o e-mail em que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, concedia o que Temer queria ter visto antes de dizer em público que não renunciaria. Mas não dava mais tempo. O presidente discursava às cegas, enquanto Gustavo Rocha, subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, lia a mensagem do ministro relator da Lava Jato: a íntegra da gravação de uma conversa entre Joesley Batista e Michel Temer já estava à disposição do Palácio do Planalto. Escutar a gravação completa era fundamental para o peemedebista. Enquanto elaborava seu rápido discurso, o presidente repetia que não se lembrava dos "detalhes" da conversa com Joesley e que, por isso, queria se defender somente após ouvir tudo o que o empresário havia entregado à PGR (Procuradoria-Geral da República). Nas primeiras horas de quinta, Temer assinou um ofício pedindo a Fachin acesso em primeira mão às gravações. A justificativa era econômica, setor em que ancora seu governo. O Ibovespa tinha caído 10% naquela manhã e interrompido os pregões. O país estava em colapso, argumentava Temer. Sem resposta do STF, o presidente foi convencido por auxiliares próximos de que não havia mais tempo: o desgaste de sua imagem aumentava e o mercado despencava. Ele precisava falar. Visivelmente nervoso, Temer releu o texto escrito por sua equipe de comunicação —e revisado por ele— diversas vezes e treinou, sozinho, a entonação minutos antes de fazer seu discurso. "Não renunciarei. Repito: não renunciarei. Sei o que fiz e sei a correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Essa situação de dubiedade e de dúvida não pode persistir por muito tempo", disse o presidente. Temer não entrou em detalhes. Enquanto isso, funcionários da Casa Civil atravessavam a Praça dos Três Poderes, que separa o Planalto do STF, em busca dos áudios. Quando chegou a seu gabinete, no 3º andar do Planalto e ocupado por ministros e parlamentares que o apoiam, o presidente se disse "aliviado" e seguiu à saleta onde costuma fazer as refeições. Ali, o presidente havia feito desabafos desde as primeiras horas da manhã em razão da publicação de detalhes da delação da JBS. Dizia-se vítima de "conspiração" e reconhecia que aquele era o pior dia em um ano de governo. Gustavo Rocha havia preparado um laptop com caixas de som para que o peemedebista ouvisse sua conversa com Joesley. Temer escutou os primeiros minutos e, quando se deu conta de que ainda faltava mais de meia hora de gravação, disse: "Não posso ficar todo esse tempo aqui". O auxiliar permaneceu na sala para ouvir o áudio até o final e afirmou que, pelo menos ali, "não havia nada". O semblante tenso do presidente ganhou um leve contorno de alívio e deu sustentação ao discurso de que "iria enfrentar até o fim" todo o processo, apesar do custo político que isso traria à sua imagem e à de seu governo. Joesley acusa Temer de ter dado aval para a compra do silêncio de Cunha. Auxiliares alertaram que, além disso, o presidente poderia ser acusado de prevaricação, visto que o empresário falava em compra de juízes e procurador. "Era blefe", rebateu Temer, que assistiu ao restante do noticiário pela televisão, agora em silêncio. Apareciam novas acusações. E ele voltou a fechar o semblante.
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Bomba de gravação levou Temer a fazer pronunciamento às escurasMichel Temer se aproximou do púlpito com o brasão presidencial às 16h09 de quinta-feira (18). Fora convencido a fazer um discurso em tom de indignação para negar que tivesse dado aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Naquele mesmo minuto, chegava a um computador da Casa Civil o e-mail em que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, concedia o que Temer queria ter visto antes de dizer em público que não renunciaria. Mas não dava mais tempo. O presidente discursava às cegas, enquanto Gustavo Rocha, subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, lia a mensagem do ministro relator da Lava Jato: a íntegra da gravação de uma conversa entre Joesley Batista e Michel Temer já estava à disposição do Palácio do Planalto. Escutar a gravação completa era fundamental para o peemedebista. Enquanto elaborava seu rápido discurso, o presidente repetia que não se lembrava dos "detalhes" da conversa com Joesley e que, por isso, queria se defender somente após ouvir tudo o que o empresário havia entregado à PGR (Procuradoria-Geral da República). Nas primeiras horas de quinta, Temer assinou um ofício pedindo a Fachin acesso em primeira mão às gravações. A justificativa era econômica, setor em que ancora seu governo. O Ibovespa tinha caído 10% naquela manhã e interrompido os pregões. O país estava em colapso, argumentava Temer. Sem resposta do STF, o presidente foi convencido por auxiliares próximos de que não havia mais tempo: o desgaste de sua imagem aumentava e o mercado despencava. Ele precisava falar. Visivelmente nervoso, Temer releu o texto escrito por sua equipe de comunicação —e revisado por ele— diversas vezes e treinou, sozinho, a entonação minutos antes de fazer seu discurso. "Não renunciarei. Repito: não renunciarei. Sei o que fiz e sei a correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Essa situação de dubiedade e de dúvida não pode persistir por muito tempo", disse o presidente. Temer não entrou em detalhes. Enquanto isso, funcionários da Casa Civil atravessavam a Praça dos Três Poderes, que separa o Planalto do STF, em busca dos áudios. Quando chegou a seu gabinete, no 3º andar do Planalto e ocupado por ministros e parlamentares que o apoiam, o presidente se disse "aliviado" e seguiu à saleta onde costuma fazer as refeições. Ali, o presidente havia feito desabafos desde as primeiras horas da manhã em razão da publicação de detalhes da delação da JBS. Dizia-se vítima de "conspiração" e reconhecia que aquele era o pior dia em um ano de governo. Gustavo Rocha havia preparado um laptop com caixas de som para que o peemedebista ouvisse sua conversa com Joesley. Temer escutou os primeiros minutos e, quando se deu conta de que ainda faltava mais de meia hora de gravação, disse: "Não posso ficar todo esse tempo aqui". O auxiliar permaneceu na sala para ouvir o áudio até o final e afirmou que, pelo menos ali, "não havia nada". O semblante tenso do presidente ganhou um leve contorno de alívio e deu sustentação ao discurso de que "iria enfrentar até o fim" todo o processo, apesar do custo político que isso traria à sua imagem e à de seu governo. Joesley acusa Temer de ter dado aval para a compra do silêncio de Cunha. Auxiliares alertaram que, além disso, o presidente poderia ser acusado de prevaricação, visto que o empresário falava em compra de juízes e procurador. "Era blefe", rebateu Temer, que assistiu ao restante do noticiário pela televisão, agora em silêncio. Apareciam novas acusações. E ele voltou a fechar o semblante.
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YouTube terá estúdios no Rio para ampliar canais no país
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O diretor global dos YouTube Spaces, o norte-americano Lance Podell, disse que todas as empresas de mídia podem ser consideradas concorrentes. Na opinião de Podell, o sucesso dos programas online está obrigando as empresas de mídia tradicional a mudarem sua linguagem. Podell conversou com a Folha nesta quarta (9) durante lançamento do YouTube Space Rio, estúdios e produção de conteúdo audiovisual para a internet, que será inaugurado até dezembro de 2016. O espaço carioca terá cerca de 2 mil metros quadrados e será erguido na região portuária. Contará com pelo menos quatro estúdios e equipamento de ponta para aqueles que quiserem profissionalizar sua produção de vídeo. É o segundo do Brasil —há um projeto-piloto em São Paulo que funciona nas dependências do Instituto Criar, fundado em 2003 pelo apresentador da Globo Luciano Huck. Com isso, o país é o segundo a ter dois estúdios Space. O primeiro é o EUA. Isso porque o Brasil é o segundo mercado mundial em tempo de exibição (70 milhões de espectadores), mas carece de produção autoral. A empresa não divulga o número de canais no país. A ideia é fazer crescer a audiência de canais brasileiros e aumentar o lucro com publicidade. Veja os principais trechos da entrevista: * Folha - Quais empresas o YouTube vê como concorrentes hoje? Lance Podell - Qualquer um que compete pela sua atenção na mídia. Desde TV a TV online, mídia social: Facebook, Netflix, canais de televisão, Vine. Veículos de mídia tradicional tem perdido anunciantes para empresas como o Google. Como essas empresas estão se adaptando ao digital, na sua opinião? Tenho muito respeito por essas empresas, elas têm muita história, mas é difícil fazer um transatlântico mudar de direção. Acha que os canais de YouTube influenciam a linguagem das mídias tradicionais? Sim, com certeza. O programa do Jimmy Fallon [programa de entrevistas do canal NBC], por exemplo, é feito para ser divulgado online. Uma das áreas em que se vê mais mudanças é a de programas de entrevista. Está acontecendo uma coisa interessante com os programas de fãs, por exemplo. Os fãs de "Game of Thrones" [série de TV] não querem apenas ver a série, querem discutir sobre as famílias e tudo que acontece que a série não mostra. Programas de discussão estão se tornando cada vez mais populares no YouTube. Quem pensar em incluir esse fenômeno na sua programação se dará bem. O YouTube tem parcerias com essas outras mídias? Sim. Por exemplo, a Fox queria criar o primeiro programa de esportes online. Eles procuraram o Space Los Angeles. Criamos uma competição onde usuários sugeriram ideias de programas de entrevista. O vencedor, "The Buzer" ganhou um programa no canal de YouTube da Fox. Algum vídeo produzido num Space se tornou viral? Não usamos essa palavra. Viral pode ser só uma sensação pontual. Um vídeo que se relacionou com seu tempo de alguma forma. Isso não quer dizer que seu criador será um fenômeno, que virará um programa incrível. Viral pode ser mal feito, mas o timing estava certo. Queremos crescimento constante, queremos que o canal construa um público. Qual é a importância estratégica do Brasil para o YouTube Brasil? O Brasil é uma comunidade incrivelmente criativa. Há muita experimentação aqui. [O canal] "Porta dos Fundos", por exemplo, é um exemplo global de um criador que, na minha opinião, transcendeu o mercado brasileiro. O segundo aspecto é que os usuários estão aqui, apesar das dificuldades. A conexão de internet muitas vezes é ruim, ainda assim os brasileiros ficam muito tempo online. Em terceiro lugar, o Brasil tem um mercado de anunciantes forte, que está se tornando mais importante para o YouTube e o Google. Além disso, é um mercado de mídia grande. O YouTube pretende produzir conteúdo original? Somos essencialmente uma plataforma, e não uma geradora de conteúdo. Estamos lançando nos EUA o YouTube originals, que ajuda produtores de conteúdo a realizarem seus programas, mas nossa vocação é ser uma plataforma. Não sei quando o Originals chegará ao Brasil. - OS 10 MAIORES CANAIS EM NÚMERO DE INSCRITOS NO PAÍS
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YouTube terá estúdios no Rio para ampliar canais no paísO diretor global dos YouTube Spaces, o norte-americano Lance Podell, disse que todas as empresas de mídia podem ser consideradas concorrentes. Na opinião de Podell, o sucesso dos programas online está obrigando as empresas de mídia tradicional a mudarem sua linguagem. Podell conversou com a Folha nesta quarta (9) durante lançamento do YouTube Space Rio, estúdios e produção de conteúdo audiovisual para a internet, que será inaugurado até dezembro de 2016. O espaço carioca terá cerca de 2 mil metros quadrados e será erguido na região portuária. Contará com pelo menos quatro estúdios e equipamento de ponta para aqueles que quiserem profissionalizar sua produção de vídeo. É o segundo do Brasil —há um projeto-piloto em São Paulo que funciona nas dependências do Instituto Criar, fundado em 2003 pelo apresentador da Globo Luciano Huck. Com isso, o país é o segundo a ter dois estúdios Space. O primeiro é o EUA. Isso porque o Brasil é o segundo mercado mundial em tempo de exibição (70 milhões de espectadores), mas carece de produção autoral. A empresa não divulga o número de canais no país. A ideia é fazer crescer a audiência de canais brasileiros e aumentar o lucro com publicidade. Veja os principais trechos da entrevista: * Folha - Quais empresas o YouTube vê como concorrentes hoje? Lance Podell - Qualquer um que compete pela sua atenção na mídia. Desde TV a TV online, mídia social: Facebook, Netflix, canais de televisão, Vine. Veículos de mídia tradicional tem perdido anunciantes para empresas como o Google. Como essas empresas estão se adaptando ao digital, na sua opinião? Tenho muito respeito por essas empresas, elas têm muita história, mas é difícil fazer um transatlântico mudar de direção. Acha que os canais de YouTube influenciam a linguagem das mídias tradicionais? Sim, com certeza. O programa do Jimmy Fallon [programa de entrevistas do canal NBC], por exemplo, é feito para ser divulgado online. Uma das áreas em que se vê mais mudanças é a de programas de entrevista. Está acontecendo uma coisa interessante com os programas de fãs, por exemplo. Os fãs de "Game of Thrones" [série de TV] não querem apenas ver a série, querem discutir sobre as famílias e tudo que acontece que a série não mostra. Programas de discussão estão se tornando cada vez mais populares no YouTube. Quem pensar em incluir esse fenômeno na sua programação se dará bem. O YouTube tem parcerias com essas outras mídias? Sim. Por exemplo, a Fox queria criar o primeiro programa de esportes online. Eles procuraram o Space Los Angeles. Criamos uma competição onde usuários sugeriram ideias de programas de entrevista. O vencedor, "The Buzer" ganhou um programa no canal de YouTube da Fox. Algum vídeo produzido num Space se tornou viral? Não usamos essa palavra. Viral pode ser só uma sensação pontual. Um vídeo que se relacionou com seu tempo de alguma forma. Isso não quer dizer que seu criador será um fenômeno, que virará um programa incrível. Viral pode ser mal feito, mas o timing estava certo. Queremos crescimento constante, queremos que o canal construa um público. Qual é a importância estratégica do Brasil para o YouTube Brasil? O Brasil é uma comunidade incrivelmente criativa. Há muita experimentação aqui. [O canal] "Porta dos Fundos", por exemplo, é um exemplo global de um criador que, na minha opinião, transcendeu o mercado brasileiro. O segundo aspecto é que os usuários estão aqui, apesar das dificuldades. A conexão de internet muitas vezes é ruim, ainda assim os brasileiros ficam muito tempo online. Em terceiro lugar, o Brasil tem um mercado de anunciantes forte, que está se tornando mais importante para o YouTube e o Google. Além disso, é um mercado de mídia grande. O YouTube pretende produzir conteúdo original? Somos essencialmente uma plataforma, e não uma geradora de conteúdo. Estamos lançando nos EUA o YouTube originals, que ajuda produtores de conteúdo a realizarem seus programas, mas nossa vocação é ser uma plataforma. Não sei quando o Originals chegará ao Brasil. - OS 10 MAIORES CANAIS EM NÚMERO DE INSCRITOS NO PAÍS
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Empresa aérea premia hackers com milhões de milhas por revelarem riscos
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A United Continental Holdings premiou com milhões de milhas aéreas de viagem hackers que descobriram falhas de segurança na rede de computação da empresa aérea, em um fato inédito nos Estados Unidos. A United confirmou que pagou dois prêmios de 1 milhão de milhas cada, que equivalem a dezenas de voos domésticos de graça pela companhia. A United, porém, não confirmou tuítes de indivíduos que dizem ter recebido prêmios menores. A empresa, com sede em Chicago, espera avançar na área de segurança online das linhas aéreas, oferecendo "recompensas" a quem revelar riscos cibernéticos. Por meio deste programa, hackers pesquisam e sinalizam problemas antes que hackers criminosos possam se aproveitar deles. O custo pode também ser menor do que contratar uma consultoria externa. "Nós acreditamos que este programa irá reforçar ainda mais nossa segurança e permitir que continuemos oferecendo um serviço de excelência," disse a United em seu site, se recusando a fazer qualquer comentário adicional. Além das recompensas, a United disse também que testa internamente seus sistemas e que contrata empresas de segurança cibernética para manter seus sites seguros.
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mercado
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Empresa aérea premia hackers com milhões de milhas por revelarem riscosA United Continental Holdings premiou com milhões de milhas aéreas de viagem hackers que descobriram falhas de segurança na rede de computação da empresa aérea, em um fato inédito nos Estados Unidos. A United confirmou que pagou dois prêmios de 1 milhão de milhas cada, que equivalem a dezenas de voos domésticos de graça pela companhia. A United, porém, não confirmou tuítes de indivíduos que dizem ter recebido prêmios menores. A empresa, com sede em Chicago, espera avançar na área de segurança online das linhas aéreas, oferecendo "recompensas" a quem revelar riscos cibernéticos. Por meio deste programa, hackers pesquisam e sinalizam problemas antes que hackers criminosos possam se aproveitar deles. O custo pode também ser menor do que contratar uma consultoria externa. "Nós acreditamos que este programa irá reforçar ainda mais nossa segurança e permitir que continuemos oferecendo um serviço de excelência," disse a United em seu site, se recusando a fazer qualquer comentário adicional. Além das recompensas, a United disse também que testa internamente seus sistemas e que contrata empresas de segurança cibernética para manter seus sites seguros.
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Rio tenta conter expansão da cidade, mas Jogos atraem projetos a oeste
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Após mais de quatro séculos avançando a ocupação urbana a oeste, o Rio comemora 450 anos neste domingo (1º) esboçando frear a expansão. Ainda em passos iniciais, a cidade planeja reabitar o centro e impor limites para a ocupação de seu território. A mudança agora ocorre principalmente com o investimento de R$ 8 bilhões na revitalização da zona portuária. O objetivo é atrair moradias para o centro, onde vivem apenas 5% dos 6,4 milhões de habitantes. Esse plano sofre concorrência da Olimpíada de 2016. A Barra (zona oeste) será o principal palco dos Jogos, viabilizados por empreendimentos imobiliários no que seria o limite ideal da cidade. Fundada em 1º de março de 1565, entre o morro Cara de Cão e o Pão de Açúcar, na zona sul, a cidade teve seu povoamento a partir do morro do Castelo, na região central. Concentrou sua ocupação na entrada da baía de Guanabara, região demarcada por quatro morros -três sofreriam desmonte- e diversos manguezais -aterrados. A expansão urbana se deu no século 19, saindo do centro e circundando o maciço da Tijuca. Ao norte, seguiu a linha férrea. Ao sul, o litoral. A agenda até o quinto centenário é múltipla. Reduzir as desigualdades, reformar as moradias, com urbanização e saneamento em favela, e qualificar as novas gerações. Quase 20% vivem no que o IBGE chama de aglomerações subnormais, visíveis nas favelas que desenham morros. "Na história dessa cidade, os únicos que construíram casas para os pobres foram os próprios pobres", disse o arquiteto Augusto Ivan. A prefeitura contratou mais de 60 mil habitações pelo Minha Casa, Minha Vida e urbanizou favelas com o Morar Carioca. Para o prefeito Eduardo Paes (PMDB), a Olimpíada consolida a ocupação de uma área já habitada e não ameaça reocupar o centro. O oeste tem 40% da população, enquanto as áreas centrais somam prédios abandonados. Para os críticos, a contradição resume uma marca da cidade em sua história: a falta de planejamento urbano. A expansão em direção ao maciço da Pedra Branca, na zona oeste, fez a cidade reencontrar desafios de sua origem: regiões alagadiças na base dos morros. Desde maio de 2013, decreto proíbe novas licenças em Guaratiba e nas Vargens, mas abre exceção para instalações olímpicas. "A política é ambígua. O discurso é num sentido e a prática na outra", diz Sérgio Magalhães, presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil.
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cotidiano
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Rio tenta conter expansão da cidade, mas Jogos atraem projetos a oesteApós mais de quatro séculos avançando a ocupação urbana a oeste, o Rio comemora 450 anos neste domingo (1º) esboçando frear a expansão. Ainda em passos iniciais, a cidade planeja reabitar o centro e impor limites para a ocupação de seu território. A mudança agora ocorre principalmente com o investimento de R$ 8 bilhões na revitalização da zona portuária. O objetivo é atrair moradias para o centro, onde vivem apenas 5% dos 6,4 milhões de habitantes. Esse plano sofre concorrência da Olimpíada de 2016. A Barra (zona oeste) será o principal palco dos Jogos, viabilizados por empreendimentos imobiliários no que seria o limite ideal da cidade. Fundada em 1º de março de 1565, entre o morro Cara de Cão e o Pão de Açúcar, na zona sul, a cidade teve seu povoamento a partir do morro do Castelo, na região central. Concentrou sua ocupação na entrada da baía de Guanabara, região demarcada por quatro morros -três sofreriam desmonte- e diversos manguezais -aterrados. A expansão urbana se deu no século 19, saindo do centro e circundando o maciço da Tijuca. Ao norte, seguiu a linha férrea. Ao sul, o litoral. A agenda até o quinto centenário é múltipla. Reduzir as desigualdades, reformar as moradias, com urbanização e saneamento em favela, e qualificar as novas gerações. Quase 20% vivem no que o IBGE chama de aglomerações subnormais, visíveis nas favelas que desenham morros. "Na história dessa cidade, os únicos que construíram casas para os pobres foram os próprios pobres", disse o arquiteto Augusto Ivan. A prefeitura contratou mais de 60 mil habitações pelo Minha Casa, Minha Vida e urbanizou favelas com o Morar Carioca. Para o prefeito Eduardo Paes (PMDB), a Olimpíada consolida a ocupação de uma área já habitada e não ameaça reocupar o centro. O oeste tem 40% da população, enquanto as áreas centrais somam prédios abandonados. Para os críticos, a contradição resume uma marca da cidade em sua história: a falta de planejamento urbano. A expansão em direção ao maciço da Pedra Branca, na zona oeste, fez a cidade reencontrar desafios de sua origem: regiões alagadiças na base dos morros. Desde maio de 2013, decreto proíbe novas licenças em Guaratiba e nas Vargens, mas abre exceção para instalações olímpicas. "A política é ambígua. O discurso é num sentido e a prática na outra", diz Sérgio Magalhães, presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil.
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Órfã de guerra, bailarina brilha em espetáculo da Broadway
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Michaela DePrince, bailarina americana de 20 anos de idade que em agosto passou a integrar o Balé Nacional da Holanda, é, sob alguns aspectos, o equivalente a uma dançarina do grupo de artistas de um musical da Broadway. Mas, todas as noites, muitas pessoas assistem ao balé apenas para vê-la dançar. Ela perdeu seus pais durante a guerra em Serra Leoa e superou diversos obstáculos para se tornar bailarina. Mas virou celebridade somente em 2014, quando seu livro de memórias foi publicado nos EUA e em outros países sob o título "Hope in a Ballet Shoe" (Esperança em uma sapatilha de balé). Nos últimos meses, "houve uma enxurrada de pedidos de apresentações individuais, entrevistas e talk shows", contou o diretor artístico da companhia de balé, Ted Brandsen. DePrince foi convidada para ser modelo de grifes, porta-voz de organizações humanitárias internacionais e até embaixadora cultural da embaixada de Serra Leoa na Holanda. Ela recusou todos os convites. É uma vida muito diferente do que qualquer pessoa poderia ter previsto para ela. Michaela nasceu com o nome de Mabinty Bangura em 1995, durante uma guerra civil que se arrastou por 11 anos e deixou 50 mil mortos, incluindo seu pai, quando ela tinha três anos. Mabinty e sua mãe se mudaram para a casa de um tio, que lhes dava tão pouca comida que sua mãe morreu de inanição. Então o tio deixou a criança em um orfanato. Ali, Mabinty foi apelidada de "filha do diabo". Diziam-lhe que ela era "feia demais" para ser adotada, devido às manchas brancas em seu pescoço e peito, causadas por um problema de pele. Mas um dia os ventos alísios da África Ocidental levaram uma revista ao orfanato. A capa mostrava uma bailarina de saia cor-de-rosa, com a perna dobrada numa postura elegante. Mabinty, que tinha quatro anos, ficou fascinada e jurou que um dia seria como a menina da foto. Na época, ela nem sequer sabia o que era balé. Esse relato vem de seu livro de memórias, que ela escreveu com a mãe adotiva, Elaine DePrince. Em 2012, ela foi uma das várias dançarinas de balé mostradas no documentário "First Position", de Bess Kargman, sobre participantes do concurso Youth America Grand Prix, que lhe valeu uma bolsa de estudos na American Ballet Theater School. Michaela DePrince contou sua história numa palestra da TEDx em Amsterdã em novembro que já foi vista cerca de 25 mil vezes. Ela também vem impressionando o público do balé. Semanas depois de ingressar na companhia holandesa, ela teve a oportunidade de dançar um papel de solista em "Lago dos Cisnes". De acordo com Brandsen, "ficou claro para todos que essa moça estava fazendo o que deveria fazer". Ele contratou DePrince para a companhia júnior um ano e meio atrás, após uma audição aberta, e ela subiu na companhia rapidamente. Num programa de quatro balés contemporâneos, ela já tem dois papéis de solista confirmados. "Eu sempre quis mostrar às pessoas que suas previsões estavam erradas. É isso que me motiva", disse DePrince. Com o Balé Nacional da Holanda, no qual 30 nacionalidades estão representadas, ela diz que chegou ao lugar certo. "As companhias de dança da Europa produzem obras contemporâneas incríveis", comentou. Ninguém se surpreende tanto com sua celebridade repentina quanto a própria Michaela, que diz não gostar de falar de sua infância. "Quando começou, eu pensava 'por que vocês estão interessados?'." Mas, depois de receber mensagens de meninas jovens, suas mães e pessoas na África, ela diz que passou a entender. "Este é meu modo de me comunicar com as pessoas", disse. "É meu jeito de lhes levar inspiração."
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ilustrada
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Órfã de guerra, bailarina brilha em espetáculo da BroadwayMichaela DePrince, bailarina americana de 20 anos de idade que em agosto passou a integrar o Balé Nacional da Holanda, é, sob alguns aspectos, o equivalente a uma dançarina do grupo de artistas de um musical da Broadway. Mas, todas as noites, muitas pessoas assistem ao balé apenas para vê-la dançar. Ela perdeu seus pais durante a guerra em Serra Leoa e superou diversos obstáculos para se tornar bailarina. Mas virou celebridade somente em 2014, quando seu livro de memórias foi publicado nos EUA e em outros países sob o título "Hope in a Ballet Shoe" (Esperança em uma sapatilha de balé). Nos últimos meses, "houve uma enxurrada de pedidos de apresentações individuais, entrevistas e talk shows", contou o diretor artístico da companhia de balé, Ted Brandsen. DePrince foi convidada para ser modelo de grifes, porta-voz de organizações humanitárias internacionais e até embaixadora cultural da embaixada de Serra Leoa na Holanda. Ela recusou todos os convites. É uma vida muito diferente do que qualquer pessoa poderia ter previsto para ela. Michaela nasceu com o nome de Mabinty Bangura em 1995, durante uma guerra civil que se arrastou por 11 anos e deixou 50 mil mortos, incluindo seu pai, quando ela tinha três anos. Mabinty e sua mãe se mudaram para a casa de um tio, que lhes dava tão pouca comida que sua mãe morreu de inanição. Então o tio deixou a criança em um orfanato. Ali, Mabinty foi apelidada de "filha do diabo". Diziam-lhe que ela era "feia demais" para ser adotada, devido às manchas brancas em seu pescoço e peito, causadas por um problema de pele. Mas um dia os ventos alísios da África Ocidental levaram uma revista ao orfanato. A capa mostrava uma bailarina de saia cor-de-rosa, com a perna dobrada numa postura elegante. Mabinty, que tinha quatro anos, ficou fascinada e jurou que um dia seria como a menina da foto. Na época, ela nem sequer sabia o que era balé. Esse relato vem de seu livro de memórias, que ela escreveu com a mãe adotiva, Elaine DePrince. Em 2012, ela foi uma das várias dançarinas de balé mostradas no documentário "First Position", de Bess Kargman, sobre participantes do concurso Youth America Grand Prix, que lhe valeu uma bolsa de estudos na American Ballet Theater School. Michaela DePrince contou sua história numa palestra da TEDx em Amsterdã em novembro que já foi vista cerca de 25 mil vezes. Ela também vem impressionando o público do balé. Semanas depois de ingressar na companhia holandesa, ela teve a oportunidade de dançar um papel de solista em "Lago dos Cisnes". De acordo com Brandsen, "ficou claro para todos que essa moça estava fazendo o que deveria fazer". Ele contratou DePrince para a companhia júnior um ano e meio atrás, após uma audição aberta, e ela subiu na companhia rapidamente. Num programa de quatro balés contemporâneos, ela já tem dois papéis de solista confirmados. "Eu sempre quis mostrar às pessoas que suas previsões estavam erradas. É isso que me motiva", disse DePrince. Com o Balé Nacional da Holanda, no qual 30 nacionalidades estão representadas, ela diz que chegou ao lugar certo. "As companhias de dança da Europa produzem obras contemporâneas incríveis", comentou. Ninguém se surpreende tanto com sua celebridade repentina quanto a própria Michaela, que diz não gostar de falar de sua infância. "Quando começou, eu pensava 'por que vocês estão interessados?'." Mas, depois de receber mensagens de meninas jovens, suas mães e pessoas na África, ela diz que passou a entender. "Este é meu modo de me comunicar com as pessoas", disse. "É meu jeito de lhes levar inspiração."
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Uma proposta para a solvência do Estado
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Uma grave crise fiscal assombra o país, a solvência da dívida pública brasileira está em xeque, exigindo prêmios de risco mais altos, ao mesmo tempo em que há uma queda da arrecadação tributária, por causa do crescimento menor. O remédio para evitar o pior será uma combinação de cortes de gastos e aumento de impostos, com efeitos negativos tanto na produção como no emprego. A arte está em encontrar medidas politicamente viáveis, que sejam rápidas e minimizem os impactos sociais. Nesse sentido, o governo criou o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que permite a manutenção dos empregos, com uma redução líquida de salários para os trabalhadores do setor privado de até 15%, contribuindo para a sobrevivência financeira das empresas. A proposta deste artigo é sugerir outro plano análogo, mas com algumas vantagens adicionais: o Programa de Proteção da Solvência do Estado (PPSE). É uma medida para deixar a folha de pagamentos do governo federal sem correção no ano que vem. A proposta do governo de adiar o reajuste dos servidores até agosto não é suficiente. Incluiria Executivo, Legislativo e Judiciário e todo o funcionalismo federal, com vencimentos acima de três salários mínimos (valor a partir do qual o cidadão já é considerado classe C). Não afetaria quem tem ordenado abaixo de R$ 2.364. Como quase a totalidade do funcionalismo tem estabilidade no emprego, não haveria demissões, como não vai haver mesmo sem o programa. Considerando o espírito cívico desses trabalhadores brasileiros, a medida teria uma aceitação imediata de todos, ou quase todos. Como o salário médio do funcionalismo é na média 85% superior ao de empregados do setor privado, o sacrifício seria de quem tem mais para oferecer. A presidente já deu uma sinalização de apoio à proposta, ao reduzir seu salário, o do vice-presidente e os dos ministros. O impacto fiscal da eliminação de oito ministros de Estado e de 10% dos vencimentos de sua equipe de governo é inferior a R$ 5 milhões por ano. É, todavia, emblemático, porque mostra a importância de se cortar gastos do governo. O PPSE fecharia a conta fiscal de 2016. O valor a ser economizado é superior ao que seria arrecadado com a CPMF, por exemplo. Apenas com essa correção, o deficit primário projetado de R$ 30 bilhões seria totalmente eliminado. Até agora, a inflação, o desemprego, a inadimplência e a queda de vendas têm obrigado o setor privado a fazer sacrifícios. Considerando que foi o próprio governo que causou este deficit, nada mais justo do que ele arcar com uma parte do esforço para sua correção. O PPSE seria aplicado apenas em 2016, ano em que se prepararia um ajuste mais duradouro, corrigindo outras aberrações dos gastos do governo. O regime de aposentadoria diferenciado para os servidores públicos é um exemplo. Apenas em 2015, o deficit do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos servidores da União custou cerca de R$ 60 bilhões, o dobro do deficit primário do Orçamento projetado para 2016. Os funcionários públicos, além de terem estabilidade, quando se aposentam, recebem o mesmo salário que os que estão na ativa, diferentemente do que ocorre com os trabalhadores do setor privado, que têm seus vencimentos reduzidos. Este momento exige uma reflexão mais aprofundada sobre o Orçamento público, sobre a legitimidade de quem deve pagar, quanto e como, e de quem deve receber, o montante e o motivo. O Programa de Proteção da Solvência do Estado seria uma medida importante, tanto do ponto de vista das finanças públicas, como da sinalização do comprometimento do governo com o futuro do país. ROBERTO LUIS TROSTER, 64, doutor em economia, foi economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos - Febraban e da Associação Brasileira de Bancos - ABBC. Foi professor da PUC-SP e da USP * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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opiniao
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Uma proposta para a solvência do EstadoUma grave crise fiscal assombra o país, a solvência da dívida pública brasileira está em xeque, exigindo prêmios de risco mais altos, ao mesmo tempo em que há uma queda da arrecadação tributária, por causa do crescimento menor. O remédio para evitar o pior será uma combinação de cortes de gastos e aumento de impostos, com efeitos negativos tanto na produção como no emprego. A arte está em encontrar medidas politicamente viáveis, que sejam rápidas e minimizem os impactos sociais. Nesse sentido, o governo criou o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que permite a manutenção dos empregos, com uma redução líquida de salários para os trabalhadores do setor privado de até 15%, contribuindo para a sobrevivência financeira das empresas. A proposta deste artigo é sugerir outro plano análogo, mas com algumas vantagens adicionais: o Programa de Proteção da Solvência do Estado (PPSE). É uma medida para deixar a folha de pagamentos do governo federal sem correção no ano que vem. A proposta do governo de adiar o reajuste dos servidores até agosto não é suficiente. Incluiria Executivo, Legislativo e Judiciário e todo o funcionalismo federal, com vencimentos acima de três salários mínimos (valor a partir do qual o cidadão já é considerado classe C). Não afetaria quem tem ordenado abaixo de R$ 2.364. Como quase a totalidade do funcionalismo tem estabilidade no emprego, não haveria demissões, como não vai haver mesmo sem o programa. Considerando o espírito cívico desses trabalhadores brasileiros, a medida teria uma aceitação imediata de todos, ou quase todos. Como o salário médio do funcionalismo é na média 85% superior ao de empregados do setor privado, o sacrifício seria de quem tem mais para oferecer. A presidente já deu uma sinalização de apoio à proposta, ao reduzir seu salário, o do vice-presidente e os dos ministros. O impacto fiscal da eliminação de oito ministros de Estado e de 10% dos vencimentos de sua equipe de governo é inferior a R$ 5 milhões por ano. É, todavia, emblemático, porque mostra a importância de se cortar gastos do governo. O PPSE fecharia a conta fiscal de 2016. O valor a ser economizado é superior ao que seria arrecadado com a CPMF, por exemplo. Apenas com essa correção, o deficit primário projetado de R$ 30 bilhões seria totalmente eliminado. Até agora, a inflação, o desemprego, a inadimplência e a queda de vendas têm obrigado o setor privado a fazer sacrifícios. Considerando que foi o próprio governo que causou este deficit, nada mais justo do que ele arcar com uma parte do esforço para sua correção. O PPSE seria aplicado apenas em 2016, ano em que se prepararia um ajuste mais duradouro, corrigindo outras aberrações dos gastos do governo. O regime de aposentadoria diferenciado para os servidores públicos é um exemplo. Apenas em 2015, o deficit do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos servidores da União custou cerca de R$ 60 bilhões, o dobro do deficit primário do Orçamento projetado para 2016. Os funcionários públicos, além de terem estabilidade, quando se aposentam, recebem o mesmo salário que os que estão na ativa, diferentemente do que ocorre com os trabalhadores do setor privado, que têm seus vencimentos reduzidos. Este momento exige uma reflexão mais aprofundada sobre o Orçamento público, sobre a legitimidade de quem deve pagar, quanto e como, e de quem deve receber, o montante e o motivo. O Programa de Proteção da Solvência do Estado seria uma medida importante, tanto do ponto de vista das finanças públicas, como da sinalização do comprometimento do governo com o futuro do país. ROBERTO LUIS TROSTER, 64, doutor em economia, foi economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos - Febraban e da Associação Brasileira de Bancos - ABBC. Foi professor da PUC-SP e da USP * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Justiça espanhola nega recurso da mãe de Neymar em processo, diz jornal
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A mãe do atacante Neymar, Nadine Gonçalves, continua como ré das investigações que envolvem o seu filho, Neymar pai, Santos e Barcelona. Segundo o jornal "Marca", o juiz José De La Mata não aceitou recurso para a exclusão da mãe do jogador no processo por entender que ela tinha conhecimento e lucrou com as negociações que teriam lesado o Grupo DIS, que cobra na Justiça os direitos que teria em relação à transferência. A justificativa é que o valor gasto pelos catalães seria bem inferior ao total realmente pago ao time brasileiro. A inclusão da mãe do jogador foi solicitada pelo Grupo DIS porque ela possui 50% da empresa NN Consultoria, que representa o brasileiro e cobrou 40 milhões de euros (R$ 138 milhões na ocasião) em indenização do Barcelona por ter acertado a transferência para o clube um ano antes do acordado em 2011. La Mata apresentou os seus argumentos para rechaçar o pedido dos advogados de defesa. "Existem indícios de que teve perfeito conhecimento do que foi feito. Seu sócio era o marido, a sociedade foi realizada durante a negociação dos contratos do filho, o único cliente da empresa que detinha 50% era o próprio filho, levou 5 milhões de euros imediatamente após o início da sociedade, que foi constituída exclusivamente por conta da operação", disse. Nadine ainda pode recorrer mais uma vez da decisão da Justiça espanhola antes de as audiências terem início. O DIS recebeu cerca de 6 milhões de euros (R$ 23,8 milhões) pela transferência de Neymar, equivalentes aos 17 milhões de euros (R$ 67,5 milhões) que o Barcelona teria pago ao Santos pelo atacante. Entretanto, de acordo com a empresa, o valor total chegou a 86,2 milhões de euros (R$ 342 milhões), o que daria aos empresários a pendência de aproximadamente 35 milhões de euros (R$ 139 milhões).
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esporte
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Justiça espanhola nega recurso da mãe de Neymar em processo, diz jornalA mãe do atacante Neymar, Nadine Gonçalves, continua como ré das investigações que envolvem o seu filho, Neymar pai, Santos e Barcelona. Segundo o jornal "Marca", o juiz José De La Mata não aceitou recurso para a exclusão da mãe do jogador no processo por entender que ela tinha conhecimento e lucrou com as negociações que teriam lesado o Grupo DIS, que cobra na Justiça os direitos que teria em relação à transferência. A justificativa é que o valor gasto pelos catalães seria bem inferior ao total realmente pago ao time brasileiro. A inclusão da mãe do jogador foi solicitada pelo Grupo DIS porque ela possui 50% da empresa NN Consultoria, que representa o brasileiro e cobrou 40 milhões de euros (R$ 138 milhões na ocasião) em indenização do Barcelona por ter acertado a transferência para o clube um ano antes do acordado em 2011. La Mata apresentou os seus argumentos para rechaçar o pedido dos advogados de defesa. "Existem indícios de que teve perfeito conhecimento do que foi feito. Seu sócio era o marido, a sociedade foi realizada durante a negociação dos contratos do filho, o único cliente da empresa que detinha 50% era o próprio filho, levou 5 milhões de euros imediatamente após o início da sociedade, que foi constituída exclusivamente por conta da operação", disse. Nadine ainda pode recorrer mais uma vez da decisão da Justiça espanhola antes de as audiências terem início. O DIS recebeu cerca de 6 milhões de euros (R$ 23,8 milhões) pela transferência de Neymar, equivalentes aos 17 milhões de euros (R$ 67,5 milhões) que o Barcelona teria pago ao Santos pelo atacante. Entretanto, de acordo com a empresa, o valor total chegou a 86,2 milhões de euros (R$ 342 milhões), o que daria aos empresários a pendência de aproximadamente 35 milhões de euros (R$ 139 milhões).
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Sobre quatro rodas: veja locais para andar de skate em SP
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GABRIELA VALDANHA DE SÃO PAULO Repleta de pistas de skate, São Paulo tem opções para iniciantes e iniciados. O piso liso da marquise do Parque Ibirapuera, por exemplo, é ideal para quem está começando. Já no Parque da Juventude os mais experientes podem treinar a modalidade street em obstáculos como bancos e corrimão. Confira abaixo outros locais para colocar o esporte em prática. * PARQUE IBIRAPUERA O maior parque da cidade é amado por quem anda de bicicleta, patins e skate. Além da ciclovia de 5,5 km, há também a marquise com piso liso, ideal para quem está começando, para treinos de manobras e dias de chuva. Se quiser prolongar o passeio, visite as outras atrações do espaço, como o pavilhão da Bienal, a Oca e o Museu de Arte Moderna. Av. Pedro Álvares Cabral, 1, portões 2, 3 e 10, Parque Ibirapuera, tel. 5574-5045. Seg. a dom.: 5h às 24h. Livre. Estac. (sistema Zona Azul - portões 3 e 7). GRÁTIS - BSC SKATE PARK Crianças têm aulas na pista de street -cujos obstáculos são os mesmos encontrados na rua, como escada e corrimão. Em julho e janeiro, o local promove acampamentos de férias em um sítio com seis pistas de skate. R. das Macieiras, 249, Casa Verde Média, tel. 2506-7749. 15 pessoas p/ período. Ter. a sex.: 11h às 19h. Sáb.: 12h às 20h. Dom.: 12h às 18h. 60 min. 4 anos. Preço: R$ 10 a R$ 20 (p/ 2h). Estac. grátis. - PARQUE DA JUVENTUDE Se quiser praticar a modalidade street, o parque é boa pedida. E, para os iniciantes, há um grande espaço plano. O local conta também com oito quadras que podem ser usadas para jogar futsal, basquete e vôlei. Depois dos exercícios, dá para descansar entre as árvores. Av. Cruzeiro do Sul, 2.630, Canindé, tel. 2089-8600. Áreas verdes: seg. a dom.: 6h à 1h. Complexo esportivo: seg. a sáb.: 6h às 24h. Dom.: 6h às 22h. Livre. Estac. grátis (na av. Zaki Narchi, 1.309). GRÁTIS - BOWLHOUSE SKATEBOARDS No bowl -que parece uma piscina vazia- os pequenos aprendem primeiro a se equilibrar. Feitas as primeiras curvas, avançam para as manobras. Há opções de aulas avulsas ou pacotes. R. Morgado de Mateus, 652, Vila Mariana, tel. 4328-1766. Seg. a sex.: 9h às 22h. Sáb. e dom.: 10h às 22h. Ingr.: até as 19h: R$ 15 (sessões de bateria), após às 19h, c/ reserva: R$ 100 (grupos de 5 pessoas; R$ 20 p/ pessoa adicional). Aula: R$ 50 (p/ h), R$ 150 e R$ 200 (mensal). É necessário fazer agendamento p/ bowlhouse.com.br.
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saopaulo
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Sobre quatro rodas: veja locais para andar de skate em SPGABRIELA VALDANHA DE SÃO PAULO Repleta de pistas de skate, São Paulo tem opções para iniciantes e iniciados. O piso liso da marquise do Parque Ibirapuera, por exemplo, é ideal para quem está começando. Já no Parque da Juventude os mais experientes podem treinar a modalidade street em obstáculos como bancos e corrimão. Confira abaixo outros locais para colocar o esporte em prática. * PARQUE IBIRAPUERA O maior parque da cidade é amado por quem anda de bicicleta, patins e skate. Além da ciclovia de 5,5 km, há também a marquise com piso liso, ideal para quem está começando, para treinos de manobras e dias de chuva. Se quiser prolongar o passeio, visite as outras atrações do espaço, como o pavilhão da Bienal, a Oca e o Museu de Arte Moderna. Av. Pedro Álvares Cabral, 1, portões 2, 3 e 10, Parque Ibirapuera, tel. 5574-5045. Seg. a dom.: 5h às 24h. Livre. Estac. (sistema Zona Azul - portões 3 e 7). GRÁTIS - BSC SKATE PARK Crianças têm aulas na pista de street -cujos obstáculos são os mesmos encontrados na rua, como escada e corrimão. Em julho e janeiro, o local promove acampamentos de férias em um sítio com seis pistas de skate. R. das Macieiras, 249, Casa Verde Média, tel. 2506-7749. 15 pessoas p/ período. Ter. a sex.: 11h às 19h. Sáb.: 12h às 20h. Dom.: 12h às 18h. 60 min. 4 anos. Preço: R$ 10 a R$ 20 (p/ 2h). Estac. grátis. - PARQUE DA JUVENTUDE Se quiser praticar a modalidade street, o parque é boa pedida. E, para os iniciantes, há um grande espaço plano. O local conta também com oito quadras que podem ser usadas para jogar futsal, basquete e vôlei. Depois dos exercícios, dá para descansar entre as árvores. Av. Cruzeiro do Sul, 2.630, Canindé, tel. 2089-8600. Áreas verdes: seg. a dom.: 6h à 1h. Complexo esportivo: seg. a sáb.: 6h às 24h. Dom.: 6h às 22h. Livre. Estac. grátis (na av. Zaki Narchi, 1.309). GRÁTIS - BOWLHOUSE SKATEBOARDS No bowl -que parece uma piscina vazia- os pequenos aprendem primeiro a se equilibrar. Feitas as primeiras curvas, avançam para as manobras. Há opções de aulas avulsas ou pacotes. R. Morgado de Mateus, 652, Vila Mariana, tel. 4328-1766. Seg. a sex.: 9h às 22h. Sáb. e dom.: 10h às 22h. Ingr.: até as 19h: R$ 15 (sessões de bateria), após às 19h, c/ reserva: R$ 100 (grupos de 5 pessoas; R$ 20 p/ pessoa adicional). Aula: R$ 50 (p/ h), R$ 150 e R$ 200 (mensal). É necessário fazer agendamento p/ bowlhouse.com.br.
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Ueba! Temer leva Maracanaço!
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Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! O Brasileiro é Cordial! Placa num portão: "Não jogue santinhos aqui dentro! Leva pra sua casa e limpe seu rabo". Preso! Rarará! E a Paraolímpiada! Uma vergonha as TVs abertas não passarem a abertura da Paraolímpiada! Sendo no Brasil! E eles não são coitados, são atletas. Coitado é o deficiente de caráter! Os cunhas da vida! E o Temer levou um Maracanaço! Foi vaiado pelo estádio. Ou só por 40 pessoas! Rarará! E eu já disse que o único jeito do Temer não ser vaiado é se levantar e falar em alto e bom som: "PRIMEIRAMENTE, FORA, EU!". Aí, palmas! Pronto! Rarará! E o Frankstemer foi pra parada sem a faixa presidencial! A Dilma deve ter dado uma elza. Levou pra Porto Alegre. Na hora de sair, ela pegou a faixa, fez um mocorongo e escondeu embaixo do blazer! Rarará! E atenção! Dom Pedro 1º foi o primeiro black bloc do Brasil. Quando ele gritou "independência ou morte", a PM saiu correndo atrás! Charge do Brum com Dom Pedro 1º gritando "não era protesto, eu juro!". Rarará! E diz que Dom Pedro 1º levantou a espada e gritou: "Pênalti pro Corinthians!". Rarará! Dom Pedro 1º levantou a espada e gritou: "Espera que eu vou fazer uma selfie". Rarará! E a mulher do Cunha, a Arregalada? Tá se preparando pra cassação do marido: foi pro shopping e comprou dois sapatos Prada e encomendou mais um. O encomendando deve ser pra fuga! Total: R$ 15 mil! Aí a vendedora que arregalou os olhos! A mulher do diabo veste Prada! O marido indo pra guilhotina e a mulher no shopping. Ô, vício! É mole? É mole mas sobe! A Galera Medonha! Direto de São Fidélis (RJ): "Rumenique Peitinho de Rola". O estranho aí é o Rumenique! Rarará! E de Nova Resende (MG): "Leandro do Loteamento do Lula". O Lula também tem loteamento? Não sabia! Tríplex, sítio e loteamento! Rarará! Nóis sofre mas nóis goza! Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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colunas
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Ueba! Temer leva Maracanaço!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! O Brasileiro é Cordial! Placa num portão: "Não jogue santinhos aqui dentro! Leva pra sua casa e limpe seu rabo". Preso! Rarará! E a Paraolímpiada! Uma vergonha as TVs abertas não passarem a abertura da Paraolímpiada! Sendo no Brasil! E eles não são coitados, são atletas. Coitado é o deficiente de caráter! Os cunhas da vida! E o Temer levou um Maracanaço! Foi vaiado pelo estádio. Ou só por 40 pessoas! Rarará! E eu já disse que o único jeito do Temer não ser vaiado é se levantar e falar em alto e bom som: "PRIMEIRAMENTE, FORA, EU!". Aí, palmas! Pronto! Rarará! E o Frankstemer foi pra parada sem a faixa presidencial! A Dilma deve ter dado uma elza. Levou pra Porto Alegre. Na hora de sair, ela pegou a faixa, fez um mocorongo e escondeu embaixo do blazer! Rarará! E atenção! Dom Pedro 1º foi o primeiro black bloc do Brasil. Quando ele gritou "independência ou morte", a PM saiu correndo atrás! Charge do Brum com Dom Pedro 1º gritando "não era protesto, eu juro!". Rarará! E diz que Dom Pedro 1º levantou a espada e gritou: "Pênalti pro Corinthians!". Rarará! Dom Pedro 1º levantou a espada e gritou: "Espera que eu vou fazer uma selfie". Rarará! E a mulher do Cunha, a Arregalada? Tá se preparando pra cassação do marido: foi pro shopping e comprou dois sapatos Prada e encomendou mais um. O encomendando deve ser pra fuga! Total: R$ 15 mil! Aí a vendedora que arregalou os olhos! A mulher do diabo veste Prada! O marido indo pra guilhotina e a mulher no shopping. Ô, vício! É mole? É mole mas sobe! A Galera Medonha! Direto de São Fidélis (RJ): "Rumenique Peitinho de Rola". O estranho aí é o Rumenique! Rarará! E de Nova Resende (MG): "Leandro do Loteamento do Lula". O Lula também tem loteamento? Não sabia! Tríplex, sítio e loteamento! Rarará! Nóis sofre mas nóis goza! Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Movimentos protestam contra governo em desfile de 7 de Setembro
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Apesar de alguns atos de vandalismo, protestos e discussões acaloradas, o desfile do 7 de Setembro terminou sem registro de confrontos em Brasília. A Polícia Militar calculou que 25 mil pessoas compareceram à Esplanada dos Ministérios. O episódio mais tenso aconteceu logo após as festividades. Manifestantes derrubaram as placas de metal que bloqueavam o acesso ao Eixo Monumental, via em que passou o desfile e onde estava o palanque das autoridades. Nesse momento, petistas com camisas e bandeiras vermelhas estavam indo embora. Em lados opostos da rua, os manifestantes antigoverno e os militantes trocaram xingamentos por cerca de 15 minutos. Só não houve confronto porque a PM ocupou a pista. Manifestantes críticos ao PT cantavam, em coro: "Você é otário, o Lula é bilionário". Os petistas, em número inferior, revidavam. Um deles, que levava uma bandeira no ombro, provocou: "Pare de ver televisão e vá ler um livro de História, imbecil". TUMULTO O primeiro tumulto, entretanto, foi visto antes do início do evento. Membros do MRP (Movimento de Resistência Popular) atearam fogo a pneus, fechando o Eixo Monumental, a 1,5 quilômetro do palanque em que estava a presidente Dilma Rousseff. O ato ocorreu na pista paralela àquela em que aconteceria o desfile, a cerca de 600 metros do local, sem atrapalhar as festividades. Bombeiros apagaram as chamas em aproximadamente 20 minutos, e ninguém se feriu. O MRP protestou contra a presidente e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB). Eles pediam mais moradias na capital. Após o desfile e com ânimos menos exaltados, quatro trios elétricos de movimentos contrários o governo seguiram rumo ao Congresso Nacional, após rezarem o Pai-Nosso. Impedidos pela PM de chegar perto do prédio, recuaram e terminaram a caminhada por volta das 13h20. O ministro José Elito (Gabinete de Segurança Institucional) negou ter havido reforço na segurança neste ano. "Todos os anos é da mesma forma. [Não houve] Nada diferente", afirmou. PIXULEKOS O ato de protesto mais esperado entre quem foi às ruas se manifestar contra o governo, no entanto, não vingou. Apelidado de Pixuleko, o boneco inflável do ex-presidente Lula vestido de presidiário, com 15 metros de altura, não resistiu ao vento e rasgou. Os integrantes do Movimento Brasil (MBR), responsável pela alegoria, tentaram remendá-lo duas vezes para que ele voltasse a ficar em pé. Não conseguiram. O movimento aproveitou a data para apresentar o boneco da presidente Dilma, com 13 metros. Embora também tenha apresentado problemas, os manifestantes remendaram o plástico e o puseram de pé, já no final do desfile. A alegoria imita a imagem de Dilma, vestida de vermelho e com o nariz grande, inspirada no Pinóquio. Os donos da peça farão uma votação para escolher o nome. "Há algumas sugestões: Dilmintira, Pinóquia, Rivodilma, mas ainda não há nome. Esses bonecos já não são mais nossos, viraram patrimônio do povo brasileiro", disse Ricardo Honorato, do MBR. Os bonecos foram mantidos num espaço cercado e protegido por oito seguranças, que controlavam o acesso. Membros do MBR disseram ter recebido ameaças de que as alegorias sofreriam atentados, a exemplo do que já ocorreu em São Paulo, onde o Pixuleko foi danificado por um ataque a faca. Os manifestantes informaram a PM, previamente, sobre as ameaças. Nenhum incidente foi registrado. MINIATURAS O MBR conseguiu capitalizar a popularidade do Pixuleko. Pela primeira vez, confeccionou miniaturas, de cerca de 30 centímetros, do boneco do ex-presidente. Cada uma era vendida por R$ 10. Às 10h, o estoque de 600 unidades estava esgotado. "Um homem comprou 350 bonecos. O minipixuleco foi um sucesso absoluto. Não imaginávamos vender tudo", disse a médica Helen Arruda. De acordo com ela, o dinheiro é usado na manutenção dos bonecos e no custeio das viagens do grupo. O boneco de Lula ficou famoso depois das manifestações contra o governo promovidas no mês passado. O nome é uma referência ao apelido para propina cunhado pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Raio X do Pixuleco
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poder
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Movimentos protestam contra governo em desfile de 7 de SetembroApesar de alguns atos de vandalismo, protestos e discussões acaloradas, o desfile do 7 de Setembro terminou sem registro de confrontos em Brasília. A Polícia Militar calculou que 25 mil pessoas compareceram à Esplanada dos Ministérios. O episódio mais tenso aconteceu logo após as festividades. Manifestantes derrubaram as placas de metal que bloqueavam o acesso ao Eixo Monumental, via em que passou o desfile e onde estava o palanque das autoridades. Nesse momento, petistas com camisas e bandeiras vermelhas estavam indo embora. Em lados opostos da rua, os manifestantes antigoverno e os militantes trocaram xingamentos por cerca de 15 minutos. Só não houve confronto porque a PM ocupou a pista. Manifestantes críticos ao PT cantavam, em coro: "Você é otário, o Lula é bilionário". Os petistas, em número inferior, revidavam. Um deles, que levava uma bandeira no ombro, provocou: "Pare de ver televisão e vá ler um livro de História, imbecil". TUMULTO O primeiro tumulto, entretanto, foi visto antes do início do evento. Membros do MRP (Movimento de Resistência Popular) atearam fogo a pneus, fechando o Eixo Monumental, a 1,5 quilômetro do palanque em que estava a presidente Dilma Rousseff. O ato ocorreu na pista paralela àquela em que aconteceria o desfile, a cerca de 600 metros do local, sem atrapalhar as festividades. Bombeiros apagaram as chamas em aproximadamente 20 minutos, e ninguém se feriu. O MRP protestou contra a presidente e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB). Eles pediam mais moradias na capital. Após o desfile e com ânimos menos exaltados, quatro trios elétricos de movimentos contrários o governo seguiram rumo ao Congresso Nacional, após rezarem o Pai-Nosso. Impedidos pela PM de chegar perto do prédio, recuaram e terminaram a caminhada por volta das 13h20. O ministro José Elito (Gabinete de Segurança Institucional) negou ter havido reforço na segurança neste ano. "Todos os anos é da mesma forma. [Não houve] Nada diferente", afirmou. PIXULEKOS O ato de protesto mais esperado entre quem foi às ruas se manifestar contra o governo, no entanto, não vingou. Apelidado de Pixuleko, o boneco inflável do ex-presidente Lula vestido de presidiário, com 15 metros de altura, não resistiu ao vento e rasgou. Os integrantes do Movimento Brasil (MBR), responsável pela alegoria, tentaram remendá-lo duas vezes para que ele voltasse a ficar em pé. Não conseguiram. O movimento aproveitou a data para apresentar o boneco da presidente Dilma, com 13 metros. Embora também tenha apresentado problemas, os manifestantes remendaram o plástico e o puseram de pé, já no final do desfile. A alegoria imita a imagem de Dilma, vestida de vermelho e com o nariz grande, inspirada no Pinóquio. Os donos da peça farão uma votação para escolher o nome. "Há algumas sugestões: Dilmintira, Pinóquia, Rivodilma, mas ainda não há nome. Esses bonecos já não são mais nossos, viraram patrimônio do povo brasileiro", disse Ricardo Honorato, do MBR. Os bonecos foram mantidos num espaço cercado e protegido por oito seguranças, que controlavam o acesso. Membros do MBR disseram ter recebido ameaças de que as alegorias sofreriam atentados, a exemplo do que já ocorreu em São Paulo, onde o Pixuleko foi danificado por um ataque a faca. Os manifestantes informaram a PM, previamente, sobre as ameaças. Nenhum incidente foi registrado. MINIATURAS O MBR conseguiu capitalizar a popularidade do Pixuleko. Pela primeira vez, confeccionou miniaturas, de cerca de 30 centímetros, do boneco do ex-presidente. Cada uma era vendida por R$ 10. Às 10h, o estoque de 600 unidades estava esgotado. "Um homem comprou 350 bonecos. O minipixuleco foi um sucesso absoluto. Não imaginávamos vender tudo", disse a médica Helen Arruda. De acordo com ela, o dinheiro é usado na manutenção dos bonecos e no custeio das viagens do grupo. O boneco de Lula ficou famoso depois das manifestações contra o governo promovidas no mês passado. O nome é uma referência ao apelido para propina cunhado pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Raio X do Pixuleco
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Falhas em tornozeleiras permitem que presos cometam novos crimes
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Em agosto do ano passado, um juiz federal de Mato Grosso se surpreendeu ao ser rendido dentro de casa, em Cuiabá, por dois assaltantes —um deles usava uma tornozeleira eletrônica, aparelho cuja função é garantir que alguns dos egressos da prisão não cometam mais crimes. Acabaram detidos no mesmo dia. Poucos dias antes, um homem —também monitorado pelo equipamento— foi preso assaltando um ônibus em Serra (ES). No Paraná, a polícia fez uma operação há duas semanas para prender foragidos que violaram a regra. O equipamento, usado por presos da Operação Lava Jato, apresenta falhas e abre brecha para que detentos voltem a cometer crimes. Há no país 18.172 pessoas monitoradas por tornozeleira eletrônica, entre condenados que cumpriram parte da pena em regime fechado e aqueles que aguardam julgamento. Os monitorados por tornozeleira representam uma faixa ainda pouco expressiva, equivalente a 3%, dos 622 mil detentos no país, segundo o Depen (Departamento Penitenciário Nacional), vinculado ao Ministério da Justiça. O órgão estima que poderia ampliar o benefício para mais 25 mil detentos. Não há uma estimativa nacional de quantos monitorados violam de propósito o aparelho. "Mas tenho a sensação que são pontuais, residuais os casos, porque a pessoa prefere estar monitorada assim do que presa", disse o diretor do Depen, Renato de Vitto. No caso da Lava Jato, não há nenhum monitorado que tenha descumprido regras intencionalmente —mas houve falhas pontuais, como saídas do perímetro sem querer ou baterias descarregadas. Em alguns Estados, chega a 25% o descumprimento —caso do Espírito Santo, que implantou as tornozeleiras há apenas um ano e meio. Hoje são 182 beneficiados. Em Mato Grosso, a estimativa é que 20% dos 2.340 beneficiados burlem o aparelho. Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estado, Márcio Frederico de Oliveira Dorilêo, pelo uso da tornozeleira ser ainda recente —desde 2014 no Estado—, até mesmo os ex-presos custam a crer na sua eficácia. "Alguns desses que prendemos por burlar a tornozeleira diziam que não acreditavam que funcionasse. Outros admitiram que queriam arriscar mesmo assim." No Paraná, que tem 2.570 presos monitorados, a Operação GPS, em abril, prendeu 34 pessoa, algumas deles foragidas havia mais de uma semana. A taxa de fraudes do acessório no Estado é de 3%. São Paulo, com 233 mil presos, está desde março sem nenhum preso com tornozeleira —o contrato previa 4.800 aparelhos, mas o convênio com o consórcio que fornece os acessórios expirou sem poder ser renovado. Em nota, o governo disse que a nova licitação sofreu representação junto ao Tribunal de Contas do Estado e precisou ser cancelada, mas que um edital será publicado até o fim do mês. MAIS BARATO Monitorar presos eletronicamente é uma modalidade relativamente nova no Brasil. São Paulo foi o primeiro Estado a adotar a tornozeleira, em 2010. Atualmente, 17 Estados oferecem a medida. Além de uma pena alternativa ao regime fechado, a tornozeleira passou, na prática, a ser considerada como opção econômica para governos estaduais diante de cadeias lotadas. Em média, um preso brasileiro custa de R$ 1.400 a R$ 4.000 por mês se estiver em um presídio. Com a tornozeleira, o custo de aluguel do aparelho e do serviço de monitoramento varia de R$ 300 a R$ 350 mensais por pessoa. A decisão de usar o aparelho cabe ao juiz. O governo estadual contrata empresas de monitoramento. Se há algum sinal de irregularidade —retirada da peça, bateria descarregada ou saída do perímetro autorizado—, a tornozeleira apita e a central de monitoramento é avisada. Ela contata o monitorado para alertá-lo do problema. Se não o encontrar ou suspeitar que foi intencional, o governo avisa o juiz, que ouve advogado e Promotoria antes de decidir ou não por expedir um mandado de prisão.
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cotidiano
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Falhas em tornozeleiras permitem que presos cometam novos crimesEm agosto do ano passado, um juiz federal de Mato Grosso se surpreendeu ao ser rendido dentro de casa, em Cuiabá, por dois assaltantes —um deles usava uma tornozeleira eletrônica, aparelho cuja função é garantir que alguns dos egressos da prisão não cometam mais crimes. Acabaram detidos no mesmo dia. Poucos dias antes, um homem —também monitorado pelo equipamento— foi preso assaltando um ônibus em Serra (ES). No Paraná, a polícia fez uma operação há duas semanas para prender foragidos que violaram a regra. O equipamento, usado por presos da Operação Lava Jato, apresenta falhas e abre brecha para que detentos voltem a cometer crimes. Há no país 18.172 pessoas monitoradas por tornozeleira eletrônica, entre condenados que cumpriram parte da pena em regime fechado e aqueles que aguardam julgamento. Os monitorados por tornozeleira representam uma faixa ainda pouco expressiva, equivalente a 3%, dos 622 mil detentos no país, segundo o Depen (Departamento Penitenciário Nacional), vinculado ao Ministério da Justiça. O órgão estima que poderia ampliar o benefício para mais 25 mil detentos. Não há uma estimativa nacional de quantos monitorados violam de propósito o aparelho. "Mas tenho a sensação que são pontuais, residuais os casos, porque a pessoa prefere estar monitorada assim do que presa", disse o diretor do Depen, Renato de Vitto. No caso da Lava Jato, não há nenhum monitorado que tenha descumprido regras intencionalmente —mas houve falhas pontuais, como saídas do perímetro sem querer ou baterias descarregadas. Em alguns Estados, chega a 25% o descumprimento —caso do Espírito Santo, que implantou as tornozeleiras há apenas um ano e meio. Hoje são 182 beneficiados. Em Mato Grosso, a estimativa é que 20% dos 2.340 beneficiados burlem o aparelho. Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estado, Márcio Frederico de Oliveira Dorilêo, pelo uso da tornozeleira ser ainda recente —desde 2014 no Estado—, até mesmo os ex-presos custam a crer na sua eficácia. "Alguns desses que prendemos por burlar a tornozeleira diziam que não acreditavam que funcionasse. Outros admitiram que queriam arriscar mesmo assim." No Paraná, que tem 2.570 presos monitorados, a Operação GPS, em abril, prendeu 34 pessoa, algumas deles foragidas havia mais de uma semana. A taxa de fraudes do acessório no Estado é de 3%. São Paulo, com 233 mil presos, está desde março sem nenhum preso com tornozeleira —o contrato previa 4.800 aparelhos, mas o convênio com o consórcio que fornece os acessórios expirou sem poder ser renovado. Em nota, o governo disse que a nova licitação sofreu representação junto ao Tribunal de Contas do Estado e precisou ser cancelada, mas que um edital será publicado até o fim do mês. MAIS BARATO Monitorar presos eletronicamente é uma modalidade relativamente nova no Brasil. São Paulo foi o primeiro Estado a adotar a tornozeleira, em 2010. Atualmente, 17 Estados oferecem a medida. Além de uma pena alternativa ao regime fechado, a tornozeleira passou, na prática, a ser considerada como opção econômica para governos estaduais diante de cadeias lotadas. Em média, um preso brasileiro custa de R$ 1.400 a R$ 4.000 por mês se estiver em um presídio. Com a tornozeleira, o custo de aluguel do aparelho e do serviço de monitoramento varia de R$ 300 a R$ 350 mensais por pessoa. A decisão de usar o aparelho cabe ao juiz. O governo estadual contrata empresas de monitoramento. Se há algum sinal de irregularidade —retirada da peça, bateria descarregada ou saída do perímetro autorizado—, a tornozeleira apita e a central de monitoramento é avisada. Ela contata o monitorado para alertá-lo do problema. Se não o encontrar ou suspeitar que foi intencional, o governo avisa o juiz, que ouve advogado e Promotoria antes de decidir ou não por expedir um mandado de prisão.
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Aposentadoria é o tema dos cartuns publicados neste domingo; confira
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Os cartuns deste domingo (23) são do Bruno Maron e do João Montanaro Veja os outros cartuns de 2017. BRUNO MARON, 38, é quadrinista JOÃO MONTANARO, 20, é quadrinista
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ilustrissima
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Aposentadoria é o tema dos cartuns publicados neste domingo; confiraOs cartuns deste domingo (23) são do Bruno Maron e do João Montanaro Veja os outros cartuns de 2017. BRUNO MARON, 38, é quadrinista JOÃO MONTANARO, 20, é quadrinista
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Corinthians e São Paulo farão clássico na semifinal da Copinha
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Corinthians e São Paulo devem protagonizar uma das principais rivalidades de 2015. Os times, que podem se enfrentar na fase de grupos da Libertadores, já começam duelando por uma vaga na final da Copa São Paulo, principal torneio das categorias de base do Brasil. O Corinthians garantiu sua vaga na semifinal com vitória por 4 a 2 de virada sobre o São Caetano, em Barueri. O clube do ABC abriu o placar com Panambi. Marciel empatou e Santiago colocou o São Caetano novamente em vantagem no placar. A virada veio no segundo tempo, com gols de Gabriel Vasconcellos Matheus Cassini e Rafael Augusto. O São Paulo teve mais facilidade e goleou o Atlético-MG por 4 a 0 nas quartas de final. O atacante João Paulo marcou três gols, um deles olímpico. Luiz Araújo fez o outro tento da equipe tricolor no estádio Martins Pereira, em São José dos Campos. O Palmeiras também chegou à semifinal do torneio após vitória por 2 a 0 sobre o Vitória, em Limeira. Gabriel Jesus, principal esperança da base do Palmeiras, marcou o primeiro gol e deu o passe para Christopher fazer o segundo. A equipe alviverde enfrentará o Botafogo-SP, que bateu o Grêmio por 2 a 1 no estádio da rua Javari, em São Paulo. Os dois jogos das semifinais acontecerão na quinta (22), em locais a horários a serem definidos.
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esporte
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Corinthians e São Paulo farão clássico na semifinal da CopinhaCorinthians e São Paulo devem protagonizar uma das principais rivalidades de 2015. Os times, que podem se enfrentar na fase de grupos da Libertadores, já começam duelando por uma vaga na final da Copa São Paulo, principal torneio das categorias de base do Brasil. O Corinthians garantiu sua vaga na semifinal com vitória por 4 a 2 de virada sobre o São Caetano, em Barueri. O clube do ABC abriu o placar com Panambi. Marciel empatou e Santiago colocou o São Caetano novamente em vantagem no placar. A virada veio no segundo tempo, com gols de Gabriel Vasconcellos Matheus Cassini e Rafael Augusto. O São Paulo teve mais facilidade e goleou o Atlético-MG por 4 a 0 nas quartas de final. O atacante João Paulo marcou três gols, um deles olímpico. Luiz Araújo fez o outro tento da equipe tricolor no estádio Martins Pereira, em São José dos Campos. O Palmeiras também chegou à semifinal do torneio após vitória por 2 a 0 sobre o Vitória, em Limeira. Gabriel Jesus, principal esperança da base do Palmeiras, marcou o primeiro gol e deu o passe para Christopher fazer o segundo. A equipe alviverde enfrentará o Botafogo-SP, que bateu o Grêmio por 2 a 1 no estádio da rua Javari, em São Paulo. Os dois jogos das semifinais acontecerão na quinta (22), em locais a horários a serem definidos.
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Veja um resumo da crise nos presídios que deixou 102 mortos neste ano
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No primeiro dia do ano, um motim no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (AM), terminou com ao menos 56 detentos mortos e 184 foragidos. Diferentemente de casos que ocorreram de maneira isolada pelo país nos últimos meses, o massacre foi seguido de outros eventos semelhantes, principalmente no Amazonas e em Roraima, e colocou em evidência o colapso do sistema carcerário brasileiro e a guerra entre facções criminosas. Confira abaixo uma cronologia dos acontecimentos relacionados à crise dos presídios nos primeiros dias de 2017. * 1º de janeiro - 2 de janeiro - 3 de janeiro - 4 de janeiro - 5 de janeiro - 6 de janeiro - 7 de janeiro - 8 de janeiro - 9 de janeiro - 10 de janeiro
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cotidiano
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Veja um resumo da crise nos presídios que deixou 102 mortos neste anoNo primeiro dia do ano, um motim no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (AM), terminou com ao menos 56 detentos mortos e 184 foragidos. Diferentemente de casos que ocorreram de maneira isolada pelo país nos últimos meses, o massacre foi seguido de outros eventos semelhantes, principalmente no Amazonas e em Roraima, e colocou em evidência o colapso do sistema carcerário brasileiro e a guerra entre facções criminosas. Confira abaixo uma cronologia dos acontecimentos relacionados à crise dos presídios nos primeiros dias de 2017. * 1º de janeiro - 2 de janeiro - 3 de janeiro - 4 de janeiro - 5 de janeiro - 6 de janeiro - 7 de janeiro - 8 de janeiro - 9 de janeiro - 10 de janeiro
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O Brasil está mais dependente do que nunca
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Slogans resumem prioridades de campanhas políticas. São o "espírito do tempo" de uma determinada administração governamental. Cristalizam, com sua simplicidade e abrangência, a missão que protagonistas do poder se prestam a cumprir. Na história republicana brasileira, a coleção de slogans exibe exemplos curiosos. Tivemos, no governo Campos Salles, o lema "Nossa vocação é agrícola" –frase pronunciada pelo então ministro da Fazenda Joaquim Murtinho– em que muitos enxergam o prenúncio da república do "café-com-leite". Para Washington Luiz, nos anos 1920, "Governar é abrir estradas". Getúlio, nos 1950, veio com "O Petróleo é nosso". Já na Nova República, José Sarney sugeria "Tudo pelo social". Num chiste da época, atribuído ao sempre espirituoso Delfim Netto, brincava-se: "o elevador de serviço está quebrado; tudo pelo social". Mais recentemente, nos depararamos com o fantasioso lema do segundo e –breve– governo Dilma: "Brasil, Pátria Educadora", pouco adequado a uma administração que, em seus primeiros nove meses, contabilizou três diferentes ministros da Educação. Como sabemos, o governo Temer, ainda em sua interinidade, optou pelo lema inscrito no Pavilhão Nacional: "Ordem e Progresso". Tal slogan é um eufemismo do que realmente a administração pós-Dilma têm à frente até 1o. de janeiro de 2019. Em verdade, o lema desses próximos dois anos e meio deveria ser "Brasil, correção e terraplenagem". Mais do que construir o futuro, a missão da equipe de Temer é trazer o Brasil do passado para o presente. É tarefa precípua "corrigir" a equivocada política das "campeãs nacionais". Eleitoreiras subvenções a preços de gasolina e eletricidade. Anacrônica política industrial centrada no sacrossanto "conteúdo nacional". Inchaço de cargos de confiança. Politização das agências reguladoras. Ineficiência e desestruturação de ícones como a Petrobras e o BNDES. A lista de distorções a corrigir pode ser aumentada exponencialmente. Apenas nos domínios da política externa ou da estratégia comercial cabem inúmeros "cavalos-de-pau". Diz-se que destruir é fácil; construir, difícil. Bobagem. Desmantelar o acervo de incompetência na máquina do Estado nesses últimos treze anos é tarefa hercúlea. Tanto mais ao observar que muitos dos protagonistas do governo Temer, no desfrute da aliança política que sustentou o período Lula-Dilma, foram complacentes ou coniventes com a deterioração da governança no Brasil. O fato é que agora o Brasil conta com uma boa equipe na Fazenda e no Banco Central. Com uma forte e bem informada liderança na política externa, nas estatais e em seu principal banco de fomento, são boas as chances de que o Brasil "se corrigirá". Dispor de uma casa macroeconômica minimamente em ordem, no entanto, é algo mais relacionado ao "evitamento do pior" do que um grande diferencial de competitividade. Daí a razão deste governo Temer ter forçosamente de buscar ao menos colocar a bola em jogo das reformas estruturais. Já passou da hora do Brasil levar a cabo uma harmonização de suas capacidades de competir internacionalmente. É dizer, ao Brasil cabe nivelar – "terraplenar" – o campo para voltar a ser o país de alto crescimento que seu potencial lhe confere. Se tergiversar nas reformas, o que agora aparece como enorme boa vontade dos mercados com Temer se diluirá mais rapidamente do que se pode imaginar. Na dupla tarefa de corrigir e terraplenar, uma constatação salta aos olhos. Curioso –e inegável– o resultado do nacional-desenvolvimentismo dos últimos treze anos. Como em tantos outros episódios de sua trajetória, o Brasil continua bastante vulnerável a humores internacionais. E tal "neodependência" se manifesta em ao menos três frentes. O setor industrial no Brasil está não apenas menor e menos competitivo, mas também mais desnacionalizado – fruto de um voraz processo de fusões & aquisições que se delicia com o baixo preço comparativo dos ativos empresariais brasileiros. No âmbito comercial, o país necessita turbinar exportações para compensar um momento de particular desaquecimento do mercado interno. Vê-se forçado a perseguir o aumento da fatia que o comércio exterior ocupa em seu PIB num contexto em que o mundo não se encontra especialmente "aberto para negócios ". O Brasil tem de buscar sua promoção comercial justamente no instante em que as negociações multilaterais andam de lado, blocos como a União Europeia e o Mercosul encontram-se em crise existencial e retórica e prática das principais potências assumem tons francamente protecionistas. Já na frente de investimentos, a dependência se manifesta num tripla dimensão. Temos de atrair, goste-se ou não, liquidez de curto prazo via mercado financeiro para a sintonia quotidiana do ajustamento fiscal. Carecemos do investimento estrangeiro direto (IED) dada a nossa baixa capacidade endógena de poupar e investir – pequena mesmo em comparação a outros países emergentes. E, claro, precisamos de concessões, privatizações e financiamento externo de nossa infraestrutura, tanto mais num quadro estatal debilitado em sua função de investir. Apesar da predileção por um modelo "autônomo" e "soberano" de crescimento e inserção internacional, não é exagero apontar que se legou ao Brasil de hoje a condição de um país bastante mais dependente do mundo.
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O Brasil está mais dependente do que nuncaSlogans resumem prioridades de campanhas políticas. São o "espírito do tempo" de uma determinada administração governamental. Cristalizam, com sua simplicidade e abrangência, a missão que protagonistas do poder se prestam a cumprir. Na história republicana brasileira, a coleção de slogans exibe exemplos curiosos. Tivemos, no governo Campos Salles, o lema "Nossa vocação é agrícola" –frase pronunciada pelo então ministro da Fazenda Joaquim Murtinho– em que muitos enxergam o prenúncio da república do "café-com-leite". Para Washington Luiz, nos anos 1920, "Governar é abrir estradas". Getúlio, nos 1950, veio com "O Petróleo é nosso". Já na Nova República, José Sarney sugeria "Tudo pelo social". Num chiste da época, atribuído ao sempre espirituoso Delfim Netto, brincava-se: "o elevador de serviço está quebrado; tudo pelo social". Mais recentemente, nos depararamos com o fantasioso lema do segundo e –breve– governo Dilma: "Brasil, Pátria Educadora", pouco adequado a uma administração que, em seus primeiros nove meses, contabilizou três diferentes ministros da Educação. Como sabemos, o governo Temer, ainda em sua interinidade, optou pelo lema inscrito no Pavilhão Nacional: "Ordem e Progresso". Tal slogan é um eufemismo do que realmente a administração pós-Dilma têm à frente até 1o. de janeiro de 2019. Em verdade, o lema desses próximos dois anos e meio deveria ser "Brasil, correção e terraplenagem". Mais do que construir o futuro, a missão da equipe de Temer é trazer o Brasil do passado para o presente. É tarefa precípua "corrigir" a equivocada política das "campeãs nacionais". Eleitoreiras subvenções a preços de gasolina e eletricidade. Anacrônica política industrial centrada no sacrossanto "conteúdo nacional". Inchaço de cargos de confiança. Politização das agências reguladoras. Ineficiência e desestruturação de ícones como a Petrobras e o BNDES. A lista de distorções a corrigir pode ser aumentada exponencialmente. Apenas nos domínios da política externa ou da estratégia comercial cabem inúmeros "cavalos-de-pau". Diz-se que destruir é fácil; construir, difícil. Bobagem. Desmantelar o acervo de incompetência na máquina do Estado nesses últimos treze anos é tarefa hercúlea. Tanto mais ao observar que muitos dos protagonistas do governo Temer, no desfrute da aliança política que sustentou o período Lula-Dilma, foram complacentes ou coniventes com a deterioração da governança no Brasil. O fato é que agora o Brasil conta com uma boa equipe na Fazenda e no Banco Central. Com uma forte e bem informada liderança na política externa, nas estatais e em seu principal banco de fomento, são boas as chances de que o Brasil "se corrigirá". Dispor de uma casa macroeconômica minimamente em ordem, no entanto, é algo mais relacionado ao "evitamento do pior" do que um grande diferencial de competitividade. Daí a razão deste governo Temer ter forçosamente de buscar ao menos colocar a bola em jogo das reformas estruturais. Já passou da hora do Brasil levar a cabo uma harmonização de suas capacidades de competir internacionalmente. É dizer, ao Brasil cabe nivelar – "terraplenar" – o campo para voltar a ser o país de alto crescimento que seu potencial lhe confere. Se tergiversar nas reformas, o que agora aparece como enorme boa vontade dos mercados com Temer se diluirá mais rapidamente do que se pode imaginar. Na dupla tarefa de corrigir e terraplenar, uma constatação salta aos olhos. Curioso –e inegável– o resultado do nacional-desenvolvimentismo dos últimos treze anos. Como em tantos outros episódios de sua trajetória, o Brasil continua bastante vulnerável a humores internacionais. E tal "neodependência" se manifesta em ao menos três frentes. O setor industrial no Brasil está não apenas menor e menos competitivo, mas também mais desnacionalizado – fruto de um voraz processo de fusões & aquisições que se delicia com o baixo preço comparativo dos ativos empresariais brasileiros. No âmbito comercial, o país necessita turbinar exportações para compensar um momento de particular desaquecimento do mercado interno. Vê-se forçado a perseguir o aumento da fatia que o comércio exterior ocupa em seu PIB num contexto em que o mundo não se encontra especialmente "aberto para negócios ". O Brasil tem de buscar sua promoção comercial justamente no instante em que as negociações multilaterais andam de lado, blocos como a União Europeia e o Mercosul encontram-se em crise existencial e retórica e prática das principais potências assumem tons francamente protecionistas. Já na frente de investimentos, a dependência se manifesta num tripla dimensão. Temos de atrair, goste-se ou não, liquidez de curto prazo via mercado financeiro para a sintonia quotidiana do ajustamento fiscal. Carecemos do investimento estrangeiro direto (IED) dada a nossa baixa capacidade endógena de poupar e investir – pequena mesmo em comparação a outros países emergentes. E, claro, precisamos de concessões, privatizações e financiamento externo de nossa infraestrutura, tanto mais num quadro estatal debilitado em sua função de investir. Apesar da predileção por um modelo "autônomo" e "soberano" de crescimento e inserção internacional, não é exagero apontar que se legou ao Brasil de hoje a condição de um país bastante mais dependente do mundo.
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Messi, Cristiano Ronaldo e Griezmann são os finalistas do prêmio Fifa
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A Fifa comunicou nesta sexta-feira (2) que Lionel Messi, Antoine Griezmann e Cristiano Ronaldo concorrem ao prêmio de melhor jogador do ano. No feminino, Marta disputa o prêmio com Melanie Berenguer e Carli Lloid. O anúncio do vencedor acontecerá no dia 9 de janeiro, em Zurique, Suíça. Os três finalistas deixaram para trás outros 20 jogadores que haviam sido relacionados em uma pré-lista da Fifa. Neymar estava na pré-lista de candidatos a melhor do mundo. O atacante comandou a seleção brasileira na conquista da medalha de ouro dos Jogos Olímpicos. Neymar também ganhou os títulos do Campeonato Espanhol, Copa do Rei e a Supercopa da Espanha com o Barcelona em 2016. Para a eleição desse ano, Cristiano Ronaldo chega com dois trunfos importantes: os títulos da Liga dos Campeões e da Eurocopa. Na Liga, o craque português terminou o torneio como artilheiro disparado: 16 gols, sete a mais que o vice-artilheiro, Robert Lewandowski. Em busca do prêmio de melhor do mundo, Messi levou a Argentina à final da Copa América Centenário, perdendo para o Chile. Desapontado com mais uma derrota em finais contra os chilenos, Messi chegou a anunciar sua despedida da seleção argentina, cujos planos foram revistos semanas depois. Com o Barcelona, Messi ganhou os títulos do Campeonato Espanhol, Copa do Rei e Supercopa da Espanha. A presença de Griezmann na eleição dos melhores coroa um ano muito positivo na carreira do atacante francês. Griezmann levou o Atlético de Madrid à final da Liga dos Campeões na decisão contra o Real Madrid, jogo vencido pelo Real. À frente da seleção francesa, Griezmann foi vice-campeão da Eurocopa, perdendo a final para Portugal. CR7 soma três prêmios Fifa de melhor atleta: 2008, 2013 e 2014. Messi tem cinco troféus. Encerrada uma parceria de seis anos com a revista France Football para a entrega da Bola de Ouro, a Fifa volta a premiar os melhores do mundo de forma independente. O vencedor do prêmio será determinado por meio de um processo de votação combinada, em que 50% da decisão será baseada nas escolhas de todos os capitães e treinadores. Os outros 50% serão definidos pelo resultado de uma votação online e de mais de 200 representantes de mídia.
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esporte
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Messi, Cristiano Ronaldo e Griezmann são os finalistas do prêmio FifaA Fifa comunicou nesta sexta-feira (2) que Lionel Messi, Antoine Griezmann e Cristiano Ronaldo concorrem ao prêmio de melhor jogador do ano. No feminino, Marta disputa o prêmio com Melanie Berenguer e Carli Lloid. O anúncio do vencedor acontecerá no dia 9 de janeiro, em Zurique, Suíça. Os três finalistas deixaram para trás outros 20 jogadores que haviam sido relacionados em uma pré-lista da Fifa. Neymar estava na pré-lista de candidatos a melhor do mundo. O atacante comandou a seleção brasileira na conquista da medalha de ouro dos Jogos Olímpicos. Neymar também ganhou os títulos do Campeonato Espanhol, Copa do Rei e a Supercopa da Espanha com o Barcelona em 2016. Para a eleição desse ano, Cristiano Ronaldo chega com dois trunfos importantes: os títulos da Liga dos Campeões e da Eurocopa. Na Liga, o craque português terminou o torneio como artilheiro disparado: 16 gols, sete a mais que o vice-artilheiro, Robert Lewandowski. Em busca do prêmio de melhor do mundo, Messi levou a Argentina à final da Copa América Centenário, perdendo para o Chile. Desapontado com mais uma derrota em finais contra os chilenos, Messi chegou a anunciar sua despedida da seleção argentina, cujos planos foram revistos semanas depois. Com o Barcelona, Messi ganhou os títulos do Campeonato Espanhol, Copa do Rei e Supercopa da Espanha. A presença de Griezmann na eleição dos melhores coroa um ano muito positivo na carreira do atacante francês. Griezmann levou o Atlético de Madrid à final da Liga dos Campeões na decisão contra o Real Madrid, jogo vencido pelo Real. À frente da seleção francesa, Griezmann foi vice-campeão da Eurocopa, perdendo a final para Portugal. CR7 soma três prêmios Fifa de melhor atleta: 2008, 2013 e 2014. Messi tem cinco troféus. Encerrada uma parceria de seis anos com a revista France Football para a entrega da Bola de Ouro, a Fifa volta a premiar os melhores do mundo de forma independente. O vencedor do prêmio será determinado por meio de um processo de votação combinada, em que 50% da decisão será baseada nas escolhas de todos os capitães e treinadores. Os outros 50% serão definidos pelo resultado de uma votação online e de mais de 200 representantes de mídia.
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Setores do PT creem que STF permitirá que Lula concorra em 2018
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Apesar das denúncias contra Lula na delação da Odebrecht, setores do PT seguem acreditando que o STF (Supremo Tribunal Federal) permitirá que ele seja candidato em 2018, ainda que condenado em segunda instância. EPÍLOGO A maior parte da legenda dá como certa a condenação do petista, em primeira e em segunda instâncias, o que impediria a candidatura, mas acha que o STF pode garantir a presença dele na cédula eleitoral, sob o argumento de que barrar a candidatura seria muito drástico e que ainda faltaria o pronunciamento das cortes superiores para a condenação definitiva dele. Leia a coluna completa aqui.
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colunas
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Setores do PT creem que STF permitirá que Lula concorra em 2018Apesar das denúncias contra Lula na delação da Odebrecht, setores do PT seguem acreditando que o STF (Supremo Tribunal Federal) permitirá que ele seja candidato em 2018, ainda que condenado em segunda instância. EPÍLOGO A maior parte da legenda dá como certa a condenação do petista, em primeira e em segunda instâncias, o que impediria a candidatura, mas acha que o STF pode garantir a presença dele na cédula eleitoral, sob o argumento de que barrar a candidatura seria muito drástico e que ainda faltaria o pronunciamento das cortes superiores para a condenação definitiva dele. Leia a coluna completa aqui.
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Anatel abre processo para investigar atuação de Nelson Tanure na Oi
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A participação do empresário Nelson Tanure, do fundo Société Mondiale, sócio da Oi, na última reunião do conselho de administração da Oi levou a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) a abrir uma investigação que pode terminar em mais sanções à empresa que está em recuperação judicial com uma dívida de R$ 65,4 bilhões. Tanure entrou em acordo com os sócios da Oi para que dois de seus representantes ocupem assentos no conselho de administração da operadora –grupo que hoje decide o comando da empresa. Mas, para efetivamente ocuparem os assentos, é preciso a anuência da Anatel –o que ainda não aconteceu. Notícias veiculadas recentemente revelaram que no final de outubro, Tanure não só esteve presente em uma reunião como discutiu com Rafael Mora, representante do grupo de sócios portugueses da Pharol, maior acionista da Oi, com 18% de participação. Nesta terça-feira (8), o superintendente de Competição da Anatel Carlos Baigorri afirmou que o "despacho determina que os indicados [às vagas do conselho da Oi] se abstenham de participar das reuniões enquanto não houver a anuência prévia". Ainda segundo Baigorri, para cada reunião que os representantes participarem a Oi terá de pagar R$ 50 milhões e a agência, a partir de agora, poderá enviar um representante para acompanhar as reuniões do conselho da Oi. O episódio levou a agência a abrir um procedimento investigatório para apurar se os representantes de Tanure já vinham participando das reuniões antes do dia 26 de outubro. Caso isso se confirme, a empresa poderá sofrer sanções, que vão desde a advertência até a caducidade dos contratos. INTERVENÇÃO A disputa entre os acionistas vem causando mais tensão no já complicado processo de recuperação judicial da Oi. Com uma dívida de R$ 65,4 bilhões, a empresa precisa aprovar seu plano de recuperação para evitar a falência. Mas os sócios –Pharol e Tanure– disputam o comando da companhia e os credores privados não se entendem com os públicos sobre a política de descontos para o pagamento das dívidas. Os credores públicos –Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES e a própria Anatel– não aceitam dar descontos. Pelo plano, eles chegam a 70% em alguns casos. Quem não aceitar, só receberá o valor integral depois de 10 anos em parcelas semestrais. Enquanto o impasse entre os credores não se resolve, o juiz responsável pela recuperação, no Rio de Janeiro, pediu aos sócios que entrassem em acordo. Os portugueses aceitaram abrir mão de dois assentos no conselho em favor do fundo Société Mondiale, ligado a Tanure. Mas para tomarem posse precisam do sinal verde da agência. Nos bastidores, o governo trabalha com a possibilidade de intervenção. Como a Folha revelou na edição desta segunda-feira, está em preparo uma medida provisória modificando a lei de recuperação judicial para que a União possa intervir em todo tipo de serviço público -seja prestado em regime público (concessões) ou privado (autorizações e permissões). Segundo o presidente da Anatel, Juarez Quadros, caso a situação da Oi não se resolva por si só, a ideia do governo -que também é acionista por meio do BNDES- é baixar a medida provisória, destituir a diretoria da empresa e, eventualmente, até negociar a venda da empresa. OUTRO LADO Em comunicado, o fundo Société Mondiale disse que foi comunicado da medida cautelar expedida pela Anatel e que respeitará a decisão de efeito imediato. "Não obstante, o fundo entende que sempre cumpriu rigorosamente as instruções estabelecidas pelo órgão regulador e se coloca à disposição para discutir o tema diretamente com a Anatel." O Société Mondiale disse ainda estar "convicto de que os acionistas da Oi e as autoridades regulatórias compartilham dos mesmos objetivos: o soerguimento da companhia, a melhoria da qualidade dos serviços prestados aos mais de 70 milhões de clientes e a preservação de mais de 140 mil empregos diretos e indiretos."
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mercado
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Anatel abre processo para investigar atuação de Nelson Tanure na OiA participação do empresário Nelson Tanure, do fundo Société Mondiale, sócio da Oi, na última reunião do conselho de administração da Oi levou a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) a abrir uma investigação que pode terminar em mais sanções à empresa que está em recuperação judicial com uma dívida de R$ 65,4 bilhões. Tanure entrou em acordo com os sócios da Oi para que dois de seus representantes ocupem assentos no conselho de administração da operadora –grupo que hoje decide o comando da empresa. Mas, para efetivamente ocuparem os assentos, é preciso a anuência da Anatel –o que ainda não aconteceu. Notícias veiculadas recentemente revelaram que no final de outubro, Tanure não só esteve presente em uma reunião como discutiu com Rafael Mora, representante do grupo de sócios portugueses da Pharol, maior acionista da Oi, com 18% de participação. Nesta terça-feira (8), o superintendente de Competição da Anatel Carlos Baigorri afirmou que o "despacho determina que os indicados [às vagas do conselho da Oi] se abstenham de participar das reuniões enquanto não houver a anuência prévia". Ainda segundo Baigorri, para cada reunião que os representantes participarem a Oi terá de pagar R$ 50 milhões e a agência, a partir de agora, poderá enviar um representante para acompanhar as reuniões do conselho da Oi. O episódio levou a agência a abrir um procedimento investigatório para apurar se os representantes de Tanure já vinham participando das reuniões antes do dia 26 de outubro. Caso isso se confirme, a empresa poderá sofrer sanções, que vão desde a advertência até a caducidade dos contratos. INTERVENÇÃO A disputa entre os acionistas vem causando mais tensão no já complicado processo de recuperação judicial da Oi. Com uma dívida de R$ 65,4 bilhões, a empresa precisa aprovar seu plano de recuperação para evitar a falência. Mas os sócios –Pharol e Tanure– disputam o comando da companhia e os credores privados não se entendem com os públicos sobre a política de descontos para o pagamento das dívidas. Os credores públicos –Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES e a própria Anatel– não aceitam dar descontos. Pelo plano, eles chegam a 70% em alguns casos. Quem não aceitar, só receberá o valor integral depois de 10 anos em parcelas semestrais. Enquanto o impasse entre os credores não se resolve, o juiz responsável pela recuperação, no Rio de Janeiro, pediu aos sócios que entrassem em acordo. Os portugueses aceitaram abrir mão de dois assentos no conselho em favor do fundo Société Mondiale, ligado a Tanure. Mas para tomarem posse precisam do sinal verde da agência. Nos bastidores, o governo trabalha com a possibilidade de intervenção. Como a Folha revelou na edição desta segunda-feira, está em preparo uma medida provisória modificando a lei de recuperação judicial para que a União possa intervir em todo tipo de serviço público -seja prestado em regime público (concessões) ou privado (autorizações e permissões). Segundo o presidente da Anatel, Juarez Quadros, caso a situação da Oi não se resolva por si só, a ideia do governo -que também é acionista por meio do BNDES- é baixar a medida provisória, destituir a diretoria da empresa e, eventualmente, até negociar a venda da empresa. OUTRO LADO Em comunicado, o fundo Société Mondiale disse que foi comunicado da medida cautelar expedida pela Anatel e que respeitará a decisão de efeito imediato. "Não obstante, o fundo entende que sempre cumpriu rigorosamente as instruções estabelecidas pelo órgão regulador e se coloca à disposição para discutir o tema diretamente com a Anatel." O Société Mondiale disse ainda estar "convicto de que os acionistas da Oi e as autoridades regulatórias compartilham dos mesmos objetivos: o soerguimento da companhia, a melhoria da qualidade dos serviços prestados aos mais de 70 milhões de clientes e a preservação de mais de 140 mil empregos diretos e indiretos."
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Sumida, Dilma estima que dificuldades irão até 2016
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Vivendo um verdadeiro inferno astral de começo de mandato, com medidas econômicas impopulares, apagão e disputas políticas, a presidente Dilma Rousseff tem optado pelo silêncio. A assessores, contudo, diz que o período de ajuste é necessário e deve durar dois anos. É o tempo que Dilma considera como inevitável para arrumar a economia e enfrentar as turbulências políticas. Ela tem dito estar convicta do caminho adotado, e tende a desconsiderar as críticas de que está isolada em suas decisões ou praticando estelionato eleitoral ao adotar medidas associadas à oposição. Para a presidente, o principal ponto de preocupação do momento é outro: o efeito econômico da crise decorrente da Operação Lava Jato, que afeta diversas grandes empreiteiras com contratos agora sob suspeita com a Petrobras. Auxiliares presidenciais dizem que o governo já estava preparado para receber críticas pelos ajustes necessários na política econômica, mas teme agora uma onda de demissões e quebra de empresas ligadas ao escândalo. Este cenário não estava previsto e pode piorar a situação econômica do Brasil, que já não é boa e ainda pode contar com o efeito da crise hídrica em São Paulo -principal mercado consumidor do país. Há receio de que as demissões na indústria naval, que já bateram em 12 mil cortes de vagas nos últimos dois meses, dobrem até o fim do ano. REUNIÃO Dilma pretende tratar desses temas em sua primeira reunião ministerial do segundo mandato, marcada para terça (27), quando deve dizer aos ministros que o ajuste fiscal é necessário e que eles têm de estar preparados para passar um período difícil. Ela defenderá todas as medidas adotadas até aqui por sua equipe econômica e dirá que o ajuste fiscal aumenta o desafio de cada ministro buscar medidas para ajudar o país a sair desta fase de crise. A reunião da presidente com sua equipe ocorrerá num momento em que ela é bombardeada tanto por aliados como pela oposição. A petista tem sido criticada pelo silêncio que vem mantendo desde o ano passado, durante período em que baixou medidas como redução de benefícios trabalhistas e previdenciários, aumento de impostos e corte de gastos. Decisões que contrariaram seu discurso de campanha, mas foram aplaudidas pelo mercado financeiro. Dilma também não fez nenhum comentário sobre o apagão ocorrido na segunda (19), que atingiu 11 Estados e o Distrito Federal, sendo que durante a campanha garantiu que o setor elétrico brasileiro é robusto e seguro. FOGO AMIGO Líderes petistas e centrais sindicais, por sinal, deixaram de lado o silêncio adotado no final do ano passado e passaram a criticar publicamente a presidente pelas medidas econômicas. O PT se queixa da perda de espaço no governo e da falta de interlocução com a presidente. Nos bastidores, grão-petistas dizem que não elegeram Dilma para "este projeto que está aí''. Ministros lembram que, na véspera do segundo turno, Dilma já havia dado a senha da condução do segundo mandato. A um grupo seleto de assessores a presidente disse que, se conseguisse mais quatro anos na Presidência, estaria "livre" para governar do seu jeito, sem compromisso com reeleição. No próximo dia 6, o PT prepara uma grande festa em Belo Horizonte para comemorar o aniversário do partido. O evento deve servir de palco para afagos ao ex-presidente Lula, principal nome para a sucessão de Dilma, em 2018. Entre aliados, Dilma não está se afastando apenas do PT. Em outra frente, a eleição para presidência da Câmara, ela enfrentará o PMDB: O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é favorito e desafeto do Planalto. Para não ficar refém do PMDB, o Planalto tem incentivado a formação de uma base aliada "alternativa'', liderada pelos ministros Cid Gomes (Educação), do Pros, e Gilberto Kassab (Cidades), do PSD. A movimentação irritou o PMDB, que também reclama da falta de acesso ao núcleo palaciano. Tanto PT como PMDB afirmam que Dilma se fechou em copas após a eleição, dando ouvido apenas ao ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) e isolando outros interlocutores, como o próprio ex-presidente Lula e o vice-presidente, Michel Temer.
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Sumida, Dilma estima que dificuldades irão até 2016Vivendo um verdadeiro inferno astral de começo de mandato, com medidas econômicas impopulares, apagão e disputas políticas, a presidente Dilma Rousseff tem optado pelo silêncio. A assessores, contudo, diz que o período de ajuste é necessário e deve durar dois anos. É o tempo que Dilma considera como inevitável para arrumar a economia e enfrentar as turbulências políticas. Ela tem dito estar convicta do caminho adotado, e tende a desconsiderar as críticas de que está isolada em suas decisões ou praticando estelionato eleitoral ao adotar medidas associadas à oposição. Para a presidente, o principal ponto de preocupação do momento é outro: o efeito econômico da crise decorrente da Operação Lava Jato, que afeta diversas grandes empreiteiras com contratos agora sob suspeita com a Petrobras. Auxiliares presidenciais dizem que o governo já estava preparado para receber críticas pelos ajustes necessários na política econômica, mas teme agora uma onda de demissões e quebra de empresas ligadas ao escândalo. Este cenário não estava previsto e pode piorar a situação econômica do Brasil, que já não é boa e ainda pode contar com o efeito da crise hídrica em São Paulo -principal mercado consumidor do país. Há receio de que as demissões na indústria naval, que já bateram em 12 mil cortes de vagas nos últimos dois meses, dobrem até o fim do ano. REUNIÃO Dilma pretende tratar desses temas em sua primeira reunião ministerial do segundo mandato, marcada para terça (27), quando deve dizer aos ministros que o ajuste fiscal é necessário e que eles têm de estar preparados para passar um período difícil. Ela defenderá todas as medidas adotadas até aqui por sua equipe econômica e dirá que o ajuste fiscal aumenta o desafio de cada ministro buscar medidas para ajudar o país a sair desta fase de crise. A reunião da presidente com sua equipe ocorrerá num momento em que ela é bombardeada tanto por aliados como pela oposição. A petista tem sido criticada pelo silêncio que vem mantendo desde o ano passado, durante período em que baixou medidas como redução de benefícios trabalhistas e previdenciários, aumento de impostos e corte de gastos. Decisões que contrariaram seu discurso de campanha, mas foram aplaudidas pelo mercado financeiro. Dilma também não fez nenhum comentário sobre o apagão ocorrido na segunda (19), que atingiu 11 Estados e o Distrito Federal, sendo que durante a campanha garantiu que o setor elétrico brasileiro é robusto e seguro. FOGO AMIGO Líderes petistas e centrais sindicais, por sinal, deixaram de lado o silêncio adotado no final do ano passado e passaram a criticar publicamente a presidente pelas medidas econômicas. O PT se queixa da perda de espaço no governo e da falta de interlocução com a presidente. Nos bastidores, grão-petistas dizem que não elegeram Dilma para "este projeto que está aí''. Ministros lembram que, na véspera do segundo turno, Dilma já havia dado a senha da condução do segundo mandato. A um grupo seleto de assessores a presidente disse que, se conseguisse mais quatro anos na Presidência, estaria "livre" para governar do seu jeito, sem compromisso com reeleição. No próximo dia 6, o PT prepara uma grande festa em Belo Horizonte para comemorar o aniversário do partido. O evento deve servir de palco para afagos ao ex-presidente Lula, principal nome para a sucessão de Dilma, em 2018. Entre aliados, Dilma não está se afastando apenas do PT. Em outra frente, a eleição para presidência da Câmara, ela enfrentará o PMDB: O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é favorito e desafeto do Planalto. Para não ficar refém do PMDB, o Planalto tem incentivado a formação de uma base aliada "alternativa'', liderada pelos ministros Cid Gomes (Educação), do Pros, e Gilberto Kassab (Cidades), do PSD. A movimentação irritou o PMDB, que também reclama da falta de acesso ao núcleo palaciano. Tanto PT como PMDB afirmam que Dilma se fechou em copas após a eleição, dando ouvido apenas ao ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) e isolando outros interlocutores, como o próprio ex-presidente Lula e o vice-presidente, Michel Temer.
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Veja debate sobre ranking da Folha de eficiência de municípios
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Em debate sobre o Ranking de Eficiência dos Municípios - Folha (REM-F), realizado nesta segunda-feira (29), em parceria com o Insper, especialistas em gestão pública avaliaram que a comparação entre a administração de cada cidade é fundamental para estimular o aprimoramento de políticas municipais. O REM-F, lançado pela Folha e o Datafolha, no domingo (28), mostra quais prefeituras conseguem assistir melhor a população usando menos recursos financeiros. A ferramenta usa indicadores de saúde, educação e saneamento para calcular a eficiência da gestão de 95% dos municípios brasileiros. Ao estabelecer uma hierarquia entre eles, o REM-F fomenta o debate público, apontaram os pesquisadores. Leia mais aqui e veja abaixo a segunda parte do evento. Veja o vídeo
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Veja debate sobre ranking da Folha de eficiência de municípiosEm debate sobre o Ranking de Eficiência dos Municípios - Folha (REM-F), realizado nesta segunda-feira (29), em parceria com o Insper, especialistas em gestão pública avaliaram que a comparação entre a administração de cada cidade é fundamental para estimular o aprimoramento de políticas municipais. O REM-F, lançado pela Folha e o Datafolha, no domingo (28), mostra quais prefeituras conseguem assistir melhor a população usando menos recursos financeiros. A ferramenta usa indicadores de saúde, educação e saneamento para calcular a eficiência da gestão de 95% dos municípios brasileiros. Ao estabelecer uma hierarquia entre eles, o REM-F fomenta o debate público, apontaram os pesquisadores. Leia mais aqui e veja abaixo a segunda parte do evento. Veja o vídeo
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A banalidade do mal
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Sobre o reajuste médio de 9% no Bolsa Família e as outras medidas anunciadas pela presidente Dilma Rousseff em seu discurso no domingo passado (1º), Eduardo Cunha, o bondoso, afirmou ao jornal "O Globo" que "(...) não são bondades. São maldades com a população, porque o deficit tem consequências e quem paga são todos os contribuintes". A tal caixinha de bondades aberta por Dilma antes de seu afastamento pelo Senado parece estar causando mais indignação do que a articulação entre o STF (Supremo Tribunal Federal) e os líderes de partidos na Câmara para a aprovação rápida do reajuste salarial de servidores do Judiciário e magistrados, ainda que com custo superior para os cofres públicos. A ideia de que a solução para a crise é um bem maior, que justifica o sacrifício de todos –ao que parece até mesmo das nossas instituições democráticas–, não apareceu pela primeira vez na declaração do presidente da Câmara ou no ensaio de discurso de posse do vice-presidente Michel Temer, cujo spoiler já recebemos. Foi esse também o discurso da presidente Dilma desde o início do ano passado. Ainda que a Câmara dos Deputados possa ser responsabilizada por não ter fechado a caixa de bondades aberta para os grandes empresários durante o primeiro mandato de Dilma, a caixinha de maldades aberta pela presidente em 2014 não serviu nem para minimizar sua falta de sustentação política nem para levar todos ao paraíso pelo poder redentor dos sacrifícios. Ao contrário, o ajuste fiscal implementado, que se deu com uma redução de cerca de 40% nos investimentos públicos e sem aumento de impostos sobre a renda e o patrimônio, só agravou a crise econômica. Como ressaltou o pesquisador do Ipea Marcelo Medeiros em seminário na segunda-feira (2), o tipo de ajuste fiscal realizado é determinante para a trajetória da desigualdade no país: "Se o ajuste não for pesado para o 1% mais rico da população, não haverá queda". Como as maldades nunca atingem o andar de cima, a elevação do desemprego e a queda dos salários de trabalhadores pouco qualificados vêm se encarregando de reverter rapidamente a redução da desigualdade salarial conquistada nos anos 2000. Mesmo com o fracasso da estratégia, já evidente ao fim de 2014, Dilma ainda insistiu uma última vez em tentar se livrar da fama de caridosa. Em 15 de janeiro, declarou a jornalistas no Planalto: "Acho que a questão mais importante para o país é a Previdência". Não que em qualquer momento no tempo e em qualquer país do mundo um cálculo simples não possa demonstrar que o aumento da expectativa de vida e a que- da da natalidade tornarão insustentável o regime de Previdência em vigor. Claro que o excesso de imediatismo prejudica qualquer projeto de desenvolvimento coerente e de longo prazo. Mas a escolha da Previdência –e não do emprego– como a maior de todas as suas preocupações em meio à crise econômica e política mais profunda dos últimos tempos pode fazer de Dilma a maior líder antipopulista da história brasileira. Infelizmente, para a nossa infante social-democracia, no fundo da caixinha de maldades, só costumam aparecer mais maldades.
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A banalidade do malSobre o reajuste médio de 9% no Bolsa Família e as outras medidas anunciadas pela presidente Dilma Rousseff em seu discurso no domingo passado (1º), Eduardo Cunha, o bondoso, afirmou ao jornal "O Globo" que "(...) não são bondades. São maldades com a população, porque o deficit tem consequências e quem paga são todos os contribuintes". A tal caixinha de bondades aberta por Dilma antes de seu afastamento pelo Senado parece estar causando mais indignação do que a articulação entre o STF (Supremo Tribunal Federal) e os líderes de partidos na Câmara para a aprovação rápida do reajuste salarial de servidores do Judiciário e magistrados, ainda que com custo superior para os cofres públicos. A ideia de que a solução para a crise é um bem maior, que justifica o sacrifício de todos –ao que parece até mesmo das nossas instituições democráticas–, não apareceu pela primeira vez na declaração do presidente da Câmara ou no ensaio de discurso de posse do vice-presidente Michel Temer, cujo spoiler já recebemos. Foi esse também o discurso da presidente Dilma desde o início do ano passado. Ainda que a Câmara dos Deputados possa ser responsabilizada por não ter fechado a caixa de bondades aberta para os grandes empresários durante o primeiro mandato de Dilma, a caixinha de maldades aberta pela presidente em 2014 não serviu nem para minimizar sua falta de sustentação política nem para levar todos ao paraíso pelo poder redentor dos sacrifícios. Ao contrário, o ajuste fiscal implementado, que se deu com uma redução de cerca de 40% nos investimentos públicos e sem aumento de impostos sobre a renda e o patrimônio, só agravou a crise econômica. Como ressaltou o pesquisador do Ipea Marcelo Medeiros em seminário na segunda-feira (2), o tipo de ajuste fiscal realizado é determinante para a trajetória da desigualdade no país: "Se o ajuste não for pesado para o 1% mais rico da população, não haverá queda". Como as maldades nunca atingem o andar de cima, a elevação do desemprego e a queda dos salários de trabalhadores pouco qualificados vêm se encarregando de reverter rapidamente a redução da desigualdade salarial conquistada nos anos 2000. Mesmo com o fracasso da estratégia, já evidente ao fim de 2014, Dilma ainda insistiu uma última vez em tentar se livrar da fama de caridosa. Em 15 de janeiro, declarou a jornalistas no Planalto: "Acho que a questão mais importante para o país é a Previdência". Não que em qualquer momento no tempo e em qualquer país do mundo um cálculo simples não possa demonstrar que o aumento da expectativa de vida e a que- da da natalidade tornarão insustentável o regime de Previdência em vigor. Claro que o excesso de imediatismo prejudica qualquer projeto de desenvolvimento coerente e de longo prazo. Mas a escolha da Previdência –e não do emprego– como a maior de todas as suas preocupações em meio à crise econômica e política mais profunda dos últimos tempos pode fazer de Dilma a maior líder antipopulista da história brasileira. Infelizmente, para a nossa infante social-democracia, no fundo da caixinha de maldades, só costumam aparecer mais maldades.
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Possibilidade de renúncia de Dilma já não é descartada dentro do PT
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A possibilidade de renúncia de Dilma Rousseff já não é descartada dentro do PT. Dirigentes históricos e ligados ao ex-presidente Lula acreditam que ela pode ser levada a uma atitude extrema em caso de total ingovernabilidade do país -o que poderia ocorrer na hipótese de derrota fragorosa do pacote fiscal enviado ao Congresso. LINHA FINA Ainda que o STF (Supremo Tribunal Federal) barre um processo de impeachment, os mesmos dirigentes acreditam que a situação do governo pode ficar insustentável. E que Dilma se retiraria para evitar uma conflagração no país. A presidente tem repetido que não renunciará ao mandato em nenhuma hipótese. LINHA FINA 2 No PT é feito o cálculo de que Dilma tem cerca de três semanas para virar o jogo e se estabelecer novamente como única alternativa de poder no país até 2018. A GARGANTA A conta pode mudar caso se confirmem os rumores de que o delator Fernando Baiano poderá arrastar os principais líderes do PMDB, partido de Michel Temer, para o precipício. Nesse caso, a possibilidade de o vice assumir no lugar de Dilma estaria afastada. RISADA CRÍTICA Com o show "Humor nos Tempos do Cólera", no Espaço Parlapatões, os comediantes Vitor Brandt,* 33 (à esq.),* Gus Lanzetta, 25, e Gustavo Suzuki, 30 (à dir.), fazem stand-up comedy politizado. "Uma piada não é só uma piada, é um discurso que precisa condizer com o que você acredita", diz Suzuki. * O grupo comenta desde racismo e homofobia até "coisas idiotas como transplante de pinto e dicas da Bela Gil". E rejeita o rótulo de politicamente correto. "Usam o termo pra transformar a comédia numa coisa de não ofender ninguém, mas ela sempre ofende. A questão é a quem", diz Suzuki. Em cartaz aos sábados às 23h59, o show vai até 10/10. ZONA AZUL Um iate com mais de 24 m de comprimento vai atravessar ruas da capital a caminho do 18º São Paulo Boat Show. O barco de luxo, da Intermarine, será transportado de madrugada, com supervisão da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), entre a fábrica em Osasco e o Transamerica Expo Center, na zona sul paulistana. CONVERSA FRANCA As apresentadoras Astrid Fontenelle e Luisa Mell participaram de debate sobre a exposição dos filhos na internet na quinta (17). Fizeram parte da conversa a empresária Zilú Godoy e sua filha, a cantora Wanessa Camargo. O empresário Fabio Porchat, a blogueira Cris Tamer e a pianista Juliana D'Agostini também estiveram no evento, na Casa Glamurama. DANÇA DE ESTRELA Dois dançarinos do balé da cantora Katy Perry, que se apresenta no Rock in Rio no dia 27, realizarão três workshops de dança durante a permanência no Brasil. Os americanos Kashan Brailsford e Leah Adler darão aula em SP, Curitiba e Rio. SIMPATIA ORGANIZADA André Sturm enviou ao cineasta Tim Burton uma lista com nove ideias sobre como interagir com os fãs durante sua estada em SP em fevereiro, quando vem para a abertura da exposição sobre ele no MIS. O diretor americano pediu que o museu enviasse sugestões que fossem além da clássica noite de autógrafos. "Ele gosta muito do contato com os fãs e está preocupado que muita gente fique de fora se só tivermos um evento", explica Sturm. QUEM CHEGA Soninha Francine, nova coordenadora de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo, tem se encontrado com Heloisa Gama Alves, a quem vai substituir. "Estamos em fase de transição. Quero entender a rotina, os gargalos, falar dos projetos em andamento e dos não iniciados", diz Soninha. GRANDE MARCO Os atores Nuno Leal Maia, Antônio Petrin e o humorista Ary Toledo participaram de mesa-redonda de abertura do projeto Plínio Marcos 80 anos, no Teatro do Sesi-SP, na quarta (16). O diretor Tadeu di Pietro foi ao evento, que homenageia o dramaturgo paulista. CURTO-CIRCUITO Fernanda Takai faz show neste sábado (19) e domingo (20) no Sesc Vila Mariana. 12 anos. Emmerson Nogueira canta neste sábado (19) à noite no Citibank Hall. 16 anos. Rodrigo Ohtake apresenta instalação neste sábado (19) às 11h30, no Museu da Casa Brasileira. O Festival do Clube de Criação 2015 será aberto neste sábado (19), às 12h30, na Cinemateca. O projeto Cabarezinho tem edição neste sábado (19) com Xarlô, Caco Pontes e Alvimar e Zé Trabuco, no Teatro Pequeno Ato, às 22h30. 18 anos. A peça infantil "O Reizinho Mandão", da obra de Ruth Rocha, estreia neste sábado (19), às 16h, no Teatro Augusta. A Zipper Galeria, no Jardim América, recebe exposições de Estela Sokol e de Zé Vicente até 17 de outubro. JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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Possibilidade de renúncia de Dilma já não é descartada dentro do PTA possibilidade de renúncia de Dilma Rousseff já não é descartada dentro do PT. Dirigentes históricos e ligados ao ex-presidente Lula acreditam que ela pode ser levada a uma atitude extrema em caso de total ingovernabilidade do país -o que poderia ocorrer na hipótese de derrota fragorosa do pacote fiscal enviado ao Congresso. LINHA FINA Ainda que o STF (Supremo Tribunal Federal) barre um processo de impeachment, os mesmos dirigentes acreditam que a situação do governo pode ficar insustentável. E que Dilma se retiraria para evitar uma conflagração no país. A presidente tem repetido que não renunciará ao mandato em nenhuma hipótese. LINHA FINA 2 No PT é feito o cálculo de que Dilma tem cerca de três semanas para virar o jogo e se estabelecer novamente como única alternativa de poder no país até 2018. A GARGANTA A conta pode mudar caso se confirmem os rumores de que o delator Fernando Baiano poderá arrastar os principais líderes do PMDB, partido de Michel Temer, para o precipício. Nesse caso, a possibilidade de o vice assumir no lugar de Dilma estaria afastada. RISADA CRÍTICA Com o show "Humor nos Tempos do Cólera", no Espaço Parlapatões, os comediantes Vitor Brandt,* 33 (à esq.),* Gus Lanzetta, 25, e Gustavo Suzuki, 30 (à dir.), fazem stand-up comedy politizado. "Uma piada não é só uma piada, é um discurso que precisa condizer com o que você acredita", diz Suzuki. * O grupo comenta desde racismo e homofobia até "coisas idiotas como transplante de pinto e dicas da Bela Gil". E rejeita o rótulo de politicamente correto. "Usam o termo pra transformar a comédia numa coisa de não ofender ninguém, mas ela sempre ofende. A questão é a quem", diz Suzuki. Em cartaz aos sábados às 23h59, o show vai até 10/10. ZONA AZUL Um iate com mais de 24 m de comprimento vai atravessar ruas da capital a caminho do 18º São Paulo Boat Show. O barco de luxo, da Intermarine, será transportado de madrugada, com supervisão da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), entre a fábrica em Osasco e o Transamerica Expo Center, na zona sul paulistana. CONVERSA FRANCA As apresentadoras Astrid Fontenelle e Luisa Mell participaram de debate sobre a exposição dos filhos na internet na quinta (17). Fizeram parte da conversa a empresária Zilú Godoy e sua filha, a cantora Wanessa Camargo. O empresário Fabio Porchat, a blogueira Cris Tamer e a pianista Juliana D'Agostini também estiveram no evento, na Casa Glamurama. DANÇA DE ESTRELA Dois dançarinos do balé da cantora Katy Perry, que se apresenta no Rock in Rio no dia 27, realizarão três workshops de dança durante a permanência no Brasil. Os americanos Kashan Brailsford e Leah Adler darão aula em SP, Curitiba e Rio. SIMPATIA ORGANIZADA André Sturm enviou ao cineasta Tim Burton uma lista com nove ideias sobre como interagir com os fãs durante sua estada em SP em fevereiro, quando vem para a abertura da exposição sobre ele no MIS. O diretor americano pediu que o museu enviasse sugestões que fossem além da clássica noite de autógrafos. "Ele gosta muito do contato com os fãs e está preocupado que muita gente fique de fora se só tivermos um evento", explica Sturm. QUEM CHEGA Soninha Francine, nova coordenadora de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo, tem se encontrado com Heloisa Gama Alves, a quem vai substituir. "Estamos em fase de transição. Quero entender a rotina, os gargalos, falar dos projetos em andamento e dos não iniciados", diz Soninha. GRANDE MARCO Os atores Nuno Leal Maia, Antônio Petrin e o humorista Ary Toledo participaram de mesa-redonda de abertura do projeto Plínio Marcos 80 anos, no Teatro do Sesi-SP, na quarta (16). O diretor Tadeu di Pietro foi ao evento, que homenageia o dramaturgo paulista. CURTO-CIRCUITO Fernanda Takai faz show neste sábado (19) e domingo (20) no Sesc Vila Mariana. 12 anos. Emmerson Nogueira canta neste sábado (19) à noite no Citibank Hall. 16 anos. Rodrigo Ohtake apresenta instalação neste sábado (19) às 11h30, no Museu da Casa Brasileira. O Festival do Clube de Criação 2015 será aberto neste sábado (19), às 12h30, na Cinemateca. O projeto Cabarezinho tem edição neste sábado (19) com Xarlô, Caco Pontes e Alvimar e Zé Trabuco, no Teatro Pequeno Ato, às 22h30. 18 anos. A peça infantil "O Reizinho Mandão", da obra de Ruth Rocha, estreia neste sábado (19), às 16h, no Teatro Augusta. A Zipper Galeria, no Jardim América, recebe exposições de Estela Sokol e de Zé Vicente até 17 de outubro. JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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Aneel aprova aumento no valor da bandeira tarifária
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Começa a ser aplicado na próxima segunda-feira (2) o novo valor das bandeiras tarifárias, sistema que permite aumentos mensais sobre o preço da energia. Por decisão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) haverá um aumento de 83% sobre o valor vigente para a bandeira vermelha. Pela regra, o acréscimo passa de R$ 3 para R$ 5,50 a cada 100 kilowatt-hora (kWh) consumidos. Esse será o novo valor teto, ou seja, o máximo que pode ser aplicado ao mês e que representa momento de elevado custo para compra de energia em todo setor. No mês de março, assim como em janeiro e fevereiro, a bandeira aplicada será a vermelha. AMARELA E VERDE Para a bandeira tarifária amarela –quando gastos com usinas térmicas estão fora do padrão, mas não extremamente elevados–, o preço vai passar de R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos para R$ 2,50. Um aumento de 66,7%. Os novos valores passaram por um curto período de audiência pública ao longo deste mês de fevereiro, entre os dias 9 e 20. A faixa verde, terceira e última do sistema de bandeiras tarifárias, segue o mesmo desenho do sistema original e não deve traz nenhum aumento para os consumidores. Diferentemente do que era feito até este mês de fevereiro, a escolha da bandeira tarifária, quando feita, valerá para todo país. Assim, deixa-se de definir a cor da bandeira regionalmente. As bandeiras tarifárias valem para todo país exceto para os estados do Amazonas, Amapá e Roraima, pois eles ainda não estão plenamente conectados ao Sistema Interligado Nacional. A previsão é de que eles integrem o mesmo sistema a partir de julho de 2015. PROMESSA Antes da aprovação dos novos valores, o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia), havia garantido que o aumento não seria superior a 50%. Em 2014, a bandeira vermelha foi aplicada em praticamente todos os meses em todas as regiões do país, exceto em janeiro, quando ela foi amarela para todas as regiões. Em julho, a bandeira também foi amarela, mas apenas para a região Sul. A arrecadação máxima no ano pelo modelo anterior das bandeiras tarifárias seria de R$ 10,6 bilhões (mantendo o sinal vermelho ao longo de todo o ano). Com a mudança aprovada pela Aneel, a arrecadação pode chegar a R$ 17 bilhões em doze meses.
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mercado
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Aneel aprova aumento no valor da bandeira tarifáriaComeça a ser aplicado na próxima segunda-feira (2) o novo valor das bandeiras tarifárias, sistema que permite aumentos mensais sobre o preço da energia. Por decisão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) haverá um aumento de 83% sobre o valor vigente para a bandeira vermelha. Pela regra, o acréscimo passa de R$ 3 para R$ 5,50 a cada 100 kilowatt-hora (kWh) consumidos. Esse será o novo valor teto, ou seja, o máximo que pode ser aplicado ao mês e que representa momento de elevado custo para compra de energia em todo setor. No mês de março, assim como em janeiro e fevereiro, a bandeira aplicada será a vermelha. AMARELA E VERDE Para a bandeira tarifária amarela –quando gastos com usinas térmicas estão fora do padrão, mas não extremamente elevados–, o preço vai passar de R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos para R$ 2,50. Um aumento de 66,7%. Os novos valores passaram por um curto período de audiência pública ao longo deste mês de fevereiro, entre os dias 9 e 20. A faixa verde, terceira e última do sistema de bandeiras tarifárias, segue o mesmo desenho do sistema original e não deve traz nenhum aumento para os consumidores. Diferentemente do que era feito até este mês de fevereiro, a escolha da bandeira tarifária, quando feita, valerá para todo país. Assim, deixa-se de definir a cor da bandeira regionalmente. As bandeiras tarifárias valem para todo país exceto para os estados do Amazonas, Amapá e Roraima, pois eles ainda não estão plenamente conectados ao Sistema Interligado Nacional. A previsão é de que eles integrem o mesmo sistema a partir de julho de 2015. PROMESSA Antes da aprovação dos novos valores, o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia), havia garantido que o aumento não seria superior a 50%. Em 2014, a bandeira vermelha foi aplicada em praticamente todos os meses em todas as regiões do país, exceto em janeiro, quando ela foi amarela para todas as regiões. Em julho, a bandeira também foi amarela, mas apenas para a região Sul. A arrecadação máxima no ano pelo modelo anterior das bandeiras tarifárias seria de R$ 10,6 bilhões (mantendo o sinal vermelho ao longo de todo o ano). Com a mudança aprovada pela Aneel, a arrecadação pode chegar a R$ 17 bilhões em doze meses.
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Frases de Lady Violet em 'Downton Abbey' expõem agonia da aristocracia
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Lady Violet não sabe o que é um fim de semana. Para ela, trabalho é uma coisa deselegante, muito "classe média". Também se assusta com a luz elétrica e acha que o telefone é um instrumento de tortura, não de comunicação. Ao longo de cinco temporadas da série "Downton Abbey", exibida no Brasil pelo GNT, a personagem vivida por Maggie Smith, 80, foi a voz agônica da aristocracia britânica se dissolvendo na voragem do século 20. Na segunda (2), Smith foi a primeira a avisar que, apesar do sucesso do seriado (visto por mais de 120 milhões de pessoas), não há mágica que possa mantê-lo no ar. Afinal, personagens de uma ficção histórica têm de obedecer as regras da vida. Quando a sexta temporada, prevista para setembro, estrear, Lady Violet já terá ultrapassado os 110 anos. Suas netas, outrora lindas moças buscando casamento, vão virando senhoras maduras. E as relações de trabalho com os serventes, que viviam resignados no subsolo, jamais serão as mesmas em tempos pós-Revolução Russa. As declarações de Smith causaram preocupação entre os fãs e os produtores. A própria atriz amenizou, dizendo logo depois que ficará no programa "até o seu fim". Mas o autor da série, Julian Fellowes, também já declarou que é impossível ir muito longe. "Downton Abbey" começa com o acidente do Titanic, atravessa a Primeira Guerra e encontra-se agora em 1924, quando nos arredores da propriedade dos Crawley estão instaladas famílias aristocráticas russas fugidas da revolução comunista. Se o seriado começa a agonizar, as sarcásticas frases de Lady Violet se popularizam. Nesta página, vão algumas delas, que esbanjam preconceitos, mas também sabedoria política e humana. Mais que nada, permitem entender como um sistema de valores saiu de cena, deixando sequelas nos dias de hoje. As frases de Lady Violet explicam, ainda, porque um seriado como "Downton Abbey" cumpre hoje a função que os grandes romances ingleses tiveram no século 19. NA TV DOWNTON ABBEY Final da 5ª temporada QUANDO segunda, às 24h, no GNT
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Frases de Lady Violet em 'Downton Abbey' expõem agonia da aristocraciaLady Violet não sabe o que é um fim de semana. Para ela, trabalho é uma coisa deselegante, muito "classe média". Também se assusta com a luz elétrica e acha que o telefone é um instrumento de tortura, não de comunicação. Ao longo de cinco temporadas da série "Downton Abbey", exibida no Brasil pelo GNT, a personagem vivida por Maggie Smith, 80, foi a voz agônica da aristocracia britânica se dissolvendo na voragem do século 20. Na segunda (2), Smith foi a primeira a avisar que, apesar do sucesso do seriado (visto por mais de 120 milhões de pessoas), não há mágica que possa mantê-lo no ar. Afinal, personagens de uma ficção histórica têm de obedecer as regras da vida. Quando a sexta temporada, prevista para setembro, estrear, Lady Violet já terá ultrapassado os 110 anos. Suas netas, outrora lindas moças buscando casamento, vão virando senhoras maduras. E as relações de trabalho com os serventes, que viviam resignados no subsolo, jamais serão as mesmas em tempos pós-Revolução Russa. As declarações de Smith causaram preocupação entre os fãs e os produtores. A própria atriz amenizou, dizendo logo depois que ficará no programa "até o seu fim". Mas o autor da série, Julian Fellowes, também já declarou que é impossível ir muito longe. "Downton Abbey" começa com o acidente do Titanic, atravessa a Primeira Guerra e encontra-se agora em 1924, quando nos arredores da propriedade dos Crawley estão instaladas famílias aristocráticas russas fugidas da revolução comunista. Se o seriado começa a agonizar, as sarcásticas frases de Lady Violet se popularizam. Nesta página, vão algumas delas, que esbanjam preconceitos, mas também sabedoria política e humana. Mais que nada, permitem entender como um sistema de valores saiu de cena, deixando sequelas nos dias de hoje. As frases de Lady Violet explicam, ainda, porque um seriado como "Downton Abbey" cumpre hoje a função que os grandes romances ingleses tiveram no século 19. NA TV DOWNTON ABBEY Final da 5ª temporada QUANDO segunda, às 24h, no GNT
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Governo publica decreto para renovação das concessões de energia
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A presidente Dilma Rousseff e o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) publicaram nesta quarta-feira (3) o aguardado decreto do setor elétrico que garante a possibilidade de renovação das concessões das empresas de distribuição de energia elétrica. A permissão está condicionada, por exemplo, a eficiência do serviço prestado ao consumidor e a situação de caixa das empresas. As empresas de distribuição são aquelas responsáveis por entregar energia nas casas dos consumidores. Apenas em julho deste ano, vencerão 36 contratos em todo país. Nesta lista estão companhias como a Celg (GO), CEB (DF), Copel (PR), CLFSC (SP) e CNEE (SP). Em 2016 e 2017 vencerão outros três contratos, entre eles o da Cemig, a maior empresa do Estado de Minas Gerais. A renovação dos contratos de concessão das distribuidoras é um tema que está sendo debatido no governo desde 2012, quando foi anunciada a renovação antecipada para outros segmentos do setor de energia, como geração e transmissão. As distribuidoras de energia foram deixadas para o final desse processo, uma vez que não há nessa renovação, qualquer ganho para o consumidor em termos de redução das tarifas, que era o objetivo declarado do governo em 2012 e 2013. OUTORGAS No início deste ano, diante do aperto nas contas públicas, o governo cogitou cobrar outorga dessas empresas, como condição para que elas pudessem renovar as concessões. A ideia acabou sendo abandonada já que a obrigação reduziria drasticamente o interesse das elétricas em permanecer no controle das companhias. No último ano, as distribuidoras de energia viveram uma situação de caixa extremamente complicada. Para atender a demanda de seus clientes, elas tiveram de comprar grandes quantidades de energia extra no mercado de curto prazo. Por causa da seca o preço desses acordos teve de ser fechado pelo teto, o que inviabilizou o negócio de diversas empresas. O problema se agravou de tal forma que o governo teve de intervir e intermediar um empréstimo bilionário para tornar possível essa compra de energia. Esses financiamentos ainda estão pendentes e serão concluídos apenas após quatro anos e meio de repasses para os consumidores, que foram iniciados neste ano. CONDIÇÕES A renovação das concessões das distribuidoras, por mais 30 anos, está condicionada ao cumprimento de critérios de eficiência do serviço, gestão econômico-financeira, racionalidade da operação e a modicidade tarifária. O detalhamento dessas regras será feito pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que ainda vai submeter os documentos a consulta pública. A agência reguladora também irá analisar os últimos indicadores de frequência e duração média das interrupções do fornecimento de energia (os chamados apaguinhos) de cada empresa e impor metas para melhoria desses serviços. Será mensurada ainda a capacidade de a concessionária honrar seus contratos e compromissos de maneira sustentável. As empresas terão prazo de cinco anos para atingir as metas estabelecidas. Anualmente elas terão de atingir objetivos intermediários. Ao final dos cinco anos, caso não tenham conseguido melhorar o atendimento e o financeiro, essas distribuidoras poderão perder a concessão.
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Governo publica decreto para renovação das concessões de energiaA presidente Dilma Rousseff e o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) publicaram nesta quarta-feira (3) o aguardado decreto do setor elétrico que garante a possibilidade de renovação das concessões das empresas de distribuição de energia elétrica. A permissão está condicionada, por exemplo, a eficiência do serviço prestado ao consumidor e a situação de caixa das empresas. As empresas de distribuição são aquelas responsáveis por entregar energia nas casas dos consumidores. Apenas em julho deste ano, vencerão 36 contratos em todo país. Nesta lista estão companhias como a Celg (GO), CEB (DF), Copel (PR), CLFSC (SP) e CNEE (SP). Em 2016 e 2017 vencerão outros três contratos, entre eles o da Cemig, a maior empresa do Estado de Minas Gerais. A renovação dos contratos de concessão das distribuidoras é um tema que está sendo debatido no governo desde 2012, quando foi anunciada a renovação antecipada para outros segmentos do setor de energia, como geração e transmissão. As distribuidoras de energia foram deixadas para o final desse processo, uma vez que não há nessa renovação, qualquer ganho para o consumidor em termos de redução das tarifas, que era o objetivo declarado do governo em 2012 e 2013. OUTORGAS No início deste ano, diante do aperto nas contas públicas, o governo cogitou cobrar outorga dessas empresas, como condição para que elas pudessem renovar as concessões. A ideia acabou sendo abandonada já que a obrigação reduziria drasticamente o interesse das elétricas em permanecer no controle das companhias. No último ano, as distribuidoras de energia viveram uma situação de caixa extremamente complicada. Para atender a demanda de seus clientes, elas tiveram de comprar grandes quantidades de energia extra no mercado de curto prazo. Por causa da seca o preço desses acordos teve de ser fechado pelo teto, o que inviabilizou o negócio de diversas empresas. O problema se agravou de tal forma que o governo teve de intervir e intermediar um empréstimo bilionário para tornar possível essa compra de energia. Esses financiamentos ainda estão pendentes e serão concluídos apenas após quatro anos e meio de repasses para os consumidores, que foram iniciados neste ano. CONDIÇÕES A renovação das concessões das distribuidoras, por mais 30 anos, está condicionada ao cumprimento de critérios de eficiência do serviço, gestão econômico-financeira, racionalidade da operação e a modicidade tarifária. O detalhamento dessas regras será feito pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que ainda vai submeter os documentos a consulta pública. A agência reguladora também irá analisar os últimos indicadores de frequência e duração média das interrupções do fornecimento de energia (os chamados apaguinhos) de cada empresa e impor metas para melhoria desses serviços. Será mensurada ainda a capacidade de a concessionária honrar seus contratos e compromissos de maneira sustentável. As empresas terão prazo de cinco anos para atingir as metas estabelecidas. Anualmente elas terão de atingir objetivos intermediários. Ao final dos cinco anos, caso não tenham conseguido melhorar o atendimento e o financeiro, essas distribuidoras poderão perder a concessão.
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Com bebida e festa, acampamento de férias para adultos vira moda nos EUA
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SUZANNE BEARNE DA BBC É verão nos Estados Unidos, época em que milhões de crianças viajam para acampamentos. Amizades são forjadas em meio a muitas brincadeiras, e elas passam as noites dormindo juntas em beliches. É um clássico ritual de passagem no país. Mas por que só as crianças podem se divertir? Essa é a lógica por trás do acampamento No Counselors ("Nada de Supervisores", em tradução livre), conhecido pela sigla CNC, que faz parte de pequeno mas crescente grupo de empresas que organiza acampamentos de verão para adultos. A ideia é que a pessoa possa liberar sua criança interior e participar das mesmas atividades que os pequenos. Mas com duas melhorias significativas ─bebidas à vontade e festas noite adentro. Ainda assim, é preciso compartilhar um dormitório. 'MUITO DIVERTIDO' O CNC foi fundado por Adam Tichauer, um canadense de 33 anos e ex-presidente de uma empresa de tecnologia de Nova York. Ele teve a ideia de um acampamento de verão para adultos ao organizar um final de semana para rever os amigos na primavera de 2013. "Estava trabalhando muito, e precisava de um final de semana divertido com meus melhores amigos", diz ele. "Amava organizar eventos e tinha frequentado um acampamento quando era mais jovem. Pensei: 'Não seria muito divertido alugar um acampamento por um fim de semana?'." Os amigos de Adam adoraram a ideia de fazer uma viagem ao passado, então, ele reservou um lugar no norte do Estado de Nova York por três noites e incentivou os amigos a convidarem mais gente. Cerca de 90 pessoas participaram daquele primeiro fim de semana, com atividades como esqui na água e festas com DJs. Adam diz que o sucesso foi tanto que, seis meses depois, organizou um acampamento de inverno, desta vez com 120 participantes. SEM SUPERVISORES Foi só depois do segundo evento que ele percebeu ser possível transformar sua ideia em um negócio, apoiado por seus amigos, para quem ele tinha um dom para fazer festas. "Todos os meus amigos pensavam que tinha tudo a ver com quem sou e com o que amo fazer." Adam pediu demissão em maio de 2014 e lançou a CNC. O nome da empresa é uma referência ao fato de que, ao contrário dos acampamentos para crianças, não há supervisores para acabar com a diversão. "Tinha apenas algumas economias, então, pensei que poderia ter um acampamento e, depois, mais outro", conta ele. "Quando a notícia começou a se espalhar, tudo aconteceu muito rápido", diz. Adam diz ter trabalhado duro no início para "explicar e justificar" o conceito para donos de acampamentos perplexos com a proposta. O que os fez aceitar foi o fato de que o CNC permitir a estes locais funcionarem por mais tempo, já que seriam normalmente alugados antes e depois das férias escolares. "É uma renda extra para os acampamentos, porque eles fecham durante a primavera e o outono, que é quando os alugamos", diz Adam. DRINQUES NO CAFÉ DA MANHÃ Baseada em Los Angeles, a empresa cresceu rapidamente com o boca a boca, e, neste ano, está administrando 30 acampamentos em 10 localidades ─ uma delas no Canadá. As atividades mais comuns são andar de caiaque, escaladas, jogos com bolas e cabo de guerra, enquanto drinques, como bloody marys e mimosas, são servidos no café da manhã. Cada final de semana dura três noites, com um limite de até 200 participantes. A média de idade é 30 anos. Os dormitórios são unissex, então, uma mulher pode ter um homem totalmente desconhecido na cama de cima e vice-versa. Isso não é um impeditivo aparentemente. Custa US$ 575 (R$ 1897) por pessoa, mas os eventos incluem bebidas e comida, e não é preciso pagar nada a mais por isso. Para administrar os acampamentos, a CNC emprega oito funcionários em tempo integral e 15 funcionários em meio período. ESQUEÇA O TRABALHO Mas por que o CNC tem se tornado tão popular? Adam aponta diferentes razões. "Há toda uma nostalgia. Não seria legal voltar para um acampamento com os amigos e poder beber e ficar acordado a noite toda?" "Ao mesmo tempo, muitas pessoas não foram para acampamentos quando era crianças, então, têm curiosidade e, agora, podem ir para um." Adam acrescenta que nenhum dos acampamentos tem internet sem fio, então, as pessoas precisam "deixar o telefone de lado, esquecer o trabalho e apenas se divertirem ou conhecerem novas pessoas". Daphne Kasriel-Alexander, consultora de tendências de consumo da empresa de pesquisa Euromonitor, concorda com Adam sobre as razões para a expansão da CNC e outras empresas do ramo. "Mais e mais adultos estão escolhendo passar um verão fazendo atividades em um acampamento para resgatar uma época sem preocupações da infância", diz ela. "Mas, a real motivação do interesse nesses acampamentos e de seu sucesso são a hiperconectividade, a dificuldade em equilibrar as vidas pessoal e profissional e o estilo de vida sedentário." 'UM POUCO ASSUSTADOR'? A CNC foi criticada, no entanto, pelo fato dos acampamentos não estarem disponíveis a todos. Interessados em participar devem preencher um questionário sobre si e informar suas contas em redes sociais. A companhia "escolhe com cuidado" ou "faz uma curadoria" das 200 pessoas que podem ir para cada acampamento. Um dos seus críticos disse se tratar de um "experimento social um pouco assustador", mas a CNC defende sua abordagem. "Por causa do espaço limitado, temos de ter certeza que as 200 pessoas são as que mais querem estar lá", diz Dave Kushner, diretor de envolvimento com a comunidade. "Queremos ter certeza de que a comunidade do acampamento saberá respeitar o espaço do outro e não haja nenhuma atitude desrespeitosa ou insegura. Temos muito orgulho de nunca ter tido uma briga em um acampamento, mesmo com bebidas à vontade." Mirando no futuro, Adam planeja abrir mais unidades nos Estados Unidos e no Canadá, além de outros países. "Amo fazer as pessoas felizes, permitir que adultos se esqueçam dos estresses da vida adulta, enquanto fazem amizades para a vida inteira."
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sobretudo
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Com bebida e festa, acampamento de férias para adultos vira moda nos EUA
SUZANNE BEARNE DA BBC É verão nos Estados Unidos, época em que milhões de crianças viajam para acampamentos. Amizades são forjadas em meio a muitas brincadeiras, e elas passam as noites dormindo juntas em beliches. É um clássico ritual de passagem no país. Mas por que só as crianças podem se divertir? Essa é a lógica por trás do acampamento No Counselors ("Nada de Supervisores", em tradução livre), conhecido pela sigla CNC, que faz parte de pequeno mas crescente grupo de empresas que organiza acampamentos de verão para adultos. A ideia é que a pessoa possa liberar sua criança interior e participar das mesmas atividades que os pequenos. Mas com duas melhorias significativas ─bebidas à vontade e festas noite adentro. Ainda assim, é preciso compartilhar um dormitório. 'MUITO DIVERTIDO' O CNC foi fundado por Adam Tichauer, um canadense de 33 anos e ex-presidente de uma empresa de tecnologia de Nova York. Ele teve a ideia de um acampamento de verão para adultos ao organizar um final de semana para rever os amigos na primavera de 2013. "Estava trabalhando muito, e precisava de um final de semana divertido com meus melhores amigos", diz ele. "Amava organizar eventos e tinha frequentado um acampamento quando era mais jovem. Pensei: 'Não seria muito divertido alugar um acampamento por um fim de semana?'." Os amigos de Adam adoraram a ideia de fazer uma viagem ao passado, então, ele reservou um lugar no norte do Estado de Nova York por três noites e incentivou os amigos a convidarem mais gente. Cerca de 90 pessoas participaram daquele primeiro fim de semana, com atividades como esqui na água e festas com DJs. Adam diz que o sucesso foi tanto que, seis meses depois, organizou um acampamento de inverno, desta vez com 120 participantes. SEM SUPERVISORES Foi só depois do segundo evento que ele percebeu ser possível transformar sua ideia em um negócio, apoiado por seus amigos, para quem ele tinha um dom para fazer festas. "Todos os meus amigos pensavam que tinha tudo a ver com quem sou e com o que amo fazer." Adam pediu demissão em maio de 2014 e lançou a CNC. O nome da empresa é uma referência ao fato de que, ao contrário dos acampamentos para crianças, não há supervisores para acabar com a diversão. "Tinha apenas algumas economias, então, pensei que poderia ter um acampamento e, depois, mais outro", conta ele. "Quando a notícia começou a se espalhar, tudo aconteceu muito rápido", diz. Adam diz ter trabalhado duro no início para "explicar e justificar" o conceito para donos de acampamentos perplexos com a proposta. O que os fez aceitar foi o fato de que o CNC permitir a estes locais funcionarem por mais tempo, já que seriam normalmente alugados antes e depois das férias escolares. "É uma renda extra para os acampamentos, porque eles fecham durante a primavera e o outono, que é quando os alugamos", diz Adam. DRINQUES NO CAFÉ DA MANHÃ Baseada em Los Angeles, a empresa cresceu rapidamente com o boca a boca, e, neste ano, está administrando 30 acampamentos em 10 localidades ─ uma delas no Canadá. As atividades mais comuns são andar de caiaque, escaladas, jogos com bolas e cabo de guerra, enquanto drinques, como bloody marys e mimosas, são servidos no café da manhã. Cada final de semana dura três noites, com um limite de até 200 participantes. A média de idade é 30 anos. Os dormitórios são unissex, então, uma mulher pode ter um homem totalmente desconhecido na cama de cima e vice-versa. Isso não é um impeditivo aparentemente. Custa US$ 575 (R$ 1897) por pessoa, mas os eventos incluem bebidas e comida, e não é preciso pagar nada a mais por isso. Para administrar os acampamentos, a CNC emprega oito funcionários em tempo integral e 15 funcionários em meio período. ESQUEÇA O TRABALHO Mas por que o CNC tem se tornado tão popular? Adam aponta diferentes razões. "Há toda uma nostalgia. Não seria legal voltar para um acampamento com os amigos e poder beber e ficar acordado a noite toda?" "Ao mesmo tempo, muitas pessoas não foram para acampamentos quando era crianças, então, têm curiosidade e, agora, podem ir para um." Adam acrescenta que nenhum dos acampamentos tem internet sem fio, então, as pessoas precisam "deixar o telefone de lado, esquecer o trabalho e apenas se divertirem ou conhecerem novas pessoas". Daphne Kasriel-Alexander, consultora de tendências de consumo da empresa de pesquisa Euromonitor, concorda com Adam sobre as razões para a expansão da CNC e outras empresas do ramo. "Mais e mais adultos estão escolhendo passar um verão fazendo atividades em um acampamento para resgatar uma época sem preocupações da infância", diz ela. "Mas, a real motivação do interesse nesses acampamentos e de seu sucesso são a hiperconectividade, a dificuldade em equilibrar as vidas pessoal e profissional e o estilo de vida sedentário." 'UM POUCO ASSUSTADOR'? A CNC foi criticada, no entanto, pelo fato dos acampamentos não estarem disponíveis a todos. Interessados em participar devem preencher um questionário sobre si e informar suas contas em redes sociais. A companhia "escolhe com cuidado" ou "faz uma curadoria" das 200 pessoas que podem ir para cada acampamento. Um dos seus críticos disse se tratar de um "experimento social um pouco assustador", mas a CNC defende sua abordagem. "Por causa do espaço limitado, temos de ter certeza que as 200 pessoas são as que mais querem estar lá", diz Dave Kushner, diretor de envolvimento com a comunidade. "Queremos ter certeza de que a comunidade do acampamento saberá respeitar o espaço do outro e não haja nenhuma atitude desrespeitosa ou insegura. Temos muito orgulho de nunca ter tido uma briga em um acampamento, mesmo com bebidas à vontade." Mirando no futuro, Adam planeja abrir mais unidades nos Estados Unidos e no Canadá, além de outros países. "Amo fazer as pessoas felizes, permitir que adultos se esqueçam dos estresses da vida adulta, enquanto fazem amizades para a vida inteira."
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Leilão de cardápio de último almoço do Titanic quer arrecadar US$ 70 mil
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Mais de um século depois de os passageiros da primeira classe de um Titanic fadado ao naufrágio terem comido carneiro grelhado e pudim numa rebuscada sala de refeições, espera-se que o cardápio do último almoço servido no navio seja vendido por no mínimo US$ 70 mil em um leilão virtual. O navio cruzeiro de luxo afundou no oceano Atlântico em 15 de abril de 1912, depois de atingir um iceberg durante sua viagem inaugural, de Southampton, na Inglaterra, a Nova York. Nesta terça-feira (1o) contam-se 30 anos desde que os destroços do navio, que tinha sido considerado impossível de afundar, foram encontrados no fundo do oceano por uma equipe de pesquisadores. O menu de almoço vai ser leiloado em 30 de setembro através da Invaluable, uma casa de leilões on-line, junto com uma carta escrita por um dos sobreviventes e um ingresso para uma cadeira de pesagem que se usava nos banhos turcos do navios. David Lowenherz, dono da Lion Heart Autographs, que comercializa manuscritos raros e é responsável pelo leilão, disse existir somente dois ou três menus conhecidos do último almoço no navio. Ele estima que o cardápio seja vendido por entre US$ 50 mil e US$ 70 mil. Os itens são todos provenientes de passageiros que sobreviveram ao naufrágio do Titanic no bote salva vidas número 1.
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comida
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Leilão de cardápio de último almoço do Titanic quer arrecadar US$ 70 milMais de um século depois de os passageiros da primeira classe de um Titanic fadado ao naufrágio terem comido carneiro grelhado e pudim numa rebuscada sala de refeições, espera-se que o cardápio do último almoço servido no navio seja vendido por no mínimo US$ 70 mil em um leilão virtual. O navio cruzeiro de luxo afundou no oceano Atlântico em 15 de abril de 1912, depois de atingir um iceberg durante sua viagem inaugural, de Southampton, na Inglaterra, a Nova York. Nesta terça-feira (1o) contam-se 30 anos desde que os destroços do navio, que tinha sido considerado impossível de afundar, foram encontrados no fundo do oceano por uma equipe de pesquisadores. O menu de almoço vai ser leiloado em 30 de setembro através da Invaluable, uma casa de leilões on-line, junto com uma carta escrita por um dos sobreviventes e um ingresso para uma cadeira de pesagem que se usava nos banhos turcos do navios. David Lowenherz, dono da Lion Heart Autographs, que comercializa manuscritos raros e é responsável pelo leilão, disse existir somente dois ou três menus conhecidos do último almoço no navio. Ele estima que o cardápio seja vendido por entre US$ 50 mil e US$ 70 mil. Os itens são todos provenientes de passageiros que sobreviveram ao naufrágio do Titanic no bote salva vidas número 1.
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Principal cartunista do 'Charlie Hebdo' não fará mais charges de Maomé
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Luz, o principal cartunista da revista satírica francesa "Charlie Hebdo", alvo de um violento atentado jihadista em janeiro passado, anunciou que não vai mais fazer charges com o profeta Maomé. "Não vou desenhar mais a personagem de Maomé, ele não me interessa mais", declarou ele na quarta-feira (28). O número da "Charlie Hebdo" publicado depois do ataque tinha na capa uma caricatura de Maomé com um cartaz anunciando "Eu sou Charlie" e "Está Tudo Perdoado", o que desencadeou protestos em vários países muçulmanos. Publicada uma semana depois do atentado que deixou 12 mortos em 7 de janeiro, a revista foi lançada com 8 milhões de exemplares, um recorde histórico para a imprensa francesa. PEN Nesta semana, seis escritores cancelaram sua participação no baile de gala da fundação PEN, fundada por autores para defender a liberdade de expressão, que homenageará o "Charlie Hebdo". Como justificativa, os autores disseram não concordar com as provocações ao islã promovidas pelo periódico.
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ilustrada
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Principal cartunista do 'Charlie Hebdo' não fará mais charges de MaoméLuz, o principal cartunista da revista satírica francesa "Charlie Hebdo", alvo de um violento atentado jihadista em janeiro passado, anunciou que não vai mais fazer charges com o profeta Maomé. "Não vou desenhar mais a personagem de Maomé, ele não me interessa mais", declarou ele na quarta-feira (28). O número da "Charlie Hebdo" publicado depois do ataque tinha na capa uma caricatura de Maomé com um cartaz anunciando "Eu sou Charlie" e "Está Tudo Perdoado", o que desencadeou protestos em vários países muçulmanos. Publicada uma semana depois do atentado que deixou 12 mortos em 7 de janeiro, a revista foi lançada com 8 milhões de exemplares, um recorde histórico para a imprensa francesa. PEN Nesta semana, seis escritores cancelaram sua participação no baile de gala da fundação PEN, fundada por autores para defender a liberdade de expressão, que homenageará o "Charlie Hebdo". Como justificativa, os autores disseram não concordar com as provocações ao islã promovidas pelo periódico.
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Mulher e filhas de Eduardo Cunha tietam Dilma em casamento
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Fotos "Eduardo, se não trazem comida para você, que é presidente da Câmara dos Deputados, imagine para um mero ex-presidente da República", dizia Lula, fazendo piada na mesa que dividia com Dilma Rousseff, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL) no casamento do cardiologista Roberto Kalil Filho e da endocrinologista Claudia Cozer. * A festa, na noite de sábado (9), se transformou na maior concentração de autoridades já vista fora de Brasília em anos recentes. Lula e Dilma foram padrinhos dos noivos, de quem são pacientes. José Serra também. Nas primeiras filas se sentaram Geraldo Alckmin, com Lu Alckmin, e Fernando Haddad com Ana Estela. Ministros e secretários de Estado acompanharam a cerimônia. * Serra chegou a ser barrado na rua que dava acesso à festa: como errou o caminho, o comboio de Dilma teve que voltar na contramão. O trânsito foi bloqueado. Inconformado, o tucano espalhava broncas. Já Alckmin desceu do carro e caminhou calmamente até a entrada. * "Ladra, ladra", gritavam manifestantes que se reuniam na porta da festa, imaginando que Dilma poderia ouvir alguma coisa. "Tem só quatro pessoas lá fora protestando", dizia um dos seguranças da presidente. "Eu contei 20", reagiu Rosângela Lyra, da associação de lojistas dos Jardins e entusiasta das passeatas contra o PT. * Kalil mostrava a mensagem de Colin Butterfield, do Vem Pra Rua, no Facebook, desautorizando o uso do nome do movimento pelos manifestantes. "Eu conversei com ele, não são eles que estão fazendo a manifestação". * Dentro do prédio, a situação era inversa. Embora boa parte fosse antipetista, convidados formavam fila para fazer selfie com Lula e Dilma. * Eduardo Cunha chegou a ficar sozinho na mesa enquanto sua mulher, Cláudia, e três filhas do casal faziam fotos com a presidente. Diante da sugestão, feita a Cláudia, para que aconselhasse o marido a tratar melhor a presidente, a própria Dilma respondeu: "Ah, não estamos nessa, aqui hoje com a gente a conversa é outra!". Cunha ria com a lembrança inevitável da música de Chico Buarque que diz: "Você não gosta de mim, mas sua filha gosta". * "Juliana Pereira, uma moça lá do Rio Grande do Sul", repetia Dilma quando lhe perguntavam quem assinava o vestido azul marinho que ela usava na festa. * "Político, na frente de jornalista, só bebe vinho. Finalmente encontrei alguém para brindar com uísque", dizia Lula, erguendo o copo de Black Label em direção ao senador Omar Aziz (PSD-AM). Na festa foram servidos também champanhe Barons de Rothschild Brut e vinho tinto Chateau Lafite Monteil. * O parlamentar cochichou algo com o petista. Que respondeu em voz alta: "Eu digo que o segundo mandato da Dilma ainda não começou. Ela está arrumando a casa. O Brasil é muito rico, forte, vai superar, vai deslanchar". * A coluna perguntou ao ex-presidente o que pensava do panelaço contra o programa do PT - Lula foi uma das estrelas da peça publicitária. "Olha, eu não vi, eu não ouvi o panelaço. Eu estava no meu escritório, lá [na região do Ipiranga] não teve panelaço, em São Bernardo foi fraco. Eu não vou ser contra as pessoas que protestam. Mas eu acho que a gente tem que prestar atenção também nas pessoas que não protestam." * Dilma foi embora pouco depois das 22h30, e perdeu a parte mais animada da festa: o show de Tiago Abravanel, que fez as pessoas dançarem até as 5h. Os noivos embarcaram no mesmo dia para a lua de mel em Capri, na Itália. - NEM QUE A VACA TUSSA Dilma Rousseff não admite mudança no sistema de partilha e na exigência de que a Petrobras seja sócia de pelo menos 30% de cada bloco de exploração do pré-sal. Na semana passada, autoridades do governo defenderam a flexibilização das regras. A presidente não se convenceu. NA MESMA Um dos defensores de revisão da exigência imposta à Petrobras, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, admite que Dilma está "totalmente" comprometida "com o status quo" vigente. Já ele acredita que nos próximos cinco anos, pelo menos, a estatal não terá como fazer frente à exigência de investimentos do pré-sal. BATE PAPO Nesta semana, Braga se encontra com o ex-presidente Lula em São Paulo. O tema estará em pauta. O ex-presidente é menos radical que Dilma sobre a partilha. PISTA NOVA Um parafuso. Esta pode ter sido mesmo a causa do acidente de helicóptero que vitimou Thomaz, filho do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP). As investigações preliminares mostram que a haste que conecta um dos três comandos da aeronave aos demais pode não ter sido parafusada. SEGUE RETO Com isso, o piloto não teria conseguido acionar o comando cíclico -justamente o que ordena a aeronave a fazer curvas à esquerda e à direita. É como se o motorista de um carro girasse a direção para a direita e ela estivesse desconectada, fazendo com que o carro seguisse reto. QUEDA Com um dos três comandos desligado, a aeronave entrou em pane. * Outra etapa das análises já tinha mostrado que uma das pás bateu na estrutura do helicóptero e quebrou. AMOR ANTIGO O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, acaba de comprar dois fuscas usados -um deles, fabricado em 1995. * Ele tem paixão pelo antigo carro da Volkswagen. CURTO-CIRCUITO Marcelo Duarte lança nesta segunda (11) o "O Guia dos Curiosos - 20 anos" na Livraria Cultura do Iguatemi. Às 18h. Luiz Paulo Rouanet recebe nesta segunda (11) Almino Affonso para falar sobre a defesa da ordem democrática na Escola Paulista da Magistratura. Rosangela Lyra organiza nesta segunda (11) bazar no hotel Unique, a partir das 9h. Documentário sobre o Los Hermanos tem pré-estreia para convidados nesta segunda (11). com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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colunas
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Mulher e filhas de Eduardo Cunha tietam Dilma em casamentoFotos "Eduardo, se não trazem comida para você, que é presidente da Câmara dos Deputados, imagine para um mero ex-presidente da República", dizia Lula, fazendo piada na mesa que dividia com Dilma Rousseff, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL) no casamento do cardiologista Roberto Kalil Filho e da endocrinologista Claudia Cozer. * A festa, na noite de sábado (9), se transformou na maior concentração de autoridades já vista fora de Brasília em anos recentes. Lula e Dilma foram padrinhos dos noivos, de quem são pacientes. José Serra também. Nas primeiras filas se sentaram Geraldo Alckmin, com Lu Alckmin, e Fernando Haddad com Ana Estela. Ministros e secretários de Estado acompanharam a cerimônia. * Serra chegou a ser barrado na rua que dava acesso à festa: como errou o caminho, o comboio de Dilma teve que voltar na contramão. O trânsito foi bloqueado. Inconformado, o tucano espalhava broncas. Já Alckmin desceu do carro e caminhou calmamente até a entrada. * "Ladra, ladra", gritavam manifestantes que se reuniam na porta da festa, imaginando que Dilma poderia ouvir alguma coisa. "Tem só quatro pessoas lá fora protestando", dizia um dos seguranças da presidente. "Eu contei 20", reagiu Rosângela Lyra, da associação de lojistas dos Jardins e entusiasta das passeatas contra o PT. * Kalil mostrava a mensagem de Colin Butterfield, do Vem Pra Rua, no Facebook, desautorizando o uso do nome do movimento pelos manifestantes. "Eu conversei com ele, não são eles que estão fazendo a manifestação". * Dentro do prédio, a situação era inversa. Embora boa parte fosse antipetista, convidados formavam fila para fazer selfie com Lula e Dilma. * Eduardo Cunha chegou a ficar sozinho na mesa enquanto sua mulher, Cláudia, e três filhas do casal faziam fotos com a presidente. Diante da sugestão, feita a Cláudia, para que aconselhasse o marido a tratar melhor a presidente, a própria Dilma respondeu: "Ah, não estamos nessa, aqui hoje com a gente a conversa é outra!". Cunha ria com a lembrança inevitável da música de Chico Buarque que diz: "Você não gosta de mim, mas sua filha gosta". * "Juliana Pereira, uma moça lá do Rio Grande do Sul", repetia Dilma quando lhe perguntavam quem assinava o vestido azul marinho que ela usava na festa. * "Político, na frente de jornalista, só bebe vinho. Finalmente encontrei alguém para brindar com uísque", dizia Lula, erguendo o copo de Black Label em direção ao senador Omar Aziz (PSD-AM). Na festa foram servidos também champanhe Barons de Rothschild Brut e vinho tinto Chateau Lafite Monteil. * O parlamentar cochichou algo com o petista. Que respondeu em voz alta: "Eu digo que o segundo mandato da Dilma ainda não começou. Ela está arrumando a casa. O Brasil é muito rico, forte, vai superar, vai deslanchar". * A coluna perguntou ao ex-presidente o que pensava do panelaço contra o programa do PT - Lula foi uma das estrelas da peça publicitária. "Olha, eu não vi, eu não ouvi o panelaço. Eu estava no meu escritório, lá [na região do Ipiranga] não teve panelaço, em São Bernardo foi fraco. Eu não vou ser contra as pessoas que protestam. Mas eu acho que a gente tem que prestar atenção também nas pessoas que não protestam." * Dilma foi embora pouco depois das 22h30, e perdeu a parte mais animada da festa: o show de Tiago Abravanel, que fez as pessoas dançarem até as 5h. Os noivos embarcaram no mesmo dia para a lua de mel em Capri, na Itália. - NEM QUE A VACA TUSSA Dilma Rousseff não admite mudança no sistema de partilha e na exigência de que a Petrobras seja sócia de pelo menos 30% de cada bloco de exploração do pré-sal. Na semana passada, autoridades do governo defenderam a flexibilização das regras. A presidente não se convenceu. NA MESMA Um dos defensores de revisão da exigência imposta à Petrobras, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, admite que Dilma está "totalmente" comprometida "com o status quo" vigente. Já ele acredita que nos próximos cinco anos, pelo menos, a estatal não terá como fazer frente à exigência de investimentos do pré-sal. BATE PAPO Nesta semana, Braga se encontra com o ex-presidente Lula em São Paulo. O tema estará em pauta. O ex-presidente é menos radical que Dilma sobre a partilha. PISTA NOVA Um parafuso. Esta pode ter sido mesmo a causa do acidente de helicóptero que vitimou Thomaz, filho do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP). As investigações preliminares mostram que a haste que conecta um dos três comandos da aeronave aos demais pode não ter sido parafusada. SEGUE RETO Com isso, o piloto não teria conseguido acionar o comando cíclico -justamente o que ordena a aeronave a fazer curvas à esquerda e à direita. É como se o motorista de um carro girasse a direção para a direita e ela estivesse desconectada, fazendo com que o carro seguisse reto. QUEDA Com um dos três comandos desligado, a aeronave entrou em pane. * Outra etapa das análises já tinha mostrado que uma das pás bateu na estrutura do helicóptero e quebrou. AMOR ANTIGO O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, acaba de comprar dois fuscas usados -um deles, fabricado em 1995. * Ele tem paixão pelo antigo carro da Volkswagen. CURTO-CIRCUITO Marcelo Duarte lança nesta segunda (11) o "O Guia dos Curiosos - 20 anos" na Livraria Cultura do Iguatemi. Às 18h. Luiz Paulo Rouanet recebe nesta segunda (11) Almino Affonso para falar sobre a defesa da ordem democrática na Escola Paulista da Magistratura. Rosangela Lyra organiza nesta segunda (11) bazar no hotel Unique, a partir das 9h. Documentário sobre o Los Hermanos tem pré-estreia para convidados nesta segunda (11). com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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Instituto Chefs Especiais promoverá jantar beneficente
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Para comemorar o Dia Internacional da Síndrome de Down será realizado na quinta-feira (19) um jantar promovido pelo projeto Chefs Especiais, que propõe a inclusão por meio da gastronomia. O jantar, que será realizado no restaurante Baby Beef Rubaiyat, terá como prato principal tirita de picanha com batata sauté. Os convidados também poderão experimentar o menu completo do restaurante, que inclui entrada de carpaccio de funghi, costelinha e linguiça de lombo. Os convidados ainda poderão contar com a presença de alguns dos alunos do Instituto, que irão demonstrar o quanto a gastronomia pode proporcionar a autonomia das pessoas com síndrome de Down. Toda a renda do jantar, que custará R$ 180, será revertida para o projeto. O Instituto Chefs Especiais foi fundado em 2006, pelo casal Simone Berti e Márcio Bertidá. ONDE Baby Beef Rubaiyat - Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2954 QUANDO 19/03, às 20h QUANTO R$ 180,00 Reservas: (11) 3165-8888
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comida
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Instituto Chefs Especiais promoverá jantar beneficentePara comemorar o Dia Internacional da Síndrome de Down será realizado na quinta-feira (19) um jantar promovido pelo projeto Chefs Especiais, que propõe a inclusão por meio da gastronomia. O jantar, que será realizado no restaurante Baby Beef Rubaiyat, terá como prato principal tirita de picanha com batata sauté. Os convidados também poderão experimentar o menu completo do restaurante, que inclui entrada de carpaccio de funghi, costelinha e linguiça de lombo. Os convidados ainda poderão contar com a presença de alguns dos alunos do Instituto, que irão demonstrar o quanto a gastronomia pode proporcionar a autonomia das pessoas com síndrome de Down. Toda a renda do jantar, que custará R$ 180, será revertida para o projeto. O Instituto Chefs Especiais foi fundado em 2006, pelo casal Simone Berti e Márcio Bertidá. ONDE Baby Beef Rubaiyat - Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2954 QUANDO 19/03, às 20h QUANTO R$ 180,00 Reservas: (11) 3165-8888
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Comitê da Rio-2016 admite que metade dos prédios da Vila ainda não está pronta
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CAMILA MATTOSO MARCEL MERGUIZO ENVIADA ESPECIAL AO RIO Um dia depois da abertura da vila para os atletas, o Comitê Rio-2016 informou que, nesta segunda-feira (25), ainda faltavam 15 prédios para serem finalizados, do ponto de vista de acabamentos e limpeza. O complexo construído para os Jogos tem 31 torres. Segundo o diretor executivo de operações da entidade, Rodrigo Tostes, cinco prédios serão entregues entre a noite desta segunda e a manhã desta terça (26), incluindo o que abrigará a Austrália. Os outros dez ficarão prontos até quinta (28), também de acordo com ele. Tostes diz que o comitê não busca achar os culpados no momento e que a prioridade é resolver as pendências. O complexo foi construído pelo consórcio da Carvalho Hosken e Odebrecht. Procurado, afirmou que apenas a Rio-2016 se manifestaria sobre o tema. "Todos os Jogos têm problemas no início, por causa do grande número de pessoas chegando. Isso já aconteceu em outras olimpíadas. Vamos resolver rapidamente. Detectamos os problemas e estamos atacando", afirmou. Em entrevista nesta segunda, o comitê australiano baixou o tom das críticas e disse que vai ocupar a vila a partir de quarta-feira. O país foi o que mais reclamou dos problemas, embora não tenha sido o único, e adiou sua entrada no complexo diante da situação. Também nesta segunda, atletas do Japão comentaram de falhas em seus apartamentos, enquanto passeavam pela vila. Disseram ter encontrado quartos sujos e banheiros entupidos. "O chão estava muito sujo e as privadas não davam descarga. Depois, foi tudo resolvido", afirmou Kazuki Yazawa, 27, competidor de canoagem slalom. Escolhido para dar entrevista sobre o assunto, Tostes diz que foi chamado para dar reforço para Mario Cilenti, diretor da Vila Olímpica, que, segundo "O Globo", foi afastado da função. O Comitê, porém, nega. "Montamos uma força tarefa para ajudar o Mario [Cilenti]. Depois eu volto para o meu lugar. Não existe essa coisa do Mario sair. A gente precisa muito dele e estou como soldado dele", completou. Depois de dizer que estava "quase botando um canguru" na frente do prédio da Austrália, para fazer a delegação se sentir em casa, e ouvir uma resposta provocativa, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou que o país tinha razão em reclamar. "A situação hoje está muito melhor do que ontem. Mas, de fato, o prédio da Austrália era pior", disse. LOCAIS DE TREINAMENTO O diretor de operações da Rio-2016 admitiu também que há ainda acabamentos sendo feitos nos locais construídos para sediar treinos. Há diversas praças espalhadas pela cidade recebendo atletas das 42 modalidades. Alguns deles foram utilizados nesta segunda. Segundo o executivo do comitê, houve remanejamento de alguns treinos, para que todo o acabamento fosse feito. "O retorno que estou recebendo é de que está tudo bem. Os problemas estão sendo resolvidos. Os problemas de água acontecem como em qualquer operação nova. A gente decidiu transferir [os treinos] antes mesmo de os atletas chegarem. A gente adapta a programação, pra que não haja nenhum prejuízo para o atleta. O Rio está pronto para os Jogos. Vamos entregar Jogos fantásticos", finalizou.
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esporte
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Comitê da Rio-2016 admite que metade dos prédios da Vila ainda não está pronta
CAMILA MATTOSO MARCEL MERGUIZO ENVIADA ESPECIAL AO RIO Um dia depois da abertura da vila para os atletas, o Comitê Rio-2016 informou que, nesta segunda-feira (25), ainda faltavam 15 prédios para serem finalizados, do ponto de vista de acabamentos e limpeza. O complexo construído para os Jogos tem 31 torres. Segundo o diretor executivo de operações da entidade, Rodrigo Tostes, cinco prédios serão entregues entre a noite desta segunda e a manhã desta terça (26), incluindo o que abrigará a Austrália. Os outros dez ficarão prontos até quinta (28), também de acordo com ele. Tostes diz que o comitê não busca achar os culpados no momento e que a prioridade é resolver as pendências. O complexo foi construído pelo consórcio da Carvalho Hosken e Odebrecht. Procurado, afirmou que apenas a Rio-2016 se manifestaria sobre o tema. "Todos os Jogos têm problemas no início, por causa do grande número de pessoas chegando. Isso já aconteceu em outras olimpíadas. Vamos resolver rapidamente. Detectamos os problemas e estamos atacando", afirmou. Em entrevista nesta segunda, o comitê australiano baixou o tom das críticas e disse que vai ocupar a vila a partir de quarta-feira. O país foi o que mais reclamou dos problemas, embora não tenha sido o único, e adiou sua entrada no complexo diante da situação. Também nesta segunda, atletas do Japão comentaram de falhas em seus apartamentos, enquanto passeavam pela vila. Disseram ter encontrado quartos sujos e banheiros entupidos. "O chão estava muito sujo e as privadas não davam descarga. Depois, foi tudo resolvido", afirmou Kazuki Yazawa, 27, competidor de canoagem slalom. Escolhido para dar entrevista sobre o assunto, Tostes diz que foi chamado para dar reforço para Mario Cilenti, diretor da Vila Olímpica, que, segundo "O Globo", foi afastado da função. O Comitê, porém, nega. "Montamos uma força tarefa para ajudar o Mario [Cilenti]. Depois eu volto para o meu lugar. Não existe essa coisa do Mario sair. A gente precisa muito dele e estou como soldado dele", completou. Depois de dizer que estava "quase botando um canguru" na frente do prédio da Austrália, para fazer a delegação se sentir em casa, e ouvir uma resposta provocativa, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou que o país tinha razão em reclamar. "A situação hoje está muito melhor do que ontem. Mas, de fato, o prédio da Austrália era pior", disse. LOCAIS DE TREINAMENTO O diretor de operações da Rio-2016 admitiu também que há ainda acabamentos sendo feitos nos locais construídos para sediar treinos. Há diversas praças espalhadas pela cidade recebendo atletas das 42 modalidades. Alguns deles foram utilizados nesta segunda. Segundo o executivo do comitê, houve remanejamento de alguns treinos, para que todo o acabamento fosse feito. "O retorno que estou recebendo é de que está tudo bem. Os problemas estão sendo resolvidos. Os problemas de água acontecem como em qualquer operação nova. A gente decidiu transferir [os treinos] antes mesmo de os atletas chegarem. A gente adapta a programação, pra que não haja nenhum prejuízo para o atleta. O Rio está pronto para os Jogos. Vamos entregar Jogos fantásticos", finalizou.
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Fralda
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Ele queria livros emprestados. Tinha planos de começar a escrever. Mas principalmente queria ler boa literatura. "Nada de beatnik tomando pico de heroína no banheiro ou nego doido fazendo suruba no quarto da sogra. Disso eu já vi o suficiente. Também não tô com saco pra literatura brasileira. Me arruma uns desses gigantes aí, Dostoiévski, James Joyce." Sem problemas. Entrei no escritório e olhei as estantes. Pra começar, "Matadouro 5", de Kurt Vonnegut, "Franny & Zooey", de J. D. Salinger, "Tanto Faz", de Reinaldo Moraes (mesmo sendo brasileiro, resolvi arriscar), "Iniciantes", de Raymond Carver, e "Amuleto", de Roberto Bolaño. Devorou tudo em menos de dois meses. Dessa vez levou Philip Roth, Virginia Woolf e Kafka. Na seguinte: Tchekhov, Poe, "Memórias de um Sargento de Milícias", Dickens e Jane Austen. Depois vieram Borges, Cortázar, Felisberto Hernández. Adorou Maupassant, Mark Twain e Italo Calvino. Quando leu Faulkner, disse que nunca mais queria ler Bolaño. Entrou de cabeça em Dostoiévski e ficou perturbado. Se encheu um pouco do "Ulysses" mas foi até o fim. Ouviu dizer que Proust é que era o cara e dedicou um semestre ao "Em Busca do Tempo Perdido". Então enchi uma sacola só com poetas: Fernando Pessoa, Drummond, João Cabral, Szymborska, Angélica Freitas, Matilde Campilho, Byron, Cummings, Eliot, Baudelaire, Chacal, Nâzim Hikmet. Virou fã dos três últimos. Da prosa brasileira contemporânea (a essa altura, não recusava nada), curtiu o "Diário da Queda", do Michel Laub, e o "Budapeste", do Chico Buarque, que ele chama de Chico Buraco. Passou por Homero, Cervantes, Shakespeare e Voltaire. Voltou pros séculos 19 e 20. Se surpreendeu com Machado e Graciliano. Neste momento, está lendo "Tarás Bulba", do Gógol (anoto suas leituras num caderno). "Aqueles cossacos malucos", ele diz. Quem vê o Fralda não acredita. Baixista de bandas punks (Ratos de Porão, Blind Pigs, Lobotomia), parece mais um líder dos Hells Angels do que um leitor compulsivo e vagamente aristocrático, que prefere Balzac a Hunther Thompson. Mora nos fundos de um estúdio de música de uns amigos e trabalha numa loja de vinis em Perdizes, onde faz a faxina e tira chope artesanal; tem 40 anos e uma semibarriga de cerveja; tatuou na testa a frase "STONE DEAD FOREVER" e usa mais pulseiras e colares que uma falsa baiana de acarajé de shopping. Às vezes, tenho a impressão de que trata o próprio corpo como se fosse uma galeria de arte —é uma performance ambulante. Minha mulher diz que ele tem uma noção forte de estilo. Mas acho que o Fralda (aliás, Christian Wilson, embora assine os e-mails como "tia Fralda") daria risada dessa conversa. Na semana passada, veio me devolver o Karl Ove e pegar uma nova leva. Fumando um cigarro enquanto esperava a chuva passar, contou de uma época em que dormia num "catre" na cozinha da casa da avó. E antes que eu demonstrasse qualquer estranhamento por aquela palavra tão pouco underground, ele interrompeu a história e perguntou rindo, orgulhoso: - Gostou de "catre", animal?
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FraldaEle queria livros emprestados. Tinha planos de começar a escrever. Mas principalmente queria ler boa literatura. "Nada de beatnik tomando pico de heroína no banheiro ou nego doido fazendo suruba no quarto da sogra. Disso eu já vi o suficiente. Também não tô com saco pra literatura brasileira. Me arruma uns desses gigantes aí, Dostoiévski, James Joyce." Sem problemas. Entrei no escritório e olhei as estantes. Pra começar, "Matadouro 5", de Kurt Vonnegut, "Franny & Zooey", de J. D. Salinger, "Tanto Faz", de Reinaldo Moraes (mesmo sendo brasileiro, resolvi arriscar), "Iniciantes", de Raymond Carver, e "Amuleto", de Roberto Bolaño. Devorou tudo em menos de dois meses. Dessa vez levou Philip Roth, Virginia Woolf e Kafka. Na seguinte: Tchekhov, Poe, "Memórias de um Sargento de Milícias", Dickens e Jane Austen. Depois vieram Borges, Cortázar, Felisberto Hernández. Adorou Maupassant, Mark Twain e Italo Calvino. Quando leu Faulkner, disse que nunca mais queria ler Bolaño. Entrou de cabeça em Dostoiévski e ficou perturbado. Se encheu um pouco do "Ulysses" mas foi até o fim. Ouviu dizer que Proust é que era o cara e dedicou um semestre ao "Em Busca do Tempo Perdido". Então enchi uma sacola só com poetas: Fernando Pessoa, Drummond, João Cabral, Szymborska, Angélica Freitas, Matilde Campilho, Byron, Cummings, Eliot, Baudelaire, Chacal, Nâzim Hikmet. Virou fã dos três últimos. Da prosa brasileira contemporânea (a essa altura, não recusava nada), curtiu o "Diário da Queda", do Michel Laub, e o "Budapeste", do Chico Buarque, que ele chama de Chico Buraco. Passou por Homero, Cervantes, Shakespeare e Voltaire. Voltou pros séculos 19 e 20. Se surpreendeu com Machado e Graciliano. Neste momento, está lendo "Tarás Bulba", do Gógol (anoto suas leituras num caderno). "Aqueles cossacos malucos", ele diz. Quem vê o Fralda não acredita. Baixista de bandas punks (Ratos de Porão, Blind Pigs, Lobotomia), parece mais um líder dos Hells Angels do que um leitor compulsivo e vagamente aristocrático, que prefere Balzac a Hunther Thompson. Mora nos fundos de um estúdio de música de uns amigos e trabalha numa loja de vinis em Perdizes, onde faz a faxina e tira chope artesanal; tem 40 anos e uma semibarriga de cerveja; tatuou na testa a frase "STONE DEAD FOREVER" e usa mais pulseiras e colares que uma falsa baiana de acarajé de shopping. Às vezes, tenho a impressão de que trata o próprio corpo como se fosse uma galeria de arte —é uma performance ambulante. Minha mulher diz que ele tem uma noção forte de estilo. Mas acho que o Fralda (aliás, Christian Wilson, embora assine os e-mails como "tia Fralda") daria risada dessa conversa. Na semana passada, veio me devolver o Karl Ove e pegar uma nova leva. Fumando um cigarro enquanto esperava a chuva passar, contou de uma época em que dormia num "catre" na cozinha da casa da avó. E antes que eu demonstrasse qualquer estranhamento por aquela palavra tão pouco underground, ele interrompeu a história e perguntou rindo, orgulhoso: - Gostou de "catre", animal?
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Se não usar inteligência, melhor Exército sair do Rio e ocupar Miami
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Há nove dias começou a operação "Rio quer segurança e paz". Além da falta de criatividade do nome, começou com o pouco imaginativo e antigo paliativo para crises de segurança no Estado: tropas das Forças Armadas nas ruas com blindados e homens equipados para a guerra. No anúncio, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, garantiu se tratar de emprego dos militares diferente do já feito. Agora, disse, tem como objetivo atacar as estruturas do crime organizado, não o patrulhamento na rua. A explicação dada para a presença repentina de blindados pela cidade naquele dia era de que tratava-se de uma fase de "reconhecimento de terreno". Melhor seria assumir a ação de marketing e mera exposição da tropa à cidade. Afinal, o que explicaria um blindado em plena praça Mauá, praticamente um quintal do Primeiro Distrito Naval? Numa apresentação a jornalistas na sexta-feira (4), o general Sérgio Etchegoyen, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, repetiu a velha ladainha de planos de segurança que se pretendem ambiciosos. Traçou como objetivos "ações de inteligência", "ataques às fontes de renda do crime organizado" e integração entre as diferentes agências de segurança. De positivo, apenas o reconhecimento de que nenhuma das intenções apresentadas ali eram novas. Etchegoyen disse que, de diferente, havia apenas a "decisão política forte" de atuação conjunta para o combate ao crime. "Ao longo de todos esses anos, nunca vi um presidente se reunir tanto para debater segurança", disse ele. A chegada das tropas federais no Rio ocorreu cinco dias antes da votação sobre a admissibilidade da denúncia contra Michel Temer na Câmara. Deputados fluminenses antes indecisos aderiram ao presidente no embalo da agenda considerada por eles positiva. Ainda que a decisão de emprego das Forças Armadas tenha seu componente político, os servidores de carreira à frente da operação merecem o benefício da dúvida. Ela deve durar até o fim de 2018 e se pretende distinta das demais. As tropas saíram das ruas na semana passada para uma segunda fase, classificada como de "inteligência e análise de dados". Neste sábado (5), uma megaoperação foi realizada, com eficácia ainda pouco clara. A ação que poderia inspirá-los é a que apreendeu 60 fuzis escondidos em aquecedores de piscina e bombas d'água. A partir dela, as autoridades descobriram uma quadrilha que enviou de Miami para o Rio ao menos 1.043 fuzis entre 2014 e 2017. Se for para usar as tropas como nas operações anteriores, melhor ter mais imaginação e ocupar de vez o aeroporto internacional de Miami.
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Se não usar inteligência, melhor Exército sair do Rio e ocupar MiamiHá nove dias começou a operação "Rio quer segurança e paz". Além da falta de criatividade do nome, começou com o pouco imaginativo e antigo paliativo para crises de segurança no Estado: tropas das Forças Armadas nas ruas com blindados e homens equipados para a guerra. No anúncio, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, garantiu se tratar de emprego dos militares diferente do já feito. Agora, disse, tem como objetivo atacar as estruturas do crime organizado, não o patrulhamento na rua. A explicação dada para a presença repentina de blindados pela cidade naquele dia era de que tratava-se de uma fase de "reconhecimento de terreno". Melhor seria assumir a ação de marketing e mera exposição da tropa à cidade. Afinal, o que explicaria um blindado em plena praça Mauá, praticamente um quintal do Primeiro Distrito Naval? Numa apresentação a jornalistas na sexta-feira (4), o general Sérgio Etchegoyen, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, repetiu a velha ladainha de planos de segurança que se pretendem ambiciosos. Traçou como objetivos "ações de inteligência", "ataques às fontes de renda do crime organizado" e integração entre as diferentes agências de segurança. De positivo, apenas o reconhecimento de que nenhuma das intenções apresentadas ali eram novas. Etchegoyen disse que, de diferente, havia apenas a "decisão política forte" de atuação conjunta para o combate ao crime. "Ao longo de todos esses anos, nunca vi um presidente se reunir tanto para debater segurança", disse ele. A chegada das tropas federais no Rio ocorreu cinco dias antes da votação sobre a admissibilidade da denúncia contra Michel Temer na Câmara. Deputados fluminenses antes indecisos aderiram ao presidente no embalo da agenda considerada por eles positiva. Ainda que a decisão de emprego das Forças Armadas tenha seu componente político, os servidores de carreira à frente da operação merecem o benefício da dúvida. Ela deve durar até o fim de 2018 e se pretende distinta das demais. As tropas saíram das ruas na semana passada para uma segunda fase, classificada como de "inteligência e análise de dados". Neste sábado (5), uma megaoperação foi realizada, com eficácia ainda pouco clara. A ação que poderia inspirá-los é a que apreendeu 60 fuzis escondidos em aquecedores de piscina e bombas d'água. A partir dela, as autoridades descobriram uma quadrilha que enviou de Miami para o Rio ao menos 1.043 fuzis entre 2014 e 2017. Se for para usar as tropas como nas operações anteriores, melhor ter mais imaginação e ocupar de vez o aeroporto internacional de Miami.
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A ordem dos termos (não) altera...
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Na semana passada, vimos títulos jornalísticos que obrigam o leitor a contorcionismos e/ou não apresentam o sentido pretendido pelo redator. O primeiro exemplo que citei foi este: "Madonna diz que durante evento ainda ama...". Como vimos, teria bastado deslocar a conjunção "que" para que se transmitisse o sentido desejado: "Madonna diz durante evento que ainda ama...". É provável que alguns leitores perguntem se não seria possível outra ordem e/ou se não seria possível pôr "durante evento" entre vírgulas. Comecemos pela segunda questão. Sim, seria perfeitamente possível pôr "durante evento" entre virgulas. Note que a palavra "vírgulas" está no plural, ou seja, nada de cometer um dos erros mais comuns quando se trata de pontuação. Que erro é esse? É o da "vírgula solteira", aquela que abre, mas não fecha, ou fecha, sem ter aberto... Tradução: escreve-se "Madonna diz durante evento que ainda ama..." ou "Madonna diz, durante evento, que ainda ama...". Nada de "Madonna diz durante evento, que ainda ama..." ou "Madonna diz, durante evento que ainda ama...". Percebeu onde está o nó, caro leitor? O complemento da forma verbal "diz" é aquilo que Madonna diz, certo? E o que é que Madonna diz? "Que ainda ama..." Entre a forma verbal "diz" e o seu complemento ocorre a expressão "durante evento", que indica quando Madonna diz o que diz. Isola-se essa expressão temporal COM DUAS VÍRGULAS ou NÃO SE PÕE NENHUMA. Vamos à segunda questão (aquela que se refere à ordem dos termos). É claro que seria possível começar pela expressão temporal: "Durante evento, Madonna diz que..."; "Durante evento Madonna diz que...". Agora ou se coloca uma vírgula ou não se coloca nenhuma. Vale a pena lembrar que, quando a expressão adverbial (de tempo, lugar, causa etc.) for muito longa, a opção pelo emprego da/s vírgula/s se torna quase obrigatória: "Numa tumultuada sessão de autógrafos, Madonna diz que ainda ama..."; "Madonna diz, numa tumultuada sessão de autógrafos, que ainda ama...". Vejamos um título recentíssimo: "Engenheiros, antes escassos, agora sobram no mercado brasileiro". O título é perfeito, em relação à ordem e à pontuação. A frase talvez atingisse mais o alvo com esta ordem: "Antes escassos, engenheiros agora sobram no mercado brasileiro". Note que a opção por essa ordem praticamente exige que se ponha o termo "engenheiros" logo depois da expressão "antes escassos", que claramente se refere a "engenheiros". A opção por "Antes escassos, agora engenheiros sobram no mercado brasileiro" não seria das piores, mas algo como "Antes escassos, agora sobram engenheiros no mercado brasileiro" já começa a criar os tais contorcionismos desnecessários. A sintaxe é um balé, caro leitor; é uma sinfonia. Não é por acaso que "sintaxe" e "sinfonia" começam pelo prefixo grego "sin-". Aliás, vale a pena tratar disso um belo dia. Sugiro que você se divirta reescrevendo o título de outras maneiras, sem esquecer a harmonia, a elegância e a pontuação, é claro. Ajudo com uma hipótese: "No mercado brasileiro, agora sobram engenheiros, antes escassos". Que tal? Ruinzinha, não? Embora gramaticalmente correta, essa construção nem de longe tem a elegância, a clareza e a força das duas primeiras. Estilo é tudo, caro leitor. É isso. [email protected]
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A ordem dos termos (não) altera...Na semana passada, vimos títulos jornalísticos que obrigam o leitor a contorcionismos e/ou não apresentam o sentido pretendido pelo redator. O primeiro exemplo que citei foi este: "Madonna diz que durante evento ainda ama...". Como vimos, teria bastado deslocar a conjunção "que" para que se transmitisse o sentido desejado: "Madonna diz durante evento que ainda ama...". É provável que alguns leitores perguntem se não seria possível outra ordem e/ou se não seria possível pôr "durante evento" entre vírgulas. Comecemos pela segunda questão. Sim, seria perfeitamente possível pôr "durante evento" entre virgulas. Note que a palavra "vírgulas" está no plural, ou seja, nada de cometer um dos erros mais comuns quando se trata de pontuação. Que erro é esse? É o da "vírgula solteira", aquela que abre, mas não fecha, ou fecha, sem ter aberto... Tradução: escreve-se "Madonna diz durante evento que ainda ama..." ou "Madonna diz, durante evento, que ainda ama...". Nada de "Madonna diz durante evento, que ainda ama..." ou "Madonna diz, durante evento que ainda ama...". Percebeu onde está o nó, caro leitor? O complemento da forma verbal "diz" é aquilo que Madonna diz, certo? E o que é que Madonna diz? "Que ainda ama..." Entre a forma verbal "diz" e o seu complemento ocorre a expressão "durante evento", que indica quando Madonna diz o que diz. Isola-se essa expressão temporal COM DUAS VÍRGULAS ou NÃO SE PÕE NENHUMA. Vamos à segunda questão (aquela que se refere à ordem dos termos). É claro que seria possível começar pela expressão temporal: "Durante evento, Madonna diz que..."; "Durante evento Madonna diz que...". Agora ou se coloca uma vírgula ou não se coloca nenhuma. Vale a pena lembrar que, quando a expressão adverbial (de tempo, lugar, causa etc.) for muito longa, a opção pelo emprego da/s vírgula/s se torna quase obrigatória: "Numa tumultuada sessão de autógrafos, Madonna diz que ainda ama..."; "Madonna diz, numa tumultuada sessão de autógrafos, que ainda ama...". Vejamos um título recentíssimo: "Engenheiros, antes escassos, agora sobram no mercado brasileiro". O título é perfeito, em relação à ordem e à pontuação. A frase talvez atingisse mais o alvo com esta ordem: "Antes escassos, engenheiros agora sobram no mercado brasileiro". Note que a opção por essa ordem praticamente exige que se ponha o termo "engenheiros" logo depois da expressão "antes escassos", que claramente se refere a "engenheiros". A opção por "Antes escassos, agora engenheiros sobram no mercado brasileiro" não seria das piores, mas algo como "Antes escassos, agora sobram engenheiros no mercado brasileiro" já começa a criar os tais contorcionismos desnecessários. A sintaxe é um balé, caro leitor; é uma sinfonia. Não é por acaso que "sintaxe" e "sinfonia" começam pelo prefixo grego "sin-". Aliás, vale a pena tratar disso um belo dia. Sugiro que você se divirta reescrevendo o título de outras maneiras, sem esquecer a harmonia, a elegância e a pontuação, é claro. Ajudo com uma hipótese: "No mercado brasileiro, agora sobram engenheiros, antes escassos". Que tal? Ruinzinha, não? Embora gramaticalmente correta, essa construção nem de longe tem a elegância, a clareza e a força das duas primeiras. Estilo é tudo, caro leitor. É isso. [email protected]
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'Girls' tomam decisões mais sábias em 4º ano da série
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As protagonistas de "Girls" chegam à quarta temporada, que estreia neste domingo (11), nos EUA e no Brasil, com alguns de seus conflitos resolvidos. Crescer, no entanto, não parece mais fácil. "As garotas estão tomando decisões mais inteligentes ""e descobrindo que a vida ainda é difícil", diz Lena Dunham, diretora, roteirista e protagonista da série em um vídeo sobre os novos episódios. Mas se a vida continua dura, os novos caminhos tornam a quarta temporada mais crível. Aos poucos, as personagens abandonam os estereótipos que cada uma representava até então e possibilitam ao espectador criar uma relação de empatia com aquilo que elas sentem. ALUGUÉIS MILIONÁRIOS No retorno às telas, Hannah (Lena) decide se mudar para Iowa, no centro-oeste dos Estados Unidos, para participar de uma renomada oficina de escritores e perseguir o sonho de ser "a voz de sua geração". A mudança de rumo de sua protagonista traz uma nova dinâmica para a série: pela primeira vez, a história não é ambientada apenas em NY. "Nós tivemos momentos ótimos gravando em Iowa. Foi muito divertido entrar em um mundo totalmente novo para a série e colocar Hannah em outras situações complexas", afirma Dunham, em entrevista a um grupo de jornalistas. "Foi como fazer uma série derivada. As pessoas estão muito acostumadas a Hannah no mundo de 'Girls'", completa a produtora-executiva Jennifer Konner. "É interessante colocá-la num cenário em que ninguém a conhece e ver o que as pessoas pensam dela." O novo cenário dá origem a cenas cômicas, como a surpresa de Hannah com o tamanho da casa que pode alugar por tão pouco dinheiro em Iowa –em comparação aos aluguéis milionários por lugares minúsculos em Nova York. ESPIRAL DE DRAMA No Brooklyn, Marnie (Allison Williams) finalmente descobre o que quer e tenta a vida como cantora, enquanto tem um caso com seu parceiro musical. Shoshanna (Zosia Mamet) conseguiu se formar na faculdade e tenta conseguir um emprego, e Jessa (Jemima Kirke) parece estar fora da espiral de drama em que se vê envolvida durante basicamente todo o tempo. "Vamos vê-la tentando construir lentamente uma vida. Isso começa nessa temporada com o estabelecimento de relações consistentes, algo que ela viu como entediante por muito tempo", diz Kirke. Mas, apesar das mudanças, todos os elementos que fizeram de "Girls" a série mais odiada e amada da televisão norte-americana desde a primeira temporada –a quinta, aliás, já foi anunciada pela HBO– estão lá. As protagonistas estão tão autocentradas quanto sempre, algumas situações ainda soam absurdas e elas são, na maior parte do tempo, péssimas amigas. As cenas de nudez também são parte importante do roteiro: no primeiro episódio, por exemplo, Allison Williams protagoniza uma cena de sexo oral no ânus. Segundo a atriz, a passagem é importante para "mostrar quão confortável ela se sente com Desi [Ebon Moss-Bachrach]", seu caso nesta temporada. "Se tivemos alguma dificuldade especial ao escrever esta nova temporada? Pensar em novas posições sexuais", diz, rindo, a produtora Jennifer Konner. ABUSO SEXUAL Não é só o suposto alter ego de Lena Dunham, Hannah Horvath, que desperta as mais acaloradas reações do público. Dunham está ainda mais envolta em discussões polêmicas do que a personagem que criou para a televisão. Em setembro, a diretora de "Girls" lançou nos Estados Unidos a autobiografia "Não Sou uma Dessas" (Intrínseca). Em uma das passagens do livro, Lena conta que aos sete anos de idade abriu a vagina da irmã, Grace, na época com um ano, para olhá-la, por curiosidade. Ela também descreve como pagava a irmã com doces para "beijá-la na boca por cinco segundos". A autora foi acusada de abusar sexualmente da irmã e reagiu furiosamente. "A história de que eu molestei minha irmã mais nova é triste e nojenta", disse ela no Twitter. Alguns críticos, mais contidos, afirmaram que os trechos poderiam desenterrar memórias de vítimas reais de abuso. Diante dessas opiniões, Lena se desculpou. O assunto, que parecia encerrado, está na quarta temporada de "Girls" "por coincidência ou premonição", brinca a produtora-executiva da série, Jennifer Konner. No segundo episódio, Hannah enfrenta críticas de colegas da oficina de escrita sobre um ensaio que trata de... abuso. "Isso foi insano, nós escrevemos seis meses antes de o livro sair! Depois brincamos: 'Será que dá para escrever sobre ganhar na loteria também?'", diz Konner. Se as cenas não foram criadas para falar sobre o episódio, elas têm o objetivo de tratar de algumas das críticas direcionadas à Lena. Uma das colegas do curso diz que não sabe avaliar o texto, já que ele é "claramente não ficcional", enquanto um homem afirma que o artigo está cheio de "ideias feministas ultrapassadas." Mas Lena parece ter desistido de tentar entender o ódio que desperta. "Acho que não seria muito saudável ficar tentando analisar isso." "Há pessoas que têm problemas totalmente compreensíveis comigo e com a minha voz. E há também o contingente de homens brancos e velhos que não querem ouvir mulheres falando." NA TV Girls Estreia da quarta temporada Quando: dom. (11), à 0h, na HBO
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ilustrada
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'Girls' tomam decisões mais sábias em 4º ano da sérieAs protagonistas de "Girls" chegam à quarta temporada, que estreia neste domingo (11), nos EUA e no Brasil, com alguns de seus conflitos resolvidos. Crescer, no entanto, não parece mais fácil. "As garotas estão tomando decisões mais inteligentes ""e descobrindo que a vida ainda é difícil", diz Lena Dunham, diretora, roteirista e protagonista da série em um vídeo sobre os novos episódios. Mas se a vida continua dura, os novos caminhos tornam a quarta temporada mais crível. Aos poucos, as personagens abandonam os estereótipos que cada uma representava até então e possibilitam ao espectador criar uma relação de empatia com aquilo que elas sentem. ALUGUÉIS MILIONÁRIOS No retorno às telas, Hannah (Lena) decide se mudar para Iowa, no centro-oeste dos Estados Unidos, para participar de uma renomada oficina de escritores e perseguir o sonho de ser "a voz de sua geração". A mudança de rumo de sua protagonista traz uma nova dinâmica para a série: pela primeira vez, a história não é ambientada apenas em NY. "Nós tivemos momentos ótimos gravando em Iowa. Foi muito divertido entrar em um mundo totalmente novo para a série e colocar Hannah em outras situações complexas", afirma Dunham, em entrevista a um grupo de jornalistas. "Foi como fazer uma série derivada. As pessoas estão muito acostumadas a Hannah no mundo de 'Girls'", completa a produtora-executiva Jennifer Konner. "É interessante colocá-la num cenário em que ninguém a conhece e ver o que as pessoas pensam dela." O novo cenário dá origem a cenas cômicas, como a surpresa de Hannah com o tamanho da casa que pode alugar por tão pouco dinheiro em Iowa –em comparação aos aluguéis milionários por lugares minúsculos em Nova York. ESPIRAL DE DRAMA No Brooklyn, Marnie (Allison Williams) finalmente descobre o que quer e tenta a vida como cantora, enquanto tem um caso com seu parceiro musical. Shoshanna (Zosia Mamet) conseguiu se formar na faculdade e tenta conseguir um emprego, e Jessa (Jemima Kirke) parece estar fora da espiral de drama em que se vê envolvida durante basicamente todo o tempo. "Vamos vê-la tentando construir lentamente uma vida. Isso começa nessa temporada com o estabelecimento de relações consistentes, algo que ela viu como entediante por muito tempo", diz Kirke. Mas, apesar das mudanças, todos os elementos que fizeram de "Girls" a série mais odiada e amada da televisão norte-americana desde a primeira temporada –a quinta, aliás, já foi anunciada pela HBO– estão lá. As protagonistas estão tão autocentradas quanto sempre, algumas situações ainda soam absurdas e elas são, na maior parte do tempo, péssimas amigas. As cenas de nudez também são parte importante do roteiro: no primeiro episódio, por exemplo, Allison Williams protagoniza uma cena de sexo oral no ânus. Segundo a atriz, a passagem é importante para "mostrar quão confortável ela se sente com Desi [Ebon Moss-Bachrach]", seu caso nesta temporada. "Se tivemos alguma dificuldade especial ao escrever esta nova temporada? Pensar em novas posições sexuais", diz, rindo, a produtora Jennifer Konner. ABUSO SEXUAL Não é só o suposto alter ego de Lena Dunham, Hannah Horvath, que desperta as mais acaloradas reações do público. Dunham está ainda mais envolta em discussões polêmicas do que a personagem que criou para a televisão. Em setembro, a diretora de "Girls" lançou nos Estados Unidos a autobiografia "Não Sou uma Dessas" (Intrínseca). Em uma das passagens do livro, Lena conta que aos sete anos de idade abriu a vagina da irmã, Grace, na época com um ano, para olhá-la, por curiosidade. Ela também descreve como pagava a irmã com doces para "beijá-la na boca por cinco segundos". A autora foi acusada de abusar sexualmente da irmã e reagiu furiosamente. "A história de que eu molestei minha irmã mais nova é triste e nojenta", disse ela no Twitter. Alguns críticos, mais contidos, afirmaram que os trechos poderiam desenterrar memórias de vítimas reais de abuso. Diante dessas opiniões, Lena se desculpou. O assunto, que parecia encerrado, está na quarta temporada de "Girls" "por coincidência ou premonição", brinca a produtora-executiva da série, Jennifer Konner. No segundo episódio, Hannah enfrenta críticas de colegas da oficina de escrita sobre um ensaio que trata de... abuso. "Isso foi insano, nós escrevemos seis meses antes de o livro sair! Depois brincamos: 'Será que dá para escrever sobre ganhar na loteria também?'", diz Konner. Se as cenas não foram criadas para falar sobre o episódio, elas têm o objetivo de tratar de algumas das críticas direcionadas à Lena. Uma das colegas do curso diz que não sabe avaliar o texto, já que ele é "claramente não ficcional", enquanto um homem afirma que o artigo está cheio de "ideias feministas ultrapassadas." Mas Lena parece ter desistido de tentar entender o ódio que desperta. "Acho que não seria muito saudável ficar tentando analisar isso." "Há pessoas que têm problemas totalmente compreensíveis comigo e com a minha voz. E há também o contingente de homens brancos e velhos que não querem ouvir mulheres falando." NA TV Girls Estreia da quarta temporada Quando: dom. (11), à 0h, na HBO
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Sou o homem de confiança do presidente, diz Muricy
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Em meio à pressão interna que vive no São Paulo, o técnico Muricy Ramalho tentou amenizar o clima no Morumbi e falou sobre o encontro que teve com o presidente do clube, Carlos Miguel Aidar, na véspera da goleada sobre o Danubio (URU) por 4 a 0, no Morumbi. O cartola visitou o time no centro de treinamento da Barra Funda, assistiu ao treino e falou com o treinador após a atividade, chegou a apertar a mão de Muricy e falar palavras de confiança. "Vi isso numa boa. Ele foi lá abraçar o técnico dele. O presidente tem de estar junto com o técnico dele. Sou o homem de confiança. Tem umas malas no clube que não estão junto comigo, mas o presidente tem de estar", disse Muricy, após o confronto no Morumbi. O treinador, no entanto, ressaltou uma declaração que já havia dado no último sábado, ao citar a torcida do São Paulo e dizer que ela é responsável pela sua continuidade no clube. "Eu trabalho duro. A torcida sabe que o que puder pode contar comigo. Foi muito legal ouvir o apoio dos torcedores no jogo. Eu fico triste às vezes porque o futebol é coletivo. As pessoas têm de estar juntas. Esse negócio de nós ganhamos e ele perde não está certo", disse. "A gente continua dominando o CT. Algumas coisas chegaram ao elenco e isso não é legal. As pessoas têm de saber que prejudica demais, mas agora está tudo certo", completou. CONFIANÇA O treinador são-paulino também disse que o resultado diante do Danubio foi importante para recuperar a confiança do time na Copa Libertadores. A equipe perdeu na estreia do torneio para o rival Corinthians por 2 a 0, situação que aumentou a pressão interna no clube por resultados e títulos na temporada. "O resultado foi bom porque é um grupo difícil. Tem San Lorenzo também. Como o Rogério Ceni disse, vai ser uma decisão atrás da outra. Contra o San Lorenzo [dia 18, no Morumbi] será assim como foi hoje contra o Danubio", disse o treinador.
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esporte
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Sou o homem de confiança do presidente, diz MuricyEm meio à pressão interna que vive no São Paulo, o técnico Muricy Ramalho tentou amenizar o clima no Morumbi e falou sobre o encontro que teve com o presidente do clube, Carlos Miguel Aidar, na véspera da goleada sobre o Danubio (URU) por 4 a 0, no Morumbi. O cartola visitou o time no centro de treinamento da Barra Funda, assistiu ao treino e falou com o treinador após a atividade, chegou a apertar a mão de Muricy e falar palavras de confiança. "Vi isso numa boa. Ele foi lá abraçar o técnico dele. O presidente tem de estar junto com o técnico dele. Sou o homem de confiança. Tem umas malas no clube que não estão junto comigo, mas o presidente tem de estar", disse Muricy, após o confronto no Morumbi. O treinador, no entanto, ressaltou uma declaração que já havia dado no último sábado, ao citar a torcida do São Paulo e dizer que ela é responsável pela sua continuidade no clube. "Eu trabalho duro. A torcida sabe que o que puder pode contar comigo. Foi muito legal ouvir o apoio dos torcedores no jogo. Eu fico triste às vezes porque o futebol é coletivo. As pessoas têm de estar juntas. Esse negócio de nós ganhamos e ele perde não está certo", disse. "A gente continua dominando o CT. Algumas coisas chegaram ao elenco e isso não é legal. As pessoas têm de saber que prejudica demais, mas agora está tudo certo", completou. CONFIANÇA O treinador são-paulino também disse que o resultado diante do Danubio foi importante para recuperar a confiança do time na Copa Libertadores. A equipe perdeu na estreia do torneio para o rival Corinthians por 2 a 0, situação que aumentou a pressão interna no clube por resultados e títulos na temporada. "O resultado foi bom porque é um grupo difícil. Tem San Lorenzo também. Como o Rogério Ceni disse, vai ser uma decisão atrás da outra. Contra o San Lorenzo [dia 18, no Morumbi] será assim como foi hoje contra o Danubio", disse o treinador.
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Ativista russa expõe, com fotos 'fofas', pessoas que a ameaçaram nas redes
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Alvo de recorrentes ameaças de agressão e morte, a artista e ativista LGBT russa Elena Klimova revidou publicando retratos dos remetentes acompanhados do teor de suas correspondências. Neles, os ofensores aparecem apertando bichinhos de estimação, abraçando familiares ou posando para "selfies". Momentos fofos e românticos, não raro em cenários deslumbrantes, opõem-se à violência das palavras. Como as de Maxim, um jovem que, no retrato, abraça uma mulher e uma criança no deck de um barco sob o pôr do sol: "Serei o primeiro a acender a estaca na qual você vai queimar. Você tem até olhos de drogada, seu pedaço vomitado de merda." Lena, como é conhecida, fundou o Children-404, um grupo on-line de apoio a jovens gays. O nome cita o código de erro de páginas não encontradas na internet -uma crítica à invisibilidade causada, segundo militantes e organizações de defesa dos direitos humanos, pela legislação russa que pune "propaganda gay" com prisão. Por isso, um dos lemas da entidade é "Adolescentes LGBT: nós existimos". Intitulado "Pessoas Bonitas e o que Elas me Dizem", o álbum de fotos foi publicado em abril na rede social russa Vkontakte. Seus protagonistas são gente como Sasha, que aparece abraçando uma cabra filhote em um ambiente rural e que enviou a Lena a seguinte mensagem: "Te matar a tiros, sua putinha, é só o começo do que você merece." O álbum foi publicado também no Facebook. A rede social norte-americana, porém, excluiu as imagens sob a alegação de que feriam a regra de conduta que proíbe "compartilhamento de informações pessoais para chantagear ou assediar pessoas". HOMOFOBIA DE ESTADO Klimova chamara a atenção antes em manifestações para expor a situação dos direitos humanos na Rússia antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, em 2014. Detida e processada sob a acusação de promover propaganda gay para menores, foi absolvida, mas outra ação tirou do ar a página do Children-404. A Rússia descriminalizou a homossexualidade apenas em 1993, após o fim da União Soviética. Seguiu-se uma onda liberalizante que foi gradualmente interrompida após a ascensão de Vladimir Putin, em 1999. No poder, Putin, ex-agente do serviço secreto soviético e hoje aliado à Igreja Ortodoxa Russa, alimenta o que analistas ocidentais chamam de "homofobia de Estado", como proibição de eventos e detenção de ativistas. Em 2013, foi aprovada uma lei que veta a "propaganda de relações sexuais não tradicionais a menores de idade". A legislação prevê prisão e multas de até US$ 150 (R$ 470) para indivíduos e de até US$ 30 mil (R$ 93,7 mil) para organizações, além de medidas mais severas em caso de transmissões pela internet. Estrangeiros que violem a lei podem ser detidos por 15 dias.
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mundo
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Ativista russa expõe, com fotos 'fofas', pessoas que a ameaçaram nas redesAlvo de recorrentes ameaças de agressão e morte, a artista e ativista LGBT russa Elena Klimova revidou publicando retratos dos remetentes acompanhados do teor de suas correspondências. Neles, os ofensores aparecem apertando bichinhos de estimação, abraçando familiares ou posando para "selfies". Momentos fofos e românticos, não raro em cenários deslumbrantes, opõem-se à violência das palavras. Como as de Maxim, um jovem que, no retrato, abraça uma mulher e uma criança no deck de um barco sob o pôr do sol: "Serei o primeiro a acender a estaca na qual você vai queimar. Você tem até olhos de drogada, seu pedaço vomitado de merda." Lena, como é conhecida, fundou o Children-404, um grupo on-line de apoio a jovens gays. O nome cita o código de erro de páginas não encontradas na internet -uma crítica à invisibilidade causada, segundo militantes e organizações de defesa dos direitos humanos, pela legislação russa que pune "propaganda gay" com prisão. Por isso, um dos lemas da entidade é "Adolescentes LGBT: nós existimos". Intitulado "Pessoas Bonitas e o que Elas me Dizem", o álbum de fotos foi publicado em abril na rede social russa Vkontakte. Seus protagonistas são gente como Sasha, que aparece abraçando uma cabra filhote em um ambiente rural e que enviou a Lena a seguinte mensagem: "Te matar a tiros, sua putinha, é só o começo do que você merece." O álbum foi publicado também no Facebook. A rede social norte-americana, porém, excluiu as imagens sob a alegação de que feriam a regra de conduta que proíbe "compartilhamento de informações pessoais para chantagear ou assediar pessoas". HOMOFOBIA DE ESTADO Klimova chamara a atenção antes em manifestações para expor a situação dos direitos humanos na Rússia antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, em 2014. Detida e processada sob a acusação de promover propaganda gay para menores, foi absolvida, mas outra ação tirou do ar a página do Children-404. A Rússia descriminalizou a homossexualidade apenas em 1993, após o fim da União Soviética. Seguiu-se uma onda liberalizante que foi gradualmente interrompida após a ascensão de Vladimir Putin, em 1999. No poder, Putin, ex-agente do serviço secreto soviético e hoje aliado à Igreja Ortodoxa Russa, alimenta o que analistas ocidentais chamam de "homofobia de Estado", como proibição de eventos e detenção de ativistas. Em 2013, foi aprovada uma lei que veta a "propaganda de relações sexuais não tradicionais a menores de idade". A legislação prevê prisão e multas de até US$ 150 (R$ 470) para indivíduos e de até US$ 30 mil (R$ 93,7 mil) para organizações, além de medidas mais severas em caso de transmissões pela internet. Estrangeiros que violem a lei podem ser detidos por 15 dias.
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Lula pressiona por mais espaço ao PMDB
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O grupo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pressiona Dilma Rousseff a fechar, até a próxima semana, a reformulação de seu ministério para pôr fim à guerra entre governo e PMDB. Segundo interlocutores de Lula e Dilma, a presidente deveria entregar imediatamente a articulação política a um peemedebista para envolver o partido de seu vice, Michel Temer, no comando das negociações do ajuste fiscal. São citados dois candidatos ao posto, hoje nas mãos do ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais): o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e o ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil), peemedebista gaúcho. Em reunião nesta semana, Lula avaliou com seu grupo de interlocutores que Dilma precisa compreender que a crise atual é mais política do que econômica, e que a solução passa por uma rápida composição com o PMDB. Para Lula, tão logo o governo volte a se acertar com o comando peemedebista, a crise econômica começará a ser equacionada com a aprovação do ajuste fiscal. Lulistas avaliam que Dilma errou ao acertar a nomeação de Henrique Eduardo Alves para o Ministério do Turismo sem definir a situação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fiador do atual titular da pasta, o alagoano Vinicius Lages. Um interlocutor de Lula classificou de "ingenuidade" do Planalto a orientação de que cabia ao PMDB se acertar internamente para ela nomear Alves para o Turismo. Segundo assessores presidenciais, mudar o destino de Alves poderia ser a solução, nomeando-o para o comando da articulação política. Lula e seu grupo defendem uma solução rápida para a crise com o PMDB porque, na próxima semana, serão discutidos no Congresso temas com impacto direto nas contas da União. O governo quer que o Senado confirme o adiamento da discussão da renegociação das dívidas dos Estados e municípios com a União. Há ainda a ameaça de Renan de avançar com proposta que dá autonomia ao Banco Central, além de projeto com mudanças no ICMS, principal imposto cobrado pelos Estados. Já a Câmara pode decidir se eleva de R$ 380 milhões para R$ 2 bilhões os gastos previstos com funcionalismo.
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Lula pressiona por mais espaço ao PMDBO grupo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pressiona Dilma Rousseff a fechar, até a próxima semana, a reformulação de seu ministério para pôr fim à guerra entre governo e PMDB. Segundo interlocutores de Lula e Dilma, a presidente deveria entregar imediatamente a articulação política a um peemedebista para envolver o partido de seu vice, Michel Temer, no comando das negociações do ajuste fiscal. São citados dois candidatos ao posto, hoje nas mãos do ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais): o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e o ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil), peemedebista gaúcho. Em reunião nesta semana, Lula avaliou com seu grupo de interlocutores que Dilma precisa compreender que a crise atual é mais política do que econômica, e que a solução passa por uma rápida composição com o PMDB. Para Lula, tão logo o governo volte a se acertar com o comando peemedebista, a crise econômica começará a ser equacionada com a aprovação do ajuste fiscal. Lulistas avaliam que Dilma errou ao acertar a nomeação de Henrique Eduardo Alves para o Ministério do Turismo sem definir a situação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fiador do atual titular da pasta, o alagoano Vinicius Lages. Um interlocutor de Lula classificou de "ingenuidade" do Planalto a orientação de que cabia ao PMDB se acertar internamente para ela nomear Alves para o Turismo. Segundo assessores presidenciais, mudar o destino de Alves poderia ser a solução, nomeando-o para o comando da articulação política. Lula e seu grupo defendem uma solução rápida para a crise com o PMDB porque, na próxima semana, serão discutidos no Congresso temas com impacto direto nas contas da União. O governo quer que o Senado confirme o adiamento da discussão da renegociação das dívidas dos Estados e municípios com a União. Há ainda a ameaça de Renan de avançar com proposta que dá autonomia ao Banco Central, além de projeto com mudanças no ICMS, principal imposto cobrado pelos Estados. Já a Câmara pode decidir se eleva de R$ 380 milhões para R$ 2 bilhões os gastos previstos com funcionalismo.
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País de Gales tem cenário ideal para pedaladas e esportes ao ar livre
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Se contar para alguém que pretende passar alguns dias de férias no País de Gales, é provável que o interlocutor estranhe. E ache ainda mais esquisito se ele mesmo for cidadão do Reino Unido. Gales é o patinho feio da região, considerado menos atraente que seus "irmãos", Inglaterra, Escócia e Irlanda do Norte. Por isso mesmo, quanto menor a expectativa, maior a agradável surpresa. É o tipo de viagem que se alinha ao perfil de diversos tipos de viajantes, entre amigos, família com filhos ou casal em lua de mel. Em menos de uma semana dá para rodar boa parte do país, conhecer atrações e ir embora sem a sensação de que fez tudo correndo e não viu nada. Em 2016, Gales celebrou o ano da aventura. Pois é, quem diria? Aqui vão sugestões de atividades em paisagens deslumbrantes, com bons restaurantes e hotéis para lá de charmosos. A melhor época para a viagem é o verão, mas nem durante esse período as temperaturas são muito elevadas. Chove muito, mas também há dias seguidos de sol, como na semana da nossa viagem. Depois de um voo entre Rio e Londres, é preciso mais um trecho até Manchester, no noroeste da Inglaterra, onde começa nossa aventura, com um bom banho, uma refeição espetacular e uma noite de sono no Gotham, que pertence a uma rede de hotéis de luxo. É um daqueles lugares de que você passa a gostar instantaneamente. Todas as distâncias em Gales são relativamente curtas. Você pode começar seu dia numa cidade, fazer atividades ao longo do caminho e passar a noite já em outro lugar para mais aventura no dia seguinte. Portanto, pense numa mala prática, com roupas esportivas, tênis, um bom casaco –mesmo no verão. Saindo de Manchester pela manhã, seguimos em direção ao País de Gales, numa viagem de uma hora e 45 minutos de carro. Nosso destino era Conwy, cidade na costa norte, que abriga o castelo do mesmo nome, Patrimônio Mundial da Humanidade. Mesmo que você não seja muito fã de castelos, e eu não sou, esse vale a pena. Tem duas dezenas de torres, pontes e está praticamente intacto, apesar de seus mais de 700 anos –com vista para um estuário, gaivotas e o silêncio típico de pequenas cidades à beira-mar. Impossível não aceitar o convite para uma bela cerveja num dos poucos pubs locais. A parada seguinte é o Parque Nacional Snowdonia, que abriga um parque de surf, o Surf Snowdonia, com ondas que chegam a dois metros de altura. No Rio de Janeiro é difícil ver ondas tão perfeitas como aquelas. Há aulas em grupo, com professores qualificados e roupas de borracha para enfrentar a água fria mesmo em dias de sol. Tem também um belo café com vista panorâmica para quem cansou de levar caldos ou nem quis se arriscar no esporte. É divertido, mesmo para quem nunca chegou perto de uma prancha na vida. A oferta de hotéis é grande, mas esses destinos são bastante procurados no verão. Melhor deixar a aventura para as atividades e garantir a estadia em locais de fácil acesso aos passeios. Perto do parque de surf, o ideal é se hospedar em Betws-y-Coed, o vilarejo principal do Parque Nacional, uma região deslumbrante de montanhas, vales, corredeiras e florestas. No dia seguinte, a 20 minutos de Betws-y-Coed, uma das mais novas atrações da região é o Zip World Titan, com três tirolesas que propiciam vista gloriosa da região montanhosa. Dá frio na barriga por causa da altura e da velocidade, mas a beleza compensa o medinho inicial. Com duração de cerca de uma hora, há também um passeio de bicicleta pela montanha. Todo mundo consegue aproveitar porque há trilhas perfeitas até mesmo para os mais sedentários, e elas são belíssimas. COMIDAS E COMPRAS Aproveite a viagem para se deliciar com a gastronomia galesa, que vai muito além do famoso fish'n'chips, ainda que seja ótima ideia experimentá-lo pelo menos uma vez durante a estadia. Pratos com frutos do mar e carnes são presença constante nos cardápios dos restaurantes mais populares aos mais sofisticados. Na estrada galesa que leva a Conwy, há uma ótima opção para um lanche rápido, no Bodnant Welsh Food Centre (bodnant-welshfood.co.uk), um centro que reúne produtores locais e apaixonados por comida. É possível fazer visitas que durem algumas horas ou um dia inteiro ou mesmo optar por uma estadia que inclua hospedagem e se deliciar com os mais variados tipos de alimento -carnes produzidas por criadores locais, queijos e sorvetes feitos com leite recém-tirado da vaca, pães, bolos e tortas artesanais. Numa parada mais rápida, apenas experimente uma das tortas premiadas ou sanduíches recheados com uma variedade enorme de queijos galeses. O dia pode terminar a duas horas dali, em Aberystwyth, que significa "foz do rio Ystwyth", coroado por um pôr do sol. Fico feliz de poder contar tudo isso num texto, porque, como você pode perceber, alguns nomes de cidades em Gales são complicados de pronunciar. Imagine depois de uma bela cerveja? E essa pequena cidade no oeste do país tem uma vista linda do mar, um píer daqueles que a gente vê em filmes, gaivotas e universitários corajosos, jovens o suficiente para entrar na água gelada. Uma dica de hotel a dez minutos de Aberystwyth é o Nanteos Mansion, uma construção do século 18, perfeita para o cenário de uma comédia romântica inglesa. O brasileiro já deve estar pensando, mas cadê as lojas dessa viagem? Calma. A capital de Gales, Cardiff, é uma cidade portuária, charmosa e encantadora, com seus parques, passeios de barco, castelos, vida cultural agitada, galerias de lojas, restaurantes e pubs. Se não tiver mais muito tempo, vá direto para o Mermaid Quay, um distrito comercial à beira da baía de Cardiff, repleta de bares, restaurantes, cafés e lojas. Depois de tanta aventura, terminar a viagem com algumas comprinhas não faz mal a ninguém. Gales pode ser para seus vizinhos mais esnobes o patinho feio, mas vai se revelando um belo cisne para quem tem o olhar mais apurado. A jornalista viajou a convite do VisitBritain
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turismo
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País de Gales tem cenário ideal para pedaladas e esportes ao ar livreSe contar para alguém que pretende passar alguns dias de férias no País de Gales, é provável que o interlocutor estranhe. E ache ainda mais esquisito se ele mesmo for cidadão do Reino Unido. Gales é o patinho feio da região, considerado menos atraente que seus "irmãos", Inglaterra, Escócia e Irlanda do Norte. Por isso mesmo, quanto menor a expectativa, maior a agradável surpresa. É o tipo de viagem que se alinha ao perfil de diversos tipos de viajantes, entre amigos, família com filhos ou casal em lua de mel. Em menos de uma semana dá para rodar boa parte do país, conhecer atrações e ir embora sem a sensação de que fez tudo correndo e não viu nada. Em 2016, Gales celebrou o ano da aventura. Pois é, quem diria? Aqui vão sugestões de atividades em paisagens deslumbrantes, com bons restaurantes e hotéis para lá de charmosos. A melhor época para a viagem é o verão, mas nem durante esse período as temperaturas são muito elevadas. Chove muito, mas também há dias seguidos de sol, como na semana da nossa viagem. Depois de um voo entre Rio e Londres, é preciso mais um trecho até Manchester, no noroeste da Inglaterra, onde começa nossa aventura, com um bom banho, uma refeição espetacular e uma noite de sono no Gotham, que pertence a uma rede de hotéis de luxo. É um daqueles lugares de que você passa a gostar instantaneamente. Todas as distâncias em Gales são relativamente curtas. Você pode começar seu dia numa cidade, fazer atividades ao longo do caminho e passar a noite já em outro lugar para mais aventura no dia seguinte. Portanto, pense numa mala prática, com roupas esportivas, tênis, um bom casaco –mesmo no verão. Saindo de Manchester pela manhã, seguimos em direção ao País de Gales, numa viagem de uma hora e 45 minutos de carro. Nosso destino era Conwy, cidade na costa norte, que abriga o castelo do mesmo nome, Patrimônio Mundial da Humanidade. Mesmo que você não seja muito fã de castelos, e eu não sou, esse vale a pena. Tem duas dezenas de torres, pontes e está praticamente intacto, apesar de seus mais de 700 anos –com vista para um estuário, gaivotas e o silêncio típico de pequenas cidades à beira-mar. Impossível não aceitar o convite para uma bela cerveja num dos poucos pubs locais. A parada seguinte é o Parque Nacional Snowdonia, que abriga um parque de surf, o Surf Snowdonia, com ondas que chegam a dois metros de altura. No Rio de Janeiro é difícil ver ondas tão perfeitas como aquelas. Há aulas em grupo, com professores qualificados e roupas de borracha para enfrentar a água fria mesmo em dias de sol. Tem também um belo café com vista panorâmica para quem cansou de levar caldos ou nem quis se arriscar no esporte. É divertido, mesmo para quem nunca chegou perto de uma prancha na vida. A oferta de hotéis é grande, mas esses destinos são bastante procurados no verão. Melhor deixar a aventura para as atividades e garantir a estadia em locais de fácil acesso aos passeios. Perto do parque de surf, o ideal é se hospedar em Betws-y-Coed, o vilarejo principal do Parque Nacional, uma região deslumbrante de montanhas, vales, corredeiras e florestas. No dia seguinte, a 20 minutos de Betws-y-Coed, uma das mais novas atrações da região é o Zip World Titan, com três tirolesas que propiciam vista gloriosa da região montanhosa. Dá frio na barriga por causa da altura e da velocidade, mas a beleza compensa o medinho inicial. Com duração de cerca de uma hora, há também um passeio de bicicleta pela montanha. Todo mundo consegue aproveitar porque há trilhas perfeitas até mesmo para os mais sedentários, e elas são belíssimas. COMIDAS E COMPRAS Aproveite a viagem para se deliciar com a gastronomia galesa, que vai muito além do famoso fish'n'chips, ainda que seja ótima ideia experimentá-lo pelo menos uma vez durante a estadia. Pratos com frutos do mar e carnes são presença constante nos cardápios dos restaurantes mais populares aos mais sofisticados. Na estrada galesa que leva a Conwy, há uma ótima opção para um lanche rápido, no Bodnant Welsh Food Centre (bodnant-welshfood.co.uk), um centro que reúne produtores locais e apaixonados por comida. É possível fazer visitas que durem algumas horas ou um dia inteiro ou mesmo optar por uma estadia que inclua hospedagem e se deliciar com os mais variados tipos de alimento -carnes produzidas por criadores locais, queijos e sorvetes feitos com leite recém-tirado da vaca, pães, bolos e tortas artesanais. Numa parada mais rápida, apenas experimente uma das tortas premiadas ou sanduíches recheados com uma variedade enorme de queijos galeses. O dia pode terminar a duas horas dali, em Aberystwyth, que significa "foz do rio Ystwyth", coroado por um pôr do sol. Fico feliz de poder contar tudo isso num texto, porque, como você pode perceber, alguns nomes de cidades em Gales são complicados de pronunciar. Imagine depois de uma bela cerveja? E essa pequena cidade no oeste do país tem uma vista linda do mar, um píer daqueles que a gente vê em filmes, gaivotas e universitários corajosos, jovens o suficiente para entrar na água gelada. Uma dica de hotel a dez minutos de Aberystwyth é o Nanteos Mansion, uma construção do século 18, perfeita para o cenário de uma comédia romântica inglesa. O brasileiro já deve estar pensando, mas cadê as lojas dessa viagem? Calma. A capital de Gales, Cardiff, é uma cidade portuária, charmosa e encantadora, com seus parques, passeios de barco, castelos, vida cultural agitada, galerias de lojas, restaurantes e pubs. Se não tiver mais muito tempo, vá direto para o Mermaid Quay, um distrito comercial à beira da baía de Cardiff, repleta de bares, restaurantes, cafés e lojas. Depois de tanta aventura, terminar a viagem com algumas comprinhas não faz mal a ninguém. Gales pode ser para seus vizinhos mais esnobes o patinho feio, mas vai se revelando um belo cisne para quem tem o olhar mais apurado. A jornalista viajou a convite do VisitBritain
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É coisa de bandidos, diz leitor sobre denúncia de ex-bispo da Universal
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IGREJA UNIVERSAL Evasão de divisas, sonegação fiscal, fraude e enriquecimento ilícito são coisas que combinam com uma organização criminosa internacional, não com igrejas. O mínimo que se espera é que a Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário cumpram com suas funções e punam os responsáveis. Chega de corrupção e impunidade de ricos e poderosos no Brasil. RENATO KHAIR (São Paulo, SP) - OLIMPÍADA Ao menos durante a Olimpíada (em períodos "normais", já nos resignamos à impossibilidade), espera-se que atletas possamfazer com segurança o trajeto entre a Casa da França e a Vila Olímpica a qualquer hora do dia. Com autoridades como o ministro dos Esportes, não é de admirar estarmos na situação em que estamos. Se trabalhassem mais e falassem menos, talvez dissessem menos bobagens. ALEXANDRE EFFORI DE MELLO (Rio de Janeiro, RJ) * Após ler a declaração do diretor de comunicação da Rio-2016 de que, no processo de limpeza da água da piscina olímpica, descobriram que "a química não é uma ciência exata", só falta ouvir que o projetista da ciclovia que desabou "descobriu" que a física também não é exata. DANIEL PRADO DE CARVALHO (São Paulo, SP) * Quero parabenizar a Folha pelas maravilhosas fotos e reportagens que estão sendo publicadas no caderno "Rio 2016". ANDRÉ LUÍS DE OLIVEIRA (Rio Claro, SP) * Ridículo e enfadonho ver o presidente interino, Michel Temer, afirmando que o assassinato do soldado Hélio, da Força Nacional, não deslustra a Olimpíada de 2016. Presidente, deslustra, sim. Uma vida vale mais do que qualquer coisa neste mundo. Nós, brasileiros, estamos consternados não só com o assassinato do militar mas também com as mentiras que os governantes tentam nos empurrar goela abaixo. LEÔNIDAS MARQUES (Volta Redonda, RJ) * A Olimpíada do Rio está agradando aos visitantes, não obstante a ocorrência de assaltos, da morte do soldado da Força Nacional, das mortes dos cidadãos que foram atingidos pela onda gigante na ciclovia, das mazelas nos prédios das delegações estrangeiras, da dificuldade da alimentação nas áreas olímpicas, dos cambistas etc. O que está faltando é a divulgação mais destacada de esportes como hipismo, tênis e golfe. MÁRIO N. BORGONOVI (Rio de Janeiro, RJ) * A Força Nacional desequilibra a segurança pública, obrigação das polícias estaduais. Foi inventada para contornar a Constituição e evitar a intervenção da União em Estados que não têm como assegurar a segurança dos seus cidadãos. Por outro lado, chamar as Forças Armadas para tarefas de polícia contraria a sua formação para o combate contra o inimigo externo. PAULO MARCOS GOMES LUSTOZA, capitão de mar e guerra reformado (Rio de Janeiro, RJ) - REFORMA DA PREVIDÊNCIA Já que o secretário da Previdência Social propõe ajustes no sistema previdenciário, por que não começa a reforma solicitando o reembolso dos valores fabulosos de que alguns políticos se apropriaram indevidamente? Garanto que o dinheiro iria garantir por anos o futuro previdenciário. Nós, cidadãos honestos, que trabalhamos e pagamos a Previdência Social, agradecemos. ÁUREA ROBERTO DE LIMA (São Paulo, SP) - AJUSTE FISCAL Concordo em vários aspectos com o artigo do economista Fernando de Aquino. Discordo, porém, quanto à sua menção ao Brasil como país emergente. Infelizmente, pelas tendências que se apresentam, o termo mais apropriado seria país "submergente". JOSÉ MARIA ALVES DA SILVA (Viçosa, MG) - COLUNISTAS Congratulo-me com a Folha por ter nos dado o prazer de ler o artigo irretocável do colunista Celso Rocha de Barros. O texto é um exemplo de que nem todos os colunistas foram contaminados com o vírus da seletividade e da falta de interesse em relação aos casos de corrupção envolvendo adversários da presidente Dilma Rousseff. JOSÉ LUIZ COUTO (Itapeva, SP) * Ruy Castro cometeu um esquecimento imperdoável. Na coluna "Grandezas e misérias de agosto", faltou o nascimento do maior cantor que o mundo conhece: Robert Plant (20/8/1948), do Led Zeppelin. Os outros cantores precisam de uma luneta para enxergar Plant! GUSTAVUS ADOLFUS (Londres, Reino Unido) * Excelente texto o de Gregorio Duvivier. Um primor. Foi fundo, intenso. Parabéns! MARIA H. BEAUCHAMP (São Paulo, SP) * Se os argumentos dos defensores da "escola com partido" forem tão desonestos quanto a ironia de Gregorio Duvivier, devem estar certos os formuladores da "escola sem partido". MARCOS FONSECA (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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É coisa de bandidos, diz leitor sobre denúncia de ex-bispo da UniversalIGREJA UNIVERSAL Evasão de divisas, sonegação fiscal, fraude e enriquecimento ilícito são coisas que combinam com uma organização criminosa internacional, não com igrejas. O mínimo que se espera é que a Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário cumpram com suas funções e punam os responsáveis. Chega de corrupção e impunidade de ricos e poderosos no Brasil. RENATO KHAIR (São Paulo, SP) - OLIMPÍADA Ao menos durante a Olimpíada (em períodos "normais", já nos resignamos à impossibilidade), espera-se que atletas possamfazer com segurança o trajeto entre a Casa da França e a Vila Olímpica a qualquer hora do dia. Com autoridades como o ministro dos Esportes, não é de admirar estarmos na situação em que estamos. Se trabalhassem mais e falassem menos, talvez dissessem menos bobagens. ALEXANDRE EFFORI DE MELLO (Rio de Janeiro, RJ) * Após ler a declaração do diretor de comunicação da Rio-2016 de que, no processo de limpeza da água da piscina olímpica, descobriram que "a química não é uma ciência exata", só falta ouvir que o projetista da ciclovia que desabou "descobriu" que a física também não é exata. DANIEL PRADO DE CARVALHO (São Paulo, SP) * Quero parabenizar a Folha pelas maravilhosas fotos e reportagens que estão sendo publicadas no caderno "Rio 2016". ANDRÉ LUÍS DE OLIVEIRA (Rio Claro, SP) * Ridículo e enfadonho ver o presidente interino, Michel Temer, afirmando que o assassinato do soldado Hélio, da Força Nacional, não deslustra a Olimpíada de 2016. Presidente, deslustra, sim. Uma vida vale mais do que qualquer coisa neste mundo. Nós, brasileiros, estamos consternados não só com o assassinato do militar mas também com as mentiras que os governantes tentam nos empurrar goela abaixo. LEÔNIDAS MARQUES (Volta Redonda, RJ) * A Olimpíada do Rio está agradando aos visitantes, não obstante a ocorrência de assaltos, da morte do soldado da Força Nacional, das mortes dos cidadãos que foram atingidos pela onda gigante na ciclovia, das mazelas nos prédios das delegações estrangeiras, da dificuldade da alimentação nas áreas olímpicas, dos cambistas etc. O que está faltando é a divulgação mais destacada de esportes como hipismo, tênis e golfe. MÁRIO N. BORGONOVI (Rio de Janeiro, RJ) * A Força Nacional desequilibra a segurança pública, obrigação das polícias estaduais. Foi inventada para contornar a Constituição e evitar a intervenção da União em Estados que não têm como assegurar a segurança dos seus cidadãos. Por outro lado, chamar as Forças Armadas para tarefas de polícia contraria a sua formação para o combate contra o inimigo externo. PAULO MARCOS GOMES LUSTOZA, capitão de mar e guerra reformado (Rio de Janeiro, RJ) - REFORMA DA PREVIDÊNCIA Já que o secretário da Previdência Social propõe ajustes no sistema previdenciário, por que não começa a reforma solicitando o reembolso dos valores fabulosos de que alguns políticos se apropriaram indevidamente? Garanto que o dinheiro iria garantir por anos o futuro previdenciário. Nós, cidadãos honestos, que trabalhamos e pagamos a Previdência Social, agradecemos. ÁUREA ROBERTO DE LIMA (São Paulo, SP) - AJUSTE FISCAL Concordo em vários aspectos com o artigo do economista Fernando de Aquino. Discordo, porém, quanto à sua menção ao Brasil como país emergente. Infelizmente, pelas tendências que se apresentam, o termo mais apropriado seria país "submergente". JOSÉ MARIA ALVES DA SILVA (Viçosa, MG) - COLUNISTAS Congratulo-me com a Folha por ter nos dado o prazer de ler o artigo irretocável do colunista Celso Rocha de Barros. O texto é um exemplo de que nem todos os colunistas foram contaminados com o vírus da seletividade e da falta de interesse em relação aos casos de corrupção envolvendo adversários da presidente Dilma Rousseff. JOSÉ LUIZ COUTO (Itapeva, SP) * Ruy Castro cometeu um esquecimento imperdoável. Na coluna "Grandezas e misérias de agosto", faltou o nascimento do maior cantor que o mundo conhece: Robert Plant (20/8/1948), do Led Zeppelin. Os outros cantores precisam de uma luneta para enxergar Plant! GUSTAVUS ADOLFUS (Londres, Reino Unido) * Excelente texto o de Gregorio Duvivier. Um primor. Foi fundo, intenso. Parabéns! MARIA H. BEAUCHAMP (São Paulo, SP) * Se os argumentos dos defensores da "escola com partido" forem tão desonestos quanto a ironia de Gregorio Duvivier, devem estar certos os formuladores da "escola sem partido". MARCOS FONSECA (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Sem precedente, governo Trump deixa escritores com páginas em branco
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Faltavam poucos dias para a eleição, em novembro passado. Mais uns diazinhos pequenos até Donald Trump voltar para sua torre dourada para lançar um programa de nicho na TV e encher seu feed do Twitter, que andava vazio, com manifestações de desespero intercaladas por muitos pontos de exclamação. Foi quando um agente literário procurou seu cliente para propor uma ideia: que tal alguma coisa sobre a "Casa Branca de Trump que não chegou a acontecer"? O escritor —Steve Israel, então deputado democrata por Nova York e hoje trabalhando sobre sua terceira sátira política— redige uma proposta de livro, "Trumplandia". A trama incluiria um encontro furtivo com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, foguetes disparados nas mídias sociais durante a madrugada a partir de Mar-a-Lago e um alto cargo na administração confiado a Ben Carson, hoje secretário da Habitação e do Desenvolvimento Urbano, que certa vez sugeriu através de um terceiro que não estava qualificado para comandar uma agência federal. "Altamente implausível", disse o agente na época, descrevendo a proposta de livro apresentada. "Meu pseudônimo literário poderia ser Nostradamus", fala Steve Israel hoje. Nestes seis primeiros meses, washingtonianos de várias classes vêm sofrendo sob o domínio do presidente Trump: senadores, verificadores de fatos, pessoas que gostam de dormir. Mas, em uma cidade tão encantada com sua própria história, com tanta prática de projetar um pouco-caso de quem já viu e viveu tudo, estes tempos vêm sendo especialmente irritantes para certos tipos de contadores de histórias. Romancistas se demoram sobre páginas em branco. Historiadores procuram em vão algum precedente, e depois desistem. Mesmo participantes em escândalos passados têm dificuldade em acompanhar a narrativa. "Ainda é cedo. Estamos sendo apresentados aos personagens", ponderou John Dean, ex-advogado da Casa Branca e ator coadjuvante no escândalo de Watergate, na administração Nixon, e autor frequente nas décadas passadas desde então. "Ainda não sabemos bem como esta história vai se desenrolar —se será uma comédia ou uma tragédia." Mas ele até tem alguma base para arriscar um palpite. Ele se confessou culpado de um crime, no passado. No presente, porém, os elementos necessários aos dois gêneros literários estão se posicionando. A história a sair disso tudo pode ser uma espécie de cruzamento de romance de Allen Drury com peça de Shakespeare, enquanto os retoques finais ficarão a cargo dos produtores da rede E! Entertainment. Intrigas no exterior. Alianças desgastadas no Capitólio. Um filho que mete os pés pelas mãos. Tuites para tentar consertar os estragos. Há picuinhas a serem resolvidas, e editores autocontratados para fazê-lo. Para onde vai essa narrativa? Em qual ato já estamos? "É como uma telenovela sem sexo e sem humor", resmungou Matt Latimer, escritor e ex-redator de discursos do presidente George W. Bush. (Alguém chama sua atenção para o fato de que esta administração ainda é jovem.) Há quem se irrite com os enredos repetitivos e que não andam para frente, como os esforços hesitantes dos republicanos em aprovar uma nova lei de saúde. Outros se perguntam se alguns elementos não seriam um pouco insossos. É o caso da linha de assunto da corrente de e-mails de Donald Trump Jr. no ano passado sobre uma reunião com uma advogada ligada ao Kremlin: "Rússia-Clinton-confidencial". A arma de Tchekov não foi feita para ser disparada para o alto, como um sinalizador. "A política americana deixou o satirista sem saída a não ser a porta da rua", disse Christopher Buckley, autor de frases de efeito politicamente carregadas como "obrigado por fumar". Mas os roteiristas continuam a tentar, procurando analogias que consigam mastigar passado e presente em igual medida. É Irã-contras com bronzeamento a jato. É Monica Lewinsky com um covfefe gigante. É "O Poderoso Chefão", só que desta vez, não se sabe por que, há um genro silencioso encarregado da paz no Oriente Médio. Às vezes a inspiração vem de recantos esdrúxulos da mente. William S. Cohen —ex-secretário da Defesa na administração Bill Clinton, senador republicano do Maine e romancista ocasional— se lembrou recentemente de um pôster pendurado em um banheiro do Comitê do Senado sobre as Forças Armadas na época em que ele trabalhava para o governo. O pôster mostrava soldados soviéticos em marcha, e a legenda dizia: "Venham nos visitar antes que a gente vá visitar vocês". "Bem", disse Cohen ao telefone, "os russos vieram nos visitar." WATERGATE Humoristas de programas de TV noturnos vêm buscando traçar comparações mais frequentemente com a era de Nixon, com graus diversos de êxito. Em março, John Oliver, que apresenta o "Last Week Tonight", da HBO, descreveu o caso Trump-Rússia como um "Watergate Burro" —um escândalo potencial "com todas as intrigas de Watergate, mas com uma diferença: todos os envolvidos são péssimos no que fazem". Ele está achando que a comparação com Watergate continua apta, lamentavelmente. "Infelizmente, era para ser uma brincadeira limitada", Oliver disse a Stephen Colbert no "The Late Show" na semana passada, "mas as últimas notícias a estão tornando cada vez mais relevante. Não é o que costuma acontecer com piadas." O rótulo comparativo parece ter ofendido John Dean, aquele da infâmia nixoniana, por associação. "A maioria das pessoas não entende que Watergate foi uma estupidez tremenda", ele disse. "Foi tudo muito desajeitado." Sem dúvida. Mas raramente até agora a falta de jeito tem sido tão generalizada, caracterizando mesmo os gestos mais simples de um presidente que, sem entender a necessidade de um subtexto, tende a ler em voz alta as orientações do diretor da peça. Uma cena: Por um instante esta semana, pareceu que a aprovação da lei de saúde no Senado seria posta em risco por um coágulo sanguíneo no Arizona encontrado em um senador que foi herói de guerra, John McCain, de quem Trump certa vez escarneceu por ter sido capturado em combate. Dessa vez o presidente pareceu ansioso por fazer o papel do narrador. "Ele é uma voz ranheta em Washington", ele disse a respeito de McCain, em algo que se aproximou de um elogio. Mas então concluiu: "Além disso, precisamos do voto dele." Na terça-feira, os republicanos estavam precisando do voto de McCain e de vários outros com os quais não puderam contar. Ninguém disse que Trump era um narrador confiável. Mas lá estava o inesperado outra vez, um desvio imprevisto neste capítulo mais peculiar, enviando a capital por um beco sem saída tão pouco familiar que o senador Jerry Moran, do Kansas —sim, isso mesmo!— exerceu um papel decisivo na derrota da legislação que os republicanos vinham prometendo nos últimos sete anos. Talvez a história continue assim, avançando célere em trechos distintos, como uma minissérie, até se encerrar no episódio final que possivelmente só chegue em janeiro de 2025. Steve Israel, o ex-parlamentar e hoje romancista, havia imaginado outro final da história —uma fantasia liberal ao quadrado. A trama do livro que ele propôs tem sua conclusão no dia da posse presidencial em 2021. Ferido pelos escândalos e sentindo saudades de sua vida de magnata imobiliário, Trump optou por não tentar um novo mandato. Já começaram as obras da biblioteca presidencial Trump em Palm Beach, Flórida. Enquanto o helicóptero decola, levando o ex-presidente embora, o protagonista do livro, um secretário de imprensa de Trump chamado Jared Gold, recebe um e-mail: "O presidente Sanders quer falar com você". Tradução de CLARA ALLAIN
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Sem precedente, governo Trump deixa escritores com páginas em brancoFaltavam poucos dias para a eleição, em novembro passado. Mais uns diazinhos pequenos até Donald Trump voltar para sua torre dourada para lançar um programa de nicho na TV e encher seu feed do Twitter, que andava vazio, com manifestações de desespero intercaladas por muitos pontos de exclamação. Foi quando um agente literário procurou seu cliente para propor uma ideia: que tal alguma coisa sobre a "Casa Branca de Trump que não chegou a acontecer"? O escritor —Steve Israel, então deputado democrata por Nova York e hoje trabalhando sobre sua terceira sátira política— redige uma proposta de livro, "Trumplandia". A trama incluiria um encontro furtivo com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, foguetes disparados nas mídias sociais durante a madrugada a partir de Mar-a-Lago e um alto cargo na administração confiado a Ben Carson, hoje secretário da Habitação e do Desenvolvimento Urbano, que certa vez sugeriu através de um terceiro que não estava qualificado para comandar uma agência federal. "Altamente implausível", disse o agente na época, descrevendo a proposta de livro apresentada. "Meu pseudônimo literário poderia ser Nostradamus", fala Steve Israel hoje. Nestes seis primeiros meses, washingtonianos de várias classes vêm sofrendo sob o domínio do presidente Trump: senadores, verificadores de fatos, pessoas que gostam de dormir. Mas, em uma cidade tão encantada com sua própria história, com tanta prática de projetar um pouco-caso de quem já viu e viveu tudo, estes tempos vêm sendo especialmente irritantes para certos tipos de contadores de histórias. Romancistas se demoram sobre páginas em branco. Historiadores procuram em vão algum precedente, e depois desistem. Mesmo participantes em escândalos passados têm dificuldade em acompanhar a narrativa. "Ainda é cedo. Estamos sendo apresentados aos personagens", ponderou John Dean, ex-advogado da Casa Branca e ator coadjuvante no escândalo de Watergate, na administração Nixon, e autor frequente nas décadas passadas desde então. "Ainda não sabemos bem como esta história vai se desenrolar —se será uma comédia ou uma tragédia." Mas ele até tem alguma base para arriscar um palpite. Ele se confessou culpado de um crime, no passado. No presente, porém, os elementos necessários aos dois gêneros literários estão se posicionando. A história a sair disso tudo pode ser uma espécie de cruzamento de romance de Allen Drury com peça de Shakespeare, enquanto os retoques finais ficarão a cargo dos produtores da rede E! Entertainment. Intrigas no exterior. Alianças desgastadas no Capitólio. Um filho que mete os pés pelas mãos. Tuites para tentar consertar os estragos. Há picuinhas a serem resolvidas, e editores autocontratados para fazê-lo. Para onde vai essa narrativa? Em qual ato já estamos? "É como uma telenovela sem sexo e sem humor", resmungou Matt Latimer, escritor e ex-redator de discursos do presidente George W. Bush. (Alguém chama sua atenção para o fato de que esta administração ainda é jovem.) Há quem se irrite com os enredos repetitivos e que não andam para frente, como os esforços hesitantes dos republicanos em aprovar uma nova lei de saúde. Outros se perguntam se alguns elementos não seriam um pouco insossos. É o caso da linha de assunto da corrente de e-mails de Donald Trump Jr. no ano passado sobre uma reunião com uma advogada ligada ao Kremlin: "Rússia-Clinton-confidencial". A arma de Tchekov não foi feita para ser disparada para o alto, como um sinalizador. "A política americana deixou o satirista sem saída a não ser a porta da rua", disse Christopher Buckley, autor de frases de efeito politicamente carregadas como "obrigado por fumar". Mas os roteiristas continuam a tentar, procurando analogias que consigam mastigar passado e presente em igual medida. É Irã-contras com bronzeamento a jato. É Monica Lewinsky com um covfefe gigante. É "O Poderoso Chefão", só que desta vez, não se sabe por que, há um genro silencioso encarregado da paz no Oriente Médio. Às vezes a inspiração vem de recantos esdrúxulos da mente. William S. Cohen —ex-secretário da Defesa na administração Bill Clinton, senador republicano do Maine e romancista ocasional— se lembrou recentemente de um pôster pendurado em um banheiro do Comitê do Senado sobre as Forças Armadas na época em que ele trabalhava para o governo. O pôster mostrava soldados soviéticos em marcha, e a legenda dizia: "Venham nos visitar antes que a gente vá visitar vocês". "Bem", disse Cohen ao telefone, "os russos vieram nos visitar." WATERGATE Humoristas de programas de TV noturnos vêm buscando traçar comparações mais frequentemente com a era de Nixon, com graus diversos de êxito. Em março, John Oliver, que apresenta o "Last Week Tonight", da HBO, descreveu o caso Trump-Rússia como um "Watergate Burro" —um escândalo potencial "com todas as intrigas de Watergate, mas com uma diferença: todos os envolvidos são péssimos no que fazem". Ele está achando que a comparação com Watergate continua apta, lamentavelmente. "Infelizmente, era para ser uma brincadeira limitada", Oliver disse a Stephen Colbert no "The Late Show" na semana passada, "mas as últimas notícias a estão tornando cada vez mais relevante. Não é o que costuma acontecer com piadas." O rótulo comparativo parece ter ofendido John Dean, aquele da infâmia nixoniana, por associação. "A maioria das pessoas não entende que Watergate foi uma estupidez tremenda", ele disse. "Foi tudo muito desajeitado." Sem dúvida. Mas raramente até agora a falta de jeito tem sido tão generalizada, caracterizando mesmo os gestos mais simples de um presidente que, sem entender a necessidade de um subtexto, tende a ler em voz alta as orientações do diretor da peça. Uma cena: Por um instante esta semana, pareceu que a aprovação da lei de saúde no Senado seria posta em risco por um coágulo sanguíneo no Arizona encontrado em um senador que foi herói de guerra, John McCain, de quem Trump certa vez escarneceu por ter sido capturado em combate. Dessa vez o presidente pareceu ansioso por fazer o papel do narrador. "Ele é uma voz ranheta em Washington", ele disse a respeito de McCain, em algo que se aproximou de um elogio. Mas então concluiu: "Além disso, precisamos do voto dele." Na terça-feira, os republicanos estavam precisando do voto de McCain e de vários outros com os quais não puderam contar. Ninguém disse que Trump era um narrador confiável. Mas lá estava o inesperado outra vez, um desvio imprevisto neste capítulo mais peculiar, enviando a capital por um beco sem saída tão pouco familiar que o senador Jerry Moran, do Kansas —sim, isso mesmo!— exerceu um papel decisivo na derrota da legislação que os republicanos vinham prometendo nos últimos sete anos. Talvez a história continue assim, avançando célere em trechos distintos, como uma minissérie, até se encerrar no episódio final que possivelmente só chegue em janeiro de 2025. Steve Israel, o ex-parlamentar e hoje romancista, havia imaginado outro final da história —uma fantasia liberal ao quadrado. A trama do livro que ele propôs tem sua conclusão no dia da posse presidencial em 2021. Ferido pelos escândalos e sentindo saudades de sua vida de magnata imobiliário, Trump optou por não tentar um novo mandato. Já começaram as obras da biblioteca presidencial Trump em Palm Beach, Flórida. Enquanto o helicóptero decola, levando o ex-presidente embora, o protagonista do livro, um secretário de imprensa de Trump chamado Jared Gold, recebe um e-mail: "O presidente Sanders quer falar com você". Tradução de CLARA ALLAIN
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Palmeirense agredido após clássico tem morte cerebral confirmada
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A Secretaria de Estado da Saúde confirmou nesta quarta-feira (29) a morte cerebral do palmeirense Cláudio Fernando de Morais, 25, agredido por torcedores do Santos após o jogo do último domingo (26). Cláudio chegou à UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital Santa Marcelina, no Itaim Paulista (zona leste da capital), na madrugada de domingo em estado gravíssimo. Ele, a namorada e um amigo foram abordados por cerca de 15 torcedores santistas próximo à estação jardim Romano da CPTM após a primeira partida da final do Campeonato Paulista. Cláudio foi o único que não conseguiu fugir das agressões. Os familiares do torcedor foram informados pelos médicos da possibilidade de morte cerebral na madrugada de segunda-feira (27). Cláudio passou por uma bateria de exames nesta terça-feira (28) e a equipe do hospital Santa Marcelina confirmou a morte na tarde desta quarta. A agressão está sendo investigada pelo DHPP (Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa), que ainda não divulgou maiores informações.
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esporte
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Palmeirense agredido após clássico tem morte cerebral confirmadaA Secretaria de Estado da Saúde confirmou nesta quarta-feira (29) a morte cerebral do palmeirense Cláudio Fernando de Morais, 25, agredido por torcedores do Santos após o jogo do último domingo (26). Cláudio chegou à UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital Santa Marcelina, no Itaim Paulista (zona leste da capital), na madrugada de domingo em estado gravíssimo. Ele, a namorada e um amigo foram abordados por cerca de 15 torcedores santistas próximo à estação jardim Romano da CPTM após a primeira partida da final do Campeonato Paulista. Cláudio foi o único que não conseguiu fugir das agressões. Os familiares do torcedor foram informados pelos médicos da possibilidade de morte cerebral na madrugada de segunda-feira (27). Cláudio passou por uma bateria de exames nesta terça-feira (28) e a equipe do hospital Santa Marcelina confirmou a morte na tarde desta quarta. A agressão está sendo investigada pelo DHPP (Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa), que ainda não divulgou maiores informações.
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Demitido após apontar suposta fraude, procurador reassume e é homenageado
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O advogado Álvaro Skiba Júnior, 27, foi o primeiro procurador municipal concursado de Capanema, cidade de 19 mil habitantes no Paraná. Após fazer exigências para que regras em licitações fossem cumpridas, ele diz ter sofrido represálias e uma ameaça de morte da então prefeita, Lindamir Denardin (PSDB). Demitido após um processo administrativo, ele foi readmitido na gestão seguinte e recebeu uma homenagem da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Paraná, neste mês. Leia depoimento dele à Folha. * Eu fui o primeiro procurador concursado do município. Antes, eram advogados particulares que faziam esse trabalho. Daí já surge o primeiro problema: a cultura na cidade era que o advogado da prefeitura era do prefeito. E eu entrei para atuar como advogado do município. Assumi em janeiro de 2014. Logo de começo, houve um pouco de desconforto, principalmente no setor de licitações. Porque elas eram feitas de qualquer jeito. Faltava a documentação mínima, como número de concorrentes, projeto básico, discriminação dos serviços. Muitas das licitações eram feitas só para formalizar o pagamento, porque o serviço já era prestado. Era tudo no jeitinho, para dizer depois: "Ah, não tenho conhecimento técnico; ah, o município é pequeno; ah, eu não sabia". Eu comecei a formalizar, nos pareceres, o que a lei determinava. A maioria deles foi ignorada. Muitos dos processos, inclusive, nem iam para a procuradoria. A primeira vez em que eu dei um parecer negativo numa licitação, num contrato de transporte de passageiros, a prefeita [Lindamir Denardin] entrou aos gritos na minha sala. Disse que eu queria derrubá-la, que eu era contrário a ela. O serviço já estava sendo prestado; a licitação não tinha discriminação, quilometragem, projeto, nada. Eu falei a ela: prefeita, isso não é a minha opinião. Isso é o mínimo do mínimo do básico, e está na lei. Ela pegou meu parecer, amassou, rasgou e jogou no lixo. No início de 2015, a prefeita apresentou um projeto de lei, para criar mais um cargo de procurador. A ideia era me escantear. Só que ela caiu do cavalo, porque o segundo colocado no concurso [o advogado Romanti Ezer Barbosa] vinha do Ministério Público. Todas as licitações foram para ele. Eles achavam que eu estava trabalhando politicamente. Mas o meu colega começou a identificar os mesmos problemas. Aí ela [Denardin] começou a ter um problema com a procuradoria. No segundo semestre, a prefeita fez uma reunião com alguns servidores, inclusive nós. E foi ali que ela nos ameaçou de morte. Mencionou o caso de Chopinzinho [município paranaense onde um procurador foi assassinado, em março de 2015; o ex-prefeito foi preso e é acusado de ser o mandante do crime] e disse: "Vocês viram o que aconteceu. Não adianta tapar o sol com a peneira; uma hora, os ânimos se esquentam e a coisa vai piorando". Nós gravamos isso. Estavam umas dez, 15 pessoas lá. Meses depois, quando tentamos propor um projeto de lei para regulamentar a procuradoria, ela ligou para o meu colega e disse: "Ou vocês me ajudam e vêm trabalhar comigo ou eu vou tomar outra atitude, doa a quem doer, aconteça o que acontecer". Aí, a gente realmente sentiu uma ameaça concreta. Foi direta e pessoal. Eu coloquei câmera em toda a minha casa, comprei um colete à prova de bala. Nós estávamos nos sentindo tão acuados que chegávamos na prefeitura e já colocávamos o celular para gravar. Porque não sabíamos o que iria acontecer. Fomos ao Ministério Público e fizemos uma representação, com o que julgávamos que estava errado. Denunciamos desvio de função, cargos irregulares, pagamento de horas extras... Era um estado de coisas inconstitucional. Porque, realmente, não tem fiscalização. O Tribunal de Contas faz de conta que fiscaliza; o Ministério Público não tem estrutura. Se não for por denúncia, nada acontece. Essa é a realidade de municípios pequenos no Brasil. Nós encaminhamos a denúncia para o Tribunal de Contas. E o tribunal publicou em Diário Oficial, em maio de 2016. Aí todo mundo ficou sabendo. Foi um auê. No dia seguinte, a prefeita me tirou da sala da procuradoria e me colocou no porão da secretaria de Educação. Tirou todas as minhas atribuições, por portaria. Designou-me como assessor da secretaria. Ela também fez uma denúncia na promotoria contra mim e o meu colega, por improbidade administrativa [acabou arquivada]. Depois, abriu um processo administrativo na prefeitura, para me demitir. Disse que eu tentei agredir uma servidora. Colocou servidores gratificados para avaliar o caso. No final de tudo, eu fui demitido, em setembro de 2016. Dias antes da eleição, que ela acabou perdendo. Nessa mesma época, eu contatei a OAB. Eles determinaram medidas protetivas em meu favor. Oficiaram o governo do Estado e a secretaria da Segurança, para garantir a minha proteção. Mas a maior segurança que tive foi a simples divulgação da ameaça. Depois que se publica esse tipo de coisa, recuam. Porque, se acontecer algo com você, todo mundo já sabe quem foi. O ato de desagravo da OAB é o reconhecimento de que temos respaldo. Porque, sozinhos, não fazemos nada. Era para o sistema ter me engolido. Passada a eleição, eu entrei com uma ação judicial para anular o processo administrativo. A Justiça de Capanema negou a liminar. Aí, fiz um pedido administrativo, defendendo a nulidade desse processo. A gestão do novo prefeito [Américo Bellé, do PDT] deferiu meu pedido e anulou a demissão. Em janeiro, eu fui reintegrado. As denúncias que fizemos continuam em andamento. Minha vida agora é estudar para concurso, meu sonho é ser promotor de Justiça. Porque minha situação ainda é muito grave. E quando os processos contra ela começarem a pipocar? Eu quero sair daqui, porque não vou viver com medo. OUTRO LADO A ex-prefeita Lindamir Denardin (PSDB) negou, em entrevista à Folha, que tenha feito ameaças ao procurador Álvaro Skiba Júnior, e acusou o advogado de atuar com motivação política e pessoal. Segundo ela, suas ações tiveram o objetivo de protegê-lo das ameaças de outros funcionários, que declararam que iriam passar a ir armados à prefeitura. A menção ao caso de Chopinzinho, afirma, foi um "alerta". Uma empresa da família de Skiba, segundo a ex-prefeita, forneceu cartilhas didáticas à prefeitura até 2013, quando ela deixou de renovar a compra. Para ela, a postura do advogado é retaliação. "Ele deu entrevista a rádios, fez panfletagem contra mim. Prejudicou a minha eleição", afirma Denardin. A família do advogado distribuiu panfletos na cidade sobre a ameaça aos procuradores. Sobre as irregularidades denunciadas, a política diz não ter nada a esconder. Ela prestou informações ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas, que investigam o caso. "Não me omiti. Se houve algum erro, não foi por má-fé", afirma. Denardin acusa o advogado de machismo, e diz que ele faltava ao respeito com os demais servidores e atrasava a emissão de pareceres na procuradoria. "Eu trabalhei muito, não fiz politicagem; tenho a minha consciência tranquila. Ele [Skiba Júnior] estava ali para me orientar, e fazia o quê? Denúncia." O advogado nega ter interesse político e diz que adotou uma postura técnica. Consultada, a OAB informou que aprovou o ato de desagravo por unanimidade e que as informações encaminhadas pela ex-prefeita, na avaliação do conselho, não refutaram os fatos denunciados. O inquérito sobre a suposta ameaça ainda está em andamento no Ministério Público.
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Demitido após apontar suposta fraude, procurador reassume e é homenageadoO advogado Álvaro Skiba Júnior, 27, foi o primeiro procurador municipal concursado de Capanema, cidade de 19 mil habitantes no Paraná. Após fazer exigências para que regras em licitações fossem cumpridas, ele diz ter sofrido represálias e uma ameaça de morte da então prefeita, Lindamir Denardin (PSDB). Demitido após um processo administrativo, ele foi readmitido na gestão seguinte e recebeu uma homenagem da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Paraná, neste mês. Leia depoimento dele à Folha. * Eu fui o primeiro procurador concursado do município. Antes, eram advogados particulares que faziam esse trabalho. Daí já surge o primeiro problema: a cultura na cidade era que o advogado da prefeitura era do prefeito. E eu entrei para atuar como advogado do município. Assumi em janeiro de 2014. Logo de começo, houve um pouco de desconforto, principalmente no setor de licitações. Porque elas eram feitas de qualquer jeito. Faltava a documentação mínima, como número de concorrentes, projeto básico, discriminação dos serviços. Muitas das licitações eram feitas só para formalizar o pagamento, porque o serviço já era prestado. Era tudo no jeitinho, para dizer depois: "Ah, não tenho conhecimento técnico; ah, o município é pequeno; ah, eu não sabia". Eu comecei a formalizar, nos pareceres, o que a lei determinava. A maioria deles foi ignorada. Muitos dos processos, inclusive, nem iam para a procuradoria. A primeira vez em que eu dei um parecer negativo numa licitação, num contrato de transporte de passageiros, a prefeita [Lindamir Denardin] entrou aos gritos na minha sala. Disse que eu queria derrubá-la, que eu era contrário a ela. O serviço já estava sendo prestado; a licitação não tinha discriminação, quilometragem, projeto, nada. Eu falei a ela: prefeita, isso não é a minha opinião. Isso é o mínimo do mínimo do básico, e está na lei. Ela pegou meu parecer, amassou, rasgou e jogou no lixo. No início de 2015, a prefeita apresentou um projeto de lei, para criar mais um cargo de procurador. A ideia era me escantear. Só que ela caiu do cavalo, porque o segundo colocado no concurso [o advogado Romanti Ezer Barbosa] vinha do Ministério Público. Todas as licitações foram para ele. Eles achavam que eu estava trabalhando politicamente. Mas o meu colega começou a identificar os mesmos problemas. Aí ela [Denardin] começou a ter um problema com a procuradoria. No segundo semestre, a prefeita fez uma reunião com alguns servidores, inclusive nós. E foi ali que ela nos ameaçou de morte. Mencionou o caso de Chopinzinho [município paranaense onde um procurador foi assassinado, em março de 2015; o ex-prefeito foi preso e é acusado de ser o mandante do crime] e disse: "Vocês viram o que aconteceu. Não adianta tapar o sol com a peneira; uma hora, os ânimos se esquentam e a coisa vai piorando". Nós gravamos isso. Estavam umas dez, 15 pessoas lá. Meses depois, quando tentamos propor um projeto de lei para regulamentar a procuradoria, ela ligou para o meu colega e disse: "Ou vocês me ajudam e vêm trabalhar comigo ou eu vou tomar outra atitude, doa a quem doer, aconteça o que acontecer". Aí, a gente realmente sentiu uma ameaça concreta. Foi direta e pessoal. Eu coloquei câmera em toda a minha casa, comprei um colete à prova de bala. Nós estávamos nos sentindo tão acuados que chegávamos na prefeitura e já colocávamos o celular para gravar. Porque não sabíamos o que iria acontecer. Fomos ao Ministério Público e fizemos uma representação, com o que julgávamos que estava errado. Denunciamos desvio de função, cargos irregulares, pagamento de horas extras... Era um estado de coisas inconstitucional. Porque, realmente, não tem fiscalização. O Tribunal de Contas faz de conta que fiscaliza; o Ministério Público não tem estrutura. Se não for por denúncia, nada acontece. Essa é a realidade de municípios pequenos no Brasil. Nós encaminhamos a denúncia para o Tribunal de Contas. E o tribunal publicou em Diário Oficial, em maio de 2016. Aí todo mundo ficou sabendo. Foi um auê. No dia seguinte, a prefeita me tirou da sala da procuradoria e me colocou no porão da secretaria de Educação. Tirou todas as minhas atribuições, por portaria. Designou-me como assessor da secretaria. Ela também fez uma denúncia na promotoria contra mim e o meu colega, por improbidade administrativa [acabou arquivada]. Depois, abriu um processo administrativo na prefeitura, para me demitir. Disse que eu tentei agredir uma servidora. Colocou servidores gratificados para avaliar o caso. No final de tudo, eu fui demitido, em setembro de 2016. Dias antes da eleição, que ela acabou perdendo. Nessa mesma época, eu contatei a OAB. Eles determinaram medidas protetivas em meu favor. Oficiaram o governo do Estado e a secretaria da Segurança, para garantir a minha proteção. Mas a maior segurança que tive foi a simples divulgação da ameaça. Depois que se publica esse tipo de coisa, recuam. Porque, se acontecer algo com você, todo mundo já sabe quem foi. O ato de desagravo da OAB é o reconhecimento de que temos respaldo. Porque, sozinhos, não fazemos nada. Era para o sistema ter me engolido. Passada a eleição, eu entrei com uma ação judicial para anular o processo administrativo. A Justiça de Capanema negou a liminar. Aí, fiz um pedido administrativo, defendendo a nulidade desse processo. A gestão do novo prefeito [Américo Bellé, do PDT] deferiu meu pedido e anulou a demissão. Em janeiro, eu fui reintegrado. As denúncias que fizemos continuam em andamento. Minha vida agora é estudar para concurso, meu sonho é ser promotor de Justiça. Porque minha situação ainda é muito grave. E quando os processos contra ela começarem a pipocar? Eu quero sair daqui, porque não vou viver com medo. OUTRO LADO A ex-prefeita Lindamir Denardin (PSDB) negou, em entrevista à Folha, que tenha feito ameaças ao procurador Álvaro Skiba Júnior, e acusou o advogado de atuar com motivação política e pessoal. Segundo ela, suas ações tiveram o objetivo de protegê-lo das ameaças de outros funcionários, que declararam que iriam passar a ir armados à prefeitura. A menção ao caso de Chopinzinho, afirma, foi um "alerta". Uma empresa da família de Skiba, segundo a ex-prefeita, forneceu cartilhas didáticas à prefeitura até 2013, quando ela deixou de renovar a compra. Para ela, a postura do advogado é retaliação. "Ele deu entrevista a rádios, fez panfletagem contra mim. Prejudicou a minha eleição", afirma Denardin. A família do advogado distribuiu panfletos na cidade sobre a ameaça aos procuradores. Sobre as irregularidades denunciadas, a política diz não ter nada a esconder. Ela prestou informações ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas, que investigam o caso. "Não me omiti. Se houve algum erro, não foi por má-fé", afirma. Denardin acusa o advogado de machismo, e diz que ele faltava ao respeito com os demais servidores e atrasava a emissão de pareceres na procuradoria. "Eu trabalhei muito, não fiz politicagem; tenho a minha consciência tranquila. Ele [Skiba Júnior] estava ali para me orientar, e fazia o quê? Denúncia." O advogado nega ter interesse político e diz que adotou uma postura técnica. Consultada, a OAB informou que aprovou o ato de desagravo por unanimidade e que as informações encaminhadas pela ex-prefeita, na avaliação do conselho, não refutaram os fatos denunciados. O inquérito sobre a suposta ameaça ainda está em andamento no Ministério Público.
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EUA deveriam cooperar com Damasco contra EI, diz embaixador sírio
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Os Estados Unidos deveriam fazer um acordo com o governo e o Exército sírios para combater a facção radical Estado Islâmico (EI) no país. A opinião é do embaixador sírio no Brasil, Ghassan Nseir, que afirma: "Nós também estamos lutando contra o EI e isso [ação da coalizão liderada pelos EUA] acaba servindo aos nossos interesses também". Em entrevista à Folha nesta terça (19) por telefone, porém, ele ressaltou: do jeito que a operação é conduzida hoje, sem o consentimento sírio, é "ilegal". Nseir critica a falta de "objetividade" da Comissão de Inquérito Independente da ONU sobre a Síria, presidida pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, que aponta violações de direitos humanos cometidos pelo regime sírio. "Não estamos dizendo que não há erros. Há erros isolados, não práticas sistemáticas. E todo mundo que cometeu esses erros terá que pagar", disse. Segundo a ONU, mais de 200 mil pessoas já haviam morrido no conflito sírio até o fim de 2014. Leia a entrevista abaixo. * FOLHA - A ONU iniciou uma terceira rodada de conversas para tentar acabar com a guerra na Síria. O que seu governo espera dessa negociação? Ghassan Nseir – Desde o início, as exigências da Síria são muito claras. Uma delas é que seja respeitada a vontade dos sírios e que o processo de negociações seja através do diálogo com os sírios. E que os que participem do diálogo sejam aqueles que não têm as mãos manchadas de sangue e nem pediram a interferência externa no país. Qualquer sírio honrado e que tenha amor à pátria está convidado a participar desse diálogo. O importante para nós é a unidade da Síria, a integridade territorial. Por que a tentativa de diálogo com a oposição, com a Rússia como palco, fracassou? Não é que não deu certo. Foi anunciado um documento com dez pontos, e o principal é o combate ao terrorismo e a não interferência nos assuntos internos da Síria por parte dos outros países. O problema é que temos várias oposições, umas ligadas à Arábia Saudita, outras à França, ao Reino Unido, ao Qatar, a Israel. Então é difícil negociar com oposições que não têm um interesse nacional. Esses países precisaram parar com esse apoio para que possamos sentar e negociar com os opositores sírios. Nós não aceitaremos diálogo com qualquer parte que tenha ligações com agendas externas. Esta é a primeira vez que o Irã é convidado para participar das conversas em Genebra para o fim da guerra. A inclusão de Teerã nas discussões pode ajudar? Do ponto de vista regional, o Irã tem um papel importante e vem ajudando o povo sírio, assim como os EUA ajudam outros países. Como podemos permitir a presença da Arábia Saudita, da Turquia, e não a do Irã? O Irã é uma potência regional importante e tem um papel importante naquela área. Há quem defenda que é preciso incluir nas conversas facções radicais como o EI e a frente Al Nusra. Nós queremos um Estado sírio democrático, civilizado, que respeite todos os componentes da sociedade síria. Nunca aceitaremos a participação desse pensamento impositivo e retrógrado que acha normal a degola e a crucificação de pessoas, a escravidão de mulheres, a destruição dos sítios históricos. Essa é a orientação que o EI e a Al Nusra querem implantar. Não vamos permitir que isso exista na nossa sociedade. Então a única solução para lidar com o EI é militar? A maioria dos membros desse grupo não é síria. E se eles ficarem na Síria, vão ser mortos. Ou então que voltem para os seus países para praticar lá o que estão praticando na Síria. Já o sírio que largar sua arma e voltar para os braços da sua pátria com certeza encontrará medidas de reinserção na nossa sociedade. Na última semana, os EUA realizaram, sem a autorização do seu governo, uma ação por terra na Síria para matar líderes do EI. Como seu governo avalia a atuação da coalizão? Em primeiro lugar, é ilegal pela Carta das Nações Unidas e pelo Direito Internacional que uma aliança militar invada um território sem ter a autorização do próprio país. [Mas] a partir do momento em que os EUA estão bombardeando alvos do EI e nós também estamos lutando contra o EI, isso acaba servindo aos nossos interesses também de combate ao terrorismo. Ao invés de bombardear e não ter o efeito desejado, eles deveriam fazer um acordo com o governo e o Exército da Síria, porque o nosso Exército já sabe como atuar para combater o terrorismo. Com um reforço desse, seria possível acabar com esses terroristas. O objetivo obscuro por trás dessa coalizão é justamente acabar com o Estado sírio e desestabilizar o país. Quem quer a verdade e quer combater o terrorismo tem que andar no caminho de Damasco. Então há interesse sírio em ações com os EUA? A Síria está disposta a cooperar com qualquer país que queira combater o terrorismo e respeite as resoluções do Conselho de Segurança. A responsabilidade de combater o terrorismo é internacional. Como é possível garantir que os ataques do governo contra o EI não atinjam também civis? Essa é uma das maiores preocupações do Exército sírio. Os militares começam sitiando o local e tentando tirar de lá o maior número de civis, para depois bombardear o local. Ao contrário do que se diz, o Exército sírio não apenas bombardeia. Há enfrentamentos por terra, uma série de outras operações que acontecem muito antes do bombardeio. Se as coisas estivessem mais bem definidas, para saber onde exatamente está o EI e a frente Al Nusra, aí sim as operações de bombardeio seriam mais frequentes e já teríamos libertado Aleppo e outras áreas. Infelizmente, em todo lugar onde há guerra sempre vão haver vítimas inocentes. Os EUA insistem que não há, no futuro político da Síria, papel para Bashar al-Assad. Como seu governo responde? Eles estão exigindo democracia e o presidente Bashar al-Assad foi eleito democraticamente pelo povo. O problema não é a presença de Assad, mas sim a posição dele em relação à causa palestina. Os EUA servem aos interesses de Israel, e se o presidente tivesse aceitado as exigências americanas na região, não estaria sofrendo tudo o que está sofrendo agora. O mais intrigante é que quando realizamos as eleições democráticas diretas, em junho de 2014, o Ocidente fechou todas as nossas embaixadas no exterior para impedir os cidadãos sírios de votarem porque sabiam que iam votar a favor do Assad. É isso que eles chamam de democracia? Como a Síria vê a abstenção do Brasil na votação da ONU em Genebra sobre violações de direitos humanos no país? Foi um passo positivo na posição brasileira. Agora ficou muito claro que existe [na Síria] o terrorismo e um Estado que combate o terrorismo. A resolução apresentada pelos britânicos é politizada e ignora o que os terroristas vêm fazendo na Síria. Ignora também todos os fatos apresentados pela Síria à Comissão de Direitos Humanos. Creio que o Brasil se absteve porque ela [a Comissão] ultrapassa seu mandato por não ter sido nem transparente nem objetiva. Nos relatórios recentes da comissão de inquérito da ONU sobre Síria, presidida pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, seu governo é acusado de prisões arbitrárias e tortura, entre outras violações. Como seu governo responde? Essa comissão deveria ser mais objetiva e ver os fatos como eles são. Não estamos dizendo que não há erros. Há erros isolados, não práticas sistemáticas. E todo mundo que cometeu esses erros terá que pagar. O fato é que o Estado está combatendo grupos terroristas armados munidos de armas pesadíssimas fornecidas por grandes potências. O que significa direitos humanos numa situação como essa, quando eles degolam pessoas, estupram mulheres e as escravizam? Só que a comissão reclama justamente de não ter autorização para entrar na Síria. Para exigir que eles façam um trabalho mais objetivo não seria ideal autorizar que eles entrassem no país? Quando a comissão levar em consideração os documentos -relatórios sobre massacres perpetrados por esses grupos terroristas- apresentados pelo governo da Síria, aí sim o governo da Síria pode levar em consideração um pedido de que ela entre no país. Mas enquanto preparar relatórios com conclusões precipitadas e não apresentar objetividade, não tem por que ser recebida lá.
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EUA deveriam cooperar com Damasco contra EI, diz embaixador sírioOs Estados Unidos deveriam fazer um acordo com o governo e o Exército sírios para combater a facção radical Estado Islâmico (EI) no país. A opinião é do embaixador sírio no Brasil, Ghassan Nseir, que afirma: "Nós também estamos lutando contra o EI e isso [ação da coalizão liderada pelos EUA] acaba servindo aos nossos interesses também". Em entrevista à Folha nesta terça (19) por telefone, porém, ele ressaltou: do jeito que a operação é conduzida hoje, sem o consentimento sírio, é "ilegal". Nseir critica a falta de "objetividade" da Comissão de Inquérito Independente da ONU sobre a Síria, presidida pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, que aponta violações de direitos humanos cometidos pelo regime sírio. "Não estamos dizendo que não há erros. Há erros isolados, não práticas sistemáticas. E todo mundo que cometeu esses erros terá que pagar", disse. Segundo a ONU, mais de 200 mil pessoas já haviam morrido no conflito sírio até o fim de 2014. Leia a entrevista abaixo. * FOLHA - A ONU iniciou uma terceira rodada de conversas para tentar acabar com a guerra na Síria. O que seu governo espera dessa negociação? Ghassan Nseir – Desde o início, as exigências da Síria são muito claras. Uma delas é que seja respeitada a vontade dos sírios e que o processo de negociações seja através do diálogo com os sírios. E que os que participem do diálogo sejam aqueles que não têm as mãos manchadas de sangue e nem pediram a interferência externa no país. Qualquer sírio honrado e que tenha amor à pátria está convidado a participar desse diálogo. O importante para nós é a unidade da Síria, a integridade territorial. Por que a tentativa de diálogo com a oposição, com a Rússia como palco, fracassou? Não é que não deu certo. Foi anunciado um documento com dez pontos, e o principal é o combate ao terrorismo e a não interferência nos assuntos internos da Síria por parte dos outros países. O problema é que temos várias oposições, umas ligadas à Arábia Saudita, outras à França, ao Reino Unido, ao Qatar, a Israel. Então é difícil negociar com oposições que não têm um interesse nacional. Esses países precisaram parar com esse apoio para que possamos sentar e negociar com os opositores sírios. Nós não aceitaremos diálogo com qualquer parte que tenha ligações com agendas externas. Esta é a primeira vez que o Irã é convidado para participar das conversas em Genebra para o fim da guerra. A inclusão de Teerã nas discussões pode ajudar? Do ponto de vista regional, o Irã tem um papel importante e vem ajudando o povo sírio, assim como os EUA ajudam outros países. Como podemos permitir a presença da Arábia Saudita, da Turquia, e não a do Irã? O Irã é uma potência regional importante e tem um papel importante naquela área. Há quem defenda que é preciso incluir nas conversas facções radicais como o EI e a frente Al Nusra. Nós queremos um Estado sírio democrático, civilizado, que respeite todos os componentes da sociedade síria. Nunca aceitaremos a participação desse pensamento impositivo e retrógrado que acha normal a degola e a crucificação de pessoas, a escravidão de mulheres, a destruição dos sítios históricos. Essa é a orientação que o EI e a Al Nusra querem implantar. Não vamos permitir que isso exista na nossa sociedade. Então a única solução para lidar com o EI é militar? A maioria dos membros desse grupo não é síria. E se eles ficarem na Síria, vão ser mortos. Ou então que voltem para os seus países para praticar lá o que estão praticando na Síria. Já o sírio que largar sua arma e voltar para os braços da sua pátria com certeza encontrará medidas de reinserção na nossa sociedade. Na última semana, os EUA realizaram, sem a autorização do seu governo, uma ação por terra na Síria para matar líderes do EI. Como seu governo avalia a atuação da coalizão? Em primeiro lugar, é ilegal pela Carta das Nações Unidas e pelo Direito Internacional que uma aliança militar invada um território sem ter a autorização do próprio país. [Mas] a partir do momento em que os EUA estão bombardeando alvos do EI e nós também estamos lutando contra o EI, isso acaba servindo aos nossos interesses também de combate ao terrorismo. Ao invés de bombardear e não ter o efeito desejado, eles deveriam fazer um acordo com o governo e o Exército da Síria, porque o nosso Exército já sabe como atuar para combater o terrorismo. Com um reforço desse, seria possível acabar com esses terroristas. O objetivo obscuro por trás dessa coalizão é justamente acabar com o Estado sírio e desestabilizar o país. Quem quer a verdade e quer combater o terrorismo tem que andar no caminho de Damasco. Então há interesse sírio em ações com os EUA? A Síria está disposta a cooperar com qualquer país que queira combater o terrorismo e respeite as resoluções do Conselho de Segurança. A responsabilidade de combater o terrorismo é internacional. Como é possível garantir que os ataques do governo contra o EI não atinjam também civis? Essa é uma das maiores preocupações do Exército sírio. Os militares começam sitiando o local e tentando tirar de lá o maior número de civis, para depois bombardear o local. Ao contrário do que se diz, o Exército sírio não apenas bombardeia. Há enfrentamentos por terra, uma série de outras operações que acontecem muito antes do bombardeio. Se as coisas estivessem mais bem definidas, para saber onde exatamente está o EI e a frente Al Nusra, aí sim as operações de bombardeio seriam mais frequentes e já teríamos libertado Aleppo e outras áreas. Infelizmente, em todo lugar onde há guerra sempre vão haver vítimas inocentes. Os EUA insistem que não há, no futuro político da Síria, papel para Bashar al-Assad. Como seu governo responde? Eles estão exigindo democracia e o presidente Bashar al-Assad foi eleito democraticamente pelo povo. O problema não é a presença de Assad, mas sim a posição dele em relação à causa palestina. Os EUA servem aos interesses de Israel, e se o presidente tivesse aceitado as exigências americanas na região, não estaria sofrendo tudo o que está sofrendo agora. O mais intrigante é que quando realizamos as eleições democráticas diretas, em junho de 2014, o Ocidente fechou todas as nossas embaixadas no exterior para impedir os cidadãos sírios de votarem porque sabiam que iam votar a favor do Assad. É isso que eles chamam de democracia? Como a Síria vê a abstenção do Brasil na votação da ONU em Genebra sobre violações de direitos humanos no país? Foi um passo positivo na posição brasileira. Agora ficou muito claro que existe [na Síria] o terrorismo e um Estado que combate o terrorismo. A resolução apresentada pelos britânicos é politizada e ignora o que os terroristas vêm fazendo na Síria. Ignora também todos os fatos apresentados pela Síria à Comissão de Direitos Humanos. Creio que o Brasil se absteve porque ela [a Comissão] ultrapassa seu mandato por não ter sido nem transparente nem objetiva. Nos relatórios recentes da comissão de inquérito da ONU sobre Síria, presidida pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, seu governo é acusado de prisões arbitrárias e tortura, entre outras violações. Como seu governo responde? Essa comissão deveria ser mais objetiva e ver os fatos como eles são. Não estamos dizendo que não há erros. Há erros isolados, não práticas sistemáticas. E todo mundo que cometeu esses erros terá que pagar. O fato é que o Estado está combatendo grupos terroristas armados munidos de armas pesadíssimas fornecidas por grandes potências. O que significa direitos humanos numa situação como essa, quando eles degolam pessoas, estupram mulheres e as escravizam? Só que a comissão reclama justamente de não ter autorização para entrar na Síria. Para exigir que eles façam um trabalho mais objetivo não seria ideal autorizar que eles entrassem no país? Quando a comissão levar em consideração os documentos -relatórios sobre massacres perpetrados por esses grupos terroristas- apresentados pelo governo da Síria, aí sim o governo da Síria pode levar em consideração um pedido de que ela entre no país. Mas enquanto preparar relatórios com conclusões precipitadas e não apresentar objetividade, não tem por que ser recebida lá.
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Autoridades suecas prendem segundo suspeito por conexão com ataque
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Autoridades suecas disseram que uma segunda pessoa foi presa suspeita de ter conexão com o atropelamento que que deixou quatro mortos e 15 feridos na sexta-feira (7), no centro de Estocolmo. O primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven, afirmou que o evento se tratou de um atentado terrorista. "Uma segunda pessoa está em prisão preventiva", afirmou a juíza Helga Hullman, do tribunal de Estocolmo, sem especificar quais eram os vínculos desta pessoa com o principal suspeito. O primeiro suspeito, um uzbeque de 39 anos, a Suécia havia tido seu visto de residência negado, informou neste domingo a polícia sueca, acrescentando que o suspeito demonstrava interesse por grupos extremistas. "Em dezembro de 2016, o Escritório de Migrações informou que ele tinha quatro semanas para deixar o país. Em fevereiro de 2017, a polícia recebeu a ordem para executar a decisão, porque ele já não estava localizável", informou o chefe da polícia nacional, Jonas Hysing, durante uma coletiva de imprensa, sem acrescentar mais detalhes. MANIFESTAÇÃO Milhares de suecos foram às ruas neste domingo perto do local do atentado que deixou quatro mortos na sexta-feira (7) no centro de Estocolmo, cujas circunstâncias continuam sendo investigadas pela polícia. Os habitantes da capital sueca, abalados pelo ataque, convocaram no Facebook uma "manifestação pelo amor" perto do local do incidente. O ataque ainda está cercado de incógnitas. Se desconhecem, por exemplo, quais foram os motivos de seu autor, assim como sua trajetória e as circunstâncias que o levaram à Suécia. Na cabine do caminhão, os policiais encontraram no sábado (8) um artefato suspeito. "Até o momento não podemos dizer se é uma bomba ou um dispositivo inflamável", declarou o diretor da polícia sueca, Dan Eliasson. PAÍS DE LUTO Os mortos no atentado são dois suecos, um britânico e um belga, informou neste domingo a polícia sueca. Entre os 15 feridos, 10 pessoas –nove adultos e uma criança– seguem hospitalizadas, incluindo quatro em estado grave, segundo as autoridades de saúde. O atentado abalou o país nórdico, que costuma se orgulhar de sua abertura e tolerância. No sábado (8), centenas de pessoas se reuniram perto das barreiras de segurança, próximo ao local do incidente, onde depositaram flores. "Talvez seja possível tirar algo bom disso", declarou à AFP Inger Mörstedt, uma sueca de 75 anos, que espera que seus cidadãos se tornem "ainda mais abertos e agradáveis". As bandeiras ondeavam neste fim de semana a meio mastro nos edifícios públicos. E nesta segunda (10) ao meio-dia (7h, pelo horário de Brasília) será realizada uma cerimônia em homenagem às vítimas, anunciou o primeiro-ministro, Stefan Lofven, que depositou flores em frente à loja onde o caminhão terminou seu ataque. A Suécia só havia sofrido outro atentado até a data. Foi em dezembro de 2010, quando um suicida detonou seus explosivos na mesma rua de pedestres, ferindo levemente várias pessoas. Na vizinha Noruega, a polícia deteve neste sábado um indivíduo após desativar um artefato suspeito "parecido com uma bomba".
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Autoridades suecas prendem segundo suspeito por conexão com ataqueAutoridades suecas disseram que uma segunda pessoa foi presa suspeita de ter conexão com o atropelamento que que deixou quatro mortos e 15 feridos na sexta-feira (7), no centro de Estocolmo. O primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven, afirmou que o evento se tratou de um atentado terrorista. "Uma segunda pessoa está em prisão preventiva", afirmou a juíza Helga Hullman, do tribunal de Estocolmo, sem especificar quais eram os vínculos desta pessoa com o principal suspeito. O primeiro suspeito, um uzbeque de 39 anos, a Suécia havia tido seu visto de residência negado, informou neste domingo a polícia sueca, acrescentando que o suspeito demonstrava interesse por grupos extremistas. "Em dezembro de 2016, o Escritório de Migrações informou que ele tinha quatro semanas para deixar o país. Em fevereiro de 2017, a polícia recebeu a ordem para executar a decisão, porque ele já não estava localizável", informou o chefe da polícia nacional, Jonas Hysing, durante uma coletiva de imprensa, sem acrescentar mais detalhes. MANIFESTAÇÃO Milhares de suecos foram às ruas neste domingo perto do local do atentado que deixou quatro mortos na sexta-feira (7) no centro de Estocolmo, cujas circunstâncias continuam sendo investigadas pela polícia. Os habitantes da capital sueca, abalados pelo ataque, convocaram no Facebook uma "manifestação pelo amor" perto do local do incidente. O ataque ainda está cercado de incógnitas. Se desconhecem, por exemplo, quais foram os motivos de seu autor, assim como sua trajetória e as circunstâncias que o levaram à Suécia. Na cabine do caminhão, os policiais encontraram no sábado (8) um artefato suspeito. "Até o momento não podemos dizer se é uma bomba ou um dispositivo inflamável", declarou o diretor da polícia sueca, Dan Eliasson. PAÍS DE LUTO Os mortos no atentado são dois suecos, um britânico e um belga, informou neste domingo a polícia sueca. Entre os 15 feridos, 10 pessoas –nove adultos e uma criança– seguem hospitalizadas, incluindo quatro em estado grave, segundo as autoridades de saúde. O atentado abalou o país nórdico, que costuma se orgulhar de sua abertura e tolerância. No sábado (8), centenas de pessoas se reuniram perto das barreiras de segurança, próximo ao local do incidente, onde depositaram flores. "Talvez seja possível tirar algo bom disso", declarou à AFP Inger Mörstedt, uma sueca de 75 anos, que espera que seus cidadãos se tornem "ainda mais abertos e agradáveis". As bandeiras ondeavam neste fim de semana a meio mastro nos edifícios públicos. E nesta segunda (10) ao meio-dia (7h, pelo horário de Brasília) será realizada uma cerimônia em homenagem às vítimas, anunciou o primeiro-ministro, Stefan Lofven, que depositou flores em frente à loja onde o caminhão terminou seu ataque. A Suécia só havia sofrido outro atentado até a data. Foi em dezembro de 2010, quando um suicida detonou seus explosivos na mesma rua de pedestres, ferindo levemente várias pessoas. Na vizinha Noruega, a polícia deteve neste sábado um indivíduo após desativar um artefato suspeito "parecido com uma bomba".
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Inácio Araujo: "Whiplash" ou o mundo da competição
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Ainda não entendi se "Whiplash" capta ou se referenda um mal-estar contemporâneo que diz respeito a uma competitividade extrema, que já me parecia doentia quando restrita à área esportiva (doentia quando não mortal). Lá temos um jovem baterista de ... Leia post completo no blog
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ilustrada
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Inácio Araujo: "Whiplash" ou o mundo da competiçãoAinda não entendi se "Whiplash" capta ou se referenda um mal-estar contemporâneo que diz respeito a uma competitividade extrema, que já me parecia doentia quando restrita à área esportiva (doentia quando não mortal). Lá temos um jovem baterista de ... Leia post completo no blog
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Chefe do GSI nomeado por Temer é de ala que vê MST com preocupação
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Nomeado ministro-chefe do ressurrecto GSI (Gabinete de Segurança Institucional) pelo presidente interino Michel Temer, o general Sérgio Etchegoyen, 64, faz parte de uma ala do Exército que vê com preocupação as manifestações do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e de outros grupos. Etchegoyen é o estrategista responsável pelo Plano de Defesa Nacional e sob seu comando está a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que será usada para cumprir a missão que o general recebeu: monitorar os movimentos de esquerda. À Folha, por e-mail, ele afirmou que, até o momento, não distribuiu nenhuma diretriz à Abin sobre esses grupos. Em junho de 2015, em palestra para a sociedade israelita de Porto Alegre (RS), o militar relatou como generais viam o tema: "Não regulamos ainda o crime de terrorismo no país para não atingir os movimentos sociais. É preciso cuidar da preservação da coesão social e olhar aqueles que saem da legitimidade." Militares ouvidos pela Folha afirmam que, sob seu comando, o GSI fará um intenso levantamento de movimentos de esquerda, para evitar que o governo seja surpreendido como nas manifestações de junho de 2013. MODELO DE CONVÍVIO Nascido em Cruz Alta (RS) –onde conheceu o atual chefe do Exército, Eduardo Villas Bôas–, Sérgio Etchegoyen vem de uma família que está há 99 anos no Exército: são três gerações de generais. Seu avô Alcides Gonçalves foi chefe da polícia do Distrito Federal durante o Estado Novo (1937-1945), substituindo Filinto Müller. Seu pai, Leo Guedes, protegeu e fez elogios à atuação do DOI-Codi paulista durante a ditadura militar (1964-1985). Seu tio Cyro Etchegoyen foi chefe do CIE (Centro de Informações do Exército) durante a ditadura e, segundo testemunhas disseram à Comissão Nacional da Verdade, era um dos responsáveis pelo funcionamento do centro de tortura conhecido como "Casa da Morte", em Petrópolis (RJ). Formado em administração pela Universidade da Amazônia, estudou também na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ), entre 1971 e 1974. Como capitão, Etchegoyen chegou a ser preso pelo general Newton Cruz, chefe do SNI, em 1983, por ter defendido a decisão de seu pai de depor em uma CPI sobre a dívida externa –Cruz era contrário que militares se apresentassem para depor a civis. No início da década de 90, o general serviu em El Salvador como chefe de uma missão das Nações Unidas. Depois, foi comandante da Escola de Aperfeiçoamento dos Sargentos das Armas. Após chefiar a Comissão do Exército Brasileiro em Washington (EUA), entre 2001 e 2003, foi assessor do então ministro da Defesa, Nelson Jobim –apontado como um dos fiadores de sua escolha para o GSI. Em 2014, como chefe do Departamento de Pessoal do Exército, classificou como "leviano" o relatório final da Comissão Nacional da Verdade. O documento trazia os nomes de seu pai e de seu tio entre os 377 agentes do Estado que atuaram a favor da tortura. Etchegoyen foi o único militar da ativa a se manifestar sobre o relatório –numa carta que, segundo ele, expressava a opinião da família. O general é conhecido entre colegas de farda por suas posições claras sobre a Amazônia e os países bolivarianos. "O bolivarianismo só dá certo na Venezuela pelo baixo nível de suas Forças Armadas", já afirmou. "No Brasil, criamos um modelo de convívio entre Forças Armadas, o governo e a sociedade. As Forças Armadas não oferecem ameaça à sociedade e assim vão continuar."
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poder
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Chefe do GSI nomeado por Temer é de ala que vê MST com preocupaçãoNomeado ministro-chefe do ressurrecto GSI (Gabinete de Segurança Institucional) pelo presidente interino Michel Temer, o general Sérgio Etchegoyen, 64, faz parte de uma ala do Exército que vê com preocupação as manifestações do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e de outros grupos. Etchegoyen é o estrategista responsável pelo Plano de Defesa Nacional e sob seu comando está a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que será usada para cumprir a missão que o general recebeu: monitorar os movimentos de esquerda. À Folha, por e-mail, ele afirmou que, até o momento, não distribuiu nenhuma diretriz à Abin sobre esses grupos. Em junho de 2015, em palestra para a sociedade israelita de Porto Alegre (RS), o militar relatou como generais viam o tema: "Não regulamos ainda o crime de terrorismo no país para não atingir os movimentos sociais. É preciso cuidar da preservação da coesão social e olhar aqueles que saem da legitimidade." Militares ouvidos pela Folha afirmam que, sob seu comando, o GSI fará um intenso levantamento de movimentos de esquerda, para evitar que o governo seja surpreendido como nas manifestações de junho de 2013. MODELO DE CONVÍVIO Nascido em Cruz Alta (RS) –onde conheceu o atual chefe do Exército, Eduardo Villas Bôas–, Sérgio Etchegoyen vem de uma família que está há 99 anos no Exército: são três gerações de generais. Seu avô Alcides Gonçalves foi chefe da polícia do Distrito Federal durante o Estado Novo (1937-1945), substituindo Filinto Müller. Seu pai, Leo Guedes, protegeu e fez elogios à atuação do DOI-Codi paulista durante a ditadura militar (1964-1985). Seu tio Cyro Etchegoyen foi chefe do CIE (Centro de Informações do Exército) durante a ditadura e, segundo testemunhas disseram à Comissão Nacional da Verdade, era um dos responsáveis pelo funcionamento do centro de tortura conhecido como "Casa da Morte", em Petrópolis (RJ). Formado em administração pela Universidade da Amazônia, estudou também na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ), entre 1971 e 1974. Como capitão, Etchegoyen chegou a ser preso pelo general Newton Cruz, chefe do SNI, em 1983, por ter defendido a decisão de seu pai de depor em uma CPI sobre a dívida externa –Cruz era contrário que militares se apresentassem para depor a civis. No início da década de 90, o general serviu em El Salvador como chefe de uma missão das Nações Unidas. Depois, foi comandante da Escola de Aperfeiçoamento dos Sargentos das Armas. Após chefiar a Comissão do Exército Brasileiro em Washington (EUA), entre 2001 e 2003, foi assessor do então ministro da Defesa, Nelson Jobim –apontado como um dos fiadores de sua escolha para o GSI. Em 2014, como chefe do Departamento de Pessoal do Exército, classificou como "leviano" o relatório final da Comissão Nacional da Verdade. O documento trazia os nomes de seu pai e de seu tio entre os 377 agentes do Estado que atuaram a favor da tortura. Etchegoyen foi o único militar da ativa a se manifestar sobre o relatório –numa carta que, segundo ele, expressava a opinião da família. O general é conhecido entre colegas de farda por suas posições claras sobre a Amazônia e os países bolivarianos. "O bolivarianismo só dá certo na Venezuela pelo baixo nível de suas Forças Armadas", já afirmou. "No Brasil, criamos um modelo de convívio entre Forças Armadas, o governo e a sociedade. As Forças Armadas não oferecem ameaça à sociedade e assim vão continuar."
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Um ano depois, lama 'esquecida' de Mariana ameaça agravar tragédia
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O rompimento da barragem de Fundão, em 5 de novembro passado, foi apenas o ponto de partida da maior tragédia ambiental do Brasil. Quase um ano após 40 bilhões de litros de lama matarem 19 pessoas e se espalharem por 650 km, o rejeito de minério não removido pela mineradora Samarco pode agravar o desastre. O período chuvoso, que já começou e vai até março pelo menos, traz o risco de que a lama derramada pela empresa volte a poluir os rios, mate peixes e fauna marinha, corte abastecimento de água e prejudique a população ribeirinha, de Mariana, em Minas Gerais, ao litoral do Espírito Santo. Entre os dias 6 e 17 de outubro, a Folha viajou por toda a região impactada, entre Mariana (MG) e Linhares (ES), e à cidade espírito-santense de Anchieta, para onde a Samarco escoava a produção. No caminho, encontrou atingidos que ainda não conseguiram retomar as suas vidas normalmente e municípios que tiveram a receita devastada pela ruptura. Leia o especial completo em folha.com/umanodelama Um ano de Lama
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Um ano depois, lama 'esquecida' de Mariana ameaça agravar tragédiaO rompimento da barragem de Fundão, em 5 de novembro passado, foi apenas o ponto de partida da maior tragédia ambiental do Brasil. Quase um ano após 40 bilhões de litros de lama matarem 19 pessoas e se espalharem por 650 km, o rejeito de minério não removido pela mineradora Samarco pode agravar o desastre. O período chuvoso, que já começou e vai até março pelo menos, traz o risco de que a lama derramada pela empresa volte a poluir os rios, mate peixes e fauna marinha, corte abastecimento de água e prejudique a população ribeirinha, de Mariana, em Minas Gerais, ao litoral do Espírito Santo. Entre os dias 6 e 17 de outubro, a Folha viajou por toda a região impactada, entre Mariana (MG) e Linhares (ES), e à cidade espírito-santense de Anchieta, para onde a Samarco escoava a produção. No caminho, encontrou atingidos que ainda não conseguiram retomar as suas vidas normalmente e municípios que tiveram a receita devastada pela ruptura. Leia o especial completo em folha.com/umanodelama Um ano de Lama
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Folhainvest responde: Como invisto R$ 200 por mês durante 20 anos?
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A pergunta foi enviada pelo leitor R.G., de Ilha Solteira (SP). RESPOSTA DE MICHAEL VIRIATO, PROFESSOR DO INSPER E CERTIFIED FINANCIAL PLANNER - Para criar um plano de investimento, é preciso estabelecer quatro passos principais: definir o perfil de aplicação, montar uma estratégia, escolher produtos adequados para ela e reavaliá-la constantemente, assim como o cenário econômico. No início da construção do portfólio de investimento, como o montante ainda é pequeno, a tarefa de diversificar não é simples. Para a aposentadoria, produtos de previdência do tipo VGBL atendem bem à necessidade inicial de diversificação. Há produtos a partir de R$ 100 ao mês. Além disso, os VGBLs têm duas vantagens fiscais. Não há o IR semestral, chamado "come-cota", e a alíquota pode ser reduzida para até 10% após dez anos. A escolha do plano precisa ser criteriosa. O investidor deve evitar produtos que cobrem taxa de carregamento e avaliar com cuidado aqueles com taxas de administração superiores a 1,5% ao ano. Alternativamente aos produtos de previdência, o investidor pode criar uma carteira de longo prazo comprando títulos públicos federais referenciados à inflação. Esses títulos podem ser adquiridos mensalmente por meio de uma corretora na plataforma do Tesouro Direto. Nesse caso, é preciso atentar para a taxa cobrada pela corretora.
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mercado
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Folhainvest responde: Como invisto R$ 200 por mês durante 20 anos?A pergunta foi enviada pelo leitor R.G., de Ilha Solteira (SP). RESPOSTA DE MICHAEL VIRIATO, PROFESSOR DO INSPER E CERTIFIED FINANCIAL PLANNER - Para criar um plano de investimento, é preciso estabelecer quatro passos principais: definir o perfil de aplicação, montar uma estratégia, escolher produtos adequados para ela e reavaliá-la constantemente, assim como o cenário econômico. No início da construção do portfólio de investimento, como o montante ainda é pequeno, a tarefa de diversificar não é simples. Para a aposentadoria, produtos de previdência do tipo VGBL atendem bem à necessidade inicial de diversificação. Há produtos a partir de R$ 100 ao mês. Além disso, os VGBLs têm duas vantagens fiscais. Não há o IR semestral, chamado "come-cota", e a alíquota pode ser reduzida para até 10% após dez anos. A escolha do plano precisa ser criteriosa. O investidor deve evitar produtos que cobrem taxa de carregamento e avaliar com cuidado aqueles com taxas de administração superiores a 1,5% ao ano. Alternativamente aos produtos de previdência, o investidor pode criar uma carteira de longo prazo comprando títulos públicos federais referenciados à inflação. Esses títulos podem ser adquiridos mensalmente por meio de uma corretora na plataforma do Tesouro Direto. Nesse caso, é preciso atentar para a taxa cobrada pela corretora.
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Pesquisa da Netflix sobre séries omite como chegou a resultados
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A Netflix sabe seus segredos televisivos. Você diz para os amigos que gosta do drama político da vez, mas chega em casa e se acaba vendo séries de besteirol, ou repete pela 13ª vez temporadas antigas. A plataforma de vídeo on-line tem acesso ao que seus 60 milhões de clientes ao redor do globo assistem, o quanto assistem e quando param de assistir. De acordo com o site de tecnologia americano GigaOm, a tecla play é apertada 30 milhões de vezes por dia no serviço. E agora a empresa está começando a compartilhar um pouco dos dados que amealhou. Nesta semana, foi divulgada pela primeira vez uma pesquisa feita a partir de dados de usuários de 16 países, dentre eles o Brasil. Os números que a Netflix enviou à imprensa visavam mostrar qual era o capítulo em que espectador "se viciava" em uma série. O critério usado foi encontrar o episódio depois do qual 70% dos espectadores seguiriam vendo a temporada até o fim. Mas parte do método da pesquisa foi omitido. Não vieram a público informações relevantes, como o número de pessoas analisadas para cada uma das 25 séries escolhidas. "Nosso universo amostral foram todos os clientes", diz Ted Sarandos, chefe de aquisição de conteúdo do Netflix. Mas nem todos os clientes estão vendo todas as séries. Quantos brasileiros, por exemplo, assistiram a "How I Met Your Mother" entre janeiro e julho de 2015, o período analisado? "Não divulgamos esse tipo de informação", diz Sarandos. "Uma pesquisa, mesmo não científica, que solta um dado sem a amostra não está dizendo o que estudou exatamente", diz o estatístico Marco Silva, pesquisador da USP. A empresa tampouco respondeu qual foi o percentual de espectadores que desistiram das séries antes de chegar ao "capítulo-gancho". "Uma pessoa pode começar a assistir a uma série hoje, parar e voltar daqui a semanas", diz Sarandos, seguindo a linha da política da empresa de guardar informações dos clientes como inteligência de mercado. Depois de não responder objetivamente às perguntas sobre o método usado para a obtenção dos dados, ele falou sobre peculiaridades dos resultados obtidos no país. Segundo a pesquisa, brasileiros se viciam, em média, após 4,1 episódios. Em comparação, americanos levam 3,8. #Vício - Números de episódios vistos antes de o público ser fisgado por uma série Para ele, o fato de o público brasileiro demorar um ou dois capítulos a mais que a média mundial para se comprometer a ver uma série até o fim tem origem no maior produto cultural da TV local. "As novelas são mais longas. O brasileiro pode estar acostumado a esperar mais para se comprometer", diz. A plataforma garante que as informações não serão usadas como uma equação para criar novas atrações: "É só uma observação de como os hábitos do espectador mudaram com a plataforma 'on demand'", diz Sarandos. MÁQUINAS X CRIADORES Para Marta Kauffman, uma das criadoras de "Friends", a pesquisa não fez diferença. "Não estava querendo informações. Só sabia que as pessoas estavam assistindo", diz ela, que atualmente trabalha em "Grace and Frankie". A Folha comenta que há no mercado o rumor de que a Netflix nem leu o roteiro de "House of Cards", seu maior sucesso, antes de dar OK ao projeto –os executivos teriam cruzado as informações de mote, elenco e diretor com interesses demonstrados pelo público e previsto a vitória. Uma funcionária de relações públicas da Netflix aparece no telefonema. Diz que não foi o caso e que citar isso numa matéria levaria os leitores "pelo caminho errado". Kauffman responde: "Não tinha ouvido essa história, mas minhas séries não foram criadas assim". Segundo ela, a empresa não teve nenhuma ingerência na sua ideia. "No fim, coleção de dados são números, não é criação. O que conta é criação."
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ilustrada
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Pesquisa da Netflix sobre séries omite como chegou a resultadosA Netflix sabe seus segredos televisivos. Você diz para os amigos que gosta do drama político da vez, mas chega em casa e se acaba vendo séries de besteirol, ou repete pela 13ª vez temporadas antigas. A plataforma de vídeo on-line tem acesso ao que seus 60 milhões de clientes ao redor do globo assistem, o quanto assistem e quando param de assistir. De acordo com o site de tecnologia americano GigaOm, a tecla play é apertada 30 milhões de vezes por dia no serviço. E agora a empresa está começando a compartilhar um pouco dos dados que amealhou. Nesta semana, foi divulgada pela primeira vez uma pesquisa feita a partir de dados de usuários de 16 países, dentre eles o Brasil. Os números que a Netflix enviou à imprensa visavam mostrar qual era o capítulo em que espectador "se viciava" em uma série. O critério usado foi encontrar o episódio depois do qual 70% dos espectadores seguiriam vendo a temporada até o fim. Mas parte do método da pesquisa foi omitido. Não vieram a público informações relevantes, como o número de pessoas analisadas para cada uma das 25 séries escolhidas. "Nosso universo amostral foram todos os clientes", diz Ted Sarandos, chefe de aquisição de conteúdo do Netflix. Mas nem todos os clientes estão vendo todas as séries. Quantos brasileiros, por exemplo, assistiram a "How I Met Your Mother" entre janeiro e julho de 2015, o período analisado? "Não divulgamos esse tipo de informação", diz Sarandos. "Uma pesquisa, mesmo não científica, que solta um dado sem a amostra não está dizendo o que estudou exatamente", diz o estatístico Marco Silva, pesquisador da USP. A empresa tampouco respondeu qual foi o percentual de espectadores que desistiram das séries antes de chegar ao "capítulo-gancho". "Uma pessoa pode começar a assistir a uma série hoje, parar e voltar daqui a semanas", diz Sarandos, seguindo a linha da política da empresa de guardar informações dos clientes como inteligência de mercado. Depois de não responder objetivamente às perguntas sobre o método usado para a obtenção dos dados, ele falou sobre peculiaridades dos resultados obtidos no país. Segundo a pesquisa, brasileiros se viciam, em média, após 4,1 episódios. Em comparação, americanos levam 3,8. #Vício - Números de episódios vistos antes de o público ser fisgado por uma série Para ele, o fato de o público brasileiro demorar um ou dois capítulos a mais que a média mundial para se comprometer a ver uma série até o fim tem origem no maior produto cultural da TV local. "As novelas são mais longas. O brasileiro pode estar acostumado a esperar mais para se comprometer", diz. A plataforma garante que as informações não serão usadas como uma equação para criar novas atrações: "É só uma observação de como os hábitos do espectador mudaram com a plataforma 'on demand'", diz Sarandos. MÁQUINAS X CRIADORES Para Marta Kauffman, uma das criadoras de "Friends", a pesquisa não fez diferença. "Não estava querendo informações. Só sabia que as pessoas estavam assistindo", diz ela, que atualmente trabalha em "Grace and Frankie". A Folha comenta que há no mercado o rumor de que a Netflix nem leu o roteiro de "House of Cards", seu maior sucesso, antes de dar OK ao projeto –os executivos teriam cruzado as informações de mote, elenco e diretor com interesses demonstrados pelo público e previsto a vitória. Uma funcionária de relações públicas da Netflix aparece no telefonema. Diz que não foi o caso e que citar isso numa matéria levaria os leitores "pelo caminho errado". Kauffman responde: "Não tinha ouvido essa história, mas minhas séries não foram criadas assim". Segundo ela, a empresa não teve nenhuma ingerência na sua ideia. "No fim, coleção de dados são números, não é criação. O que conta é criação."
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Elize é condenada a quase 20 anos de prisão pela morte do marido
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A bacharel em direito e ex-garota de programa Elize Matsunaga, 35, foi condenada na madrugada desta segunda (5) a 19 anos e 11 meses de prisão pela morte e esquartejamento do marido, o empresário Marcos Matsunaga, em maio de 2012, um dos crimes mais emblemáticos de São Paulo. Foram sete sessões de julgamento em um dos júris mais longos do judiciário paulista, superando até mesmo outros casos midiáticos como o Nardoni, em 2010, que durou cinco dias. O crime foi considerado hediondo porque, segundo entenderam os jurados, ela utilizou meio que impossibilitou a defesa da vítima. Isso impediu que a agora condenada saísse do fórum da Barra Funda de São Paulo (zona oeste) com a possibilidade de deixar a prisão nos próximos dias. Isso poderia acontecer se o crime tivesse considerado um homicídio intencional simples, com pena mínima de seis anos (e máximo de 20) e possibilidade de progressão após o cumprimento de um sexto da pena. Como Elize já está presa há mais quatro anos, tem, assim, tempo suficiente para pedir o benefício. Veja Considerado hediondo, a progressão só pode ser requisitada após dois quintos da pena, porque não tem outros antecedentes criminais e tem bom comportamento na prisão onde está, em Tremembé (no interior do Estado). O hediondo tem pena mínima de 12 anos e tempo máximo de prisão de 30 anos. Dessa condenação, um ano e dois meses foram pela destruição e ocultação do cadáver. Crime que tanto a acusação quanto a defesa pediram a condenação. Sobre as outras qualificadoras, os jurados entenderam que ela não utilizou meio cruel para cometer o crime e não foi motivado por motivo torpe, como queria a acusação. Todos os placares, segundo os advogados, foram apertados: sempre 4 a 3 para a tese vencedora. Pesou na decisão dos jurados os argumentos do promotor José Carlos Cosenzo de que uma condenação por homicídio simples seria muito benéfica a ré. "Se vocês condenarem pelo homicídio estarão a absolvendo. Ela sairá daqui do fórum na frente dos senhores", disse ele aos jurados. "Todo o Brasil está aguardando a decisão de vocês", disse o promotor. Depois da decisão dos jurados, ele disse que vai analisar se vai recorrer. "Não ficamos satisfeitos", disse que queria uma condenação de ao menos 25 anos. A defesa disse que vai recorrer porque, segundo eles, a pena aplicada pelo juiz Adilson Simoni foi excessivamente, ao contrário do desejo dos jurados. "Ganhamos, mas não levamos. Essa é a sensação", disse Luciano Santoro, um dos defensores. Os debates entre defesa e acusação foram marcados pelas trocas de farpas entre Cosenzo e a advogada Roselle Soglio. O promotor chegou a chamá-la de louca, que pediria a interdição dela, enquanto a defensora de Elize respondeu chamando de machistas e que fazia muitos gracejos, para as pessoas rirem, a exemplo de um palhaço. O julgamento foi marcado em seu último dia pelo interrogatório da ré que, em cerca de quatro horas, contou como matou o marido e por que o esquartejou. Alegou a bacharel de direito que não tinha a intenção de matar o marido, mas, após discutir com ele sobre a descoberta da amante, acabou sendo humilhada e levando um tapa no rosto. Disse que decidiu esquartejar o marido ao tentar se livrar do corpo. "Infelizmente, a única forma que encontrei foi cortá-lo", disse. "Eu não podia ligar para minha sogra, pessoa que sempre me tratou com respeito: eu dei um tiro no filho", disse ela. Elize chorou muito ao recontar detalhes do crime e ao falar de sua família. A disposição dos jurados com a ré pôde ser medida ainda na tarde de domingo (4) quando um deles ao perguntar, por meio do juiz, baseada no depoimento dela. "A senhora disse que está sendo crucificada [por falar da distância do tiro]. Mas será que seu marido merecia ser esquartejado?", disse. "Nem ele nem ninguém", respondeu ela. "Infelizmente, eu não posso voltar no tempo. Se pudesse, voltaria", completou em outra questão. DEPOIMENTOS Dezesseis testemunhas foram ouvidas, tanto da defesa quanto da acusação. O julgamento teve início na segunda-feira (28 de novembro). E terminou na madrugada desta segunda (5). Um dos depoimentos mais importantes para o convencimento dos jurados sobre o meio que impossibilitou a defesa da vítima foi o depoimento do delegado Mauro Gomes Dias, então do DHPP, que, para ele, Elize atirou no marido tão logo ele deixou o elevador carregando uma caixa de pizza. Nem mesmo o argumento da defesa de haver um espelho na frente do elevador, informação apresentada nos debates, conseguiu demover a certeza do jurado sobre a tocaia. A maioria dos jurados entendeu que Elize não esquartejou o marido ainda em vida, como queria a Promotoria. A assassina confessa disse em seu interrogatório que começou a cortar partes do corpo do marido pela manhã de domingo, dia 20 de maio, cerca de 10 horas após atirar contra sua cabeça. Na tarde de domingo (4) voltou a afirmar que fez isso logo após a chegada da babá, por volta das 6h. Pesou nessa decisão o depoimento do perito e legista Sami El Jundi, ocorrido na sexta (2), que disse que a morte de Marcos foi instantânea e, assim, não houve sofrimento -um dos pressupostos do motivo cruel. "Ele morreu com o tiro", disse. A terceira qualificadora apontada pela Promotoria era a motivação por motivo torpe, um crime considerado repugnante. O Ministério Público sustentou que Elize matou o marido por causa do dinheiro e por vingança por conta da descoberta da amante. Isso, para o jurados, não ficou provado. deu detalhes do esquartejamento confessou o crime julgamento
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cotidiano
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Elize é condenada a quase 20 anos de prisão pela morte do maridoA bacharel em direito e ex-garota de programa Elize Matsunaga, 35, foi condenada na madrugada desta segunda (5) a 19 anos e 11 meses de prisão pela morte e esquartejamento do marido, o empresário Marcos Matsunaga, em maio de 2012, um dos crimes mais emblemáticos de São Paulo. Foram sete sessões de julgamento em um dos júris mais longos do judiciário paulista, superando até mesmo outros casos midiáticos como o Nardoni, em 2010, que durou cinco dias. O crime foi considerado hediondo porque, segundo entenderam os jurados, ela utilizou meio que impossibilitou a defesa da vítima. Isso impediu que a agora condenada saísse do fórum da Barra Funda de São Paulo (zona oeste) com a possibilidade de deixar a prisão nos próximos dias. Isso poderia acontecer se o crime tivesse considerado um homicídio intencional simples, com pena mínima de seis anos (e máximo de 20) e possibilidade de progressão após o cumprimento de um sexto da pena. Como Elize já está presa há mais quatro anos, tem, assim, tempo suficiente para pedir o benefício. Veja Considerado hediondo, a progressão só pode ser requisitada após dois quintos da pena, porque não tem outros antecedentes criminais e tem bom comportamento na prisão onde está, em Tremembé (no interior do Estado). O hediondo tem pena mínima de 12 anos e tempo máximo de prisão de 30 anos. Dessa condenação, um ano e dois meses foram pela destruição e ocultação do cadáver. Crime que tanto a acusação quanto a defesa pediram a condenação. Sobre as outras qualificadoras, os jurados entenderam que ela não utilizou meio cruel para cometer o crime e não foi motivado por motivo torpe, como queria a acusação. Todos os placares, segundo os advogados, foram apertados: sempre 4 a 3 para a tese vencedora. Pesou na decisão dos jurados os argumentos do promotor José Carlos Cosenzo de que uma condenação por homicídio simples seria muito benéfica a ré. "Se vocês condenarem pelo homicídio estarão a absolvendo. Ela sairá daqui do fórum na frente dos senhores", disse ele aos jurados. "Todo o Brasil está aguardando a decisão de vocês", disse o promotor. Depois da decisão dos jurados, ele disse que vai analisar se vai recorrer. "Não ficamos satisfeitos", disse que queria uma condenação de ao menos 25 anos. A defesa disse que vai recorrer porque, segundo eles, a pena aplicada pelo juiz Adilson Simoni foi excessivamente, ao contrário do desejo dos jurados. "Ganhamos, mas não levamos. Essa é a sensação", disse Luciano Santoro, um dos defensores. Os debates entre defesa e acusação foram marcados pelas trocas de farpas entre Cosenzo e a advogada Roselle Soglio. O promotor chegou a chamá-la de louca, que pediria a interdição dela, enquanto a defensora de Elize respondeu chamando de machistas e que fazia muitos gracejos, para as pessoas rirem, a exemplo de um palhaço. O julgamento foi marcado em seu último dia pelo interrogatório da ré que, em cerca de quatro horas, contou como matou o marido e por que o esquartejou. Alegou a bacharel de direito que não tinha a intenção de matar o marido, mas, após discutir com ele sobre a descoberta da amante, acabou sendo humilhada e levando um tapa no rosto. Disse que decidiu esquartejar o marido ao tentar se livrar do corpo. "Infelizmente, a única forma que encontrei foi cortá-lo", disse. "Eu não podia ligar para minha sogra, pessoa que sempre me tratou com respeito: eu dei um tiro no filho", disse ela. Elize chorou muito ao recontar detalhes do crime e ao falar de sua família. A disposição dos jurados com a ré pôde ser medida ainda na tarde de domingo (4) quando um deles ao perguntar, por meio do juiz, baseada no depoimento dela. "A senhora disse que está sendo crucificada [por falar da distância do tiro]. Mas será que seu marido merecia ser esquartejado?", disse. "Nem ele nem ninguém", respondeu ela. "Infelizmente, eu não posso voltar no tempo. Se pudesse, voltaria", completou em outra questão. DEPOIMENTOS Dezesseis testemunhas foram ouvidas, tanto da defesa quanto da acusação. O julgamento teve início na segunda-feira (28 de novembro). E terminou na madrugada desta segunda (5). Um dos depoimentos mais importantes para o convencimento dos jurados sobre o meio que impossibilitou a defesa da vítima foi o depoimento do delegado Mauro Gomes Dias, então do DHPP, que, para ele, Elize atirou no marido tão logo ele deixou o elevador carregando uma caixa de pizza. Nem mesmo o argumento da defesa de haver um espelho na frente do elevador, informação apresentada nos debates, conseguiu demover a certeza do jurado sobre a tocaia. A maioria dos jurados entendeu que Elize não esquartejou o marido ainda em vida, como queria a Promotoria. A assassina confessa disse em seu interrogatório que começou a cortar partes do corpo do marido pela manhã de domingo, dia 20 de maio, cerca de 10 horas após atirar contra sua cabeça. Na tarde de domingo (4) voltou a afirmar que fez isso logo após a chegada da babá, por volta das 6h. Pesou nessa decisão o depoimento do perito e legista Sami El Jundi, ocorrido na sexta (2), que disse que a morte de Marcos foi instantânea e, assim, não houve sofrimento -um dos pressupostos do motivo cruel. "Ele morreu com o tiro", disse. A terceira qualificadora apontada pela Promotoria era a motivação por motivo torpe, um crime considerado repugnante. O Ministério Público sustentou que Elize matou o marido por causa do dinheiro e por vingança por conta da descoberta da amante. Isso, para o jurados, não ficou provado. deu detalhes do esquartejamento confessou o crime julgamento
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Poder público é quem mais congestiona o Judiciário, diz pesquisa
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O poder público é o principal responsável pelo congestionamento da Justiça, aponta levantamento realizado pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) em dez Estados do país, além do Distrito Federal. Segundo a pesquisa "O uso da Justiça e o litígio no Brasil", que será lançada nesta terça-feira (11) em Brasília, o poder público (municipal, estadual e federal) concentra a maior parte das ações iniciadas no primeiro grau em oito das onze unidades da Federação pesquisadas. No polo passivo –ou seja, aquele que é processado–, o setor econômico, representado por bancos e empresas de crédito, financiamento e investimentos, é o principal demandado em sete Estados e no Distrito Federal. Com base em dados fornecidos por Tribunais de Justiça de DF, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo, o estudo procura identificar quem mais congestiona a Justiça. Uma análise dos cem maiores litigantes na Justiça estadual paulista de primeira instância revela que apenas 11 demandantes ajuizaram mais da metade dos processos nas comarcas, entre 2010 e 2013. No caso do Judiciário paulista, as prefeituras de São Paulo, São Bernardo do Campo, Praia Grande, Guarulhos e Iguape foram os litigantes que mais acionaram as comarcas, geralmente para executar débitos do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Em seguida, vieram as empresas do setor financeiro e o poder público estadual. Já no Tribunal de Justiça de São Paulo, o maior do país, apenas seis setores figuram em mais de 50% dos processos distribuídos no período. A administração pública municipal figura como o principal litigante na Justiça estadual de primeiro grau em São Paulo (62,3%) e nas duas instâncias em Santa Catarina. Na Bahia, apenas três atores –todos do setor público– foram responsáveis por 50% dos processos no primeiro grau. No Rio Grande do Sul, os municípios foram os que mais acionaram a Justiça de primeira instância (67% dos processos em 2013). Primeira instância segunda instância ACESSO "É assustador como o poder público aparece como o maior litigante", diz a professora Maria Tereza Sadek, coordenadora científica do projeto da AMB. Segundo ela, a concentração de processos na mão de poucos atores prejudica o acesso do cidadão à Justiça. "A pesquisa pode orientar políticas públicas para combater esse grau de judicialização sustentado com recursos públicos", afirma Sadek. O trabalho aprofunda e atualiza levantamentos do Conselho Nacional de Justiça realizados em 2010 e 2011. Essa primeira versão não contempla as Justiças Federal, do Trabalho e Militar. A Justiça estadual é o ramo com os maiores índices de congestionamento. "A Justiça não consegue atender o cidadão porque os Tribunais e Comarcas estão abarrotados de processos, resultantes da má prestação de serviços regulados", diz João Ricardo Costa, presidente da AMB. Ele critica a falta de fiscalização dos órgãos públicos que, afirma, deveriam evitar que milhões de casos se transformem em processos na Justiça. O anúncio da pesquisa nesta terça coincidirá com o lançamento da campanha nacional da AMB sob o mote "Não deixe o Judiciário parar". A maior associação de juízes propôs ao CNJ a criação de centros de monitoramento de processos nos tribunais. A entidade pretende fazer parcerias e acordos com agências reguladoras, bancos e empresas de telefonia para resolver administrativamente questões que são transferidas para o Judiciário. Segundo o diretor institucional da AMB, juiz Sérgio Junkes, a pesquisa confirmou que ainda não há uma padronização das informações nos tribunais. "Repetidas vezes, uma mesma parte, no polo passivo ou ativo, havia sido computada com grafias distintas, o que dificultou a compilação, a sistematização e a análise dos dados", diz. A AMB pretende fazer recomendações aos aos tribunais para aprimorar os sistemas e a alimentação dos dados.
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poder
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Poder público é quem mais congestiona o Judiciário, diz pesquisaO poder público é o principal responsável pelo congestionamento da Justiça, aponta levantamento realizado pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) em dez Estados do país, além do Distrito Federal. Segundo a pesquisa "O uso da Justiça e o litígio no Brasil", que será lançada nesta terça-feira (11) em Brasília, o poder público (municipal, estadual e federal) concentra a maior parte das ações iniciadas no primeiro grau em oito das onze unidades da Federação pesquisadas. No polo passivo –ou seja, aquele que é processado–, o setor econômico, representado por bancos e empresas de crédito, financiamento e investimentos, é o principal demandado em sete Estados e no Distrito Federal. Com base em dados fornecidos por Tribunais de Justiça de DF, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo, o estudo procura identificar quem mais congestiona a Justiça. Uma análise dos cem maiores litigantes na Justiça estadual paulista de primeira instância revela que apenas 11 demandantes ajuizaram mais da metade dos processos nas comarcas, entre 2010 e 2013. No caso do Judiciário paulista, as prefeituras de São Paulo, São Bernardo do Campo, Praia Grande, Guarulhos e Iguape foram os litigantes que mais acionaram as comarcas, geralmente para executar débitos do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Em seguida, vieram as empresas do setor financeiro e o poder público estadual. Já no Tribunal de Justiça de São Paulo, o maior do país, apenas seis setores figuram em mais de 50% dos processos distribuídos no período. A administração pública municipal figura como o principal litigante na Justiça estadual de primeiro grau em São Paulo (62,3%) e nas duas instâncias em Santa Catarina. Na Bahia, apenas três atores –todos do setor público– foram responsáveis por 50% dos processos no primeiro grau. No Rio Grande do Sul, os municípios foram os que mais acionaram a Justiça de primeira instância (67% dos processos em 2013). Primeira instância segunda instância ACESSO "É assustador como o poder público aparece como o maior litigante", diz a professora Maria Tereza Sadek, coordenadora científica do projeto da AMB. Segundo ela, a concentração de processos na mão de poucos atores prejudica o acesso do cidadão à Justiça. "A pesquisa pode orientar políticas públicas para combater esse grau de judicialização sustentado com recursos públicos", afirma Sadek. O trabalho aprofunda e atualiza levantamentos do Conselho Nacional de Justiça realizados em 2010 e 2011. Essa primeira versão não contempla as Justiças Federal, do Trabalho e Militar. A Justiça estadual é o ramo com os maiores índices de congestionamento. "A Justiça não consegue atender o cidadão porque os Tribunais e Comarcas estão abarrotados de processos, resultantes da má prestação de serviços regulados", diz João Ricardo Costa, presidente da AMB. Ele critica a falta de fiscalização dos órgãos públicos que, afirma, deveriam evitar que milhões de casos se transformem em processos na Justiça. O anúncio da pesquisa nesta terça coincidirá com o lançamento da campanha nacional da AMB sob o mote "Não deixe o Judiciário parar". A maior associação de juízes propôs ao CNJ a criação de centros de monitoramento de processos nos tribunais. A entidade pretende fazer parcerias e acordos com agências reguladoras, bancos e empresas de telefonia para resolver administrativamente questões que são transferidas para o Judiciário. Segundo o diretor institucional da AMB, juiz Sérgio Junkes, a pesquisa confirmou que ainda não há uma padronização das informações nos tribunais. "Repetidas vezes, uma mesma parte, no polo passivo ou ativo, havia sido computada com grafias distintas, o que dificultou a compilação, a sistematização e a análise dos dados", diz. A AMB pretende fazer recomendações aos aos tribunais para aprimorar os sistemas e a alimentação dos dados.
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Biografia de Lima Barreto se ressente de anacronismos
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LIMA BARRETO - TRISTE VISIONÁRIO (bom) QUANTO: R$ 69,90 (656 págs.) AUTORA: Lilia Moritz Schwarcz EDITORA: Companhia das Letras Já se falou de uma linha de continuidade entre o mulato Machado de Assis e o mulato Lima Barreto. Mas um foi também o avesso do outro. Passadas as turbulências infantojuvenis, Machado levou vida sóbria, confortável e segura. Lima, depois de uma infância tranquila, foi pobre, anarquista, amalucado, alcoólatra, caindo de bêbado pelas ruas do Rio. Machado foi romancista da classe dirigente e de seus subúrbios ricos. Lima abria o foco sobre o conjunto do mundo social carioca, centrando a luz na dor dos mais humildes. E com um conhecimento de arquitetura e urbanismo superior ao do meio literário brasileiro. Machado sempre posou de branco, silenciando sua situação racial. Lima encarou o racismo e falava de seus antepassados escravos. "Nasci sem dinheiro, mulato e livre", escreveu. Em seu "Diário Íntimo", anotou: "Escreverei a História da escravidão negra no Brasil e sua influência na nacionalidade" –o que levou Gilberto Freyre a dizer que tinha realizado, à sua maneira, o sonho textual do romancista. Esta é a personagem que Lilia Moritz Schwarcz biografou em "Lima Barreto: Triste Visionário". Um ato de coragem, depois que Assis Barbosa compôs "A Vida de Lima Barreto". E a obra é admirável, feita com minúcia e rigor. Com pleno conhecimento da vida do autor e da vida social brasileira no período. É sua grande virtude contextual: Lima "in situ" –e em situação. Mas o livro também se ressente de anacronismos e idealizações. E toma como definitivos o politicamente correto e o jargão acadêmico-racialista hoje em voga. Isto é: "termos nativos" da sociedade norte-americana, produtos do horror puritano às misturas e mestiçagens, que os movimentos negros e o "establishment" universitário importaram para cá. Enfim, coisas que Lima classificaria talvez como "bovarismos". E com ele concordaria Stella de Oxóssi, Odé Kayodé, ialorixá-mor do Brasil, definindo-se não como negra, mas como marrom. Na capa, quase um hiperrealismo emprenhado de expressionismo, estampa-se a ânsia de tratá-lo não feito "mulato livre", mas "afrodescendente". Lima –cabeça mais sociológica do que antropológica– não se voltou para culturas de origem negroafricana (a "alma nagô" só vai ingressar em nossa literatura com "O Feiticeiro" de Xavier Marques). Sua preocupação é o mulato carioca em busca de integração e ascensão sociais. E terminamos o livro com uma frustração. Lilia fala que Lima cultivou uma "forma literária afrodescendente". Mas não diz o que isto significa. Pelo contrário. Passa anos-luz distante do campo das estruturas textuais. Como se a coisa pudesse se resolver em metafísica somática e não na materialidade da escrita. Mas, no fim das contas, merece nosso aplauso. Para quem curte literatura brasileira, é leitura quase obrigatória. ANTONIO RISÉRIO é antropólogo, ensaísta e romancista, autor de "Oriki Orixá" (Perspectiva) e "A Utopia Brasileira e os Movimentos Negros" (ed. 34).
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ilustrada
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Biografia de Lima Barreto se ressente de anacronismosLIMA BARRETO - TRISTE VISIONÁRIO (bom) QUANTO: R$ 69,90 (656 págs.) AUTORA: Lilia Moritz Schwarcz EDITORA: Companhia das Letras Já se falou de uma linha de continuidade entre o mulato Machado de Assis e o mulato Lima Barreto. Mas um foi também o avesso do outro. Passadas as turbulências infantojuvenis, Machado levou vida sóbria, confortável e segura. Lima, depois de uma infância tranquila, foi pobre, anarquista, amalucado, alcoólatra, caindo de bêbado pelas ruas do Rio. Machado foi romancista da classe dirigente e de seus subúrbios ricos. Lima abria o foco sobre o conjunto do mundo social carioca, centrando a luz na dor dos mais humildes. E com um conhecimento de arquitetura e urbanismo superior ao do meio literário brasileiro. Machado sempre posou de branco, silenciando sua situação racial. Lima encarou o racismo e falava de seus antepassados escravos. "Nasci sem dinheiro, mulato e livre", escreveu. Em seu "Diário Íntimo", anotou: "Escreverei a História da escravidão negra no Brasil e sua influência na nacionalidade" –o que levou Gilberto Freyre a dizer que tinha realizado, à sua maneira, o sonho textual do romancista. Esta é a personagem que Lilia Moritz Schwarcz biografou em "Lima Barreto: Triste Visionário". Um ato de coragem, depois que Assis Barbosa compôs "A Vida de Lima Barreto". E a obra é admirável, feita com minúcia e rigor. Com pleno conhecimento da vida do autor e da vida social brasileira no período. É sua grande virtude contextual: Lima "in situ" –e em situação. Mas o livro também se ressente de anacronismos e idealizações. E toma como definitivos o politicamente correto e o jargão acadêmico-racialista hoje em voga. Isto é: "termos nativos" da sociedade norte-americana, produtos do horror puritano às misturas e mestiçagens, que os movimentos negros e o "establishment" universitário importaram para cá. Enfim, coisas que Lima classificaria talvez como "bovarismos". E com ele concordaria Stella de Oxóssi, Odé Kayodé, ialorixá-mor do Brasil, definindo-se não como negra, mas como marrom. Na capa, quase um hiperrealismo emprenhado de expressionismo, estampa-se a ânsia de tratá-lo não feito "mulato livre", mas "afrodescendente". Lima –cabeça mais sociológica do que antropológica– não se voltou para culturas de origem negroafricana (a "alma nagô" só vai ingressar em nossa literatura com "O Feiticeiro" de Xavier Marques). Sua preocupação é o mulato carioca em busca de integração e ascensão sociais. E terminamos o livro com uma frustração. Lilia fala que Lima cultivou uma "forma literária afrodescendente". Mas não diz o que isto significa. Pelo contrário. Passa anos-luz distante do campo das estruturas textuais. Como se a coisa pudesse se resolver em metafísica somática e não na materialidade da escrita. Mas, no fim das contas, merece nosso aplauso. Para quem curte literatura brasileira, é leitura quase obrigatória. ANTONIO RISÉRIO é antropólogo, ensaísta e romancista, autor de "Oriki Orixá" (Perspectiva) e "A Utopia Brasileira e os Movimentos Negros" (ed. 34).
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Cota para viajante por via terrestre, fluvial e lacustre cai em julho de 2016
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O limite de isenção de imposto para bens trazidos por viajante por via terrestre, fluvial e por lago será reduzido a partir de 1º de julho de 2016, segundo a Receita Federal. A redução dessa cota de US$ 300 para US$ 150 havia sido anunciada inicialmente em julho de 2014 pela Receita, para entrada imediata em vigor. O governo, no entanto, suspendeu temporariamente a medida, a pedido da senadora Gleisi Hoffmann (PT), ex-ministra da Casa Civil e candidata ao governo do Paraná na eleição daquele ano. Na época, o governo afirmou que a mudança estava relacionada ao início de funcionamento dos free shops a serem instalados do lado brasileiro de cidades gêmeas (que são cortadas pela fronteira). Nessas lojas, haverá uma cota de isenção extra. As compras que excedem essas cotas são tributas com 50% de imposto. Para os turistas que voltam ao Brasil de avião, a cota de isenção continua sendo de US$ 500. BEBIDA E CIGARROS A Receita Federal também informou que crianças ou adolescentes passam a ser "expressamente proibidos de levar na bagagem produtos que possam causar dependência física ou química, como bebida alcoólica e cigarros". A proibição, segundo o órgão, está em linha com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e com a lei 13.106, que criminaliza, por exemplo, o ato de entregar, ainda que gratuitamente, bebida alcoólica à criança ou adolescente. "Agora, os servidores das equipes de bagagem têm um instrumento claro para impedir o porte de tais produtos por menores de idade", informou a Coana (Coordenadação-Geral de Administração Aduaneira) da Receita.
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Cota para viajante por via terrestre, fluvial e lacustre cai em julho de 2016O limite de isenção de imposto para bens trazidos por viajante por via terrestre, fluvial e por lago será reduzido a partir de 1º de julho de 2016, segundo a Receita Federal. A redução dessa cota de US$ 300 para US$ 150 havia sido anunciada inicialmente em julho de 2014 pela Receita, para entrada imediata em vigor. O governo, no entanto, suspendeu temporariamente a medida, a pedido da senadora Gleisi Hoffmann (PT), ex-ministra da Casa Civil e candidata ao governo do Paraná na eleição daquele ano. Na época, o governo afirmou que a mudança estava relacionada ao início de funcionamento dos free shops a serem instalados do lado brasileiro de cidades gêmeas (que são cortadas pela fronteira). Nessas lojas, haverá uma cota de isenção extra. As compras que excedem essas cotas são tributas com 50% de imposto. Para os turistas que voltam ao Brasil de avião, a cota de isenção continua sendo de US$ 500. BEBIDA E CIGARROS A Receita Federal também informou que crianças ou adolescentes passam a ser "expressamente proibidos de levar na bagagem produtos que possam causar dependência física ou química, como bebida alcoólica e cigarros". A proibição, segundo o órgão, está em linha com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e com a lei 13.106, que criminaliza, por exemplo, o ato de entregar, ainda que gratuitamente, bebida alcoólica à criança ou adolescente. "Agora, os servidores das equipes de bagagem têm um instrumento claro para impedir o porte de tais produtos por menores de idade", informou a Coana (Coordenadação-Geral de Administração Aduaneira) da Receita.
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Ex-senador repassou doações da UTC que seriam propina no DF
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O ex-senador Gim Argello (PTB-DF) distribuiu a, ao menos, seis campanhas no Distrito Federal parte do dinheiro que o dono da UTC, Ricardo Pessoa, disse ter pagado a ele como propina para obter proteção para empreiteiras na CPI da Petrobras em 2014. Em acordo de delação premiada fechado na Operação Lava Jato, Pessoa disse que a UTC pagou R$ 5 milhões a Gim em doações eleitorais. O senador, que não se reelegeu, era vice-presidente da CPI. Parte do valor –R$ 3,5 milhões– foi usado por Gim para apoiar seis candidatos no DF, três deles eleitos: um deputado federal e dois distritais. As doações foram declaradas à Justiça Eleitoral. A Folha ouviu o ex-governador José Roberto Arruda (PR, ex-DEM), o ex-senador Luiz Estevão (PRTB), o deputado Alberto Fraga (DEM) e a assessoria de um parlamentar, esta sob condição de anonimato: todos disseram que Gim viabilizou e repassou dinheiro da UTC às campanhas. Doações de R$ 3,5 milhões a campanhas da coligação encabeçada por Arruda (PTB/PR/DEM/PRTB/PMN) em 2014 surpreenderam, já que a UTC não executa obras no DF. "Ele [Gim] buscou ajudar as campanhas, sim", confirmou Arruda, cuja campanha a governador, depois barrada pela Justiça Eleitoral, recebeu R$ 1 milhão da UTC. Arruda afirmou não saber por que Gim arrumou o dinheiro. Alberto Fraga disse que havia um objetivo nas doações viabilizadas por Gim: buscar apoio à sua reeleição ao Senado. Segundo o deputado, o dinheiro foi prometido por Gim em uma reunião da coligação. "Ele me disse: 'Fraga, eu preciso de sua ajuda, politicamente, e vou lhe ajudar, viabilizar recursos para sua campanha'", afirmou. A doação, de R$ 1 milhão, representou 72% do total arrecadado. DIVERGÊNCIAS Entre os integrantes do PRTB-DF, as doações de Gim são foco de controvérsia. A deputada distrital Liliane Roriz, que teve 99% da campanha bancada pela UTC, com doação de R$ 1 milhão, alegou em nota à Folha que o valor chegou "via PRTB" e que "a negociação foi feita pelo presidente de honra do PRTB, senador Luiz Estevão". Mas, segundo Estevão, houve um acerto entre Gim e a família Roriz: "A deputada Liliane me procurou informando que receberia uma doação de R$ 1,2 milhão, que teria sido articulada pelo senador Gim Argello, e me perguntou se essa doação poderia ser feita na conta do partido, e então repassada a ela". O dinheiro passou do caixa do PRTB para a campanha de Liliane e algumas vezes foi sacado das contas do partido. Secretário-geral da Câmara Distrital do DF, Valério Campos, colaborador de Roriz e amigo de Gim, atuou na campanha de Arruda em 2014 e disse acreditar que o ex-senador ajudou candidatos da coligação, mas negou ter participado dos repasses. OUTRO LADO Gim Argello afirmou que só falará sobre as doações depois que tiver acesso à delação do empreiteiro Ricardo Pessoa. Os políticos e partidos que receberam doações da UTC disseram que não conheciam Pessoa e não sabiam de acordo entre Gim e o empreiteiro. Arruda disse que recursos da UTC entraram após sua substituição na campanha por Jofran Frejat; Frejat afirmou que não recebeu "um centavo" da UTC –segundo a Justiça, a empresa doou a Arruda um mês antes de a candidatura ser barrada. Alberto Fraga (DEM) disse que na eleição "não havia nem denúncia nem suspeita sobre UTC". Luiz Estevão (PRTB) afirmou que nunca conversou com Pessoa sobre doações. Por meio de assessoria, Liliane Roriz informou que as doações foram legais.
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Ex-senador repassou doações da UTC que seriam propina no DFO ex-senador Gim Argello (PTB-DF) distribuiu a, ao menos, seis campanhas no Distrito Federal parte do dinheiro que o dono da UTC, Ricardo Pessoa, disse ter pagado a ele como propina para obter proteção para empreiteiras na CPI da Petrobras em 2014. Em acordo de delação premiada fechado na Operação Lava Jato, Pessoa disse que a UTC pagou R$ 5 milhões a Gim em doações eleitorais. O senador, que não se reelegeu, era vice-presidente da CPI. Parte do valor –R$ 3,5 milhões– foi usado por Gim para apoiar seis candidatos no DF, três deles eleitos: um deputado federal e dois distritais. As doações foram declaradas à Justiça Eleitoral. A Folha ouviu o ex-governador José Roberto Arruda (PR, ex-DEM), o ex-senador Luiz Estevão (PRTB), o deputado Alberto Fraga (DEM) e a assessoria de um parlamentar, esta sob condição de anonimato: todos disseram que Gim viabilizou e repassou dinheiro da UTC às campanhas. Doações de R$ 3,5 milhões a campanhas da coligação encabeçada por Arruda (PTB/PR/DEM/PRTB/PMN) em 2014 surpreenderam, já que a UTC não executa obras no DF. "Ele [Gim] buscou ajudar as campanhas, sim", confirmou Arruda, cuja campanha a governador, depois barrada pela Justiça Eleitoral, recebeu R$ 1 milhão da UTC. Arruda afirmou não saber por que Gim arrumou o dinheiro. Alberto Fraga disse que havia um objetivo nas doações viabilizadas por Gim: buscar apoio à sua reeleição ao Senado. Segundo o deputado, o dinheiro foi prometido por Gim em uma reunião da coligação. "Ele me disse: 'Fraga, eu preciso de sua ajuda, politicamente, e vou lhe ajudar, viabilizar recursos para sua campanha'", afirmou. A doação, de R$ 1 milhão, representou 72% do total arrecadado. DIVERGÊNCIAS Entre os integrantes do PRTB-DF, as doações de Gim são foco de controvérsia. A deputada distrital Liliane Roriz, que teve 99% da campanha bancada pela UTC, com doação de R$ 1 milhão, alegou em nota à Folha que o valor chegou "via PRTB" e que "a negociação foi feita pelo presidente de honra do PRTB, senador Luiz Estevão". Mas, segundo Estevão, houve um acerto entre Gim e a família Roriz: "A deputada Liliane me procurou informando que receberia uma doação de R$ 1,2 milhão, que teria sido articulada pelo senador Gim Argello, e me perguntou se essa doação poderia ser feita na conta do partido, e então repassada a ela". O dinheiro passou do caixa do PRTB para a campanha de Liliane e algumas vezes foi sacado das contas do partido. Secretário-geral da Câmara Distrital do DF, Valério Campos, colaborador de Roriz e amigo de Gim, atuou na campanha de Arruda em 2014 e disse acreditar que o ex-senador ajudou candidatos da coligação, mas negou ter participado dos repasses. OUTRO LADO Gim Argello afirmou que só falará sobre as doações depois que tiver acesso à delação do empreiteiro Ricardo Pessoa. Os políticos e partidos que receberam doações da UTC disseram que não conheciam Pessoa e não sabiam de acordo entre Gim e o empreiteiro. Arruda disse que recursos da UTC entraram após sua substituição na campanha por Jofran Frejat; Frejat afirmou que não recebeu "um centavo" da UTC –segundo a Justiça, a empresa doou a Arruda um mês antes de a candidatura ser barrada. Alberto Fraga (DEM) disse que na eleição "não havia nem denúncia nem suspeita sobre UTC". Luiz Estevão (PRTB) afirmou que nunca conversou com Pessoa sobre doações. Por meio de assessoria, Liliane Roriz informou que as doações foram legais.
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Lava Jato prioriza mapear repasses de dinheiro vivo em propina
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A Polícia Federal e o Ministério Público Federal já têm a primeira etapa de investigação traçada para tentar comprovar os relatos de delatores da Odebrecht de que houve pagamentos de caixa dois e propina em dinheiro vivo a políticos. Os investigadores querem mapear onde, quando e como ocorreram as entregas de dinheiro em espécie informadas pelos executivos. Um dos maiores desafios agora será comprovar os pagamentos realizados em moeda. A PF vai solicitar, por exemplo, o registro de controle de entrada no dia 28 de maio de 2014 no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência da República, onde vive o hoje presidente Michel Temer. O pedido faz parte de diligências sugeridas pela Procuradoria-Geral da República e autorizadas pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, na investigação sobre os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), acusados de receber propina. Naquele data de maio de 2014, ocorreu jantar em que Temer e Padilha teriam discutido com Marcelo Odebrecht doação ao PMDB em 2014 –o valor entregue teria sido de R$ 10 milhões, em espécie. A polícia vai ainda atrás de informações sobre possíveis encontros do ex-executivo da Odebrecht Henrique Valladares com Edison Lobão (PMDB-MA), senador e ex-ministro de Minas e Energia, outro apontado como destinatário de propina em dinheiro vivo. A PF vai pedir registros dos acessos ao ministério e ao Senado. Também receberam recursos desta maneira, por meio de intermediários, segundo os delatores, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB), o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB), entre outros. Ao menos 166 citados nos depoimentos serão intimados a depor a partir da próxima semana. A lista inclui políticos alvo de inquéritos, autoridades não investigadas, além de empresários, operadores, entre outros que vão falar como testemunhas. O advogado José Yunes, ex-assessor de Temer e personagem do episódio dos R$ 10 milhões da Odebrecht ao PMDB, será chamado a depor. Levantamento da Folha aponta que a PF terá de cumprir mais de 240 medidas neste primeiro momento, excluindo as que se referem a dados telefônicos, fiscais e bancários, mantidos sob sigilo. A polícia tem reforçado seu efetivo em Brasília, sobretudo em razão da possibilidade de novas operações decorrentes desses inquéritos. A polícia vai rastrear ações parlamentares em tramitações de medidas provisórias que interessavam à empreiteira –nas delações, os executivos apontam esquema de contrapartidas em troca da aprovação de projetos de interesse do grupo. Os investigadores querem ainda obter informações sobre voos, hospedagens e registros de entradas e saídas em órgãos públicos, como Congresso, Ministério da Integração Nacional e Secretaria de Aviação Civil. Outra medida autorizada por Fachin trata da obtenção de registros de presença do ex-diretor da Odebrecht Sérgio Neves, hoje delator, e de outros funcionários da empreiteira na concessionária Minas Máquinas, em Belo Horizonte, ligada a Oswaldo Borges. Ele é apontado como operador financeiro do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em obras da Cidade Administrativa, que abriga a sede do governo mineiro. Na lista de políticos investigados no Supremo, há 8 ministros, 3 governadores, 24 senadores e 39 deputados. Do total de pessoas que serão intimadas pela PF, cerca de 100 são políticos. Ex-funcionários da Odebrecht também serão chamados para novos depoimentos em que detalharão os casos delatados por eles. O patriarca do grupo, Emílio Odebrecht, e seu filho Marcelo estão na lista.
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Lava Jato prioriza mapear repasses de dinheiro vivo em propinaA Polícia Federal e o Ministério Público Federal já têm a primeira etapa de investigação traçada para tentar comprovar os relatos de delatores da Odebrecht de que houve pagamentos de caixa dois e propina em dinheiro vivo a políticos. Os investigadores querem mapear onde, quando e como ocorreram as entregas de dinheiro em espécie informadas pelos executivos. Um dos maiores desafios agora será comprovar os pagamentos realizados em moeda. A PF vai solicitar, por exemplo, o registro de controle de entrada no dia 28 de maio de 2014 no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência da República, onde vive o hoje presidente Michel Temer. O pedido faz parte de diligências sugeridas pela Procuradoria-Geral da República e autorizadas pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, na investigação sobre os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), acusados de receber propina. Naquele data de maio de 2014, ocorreu jantar em que Temer e Padilha teriam discutido com Marcelo Odebrecht doação ao PMDB em 2014 –o valor entregue teria sido de R$ 10 milhões, em espécie. A polícia vai ainda atrás de informações sobre possíveis encontros do ex-executivo da Odebrecht Henrique Valladares com Edison Lobão (PMDB-MA), senador e ex-ministro de Minas e Energia, outro apontado como destinatário de propina em dinheiro vivo. A PF vai pedir registros dos acessos ao ministério e ao Senado. Também receberam recursos desta maneira, por meio de intermediários, segundo os delatores, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB), o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB), entre outros. Ao menos 166 citados nos depoimentos serão intimados a depor a partir da próxima semana. A lista inclui políticos alvo de inquéritos, autoridades não investigadas, além de empresários, operadores, entre outros que vão falar como testemunhas. O advogado José Yunes, ex-assessor de Temer e personagem do episódio dos R$ 10 milhões da Odebrecht ao PMDB, será chamado a depor. Levantamento da Folha aponta que a PF terá de cumprir mais de 240 medidas neste primeiro momento, excluindo as que se referem a dados telefônicos, fiscais e bancários, mantidos sob sigilo. A polícia tem reforçado seu efetivo em Brasília, sobretudo em razão da possibilidade de novas operações decorrentes desses inquéritos. A polícia vai rastrear ações parlamentares em tramitações de medidas provisórias que interessavam à empreiteira –nas delações, os executivos apontam esquema de contrapartidas em troca da aprovação de projetos de interesse do grupo. Os investigadores querem ainda obter informações sobre voos, hospedagens e registros de entradas e saídas em órgãos públicos, como Congresso, Ministério da Integração Nacional e Secretaria de Aviação Civil. Outra medida autorizada por Fachin trata da obtenção de registros de presença do ex-diretor da Odebrecht Sérgio Neves, hoje delator, e de outros funcionários da empreiteira na concessionária Minas Máquinas, em Belo Horizonte, ligada a Oswaldo Borges. Ele é apontado como operador financeiro do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em obras da Cidade Administrativa, que abriga a sede do governo mineiro. Na lista de políticos investigados no Supremo, há 8 ministros, 3 governadores, 24 senadores e 39 deputados. Do total de pessoas que serão intimadas pela PF, cerca de 100 são políticos. Ex-funcionários da Odebrecht também serão chamados para novos depoimentos em que detalharão os casos delatados por eles. O patriarca do grupo, Emílio Odebrecht, e seu filho Marcelo estão na lista.
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Belchior é o tema dos cartuns publicados neste domingo
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Os cartuns deste domingo (23) são da Aline Zouvi e do Rafa Campos. Veja os outros cartuns de 2017. ALINE ZOUVI, 27, é escritora, quadrinista e pesquisadora de quadrinhos RAFA CAMPOS, 47, é ilustrador e cartunista
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Belchior é o tema dos cartuns publicados neste domingoOs cartuns deste domingo (23) são da Aline Zouvi e do Rafa Campos. Veja os outros cartuns de 2017. ALINE ZOUVI, 27, é escritora, quadrinista e pesquisadora de quadrinhos RAFA CAMPOS, 47, é ilustrador e cartunista
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Polícia húngara entra em choque com refugiados após forçar saída de trem
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A polícia húngara parou um trem repleto de refugiados e migrantes a caminho da fronteira com a Áustria e tentou forçá-los a se dirigir a uma cidade com um acampamento nesta quinta-feira (3), desatando um confronto que se tornou foco da crise migratória na Europa. Depois de impedir o acesso à principal estação de trem da capital Budapeste durante dois dias, as autoridades húngaras permitiram que as pessoas, exaustas e confusas, embarcassem em um trem para o oeste. Centenas se espremeram nas composições, agarrando-se às portas e empurrando os filhos pelas janelas. Mas, em vez de seguir para a divisa austríaca, o trem foi detido na cidade de Bicske, a oeste de Budapeste, onde a Hungria tem um centro de recepção de imigrantes, e a polícia ordenou que todos desembarcassem. Policiais esvaziaram um dos vagões, enquanto outros cinco ficaram na estação expostos ao calor. Temendo a detenção, alguns imigrantes bateram nas janelas entoando "Campo não! Campo não!". Um grupo empurrou dezenas de policiais da tropa de choque que guardavam uma escadaria para poder voltar ao trem. Uma família— homem, mulher e uma criança de colo— foram para os trilhos, onde se deitaram em protesto. Foi necessário que policiais se atracassem com o homem para obrigá-los a se levantar. A opinião pública mundial ficou chocada com as imagens de um menino sírio de 3 anos que foi encontrado afogado em uma praia da Turquia. A imagem foi divulgada na primeira página de vários jornais nesta quinta-feira (3) "Ele tinha nome: Aylan Kurdi. Exige-se uma ação urgente - Uma mobilização em toda a Europa é urgente", disse o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, no Twitter, sobre o menino, um de pelo menos 12 pessoas de um grupo de 23 que pereceram tentando chegar à Grécia. O irmão de Aylan, Galip, de 5 anos, e sua mãe Rehan, de 35, também morreram. O pai, Abdullah, foi encontrado quase inconsciente e levado a um hospital. Uma tia de Vancouver, Teema Kurdi, contou ter sabido da notícia por outra tia: "Ela recebeu uma ligação de Abdullah, e tudo que ele disse foi 'minha esposa e meus dois meninos morreram'", segundo o jornal canadense "National Post". A atual crise está abalando a União Europeia, comprometida com o princípio de aceitar refugiados em fuga de situações de perigo real, mas que não tem um mecanismo para instigar seus 28 países-membros a compartilhar esse fardo.
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mundo
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Polícia húngara entra em choque com refugiados após forçar saída de tremA polícia húngara parou um trem repleto de refugiados e migrantes a caminho da fronteira com a Áustria e tentou forçá-los a se dirigir a uma cidade com um acampamento nesta quinta-feira (3), desatando um confronto que se tornou foco da crise migratória na Europa. Depois de impedir o acesso à principal estação de trem da capital Budapeste durante dois dias, as autoridades húngaras permitiram que as pessoas, exaustas e confusas, embarcassem em um trem para o oeste. Centenas se espremeram nas composições, agarrando-se às portas e empurrando os filhos pelas janelas. Mas, em vez de seguir para a divisa austríaca, o trem foi detido na cidade de Bicske, a oeste de Budapeste, onde a Hungria tem um centro de recepção de imigrantes, e a polícia ordenou que todos desembarcassem. Policiais esvaziaram um dos vagões, enquanto outros cinco ficaram na estação expostos ao calor. Temendo a detenção, alguns imigrantes bateram nas janelas entoando "Campo não! Campo não!". Um grupo empurrou dezenas de policiais da tropa de choque que guardavam uma escadaria para poder voltar ao trem. Uma família— homem, mulher e uma criança de colo— foram para os trilhos, onde se deitaram em protesto. Foi necessário que policiais se atracassem com o homem para obrigá-los a se levantar. A opinião pública mundial ficou chocada com as imagens de um menino sírio de 3 anos que foi encontrado afogado em uma praia da Turquia. A imagem foi divulgada na primeira página de vários jornais nesta quinta-feira (3) "Ele tinha nome: Aylan Kurdi. Exige-se uma ação urgente - Uma mobilização em toda a Europa é urgente", disse o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, no Twitter, sobre o menino, um de pelo menos 12 pessoas de um grupo de 23 que pereceram tentando chegar à Grécia. O irmão de Aylan, Galip, de 5 anos, e sua mãe Rehan, de 35, também morreram. O pai, Abdullah, foi encontrado quase inconsciente e levado a um hospital. Uma tia de Vancouver, Teema Kurdi, contou ter sabido da notícia por outra tia: "Ela recebeu uma ligação de Abdullah, e tudo que ele disse foi 'minha esposa e meus dois meninos morreram'", segundo o jornal canadense "National Post". A atual crise está abalando a União Europeia, comprometida com o princípio de aceitar refugiados em fuga de situações de perigo real, mas que não tem um mecanismo para instigar seus 28 países-membros a compartilhar esse fardo.
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